armou a sua tenda entre nós
Transcrição
armou a sua tenda entre nós
N.º 62 Janeiro 2008 R. do Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. das Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA O projecto de Deus para a humanidade converteu-se em realidade quando o Verbo se fez carne e ‘armou a sua tenda entre nós’. Não construiu um palácio, que é fixo, mas armou uma tenda, que é móvel... que se coloca no meio do povo e caminha com ele. (cf. CHAMADAS A TECER UMA NOVA ESPIRITUALIDADE... - P. Thomas Hughes, SVD O nosso «armar a tenda» passa por reexpressar Obras e Serviços... Em pouco tempo, têm sido muitos os passos dados no processo de reunificação das duas Províncias: A Reunião de Coordenadoras, a 30 de Novembro e 1 Dezembro, em Fátima. Em final de Dezembro, os outros três Encontros para «conhecimento e partilha da nossa missão», a completar o que fora realizado em Outubro relativamente à Pastoral Juvenil. As Equipas «ad hoc» encarregaram-se de enviar uma grelha para preparação dos Encontros, que foram alargados a todas as Irmãs que quiseram participar. É de tudo isto que damos alguma notícia: Reunião de Coordenadoras Irmã Fernanda Manso Foi em Fátima que as Coordenadoras das Províncias Norte e Sul foram «visitadas» e enfeitadas com os «ADORNOS DA MENINA ESPERANÇA». Quem é que diz que não somos criativas? A densidade, a beleza e a diversidade dos símbolos foram de uma excelência extraordinária, e conseguiram mostrar onde estamos, o que fazemos, com quem partilhamos a nossa vida, em que acreditamos e, sobretudo, o que desejamos. Foi lindo o que cada uma trouxe da sua Comunidade e da sua realidade, e foi a partir destes símbolos que a noite de 30 de Novembro e o dia 1 de Dezembro se passaram. Ao sermos interpeladas pelas perguntas - Há esperança para o teu futuro?... Que remédios para crescermos na Esperança, no Optimismo, na Alegria» - estas questões foram trabalhadas em grupos, e todas ficámos mais enriquecidas e mais conscientes da nossa riqueza e diversidade. O apelo a sermos «animadoras da esperança», com os recursos que temos, ecoou fundo em cada uma, e ficou-nos o desejo de sermos mulheres de esperança. Para que não esqueçamos, foi entregue a cada Coordenadora uma planta – a planta da Esperança – para ser regada, cuidada e acarinhada por todas na Comunidade. Atrevo-me a fazer minhas as palavras de alguém: «Cultive a Esperança, mude de direcção, olhe que o perfeccionismo atrapalha... Por favor não faça vigília às desgraças». Também faço meus estes sentimentos, e desejo que em 2008 e em cada Comunidade floresça cada vez mais a esperança, o optimismo, a alegria. E foi em clima de festa, e à roda da mesa dos sabores, que lanchámos e retemperámos as forças, e cada uma regressou, ou ficou, para dar continuidade aos trabalhos. Encontro para as Irmãs que animam as Irmãs de Idade (Coimbra, 27 Dezembro 2007) Irmãs Mª Leonor Campos Matos e São Reis As 27 Irmãs de 14 Comunidades - Casas Provinciais Norte e Sul, Abrantes, Coimbra, Linhó Nª Sª Conceição, Lisboa-Alto do Lumiar, Lisboa-Casa Paula, Lisboa-Nª Sª da Luz. Pinhel, 2 Porto-Paz, Porto-Vilar, Sardão, Vila do Conde-Inst., Vila do Conde-Resid. E Viseu -, vivemos um dia rico pela partilha de experiências em contacto com esta faixa etária. Foi estimulante o constatar a sua riqueza espiritual – um belo testemunho de vida que nos transmitem, tão ao jeito de Santa Paula. Mas também partilhámos pequenas e grandes dificuldades existentes, tanto pessoais como de condições de espaços inadequados à situação concreta de algumas Comunidades. Em resumo: - Valorizou-se o esforço das Províncias em proporcionar a estas Comunidades sessões de fisioterapia com exercícios físicos, estimulação da memória – energias adormecidas... que muito nos ajudam a manter ou melhorar a qualidade de vida. - Necessitamos de espaços de movimentação adequados e que possam responder a emergências que vão surgindo com a idade. Isto, nalgumas Comunidades. Outras estão muito bem neste aspecto. - Sentimos a necessidade e urgência de ser mais presença na solidão que sofrem algumas Irmãs e outros idosos que visitamos em Lares ou em suas casas. - A nível das próprias Comunidades, valorizar as capacidades das Irmãs Idosas, proporcionandolhes oportunidades laborais e espirituais, na atenção às outras, confiando-lhes pequenas responsabilidades na ajuda mútua, de modo que as levem a sentir-se ocupadas, felizes, úteis e orantes, «missionárias» até ao fim da vida. A todas nós ficou uma forte interpelação: Aprendamos a aceitar e a assumir, já hoje, com naturalidade e esperança, os limites da idade ou da doença. Se não for com alegria, ao menos com amor, serenidade e resignação com o querer de Deus – como Santa Paula. Viveremos mais felizes o dia de amanhã, e não