um som assim - Luciano Garcez

Transcrição

um som assim - Luciano Garcez
um som assim
L U C I A N O
C u r r í c u l o
G A R C E Z
A r t í s t i c o
Nascido em 72, em São Bernardo do Campo – São Paulo, Luciano
(Locoselli) Garcez estudou violão popular dos sete aos onze anos de
idade e, a partir daí, de forma um tanto autodidata, piano erudito e
um pouco de teoria musical.
Em 1991 ingressa no Bacharelado em Composição e Regência pelo
Instituto de Artes da UNESP, aonde irá se formar em 1996. Lá,
estudou composição com Flo Menezes, Edson Zampronha e Edmundo
Villani Côrtes.
Em 2012, torna-se mestre pela Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro, UNIRIO, tendo seu mestrado sido realizado na área de
Composição e Análise Poética e Musical (Transpoética), sob a
orientação da Profa. Doutora Carole Gubernikoff, com o tema “Do
Poema Ao Que Sinfoniza-se: a Ideia Que Se Quer Som”, estudo da
confluência da palavra escrita na música erudita através do Poema
Sinfônico, do Lied e de autores fundamentais do Romantismo como
Berlioz, Byron, Heine e Schumann, nos gêneros híbridos e tangenciais
entre palavra e som, resultando tudo em uma peça poético-musical
acompanhada de um “diário de feitura” da mesma – obra denominada,
muito sintomaticamente, “Dichterlied ou Os Diálogos da Lua”. Ainda
na Unirio, tem como professores a compositora Vânia Dantas Leite e o
musicólogo Silvio Merhy, entre outros.
Estuda na década de 90, por algum tempo, viola de arco e teoria
e percepção na Escola Municipal de Música; e canto popular na
Universidade Livre de Música, onde realizou, com a cantora Sílvia
Handroo, um trabalho de pesquisa musical sobre os cancionistas
populares brasileiros da primeira metade do século XX.
À época da faculdade e a partir de seu repertório autoral de
canções, montou o show “Excanção”, junto da BamBaCorDaBanDa,
apresentando-se em Casas de Cultura e outras localidades de São
Paulo. Por esse tempo funda também, ao lado de outros compositores,
instrumentistas e artistas plásticos, um Movimento de ordem estética
denominado “MOVIMENTO(,)VERBO E CAOS”, que foi difundido localmente
através da criação do aperiódico “ANANDA”, e que recebeu elogios de
Haroldo de Campos e H.J. Koellreutter. Dentro do “VERBO E CAOS”, foi
o redator do “Manifesto da Nova (Velha) Canção Popular Brasileira”,
um dos criadores do “Manifesto Geral” e organizador da vertente
cancionista do Movimento.
Desde sempre interessado em canção popular brasileira, para
pesquisar este tema consegue bolsas de estudo do CNPQ e da PAE. Com
esta última, inicia pesquisas em “Recursos linguísticos e semióticos
na análise da canção popular brasileira”, sob a orientação de Edson
Zampronha, e um trabalho de feitio estético e histórico com Alberto
Ikeda, em “Tom Zé e o Pós Tropicalismo”. Ainda sob a orientação de
Ikeda, com bolsa do CNPQ realiza um trabalho de transcrição e
análise de “Gêneros de música popular brasileira: fundamentos
técnico-estruturais
e
histórico-sociais”,
pesquisando
gêneros
musicais coletados pelo orientador e pouco difundidos no Sudeste do
Brasil, como o marabaixo, o chamamé e o siriá.
Realiza muitos cursos livres e de extensão nesse tempo, com os
Maestros Jamil Maluf, Julio Medaglia, Samuel Kerr e Roberto Farias,
com a pianista Vera Astrachan e os compositores Aylton Escobar,
Mario Ficarelli e Gilberto Mendes.
