Anestésicos
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04/11/2015 Farmacologia dos Anestésicos DISCIPLINA: Farmacologia Neuroendócrina (noturno) CÓDIGO: BMF320 Ano/período: 2015/2 Fernando C. Patrão Neto Anestesiologia - Dados Históricos A Cirurgia antes da Anestesia Inalatória William Thomas Green Morton(1819-1868) Éter Etílico Massachusetts General Hospital - Boston, MA, USA, 1846 Demonstração Pública 1 04/11/2015 Anestesiologia INTRODUÇÃO & CONCEITO Anestesiologia INTRODUÇÃO & CONCEITO 2 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS INTRODUÇÃO & CONCEITO Os Anestésicos Locais São Substâncias que Bloqueiam de Forma Reversível a Ativação dos Canais de Sódio dos Axônios, Impedindo a Gênese e propagação do Potencial de Ação nos Axônios +20 potencial de ação canais de Na+ canais de K+ 0 -20 40 -40 20 -60 0 -80 0 1 2 3 4 Tempo (ms) ANESTÉSICOS LOCAIS INTRODUÇÃO DADOS HISTÓRIOCOS RELEVANTES 3 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS ESTRUTURA ANESTÉSICOS LOCAIS ORIGEM E QUÍMICA 4 04/11/2015 Propriedade estruturais Pot. Dur. O Cocaína O O Lidocaína N O 2x M N 4x M NH 3x M N 2x M O Prilocaína H N O O Procaína Pot. Dur. H N O N 1x C Mepivacaína H N H 2N O Bupivacaína O Tetracaína O N 16x L N H (rac. e levo) N 16x L O Etidocaína Benzocaína H N H N O N 16x L N 16x L O O H 2N uso tópico Ropivacaína (levo) H N O Classes: a regra dos “is” • Ésteres • Amidas Procaína Lidocaína Cloroprocaína Bupivacaína Tetracaína Levobupivacaína Benzocaína Cocaína Ropivacaína Mepivacaína Etidocaína Prilocaína Articaína 5 04/11/2015 Eliminação: biotransformação O Éster N R 3 R2 O H N R1 Hidrólise (esterases) Hidrólise Amida R1 H N Hidroxilação e conjugação R2 R3 N R4 N-desalquilação (e ciclização) O ANESTÉSICOS LOCAIS MECANISMO DE AÇÃO Canal de Na+ Dependente de Voltagem Journal of Neurochemistry, 2004, 88, 782–799 Boris S. Zhorov and Denis B. Tikhonov 6 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS MECANISMO DE AÇÃO Uma molécula do AL Bupivacaína liga--se entre os dois segmentos liga transmembrana denominados "S6", e aí localizandolocalizando-se no Domínio 1 (D1) e no domínio 4 (D4) do canal de Sódio Sensível à Voltagem NH N O Bupivacaína ANESTÉSICOS LOCAIS MECANISMOS DE AÇÃO 7 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS ANESTÉSICO pKa % IONIZADO (EM pH=7.4) COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE LIGAÇÃO PROTEICA BUPIVACAÍNA 8,1 83 3420 95 ETIDOCAINA 7,7 66 7317 94 LIDOCAÍNA 7,9 76 366 64 MEPIVACAÍNA 7,6 61 130 77 PRILOCAÍNA 7,9 76 129 55 ROPIVACAÍNA 8,1 83 775 94 CLORPROCAÍNA 8,7 95 810 - PROCAÍNA 8,9 97 100 6 TETRACAÍNA 8,5 93 5822 94 AMIDAS ESTERES Bloqueio dependente de uso (freqüência) Butterworth e Strichartz (1990) Anesthesiology 72:711 8 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS MECANISMOS DE AÇÃO ANESTÉSICOS LOCAIS ANATOMIA DO NERVO 9 04/11/2015 Bloqueio diferencial somatotópico epineuro perineuro vasos fascículos Corte do nervo sural corado com azul de toluidina http://missinglink.ucsf.edu/lm/ids_104_musclenerve_path/student_musclenerve/normal.html ANESTÉSICOS LOCAIS ASPECTOS CLÍNICOS: DINÃMICA DO BLOQUEIO 10 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS EFEITOS NOS DIFERENTES AXÔNIOS ANESTÉSICOS LOCAIS EFEITOS NOS DIFERENTES AXÔNIOS Tipos de fibra nervosa e suscetibilidade ao bloqueio do AL Classe Função Calibre (µm) Mielina Tipo A Vel. (m/s) Sensibilidade ao bloqueio alfa propriocepção, motora 12-20 espessa 70-120 beta tato, pressão 5-12 espessa 30-70 gama fusos musculares 3-6 espessa 15-35 delta dor, temperatura 2-5 espessa 5-25 pré-ganglionar SNA <3 delgada 3-15 raiz dorsal dor 0,4-1,2 ausente 0,7-1,3 ++++ simpático 0,3-1,3 ausente 0,1-2,0 ++++ Tipo B + ++ ++ +++ ++++ Tipo C pós-ganglionar simp. 11 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS ELETROFISIOLOGIA: A PROPAGAÇÃO DO ESTÍMULO NERVOSO ANESTÉSICOS LOCAIS ASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DIFERENCIAL 12 04/11/2015 Calibre da fibra e sensibilidade ao AL anestésico PA 40 P A B 0 C D –40 –80 0 1 Tempo (ms) 2 3 Progressão do bloqueio na fibra Butterworth e Strichartz (1990) Anesthesiology 72:711 13 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS ASPECTOS CLÍNICOS: BLOQUEIO DECREMENTAL ANESTÉSICOS