Ler Edição Completa - CAP - Agricultores de Portugal
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www.cap.pt Novo Governo Mensal 175 - agosto 2013 Depois de um mês de julho de sobressalto, o Presidente da República aceitou a remodelação do XIX Governo, proposta pelos partidos da coligação PSD e CDS-PP. É a maior mexida até agora e altera profundamente a orgânica do Executivo. Conheça o novo elenco na página 2. SUMÁRIO • Remodelação do Governo • Protocolo CAP AICEP • Novo REAP ota dar n s o s i c do re “ É p confiança r, surgi uma de alg ue estão a ncia” q ê sinais bém prud m a mas t LIMA S DE Agricultores podem IRE NIO P omia ANTÓ o da Econ r t s i Min Transporte de tomate receber em outubro As exigências em vigor com o transporte de mercadorias têm levantado bastantes dúvidas como, por exemplo, a entrega de tomate nas fábricas. Vamos procurar esclarecer este caso. (Leia na Página 3) Portugal formalizou junto de Bruxelas o pedido de antecipação de pagamentos das ajudas comunitárias, para o mês outubro. A possibilidade de poder efetuar os pagamentos aos agricultores mais cedo foi anunciada pelo secretário de Estado da Agricultura, durante o briefing do Governo, no dia 6 de agosto, onde José Diogo Albuquerque esclareceu que Portugal pediu à Comissão Europeia a antecipação num valor total que ronda os 320 milhões de euros, apoiando o pedido na situação de cheias que o país enfrentou no início do ano. A decisão da Comissão permitirá aos agricultores receber em outubro, “50% ou 80%, dependendo do tipo de ajuda, em vez de o receber em dezembro”. Segundo o responsável, o Governo “tem a informação de que a aprovação está no bom caminho, devendo ser formalizada no dia 11 setembro, no Comité de Gestão de Ajudas Diretas”, referiu. “Devo dizer que há mais sete países que também pediram a antecipação e - quando é autorizada - é para todos os Estados-membros”, explicou José Diogo Albuquerque. Para que a Comissão Europeia considere o pedido de Portugal, todo o procedimento de fiscalização que envolve os controlos de campo terá de estar concluído até outubro, o que, segundo Diogo Albuquerque, não constitui qualquer problema atualmente porque “ temos a máquina oleada de forma a podermos aumentar as taxas de execução”, explicou o secretário de Estado. Uma outra razão para o Governo pedir que o pagamento a Portugal se faça mais cedo assenta na maior disponibilidade de investimento porque “o primeiro e o segundo pilar da política agrícola estão interligados. Quanto menos problemas de tesouraria há, maiores são os investimentos no setor”. José Diogo Albuquerque frisou ainda que com este pedido o Governo cumpre “uma medida do acordo de Concertação Social, que é Portugal antecipar os apoios sempre que a Comissão Europeia o permita”. CARLOS LARANJEIRA Faleceu subitamente no dia 31 de julho Carlos José Machado Laranjeira Pereira, diretor da CAP e destacado dirigente associativo da região do Baixo Mondego. Carlos Laranjeira tinha 74 anos. Foi Presidente da Associação de Agricultores do Vale do Mondego, da Associação de Orizicultores Portugueses e da Associação de Beneficiários da Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego. Carlos Laranjeira foi ainda diretor da Unicentro e do Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Centro (IDARC). A CAP lamenta profundamente o seu desaparecimento o qual representa uma baixa significativa no associativismo agrícola, particularmente na região do Mondego, e apresenta condolências aos seus familiares. Os outros sete Estados-membros que também pediram a antecipação do pagamento dos apoios comunitários são Espanha, Hungria, França, Irlanda, Reino Unido, Itália e República Checa. Declaração de Existências de Suínos Durante o mês de agosto, decorre mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos (DES), conforme Aviso da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) referente ao Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky (PCEDA). Estas declarações podem ser efetuadas, nos serviços oficiais, nas Organizações de Agricultores protocoladas para o efeito, ou diretamente através da área reservada do IFAP, no iDigital. As declarações devem ser relativas aos efetivos detidos a 1 de agosto. www.cap.pt [email protected] 217100064 www.cap.pt Mensal 175 - agosto 2013 REMODELAÇÃO DO GOVERNO - AGRICULTURA E AMBIENTE SEPARADOS No final de julho, o país conheceu a mais recente formação do XIX Governo onde se destaca o fim do megaministério MAMAOT. Com