Cantanhede não quer “perder um cêntimo” de apoio
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Cantanhede não quer “perder um cêntimo” de apoio
4 | especial | diário as beiras | 28-01-2015 20.º aniversário AD ELO quem somos RA AD ELO - Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego é uma associação privada sem fins lucrativos criada em 9 de junho de 1994. O seu objeto social é o “desenvolvimento local e regional integrado, através de uma dinamização socioeconómica e cultural, mediante o apoio às atividades produtivas e prestação de serviços nos domínios da formação profissional, dos recursos humanos, da difusão de informação, animação local, mediação entre entidades, apoio técnico e avaliação de ações”. A área de intervenção da AD ELO corresponde a um território que apresenta fortes laços institucionais, económicos e culturais, bem como, uma unidade geográfica coerente. Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-oVelho, Penacova e Vagos são os concelhos abrangidos pela associação que tem sede em Cantanhede. Devido aos muitos estrangulamentos que subsistem neste território, a AD ELO pretende, com a sua ação, atuar em áreas tão diversas como a criação e implementação de estruturas de apoio ao desenvolvimento económico, ações de sensibilização/animação dos agentes económicos e dos promotores de desenvolvimento social e intervenção ao nível da exclusão social e inserção de grupos desfavorecidos. Neste sentido, foram definidos domínios de atuação, contemplando setores de inegável importância, abertos ao financiamento e à animação de projetos de base local/regional, coerentes com os estrangulamentos e potencialidades existentes. Cantanhede não quer “perder um cêntimo” de apoio comunitário O presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, João Moura, está convicto de que, no próximo Quadro Comunitário de Apoio, “continuaremos a ter este tipo de iniciativas através das associações de desenvolvimento local”. Que balanço faz desta parceria com a AD ELO? O balanço que faço é sempre muito positivo. Estas associações de desenvolvimento local têm um papel estruturante naquilo que é o desenvolvimento harmonioso do território. Diria que acabam por identificar e apoiar um conjunto de projetos, micro projetos, que de outra forma não seriam apoiados ao nível regional e, muito menos, ao nível nacional. Este efeito que tem, não só económico, mas do conjunto de projetos que visitámos hoje, escolhidos em várias vertentes, seja na parte cultural, seja na parte da ação social ou na parte económica, de apoio às empresas. Tudo isto é identificado no âmbito destas associações de desenvolvimento local, que pulverizam o território de um conjunto de apoios que depois têm um reflexo na dinamização económica. Oxalá, e é essa a convicção que eu tenho, que no próximo Quadro Comunitário de Apoio continuaremos a ter este tipo de iniciativas através destas associações de desenvolvimento local. Arquivo-Carlos Jorge Monteiro João Moura, presidente da Câmara Municipal de Cantanhede Foram visitados projetos distintos. A versatilidade da atuação da AD ELO é também uma mais-valia? Nós fazemos uma cobertura, não só do território, mas também na diversificação do tipo de apoios, seja refe- rente à ação social – visitámos uma IPSS –, ao nível do apoio a uma associação musical, ou à reabilitação urbana, e fizemos isso na escola de Vila Nova. Há aqui uma abrangência muito grande e uma diversidade que dá res- postas que são necessárias a vários níveis e que hoje nós tanto necessitamos. Sem o apoio da AD ELO seria possível concretizar estes projetos? A convicção que eu tenho é que a grande maioria dos projetos – estamos a falar de pequenos projetos – nunca seriam apoiados ao nível regional e muito menos ao nível nacional. Por isso é que, nessa descentralização dos vários órgãos de decisão, estas associações têm este enquadramento e um papel importantíssimo. Quais são as expetativas do município para o próximo Quadro Comunitário de Apoio? Em relação ao município, eu coloco sempre a fasquia alta, temos uma equipa na câmara municipal que lida diretamente com este dossiê. Nós olharemos atentamente os regulamentos que vão surgindo e, portanto, tudo aquilo que seja enquadrável nas várias tipologias de investimento, não queremos perder um cêntimo de apoio comunitário. Eu diria que vamos a jogo sempre com a expetativa de poder captar o máximo de fundos e, com isto, contribuir para o desenvolvimento que se pretende para todo o concelho de Cantanhede. | Joana Santos Pachelo dos Leitões valoriza produto endógeno da região 111 Jorge Simão e o irmão, António Simão, decidiram investir na Pachelo dos Leitões “num período baixo da economia nacional”. Com um investimento total de 138.90 euros, foi possível criar o espaço da sede da empresa com o apoio de 110.340,79 euros. Dos investimentos feitos destaca-se a criação de um novo espaço de preparação/ comercialização e de apoio à promoção do referido produto endógeno, ou seja, o leitão. “A AD ELO foi uma grande ajuda que tivemos a nível monetário”, refere Jorge Simão, que garante ter valido a pena o investimento. O plano financeiro aprovado contemplou obras de construção, aquisição de equipamentos e consultadoria. Refira-se que o projeto foi inscrito na medida de Criação e Desenvolvimento de Microempresas que, segundo Mário Fidalgo, da AD ELO, tem grande procura. A medida previu que fossem criados dois postos de trabalho. Este ramo de negócio não é novo para os dois irmãos, uma vez que já tinham uma suinicultura. Pachelo dos Leitões recebeu 110.340,79 euros para a construção da sede da empresa “De algum modo, este projeto veio na sequência da suinicultura”, refere Jorge Simão, acrescentando que é um projeto “a longo prazo”. “Valeu muito a pena”, acrescentou ainda o proprietário, no dia da visita da AD ELO à Pachelos dos Leitões. O nome escolhido para a empresa conta uma história de cerca de 120 anos, relacionada com o bisavô dos irmãos Jorge e António Simão. Inaugurado em dezembro de 2013, o estabelecimento Pachelo dos Leitões está localizado em Enxofães, na freguesia de Murtede. 20.º aniversário AD ELO | especial | 5 28-01-2015 | diário as beiras Escola centenária de Vila Nova de Outil Edifício sede da Associação Musical da Pocariça recuperado transformada em centro de convívio 111 O edifício da antiga escola primária de Vila Nova de Outil acaba de ser convertido num centro de convívio dirigido às pessoas idosas da União de Freguesias de Portunhos e Outil. A parceria com a AD ELO permitiu que dos 86.750 mil euros investidos, o projeto fosse apoiado em 52.050 mil euros. O pedido de apoio teve como objetivo requalificar este edif ício quase centenário, nomeadamente com a construção de casas de banho, construção de uma copa para preparação das refeições já confecionadas, colocação de telhado, revestimento dos pisos, recuperação das paredes interiores e exteriores, colocação de portas e janelas e construção de acessos para os utentes portadores de deficiência. Neste caso, houve a preocupação de ser mantida a fachada original da infraestrutura. “A ajuda da AD ELO é crucial para a implementação de projetos de valor arquitetónico que beneficiem as Nova infraestrutura terá capacidade para acolher 30 idosos freguesias”, afirmou Paulo Santos, presidente da União de Freguesias de Portunhos e Outil. O autarca justificou a importância da obra devido à “grande incidência de idosos na freguesia”. Prevêse ainda que, através da valorização do edif ício, seja agora possível impulsionar ações de dinamização para a terceira idade, jovens e crianças promovendo assim um maior envolvimento de gerações. O centro de convívio, que ainda não foi inaugurado, tem capacidade para cerca de 30 idosos. Prevê-se que o espaço entre em funcionamento no próximo mês. A União de Freguesias de Portunhos e Outil irá recorrer a voluntários e está prevista a realização de uma parceria com a Fundação Ferreira Freire (Portunhos) com o objetivo de por o centro de convívio em funcionamento. “Apostámos em mobiliário novo e de qualidade”, esclarece Paulo Santos, que acrescenta que a sala será climatizada no sentido de aumentar o conforto aos utentes. 