dificultaremos a vida a quem cuida de nós com tanto carinho e amor! Encontro das Escolas (Lisboa-Calvanas, 28 de Dezembro de 2007) O encontro começou às 10,30 h, mas pelas 10h já se ouviam esfuziantes manifestações de alegria entre as Irmãs do Norte e do Sul. Estavam presentes 42 Irmãs – Abrantes, Calvanas, Parque, Paz, Sardão, Viseu e Escola Superior de Educação. A oração de início, com um salmo composto por frases de Santa Paula, alusivas à Educação, tornou-a presente no meio de nós e motivou a partilha. Em seguida, a apresentação da realidade educativa de cada Escola, por meio de Power Point, serviu bem uma das finalidades do encontro: darmo-nos a conhecer. Este primeiro momento foi aprofundado no seguimento de um guião previamente trabalhado: Quem somos, o que fazemos e com quem. Foi com interesse e alegria que nos escutámos, quer as mais sintéticas quer as mais prolixas... Alguns aspectos foram verdadeiramente novidade. Sentiu-se que se deram 3 passos importantes, dentro dos nossos limites, em resposta a novas necessidades. No fim da manhã, a Eucaristia, e depois do almoço continuámos os trabalhos, que nos deram a perspectiva da acção apostólica realizada nestas Obras, com grande dedicação de poucas Irmãs, apoiadas por muitos professores leigos, na busca de proporcionarem aquela educação sólida em que a Madre Fundadora tanto insistiu. Para além da oportunidade de conhecermos melhor a nossa missão educativa, tivemos depois um trabalho de grupo para reflectirmos e projectarmos o futuro. Finalmente houve o plenário, onde reavivámos o nosso entusiasmo pela missão que nos apaixona e onde partilhámos as nossas aspirações. Concluímos com uma oportuna poesia de Miguel Torga, “Semeador”: Semeia contra o presente Semeia como vidente a seara do futuro sem saber se o chão é duro e lhe recebe a semente. (...) Pois o papel do semeador, a tarefa do semeador, a Missão do semeador é, simplesmente, semear... Antes de abandonarmos as Calvanas ainda tivemos um bom momento de convívio, alegre, amigo e fraterno de despedida, no Bar, onde nos esperava uma merenda variada. Encontro das IPSS (ESE – Porto, 29 Dezembro 2007. Eram 10.30 da manhã do dia 29 de Dezembro, na ESE de Paula Frassinetti. 41 Irmãs reuniram-se para partilhar a realidade da nossa Missão, no âmbito das Instituições Particulares de Solidariedade Social. Do Norte ao Sul do País, de Bragança a Loulé, sentiu-se um forte empenho em responder a diferentes gritos humanos da nossa sociedade de hoje. Presentes, da Província Norte, Bragança, Vila do Conde, Porto-Vilar, Pinhel, Figueira da Foz, Recardães e a ESE Paula Frassinetti que assumiu a SEIVA, uma “Associação ao Serviço da Vida» nascida há uns anos na nossa Obra da Figueira, e que agora, no Porto, abre os seus braços aos desempregados nacionais e aos que, vivendo no nosso País, são oriundos dos cinco cantos do mundo. Do Sul, a presença era igualmente significativa: Abrantes, Covilhã, Lisboa-Obra Social Paulo VI, Linhó, Açores (Maia), Loulé, e Casa de Betânia (Queijas) A oração inicial, a Eucaristia, a comunicação do trabalho realizado e a realizar, a partilha em grupos ou em Assembleia, foram momentos fortemente interpelativos para todas as Irmãs presentes e para o tipo de resposta e presença que podemos / devemos ser, no nosso mundo fragilizado e marcado por tantas contradições. Este desejo de ser resposta aos mais diversos gritos sociais do nosso mundo – a pobreza sempre crescente, o desemprego, a deficiência, a não integração de tantas camadas sociais … - exige de nós uma mudança de mentalidade, tornando-nos mais «cor unum» 4 para sermos uma nova presença, para deixarmos o nosso pequeno mundo pessoal ou comunitário e nos abrirmos às novas necessidades da sociedade, intensificando a partilha, criando novas parcerias entre nós e com outras Instituições, de modo a tornar «os nossos corações de carne» abertos ao Espírito que «geme em nós com gemidos inenarráveis». Para começar, e em perspectiva de futuro, sentimos que é preciso criar um espaço de partilha na «Net», entre as nossas realidades afins e diversas, para comunicação de experiências e encontro de novas soluções para as imensas necessidades dos nossos irmãos, «imagens de Deus sem moldura», que nos chamam a dar uma resposta ao jeito de Paula, na fidelidade à novidade do Espírito de Deus que «paira» sobre o nosso mundo, mas que precisa de nós e do seu sopro vivificador. Pelas 18h, partimos convictas de que esta primeira partilha conjunta nos abrirá caminhos de mais vida, nas Províncias unidas e nos nossos corações mais unidos e empenhados na realidade comum que clama por nós. em... ADV ENTO... NATAL Irmã Goreti Faneca Antes do Advento fomos convidadas a vestir as cores da Esperança, “pequena, com um ar insignificante... mas