Experimental Results of Synthetic Slag Manufacture to be Employed
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Experimental Results of Synthetic Slag Manufacture to be Employed
Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005 http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artigo10641 ISSN 1517-7076 Resultados Experimentais para Fabricação de Escória Sintética para uso no Processo ESR Adriano Ferreira da Cunha 1, Álvaro Martins Júnior ², Magno Fernandes Reis Silva ³, Jorge Alberto Soares Tenório 4, Cláudio Batista Vieira 5, Paulo Santos Assis 5 (1) Químico Industrial pela UFOP e Mestrando em Engenharia de Materiais pela REDEMAT (UFOP CETEC - UEMG), Ouro Preto-MG. e-mail: [email protected] (2) Membro da AMB, Engenheiro Metalurgista pela UFOP e Mestre em Engenharia de Materiais pela REDEMAT (UFOP - CETEC - UEMG), Ouro Preto-MG. e-mail: [email protected] (3) Membro da AMB, Graduando em Engenharia Metalúrgica pela UFOP, Ouro Preto-MG. e-mail: [email protected] (4) Membro da ABM, Professor-visitante da REDEMAT e Professor-associado do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Escola Politécnica da USP, São Paulo-SP. e-mail: [email protected] (5) Membro da ABM, Professor-titular do Departamento de Engenharia Metalúrgica da UFOP e da REDEMAT (UFOP - CETEC - UEMG), Ouro Preto-MG. e-mail: [email protected], [email protected] RESUMO A siderurgia vem sofrendo transformações como conseqüência da competitividade entre as empresas em virtude dos crescentes investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos materiais e tecnologia. Independente da região, estas transformações visam buscar inovação e redução de custo para atender as necessidades dos clientes. Dentro deste contexto, a qualidade do aço produzido, em especial pelo refino secundário, é de importância relevante. Com relação ao refino secundário, tem-se o processo ESR (Electroslag Remelting), que utiliza escória sintética como agente no refino dos aços. Conhecido desde 1930, o processo ESR possui a vantagem de não ser realizado sob vácuo como na maioria dos processos de refusão. O reconhecimento deste método deve-se à capacidade de produzir superligas de alta-performance que exigem um alto grau de pureza. O forno de indução é um tipo de forno elétrico cujo funcionamento baseia-se na indução eletromagnética. As correntes induzidas no material produzem grande elevação da temperatura devido à resistência à passagem destas através do banho. A escória é um material inorgânico, não-metálico, vítreo e que pode ser gerado ou incorporado aos processos metalúrgicos (como as escórias sintéticas). Dentre as principais funções de uma escória sintética estão: proteção do revestimento da panela, refino do aço e captação de inclusões. As escórias utilizadas no ESR, apresentam alto custo e são importadas, no caso brasileiro. A fabricação destas escórias foi feita através de misturas pulverizadas e pré-balanceadas, contendo alumina, cal, magnesita e fluorita. A seguir, utilizando-se de um forno de indução, foram realizadas 20 fusões, utilizando-se atmosferas de ar e argônio. O material fundido foi caracterizado e o consumo de energia medido durante o processo. Através dos resultados obtidos, estimou-se o custo para a sua fabricação dado pela tabela abaixo: Escória Energia (US$) Matéria-prima (US$) Total(US$) PF1 476 158 634 PF2 414 142 556 Palavras chaves: Escória sintética, forno de indução, processo ESR. Autor Responsável: Adriano Ferreira da Cunha DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. Experimental Results of Synthetic Slag Manufacture to be Employed in the ESR Process ABSTRACT Ironmaking has been suffering transformations as consequence