Ao sair da Universidade, fundou junto ao violeiro Edu Penha e
ao percussionista Celso Cintra, seus companheiros no curso de
composição, a banda “Ronca Fulô”, com um trabalho todo baseado em
suas pesquisas anteriores sobre a música regional brasileira. Na
“Ronca Fulô”, foi vocalista, rabequeiro, sanfoneiro (gaita de oito)
e compositor. Compôs, por isso, muita música para o repertório da
banda, lançando mão de ritmos e gêneros notadamente dançantes como o
marabaixo, a dança-de-santa cruz, o fandango, o calango, o jongo e
outros. Ainda com a “Ronca Fulô”, apresentou-se em diversos locais,
em festas na USP - Politécnica, Faculdade de Direito do Largo de São
Francisco, Faculdades de História e Geografia, Instituto de Estudos
Brasileiros - na PUC e na UNESP, além de diversos outros locais e em
aberturas de shows, como os de Inezita Barroso, Renato Teixeira e
Pena Branca e Xavantinho, além participar de projetos como o
“Levanta Poeira Paulista” e o “Inverno Quente”.
A partir de seus trabalhos de pesquisa e composição, ministra
diversos workshops e oficinas em Casas de Cultura de São Paulo,
colégios particulares e unidades culturais do ABC. Entre seus
cursos,
contam-se
a
“Oficina
Integrada
de
Canção
Popular
Brasileira”, “Tropicália - Pré, Des e Pós”, “Bossa Nova em Três
Tempos” e “A Arte e o Produto - uma história recente”, “Música em
outras palavras” e “A Imaginação e a Nota: o percurso da Idéia na
Sinfonia Fantástica de Berlioz”.
Como articulista, publicou na revista “Brasil Forró” de 98 o
artigo “Com vocês, Manezinho Araújo, o Rei da Embolada”, “Tom Jobim
está morto”, no aperiódico Ananda de 1995 e “O forró na terra da
garoa”, na revista Contrastes de 2000, entre outras.
Como crítico de música, fez análises e artigos de música sobre
CDs no portal “Musicaapino.com”, pela Internet, no ano de 2001.
Apesar de ser essencialmente um cancionista, é como compositor
erudito que teve três de seus trabalhos gravados: a peça verbaleletroacústica “Refulgere Urbem”, em verdade uma “meta-canção”,
sobre o poema “Cidade” de Augusto de Campos, incluída no CD “Maximal
Music vol. 3”, do PANaroma Studio; a peça para violão solo “Espelho
do Duque de Portland”, baseado em um conto de Villiers de L´isle
Adam e incluída no CD “MUSIC FOR GUITAR by Young Brazilian
Composers” do violonista Gilson Antunes e o lied brasileiro “Modinha
da Moça de Antes”, em parceria com Edmundo Villani Côrtes, gravado
por Sandra Félix em um CD de canções brasileiras pelo selo Paulus.
Participou, desde a época da faculdade, de diversos grupos
musicais, entre eles o coral “Tempero Ad Libitum” sob a direção de
Vítor Gabriel e especializado na interpretação da música colonial
brasileira; integrou como sanfoneiro - fole de oito - as bandas “O
Folclore da Maria” e “Mano Luiz em Pé de Serra”; foi também
rabequeiro e vocalista do grupo “Focinho de Burrego”, em show
elaborado a partir de texto extraído de “A Pena e a Lei” de Ariano
Suassuna e cantor e compositor no show “A(-)Pele de Sampa”, junto
com Luciano Carvalho e Kleber Alexandre.
Como cancionista, é autor de mais de 400 canções solo e em
parceria com Nô Stopa, Carlos Careqa, Thiago Amud, Diana Horta,
Celso Cintra, Tonho Penhasco, Rodrigo Zaidan, Guy Corrêa, Luis
Felipe Gama, Kleber Alexandre, Edu Penha, Rubens Nogueira, entre
outros, e a partir de poemas de August Stramm, Murilo Mendes, Robert
Creeley, Haroldo de Campos, García Lorca, São João da Cruz, Oswald
de Andrade, Charles Baudelaire e outros.
Teve músicas suas cantadas, gravadas e arranjadas por Izabel
Padovani, Guinga, Alê Siqueira, Ilana Volcov, Natan Marques, Carlos
Careqa, H.J. Koellreutter, Ney Matogrosso, Maurício Pereira, André
Abujamra, Cecília Bernardes, Ana Luíza, Flavio Bala, Silvia Handroo,
Sandra Felix, Jorge Marciano, Rubi, Luis Felipe Gama e outros.