é esta menina que vai atravessar os mundos... os mundos já feitos...”, foi ela que nos apresentou a Estrela verde, aquela que “resolveu ficar entre os homens e mulheres. Ela descobriu que o seu lugar é onde não existe a perfeição, onde há luta e dor.” Guiadas por esta Estrela, chegámos ao presépio e descobrimos O Menino, nossa Esperança, a fazer caminho connosco para que O possamos ver nos nossos limites, dores... e levantar o olhar para além do aqui e agora. Este foi o pano de fundo da nossa Festa de Natal com todas as Irmãs e as oito estudantes que escolheram a nossa casa para viver. Tivemos Eucaristia, celebrada pelo nosso Pároco – Frei Domingos e fomos guiadas pela Estrela Verde onde O Menino já tinha feito a Sua morada. O tom foi de festa, no momento de Acção de Graças todas ficamos a conhecer a história da “estrelinha” e cada uma recebeu da Irmã Luísa uma cabana, feita por ela, onde o Menino dormia deitadinho. Foi um momento onde as mais novas se comoveram: há gestos que falam, que fazem a diferença no nosso tempo de homogeneidade. No fim foi o jantar com o bacalhau, rabanadas, filhós...como manda a tradição. Também no Justiça e Paz fizemos a experiência de nos deixarmos guiar pela Esperança e a grande Estrela verde, habitada pelo Menino, falou mais que todos os presépios dourados. A nossa noite de Natal foi marcada pela simplicidade, pela paz, pela alegria... Já o dia teve as cores do sofrimento pela queda da nossa Ir. Azóia que a levou ao hospital com o colo do fémur partido. Foi operada ainda neste dia. O Menino tudo fez, através dos médicos, para que esta Irmã não sofresse muito. Está com um “colo” novo. Os médicos dizem que este não vai partir mais. À tarde fomos visitadas pela comunidade do Noviciado, que sem saber da nossa dor, vieram ser solidárias e fazer-nos sentir que a nossa Esperança está viva. Vivemos um momento fraterno de festa. Todas estamos, agora, preparadas para acolher as Irmãs que apoiam e animam Irmãs de Idade. 5 A todas e cada uma deixamos o nosso abraço de Boas Festas, e que a “Estrela Verde seja a luz do coração de cada uma”. Natal na Irmã Milita No dia 13 de Dezembro a nossa casa enfeitou-se de Natal para receber as Irmãs da Comunidade do Alto do Lumiar (a comunidade de Nª Sª da Luz não pode estar presente, por afazeres vários), as nossas actuais estudantes e oito das “antigas residentes”. Celebrou-se a eucaristia, pediu-se a Deus Menino graças para cada uma e suas famílias, renovou-se o compromisso de estar ao serviço dos mais frágeis e mais desprotegidos, mas também houve tempo para o jantar/convívio. Foi uma noite muito agradável, porque se trocaram abraços e recordações. As mais antigas de todas foram as últimas a sair. No fundo, com estas havia histórias mais longas a partilhar e mais nomes e acontecimentos a relembrar. As Irmãs que passaram na vida de cada uma não foram esquecidas. Desfiaram-se nomes e fez-se memória dos afectos e das peripécias. Foi uma “Noite de Natal” em que Jesus esteve mais presente. Quem diria que a Irmã Maria Augusta Macedo tem esta inspiração? Ainda por cima... com a música revolucionária da «Maria da Fonte»... Ora vejam. Só não as podemos ver vestidas a rigor... Vimos cantar as Janeiras Cheias de santa alegria. De andarilho ou carroça É sempre uma força Já nasceu o Deus-Menino linda! Filho da Virgem Maria. O Pelotão dos «oitenta», Filho da Virgem Maria Oitenta e muito mais, Com S. José que o criou. Mancas... Mas moucas Deus, seu Pai ou cegas Sempre contas na mão Afastam os inimigos Com a força da oração. Com ou de tão poucos combatentes Tenhamos Fé d’uma vez. biológico, Somos Mais tarde o requisitou. tais. Cada uma vale por dez... Vimos dar as Boas-Festas O Pelotão dos «setenta» Se tivermos esperança Com amor e gratidão É a força mais desperta. Não pensarmos só na dor À Irmã Maria Leonor E nas quedas ou conflitos T’remos um ano feliz Que comanda o batalhão. São Cheio de Paz e Amor. Sabe comandar as tropas queridas elas que como estão alerta! Como diz a Santa Paula Eia avante, queridas Com grande sabedoria. O Pelotão dos «sessenta» Irmãs, Do chefe ao soldado raso São só duas mas unidas. Eia avante sem temer. Transmite a sua alegria. Sempre Pela nossa santidade O frente Pelotão dos na linha da Lutemos até morrer! «noventa», Vigiam os inimigos. Noventa e mais ainda E o da Retaguarda 6 Convívio de Natal no Margarida Rodrigues Baldaque Natal… … tempo de recordar e renascer... … tempo de acolher e celebrar… … tempo de reunir e recriar… Dando continuidade ao tema do triénio - “Vamos mudar o Mundo” -, que nos levou nos anos lectivos anteriores a “Conhecer” e a “Dar as mãos”, o Colégio da Paz adoptou neste ano lectivo o lema da transformação. “Transformar” é o tema do ano e, como tal, esta atitude de renovação tem