Jan/Fev 2015 - nº 113
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Jan/Fev 2015 - nº 113
Jan/Fev 2015 - nº 113 Caros leitores, Foto: Divulgação A Ana, nossa fiel escudeira aqui no Sindilub, intimou-me ontem à noite por telefone a entregar estas mal traçadas linhas até Segunda-feira pela manhã, sem falta, para “fechar” esta edição de nossa querida Sindilub Press. Por isso, escrevo numa manhã de um sábado de abril, mirando a tela em branco na minha frente. Sábado, um dia da semana que para alguns já é final de semana, sinônimo de merecido descanso; ao passo que para outros também é o dia que prenuncia o final de semana, mas ainda com a atenção e a força concentradas no trabalho, até o entardecer, Para mim, é um dia especial. E quando, como hoje, me dou conta que é sábado, recordo os versos do lindo poema de Vinicius de Moraes, O Dia da Criação, que diz assim: “Hoje é sábado, amanhã é domingo Amanhã não gosta de ver ninguém bem Hoje é que é o dia do presente O dia é sábado.” E olhando a tela branca do computador à minha frente, na busca de uma concisa mensagem para este editorial, reparo que escrevo para a primeira edição da revista em 2015, e estamos em abril, meu Deus do Céu, como é possível? O tempo é implacável, e como diz a canção, não espera ninguém. Portanto, vamos, ou continuemos, na luta. Leiam com atenção a matéria sobre os eventos patrocinados e organizados pela ANP para discutir o mercado de lubrificantes que aconteceram no início deste ano, e reparem na importância cada vez maior que este mercado desperta para o Órgão Regulador, a exemplo da importância que já despertou e desperta para os Órgãos Ambientais, Fazendários e porque não, Concorrencial. Sim, vocês verão nesta edição, na matéria sobre concorrência, a importância para o mercado, para a sociedade e especialmente para o consumidor, do controle sobre a concorrência neste mercado, principalmente no setor da produção, onde atuam mega empresas multinacionais. E falando em concorrência, relacionamento comercial entre empresas, bastante oportuna a matéria sobre os cuidados na hora de celebrar contratos, de qualquer natureza, para o exercício da atividade, seja na posição de contratante, ou de contratada, diante das nuances e de peculiaridades de termos e cláusulas que poderão conduzir ao sucesso ou ao fracasso da relação. Sempre é importante prevenir, e o jurídico do Sindilub está aqui para ser consultado. Pois bem, consegui transmitir minha mensagem, ainda pela manhã, e como hoje é sábado, fiz por merecer o prato típico deste dia, uma copiosa feijoada, com uma boa caipirinha. E lembrando mais uma vez Vinicius de Moraes, depois, à tarde, só faltará mesmo uma sombra, uma rede, ouvindo o mar de Itapuã. Muito obrigado. E boa leitura. Laercio Kalauskas Presidente do Sindilub Expediente Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho Diretor Secretário: Fabiano Grassi Diretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. Carvalho Diretor Social: Antonio da Silva Dourado Diretor Executivo: Ruy Ricci Coordenadora: Ana Leme – (11) 3644-3440 Jornalista Responsável: Ana Azevedo – MTB 22.242 Editoração: iPressnet – www.ipressnet.com.br Impressão: Hawaii Gráfica e Editora Capa: Shutterstock Jan/Fev 2015 - nº 113 Rua Tripoli, 92 – Conjunto 82 V. Leopoldina – São Paulo – SP – 05303-020 Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640 www.sindilub.org.br / [email protected] As matérias são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente opinião da revista. Não nos responsabilizamos pelos conteúdos dos anúncios publicados. É proibida reprodução de qualquer matéria e imagem sem nossa prévia autorização. Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes – SINDILUB Índice 06ANP/Evento Lubrificantes (finalmente) entram na pauta da ANP 08ANP/Evento Comercialização de óleo lubrificante mantém estabilidade 10Legislação Amigos, amigos... negócios à parte 12Capa Mercado de Lubrificantes Marítimos 14 Sindilub em Ação 18 Fique por Dentro Regional da ANP em SP Contratos, leia com atenção e discuta antes de assinar 16Homenagem 20Qualidade “Perdemos um grande parceiro” Lubrificantes em detalhes 17 Fique por Dentro 22 Seu Negócio Lei da Transparência Prevenir é o melhor remédio 25 Seu Negócio Sped - Riscos Ocultos 26Varejo Jiffy Lube chega ao Brasil GONZALES E GAVA DE SOUZA NERY SOCIEDADE DE ADVOGADOS Edison Gonzales Liliana Gava de Souza Nery Cláudia Marques Generoso Aline Gonzales Assumpção Neves Gabriel Reimann Rossini Marcel Maciel Januário Pamela Parpinelli Acesse nosso site: www.gonzalesegava.adv.br 4 sindilub 2015 O motor do automóvel – onde tudo acontece O motor de um automóvel é composto por diversos componentes: cabeçote, velas de ignição, válvulas, pistões, bloco de cilindros, virabrequim, eixo comando, entre outros. São esses os principais responsáveis por permitir que a energia térmica gerada pela combustão seja transformada em energia mecânica e, assim, movimente o veículo. Para que a combustão ocorra de forma eficaz, o motor deve estar em condições perfeitas, e o lubrificante é imprescindível para que isso aconteça. A importância do papel do lubrificante dentro do motor... O lubrificante age tanto com o motor em funcionamento como também quando ele está desligado. Com o veículo em movimento, o produto é responsável por proteger os componentes críticos do motor contra corrosão e desgaste prematuro e, ao mesmo tempo, limpar e prevenir a formação de depósitos que prejudicam a eficiência e performance. ...esteja ele ligado ou desligado Desligada a chave, o lubrificante ainda continua a agir, protegendo contra a corrosão e oxidação que podem ocorrer devido ao contato das superfícies internas do motor com resíduos que são resultado da combustão, como ácidos e água. Para atender às inúmeras especificações e necessidades particulares de cada motor, o mercado conta hoje com três diferentes tipos de lubrificantes: os de base mineral, semissintética e sintética. Todos se diferenciam de acordo com o método de produção do óleo básico, o principal componente de um lubrificante. Um passo à frente em sintéticos: Shell Helix Ultra com Tecnologia PurePlus A Shell, empresa que tem a inovação como uma de suas premissas, deu mais um passo à frente e desenvolveu o primeiro lubrificante feito a partir do gás natural: o Shell Helix Ultra com Tecnologia PurePlus. Por meio da inovadora Tecnologia Shell PurePlus, o gás natural é convertido em um óleo básico cristalino, 100% sintético, sem as impurezas geralmente encontradas em óleos básicos extraídos do óleo cru de petróleo. O Shell Helix Ultra com Tecnologia PurePlus é produzido com esse revolucionário óleo básico e finalizado com a exclusiva Tecnologia Shell de Limpeza Ativa. Essa combinação cria um lubrificante que proporciona limpeza e proteção superiores1 para os motores mais modernos. Como escolher o lubrificante ideal? As montadoras de veículos recomendam o tipo de lubrificante que deve ser usado em cada motor. Por isso, o ideal é sempre seguir a recomendação prevista no manual do veículo, que também costuma trazer a indicação do intervalo de troca recomendado de acordo com o regime de uso. A Shell trabalha em parceria com diversas montadoras para produzir lubrificantes cada vez mais modernos e eficientes. Diante disso, a companhia oferece um serviço chamado Shell LubeMatch (lubematch.shell.com.br), uma ferramenta on-line de recomendação de lubrificantes em que o usuário pode conferir qual o lubrificante Shell ideal para ser usado em seu veículo. UMA REVOLUÇÃO EM LUBRIFICANTES SHELL HELIX ULTRA COM TECNOLOGIA PUREPLUS, FEITO A PARTIR DO GÁS NATURAL Conheça o poder do gás natural em shell.com/pureplus Baseado na sequência VG do teste de borra de acordo com a performance de um lubrificante SAE 0W-40. O descarte inadequado de óleo lubrificante usado ou contaminado e de suas embalagens provoca danos à população e ao meio ambiente, podendo contaminar a água e o solo. O óleo usado e as embalagens são recicláveis. Entregue-os em um posto de serviço ou de coleta autorizado, conforme resolução Conama nº 362/2005 e suas alterações vigentes. 