Fundamentos de Telefonia IP
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Fundamentos de Telefonia IP
CURSO “Telefonia Fixa e Móvel” Prof. Dr. Alexandre Barbosa de Lima Eng.o de Telecomunicações - JNCIE#215 ablima@{pucsp.br, ablima.pro.br} http://www.ablima.pro.br PUCSP 2009 TFM 1 Sumário ❒ Apresentação do plano de ensino ❒ Breve histórico da ❒ Telefonia Celular ❒ Telefonia IP telefonia e das telecomunicações ❒ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC) ❍ Telefonia Analógica ❍ Telefonia digital ❍ Sinalização TFM 2 Objetivos ❒ Gerais ❍ Apresentar, com um enfoque sistêmico, uma visão geral dos atuais sistemas telefônicos fixos e móveis e da rede convergente de próxima geração, que utiliza a tecnologia de empacotamento de Voz sobre IP (VoIP) ❒ Parte I: Telefonia Digital ❍ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC), digitalização da rede, digitalização da voz, codificação de forma de onda, codificação híbrida e paramétrica, técnicas digitais na rede telefônica (sincronização, TDM, scramblers, codificadores de canal, canceladores de eco, etc), comutação digital, sistemas de sinalização e análise de tráfego. TFM 3 Objetivos ❒ Parte II: Redes de Acesso sem Fio e Telefonia IP ❍ Redes de acesso sem fio e móveis. Redes Multimídia. VoIP. Telefonia IP. O problema da obtenção da qualidade de serviço (QoS) sobre redes de pacotes. Engenharia de tráfego em redes IP com ATM e MPLS. ❒ Nota: alguns tópicos que seriam relevantes para este curso como “transmissão digital passa-bandas” e “redes de transporte”, dentre outros, não serão abordados, porque são ministrados em outros cursos (como SAV e ST), evitando-se, desta forma, uma redundância desnecessária e obtendo-se, por outro lado, uma otimização da ementa da presente disciplina. TFM 4 Instruções Gerais ❒ Pré-requisitos ❍ Cálculo. Probabilidade e Estatística. Princípios da Comunicação. Sistemas de Telecomunicações. ❒ Página do professor ❍ O material de apoio às aulas poderá ser descarregado do repositório de arquivos que se encontra no menu principal da página http://www.ablima.pro.br/ e/ou na página do sistema Moodle de gerenciamento de cursos em http://www.ablima.pro.br/moodle. A inscrição dos alunos no sistema Moodle é mandatória. Os alunos deverão consultá-lo semanalmente. TFM 5 Instruções Gerais ❒ Inscrição no Moodle ❍ Vá para a página http://www.ablima.pro.br/moodle e dê um clique no link acesso (canto superior direito ou rodapé da página). ❍ Preencha o formulário de Cadastramento de novo usuário. Forneça um e-mail válido, que não tenha mecanismo anti-spam (como o do UOL). O servidor enviará uma mensagem de confirmação para o endereço fornecido. ❍ Você receberá uma mensagem cujo assunto é “Cursos do Prof. Dr. Alexandre Barbosa de Lima: confirmação de cadastramento de novo usuário.”. Dê um clique no endereço indicado. Após, dê um clique no botão Cursos. TFM 6 Instruções Gerais ❒ Inscrição no Moodle ❍ Escolha o curso de Telefonia Fixa e Móvel (você estará na página Cursos). Forneça o código de inscrição alunoPUCSPtfm. ❒ Condução das aulas ❍ O silêncio em sala de aula é fundamental para o bom andamento da disciplina. Sendo assim, este professor espera que os alunos não conversem durante as aulas. ❍ Os celulares deverão ser desligados antes de entrar em sala de aula. TFM 7 Instruções Gerais ❒ Desenvolvimento do Curso ❍ Este curso é oferecido para alunos dos último anos do curso de engenharia elétrica. Neste contexto, o professor deve ser visto como um orientador do aluno, que visa facilitar o aprendizado da matéria. Portanto, espera-se que os alunos tenham uma postura pró-ativa durante o ano letivo, ou seja, que se sintam responsáveis pela aquisição do conhecimento. TFM 8 Instruções Gerais ❒ Avaliações ❍ MF = (0,8 x P1 + 1,2 x P2 + A)/3 ≥ 5,0 • A = (A1 + A2)/2 ❒ A cola não será tolerada. As provas poderão ser realizadas com consulta, a critério do professor. TFM 9 Sumário ❒ Apresentação do plano de ensino ❒ Breve histórico da ❒ Telefonia Celular ❒ Telefonia IP telefonia e das telecomunicações ❒ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC) ❍ Telefonia Analógica ❍ Telefonia digital ❍ Sinalização TFM 10 História Augusto Comte (1798-1857) “Para conhecer a ciência, é necessário conhecer sua história” TFM 11 História Séc. XVIII ❒ 1793: Claude Chappe instalou um sistema de telégrafo visual entre Paris e Lille, baseado em semáforos que conseguiam decodificar até 96 sinais diferentes. ❒ 1796: Francisco Salva construiu um telégrafo entre Madri e Aranjuez (50 km). O enlace era formado por 44 fios, que permitiam a transmissão de até 22 caracteres. Séc. XIX ❒ 1820: Hans Christian Oersted (Univ. de Copenhague) observou que uma bússola se alinha ao campo magnético produzido por um fio com corrente. Até então, pensava-se que eletricidade e magnetismo eram fênomenos distintos, não relacionados. TFM 12 História Séc. XIX ❒ 1832: Pavel Lvovitch Schilling (diplomata russo) construiu um telégrafo dotado de um sistema de agulhas simples. ❒ 1833: Karl Friedrich Gauss e Wilhelm Weber (alemães) construíram um telégrafo elétrico (2 km), utilizando galvanômetros de espelho no receptor. ❒ 1837: William Fothergill Cooke e Charles Wheatstone (UK) patentearam um telégrafo de 5 linhas e agulhas. O primeiro telégrafo comercial dessa classe entrou em operação na Inglaterra em 1839. TFM 13 História Séc. XIX ❒ 1844: Samuel Finley Breeze Morse, um pintor, aperfeiçoou o telégrafo e fez a primeira transmissão telegráfica nos EUA, entre Washington, D.C., e Baltimore (64 km). Morse usou equipamento próprio, diferente do de Cooke e Wheatstone. ❍ A Telegrafia é um sistema de comunicação digital ❍ Código Morse: sequências curtas representam letras frequentes, enquanto que sequências longas representam letras não usuais. TFM 14 História Séc. XIX ❒ 1860: Antonio Meuci (Itália) fez uma demonstração pública do seu telefone em NY. Meuci depositou na seção de patentes de DC uma descrição do seu telefone. Em 1876 a sua patente caducou, pois não tinha dinheiro para renová-la. ❒ 1861: Johann Philipp Reis (Alemanha) demonstrou seu telephon (telefone) à Sociedade Científica de Frankfurt. O princípio era o mesmo do telefone de A. G. Bell: uma membrana ou diafragma que, sob pressão sonora, variava a resistência num circuito. TFM 15 História Séc. XIX ❒ 1864: James Clerk Maxwell formulou a teoria eletromagnética da luz e previu a existência das ondas de rádio. ❒ 1866: Lançamento de cabo submarino entre os EUA e a Europa. ❒ 1876: Num espaço de poucas horas (1876 ... que coincidência!?), Alexander Graham Bell e Elisha Gray depositaram (Bell primeiro), na seção de patentes de DC, projetos de telefones. Detalhe: Meuci deixou uma cópia do seu projeto com o Diretor da Western Telegraph, onde trabalhava Elisha Gray, em 1871 ... Meuci solicitou a devolução do seu projeto em 1874, mas responderam-lhe que os seus desenhos haviam sumido! TFM 16 História Séc. XIX ❒ 1887: Heinrich Hertz confirmou experimentalmente a existência das ondas de rádio. ❒ 1894: Oliver Lodge demonstrou a comunicação sem fio através de uma distância curta (137m). ❒ 1897: A. B. Strowger, um agente funerário de Kansas, desenvolveu a primeira central de comutação telefônica, do tipo passo a passo. ❒ 1900: O Padre Roberto Landel de Moura (Brasil-RS), formado em Física (Roma) fez uma demonstração do seu transmissor de rádio p/ sinais de voz, transmitindo voz a uma distância de 8 km, entre Santana e a Paulista. Em 1904, obteve, nos EUA, 3 patentes: ``Transmissor de Ondas'', ``Telégrafo sem Fios'' e ``Telefone sem Fios''. TFM 17 História Séc. XX ❒ 1901: Guglielmo Marconi recebeu um sinal de rádio em Signal Hill, Newfoudland, EUA, que foi transmitido de Cornwall, UK, a 2736 km de distância. ❒ 1904: John Ambrose Fleming inventou o diodo a tubo de vácuo. ❒ 1906: Lee de Forest inventou o triodo a tubo de vácuo (dispositivo fundamental para o desenvolvimento da telefonia transcontinental). ❒ 1909: A. K. Erlang (Dinamarca) publicou o trabalho of Probabilities and Telephone Conversations”. “The Theory ❒ 1917: Erlang publicou suas famosas fórmulas de perda e espera no trabalho “Solution of Some Problems in the Theory of Probabilities of Significance in Automatic Telephone Exchanges”. TFM 18 História Séc. XX ❒ 1918: Edwin H. Armstrong inventou o receptor de rádio super- heteródino. Até hoje quase todos os rádios são deste tipo. ❒ 1928: Harry Nyquist publicou um artigo clássico sobre a teoria da transmissão de sinal em telegrafia. ❍ Desenvolveu um critério para a recepção correta de sinais telegráficos transmitidos em canais dispersivos na ausência de ruído. ❍ Aplicação na transmissão digital de dados em canais dispersivos. ❒ 1933: Armstrong demonstrou o conceito de FM. O artigo com o conceito do FM foi publicado em 1936. ❒ 1933: Vladimir A. Kotelnikov (URSS) publicou a formulação matemática precisa do Teorema da Amostragem. TFM 19 História Séc. XX ❒ 1937: Alex Reeve inventou a modulação por código de pulso (PCM – Pulse Code Modulation) para a codificação digital de sinais de voz. ❍ Sistema PCM de 24 canais foi usado pelo exército dos EUA