SBA - Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Transcrição

SBA - Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Ano 61 | Mar/Abr de 2011 | Nº 02
Jornada de
Anestesiologia
do Sudeste
Brasileiro
SBA | Nota da Redação
SBA
Nota da Redação
Por Airton Bagatini*
Informações, Alertas
e Alegrias
• Neste segundo número do Anestesia em
Revista temos a honra de informar que a Revista
Brasileira de Anestesiologia (RBA) acaba de dar
mais um passo em direção ao reconhecimento da
comunidade científica mundial ao ser cadastrada
para análise bibliométrica de seu impacto pelo
Thomson Reuters – ISI.
Na sessão de artigos científicos, o Dr. Gastão
Duval Neto discorre sobre a preocupação com
a inalação de anestésicos e a saúde ocupacional
dos anestesistas, demonstrando que a intensidade
desse tipo de exposição pode ser modificada
pelo treinamento, por inovações técnicas e pela
otimização da prática clinica.
O editor-chefe da RBA faz um alerta de repúdio
à fraude e ao desvio ético das publicações
simultâneas, da qual a nossa revista foi vítima
e invoca respeito aos seus leitores. E o nosso
Secretário Geral, seguindo esta mesma linha,
decreta guerra ao individualismo, combatendo
os interesses pessoais e imediatos, valorizando o
pensamento coletivo focado no futuro.
saúde no relato de um colega, vitima de um erro
assistencial.
Você poderá conferir todo o sucesso da XXXV
JONNA, realizada na cidade de Natal, sob o
comando a Dra. Wanusia do Nascimento Costa e
da JOSULBRA, realizada na simpática cidade de
Joinville. Pensando sempre no futuro, teremos toda
a descrição da programação da JASB, na cidade de
Belo Horizonte.
E, finalizando, temos a alegria de anunciar um novo
espaço no nosso periódico, o Prata da Casa, onde
os associados da SBA poderão mostrar seus talentos
fora da área médica. Neste número, temos o poema
“Hospital”, do Dr. José Paulo Drummond.
Uma excelente leitura! ■
* Editor responsável por esta publicação
Destacamos a importância da humanização no
atendimento anestésico e teremos a oportunidade
de comprovar a fragilidade do nosso sistema de
Nota da Redação
|
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Expediente
Foto do Sumário: Brasão da SBA - Apresentado para a diretoria da SBA em 16/06/1948 pelo Dr. Luiz Didier
(descrição na foto).
Foto da capa: Igreja da Pampulha - Painel de Portinari
Conselho Editorial: Nádia Maria da Conceição Duarte, José Mariano Soares de Moraes,
Ricardo Almeida de Azevedo, Sylvio Valença de Lemos Neto, Oscar César Pires,
Antônio Fernando Carneiro e Airton Bagatini
Diretor Responsável: Airton Bagatini
Projeto Gráfico: ag.totem
Diagramação: Marcelo Marinho
Equipe Editorial: José Bredariol Jr., Marcelo Marinho, Mercedes Azevedo e Rodrigo Matos
Jornalista Responsável: Iara Cruz
Impressão e Acabamento: Aerographic - Tiragem 9000 - Distribuição Gratuita
Importante: Cadastre seu e-mail na SBA
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Os artigos publicados na Anestesia em revista são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores
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Sumário
Editorial
Públicação científica - valorização e reconhecimento
Artigos Científicos
A exposição ocupacional dos anestesiologistas: a inalação de anestésicos
pode representar risco para a saúde?
Por que a cetamina não é mais canhota?. Ou “ne, sutor, ultra crepidam”
Artigos
Publicação simultânea: fraude e desvio ético
Associativismo versus individualismo
Humanização do atendimento anestésico
Brasil, um grande país - precisamos de dois pilares urgentes - ética e
credibilidade
Um médico no juizado criminal: todos temos direitos e deveres
Notícias
Normas para a concessão de apoio e divulgação de eventos científicos nos
órgãos de divulgação da SBA
Cremeb elegeu nova diretoria com participação de anestesistas
Alckmin assina, na AMB, ampliação de vagas e aumento na bolsa de
residência em SP
Medicamentos e o controle da obesidade
A Revista Brasileira de Anestesiologia é cadastrada no Thomson Reuters ISI
Provas da SBA
Datas associativas importantes
Calendário Científico
Regionais e Cooperativas
Novas diretorias
XXXV JONNA 2011 em Natal, RN
46ª JOSULBRA em Joinville, SC
JASB 2011 - Abordagem integral e valorização da ética em busca de
melhores resultados
Opinião
Goiás quer parceria com a SBA
Relato de um sobrevivente
Prata da Casa
Poema “Hospital”
Responsabilidade Social
SBA e Bolshoi realizam encontro inusitado para salvar vidas
SBA
SBA | Editorial
Editorial
Por Oscar César Pires *
Publicação científica — valorização e
reconhecimento
•
A sequência de eventos que se sucedem no
conhecimento científico envolve a produção, a difusão
e a aplicação do conhecimento gerado. O processo
de transferência e compartilhamento da informação
técnico-científica tem na publicação um instrumento
de destaque, pois esta difunde o conteúdo científico
para todos. Entretanto, em nosso meio, ainda é
muito frequente termos de recorrer a trabalhos
internacionais para conhecer dados epidemiológicos
de determinada condição clínica, já que não dispomos
dos números reais de nosso país.
Essa disseminação de informação depende da rede
de comunicação que se estabelece nessa comunidade,
ou seja, de como se organiza o fluxo de informações,
se demonstra seriedade e reconhecimento e favorece
sua visibilidade. Sob esse aspecto, a universalização
da internet permitiu a explosão de recursos
informacionais, contribuindo para que os autores e
as instituições difundam seus trabalhos diretamente
na rede, o que exige minucioso filtro e apuração nas
informações antes que sejam adotadas.
Nesse processo, a publicação científica qualificada
exerce função essencial, na medida em que viabiliza
a divulgação dos resultados da pesquisa e promove
discussão entre os interessados, permitindo a
interação e consolidação de novos conceitos e
garantindo confiabilidade a ela, além de caracterizar
um pesquisador, um grupo ou uma instituição e lhe
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| Anestesia em revista
conferir tradição, aumentando sua capacidade de
captar recursos e de revelar novos talentos.
Em nosso meio, apesar do baixo investimento público
e privado e embora o impacto das publicações
nacionais ainda seja inferior ao de países do chamado
primeiro mundo, a expansão dos cursos de pósgraduação e a expressiva atenção e dedicação dos
autores e editores e das instituições fomentadoras
do ensino muito têm contribuído para um franco
aumento do número de artigos e citações assinados
por pesquisadores brasileiros.
Nesse contexto, a Revista Brasileira de Anestesiologia
acaba de dar mais um passo fundamental em direção
ao reconhecimento mundial ao ser cadastrada para
análise bibliométrica de seu impacto pelo Thomson
Reuters - ISI, ou seja, sua produção científica será
submetida à abrangente avaliação do desempenho dos
pesquisadores, dos artigos e do periódico como um
todo.
Destarte, as ações dos editores e das diretorias da
SBA, desde sua origem, muito contribuíram, e
contribuem, para o avanço da pesquisa científica
nacional e para o engrandecimento da anestesiologia
brasileira.
■
*O autor é Diretor Científico da SBA
SBA | Artigos Científicos
SBA
Artigos Científicos
Por Gastão F. Duval Neto *
A exposição ocupacional dos
anestesiologistas: a inalação de
anestésicos pode representar risco
para a saúde?
•Os autores de dois estudos epidemiológicos antigos
concluíram que a exposição ocupacional a agentes
anestésicos voláteis pode estar relacionada com
efeitos tóxicos imunológicos, neurológicos, renais ou
hepáticos.1,2 Além disso, estudos observacionais têm
evidenciado a associação entre a inalação de anestésicos
halogenados e a elevação na incidência de alterações de
destreza manual, cefaleia, depressão, ansiedade, perda
de apetite, perda de memória e alterações gestacionais,
além da perda de função intelectual.3,4 Embora os
trabalhos citados estejam metodologicamente bem
estruturados, existe uma substancial necessidade
do desenvolvimento de novas pesquisas nessa área,
visando basear as conclusões em evidências científicas
mais consistentes.
Muitos limites de exposição ocupacional (LEO) em
vigor na atualidade foram baseados em metanálises,
incluindo nove estudos maiores realizados nas décadas
de 1970 e 1980 e que examinaram a associação entre
a exposição ocupacional ao óxido nitroso (N2O), em
conjunção ou não a algum anestésico volátil, com
efeitos adversos à saúde ocupacional, notadamente
ao aborto espontâneo.5,6 As limitações dessas
investigações incluem sua criticável fidedignidade,
dificuldade na aferição na intensidade da exposição
e dificuldade de especificar e compensar os fatores
complicadores da análise estatística, como também
a presença e a eficiência dos mecanismos de
eliminação de gases ambientais. Estudos realizados
subsequentemente não têm corrigido esses defeitos
metodológicos, além de não demonstrarem correlações
adversas entre o uso clínico de agentes inalatórios e
a prevalência de alterações na saúde ocupacional de
anestesiologistas.7,8
Os efeitos deletérios associados à exposição
ocupacional ao óxido nitroso (N2O) apresentam fator
relativo de risco para aborto espontâneo e infertilidade
de 1,9 e 1,3.8,9 A possibilidade de elevação desse risco
quando o óxido nitroso é utilizado em associação
com outros agentes inalatórios halogenados tem sido
estudada através de estudos de poluição ambiental
e monitoramento de indivíduos submetidos a esses
ambientes cirúrgicos. As evidências clínicas não
confirmam essa possibilidade de elevação de risco.
Um estudo concluiu que a exposição ocupacional ao
sevoflurano apresentou o mesmo nível de risco para
a saúde ocupacional quando utilizado de maneira
independente ou associado ao óxido nitroso.10
Um estudo experimental que avaliou a exposição, de
longo prazo, a baixas concentrações de halogenados
Artigos Científicos |
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evidenciou alterações negativas sobre as funções de
memória, comportamento, aprendizado e ansiedade.11
Essas alterações comportamentais relacionadas com
a exposição crônica aos anestésicos inalatórios em
humanos evidenciam a possibilidade da influência
negativa na segurança do atendimento clínicoanestesiológico, embora ainda sejam motivo de
investigação metodologicamente mais elaborada.
Em relação à anestesia pediátrica, tem sido questionada
a interpretação dos níveis ambientais considerados
seguros (LEO), em partes por milhão (ppm), no que se
refere à inalação crônica por parte de anestesiologistas
e profissionais envolvidos no atendimento cirúrgico.
O limite máximo de 2 ppm foi identificado como
seguro pelas entidades norte-americanas. Por outro
lado, dependendo do fluxo de admissão ao sistema
de ventilação e da potência do sistema de exaustão
de gases da sala cirúrgica, esse nível frequentemente
atinge cifras superiores a 18 ppm, e algumas indústrias
de equipamento anestésico consideram esse excesso
seguro (ver Tabela1).
Limites de exposição ocupacional (LEO)
O National Institute of Occupational Safety and Health
(NIOSH), nos Estados Unidos, afirma que é incapaz de
identificar a correlação entre a intensidade de exaustão
da sala cirúrgica e a manutenção do LEO de gases
anestésicos.
As recomendações atuais emitidas pelo NIOSH é
que os riscos potenciais devem ser minimizados pela
redução do período de exposição (horas de trabalho)
na maior intensidade possível. A lista contida na Tabela
1 evidencia os níveis médios de exposição aceitável,
considerando oito horas de trabalho na área.12 Em
estudo recente, comparou a formação de linfócitos
micronucleados entre dois grupos de anestesiologistas
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| Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
‘
“As concentrações ambientais
de gases anestésicos usualmente
são monitoradas através de
espectrometria foto-acústica
infravermelha”
expostos a diferentes níveis de poluição ambiental por
agentes inalatórios. O resultado evidenciou que os
limites seguros de inalação recomendados pelo NIOSH
são adequados (resultado baseado nesse marcador
específico).13
Alguns anestesiologistas consideram que a sensação
olfatória da presença de odor de anestésicos,
principalmente em cirurgia pediátrica, indica
concentrações inaladas não seguras (sistema de
respiração com elevados fluxos de admissão).
Uma interrogação frequentemente emitida por
anestesiologistas é “qual a influência do monitoramento
da poluição ambiental na preservação da saúde
ocupacional?”
As concentrações ambientais de gases anestésicos
usualmente são monitoradas através de espectrometria
fotoacústica infravermelha em um ponto fixo da sala
cirúrgica, sendo esta considerada nível de poluição
ambiental. Em razão do movimento da massa aérea
no ambiente cirúrgico e do sistema de eliminação
desses gases, a distribuição de agentes anestésicos não
é uniformemente realizada. Em função disso, tem sido
sugerida a colocação do sensor do espectrômetro no
ombro do anestesiologista para tornar mais fidedigna e
real a aferição da poluição ambiental.
A indução inalatória com sevoflurano e óxido nitroso
em anestesia pediátrica frequentemente viola as
recomendações do NIOSH, que apresenta até cifras
superiores a 50% preconizadas como aceitáveis.14
Durante a manutenção de anestesia pediátrica, a
utilização de tubo traqueal sem balonete (cuff) e de
sistemas de respiração que incluam o T-Ayre eleva
muito os níveis de poluição ambiental.15 Por outro lado,
os níveis seguros de inalação preconizados pelo NIOSH
são raramente excedidos quando o sistema de exaustão
da sala cirúrgica (ventilação exaustão/pressão) realiza
SBA | Artigos Científicos
SBA
Artigos Científicos
mais de 12 trocas de ar por hora, associado a um efetivo
sistema de eliminação de gases anestésicos.
Os monitores de exposição aos gases anestésicos,
durante a manutenção de anestesia inalatória com
máscara laríngea em pacientes adultos, usualmente,
evidenciam excesso nos níveis inalados, atingindo
cifras acima de 2 ppm de sevoflurano e 50 ppm para
óxido nitroso. É importante salientar que esse dado
ocorre apesar da utilização de circuito de ventilação de
baixo fluxo de admissão, sistemas de exaustão e correto
posicionamento da máscara laríngea.16
De maneira diferente do pessoal que trabalha nas
salas cirúrgicas, que tem exposição restrita aos gases
anestésicos, nas salas de recuperação pós-anestésica,
eles são submetidos à inalação crônica de muito
baixa concentração desses gases, que ocorre em razão
da expiração de pacientes situados nessas unidades
hospitalares. Quando comparados com os profissionais
de salas cirúrgica, apresentam concentração média
inalada de 1,17 ppm em relação a 3,1 ppm inalada por
anestesiologistas.17
Aspectos clínicos da inalação crônica de gases
anestésicos:
1. No caso da utilização de circuito Mapleson D,
quando associado à válvula limitada por pressão,
que permite a conexão direta com um sistema de
exaustão da sala cirúrgica, o nível de sevoflurano
e óxido nitroso medido na área de expiração em
torno do anestesiologista diminui de 7 para 1,1
ppm (p < 0,001);18
2. Pesquisa epidemiológica sobre exposição
ocupacional a gases anestésicos de cirurgiões e
enfermeiras concluiu que:
- a sensação de odor de anestésicos foi mais intensa
Tabela 1 – Níveis recomendáveis de exposição ocupacional para vapores anestésicos em vários países
Aústria
Dinamarca
França
Alemanha
Inglaterra
Itália
Noruega
Suécia
Suíça
US-NIOSH
US-ACGIH
H2O
100
100
100
100
100
100
100
25
50
Halotano
5
5
2
5
10
5
5
5
2
50
Enflurano
2
20
50
2
10
10
2
75
Isoflurano
50
2
10
10
2
-
Sevoflurano
2
-
Desflurano
2
-
US - NIOSH - National Institute of Occupational Safety and Health.
US - ACGIH - American Conference of Governmental Industry Hygienists.
Artigos Científicos |
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‘
nas salas sem sistema de exaustão, ou seja, 87% x
11% (p < 0,003);
- os níveis mais elevados de inalação correspondem
à maior incidência da sensação de “mal-estar geral”,
62% x 11% (p < 0,005); de náuseas, 62% x 0% (p <
0,009) e de cefaléia, 62% x 0% (p < 0,009).19
Considerações sobre o tema
- Definições médicas epidemiológicas sobre exposição
aos gases anestésicos baseadas em evidência devem ser
perseguidas.
- O monitoramento ambiental de concentrações
(ppm) de gases anestésicos configura a melhor
medida para a proteção da saúde ocupacional do
anestesiologista.
- A intensidade desse tipo de exposição pode
ser modificada através do treinamento de
anestesiologistas, de inovações técnicas e da
otimização de prática clínica em anestesiologia.
“O anestesiologista brasileiro está protegido contra
o risco da insalubridade da prática clínica da
especialidade?”
É hora de repensar o tema!
Bibliografia
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10
| Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
“O anestesiologista brasileiro
esta protegido contra o risco da
insalubridade da prática clínica
da especialidade?”
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lymphocytes of anesthesiologists to nom anesthesiologists in
the same hospital. Anesth Analg 2006: 102: 1573
*O autor é presidente da Comissão de Saúde
Ocupacional da SBA.•
SBA | Artigos Científicos
SBA
Artigos Científicos
Por Maria P.B.Simonetti *
Por que a cetamina não é mais canhota?.
Ou “ne, sutor, ultra crepidam”
• O que poderia parecer um requinte da química
moderna, a estereoquímica (que estuda a geometria
espacial das moléculas) é, na verdade, de importância
fundamental para o entendimento dos mecanismos de
ação de uma grande maioria dos agentes que promovem
o estado de anestesia.
Em uma visão mais abrangente, o mundo que nos
cerca é calcado na dissymètrie pasteuriana, a maior
descoberta do século IX, quando o jovem Luis Pasteur
observou que o ácido tartárico - produto do vinho continha cristais facetados: a metade com orientação
para a esquerda e a outra para a direita. Através do
polarímetro, esses cristais, que ele manualmente
separou, quando em solução, desviavam a luz polarizada
em conformidade com sua disposição facetária. As
especulações a respeito desse fenômeno criaram um
encadeamento de analogias que ajudaram a esclarecer
como os produtos naturais e xenobióticos (substâncias
estranhas ao organismo) interagem com as estruturas
vivas.
