Relatório atividades CDA 2015
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Relatório atividades CDA 2015
Relatório de Atividades 2015 Relatório de Atividades 2015 Índice 1. Introdução 1 2. Apresentação da Instituição 3 3. Respostas Sociais 5 3.1. Nota Introdutória 5 3.2. Apoio a Indivíduos e Famílias em Situação de Emergência 6 3.3. Centro de Alojamento Temporário – CAT 35 3.4. Centro de Acolhimento Infantil – CAI 42 3.5. Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica 59 3.6. Mini Banco de Ajudas Técnicas 69 3.7. Parcerias 70 4. Projetos 73 4.1. Projeto EntreSendas 73 4.2. Contra Local de Desenvolvimento Social no Concelho de Aveiro 81 5. Grupos Caritas 85 5.1. Introdução 85 5.2. Estrutura 85 5.3. Atividades e Projetos 86 6. Voluntariado 88 7. Campanhas 89 7.1. Semana Nacional Cáritas 89 7.2. Operação 10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz 89 8. Comunicação e Imagem 90 Relatório de Atividades 2015 1. Introdução A situação da Comunidade Diocesana de Aveiro continuou no ano de 2015 a caracterizar-se pela grande procura de apoios junto das instituições de apoio social, e neste particular Cáritas Diocesana e Grupos Paroquiais. As situações de emergência social, sem-abrigo e violência doméstica, consubstanciam uma significativa parte do trabalho desenvolvido, a que corresponde também uma parte relevante do orçamento da instituição. O número crescente de situações de pessoas sem suporte familiar e que, em muitos casos, configuram a situação de “sem abrigo”, e o aumento muito significativo de casos de violência doméstica, são aspetos que merecem uma especial atenção. Entretanto, neste ano de 2015 surgiu uma nova e problemática situação que se prende com os conflitos no Médio Oriente e o cada vez maior número de refugiados e dramas a que urge dar resposta. A Cáritas Diocesana (e os Grupos Paroquiais) tem estado atenta e ativa, sobretudo na participação em campanhas, mas também na sensibilização dos diocesanos e na colaboração de preparação para acolhimento de refugiados. Para uma melhor resposta, foram levadas a efeito várias atividades e realizadas ações diversas, dinamizados projetos e campanhas para, em oportunidade, dar resposta e condições de dignidade ao significativo número de pessoas e famílias que junto da CDA e das Cáritas Paroquiais solicitaram apoio. Também a área da infância mereceu uma atenção especial, tendo-se desenvolvido vários esforços para a manutenção e melhoria do espaço (Centro de Acolhimento Infantil), a fim de proporcionar condições de trabalho adequadas e um ambiente de segurança e bem-estar de acordo com as necessidades das crianças. De referir também que, neste ano de 2015, se fez um grande esforço de divulgação da instituição junto da comunidade procurando a sensibilização para a situação social que se vive e desenvolver o espírito de solidariedade. 1 Relatório de Atividades 2015 Estamos conscientes de que muito se fez, mas que muito mais há a fazer. A Direção terminou o seu mandato (31 de Dezembro 2015). A maioria dos seus elementos irá continuar. Com a inserção dos novos e com a prestimosa colaboração de todos os seus profissionais e voluntários estamos certos de que, apesar das dificuldades, muito se irá produzir de bom ao longo do novo ano de 2016. É este o espírito que nos anima e congrega para o serviço. 2 Relatório de Atividades 2015 2. Apresentação da Instituição Cáritas Diocesana de Aveiro, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos da Diocese de Aveiro, ereta canonicamente, com personalidade jurídica civil e registada na Direcção-Geral de Ação Social, sob o nº 70/83, folha 9 e verso, no livro 2 das Fundações de Solidariedade Social, em 31/10/83. NIPC: 501 163 964 SEDE: Rua do Carmo, 42, 3800-127 Aveiro Telefone: 234 377 260 Fax 234 377 266 E-mail: [email protected] Site: www.caritas.pt/aveiro https://pt-pt.facebook.com/CaritasAveiro O âmbito de ação da Cáritas Diocesana abrange prioritariamente a área geográfica da Diocese de Aveiro (Anadia, Águeda, Aveiro, Albergaria-a-Velha, Ílhavo, Vagos, Sever do Vouga, Murtosa, Estarreja e Oliveira do Bairro). Missão A Caritas Diocesana de Aveiro é uma Instituição da Igreja Católica que promove e exerce a Acão Social em diversas áreas, através de Respostas Qualificadas e Humanizadas, priorizando situações de exclusão e contribuindo para o desenvolvimento e autonomia da Pessoa numa sociedade em constante transformação. Valores Bem Comum (Promoção da partilha universal dos Bens à luz da Doutrina Social da Igreja.) Individualidade (Respeito pela dignidade da Pessoa – valores, crenças, etnia, ideologias, privacidade…) 3 Relatório de Atividades 2015 Profissionalismo (Desempenho das funções com competência, dedicação, disponibilidade e responsabilidade.) Solidariedade (Prática e promoção de ações para responder a situações de carência de várias ordens). Afetividade (Valorização das relações baseadas em afetos.) Parceria (Valorização do trabalho em equipa e em cooperação com outras entidades.) Visão Ser uma Instituição de referência dinamizadora de Respostas Sociais sustentáveis com vista à melhoria contínua dos Serviços prestados aos seus Utentes. 4 Relatório de Atividades 2015 3. RESPOSTAS SOCIAIS 3.1. Nota Introdutória Com este relatório, pretende-se dar a conhecer as diversas atividades desenvolvidas pela instituição, apresentar as principais características da população alvo e as respostas dadas aos problemas identificados durante o ano de 2015. Esta informação resultou da recolha e do tratamento dos registos efetuados pelas equipas técnicas ao longo do ano. Assim, este documento assume a seguinte estrutura de apresentação: - Objetivos de cada área de atividade; - Recursos humanos existentes; - Caracterização da população destinatária / abrangida; - Principais problemas / necessidades diagnosticadas; - Respostas existentes e atividades desenvolvidas. Como princípio da Instituição, e em continuidade com os anos anteriores, toda a informação aqui apresentada permite não só aprofundar o (re) conhecimento das situações – problema atuais e dominantes, como também, facilitar uma avaliação interna, sobre as práticas realizadas. Paralelamente, este relatório fundamenta também uma intervenção conhecedora e ponderada no meio envolvente, em conjunto com outros organismos e entidades. 5 Relatório de Atividades 2015 3.2 - Apoio a Indivíduos e Famílias em Situação de Emergência 3.2.1. Objetivos/Pessoal Afeto Uma das respostas sociais da Cáritas Diocesana de Aveiro corresponde ao atendimento social prestado diariamente a indivíduos e famílias em situação de emergência social. Tem como objetivo geral a prevenção de situações de exclusão social e a minimização dos problemas sociais dos indivíduos e famílias que recorrem à Instituição, no sentido de promover a sua autonomia e inclusão social. Como objetivos específicos destacamos: Apoiar, através de metodologias próprias, indivíduos/famílias em situação de emergência social e/ou precariedade; Informar, orientar e encaminhar; Assegurar, com os indivíduos e famílias, o desenvolvimento das suas potencialidades, dotando-os dos meios necessários que permitam a aquisição de competências pessoais, familiares, profissionais e sociais que possibilitem a construção de um projeto de vida estruturado e autónomo suportado numa rede de serviços e recursos locais; Contribuir para que os indivíduos reforcem a sua capacidade de integração e participação social através do exercício pleno da sua cidadania. Quadro 1 – Pessoal afeto à resposta social Nº Funcionários Categoria Profissional 2 1 1 1 Assistente Social * Assistente Social Contabilista Escriturária * Comum a outras respostas sociais 6 Relatório de Atividades 2015 3.2.2. Caracterização dos Atendimentos Podemos considerar que a população que recorre ao Atendimento Social se encontra distribuída por três categorias: Indivíduos/famílias; Passantes; Outras situações de pessoas sem-abrigo. Em 2015 foram realizados 2458 atendimentos conforme se pode verificar no quadro 2. Quadro 2 – Atendimentos realizados (2013-2015) Ano N.º de Indivíduos N.º de Atendimento 2013 2014 2015 557 554 554 2773 2660 2458 Relativamente às situações que recorrem à instituição pela primeira vez, verificaramse no ano de 2015, 258 situações novas. Permanece um valor significativo que representa aproximadamente 46,8% do total das famílias atendidas. Realça-se ainda que do número total de atendimentos (2458), 1890 dizem respeito a indivíduos/famílias, 60 a indivíduos passantes e 508 correspondem a pessoas em situação de sem-abrigo. Quadro 3 – Atendimentos realizados em 2015 Meses 1º Atendimento Outros Total Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total 23 24 22 24 17 16 17 22 24 19 24 26 258 151 157 207 183 169 169 188 161 178 188 210 239 2200 174 181 229 207 186 185 205 183 202 207 234 265 2458 7 Relatório de Atividades 2015 Analisando os atendimentos distribuídos ao longo do ano (quadro 3), pode constatarse que foi no mês de Dezembro onde se registou o maior número de atendimentos. No entanto, os meses de Março e Novembro foram também meses onde o número de atendimentos foi elevado. O mês de Dezembro registou um total de 265 atendimentos o que pode estar interligado com a chegada da época natalícia ou mesmo com despesas relacionadas com a habitação (pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis, mais gastos com eletricidade, entre outros). Gráfico 1 - Distribuição do n.º indivíduos atendidos por grupo-alvo em 2015 116 44 Indivíduos/Famílias 380 Sem-Abrigo Passantes Podemos verificar no quadro 4 que foram atendidas 554 situações na resposta social, abrangendo um universo de 1040 pessoas. Do total de situações, 380 dizem respeito a indivíduos/famílias, 44 a situações passantes e 116 a outras situações de pessoas semabrigo. Existiram ainda 14 situações não tipificadas, o que significa que foram situações em que o utente fez um primeiro atendimento e não deu continuidade ao processo, não sendo por isso possível caracterizá-las. Quadro 4 – Distribuição do n.º de indivíduos por grupos-alvo N.º de Indivíduos por Grupo-Alvo Indivíduos/Famílias Passantes Outras situações de pessoas sem-abrigo Total Ano 2013 420 40 86 635 2014 385 49 92 557 2015 380 44 116 540 Na generalidade, as famílias apresentam uma situação de nova pobreza, que se relaciona essencialmente com as reestruturações económicas e tecnológicas e os efeitos que tudo isto assume no sistema produtivo, levando a um crescimento estrutural do desemprego e na precariedade do emprego. A situação de carência económica em que estas famílias se encontram pode também estar associada à 8 Relatório de Atividades 2015 diminuição dos apoios sociais e problemas de saúde. Verifica-se um aumento progressivo no número de pessoas sem-abrigo. Quadro 5 – Indivíduos por n.º de atendimentos realizados em 2015 N.º de Atendimentos N.º de Indivíduos 1 2-5 6-9 10-19 ≥ 20 191 218 66 69 10 Total 554 No quadro 5 é apresentada a distribuição de indivíduos por n.º de vezes atendidos. Em maior número realizaram-se com as pessoas entre 2 a 5 atendimentos (218) seguindose as situações onde se efetuou apenas um atendimento (191). Analisando os dados apresentados, verifica-se a recorrência de algumas situações à resposta social que são o resultado de uma intervenção integrada e estrutural em conjunto com todos os outros organismos do meio. No entanto, existem situações que utilizam o serviço uma única vez, o que significa que apresentam uma situação de fragilidade em determinado sector de inclusão (desemprego, doença, diminuição dos apoios sociais, problemas familiares, entre outros) o que faz com que recorram pontualmente aos serviços. As situações em que o número de atendimentos ultrapassa 10 vezes por ano fazem também parte do quadro de intervenção do atendimento social e correspondem a famílias multiproblemáticas e multiassistidas, que apresentam problemas nos diferentes elementos da família e dimensões do seu funcionamento, gerando assim uma forte dependência dos serviços. A estas situações correspondem processos de exclusão socioeconómica, como sendo o desemprego de longa duração, as baixas qualificações profissionais e académicas, os endividamentos, a ausência de proteção social, a instabilidade familiar, as dependências e os desvios sociais e os comportamentos de autoexclusão, que pela sua complexidade exigem uma intervenção prolongada no tempo e devidamente articulada com outras respostas e estratégias, tentando sempre promover o bem-estar e a resolução dos problemas apresentados. 9 Relatório de Atividades 2015 3.2.3. Caracterização do Público-Alvo e Problemas Identificados 3.2.3.1. Indivíduos / Famílias No ano de 2015 a Cáritas Diocesana de Aveiro apoiou 380 indivíduos/famílias residentes no Concelho de Aveiro e que seguidamente serão caracterizados, permitindo assim identificar o tipo de população que recorre à resposta social. Gráfico 2 - Indivíduos atendidos por sexo e escalões etários M F T 554 301 253 262248 182139 154 132 113 81 75 73 71 61 38 <=25 26-30 31-40 41-50 51-60 101121 171532 10 5 15 61-64 >=65 s/r Total Relativamente à distribuição dos indivíduos por sexo e escalões etários, verifica-se que, à semelhança dos anos anteriores, predomina o sexo feminino (301 mulheres) na recorrência ao atendimento, no entanto verifica-se um aumento do sexo masculino no atendimento (253 atendimentos). É a população em plena idade ativa que reúne o maior número de indivíduos/famílias, sendo que 354 pessoas correspondem aos escalões etários até aos 50 anos, refletindo-se por isso, dificuldades socioeconómicas predominantemente nestes escalões etários. 10 Relatório de Atividades 2015 Quadro 6 – Indivíduos por freguesia de origem Freguesias N.º de Indivíduos Aradas Cacia Eirol Eixo Esgueira Glória Nariz N.ª Sr.ª de Fátima Oliveirinha Requeixo St.ª Joana S. Jacinto Vera Cruz 63 33 4 2 84 66 6 6 34 12 44 3 23 Total 380 Quanto à distribuição das famílias por freguesia de origem verifica-se, do total das situações, uma maior proporção corresponde às 86 situações da freguesia de Esgueira, seguindo-se as freguesias de Glória e Aradas com 64 e 63 situações respetivamente. À semelhança dos anos anteriores, Esgueira continua a ser a freguesia onde se verifica a maior número de situações, ainda que com um decréscimo acentuado face aos anos anteriores. Quadro7 – Número de encaminhamento por origem Encaminhamento/Origem N.º Encaminhamentos % CAFAP Câmara Municipal de Aveiro CARDA Centro de Respostas Integradas Centro de Saúde de Aveiro Centro Distrital de Aveiro – Ação Social Florinhas do Vouga Centro Hospitalar do Baixo Vouga IEFP IPSS Linha 144 Cáritas – NAVVD e GCP Protocolos RSI ISI – Intervenção Social Integrada Outros Subtotal Iniciativa Própria Total 2 13 1 7 1 76 6 12 2 14 1 2 86 38 6 267 1563 1830 0 1 0 1 0 4 0 1 0 1 0 0 5 2 0 15 85 100 11 Relatório de Atividades 2015 Como é possível verificar no quadro 7, os serviços/organismos que efetuaram um maior número de encaminhamentos foram os Protocolos de RSI (86), o Centro Distrital de Aveiro (76) e a Intervenção Social Integrada (38) que assumem a maior percentagem, correspondendo a 5% dos 15% de situações encaminhadas (267). É importante referir que aproximadamente 85% dos atendimento foram realizados por iniciativa própria do utente, que na sua maioria são fruto do reconhecimento da instituição como uma resposta social por parte dos indivíduos/famílias. Para além disso, verifica-se uma diversidade de organismos/entidades (com diferentes áreas de intervenção) na origem dos encaminhamentos efetuados para a Cáritas de Aveiro, traduzindo-se desta forma na articulação realizada por esta instituição com todos os organismos do meio, como também a complementaridade de respostas face aos constrangimentos de intervenção dos outros serviços e tendo em conta as especificidades desta resposta social. Quadro 8 – Indivíduos por estado civil e sexo Estado Civil Solteiro Casado Separado Divorciado União de Facto Viúvo S/R Total Sexo M F 33 26 7 31 17 1 3 118 49 66 22 72 39 9 6 262 Total % 82 91 29 103 56 10 9 380 22 24 7 27 15 3 2 100 Através do quadro 8 podemos conferir que existiu um maior número de indivíduos divorciados (103 com uma percentagem de 27%) a recorrerem ao atendimento, seguidos daqueles cujo estado civil é casado (91 com uma percentagem de 24%). Podemos ainda referir que o número de indivíduos solteiros aumentou ligeiramente face ao ano anterior, assumindo uma percentagem de 22% sobre o total. É ainda possível perceber que existe um maior número de mulheres a recorreram à resposta social (262), face aos homens (118) verificando-se ainda uma diferença bastante acentuada. 