Entre as suas apresentações de música popular, destacam-se o
encerramento do evento multimídia “Oriente-Ocidente” com o seu show
solo “Tempo Estrangeiro”, em Santo André, e o show da Ronca Fulô ao
lado da cantora Virgínia Rosa, no Centro Cultural São Paulo, em
novembro de 99, intitulado “50 Anos de Baião, uma homenagem a Luiz
Gonzaga”. Em 2000 merecem destaques a participação com seu show solo
no projeto “MusicaaPino” e sua participação no show do compositor
Walter Franco, comentando aspectos históricos e estéticos das
canções deste último, na Câmara de Cultura de São Bernardo.
Em 2001, dividiu no SESC São Caetano um show com a cantora
Célia.
Dentro do âmbito da música erudita, realizou junto ao maestro
Paulo Rydlewski a revisão de partituras orquestrais de obras do
período romântico brasileiro, de compositores como Henrique Oswald,
Francisco Braga e Alexandre Levy.
Participou em 2001, como coprodutor musical, da feitura do CD
da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo, onde foram
gravadas as obras dos compositores acima referidos.
Destacou-se, neste mesmo ano, como orquestrador, tendo a
orquestração da peça “Marcha Fúnebre do Índio Brasileiro”, de Erineu
Maranesi, rendido-lhe um convite para ministrar um curso de férias
sobre o tema “Arranjo de música popular para orquestra” na
Universidade Federal de Brasília.
Trabalhou em 2002 como compositor de jingles e como organizador
do “I Festival de Música Caipira de São Bernardo do Campo”, ao lado
de Ivan Vilela, sendo Produtor Artístico do CD gravado ao vivo do
mesmo Festival.
De 2002 a 2006, ocupou o cargo de Regente e Arranjador
Titular da Banda Jovem de SBCampo, junto ao “Departamento de Ações
Culturais da Prefeitura de São Bernardo do Campo”, conduzindo a
Banda em apresentações em teatros, festivais de inverno, praças e
outras localidades, dentro e fora do município.
Participou em 2005 como compositor da trilha sonora para o
curta de animação “A Calabresa”, do cineasta Mário Galindo.
Em 2005, foi regente adjunto e
“Orquestra Filarmônica de São Bernardo.
convidado
para
reger
a
Ainda em 2005, é convidado pelo compositor Walter Franco a
dividir o palco em seu show.
Teve canções suas gravadas no CD “Linha D´água” (muito elogiado
pela crítica e lançado em 2006), segundo CD da cantora Ana Luiza,
sendo o título do CD o nome de uma canção sua em parceria com
Rodrigo Zaidan.
Ocupou o cargo de regente titular da “Camerata de São Bernardo
do Campo” – Orquestra Jovem – que propôs uma nova visão no conceito
de regência e condução de ensaios, além de repertório pouco tocado –
a música pré-século XIX e a música do século XX e contemporânea.
Participou do Show “Urbânica”, de Sílvia Handroo, com a música
título e a canção “MadreTerra”.
Ocupou o cargo de “Coordenador Geral em Música” dentro da
“Fundação Criança de São Bernardo do Campo”, onde trabalhou com
canção e ritmos regionais em núcleos educativos das periferias da
cidade e assumiu a direção musical do projeto pioneiro “Usina SócioEducativa”, onde montou uma orquestra barroca – que incluiu violas
da gamba, diversas formas de flautas de bisel e cordas orquestrais –
para trabalhar com jovens da periferia de São Bernardo.
Ainda dentro do Projeto “Usina”, desenvolveu junto ao diretor
Mauro Silveira um projeto de “reconstituição de época” da peça “O
Burguês Fidalgo”, de Molière, em verdade uma “Comedie-Ballet”. Uma
pesquisa sobre a música original foi feita – esta, composta por
Lully – e incorporada à peça, na interpretação barroca de três
jovens músicos estudantes regidos ao cravo por Luciano Garcez.
Sob encomenda da Galeria Fortes Villaça, compôs a peça “Oito
Módulos Anacreônticos para Protótipos de Paulo Nenflídio”, que teve
estréia mundial em dezembro de 2006.
Tem seu nome, biografia e obras incluídos no Catálogo Nacional
de Compositores, do Centro Cultural São Paulo e no IRCAM, como
compositor – além da página ElectroCD Diffusion i MéDIA da França –
página dedicada aos grupos e autores de Vanguarda.