E a estereoquímica facilitou a compreensão do carbono
tetraédico (com quatro valências), que gera dois
isômeros - os estereoisômeros - nascidos da assimetria
(fenômeno que Pasteur chamou dissymètrie), em razão
de esse carbono estar ligado a átomos ou grupo de
átomos diferentes e que não permitem sobreposição.1
A observação genial de Pasteur, todavia, suscitou outras
especulações, uma vez que a matéria de que somos
feitos, nós e todos os seres vivos, são aminoácidos,
os “tijolos” que estruturam o organismo. E esses
“tijolos” têm configuração esquerda - um capricho do
Criador que os cosmologistas tentam explicar sem
que justifiquem o lado esquerdo que Ele escolheu para
posicionar nosso coração. Tais caprichos dão ênfase à
expressão corriqueira no capítulo da estereoquímica:
a “mão esquerda da natureza ou da criação” devido a
tantas coincidências esquerdistas na química da vida.2
Dizem os cosmologistas que essa predominância da
natureza para a esquerda veio depois do Big Bang e
apontam três possibilidades. Numa explicação sucinta,
o aparecimento dominante de formas canhotas
aconteceu porque: a) em algum local do cosmo havia
mais aminoácidos esquerdos e eles dominavam os
outros; b) o excesso canhoto veio do espaço trazido
por meteoritos e cometas e se espalhou; e c) a radiação
ultravioleta (vinda do espaço) teria favorecido
uma orientação sobre a outra. Seja o que for, os
cosmologistas renderam-se às evidências - o capricho
divino que colocou nosso coração do lado esquerdo e
o esquerdismo de tudo que nos cerca, da madeira que
existe em nossas casas ao pão que nos alimenta.
Existe a predominância de um só isômero nos produtos
naturais (e essa homoquiralidade é o resultado da
sabedoria biológica, pois os processos metabólicos
lidam melhor com um isômero do que com produtos
racêmicos - presença de dois isômeros gêmeos). Assim,
na forma simplificada homoquiral, encontram-se, in
natura, a cocaína, a morfina, a atropina etc., embora
sendo quirais, pois são detentoras de dois isômeros, nos
chegam como homoquirais.
Enquanto isso, o mais emblemático exemplo do
carbono assimétrico encontra-se em nossas mãos,
que sendo idênticas formam imagens especulares que
não se sobrepõem. Elas permitem a compreensão
da tridimensionalidade e o entendimento da
estereoisomeria (isômeros antagônicos). Por isso, o
termo quiralidade, de origem grega, que significa mão e
foi cunhado por Kelvin, é aceito mundialmente.1
Artigos Científicos |
11
As especulações sobre a dissymetrie de Pasteur
Como se não bastasse, desde a Criação, a vida
despontou com flagrante preferência pelo esquerdismo
biológico, sob o ponto de vista tridimensional. A
abrangência desse fenômeno - o carbono de quatro
valências - levou Pierre Curie a vaticinar que essa
dissimetria é um fator na evolução da vida, sem o qual
o tempo que mede todas as coisas deixaria de existir
se não houvesse essa tentativa de se chegar à simetria.
Com a palavra, os cosmologistas, os físicos, os biólogos
e até os filósofos...2
A nomenclatura nos primórdios da descoberta do
fenômeno
O polarímetro capacitou antever o carbono
assimétrico (dito assim, pois permite que grupos de
átomos diferentes ocupem suas quatro valências), e
disso resultaram dois compostos também diferentes,
embora tendo a mesma estrutura química, como já
vimos.
Figura 1
Contudo, existe semelhança, conforme pode ser
12
| Anestesia em revista
SBA | Artigos Científicos
‘
Como se não bastasse, desde
a Criação, a vida despontou
com flagrante preferência pelo
esquerdismo biológico, sob o
ponto de vista tridimensional.
notada nas propriedades físico-químicas (o tempo de
ebulição, de fusão, por exemplo), mas, em se tratando
de medicamento, é notória a individualidade que faz
com que cada um atue diferentemente no sítio de ação,
produzindo efeito próprio e, por vezes, esdrúxulo. Por
exemplo, o propoxifeno traz alívio da dor em razão da
atividade analgésica de um de seus isômeros, enquanto
o antípode combate a tosse. No composto carvona, o
isômero direito é um componente do óleo de cominho
e tem odor característico; já o composto esquerdo
é componente do óleo de hortelã e tem um cheiro
peculiar. Uma evidência, portanto, da quiralidade que
existe nos receptores nasais...
Há compostos que têm sabor de laranja, enquanto seu
antípode, sabor de limão - o limonene. Os barbitúricos,
entretanto, dependendo de sua atividade óptica, são
hipnóticos e/ou convulsivantes. A mesma disparidade
existe com os anestésicos gerais halogenados e também
com os agentes anestésicos locais.
Pode-se, apropriadamente, rotular maldade e/
ou bondade isomérica na dependência da avidez
de determinado enantiômero, por exemplo, o da
bupivacaína, pelos canais iônicos do SNC e CV
(sistema nervoso central e cardiovascular). Nesse caso,
é uma conceituação de conveniência, pois o isômero
desse anestésico local só é de fato “do mal” se escapar
de sua finalidade precípua, qual seja o bloqueio do
nervo, e exercer sua atividade farmacológica em outros
locais do organismo. Por outro lado, a talidomida
racêmica usada nos anos 1960 em mulheres grávidas
para combater enjoos fez estragos embrionários, com
repercussões gravíssimas, pois tem um isômero bom
e outro maldito. A focomelia, entre outras alterações
provocadas nos recém-nascidos, é um desastre
estereoquímico, pois o racemado, eficaz no tratamento
da hanseníase, ataca mulheres grávidas pelo efeito
deletério de um de seus isômeros. O médico deve
saber disso, apesar de, ainda no Brasil, continuar
ocorrendo sequelas terríveis em filhos de mães
leprosas que tomam talidomida (Figura 2).
SBA | Artigos Científicos
SBA
Artigos Científicos
como um todo. Desses conhecimentos, podem-se talhar
compostos que minimizem os efeitos indesejáveis.
Manipulação enantiomérica da bupivacaína
(simocaína) e mistura interisomérica na família
pipecolilxilidida (mixcaína)
Com base nesse conhecimento, foi possível liberar o
insight que redundou num composto com menor avidez
para um tipo específico de receptores: os que existem nas
estruturas neuronais do SNC e do sistema de condução,
de contratilidade, do SCV.
Figura 2
Refere-se, por outro lado, que o homem leproso tratado
com talidomida transfere também, pelo espermatozoide, o
isômero do mal que poderia afetar o embrião. A conferir.
Enquanto isso, a esteroquímica permite esclarecer
evidências quanto ao comportamento da talidomida
sob o ponto de vista farmacocinético, pois, em termos
farmacodinâmicos, existe, de fato, um isômero
amaldiçoado. E se esse isômero “do mal” for descartado
para prevenir os efeitos deletérios e o isômero do bem
for utilizado sozinho, este se converte, no organismo, no
irmão gêmeo (mal), criando um racemado (presença de
dois isômeros). Nessas circunstâncias, causará os mesmos
efeitos deletérios: um capricho chamado racemização,
para o qual não há ainda solução, apesar dos avanços
da estereoquímica. Portanto, a talidomida deve ser
proscrita em mulheres em idade gestacional, sob pena de
implicações jurídicas.
Todavia, nem sempre a estereoquímica é desastrosa.
Ao contrário, seu conhecimento promove avanços
terapêuticos e progressos industriais para os quais
impõem-se o aprofundamento do conhecimento da
ligação dos isômeros gêmeos a seus sítios de ação; os
processos farmacocinéticos; e os efeitos sobre o organismo
À medida que, ao se diminuir o teor maléfico do
isômero dito “do mal”, o R(+) bupivacaína, a quebra
da equimolaridade (S1:R1) do composto racêmico
bupivacaína, originou a simocaína pela predominância
do componente bom (o isômero S- bupivacaína), em
detrimento do isômero mal, resultando na proporção
S75:R25 entre os componentes. Os conceitos
estereoquímicos referem essa quebra da equimolaridade
como “excesso enantiomérico” de um dos isômeros
do composto racêmico. Nesse sentido, a simocaína é
um racemado que vem sendo comercializado como
cloridrato de levobupivacaína em excesso enantiomérico
a 50%, S75:R25, e sobre essa nomenclatura vamos
comentar em seguida (Figura 3).
Figura 3
Artigos Científicos |
13
‘
A possibilidade de manusear isômeros abre uma
perspectiva de obtenção racional de novos compostos,
aproveitando-se das vantagens e/ou desvantagens.
Nesse sentido, a combinação “interisomérica” de
componentes descendentes de um mesmo esqueleto
químico (o pipecolilxilidida) resultou no composto
mixcaína, em que a ropivacaína associada ao
enantiômero R(+) bupivacaína confere atenuação da
atividade vasoconstritora enquanto ocorre aumento
da potência bloqueadora do nervo sobre a ropivacaína
usada isoladamente ou na forma homoquiral. Esse
composto encontra-se em fase de ensaios preliminares
(Figura 4).
SBA | Artigos Científicos
A possibilidade de manusear
isômeros abre uma perspectiva
de obtenção racional de novos
compostos, aproveitando-se das
vantagens e/ou desvantagens.
comercialização. Esse composto não existe no Brasil.
Por vezes, a impropriedade da nomenclatura de um
composto pode levar a erro crasso na avaliação dos
trabalhos científicos pelos referees que vão “comer gato
por lebre”, na medida em que acreditam que o novo
anestésico local se trata da bupivacaína homoquiral, a
S(-)bupivacaína. Fui testemunha ocular da confusão
criada com um tema livre brasileiro no Congresso
Mundial, em Paris, onde precisei intervir para desfazer o
equívoco.
Aqui, no Brasil, o equívoco é menos comprometedor,
pois não temos a levobupivacaína, ou Chirocaine (R),
como já referido. Essa confusão de nomenclatura
poderia ter sido evitada pela adoção do nome simocaína,
que é menos uma imodéstia de sua criadora do que o
simbolismo do “S”, antecipando o predomínio da forma
S (sinistra, esquerda) mais o sufixo “caína”, que existe
desde a obtenção dos cristais extraídos das folhas de
coca, por Newmann, em 1848.
Dessa forma, ficaria, assim, prescindido o aposto:
“excesso enantiomérico” que é absolutamente
dispensável para que seja referido num paper. Na verdade,
trata-se de um dado de análise farmacotécnica que
nada tem a ver com o agente anestésico local, a menos
que fosse exigida a formulação, como soe acontecer
na elaboração de um trabalho de tese, em que outras
variáveis são pedidas, como: pH, pKa, veículo etc.
Figura 4
Nomenclatura: a escassez e/ou o excesso e a
influência parnasiana
Alguns desconhecem o conteúdo do frasco da Novabupi
(nome fantasia da simocaína), acreditando tratar-se
da levobupivacaína. E com razão, pois o nome dado à
mistura enantiomérica de bupivacaína (simocaína) refere
ser o cloridrato de levobupivacaína etc., o que induz ao
erro. Ocorre que o anestésico local, a levobupivacaína,
é um produto patenteado, portanto, protegido em seus
direitos no que tange à propriedade intelectual e de
14
| Anestesia em revista
E, mais importante ainda, o nome simocaína simplificaria
a menção do agente usado nos trabalhos científicos,
inclusive assegurando a confiabilidade a nossos papers
por não suscitar dúvidas quanto ao agente usado.
Contudo, o nome pelo qual está sendo comercializado o
anestésico local brasileiro, de tão pomposo, lembra mais
um soneto parnasiano, a Via Láctea, de Olavo Bilac:
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
SBA | Artigos Científicos
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E abro as janelas, pálido de espanto... Ou cloridrato de
levobupivacaína em excesso enantiomérico de 50%
(S75:R25). Ufa...
Temos nomes de agentes anestésicos locais tirados
de certas características inerentes ao agente. Assim,
a lignocaína, da farmacopeia sueca, tem esse nome
devido ao significado do prefixo “ligno”, que marcou a
propriedade do composto de ter ligações firmes entre
os componentes da molécula, tornando-a resistente
à hidrólise pelas colinesterases. Encontram-se nomes
curiosos, nascidos da inspiração com base no nome do
autor (a stovaína, de Fourneau) ou, ainda, de um artifício
mercadológico, como o que omitiu o “p” da propivacaína,
gerando a ropivacaína etc. Apesar dos pesares, a
simocaína comprovadamente confere atenuação dos
efeitos colaterais danosos que ocorrem se erroneamente
usada a ponto de anestesiar o SNC e CV - um efeito
absolutamente indesejável. Enquanto isso, a ANVISA
não se deu conta da impropriedade da nomenclatura da
simocaína. Em contrapartida, fez eliminar a configuração
molecular do composto, cetamina, negando o sistema
R/S por exigência da Organização Mundial de Saúde
(OMS), como veremos.
A evolução da química dos compostos quirálicos e
sua nomenclatura
de nome e sobrenome químicos para o composto,
evitando, destarte, ambiguidades. Até então se dizia que
determinado composto era esquerdo ou direito, graças a
sua propriedade óptica. Para contextualizar o composto
em sua tridimensionalidade, os mais famosos químicos
do mundo se reuniram e em cima das projeções de Fisher
foram estabelecidas regras para a configuração absoluta.
E o sistema R/S passou a ser regido pela regra do peso
atômico dos átomos ou dos grupos de átomos que
ocupam as quatro valências do carbono assimétrico. O
sistema R/S.
Para o melhor entendimento desse sistema, é necessário
nos abstrairmos da figura estática do composto molecular
que ilustra os livros-textos em uma única dimensão. E
passemos a imaginar a geometria de um tetraedro (uma
pirâmide com quatro faces) em terceira dimensão. Se a
ligação da ponta superior (topo da pirâmide) se faz por
um grupo de átomos com grande peso atômico, e este
é sucedido por outro grupo de átomos de peso atômico
menor, dirigindo-se para a base do tetraedro, diz-se que
o composto assume uma posição à direita, pois que
segue o sentido dos ponteiros do relógio. A recíproca é
verdadeira para a posição esquerda, que caminha contra
os ponteiros do relógio (Figura 5).
O polarímetro foi uma ferramenta de grande valia para
chegar à inferência do carbono assimétrico, graças
à propriedade óptica: a luz polarizada ao atravessar
a molécula sobre desvio. Esse fenômeno se deve à
influência da disposição dos átomos na molécula, que
foi comprovada através de estudos mais sofisticados com
a difração dos raios X. Restava, contudo, saber “quem
era quem” espacialmente, isto é, qual molécula, sob o
ponto de vista tridimensional, promovia qual desvio da
luz, se no sentido esquerdo ou no sentido direito. Havia
a necessidade dessa qualificação para dar a condição
de “cidadania” ao composto quirálico: sua certidão de
nascimento.
E a grande contribuição surgiu com os estudos de
Emil Fisher, em 1891, dos quais resultou na adoção
Figura 5
Artigos Científicos |
15
‘
Chan, Ingold e Prelog, os mais conceituados químicos
da época, criaram regras e fecharam a nomenclatura
enquanto estabeleceram que símbolos latinos deveriam
designar a configuração do composto espacialmente (R,
rectus, direito, e S, sinister, esquerdo). Esses símbolos
devem preceder o nome de qualquer produto quiral,
acrescido de sua propriedade óptica inerente. Para os
compostos racêmicos nos quais os dois enantiômeros
estão presentes, os símbolos vêm em duplicidade.
Ex.: RS (+-bupivacaína). Existem várias sutilezas para
situar a configuração espacial do composto assimétrico
através de outras regras, mas, em linhas gerais, prevalece
a regra do peso atômico, que é o suficiente para situar o
composto tridimensionalmente.
A propriedade óptica não necessariamente
coincide com a configuração espacial. Assim, um
composto pode ser opticamente esquerdo, enquanto
tridimensionalmente se posiciona à direita e viceversa. Exs.: S(+)mepivacaína; S(+)cetamina e
reciprocamente.4
A Organização Mundial de Saúde (OMS), a ANVISA
e a farmacopeia brasileira
Para uniformizar os medicamentos sob vários aspectos
(nomenclatura, apresentação etc.), a OMS estabelece
normas cujos países membros - seus afiliados - devem
acatar. Nesse sentido, a ANVISA (agência reguladora
brasileira ou mais conhecida como Vigilância
Sanitária), atendendo à determinação da OMS,
modificou a nomenclatura do composto cetamina,
através de uma resolução que foi publicada no Diário
Oficial da União em 2008.
Na verdade, a cetamina é um derivado da fenciclidina,
detentora de um carbono assimétrico, e como tal
é obtida em laboratório na forma racêmica, isto é,
formada por dois enantiômeros que, quando separados,
apresentam propriedade óptica, ou seja, um isômero
desvia a luz polarizada para a direita e o antípode, para
a esquerda, enquanto sua configuração espacial difere
da propriedade óptica. Portanto, a propriedade óptica
16
| Anestesia em revista
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Não se deve falar em isômero
sem que se deixe de situar
a propriedade óptica e sua
disposição tridimensional, pois
dessas duas peculiaridades vai
depender o comportamento nos
sítios de ação.
não corresponde a sua configuração tridimensional,
conforme já foi comentado. Em sua forma racêmica,
a notação é a estabelecida para todos os compostos
gêmeos: RS(+-)cetamina.
Sendo um anestésico de grande aceitação na clínica, foi
demonstrado que a R(-)cetamina era responsável por
efeitos psicomimétcos indesejáveis (reação ao despertar
ou emergency syndrome), caracterizados por sonhos
desagradáveis e alucinações terríveis que infelicitavam o
paciente. Logo a separação (ou resolução do racemado)
foi levada a efeito e o mundo passou a usar somente a
cetamina homoquiral.
Observou-se que o enantiômero S(+) cetamina detém
maior atividade anestésica. Com base em estudos
em ratos em nosso laboratório, observamos essa
particularidade, através do teste da placa quente, no
qual encontramos diferenças significativas quanto à
analgesia entre os irmãos gêmeos2. Em contrapartida,
vários estudos que focalizam a atividade psicomimética
têm mostrado maior ação sobre o SNC com o
enantiômero R(-)cetamina.
Embora de grande valia para uso na anestesia clínica,
tanto nas técnicas geral e regional (peridural), o
purismo dos órgãos reguladores vai de encontro aos
conceitos químicos, podendo confundir os que utilizam
esse agente. Não se deve falar em isômero sem que se
deixe de situar a propriedade óptica e sua disposição
tridimensional, pois dessas duas peculiaridades vai
depender o comportamento nos sítios de ação.