12 Relatório de Atividades 2015 Quadro 9 – Indivíduos por tipo de família Tipo de Família Total % Casal s/ filhos Casal c/ filhos Subtotal Mulher c/ filho (s) menor (es) a cargo Mulher c/ filho (s) maior (es) a cargo Mulher c/ filho (s) maior (es) s/ estar (em) a cargo Mulher c/ filho (s) menor (es) e maior (es) a cargo Homem c/ filho (s) menor (es) a cargo Homem c/ filho (s) menor (es) e maior (es) a cargo Subtotal Famílias Extensas Famílias Alargadas Agregados Compostos Isolado 51 86 137 49 23 4 2 3 1 82 10 12 12 127 13 23 36 13 6 1 1 1 1 23 2 3 3 33 Total 380 100 Monoparental Nuclear No quadro 9 é possível observar o tipo de famílias que se dirigem ao atendimento. Destacam-se as famílias nucleares (137), sendo que aquelas que representam uma maior percentagem do público-alvo do atendimento são as famílias nucleares com filhos (86). Seguem-se as famílias monoparentais (82) predominando, dentro deste grande grupo, as mulheres com filhos menores a cargo (49). As famílias unipessoais (indivíduos isolados) têm também uma grande afluência no atendimento social, sendo assim representadas por 33% do número total de situações atendidas. Quadro 10 – Indivíduos por escalões etários e habilitações literárias Habilitações Literárias Escalões Etários <=25 26-30 31-40 41-50 51-60 61-64 >=65 S/R Total % Analfabetos 1 ------------1 ----3 ----5 1 Ensino Básico Incompleto --------1 6 4 2 6 ----19 5 1º Ciclo Básico 2 2 15 32 31 8 10 ----100 26 2º Ciclo Básico 5 4 25 30 16 2 1 ----83 22 3º Ciclo Básico 6 11 22 21 24 1 3 1 89 24 Ensino Secundário Curso Médio/Superior S/R Total 2 6 8 10 4 ----4 ----34 9 ----2 5 2 7 1 1 ----18 5 1 1 8 7 8 3 3 1 32 8 17 26 84 108 95 17 31 2 380 100 13 Relatório de Atividades 2015 É possível verificar no quadro 10 a baixa escolaridade, que se reflete na desigualdade de oportunidades no acesso ao mercado de trabalho. Constata-se que 26% têm apenas o 1º ciclo básico (4º ano), maioritariamente com idades compreendidas entre os 41-60 anos de idade. Salienta-se ainda a existência de 23% de pessoas cuja escolaridade corresponde ao 3º ciclo básico (9º ano) concentrando-se o maior número no grupo etário entre os 51-60 anos. Destaca-se o crescimento de situações com curso médio superior relativamente ano de 2014 (13 situações), sendo que em 2015 foram 18 já os casos cujas habilitações literárias correspondem a cursos médio superiores. Caracterizando as situações de baixa escolaridade, podemos dizer que 78% não possui a escolaridade obrigatória atualmente em vigor (12º ano), não preenchendo por isso muitas das condições exigidas pelo atual mercado de trabalho. Quadro 11 – Indivíduos por situação socioprofissional Escalões Etários Situação Socioprofissional Emprego Desemprego Estudante Doméstica Pensionista Outros Total 2 ----1 ----------------1 4 Formação Profissional ------------2 ----------------2 <=25 26-30 31-40 41-50 51-60 61-64 >=65 S/R Total 1 4 16 17 6 2 1 ----47 13 19 62 66 69 11 8 1 249 1 1 ----1 5 ------------8 ----1 2 13 11 4 19 ----50 ----1 3 9 4 ----3 ----20 17 26 84 108 95 17 31 2 380 % 12 66 1 1 2 13 5 100 O quadro 11 reflete a situação face ao emprego do público-alvo no atendimento social. Podemos afirmar que em maior número encontram-se as pessoas em situação de desemprego (249), que relativamente ao ano anterior aumentou de uma percentagem de 64,4% para uma atual de 66%. Podemos concluir que fora do mercado de trabalho encontram-se, para além das pessoas em situação de desemprego, as que frequentam formação profissional, as 14 Relatório de Atividades 2015 domésticas e outros, perfazendo assim um total de 279 situações que não estão no exercício de uma atividade profissional. Reforça-se ainda a importância que, ao contrário do ano anterior, o maior número de pensionistas situa-se no escalão etário de >=65 (19), o que já se enquadra nos reformados e não nos pensionistas por invalidez/sobrevivência à semelhança do ano de 2014. Quadro 12 – Número de indivíduos por origem (fonte) de rendimento Origem de Rendimentos % Trabalho/Salário 100 14 RSI 73 10 Pensões 168 24 Subsídio de Desemprego 33 5 Subsídio de doença 13 2 Abono de Família 173 24 Bolsa de Formação 7 1 Biscates 33 5 Ajudas Familiares/Amigos 7 1 Outros 7 1 Sem Rendimentos 94 13 708 100 Total É possível verificar que aquelas que se assumem como as mais frequentes fontes de rendimentos dos indivíduos/famílias são sobretudo o abono de família (173), as pensões (168) e o trabalho/salário (100). Apenas 1% das situações beneficiam de ajudas de familiares/amigos, o que se pode deduzir como sendo a falta de suporte familiar para as situações de fragilidade. O Rendimento Social de Inserção (RSI) apresenta um grande peso nas fontes de rendimentos dos indivíduos/famílias com 73 situações beneficiárias. É de considerar que as prestações sociais são aquelas com maior frequência no sustento de muitos dos indivíduos/famílias em estudo, tendo uma percentagem total de 65% ao contrário daqueles que têm como fonte de rendimento o trabalho, seja ele com contrato ou sem, representados por uma percentagem de 14%. As situações que se encontram ausentes de rendimentos e que consequentemente não beneficiam de nenhum tipo de proteção social estiveram no ano de 2015 15 Relatório de Atividades 2015 representadas por um percentagem de 13%, ligeiramente maior que no ano anterior (12,6%). Gráfico 3 - % (de indivíduos) face à situação perante o rendimento social de inserção 19% Beneficiários 81% Não Beneficiários É possível perceber que em relação ao ano anterior manteve-se o número de beneficiários do RSI. 19% dos indivíduos são beneficiárias desta medida de política social. Tal fato pode estar relacionado com as baixas prestações que os beneficiários recebem, que leva a que ainda assim continue a ser necessário o apoio aos indivíduos/famílias. Este tipo de apoio é sempre articulado com os técnicos gestores dos processos, seja qual for o apoio solicitado pelo indivíduo/família. 16 Relatório de Atividades 2015 Gráfico 4 - Indivíduos por montante de rendimento per capita >=301€ 8 201_300€ 14 101_200€ 73 51_100€ 68 1_50€ 68 <=0€ 149 O gráfico 4, é representativo das situações com baixo escalão per capita das famílias atendidas em 2015. Do total das 380 situações 149 não têm qualquer tipo de rendimento. Verifica-se que na generalidade os rendimentos per capita das situações não ultrapassam os 200 euros. No que diz respeito ao tipo de habitação ocupada pelos indivíduos/famílias que recorreram ao atendimento social em 2015 (quadros 13 e 14), numa análise geral, 136 vivem em casas unifamiliares e 78 em apartamentos. Destaca-se ainda que 88 indivíduos/famílias residem em habitações com custos mais baixos e por vezes sem as condições necessárias (quarto, anexos, barracas, cave/sótão). Entre estes casos destacam-se 44 a residir em quartos, cujo valor pago é mais baixo. Quadro 13 – Indivíduos por tipo de habitação e regime de ocupação Tipo de Habitação Casa Unifamiliar Apartamento Habitação Social Quarto Anexos Barraca Cave/Sótão S/R Total % Regime de Ocupação Própria 29 9 --------2 --------2 42 Prestação 12 6 ------------------------18 Arrendada 72 56 14 36 29 ----1 6 214 Cedida 17 3 1 4 6 5 ----1 37 S/R 6 4 1 4 1 --------53 69 11 5 56 10 18 Total 136 78 16 44 38 5 1 69 % 36 20 4 11 10 2 1 16 380 100 17 Relatório de Atividades 2015 Os regimes de ocupação de habitação são maioritariamente arrendados, seguindo-se as habitações próprias (42) e cedidas por terceiros (37). As condições económicas impedem a aquisição de habitação própria, existem apenas 16% de situações. Quadro 14 – Indivíduos por regime de ocupação de habitação e montante de despesa mensal Regime de Ocupação Prestação Arrendada Total % Montante de Despesa Mensal (€) 1-50 ----11 11 5 51-100 ----12 12 5 101-200 3 79 82 35 201-300 1 75 76 33 >=301 12 21 33 14 S/R 2 16 18 8 Total 18 214 232 100 Relacionando o regime de ocupação com o montante de despesa mensal (quadro 14) podemos analisar 232 situações com encargos habitacionais, dos 380 totais (quadro 13). Desse total, 214 têm habitação arrendada e apenas 18 pagam mensalmente uma prestação. É entre os 101-300 euros onde se verifica o maior número de indivíduos/famílias a pagar prestações ou rendas mensais (158), com uma maior significância nas habitações arrendadas (79). Acima dos 300€ verificam-se 33 situações a pagar mensalmente prestações ou arrendamentos, o que muitas vezes, dado o elevado valor, provocam problemas económicos de endividamento. Problemas Identificados Quadro 15 – Problemas apresentados por área Áreas de Problemas Total % Problemas Económicos Emprego/Inserção Profissional Saúde/Doença Habitação Educação Problemas Pessoais Proteção Social Problemas Familiares Sociocultural Total 425 323 231 62 31 62 12 195 21 1362 31 24 17 5 2 5 1 14 1 100 São diversos os problemas identificados nos indivíduos/famílias em atendimento social. Verificando o quadro 15 podemos identificar nove grandes grupos de 18 Relatório de Atividades 2015 problemas sociais das mais diversas áreas. Podemos reconhecer que são os problemas económicos (425) os que mais afetam os indivíduos/família, seguidos dos de emprego/inserção profissional (323). A proteção social representa o menor número (12) como problema que afete o público-alvo estudado. O primeiro sinal de vulnerabilidade surge do desemprego, da instabilidade no emprego e inserção profissional. Esta situação conjugada com os insuficientes/baixos rendimentos leva à necessidade de intervenção junto destes indivíduos/famílias. Quadro 16 – Problemas-económicos Tipo de Rendimentos Total % Ausência de Rendimentos Insuficiência/Baixos Rendimentos (salários, pensões e outras prestações) 149 203 35 47 Endividamento Elevados Encargos com a Saúde Elevados Encargos com a Habitação Elevados Encargos com a Educação Outros 26 17 29 3 2 5 4 7 1 1 Total 429 100 Numa análise mais detalhada face aos problemas económicos, podemos afirmar que o principal problema com que os indivíduos/famílias se deparam é a insuficiência/baixos rendimentos (203), provenientes de salários, pensões e outras prestações, bem como a ausência de rendimentos (149). São os encargos com a educação os que representam menor problema para o público-alvo do atendimento social. É importante referir os 26 casos de endividamento e os 29 casos de problemas económicos associados aos elevados encargos com a habitação. Quadro 17 – Problemas-emprego/Inserção profissional Tipo de Problemas Total % Desemprego Salários em Atraso Trabalho Irregular/Incerto Falta de Hábitos de Trabalho Inexistência de Vínculo Contratual Baixos Salários Emprego Clandestino Outros Total 270 3 11 22 5 5 2 5 323 83 1 3 6 2 2 1 2 100 19 Relatório de Atividades 2015 Quanto à inserção profissional, conforme o quadro 17 demonstra, é na maioria dos casos o desemprego (270) o principal problema, o que estará relacionado com a baixa escolaridade e consequente acesso ao mercado de trabalho. Segue-se o problema associado à falta de hábitos de trabalho (22). O problema que representa um menor peso na situação em que os indivíduos/famílias se encontram é o emprego clandestino e os salários em atraso. Quadro 18 – Problemas-saúde/doença Tipo de Problemas Total % Doença Crónica Deficiência Doença de Natureza Psíquica Toxicodependência Doença Infecto-Contagiosa Alcoolismo Doença Oncológica Dependência/Acamados Acidente de Trabalho Outros Total 74 8 56 17 9 27 14 5 4 16 230 32 4 24 7 4 12 6 2 2 7 100 Os problemas de saúde foram marcados principalmente pelas doenças crónicas e de natureza mental que representa 56% do número total. Todos os problemas de saúde representam condicionantes para os indivíduos/famílias aos mais variados níveis, aumentando os gastos com medicação e criando instabilidade no seio familiar. Os problemas de saúde mental são um indicador de disfunção pessoal e social em muitos processos cumulativos de exclusão e que se acentuam em épocas de crise económica e social. Com menor incidência, mas ainda com números elevados, verifica-se o alcoolismo e a toxicodependência. Aproximadamente 19% dos indivíduos/famílias estão afetados por estes comportamentos aditivos. 20 Relatório de Atividades 2015 Quadro 19 – Problemas-habitação Tipo de Problemas Total % Desalojamento Habitação Degradada Casa Abarracada Barraca Carência Habitacional Custo Excessivo de Habitação Habitação s/ Água, Luz e/ou Casa de Banho Rendas/Amortização em Atraso Outros 1 3 1 1 1 23 2 26 1 2 5 2 2 2 38 3 44 2 Total 59 100 Os custos elevados com a habitação continuam a ser os que mais prejudicam os indivíduos ou famílias, que, consequentemente, acumulam dívidas deixando rendas/amortizações em atraso, resultado das dificuldades económicas que atravessam. Pode ainda denotar-se que são alguns os indivíduos/famílias que vivem em habitações sem as mínimas condições necessárias, representando 14% do total. Quadro 20 – Problema-educação Tipo de Problemas Total % Insucesso Escolar Analfabetismo Baixa Escolaridade Abandono Escolar Outros Total 1 1 27 1 1 31 3 3 88 3 3 100 À semelhança dos anos anteriores, relativamente aos problemas na área da educação, continua a verificar-se que predomina a baixa escolaridade dos indivíduos que limitam e condicionam o acesso ao mercado de trabalho, dificultando o percurso de inclusão dos indivíduos. 21 Relatório de Atividades 2015 Quadro 21 – Problemas-natureza familiar Tipo de Problemas Total % Maus-Tratos Menores Institucionalizados Rejeição Familiar Violência Doméstica Disfunção Familiar Isolamento ou Solidão Família Monoparental Mãe Adolescentes Idosos Institucionalizados Negligência Viuvez Separação do Casal Reclusão Más Relações Incestuosas Conflitos Entre Familiares Rutura Familiar Baixa Comparticipação Financeira de Alguns Elementos Outros 2 5 4 29 18 24 51 1 1 4 3 4 6 1 20 15 3 2 1 3 2 15 9 12 26 1 1 2 2 2 3 1 10 7 2 1 Total 193 100 O quadro 21 representa os problemas que afetam o seio familiar, sendo os problemas que mais afetam os indivíduos/famílias a monoparentalidade (51 situações), a violência doméstica (29 situações), os conflitos familiares (20 situações) e o isolamento ou solidão (24 situações). Quadro 22 – Problemas-pessoais Tipo de Problemas Total % Dificuldades de Aceitação à Mudança Incapacidade em Gerir Recursos Comportamentos Violentos Desajustamento Psicossocial Ausência de Expectativas Problemas de Autoestima Dificuldades de Relacionamento com os Outros Dependência dos Serviços Falta de Iniciativa Individual Outros 3 10 4 9 1 9 3 16 2 2 5 17 8 15 2 15 5 27 3 3 Total 59 100 À semelhança do ano anterior, em 2015 continua a verificar-se a dependência dos serviços e a incapacidade em gerir recursos como os principais problemas pessoais que afetam os indivíduos/famílias, assumindo uma percentagem de 44% do total. 