sido vivenciada das mais diferentes formas, na comunidade educativa, mas também na dimensão pessoal, em que cada um é convidado a fazer uma experiência de reconhecimento e de mudança no sentido de contribuir para a transformação do mundo ao jeito de Santa Paula: Educando! Seguindo o apelo empreendedor e pró-activo que nos é lançado diariamente pela transformação, este ano o convívio de Natal foi preparado de forma inovadora e inesperada, chamando cada um a exercer o seu poder de transformação na preparação de uma Ceia de Natal. Assim, no dia 19 de Dezembro, pelas 17 horas, todos os colaboradores do Colégio foram convidados a reunir-se, munidos de roupa prática, empenho e criatividade para do nada prepararem o tradicional encontro natalício, que teve início às 19h30. Com menos de três horas de antecedência, vestiram-se aventais, formaram-se equipas, distribuíram-se funções, surgiram ideias, decoraram-se os espaços, cozinharam-se as iguarias e preparou-se a Eucaristia, celebrada pelo Pe. Nuno Tovar de Lemos, que deu início a este convívio. Não faltou também a animação que alegrou os momentos de trabalho e abrilhantou o convívio com jogos e uma montagem de imagens da televisão de outros tempos, ajudando-nos a recordar e a observar as transformações ocorridas nas últimas gerações. No final, com a ajuda de todos, tudo ficou limpo e arrumado como se nunca tivesse havido festa no colégio, mas as nossas memórias ficaram adornadas de boas recordações deste convívio tão especial. Durante uma noite em que fomos convidados a transformar Memórias, Ambientes e Matérias, constatamos como todos podemos transformar o nada em grandes momentos capazes de perpetuar felizes memórias nas nossas vidas e isto também é transformar o mundo! Testemunhos: Pediram-me para falar sobre o convívio de Natal, pois aqui vai: Este ano o tema do Colégio é “transformar o mundo”, e o convívio de Natal foi mesmo uma transformação de tudo, desde a preparação da sala para a Eucaristia até à animação do próprio jantar. Nunca imaginei que fosse possível preparar em tão pouco tempo um grandioso jantar! O ambiente foi de alegria, imaginação e espírito de equipa. Foi uma noite esplêndida! Patrícia Monteiro Este ano o convívio de Natal foi diferente, mas surpreendentemente interessante. Foi uma forma de descobrirmos dotes ocultos nos colegas com quem convivemos diariamente e foi muito agradável. Assunção Martins A festa de Natal foi um tempo de convívio único. Um grupo de adultos, todos de calças de ganga, camisola vermelha e avental descartável branco, arregaçou as mangas e trabalhou em conjunto para transformar o local de trabalho num local de festa e celebração. O ambiente foi de partilha, de alegria e paz, preparando assim caminho para O que havia de vir – o Natal. Benedita Costa Brandão DEIXEMOS TECER A VIDA Para envolver o Menino Que se pode constipar Vamos tecer uma mantinha Que seja fofa, quentinha, Do jeito que Ele mais gostar. Com a pontinha da manta Que por certo vai chegar Envolver outros meninos Os pobres, os pequeninos Sei também que vai gostar. Deixemos tecer a vida Como Deus quer e lhe apraz E a manta de amor profundo Envolverá todo o mundo Num aconchego de paz. Um beijinho da Irmã Gracinda Colégio do Sardão, Natal – 2007 Cristina Seixas e Isabel Duarte A Dádiva do Natal Este ano a vivência do Natal na Obra Social Paulo VI foi marcada por várias iniciativas que tiveram como objectivo desenvolver o sentido de dádiva nas crianças e nas famílias. Assim, em cada dia do Advento era apresentada uma atitude a ser desenvolvida pelas crianças (ex: emprestar as coisas, ajudar em casa, saber ouvir, dar uma resposta delicada, perdoar, dar um sorriso, dar alegria), em clima de interioridade, por vezes no espaço de oração. No final do dia cada criança levava para casa um cartão colorido para colocar na árvore de Natal, onde estava escrita e ilustrada a frase do dia. Ao longo do Advento as crianças iam assim decorando a sua árvore de Natal com atitudes positivas em relação aos outros. À entrada da Instituição as frases iam sendo afixadas diariamente, em jeito de calendário de Advento. Paralelamente as famílias foram incentivadas a partilhar os seus bens com os mais necessitados, mais concretamente: dar meias para os sem-abrigo de Lisboa (Comunidade Vida e Paz), dar dinheiro para as vítimas do Bangladesh (Unicef) e comprar um CD para ajudar as pessoas do Darfur. Cada sala teve a sua própria celebração de Natal, com um momento meditativo inicial para as famílias e um momento festivo com as crianças, onde vivemos com intimidade e alegria a mensagem do Natal. “A Igreja ao serviço dos pobres” Concretizando o Tema da Diocese para este ano - “A Igreja ao serviço dos pobres” - decorreu no dia 23 de Novembro, no Centro Social