O Mico-Químico, um Método de Aprendizagem sobre os

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O Mico-Químico, um Método de Aprendizagem sobre os
O Mico-Químico, um Método de Aprendizagem sobre os Instrumentos de Laboratório.
Maíra Cíntia L. Melo (IC)1 *, Paula Rhuanna de O. Dantas (IC)1,Antônio Gildázio B. Gama(IC)1,
Orianne C. Canuto(IC)1 Paulo Roberto N. Fernandes (PQ)1.
1
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte-IFRN, Campi Apodi,
Apodi-RN.
*[email protected]
RESUMO
Acredita-se que buscando o interesse dos educando o processo ensino aprendizagem tenha
maiores chances de êxito, iniciamos a confecção do jogo didático “MICO-QUÍMICO” que tem por
objetivo buscar o interesse dos alunos das escolas estaduais atendidas pelos alunos bolsistas do
Programa de Bolsas de Iniciação a Docência-PIBID/CAPES do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte-IFRN, Campus Apodi. Fazer com que eles
conheçam e aprendam sobre alguns objetos utilizados no laboratório de química. Após a
elaboração da dinâmica, fomos diretamente à sala de aula para aplicar o jogo, e utilizando o
método de observação e aplicando um questionário avaliamos o resultado do projeto.
Palavras-chave: MICO-QUÍMICO, Laboratório, Jogo Didático, Escola Estadual.
INTRODUÇÃO
O Ensino Básico no Brasil, de acordo com o Plano Nacional de Educação, Lei nº.
10.172/2001 deve garantir a elevação global do nível de escolaridade da população, a melhoria
da qualidade do ensino em todos os níveis, a redução das desigualdades sociais e regionais,
dentre outros. (BRASIL, 2009).
Temos conhecimento que o ensino ofertado pelas Escolas Estaduais é de uma qualidade
contestável, existem diversas formas para se explicar o insucesso do ensino no país,
principalmente na área de Química. Falta de professores, muitas escolas não dispõem de
laboratórios, laboratórios inativos e a falta de interesse dos alunos. A falta de interesse pode
estar diretamente relacionada à pedagogia tradicional, dessa forma as aulas ficam menos
atrativas, que pode ser explicada devidas o ensino de química estar muito ligado á pedagogia
tradicional onde Libâneo diz que “A atividade de ensinar é centrada no professor que expõe e
interpreta a matéria... O aluno é, assim, um recebedor da matéria e sua tarefa é decorá-la”.
(LIBÂNEO, 1994, p. 64).
É observado em Apodi que não existem Escolas Estaduais com laboratórios que
apresentam estruturas de boa qualidade, existem escolas que não possuem, outros estão
fechados sem funcionamento. A LDB diz que “A compreensão dos fundamentos científicotecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina” (BRASIL, 1996).
Para o ensino de química é de fundamental a relação entre teoria e prática, facilitando a
contextualização do assunto e melhor aprendizagem dos alunos. Pelo fato dos laboratórios não
possuírem os equipamentos e vidrarias necessárias para o funcionamento, os alunos acabam
sendo prejudicados por não poderem ter oportunidade de conhecer novos horizontes para o
estudo da química, por isso tentamos construir uma visão sistematizada das diferentes
linguagens e campos de estudo da Química, estabelecendo conexões entre seus diferentes temas
e conteúdos, por meio da análise e construção de diferentes recursos didáticos para fazer uso do
conhecimento de forma integrada e articulada, valorizando o ensino de conceitos químicos pela
aplicação do conhecimento em situações contextualizadas, favorecendo a socialização dos
alunos.
Dessa forma buscamos proporcionar um primeiro contato com alguns materiais
utilizados em laboratório, com a confecção deste jogo os alunos tem a oportunidade de
conhecer vinte novos objetos utilizados no laboratório de química e ainda conhecer as suas
funcionalidades.
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
Construir uma visão sistematizada das diferentes linguagens e campos de estudo da
Química, estabelecendo conexões entre seus diferentes temas e conteúdos, por meio da análise
e construção de diferentes recursos didáticos para fazer uso do conhecimento de forma
integrada e articulada.
Valorizar o ensino de conceitos químicos pela aplicação do conhecimento em situações
contextualizadas, favorecendo a socialização dos alunos.
Analisar a prática educativa e seus elementos constitutivos considerando a importância
da participação ativa do aluno no processo de construção do conhecimento.