1 A NP/Evento Lubrificantes (finalmente) entram na pauta da ANP Texto: Renato Vaisbih A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promoveu no início de 2015 dois eventos onde o mercado nacional de óleos lubrificantes teve destaque. Nessas ocasiões, o Sindilub foi representado pelo presidente do sindicato, Laercio Kalauskas, e pelo diretor executivo, Ruy Ricci, que consideram a atenção voltada ao tema positiva e comemoram a aproximação com a ANP. No entanto, eles ainda insistem na necessidade de que a Agência promova a regulamentação da atividade dos revendedores atacadistas de lubrificantes e torcem para que seja impresso um ritmo mais ágil para tratar de temas importantes para o setor. Kalauskas considerou que as iniciativas da ANP são um avanço, mas ressaltou que ainda há muito a ser feito. “É um pleito antigo da nossa categoria que se mostra cada vez mais necessário. Não há como aferir dados relevantes do mercado de lubrificantes confiáveis e em detalhes se não tivermos ao menos a definição de quais as responsabilidades, limites e áreas de atuação de cada um dos agentes envolvidos. Isso só vai ser possível com a regulamentação das revendas atacadistas”, afirma. Um exemplo da demora da ANP para abordar o mercado é a própria realização da primeira reunião do Fórum de Lubrificantes, que aconteceu no dia 23 de janeiro, na sede da Agência, no Rio de Janeiro, com mais cinco anos de atraso. A iniciativa estava prevista na Resolução nº 20 de 18 de junho de 2009, que trata da “atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado e a sua regulação”. O artigo 25 do texto determina: “a ANP instituirá e coordenará Fórum de Lubrificantes, composto por representantes de produtores, importadores, coletores, rerrefinadores, revendedores, entidades de classe, órgãos públicos e demais participantes do setor de lubrificantes, para fins de acompanhamento do mercado desses produtos e do cumprimento dos dispositivos desta Resolução”. 6 sindilub 2015 Diretoria do Sindilub participa de encontros para discutir o mercado de óleos lubrificantes no Brasil e cobra mais agilidade do governo No primeiro encontro, o superintendente de abastecimento da ANP, Aurélio Amaral, afirmou que “o objetivo é fazer do Fórum um ambiente de discussão, de atualização de pauta, de debate sobre demandas do setor, para que possamos alinhar nossos conhecimentos e interagir com vocês sobre o dia a dia do setor”. O diretor do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Ishihara, avaliou que “é muito importante o contato com a ANP e os agentes econômicos para termos uma noção mais próxima do que é o mercado, para traçar diretrizes e políticas de longo prazo, que atendam tanto ao desenvolvimento do país quanto ao do setor”. Controle Os representantes da ANP ainda reforçaram os sistemas já em funcionamento que são utilizados para controle do mercado de lubrificantes no Brasil: o “COLB”, que é um cadastro dos produtores e importadores de óleo básico; e o “Coleta”, para gerenciar e analisar os volumes de óleo lubrificante declarados pelos produtores de óleo acabado, importadores, coletores e rerrefinadores. Também deve entrar em operação em breve o sistema “Lubes”, que vai permitir um acompanhamento mais detalhado do mercado, com dados de todos os agentes do setor e, consequentemente, um número maior de informações que vai possibilitar um entendimento da dinâmica da comercialização de lubrificantes no país. Oluc A ANP também apresentou dados sobre a coleta de OLUC, enfatizando que o volume recolhido ainda está abaixo da meta estipulada, principalmente por causa dos resultados nas regiões Centro Oeste e Nordeste (veja quadro I). Lubrificante Rerrefinado I II MARKET SHARE (RERREFINADOR) Lubrificante Coletado Distribuidora MARKET SHARE (COLETA) Distribuidora 2014 LWART LUBRIFICANTES LTDA 31,15% LUBRASIL LUBRIFICANTES LTDA 12,66% PETROLUB INDUSTRIAL DE LUBRIF. LTDA 10,15% LUBRIFICANTES FÊNIX LTDA 10,03% PROLUMINAS LUBRIFICANTES LTDA 9,42% TASA LUBRIFICANTES LTDA 7,40% INDÚSTRIA PETROQUÍMICA DO SUL LTDA 6,85% BRASQUÍMICA LUBRIFICANTES LTDA 3,87% PROLUB RERREFINO DE LUBRIFICANTES LTDA 3,48% ETERNAL 1,86% OUTROS 3,13% 2014 LWART LUBRIFICANTES LTDA 42,32% LUBRASIL LUBRIFICANTES LTDA 13,72% PETROLUB INDUSTRIAL DE LUBRIF. LTDA 10,68% PROLUMINAS LUBRIFICANTES LTDA 8,99% INDÚSTRIA PETROQUÍMICA DO SUL LTDA 6,15% TASA LUBRIFICANTES LTDA 5,10% LUBRIFICANTES FÊNIX LTDA 4,45% BRASQUÍMICA LUBRIFICANTES LTDA 3,97% PROLUB RERREFINO DE LUBRIFICANTES LTDA 1,66% BRAZÃO LUBRIFICANTES LTDA 0,86% QUÍMICA INDUSTRIAL SUPLLY LTDA 0,10% OUTRAS 1,99% Comercialização de Básico Rerrefinado (L) UF COLETA OLUC PARA PRODUTOR / IMPORTADOR AUTORIZADOS Região Meta de Coleta (L) Volume Coletado (L) % Coletado % Legal Região CO 43.066.180 40.999.740 32,4% 34% N 28.685.503 29.381.344 30,7% 30% NE 58.162.887 54.745.522 28,2% 30% S 83.111.161 88.702.312 39,5% 37% SE 237.335.684 238.108.372 42,1% 42% BRASIL 459.436.227 451.937.290 37,5% 38,1% Situação AM 1.603.148 BA 10.991.696 MG 54.463.687 RJ 14.113.984 RS 17.013.692 SP 178.675.796 BRASIL 276.862.003 * Fonte: ANP. Dados declaratórios informados pelos agentes à ANP. Dentre as principais empresas que fazem a coleta do óleo usado e contaminado estão a Lwart, LubBrasil, Petrolub, Lubrificantes Fênix, Proluminas, Tasa Lubrificantes e Indústria Petroquímica do Sul. A Nº 1 EM ÓLEOS LUBRIFICANTES DO JAPÃO AGORA NO BRASIL. A JX Nippon Oil & Energy, fabricante da linha premium de óleos lubrificantes Eneos, chega ao Brasil trazendo qualidade e tecnologia de ponta. Fornecedora tradicional das montadoras, a JX Nippon Oil convida distribuidores para comercializar sua linha de óleos para veículos de passeio e pesados. JN001014_1AF_AN_REV SINDLUB_ENEOS_180X60_LUC.indd 1 Essas mesmas empresas – apenas com algumas trocas nas posições – também foram as responsáveis pelo maior volume de óleo rerrefinado no Brasil em 2014, que chegou, no total, a quase 277 milhões de litros (veja quadro II). S JX Nippon Oil & Energy do Brazil Rua Cubatão, 86 - Conj. 1.507/09 São Paulo - SP - Brasil Tel. 11 3588 2071 [email protected] 2015 sindilub 12/16/14 18:34 7 A NP/Evento Comercialização de óleo lubrificante mantém estabilidade Texto e Foto: Ana Azevedo A comercialização de óleo lubrificante praticamente não se alterou em relação ao ano anterior. Enquanto em 2013 foram comercializados 1.520 mil m³, em 2014 foram 1.518 mil m³, ou seja, -0,001%. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), durante o X Seminário de Avaliação do Mercado de Derivados do Petróleo e Bicombustíveis da ANP, realizado no escritório central da Agência, no Rio de Janeiro, no dia 10 de fevereiro de 2015. MARKET SHARE (COMERCIALIZADO) Distribuidora PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A. COSAN LUBRIFICANTES E ESPECIALIDADES S.A. COMPANHIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA SHELL BRASIL S.A. CHEVRON BRASIL IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA FL BRASIL S.A. CASTROL BRASIL LTDA TOTAL FINA ELF LUBRIFICANTES DO BRASIL LTDA REPSOL YPF IMPORTADORA DE PRODUTOS LTDA INGRAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE GRAXAS LTDA OUTRAS De acordo com o superintendente de abastecimento, Aurélio Amaral, o segmento se manteve estável na comparação 2013/2014 em volume. O dado considerado mais importante pela Agência foi o da coleta. Segundo a ANP três regiões alcançaram a meta, Norte, Sul e Sudeste. As regiões nordeste e centro-oeste não atingiram a meta e, consequentemente, o número nacional não foi alcançado. Em função disso os Ministérios de Minas e Energia, o Ministério do Meio Ambiente e IBAMA foram “oficiados” para que sejam tomadas as providências. 