of worldwide competitiveness among companies that have been increasing their investments in research and development of new materials and technologies. Regardless of region, these changes aim to search innovation and cost reduction in efforts to realize the customers cares. Inside this context, the quality of produced steel by secondary refining is also of great relevance. Steel quality is usually discerned by its amount, average size and distributions of grounds as well as the presence of some deleterious elements like phosphorous and sulfur, for instance. Furthermore, in reference to their origin these grounds may be endogenous (from deoxidization reactions) or exogenous (slag, flux powders and refractories). Concerning the refining processes, there is one known as Electroslag Remelting (ESR), in which uses a synthetic slag as an steel refining agent. Known since 1930ies, the ESR process has the feature of not being carried out under vacuum like the major remelting processes since it is able to manufacture big ingots too. While the electrode is melted during this process, drops cross down the synthetic slag enabling therefore the steel refining. In addition, the solidification stage also takes an important role inasmuch as its control help to keep a well-homogeneous structure whole the material. Recognition of these remelting methods are due to ability of manufacturing super-alloys of high performance which require a high purity level. Induction furnace is a sort of electric furnace whose working is based in the electromagnetic induction. The equipment is basically compounded of a transformer where the coil (with or without nucleus) works as a primary, and the metallic bath as the secondary of the system. Induction currents generated in the material (Foulcault ´s currents) result in a high temperature increasing as consequence of the resistivity to flow through the bath. This furnace has the advantage of allowing a high heating rate which is desirable when you want to melt quickly. Slag is an inorganic, non-metallic and amorphous material that can be generated or incorporated to metallurgical processes. Among the main functions from a synthetic slag are: refining of hot metals, protection of laddle covering and inclusion capturing. Slags employed in the ESR present high cost and are imported in the Brazilian case. Generally, the kind of slag to be employed will depends on the kind of steel that intends to be manufactured because it covers several variables such as: steel and synthetic slag compositions, processing, slag properties (basicity, viscosity, Liquidus temperature, etc.). Synthetic slags can be also manufactured by the following processes: fusion, pelletizing, sintering or simply a powder mixture from raw-materials. The manufacturing of these materials was done using a pulverized and previous balanced mixture of the following raw-materials: fluorine, lime, magnesite and alumina. Then, employing an induction furnace, twenty fusions were made using either air or argon atmospheres. The molten slag was chemically characterized as well as the energy consumption measured for each experiment. Therefore, it was possible to estimate its manufacturing taking into account the raw-materials and spent energy. Keywords: Synthetic slag, induction furnace, ESR process. 