no final da 2a guerra. ❒ 1945: John von Neumann publicou o relatório técnico “First Draft of a Report on the EDVAC (Electronic Discrete Variable Automatic Computer)”, que contém a primeira descrição do projeto lógico de um computador digital com programa armazenado (arquitetura de von Neumann). TFM 20 História Séc. XX ❒ 1945: Arthur C. Clark propôs a idéia de se utilizar um satélite orbitando a Terra como ponto de repetição para a comunicação entre duas estações terrestres. ❒ 1946: implantação do IMTS (Improved Mobile Telephone Service), primeiro sistema de telefonia móvel (EUA). ❒ 1946: ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator) foi o primeiro computador digital eletrônico de grande escala. Foi criado na Escola Moore de Eng. Elétrica da Univ. da Pensilvânia por John P. Eckert Jr. e John W. Mauchly. ❒ 1947: invenção do transistor por Walter H. Brattain, John Bardeen e William Shockley (Nobel de física de 1956) do Bell Labs. TFM 21 História Séc. XX ❒ 1947: Kotelnikov introduziu, em sua tese de doutorado, o conceito da representação geométrica de sinais. ❒ 1948: Claude Shannon publica o artigo "A Mathematical Theory of Communication" no Bell System Technical Journal ❍ Antes do trabalho de Shannon, acreditava-se que um aumento da taxa de transmissão de dados em um canal ruidoso aumentaria a probabilidade de erro. Shannon provou que isto não é verdade, desde que a taxa de transmissão esteja abaixo da capacidade do canal. ❒ 1957: lançamento do primeiro satélite, Sputinik I, pela antiga URSS. TFM 22 História Séc. XX ❒ 1958: Bell Labs fez a demonstração da primeira central privada (PBX – Private Branch Office) de programa armazenado. ❍ Melhoria da qualidade do sinal, da confiabilidade e redução de custos. ❒ 1958-1959: Jack St. Clair Kilby (Texas Instruments) e Robert Noyce (cofundador da Fairchild Semiconductor e Intel) implementaram o primeiro CI de forma independente. Kilby ganhou o prêmio Nobel de física em 2000. ❒ 1962: lançamento do satélite Telstar I, construído pelo Bell Labs. TFM 23 História Séc. XX ❒ 1965: a companhia telefônica Bell instalou a sua primeira central telefônica pública controlada por computador: ESS (Electronic Switching System) #1. ❍ Funções de controle implementadas por um computador digital de programa armazenado. Standard Telephone Laboratories (UK) mostraram (1) que a atenuação em uma fibra óptica era devido a impurezas no vidro e (2) que a perda intrínseca, determinada pela dispersão de Rayleigh, é muito baixa. Eles previram que uma atenuação de 20 dB/ km poderia ser obtida. ❒ 1965: K. C. kao e G. A. Hockhan do TFM 24 História Séc. XX ❍ Naquela época, a atenuação de uma fibra de vidro era da ordem de 1.000 dB/km. Atualmente, consegue-se atenuação da ordem de 0,1 dB/km. ❒ 1965: invenção do equalizador adaptativo por Robert Lucky, AT&T Bell Labs. ❍ subsistema chave dos modems de alta velocidade. ❒ 1970: Robert D. Maurer, Donald Keck, Peter C. Schultz e Frank Zimar da Corning Glass Works demonstraram uma fibra (vidro de sílica dopado com titânio) com atenuação de 17 dB/km. TFM 25 História Séc. XX ❒ 1971: a rede ARPANET foi colocada em serviço. ❍ Trabalho pioneiro em comutação de pacotes. switch digital brasileiro (projeto SISCOM Telebrás/FDTE/EPUSP), sob coordenação geral do prof. Jacyntho José Angerami, do Departamento de Engenharia Eletrônica. ❒ 1975: protótipo do primeiro ❒ 1976: criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás (CpqD); a Telebrás era (ela ainda existe!) a empresa estatal que detinha o monopólio dos serviços públicos de telecomunicações no Brasil. TFM 26 História Séc. XX ❒ 1982: G. Ungerboeck inventou a modulação por código de treliça (TCM – Trellis Coded Modulation), que contribuiu para o aumento das taxas de transmissão de dados via modems. ❒ 1983: A FCC (Federal Communications Comission) dos EUA alocou 666 canais para uso de telefonia móvel, na faixa de 800 MHz, com uma banda de 30 kHz para cada sentido; o conceito de duas bandas independentes (bandas “A” e “B”) foi usado no sistema AMPS (Advanced Mobile Phone Service) para incentivar a competição entre operadoras. ❒ 1984: particionamento do sistema Bell (AT&T) de telefonia na nova AT&T (operadora de longa de distância) e 7 RBOCs (Regional Bell Operating Companies). TFM 27 História Séc. XX ❒ 1985: ARPANET é renomeada para Internet. software de interface de hipermídia para a Internet, o qual foi batizado de World Wide Web. ❒ 1990: Tim Berners-Lee propôs um ❒ 1991: introdução do padrão IS-54 de telefonia celular digital nos EUA, com o qual conseguiu-se triplicar a capacidade dos sistemas AMPS existentes. ❍ IS-136 é uma atualização do IS-54. ❒ 1991: padronização do padrão europeu GSM (Global System Mobile) de telefonia celular. TFM 28 História Séc. XX ❒ 1993: regulamentação do sistema CDMA (Code Division Multiple Access), originalmente desenvolvido pela Qualcomm Inc. ❒ 1994: comercialização da Internet. ❒ 1998: Privatização do sistema Telebrás. TFM 29 Back to the Future ... Primeiro sistema de comunicação integrada (Phillip Reis – Dec. 1860) TFM 30 Sumário ❒ Apresentação do plano de ensino ❒ Breve histórico da ❒ Telefonia Celular ❒ Telefonia IP telefonia e das telecomunicações ❒ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC) ❍ Telefonia Analógica ❍ Telefonia digital ❍ Sinalização TFM 31 Telefonia Analógica Conexão direta: • primeira transmissão oficial em 1876 (Alexander Graham Bell) • sem discagem de números • um cabo conecta cada localidade TFM 32 Rede em Estrela A C Switch ou CCC (Central de Comutação e Controle) B D Evolução da comutação: • operador(a) atuando como comutador • central de comutação eletromecânica • central eletrônica – CPA (Controle por Programa Armazenado), meados dos anos 1970 • roteador IP/MPLS (MultiProtocol Label Switching Router) TFM 33 Centrais de Comutação Telefônicas Funções básicas: ❒ Conexão entre os canais de comunicação dos assinantes ❒ Reconhecer/processar informações do assinante que realiza a chamada em relação ao destino desejado para a chamada (número chamado) ❒ Repassar as informações do assinante que realiza a chamada para as outras centrais de comutação envolvidas, caso seja necessário ❒ Selecionar, pelos dígitos do número do telefone de destino, o tronco ou enlace de assinante a ser comutado (controle e comutação) TFM 34 Centrais de Comutação Telefônicas Funções básicas: ❒ Enviar sinais audíveis de controle de chamada para o assinante que realiza a chamada e para o assinante a ser chamado (sinalização de assinante) ❒ Fornecer alimentação elétrica para os telefones dos assinantes ❒ Armazenar ou encaminhar para outras centrais as informações relativas às medições para a cobrança das chamadas (bilhetagem) TFM 35 Hierarquização da Rede Motivação: ❒ Demanda por interconexão entre assinantes servidos por centrais locais distintas, muitas vezes situados em cidades/localidades distintas (ligações interurbanas). Solução: ❒ Implementar uma rede com vários níveis de switching. TFM 36 Hierarquização da Rede ❒ Rede hieráquica requer um maior número de switches. ❒ Por outro lado, a rede hierárquica requer um menor número de trunks (enlaces tronco) entre switches do que a rede mesh. TFM 37 Hierarquização da Rede Como determinar o número total de canais de voz entre duas centrais? ❒ Este número é função da quantidade de tráfego que existe entre cada par de switches. ❒ Erlang mostrou que o número de chamadas telefônicas geradas durante um intervalo de tempo é bem modelado pelo processo aleatório de Poisson N E1, N A= A N! N ∑k=0 Ak k! Fórmula B de Erlang da primeira espécie para sistemas de perdas com acessibilidade plena “N” = número de canais de saída. “A” = intensidade de tráfego [Erlangs]. 1 Erl = 3600 seg A = (número médio de chamadas/min) x (tempo médio de duração de 1 chamada em minutos) TFM 38 Hierarquização da Rede Estabelecimento da chamada ❒ Somente uma única rota entre duas centrais distintas da rede hierárquica. ❒ Vários caminhos entre duas centrais de uma rede mesh (inclusive a conexão direta). ❒ Na prática, tem-se um híbrido das duas estratégias: a rede é hieráquica, porém trunks interligam switches quando o tráfego entre centrais justifica a interconexão direta. TFM 39 Hierarquia do Sistema Bell (pré-1984) Classe do Switch Designação Funcional 1 central regional 2 central seccional 3 central primário 4 central interurbana 5 central local TFM 40 Hierarquização da Rede Roteamento da chamada no sistema Bell ❒ pelo nível mais baixo sempre que possível ❍ menor número de nós intermediários ❍ otimização da qualidade do circuito ❒ Fig. ao lado ilustra a ordem de seleção das rotas alternativas (backbone =linha sólida, tronco direto = linha tracejada) TFM 41 Hierarquização da Rede (Sistema Bell) Central Tandem ❒ Switches Tandem empregados no nível mais baixo da rede (local), para interconexão entre centrais classe 5. ❒ Não integra a hierarquia de centrais interurbanas; compõe a arquitetura de uma exchange area (área metropolitana). É uma central intermediária. TFM 42 Hierarquia das Centrais de Comutação (Telebrás) Central de comutação local ❒ Interface com a rede de acesso ❒ Central de Comutação de Nível 5 (terminologia do antigo sistema Bell) Central tandem PABX (Private Automatic Branch Exchange) ❒ Central privada de comutação: pertence à uma corporação e provê funções internas de switching e acesso à rede pública. ❒ Conexão entre centrais locais Central de trânsito ❒ Conexão entre centrais tandem ❒ Local, nacional ou internacional TFM 43 Hierarquia das Centrais de Comutação (Telebrás) Central Trânsito Internacional Central Trânsito Internacional Central Trânsito Nacional Central Trânsito Nacional Central Trânsito Local Central Trânsito Local Central Tandem Central Tandem PABX Central Local Central Local Central Local Central Local TFM 44 Partição da rede nos EUA após 1984 TFM 45 Partição da rede nos EUA após 1984 TFM 46 Privatização da Telebrás: 1998 Modalidades do STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) – Resolução 85/98 ANATEL TFM 47 Plano Geral de Outorgas (1998) Decreto Federal Núm. 2.534, de 02/041998 TFM 48 Plano Geral de Outorgas (1998) Decreto Federal Núm. 2.534, de 02/04/1998 TFM 49 Plano Geral de Outorgas (1998) Decreto Federal Núm. 2.534, de 02/04/1998 TFM 50 Sistemas de Comutação Switching automático ❒ Componentes de um ❍ Sinalização ❍ Controle ❍ Switching switch ❒ Subsistema de sinalização monitora as linhas e encaminha informação de controle/status para o elemento de controle do switch TFM 51 Sistemas de Comutação Switching automático ❒ Subsistema de controle processa as mensagens de sinalização e gerencia as conexões de acordo. ❒ Subsistema de comutação é implementado por uma matriz de comutação: uma rede de crosspoints selecionáveis é usada para interconectar as linhas de entrada às linhas de saída. TFM 52 Switch Eletromecânico TFM 53 Switch Eletromecânico ❒ Dois tipos de centrais analógicas (eletromecânicas): ❍ Passo a passo ou switch de Strowger ❍ Crossbar (barras cruzadas) ❒ Central passo a passo utilizava o controle progressivo direto: segmentos sucessivos de um caminho que atravessa um comutador são estabelecidos em resposta a cada um dos dígitos do número chamado que é discado. TFM 54 Switch Eletromecânico Desvantagens da central passo a passo ❒ Uma chamada pode ser bloqueada mesmo quando existe um caminho apropriado através do switch, porque um caminho “ruim” foi selecionado num estágio anterior. trunks saintes não é possível, ou seja, a linha de saída é diretamente selecionada pelos pulsos de discagem entrantes e não pode ser substituída (não flexibilidade de roteamento). ❒ Roteamento alternativo para ❒ Outros esquemas de sinalização, como sinalização por tons, não são possíveis. TFM 55 Switch Eletromecânico Central do tipo crossbar ❒ Controle comum centralizado para seleção do caminho. ❒ Elemento de controle recebe todo o endereço (número chamado) antes de decidir qual é a rota de saída adequada. ❒ Elemento de controle transfere informação de encaminhamento na forma de sinais de controle para a matriz de comutação, a qual estabelece a conexão (caminho por dentro do switch). ❒ Vantagem fundamental: a implementação da função de controle é separada da implementação da função de comutação. TFM 56 Switch crossbar TFM 57 Switch crossbar ❒ Pontos de cruzamento (crosspoints) são implementados com relés. ❍ relé fecha quando passa corrente ❍ relé abre quando não passa corrente ❒ Eram predominantemente usadas em áreas metropolitanas e na rede interurbana (centrais classe 5 eram frequentemente do tipo passo a passo). TFM 58 Central por Programa Armazenado (CPA) ❒ A partir da década de 1960, mas especialmente a partir dos anos 1970, as CPAs se consolidaram, inicialmente na sua versão analógica. ❍ Matriz de comutação implementada com relés protegidos ❍ Controle implementado por um computador digital ❒ Numa CPA-T (temporal) a comutação é totalmente eletrônica, isto é, amostras do sinal de voz (multiplexadas no tempo e codificadas) são comutadas ao invés do sinal analógico de voz. TFM 59 CPA-T ❒ Sinal telefônico é amostrado e codificado em 8 bits (PCM), preferivelmente já na entrada da central. ❒ Como daí em diante são transmitidos sinais binários, que são “insensíveis a ruídos e interferências”, consegue-se utilizar acopladores totalmente eletrônicos (chips), sem os sérios problemas de diafonia que caracterizavam os pontos de acoplamento nos sistemas analógicos. ❒ As CPA-T dominam o cenário atual. TFM 60 Terminal Analógico TFM 61 Terminal Analógico TFM 62 Terminal Analógico TFM 63 Sistemas de Transmissão ❒ Pares de fios abertos (“open-wire pairs”) ❍ Era usado em áreas rurais ❍ Vantagem: pouca atenuação na banda de voz (300 – 3.400 Hz) ❍ Desvantagem: a quantidade de cobre é 25x maior do que a utilizada num par trançado de um cabo de pares. ❒ Cabo de pares ❍ Sistemas de cabos de pares (ou multipar) foram introduzidos em 1883 nos EUA. ❍ Um único cabo pode conter de 6 a 2700 pares trançados. TFM 64 Cabo Multipar TFM 65 Cabo Multipar TFM 66 Cabo Multipar TFM 67 Sistemas de Transmissão ❒ No passado, as áreas metropolitanas da RPTC (exchange areas) usavam quase que exclusivamente cabos de pares para transmissão de curta distância entre centrais. ❒ Até a introdução das técnicas de multiplexação, cada circuito de voz era transportado por um par separado de fios. ❒ A eletrônica (circuitos transistorizados) possibilitou a implantação de sistemas de transmissão que multiplexavam vários canais de voz num único par trançado. ❍ FDM (Frequency Division Multiplexing) em sistemas analógicos ❍ TDM (Time Division Multiplexing) em sistemas digitais TFM 68 Sistemas de Transmissão Dois fios vs quatro fios ❒ Transmissão a 1 fio é possível (foi usada no passado). Entretanto, é muito “ruidosa” e de baixa qualidade. ❒ Par trançado é usado na “última milha” ❍ acesso residencial ❍ boa qualidade ❍ Sinais de voz gerados pelas duas pontas se propagam no par em sentidos opostos TFM 69 Sistemas de Transmissão Dois fios vs quatro fios ❒ Transmissão entre centrais é feita a “4 fios” (2 pares de fios ou 2 fibras ópticas) ❍ A separação física das duas direções de transmissão facilitam as operações de amplificação e de multiplexação. ❒ Algumas vezes a banda passante de um par de fios era separada em duas subbandas, as quais eram usadas para as duas direções de propagação. ❍ Sistemas derivados de 4 fios (canais separados p/ Tx e Rx) • Exemplo: sistemas de rádio-enlace TFM 70 Sistemas de Transmissão Conversão de 2 para 4 fios ❒ Híbrido: separa os dois sentidos da comunicação TFM 71 Sistemas de Transmissão Híbrido ❒ É um circuito com quatro acessos (quatro pares de terminais) ❒ Parte do sinal é refletida pelo híbrido ❍ Malha pode oscilar para ganhos altos TFM 72 Sistemas de Transmissão Pupinização ❒ Adição de indutâncias concentradas em série com os condutores da linha, de modo que se obtenha L/C = R/G. Resultado: ❍ linha sem dispersão na faixa de áudio (velocidade de fase não varia com a frequência) ❍ diminuição da atenuação. ❒ Bobinas introduzidas a cada 1,0, 1,5 ou 2 km. ❒ Enlaces tronco entre centrais ❒ Linhas de assinantes rurais (distância grande) ❒ Não se usa mais porque atua como filtro passa-baixas, impedindo a implantação de sistemas multicanais como o ADSL. TFM 73 Sistemas de Par-Ganho (Pair-Gain) ❒ Provisionamento de linhas em áreas rurais ❍ É caro porque há poucos assinantes e as rotas são longas ❒ Compartilhamento de pares de fios por meio de sistemas par- ganho ❒ ❍ concentradores (M<N) ❍ multiplexadores Ex.: 40 terminais que ficam ativos somente 7,5% do tempo podem ser concentrados em 10 linhas com 0,1% de probabilidade de bloqueio (baixa!) TFM 74 Sistemas Par-Ganho ❒ Concentrador e expansor são ❍ switches remotos Sistema requer a transferência de informação de controle entre os dois comutadores remotos. ❒ Multiplexação ❍ FDM ou TDM (p/ sinais digitais). ❍ Não requer a transferência de informação de controle entre o MUX/DEMUX. ❍ Não há bloqueio. ❍ Subcanais podem ficar subutilizados se as fontes geram pouco tráfego telefônico. TFM 75 FDM e Modulação FDM analógico ❒ Multiplexação de mais de um circuito (canal) de voz na banda passante de um único meio de transmissão ❍ rádio-enlace ponto a ponto na faixa de microondas (muito comum) ❍ cabo coaxial e par trançado (menos usado) ❒ FDM também é usado nas fibras ópticas, sendo neste caso mais conhecido como WDM (Wavelenght Division Multiplexing) ❍ Sinais digitais transportados por um determinado λ são multiplexados pela técnica TDM. TFM 76 FDM e Modulação FDM analógico ❒ Todos os equipamentos de multiplexação da hierarquia usavam modulação SSB (Single Side Band) ❒ Hierarquia FDM da rede Bell (similar a que foi recomendada pela antiga CITT, atual ITU) TFM 77 FDM e Modulação Multiplexador de canal de Grupo TFM 78 FDM e Modulação Multiplexador de canal de Supergrupo TFM 79 Meio de Transmissão em Banda Larga Par Metálico Trançado ❒ Banda passante de 1 a 4 MHz, dependendo do diâmetro do fio, tipo de isolamento usando nos pares do cabo e do tamanho do enlace. ❍ 24 canais em sistemas digitais T1 ❍ 32 canais em sistemas digitais E1 Cabo Coaxial ❒ Sistema analógico de cabo coaxial L5E (EUA) ❍ 13.200 canais