2010 - Banco Económico
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2010 - Banco Económico
2010 RELATÓRIO E CONTAS ÍNDICE 01. MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA ÓRGÃOS SOCIAIS QUADROS DIRECTIVOS 07 12 14 02. PRINCIPAIS INDICADORES DE ACTIVIDADE E RESULTADOS 17 03. AMBIENTE MACROECONÓMICO 03.1 ECONOMIA MUNDIAL 03.2 ECONOMIA NACIONAL 03.3 PERSPECTIVA PARA 2011 21 23 30 38 04. MODELO DE GOVERNAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 41 05. SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CULTURAL RECONHECIMENTO INTERNACIONAL 47 51 06. LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA 06.1 EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE 06.2 BASE DE ACTUAÇÃO COMERCIAL 06.3 ACTIVIDADES DE CONTROLO INTERNO DA GESTÃO E MITIGAÇÃO DE RISCO 06.4 OUTRAS ACTIVIDADES DE GESTÃO 06.5 ACTIVIDADE E RESULTADOS DO BESA 06.6 NÍVEIS DE FUNCIONAMENTO 06.7 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 07. APROVAÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 08. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANÇO PATRIMONIAL À DATA DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 DEMONSTRAÇÃO DE MUTAÇÃO DE FUNDOS PRÓPRIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 ANEXO ÀS CONTAS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL RELATIVO AO ANO DE 2010 55 57 57 67 75 78 83 85 87 91 92 93 94 95 100 104 138 140 2010 RELATÓRIO E CONTAS 01 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA 01 ÁLVARO SOBRINHO Senhores Accionistas, O ano de 2010 foi de recuperação da economia mundial, depois dos dois últimos anos terem sido marcados por uma depressão económica sem precedentes. Assistiu-se a um empenhamento à escala mundial na busca de soluções para a crise, que nalguns casos, desencadearam uma intervenção massiva de carácter fiscal e monetário nas respectivas economias, com o objectivo de alavancar o crescimento e restaurar a confiança dos mercados. A forma como as economias estavam estruturadas, e o seu grau de exposição aos mercados internacionais, foram determinantes no combate à crise financeira, económica, de confiança, de liquidez e orçamental (crise mundial), cujos impactos se fizeram sentir diferenciadamente de país para país. Pode-se assim dizer que o crescimento da economia global em 2010 foi feito a dois ritmos, (i) para as potências emergentes, tais como China, Índia e Brasil, os efeitos da crise mundial foram limitados, com a actividade económica a ser suportada por uma robustez da procura interna, por contrapartida da degradação dos principais mercados de exportação, e (ii) as potências ocidentais, encabeçadas pelos Estados Unidos da América (USA) e União Europeia (EU), cujas economias são essencialmente de mercado, com forte exposição aos mercados internacionais e com um elevado grau de dependência destes, que viveram impactos económicos e sociais adversos e devastadores resultantes da crise mundial, colocando em causa o próprio modelo económico em que estas economias assentavam. A intervenção do Estado foi, nestes casos, crítica para evitar descalabros ainda maiores, tendo-se assistido a medidas inéditas como resgates e nacionalizações de grandes instituições financeiras. Nos países periféricos da Zona Euro, Grécia, Irlanda, Espanha e Portugal, assistiu-se a uma grande instabilidade financeira derivada da subida generalizada dos défices orçamentais em 2010. O risco de incumprimento da dívida soberana destes países agravou-se consideravelmente, o que levou a sucessivas reduções dos “ratings” dos respectivos países e sistemas financeiros. Neste ambiente extremamente adverso, a cedência de liquidez por parte do Banco Central Europeu foi fundamental para colmatar a inacessibilidade dos bancos dos países periféricos da Zona Euro aos mercados de dívida. Em Angola, o ano de 2010 iniciou-se sob um clima de grande incerteza quanto à capacidade de retoma dos níveis de crescimento sustentado, após o ano de forte desaceleração de crescimento do PIB que se viveu em 2009, devido à ainda grande dependência do país, como economia importadora e mono-exportadora que Angola é, dos mercados internacionais das “commodities”, nomeadamente do preço do petróleo, uma vez que as contas públicas estão ainda muito condicionadas pelo nível de receitas fiscais oriundas do mesmo. Adicionalmente, o Estado angolano, principal gerador de liquidez na economia, firmou um “Stand BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 9 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA 01 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 10 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA By Agreement” com o Fundo Monetário Internacional, cujas contrapartidas incluíram um conjunto de objectivos macroeconómicos e administrativos, que visam, entre outros, o decréscimo da taxa de inflação, a estabilização do kwanza face ao dólar norte-americano, o aumento das Reservas internacionais líquidas e a implementação de ferramentas e boas práticas na gestão de dívida pública. A retoma e aceleração do crescimento do PIB em cerca de 5%, que a economia doméstica registou durante 2010, permitiu mitigar parcialmente o “liquidity squeeze” vivido em 2009. Durante o mês de Maio de 2010, a República de Angola submeteu-se ao processo de “rating” por parte das três principais agências internacionais, tendo obtido uma notação de B+ com “outlook” positivo por parte da Standard & Poor’s e da Fitch e uma notação de B1, também com “outlook” positivo, por parte da Moody’s. Foi nesta conjuntura que o BESA completou os seus nove anos de actuação no sector financeiro angolano, onde sempre se posicionou e destacou como um Banco universal prestador de serviços de excelência a segmentos “target” específicos, sendo de destacar a actividade de “trade finance” na área “corporate” e a de “private banking” na área de afluentes/particulares. Este posicionamento faz parte de uma estratégia, previamente definida e que tem vindo a ser consistentemente seguida, com alguns ajustamentos derivados de factores exógenos, como sejam as diferentes conjunturas macroeconómicas, e que tem permitido ao Banco conseguir uma posição de relevo no sistema financeiro angolano apesar de ter uma das menores redes comerciais e uma relativa pequena base de clientes, quando comparado com os outros principais bancos a actuar em Angola. Assim, em 2010, o BESA continuou a sua trajectória empreendedora e inovadora no sistema financeiro angolano, e deu importantes passos de consolidação da sua estratégia de expansão para outras áreas de negócio, o que lhe permitirá afirmar-se como Grupo Financeiro multi-especialista, alargando a sua oferta de produtos. As BESAACTIF- Sociedade Gestora de Fundos de Investimento e de Fundos de Pensões, participadas do BESA, têm já em comercialização dois fundos, o BESA Património – Fundo de Investimento Imobiliário e o BESA Opções de Reforma – Fundo de Pensões, respectivamente. Adicionalmente, para além de um segundo Fundo Imobiliário em constituição, estão em processo de licenciamento um banco de investimento, uma sociedade de “leasing”, uma sociedade de “factoring” e uma sociedade corretora. O ano de 2010 ficará ainda marcado pela primeira publicação do Relatório de Sustentabilidade do Banco, relativo ao trabalho desenvolvido até 2009 nessa área e que será continuado e expandido no futuro. O BESA registou em 2010, a sua melhor “performance” de sempre desde o arranque da sua actividade, há quase uma década, num ambiente de retoma nacional e de condições muito adversas a nível internacional. Assim, entre todos os bancos a operar em Angola, o BESA atingiu agora o segundo lugar em termos de volume de activos sob gestão (USD 7.892 milhões, representando um crescimento homólogo de 23%) e o primeiro lugar em termos de resultado líquido do exercício (USD 331 milhões, representando um crescimento homólogo de 57%). Ainda em 2010, o BESA apoiou fortemente os agentes económicos, nomeadamente os que fazem parte da base de clientes e/ou estão abrangidos pelo seu “target”, tendo o crédito concedido ascendido a USD 3.773 milhões, representando um acréscimo de 55% em termos homólogos. Num contexto de fraca liquidez no mercado nacional, a Gestão do Banco diversificou as fontes de “funding”, tendo alavancado o balanço em 131%, representando um acréscimo de 36% em termos homólogos. Adicionalmente, em 2010 o Banco melhorou significativamente o seu rácio de eficiência que se situou em 21%, representando uma melhoria 01 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA de 6 pontos percentuais na “performance”. Gostaríamos de deixar, em meu nome e em nome de toda a Comissão Executiva, uma palavra especial de agradecimento aos Colaboradores, pelo empenho, esforço e dedicação manifestados em mais um ano de actividade desenvolvida em condições especialmente adversas. Aos Accionistas e Clientes, agradecemos a confiança manifestada. Para terminar, agradecemos a confiança e manifestamos o nosso reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelas Autoridades Monetárias, de Supervisão e pelo Conselho Fiscal. Álvaro Sobrinho BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 11 Em 2011, independentemente da evolução da situação económica internacional e do respectivo impacto na economia Angolana, o BESA manter-se-á fiel à estratégia delineada e princípios fundamentais, continuando a promover o desenvolvimento de relações comerciais de mútuo valor acrescentado e contribuindo para a reconstrução nacional em curso. O BESA cria valor há quase uma década e o compromisso de toda a equipa é o de continuar a trabalhar com a mesma determinação, seriedade e empenhamento no futuro. 01 ÓRGÃOS SOCIAIS Órgãos Sociais Os Órgãos Sociais do BESA, tendo em conta o seu estatuto de Sociedade Anónima, são eleitos em Assembleia Geral e desenvolvem a sua actividade na Sede Social do Banco. A sua composição é a seguinte: BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 12 ASSEMBLEIA GERAL Presidente Domingos António Monteiro Vice-Presidente Helder Nuno da Costa Fernandes Secretário Nuno Maria Spencer Araújo Moura Coutinho CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva Vice-Presidente Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho Vogais Hélder José Bataglia dos Santos Ilídio Domingos das Matas Santos José Octávio Serra Van-Dúnem Zandre Eudénio de Campos Finda Pedro Ferreira Neto Rui Manuel Fernandes Pires Guerra COMISSÃO EXECUTIVA Presidente Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho Nascido em 19 de Junho de 1962, é natural de Luanda, tendo feito o seu percurso académico superior em Portugal, onde se licenciou em Matemática na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, tendo posteriormente feito uma Pós-Graduação em Ciências Actuariais. A sua entrada no mercado de trabalho foi na Seguradora Mundial Confiança. Mais tarde integrou o Grupo Banco Espírito Santo onde está há já 20 anos. Exerce o cargo de CEO do BESA desde a data da sua constituição. Administradores Executivos Hélder José Bataglia dos Santos Nascido em 25 de Janeiro de 1947, iniciou a sua actividade profissional em Angola, onde viveu parte significativa da sua vida. Juntou-se ao Grupo Espírito Santo em 1992 onde criou a ESCOM, empresa inicialmente vocacionada para os mercados emergentes em países africanos e do leste europeu, que se veio a tornar no maior investidor de Portugal em Angola. Sócio fundador da ONG “Apoiar África”, membro do “American Club of Lisbon” e da Direcção da ELO (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e Cooperação). É Comendador de Portugal e Oficial da República do Congo, tendo sido condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique e com a Ordem de Mérito da República do Congo, respectivamente. É Administrador Executivo do BESA desde a data de início da sua actividade. Ilídio Domingos das Matas Santos Nascido em 27 de Fevereiro de 1954, é natural dos Açores, tendo feito parte significativa da sua formação académica em Portugal, nomeadamente na Universidade dos Açores, onde concluiu a licenciatura em Organização e Gestão de Empresas. Efectuou ainda uma Pós-Graduação em Gestão Bancária no ISEG, em Lisboa. A sua entrada no mercado de trabalho foi no Banco Comercial de Angola em 1975, tendo integrado mais tarde o “Espírito Santo 01 Financial Group”, onde a sua ligação conta já com 20 anos. Actualmente exerce o cargo de Administrador Executivo do BESA, posição que ocupa desde 2006. José Octávio Serra Van-Dúnem Nascido em 30 de Agosto de 1962 em Luanda, é licenciado em Filosofia (1988), com uma Pós-Graduação em Ciências da Educação pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (UCP) (1989) e outra em Alta Direcção de Empresas (PADE) pela Escola de Direcção e Negócios (AESE). Mestre (1998) e Doutor em Ciências Humanas: Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) (2003). Professor e Pesquisador Sénior da Universidade Agostinho Neto e da Universidade Católica de Angola, Professor e Pesquisador convidado de várias Universidades estrangeiras nomeadamente em Portugal, Brasil e França. Consultor de Empresas para as áreas de Recursos Humanos e Responsabilidade Social. CONSELHO FISCAL Presidente Carlos dos Santos Moita Vogal Francisco Machado da Cruz Suplente KPMG Angola – Audit, Tax, Advisory, SA BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 13 ÓRGÃOS SOCIAIS 01 QUADROS DIRECTIVOS Quadros Directivos DIRECÇÃO DE APROVISIONAMENTOS E INSTALAÇÕES DIRECTOR COORDENADOR Paulo Silveira SUBDIRECTORES Ânia Rosa Artur Figueiredo BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 14 DIRECÇÃO DE AUDITORIA INTERNA DIRECTOR Luís Farófia SUBDIRECTOR Manuel Patrício Silvestre DIRECÇÃO DE CONTABILIDADE E CONTROLO ORÇAMENTAL DIRECTOR COORDENADOR Luís Silva DIRECTORA ADJUNTA Denise Henriques DIRECÇÃO COMERCIAL REDES DIRECTORA COORDENADORA Lígia Madaleno DIRECTORA ADJUNTA Anabela Teixeira SUBDIRECTORES Anselmo Lisboa Elisa Baptista DIRECÇÃO COMERCIAL EMPRESAS DIRECTOR Manuel Matias SUBDIRECTOR João Pedro de Sousa DIRECÇÃO COMERCIAL GRUPO BES DIRECTOR ADJUNTO Carlos Colaço DIRECÇÃO DE CONTROLO INTERNO ASSESSOR DA ADMINISTRAÇÃO Henrique Resina GABINETE DE “COMPLIANCE” “CHIEF COMPLIANCE OFFICER” Henrique Resina DIRECÇÃO FINANCEIRA E DE MERCADOS DIRECTOR ADJUNTO Daniel Katata DIRECÇÃO DE INFORMÁTICA DIRECTOR COORDENADOR Aires Trindade SUBDIRECTORES Luis Bragança Paulo Daniel DIRECÇÃO JURÍDICA DIRECTOR COORDENADOR António Monteiro SUBDIRECTOR Helder Fernandes DIRECÇÃO DE MARKETING E COMUNICAÇÃO DIRECTORA COORDENADORA Leonor de Sá Machado DIRECTOR ADJUNTO Tiago Pereira DIRECÇÃO DE CARTÕES E CANAIS DIRECTOS DIRECTORA COORDENADORA Leonor de Sá Machado SUBDIRECTORA Silvia Fraga 01 QUADROS DIRECTIVOS DIRECÇÃO DE ORGANIZAÇÃO DIRECTOR COORDENADOR Luís Victor SUBDIRECTOR Nuno Santos DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DIRECTORA COORDENADORA Senda Ramos SUBDIRECTORES Ana Paula Bessa Artur Santos DIRECÇÃO DE SEGURANÇA DIRECTOR António Pereira DIRECÇÃO DE RISCO E CONTROLO DE CRÉDITO “GROUP CHIEF RISK OFFICER” João Moita SUBDIRECTOR Cláudio Madaleno GABINETE DE BANCA DE INVESTIMENTO DIRECTOR Manuel da Silva Reis SUBDIRECTORA Alice Martins de Figueiredo Isaura Pinto BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 15 DIRECÇÃO DE OPERAÇÕES DIRECTORA COORDENADORA Katila Santos DIRECTORAS ADJUNTAS Deolinda Morais Júlia Couchinho SUBDIRECTORA Diana Cunha 2010 RELATÓRIO E CONTAS 02 PRINCIPAIS INDICADORES DE ACTIVIDADE E RESULTADOS 02 PRINCIPAIS INDICADORES DE ACTIVIDADE E RESULTADOS em milhares de USD, excepto quando indicado 2010 2009 Variação 7.892.132 6.824.875 2.700.207 3.712.887 3.772.941 -60.054 2.700.207 7.172.283 2.875.275 714.160 6.427.375 5.439.408 2.553.670 2.410.746 2.441.592 -30.846 2.553.670 6.005.457 2.526.280 399.038 23% 25% 6% 54% 55% 95% 6% 19% 14% 79% 423.168 89.577 331.386 -270.319 290.579 78.260 211.671 235.886 46% 14% 57% -215% 131,2% 96,6% 36% 15.505 831 36 509 14 14.220 643 31 452 15 9% 29% 16% 13% -3% 21,2% 26,9% -21% 88,1% 4,9% 86,9% 3,9% 1% 25% 15,4% 16,8% 12,0% 13,2% 28% 28% Actividade Activo líquido Activo líquido médio (i) Activos financeiros Crédito a clientes Bruto Provisões Títulos e valores mobiliários Passivos financeiros Depósitos de clientes Fundos próprios Produto bancário Custos operativos Resultado líquido Fluxos de caixa Rácio de transformação Activo por colaborador Produto bancário por colaborador Número de agências/postos Número de colaboradores Número de colaboradores por agência/postos Produtividade “Cost-to-income” Rendibilidade Resultado líquido/Capitais próprios (ROE) (sobre valores médios) (i) Resultado líquido/Activo líquido (ROA) (sobre valores médios) (i) Solvabilidade Rácio de solvabilidade (TIER I) (ii) Rácio de solvabilidade (TIER I + II) (ii) (i) - devido à alteração do referencial de preparação de contas, não há séries históricas que permitam calcular estes indicadores. Assim, os valores apresentados foram calculados com os dados das contas preparadas para efeitos de consolidação no Grupo BES (IAS), que não diferem significativamente das contas preparadas em conformidade com o CONTIF. Os Fundos próprios e o resultado líquido do exercício são iguais em ambos os ”frameworks” de preparação de contas. (ii) - à data do Balanço ainda não estão publicadas as alterações das normas de apuramento do rácio de solvabilidade decorrentes da entrada em vigor do CONTIF. Assim, os valores da exposição utilizados para o cálculo foram apurados segundo as regras Basileia II e os Fundos próprios elegíveis estão reconciliados entre as regras IAS e as regras Basileia II. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 19 Funcionamento 2010 RELATÓRIO E CONTAS 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO 03 Economia Mundial O ano de 2010 foi de recuperação da economia mundial, depois dos dois últimos anos terem sido marcados por uma depressão económica sem precedentes. Assistiu-se a um engajamento das nações à escala mundial na busca de soluções para a crise, desencadeando uma intervenção massiva dos governos e de entidades supranacionais, adoptando medidas de carácter fiscal e monetário, que visavam alavancar o crescimento e restaurar a confiança dos mercados. As principais potências económicas mundiais viram-se obrigadas a injectar um considerável volume de liquidez no mercado e assumir uma política fiscal expansionista para atingir tal propósito. A forma como as economias estavam estruturadas e o seu grau de exposição aos mercados internacionais, têm sido determinantes no combate à crise financeira, económica, de confiança, de liquidez e orçamental (crise mundial), cujos impactos se fizeram sentir diferenciadamente de país para país. A capacidade de adaptação de cada uma das economias a uma nova realidade financeira internacional tem sido um factor crítico para a recuperação económica, assegurando a capacidade de geração de riqueza de forma sustentada. As potências ocidentais, encabeçadas pelos Estados Unidos da América (USA) e União Europeia (EU), cujas economias são essencialmente de mercado, com forte exposição aos mercados internacionais e com um elevado grau de dependência destes, tiveram efeitos económicos e sociais devastadores resultantes da crise mundial, colocando em causa o próprio modelo económico em que estas economias assentavam. A intervenção do Estado foi, nestes casos, crítica para evitar descalabros ainda maiores, tendo-se assistido a medidas inéditas como resgates e nacionalizações de grandes instituições financeiras. De uma maneira geral, o combate à crise mundial iniciada em 2007/8 teve por base a intervenção e concertação dos Estados nas respectivas economias à dimensão global, o que culminou num esforço financeiro excepcional que em muitos casos condicionou a própria capacidade de endividamento. Este esforço financeiro foi repartido por despesas de consumo corrente e para propósitos de responsabilidade social, de forma a estimular consumo público e privado, e para investimento púbico, numa lógica “keynesiana” de fomento da economia através da dinamização da procura, facto que agravou o défice público e o nível de endividamento. Por outro lado, no que respeita às potências emergentes, tais como China, Índia e Brasil, os efeitos da crise mundial foram limitados, com a actividade económica a ser suportada por uma robustez da procura interna, por contrapartida da degradação dos principais mercados de exportação. As elevadas taxas de poupança contribuíram também para combater os desequilíbrios nas suas economias com menos sobrecarga para a máquina fiscal. Dado este enquadramento, 2010 revelou-se um ano em que o crescimento da economia global foi feito a dois ritmos: - as economias desenvolvidas apresentaram um crescimento marcadamente mais lento, resultado dos desequilíbrios estruturais que têm condicionado a sua “performance”. Os USA têm privilegiado medidas que possibilitem um crescimento robusto que possa atenuar o crescimento do desemprego e revitalize o sector imobiliário que tarda a recuperar. Apesar do elevado nível de endividamento público, aquele país tem tido uma maior folga para manter programas de estímulo ao crescimento adoptados no auge da crise. Já os países da UE optaram por uma alteração do sentido da sua política económica para combater os excessivos défices públicos. Apesar da Alemanha, enquanto motor da economia europeia, estar já a apre- BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 23 AMBIENTE MACROECONÓMICO 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO sentar uma trajectória positiva de crescimento em 2010, o grande esforço financeiro despendido no combate à crise mundial, em especial pelos países da chamada Zona Euro, tem revelado fragilidades como consequência do agravamento da crise orçamental e de endividamento. A dificuldade na captação de financiamento externo por parte destas economias levou em 2010 à adopção de rigorosos planos de austeridade e, nos casos mais extremos, ao recurso a ajuda externa através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e do Fundo Monetário Europeu – casos da Grécia e da Irlanda. A denominada “crise dos soberanos”, que se faz sentir com forte impacto nas economias periféricas da EU, poderão conduzir a ajustamentos que se traduzirão em fortes condicionalismos no crescimento da actividade económica desses países nos próximos anos. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 24 - no que respeita às economias emergentes, estas apresentaram em 2010 um nível de crescimento robusto, atraindo consideráveis fluxos de capital que resultaram do clima de crescente confiança no desempenho destas economias, assumindo-se como alternativa às debilidades e fraco crescimento das economias mais desenvolvidas. No entanto, em países como a China e Brasil, poderá aumentar o risco de sobreaquecimento e inflação, o que justifica a adopção da opção de políticas monetárias restritivas. A actividade económica global cresceu a uma taxa de 5% em 2010, consolidando a “performance” económica trazida da segunda metade de 2009, período a partir do qual os sinais de recuperação, essencialmente resultantes das medidas excepcionais fiscais e monetárias se reflectiram na melhoria do nível de confiança dos agentes económicos, num cenário de crescimento em que as economias emergentes mantiveram a sua “performance”, tendo contribuído com 7,1% do crescimento da economia global, contra os 3% de crescimento alcançados pelas economias desenvolvidas. Crescimento Real do PIB (economia global) (%) 2006 2007 2008 2009 2010 2011P GLOBAL 5,2 5,3 2,8 -0,6 5,0 4,4 Econ. Avançadas 3,0 2,7 0,2 -3,4 3,0 2,5 Econ. Emergentes 8,2 8,7 6,0 2,6 7,1 6,5 Fonte: FMI Neste conjunto dos emergentes continua a destacar-se a China e a Índia com um crescimento do PIB de 10,3% e 9,7% em 2010, respectivamente, dissipando todas as dúvidas quanto à sua liderança no processo de recuperação global. Os USA, depois de um período de recessão que atingiu um decréscimo do PIB de 2,6% em 2009, têm revelado um progresso notável ao nível da sua economia, evidenciado pelos indicadores de actividade económica trimestrais ao longo de 2010, e culminou num crescimento anual do produto que atingiu os 2,8%. Já os países da Zona Euro tiveram um desempenho menos vigoroso quando comparado com outros poderosos blocos económicos, mas que mesmo assim não deixa de ser positivo face ao moderado desempenho esperado, condicionado por um nível elevado de desemprego e a crise de endividamento que gera constantemente um stress financeiro nos países chamados periféricos da Zona Euro, e que por isso geram inquietação no seio dos mercados quanto a sustentabilidade da dívida pública e a solvabilidade do sistema bancário. Mesmo assim, o maior bloco de integração económica registou em 2010 um crescimento do PIB de 1,8%, contra os -4,10% registados em 2009, tendo a Alemanha e a França contribuído com crescimentos de 3,6% e 1,6%, respectivamente. 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO Crescimento Real do PIB nas Principais Economias (%) 2008 EUA Zona Euro Reino Unido China 1,7 1,6 0,4 2010 India 9,6 9,2 10,3 9,6 2,8 3,1 2009 9,7 7,3 2011P Brasil 8,4 5,7 7,5 5,2 4,5 1,7 2,0 0,7 0,0 -0,6 -2,6 -4,1 -4,9 a pressão sobre os preços das “commodities” que por sua vez influenciaram o nível geral de preços nas economias, renovando as preocupações dos responsáveis de política monetária quanto aos efeitos adversos duma política monetária expansionista sobre a estabilidade dos preços. Os factores de pressão sobre os preços fizeram-se sentir com maior intensidade em 2010 quando comparados a 2009, como resultado da evolução positiva do clima económico. A recuperação das principais potências económicas do mundo e a boa “performance” das economias emergentes aumentou Taxa Média Anual de Inflação nas Principais Economias EUA Zona Euro China Reino Unido 6,00 4,50 3,00 1,50 0 -1,50 2004 2005 Fonte: Bloomberg (2004 a 2011) 2006 2007 2008 2009 2010 2011Pr BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 25 Fonte: Bloomberg (2008); FMI (2009 a 2011) 03 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 26 AMBIENTE MACROECONÓMICO Os países responderam de forma diferente ao cenário de subida de inflação vivido em 2010, não só em função da conjuntura de preços das respectivas economias mas essencialmente como resultado da “performance” do crescimento desses países. Nas economias ocidentais, foi preciso garantir o necessário equilíbrio entre o arrefecimento dos preços e a frágil recuperação dessas economias. de recuperação do sistema monetário europeu, mas também para garantir a necessária liquidez aos países de periferia que têm encontrado fortes dificuldades em se financiar nos mercados internacionais. Tanto o Fed como o BCE apostaram na manutenção das taxas de juro de referência ao nível mais baixo de sempre, isto é 1% para o BCE e um intervalo entre 0 e 0,25% para o Fed, tendência trazida de 2009, dando primazia ao crescimento económico e à criação de emprego. No que toca às economias emergentes, foi mais visível a postura de maior contracção relativa em termos de política monetária, pelo que se assistiu já a uma tendência de subida das taxas centrais. Por exemplo, o Banco Central da China (PBC), ao longo de 2010, aumentou o rácio das reservas obrigatórias em 50pb, fixando-o em 19% para os maiores bancos comerciais, o nível mais alto de sempre, além de adoptar várias medidas discricionárias contra práticas especulativas no mercado imobiliário. E, o mais importante, pelo menos em duas ocasiões, subiu as principais taxas de juro em 25 pontos base, isto é, a taxa de remuneração dos depósitos e dos empréstimos praticada pelo PBC, fechando o ano com 2,75% e 5,81% respectivamente. O Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal Norte-Americana (Fed) mantiveram posturas diferentes na condução da sua política monetária e na abordagem dos seus problemas financeiros e monetários. O Fed, gozando de uma maior autonomia, direccionou os seus instrumentos monetários no sentido de garantir a continuidade dos programas de estímulo à economia, incluindo a assistência de liquidez ao mercado através do sistema bancário. O BCE, muito dependente da correlação de força dos Estados Membros da Zona Euro, concentrou grande parte dos seus esforços no sentido de garantir a sobrevivência e a solvabilidade do sistema financeiro europeu. O BCE intensificou os programas de facilidade de liquidez aos bancos europeus e tem contribuído, não só para o esforço Taxas de Juro dos Bancos Centrais (%) EUA Zona Euro China Reino Unido 8,00 6,00 4,00 2,00 0 2004 2005 Fonte: Bloomberg (2004 a 2011) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 03 Em termos globais, o desempenho dos mercados accionistas foi condicionado, não só pela “performance” dos resultados das empresas, mas essencialmente pela conjuntura económica das principais economias. Neste contexto, o clima de tensão financeira que acompanhou a UE em 2010, associado à crise de endividamento, condicionou significativamente a maioria dos investidores, colocando-se inclusivamente o cenário de dissolução do Euro. A grave situação financeira atravessada pela Grécia e Irlanda agravaram ainda mais a volatilidade deste mercado. Todo o destaque vai para as bolsas americanas que, face ao clima de optimismo progressivo que se assistia na economia, lideraram os ganhos em 2010, quando comparadas com as restantes praças. O NASDAQ registou os maiores ganhos, tendo valorizado aproximadamente 16,9% contra os 12,8% do S&P 500 e 11% do Dow Jones. Na Europa, o DAX de Frankfurt liderou os ganhos com 16%, seguido pelo FTSE 100 com ganhos de 9%. Na restante Europa, os mercados reflectiram o clima de tensão vivido ao longo do ano, com Lisboa (PSI20) e Madrid (IBEX 35) a somarem os maiores prejuízos do ano com 10,3% e 17,4%, respectivamente. Evolução dos Principais Mercados Accionistas PSI 20 FTSE 100 NASDAQ DAX 9000 6750 4500 2250 0 Jan2009 Fonte: Reuters Abr2009 Jul2009 Out2009 Jan2010 Abr2010 Jul2010 Out2010 Jan2011 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 27 AMBIENTE MACROECONÓMICO 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO Na Ásia, apesar do bom desempenho das economias da região, a mudança de rumo no plano monetário, para uma política monetária restritiva teve reflexos no desempenho medíocre dos mercados bolsistas, com destaque para o Shangai “Composite”, que acumulou perdas de 14,3%, e Tóquio (Nikkei 225) com perdas de 3%. No mercado cambial, a tendência de valorização do euro foi invertida no último trimestre de 2009, levando a sua congénere americana a encetar uma recuperação, não só face ao Euro, mas também face às restantes moedas. O dólar americano (USD) tem beneficiado sobretudo das incertezas que pairam sobre a economia da Zona Euro, no que diz respeito à sustentabilidade das finanças públicas de alguns Estados-Membros, tendo registado uma valorização acumulada de quase 7% ao longo de 2010. Por outro lado, os sinais consistentes de recuperação registados na maior economia do mundo, devolveram confiança ao USD, aumentando a apetência dos investidores por esta moeda. No entanto, algumas incertezas sobre o crescimento da dívida norte-americana poderão ter impactos de sinal contrário, sendo este um factor a seguir com atenção pelos investidores ao longo de 2011. Evolução da Taxa de Câmbio EUR/USD 1,60 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 28 1,45 1,30 1,15 1,00 Jan2009 Fonte: Reuters Abr2009 Jul2009 Out2009 Jan2010 Abr2010 Jul2010 Out2010 Dez2010 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO O aumento da produção global e, consequentemente, o aumento da procura de matérias-primas, esteve na base do crescimento dos preços das “commodities” em 2010. No que respeita especificamente ao petróleo, aquele importante recurso acumulou ganhos de aproximadamente 22% ao longo do ano, tendo sido transaccionado em Dezembro acima dos USD 93 o barril, e é esperada uma tendência de subida no médio e longo prazo para esta matéria-prima. As perspectivas optimistas que rodeiam o cenário de crescimento da economia global, fizeram com que a Agência Internacional de Energia revisse as suas projecções de crescimento da procura global de petróleo em 2011 em alta de 1,5%, especialmente para a América do Norte e Ásia. Merecem também destaque as “commodities” não energéticas, cuja valorização foi a maior de sempre. Neste segmento temos os produtos alimentares que mantiveram a tendência de valorização em 2010, movidas essencialmente por dois factores: o aumento da procura global mas também as condições climatéricas adversas que têm posto em causa os níveis de oferta destes recursos ao mercado. Por exemplo, o preço do trigo, importante matéria-prima na indústria alimentar, acumulou ganhos de aproximadamente 86,9% ao longo de 2010. Evolução do Preço do Ouro 2009/10 1500 1250 750 500 Jan2009 Abr2009 Jul2009 Out2009 Jan2010 Abr2010 Jul2010 Out2010 Dez2010 Fonte: Reuters Evolução do Preço do Petróleo 2009/10 (Brent) 100 80 60 40 20 Jan2009 Fonte: Reuters Ab2009 Jul2009 Out2009 Jan2010 Abr2010 Jul2010 Out2010 Dez2010 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 29 1000 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO Economia Nacional Em 2010, Angola registou uma boa “performance” macroeconómica, recuperando de um ano transacto em que se assistiu a uma forte desaceleração económica. A especificidade da economia angolana, fortemente influenciada pelo facto de ser uma economia tipicamente mono-exportadora, cria algumas vulnerabilidades e dependência relativamente à evolução internacional dos preços do petróleo – a principal exportação do país. Desta forma, a subida do preço desta matéria-prima como consequência da recuperação económica global, contribuiu para o bom registo da economia angolana em 2010, ano em que o crescimento do PIB está estimado em 4,5%. Produto Interno Bruto de Angola (%) - Crescimento Real 2005 2006 2007 2008E 2009E 2010 E 2011 P BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 30 30,0 23,30 22,5 15,0 20,60 18,60 13,80 7,60 7,5 4,50 2,41 0,0 Fonte: Ministério do Planeamento de Angola 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO O esforço de diversificação da economia angolana, com o propósito de promover o crescimento de outros sectores económicos que possibilitem a absorção de mão-de-obra, criação de emprego e melhoria sustentada da qualidade de vida dos cidadãos angolanos, tem sido uma tendência dos últimos anos, e 2010 não foi excepção. Sectores como agricultura, indústria, construção e serviços, revelaram um crescente dinamismo. Contribuições dos Sectores Petrolífero e Não Petrolífero para o Crescimento do PIB PIB 2009 PIB Petrolífero 2010P PIB Não Petrolífero 2012P 2011P 20,00 17,70 15,50 15,00 11,20 5,00 4,50 2,41 5,70 2,70 7,60 2,30 0,00 -5,00 -5,10 -10,00 Fonte: Ministério do Planeamento de Angola A estrutura de formação de preços na economia angolana, é influenciada por uma rede de distribuição comercial ainda débil, resultado de uma rede de transportes deficiente e de uma produção local insuficiente. Tal realidade tem resultado numa constante pressão sobre os preços na economia, o que limita a trajectória de descida da inflação, e numa forte pressão cambial, originada pelo peso das importações de bens e serviços, e pela procura de divisas numa óptica de instrumento de cobertura, face à volatilidade da moeda local. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 31 8,31 10,00 11,9 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO Inflação Mensal (%) 3,00 2,25 1,50 0,75 0 Jan2010 Abr2010 Jul2010 Out2010 Dez2010 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 32 Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Angola Contrariamente aos três últimos anos, em que o nível de inflação mensal registou uma tendência decrescente, em Setembro de 2010 aquele indicador deu um significativo salto discricionário, registando, em termos homólogos, uma subida para 15,72% contra os 13,98% de Agosto e atingiu o seu pico dos últimos anos em Outubro, quando a inflação homóloga registou 16,08%, como consequência do corte no subsídio aos combustíveis decretado pelo Governo. Em Dezembro de 2010, a inflação homóloga fixou-se nos 15,31%, o valor mais alto registado desde Fevereiro de 2006 quando aquele indicador atingiu os 15,71%. Tendo em conta a evolução da taxa de inflação nos últimos anos, verifica-se, pois, alguma dificuldade no crescimento dos preços a taxas anuais inferiores a 12%. Inflação Homóloga 2009/10 20% 14% 8% 2% Jan2009 Abr2009 Jul2009 Out2009 Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Angola Jan2010 Abr2010 Jul2010 Out2010 Dez2010 03 O Estado, além de ser o principal agente económico na economia, é igualmente a entidade responsável pela condução da política fiscal e monetária, sendo esta última executada pelo Banco Nacional de Angola, que também é a entidade supervisora e regulamentadora do sistema financeiro. Em 2010, ao contrário de 2009, o Estado registou um saldo orçamental positivo, resultante da evolução positiva do preço do petróleo – o que tem um forte impacto nas receitas do Estado, provenientes em cerca de 75% do sector petrolífero. Tal “performance” permitiu aliviar as contas do sector público, como evidenciado pela evolução positiva do saldo fiscal para 1,2% em 2010 contra um défice de 9,1% em 2009, enquanto o OGE de 2011 prevê um saldo global positivo de 3,5%, o que abre boas perspectivas para o exercício económico corrente. O aperto de liquidez vivido em 2009 como consequência da queda abrupta do preço do petróleo, levou a um esforço adicional do Governo no sentido de reduzir a despesa pública, ajustando assim, do lado da despesa, a redução significativa de receitas. Como forma de suprir necessidades de tesouraria, o Estado angolano assinou um “Stand By Agreement” com o FMI (Acordo), no montante de até USD 1,4 biliões, a ser disponibilizado em tranches, em função de metas pré-acordadas entre as partes. O objectivo deste Acordo visa igualmente dotar o Estado angolano das ferramentas e boas práticas necessárias na gestão de dívida pública, o que tem vindo a ser conseguido, e que se tem traduzido em importantes reformas nesta área – tendo inclusivamente sido criada a Unidade de Gestão de Dívida Pública dentro da estrutura orgânica do Ministério das Finanças. A retoma e aceleração que a economia assistiu durante 2010 permitiu regularizar parcialmente o “liquidity squeeze” vivido em 2009. A taxa de juro, a par da taxa de câmbio, foi o instrumento preferencialmente utilizado pela autoridade monetária angolana na gestão da liquidez no mercado, de forma a assegurar uma taxa de inflação de acordo com as metas definidas. A dificuldade com que o Governo angolano se deparou na captação de financiamentos no mercado internacional, fez com que este recorresse com frequência ao mercado local para financiar a sua actividade, através da emissão de títulos com maturidades de curto e médio prazo. Os Títulos do Banco Central (TBC) continuam a ser o principal instrumento de intervenção no mercado monetário e que condiciona em grande medida a evolução das taxas de juro no mercado. No entanto, o controlo dos fluxos de liquidez em moeda local contou também com importantes medidas do foro regulamentar, nomeadamente no que respeita à alteração do rácio de reservas obrigatórias requeridas aos bancos comerciais, cuja última alteração, datada de Junho de 2010, as fixou em 15% para moeda estrangeira e 25% para moeda nacional, bem como a fixação de uma taxa de redesconto “overnight”, instrumento de facilidade de liquidez do Banco Central para os bancos comerciais, em 30% até Junho de 2010, tendo sido posteriormente reduzida para 25%, o que induz uma política monetária bastante restritiva. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 33 AMBIENTE MACROECONÓMICO 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO Taxa de Redesconto do BNA 2008/10 30% 23% 15% 8% 0% Jan2008 Fev2009 Jul2010 Out2009 Dez2010 Fonte: Banco Nacional de Angola / DFM BESA BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 34 Evolução das Taxas de Juro dos Títulos do Banco Central (182 dias) 30% 23% 15% 8% 0% Jan2008 Jul2008 Jan2009 Fonte: Banco Nacional de Angola / DFM BESA Jul2009 Jan2010 Jul2010 Dez2010 03 Em 2010, o Banco Nacional de Angola foi muito activo na emissão de títulos de curto prazo, tendo emitido dívida em todas as maturidades até 12 meses e ao longo do ano inteiro. Neste ano, o BNA colocou no mercado títulos no valor de 787.593,50 milhões de kwanzas contra os 223.706,30 milhões de kwanzas colocados em 2009, o que é demonstrativo da importância destes títulos no controle das variáveis monetárias e consequentemente o nível de liquidez no mercado. Em termos médios mensais, as taxas de juro registaram uma subida relativa quando comparadas ao ano anterior, em que a taxa de juro se situou abaixo dos 16% nos três primeiros trimestres. A partir do último trimestre de 2009 a tendência inverteu-se e assistiu-se a uma subida das taxas para níveis acima dos 20% no primeiro trimestre de 2010 e em todas as maturidades, fase em que a remuneração dos títulos a 182 dias chegou a cotar 25% ao ano. Na segunda metade do ano registou-se um recuo na remuneração dos títulos em quase todas as maturidades, tendo os títulos com maturidade de 182 dias fechado o ano abaixo da taxa de 20%. A taxa de câmbio é uma variável fundamental no objectivo político de controlo da inflação, uma vez que a estabilidade da moeda nacional face ao USD, principal divisa de transacção no mercado local, é crucial no processo de estabilização dos preços e consequente redução das pressões inflacionistas na economia, dados os elevados níveis de importação da economia Angolana. No entanto, este modelo tem como pressuposto básico a manutenção de um nível de reservas cambiais muito elevado e estável. Mantiveram-se rígidos os mecanismos de controlo cambial adoptados pelo Banco Central no seu processo de disponibilização de divisas (USD) no mercado, o que permitiu variações na taxa de câmbio da moeda local em relação ao dólar relativamente baixas. Como resultado, a moeda nacional manteve um comportamento relativamente estável contra o USD, tendo registado uma desvalorização média acumulada anual de aproximadamente 3,63% em 2010, significativamente abaixo dos 19% registados em 2009, o que revela bem o efeito prático do rígido controlo da autoridade monetária sobre a estrutura cambial. A taxa de câmbio média diária passou de 89,400 kwanzas o dólar, no início de Janeiro, para 92,643 em 31 de Dezembro de 2010. Taxa de Câmbio Média USD/AOA 2009/10 100 75 50 25 0 Jan2009 Abr2009 Jul2009 Out2009 Fonte: Banco Nacional de Angola / DFM BESA Jan2010 Abr2010 Jul2010 Out2010 Dez2010 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 35 AMBIENTE MACROECONÓMICO 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO Em termos globais, cresceram os níveis de oferta de divisas ao mercado garantidos pelo BNA em 2010, quando comparados aos níveis de 2009, representando um aumento de 9,05%, tendo o montante global de venda de divisas no mercado interbancário totalizado USD 11.599 mil milhões em 2010 contra os USD 10.636 mil milhões em 2009. Montante de Dólares Americanos Vendidos pelo BNA (milhões) 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 15.000 11.599 10.636 11.250 9.077 7.500 6.728 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 36 5.524 3.494 3.750 1.434 2.115 2.553 0 Fonte: Banco Nacional de Angola / DFM BESA 03 AMBIENTE MACROECONÓMICO Depois de em 2009 se ter assistido à redução do fluxo de divisas estrangeiras resultante da quebra do volume de exportação de petróleo e de um esforço das autoridades angolanas no sentido de suportar a estabilidade do Kwanza face ao USD, que se traduziram na redução significativa no nível de reservas cambiais, em 2010 notou-se um grande esforço de estabilização do sistema monetário e de recuperação dos níveis considerados óptimos das reservas cambiais que permitissem responder com eficácia às necessidades do mercado e garantir estabilidade à moeda local. Neste aspecto, a valorização dos preços do petróleo no mercado internacional e a linha de financiamento do FMI com este propósito, contribuíram de forma crítica para aumentar as reservas cambiais. Evolução das Reservas Internacionais Líquidas (mil milhões de USD) Dez00 Dez01 Dez02 Dez03 Dez04 Dez05 Dez06 Dez07 Dez08 Dez09 Dez10E 17,60 15 11,19 10 8,14 4,14 5 1,04 0,57 0,35 0,78 0 Fonte: Banco Nacional de Angola / DFM BESA 2,02 12,62 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 37 19,70 20 03 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 38 AMBIENTE MACROECONÓMICO Perspectivas para 2011 Para 2011, espera-se pela consolidação do processo de recuperação das principais economias, motores condutores do crescimento global. Porém, existem alguns factores de risco que, a persistirem, poderão resultar num entrave ao crescimento. Os dados estatísticos mostram que a economia mundial voltou a crescer, no entanto a recuperação da actividade económica continua a assentar em estímulos públicos introduzidos ou adoptados durante a crise e ainda não são visíveis sinais consistentes do dinamismo no sector privado – em especial, ao nível das economias desenvolvidas. Apesar da fragilidade destas economias, associada a níveis de desemprego elevados, são esperadas alterações ao nível da política monetária, face aos riscos crescentes de inflação. Ao nível fiscal, e dada a “crise dos soberanos”, é esperada igualmente uma política orçamental restritiva, que permita alcançar a sustentabilidade das contas públicas das economias desenvolvidas. À medida que os mercados continuam a olhar com alguma desconfiança para a evolução das economias periféricas da Zona Euro, e relativamente à capacidade de resposta política do bloco económico face às fragilidades registadas, mantém-se forte o interesse nas economias emergentes e nos “frontier markets”, que vêm progressivamente a apresentar uma “performance” económica robusta em 2011 e por isso manter-se-ão, uma vez mais, como o motor de crescimento global. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 39 AMBIENTE MACROECONÓMICO 03 2010 RELATÓRIO E CONTAS 04 MODELO DE GOVERNAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 04 MODELO DE GOVERNAÇÃO E FISCALIZAÇÃO Assim, o BESA, como entidade de direito angolano, está obrigado ao cumprimento do disposto na respectiva Lei e demais Normativos de Supervisão sobre os Princípios de Governação. Adicionalmente, o BESA, como entidade maioritariamente detida pelo Grupo BES, incorpora no seu modelo de Governação as melhores práticas internacionais nesta matéria. Um estudo independente, recentemente efectuado, classifica o Governo Corporativo do BESA em 5,1, quando comparado com o “benchmark” de referência, o “Dow Jones Sustainability Index (DJSI)” cujo máximo de classificação é de 6,0. O mesmo estudo indica que a média do sector bancário, quando comparado com o mesmo “benchmark”, é de 4,14. Numa perspectiva de reforço e compromisso com as melhores práticas de Governo das Sociedades, a Assembleia Geral de Accionistas confia a condução do Banco ao Conselho de Administração, mantendo a gestão corrente na Comissão Executiva, e atribui a função de fiscalização externa da actividade a um Conselho Fiscal e ao Auditor Externo. Adicionalmente, a actividade do BESA é supervisionada pelo Banco Nacional de Angola (BNA ou Banco Central), dentro das competências atribuídas a esta entidade. Órgãos de Governação ASSEMBLEIA GERAL A Assembleia Geral de Accionistas é o órgão supremo de gestão do Banco e reúne anualmente ou numa base extraordinária. A Assembleia Geral do Banco inclui todos os accionistas (ou os seus representantes). Este órgão tem por principais competências proceder à apreciação e deliberar sobre o Relatório de Gestão e as Contas de cada exercício, bem como sobre a proposta de distribuição de resultados, e proceder à eleição dos Órgãos Sociais. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A Gestão do Banco é assegurada por um Conselho de Administração, cuja composição, nos termos estatutários, pode ir de sete a onze membros, três ou cinco dos quais, respectivamente, são Administradores Executivos, e têm a responsabilidade global pelas actividades do Banco. O Conselho de Administração reúne numa base trimestral. O Conselho de Administração delega a gestão corrente do BESA numa Comissão Executiva, que actualmente é composta por quatro membros. O quinto voto está interinamente delegado ao Presidente da Comissão Executiva. O Presidente, Vice-Presidente e outros membros do Conselho de Administração, Vogais, são nomeados pela Assembleia Geral de Accionistas e deverão manter-se até que o seu mandato termine, de acordo com os procedimentos instituídos pela legislação local e pelos estatutos do Banco. COMISSÃO EXECUTIVA A Comissão Executiva é responsável, conforme previsto nos estatutos do Banco, pela implementação da estratégia definida em todos os domínios bem como pela gestão das actividades e operações do Banco. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 43 O BESA incorpora no seu modelo de Governação, Fiscalização e Organização as melhores práticas nacionais e internacionais, incluindo as emanadas pela autoridade de supervisão em Angola, bem como as demais que lhe são aplicáveis por via do Grupo onde se insere. 04 MODELO DE GOVERNAÇÃO E FISCALIZAÇÃO Cabe ainda à Comissão Executiva a definição das unidades de estrutura do banco, bem como a definição dos níveis de controlo que considere adequados, tendo em conta os riscos inerentes à actividade bancária e, em particular, às exigências e riscos inerentes ao mercado angolano. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 44 O Vice-Presidente do Conselho de Administração preside também à Comissão Executiva, e é responsável por assegurar a gestão diária das actividades do Banco. Estas responsabilidades podem, em parte ou num todo, ser delegadas nos responsáveis de cada uma das unidades de estrutura do Banco que reportam ao respectivo Administrador Executivo e são responsáveis pela precisão da informação incluída nos relatórios do Banco. O Presidente da Comissão Executiva assina também os documentos de prestação de contas do Banco. Internamente, o BESA estrutura as suas actividades através de 20 Direcções e Gabinetes consultivos, de controlo e apoio à Gestão, que actuam sob delegação da Comissão Executiva e reportam ao respectivo Administrador Executivo do Pelouro. A estrutura organizativa do BESA foi definida em conformidade (i) com a adequação às linhas estratégicas de actuação do Banco, (ii) com a Lei e Normativo angolano, e (iii) com as políticas sobre esta matéria do Grupo onde se insere, assegurando uma adequada segregação de funções de decisão, execução e controlo. Os responsáveis ou, na sua ausência ou impossibilidade, as segundas linhas das Direcções e Gabinetes reúnem-se formalmente duas vezes por mês para discussão das questões da actividade corrente do Banco. As actas destas reuniões são formalmente apresentadas e discutidas com a Comissão Executiva que reúne todas as quartas-feiras com os responsáveis das Direcções e Gabinetes. Nesta reunião semanal (i) são discutidas e aprovadas, ou não, as propostas decorrentes das reuniões de Direcção, e (ii) são apresentadas as orientações estratégicas e operacionais do Banco. Para além deste sistema institucional, os Administradores Executivos reúnem com as Direcções com a periodicidade que as actividades diárias do Banco ou outras quaisquer questões extraordinárias requeiram. Adicionalmente, com uma periodicidade mensal, efectua-se a reunião de objectivos, estando presentes, para além dos Administradores Executivos e dos responsáveis pelas Direcções e Gabinetes, as chefias da rede comercial (Gerentes e Sub-Gerentes) e demais colaboradores do Banco. O objectivo principal destas reuniões é a apresentação formal dos objectivos comerciais para cada mês, bem como o controlo da respectiva execução. São ainda incluídos na agenda dois outros pontos sobre assuntos que se revelem pertinentes nas circunstâncias. É também nestas reuniões mensais que os colaboradores têm oportunidade adicional de discutir ou esclarecer com a Comissão Executiva as respectivas questões sobre o funcionamento do Banco. Órgãos de Fiscalização e Controlo Externo da Governação CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal é constituído pelo Presidente, um Vogal e um Vogal Suplente (que será um representante do Auditor Externo), e tem a responsabilidade global pela fiscalização do cumprimento dos estatutos e da legislação aplicável ao desenvolvimento das actividades do Banco e pela verificação da regularidade da escrituração contabilística e da conformidade da respectiva documentação de suporte. AUDITOR EXTERNO De acordo com a Lei Angolana, o auditor externo tem como principais responsabilidades (i) expressar uma 04 MODELO DE GOVERNAÇÃO E FISCALIZAÇÃO BANCO CENTRAL O BNA é a entidade regulamentadora e supervisora da actividade financeira bancária e da não-bancária ligada à moeda e crédito em Angola. Compete ainda ao BNA autorizar a constituição de instituições de crédito e sociedades financeiras, salvo nos casos em que o capital subscrito por accionistas não residentes seja superior a 20% do capital social, situação em que a autorização compete ao Conselho de Ministros. Adicionalmente, o BNA acompanha a actividade das entidades autorizadas a operar no mercado financeiro angolano, vigia o cumprimento das regras que regem essa actividade, emite recomendações para que sejam sanadas as irregularidades detectadas, sanciona as infracções praticadas e toma providências extraordinárias de saneamento. Controlo Interno da Governação Adicionalmente, o BESA incorpora na sua estrutura as seguintes funções de controlo e fiscalização interna: - “Compliance” e Controlo Interno - Auditoria Interna - Risco As três unidades de controlo e fiscalização interna do BESA, o “Compliance”, a Auditoria Interna e o Risco, emitem, com referência a 30 de Maio de cada ano, os respectivos relatórios de actividade dirigidos aos Órgãos de Administração e Fiscalização do Banco. O conteúdo destes relatórios é depois incorporado no Relatório de Controlo Interno emitido pela Comissão Executiva, com a finalidade de dar cumprimento às obrigações regulamentares do Grupo onde o BESA se insere. O Relatório de Controlo Interno constitui a opinião afirmativa do Órgão de Administração do Banco sobre a qualidade do respectivo Sistema de Controlo Interno e a sua emissão é acompanhada por um Parecer do Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes sobre o respectivo conteúdo. A grande inovação deste Relatório, é que as opiniões das três funções de controlo e fiscalização e a do Órgão de Administração são manifestadas pela positiva, ou seja, referem especificamente as oportunidades de melhoria, a data da sua constatação e as acções tomadas para as implementar, ao contrário do que acontecia até então, onde as opiniões eram dadas pela negativa. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 45 opinião profissional e independente sobre as contas de cada exercício preparadas em conformidade com o normativo local, (ii) emitir relatório decorrente da avaliação da qualidade e adequação dos sistemas de controlo interno, de processamento de dados e de gestão dos riscos, demonstrando as deficiências identificadas, (iii) emitir relatório sobre o cumprimento das disposições legais e regulamentares, que tenham, ou possam vir a ter reflexos relevantes nas demonstrações financeiras, e (iv) outros que venham a ser solicitados pelo BNA. 2010 RELATÓRIO E CONTAS 05 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E CULTURAL 05 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E SOCIAL Os Investidores institucionais e os mercados de capital estão cada vez mais atentos aos activos intangíveis das organizações (como sejam a gestão da qualidade, o desenvolvimento do capital humano e/ ou a “performance” ambiental). Vários estudos apresentam evidências que permitem argumentar que existe uma correlação positiva entre sustentabilidade e a “performance” financeira corporativa. Assim, os investidores preferem apoiar as organizações que procuram não só maximizar os seus lucros mas também mostrar que são cidadãos corporativos exemplares. O BESA e a Sustentabilidade O projecto BESA, que conta já com quase uma década em Angola, é de longo prazo e tem como principal “driver” a criação de Valor para os “stakeholders” (i) participando activamente na Sociedade através de programas de sustentabilidade e responsabilidade social, (ii) contribuindo para o processo de reconstrução nacional em curso em Angola, (iii) proporcionando aos Clientes produtos e serviços de Valor acrescentado mútuo e qualidade excelente, (iv) valorizando pessoal e profissionalmente os seus Colaboradores, e (v) finalmente, criando Valor para os seus accionistas. O BESA está convicto que a implementação das acções decorrentes do resultado desse diagnóstico garante, não só o aumento da confiança dos investidores, como potencia o aparecimento de inovação, vantagem competitiva e aumenta o Valor para os Clientes, Colaboradores e Accionistas. Em média, a implementação dessas acções permitirá ao Banco evoluir dos actuais 44,64% para 55,79% e 70% no curto (2010/2011) e médio prazo (2011/2012), respectivamente. A média do sector no “benchmark” de referência, o “Dow Jones Sustainability Index (DJSI)”, é de 50%. Neste contexto, o BESA tem pautado a sua actuação no mercado identificando e alavancando as oportunidades de negócio e mitigando os riscos resultantes dos factores económicos, ambientais e sociais. O BESA tem quase uma década de história de sucesso: Mais uma vez, o BESA reforça o seu posicionamento de banco pioneiro no mercado angolano ao fazer um diagnóstico de sustentabilidade corporativa utilizando metodologias internacionalmente comprovadas e reconhecidas. - com 36 balcões e postos de atendimento, está presente em 7 províncias de Angola, estando a decorrer os processos tendentes à sua presença em todas as capitais de província no curto prazo; - faz parte do grupo restrito de Bancos a operar em Angola que representam cerca de 80% do sector financeiro do país; - tem um portfólio de crédito que abrange vários sectores de actividade; - tem reconhecimento e prestígio nacional e BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 49 Desta forma, o BESA cresce de forma sustentada sem comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras. O Sector bancário procura cada vez mais o “compliance” com indicadores credíveis que transmitam aos seus “stakeholders” a solidez e atractividade do negócio desenvolvido. 05 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E SOCIAL internacional, tendo sido laureado com várias distinções em 2008, 2009, 2010 e 2011; - está a deixar a sua marca de forma sustentável ao acrescentar Valor aos “stakeholders”, nomeadamente através do apoio à bancarização das pessoas e empresas e do desenvolvimento socioeconómico do país. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 50 BESA Responsabilidade Social: Desenvolvimento do Conceito “Private Contributor” A estratégia de Responsabilidade Social do BESA é baseada no desenvolvimento do conceito “private contributor”, segundo o qual as empresas privadas e organizações governamentais, instituições internacionais e outros representantes da comunidade local têm de trabalhar em conjunto na promoção e divulgação dos princípios e valores da Sustentabilidade. Deste modo, o BESA estabeleceu uma série de parcerias que permitem que a instituição participe de forma activa na educação sobre o desenvolvimento sustentável, na divulgação de mensagens sobre a protecção e utilização racional dos recursos e por meio da inclusão de métodos de crescimento económico que respeitem as raízes culturais e promova a qualidade de vida das comunidades. Fruto da sua relação com o International Year of Planet Earth e do seu envolvimento na promoção do desenvolvimento sustentável, o BESA foi eleito Banco Oficial do Planeta Terra, para o período 2010-2020. Desta forma, a instituição garante o seu envolvimento numa série de acções com impacto internacional. A parceria com o Planet Earth Institute (PEI), de que é membro fundador, permite implementar uma série de programas em vários países, dos quais destacamos a criação de Comités do Planeta Terra em Angola, Brasil e Cabo Verde. O Comité constitui-se num fórum que reúne várias instituições privadas e dos governos destes países e que tem como objectivo realizar um conjunto de actividades que promovam o conhecimento e a promoção da sustentabilidade a nível internacional. O desafio de execução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio implica a implementação de novas parcerias e novos métodos de promoção da sustentabilidade a nível Global. É com base neste princípio que será desenvolvido o Centro de Excelência para Ciências Aplicadas a Sustentabilidade em África (CESSAF), uma parceria entre o ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia de Angola, a UNESCO, o PEI e o BESA. Este é um dos projectos, entre os vários implementados pelo BESA em Angola e noutros países, que representa um progresso relevante na implementação do princípio private contributor, uma vez que não só prevê o envolvimento ao mesmo nível de várias instituições, como tem um carácter de continuidade tanto na sua execução como nos benefícios que irá gerar. Através do BESA Responsabilidade Social e das diversas iniciativas das suas três áreas – BESA Cultura, BESA Ambiente e BESA Social – o Banco tem implementado uma política de envolvimento com a comunidade que se diferencia de outras instituições do mercado angolano, nomeadamente da Banca. Nas várias actividades realizadas existe sempre a preocupação de tornar claro que além da performance financeira o envolvimento noutras acções que promovam uma melhor qualidade de vida para todos é um pilar estratégico do Banco. 05 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E SOCIAL Reconhecimento Internacional 2011  “Best Trade Finance in Angola 2011” – A Global Finance distinguiu pelo segundo ano consecutivo o BESA como melhor Banco na área de “Trade Finance” em Angola em 2011. Este prémio é atribuído aos melhores bancos que actuam nesta área de negócio em 67 países e 4 regiões. De entre os critérios utilizados para a escolha destacam-se o volume de operações, a presença e cobertura internacional, a estrutura comercial e plataformas tecnológicas bem como a política de “pricing”. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 51 Assim, foi apresentado o Relatório de Sustentabilidade 2009, uma acção inovadora em Angola, uma vez que o BESA é das primeiras instituições a apresentar um documento desta natureza. Nele, a instituição reafirma, enquanto Banco Oficial do Planeta Terra, o compromisso em promover a sustentabilidade. 05 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E SOCIAL 2010 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 52  Banco Oficial do Planeta Terra UNESCO – distinção atribuída pela UNESCO, válida pelos próximos dez anos, no seguimento da cooperação do Banco com esta entidade, traduzida no seu papel activo na promoção do desenvolvimento sustentável, apoiando diversas iniciativas relacionadas com a sua dinamização económica, a valorização da cultura, o apoio à educação e a protecção do ambiente. “Best Bank Award 2010” – O BESA foi distinguido, pelo terceiro ano consecutivo, como o Melhor Banco a operar no mercado angolano em 2010, de acordo com a revista especializada Global Finance, que distingue aqueles que atendem cuidadosamente às necessidades dos seus clientes em mercados difíceis e conseguem os melhores resultados, enquanto trabalham nas condições que permitam repetir este sucesso. O BESA será um dos parceiros principais na implementação de acções de divulgação e promoção de mensagens sobre a sustentabilidade da UNESCO, através do Instituto do Planeta Terra, uma nova instituição que dará continuidade ao trabalho iniciado pelo Comité Internacional do Planeta Terra. O Instituto Planeta Terra da Unesco trabalhará em parceria com os comités nacionais do Planeta Terra em mais de 80 países e com Parceiros Internacionais para uma maior abrangência na busca de informações sobre o estado do nosso planeta e de soluções que conduzam ao desenvolvimento sustentável. “Best Trade Finance in Angola 2010” – A Global Finance também distinguiu o BESA como melhor Banco na área de “Trade Finance” em Angola em 2010. Este prémio é atribuído aos melhores bancos que actuam nesta área de negócio em 67 países e 4 regiões. De entre os critérios utilizados para a escolha, destacam-se o volume de operações, a presença e cobertura internacional, a estrutura comercial e plataformas tecnológicas bem como a política de “pricing”. 05 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E SOCIAL “Best Banking Group in Angola” - Prémio atribuído pela “World Finance”. É a terceira vez consecutiva que esta revista premeia o BESA, depois de ter atribuído em 2009 o prémio de “Best Bank in Angola” e em 2008 o prémio de “Private Bank of the Year”. Este prémio reconhece a estratégia do BESA em se tornar no primeiro grupo financeiro em Angola. “Best Bank in Angola” - Prémio atribuído pela EMEA Finance, entidade que também distingue o BESA pelo terceiro ano consecutivo. A publicação atribuiu este prémio em reconhecimento da “performance” do BESA em indicadores como o crescimento dos depósitos e da carteira de crédito, entre outros. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 53 “Best Banking Group in Subsaharian Africa” - é uma distinção atribuída pela revista internacional “World Finance” no âmbito dos “Best Banking Awards 2010”. Visa reconhecer a estratégia do BESA em se tornar no primeiro grupo financeiro na África Subsariaana. 2010 RELATÓRIO E CONTAS 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA O BESA continua a afirmar-se no mercado angolano, de forma sustentada, apesar do ambiente macroeconómico adverso que Angola viveu durante os dois últimos anos (com especial enfoque para (i) o impacto da crise global na economia angolana que se fez sentir mais significativamente no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e, (ii) o grande grau de incerteza e do nível de estagnação que se viveu durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010) como um banco universal de referência e que apresenta de forma sustentada os melhores índices de rentabilidade e eficiência. A dinâmica de crescimento registada em 2010, quando comparada com as séries históricas desde a data de abertura do Banco, registou uma desaceleração, explicada essencialmente pela estagnação da economia real que se viveu em Angola durante este ano, e pela conjuntura macroeconómica internacional de forte escassez de liquidez conjugada com a política monetária restritiva seguida pelo Governo da República e executada pelo BNA. Ainda assim, a actividade do BESA durante o exercício de 2010 ficará marcada (i) pelo lançamento de um leque de novos e atractivos serviços e produtos, tais como (a) uma colecção de cartões de crédito (“BESA Collection”), (b) produtos de captação de poupanças (BESA Prémio e BESA Net crescer), e (c) o lançamento de um Fundo de Pensões aberto e de contribuição definida (BESA Opções Reforma) (ii) pela consolidação da área de cartões e canais directos, nomeadamente a operacionalidade do “Internet banking” (BESAnet) na componente de consulta e transaccionalidade e na disponibilização aos clientes de um serviço 24/7, e (iii) pela consolidação da mudança de Lisboa para Luanda de toda a infra-estrutura informática do Banco. A “performance” do BESA continua a ser o resultado de uma estratégia de médio e longo prazo consistentemente aplicada em todos os segmentos em que o Banco actua e que aposta na solidez, confiança e excelência no serviço prestado ao cliente. Assim, desde a sua fundação, o BESA tem sido reconhecido pelas distinções atribuídas por prestigiadas instituições internacionais e pelo apoio a iniciativas culturais e do saber. Desde a sua constituição, o Banco tem vindo a desenvolver um leque atractivo de produtos e serviços, tendo-se diferenciado da concorrência desde o início da sua actividade pelas suas acções inovadoras e pelo seu posicionamento no mercado angolano, sem perder de vista a definição da sua Missão. Adicionalmente, o Banco tem vindo permanentemente a diversificar o tipo de produtos que oferece aos seus clientes. Sendo um Banco de cariz universal, a actividade do BESA assenta na prestação de um serviço global aos clientes particulares e empresas. Para além da sua estrutura física comercial, o BESA disponibiliza aos seus clientes particulares, empresas e institucionais, o serviço de “Internet banking”, o BESAnet, na vertente de consultas e transaccionalidade e o BESAdirecto, um serviço de atendimento telefónico que funciona 24 horas/365 dias por ano. 06.2 Base de Actuação Comercial 06.2.1 Base de Clientes A base de Clientes, em quantidade e decomposta pelos principais segmentos, em finais de 2010 e de 2009, analisa-se como segue: BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 57 06.1 Evolução da Actividade 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA Base de Clientes 2010 Particulares Private Afluentes Empresas Grandes empresas e Institucionais Segmento médio e negócios BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 58 Total 2009 Variação Valor % 1.089 1.051 38 4% 34.933 28.425 6.508 23% 281 5.030 269 4.348 12 4% 682 16% 41.333 34.093 7.240 21% No que respeita à banca de particulares, o BESA centra a sua actividade nos clientes “private” e afluentes. Estando permanentemente atento às necessidades destes clientes, o Banco promove continuamente o desenvolvimento de novos produtos e disponibiliza Agências modernas e eficientes com uma adequada cobertura geográfica. A estrutura comercial do BESA foi também reforçada, sendo agora composta por 36 balcões, 25 dos quais em Luanda, sendo objectivo do Banco a presença em todas as capitais de província no curto prazo. Para além disso o Banco conta, desde meados de 2008 de um Centro “Private” em Luanda. O ritmo da expansão da cobertura geográfica tem vindo a adequar-se ao crescimento acentuado que o Banco tem tido desde a sua constituição e tem sido integralmente financiado por capitais próprios. Relativamente à banca de empresas, a actividade está essencialmente direccionada para (i) o estabelecimento de parcerias comerciais de valor acrescentado mútuo com as grandes e médias empresas a operar em Angola, através do financiamento de projectos de investimento e/ou de necessidades de tesouraria e da prestação de apoio técnico e jurídico a essas mesmas empresas, e (ii) o apoio às empresas e empresários estrangeiros (nomeadamente portugueses, brasileiros, espanhóis, mexicanos e alemães) que estão a expandir a sua actividade para Angola. Paralelamente, é de salientar a actuação do Banco e do Grupo a que pertence no apoio às exportações para Angola, através de uma equipa multidisciplinar especializada. Assim, o BESA conta ainda, para além da estrutura de retalho, com dois centros de Empresas, com o Gabinete de Banca de Investimento, com uma Sala de Mercados e com duas fábricas de produtos, a BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento e a BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões. A área de banca de investimento tem reforçado o seu desenvolvimento, actuando na identificação de oportunidades de negócio nas áreas de “project and corporate finance” bem como na concretização das respectivas soluções. Esta área está dotada de todas as infra-estruturas necessárias à sua autonomização, dando origem, assim que devidamente licenciado pela respectiva Autoridade, ao arranque do primeiro banco de investimento de direito angolano. Na área de gestão de activos, o BESA conta já com a primeira sociedade gestora de fundos em actividade em Angola e que gere um Fundo de Investimento Imobiliário fechado, o BESA Património, e a sociedade gestora de fundos de pensões, que gere um Fundo de Pensões aberto de contribuição definida e que permite planos colectivos e/ou individuais, o BESA Opções Reforma. Adicionalmente, e sempre dentro do espírito inovador que também tem caracterizado o BESA 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA No final de 2010 o BESA tinha 509 colaboradores, mais 13% (57 colaboradores) que no exercício anterior. Desde o início da sua actividade, o BESA tem vindo consistentemente a conquistar quota de mercado ao nível dos recursos captados e do crédito e títulos. A preservação da boa imagem que o BESA conseguiu transmitir aos seus clientes em particular, e ao mercado em geral, foram factores fundamentais para o crescimento do Banco, com consequente reflexo nos resultados obtidos. 06.2.2 Recursos Humanos No seguimento da estratégia de uma maior e melhor cobertura geográfica, a expansão do BESA durante o ano de 2010 levou a um incremento do investimento em capital humano de mais 57 colaboradores, passando o quadro de pessoal a contar com 509 pessoas (452 em finais de 2009). O maior incremento registou-se nas unidades comerciais via aumento do número de agências e postos de atendimento. A distribuição dos colaboradores por área funcional em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como segue: Administração Unidade de Controlo e Fiscalização Unidades Comerciais Unidades Centrais de Suporte Unidades Centrais Operativas Unidade de Estrutura Responsável Categoria Comissão Executiva Álvaro Sobrinho Presidente Gabinete de Compliance Henrique Resina ”Chief Compliance Officer” 1 1 Direcção de Auditoria Interna Luís Farófia Director 5 5 Direcção de Controlo Interno Henrique Resina Assessor da Administração 5 5 Direcção de Rísco e Controlo de Crédito João Moita ”Group Chief Risk Officer” 7 Direcção Comercial Rede Ligia Madaleno Directora Coordenadora Direcção Comercial Empresas Manuel Matias Director 15 15 Direcção Comercial GBES Carlos Colaço Director Adjunto 9 9 Direcção Financeira e de Mercados Daniel Katata Director Adjunto 6 6 Gabinete de Banca de Investimento Manuel da Silva Reis Director 7 Direcção de Informática Aires Trindade Director Coordenador Direcção de Organização Luís Victor Director Coordenador Direcção de Marketing e Comunicação Leonor Sá Machado Directora Coordenadora Direcção de Cartões e Canais Directos Leonor Sá Machado Directora Coordenadora Direcção de Aprovisionamentos e Instalações Paulo Silveira Director Coordenador Direcção de Contabilidade e Controlo Orçamental Luís Silva Direcção Juridica 4 3 Total 7 7 255 7 3 265 7 29 29 5 5 12 12 13 18 25 25 Director Coordenador 4 4 António Monteiro Director Coordenador 5 5 Direcção de Recursos Humanos Senda Ramos Directora Coordenadora 14 14 Direcção de Segurança António Pereira Director 10 Direcção de Operações Katila Santos Directora Coordenadora 5 10 42 Outros 42 18 18 Total 31 de Dezembro de 2010 4 18 297 127 63 509 Total 31 de Dezembro de 2009 3 19 272 114 44 452 Variação absoluta 1 -1 25 13 19 57 33% -5% 9% 11% 43% 13% Variação percentual BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 59 no mercado angolano, o Banco está dependente das autorizações das respectivas autoridades para arrancar com outros produtos específicos como sejam o “leasing” e o “factoring”. 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA A exemplo do seguido em anos anteriores, o BESA privilegiou o acesso ao primeiro emprego, complementando com a componente de formação interna e externa, de forma a uniformizar, a curto e médio prazo, o nível de atendimento e identificar as principais áreas de actuação, de modo a obter os melhores níveis de qualidade e satisfação dos Clientes, indo assim de encontro às exigências de um mercado cada vez mais concorrencial. • O Balcão Escola BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 60 Na procura de uma maior qualidade no atendimento ao Cliente, deu-se continuidade ao projecto pioneiro em Angola do Balcão Escola (BE), cujos objectivos são: - estimular a pró-actividade; - promover uma atitude positiva; - assegurar a orientação para o cliente; - promover o saber vender; - garantir que em cada colaborador existe o saber resolver problemas. O BE existe para desenvolver Competências Comerciais, Comportamentais, Operativas e de Gestão, potenciando os desempenhos que, simultaneamente, satisfaçam as expectativas dos Clientes e garantam o cumprimento das orientações comerciais, definidas pelo BESA. Os “clientes” do BE são (i) todos os novos colaboradores do BESA, com especial ênfase para a área Comercial e Direcções Centrais, (ii) colaboradores em situação de requalificação, com experiência bancária ou que necessitem de realizar “upgrades” de competências em áreas específicas, e (iii) colaboradores em situação de mudança de função na rede comercial, como por exemplo, de Caixa para Tesoureiro, de Caixa/Tesoureiro para Administrativo de Balcão, de Administrativo de Balcão/Gestor para Responsável/ Sub Gerente/Gerente. Com a implementação do BE, o acolhimento/integração de novos colaboradores no BESA passou a contemplar: - formação presencial em Sala durante 12 dias úteis; - certificação final do colaborador assente em teste escrito centrada em conteúdos teóricos (Contas e Depósitos Bancários, Meios Pagamento e Crédito); - serão excluídos os que não atingirem 50% ou mais nesta certificação; - formação “ON JOB” no BE durante 22 dias úteis; - certificação baseada em avaliação comercial, comportamental e operativa alinhada com os Itinerários Comerciais definidos; - avaliação baseada em relatório de Estágio BE, teste escrito e grelha de observação de “Role Plays”; - formação centrada no desenvolvimento de competências comerciais e comportamentais; - no final, em caso de admissão, ser-lhe-ão atribuídas as respectivas funções. • O Processo de Formação dos Novos Colaboradores Formação em sala, que inclui (i) seminário Acolhimento e Integração e Negócio Bancário, (ii) área Comportamental e Técnica Bancária (Contas e Depósitos, Meios de Pagamento, e Crédito), (iii) Curso Atendimento, Comunicação e Vendas, (iv) Sistema Informático, e (v) Certificação. Formação “on job”, que consiste da segunda fase do processo formação para a área comercial e cujo “workflow” é como segue: Balcão Escola > Treino > Certificação > Balcão Destino 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA • recções do BESA, (formação em sala, seminários, estágios, etc.); - responder às necessidades do Banco, determinadas por dinâmicas específicas; - fixar os colaboradores de forma qualificada e propiciar a promoção da sua auto-formação e inovação profissional. Os Meios de Formação Actuais e Futuros Actualmente o BE funciona em anexo a uma das agências de Luanda. Arrancou ainda em 2010 a construção do Centro de formação profissional BESA. Esta infra-estrutura estará vocacionada para: Âmbito • O Centro de formação profissional BESA estará estruturado, orgânica e funcionalmente, com quadros técnicos capazes e sempre prontos a responder qualitativamente aos desafios, perspectivando um futuro idóneo e sólido mas sempre em função dos colaboradores que, cada vez mais, se exige serem qualificados. Reconhecimento dos Colaboradores O reconhecimento do mérito por colaborador foi, mais uma vez, no ano de 2010, uma das grandes preocupações da Direcção de Recursos Humanos, preocupando-se o BESA em premiar os que mais se distinguiram durante o ano, tendo para tal implementado um processo de avaliação contínua de “performance”. - promover a actividade de formação profissional para valorização dos recursos humanos numa perspectiva transversal a todas as Di- A evolução da distribuição dos colaboradores por faixa etária, nível de escolaridade, sexo e nacionalidade analisam-se como segue: Distribuição de colaboradores por grupo etário Menos que 25 anos Entre 25 e 30 anos Entre 30 e 40 anos Entre 40 e 50 anos Mais de 50 anos TOTAL Distribuição de colaboradores por formação académica Outros Licenciatura Pós-Graduação Mestrado TOTAL 2010 74 172 208 45 10 509 2009 66 192 156 29 9 452 2010 304 191 8 6 509 2009 270 170 7 5 452 Distribuição de colaboradores por sexo Homens Mulheres TOTAL 2010 260 249 509 2009 224 228 452 Distribuição de colaboradores por nacionalidade Angolanos Portugueses Outras nacionalidades TOTAL 2010 473 31 5 509 2009 431 16 5 452 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 61 Objectivos 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA 06.2.3 Instalações e Aprovisionamento A área de Aprovisionamentos e Instalações do Banco tem sido um dos pilares base na execução da política de desenvolvimento e de expansão geográfica do Banco. Reporta hierárquica e funcionalmente ao Administrador do Pelouro, o Presidente da Comissão Executiva, e tem como clientes toda a estrutura do BESA, nomeadamente os Órgãos Sociais, as Direcções centrais e a Rede comercial do Banco. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 62 Esta unidade do Banco conta com 25 colaboradores alocados a duas áreas, as Instalações e os Aprovisionamentos. O capital humano afecto a cada uma das áreas é definido em função do crescimento do Banco tendo em vista a resposta célere às necessidades e exigências que o mesmo requer, bem como outros factores exógenos, como sejam as condicionantes do mercado onde o Banco actua. • Instalações Gestão de Instalações A estrutura da área das Instalações integra a gestão de instalações (incluindo todo o processo de identificação de locais adequados à presença geográfica estratégica e previamente definida pelos Órgãos competentes, as respectivas contratações, licenciamentos e obras), a execução das manutenções (preventivas e curativas) e a gestão da frota automóvel do Banco. Assim, assegura (i) a execução da política de expansão geográfica do Banco, (ii) a conservação de todas as instalações e infra-estruturas do BESA em condições óptimas de disponibilidade e funcionalidade, permitindo a sua utilização em conformidade com os fins para os quais foram projectadas, com especial ênfase para as condições de segurança de serviço e a salubridade de cada local físico, como seja, entre outros, a qualidade de ar interior durante o período da sua utilização, e (iii) a gestão de frota automóvel de forma a garantir a adequada conservação, necessária ao bom funcionamento e disponibilidade das viaturas pertencentes ao BESA. A execução da política de expansão geográfica do Banco compreende (i) o acompanhamento e controlo de custos de obras novas, dos processos de licenciamento com as entidades competentes externas de forma a cumprir com todas as normas legislativas em vigor e dos trabalhos em curso, de forma a garantir os cronogramas de projecto sem desvios materialmente relevantes, e (ii) a responsabilidade de procurar e apresentar espaços comerciais adequados à criação de dependências BESA, efectuar a gestão das avaliações solicitadas a entidades externas competentes, acompanhar os licenciamentos necessários para com as entidades competentes externas de forma a cumprir com todas as normas legislativas em vigor, efectuar a gestão de projectos das obras em curso de forma a garantir o cronograma de trabalhos pré-estabelecido e efectuar a gestão e controlo de custos das obras de forma a garantir os contratos pré-estabelecidos. À data de 31 de Dezembro de 2010, a rede bancária BESA, num total de 36, é composta por 29 agências e 7 postos de atendimento, das quais 11 agências estão distribuídas por seis províncias da República de Angola, nomeadamente, Benguela, Cabinda, Cunene, Huambo, Huíla e Zaire. As restantes agências e postos de atendimento estão localizados em Luanda. 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA Agências & Postos 3 4 1 2 1 1 Luanda Benguela Zaire Cabinda Cunene Huambo 24 Huíla Luanda Agência Sede Agência Maianga Agência Valódia Agência Palanca Posto Fayol Agência Rainha Ginga Posto MSC (i) Agência Porto Pesqueiro Agência Posto Pesqueiro Agência Alfândega de Luanda Agência Belas Shopping Agência Luanda Sul Posto Mulemba Posto Talatona Agência N’Krumah Agência N’Dunduma Agência Vila Alice Agência Ekumbi Agência Viana Vila (i) Posto Viana Agência Torre Agência Bairro Operário (i) Posto Universidade Metodista (i) Posto do Carmo (i) (i) Aberto em 2010 O BESA tem vindo a financiar a sua expansão geográfica unicamente com recursos financeiros próprios. Províncias Agência Benguela (Benguela) Agência Alfândega do Lobito (Benguela) Posto Shoprite (Benguela) Agência Lobito Shoprite (Benguela) Agência Soyo (Zaire) Agência Alfândega do Soyo (Zaire) Agência Base do Kwanda (Zaire) Agência Ondjiva (Cunene) (i) Agência Alfândega de Santa Clara (Cunene) Agência Lubango (Huíla) Agência Cabinda (Cabinda) Agência Ekuikui (Huambo) BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 63 Geograficamente, a distribuição da rede bancária do BESA é como segue: 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA Conservação e Manutenção A conservação de instalações e infra-estruturas está essencialmente vocacionada para a gestão e execução da manutenção, e inclui (i) o planeamento das manutenções preventivas na Sede, Agências e Postos e outros locais onde o Banco tenha serviços, (ii) a gestão dos custos de todas as intervenções da manutenção curativa, realizada por equipas internas ou por empresas em regime de “outsourcing”, assegurando elevados índices de tempo de respostas a todos os pedidos de serviço solicitados, e (iii) calcula os indicadores de gestão e índices de manutenção para efectuar análises ao comportamento e desenvolvimento da actividade em curso. Distribuição de Custos de Manutenção Distribuição de Número de Pedidos de Serviço BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 64 1% 2% 3% 1% 5% 13% 19% 6% 26% 6% 28% 31% 24% Fornecimento Combustível / Água Beneficiação Limpezas / Desinfestações Manutenção Curativa Manutenção Preventiva Revisão Viaturas Serviço Motorista 35% Fornecimento Combustível / Água Beneficiação Limpezas / Desinfestações Manutenção Curativa Manutenção Preventiva Revisão Viaturas Serviço Motorista 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA As responsabilidades da gestão de frota automóvel incluem a gestão da utilização dos motoristas e viaturas pertencentes ao BESA no sentido de responder em tempo útil ao bom funcionamento do Banco e manutenção física da mesma, assegurando que as viaturas se encontram em óptimas condições de disponibilidade e funcionalidade. • Aprovisionamentos A área de Aprovisionamentos tem um âmbito de apoio transversal à actividade do Banco, assegurando a disponibilidade e funcionalidade das infra-estruturas do Banco e apoiando funcionalmente toda a operação da rede bancária. Inclui ainda a função específica de gestão das importações. Esta área tem a seu cargo a gestão eficiente dos aprovisionamentos, incluindo importação de materiais, ferramentas e mobiliário pertencentes ao BESA, efectuando a gestão de “stock” de materiais e bens de forma a assegurar a distribuição em tempo útil e de acordo com as solicitações das várias unidades do Banco. Adicionalmente, solicita várias propostas para fornecimento de materiais no sentido de obter a melhor relação Custo/Qualidade do mercado e minimizar o impacto do respectivo consumo na conta de exploração do Banco. A Importação efectua a aquisição de bens materiais de forma a obter um “stock” de aprovisionamento suficiente para satisfazer as solicitações das várias unidades do BESA, solicitando várias propostas para fornecimento de materiais no sentido de obter a melhor relação Custo/Qualidade e efectuar a gestão das encomendas de forma a garantir a entrega das mesmas atempadamente e de acordo com as necessidades. 06.2.4 Cartões e Canais Directos Em 2010, a área de Cartões e Canais Directos do BESA consolidou a sua estratégia de ampliação e diversificação de serviços, aumentando o leque de ofertas competitivas ao nível da banca angolana. Como consequência, o Banco dispõe agora de uma estrutura que assegura o elo de ligação entre serviços e produtos oferecidos pelo banco, tais como cartões de débito e crédito, BESAnet e Terminais de Pagamentos Automáticos (TPAs). O BESAnet consolidou e alargou as suas funcionalidades, disponibilizando aos clientes mais opções de consultas, nomeadamente o IBAN, NIB, SWIFT e o início da fase transaccional, nomeadamente as transferências internas conta a conta, enraizando a eficiência dos serviços electrónicos do BESA. Ainda em 2010, o número de adesões ao BESAnet e aos cartões de débito BESA registaram um crescimento exponencial, e foram lançados 4 cartões de crédito genericamente denominados “BESA Collection”, cujo objectivo é disponibilizar a empresas e particulares um pacote de serviços diversificados e seguros que vão de encontro às suas necessidades financeiras. Os cartões de crédito “BESA Corporate Gold” e “Corporate Silver”, proporcionam às empresas comodidade, exclusividade, mobilidade e eficácia na execução dos seus processos financeiros. O BESAdirecto foi reformulado, passando agora a incluir e garantir um serviço de apoio ao cliente 24/7, serviço disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, atendendo às necessidades específicas dos titulares dos cartões de crédito. Desta forma, os clientes BESA têm ao seu dispor um canal para onde podem, em qualquer altura e data, canalizar as BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 65 Gestão de Frota 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA suas questões, dúvidas e/ou problemas, ficando com a garantia (e a segurança) que os mesmos serão encaminhados ou resolvidos em tempo útil e real. Adicionalmente, a preocupação incessante com a criação de soluções para empresas, gerou a implementação de uma linha de apoio complementar aos “TPAs” que permite ao Banco responder com mais eficácia às variadas necessidades dos nossos clientes. • 06.2.5 Sistemas de Informação Como resultado desta consolidação de conhecimento verificamos (i) crescente domínio da solução, com grande autonomia na garantia da operacionalidade permanente dos vários sistemas e tecnologias que compõem a solução; (ii) identificação, desenvolvimento e implementação de oportunidades de melhoria nos diversos processos com o objectivo de melhorar a “performance” e de criar automatismos, minimizando possíveis erros operacionais. Consolidação do Sistema “core” em Angola Desde 25 de Maio de 2009 que o sistema “core” do Banco está localizado em Angola, sendo totalmente administrado e mantido pela equipa interna do Banco. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 66 FlexCube, como do “Internet Banking” e do SIG (Sistema de Informação de Gestão). O ano 2010 foi dedicado à consolidação e melhoria do sistema “core” do Banco e transferência para Angola dos ambientes de apoio à produção. A solução “core” do Banco é multi-plataforma e multi-componentes, dispersas por várias máquinas. O seu domínio obriga portanto a um conhecimento pormenorizado dos componentes e da forma como interagem. Hoje, o conhecimento que a equipa técnica do Banco possui sobre o sistema, garante a operação harmoniosa do mesmo e uma percentagem elevada de resolução interna das necessidades de suporte à produção. É notória também a qualidade do “troubleshoting” e informação enviada para diagnóstico do fornecedor da aplicação quando a situação assim o exige. Actualmente as equipas de IT do Banco percebem melhor as interligações dos componentes e os “interfaces” que correm à sua volta. A consolidação do conhecimento tem-se verificado tanto ao nível do Visando esta consolidação, é dada uma atenção especial à formação e capacitação dos técnicos em função das necessidades identificadas. A equipa técnica tem sido dimensionada em função das necessidades. • Ambientes de Apoio à Produção (“Core”) Após garantir a produção em Angola, o BESA decidiu transferir também para Angola, os ambientes de apoio à produção que estavam localizados em Portugal. Desenvolveu-se um projecto visando transferir para Angola os referidos ambientes, que passou também pela reformulação da estrutura dos ambientes existentes, incluindo o ambiente de formação devidamente enquadrado na política de formação interna do Banco. Estes ambientes estão em domínios separados e devidamente protegidos do ambiente de produção de acordo com as melhores regras e práticas. Seguindo as mesmas metodologias, o ambiente de qualificação foi criado para ser uma cópia exacta do ambiente de produção, quer em termos de funcionalidade, arquitectura e máquinas, quer em termos de volumetria. Desta forma, é possível o BESA simular integralmente qualquer situação do ambiente de produção sem afectar a produção, após a aplicação das necessárias 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA Para além de alcançar o objectivo primário, este projecto contribuiu também para a consolidação da formação dos técnicos de sistemas uma vez que foi executado integralmente por técnicos do Banco. • Sistemas Genéricos Para além do sistema “core”, outros sistemas e soluções tiveram também cuidados específicos e evoluções durante o ano de 2010 em função das necessidades. Hoje, o BESA possui um domínio interno materializado com a solução Microsoft AD 2008, robusta e sólida, que acompanha de forma linear, a expansão da instituição. Esta solução foi implementada com suporte de técnicos de reconhecido valor internacional. Foi iniciado, e está ainda em curso, o registo junto à “Afrinic”, para obtenção de uma gama própria de endereços públicos rateáveis com o objectivo de estabelecer protocolos de divulgação junto aos provedores de serviço de Internet. • “IT Disaster Recovery Plan” Ao longo de 2010, foi garantida a adequada manutenção dos mecanismos de “Disaster Recovery” implementados no Banco durante o ano de 2009. Foi lançado também durante o ano 2010 um projecto de construção de um novo “Data Center” para alojar os sistemas do Banco e das suas participadas, que obedecerá às melhores normas e práticas internacio- nais, e cuja construção se prevê iniciar em 2011. 