S(+)cetamina ou destrocetamina e ainda as
sandálias do sapateiro. Eis a questão
São tantas as leis existentes que só fazem confundir em
vez de trazer alguma contribuição. O que se infere é que
há desconhecimento do assunto pelos aplicadores dessas
leis e até pelos próprios legisladores. Não há notícias
de que o sistema R/S tenha sido abolido, tampouco a
nomenclatura que usa a configuração espacial tenha
sido proibida nos papers. É só consultar a literatura
SBA | Artigos Científicos
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estrangeira atual: a cetamina é boa? Continua a se chamar
S(+)cetamina ou S(+)ketamine como mostra o último
número do Anesthesiology?3
Em face de tanta incongruência, cabe aqui narrar a
história do sapateiro crítico de arte. Era uma vez, ou
melhor, morava numa pequena cidade do interior
um menino pintor ou artista plástico, como preferem
alguns. Aquela vila, onde só existiam uma rua de casas
modestas, uma igreja e um cemitério, não oferecia
condições para aquele garoto se expandir. Seu destino
era inexoravelmente a cidade grande, para onde foi
o menino gênio e lá teve muito sucesso. Passaram-se
alguns anos, e em gratidão a suas origens, ele voltou
ao lugarejo e realizou uma exposição de alguns de seus
quadros premiados, sendo que o mais importante foi
exibido no meio da praça, para onde acorreram os
moradores. Serviu de cavalete o tronco robusto de uma
mangueira frondosa. Ansioso para ouvir os comentários
de seus conterrâneos, matreiramente, o artista postou-se
escondido atrás do quadro. Desse modo, poderia rever
seus amigos de infância e saber se estavam gostando de
sua arte. Uma fila enorme formou-se até que chegou a vez
de um velho conhecido: o sapateiro, uma figura popular e
reverenciada por sua sapiência e eloquência.
Todos na fila estavam ansiosos para ouvir o que aquele
homem iria dizer. Quando chegou sua vez, fez-se silêncio,
e ele, todo prosa, passou a analisar as imperfeições no
desenho das sandálias da moça do quadro, os defeitos
nas fivelas, a altura do salto e assim por diante. Todos
ao derredor concordaram, o que entusiasmou mais e
mais o crítico de arte. Falante e desinibido, foi atraindo
mais gente ainda. E mais e mais empolgando, partiu para
analisar os traços da face da personagem... Seu rosto,
seus cabelos, seus olhos, sua boca... Impaciente, o artista
não se conteve e reagiu às críticas, saindo por detrás do
quadro, que estava apoiado no tronco da mangueira.
Dedo em riste, admoestou o homem: - Ne sutor ultra
crepidam ou sapateiro, não vá além das sandálias...5
Será que os técnicos da OMS estão abalizados para
criar uma nomenclatura quando toda a comunidade
científica estabeleceu as normas!? Ou a OMS deveria
respeitar mais seus afiliados, e não se estribar apenas
na farmacopeia americana!? E o mesmo é válido para
a ANVISA, que deve ter opinião própria, e não aceitar
tudo que lhe é imposto. Enquanto isso, a ANVISA não
se deu conta da impropriedade da nomenclatura da
simocaína ao aceitar que fossem imbricados conceitos
estereoquímicos e dados de formulação do composto, o
que só trouxeram confusão.
Se tivesse atentado para o disparate, teria evitado que
uma tendência literária, o parnasianismo, abrisse espaço
para o nome químico que só vem causando vexame no
primeiro anestésico local brasileiro. Por outro lado, não
cairia no ridículo “de ir além das sandálias”, como fez o
sapateiro, ao tentar que a cetamina canhota mudasse de
mão. Ne Anvisa ultra crepidam.
Homenageio nossa presidente, Nádia, que sempre
esteve na vanguarda da defesa dos interesses de
nossa comunidade. Certa feita, ela me pediu para
escrever sobre estereoisomeria, o que faço agora,
numa oportunidade ímpar, para contar a história do
pintor grego que falava latim e que buscou o cenário
nordestino valendo-se do viço de nossa flora, o pé de
mangueira, para recontar essa parábola, com alcance tão
pedagógico...
■
Referências bibliográficas
1- Simonetti, MPB e cols. Estereoisomeria: a interface da
tecnologia industrial de medicamentos e da racionalização
terapêutica. Rev Bras Anest;1998;390-399.
2- Gleiser, M. A mão esquerda da Criação. 2005; Caderno Mais;
Folha de São Paulo
3- Ando Y et cols: S (+) - Ketamine suppresses desensitization
of γ-aminobutyric acid type B receptor-mediated signaling
by inhibition of the interaction of γ-aminobutyric acid type
B receptors with g protein-coupled receptor kinase 4 or 5.
Anesthesiology 01-FEB-2011; 114(2): 401-404
4- Simonetti, MPBS e cols. Os trinta anos da cetamina: O
itinerário de uma viagem farmacológica: Rev Bras Anest;
Carta ao Editor,1998:525-527.
*A autora é professora aposentada de Farmacologia
do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade
de São Paulo
Artigos Científicos |
17
SBA
Artigos
SBA | Artigos
Por Mario J. Conceição *
Publicação simultânea: fraude e
desvio ético
•
A reputação de um periódico científico é mantida pela
confiança dos leitores no conteúdo dos textos publicados e
na lisura do processo editorial. A finalidade da publicação,
por parte de autores, é divulgar seus achados e submetêlos à comunidade científica, para, dessa forma, ampliar
o conhecimento. Leitores também buscam instrução e
atualização pela leitura crítica desses textos. Destarte, o
conceito é capital para a pesquisa clínica e laboratorial e para
o avanço do conhecimento.
Esse tipo de publicação, bem como as revisões de seu corpo
editorial, necessita seguir, de forma rígida, princípios éticos
em suas decisões. Pesquisas – sejam elas clínicas (com o
envolvimento de pacientes) ou laboratoriais (que abrangem
animais de experimentação, tecidos humanos ou não e
prontuários médicos) – devem ser conduzidas de forma
ética e com as autorizações apropriadas obtidas. A confiança
de pacientes, a honestidade de autores na divulgação
dos resultados e a privacidade do trabalho dos revisores
precisam ser respeitadas. Direitos e permissões requeridos
e necessários devem ser honrados por todos aqueles que os
assinaram, sejam autores, coautores ou mesmo pacientes.
Alguns poucos autores, entretanto, seja pressionados por
fatores externos, vaidade ou exteriorização de seu caráter
pusilânime, costumam incorrer em um tipo de desvio ético
caracterizado pela submissão simultânea de seus trabalhos a
mais de uma publicação científica. Dessa forma, sendo esse
o principal alvo da ação, duplicam, de modo fraudulento,
o número de vezes que publicaram. Autores que assim
procedem corrompem e ignoram os princípios éticos
definidos anteriormente. Eles enlameiam, com esse tipo
de ação, a reputação de centros de pesquisa, universidades
e comitês de ética em pesquisa e colocam em dúvida todo
o processo editorial e a respeitabilidade da publicação
atingida. Em virtude do que foi dito, autores que incorrem
em faltas dessa gravidade devem esperar atitudes enérgicas
de toda a comunidade científica diante dos fatos. Editores
de periódicos científicos não podem ficar omissos frente a
18
| Anestesia em revista
plágios de qualquer espécie, publicações em duplicata do
mesmo trabalho e outras formas de fraude e má conduta por
parte de autores e seus coautores.
Coautores não podem alegar que desconheciam a fraude.
Em primeiro lugar, são beneficiários dela; em segundo,
todas as publicações científicas sérias e, por isso, respeitadas
exigem que todos, autores e coautores, forneçam declaração,
por escrito, que garante sua participação efetiva no estudo e
a exclusividade da publicação ao periódico ao qual o artigo
foi submetido. Ainda mais, cedem, legalmente, o direito
de publicação (conhecido como copyright) à publicação
escolhida, criando situação passível de discussão legal caso
descumprida. A maioria das revistas científicas costuma
cobrar pela autorização para duplicação e/ou cópias de
matérias publicadas.
Nas reuniões de editores, esses fatos são discutidos, e
compromissos são assumidos para o combate a essa prática
ilegal e antiética, com as devidas medidas enérgicas de
repúdio, no resguardo dos interesses e da credibilidade das
publicações científicas involuntariamente envolvidas.
Todas as publicações possuem normas para os autores.
Fundamental é a leitura dessas normas e infundado é o
argumento de que o autor e os coautores as desconheciam.
O meio pelo qual a revista é publicada, eletrônico ou
impresso, da mesma maneira, não anula a questão elencada.
Em data recente, a Revista Brasileira de Anestesiologia
(RBA) foi vítima desse tipo de falta de escrúpulo perpetrada
por grupo de autores brasileiros. Diante do fato, a RBA,
seu editor e o Conselho Editorial necessitam alertar,
preocupados com a reputação dura e paulatinamente
conseguida e, sobretudo, em respeito a seus leitores, que a
prática é desvio ético. E a exemplo de outras publicações,
informa aos autores e coautores que combateram sempre
esse tipo injustificado de fraude.
*O autor é editor-chefe da Revista Brasileira de
Anestesiologia.
■
SBA
Artigos
SBA | Artigos
Por Ricardo Almeida de Azevedo *
Associativismo versus individualismo
•
Um ditado antigo da anestesiologia diz: “Zebra sozinha
na savana vira comida de leão”. Ao mesmo tempo que
temos conhecimento disso, às vezes, sabemos de colegas
que acabam assumindo serviços que estavam em litígio
com a SBA ou que era de conhecimento que não estava
havendo acordo na negociação entre as partes interessadas.
Alguns colegas reclamam das entidades de classe, mas,
ao mesmo tempo, são omissos e não participam das
atividades promovidas pela especialidade, achando que já
fazem muito anestesiando no dia a dia. A pergunta que se
faz é: por que isso continua acontecendo!?
As mudanças realmente são difíceis, principalmente
quando somos influenciados, há gerações, pelo
comportamento em que a esperteza e a malandragem são
consideradas qualidades. Quem não se lembra do jargão:
“Eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?” e da música
Podres poderes, do trecho: “Enquanto os homens exercem
seus podres poderes, motos e fuscas avançam os sinais
vermelhos e perdem os verdes, somos uns boçais.”
Na grande maioria das vezes, acabamos fazendo alguma
coisa errada, achando que não há consequências. Não
existe um pensamento coletivo e de futuro, apenas
interesse pessoal e imediato. O Dr. Aurílio Estrela, em
1999, diretor de defesa profissional da SBA, escreveu,
nesta mesma revista, um artigo no qual pedia aos sócios
que se conscientizassem de que as conquistas advindas dos
movimentos de classe melhorarão a vida de todos e que
se não pensássemos mais coletivamente, não chegaríamos
a lugar nenhum. Com essas citações do passado, quero
reafirmar que as mudanças demoram mas acontecem, e
não podemos desanimar, pois é uma luta contínua que não
pode parar.
Se continuarmos a olhar para o passado, poderemos
ver quantas conquistas foram alcançadas graças aos
movimentos de classe e às associações médicas, entre
elas a SBA, que exerce não só atividade educacional, de
aprimoramento e de reciclagem do sócio, mas luta pelos
interesses profissionais dos anestesistas, de um modo
geral, e os defende, porque, sob esse aspecto, os não sócios
também se beneficiam das conquistas.
Seria interessante e de grande valia para a especialidade
que todos os anestesistas do Brasil tivessem consciência de
que, ao fazer parte mais efetivamente da vida associativa,
todos sairíamos ganhando. Por que não fazer parte da
SBA? Apesar do conhecimento que a maioria tem sobre
os benefícios de ser sócio, muitos ainda questionam o
que a SBA e/ou a Regional faz. É esse questionamento
que vem sendo respondido ao longo de várias gestões,
com muito trabalho e ganho para a especialidade, mas
talvez tais informações não estejam chegando a essas
pessoas. Por isso mesmo, a diretoria da SBA incluiu em seu
planejamento estratégico um cronograma de marketing
para se aproximar ainda mais de todos os anestesistas e,
assim, conhecê-los melhor. Ou seja, ao saber de nossas
necessidades poderemos aprimorar ainda mais os vários
níveis de atuação da SBA e torná-la, juntamente com as
Regionais, ainda mais forte.
Ao olhar para o futuro, se tivermos sido perseverantes
em nossa luta por respeito, dignidade e boa formação do
anestesista, seremos dignos de uma especialidade ainda
mais valorizada e baseada nos preceitos da ética e da
decência, em que o comportamento coletivo virá antes
do individual. Aí, sim, poderemos dizer que atingimos a
maturidade.
Se você é sócio da SBA e, de alguma forma, quer participar
mais da vida associativa e acha realmente que juntos somos
mais fortes, você vai nos ajudar muito chamando aquele
seu colega que não é sócio ou que está inadimplente,
reclamando que a anuidade está cara e que a Regional
não faz nada por ele, convencendo-o, mostrando-lhe o
quanto já conquistamos e o quanto a sociedade pode lhe
proporcionar melhorias não só como profissional, mas,
também, como ser humano. Lembrem-se de que a SBA
somos todos nós.
* O autor é secretário geral da SBA
■
Artigos |
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Por Daniel Volquind *
Humanização do atendimento
anestésico
•O ambiente do centro cirúrgico, embora seja familiar
para nós, médicos anestesiologistas, é um local onde o
paciente não gostaria de estar.
A sala de operações apresenta-se fria não apenas pela
temperatura, mas por seu aspecto monocromático,
repleta de aparelhos com os quais o paciente não tem
intimidade.
Ao entrar no centro cirúrgico, via de regra, o paciente é
colocado em uma maca e passa a ser apresentado a esse
estranho ambiente pelo teto. Passam lâmpadas, placas,
portas, algumas abertas outras fechadas. “O que estará
ocorrendo lá dentro?” “Para onde estou sendo levado?”
Creio que é possível ler seus pensamentos.
No entanto, chega à sala de operações e passa para outra
“cama”, também conhecida como mesa cirúrgica, muito
menos confortável, e logo é apresentado ao conjunto
de luzes que pairam no teto. “Para que servem essas
luzes?”, pergunta o paciente a seu íntimo. “Tomara
que iluminem as mãos daquele que vai me operar em
instantes.”
Sem ser percebida sua presença, chegam à sala
funcionários que vão auxiliar no procedimento
cirúrgico e começam a abrir os pacotes de matérias.
Barulho de papel, instrumental cirúrgico e outros
trazem fantasias àquele que aguarda na mesa cirúrgica.
20
| Anestesia em revista
“Como está frio aqui?” “Será que posso falar com
estas pessoas?” “Creio que estão ocupadas com minha
cirurgia.” “Bem, aguardo aqui alguém falar comigo.”
Seguem-se vários minutos e ninguém fala com ele. Bem,
o material parece ser mais importante.
Finalmente, chega aquele que vai cuidar do paciente
enquanto ele é operado. Gorro na cabeça, máscara e
uma pasta a mão, chega à sala o médico anestesista.
Enquanto isso, a angústia do paciente aumenta, pois,
além da espera, ele escuta que o material solicitado
pelo cirurgião para a cirurgia não fora autorizado pelo
convênio.
Imaginem, agora, o pobre homem deitado na mesa
cirúrgica pensando que o plano que é pago com
sacrifício, para que, nas horas de necessidade, o socorra,
nega o material solicitado. O que será que passa nessa
mente agora? Insegurança, raiva ou qualquer outro
sentimento negativo.
Voltemos ao anestesiologista, que a essa altura já
instalou os monitores e uma solução fisiológica
parenteral depois de realizar a venóclise. Esta, por sinal,
foi um susto para o paciente, já que não foi avisado por
aquele, que sequer se apresentou.
O monitor já apresentava taquicardia sinusal, elevação
da pressão arterial (160/100 mmHg), e o paciente,
‘
angustiado, olhando para aquelas luzes no teto e
pensando no que iria ocorrer.
De repente, chega o cirurgião e fica irritado com a
notícia da não autorização do material. Para contornar
a situação, fala ao paciente: “Não se preocupe, iremos
achar outro material e dar um jeito.” Bem, agora a
pressão arterial foi para 180/100mmHg... Dar um
jeito, achar outro material... “Puxa vida, sou um ser
humano, e não um motor de automóvel para revisão!”
Pensa o paciente, que começa a sentir uma tontura e
um gosto de remédio na boca. Está sendo induzida a
anestesia geral...
Talvez este relato pareça apenas fictício ou tenha sido
presenciado por alguém em algum hospital mundo
afora, mas, com certeza, nos leva a refletir sobre que
tipo de médico somos e qual a anestesia que queremos
oferecer ao paciente.
Senhores, infelizmente, o romantismo da medicina
foi vencido pelo negócio médico, no qual o paciente é
apenas um meio para se obterem os valores agregados
a esse negócio. Esquecem-se de que aquele paciente
deitado na mesa cirúrgica tem sentimentos, projetos
de vida, família e, acima de tudo, esperança de estar
em “boas mãos”. Na sala de espera do centro cirúrgico,
encontram-se sua esposa, seus filhos, netos ou amigos
que torcem para que tudo seja um sucesso e que o
paciente retorne logo para casa.
SBA | Artigos
Humanizar o atendimento
anestésico, promovendo a
dignidade humana e o respeito
ao próximo
palavra de incentivo, um aperto de mão, pode valer
muito mais na hora de “apreciar” as luzes que pairam
no teto que um comprimido de benzodiazepínico.
Um simples bom-dia ou boa-tarde, sou o Dr. Fulano e
vou cuidar do senhor enquanto estiver sendo operado
já é um conforto e uma segurança inigualável para
afastar as angústias do paciente. Informar todos os
procedimentos que serão realizados é um sinal de
respeito para um paciente leigo, pois tudo é novo e
apavorante.
O fato de evitar comentários a respeito do
procedimento ou do material que não está disponível
ou ainda não chegou leva a uma demonstração de
respeito com o paciente.
Cabe a nós, médicos anestesiologistas, além de
zelar pela vida do paciente enquanto este está sendo
operado, humanizar o atendimento anestésico,
promovendo a dignidade humana e o respeito ao
próximo.
A propósito: algum dos colegas já conheceu o centro
cirúrgico pelo teto?!
■
* O autor é membro da Comissão de Educação
Continuada da SBA
O ser humano deve ser tratado como tal, e uma
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Por Tadeu Sampaio *
BRASIL, UM GRANDE PAÍS
Precisamos de dois pilares urgentes –
ética e credibilidade
sociedade e, com isso, desenvolveu a necessidade de
estabelecer uma organização social relativamente definida
para nortear as ações de cada indivíduo e da sociedade
como um todo.