2014 22,11% 17,09% 12,94% 10,07% 9,21% 8,86% 2,63% 2,00% 1,69% 1,34% 12,05% O superintendente de abastecimento da ANP afirma que a Agência está realizando um trabalho específico na área de lubrificantes e em breve esses números deverão ser divulgados em evento do setor. Números Durante o Seminário foram apresentados os números gerais do mercado. Segundo a ANP, as vendas de combustíveis no mercado brasileiro em 2014 totalizaram 144, 575 bilhões de litros, o que representa um aumento de 5,28% em relação aos 137,323 bilhões de litros registrados em 2013. Houve aumento de 2,49% na comercialização de óleo diesel B na comparação entre 2013 e 2014, de 58.571 bilhões de litros para 60.032 bilhões de litros. O aumento nas vendas de biodiesel foi de 16,45%, de 2,929 bilhões de litros em 2013, para 3,410 bilhões de litros em 2014. Esse crescimento foi devido ao aumento do teor de adição de biodiesel ao óleo diesel A, de 5% para 6% em julho de 2014, e de 6% para 7% em novembro de 2014. A comercialização de gasolina C cresceu 7,09%; o etanol hidratado cresceu 10,54%; o GLP 1,26%; o querosene de aviação teve a comercialização elevada e, 3,40%; o óleo combustível cresceu 24,14%; e o gás natural sofreu redução de comercialização de 3,23%. S 8 sindilub 2015 Fonte: ANP A PERFORMANCE QUE VOCÊ QUER PARA O SEU CARRO RODAR NAS RUAS OU NOS CIRCUITOS DO MUNDO. A linha Syntium apresenta diversas especificações que garantem total proteção ao seu carro, porque é projetada para enfrentar as condições mais severas e extremas de direção. Você tem a garantia de que cada produto foi desenvolvido especificamente para o seu motor, assim como foi desenvolvido para os carros do MERCEDES AMG PETRONAS Formula One™ Team. A mesma tecnologia das pistas no seu carro. PETRONAS. PRESENTE NO MUNDO. NO BRASIL. NA SUA VIDA. Technology Partner L egislação Amigos, amigos... O papel das companhias Texto: Renato Vaisbih Foto: Divulgação O s revendedores atacadistas de óleos lubrificantes devem se conscientizar acerca da proteção da livre concorrência e das severas consequências que infrações da ordem econômica podem causar ao mercado em geral e, em especial, aos consumidores. O alerta é do advogado Arthur Villamil, do escritório Neves & Villamil Advogados Associados e consultor em defesa da concorrência da Fecombustíveis. De acordo com ele, pesadas multas podem ser aplicadas às empresas que prejudiquem o livre funcionamento do mercado, que vão até 20% do faturamento bruto anual da instituição condenada e os seus responsáveis podem até ser presos. “A concorrência é a mola mestra da economia nacional e também representa um princípio fundamental da ordem econômica constitucional brasileira. Empresários não devem tentar influenciar o mercado e nem interferir na livre formação dos preços de seus concorrentes, sob pena de serem eventualmente processados pelo CADE. Além disso, a formação de cartel e o abuso de poder econômico também podem ser qualificados como crime, nos termos da Lei 8.137/90, com possibilidade da aplicação de pena de prisão por prazo de até cinco anos. É preciso entender que o mercado é livre e que todos devem respeitar a livre concorrência e a livre iniciativa”, afirma Villamil. Dessa forma, ele explica, “os revendedores não devem se envolver em qualquer tipo de discussão sobre ajuste de preços ou de outras variáveis competitivas, no estabelecimento artificial de barreiras à entrada de novos concorrentes, no fechamento de mercado, na prática de preços predatórios ou discriminatórios ou no boicote a outros revendedores. Os revendedores devem competir efetivamente entre si, abstendo-se de qualquer prática que possa, ainda que potencialmente (ou seja, ainda que não gere efeitos concretos no mercado), prejudicar o regular funcionamento da concorrência”. 10 sindilub 2015 A chamada “Lei Antitruste” – 12.529/2011 –, que está em vigor desde 29 de maio de 2012, proíbe expressamente as companhias de imporem, no comércio de bens ou serviços, a varejistas ou representantes, preços de revenda, descontos, condições de pagamento, quantidades mínimas ou máximas, margem de lucro, venda casada ou quaisquer outras condições de comercialização relativas a negócios destes com terceiros (os clientes finais). Villamil reforça que as relações entre os fabricantes e importadores de lubrificantes e os revendedores atacadistas devem “ser transparentes, eficientes e pautadas no respeito à liberdade de decisão de cada agente no mercado, sem imposições, condicionamentos, retaliações ou restrições que possam prejudicar o normal funcionamento do mercado”. Ele ainda diz que “as companhias, por possuírem maiores níveis de concentração de market share, devem se abster de se utilizar de seu poder de mercado para influenciar o comportamento dos revendedores atacadistas e varejistas. Devem, ainda, tratar com isonomia os revendedores que se encontrem em igualdade de situações, abstendo-se de praticar preços discriminatórios e preços predatórios. Enfim, também as companhias devem zelar pela livre concorrência e pela livre iniciativa, em todos os mercados em que atuam”. O papel do sindicato Sobre a relação entre os revendedores atacadistas entre si, inclusive com a mediação do Sindilub, o advogado salienta que, por mais amigos que sejam, os empresários devem se conscientizar que, sob o ponto de vista legal e econômico, são concorrentes uns dos outros e, nesse cenário de mercado, devem efetivamente competir entre si. Qualquer conduta dos revendedores que possa, ainda negócios à parte que potencialmente prejudicar a livre concorrência, a livre formação dos preços ou o normal funcionamento do mercado deve ser evitada a todo custo, sob pena de se caracterizar, eventualmente, como infração da ordem econômica. Segundo o consultor da Fecombustíveis, “os sindicatos e as associações de empresários também devem ter em mente que seu papel institucional não é o de resolver conflitos entre concorrentes, influenciar preços ou tentar fechar o mercado para a entrada de novos players. O sindicato não é um fiscal de preços e nem fiscal do mercado. Por isso, não deve tentar ensinar os seus associados a formarem preços ou a adotarem estratégias alinhadas de atuação no mercado. Em verdade, os sindicatos devem, juntamente com toda a categoria, respeitar e zelar pela livre concorrência, abstendo-se de interferir nas relações comerciais, na formação dos preços e nas demais variáveis competitivas do mercado, a fim de que cada qual possa exercer seus direitos de livre iniciativa e de livre concorrência, pois isto é salutar para o desenvolvimento da economia e para a maximização da riqueza geral”. Fiscalização e o setor de combustíveis A nova Lei Antitruste, em vigor desde 2012, trouxe alterações importantes no chamado Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE – passou a ser composto pela Superintendência-Geral, pelo Tribunal Administrativo de Defesa Econômica e pelo Departamento de Estudos Econômicos. Na opinião de Villamil, “essa nova estrutura, que foi chamada à época pela imprensa de ‘Super CADE’, juntamente com outras reformulações da antiga Lei 8.884/94 – que trata da prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica –, tornou o Conselho muito mais ágil e cada vez mais focado na investigação e análise de infrações da ordem econômica, aumentando o número de investigações de cartéis e diminuindo significativamente o tempo de tramitação dos processos”. Nos últimos dois anos, o CADE vem regulamentando vários aspectos da nova lei por meio da edição de portarias, resoluções e de seu regimento interno, com o objetivo de aperfeiçoar a aplicação da legislação antitruste. “A jurisprudência do CADE também vem se consolidando e o entendimento do Conselho acerca de certas condutas e setores econômicos ganharam destaque. O CADE tem atuado com grande desenvoltura na investigação e combate a cartéis, especialmente em licitações públicas. Também tem havido crescente número de condenação de associações profissionais, de entidades de classe e de sindicatos de empresários por suposta prática de infrações da ordem econômica. O CADE lançou uma cartilha sobre fraudes em licitações, uma cartilha sobre acordo de leniência – uma espécie de delação premiada – e um caderno sobre cartéis na revenda de combustíveis, consolidando o entendimento do Conselho sobre esse setor econômico, que atualmente apresenta o maior número de investigações em curso”, finaliza o consultor da Fecombustíveis. S 2015 sindilub 11 C apa Entrevista