22 Relatório de Atividades 2015 3.2.3.2. Passantes Durante o ano de 2015, a Cáritas Diocesana de Aveiro apoiou um total de 44 passantes, verificando-se uma descida, ainda que pouco significativa, face ao ano anterior. Esta tipologia corresponde a indivíduos socialmente excluídos e com mudanças de residência frequentes, em parte relacionadas com conflitos/ruturas familiares, com fenómenos de dependências e presença de perturbações psíquicas. São pessoas que se encontram de passagem pela cidade e que pretendem deslocar-se para outra zona do país. Gráfico n.º 5 - Indivíduos por sexo (2013-2015) Mulheres Homens Total 49 44 40 36 36 30 13 10 8 2013 2014 2015 Como é possível ver no gráfico 5, até 2014 tinha-se verificado um aumento no número de passantes, sendo que em 2015 passou a existir uma descida representada por 44 casos apoiados neste serviço. Mantendo os números de indivíduos do sexo masculino (36), mas diminuindo o número de indivíduos do sexo feminino (8). Quadro 23 – Indivíduos por estado civil e sexo Estado Civil Sexo Total % 3 2 1 1 ----1 19 3 2 15 1 4 43 7 5 34 2 9 8 44 100 M F Solteiro Casado Separado Divorciado União de Facto S/R 16 1 1 14 1 3 Total 36 23 Relatório de Atividades 2015 Como vem sendo comum nos anos anteriores, também em 2015, o maior número de indivíduos apoiados é do sexo masculino e solteiro, sendo este estado civil também predominante no sexo feminino. No sexo masculino destaca-se também o elevado número de indivíduos divorciados. Quadro 24 – Indivíduos por escalões etários Sexo Escalões Etários <=25 26-30 31-40 41-50 51-60 S/R Total M F 2 4 8 11 10 1 31 2 ----1 3 2 ----8 Total 4 4 9 14 12 1 44 Relativamente à distribuição dos indivíduos por idades verifica-se que são predominantes os escalões etários entre os 41 e 60 anos de idade, destacando-se uma ligeira subida nas idades entre os 26 e 30 anos de idade, no sexo masculino, comparativamente ao ano de 2014. Quadro 25 – Indivíduos por habilitações literárias Habilitações Literárias N.º de Indivíduos Ensino Básico Incompleto 1º Ciclo Básico 2º Ciclo Básico 3º Ciclo Básico Ensino Secundário Curso Médio/Superior S/R Total 2 12 9 12 2 1 6 44 Como é possível verificar no quadro 25, os indivíduos apresentam baixos níveis de escolaridade distribuídos entre o 1º ciclo básico e o 2º ciclo básico, apenas 3 situações têm concluída a escolaridade obrigatória atualmente em vigor (ensino secundário), apenas uma situação tem o ensino superior concluído. 24 Relatório de Atividades 2015 Quadro 26 – N.º de encaminhamentos por origem Encaminhamento/Origem N.º Encaminhamentos Centro Distrital de Aveiro – Ação Social Florinhas do Vouga Centro Hospitalar do Baixo Vouga Iniciativa Própria Linha 144 NAVVD Outros Total 1 2 14 32 1 1 3 54 Ao nível dos encaminhamentos, 19 foram realizados por entidades locais, das quais se destaca o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (14), 32 situações recorreram ao apoio por iniciativa própria. Quadro 27 – Indivíduos por Origem Geográfica Origem Geográfica N.º de Indivíduos Aveiro Outras Zonas do País Países do Leste Resto da Europa S/R Total 4 31 1 5 3 44 A origem geográfica da maior parte dos indivíduos beneficiários deste apoio é de outras zonas do país, apenas 4 da zona de Aveiro. Verifica-se um crescimento das situações de indivíduos estrangeiros em 2015 (6 situações). São indivíduos que solicitam junto do atendimento social apoio para viagens, muitas vezes para regressarem à sua área de residência. Quadro 28 – Problemas identificados Problemas N.º de Indivíduos % Ausência de Rendimentos Baixos Rendimentos Desemprego Alcoolismo Doença Mental Toxicodependência Rutura/Conflito Familiar Baixa Escolaridade Outros Total 19 4 13 7 11 1 4 3 17 79 24 5 16 9 14 1 5 4 22 100 25 Relatório de Atividades 2015 Os problemas identificados neste público-alvo são sobretudo ao nível socioeconómico, onde se verifica baixo rendimento ou até mesmo a ausência de rendimentos, com um valor total 23 situações. Destacando ainda o desemprego (13), a doença mental (11) e o alcoolismo (7) como problemas também presentes. 3.2.3.3. Outras Situações de Pessoas Sem Abrigo No âmbito da resposta social – Apoio a Indivíduos e Famílias em Situação de Emergência, a Cáritas intervém também junto da população sem-abrigo. Apesar de existir na Instituição um Centro de Alojamento Temporário (CAT) para homens sem-abrigo, este não consegue dar resposta a todas as situações, razão pela qual se garante o alojamento temporário em pensões e o encaminhamento para outros CAT. A intervenção social junto destes indivíduos consiste na satisfação das necessidades básicas, na integração em CAT e no apoio psicossocial. Gráfico n.º 6 - Indivíduos por sexo (2013-2015) Mulheres Homens Total 116 92 84 67 61 26 25 23 2013 90 2014 2015 26 Relatório de Atividades 2015 No ano de 2015 foram apoiadas 116 situações de sem-abrigo, dos quais 90 foram do sexo masculino e apenas 26 do sexo feminino. Destaca-se o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo face ao ano de 2014, onde se registaram 92 situações. Quadro 29 – Indivíduos por estado civil e sexo Estado Civil Solteiro Casado Separado Divorciado União de Facto Viúvo S/R Total Sexo M F 52 2 10 24 --1 1 90 8 2 6 8 2 ----26 Total 60 4 16 32 2 1 1 116 Relativamente ano estado civil, destacam-se as situações de solteiros (60) e divorciados (32). No sexo masculino é mais frequente o estado civil de solteiro, já no sexo feminino não existiu diferença entre ambos os predominantes (solteiro e divorciado). Quadro 30 – Indivíduos por escalões etários Escalões Etários <=25 26-30 31-40 41-50 51-60 61-64 >=65 S/R Total Sexo M F 19 7 13 23 21 3 1 3 90 4 2 6 9 4 1 --------26 Total 23 9 19 32 25 4 1 3 116 A média de idades mais frequente em ambos os sexos é aquela que varia entre os 41 e 50 anos de idade. É de salientar a diferença das situações com idades <=25 anos do 27 Relatório de Atividades 2015 ano de 2014 para 2015, onde se verificaram um total de 23 situações, origem provavelmente no abandono escolar e rutura ou rejeição familiar. Quadro 31 – Indivíduos por habilitações literárias Habilitações Literárias N.º Indivíduos Analfabeto Ensino Básico Incompleto 1º Ciclo Básico 2 º Ciclo Básico 3 º Ciclo Básico Ensino Secundário Curso Médio/Superior S/R Total 6 5 24 27 40 5 1 8 116 Como é possível de observar no quadro 31, apenas 5 indivíduos têm o ensino secundário concluído e 102 não concluíram essa mesma escolaridade, sendo que 11 não têm sequer frequência (6 situações de analfabetismo) nem concluíram o ensino básico (5). Por falta de envolvimento das pessoas e algumas dificuldades na recolha de informação, existiram 8 situações sobre as quais não foi possível apurar dados ao nível das habilitações literárias. Quadro 32 – Indivíduos por origem geográfica Origem Geográfica N.º Indivíduos Aveiro Outras Zonas do País PALOP’s Países do Leste Outros Países da Europa Brasil S/R Total 54 49 4 2 3 1 3 116 As situações de sem-abrigo são maioritariamente de origem concelhia (54), e 49 são provenientes de outras zonas do país. De origem estrangeira, verificaram-se 10 situações num total. 28 Relatório de Atividades 2015 Quadro 33 – Número de encaminhamentos por origem Encaminhamentos/Origem N.º de Encaminhamentos Câmara Municipal de Aveiro CARDA Centro de Respostas Integradas Centro de Saúde de Aveiro Centro Distrital de Aveiro – Ação Social CPCJ Aveiro Equipa de Reinserção Social Florinhas do Vouga Centro Hospitalar do Baixo Vouga IEFP – Centro de Formação IPSS’s ISI Linha 144 NAVVD Protocolo RSI Outros Subtotal Iniciativa Própria 1 1 23 3 8 1 1 11 10 3 13 3 6 3 19 10 116 443 Total 559 Em 2015 verificou-se que o maior número de encaminhamentos foi realizado pelo Centro de Resposta Integradas (CRI) de Aveiro, que efetuou 23 encaminhamentos, seguido do Protocolo RSI onde se registaram 19 encaminhamentos. Registaram-se 443 atendimentos a indivíduos que recorreram por iniciativa própria. Quadro 34 – Problemas identificados Problemas N.º de Indivíduos % Ausência de Rendimentos Baixos Rendimentos Desemprego Doença Infecto-Contagiosa Alcoolismo Doença Mental Toxicodependência Analfabetismo Baixa Escolaridade Conflitos Familiares/Separação Rutura/Rejeição Familiar Isolamento Dependência dos Serviços Reclusão Ilegalidade Disfunção Familiar Outros Total 78 9 52 3 31 13 15 2 4 19 20 13 3 3 4 22 49 340 23 3 15 1 9 4 4 1 1 6 6 4 1 1 1 6 14 100 29 Relatório de Atividades 2015 Os principais problemas apresentados por este público-alvo são a ausência de rendimento (78), desemprego (52) e o alcoolismo (31). Em algumas situações são também notórios os problemas ao nível familiar, que em 2015 se verificaram em 61 indivíduos, designadamente os conflitos/separação, a rutura/rejeição e a disfunção familiar. 30 Relatório de Atividades 2015 3.2.4. Respostas Quadro 35 – Tipo de respostas N.º Indivíduos/Famílias N.º Passantes N.º Outras Situações de SemAbrigo Géneros Alimentares Senhas de Refeição (Cozinha Social) Apoio Alimentar Leite Lactentes Produtos de Higiene Água, Luz e Gás Renda Habitação Alojamento/Pensões Total Medicamentos Saúde Ajudas Técnicas Total Apoio Económico em Geral Apoio Económico (Barbearia) Vestuário Banhos Material Escolar Transportes Tratamento de Documentação Encaminhamento para Outras Instituições Encaminhamento para o Fundo Social Solidário Encaminhamento para Prioridade às Crianças Informação e Orientação Outros 228 21 5 2 3 88 28 3 119 149 6 155 13 3 16 ----1 22 9 10 3 2 --------------------2 2 1 ----1 --------1 --------41 --------- 28 55 2 ----4 ----6 50 56 27 1 28 ----7 6 53 1 24 6 20 16 ----- ----- 1 ----- ----- 22 58 ----2 3 41 Dando mais Área-Resposta/Tipo resposta às necessidades emergentes apresentadas pelos indivíduos/famílias, a instituição, através do atendimento social realizado, assumiu como principal resposta o apoio material nas diferentes áreas-problema. Durante o ano de 2015, em atendimento, foram apoiados 228 indivíduos/famílias ao nível alimentar e 155 na área da saúde, tendo maior relevância o apoio dado em termos de medicação. Registaram-se ainda 119 indivíduos/famílias apoiados para despesas relativas à habitação. No que diz respeito aos passantes, em 2015, os apoios foram mais uma vez atribuídos na sua maioria ao nível dos transportes (41). Estes indivíduos recorrem à instituição pontualmente, pelo que não é possível fazer uma avaliação aprofundada das situações. 31 Relatório de Atividades 2015 O tipo de apoios prestados a outras situações de pessoas sem-abrigo foram diversificados, concentrando-se em maior número o apoio ao nível alimentar que é prestado através de senhas de refeição (55) e géneros alimentares (28), seguido do alojamento em pensão (50) e o apoio ao nível da saúde (28). Também foram realizados apoio ao nível de transportes, tratamento de documentação, entre outros. Foram encaminhadas 20 situações para outros serviços, que correspondem normalmente à integração em CAT. É de referir que muitas das situações exigem uma intervenção prolongada, implicando um acompanhamento psicossocial e um trabalho de articulação com outros serviços. Géneros Alimentares Quadro 36 – Géneros alimentares Produtos FEAC (Kg) BACF (Kg) Outros Donativos (Kg) Leite UHT Bolachas Várias Papa Láctea Massas Diversas Massa para Sopa Esparguete Açúcar Manteiga Queijo Arroz Cereais Tostas Atum/Sardinha/Bacalhau em Conserva Salsichas Leguminosas Secas Leguminosas em Conserva Tomate Pelado Azeite Óleo Sal Farinha Batatas Frita Fruta Conserva Marmelada/Compota Iogurtes Fruta Pão de Forma Bolos Peixe Diversos 1.148 669 360 705 --------94 282 328 243 214 111 705 1.457 ----353 278 ----219 ----------------381 ------------------------- 1.677 210 ----398 53 401 182 --------1024 83 60 207 308 42 249 ----119 179 14 47 24 --------396 1.171 35 5 --------- 718 132.5 6.85 27.25 2.5 281.35 31 ----60 Cx 241 114.08 2 141.99 66.7 30 36.4 ----127 60 0.30 27 ----0.82 2 ----------------40 27 32 Relatório de Atividades 2015 O apoio em géneros alimentares é a resposta mais frequente dada pela instituição e é assegurada, na sua maioria, pelo Fundo Europeu de Auxílio aos Carenciados (FEAC) e pelo Banco Alimentar Contra a Fome (BA). Tal como nos anos anteriores, é de realçar o contributo dado por outras entidades de âmbito privado que fizeram donativos alimentares e que nos permitiu dar resposta a um maior número de situações. Em 2015 recebemos 7.547 Kg do FEAC, 6.884 Kg do BA e 1.305 Kg de outros donativos, totalizando 15.736 Kg de géneros alimentares. Devido ao contributo de diversas entidades, a quantidade de géneros recebidos foi superior ao ano anterior correspondendo a um aumento de 1.927 Kg, situação que já não se verificava desde 2013. Roupeiro O serviço de roupeiro manteve-se a funcionar durante o ano de 2015, com abertura aos utentes uma tarde por semana, assegurado por um grupo de voluntárias. Deu resposta a 252 pedidos/apoios de roupa e calçado, quer a famílias, quer a pessoas sem-abrigo. Foram, também, distribuídas roupas e calçado por alguns Grupos Cáritas Paroquiais, e outras entidades que nos solicitaram este tipo de apoios. Apoio Psicológico Embora não fazendo parte do Quadro Técnico desta Resposta Social, a Psicóloga foi acompanhando algumas situações detetadas no Atendimento Social que, pela urgência e gravidade, se justificaram. No decorrer de 2015 beneficiaram 4 pessoas de acompanhamento psicológico. 33 Relatório de Atividades 2015 Outros Recursos Fundo Social Solidário O Fundo Social Solidário é um serviço de ação social da Igreja Católica instituído pela Conferencia Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal da Pastoral Social. O Fundo tem como objetivo contribuir para a solução dos problemas sociais do país e cooperar no aprofundamento e atualização da ação social da Igreja, através das dádivas feitas a favor do Fundo. A Cáritas Diocesana apresentou pedidos de apoio através deste fundo, tendo sido abrangidos 22 agregados familiares, cujos apoios foram destinados à aquisição de óculos, comparticipação no pagamento de renda de casa, obras e subsistência. 34 Relatório de Atividades 2015 3.3. Centro de Alojamento Temporário 3.3.1. Identificação O Centro de Alojamento Temporário (CAT) é uma das respostas sociais da Cáritas de Aveiro, a funcionar desde 1 de setembro de 2000, com a celebração do Acordo de Cooperação com a Segurança Social de Aveiro. Tem como objetivo: Proporcionar alojamento a homens que encontrem em situação de sem abrigo; Promover o bem-estar físico e psíquico dos utentes, assegurando a satisfação das necessidades básicas e garantindo condições que favoreçam a aquisição de competências pessoais, profissionais e sociais. No CAT, os utentes podem usufruir dos serviços de refeição (pequeno almoço e jantar), alojamento noturno temporário, atendimento/acompanhamento psicossocial, higiene pessoal, higiene de roupa e medicação. Quadro 38 - Pessoal afeto há respostas social Nº Funcionários Categoria 1 Técnica de Serviço Social* 1 Psicólogo* 1 Escriturário* 3 Ajudantes de Ação Direta 1 Auxiliar de Serviços Gerais* * Comum a outras respostas sociais Conforme podemos constatar, o quadro de pessoal afeto a esta resposta social tem-se mantido sem qualquer alteração ao longo do seu funcionamento. A equipa técnica (Psicólogo e Técnico de Serviço Social) é responsável pela admissão e acompanhamento psicossocial dos utentes, procurando, em articulação com outros serviços, definir os respetivos projetos de vida. Durante o ano foram realizadas reuniões mensais entre a equipa técnica e a diretora técnica, a fim de definir estratégias de trabalho e procedimentos de atuação com os 35 Relatório de Atividades 2015 utentes. A equipa técnica reuniu também regularmente com os ajudantes de ação direta. 