LOCAIS LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNASPROTEÍNAS- ALBUMINA fração ligada % 100 80 60 bupivacaína etidocaína 40 mepivacaína lidocaína 20 0 0,1 0,4 1 2 10 20 [base] µg/ml plasma 14 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS ionizada ligada a prot. SANGUE FETAL lidocaína pKA 7,9 0,5 ionizada ligada a prot. fração neutra SANGUE MATERNO PLACENTA LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS 0,4 tetracaína pKA 8,6 0,3 0,2 dibucaína pKA 8,8 0,1 procaína pKA 9,1 0,0 6,6 6,8 7,0 7,2 7,4 7,6 7,8 8,0 pH ANESTÉSICOS LOCAIS Níveis Plasmáticos e Toxicidade Sistêmica 15 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS FATORES QUE INFLUENCIAM A ATIVIDADE DOS ANESTÉSICOS LOCAIS ANESTÉSICOS LOCAIS Níveis Plasmáticos e Toxicidade Sistêmica Efeitos Cardiovasculares & Efeitos no SNC Citotoxicidade Efeitos Hematológicos Reações Alérgicas 16 04/11/2015 Toxicidade dos Anestésicos Locais • Central nervous system – initially-- lightheadedness, circumoral numbness, dizziness, tinnitus, visual change – later-- drowsiness, disorientation, slurred speech, loss of consciousness, convulsions – finally-- respiratory depression ANESTÉSICOS LOCAIS TOXICIDADE: SNC 17 04/11/2015 ANESTÉSICOS LOCAIS TOXICIDADE: CARDIOVASCULAR Toxicidade dos Anestésicos Locais • Hematológica - raro – Metahemoglobinemia • Reações Alérgicas- raro (menos de 1%) – Preservativos e metabolitos dos esteres – rash, broncoespasmo 18 04/11/2015 Prevenção e Tratamento da toxicidade • Antecipação – Principalmente de injeção intravascular inadvertida e dose excessiva – Aspirar frequentemente e injeção lenta – Pergunte sobre toxicidade do SNC – Monitorização – Ter material de PCR/RCP pronto – ABC’s Doses x Adjuvantes Minor Nerve Blocks Drug Plain Solutions Usual Concentration Usual Volume (%) Dosage (mg) (mL) Epinephrine-Containing Solutions Average Average Duration (min) Duration (min) Procaine 2 5-20 100-400 15-30 30-60 Chloroprocaine 2 5-20 100-400 15-30 30-60 Lidocaine 1 5-20 50-200 60-120 120-180 Mepivacaine 1 5-20 50-200 60-120 120-180 Prilocaine 1 5-20 50-200 60-120 120-180 Bupivacaine 0.25-0.5 5-20 12.5-100 180-360 240-420 Ropivacaine 0.2-0.5 5-20 10-100 180-360 240-420 19 04/11/2015 Doses x Adjuvantes Usual and Maximum Recommended Doses of Local Anesthetic for Conduction Nerve Blocks (Excluding Bier Blocks and Spinal Anesthesia) Local Anesthetics Aminoesters Procaine Maximum Dose of Usual Concentrations Plain Solutions (mg/kg) Maximum Doses with Epinephrine (mg/kg) 1-2 7 10 2-3 7 10 0.25-2 5 (or 400 mg) 10 (or 700 mg) Mepivacaine 0.25-2 5-7 (or 400 mg) Not available Bupivacaine 0.125-0.5 2 (or 150 mg) 3 (or 200 mg) Levobupivacaine 0.125-0.5 3 (or 200 mg) 4 (or 250 mg) 0.1-10 3 (or 300 mg) Not available (and not recommended) Chloroprocaine Aminoamides Lidocaine Ropivacaine ANESTÉSICOS LOCAIS Usos Clínicos 20 04/11/2015 Anestesia Geral • Objetivos: “O objetivo da anestesia é criar um estado em que haja total ausência de dor durante um ato operatório, exame ou curativo. A anestesia pode ser geral, na qual o paciente dorme durante todo o procedimento, ou regional, na qual apenas uma parte do corpo é anestesiada, podendo o paciente dormir ou não”. Perda da Consciência Atenuação das respostas autonômicas Analgesia Imobilidade Amnésia 21 04/11/2015 CONCEITOS IMPORTANTES NA ANESTESIA GERAL Indução Manutenção Aprofundar Superficializar Monitorar o Estágio Despertar Mecanismo de Ação dos Anestésicos Gerais 22 04/11/2015 Mecanismo de Ação os Anestésicos Gerais Fig. 3A, B Interactions of some general anaesthetics with the GABAA receptor. A Pharmacology of the GABAA receptor. Binding sites for agonists {GABA, muscimol, 4,5,6,7-tetrahydroisoxazolo[ 5,4-c]pyridin-3-ol hydrochloride (THIP)}, benzodiazepines and general anaesthetics (steroid anaesthetics, barbiturates, volatile anaesthetics and alcohol) are indicated. Benzodiazepines modulate the effects of agonists. General anaesthetics show modulatory actions and activate GABAA receptors in the absence of GABA. Note that general anaesthetics do not act via a common binding site. B Effects of some general anaesthetics on GABAA receptor-mediated postsynaptic events. Studies on the effects of general anaesthetics on synaptic transmission