111 As obras no edif ício-sede da Associação Musical da Pocariça arrancaram em novembro de 2010. Com um investimento total de 206.525,02 euros, a coletividade conseguiu concretizar os seus projetos com o apoio de 154.893,77 euros. Refira-se ainda que a Câmara Municipal de Cantanhede contribuiu com 50 mil euros. Este projeto visou aumentar a ação da Associação Musical da Pocariça na arte teatral e no ensino das artes musicais, nomeadamente através da melhoria das suas instalações e da aquisição de novos equipamentos, instrumentos musicais e uma viatura. O plano financeiro aprovado contemplou as obras de construção, a aquisição de instrumentos musicais e viatura. António Leitão, presidente da Associação Musical da Pocariça, aproveita para fazer uma retrospetiva daquilo que foi o processo de candidatura e de rea- Coletividade centenária adquiriu viatura e melhorou instalações lização de obras. “O valor global apresentado em outubro de 2010, foi de 231.247,98 euros, que incluiu obras de recuperação e reabilitação, aquisição de instrumentos, aquisição de uma viatura para transporte de instrumentos, aquisição de fardamento e aquisição de equipamento de luz e som”, revela. “A AD ELO foi fundamental e as pessoas que lá trabalham deram um grande contributo na ajuda à nossa candidatura”, revela An- tónio Leitão, reforçando que “se não fosse a AD ELO, as obras não se faziam”. Recorde-se que o financiamento foi aprovado em março de 2010 e as obras arrancaram em novembro de 2010. “O apoio monetário da Câmara Municipal de Cantanhede, que custeou os diversos projetos, constituiu um fundo de maneio importante”, concluiu António Leitão. A Associação Musical da Pocariça assinalou – no dia 1 de janeiro – 100 anos de atividade ininterrupta. Prodeco reforça apoio à infância e à terceira idade Magnus Tempu’s deu novo espaço gastronómico à cidade 1 1 1 A Prodeco (Progresso e Desenvolvimento Covões) encontra-se a concluir o terceiro projeto, que beneficia de apoio no âmbito do PRODER LEADER. O investimento total dos três projetos candidatos foi de 28.901,48 euros, tendo, a associação, recebido uma verba de 21.676,11 euros. Com este pedido de apoio, a Prodeco adquiriu novos equipamentos de modo a ampliar e reforçar a sua oferta e cuidados nas áreas da infância e dos idosos, dando uma melhor resposta às necessidades no que respeita ao apoio à infância e à terceira idade. “Se não fossem estes programas, não seria possível concretizar os projetos”, afirma Adelaide Almeida, diretora técnica da Prodeco. Refira-se que, no âmbito deste apoio, foi adquirido mobiliário lúdico-didáctico para as salas das crianças e para o refeitório, já na vertente do apoio domiciliário 111 A empresa Magnus Respectus, Unipessoal, Lda criou recentemente um novo espaço de restauração na cidade de Cantanhede com o apoio da AD ELO. O investimento total foi de 98.644,56 euros e o montante de apoio recebido foi de 59.186,74 euros. O Magnus Tempu’s assume-se como um restaurante tipo tradicional, com uma proposta de ofertas que diferem das que são apresentadas na cidade de Cantanhede. “A AD ELO é importante no sentido em que nos permite fazer coisas adicionais”, refere Alberto Terrível, proprietário do restaurante. O plano financeiro aprovado contemplou obras de construção, a aquisição de equipamentos e consultadoria. Desta forma, o espaço dá grande destaque à gastronomia tradicional local, apesar de não esquecer Associação está agora a concluir obras na zona do lar foram adquiridos recipientes gastronómicos e kits de apoio domiciliário, materiais próprios e específicos de transporte de refeições. Foi também adquirida uma carrinha para efetuar o apoio domiciliário, o que vai permitir melhorar e aumentar a sua capacidade de resposta neste serviço. De acordo com Adelaide Almeida e Maria Filomena Miraldo, presidente da Prodeco, o espaço da zona do lar está a ser requalificado. “O projeto engloba também o alargamento da cozinha e do refeitório, nesta zona”, explica ainda a diretora técnica. As dirigentes da associação manifestam a vontade de requalificar o edifício do lar e construir uma nova ala, mas a obra só avança se houver apoios. “Se não tivermos mais apoios, nós não conseguimos”, revelam. Recorde-se que a Prodeco tem 57 funcionários e mais de 100 utentes em todas as valências. Restaurante quer diferenciar-se da oferta que já existe em Cantanhede outros pratos alternativos. O grande objetivo do proprietário da empresa é diferenciar-se dos restantes restaurantes que existem em Cantanhede, associado à vontade de elevar a qualidade e sabor da gastronomia local, incluindo o bom vinho da região. O atendimento personalizado é outra das características do Magnus Tempu’s. O restaurante, localizado no centro da ci- dade de Cantanhede, contempla ainda um serviço de salão de chá, pastelaria e bar, “com um ambiente agradável e um serviço de excelência”, de acordo com o proprietário. Recentemente foi também criado um serviço com a entrega ao domicílio das refeições confecionadas no restaurante, particularidade que distingue o espaço dos restantes do concelho. 4 | especial | diário as beiras | 12-08-2014 20.º aniversário AD ELO quem somos RA AD ELO - Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego é uma associação privada sem fins lucrativos criada em 9 de Junho de 1994. O seu objeto social é o “desenvolvimento local e regional integrado, através de uma dinamização socioeconómica e cultural, mediante o apoio às atividades produtivas e prestação de serviços nos domínios da formação profissional, dos recursos humanos, da difusão de informação, animação local, mediação entre entidades, apoio técnico e avaliação de ações”. A área de intervenção da AD ELO corresponde a um território que apresenta fortes laços institucionais, económicos e culturais, bem como, uma unidade geográfica coerente. Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-oVelho, Penacova e Vagos são os concelhos abrangidos pela associação que tem sede em Cantanhede. Devido aos muitos estrangulamentos que subsistem neste território, a AD ELO pretende com a sua ação atuar em áreas tão diversas como: a criação e implementação de estruturas de apoio ao desenvolvimento económico; ações de sensibilização / animação dos agentes económicos e dos promotores de desenvolvimento social; intervenção ao nível da exclusão social e inserção de grupos desfavorecidos. Neste sentido, foram definidos domínios de atuação contemplando sectores de inegável importância, abertos ao financiamento e à animação de projetos de base local/regional, coerentes com os estrangulamentos e potencialidades existentes. “AD ELO é uma associação insubstituível” Presidente da Câmara Municipal da Mealhada elogia o trabalho dos técnicos da AD ELO DB-Fotos de Carlos Jorge Monteiro Investimento 9.298,08€ Sandra Morais, ao centro, sublinha a importância desta resposta Rui Marqueiro, à direita, sublinha a importância do trabalho da AD ELO para o desenvolvimento da região Qual a importância da AD ELO para a Mealhada? A AD ELO é uma associação muito importante no contexto dos quatro municípios que tem servido. Foi uma instituição que se criou, felizmente há vários anos, num contexto de grande unidade dos municípios com as políticas diferenciadas e que se tem mantido, crescido e ajudado ao desenvolvimento local e regional, uma vez que estamos todos na região Centro. A sua atuação tem sido importantíssima nas áreas social e económica. A AD ELO tem vindo a desenvolver um papel preponderante no desenvolvimento de cada um dos quatro municípios que a compõem e, por isso, os municípios também têm tentado preservar esta instituição de alguns pequenos ataques. Às vezes, quem tem êxito é invejado. Posso garantir que a AD ELO tem crescido, sustentadamente. Gostaria de deixar um elogio aos primeiros técnicos que lá conheci, Mário Fidalgo e António Santos, que praticamente começaram com a AD ELO sozinhos e hoje têm uma organização modelar e modular. Neste caso, o concelho da Mealhada sai a ganhar… Saem todos. Montemoro-Velho, Penacova, Cantanhede e Mealhada saem a ganhar. Tivemos oportunidade de ir a fundos que, se não fosse a atuação da AD ELO não os teríamos tido. Protegemos alguns dos nossos investidores do mundo agrícola, as IPSS, o Bussaco... Os investimentos têm sido muito diversificados, de acordo com os