Paroquial, um encontro para os cristãos do Arciprestado de Águeda, sobre o tema “A Pobreza”. A realização desta acção foi orientada pelos Missionários Combonianos, que estiveram em missão em terras de Angola, a pedido do Arciprestado. A reflexão iniciou-se com a visualização duma reportagem que retratava a acção realizada pelos Missionários Combonianos. O Pe Claudino, Missionário Comboniano, foi o convidado da equipa que, com simplicidade, falou um pouco sobre essa “Missão impossível” com aquele povo que vive em extrema pobreza. Ao longo da apresentação fomos interpelados por tudo quanto vimos. Entre nós ficou também a ressoar: que podemos fazer por estas realidades, enquanto Igreja que somos? Como Comunidade, este tema deu para reflectir a pobreza nas suas diferentes formas. “Visita a doentes” Tocadas pelo mundo ferido que nos rodeia, e principalmente a realidade dos doentes, no Domingo, dia 9, a Comunidade de Recardães foi até Coimbra com o desejo de ser presença-profecia geradora de Esperança junto dos doentes e seus acompanhantes. Num primeiro momento fomos até ao nosso Lar de Coimbra visitar algumas das nossas Irmãs de 3ª Idade; foi um momento de fraternidade, quer para as mais novas quer para as de mais idade. De seguida, dirigimo-nos ao IPO para visitar a Graça, uma amiga da Comunidade e mãe de duas jovens que participaram connosco na Peregrinação a Fátima. A Graça tem um Cancro, e entrou na fase terminal da doença. Para ela e a sua família pedimos orações. Por último, fomos ao Hospital visitar o Eduardo, um catequista de Fermentelos que tinha sido submetido a uma intervenção cirúrgica delicada, também ela do foro oncológico. Também para ele pedimos oração. Junto de todos tentamos ser uma presença de Esperança. No regresso a casa, a experiência vivida foi motivo de oração e de partilha entre todas. Ao mesmo tempo, tornou-nos mais despertas para a partilha do tempo que temos e que tantas vezes desperdiçamos, podendo ele ser motivo de alegria e esperança para muitos. Momento de Oração Em tempo de advento, decorreu na Igreja de Recardães um momento de oração, para todo o Arciprestado, orientado pelo Grupo de Jovens da Paróquia. Na sexta-feira dia 7 de Dezembro, ao inicio da noite, os diferentes grupos de jovens do Arciprestado de Águeda, em conjunto com as pessoas da comunidade paroquial e as Irmãs, reunimo-nos na Igreja de Recardães para um tempo de paragem junto do Nosso Deus-Amor, que nos convida a deixá-l’O renascer nos nossos corações. Este tempo de oração/adoração foi preparado pelos Jovens de Recardães, aos quais se juntaram cerca de 70 outros Jovens. Foi um tempo de experiência profunda de Deus que vive nos meio de nós, nos que estão ao nosso lado, nos que sofrem os males deste mundo, etc… foi um tempo em que os jovens rezaram um Deus que vem e o Deus que já está no meio de nós a interpelar-nos em cada momento que vivemos. Valeu a pena fazer uma vigília de oração na véspera da Imaculada Conceição… No início do ano lectivo, o Gabinete de Apoio ao Estudante reflectiu na melhor forma de se dar a conhecer aos novos alunos. Decidimos propor um projecto “Conhece-te a ti mesmo”, que está a ser desenvolvido por grupos em que as sessões têm tido grande impacto. Fizemos outra proposta de trabalhar “As cartas do Gervásio”, que é um projecto desenvolvido por um professor da Universidade do Minho que está direccionado para dotar os novos alunos do Ensino Superior de Competências de Estudo. Criámos, também, um outro grupo em que o objectivo principal é o “Encontro”. A dinâmica do grupo é da responsabilidade dos próprios elementos, que põem em comum os seus talentos e reflectem sobre os mesmos postos ao serviço dos outros. Neste momento, centrámo-nos no Canto e aproveitámos este facto para preparar a festa de Natal. Pretendemos, com estas iniciativas, ir motivando os alunos e constituir um grupo de oração. Outra iniciativa para este ano é a formação aos nossos alunos que se comprometeram nas várias expressões de Voluntariado: Sem Abrigo; Formação às Mães-Adolescentes e Filhos; Apoio ao atendimento dos Imigrantes (nas instalações da SEIVA); visitas e acompanhamento aos Idosos através do projecto Rostos(com)Vida em articulação com a Pastoral da Saúde, na Paróquia de Nª Sª da Conceição; actividades missionárias no Verão. O Natal da Escola está a ser preparado à luz da Esperança e do sentido da Vida. Irmã Gracinda Martins João Alberto Simão Amaral Vergamota - Quem é? O João foi nosso aluno no Externato do Parque e no Colégio das Calvanas. Foi meu aluno no Parque. Assim o conheci em criança: correcto, educado, terno, meigo, sensível, aplicado, bom colega, normalmente atento e bem comportado, com muitas capacidades humanas, intelectuais. Questionava-me com frequência, e queria sempre