de voz Fibra Óptica ❒ Transmissão digital ❍ 100K canais de voz num único comprimento de onda TFM 80 Cabo Coaxial ❒ Uso predominante em enlaces de longa distância da rede interurbana. ❍ 1941: transmissão de 480 canais de voz entre Minneapolis e Stevens Points (200 milhas) ❍ Repetidores a cada 5,5 milhas ❒ Fibra óptica tem maior banda passante, menor atenuação e menor custo ⇒ coaxial ficou obsoleto! TFM 81 Rádio Microondas ❒ Motivação: rede nacional para distribuição de sinais de TV ❒ Com o aumento do tráfego interurbano, sistemas rádio tornaram-se o meio mais econômico para a distribuição de circuitos de voz na rede de longa distância. ❒ 1948: sistema em NY e Boston. ❒ Transmissão de 60% do tráfego telefônico da rede interurbana dos EUA em 1980. ❒ Visada direta entre rádios; distância de 40 km. ❒ Principal vantagem: não requer “direito de passagem” contínuo, como sistemas de fibras ópticas. TFM 82 Rádio Microondas Frequências de microondas alocadas nos EUA ❒ Bandas populares: 4 e 6 GHz. ❍ Banda de 2 GHz não foi muito usada devido à banda do canal ser relativamente estreita. ❍ Banda de 11 GHz é vulnerável à atenuação da chuva. TFM 83 Rádio Microondas Rádios de microondas analógicos do sistema Bell ❒ Todos os rádios (exceto o AR-6A) usavam modulação FM de baixo índice. ❍ Permite uso de amplificadores não lineares ❍ Boa SNR do FM TFM 84 Rádio Microondas Causas de outage ❒ Propagação multipercurso atmosférica ❒ Falhas de equipamentos ❒ Manutenção Multipercurso (multipath) TFM 85 Rádio Microondas Diversidade em frequência ❒ Desvanecimentos profundos normalmente só afetam um único canal ❍ Canal backup incluindo spare Tx e spare Rx pode ser usado para transportar o tráfego do canal primário. ❍ Chaveamento para o canal de contingência deve ser feito em até 30 ms ❍ Sistema de rádio TD-3 usava 12 canais: 10 primários e 2 de reserva (sistema 10 x 2). TFM 86 Rádio Microondas Diversidade espacial ❒ Desvanecimento profundo somente ocorre quando raio secundário chega com defasagem de 180o. Portanto, é pouco provável que dois caminhos diferentes estejam sujeitos a fading simultâneo. ❍ Tx irradia para 2 antenas Rx que estão numa mesma torre. ❍ Distância de até 1 m entre antenas Rx é suficiente. TFM 87 Satélites ❒ 1965: satélite soviético Molniya (comunicação doméstica) e satélite INTELSAT I (comunicação internacional). ❒ Foram muito usados para transporte de circuitos internacionais de voz ❍ Atualmente foram desbancados pelos sistemas ópticos ❒ É um sistema de microondas com um único repetidor, denominado transponder (no satélite). ❍ ❍ Faixas de 4 e 6 GHz. Down link é broadcast por natureza: oportunidade para distribuição de sinais de TV. ❍ INMARSAT (1982): telefonia via satélite p/navios. ❍ Skyphone (1989): telefonia via satélite p/ aeronaves. ❍ Principal desvantagem: o atraso é grande (pode chegar a 250 ms up e down) 88 TFM Fatores que degradam a transmissão ❒ Atenuação do sinal. ❒ Ruído ❒ Interferência ❒ Crosstalk ❒ Distorção ❒ Eco ❒ Singing ❒ Imperfeições devidas a modulação e portadoras TFM 89 Fatores que degradam a transmissão Atenuação do sinal ❒ CCITT limitou a atenuação relativa entre dois assinantes a 36 dB. Interferência ❒ Surge do acoplamento indesejável de alguns sinais da rede ❍ ❍ É conhecida como crosstalk (linha cruzada) se a interferência é inteligível. Fontes de linha cruzada • Acoplamento entre pares metálicos de um mesmo cabo • Filtragem inadequada e offset de portadoras em sistemas multiplex FDM • Não linearidades presentes no multiplex. TFM 90 Fatores que degradam a transmissão Crosstalk ❒ Near-End Crosstalk (NEXT) ❒ Far-End Crosstalk (FEXT) TFM 91 Fatores que degradam a transmissão Ruído ❒ Ruído branco Gaussiano ❍ amplitudes do ruído seguem a função densidade de probabilidade Normal (Gaussiana) ❍ é um sinal “totalmente aleatório” porque duas amostras distintas são não correlacionadas. ❍ fontes: ruído térmico em componentes elétricos, bateria da central ❒ Ruído impulsivo, produzido, por exemplo, por transientes de comutação (centrais eletromecânicas). ❒ Ruído de quantização nos terminais digitais de voz TFM 92 Fatores que degradam a transmissão Ruído ❒ Sinais presentes em certas frequências da banda de voz (4 kHz) perturbam o assinante mais do que outros. ❍ Portanto, medidas práticas do valor rms do ruído (ou da interferência) devem levar em conta os efeitos subjetivos do ruído bem como o seu nível de potência. ❍ Filtros que modelam a resposta em frequência do conjunto ouvido humano + terminal: • C-message (EUA) • psofométrico (ITU-T). TFM 93 Fatores que degradam a transmissão Filtro Psofométrico e C-Message TFM 94 Fatores que degradam a transmissão Ruído Psofométrico ❒ Uma determinada Prática Telebrás diz que ❍ “ruído psofométrico – medido no lado a 2 fios (...), não deve ser superior a 70 dBmp em 600 ohms.” ❒ PdBmp = 10 log PmW: unidade de potência de ruído psofométrico (sinal que foi ponderado pela curva psofométrica) ❒ 1 mW corresponde a uma tensão de 0,775 V numa carga de 600 ohms ❒ Potência de referência para ruído: 1pW = -90 dBm ❍ X dBrn = -90 + X dB ❒ Obs.: nível de potência de sinal se expressa em mW. TFM 95 Fatores que degradam a transmissão Especificação da qualidade de um circuito analógico de voz ❒ Não é especificado em termos de SNR ❍ ruído de baixa potência pode incomodar durante pausa ❍ ruído de alta potência pode ser imperceptível durante a fala ❍ Logo, é importante medir o nível absoluto da potência do ruído ❒ Objetivos de níveis máximos de ruído para a rede analógica da AT&T ❍ 28 dBrnC para conexões de até 60 milhas ❍ 34 dBrnC circuitos de 1.000 milhas TFM 96 Fatores que degradam a transmissão Tabela para conversão de níveis de potência de ruído TFM 97 Fatores que degradam a transmissão Distorção ❒ Algumas distorções são introduzidas por não linearidades presentes no sistema: ❍ Microfones de carvão ❍ Amplificadores saturados ❒ Outras são lineares por natureza e podem ser caracterizadas no domínio da frequência ❍ Distorção de amplitude ❍ Distorção de fase TFM 98 Fatores que degradam a transmissão Distorção de amplitude ❒ Pode ser introduzida pelos filtros de banda lateral dos sistemas FDM ❒ Par metálico ❍ Minimizada pela pupinização Distorção de fase ❒ Se frequências distintas viajam com velocidades diferentes pelo canal, então o sinal recebido é uma versão distorcida da forma de onda original ❍ Qualquer desvio da característica de fase linear é denominado distorção de fase ❍ Pouco impacto para telefonia analógica ❍ Grande impacto para telefonia digital TFM 99 Fatores que degradam a transmissão Resposta de fase de uma ligação interurbana TFM 100 Fatores que degradam a transmissão Eco ❒ A reflexão do sinal transmitido (acoplamento no caminho de retorno) origina o eco. ❒ O eco é portanto uma versão atrasada e distorcida do áudio original que degrada a qualidade da comunicação ❒ Quando o eco é repetidamente acoplado de volta no caminho direto e o ganho do loop em alguma frequência é maior do que 1 ocorre o singing. Tx B Rx Voz de B Voz de A RPTC Rx Tx Eco da Voz de B TFM A 101 Fontes de Eco ❒ Descasamento de impedâncias na híbrido (4/2 fios) ❒ Eco acústico: microfone de A capta som recebido de B e realimenta uma versão atrasada de B no sentido inverso Alto-falante Sinal recebido Eco microfone Cancelador de eco Sinal “descontaminado” Sinal local TFM 102 Eco Híbrido ❒ Descasamento de impedâncias na transformação de 2 para 4 fios na central de comutação (terminação da rede) 2 fios 4 fios 2 fios TFM 103 Eco ❒ Eco não incomoda se atraso é menor do que 25 ms ❒ Sensação piora com aumentos da amplitude e RTT FXO:FXS Enlace analógico E&M PBX analógico eco não é perceptível (atraso é pequeno) Enlace analógico E&M GW GW WAN digital FXO:FXS PBX analógico eco pode ser perceptível TFM 104 Eco ❒ Escutar a sua própria voz é um fator de segurança para o interlocutor (sidetone); mas o atraso passa a causar problemas (interrupções e quebra da cadência da conversação) se for maior do que 25 ms ❒ Cancelador de eco ❍ Filtro digital adaptativo modela o sinal recebido x ❍ Criação de uma versão local do eco x’ ❍ Subtrai a versão local do eco do eco real x – x’ ≅ 0 ❍ Implementação com DSP TFM 105 Supressor de Eco TFM 106 Supressor de Eco ❒ Mede a energia em cada sentido e insere perda de 35 dB no sentido reverso para cancelar o eco ❍ circuito fica half-duplex ❍ Desvantagem: bloqueio do início de segmentos da fala do locutor “B” quando “B” começa a falar antes da finalização dos segmentos de fala de “A”. ❍ Tempo de chaveamento: 2-5 ms TFM 107 Cancelador de Eco TFM 108 Cancelador de Eco Cancelador de eco ❒ Mantém a característica full-duplex do circuito ❒ Modems na banda de voz full-duplex (V.32 em diante) incorporam canceladores de eco ❍ canceladores de eco na rede são desnecessários e podem ser desativados por meio do envio de um tom modulado de 2100 Hz ❒ Como o custo dos DSPs caiu drasticamente, é o método amplamente usado hoje em dia. TFM 109 Sumário ❒ Apresentação do plano de ensino ❒ Breve histórico da ❒ Telefonia Celular ❒ Telefonia IP telefonia e das telecomunicações ❒ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC) ❍ Telefonia Analógica ❍ Telefonia digital ❍ Sinalização TFM 110 Digitalização da Voz Teorema da Amostragem de Nyquist ❒ Se um sinal analógico é amostrado em intervalos regulares de tempo a uma taxa maior do que duas vezes a maior freqüência significativa do sinal, então as amostras contém toda a informação do sinal original. O sinal original pode ser reconstruído a partir do sinal amostrado pelo uso de um filtro passa-baixas (filtro de reconstrução) Sinal analógico Filtro passa-baixas Amostrador Quantizador Codificador PCM Sinal digital TFM 111 Digitalização da Voz 6,2 5,8 6,0 5,2 3,0 1,2 1,3 Pulsos PAM TFM 112 Digitalização da Voz 6,2 5,8 6,0 5,2 6 6 5 3,0 1,3 1,2 6 3 1 1 011 001 110 001 Pulsos PCM 110 110 101 ❒ Amostras são quantizadas e codificadas por um conjunto de bits TFM 113 Digitalização da Voz PCM (G.711) ❒ 256 níveis de quantização (± 5V) ❒ 8.000 amostras/segundo ❒ 8 bits por amostra ❒ 64 kbps Outros métodos ❒ Differential PCM (DPCM) ❒ Adaptive PCM (G.726) TFM 114 Digitalização da Voz DPCM ❒ Codificam-se apenas as diferenças entre amostras adjacentes (4 bits) ❒ Mantém-se a precisão sem necessidade de aumento de banda passante ❒ Economizam-se 4 bits 10 0 t TFM 115 Digitalização da Voz ADPCM (G.726) ❒ Combina o método DPCM com o PCM adaptativo ❒ Níveis de quantização são adaptados à forma do sinal de entrada. O tamanho do passo de quantização aumenta quando uma seqüência íngreme do sinal se mantém por tempo suficiente TFM 116 CODECs ❒ ITU-T G.711: PCM – taxa de 64 kbps ❒ ITU-T G.726: ADPCM – taxas de 16, 24, 32 e 40 ❒ ❒ ❒ ❒ kbps ITU-T G.728: Low-Delay Code-Excited Linear Prediction (LD-CELP) – taxa de 16 kbps ITU-T G.729: Algebraic Code-Excited Linear Prediction (ACELP) – taxa de 8 kbps ITU-T G.723.1: Multi-Pulse MultiLevel Quantization (MP-MLQ)-ACELP – taxas de 5,3 e 6,3 kbps iLBC (Internet Low BitRate Codec): 13,33 e 15,2 kbps (usado pelo Skype, Google Talk, MSN Messenger) TFM 117 Sumário ❒ Apresentação do plano de ensino ❒ Breve histórico da ❒ Telefonia Celular ❒ Telefonia IP telefonia e das telecomunicações ❒ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC) ❍ Telefonia Analógica ❍ Telefonia digital ❍ Sinalização TFM 118 Sinalização Telefônica Definição ❒ A sinalização telefônica é formada pelo conjunto de sinais, mensagens e protocolos, necessários para estabelecer a troca de informação entre sistemas de comunicação TFM 119 Sinalização Telefônica Funções da sinalização: ❒ Estabelecimento das conexões ❒ Finalização de chamadas (desconexões) ❒ Comandar início/fim dos registros de bilhetagem ❒ Supervisões referentes aos diversos tipos de ligações telefônicas TFM 120 Sinalização Telefônica Métodos de sinalização usados na RPTC: ❒ Sinalização usuário-rede (user-to-network): como um usuário final se comunica com a RPTC ❒ Sinalização rede-rede (network-to-network): como as centrais se comunicam entre si na RPTC TFM 121 Etapas da Sinalização Telefônica Convencional 7a etapa: Atendimento do ramal chamado gera a sinalização para trás com disparo da bilhetagem para cobrança da chamada 6 a etapa: PABX sinalização acústica do assinante 5a etapa: 4a etapa: sinalização sinalização de de dígito enlace Central Tandem 3 a etapa: sinalização de registradores ou de dígito Central Local 2 a etapa: sinalização de enlace ou tronco Sistema de Bilhetagem Central Local 1 a etapa : sinalização acústica do assinante Envio de dígitos do número chamado TFM 122 Cenário com SIP Phone sinalização telefônica convencional PC com “SIP phone” Internet Rede Telefônica Gateway / roteador IP Acesso à banda larga TFM 123 Sinalização Acústica de Assinante Brasil (Prática Telebrás SPT 210-110-704) ❒ Corrente de toque (CT) ❍ Sinal enviado para o terminal do assinante chamado, indicando que há uma chamada dirigida a ele ❍ Freqüência: 25 ± 2,5 Hz ❍ Período de toque: 1.000 ± 100 ms ❍ Período de silêncio: 4.000 ± 400 ms ❒ Tom de discar (TD) ❍ Sinaliza para o terminal chamador que o número do assinante chamado pode ser discado ❍ Freqüência: 425 ± 25 Hz (tom deve ser contínuo) TFM 124 Sinalização Acústica de Assinante ❒ Tom de Controle de Chamada (TCC) ❍ Sinal enviado pela central de destino para o terminal chamador que indica que a rota de comutação foi estabelecida e que o terminal chamado está livre ❍ Freqüência: 425 ± 25 Hz ❍ Cadência: 1.000 ± 100 ms (toque), 4.000 ± 400 ms (silêncio) TFM 125 Sinalização Acústica de Assinante ❒ Tom de Ocupado (TO) ❍ Sinaliza para o terminal chamador que o número do assinante chamado está ocupado ❍ Freqüência: 425 ± 25 Hz ❍ Cadência: 250 ± 25 ms (toque), 250 ± 25 ms (silêncio) TFM 126 Sinalização Acústica de Assinante ❒ Tom de Número Inacessível (TNI) ❍ Sinal enviado ao terminal chamador indicando que a chamada não pode ser completada ou prosseguir ❍ Para centrais que não possuem máquinas anunciadoras ❍ Freqüência: 425 ± 25 Hz ❍ Cadência: alternância de toques com durações de 250 ± 25 ms e 750 ± 75 ms, 250 ± 25 ms (silêncio) ❍ Para centrais analógicas, admite-se o envio do TO em vez do TNI. TFM 127 Telefone DTMF ou Multifreqüencial 1 2 3 697 Hz 4 5 6 770 Hz 7 8 9 852 Hz * 0 # 941 Hz 1209 Hz 1336 Hz 1477 Hz TFM 128 Sinalização Intercentrais ❒ Ocorre quando mais de uma central local está envolvida no estabelecimento de uma chamada ❒ Há centenas de sistemas de sinalização intercentrais. A maioria foi desenvolvida apenas para uso nacional, enquanto alguns poucos foram aceitos e definidos pelo ITU-T e/ou ANSI como sistemas de sinalização padronizados ❒ Channel Associated Signaling – CAS (Sinalização Associada ao Canal): sinalização compartilha a linha com os sinais de voz ❍ ❍ Linha Entre registradores TFM 129 Sinalização Intercentrais Sinalização de Linha ❒ Conjunto de sinais (supervisórios) destinados a efetuar a ocupação e a supervisão dos circuitos que interligam duas centrais; permite, opcionalmente, o envio dos sinais de tarifação. ❒ Protocolos de Sinalização de Linha (Prática Telebrás 210-110-703) • Por corrente contínua • E + M Pulsada, E + M Contínua • R-2 Digital TFM 130 Sinalização Intercentrais par trançado origem (A) Tronco E1 Central Local par trançado Tronco E1 Central de Trânsito Central Local destino (B) Obs.: 1) Meio físico p/ Tronco E1 = 1 par de cabos coaxiais (1 Tx e 1 Rx) 2) Sinalização telefônica pode ser CAS ou CCS (vide explicação mais adiante) TFM 131 Sinalização Intercentrais Sinalização R2 Digital ❒ Circuito PCM de 2.048 kbps possui 32 janelas de tempo ou time slots (TS0 a TS31) ❒ 1 frame (quadro) contém 32 time slots ❍ TS 16: sinalização e alinhamento multiquadro Alinhamento de quadro 1 quadro (125 µs): 32 canais 0 1 2 ... 15 16 17 18 ... 30 31 Alinhamento de multiquadro e sinalização 1 canal PCM: 8 bits 1 bit: 488 ns TFM 132 Sinalização Intercentrais Sinalização R2 Digital ❒ 1 Multiquadro contém 16 quadros ❍ TS16 contém sinalização para 2 canais de voz Cada canal de voz utiliza 4 bits: (af, bf, ab, bb) ❍ (af, bf) = p/frente; (ab, bb) = p/ trás ❍ Alinhamento sinalização multiquadro TSs 1/17 sinalização TSs 2/18 sinalização sinalização TSs 14/30 TSs 15/31 16 16 16 16 16 Quadro 0 Quadro 1 Quadro 2 Quadro 14 Quadro 15 1 Multiquadro (2 ms) TFM 133 Sinalização Intercentrais Sinalização entre Registradores ❒ Roteamento do tráfego telefônico ❒ Definição (Prática Telebrás SPT 210-110-702) ❍ É o conjunto de sinais correspondentes ao envio e à recepção das informações, devidamente ordenadas, destinadas ao estabelecimento das chamadas através dos órgãos de comutação, das informações referentes às condições particulares dos assinantes chamador e chamado e das informações referentes aos circuitos e órgãos envolvidos ❒ Controla o estabelecimento da chamada (números envolvidos, categoria do assinante, etc.) ❒ Trafega pelos canais de voz TFM 134 Sinalização Intercentrais ❒ O Brasil adota a sinalização multifreqüencial entre registradores, em que duas freqüências (uma “baixa” e outra “alta”), pertencentes a dois conjuntos distintos de baixas e altas freqüências, são combinadas para formar 15 sinais diferentes (dígitos ou categorias) ❒ Registrador = subsistema da central responsável pela transmissão e recepção dos sinais de registro ❒ Registrador é um recurso comum em uma central TFM 135 Sinalização Intercentrais ❒ Dois registradores são conectados em um janela de tempo (time slot), somente durante a fase de sinalização entre registradores ❒ Tempo médio de ocupação do recurso de 2 a 4 segundos por chamada DTMF Central Local MF Central Local CT TFM 136 Sinalização Intercentrais Juntor Central Juntor Central para trás origem (A) destino (B) Sinalização de linha Registrador Obs.: juntor = interface entre a linha e a central para frente Registrador Sinalização de dígitos entre registradores TFM 137 Exemplo de Sinalização CAS Sinalização do Assinante Sinalização Intercentrais (CAS) Sinalização do Assinante Off hook (fora do gancho ) Tom de discar #B = “1234” Ocupação (sinal de linha ) Confirmação de Ocupação (sinal de linha ) Tom de Controle de Chamada Informação de Roteamento (sinalização entre Registradores) Corrente de Toque B Atende Sinal de Atendimento (sinal de