regulamentos que vão saindo nos diversos mecanismos de apoios financeiros. A AD ELO é, de facto, uma associação insubstituível no quadro destes quatro municípios. Quais são as expetativas do concelho para o novo quadro comunitário? Vamos ver, eu nunca gosto de falar por antecipação. Vamos esperar o programa regional e esperar os programas temáticos nacionais. Acho que vai haver uma certa evolução no sentido social, educação, isto é, políticas imateriais. Nós estamos muito virados para destaque R Dos 24 projetos aprovados, dois não avançaram por desistência dos promotores R Nove do total dos projetos aprovados já estão concluídos R O maior número de projetos aprovados no concelho está relacionado com respostas sociais o obreirismo, fazer obra, e admito que haja aqui uma transição um bocadinho dif ícil por parte dos municípios, mas julgo que estes tenham a flexibilidade suficiente para aproveitarem os fundos que vão ser colocados à disposição. O Governo tem que ver o país de uma perspetiva única. Se acha que os municípios se devem dirigir para a educação, saúde, políticas sociais, políticas de integração, de coesão. O nosso dever é ajudar. | Joana Santos IPSS de Barcouço distribui “refeições quentinhas” ao domicílio 111 O isolamento de uma carrinha para transporte de refeições ao domicílio foi o que motivou a candidatura apresentada pelo Jardim de Infância Dra. Odete Isabel. No total, o projeto representou 9.298,08 euros de investimento, dos quais 6.973,56 euros resultaram de outros apoios. Sandra Morais, técnica de Serviço Social da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sediada em Barcouço (concelho da Mealhada), garante que a candidatura apresentada pela AD ELO “acelerou o processo de isolamento da carrinha”. Para além do isolamento da referida viatura, foram criadas divisões específicas que permitem transportar roupa e utensílios de higiene. “A segunda fase deste projeto constitui em contactar fornecedores para permitir a aquisição das caixas iso- térmicas”, acrescenta Sandra Morais. A concretização do projeto “Refeição quentinha no seu lar”, que ainda está em execução, resulta, sem dúvida, numa “melhoria da qualidade do serviço prestado pela instituição de solidariedade social”, como reconheceu Mário Fidalgo, diretor executivo da AD ELO. O Jardim de Infância Dra. Odete Isabel foi fundado em 1981 e tem diversas valências dirigidas à infância. – creche, jardim de infância e Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL). Mas também não esqueceu a população da terceira idade a quem presta o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) e centro de dia. De acordo com Sandra Morais, o SAD tem, atualmente, 25 utentes, numa freguesia que também se debate com o envelhecimento da sua população residente. 20.º aniversário AD ELO | especial | 5 12-08-2014 | diário as beiras Investimento 219.479,75 € Investimento 113.164,77€ Investimento 73.794,97€ Fernando Correia (ao centro), diz que tem havido muita procura Cristina Luxo explica as respostas existentes no espaço Paulo Júlio reconhece que um dos segredos está na qualidade Fundação Mata do Buçaco recuperou casas de antigos guardas florestais Quinta de Lograssol está equipada para receber hóspedes de todo o mundo Tás Ca Larica junta o conceito de hamburgueria aos petiscos 111 Inseridas no conjunto patrimonial e natural da Mata do Buçaco, as antigas casas dos guardas florestais são agora espaços de turismo rural. Em 2010, a Fundação Mata do Buçaco iniciou o projeto Casas do Buçaco – Turismo no Espaço Rural com a candidatura ao PRODER. Com um investimento total de 219.479,75 euros, o projeto consistiu na reabilitação de quatro das antigas casas dos guardas florestais, nomeadamente Casa das Ameias, a das Lapas, a da Feteira e a de Serpa, de modo replicado. “Todo o espaço interior foi requalificado”, revela Fernando Correia, presidente do conselho diretivo da Fundação Mata do Buçaco. Para além da recuperação física, o apoio de 131.687,85 euros serviu também para adquirir equipamentos para as quatro casas serem habitáveis. “O projeto encontra-se na fase final”, garante Fernan- 111 A Quinta de Lograssol, outro dos projetos que recebeu a ajuda da AD ELO, situa-se na aldeia de Lograssol, a três quilómetros da Mealhada. A candidatura submetida em 2012 teve como objetivo adquirir todo o equipamento para a quinta de modo a poder receber hóspedes. O investimento total do projeto foi de 113.164,77 euros, dos quais 56.582,39 euros correspondem a apoios diversos. A casa principal, que ainda preserva a sua fachada oitocentista, reconstruída pela primeira vez em 1870, constitui o ex-libris da Quinta de Lograssol. Em 2012, a casa sofreu obras de reabilitação, em que foram mantidos a fachada original e o logradouro. A Quinta de Lograssol dispõe de seis quartos equipados com TV, ar condicionado, aquecimento 111 “A comparticipação foi bastante importante para o alívio financeiro”, garante Paulo Júlio, proprietário da Tás Ca Larica, um estabelecimento de restauração localizado na rua Dr. José Cerveira Lebre, na Mealhada. Inaugurada em 2011, a Tás Ca Larica junta o conceito de hamburgueria aos petiscos tradicionais da gastronomia regional. O projeto Tás Ca Larica teve um investimento total de 73.794,97 euros e recebeu 44.276,98 euros de apoio. “Sinto a empresa completamente sólida”, assume o proprietário do espaço, revelando que consegue “manter uma faturação muito estável”. Paulo Júlio adianta ainda que, quando recebeu o apoio financeiro, “o projeto já estava a andar”. Aberta há três anos, os proprietários da Tás Ca Larica garantem continuar a trabalhar do Correia. De acordo com o presidente da Fundação Mata do Buçaco, as Casas do Buçaco têm tido “bastante procura”, resultando numa taxa de ocupação entre 60 a 70 por cento. “Venham as famílias”, convida Fernando Correia, explicando que este é um projeto que pretende evitar a degradação deste património e de obter aproveitamento turístico. Classificado como Imóvel de Interesse Público, o conjunto monumental do Buçaco mobiliza uma riqueza patrimonial de exceção. Ao núcleo central formado pelo Palace Hotel do Bussaco e pelo Convento de Santa Cruz juntam-se as ermidas de habitação, as capelas de devoção e os Passos que compõem a Via Sacra, a Cerca com as Portas, o Museu Militar e o monumento comemorativo da Batalha do Bussaco, os cruzeiros, as fontes e as cisternas, os miradouros ou as casas florestais. central e casa de banho privativa – comodidades dos tempos atuais que os clientes procuram e valorizam, mas que não colidem com a história que as suas paredes ainda conservam. No exterior, para além de uma piscina, existe um grande jardim que convida a relaxar e a esquecer as dificuldades do dia a dia. “Este é o primeiro verão que estamos a receber hóspedes”, revela Cristina Luxo, proprietária da Quinta de Lograssol. Com o espaço inscrito em alguns portais de reservas na Internet, a quinta tem recebido hóspedes, maioritariamente, provenientes do estrangeiro com destaque para França, Bélgica e Holanda. Porém, russos e australianos também fazem parte da lista de clientes que começam a descobrir este espaço turístico que consegue “casar” tradição com modernidade. com os mesmos produtos de qualidade com que iniciaram o negócio. O que, como reconhecem, também contribui para o sucesso da casa. Paulo Júlio revela também que “este negócio foi montado por causa da crise”. O proprietário da Tás Ca Larica explica que a candidatura apresentada pela AD ELO permitiu obter um apoio financeiro para “fazer obras completas num espaço que estava totalmente devoluto”. Embora o espaço já tenha adquirido clientes fixos durante toda a semana, é ao fim de semana que se recebe, mais clientes de fora da Mealhada. Afinal, é ao fim de semana que as famílias aproveitam para passear e descobrirem alguns dos recantos e espaços existentes nesta região Centro, nomeadamente na Mealhada onde a mata e os seus sabores se apresentam como cartões de visita. 4 | especial | diário as beiras | 13-10-2014 20.