Anais do Evento - II SIMBOT/SINFAN 2013
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Anais do Evento - II SIMBOT/SINFAN 2013
Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional de Frutíferas do Norte e Nordeste Manaus-AM 2013 Introdução O SINBOT surgiu a partir de uma iniciativa dos professores da UFLA, Unifal-MG e UFSJ em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada da UFLA com o intuito de proporcionar uma maior integração entre os grupos de pesquisa e alunos dessas instituições, bem como de outros grupos no Brasil e no exterior. O SINFAN nasceu de um grande projeto de rede intitulado "Valoração e Uso Sustentável de Espécies Frutíferas e Ornamentais Nativas da Amazônia e do Nordeste Subexploradas Economicamente", financiado pelo MCT/CNPq/MEC/CAPES/FNDCT Ação Transversal/FAPs Nº 47/2010 SISBIOTA BRASIL. Esse projeto compreende a cooperação de professores e alunos da UFLA ligados ao Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, a UFAM, a UFS e a Embrapa Roraima. A primeira versão do evento foi realizada em Lavras-MG em 2013. A segunda edição do Evento foi realizada em Manaus-AM de 25 a 28 de setembro de 2013 sediada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Esse evento contou com 582 participantes inscritos. Os trabalhos foram avaliados pela comissão científica sendo disponibilizados no presente documento, contudo a responsabilidade do conteúdo dos trabalhos é inteiramente dos autores. As instituições envolvidas na execução do SINBOT/SINFAN foram: • • • • • • • Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Universidade Federal de Roraima (UFRR); Universidade Federal de Lavras (UFLA); Universidade Federal de Sergipe (UFS); Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); Embrapa Amazônia Ocidental; Embrapa Roraima; Comissão organizadora • • • • • • • • • • • • • • Maria Teresa Gomes Lopes (Presidente – UFAM) Edvan Alves Chagas (Vice-Presidente – Embrapa Roraima) Regina Caetano Quisen (Embrapa Amazônia Ocidental) Evaristo Mauro de Castro (UFLA) Fabricio José Pereira (UFLA) Moacir Pasqual (UFLA) Rafael Pio (UFLA) Arie Fitzgerald Blank (UFS) Jania Lilia da Silva Bentes (UFAM) Ires Paula de Andrade Miranda (INPA) Pollyana Cardoso Chagas (UFRR) Valdinar Ferreira Melo (UFRR) Marcelo Polo (UNIFAL-MG) Luiz Antônio de Oliveira (INPA) Comissão Científica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Dr. Edvan Alves Chagas (Embrapa Roraima) Dra. Teresinha Costa Silveira de Albuquerque (Embrapa Roraima) Dr. Oscar José Smiderle (Embrapa Roraima) Dr. Otoniel Ribeiro Duarte (Embrapa Roraima) Dra. Aline das Graças de Souza (Embrapa Roraima) Dra. Verônica Andrade dos Santos (Embrapa Roraima) Dra. Christinny Giselly Bacelar Lima (Embrapa Roraima) Dra. Maria Fernanda Durigan (Embrapa Roraima) Dra. Yanameika Evangelista da Silva (Embrapa Roraima) Dra. Jania Lilia da Silva Bentes (UFAM) Dr. Antenor Francisco de Figueiredo (UFAM) Dr. Ari Hidalgo de Freitas (UFAM) Dr. José Ferreira da Silva (UFAM) Dr. Marcio Rocha (UFAM) Dr. Daniel Felipe de Oliveira Gentil (UFAM) Dr. Ernesto Oliveira Serra Pinto (UFAM) Dra. Maria Teresa Gomes Lopes (UFAM) Dra. Jânia Lilia da Silva Bentes (UFAM) Dra. Walnice Maria Oliveira do Nascimento (Embrapa Amazônia Oriental) Dra. Maria Aparecida das Graças Claret de Souza (Embrapa Amazônia Ocidental) Dra. Cristiane Krug (Embrapa Amazônia Ocidental) Dra. Sara de Almeida Rios (Embrapa Amazônia Ocidental) Dra. Maria Geralda Souza (Embrapa Amazônia Ocidental) Dra. Everton Rabelo Cordeiro (Embrapa Amazônia Ocidental) Dra. Kaoru Yuyama (INPA) Dr. Charles Clement (INPA) Dr. Luis Antonio de Oliveira (INPA) Dr. Leandro Camargo Neves (UFRR) Dra. Valdinar Ferreira Melo (UFRR) Dr. Wellington Farias Araújo (UFRR) Dra. Pollyana Cardoso Chagas (UFRR) Dr. Arie Fitzgerald Blank (UFS) Dra. Maria de Fátima Arrigoni-Blank (UFS) Dr. Rafael Pio (UFLA) Doutoranda Marinês Ferreira Pires (Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada - UFLA) Doutoranda Katiucia Dias Fernandes (Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada - UFLA) Doutorando Luis Carlos de Almeida Rodrigues (Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada - UFLA) Dr. Manuel Losada Gavilanes (UFLA) Dra. Cynthia de Oliveira Dra. Adriana Tiemi Nakamura (UFLA) Dr. Marcelo Polo (UNIFAL-MG) Doutoranda Renata Alves Lara Silva (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia - UFLA) • • • • • • • • • • • • • • • Doutorando João Paulo Martins (Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada - UFLA) Doutoranda Ylana Cláudia Medeiros Paula (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia - UFLA) Doutoranda Maria Gomes Dias (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Doutorando Vicente Luiz Naves (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Doutoranda Helida Mara Magalhaes (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia - UFLA) Doutoranda Adalvan Daniel Martins (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia - UFLA) Dra. Joyce Dória Rodrigues Soares (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Dr. Filipe Almendagna Rodrigues (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Dr. Fabricio de Sousa Guimarães (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Dr. Marcelo Caetano de Oliveira (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Dra. Leila Aparecida Salles Pio (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Dra. Claudinéia Ferreira Nunes (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Dra. Dalilhia Nazaré dos Santos (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia UFLA) Dra. Paula Nogueira Curi (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia) Dr. Pedro Henrique Abreu Moura (Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia) Para localizar seus trabalhos de uma forma rápida, caso esteja usando o Adobe Reader® clique no menu “Editar” e então em “Localizar” (ou pode ser usado o atalho Ctrl+F). Quando abrir a janela de busca insira uma palavra de seu nome, do título, palavras-chave ou do corpo do texto e clique em “enter”. A cada novo clique na tecla “enter” uma nova ocorrência da palavra no documento será marcada e você será direcionado imediatamente para essa página. Atenciosamente, A comissão organizadora INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DAS SEMENTES DE COPAÍBA (Copaifera multijuga Hayne - Fabaceae) Danilo Souto FERREIRA1*, Adriano Amir DIDONET¹, Clarissa Lopes OLIVEIRA², Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ¹ C. multijuga, é uma árvore emergente da floresta amazônica de terra firme, explorada por extrativismo por causa do óleo-resina, extraído do tronco, e de sua madeira leve. Para uso mais racional da espécie há necessidade de plantios silviculturais e consequentemente de um comércio de sementes. As temperaturas cardeais de germinação norteiam o manejo das sementes, além da temperatura ótima ser essencial para elaboração do protocolo de análise de sementes. Frutos e sementes foram coletados de uma população natural na região de Manaus-AM, em julho de 2011. Os experimentos foram realizados em câmaras de germinação em temperaturas constantes de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 °C (+ 1 °C) e fotoperíodo de 12 horas. A semeadura ocorreu em caixas de plástico tipo gerbox sobre vermiculita de granulação média. Observou-se cinco vezes por semana a protrusão da raiz e a formação de plântulas normais, até a estabilização do processo de germinação. A germinação das sementes ocorreu entre 5 e 35 °C. Com o aumento da temperatura, houve aumento significativo da percentagem de germinação e diminuição no tempo médio. A temperatura de 40 °C foi letal às sementes. A maior taxa de germinação para ambos os critérios, ocorreu nas temperaturas de 30 e 35 °C, entretanto o menor tempo de germinação foi obtido a 35 °C, indicando essa temperatura como ótima para o processo germinativo. Nesta condição, a primeira e segunda contagem podem ser realizadas aos 14 e 41 dias, respectivamente, após a semeadura. Palavras-chave: Copaifera multijuga, Copaíba-roxa; protocolo de qualidade; Amazônia; PFNM. Créditos de financiamentos: CNPq 1 1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Manaus- AM, Brasil 2: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Biologia, Campus Universitário, ManausAM, Brasil *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 1 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ÁCIDO GIBERÉLICO PARA UNIFORMIZAR A GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE TUCUMAZEIRO-DO-PARÁ (Astrocaryum vulgare Mart. - Arecaceae) Nouglas Veloso Barbosa MENDES1*, Walnice Maria Oliveira do NASCIMENTO2, Rozane Franci de Moraes TAVARES1, Deyse Jacqueline da Paixão MALCHER¹ As sementes do tucumanzeiro-do-pará (Astrocaryum vulgare Mart. - Arecaceae) apresentam germinação baixa e lenta, tornando desuniforme sua propagação por meio de sementes. O objetivo do trabalho foi estabelecer procedimentos para a quebra da dormência visando à uniformização da germinação de sementes do tucumã com uso do ácido giberélico. Para tanto os frutos foram colhidos de plantas matrizes estabelecidos no BAG Tucumã da Embrapa Amazônia Oriental. Após o beneficiamento dos frutos, que constou da retirada da polpa, os pirênios (endocarpo + semente) foram submetidos à secagem lenta, em ambiente com temperatura de 25±2ºC e umidade relativa do ar de 55±5%, até o desprendimento das sementes do endocarpo. Após a secagem, procedeu-se a quebra do endocarpo com auxílio de uma prensa mecânica, sendo que os caroços foram envolvidos em tira de borracha para evitar danos às sementes. Os seguintes tratamentos foram testados: a) sementes embebidas solução de 200 mg.L-1 de AG3; b) sementes embebidas em solução de 400 mg.L-1 de AG3; c) sementes embebidas em solução de 600 mg.L-1 de AG3; d) sementes embebidas em solução de 800 mg.L-1 de AG3. Após 24 horas de embebição em cada concentração de AG3 as sementes foram semeadas em substrato composto pela mistura de areia + serragem curtida na proporção volumétrica de 1:1. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, quatro repetições com 25 sementes por parcela. Os dados foram transformados em as médias foram comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. Foram realizadas as seguintes avaliações: emergência de plântulas e tempo médio de germinação. O número de plântulas emersas foi avaliado 785 dias após a semeadura. As maiores médias para a porcentagem de germinação foram encontradas nos tratamentos com embebição das sementes em solução de 200 e 400 mg.L-1 de AG3, com 47% de germinação. A menor média foi obtida quando as sementes foram embebidas em solução de 800 mg.L-1 de AG3, com 15% de germinação. O tempo médio de germinação variou entre 453 a 577 dias. Conclui-se que ainda não foi possível o estabelecimento de métodos para uniformizar e acelerar a germinação de sementes de A. vulgare. No entanto, novos estudos estão sendo conduzidos visando atingir os objetivos da pesquisa. Palavras-chave: Dormência, Pirênio, Endocarpo. 1 Universidade Federal Rural da Amazônia, CEP: 66.077-901, Belém, PA, Brasil. 2Embrapa Amazônia Oriental, Laboratório de Propagação de Plantas, caixa postal 48, CEP 66095-100, Belém, PA, Brasil. * [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 2 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INFLUÊNCIA DO ESPAÇAMENTO E COBERTURA SOBRE O ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR E CLOROFILA EM FRAMBOESEIRAS Paula Nogueira CURI1*, Pedro Henrique Abreu MOURA1, Lucas Pinto BOTELHO2, Rodrigo Vieira BALBI2, Flávio Gabriel BIANCHINI1, Filipe Bittencourt Machado de SOUZA1 O cultivo da framboeseira representa uma atividade promissora para a diversificação da fruticultura sul mineira. A região possui microclima favorável ao cultivo desta espécie e está sob localização estratégica para a comercialização dos frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de clorofila e o índice de área foliar em framboeseiras ‘Batum’, comparando plantas cultivadas em dois espaçamentos, sob cobertura plástica e a céu aberto. O experimento foi realizado em plantas sem cobertura ou cobertas sobre o dossel com cobertura plástica e em dois espaçamentos de plantio. O delineamento adotado foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, sendo o primeiro fator os dois espaçamentos entre plantas (0,50 e 0,25 m) e o segundo fator o uso ou não da cobertura sobre o dossel das plantas, com seis blocos e 10 plantas por parcela. As coletas de campo para o índice de área foliar foram realizadas com o aparelho modelo LAI-2200 no mês de abril de 2013. Para tal foi utilizado um sensor ótico (LAI-2250) acoplado ao equipamento com um view cap de 90°. As leituras foram realizadas, inicialmente, com 5 registros da radiação acima da copa da vegetação, seguida de 5 registros de radiação abaixo da copa no mesmo ponto, sendo que foram avaliados 3 pontos em cada bloco. Após a integralização das leituras o equipamento fornecia o Índice de Área Foliar do bloco. As avaliações da clorofila foram efetuadas em três folhas por repetição, tendo-se utilizado sempre a folha do terço médio das plantas, não sombreada por outras folhas. Foi utilizando o medidor portátil clorofilômetro, modelo SPAD-502. As leituras foram feitas em apenas um lado da nervura, aproximadamente no centro e a 0,6 mm da margem da lâmina da folha (distância fixada pelo regulador de profundidade do aparelho). Segundo o teste de Tukey a 5% de probabilidade, as framboeseiras ‘Batum’ descobertas apresentaram um maior índice de área foliar, mas não houve diferença para os dois espaçamentos. Quanto ao teor de clorofila, não houve diferença significativa em nenhum dos tratamentos. Palavras-chave: Rubus idaeus L., Cor da folha, SPAD. Agradecimento: À FAPEMIG pelo apoio financeiro. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de PósGraduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduando em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 3 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. A CULTURA DA BANANEIRA NO MUNICÍPIO DE RIO PRETO DA EVA, AMAZONAS, NO ANO AGRÍCOLA DE 2012. Maricleide Maia SAID1, Luiz Antonio de OLIVEIRA2 Em 2002 a Food and Agriculture Organization (FAO), classificou o Brasil como o terceiro maior produtor mundial de banana, com 6,4 milhões de toneladas nos 508 mil hectares cultivados. A produtividade de 12,5 t/ha/a é baixa comparada com países que lideram o mercado global, como a Costa Rica, por exemplo, que tem produtividade média de 46,6 t/ha/a. Dados do IBGE 2010 indicam que a região Norte participa com 11,70% da produção brasileira de banana em mais de 70 mil hectares de área colhida e produção que ultrapassa 814 mil toneladas. Contudo, a produtividade média ainda é muito baixa, com apenas 11,51 t/ha/a. No mesmo período, o Estado do Amazonas manteve 6.768 hectares de área colhida produzindo mais de 79 mil toneladas de frutos com rendimento médio levemente maior que o da região, apresentando produtividade de 11,78 t/ha/a. O município de Rio Preto da Eva, distante 84 km da capital Manaus, é referenciado pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas/IDAM , como o segundo maior produtor de banana do Estado. Em 2012, o município contava com aproximadamente 380 produtores de banana com 620 hectares plantados e 530 ha produzindo. As principais cultivares plantadas no município são a Thap Maeo, Caipira, Pacovã, FHIA 18 e Prata Ken com, respectivamente, 52%, 22%, 18%, 6% e 2% da área plantada. Um estudo realizado no Município avaliou a produção de banana na safra de 2012, entrevistando 30 produtores distribuídos nos ramais do Novo Horizonte, do ZF-9 e ramal do Banco. As 30 propriedades somavam área total de 1.230 ha, dos quais 83 são cultivados com banana. As 86.091 bananeiras adultas produziam 96.000 quilos de banana por mês nas 30 propriedades analisadas. A média de área total das propriedades, área cultivada com bananeiras, e plantas em fase de produção de frutos são, de 41 ha, 2,8 ha, 2.870, respectivamente. Cada propriedade tem em média 2.976 plantas, com produção média de 3.290 quilos de banana por mês. A produtividade média dos 83 hectares analisados foi de 13,9 t/ha/ano é muito baixa se comparada à produção já alcançada na região de 50 t/ha/a, sendo um reflexo do manejo inadequado da cultura nas propriedades estudadas. Palavras chave: Produtividade vegetal, manejo vegetal, agricultura familiar. Os autores são bolsistas do CNPq e o projeto recebeu financiamento do CNPq. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 4 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. A CULTURA DO CUPUAÇUZEIRO NO MUNICÍPIO DO CAREIRO, AMAZONAS, NO ANO AGRÍCOLA DE 2011/2012. Maricleide Maia SAID1, Luiz Antonio de OLIVEIRA2 As frutas nativas brasileiras se projetam em mercados regional, nacional e internacional. A região amazônica dispõe de terras desmatadas e degradadas, recursos hídricos para irrigação, climas e solos adequados e, apesar disso, importa grande quantidade de frutas tropicais de outras regiões do país. Todos esses fatores propiciam o desenvolvimento da fruticultura sustentável na Amazônia como forma de desenvolvimento da região e melhoria na qualidade de vida da população, em especial as que são originárias da zona rural, cuja economia possui relação direta com o agronegócio. A região amazônica mantém grandes cultivos de cupuaçu, hoje considerado o fruto mais popular da Amazônia. A contínua expansão do comércio de polpa de cupuaçu tem garantido ao produtor a segurança de venda da produção agrícola dessa espécie. Os dados descritos a seguir se referem às vinte e uma propriedades analisadas no Município do Careiro no Amazonas, com o objetivo de diagnosticar os cultivos da espécie. Todos os plantios analisados nesse município eram plantios contendo plantas adultas, com mais de três anos de formação. Eles somam uma área total de 372 ha, dos quais 37,5 são cultivados com cupuaçu, com um total de 5.860 árvores produzindo frutos nas 21 propriedades. A média de área total das propriedades, área cultivada com cupuaçu, distribuição de árvores por hectare e árvores em fase de produção de frutos são, respectivamente, de 17,7 ha, 1,8 ha, 185 plantas e 279 árvores por propriedade. A produção total dessas propriedades foi de 22.981 kg de polpa (média de 1.094 kg/propriedade), 9.246 kg de sementes (média de 440 kg/propriedade), 27.851 kg de cascas (média de 1.326 kg/propriedade) e, médias de produções de polpas, sementes e cascas por árvore de 4,1 kg, 1,9 kg e 5,0 kg respectivamente. Cada árvore produziu, em média, 3,9 kg de polpa, 1,6 kg de sementes e 4,8 kg de cascas, valores esses, extremamente baixos. Pelas análises do presente estudo, constatou-se que esses produtores nunca adubaram suas culturas de cupuaçu e nem controlaram pragas, como a broca do fruto do cupuaçuzeiro Conotrachelus sp (Coleoptera:Curculionidae) e a ervade-passarinho (Struthantus flexicaulis), nem a vassoura-de-bruxa (Moniliophthora perniciosa (Stahel) Aime & Phillips-Mora), a doença mais disseminada nessa cultura, atribuindo-se a estes fatores os baixos rendimentos com o cultivo do cupuaçu estimulando os produtores ao abandono dos cultivos. Palavras chave: Cupuaçu, produtividade vegetal, manejo vegetal, produção agrícola. Os autores são bolsistas do CNPq e o projeto recebeu financiamento do CNPq. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 5 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. A ORGANIZAÇÃO SÓCIO CULTURAL, AMBIENTAL DA COMUNIDADE INDÍGENA TICOÇA, SERRAS EM RORAIMA Denilda Martins LEVEL1* , Mariana Souza da CUNHA1, Jocivânia de OLIVEIRA1 Atualmente uma das formas de preservar o meio ambiente é impedir à destruição das variedades de espécies de plantas existente em nosso país. Sabemos que desde os princípios o homem procurou alternativas para manter suas condições de vida. E tudo, dependeu dos recursos da natureza utilizando dela as plantas medicinais e, são elas utilizadas para os mais variados fins. Devido as suas propriedades as plantas têm se tornado alvo de estudo dos laboratórios das indústrias farmacêuticas e Universidades para o isolamento de novos princípios ativos os quais podem ser utilizados na produção de novos fármacos. Cada grupo de pessoa tem o entendimento próprio sobre o preparo, o uso de plantas para diversos tratamento e prevenção, utilizando desde os frutos, sementes, folhas, flores, caules, cascas, entre-cascas, raízes qualquer parte da planta. O levantamento realizado foi por meio de questionário e entrevistas com a comunidade. Diante disso, os entrevistados indicaram que as populações indígenas em Roraima o uso de plantas ainda é constante, pois são os anciões que servem como fontes de conhecimentos sobre plantas nativas e exóticas utilizadas na medicina tradicional. Exemplo disso é a Dilleniaceae, Curatella americana L., caimbé, Kuratikiye’ utilizada como analgésico e anti-inflamatório, casca, entre casca e folhas sob a forma de chás e infusões. Esses saberes sempre são repassados de gerações em gerações, onde o projeto de Educação Ambiental visa a conscientização, capaz de envolver professores e desenvolver nos alunos a capacidade de reconhecer situações de desequilíbrio ambiental e a importância de se conservar a biodiversidade na comunidade. Pretendendo-se, favorecer a construção de um instrumento científico que permita ao aluno perceber-se inserido no meio ambiente, favorecendo a superação da vida da visão distanciada entre o ser humano e a natureza, voltado para a formação de pessoas críticas capazes de interpretar o seu contexto social, cultural e ambiental e apontar caminhos alternativos para a superação dos problemas do cotidiano, as quais interferem direta ou indiretamente na qualidade de vida. Além do mais, grande tarefa da escola é proporcionar uma educação de qualidade para que o aluno como cidadão indígena conscientes de suas responsabilidades passe a contribuir na preservação da Etnobotânica e da medicina tradicional, com isso valorizar o conhecimento e a identidade indígena do povo macuxi. Palavras chave: Medicina tradicional, Comunidade, Povo macuxi Apoio: Capes, PIBID – Diversidade/UFRR 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa Vista-RR, Brasil. *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 6 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ÁCIDOS ORGANICOS NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO Verônica Andrade dos SANTOS1*, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO2, Edvan Alves CHAGAS1, Guilherme LOCATELLE3, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE1, Elias Ariel de MOURA3, Ricardo Manuel Bardales LOZANO 2 A fertilização foliar é uma prática importante que se torna econômica, pois ocorre um alto índice de absorção dos nutrientes pelas plantas, mas pouco conhecida pelos produtores regionais de Cupuaçuzeiro. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de ácidos orgânicos via foliar no desenvolvimento de mudas de Cupuaçuzeiro. O trabalho foi realizado no Setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, localizado no município de Boa Vista. As sementes para formação das mudas foram retiradas de frutos maduros, sadios provenientes da coleção de genótipos de Cupuaçuzeiro do Campo Experimental da Confiança - Embrapa. A semeadura foi realizada em canteiro tendo como substrato areia e serragem na proporção de 1:1, em casa de vegetação com sistema de irrigação. Após emergência as plântulas foram transplantadas em sacos de polietileno contendo 3 kg de solo e como substrato areia e esterco na proporção de 3:1:1, após transplantio foram colocadas sobre bancadas em casa de vegetação com irrigações constantes. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), cinco doses do fertilizante organomineral Aminon® ( 0; 1ml/L-1, 2 ml/L-1; 4 ml/L-1 e 6 ml/L-1), quatro repetições e cinco plantas por parcela. Após seis meses foram avaliadas as características de: comprimento da parte aérea (cm), diâmetro do colo (mm), número de folhas e massa seca das raízes e parte aérea (g). Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão pelo programa SISVAR®. De acordo os resultados observados foi contando que a dose de 6 ml/L-1 proporcionou maior altura das plantas 50,50 cm, enquanto que a testemunha alcançou apenas 31,25 cm, a massa seca de raízes e parte aérea também foi maior com a maior dose 6 ml/L-1 3,57 e 4,30 respectivamente. Em relação ao diâmetro houve incremento com as doses de 4 ml/L-1 e 6 ml/L-1 , no entanto não houve diferenças significativas para o número de folhas. O fertilizante organomineral na dose de 6 ml/L-1 foi eficiente para promover maior desenvolvimento de mudas de Cupuaçuzeiro. Palavras chaves: Theobroma grandiflorum, Fruta nativa, Cupuaçu. Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR 1: Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil; 2 Doutorandos em Biodiversidade e conservação - Rede Bionorte Boa Vista- RR, Brasil; 3: Estudantes do curso de agronomia-UFRR,bolsistas CNPq. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 7 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ÁRVORES DO SUL DO AMAZONAS: GUIA DE ESPÉCIES DE INTERESSE ECONÔMICO E ECOLÓGICO Gabriel Cardoso CARRERO¹*, Raylton dos Santos PEREIRA², Marcelo Jacaúna do AMARAL³, Heberton Henrique Dimas de BARROS4, Manuel de Jesus Vieira LIMA JÚNIOR5, Vitor Moura Esteves COLUNA6. Este trabalho tem o objetivo de divulgar um guia que serve como ferramenta para os coletores de sementes da região sul do Amazonas. Ao mesmo tempo, também é um guia para divulgar a importância ecológica e econômica das árvores da região para os estudantes, professores, tomadores de decisão e o público em geral. Foi concebido para ser utilizado no dia-a-dia dos coletores, tem dicas práticas e fotos ilustradas de como identificar, coletar, beneficiar e armazenar sementes de espécies arbóreas. O guia é composto mais de 40 espécies que produzem madeira e produtos não-madeireiros para diversos fins (castanhas, óleo-resinas, fibras, frutos, etc.), além de espécies indicadas para recuperação florestal e sistemas agroflorestais, como é o caso das leguminosas. Para a confecção e estruturação do documento, além do trabalho de dois anos na sistematização de informações e fotos em Apuí realizado pelos coletores, técnicos e pesquisadores, foram utilizadas diversas fontes da literatura específica disponível em livros, artigos, resumos e websites especializados. Os resultados encontrados estão descritos de maneira prática e fácil de compreender. Para auxiliar o uso desse guia de árvores, ao início são descritas recomendações gerais sobre a coleta, o beneficiamento e o armazenamento de sementes. A abordagem de cada árvore do sul do Amazonas está composta por: identificação da espécie (com nome científico, nomes populares, número de registro de cultivares no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), características gerais da espécie (ocorrência e características botânicas de folha, flor, fruto, sementes e aspectos ecológicos existentes), fenologia de frutificação e dicas importantes sobre coleta e métodos de beneficiamento, bem como indicações de armazenamento, além de indicar os usos. Este guia dá suporte à rede de sementes do sul do Amazonas e divulga o saber local sobre as árvores que permeiam o imaginário dos moradores de Apuí e o saber científico atual através de uma leitura simples. Ter este conhecimento difundido é o primeiro passo para incentivar o desenvolvimento sustentável de atividades produtivas florestais e recuperar os passivos ambientais de inúmeras propriedades rurais na Amazônia. Ao mesmo tempo, fornece subsídios para fortalecer um mercado que promove a geração de renda para agricultores familiares e populações tradicionais e gera benefícios ambientais. Palavras-chave: sementes tropicais, produtos florestais não-madeireiros, restauração florestal, Apuí, sensibilização ambiental. Pesquisa financiada pelo Fundo Vale Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 8 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ACÚMULO DE MASSA SECA EM MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO COM USO DE FERTILIZANTE FOLIAR Elias Ariel de MOURA*1, Verônica Andrade dos SANTOS2, Pollyana Cardoso CHAGAS3, Edvan Alves CHAGAS4, Marcela Liege da SILVA5, Adamor Barbosa Mota Filho6 O cupuaçuzeiro Theobroma grandiflorum é uma das principais frutíferas nativas da Amazônia, pertencente à família Malvaceae. Sendo bem apreciada na região pelas características de sabor e aroma de sua polpa. A maioria dos solos, onde se têm estabelecido os plantios de cupuaçu na região, é de baixa fertilidade natural, e a adubação, quando realizada, é feita de forma empírica, sendo poucos os estudos feitos neste sentido. A nutrição adequada nas mudas de cupuaçu é de fundamental importância para manter um crescimento vigoroso e elevadas produtividades, neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações do fertilizante foliar em dois intervalos de aplicação no acúmulo de massa seca em mudas de cupuaçuzeiro. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial de 5 x 2, sendo cinco doses do fertilizante foliar M-10® (0, 1, 2, 4, e 6 ml L-1) e dois intervalos de aplicações (7 e 14 dias), totalizando dez tratamentos, quatro repetições e cinco plantas por repetição. As variáveis avaliadas foram comprimento do sistema radicular (cm), massa fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular (g). Os resultados foram submetidos à análise de variância, sendo os dados quantitativos submetidos à análise de regressão e os dados qualitativos ao teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Para o comprimento do sistema radicular houve efeito significativo apenas para o fator intervalo de aplicação, a massa fresca da parte aérea e do sistema radicular apresentou interação significativa para os fatores intervalos e doses e a massa seca da parte aérea e do sistema radicular não apresentou efeito significativo para nenhum dos fatores avaliados. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que para formação das mudas de cupuaçu a melhor concentração do fertilizante foliar é a de 4 ml L-1 com intervalo de aplicação aos 7 dias. Palavras - chave: Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum.), Nutrição, Propagação. Apoio financeiro PIBIC-CNPq/CAPES/ Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 9 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITOS DE DIFERENTES DOSES DE NPK NA ADUBAÇÃO DE COBERTURA EM PORTA-ENXERTO DE CAMU-CAMU Diego Lima SILVA1, Aline das Graças SOUZA2, Edvan Alves CHAGAS3, Verônica Andrade dos SANTOS2, Joanice Silvestre de SOUZA4, Olisson Mesquita de SOUZA1 O camu camu (Myrciaria dubia H. B. K. Mc Waugh) é uma planta tipicamente amazônica, pertencente à família Myrtaceae. Apresenta porte arbustivo e vegeta espontaneamente às margens de rios, lagos e igarapés da Amazônia Brasileira, sendo encontrada na estação invernosa, parcial ou totalmente submersa. Sua importância sócio econômica reside no fato de seus frutos apresentarem um alto teor de vitamina C, sendo utilizados nos setores da farmacologia, fabricação de cosméticos e bebidas. Sua importância tem aumentado a demanda por pesquisas em busca de maiores informações a respeito do seu cultivo, pois pouco se sabe sobre as condições ideais de cultivo e de elementos essências ao bom desenvolvimento das plantas de camu camu. Por não ser uma espécie domesticada, pouco se sabe sobre as condições ideais para o cultivo do camu camu, uma vez que há poucos trabalhos de pesquisa sobre essa espécie, principalmente na área de nutrição. O experimento foi instalado com o objetivo de avaliar o efeito da aplicação de NPK no crescimento inicial de porta-enxertos de camu camu. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2 (doses de NPK 0; 0,5; 1,0; 2,0 e 3,0 g/1,5 dm3 e épocas de avaliação 14 e 28 dias) com quatro repetições. Cada repetição foi composta por cinco plantas (uma em cada saco de polietileno), totalizando 200 plantas, sendo 20 plantas por tratamento. As variáveis avaliadas foram comprimento da parte aérea e raízes (cm), diâmetro do colo (mm), número de folhas, massa fresca da parte aérea e raízes, massa seca da parte aérea e raízes. Os resultados foram submetidos à análise de variância e os dados quantitativos foram submetidos a analise de regressão a 5% de probabilidade. A análise dos dados revelou influência das doses NPK, sobre a altura e diâmetro das mudas de camu camu. No entanto não houve interação entre as doses e intervalos de aplicação. As mudas de camu camu obtiveram maiores valores para altura quando na ausência de aplicação de doses de NPK, atingindo em média 28 cm. O crescimento das plantas foi afetado pela aplicação das doses mais altas, causando toxidez ou desequilíbrio nutricional. Entretanto, à medida que aumentaram as doses foram limitadas a produção da massa fresca e seca do sistema radicular e da parte aérea. Palavras-chave: Nutrição, Propagação, Crescimento 1 Graduando do curso de agronomia Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Campus do Cauamé BR-174, km 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 2 Pesquisadora Bolsista de pós-doutorado - CAPES/PNPD-Embrapa RR, Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR. 3 Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. 4 Graduando do curso de agronomia – UERR, Boa Vista-RR. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 10 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA NA EMERGÊNCIA E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE ARAÇA-BOI1 Marcela Liege da Silva MOURA*2, Edvan Alves CHAGAS3, Elias Ariel de MOURA4, Maria Luiza GRIGIO5 O araçá-boi é uma frutífera que apresenta grande potencial de uso devido ao sabor e aroma agradável de seus frutos, que permite a produção de sucos, sorvetes, cremes entre outros. Contudo, sua exploração econômica está limitada em função da elevada presença de dormência de suas sementes devido ao tegumento, que ao secar torna-se resistente à ruptura pelo embrião. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a quebra de dormência em sementes de araçá-boi. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 3, com 4 repetições de 8 sementes, sendo quatro tratamentos de quebra de dormência: (1) semente intacta (Testemunha), (2) sementes tratadas com ácido sulfúrico, na concentração de a 98% por 7 minutos, (3) retirada do tegumento no lado oposto à emergência do hipocótilo e (4) lixamento do lado oposto à emergência do hipocótilo e três substratos diferentes: areia, serragem e areia + serragem. Foram avaliados a porcentagem de germinação, o índice de velocidade de emergência (IVE) e o diâmetro do caule, aos 120 dias de cultivo. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade. Para a variável diâmetro de caule houve interação significativa entre os fatores estudados. As sementes intactas apresentaram maior espessura de diâmetro de caule (0,92 cm) quando semeadas em substrato areia não diferindo estatisticamente do substrato serragem (0,85 cm). As melhores porcentagens de emergência foram observadas para a testemunha, com 90% das sementes emergidas, assim como os maiores IVEs, em todos os substratos utilizados, provavelmente devido a injúrias causadas ao embrião nos tratamentos testados, ocasionando um impedimento à emergência das plântulas. O alto índice de germinação das sementes pode ser explicado pelas altas temperaturas, uma vez que a faixa ótima de temperatura para espécies de regiões tropicais está entre 20 e 35ºC. Concluiu-se que os tratamentos realizados nas sementes para a quebra de dormência não se apresentaram superiores ao tratamento testemunha. Palavras-chave: Eugenia stipitata; Quebra de dormência; Emergência. Créditos de Financiamento: CNPq e FEMAHR. 1 Parte do trabalho de tese da autora. Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq, Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301970, Boa Vista-RR. 4 Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fruticultura, Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR. 5 Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 11 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANÁLISE IN SILICO DE PROTEÍNAS DE QUATRO ESPÉCIES DA FAMÍLIA EUPHORBIACEAE Rodrigo de Oliveira ALMEIDA1*; Emi Rainildes LORENZETTI2 Devido a grande importância econômica de algumas espécies da família Euphorbiaceae, trabalhos na área da genômica e proteômica vêm se intensificando. Grande quantidade de informações estão sendo depositadas nos bancos de dados públicos, como National Center for Biotechnology Information (NCBI), European Molecular Biology Laboratory (EMBL) e DNA Data Bank of Japan (DDBJ). Assim, a bioinformática mostra-se como uma ferramenta indispensável para a análise de grandes volumes de informações. O objetivo foi analisar in silico as proteínas de quatro espécies da família Euphorbiaceae quanto ao tamanho. Para isso, sequências proteicas das espécies Hevea brasiliensis (seringueira), Jatropha curcas (pinhão manso), Manihot esculenta (mandioca) e Ricinus communis (mamona), oriundas do GenBank foram utilizadas neste trabalho, totalizando 65.719 sequências. O desenvolvimento dos scripts para a solução de problemas biológicos computacionais foi feito em linguagem de programação Perl (Pratical Extraction and Report Language), sob a plataforma Linux. Sequências sob a anotação “hypothetical protein” e “unnamed protein product” foram retiradas (32.013 e 372, respectivamente), totalizando 32.385 sequências descartadas. Após este procedimento, as sequências foram separadas de acordo com o número de aminoácidos (a cada 50 aminoácidos), formando assim 63 grupos distintos (P1a P63). Para as espécies Hevea brasiliensis, Jatropha curcas e Manihot esculenta, observa-se um maior número de proteínas sequenciadas com o tamanho de 51 a 400 aminoácidos (601, 503 e 282 sequências, respectivamente). Para a espécie Ricinus communis, observa-se um maior número de proteínas sequenciadas com o tamanho de 1 a 1300 aminoácidos (30.512 sequências). Estes resultados mostram que, para as quatro espécies de Euphorbiaceae analisadas, a maior quantidade de proteínas sequenciadas se encontram com o tamanho de 51 a 400 aminoácidos. Palavras-chave: Bioinformática, Perl, Euphorbiaceae. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 12 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANATOMIA CAULINAR DA Stachytarpheta sellowiana Schauer. (Verbenaceae) Victor Ventura de SOUZA1*, Renata Flávia CARVALHO¹, Thaiz Rodrigues TEIXEIRA², Ariana Campos TORTELOTE², Bruna Renata Pimenta TAROCO², Aparecida Célia Paula dos SANTOS³. A anatomia vegetal oferece base para o conhecimento da estrutura interna dos ve-getais, abordando a organização geral do corpo da planta, os diferentes tipos de células, tecidos e órgãos vegetativos e reprodutivos. Além disso, sua contribuição à Botânica é notória, uma vez que fornece embasamento para o estudo pos-terior de farmacologia, sistemática, fisiologia e ecologia vegetal. Stachytarpheta é um gênero botânico pertencente à família Verbenaceae. Os indivíduos pertencentes a este grupo são normalmente arbustos ou subarbustos, ramificados, com corolas muito vistosas e comumente azuis. A espécie Stachytarpheta sellowiana Schauer, típica de cerrados e campos rupestres, ainda é pouco pesquisada. O material botânico foi coletado na Serra de São José (aproximadamente 21°3' S, 44°6' W), cadeia montanhosa de quartzito localizada entre os municípios de São João Del- Rei e Santa Cruz de Minas. A descrição anatômica e a preparação do laminário semipermanente foram feitas por meio de secções paradérmicas, transversais e longitudinais do caule, ora a mão livre, ora com auxílio do micrótomo de mesa. O material histológico resultante dos cortes foi submetido à coloração, e fotomicrografado. O trabalho foi norteado pela observação, identificação e descrição dessa espécie, abordando a organização geral da planta, os diferentes tipos de células, tecidos e órgãos. Os resultados evidenciam que o caule, expõe de uma epiderme densamente coberta por tricomas tectores e glandulares pluricelulares e unisseriados. O reagente Sudam IV evidencia a presença de um composto lipídico nos tricomas glandulares. É possível verificar ainda, elementos de vaso em secção longitudinal no caule, corados com floroglucina ácida. Em secção transversal, o caule apresenta uma epiderme uniestratificada com células subretangulares, de cutícula espessa, impregnada por cera na parede periclinal externa. É possível notar o início de crescimento secundário, evidenciando as fibras do floema, tratadas com floroglucina ácida. Palavras chaves: Tricomas, Secção,Verbenaceae, Plantas vasculares. Agência de fomento: CNPq, PIIC/CNPq/UFSJ. 1 Acadêmico(a) Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Universidade Federal dedo Espirito Santo– UFES – Campus Centro de Ciências Agrárias – Laboratório de Citogenética– Departamento de Biologia – CCA .Alto Universitário S/N – CX Postal 16 CEP:29.500.000 – Alegre – ES 2 Acadêmico(a)Curso de Farmácia Universidade Federal de São João Del-Rei – UFSJ – Campus Centro-Oeste Dona Lindu – Av. Sebastião Gonçalves Coelho, 400, Chanadour, 35501-296, Caixa postal: 110 Divinópolis, MG. 3 Pesquisadora/Orientadora. Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Dom Bosco, Laboratório de Cultura de Células e Tecidos Vegetais, caixa postal 110, CEP: 36301-16, São João Del-Rei, MG, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 13 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANATOMIA COMPARADA DO LENHO DE Casearia sylvestris S.W. (Salicaceae) EM DUAS FISIONOMIAS Graciene da Silva MOTA1*, Anderson Oliveira SELVATI2, Alessandra de Oliveira RIBEIRO1, Fábio Akira MORI1 Trabalhos que abordam o estudo comparativo de floras e ou espécies em diferentes ambientes de regiões temperadas e tropicais têm demonstrado que as variações ambientais têm reflexos sobremaneira na estrutura anatômica do lenho. A espécie Casearia sylvestris encontra-se distribuída entre os diferentes domínios fisionômicos, sendo que suas cascas e folhas têm sido utilizadas principalmente para tratamento antiinflamatório. Devido à importância econômica e a necessidade de se ampliar estudos de anatomia ecológica do xilema secundário de espécies brasileiras, objetivou-se verificar se existem influências de condições ambientais nas dimensões das fibras e vasos do xilema secundário dessa espécie. Foram coletadas amostras na base do tronco de quatro indivíduos, sendo dois provenientes de uma área de cerrado sensu stricto da Fazenda Albino localizada no município de Coração de Jesus, norte de Minas Gerais e os outros dois provenientes de uma área de Mata Atlântica no município de Lavras, sul de Minas Gerais. Retirou-se corpos de prova a partir da porção mais externa do tronco, distando aproximadamente 1 cm da região do câmbio vascular. A metodologia aplicada no trabalho foi aquela tradicionalmente recomendada para estudos em anatomia de madeira para a análise de fibras e elementos de vaso, sendo que as diferenças entre os dados anatômicos dos indivíduos para as duas fitofisionomias, comparadas pelo teste ScottKnott (5%) utilizando o pacote computacional SISVAR. As variáveis analisadas foram significativamente diferentes, sendo que os indivíduos do cerrado apresentaram maior freqüência de vasos (39.05 mm2), maior frequência de vasos múltiplos (27.73 mm2). Enquanto, que os indivíduos da Mata Atlântica apresentaram elementos de vaso mais longos (1161.4 µm), com maior diâmetro (41.28 µm), maior frequência de vasos solitários (14.23 mm2) e fibras com paredes mais espessas (5,7 µm), com lume maior (0.18 µm) e mais longas (937.82 µm). Vasos múltiplos conferem uma maior segurança na condução hidráulica, pois proporciona uma rota alternativa em casos de embolismos, mais propensos a ocorrer em regiões com estações/clima seco como encontrado para as plantas do cerrado. Já as características de vasos e fibras encontrados para os indivíduos de Mata Atlântica confirmam a tendência de que estas são mais frequentes em ambientes de maior disponibilidade hídrica. Palavras-Chave: Anatomia ecológica, Restrição hídrica, Xilema secundário. 1 : Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2 : Biólogo *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 14 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANATOMIA FOLIAR DO DENDEZEIRO, DO CAIAUÉ E DO HIBRIDO INTERESPECÍFICO NAS CONDIÇÕES DA AMAZÔNIA Gilson Sánchez CHIA1*; Maria do Rosário Lobato RODRIGUES2; Ronaldo Ribeiro de MORAIS2; Maria Gracimar Pacheco de ARAÚJO3 O gênero Elaeis spp. deriva da palavra grega 'elaion', azeite, é uma Monocotiledônea, pertence a ordem Arecales (Palmales), família Arecaceae (Palmae), tribo Cocoseae (Cocoinaea), subtribo Elaeidae. Este gênero é composto por três espécies, Elaeis guineensis Jacq. (Dendezeiro ou Palma de óleo), E. oleifera (Kunth) Cortés (caiaué ou palma americana) e E. odora. O dendezeiro tem distribuição no continente africano e o caiaué, na América Tropical Úmida. Ambas possuem 16 pares de cromossomos (2n = 32) e são espécies de maior interesse econômico dentro do gênero Elaeis, apresentando o hibrido interespecífico (HIE), obtido pelo cruzamento entre as duas espécies, características de grande interesse como a resistência ao Amarelecimento Fatal e menor taxa de crescimento do estipe. Apesar da importância que apresentam as espécies, estudos relacionados ao conhecimento das características anatômicas das folhas são escassos nas condições do trópico brasileiro. Foi realizada uma descrição da anatomia dos tecidos foliares, como epiderme e mesófilo, do dendezeiro, do caiaué e do HIE. Foram selecionadas 10 plantas ao acaso, e de cada planta foram retirados folíolos dos dois lados da folha e realizado as análises anatômicas. As análises anatômicas das folhas das espécies E. guineensis e E. oleifera e do HIE apresentaram características anatômicas similares, sendo que a parte abaxial evidenciaram a presença de células epidérmicas fundamentais comuns ordinárias e heterodimensionais, ou seja, com tamanho e forma variada para as três espécies. Os resultados mostraram que os folíolos são anfihipoestomáticos, o que confere as espécies adaptação para suportar altas incidências de luz. Ambas as espécies apresentaram limbo foliar com cutícula mais espessa na superfície adaxial que na abaxial. Em relação à epiderme, ambas são uniestratificadas, sendo a adaxial uniformemente arranjada, formando um estrato regular, ao passo que na abaxial as células apresentam tamanhos distintos com a face externa mais proeminente, formando um estrato irregular, que confere o aspecto rugoso ao tecido. Os estômatos são do tipo tetracítico e o mesofilo é dorsiventral apresentando cutícula, epiderme, hipoderme, idioblastos, feixes fibrovasculares, parênquima paliçádico multiestratificado e lacunoso. Palavras-chave: Arecaceae, Elaeis guineenses, Elaeis oleifera, E. guineenses x E. oleifera. Créditos de Financiamento: CAPES, FAPEAM, EMBRAPA-AM. Parte da tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical da Faculdade de Ciências Agrárias – UFAM. Grupo Agropalma S.A. Rod. PA 150, Km 74 s/n, CEP: 68695-000, Tailândia-PA, Brasil. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Amazônia Ocidental, Rod. AM010, km 29, Zona Rural, Caixa Postal 319, CEP: 69010-970, Manaus-AM, Brasil. 3 : Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia, Av. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Bloco E, Campus Setor Sul, Aleixo, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. * Autor para correspondência: [email protected] 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 15 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANATOMIA E HISTOQUÍMICA DA SEMENTE DE Bactris maraja Mart. (Arecaceae) Joelma Keith RODRIGUES1*; Maria Sílvia de MENDONÇA2; Daniel Felipe de Oliveira GENTIL3 Bactris maraja Mart., palmeira conhecida popularmente como marajá, frequente nas margens de lagos e igarapés Amazônicos, cujos frutos comestíveis são consumidos pelo homem e pela fauna. Os estudos referentes às estruturas propagativas podem contribuir com informações que subsidiarão estudos taxonômicos, fisiológicos e ecológicos. O objetivo deste estudo foi descrever as características anatômicas e histoquímicas da semente. As sementes foram obtidas de frutos maduros coletados de 25 plantas ocorrentes em floresta de igapó, no município do Careiro da Várzea, Amazonas. A análise foi feita mediante a identificação e descrição dos tecidos e células do tegumento, endosperma e embrião. O estudo anatômico foi feito pelo método de inclusão em resina. Foram aplicados testes histoquímicos para detecção de compostos fenólicos, pectinas, proteínas, lipídios e amido. O fino tegumento é constituído de células esclerenquimáticas e taníferas, compreendendo duas epidermes e um tecido intermediário. Apresenta-se externamente aderido ao endocarpo rígido, formado por células esclerificadas de paredes espessas. O endosperma é formado por células arredondadas e oblongas, com lume aparente, paredes espessas, contíguas e sem espaços intercelulares. O embrião é constituído pela protoderme, meristema fundamental e procâmbio. Neste, distinguise o polo radicular pouco diferenciado e o polo caulinar constituído por três primórdios foliares. A reserva da semente está armazenada na forma de corpos proteicos e lipídicos no endosperma e embrião. Palavras-chave: Semente, Palmeira, Bactris, Marajá. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM 1: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 2 : Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Laboratório de Botânica Agroflorestal, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 3 : Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor de Olericultura, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 16 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANATOMIA FOLIAR DA Stachytarpheta sellowiana Schauer. (Verbenaceae) Victor Ventura de SOUZA1*, Renata Flávia CARVALHO¹, Thaiz Rodrigues TEIXEIRA², Ariana Campos TORTELOTE², Bruna Renata Pimenta TAROCO². Aparecida Célia Paula dos SANTOS³, A Stachytarpheta é um gênero botânico pertencente à família Verbenaceae. Os indivíduos deste grupo são normalmente ervas ou subarbustos, ramificados, com corolas muito vistosas e comumente azuis. A espécie Stachytarpheta sellowiana Schauer, entretanto, típica de cerrados e campos rupestres, ainda é pouco investigada. A anatomia vegetal fornece importantes contribuições à elucidação de relações ecológicas, taxonômicas e filogenéticas das plantas vasculares, assim como para a fisiologia das mesmas. Desse modo, o trabalho foi norteado pela caracterização estrutural da folha. Realizou-se o experimento no Laboratório de Cultura de Células e Tecidos Vegetais na Universidade Federal de São João Del-Rei, foi feita a coleta de folhas jovens na Serra de São José, (21 º 03 ' 57,5 '' S e 44 º 06 ' 53,8 ''). A descrição anatômica e a preparação do laminário (semipermanente e permanente) foram feitos por meio de secções paradérmicas, transversais e longitudinais, ora manualmente, ora com auxílio de micrótomo rotativo modelo Leica RM2245. O material histológico resultante dos cortes foi submetido a reagentes como lugol, sudan IV e azul de metileno. Posteriormente, foram feitas fotomicrografias com auxílio de câmera digital Moticam 2000 acoplada ao microscópio óptico. As lâminas permanentes ainda passaram pelo processo de fixação, desidratação e inclusão em historesina, antes do seccionamento. Os resultados mostram que a espécie apresenta folhas subcoriáceas, peninérveas, opostas, simples, com margem serreada. O mesofilo foliar é dorsiventral, ou seja, apresenta parênquima paliçádico na face adaxial e parênquima esponjoso na face abaxial. Observou-se tricomas tectores e glandulares uniseriados e pluriseriados, adjunto a uma epiderme com cutícula espessa, o que pode explicar uma maior resistência, na defesa contra incêndios e perda de água. Palavras-chaves: Histologia vegetal, Verbenaceae, Plantas vasculares. Agência de fomento: CNPq, PIIC/CNPq/UFSJ. 1 Acadêmico(a) Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, Universidade Federal dedo Espirito Santo– UFES – Campus Centro de Ciências Agrárias – Laboratório de Citogenética– Departamento de Biologia – CCA .Alto Universitário S/N – CX Postal 16 CEP:29.500.000 – Alegre – ES ² Acadêmico(a)Curso de Farmácia Universidade Federal de São João Del-Rei – UFSJ – Campus Centro-Oeste Dona Lindu – Av. Sebastião Gonçalves Coelho, 400, Chanadour, 35501-296, Caixa postal: 110 Divinópolis, MG. ³ Pesquisadora/Orientadora. Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Dom Bosco, Laboratório de Cultura de Células e Tecidos Vegetais, caixa postal 110, CEP: 36301-16, São João Del-Rei, MG, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 17 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE BIRIBÁ (Rollinia mucosa - Anonaceae) EM DIFERENTES AMBIENTES Deyse Jacqueline da Paixão MALCHER1*, Walnice Maria Oliveira do NASCIMENTO2, Rozane Franci de Moraes TAVARES1, Nouglas Veloso Barbosa MENDES1 As sementes de biribá são classificadas como ortodoxas podem ter o teor de água reduzido e armazenadas a baixas temperaturas sem que haja redução na porcentagem de germinação. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar conservação das sementes de Rollinia mucosa em diferentes ambientes e períodos de armazenamento. Para realização do experimento foram utilizadas sementes retiradas de frutos colhidos de plantas matrizes estabelecidas na forma de progênie na área experimental da Embrapa Amazônia Oriental. Após o beneficiamento as sementes foram secas superficialmente com papel toalha e colocadas para secar em recipiente contendo sílica gel durante 12 dias. Após a secagem as sementes foram divididas e acondicionadas em recipientes de plástico e armazenadas em cinco diferentes ambientes: temperatura ambiente (26±2ºC), geladeira (8±2°C), germinador tipo BOD (10±1ºC), BOD (15±1°C) e em freezer (-10±2ºC). Foram retiradas amostras no tempo 0, 60 e 180 dias para determinações do teor de água e da porcentagem de germinação. O teste de germinação foi realizado em ambiente sem o controle da temperatura e umidade relativa do ar. Utilizando como substrato à mistura esterilizada de areia + serragem na proporção volumétrica de 1:1:, com 50 sementes por repetição. Concomitantes ao teste de germinação foram feitas avaliações diárias do número de plântulas emersas para o cálculo do tempo médio de germinação. Para tanto, foram consideradas contagens até 60 dias após a semeadura. Os dados foram submetidos à análise da variância, em delineamento inteiramente ao acaso, com quatro repetições, em esquema fatorial com dois fatores, sendo 3 (períodos de armazenamento) e 5 (ambientes de armazenamento). As médias foram comparadas pelo do teste de Tukey 5% de probabilidade. A média do teor de água das sementes antes do armazenamento foi de 4,2%. Entretanto, durante o armazenamento houve acréscimo no teor de água das sementes com a maior média quando as sementes foram armazenadas em temperatura (26±2ºC), com 7,0% de água. Com os resultados obtidos pode-se concluir que o armazenamento em freezer e na temperatura (26±2ºC) é prejudicial para a conservação de sementes de Rollinia mucosa. Palavras chave: Germinação, Viabilidade, Vigor. 1 Universidade Federal Rural da Amazônia, caixa postal 3, CEP:, Belém, PA, Brasil. 2Embrapa Amazônia Oriental, Laboratório de Propagação de Plantas, caixa postal 48, CEP 66095-100, Belém, PA, Brasil * [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 18 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ASPECTOS FÍSICOS DE PIRENOS E SEMENTES DE Byrsonima crassifolia (L.) Kunth (Malpighiaceae). Cylles Zara dos Reis BARBOSA1*, Oscar José SMIDERLE2, Sammy Aquino PEREIRA3, Larisse Souza de Campos OLIVA4, Maria Silvia de MENDONÇA5, Rodrigo Schütz RODRIGUES6 Byrsonima crassifolia (L.) Kunth é uma espécie de importância medicinal e econômica, mas pouco se conhece sobre as características da unidade de propagação. Aspectos físicos do pireno são utilizados para identificar e diferenciar espécies do mesmo gênero, bem como avaliar a variabilidade genética de uma mesma espécie, fornecendo informações tanto para o melhoramento genético como para o processo de germinação, cultivo e conservação das espécies. O estudo foi realizado com objetivo de avaliar aspectos físicos de pirenos e sementes de B. crassifolia, uma espécie frequente em áreas de savana, Roraima. Utilizaram-se 100 pirenos extraídos de frutos maduros, obtidos em doze indivíduos, coletados de população natural, no período de abril a julho de 2012, no Campo Experimental Água Boa, da Embrapa Roraima, município de Boa Vista, Roraima. Os pirenos foram avaliados quanto ao comprimento, diâmetro e peso; grau de umidade, peso de mil pirenos, número de sementes e lóculos por pireno; nas sementes foram determinados o peso, comprimento, largura e espessura. O comprimento, diâmetro e peso dos pirenos variaram entre 4,09 a 6,38 mm, 4,40 a 6,94 mm e 0,03 a 0,76 g, respectivamente. O grau de umidade e o peso de mil pirenos variaram entre 11,22 a 11,32%, e 7,124 a 7,710 g, respectivamente. O comprimento, largura, espessura e peso das sementes variaram de 2,22 a 3,83 mm, 2,10 a 3,14 mm, 1,05 a 2,05 mm e 0,004 a 0,10 g, respectivamente. A frequência de pireno com zero, uma, duas e três sementes foram, respectivamente de 0,3, 44, 32 e 21% e a frequência de pireno com dois e três lóculos foram, respectivamente de 40 e 60%. Os pirenos e sementes de B. crassifolia apresentaram maior variação nas características biométricas em relação a variável peso. Palavras-chave: Murici, Caroço, Biometria. 1 1 Bolsista da CAPES, Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas, caixa postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 2 Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa Roraima, Boa Vista-RR, Brasil. 4 Graduanda em Agronomia, Universidade Federal de Roraima, Boa Vista-RR, Brasil. 5 Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Manaus-AM, Brasil. 6 Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Boa Vista-RR, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 19 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ASPECTOS FÍSICOS DE PIRENOS E SEMENTES DE Byrsonima crassifolia (L.) Kunth (Malpighiaceae). Cylles Zara dos Reis BARBOSA1*, Oscar José SMIDERLE2, Sammy Aquino PEREIRA3, Larisse Souza de Campos OLIVA4, Maria Silvia de MENDONÇA5, Rodrigo Schütz RODRIGUES6 Byrsonima crassifolia (L.) Kunth é uma espécie de importância medicinal e econômica, mas pouco se conhece sobre as características da unidade de propagação. Aspectos físicos do pireno são utilizados para identificar e diferenciar espécies do mesmo gênero, bem como avaliar a variabilidade genética de uma mesma espécie, fornecendo informações tanto para o melhoramento genético como para o processo de germinação, cultivo e conservação das espécies. O estudo foi realizado com objetivo de avaliar aspectos físicos de pirenos e sementes de B. crassifolia, uma espécie frequente em áreas de savana, Roraima. Utilizaram-se 100 pirenos extraídos de frutos maduros, obtidos em doze indivíduos, coletados de população natural, no período de abril a julho de 2012, no Campo Experimental Água Boa, da Embrapa Roraima, município de Boa Vista, Roraima. Os pirenos foram avaliados quanto ao comprimento, diâmetro e peso; grau de umidade, peso de mil pirenos, número de sementes e lóculos por pireno; nas sementes foram determinados o peso, comprimento, largura e espessura. O comprimento, diâmetro e peso dos pirenos variaram entre 4,09 a 6,38 mm, 4,40 a 6,94 mm e 0,03 a 0,76 g, respectivamente. O grau de umidade e o peso de mil pirenos variaram entre 11,22 a 11,32%, e 7,124 a 7,710 g, respectivamente. O comprimento, largura, espessura e peso das sementes variaram de 2,22 a 3,83 mm, 2,10 a 3,14 mm, 1,05 a 2,05 mm e 0,004 a 0,10 g, respectivamente. A frequência de pireno com zero, uma, duas e três sementes foram, respectivamente de 0,3, 44, 32 e 21% e a frequência de pireno com dois e três lóculos foram, respectivamente de 40 e 60%. Os pirenos e sementes de Byrsonima crassifolia apresentaram maior variação nas características biométricas em relação a variável peso. Palavras-chave: Murici, Caroço, Biometria. 1 Bolsista da CAPES, Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas, caixa postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 2 Doutoranda em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa Roraima, Boa Vista-RR, Brasil. 4 Estagiária da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa Roraima, Boa VistaRR, Brasil. 5 Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Manaus-AM, Brasil. 6 Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Boa Vista-RR, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 20 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ATIVIDADE DOS VISITANTES FLORAIS E SISTEMA REPRODUTIVO DE TROPAEOLUM MAJUS L. - TROPAEOLACEAE Rosilda Mara MUSSURY1*; Maria Emília Píccolo FRANCO¹; Silvana de Paula Quintão SCALON² Tropaeolum majus L. é espécie medicinal com flores vistosas, atraente aos polinizadores e nesse sentido, objetivou-se conhecer a flutuação populacional, horários de visitação e interação com fatores climáticos dos insetos polinizadores associados à T. majus durante o florescimento. Os insetos foram coletados com rede entomológica a cada duas horas, no período de 7 às 17 horas. Foram coletadas abelhas Apis mellifera Linnaueus, 1758, Trigona spinipes Fabricius, 1793, Megachile sp., Astylus variegatus Germ. (Melyridae), Thrypidae, Chloropidae (Diptera) que foi mais abundante nas amostragens. O pico populacional da maioria dos insetos foi das 9 às 11 horas. As abelhas Apis mellifera, Trigona spinipes, Leurotrigona sp; Megachile sp e os Chloropidae; Astylus variegatus e Thrypidae destacam-se como potenciais polinizadores da cultura em razão do comportamento de visita que apresentaram. Os fatores que provavelmente colaboraram para a atração dos insetos foram às recompensas pólen e néctar, além do colorido variando do amarelo ao vermelho. O pico populacional da maioria dos insetos polinizadores da T. majus L. foi da III semana de florescimento a XII e nos horários de 9 às 13:00 h, correlacionando com a temperatura ambiente por volta de 20 a 30 °C e umidade relativa do ar entre 60 a 90%, quando também a concentração de néctar na flor foi elevada. Tropaeolum majus é alógama necessitando dos agentes polinizadores para a reprodução. Os experimentos de polinização manual por geitonogamia e xenogamia em T. majus merecem estudos mais aprofundados para determinar sua real contribuição. Palavras-chave: Capuchinha, Planta medicinal, insetos polinizadores. Apoio: FUNDECT, CNPq 1 Programa de Pós Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD, Dourados – MS;²Faculdade de Ciências Agrárias, UFGD, Dourados-MS. *Autor para correspondência [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 21 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO BIOMETRICA DE FRUTOS DE PINHÃO MANSO Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Lucas AMBROSANO2, Antônio Carlos FRAGA2, Pedro CASTRO NETO2, Douglas Pelegrini VAZ-TOSTES2. O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é uma planta da família Euforbiácea, e vem se destacando como uma cultura de alto potencial para produção e qualidade de óleo para produção de biodiesel. Muitos estudos estão sendo direcionados a esta cultura, devido ao fato se ter pouco conhecimento sobre a mesma. A biometria de frutos constitui um instrumento importante para detectar a variabilidade genética dentro de populações de uma mesma espécie, e as relações entre esta variabilidade e os fatores ambientais, como também em programas de melhoramento genético. O objetivo deste trabalho foi realizar o detalhamento biométrico dos frutos de pinhão manso. O trabalho foi conduzido utilizando-se do banco de germoplasma in vivo da UFLA que está instalado no campo experimental de setor de grandes culturas do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras. Utilizou- se delineamento inteiramente ao acaso, com três classificações de frutos, verde, maduro e seco, com dez repetições, sendo cada parcela composta por 10 frutos, avaliados individualmente quanto à altura, largura e porcentagem do peso das sementes em relação ao fruto. Foi observado maiores valores de comprimento (34 mm) e largura (28 mm) dos frutos verdes. A porcentagem do peso das sementes em relação aos frutos foi maior nos frutos secos (63%) e menor nos frutos verde (27%). Para tamanho de frutos obteve-se frutos verdes como os maiores seguidos dos maduros e secos e a porcentagem das sementes/fruto maior para os frutos secos, isto pode ser explicado pelo fato do teor de umidade nos frutos secos ser menor quando comparados com os frutos verdes e maduros. Palavras-chave: Jatropha curcas L., Oleaginosa, Biodiesel. Créditos de financiamento: CNPq, CAPES, FAPEMIG e FINEP. 1 Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Plataforma de Pesquisas Energéticas da UFLA, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 22 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO DE CRESCIMENTO DE SUBSTRATOS CASEIROS E COMERCIAL MUDAS DE MAMÃO EM Rafael Jorge do PRADO1*; Pâmella Lobo de MATOS2; Wellington Farias ARAÚJO3 A cultura do mamoeiro produz o ano inteiro, desempenhando, portanto, grande importância social, pois gera empregos e absorve mão-de-obra durante todo seu desenvolvimento. O mamoeiro requer a renovação dos pomares a cada 3 (três) anos no máximo, sendo a aquisição de mudas de qualidade um fator de extrema importância para o produtor. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento vegetativo de mudas de mamão com a utilização de substratos caseiros e comercial. O experimento foi desenvolvido no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/UFRR) no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Os tratamentos utilizados foram: T1- 50% Solo + 50% Esterco de gado curtido; T2- 33,3% Solo + 33,3% Casca de arroz carbonizada (CAC) + 33,3% Esterco bovino curtido; T3- 50% Solo + 50% CAC; T4- 100% Composto orgânico caseiro; T5- 100% Composto orgânico comercial (OrganoAmazon®); T6- 50% Solo + 50% Húmus de minhoca. O delineamento experimental utilizado foi DIC com 6 tratamentos e 8 repetições.Foram avaliados aos 30, 45 e 60 dias após a semeadura as seguintes variáveis: Número de Folhas Expandidas (NFE), Altura de Planta (AP) medido em centímetros e Diâmetro do Colo (DC). Os dados foram analisados pelo programa SISVAR, e submetidos ao teste de média a 5% de probabilidade. Para a variável NFE pôde-se verificar que o stand inicial dos tratamentos foi muito parecido, porem aos 45 e 60 dias os tratamentos 4, 5 e 6 mostraram-se com os melhores resultados, resultado também encontrado para as variáveis AP e DC. O tratamento 3 apresentou os piores resultados deste experimento. Os tratamentos 1 e 2 apesar de conter o esterco bovino que é um material orgânico utilizado em grades quantidades na agricultura, mostrou que para a cultura em questão não pode ser utilizado de forma única, mas deve ser associado a outros compostos para o pleno desenvolvimento das mudas. Conclui-se que a utilização de composto orgânico proporciona o melhor crescimento vegetativo de mudas de mamão, independente da época de avaliação. Palavras-chave: Carica papaya L., Folhas, Compostos orgânicos. *: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR) e professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR). Programa de Pós Graduação em Agronomia, POSAGRO. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. E-mail: [email protected] 2 : Formanda no curso de Agronomia da UFRR. 3 : Professor Doutor, associado II ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/UFRR). 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 23 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO FITOTÉCNICA DE PLANTAS DE GIRASSOL POTENCIAIS PARA CULTIVO DE SAFRINHA Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Lucas AMBROSANO2, Antônio Carlos FRAGA2, Pedro CASTRO NETO2, Douglas Pelegrini VAZ-TOSTES2. O girassol é uma cultura que se adapta a diferentes condições edafoclimáticas, o que para cultivo em sistema de safrinha, apresenta características agronômicas importantes, como maior resistência à seca, ao frio e ao calor. A avaliação fitotécnica pode ser utilizada para interpretar e quantificar a produção vegetal, mediante às avaliações das alterações no manejo cultural, em diferentes intervalos de tempo, permitindo acompanhar a dinâmica das plantas. Objetivou-se, por meio da análise de crescimento, avaliar características fitotécnicas de plantas de girassol para cultivo em regime de safrinha na região do sul de Minas Gerais. O trabalho foi realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), em campo experimental do Departamento de Agricultura (DAG), no período de março a julho/2011, período de entressafra caracterizado como safrinha, em regime de sequeiro. A área experimental foi preparada em sistema convencional e a adubação foi feita manualmente, utilizando-se adubo formulado NPK (8-28-16) mais micronutrientes nas dosagens recomendadas para a cultura. Foi utilizado espaçamento de 50 cm entre linhas com estandes de 40 mil plantas/ha. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, contendo quatro tratamentos constituídos pela época de avaliação, 30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura. Foram avaliadas as seguintes características: altura de planta, número de nós, número de folhas, diâmetro do caule e diâmetro de capítulo. Para característica altura de planta foi obtido valor de 1,86 cm. Para o número de nós obteve-se maior aumento no intervalo dos 30 aos 60 dias. Na característica diâmetro do caule foi observado crescimento acentuado dos 30 aos 90 dias após a semeadura. Quanto ao número de folhas, teve pico aos 30 dias e decrescendo até os 120 dias. Na avaliação de diâmetro de capítulo foi observado valores máximos de 18 cm. Os parâmetros morfológicos avaliados podem ser indicadores para a avaliação cultural do girassol cultivado em sistema de safrinha. Palavras-chave: Helianthus annuus L., Fitotecnia, Oleaginosa. Créditos de financiamento: CNPq, CAPES, FAPEMIG e FINEP. 1 Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Plataforma de Pesquisas Energéticas da UFLA, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 24 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO VEGETATIVA DE RABANETE CULTIVADO COM DIFERENTES DOSES DE BIOFERTILIZANTE. Hellen Cristine Alves RODRIGUES1*, Digelma Camila Barros ARAUJO1, Thaís Santiago CASTRO1, Rafael Jorge do PRADO1, Wellington Farias ARAÚJO1 . O rabanete apesar de não estar entre os cultivos holerícolas mais importantes do Brasil, vem se destacando no cenário nacional para comercialização, especialmente devido ao seu ciclo curto e sua rusticidade. Conhecer as características necessárias ao seu cultivo em cada região são de suma importância para otimizar suas características botânicas, que por ventura irão influenciar na produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo/botânico do rabanete (Raphanus sativus L.) submetido a diferentes doses de biofertilizante bovino em Boa Vista, Roraima. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/UFRR), cultivado em baldes de 7 litros preenchido com Latossolo Vermelho Amarelo, em sistema inteiramente casualisado 5x6, sendo 5 doses de biofertilizante (0, 20, 40, 60 e 80% de diluição em água, correspondendo aos tratamentos 1,2,3,4 e 5 respectivamente) com 6 repetições. O solo utilizado foi analisado no laboratório da UFRR e corrigido com calcário dolomítico. O biofertilizante foi produzido em uma proporção de 50% de esterco fresco (colhido de um rebanho em sistema extensivo de produção) e 50% de água, em ambiente anaeróbico por 45 dias. As variáveis analisadas foram número de folhas, massa fresca e seca da parte aérea, diâmetro equatorial e peso de frutos. O programa estatístico utilizado foi o Assistat 2009. Para as variáveis número de folhas, massa fresca e seca da parteaérea, diâmetro equatorial e peso de frutos, não houve diferença estatística entre os tratamentos 2,3,4 e 5, sendo o tratamento 1 o que apresentou os piores resultados, o que já era esperado pois não houve adição de nenhum nutriente suplementar neste tratamento. Apesar da igualdade estatística entre os tratamentos, pode-se verificar que os tratamentos 3 e 4 apresentaram os maiores valores quantitativos, o que nos alerta para futuros experimentos e recomendação de doses a serem utilizadas. Conclui-se que este trabalho foi inicial para a região de estudo e que trabalhos mais abrangentes devem ser iniciados, a fim de aferir a melhor dose de biofertilizante a ser utilizada no cultivo do rabanete. Palavras – Chave: Raphanus sativus L, Agricultura orgânica, Desenvolvimento. 1 Universidade Federal de Roraima (UFRR), Departamento de Solos e Engenharia agrícola.Campus Cauamé: BR 174, Km 12.Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 25 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. BIOMASS OF TREE SPECIES AS A RESPONSE TO PLANTING DENSITY AND INTERSPECIFIC COMPETITION Paulo Sérgio Lima e SILVA*1 , Haroldo Nogueira de PAIVA2, Vianney Reinaldo de OLIVEIRA1, Patrícia Lianny de Oliveira FERNANDES1, Enielson Bezerra SOARES1 There has been an interest in the recovery of degraded areas in the Caatinga region via tree planting. Experiments (E1, E2, and E3) were conducted as random blocks, with three, three, and five replicates, respectively, to evaluate biomass of the above-ground parts of: a) gliricidia (G) and sabiá (S), as a response to planting density; b) G, S, and neem (N) in competition; c) G, and S. E1 was conducted as split-plots, with planting densities (400, 600, 800, 1000, and 1200 plants ha-1) in the subplots. E2 consisted of a factorial setup comprising the following plots: GGG, NGN, SGS, NNN, GNG, SNS, SSS, GSG, NSN (with each letter representing one row of plants). E3 was conducted having G and S in an agroforestry experiment. The trees were felled at 54, 42, and 27 months of age, respectively. G was superior to S for stem and leaf green biomass at the smaller densities, but was inferior for branch green biomass at most densities. The species did not differ for mean stem dry biomass and leaf dry biomass, but G showed higher branch dry biomass at most densities. Higher planting densities increased green and dry biomass of stems, branches, and leaves in S, but decreased those characteristics in G, with the exception of leaf dry matter, which was not influenced by density. In E2, the behavior of each species was identical in plots containing the same species or different species. The highest stem, branch, and leaf green biomass values were obtained for G, G, and G and N, respectively. The highest stem, branch, and leaf dry biomass values were obtained for G, S, and N, respectively. In E3, G was highest for stem and leaf green biomass, and for stem and branch dry biomass. There were no differences between species for the other biomass values. Keywords: Azadirachta indica A. Juss, Gliricidia sepium (Jacq) Kunth ex Walp., Mimosa caesalpiniifolia Benth., growth, Caatinga. 1: Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Departamento de Ciências vegetais, Campus de Mossoró, caixa postal 137, CEP 59625-900, Mossoró-RN. 2: Universidade Federal de Viçosa (UFV), Departamento de Engenharia Florestal, CEP 36570-000 Viçosa-MG * Corresponding author: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 26 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. BIOMETRIA DE FRUTOS DE MACAÚBA Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Lucas AMBROSANO2, Antônio Carlos FRAGA2, Pedro CASTRO NETO2, Douglas Pelegrini VAZ-TOSTES2, Pedro Henrique Abreu MOURA1 A macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.), da família Arecaceae, é uma palmeira nativa de florestas tropicais, que se desenvolve bem em solos de cerrado e possui uma ampla distribuição geográfica. Atualmente esta espécie demonstra ter grande utilidade e tem despertado grande interesse socioeconômico pelo seu teor de óleo e pode desempenhar importante papel social ao pequeno trabalhador rural em virtude de sua ocorrência em áreas brasileiras de baixa expectativa econômica. A biometria dos frutos constitui um instrumento importante para detectar a variabilidade genética dentro de populações de uma mesma espécie, e as relações entre esta variabilidade e os fatores ambientais, como também em programas de melhoramento genético. O objetivo deste trabalho foi realizar o detalhamento biométrico dos frutos de macaúba em diferentes locais da região de Montes Claros, norte de Minas Gerais, visando sua utilização como matéria-prima para a produção de biodiesel. O experimento foi realizado na Universidade Federal de Lavras, na Plataforma de Pesquisas Energéticas. Os frutos foram coletados em seis localidades diferentes na região de Montes Claros. Utilizou- se delineamento inteiramente ao acaso, com dez repetições, sendo cada parcela composta por 10 frutos, avaliados individualmente quanto a altura, largura e massa. Os frutos de macaúba apresentaram variação de 41 a 48 mm de comprimento, 43 a 49 mm de largura e massa variando de 31 a 55 g, sendo os menores e maiores valores encontrados respectivamente. A observação de variações estatísticas de biometria dos frutos analisados indica uma variabilidade genética na região de Montes Claros/MG possibilitando assim a identificação de genótipos diferentes que podem ser utilizados em trabalhos de seleção visando o melhoramento vegetal da macaúba. Palavras-chave: Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart., Melhoramento, Oleaginosa. Créditos de financiamento: CNPq, CAPES, FAPEMIG e FINEP. 1 Universidade Federal de Lavras, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Plataforma de Pesquisas Energéticas da UFLA, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 27 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CALOGÊNESE A PARTIR DE ANTERAS DE PLANTAS HERMAFRODITAS DE Carica papaya L. Victor Ventura de SOUZA1*, Renata Flávia CARVALHO¹, Ariane Tonetto VIEIRA², Wellington Ronildo CLARINDO³. Carica papaya L. é uma das fruteiras mais cultivadas e consumidas nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. Essa espécie apresenta três tipos sexuais (plantas masculinas, femininas e hermafroditas), porém os produtores brasileiros cultivam preferencialmente o tipo hermafrodita. A calogênese in vitro a partir de anteras tem como escopo induzir a formação de calos friáveis, os quais são os mais propícios ao surgimento de embriões somáticos. Por meio da cultura de anteras é possível obter plântulas haploides e duplo-haploides, as quais são homozigotas para todos os loci. Esse fenômeno ocorre porque a duplicação dos cromossomos ocorre em uma única etapa evitando assim o processo de autofecundação. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes combinações de reguladores de crescimento na indução de calogênese a partir de anteras de plantas hermafroditas de C. papaya. Botões florais apresentando de 0,5cm a 1cm foram selecionados, mantidos à 4 ºC por sete dias e desinfestados em fluxo laminar. As anteras foram excisadas e inoculadas em meio contendo 2,15 g L-1sais ½MS, 30 g L-1 sacarose, 10 m L-1vitaminas MS, 400 mg L-1, L-glutamina, 40 mg L-1 L- cisteína, 2,8 g L-1 de fitagel, o pH ajustado em 5,7 ± 0,1. Além disso, os meios apresentaram diferentes combinações dos reguladores de crescimento 2,4-diclorofenoxiacético (2,4D), 6-benzilaminopurina (BAP), ácido naftalenoacético (ANA), a saber: 2 mg L-1de 2,4-D + 1mg L-1 de BAP, 4 mg L-1 de 2,4-D + 2 mg L-1 de BAP, 2 mg L-1 ANA+ 1 mg L-1 de BAP, 4 mg L-1 ANA+ 2 mg L-1 de BAP. A formação dos calos iniciou-se a partir dos 30 dias de cultivo in vitro. Dentre os meios, a combinação de 2 mg L-1 ANA + 1 mg L-1 de BAP promoveu o maior percentual de calos friáveis , sendo 80% de explantes responsivos. A combinação 4 mg L-1 ANA + 2 mg L-1 de BAP induziu 58%, 2 mg L-1 de 2,4-D + 1 mg L-1 de BAP e 4 mg L-1 de 2,4-D + 2 mg L-1 de BAP geraram 33% e 15% de calos friáveis, respectivamente. Alguns autores relataram que o regulador de crescimento 2,4-D, combinado com citocininas, tem sido utilizado em grande escala na indução de embriogênese somática em C. papaya, pois esta auxina estimula um aumento de níveis endógenos do hormônio natural, resultando na formação de calos embriogênicos friáveis. Entretanto, no presente estudo, não foi observado resultados similares como reportado pelos autores, pois a combinação de reguladores mais responsivo foi de ANA e BAP. Palavras chaves: Calos friáveis, Cultura de anteras, Mamão, Regulador de crescimento. :Acadêmico(a) Curso de Ciências Biológicas Licenciatura; 2:Acadêmico(a) Ciências Biológicas Bacharelado 3: Pesquisador/Orientador -Universidade Federal dedo Espirito Santo– UFES – Campus Centro de Ciências Agrárias – Laboratório de Citogenética– Departamento de Biologia – CCA .Alto Universitário S/N – CX Postal 16 CEP:29.500.000 – Alegre – ES. Autor para correspondência: [email protected] 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 28 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CALOGÊNESE IN VITRO DE Solanum lycopersicum L. (Solanaceae) Geovana Poton Arcobeli COLA1*, Wellington Ronildo CLARINDO2 Solanum lycopersicum Mill. é uma planta diploide (2n = 2x = 24 cromossomos) utilizada como modelo em estudos filogenéticos, abordagens moleculares e morfogênicas. Esta espécie também engloba acessos de grande importância econômica, que fornecem frutos de tomate amplamente utilizado na indústria de alimentos. Devido sua importância econômica, técnicas de micropropagação in vitro estão sendo aplicadas usualmente com o intuito de obter clones. Porém alterações genéticas podem surgir, principalmente através do cultivo de calos. Logo, esse trabalho teve como objetivo testar diferentes combinações e concentrações dos reguladores de crescimento: ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4 – D); picloram e benzilamino-purina (BAP) na indução de calos e verificar a ocorrência ou não de variação somaclonal quanto ao nível de ploidia pela citometria de fluxo. Calos foram induzidos a partir de fragmentos foliares de plantas de S. lycopersicum vindas do campo, inoculadas em quatro diferentes tratamentos: T1 (500µl BAP + 1000 µl picloram); T2 (1000 µl BAP + 500µl 2,4D); T3 (1000 µl BAP + 500 µl picloram + 500 µl 2,4-D); T4 (1000 µl BAP + 500 µl picloram + 250 µl 2,4-D). Após 120 dias foi observada a presença de calos em todos os tratamentos. Não houve diferença estatística entre os tratamentos. Porém, o T4 obteve uma melhor resposta de indução (28%) de calos responsivos em relação os demais tratamentos: T1 (21,33%); T2 (12%); T3 (18,6%). Pela análise de citometria de fluxo, foi identificada variação somaclonal quanto ao nível de ploidia em todos os tratamentos. Os calos foram induzidos a partir de plantas diploides (2x) do campo. No entanto, após as análises foram identificados os mesmos níveis de ploidia (2x; 4x; 8x e 16x) dos calos nos diferentes tratamentos. Desta forma, estes resultados demonstram que os reguladores de crescimento (2,4-D; BAP e picloram) são indicados pra indução de calogênese em S. lycopersicum. No entanto, alterações genéticas podem surgir nos calos. Essas por sua vez, podem ser utilizadas como ferramentas valiosas em estudos melhoramento genético de cultivares desta espécie. Palavras-chave: Tomate, Calo, Variação Somaclonal. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento, CCA, Caixa Postal 16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil; *autor para correspondência: [email protected] 2 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia Geral, CCA, Caixa Postal 16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 29 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DA ALFACE CV. VERÔNICA SOB DIFERENTES COBERTURAS DO SOLO João Luiz Lopes MONTEIRO NETO1*, Auriane da Conceição Dutra da SILVA1, Pâmela Gomes COSTA1, Dayanna Care Teixeira de SOUSA1, Wellington Farias ARAÚJO1 A alface (Lactuca sativa L.) é cultivada em todas as regiões brasileiras e é a principal salada consumida pela população mundial. Sua alta produção é devido as evoluções de cultivares e dos métodos de cultivo dessa hortaliça. Entre esses métodos, destaca-se a aplicação de tipos de cobertura de solo. Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito de diferentes coberturas sobre as variáveis: número de folhas por planta, matéria fresca das folhas, matéria fresca da raiz, matéria seca das folhas, matéria seca da raiz e diâmetro do caule de plantas de alface cultivadas em diferentes coberturas. O experimento foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima, Campus Cauamé. O solo utilizado foi o Latossolo Amarelo. O delineamento experimental empregado foi inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (coberturas): [Brachiaria decumbens (capim braquiária seco); Oryza sativa L. (casca de arroz); plástico preto e testemunha (sem cobertura)], com sete repetições. A unidade experimental constou de vasos de polietileno de 5 litros. Foi realizada a adubação com 9g de calcário, 6,8g de superfosfato triplo (P), 1,4g de cloreto de potássio e 2,2g de uréia. As mudas utilizadas foram produzidas em bandejas de isopor sob estufa contendo substrato orgânico. O transplante das mudas foi realizado aos 30 dias após a semeadura, utilizando duas mudas por vaso, sendo feito o posterior desbaste. Já as coberturas foram instaladas oito dias após o transplante das mudas. A irrigação foi feita em dias alternados durante todo o ciclo da cultura. A colheita da alface deu-se aos 30 dias após o transplante, sendo então avaliadas as variáveis citadas anteriormente. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. O tratamento com casca de arroz mostrou ser eficiente para as seguintes variáveis: Nº de folhas/planta (17,33), massa fresca da folha (158,5 g/planta), massa seca da folha (7,44 g/planta) e diâmetro do caule (4,28 cm). O tratamento com capim seco mostrou ser eficiente nas variáveis: Nº de folhas/planta (17), massa fresca da raiz (17,50 g/planta) e massa seca da raiz (1,19). O tratamento com plástico preto não diferiu estatisticamente da testemunha. Para as condições em que foi desenvolvido o presente trabalho, concluiu-se que as coberturas palha de arroz e capim braquiária mostraram-se mais eficientes no desenvolvimento das características agronômicas da alface cv. verônica. Palavras-chave: Lactuca sativa L., Casca de arroz, Capim braquiária. 1 Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia, Agronomia, Campus Cauamé, CEP: 69.300-00, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 30 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DO OVÁRIO DE Erythroxylum deciduum A. St.Hil (ERYTHROXYLACEAE) Carolinny Fernandes LARA1*, Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luciana da SILVA1 Erythroxylaceae é uma das famílias mais bem representada dos cerrados e suas espécies possuem aplicações farmacológicas e na medicina popular. São facilmente reconhecidas pela presença de flores alvas heterostílicas e pela coloração avermelhada dos frutos carnosos. Estudos anatômicos de órgãos reprodutivos de representantes do cerrado são pouco conhecidos, portanto, o presente trabalho teve por objetivo caracterizar anatomicamente o ovário de Erythroxylum deciduum A. St.-Hil, visando a auxiliar futuros trabalhos ecológicos, taxonômicos e filogenéticos. Botões florais de E. deciduum foram coletados em áreas próximas do Parque Florestal Quedas do Rio Bonito, no município de Lavras, MG, fixados em Karnovsky, desidratados em série etílica, incluídos em hidroxietilmetacrilato Leica® e seccionados em micrótomo rotativo. Os cortes produzidos foram corados com azul de toluidina, montados em resina sintética e registrados em microscópio trinocular acoplado ao capturador de imagens. O ovário de E. deciduum é súpero, sincárpico, tricarpelar, trilocular e uniovulado. Apresenta dois lóculos inférteis e apenas um fértil. A epiderme externa é bisseriada, apresentando conteúdo fenólico e uma cutícula fina. O mesofilo ovariano é dividido em três regiões: externo, médio e interno. O mesofilo externo é meristemático e composto por células alongadas radialmente e com conteúdo fenólico. O mesofilo médio apresenta células com formato isodiamétrico, resultado da divisão celular das células do mesofilo externo e, mais internamente apresenta idioblastos fenólicos dispersos. Nesta região também são observados os feixes vasculares. São observados três feixes dorsais, um de cada carpelo, quatro feixes ventrais, e inúmeros feixes laterais. O mesofilo interno compreende uma camada de células parenquimáticas em contato com a epiderme interna dos lóculos. As células são diminutas e apresentam alongamento radial. A epiderme interna é formada por uma camada de células alongadas tangencialmente, com parede delgada e fina cutícula. No geral, as características anatômicas do ovário de E. deciduum são comumente observadas nas espécies de Erythroxylum, sendo variável o número de camadas da epiderme externa e a morfologia dos lóculos inférteis. Tais variações podem ser importantes na delimitação das espécies. Palavras-chave: Cerrado, Anatomia, Ovário. Financiamento: CNPq e FAPEMIG. 1 :Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Botânica Estrutural, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 31 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO DE GRÃOS DE PÓLEN DE TRÊS CULTIVARES DE OLIVEIRA (Olea europaea L.) Carolina Ruiz ZAMBON1*, Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luiz Fernado de Oliveira da SILVA2 , Rafael PIO3, Adelson Francisco de OLIVEIRA2 Esse trabalho objetiva a descrição de grãos de pólen de oliveira, Olea europaea L., visando futuros estudos de biologia floral e melhoramento vegetal, nas condições edafoclimáticas brasileiras. Flores em antese de vários indivíduos de três diferentes cultivares de oliveira: Arbequina, MGS Mariense (Maria da Fé) e MGS Grap541 (Grappolo 541), foram coletados na Fazenda Experimental da Epamig em Maria da Fé-MG e imediatamente, foram realizados os testes para caracterização do status hídrico do pólen, presença de amido e pollenkitt. Para a caracterização do status hídrico, lâminas temporárias foram montadas com os pólens em dois meios diferentes: em água destilada e óleo de imersão. Para detecção do tipo de carboidrato armazenado no grão de pólen e detecção de pollenkitt, foram realizados testes histoquímicos com Lugol e Sudan III, respectivamente. Todas as imagens foram registradas com capturador BEL acoplado ao microscópio óptico. Os grãos de pólen maduros, quanto ao status hídrico, são classificados como ortodoxos. Eles apresentam amido como reserva de carboidrato e exibem o pollenkitt aderido a sua superfície. Com base nesses resultados, conclui-se que o pólen de oliveira possui metabolismo baixo, característica que permite maior resistência a ambientes hostis, com alta temperatura e baixa umidade relativa. A presença do amido, que é osmoticamente inativo, dificulta a entrada de água por pressão osmótica dentro do pólen aumentando sua viabilidade no ambiente durante o tempo de exposição. Já a presença de pollenkitt indica que a polinização desta espécie é do tipo zoofílica. Palavras Chave: Biologia floral, polinização Pollenkitt, Pólen ortodoxo. Créditos de financiamento: Fapemig 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 3 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Campus Universitário, caixa postal 176, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 32 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO DO GRÃO DE PÓLEN DE Erythroxylum suberosum A. St.-Hil (Erythroxylaceae) Carolinny Fernandes LARA1*, Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luciana da SILVA1 Estudos sobre a morfologia do grão de pólen têm sido realizados com o intuito de fornecer embasamento a estudos de biologia floral e ecológicos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o grão de pólen de Erythroxylum suberosum A. St.-Hil classificando-o quanto ao status hídrico e verificando a presença do pollenkitt e do tipo de reserva de carboidrato presente. Flores em antese foram coletadas em indivíduos de Erythroxylum suberosum ocorrentes em áreas próximas do Parque Florestal Quedas do Rio Bonito, município de Lavras, região sul de Minas Gerais. Grãos de pólen maduros foram retirados das anteras, montados em meio aquoso (água destilada) e em óleo de imersão para a classificação quanto ao status hídrico. Para detecção do pollenkitt e do amido, os pólens foram submetidos a testes histoquímicos com Sudan III e Lugol, respectivamente. Os resultados foram analisados em microscópio óptico e as imagens foram registradas com auxílio de capturador BEL acoplado ao microscópio óptico trinocular. Em óleo de imersão os grãos exibem formato subesferoidal. Em água, o pólen hidrata e muda seu formato, tornando-se arredondado. Essa mudança de formato permite classificá-lo como ortodoxo. Quando submetidos a testes histoquímicos os grãos de pólen exibiram o pollenkitt, que reagiu positivamente ao Sudan III. Quanto ao tipo de carboidrato de reserva, verificou-se a presença do amido, pela coloração preta azulada característica exibida pelos amiloplastos na presença do reagente lugol. O pólen ortodoxo pode ser uma adaptação do grão de pólen ao ambiente cerrado, assim como a presença do amido, uma vez que esta reserva pode ser convertida em outros tipos de carboidratos, modificando a pressão de turgor e permitindo, assim, uma maior resistência a ambientes hostis. Já a presença do pollenkitt evidencia a polinização zoofílica, além de exercer outras atividades na apresentação do pólen e no seu reconhecimento pelo estigma do pistilo da mesma espécie. Palavras-chave: Amido, Pólen ortodoxo, Pollenkitt, Malpighiales. Financiamento: CNPq e FAPEMIG. 1 :Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Botânica Estrutural, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 33 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO FENOLÓGICA DE CULTIVARES E SELEÇÕES DE CASTANEIRO DA SERRA DA MANTIGUEIRA Paula Nogueira CURI11*, Silvana Catarina Sales BUENO2, Rafael PIO1, João Pedro Sales BUENO3, Filipe Bittencourt Machado de SOUZA1, Pedro Maranha PECHE1 O castanheiro pertence à família Fagaceae, gênero Castanea, produz frutos conhecidos como ouriços que alojam, em seu interior, castanhas de alto valor comercial. O gênero Castanea apresenta sete espécies das quais destacam-se C. sativa Miller, C. crenata Siebold & Zucc., C. molissima Blume e C. dentata (Marsh.) Borkh. Tais espécies receberam denominações de acordo com o local de origem e são conhecidas, respectivamente, por castanha portuguesa (Portugal), castanha japonesa (Japão e Coréia do Sul), castanha chinesa (China) e castanha americana (América do Norte). Assim, nove cultivares (‘Taishowase’, ‘Tiodowase’, ‘Tamatsukuri’, ‘Isumo’, ‘Okuni’, ‘Moriwase’, ‘Kinshu’, ‘Senri’ e ‘Ibuki’) e duas seleções (‘KM-2’ e ‘KM-1’) de castanheiro híbridos (Castanea crenata x Castanea sativa) foram analisadas em São Bento do Sapucaí-SP. Foram demarcadas quatro plantas de cada cultivar ou seleção para as avaliações, distribuídas ao acaso na área de plantio, em julho de 2012. Foi demarcado o início e o término da colheita, bem como o hábito de frutificação, ou seja, se os ouriços permaneciam fixos nas plantas apenas liberando as castanhas ou se desprendiam das plantas. Assim, o delineamento utilizado nas avaliações foi em blocos ao acaso, com 11 tratamentos (cultivares e seleções de castanheiro), contendo quatro blocos e 20 frutos por parcela. Os dados apresentados indicam que as cultivares e seleções diferem quanto à deiscência dos frutos e hábito de frutificação. A colheita das castanhas concentra-se entre a primeira quinzena de novembro e a segunda quinzena de abril. Algumas cultivares apresenta reduzido número de castanhas dentro do ouriço, o que indica falta de cincronia no período de floração. Termos para Indexação: Castanea crenata x Castanea sativa, Florescimento, Produção. Agradecimento: À FAPEMIG pelo apoio financeiro. 1: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de PósGraduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2: Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI, Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí, 12490-000, São Bento do Sapucaí-SP. 3: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 34 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE FRUTOS E SEMENTES DE Joannesia princeps Vell. (Euphorbiaceae) Rômulo André BELTRAME1*, Tatiana Tavares CARRIJO2, José Carlos LOPES1, Liana Hilda Golin MENGARDA1 A espécie Joannesia princeps Vell. (Euphorbiaceae) distribui-se nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil, predominantemente na Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica, e é popularmente conhecida como cutieira e boleira. Suas sementes possuem em torno de 37% de óleo, útil para fins industriais e medicinais, sendo potencialmente mais uma alternativa para a produção de biodiesel. Objetivou-se no presente trabalho estudar aspectos morfológicos de frutos e sementes de Joannesia princeps. Foram avaliados os atributos qualitativos em relação à morfologia, sendo a caracterização morfológica embasada na análise de 30 unidades. Em campo, foram escolhidos frutos maduros, sadios, inteiros e sem deformações, avaliando-se os seguintes atributos qualitativos em relação à morfologia externa dos frutos: a) coloração na maturação, b) consistência do pericarpo, c) número de deiscências, d) tipos de indumento, e) número e posição das sementes. A partir da análise de sementes viáveis, os seguintes atributos qualitativos foram avaliados: a) coloração, b) textura da superfície da testa, c) forma, d) posição do hilo, micrópila, rafe e estruturas anexas, quando presentes, e) consistência, coloração e espessura do endosperma, f) posição, forma e coloração do embrião (cotilédones, eixo hipocótilo-radícula e plúmula). Os frutos de Joannesia princeps apresentaram exocarpo deiscente por valvas, mesocarpo lenhoso e duas sementes encerradas por um endocarpo igualmente lenhoso. Por essa morfologia foram classificados como fruto drupóide do tipo filotrimídio. O exocarpo lenhoso apresentou coloração verde escura no fruto maduro, com pontuações cinza e, junto com o mesocarpo lenhoso e de coloração amarelada, apresentou-se deiscente por quatro valvas. Quando aberto, o endocarpo seco, lenhoso, de coloração acastanhada. As testas das sementes apresentaram coloração castanha, formato globoso, sendo o ápice e a base arredondados. A superfície da testa das sementes é endurecida, lisa e glabra. A cicatriz do hilo é evidente como uma pequena área circular, enquanto a micrópila e a rafe são inconspícuas. O endosperma alvo e abundante envolve todo o embrião cotiledonar e axial. Com base nos resultados conclui-se que a morfologia do fruto e da semente descrita neste trabalho é suficientemente homogênea e, portanto, confiável à caracterização e identificação da espécie. Palavras-chave: Cutieira, Espécie florestal, Morfologia. Agradecimento a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia , Centro de Ciências Agrárias, Alegre-ES, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 35 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. COLEÇÕES HISTÓRICAS: PERSPECTIVA INFORMAÇÕES SOBRE USO DAS PLANTAS DO RESGATE DE Amanda Roberta CORRADO1*, Letícia Porto MOMESSO2, Paulo Henrique SILVA2 e Lin Chau MING1. Com um enfoque diferente da analise de um taxonomista, a proposta deste trabalho é utilizar uma série histórica de exsicatas como fonte documental, na perspectiva do resgate de informações sobre o uso de plantas. Para a pesquisa utilizaram-se todas as exsicatas da família Urticaceae coletadas no Brasil e depositadas no Muséum National d’Histoire Naturalle de Paris. As informações contidas nas etiquetas foram lidas e sistematizadas e analisaram-se os dados com no conjunto das informações levantadas individualmente. As informações sobre uso foram raras, apenas nove registros textuais apresentaram indicações de usos. As categorias para uso encontradas foram: planta para fibra, madeira, alimentação e medicinal. Das espécies coletadas, 52% pertencem aos gêneros Cecropia (21%), Coussapoa (17%), e Urera (14%), gêneros que incluem espécies com índices de citações de uso na literatura. Sugere-se com essa análise a probabilidade das informações mais específica sobre cada espécies estarem indicadas em diferentes documentos produzidos pelos coletores, visto que mesmo com foco na descrição dos recursos naturais do país, elencaram e abordaram os diferentes aspectos da relação entre as sociedades e as plantas no passado. Alguns destes materiais podem estar nos arquivos das bibliotecas dos diferentes herbários e nos indica a necessidade da valorização destas informações para que possamos, através de uma abordagem histórica, resgatar também dados sobre os aspectos socioculturais relacionados a cada espécie e também sobre a história da Botânica no Brasil. Palavras chaves: Urtciaceae, Etnobotânica histórica, Exsicatas, Arquivo de herbário.1 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Botucatu- SP, Faculdade de Ciências Agronômicas, Laboratório de Plantas Medicinais e Etnobotânica. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 36 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. COMPARAÇÃO IN SILICO DA COLD SHOCK PROTEIN DE Ricinus communis L. Rodrigo de Oliveira ALMEIDA1*; Emi Rainildes LORENZETTI2 Com o crescente destaque da família Euphorbiaceae como plantas de interesse econômico, levou a intensificação de trabalhos na área da genômica e proteômica, dentre estas espécies está a mamona (Ricinus communis L.). Grande quantidade de informações estão sendo depositadas nos bancos de dados públicos, como National Center for Biotechnology Information (NCBI), European Molecular Biology Laboratory (EMBL) e DNA Data Bank of Japan (DDBJ). Neste contexto, a bioinformática é uma ferramenta indispensável para a análise massal de informações. O objetivo foi analisar in silico a proteína de resposta ao frio (cold shock protein) de Ricinus communis L. quanto a similaridade entre si. Sequências proteícas desta espécies oriundas do GenBank foram utilizadas neste trabalho, totalizando 63.340 sequências. O desenvolvimento dos scripts para a solução de problemas biológicos computacionais foi feito em linguagem de programação Perl (Pratical Extraction and Report Language), sob a plataforma Linux. Sequências sob a anotação “hypothetical protein” e “unnamed protein product” foram retiradas (31.917 e 159, respectivamente) e somente as sequências contendo a anotação “cold shock protein” foram selecionadas (totalizando dez sequências). Com o auxílio do programa Seaview, foi realizado o alinhamento das sequências proteicas, assim como a montagem da árvore filogenética. Os resultados mostram que essas proteínas formam seis grupos distintos, sendo duas sequências (gi 223546856 e gi 255545420) de menor similaridade em relação às demais. Palavras-chave: Bioinformática, Perl, Mamona. 1 Doutorando em Agronomia/Produção Vegetal. Universidade Federal do Paraná, Departamento de Fitotecnia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal, Campus Universitário, caixa postal 19061, CEP: 80035-050, Curitiba-PR, Brasil. 2: Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais – Campus Rio Pomba, Departamento de Agricultura e Ambiente, CEP 36180-000, Rio Pomba-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 37 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FRUTOS DE CAMU-CAMU USANDO DIFERENTES EMBALAGENS. Maria Luiza GRIGIO1*, Edvan Alves CHAGAS2, Maria Fernanda DURIGAN2, Ataiza de Andrade SOUZA3, Cassia Rejane do NASCIMENTO3, Christinny Giselly Bacelar LIMA4, Wellington Farias ARAÚJO5, Leandro Camargo NEVES5. O camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie frutífera pertencente à família Myrtaceae. É amplamente reconhecido como o fruto com maior quantidade de vitamina C, chegando a atingir 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de polpa. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o tipo de embalagem que permitem melhor conservação dos atributos de qualidade do camu-camu. Os frutos foram colhidos no município de Caroebe, RR e levados para o setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, onde foram higienizados e selecionados pela ausência de danos (22±2 °C e 70±3% de U.R). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições, em arranjo fatorial constituido de três tipos de embalagens (sem embalagem, PET e PVC) e dezesseis dias de armazenamento, sendo os frutos analisados a cada dois dias (3x8), onde cada repetição era composta por 30 frutos. Os frutos foram avaliados quanto a perda de massa fresca, pH, teores de sólidos solúveis, acidez titulável, ácido ascórbico, carotenoides, antocianinas, e clorofilas A e B, assim como se calculou o índice de maturação (SS/AT). De acordo com os resultados obtidos, para todas as variáveis, as interações testadas apresentaram efeito significativo pelo teste F a 5% de probabilidade. Não houve ajuste de regressão nos modelos testados para os pigmentos antocianinas e carotenóides, assim como para a variável pH. Os atributos de qualidade (SS, AT, pH e a relação SS/AT) foram mantidos por mais tempo nos frutos armazenados nas bandejas de poliestireno expandido recoberta com filme PVC, assim como os teores de ácido ascórbico. Os maiores teores de carotenoides foram observados nos frutos armazenados em bandeja de poliestireno expandido recoberta com filme PVC. Concluiu-se que para a extração de pigmentos, biocompostos antioxidantes, e seus atributos de qualidades (SS, AT, pH e SS/AT), assim como os teores de ácido ascórbico a embalagem que melhor conservou esses compostos foi a bandeja de poliestireno expandido recoberta com filme de PVC. Palavras-chave: Myrciaria dubia, Amazônia, Ácido Ascórbico, Pigmentos. 1 *autor para correspondência: Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil, [email protected]. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected], [email protected]. 3 Universidade Federal de Roraima, POSAGRO, Km 12 BR174 s/n°, CEP 69301-970, Boa Vista/RR. [email protected], [email protected]. 4 Embrapa Roraima, Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD), Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected]. 5 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Km 12 BR174 s/n°, CEP 69301-970, Boa Vista/RR. [email protected], [email protected]. 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 38 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CONSTRUÇÃO DE UM MANUAL DE PRÁTICAS EM BOTÂNICA Rodrigo Lopes BORGES1*, Wilson Pereira LIMA JUNIOR1, Edmar da Silva PRADO2, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3, Roseane de Lyra SANTIAGO3 Considerando a problemática sobre as aplicações e as dificuldades do modelo tradicional de ensino, em um período de contestações, a busca por inovações na didática é discutida e reinventada a cada dia. Tornando um desafio a inovação nas estratégias pedagógicas que despertem a atenção dos alunos para os diversos conteúdos. Durante o IV Seminário de Integração de Práticas Docentes com o tema “Formação de Professores” realizado na Universidade Federal de Roraima em 2011, a proposta da oficina partiu da ex-curadora do herbário da Universidade Federal de Roraima (UFRR) junto a professora das disciplinas iniciais de botânica. O trabalho teve como objetivo desenvolver uma ferramenta para aulas de botânica, para docentes e para os futuros professores no ensino de ciências, mostrando a importância do trabalho desenvolvido na do herbário/UFRR. A oficina foi dividida em três partes, primeiramente uma parte teórica ministrada através de aulas expositivas por estagiários do Herbário da UFRR, abordando aspectos sistemáticos, habitat e a importância das criptogramas e fanerógamas. A partir das aulas teóricas, deu-se início a parte prática, onde se realizaram coletas no Campus Paricarana-UFRR, trabalhando o uso do GPS, caracterização da área, identificação das plantas a serem coletadas, métodos de coleta e o armazenamento dos exemplares. Logo após as plantas foram levadas ao herbário, algumas foram utilizadas para a observação de estruturas. A segunda parte foi dedicada para o processo de montagem de exsicatas. A última parte da oficina foi dedicada à montagem do manual de aulas práticas, com a utilização de pranchas ilustrativas, livros, fotos e computadores. A montagem dos manuais foi realizada em grupo utilizando ferramentas computacionais com o auxílio dos ministrantes da oficina. No decorrer do trabalho, observamos o interesse dos participantes em cada etapa, levantando inquietações quanto à construção do manual, assim como uma interação entre o grupo, definindo propostas de design, contexto e aplicações. Ao final, obtiveram-se resultados satisfatórios para a criação dos manuais, colocando em evidência os métodos de coleta, identificação e a construção de exsicatas, demonstrando a importância de novas técnicas de ensino para o aumento do rendimento no processo de aprendizagem no ensino de botânica. Palavra-chave: educação, inovação didática, botânica, manual. Financiamento: Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência/UFRR). 1 Ministrante Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Roraima Ministrante Mestrado do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de Roraima 3 Prof. Dra. e Orientadoras do curso de graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Roraima *autor para correspondência: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 39 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CONTEÚDO DE DNA NUCLEAR DE TRÊS ESPÉCIES DE MYRSINE L. (Primulaceae) Renata Flávia de CARVALHO1*; Tatiana Tavares CARRIJO²; Carlos Roberto de CARVALHO³; Wellington Ronildo CLARINDO² O gênero Myrsine pertence à subfamília Myrsinoideae que está circunscrita atualmente à Primulaceae, uma família de angiospermas cosmopolita, que ocupa os mais diversos ambientes. No Brasil, este gênero está distribuído amplamente na Floresta Atlântica. A subfamília Myrsinoideae apresenta conflitos na delimitação taxonômica do grupo, a qual não é bem elucidada. Em virtude desse fato, relações de parentesco dentro do grupo vêm sendo minuciosamente estudadas. Uma ferramenta que pode contribuir para ampliar o conhecimento acerca do genoma do gênero Myrsine é a citometria de fluxo, uma técnica que permite mensurar o conteúdo de DNA nuclear das espécies, gerando dados relevantes para estudos taxonômicos e evolutivos. Dentro desse contexto, o trabalho teve como objetivo mensurar o tamanho do genoma nuclear de três espécies: Myrsine guianensis, Myrsine coriacea e Myrsine umbellata, por meio da citometria de fluxo. Suspensões nucleares foram obtidas por meio de fragmentos foliares de cada uma das três espécies de Myrsine e do padrão interno Solanum lycopersicum L. (2C = 2,00 picogramas). Os núcleos foram isolados a partir do procedimento de chopping em tampão de extração. Este homogeneizado foi filtrado em um microtubo e centrifugado. Em seguida, o sobrenadante foi descartado e o pellet ressuspendido e incubado em 100 µl do mesmo tampão. Posteriormente, as amostras foram coradas em 1,5 ml de tampão de coloração, contendo o corante iodeto de propídeo. As suspensões foram analisadas em citômetro de fluxo gerando histogramas usados para mensurar o tamanho do genoma nuclear. A metodologia empregada proveu suspensões contendo quantidade satisfatória de núcleos intactos, isolados e estequiometricamente corados. A análise citométrica gerou histogramas apresentando picos de núcleos G0/G1 com coeficiente de variação inferior a 5%, valor considerado adequado para mensuramento do valor 2C nuclear. Assim, o conteúdo médio do genoma nuclear foi mensurado para Myrsine guianense que apresentou valor equivalente a 2C = 7,2 picogramas, Myrsine umbellata 2C = 7,2 picogramas e para Myrsine coriacea 2C = 8,22 picogramas. Outros autores reportaram o valor 2C nuclear para alguns gêneros da família Primulaceae (Cyclamen e Jacquinia), mas não há relatos para Myrsine. Portanto, os dados apresentados no presente estudo representam os primeiros para as três espécies do gênero, fornecendo subsídios para estudos citotaxonômicos do grupo. Palavras-chave: Myrsine guianense, Myrsine umbellata, Myrsine coriacea, Citometria de fluxo, Citotaxonomia. 1Universidade Federal do Espírito Santo, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP 29500-000, Brasil. 2: Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia, Professor e Pesquisador, Alto Universitário, s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP 29500-000, Brasil. 3: Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Geral, Professor e Pesquisador, Av. P H Rolfs, s/n – Campus Universitário, Viçosa – MG, 36570-000 Autor para correspondência: * [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 40 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CONTEÚDO DE α-TOCOFEROL EM ESPÉCIES DE VÁRZEA DA AMAZÔNIA CENTRAL Astrid de Oliveira WITTMANN1*, Danielle WALDHOFF2 As florestas de várzea da Amazônia estão inseridas em um gradiente de diferentes níveis de inundação, que definem habitats desde permanentemente aquáticos, nas cotas mais baixas, até totalmente terrestres, nas cotas mais altas. A inundação anual média é de 10 m, o que pode significar uma inundação de 270 dias por ano, conforme a altura de relevo considerada. Sob tais condições, os organismos produzem compostos para ajudar a suportar condições ambientais desfavoráveis. Entre estes compostos, um deles é a vitamina E, em condições ambientais ideais é produzida na planta, mas sua quantidade pode variar em função de situações estressantes. O α-tocoferol (α-T) é o principal composto da vitamina E considerado um bioindicador de estresse nas plantas. Levando-se em conta que a inundação pode atuar como um fator de estresse, neste estudo foi determinado o conteúdo do reservatório de αtocoferol em 19 espécies arbóreas freqüentes em diferentes cotas de inundação das florestas de várzea, utilizando-se plantas jovens em casa de vegetação sob condições controladas, na universidade de Kiel, Alemanha. Visando relacionar esse conteúdo às taxas de crescimento dessas espécies e a sua fenologia foliar (perenifólias ou caducifólias), foram testadas as seguintes hipóteses: a) espécies no ambiente natural cuja distribuição é em cotas baixas de inundação, por ficarem maior tempo sob alagamento, apresentam maior conteúdo de vitamina E do que espécies situadas em cotas mais elevadas, b) Espécies que mantém as folhas em condições de submersão, têm conteúdo de vitamina E maior do que aquelas que perdem as folhas durante a inundação. O crescimento mensal em altura foi acompanhado por 210 dias após a germinação. Foram coletados, para análise em HPLC, cilindros foliares de 1,57 cm2 de três folhas/indivíduo. De cada espécie foram amostradas nove folhas, com um total de 171 amostras para as 19 espécies. A extração foi feita com o volume de n-Heptano ajustado para 500 µl. O α-T foi a única forma de vitamina E comum a todas as espécies e o conteúdo variou de 0,1 a 10,7 µg cm-2 nas 19 espécies. Este conteúdo não se mostrou relacionado com a perda e manutenção de folhas, nem com a posição das espécies no gradiente de inundação (R2 = 0,09), rejeitando-se assim as duas hipóteses. Contudo, pelo teste t houve uma correlação entre o conteúdo de a taxa de crescimento em altura das espécies (R2 = 0,2). Para a maioria das espécies, quanto mais lento é o crescimento maior é o conteúdo de α-T. Palavras chave: Inundação, vitamina E, Espécies arbóreas. Financiamento: DAAD/CNPq, Projeto de cooperação bilateral INPA/Max Planck. 1 Universidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica. Av. General Rodrigo Otavio Jordão Ramos, 3000, Setor Sul, Campus Universitário 69077100, Manaus, AM. 2: Max Planck Institut for Limnology, Plön, Germany. * [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 41 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE Annona coriacea Mart. (Annonaceae) Daiane Mugnol DRESCH1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Tathiana Elisa MASETTO2 Annona coriaceae é uma espécie frutífera de importância medicinal, amplamente distribuída no Cerrado brasileiro, cujas sementes apresentam longo período para iniciar o processo germinativo, indicando a presença de sementes com dormência. Além da dormência outros fatores como temperatura e o período de armazenamento das sementes influenciam na emergência e na produção de mudas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento inicial de mudas de A. coriacea, provenientes de sementes armazenadas em diferentes temperaturas e períodos. As sementes foram processadas e posteriormente armazenadas em embalagens de polietileno nas temperaturas de -18, 5, 15 e 25°C, durante 0, 30, 60, 90, 120 e 150 dias. Após o armazenamento, as sementes foram imersas em 350 mg L-1 de ácido giberélico por 144 horas. A semeadura foi realizada em sacos plásticos contendo Latossolo Vermelho + Bioplant®. O crescimento inicial das plântulas foi avaliado por meio da determinação dos comprimentos da parte aérea e da raiz primária, número de folhas, área foliar, índice de clorofila e massa seca da parte aérea e da raiz primária. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial com quatro repetições de 50 sementes. Os resultados foram submetidos à análise de variância com o auxílio do software SISVAR. Os resultados de crescimento de mudas de A. coriacea evidenciaram o efeito positivo da temperatura de 5°C durante o armazenamento das sementes. Para o comprimento da parte aérea, as temperaturas de 5 e 25°C possibilitaram os maiores crescimentos (9,23 e 9,48 cm, respectivamente) no menor tempo de armazenamento (três dias). Para o comprimento da raiz primária, as temperaturas de 5 e 15°C apresentaram os maiores resultados (16,42 e 16,66 cm, respectivamente), nos períodos de armazenamento de 36 e 38 dias, respectivamente. Em relação ao número de folhas e a área foliar, o armazenamento nas diferentes temperaturas e períodos de armazenamento afetou negativamente o crescimento foliar das plântulas. A temperatura de 5°C durante o armazenamento favoreceu o acúmulo de biomassa da parte aérea (0,1494 g) e de raízes (0,6402 g), nos períodos de 35 e três dias de armazenamento, respectivamente. O armazenamento das sementes de A. coriacea por 30 dias na temperatura de 5°C e posterior imersão em ácido giberélico (350 mg.L-1 por 144 horas) são eficientes para superação da dormência das sementes, e consequentemente, favorece o crescimento inicial e acúmulo de biomassa das mudas. Palavras-chaves: Cerrado, Giberelina, Temperatura, Armazenamento. Créditos de financiamento: CAPES. 1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de Pós-graduação em Agronomia, Caixa Postal 533, CEP 79804970, Dourados, MS, Brasil; *autor para correspondência: [email protected]. 2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco, Departamento de Ciências Agrárias, Via do Conhecimento, Km 01 Caixa Postal 571, CEP 85503-390, Pato Branco-PR, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 42 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DENSIDADE DA MADEIRA DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM UMA ÁREA DE FLORESTA NA AMAZÔNIA SETENTRIONAL Lilia Cristina Cruz PEREIRA1*, Danilo Boanerges SOUZA2, Carolina Volkmer de CASTILHO3 A densidade da madeira é definida como a razão entre o peso seco e o volume fresco da madeira, sendo uma característica importante na definição dos usos comerciais e tecnológicos da madeira, bem como de atributos ecológicos, como taxas de crescimento relativo e mortalidade e resistência mecânica ao vento. A densidade da madeira também é um componente importante das estimativas de biomassa arbórea e estoque de carbono da floresta. Valores confiáveis de densidade média da madeira são necessários para converter os dados volumétricos de inventários florestais extensivos em estimativas de biomassa e também podem ser utilizados na adaptação de modelos alométricos, tornando-os aplicáveis em diferentes florestas. O objetivo do estudo foi determinar a densidade da madeira do tronco e do galho das espécies arbóreas mais abundantes em 3 parcelas permanentes do Programa de Pesquisas em Biodiversidade (PPBio), localizadas no Parque Nacional do Viruá (Caracaraí/ RR). Para a coleta de amostras de madeira do tronco, utilizou-se um trado de Pressler de 0,5 mm de diâmetro. As amostras do galho foram coletadas com auxílio de um podão e tesoura de poda. Todas as árvores amostradas apresentaram diâmetro a altura do peito entre 10 e 30 cm. Imediatamente após a coleta, as amostras de madeira foram acondicionadas em uma caixa térmica contendo gelo. No laboratório, o volume fresco das amostras de madeira foi determinado pelo método do deslocamento da água. Posteriormente, as amostras foram colocadas em estufa de ventilação a 103ºC - 105ºC por 72 horas para determinação do peso seco. No total, foram coletadas amostras de galho de 276 indivíduos, pertencentes a 25 famílias e 79 espécies arbóreas. A densidade da madeira no galho variou de 0,46 a 0,84 g/cm3, com média de 0,66 g/cm3 (± 0,09). Amostras de madeira do tronco foram coletadas de 170 indivíduos ainda em fase de identificação. A densidade média no tronco foi de 0,71 g/cm3 (±0,15), variando de 0,31 a 0,96 g/cm3. Os resultados indicaram grande variação na densidade da madeira entre as espécies arbóreas analisadas e que espécies de uma mesma família podem apresentar valores muito diferentes de densidade da madeira. Espera-se que o banco de dados em construção possa contribuir para o entendimento das variações intra e interespecíficas da densidade da madeira e aumentar a precisão das estimativas de biomassa arbórea e estoque de carbono das florestas da Amazônia Setentrional. Palavras-chave: Biomassa arbórea, Parcelas permanentes, Parque Nacional do Viruá, PPBio, Trado de Pressler. Fontes financiadoras: PIC/UFRR, CNPq Proc. 479364/2011-7 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana, CEP 69304-000, Boa Vista – RR, Brasil. 2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Pós-graduação em Ciências de Florestas Tropicais, caixa postal 478, CEP: 69011-970, Manaus-AM, Brasil. 3: Embrapa Roraima, caixa postal 133, CEP: 69301-970, Boa Vista – RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 43 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESEMPENHO GERMINATIVO ESTRESSE LUMINOSO DE GENÓTIPOS DE MAMOEIRO SOB Liana Hilda Golin MENGARDA1*, José Carlos LOPES1, Rafael Breda BUFFON1, Camila Costabeber NUNES1, Paula Aparecida Muniz de LIMA1 Na cultura do mamoeiro é grande a demanda por novas tecnologias visando à melhoria das técnicas de propagação. Neste sentido, busca-se a identificação de genótipos de melhor desempenho germinativo e vigor em condição de estresse abiótico. Objetivou-se no presente trabalho estudar o desempenho germinativo de quatro genótipos de mamoeiro submetidos ao estresse por elevada e baixa irradiância. Foram utilizadas sementes de mamão (Carica papaya L.) de quatro genótipos: Caliman 01, THB, Híbrido triplo e Híbrido JS12 x Waimanalo. As sementes foram submetidas ao teste de emergência em sombreamentos intenso (50% de sombreamento), moderado (20% sombreamento) e a sol pleno (0% de sombreamento). Foram avaliados: porcentagem de emergência, índice de velocidade de emergência (IVE), tempo médio de germinação, e, após 45 dias, as plântulas foram avaliadas quanto ao desenvolvimento em comprimento e massa. Foi calculada a média das características germinativas e realizada análise multivariada da divergência genética objetivando identificar a dissimilaridade entre genótipos, e, assim, o seu desempenho diferencial em relação a todos os parâmetros avaliados. Sem estresse luminoso e no estresse por baixa irradiância, ou seja, em 20% e 50% de sombreamento, o genótipo Caliman 01 formou um grupo isolado, apresentando maior média para as características germinativas. Na condição sol pleno foram formados três grupos: o genótipo THB foi isolado em 1um grupo separado, apresentando menor média; o genótipo Híbrido JS12 x Waimanalo formou o segundo grupo, apresentando maior média que o primeiro e o terceiro grupo, este último abrangendo os outros dois genótipos (Caliman 01 e Híbrido triplo). Com base nos resultados conclui-se que o genótipo Híbrido JS12 x Waimanalo apresenta melhor desempenho germinativo na condição de estresse por elevada irradiância, enquanto o Caliman 01 tolera o sombreamento intenso. Palavras-chave: Carica papaya L., Germinação, Sombreamento, Vigor de sementes. Agradecimento a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 44 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO COM DIFERENTES FERTILIZANTES FOLIARES Fernando Barreto Diógenes de QUEIROZ1*, Verônica Andrade dos SANTOS2, Edvan Alves CHAGAS2, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO3, Olisson Mesquita de SOUZA 4 , Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE2, Diego Lima SOUZA4 O cupuaçuzeiro pode ser encontrado em estado silvestre em várias localidades do Estado de Roraima, como também, cultivada em quase toda a região amazônica. A fertilização foliar é uma prática importante e econômica na produção de mudas, devido às menores quantidades do produto aplicado e um alto índice de absorção dos nutrientes pelas plantas, mas pouco conhecida pelos produtores regionais. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de diferentes fertilizantes foliares no desenvolvimento de mudas de cupuaçuzeiro. O trabalho foi realizado no Setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, localizado no município de Boa Vista. As sementes para formação das mudas foram retiradas de frutos maduros, sadios provenientes da coleção de genótipos de cupuaçuzeiro do Campo Experimental da Confiança - Embrapa. A semeadura foi realizada em canteiro tendo como substrato areia e serragem 1:1, em casa de vegetação. Após emergência as plântulas foram transplantadas em sacos de polietileno contendo 3 kg de substrato areia e esterco 3:1:1, e colocadas sobre bancadas em casa de vegetação com irrigações constantes. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), sendo a testemunha e quatro diferentes fertilizantes foliares: T1=fertilizante organomineral; T2 = composto por (Ca), Boro (B), Zinco (Zn), Molibdênio (Mo) e Potássio (K) ; T3= 28% de K2O, P2O% e 21% de B, Mn e Mo; T4= (N; P2O5; K2O; Ca; Mg; S; B; Co; Fe; Mn; Mo; Si; Zn) e T5 a testemunha sem fertilizante, com quatro repetições e 5 plantas por repetição. As doses foram aplicadas de acordo recomendações do fabricante. A cada 30 dias durante seis meses foram avaliadas as características de: comprimento da parte aérea das plantas, diâmetro do colo e numero de folhas. Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão polinomial, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os tratamentos em que foram utilizados os fertilizantes foliares T1= fertilizante organomineral; T3== 28% de K2O, P2O% e 21% de B, Mn e Mo e T4= N; P2O5; K2O; Ca; Mg; S; B; Co; Fe; Mn; Mo; Si; Zn foram eficientes no incremento da altura e diâmetro das plantas, os fertilizante utilizados não influenciaram no número de folhas, no entanto o maior diâmetro foi quando se utilizou o fertilizante composto por 28% de K2O, P2O% e 21% de B, Mn e Mo. Os fertilizantes utilizados proporcionaram maior incremento no desenvolvimento de mudas de cupuaçuzeiro. Palavras-chave: Theobroma grandiflorum; Produção; Mudas de Qualidade. Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR 1 Estudante de Engenharia de Produção – Faculdade Catedral. Boa Vista –RR. Email: [email protected] (*autor para correspondência). 