1 INTRODUÇÃO A siderurgia vem sofrendo transformações como conseqüência da globalização. Independente da região, essas transformações visam buscar inovação para atender as necessidades dos clientes [1]. Dentro deste contexto, a qualidade do aço produzido, em especial pelo refino secundário, é de importância relevante. A qualidade do aço relaciona-se com a quantidade, tamanho médio e distribuição de inclusões, assim como a presença de impurezas. Quanto à origem, essas inclusões podem ser endógenas (provenientes das reações de desoxidação) e exógenas (da escória, pós fluxantes e refratários) [2]. Com relação ao refino secundário, tem-se o processo ESR (Electroslag Remelting), que utiliza escória sintética como agente no refino dos aços. Conhecido desde 1930, o processo ESR possui a vantagem de não ser realizado sob vácuo como na maioria dos processos de refusão, além de possuir um sistema capaz de produzir grandes lingotes [3]. Neste processo, ocorre a fusão do elétrodo que é mergulhado em um banho de escória sob um molde resfriado a água. Uma corrente elétrica (normalmente alternada) passa através da escória, entre o elétrodo e o lingote sendo formado, superaquecendo a escória até que ocorra o gotejamento do metal fundido (elétrodo). Estas gotas atravessam a escória, refinando o metal líquido até o fundo do molde, onde então se solidificam. Sua solidificação finamente controlada melhora a solidez e a integridade estrutural do material. O reconhecimento do método ESR deve-se à sua capacidade de produzir superligas de alta-performance que exigem um alto grau de pureza. 64 DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. O forno de indução é um tipo de forno elétrico cujo funcionamento baseia-se na indução eletromagnética. Consiste basicamente num transformador onde a bobina (com ou sem núcleo) funciona como o primário, e banho metálico como o secundário do sistema. As correntes induzidas no material (correntes de Foulcault) produzem grande elevação de temperatura devido à resistência à sua passagem através do banho. Este tipo de equipamento possui a vantagem de possuir uma alta taxa de aquecimento, necessária à rápida fusão das escórias sintéticas. A escória é um material inorgânico, não-metálico, vítreo e polifásico que pode ser gerado ou imcorporado aos processos metalúrgicos (como as escórias sintéticas). Dentre as principais funções de uma escória sintética estão: a proteção do revestimento da panela, refino do aço, captação de inclusões e melhoria da limpidez do aço. As escórias utilizadas no ESR, apresentam alto custo e são importadas, no caso brasileiro. Em geral, o tipo de escória a ser empregada vai depender do tipo de aço a ser fabricado, pois envolve uma série de variáveis como: composição do aço, composição da escória sintética, método de fabricação e propriedades dessa escória (basicidade, viscosidade, temperatura liquidus, etc.) [4]. A escória sintética pode ser fabricada através de processos como a fusão, pelotização, sinterização, briquetagem ou simplesmente utilizando-se uma mistura de matérias-primas. 2 OBJETIVOS • • • 3 3.1 Fabricar escória sintética através do processo de fusão. Caracterizar o material fabricado. Estimar o custo de sua fabricação. METODOLOGIA Preparação da Escória Através de um balanço de massa prévio, utilizou-se uma mistura de matérias-primas pulverizadas para a síntese do material. A tabela 1 mostra as composições das escórias a serem fabricadas, denominadas PF1 e PF2, à partir das matérias-primas empregadas (tabela 2). Tabela 1: Composição química das escórias sintéticas a serem fabricadas (%). Escória PF1 PF2 SiO2 1,0-2,0 Al2O3 FeO CaO 31-36 0,20 max. 27-32 MgO 2,0-4,0 CaF2 P S 29-34 0,005 max. 0,04 max. 0,6 max. 19-22 0,15 max. 16-20 2,0 max. 55-61 0,005 max. 0,03 max. Tabela 2: Composição química das matérias-primas utilizadas (%). Matérias-primas SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO Alumina 3.2 0,07 86,60 MgO CaF2 0,02 Fluorita 2,50 Cal 0,46 0,13 0,06 1,50 96,81 0,48 Magnesita 2,50 0,58 1,59 0,28 94,91 P S Outros 0,31 13,00 0,05 0,03 1,98 93,00 3,00 0,14 Preparação do Forno Após a preparação da mistura, pesou-se 530g do material, colocando-o em um cadinho de grafita onde foi introduzido no forno de indução (figura 1). Pedaços de grafita foram utilizados para calçar o cadinho e melhorar a condução de calor no sistema. 