Apresentou-se - desde março de 2007 - em diversas localidades
de São Paulo com show “Tempo-Estrangeiro”, onde já se ouviram
canções novas do próximo CD, “You´re The Trickster” e, junto do
compositor Guto Brinholi, criou um show de junção de vários músicos,
de nome “Eixos”, que estreou no Teatro Crowne Plaza em julho de
2007. “Eixos” também se apresentou em vários locais, como SESCs e
teatros, e contou com a participação de Tonho Penhasco, Ana Luiza,
Luis Felipe Gama, Nô Stopa, Armando Lobo, Thiago Amud, Diana Horta
entre outros.
Em 2008, foi contemplado com o PAC – Programa de Ação Cultural
da Secretaria de Estado da Cultura – com o projeto de pesquisa da
cultura afrodescendente “Baobá, Terreiro de Histórias”, onde foi
responsável pela parte musical. Dando continuidade ao mesmo projeto,
se apresentou em SESCs de São Paulo.
Ainda em 2008, administrou o seu curso síntese “Tropicália &
Bossa Nova” no Centro Cultural São Paulo.
Em 2009, a convite do Diretor de Cultura de São Bernardo do
Campo, assumiu o cargo de “Regente Arranjador” do Centro Livre de
Música, atuando ativamente como compositor e arranjador dos grupos
musicais da Cidade. Em fins deste mesmo ano, muda-se para a cidade
do Rio de Janeiro, onde, entre outros projetos, lançará em 2011 seu
CD solo de canções “You´re The Trickster”.
Ainda em outubro de 2010, vem a lume seu livro de poemas em 77
Cantos e 2 envoi, “Salutz a Uma Dama Moura”, que conta com uma
Performance denominada “Roman da Dama Moura”, para cistre, vozes,
tape, violoncelo e guitarra, muito elogiado por literatos e
acadêmicos.
Entre 2010 e 2011 participa como convidado especial de diversos
shows de artistas da nova geração da canção no Rio, entre eles Pedro
Moraes, em “Cabaré Claro Escuro” no Teatro Café Pequeno, e no
lançamento do CD “Sacradança” de Thiago Amud, no Cinematheque e na
Modern Sound, onde dividiu o palco com Guinga.
Teve seu nome incluído do site
Concreta”, www.poesiaconcreta.com.
oficial
dedicado
à
“Poesia
Estreia também neste ano “Valsas Nobres, Sentimentais e da
Gema”, show de canções populares de sua autoria em parceria com
Rodrigo Zaidan e a cantora Nina Wirtti.
Em 2011 passa a realizar em diversas localidades a Performance
Mitopoeticomusical “Roman da Dama Moura”.
A convite da Profa. Maria Clara Gonzaga Padilha faz a reestreia
de sua peça erudita “O Espírito da Qoisa”, em agosto de 2011.
Grava também, para a gravadora “Biscoito Fino” e com a produção
de Sergio Krakowski, duas canções suas que constam num álbum virtual
da mesma gravadora, dedicado aos novos cancionistas.
Sua canção “Ana” é incluída no CD “Origem é Giro” da cantora
italiana Cristina Renzetti, bem como outra canção, “De Algum Lugar”,
torna-se faixa titulo do CD “De Algum Lugar”, da cantora e
compositora Diana Horta.
Prepara para outubro de 2012 o lançamento de seu primeiro CD
solo de canções, “You Are The Trickster”, pelo selo “Cooperativa de
Musica”, onde há músicas que abarcam desde o início de sua carreia
de compositor, na década de 90, até obras recentes. CD de índole
conceitual e diversa, conta com a participação especial de Izabel
Padovani, Maurício Pereira, Guinga, Carlos Careqa, Hans-Joachim
Koellreutter e Flavio Bala, entre outros, bem como o lançamento de
seu segundo livro de poemas “Esercizi Studien Impressions ou As
Cidades Cediças”.
Sua obra é analisada em Teses de Doutorado pelas musicistas
Maria Clara Gonzaga, na UNIRIO, e que lhe dedica um capítulo
inteiro, e Irailda Eneli, da Campbellsville University, Kentucky,
EUA.