com Ricardo Lorencini Responsável pela divisão Mobil/Marinha da Cosan Combustíveis e Lubrificantes Mercado de Lubrificantes Marítimos Texto: Thiago Castilha Foto: Divulgação O mercado marítimo no Brasil vem apresentando um crescimento importante nos últimos 15 anos, estimulado principalmente pelo desenvolvimento da indústria ligada às atividades de exploração de petróleo offshore. A frota de embarcações de apoio portuário e hidroviário também vem aumentando, motivado pela necessidade crescente de rebocadores mais potentes, necessários para executar a manobra e reboque de navios de maior capacidade carga, cada vez mais frequentes nos portos nacionais. Entretanto, apesar do cenário positivo, o Brasil continua a ter uma frota bastante envelhecida e distante das crescentes demandas tecnológicas de proteção ambiental, como restrições nos níveis de emissões, prevenção de vazamentos. O setor de lubrificantes marítimos acompanha esse crescimento e a evolução tecnológica, porém calcular o volume deste mercado no Brasil não é uma tarefa fácil, pois os dados estatísticos de consumo dos lubrificantes marítimos são classificados e tratados como lubrificantes industriais nos levantamentos realizados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustiveis (ANP). No entanto, segundo estudos desenvolvidos pela Cosan Combustíveis e Lubrificantes sobre o perfil de consumo de lubrificantes marítimos no Brasil, o volume de consumo anual deste mercado está em aproximadamente 51 milhões de litros, divididos em três fatias. A primeira são embarcações ligadas às atividades de exploração de petróleo offshore com 41%, a segunda são navios estrangeiros que se abastecem em portos brasileiros com 34% e por fim navios da marinha mercante e demais segmentos com 25%. A Revista Sindilub Press entrevistou o responsável pelo Suporte Técnico de Lubrificantes da divisão Mobil/Marinha da empresa Cosan Combustíveis e Lubrificantes, engenheiro Ricardo Lorencini, para entender um pouco mais sobre esse nicho do mercado, confira: Sindilub Press: Qual o órgão que estabelece os critérios para lubrificantes marítimos? Ricardo Lorencini: Tal como no setor automotivo, os motores de alta e média rotação em geral utilizam lubrificantes que atendam a classificação API, porém alguns fabricantes, como Caterpillar e MTU, entre outros, podem requerer aprovação em testes adicionais customizados para os equipamentos. Já para os motores de média e baixa rotação o lubrificante deve ser homologado pelo fabricante do motor que publica listas com a relação de lubrificantes aprovados para cada tipo de motor e combustível. O processo de homologação em geral é bastante complexo e demorado, por vezes exige testes práticos de longa duração que chegam a ultrapassar 7.000 horas de operação. SP: Quais são as principais aplicações dos lubrificantes marítimos? Lorencini: As principais aplicações dos lubrificantes marítimos são nos motores de combustão interna, que representam entre 65 a 75% do volume de óleo consumido. Adicionalmente, existem diversos sistemas hidráulicos e caixas 12 sindilub 2015 de engrenagens a bordo, tais como máquina do leme, sistema de controle de passo variável (CPP), redutoras dos motores principais, entre outros, que representam importantes volumes de óleo hidráulico e de engrenagens instalados. Aplicações de baixo consumo, mas fundamentais para a embarcação, podem demandar o uso de lubrificantes especiais ou mesmo de novas tecnologias, como os lubrificantes biodegradáveis, cujo eventual contato com a água não irá resultar em impactos ambientais. SP: Qual a diferença entre a lubrificação do motor de cruzeta e a do motor de pistão de tronco? Lorencini: Os motores de cruzeta possuem dois sistemas distintos de lubrificação, um para os cilindros, utilizando em geral um óleo SAE 50 de elevado TBN (número de basicidade total) que é consumido na queima, e outro para o sistema composto por mancais e demais componentes do motor. Já nos motores de biela convencional (trunk piston), o sistema de lubrificação é único, tanto para os cilindros como para os demais componentes do motor, utilizando óleo mono ou multiviscoso de TBN proporcional ao tipo de combustível empregado. O sistema de lubrificação dos motores de cruzeta traz a vantagem de evitar a contaminação do óleo do sistema pelos resíduos da combustão, porém a lubrificação dos cilindros por perda torna os custos elevados. SP: Quais são as principais características dos lubrificantes marítimos? Lorencini: Aspectos como baixa volatilidade, estabilidade térmica e desempenho em baixas temperaturas estão muito ligados à qualidade e seleção dos tipos de óleos básicos utilizados na formulação do lubrificante. Existe uma variedade de básicos disponíveis de diferentes origens, viscosidades e classificação API, sendo que a seleção destes componentes impacta diretamente no desempenho final do lubrificante. Os aditivos possuem importante papel em reforçar ou conferir características necessárias para que o lubrificante consiga cumprir a sua função. Principalmente no caso dos óleos de cilindro para os motores de cruzeta, a taxa de tratamento com aditivos pode representar bem mais do que 30% do produto acabado. SP: Além do lubrificante é recomendado a utilização de aditivos? Lorencini: A maioria dos fabricantes de motores e também das empresas produtoras de lubrificantes, não recomendam a utilização de aditivos. Quando o lubrificante é desenvolvido para uma aplicação específica e posteriormente aprovado pelo fabricante do equipamento, ele já traz na formulação todos os elementos necessários para proporcionar a lubrificação de alto desempenho e adequada as solicitações da aplicação para a qual se destina e foi aprovado. Ao adicionar um aditivo, diversas situações podem ocorrer como a incompatibilidade com a estrutura química do lubrificante, efeito indesejado sobre selos e vedações do sistema, separação de fases, entre outras consequências. SP: A indústria está comprometida com o meio ambiente? Lorencini: O Brasil vem aos poucos aumentando o nível de consciência ambiental e adotando medidas de proteção, principalmente no controle de emissões. Na indústria marítima e offshore tudo é ainda muito incipiente, porém aspectos de controle de emissões já fazem parte do processo de licenciamento de plataformas no Brasil. Diversas empresas já incluem metas relativas à proteção ambiental na declaração de valores corporativos. O uso de lubrificantes biodegradáveis e ecologicamente corretos já é realidade na Europa e uma obrigação nos Estados Unidos após a vigência do Vessel General Permit (VGP), com regras que determinam o uso desta tecnologia em qualquer equipamento que faça fronteira com a água. S 2015 sindilub 13 S indilub em Ação Regional da ANP em SP A Unidade Administrativa da Regional de São Paulo da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), representada pelo coordenador geral Francisco Neves e pelos assessores Maria Elisa Ouro Preto e Paulo Roffé, recebeu em fevereiro o diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci, para uma reunião com o objetivo de conhecer as atribuições desta unidade da Agência e esclarecer a importância do comércio atacadista de lubrificantes no mercado brasileiro. Texto e Fotos: Thiago Castilha Ricci fez uma apresentação sobre as reivindicações e sugestões do Sindilub encaminhadas à ANP desde 1999, algumas acolhidas pela Agência como o controle da comercialização de óleos básicos e o Programa de Monitoramento dos Lubrificantes e outras não atendidas como a regulamentação da categoria do comércio atacadista de lubrificantes, a única ponta solta do setor. Em relação à regulamentação da atividade, Ricci destacou que o Sindilub pleiteia o restabelecimento do cadastramento do comerciante atacadista junto à ANP que era previsto e realizado conforme a Portaria nº131, mas durante o processo de revisão da mesma, que resultou na Resolução nº10/2007, este procedimento ficou perdido entre a Superintendência de Qualidade e de Abastecimento por falta de uma definição mais clara da competência de qual área teria a