Melhorar o rendimento dos alunos da rede pública de ensino da cidade de Apodi – RN.
METODOLOGIA
Para obter os resultados, o projeto foi dividido em duas etapas. Na primeira parte, a
confecção do jogo, que na ocasião um dos bolsistas quem criou as cartas, utilizando o software
Corel Draw. Foram feitas 21(vinte e uma) cartas diferentes, que 20 (vinte) delas são materiais
utilizados em laboratório e uma (1) o mico. Foram impressas duas vias de cada carta para
serem feitos os pares, onde uma dessas cartas é nomeada como “MICO”.
As cartas foram levadas até a gráfica, onde foram impressas, cortadas e plastificadas
(Figuras 1 e 2).
Figura 1. Carta MICO.
Figura 2. Carta representando Béquer.
Em seguida efetuou-se a aplicação do jogo. O MICO-QUÍMICO é aplicado da seguinte
maneira: Deixa-se somente uma carta de MICO entre os pares e traçam-se as cartas. Uns dos
jogadores dividem as cartas entre os demais jogadores, onde um deles ficará com uma maior
quantidade de cartas. O jogo começa quando o jogador que possui mais cartas permite que o
jogador ao lado possa remover, sem ver, uma das cartas de sua mão, dando continuidade ao
jogador seguinte. Ao formar um par, o jogador deve mostrar o par feito e ler a função do objeto
utilizado no laboratório, dar-se-á continuidade até sobrar um jogador, este com o “MICO” na
mão, será o jogador que perdeu o jogo.
Figura 3. Alunos da segunda e terceira séries da E.E. Maria Zenilda Gama Torres.
Aplicou-se um questionário contendo questões fechadas, em que vinte (20) alunos
responderam, com as respostas do questionário vimos que os objetivos foram obtidos com
sucesso, vimos que o trabalho realizado pelo coordenador, professores monitores e bolsistas
PIBID vem agradando a grande maioria dos alunos das escolas atendidas, o que nos motiva a
buscar e desenvolver novas metodologias de aula. Podem-se observar as respostas dos alunos
de acordo com os dados dos gráficos (Figuras 4-9).
Qual a importância da
química para o cotidiano?
Muito importante
Importante
25%
Indiferente
0% 0%
75%
Figura 4. Gráfico do questionamento sobre a importância da química para o cotidiano.
Como química é trabalhada em
sala de aula com a aplicação do
jogo?
De forma satisfatória
De forma irregular
De forma ruim
5% 0%5%
90%
Figura 5. Gráfico representando a forma que a química é trabalhada em sala de aula.
O trabalho com os alunos do
IFRN foi satisfatório?
Ótimo
Bom
Regular
Péssimo
5% 0%
45%
50%
Figura 6. Gráfico representando a qualidade do trabalho dos alunos-bolsistas do IFRN.
Com os jogos, você acha que ficou
mais motivado para aprender
química?
Sim
Não
Indiferente
5%5% 0%
90%
Figura 7. Relação dos jogos com a motivação para aprender química.
Em sua opinião, você acha que deveria
ter mais atividades com jogos didáticos
em sala de aula ?
Sim
Não
5% 0%
Indiferente
0%
95%
Figura 8. Questionamento sobre aplicação de outros jogos.
10
10
10
10
8
7
8
7
7
6
5
6
3
4
2
2
2
1
2
0
0
0
Interesse
Aproveitamento
Ótimo
Bom
Aprendizagem
Regular
Dinâmica
Ruim
Figura 9. As opiniões dos alunos (números absolutos) sobre interesse, aproveitamento,
aprendizagem e dinâmica relacionadas ao jogo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que o aproveitamento dos bolsistas, dos alunos atendidos e da Escola
Estadual foi bastante significativo, onde as mesmas não possuem laboratório bem equipados e
com pouco funcionamento, houve um grande interesse e uma melhor aprendizagem por parte
dos bolsistas e dos alunos atendidos pelo projeto. Nesse contexto observa-se o êxito na
confecção deste jogo, nos motivando a buscar novas metodologias para o auxílio do ensino de
Química.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRASIL. (Lei 10, 172/2001) Plano Nacional de Educação. Brasília, DF. 2001.Internet
em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>, Acesso em 13
de fev. 2012.
2. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. p. 64.