Linha ) Conversação On hook (no gancho ) Desligar para frente (sinal de Linha ) Libera linha (sinal de Linha ) On hook (no gancho ) TFM 138 Sinalização Intercentrais Sentido dos sinais de linha SINAL DE LINHA SENTIDO Ocupação Para frente Atendimento Para trás Desligar para trás Para trás Desligar para frente Para frente Confirmação de desconexão Para trás Desconexão forçada Para trás Tarifação Para trás Rechamada Para frente Bloqueio Para trás TFM 139 Sinalização Intercentrais Alternativas de utilização dos sistemas de sinalização de linha Tecnologia de Comutação → Analógica Digital Tecnologia de Transmissão ↓ Cabo metálico de pares Sinalização por Corrente Contínua FDM E + M pulsada E + M contínua digital E + M pulsada E + M contínua R-2 Digital --------- TFM 140 Sinalização Intercentrais CCS - Common Channel Signaling ❒ CCS (Sinalização po Canal Comum) utiliza um circuito dedicado, comum, de sinalização ❒ O canal é dito comum porque contém mensagens de sinalização (datagramas) referentes a várias chamadas telefônicas ❒ ITU-T especificou em 1968 o Signaling System No. 6 (Sistema de Sinalização #6 - SS6), que destinava-se principalmente ao tráfego internacional. AT&T implementou uma versão modificada denominada Common-Channel Interoffice Signaling - CCIS TFM 141 Sinalização Intercentrais ❒ AT&T desenvolveu o Sistema de Sinalização #7 (SS7) em 1975; ITU-T adotou o SS7 como padrão em 1980 ❒ Rede SS7 é uma rede de pacotes ❒ SS7 pode dar suporte a serviços da ISDN e da PLMN DTMF Central Local CCS Central Local CT TFM 142 Sinalização Intercentrais Vantagens do SS7 ❒ Atraso pós-discagem reduzido ❍ Um único canal comum de sinalização pode tratar toda a sinalização entre duas centrais para aproximadamente 2.000 janelas de tempo de voz, o que representa cerca de 60 enlaces PCM ❒ Permite Interconexão com a Rede Inteligente (Intelligent Network - IN), que oferece serviços do tipo 0800, votação eletrônica, telefonia prépaga, VPN, portabilidade de número, etc ❒ Confiabilidade ❒ Flexibilidade ❒ Excelente relação custo-benefício TFM 143 SS7 Central A Central B Circuitos de Voz . . . Processador Terminal de Dados Enlace de Dados (canal comum) Terminal de Dados Processador ❒ Desmembramento da rede ❍ ❍ Rede de Sinalização SS7 (plano de sinalização) Rede de Transporte (plano de transporte) TFM 144 SS7 Enlace de Sinalização A B Enlace de Voz Enlace de Sinalização C ❒ Rede SS7 é composta por Enlaces de Sinalização e Centrais Telefônicas que “falam” SS7 (“Centrais SS7”) ❒ Central SS7 = Service Switching Point - SSP TFM 145 SS7 SSP C SSP B Enlace de Sinalização STP SSP A SSP D ❒ Signaling Transfer Point – STP Stand-alone (só encaminha msg’s SS7) ❍ Integrado (pode originar ou receber msg’s SS7) ❍ TFM 146 SS7 STP STP SCP SCP STP SSP STP SSP ❒ Service Control Point – SCP Interface entre a rede SS7 e as bases de dados usadas pelas operadoras ❍ Elemento-chave para entregar aplicações IN sobre a RPTC ❍ TFM 147 Modos de Sinalização sinalização SSP associada SSP chamadas STP sinalização sinalização SSP não- associada STP quase- associada sinalização chamadas STP SSP sinalização SSP chamadas SSP TFM 148 Redes SS7 Bases de Dados na Rede SS7 ❒ Base de dados 800 ❍ Informações de roteamento p/ 800, etc. ❒ Base de dados de informações de assinantes ❒ Base de Portabilidade Numérica Local ❒ Home Locator Register (HLR) ❍ Redes celulares ❍ Armazena informações como localização atual do celular, cobrança e informações do assinante ❒ Visitor Locator Register (VLR) ❍ Redes celulares ❍ Armazena informações sobre assinantes que estejam em roaming fora de sua rede de origem TFM 149 Pilha de Protocolos SS7 TFM 150 Message Transfer Part (MTP) ❒ MTP1 corresponde à camada 1 (Física) do modelo OSI (ex.: tronco E1, canal de 64 kbps) ❒ MTP2 = camada 2 (Enlace) ❍ Frame = Signaling Unit (SU), que possui tamanho variável • Fill-In Signal Unit (FISU) • Link Status Signal Unit (LSSU) • Message Signal Unit (MSU): transportam o payload de msg’s das camadas superiores (como SCCP, TUP, ISUP e TCAP) ❍ ❍ ❍ Delimitação de SU Detecção de erros c/ CRC-16 c/ solicitação de retransmissao (ARQ) Controle de fluxo TFM 151 Message Transfer Part 3 ❒ MTP3 = nível 3 do SS7 (parte da L3 do OSI) Roteamento de mensagens de controle de chamadas (sinalização de circuito) ❍ Cada nó é identificado por um Code Point ❒ O Protocolo MTP3 é dividido em 2 funções principais ❍ ❍ ❍ Signaling Message Handling (SMH) – roteia as mensagens SS7 em condições normais de operação Signaling Network Management (SNM) – re-roteia o tráfego do enlace no caso de condições de falha da rede: Gerenciamento de Enlace, Gerenciamento de Rotas e Gerenciamento de Tráfego TFM 152 Signaling Connection Control Part (SCCP) ❒ SCCP provê funcionalidades adicionais da camada de rede (L3) do modelo OSI ❍ ❍ ❍ ❍ Roteamento de sinalização não-relacionada a circuitos - noncircuit-related (NCR): chamadas 0800, Portabilidade Numérica Local, mobilidade, roaming e SMS em redes celulares Métodos alternativos e mais flexíveis de roteamento Serviços de transferência de dados orientados à conexão ou não-orientados à conexão Segmentação/remontagem de datagramas ❒ SCCP + MTP = Network Services Part (NSP) = L3 ❒ Muito usado em redes celulares TFM 153 Pilha SS7 usada em Redes GSM BSSAP DTAP MAP BSSMAP TCAP ISUP SCCP NSP MTP3 MTP2 MTP1 BSSAP = Base Station Subsystem Mobile Application Part DTAP = Direct Transfer Application Part MAP = Mobile Application Part TFM 154 IDSN User Part (ISUP) ❒ O protocolo ISUP é o responsável pelo ❒ ❒ ❒ ❒ conexão/desconexão e pelo gerenciamento de todas as chamadas de voz e dados na RPTC Também é usado em redes celulares para conexões de troncos O ISUP foi criado para prover sinalização rederede compatível com a sinalização ISDN de acesso Atualmente, o ISUP também é usado como protocolo de sinalização para tráfego não-ISDN; de fato, a maior parte do tráfego sinalizado pelo ISUP é originado por terminais analógicos Benefícios do ISUP: velocidade (menor “post-dial delay”), padronização TFM 155 Outros Protocolos da Camada 4 do SS7 ❒ TUP (Telephone User Part): conexão/desconexão e gerenciamento de chamadas de voz (é anterior ao ISUP). O TUP suporta somente chamadas do tipo POTS - plain old telephone service (não suporta dados). Está sendo substituído pelo ISUP em vários países ❒ TCAP (Transactional Capabilities Application Part) suporta a implantação de serviços AIN (Advanced Intelligent Network) ❍ ❍ Pontos de sinalização trocam mensagens SSP utiliza TCAP para consulta (query) do SCP. Exemplo: qual é o número roteável associado a um determinado 0800? TFM 156 TCAP Query 800 STP Informação da Rota Query 800 STP SSP SCP SCP Informação da Rota TFM 157 Sumário ❒ Apresentação do plano de ensino ❒ Breve histórico da ❒ Telefonia Celular ❒ Telefonia IP telefonia e das telecomunicações ❒ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC) ❍ Telefonia Analógica ❍ Telefonia digital ❍ Sinalização TFM 158 Telefonia Celular ❒ Outubro/1983: Chicago, IL ❒ Sistema celular consiste de Estações Rádio-Base (ERB) ou estações-base conectadas a uma central telefônica denominada Mobile Telephone Switching Office (MTSO) ou Mobile Switching Center (MSC) ❒ Quando o usuário se move da célula “A” para a célula “B”, a MTSO chaveia a conexão pela interface aérea para a ERB “B”, de modo a manter a uma conexão contínua com a RPTC. ❍ handoff TFM 159 Telefonia Celular Topologia TFM 160 Telefonia Celular ❒ Estação móvel ❍ Contém um transceptor, uma antena e circuitos de comunicação. ❍ Veículo ou unidade portátil de mão. ❒ ERB ❍ Possui vários TX e RX que tratam simultaneamente das comunicações duplex. ❍ Várias antenas de transmissão e recepção. ❍ É uma ponte entre todos os usuários móveis da célula e conecta as chamadas móveis simultâneas à MSC. TFM 161 Telefonia Celular ❒ MSC ❍ Coordena as atividades de todas as ERBs e conecta o sistema celular à RPTC. ❍ MSC típica trata de 100 mil assinantes de celular e de 5 mil conversas simultâneas de uma só vez, além de acomodar todas as funções de cobrança e manutenção do sistema. ❒ Reuso de canais de frequência dentro de uma área ❍ antenas diretivas nas ERBs ❍ sinal irradiado por ERBs “distantes” sofre grande atenuação • permite que um determinado canal seja reusado em uma das células de um grupo de 7 células TFM 162 Telefonia Celular Padrões de reuso TFM 163 Telefonia Celular Cobertura com o padrão de reuso de 7 células TFM 164 Telefonia Celular Comunicação ERB x estações móveis ❒ Common Air Interface (CAI) ou interface aérea comum especifica quatro canais diferentes ❍ ❍ ❍ ❍ Forward Voice Channel (FVC): ERB → estação móvel (voz) Reverse Voice Channel (RVC): estação móvel → ERB (voz) Forward Control Channel (FCC): ERB → estação móvel (controle) Reverse Control Channel (RCC): estação móvel → ERB (controle) TFM 165 Telefonia Celular Comunicação ERB x estações móveis ❒ Canais de controle (FCC e RCC) ❍ Responsáveis por iniciar uma chamada móvel. ❍ Também chamados de canais de configuração, pois estão envolvidos apenas na configuração de uma chamada e na movimentação da chamada para um canal de voz que esteja