º aniversário AD ELO quem somos RA AD ELO - Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego é uma associação privada sem fins lucrativos criada em 9 de Junho de 1994. O seu objeto social é o “desenvolvimento local e regional integrado, através de uma dinamização socioeconómica e cultural, mediante o apoio às atividades produtivas e prestação de serviços nos domínios da formação profissional, dos recursos humanos, da difusão de informação, animação local, mediação entre entidades, apoio técnico e avaliação de ações”. A área de intervenção da AD ELO corresponde a um território que apresenta fortes laços institucionais, económicos e culturais, bem como, uma unidade geográfica coerente. Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-oVelho, Penacova e Vagos são os concelhos abrangidos pela associação que tem sede em Cantanhede. Devido aos muitos estrangulamentos que subsistem neste território, a AD ELO pretende com a sua ação atuar em áreas tão diversas como: a criação e implementação de estruturas de apoio ao desenvolvimento económico; ações de sensibilização/animação dos agentes económicos e dos promotores de desenvolvimento social; intervenção ao nível da exclusão social e inserção de grupos desfavorecidos. Neste sentido, foram definidos domínios de atuação contemplando setores de inegável importância, abertos ao financiamento e à animação de projetos de base local/regional, coerentes com os estrangulamentos e potencialidades existentes. Concelho de Mira está a preparar um Plano de Ação Local Mira 20/20 será o plano estratégico de desenvolvimento para o futuro, destaca Raul Almeida, que elogia o trabalho da AD ELO Arquivo-Jot’Alves Que balanço faz desta parceria com a AD ElO? O balanço é muito positivo. Durante estes anos houve uma grande colaboração e vários projetos realizados no nosso território, quer na área social quer na área empresarial, e que tem tido impacto e repercussão nas nossas populações. Considero uma parceria bastante interessante. Os projetos que foram visitados são bastante distintos... Visitámos três projetos: na área social, no desporto e associativismo e na área empresarial. De forma transversal pudemos ver onde pode chegar a AD ELO e que a sua colaboração pode chegar às mais diversas situações. Sem o apoio da AD EL0 seria possível concretizar estas ideias? Estas associações de desenvolvimento local são sempre importantes e se não fosse a AD ElO teria que haver uma outra associação. Mas a AD ELO tem cumprido, na íntegra, as suas funções. O acordo de parceria para os próximos anos prevê, precisamente, e privilegia estas associações, de base local, para o desenvolvimento das regiões e de territórios mais pequenos. Raul Almeida, presidente da Câmara Municipal de Mira Quais são as expetativas do concelho para o próximo quadro comunitário? Começámos na semana passada a preparar um Plano de Ação Local, que consiste num plano estratégico para os próximos anos, que se chama “Mira 20/20”. Entrámos agora na fase de diagnósticos e estamos a ouvir várias entidades, vários partidos, várias forças políticas, Juntas de Empresa Centrolub-Representações, Lda realizou obras na sede Freguesia, empresários... Após a fase de diagnósticos, nós vamos integrar todos os contributos e ideias nesse Plano de Ação Local. Esse plano vai-nos dar um contributo para fundamentação dos projetos e daquelas ideias que nós temos porque é uma visão estratégica, global e enquadrada naquilo que nós pretendemos. Portanto, pede-se às entidades ges- destaque RDos pedidos de apoio aprovados, 19 são oriundos de entidades que pertencem ao concelho de Mira R De um investimento total de 2.109.183,58 euros, 1.254.304,64 euros foram comparticipados Associação de Idosos Mirense concretizou a remodelação do edifício, em colaboração com a AD ELO toras dos projetos, nomeadamente a CCDR e outras entidades, para aprovarem os projetos que privilegiam esse enquadramento do desenvolvimento estratégico e essa fundamentação. Esse documento será um documento estratégico para estes próximos anos e lanço o repto a toda a população para participar com as suas ideias e contributos. | Joana Santos ACRSM, do Seixo, adquiriu carrinha com apoio da AD ELO 20.º aniversário AD ELO | especial | 5 13-10-2014 | diário as beiras Centrolub já vende anticongelante para Espanha 1 1 1 A realização de obras na sede da empresa Centrolub-Representações, Lda foi um dos aspetos que foi possível concretizar na sequência do trabalho desenvolvido em conjunto com a AD ELO. Pouco tempo depois de submeterem a candidatura, que aconteceu em 2012, os irmãos – e sócios – Luís Santos e Juan Santos trocaram as “instalações primárias” que tinham por um espaço que acompanha o crescimento da empresa. O i nv e s t i m e n t o t o t a l de 188.534,57 euros, dos quais 93.423,90 euros foram apoios, serviu tam- bém para a aquisição de equipamento e serviço de consultadoria. Refira-se que quase todo o equipamento adquirido para a empresa foi comprado em Portugal. Contudo, por estarem a assistir ao crescimento do seu mercado, os proprietários do Centrolub querem agora mais do que os 580 metros quadrados atuais e manifestam a intenção de adquirir o terreno contíguo à sua sede, localizada na zona industrial de Mira (polo II). Fundada em 2003 com o objetivo de acrescentar valor no negócio dos lubrificantes para o setor auto- DB-Joana Santos móvel na zona Centro do país, a Centrolub arriscou lançar uma marca própria no ano de 2008. “Começámos a ver que o mercado podia absorver uma marca nossa”, revela Juan Santos, acrescentando que “as coisas proporcionaram-se e alavancámos o projeto V8”, um anticongelante. Em Portugal, os melhores mercados da Centrolub estão nas cidades de Braga, Bragança e Mirandela. Atualmente, a empresa tem um novo projeto que consiste no “enchimento de produtos lubrificantes”. Nesta área, a Centrolub já conquistou um cliente em Espanha. J.S. Dois projetos para a Associação Cultural e Recreativa do Seixo DB-Joana Santos Centrolub lançou uma marca própria em 2008 Associação de Idosos Mirense pode receber mais utentes DB-Joana Santos Associação criou uma escola de música 111 Para além de ter conquistado apoio para a concretização do projeto “Cultura e Movimento para Todos”, a Associação Cultural e Recreativa do Seixo também viu aprovada a candidatura para o projeto “Desporto e Movimento para Todos”. Devido ao trabalho desenvolvido em colaboração com a AD ELO, esta associação conseguiu, entre outras coisas, criar uma escola de música. No caso do projeto ligado à cultura, o montante de investimento, que consiste em 41.614,44 euros, dos quais 31.210,83 euros são provenientes de apoios, permitiu a esta coletividade adquirir uma viatura e equipamento para duas salas de trabalho podendo, assim, alargar as suas atividades à prestação de outros serviços básicos à população, melhorando as condições de vida, em termos de acesso à cultura, desporto e outros serviços. Refira-se que a candidatura ao projeto “Cultura e Movimento para Todos” foi submetida em 2010. Já em 2013, a Associação Cultural e Recreativa do Seixo submeteu uma nova candidatura para o projeto “Desporto e Movimento para Todos”, que também foi aprovada. “O segundo projeto não era para ter sido aprovado”, revelou Luís Rocha, presidente da Associação Cultural e Recreativa do Seixo. O plano financeiro aprovado permitiu a realiza- ção de obras de beneficiação do Polidesportivo do Seixo, transformando-o numa infraestrutura segura e sustentável para a realização de diversas atividades recreativas, lúdicas e desportivas. Desta forma, estão reunidas condições para incentivar hábitos de vida saudáveis, reforçar a igualdade de oportunidades e potenciar inclusão e integração social. Refira-se que o investimento total foi de 32.165,15 euros, dos quais 24.123,86 resultam de apoios. Em jeito de balanço, Luís Rocha admitiu que os apoios recebidos pela Associação Cultural e Recreativa do Seixo trouxeram “novas coisas e permitem criar cidadania ativa”. J.S. Associação realizou obras de remodelação do edifício 111 Passou de 56 para 64 o número de utentes que pode integrar a Associação de Idosos Mirense. Num estreito trabalho desenvolvido com a AD ELO, a associação conseguiu realizar obras de remodelação no edifício. “Sem a AD ELO não era possível fazermos o que fizemos aqui”, garante Cristina Pintassilgo, diretora técnica da Associação de Idosos Mirense. Para a concretização do projeto “Requalificação das instalações das três respostas sociais da Associação de Idosos Mirense” foi preciso um investimento de 89.807,57 euros, do qual 67.355,67 euros resultou de apoio. A candidatura foi enviada em 2012. Com o objetivo de dar cumprimento à legislação em vigor, as áreas que receberam intervenção, Associação de Idosos Mirense, foram a estrutura residencial, o Centro de Dia e o SAD (Serviço de Apoio ao Domicílio). Para além do aumento da capacidade de utentes, através da criação de novas divisões, Cristina Pintassilgo explica que também a cozinha sofreu remodelações. Embora a capacidade de receber utentes tenha aumentado, a lista de espera não para de aumentar. “Atualmente, temos 61 utentes”, revela Cristina Pintassilgo. No entanto, segundo a diretora técnica, ainda há muito por fazer na Associação de Idosos Mirense. Tornar o jardim, que envolve o edif ício, mais aberto para o exterior e substituir o sistema de rega que existe atualmente constituem algumas dos projetos a serem concretizados num futuro próximo.J.S. 4 | especial | diário as beiras | 18-10-2014 20.