É uma conquista. Não depende só de propaganda, mas de
atitudes corretas e confiáveis. Não basta sair falando que se
é de confiança. Desenvolve-se minuto a minuto, dia após
dia, consumindo meses, anos, às vezes décadas inteiras.
Só se alcança a credibilidade através de atitudes repetidas
e constantes de lisura e transparência, sem nunca parar.
Dizer a verdade tem a ver diretamente com credibilidade.
Mas isso é difícil!
Podemos atribuir a essa organização ou maneira de agir
o nome de costume e/ou cultura de um povo. Porém,
nenhuma sociedade atual chamada de grande nação
se faz sem um grande povo, e os pilares são a ética e a
credibilidade, no entanto, é fácil verificar que o desejo
obsessivo por obtenção, possessão e consumo da maior
quantidade possível de bens materiais é o valor central na
nova ordem estabelecida no mundo, em que o prestígio
social é concedido para quem consegue esses bens.
O sucesso material passou a ser sinônimo de sucesso
social, e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer
custo. Prevalecem o desprezo ao tradicional, o culto à
massificação e à mediocridade que não ameaçam e que
permitem a manipulação fácil das pessoas.
O Dr. House – médico de uma série de TV americana
– diz que todos mentem: “Everybody lies!” São quase
infinitas as ocasiões em que o mais fácil é mentir. Causa
a sensação de que estaremos protegendo algo ou nossa
pele. O problema é que toda mentira vem à luz, um dia.
E quando isso acontece, o que se perde? A credibilidade.
Mesmo que doa; mesmo que transpareça uma
desvantagem temporária, a verdade é a única garantia de
conforto e paz no longo prazo. Aliás, este é o aspecto mais
esquisito da credibilidade: leva-se uma vida inteira para
conquistá-la, mas poucos segundos para perdê-la. E daí?
Nada mais resta. Quem a perde tem de se esforçar cem ou
mil vezes mais para reconquistá-la, correndo o trágico risco
de não mais conseguir.
A credibilidade é a característica da pessoa em quem se
pode acreditar; que é confiável. Sem credibilidade não
somos aceitos em lugar nenhum e em nenhuma situação.
Um casamento não se sustenta sem credibilidade – não
se mantêm clientes, funcionários não prosperam, não se
obtém crédito ou empréstimo, tudo pode sofrer muito por
falta de credibilidade.
Para ter sucesso com base na credibilidade são necessários
determinação, organização e treinamento em tudo que nos
dispomos a fazer, da melhor forma possível, ou seja, como
eu costumo dizer, não existe mulher meio grávida, ou ela
está ou não está. Essa é minha forma de encarar a vida,
sempre fazendo tudo com paixão, amor e dedicação, assim
tornamos visíveis nossos valores, atitudes, ideias, emoções.
Mas credibilidade não é coisa que se consiga de um
instante para outro. Leva tempo. É lento. Exige paciência.
Aprendi com Rogers a atitude maravilhosa de quem gosta
de aprender. O aprender dá sentido à vida, a todos os
• Desde o início da humanidade, o homem vive em
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| Anestesia em revista
‘
momentos da vida, mesmo quando ela está no fim. Essa
atitude de gostar de aprender não se improvisa. Vai se
desenvolvendo ao longo da vida, com base em experiências
positivas na infância, em casa e na escola. Se a escola
incentiva a curiosidade, a descoberta, o aluno desenvolve
o gosto por ler, por ir além do exigido, pesquisar por si
mesmo e vai atrás de novos conhecimentos.
As atividades de maior credibilidade no Brasil são:
1 – Bombeiro – 98% no Brasil e 94% no mundo;
2 – Carteiro – 92% no Brasil e 82% no mundo;
3 – Professor dos ensinos médio e fundamental – 87% no
Brasil e 84% no mundo;
3 – Médico – 87% no Brasil e 84% no mundo;
4 – Forças Armadas – 84% no Brasil e 81% no mundo;
5 – Organizações de proteção ao meio ambiente – 80% no
Brasil e 62% no mundo;
5 – Pesquisador de mercado – 80% no Brasil e 55% no
mundo;
6 – Jornalistas – 76% no Brasil e 41% no mundo;
7 – Publicitário – 71% no Brasil e 21% no mundo;
8 – Instituições religiosas – 70% no Brasil e 51% no
mundo;
9 – Instituições de caridade – 68% no Brasil e 59% no
mundo;
10 – Juíz – 67% no Brasil e 62% no mundo.
Pensar sobre a ética é contribuir para aumentar a reflexão
sobre a ação humana, tornando-nos mais sensíveis e
sensatos, porque ela nos aproxima da realidade e nos torna
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Sem credibilidade nós não somos
aceitos em lugar algum.
mais conscientes das ações que praticamos em todos os
espaços de nossa vida.
O homem é um ser no mundo, que só tem sua existência
completa no encontro com outros homens, ou seja, todas
as suas ações e decisões afetam as outras pessoas. Quando
os valores e costumes estabelecidos numa determinada
sociedade são bem aceitos (normas concretas, ideias
próprias, sabedoria de um povo), não há muita
necessidade de reflexão sobre eles. Mas quando surgem
questionamentos sobre a validade de certos costumes
ou valores consolidados pela prática, há a necessidade de
fundamentá-los teoricamente ou, para os que discordam
deles, criticá-los. Baseado nesses costumes e estabelecendo
com eles uma relação de influência mútua temos, então, os
chamados valores.
A ética é um caminho positivo a ser seguido, para a boa
e salutar convivência social. Com base em uma pesquisa
sobre a natureza do bem moral na busca de um princípio
absoluto de conduta, surgiu, na Grécia Antiga, o ideal de
ética. A palavra ética vem do grego ethos que, pronunciado
com épsilon (o e longo) significa caráter do indivíduo
e com eta (o e curto) significa costumes e tradições de
um povo. Por isso, tem-se, hoje, uma discussão em torno
da diferença entre moral e ética. Sócrates, o filósofo que
aparece nos Diálogos, de Platão, usando o método da
maiêutica (interrogar o interlocutor até que este chegue
por si mesmo à verdade, sendo o filósofo uma espécie de
“parteiro das ideias”), foi condenado a beber veneno. A
acusação era de que ele seduzia a juventude, não honrava
os deuses da cidade e desprezava as leis da polis (cidadeestado). Sócrates obedecia às leis, mas as questionava em
seus diálogos, procurando fundamentar racionalmente sua
validade.
Os profissionais, em geral, precisam ter sólida formação
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ética, olhar crítico, atualização, independência, talento,
intuição, reflexão, educação e humildade para servir as
pessoas, fazendo sempre o bem e afastando o mal de
seu convívio. Pois a ética aqui comentada não surgiu
apenas como adjetivo, mas em sua origem substantiva
de transportar valores, normas de conduta ao exercício
da vida. Ela não é sinônima da honestidade de um
indivíduo, mas um conjunto de valores que deve ser
seguido e debatido com sensatez. Por isso, sua prática
exige humildade, sinceridade, força de vontade, liberdade.
Desejar sempre fazer o bem é nossa bandeira, pensar
na consequência do que se fala, contar a verdade com
fundamentação, possuir impulso de orientador, mostrar
coragem, ter disposição de admitir o próprio erro é
primordial.
diálogo das Leis afirma que “Deus é a medida de todas as
coisas”. E quais seriam as principais virtudes:
- Justiça (dike), a virtude geral, que ordena a harmoniza;
- Prudência ou sabedoria (frónesis ou sofia) é a virtude
própria da alma racional;
- Fortaleza ou valor (andréia) é a que faz com que as
paixões mais nobres predominem;
- Temperança (sofrosine) é a virtude da serenidade.
Diversos são os temas nos quais as reflexões éticas são
relevantes, em razão da necessidade de se estabelecerem
normas de conduta que garantam a harmonia dos homens
entre si e destes com a natureza. Na reflexão grega daquela
época, nesse campo, surgiu como uma pesquisa sobre a
natureza do bem moral, na busca de um princípio absoluto
da conduta. Cordão umbilical de muitas ideias éticas,
como as duas formulações mais conhecidas: “nada em
excesso” e “conhece-te a ti mesmo”. (O contexto em que
tais ideias nasceram está ligado ao santuário de Deltos, do
deus Apolo.)
O homem tem seu ser no viver, no sentir e na razão. É
essa última que caracteriza especificamente o homem.
Para Sócrates, sua preocupação moral é expressa no lema
“conhece-te a ti mesmo” (lema que não era teórico, mas
prático, pois não buscava conhecimento puro, e sim
sabedoria de vida). Para Adolfo Sánchez Vásquez, a moral
é o conjunto de princípios e normas, ou regras, admitidas
por determinada sociedade, e a ética seria a ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade. Já
para Leonardo Boff, que reúne as ideias que mais vêm ao
encontro de nossas concepções, a ética é uma parte da
filosofia que estabelece princípios e valores, que orientam
pessoas e sociedades. Já a moral é o conjunto de costumes,
hábitos e valores culturalmente estabelecidos na vida
concreta dos indivíduos.
O sábio não é, então, um cientista teórico, mas um
homem virtuoso ou que busca a vida virtuosa e que
assim consegue estabelecer, em sua vida, a ordem, a
harmonia e o equilíbrio que todos desejam. A Dialética
e a Virtude devem andar juntas, pois a dialética é o
caminho da contemplação das ideias e a virtude é essa
adequação da vida pessoal às ideias supremas. Ora, o que
seria um homem virtuoso? É lógico que seria a imitação
ou assimilação de Deus: aderir ao divino. No entanto, o
A bioética é o estudo das implicações morais despertadas
pelas pesquisas científicas em medicina e biologia. Após
a Segunda Guerra Mundial, a divulgação das atrocidades
cometidas em prol do “progresso científico” demonstrou
que, mais do que nunca, normas que guiassem esse
progresso deveriam ser empregadas. Mais recentemente, a
questão ambiental ganhou destaque e a bioética ressaltou
que sem aplicação da sustentabilidade não há meios de se
manter a biodiversidade e, com isso, o equilíbrio ambiental,
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| Anestesia em revista
‘
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Preservasse os direitos dos
homens e lhes cobrasse seus
deveres.
fundamental para a manutenção da vida no planeta.
No universo profissional é, também, imprescindível
a adoção de padrões de conduta. Por isso, existem os
códigos de ética profissional, que regularizam as ações dos
trabalhadores, de modo que cada profissão tenha um ideal
de bom comportamento para ser seguido.
O ideal ético para Hegel estava numa vida livre em um
estado livre, um estado de direito que preservasse os
direitos dos homens e lhes cobrasse seus deveres. Não se
entende muito bem que uma geração deva ser sacrificada
hoje pelas gerações futuras, e há quem diga que a justiça
futura não compensará jamais a injustiça atual.
No período clássico da filosofia grega (século V a.C.), os
pensadores rejeitaram a tradição mítica ao admitir que
os princípios morais resultam de convenções humanas.
Para Platão, grande sistematizador desse período, os
homens deveriam procurar a contemplação das ideias,
principalmente da ideia do Bem, que é a mais importante.
Por isso, ele defendia que o ideal buscado pelo homem
deve ser a imitação de Deus, ou seja, aderir ao divino
corresponde ao Sumo Bem e que, pelo fato de a vida
prática se assemelhar muito à prática teórica, a distância
entre as virtudes intelectuais e morais é pequena. Já para
Aristóteles, sem um conjunto de bens definidos, não
há felicidade. Ou seja, o homem não pode apenas viver,
mas, sim, viver racionalmente, sempre em busca de bons
hábitos, pois a virtude é uma espécie de segunda natureza
adquirida pela razão livre.
Vale ressaltar que um comportamento ético se realiza
somente quando razão e emoção, corpo e alma, mente e
coração se integram e se harmonizam, determinando as
escolhas que revelam o caráter de cada um (Chalita, 2003).
Portanto, uma pessoa é ética quando pensa e age de acordo
com os valores morais. O caráter de uma pessoa é algo que
está de acordo com seus princípios éticos e que pode ser
adquirido e/ou modificado. Chamamos as disposições
estáveis para agir bem de virtude, assim, o caráter está
intimamente ligado às qualidades morais. A prudência, a
amizade, a justiça, a fortaleza, a sinceridade, a honestidade,
a disciplina consciente e a solidariedade, entre outras
características, são exemplos de virtudes.
O que há de comum no pensamento desses filósofos
é a concepção de que a virtude resulta do trabalho
reflexivo, da sabedoria, do controle racional dos desejos
e das paixões, ou melhor explanando essas ideias, esta
aliás deveria ser o principal. Com o Renascimento e o
Iluminismo, foram acentuados outros aspectos da ética: o
ideal seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal.
O homem racional, autônomo, autodeterminado, aquele
que age segundo a razão e a liberdade. Para outros filósofos
e pensadores, a noção ou o conceito de ética apresenta
aspectos relacionados com o objeto de estudo e do tempo
de cada um, motivo pelo qual o conceito de ética vem
evoluindo ao longo do tempo.
A bioética carrega em si implicações morais: aborto,
eutanásia, clonagem terapêutica, pesquisas com célulastronco, desenvolvimento de espécies transgênicas e, mais
recentemente, preocupação com o homem diante da crise
ambiental e o dever dos profissionais envolvidos com
tais questões são algumas das abordagens desse estudo.
Outros especialistas definem ainda melhor o termo em
questão: “União dos valores éticos e os fatos biológicos
para a sobrevivência do ecossistema todo: a bioética tem
a tarefa de ensinar como usar o conhecimento em âmbito
científico-biológico” (Sgreccia, 1996). A questão do aborto
continua longe de um consenso moral democrático – há
os que defendem a autonomia da mulher em decidir o que
fazer e aqueles que visam à preservação da vida humana
acima de tudo, sendo estes também contrários à eutanásia.
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Não existe polêmica só sobre a possibilidade de finalizar
uma vida: o desenvolvimento da biotecnologia traz um
novo horizonte para a manipulação de vidas – a fertilização
in vitro, por exemplo, permite a criação de um novo ser
sem que seja necessária a relação sexual; a produção de
organismos geneticamente modificados leva a sociedade
a pensar até que ponto a ciência traz vantagens para a vida
das pessoas, já que nem os próprios cientistas têm, ainda,
constatações seguras sobre os efeitos do uso de alimentos
transgênicos em seres vivos; a clonagem terapêutica é
defendida por aqueles que enxergam nela a possibilidade
de cura de doenças, por meio do implante de células
clonadas, mas é criticada pelos que veem no embrião
gerado para o procedimento um ser vivo; esse é também
um dos maiores dilemas das pesquisas com células-tronco,
que, atualmente, ganharam destaque em razão do fato de
ter entrado em vigor a Lei de Biossegurança Nacional,
que estabelece normas de segurança e mecanismos
de fiscalização das pesquisas nessa área. No campo da
medicina, uma gama de outros temas que incitam reflexões
semelhantes poderia ainda ser discutida, porém, isso foge
ao objetivo deste texto.
em UTI, em uma cama fria de hospital, ligado a aparelhos
e sob um agitado entreabrir de portas, burburinho,
sussurros e passos apertados. Quero morrer em paz, em
silêncio, em casa, ao lado de minha família. Oportuna é a
observação da psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, na obra
Sobre a morte e o morrer: “Aqueles que tiverem a força
e o amor para ficar ao lado de um paciente moribundo,
com o silêncio que vai além das palavras, saberão que tal
momento não é nem assustador nem doloroso, mas um
cessar em paz do funcionamento do corpo. Observar
a morte, em paz, de um ser humano, faz-nos lembrar
uma estrela cadente. É uma entre milhões de luzes do
céu imenso, que cintila ainda por um breve momento
para desaparecer para sempre numa morte sem fim. Ser
terapeuta de um paciente que agoniza é nos conscientizar
da singularidade de cada indivíduo nesse oceano imenso
da humanidade. É uma tomada de consciência de nossa
finitude, de nosso limitado período de vida. Poucos entre
nós vivem além dos 70 anos; ainda assim, nesse curto
espaço de tempo, muitos entre nós criam e vivem uma
biografia única, e nós mesmos tecemos a trama da história
humana.”
As relações humanas são sempre complexas, e isso não
é diferente no âmbito profissional. Um dos aspectos
relevantes diz respeito aos profissionais que devem ter
um tratamento igualitário. É fato que isso não acontece
na maioria das profissões, nas quais os subordinados são
tratados como inferiores. Deve-se levar em conta sempre
que todos merecem ser respeitados, embora a ética,
às vezes, seja deixada de lado por questões puramente
financeiras. É preciso compreender e aceitar que a vida e a
medicina têm seus limites.
Concluo com este resumo do filósofo e poeta
Rabindranath Tagore, em Pássaros errantes: “A pequena
verdade tem palavras que são claras; a grande verdade tem
grande silêncio.” Por isso, é sempre bom ponderar sobre a
ética, pois contribui para aumentar a reflexão sobre a ação
humana, tornando-nos mais sensíveis e sensatos, porque
ela nos aproxima da realidade e nos torna mais conscientes
das ações que praticamos em qualquer espaço da vida.
De minha parte, me prevaleço da publicidade escrita para,
nesse aspecto, deixar meu testamento. Não quero morrer
*O autor é médico, especialista em ginecologia, obstetrícia,
mastologia e ultrassonografia, em Belém, PA.
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Por Antonio Ferreira Couto Filho *
Um médico no juizado criminal:
todos temos direitos e deveres
• É correto afirmar que em nossa efêmera existência,
todos temos direitos e deveres, mas é fundamental
respeitar os que nos ajudam, para que o próprio respeito
gere a tranquilidade geral de que precisamos para uma
convivência harmônica e frutífera.
Faz parte de minha rotina profissional acompanhar
médicos para serem ouvidos em delegacias e em
juizados especiais criminais. Frequentemente, os
médicos são chamados para demonstrar que não
erraram, e esquecemos que o infortúnio, o dano, a
desgraça, a doença e a morte são componentes comuns
e diários na vida de quem trabalha pela busca da saúde e
do estado de melhora de seu semelhante.
Nas muitas vezes em que presenciei essa vivência, pude
perceber o quanto é importante e preponderante o
respeito. Respeitar o médico que lhe ajuda é promover
a necessidade do autorrespeito. Em última análise, é
pautar seu comportamento na direção de ser respeitado,
pois aquele que respeita é o mesmo que o exige,
provocando uma harmonia interpessoal e abrangente
nas relações humanas.