06.3 Actividades de Controlo Interno da Gestão e Mitigação de Risco 06.3.1 Segurança Desde o início da sua actividade que a garantia de existência de segurança física das instalações, colaboradores e clientes são uma prioridade estratégica da Comissão Executiva. Neste contexto, o BESA dispõe de uma unidade de estrutura específica cuja área de actuação é sobretudo ao nível da protecção física, e compreende responsabilidades nas áreas de segurança activa e passiva, contribuindo assim na mitigação de riscos através da sua identificação, inventariação e implementação de acções e controlos que se revelem adequados. Esta unidade está especialmente atenta aos riscos anti-sociais (sabotagem, assalto, roubo, furto, vandalismo, ameaça de bomba, etc.), técnicos e outros resultantes das actividades laborais (incêndio, avarias de sistemas, acidentes fortuitos, explosão, etc.) que, a materializarem-se, podem pôr em causa o património humano e físico do Banco e, consequentemente impactarem na cadeia de criação de valor dos “stakeholders”. Neste contexto, está implementado um conjunto de processos onde são formalizados e promovidos os processos das medidas preventivas existentes, nomeadamente as relacionadas com o estabelecimento de mecanismos de controlo e protecção de pessoas e bens, com recurso ao elemento humano, mas suportadas, cada vez mais, nas tecnologias de segurança. Estas medidas são estruturadas em harmonia com a actividade bancária e integradas nas diversas unidades de estrutura do Banco, observando sempre BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 67 medidas de segurança. A evolução de qualquer nova solução de negócio, ou a aplicação de correcções de sistemas no ambiente de produção, só se verifica após serem aplicadas nos ambientes de apoio à produção de acordo com os procedimentos instituídos. 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA as leis, regulamentos e demais normas em vigor em Angola, as orientações da Comissão Executiva e as melhores práticas internacionais na matéria. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 68 Os recursos da segurança estão optimizados através de uma central operacional que integra os diversos sistemas de segurança (circuito fechado de televisão, detecção de intrusão, detecção de incêndio e controle de acessos) preconizados para o controlo da rede de agências, através da qual se garante fisicamente a manutenção preventiva desses sistemas através do accionamento de um contrato de manutenção, mas objectivando, cada vez mais, efectuar a manutenção remota, diminuindo em custos e ganhando em tempo. O acompanhamento na elaboração dos projectos de segurança das novas instalações, nomeadamente, as agências e demais estruturas físicas em fase de construção, é um desafio importante e necessário para a área de segurança interna do Banco, uma vez que garante a aplicação das normas internacionais de construção e regulamentação contra incêndios no que concerne à segurança passiva e activa e a articulação dos modelos de arquitectura com a realidade funcional de um edifício em Angola, acautelando os níveis de segurança adequados e as melhores práticas de higiene e segurança. Em termos de segurança activa e ao transporte de valores, a sinistralidade foi nula desde o início de actividade do BESA, o que é de realçar. Este serviço de segurança activa é conciliado com o maior rigor operacional e administrativo possível e com as necessidades de funcionamento normal e regular do Banco. Assim, existe uma atenção especial aos locais de implantação das estruturas físicas do BESA, bem como ao momento e contexto social específico de cada uma (análise de risco), revendo-se continuamente e implementando procedimentos ajustados e adequados a cada situação que incorporam mecanismos de controlo, dispositivos de vigilância humana ajustados, bem como outros meios e equipamentos, tendo sempre presente o conceito de “safety” e “security” qualificativos de um ambiente de funcionamento seguro e protegido na Instituição, respectivamente. Durante o ano findo em 31 de Dezembro de 2010 foi efectuada a gestão (registo e controlo administrativo/ operacional) de cerca de 350 operações de transporte de valores mensais (Luanda e restantes províncias), o que perfaz um movimento de 4200 operações de TVA durante o ano, aonde destacamos um considerável serviço de recolha de valores em clientes da rede comercial, com um nível de prestação desse serviço com uma qualidade (segurança e protecção) assinalável. Também durante o mesmo período de tempo, a gestão da área de correio do BESA, a cargo da mesma unidade de estrutura, registou uma eficiência relevante, já que foram quase nulas as falhas no serviço de recepção, triagem e expedição de documentação. Foi ainda implementado um maior rigor e controlo na expedição interna de correio e volumes, que produziu já uma redução de custos no serviço de expedição expresso nacional. Em termos gerais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a área de segurança focou-se nas seguintes actividades: - avaliação de situações de risco em termos da segurança física e planeamento e implementação de actuações concretas para mitigação do mesmo; - criação, organização e manutenção de um registo dos meios técnicos de segurança física actualizado, em uso no BESA e disponíveis no mercado, e um controlo das fechaduras, chaves e códigos de segurança; - identificação e adopção das melhores práti- 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA Assim diremos que a actuação da segurança do BESA se suporta em três pilares de actuação, (i) “safety” (protecção das pessoas), (ii) comportamentos de prevenção, e (iii) “security” (protecção das instalações) que abrangeram três vectores principais: - sistemas e equipamentos; - monitorização e controlo; - acções de prevenção e formação. 06.3.2 A Função do Risco no BESA Com base na sua estratégia de actuação em que se assume como entidade pioneira, inovadora e de vanguarda dentro do mercado de Angola, o BESA dispõe desde 2008 de uma Direcção de Risco e Controlo de Crédito (DRCC), cuja actividade se centra na identificação e qualificação dos 3 riscos estabelecidos por Basileia II (Crédito, Mercado e Operacional) e em fase posterior, assegurar a optimização do binómio rentabilidade/risco das várias linhas de negócio, tendo em conta o perfil de risco definido pela Comissão Executiva. A Comissão Executiva do BESA tem, desde o início da actividade do Banco, dedicado especial atenção à implementação de medidas de mitigação de risco de crédito, na medida em que este é, de todos os riscos inerentes à actividade bancária, especialmente quando desenvolvida na conjuntura especifica de Angola, o que suscita maior preocupação no contexto nacional. • Risco de Crédito O risco de crédito que resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras inerentes ao incumprimento do cliente ou contraparte, relativamente às obrigações contratuais estabelecidas com o BESA no BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 69 cas de segurança, de utilização dos meios e equipamentos de segurança e supervisão das mesmas; - recepção, triagem, preparação e expedição de correio BESA e gestão da conta que suporta o envio de volumes através de correio expresso; - zelar pelo cumprimento das normas e regulamentos de segurança; - elaborar e publicar normas de segurança relacionadas com as medidas preventivas e conduta em caso de assalto; - elaborar o PPE – Plano de Prevenção e Emergência para as áreas localizadas no Edifício ESCOM e o Plano do Edifício SEDE que suportará o Plano de Emergência Interno (PEI) do BESA; - participação activa na elaboração do PCNPlano de Continuidade de Negócio do BESA; - propôr e fiscalizar algumas medidas e regras no âmbito das melhores práticas de sustentabilidade social no que concerne à higiene e segurança no trabalho (HST), de forma a se incluir um maior número de “stakeholders” na definição e comunicação das estratégias de HST, potenciando a evolução positiva do BESA no barómetro de sustentabilidade da Heidrick & Struggles (elaborado com a metodologia do “benchmark” de referência do “Dow Jones Sustainability Índex”); - propôr e implementar, em conjunto com outras unidades do Banco, os conhecimentos em primeiros socorros básicos (suporte básico de vida) e primeira intervenção em caso de incêndio; - contínua interacção interna e com as autoridades Policiais e Militares; - preparação e integração de um módulo sobre segurança na formação inicial dada aos colaboradores. 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA âmbito da sua actividade creditícia, continua a ser o maior risco a que o BESA está exposto. Risco e Controlo de Crédito BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 70 O modelo inerente ao negócio do BESA leva a que o Banco esteja exposto ao risco de crédito em 3 vertentes: na concessão directa de crédito, como subscritor de títulos (Títulos da Dívida Pública Angolana), e como contraparte em contratos financeiros. O risco de crédito associado à concessão directa de crédito e portador de títulos de dívida do estado angolano, prende-se com o não pagamento do capital e juros destes contratos. Relativamente aos contratos financeiros em que o BESA é contraparte, o risco está associado, à não execução por parte das contrapartes, das obrigações definidas contratualmente. No que concerne às actividades de análise do Capital Regulamentar do Banco, o BESA reporta actualmente com base em dois normativos distintos: Normativos do Banco Nacional de Angola e Basileia II. exposição máxima (iv) colaterais e outras garantias e (v) outros factores subjectivos. O modelo inclui ferramentas que permitem atribuir uma notação de “rating” por cliente que é posteriormente utilizada para calcular o montante em risco da operação. O montante da exposição em conjunto com o montante em risco calculado, permite ao BESA estimar a perda potencial esperada em caso de incumprimento. A monitorização do Risco de Crédito é efectuada regularmente e inclui uma análise detalhada das exposições totais, por cliente e/ou grupo económico tomando em linha de conta as garantias associadas, (ver notas explicativas 7 e 16 às Demonstrações financeiras). Com o objectivo de antecipar fenómenos adversos, o BESA tem vindo a reforçar as suas competências ao nível da monitorização, detecção antecipada de potenciais situações de incumprimento e recuperação. • Nesse sentido, o BESA tem vindo a desenvolver localmente, modelos internos de análise de risco de crédito que são utilizados pela gestão na decisão de crédito e no cálculo dos montantes em risco. Estes modelos permitem aferir a suficiência de provisões calculadas em conformidade com o actual normativo angolano sobre a matéria. Os modelos internos de análise de risco, são baseados em informação qualitativa e quantitativa tais como: dados financeiros, capacidade de gestão, estrutura accionista, posição no mercado e garantias associadas à operação. O risco de mercado representa, genericamente, a eventual perda resultante de oscilações de taxas de câmbio e de taxas de juro, bem como de alterações na liquidez dos mercados. A gestão do risco de mercado é integrada com a gestão do balanço, sendo as políticas de afectação da estrutura de balanço e os controlos de exposição ao risco de taxa de juro, câmbio e de liquidez do Banco, definidos e monitorizados com intervenção do mais alto nível da instituição. • O Risco de Crédito é mensurado utilizando (i) avaliação do risco da operação e do cliente, (ii) sempre que aplicável, classificação de “rating” da empresa, (iii) Risco de Mercado Risco Operacional O risco operacional consiste genericamente no risco de ocorrência de eventos resultantes da aplicação 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA Plano de Continuidade de Negócio O Plano de Continuidade de Negócio começou a ser implementado em Abril de 2010, tendo à data de Balanço, 3 de 4 fases concluídas. A 4ª fase consiste nos exercícios de implementação, cuja formação em sala está planeada para ocorrer durante o primeiro trimestre de 2011 e a formação prática e de simulação está planeada para decorrer durante o segundo trimestre de 2011, dependendo esta última da data em que as instalações alternativas, em construção à data de balanço, estiverem finalizadas. A Gestão da Continuidade de Negócio inclui o planeamento, a preparação e a gestão operacional necessários para assegurar a continuidade das operações de negócio no caso de uma interrupção grave das operações. A Gestão de Continuidade de Negócio é suportada pela Política de Continuidade de Negócio do Grupo BESA, aprovada e divulgada a 19 de Agosto de 2010 às várias entidades do Grupo BES e do Grupo BESA na qual se estabelecem os princípios orientadores da resposta do Banco a um incidente. O modelo de organização implementado no Grupo BESA garante a consistência e interacção da função em todo o seu perímetro mantendo, contudo, a autonomia de cada empresa e respeitando as especifi- cidades de cada negócio e a geografia onde este se encontra localizado. Resposta operacional - A responsabilidade pela resposta operacional permanece ao nível das empresas do Grupo BESA e respectivas áreas chave de suporte, sendo assegurada por cinco equipas distintas com missões bem definidas: - Equipa de Gestão de Crise: a Equipa de Gestão de Crise é formada pelos elementos da Administração, sendo responsável pela gestão estratégica da crise, gestão da comunicação externa e gestão dos principais “stakeholders”. Em caso de incidente, assegura uma resposta imediata na definição das estratégias de recuperação e retorno à normalidade, dependendo do tipo de evento que despoleta a crise, sendo ainda responsável pela gestão da comunicação com os “media” e principais “stakeholders”; - Equipa de Gestão de Incidentes: equipa que possui como responsabilidade a gestão táctica da crise, a gestão da comunicação interna e a coordenação das várias equipas de recuperação/retorno. Em caso de incidente assegura uma resposta imediata na coordenação táctica dos esforços de recuperação ao nível dos colaboradores, instalações e sistemas de informação, dependendo do tipo de evento que despoleta a crise, sendo ainda responsável pela gestão da comunicação com as autoridades civis e colaboradores da Organização; - Equipas de Resposta de Emergência: equipas que implementam a resposta de emergência estabelecida no Plano de Emergência Interno de cada edifício ou área ocupada pelas unidades orgânicas abrangidas pela Continuidade de Negócio. Em caso de incidente assegura a BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 71 inadequada ou negligente de procedimentos internos, inerentes do comportamento de pessoas e sistemas, ou de causas externas, que podem resultar em perdas financeiras ou ter impacto negativo na relação com os clientes ou outros “stakeholders”. Engloba ainda os riscos de negócio estratégico e legal, sendo este último entendido como o risco de perdas em consequência da não conformidade com a legislação vigente ou em resultado de acções judiciais. 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA evacuação de edifícios e articulação com as autoridades civis; BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 72 - Equipas de Recuperação de Negócio: as Equipas de Recuperação de Negócio de cada unidade orgânica possuem como objectivo implementar a recuperação de negócio e o retorno à normalidade da sua Unidade Orgânica, sendo nomeada pelos responsáveis respectivos. Em caso de incidente asseguram a recuperação de operações críticas, o que poderá implicar deslocação de colaboradores para instalações alternativas; - Equipas de Recuperação Tecnológica: equipas que são responsáveis por implementar a recuperação dos sistemas de informação e o retorno à normalidade, e que são nomeadas e lideradas pela Direcção de Informática do BESA. Em caso de incidente, asseguram a recuperação de sistemas de informação de suporte aos processos críticos de negócio em sites alternativos. A cada uma das Equipas supra citadas está associado um plano já definido que deverá ser utilizado pelas mesmas em caso de incidente, de modo a garantir que cada Equipa sabe o quê, quem, quando, onde e como agir nessa situação, nomeadamente: - Planos de Emergência Internos; - Plano de Gestão de Crise; - Plano de Gestão de Incidentes; - Planos de Recuperação de Negócio; - Planos de Recuperação Tecnológica. 06.3.3 A Função da Auditoria Interna do BESA A Auditoria Interna do BESA desenvolve uma activi- dade independente, de fiabilidade, “assurance” e de consultoria destinada a acrescentar valor e a melhorar as práticas e operações do Banco. Assiste o Banco na prossecução dos objectivos definidos pelos seus Órgãos de Gestão, implementando uma abordagem sistemática e disciplinada, com o objectivo último de avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de risco (“risk management”), controlo interno e governação. A Auditoria Interna do BESA contribui efectivamente para a cadeia de criação de Valor, nomeadamente, através da sua contribuição para a contínua melhoria do Sistema de Controlo Interno (SCI), de que faz parte integrante, cuja eficácia se consubstancia na criação de Valor através da verificação da existência, eficiência e suficiência de controlos que mitigam os riscos decorrentes da actividade do Banco e das suas participadas. Em suma, esta função tem como missão afirmar-se como a rede de segurança do Banco, no que respeita a estar em conformidade com regulamentos, disposições legais em vigor e melhores práticas da área de actuação do BESA (Banco de cariz universal). O âmbito da actividade da Auditoria Interna engloba uma abordagem disciplinada e sistemática para avaliar e melhorar a efectividade e eficiência dos processos de gestão de risco, controlo, governação e a qualidade de “performance” no desempenho das responsabilidades consignadas. A Auditoria Interna actua de forma a determinar se os processos abaixo existem e estão a funcionar de forma a garantir com um razoável nível de fiabilidade (“assurance”) que: - os riscos estão a ser apropriadamente identificados e mitigados; - existe interacção entre os Órgãos de Gestão sempre que necessária; 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA Enquadrados, e de acordo com o âmbito da sua actuação, com o definido pelas melhores práticas internacionais de auditoria interna emanadas pelo “The Institute of Internal Auditors (IIA)” através das suas normas (“Standards” – consensualmente reconhecidas como as melhores práticas) e restantes regulamentações nacionais e outras aplicáveis em função do Grupo a que pertence, os auditores internos respondem, através do responsável da área, hierárquica e funcionalmente ao Presidente da Comissão Executiva (CE) do BESA e, devido ao Grupo onde consolida contas, funcionalmente ao respectivo “Chief Audit Executive (CAE)” em representação do respectivo órgão, o Comité de Auditoria do Espírito Santo Financial Group (ESFG). A Auditoria Interna do BESA trabalha em estreita articulação com os outros órgãos que compõem o Banco e as suas subsidiárias – em que o BESA detenha o controlo jurídico e as mesmas não possuam órgão de auditoria interna próprio – para em conjunto delinearem soluções e instrumentos que melhorem o Sistema de Controlo Interno do Banco. Compete à área, especificamente: - colaborar na elaboração do plano anual de actividades, de acordo com critérios de materialidade e de risco potencial, submetendo-o à aprovação da CE; - executar o plano de trabalhos de auditoria definido e aprovado, através da aplicação de Questionários de Controlo Interno e Programas Detalhados de Verificação ou utilizando outros meios considerados adequados; - auditar as agências e postos de atendimento, centros de Empresas e Órgãos equiparáveis, e garantir que, pela aplicação dos diversos tipos de Programas Detalhados de Verificação, são assegurados, nomeadamente, os objectivos seguintes: - validação dos saldos das rubricas contabilísticas; - conferência física de valores à guarda ou pertença do Banco; - teste e validação da correcção e legitimidade dos processamentos e suportes documentais das operações, em particular a apreciação dos processos de concessão e acompanhamento de crédito, em todas as suas vertentes; - verificação do cumprimento das normas e procedimentos instituídos, particularmente no que concerne ao correcto e regular exercício dos mecanismos de controlo e segurança; - realização de auditorias transversais aos processos operativos relacionados com o crédito, tendo em vista avaliar a adequacidade da gestão do risco de crédito efectuada pelas diferentes linhas de negócio, conjugando simultaneamente, a avaliação da gestão dos riscos operacionais subjacentes; - elaborar relatórios das acções desenvolvidas, referenciando as anomalias e/ou distorções detectadas e propôr, tanto quanto possível em BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 73 - toda a informação relevante é exacta, fiável e tempestiva; - a acção de cada colaborador está em conformidade (“compliance”) com os regulamentos aplicáveis e outras disposições; - os recursos, humanos e materiais, são adquiridos de forma económica, usados com eficiência e adequadamente protegidos; - os programas, planos e objectivos definidos são alcançados; - que a qualidade e melhoria contínua são fomentados nos processos de controlo; e - os assuntos pertinentes são identificados e abordados. 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA conjugação com os respectivos responsáveis, as soluções julgadas adequadas à resolução dos problemas ou situações relatadas; e - outras tarefas afins que lhe sejam cometidas. O Número de intervenções, ventiladas por natureza, bem como o tempo médio de cada intervenção de carácter recorrente em 2010 e 2009 analisa-se como segue: 2010 2009 Nº Intervenções nas Unidades Comerciais Nº Intervenções nas Unidades Centrais Acções de formação dadas no contexto do Plano Integrado Interno Nº intervenções não recorrentes (i) 43 4 3 5 34 3 2 3 Total 55 42 14 17 (i) - intervenções de inquéritos, inspecção e colaboração com o Departamento de Auditoria Interna do GBES BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 74 Tempo médio gasto em cada Intervenção recorrente (Dias) O nível de activos, resultados e agências por número de colaboradores da Auditoria Interna, analisa-se como segue: 2010 2009 Total Activo liquido do Banco (milhares de USD) Resultado líquido do Banco (milhares de USD) Nº de agências e postos de atendimento (agências) Nº Colaboradores da Auditoria Interna (AI) 7.892.132 6.427.375 331.386 211.671 36 31 5 4 Activo por Nº de Colaboradores da AI (milhares de USD) Resultado por Nº de Colaboradores da AI (milhares de USD) Agências por colaborador da AI 1.578.426 1.606.844 66.277 52.918 7 8 Interno 06.3.4 A Função Compliance e Controlo É responsável por garantir o processo de melhoria contínua da “performance” global do BESA, numa perspectiva dinâmica, em constante desenvolvimento e adaptação, visando a optimização de processos 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA Relativamente aos processos de Controlo Interno da instituição, cumprindo com as exigências impostas pelo Grupo BES e pela entidade supervisora, elaborou-se a revisão e actualização dos processos mais relevantes na actividade da instituição, resultantes, em parte, da transferência do NSI para Luanda. No decorrer de 2010, (i) deu-se continuidade à manutenção dos processos críticos da função de tecnologias de informação apoiados na metodologia COSO e COBIT, e (ii) de acordo com as melhores práticas internacionais e com as normas internas do Grupo BES, o Banco criou mecanismos próprios de controlo de transacções e de clientes, assegurando que: - tem na sua posse todas as informações de clientes necessárias para assegurar que qualquer cliente BESA cumpre com as normas internacionais no que diz respeito a idoneidade e que não consta de qualquer lista de excepção publicada pela União Europeia e pela OFAC, revendo semanalmente todas as informações eventualmente publicadas; - todas as transacções são monitorizadas pelo seu banco correspondente, assegurando assim a idoneidade de todas as contrapartes envolvidas. Ainda durante o ano de 2010, a Assembleia Nacional aprovou por unanimidade a Lei sobre o Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo. Esta lei vem de encontro às práticas que o BESA já aplicava por se encontrar inserido no Grupo BES, tornando essas medidas prudenciais obrigatórias para todas as entidades que prestem serviços financeiros dentro do território angolano. As três unidades de controlo e fiscalização interna do BESA, o Risco, a Auditoria Interna e o “Compliance”, emitem, com referência a 31 de Maio de cada ano civil, os respectivos relatórios de actividade dirigidos aos Órgãos de Administração e Fiscalização do Banco. O conteúdo destes relatórios é incorporado no Relatório de Controlo Interno emitido pela Comissão Executiva, com a finalidade de dar cumprimento às obrigações regulamentares do Grupo onde o BESA se insere. O Relatório de Controlo Interno constitui a opinião afirmativa do Órgão de Administração do Banco sobre a qualidade do respectivo Sistema de Controlo Interno, e a sua emissão é acompanhado por um Parecer do Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes sobre o respectivo conteúdo. 06.4 Outras actividades de Gestão • 06.4.1 Marketing e Comunicação Marketing e Comunicação Em 2010, a estratégia de Marketing e Comunicação do BESA teve como foco principal reforçar a imagem institucional do Banco e posicioná-lo como uma referência na promoção da sustentabilidade no seu mercado e no mundo. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 75 e a máxima eficiência na afectação dos recursos. Responsável pela divulgação dos riscos significativos a que o banco está exposto e respectiva monitorização e por assegurar que internamente são tomadas as medidas necessárias para que todos os colaboradores, nos vários níveis da hierarquia, conheçam e compreendam as suas obrigações e responsabilidades no âmbito do processo de controlo interno. Tem ainda a responsabilidade de elaboração de todos os reportes diários obrigatórios para a entidade de supervisão. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 76 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA Uma das acções fulcrais desta estratégia foi o lançamento da nova campanha institucional com o título “Riqueza”, cujo objectivo foi o de alertar para um conjunto de valores que compõem a riqueza de um país, como os quatro pilares da sustentabilidade, nomeadamente o económico, social, ambiental e cultural. Estes elementos, que fazem parte do modelo de negócio do BESA, serviram de guia para todas as acções de responsabilidade social e de concepção das diversas peças de comunicação. Assim, foram realizados vários encontros e actividades em conjunto com parceiros nacionais e internacionais, como o Ministério do Ambiente, o Ministério do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia, a “World Press Photo” (WPPh), “UN Comission for Sustainable Development” (UN CSD), a UNESCO e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), com o objectivo de operacionalizar a estratégia e reforçar tais parcerias. Por meio da ligação a uma rede de instituições, em Angola e a nível internacional, foi possível aumentar a eficácia e a abrangência da Política de Cidadania Empresarial. Com a “World Press Photo” (WPPh), foi promovida a apresentação do catálogo da Exposição “Salvar e Preservar o Planeta Terra”, que permite uma maior divulgação da mensagem transmitida pelas fotos dos cinco fotógrafos africanos que participaram do projecto. O Banco assumiu ainda a responsabilidade pela manutenção da parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, garantindo que os projectos sejam implementados com base em critérios definidos por ambas as instituições. No âmbito desta parceria, foi organizada uma visita a um dos campos incluídos no Programa de Ensino da Língua Portuguesa, na província do Moxico. A convite do “Planet Earth Institute”, da Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (UNESCO), o BESA participou na 18ª sessão da “Comission for Suistainable Development”, que decorreu em Maio na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. Foi um momento importante para reafirmar a posição do Banco relativamente ao Desenvolvimento Sustentável. Tal posição foi expressa por meio da apresentação da exposição “Salvar e Preservar o Planeta” e da comunicação centrada no tema “Private Contributor”, que realçou o papel das instituições privadas na promoção da sustentabilidade. De igual modo, foi realizada a 3ª edição do concurso de fotografia BESAfoto2010, que, uma vez mais, proporcionou oportunidade para o surgimento de novos artistas e de promoção da arte da fotografia. A cerimónia de anúncio dos vencedores contou com a presença da Ministra da Cultura da República de Angola, a Dra. Rosa Cruz e Silva. A nível das acções de marketing de produto, destaca-se (i) o lançamento do produto BESA Prémio, também abrangido pelas linhas estratégicas da marca do banco, e que apresentou ao mercado um produto inovador, desafiando o leque de produtos disponíveis na banca angolana, no que diz respeito a aplicações a longo prazo, e (ii) o lançamento e a campanha de cartões de crédito emitidos pelo Banco, intitulada “BESA Collection”, dirigida ao segmento de empresas e particulares, que revalidou a imagem de solidez e eficiência, vectores chave da linha estratégica do Banco. No seguimento da estratégia de preservação da sua imagem, o BESA continuou a trabalhar para a melhoria e manutenção dos seus vários espaços, primando sempre pela excelência na gestão da estética visual do Banco. 