3.3.2. Atividades Desenvolvidas e Serviços Prestados A intervenção desenvolvida junto desta população, para além de dar resposta às suas necessidades básicas, já mencionadas anteriormente, passa também pelo apoio psicossocial dos utentes. Relativamente às atividades desenvolvidas em 2015 destacam-se: Acompanhamento social e psicológico. Em relação ao apoio psicossocial, todos os utentes usufruíram de atendimentos semanais. Usufruíram ainda de apoio psicológico 5 utentes. Apoio ao recurso aos meios de proteção social e no tratamento de documentação. Foram encaminhados 4 utentes para requerer a prestação do rendimento social de inserção e 10 para tratamento de documentação, nomeadamente cartão de cidadão e título de residência. Orientação na procura de trabalho e incentivo à formação, estabelecendo contatos com o Centro de Emprego, com as entidades empregadoras e outras. Foram encaminhados 4 utentes para formação e 8 para trabalho. Encaminhamento para tratamento de desintoxicação alcoólica de 6 indivíduos, através de contatos/articulação com o Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Centros de Saúde, Centro Regional de Alcoologia de Coimbra, Centro de Respostas Integradas de Aveiro e CARDA. 3.3.3. Caraterização da População No decorrer do ano de 2015 estiveram alojados no Centro de Alojamento Temporário 31 homens em situação de sem-abrigo, dos quais 10 transitaram do ano anterior. 36 Relatório de Atividades 2015 Do total de utentes alojados, foram 6 as situações de reentrada no Centro, o que pode estar relacionado com a precariedade económica e instabilidade de vínculos a nível social, familiar, profissional, que conduziu a um novo processo de exclusão social. Quadro 39 – Indivíduos por escalões etários Escalões Etários N.º de Indivíduos 18_25 26_30 31_40 41_50 51_60 61_64 >=65 S/R 4 4 5 6 9 2 1 ----- Total 31 A idade dos utentes alojados no decorrer de 2015 varia entre os 18 e os 65 anos, tratando-se de um grupo heterogéneo. Relativamente ao ano de 2014, verificou-se um aumento de situações de indivíduos nos escalões mais jovens a necessitarem do apoio prestado pelo CAT. Quadro 40 – Indivíduos por estado civil Estado Civil N.º de Indivíduos Solteiro Separado Divorciado Total 15 2 14 31 No quadro 40 é possível verificar a situação face ao estado civil dos utentes. Prevalecem as situações de indivíduos solteiros e divorciados, que não dispõem, atualmente, de suporte familiar. Quadro 41 – Indivíduos por habilitações literárias Habilitações Literárias N.º de Indivíduos Analfabeto 1º Ciclo Básico Incompleto 1º Ciclo Básico 2º Ciclo Básico 3º Ciclo Básico Ensino Complementar Total ----2 9 9 7 4 31 37 Relatório de Atividades 2015 Relativamente às habilitações literárias dos utentes, podemos observar, conforme o quadro 41, que a maioria dos indivíduos não chegou a concluir um nível de escolaridade superior ao 3º Ciclo do Ensino Básico. Nesta população tem-se verificado ao longo dos anos níveis de escolaridade baixa, consequência do abandono escolar precoce. É de registar que 4 utentes tinham o Ensino Complementar. Quadro 42 – Indivíduos por situação socioprofissional Situação Socioprofissional N.º Indivíduos Desempregados Pensionistas Trabalhadores (Baixa) Formandos Total 24 2 2 3 31 Em relação à situação socioprofissional dos utentes é de referir que, à data de admissão no CAT, a maioria se encontrava numa situação de desemprego de longa duração (24 situações), sendo que um indivíduo estava a receber subsídio de desemprego. Dos restantes utentes, 2 eram pensionistas, 2 estavam de baixa e 3 frequentavam formação profissional. Quadro 43 – Indivíduos por origem geográfica Origem Geográfica N.º de Indivíduos Aveiro Outras Zonas do País PALOP’s Brasil Países de Leste Resto da Europa Argélia 16 9 1 3 1 ----1 Total 31 A origem geográfica dos utentes do CAT é na sua maioria do concelho de Aveiro (16), no entanto 9 são situações provenientes de outras zonas do país e os restantes 6 são imigrantes. 38 Relatório de Atividades 2015 Quadro 44 – Encaminhamentos para o CAT Encaminhamento N.º Indivíduos Segurança Social – Ação Social Centro de Respostas Integradas Aveiro Florinhas do Vouga – EID Hospital Infante D. Pedro Atendimento Social Cáritas de Aveiro Centro Local de Apoio e Integração ao Imigrante Outras IPSS´s 3 2 3 3 13 1 3 Total 28 Como podemos constatar, os utentes foram na sua maioria encaminhados por várias entidades. É de referir que 3 utentes recorreram à nossa resposta por iniciativa própria, correspondendo a situações de reentradas no CAT. No que diz respeito aos 13 utentes encaminhados pela resposta do Atendimento Social da Instituição, são situações que foram acolhidas e apoiadas de imediato através do acordo de Emergência Social e colocadas em Lista de Espera para entrada no centro. 3.3.4. Problemas Identificados Quadro 45 – Problemas identificados Problemas N.º Indivíduos Ausência de Rendimentos Desemprego Ausência/Rutura de Laços Familiares Doença Mental Alcoolismo Toxicodependência Deficiência Mental Doença Crónica Problemas com a Justiça Ilegalidade Baixos Rendimentos Outros 24 24 19 13 12 10 5 6 9 5 4 4 Da leitura do quadro podemos constatar que para além da ausência de alojamento existem diversos problemas que afetam os utentes alojados no Centro de Alojamento Temporário. O desemprego, a ausência de rendimentos e a ausência/rutura de laços familiares continuam a estar presentes em maior parte das situações. Destaca-se ainda 39 Relatório de Atividades 2015 a incidência de doença mental (13 situações), alcoolismo (12 situações) e toxicodependência (10 situações). Quadro 46 – Motivos de saída do centro Motivo de Saída do CAT N.º Indivíduos Autonomia Abandono Expulsão Comunidade Terapêutica Detenção CAT 11 4 3 1 1 1 No ano de 2015 saíram do Centro de Alojamento Temporário 21 utentes. O principal motivo que levou à sua saída do Centro foi a autonomia (11 situações), destes utentes, 7 conseguiram integração no mercado de trabalho, 2 passaram a beneficiar da prestação do rendimento social de inserção e 2 recorreram à pensão de invalidez. Verificou-se o abandono em 4 situações, motivado pelas dificuldades que alguns utentes sentiram em cumprir as regras e normas de funcionamento do CAT, e a expulsão em 3 situações, devido a comportamentos agressivos associados ao consumo de álcool. Dos restantes utentes que saíram do CAT, 1 foi integrado em Comunidade Terapêutica, 1 foi detido e 1 foi transferido para outro Centro de Alojamento, por motivos de saúde. Quadro 47 – Indivíduos por tempo de permanência no CAT Tempo de Permanência Até 1 semana Até 2 semana Até 3 meses Até 4 meses Até 5 meses Até 6 meses De 6 meses a 1 ano Mais de 1 ano Mais de 2 anos Total N.º Indivíduos ----2 14 2 ----4 6 1 2 31 O quadro 47 apresenta o tempo de permanência dos utentes do CAT que saíram durante o ano de 2015. Constatamos que 22 utentes não excederam os 6 meses de 40 Relatório de Atividades 2015 acolhimento, que corresponde ao tempo limite estipulado no regulamento interno da resposta social. É de referir que 3 situações permaneceram no Centro por tempo superior a 1 ano, fruto das limitações ao nível das competências pessoais e sociais, o que dificultou o processo de autonomia. 41 Relatório de Atividades 2015 3.4. Centro de Acolhimento Infantil – CAI O Centro de Acolhimento Infantil é um equipamento da Cáritas Diocesana de Aveiro, localizado na Freguesia de Esgueira, onde funcionam as respostas sociais de Centro de Acolhimento Temporário, Creche e Pré-escolar. 3.4.1. Centro de Acolhimento Temporário 3.4.1.1. Identificação do C.A.T. O Centro de Acolhimento Temporário destina-se ao acolhimento transitório de crianças em situação de perigo, às quais foi aplicada medida de Promoção e Proteção de Acolhimento Institucional, proporcionando-lhes um ambiente, tanto quanto possível, idêntico ao meio familiar. O acolhimento em instituição constitui uma das medidas de promoção e proteção e de salvaguarda dos direitos fundamentais das crianças, que no seu meio natural de vida estão expostas a condições adversas para o seu desenvolvimento. A atual legislação prevê que o acolhimento em C.A.T. seja uma medida provisória e temporária, cuja duração não deverá exceder os 6 meses. O C.A.T, para além do acolhimento transitório de crianças sujeitas a situação de perigo, procura igualmente garantir os seguintes serviços: Prestação de cuidados adequados às necessidades das crianças, proporcionando condições que permitam proteger e preservar a sua segurança, saúde, formação, educação, bem-estar e desenvolvimento integral; Promoção do desenvolvimento físico, intelectual, bem como a aquisição de normas e valores; Formação escolar, nomeadamente através da frequência de estabelecimento de ensino ou de equipamento de infância; Acompanhamento individualizado das crianças, por parte da equipa técnica; Apoio e avaliação psicológica das crianças acolhidas; 42 Relatório de Atividades 2015 Cuidados de saúde, particularmente nos aspetos preventivos e de despiste de situações anómalas, com recurso aos serviços de saúde locais; Apoio socioeducativo adequado à idade e caraterísticas pessoais de cada criança; Atividades socioculturais, para ocupação dos tempos livres, de acordo com os interesses e potencialidades das crianças; Definição de um Projeto de Vida, para cada criança, em articulação com outros serviços; Intervenção junto da família, em articulação com as entidades e as instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos direitos da criança; Saídas com Famílias de Fim-de-semana. Tem capacidade para acolher dezoito crianças com idades compreendidas entre os 0 e os 12 anos, preferencialmente considerando a seguinte configuração etária: Dos 0 aos 3 anos 5 Crianças; Dos 4 aos 7 anos 8 Crianças; Dos 8 aos 12 anos 5 Crianças. Quadro 48 – Pessoal afeto à resposta social N.º Funcionários Categoria Profissional 1 Diretora Técnica * 1 Técnico Animação Social 1 Psicólogo * 7 Ajudante Ação Educativa 2 Ajudante Ação Educativa * 1 Cozinheira * 1 Ajudante Cozinheira * 1 Lavadeira * 1 Administrativa * 1 Ecónoma* 1 Auxiliar Serviços Gerais *Comum a outras respostas sociais Durante o ano de 2015 registaram-se alterações ao quadro de pessoal desta resposta social, tendo-se verificado o reforço da equipa educativa com uma Ajudante de Ação Educativa. Não foi possível, devido a constrangimentos económicos, manter a colaboração da Psicóloga contratada, que terminou funções em fevereiro de 2015. 43 Relatório de Atividades 2015 Na área da saúde, o C.A.T. conta com a colaboração da Médica de Família e da Equipa de Enfermagem da Extensão de Saúde de Santa Joana, que se deslocam regularmente à Instituição para prestar os cuidados às crianças acolhidas. Sempre que surgem situações de doença, as crianças são observadas no Centro de Saúde. A equipa técnica, em articulação com outras entidades competentes em matéria de Infância e Juventude, desenvolve todos os esforços necessários à criação de condições que permitam efetivar, com a maior brevidade, o diagnóstico sociofamiliar da criança, para que atempadamente se elabore o seu projeto de vida. Os projetos de vida que poderão ser delineados para as crianças acolhidas são: (Re) Integração na Família Biológica; Adoção; Acolhimento familiar; Acolhimento Institucional; Confiança a pessoa idónea; Apadrinhamento civil. Quadro 49 – Projetos de vida concretizados entre 1990 e 2015 Projeto de Vida N.º Crianças % (Re) Integração na Família Biológica 79 24 Adoção 130 40 Acolhimento Familiar 64 19 Centro de Acolhimento Temporário 19 6 Lar de Infância e Juventude 32 10 Família Idónea 3 1 325 100 Total Ao longo dos vinte e cinco anos de funcionamento, o C.A.T. proporcionou o acolhimento a trezentas e quarenta e duas crianças em perigo, na sua maioria provenientes do Distrito de Aveiro. Das 325 crianças que cessaram a medida de acolhimento no Centro (ver Quadro 49), verifica-se uma clara prevalência dos encaminhamentos para adoção (40%), seguindo-se a (re) integração na família biológica - nuclear ou alargada (24%) e a colocação em família de acolhimento (19%). 44 Relatório de Atividades 2015 Constatamos que se tem privilegiado as soluções que respeitam o direito das crianças a crescer no seio de uma família. 3.4.1.2. Caraterização das situações Quadro 50 – N.º de crianças em 2015 No Ano 2015 N.º Crianças Entraram 13 Transitaram (de anos anteriores) 15 Total 28 Em 2015 estiveram integradas no C.A.T. 28 crianças, das quais 15 transitaram de anos anteriores e 13 correspondem a novas admissões. O grupo de crianças acolhidas no decorrer deste ano era constituído por 17 meninos do sexo masculino e 11 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os dois meses e os doze anos. Relativamente à configuração etária, verificou-se a seguinte distribuição: Dos 0 a 1 ano 2 Crianças; De 1 aos 3 anos Dos 4 aos 7 anos Dos 8 aos 12 anos 9 Crianças; 9 Crianças; 8 Crianças. Nos quadros que seguidamente se apresentam, pretendemos caraterizar, de forma breve, os acolhimentos que ocorreram no ano de 2015. Quadro 51 – Concelhos de proveniência Concelhos N.º Crianças Aveiro 5 Ílhavo 4 Águeda 1 Leiria 1 Vale de Cambra 2 Total 13 45 Relatório de Atividades 2015 Verificamos que as crianças admitidas no C.A.T. são oriundas maioritariamente do concelho de Aveiro e de Ílhavo, o que em parte é explicado pela preocupação existente em promover a proximidade e facilitar os contatos entre a criança e a família biológica. Quadro 52 – Encaminhamentos para o C.A.T. Entidades N.º Crianças Comarca de Aveiro – Aveiro – Inst. Central 1ª Sec. Família e Menores 3 Comarca de Aveiro - Oliveira do Bairro – Inst. Central 3ª Sec. Família e Menores 5 Tribunal de Vale de Cambra 2 Tribunal de Leiria 1 C.P.C.J. de Aveiro 2 Total 13 No quadro anterior observamos que o maior número de encaminhamentos das crianças para o Centro foi feito pela Comarca de Aveiro, através da Instância Central 3ª Secção Família e Menores - Oliveira do Bairro e da Instância Central 1ª Secção Família e Menores – Aveiro. Quadro 53 – Motivo do acolhimento em 2015 Situação de Perigo N.º Crianças Negligência Exposição a Comportamentos Desviantes Suspeita de Abuso Sexual 6 Abandono 1 Total 13 3 1 As situações de Perigo que motivaram o acolhimento das crianças no C.A.T., durante o ano de 2015, foram a negligência (6), a exposição a comportamentos desviantes (3) e a suspeita de abuso sexual (1). Normalmente a negligência está associada à carência económica, alcoolismo, falta de competências parentais e doença mental dos progenitores. 46 Relatório de Atividades 2015 3.4.1.3. Projetos de vida das crianças Quadro 54 – Projetos de vida Projeto de Vida N.º Crianças Adoção 1 Integração Família Nuclear 7 Família Alargada -- Centro de Acolhimento Temporário 2 Total 10 Das 10 crianças que saíram, durante o ano 2015, verificamos que 7 regressaram à família nuclear, 1 foi integrada numa família adotiva e 2 transitaram para outro Centro de Acolhimento. Estas últimas 2 crianças foram transferidas para outra instituição para se juntarem ao irmão mais velho que também tinha sido retirado na mesma altura. 3.4.1.4 Atividades complementares A fim de proporcionar um ambiente estimulante e enriquecedor, a Equipa Técnica elabora anualmente um plano estruturado de atividades socioculturais e lúdicas, devidamente ajustado aos interesses e à heterogeneidade etária das crianças acolhidas. As crianças em idade pré-escolar frequentaram as atividades lúdico-pedagógicas do equipamento de infância. Ao fim de semana as crianças do C.A.T. puderam participar em diversas iniciativas promovidas pela comunidade local, idas ao cinema, passeios, workshops, teatro, praia e visitas a museus. Estas atividades são programadas pela animadora em colaboração com a equipa técnica e traduzidas em planos mensais, tendo em conta o grupo de crianças que se encontra acolhido. 