saber mais e fazer melhor. Tinha muito jeito para o desenho. Os seus trabalhos e apresentação dos cadernos eram impecáveis. Dava gosto vê-los. 9 Ordenação de Diácono No dia 2 de Dezembro de 2007 pelas 15,30h, no Mosteiro dos Jerónimos, foram ordenados 14 diáconos, sendo um deles o nosso João. Foi lindo e cheio de significado cada momento da celebração: o solene cortejo de entrada… o chamamento inicial com a leitura dos nomes… a promessa “sim, quero” “prometo”… a prostração com a invocação das ladainhas, onde se ouviu o nome de Santa Paula Frassientti, a pedido do João… o reaparecimento com as vestes diaconais… a entrega do Livro dos Evangelhos e a missão de os proclamar e anunciar… o momento de comungar e distribuir a comunhão pelos fiéis … todos os cânticos que animaram a celebração… a bênção da despedida… a procissão no final da eucaristia à saída do Mosteiro… o sorriso de felicidade no rostos dos participantes… Vivi pedacinhos de céu Depois foi o momento do reencontro: Primeiro com alguns colegas do João, também meus alunos, e que eu não reconheci porque os guardava no coração e na mente tal como os tinha deixado em criança. Foi bom dar e receber aquele abraço forte e carinhoso, carregado de saudade e lembranças do passado. Depois foi a procura do João, que não se descobria no meio de tanta gente. Uma vez localizado choveram as manifestações de alegria, ternura e carinho dos amigos, incluindo algumas das nossas Irmãs que estavam presentes. Quando eu me aproximava alguém disse: - Deixem passar a Irmã Gracinda que vai ao encontro do “seu menino”. Todos facilitaram a passagem. E foi aquele abraço mútuo, terno, amigo e prolongado que falou sem dizer palavras, porque as lágrimas se apoderaram da voz e, abafando-a, só deixaram falar o coração. Depois alguém disse: - Foi lindo aquele quadro vivo! E tudo foi lindo, sim, lindo de verdade! A celebração da Eucaristia, o reencontro com o João, com pais, alunos e algumas das nossas Irmãs. Lindo foi ainda sentir o amor-comunhão em tantos gestos concretos dos amigos e das Irmãs que me acolheram e acompanharam nestes dias, no Seixal e no Colégio das Calvanas, agraciando-me com flores naturais e coloridas de ternura, carinho, amor… Assim, deste modo, eu vivi maravilhada, de coração agradecido, pedacinhos de céu. Pastoral Juvenil – Prov. Sul: No dia 27 formação, já de também em Novembro reuniu-se na Casa programadas, vista mútuo conhecimento interessado em fazer voluntariado no iniciativas para angariação de fundos que próximo verão, nos Açores e em África ajudem a custear a viagem e a estadia. 40 jovens, interessados. todos Nos dias 20 verdadeiramente às 7 e Dezembro, das 23 reuniram-se respectivamente o 8 a o têm Provincial o grupo de jovens que está (Angola e São Tomé). Estavam mais de e que de Duas Irmãs nossas foram escolhidas pelo Governo Geral de organização para constituir Equipas a nível de Congregação: a Irmã horas, Maria Emília Nabuco, para a Equipa grupo Internacional Ano Jubilar; esteve já dos Açores e o grupo de Angola (já que em Roma entre o Natal e o Ano os interessados em S. Tomé se unem à Novo para a primeira reunião. A Irmã ESE de Paula Frassinetti). Tomou-se Maria consciência da realidade e dos passos para dados anteriormente. Os grupos irão Antónia a Comissão Capítulo Geral. encontrar-se mensalmente em acções de 10 Marques Guerreiro, Preparatória do As 3 Irmãs Norte Juniores participaram Cristologia - da num Província Curso Seguimento de ‘alargaram’ o seu coração... de Jesus Paróquia e a Caritas na mulheres e crianças. Não A Irmã Abecasis, Irmã Alice Azóia (Coimbra) deu uma queda, no Natal, fracturando o colo do ESE, participaram nesta Ceia. fémur; e foi operada logo nesse dia. da Também tiveram intervenções cirúrgicas: Casa de Betânia, as Comunidades da a Irmã Alzira Maria, a um olho, e a Casa Paula e da Casa Provincial, em Irmã Maria Rosário Caetano, a um Évora, joelho, ambas de Viseu. A Irmã Maria Lisboa, e uma doentes: com a fortaleza que a caracteriza. A apenas as Irmãs, mas também alunos da Secundando Irmãs por esta última operação, continua Abrigo. Estavam cerca de 200, entre em apesar de todo o sofrimento causado organização de uma Ceia para os Sem homens, Fátima, Voto de Pobreza. A ESE de Paula Frassinetti colaborou a em faixas etárias para aprofundamento do Dezembro. com realizar-se Janeiro e Fevereiro, Encontros por Cristo -, em Madrid, de 26 a 30 de Vão a proposta/pedido Comunidade de acolheram duas jovens dessa Instituição Ausenda para viver o Natal. Foi bom, tanto para Fátima, está agora um tempo na Casa elas Paula (Lisboa) em descanso. como para as Irmãs, que Braz, da Comunidade de Bodas de Ouro – Ao longo do ano de 2008 celebram 50 anos de Vida Religiosa: A 6 de Fevereiro, Celeste Cardoso (Viseu) e