º aniversário AD ELO quem somos RA AD ELO - Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego é uma associação privada sem fins lucrativos criada em 9 de Junho de 1994. O seu objeto social é o “desenvolvimento local e regional integrado, através de uma dinamização socioeconómica e cultural, mediante o apoio às atividades produtivas e prestação de serviços nos domínios da formação profissional, dos recursos humanos, da difusão de informação, animação local, mediação entre entidades, apoio técnico e avaliação de ações”. A área de intervenção da AD ELO corresponde a um território que apresenta fortes laços institucionais, económicos e culturais, bem como, uma unidade geográfica coerente. Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-oVelho, Penacova e Vagos são os concelhos abrangidos pela associação que tem sede em Cantanhede. Devido aos muitos estrangulamentos que subsistem neste território, a AD ELO pretende com a sua ação atuar em áreas tão diversas como: a criação e implementação de estruturas de apoio ao desenvolvimento económico; ações de sensibilização/animação dos agentes económicos e dos promotores de desenvolvimento social; intervenção ao nível da exclusão social e inserção de grupos desfavorecidos. Neste sentido, foram definidos domínios de atuação contemplando setores de inegável importância, abertos ao financiamento e à animação de projetos de base local/regional, coerentes com os estrangulamentos e potencialidades existentes. Tecido empresarial do concelho revela-se “muito dinâmico” Emílio Torrão está preocupado com as linhas de financiamento do Portugal 2020. Autarca enaltece o trabalho da AD ELO DB-C.T. Como está a decorrer a parceria com a AD ELO? Com este executivo, a que eu presido, há um ano de colaboração. O resultado é a melhor relação que se possa ter. Tenho um grande respeito pelo seu trabalho, porque tem um conhecimento do território muito fino. Isso faz com que possamos através da AD ELO financiar projetos de valorização do território, com grande impacto nas pequenas comunidades, através do apoio a microempresas, associações e instituições sociais, entre outras. O que é muito relevante na economia local. Qual foi o investimento no concelho? O investimento total neste quadro [período de 2007 a 2013] é de seis milhões de euros, com uma comparticipação de 3.6 milhões de euros. Logo por aqui se vê o impacto que teve. A valorização da pessoa enquanto membro de uma comunidade é fundamental para o bem-estar das pessoas, não esquecendo que estamos num concelho predominantemente rural como o é Montemor-o-Velho. Montemor tem o maior o maior número de projetos… Dos 220 pedidos de apoio à AD ELO, o concelho tem 73 projetos. Tem muito a ver com a capacidade técnica que esta entidade tem de motivar e elucidar as pessoas. E, sobretudo, de fazer Visita à Associação Cultural da Ereira Emílio Torrão, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho com que elas apresentem candidaturas bem estruturadas e bem-feitas. Uma outra vertente, mais-valia do nosso tecido empresarial, são as nossas empresas são muito dinâmicas. Aguentaram-se nesta crise. A propósito, o recente levantamento que fizemos, dá nota de que temos muitas microempresas no concelho. Também o trabalho das associações é verdadeiramente notável para a comunidade. É feito para voluntários e deve ser valorizado, faz criar o espírito comunitário e identitário do concelho. Quais são as expetativas para o próximo quadro de fundos comunitários (Portugal 2020 )? O que nos preocupa mais são as linhas de apoio às associações e pequenas entidades locais. Não há uma linha muito esclarecida. Se o governo central não consegue chegar às pessoas com muita facilidade, a câmara também tem as suas dificuldades de chegar. Por sua vez, as juntas de fregue- Misericórdia alargou apoio domiciliário destaque RD os 220 pedidos de apoio aprovados, 73 projetos são oriundos de entidades que pertencem ao concelho de Montemor-o-Velho RCorrespondem a um investimento total de 6.093.356,20 euros, tendo uma comparticipação de 3.634.729,57 euros Mahor Track apostou nas energias renováveis sias estão mais próximas, mas quem está verdadeiramente em interação com as pessoas são as associações. Estas associações fazem um trabalho social, cultural de preservação dos costumes e tradições locais, que é verdadeiramente notável. Como tal, estas entidades têm de ser apoias. E, como disse, não existe uma linha muito clara e, sobretudo, não se vislumbra uma vontade muito determinada em fazer o apoio que estas associações e entidades merecem. | Cláudia Trindade Soltotal tem novas instalações 20.º aniversário AD ELO | especial | 5 18-10-2014 | diário as beiras DB-C.T. Associação realizou obras que eram prementes no edifício DB-C.T. Unidade industrial fica pronta até ao final do ano Mahor Track instalou mais de 600 sistemas Associação Cultural e Social da Ereira fotovoltaicos no distrito de Coimbra mobiliza centenas de pessoas 1 1 1 Onde quer que vá, a Associação Cultural, Desportiva e Social da Ereira (ACDSE) garante a casa cheia. Na sede, não há iniciativa que seja um fracasso. Antes pelo contrário, a coletividade mobiliza centenas de pessoas, desde associados até aos próprios habitantes da freguesia. “Somos a capital da gastronomia”, afirma o presidente da coletividade. No entanto, a ACDSE carecia de uma intervenção premente, no edifício da sede. “A obra era urgente. Tínhamos graves problemas na associação. O apoio da AD ELO foi fundamental”, assevera o presidente da ACDSE, Fernando Contente. A operação, num investimento total de 38.683,20 euros, apoiada em 29.012,40 euros, resultou na recuperação do telha- do do salão e do palco, recuperação do pavimento, constituído por tacos de madeira (substituição de alguns tacos, afagamento e envernizamento integral) e pintura geral do edif ício sede. Incluiu ainda substituição de computadores existentes, com sete anos de atividade, dois nos serviços administrativos e quatro no espaço net dirigido à população. C.T. 111 O projeto da Mahor Track - Construções de Metalomecânica (fabrica equipamentos e componentes para energias renováveis) fica concluído em dezembro deste ano. Com um montante de investimento de 253.821,05 euros, apoiado em 152.292,63 euros consiste na criação de uma unidade industrial apta à produção de equipamentos, estruturas, componentes, destinados à produção de energia eléctrica fotovoltaica e também estruturas para estufas para a atividade hortofrutícola. “O investimento que tivemos, apoiados pela ADE LO, e o movimento que estamos a criar faz-nos pensar que certamente teremos de aumentar”, afirma Nélio Marques, responsável da empresa. A Mahor Track é responsável pela difusão dos painéis solares no concelho de Montemor-o-Velho. De realçar DB-C.T. Instituição adquiriu uma viatura de transporte que no distrito de Coimbra já instalou mais de 600 sistemas fotovoltaicos, em que cada um tem uma média de 30 painéis solares. Também na linha da frente, está a sua produção de equipamentos de armazenamento e impedimento de contaminação da água, entre outros, que servem a agricultura e podem ser exportados. “O nosso objetivo é continuar a crescer”, assevera Nélio Marques. C.T. DB-C.T. Novas