06 06.4.2 Banca de Investimento A actividade de Banca de Investimento em Angola, desenvolvida através do Gabinete de Banca de Investimento criado no BESA, tem sido fundamentalmente orientada, ao longo dos últimos anos, para o apoio ao Banco na estruturação de financiamentos para entidades públicas, com vista a fazer face ao programa de reconstrução nacional, e para a estruturação de financiamentos para projectos de investimento privados, com destaque para o sector imobiliário. Durante o ano de 2010, a actividade do Gabinete de Banca de Investimentos, destacou-se pelo seguinte: - finalização da montagem para a EMIS de um sindicato bancário formado por seis bancos, e o início do processo de financiamento à Construção e Apetrechamento do Novo Centro de Informática Seguro da Rede Multicaixa, num montante total de USD 19,5 milhões; - extensão do “Bridge loan” à Prominvest, de USD 9 milhões para USD 14 milhões, para o desenvolvimento de “real estate project” no centro de Luanda, avaliado em USD 236 milhões; - “Bridge loan” para a Executive Hotéis, para o desenvolvimento de uma cadeia de 24 hotéis em todo o território nacional, no montante de USD 8,6 milhões; - emissão de duas garantias bancárias “on first demand”, a favor da sociedade Lena Abrantina Imobiliária, S.A., no valor global de USD 12,5 milhões, com vista a cobrir uma operação de aquisição do capital da sociedade Jonasbel Angola Empreendimentos, Lda; - apoio ao BESA na estruturação de operações financeiras com o Estado. Em 2010 foi submetido o pedido de licenciamento às autoridades Angolanas de um Banco de Investimento de direito angolano e de uma Sociedade Corretora, de forma a permitir uma cobertura mais ampla do potencial de mercado existente, através da presença local, focando essencialmente o sector de infra-estruturas (nomeadamente ao nível de transportes, energia, etc), bem como explorar oportunidades para prestação de serviços de assessoria financeira tendo como propósito dinamizar a actividade “cross border” com outras geografias onde o Banco está presente (nomeadamente Portugal e Brasil), explorando este factor de diferenciação no mercado local. Através da futura Corretora, o Banco desenvolverá a actividade de Mercado de Capitais no mercado angolano, que será dinamizada na sequência da futura abertura da Bolsa de Valores e Derivados de Angola (BVDA). Esta importante iniciativa das autoridades angolanas irá fomentar o rápido desenvolvimento do mercado interno de capitais (mercado primário e mercado secundário) e propiciar um acrescido dinamismo ao sector bancário, possibilitando uma maior diferenciação entre as estratégias dos diversos operadores com a entrada em novas áreas de negócio. 06.4.3 Participações Financeiras (ver Nota Explicativa 10 às Demonstrações financeiras) • Participações Financeiras Inferiores a 10% do Capital O BESA detém uma participação na Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), a qual implementou o sistema automático de pagamentos e cartões multicaixa em Angola. Detida maioritariamente em 51% pelo Banco Central, as restantes quota partes foram distribuídas pelos bancos que operam no mercado. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 77 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA Adicionalmente, durante o exercício de 2007, o BESA subscreveu ainda e realizou 1.419 acções da Bolsa de Valores e Derivados de Angola (BVDA), assumindo assim uma participação minoritária no capital desta entidade. • Participações Financeiras Superiores a 10% do Capital BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 78 O BESA detém, desde 14 de Março e 1 de Outubro de 2008, uma participação maioritária de 62% no capital da BESAACTIF, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, SA e da BESAACTIF, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, respectivamente, duas empresas privadas com sede social em Angola e cujo objecto social é a gestão de activos e de fundo de pensões, respectivamente. 06.5 Actividade e Resultados do BESA 06.5.1 Balanço No final do exercício de 2010, o Activo líquido do Banco ascendeu a USD 7.892 milhões, representando um crescimento de 23% face ao ano anterior. De salientar os acréscimos do Crédito concedido a Clientes, líquido de provisões (USD 1.302 milhões), dos Outros activos (USD 210 milhões), e no Imobilizado (USD 178 milhões). Os acréscimos referidos resultam essencialmente do acréscimo verificado nos Depósitos, Captações de liquidez no Mercado monetário interbancário e nos Recursos próprios. No final de 2009 o BESA adquiriu, subscreveu e realizou 875.000 acções da Universo Lusófono, assumindo assim uma participação de 12,5% no capital desta entidade. A sede social desta entidade é em Portugal e o seu principal activo é a participação numa sociedade de direito angolano detentora de património imobiliário em Luanda. O BESA exerceu a sua opção de venda desta participação em 2010. Disponibilidades 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 Títulos e Valores Mobiliários Créditos Outros Valores do Activo 2010 Imobilizações Total do Activo Depósitos Captações para Liquidez 2009 Fundos Próprios 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA Em termos da composição do Total do activo, o Crédito líquido concedido a clientes representa 47% (2009: 38%) e os Títulos e valores mobiliários representam 34% (2009: 40%). A quota de mercado do Crédito concedido a Clientes e Títulos situou-se nos 25,5% (19,6% em 2009), conforme se ilustra no quadro seguinte: BTA 2,2% Restantes BMA 9,5% 2,9% Os Fundos próprios registaram um acréscimo de USD 315 milhões, representando um aumento de 79% (2009: 47%), essencialmente devido ao resultado do exercício de 2010 (ver Demonstração de Mutação de Fundos Próprios e Nota explicativa às Demonstrações financeiras nº 17). BFA 12,7% BPA 4,6% BIC 10,4% BESA 25,5% BAI 16,6% No Passivo, de referir o aumento de 23% nas Captações para liquidez (acréscimo de USD 819 milhões) e de 14% nos Depósitos de clientes (acréscimo de USD 350 milhões), correspondendo a uma quota de mercado de 10,1% (2009: 8,5%), que se ilustra como segue: BAI 21,4% Restantes 11,0% BMA 1,7% BTA 2,2% BPA 5,4% BESA 10,1% BFA 18,5% BIC 13,3% BPC 16,4% BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 79 BPC 15,5% 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA 06.5.2 Crédito sobre Clientes BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 80 No ano de 2010, o BESA continuou a apostar na abertura na concessão de Crédito a clientes, mantendo no entanto uma política criteriosa na concessão do mesmo o que, conjugado com a consolidação da actividade do Departamento de Risco e Controlo de Crédito (criado em finais de 2008), permitiu o aumento desta rubrica, que em 31 de Dezembro de 2010 ascendia a USD 3.713 milhões (2009: USD 2.411 milhões), em 54%. A ventilação do Crédito por moeda e por prazo residual de maturidade apresentam-se nas Notas explicativas às Demonstrações financeiras nº 3 a), e nº 8, respectivamente. O rácio de transformação de Depósitos de clientes em Crédito a clientes à data do Balanço é de cerca 131%, que compara com os 97% de 2009. Este aumento da taxa de transformação traduziu-se na alavancagem do Balanço do Banco, num clima macroeconómico de pouca liquidez via política monetária restritiva, sendo reflexo da decisão da Comissão Executiva de continuar a apoiar o processo de reconstrução nacional e os agentes económicos, sobretudo os principais clientes do Banco. A decomposição por sector de actividade do Crédito concedido a clientes analisa-se como segue: A- Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura C - Indústrias Extractivas 13,28% D - Indústrias Transformadoras 13,87% E - Produção e Distribuição de Electricidade, de Gás e de Água F - Construção 12,19% 14,01% G - Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico H - Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares) I - Transportes, Armazenagem e Comunicações J - Actividades Financeiras 8,38% 28,23% 7,98% 1,76% K - Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas L - Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória M - Educação O - Outras Actividades de Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais P - Famílias com Empregados Domésticos 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA No ano de 2010, a captação de Recursos de Clientes (não incluindo as Instituições Financeiras) atingiu um volume de USD 2.875 milhões de USD, traduzindo-se num aumento de 14% face aos USD 2.526 milhões captados em 2009. moeda nacional e estrangeira, bem como o total de depósitos em moeda nacional sobre o total de depósitos analisa-se como seguem: Moeda Nacional/ Depósitos Totais Depósitos a Prazo MN 1.500.000 Este aumento, num ambiente macroeconómico marcado pela falta de liquidez e em que o Estado, ainda principal agente de geração de liquidez no mercado, implementou uma política monetária restritiva, foi resultado de uma grande resiliência da estrutura comercial do Banco, conjugada com uma maior cobertura geográfica do mercado, através das várias agências pela cidade de Luanda e das novas e amplas agências abertas nas diversas Províncias, permitindo uma maior proximidade do Banco ao mercado. Estas condições permitiram a criação e lançamento de produtos e serviços inovadores no mercado, mantendo as taxas atractivas de remuneração. A fidelização dos Clientes já existentes e a captação de novos Clientes continuam a ser um dos objectivos estratégicos do BESA, só possível de concretizar através da manutenção da preocupação constante com as necessidades reais dos Clientes e com a imagem de confiança, qualidade, inovação e modernidade que permanentemente se transmite à praça financeira Angolana, mantendo contudo a prudência nas diversas áreas de negócio e continuando a política de captação de novos Clientes, visando ao mesmo tempo a excelência e qualidade de serviço. A evolução da carteira de Depósitos de Clientes por moeda e prazos residuais está ventilada nas Notas explicativas às Demonstrações financeiras nº 3 a) e 12, respectivamente. Os Depósitos de Clientes à ordem e a prazo, em ME Depósitos à Ordem MN ME 25,3% 20,8% 2010 2009 1.125.000 750.000 375.000 0 06.5.4 Outros Activos (Outros Valores) Ver Nota explicativa às Demonstrações financeiras n.º 9. 06.5.5 Outros Passivos (Dívidas Subordinadas e Outras Obrigações) No passivo, à data de 31 de Dezembro de 2010, encontra-se contabilizado em euros o empréstimo subordinado ao BES, no contravalor em USD 1.434 milhares (2009: USD 2.153 milhares), o qual tem vindo a ser amortizado de acordo com o contratualmente estabelecido. O valor do Imposto Industrial resulta do volume de rendimentos provenientes de Títulos da Dívida Pública e equivalentes, e de outras operações contratadas com o Estado com a mesma isenção, estando os mesmos, de acordo com o C.I.I., isentos de qualquer tipo de imposto, não sendo considerados para efeitos de englobamento na Matéria Colectável. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 81 06.5.3 Recursos de Clientes 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA 06.5.6 Recursos Próprios O BESA mantém a sua política de provisionar gradualmente a totalidade dos seus Fundos Próprios (Capital, Reserva Legal e Resultados Transitados). Durante os exercícios de 2010 e 2009 não foi efectuada qualquer provisão de manutenção dos Fundos Próprios. 06.5.7 Solvabilidade À data do Balanço ainda não estão publicadas as alterações das normas de apuramento do rácio de solvabilidade decorrentes da entrada em vigor do CONTIF. Assim, os valores da exposição utilizados para o cálculo, foram apurados segundo as regras Basileia II e os Fundos Próprios elegíveis estão reconciliados entre as regras IAS e as regras Basileia II. O valor dos recursos próprios e respectiva movimentação encontram-se reportados na Demonstração da mutação de fundos próprios e na Nota explicativa às Demonstrações financeiras nº 17. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Fundos Próprios de base elegíveis e complementares, bem como o rácio de Solvabilidade TIER I e TIER I+II, são como segue: valores em milhares de USD, excepto quando indicado BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 82 Base de Apuramento Rácio de 2010 Solvabilidade Rácio de 2009 Solvabilidade Administrações e/ou Bancos Centrais Instituições de crédito Empresas Retalho Crédito bens imóveis Elementos vencidos Outros elementos 388 7.387 2.094.813 406.280 809.341 21.074 5.611 1.806.959 252.796 254.986 1.175.746 786.072 Total exposição 4.493.955 3.127.499 Requisitos de capital 359.516 250.200 Capital TIER I - Fundos próprios de base (IAS) 698.682 381.614 -5.615 -5.447 Imobilizações incorpóreas Capital TIER I - Fundos próprios de base (CONTIF) Fundos próprios de base elegíveis Fundos próprios complementares Provisões Imobilizações financeiras 693.067 62.058 60.053 2.005 15,42% 376.167 35.157 30.846 4.311 12,03% Capital TIER I + II - Fundos próprios de base Fundos próprios elegíveis 755.125 16,80% 411.325 13,15% 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA 06.6.1 Resultado de Intermediação Financeira (Produto Bancário) Ao contrário do que aconteceu em 2009, em que a taxa média de remuneração dos Títulos do Banco Central (TBC’s) e dos Bilhetes do Tesouro (BT’s) a três meses andou estabilizada e por volta dos 14%, durante os dois primeiros trimestres de 2010 a remuneração destes títulos registou uma acentuada subida (situando-se nos cerca de 25%), após o que registou um gradual mas bastante pronunciado decréscimo, fechando o ano a cerca de 11%. Estas taxas servem de referência em Angola, na ausência de mercado monetário estruturado, para as taxas activas. Este facto concorre, juntamente com (i) a gestão criteriosa das taxas de juro, e (ii) com o efeito volume para a subida da Margem financeira (Resultado financeiro) em 204% face ao exercício anterior, atingindo os USD 390 milhões (2009: USD 128 milhões). -americanos, registar Resultados de operações cambiais no montante de USD 126 milhões. Durante o ano de 2010 a cotação do AOA face ao USD esteve bastante volátil, mas a flutuar dentro de uma banda relativamente pequena. Destes dois aspectos, resultou um decréscimo de 848% desta rubrica em 2010, quando comparada com o exercício anterior. Os aumentos verificados nos Resultados financeiros, permitiram que o Resultado de intermediação financeira (Produto bancário) aumentasse em 46% face a 2009, sendo de destacar o aumento do peso relativo dos proveitos recorrentes da banca comercial. Assim, a evolução da estrutura do Produto bancário de 2010, quando comparada com a de 2009, analisa-se como segue: 2010 2009 O total de Juros activos em 2010 foi de USD 638 milhões, suportando assim os juros passivos das Aplicações em outras instituições de crédito e de Clientes, no montante de USD 248 milhões. Os Resultados de prestação de serviços financeiros (Serviços bancários prestados), no montante de USD 44 milhões de USD (2009: USD 55 milhões) verificaram um decréscimo de cerca de 20% face a 2009, explicado sobretudo pela diminuição das importações. O ano de 2009 ficou marcado por uma forte desvalorização do AOA face ao USD (cerca de 19%) o que permitiu ao BESA, através da manutenção de uma posição estratégica longa em dólares norte- Margem Financeira Resultados de Operações Cambiais Resultados de Prestações de Serviços Financeiros BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 83 06.6 Níveis de Funcionamento 06 LINHAS ESTRATÉGICAS E DE ACTUAÇÃO DO BESA A decomposição do Produto bancário analisa-se como segue: 2010 Margem Financeira 450.000 2009 Resultados Resultados de Operações de Prestação Cambiais de Serviços Financeiros homólogo anterior, que resultou essencialmente da entrada em produção de desenvolvimentos do NSI e do aumento de aquisições dos novos espaços para as agências, de mobiliário e de equipamento. No quadro seguinte podemos observar a desagregação dos Custos operativos e respectiva evolução, em grandes rubricas, como segue: 360.000 2010 270.000 Custos com o pessoal 180.000 90.000 60.000 0 Gastos Administrativos (fornecimentos e serviços) 2009 Depreciações e amortizações 50.000 40.000 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 84 06.6.2 Custos Operativos O elevado crescimento que o BESA tem vindo a registar, o esforço de implementação do NSI e a preparação de abertura de novas agências em Luanda e nas Províncias, são os principais factores que contribuem para a evolução dos Custos operativos, os quais se fixaram em USD 90 milhões (2009: USD 78 milhões), apresentando um crescimento de 14% quando comparados com o período homólogo anterior. Os Custos com pessoal foram de USD 26 milhões, e incorporam o aumento do quadro de pessoal em 57 novos colaboradores para fazer face ao aumento da rede e da actividade global do Banco. 30.000 20.000 10.000 0 06.6.3 “Cost-to-Income” Um dos principais objectivos estratégicos do Banco é a melhoria da sua “performance” no que respeita ao seu rácio de eficiência. No ano de 2010, o aumento de 46% do Produto bancário mais do que compensou o aumento nos Custos operativos, tendo o rácio de “Cost-to-income” passado de 27% em 2009 para 21% em 2010. 2010 Os Custos administrativos foram de USD 54 milhões (2009: USD 51 milhões), reflectindo os resultados da implementação, em finais de 2008, de um programa específico de forte contenção dos mesmos, sem comprometer o aumento da actividade do Banco. As amortizações atingiram os cerca de USD 10,5 milhões, um aumento de 33% face ao período Custos Produto Operativos Bancário 500.000 375.000 250.000 125.000 0 21,2% 2009 Custos Produto Operativos Bancário 26,9% 06 LINHAS ESTRATÉGICAS DE ACTUAÇÃO DO BESA 06.6.4 Resultados O Resultado Líquido do Exercício foi de AOA 30.489 milhões, correspondendo ao contravalor de USD 331.386 milhares, representando uma subida de 57% face aos USD 211.671 milhares apresentados no ano de 2009. 06.7 Proposta de Aplicação de Resultados - 20% para constituição de Reserva Legal, no contravalor em kwanzas de 66.278 milhares de USD; - 40% para Resultados Transitados, no contravalor em kwanzas de 132.554 milhares de USD; - 40% para Distribuição aos accionistas, no contravalor em kwanzas de 132.554 milhares de USD. Luanda, 31 de Março de 2011 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva - Presidente Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho – Vice-Presidente Hélder José Bataglia dos Santos Ilídio Domingos das Matas Santos José Octávio Serra Van-Dúnem Zandre Eudénio de Campos Finda Pedro Ferreira Neto Rui Manuel Fernandes Pires Guerra BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 85 Nos termos da sua competência estatutária, o Conselho de Administração tem a honra de apresentar à Assembleia Geral a seguinte proposta de aplicação de distribuição de Resultados: 2010 RELATÓRIO E CONTAS 07 APROVAÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 07 APROVAÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Os Administradores Executivos são os responsáveis pela preparação, integridade e objectividade das Demonstrações financeiras e demais informações contidas neste relatório. 1 - O Banco dispõe de sistemas internos de controlo contabilístico e administrativo para assegurar que os Activos do Banco sejam salvaguardados e que as respectivas operações e transacções sejam executadas e escrituradas em conformidade com as normas e procedimentos adoptados. 2 - As Demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, auditadas e preparadas em conformidade com o normativo em vigor em Angola para o efeito, dão uma imagem verdadeira e apropriada do Activo, Passivo, Capitais próprios e dos Resultados do Banco. 3 – O Relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, o desempenho e a posição financeira do BESA no exercício de 2010 e contém as necessárias descrições dos principais riscos e incertezas. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho - Presidente Hélder José Bataglia dos Santos Ilídio Domingos das Matas Santos José Octávio Serra Van-Dúnem BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 89 Dentro das boas práticas internacionais de Governo Corporativo, e tendo em conta as obrigações regulamentares do Accionista maioritário, a Comissão Executiva do Conselho de Administração do BESA, declara que não tem conhecimento de qualquer aspecto que obste à sua convicção que: 2010 RELATÓRIO E CONTAS 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANÇO PATRIMONIAL 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Balanço Patrimonial à data de 31 de Dezembro de 2010 valores em milhares de kwanzas BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 92 Descritivo Cód. CONTIF 1.10 1.20 1.20.10 1.20.20 1.20.30 1.20.40 1.30 1.30.10 1.30.20 1.30.30 1.40 1.50 1.60 1.70 1.70.10 1.70.90 1.75 1.80 1.85 1.90 1.90.10 1.90.20 1.90.30 ACTIVO DISPONIBILIDADES APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro Op. Compra Títulos Terceiros c/Acordo de Revenda Op. Venda Títulos Terceiros c/Acordo Revenda Aplicações em Ouro e Outros Metais Preciosos TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Mantidos para Negociação Disponíveis para Venda Mantidos até o Vencimento INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS OPERAÇÕES CAMBIAIS CRÉDITOS Créditos (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa CLIENTES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS OUTROS VALORES INVENTÁRIOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS IMOBILIZAÇÕES Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Notas 4 5 6 7 8 8 9 10 11 11 TOTAL DO ACTIVO 2010 2009 23.941.786 3.747.113 3.747.113 0 0 0 250.155.303 0 250.155.303 0 0 8.233 0 343.973.017 349.536.533 -5.563.516 0 69.848.926 80.824 39.395.578 185.723 37.255.718 1.954.137 48.984.903 10.996.978 10.996.978 0 0 0 228.292.997 0 228.292.997 0 0 0 0 215.515.843 218.273.432 -2.757.589 0 48.625.646 75.953 22.102.165 385.371 19.672.297 2.044.497 731.150.780 574.594.485 Notas 2010 2009 20 20 80.318.935 40.962.893 0 0 1.188.169 0 122.196.035 37.766.663 0 14.759.977 0 900.265 Descritivo Cód. CONTIF 2.10 2.10.10 2.10.20 2.10.80 2.20 2.20.10 2.20.20 2.20.30 2.30 2.40 2.50 2.60 2.70 2.70.10 2.70.20 2.70.80 2.75 2.80 2.90 2.95 3 4+5 4.10 4.20 4.30 4.40 4.50 4.60 4.70 4.80 5 Notas PASSIVO DEPÓSITOS Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Outros Depósitos CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ Operações Mercado Monetário Interfinanceiro Op. Venda Títulos Próprios c/Acordo Recompra Op. Venda Títulos Terceiros c/Acordo Recompra CAPTAÇÕES COM TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS OPERAÇÕES CAMBIAIS OUTRAS CAPTAÇÕES Dívidas Subordinadas Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida Outras Captações Contratadas ADIANTAMENTOS DE CLIENTES OUTRAS OBRIGAÇÕES PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS PROVISÕES TÉCNICAS INTERESSES MINORITÁRIOS FUNDOS PRÓPRIOS CAPITAL SOCIAL RESERVA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA CAPITAL SOCIAL RESERVAS E FUNDOS RESULTADOS POTENCIAIS RESULTADOS TRANSITADOS (-) DIVIDENDOS ANTECIPADOS RESULTADO ALTERAÇÃO CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS (-) ACÇÕES OU QUOTAS PRÓPRIAS EM TESOURARIA RESULTADO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO + FUNDOS PRÓPRIOS 12 13 13 13 7 14 15 17 17/18 17/18 17/18 2010 2009 266.374.101 160.185.599 105.975.722 212.780 397.954.855 359.774.997 38.179.858 0 0 0 216.229 0 132.830 132.830 0 0 0 310.827 0 0 0 66.161.938 225.844.401 119.920.109 105.243.457 680.834 310.838.954 253.961.640 56.877.314 0 0 0 20.310 0 192.517 192.517 0 0 0 2.025.146 0 0 0 35.673.157 14.564.797 0 7.634.711 0 13.473.649 0 0 0 30.488.781 731.150.780 14.564.797 0 4.266.299 0 0 0 0 0 16.842.061 574.594.485 Extrapatrimoniais à data de 31 de Dezembro de 2010 Descritivo 91010 91020 91030 9105010 9105020 91060 Responsabilidades de Terceiros Responsabilidades perante Terceiros Títulos e Valores Mobiliários SERVIÇOS PRESTADOS POR TERCEIROS SERVIÇOS PRESTADOS PELA INSTITUIÇÃO Operações Cambiais 20 20 Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração de Resultados do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 I II 1 2 3 4 III 5 6 7 8 9 IV V VI VII VIII IX X XI 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI XXII XXIII 5.10.10.10.10.20 5.10.10.10.10.30 5.10.10.10.10.40 5.10.10.10.10.70 5.10.10.10.20.10 5.10.10.10.20.20 5.10.10.10.20.30 5.10.10.10.20.40 5.10.10.10.20.70 5.10.10.20 5.10.10.60 5.10.10.80 5.10.10.90 5.10.10.95 5.10.75 5.10.80.10.10 5.10.80.10.20 5.10.80.10.30 5.10.80.10.40 5.10.80.10.50 5.10.80.10.75 5.10.80.10.80 5.10.80.10.85 5.10.80.10.90 5.10.80.10.99 5.10.80.80 5.10.80.90 5.10.80.99 5.10.90 5.20 5.30 5.80 5.90 Descritivo Notas 2010 2009 Margem Financeira (II+III) Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos (1+2+3+4) Proveitos de Aplicações de Liquidez Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários Proveitos de Instrumentos Financeiros Derivados Proveitos de Créditos (-) Custos de Instrumentos Financeiros Passivos (5+6+7+8+9) Custos de Depósitos Custos de Captações para Liquidez Custos de Captações com Títulos e Valores Mobiliários Custos de Instrumentos Financeiros Derivados Custos de Outras Captações Resultados de Negociações e Ajustes ao Valor Justo Resultados de Operações Cambiais Resultados de Prestação de Serviços Financeiros (-) Provisões para Crédito Liquidação Duvidosa e Prestação de Garantias 8/16 Resultados Planos Seguros, Capitalização e Saúde Complementar RESULTADO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (I+IV+V+VI+VII+VIII) RESULTADOS COM MERCADORIAS, PRODUTOS E OUTROS SERVIÇOS (-) Custos Administrativos e de Comercialização (10+11+12+13+14+15+16+17+18+19) Pessoal 19 Fornecimentos de Terceiros Impostos e Taxas Não Incidentes sobre o Resultado Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras Custos com Pesquisa e Desenvolvimento Provisões Específicas Perdas c/Clientes Comerciais e Industriais Outros Administrativos e de Comercialização Provisões Específicas para Perdas c/Invent. Comerciais e Industriais Depreciações e Amortizações 11 Recuperação de Custos (-) Provisões sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis Resultado de Imobilizações Financeiras Outros Proveitos e Custos Operacionais OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS (XI+XII+XIII+XIV) RESULTADO DA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA PATRIMONIAL RESULTADO OPERACIONAL (IX+X+XV+XVI) RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES IMPOSTOS E OUTROS ENCARGOS (XVII+XVIII) (-) ENCARGOS SOBRE O RESULTADO CORRENTE RESULTADO CORRENTE LÍQUIDO (XIX+XX) (-) PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS RESULTADO DO EXERCÍCIO (XXI+XXII) 17/18 35.901.464 58.675.975 127.834 17.526.059 0 41.022.082 22.774.511 11.553.722 11.220.789 0 0 0 0 1.763.886 4.073.694 2.805.928 0 38.933.116 0 10.197.773 30.295.622 115.971 8.016.359 0 22.163.292 20.097.849 4.298.541 14.894.295 0 0 905.013 0 10.023.166 4.383.660 1.484.107 0 23.120.491 0 8.241.395 2.350.726 4.827.828 96.842 1.101 0 0 2.909 0 961.989 0 0 0 146.555 -8.387.950 0 30.545.166 3.615 30.548.781 60.000 30.488.781 6.226.918 1.513.281 3.758.138 63.064 94.220 0 0 173.722 0 624.493 0 0 0 0 -6.226.918 0 16.893.573 68.489 16.962.061 120.000 16.842.061 30.488.781 16.842.061 Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 93 valores em milhares de kwanzas Código CONTIF 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração de Mutação de Fundos Próprios em 31 de Dezembro de 2010 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 94 Saldo em 1 de Janeiro de 2009 749.000 2.454.264 345.160 16.809.660 Recebimentos por Aumentos de Capital 7.10.10 17 13.815.797 0 0 0 Efeitos de Reservas de Reavaliação Próprias 7.40.10.60.10 + 7.40.30.60.10 + 7.40.70.60.10 0 0 -345.160 294.178 Apropriação do Resultado do Exercício 7.50.10 17 0 0 0 16.842.061 Constituições de Reservas e Fundos 7.30.30 17/18 0 1.812.035 0 -1.812.035 (-) Dividendos Propostos no Período (i) 7.50.20 0 0 0 -15.291.803 Saldo em 31 de Dezembro de 2009 14.564.797 4.266.299 0 16.842.061 Apropriação do Resultado do Exercício 7.50.10 17 0 0 0 30.488.781 Constituições de Reservas e Fundos 7.30.30 17/18 0 3.368.412 0 -3.368.412 Saldo em 31 de Dezembro de 2010 14.564.797 7.634.711 0 43.962.430 (i) - Dividendo relativo a 40% do resultado do exercício de 2005 e a 80% dos resultados dos exercícios de 2006, 2007 e 2008 Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho TOTAIS RESULTADO DA ALTERAÇÃO DE CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS (-) DIVIDENDOS ANTECIPADOS RESULTADOS TRANSITADOS RESERVA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA CAPITAL SOCIAL RESERVAS CAPITAL SOCIAL Nota Código CONTIF valores em milhares de kwanzas 0 0 0 20.358.084 0 13.815.797 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -50.982 16.842.061 0 -15.291.803 35.673.157 30.488.781 0 66.161.938 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração de Fluxos de Caixa do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 I II 1 2 3 4 III 5 6 7 8 9 IV V VI VII VIII 6.10.10.10.10.20 6.10.10.10.10.30 6.10.10.10.10.40 6.10.10.10.10.70 6.10.10.10.20.10 6.10.10.10.20.20 6.10.10.10.20.30 6.10.10.10.20.40 6.10.10.10.20.70 6.10.10.20 6.10.10.60 6.10.10.80 6.10.10.95 Descritivo 2010 2009 26.256.389 48.083.103 119.342 17.169.143 0 30.794.619 -21.826.714 -11.013.440 -10.779.092 -34.182 0 0 0 1.763.888 3.383.429 0 31.403.706 5.468.477 25.780.973 117.085 7.396.368 0 18.267.520 -20.312.496 -3.643.901 -15.645.593 -117.989 0 -905.013 0 10.023.166 4.320.068 0 19.811.711 0 -7.279.407 0 -187.686 0 0 -146.555 -7.613.648 23.790.057 0 -5.602.426 0 20.310 0 0 0 -5.582.116 14.229.595 -7.258.356 -21.505.389 0 0 -121.035.637 -149.799.383 -6.407.316 -16.331.425 3.615 0 -16.327.810 -172.534.509 6.461.475 -52.559.948 0 0 -90.906.563 -137.005.036 84.667 -8.163.304 68.489 0 -8.094.815 -145.015.184 Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Depósitos Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Captações para Liquidez Fluxo Caixa Financiamentos com Captações com Títulos e Valores Mobiliários Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Instrumentos Financeiros Derivados Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Operações Cambiais Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Outras Captações FLUXO CAIXA FINANC. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (24+25+26+27+28+29) FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS COM MINORITÁRIOS Recebimentos por Aumentos de Capital (-) Pagamentos por Reduções de Capital (-) Pagamentos de Dividendos Recebimentos por Alienação de Acções ou Quotas Próprias em Tesouraria (-) Pagamentos por Aquisição de Acções ou Quotas de Próprias em Tesouraria FLUXO CAIXA FINANCIAMENTOS COM FUNDOS PRÓPRIOS (30+31+32+33+34) FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS COM OUTRAS OBRIGAÇÕES FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS (XVI+XVII+XVIII+XIX) 39.989.418 86.708.386 0 0 0 -59.686 126.638.118 0 0 0 0 0 0 0 -2.936.784 123.701.334 49.549.223 133.476.865 0 0 0 1.791.235 184.817.322 0 13.470.637 0 -15.291.803 0 0 -1.821.166 -31.122.826 151.873.330 SALDO EM DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO SALDO EM DISPONIBILIDADES AO FINAL DO PERÍODO VARIAÇÕES EM DISPONIBILIDADES (XI+XV+XX) 48.984.903 23.941.786 -25.043.117 27.897.162 48.984.903 21.087.741 Fluxo Caixa Margem Financeira (II+III) Recebimentos Proveitos Instrum. Financeiros Activos (1+2+3+4) Recebimentos de Proveitos de Aplicações de Liquidez Recebimentos de Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários Recebimentos de Proveitos de Instrumentos Financeiros Derivados Recebimentos de Proveitos de Créditos (-) Pagamentos Custos Instrum. Financeiros Passivos (5+6+7+8+9) Pagamentos de Custos de Depósitos Pagamentos de Custos de Captações para Liquidez Pagamentos de Custos de Captações com Títulos e Valores Mobiliários Pagamentos de Custos de Instrumentos Financeiros Derivados Pagamentos de Custos de Outras Captações Fluxo Caixa Resultados Negociações e Ajustes ao Valor Justo Fluxo Caixa Resultados de Operações Cambiais Fluxo Caixa Resultados de Prestação de Serviços Financeiros Fluxo Caixa Resultados Planos Seguros,Capital.e Saúde Complem. FLUXO CAIXA OPERACIONAL INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (I+IV+V+VI+VII) IX 10 11 12 13 14 15 X XI 6.10.75 6.10.80.10 6.10.80.30 6.10.80.50 6.10.80.80 6.10.80.90 6.10.80.99 FLUXO CAIXA RESULTADOS C/MERCADORIAS, PRODUTOS E OUT.SERVIÇOS (-) Pagamentos de Custos Administrativos e de Comercialização (-) Pagamentos de Outros Encargos sobre o Resultado Fluxo de Caixa da Liquidação de Operações no Sistema de Pagamentos Fluxo de Caixa dos Outros Valores e Outras Obrigações Recebimentos de Proveitos de Imobilizações Financeiras Fluxo de Caixa de Outros Custos e Proveitos Operacionais RECEB. E PAGAM. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERAC.(10+11+12+13+14+15) FLUXO DE CAIXA DAS OPERAÇÕES (VIII+IX+X) 16 17 18 19 20 XII XIII 21 22 23 XIV XV 6.20.10.20 6.20.10.30 6.20.10.40 6.20.10.60 6.20.10.70 Fluxo de Caixa dos Investimentos em Aplicações de Liquidez Fluxo de Caixa dos Investimentos em Títulos e Valores Mobiliários Activos Fluxo de Caixa dos Investimentos em Instrumentos Financeiros Derivados Fluxo de Caixa dos Investimentos em Operações Cambiais Fluxo de Caixa dos Investimentos em Créditos FLUXO CAIXA INVESTIMENTOS INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (16+17+18+19+20) FLUXO CAIXA INVESTIMENTOS EM OUTROS VALORES Fluxo de Caixa dos Investimentos em Imobilizações Fluxo de Caixa dos Resultados na Alienação de Imobilizações Fluxo de Caixa dos Outros Ganhos e Perdas Não-Operacionais FLUXO DE CAIXA DAS IMOBILIZAÇÕES (21+22+23) FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS (XII+XIII+XIV) 24 25 26 27 28 29 XVI XVII 30 31 32 33 34 XVIII XIX XX 6.30.20.10 6.30.20.20 6.30.20.30 6.30.20.40 6.30.20.60 6.30.20.70 6.20.80 6.20.90.10 6.20.90.20 6.20.90.80 6.30.30 6.30.40.10 6.30.40.20 6.30.40.30 6.30.40.40 6.30.40.50 6.30.80 Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 95 valores em milhares de kwanzas Código CONTIF BALANÇO PATRIMONIAL 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Balanço Patrimonial à data de 31 de Dezembro de 2010 valores em milhares de dólares norte-americanos BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 96 Descritivo Cód. CONTIF 1.10 1.20 1.20.10 1.20.20 1.20.30 1.20.40 1.30 1.30.10 1.30.20 1.30.30 1.40 1.50 1.60 1.70 1.70.10 1.70.90 1.75 1.80 1.85 1.90 1.90.10 1.90.20 1.90.30 ACTIVO DISPONIBILIDADES APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro Op. Compra Títulos Terceiros c/Acordo de Revenda Op. Venda Títulos Terceiros c/Acordo Revenda Aplicações em Ouro e Outros Metais Preciosos TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Mantidos para Negociação Disponíveis para Venda Mantidos até o Vencimento INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS OPERAÇÕES CAMBIAIS CRÉDITOS Créditos (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa CLIENTES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS OUTROS VALORES INVENTÁRIOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS IMOBILIZAÇÕES Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Notas 4 5 6 7 8 8 9 10 11 11 TOTAL DO ACTIVO 2010 2009 258.431 40.447 40.447 0 0 0 2.700.207 0 2.700.207 0 0 89 0 3.712.887 3.772.941 -60.054 0 753.958 872 425.241 2.005 402.143 21.093 0 0 0 0 0 0 0 0 547.942 123.011 123.011 0 0 0 2.553.670 0 2.553.670 0 0 0 0 2.410.746 2.441.592 -30.846 0 543.923 850 247.233 4.311 220.053 22.870 0 0 0 0 0 0 0 0 7.892.132 6.427.375 2010 2009 866.973 442.159 0 0 12.825 0 1.366.877 422.455 0 165.104 0 10.070 Descritivo Cód. CONTIF 2.10 2.10.10 2.10.20 2.10.80 2.20 2.20.10 2.20.20 2.20.30 2.30 2.40 2.50 2.60 2.70 2.70.10 2.70.20 2.70.80 2.75 2.80 2.90 2.95 3 4+5 4.10 4.20 4.30 4.40 4.50 4.60 4.70 4.80 5 Notas PASSIVO DEPÓSITOS Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Outros Depósitos CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ Operações Mercado Monetário Interfinanceiro Op. Venda Títulos Próprios c/Acordo Recompra Op. Venda Títulos Terceiros c/Acordo Recompra CAPTAÇÕES COM TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS OPERAÇÕES CAMBIAIS OUTRAS CAPTAÇÕES Dívidas Subordinadas Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida Outras Captações Contratadas ADIANTAMENTOS DE CLIENTES OUTRAS OBRIGAÇÕES PROVISÕES PARA RESPONSABILIDADES PROVÁVEIS PROVISÕES TÉCNICAS INTERESSES MINORITÁRIOS FUNDOS PRÓPRIOS CAPITAL SOCIAL RESERVA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA CAPITAL SOCIAL RESERVAS E FUNDOS RESULTADOS POTENCIAIS RESULTADOS TRANSITADOS (-) DIVIDENDOS ANTECIPADOS RESULTADO ALTERAÇÃO CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS (-) ACÇÕES OU QUOTAS PRÓPRIAS EM TESOURARIA RESULTADO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO + FUNDOS PRÓPRIOS 12 13 13 13 7 14 15 17 17/18 17/18 17/18 2010 2009 2.875.275 1.729.063 1.143.915 2.297 4.295.574 3.883.456 412.118 0 0 0 2.334 0 1.434 1.434 0 0 0 3.355 0 0 0 714.160 2.526.280 1.341.418 1.177.246 7.616 3.477.024 2.840.798 636.226 0 0 0 227 0 2.153 2.153 0 0 0 22.653 0 0 0 399.038 157.214 0 82.410 0 143.150 0 0 0 331.386 7.892.132 162.921 0 47.723 0 -23.277 0 0 0 211.671 6.427.375 Extrapatrimoniais à data de 31 de Dezembro de 2010 Descritivo 91010 91020 91030 9105010 9105020 91060 Responsabilidades de Terceiros Responsabilidades perante Terceiros Títulos e Valores Mobiliários SERVIÇOS PRESTADOS POR TERCEIROS SERVIÇOS PRESTADOS PELA INSTITUIÇÃO Operações Cambiais Notas 20 20 20 20 Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração de Resultados do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 Código CONTIF I II 1 2 3 4 III 5 6 7 8 9 IV V VI VII VIII IX X XI 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI XXII XXIII 5.10.10.10.10.20 5.10.10.10.10.30 5.10.10.10.10.40 5.10.10.10.10.70 5.10.10.10.20.10 5.10.10.10.20.20 5.10.10.10.20.30 5.10.10.10.20.40 5.10.10.10.20.70 5.10.10.20 5.10.10.60 5.10.10.80 5.10.10.90 5.10.10.95 5.10.75 5.10.80.10.10 5.10.80.10.20 5.10.80.10.30 5.10.80.10.40 5.10.80.10.50 5.10.80.10.75 5.10.80.10.80 5.10.80.10.85 5.10.80.10.90 5.10.80.10.99 5.10.80.80 5.10.80.90 5.10.80.99 5.10.90 5.20 5.30 5.80 5.90 Descritivo Notas 2010 2009 Margem Financeira (II+III) Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos (1+2+3+4) Proveitos de Aplicações de Liquidez Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários Proveitos de Instrumentos Financeiros Derivados Proveitos de Créditos (-) Custos de Instrumentos Financeiros Passivos (5+6+7+8+9) Custos de Depósitos Custos de Captações para Liquidez Custos de Captações com Títulos e Valores Mobiliários Custos de Instrumentos Financeiros Derivados Custos de Outras Captações Resultados de Negociações e Ajustes ao Valor Justo Resultados de Operações Cambiais Resultados de Prestação de Serviços Financeiros (-) Provisões para Crédito Liquidação Duvidosa e Prestação de Garantias 8/16 Resultados Planos Seguros, Capitalização e Saúde Complementar RESULTADO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (I+IV+V+VI+VII+VIII) RESULTADOS COM MERCADORIAS, PRODUTOS E OUTROS SERVIÇOS (-) Custos Administrativos e de Comercialização (10+11+12+13+14+15+16+17+18+19) Pessoal 19 Fornecimentos de Terceiros Impostos e Taxas Não Incidentes sobre o Resultado Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras Custos com Pesquisa e Desenvolvimento Provisões Específicas Perdas c/Clientes Comerciais e Industriais Outros Administrativos e de Comercialização Provisões Específicas para Perdas c/Invent. Comerciais e Industriais Depreciações e Amortizações 11 Recuperação de Custos (-) Provisões sobre Outros Valores e Responsabilidades Prováveis Resultado de Imobilizações Financeiras Outros Proveitos e Custos Operacionais OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS (XI+XII+XIII+XIV) RESULTADO DA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA PATRIMONIAL RESULTADO OPERACIONAL (IX+X+XV+XVI) RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES IMPOSTOS E OUTROS ENCARGOS (XVII+XVIII) (-) ENCARGOS SOBRE O RESULTADO CORRENTE RESULTADO CORRENTE LÍQUIDO (XIX+XX) (-) PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS RESULTADO DO EXERCÍCIO (XXI+XXII) 17/18 390.217 637.755 1.389 190.493 0 445.873 247.538 125.578 121.960 0 0 0 0 19.172 44.277 30.498 0 423.168 0 128.166 380.756 1.458 100.750 0 278.549 252.590 54.024 187.192 0 0 11.374 0 125.971 55.094 18.652 0 290.579 0 89.577 25.550 52.474 1.053 12 0 0 32 0 10.456 0 0 0 1.592 -91.169 0 331.999 39 332.038 652 331.386 0 331.386 78.260 19.019 47.232 793 1.184 0 0 2.183 0 7.849 0 0 0 0 -78.260 0 212.319 861 213.180 1.508 211.671 0 211.671 Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 97 valores em milhares de dólares norte-americanos 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração de Mutação de Fundos Próprios em 31 de Dezembro de 2010 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 98 Saldo em 1 de Janeiro de 2009 9.964 32.915 4.327 0 223.625 Recebimentos por Aumentos de Capital 7.10.10 17 160.001 0 0 0 0 Efeitos de Reservas de Reavaliação Próprias 7.40.10.60.10 + 7.40.30.60.10 + 7.40.70.60.10 -7.044 -9.298 -4.327 -23.277 -20.478 Apropriação do Resultado do Exercício 7.50.10 17 0 0 0 0 211.671 Constituições de Reservas e Fundos 7.30.30 17/18 0 24.106 0 0 -24.106 (-) Dividendos Propostos no Período (i) 7.50.20 0 0 0 0 -179.042 Saldo em 31 de Dezembro de 2009 162.921 47.723 0 -23.277 211.671 Apropriação do Resultado do Exercício 7.50.10 17 0 0 0 0 331.386 Constituições de Reservas e Fundos 7.30.30 17/18 0 42.334 0 0 -42.334 Efeitos de Reservas de Reavaliação Próprias 7.40.10.60.10 + 7.40.30.60.10 + 7.40.70.60.10 -5.707 -7.647 0 -44 -2.865 Saldo em 31 de Dezembro de 2010 157.214 82.410 0 -23.321 497.857 (i) - Dividendo relativo a 40% do resultado do exercício de 2005 e a 80% dos resultados dos exercícios de 2006, 2007 e 2008 Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho TOTAIS RESULTADO DA ALTERAÇÃO DE CRITÉRIOS CONTABILÍSTICOS (-) DIVIDENDOS ANTECIPADOS RESULTADOS TRANSITADOS RESERVA DE REEXPRESSÃO RESERVA ACTUALIZAÇÃO MONETÁRIA CAPITAL SOCIAL RESERVAS CAPITAL SOCIAL Nota Código CONTIF valores em milhares de dólares norte-americanos 0 0 0 270.831 0 160.001 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -16.263 0 714.160 -64.424 211.671 0 -179.042 399.038 331.386 0 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração de Fluxos de Caixa do Exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 I II 1 2 3 4 III 5 6 7 8 9 IV V VI VII VIII 6.10.10.10.10.20 6.10.10.10.10.30 6.10.10.10.10.40 6.10.10.10.10.70 6.10.10.10.20.10 6.10.10.10.20.20 6.10.10.10.20.30 6.10.10.10.20.40 6.10.10.10.20.70 6.10.10.20 6.10.10.60 6.10.10.80 6.10.10.95 Descritivo Fluxo Caixa Margem Financeira (II+III) Recebimentos Proveitos Instrum. Financeiros Activos (1+2+3+4) Recebimentos de Proveitos de Aplicações de Liquidez Recebimentos de Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários Recebimentos de Proveitos de Instrumentos Financeiros Derivados Recebimentos de Proveitos de Créditos (-) Pagamentos Custos Instrum. Financeiros Passivos (5+6+7+8+9) Pagamentos de Custos de Depósitos Pagamentos de Custos de Captações para Liquidez Pagamentos de Custos de Captações com Títulos e Valores Mobiliários Pagamentos de Custos de Instrumentos Financeiros Derivados Pagamentos de Custos de Outras Captações Fluxo Caixa Resultados Negociações e Ajustes ao Valor Justo Fluxo Caixa Resultados de Operações Cambiais Fluxo Caixa Resultados de Prestação de Serviços Financeiros Fluxo Caixa Resultados Planos Seguros,Capital.e Saúde Complem. FLUXO CAIXA OPERACIONAL INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (I+IV+V+VI+VII) IX 10 11 12 13 14 15 X XI 6.10.75 6.10.80.10 6.10.80.30 6.10.80.50 6.10.80.80 6.10.80.90 6.10.80.99 FLUXO CAIXA RESULTADOS C/MERCADORIAS, PRODUTOS E OUT.SERVIÇOS (-) Pagamentos de Custos Administrativos e de Comercialização (-) Pagamentos de Outros Encargos sobre o Resultado Fluxo de Caixa da Liquidação de Operações no Sistema de Pagamentos Fluxo de Caixa dos Outros Valores e Outras Obrigações Recebimentos de Proveitos de Imobilizações Financeiras Fluxo de Caixa de Outros Custos e Proveitos Operacionais RECEB. E PAGAM. OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERAC.(10+11+12+13+14+15) FLUXO DE CAIXA DAS OPERAÇÕES (VIII+IX+X) 16 17 18 19 20 XII XIII 21 22 23 XIV XV 6.20.10.20 6.20.10.30 6.20.10.40 6.20.10.60 6.20.10.70 Fluxo de Caixa dos Investimentos em Aplicações de Liquidez Fluxo de Caixa dos Investimentos em Títulos e Valores Mobiliários Activos Fluxo de Caixa dos Investimentos em Instrumentos Financeiros Derivados Fluxo de Caixa dos Investimentos em Operações Cambiais Fluxo de Caixa dos Investimentos em Créditos FLUXO CAIXA INVESTIMENTOS INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (16+17+18+19+20) FLUXO CAIXA INVESTIMENTOS EM OUTROS VALORES Fluxo de Caixa dos Investimentos em Imobilizações Fluxo de Caixa dos Resultados na Alienação de Imobilizações Fluxo de Caixa dos Outros Ganhos e Perdas Não-Operacionais FLUXO DE CAIXA DAS IMOBILIZAÇÕES (21+22+23) FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS (XII+XIII+XIV) 24 25 26 27 28 29 XVI XVII 30 31 32 33 34 XVIII XIX XX 6.30.20.10 6.30.20.20 6.30.20.30 6.30.20.40 6.30.20.60 6.30.20.70 6.20.80 6.20.90.10 6.20.90.20 6.20.90.80 6.30.30 6.30.40.10 6.30.40.20 6.30.40.30 6.30.40.40 6.30.40.50 6.30.80 Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Depósitos Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Captações para Liquidez Fluxo Caixa Financiamentos com Captações com Títulos e Valores Mobiliários Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Instrumentos Financeiros Derivados Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Operações Cambiais Fluxo de Caixa dos Financiamentos com Outras Captações FLUXO CAIXA FINANC. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (24+25+26+27+28+29) FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS COM MINORITÁRIOS Recebimentos por Aumentos de Capital (-) Pagamentos por Reduções de Capital (-) Pagamentos de Dividendos Recebimentos por Alienação de Acções ou Quotas Próprias em Tesouraria (-) Pagamentos por Aquisição de Acções ou Quotas Próprias em Tesouraria FLUXO CAIXA FINANCIAMENTOS COM FUNDOS PRÓPRIOS (30+31+32+33+34) FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS COM OUTRAS OBRIGAÇÕES FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS (XVI+XVII+XVIII+XIX) SALDO EM DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO IMPACTO CAMBIAL SALDO EM DISPONIBILIDADES AO FINAL DO PERÍODO VARIAÇÕES EM DISPONIBILIDADES (XI+XV+XX) Direcção de Contabilidade Luís Miguel Alves Silva 2010 2009 283.415 519.015 1.288 185.326 0 332.401 -235.600 -118.880 -116.351 -369 0 0 0 19.040 36.521 0 338.975 61.170 288.384 1.310 82.735 0 204.339 -227.214 -40.760 -175.011 -1.320 0 -10.123 0 112.118 48.324 0 221.612 0 -78.575 0 -2.026 0 0 -1.582 -82.183 256.793 0 -62.668 0 227 0 0 0 -62.441 159.171 -78.348 -232.132 0 0 -1.306.474 -1.616.953 -69.161 -176.283 39 0 -176.244 -1.862.359 72.278 -587.932 0 0 -1.016.875 -1.532.529 947 -91.314 766 0 -90.548 -1.622.130 431.651 935.941 0 0 0 -644 1.366.948 0 0 0 0 0 0 0 -31.700 1.335.247 554.254 1.493.063 0 0 0 20.037 2.067.354 0 150.682 0 -171.053 0 0 -20.371 -348.138 1.698.845 547.942 -19.192 258.431 -270.319 312.056 547.942 235.886 Administração Dr. Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 99 valores em milhares de dólares norte-americanos Código CONTIF 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANEXO ÀS CONTAS • Alteração do referencial contabilístico e de relato das instituições financeiras em Angola BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 100 Com efeitos a 1 de Janeiro de 2010, o Banco Nacional de Angola (BNA ou Banco Central) implementou um novo referencial contabilístico de preparação de contas para as instituições financeiras a operar em Angola, o CONTIF, descontinuando o referencial anterior, o PCIF. Neste processo, o BNA não emitiu qualquer normativo específico sobre o tratamento a dar, no período de transição, aos possíveis ajustamentos resultantes da alteração de critérios valorimétricos ou cálculo de estimativas resultantes da aplicação do novo referencial contabilístico. Contudo, essa questão não afectou as contas do BESA que já tinha adoptado em anos anteriores, substancialmente, os critérios valorimétricos e os cálculos de estimativas previstos pelo CONTIF. O CONTIF estabelece, no parágrafo 7º da Secção 20ª do Capítulo 10º do Título 2, que no primeiro ano de adopção, para efeitos de comparação, deverá ser utilizado o balanço da data da sua implementação, isto é, as contas de 1 de Janeiro de 2010. Assim, é interpretação do BESA que as normas de relato financeiro anteriormente publicadas não se mantêm em vigor, fazendo-se as alterações julgadas apropriadas nas circunstâncias. Adicionalmente, o BESA apresenta os comparativos das Demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, aplicando uma tabela de equivalência entre os valores publicados e auditados relativamente ao exercício de 2009 e o novo referencial contabilístico. Da aplicação deste conjunto de normas, interpretações e procedimentos, salientamos que: - os Fundos próprios e o Resultado líquido publicados e auditados relativamente ao exercício de 2009, são iguais aos apresentados como comparativos das Demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010; - o total do Activo líquido e do Passivo, publicados e auditados relativamente ao exercício de 2009, diferem dos apresentados como comparativos das Demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, devido a reclassificações decorrentes da aplicação do novo plano de contas aos valores do exercício de 2009, conforme acima referido. • Normas a aplicar na preparação das Demonstrações financeiras e informação mínima a publicar As normas em vigor relativamente aos elementos para publicação oficial, nomeadamente o parágrafo 12º da Secção 20ª do Capítulo 10º do Título 2 do CONTIF, impõem a explicitação de alguma informação e indicações acerca das contas anuais mencionadas no Balanço e nas Demonstrações de Resultados, de Mutação de Fundos próprios e dos Fluxos de caixa. A sua menção é feita pela respectiva ordem e, para os casos em que exista a competente explicação algures no Relatório e Contas ou nas Notas explicativas às Demonstrações financeiras, isso será mencionado. a) O resumo dos principais critérios contabilísticos, estão referidos na Nota explicativa 2.2 às Demonstrações financeiras, nomeadamente: i. da apropriação dos proveitos e custos, assim como da avaliação dos elementos patrimoniais; ii. da constituição das provisões para depreciação e amortização, com indicação das taxas utilizadas; iii. dos impostos sobre os lucros, inclusive quanto à opção ou não por incentivos fiscais; e 08 iv. da avaliação e amortização das aplicações dos recursos nas Imobilizações Incorpóreas. À data do balanço não existem outras provisões para encargos e riscos a reconhecer, nem ajustes adicionais para atender a perdas prováveis na realização dos elementos do activo. b) À data do balanço, o BESA não procedeu a qualquer reavaliação de imóveis de uso próprio. Os bens do imobilizado adquiridos até Maio de 2007 foram, até essa data, reavaliados mensalmente, nos termos do ponto 2 do Artigo 2 do Decreto nº 6/96, aplicando o coeficiente resultante da taxa de câmbio média oficial em vigor no último dia do mês (ver Nota explicativa 2.2 g) e 11 às Demonstrações financeiras. O impacto desta alteração está espelhado na Nota explicativa às Demonstrações financeiras atrás referida. c) Os investimentos relevantes em outras sociedades, incluindo as respectivas denominações, o seu capital social e fundos próprios, o número, espécie e classe de acções ou quotas de propriedade do Banco, o lucro líquido (ou prejuízo) do período, os montantes dos proveitos ou custos operacionais e não operacionais contabilizados como ajustes dos investimentos, os direitos e as obrigações entre a instituição financeira e as sociedades coligadas ou equiparadas e o valor contabilístico dos investimentos, estão referidos nas Notas explicativas 2.2 k), 3 b) e 10 às Demonstrações financeiras. d) À data do balanço não existem lucros não realizados financeiramente decorrentes das vendas de bens a prazo a sociedades ligadas. e) À data do balanço não existem ónus reais constituídos sobre elementos do activo; as garantias prestadas pelo BESA a terceiros e outras responsabilidades eventuais e contingentes estão explicitadas na Nota explicativa 20 às Demonstrações financeiras. f) O capital social do Banco, bem como o número, espécie e classe das acções que o representam, está explicitado nas Notas explicativas 1, 17 e 18 às Demonstrações financeiras. g) Não existem ajustes de exercícios anteriores decorrentes das mudanças nos critérios contabilísticos, para além das reclassificações em algumas rubricas do activo e do passivo acima referidas, nem rectificações de erros de períodos anteriores. h) O cálculo dos dividendos está explicitado na Nota explicativa 18 às Demonstrações financeiras. i) O lucro por acção e o montante do dividendo por acção estão explicitados na Nota explicativa 18 às Demonstrações financeiras. j) Não existem créditos transferidos para prejuízos, renegociações nem recuperações em curso durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010. k) O BESA não tem sucursais nem participações sociais no exterior à data de balanço (ver Nota explicativa 21 às Demonstrações financeiras). l) Não existem opções de compra das acções outorgadas e exercidas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010. A única opção de venda existente está explicitada na Nota explicativa 10 às Demonstrações financeiras. m) O BESA observou o princípio de desdobrar as principais contas cujo saldo tenha ultrapassado o limite de 10% (dez por cento) do valor do respectivo grupo ou classe. n) Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício, que tenham, ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre a situação financeira e os resultados futuros do Banco estão divulgados na Nota explicativa 21 às Demonstrações financeiras. o) À data do balanço não existem créditos ou obrigações fiscais diferidas. Assim, os itens seguintes não são aplicáveis: i. os critérios de constituição, avaliação, utilização e anulação; ii. a natureza e origem dos créditos fiscais; BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 101 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 08 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 102 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS iii. a expectativa de realização, discriminada por ano nos primeiros cinco anos e, a partir daí, agrupada em períodos de cinco anos; iv. os valores constituídos e anulados no período; v. o valor presente dos créditos activados; vi. os créditos fiscais não activados; vii. os valores sob decisão judicial; viii.os efeitos no activo, passivo, resultado e fundos próprios decorrentes de ajustes por alterações de alíquotas ou por mudança na expectativa de realização; ix. a conciliação entre o valor debitado ou creditado ao resultado de impostos sobre os lucros e o produto do resultado contabilístico antes dos impostos sobre os lucros multiplicado pelas alíquotas aplicáveis, divulgando-se também tais alíquotas e suas bases de cálculo. p) As informações relativas aos títulos e valores mobiliários, para cada categoria de classificação, estão divulgadas nas Notas explicativas 2.2 c) e 6 às Demonstrações financeiras, nomeadamente: i. o montante, a natureza e as faixas de vencimento; ii. os títulos e valores mobiliários estão registados ao custo de aquisição que se considera não diferir significativamente do valor de mercado à data de balanço; iii. não existiu reclassificação de títulos entre categorias no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, pelo que não existe qualquer montante a divulgar quanto a valores dos títulos reclassificados, o reflexo no resultado e os motivos que levaram à reclassificação; iv. os ganhos e as perdas não realizados no período, relativos a títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos disponíveis para a venda, resultam apenas do critério valorimétrico destes títulos que está explicitado na Nota explicativa 2.2 c) às Demonstrações financeiras; v. O BESA não tem títulos mobiliários classi- ficados na categoria de títulos mantidos até ao vencimento. q) À data de balanço não existem instrumentos financeiros derivados contratados, pelo que os seguintes detalhes não são passíveis de divulgação: i. a política de utilização; ii. os objectivos e estratégias de gestão de riscos, particularmente em relação à política de “hedge”; iii. os riscos associados a cada estratégia de actuação no mercado, controlos internos e parâmetros utilizados para a gestão desses risco, e os resultados obtidos em relação aos objectivos propostos; iv. os critérios de avaliação e mensuração, os métodos e as premissas significativas aplicados no apuramento do valor de mercado; v. os valores registados nas contas de activo, passivo e extrapatrimoniais segregados, por categoria, risco e estratégia de actuação no mercado, aqueles com o objectivo de “hedge” e de negociação; vi. os valores agrupados por activo, o indexador de referência, a contraparte, o local de negociação (bolsa ou balcão) e as faixas de vencimento, destacados os valores de referência, de custo, de mercado e em risco da carteira; vii. os ganhos e perdas no período, segregando-se os registados nos resultados e em conta destacada dos fundos próprios; viii. o valor e o tipo de margens dadas em garantia. r) À data de fecho de Balanço existiam activos cedidos com acordo de recompra firme, conforme referido na Nota explicativa 13 às Demonstrações financeiras. s) Os créditos correspondentes às Aplicações de liquidez do activo, desdobrados pelos seus prazos residuais, são explicitados nas Notas explicativas 4 e 5 às Demonstrações financeiras. 08 t) Os débitos por prazos residuais dos Depósitos e das Captações de liquidez estão referidos nas Notas explicativas 12 e 13 às Demonstrações financeiras. u) À data do Balanço, não existiam compromissos assumidos em matéria de pensões e respectivas coberturas. v) À data do Balanço não existiam fundos administrados pela instituição em nome próprio mas por conta de outrem. w) O efectivo de trabalhadores ao serviço, e a sua ventilação por grandes categorias profissionais, está referido na Nota explicativa 19 às Demonstrações financeiras. x) Relativamente aos Órgãos de Administração e de Fiscalização, o montante das remunerações atribuídas no exercício está referido na Nota explicativa 19 às Demonstrações financeiras. y) O montante global dos elementos do activo e do passivo expressos em moeda estrangeira constam da Nota explicativa 3 b) às Demonstrações financeiras. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 103 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Anexo às contas (valores expressos em milhares de dólares norte-americanos (USD) Nota 1 Introdução e Actividade BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 104 O Banco Espírito Santo Angola, SA (Banco ou BESA) é um banco comercial universal que opera e tem sede social em Angola, na Rua do 1º Congresso, Nº 27, Ingombota, Luanda. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das entidades Angolanas competentes, nomeadamente a concedida pelo Banco Central. O BESA foi formalmente constituído em Agosto de 2001, tendo iniciado a sua actividade operacional em 24 de Janeiro de 2002, e desde então assume-se como uma instituição bancária de capitais privados de direito angolano e o seu objecto social é a actividade bancária universal nos termos e na amplitude permitida por lei. O BESA faz parte do Grupo Banco Espírito Santo (Grupo BES ou BES), pelo que as suas demonstrações financeiras são consolidadas pelo BES, com sede em Portugal, na Avenida da Liberdade, Nº 195, em Lisboa. O Grupo BES detém a maioria do capital do BESA (51,94%), encontrando-se o remanescente repartido por duas empresas angolanas (42,99%) e por quatro accionistas individuais (5,07%). As alterações na estrutura accionista ocorridas no decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 estão explicadas na Nota explicativa 17 às Demonstrações financeiras. O Capital do BESA totalmente subscrito e realizado, é o contravalor em Kwanzas (AOA), à data de realização, de USD 170.530.000, e é representado por 17.053.000 acções, nominativas, com o valor nominal unitário, à data de realização, do contravalor em AOA de USD 10. Desde a sua constituição, o Banco tem vindo a desenvolver um leque atractivo de produtos e serviços, tendo-se diferenciado da concorrência desde o início da sua actividade pelas suas acções inovadoras e pelo seu posicionamento no mercado angolano que transmite aos seus clientes alvo uma imagem de qualidade, confiança e segurança, sem perder de vista a definição da sua Missão. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS referência do BNA, 1USD = 92,004 AOA para 2010 e 1USD = 79,567 AOA para 2009. Nota 2 Bases de Apresentação e Principais Políticas Contabilísticas 2.1 Bases de Apresentação As Demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos mantidos pelo Banco, de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no CONTIF que é o referencial contabilístico em vigor desde 1 de Janeiro de 2010 para as Instituições Financeiras do sector bancário angolano, e outras disposições emitidas pelo BNA. Estes princípios contabilísticos e de relato financeiro poderão diferir dos geralmente aceites em outros países. O Banco aplica, desde o início da sua actividade, os princípios contabilísticos, de apresentação de contas e legais, em vigor em Angola, os quais exigem a preparação das contas na moeda nacional (AOA), no âmbito do sistema multi-moeda. Não obstante o AOA ser a moeda funcional do Banco, o Conselho de Administração assume o USD para efeitos de relato, seguindo a prática do sector bancário angolano. Assim, as Demonstrações financeiras são apresentadas em milhares de AOA e USD, arredondados, por excesso ou por defeito, para a unidade de milhar mais próxima. No processo de transposição para USD das Demonstrações financeiras e dos mapas apresentados foram utilizadas as seguintes taxas: As diferenças de câmbio originadas na transposição das contas para USD foram incluídas na rubrica do Capital próprio Reserva de reexpressão. As Demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico. Na preparação das Demonstrações financeiras o Banco efectuou julgamentos e estimativas e utilizou pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações a tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das Demonstrações financeiras estão analisados nas Notas explicativas 5, 6, 8, 10 e 11. 