Engenharia Automotiva
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Engenharia Automotiva
Curso de Especialização em Engenharia Automotiva Módulo: Transmissões Realização: Parceria: CVT (Continuous Variable Transmission) • Com a tecnologia CVT o torque do motor é transmitido a uma polia motriz ligada a uma polia movida geralmente por uma correia em aço, obtendo infinitas relações de transmissão ajustando simultaneamente os diâmetros das 2 polias. • Não há ruptura do torque transmitido e o cliente não sente a troca de marchas dando uma sensação agradável de condução. • Consumo: tende a ser mais econômico que um veículo com caixa de câmbio manual. • Este princípio permite que um grande número de relações de marchas, limitado pelas aberturas mínima e máxima, seja feito por meio da variação dos diâmetros efetivos das polias primária e secundária. • A variação contínua das relações elimina os trancos nas mudanças permitindo uma condução mais confortável. Transmissões João Dias 2 03/2011 CVT (Continuous Variable Transmission) • 2 tipos de CVT: – Com conversor de torque (ex. Nissan/Renault) – Com embreagem • seca, úmida ou magnética (ex. Honda Fit) Transmissões João Dias 3 03/2011 CVT (Continuous Variable Transmission) Variador e Correia de CVT – Fonte NISSAN Transmissões João Dias 4 03/2011 Caixa de Câmbio – CVT - Exemplo • Definições técnicas caixa Jatco (Nissan/Renault): – Torque máximo: 195 Nm – Peso FK0: 92 kg • Fontes de perda de eficiência (aumento de consumo); – Bomba de óleo : pressão de funcionamento de 50 a 70 bar – Distribuidor hidráulico : funciona com altas pressões de trabalho – Correia: atrito, esforço aplicado – Conversor de torque Transmissões João Dias 5 03/2011 Esquema AP / AS / Dif. Transmissões João Dias 6 03/2011 Modelo 3D Secção FK0 Transmissões João Dias 7 03/2011 Vista traseira sem tampa: Transmissões João Dias 8 03/2011 CVT - Esquema de funcionamento Caixa Jatco - Fonte NISSAN Transmissões João Dias 9 03/2011 CVT - Conversor de Torque (Nissan) • O conversor de torque num CVT tem a mesma função de um conversor utilizado em caixas de câmbio automáticas convencionais. Permite o acoplamento e a transferência de torque do motor à polia primária e também é responsável por movimentar a corrente da bomba de óleo. Transmissões João Dias 10 03/2011 CVT - Bomba de óleo • A bomba de óleo fornece a pressão de óleo suficiente para o funcionamento e a lubrificação do CVT. Esta pressão é superior à de uma caixa manual convencional, uma vez que deve ser suficientemente alta para manter a tensão da correia de transmissão e suportar o torque do motor. Transmissões João Dias 11 03/2011 CVT - Inversor • O inversor consiste em um sistema de Trem Epicicloidal simples também chamado de trem planetário, uma embreagem, um freio e é utilizado para alternar entre marcha à frente e marcha à ré. Transmissões João Dias 12 03/2011 CVT - Embreagem e Freio • A embreagem e o freio do CVT são do tipo multi-discos. Uma das eletroválvulas distribui a pressão de óleo na face traseira do pistão. Por meio da aplicação progressiva da força do pistão sobre o disco inicial, o bloqueio e a liberação dos discos de acionamento ocorrem de forma suave evitando trancos. Transmissões João Dias 13 03/2011 CVT - Correia Metálica • A correia metálica possui aproximadamente 400 elos metálicos e 02 cintas metálicas cada uma com 12 camadas. Mesmo ângulo dos discos das polias variáveis Transmissões João Dias 14 03/2011 CVT - Correia Metálica • A correia metálica transfere a potência por meio da força de compressão das faces das polias. A pressão hidráulica é transmitida às polias e as faces dos discos destas acionam os elos. • Quando o elo é firmemente mantido entre as polias, é produzida uma força de fricção e o elo é elevado na direção de rotação da polia. Um dos elos é pressionado