responsabilidade em realizar o cadastramento. Outra questão levantada foi a venda a granel de óleos lubrificantes, em que o Sindilub manifestou preocupação com o crescimento desta prática no mercado varejista sem a necessária regulamentação e fiscalização, alertando a possibilidade de fraude e prejuízos aos consumidores em relação à qualidade dos produtos, volumes fornecidos e até risco de contaminação na aplicação. “ Regulamentação na ANP Acredito que a regulamentação do comércio atacadista de lubrificantes é positiva e não vejo ” nenhuma restrição 14 sindilub 2015 O coordenador da regional, Francisco Neves, explicou que a ANP é uma instituição nova, comparada a outras e está inserida em uma cadeia grandiosa de um setor muito dinâmico. “A agenda regulatória é intensa e por ventura temos algumas necessidades de aprimoramento e ajustes. Porém, muitas vezes, por conta de demandas e urgências impostas à ANP, assuntos importantes como a regulamentação do comércio atacadista de lubrificantes demoram um pouco mais. A pauta do comércio atacadista de lubrificantes está sendo abraçada pela ANP e acredito que acabará acontecendo”, explica Neves. “Acredito que a regulamentação do comércio atacadista de lubrificantes é positiva e não vejo nenhuma restrição. Mas ressalto que este processo está sendo construído, haja vista a atuação do Sindilub ao longo dos últimos anos e também as iniciativas recentes da ANP como o Fórum de Lubrificantes realizado em janeiro deste ano”, ressalta Neves. No entanto, o trabalho da Agência é nacional, e havendo necessidade a Unidade pode contar com o efetivo de outras regiões. Estrutura e atribuições A abrangência da Unidade Administrativa Regional de São Paulo são os estados de São Paulo e Paraná. Unidades em outros estados da Federação garantem a abrangência nacional da ANP. A estrutura física é adequada às demandas da Unidade, contando com estações de trabalho de alto padrão tecnológico e com espaços destinados a reuniões e sala de videoconferências. Esta última, inclusive, com acesso permitido aos agentes econômicos para interface com áreas específicas da ANP em outros estados. O total de colaboradores é 65, entre servidores, prestadores de serviço, técnicos em informática e motoristas. As atribuições desta Unidade são o planejamento, execução e julgamento das ações de fiscalização, atribuições relacionadas à representação institucional e ações de transversalidade entre diversas áreas técnicas da Agência na região de São Paulo e Paraná, materializados na execução de projetos específicos quando demandada pelas referidas áreas. Há um esforço continuado da ANP em busca da eficiência na gestão administrativa e, no centro, encontra-se o aperfeiçoamento do trabalho de inteligência no planejamento da fiscalização. “Em 2014 apenas a unidade de São Paulo realizou mais de 4.000 ações de fiscalizações. A fiscalização é realizada de maneira criteriosa e impessoal, motivadas por denúncias de irregularidades. Em relação aos lubrificantes, em especial ao comércio atacadista, devido à atividade não estar regulamentada e a falta de regras para este setor, não dispomos de instrumento legal para fiscalizar”, explica Neves. S A linha ENEOS de lubrificantes para motor e transmissão foi desenvolvida para oferecer a mais alta performance aliada à preservação ambiental. Graças à tradição no fornecimento às montadoras e à participação em competições automobilísticas, nossos produtos redefinem hoje os conceitos de lubrificantes sintéticos. H omenagem “Perdemos um grande parceiro” Texto: Renato Vaisbih Foto: Divulgação “ O Sindicom, o Sindilub e o mercado de lubrificantes perderam um grande parceiro, comprometido com a viabilidade dos negócios ao mesmo tempo em que prevalecia a preocupação com a preservação ambiental”, afirmou o presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas, ao ser comunicado da morte do presidente executivo do Sindicom, Alisio Vaz, que tirou parte da alegria do último Carnaval. Alisio morreu no último no último dia 15 de fevereiro, vítima de câncer, aos 61 anos. Ele era presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes desde de abril de 2011, pouco depois de ter se desligado da Ipiranga Produtos de Petróleo, onde havia trabalhado por 25 anos. Como funcionário da Ipiranga, já vinha contribuindo com o Sindicom, tendo ocupado os cargos de Diretor de Defesa da Concorrência e vice-presidente executivo. Formado em Engenharia de Construções pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), assumiu o Sindicom ciente de que teria de enfrentar temas desafiadores, como as irregularidades na comercialização de combustíveis e o atendimento às crescentes exigências ambientais, dentre outros. Conciliador Para o diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci, o tom conciliador de Alisio era uma de suas virtudes. “Ele sempre procurava juntar as pontas, aparar as arestas para que as coisas funcionassem da melhor maneira possível”, afirma Ricci. Ele lembra da posição de Alisio à época da assinatura do acordo setorial para a implementação do sistema de logística reversa de embalagens plásticas usadas de óleo lubrificante, no final de 2012, durante uma reunião no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. O Sindicom e o Sindilub foram alguns dos signatários do documento que definiu regras mais claras para o envolvimento de todos os agentes do setor de lubrificantes no recolhimento e destinação correta das embalagens usadas. 16 sindilub 2015 Na ocasião, Alisio deixou clara a necessidade de haver cooperação entre todos para que o acordo setorial desse certo. “A logística reversa só é viável se houver uma ação articulada e coordenada entre todos os atores envolvidos no ciclo de vida do produto”, afirmou. Rincões do Brasil Outra preocupação de Alisio era com os desafios de atender à demanda de todas as regiões do país. Ele foi um dos palestrantes do 2º Ealub (Encontro Nacional dos Atacadistas de Lubrificantes), organizado por ocasião das comemorações dos 20 anos do Sindilub, em 2012, em Campinas (SP). Durante o evento, o presidente executivo do Sindicom apresentou detalhes do Programa Jogue Limpo – que realiza a coleta de embalagens plásticas usadas desde 2005 – e reforçou a parceria entre os dois sindicatos. “Só os revendedores sabem o desafio que é levar os produtos aos rincões do Brasil. Só vocês sabem o desafio que é prestar serviços com responsabilidade, qualidade em todo esse enorme, vasto continente que é o Brasil. E essa mesma parceria esperamos ter na questão da coleta de embalagens. Contem com a parceria do Sindicom”, disse Alisio aos revendedores atacadistas que estavam presentes ao encontro. S F ique por Dentro Lei da Transparência Está em vigor e obriga informar valor dos tributos na Nota Fiscal Texto: Ana Azevedo Foto: Thiago Castilha D esde o último dia 31 de dezembro de 2014, os empresários estão obrigados a atender as exigências da Lei de Transparência, n° 12.741/2012. A Lei prevê que todos os documentos fiscais são obrigados a informar a carga tributária cobrada. Para cumprir a exigência, o estabelecimento deverá informar o valor total aproximado dos tributos incidentes na operação, no corpo da Nota Fiscal ou no Campo “Dados Adicionais”. De acordo com o consultor jurídico do Sindilub, Edison Gonzales, as empresas associadas podem adotar as informações disponibilizadas no “Manual de Integração de Olho no Imposto para Exibição da Carga Tributária em Cupons e Notas Fiscais”, editado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário- IBPT, conforme autoriza o art. 2° da Lei 12.741, desde que mencionada a fonte no documento fiscal. O consultor tributário Wilson Brandão lembra que as empresas que não cumprirem a obrigação ficarão sujeitas a multas e até interdição de estabelecimento, de acordo com o determinado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Brandão lembra que as empresas para atender à legislação, deverão consignar no documento fiscal informações do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e munici- pais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda (ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS, CIDE E IOF). Na analise do consultor, o mais importante dessa lei é levar ao consumidor o direito de conhecer o percentual total de tributos que estão sendo cobrados pelo governo em cada produto. Ele ressalta que como toda nova obrigação fiscal sempre existem novos custos para as empresas. “Estes custos variam a cada empresa, dependendo do sistema fiscal por ela utilizado”. A fiscalização do cumprimento da lei será feita pelo Procon. * Para acessar o manual de Interação de Olho no Imposto para Exibição da Carga Tributária em Cupons e Notas Fiscais, basta clicar no link http://deolhonoimposto.ibpt. com.br/ preencher o formulário disponível na tela e clicar no botão “enviar” em seguida será disponibilizado um link para “download” do Manual. S 2015 sindilub 17 F ique por Dentro Contratos, leia com atenção e discuta antes de assinar Texto: Thiago Castilha O Código Civil de 2002 no art. 422 prevê que os contratos devam ser orientados pelos princípios da probidade (honestidade) e da boa fé, mas nem sempre é dessa forma. Outro artigo, o 187, se encaixa com o art. 422. Prevê esse artigo que também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede os limites impostos pelo fim econômico ou social, seja pela boa fé ou pelos bons costumes. Na atividade do comércio atacadista de lubrificantes, três tipos de contratos são o de maior interesse dos revendedores; os contratos de representação comercial, de distribuição e de franquia. Segundo o consultor jurídico do Sindilub, Edison Gonzales, no contrato de representação comercial o revendedor tanto pode ser o representante como o representado. Os principais pontos neste tipo de contrato são a indicação de produtos objeto da representação, prazo de vigência, indicação da área de representação, e o que é importante, permissão da representada para atuar na mesma área destacando a exclusividade ou não. “É permitido, e até saudável, que a representada exija do representante uma garantia de fiança para exercer a representação. E também é muito importante que ao indenizar o representante, com ou sem justa causa, seja através de transação homologada em juízo, com base na Lei 9.099, de 1995, art. 57”, destaca Gonzales. Já o contrato de distribuição, o mais conhecido pelos revendedores atacadistas, Gonzales explica que por não ser regido por Lei específica, a relação contratual é estabelecida pelas disposições do Código Civil e pelas jurisprudências de ações envolvendo a fornedora e o revendedor. “Não é bem um contrato que se possa rotular de contrato de adesão, ou seja, aquele contrato cuja minuta é apresentada ao revendedor e não admite discussão para modificações. Se a fornecedora não permitir a discussão, aconselho ao revendedor redobrar os cuidados, pois lá na frente, por certo, o resultado será amargo”. “Pela experiência, discuta bastante a necessidade dos investimentos, e a real importância, atrelada a metas bem definidas, com revisões anuais, por volumes globais, e não por produtos, um podendo compensar o outro. O prazo do contrato, e se indeterminado, o prazo do aviso prévio também são pontos importantes, assim como a área de atuação, a exclusividade de atuação nesta área e os segmentos da economia que serão atendidos diretamente”, explica Gonzales. Ainda no contrato de distribuição, Gonzales diz que o empresá- 18 sindilub 2015 rio deve insistir para que a fornecedora garanta preços e condições, no mínimo, iguais àqueles praticados a segmentos atendidos diretamente por ela no mercado, e que possam ser concorrentes, tais como postos revendedores, supermercados e concessionárias de veículos. “No caso da fornecedora exigir garantia real, ou seja, hipoteca, fazer constar cláusula obrigando-a a entregar a carta para o cancelamento no prazo de X dias contados do término da relação contratual, sob pena de multa diária e tente inserir cláusula de arbitragem para a solução de conflitos. Se conseguir, ótimo”. Por fim, o contrato de franquia, ou franchising que é um verdadeiro e típico contrato de adesão, ou seja, a franqueadora irá entregar ao pretendente uma circular de oferta, e nela está tudo aquilo que irá nortear o contrato. “Não adianta querer discutir. É pegar ou largar. E se pegar, pagar. É aqui que reside a tênue diferença entre a franquia e o contrato de distribuição, sendo que o contrato de franquia é regido por lei própria, a Lei nº 8.955, de 1994. Tudo aquilo que comentei sobre os cuidados ao celebrar o contrato de distribuição, o revendedor deveria exigir no contrato de franquia. Mas o prato já vem pronto”, alerta Gonzales. Nós protegemos os recursos naturais. E você? “É certo que o revendedor irá se beneficiar de comercializar lubrificantes e produtos de uma conceituada marca no mercado, mas já sai pagando royalties, fundo promocional (que na maioria dos casos não reverte para ele, em sua região) e até mesmo seguro. Isso quando a franqueadora não exige, além da garantia para ela, a garantia também para o banco indicado, na compra pelo sistema Vendor. Na minha opinião, se pudesse, o pretendente não deveria aceitar cláusulas no contrato de franquia como não exclusividade na área de atuação, não garantia de prioridade para a abertura de nova franquia na mesma área e imposição de quantidades mínimas de aquisição de produtos; falta de definição para repassar a franquia, ou rescindir o contrato”, explica Gonzales. Gonzales orienta que em caso de problemas o revendedor não deve buscar judiciário, “somente procure a justiça se não houver alternativa, como a arbitragem. Não pense que o Judiciário aplica todas as teorias e definições trazidas pelo Código Civil de 2002 tal qual os juristas preconizam. Esqueçam. E tenham sorte”. S O óleo lubrificante usado só tem um destino legal e ecologicamente correto: a coleta e o rerrefino Ao realizar a coleta e o rerrefino do óleo lubrificante usado* dos veículos e indústrias em todo país, transformando o óleo usado em óleo novo, a Lwart Lubrificantes assume sua responsabilidade na preservação do planeta, impedindo a emissão de www.avanticomunicacao.com www.avanticomunicacao.com www.avanticomunicacao.com Sandra Santos Romildo Lopes Eduardo Fajardo [email protected] [email protected] [email protected] Baltazar Rodrigues, 2-64, Jd. Planalto, Bauru, SP, CEP: 17012.621 F.: 14.3226.3721 / 3245.3722 - www.avanticomunicacao.com Baltazar Rodrigues, 2-64, Jd. Planalto, Bauru, SP, CEP: 17012.621 F.: 14.3226.3721 / 3245.3722 - www.avanticomunicacao.com Baltazar Rodrigues, 2-64, Jd. Planalto, Bauru, SP, CEP: 17012.621 F.: 14.3226.3721 / 3245.3722 - www.avanticomunicacao.com Cel.: 14.9965.10405 Cel.: 14.9965.10405 Cel.: 14.9965.10405 comunicação integrada gases de efeito estufa e a contaminação do solo e dos mananciais. Solicite a Coleta Cuidar do Planeta é responsabilidade de todos. pelo site: www.coletalwart.com.br ou Disque Coleta: 0800 701 0088 Conte com a nossa parceria! *Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deve ter o rerrefino como destinação final segundo resolução Conama 362/2005. Q ualidade Lubrificantes em detalhes Texto: Renato Vaisbih Fotos: Divulgação S olução de conflitos, credenciamento de novos produtos, definição de prazos para troca e manutenção preventiva estão entre os principais benefícios das análises de óleos lubrificantes realizadas em laboratórios. “A nossa rotina é bem cansativa e chegamos a fazer entre 100 e 150 ensaios por dia”, afirma Paula Nathália Serrano de Lacerda, supervisora do Laboratório de Ensaios e em Óleos Lubrificantes e Combustíveis (LELCO), que fica nas instalações da Escola Senai Conde José Vicente de Azevedo, no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, onde são ministrados cursos da área automobilística. Segundo Paula, a demanda pelos serviços oferecidos pelo LELCO é tão grande que o laboratório deve dobrar de tamanho ainda em 2015. “Temos capacidade para fazer até 500 ensaios por dia, mas não existe espaço físico suficiente para armazenar as amostras”, revela. O laboratório completou 15 anos de atividades em 2014 e realiza