2.2 Resumo das Principais Políticas Contabilísticas As políticas que se seguem são aplicáveis às Demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010 e 2009. a) Especialização dos Exercícios - rubricas de Balanço: foram utilizadas as taxas oficiais de referência do BNA de 31 de Dezembro de 2010, 1 USD = 92,643 AOA e 1 € = 122,696 AOA (31 de Dezembro de 2009, 1 USD = 89,398 AOA e 1 € = 128,202 AOA). O Banco segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à grande generalidade das rubricas das Demonstrações financeiras, nomeadamente, no que se refere aos juros das operações activas e passivas que são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança. - rubricas da Demonstração de resultados: foram utilizadas as taxas médias mensais apuradas pelas médias das taxas oficiais de Nos casos em que as operações activas se encontrem vencidas há mais de 30 dias ou, embora não vencidas, suscitem dúvidas razoáveis relativamente à sua BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 105 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS cobrabilidade, o Banco suspende a contagem dos juros correspondentes, os quais apenas são reconhecidos em proveitos quando efectivamente recebidos. b) Operações em Moeda Estrangeira As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema multi-moeda, sendo cada operação registada em função exclusiva das respectivas moedas de denominação. Este método prevê que todos os saldos expressos em moeda estrangeira, excepto notas e moedas, sejam convertidos para Kwanzas com base na taxa média de referência do BNA no fecho de cada mês contabilístico. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 106 Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são imediatamente registadas na posição cambial. Sempre que estas operações conduzam a variações dos saldos líquidos das diferentes moedas, há lugar à movimentação das contas de posição cambial, à vista ou a prazo, cujo conteúdo e critério de reavaliação são como segue: Posição Cambial à Vista A posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos dessa moeda, assim como das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo com vencimento nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base na taxa média de referência do BNA, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional), por contrapartida de custos ou proveitos em operações financeiras. Posição Cambial a Prazo A posição cambial a prazo em cada moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo aguardando liquidação, com exclusão das que se vençam dentro dos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações (“forwards” de moeda) são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. As diferenças para os contravalores em AOA às taxas contratadas, que representam o custo ou proveito ou o custo de reavaliação da posição a prazo, são registadas numa conta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de custos ou proveitos em operações financeiras. c) Operações de Títulos e Valores Mobiliários de Rendimento Fixo Atendendo às características dos títulos e à intenção do Conselho de Administração aquando da sua aquisição, a carteira de títulos do BESA é classificada e valorizada como segue: Mantidos para Negociação São considerados títulos de negociação, aqueles adquiridos com o objectivo de venda dentro de um prazo que não pode exceder os seis meses. Os Títulos emitidos a desconto (Títulos do Banco Central (TBC’s) e Bilhetes do Tesouro (BT’s)) são registados pelo valor de reembolso que é igual ao valor nominal. A diferença entre este e o custo de aquisição é reconhecida contabilisticamente como proveito ao longo do período até ao seu vencimento. Este diferencial, que constitui a remuneração do Banco, é registado em contas de regularização do passivo na rubrica de Receitas com proveito diferido. No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, o Banco não deteve títulos classificados nesta categoria. Disponíveis para Venda Os disponíveis para venda são todos os adquiridos 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Mantidos até ao Vencimento O Banco não tem, nem nunca teve desde a data do início da sua actividade, qualquer título classificado nesta categoria. As Obrigações do Tesouro (OT’s) são apresentadas ao seu custo de aquisição. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal dos títulos, que constitui o prémio ou desconto verificado na data da compra, é amortizada de forma escalonada pelo período que decorre até à data de vencimento dos títulos, por contrapartida de resultados. Os juros corridos são relevados em proveitos em conformidade com o referido em 2.2 a) acima. No mercado angolano existem títulos emitidos pelo BNA, os TBC’s, e BT’s, caracterizando-se pela liquidação de juros “à cabeça”, sendo o seu valor nominal igual na aquisição e na maturidade. Para além desses títulos existem disponíveis no mercado angolano dívida pública directa do Estado, Obrigações do Tesouro (OT’s), emitidas em moeda nacional e em USD (algumas emissões com o valor nominal e respectivos juros indexados à taxa de referência do USD). À data do Balanço a carteira de títulos do Banco era integralmente constituída por dívida pública soberana directa, OT’s, denominadas em USD e AOA. Os TBC’s e os BT’s são emitidos nas maturidades de 14, 28, 63, 91, 181 e 364 dias, podendo ser repassados pelo Banco aos clientes ou ao BNA através de contratos de venda com acordo de recompra firme. Neste tipo de operações, os títulos cedidos continuam a figurar no activo do Banco; o preço de cessão recebido bem como os respectivos juros figuram no passivo do Banco como dívida ao cessionário (ver Nota explicativa 13 às Demonstrações financeiras). d) Imobilizações Financeiras Na rubrica Imobilizações financeiras encontram-se contabilizadas as participações de carácter estratégico e duradouro, independentemente da percentagem do capital detido (ver Nota explicativa 10 às Demonstrações financeiras). As participações financeiras encontram-se valorizadas ao custo de aquisição histórico em AOA, independentemente da moeda de realização. Nos anos de 2010 e 2009, as participações na EMIS e na BVDA (ver Nota explicativa 10 às Demonstrações financeiras) mantiveram-se contabilizadas em USD, no seguimento do já efectuado em anos anteriores, por ter sido exigida a sua liquidação nesta moeda por parte das respectivas empresas. e) Provisões para Riscos de Crédito Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as Provisões para créditos de liquidação duvidosa foram apuradas nos termos do instrutivo nº 09/98, emitido pelo BNA em 16 de Novembro de 1998, e respeitam a uma Provisão genérica para riscos gerais de crédito, a qual é apresentada no Activo a deduzir aos Créditos a clientes, e corresponde a 2% do Crédito concedido pelo Banco, incluindo o representado por aceites, garantias e avales prestados, deduzido dos Colaterais, Títulos e valores mobiliários, das Garantias do Estado angolano e demais garantias reais obtidas, as quais são ponderadas em função de critérios similares aos do Basileia II (ver Nota explicativa 8 e 16 às Demonstrações financeiras). Estas provisões destinam-se a cobrir riscos potenciais existentes na BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 107 com o objectivo de venda, mas cuja retenção, em regra, ultrapassa os seis meses, ou que, apesar de ser intenção do Conselho de Administração do Banco mantê-los na sua carteira até à data de reembolso, não observam as condições para serem classificados como títulos a vencimento. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS carteira de crédito, incluído o crédito por assinatura, e que não foram identificados como risco específico. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 108 Adicionalmente, o Banco reviu e avaliou a existência de créditos que qualifiquem para a constituição de Provisões para créditos de cobrança duvidosa, que são apresentadas a deduzir ao Activo, não existindo à data de balanço quaisquer valores passíveis de serem classificados com nível de risco superior ao das respectivas garantias obtidas e ponderadas conforme referido acima. O valor global das provisões do Banco, que em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é de USD 60.054 milhares e USD 30.846 milhares (ver Nota explicativa 16 às Demonstrações financeiras), respectivamente, e é considerado suficiente para fazer face aos riscos de crédito identificados nessa mesma data, em função da aplicação de critérios de avaliação e análise em base comercial. O Aviso 9/07, de 12 de Setembro do BNA foi revogado pelo Aviso 4/09, de 18 de Junho. Devido (i) ao referido no parágrafo anterior, e (ii) à não conclusão, por razões de ordem técnica, do trabalho de implementação do Aviso 4/09, o BESA continuou a utilizar a regulamentação anterior para calcular as provisões relativas ao exercício de 2010. f) Reserva de Actualização Monetária do Capital Social O Conselho de Administração decidiu não proceder, durante 2010 e 2009, à criação de Reserva de actualização monetária do capital social, conforme definido nos parâmetros da Directiva nº 09/DSB/99, emitida pelo BNA em 29 de Setembro de 1999, que se destinam a proteger o capital, que se encontra na sua totalidade contabilizado em AOA, contra o efeito da desvalorização do AOA (ver Nota explicativa 17 às Demonstrações financeiras). g) Imobilizações Corpóreas O imobilizado corpóreo adquirido está valorizado ao custo de aquisição (ver Nota explicativa 11 às Demonstrações financeiras). A depreciação é calculada a partir da data efectiva de entrada em funcionamento dos bens, segundo o método das quotas constantes, aplicado ao custo histórico de acordo com os seguintes períodos, que se consideram não diferir significativamente da vida útil estimada dos bens: Edifícios próprios Beneficiações em edifícios próprios e arrendados Transporte Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Equipamento de segurança Software Número de anos 50 3 a 10 3 4a5 4a5 3a5 5a8 4 5 a 10 h) Imobilizações Incorpóreas Os Custos incorridos com Aquisição de Software são amortizados durante o período de vida útil estimado, a partir do exercício em que o mesmo entra em uso, segundo o método das quotas constantes (ver Notas explicativas 2.2 g) e 11 às Demonstrações financeiras). i) Despesas com Custo Diferido Incluem pagamentos a fornecedores, liquidados antecipadamente para períodos entre seis meses e um ano, sendo imputados mensalmente às contas de custos correspondentes (ver Nota explicativa 9 às Demonstrações financeiras). 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos (i) em resultados de uma só vez quando um acto específico e significativo tiver sido concluído, como por exemplo, comissões de tomada firme de dívida pública ou de sindicação de empréstimos, e (ii) em resultados do período a que se referem quando resultem de serviços prestados. k) Impostos sobre Lucros O Banco está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto Industrial, sendo tributado pelo Grupo A. Neste contexto, o imposto industrial é determinado com base na taxa de 35% sobre o valor total dos resultados antes de impostos, apurados para o período e expressos na Demonstração de resultados, acrescidos dos custos fiscalmente não aceites e deduzidos de benefícios fiscais obtidos, conforme legislação aplicável em Angola (ver Nota explicativa 15 às Demonstrações financeiras). As declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de 5 anos, podendo resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais correcções ao lucro tributável dos exercícios de 2006 a 2010. No entanto, não é previsível que qualquer correcção relativa a estes exercícios venha a ocorrer e, caso ocorra, não são esperados impactos significativos nas Demonstrações financeiras. l) Demonstrações Financeiras Consolidadas A secção 20, do capítulo 10 do título 2 do CONTIF, estabelece a obrigatoriedade de elaboração de Demonstrações financeiras consolidadas as quais devem ser publicadas. Devido à imaterialidade das diferenças entre as Demonstrações financeiras individuais do BESA e as respectivas Demonstrações financeiras consolidadas, a Comissão Executiva optou por incluir uma nota (ver Nota explicativa 3 b) às Demonstrações financeiras onde se divulga os elementos patrimoniais das participadas sujeitas a consolidação bem como a contribuição de cada uma das entidades pertencentes ao perímetro de consolidação para os principais indicadores das Demonstrações financeiras. Adicionalmente, e em cumprimento do disposto no Aviso 15/07 de 28 de Setembro do BNA, o BESA publica trimestralmente no seu sítio da Internet www. besa.ao o balancete consolidado trimestral. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 109 j) Reconhecimento de Rendimentos de Serviços e Comissões 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 3 a) Montante Global dos Activos e Passivos Representados em Moeda Estrangeira Os elementos do activo e do passivo em moeda estrangeira, expressos nessas mesmas moedas, é como segue: Activos e Passivos por Moeda à data em 31 de Dezembro de 2010 valores expressos em milhares da respectiva moeda BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 110 Descritivo Cód. CONTIF 1.10 1.20 1.20.10 1.30 1.30.20 1.70 1.70.10 1.80 1.90 1.90.10 1.90.20 ACTIVO DISPONIBILIDADES APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Disponíveis para Venda CRÉDITOS Créditos OUTROS VALORES IMOBILIZAÇÕES Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas TOTAL DO ACTIVO Cód. CONTIF PASSIVO 2.10 DEPÓSITOS 2.10.10 Depósitos à Ordem 2.10.20 Depósitos a Prazo 2.10.80 Outros Depósitos 2.20 CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ 2.20.10 Operações Mercado Monetário Interfinanceiro 2.70 OUTRAS CAPTAÇÕES 2.70.10 Dívidas Subordinadas 2.80 OUTRAS OBRIGAÇÕES TOTAL DO PASSIVO POSIÇÃO CAMBIAL À VISTA Operações cambiais a prazo POSIÇÃO CAMBIAL GLOBAL POSIÇÃO CAMBIAL GLOBAL (Convertida em USD à taxa de 31/12/2010) POSIÇÃO CAMBIAL GLOBAL (Convertida em AOA à taxa de 31/12/2010) USD 92.643 13.551 39.045 39.045 1.871.524 1.871.524 3.590.685 3.590.685 207.221 9.182 700 8.482 5.731.207 EUR GBP CHF NAD ZAR SEK JPY 122.696 143.782 98.321 14.031 14.027 13.627 1.137 3.045 151 53 21 398 325 3.208 1.058 0 0 0 0 0 0 1.058 0 0 0 0 0 0 0 27.068 27.068 6.067 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37.238 151 53 21 398 325 3.208 -61.464 -28.082 -33.382 -35 -35 0 -43 -43 -383 -383 0 0 -745 -745 -12.118 -12.118 -1.083 -1.083 -505 -75.169 -37.931 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -35 117 0 53 -43 -22 -383 14 0 325 -745 2.463 -37.931 117 53 -22 14 325 2.463 -50.236 181 56 -3 2 48 30 11.790.225 -4.653.995 16.813 5.219 -303 202 4.432 2.801 -2.082.688 -1.340.760 -741.925 -3 -3.109.538 -3.109.538 0 -831 -5.193.057 538.150 -410.885 127.265 127.265 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS b) Balanço Patrimonial Consolidado à Data de 31 de Dezembro de 2010 e Demonstração de Resultados Consolidados do Exercício então findo Em 31 de Dezembro de 2010, o Balanço e a Demonstração de Resultados de cada uma das entidades pertencentes ao perímetro de consolidação do Grupo BESA, bem como a sua contribuição para esses elementos das Demonstrações Financeiras consolidadas são como segue: Balanço Patrimonial Consolidado à data em 31 de Dezembro de 2010 milhares de dólares norte-americanos Descritivo ACTIVO DISPONIBILIDADES APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Disponíveis para Venda CRÉDITOS NO SISTEMA DE PAGAMENTOS CRÉDITOS Créditos (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa OUTROS VALORES INVENTÁRIOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS IMOBILIZAÇÕES Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas TOTAL DO ACTIVO PASSIVO DEPÓSITOS Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Outros Depósitos CAPTAÇÕES PARA LIQUIDEZ Operações Mercado Monetário Interfinanceiro Op. Venda Títulos Próprios c/Acordo Recompra OBRIGAÇÕES NO SISTEMA DE PAGAMENTOS OUTRAS CAPTAÇÕES Dívidas Subordinadas OUTRAS OBRIGAÇÕES INTERESSES MINORITÁRIOS TOTAL DO PASSIVO FUNDOS PRÓPRIOS CAPITAL SOCIAL RESERVAS E FUNDOS RESULTADOS TRANSITADOS RESULTADO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO + FUNDOS PRÓPRIOS BESAACTIFSOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO BESAACTIFSOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES 258.431 40.447 40.447 2.700.207 2.700.207 89 3.712.887 3.772.941 -60.054 753.958 872 425.241 2.005 402.143 21.093 7.892.132 14 3.095 3.095 0 7 525 525 0 0 0 172 19 62 91 3.836 12 53 597 2.875.275 1.729.063 1.143.915 2.297 4.295.574 3.883.456 412.118 2.334 1.434 1.434 3.355 0 0 0 0 0 0 2.611 319 7.177.972 714.160 157.214 82.410 143.150 331.386 7.892.132 2.611 1.225 971 -2 -82 338 3.836 319 278 1.133 5 -164 -696 597 555 65 2009 ELIMINAÇÕES E AJUSTAMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO GRUPO BESA GRUPO BESA 21 3.620 3.620 0 0 0 0 0 0 2.672 0 1.306 1.306 0 0 7.619 258.431 40.447 40.447 2.700.207 2.700.207 89 3.712.887 3.772.941 -60.054 751.841 872 424.172 718 402.217 21.237 7.888.946 547.944 123.011 123.011 2.553.670 2.553.670 2.410.746 2.441.592 -30.846 542.439 850 246.170 2.977 220.174 23.019 6.424.830 3.641 21 3.620 0 0 0 0 1 0 0 2.674 -572 5.744 1.875 2.104 2.287 -2.380 -136 7.619 2.871.634 1.729.042 1.140.296 2.297 4.295.574 3.883.456 412.118 2.334 1.434 1.434 3.612 572 7.175.158 713.788 157.214 80.126 145.284 331.164 7.888.946 2.522.912 1.341.288 1.174.008 7.616 3.477.024 2.840.798 636.226 227 2.153 2.153 22.902 732 6.025.950 398.880 162.921 24.446 -172 211.685 6.424.830 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 111 2010 BESA 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração de Resultados Consolidados do Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2010 milhares de dólares norte-americanos 2010 BESA BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 112 Descritivo Margem Financeira Proveitos de Instrumentos Financeiros Activos Proveitos de Aplicações de Liquidez Proveitos de Títulos e Valores Mobiliários Proveitos de Créditos (-) Custos de Instrumentos Financeiros Passivos Custos de Depósitos Custos de Captações para Liquidez Custos de Outras Captações Resultados de Operações Cambiais Resultados de Prestação de Serviços Financeiros (-) Provisões para Crédito Liquidação Duvidosa e Prestação de Garantias RESULTADO DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (-) Custos Administrativos e de Comercialização Pessoal Fornecimentos de Terceiros Impostos e Taxas Não Incidentes sobre o Resultado Penalidades Aplicadas por Autoridades Reguladoras Outros Administrativos e de Comercialização Depreciações e Amortizações Recuperação de Custos Outros Proveitos e Custos Operacionais OUTROS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES IMPOSTOS E OUTROS ENCARGOS (-) ENCARGOS SOBRE O RESULTADO CORRENTE RESULTADO CORRENTE LÍQUIDO (-) PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS RESULTADO DO EXERCÍCIO 390.217 637.755 1.389 190.493 445.873 247.538 125.578 121.960 0 19.172 44.277 30.498 423.168 89.577 25.550 52.474 1.053 12 32 10.456 0 1.592 -91.169 331.999 39 332.038 652 331.386 0 331.386 2009 BESAACTIFSOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO BESAACTIFSOCIEDADE GESTORA DE FUNDOS DE PENSÕES ELIMINAÇÕES E AJUSTAMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO 195 195 195 52 52 52 390.430 637.755 1.389 190.493 445.873 247.325 125.365 121.960 74 2.648 32 2 34 247 247 0 0 213 213 0 0 -33 0 2.916 2.484 85 2.498 8 86 781 30 590 55 -163 10 151 1 -782 -696 0 -1 1 -1 0 0 0 0 0 -1 -1 0 1 0 0 1.305 0 -136 -136 30.498 426.171 92.841 25.666 55.562 1.061 12 32 10.521 -11 1.594 -94.435 331.735 39 331.775 -747 331.028 136 331.164 -2.484 433 433 -94 338 -696 338 -696 -696 GRUPO BESA 19.311 46.927 GRUPO BESA 128.242 380.755 1.458 100.747 278.550 252.513 53.946 187.193 11.374 126.544 57.620 18.652 293.754 81.319 19.093 50.021 865 1.184 2.183 7.973 -81.319 212.435 861 213.296 -1.601 211.695 -10 211.685 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 4 Disponibilidades O valor desta rubrica é composto como segue: valores em milhares 2010 AOA 2009 USD AOA USD Caixa 2.498.947 26.974 3.045.955 34.072 Depósitos à ordem no Banco Central 20.631.264 222.696 45.670.277 510.865 Disponibilidades em Instituições Financeiras No país - cheques a cobrar 155.990 1.684 106.193 1.188 No estrangeiro - Depósitos à ordem 655.585 7.076 162.478 1.817 Total 23.941.786 258.431 48.984.903 547.942 Em 31 de Dezembro de 2010, o Instrutivo 3/10 de 4 de Junho do BNA previa que as Reservas mínimas obrigatórias fossem constituídas por depósitos em moeda nacional e em moeda estrangeira correspondendo a 25% e 15%, respectivamente, da base de incidência, estando prevista a dedução de 25% da média aritmética semanal dos saldos diários de caixa em moeda nacional para a exigibilidade em moeda nacional. Em 31 de Dezembro de 2009 as Reservas mínimas obrigatórias eram constituídas por depósitos em AOA e correspondiam a 30% da base de incidência, sendo permitida a constituição de um terço desta exigibilidade em Títulos da Dívida Pública denominados em AOA. Nos Depósitos à ordem em Instituições Financeiras no estrangeiro estão incluídas as contas “nostro” do BESA junto do BES, as quais não são remuneradas. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 113 A rubrica Depósitos à ordem no Banco Central reflecte o regime de constituição de Reservas mínimas obrigatórias em vigor no país na data do Balanço e é constituída por depósitos não remunerados junto do BNA. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 5 Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro À data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as Operações no mercado monetário interfinanceiro decompunham-se, por natureza e prazo residual, como segue: valores em milhares Aplicações em Instituições Financeiras no país Aplicações em Instituições Financeiras no estrangeiro 2010 2009 AOA USD AOA USD 485.155 5.237 3.261.958 35.210 10.996.978 123.011 Total 3.747.113 40.447 10.996.978 123.011 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 114 2010 2009 AOA USD AOA USD Prazos residuais Até um mês De um a três meses De três meses a um ano De um a cinco anos Mais que cinco anos 3.214.875 47.083 485.155 34.702 508 5.237 8.266.197 2.730.781 - 92.465 30.546 - Total 3.747.113 40.447 10.996.978 123.011 As aplicações efectuadas pelo BESA em Instituições Financeiras no estrangeiro são constituídas, na sua maioria, junto de entidades pertencentes ao perímetro de consolidação do Grupo BES, sendo remuneradas às taxas do respectivo mercado internacional. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 6 Títulos e Valores Mobiliários À data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Títulos e valores mobiliários decompunham-se, por natureza e prazo residual, como segue: valores em milhares 2010 2009 USD AOA USD Títulos e valores mobiliários Disponíveis para venda Obrigações do Tesouro (OT’s) Unidades de Participação (UP’s) 245.094.024 5.061.279 2.645.575 223.794.653 2.503.352 54.632 4.498.344 50.318 Total 250.155.303 2.700.207 228.292.997 2.553.670 2010 AOA 2009 USD AOA USD Prazos residuais Até um mês De um a três meses De três meses a um ano De um a cinco anos Mais que cinco anos 25.940 17.875.189 80.931.654 151.322.520 280 192.947 525.839 5.882 873.586 78.255.976 875.366 1.633.394 149.511.182 1.672.422 Total 250.155.303 2.700.207 228.292.997 2.553.670 A carteira de OT’s do BESA inclui: - em 31 de Dezembro de 2010, 110.996 OT’s em AOA emitidas pelo Ministério das Finanças na forma de empréstimo Obrigacionista para financiamento de vários projectos públicos em Angola, no montante total equivalente em AOA de USD 1,3 mil milhões à data da emissão, tomados firmes por quatro bancos angolanos pertencentes ao sindicato bancário liderado pelo BAI. Estas OT’s foram emitidas em três tranches, com maturidade de 3, 4 e 5 anos e têm cupões semestrais à taxa anual fixa de 7%. - em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, 551.993 OT’s em AOA emitidas pelo Ministério das Finanças na forma de empréstimo Obrigacionista para financiamento de vários BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 115 AOA 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS projectos públicos em Angola, no montante total de USD t623 milhões tomados firmes pelo BESA. Estas OT’s foram emitidas em três tranches, com maturidade de 2, 3 e 4 anos e têm cupões semestrais à taxa fixa de 14%, tendo os fluxos financeiros de juros e capital protecção cambial face ao USD. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 116 - em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, 150.000 OT’s em USD emitidas pelo Ministério das Finanças na forma de empréstimo Obrigacionista para financiamento de vários projectos públicos em Angola, no montante total de USD 1,5 mil milhões tomados firme pelo BESA. As OT’s têm uma maturidade de 10 anos e o cupão vence juros à taxa Libor a seis meses, acrescida de um “spread” de 340 pontos base. Foi a primeira vez que um Banco angolano tomou sozinho uma operação desta dimensão. - em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, OT’s em USD emitidas pelo Ministério das Finanças na forma de empréstimo Obrigacionista para financiamento de vários projectos públicos em Angola. O programa do empréstimo previa que o mesmo fosse emitido em três fases, até ao montante global de USD 3,5 mil milhões. Contudo, apenas se concretizou a primeira fase do programa, no montante de USD mil milhões. Este empréstimo foi co-liderado por um sindicato bancário constituído pelo BESA e pelo BAI, que tomaram firme a fase da emissão concretizada. Estas OT’s têm uma maturidade de 5 anos e o cupão vence juros à taxa Libor a seis meses, acrescida de um “spread” de 325 pontos base. Foi a maior operação desta natureza jamais efectuada em Angola. - em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, OT’s em USD, emitidas pelo Ministério das Finanças na forma de empréstimo Obrigacionista para financiamento de vários projectos públicos em Cabinda, no montante total de USD 250 milhões, dos quais USD 150 milhões foram tomados firmes pelo BESA, e o remanescente pelos outros Bancos da praça. As OT’s foram emitidas em quatro tranches, duas no decurso de 2007 e as restantes durante 2008, com diferentes maturidades, de 8 até 11 anos, e os cupões vencem juros à taxa Libor a seis meses, acrescida de um “spread” de 275 pontos base. Foi a primeira vez que um Banco angolano fez sozinho a estruturação, montagem e colocação de uma operação desta dimensão. A carteira de UP’s do BESA em 2010 e 2009 é constituída por 49% do fundo BESA Património, estando os restantes 51% subscritos por clientes do Banco. A constituição do Fundo foi autorizada durante o mês de Outubro de 2008, sob a forma de um Fundo de Investimento Imobiliário Fechado cuja gestão está a cargo da BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento (ver nota explicativa 10 às Demonstrações financeiras). A comercialização das Quotas do Fundo decorreu entre o dia 10 de Novembro e o dia 12 de Dezembro de 2008, sendo o montante mínimo de subscrição e permanência de 1.000.000 de Kwanzas (cerca de USD 13.333). O Fundo terá a duração de 5 anos, sendo o BESA o Banco depositário. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 7 Créditos e Obrigações no Sistema de Pagamentos Os Créditos e Obrigações no sistema de pagamentos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 analisa-se como segue: valores em milhares 2010 AOA USD 2009 AOA USD Créditos no sistema de pagamentos Regularização/Devolução de cheques - Compensação 8,233 89 Obrigações no sistema de pagamentos Compensação de valores - VISA -202.156 -2.182 Compensação de valores - ATM’s -10.155 -110 -17.559 -196 Compensação de valores - Cheques -3.504 -38 -2.748 -31 Outros -414 -4 -207.996 -2.245 -20.310 -227 A compensação de VISA e ATM’s refere-se a valores pendentes de liquidação, a qual foi efectuada nos dias subsequentes à data de Balanço por intermédio dos respectivos componentes do sistema de pagamentos angolanos que funciona em tempo real. Na compensação de Cheques e outros papéis liquidáveis pelo serviço de compensação, observam-se as seguintes normas: - os cheques e outros papéis apresentados à instituição sacada, registam-se a débito das contas adequadas, na mesma data da sessão de troca; - os cheques e os documentos recebidos em devolução registam-se na data de sua ocorrência. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 117 Total 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 8 Créditos e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa À data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Créditos e as respectivas Provisões decompunham-se como segue: valores em milhares 2010 AOA Créditos Empresas Contas correntes caucionadas Financiamentos Descobertos em DO’s Particulares Financiamentos Outros BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 118 Total dos Créditos 2009 USD AOA USD 48.524.119 523.775 37.835.476 423.225 214.845.552 2.319.069 141.848.339 1.586.706 39.660.333 428.099 21.631.910 241.973 35.256.822 11.249.707 380.567 121.431 8.855.218 8.102.489 99.054 90.634 349.536.533 3.772.941 218.273.432 2.441.592 Menos: Provisão para Créditos de liquidação duvidosa Provisão para Riscos gerais de crédito -5.563.516 -60.054 -2.757.589 -30.846 Total das Provisões -5.563.516 -60.054 -2.757.589 -30.846 Total dos Créditos líquidos de Provisões 343.973.017 3.712.887 215.515.843 2.410.746 O crédito a clientes registou um aumento significativo relativamente ao ano anterior (+55%), tendo, no entanto, aumentado o rigor na sua concessão, nomeadamente face ao risco inerente e ao montante envolvido. A rubrica de Descobertos em DO’s tem uma maturidade média inferior a 30 dias. O Banco desenvolveu e implementou, desde o final de 2008, modelos internos de análise e monitorização de risco de crédito que são utilizados pela gestão na decisão de crédito e no cálculo dos montantes em risco. Os modelos internos de análise de risco, são baseados em informações qualitativas e quantitativas tais como: dados financeiros, capacidade de gestão, estrutura accionista, posição no mercado e garantias associadas à operação. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O Risco de crédito é mensurado utilizando (i) avaliação do risco da operação e do cliente, (ii) sempre que aplicável, a classificação de “rating” do cliente, (iii) exposição máxima (iv) colaterais e outras garantias e (v) outros factores subjectivos. O modelo inclui ferramentas que permitem atribuir uma notação de “rating” por cliente que é posteriormente utilizada para calcular o montante em risco da operação. O montante da exposição em conjunto com o montante em risco calculado, permite ao BESA estimar a perda potencial esperada em caso de incumprimento. O Banco constitui Provisões para riscos gerais de crédito no limite mínimo exigido pelo BNA (ver Notas explicativas 2.2 e) e 16 às Demonstrações financeiras), as quais parecem suficientes ao Conselho de Administração face ao risco, mensurado em função da aplicação de critérios de avaliação e análise em base comercial, e ao volume de crédito existente. O escalonamento dos Créditos, por prazos residuais de vencimento, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, é o seguinte: valores em milhares 2010 AOA 2009 USD Prazos residuais Até um mês 41.653.538 449.613 De um a três meses 31.385.602 338.780 De três meses a um ano 33.618.327 362.880 De um a cinco anos 136.064.947 1.468.702 Mais que cinco anos 106.814.119 1.152.966 Total AOA USD 36.560.818 408.967 16.445.044 183.953 24.062.002 269.156 90.328.110 1.010.404 50.877.458 569.112 349.536.533 3.772.941 218.273.432 2.441.592 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 119 A monitorização do Risco de Crédito é efectuada regularmente e inclui uma análise detalhada das exposições totais por cliente e/ou grupo económico. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A estrutura sectorial do Crédito em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como segue: valores em milhares de dólares norte-americanos A C D E F G BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 120 H I J K L M O P Agricultura, produção animal, caça e silvicultura Indústrias extractivas Indústrias transformadoras Produção e distribuição de electricidade, de gás e de água Construção Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico Alojamento e restauração (restaurantes e similares) Transportes, armazenagem e comunicações Actividades financeiras Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas Administração pública, defesa e segurança social obrigatória Educação Outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais Famílias com empregados domésticos TOTAL 2010 2009 60 523.664 528.760 60 338.880 8.483 342.178 316.425 881 66.763 301.227 1.065.366 1.537 6.947 459.933 501.378 3.772.941 204.769 1.085 43.205 194.933 689.430 19 297.638 320.912 2.441.592 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 9 Outros Valores respectiva documentação jurídica, e (ii) os montantes liquidados antecipadamente, por períodos entre 6 a 12 meses, a fornecedores, os quais são mensalmente imputados às respectivas contas de custos. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os Outros valores decompõem-se como segue: valores em milhares 2009 USD AOA USD Outros valores Valores a regularizar com o Estado 38.232.188 Adiantamento a fornecedores 29.849.495 Outros 1.767.243 412.683 479.492 5.364 322.199 47.506.013 531.399 19.076 640.140 7.161 Total 753.958 48.625.646 543.924 69.848.926 Em 31 de Dezembro de 2010, a rubrica Valores a regularizar com o Estado é constituída essencialmente por créditos no contravalor à data de balanço de USD 405 milhões que vão ser titularizados com OT’s do Estado angolano a serem emitidas com uma maturidade de 7 anos e em condições que possam ser elegíveis para negociação nos mercados internacionais. O processo negocial desta operação está actualmente concluído estando a decorrer, à data do Balanço, a fase de operacionalização da mesma. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica inclui ainda o valor a receber do Tesouro, relativo às comissões de arrecadação de receitas. Os Adiantamentos a fornecedores respeitam a adiantamentos feitos pelo BESA em nome das Sociedades BESAACTIF, do Fundo Imobiliário BESA Valorização e de outras futuras participadas em processo de constituição e pendentes de autorização (ver Nota explicativa 21 às Demonstrações financeiras). Estes valores vão sendo regularizados na sequência (i) da realização, entre estas entidades e os vendedores, das respectivas escrituras públicas de aquisição dos imóveis, e (ii) do início da actividade destas entidades. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Outros inclui (i) movimentos em aberto a regularizar por contrapartida de Balanço na data da formalização da BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 121 2010 AOA 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 10 Imobilizações Financeiras A carteira de Imobilizações financeiras do BESA decompõe-se como segue: valores em milhares 2010 AOA USD Imobilizações financeiras EMIS BVDA Universo Lusófono BESAACTIF SGF Investimento BESAACTIF SGF Pensões BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 122 Total 50.093 14.730 55.800 65.100 2009 AOA USD 541 48.338 541 159 14.214 159 - 201.919 2.259 602 55.800 624 703 65.100 728 185.723 2.005 385.371 4.311 EMIS Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o BESA detém uma participação de 3,06% no capital da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), empresa essa que implementou o sistema automático de pagamentos e cartões multicaixa em Angola. Detida maioritariamente em 51% pelo BNA, as restantes quota partes são distribuídas pelos Bancos que operam no mercado. BVDA No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 o BESA subscreveu e realizou 1.419 acções da Bolsa de Valores e Derivados de Angola (BVDA), assumindo assim uma participação de 1,06% no capital desta entidade que se mantém até à data de Balanço. Universo Lusófono Em finais de 2009 o BESA subscreveu e realizou 875.000 acções da Universo Lusófono, assumindo assim uma participação de 12,5% no capital desta entidade. A sede social desta entidade localiza-se em Portugal e o seu principal activo é a participação numa sociedade de direito angolano detentora de património em Luanda. O BESA e a entidade vendedora da Universo Lusófono têm a opção de vender e comprar, respectivamente, esta participação até ao final de 2011. No decurso de 2010 a entidade vendedora da Universo Lusófono exerceu a sua opção de compra. BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento (ver Nota explicativa 3 b) às Demonstrações financeiras) No dia 14 de Janeiro de 2008 o BESA foi autorizado a constituir uma Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliários (FII’s) em Angola. As acções tendentes à constituição e arranque de actividade desta Sociedade Gestora, nomeadamente ao nível dos respectivos meios humanos e tecnológicos, ficaram concluídas no decurso do primeiro semestre de 2007. O BESA detém a maioria do capital desta Sociedade, que resulta de uma parceria com a ESAF - Espírito Santo Participações Internacionais, SGPS, SA (Grupo BES), ficando assim habilitado e em condições de aumentar a sua oferta de produtos ao cliente. Neste contexto, o BESA foi um dos primeiros Bancos comerciais a actuar em Angola a dispor deste tipo de estrutura. Os dados societários desta Sociedade são como segue: Denominação: BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, SA Sede social: Rua Guilherme Pereira Inglês, Nº 43, 1º Largo e Bairro da Ingombota - Luanda Entidade de supervisão: Comissão de Mercados de Capitais de Angola O Capital social, totalmente subscrito e realizado ao par, é o contravalor em kwanzas à data da constituição de 1.200.000 dólares norte-americanos (USD), representado por 1.000 acções, com valor nominal unitário de 1.200 USD. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A estrutura accionista desta Sociedade é como segue: BESA, SA 620 acções ESF PI SGPS, SA 350 acções Três accionists particulares (10 acções cada) 30 acções Total 62% 35% 744.000 USD 420.000 USD 3% 35.000 USD 1000 acções 100% 1.200.000 USD Em conformidade com o disposto no Aviso Nº 14/07 de 12 de Setembro, o BESA consolida integralmente esta entidade nas suas contas locais relativas a cada trimestre civil. BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões (ver Nota explicativa 3 b) às Demonstrações financeiras) No decurso de 2009, e na sequência da autorização obtida em 1 de Outubro de 2008, o BESA constituiu uma Sociedade Gestora de Fundos de Pensões. O início da actividade desta Sociedade ocorreu no segundo mês de 2010. Os dados societários desta Sociedade são como segue: Denominação: BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA Sede social: Rua Guilherme Pereira Inglês, Nº 43, 1º Largo e Bairro da Ingombota - Luanda Entidade de supervisão: Instituto de Supervisão de Seguros de Angola O Capital social, totalmente subscrito e realizado ao par, é o contravalor em kwanzas à data da constituição de 1.400.000 dólares norte-americanos (USD), representado por 1.000 acções, com valor nominal unitário de 1.400 USD. BESA, SA 620 acções ESF PI SGPS, SA 350 acções Três accionists particulares (10 acções cada) 30 acções Total 62% 35% 868.000 USD 490.000 USD 3% 42.000 USD 1000 acções 100% 1.400.000 USD Em conformidade com o disposto no Aviso Nº 14/07 de 12 de Setembro, o BESA consolida integralmente esta entidade nas suas contas locais relativas a cada trimestre civil. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 123 A estrutura accionista é como segue: 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 11 Imobilizações Corpóreas e Incorpóreas O Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo à data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, decompõem-se, quanto à sua natureza, como segue: valores em milhares BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 124 2010 2009 AOA USD AOA USD Imobilizado Incorpóreo Software Benefícios em edificios arrendados Em curso - Software Amortizações acumuladas Imobilizado Incorpóreo líquído 1.846.825 788.325 -681.013 1.954.137 19.935 8.509 -7.351 21.093 1.787.461 661.336 11.425 -415.726 2.044.497 19.994 7.398 128 -4.650 22.870 Imobilizado Corpóreo Imóveis De serviço próprio 5.012.654 5.012.654 54.107 54.107 3.481.004 3.481.004 38.938 38.938 Equipamento Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento 2.809.814 582.580 215.585 766.955 624.043 313.310 307.343 - 30.329 6.288 2.327 8.279 6.736 3.382 3.317 - 2.385.352 504.741 178.170 557.665 453.784 391.384 286.699 12.909 26.682 5.646 1.993 6.238 5.076 4.378 3.207 144 25.196 25.196 - 272 272 - 38.292 19.575 18.717 428 219 209 Outras imobilizações Património artístico Outras imobilizações corpóreas Imobilizado em curso Imóveis Equipamento Outros 31.008.414 334.709 15.015.427 167.961 30.941.957 333.992 14.902.289 166.696 66.457 717 17.433 195 95.705 1.070 Imobilizado corpóreo bruto Amortizações acumuladas Imóveis Equipamento Outras imobilizações Imobilizado corpóreo líquido 38.856.041 419.417 20.920.075 234.011 -1.600.323 -17.274 -1.247.778 -13.958 -290.531 -3.136 -213.193 -2.385 -1.309.792 -14.138 -1.015.472 -11.359 -19.113 -214 37.255.718 402.143 19.672.297 220.053 Imobilizado Incorpóreo Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 o valor registado em imobilizado incorpóreo inclui o custo do software do Novo Sistema de Informação (NSI), que entrou em produção em 21 de Abril de 2008, e inclui a aplicação 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS No decurso de 2010 e 2009 existiram adições ao Imobilizado incorpóreo respeitantes a costumizações e desenvolvimentos efectuados ao nível do NSI. O NSI está a ser amortizado em 10 anos, em linha com a política seguida pelo Grupo onde o BESA se insere, e que o Conselho de Administração considera não diferir significativamente da vida útil esperada. Em conformidade com o CONTIF, o valor dos Benefícios em edifícios arrendados estão também regista- dos em Imobilizado incorpóreo e são amortizados em conformidade com o prazo do respectivo contrato. Imobilizado Corpóreo À data do Balanço o Imobilizado corpóreo está apresentado ao custo histórico de aquisição, excepto para os bens adquiridos até Maio de 2007 os quais foram, até essa data, reavaliados mensalmente, nos termos do ponto 2 do Artigo 2 do Decreto nº 6/96, aplicando o coeficiente resultante da taxa de câmbio média oficial em vigor no último dia do mês. O Imobilizado Corpóreo está a ser amortizado em conformidade com as taxas referidas na Nota explicativa 2.2 g) às Demonstrações financeiras, que o Conselho de Administração considera não diferir significativamente da vida útil esperada. O movimento das rubricas de Imobilizado Incorpóreo e Corpóreo durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 foi como segue: valores em milhares de kwanzas Em 1 de Janeiro de 2010 Saldos iniciais líquidos Adições Regularizações Transferências Alienações e abates Amortizações do exercício Em 31 de Dezembro de 2010 Imobilizado Corpóreo Imobilizado Incorpóreo Imóveis 2.044.497 198.927 -289.287 1.954.137 3.267.811 1.394.829 454.273 -19.401 -84.858 4.722.123 Equipamento Outras 1.369.880 622.591 -397 95.755 -587.844 1.499.985 Em curso Total 19.178 15.015.427 19.672.296 5.621 16.543.015 18.566.056 397 -550.028 -19.401 -672.702 25.196 31.008.414 37.255.718 valores em milhares de dólares norte-americanos Imobilizado Incorpóreo Em 1 de Janeiro de 2010 Saldos iniciais líquidos Adições Dif. Cambiais e out. regularizações Transferências Alienações e abates Amortizações do exercício Em 31 de Dezembro de 2010 22.870 2.147 -779 -3.144 21.093 Imobilizado Corpóreo Imóveis 36.554 15.055 -4.410 4.903 -209 -922 50.971 Equipamento Outras 15.323 6.720 -497 1.034 -6.389 16.191 215 61 -4 272 Em curso 167.961 178.567 -5.882 -5.937 334.709 Total 220.052 200.403 -10.793 -209 -7.312 402.143 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 125 bancária “FlexCube”, após realização dos testes de fiabilidade, operacionalidade, carga e de disponibilidade de informação, nas componentes “FlexBranch” e “Host”, tendo sido descontinuado o Atlas. A data do “cut-off” para a migração de dados foi 18 de Abril de 2008. Durante 2008 entraram ainda em produção outras componentes no NSI, como seja “Internet Banking”, o “Infoview”, e o Sistema de Informação de Gestão (SIG). 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 12 Depósitos Os Depósitos decompõem-se, quanto à sua natureza, contraparte e prazo, como segue: valores em milhares 2010 AOA 2009 USD Depósitos Depósitos à ordem -160.185.599 -1.729.063 -119.920.109 -1.341.418 Pessoa colectiva -108.282.151 -1.168.811 -91.740.707 -1.026.205 Particulares -51.903.448 -560.252 -28.179.402 -315.213 Depósitos a prazo -105.975.722 -1.143.915 -105.243.457 -1.177.246 Pessoa colectiva -74.895.360 -808.430 -71.687.233 -801.889 Particulares -31.080.362 -335.485 -33.556.224 -375.358 Outros depósitos BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 126 Total dos Depósitos -212.780 USD -2.297 AOA -680.834 -7.616 -266.374.101 -2.875.275 -225.844.401 -2.526.280 O prazo residual dos Depósitos distribui-se como segue: valores em milhares 2010 AOA 2009 USD Prazos residuais Até um mês -204.146.921 -2.203.588 -152.866.486 -1.709.955 De um a três meses -36.975.225 -399.115 -41.670.326 -466.121 De três meses a um ano -22.768.262 -245.763 -27.162.132 -303.834 De um a cinco anos -2.279.926 -24.610 -3.956.785 -44.260 Mais que cinco anos -203.767 -2.199 -188.672 -2.110 Total USD AOA -266.374.101 -2.875.275 -225.844.401 -2.526.280 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 13 Captação para Liquidez As Captações para liquidez, à vista e a prazo, decompõem-se como seguem: valores em milhares 2010 AOA 2009 USD Recursos do Banco Central Op. Venda Tít. Próprios c/ acordo de recompra -38.179.858 -412.118 -56.877.314 -636.226 Operações mercado monetário interfinanceiro À vista No país -2.201 -24 -1.239 -14 No estrangeiro -787.417 -8.499 -274.362 -3.069 A prazo No país -70.590.968 -761.968 -4.078.584 -45.623 No estrangeiro -288.394.411 -3.112.965 -249.607.455 -2.792.092 -397.954.855 -4.295.574 -310.838.954 -3.477.024 O saldo das contas à vista e a prazo em Instituições de Crédito no Estrangeiro reflecte substancialmente a tomada de fundos a entidades pertencentes ao perímetro de consolidação do Grupo BES, na sequência da aquisição de OT’s em USD (ver Nota explicativa 6 às Demonstrações financeiras), sendo remuneradas às taxas do respectivo mercado internacional. O prazo residual das Captações para liquidez distribui-se como segue: valores em milhares 2010 AOA 2009 USD Prazos residuais Até um mês -189.787.120 -2.048.586 De um a três meses -172.598.644 -1.863.051 De três meses a um ano -35.569.091 -383.937 De um a cinco anos Mais que cinco anos Total AOA AOA USD -88.682.182 -991.993 -163.412.887 -1.827.926 -58.743.885 -657.105 - -397.954.855 -4.295.574 -310.838.954 -3.477.024 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 127 Total das Captações para liquidez USD 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 14 Dívidas Subordinadas BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 128 A rubrica Dívida subordinada refere-se ao empréstimo concedido pelo BES em Agosto de 2003, tendo nesse mesmo mês começado a ser liquidado através de prestações mensais, iguais e sucessivas, com o prazo contratado de 10 anos. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 15 Outras Obrigações Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as Outras obrigações decompõem-se como segue: valores em milhares 2010 AOA 2009 USD Outras Obrigações Mensualizações de custos com pessoal -138.012 -1.490 -151.711 -1.697 Outros impostos a entregar ao Estado -111.143 -1.200 -47.194 -528 Imposto Industrial a pagar do exercício corrente -60.000 -648 -120.000 -1.342 Outros -1.672 -17 -1.706.241 -19.086 Total USD AOA -310.827 -3.355 -2.025.146 -22.653 Os Outros impostos a entregar ao estado incluem Imposto industrial sobre contratos, imposto de selo, imposto sobre trabalho dependente e segurança social. O Imposto industrial a entregar ao Estado refere-se ao Imposto sobre os lucros do exercício e foi apurado tendo em consideração a existência e volume de rendimentos provenientes de Títulos da Dívida Pública e equiparados, os quais estão isentos de qualquer tipo de imposto, não sendo considerados para efeitos de englobamento na Matéria colectável. Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Outros incluía 1.529.926 milhares de kwanzas (cerca de USD 17.114 milhares) relativos à retenção na fonte de Imposto sobre os dividendos distribuídos durante o exercício de 2009 (ver Nota explicativa 17 às Demonstrações financeiras), os quais em conformidade com a lei, apenas foram liquidados em 2010. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 129 A rubrica de Mensualizações de custos com pessoal refere-se a valores já registados em custos, mas ainda não liquidados (provisão para férias e para subsídio de férias). 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 16 Movimento de Provisões O movimento verificado nas rubricas de Provisões durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foi como segue: valores em milhares de kwanzas e de dólares norte-americanos Provisões Provisões para riscos para riscos gerais gerais de crédito de crédito BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 130 Saldo em 1 de Janeiro de 2009 Dotações Reposições Utilizações Variação cambial Saldo em 31 de Dezembro de 2009 Dotações Reposições Utilizações Variação cambial Saldo em 31 de Dezembro de 2010 1.273.482 1.484.107 2.757.589 2.805.927 5.563.516 16.942 18.652 -4.748 30.846 30.498 -1.290 60.054 As Provisões para riscos gerais de crédito encontram-se efectuadas em conformidade com o grau de risco das operações de crédito concedido e das garantias bancárias prestadas. O montante de USD 60.054 milhares e USD 30.846 milhares, existentes em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente, é suficiente para fazer face aos riscos inerentes das responsabilidades totais das operações dos Clientes, nomeadamente tendo em consideração a natureza e o grau de liquidez das garantias obtidas. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Capital social Em 31 de Dezembro de 2010, o capital do Banco era o contravalor em AOA, à data da realização, de USD 170.530.000, encontrando-se integralmente subscrito e realizado, detido em 51,94% pelo BES. Este montante de Capital, acrescido dos montantes de anos anteriores provenientes da Reserva de Manutenção de Fundos Próprios, para fazer face ao eventual efeito de desvalorização do AOA face ao USD, era à data do Balanço o contravalor em AOA de USD 157.214 milhares (ver Demonstração de mutação de Fundos próprios). Aumentos de Capital social do BESA, ocorridos durante 2009 • Primeiro aumento Em 19 de Janeiro de 2009, e conforme deliberado na Assembleia Geral de 31 de Outubro de 2008, o capital social do BESA foi aumentado para 788.897.000 AOA, equivalentes nessa data a 10.530.000 USD, pela emissão de 53.000 novas acções ordinárias, escriturais e nominativas, de valor nominal unitário de 750 AOA, equivalente a 10 USD, subscritas ao par pela entrada em dinheiro por dois accionistas individuais. O Capital social do BESA ficou assim representado por 1.053.000 acções, e a nova estrutura accionista como segue: BES75,94% GENI18,99% 4 Individuais * 5,07% * dos quais, dois são membros do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do BESA e detêm, individualmente, 2,525% do capital do Banco. • Segundo aumento Em 7 de Dezembro de 2009, e conforme deliberado na Assembleia Geral de 9 de Novembro de 2009, o capital social do BESA foi aumentado para 14.564.796.770 AOA, equivalentes nessa data a 170.530.000 USD, pela emissão de 16.000.000 novas acções ordinárias, escriturais e nominativas, de valor nominal unitário de 854,09 AOA, equivalente a 10 USD, subscritas ao par pela entrada em dinheiro por todos os accionistas, na proporção das respectivas participações sociais. O Capital social do BESA fica assim representado por 17.053.000 acções, mantendo-se a estrutura accionista acima referida. Alteração da estrutura accionista do BESA No decurso de Dezembro de 2009 o BES alienou 24% da sua participação no Capital social do BESA à Portmill, uma entidade angolana detentora também, entre outras, de uma das operadoras de telecomunicações móveis angolanas (a Movicel). Assim, em 31 de Dezembro de 2009, a estrutura accionista era como segue: BES51,94% Portmill24,00% GENI18,99% 4 Individuais * 5,07% * Dando cumprimento ao nº3, do artigo 446º da Lei 1/04 de 13 de Fevereiro, o qual enquadra a Lei das Sociedades Comerciais, as detenções de capital por parte de membros dos Órgãos Sociais do BESA são como segue: Álvaro de Oliveira Madaleno Sobrinho (Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva) 2,525% BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 131 Nota 17 Fundos Próprios 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Hélder José Bataglia dos Santos (Vogal do Conselho de Administração e Administrador Executivo) 2,525% BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 132 Reserva de Manutenção de Fundos Próprios A Reserva de Manutenção de Fundos Próprios resulta da transição no final do ano das Provisões para o mesmo fim efectuadas ao longo de exercícios anteriores. Essas provisões são autorizadas pelo BNA e aceites fiscalmente na sua totalidade, e visam proteger a parte do capital em AOA do efeito da desvalorização. Durante os exercícios de 2010 e 2009 não foram efectuados quaisquer movimentos de Provisões específicas para este efeito (ver Demonstração de mutação de fundos próprios). Reserva de Reavaliação do Imobilizado O imobilizado encontra-se, na sua quase totalidade, contabilizado em AOA a partir da data em que começa a ser utilizado, sendo permitida a reavaliação mensal do imobilizado corpóreo, nos termos do ponto 2 do Art.º 2 do Decreto nº 6/96, aplicando o coeficiente resultante da taxa de câmbio média oficial em vigor no último dia do mês. A partir de 1 de Janeiro de 2008 o Banco deixou de reavaliar o activo imobilizado. 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 18 Lucro e Dividendos por Acção A distribuição proposta pelo Conselho de Administração para os resultados, bem como a demonstração do Lucro e Dividendo por acção é como segue: valores em milhares B - Número de acções 2009 USD AOA USD -331.386 -16.842.061 -211.671 -66.278 -3.368.413 -37.679 -132.554 -6.736.824 -75.358 -132.554 -6.736.824 -75.358 17.053.000 17.053.000 17.053.000 17.053.000 C - Lucro por acção = A/B -1,788 -0,019 -0,988 -0,012 D - Dividendo por acção = A3/B -0,715 -0,008 -0,395 -0,004 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 133 2010 AOA A - Resultado do exercício, distribuído por: -30.488.781 A1 Reserva legal -6.097.757 A2 Resultados transitados -12.195.512 A3 Dividendos propostos -12.195.512 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 19 Pessoal No final dos exercícios de 2010 e 2009, o BESA tinha 509 e 452 colaboradores, respectivamente, distribuídos pelas seguintes categorias profissionais: 2010 2009 Administração Direcção Chefias intermédias Técnicos/ Comerciais Administrativos Auxiliares 4 42 70 296 59 38 3 38 41 283 65 22 Total 509 452 O montante das remunerações atribuídas durante os anos de 2010 e 2009 aos Órgãos de Administração e Fiscalização foi o seguinte: BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 134 valores em milhares 2010 2009 AOA USD AOA USD Administração 257.611 2.800 163.112 2.050 Fiscalização Total 257.611 2.800 163.112 2.050 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 20 Extrapatrimoniais Os saldos e respectivo detalhe das rubricas extrapatrimoniais, à data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, eram os seguintes: valores em milhares 2010 2009 USD AOA USD Responsabilidades de terceiros 80.318.935 866.973 122.196.035 1.366.877 Garantias e Avales recebidos Responsabilidades perante terceiros 12.032.635 129.882 17.557.808 196.400 Garantias e Avales prestados 28.930.258 312.277 20.208.856 226.055 Créditos documentários abertos Serviços prestados por terceiros - 14.759.977 165.104 Títulos sob custódia 1.188.169 12.825 900.265 10.070 Outros BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 135 AOA 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota 21 Acontecimentos Subsequentes • Desenvolvimento de novas Unidades de Negócio BESA Valorização Deu entrada no mês de Setembro de 2009 junto da Comissão de Mercado de capitais um pedido de constituição de um Fundo de Investimento Imobiliário Fechado, a ser Denominado BESA Valorização. O montante do Fundo é o contravalor em AOA de 300 milhões de USD, sendo o prazo previsto para a sua duração de cinco anos. BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 136 É expectável que a comercialização das quotas deste Fundo se venha a iniciar ainda no primeiro semestre de 2011. O Fundo será gerido pela BESAACTIF, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, SA (ver Nota explicativa 10 às Demonstrações financeiras), sendo o BESA a entidade depositária. BESCongo O BESA deu início ao processo de licenciamento de abertura de uma sucursal na República do Congo (também chamada Congo-Brazzaville). À data do balanço os trabalhos de operacionalização desta sucursal já se haviam iniciado, estando pendentes a obtenção das autorizações das autoridades competentes, incluindo o BNA. É expectável que este processo fique concluído no início de Junho de 2011. BESALeasing No âmbito do alargamento das suas actividades, o Banco Espírito Santo Angola procedeu à entrega no dia 10 de Dezembro de 2008, junto do Banco Nacional de Angola, do pedido de constituição de uma instituição financeira não bancária, integralmente detida pelo BESA, a saber, BESALeasing – Sociedade de Locação Financeira, SA. Esta empresa operará na área de locação financeira (“leasing”). Contribuindo para o desenvolvimento do mercado financeiro angolano, através da disponibilização de produtos e serviços até ao momento inexistentes, apoiará o tecido empresarial na prossecução dos seus planos de investimentos a médio e longo prazo. Apesar da inexistência de regulamentação específica para esta actividade, estima-se a publicação de informação relevante durante o exercício de 2011. Contudo, e de acordo com a Lei das Instituições Financeiras (Lei nº 13/05 de 30 de Setembro), esta actividade é já passível de ser desenvolvida no seio das instituições financeiras bancárias, pelo que a sua autonomização numa empresa maioritariamente detida por um Banco não se avizinha problemática. Contamos com a sempre ponderada análise das entidades responsáveis pela aprovação do requerimento, assim como com a sua pronta decisão. BESA Factoring No âmbito do alargamento das suas actividades, o Banco Espírito Santo Angola procedeu à entrega no dia 23 de Julho de 2009, junto do Banco Nacional de Angola, do pedido de constituição de uma instituição financeira não bancária, integralmente detida pelo BESA, a saber, BESAFactoring – Sociedade de Cessão Financeira, SA. Esta empresa operará na área de cessão financeira (“factoring”). Contribuindo para o desenvolvimento do mercado financeiro angolano, através da disponibilização de produtos e serviços até ao momento inexistentes, apoiará o tecido empresarial na gestão da sua tesouraria. Apesar da inexistência de regulamentação específica para esta actividade, estima-se a publicação de informação relevante durante o exercício de 2011. Contudo, e de acordo com a Lei das Instituições Financeiras 08 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Lei nº 13/05 de 30 de Setembro), esta actividade é já passível de ser desenvolvida no seio das instituições financeiras bancárias, pelo que a sua autonomização numa empresa maioritariamente detida por um Banco não se avizinha problemática. Contamos com a sempre ponderada análise das entidades responsáveis pela aprovação do requerimento, assim como com a sua pronta decisão. senvolvimento de novas áreas de negócio, quer ao nível do mercado primário de dívida e “equity”, bem como ao nível do mercado secundário (corretagem). Actualmente decorre o processo de constituição do BESIA e da ESSA, Sociedade Corretora de Valores Mobiliários, aguardando-se pelo licenciamento das autoridades competentes de Angola. A equipa que constituirá as duas sociedades encontra-se em fase de formação, estando instalada no Edifício ESCOM, local da futura sede destas sociedades. A criação do BESIA e da ESSA permitirá o desenvolvimento de operações relacionadas com financiamentos estruturados de iniciativa pública e privada (nomeadamente ao nível de infraestruturas), focando especificamente oportunidades de estruturação de operações em regime de Project Finance. Pretende-se igualmente iniciar a cobertura do mercado ao nível de serviços de assessoria em fusões e aquisições (F&A) e serviços de consultoria financeira pura. Outra área com potencial para ser desenvolvido no curto prazo será a emissão de dívida “corporate”, dependentemente de novos desenvolvimentos ao nível da Emissão Internacional de “Eurobonds” da República de Angola, e do aumento da abertura do mercado financeiro angolano ao exterior. Com a criação da Bolsa de Valores e Derivativos de Angola (BVDA) – projecto que está actualmente a ser dinamizado pela Comissão de Reestruturação do Mercado de Capitais, será expectável, a prazo, o de- BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 137 BESIA (Banco Espírito Santo de Investimentos de Angola, SA) e ESSA (Espírito Santo Securities Angola, SA) BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 138 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 08 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 139 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 08 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 140 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 08 BANCO ESPÍRITO SANTO ANGOLA I RELATÓRIO E CONTAS 2010 I 141 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 08