47 Relatório de Atividades 2015 Quadro 55 - Atividades realizadas em 2015 Visitas Atividades Desportivas Atividades Socioculturais Comemorações Festivas Campos de Férias Outros Visita ao Navio Santo André Expotraquinas Visita ao Mercado Municipal Visita ao Museu do Brincar Riatour – Espetáculo com Cavalos Parque de Exposições de Aveiro Visita ao Aquário dos Bacalhaus e aos Bastidores do Aquário Museu Marítimo de Ílhavo 6ª Exposição Internacional Canina e Felina Parque de Exposições de Aveiro EMER – Escola Municipal de Educação Rodoviária Visita a um Horto Fun Weekend – Playmobil – Lego (com ateliers e exposições da Lego) Aveiro Shopping Center Assistir aos Desfiles de Carnaval de Estarreja e Vale de Ílhavo Visita ao Lugar dos Afetos Visita a Perlim Santa Maria da Feira Participação no Encontro Interinstitucional de CATs e LIJs do Distrito de Aveiro Air Weekend – Air bungee, trampolins para saltos com elásticos, insufláveis, segways Jardim Oudinot – Atividades físico-motoras com piquenique Mini Golfe da Costa Nova Concerto “Mamã Bebé Papá” – Música Amiga Concerto dos Funk na Quinta Museu Marírtimo de Ílhavo Concerto de Páscoa das Winx Centro Cultural de Ílhavo Sessões Mensais de Cinema no Glicínias Plaza Ateliers de Natal: “Barbie e Hot Wheels” Centro Comercial Glicínias Plaza Atelier de Máscaras de Carnaval Atelier de Árvores de Natal Fábrica Centro Ciência Viva: “Pai vou ao espaço e já volto”; “Máquinas Marcianas”, “História na Barriga do Caracol”, “O Homem na Lua” Clube do Cientista – “Saber em Gel”, “A história vai ao clube”, “Aviões e Trambolhões”, “Ciência da Música”, “Oficina dos Robôs” Aveiro Shopping Center Sessão culinária: mini pizzas, bolachas, leite creme, arroz doce, gelado, iogurte de framboesa Bebeteca: Hora do Conto e Atelier Expressão Plástica, “Patati Patata” Biblioteca Municipal de Ílhavo Feira de Março Festa de S. Gonçalinho Caça aos Ovos da Páscoa Participação na procissão de Santa Joana s. Martinho Festa de Natal da PT Inovação Festa de Natal promovida pelos colaboradores da EDP do Porto Natal Solidário – Promovido pela ASPEA em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro Festa de Natal do CAI – Creche e Pré-Escolar Chegada do Pai Natal no Fórum e Glicínias Casa Municipal da Juventude (Páscoa) Quinta Pedagógica de Aveiro (Verão) Praia Saídas para Parques Infantis Campanhas do Banco Alimentar (em maio e novembro) Projeto de reciclagem: Idas ao Ecoponto Ida à Missa Famílias de Fim-de-semana Crianças participaram no Convívio de verão da Instituição Participação no Projeto Crescer com Eficiência 48 Relatório de Atividades 2015 3.4.2. Creche 3.4.2.1 Objetivos A creche consiste num espaço destinado ao apoio pedagógico e cuidado de crianças com idades compreendidas entre os quatro meses e os três anos. Dos quatro meses à aquisição da marcha, as crianças encontram-se no berçário, transitando para a creche 2 quando fazem essa aquisição, e posteriormente para a sala A. A partir dos três anos integram o pré- escolar. É um espaço onde se pode brincar, explorar e questionar, e onde os princípios pedagógicos proporcionam situações diversificadas, facilitadoras da aprendizagem em todas as áreas e em cada uma em especial: visão, motricidade fina e movimentos amplos, audição e linguagem, socialização, cognição, afetividade… O projeto pedagógico de creche visa não só a prestação de cuidados pessoais bem como, e essencialmente, a definição e concretização de objetivos que estão de acordo com as diversas etapas de desenvolvimento. Estes objetivos estão organizados em três grandes áreas de desenvolvimento: a área cognitiva, a área motora e a área da formação pessoal e social. As atividades realizadas são essencialmente: 1) interação com os adultos e com os pares num meio o mais possível afetivo; 2) exploração dos brinquedos e materiais que se relacionam com a própria estruturação do meio educativo (sala de atividades), que deve permitir à criança a aprendizagem pelo movimento e interação livre e direta; 3) criação de momentos (ainda que curtos) de atividades dirigidas, que visam atingir especificamente um determinado objetivo. Na resposta social da creche, existem três salas com capacidade para trinta e cinco crianças, com o seguinte pessoal afeto: 49 Relatório de Atividades 2015 Quadro 56 – Pessoal afeto à resposta social N.º Funcionários Categoria Profissional 1 Diretora Técnica * 2 Educadoras Infância 4 Ajudante Ação Educativa 1 Cozinheira * 1 Ajudante Cozinheira * 1 Auxiliar Serviços Gerais * 1 Administrativa * 1 Coordenadora Pedagógica *Comum a outras respostas sociais 3.4.2.2 Caracterização dos utentes A creche encontra-se dividida em 3 salas: 1. Creche 1; 2. Creche 2; 3. Sala A. Gráfico 7 - Distribuição das Crianças por Sexo Meninos Meninas Total 40 18 22 No ano letivo de 2014/15 faziam parte do grupo da Creche 1 oito crianças, com idades compreendidas entre os 4 e os 12 meses, das quais seis eram do sexo feminino e dois do sexo masculino. A Creche 2 era composta por um grupo de quinze crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 24 meses, sendo sete do sexo masculino e oito do sexo feminino. 50 Relatório de Atividades 2015 Nesta sala estiveram inseridas duas crianças do C.A.T., uma do sexo masculino com NEES e outra do sexo feminino. O grupo da sala A era constituído por dezassete crianças, com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses, sendo nove do sexo masculino e oito do sexo feminino. Neste grupo estava inserida uma criança do C.A.T. do sexo feminino. Nas três salas de creche foi detetada uma situação de atraso na área de desenvolvimento motor, situação que esteve a ser acompanhada pela educadora de intervenção precoce. O trabalho desta técnica incide simultaneamente sobre o meio escolar e familiar (intervenção ao domicílio). Em termos de caracterização social, das 35 crianças externas pertencentes aos 3 grupos de creche, 16 crianças pertenciam a famílias monoparentais. Quadro 57 – Situação económica das famílias que pagam mensalidade mínima Situação Económica Nº de Famílias Desempregados 7 Rendimento Social de Inserção 0 Só um Progenitor recebe Vencimento 15 Ausência de Rendimentos (estudante) 0 Total 22 Verificámos que um número significativo de famílias apresentava uma situação económica delicada, razão pela qual vinte e duas crianças pagavam a mensalidade mínima no valor de 45 euros e apenas duas crianças pagavam a mensalidade máxima cujo valor era de 150 euros. 3.4.2.3 Atividades 51 Relatório de Atividades 2015 Quadro 58 - Atividades por área de conteúdo Creche 1 Desenvolvimento cognitivo: Criação de um ambiente propício à exploração/descoberta oferecendo brinquedos de vários tamanhos, formas e texturas, que fazem diferentes ruídos; Conversa com o bebé sobre as coisas que vemos e fazemos, pormenorizando sobre cada objeto ou atividade, ampliamos-lhe a curiosidade e experiência. Observação do reflexo do bebé no espelho, dizendo o seu nome para que comece a adquirir a noção do “eu”, reforçando a sua individualidade; Visualização de livros macios com grandes ilustrações narrando o que se vê; Nomeação de vários objetos num livro, pegando na mão da criança e colocando-lhe o dedo sobre as coisas que se nomeiam; Narração de pequenas histórias; Entoação de pequenas canções desenvolvendo a noção de ritmo e a aprendizagem da linguagem. Desenvolvimento motor: Incentivo à reprodução de diferentes batimentos com os objetos e o próprio corpo, tais como: bater palmas, bater com as mãos no chão, com os objetos no chão e com os objetos uns nos outros; Estender os dedos ao bebé para que os agarre e se sente ou ponha de pé. Em seguida elogiar pela sua proeza; - Encorajar a gatinhar colocando o bebé de gatas e sentar-nos a uma curta distância chamando-o pelo nome ou mostrando-lhe um brinquedo; Colocar brinquedos ao seu alcance quando está deitado ou sentado; Empilhar cubos uns em cima dos outros ou dispô-los lado a lado para que o bebé veja. - Construção de pequenas torres; Pedir ao bebé que rebole uma bola na sua direção. Quando estiver sentado coloca-la entre as pernas para que possa pegar-lhe; Ensinar a pôr e tirar objetos pequenos e médios de um recipiente mostrando aprovação sempre que imita. Creche 2 Desenvolvimento cognitivo: Audição de pequenas histórias relacionadas com vários temas do quotidiano; Visualização de imagens de objetos familiares e sua identificação; Aprendizagem de canções simples com gestos; Realização de jogos simples de associação e encaixe; Nomeação das diferentes partes do corpo apontando para si mesmo; Aprendizagem de pequenas lengalengas; Identificação da localização de objetos: em baixo, em cima; Construção de um mural da Primavera e um mural da menina/menino. Desenvolvimento motor : Realização de grafismo com vários materiais: lápis de cor, lápis de cera, marcadores grossos; Pintura com digitinta; Exploração e desenvolvimento da motricidade fina com massa de modelar; 52 Relatório de Atividades 2015 Realização de colagens e estampagens da mão; Realização de vários jogos que promovem o desenvolvimento motor amplo: realização de circuitos, dança com gestos simples, jogos simples, andar de triciclo. Área da Formação Pessoal e Social: Criação de momentos de brincar social espontâneo em que se colocaram vários objetos ao dispor da criança e em que esta foi aprendendo a função dos objetos, bem como a interiorização de algumas rotinas e regras de conduta social como a partilha de brinquedos com os pares (como o apoio e orientação do adulto). Sala A Formação Pessoal e Social: Promover a consciencialização de si mesmo como um “eu” individual e um “eu” social; Desenvolver a curiosidade pelo mundo que nos rodeia e a capacidade de concentração para a apreensão dos conceitos desenvolvidos; Consciencialização do “outro” e seu respeito (no respeito pela sua vez) e a partilha de brinquedos; Promover o desenvolvimento da autonomia na ida à casa de banho (puxar a roupa, limpar-se, puxar o autoclismo, lavar e enxugar as mãos) e na alimentação (comer sozinho com a colher, utilizar o copo e o guardanapo); Incentivar a expressão da iniciativa: ser capaz de escolher o brinquedo ou atividade que deseja realizar e arrumar os objetos no seu devido lugar. Desenvolvimento cognitivo: Aprendizagem de rotinas e regras da sala; Narração de histórias sobre os animais; Realização de trabalhos de expressão plástica sobre os animais em geral inicialmente e depois sobre os animais específicos de diferentes habitats; Aprendizagem de canções sobre os animais; Reconhecimento de imagens e sons da temática desenvolvida; Realização de trabalhos de expressão plástica e entoação de canções sobre o Natal, narração de histórias sobre esta quadra; Visualização de imagens sobre os animais da quinta, sua identificação e das suas famílias (ex. mãe-galinha, pai-galo, filho-pintainho); Reconhecimento das cores primárias através da decoração de imagens de animais da quinta; Desenvolvimento da expressão plástica através da decoração de imagens dos animais da quinta (pintura com lápis de cor, marcadores, lápis de cera, tintas; decoração e colagem com tecido, felpo, algodão, papel de lustro); Conversa na manta sobre as rotinas do dia-a-dia de cada criança; Realização de trabalhos de expressão plástica sobre as refeições, os alimentos e o vestuário; Visualização de pequenas projeções sobre o tema; Aprendizagem de canções sobre os diferentes momentos do dia; Realização de pequenos jogos para reforço de conhecimentos; Participação em atividades institucionais como o Dia do Pai, Dia da Mãe, Dia Mundial do Teatro e Dia Mundial da Criança. 53 Relatório de Atividades 2015 Desenvolvimento motor: Realização de atividades de expressão plástica como pintura com vários materiais, colagens, estampagem e modelagem; Desenvolvimento de jogos corporais e de movimento, circuitos e movimentos simples como correr, saltar, imitar os animais rastejando, gatinhando, rebolando. 3.4.3. Pré-Escolar 3.4.3.1 Objetivos A resposta social do pré-escolar abrange crianças dos 3 aos 6 anos de idade. A educação pré-escolar assenta as suas bases na promoção do desenvolvimento global de cada criança, tendo em conta as suas características individuais e fomentando a aquisição de atitudes e valores de cidadania justa e coerente. Todo este processo é mediado pelo Educador de Infância, realizado através de um conjunto de aprendizagens diversificadas tendo como base as metas de aprendizagem estabelecidas pelo Ministério da Educação. Cabe ainda ao educador desenvolver condições de segurança e bem-estar à criança, bem como proceder ao despiste de deficiências e outros desajustes, facilitando um melhor encaminhamento na resolução dos problemas, envolvendo as famílias em todo o processo educativo e estabelecendo relações de cooperação com a comunidade. Quadro 59 – Pessoal afeto à resposta social N.º Funcionários Categoria Profissional Imputação (%) 1 Diretora Técnica * * 2 Educadora Infância 100% 1 Coordenadora Pedagógica* * 2 Ajudante Acção Educativa 100% 1 Ajudante Acção Educativa* * 1 Cozinheira * * 1 Ajudante Cozinheira * * 1 Auxiliar Serviços Gerais * * 1 Administrativa * * 54 Relatório de Atividades 2015 *Comum a outras respostas Sociais 3.4.3.2 Caracterização dos utentes Na resposta de pré-escolar a Cáritas possui duas salas com capacidade para cerca de 40 crianças: 1. Sala B 2. Sala C Gráfico 8 - Distribuição das crianças por sexo Masculino Feminino Total 35 20 15 No ano letivo 2014/15 estiveram integradas nas salas de pré-escolar trinta e cinco crianças, com uma ligeira prevalência do sexo masculino. O grupo da sala B era constituído por quinze crianças, oito do sexo masculino e sete do sexo feminino, com idades compreendidas entre os três e os quatro anos. Deste grupo faziam parte duas crianças internas. O grupo da sala C era constituído por vinte crianças, doze do sexo masculino e oito do sexo feminino, com idades compreendidas entre os quatro e os seis anos. Nesta sala estiveram integradas quatro crianças do C.A.T., duas do sexo masculino e duas do sexo feminino. Duas destas crianças, uma do sexo masculino e outra do sexo feminino, apresentavam necessidades educativas especiais, beneficiando de acompanhamento por parte da educadora de educação especial. Uma delas beneficiou, ainda, de terapia da fala e psicomotricidade. Houve ainda uma terceira criança do CAT, do sexo feminino, em situação de vigilância por parte da educadora de intervenção precoce. No que diz respeito às crianças externas, existiram duas, uma do sexo masculino e 55 Relatório de Atividades 2015 outra do sexo feminino, que também recebiam apoio da educadora de intervenção precoce. Quadro 60 – Situação económica das famílias que pagam mensalidade mínima Situação Económica Nº de Famílias Desempregados 4 Só um progenitor recebe vencimento 14 Rendimento Social de Inserção Ausência de rendimentos (estudante) Total 1 1 20 Em termos de caracterização económica, no grupo da sala B, do total das treze crianças externas, oito tinham baixos rendimentos, pelo que pagavam a mensalidade mínima no valor de 45 euros e apenas uma criança pagava a mensalidade máxima cujo valor é de 150 euros. No grupo da sala C, das dezasseis crianças externas, doze crianças pagavam a mensalidade mínima no valor de 45 euros e nenhuma pagava a mensalidade máxima cujo valor é de 150 euros. 