livre. ❍ Transmitem e recebem mensagens de dados que transportam solicitações de início de chamada e de serviço, e são monitorados pelas estações móveis quando não têm uma chamada em andamento. TFM 166 Telefonia Celular Como é feita uma chamada para um telefone celular? ❒ Quando o celular é ligado mas ainda não está realizando uma chamada, ele primeiro varre o grupo de canais de controle direto para determinar aquele com sinal mais forte. ❍ Reuso de frequência exige que FCCs em células vizinhas sejam diferentes ❒ Quando uma ligação é feita para um usuário móvel, a MSC despacha uma solicitação para todas as ERBs no sistema celular. Número do assinante chamado é transmitido como uma mensagem de paging por todos os FCCs do sistema. TFM 167 Telefonia Celular paging enviada pela ERB que ela monitora e responde imediatamente pelo RCC. ❒ A estação móvel recebe a mensagem de ❒ ERB repassa a confirmação enviada pelo móvel e informa a MSC sobre o handshake. ❒ MSC instrui a ERB para passar a chamada para um canal de voz livre dentro da célula (normalmente, entre 10 e 60 canais de voz são usados na ERB de uma célula). TFM 168 Telefonia Celular ❒ ERB sinaliza para a estação móvel que ela deve usar um determinado par de canais FVC/RVC. ❒ ERB envia para o móvel pelo FVC uma mensagem de dados designada por alerta, que faz com que o terminal toque e o assinante atenda a chamada. ❒ Quando uma chamada está em andamento, a MSC ajusta a potência de transmissão da estação móvel e muda o canal da unidade móvel e das ERBs a fim de manter a qualidade da chamada enquanto o assinante entra e sai do alcance de cada ERB (handoff). TFM 169 Telefonia Celular Como é feita uma chamada a partir de um móvel? ❒ Móvel envia solicitação de início de chamada pelo RCC. ❍ ❍ ❍ Número do telefone (Mobile Identification Number – MIN). Número de série eletrônico (Electronic Serial Number – ESN). Número chamado. ❒ ERB envia dados para a MSC, que valida a solicitação, faz a conexão com a RPTC e instrui a ERB e o móvel a passar para um par FVC/RVC. TFM 170 Telefonia Celular Roaming ❒ Todos os sistemas oferecem o serviço de ❍ roaming permite aos assinantes operar em áreas de serviço diferentes daquela na qual o serviço é assinado. ❒ Quando o móvel entra numa área de serviço diferente da sua, ele é registrado como visitante (roamer) nessa área de serviço. Isso ocorre sobre o FCC. ❒ A cada vários minutos, a MSC transmite um comando global para cada FCC no sistema, pedindo a todas as estações móveis que não estavam registradas que informem seus MIN e ESN pelo RCC. TFM 171 Telefonia Celular Roaming ❒ Novos móveis, não registrados no sistema, periodicamente enviam suas informações de assinante ao receber a solicitação de registro, e a MSC usa então os dados de MIN/ESN para solicitar o status de cobrança do Registro de Localização Doméstica (Home Location Register – HLR) a cada estação móvel em roaming. Se um visitante em particular possui autorização de roaming para fins de cobrança, a MSC registra o assinante como sendo um visitante válido. TFM 172 Telefonia Celular Roaming roaming tem permissão para receber e fazer chamadas dessa área, e a cobrança é encaminhada automaticamente para o provedor de serviço doméstico do assinante. ❒ Uma vez registrado, o móvel em TFM 173 Sumário ❒ Apresentação do plano de ensino ❒ Breve histórico da ❒ Telefonia Celular ❒ Telefonia IP telefonia e das telecomunicações ❒ Visão geral da Rede Pública de Telefonia Comutada (RPTC) ❍ Telefonia Analógica ❍ Telefonia digital ❍ Sinalização TFM 174 Fundamentos de Telefonia IP Objetivos ❒ Motivações para a Telefonia IP ❒ Conceitos básicos da tecnologia VoIP (Voice IP – Voz sobre IP) over ❒ Protocolos de sinalização TFM 175 Fundamentos de Telefonia IP Alguns esclarecimentos ❒ VoIP x Telefonia IP VoIP refere-se às técnicas de empacotamento e transmissão de amostras de voz sobre redes IP e aos mecanismos de sinalização necessários ao estabelecimento de chamadas telefônicas naquelas redes (Ex.: Skype, Messenger) ❍ Telefonia IP é o termo genérico que está associado ao serviço de telefonia que utiliza a tecnologia VoIP; deve oferecer uma qualidade similar ao da telefonia (pública) convencional (Ex.: NET fone via EBT) ❍ TFM 176 Transporte de Voz sobre a Internet Motivações: ❒ Comutação de circuitos “desperdiça banda passante” dos enlaces ❍ 50% de silêncio numa ligação telefônica ❒ Comutação de pacotes viabiliza multiplexação estatística dos pacotes ❒ Convergência (redução de custos operacionais) ❒ Redução do custo da chamada telefônica ❒ Serviços de comunicação multimídia TFM 177 Roteadores IP x Centrais de Comutação Telefônicas ❒ Sistemas VoIP: centrais de comutação substituídas por roteadores IP/MPLS ❒ Circuito virtual entre origem e destino ❒ Roteamento ❍ ❍ Baseado no endereço IP de destino Protocolos usados: OSPF, IS-IS e BGP4 ❒ Tráfego agregado é heterogêneo ❍ Telefonia IP ❍ Dados ❍ Vídeo TFM 178 Roteador interligado com centrais públicas Gateway Telefonia IP 3 4 1 5 2 Gateway Telefonia IP Roteador IP 1: porta de entrada 2: processador de pacotes IP 3: tabela de rotas IP 4: fila de saída 5: porta de saída Gateway Telefonia IP TFM 179 Comparação Telefonia Convencional ❒ Comutação de circuitos ❒ Desempenho, confiabilidade e disponibilidade adequados para o serviço de telefonia Telefonia IP ❒ Comutação de pacotes ❒ Otimização da banda passantes dos enlaces (multiplexação estatística) ❒ Internet atual oferece um serviço de melhor esforço => não tem o desempenho (QoS), confiabilidade e disponibilidade da RPTC ❒ A Internet de próxima geração precisa ter uma arquitetura que garanta a QoS da telefonia TFM 180 Empacotamento de Voz na Rede IP ❒ VoIP é uma aplicação de tempo real com interatividade ❒ Mídia de áudio gera tráfego contínuo com taxa constante ❒ Em uma conversação normal, pelo menos 50% da banda do canal é desperdiçada ❍ ❍ Quando utilizando a VoIP, é possível usar essa banda desperdiçada para outras aplicações quando a detecção de atividade de voz (Voice Activity Detection - VAD) é utilizada Compactação por detecção de silêncio gera tráfego em rajadas, mas o sinal de voz deve ser reproduzido no destino a uma taxa constante TFM 181 Aplicação de Telefone por Internet Exemplo ❒ áudio gerado = rajadas de voz alternadas com períodos de silêncios (64 kbps durante rajada) ❒ pkts gerados somente durante rajadas (conservação da largura de banda) ❍ porções de 20 msec a 8 Kbytes/s: 160 bytes de dados ❒ adiciona cabeçalho da camada de aplicação a cada porção (chunk) ❒ Chunk+header encapsulado num segmento UDP ❒ Um datagrama UDP é enviado a cada 20 msec durante a rajada TFM 182 Telefone p/ Internet: Perda e Atraso ❒ perda devida à rede: datagrama IP é perdido devido a congestionamento da rede (transbordamento de fila em roteador) ❒ perda devida ao atraso: datagrama IP não chega a tempo de ser reproduzido ❒ tolerância à perda de pacotes ❍ codecs G.711 e G.729 requerem que a taxa de perda de pacotes seja menor do que 1% para que a qualidade da ligação não seja comprometida – “toll quality” (fontes: Cisco Systems e Intel) TFM 183 Atraso Tipos de Atraso ❒ Atraso de propagação ❒ Atraso de enfileiramento ❒ Atraso de processamento Limites para atraso fim-a-fim (Rec. ITU-T G.114) ❒ 0 – 50 ms: alta qualidade ❒ 50 – 150 ms: boa qualidade ❒ 150 – 400 ms: aceitável, porém com desconforto perceptível (comunicação via satélite) ❒ Acima de 400 ms: inaceitável! TFM 184 Atraso fim-a-fim TFM 185 transmissão taxa constante recepção no cliente jitter taxa de reprodução constante Dados armazenados Dados cumulativos Variação do Atraso - Jitter atraso de reprodução tempo ❒ Diferença entre atrasos fim-a-fim de dois pacotes consecutivos pode ser maior do que 20 ms TFM 186 Jitter (variação do atraso) silêncio surto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t (origem) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t (destino) introdução de silêncio silêncio eliminado TFM 187 Variação do atraso Eliminação do jitter ❒ Preceder cada porção com um número de seqüência ❒ Preceder cada porção com uma marca de tempo ❒ Atrasar a reprodução de porções no receptor packets loss packets generated packets received playout schedule p' - r playout schedule p-r time r p p' TFM 188 Perdas de Pacotes ❒ Sistemas VoIP podem sofrer perdas de pacotes (transbordamentos de filas em roteadores), o que degrada a qualidade da conversação ❒ Aplicações de Telefonia IP usam esquemas de recuperação de perdas ❍ ❍ FEC (Forward Error Correction) ou Correção de Erros de Repasse: adicionar informações de redundância à corrente de pacotes original Intercalação: remetente rearranja a seqüência das unidades de áudio antes da transmissão, de modo que unidades originalmente adjacentes fiquem separadas por uma certa distância na corrente transmitida TFM 189 Perdas de Pacotes Esquema FEC • “Dar carona à informação redundante de baixa qualidade” • transmite corrente de qualidade mais baixa como informação redundante • Por exemplo, corrente nominal PCM/64 kbps e corrente redundante GSM/13 kbps. • Receptor pode mascarar a perda desde que não haja perda