cerca de vinte tipos diferentes de análises em lubrificantes – alguns deles acreditados e com auditoria periódica do Inmetro –, além de ensaios com óleo diesel, gasolina, biodiesel e álcool. São cerca de trinta equipamentos, muitos deles automatizados e importados da Europa e Estados Unidos. A supervisora disse que o Senai sempre investe na modernização para aumentar a produtividade do laboratório e também na capacitação profissional. A equipe do LELCO é formada por cinco técnicos com formação superior em Química e uma estagiária. Em 2014, duas integrantes da equipe participaram de um curso de capacitação no México e de um congresso técnico nos EUA, com o tema “Manutenção confiável”. “Percebemos que os norte-americanos dão muita ênfase à manutenção com base na lubrificação. Aqui, a lubrificação muitas vezes é deixada de lado. Os avanços na fabricação dos lubrificantes para atender as exigências dos fabricantes de motores e a questão ambiental também foram assuntos de destaque”, conta Paula. Serviços oferecidos O LELCO realiza análises para óleos lubrificantes novos e também usados. No caso de óleos novos, geralmente é para fabricantes ou importadores que não possuem laboratórios próprios e precisam apresentar as características do produto para registro na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Quando o óleo já foi utilizado, a equipe do Senai emite um parecer técnico com informações que podem ser úteis em situações 20 sindilub 2015 Laboratório do Senai realiza análises em óleos novos e usados com diversas funcionalidades para seus clientes comum fazer análises a pedido de peritos de seguradoras ou judiciais. “Existem muitos casos em que um motor apresentou problema e o consumidor diz que o óleo colocado no veículo não era o indicado pelo fabricante. A nossa análise pode definir se o óleo era o correto ou não. Já tivemos as duas situações e, então, a decisão judicial acaba sendo feita com base no laudo do laboratório”, esclarece Paula. que vão desde o monitoramento do desgaste de uma máquina até a confirmação – ou não – de que o lubrificante foi contaminado. De acordo com ela, “a principal contaminação que a gente encontra é por combustíveis, por causa de queima irregular ou problemas na vedação do motor. Também são comuns as contaminações por glicol, componente do fluido de arrefecimento, junto com água e sódio”. O principal objetivo dos clientes que procuram o LELCO é fazer o monitoramento dos óleos lubrificantes por amostragem, com coletas realizadas de acordo com as horas de trabalho das máquinas industriais ou por quilometragem rodada no caso de motores de veículos. Esse monitoramento, dependendo dos resultados das análises, pode definir uma antecipação ou adiamento da troca de óleo, não necessariamente seguindo as indicações dos fabricantes dos motores e equipamentos. A supervisora do laboratório diz ainda que também é As análises de óleos lubrificantes são as mais procuradas, até por conta do custo. Os ensaios custam em média R$ 50,00. “Os ensaios de combustíveis são muito mais caros, cerca de dez vezes mais, e não dá para fazer um monitoramento. São feitos realmente quando há algum problema ou suspeita de adulteração”, conclui Paula. Os interessados em contratar os serviços do LELCO podem solicitar informações pelos telefones 2066-1991 ou 20661998, ramal 227 ou pelo e-mail [email protected] S Dê ao óleo usado o destino previsto em lei e ajude a preservar a natureza. Cumpra a Resolução CONAMA 362/2005 SINDIRREFINO Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais Avenida Paulista, 1313 • 8º andar • conjunto 811 • FIESP CEP 01311-923 • São Paulo/SP • Fone/Fax (11) 3285-5498 www.sindirrefino.org.br S eu Negócio Prevenir é o melhor remédio Texto: Renato Vaisbih Foto: Divulgação T odo comerciante deve ter a preocupação de oferecer informações para que seus clientes tirem o melhor proveito dos produtos que estão sendo vendidos. Seguindo essa premissa, os responsáveis pela Ultraclean Brasil acreditam que os atacadistas de lubrificantes podem dar orientações valiosas para boa parte dos seus clientes sobre como evitar a contaminação de sistemas hidráulicos, assegurando um maior tempo de vida útil das máquinas e também do próprio óleo, além de evitar gastos exagerados com manutenção. “O atacadista pode dar uma grande contribuição aos seus clientes, seja ele o consumidor final – como é o caso de indústrias – ou um comerciante varejista. O associado do Sindilub pode estar vendendo o melhor óleo lubrificante, mas se quem for utilizar esse produto não tomar os cuidados preventivos de limpeza das tubulações hidráulicas, por exemplo, poderá ter problemas e gastos extras exorbitantes”, esclarece o diretor executivo da Ultraclean Brasil, Osíris Rocha. Ele ressalta que “o custo de manutenção se uma máquina quebrar, os dias parados, tudo isso pode ser evitado se os sistemas hidráulicos forem limpos constantemente. Não adianta utilizar um óleo com as especificações dos fabricantes das máquinas, se as mangueiras ou a tubulação estiverem contaminadas. Isso sem falar que, quando quebra uma máquina, o lubrificante que estava lá dentro é desperdiçado. Se isso ocorrer, temos ainda um impacto ambiental relevante. Além de reduzir custos, a indústria, as siderúrgicas e as máquinas do setor agropecuário podem aumentar a produtividade”. Ao falar da limpeza dos sistemas hidráulicos, Rocha se refere ao Ultraclean System, um produto para limpeza interna de tubos, tubulações e mangueiras a seco, composto por um lançador pneumático – que parece uma pistola –, um conjunto de bicos de acoplamento e projéteis que passam pelas instalações. Os projéteis é que são os agentes de limpeza e foram desenvolvidos no mercado norte-americano depois de muitas pesquisas há cerca de trinta anos. Atualmente, existem projéteis de diferentes tamanhos, densidade e porosidade para atender às necessidades específicas de cada tipo de sistema hidráulico e até mesmo com superfícies abrasivas para que a sujeira fique grudada quando ele for lançado. A Ultraclean Brasil surgiu em meados de 1990, quando Rocha e o gerente técnico José Roberto Souza haviam deixado de trabalhar na empresa de lubrificantes Mobil e conheceram o sistema de limpeza em uma feira de negócios em Chicago (EUA). “Era uma novidade inclusive para o mercado norte-americano e logo entendemos que a possibilidade de fazer, com eficiência, a limpeza interna de mangueiras, tubos e tubulações, poderia ser um diferencial para as empresas aqui do Brasil. Fechamos um contrato com eles e registramos a patente no mercado nacional. Já teve gente que tentou imitar o produto usando espuma comum. O problema é que, em vez de limpar, eles espalhavam um monte de resíduos nas tubulações”, lembra Rocha. À esquerda Osíris Rocha, à direita José Roberto Souza 22 sindilub 2015 De acordo com ele, “muita gente acha que a limpeza dessas instalações hidráulicas é muito Sistema de limpeza de instalações hidráulicas assegura maior tempo de vida útil dos equipamentos e dos óleos lubrificantes Caterpillar percebeu que a chance dos equipamentos que ela vende ter problemas ficou bem menor”, conta o diretor executivo da Ultraclean Brasil. simples, até mesmo as que não utilizam óleos lubrificantes. Alguns ainda acreditam que jatos de ar são capazes de retirar todos os resíduos. Não é verdade. O diferencial é que os desenvolvedores do sistema perceberam que, para ter eficácia, os projéteis precisam ter cerca de 20% a mais do tamanho do diâmetro da tubulação. O bico de acoplamento já é desenvolvido para isso. Quando colocamos o projétil no bico, ele encolhe e expande novamente na hora em que entra na tubulação e, com a pressão, ele leva toda a sujeira, inclusive microscópica, para fora”. O processo de desenvolvimento dos produtos – todos importados – merece especial atenção, sempre buscando atender às necessidades e exigências dos fabricantes de máquinas, com destaque para a tradicional e conceituada Caterpillar, com um tipo de poliuretano produzido exclusivamente em uma refinaria no Texas (EUA). “Isso é fundamental. A Caterpillar é uma