2 Eng. Agrônoma Pesquisadora Bolsista de Pós-doc-CAPES/PNPD-Embrapa RR. E-mail: [email protected] 2 Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista. E-mail: [email protected] 2 Eng. Agrônoma pesquisadora da Embrapa –RR. Email. [email protected] 3 Doutoranda em Biodiversidade e conservação - Rede Bionorte – RR Email: [email protected] 4 Estudantes do curso de agronomia-UFRR. Emails: [email protected], [email protected]. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 45 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICA HISTOLÓGICA PARA ESTUDO DE CALOS EMBRIOGÊNICOS DE CUPUAÇUZEIRO Graziela S. dos S. GUIMARÃES1, Giselle Costa LIMA2, Pamela HARADA3, Regina QUISEN3* A aplicação de técnicas biotecnológicas na cultura do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum), tal como a propagação in vitro, permite grandes avanços nos programas de melhoramento genético desta espécie, principalmente na clonagem de mudas de materiais selecionados. Entretanto, o entendimento do processo morfogênico desta cultura in vitro ainda é limitado, principalmente no que diz respeito à compreensão dos estímulos e condições necessárias para a indução e controle das rotas morfogênicas. O desenvolvimento de estudos histológicos de estruturas obtidas via cultura de tecidos podem fornecer informações essenciais para a compreensão da morfogênese in vitro, sejam estas rotas de desenvolvimento organogênicas ou embriogênicas. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo definir condições para o preparo de lâminas histológicas permanentes de calos embriogênicos de cupuaçuzeiro. Para tal, calos embriogênicos de cupuaçuzeiro mantidos in vitro foram submetidos a diferentes condições de técnicas histológicas. Após fixação em FAA50% por 24 ou 48 horas, pequenas porções de calos embriogênicos foram imersos em séries alcoólicas crescentes com etanol/butanol ou etanol/xilol e embebidas em parafina em cassetes para posterior emblocamento ou em recipientes de vidro, sendo neste último caso, acrescida a parafina aquecida aos poucos em solução de butanol/clorofórmio contendo a amostra. Após microtomia, as fitas foram imersas em banhos de xilol ou éter de petróleo, hidratados e a coloração realizada com azul de toluidina ou safranina. A qualidade dos cortes histológicos obtidos foram bastante contrastantes entre si, demonstrando a necessidade de melhoria no processo de infiltração e desparafinização. Ainda assim, observou-se que a impregnação lenta em recipiente de vidro em estufa em parafina aquecida da amostra em solução butanol/clorofórmio permitiu uma melhor infiltração. Também a sequência de banhos em xilol foi superior à utilização de éter de petróleo para estas amostras. A sequência metodológica realizada é a primeira aproximação para cortes histológicos em parafina para estudos de tecidos calogênicos de cupuaçuzeiro, necessitando ainda de maior detalhamento deste processo. Palavras-chave: Theobroma grandiflorum, Lâminas permanentes, Morfogênese in vitro, Fruteiras tropicais. Créditos de financiamento: Agências de fomento FAPEAM e CNPq 1 Graduanda em Biologia, Bolsista PAIC/FAPEAM. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus, Amazonas. 2 Graduanda em Biologia, Bolsista PIBIC/CNPq. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus, Amazonas. 3 Embrapa Amazônia Ocidental, Caixa postal 319, CEP 69010-970, Manaus, Amazonas. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 46 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE ARAÇA-BOI1 Marcela Liege da Silva MOURA*2, Edvan Alves CHAGAS3, Elias Ariel de MOURA4,Maria Luiza GRIGIO2 O araçá-boi é uma frutífera nativa da Amazônia que vem se destacando cada vez mais pelas características de sua polpa utilizadas na fabricação de doce, néctar, geleia entre outros. As sementes de araçá-boi apresentam dormência, devido à impermeabilidade do tegumento e também devido à presença de inibidores da germinação, dificultando dessa maneira seu cultivo. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os tratamentos para quebra de dormência de sementes de araçá-boi. Para isto, as sementes foram submetidas a quatro tratamentos: semente intacta (Testemunha), - sementes tratadas com ácido sulfúrico (98%) por 7 minutos, retirada do tegumento no lado oposto à emergência do hipocótilo e lixamento do lado oposto à emergência do hipocótilo. Em seguida as sementes foram semeadas em tubetes contendo 3 substratos diferentes: areia, serragem e areia + serragem. Foram avaliadas as seguintes características: Comprimento de Parte Aérea, Número de Folhas e Crescimento do Sistema Radicular. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x4, com 4 repetições, 8 sementes por repetição. Aos 120 dias notou-se que para o comprimento da parte aérea, a testemunha apresentou maior valor (9,17 cm). Resultado semelhante foi apresentado para o número de folhas, onde a testemunha também apresentou melhor resposta (120 folhas). Para o comprimento do sistema radicular, os fatores tratamento e substrato apresentaram efeito significativo, em que testemunha também apresentou maior comprimento (9,07 cm) e o substrato areia proporcionou melhores condições para o crescimento das raízes (6,56 cm). Concluiu-se que os tratamentos realizados nas sementes para a quebra de dormência não se apresentaram superiores ao tratamento testemunha, provavelmente devido a alguma injúria causada ao embrião, ocasionando um impedimento à emergência das plântulas; e o substrato areia proporcionou melhor condição para o crescimento do sistema radicular. Palavras-chave: Eugenia stipitata; Quebra de dormência; Germinação. Créditos de Financiamento: CNPq e FEMARH. 1 Parte do trabalho de tese da autora. Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil.. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq, Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR. 4 Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fruticultura, Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR. *autor para correspondência: [email protected]. 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 47 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE ABACAXI EM DIFERENTES SUBSTRATOS Wellington Farias ARAÚJO1*; Jefferson Bittencourt VENÂNCIO2; Rafael Jorge do PRADO3; Rafael de Sousa MELO4; Edvan Alves CHAGAS5 O abacaxi é uma fruteira de grande peso comercial no Brasil, sendo consumida por todas as classes sociais. Para implantação de qualquer cultura a campo é necessário antes a aquisição ou produção de mudas de qualidade, sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo de diferentes cultivares de abacaxi em diferentes tipos de substratos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada na Embrapa Roraima, O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizado, com quatro repetições e quatro plantas por unidade experimental, totalizando 16 plantas por tratamento. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 3x3, sendo 3 cultivares de abacaxi (Pérola; Vitória; Imperial) e 3 substratos (ORG: Organoamazon®, composto orgânico comercial; SP+E: Sendo SP (composto por solo do lavrado + areia, na proporção 1:1 (v/v)) + Esterco de carneiro (3:1); SP+C: composto por SP + Casca de Arroz Carbonizada (3:1). Aos 210 dias de aclimatação das mudas, foram avaliados: Número de Folhas (NF), Altura de Plantas e centímetros (AP), Diâmetro do colo (DC) e Área Foliar (AF). As variáveis foram submetidas à análise de variância, pelo teste F (p<0,05), e os efeitos dos tratamentos, quando significativos, foram desdobrados em contrastes médios quanto ao fator substratos e teste Tukey (p<0,05), quanto ao fator cultivar. Para a variável cultivar, em todos os substratos testados o pérola apresentou os melhores resultados quanto a área foliar, o que nos leva a crer que esta é dentre as cultivares testadas, a que melhor aproveita a luz solar. As demais variáveis apresentaram a mesma tendência, seguidos pelas cultivares vitória e imperial. Para a variável substrato, foi observado que o composto orgânico comercial apresentou os melhores resultados, independente da cultivar, seguido por SP+E. O substrato SP+C apresentou os piores resultados deste trabalho, indicando este não ser um bom substrato para a produção de mudas. Conclui-se que a cultivar Imperial associado ao substrato Organoamazon® apresentaram os melhores resultados, sendo indicados para a produção de mudas no estado de Roraima. Palavras-chave: Roraima, Adubação, Produção. 1 *: Doutor em Irrigação e Drenagem, professor associado II da Universidade Federal de Roraima - UFRR, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. E-mail: [email protected] 2: Eng. Agrônomo, Mestre em Agronomia (POSAGRO/UFRR) 3: Eng. Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR), professor do IFRR. 4: Graduado em Agronomia UFRR 5: Doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Roraima. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 48 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE DIFERENTES CULTIVARES DE ABACAXI EM DIFERENTES SUBSTRATOS Wellington Farias ARAÚJO1*; Jefferson Bittencourt VENÂNCIO2; Rafael Jorge do PRADO3; Rafael de Sousa MELO4; Edvan Alves CHAGAS5 O abacaxi é um fruto amplamente consumido em todo o mundo e especialmente no Brasil, devido ao sabor agradável e grande aceitação. Obter mudas de abacaxizeiro de qualidade é um fator primordial a ser observado, visando ter boa produção futura. Outro fator a ser observado é a cultivar, sendo necessário encontrar nas mesmas características boas de desenvolvimento em cada região de cultivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo de mudas de diferentes cultivares de abacaxi em substratos orgânicos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada na Embrapa Roraima, O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizado, com quatro repetições e quatro plantas por unidade experimental, totalizando 16 plantas por tratamento. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 3x3, sendo 3 cultivares de abacaxi (Pérola; Vitória; Imperial) e 3 substratos (ORG: Organoamazon®, composto orgânico comercial; SP: Substrato Padrão, composto por solo classificado como Latossolo Amarelo, típico do lavrado de Roraima + areia, na proporção 1:1 (v/v); SP+E+C: composto por SP + esterco de carneiro + casca de arroz carbonizada (2:1:1 v/v)). Aos 210 dias de aclimatação das mudas, foram avaliados: Número de Folhas (NF), Altura de Plantas e centímetros (AP), Diâmetro do colo (DC) e Área Foliar (AF). As variáveis foram submetidas à análise de variância, pelo teste F (p<0,05), e os efeitos dos tratamentos, quando significativos, foram desdobrados em contrastes médios quanto ao fator substratos e teste Tukey (p<0,05), quanto ao fator cultivar. Para a variável cultivar, em todos os substratos testados o pérola apresentou os melhores resultados quanto a área foliar, mostrando ser a cultivar com melhor aproveitamento fotossintético, seguido pelas cultivares Vitória e Imperial, a mesma tendência foi observado para as variávis NF, AP e DC. Quando comparado a qualidade do substrato, foi observado que o composto orgânico comercial apresentou os melhores resultados, independente da cultivar, seguido pelo composto SP+E+C. Os piores resultados foram encontrados para o SP, o que já era esperado, devido a baixa fertilidade natural dos solos da região e devido a areia ser um material inerte. Conclui-se que a cultivar Imperial apresentou mudas com os melhores resultados em crescimento vegetativo e quando produzidas em composto orgânico, produz mudas de melhor qualidade física e fisiológicas. Palavras-chave: Roraima, Ananas comosus var. comosus., Composto. 1 *: Doutor em Irrigação e Drenagem, professor associado II da Universidade Federal de Roraima - UFRR, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. E-mail: [email protected] 2: Eng. Agrônomo, Mestre em Agronomia (POSAGRO/UFRR) 3: Eng. Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR), professor do IFRR. 4: Graduado em Agronomia UFRR 5: Doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Roraima. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 49 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE MUDAS DE MAMOEIRO EM DIFERENTES SUBSTRATOS Priscila Mayara Rocha LEÃO1*; Wellington Farias ARAÚJO2; Pâmella Lobo de MATOS3; Rafael Jorge do PRADO4 Para implantação de uma área de cultivo com mamão é indispensável à obtenção de mudas de qualidade, fazendo-se necessário a utilização de substratos que proporcionem a cultura, condições que permitam o melhor aproveitamento de seu potencial genético, facilidade de obtenção e baixo custo. Desta forma um dos entraves da cadeia produtiva do mamão é a obtenção do material propagativo com características botânicas adequadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo de mudas de mamão cultivadas em diferentes substratos. O experimento foi desenvolvido no CCA da UFRR no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Os tratamentos utilizados foram: T1- 50% Solo + 50% Esterco de gado curtido; T2- 33,3% Solo + 33,3% Casca de arroz carbonizada (CAC) + 33,3% Esterco bovino curtido; T3- 50% Solo + 50% CAC; T4- 100% Composto orgânico caseiro; T5- 100% Composto orgânico comercial (OrganoAmazon®); T6- 50% Solo + 50% Húmus de minhoca. O delineamento experimental utilizado foi DIC com 6 tratamentos e 8 repetições. Foram analisados aos 60 dias após a semeadura, dados referentes à: Altura da planta (AP); Número de folhas definitivas (NF); Diâmetro do colo (DC); Matéria fresca do caule (MFC); Matéria fresca das folhas (MFF) e Matéria fresca da raiz (MFR). Os dados foram analisados pelo programa SISVAR, e submetidos ao teste de média a 5% de probabilidade. Para a variável MFR os tratamentos 5 e 6 foram superiores a todos os outros mas não diferiram estatisticamente entre si. Para todas as outras variáveis analisadas os tratamentos 4, 5 e 6 apresentaram os melhores resultados, não diferindo entre si. O tratamento 3 apresentou os piores resultados estatísticos e quantitativos para todas as variáveis testadas. Concluise que a utilização de húmus de minhoca, assim como composto orgânico comercial ou produzido pelo produtor apresentam resultados satisfatórios para o desenvolvimento vegetativo de mudas de mamoeiro, proporcionando características botânicas desejáveis para a implantação da cultura a campo. Palavras-chave: Carica Papaya, Composto orgânico, Húmus. 1 1 Estudante de Agronomia da UFRR. Professor Doutor, associado II ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/ UFRR) . 3 Engenheira Agrônoma. 4 Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/ UFRR) e Professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR), Boa Vista-RR. *Autor para correspondência: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 50 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESINFESTAÇÃO IN VITRO DO ABACAXIZEIRO cv. PÉROLA Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2 O abacaxizeiro é uma planta tropical com características sensoriais que a destaca das demais frutíferas. A propagação ocorre via assexuada e sexuada, porém suas sementes são inviáveis. A técnica de micropropagação tem grande potencial para propagação de várias espécies, incluindo o abacaxizeiro, entretanto as contaminações in vitro são um constante desafio deste cultivo. O sucesso da micropropagação depende da etapa de desinfestação e do estabelecimento da cultura em condições assépticas. Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi avaliar e adequar o processo de desinfestação in vitro de gemas de abacaxizeiro cv. Pérola. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4, composto por três concentrações de hipoclorito de sódio (0,5; 1,5 e 2,5 %) e quatro tempos de exposição (5, 10, 15 e 20 minutos). As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, as variáveis avaliadas foram: porcentagem de gemas contaminadas e porcentagem de sobrevivência. Os dados foram previamente transformados em (√X+1) e submetidos à analise de variância com regressão polinomial, foi adotado o nível de 5% de probabilidade. A concentração 2,5% de hipoclorito de sódio reduziu significativamente a contaminação das gemas, porém apenas na imersão por 20 minutos. A sobrevivência não foi afetada com o aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de imersão, a concentração de 1,5% de NaClO por 15 minutos proporcionou as menores taxas de contaminação (10,6%) e maior sobrevivência (89,1%). Os maiores valores para estabelecimento in vitro foram encontrados em 1,5% de NaClO por 15 minutos (88,2%) e 2,5% de NaClO por 10 minutos (69,8%). De acordo com os resultados obtidos concluímos que a concentração de 1,5% por 15 minutos foi eficaz na desinfestação e estabelecimento de plântulas de abacaxizeiro cv Pérola. Palavras-chave: Ananas comosus, Abacaxi, Cultura de tecidos. 1Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 51 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESISNFETAÇÃO E ESTABELECIMENTO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO ‘VITÓRIA’ Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2 O abacaxizeiro e propagado via assexuada e a demanda por mudas de qualidade é crescente. A micropropagação tem grande potencial para propagação de varias espécies, entretanto somente poderá ocorrer caso haja sucesso na desinfestação dos explantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de hipoclorito de sódio na desinfestação e estabelecimento in vitro de gemas de abacaxizeiro ‘Vitória’. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 4, composto por quatro concentrações de hipoclorito de sódio (1, 2, 3 e 4 %) e quatro tempos de exposição (5, 10, 15 e 20 minutos). As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, as variáveis avaliadas foram: porcentagem de gemas contaminadas e porcentagem de sobrevivência. Os dados foram previamente transformados em (√X+1) e submetidos à analise de variância com regressão polinomial, adotando-se o nível de 5% de probabilidade. As concentrações de 3 e 4% de hipoclorito reduziram significativamente a contaminação das gemas, porém apenas nos maiores tempos de imersão (15 e 20 minutos). A sobrevivência foi afetada com o aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de imersão, a concentração de 3% de NaClO por 20 minutos proporcionou as menores taxas de contaminação (26,7%) e maior sobrevivência (89,6%). Diante do exposto, concluímos que a concentração de 3% em 20 minutos foi eficaz na desinfestação e estabelecimento de plântulas de abacaxizeiro ‘Vitória’. Palavras-chave: Ananas comosus, Fruticultura, Cultura de tecidos. 1Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 52 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE TUBETE PARA A PRODUÇÃO DE PLANTAS DE CAMU-CAMU EM UCAYALI-PERU Carlos Abanto RODRIGUEZ1*, Carlos Oliva CRUZ2, Sixto Imán CORREA3, Edvan Alves CHAGAS4, Gisela Saldaña RIOS5, Veronica Andrade dos SANTOS6 O Camu-Camu arbustivo é um importante antioxidante natural que estimula e incrementa á capacidade de defesa do organismo devido a sua alta concentração de ácido ascórbico, 2700 a 6000 mg /100g de polpa, além disso contem “Vitamina A, B, fósforo, proteínas, ferro, cálcio Betacaroteno, Niacina, Riboflavina, Tiamina, niacina e bioflavonoides”. Devido á importância do cultivo, existe á necessidade de promover baixo o enfoque comercial, o qual necessita insertar novas tecnologias na produção de mudas. A produção de mudas de fruteiras sempre foi uma atividade especializada, por tratar-se de um cultivo intensivo, onde se tem que utilizar critérios técnicos para obter plantas com alta qualidade agronômica, em menor tempo e baixos custos. As tecnologias de produção em geral foram avançando iniciou-se com a produção em camas convencionais com dimensões padronizadas, logo melhorou quando se utilizou sacolas de plástico e depois foi superado pela tecnologia de tubetes. A produção de mudas de camu-camu, esta em processo de pesquisa por tratar-se de uma espécie em domesticação. Nesse sentido objetivou-se determinar o volumem de tubete na produção de mudas de camu-camu, no sitio o Refugio, nos meses de Junho-Setembro do ano 2008. Utilizaram-se sementes dos acesoes MD-014 y MD-015 do Banco de Germoplasma do INIAIquitos. A instalação foi no viveiro, acondicionado com arcos de tubos galvanizados coberto com sombrite chromatinet® cor vermelho 50% de luz e a irrigação por microaspersão. Foi utilizado substrato comercial Premix® Nº6 na germinação. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos ao acaso com arranjo fatorial de 5A x 2B, sendo o fator A (tubetes de polietileno) com 5 subniveis: a1) Tubete 53 cc; a2) Tubete 115 cc; a3) Tubete 180 cc; a4) Tubete 280 cc e a5) Tubete 300 cc) e fator B com 2 subniveis: b1) Aceso 14 y b2) aceso 15, com 3 repetições e 20 tubetes por unidade experimental. As variáveis avaliadas foram altura (cm) e número de folhas. Fez-se a análise de variância pelo programa computacional SPSS e o teste Tukey a 5% de probabilidade para à comparação das médias. Segundo os resultados se encontrou que para os acesos e para a interação não apresentaram diferencias estatísticas significativas, já para tubetes sim teve, encontrando-se que o modelo 280 cc, melhorou os melhores resultados para altura com 14,47 cm e número de folhas com 20 unidades, frente ao modelo 53 que só alcançou 11 cm e 14 unidades respectivamente, isto põe em evidencia que os tubetes de menor capacidade não são favoráveis para uma eficiente produção de mudas de camu-camu. Por outro lado a espécie apesar de estar em processo de domesticação tem resposta rápida ao manejo com tubetes, o qual é indicador da possibilidade de produzir mudas utilizando este tipo de tecnologia. Palavras-chave: Myrciaria dubia, tubetes, altura de planta, viveiro, IIAP. Financiamento: FINCyT, IIAP-Peru 1 Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP ; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. 2 PHI Peruvian consultores SAC 3 INIA-Iquitos-Peru 4 Embrapa-Roraima-Brasil 5 Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru. 6 Embrapa Roraima-Brasil *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 53 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DINUCLEOTIDE BLOCKS WITH EIGHT REPEATS ARE FEW IN THE HUGE GENOME OF THE GUARANA PLANT Paula Cristina da Silva ANGELO1*, Ana Yamaguishi CIAMPI2, Gilvan Ferreira SILVA1, Jorge Ivan Rebelo PORTO3, Spartaco ASTOLFI-FILHO4, André Luiz ATROCH1 RAPD had already been used for diversity analysis of guarana plants [Paullinia cupana (Kunth) var. sorbilis (Mart.) Ducke] included in Embrapa Western Amazon Guarana Germplasm Bank and another 27 clonal cultivars used for the breeding program. However, SSR or microsatellite markers can be more useful for gene flow analyses and the determination of self pollination rates in open pollination trials among high productive genotypes because these last markers are codominant. While genomic libraries were being enriched for microsatellites, the guarana plant that is part of the Sapindaceae family and native from the Amazon Forest, was confirmed as an allopolyploid with 210 chromosomes. Anyway, a search for microsatellites was performed in genomic libraries enriched using biotinilated probes (CA)12, (CT)12, (CA)12+(CT)12 e (TC)14 and paramagnetic beads to capture Sau3AI and MseI fragments holding dinucleotide repeat blocks. In addition, a data bank of ESTs from guarana fruits with seeds was screened for repeat blocks using the TROLL software (Staden package). A huge number - more than twice the number in A. thaliana ESTs that has a genome 6,000 folds smaller - of very short blocks was found and there was no significant difference between genomic libraries and the EST data bank. This result is not in agreement with the hypothesis that microsatellites are rarer in big genomes because they would be preferentially localized in transcriptionally active regions, which are not so affected by the action and amplification of transposons and better represented in smaller genomes. But we considered the polyploidization of the ancestor genomes that followed an interspecific pollination 1,000 to 2,000 years ago to originate the cultivated sorbilis variety as the cause of the multiplication of microsatellites already present in those two genomes. As a consequence there is a myriad of short blocks of repeats (< 5) in the present day cultivars. Intriguingly, the frequency of blocks with eight or more dinucleotide repeats was very low, what is different from most plants that present nine repeats of dinucleotides per block in average. This last result could be explained in part by the inefficiency of the biotinilated probes to hybridize to blocks holding eight or more repeats in a genome dominated by very short blocks of four or five repeats. Some of the blocks identified were used as targets for primers to evaluate their utility to distinguish guarana genotypes. Key words: Paullinia cupana var. sorbilis, Amazon Forest, Guaraná, SSR. Financial support: FAPEAM (projeto 924/03) e Embrapa (projeto no. 02.02.4.03.00.00). 1 Pesquisadores Doutores, Embrapa Amazônia Ocidental, Rod. AM 010, km 29, s/no, CP 319. CEP: 69010-970, Manaus - AM, Brasil. 2 Pesquisadora Doutora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W5 Norte (final). CP 02372. CEP: 70770-917, Brasília - DF, Brasil. 3 Pesquisador Doutor, INPA/NAPPA-Santarém, Rua 24 de outubro, 3389 - Salé. CEP: 68040010. Santarém - PA, Brasil. 4 Professor Doutor, Programa PPGBIOTEC, Centro de Apoio Multidisciplinar - CAM, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I. CEP: 69077-000, Manaus - AM, Brasil. *[email protected] - autora para correspondência Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 54 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO GNERO BYRSONIMA EM ÁREA DE LAVRADO DE RORAIMA Paula Monique Carvalho da SILVA1*, Cristinny Giselly BACELAR², Aline das Graças SOUZA², Victorio Jacob BASTOS¹ A família Malpighiaceae está representada por 75 gêneros e 1.300 espécies, com distribuição tropical e subtropical. O gênero Byrsonima possui 160 espécies, com cerca de 70 no Brasil, onde são importantes componentes da flora do cerrado. Por possuírem flores vistosas, os frutos é drupáceo e tem a polpa comestível que atraem aves e pelo seu rápido crescimento, espécies de Byrsonima têm grande potencial ornamental e na recuperação de áreas degradadas, apresenta como principal característica os nectários extraflorais, dispostos aos pares nas bases das sépalas. Apresentam folhas simples, opostas, com duas ou mais glândulas visíveis a olho nu, que se localizam no pecíolo ou na superfície abaxial da lamina foliar. Quanto aos hábitos de crescimento podem se apresentar de diversas maneiras, podendo serem ervas, arbustos, arvores. O presente estudo teve como objetivo avaliar como os indivíduos do gênero Byrsonima se distribui em área de lavrado. A área do estudo pertence ao campo experimental agua boa, EMBRAPA, localizado à 25 km do município de Boa vista, nas coordenadas geográficas (2°39'59'' N e 60°50'21'' W) com temperatura media anual de 27,4 C°, clima caracterizado pelo tipo Aw, segundo o sistema de classificação climática de Koppen. O estudo foi realizado de junho de 2013 à julho de 2013, foram demarcadas 10 parcelas de 20 x 20 (400 m2) totalizando 4.000 m² de área amostrada. Para verificar a distribuição espacial das espécies foram contabilizados os números de indivíduos de cada espécie na parcela. A família Malpighiaceae registrou a ocorrência de três espécies, descritas a seguir com seus respectivos frequência de indivíduos: Byrsonima coccolofobia (74 indivíduos por parcela); Byrsonima verbascifolia (66 indivíduos por parcela) e Byrsonima crassifolia (45 indivíduos por parcela), sendo uma distribuição aleatória para todos espécies estudada. As espécies B. coccolofobia e B. crassifolia se concentraram no mesmo ambiente do lavrado, já B. verbascifolia apresentou abundância em área diferente e isolada das demais espécies encontradas. Concluímos que duas das espécies avaliadas apresentaram distribuição homogênea e aleatória nas parcelas, e apenas a espécie Byrsonima crassifólia apresentou distribuição agregada em ilhas dentro das parcelas avaliadas Palavras-chave: Byrsonima coccolofobia, Byrsonima crassifolia, Byrsonima verbascifolia, Malpighiaceae, Espécie nativa. 1 ¹Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA, Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR, Brasil. ²Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura, BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 55 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DIVERSIDADE GENÉTICA DE Spondias mombin L. (Anacardiaceae) Magna Aragão MAGALHÃES1*, Lucyanna Moura COELHO1, Maria Teresa Gomes LOPES2, Pedro de Queiroz COSTA NETO3 Spondias mombin L. é uma frutífera pertencente à família Anacardiaceae e tem uma distribuição geográfica ampla por toda a América Latina, presente em quase todas as ilhas do Caribe, em alguns países Asiáticos e Africanos. Devido à sua ampla distribuição, os frutos do taperebazeiro recebem diferentes nomes, tais como: taperebá, cajá, cajá-mirim, cajá-pequeno, yellow mombin, jobo, entre outros nomes. Os frutos são ricos em vitaminas A, B1, B2 e C, proteínas, lipídios, cálcio, fósforo e ferro. Apresenta importância econômica e social e é bastante utilizado pela indústria para confecção de sucos, picolés, sorvetes, geleias e licores. Este estudo teve como objetivo principal estudar a diversidade genética entre e dentro populações de S. mombin. A análise foi realizada por meio de marcadores moleculares AFLP (Amplified Fragment Length Polymorphism) em três populações localizadas na cidade de Manaus, Estado do Amazonas: Universidade Federal do Amazonas, Vila Buriti e Comissão Executiva do Plano da lavoura Cacaueira. Para essa análise, foram usadas quatro combinações de oligonucleotídios: E+AAC/M+CAT, E+AGT/M+CTC, E+AAC/M+CTC, E+AGT/M+CAT. Os oligonucleotídios revelaram 283 locos polimórficos, variando de 97,2% a 63% entre as populações. O Fst calculado foi de 0,52, revelando um alto nível de diferenciação genética entres as populações. O resultado da Análise Molecular de Variância (AMOVA) atribuiu 52,8% e 47,1% da variação entre e dentro das populações, respectivamente. O dendrograma construído com base nos marcadores AFLP revelou a formação de dois grupos, mostrando que as populações naturais da Universidade Federal do Amazonas e Vila Buriti são geneticamente relacionadas. As populações relacionadas são naturais, enquanto que a da Comissão Executiva do Plano da lavoura Cacaueira é uma população enriquecida com plantio. Os marcadores moleculares AFLP são eficientes para detectar diversidade genética em taperebazeiros. Palavras-chave: Variabilidade genética, Marcador molecular, Anacardiaceae. 1 *autor para correspondência: [email protected] 1. Mestrandas do Programa de Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal do Amazonas. Manaus-AM, Brasil; 2. Dra. em Agronomia pela Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil; 3. Dr. em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 56 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DIVERSIDADE NO USO DE PLANTAS MEDICINAIS EM BOA VISTA, RORAIMA, BRASIL. Andréia Cordovil da SILVA1, Karla Santana MORAIS1, Lucianne Braga Oliveira VILARINHO1 Estudos etnobotânicos caracterizam a interação entre as populações e as plantas medicinais, que vem sendo estimulada nas últimas décadas, colaborando com a racionalização das práticas medicinais populares, tanto no comércio quanto nas utilizadas pelas comunidades. Em Roraima, essas práticas são comuns, pois o estado dispõe de uma grande mistura cultural proveniente dos migrantes de outros estados que compõe a atual população, com maior concentração na capital, Boa Vista. A utilização das plantas medicinais em Boa Vista advém tanto das feiras, quanto dos “quintais” caseiros. Sendo assim, no presente estudo, buscou-se realizar um levantamento etnobotânico das plantas medicinais utilizadas em Boa Vista, Roraima. A coleta de dados foi realizada no período de março a maio de 2013, em feiras e residências, através de entrevistas semi-estruturadas. Cada informante listou livremente as espécimes utilizadas, provendo informações sobre as espécies, uso terapêutico, forma de preparo e parte vegetal usada. Das 42 famílias levantadas destacam-se, Laminaceae (11,3%), Asteraceae (8,1%) e Fabaceae (6,5%). Entre as aplicações terapêuticas ressaltou-se o efeito calmante com 12%, anti-inflamatório (8%) e antigripal (6%). As demais ações terapêuticas somam 74%. As partes das plantas mais utilizadas foram folha (46,78%), casca (12,90%), raiz (4,84%) e flor (4,84%), sendo o modo de preparo mais utilizado a infusão com (60%). O uso popular e acesso de plantas medicinais servem como base de dados dos efeitos terapêuticos em humanos sendo de extrema importância para descoberta de futuros fármacos. Palavras - chave: Estudo etnobotânico, conhecimento tradicional, plantas medicinais. 1 1: Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 57 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DOSES DE AIB E TEMPOS DE IMERSÃO NO ENRAIZAMENTO DE CAMUCAMU EM CÂMARA DE SUBIRRIGAÇÃO Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Edvan Alves CHAGAS2, Carlos Abanto RODRIGUEZ1, Christinny Giselly Bacelar LIMA3, Verônica Andrade dos SANTOS3, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO4 O camu-camu (Myrciaria dubia) é uma espécie nativa da região amazônica cujo fruto possui elevado teor de ácido ascórbico, tendo grande potencial para diversos setores da indústria. Nesse contexto, torna-se importante o avanço das técnicas de propagação dessa espécie, principalmente no que se refere à propagação vegetativa. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu, em câmara de subirrigação, submetidas a diferentes doses e tempos de imersão em ácido indolbutírico (AIB). O material vegetativo utilizado foi coletado da parte apical de plantas adultas de camu-camu localizadas na região do Lago do Preto, em Boa VistaRR, em fevereiro de 2013. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 6x4, sendo seis doses de AIB (0, 200, 400, 600, 800 e 1000 mg.L-1) e quatro tempos de imersão (0, 10, 20 e 30 minutos), com três repetições de 10 estacas. Foram utilizadas estacas herbáceas de 15 cm de comprimento e 3 mm de diâmetro, contendo um par de folhas cortadas pela metade. As estacas foram colocadas para enraizar em câmara de subirrigação, cuja base foi constituída por uma camada de 10 cm de brita nº 1; logo acima, outra camada de 10 cm de seixo com diâmetro de 1 a 3 cm; e a última camada possuindo 5 cm de areia fina, que constituiu o substrato para o enraizamento. Durante o período experimental a temperatura no interior da câmara oscilou entre 27 e 40 Cº, com uma média de 33 Cº, e umidade relativa de 80 a 95%. Aos 90 dias após a instalação do experimento foram avaliadas as seguintes variáveis: porcentagem de estacas com presença de calo (%EC), porcentagem de estacas enraizadas (% EE), número de raízes (NR) e comprimento da maior raiz (CMR). Os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o software SISVAR. Houve efeito significativo da interação entre doses e tempos de imersão para a porcentagem de estacas enraizadas e o número de raízes, não havendo efeito significativo para a porcentagem de estacas com presença de calo e o comprimento da maior raiz. A maior porcentagem de enraizamento (66,7%) foi obtida com a dose de 800 mg.L-1 e tempo de imersão de 20 minutos. E o maior número de raízes (6,20) se obteve com de 600 mg.L-1 e 30 minutos de imersão. Concluímos que a melhor dose de AIB para o enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu em câmara de subirrigação é de 800 mg.L-1 e tempo de imersão de 20 minutos. Palavras chave: Myrciaria dubia, Propagação vegetativa, Fitorregulador. 1 Mestrando (a) do Programa de Pós-graduação em Agronomia-UFRR/EMBRAPA-RR. Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. 2 Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD). Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. 4 Doutoranda Rede Bionorte/ Embrapa- RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 58 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO POVO WAPICHANA NA COMUNIDADE MARUPÁ Gilliard Mafra MACUXI1*, Giseli DEPRÁ1, Mariana Souza da CUNHA1 A partir dos estudos realizados durante o processo de formação no curso de Licenciatura Intercultural da Universidade Federal de Roraima, tivemos a oportunidade de mapear e refletir sobre os principais problemas socioambientais enfrentados pela comunidade indígena Marupá, localizada na Terra Indígena Jacamim, Região Serra da Lua, Município de Bonfim, estado de Roraima. Por conseguinte, conscientizar a sua população em relação à questão do uso dos recursos ambientais e da qualidade de vida da comunidade, principalmente no que diz respeito à utilização de plantas que são utilizadas na medicina tradicional, alimentícia entre outras formas de uso. A pesquisa foi feita através de questionários e entrevistas com os moradores da comunidade. A partir do levantamento realizado foram identificadas oito espécies botânicas, com seus nomes cientifico, nome comum, nome na língua wapichana e formas de uso respectivamente. São elas, Euterpe deraceae, Mauritia flexuosa, Oenocarpus bacaba, Oenaocarpus bataua, Maximiliana regia, Manilkara amazonica, Byrsonima crassifolia, Copaifera Landesdorffi. Aqui registra-se os três mais utilizados: Euterpe deraceae, Açaí, wab, limpar o sangue, Copaifera landesdorffi, Copaíba, Pinhaukyny, utilizada como anti-inflamatório e xarope para gripe; Byrsonima crassifolia, Murici, Idin, contra desordens gastro-intestinais, infecções cutâneas e como agentes anti-fúngicos. Realizamos também um diagnóstico com a finalidade de identificar os principais problemas, como, desmatamento desordenado, queimadas aleatórias e poluição causada pelo lixo doméstico. Diante deste diagnóstico, foram realizadas na escola várias ações em prol do meio ambiente, dentre elas, palestras educativas, reflorestamento e mutirão de coleta de lixo, com a finalidade de promover a conscientização dos alunos. Percebemos com isso, que grande parte da população, inclusive os alunos, tem dificuldade em visualizar e de entender os impactos ambientais provocados por eles nas atividades que executam no seu cotidiano. As atividades realizadas na escola indicaram que o principal fator desse processo é a falta de esclarecimentos quanto às consequências de ações praticadas pela comunidade. Conclui-se, com essa análise, que ações sociais voltadas para a educação e a orientação da comunidade, assim como o desenvolvimento de projetos na escola, são fundamentais para que se possa implementar um programa de educação ambiental e qualidade de vida na escola-comunidade. Palavras - chave: Plantas medicinais, Óleo de andiroba; Conscientização 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa Vista-RR, Brasil. [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 59 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA COM POTÁSSIO NO CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE PATAUÁ Williams da Silva MATOS1*, José Beethoven Figueiredo BARBOSA2, Auriane da Conceição Dutra da SILVA1, Ataiza de Andrade SOUSA3, Cassia Rejane do NASCIMENTO3 O entendimento da nutrição de mudas e o uso de substratos de cultivo apropriados são essenciais para definição da recomendação adequada de fertilização. Uma muda de boa qualidade deve-se apresentar vigorosa, com folhas de tamanho e coloração típicas da espécie e ainda em bom estado nutricional. O patauá (Oenocarpus bataua Mart.) pertence à família Arecaceae. É uma palmeira unicaule com numerosas raízes na base, a inflorescência possui de 135 a 350 ráquilas, os frutos apresentam uma forma redondo-ovalada, recobertos por uma camada cerosa e esbranquiçada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a melhor dosagem de K2O em adubação de cobertura no crescimento inicial de mudas de Oenocarpus bataua Mart. O experimento foi instalado a campo, em julho de 2011 no Viveiro de Plantas Nativas do Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima. As sementes foram colocadas para germinar em bandejas plásticas contendo areia. Decorridos 60 dias da germinação, quando as plântulas apresentavam o primeiro par de folhas formado, foram repicados para saquinhos de polietileno preto (18 x 23 cm) com substrato composto de 1/3 de subsolo de Latossolo Amarelo, 1/3 de areia e 1/3 de palha de arroz. Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso com cinco repetições, em esquema fatorial 6 x 1. As subparcelas foram compostas de seis doses de K2O (0; 10; 20; 30; 40 e 50 mg/dm3). As doses de K foram parceladas em duas aplicações de cobertura com cloreto de potássio. Os demais nutrientes foram utilizados conforme análise de solo e tabela de referência da cultura do dendê. Todos os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se para o teste F o nível de 5% de probabilidade. As mudas de patauá que receberam 50 mg/dm3 de K2O apresentaram os melhores resultados, no que se refere a altura média da parte aérea e diâmetro médio do colo sendo superior aos demais tratamentos, já as mudas que receberam a dosagem de 10 mg/dm3 de K2O apresentaram resultados inferiores a todos os outros tratamentos. Conclui-se então que houve efeito significativo das doses de potássio aplicado em cobertura sobre as mudas de patauá, nas variáveis: altura média da parte aérea e diâmetro médio do colo sendo a dosagem de 50 mg/dm3 de K2O recomendada para o crescimento inicial. Palavras-chave: Oenocarpus bataua Mart., Potássio, Produção de mudas. Créditos de Financiamento: PET/AGRO 1 Universidade Federal de Roraima, Graduando em Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, Campus do Cauamé, BR 174, KM 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 2 Universidade Federal de Roraima, Eng. Agr., D.Sc., Prof. do Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Agrárias, Campus do Cauamé, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 3 Mestranda em Agronomia (POSAGRO/UFRR), Centro de Ciências Agrárias, Campus do Cauamé, BR 174, KM 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 60 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Oenocarpus bataua Mart. (Arecaceae) Lydiane BASTOS 1*, Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ ¹ O patauá é uma palmeira de interesse econômico na região amazônica pelo suco (vinho), produzido da polpa dos frutos e o óleo extraído das sementes. Ocorre em ambientes florestais, preferencialmente encharcados, tanto em terras baixas como em terras altas. Sua propagação se dá por sementes, que não toleram desidratação e apresentam germinação baixa e demorada. O presente trabalho objetivou determinar as temperaturas cardeais de germinação, pois a temperatura mínima e máxima são de interesse biogeográfico e ecológico e podem elucidar algumas restrições no estabelecimento da espécie e na temperatura ótima a germinação apresenta maior percentagem em menor tempo. Os frutos foram coletados no Campus Universitário da Universidade Federal do Amazonas e após beneficiamento as sementes foram semeadas em 4 repetições de 25 sementes sobre papel em caixas tipo gerbox. A germinação foi observada 5 vezes por semana e testada em 9 temperaturas constantes entre 10 e 40 ºC, utilizando câmaras de germinação com fotoperíodo de 12 horas (P.A.R: 42 µmol·m-2·s-1). As sementes emitiram botão germinativo em todas as temperaturas testadas, entretanto à 35 ºC foi obtida a maior porcentagem de germinação (96%) em menor tempo (3,3 dias). A formação da raiz não foi observada nas temperaturas extremas (10 e 40 ºC), e posteriormente foi constatada a morte das sementes nestas condições. A maior porcentagem para formação de raiz ocorreu na temperatura de 30 ºC (96%) no tempo médio de 8 dias. Nas temperaturas de 10, 15, 35 e 40 ºC o desenvolvimento parou após formação de raiz e a formação de bainhas não foi observada, posteriormente também foi constatada a morte das sementes nestas condições. Somente nas temperaturas de 20, 25 e 30 ºC o desenvolvimento continuou, sendo que à 25 ºC ocorreu a maior porcentagem de formação da 1ª bainha (97,3%) em 26,3 dias, enquanto à 30 ºC foi a maior percentagem de formação da 2ª bainha (96%) em 49,3 dias em média. Observou-se que a tolerância as temperaturas extremas foi reduzida com o avanço do desenvolvimento. Baseada no calculo de To = Σ t*p /Σp (onde p é a porcentagem de germinação à temperatura t) a temperatura de 26,3 ºC pode ser considerada ótima para o desenvolvimento de O. bataua até formação da 2ª bainha. Palavras-chave: Temperatura cardeal, Germinabilidade, Palmeiras, Amazônia. Créditos de financiamentos: CNPq e FAPEAM 1Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Laboratório de Sementes, Programa de Pós-graduação em Ciências de Florestas Tropicais, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971 Manaus -AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 61 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO EM ESTACAS DE CUPUAÇUZEIRO Regina QUISEN1*, Maria Geralda de SOUZA1, Aparecida das G. C. de SOUZA1 A estaquia é um dos processos mais importantes de propagação vegetativa, sendo que sua aplicação na multiplicação vegetativa de fruteiras tropicais, tal como o cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum), constitui uma ferramenta importante na redução de custos da produção de mudas e possibilitar a rápida multiplicação de material elite. Neste sentido, considerando a escassez de informações e a necessidade do desenvolvimento desta técnica para a produção de mudas clonais de T. grandiflorum, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do ácido indolbutírico no enraizamento adventício de estacas de cupuaçuzeiro. O ensaio foi desenvolvido em casa de vegetação climatizada com nebulização intermitente pertencente à Embrapa Amazônia Ocidental, município de Manaus, Amazonas. Ramos de 20 cm contendo duas a três gemas foram coletados de ramos plagiotrópicos de mudas foram tratadas em soluções hidroalcóolicas de ácido indolbutírico (AIB) nas concentrações de 0, 2000, 4000, 6000 e 8000 mg L-1. As estacas foram plantadas em tubetes contendo areia lavada, sendo após 90 dias avaliadas as variáveis porcentagem de sobrevivência e porcentagem de formação de calos e/ou raiz. A ausência de enraizamento no tratamento controle sugere a necessidade da aplicação exógena de AIB para a indução radicular. Em todos os tratamentos ocorreu a formação de calos na base das estacas, inclusive no controle, sugerindo ser a relação calogênese/enraizamento independente. Com diferença estatística significativa entre os tratamentos, as porcentagens de enraizamento variaram entre 15% a 32,5%, sendo a maior taxa na concentração de 6000 mg L-1. A elevada índice de sobrevivência e baixa capacidade de enraizamento obtidos neste ensaio podem indicar a existência de fatores endógenos do cupuaçuzeiro que dificultam a indução e formação de raízes. Nas condições em que o experimento foi realizado pode-se concluir que o cupuaçuzeiro apresenta capacidade de formação de mudas clonais a partir de estacas obtido de ramos plagiotrópicos, entretanto este processo deve ser otimizado com a investigação de tipo de estacas, época de coleta, genótipos, substratos e de cofatores do enraizamento adventício, objetivando alcançar valores economicamente viáveis para a produção de mudas em larga escala. Palavras-chave: Theobroma grandiflorum, Propagação vegetativa, Fruteiras tropicais. 1 1: Embrapa Amazônia Ocidental, Caixa postal 319, CEP 69010-970, Manaus, Amazonas. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 62 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DO SUBSTRATO NA EMERGÊNCIA DE ACESSOS DE ARAÇÁ BOI Ignácio Lund Gabriel da Silva Carmo1, Guilherme Locatelli1, Verônica Andrade dos Santos2, Edvan Alves Chagas3, Raimundo Cajueiro Leandro4, José Maria Thomaz Menezes4 O Araçá boi é uma frutífera originária da região oeste da Amazônia e sua distribuição geográfica compreende o estado brasileiro do Amazonas, leste da Colômbia e Peru, parte da Bolívia amazônica. Os frutos são comestíveis e bastante apreciados, sendo utilizados no preparo de doces, sucos e licores. Sua propagação é por sementes, apesar de apresentar dormência, algumas espécies germinam prontamente quando lhes são dadas condições ambientais favoráveis. O objetivo deste trabalho foi avaliar a emergência e desenvolvimento de diferentes acessos de Araçá-boi em diferentes substratos. As sementes foram obtidas de frutos maduros oriundos de plantas selecionadas em plantios comerciais de quatro acessos oriundos do estado da Amazônia, localizados nas seguintes áreas: Araçá-boi (1) – Igarapé Crajarizinho Latitude: 040 18’ 13,1’’ e longitude: 700 05’ 09” Araçá-boi (2) – Benjamin Constant latitude: 040 22’ 39,6’’ e longitude: 700 01’ 9,5” Araçá-boi (3) – Benjamin Constant Latitude: 040 22’ 49,3” e longitude: 700 00’ 20,5” Araçá-boi (4) – Benjamin Constant Latitude: 040 22’ 41,7” e longitude: 700 00’ 14,2” Araçá-boi (5) – Benjamin Constant Latitude: 040 24’ 24,3” Longitude: 700 02´ 08”. As sementes foram retiradas dos frutos, por meio de lavagem em água corrente até a completa eliminação de resíduos da polpa e secas. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso em um arranjo fatorial de 5x2 sendo cinco acessos de Araçá-boi e dois substratos (areia e serragem) totalizando 10 tratamentos, 4 repetições e 18 sementes por parcela. A semeadura foi realizada em tubetes de 15 cm de comprimento e 2,5 cm preenchidos com areia e serragem de acordo com os tratamentos. A cada cinco dias foi observado a emergência das sementes para todos os tratamentos. Foi constatado que os substratos não interferiram na emergência das sementes. Tanto para os substratos areia e serragem os resultados foram semelhantes. A emergência do araçá boi (5) teve inicio aos 40 dias após semeadura. As sementes dos demais acessos perderam a viabilidade, mesmo sob condições semelhantes ao acesso Araçá-boi (5). Palavras-chave: Campomanesia lineatifolia, Germinação, Produção de Mudas. Apoio financeiro PIBIC-CNPq/CAPES/EMBRAPA-RR 1 Aluno de Graduação da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected]. 2 Prof.(a) Dr.(a) Colaboradora do Centro de Ciências Agronômicas-CCA /POSAGRO da UFRR; Pesquisadora Bolsista de Pós-doutorado-CAPES/PNPD-Embrapa RR. orientadora. Email: [email protected]. 3 Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. E-mail: [email protected]. 4 Pesquisador do INPA-Rondônia. E-mail: [email protected]; [email protected] *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 63 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITOS DA ADUBAÇÃO QUÍMICA E ORGÂNICA NO CRESCIMENTO INICIAL DE SAPOTA Elaine Cristian Sousa COELHO1*, Kaoru YUYAMA1, Bianca Galúcio PEREIRA1 Resumo - A sapota (Quararibea cordata (Humb. & Bonpl.) Vischer) é um fruto Amazônico encontrado na região de médio a Alto Solimões, que tem o peso variável entre 373 a 1.088g com 30,7% a 40,5% de rendimento em polpa. É uma fruta de elevado valor nutricional, destacando o teor de vitamina A (1612 UI) e proteína (6,92%). Este fruto é bastante saboroso e um dos poucos que pode ser consumido in natura. As plantas crescem e desenvolvem-se muito bem em solos de várzea do Rio Solimões, mas praticamente não existem informações de adubação para formação de mudas, bem como cultivo em terra firme. O presente trabalho tem como objetivo avaliar diferentes formas de adubação no crescimento de mudas de sapota. As sementes foram obtidas em Tabatinga, AM., foram semeadas em canteiro utilizando a serragem como substrato. Após 10 dias 100% germinaram. Foram transplantadas para saquinho (22 x 18 cm) de polietileno preto quando estavam com três folhas definitivas. O delineamento experimental foi de blocos casualizadas com 10 tratamentos e 8 repetições. Os tratamentos foram: calcário dolomítico (5 g); esterco de galinha (50 mL/saco); adubação NPK (5g de 10-10-10); calcário+esterco; calcário+adubo; esterco+adubo; calcário+esterco+adubo; calcário+esterco (2x); adubo+esterco (2x); calcário+adubo+ esterco (2x). Foram avaliadas mensalmente a altura e diâmetro da planta e número de folhas por planta durante seis meses. Os dados foram submetidas a análise de variância pelo teste F e teste de Tukey. A análise química do esterco de galinha foi realizada no Laboratório de Solos do EMBRAPA/CPAA, em Manaus, AM. O esterco de galinha utilizada no experimento mostrou que o teor de macronutrientes foi muito alto e bom. O resultado indica que a muda de sapota é exigente em nutrientes, pois o tratamento com adição de maior quantidade de nutrientes por sacos de mudas teve maior crescimento em altura, como foi o tratamento com adubo+esterco (esterco dois meses em seguida), diferindo da maioria dos tratamentos, seguida de calcário+adubo+esterco (esterco dois meses em seguida), não diferiu entre si. O número de folhas por planta variou de 13 a 18 folhas, com exceção do tratamento com calcário que foi de 10 folhas. O diâmetro do caule também foi menor no tratamento com calcário e maior no tratamento com adubo+esterco (dois meses em seguida). Conclui-se que para produção de mudas de sapota é necessário adubação com 5 g de adubo NPK da fórmula (10-10-10) e 100 mL de esterco, parcelada em duas vezes. Palavras-chave: Quararibea cordata, Crescimento e Adubação. 1 1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Coordenação de Tecnologia e Inovação - COTI. Av. André Araújo 2936, Aleixo, CEP 69067-375, Caixa Postal 2223, 69080-971, Manaus, AM, Brasil. Endereço para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 64 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITOS DE AIB E SUBSTRATOS NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE ESTACAS DE CAMU-CAMU Carlos Henrique Lima de MATOS1*; Rafael Jorge do PRADO2, Washington Luis Manduca da SILVA3, Antonia Dianaia Oliveira LOPES2, Ronaldo Moreno BENEDETTE2, Wellington Farias ARAÚJO4 O camu-camu (Myrciaria dubia) é uma espécie frutífera nativa de porte pequeno comumente encontrado nas várzeas e cursos dos rios da região amazônica, seus frutos apresentam alto teor de ácido orgânico, especialmente o ácido ascórbico (vitamina C), que é um dos antioxidantes mais importantes encontrados na natureza. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de AIB e diferentes substratos na propagação vegetativa de estacas de camu-camu. O ensaio foi realizado no período de 15 de abril a 29 de junho de 2012 em casa de vegetação com sistema de nebulização intermitente no CCA/UFRR, em Boa Vista- RR. As estacas foram coletadas de ramos provenientes de plantas nativas de camu-camu, localizadas as margens do Rio Branco, no município de Caracaraí - RR. Prepararam-se as soluções AIB, (50%v/v) na concentração de 1.000 mg L-1 e a solução com água destilada e álcool 98,2% na concentração de 50% (v/v), como testemunha. A região basal na altura de 2,5 cm da estaca foi imersa por um período de um minuto. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado 2 x 4, sendo os fatores constituídos da presença e ausência do fitorregulador e quatro diferentes tipos de substratos: areia, casca de arroz carbonizada, serragem e vermiculita, com quatro repetições, com doze estacas por repetição. Foram avaliados: porcentagem de estacas brotadas (aos 25, 45 e 75 dias após a instalação do ensaio), número de brotações por estacas, porcentagem de estacas com presença de calo e porcentagem de estacas vivas. Foi evidenciando elevada taxa de brotação após 25 dias de instalado o experimento, no entanto, houve um declínio no número de estacas brotadas com as duas últimas avaliações. Todos os tratamentos apresentaram estacas vivas no final do período avaliativo, no entanto, em porcentagens muito baixas. O tratamento 2 apresentou o maior número de estacas vivas, no entanto, não diferiu estatisticamente dos tratamentos 1 e 3. O tratamento 2 não apresentou nenhuma estaca com calo, sendo que o tratamento 7 obteve 7,80% de estacas vivas e o maior número de estacas com calos (4,16%). A aplicação de AIB proporcionou melhores possibilidades de enraizamento às estacas de camu-camu devido ao maior número de calos, sendo que os substratos serragem e areia mostraram ser melhores à formação de calos. No entanto, a vermiculita e casca de arroz carbonizada proporcionaram maior número de estacas vivas. Novos experimentos devem ser realizados para discutir o efeito destes tratamentos. Palavras-chave: Myrciaria dúbia, Estacas, Substratos. 1 *: Engenheiro Agrícola e Ambiental, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR). Email: [email protected] 2: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR). 3: Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia (POSAGRO/UFRR). 4: Doutor em Irrigação e Drenagem, professor associado II da UFRR. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 65 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITOS DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES MULTIPLICAÇÃO IN VITRO DE ALPÍNIA DE BAP E ÁGAR NA Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Jeysse Kelly Carvalho DE ANDRADE1, Patrícia dos Santos MENDES1, Cássia Rejane DO NASCIMENTO1, Luana dos Santos SILVA2, Marcio Akira COUCEIRO2 A floricultura tropical é considerada uma atividade econômica de grande relevância no agronegócio internacional e nacional. A família Zingiberaceae compreende mais de 1200 espécies que são nativas de regiões tropicais, e muitas delas são valorizadas como plantas ornamentais, sendo a Alpinia o maior gênero da família. A maioria das plantas ornamentais tropicais é propagada vegetativamente, resultando no freqüente acúmulo de patógenos. A utilização de técnicas de cultura de tecidos com o objetivo de melhorar a rentabilidade das culturas tem-se apresentado como instrumento importante para a produção de plantas com elevada qualidade sanitária. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes concentrações de BAP e da adição de ágar suplementados ao meio de cultura, sobre a multiplicação in vitro de Alpinia purpurata. O experimento foi conduzido com plântulas de alpínia provenientes de três fases de subcultivo em meio MS. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2, consistindo de cinco concentrações de BAP (0, 1, 2, 3 e 4 mg L-1) e na ausência e presença de ágar, na quantidade de 7 g L-1 (meio líquido e meio gelatinoso, respectivamente), com 18 repetições por tratamento. Aos 45 dias após o cultivo dos explantes foram avaliadas as seguintes variáveis: porcentagem de sobrevivência, número de brotações, número de folhas e número de raízes. De acordo com a análise estatística do programa ASSISTAT, com médias obtidas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade, de forma geral, os melhores resultados foram obtidos sem ágar, com destaque para o tratamento sem ágar com 3 mg L-1 de BAP. As plântulas cultivadas em meio de cultura com ágar apresentaram taxa de sobrevivência de 91,7%, enquanto aquelas cultivadas em meio de cultura sem ágar apresentaram taxa de sobrevivência de 52,8%, devido a falta de suporte para as plântulas cultivadas em meio de cultura sem ágar. O desenvolvimento de folhas, raízes e brotos, na presença de ágar, tende a crescer até a concentração de 3 mg L-1 de BAP e se manter ou cair até a concentração de 4 mg L-1. Na ausência de ágar, as plântulas mostraram melhor desenvolvimento de folhas e brotos na concentração de 3 mg L-1 de BAP seguido de plântulas cultivadas na ausência do fitorregulador. Assim, chega-se a conclusão de que nas condições do experimento, os melhores resultados foram encontrados em meio de cultura sem ágar e na concentração de BAP de 3 mg L-1. Palavras-chave: Alpinia purpurata, Citocinina, Micropropagação, Ornamental. 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 66 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITOS DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DA ALFACE CV. “RAFAELA-AMERICANA” Samuel da SILVA1*, João Luiz Lopes MONTEIRO NETO1, Rafael Jorge do PRADO1, Victor Spies LIMA1, Thiago Henrique de Castro ARAÚJO1, Wellington Farias ARAÚJO1 A alface (Lactuca sativa L.) é uma das olerícolas mais utilizadas pela população brasileira e em outras partes do mundo devido ao seu sabor e qualidade nutricional. O tipo do substrato adequado é um fator importante para germinação e formação de mudas. Objetivou-se com o presente trabalho, avaliar a porcentagem de germinação e o índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de alface cv. “Rafaela-Americana” em diferentes tipos de substratos. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com sete tratamentos: T1- Composto Orgânico, T2- Húmus, T3- Casca de Arroz Carbonizada (CAC), T4- Composto Orgânico + CAC, T5- Composto Orgânico + Húmus, T6- Húmus + CAC, T7 Composto Orgânico + CAC + Húmus; com três repetições cada. Os tratamentos foram distribuídos em três bandejas de 200 células, onde cada repetição foi alocada em 25 células. A irrigação foi feita duas vezes por dia durante todo o período do experimento. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados de porcentagem de germinação (%) e do IVG obtidos para os tratamentos foram respectivamente: T1 – 53,333 e 5,793; T2 – 27,666 e 2,936; T3 – 100,000 e 15,280; T4 – 57,666 e 6,010; T5 – 60,000 e 5,153; T6 – 70,666 e 9,319; T7 – 35,333 e 3,623. Para as condições em que este trabalho foi executado, o substrato Casca de Arroz Carbonizada (CAC) mostrou-se eficiente na germinação da alface cv. “Rafaela-Americana”. Por outro lado, os menores resultados, para ambas as variáveis sob estudo, foram obtidos com a utilização do substrato Húmus. Palavras-chave: Lactuca sativa L., Casca de arroz carbonizada, Composto orgânico. 1 Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Agronomia, Campus Cauamé, CEP: 69.300-00, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 67 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITOS DE TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS EM SEMENTES DE BANDARRA. Fábio Renato Oliveira MARQUES1*; Camila Andrade SILVA1, Mardem Pacheco MAGALHÃES1; Fábio Prestes de ALVARENGA1; Alexsandro Lara TEIXEIRA2. Entre as essências florestais nativas da região norte de potencial para a produção madeireira destaca-se a bandarra (Schizolobium amazonicum) pelo seu rápido crescimento e qualidade de madeira. Pertence à família Cesalpinaceae e caracteriza-se por apresentar rápido crescimento, bem adaptável a várias regiões do país e é popularmente conhecida como bageiro, fava divina, e paricá. O objetivo do trabalho foi comparar com literaturas existentes a melhor forma de superação de dormência para esta espécie. No ensaio foram utilizadas sementes oriundas de Votuporanga – SP. As sementes foram coletadas de floresta nativa em Julho de 2011, e armazenadas em ambiente climatizado, no laboratório de Análise de Sementes da FARO (RO). Para o experimento, foram utilizados três tratamentos. O tratamento 1 representou a testemunha; no tratamento 2 as sementes foram imersas em água a uma temperatura de 100°C por 2 minutos, e no tratamento 3, as sementes foram submetidas à escarificação com lixa, na região oposta ao eixo embrionário. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições de vinte sementes, por tratamento. Os experimentos foram instalados em germinador tipo B.O.D a 25ºC. Foi constatado ao final do experimento que as sementes submetidas à escarificação com lixa obtiveram maior porcentagem de germinação, com 80% das sementes germinadas. E os outros dois tratamentos não foram eficientes para promover a superação da dormência, com porcentagens médias de germinação de 20%. Desta forma, o método de escarificação com lixa se mostrou eficiente para superação da dormência das sementes de bandarra. Palavras-chave: Schizolobium amazonicum, dormência, escarificação. 1 Faculdade de Rondônia - FARO. Laboratório de Análise de Sementes. cep: 76815000, Porto Velho - RO, Brasil. 2 Embrapa Rondônia. Pesquisador, cep: 76815-000, Porto Velho - RO *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 68 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITOS DO ANA (ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO) NO ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE ACEROLEIRA Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Francinéia Costa ZANETTI1, Cássia Rejane DO NASCIMENTO1, Luana dos Santos SILVA2, José Maria Arcanjo ALVES2 A aceroleira (Malpighia emarginata D.C.) caracteriza-se por ser uma planta selvagem, tendo seus centros de origem no sul do México, na América Central e na região norte da América do Sul. A propagação da aceroleira pode ser realizada via sexuada e assexuada, sendo que nas áreas cultivadas do Brasil emprega-se a forma sexuada por meio de sementes, por ser uma técnica fácil e econômica para o produtor, porém essa forma de propagação apresenta características indesejáveis, como a segregação das características da planta mãe e frutos desuniformes. A miniestaquia surge como alternativa para produção de mudas que assegurem a manutenção das características genéticas da planta-mãe e a formação de pomares uniformes, permitindo a obtenção de um grande número de mudas em espaços relativamente pequenos. Desta forma o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes concentrações de ANA no enraizamento de miniestacas de aceroleira. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com plantas matrizes de 3 anos de idade, que foram podadas três meses antes da instalação do experimento para induzir novas brotações. Os ramos herbáceos com 5 cm de comprimento foram cortados e conduzidos ao laboratório. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos, compostos pelas concentrações de ANA (0; 15; 30; 60 e 90 mg L-1), com quatro repetições e doze miniestacas por repetição. As bases das miniestacas foram mergulhadas na solução do fitorregulador, por 30 segundos, antes de serem cultivadas em substrato (vermiculita). As variáveis analisadas após 60 dias de cultivo foram: porcentagem de miniestacas enraizadas, número médio de raízes e comprimento médio das raízes. Os dados foram avaliados por análise de regressão. O tratamento com 60 mg L-1 de ANA, obteve o melhor resultado para porcentagem de miniestacas enraizadas, com 43,75 %, bem como o maior número médio de raízes (3,3 raizes por miniestaca). As demais concentrações do fitorregulador apresentaram valores maiores que o da testemunha. Quanto ao maior comprimento de raízes, o tratamento com 15 mg L-1 de ANA apresentou-se como o mais eficiente, com raízes chegando a 7,0 cm de comprimento, seguido pelo tratamento com 60 mg L-1 de ANA (5,0 cm de comprimento de raiz). Com isso, conclui-se que a aceroleira pode ser propagada por miniestacas herbáceas com a utilização de 60 mg L-1 de ANA, maximizando a produção de mudas devido ao pequeno espaço utilizado e menor quantidade de estacas. Palavras-chave: Malpighia emarginata, Fitorregulador de crescimento, Fruticultura. 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 69 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE BACABA SOB DIFERENTES PERIODOS DE IMERSÃO DA SEMENTE EM ÁGUA Victorio Jacob BASTOS1*, Paula Monique Carvalho da SILVA2, Djair Alves de MELO3, Adalgisa Aranha de SOUZA4 A bacaba, Oenocarpus bacaba Mart. família Arecaceae é uma palmeira amazônica com grande potencial econômico, ecológico e alimentar, constituindo-se em uma espécie passível de ser incorporada aos sistemas agroflorestais. Tem sido explorada para diferentes usos em seu ambiente natural, nas florestas de terra firme e ocasionalmente inundadas da Amazônia, nos estados do Amazonas e Pará. Objetivou-se com este trabalho avaliar o método de imersão em água em temperatura ambiente (26 ± 10C) como meio de aceleração da emergência de plântulas de bacaba. O experimento foi instalado no laboratório de semente da Universidade Federal de Roraima localizado no Campus do Murupu. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. Cada parcela constou de 30 sementes. Os tratamentos foram compostos por: T1 = tratamento sem imersão; T2 = imersão em água por 12 horas; T3 = imersão em água por 24 horas; T4 = imersão em água por 36 horas; T5 = imersão em água por 48 horas; e T6 = imersão em água por 60 horas. Utilizaram-se copos plásticos com capacidade de 125 ml para imersão das sementes em água. Posteriormente todas as sementes de todos os tratamentos foram colocadas em sacos plásticos transparentes, fechados até o vigésimo quinto dia após o ensacamento. Foram avaliadas a percentagem de emergência e o desenvolvimento da parte aérea e radicular. Não houve diferença significativa a 5% de probabilidade na germinação, com média de 93,38%. Observou-se que o início da germinação deu-se aos sete dias do ensacamento em todos os tratamentos. Houve diferença estatística entre os tratamentos para comprimento da raiz e parte aérea. O tratamento que apresentou melhor resultado para desenvolvimento de plântulas foi o T6 (imersão por 60 h). O tratamento controle apresentou menor comprimento da raiz e parte aérea em relação aos demais. Os tratamentos T3 e T4 não diferiram estatisticamente entre si para comprimento da parte aérea, sendo T2 inferior a estes. Considerando o maior desenvolvimento das plântulas (parte aérea e raiz) a imersão das sementes de bacaba em água a temperatura ambiente (26 ± 10C) por um período entre 48 e 60 horas foi o mais indicado para promover o maior vigor das plântulas de bacaba. Palavras-chave: Oenocarpus bacaba, Germinação, Amazonas, Especie nativa, Produção de mudas. 11 Estudante da Universidade Federal de Roraima, Campus Murupu, Boa Vista- RR Mestranda em Agronomia POSAGRO-UFRR 3 Professor Adjunto do Instituto Federal de Roraima. 4 Professora Adjunta da Universidade Federal de Roraima. *Autor para correspondência: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 70 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EMERGÊNCIA E DESENVOLVIMENTO INICIAL DAS GERAÇÕES F1 E F2 DO MAMOEIRO HÍBRIDO CALIMAN 01 Camila Costabeber NUNES1, Liana Hilda Golin MENGARDA1, José Carlos LOPES1, Rodrigo Sobreira ALEXANDRE2, Paula Aparecida Muniz de LIMA1 Em virtude da demanda por novas cultivares de mamoeiro adaptadas à realidade brasileira, estudos de melhoramento genético vêm desenvolvendo cultivares híbridas, como o Caliman 01. Em paralelo, são necessários estudos que investiguem os efeitos da segregação híbrida com relação às diferentes fases do processo produtivo, que vai da germinação das sementes e produção das mudas até a produção dos frutos e a pós-colheita. Objetivou-se, assim, investigar a emergência e o desenvolvimento inicial das plantas de mamoeiro cv. Caliman 01, gerações F1 e F2 (segregante). Sementes dos genótipos F1 e F2 foram semeadas em tubetes plásticos de seção circular e capacidade de 50 mL, contendo substrato comercial, e mantidos em casa de vegetação coberta com tela sombrite (poliolefina), com 15% de sombreamento e temperatura ambiente. As irrigações foram feitas sempre que necessário, de acordo com a cultura. A partir da observação diária da emergência, foi avaliada a porcentagem de emergência após 45 dias da semeadura, quando houve a estabilização. Após 75 dias da semeadura, as variáveis mensuradas foram: altura das plantas, diâmetro do coleto e número de folhas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste t. O genótipo da geração F1 apresentou maior porcentagem de emergência (86%), maior altura (26,7 cm) e maior diâmetro do coleto (5,06 mm) que o genótipo da geração F2, que apresentou 38% de emergência, altura de 15 cm e diâmetro do coleto de 4,03 mm. O número de folhas não diferiu estatisticamente entre as gerações do híbrido. Conclui-se, assim, que o híbrido na geração F2 do mamoeiro Caliman 01 apresenta menor vigor com relação à emergência e ao desenvolvimento inicial das plântulas. Palavras-chave: Carica papaya L., Sementes, Vigor híbrido, Segregação. Créditos de financiamentos: a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Agrárias e Biológicas, Centro Universitário do Norte do Espírito Santo, São Mateus - ES, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 71 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ÁCIDO NAFTALENACÉTICO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS CAMUCAMU EM CÂMARA DE SUBIRRIGAÇÃO Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Carlos Abanto RODRIGUEZ1, Edvan Alves CHAGAS2, Christinny Giselly Bacelar LIMA3, Verônica Andrade dos SANTOS3, Maria da Conceição Rocha ARAÚJO4. O camu-camu (Myrciaria dubia) é uma espécie amazônica que possui elevado potencial para a indústria por seus frutos apresentarem alto teor de ácido ascórbico. Torna-se importante o avanço das técnicas de propagação dessa espécie, principalmente com relação à propagação vegetativa. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu, em câmara de subirrigação, submetidas a diferentes concentrações e tempos de imersão em ácido naftalenacético (ANA). O material vegetativo foi coletado da parte apical de ramos ortotrópicos de plantas adultas de camu-camu localizadas na região do Lago do Preto, em Boa VistaRR, em fevereiro de 2013. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 6x4, sendo seis concentrações de ANA (0, 200, 400, 600, 800 e 1000 mg.L-1) e quatro tempos de imersão (0, 10, 20 e 30 minutos), com três repetições de 10 estacas. Foram utilizadas estacas herbáceas de aproximadamente 15 cm de comprimento e 3 mm de diâmetro, contendo um par de folhas cortadas pela metade. As estacas foram colocadas para enraizar em câmara de subirrigação, cuja base foi constituída por uma camada de 10 cm de brita nº 1; logo acima, outra camada de 10 cm de seixo com diâmetro de 1 a 3 cm; e a última camada possuindo 5 cm de areia fina, que constituiu o substrato para o enraizamento. A temperatura no interior da câmara oscilou entre 27 e 40 Cº, com uma média de 33 Cº, e umidade relativa do ar de 80 a 95%. Aos 90 dias após a instalação do experimento foram avaliadas a porcentagem de estacas com presença de calo (%EC), porcentagem de estacas enraizadas (%EE), número de raízes (NR) e comprimento da raiz (CR). Os dados foram submetidos a análise de variância, utilizando-se o software SISVAR. Verificou-se efeito significativo da interação entre concentrações e tempos de imersão para a porcentagem de estacas enraizadas, cujo maior valor (76%) foi obtido com o tratamento controle, sem adição de ANA, apenas com 30 minutos de imersão em água destilada. Para o comprimento da raiz, houve efeito da interação entre doses e tempos de imersão, obtendo-se 17,7 cm com 800 mg.L1 por 10 minutos de imersão. Já para o número de raízes e a porcentagem de estacas com presença de calo não se observou efeito significativo entre os tratamentos. Os resultados sugerem que se pode obter enraizamento de estacas herbáceas de camu-camu em câmara de subirrigação sem aplicação de fitohormônios sintéticos. Palavras chave: Myrciaria dubia, propagação vegetativa, fitorregulador. Apoio financeiro: CNPq, CAPES, UFRR e EMBRAPA-RR 1 Programa de Pós-graduação em Agronomia-UFRR/EMBRAPA-RR. Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD). Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. 4 Rede Bionorte/ Embrapa- RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 72 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ACEROLEIRA Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1, Francinéia ZANETTI1, Alberto Moura DE CASTRO2, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2 A estaquia é um método de propagação vegetativa viável na produção de mudas de aceroleira e apresenta vantagem por facilitar a obtenção de propágulos em grande quantidade. A utilização de estacas garante a precocidade da produção, reprodução das características da planta mãe e pomar uniforme. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes concentrações de ácido naftalenacetico no enraizamento de estacas semi-herbácea de aceroleira. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos compostos pelas concentrações da solução de ANA (0; 30; 60; 90 e 180 mg L-1) e doze repetições. As variáveis analisadas foram: porcentagem de estacas enraizamento, comprimento médio da maior raiz e número de raízes. Os dados foram submetidos à análise de variância com regressão polinomial, à 5% de probabilidade, através do programa estatístico ASSISTAT 7.6. O experimento foi conduzido retirando ápices das brotações de plantas matrizes de aceroleira utilizando a região logo abaixo da porção herbácea, obtendo estacas com 5 cm de comprimento. As maiores porcentagem de estacas enraizadas foram obtidas nos tratamento 30 e 180 mg L-1 de ANA e em concentrações menores as raízes produzidas foram menores e distribuídas desigualmente na base da estaca. O aumento das concentrações de auxinas na base das miniestacas proporcionou efeitos significativos na porcentagem de miniestacas enraizadas no número de raízes produzidas. O maior comprimento de raiz foi obtido na concentração 90 mg L-1 (7,6 cm), a concentração 180 mg L-1 apresentou o maior número de raízes (8,6) bem distribuídas na base da estaca. A produção de raízes adventícias deve ser uniforme em toda base da estaca proporcionando maior sustentação e contato das raízes com o solo. A solução com 180 mg L-1 de ANA proporcionou os melhores resultados de enraizamento adventício de estacas semi-herbácea de aceroleira. Palavras-chave: Malpighia emarginata, Auxinas, Microestaquia. 1 Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 73 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ENTOMOFAUNA ASSOCIADA NATIVAS DE RORAIMA ÀS ESPÉCIES DO GÊNERO Byrsonima, Paula Monique Carvalho da SILVA1*, Christinny Giselly BACELAR-LIMA ², Aline das Graças SOUZA², Victorio Jacob BASTOS¹ O murici é um fruto nativo da Amazônia de ocorrência natural do lavrado em Roraima, apresentando importância econômica para o estado, sendo ainda um produto adquirido de modo extrativista. Levando em consideração a importância de estudos de componentes da biodiversidade na região Amazônica, o presente trabalho teve como objetivo estudar a distribuição da entomofauna associada as espécies do gênero Byrsonima : B. coccolobifolia (Kunth) e B. verbascifolia (L.) Rich. A área de estudo localiza-se no campo experimental Agua Boa situado a 25 km da capital Boa vista, ocupando área total de 1.100 hectares de cerrado com vegetação composta por pastagem nativa, sendo os muricis as principais unidades arbóreas presentes na região, apresentando 80 indivíduos por espécie, totalizando assim 160 indivíduos para cada 50 m². Foram realizadas oito coletas, sendo estas por meio de coleta manual. Para verificar a diversidade dos insetos na área foram utilizados os seguintes parâmetros: Índice de Riqueza (IR) obtido dividindo-se o número de espécies encontradas pela área total, Índice de Gleason (Dg), obtido através da seguinte fórmula: Dg = S/log(N), onde S é o número de espécies obtidas e o N é o número total de indivíduos amostrados, e Diversidade de Menhinick (Db) obtido através da seguinte fórmula: Dm = S/√(N), onde S é o número de espécies e N o número de indivíduos coletados. Todos os índices utilizados foram adaptados para utilização por espécie. Os insetos coletados foram conservados em álcool 70% e levados ao laboratório para identificação com auxílio de chaves taxonômicas. As coletas foram realizadas nos meses de maio à julho de 2013 durante o período de frutificação das espécies de murici. Ao longo das oito coletas realizadas foram encontrados insetos pertencente às espécie Pachycoris torridus, Edessa sp., Anisoscelis sp., Pelidnota sp., Aconophora flavipes, Pseudococcus citri e Membracis notulata, sendo as mais abundantes, nas áreas amostradas insetos da ordem Hemiptera representados sobretudo pelos percevejos e cochonilhas brancas totalizando 83% dos insetos coletados que por serem fitófagos causam danos às plantas atacadas causando prejuízos a floração e ao crescimento e maturação dos frutos do muricizeiro. Palavras-chaves: Byrsonima, Insetos, População, Lavrado. 1 Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA, Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR, Brasil. ²Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura, BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 74 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTABELECIMENTO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO cv. GOLD Patrícia dos Santos MENDES1*, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2 A expansão da abacaxicultura em muitos estados brasileiros não está acompanhada das melhorias das técnicas de produção de mudas. O sistema de micropropagação é uma alternativa para obtenção de mudas de qualidade garantida. Porém é necessária a obtenção de protocolos específicos para cada espécie micropropagada, devido à complexidade dos fatores que influenciam o estabelecimento e multiplicação das plantas in vitro. O presente trabalho objetivou determinar o tipo de explante de abacaxizeiro cv. Gold para estabelecimento da cultura in vitro. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado com 3 tratamentos que consistiram no tio de explante (basal, gema e lateral) das coroas e 20 repetições. Aos 60 dias após o cultivo foram avaliadas as seguintes variáveis: Porcentagem de sobrevivência (coloração branca), porcentagem de morte (necrose) e porcentagem de estabelecimento (coloração verde). Os dados foram submetido a analise de variância e aplicado o teste de Tukey a 1% de probabilidade com auxilio do programa ASSISTAT 7.6. Para o experimento foram utilizadas coroas, desinfestadas com álcool 70% por 3 minutos seguido de hipoclorito de sódio a 2,5 % por 20 minutos. As maiores taxas de sobrevivência foram obtidas da lateral (80%) e gema (99%) sendo encontrado menores resultados nos explantes do tipo basal, este resultado ocorre possivelmente por este tipo de explante apresentar células já diferenciadas em raízes dificultando sua regressão ao estádio meristemático. A maior porcentagem de estabelecimento foi obtida com gemas (98%) e lateral (40%), os resultados obtidos apresentam que células mais jovens possuem maior potencial pra estabelecimento in vitro. Conclui-se nas condições deste experimento, que o estabelecimento de abacaxizeiro cv. Gold é obtido com explantes tipo gema. Palavras-chave: Ananas comosus, Cultura de tecidos, Fruticultura. 1 Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, EMBRAPARR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 75 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTABELECIMENTO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO cv. VITÓRIA Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2 O Brasil ocupa a segunda posição mundial na produção de abacaxis, ficando atrás apenas das Filipinas. A micropropagação tem grande potencial para propagação de varias espécies, possibilitando a multiplicação do em grande escala e menor tempo de produção de mudas em pequeno espaço físico; entretanto a micropropagação somente poderá ocorrer caso haja sucesso na desinfestação dos explantes e estabelecimento do cultivo in vitro. O objetivo deste trabalho foi avaliar o processo de desinfestação in vitro de gemas de abacaxizeiro cv. Vitória. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 4, composto por quatro concentrações de hipoclorito de sódio (0,25; 0,5; 1,0 e 2,0%) e quatro tempos de exposição (5, 10, 15 e 20 minutos) e 12 repetições. As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, as variáveis avaliadas foram: porcentagem de gemas contaminadas, porcentagem de sobrevivência e estabelecimento in vitro. Os dados foram previamente transformados em (√X+1) e submetidos a analise de variância com regressão polinomial, foi adotado o nível de 5% de probabilidade. As concentrações de 0,25 e 0,5% de hipoclorito de sódio independente do tempo de imersão apresentaram os maiores percentuais de gemas contaminadas (60 e 44%, respectivamente). A sobrevivência não foi afetada com o aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de imersão, visto que em todos os tratamentos as gemas sem contaminações não necrosaram. A concentração de 2,0% de NaClO em 20 minutos proporcionou as menores porcentagens de contaminação (25,7%) e maior de estabelecimento (72,2%), sendo eficaz na desinfestação e estabelecimento de plântulas de abacaxizeiro cv. Vitória. Palavras-chave: Ananas comosus, auxina, micropropagação. Crédito de Financiamento: CNPq, CAPES, UFRR e EMBRAPA-RR 1 Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2: Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 76 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTRUTURA INTERNA DE FOLHAS DE Panicum aquaticum Poir. EXPOSTAS A ELEMENTOS TÓXICOS Marinês Ferreira PIRES1, Evaristo Mauro de CASTRO1, Cynthia de OLIVEIRA2, Fabricio José PEREIRA1, Ana Carolina Oliveira DUARTE1 Ambientes aquáticos contaminados com elementos tóxicos como arsênio, cádmio e chumbo podem ser recuperados por meio de técnicas como a fitorremediação. Na aplicação dessa técnica, é fundamental a identificação de espécies vegetais tolerantes e os mecanismos estruturais envolvidos. Desse modo, o objetivo deste estudo foi analisar as modificações estruturais dos tecidos foliares da macrófita Panicum aquaticum em diferentes concentrações de cádmio, chumbo e arsênio. Plantas foram coletadas e propagadas em solução nutritiva em casa de vegetação até obtenção de gerações clonais isentas de fonte endógena de arsênio, cádmio e chumbo. Em seguida, foram montados 3 experimentos: com concentrações crescentes de arsênio (0; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg L1 ), de cádmio (0,0; 0,4; 0,8; 1,6; 3,2 e 6,4 mg L-1) e de chumbo (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 8,0 mg L-1). O delineamento foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e cinco repetições em cada experimento. Após 30 dias de período experimental amostras de folhas foram coletadas e fixadas em FAA70%, armazenadas em etanol 70% e submetidas às microtécnicas usuais em anatomia vegetal. Observou-se para o arsênio, um aumento da espessura da epiderme na face abaxial, do limbo e do parênquima clorofiliano nas menores concentrações, seguido por redução nas maiores. A epiderme na face adaxial foi afetada apenas na concentração de 1,0 mg L-1 e a cutícula exibiu maiores valores apenas na maior concentração. Houve uma redução nas espessuras do limbo e do parênquima clorofiliano na presença de cádmio. Enquanto que a epiderme foliar e a cutícula não foram afetadas. No caso do chumbo, apenas a epiderme foi afetada, com maiores valores na face abaxial a 0,5 mg L-1 e redução na face adaxial em maiores concentrações. Modificações nos tecidos foliares estão relacionadas às trocas gasosas e a disponibilidade de CO2 para a fotossíntese. Assim a redução no limbo foliar, provavelmente, em decorrência da redução do parênquima clorofiliano pode ter influenciado as reações fotossintéticas nas plantas expostas a elevadas concentrações de arsênio e cádmio. As trocas gasosas também podem ter sido afetadas pelas modificações da epiderme e cutícula no caso do arsênio e chumbo. Portanto, o arsênio demonstra maior efeito de toxicidade, considerando as características avaliadas que podem ter relação no crescimento e sobrevivência das plantas. Palavras-chave: Anatomia Foliar, Elementos tóxicos, Tolerância, Macrófitas. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências do Solo, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras - MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 77 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTUDO ETNOBOTÂNICO DO GÊNERO CAPSICUM EM RORAIMA Herundino Ribeiro do Nascimento FILHO1*, Luis Felipe ALMEIDA1, Lucianne Braga Oliveira VILARINHO1 Roraima está localizado no extremo norte do Brasil, possui uma riqueza de ecossistemas que vão desde áreas florestadas a não florestadas (savanas), propiciando assim uma grande riqueza de diversidade de espécies vegetais. Além disso, o Estado de Roraima possui uma população indígena de várias etnias, distribuídos em 32 terras indígenas totalizando 46% do território estadual. O Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena apresenta um quadro de 620 alunos regularmente matriculados, de oito etnias (Macuxi, Wapichana, Taurepang, Wai-Wai, Ingaricó, Y’ecuana, Patamona, Yanomami). Esse Instituto, atualmente tem três cursos (Licenciatura Intercultural; Gestão Territorial Indígena; Gestão Coletiva de Saúde Indígena), os quais vêm suscitando o desenvolvimento de projetos e propostas de trabalhos, que envolvem a pesquisa, o ensino e a extensão em ações voltadas ao registro e valorização do conhecimento tradicional, relativos ao uso sustentável da biodiversidade local. As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas nutracêuticas por exemplo, contribuem de forma relevante para a divulgação das virtudes terapêuticas dos vegetais, prescritos com freqüência pelos efeitos medicinais e nutricionais que produzem. O grupo de pesquisa “Pimentas do gênero Capsicum” vem utilizando pesquisas etnobotânicas como ferrramenta de registro e catalogação das pimentas amazônicas, visando o uso sustentável desse recurso genético e promovendo ações que garantam a manutenção da variabilidade genética. Esse projeto vem sendo desenvolvido na casa de vegetação do Instituto Insikiran, em que um banco de germoplasma vivo de pimentas encontra-se em fase de implementação, que favorecerá ações de ensino, pesquisa e extensão alinhados com os PPPs dos cursos desse Instituto. Palavras - chave: Recursos genéticos, Etnobotânica, produção vegetal 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena. Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 78 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTUDO ETNOBOTÂNICO UIRAMUTÃ/RORAIMA NAS COMUNIDADES INDÍGENAS DO Jocivania da Silva OLIVEIRA1* No Brasil o uso de plantas medicinais com fins terapêuticos é anterior ao início da colonização. Em ritos espirituais os pajés utilizavam as plantas na cura e prevenção de doenças. Na Amazônia brasileira a retomada da utilização das plantas medicinais está sendo agregado tanto a valorização do saber tradicional quanto ao conhecimento científico de suas ações terapêuticas. Atualmente, o uso de plantas medicinais encontrase disseminado não apenas nas zonas rurais, elas são, também, intensamente utilizadas no meio urbano, complementando os medicamentos convencionais. Em Roraima, os povos indígenas, de diferentes regiões utilizam e cultivam plantas medicinais para cura e prevenção de certas doenças e não dependem somente dos postos de saúde. Para o conhecimento e fortalecimento da prática constante do uso dessas plantas foi feito um levantamento do uso de algumas plantas na região de Uiramutã, sendo identificado o nome científico, popular e o nome na língua indígena macuxi, e as formas de uso das espécies mais freqüentes nas comunidades. A partir do levantamento realizado foram identificadas várias famílias botânicas, das quais 5 delas estão sendo apresentadas. Família Fabaceae, espécie Hymenaea courbaril L., nome comum, jatobá, nome em macuxi mîirî ye’, essa planta é utilizada como antiflamatório, as entrecascas são utilizados em forma de chá no combate a diarréia. Família Fabaceae, nome científico Ateleia glazioveana Baill., nome comum, timbó da serra, nome em macuxi yai ye’, é usado como agente antibacteriano, na forma de “embochechos” contra a cárie dentária. Dilleniaceae, Curatella Americana, nome comum caimbé, nome em macuxi kura’tikiye’, utilizada como analgésico e anti- inflamatório, entrecascas utilizadas sob a forma de chá e também tintura para fazer curativo. Myrtaceae, Psidium guineense Pers., araçá-do-campo, kanon ye’, frutos verdes são utilizado sob a forma de chá infusões no tratamento da diarréia. Chenopodiaceae, Chenopodium ambrosioide L., mastruz, matruxe ye’, anti-inflamatório, anti-térmico, anti-verminose, folhas e raízes são utilizado sob a forma chá, cataplasma, e xaropes. Este resultado mostra o quanto o povo indígena macuxi pratica freqüentemente o uso de plantas medicinais que são importantes para a biodiversidade e para as populações indígenas que vivem e utilizam desses recursos naturais. Palavras-chave: indígenas. Plantas medicinais, Conhecimento tradicional, Comunidades 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 79 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EXTRAÇÃO DE DNA TOTAL DE PLANTAS AMAZÔNICAS PELO PROTOCOLO CTAB MODIFICADO Ismael Alexandre da Silva NASCIMENTO1*, Wilson Pereira LIMA JUNIOR1, Raissa Maria Sampaio de PAIVA2, Danilo Faustino RICARTE1, Fabiana GRANJA3 A região amazônica apresenta uma grande biodiversidade vegetal que exige diferentes estratégias para a realização de trabalhos taxonômicos e filogenéticos. No Estado de Roraima temos uma vegetação muito comum, chamada de Savana Roraimense ou Lavrado. Para a realização desses estudos, há necessidade de obter material genético de boa qualidade assim, o objetivo desse trabalho é obter boas qualidades na extração do DNA das plantas típicas do lavrado roraimense como a Xylopia aromatica (Lam.) Mart. e Clitoria racemosa G. Don. a partir de adaptações no protocolo do CTAB modificado por nosso laboratório. De acordo com o protocolo utilizou-se 0,3 g de tecido foliar congelado o qual foi macerado em um almofariz congelado, até obter um pó fino onde foi adicionado 3 ml do tampão CTAB acrescido de βmercaptoetanol pré-aquecido a 65ºC, até a homogeneização por completo. Adicionou-se Proteinase K (50µg/ml) e incubou-se a 55ºC por oito horas. Após utilizarmos o clorofórmio: álcool-isoamílico, adicionamos RNAse (100µg/ml) e incubou-se por 30 minutos em banhomaria a 37ºC. Para a precipitação utilizou-se isopropanol gelado, onde foi observado a formação de um precipitado. Lavou-se o precipitado com etanol 70% gelado e com posterior secagem. Diluiu-se o precipitado em água deionizada e autoclavada e armazenou-se em freezer -20 ºC. Até o momento da realização de uma eletroforese em gel de agarose à 0,8% corada com Gel Red para a análise da qualidade do DNA, comparando as amostras extraídas com amostras da Nymphaea rudgeana G. Mey. As principais diferenças no protocolo são a utilização de RNAse a qual vem mantendo o DNA livre de RNA, e a utilização da proteinase K, a qual facilitou a ruptura/lise das paredes celulares com a finalidade de liberar mais facilmente os componentes citoplasmáticos, melhorando assim a qualidade final do material obtido. As análises demonstraram que o protocolo, ainda precisa de adaptações pois as plantas apresentam diferentes composições químicas, o que dificulta o obtenção de um DNA de boa qualidade devido ao co-isolamento de polissacarídeos, substâncias fenólicas e compostos secundários. A qualidade das extrações estão diretamente relacionados com a qualidade dos processos aos quais são submetidos, cabendo a busca por parte dos pesquisadores de melhores adaptações dos protocolos de acordo com o material utilizado. Palavra-chaves: Xylopia aromatica, Genética, Roraima. Financiamento: Universidade Federal de Roraima (UFRR) 1 Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Roraima Mestranda do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de Roraima 3 Orientadora e Prof. Dra. do curso de graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Roraima *autor para correspondência: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 80 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FENOLOGIA REPRODUTIVA DA FORMA SILVESTRE DA MANDIOCA EM UM AMBIENTE NATURAL DE RONDÔNIA Rafael Jorge do PRADO1*; Romário Herman BOLDT2; Gilda Santos MULLEN3; Poliana Perrut de LIMA4; Wellington Farias ARAÚJO5 A mandioca é uma cultura amplamente difundida em todo o mundo, porém sua espécie ancestral é pouco conhecida (Manihot Sculenta subsp. flabelifollia). Ao longo do processo evolutivo e de domesticação das espécies, a flabelifollia é encontrada em populações muito pequenas e em pontos muito específicos da Amazônia brasileira (seu ponto de origem e dispersão). O objetivo deste trabalho foi avaliar a fenologia reprodutiva (flores e frutos) de uma população de plantas de flabelifollia no município de Rolim de Moura – RO. Uma população de 50 plantas localizadas a 7 quilômetros de Rolim de Moura (sentido à Pimenta Bueno) foram selecionadas para a avaliação do presente projeto no período de 06 de maio de 2009 a 19 de abril de 2010. Devido a forma robusta e dificuldade de adentrar na mata, foi adotado um questionário e avaliações fenológicas a cada quinze dias, que constavam da quantidade de flores (sem flores, poucas flores, quantidade intermediária e muitas flores) assim como a presença de frutos (frutos ausentes, frutos iniciais, frutos grandes e frutos secos/deiscentes). Variáveis climáticas foram adquiridas na estação metereológica da UNIR, Campus de Rolim de Moura. A média da umidade relativa do ar esteve entre 60% em agosto de 2009 e 93% em janeiro de 2010. As temperaturas mensais oscilaram entre 24ºC em junho a 30ºC em agosto de 2009. Foi observado que em maio de 2009 quando o estudo foi iniciado, as plantas apresentavam pouca quantidade de flores e muitos frutos na categoria inicial e grandes. Os frutos começaram a secar a partir do mês de junho (>50%) e se tornaram ausentes nas plantas de forma gradativa ate o mês de outubro (devido a deiscência das sementes). Os meses de outubro, novembro e parte de dezembro (mês de início das chuvas em Rondônia) pode-se observar que as plantas passaram por um período de dormência fisiológica, devido a características próprias de manutenção da espécie devido a ausência de água. A partir do mês de dezembro foi observado o inicio do florescimento das plantas, obtendo índice maior de 50% de plantas floridas no mês de janeiro, onde se deu inicio à frutificação, que se estendeu ate o fim das avaliações em abril de 2010. Trabalhos como este são extremamente necessários, pois conhecer a fenologia de plantas silvestres é extremamente importante para o processo de manutenção de espécies nativas, coleta de sementes e melhoramento genético através de um banco de germoplasma natural. Palavras-chave: Germoplasma, Domesticação, Silvestre. 1 *: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR) e professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR). Programa de Pós Graduação em Agronomia, POSAGRO. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. E-mail: [email protected] 2: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia pela UFAC. 3: Doutora em Agronomia, professora associada III do departamento de Agronomia da UNIR. 4: Engenheira Agrônoma, mestranda em Agricultura no Trópico Úmido pelo INPA. 5: Doutor em Agronomia, professor associado II da UFRR. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 81 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FENOLOGIA VEGETATIVA DA FORMA SILVESTRE DA MANDIOCA EM AMBIENTE NATURAL Rafael Jorge do PRADO1*; Romário Herman BOLDT2; Gilda Santos MULLEN3; Poliana Perrut de LIMA4; Wellington Farias ARAÚJO5 A utilização das formas silvestres de plantas cultivadas é extremamente necessária para a manutenção da biodiversidade e variabilidade genética. A Manihot Sculenta subsp. flabelifollia é a forma silvestre da mandioca e pode ser encontrada em toda a região amazônica, especialmente no estado de Rondônia às margens de estradas, ambiente que ocorre a incidência de luz e propicia o desenvolvimento destas plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a fenologia vegetativa (folhas e crescimento vegetativo) de uma população de plantas de flabelifollia no município de Rolim de Moura – RO. Uma população de 50 plantas localizadas a 7 quilômetros de Rolim de Moura (sentido à Pimenta Bueno) foram selecionadas para a avaliação do presente projeto no período de 06 de maio de 2009 a 19 de abril de 2010. Devido a forma robusta e dificuldade de adentrar na mata, foi adotado um questionário e avaliações fenológicas a cada quinze dias, que constavam da quantidade de folhas (muitas folhas, poucas folhas e folhas ausentes), emissão de ramos laterais, assim como a presença de folhas secas (Muitas folhas secas, poucas folhas secas e folhas secas ausentes). Variáveis climáticas foram adquiridas na estação metereológica da UNIR, Campus de Rolim de Moura. A média da umidade relativa do ar esteve entre 60% em agosto de 2009 e 93% em janeiro de 2010. As temperaturas mensais oscilaram entre 24ºC em junho a 30ºC em agosto de 2009. No início das avaliações 100% das plantas apresentavam folhas verdes e bem formadas. No final do mês de junho as plantas iniciaram o processo de morte e secamento das folhas, estando na categoria “poucas folhas secas”, sendo que no período de julho ate o inicio de novembro as plantas ficaram sem folhas verdes, sendo este o período considerado como descanço fisiológico para a espécie, devido especialmente a estiagem no estado, forma que a mesma encontrou para de manter no ambiente na ausência de água. A partir de novembro as primeiras folhas jovens começaram a surgir, se mantendo verdes e vigorosas ate o final de março, sendo que na ultima avaliação em abril de 2010 mais de 70% das plantas apresentavam poucas folhas e mais de 50% apresentavam folhas secas. Trabalhos como este são extremamente necessários, pois conhecer a fenologia de plantas silvestres é extremamente importante para o processo de manutenção de espécies nativas e melhoramento de espécies cultivadas. Palavras-chave: Germoplasma, Domesticação, Silvestre. 1 *: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia (POSAGRO/UFRR) e professor do Instituto Federal de Roraima (IFRR). Programa de Pós Graduação em Agronomia, POSAGRO. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. E-mail: [email protected] 2: Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agronomia pela UFAC. 3: Doutora em Agronomia, professora associada III do departamento de Agronomia da UNIR. 4: Engenheira Agrônoma, mestranda em Agricultura no Trópico Úmido pelo INPA. 5: Doutor em Agronomia, professor associado II da UFRR. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 82 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FERTILIZAÇÃO NITROGENADA NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO Tênnyson Costa EVANVELISTA1*, Teresinha Costa de ALBUQUERQUE2, Edvan Alves CHAGAS2, Aline das Graças SOUZA3 O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum.) é uma frutífera da região Amazônica que apresenta possibilidade de se tornar uma opção de negócio devido às características encontradas na polpa dos frutos como sabor agradável e aroma atrativo e de grande aceitação pelo consumidor. Atualmente, grande parte das informações utilizadas para o cultivo do cupuaçu é baseada em trabalhos realizados com o cacaueiro (Theobroma cacao), devido à proximidade taxonômica destas culturas. Alguns estudos têm demonstrado que o nitrogênio é um dos nutrientes mais absorvido pelas plantas de cupuaçu e também o que é exportado em maior quantidade pelos frutos, em torno de 5,7 kg t-1. O presente trabalho teve por objetivo estudar o efeito de diferentes níveis de nitrogênio na formação de mudas de cupuaçu. O experimento foi conduzido na Embrapa Roraima, em Boa Vista (RR). As mudas, com uma única haste com aproximadamente 8 cm de altura, foram transplantadas para sacolas plásticas de 1 L contendo substrato, que havia sido previamente fertilizado com fósforo e potássio. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro tratamentos e quatro repetições, utilizando-se 4 plantas por parcela. Como tratamentos foram testados quatro doses de nitrogênio (N) T1 = 0 g; T2 = 0,15 g; T3 = 0,30 g; e T4 = 0,60 g. Quando as plantas apresentavam em torno de 25 cm de altura e 3 a 4 folhas foi realizada a aplicação dos tratamentos. O N foi suprido na forma de solução de uréia de acordo com o tratamento especificado, utilizando-se 100 mL de solução por planta. Após 150 dias da aplicação dos tratamentos, foram realizadas as avaliações de altura das mudas (cm), número de folhas, massa da matéria fresca e seca (g) das folhas e do ramo, em separado, e das raízes. Os resultados foram submetidos à análise de variância, ficando demonstrado que a fertilização nitrogenada não causou efeito sobre o crescimento das mudas do cupuaçuzeiro, podendo-se inferir que as reservas apresentadas pelas sementes conseguem nutrir as plantas durante o período em que as mudas foram avaliadas. Palavras-chave: Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum., propagação, nutrição mineral. Agradecimento: Ao CNPq e EMBRAPA-RR pelo apoio financeiro. 1 FARES, Bolsista CNPq, Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 Boa Vista, RR, Brasil. *E-mail: [email protected] 2 Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 - Boa Vista, RR, Brasil. 3 Pós doutoranda Embrapa/UFRR. Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 - Boa Vista, RR, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 83 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FERTIRRIGAÇÃO EM PLANTAS DE CAMU-CAMU EM SOLOS DE CERRADO Diego Lima SILVA1*,Carlos Abanto RODRIGUEZ2,Edvan Alves CHAGAS3,Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE3, Aline das Graças SOUZA3, Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE4, Marcos Wanderley da SILVA4 O camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh) é uma fruteira amazônica, que cresce na margem dos rios e lagos de toda a bacia Amazônica. O seu habitat varia desde solos férteis da várzea do Peru, onde há influência direta dos sedimentos dos Andes, até solos de areia quartzosa das margens do Rio Negro. O camu-camu tem despertado grande interesse em alguns países pelo alto conteúdo de ácido ascórbico, que varia de 845 a 6.100 mg em 100 g de polpa. Em vista do potencial socioeconômico e nutricional desta fruta, existem boas perspectivas para o desenvolvimento do camu-camu em terra firme no Estado de Roraima. No entanto, por ser uma espécie nativa e pouco explorada, praticamente não existem tecnologias de manejo para o desenvolvimento do cultivo em áreas comerciais, sendo inexistentes recomendações de adubação. Nesse sentido objetivou-se determinar o efeito da aplicação de doses de nitrogênio aplicadas por meio da técnica de fertirrigação por gotejamento, no crescimento inicial de plantas de camu-camu em condições de campo. O experimento foi instalado com mudas oriundas do banco de germoplasma de camu-camu do INPA em janeiro de 2013 no campo experimental Agua Boa. O delineamento experimental foiem blocos ao acaso com cinco tratamentos (0; 40; 80; 120; 160 kg de N ha-1) oito repetições e sete plantas por unidade experimental. As variáveis avaliadas foram altura (cm) e número de brotos por planta. Os resultados obtidos nos sete meses de avaliação foram submetidos à análise de regressão (prob.<0,05), utilizando o programa computacional SISVAR. Verificou-se influência significativa das doses para altura de planta (cm) e número de brotos encontrandose um valor máximo de 90 cm com dose 120 kg de N ha-1 o qual foi estatisticamente superior a dose 0 kg de N ha-1 apresentando um valor de 71 cm de altura. Para o número de brotos, a dose que se destacou foi 80 kg de N ha-1 alcançando um valor de 23 brotos o qual foi superior à dose 0 kg de N ha-1que só obteve 12 brotos. Desse modo, pode-se inferir que o uso de N em fertirrigação é efetivo para o crescimento inicial de plantas de camu-camu em condições de cerrado no estado de Roraima. Palavras-chave: Myrciaria dubia, Cerrado, Irrigação, Nitrogênio. Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa Roraima. 1 Estudante do curso de agronomia- Universidade Federal de Roraima - Centro de Ciências Agrárias, Campus Cauamé 2 Estudante do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção VegetalUniversidade Federal de Roraima. 3 Embrapa-Roraima. 4 Estudante do Programa de Pós-Graduação em Agronomia- Universidade Federal de Roraima. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 84 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FITOSSOCIOLOGIA DE PLANTAS INFESTANTES EM ÁREA DE LAVRADO DE RORAIMA Yara Tereza Gonçalves CARDOSO1*, José de Anchieta Alves de ALBUQUERQUE1, Kelen Mendes ALMEIDA1, Thaís Santiago CASTRO1, Thatyele Sousa dos SANTOS1, Davair Lopes TEIXEIRA JUNIOR1 Na região Norte é raro os estudos das comunidades vegetais do ponto de vista florístico e estrutural. Os levantamentos fitossociológicos em área de cultivos são de grande importância para que se obtenha o conhecimento sobre as populações de plantas daninhas quanto aos parâmetros de frequência, abundância e da biologia das espécies encontradas, que, analisados em conjunto, indicarão as medidas de controle mais adequadas a utilizar. Objetivou-se com este trabalho realizar o levantamento fitossociológico de plantas infestantes em área de savana natural. O trabalho foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima- CCA/UFRR, município de Boa Vista/RR. A área utilizada para as coletas consistia em um latossolo amarelo, com precipitação média anual de 1.678 mm, umidade relativa do ar de 70% e a temperatura entre 20 a 38oC, sendo a média anual de 27,4oC. Para as coletas das plantas espontâneas foi utilizado um quadrado de ferro com dimensões de 0,50 x 0,50 m (0,25m2), lançado aleatoriamente 2 vezes em cada repetição, totalizando 24 amostras. Após as coletas as espécies foram levadas para o laboratório de Plantas Daninhas- CCA/UFRR, procedendo-se a contagem e identificação segundo a espécie botânica, nome popular e família. A partir dos resultados, determinaram-se os parâmetros fitossociológicos: frequência, densidade, abundância, frequência relativa, densidade relativa, abundância relativa, índice de valor de importância. Foram encontradas 16 espécies distribuídas em 16 gêneros e 7 famílias botânicas, sendo a espécie Trachypogon plumosus (Capim-fura-bucho) que apresentou o maior índices de plantas por hectare 63333,33. Essa espécie apresentou os maiores valores na maioria dos parâmetros fitossociológicos avaliados, destacando-se o índice de valor de importância, que foi de 62,01. Palavras-chave: Trachypogon plumosus, Cerrado, Plantas infestantes. 1 Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fitotecnia e Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300000 Boa Vista / RR. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 85 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FORMAÇÃO DE MUDAS DE CAMU CAMU UTILIZANDO ENXERTIA PRECOCE Verônica Andrade dos SANTOS1, Joanice Silvestre de SOUZA2, Edvan Alves CHAGAS3, Maria da Conceição da Rocha ARAÚJO4, Williams da Silva MATOS5*, Eumilene Costa BARBOSA2, Diego Lima SILVA5 O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh, Myrtaceae) é uma frutífera nativa encontrada nas margens inundáveis dos rios e lagos da Bacia Amazônica. Os frutos apresentam alto potencial de aproveitamento, pois são fonte natural de vitamina C. Apesar de sua propagação ser basicamente por semente, a formação de mudas pode ser obtida também vegetativamente, sendo muitas, as vantagens da propagação vegetativa, como o aumento na produtividade, maior uniformidade, precocidade, redução de doenças e reprodução de todas as características do material selecionado. Dentre os métodos de propagação vegetativa, destacase a enxertia. Sendo assim o objetivo do presente trabalho foi desenvolver uma técnica de antecipação de formação de mudas de camu-camu com uso de enxertia precoce. As enxertias foram realizadas no setor de fruticultura da Embrapa-RR. Foram selecionadas para formação dos porta - enxertos mudas de diferentes diâmetros provenientes de sementes de frutos de uma população natural do município do Cantá, semeadas em canteiro e depois transplantadas para sacos plásticos com capacidade de 3kg de solo. Para a copa foram coletados ramos provenientes de plantas adultas, produtivas e sadias, localizadas nas margens do rio Cauamé em Boa Vista – RR, logo após selecionou-se os garfos de acordo com os diâmetros dos porta enxertos utilizados. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado, composto por fatorial de 4x2, ou seja, quatro diâmetros de enxertia (3; 4; 6 e 8 mm de diâmetros ) e dois tipos de enxertia, utilizando-se o método de garfagem em fenda cheia e o inglês simples, com quatro repetições e 8 plantas por parcela. Após serem feitas as enxertias os enxertos foram cobertos com sacos plásticos transparentes para manter a umidade e em seguida colocados em casa de vegetação com irrigação constante, aos 20 dias após a enxertia retirou-se as fitas de enxertia e fez-se a avaliação da porcentagem de pegamento. Aos 30, 60, 90 e 120 dias foram avaliados as características de altura (cm) e diâmetro (mm) das plantas. A enxertia do tipo garfagem em fenda cheia proporciona maior pegamento, as mudas de camucamu podem ser enxertadas com 8 mm de diâmetro. Já os diâmetros menores utilizados não apresentam eficiência na tentativa de antecipação da enxertia. Palavras–chave: Myrciaria dúbia (H.B.K.) McVaugh, Propagação vegetativa, Produção de mudas. Apoio financeiro: CNPq/CAPES/EMBRAPA/UFRR 1 Pesquisadora Bolsista de pós-doutorado - CAPES/PNPD-Embrapa RR, Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR. 2 Estudante do curso de agronomia UERR, bolsista PIBITI-CNPq. 3 Eng. Agrônomo, Pesquisador da Embrapa-RR. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. 4 Doutoranda em Biodiversidade e conservação - Rede Bionorte – RR. 5 Universidade Federal de Roraima, Graduando do curso de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, Campus do Cauamé, BR 174, KM 12, Monte Cristo, CEP: 69300-000, Boa VistaRR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 86 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. GERMINAÇÃO IN VITRO E ACLIMATIZAÇÃO DE MUDAS DE MACAMBIRA (BROMELIACEAE) Franciane dos SANTOS1, Mariana de Souza SANTOS2, Thays Saynara Alves MENEZES3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula do Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6 A macambira (Bromelia laciniosa Martius ex Schultes f.) é uma planta ornamental da família Bromeliaceae, de ocorrência nas áreas secas do Nordeste, desde a Bahia até o Piauí. Este trabalho teve como objetivo estudar a germinação in vitro da macambira e a aclimatização das mudas. Para o ensaio de germinação, foram utilizados cinco tratamentos dispostos em delineamento inteiramente casualizado, com 100, 75, 50, 25 e 0% (água e ágar) dos sais do meio MS, com 10 repetições e 10 sementes cada. Todos os tratamentos foram acrescidos de 7 g.L-1 de ágar e 30 g.L-1 de sacarose e pH ajustado para 5,8. A germinação das sementes foi avaliada diariamente, sendo estimada a porcentagem de germinação e o índice de velocidade de germinação (IVG). O ensaio de aclimatização foi implantado em delineamento de blocos casualizados com cinco repetições e cinco plantas por repetição. Foram avaliadas cinco combinações de substratos: pó de coco: húmus de minhoca (2: 1); pó de coco: húmus de minhoca: areia (1: 1: 1), (2: 1: 1) e (2: 2: 1), e vermiculita: húmus de minhoca (2: 1). Todos os substratos foram acrescidos de 1 g.L-1 de calcário dolomítico. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Não houve diferença significativa entre as concentrações de sais MS quanto à porcentagem de germinação, com média geral de 93%. Quanto ao IVG, os tratamentos 0%, 25% e 50% de sais MS apresentaram os melhores resultados com índices variando entre 0,60 e 0,62. Na aclimatização das mudas, para as variáveis, número de folhas e de raízes e massa seca de parte aérea, com médias gerais 5,44, 4,52 e 127,64 mg, respectivamente, não houve diferença significativa entre os substratos estudados. Para a variável comprimento da maior raiz os substratos pó de coco: húmus de minhoca (2: 1) e pó de coco: húmus de minhoca: areia (2: 1: 1) e (2: 2: 1) apresentaram as maiores médias (6,23; 6,86 e 6,30 cm) e para massa seca de raízes os substratos pó de coco: húmus de minhoca: areia (1: 1: 1) e (2: 2: 1) proporcionaram os melhores resultados (130,16 e 98,12 cm). Com base nos resultados obtidos conclui-se que a germinação in vitro de B. laciniosa pode ser realizada em meio contendo apenas água e ágar e a para a aclimatização de mudas produzidas in vitro deve-se utilizar o substrato pó de coco: húmus de minhoca: areia (2: 2: 1). Palavras-chave: Bromelia laciniosa Martius ex Schultes f., Meio MS, Pó de coco. Créditos de financiamentos: Capes, CNPq, FAPEMIG 1 Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 2 Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. 3 Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais. 4 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 5 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia. 6 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 87 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. IDENTIFICAÇÃO DE ETNOBOTÂNICAS. ESPÉCIES A PARTIR DE COLETAS Bernardo TOMCHINSKY1*, Lin Chau MING1, Ari de Freitas HIDALGO2, Valdely Ferreira KINUPP3. A dificuldade de identificar espécies de plantas a partir de coletas etnobotânicas sempre foi limitante para o desenvolvimento desta área do conhecimento e já foi relatado por outros autores. O curto período de execução destes trabalhos, a variação no período de florescimento entre espécies e ao longo do ano, assim como a coleta de algumas espécies de acesso difícil ou cultivadas através de propagação vegetativa limitam a coleta de exsicatas férteis, requisitadas pela grande maioria dos herbários para a identificação e incorporação das plantas. A estes se soma a dificuldade que neste tipo de trabalho parte-se do conhecimento de populações tradicionais que possuem um sistema de classificação próprio e diferente do acadêmico. O objetivo deste trabalho foi avaliar as limitações da identificação botânica realizada a partir de coletas do trabalho etnobotânico “Plantas antimaláricas utilizadas na região de Bracelos, AM”. Foram realizadas 55 entrevistas semiestruturadas em sete diferentes comunidades da região de Barcelos/ AM. As plantas indicadas para o tratamento da malária foram coletadas e armazenadas através do método molhado, com a imersão das amostras em álcool e posterior secagem no herbário EAFM – IFAM. As espécies foram identificadas pelo curador deste herbário. Das 120 plantas indicadas para o tratamento da malária e de seus males associados que foram coletadas durante dois períodos do ano apenas 40 % continham estruturas reprodutivas. Foram coletadas 26 espécies cultivadas através de propagação vegetativa e uma espécie monocárpica que floresce após mais de 20 anos de período vegetativo. Foram recolhidas cinco amostras de vegetais como raízes, pedaços de casca e resinas de plantas. Ocorreu a coleta equivocada de plantas quando a indicação de uso foi feita por um colaborador e a coleta da planta foi realizada por outro. Doze plantas não foram identificadas em nível de espécie e duas espécies não foram identificadas em nível de gênero. Conclui-se que pesquisas etnobotânicas de campo necessitam de métodos específicos para a análise de suas coletas e nem sempre é possível obter exsicatas férteis para a identificação destas plantas. Métodos modernos baseados na análise fitoquímica, DNA, fotografias ou arquitetura foliar podem auxiliar na superação destes problemas, porém a existência de poucos herbários ou especialistas que aceitem em suas coleções materiais estéril, amostras de plantas ou amostras etnobotânicas ainda são o principal fator limitante para a identificação de espécies vegetais em trabalhos etnobotânicos. Palavras-chave: Herbário, Etnobotânica, Coleções vegetais, Botânica de campo Financiamento: CNPq e FAPESP 11 FCA/UNESP, Fazenda Lageado, Departamento de Horticultura, CEP: 18.610-307. Botucatu/SP; 2FCA/UFAM, Câmpus Universitário. Cep: 69077-000 – Manaus/ AM; 3 IFAM/CMZL, Herbário EAFM,– Manaus,AM *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 88 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO TRADICIONAL NO USO DE PLANTAS QUE CURAM Odivilson da SILVA1*, Daniel Adalberto da SILVA1, Mariana Souza da CUNHA1 As plantas vêm sendo utilizadas com finalidades terapêuticas há milhares de anos. Seu uso na medicina popular foi propagado oralmente de geração em geração. O conhecimento sobre o uso de plantas para fins medicinais na comunidade Pedra Preta não advém somente do contato que essas populações tem com o ambiente como também da passagem oral desse conhecimento de geração em geração. Porém, o processo de aculturação, onde as novas gerações buscam os meios modernos de comunicação, tem acarretado a perda desta tão valiosa transmissão oral. Outro fator que se soma a esta perda cultural é a destruição do habitat natural em que estão inseridas estas sociedades. O presente estudo foi realizado na Comunidade Pedra Preta, região das Serras, Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Município de Uiramutã/RR. A proposta teve como objetivo pedagogicamente discutir, conhecer, valorizar e divulgar a importância do conhecimento tradicional no uso das plantas medicinais que curam as doenças mais comum da comunidade. Os métodos utilizados para atingir os objetivos da proposta foi a pesquisa-ação, por meio de instrumentos aplicados na reunião comunitária, visita domiciliar, como questionário, entrevistas, fotos e observação. Com os estudantes do 8º ano foi realizado estudos de literaturas sobre plantas medicinais, realização de oficinas de desenhos e produção textual, pesquisa de campo para registrar e conhecer as plantas e seminário para despertar a importância e a valorização do uso de plantas medicinais. Identificou-se que a comunidade de Pedra Preta, mesmo reconhecendo o uso de plantas nativas local, ainda não havia iniciativa de incorporar os conhecimentos na vida cotidiana e os moradores que interagiram na pesquisa demonstraram o desejo de ensinar e valorizar os conhecimentos sobre o uso de plantas. Registramos também as plantas mais usadas e conhecidas popularmente para o tratamento da gripe, a alfavaca, Xi’pinye/apusin café-bravo, Karaasaiye’ imbaúba, Kamanye’ salva do campo, Kiyawiye’ e vassourinha, Tu’tumaiye’ e para o tratamento da diarreia foram araçazeiro, Kanoye’ barba-de-bode, Maturai, maniva, Kîseye’ maruai, Maruwai e mirixi, Puruye’. Nessa abordagem procurou-se facilitar a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural na construção de conhecimentos. Portanto, esse trabalho se propôs a desenvolver o interesse dos estudantes pela importância do conhecimento tradicional no uso de plantas que curam inserindo noções básicas de saúde e doenças. Palavras-chave: Medicina tradicional, Povos indígenas, Educação, Plantas medicinais Apoio: Pibid, Capes, UFRR 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa Vista-RR, Brasil. *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 89 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INDICADORES FINANCEIROS DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM RORAIMA Marcos WANDERLEY DA SILVA1*, Marcelo Francia ARCO-VERDE2, Carlos Abanto RODRIGUEZ3, Ruy Guilherme CORREIA4, Francisco Cemilto da Silva MACIEL5, Ricardo Manuel Bardales LOZANO6, Antônia Dianaia Oliveira LOPES7. O desflorestamento da Amazônia tem contribuído substancialmente para o crescimento das mudanças climáticas e a sociedade sensibilizada tem desencadeado um processo de mobilização que visa conter suas causas e desenvolver medidas mitigadoras que venham contribuir com a redução dos impactos ambientais e sociais. Os sistemas agroflorestais (SAFs) surgem como uma opção viável entre os sistemas de produção sustentáveis existentes, com o principal objetivo de contribuir para a segurança alimentar e o bem-estar social e econômico dos produtores rurais, entretanto os estudos existentes têm enfatizado a relevância de suas funções biofísicas e deixado às questões socioeconômicas. Nesse contexto objetivouse analisar a viabilidade financeira de sistemas agroflorestais em Roraima. O estudo foi desenvolvido a partir de um levantamento de dados secundários de modelos de sistemas agroflorestais (SAFs) disponibilizados pelos centros da Embrapa, universidades e organizações não governamentais, as culturas e variáveis de produção utilizadas por espécies foram: feijao-Caupi (peso dos grãos), mandioca (peso das raízes), milho (peso dos grãos), banana (peso do cacho), cupuaçu (peso da polpa do fruto) e andiroba (peso do fruto e volume total de madeira). Para o cálculo dos indicadores econômicos utilizou-se a planilha eletrônica “Amazon SAF”–Excel. Para proceder a análise dos indicadores realizou-se o fluxo de caixa para uma hectare de SAF. A análise foi realizada para um período de 20 anos. A metodologia utilizada para a realização da análise dos indicadores de viabilidade financeira considerou as atividades de mão-de-obra e os insumos requeridos nas diversas fases de implantação e manutenção do sistema. Segundo os resultados o cupuaçu demandou a maior quantidade de mão-de-obra devido ao tempo de permanência no sistema, quantidade de plantas e tratos culturais. Verificou-se que na relação custos e receitas obteve-se um resultado maior nas receitas em todos os componentes, principalmente na andiroba e cupuaçu. Nos componentes ingá e gliricídia não apresentam receitas, todavia desempenham suas funções como adubadoras. A banana e a mandioca obtiveram os melhores resultados econômicos nos primeiros anos do projeto. Nesse sentido o modelo de SAFs avaliado apresenta viabilidade financeira pelo Valor Presente Líquido, pela Taxa Interna de Retorno e Razão Benefício/Custo para o município de Caroebe. Palavras-chave: iLPF, SAFs, Amazon SAF, Caroebe. 1 Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Florestas. 3 Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. 4 Instituto Federal de Roraima- IFRR. 5 Palmaplan Agroindustrial Ltda. 6 Doutorando Rede Bionorte. 7 Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 90 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INDUÇÃO DE CALOS A PARTIR DE EXPLANTES FOLIARES DE mamoeiro Thais Lazarino MACIEL1*; Adésio FERREIRA2, Wellington Ronildo CLARINDO2 O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma frutífera de importância econômica em vários países. Tendo em vista os problemas gerados pela propagação seminal da espécie, faz-se necessário o uso de técnicas de cultura in vitro. Nesse contexto, a embriogênese somática indireta, envolvendo uma etapa de calogênese, permite a propagação clonal e massal de genótipos elite. O objetivo deste estudo foi induzir a calogênese a partir de folhas de plantas masculinas, femininas e hermafroditas do mamoeiro. Fragmentos foliares foram desinfestados e inoculados em meio de cultura ½MS, contendo cinco diferentes concentrações de ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), 1, 2, 3, 4 e 5 mg L-1. Cinco explantes foliares foram inoculados em cada placa de Petri, sendo a face adaxial em contato com o meio. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado, com nove repetições para cada concentração de 2,4-D. Todos os dados foram avaliados por meio da análise de variância (ANOVA), teste de Duncan a 5 % de probabilidade e análise de regressão. A partir do protocolo de desinfestação empregado, o percentual máximo de contaminação foi de 15,6%. Considerando este índice, folhas jovens representam uma fonte adequada de explante de plantas adultas do mamoeiro para indução de embriogênese somática. Após 15 dias, calos foram induzidos em todos os meios de cultivo. Em geral, os calos apresentaram coloração esbranquiçada e foram iniciados na porção da nervura. Esse aspecto morfológico sugere que estes são friáveis. Além disso, a ocorrência dos calos na porção da nervura evidencia que a competência embriogênica se limita a essa área. Com base na análise estatística, o número de explantes responsivos mensurado para cada um dos meios de cultura não diferiu significativamente. Independente da concentração, o 2,4-D possibilitou a indução de calogênese. De acordo com esse resultado, sugere-se que para indução de calos friáveis, a partir de explantes foliares dos três tipos sexuais da espécie, se utilize menores concentrações da auxina sintética 2,4-D. Nesse contexto, verifica-se que folhas dos três sexos das plantas do mamoeiro foram adequadas quanto à capacidade de formação de calos. Os resultados obtidos nesse estudo podem contribuir para o aperfeiçoamento de protocolos para as técnicas in vitro de cultivo do mamoeiro. Palavras–chave: Ácido 2,4-diclorofenoxiacético, Calogênese, Mamoeiro. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP 29500-000, Brasil. 2: Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia, Professor e Pesquisador, Alto Universitário, s/nº, Guararema, Cx. postal 16 | Alegre - ES, CEP 29500-000, Brasil. *autor para correspondência: [email protected]. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 91 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO E ESPAÇAMENTO DE PLANTIO NOS TEORES DE DE ANTOCIANINAS EM FRAMBOESAS Paula Nogueira CURI1*, Matteus Heberth Ribeiro do VALLE2, Lucas Pinto BOTELHO2, Rodrigo Vieira BALBI2, Glênia Ferreira GUIMARÃES², Assis Francisco FERREIRA2 As framboesas são apreciadas por sua delicadeza, aroma, cor e sabor inigualável. Inserida no rol das pequenas frutas, apresentam propriedades funcionais que despertam o interesse do consumidor e torna seu cultivo uma excelente opção para a agricultura familiar. Este trabalho teve como objetivo avaliar o teor de antocianina em frutos de framboeseiras ‘Batum’, comparando plantas cultivadas em dois espaçamentos (0,5 m e 1,0 m entre plantas) sendo 3,0 m entre linhas, e sob diferentes níveis de radiação em framboeseiras cobertas sobre o dossel da plantas com um plástico leitoso de 150 mµ de espessura e plantas á céu aberto. O experimento foi realizado no pomar da Universidade Federal de Lavras, em Lavras-MG, em janeiro de 2013. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, sendo o primeiro fator, os dois espaçamentos e o segundo fator, o uso ou não da cobertura plástica influenciando assim nos diferentes níveis de radiação solar, com seis blocos e 10 plantas por parcela. A radiação fotossinteticamente ativa (RFA, 400-700nm) foi medida no dia da coleta dos frutos para as análises, através de sensores providos de cinco células fotovoltaicas, os sensores foram conectados a dataloggers Campbell CR21X com leituras a cada 30 seg. e médias armazenadas a cada 30 min. Após a colheita, as framboesas foram levadas para o Laboratório de Pós-Colheita do Departamento de Ciências dos Alimentos da UFLA onde se procedeu à seleção quanto à uniformidade de cor e ausência de injúrias mecânicas ou fisiológicas. No dia da colheita os frutos frescos foram submetidos às análises de antocianinas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Não houve diferença na quantidade de antocianinas nas framboesas produzidas nos dois espaçamentos. Já framboesas que estavam cobertas a quantidade de antocianinas foi maior, quando comparada as plantas descobertas. Como o aumento da quantidade de antocianinas é influenciado sobre condições de estresse acredita-se que a cobertura plástica, por registrar menor radiação tenha influenciado no aumento da síntese de antocianinas. Palavras-chave: Rubus idaeus L., Plasticultura, qualidade. Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq. 1: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de PósGraduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200000, Lavras-MG, Brasil. 2: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 92 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INFLUÊNCIA DE COBERTURA FENOLÓGICO DE FISÁLIS PLÁSTICA NO COMPORTAMENTO Pedro Henrique Abreu MOURA1*, Rafael PIO1, Paula Nogueira CURI1, Rodrigo Vieira BALBI2, Assis Francisco FERREIRA2, Pedro Augusto de Oliveira SILVA2 A fisális (Physalis peruviana L.) é considerada uma fruta fina, de grande valor nutritivo e econômico. Pertencente à família Solanaceae, essa pequena fruta é originária da Amazônia e dos Andes, possuindo variedades cultivadas na América, Europa e Ásia. No Brasil é popular no norte e nordeste, mas devido a sua fácil adaptação a diversas condições edafoclimáticas, os plantios se expandiram para a região sul do país, São Paulo e recentemente têm chegado ao sul de Minas Gerais. O conhecimento fenológico permite um maior detalhamento na descrição do ciclo das culturas, possibilitando incrementos produtivos e produção de frutos de qualidade, porém a fenologia pode variar de acordo com as condições do local de cultivo. A adoção de cobertura plástica nas linhas de plantio é uma técnica muito utilizada na produção de uvas, para evitar o excesso de precipitação sobre as plantas e com isso manter a qualidade das frutas. Visando a utilização desta técnica no cultivo da fisális, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da cobertura plástica no seu comportamento fenológico, quanto ao desenvolvimento dos botões florais a frutos maduros, em comparação às plantas cultivadas a céu aberto. O experimento foi realizado no pomar da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A cidade de Lavras está localizada no sul de Minas Gerais e possui clima do tipo Cwb (tropical de altitude), com inverno seco e verão chuvoso, segundo a classificação de Köeppen. Foram utilizadas duas linhas de plantio com 60 plantas de 6 meses de idade. Uma linha com plantio a céu aberto e outra coberta com plástico leitoso de 150 µm de espessura, a uma largura de 1,4 m e a 40 cm acima da extremidade das hastes das plantas. Foram marcados 36 botões florais em cada uma das duas linhas de plantio e o desenvolvimento acompanhado com marcação do período em dias, do início do crescimento do botão floral, passando pela abertura da flor até a colheita do fruto no ponto de maturidade, determinado pela coloração do capúleo. Após apuração dos dados quantitativos, concluiu-se que a utilização da cobertura plástica sobre as plantas não influenciou no comportamento fenológico da fisális, sendo de 45 dias o período de crescimento do botão floral à colheita do fruto maduro. O resultado é positivo, visto que a utilização da cobertura plástica com intuito de manter a qualidade dos frutos não influenciou no comportamento fenológico da fisális. Palavras-chave: Physalis peruviana L., Plasticultura, Fenologia, Small fruits. Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 93 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INIBIÇÃO DA Α-GLUCOSIDASE POR EXTRATOS DE Byrsonima garcibarrigae CUATREC. (Malpighiaceae) Tallita Marques MACHADO1*, Lucileno José Araújo de LIMA1, Emerson Silva LIMA1, Fernanda GUILHON-SIMPLICIO1 Byrsonima garcibarrigae é uma espécie arbórea com prevalência no estado do Amazonas (Brasil), tendo potencial farmacológico e constituição química ainda muito pouco conhecida. Este trabalho teve como objetivo investigar o potencial antidiabético desta espécie via inibição da enzima α-glucosidase in vitro. As cascas do caule foram secas em estufa de ar circulante a 45°C, moídas em moinho de facas e extraídas por maceração em ultrassom com os solventes hexano, acetato de etila e metanol, sequencialmente. A partir dos extratos secos fez-se o teste de inibição da α-glucosidase obtida da Saccharomyces cerevisiae (EC.3.2.1.20) em uma microplaca de 96 poços.O sistema contendo os extratos na concentração de 100 µg.mL-1 e a enzima foi incubado a 37°C por 30 minutos em pH 6,8. Quercetina foi utilizada como controle positivo. O percentual de inibição foi calculado em função do controle negativo (DMSO). A concentração inibitória a 50% (CI50) foi calculada por meio do programa Origin®. O percentual de inibição da α-glucosidase in vitro dos extratos hexano, acetato de etila e metanol foi de 74,9±1,5, 92,1±0,4 e 96,8±0,3, respectivamente, e a CI50 (X ± s µg.mL-1) de 3,53 ± 0, 80, 3,21±2,05 e 1,09 ± 0,32, respectivamente. A quercetina apresentou o percentual de inibição de 114,1 ± 4,2 e o CI50 de 2,89 ± 0,18. Todos os extratos de B. garcibarrigae inibiram de modo significativo a enzima α-glucosidase, entretanto, o extrato metanol foi o que apresentou maior inibição e menor CI50. A inibição da α-glucosidase pode estar relacionada com a presença de compostos fenólicos. Em trabalhos anteriores mostramos que o extrato metanol possui grande teor de compostos fenólicos, 61,43%, sendo a maioria taninos e flavonoides, além de expressiva atividade antioxidante. Devido à característica estrutural comum a todos os compostos fenólicos, que é a presença de anéis hidroxilados, eles têm a capacidade de complexar proteínas e atuar com antioxidantes, sequestrando os radicais presentes nos receptores da enzima impedindo que se liguem ao seu substrato. Assim, eles podem inativar a α-glucosidase e impedir que a glicose seja clivada. Logo, o extrato metanólico de Byrsonima garcibarrigae pode ser indicado como promissora fonte de substâncias biologicamente ativas, sendo necessários novos ensaios a fim de avaliar se as respostas encontradas in vitro são compatíveis in vivo. Palavras-chaves: Inibição enzimática, α-glucosidase, Byrsonima garcibarrigae Agradecimentos: FAPEAM, UFAM e PET-FARMÁCIA. 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Rua Alexandre Amorim, 330, Aparecida, CEP: 69010-300, Manaus-AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 94 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INVENTÁRIO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS UTILIZADAS NA ARBORIZAÇÃO DAS PRAÇAS DE MANAUS/AM. Yêda Maria Boaventura Corrêa ARRUDA1*, Dilma Carolina Albuquerque LIMA2, Aline Jôsy Jeronimo da ROCHA3 A praça é um tipo de área verde, cuja principal função é lazer e recreação, por isso nesse espaço a vegetação é implantada e oferecida infraestrutura adequada. O objetivo do trabalho foi inventariar e mensurar as espécies arbóreas plantadas em 24 praças, localizadas em seis zonas, da cidade de Manaus. O inventário das árvores (≥ 10 cm de diâmetro a altura do peito – DAP) foi realizado pelo censo total; foram mensurados o diâmetro do tronco, a altura total e o diâmetro de copa. Foram inventariados 518 espécimes, sendo 18 não identificadas. Os indivíduos arbóreos estão distribuídos em 16 famílias botânicas, 31 gêneros e 38 espécies. As famílias mais abundantes foram Anacardiaceae (111 espécimes), Leguminosae-papilionoideae (110 espécimes) e Chrysobalanaceae (100 espécimes); as famílias Apocynaceae e Bombacaceae foram as de menor abundância, ambas com uma espécime. Registrou-se um maior número de espécies exóticas (n = 22; 259 espécimes) em relação às espécies nativas da vegetação brasileira (n = 6; 184 espécimes) e nativas do bioma amazônico (n = 10; 51 espécimes). Houve uma grande variação no diâmetro e na altura total dos indivíduos inventariados nas 24 praças de Manaus. As espécies que contribuíram mais para o sombreamento nas praças, considerando a área de copa, foram Licania tomentosa (oiti), com 10.711,3 m2, e Ficus elastica (fícus marrom), com 4.274,5 m2. Observou-se que não há um planejamento para o plantio das espécies arbóreas nas praças da cidade de Manaus. Palavras-chave: Arborização Urbana, Diversidade, Botânica Aplicada. 1 Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I, CEP 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 2 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia Florestal, Manaus-AM, Brasil. 3 Universidade do Estado do Amazonas, Escola Superior de Tecnologia, Curso de Engenharia Florestal, Manaus-AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 95 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INVENTÁRIO DE PLANTAS USADAS COMO ALIMENTO POR LEPIDOPTERA EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA Williane Gomes do NASCIMENTO1; Tiara Tamar Peres BASILIO¹,2*; Ewerton Calixto da SILVA¹; Rebeca Medeiros Rodrigues de BRITO¹; Raphael Valério MEDEIROS¹; Adriana Monteiro de ALMEIDA¹,3 O presente trabalho tem como finalidade realizar um inventário de espécies de plantas usadas como alimento por Lepidoptera. Com este inventário é possível entender a distribuição das espécies de plantas hospedeiras no tempo e no espaço, e assim fazer uma caracterização da área de estudo através de sua vegetação. O estudo foi desenvolvido na Mata do Jiqui, um fragmento remanescente de Mata Atlântica com 80 ha, localizado em Parnamirim, Rio Grande do Norte (5°55’48”S e 35°11’06”W). A área de estudo foi amostrada mensalmente de fevereiro de 2008 a junho de 2013. O fragmento foi divido em três ambientes distintos: borda - área de borda entre o ambiente de mata e uma plantação experimental de coqueiros, centro ambiente de interior de mata, e margem - área de mata ciliar ao longo do rio Pitimbu. Em cada ambiente foi delimitado um transecto permanente de 500m de comprimento dividido em seções de 25m. A cada coleta mensal foram sorteadas quatro seções totalizando 100m de comprimento por 2m de largura em cada ambiente. Todas as lagartas encontradas foram amostradas junto com as plantas hospedeiras que foram utilizadas para alimentação até as lagartas passarem para a fase de pupa. As exsicatas das plantas hospedeiras foram posteriormente identificadas. Das 622 amostras coletadas foram identificadas 424 amostras, divididas em 25 famílias botânicas. Dentre as plantas hospedeiras a família mais abundante é Fabaceae, com 88 amostras (21%), seguida por Dilleniaceae (15%), Rubiaceae (14%) e Myrtaceae (11%) com 65, 49 e 48 amostras respectivamente. As famílias que só ocorreram na borda foram Malvaceae e Solanaceae, enquanto a família Erythroxylaceae só foi observada no centro. As famílias que apresentam maior abundância na área de margem do rio são Anacardiaceae, Dilleniaceae e Myrtaceae. Da mesma forma as famílias Bignoniaceae, Fabaceae, Malpighiaceae, Sapindaceae e Poaceae foram mais abundantes na borda. No centro prevaleceram as famílias Rubiaceae e Polygonaceae. Doliocarpus sp. é a hospedeira mais utilizada pelas lagartas (10%), seguido pelas espécies Eugenia hirta (8%), Cordieira myrciifolia (8%), Bauhinia cheilanta (6%) e Senna macranthera (6%). A Mata do Jiqui apresenta ambientes com características e diversidade de espécies botânicas distintas. Apesar de ser um fragmento urbano podemos inferir que está em um bom estado de conservação, portanto é de extrema importância conservá-lo. PALAVRAS-CHAVE: Hospedeiras, Lepidóptero, Mata do Jiqui. 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Laboratório de Ecologia e Conservação da Biodiversidade, CEP 59072 – 970, Natal/RN, Brasil. 2 *autor para correspondência: [email protected] 3 Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia, Centro de Biociências, CEP 59072 – 970, Natal/RN, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 96 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. JOGO PEDAGÓGICO PASSA OU REPASSA DO REINO PLANTAE Clediane Gomes DE SOUZA1*; Andressa Raquel Stroschein SGANZERLA2; Paula Karoline Da Cruz DE ALMEIDA3; Silvana Tulio FORTES4. O lúdico auxilia no desenvolvimento da cooperação, da socialização e das relações afetivas, de modo a contribuir para a construção do conhecimento e os jogos pedagógicos vêm ganhando força como ferramenta lúdica na medida em que desenvolvem níveis diferentes de experiência pessoal e social, enriquecem a personalidade e a criatividade e possibilitam a construção da autoconfiança dos alunos. Nosso desafio foi produzir um jogo original com abordagem dos conteúdos de botânica, ou seja, do Reino Plantae tratados no tema estruturador diversidade da vida, geralmente no 2º ano do ensino médio. A elaboração do material didático lúdico envolveu a análise do conteúdo em livros didáticos do ensino médio, pesquisa em artigos, revistas e sítios virtuais, livros de botânica para ensino de graduação, além de conhecimento do acervo de jogos do Laboratório de Ensino de Biologia (LabenBio) da Universidade Federal de Roraima UFRR). Desta forma, inspirado no jogo “BIOTA, O jogo da biodiversidade” de Simone Gregório, Simone Oku, Helena Pacca e Ligia Carvalhal, da Universidade de São Paulo, foi elaborado o jogo PASSA OU REPASSA DO REINO PLANTAE abordando características morfológicas, importância ecológica e econômica de Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. O jogo é composto por 30 cartas no tamanho 12x15cm, impressas a laser colorido em papel 180g. Cada carta refere-se a uma planta específica e contém 10 dicas, cuja leitura conduz o jogador a desvendar a planta correspondente, além de uma ilustração obtida digitalmente a partir de desenhos ou fotografias originais, nome científico e nome vulgar. Para jogar são necessários pelo menos três participantes ou no máximo quatro grupos, sendo essencial um mediador que sorteia uma cartela onde as dicas serão lidas na seqüência de 1 a 10. Para auxiliar a “identificação” da planta os jogadores poderão contar com o auxilio do glossário que acompanha o jogo, o qual contém 155 termos relacionados à botânica. Este jogo poderá ser utilizado durante o desenvolvimento de atividades no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da UFRR, bem como dos estágios de regência nas escolas da educação básica de Boa Vista, Roraima. Palavras-chave: aprendizagem, jogo educativo, botânica.1 1. Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRR; * autor para correspondência: [email protected]; 2. Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRR; 3. Acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – UFRR; 4. Doutora em Micologia; Coordenadora do Laboratório de Ensino de Biologia da Universidade Federal de Roraima. Laboratório de Micologia. Av. Capitão Ene Garcez, 2413, CBio, Sala 11, Aeroporto, 69304000, Boa Vista, RR – Brasil; [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 97 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO RORAIMA BOTÂNICO NA COMUNIDADE CACHOEIRINHA EM Edilene da Silva HENRIQUE1*, Mariana Souza da CUNHA1, Jocivânia de OLIVEIRA1, Elias João da SILVA1 Atualmente, a maioria dos povos indígenas não praticam mais as atividades de coleta, pois convivem em grupos de pessoas, chamadas de comunidades, onde realizam o plantio das espécies que servem na medicina tradicional entre outras atividades. Na comunidade Cachoeirinha existem plantas que servem para diversas utilidades, como remédios caseiros, alimentação, construção de casas, cercas para curral e lenhas para cozinhar os alimentos. O levantamento sobre as plantas foi realizado através de pesquisa de campo na área da comunidade Cachoeirinha, município de Pacaraima-RR. As plantas mais freqüentes neste ambiente foram identificadas por nome científico, popular, na língua macuxi e as formas de uso de cada uma respectivamente. A partir deste levantamento foram identificadas várias famílias botânicas, sendo as mais expressivas, Myrtaceae, Arecaceae, Malpighiaceae e Sapindaceae. Os indivíduos mais representativos foram: Byrsonima crassifolia (Malpighiaceae), mirixi do campo, mîrîpî, utilizado na alimentação através de suco, remédios caseiros contra diarréia causada por vermes, proteção dos dentes contra cáries e como lenha; Mirixi de galega (Malphigiaceae), mîreiye, é utilizado na alimentação através de suco, remédios caseiros contra diarréia causada por comidas e lenhas; Bowdichia virgilioides (Fabaceae), paricarana, urîmure´, é utilizado como remédio caseiro contra micose, sarna e é excelente para lenha; Hymenaea courbaril (Fabaceae), jatobá, mîire, serve para alimentos, as madeiras são excelentes para fazer cercados, curral e para tirar tábuas; Genipa americana (Rubiaceae), jenipapo, Ruku, suco serve para anemia, lenha e madeira para construção de casa; Spondias monbim (Anacardiaceae), taperebá, mo´pe, serve como alimentação e suco; Myrciaria paraensis(Myrtaceae), caçari, nome não identificado na língua macuxi; Psidium guianeense (Myrtaceae), araçá, kanon, serve de alimento e lenha; Syagrus cearensis (Arecaceae), coco babão, nome na língua não identificado, serve somente de alimento; Melanoxilon brauna (Sapindaceae), maria preta, nome na língua macuxi não identificado, serve para alimento, remédio, banho para curar certas doenças como feitiço e pessoas de luto. Os resultados mostram que o ambiente da comunidade é um ecossistema importante para a manutenção da biodiversidade, por isso devemos preservar para as futuras gerações que corre o risco de não conhecer mais esses recursos. Palavras-chave: Plantas nativas, Alimentação, Comunidade cachoeirinha, língua macuxi Apoio: Pibid, Capes, UFRR 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa Vista-RR, Brasil. *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 98 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO DA DIVERSIDADE E IMPORTÂNCIA DO USO DAS PIMENTAS EM RORAIMA Karla Santana MORAIS1, Andréia Cordovil da SILVA1, Lucianne Braga Oliveira VILARINHO1* Desde os povos antigos até os dias atuais as pimentas do gênero Capsicum são usadas mundialmente, consideradas uma das mais importantes especiarias, tornaram-se indispensáveis na culinária de algumas culturas. Além de realçar sabor e proporcionar picância a diversos pratos, também apresentam utilidades na medicina tradicional humana, confirmando sua importância para a saúde, uma vez que é uma boa fonte de vitamina A e C. As espécies mais consumidas no Brasil são: Capsicum baccatum e Capsicum chinense. Em Roraima, as espécies mais consumidas por indígenas e não indígenas são as Capsicum chinense e Capsicum frutescens. As formas de uso das pimentas em Roraima são muito variadas. Do ponto de vista cultural as pimentas podem assumir diferentes formas simbólicas, refletidas diretamente em sua forma de uso. Além disso, o emprego medical da planta em Roraima é muito forte. A grande maioria é proveniente das culturas indígenas, sendo muito bem aceita pelas populações migrantes que se adaptam muito facilmente aos gostos e sabores das pimentas regionais. Embora haja distinções na forma de uso das pimentas pelos indígenas e não-indígenas ambos se aproveitam quase que exclusivamente para uso alimentar. Na Amazônia brasileira, o cultivo de pimentas do gênero Capsicum pode ser uma importante fonte alternativa de geração de divisas para as populações agrícolas (indígenas e não indígenas) da região. Isto porque há um rico potencial regional muito pouco conhecido e /ou explorado de forma organizada, embora se admita que o Brasil e, principalmente a Amazônia, seja um importante centro secundário de espécies domesticadas. Características agronômicas e variações ambientais interferem diretamente na produção de metabólitos secundários. O projeto de pesquisa “Capsicum da Amazônia: valores culturais, econômicos e nutricionais”, vem desenvolvendo atividades laboratoriais de identificação e caracterização dos metabólitos secundários, influenciados pelas condições ambientais de cultivo desse gênero no Estado de Roraima. Palavras - chave: Amazônia, Capsicum, medicinal, cultura, indígenas. 1 Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional 99 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE BROMÉLIAS OCORRENTES NO ESTADO DE SERGIPE. Sylvia Dantas VIEIRA1*, Franciane dos SANTOS1, Renata Silva MANN2, Luciane Vilela RESENDE3, Allívia Rouse Carregosa RABBANI4, Maria de Fátima ARRIGONIBLANK5, Arie Fitzgerald BLANK6. Este trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar através do marcador molecular ISSR algumas bromélias ocorrentes no Estado de Sergipe. Para a realização da coleta dos indivíduos foram elaboradas expedições para diversos municípios do Estado de Sergipe (Itabaiana, Simão Dias, Frei Paulo, Poço Redondo), em todos os locais foi realizado o mapeamento como auxílio de um GPS. Os acessos foram codificados e foram usados para criar um Banco Ativo de Germoplasma em casa de vegetação no Departamento de Engenharia Agronômica (DEA) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Para a extração de DNA foi utilizado o protocolo Doyle & Doyle e o preparo das amostras e as análises moleculares foram realizadas no Laboratório Central de Sementes da Universidade Federal de Lavras – UFLA. Foram utilizados 11 primers, o volume total da reação foi de 12 µL contendo DNA, iniciadores, água ultrapura esterilizada, tampão para PCR, DNTP e enzima. Em seguida o material foi amplificado e foi feita a eletroforese a 100 v por 2 horas e 30 minutos em gel de agarose 1,5% e visualizado. O perfil eletroforético de cada gel foi transformado em uma matriz binária, sendo a presença do fragmento representada por 1 e ausência representada por 0. A matriz de similaridade do coeficiente de Jaccard foi obtida a partir do programa XLSTAT e o dendrograma foi construído utilizando o método do grupo com média aritmética não ponderada (UPGMA). O dendrograma mostrou a formação de vários grupos entre os acessos do BAG, sendo que alguns grupos foram formados apenas com acessos coletados no mesmo município, Itabaiana (BRO-094, BRO-073, BRO-065, BRO-068, BRO-072, BRO-076, BRO078, BRO-97), como também houve agrupamentos, no qual os acessos (BRO-036, BRO-016, BRO-017, BRO-049, BRO-110) foram coletados em municípios diferentes, mas pertence à mesma subfamília (Bromelioideae). Conclui-se que o marcador ISSR é eficiente na caracterização molecular dos acessos de bromélia e que existe alta diversidade genética entre os acessos do Banco Ativo de Germoplasma de Bromélia. Palavras-chave: ISSR, Bromeliaceae, Banco Ativo de Germoplasma. 1* Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São Cristóvão-SE, Brasil. 1 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Florestal. 2 Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. 3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, CampusUniversitário, - 37200-000 - Lavras-MG, Brasil. 4 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Agronomia, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São Cristóvão-SE, Brasil. 5 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Agronomia, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São Cristóvão-SE, Brasil. 6 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Agronomia, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, Av. Marechal Rondon, s/n – 49100.00 – São Cristóvão-SE, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional100 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E DEVOLUÇÃO DE CONHECIMENTO NO MUNICÍPIO DE ALEGRE-ES. Thais Lazarino MACIEL1, Vivian França MAINARDI¹, Amélia Carlos TULER2, Wagner Miranda BARBOSA3, Nina Claudia Barboza da SILVA4. Grande parte da população nos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, utiliza as plantas medicinais para tratamento de diversas doenças, contudo muito desse conhecimento vem sendo perdido ao longo do tempo. A transmissão oral desse conhecimento é muitas vezes a única maneira de registro desse saber. A etnobotânica surgiu como ciência no final do século XIX, podendo ser definida como o estudo das sociedades humanas, passadas e presentes, e todos os tipos de inter-relações com as plantas. Além de contribuir para o conhecimento científico das espécies vegetais, o estudo etnobotânico deve ter como foco, também, a devolução das informações fornecidas pelos informantes para sua própria comunidade. Nesse contexto, os projetos de extensão, constituem-se processos educativos, culturais, científicos e tecnológicos, articulando ensino e pesquisa de forma indissociável e que viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo divulgar informações para promoção de saúde e o uso seguro de plantas medicinais através de atividades de extensão nas Estratégias de Saúde da Família. Utilizando dados de um levantamento etnobotânico realizado anteriormente no município de Alegre-ES foram propostas atividades para conscientização do uso seguro de plantas medicinais pelos moradores. A “Hora do chá”, direcionada a mulheres jovens e idosas, de todas as classes sociais, foi desenvolvida através de rodas de conversa, levando de maneira simples aos participantes informações sobre uso seguro das plantas medicinais, identificação correta de espécies, indicações terapêuticas além de possíveis efeitos tóxicos. Participaram do evento 86 pessoas; em todos os encontros foram utilizados recursos audiovisuais, teatros e amostras de plantas que estimularam a discussão e troca de informações, valorizando o saber popular. As atividades realizadas proporcionaram maior interação da comunidade com as espécies medicinais, através da divulgação de conhecimentos científicos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população e valorizando a cultura local. Palavras-chave: Etnobotânica, Extensão, Hora do chá, Plantas medicinais. 1 1:Universidade Federal do Espírito Santo, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16| Alegre- ES, CEP 29500000, Brasil. 2: Programa de Pós-Graduação em Botânica, Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rua Pacheco Leão, 2020, 22460-036, Horto, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 3: Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Farmácia e Nutrição, Professor e Pesquisador, Alto Universitário s/nº, Guararema, Cx. postal 16| Alegre- ES, CEP 29500-000, Brasil. 4: Depto de Produtos Naturais e Alimentos, Professora e Pesquisadora, Faculdade de Farmácia, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil. *autor pra correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional101 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. MICROSSATÉLITES GUARANAZEIRO PARA DISTINGUIR CULTIVARES CLONAIS DE Paula Cristina da Silva ANGELO1*, Ana Yamaguishi CIAMPI2, Gilvan Ferreira SILVA1, Jorge Ivan Rebelo PORTO3, Spartaco ASTOLFI-FILHO4, André Luiz ATROCH1 Marcadores moleculares do tipo SSR (simple sequence repeats) ou microssatélites apresentam segregação codominante. Ou seja, nos organismos diplóides os dois alelos presentes em cada locus no estado de heterozigose podem ser observados. Nos indivíduos poliplóides, quanto maior o número de informações sobre o grau de ploidia em cada locus mais úteis podem ser os marcadores. Alopoliplóides podem apresentar grau de ploidia diferente para locus diferentes, em presença ou não de cromossomas homeólogos, por exemplo. O guaranazeiro [Paullinia cupana (Kunth) var. sorbilis (Mart.) Ducke] é um alopoliplóide com 210 cromossomas nas células somáticas. No entanto, ainda que não se saiba qual a dose de cada um deles, um número grande de alelos por locus pode ser útil quando se pretende adicionar características descritivas a genótipos selecionados. O objetivo deste trabalho foi genotipar cultivares clonais de guaranazeiro recomendadas para plantio no Amazonas e distingui-las umas das outras através da presença ou ausência de alelos de microssatélites. Foram identificados, testados e validados 10 loci de microssatélites presentes em bibliotecas genômicas de fragmentos de Sau3A1 e MseI enriquecidas utilizando sondas biotiniladas (CA)12, (CT)12, (CA)12+(CT)12 e (TC)14 ou no banco de ESTs de frutos do guaranazeiro com sementes (https://helix.biomol.unb.br/GR/). As genotipagens foram realizadas em sequenciadores, utilizando primer tails marcados com fluoróforos. Quinze cultivares clonais foram genotipadas. Em razão da complexidade dos padrões de alelos - cinco ou mais por locus por indivíduo - as genotipagens foram replicadas três vezes. Desconsiderando a dose/intensidade de cada alelo/pico, a presença de um pico em um cromatograma foi designada com o número 1 e a ausência do pico com o mesmo número de bases, em outro cromatograma, foi designada com 0. O número médio de picos diferindo dos vizinhos por uma ou no mínimo duas bases foi 7,9 ou 6,7, respectivamente. Picos que se repetiram em pelo menos duas das réplicas foram utilizados para geração de matrizes de diversidade e agrupamento das cultivares pelo método do vizinho mais próximo, depois de empregadas 2000 permutas de bootstrap. Clados com porcentagem de representatividade alta reuniram cultivares mais difíceis de desagrupar. Para distinguí-las será, então, necessário utilizar um maior número de locus e/ou outras características. Dois alelos exclusivos, L14215 e L20230, foram identificados. Palavras-chave: Paullinia cupana var. sorbilis, Floresta Amazônica, SSR, Diversidade, Poliploidia. Financiamento: FAPEAM (projeto 924/03) e Embrapa (projeto no. 02.02.4.03.00.00) 1 Pesquisadores Doutores, Embrapa Amazônia Ocidental, Rod. AM 010, km 29, s/no, CP 319. CEP: 69010-970, Manaus - AM, Brasil. 2 Pesquisadora Doutora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W5 Norte (final). CP 02372. CEP: 70770-917, Brasília - DF, Brasil. 3 Pesquisador Doutor, INPA/NAPPA-Santarém, Rua 24 de outubro, 3389 - Salé. CEP: 68040010. Santarém - PA, Brasil. 4 Professor Doutor, Programa PPGBIOTEC, Centro de Apoio Multidisciplinar - CAM, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I. CEP: 69077-000, Manaus - AM, Brasil.*[email protected] - autora para correspondência Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional102 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA DE PLANTAS ESPONTÂNEAS EM ÁREA DE LAVRADO EM RORAIMA Daiany Souza dos SANTOS1*, José de Anchieta Alves de ALBUQUERQUE2, Kelen Mendes ALMEIDA1, Thaís Santiago CASTRO1, Thatyele Sousa dos SANTOS1, Davair Lopes TEIXEIRA JUNIOR3 A identificação das espécies espontâneas a serem controladas em áreas agrícolas constitui um dos princípios para se determinar o melhor método ou combinação de métodos de controle para atingir as espécies em maior densidade ou as mais indesejadas nestas áreas. Objetivou-se com este trabalho avaliar as características morfológicas de plantas espontâneas em área de savana natural. O trabalho foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima- CCA/UFRR, município de Boa Vista/RR. A área utilizada para as coletas consistia em um LATOSSOLO AMARELO, com precipitação média anual de 1.678 mm, umidade relativa do ar de 70% e a temperatura entre 20 a 38oC, sendo a média anual de 27,4oC. Para as coletas das plantas espontâneas foi utilizado um quadrado de ferro com dimensões de 0,50 x 0,50 m (0,25m2), lançado aleatoriamente 2 vezes em cada repetição, totalizando 24 amostras. Após as coletas, as espécies contidas no interior do quadrado foram levadas para o laboratório de Plantas Daninhas- CCA/UFRR, onde foram contabilizadas e identificadas segundo o nome científico, nome popular, família, classe botânica, tipo de propagação, ciclo de vida e hábito de crescimento das plantas daninhas. Foram encontradas 16 espécies distribuídas em 16 gêneros e 7 famílias botânicas. A espécie com maior população foi o Trachypogon plumosus (63333,33 plantas ha-1). As famílias com maior ocorrência foram as Poaceae e Fabaceae. Dentre as espécies, 62,5% pertencem à classe botânica das eudicotiledôneas, e 97,75% se propagam por sementes. Palavras-chave: Trachypogon plumosus (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Nees, Cerrado, Plantas daninhas, Sistemática Vegetal. 1 Estudantes de Agronomia da Universidade Federal de Roraima. Campus. Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. 2 Professor Doutor do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fitotecnia. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. 3 Mestrando do Curso de Agronomia em Produção Vegetal da Universidade Federal de Roraima (POSAGRO). Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional103 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS INFESTANTES APÓS COLHEITA DA SOJA NA SAVANA DE RORAIMA Thatyele Sousa dos SANTOS1*, José de Anchieta Alves de ALBUQUERQUE1, Thaís Santiago CASTRO1, Giofan Erasmo Cruz MANDULÃO1, Marcos Oliveira EVANGELISTA1 e Valdinar Ferreira de MELO1 A falta do conhecimento das características morfológicas de plantas infestantes tem contribuído para um manejo inadequado, com número excessivo de limpas durante o ciclo das culturas e consequente elevação do custo de produção. A competição com plantas daninhas é um dos fatores que mais afeta o desenvolvimento e a produtividade da cultura da soja. Objetivou-se com este trabalho identificar as plantas infestantes após colheita da soja na savana roraimense. O trabalho foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima- CCA/UFRR, município de Boa Vista/RR. O plantio da soja foi realizado no mês de março de 2012 utilizando o delineamento experimental em blocos casualizados com 16 parcelas experimentais, sendo cada parcela com área de 3 x 15 m (45 m 2) distribuídos em 4 blocos. Para as amostragens das plantas infestantes foi utilizado um quadrado de ferro soldado com dimensões de 0,50 x 0,50 m, lançado aleatoriamente 8 vezes nas parcelas da cultura da soja. Após a colheita da cultura foi realizado as coletas das invasoras. As plantas coletadas foram cortadas rente ao solo, separadas e levadas ao laboratório de plantas daninhas- CCA/UFRR para posterior identificação das espécies. As características estudadas foram: nome científico, nome popular, família, classe botânica, tipo de propagação, ciclo de vida e hábito de crescimento das plantas daninhas. A composição da comunidade de plantas infestantes na área levantada foi considerada heterogênea, pois apresentou 27 espécies distribuídas em 12 famílias botânicas. O gênero Ipomoea foi o que apresentou o maior número de espécies. A família com maior ocorrência foi a Poaceae. O tipo de propagação predominante obteve-se por sementes. Palavras-chave: Glycine max, Cerrado, Morfologia, Plantas infestantes. 1 Universidade Federal de Roraima, Departamento de Fitotecnia e Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional104 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. NITROGÊNIO E TEORES DE PIGMENTOS CLOROPLASTÍDICOS EM Piper aduncum L. Rodolfo da Silva OLIVEIRA1*, Arnon Afonso de Souza CARDOSO1, José Zilton Lopes SANTOS1, Francisco Célio Maia CHAVES2, Carlos Alberto Franco TUCCI1, Matheus da Silva FERREIRA1 O presente estudo objetivou verificar a influência do fornecimento de diferentes formas e doses de nitrogênio (N) nos teores de pigmentos cloroplastídicos em Piper aduncum L (Piperaceae). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial (2 x 6 + 1) com três repetições. Cada unidade experimental foi composta por uma planta, acondicionada em vasos de polietileno com capacidade de 5,0 dm3. O estudo foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se como substrato uma amostra de Latossolo Amarelo Distrófico típico, com 1,2 dag kg-1 de matéria orgânica. Os tratamentos foram constituídos por duas formas de N (nítrica e amoniacal), seis doses (0, 100, 200, 300, 400 e 500 mg dm-3 de N) e um tratamento adicional, composto por 300 mg dm-3 de N, metade na forma nítrica e o restante na forma amoniacal. As fontes utilizadas foram o nitrato de potássio, sulfato de amônio e nitrato de amônio, respectivamente. Aos 150 dias após o transplantio, foram coletadas quatro folhas da parte mediana da planta, dos quais foram retirados discos de 1 cm de diâmetro, com massa aproximada de 0,1 g. Os discos foram macerados juntamente com 10 mL de acetona 80% (v/v) e em seguida foram determinados os teores de clorofila a, b e carotenóides em espectrofotômetro (Micronal B582) nos seguintes comprimentos de onda: 480, 645 e 663 nm. Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de médias (Tukey, 5%). Modelos de regressão foram ajustados para os teores de pigmentos como variáveis dependentes das doses de N. As diferentes formas de N não afetaram os teores de pigmentos cloroplástidicos, entretanto, houve influência positiva do fornecimento de doses crescentes de N nos teores de clorofila a, b e carotenóides, ajustandose ao modelo linear. O teor de clorofila a é aproximadamente 2,6 vezes maior que teor o de clorofila b na ausência de N e na presença N apresenta incrementos cerca de 2,7 e 30,6 vezes maior que os teores de clorofila b e carotenóides, respectivamente. As plantas cultivadas sem aplicação de N apresentaram clorose generalizada. A ausência da aplicação de N limita a produção de pigmentos cloroplastídicos em P. aduncum, havendo potencial de aumento dos teores de clorofila a, b e carotenóides com o fornecimento de doses superiores a 500 mg dm-3 de N. Palavras-chave: Clorofila a, Clorofila b, Carotenóides, Nitrato, Amônio. Créditos de financiamento: CNPq e UFAM. 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor Sul, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 2: Embrapa Amazônia Ocidental, Rodovia AM-010, Km 29, Zona Rural, CEP: 69010-970, Manaus-AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional105 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. O COMÉRCIO DE FRUTOS DE TUCUMÃ (Astrocaryum aculeatum G. Mey) NAS FEIRAS DE MANAUS-AM, BRASIL Adriano Amir DIDONET1*; Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ2 Considerando a importância regional dos frutos de tucumã (Astrocaryum aculeatum G. Mey.) e o potencial de expansão do mercado, o presente trabalho teve como objetivo avaliar aspectos da comercialização dos frutos desta palmeira e sua polpa em feiras e mercados de Manaus. Durante um ano foram levantadas as procedências dos frutos, estimada a quantidade mensal comercializada nos mercados, bem como registrada a variação sazonal dos preços. Os dados de procedência, quantidade, preço, e outras informações relacionadas foram obtidos através da aplicação mensal de um questionário semi-estruturado aos comerciantes em seis feiras e mercados. O preço real desse produto e sua evolução histórica desde 1995 foram obtidos por comparação com estudos anteriores. Entre maio de 2011 e abril 2012, os frutos foram provenientes de 20 diferentes localidades a uma distância de até mil km de Manaus. Os locais mais citados foram os municípios de Itacoatiara, Terra Santa, Rio Preto da Eva, Autazes e a bacia do Rio Madeira. A alternância das procedências garantiu o abastecimento contínuo ao longo do ano. Entretanto uma redução do número de procedências e da quantidade de frutos comercializados foi verificada entre setembro e novembro. A sazonalidade da oferta foi refletida nos preços dos frutos e da polpa. Durante os 12 meses foram comercializadas um total de 367,8 toneladas de frutos, com 30,7 toneladas de média mensal. Cerca da metade (53%) desta quantia foi comercializada apenas a polpa, descascada durante a jornada de trabalho dos feirantes. Neste estudo e até que foi possível obter informações, o tucumã foi sempre um dos frutos mais caros dos mercados de Manaus. Entre 1995 e 2012 apresentaram aumento considerável os valores reais da saca, com cerca de 41 kg, (230%), da dúzia de frutos (316%) e da polpa (253%). Esse estudo indica que o mercado de tucumã continua em expansão e aparentemente a demanda é maior do que a oferta e há necessidade de aumento da produção. PALAVRAS-CHAVE: Amazônia central; produto florestal não madeireiro; palmeira; mercado; feira livre. Créditos de financiamento: CNPq, CAPES. 