65 DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. Figura 1: Ilustração da montagem do cadinho com a escória no forno de indução. Tabela 3: Equipamentos utilizados. Equipamento Característica/Especificação Formato tronco-cônico com 15 cm de altura, 8 cm de diâmetro da base e 12 Cadinho de grafita cm de diâmetro da boca. Balança digital Com capacidade máxima de 1,6 kg e precisão de dois dígitos decimais. Potência de 30 kVA e freqüência nominal de 200 Hz. Fabricado pela INDUCTOTHERM-IND Ltda., tipo POWER-TRAK, com bobina sem núcleo, Forno de indução refrigerado a água e com capacidade de 25 kg de aço. Equipamento do Departamento de Metalurgia e Materiais da Escola Politécnica da USP. Fabricado por MINOLTA LAND, tipo CYCLOPS 52, faixa de temperatura de Pirômetro ótico laser 600ºC a 3000ºC e incerteza de ~0,5% da leitura à temperatura ambiente. Foram utilizados dois tipos de termopares de contato. Um fabricado pela ECIL, modelo INDITEMP DIGITAL, tipo S (CILTEMP S), resolução 1ºC, faixa de temperatura de 1000-1700ºC, precisão de ~0,5% de leitura. Caixa de Al fundido pintado na cor preto, tampa frontal de Al acrodizado preto, tampa traseira de Al escovado e anodizado e lança com tubo de aço carbono Termopar bicromatizado. O outro foi o fabricado pela FLUKE, modelo 52 K/J, tipo K bainha em alloy 600 mm, 6 x 1000 mm com cabeçote miniatura e rabicho de 1000 mm, com conector mini compensado, código 20900-K-A-60-600-HM11PC-00-000-000-1000-F, rabicho 1000 mm e conector compensado miniatura macho, marca IOPE, com medição de até 1300ºC. 3.3 Fusão da Escória Foram realizadas 20 fusões, discriminadas em 4 grupos conforme a tabela 4, separando-se uma amostra de cada grupo antes de ir para o forno. Após a fusão da escória, o forno era desligado e o cadinho retirado para o seu resfriamento à temperatura ambiente. Tabela 4: Grupos de amostras de escória. Escória PF1 PF2 PF1 PF1 PF2 PF2 Grupos 1 2 3 4 Tipo de atmosfera Sem fundir Sem fundir Ar Argônio Ar Argônio No de amostras 1 1 5 5 5 5 66 DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. 4 RESULTADOS Tabela 5: Resultados estatísticos sobre as temperaturas de fusão das escórias (oC). Média aritmética 1356 1373 1296 1249 Escória Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Tmédia ± 2σ 1314 – 1398 1319 – 1427 1252 – 1340 1203 – 1295 Desvio padrão 21 27 22 23 Tabela 6: Tempo de fusão das amostras (min). Escória PF1 Escória PF2 Grupo 1 Grupo 2 Ensaio t Ensaio 1 42 6 2 21 7 3 15 8 4 32 9 5 17 10 Tempo médio de fusão 23,2 Grupo 3 Grupo 4 Ensaio t Ensaio 11 34 16 12 15 17 13 17 18 14 13 19 15 14 20 Tempo médio de fusão 20,0 t 20 17 32 17 19 t 28 15 15 30 19 Tabela 7: Valores de consumo energia, tempo médio de fusão e de temperatura, utilizados no cálculo para a estimativa do custo de fabricação da escória. Escória Consumo de energia do forno (estimado) Parâmetros kWh/kg kWh Calor contido na escória (fusão) Fusão (min) kcal Estimativas de perdas das escórias PF1 e PF2 Calor contido no cadinho (aquecimento) kWh kWh/kg kcal kWh T(K) kWh % T(K) PF1 15.33 8.13 23.2 218.7 0.254 0.480 1662.6 1.93 1703 5.95 73.2 1703 PF2 13.19 6.99 20.0 218.7 0.254 0.480 1533.3 1.78 1613 4.99 71.4 1613 Tabela 8: Composição química das escórias preparadas antes da fusão (%). Escória SiO2 Al2O3 TiO2 PF1 3,4 27,6 0,01 0,24 PF2 5,8 19,7 0,03 0,33 Fe2O3 MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Outros < 0,01 2,7 