instalações da Soltotal melhoraram a sua funcionalidade Santa Casa da Misericórdia aumentou apoio domiciliário Soltotal: uma empresa orientada para o futuro 111 A Santa Casa da Misericórdia de Montemor-oVelho com o apoio da ADE LO conseguiu alargar o seu serviço de apoio domiciliário nas freguesias de Montemor, Gatões, Liceia e Seixo. Antes chegava a 47 utentes, hoje apoia 66 pessoas. Não obstante, reforçou este serviço já existente através de aquisição de novos equipamentos de transporte de alimentos e limpeza. O plano financeiro apro- 111 “Promover a utilização e intervir na renovação das fontes energéticas em Portugal, sendo uma empresa com os olhos no presente e orientada para o futuro”. Este é o objetivo principal da Soltotal – Fabricação de Aparelhos e Captação de Energia Solar. “É de louvar o apoio que nos foi dado pela AD ELO. Cá estamos para levar a empresa a bom porto”, afirma o gerente da empresa vado permitiu a aquisição de equipamentos (máquina de lavar roupa e aspiradores industriais, entre outros) e uma viatura (transporte de alimentos e limpeza). Tratou-se de um investimento total de 34.628,91 euros, dos quais 25.971,68 euros foram apoiados. “Gostava de elogiar a maneira como a AD ELO nos tratou. Sabemos que houve uma alteração no percurso [questões burocráticas], mas ainda bem”, afir- ma Manuel Carraco dos Reis. O provedor realça que o próximo passo, para o qual são igualmente necessários fundos, é a colocação de um telhado novo no edifício da sede. O atual data de 1886 e os problemas que lhe estão confinados são muitos. “Precisamos à volta de dois milhões de euros [obras no telhado, rede elétrica, canalização]. Está tudo desatualizado”, elucidou Manuel Carraco dos Reis. C.T. Alcides Fonseca. Através do apoio da ADE LO, a empresa tem novas instalações. Desde 2008, está sedeada no Parque de Negócios da Carapinheira. O montante do investimento foi de 297.560,00 euros, do qual 178.536,00 euros resultou em apoio. As obras permitiram, para além da melhoria da funcionalidade, instalar uma linha de trituração de modo a poder transformar qualquer tipo de resíduo florestal, agrícola em granulado e, desta forma, ter a capacidade de aumentar a produção. “Recebemos os desperdícios de madeira e de outras indústrias e transforma-os em combustível [pellets para aquecimento]”, explica Alcides Fonseca. A Soltotal, que foi totalmente concebida pelo empresário, só embala a sua própria marca. C.T. 10 | especial | diário as beiras | 26-11-2014 20.º aniversário AD ELO quem somos RA AD ELO - Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego é uma associação privada sem fins lucrativos criada em 9 de Junho de 1994. O seu objeto social é o “desenvolvimento local e regional integrado, através de uma dinamização socioeconómica e cultural, mediante o apoio às atividades produtivas e prestação de serviços nos domínios da formação profissional, dos recursos humanos, da difusão de informação, animação local, mediação entre entidades, apoio técnico e avaliação de ações”. A área de intervenção da AD ELO corresponde a um território que apresenta fortes laços institucionais, económicos e culturais, bem como, uma unidade geográfica coerente. Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-oVelho, Penacova e Vagos são os concelhos abrangidos pela associação que tem sede em Cantanhede. Devido aos muitos estrangulamentos que subsistem neste território, a AD ELO pretende com a sua ação atuar em áreas tão diversas como: a criação e implementação de estruturas de apoio ao desenvolvimento económico; ações de sensibilização/animação dos agentes económicos e dos promotores de desenvolvimento social; intervenção ao nível da exclusão social e inserção de grupos desfavorecidos. Neste sentido, foram definidos domínios de atuação contemplando setores de inegável importância, abertos ao financiamento e à animação de projetos de base local/regional, coerentes com os estrangulamentos e potencialidades existentes. Apoios são “fundamentais” na garantia das respostas sociais Humberto Oliveira realça o “enorme crescimento” das PME’s do concelho que, através do apoio do programa LEADER AD ELO, conseguiram criar mais de 35 postos de trabalho. O presidente da Câmara de Penacova reforça a importância dos “mecanismos de resposta social” Arquivo-Luís Carregã destaque REntre os 220 projetos comparticipados, 32 pertencem ao concelho de Penacova RPedidos correspondem a um investimento global de 2.797.382,71 €, sendo que 1.690.005,34€ são financiados pelos fundos comunitários RPrograma LEADER AD ELO permitiu a criação de mais de 35 postos de trabalho no concelho Humberto Oliveira atribui “nota 10” ao trabalho desenvolvido no concelho pela AD ELO, ao longo dos últimos anos Qual a importância dos apoios comunitários e da parceria com a AD ELO para o desenvolvimento das PME’s da região? São extremamente relevantes para a região. O apoio, através do programa LEADER AD ELO, é, de facto, fundamental na melhoria das condições de competitividade dos micro negócios do concelho e nos investimentos realizados na área social. O crescimento destes projetos é notório… Estes fundos são a alavanca financeira que as nossas empresas precisam para se consolidarem. O balanço é claramente positivo. A área social é uma das principais beneficiárias deste investimento… Tendo em conta a conjuntura económica que atravessamos, esta vertente adquire uma maior importância. Neste momento, grande parte do suporte social exercido no concelho é garantido pelas IPSS’s. Este programa permitiu colmatar algumas lacunas nos apoios à terceira idade, nomeadamente nas freguesias do Lorvão e Sazes do Lorvão. Agora, o Município de Penacova está coberto com as respostas sociais que consideramos imprescindíveis num contexto de crise. setor como uma das instituições mais capazes na avaliação e apoio ao tecido económico. Não posso deixar de salientar o trabalho desenvolvido por esta associação que, nos últimos anos, tem provado sempre que é uma garantia de qualidade e eficácia. Que nota atribuiria à intervenção da AD ELO na região, nos últimos anos? Nota 10! A AD ELO é reconhecida pelas entidades do O que espera do novo quadro comunitário de apoio? Aguardamos com expetativa pelos regulamentos do novo quadro comunitário Portugal 2020. Estes apoios são essenciais para alavancar a nossa economia local e sustentar o desenvolvimento do concelho. Temos carências em todas as áreas em que se perspetiva que haja investimentos europeus: requalificação e regeneração urbana – em particular, no Lorvão e S. Pedro de Alva –; requalificação da rede de escolas; e no reforço do saneamento da rede de água. | Bernardo Neto Parra (em estágio) AD ELO afirma-se como “facilitador do desenvolvimento” 111 "Estamos em constante crescimento. Nos últimos anos, com a nossa capacitação técnica, temos conseguido aproveitar todos os quadros comunitários de apoio e trazer mais fundos para a região”, garante, orgulhoso, Mário Fidalgo, coordenador da equipa técnica da associação que, por esta altura, comemora duas décadas de funcionamento. Desde que foi fundada, num momento em que “a região não tinha qualquer organização deste género”, a AD ELO já “contribuiu” para um investimento total de cerca de 50 milhões de euros, traduzindo-se em mais de cinco centenas de postos de trabalho. De acordo com o responsável, o balanço das últimas duas décadas “não podia ser mais positivo”: “Estas microempresas têm dificuldade em captar apoios comunitários e, graças ao trabalho de todos os nossos técnicos, essa distância tem vindo a diminuir”, explica. “Nós só procuramos ser estimuladores do investimento, facilitadores do desenvolvimento...”, concluiu Mário Fidalgo. B.N.P. DB-Carlos Jorge Monteiro 20.