Os motivos que levam profissionais probos a serem
submetidos a oitivas e julgamentos perante as
autoridades policiais e penais competentes, não raro,
estão ligados a nossos aprisionamentos judaico-cristãos
de culpa e pecado.
Está, atualmente, na moda os repórteres acompanharem
o fato social, seguindo a polícia – inclusive com
aeronaves –, de tal sorte que interferem no trabalho
policial. Mas o grande perigo é a busca desenfreada da
manchete, sendo certo que a notícia, por si só, não é
apelo suficiente para prender a atenção do ouvinte ou
telespectador, gerando enorme luta por Ibope, pois os
patrocinadores querem anunciar seus produtos nos
programas que atinjam o maior número de pessoas,
razão pela qual o exagero é premiado, esquecendo o
sábio conselho de Gibran Kalil Gibran, quando ensina
que “O exagero é a verdade que perdeu a calma”.
Uma vez li em Ânimo, livro de Lourival Lopes, que
nosso comportamento para com nossos semelhantes
deveria ser como a água: “...É como a água que, se
bem empregada, produz limpeza e progresso; mas, se
mantida inerte, é foco de doenças.” Assim, direitos e
deveres devem ser exigidos de todos os atores dessa
grande e linda ópera chamada vida e estar adstritos a
eles. Médicos são pessoas respeitosas e que merecem
nosso respeito.
A saúde do brasileiro está subsumida a uma grave
situação, pois, se de um lado, nossa Constituição
copiou o modelo inglês no sentido de determinar que
saúde é dever do estado e direito de todos (art.196), de
outro, criou a Saúde Suplementar, que transformou a
saúde em um negócio, que, como tal, idolatra o lucro e
amaldiçoa o custo. Essa dualidade tola e absolutamente
divergente conta com um ator comum, qual seja, o
médico.
No primeiro caso, ele nada define, apenas cumpre
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O exagero é a verdade que
perdeu a calma.
seu papel de funcionário público ou contratado e, no
segundo caso, ele é parte do custo, sendo vigiado para
não gastar além do mais absolutamente necessário.
Portanto, sempre a população encontrará essa interface
com o ser humano e pessoa do médico, o que nos leva
a crer que o respeito é o único caminho seguro para
médicos e pacientes.
Os casos de dolo ou de culpa, por razões óbvias,
deverão ser excluídos dessa casuística aqui tratada,
pois o erro é para ser reparado e a lei não tem
faltado com a tutela protetiva e defensiva dos
consumidores, já que a relação médico-paciente
é tida, pelos juristas e julgadores, como relação
de consumo. Aliás, exatamente por conta
dessa dualidade tola e divergente de a saúde,
no país, “pertencer” ao Sistema Único de
Saúde (SUS) e ao negócio privado.
Assim, autoridades policiais, repórteres,
promotores, juízes, defensores
públicos, advogados e pacientes,
tratemos nossos médicos com o
respeito que exigimos com que nos
tratem e abandonemos a manchete
geradora de pecúnia, pois todos
nós precisamos do trabalho do
médico respeitado, quer no
SUS ou na saúde privada, pois
nossa vida é conduzida rumo
à doença e à morte.
■
*O autor é presidente da
Comissão de Biodireito
do Instituto de Advogados
Brasileiros (IAB).
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| Anestesia em revista
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Normas para a concessão de apoio e
divulgação de eventos científicos nos
órgãos de divulgação da SBA
• Com objetivo de otimizar a divulgação e o apoio
a eventos promovidos por suas regionais, Centros
de Ensino e Treinamento, associados e outros,
evitando assim, atrasos na inserção destes em seu
calendário científico, a Diretoria da Sociedade
Brasileira de Anestesiologia está adotando as
seguintes normas:
a) Toda solicitação deverá ser encaminhada
à SBA pela regional do estado da federação
onde o evento será realizado, com
informação sobre seu aval.
b) As solicitações devem conter:
programação científica com os nomes dos
palestrantes e suas respectivas titulações,
carga horária, público-alvo e informação
sobre o registro na CNA.
d) Esses eventos serão incluídos no
calendário científico da SBA.
e) Após a concessão de apoio, se o solicitante
desejar a etiquetagem dos associados
para a divulgação do evento, poderá obtêla mediante assinatura de um termo de
compromisso de utilização e reembolso de
seu valor de custo.
f ) Quando solicitada apenas a divulgação
de evento, esta compreenderá a inclusão do
mesmo no calendário existente no portal da
SBA.
■
Diretoria da SBA
c) Concedido o apoio, a SBA enviará, ao
solicitante, a logomarca que deverá ser
incluída em todo material promocional do
evento.
Notícias |
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SBA
SBA | Notícias
Notícias
Cremeb elegeu nova diretoria com
participação de anestesistas
• Os conselheiros que compõem a nova diretoria do
forma otimista, pois estamos certos de que com trabalho,
dedicação, harmonia e superação certamente cumpriremos
nosso dever de servir à medicina e à sociedade baiana”,
declarou.
Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia
(CREMEB) acabam de ser eleitos em sessão plenária. O
conselheiro José Abelardo Meneses será o novo presidente
do CREMEB, tendo como vice a conselheira Teresa
O conselheiro Jorge Cerqueira, que transferirá a função
Maltez e os conselheiros Jorge Cerqueira como primeiro
após duas gestões
secretário, Hermila
como presidente, está
Guedes como segunda
satisfeito com o resultado
secretária, Luiz Carlos
das eleições e com a
Borges como tesoureiro,
passagem do cargo
Marco Antônio Almeida
para seu atual vice. “O
como corregedor e José
conselheiro Abelardo
Augusto da Costa e Maria
tem todos os títulos que
Lúcia Bonfim Arbex
o qualificam para exercer
como primeiro viceuma presidência digna
corregedor e segunda
e elevar ainda mais o
vice-corregedora,
Hermila Guedes, Lúcia Arbex, Jorge Cerqueira, Teresa Maltez, José Abelardo Meneses,
conceito do CREMEB.”
respectivamente.
Marco Antônio Almeida, José Augusto da Costa e Luiz Carlos Borges
O conselheiro federal Jecé
Brandão, que também faz
As eleições contaram
parte do CREMEB, aproveitou a ocasião para ressaltar o
com a participação de 35 conselheiros, e a chapa única
sucesso da gestão que se encerra em abril. “O conselheiro
foi eleita com 91% dos votos. Os eleitos tomam posse
Jorge Cerqueira honrou a luta dos colegas que, desde
no dia 31 de março, após as atividades do VII Seminário
2001, assumiram e mantêm o compromisso de elevar o
sobre Responsabilidade Médica, no Hotel Pestana, em
padrão do exercício da medicina no estado e defender os
Salvador. A gestão dura até o fim do mandato dos atuais
interesses da categoria”, relatou ao fim do pleito.
conselheiros, em 30 de setembro de 2013.
Para o presidente eleito, o conselheiro José Abelardo,
o apoio dos colegas reforça a integração entre os
conselheiros e o reconhecimento do trabalho que
vem sendo feito: “Agradeço a ampla manifestação de
confiança dos conselheiros neste momento, assim como
no momento da composição de nossa chapa. Aceitamos
o desafio de dirigir o CREMEB nestes 30 meses de
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| Anestesia em revista
O Dr. Antônio Jesuíno dos Santos Netto, ex-conselheiro
da casa, membro da Câmara Técnica de Cirurgia Geral e
do Aparelho Digestivo e médico altamente participativo
nas atividades do conselho, foi convidado para assistir ao
processo eleitoral.
■
Fonte: Marla Barata - Ascom CREMEB
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Alckmin assina, na AMB, ampliação
de vagas e aumento na bolsa de
residência em SP
• O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteve na
sede da Associação Médica Brasileira na manhã de terçafeira, 1º de março, para anunciar a ampliação do número
de vagas de residência médica no estado – de 4.848 para
5.051 vagas – e o aumento no valor da bolsa paga aos
médicos residentes – de R$ 1.916 para R$ 2.338.
“É uma satisfação recebê-los neste dia tão importante, em
que vemos firmadas ações que beneficiam a valorização
do médico e a saúde da população. Estamos celebrando a
ampliação das opções de capacitação médica”, disse José
Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB.
“É uma alegria muito grande vir à casa dos
médicos brasileiros firmar esse aumento,
pois nos causa preocupação saber que o
número de escolas médicas está maior e que
São Paulo recebe um quarto dos médicos
residentes do país, mas as vagas de residência
não acompanham esse processo. É preciso
complementar a educação para podermos
oferecer à população uma medicina segura e de
qualidade”, disse.
O secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido
Cerri, também veio à entidade e anunciou que
o acordo de educação médica continuada e de
distribuição de diretrizes assinado entre a AMB
e a Secretaria de Saúde, firmado em 2007, será
renovado.
“Ao assinar esses decretos, o governo de São Paulo não só
trabalha na qualificação dos médicos paulistas, mas mostra
a importância que a saúde tem ao oferecer uma política de
qualidade para quem precisa mais”, disse Cerri.
A mesa foi composta também por Edmund Baracat,
diretor científico da AMB, e Linamara Battistella,
secretária de Direitos da Pessoa com Deficiência.
■
Fonte: AMB - Imprensa
(11) 3178-6802
www.amb.org.br
Notícias |
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SBA | Notícias AMB
Notícias
Medicamentos e o controle da
obesidade
• Não faz sentido introduzir medicamentos no mercado
nacional ou retirar dele sem ouvir os médicos que clinicam
nas especialidades que os prescrevem. São eles os que
têm contato direto com os usuários, conhecem suas
necessidades, as limitações e a efetividade das diferentes
alternativas terapêuticas, além de entender com clareza o
lugar e as reais implicações das intervenções médicas.
O país acompanhou, com grande interesse, a
discussão travada em torno da tentativa de retirada dos
medicamentos voltados para o controle da obesidade do
mercado nacional. A proposta partiu da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA). Baseou-se na decisão
de agências estrangeiras e em pareceres técnicos internos,
sem que fosse considerada a posição dos especialistas da
área.
O processo desenvolveu-se em reunião em que foram
apresentados os pontos de vista da agência, tendo sido
concedido aos médicos espaço para expressão nos debates.
Convidada para dele participar, a Associação Médica
Brasileira (AMB) fez-se, naturalmente, representar pela
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(SBEM). Na ocasião, foi assinalado que o parecer da
ANVISA discordava da diretriz para o tratamento
farmacológico da obesidade adrede elaborada pela AMB/
SBEM. Ficou evidente o desconforto criado pela omissão
dos apresentadores, que desconsideraram a opinião dos
especialistas da área.
Temos por óbvio que educação alimentar e atividade física
regular são fundamentais no tratamento da obesidade.
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| Anestesia em revista
Nem sempre, todavia, tais medidas são suficientes para
a solução desse relevante problema. Em muitos casos, é
preciso acrescentar medicamentos e até mesmo cirurgia. A
AMB e a SBEM analisaram todas as evidências disponíveis
na literatura médica sobre tratamento da obesidade e
elaboraram diretrizes que servem para nortear a prática
clínica nesse campo. Incluiu-se a avaliação de indicações,
contraindicações, efetividade e eventos adversos dos
fármacos existentes para esse fim. Esse material está
disponível no site www.projetodiretrizes.org.br.
No Brasil, milhares de pessoas se beneficiam desses
medicamentos; pacientes que têm de ser considerados
em uma discussão de caráter nacional. O cuidado com
as indicações, a fiscalização para impedir a dispensação
sem prescrição e a repressão ao uso ilícito são algumas
alternativas ao simples banimento indiscriminado desse
conjunto de fármacos.
A AMB e a SBEM esperam que essa matéria volte a ser
tratada com a devida atenção aos pacientes em tratamento
e que sejam os médicos assim ouvidos. Que haja o mesmo
olhar para os que cuidam das pessoas, os que zelam pela
saúde das populações e os que garantem a segurança dos
medicamentos.
■
O Dr. José Luiz Gomes do Amaral é presidente da
Associação Médica Brasileira
O Dr. Ricardo M. R. Meirelles (foto) é presidente da
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
SBA
SBA | Notícias
Notícias
Por Mario J. Conceição*
A Revista Brasileira de Anestesiologia
é cadastrada no Thomson Reuters ISI
•
A Revista Brasileira de Anestesiologia (RBA) avançou
um pouco mais em direção à maturidade entre os
periódicos científicos. Em data recente, recebemos a
informação de que a revista foi indexada pela Thomson
Reuters ISI e no ano que vem sairá pela primeira vez seu
Fator de Impacto, ao lado de inúmeras outras publicações
ao redor do planeta. Esse alvo foi alcançado graças aos
esforços de outros editores e ao apoio inconteste das
diretorias da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
a esse projeto.
O que vêm a ser o Thomson Reuters ISI e o Fator de
Impacto
ISI é a sigla mais antiga para Institute of Science
Information, atualmente conhecida como Thomson ISI.
Anualmente, a instituição Thomson Reuters publica,
na revista Journal Citation Reports, o Fator de Impacto
utilizado mundialmente como parâmetro de avaliação da
importância da produção científica. A instituição Thomson
Reuters rastreia as publicações cadastradas em seu sistema
e realiza uma forma de cálculo que resulta em um número
denominado Fator de Impacto. Em resumo, esse número
procura definir o número de vezes que artigos publicados
nas revistas cadastradas foram citados por outros autores e
entre elas. Quanto maior o número, maior é a importância
da revista em sua área de publicação, indicando que ela
é lida e utilizada como fonte de informação por outros
autores.
Há muitos anos o Fator de Impacto é o principal índice
bibliométrico utilizado em todo o mundo para atribuir
importância a uma revista ou a um autor. O Fator de
Impacto, ao lado de outro índice chamado de Índice H, é o
instrumento mais pesquisado e estudado na cientometria
internacional. Para a publicação, significa reconhecimento
e respeitabilidade; para os autores que publicam em suas
páginas, atribui importância e garante a visibilidade de seu
trabalho na comunidade científica; já para os leitores, é a
garantia de estarem lendo fonte de informação reconhecida
internacionalmente e que assumiu compromissos rígidos
na manutenção da qualidade daquilo que publica.
Nenhuma dessas indexações é vitalícia. A revista pode
ser rebaixada, perdendo sua indexação, caso não venha a
preencher os critérios exigidos. Por isso, o compromisso é
permanente, sobretudo em se tratando de publicação do
assim chamado terceiro mundo, porque publicações dessas
regiões do planeta têm grande dificuldade em alcançar esse
tipo de status. No cadastro Thomson Reuters ISI, a RBA é
rara exceção. Vamos continuar lutando para mantê-la nesse
nível, ampliando o alcance do que se produz no Brasil.
O empenho das diretorias da SBA na qualidade da Revista
Brasileira de Anestesiologia advém de uma das missões
da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA): a
educação continuada de seus sócios. A revista é o principal
órgão da SBA nessa missão. A cada dois meses, os sócios
recebem uma publicação de qualidade, com informações
clínicas, revisões e artigos científicos escritos, em sua
maioria, por outros sócios dedicados a essa atividade e que
contribuem para a discussão e a formação dos colegas em
torno dos temas da anestesiologia. Autores de áreas afins
também têm utilizado as páginas da RBA para divulgar
seus trabalhos. Com os avanços conseguidos, poderemos
também ter textos produzidos em outras partes do mundo,
permitindo a discussão, em pé de igualdade, com colegas
também do exterior.
■
*O autor é editor-chefe da RBA.
Notícias |
33
Provas SBA
•
Como efetuar sua inscrição?
Encaminhar correspondência pelo correio (modelo
no portal da SBA), com aviso de recebimento, com a
indicação de qual prova deseja inscrever-se, juntamente
com o comprovante de depósito do valor que
corresponde à inscrição.
Endereço para envio da solicitação de inscrição:
Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo
CEP 22251-080 - Rio de Janeiro - RJ
Data-limite para a inscrição nos concursos:
TEA – 16/5/2011;
Dor, TSA escrita e TSA oral segundo semestre –
11/8/2011.
Dados necessários para o depósito:
Valor integral para inscrições em todas as provas – R$
428,00 (quatrocentos e vinte oito reais);
Favorecido – Sociedade Brasileira de Anestesiologia
(CNPJ: 33.748.831/0001-03);
Banco Santander – 033 – agência: 3826; contacorrente: 130004597.
Desconto especial para a prova TSA:
Provas escrita e/ou oral – os membros ativos ou
estrangeiros que efetuarem a inscrição para a prova
escrita e/ou oral do concurso do TSA tendo concluído
o CET até 31/12/2008 terão direito a desconto de 40%
(quarenta por cento); em 2011, o valor com desconto
é de R$ 256,80 (duzentos e cinquenta e seis reais e
oitenta centavos);
Os associados que se encontram fora desse período
deverão pagar o valor integral da inscrição.
Informações importantes:
1- Antes de solicitar sua inscrição, confirme, no portal
da SBA, os documentos necessários para evitar, assim, o
envio de documentação incompleta.
2 - Não serão aceitas inscrições por fax ou e-mail.
3 - Caso até 15 dias depois do envio de sua solicitação
não receba nenhuma comunicação da SBA, favor
encaminhar a solicitação de confirmação de sua
inscrição, acompanhada do aviso de recebimento
emitido pelo correio, para comprovar a entrega de sua
correspondência.
4 - Em hipótese alguma, haverá prorrogação de prazo
para inscrição, assim sendo, não serão aceitas inscrições
entregues ou postadas no correio fora do prazo.
34
| Anestesia em revista
5 - Caso necessite de mais esclarecimentos sobre
o assunto, favor contatar a SBA (21 2537-8100),
anotando o nome do funcionário que o atender.
6 - No dia da prova, serão exigidos, como identificação
do candidato, a carta de confirmação da inscrição e
o documento de identidade com foto atualizada. O
candidato deverá estar munido de caneta preta ou azul.
7- Data das provas escritas:
Prova TEA
- dia 13/8/2011;
Prova de Dor - dia 9/11/2011;
Prova TSA - dia 10/11/2011.
8 - Provas orais:
A distribuição dos dias para a realização das provas
orais será efetuada pela ordem de recebimento e pelo
protocolo das inscrições, assim sendo, antecipe sua
inscrição.
Prova nacional para médicos em especialização em
centros de ensino e treinamento:
10 de dezembro de 2011 – sábado;
horário único: das 9h às 13h.
Prova obrigatória para médicos em especialização em
CET/SBA - membros aspirantes da SBA:
- os membros aspirantes deverão estar quites com a
anuidade até a data de vencimento (30/4/2011);
- data-limite para o pagamento da anuidade de membro
aspirante com multa – 1/10/2011;
- os membros aspirantes em situação irregular não
poderão realizar a prova nacional.