a entrada de Jorge Moreira da Silva para ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, a ministra Assunção Cristas passou a assegurar a Agricultura e o Mar, mantendo os seus quatro secretários de Estado. A sétima remodelação, e também a mais profunda, é constituída por 13 ministros e 40 secretários de Estado, além do primeiroministro Pedro Passos Coelho e do vice-primeiro ministro Paulo Portas. Apresentamos a formação do novo Governo. Primeiro-ministro – Pedro Passos Coelho Carlos Moedas - Secretário de Estado Adjunto, Jorge Barreto Xavier - Secretário de Estado da Cultura Vice Primeiro-Ministro - Paulo Portas Miguel Morais Leitão - Secretários de Estado Adjunto Vânia Dias da Silva - Subsecretária de Estado Adjunta Ministro da Economia - António Pires de Lima Leonardo Mathias - Secretario de Estado Adjunto e da Economia Pedro Pereira Gonçalves - Secretario de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade Sérgio da Silva Monteiro - Secretario de Estado das Infraestruturas, Transp. e Comunicações Adolfo Mesquita Nunes - Secretario de Estado do Turismo Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares – Luis Marques Guedes Teresa Morais - Secretária de Estado Assuntos Parlamentares e da Igualdade Emídio Guerreiro - Secretário de Estado do Desporto e da Juventude Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional – Miguel Poiares Maduro Pedro Lomba - Secretário de Estado Adjunto do Desenvolvimento Regional Manuel Castro Almeida - Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional Joaquim Cardoso da Costa - Secretário de Estado da Modernização Administrativa António Leitão Amaro - Secretário de Estado da Administração Local Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros – Rui Machete Luis Campos Ferreira - Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Bruno Ramos Maçães - Secretário de Estado dos Assuntos Europeus José de Almeida Cesário - Secretário de Estado das Comunidades Ministra de Estado e das Finanças – Maria Luís Albuquerque Hélder Reis – Secretario de Estado Adjunto e do Orçamento Manuel Rodrigues - Secretario de Estado das Finanças Paulo Núncio - Secretario de Estado dos Assuntos Fiscais Hélder Rosalino - Secretario de Estado da Administração Pública Ministro da Solidariedade Social, do Emprego e Segurança Social – Pedro Mota Soares Agostinho Correia Branquinho - Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social Octávio Félix Oliveira - Secretário de Estado do Emprego Ministro da Educação e Ciência – Nuno Crato José Ferreira Gomes - Secretário de Estado do Ensino Superior Leonor Parreira - Secretário de Estado da Ciência João Casanova de Almeida - Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar João Grancho - Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário Ministro da Defesa Nacional – José Pedro AguiarBranco Berta Cabral – Secretária de Estado Adjunta da Defesa Nacional Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia – Jorge Moreira da Silva Paulo da Silva Lemos - Secretario de Estado do Ambiente Artur Homem Trindade - Secretario de Estado da Energia Miguel de Castro Neto - Secretario de Estado do Ordenamento, do Território e Conservação da Natureza Ministra da Agricultura e do Mar – Assunção Cristas José Diogo Albuquerque - Secretário de Estado da Agricultura Francisco Gomes da Silva - Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural Manuel Pinto de Abreu - Secretário de Estado do Mar Nuno Vieira e Brito - Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar Ministro da Administração Interna – Miguel Macedo Fernando Alexandre - Secretário de Estado Adjunto da Administração Interna Filipe Lobo D’Avila - Secretário de Estado da Administração Interna Ministra da Justiça – Paula Teixeira da Cruz Fernando Santo - Secretário de Estado Administração Patrimonial e Equipamento Ministro da Saúde – Paulo Macedo Fernando Leal - Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde Manuel Ferreira Teixeira - Secretário de Estado da Saúde FAO anunciaprodução histórica de cereais Segundo o documento, a produção mundial total de cereais deverá aumentar este ano em cerca de 7% face a 2012, o que ajudará a “repor os stocks globais e a aumentar as esperanças de mercados mais estáveis em 2013/2014”. Este aumento pode elevar a produção mundial de cereais até 2.479 milhões de toneladas, o que representa um novo recorde. A Organização para a Alimentação e a Agricultura prevê para este ano um máximo histórico