3.4.3.3 Atividades No início do ano letivo 2014/15 iniciámos um novo triénio subordinado ao tema “Ser português: o ambiente em que vivemos… Portugal, o meu país…”. As atividades por nós planeadas, deram de certa forma continuidade ao tema do ano anterior, “A Família”, o primeiro espaço onde se aprende a viver, a ser e a estar. Depois achámos que fazia todo o sentido focar a criança e o meio envolvente com a sua cultura e os aspetos ambientais. Conforme referimos no Projeto Institucional, “indubitavelmente a criança é moldada pela família e torneada pela sociedade”. E, tendo em conta a perspetiva de incutir, em cada criança, valores responsáveis de cidadania, considerámos pertinente realçar a influência do ambiente na construção de cada pessoa, desde a sua preservação até à descoberta da cultura e dos costumes. A realização destas atividades teve início no dia 1 de Setembro de 2014 e terminou no dia 31 de Julho de 2015. O Projeto Institucional foi calendarizado em três períodos 56 Relatório de Atividades 2015 diferentes: 1 de Setembro a 31 de Dezembro de 2014, 4 de Janeiro a 24 de Março de 2015 e 28 de Março a 31 de Julho de 2015. No final de cada período, foram entregues aos encarregados de educação as informações acerca do desenvolvimento do seu educando, de acordo com o modelo da qualidade e com as orientações do Ministério da Educação. Quadro 61 – Atividades realizadas em 2015 Datas Setembro de 2014: Adaptação 4 Outubro de 2014: Dia do Animal 16 Outubro de 2014: Dia Mundial da Alimentação 11 Novembro de 2014: Dia de São Martinho 20 Novembro de 2014: Dia do Pijama Dezembro 2014: Natal Datas Janeiro 2015: Á Descoberta de Aveiro 13 Fevereiro 2015: Carnaval 19 Março 2015: Dia do Pai 20 Março 2015: Chegada da Primavera 24 Março 2015: Dia Mundial da Água 2 Abril 2015: Páscoa Datas Abril 2015 22 Abril 2015: Dia da Terra Atividades 1º Período Período de adaptação aos espaços, materiais, adultos e pares da instituição Audição da história “A Arca de Noé” As planificações para este dia, reportam-se ao que está planeado no Projeto Pedagógico/Projeto Curricular de cada sala de atividades. As planificações para este dia, reportam-se ao que está planeado no Projeto Pedagógico/Projeto Curricular de cada sala de atividades. Narração de uma história sobre os afetos e a solidariedade. Audição de uma história sobre o anúncio do nascimento de Jesus. Decoração da instituição com elementos da natureza ou reciclados. Convite ás famílias para a construção de um presépio individual. Festa de Natal realizada no auditório da Junta de Freguesia de Santa Joana com a participação das colaboradoras da Creche, do Pré-escolar e dos serviços administrativos. Os presentes uma vez mais foram patrocinados pelo Hipermercado Jumbo de Aveiro. Atividades 2º Período Convite à Confraria de São Gonçalinho para visitar a nossa instituição. Visita ao Museu da Troncalhada e à Oficina do Doce. Participação no desfile de Carnaval em Esgueira. O tema é subordinado ao Projeto Institucional. Realização de uma surpresa para os pais em conjunto com os filhos. Construção de um presente para oferecer aos pais. Construção de uma sementeira institucional na entrada para o salão. As planificações para o Dia Mundial da Água reportamse ao que está planeado nos Projetos Pedagógicos/Projetos Curriculares de cada sala de atividades. As planificações para o Dia Mundial da Água reportamse ao que está planeado nos Projetos Pedagógicos/Projetos Curriculares de cada sala de atividades. Audição de uma história relacionada com o tema. Atividades 3º Período Visita à Feira de Março As planificações para este dia reportam-se ao que está planeado nos Projetos Pedagógicos/Projetos Curriculares de cada sala de atividades 57 Relatório de Atividades 2015 4 Maio 2015: Dia da Mãe 12/13 Maio 2015: Dia de Santa Joana 29 Maio 2015: Dia da Energia/ 25 anos de existência do CAI 1 Junho 2015: Dia Mundial da Criança 9 Junho 2015: Desfile Medieval Julho 2015 Julho 2015 Julho 2015 Julho 2015: Preparação do próximo ano letivo 2015/2016 26 Julho 2015: Dia dos Avós Realização de uma surpresa para as mães em conjunto com os filhos. Visita ao Museu de Santa Joana Princesa Aveiro, cidade do vento: Construção de moinhos de papel. Realização de um espetáculo com a participação da Música Amiga e do grupo Start Teatro. Ida ao cinema e almoço no Glicínias Plaza Participação nos ateliers de Ciência da Fábrica da Ciência Viva. Participação no desfile medieval a convite da Junta de Freguesia de Esgueira e subordinado ao tema “Os Descobrimentos” Período balnear Realização da viagem de finalistas das crianças da sala C. Realização da festa de Encerramento do ano letivo. Realização de entrevistas Elaboração de nova calendarização para o Projeto Institucional Surpresa para os avós partilharem com os netos. 58 Relatório de Atividades 2015 3.5. Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica O Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica do Distrito de Aveiro, sediado na Cáritas Diocesana de Aveiro, foi criado em 2008, fazendo parte de uma Rede Nacional de 10 Núcleos que são acompanhados pela Comissão Para a Cidadania e Igualdade de Género. Tem desenvolvido de forma concertada e articuladas as suas diferentes atividades, contando com o apoio das diversas entidades parceiras e instituições do distrito, com as quais tem uma relação de grande proximidade, o que tem agilizado muitas situações. No que concerne ao pessoal afeto à resposta, o N.A.V.V.D. dispõe de uma técnica (Psicóloga) apoiada e supervisionada pela diretora técnica. Para além disso, tem, desde Abril de 2013, a colaboração de outra psicóloga contratada através de uma verba disponibilizada pela Secretaria de Estado Para os Assuntos Parlamentares e da Igualdade, de reforço aos Núcleos de Atendimento às Vítimas. 3.5.1. Breve caraterização da população atendida No que concerne à distribuição das vítimas por escalão etário e sexo, tal como podemos averiguar no quadro 62, a maioria das vítimas são predominantemente do sexo feminino e situam-se nas faixas etárias dos 35 aos 44 anos, seguindo-se o escalão etário dos 45 aos 54 anos. Quadro 62 – Escalões etários por sexo <16 Anos 16-18 Anos 19-24 Anos 25-34 Anos 35-44 Anos 45-54 Anos 55-64 Anos >65 Anos Vítimas Femininas Vítimas Masculinas 11 16 2 ----- 12 ----- 33 ----- 60 1 51 3 16 ----- 13 3 Total 27 2 12 33 61 54 16 16 59 Relatório de Atividades 2015 No que concerne ao estado civil, tal como observamos no quadro 63, as utentes encontram-se maioritariamente em união de facto e/ou casadas. Quadro 63 – Estado civil dos utentes Estado civil Nº de utentes Solteira(o) 56 Casada(o)/união de facto 111 Divorciada(o)/Separada(o) 47 Viúva/o 7 Total 221 Na maior parte das situações, as vítimas atendidas encontravam-se a viver com o agressor (116 pessoas), tal como se pode verificar no quadro 64. Quadro 64 – Com quem vive Com quem vive Nº de utentes Sozinho 18 Com o agressor 116 Com familiares 84 Com amigos 2 Instituição 1 Total 221 Recorreram ao N.A.V.V.D. utentes com habilitações literárias diversificadas, tal como se pode verificar no quadro 65. Quadro 65 – Indivíduos por habilitações literárias Habilitações literárias Nº de utentes Sem habilitações 32 1º Ciclo Ensino Básico 45 2º Ciclo Ensino Básico 39 3º Ciclo Ensino Básico 49 Ensino Secundário 31 Ensino Superior 25 Total 221 60 Relatório de Atividades 2015 Relativamente à situação socioprofissional, podemos averiguar o seguinte (quadro 66). Quadro 66 – Situação socioprofissional Situação socioprofissional Nº de utentes Frequência Escolar 23 Atividade laboral 78 Desemprego 81 Reforma 18 Outra 21 Total 221 Relativamente ao tipo de violência, verificamos que a maior parte das vítimas que recorreram ao N.A.V.V.D. sofreram uma violência de índole psicológica e física (122 vítimas), tal como se pode verificar no quadro 67. Quadro 67 – Violência sofrida Violência Sofrida Nº de utentes Psicológica 56 Física 4 Sexual 2 Psicológica e Física 122 Psicológica e Sexual 3 Física e Sexual 0 Psicológica, Física e Sexual 34 Total 221 Quanto à vitimação nos últimos 12 meses, verificamos que a maioria das vítimas que recorreram ao N.A.V.V.D. (175 vítimas) sofreu diariamente algum tipo de violência, tal como se pode constatar no quadro 68. 61 Relatório de Atividades 2015 Quadro 68 – Vitimação nos últimos 12 meses Vitimação nos últimos 12 meses Nº de utentes Ocasional 23 Mensal 1 Semanal 22 Diária 175 Total 221 Quanto à origem geográfica, verificamos que as vítimas que recorreram ao N.A.V.V.D. são oriundas de diversas zonas do Distrito de Aveiro, existindo, porém, uma prevalência de casos provenientes do concelho de Aveiro, tal como se pode constatar no quadro 69. Quadro 69 – Origem geográfica Origem Geográfica Nº de utentes Águeda 35 Albergaria-a-Velha 12 Anadia 6 Aveiro 101 Castelo de Paiva 1 Estarreja 6 Espinho 1 Ílhavo 27 Mealhada 2 Murtosa 2 Oliveira de Azeméis 2 Oliveira do Bairro 5 Ovar 3 Santa Maria da Feira 2 São João da Madeira 1 Sever do Vouga 2 Vagos 10 Vale de Cambra 1 Fora do Distrito Total 2 221 62 Relatório de Atividades 2015 3.5.2. Atividades Desenvolvidas e serviços prestados O N.A.V.V.D. continua a receber solicitações tanto ao nível local como distrital, quer ao nível da intervenção direta com vítimas, quer ao nível da formação de técnicos, alunos, beneficiários de RSI, entre outros públicos. Para dar seguimento a estes pedidos de colaboração, o N.A.V.V.D. desenvolveu, tal como tinha previsto no seu plano de ação de 2015, diversas atividades. 3.5.2.1. Tipo e Número de Atendimentos Realizados Gráfico 9 - Trabalho desenvolvido 156 123 Número Total de Novos Processos Número Total de Novas Vítimas Relativamente ao atendimento às vítimas de violencia doméstica, tal como se pode verificar no gráfico 9, em 2015 foram abertos 123 processos novos e abrangidas 156 novas vítimas. Transitaram de 2014 para 2015, 68 processos. No que concerne a atendimentos psicossociais (primeiro atendimento onde se realiza a triagem das necessidades do utente) foram efectuados um total de 176 atendimentos e atingidas 121 vítimas. Relativamente aos atendimentos psicológicos, foram realizadas 197 consultas e abrangidas 58 vítimas. No que concerne ao atendimento telefónico (o qual pode englobar o diagnóstico da situação, apoio emocional e outras diligências no âmbito do processo), concretizaramse 413 atendimentos a 136 vítimas. 63 Relatório de Atividades 2015 Quanto aos atendimentos descentralizados (atendimentos psicossociais realizado noutros concelhos do distrito de Aveiro), foram realizados 56 atendimentos e abrangidas 43 vítimas. Realizaram-se, ainda, 18 acolhimentos em casa abrigo e/ou centros de emergência abrangendo 29 vítimas. A equipa do N.A.V.V.D. ainda realizou outro tipo de apoio/atendimento a vítimas, familiares e outras diligências no âmbito dos processos (Total de 66 Outros atendimentos/diligências). Tal como consta no gráfico 10, verificamos que foram efectuados 13 consultas jurídicas pela parceiro Ordem dos Advogados a 11 vítimas. Por último, foram efetuados 7 atendimentos a 7 agressores (tendo sido prestado esclarecimento de informação e/ou encaminhamento para outros serviços). Realizaram-se um total de 946 atendimentos. Gráfico 10 - Tipo e número de atendimentos realizados e vítimas abrangidas 413 197 176 56 13 18 7 66 64 Relatório de Atividades 2015 3.5.2.2. Encaminhamentos de situações Como se pode analisar no quadro 70, os encaminhamentos efetuados para o N.A.V.V.D. foram realizados por diversos serviços entre eles algumas das entidades parceiras. Quadro 70- Encaminhamentos para o N.A.V.V.D. Entidade Nº de utentes Segurança Social 19 Linha CIG 11 GNR 12 PSP 17 ARS 2 Hospital 12 Ordem dos advogados 0 Ministério Público 4 Familiares/amigos 35 Atendimento Social da Cáritas 8 Comunicação Social 4 Outras entidades 97 Total 221 3.5.3. Participação em iniciativas/ações de sensibilização/formação Durante todo o ano de 2015, o N.A.V.V.D. participou em colaboração com a SEAPI em diversas ações, palestras, comunicações e outros eventos. Foram dinamizadas um total de 43 ações de sensibilização direcionadas a diversos públicos tendo sido abrangidas um total de 1157 pessoas, tal como podemos observar no quadro 71. 65 Relatório de Atividades 2015 Quadro 71 – Ações de sensibilização para a comunidade Ações de sensibilização para a comunidade Ações de sensibilização dirigidas a jovens sobre “Prevenção da violência no namoro” Nº de ações Público desenvolvidas abrangido 27 715 6 77 1 30 1 15 3 152 1 10 2 45 1 23 1 90 43 1157 Ação de sensibilização no âmbito da “Igualdade de género e prevenção da violência domestica” dirigida a beneficiários de RSI Ação de Sensibilização dirigida a Bombeiros Voluntários Ação de sensibilização sobre Prevenção e Combate à Violência Doméstica dirigida a técnicos da área da saúde Ação de sensibilização sobre Prevenção e Combate à Violência Doméstica dirigida à Comunidade em Geral Ação de sensibilização sobre Prevenção e Combate à Violência Doméstica dirigida a técnicos da área social Workshop: Práticas de Avaliação e Estratégias de Intervenção com Menores Vítimas de Abuso Sexual Workshop: Avaliação Psicológica Forense (APF) E Avaliação da Credibilidade do Relato com Vítimas de Violência Doméstica Congresso “Palcos de Vida” no âmbito da Violência de Género Total de ações No âmbito da SEAPI, também se dinamizou um Grupo de Ajuda Mútua em contexto de Casa-Abrigo no distrito de Aveiro (Quadro 72). Quadro 72- Sessões no âmbito do GAM Nº de sessões Nº de Vítimas 9 7 Para além disso, a técnica do N.A.V.V.D. concedeu (e continua a prestar mensalmente ao longo de todo o ano) supervisão à equipa da Rede de Intervenção de Violência Doméstica de Sever do Vouga e à Rede Local Contra a Violência Doméstica “Escutar Silêncios” em Águeda (quadro 73 e 74). 66 Relatório de Atividades 2015 Quadro 73 - Sessões de intervenção à RIVD (Sever do Vouga) Nº de sessões de supervisão Nº de técnicos abrangidos 6 4 Quadro 74 - Sessões de intervenção à rede local contra a Violência Doméstica “Escutar Silêncios” (Águeda) Nº de sessões de supervisão Nº de técnicos abrangidos 3 20 3.5.4. Datas Comemorativas 3.5.4.1. Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres Para assinalar o Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres – 25 de Novembro, as técnicas do N.A.V.V.D. do distrito de Aveiro, participaram no 1º Encontro da Rede de Intervenção de Violência Doméstica de Sever do Vouga. Foram realizadas duas comunicações, a primeira no âmbito da intervenção com vítimas de violência domestica e a segunda no âmbito do trabalho realizado na prevenção da violência doméstica junto dos jovens. 3.5.4.2. Potencialidades do N.AV.V.D. Articulação entre parceiros; Proximidade com o Ministério Público e resposta célere/ imediata para situações consideradas urgentes – criação do Gabinete de Atendimento e Apoio a Vítimas (GAV – DIAP Aveiro); Visibilidade do trabalho desenvolvido pelo N.A.V.V.D. na comunidade; Parceria com a Universidade de Aveiro – colocação de estagiário de Psicologia Forense com a duração de 420 horas; 67 Relatório de Atividades 2015 Parceria com a Universidade Fernando Pessoa do Porto – colocação de estagiário de Criminologia com a duração de 360 horas; Parceria com a Universidade do Minho – colocação de estagiário de Psicologia da Justiça com a duração de 560 horas; Estratégias de atuação mais concertadas entre os diferentes interlocutores; Empenho da Cáritas para promover respostas que reforcem o trabalho do Núcleo; Formação contínua dos técnicos. 