at intact synapses showed that several agents alter the time courses of inhibitory postsynaptic events in different ways, although the overall effect is enhancing. Postsynaptic events are characterised by a rapid increase in GABAA receptor conductance and a decay that is best fitted with a single or two exponential decays, depending on the subunit composition of the receptors. The illustration shows that halothane and propofol exclusively prolong the current decays of these events, whereas enflurane and etomidate also affect the amplitude. Control traces are indicated as broken lines 23 04/11/2015 Fig. 2 General anaesthetics act on different levels of neuronal information processing. They decrease presynaptic transmitter release, affect postsynaptic receptors, alter dendritic and somatic integration or depress axonal conductance of action potentials. Halothane and isoflurane, for example, reduce presynaptic transmitter release (–), enhance postsynaptic GABAA receptor-mediated currents (+), activate K+ selective channels (+), depress Na+ channels (–) and reduce axonal conductance (–). At clinically relevant concentrations, these agents do not affect postsynaptic NMDA and AMPA receptors (0). The other anaesthetics were selected in order to demonstrate (1) that single agents can exhibit multiple effects and (2) that different agents can act via different mechanisms. 24 04/11/2015 Fármacos Anestésicos Inalatórios: Éteres Halogenados, Óxido Nitroso, Xenônio Intravenosos Hipnóticos, Benzodiazepínicos, Opiódes, Relaxantes musculares Anestésicos Gerais Inalatórios 25 04/11/2015 FAG (fluxo adicional de gases) é determinado pelo ajuste do vaporizador e dos rotâmetros FI (concentração inspirada) é determinada por (1) valor do FAG, (2) volume do circuito e (3) absorção pelo circuito. FA (concentração do gás alveolar) é determinada por: (1) captação (captação=ls/g x C(A-V) x Q), (2) ventilação e (3) efeito concentração Fa (concentração do gás arterial) é afetada por distúrbios ventilação/perfusão 26 04/11/2015 Via Pulmonar - inalatória Membrana alvéolo-capilar FA (concentração do gás alveolar) FI (concentração inspirada) 27 04/11/2015 28 04/11/2015 Solubilidade no Sangue (coeficiente sangue:gás ou γ ) 29 04/11/2015 30 04/11/2015 ??? 31 04/11/2015 Estágios & Planos da Anestesia Geral 32 04/11/2015 CAM - Concentração Alveolar Mínima 33 04/11/2015 Elimination routes of different volatile anesthetics 34 04/11/2015 35 04/11/2015 Figure 19–6. Influence of inhalational general anesthetics on the systemic circulation. While all of the inhalational anesthetics reduce systemic blood pressure in a dose-related manner (top), the lower figure shows that cardiac output is well preserved with isoflurane and desflurane, and therefore that the causes of hypotension vary with the agent. (Data from Bahlman et al., 1972; Calverley et al., 1978; Cromwell et al., 1971; Stevens et al., 1971; Weiskopf et al., 1991). 36 04/11/2015 37 04/11/2015 Parâmetros Respiratórios Parâmetros Respiratórios 38 04/11/2015 Fármacos Anestésicos Inalatórios: Éteres Halogenados, Óxido Nitroso, Xenônio Intravenosos Hipnóticos, Benzodiazepínicos, Opiódes, Relaxantes musculares ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS 39 04/11/2015 40 04/11/2015 Meia-vida contexto-sensitiva 41 04/11/2015 Meia-vida contexto-sensitiva Fármacos Intravenos Hipnóticos Tiobarbital, Etomidate, Propofol & Ketamina Características Induz rápida perda de consciência. Tempo da circulação braço cérebro ( 20 s ). Duração de ação curta quando dado em bolus. Em 5-10 min. o paciente desperta. 42 04/11/2015 43 04/11/2015 Efeitos adversos Barbitúricos – Porfiria Propofol – Síndrome da Infusão Continua Etomidato – Supressão Adrenal Ketamina – Depressão Miocárdica Anestesia Geral • Objetivos: “O objetivo da anestesia é criar um estado em que haja total ausência de dor durante um ato operatório, exame ou curativo. A anestesia pode ser geral, na qual o paciente dorme durante todo o procedimento, ou regional, na qual apenas uma parte do corpo é anestesiada, podendo o paciente dormir ou não”. Perda da Consciência Atenuação das respostas autonômicas Analgesia Imobilidade Amnésia 44 04/11/2015 45
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