referência e eles próprios começaram a indicar os produtos da Ultraclean para os seus clientes. A José Roberto acrescenta que “a Caterpillar já tinha equipamentos avançados e precisava que o óleo fosse limpo. O que danifica o sistema hidráulico é a sujeira no óleo. O projétil do Ultraclean System consegue retirar até mesmo resíduos que não podem ser vistos sem o auxílio de microscópio. As máquinas atuais são muito sensíveis e o nível de pureza do óleo precisa ser elevadíssimo”. Expansão O gerente técnico afirma que, junto com o Ultraclean System, existem outros produtos comercializados pela empresa em todo o território nacional, com lacres exclusivos para evitar a contaminação das extremidades de mangueiras, tubos e tubulações quando forem instalados. José Roberto destaca também os respiradores para sistemas hidráulicos e tanques de armazenamento de óleos lubrificantes, permitindo a remoção do vapor d’água e evitando a contaminação do lubrificante. Para dar conta de armazenar todos os produtos, a Ultraclean Brasil se prepara para inaugurar uma nova sede em Itu, no interior paulista. O escritório em Moema, na Zona Sul da capital, no entanto, vai continuar funcionando e com um estoque próprio para atender os clientes. S 2015 sindilub 23 PAVILHÃO AMARELO S eu Negócio Sped – Riscos ocultos Texto: Ana Azevedo A era digital trouxe muitas facilidades para as empresas e também aumentou o controle feito pelos órgãos públicos. É de conhecimento de todos que o fisco possui ferramentas tecnológicas que conseguem validar dados e fazer cruzamentos entre arquivos, empresas, bancos, cartórios, etc, tudo isso de forma ágil eficiente. Dessa forma, explica o consultor tributário da SPED Gestão e Treinamento, Wilson Brandão, é imprescindível que as empresas se preocupem com a qualidade das informações apresentadas pelos arquivos SPED. • d) EDIÇÃO DE DADOS: Através do uso de filtros (Grid Dinâmico), permite-se alterar, incluir ou excluir qualquer dado ou registro, individual ou por lotes, por meio de telas criadas para ajustes automáticos nas alterações. • e) GERAÇÃO DE NOVOS ARQUIVOS: Após as edições, poderá ser criado um novo arquivo no formato TXT, original ou substituto) seja do SPED FISCAL ou da EFD CONTRIBUIÇÕES (O sistema ainda permite a geração da EFD CONTRIBUIÇÕES a partir do SPED FISCAL, mediante a parametrização dos custos e receitas, e de algumas tabelas internas). • f) RELATÓRIOS SIMPLIFICADOS: Relatórios simples e organizados, proporcionando uma análise detalhada dos resultados, ou sintética, por resumos gerados pelo sistema. Pensando nisso, a SPED Gestão desenvolveu o sistema GEFISC para oferecer segurança às empresas, no tocante ao conteúdo das informações apresentados pela EFD- ICMS/IPI e pela EFD- Contribuições, verificando a aplicação das regras pertinentes e fazendo confrontos diversos, incluindo análises de conformidade. “É preciso explicar que não se trata de um programa de NFe, mas sim de um auditor do SPED (EFD/ICMS-IPI e EFD CONTRIBUIÇÕES)”, explica. • g) RELATÓRIOS ESPECIAIS: O sistema permite que o usuário crie seus próprios relatórios gerenciais ou de apoio em processos de auditoria, partindo de tabelas sintéticas ou analíticas (seleção de campos e uso de “grid dinâmico”). Confira abaixo as principais funcionalidades do GEFISC Brandão lembra que na transmissão dos arquivos do SPED, o contribuinte assina digitalmente e homologa todas as informações contábeis e fiscais, declarando que o conteúdo de seu arquivo é a expressão da verdade, devendo as empresas ficar atentas às pesadas multas por conteúdo omisso, incompleto, ou incorreto. • a) DOWNLOAD XML: Facilitador de download de NFe de Emissão Própria ou de Terceiros, com uso de certificado digital (necessário digitar o código da imagem com 6 dígitos); • b) SITUAÇÃO NFe/CTe: Facilitador de pesquisa no respectivo portal nacional para confirmar o cancelamento das NFe’s de emissão própria, ou verificar a situação dos documentos emitidos por terceiros (necessário digitar o código da imagem com 6 dígitos); • c) REVISÃO DE DADOS (APONTAMENTOS): Incompatibilidades de códigos fiscais, integridade do arquivo (blocos, registros e campos), cruzamentos entre dados do próprio arquivo ou com outros arquivos (GIA x SPED, por exemplo), consistência na apuração do ICMS, IPI, ICMS-ST, PIS, COFINS e CPRB (Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta), conformidade do CIAP, etc,. • h) PROCESSAMENTO POR PERÍODOS DIVERSOS: Os processamentos (importações, edições, relatórios, etc.) podem ser realizados por dia (ou dias) ou mês, permitindo um acompanhamento diário das correções e validações, com relatórios acumulados. Na esfera federal, de acordo com a lei n° 12.873/13 (art.57, III, “a”), apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital, com informações inexatas, incompletas ou omitidas, acarreta multa de 3% (três por cento) do valor das transações comerciais ou das operações financeiras contidas no arquivo. A legislação estadual de São Paulo, por exemplo (RICMS, Art. 526, V), estabelece multa de 1% (um por cento) sobre o valor da operação/prestação, no caso de informação omitida, incompleta ou inexata. Na falta de registro de documento fiscal, a multa chega a 10% (dez por cento) sobre o valor da operação/prestação. A SPED Gestão oferece condições especiais na contratação do GEFISC pelos associados do Sindilub. Informações na secretaria do Sindicato. S 2015 sindilub 25 V arejo Jiffy Lube chega ao Brasil Shell traz proposta de troca de óleo diferenciada Texto: Thiago Castilha Fotos: Divulgação R eferência na América do Norte com mais de duas mil lojas em operação, a rede Jiffy Lube chega ao Brasil oferecendo um novo conceito em troca de óleo para carros de linha leve. Ao realizar o serviço em uma loja da rede, o cliente conta ainda com uma verificação preventiva do seu veículo, incluindo o complemento de diversos fluidos e limpeza de vários itens. Tudo sem nenhum custo adicional ao valor da troca de óleo. A primeira unidade já está em operação na cidade de São José do Rio Preto, em São Paulo, e, até abril, duas novas lojas serão inauguradas no mesmo município. A vinda desse modelo inovador para o Brasil é mais um investimento da Shell, proporcionando para o país – que tem a maior frota de veículos da América Latina e uma das maiores do mundo – um negócio que há 35 anos entrega qualidade para seus clientes nos Estados Unidos e no Canadá. Como parte desta oferta, a Shell também é responsável pelo fornecimento dos lubrificantes na rede Jiffy Lube. Todo o portfólio da linha Shell Helix está disponível nas lojas, inclusive o Shell Helix Ultra com Tecnologia PurePlus, o primeiro lubrificante feito a partir do gás natural. “A Shell é uma empresa que tem como premissa a inovação e, ao trazermos para o Brasil a rede Jiffy Lube, estamos reforçando este compromisso e contribuindo para a profissionalização do segmento de lubrificação de veículos no país. A franquia foi a precursora deste tipo de troca de óleo nos Estados Unidos e acreditamos que também irá impactar positivamente este mercado no nosso país, se tornando um importante player no segmento”, avalia Guilherme Perdigão, vice-presidente de lubrificantes da Shell, que planeja a abertura de mais de 200 lojas no Brasil nos próximos anos. Um dos principais diferenciais da Jiffy Lube é a agilidade, uma vez que a troca de óleo e os demais serviços de cortesia são realizados em menos de 20 minutos. Isso é possível devido à atuação de uma equipe de profissionais que trabalha simultaneamente em cada carro, como em um pit stop de Fórmula 1. A equipe Jiffy Lube é treinada não apenas no quesito troca de óleo, mas também em mecânica geral, o que significa que estão aptos a identificar eventuais problemas nos carros e tirar dúvidas técnicas. Além da agilidade e qualidade no serviço, as lojas oferecem para os clientes um ambiente agradável, com diversas comodidades disponíveis enquanto o serviço é feito, como sala de espera climatizada, wi-fi, jornais, revistas e TV por assinatura. S 26 sindilub 2015
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