Solicitação de realização de prova fora da regional na
qual o ME se encontra cadastrado e horário especial
por motivos religiosos deverão ser encaminhados para a
secretaria da SBA, por escrito, pelo(a) responsável pelo
CET, até 1/10/2011.
Mais informações, acesse o portal da SBA:
www.sba.com.br.
Atenção!
• ELEIÇÕES DA DIRETORIA E DO CONSELHO
FISCAL – SBA
De 10/8/2011 a 10/9/2011:
Período de inscrição das chapas para a eleição da
Diretoria e do Conselho Fiscal.
10/8/2011:
Convocação do associado regularizado para participar
das eleições.
9/11/2011:
Eleições da Diretoria e do Conselho Fiscal – limite para
o recebimento de votos na caixa postal.
11/11/2011 – até as 11h:
Disponibilização das credenciais dos representantes e
suplentes para os presidentes das regionais.
11/11/2011 – às 13h:
Sessão de instalação da AR.
11/11/2011 – às 13h:
Devolução, à mesa da AR, da lista de representantes
e suplentes, assinada por eles, para a liberação da
bancada.
ASSEMBLEIA GERAL (AG)
13/11/2011 – até as 17h:
Disponibilização do material da AR para os presidentes,
na secretaria da SBA, no CBA.
12/8/2011:
Convocação para a assembleia geral.
14/11/2011 – às 13h:
Sessão de ordem do dia da AR.
11/11/2011 – 11h30:
Assembleia geral, eleição da Diretoria e do Conselho
Fiscal e aprovação das contas.
11/11/2011:
Limite para a regularização, com a SBA e a regional, dos
membros ativos e remidos que queiram participar da
assembleia geral.
ASSEMBLEIA DE REPRESENTANTES (AR)
12/8/2011:
Envio à secretaria da SBA, pelas regionais, da listagem
dos membros ativos quites com a regional, com ano
de quitação e matrícula do associado, para cálculo do
número de representantes da AR.
12/09/2011:
Convocação para a assembleia de representantes.
REUNIÕES DA DIRETORIA COM OS
PRESIDENTES DAS REGIONAIS (CONVIDADOS:
COOPERATIVAS E FEBRACAN)
Às 9h – sábado.
Jasb – 25/6/2011.
JABC – 27/8/2011.
REUNIÕES DA COMISSÃO DE ENSINO E
TREINAMENTO COM OS RESPONSÁVEIS PELO
CET E MÉDICOS EM ESPECIALIZAÇÃO
Com os responsáveis – 8h, sábado.
Com o ME – às 11h, sábado.
Jasb – 25/6/2011.
JABC – 27/8/2011.
12/9/2011:
Limite para a regularização associativa dos membros
ativos que poderão ser indicados por suas regionais
como representantes e/ou suplentes.
REUNIÕES DA COMISSÃO DE
TREINAMENTO E TERAPÊUTICA DA DOR
COM OS RESPONSÁVEIS PELOS CENTROS
CREDENCIADOS
12/9/2011:
Limite de envio dos relatórios para o Boletim Agenda
(diretoria, comissões, comitês, conselhos e RBA).
Às 16h, sexta-feira.
Jasb – 24/6/2011.
JABC – 26/8/2011.
12/9/2011:
Divulgação do número de representantes de cada
regional para a assembleia de representantes.
DIVERSOS
10/11/2011 – até as 13h:
Entrega à secretaria da SBA, no CBA, pelos presidentes
das regionais, da lista de representantes e suplentes de
suas regionais.
30/6/2011:
Limite para o envio do relatório anual dos CET.
30/6/2011:
Limite para a inscrição de trabalhos concorrentes ao
prêmio Dr. José Carlos Ferraro Maia.
■
Notícias |
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SBA | Calendário Científico
SBA
Calendário Científico
Curso SAVA
05 e 06 de maio de 2011
Rio de Janeiro - RJ - 36ª Jaerj
XXXVI Jaerj - Jornada de Anestesiologia do Estado
do Rio de Janeiro
06 e 07 de maio de 2011
Hotel Intercontinental - Rio de Janeiro - RJ
8º Congresso Paulista de Anestesiologia - COPA
26 a 29 de maio de 2011
São Paulo - SP
XIX JAEPE – Jornada de Anestesiologia do Estado
de Pernambuco
08 a 10 de setembro de 2011
Summerville Beach Resort em Porto de Galinhas PE
Curso SAVA
17 a 18 de setembro de 2011
Goiânia - GO
Curso Via Aérea
23 de setembro de 2011
Salvador - BA – 24ª Jorba
Euroanaesthesia 2011
11-14 de junho de 2011
Amsterdam - NL
24ª JORBA – Jornada Baiana de Anestesiologia
24 a 25 de setembro de 2011
Salvador - BA
45ª JASB - Jornada de Anestesiologia do Sudeste
Brasileiro
23 a 25 de junho de 2011
Belo Horizonte - MG
Asa Annual Meeting 2011
15-19 de outubro de 2011
Chicago, IL - USA
IX Jalagipe
29 e 30 de julho de 2011
Aracaju - SE
II Jornada de atualização em anestesia e pósoperatório em transplante de órgãos
18 de agosto de 2011
São Paulo - SP
42ª JABC - Jornada de Anestesiologia do BrasilCentral
25 a 27 de agosto de 2011
Campo Grande - MS
Curso SAVA
26 e 27 de agosto de 2011
Belém - PA
Curso SAVA
07 e 08 de setembro de 2011
Porto de Galinhas - PE - 19ª Jaepe
36
| Anestesia em revista
XXXI Congresso Latinoamericano de
Anestesiologia
XVI Congresso Nacional de Anestesiologia
XXV Assembleia Ordinaria de la CLASA
24 a 27 de outubro de 2011
Panamá
Curso SAVA
09 e 10 de novembro de 2011
Fortaleza - CE - 58º CBA
Curso Salve uma Vida
12 de novembro de 2011
Fortaleza - CE - 58º CBA
58º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
10 a 14 de novembro de 2011
Fortaleza - CE
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Regionais e Cooperativas
Novas diretorias
• Novas diretorias de regionais
SPA - Sociedade Paranaense de Anestesiologia
Presidente: Ricardo Lopes da Silva
Vice-presidente: Paulo Bayer Tuleski
Primeiro Secretário: Fabiano Tadashi Shiohara
Segundo Secretário: João Alberto Martins Rodrigues
Primeiro Tesoureiro: Matheus Felipe Oliveira Salvalaggio
Segundo Tesoureiro: Douglas Vendramin
Diretora Científica: Maristela Bueno Lopes
Vice-diretor Científico: Francisco Amaral Egydio de
Carvalho .
SOMA - Sociedade Matogrossense de Anestesiologia
Presidente: Ricardo Gonçalves Prado
Vice-presidente: Kátia Gomes Bezerra de Oliveira
Secretário Geral: Antônio Catauli dos Santos
Secretário Geral: Victor Antonio Teixeira Alves
Tesoureiro: Hudson Marcelo da Costa
Tesoureiro: Pablo Grosh
Diretor Científico: Victor Antonio Teixeira Alves
Diretor Defesa Profissional: Jefferson Yoshinari Ferreira da
Cruz
Diretor de Eventos: Carlos Augusto Dias de Freitas
Conselho Fiscal: Manoel Bom Despacho Arruda Jr.
Conselho Fiscal: Clóvis Yoshiharu Aratani.
■
• Novas diretorias de cooperativas
COOPANEST-GO - Cooperativa dos Médicos
Anestesiologistas de Goiás
Presidente: Getulivam Pinheiro de Belém
Vice-presidente: José Fernando Bastos Folgosi
Secretário/Tesoureiro: Wagner Ricardo Soares de Sá
Adjuntos: Mário Namoniêr Gomes e Reinaldo Luis
Arnosti
Conselho Fiscal – Efetivo: Ubiratã Monte Christo Ferreira,
Maurício Ananias de Santana e José Gomes de Bastos
Conselho Fiscal – Suplente: Fernando Machado de
Araújo, Gelasio Lima Parreira e Jerônimo Luiz Ferrari
Figueiredo
COOPANEST-PA - Cooperativa dos Médicos
Anestesiologistas no Estado do Pará
Presidente: Luis Paulo Araújo Mesquita
Diretor Financeiro: Izabel Therezinha B.Alvarenga
Diretor Superintendente: José Mariano de Melo Cavaleiro
de Macedo
Conselheiro Vogal: Bruno Mendes Carmona, Maria Eda
Gil Alves Vale e Mário Nazareth Chaves Fáscio
Conselho Fiscal - Efetivo: Rosa Maria da Silva Beltrão,
Cesar Collyer Carvalho e Marúcia Ferreira de Souza
Conselho Fiscal - Suplente: Francisco Luiz de
M.Cavalcante, Delmar Gonzalez Miralha Júnior e Bianca
Abbade Brasil
COOPANEST-CE - Cooperativa dos Médicos
Anestesiologistas do Ceará
COOPANEST-MT - Cooperativa dos Médicos
Anestesiologistas de Mato Grosso
Diretor Presidente: Marcos’ Antônio Aragão de Macedo
Diretor Tesoureiro: Francisco Alberto de Oliveira Júnior
Dir. Rec. Méd. Hospitalares - Shirley Ulisses Paiva
Presidente: Wilmar de Souza Pires
Secretário: Walter José Roberte Borges
Tesoureiro: José Pinheiro Coelho Filho.
■
Regionais e Cooperativas |
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SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Regionais e Cooperativas
Por Wanusia do Nascimento Costa*
XXXV JONNA 2011 em Natal, RN
• Sucesso total! Essas palavras resumem o resultado
da XXXV Jornada Norte–Nordeste de Anestesiologia
(JONNA), que ocorreu em Natal, no período de 17 a 19
de março do corrente ano.
O IV Fórum Norte–Nordeste de Cooperativismo e o
Encontro Nacional dos Contadores de Cooperativas
foram um grande sucesso. Sem falar da VII Jornada Norte–
Nordeste de Dor (JONNADOR), que contou com o
brilhantismo dos convidados e participantes.
Um grande evento que teve início com os acordes da
orquestra sinfônica (brilhante apresentação), discorreu
com palestras de alto nível e workshops extraordinários e
encerrou sob um luar fantástico e apaixonante.
Esse grande evento da anestesiologia Norte–Nordeste veio
evidenciar a harmoniosa interação entre essas regionais,
que o prestigiaram grandemente.
A XXXV edição da JONNA teve uma programação
científica bastante atual e de alto nível. Reuniram-se
profissionais de todos os cantos do Brasil e alguns
internacionais, que participaram de discussões científicas
com alto padrão de qualidade, com momentos sociais de
total harmonia e relaxamento.
A Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Norte
(SAERN) se orgulha de ter realizado tão valoroso
evento e agradece a todos que contribuíram, direta ou
indiretamente, com o sucesso da jornada e aos que se
fizeram presentes.
■
* A autora é presidente da Sociedade de Anestesiologia do
Estado do Rio Grande do Norte
38
| Anestesia em revista
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Regionais e Cooperativas
Por Jurandir Coan Turazzi*
46ª Josulbra em Joinville, SC
• Em abril de 2011, tivemos a realização da 46ª Jornada
laboratórios.
Anestesiologistas de vários estados do país, especialmente
dos três estados do sul, prestigiaram os eventos. Foram
mais de 400 participantes, entre convidados, congressistas
e funcionários das empresas que atuaram da feira.
Gostaríamos de destacar dois temas: Qualidade em
Anestesia e Utilização de Ecocardiografia Transesofágica
em Cirurgias de Grande Porte. Sem dúvida alguma, são
assuntos relevantes que vêm despertando, a cada dia,
o interesse de mais anestesiologistas, preocupados em
oferecer uma anestesia de elevada qualidade para fazer a
diferença na abordagem do paciente cirúrgico.
Sul-Brasileira de Anestesiologia e da VII Jornada
Joinvilense de Anestesiologia, organizadas pela SAESC e
pelo Serviço de Anestesiologia de Joinville (SAJ).
Na percepção da comissão organizadora, os eventos
foram um sucesso. Já nas atividades pré-jornada houve
a realização do curso SAVA, organizado e realizado pela
SBA, por meio de seus instrutores. Após dois dias de
intensas atividades teórico-práticas, 30 colegas foram
aprovados em sua avaliação final. Parabéns a todos.
Paralelamente às jornadas, houve a realização do curso
Abordagem da Via Aérea Difícil, no qual contamos com
a presença de mais de 50 participantes. Esse curso teve a
colaboração, como co-organizadora, da Unimed Joinville,
que ofereceu a seus cooperados a oportunidade de
participar de uma reciclagem de altíssimo nível.
A novidade deste ano foi o desenvolvimento de
atividades relacionadas à informática voltadas para o
médico anestesiologista, especificamente na plataforma
Macintosh. Representantes da Apple puderam mostrar aos
anestesiologistas os principais recursos disponíveis em
equipamento, que vêm ganhando cada vez mais espaço no
mercado.
O workshop Bloqueios Guiados por Ultrassom também
atraiu vários colegas interessados em aprimorar seu
conhecimento sobre esse tema, que tem sido apontado
como um dos maiores avanços da anestesia regional nos
últimos anos.
As atividades científicas, sobre temas variados, tiveram o
esmero de renomados colegas, que apresentaram revisões
aprofundadas do assunto mescladas com a transmissão de
suas experiências diárias vividas em centros cirúrgicos e
Lembramos também que os participantes do evento
puderam conquistar até 20 pontos no processo de
acreditação na especialidade e mais 10 pontos na área de
atuação.
Relevante também foi a participação da diretoria da SBA,
de membros de comissões e dos presidentes de regionais
nas atividades associativas da sociedade, que discutiram
temas que afetam o exercício da especialidade nos diversos
sistemas de saúde brasileiros, na formação de especialistas
e na educação continuada.
Durante a abertura solene, foi apresentado o candidato
à presidência da AMB, o Dr. Florentino Cardoso, que
manifestou a intenção de continuar o trabalho realizado
pelo atual presidente da AMB, Dr. José Luiz Gomes do
Amaral, em prol da medicina brasileira.
A comissão organizadora aproveita a oportunidade para
agradecer aos participantes, palestrantes, instrutores do
SAVA e dos workshops de via aérea e ultrassom, à diretoria
e aos membros de comissões da SBA, à funcionária Deize
Silva, da SBA, que muito colaborou para a organização do
SAVA, a todos os membros da SAESC, que atenderam
ao convite da comissão para participar da organização
do evento, e em especial aos sócios e às funcionárias do
Serviço de Anestesiologia de Joinville, bem como a Sra.
Luciane Silva o esforço e esmero na organização de mais
essa jornada.
■
* O autor é presidente da SBA, gestão 2008
Regionais e Cooperativas |
39
Regionais e Cooperativas
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
JASB 2011 – Abordagem integral e
valorização da ética em busca de
melhores resultados
9h40|10h – INTERVALO
10h|11h – DEBATE: PRÓS E CONTRAS
É Realmente Necessário Solicitar Exames Préoperatórios no Paciente Hígido?