º aniversário AD ELO | especial | 11 26-11-2014 | diário as beiras Penascrita “domina” a contabilidade do concelho Aparício Morais e Filhos apostam num novo espaço de exposição DB-Carlos Jorge Monteiro Novas instalações da empresa destacam-se pela modernidade Investimento implicou a criação de mais um posto de trabalho 111 Aberta há mais de 12 anos, a empresa Penascrita – contabilidade e Fiscalidade, Lda desenvolve, há mais de um mês, as suas atividades na nova sede, localizada na Figueira do Lorvão. Construídas com recurso ao programa LEADER AD ELO, as instalações “modernas e revitalizadas” representaram um investimento total de 114.132,72 euros, sendo que 45.653,09 foram financiados através de fundos comunitários. Três gabinetes “muito bem equipados” e dois “colaboradores dedicados” são os números do projeto gerido por Luís Rodrigues, que garante fornecer serviços de qualidade à “maioria das empresas do concelho”. Para além destas valências, a Penascrita “oferece” um serviço de papelaria, onde fornece material escolar e de escritório. “Em muitos destes materiais, as grandes superfícies já não compensam”, frisa o responsável. “Não é só a comunidade local que colabora connosco, temos mais de 20 empresas do distrito de Coimbra que nos procuram no apoio financeiro e burocrático”, explica Luís Rodrigues. O gerente confessa, ainda, o desejo de consolidar o negócio, de forma a que seja possível empregar “mais gente do concelho”. B.N.P. Antiga escola primária transformada em lar de idosos 111 “Alargamento do Espaço de Exposição”. Foi este o título dado à candidatura aos apoios da Aparício Morais e Filhos Lda que, dentro em breve, terá um gabinete de arquitetura e design de interiores e um gabinete de confeção de cortinados. O “espaço privilegiado” completamente envidraçado, que inclui, também, uma sala de reuniões, permitirá aos clientes o visio- namento do fabrico dos cortinados. Localizado na localidade de Telhado, o projeto, financiado em 49.083,77 euros, contou com um investimento de 98.167,54 euros. O plano financeiro aprovado pela AD ELO contemplou obras de construção. O apoio comunitário resultou na criação de mais um posto de trabalho (contratação de um arquiteto) na empresa, onde colabo- ram já cinco pessoas. Empresário há quase três décadas, Aparício Rodrigues Santos, proprietário do negócio, revela o segredo do seu sucesso: “Para vingar nesta área, os empresários precisam de ter muita cabeça e de saber o que querem e o que não querem”. “Os clientes querem ver coisas novas, querem ser surpreendidos”, adianta Aparício Rodrigues Santos. B. N. P. Restaurante Casimiro: receita do sucesso ganhou novo ingrediente Centro de Bem Estar Social da Freguesia de Figueira de Lorvão foi o promotor do pedido de apoio Humberto Oliveira atesta qualidade do restaurante 111 Também na área social, o programa LEADER AD ELO dá “provas de qualidade e eficiência”. Com um investimento de 199.817,53 euros, a antiga escola primária de Contenças, situada em Sazes de Lorvão, deu lugar ao novo lar de idosos da freguesia. O polo, cujos serviços centrais são prestados a partir da sede da instituição em Figueira de Lorvão – a cozinha, lavandaria e serviços administrativos –, acolhe 17 utentes no lar e 20 idosos no centro de dia. De portas abertas desde janeiro, a instituição presta cuidados domiciliários a seis utentes todos os dias. De acordo com Luís Rodrigues, coordenador do polo, os equipamentos são “de uma qualidade e modernidade exemplares”. Todas as camas do lar de idosos são articuladas, garantindo a comodidade e segurança dos idosos que residem na instituição de Sazes de Lorvão. O projeto, que se traduziu na criação de 11(!) novos postos de trabalho, foi comparticipado em 149.863,15 euros. Refira-se que o plano de reconstrução do espaço contou com o apoio direto do Município de Penacova. “Esta localidade estava carenciada de algumas respostas sociais”, explica Humberto Oliveira. B. N. P. 111 O empresário penacovense Casimiro Manuel Oliveira Sousa, proprietário do “famoso” restaurante “O Casimiro”, juntou agora mais um “ingrediente” à “receita” que garante o sucesso deste espaço há quase 14 anos: um equipamento especializado para confeção de leitão e cabrito. O plano de modernização, que contemplou obras de construção, aquisição de equipamentos e consultado- ria, custou 83.305,86 euros, sendo 41.652,93 euros deste montante assegurado pelos fundos europeus. O aumento da capacidade de oferta e divulgação dos produtos endógenos estão no horizonte do projeto, que permitiu a contratação de mais um empregado. “Isto é equipamento de ponta. Estamos sempre empenhados em aumentar a qualidade da nossa cozinha e, claro, do cabrito e do leitão, que são as nossas especialidades”, revela o proprietário. Para Humberto Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Penacova e cliente habitual daquele que é “um espaço de referência” do concelho, testemunha a qualidade das receitas do “chef” Casimiro. “É importante investir na gastronomia da região. Se não formos nós a divulgar e apostar nos nossos produtos, ninguém o fará”, afirma o autarca. B.N.P. 4 | especial | diário as beiras | 31-07-2014 20.º aniversário AD ELO quem somos RA AD ELO - Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego é uma associação privada sem fins lucrativos criada em 9 de Junho de 1994. O seu objeto social é o “desenvolvimento local e regional integrado, através de uma dinamização socioeconómica e cultural, mediante o apoio às atividades produtivas e prestação de serviços nos domínios da formação profissional, dos recursos humanos, da difusão de informação, animação local, mediação entre entidades, apoio técnico e avaliação de ações”. A área de intervenção da AD ELO corresponde a um território que apresenta fortes laços institucionais, económicos e culturais, bem como, uma unidade geográfica coerente. Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-oVelho, Penacova e Vagos são os concelhos abrangidos pela associação que tem sede em Cantanhede. Devido aos muitos estrangulamentos que subsistem neste território, a AD ELO pretende com a sua ação atuar em áreas tão diversas como: a criação e implementação de estruturas de apoio ao desenvolvimento económico; ações de sensibilização / animação dos agentes económicos e dos promotores de desenvolvimento social; intervenção ao nível da exclusão social e inserção de grupos desfavorecidos. Neste sentido, foram definidos domínios de atuação contemplando sectores de inegável importância, abertos ao financiamento e à animação de projetos de base local/regional, coerentes com os estrangulamentos e potencialidades existentes. “A AD ELO revelou-se competente e experiente” O presidente da Câmara de Vagos, Silvério Regalado, elogiou o trabalho desenvolvido pela associação no seu concelho DB-A.A. Que balanço faz desta parceria com a AD ELO? O balanço é extremamente positivo. Nós, numa primeira fase, não entrámos na associação, mas fomos convidados posteriormente para fazermos parte dos parceiros locais. O que acabou por ser positivo, pois vimos aprovados 19 projetos, o que representa um investimento de 1,8 milhões de euros, os quais tiveram a comparticipação de 1,2 milhões de euros. Um valor bastante significativo para o concelho, pois foi dinheiro que entrou diretamente na economia local. Estamos a falar de projetos na área social, empresarial e turística, os quais obtiveram um apoio pequeno em termos monetários mas que são significativos pois permitirão mais empregos. Todos eles são microprojetos… Sim, tem razão, mas estamos a falar de projetos que para o investidor são fundamentais e que sem o respetivo apoio (dos 40 aos 75 por cento) não podiam ser realizados. Posso mesmo dizer que seria de todo impossível a sua concretização. Podemos dizer que, sem este apoio da AD ELO, mui- destaque R Dos 19 projetos aprovados, dois acabaram por não avançar por desistência dos promotores RPlano Estratégico do Concelho de Vagos foi contratualizado com a Universidade de Aveiro REstudo vai permitir definir as áreas prioritárias de investimento no concelho nos próximos 20 anos Silvério Regalado, presidente da câmara de Vagos tas destas iniciativas não teriam passado de sonhos… Foi fundamental o papel desta associação, pois permitiu alavancar muitos destes projetos. A AD ELO relevou-se experiente, competente, tendo agora que articular a nossa relação futura. Afinal, está aí quase o novo quadro comunitário… Vamos de ter conversar para saber qual o tipo de enquadramento que iremos ter daqui para a fren- te. Para já, ainda são pouco conhecidas as condições de acesso às verbas. Vamos ter de estudar as alternativas e, com toda a certeza, tomar a melhor solução para o concelho de Vagos. Quais são as expetativas do concelho para o novo quadro