na produção mundial de cereais. São dados do relatório trimestral Perspetivas de Colheita e Situação da Alimentação, publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, onde se conclui haver 34 países, 27 dos quais em África, a precisar de assistência alimentar externa. Segundo a FAO, a produção de trigo deve chegar aos 704 milhões de toneladas, mais 6,8% do que no ano anterior, e a produção de cereais secundários está calculada em cerca de 1.275 milhões de toneladas, mais 9,7% do que em 2012. A previsão para a produção mundial de arroz aponta para um aumento de 1,9%, atingindo cerca de 500 milhões de toneladas. O Serviço de Aconselhamento Agrícola da CAP é um serviço que a Confederação, em colaboração com as Organizações de Agricultores parceiras neste projecto, disponibiliza aos agricultores no âmbito da Condicionalidade. O nosso compromisso é: Analisar a sua exploração no âmbito da Condicionalidade; Identificar as normas que tem de cumprir; Produzir um diagnóstico rigoroso; Apresentar soluções para os problemas identificados. www.cap.pt [email protected] 217100064 www.cap.pt Mensal 175 - agosto 2013 TRANSPORTE DE TOMATE Uma matéria que passou a preocupar os produtores de tomate durante esta campanha é a forma correta de efetuar o transporte do tomate até às fábricas sem incorrer em coima, decorrente nas novas regras de transporte de mercadorias. Antes de mais, a campanha de recolha do tomate para a indústria transformadora é realizada nos seguintes moldes: - A faturação referente à venda do tomate pelo produtor à Organização de Produtores (OP)* é efetuada de acordo com o prazo estipulado no artigo 36.º do Código do IVA ou mais tarde mediante autorização especifica da Autoridade Tributária e Aduaneira, mas sempre posteriormente ao transporte do tomate para a fábrica (indústria transformadora do tomate). - A faturação da OP à indústria transformadora referente à venda do tomate é sempre efetuada após o transporte do tomate. - No período em que decorre o transporte do tomate da exploração do produtor ainda não foi realizada qualquer operação de venda do produto, sendo o produtor agrícola o proprietário desses bens. *“Organização de Produtores é uma pessoa coletiva ou parte claramente definida de uma pessoa coletiva constituída por iniciativa de agricultores que cultivem um ou mais produtos em fresco ou para transformação enumerados na parte IX do anexo I do Reg. (CE) n.º 1234/2007 do Conselho de 22 de outubro”. **De acordo com o n.º 1, alínea d) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto e pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, estão Novo REAP De acordo com o artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, estão excluídos da obrigação de emissão de documento de transporte os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária, resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta, no entanto sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir-se prova da sua proveniência e destino. A prova pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino. ** - No caso em que o transporte do tomate para a indústria é efetuado por conta do produtor, por uma empresa transportadora licenciada para o efeito, aplica-se a exclusão prevista no artigo 3.º, n.º 1,alínea d) do Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto e pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, e como tal não é obrigatório fazer qualquer comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira. Perante o exposto, esclarece-se o seguinte: - No caso em que o transporte do tomate para a indústria é efetuado diretamente pelo produtor aplica-se a exclusão prevista no artigo 3.º, n.º 1,alínea d) do Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto e pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, e como tal não é obrigatório fazer qualquer comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira. Se o transporte for efetuado por conta do produtor, o documento comprovativo também deve identificar o transportador (apesar de poder fazer esta referência no documento, ela não é necessária, porquanto, existindo uma prestação de serviço com um transportador, o transportador é obrigado a emitir um documento de transporte – documento não fiscal – referenciando quem é o adquirente do serviço e por esse documento pode-se constatar que o transporte é feito por conta do produtor). Em qualquer destas situações de exclusão pode exigir-se prova da proveniência do tomate e do seu destino. A prova pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino. Neste caso concreto, em que o produtor vai vender o tomate à OP e posteriormente a OP vai vender o tomate à indústria, o documento comprovativo deve identificar o produtor agrícola como o remetente, a OP como o destinatário e o local de descarga, a indústria. excluídos da obrigação de emissão de documentos de transporte “os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta”. Os n.