44,3 0,16 0.07 0,15 14,76 < 0,01 1,4 49,4 < 0,10 0,10 0,21 10,64 12,28 6,67 67 DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. PF1 PF2 4 9 ,4 50 4 4 ,3 Porcentagem (%) 40 2 7 ,6 30 1 9 ,7 20 1 4 ,7 6 1 0 ,6 4 10 3 ,4 5 ,8 2 , 7 1 ,4 0 S iO 2 A l2 O 3 M gO C aO P .F . C om p ostos Figura 2: Gráfico do percentual dos principais componentes presentes nas escórias antes da fusão. Tabela 9: Resultado das análises químicas das escórias fundidas do Grupo 1 (%). Amostras SiO2 Al2O3 TiO2 Fe2O3 MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Outros 1 6,7 35,0 0,04 0,64 0,04 3,5 51,3 0,32 0,07 0,10 0,41 1,88 2 5,7 33,4 0,03 0,76 0,02 3,1 49,4 0,23 0,08 0,15 0,69 6,44 3 6,2 34,7 0,04 0,49 0,02 3,0 50,0 0,36 0,08 0,13 0,17 4,81 4 5,7 31,2 0,03 0,55 0,01 3,1 50,2 0,13 0,07 0,15 0,64 8,22 5 5,6 36,1 0,03 0,47 < 0,01 3,3 50,6 0,30 0,08 0,15 0,58 2,78 Média 1 6,0 34,1 0,03 0,58 0,02 3,2 50,3 0,27 0,08 0,14 0,50 4,83 Desvio 0,01 0,2 0,5 1,9 0,01 0,12 0,7 0,09 0,01 0,02 0,21 2,60 Tabela 10 – Resultado das análises químicas das escórias fundidas do Grupo 2 (%). Amostras SiO2 Al2O3 TiO2 Fe2O3 MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Outros 1 5,4 33,3 0,04 0,48 < 0,01 3,1 51,8 0,18 0,07 0,15 0,45 5,02 2 5,3 33,5 0,03 0,39 < 0,01 2,9 50,4 0,20 0,06 0,14 0,50 6,57 3 5,7 34,0 0,04 0,40 < 0,01 3,0 50,6 0,25 0,07 0,14 0,44 5,35 4 5,1 33,1 0,03 0,41 < 0,01 3,1 52,0 0,18 0,06 0,17 0,60 5,24 5 5,4 32,7 0,04 0,48 < 0,01 3,2 52,4 0,28 0,06 0,15 0,70 4,58 Média 2 5,4 33,3 0,04 0,43 0,01 3,1 51,4 0,22 0,06 0,15 0,54 5,35 Desvio 0,00 0,1 0,2 0,5 0,01 0,04 0,9 0,04 0,01 0,01 0,11 0,74 68 DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. PF1 M éd ia 1 Porcentagem (%) 60 M éd ia 2 5 1 ,4 5 0 ,3 50 4 4 ,3 40 3 4 ,1 3 3 ,3 2 7 ,6 30 20 10 1 4 ,8 3 ,4 6 ,0 5 ,4 2 ,7 3 ,2 6 ,7 3 ,1 0 S iO 2 A l2 O 3 M gO 4 ,8 5 ,4 0 ,5 0 ,5 C aO P .F . O u tro s C om p on e n te s Figura 3: Gráfico comparativo das composições químicas das escórias fundidas PF1 em diferentes atmosferas com a sua amostra inicial sem fusão. Tabela 11: Resultado das análises químicas das escórias fundidas do Grupo 3 (%). Amostras SiO2 Al2O3 TiO2 Fe2O3 MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Outros 1 8,6 25,3 0,05 0,59 0,02 1,3 51,2 0,46 0,11 0,14 0,94 11,29 2 9,4 24,9 0,04 0,41 0,01 1,5 54,3 0,36 0,12 0,15 0,60 8,21 3 8,3 24,7 0,04 0,26 < 0,01 1,4 54,4 0,28 0,10 0,17 0,41 9,94 4 7,5 23,4 0,04 0,39 < 0,01 1,4 54,3 0,25 0,11 0,20 0,53 11,88 5 8,4 24,8 0,05 0,27 0,02 1,5 54,8 0,46 0,11 0,14 0,44 9,01 Média 3 8,4 24,6 0,04 0,38 0,02 1,4 53,8 0,36 0,11 0,16 0,58 10,07 Desvio 0,01 0,1 0,7 0,7 0,01 0,13 1,5 0,10 0,01 0,02 0,21 1,53 Tabela 12: Resultado das análises químicas das escórias fundidas do Grupo 4 (%). Amostras SiO2 Al2O3 TiO2 Fe2O3 MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Outros 1 8,2 24,7 0,07 1,10 0,38 1,4 53,4 0,37 0,14 0,16 0,63 9,45 2 8,0 23,5 0,04 0,55 0,03 1,3 54,2 0,86 0,11 0,17 0,52 10,72 3 7,9 24,0 0,04 0,32 0,02 1,4 53,8 0,44 0,12 0,15 0,49 11,32 4 7,7 23,9 0,05 0,58 0,01 1,5 55,0 0,34 0,10 0,18 0,60 10,04 5 6,2 25,1 0,04 0,47 0,02 1,4 54,8 0,34 0,08 0,19 0,88 10,48 Média 4 7,6 24,2 0,05 0,60 0,09 1,4 54,2 0,47 0,11 0,17 0,62 10,40 Desvio 0,8 0,6 0,01 0,29 0,16 0,1 0,7 0,22 0,02 0,02 0,15 0,70 69 DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. PF2 M é d ia 3 5 4 ,2 5 3 ,8 4 9 ,4 60 50 Porcentagem (%) M é d ia 4 40 2 4 ,6 2 4 ,2 1 9 ,7 30 20 10 8 ,4 5 ,8 1 ,4 1 , 4 1 ,4 A l2 O 3 M gO 1 0 ,1 1 0 ,4 0 ,6 0 ,6 0 S iO 2 1 2 ,3 1 0 ,6 7 ,6 C aO P .F . O u tr o s C om p ostos Figura 4: Gráfico comparativo das composições químicas das escórias fundidas PF2 em diferentes atmosferas com a sua amostra inicial sem fusão. Tabela 13: Composição química final das escórias sintéticas fabricadas (%). 