comunitário? As expetativas são bastante elevadas, apesar dele vir a ser mais rigoroso. Isso obrigar-nos-á a pensar em investimentos com uma lógica reprodutiva. Estamos pedidos de apoio aprovados no concelho de vagos Promotor Planalto das Agras - Soc. Agrícola, Lda Palavras Lidas, Lda Héctor José Domingues Carvalhais Pauta de Sabores Restaurante Lda Titocas - Unipessoal Lda Trust IT - Consultoria e Sistemas Informáticos, Lda Mimos do Bosque - Unipessoal, Lda Tânia Saraiva Marques Município de Vagos Centro Social Paroquial de Calvão Santa Casa da Misericórdia de Vagos Comissão de Apoio Social e Desenvolvimento de Santa Catarina Associação Boa Hora Centro Social da Freguesia de Soza Comissão de Apoio Social e Desenvolvimento de Santa Catarina Centro Social Paroquial de Calvão Associação Diferentes e Especiais Total já a trabalhar nessa matéria. Contratualizamos com a Universidade de Aveiro a realização de um estudo que, em conjunto com a sociedade civil, definirá o Plano Estratégico do concelho de Vagos para os próximos 20 anos. Esse estudo ajudará a definir as áreas prioritárias de investimento no concelho. Já há prioridades bem definidas? Estamos numa fase de definição do trabalho, mas Descrição Central Fotovoltaica das Agras Modernização e qualificação jornal “O Ponto” Projecto de livraria e espaço didático em meio rural Restaurante Pauta de Sabores Livraria Titocas Capacitação da Trust it “Pensar global, implementar local” Capacitação de Empresa de Animação Turísta Parque Campismo Rural “Nature Srª de Vagos” “Criação do C3 - Centro de Cultura e Ciência” Melhoria da qualidade dos serviços do C.Social e Paroquial de Calvão Melhoria da qualidade dos serviços da Misericórdia de Vagos Modernizar, Para Melhor Servir. Usar, Continuar … Capacitação do Serviço de Apoio Domiciliário Constante Actualização / Sempra a actualizar Reestruturação da Área SAD e Área de Apoio a Infância Banco de Equipamento Adaptado e Grupo de Partilha ADE o executivo já tem a ideia dos projetos prioritários. Mas não queremos condicionar a discussão e vamos deixar que, no fim, sejam tiradas as devidas conclusões. Não nos podemos esquecer que, em setembro passado, nos candidatamos com um projeto político para a autarquia e que foi aprovado pela maioria da população. Portanto, existem um conjunto de obrigações que pretendemos levar a efeito. | António Alves Investimento total elegível 25.372,24 € 57.782,15 € 36.363,16 € 247.918,02 € 52.906,80 € 41.565,00 € 172.827,36 € 295.375,00 € 112.917,63 € 79.971,91 € 85.738,88 € 100.903,43 € 69.594,03 € 36.980,14 € 52.425,61 € 83.905,34 € 27.772,11 € Apoio: Despesa Pública 10.148,90 € 34.669,29 € 21.817,90 € 148.750,81 € 26.453,40 € 24.939,00 € 103.696,42 € 177.225,00 € 67.750,58 € 59.978,93 € 64.304,16 € 75.677,57 € 52.195,52 € 27.735,11 € 39.319,21 € 62.929,01 € 20.829,08 € 1.580.318,81€ 1.018.419,89€ 20.º aniversário AD ELO | especial | 5 31-07-2014 | diário as beiras Restaurante “O Barracão” vai dispor de novas instalações 111 Um sonho que está prestes a ser concretizado. É assim que Agostinho Oliveira, gerente do restaurante “O Barracão”, define o projeto que abraçou a meados do ano passado. A partir do próximo ano, este espaço de referência gastronómica a nível nacional irá dispor de novas instalações. Para que tal fosse possível, a AD ELO candidatou o investimento e conseguiu que o mesmo fosse contemplado com um apoio de 60 por cento. “Se não houvesse este apoio, muito dificilmente teríamos dado início à obra”, afirmou o gerente Agostinho Oliveira. Com vista para o rio Boco, o novo edif ício irá dispor de uma sala para eventos com capacidade para 180 pessoas, uma sala de refeições com 60 lugares e um café/esplanada que poderá ter 40 clientes. O objetivo é deixar de pagar os alugueres do atual restaurante e da quinta que usam para a realização de eventos. “Felizmente, o nosso espaço já não tem hipóteses de crescer mais”, afirmou. O i nv e s t i m e n t o t o t a l ronda os 250 mil euros, contando com o apoio por parte do PRODER – Subprograma 3 – Medida 3.1 e 3.2, de 148 mil euros. Para além da construção do novo edif ício, esta verba servirá também para a aquisição de equipamentos, mobiliário, sistemas energéticos e consultadoria. Quando estiver pronto, este restaurante terá de aumentar o número de postos de trabalho. “Neste momento, temos cinco empregados, mas vamos necessitar de aumentar o nosso quadro até mais cinco pessoas”, disse. Satisfeito com este projeto estava o presidente da câmara. Para Silvério Regalado, o concelho disporá de mais um restaurante de qualidade, podendo desta forma ajudar à dinamização turística de Vagos. Investimento 247.918,02€ João Paulo Gonçalves, Agostinho Oliveira, Mário Fidalgo e Serafim Marques Central fotovoltaica das Agras Misericórdia melhora serviços Investimento 25.372,24€ Investimento 85.738,88€ Silvério Regalado, Ramiro Patrício e Mário Fidalgo 111 Ramiro Neves Patrício é “um dos maiores agricultores” do concelho de Vagos. Sediado em Ouca, este pequeno empresário especializou-se na área das flores. Antúrios, cravos, rosas, gerberas, estrelícias, tulipas e margaridas são as plantas produzidas e que, na grande maioria, têm a Espanha como destino. A empresa, criada em 1990, já começou a diversificar a sua produção. Para além das flores e da folhagem (monstera, ruscus, fetos, trefern, myraclaudios, arálias, folhas de antúrio e xanadu), Ramiro Patrício já começou a produzir kiwis. A associação à Kiwicoop permite exportar quase toda a produção da empresa. Ao todo, são 35 hectares (campos de futebol) de produção que empregam “a tempo inteiro” 18 pessoas. Para reduzir a fatura elétrica, a sociedade do Planalto das Agras candidatou-se a um dos subprogramas do PRODER para a instalação de um sistema fotovoltaico de cerca para produção e venda de eletricidade à rede pública, com vista a diversificar a atividade económica e originar uma fonte de rendimentos constante. O sistema permite poupar entre 30 a 40 por cento da fatura energética, o que no Silvério Regalado, António Paulo Gravato e Mário Fidalgo entender do responsável já “é muito bom”. O não pagamento da eletricidade verde desde 2007 e o aumento anual da fatura de cerca de três por cento fizeram crescer os custos da sociedade. O agricultor referiu que este apoio foi fundamental para a concretização do investimento, apesar de Ramiro Neves Patrício mostrar vontade em “produzir mais energia”. A nova legislação, que permite investimentos para o autoconsumo, poderá ajudar o produtor a fazer novo investimento na área. “Mas um apoio como este também era fundamental”, pediu aos responsáveis da AD ELO. 111 Uma carrinha para o transporte de seniores, equipamento para o lar e para o jardim de infância e a introdução do sistema de gestão da qualidade foram os objetivos da candidatura apresentada pela Santa Casa da Misericórdia de Vagos. Ao todo, foram mais de 86 mil euros de investimento que, segundo o provedor, “são muito importantes” para o futuro da instituição. Aliás, António Paulo Gravato reconheceu que, caso a candidatura não tivesse sido aceite, “dificilmente avançaríamos” com este projeto. Com 55 anos de existência, a Santa Casa da Miseri- córdia de Vagos dispõe de uma estrutura residencial que acolhe 53 seniores, prestam apoio domiciliário a 30 cidadãos, dispõe de duas creches com 133 crianças (113 na sede e as restantes na zona industrial) e 88 alunos no ensino pré-escolar. A Misericórdia de Vagos tem ainda um Centro Acolhimento Temporário (CAT) para acolher 20 menores, do sexo feminino, entre os 12 e os 18 anos, eventualmente até aos 21 anos, que se encontrem em situação de perigo. A Cantina Social, uma empresa de inserção e o apoio a carenciados são outras das apostas desta entidade que integra uma unidade de fisioterapia. Ao todo, são atendidos 150 utentes/dia do concelho e municípios vizinhos. “Apesar de ter capacidade para 200 utentes/ dia, não queremos perder a qualidade do nosso serviço”, afirmou o provedor. Silvério Regalado, presidente da câmara, elogiou o trabalho desenvolvido pela instituição, sendo mesmo uma das maiores empregadoras do concelho. Mário Fidalgo, diretor executivoda AD ELO, reconheceu o esforço, pois o seu trabalho permite “dar melhor qualidade de vida” aos seus utentes.