contra o elo seguinte que comprime a peça adjacente assim sucessivamente transferindo a potência solicitada, Transmissões João Dias 15 03/2011 Caixa de Câmbio - CVT Correia metálica Transmissões João Dias 16 03/2011 CVT - Correia Metálica Transmissões João Dias 17 03/2011 CVT - Polias (Variador de Relações) • O conjunto do variador de relações possui uma polia primária e uma polia secundária. A polia primária é a polia principal, pois é a que recebe o torque do motor. A polia secundária é a polia de acionamento, a que transfere a potências às rodas motrizes. Transmissões João Dias 18 03/2011 CVT - Polias (Variador de Relações) Transmissões João Dias 19 03/2011 CVT - ECU (Electronic Control Unit) Transmissões João Dias 20 03/2011 CVT - Pressão do Fluído Hidráulico Transmissões João Dias 21 03/2011 CVT - Relações Virtuais • Assim como nas caixas de câmbio automatizadas, dupla-embreagem e caixas de câmbio automáticas, no CVT também é possível efetuar mudanças de relações manualmente. Quando posicionada a alavanca de mudanças na posição M (manual), o condutor dispões de cinco a oito relações pré-definidas. Transmissões João Dias 22 03/2011 CVT - Relações Virtuais Transmissões João Dias 23 03/2011 CVT – Multitronic (AUDI) Corrente Exemplo de CVT Audi Multitronic Transmissões João Dias 24 03/2011 CVT – Multitronic (AUDI) - Inovações • substituição da correia metálica por uma corrente específica • desacoplamento do circuito hidráulico de fechamento das polias • embreagem multi-disco concêntrica • um atuador de torque que regula diretamente a pressão de fechamento das polias • bomba de óleo com baixa vazão intersticial. Transmissões João Dias 25 03/2011 CVT – Multitronic – Corrente Metálica • A corrente oferece uma superior capacidade de transmissão de torque, um melhor rendimento e permite um raio de enrolamento inferior ao de uma correia metálica. A corrente é composta de 75 eixos e 1025 elos dispostos em fileiras de 13 e 14 elos por uma largura de 37mm. • Para garantir um deslocamento o mais silencioso possível da correia, são utilizados elos de dois comprimentos diferentes. Transmissões João Dias 26 03/2011 CVT – Multitronic – Corrente Metálica Transmissões João Dias 27 03/2011 CVT – Correia x Corrente Transmissões João Dias 28 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • I-Shift é nome comercial das transmissões automatizadas Volvo. Transmissões João Dias 29 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • Transmissões Automáticas: – São transmissões baseadas no sistema de planetárias múltiplas e embreagens atuadas hidraulicamente; – Normalmente utilizam conversores de torque no acoplamento com o motor; – Exemplos: transmissões Volvo Powertronic, ZF Ecomat, Voith Turbo, Allison. Transmissões João Dias 30 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • Transmissões Automatizadas: – São transmissões com os mesmos conceitos de construção de caixas manuais: com eixo de entrada, eixo principal, contra-eixo, eixo de saída; – Normalmente utilizam embreagens convencionais; – Exemplos: transmissões Volvo I-Shift, ZF AS Tronic, Scania Opticruise. Transmissões João Dias 31 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • Vantagens das Transmissões Automáticas sobre as Automatizadas – Permitem deslocamentos baixas velocidades com elevado torque, sem solavancos, e sem desgaste de embreagem; – São mais adequadas em aplicações com muitas paradas: • Ônibus urbano; • Caminhões de lixo. Transmissões João Dias 32 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • Vantagens das Transmissões Automatizadas sobre as Automáticas. – São mais leves; – São de construção mais simples; – São mais baratas; – Menor consumo de combustível. Transmissões João Dias 33 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada Transmissões Automatizadas Volvo - Histórico • 2002: Nasce a primeira I-Shift, a AMT-B; • Não foi baseada em uma transmissão manual já existente; • Otimizada para aplicações de caminhões rodoviários até 44 toneladas; • 2007: Nasce a I-Shift, a AMT-C Transmissões João Dias 34 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • Inovações – Aumento de capacidade de torque, para atender motores de até 16 litros; – Aumento da capacidade de carga; – Maior gama de aplicações. Transmissões João Dias 35 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • Redução do consumo de combustível. – Menos perdas por atrito; – Algoritmo avançado de estratégia de troca de marcha; • Funções avançadas de economia de combustível: Ecoroll, Smart Cruise Control; • Menos trocas de marchas; • Marcha de arrancada de acordo com a necessidade; • Trocas de marcha mais rápidas. Transmissões João Dias 36 03/2011 Caixa de Câmbio - Automatizada • Menor desgaste embreagem; • Menor de desgaste dos freios; • Redução do peso; – 271 kg contra 334 kg de uma transmissão VT2214B; • Redução do nível de ruído; – Dentes helicoidais no grupo redutor; • Facilidade de condução; • Proteção do trem de força. Transmissões João Dias 37 03/2011 Componentes Principais Transmissões João Dias 38 03/2011 Alavanca de Mudanças Posições: R - Marcha a ré N - Neutro A - Modo Automático M - Modo Manual L - Modo de Segurança • A: GECU, Gearshift ECU. • B: Alavanca. Transmissões João Dias 39 03/2011 Alavanca de Mudanças • Modos de Condução: – Econômico: posição padrão – Performance: aumenta as rotações de troca. • O modo de condução não tem influência no desempenho do motor. Transmissões João Dias 40 03/2011 Sistema de Embreagem Consiste de uma unidade de controle e um atuador concêntrico, com sensor de posicionamento. Sistema é puramente eletro-pneumático. Sensor de posicionamen Atuador concêntric Unidade de controle Transmissões João Dias 41 03/2011 Sistema de Transmissão Unidade de Controle Integrada Componentes Principais Grupo redutor (Range). Freio do contra-eixo Caixa básica não sincronizada Grupo desmultiplicador (split) sincronizado. Transmissões João Dias 42 03/2011 Sistema de Transmissão Corte Transmissões João Dias 43 03/2011 Sistema de Transmissão Engrenamentos LS HS (HR/LR) Transmissões João Dias 44 03/2011 3 2 1 R Range Sistema de Transmissão Fluxo de Força Transmissões João Dias 45 03/2011 Analogia com o Cérebro Humano – unidade de controle Softwares, Conhecimento Datasets, Prévio Parâmetros Info rma ções Decisão SENTIDOS SENSORES s çõe a rm Info Externos: velocidade do motor, velocidade das rodas, posição dos pedais Internos: posição dos garfos, velocidade do contra-eixo. Transmissões João Dias 46 03/2011 Mudar da 12ª para a 11ª marcha. Estratégia de Troca • Baseada em parâmetros como inclinação, peso do veículo, posição do pedal do acelerador • Tem como objetivo maximizar a performance e reduzir o consumo de combustível: – Se não é necessário arrancar em primeira marcha, uma marcha mais alta é usada para economizar combustível. – Se é possível “pular” marchas, isso é feito. Tanto na aceleração quanto na desaceleração. Transmissões João Dias 47 03/2011 Troca de Marchas Seqüência de acontecimentos típica • Torque do motor é limitado; • Embreagem é acionada; • Transmissão vai para a posição neutra; • Velocidade do motor é reduzida; • Embreagem é liberada até o ponto de escorregamento; • Quando ocorre a sincronização acontece o acoplamento; • Embreagem e torque do motor são liberados. Tempo total transcorrido: 1 segundo. Transmissões João Dias 48 03/2011 E o Futuro? • Aumentar a gama de aplicações – Ônibus Urbano; – Mineração; – Aplicações com tomada de forças de alta potência: caminhões betoneiras. • Reduzir ainda mais o consumo de combustível; • Utilização em sistemas híbridos: Diesel + Elétrico. Transmissões João Dias 49 03/2011