3.5.4.3. V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género Vs. Atividades desenvolvidas pelo N.AV.V.D. No quadro 75 poderemos verificar as diversas atividades que foram realizadas no ano 2015 e em que medida é que estas atividades se podem enquadrar. Quadro 75- Atividades NAVVD vs. Medidas do V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género Atividade NAVVD Ações de sensibilização e de informação Realização de Congresso e Participação em Seminários Área Estratégica/Medida V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género Área Estratégica 1 – Prevenir, Sensibilizar e Educar (Medida 4) Área Estratégica 1 – Prevenir, Sensibilizar e Educar (Medida 2) Atendimento e Acompanhamento a Vítimas de Área Estratégica 2 — Proteger as Vítimas e Promover a sua Violência Doméstica no distrito de Aveiro Integração 68 Relatório de Atividades 2015 3.6. Mini Banco de Ajudas Técnicas Quadro 76 – Material disponível Tipo de material Quantidade Cama Articulada 19 Colchão Tripartido 19 Colchão Anti Escaras 4 Grades 12 Cadeira Rodas 37 Andarilho 14 Canadianas (pares) 23 Cadeira Sanitário 1 2 Cadeiras danificadas 1 Colchão danificado que não foi entregue (grupo Santa Joana) No decorrer deste ano, a instituição efetuou no total 90 empréstimos de material, tendo abrangido o mesmo número de famílias/situações, sendo que alguns transitaram do ano anterior. Quadro 77 – Empréstimo de ajudas técnicas em 2015 Ajudas Técnicas N.º Empréstimos Cadeiras de Rodas 34 Camas Articuladas 18 Canadianas 23 Andarilhos 13 Outros 4 Colchão Anti-escarras 2 69 Relatório de Atividades 2015 3.7. Parcerias Rendimento Social de Inserção Em 2015, a Cáritas Diocesana de Aveiro continuou a ser entidade aderente ao Núcleo Local de Inserção do Rendimento Social de Inserção. O Núcleo reúne-se quinzenalmente, às Quartas-feiras, no Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Aveiro, sendo a Cáritas representada por uma Técnica de Serviço Social. Quadro 78– Trabalho Desenvolvido Trabalho Desenvolvido Número Manhãs cedidas para reuniões do NLI 15 Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro A Cáritas integra a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro – CPCJ, desde Setembro de 2001, representando as IPSS que desenvolvem atividades em regime de colocação institucional de crianças e jovens. Durante o ano de 2015, o técnico desta Instituição acompanhou 21 processos da CPCJ, que lhe foram atribuídos para sua gestão, tendo o apoio de um Assessor em cada processo. Procedeu a visitas domiciliárias, atendimento às crianças/jovens e aos pais, bem como reuniões com outros serviços envolvidos nos processos das crianças ou jovens. Para além da gestão normal dos processos, compareceu em diversas reuniões de carácter ordinário e algumas de carácter extraordinário. Também é membro da Comissão na modalidade alargada, reunindo esta de dois em dois meses. Os processos de promoção e proteção são distribuídos pelos gestores de caso, de acordo com os seguintes critérios: Problemáticas vividas pelas crianças e jovens; Área geográfica de origem da situação de risco; Conhecimento prévio das situações pelos serviços; 70 Relatório de Atividades 2015 Disponibilidade dos Técnicos; Formação específica dos Técnicos. Quadro 79 – Trabalho desenvolvido Trabalho Desenvolvido Número Tardes/manhãs cedidas para reuniões 30 Atendimentos 22 Processos acompanhados 21 Visitas domiciliárias 6 Reuniões com Serviços 4 Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo de Aveiro (NPISAA) O NPISAA é um núcleo de parceria interinstitucional composto por entidades públicas e privadas, com intervenção direta ou indireta junto da pessoa sem-abrigo, no Concelho de Aveiro. Tem como objetivos gerais: - Reconhecer e promover a utilização do conceito nacional de sem-abrigo; - Criar um sistema de recolha e partilha de informação que permita a existência de um diagnóstico social atualizado; - Contribuir para a definição de estratégias de intervenção social com vista à melhoria das respostas existentes e à implementação de respostas em falta; - Adotar o modelo de intervenção e acompanhamento preconizado pela ENIPSA, realizando as adaptações necessárias ao mesmo, tendo em conta as dinâmicas já existentes no território (ver Regulamento Interno do NPISAA). O NPISAA estrutura-se em 2 grupos de intervenção: GO – Grupo Operativo e GA – Grupo Alargado. A Cáritas integra o grupo operativo. Quadro 80 – Trabalho desenvolvido Trabalho Desenvolvido Número Tardes/manhãs cedidas para reuniões 8 71 Relatório de Atividades 2015 Intervenção Social Integrada A Cáritas Diocesana de Aveiro integrou o modelo de Intervenção Social Integrada (ISI) com pessoas e famílias de Aveiro em situação de desfavorecimento social. Os territórios abrangidos foram quatro freguesias do Concelho: Esgueira, Vera Cruz, Eixo e Oliveirinha. A ISI é composta por uma equipa de coordenação e uma equipa operativa. A equipa operativa reúne semanalmente, às segundas-feiras, na Câmara Municipal de Aveiro, sendo a Cáritas representada por duas Técnica de Serviço Social, alternadamente. A Cáritas integrou também a equipa de coordenação, em conjunto com a segurança social e a autarquia local. Esta equipa reúne semanalmente às sextas-feiras. Quadro 81 – Trabalho desenvolvido Trabalho Desenvolvido Número Manhãs cedidas para Atendimento 38 Nº Atendimentos ISI 19 Reuniões Equipa Operativa 25 Reuniões Equipa Coordenação 28 Outras parcerias Existem ainda parcerias formalizadas com a Câmara Municipal de Aveiro, Centro de Saúde de Aveiro, Associação de Apoio ao Imigrante, Banco Alimentar Contra a Fome, o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P., o Núcleo Regional de Aveiro da Rede Europeia Anti Pobreza Portugal, para além das já identificadas. 72 Relatório de Atividades 2015 4. Projetos 4.1. Projeto EntreSendas ESG – Programa Escolhas Localização Ervideiros – Esgueira – Aveiro Delimitação Temporal Janeiro de 2013 a Dezembro de 2015 (resultados finais) Fundamentação O percurso da intervenção da Cáritas Diocesana de Aveiro junto das comunidades ciganas de Ervideiros é já longo, com os projetos Senda Gitana, Novas Sendas e, em 2010, o projeto MultiSendas, ao abrigo do Programa Escolhas. Em Outubro de 2012 houve a oportunidade de ser realizada mais uma candidatura ao Programa Escolhas, com o intuito de assegurar a continuidade da intervenção, tendo o projeto EntreSendas-E5G sido aprovado e iniciado em Janeiro de 2013. Ervideiros é um lugar da freguesia de Esgueira, uma das mais populosas do concelho de Aveiro, tratando-se da freguesia onde mais população de etnia cigana reside, em contexto de acampamento. Existem, em Ervideiros, 3 comunidades ciganas, num total de 146 pessoas, que compõem 35 agregados familiares. De entre os fatores de exclusão destas comunidades destacam-se: Localização dos bairros (isolamento); Famílias maioritariamente jovens; Desemprego; Ausência de percurso profissional; Subsidiodependência; Más condições habitacionais; Comportamento de risco para a saúde; 73 Relatório de Atividades 2015 Processos de autoexclusão; Distanciamento dos serviços; Dificuldades no exercício de cidadania (desconhecimento de deveres e de direitos); Má distribuição de tarefas familiares – segregação de papéis familiares; Uniões de facto “casamento cigano”, em idades muito precoces. Constrangimentos culturais; Carência de competências pessoais e sociais relevantes à autonomia e capacidade de construção de projetos de vida; Francas carências em termos educacionais: Analfabetismo, Abandono escolar precoce, Baixas habilitações literárias, Absentismo escolar nos 1.º. 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, Insucesso escolar. Com a finalidade central de trabalhar o sucesso escolar e a redução do absentismo e abandono escolares, sempre em paralelo com a corresponsabilização dos pais no processo educativo dos filhos, a atuação do Projeto EntreSendas-E5G faz-se junto das crianças e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros e as suas famílias. Procura-se, também o desenvolvimento de uma série de competências pessoais, sociais, profissionais e empreendedoras que promovam uma maior integração social de crianças, jovens e suas famílias. Com as crianças e jovens, é efetuado um acompanhamento próximo do seu percurso escolar, aposta-se na dinamização de espaços de educação não formal, nas escolas, e num espaço de apoio ao estudo e utilização das TIC no projeto, em horário pós-escolar e aos sábados. Em período de férias é desenvolvido um conjunto de atividades lúdicopedagógicas, de desenvolvimento de competências pessoais, sociais e empreendedoras, promovendo a interculturalidade. Com os pais e familiares das crianças, aposta-se em processos de mediação escolafamília-aluno e no acompanhamento psicossocial, para além de todo um conjunto de 74 Relatório de Atividades 2015 atividades de desenvolvimento de competências pessoais e sociais (ateliers), e de competências profissionais e empreendedoras, com oficinas de competências e saberes profissionais em várias áreas de trabalho e a alfabetização. Objetivo geral Dotar as comunidades ciganas de Ervideiros de competências pessoais, sociais, escolares e/ou profissionais que permitam a sua inserção social, através da promoção do sucesso escolar, prevenção do absentismo e abandono precoce da escola por parte das crianças e jovens, bem como a inserção profissional e aquisição de competências formativas e empreendedoras de jovens e adultos, num contexto de interculturalidade e de desenvolvimento da consciência e pertença cívica. Objetivos específicos Envolver ao longo dos 3 anos de projeto, 79 crianças, jovens e familiares, de forma a promover a diminuição do insucesso escolar das crianças e jovens e a corresponsabilização dos seus familiares no seu desenvolvimento pessoal e social; Diminuir em 3 anos, o absentismo e abandono precoce da escola de 45 crianças e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros, através do acompanhamento vocacional e psicoeducativo (também reforçado pela dinamização das atividades que visam a promoção do sucesso e inclusão escolares) em contexto escolar e fora da escola; Promover em 125 crianças, jovens e adultos das comunidades ciganas de Ervideiros, ao longo dos 3 anos de projeto, o desenvolvimento de competências pessoais, sociais, profissionais e empreendedoras, de forma a permitir a sua capacitação e a definição dos seus percursos de vida. Participantes diretos e indiretos Participantes diretos: crianças e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros Participantes indiretos: familiares, comunidades escolares onde estão inseridos os participantes diretos, agentes de intervenção. 75 Relatório de Atividades 2015 Equipa técnica Quadro 82 – Pessoal afeto N.º Funcionários Categoria Profissional 1 Coordenador (Educadora Social) 1 Psicóloga 1 Animadora Sociocultural 1 Dinamizador comunitário Consórcio (Elementos Parceiros) Cáritas Diocesana de Aveiro (entidade promotora e gestora); Agrupamento de Centros de Saúde Baixo Vouga – Centro de Saúde de Aveiro – Unidade de Saúde Pública; Agrupamento de Escolas de Esgueira; Agrupamento de Escolas Rio Novo do Príncipe; Câmara Municipal de Aveiro; Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Aveiro; Fundação CESDA; Junta de Freguesia de Esgueira; Polícia de Segurança Pública. Áreas estratégicas de intervenção/Atividades Áreas estratégicas de intervenção: Medida I – Inclusão escolar e educação não formal Medida II – Formação profissional e empregabilidade Medida III – Dinamização comunitária e cidadania Medida V – Empreendedorismo e capacitação dos jovens 76 Relatório de Atividades 2015 Atividades com crianças e jovens a frequentar a escola: Acompanhamento psicoeducativo e vocacional; Espaço TIC; Intervalo ativo (EB1 Quinta do Simão); Espaço do aluno (EB 2,3 Aires Barbosa); Atividades de férias (Lúdico-pedagógicas, MusicAr-te, Põe-te a mexer, Entre Gerações, Entre Géneros, Mais Além e Entre Cidadanias e Culturas). Atividades com jovens, adultos e pais: Oficinas de competências e saberes profissionais; Alfabetização; Ateliers (Art&cultura, ComunicAr-te, Conhecer para empreender, Cidadania entre culturas e Podes sempre mais); Encaminhamento de jovens; Acompanhamento psicossocial às famílias; Mediação; Momentos da família. Crianças, jovens e pais em conjunto: Aventuras em família nas férias; Podes sempre mais. Com agentes de intervenção e restante comunidade: Encontros. Metodologia e estratégias acionadas Implicação da própria população destinatária e beneficiária, das entidades parceiras e equipa técnica na avaliação da necessidade de implementação do próprio projeto e ações a realizar; Ação direta e próxima da população, promovendo o seu envolvimento ativo em todo o percurso da intervenção – estratégias de participação dos próprios destinatários; 77 Relatório de Atividades 2015 Forte investimento em processos de Mediação junto e com a população destinatária e serviços; Promoção do diálogo intercultural; Avaliação interativa e reprodutora das diversas fases do projeto, em promoção à participação de todos os intervenientes; Consolidação de uma rede de parceria. Dados da intervenção Eficiência Custo médio por participante: 135,74€; Previsto: 235,49€ Custo médio por sessão: 32,15€; Previsto: 31,04€ Custo per capita por sessão: 0,08€; Previsto: 0,08€ Quadro 83 – Eficácia Resultado esperado Concretizado 79 121 25 24 44 57 45 64 Resultado 1. Promover a diminuição do absentismo escolar. 38 40 Resultado 2. Promover a diminuição do abandono escolar. 40 64 17 21 125 127 45 49 35 40 125 127 Objetivos 1.1.Envolver ao longo dos 3 anos de projeto 79 crianças, jovens e familiares, de forma a promover a diminuição do insucesso escolar das crianças e jovens e a corresponsabilização dos seus familiares no seu desenvolvimento pessoal e social. Resultado 1. Promover a diminuição do insucesso escolar Resultado 2. Promover a corresponsabilização dos pais no processo educativo dos filhos 1.2. Diminuir em 3 anos o absentismo e abandono precoce da escola de 45 crianças e jovens das comunidades ciganas de Ervideiros, através do acompanhamento vocacional e psicoeducativo (também reforçado pela dinamização das atividades que visam a promoção do sucesso e inclusão escolares) em contexto escolar e fora da escola. Resultado 3. Promover o encaminhamento e integração em respostas educativas alternativas 1.3. Promover em 125 crianças, jovens e adultos das comunidades ciganas de Ervideiros, ao longo dos 3 anos de projeto, o desenvolvimento de competências pessoais, sociais, profissionais e empreendedoras, de forma a permitir a sua capacitação e a definição dos seus percursos de vida. Resultado 1. Promover a integração em respostas de Formação Profissional Resultado 2. Desenvolver competências profissionais e/ou de empregabilidade e/ou empreendedorismo Resultado 3. Desenvolver competências de cidadania e/ou participação cívica 78 Relatório de Atividades 2015 Quadro 84 - Sessões previstas e realizadas e participantes – Dados de 2015 Sessões Previstas Medida Medida I – Inclusão escolar e educação não formal Sessões criadas Sessões criadas com presenças Concretização da medida Participantes Abrangidos Part. Diretos: 74 1099 1190 1177 107,10% Part. Indiretos: 386 Total: 460 Medida II - Formação profissional e empregabilidade Part. Diretos: 44 163 171 170 104,29% Part. Indiretos: 55 Total: 99 Medida III - Dinamização comunitária e cidadania Part. Diretos: 65 418 465 461 110,29% Part. Indiretos: 174 Total: 213 Medida V - Empreendedorismo e capacitação dos jovens Part. Diretos: 53 118 126 126 106,78% Part. Indiretos: 36 Total: 89 Quadro 85 - Sessões previstas e realizadas e participantes – Dados de 2013, 2014 e 2015 Medida Sessões Previstas Sessões criadas Sessões criadas com presenças Concretiz ação da medida 3420 3611 3476 101,64% não formal Part. Indiretos: 567 Total: 641 Medida II - Formação profissional e Part. Diretos: 58 502 522 423 84,26% Part. Indiretos: 72 empregabilidade Total: 130 Medida III - Part. Diretos: 71 Dinamização Part. Indiretos: comunitária e 1338 1434 1287 96,19% cidadania capacitação dos jovens 373 Total: 444 Medida V Empreendedorismo e Observações Part. Diretos: 74 Medida I – Inclusão escolar e educação Participantes Abrangidos 386 400 326 84,46% Sessões sem presenças devidas a incêndio que ocorreu no dia 5 de Julho, que destruiu por completo as instalações e materiais. Apesar do envolvimento do consórcio, houve atividades que não puderam ser realizadas por não existirem instalações do Part. Diretos: 60 projeto de setembro de Part. Indiretos: 76 2013 a fevereiro de 2014. Total: 136 Total de participantes abrangidos desde o início do projeto: 74 participantes diretos e 687 participantes indiretos (outras crianças e jovens, familiares e professores e técnicos). 