Emília Bárcia Silva (Porto - Casa Provincial); a 19 de Março, Emília Ferreira (Linhó - Santa Paula) e Otília Alves (Lisboa - Parque - 1º andar) A 21 de Abril, Deolinda Anjos (Arrentela - Seixal) A 8 de Setembro - Albertina Rita (Abrantes), Lurdes Rua Pereira (Sardão – Colégio), e festejam nessa data Ana Ferreira Alves (Porto – Paz) e Arminda GIL (Porto – Vilar) A 24 de Setembro Maria de Jesus Gonçalves (Lisboa – Parque) 8 de Outubro - Lurdes Xavier (Loulé); 22 de Outubro - Maria de Lurdes Dias Ferreira (Viseu) 16 e Dezembro - Ana Margarida Marreiros (Sardão) Faleceu a Irmã Emília Miranda, da Comunidade da Residência de Vila do Conde. Nasceu em FORJÃES a 31 de Janeiro de 1916, e entrou na Congregação em Vila do Conde, a 31 de Outubro de 1944. Após um AVC, que a levou a um internamento de cerca de 15 dias, a Irmã Miranda deixou o nosso convívio na madrugada de 3 de Janeiro de 2008. Quem não se lembra da célebre «despenseira» com quem tantas Irmãs mais novas aprenderam? Mas, mais do que a sua «arte», transmitiu a sua alegre serenidade, a sua capacidade de dar a vida, de estar pronta para tudo o que fosse necessário. As Calvanas e Coimbra foram as Comunidades que mais experimentaram a sua serena doação; mas esteve também no Linhó e na Casa Provincial do Norte (Rua Barbosa du Bocage e Pedro Augusto Ferreira). Há cerca de 6 anos foi para a Residência de Vila do Conde. 11 Dela dizem algumas Irmãs que durante anos com ela viveram: ”eu era ainda bem nova na vida religiosa, e ainda hoje guardo da Ir. Miranda a lembrança de uma irmã muito sacrificada, cumpridora e amiga de todas”; “no Linhó era eu que ajudava a Ir. Miranda a fazer o queijo, o requeijão. Ajudava-a na despensa da fruta. Isto, já lá vão uns quarenta anos! Recordo-a como uma irmã muito simples, muito humilde. Para ela tudo estava bem mesmo que nós, as mais novas, não fizéssemos, na perfeição, o que ela nos pedia;” “aprendi com a Irmã Miranda o que sei de doces e outras coisas, e guardo as melhores recordações de ter trabalhado a seu lado.” O Céu ficou mais «doce», porque a Irmã Miranda só sabe dar alegria a todos e deliciá-los com os seus dotes... Faleceram familiares de Irmãs nossas: a mãe da Irmã Maria Antónia Marques Guerreiro, ao fim de muitos anos de doença; uma irmã da Irmã Laura Campos (V ila Conde – Res.), uma irmã da Irmã Luzia (V ilar), um cunhado da Irmã Florinda Rosa (Casa Paula) e um cunhado da Irmã Maria Otília Melo Fernandes (Parque). A Província de Itália, como «Província Mãe», tem-nos brindado com várias e interessantes iniciativas. Destacamos o Musical sobre Santa Paula, a que o site da Congregação já abriu um bocadinho o véu... A Companhia Michele Paulicelli, à semelhança do que foi feito com algumas grandes personagens São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, “Joana d’Arc, São Francisco de Paula ... apresenta agora a vida de Paula Frassinetti, de uma forma totalmente diferente dos esquemas tradicionais. Como musical que é, a música e a dança ocupam um lugar preponderante neste espectáculo, que esparamos poder ver, mesmo só através de um DVD. Mas vale a pena – diz quem já o viu... Parabéns a Itália! Outra bonita iniciativa – da Escola de Arcore – é um grande calendário, ilustrado com as imagens da Capela de Santa Paula, e acompanhado da narração de alguns episódios da vida de Paula. Uma parte do antigo Colégio de Santo Onofre (Roma), ultimamente ocupado pela Escola de Enfermagem, foi transformado na «Casa de Paula», pronta a acolher mães e pais que têm as suas crianças em recuperação no Hospital Menino Jesus... Com esta obra a Província dá uma resposta concreta na linha da justiça do reino, privilegiando a mulher, as crianças e os doentes. A administração Municipal de Vau Dejes (Albânia) deu o nome de Marisa Gobbo a uma rua. Com este gesto quis exprimir a gratidão pelo precioso trabalho que Ir. Marisa desenvolveu, não só ensinando os jovens a trabalhar e a recuperar o ambiente, mas dando a sua contribuição de competência técnica e manual. 12 2008 - Ano Internacional das Línguas, com o objectivo de reconhecer o multilingüismo como forma de promoção da unidade na diversidade, e a compreensão internacional. da Batata - Designado pela ONU, tem direito a Fórum Mundial temático “Potato sciente for the poor” e SITE. http://www.potato2008.org/ "a batata é um alimento principal na dieta da população mundial". do Saneamento Básico - a ideia é que a campanha ajude a alcançar o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio de reduzir pela metade a proporção de pessoas que não contam com saneamento ambiental básico até o ano de 2015. Calcula-se que cerca de 42 mil pessoas morram semanalmente devido a doenças relacionadas com a qualidade da água que consomem e por falta de saneamento ambiental adequado. do Planeta Terra - Trata-se de uma reflexão sobre os desafios de nosso tempo levando em consideração a dimensão humana vinculada à mudança climática, ao sistema terrestre e aos desastres naturais, com vistas ao desenvolvimento sustentável, à transmissão dos conhecimentos e ao diálogo entre as culturas. http://www.progeo.pt/aipt/ De 28 de Dezembro a 1 de Janeiro, o habitual encontro internacional de Taizé, desta vez em Genebra, reuniu 40.000 jovens, sendo 10.000 da Suíça. 