Coordenador: Tolomeu Artur Assunção Casali (MG)
10h|10h30 – Prós – Neuber Martins Fonseca (MG)
10h30|11h – Contras – Márcia Rodrigues Neder Issa
(MG)
11h|11h10 – Discussão
• Programação
Quinta-feira, 23 de junho de 2011
Sala 1
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Diferentes Abordagens na Avaliação e no Pré-operatório
Presidente: Mozart Ribeiro (MG)
Moderador: Tolomeu Artur Assunção Casali (MG)
8h|8h20 – Pelo Cardiologista – Henrique Patrus
Mundim Pena (MG)
8h20|8h40 – Pelo Pneumologista – Marco Antônio
Soares Reis (MG)
8h40|9h – Pelo Nefrologista – André Barreto Pereira
(MG)
9h|9h20 – Pelo Anestesiologista – Rogério Luiz da
Rocha Videira (SP)
9h20|9h30 – Discussão
40
| Anestesia em revista
11h15|12h – CONFERÊNCIA
Importância do Controle Pré-operatório do Paciente
com Doença Endócrina
Presidente: Sérgio Ricardo Botrel e Silva (MG)
Palestrante: Leonel dos Santos Pereira (RJ)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|15h10 – MESA-REDONDA
Exames Especializados e Planejamento Anestésico
Presidente: Adriano Neves de Almeida (MG)
Moderadora: Márcia Rodrigues Neder Issa (MG)
14h|14h20 – Teste Ergométrico e Ecocardiograma –
Jaci Custódio Jorge (MG)
14h20|14h40 – Cateterismo Cardíaco e Cintilografia –
Alexandra Rezende Assad (RJ)
14h40|15h – Provas de Função Pulmonar – Antônio
Roberto Carraretto (ES)
15h|15h10 – Discussão
15h10|15h30 – INTERVALO
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Regionais e Cooperativas
15h30|16h15 – CONFERÊNCIA
Importância do Termo de Consentimento Livre
Esclarecido
Presidente: Eliane Cristina de Souza Soares (MG)
Palestrante: André Lorenzon de Oliveira (MG)
10h20|10h40 – Revascularização Miocárdica sem CEC
– Michelle Nacur Lorentz (MG)
10h40|11h – Uso de Agonistas Alfa-2 – Marcos
Rodrigues Furtado de Mendonça (SP)
11h|11h10 – Discussão
16h20|17h30 – MESA-REDONDA
Critérios para Uso de Hemoderivados
Presidente: Gustavo Márcio Silvino Assunção (MG)
Moderador: Alexandre Almeida Guedes (MG)
16h20|16h40 – Quando Transfundir Plasma e
Crioprecipitado? – André Vinícius Campos Andrade
(MG)
16h40|17h – Quando Transfundir Plaquetas? – Eliana
Cristina Murari Sudré (ES)
17h|17h20 – Quando Transfundir Frações Sintéticas do
Plasma? – Rogério Ferreira de Souza (MG)
17h20|17h30 – Discussão
11h15|12h – CONFERÊNCIA
Manejo da Coagulopatia Pós-CEC
Presidente: Jaci Custódio Jorge (MG)
Palestrante: Luiz Antônio Vane (SP)
Sala 2
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Anestesia para Cirurgia Não Cardíaca no Paciente
Cardiopata
Presidente: Giuliano Parreira de Oliveira (MG)
Moderadora: Vera Coelho Teixeira (MG)
8h|8h20 - Com Coronariopatia – Alexandre Slullitel
(SP)
8h20|8h40 – Com Valvulopatia – Marcos Rodrigues
Furtado de Mendonça (SP)
8h40|9h – Com Miocardiopatia Dilatada – Cassiano
Franco Bernardes (ES)
9h|9h20 – Usuário de Marca-passo – David Ferez (SP)
9h20|9h30 – Discussão
9h40|10h – INTERVALO
10h|11h – MESA-REDONDA
Anestesia para Cirurgia Cardíaca
Coordenadora: Vera Coelho Teixeira (MG)
Moderador: Jaci Custódio Jorge (MG)
10h|10h20 – Pré-condicionamento – Maria Ângela
Tardelli (SP)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|15h10 – MESA-REDONDA
Atualização em Anestesia Pediátrica
Presidente: Erick Freitas Curi (ES)
Moderadora: Magda Lourenço Fernandes (MG)
14h|14h20 – Hidratação Ideal para o Transoperatório –
Paulo Antônio de Mattos Gouvea (ES)
14h20|14h40 – Anestésicos e Alterações no
Desenvolvimento do Sistema Nervoso – Júnio Rios
Melo (MG)
14h40|15h – Máscara Laríngea ou Tubo Traqueal? –
Kléber Costa de Castro Pires (MG)
15h|15h10 – Discussão
15h10|15h30 – INTERVALO
15h30|16h15 – CONFERÊNCIA
Minimizando a Agitação de Crianças ao Despertar da
Anestesia
Presidente: Paulo Antônio de Mattos Gouvea (ES)
Palestrante: Erick Freitas Curi (ES)
16h20|17h30 – MESA-REDONDA
Anestesia para Cirurgia Plástica: Evitando
Complicações
Presidente: Rodrigo de Lima e Souza (MG)
Moderador: Juliano Rodrigues Gasparini (MG)
16h20|16h40 – Lipoaspiração – José Roberto de
Rezende Costa (MG)
16h40|17h – Mamoplastia – Paulo Sérgio Gomes
Regionais e Cooperativas |
41
Regionais e Cooperativas
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Lavinas (RJ)
17h|17h20 – Dermolipectomia Pós-gastroplastia –
Cassiano Bernardo Franco (ES)
17h20|17h30 – Discussão
1ª e 2ª TURMAS
15h30|16h30 e 16h35|17h35 – Uso do Ultrassom em
Anestesia – Roberto Araújo Ruzi (MG)
Sala 3
Sexta-feira, 24 de junho de 2011
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Ética em Anestesia
Presidente: José Roberto de Rezende Costa (MG)
Moderador: André Lorenzon de Oliveira (MG)
8h|8h20 – Respeito com os Colegas – Alcebíades Vítor
Leal Filho (MG)
8h20|8h40 – Postura no Ambiente Cirúrgico –
Michelle Nacur Lorentz (MG)
8h40|9h – Relacionamento com Pacientes e Familiares
– Luiz Bomfim Pereira da Cunha (RJ)
9h|9h20 – A Idade como Limitação Profissional – Fábio
Henrique Gregory (SP)
9h20|9h30 – Discussão
Sala 1
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Avaliação Pré-anestésica em Pacientes Selecionados
Presidente: Emerson Seiberlich Rezende (MG)
Moderador: Leandro Fellet Miranda Chaves (MG)
8h|8h20 – Obesos – Carlos Eduardo Lopes Nunes (RJ)
8h20|8h40 – Crianças – Paulo Antônio de Mattos
Gouvêa (ES)
8h40|9h – Idosos – Leonel dos Santos Pereira (RJ)
9h|9h20 – Testemunhas de Jeová – Sérgio Ricardo
Botrel e Silva (MG)
9h20|9h30 – Discussão
9h40|10h – INTERVALO
9h40|10h – INTERVALO
10h|11h – PAINEL
Diagnóstico, Implicações e Tratamento de Condições
que Afetam a Saúde do Anestesiologista
Coordenadora: Ana Maria Vilela Bastos Ferreira (MG)
10h|10h20 – Drogadição – Luiz Bomfim Pereira da
Cunha (RJ)
10h20|10h40 – Burnout – Bárbara Silva Neves (MG)
10h40|10h55 – Discussão
10h|11h – PAINEL
Cuidados Transoperatórios no Paciente com Síndrome
da Apneia Obstrutiva do Sono
Coordenador: André Vinícius Campos Andrade (MG)
10h|10h30 – Crianças – Magda Lourenço Fernandes
(MG)
10h30|11h – Adultos – Eliana Cristina Murari Sudré
(ES)
11h|11h10 – Discussão
11h|15h10 – Planejamento Estratégico da
FEBRACAN
Coordenador: Múcio Pereira Diniz (MG)
Palestrante: Renato Couto (MG)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
15h10|15h30 – INTERVALO
WORKSHOPS
42
| Anestesia em revista
11h15|12h – CONFERÊNCIA
Uso Racional de Fármacos Vasoativos
Presidente: Giuliano Parreira de Oliveira (MG)
Palestrante: Antônio Carlos Aguiar Brandão (MG)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|15h10 – MESA-REDONDA
Implicações Anestésicas no Paciente em Uso de
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Regionais e Cooperativas
Medicações
Presidente: Roberto Paolinelli de Castro (MG)
Moderador: Alexandre Almeida Guedes (MG)
14h|14h20 – Antidepressivos – Leandro Fellet Miranda
Chaves (MG)
14h20|14h40 – Anticonvulsivantes – Ayrton Bentes
Teixeira (SP)
14h40|15h – Antiarrítmicos – Giuliano Parreira de
Oliveira (MG)
15h|15h10 – Discussão
15h10|15h30 – INTERVALO
15h30|16h15 – CONFERÊNCIA
Fluidoterapia Intraoperatória: Qual É o Consenso?
Presidente: Giuliano Parreira de Oliveira (MG)
Palestrante: David Ferez (SP)
16h20|17h30 – MESA-REDONDA
Complicações da Anestesia no Idoso: Podemos
Prevenir?
Presidente: Waldo Sapucaia Roland (MG)
Moderadora: Eliane Cristina de Souza Soares (MG)
16h20|16h40 – Insuficiência Respiratória – Antônio
Roberto Carraretto (ES)
16h40|17h – Insuficiência Renal – Américo Salgueiro
Autran Neto (RJ)
17h|17h20 – Disfunção Cognitiva – Pedro Paulo
Tanaka (USA)
17h20|17h30 – Discussão
Sala 2
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Bloqueios Periféricos
Presidente: Waldo Sapucaia Roland (MG)
Moderador: Tarcísio de Melo Nogueira (MG)
8h|8h20 – Ainda Há Lugar para os
Neuroestimuladores? – Adilson Hamaji (SP)
8h20|8h40 – Evidências a Favor do Ultrassom –
Roberto Araujo Ruzi (MG)
8h40|9h – BNP em Pediatria – Juliano Rodrigues
Gasparini (MG)
9h|9h20 – Complicações dos Bloqueios Periféricos –
Rodrigo de Lima e Souza (MG)
9h20|9h30 – Discussão
9h40|10h – INTERVALO
10h|11h – PAINEL
Velhos Fármacos, Novos Usos
Coordenador: Rodrigo de Lima e Souza (MG)
10h|10h30 – Sulfato de Magnésio – Eduardo Lami
Pereira (RJ)
10h30|11h – Lidocaína – Paulo Sérgio Gomes Lavinas
(RJ)
11h|11h10 – Discussão
11h15|12h – CONFERÊNCIA
O Papel Atual dos Processadores de Eletroencefalograma
Presidente: Mozart Ribeiro (MG)
Palestrante: Pedro Paulo Tanaka (USA)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|15h10 – MESA-REDONDA
Top Five em Anestesia para Transplantes
Presidente: Fábio Scalet Soeiro (SP)
Moderador: Bruno Salomé de Morais (MG)
14h|14h20 – Renal – Maria Angélica Abrão (RJ)
14h20|14h40 – Hepático – Rodrigo Pereira Dias (RJ)
14h40|15h – Pancreático – Enis Donizetti Silva (SP)
15h|15h10 – Discussão
15h10|15h30 – INTERVALO
15h30|16h5 – CONFERÊNCIA
Anestesia no Paciente Transplantado para Cirurgia Não
Transplante
Presidente: Bruno Salomé de Morais (MG)
Palestrante: Enis Donizetti Silva (SP)
16h20|17h30 – MESA-REDONDA
Métodos para Evitar a Transfusão de
Hemocomponentes: Indicações e Limitações
Presidente: André Vinícius Campos Andrade (MG)
Moderador: Rogério de Souza Ferreira (MG)
Regionais e Cooperativas |
43
Regionais e Cooperativas
16h20|16h40 – “Cell Saver” – Fábio Scalet Soeiro (SP)
16h40|17h – “Transfusan” – Enis Donizetti Silva (SP)
17h|17h20 – Uso de Eritropoetina – Luiz Antônio Vane
(SP)
17h20|17h30 – Discussão
Sala 3
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Bastidores da Anestesia
Presidente: Alcebíades Vitor Leal Filho (MG)
Moderador: Antônio Roberto Carraretto (ES)
8h|8h20 - Farmacoeconomia – Alexandre Slullitel (SP)
8h20|8h40 – Farmacogenética – Antônio Vanderley
Ortensi (SP)
8h40|9h – Qualidade como Meta – Antônio da Silva
Bastos Neto (SP)
9h|9h20 – “Securitas Quae Sera Tamen” – Rogério Luiz
da Rocha Videira (SP)
9h20|9h30 – Discussão
9h40|10h – INTERVALO
10h|11h – PAINEL
Anestesia para Procedimentos de Curta Permanência
Coordenador: Adriano Bechara de Souza Hobaika (MG)
10h|10h30 – Seleção de Pacientes – Emerson
Seiberlich Rezende (MG)
10h30|11h – Critérios de Alta – Renato Santiago
Gomez (MG)
11h|11h10 – Discussão
11h15|12h – CONFERÊNCIA
Anestesia em Clínicas Especializadas: o
Anestesiologista Propagando sua Imagem Além do
Ambiente Hospitalar
Presidente: Renato Santiago Gomez (MG)
Palestrante: Antônio da Silva Bastos Neto (SP)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|17h30 – CURSO DE CAPACITAÇÃO DE
INSTRUTORES E RESPONSÁVEIS POR CETS
Ana Maria Menezes Caetano (PE)
44
| Anestesia em revista
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Sábado, 25 de junho de 2011
Sala 1
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Cinco Desafios da Anestesia
Presidente: Adriano Bechara de Souza Hobaika (MG)
Moderador: Marcos Guilherme Cunha Cruvinel (MG)
8h|8h20 – Para Cirurgia Otorrinolaringológica –
Tarcísio de Melo Nogueira (MG)
8h20|8h40 – Para Cirurgia Oftalmológica – Américo
Salgueiro Autran Neto (RJ)
8h40|9h – Para Cirurgia Ortopédica – Adilson Hamaji
(SP)
9h|9h20 – Para Cirurgia Urológica – Erick Freitas Curi
(ES)
9h20|9h30 – Discussão
9h40|10h – INTERVALO
10h|11h – PAINEL
Revendo Conceitos
Coordenador: Vinícius Pereira de Souza (MG)
10h|10h30 – Tromboprofilaxia Cirúrgica: Como e
Quando – Tolomeu Artur Assunção Casali (MG)
10h30|11h – Reversão do Bloqueio Neuromuscular –
Maria Ângela Tardelli (SP)
11h|11h10 – Discussão
11h15|12h – CONFERÊNCIA
Anestesia Regional Associada à Anestesia Geral:
Aumento de Risco ou Melhora do Resultado?
Presidente: José Roberto de Rezende Costa (MG)
Palestrante: Marcos Guilherme Cunha Cruvinel (MG)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|15h10 – MESA-REDONDA
A Anestesia como Fator Determinante do Prognóstico
Presidente: Tarcísio de Melo Nogueira (MG)
Moderadora: Vera Coelho Teixeira (MG)
14h|14h20 – Cirurgia Ginecológica – Ana Cristina
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Regionais e Cooperativas
Pinho Mendes Pereira (RJ)
14h20|14h40 – Cirurgia Bariátrica – Carlos Eduardo
Lopes Nunes (RJ)
14h40|15h – Cirurgia Neurológica – Antônio Carlos
Aguiar Brandão (MG)
15h|15h15 – Discussão
15h15|15h30 – INTERVALO
15h30|16h15 – CONFERÊNCIA
Avaliação Pós-operatória: Por Que É Importante?
Presidente: Adriano Neves de Almeida (MG)
Palestrante: Fábio Henrique Gregory (SP)
16h20|17h30 – MESA-REDONDA
O Que Mudou no Novo Guidelines da AHA?
Presidente: André Vinícius Campos Andrade (MG)
Moderadora: Eliane Cristina de Souza Soares (MG)
16h20|16h40 – Paciente Adulto – David Ferez (SP)
16h40|17h – Gestantes – Mônica Maria Siaulys Capel
Cardoso (SP)
17h|17h20 – Crianças – Maria Angélica Abrão (RJ)
17h20|17h30 – Discussão
Sala 2
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Atualização e Controvérsias em Neuroanestesia
Presidente: Marcos Rodrigues Furtado de Mendonça
(SP)
Moderadora: Helena Queiroz Costa (MG)
8h|8h20 – Cirurgia com Uso de Potencial Evocado –
Ayrton Bentes Teixeira (SP)
8h20|8h40 – Craniotomia com o Paciente Acordado –
Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre (RJ)
8h40|9h – Manitol versus Solução Salina Hipertônica –
Walkíria Wingester Villas Boas (MG)
9h|9h20 – Quando não Extubar na Sala de Cirurgia? –
Alexandra Rezende Assad (RJ)
9h20|9h30 – Discussão
Presidente: Rodrigo de Lima e Souza (MG)
Moderadora: Walkíria Wingester Villas Boas (MG)
10h|10h20 – Miastenia Grave – Alexandre Almeida
Guedes (MG)
10h20|10h40 – Doença de Parkinson – Adriano
Bechara de Souza Hobaika (MG)
10h40|11h – Doença Desmielinizante – Helena
Queiroz Costa (MG)
11h|11h10 – Discussão
11h15|12h – CONFERÊNCIA
Anestesia para Neurorradiologia Intervencionista
Presidente: Vera Coelho Teixeira (MG)
Palestrante: Ronaldo Contreiras de Oliveira Vinagre (RJ)
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|15h10 – MESA-REDONDA
Analgesia de Parto
Presidente: Adriano Bechara de Souza Hobaika (MG)
Moderador: Vinícius Pereira de Souza (MG)
14h|14h20 – Raquianalgesia – Leandro Fellet Miranda
Chaves (MG)
14h20|14h40 – Analgesia com Remifentanil – Eliane
Cristina de Souza Soares (MG)
14h40|15h – Técnicas Combinadas – Marcelo Luís
Abramides Torres (SP)
15h|15h20 – Peridural: O Que Há de Novo em uma
Velha Técnica? – Mônica Maria Siaulys Capel Cardoso
(SP)
15h20|15h30 – Discussão
15h30|15h45 – INTERVALO
9h40|10h – INTERVALO
15h45|16h30 – CONFERÊNCIA
Anestesia para Cesariana de Urgência: Implicações
Técnicas e Éticas
Presidente: Vinícius Pereira de Souza (MG)
Palestrante: Marcelo Luís Abramides Torres (SP)
10h|11h – MESA-REDONDA
Anestesia no Paciente com Doença Neurológica
16h35|16h55 – PAINEL
Anestesia para Procedimentos Fora do Centro
Regionais e Cooperativas |
45
SBA | Regionais e Cooperativas
SBA
Regionais e Cooperativas
Cirúrgico
Coordenador: Adriano Neves de Almeida (MG)
16h35|16h55 – Desafios Técnicos – Núbia Campos
Faria Isoni (MG)
16h55|17h15 – Aspectos Legais – Neuber Martins
Fonseca (MG)
17h15|17h30 – Discussão
12h|14h – INTERVALO PARA O ALMOÇO
14h|15h30 – WORKSHOPS
14h|15h10 – Anestesia para Oftalmologia
Ana Maria Vilela Bastos Ferreira (MG)
Flávia Quintão Silva Belém (MG)
Sala 3
15h30|16h40 – Anestesia para Oftalmologia
Ana Maria Vilela Bastos Ferreira (MG)
Flávia Quintão Silva Belém (MG)
8h|9h30 – MESA-REDONDA
Controle da Dor Pós-operatória
Presidente: Bárbara Silva Neves (MG)
Moderador: Júnio Rios Melo (MG)
8h|8h20 – Opioides Venosos São a Primeira Escolha? –
Gustavo Márcio Silvino Assunção (MG)
8h20|8h40 – Quando Evitar os AINES – Waldo
Sapucaia Roland (MG)
8h40|9h – Risco-Benefício dos Opioides no Neuroeixo
– Roberto Paolinelli de Castro (MG)
9h|9h20 – Uso da Acupuntura – Antônio Vanderley
Ortensi (SP)
9h20|9h30 – Discussão
15h10|15h30 – INTERVALO
16h50|17h30 – TEMAS LIVRES ORAIS
■
9h40|10h – INTERVALO
10h|11h – MESA-REDONDA
Cuidados Intensivos
Presidente: Gustavo Márcio Silvino Assunção (MG)
Moderador: Rogério de Souza Ferreira (MG)
10h|10h20 – Monitorização Hemodinâmica no
Paciente Séptico – Rodrigo Pereira Dias (RJ)
10h20|10h40 – Importância dos Marcadores de
Perfusão Tecidual no Paciente Crítico – Eduardo Lami
Pereira (RJ)
10h40|11h – Cuidados Intensivos com o Doador
Cadáver – Bruno Salomé de Morais (MG)
11h|11h10 – Discussão
11h10|12h – CONFERÊNCIA
Políticas de Saúde e Remuneração Médica
Presidente: Múcio Pereira Diniz (MG)
Palestrante: Lucas Araújo Soares (MG)
46
| Anestesia em revista
Vista da Lagoa da Pampulha
Museu Artes Oficios
SBA
SBA | Opinião
Opinião
Por Marconi Perillo*
Goiás quer parceria com a SBA
• Universalizar o alcance dos serviços básicos de saúde
e melhorar sua qualidade, assegurando o acesso a todos
e humanizando o atendimento, são preocupações
preponderantes em nosso governo.