5 Escória SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO CaF2 PPC Outros PF1 3,0 36,1 0,26 27,5 1,0 27,1 3,19 1,67 PF2 5,0 21,5 0,38 16,7 1,0 50,3 4,53 0,59 DISCUSSÃO A composição química teórica das escórias sintéticas fabricadas (tabela 1), foi determinada com base em referências bibliográficas sobre esse tipo de material. Durante a fusão foi observado a mudança de coloração das escórias e acredita-se que o cadinho de grafita tenha sofrido corrosão pelo material. Nas medições de temperatura foram utilizados simultaneamente um pirômetro à laser e um termopar de contato, de forma a comparar a exatidão entre as medidas. O tempo de fusão inferior a 20 minutos para a maioria das amostras, não foi sistematicamente medido devido às diferentes temperaturas iniciais no forno de indução. Independentemente da variação nos tempos de fusão para cada evento, conseguiu-se estimar os custos de energia necessária ao processo pois, para efeito de cálculo considera-se apenas o consumo energético entre as corridas. Como não possível fazer uma leitura direta do consumo de energia, utilizou-se uma equação que relaciona a potência do transformador com o consumo de energia horário, permitindo desta forma, estimar a energia fornecida de entrada. O forno de indução apresentou uma rampa de aquecimento de 61ºC/min para a escória PF1 e 63ºC/min para a escória PF2. Houve grande dissipação de calor pelo fato do forno de indução ser aberto em sua parte superior. Não houve dispersão elevada nos resultados analíticos apesar de se ter observado a ocorrência de segregação no material fundido após o seu resfriamento. As amostras foram analisadas em dois laboratórios: VAMTEC e GEOSOL. O CaF2 não foi quantificado nas análises químicas e portanto, deve-se considerar a sua presença no percentual total de CaO. Os valores de composição e preço das escórias importadas não foram informados pelas empresas. 70 DA CUNHA, A.F., JÚNIOR, A.M., SILVA, M.F.R.,TENÓRIO, J.A.S., VIEIRA, C.B., ASSIS, P.S, Revista Matéria, v. 10, n. 1, pp. 63 – 71, Março de 2005. 6 CONCLUSÃO A faixa de temperatura de fusão para as escórias do grupo PF1 foi maior que as do grupo PF2. O consumo de energia foi menor para as escórias do grupo PF2. Não houve influência da atmosfera empregada sobre a temperatura de fusão e composição química das escórias. Não houve diferença significativa entre as composições químicas das escórias fundidas e nãofundidas. Os valores estimados dos custos para fabricação da escória sintética são: • Tipo PF1: Energia = US$ 476 Matéria-prima = US$ 158 Total = US$ 634 • Tipo PF2: Energia = US$ 414 Matéria-prima = US$ 142 Total = US$ 556 7 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à REDEMAT, CNPq e VAMTEC pelo apoio financeiro e suporte técnico. 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] NILLES, P.E. Steelmaking of the Future, Steel Times Magazine, Liége, Belgium, Maio, 1999. [2] MARTINS, A.A.R. et al. Desenvolvimento de Processo para Fabricação de Aços de Elevada Limpeza Interna na Companhia Siderúrgica Nacional, Metalurgia e Materiais: Materiais, Fusão, Refino e Solidificação de Metais, v. 58, N. 2, ABM N. 520, 2002. [3] CHOUDHURY, A., Vacuum Metallurgy: Remelting Processes, Capítulo 4. USA: ASM International, First Edition, pp. 75-161, 1990. [4] ASSIS, P.S. et al., “Fundamentos para Fabricação de Escória Sintética Utilizada no Tratamento de Aço no Forno Panela”, In: XXXI SEMINÁRIO DE FUSÃO REFINO E SOLIDIFICAÇÃO DE METAIS DA ABM, Vitória: Maio, 2000. [5] BARROS, D.R. et al., Refino Secundário do Aço, ABM, Belo Horizonte: Maio, 2000. 71
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