79 Relatório de Atividades 2015 Contributo para os objetivos gerais do Programa Escolhas Taxa de sucesso escolar global do projeto (%): Taxa de sucesso escolar total (mín. 1 presença) (%): 87,34 Taxa de sucesso escolar regular (mín. 12 presenças) (%): 81,37 Reintegrações na escola: Nº de jovens reintegrados (únicos): 2 Encaminhamentos para formação e emprego: Encaminhamento para formação e emprego (total): 57 (Re)integrações em formação profissional e emprego: Nº de jovens (re)integrados em formação profissional e emprego (únicos): 40 Nº total de (re)integrações em formação profissional e emprego (com repetições): 52 Parceiros envolvidos (exteriores ao consórcio): Parceiros envolvidos: 13 80 Relatório de Atividades 2015 4.4. Contrato Local de Desenvolvimento Social do Concelho de Aveiro O Programa Contrato Local de Desenvolvimento Social 3ª Geração é financiado pelo Fundo Social Europeu/Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), e tem como objetivo principal promover a inclusão social dos cidadãos, através de ações a executar em parceria, por forma a combater a pobreza persistente e a exclusão social. O CLDS 3G Aveiro tem como entidade Coordenadora da Parceria Local a Cáritas Diocesana de Aveiro e como entidades executoras a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro e a Associação de Melhoramentos de Eixo. Delimitação temporal Novembro de 2016 a outubro de 2018 Início de Implementação de atividades 16 de dezembro de 2016 Abrangência territorial Concelho de Aveiro Principais públicos destinatários Crianças/ jovens/ Famílias Pais/Cuidadores Pessoas em situação de desemprego (à procura de 1º emprego ou DLDs) Entidades de Economia Social Empresas e Empresários Potenciais empreendedores, 81 Relatório de Atividades 2015 Comunidades escolares, Instituições e associações, Serviços e organismos locais, Comunidade em geral. Equipa técnica Quadro 86 – Pessoal Afeto N.º Funcionários Categoria Profissional 1 Coordenador (Socióloga) 1 Técnico de Serviço Social 1 Psicóloga 1 Educadora Social 1 Técnico de Educação Eixos de Intervenção Quadro 87 – Eixos de intervenção Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação Ação A1 - "+emprego" A2 "+empreendedorismo" Descrição - Metodologia Em articulação com IEFP de Aveiro, Gip's locais e e outras entidades e respostas na área do Emprego. - Sessões de esclarecimento (descentralizadas e em proximidade a pessoas desempregadas) focadas em "Técnicas de Procura de Emprego" onde serão abordados os seguintes temas: (1) competências empreendedoras na procura ativa de emprego (carácter motivacional) e (2) técnicas de procura ativa de emprego (comportamentos adotar na entrevista, como escrever carta de candidatura espontânea, como elaborar um CV, onde e como pesquisar ofertas de emprego, etc.). Apoio ao enquadramento de projetos de autoemprego e de empreendedorismo nos diferentes programas e instrumentos de apoio (em articulação com IEFP e GIp's locais e Universidade de Aveiro GESP), promovendo o encaminhamento dos interessados para o apoio técnico - promoção e desenvolvimento de 4 ações de formação - capacitação (de 30 horas), tendo como base as competências empreendedoras. 82 Relatório de Atividades 2015 A3 - Roteiro Vocacional e Profissional A4 - Formar + A5 - Empregar + A6 "Sensibiliza" A7 "Ganh'Arte" A8 - "A tua ideia conta" A9 - "Aqui se produz" Evento anual – Feira Vocacional e Profissional (para e com alunos do 9.º e 12.º ano) – no qual será apresentada a oferta educativa e formativa de diversas entidades da cidade e Região, nomeadamente, entidades do Ensino Superior, Escolas Profissionais, IEFP, entre outras. "Dia da Empresa" - visita por parte de alunos de 9.º e 12.º ano a empresas, onde vão ter contato com diferentes tipos de profissões que existem dentro dessa empresa. Realização de 3 diagnósticos de necessidades formativas de ativos das entidades da economia social e são encaminhados 10 a 20 empregados das entidades para o IEFP com vista à regularização da sua situação perante o Sistema Nacional de Certificação Profissional. Identificação de necessidades de emprego por parte de entidades de economia social. Constituição de pequena bolsa de emprego através de uma ação de "match", formação profissional e pessoal e ações de "speed recruitment". 9 Sessões de sensibilização/informação dirigidas a entidades da Economia Social, empresas da Indústria Transformadora e da Restauração e Comércio, sobre temáticas como: igualdade de género, igualdade salarial, integração de pessoas com deficiência, integração de pessoas com + 40 anos e de outros grupos alvo de exclusão (minorias). Acompanhamento personalizado de jovens em situações socialmente fragilizadas e que não se encontram envolvidos em ações de Educação, Formação ou Emprego (NEET), encaminhando-os para ações de formação desenvolvidas por entidades públicas e privadas, sobretudo as promovidas pelo IEFP e 2. Dinamização de 9 oficinas de saberes e ofícios "GANH'ARTE" Promoção do Empreendedorismo nas Escolas, direcionada a alunos do secundário e profissional, que engloba os seguintes domínios: a) Formação acreditada a professores e acesso a um centro de recursos onde poderão obter informações sobre ações e atividades a desenvolver em contexto de sala de aula que permita desenvolver com os seus alunos as suas competências empreendedoras; b) desenvolvimento de projetos por parte de alunos em contexto de sala de aula; c) Concurso de ideias "A tua Ideia Conta". Esta ação conta com recurso a prestação de serviços. Dinamização de 5 eventos de promoção dos Produtos de Aveiro, ao longo dos 3 anos, com o envolvimento de produtores loca + Implementação de projeto piloto de Economia de Proximidade. 83 Relatório de Atividades 2015 Quadro 88 – Eixos de intervenção Eixo 2 – Intervenção Familiar e Parental Preventiva da Pobreza Infantil Ação A1 - "Espaços de Partilha" A2 - Programa de Ocupação de Tempos Livres A3- Interculturalidades A4 - On Rádio Descrição - Metodologia Realização de 10 Espaços de partilha através dos quais, pela via da aprendizagem não formal, são abordadas temáticas relativas ao desenvolvimento pessoal e social dos participantes (crianças, jovens e famílias) e reforçada a importância do exercício de uma cultura de cidadania e de parentalidade positiva. 6 Programa (integrados) de ocupação de tempos livres para crianças e jovens dos 9 aos 16 anos de idade. 3 iniciativas de Partilha da perceção da escola e sua valorização por parte e crianças e jovens tendo em vista a integração de uma visão intercultural. Dinamização de (30) programa de rádio por crianças e jovens. Resposta psicoeducativa destinada a crianças, jovens e famílias, mediante o apoio psicológico individualizado, dinâmicas de pares e mediação de conflitos familiares. A5 - Resposta Psicoeducativa Quadro 89 – Eixos de intervenção Eixo 3 – Capacitação da Comunidade e Instituições Ação Descrição - Metodologia Ações de mobilização e espaços de convívio e de partilha entre moradores, grupos informais, A1 - O bairro com(vida) associações culturais, desportivas e recreativas, e através dos quais são criadas condições para a capacitação dos participantes para sua co-organização em processos de promoção de bem-estar e de coesão social A2 - Recursos en(via) A3 - In Implementação de uma resposta integradora de recursos e de partilha interinstitucional, de fácil acesso a toda a comunidade. Bolsa de voluntariado de proximidade Voluntária 84 Relatório de Atividades 2015 5. Grupos Cáritas 5.1 Introdução A Diocese de Aveiro tem, nos Grupos Paroquiais da Cáritas, os órgãos da Igreja Católica próprios de cada paróquia e que se pretende sejam elementos de proximidade no apoio aos carenciados colaborando ativamente na promoção humana e no desenvolvimento integral dos paroquianos. As suas características de localização no interior das comunidades locais e de subordinação hierárquica e económica para com a paróquia proporcionam um apoio atempado e eficaz. A sua relação funcional com a Cáritas Diocesana, da qual recebem as orientações julgadas oportunas e com quem estabelecem uma estreita relação de cooperação, colaboração e entreajuda, nomeadamente na formação pastoral e técnica para os seus membros, possibilita uma melhor eficácia na resolução de muitas situações problemáticas. É objetivo deste capítulo do relatório de atividades da CDA, apresentar um relato das ações realizadas pela Cáritas Diocesana em prol dos Grupos Paroquiais da Cáritas da Diocese de Aveiro, assim como resumir as atividades promovidas e/ou realizadas pelos diversos Grupos Paroquiais. 5.2 Estrutura Toda a estrutura orgânica da Cáritas Diocesana, desde a Direção até aos Quadros Técnicos, tem um papel importante nas atividades de apoio aos Grupos Paroquiais, sendo contudo esta atividade agilizada pela equipa de Apoio Diocesana dos Grupos Paroquiais da Cáritas. Esta estrutura visa apoiar em especial os grupos sócio caritativos de âmbito paroquial, com ligação à Cáritas, abrangendo os 10 Arciprestados da Diocese de Aveiro. Existem atividades, como é o caso do projeto “+ Próximo” que tem uma abrangência para além dos Grupos Paroquiais da Cáritas, sendo partilhado pelas Conferencias de São Vicente de Paulo e outras estruturas caritativas locais. 85 Relatório de Atividades 2015 Na Diocese de Aveiro, no ano de 2015, existem em atividade 36 Grupos Paroquiais da Cáritas. 5.3 Atividades e Projetos No ano de 2015, as principais atividades promovidas pela equipa de apoio aos Grupos Paroquiais da Cáritas prenderam-se com a realização de dois encontros em Assembleia/Conselho Diocesano e na promoção de duas reuniões de trabalho, presididas pela CDA e com a presença dos representantes dos grupos Paroquiais, destinadas à preparação da Semana Cáritas e da Campanha “Dez Milhões de Estrela, um Gesto pela Paz”. Foi igualmente promovida uma campanha de recolha de roupas para refugiados da guerra da Síria. Os elementos dos Grupos Paroquiais foram ainda convidados a participar no convívio anual promovido pela CDA, estando presente um número significativo de pessoas. De relevar a presença de elementos da Direção da Cáritas em várias reuniões arciprestais do Clero, com o intuito de dar a conhecer as atividades gerais da Cáritas, incentivar à dinamização dos Grupos Paroquiais, e dar a conhecer formas de obter apoios para situações locais nomeadamente através dos programas “Fundo Social Solidário” e “Prioridade às Crianças”. Foram realizadas algumas ações de formação no âmbito do “+ Próximo”, e a continuidade do Projeto “NOS” (Núcleo de Observação Social). O projeto de formação “+ Próximo” visa capacitar os agentes de proximidade para um melhor atendimento e mais eficaz acompanhamento dos utentes. Por sua vez o “NOS” é um instrumento que permite à Cáritas Portuguesa conhecer o número de atendimentos que as Cáritas locais prestam às comunidades e desta forma conhecer de forma justificada a realidade da população portuguesa. Das principais atividades participadas e promovidas pelos elementos dos Grupos Paroquiais há a referir: 86 Relatório de Atividades 2015 Semana Cáritas - Com a realização de eventos e participação no peditório público. Dez Milhões de Estrelas … - Realização de vários eventos e venda de velas. Roupa para refugiados – Participação na recolha, embalagem e entrega de roupas destinadas aos refugiados da guerra na Síria. Outras Campanhas e eventos diversos – Campanhas de recolha de géneros alimentares, organização de ceias de natal para utentes, atividades lúdicas e recreativas, tasquinhas e celebrações litúrgicas entre outras. 87 Relatório de Atividades 2015 6. Voluntariado Para além dos Grupos Paroquiais da Cáritas que, pela sua especificidade, são referidos no ponto anterior deste relatório, a instituição contou com a colaboração de voluntários em diversas atividades, contribuindo decisivamente para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Alguns voluntários integraram-se em Projetos de voluntariado previamente definidos e estruturados de acordo com as suas competências e com as necessidades da Instituição. Projetos de voluntariado Quadro 90 - Identificação dos projetos de voluntariado Centro de Acolhimento Infantil Nº de Voluntários 8 2 famílias Local Atividades 8 Apoio às atividades de Fim de Dia 2 Famílias de fim-de-semana CAI Roupeiro 6 Organização e tratamento de roupas e calçado Distribuição de vestuário e calçado Sede Informática 3 2 1 Pontuais: 15 Apoio à gestão e manutenção dos equipamentos Geral Apoio a gestão da informação Atualização do site Sede – apoio Geral Sede Apoio em atividades diversas Psicologia Sede - NAV Consultas de Psicologia Semana Cáritas Sede Peditórios Públicos Encontros/Reuniões/Formação Durante o ano de 2015 realizaram-se 3 encontros de divulgação e organização do voluntariado. 88 Relatório de Atividades 2015 7. Campanhas 7.1. Semana Nacional da Cáritas Decorreu de 02 de março a 08 de março, subordinado ao tema “Um só Coração, uma só Família Humana”. A divulgação foi feita em toda a Diocese através da distribuição de cartazes. O peditório público, na cidade de Aveiro, contou com a participação de um grupo de senhoras. Nas paróquias, onde existem Grupos Cáritas, coube a estes a organização do peditório. 7.2. Operação 10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz A Cáritas Diocesana organizou mais uma vez a Campanha “Dez Milhões de Estrelas – um Gesto pela Paz”. Em 2015 registamos o empenho de 32 Grupos Paroquiais da Cáritas, de 14 Paróquias, 4 Escolas realçando o envolvimento dos Professores de Religião e Moral Católica. Para além destes serviços realçamos a participação de particulares e de outros serviços como é o caso das Conferências de São Vicente de Paulo, da Livraria Santa Joana, e da Clínica Body Center. Foram vendidas, neste ano, cerca de 22.800 velas. 89 Relatório de Atividades 2015 8. Comunicação e Imagem Em termos de comunicação e imagem, foi dado especial enfoque à página do facebook, procurando criar, tanto quanto possível, uma maior interação com o público, através de imagens apelativas e de um maior número de publicações. Foi dada continuidade à newsletter, veículo privilegiado de comunicação das atividades para o exterior. Procurou-se, também, efetuar uma intervenção de fundo no sítio da Cáritas Diocesana, criando uma apresentação mais agradável para o utilizador. Foram detetados alguns constrangimentos que, só pela dedicação da voluntária que tem colaborado com a CDA neste domínio, têm sido minorados. Conseguiu-se eliminar informação desatualizada, mas a colocação on-line de informação é um processo bastante complexo, que não se coaduna com a exigência de uma comunicação rápida e eficaz. Sendo uma situação externa à Cáritas Diocesana de Aveiro importa procurar soluções para resolver este problema, que é fundamental para a imagem externa da CDA. Foi dado grande destaque às comemorações dos 25 anos do CAI, tendo sido realizado um pequeno vídeo alusivo, que foi apresentado na sessão solene e posteriormente divulgado no facebook. 90