ºs 3 e 4 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, definem que a prova da proveniência e destino dos bens não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte, pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino. Protocolo AICEP e CAP Está em vigor, desde o passado dia 14 de junho, o Decreto-Lei n.º 81/2013, que aprovou o novo regime do exercício da atividade pecuária: NREAP. Neste momento, todas as explorações já existentes e sem processo de licenciamento já fechado e em curso, serão consideradas como novas, com todas as implicações que esta situação acarreta. A Confederação faz parte quer do Grupo de Trabalho REAP, quer da sua Comissão de Acompanhamento. É importante que reportem todas as anomalias, dificuldades e constrangimentos existentes no terreno de forma a que a CAP possa elencar os problemas e tentar ultrapassá-los no âmbito destes dois fóruns. A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e a CAP uniram-se num protocolo de colaboração que reúne a defesa dos produtores agrícolas enquanto dinamizadores económicos e as politica de apoio à internacionalização da economia portuguesa. Entre as iniciativas das duas entidades constam ações de promoção de produtos agroalimentares nos mercados externos, nomeadamente ações de divulgação e outros eventos no exterior, de que foi exemplo pioneiro a realização da Festa e Exposição realizada em Bruxelas sob o nome «O Melhor de Portugal». Foi também estabelecido um mecanismo de acompanhamento e monitorização que permita a avaliação e o reporte periódico de resultados das iniciativas e dos instrumentos concretizados, realizando reuniões semestrais. No âmbito deste protocolo estão previstas, para o segundo semestre deste ano, ações de promoção na Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Suíça. CURSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL FITOFÁRMACOS Assembleia da República adia formação obrigatória para 2015 A CAP promove cursos de formação de aplicadores de produtos fitofarmacêuticos e aconselha a frequência dos mesmos, o mais cedo possível. Com a publicação da Lei nº26/2013, de 11 de abril, da Assembleia da República, o prazo para os utilizadores profissionais de produtos fitofarmacêuticos cumprirem a formação profissional necessária, foi alterada para 26 de novembro de 2015. Os cursos podem funcionar em regime laboral e/ou pós-laboral, têm a duração de 50 horas e são certificados pelo Ministério da Agricultura. Até ao momento, a data limite apontada era a de 26 de novembro de 2013. Inscreva-se já num dos nossos centros de formação profissional! CENTRO DE FORMAÇÃO AGRÍCOLA DE ALMEIRIM: [email protected] Telefone: +351 243 595 131 CENTRO DE FORMAÇÃO AGRÍCOLA DE MALHADAS: [email protected] Telefone: +351 273 417 445 CENTRO DE FORMAÇÃO AGRÍCOLA DA GUARDA: [email protected] Telefone: +351 271 926 720 www.cap.pt Mensal 175 - agosto 2013 programa VINHO COM MODERAÇÃO* Binge Drinking é menor nos países produtores Cresce o Emprego na Agricultura A capa do jornal Diário Económico de 8 de Agosto destacou do Relatório do Emprego do INE sobre o 2º trimestre 2013, o destaque: “Agricultura garante maior queda da taxa de desemprego desde 1998”. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego recuou de 17,7% para 16,4% entre o primeiro e o segundo semestre deste ano, verificando-se a maior queda desde 1998. Os dados superaram as previsões dos analistas e a agricultura foi o setor que mais contribuiu para a descida da taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano. Segundo o INE, na agricultura houve uma subida no número de empregados igual a 46 mil pessoas, com particular expressão nas regiões Norte e Centro. Instada a comentar estes dados, a CAP explicou que o fenómeno se deve, entre outras razões, ao crescente investimento e emprego no setor e também à questão da sazonalidade. Como esclareceu o presidente da Confederação, a agricultura tem vindo a criar empregos nos últimos dois anos. “Só no ultimo ano, cerca