Buscamos dar respostas efetivas às pressões advindas, por
exemplo, da acelerada urbanização e do envelhecimento da
população, com a garantia de acesso aos serviços de saúde
e com ênfase na prevenção e na promoção da qualidade de
vida.
Agimos de forma integrada, com a certeza de que a
elevação da qualidade de vida do cidadão decorre de um
conjunto de ações sistemáticas que visam contemplar
todos os aspectos da prestação do serviço público. Já
investimos anteriormente no saneamento básico e
continuaremos a fazê-lo, que é premissa para garantir
saúde ao cidadão. A consolidação dos direitos básicos
deve, necessariamente, vir acompanhada de significativa
melhora nos serviços e no sistema de atendimento direto
ao cidadão.
É interesse de nosso governo firmar parcerias para
melhorar a prestação de serviços na área de saúde,
sobretudo para a parcela mais carente dos goianos. É
também um item que sempre aparece nas primeiras
colocações das pesquisas nacionais sobre as prioridades
da população. Nesse sentido, foi muito proveitoso o
encontro que mantive recentemente com médicos goianos
membros da Sociedade Brasileira de Anestesiologia
(SBA), que me repassaram sugestões interessantes para
parcerias em projetos de reanimação e dor.
Tenho muito interesse em implantar os projetos Goiás sem
Dor, Suporte Básico à Vida e Suporte Avançado à Vida,
que me foram apresentados durante reunião com a Dra.
Nádia Duarte, presidente da SBA, o Dr. José Luiz Gomes
do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira e
Mundial (AMB), e médicos anestesiologistas goianos.
Solicitei ao secretário de Saúde, Dr. Antônio Faleiros, que
aprofunde o contato com esses importantes projetos para
que sejam desenvolvidos na rede de atendimento de saúde
do estado de Goiás. Pelo que sei, e isso é interessante, eles
aproveitariam a estrutura que já temos, estabelecida e
em funcionamento, do Programa Saúde da Família, com
treinamento dos agentes para que coloquem em prática
os preceitos desses projetos, levando-os até as pessoas
atendidas por eles.
O Projeto de Reanimação Cardiopulmonar criará
multiplicadores entre os alunos do último período do
ensino fundamental, e acredito que os custos seriam
mínimos em relação aos importantes resultados que
traria, além da virtude de estar qualificando ainda mais o
aprendizado de nossos jovens.
Estou convicto de que, com esses projetos em
funcionamento, teremos significativo ganho na qualidade
de vida da população. Some-se a isso o fato, que não tem
preço, de que conseguiremos, assim, poupar inúmeras
vidas, com um prestativo atendimento de reanimação.
Buscamos implantar em Goiás uma mentalidade virtuosa
de administrar saúde de maneira moderna e profissional,
investindo na formação e valorização dos profissionais,
fazendo parcerias e aproveitando bons projetos como
esses, de fácil aplicação e grande retorno.
■
*O autor é governador de Goiás.
Opinião |
47
SBA
Opinião
SBA | Opinião
Por Eduardo Raia *
Relato de um sobrevivente
• Bom, aqui estou eu, vivo e saudável graças a meu bom
Deus que, com toda a certeza deste mundo, estava a meu
lado, ou melhor, estava comigo em seus braços, junto com
meus anjos da guarda, todos responsáveis por eu estar aqui,
agora, escrevendo esta história.
Estava internado para expelir uns cálculos do ureter, quando
um auxiliar de enfermagem colocou uma solução de 50 ml
de soro fisiológico com uma medicação chamada Nexium,
que serviria para proteger o estômago. Não era o Nexium
que estava ali dentro. Naquele momento começaria a pior
experiência pela qual passei em toda a vida, a de morrer, de
saber que ia morrer sem nada poder fazer, de saber do que
estava morrendo e não poder avisar a meus anjos que me
socorriam, de morrer tão jovem e cheio de sonhos...
Uma sucessão de erros iniciados na farmácia – que liberou
uma droga de uso restrito em centro cirúrgico para um
andar de enfermaria –, passando pela diluição de um
medicamento sem conferência pela enfermagem, culminou
na administração de uma droga chamada Nimbium na veia.
O Nimbium é um relaxante muscular derivado do curare
usado em anestesia geral para paralisar os músculos, que
promove um relaxamento muscular adequado à realização
de cirurgias. Portanto, quando administrada sozinha, essa
droga produz paralisia de todos os músculos do corpo,
inclusive os responsáveis pela respiração, mantendo a pessoa
imobilizada, porém consciente de tudo.
Agora vocês podem imaginar o que eu, anestesiologista,
conhecedor profundo dos efeitos dessa droga, senti: vi
minha vida indo embora, sem forças para respirar, sem forças
para alertar meus anjos que, ainda atônitos, ministravam os
primeiros socorros de suporte à vida, sem ter a menor ideia
do que havia acontecido. Com toda a minha força e alegria
de viver, lutei contra essa droga, que, por alguns segundos,
me venceu.
Foi graças a uma máscara e a um ambu salvador, que
demoraram a chegar porque o carrinho com o equipamento
de ressuscitação do hospital estava com as rodas quebradas
e se desprendendo, que ressurgi respirando por força das
“ambuzadas” protetoras do colega anestesista que estava
48
| Anestesia em revista
próximo, um amigo, pai, irmão, companheiro de trabalho
que lutava para me salvar. Pude juntar todas as minhas forças
porque a administração da droga foi interrompida em razão
da “presença de espírito” de um colega que estava a meu
lado, o que permitiu que apenas uma pequena quantidade
tenha realmente entrado em minha veia. Consegui, então,
verbalizar, com muito esforço, a meus outros dois anjos
a palavra: “Curare... foi curare...” e, dessa forma, receber o
tratamento definitivo.
Mas o que aconteceu? O que levou a tantos enganos? O
que pode levar um funcionário da farmácia a liberar uma
medicação errada? O que pode levar uma farmacêutica
a permitir que isso ocorra? O que levou um auxiliar de
enfermagem experiente a diluir e administrar uma droga
errada? Muitos me perguntam o que vou fazer, outros me
afirmam “você vai processar, né?”, porém, o que realmente
vou fazer, com o tempo, todos saberão. Todavia, eu, que
sempre lutei pela ética, pela boa prática médica, pela
lisura em todos os campos da vida, que critiquei os que se
omitiram por covardia, que sempre levei o lema “não me
assustam os gritos dos homens maus, mas, sim, o silêncio
dos homens de bem”, não posso me calar, tenho que
lutar e exigir mudanças. Não é possível administrar uma
medicação e simplesmente dar as costas para o paciente.
Por que o enfermeiro não leva a prescrição até o quarto,
não a lê para o paciente e prepara a diluição na frente dele?
Isso não aumentaria a segurança? Não seria isso excelência
hospitalar? De uma coisa tenho certeza, mudanças
profundas precisam ocorrer, porque o que aconteceu
comigo não pode acontecer mais. A medicina e a assistência
ao paciente precisam da reformulação profunda de seus
conceitos, visando à maior atenção a quem de direito:
pacientes e profissionais de saúde, em detrimento do lucro e
da papelada burocrática.
Encerro aqui muito feliz por estar vivo e bem, agradecendo
a Deus por tudo em minha vida e a todos os meus amigos e
parentes por fazerem parte de minha vida.
Eu amo todos vocês.
*O autor é médico anestesista
■
SBA | Prata da Casa
SBA
Prata da Casa
Coluna Prata da Casa
• Os associados da SBA agora podem contar com um
novo espaço para mostrar seu talento fora da área médica.
Um belo texto ou uma imagem espetacular podem
muito bem, serem produzidos pelo médico que está no
consultório ao lado. Os anos de dedicação e estudo que
a medicina exige, muitas vezes podem encobrir um lado
artístico, criativo e interessante.
Ter um hobby é uma porta para mostrar um talento,
muitas vezes, escondido pela correria do dia a dia e a dura
rotina das consultas, emergências e atendimentos nos
consultórios médicos e hospitais.
Estas atividades são praticadas por interesse e prazer, ao
invés de recompensa financeira. Muitos exemplos incluem
atividades criativas e artísticas, tais como, fotografia,
poesia, artesanato e pintura. Engajar-se em um hobby pode
levar à aquisição substancial de conhecimento, habilidade e
experiência. No entanto, a realização pessoal é o objetivo.
A coluna PRATA DA CASA estréia nessa edição com
o objetivo de incentivar e divulgar a veia artística dos
associados que poderão participar enviando fotografias e
textos de sua autoria.
A cada edição será publicada uma obra, e nesta edição,
trazemos o Dr. José Paulo Drummond que desde 1957
atua como escritor, já tendo publicado 3 livros de poesia e
mais de 60 poemas.
■
Hospital **
Por Dr. José Paulo Drummond *
Tuas paredes guardam, estampados,
Últimos gestos, rostos moribundos,
Ecoam em teus salões suspiros fundos,
Junto aos soluços mais espedaçados.
Teu teto acolhe corpos mutilados,
O pranto e o sangue, no teu chão fecundo,
Desenham rosas-chagas e profundos
Sulcos de dor, aos poucos apagados.
Mas, outras vezes, és também abrigo,
Lugar de encontro dos desesperados,
A voz, o gesto, o olhar, o riso amigo.
E entre a frieza dos espaços teus,
Entre gemidos, gritos sufocados,
Perpassa, quente, o hálito de Deus.
**Primeiro lugar no Concurso Literário da Associação
Médica Brasileira, 1995.
*Sócio da SBA, TSA, livre-docente e professor adjunto
concursado pela UFRJ; autor do livro, entre outros, Dor:
o que todo médico deve saber, anestesiologista/clínico de
dor do Hospital Regional de S. José, Florianópolis/SC.
Prata da Casa |
49
SBA | Responsabilidade Social
SBA
Responsabilidade Social
SBA e Bolshoi realizam encontro
inusitado para salvar vidas
• Alunos e professores da escola Bolshoi deixaram as
sapatilhas de lado no último dia 15 durante a realização
da 46a Jornada Sul-Brasileira de Anestesiologia
( JOSULBRA), em Joinvile, para participar do curso
Salve uma Vida, oferecido pela Sociedade Brasileira de
Anestesiologia.
O curso Salve uma Vida integra o Núcleo SBA Vida, do
Programa de Responsabilidade
Social da SBA. Coordenado
pelo Dr. Márcio Pinho, é
dirigido à população como
treinamento de prevenção e
atendimento emergencial
no caso de uma parada
cardiorrespiratória. A
experiência em Joinvile
marcou a aula inaugural
do projeto e foi um
sucesso, com 110
participantes. Esse
foi o primeiro de uma série prevista para todo o país.
“O curso oferece às pessoas os conhecimentos
necessários para atender um caso de parada respiratória
enquanto a emergência médica não chega. A primeira
providência, obviamente, é chamar a assistência
médica e, em seguida, aplicar uma sequência de 30
50
| Anestesia em revista
compressões no peito, fechar o nariz, erguer o queixo e
fazer a respiração duas vezes. Essa prática tem que ser
repetida cinco vezes para surtir efeito. Mas para aplicála corretamente, é bom que se faça o curso”, explica o
Dr. Márcio.
A proposta de oferecer esse curso à população surgiu
depois que os dirigentes da SBA perceberam que a
sociedade, de maneira geral,
não dispõe de informações
sobre procedimentos simples
mas que podem salvar vidas.
A iniciativa de convidar os
alunos do Bolshoi partiu da
equipe organizadora da 46a
JOSULBRA, que reuniu
mais de 350 médicos dos
três estados do sul do país.
Depois do curso, os participantes voltaram às sapatilhas
e ao plié prontos para atender a qualquer eventualidade,
munidos com a delicadeza do balé e os conhecimentos
ministrados pela equipe da SBA.
■
REGULAMENTO
Incentivo ao Estudo da Dor Pós-Operatória
•
DO PRÊMIO
Promovido pelos Laboratórios Pfizer Ltda. (“Pfizer”),
em parceria com a Sociedade Brasileira de
Anestesiologia (SBA), o Prêmio “Incentivo ao Estudo
da Dor Pós-Operatória”, é aberto a todos os médicos
anestesiologistas, associados da SBA, que queiram
inscrever um ou mais trabalhos técnico científicos,
retrospectivos ou prospectivos, que tenham como foco a
analgesia pós-operatória em adultos, com a utilização
dos AINEs tradicionais versus inibidores da COX-2,
ambos de apresentação parenteral.
DOS OBJETIVOS
1) Incentivar o estudo da dor pós-operatória em adultos
pelo médico anestesiologista;
2) Estimular a divulgação do impacto da dor não tratada e a
importância do suporte adequado para seu melhor controle;
3) Permitir o intercâmbio de boas práticas dirigidas à analgesia entre
os diversos centros de ensino e pesquisa do Brasil.
DOS AUTORES
O autor principal deverá ser médico anestesiologista, pertencente
ao quadro de associados da SBA. Os demais autores, se forem
anestesiologistas, também deverão ser associados da SBA.
DO CRONOGRAMA
- Início da divulgação do prêmio: Fevereiro/11
- Início das inscrições (submissão de projetos): 01/Abril/2011
- Final das inscrições: 30/Setembro/2011
- Análise da comissão julgadora: Outubro/2011
- Divulgação dos vencedores: De 10 a 14 de Novembro/2011,
durante o CBA 2011
DO TEMA
Serão aceitos trabalhos técnico-científicos retrospectivos ou
prospectivos em pacientes adultos submetidos a procedimentos
cirúrgicos, com a utilização endovenosa de antiinflamatórios/
analgésicos, sendo necessária a utilização de um COX2 versus
AINE tradicional. O desenho de estudo e objetivos de avaliação é de
decisão do investigador.
Os trabalhos deverão ser inéditos e escritos em língua portuguesa,
de acordo com o formato definido nas “Normas aos Autores” pela
Revista Brasileira de Anestesiologia
(http://www.sba.com.br/revista/normas.asp).
Poderão ser inscritos somente trabalhos de natureza clínica sobre o
assunto em questão.
Não serão aceitas teses, mas poderão concorrer trabalhos que
constituam assunto de tese.
DA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
Os trabalhos deverão ser encaminhados à Secretaria da SBA,
na Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo, Rio de Janeiro/
RJ, CEP: 22.251-080, em apenas uma via, contendo as seguintes
informações apenas na página de apresentação: nome(s) do(s)
autor(es), indicação do local onde foi realizado e autor principal com
e-mail e endereço físico para correspondência.
Os trabalhos concorrentes ao Prêmio deverão chegar à Secretaria da
SBA, até o dia 30/09/2011, por via postal com aviso de recebimento
ou em mãos, e os mesmos não serão devolvidos aos autores.
Uma vez recebidos, os trabalhos serão datados, carimbados,
rubricados e codificados pela Secretaria da SBA, que os guardará
em local sigiloso até o final do prazo de inscrição.
No prazo de uma semana do recebimento do trabalho concorrente,
a Secretaria da SBA emitirá resposta por via eletrônica ao autor
principal, acusando recebimento e confirmando (ou não) a inscrição
do trabalho. No caso de rejeição, será informado o motivo.
Terminado o prazo de inscrição, todos os trabalhos aceitos
serão encaminhados conjuntamente, pela
Secretaria da SBA, a cada um dos membros
da Comissão Julgadora, apenas com a
codificação, sem identificação dos autores.
DA COMISSÃO JULGADORA
A comissão julgadora será formada por quatro
anestesiologistas indicados pela Diretoria da
Sociedade Brasileira de Anestesiologia SBA,
sendo um Presidente e os demais Membros.
Serão selecionados 03 (três) trabalhos
vencedores, e dentre estes serão elencados o
1°, 2° e 3° colocados.
A comissão julgadora, através do seu
Presidente, encaminhará o resultado da premiação à Secretaria da
SBA até o dia 31/10/2011.
DA DIVULGAÇÃO DO RESULTADO
Após o recebimento do resultado, enviado pela comissão julgadora, a
secretaria da SBA procederá de imediato a divulgação aos autores e à
Pfizer.
Todas as demais providências no sentido de efetivar a entrega da
premiação aos autores serão de responsabilidade da Pfizer.
DA PREMIAÇÃO
Os Prêmios serão entregues pela Pfizer, ao autor principal de cada um
dos trabalhos vencedores, com a participação da Diretoria da SBA, em
cerimônia a ser realizada na sede da SBA, no dia 09/12/2011.
Na cerimônia de premiação, o autor principal de cada um dos trabalhos
vencedores fará a apresentação em multimídia do seu trabalho, no
tempo máximo de 10 (dez) minutos.
O autor principal de cada um dos trabalhos vencedores receberá o
seguinte prêmio:
- 1º colocado - inscrição, passagem e hospedagem para o ASA Annual
Meeting - 13 a 17 de Outubro de 2012 - Washington, DC - EUA.
- 2º colocado - inscrição, passagem e hospedagem para o 15th World
Congress of Anaesthesiologists - 25 a 30 de Março de 2012 - Buenos
Aires - Argentina.
- 3º colocado - inscrição, passagem e hospedagem para o 59º
Congresso Brasileiro de Anestesiologia - Novembro de 2012 - Belo
Horizonte/MG.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao inscreverem-se para o Prêmio PFIZER/SBA - Incentivo ao Estudo
da Dor Pós-Operatória, os participantes tacitamente concordam com
as regras constantes deste documento, bem como com a utilização,
sem ônus e sem qualquer contrapartida, tanto pela Pfizer, quanto pela
SBA de seu respectivo nome, imagem e trabalho para divulgação em
qualquer meio de comunicação, em âmbito nacional ou internacional.
Suspeitas de conduta antiética entre os participantes do concurso
e na elaboração dos trabalhos/projetos serão apreciadas pela
Comissão Julgadora e, se consideradas procedentes, acarretarão sua
desclassificação.
Não se estabelece por força desta iniciativa, de caráter essencialmente
científico e educacional, qualquer vínculo entre a Pfizer, a SBA e os
participantes inscritos.
Os casos não previstos por este Regulamento serão discutidos e
acordados pela Comissão Julgadora, com a concordância da Pfizer.
A participação no presente concurso não gerará ao participante e/ou
ganhador qualquer direito ou vantagem que não esteja expressamente
previsto neste Regulamento.
A Pfizer e a SBA não serão responsáveis por nenhuma despesa
suportada pelo participante deste Concurso com a elaboração e envio
dos seus trabalhos ou por qualquer ato do participante que possa causar
danos materiais ou morais a sua pessoa ou de terceiros; e finalmente
pela autenticidade dos dados cadastrados e enviados pelo participante.■

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