consecutiva de pacotes. TFM 190 Perdas de Pacotes Intercalação ❒ Porções são particionadas em unidades ❒ Ex.: porção de 20 ms possui 4 unidades de 5 ms ❒ Pacote contém unidades de porções diferentes ❒ se 1 pacote é perdido, ainda temos a maior parte de cada porção ❒ Aumenta atraso de reprodução TFM 191 Real-Time Protocol (RTP) ❒ RTP especifica uma estrutura de pacote para encapsulamento de porções de áudio e vídeo ❒ RFC 1889. ❒ Pacote RTP provê ❍ Tipo de carga útil ❍ Número de seqüência do pacote ❍ Marca de tempo ❒ RTP roda nos sistemas finais. ❒ Pacotes RTP são encapsulados em segmentos UDP ❒ Interoperabilidade: se duas aplicações de telefonia IP rodam RTP, então os terminais poderão se falar TFM 192 RTP roda sobre o UDP ❒ Subcamada da camada 4 ❒ Escrever código ou ❒ Usar Bibliotecas RTP (Java/C) Números de porta; endereços IP ❍ Identificação do tipo de carga útil ❍ Número de seqüência do pacote ❍ Marcação de tempo ❒ RTP/UDP/IP ❍ Cabeçalho total demanda 40 bytes = 12 RTP + 8 UDP + 20 IP ❍ TFM 193 RTP e QoS ❒ RTP não incorpora nenhum mecanismo que assegure um atraso máximo fim-a-fim nem fornece quaisquer outras garantias de QoS ❒ Encapsulamento RTP só é visto pelos sistemas finais: não é visto pelos roteadores intermediários ❍ Roteadores que prestam o serviço de melhor esforço não dão tratamento especial a pacotes RTP TFM 194 Cabeçalho RTP Payload Type (7 bits): indica o tipo de codificação adotado (PCM, ADM, LPC, etc.). A codificação pode mudar ao longo da sessão RTP. Sequence Number (16 bits): incrementado de 1 para cada pacote RTP enviado Timestamp field (32 bytes). Reflete o instante da amostragem do primeiro byte no pacote RTP. A marca de tempo é derivada de um relógio de amostragem no remetente. SSRC field (32 bits long). Identifica a fonte da corrente RTP. Cada fonte de uma sessão RTP tem um SSRC distinto. TFM 195 Real-Time Control Protocol (RTCP) ❒ Trabalha em conjunto com o RTP. ❒ Cada participante na sessão RTP transmite pacotes de controle RTCP para todos os outros participantes ❒ Cada pacote RTCP contém relatórios de remetente e/ ou receptor ❍ Dados estatísticos que podem ser úteis para as aplicações ❒ Estatísticas incluem número de pacotes enviados, número de pacotes perdidos, jitter, etc. ❒ Realimentação pode ser usada para controlar desempenho ❍ Transmissor pode se adaptar às condições da rede TFM 196 Session Initiation Protocol (SIP) ❒ Protocolo IETF [RFC3261] Visão ❒ Todas as chamadas telefônicas e sessões de vídeo- conferência serão transportadas pela Internet ❒ Identificação de usuários por meio de URLs (Uniform Resource Locators) e não por números telefônicos ❍ ❍ sip:[email protected] sip:[email protected] ❒ Portabilidade/mobilidade ❍ ❍ Usuários conseguem estabelecer chamada telefônica de qualquer lugar do mundo, desde que tenham acesso à rede Telefone SIP pode estar instalado num PC, num TFM smartphone, etc. 197 SIP Objetivo do IETF ❒ Protocolo para estabelecimento e gerenciamento de sessões para troca de fluxos multimídia entre aplicações ❒ Diferentemente do H.323, não é um sistema verticalmente integrado (o H.323 é uma pilha de protocolos) ❍ O SIP é um protocolo da camada de aplicação da pilha TCP/IP ❍ De fato, o SIP é um protocolo da camada de sessão (OSI) TFM 198 SIP Objetivo do IETF ❒ O SIP é um elemento que pode ser usado em conjunto com outros protocolos e componentes na construção de uma arquitetura multimídia completa ❍ RTP ❍ Real-Time Streaming Protocol (RTSP) ❍ Media Gateway Control Protocol (MEGACO) [RFC 3015] para controle dos gateways com a RPTC ❍ Session Description Protocol (SDP) TFM 199 Serviços SIP ❒ Estabelecimento de chamada ❍ ❍ Permite que quem chama avise ao que é chamado que quer iniciar uma chamada Participantes devem negociar codificação da mídia ❒ Mecanismos que permitem a quem chama determinar o endereço IP atual de quem é chamado ❍ ❍ Usuários recebem IPs via DHCP Usuários se conectam por meio de vários dispositivos IP ❒ Mecanismos para gerenciamento das sessões ❍ ❍ ❍ ❍ Adicionar novas correntes de mídia Mudar codec’s Convidar outros participantes Transferir chamadas TFM 200 Métodos SIP TFM 201 Estabelecendo chamada para um IP conhecido Bob Alice 167.180.112.24 INVITE bob @193.64.21 0.89 c=IN IP4 16 7.180.112.2 4 m=audio 38 060 RTP/AV P0 port 5060 193.64.210.89 port 5060 Bob's terminal rings port 5060 µ Law audio msg’s SIP podem ser enviadas sobre TCP ou UDP; exemplo usou UDP port 38060 GSM mensagem 200 OK de Bob indica seu número de porta, IP e codec GSM(sobre RTP) 200 OK 10.89 c=IN IP4 193.64.2 P/AVP 3 RT 3 75 m=audio 48 AC K mensagem SIP de Alice indica seu número de porta e IP. Sugere que Bob use o codec PCM lei µ (sobre RTP) port 48753 Porta default SIP = 5060 time time TFM 202 Mensagem SIP INVITE INVITE sip:[email protected] SIP/2.0 Via: SIP/2.0/UDP 167.180.112.24 From: sip:[email protected] To: sip:[email protected] Call-ID: [email protected] Content-Type: application/sdp Content-Length: 885 c=IN IP4 167.180.112.24 m=audio 38060 RTP/AVP 0 • Alice não conhece IP atual de Bob; servidores SIP intermediários serão necessários • Alice envia e recebe msg’s SIP usando a porta default 5060 • Linha “Via” contém o IP de Alice Notas: ❒ Similar à sintaxe do HTTP ❒ Descrição usa o SDP ❒ Call-ID é único para cada chamada TFM 203 SDP ❒ O SDP especifica apenas o formato para descrição das sessões ❒ Descrição é representada de forma textual utilizando a codificação UTF-8 ❍ H.323 usa representação binária, que economiza largura de banda ❒ Representação textual foi adotada para facilitar a portabilidade, permitir uma variedade de formas de transporte e possibilitar que ferramentas baseadas em texto possam gerar/processar as descrições das sessões TFM 204 Chamada para um IP desconhecido TFM 205 Registro Servidor de registro SIP ❒ Quando Bob inicializa seu cliente SIP, o cliente envia msg SIP REGISTER para o servidor de registro de Bob Mensagem de Registro: REGISTER sip:domain.com SIP/2.0 Via: SIP/2.0/UDP 193.64.210.89 From: sip:[email protected] To: sip:[email protected] Expires: 3600 TFM 206 Proxy SIP ❒ Alice envia msg INVITE para o seu servidor proxy ❍ contém endereço sip:[email protected] ❒ Proxy é o responsável pelo roteamento das msg’s SIP para Bob ❍ Possivelmente através de múltiplos proxies. ❒ Resposta de Bob percorre o mesmo conjunto de proxies (só que no sentido inverso). ❒ Proxy retorna a msg SIP de resposta para Alice ❍ contém IP de Bob ❒ O proxy é análogo a um servidor DNS local TFM 207 Recomendação H.323 ❒ Padrão ITU-T para áudioconferência e vídeoconferência entre hosts IP ❒ H.323 é uma especificação guarda-chuva: ❍ sinalização ❍ registro ❍ controle de admissão ❍ transporte ❍ codec’s ❒ H.323 impõe o RTP; no mínimo, cada terminal tem de suportar o G.711 TFM 208 Arquitetura do H.323 ❒ Terminais terminal ❒ Gateways ❒ Gatekeepers ❒ Unidades de controle multiponto (MCUs) Gatekeeper Gateway REDE IP MCU RPTC Gatekeeper é semelhante a uma entidade registradora SIP TFM 209 Media Gateway Controller (MGC) Controlador de gateway de mídia (agente de chamadas) ❒ Motivações ❍ Concentrar a inteligência associada à sinalização no MGC -> implementação de terminais mais baratos ❍ Tornar os gateways de mídia menos suscetíveis a mudanças na lógica do serviço, uma vez que estas serão conduzidas primordialmente pelo MGC • Questão correlata motivou a especificação do SS7 TFM 210 Media Gateway Control Protocol (MGCP) ❒ Protocolo mestre/escravo ❍ Gateways executam comandos enviados pelo MGC ❒ MGCs podem usar o MGCP para requisitar a geração de sinais em um gateway de mídia ❍ tom de discar, tom de ocupado, etc. ❒ Surgiu a partir da união dos protocolos SGCP (Single Gateway Control Protocol), desenvolvido pela Telcordia, e o IPDC (IP Device Control), desenvolvido pela 3Com, Alcatel e Cisco, dentre outras empresas. ❒ IETF não o considera como padrão ❍ Padrão IETF é o Megaco/H.248 TFM 211 Interoperabilidade de redes de voz terminal MGC MGC SIP/H.323 SIP/H.323 SIP/H.323 Protocolo de controle de gateway de mídia mídia Gateway de mídia REDE DE PACOTES mídia mídia RPTC TFM 212 MEGACO/H.248 ❒ ITU-T e IETF têm trabalhado em conjunto na especificação de um protocolo padrão de controle de gateways de mídia ❒ Resultado mais recente é o Gateway Control Protocol, mais conhecido pelas siglas MEGACO (nome do grupo de trabalho no IETF) e H.248 (referenciando a série de recomendações do ITUT) ❒ Surgiu a partir da união do MGCP com o MDCP (Media Device Control Protocol), desenvolvido pela Lucent TFM 213 Signaling Transport (SIGTRAN) ❒ É um novo conjunto de padrões definido pelo IETF. O objetivo do SIGTRAN é prover o transporte confiável de protocolos de sinalização sobre redes IP ❒ SS7 over IP ❒ Stream Control Transport Protocol ❍ TCP é inadequado para aplicações em tempo real ❍ TCP é susceptível a ataques DoS TFM 214 Modelo SIGTRAN TFM 215 Interoperabilidade ❒ SIP é “O” sistema de telefonia IP ❍ Mas é necessário interoperar com a RPTC e com os sistemas baseados no H.323 ❒ Gateway SIP x RPTC ❍ Conversão de mídia ❍ Interoperação entre protocolos de sinalização • SS7/ISUP ❒ Gateway SIP x H.323 TFM 216