de 3000 jovens agricultores lançaram novas empresas, criaram postos de trabalho, alguns o seu próprio emprego, mas começam também a dar trabalho a outras pessoas, quer empregos fixos quer temporários, e isso vai continuar a acontecer nos próximos anos quando essas novas explorações, um pouco por todo o país e com diferentes produções, começarem a produzir normalmente”, afirmou João Machado. Também a sazonalidade desempenha um papel importante nestes números porque haverá sempre emprego sazonal da agricultura. Porém, ressalva João Machado, “há uns anos esse trabalho era feito por grupos de estrangeiros, que vinham para Portugal, e agora, como há mais disponibilidade de mão de obra portuguesa, esse trabalho é feito por portugueses e o dinheiro fica no nosso país”. Agora o importante é verificar os números do desemprego nos próximos trimestres, para perceber o que é emprego sazonal e emprego a tempo inteiro. O consumo de vinho na União Europeia tem diminuído nos últimos 20 anos. No entanto, entre os jovens tem-se registado um aumento gradual no uso impróprio de bebidas alcoólicas, principalmente sob a forma do chamado “binge drinking”, isto é, o consumo exagerado e repetido (mais de 5 copos padrão) com o objetivo de ficar alcoolizado. Porém, também aqui existem variações culturais consideráveis e determinantes: por exemplo, na Irlanda, 34% dos inquiridos assumem fazer “binge drinking”, face a apenas 2% dos inquiridos em países pro- dutores de vinho como Itália e Grécia e 4% em Portugal. De facto, os padrões de consumo prejudiciais são consideravelmente menos comuns em países predominantemente produtores de vinho, onde o vinho é consumido com mais regularidade, quase exclusivamente com as refeições e o volume de álcool consumido em cada ocasião é muito inferior ao dos países nórdicos, Reino Unido e Irlanda, os quais têm os maiores níveis “binge drinking”. www.vinhocommoderacao.pt *Um trabalho do sector europeu do vinho para a promoção do consumo responsável como uma norma social/cultural, tendo em vista a preservação e redução do abuso de álcool e os malefícios associados. Mudar Lei dos baldios Fruta... Em 2011-2012, o grau de autossuficiência de fruta foi o maior desde 2005 e situa-se nos 75 por cento. Segundo os dados do INE, a produção nacional atingiu o melhor desempenho dos últimos 7 anos. Milho... A área de milho aumentou em Portugal, num ano marcado pela acentuada e crescente volatilidade das cotações dos cereais no mercado mundial. Floresta Arborização e rearborização A propósito das alterações que o Ministério da Agricultura está a preparar para os terrenos baldios, um grupo de técnicos da Confederação visitou alguns casos em Trás-os-Montes, acompanhado pelos diretores da CAP locais, a que se juntou o secretário de Estado José Diogo Albuquerque. O decreto-lei nº 96/2013 (DR nº 138, 1ª série, de 19 de julho) visa a simplificação e atualização do regime jurídico aplicável às ações de arborização e rearborização, com recurso a espécies florestais, no território continental. O diploma aplica-se, independentemente da área intervencionada, das espécies envolvidas ou da qualidade e natureza do interessado na intervenção com exceção para as ações de arborização e rearborização para fins exclusivamente agrícolas. O presente diploma vem centralizar no ICNF o poder de decisão final sobre os processos de comunicação prévia e/ou autorização, referente às ações de arborização e rearborização. de natureza florestal. Ficha técnica Notícias CAP nº175 Depósito legal nº 190489/03 Ano XI – Mensal – agosto 2013 Tiragem: 6500 Propriedade, redacção e pub. CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal Rua Mestre Lima de Freitas, nº1 1549-012 Lisboa De acordo com as informações do governante, a futura lei dos baldios têm por objetivo adaptar a gestão destes terrenos “à realidade económica e social”.É um processo que ainda não está fechado e que tem sido alvo de uma “alargada consulta a diversos parceiros”. O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) esclarece que foram consultadas entidades como a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, a Associação Nacional de Freguesias e todos os parceiros sociais com assento no Conselho Económico e Social. Através deste processo, foram já recebidas diversas contribuições, que estão a ser analisadas, de forma a ser encontrada “uma proposta que reúna o mais alargado consenso possível”. 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