150 jovens da Acção Católica, provenientes de 27 países, partiram a 29 de Dezembro para a Terra Santa a fim de deixar um sinal de paz e esperança naquela região. Momento culminante foi a celebração da Jornada Mundial da Paz, em Jerusalém. Regressam a Roma no dia 6 de Janeiro. Em 2007 foram assassinados 21 ‘missionários’. O Vaticano está a organizar um grande encontro entre líderes católicos e muçulmanos, o qual deve realizar-se em Roma durante a Primavera. O Papa Bento XVI instituiu o Ano de S. Paulo (bimilenário do seu nascimento), o qual decorrerá de 28 de Junho de 2008 a 29 de Junho de 2009. http://www.annopaolino.org/ 2008 – 100º aniversário da Semana da Unidade A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos completa 100 anos de realização. A primeira vez que os cristãos se uniram em oração pela unidade dos cristãos, na semana entre as festas dos apóstolos Pedro (18 de Janeiro) e Paulo (25 de Janeiro), foi em 1908, em Graymoor, Nova Iorque, Estados Unidos, por iniciativa Paul Watson. Este ano o tema escolhido foi "Orai sem cessar" (1Tes5,17). O texto, conjuntamente preparado e publicado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e a Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial das Igrejas, pode encontrar-se em http://www.oikoumene.org/fileadmin/files/wcc-main/2007pdfs/WPCU__PORT_2008.pdf 13 Ó Deus, tu amas a justiça e estabeleces a paz na terra. Trazemos diante de ti a desunião do nosso mundo de hoje: a violência absurda e as guerras que minam o ânimo dos povos do mundo; o militarismo e a corrida às armas que ameaçam a vida do planeta; a inveja humana e a injustiça que geram o ódio e o conflito. Envia o teu Espírito e renova a face da terra; ensina-nos a ser compassivos com toda a família humana; fortalece todos os que lutam pela justiça e pela paz; conduz todas as nações pelos caminhos da paz, e dá-nos essa paz que o mundo não pode dar. Amen. Textes liturgiques: Louons Dieu et célébrons la vie © Masamba ma Mpolo et Mengi Kilandamoko, Zaïre, 1988 «...vieram sábios do oriente para ver o Messias recém-nascido» Também vieram mulheres sábias! Também vieram mulheres sábias. O fogo ardia no seu peito muito antes de verem a estrela luzente no céu. Caminhavam na obscuridade, acreditando que o caminho se iluminaria à luz da lua. Também vieram mulheres sábias, sem perguntar pela morada, nem terem licença de algum rei. Vieram por sua própria vontade, seu próprio desejo, seu próprio anseio. Vieram em silêncio, sem rumores, sem provocar medo com a expectativa de uma matança de inocentes. Também vieram mulheres sábias, e trouxeram presentes úteis: água que limpa, fogo que ilumina, uma manta que envolve e aquece. Também vieram mulheres sábias, pelo menos três delas para ajudar Maria a dar à luz. 14 Quando ela gemia com dores de parto, sussurravam bênçãos antigas familiares ao seu ouvido. Também vieram mulheres sábias, e regressaram por outro caminho como fazem sempre as mulheres sábias. Nesta época do ano e em todos os momentos importantes da nossa vida, que saibamos ver as mulheres sábias que vêm e nos trazem os teus dons. Vestidas sem chamar a atenção, ali estão, na margem da sombra, no limite do nosso tempo, no umbral da consciência, e oferecem-nos aquilo que mais necessitamos. Dá-nos olhos para as ver agora antes que se vão por outro caminho, antes que apenas vislumbremos a sombra da sua caminhada, sombra bordada a ouro, antes que apenas sintamos o perfume de aromas no ar deixado pela sua passagem. (Jan Richardson, Night Visions) 15
Documentos relacionados
A arte de envelhecer Aconteceu... Acontece... Bodas de Ouro
Destinatárias – Todas nós (cerca de 50 Irmãs, de variadas idades), porque todas estamos na Escola da Vida e queremos chegar à etapa final com “boa classificação”, que nos permita o acesso à vida tr...
Leia maisTecer
aquilo que ele próprio e os outros julgavam impossível, tornou-se uma realidade... Seguiu-se uma breve dinâmica de apresentação das cerca de 40 Irmãs presentes. Fomos interpeladas sobre os desafios...
Leia maisEM ANO JUBILAR EM ANO JUBILAR
Todos os conferencistas, pela especificidade dos seus saberes, trouxeram a este encontro uma mais valia que foi reforçada pelo tom de simplicidade com que desenvolveram as suas abordagens e se posi...
Leia mais