1Bolsista/Projeto REDEBIO do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus-AM, Brasil. 2 Pesquisadora do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus-AM, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected] Os resultados fazem parte da dissertação de mestrado do primeiro autor no INPA-PPGCFT. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional106 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. O MARACUJÁ-MELÃO: UMA NOVA ALTERNATIVA DE CULTIVO PARA FINS ORNAMENTAIS Daniel Antonio Villamil MONTERO*1, Laura Maria Molina MELETTI2, Márcia Ortiz MARQUES2, Lin Chau MING1 Passiflora quadrangularis L. é uma espécie originária do neotrópico, conhecida no Brasil como maracujá-melão devido ao tamanho e formato dos seus frutos. Tem sido amplamente disseminada nas regiões tropicais do mundo onde é produzida em pequena escala para comercialização dos frutos, o que ocorre bem próximo às regiões de cultivo, em função da dificuldade de conservação pós-colheita. As plantas são trepadeiras bastante vigorosas, com flores abundantes, grandes e perfumadas, o que amplia o seu valor ornamental e o torna particularmente interessante para caramanchões e cercas-vivas. O uso efetivo de passifloras no mercado de plantas ornamentais depende de estudos da fenologia floral. Neste trabalho foram estudadas algumas características da fenologia floral e o perfume das flores de P. quadrangularis, sob cultivo protegido. São apresentados os dados relativos ao período de floração, picos de florescimento e intensidade relativa das flores sob cultivo protegido, bem como algumas características do perfume floral. Conclui-se que a espécie representa uma nova alternativa de cultivo para fins ornamentais, por apresentar múltiplas flores em antese simultânea, abundantes, grandes, fragrantes e coloridas, com longo período de floração no ano, alem de frutos comestíveis, folhas exuberantes e medicinais que oferecem amplo sombreamento para áreas externas de lazer e/ou outras plantas cultivadas. Palavras Chave: Passiflora quadrangularis L., Passifloraceae, fenologia, ornamental, fragrância floral. Desenvolvido graças á bolsa de mestrado concedida pelo programa PEC-PG/CNPq – Brasil. 1 Universidade Estadual Paulista “Julio Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências Agrárias, Departamento de Horticultura, Programa de Pós-Graduação em agronomia (Horticultura), Campus de Botucatu. Caixa Postal 237, CEP 18610-307, Botucatu-SP, Brasil. 2 Instituto Agronômico de Campinas (IAC), caixa posta 28, CEP 13012-970, Campinas-SP, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional107 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. O PLANTIO DO BURITI NA COMUNIDADE SUCUBA NO CURRÍCULO DA ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA RIACHUELO Elineude Brasil PINHO1*, Gracilene da SILVA1, Jocivânia de OLIVEIRA1, Mariana CUNHA1 A educação indígena diferenciada é uma antiga reivindicação das sociedades indígenas e sugere a escola como um espaço de construção de relações sociais fundamentadas na interculturalidade e na autonomia política. A educação ambiental, por sua vez, também tem sua gênese nas reivindicações dos movimentos sociais e, na atualidade, caracteriza-se como proposta político-pedagógica referendada por teóricos, educadores, administradores e diversas organizações. Diante disso devemos trabalhar a conservação e conscientização ambiental em nossas comunidades, principalmente no que diz respeito ao uso dos recursos naturais que está ligado diretamente a sobrevivência dos povos indígenas e suas formas de conhecimento, pois nós indígenas indígenas retiramos a parte essencial de nosso sustento e também a manutenção da nossa cultura diretamente do ambiente que vivemos. O trabalho teve como proposta a construção do currículo das ciências da natureza a partir de uma metodologia inovadora e interdisciplinar. Como proposta de atividade foram desenvolvidas oficinas sobre o reflorestamento do buriti, sua importância e utilização de modo a promover a conscientização dos alunos e da comunidade Indígena Sucuba. Os alunos também desenvolveram, juntamente com a comunidade, o cultivo do buriti em lagos da região. Diante disso, a pesquisa permitiu conhecer a palmeira quanto ao nome popular, nome na língua indígena e cientifico, família botânica e sua origem, sua utilização na alimentação, artesanato e construções. Considerando a importância da planta com as atividades da comunidade foi possível refletir sobre sua importância, suas características quanto aos, frutos, palha, seu cultivo em lagos, e sua escassez devido a queimadas e à retirada indiscriminada das folhas. O buriti pertence a família botânica Arecaceae, Mauritia flexuosa, conhecido na língua macuxi como Kuwai. Esta espécie é muito utilizada na cobertura das casas da comunidade, seu caule quando jovem chamado de caranã é muito utilizado para fazer portas, peneiras, rolha para tampar garrafas vazias e também como boia chamado de camurim. Assim como seus frutos são ingeridos in natura, o vinho é base da alimentação do meu povo, além de outros subprodutos que são mais encontrados na cidade como, picolé, sorvetes, compotas e doces. Em geral precisamos trabalhar essa conscientização incluindo no currículo da escola para que possamos ter um melhor resultado e preservar essa espécie de suma importância para as comunidades indígenas. Palavras-chave: Palmeira, Buriti, Escola, Comunidade Sucuba, Conhecimento tradicional 1 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa Vista-RR, Brasil. *[email protected]: Pibid, Capes, UFRR Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional108 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. OCORRÊNCIA DE ORQUÍDEAS NA REGIÃO DO PLATÔ DA SERRA DO TEPEQUÉM, RR Maria Verônica Lima da SILVA11*, Jane Maria Franco de OLIVEIRA2, Juliano Lopes dos SANTOS1 A família Orchidaceae encontra-se representada por mais de 20 mil espécies estimando-se que cerca de 30% deste universo ocorra no Brasil. Na Amazônia espécies desta família botânica encontram-se dispersos nas mais diferentes formações vegetais e de ambientes que compõem esta região, estimando-se que neste cenário sejam encontradas aproximadamente, 15% das espécies conhecidas para o Brasil. Roraima, à semelhança de outras regiões da Amazônia, apresenta em seu território diversos condicionantes ambientais, estimando-se que nessas formações ecossistêmicas ocorram cerca de 700 espécies da família Orchidaceae, sendo apenas 200 identificadas e catalogadas. A importância do conhecimento da flora, ocorrente em determinado local, fundamenta-se no avanço do conhecimento sobre a biodiversidade local, permitindo a partir das informações geradas uma série de inferências, como o estabelecimento de estratégias para a conservação e preservação das espécies ali existentes. Este trabalho tem como objetivo relatar a ocorrência de espécies da família Orchidaceae encontradas na região do platô da Serra do Tepequém, localizada no município de Amajarí, em Roraima. Para a consecução deste objetivo realizaram-se viagens de campo, percorrendose trechos de reconhecida ocorrência dessas espécies neste local. Quando constatada a presença das espécies coletaram-se informações do tipo de crescimento (rupestre, terrestre e epífito), registro de suas imagens por meio de câmera fotográfica. A identificação dos genótipos teve como base referências bibliográficas especializadas. Os resultados obtidos apontam os seguintes gêneros ocorrentes no local deste estudo: Epidendrum, Sobralia, Catasetum, Epistephium, Encyclia, Scaphyglottis, Polystachia, Hexisea, Encyclia e Bulbophyllum. Os gêneros Epidendrum, Sobralia, Epistephium, Encyclia e Catasetum foram encontrados com hábito terrestre e/ou ruprestre, enquanto que os Hexisea, Scaphyglottis e Bulbophyllum foram localizados em condições de crescimento epífito. Palavras-chave: Orchidaceae, Levantamento, Amazônia Setentrional. 1 Faculdade Cathedral, Avenida Luis Canuto Chaves, 293 - Caçari Boa Vista - RR, 69307053. Fone (95) 2121-3460. ² Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial,Boa Vista, RR. CEP 69301970. Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102 *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional109 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. OCORRÊNCIA DO FUNGO PIRIFORMOSPORA INDICA EM ESPÉCIES FRUTÍFERAS DE DOIS SAF´S NO AMAZONAS Ingrid Cândido de Oliveira BARBOSA1*, Lucinaia Bentes NOGUEIRA2, Luiz Antonio de OLIVEIRA3, Francisco Wesen MOREIRA4 As relações entre microrganismos do solo e raízes das plantas superiores são muito importantes do ponto de vista ecológico e econômico. Em Sistemas Agroflorestais (SAFs), essas interações são muito complexas, uma vez que os sistemas radiculares das espécies podem se entrelaçarem e se influenciarem mutuamente. Atualmente outro tipo de microrganismo benéfico à planta tem recebido atenção do meio cientifico: são os chamados endofíticos, dentre eles, o Piriformospora indica (Hymenomycetes, Basidiomycota), fungo de raízes, fitopromotor de crescimento, além de outras vantagens como a de conferir maior produção e resistência vegetal a estresses abióticos e bióticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de P. indica no sistema radicular de espécies frutíferas de dois Sistemas Agroflorestais no Amazonas no período seco e chuvoso da região. As coletas foram realizadas em dois Sistemas Agroflorestais no município de Presidente Figueiredo nos meses de agosto 2012 (época seca) e março 2013 (época chuvosa). No SAF 1 foram coletadas as seguintes espécies: maracujá, cupuaçu, banana, açaí e laranja. No SAF 2 as espécies coletadas foram: açaí, banana, cupuaçu, rambutã e goiaba. Para a observação do fungo, o material radicular foi coletado, lavado cuidadosamente com água corrente, em seguida o material foi seccionado em fragmentos de aproximadamente 1 cm, e montados em lâminas, sendo observados em microscópio de fluorescência Nikkon (Eclipse E200). A determinação da percentagem de colonização de raízes por P. indica, apresentou grau de colonização variável nas culturas nos dois SAFs estudados, evidenciando que há interação com as espécies estudadas com esta espécie de fungo. No SAF 1, no período seco esse fungo apresentou baixas ocorrências nas raízes das plantas, variando de 0,36% (maracujazeiros) a 1,32% (cupuaçuzeiros), indicando que houve pouca contribuição do fungo com a nutrição das plantas, caso essa simbiose seja positiva. Nos período chuvoso os cupuaçuzeiros e as laranjeiras apresentaram maiores percentagens de colonização, indicando uma maior contribuição do fungo para a planta. No SAF 2 durante o período seco, a cultura do açaí foi a que apresentou a maior ocorrência desse fungo em suas raízes, com média de 3,76%, seguida pela goiabeira com 3,32%, enquanto que nas bananeiras foi de 1,28% e cupuaçuzeiros 0,12%. Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart., Musa sp., Theobroma grandiflorum Schum., Fungo endofítico, Aspectos nutricionais. 1 1: Instituto Federal do Amazonas – IFAM , Campus Manaus centro, CEP: 69020-120, Manaus-AM, Brasil. 2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, aluna de mestrado, Programa de Pós-Graduação Agricultura no Trópico Úmido, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. 3: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador Doutor do Instituto de Pesquisas da Amazônia, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e UEA, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. 4: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador do Instituto de Pesquisas da Amazônia, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional110 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. OCORRÊNCIA DE POLIEMBRIONIA EM SEMENTES DE ANDIROBINHA Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ1*, Manoela Meyersiek JARDIM2, Semirian Campos AMOÊDO1, Débora Najara de Souza FERREIRA1, José Luis Campana CAMARGO1 Na região de Manaus ocorrem pelo menos duas espécies do gênero Carapa. Apesar de já ter sido descrito que uma delas, (Carapa procera D.C.), pode emitir mais do que uma plântula por semente, este fenômeno nunca foi quantificado. A germinação das sementes de andiroba é hipógea, criptocotiledonar com reservas nos cotilédones, que formam uma massa de reserva única. O objetivo do estudo foi a avaliação da expressão da poliembrionia em sementes de Carapa procera através do desenvolvimento de plântulas por semente. O processo de germinação de 100 sementes de Carapa procera, coletadas de várias matrizes na região de Manaus foi acompanhado no viveiro do INPA (Manaus). A semeadura ocorreu em caixas plásticas (55 x 25 x 15cm) a 3 cm de profundidade em substrato de vermiculita de granulação média. A emergência das plântulas acima do substrato foi acompanhada diariamente pelo período de 55 dias. Ao final do experimento, as sementes foram desenterradas e contabilizadas as não germinadas e quantificadas as plântulas verdes. As médias das variáveis foram comparadas através de análises de variâncias simples (Teste Tukey 5%). A taxa de germinação foi de 75%. Destes, 30% emitiram uma única plântula, 50% apresentaram duas, 15% três, 4% quatro e 1% cinco plântulas. Verificou-se que as plântulas eram completas, apresentando todas as estruturas essenciais para o desenvolvimento normal, e foram conectadas à semente e às reservas pelos pecíolos cotiledonares. Uma anomalia, expressa pela albinia, foi observada em 10,2% das plântulas. Devido à ausência de clorofila, o desenvolvimento destas plântulas terminou após a formação de várias folhas com esgotamento das reservas contidas nas sementes. O tempo médio de germinação para a primeira plântula foi de 15,9 dias. O tempo entre a primeira e a última germinação da mesma semente aumentou com o número de plântulas, e demorou em média sete dias e chegando até 40 dias. Verificou-se uma alta ocorrência de poliembrionia nesta espécie. O longo período entre a primeira e última emergência de uma plântula da mesma semente pode conferir vantagem no estabelecimento em ambiente com alta predação das plântulas. Palavras-chave: Poliembrionia, Carapa, Andiroba Financiamento: FAPEAM, CAPES 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Cx. Postal 2223 - CEP 69080-971, ManausAM, Brasil. 2 Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, Mario Ypiranga Monteiro, 3280 – CEP 69050 – 030, Manaus – AM, Brasil *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional111 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ORQUÍDEAS OCORRENTES EM ÁREA DE CAMPINA, NO MUNICÍPIO DE CARACARAÍ, REGIÃO SUL DE RORAIMA Juliano Lopes dos SANTOS11*, Jane Maria Franco de OLIVEIRA2, Maria Verônica Lima da SILVA1 A família Orchidaceae é considerada como a mais antiga entre as plantas ornamentais utilizadas pelo homem, sendo o grupo com maior número de espécies entre as angiospermas. O Estado de Roraima encontra-se constituído por um mosaico de ecossistemas que encaixam as famílias botânicas distribuídas pelas diferentes regiões do estado, onde a família Orchidaceae encontra-se representada por, aproximadamente, 700 espécies. Este trabalho tem como objetivo realizar o levantamento de gêneros de orquídeas em uma área de campina no município de Caracaraí, RR, contribuindo para o avanço do conhecimento da biodiversidade da flora orquidófila no Estado. Foram realizadas viagens ao local mencionado, percorrendo-se trechos aleatorizados e, na medida em que eram avistadas as espécies focadas neste estudo, procedeu-se os registros das mesmas por meio de câmera fotográfica profissional, para posterior identificação dos mesmos com o auxílio de bibliografia especializada e por consulta a especialista neste tipo de análise. Os resultados mostraram que foram identificados, os seguintes gêneros de orquídeas: Cattleya, Campilocentrum, Aspasia, Epidendrum, Oncidium, Maxillaria, Notylia, Catasetum e Caularthron. Esses gêneros são de ocorrência de comum em área de capina na região amazônica, demonstrados em outros trabalhos. Palavras-chave: Orchidaceae, Levantamento, Amazônia Setentrional. 1 Faculdade Cathedral, Avenida Luis Canuto Chaves, 293 - Caçari Boa Vista - RR, 69307053. Fone (95) 2121-3460. ² Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial,Boa Vista, RR. CEP 69301970. Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102 *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional112 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PLANTAS DE MÚLTIPLOS USOS NO PROJETO DE ASSENTAMENTO TARUMÃ – MIRIM, AMAZONAS, BRASIL Guilherme Oliveira FREITAS1, Reinaldo Corrêa COSTA¹ Identificar através de levantamento etnobotânico, plantas de múltiplos usos no Projeto de Assentamento Tarumã – Mirim. As informações foram coletadas com trabalhos de campo periodicamente entre os anos de 2010 a 2013 através de entrevistas de questionários abertos. O Tarumã – Mirim foi idealizado no ano de 1992, mas os assentados só tiveram posse da terra no ano de 1997, devido aos problemas de regularização fundiária e política perante o INCRA e o Governo do Estado do Amazonas. O uso de plantas de múltiplos usos é feito por moradores de comunidades agrícolas, os quais compõem uma relação dinâmica com a natureza e encontram nestas plantas in natura diversos recursos como a comercialização (em feiras ou pontos de venda na cidade de Manaus), domesticação (espécies utilizadas para a ornamentação de jardins e abastecimento de floriculturas), alimentação (plantas alimentícias utilizadas em forma de tempero ou como recurso alternativo alimentício) e plantas de propriedades medicinais (visto que não há postos de saúde e nem atendimento público em todas as comunidades). As plantas com maiores frequências a serem utilizadas no Assentamento Tarumã – Mirim foram a Corama (Bryophyllum pinnatum) com incidência de 30%, Limão (Citrus limon) com incidência de 19%, Boldo Liso (Vernonia condensata Baker) com incidência de 16%, Capim Santo (Cymbopogon citratus), Carapanaúba (Aspidosperma nitidum Benth), Jatobá (Hymenaea courbaril L.) com incidência de 14%, Alfavaca (Ocimum basilicum L.), Arruda (Ruta graveolens L.), Elixir Paregórico (Ocimum selloi Benth), Hortelãnzinho (Mentha piperita L.) e a Mangarataia (Zingiber officinale Roscoe) com incidência de 9%, porém estes números têm diminuído para algumas espécies como o Noni (Morinda citrifolia), que estão sendo substituídos por outras plantas que não são mais encontradas nos mercados de Manaus. Palavras-Chaves: Biodiversidade. Etnobotânica, Plantas de Múltiplos Usos, Tarumã-Mirim, 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Coordenação de Sociedade, Ambiente e Saúde – CSAS, Laboratório de Estudos Sociais – LAES, CEP: 69067-375, Manaus – AM, Brasil. *autores para a correspondência: [email protected]; [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional113 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. POTENCIAL ORNAMENTAL DE ARACEAE JUSS. Rina Fátima M. de OLIVEIRA1*, Maria de Lourdes da Costa SOARES2, Valdely Ferreira KINUPP3, Mariana Vitória IRUME2. A Amazônia possui uma extensa biodiversidade de plantas com potencial ornamental, o que traz inúmeras possibilidades no mercado de paisagismo, de jardinagem e na decoração de ambientes. Nesse contexto, destaca-se a família Araceae, subcosmopolita, representada por 109 gêneros, e aproximadamente, 2.823 espécies concentradas, predominantemente, em regiões tropicais. No Brasil, está distribuída em todos os domínios fitogeográficos. O objetivo deste trabalho foi divulgar algumas espécies de Araceae potencialmente ornamentais, nativas da região amazônica, trabalho este, realizado no projeto de mestrado “Aspectos etnobotânicos e taxonômicos de Araceae Juss. na comunidade Santa Maria, baixo Rio Negro – AM”, As espécies identificadas espécies com potencial ornamental foram: Anthurium atropurpureum R.E. Schult. & Maguire, A. bonplandii Bunting, Anthurium eminens Schott, A. gracile (Rudge) Schott, A. pentaphyllum (Aubl.) G. Don, Caladium bicolor (Aiton) Vent., C. bicolor var. rubicundum Engl., Monstera obliqua Miq., Montrichardia arborescens (L.) Schott, Philodendron asplundii Croat & M.L.Soares, P. barrosoanum G.S.Bunting, P. billietiae Croat, P. brevispathum Schott, P. distantilobum K.Krause, P. fragrantissimum (Hook.) G.Don, P. goeldii G.M.Barroso, P. hastatum K.Koch & Sello, P. linnaei Kunth, P. megalophyllum Schott, P. ornatum Schott, P. pedatum (Hook.) Kunth, P. platypodum Gleason, P. pulchrum G.M.Barroso, P. rudgeanum Schott, P. solimoesense A.C.Sm., P. surinamense (Miq.) Engl., P. tortum M.L.Soares & Mayo, P. wittianum Engl., Rhodospatha oblongata Poepp., R. venosa Gleason e Urospatha sagittifolia (Rudge) Schott. As espécies catalogadas foram apresentadas aos moradores da comunidade, sugerindo as mesmas como potenciais usos ornamentais, devido à beleza de suas folhagens. A sugestão proposta aos comunitários foi a de cultivar as novas espécies juntamente com as plantas tradicionais, de forma a agregar valor paisagístico e a incentivar a descoberta de novas espécies. Palavras-chave: Botânica econômica, Paisagismo, Região amazônica. 1 1: Professora de Biologia da rede estadual de ensino do Estado do Amazonas (SEDUC). Rua Waldomiro Lustoza, 350 - Japiim II - CEP: 69076-830, Manaus, AM, Brasil. 2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Avenida André Araújo 2936, Bairro Aleixo, CEP.: 69060-001, Manaus-AM, Brasil. 3: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus Manaus-Zona Leste (IFAM-CMZL) Avenida Cosme Ferreira, 8.045, São José Operário, CEP.: 69085-015, Manaus-AM, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional114 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRÉ-TRATAMENTOS GERMINATIVOS EM SEMENTES DE AÇAÍ Ezequiel de Souza QUEIROZ1, Hyanameyka Evangelista de LIMA2*, Lucinete Lima da SILVA1; Oscar José SMIDERLE2, Edvan Alves CHAGAS2, Ezequias Souza QUEIROZ3 Sementes de açaí normalmente apresentam dormência física, devido à dureza de seu endocarpo que impede a embebição de água. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar diferentes métodos para quebra da dormência em sementes de açaí. Para tal, frutos de açaí foram coletados em plantas cultivadas na sede da Embrapa Roraima, despolpados e em seguida as sementes foram submetidas à quatro métodos de quebra de dormência, sendo posteriormente semeadas em areia grossa. Adotou-se o DIC com cinco tratamentos e cinco repetições, sendo cada repetição uma bandeja onde semeou-se 50 sementes. Os tratamentos foram: T1=sementes não tratadas; T2= sementes submersas em água quente à 800C, por 2 horas até a água ficar em temperatura ambiente; T3= sementes submersas em água quente à 1000C, por 2 horas até a água ficar em temperatura ambiente; T4= sementes submetidas à escarificação mecânica durante 4 minutos em lata de alumínio perfurada no fundo e nas laterais; T5= sementes submersas em 20 L de água contendo 500 g de soda cáustica tipo escama, homogeneizadas durante 5 minutos com auxílio de uma estaca de madeira e mantidas em repouso na solução durante 2 horas com posterior lavagem em água corrente. Aos 30 dias após a semeadura, avaliou-se a percentagem de plântulas emergidas, comprimento da parte aérea das plântulas, comprimento da folha, comprimento da raiz e massa seca. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade e homogeneidade e em seguida submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (α = 5%) utilizando-se o programa SAS versão 9.0. O percentual de plântulas emergidas foi de 8.00, 13.20, 1.60, 54.40 e 0.00 para os tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. Houve diferença (p>0,05) significativa pelo teste de Tukey entre todos os tratamentos. Não houve emergência de plântulas quando as sementes foram submetidas ao T5, demonstrando que o tratamento com solução de soda cáustica inviabiliza as sementes. Não houve diferença estatística para a variável comprimento da parte aérea entre os tratamentos 1, 2, 3 e 4, porém estes diferiram significativamente do T5. As plântulas submetidas à escarificação mecânica (T4) apresentaram maior comprimento de folha, maior comprimento de raiz e maior massa seca de plântulas, diferindo significativamente dos demais tratamentos. Assim, para obter maior germinação de sementes e desenvolvimento inicial de plântulas sugere-se que as sementes de açaí sejam submetidas à escarificação mecânica após o despolpamento. Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart., Quebra de dormência, Componentes de produção. 1 Universidade Estadual de Roraima - UERR, Curso de agronomia, Campus de Alto Alegre, CEP: 69350-000, Alto Alegre-RR, Brasil; 2 Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil; 3 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará-IFPA, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional115 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PREPARO DE LÂMINAS PERMANENTES DE CALOS ORGANOGÊNICOS DE CASTANHEIRA-DO-BRASIL Giselle Costa LIMA1, Graziela S. dos S. GUIMARÃES2, Pamela HARADA3, Regina QUISEN3* O uso da técnica de cultura de tecidos vegetais para a castanheira-do-brasil (Bertholetia excelsa H.B.) pode ser considerada como alternativa a sua multiplicação, bem como uma ferramenta de clonagem. Esta técnica visa à maximização da qualidade e uniformidade da muda, contribuindo assim para a produção de mudas da espécie e viabilizar a sua aplicabilidade comercial. Dentro deste contexto, o uso de técnicas histológicas baseadas em mudanças anatômicas e histoquímicas tem contribuído significativamente para o entendimento dos efeitos do cultivo in vitro, visto que fornecem informações essenciais que levam a compreensão dos processos de desenvolvimento in vivo e in vitro de células, tecidos e órgãos que podem não ser evidentes superficialmente. Neste sentido, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comparar diferentes condições de preparo de lâminas histológicas permanentes de calos organogênicos de castanheira-do-brasil. Os ensaios foram realizados no Laboratório de Cultura de Tecidos de Plantas da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, Amazonas. Para tal, porções de calos organogênicos obtidos a partir de explantes foliares de B. excelsa mantidos em condições in vitro foram fixados em FAA50% por 24 ou 80 horas, sendo transferidos para banhos em série alcoólica crescente de etanol/butanol ou etanol/xilol, em diferentes concentrações e tempos de imersão. As amostras foram infiltradas em parafina em cassete e emblocadas ou em recipientes de vidro, sendo neste caso, acrescida a parafina aquecida aos poucos em solução de butanol/clorofórmio contendo a amostra. As fitas obtidas na microtomia foram submetidas a banhos de xilol/etanol ou éter de petróleo/etanol para então serem coradas em azul de toluidina ou safranina. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que a utilização do butanol na desidratação, assim como do éter na hidratação das amostras foram mais eficientes na preparação de cortes histológicos de calos induzidos a partir de explantes foliares de castanheira. A sequência metodológica com etapas mais lentas, com maior tempo de infiltração e em recipiente de vidro, coloração em safranina foi superior as demais, influenciando na qualidade do corte obtido. A otimização de algumas etapas, principalmente na infiltração, podem melhorar a qualidade dos cortes, e facilitar a identificação de estruturas celulares em calos organogênicos desta espécie de importância econômica e ecológica para a região. Palavras-chave: Bertholetia excelsa H.B., Histologia, Morfogênese in vitro, Espécies arbóreas tropicais. Créditos de Financiamento: Agências de fomento CNPq e FAPEAM 1 Graduanda em Biologia, Bolsista PIBIC/CNPq. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus, Amazonas. 2 Graduanda em Biologia, Bolsista PAIC/FAPEAM. Uninorte, Rua 10 de Julho, 873. Manaus, Amazonas. 3 Embrapa Amazônia Ocidental, Caixa postal 319, CEP 69010-970, Manaus, Amazonas. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional116 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO AGROECOLOGICA DE MORANGUEIRO Bruna Santana MORAIS1, Aline Das Graças de SOUZA2, Ademária Aparecida de SOUZA3, Christinny Giselly Bacelar LIMA2, Olisson Mesquita de SOUZA1, Paulo Washington de oliveira SERRA4, Diego Lima SILVA1 O morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) é uma planta pertencente à família das Rosáceas, que possui espécies frutíferas de interesse econômico. A produção de morango produzido sustentavelmente vem ganhando espaço nas gôndolas de supermercados, uma vez que o consumidor está procurando alimentos mais saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente. O objetivo desse trabalho foi avaliar a produção, qualidade de fruto e concentração de acúmulos de nutrientes pelas mudas do morangueiro cultivar Oso Grande usando misturas de Trichoderma ssp, Neem, Vertimec ®. O experimento foi realizado em canteiros, ambiente desprotegido de túnel baixo e cobertos apenas com plástico de polietileno preto para evitar plantas daninhas entre as plantas e contaminação dos frutos de morango. O preparo do solo constou de levantamento de canteiros com dimensões de 1,20 m de largura e 0,30 m de altura, preparados com aproximadamente 60 dias antes do transplante das mudas. A irrigação utilizada foi do tipo gotejamento com orifícios espaçados de 30 centímetros, o que possibilitou o molhamento das plantas e o emprego das misturas de Trichoderma ssp, Neem e Vertimec ® na fertirrigação orgânica em cobertura. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com 5 tratamentos e 5 repetições, 4 parcelas totalizando 100 mudas. Os tratamentos: T1- (100%) Trichoderma ssp 0,99 mL + (0,00%) Neem 0,0 mL T2- (75%) Trichoderma ssp 0,75 mL + (25%) Neem 0,99 mL T3(50%) Trichoderma ssp 0,49 mL + (50%) Neem 1,99 mL T4- (25%) Trichoderma ssp 0,24 mL + (75%) Neem 3,00 mL T5- (0,0%) Trichoderma ssp e (100%) Neem 3,99 mL. As características agronômicas avaliadas foram: produção estimada total em kg/ha, produção total de frutos por parcela incluindo os frutos comerciais mais os frutos não comerciais e danificados. Os frutos danificados caracterizaram-se por serem não-comerciais, o que abrange os refugos e aqueles atacados por pragas e doenças. Os tratamentos T2 e T4 foram os quais apresentaram melhores resultados para todas as variáveis em estudos e os acúmulos de nutrientes para todos os tratamentos seguem uma ordem decrescente N>K>Ca>P>S>Mg quando utilizada a cultivar Oso Grande. Palavras - chave: Nutrição, Propagação, Crescimento, Fragaria x ananassa Duch. 1 Acadêmico do curso de graduação em Agronomia da UFRR, bolsista PIBIC-CNPq. E-mail: [email protected]; [email protected], [email protected] 2 Professora, Doutora do Centro de Ciências Agrárias da UFRR-POSAGRO, Pesquisadora Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima – PNPD/CAPES, Email: [email protected]; [email protected] 3 Professora adjunta do Centro de Ciências exatas da UFAL, Email: [email protected] 4 Acadêmico do curso de Agronegócio da Faculdade Estácio Atual. E-mail: [email protected] *Autor de correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional117 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO DE FRUTOS DE MORANGO COM CONTAMINAÇÃO AO HOMEM E MEIO AMBIENTE MENOR RISCO DE Bruna Santana MORAIS1, Aline Das Graças de SOUZA2, Ademária Aparecida de SOUZA3, Christinny Giselly Bacelar LIMA2, Olisson Mesquita de SOUZA1, Paulo Washington de oliveira SERRA4, Diego Lima SILVA1 A produção de morango (Fragaria x ananassa Duch.) produzido sustentavelmente vem ganhando espaço nas gôndolas de supermercados, uma vez que o consumidor está procurando alimentos mais saudáveis e menos agressivos ao meio ambiente. Produtores de morango orgânicos tem utilizados produtos de base ecológica, Óleo de Nim e Trichodermas ssp por ser de fácil obtenção, baixo custo de produção e principalmente menos problemático com aplicação ou pulverização. No entanto, pouco se conhece da eficiência desses produtos para a cultura do morangueiro e nesse sentido o presente trabalho teve como objetivo avaliar a produção, qualidade de fruto e concentração de acúmulos de nutrientes pelas mudas do morangueiro cultivar Oso Grande usando misturas de Trichoderma ssp, Neem, Vertimec ® e Ecofisher. O experimento foi realizado em canteiros, ambiente desprotegido de túnel baixo e cobertos apenas com plástico de polietileno preto para evitar plantas daninhas entre as plantas e contaminação dos frutos de morango. O preparo do solo constou de levantamento de canteiros com dimensões de 1,20 m de largura e 0,30 m de altura, preparados com aproximadamente 60 dias antes do transplante das mudas. A irrigação utilizada foi do tipo gotejamento com orifícios espaçados de 30 centímetros, o que possibilitou o molhamento das plantas e o emprego da fertirrigação orgânica em cobertura. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com 7 tratamentos e 5 repetições, 6 parcelas. Os tratamentos: T1-Vertimec® 0,75 mL (3,0 lts/ha) T2- Vertimec® 1,24 mL (5,0 lts/ha) T3- Testemunha (sem aplicação) T4- (100%) Trichoderma ssp 0,99 mL + (100%) Neem 3,99 mL T15- (75%) Trichoderma ssp 0,75 mL + (75%) Neem 3,00 mL T6- (25%) Trichoderma ssp 0,49 mL + (25%) Neem 0,99 mL T7- (100%) Ecofisher 19,99 mL. As características agronômicas avaliadas foram: produção estimada total em kg/ha, produção total de frutos por parcela incluindo os frutos comerciais mais os frutos não comerciais e danificados. Os frutos danificados caracterizaram-se por serem não-comerciais, o que abrange os refugos e aqueles atacados por pragas e doenças. Os tratamentos T7 e T5 foram os quais apresentaram melhores resultados para todas as variáveis em estudos e os acúmulos de nutrientes para todos os tratamentos seguem uma 12 ordem decrescente N>K>P> Ca>S>Mg quando utilizada a cultivar Oso Grande. Palavras - chave: Nutrição, Propagação, Crescimento; Fragaria x ananassa Duch. 11 Acadêmico do curso de graduação em Agronomia da UFRR, bolsista PIBIC-CNPq. Professora, Doutora do Centro de Ciências Agrárias da UFRR-POSAGRO, Pesquisadora Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima – PNPD/CAPES, Email: [email protected]; [email protected] 3 Professora adjunta do Centro de Ciências exatas da UFAL, Email: [email protected] 4 Acadêmico do curso de Agronegócio da Faculdade Estácio Atual. E-mail: [email protected] *Autor de correspondência: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional118 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO DE MUDAS DIFERENTES SUBSTRATOS 1 DE ALFACE ‘RAFAELA-AMERICANA’ EM João Luiz Lopes MONTEIRO NETO1*, Auriane da Conceição Dutra da SILVA1, Samuel da SILVA1, Pâmela Gomes COSTA1, Dayanna Care Teixeira de SOUSA1, Wellington Farias ARAÚJO1 A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças folhosas mais consumidas no Brasil. Uma das etapas mais importantes do seu sistema produtivo é a produção de mudas, pois dela depende o desempenho final das plantas nos canteiros de produção. O grande desenvolvimento da produtividade de mudas de hortaliças tem-se baseado em pesquisas de melhores fontes e combinações de substratos, em virtude de ser um dos fatores de maior influência, especialmente nas fases de germinação e emergência. O presente trabalho objetivou testar o efeito de diferentes tipos de substrato na produção de mudas de alface cv. Rafaela-Americana. O experimento foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima, Campus Cauamé. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com sete tratamentos (substratos): [T1 – Composto Orgânico (CO); T2 – Húmus; T3 – Casca de Arroz Carbonizada (CAC); T4 – CO + CAC; T5 – CO + Húmus; T6 – Húmus + CAC; T7 – CO + Húmus + CAC], com três repetições. Os tratamentos foram distribuídos em três bandejas de 200 células, onde cada repetição foi alocada em 25 células. A irrigação foi feita duas vezes por dia durante todo o período do experimento. As mudas utilizadas para análise foram coletadas 10 dias após a completa germinação das sementes, onde as variáveis analisadas foram: altura da planta, número de folhas por planta, comprimento da radícula, matéria fresca das folhas e da raiz, matéria seca das folhas e da raiz. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. O substrato “Composto Orgânico” proporcionou maior altura de plantas (14,5 cm). A maior produção de matéria seca das folhas e raízes foi obtida com os substratos “Composto Orgânico + Casca de Arroz Carbonizada” (1008 mg/planta) e “Composto Orgânico + Casca de Arroz Carbonizada + Húmus” (6,053 mg/planta). Por outro lado, a menor produção de matéria seca das folhas e das raízes foi obtida com o uso do substrato “Casca de Arroz Carbonizada”, respectivamente, 257,3 mg/planta e 1,7 mg/planta. Para as condições em que foi desenvolvido o presente trabalho, conclui-se que o substrato “Composto Orgânico” mostrou-se eficiente para seis das sete variáveis analisadas, indicando ser uma opção técnica viável à produção de mudas da alface cv. Rafaela-Americana. Palavras-chave: Lactuca sativa L., Composto orgânico, Casca de arroz carbonizada. 1 1: Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia, Agronomia, Campus Cauamé, CEP: 69.300-00, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional119 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO DE MUDAS DE CHERIMOIA EM DIFERENTES SUBSTRATOS Railin Rodrigues de OLIVEIRA1*, Pollyana Cardoso CHAGAS2, Sara Thiele Moreira SOBRAL1, Edvan Alves CHAGAS3, Roberto Tadashi SAKAZAKI4, Marcela Liege da SILVA5 No Estado de Roraima é elevada a dificuldade de se encontrar substratos comerciais para uso na produção de mudas frutíferas. Os poucos encontrados no comércio possuem preços que são inviáveis economicamente, devido o elevado custo. Por outro lado, é abundante a disponibilidade de algumas matérias primas que poderiam se converter em excelentes opções de substrato para as espécies de fruteiras. Neste sentido, objetivou-se avaliar o efeito do uso de diferentes misturas de matéria-prima, na forma de substratos, na produção de mudas de cherimoia. O experimento foi conduzido no Setor de Fruticultura da Escola Agrotécnica, Campus Murupu/UFRR. Plântulas de Cherimoia obtidas de sementes, medindo aproximadamente 15 cm foram transplantadas para sacolas de mudas (15 x 26 cm) contendo diferentes substratos (1 – substrato padrão-SP: solo + areia, na proporção de 1:1; 2 - substrato comercial, Organoamazon; 3 – SP + 75% de esterco; 4 – SP + 50% esterco; 5 – SP + 25% esterco; 6 – SP + 75% de casca de arroz carbonizada (CAC); 7 – SP + 50% de CAC; 8 – SP + 25% de CAC e; 9 – SP + 25% esterco + 25% de CAC. Avaliou-se o efeito do substrato após 180 dias do transplantio. Os experimentos foram instalados em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições e 5 plantas por repetição. Os resultados foram submetidos à análise de variância através do programa computacional Sistema para Análise de Variância SISVAR e as médias submetidas ao teste de Tukey. Verificou-se que maior desenvolvimento de mudas de cherimoia é obtido utilizando-se substrato comercial (Organoamazon®) e substrato padrão (3 partes de solo+ 1 de areia), acrescido de 75% de esterco. Palavras-chave: Annona, Fruticultura, Propagação, Matéria-prima Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR 1 Apoio financeiro PIBIC/CNPq Acadêmico do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Roraima * autor para correspondência. . E-mail: [email protected] 2 Eng. Agr., D.Sc., Prof. da Escola Agrotécnica da UFRR. E-mail: [email protected] 3 Eng. Agr., D.Sc., Pesquisador da Embrapa Roraima. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. E-mail: [email protected] 4 Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Agronomia da UFRR, Bolsista CAPES. E-mail: [email protected] 5 Doutoranda do Curso de Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte. Email: [email protected] 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional120 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO DE MUDAS DE Khaya ivorensis A. Chev (Meliaceae) COM SOLUÇÃO NUTRITIVA Oscar José SMIDERLE1, Edvan Alves CHAGAS1, Aline das Graças SOUZA2, Marcia de Souza ALVES3, Paulo Renato FAGUNDES3, Diego Lima SILVA4, Christinny Giselly BACELAR-LIMA2 O mogno de origem africana vem tornando uma espécie de grande importância na Região Amazônica, em virtude do seu alto valor econômico, a sua facilidade de produção de mudas e ao rápido crescimento, promovendo a recuperação de áreas alteradas. Sendo assim, faz-se necessário, avaliar o crescimento e desenvolvimento das mudas e determinar o equilíbrio nutricional do mogno africano Khaya ivorensis. Trinta dias após a emergência, as plantas com média de 15 cm de altura, foram transplantadas para vasos plásticos de 14L (duas mudas/vaso), os vasos receberam uma fina camada de seixo, para melhor drenagem e, completados com o substrato ORG: Organoamazon®, As plantas receberam uma rega de solução nutritiva ((0,8 g de Maxsol/L), (0,5 g de Nitrato de Cálcio/L) e (0,1 g de Ferro/L)) semanal e durante as duas últimas semanas do terceiro mês cada vaso passou a receber duas regas semanalmente de solução nutritiva. No período entre o quarto e o quinto mês a concentração dos nutrientes da solução foi aumentada para 1,2 g/L (Maxsol), 0,9 g/L (Nitrato de Cálcio) e 0,1g/L (Ferro). E, no sexto mês a solução foi concentrada em 1,3g de Maxsol/L, 1,0 g de Nitrato de Cálcio/L e 0,1g de Ferro/L. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, composto por 11 tratamentos (referente ao número de semana) e 3 repetições de 18 plântulas cada (uma em cada tubete), totalizando 54 mudas. Assim, foram coletados semanalmente, por 11 semanas, os dados referentes à altura (régua milimetrada), tomados do colo ao ápice das mudas e ao diâmetro do caule (paquímetro), tomados a 10 cm do colo da muda. de mogno africano (K. ivorensis). As plantas de mogno africano (K. ivorensis) apresentaram rápido e vigoroso crescimento vegetativo, atingiram, em média, 118 cm de altura e 13,88 mm de diâmetro, aos 140 dias. Verificou-se aumento médio de 76,93 cm de altura e 7,97 mm diâmetro com incremento médio mensal de 15,39 cm de altura e 1,59 mm de diâmetro. A aplicação de solução nutritiva foi apropriada ao desenvolvimento e crescimento de mudas de mogno africano (K. ivorensis), permitindo a comercialização já aos 90 dias com porte adequado para transplantio no campo. Palavras-chave: Mogno-africano, Crescimento, Espécie florestal Apoio financeiro PIBIC/CNPq 11 Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Professora, Doutora do Centro de Ciências Agrárias da UFRR-POSAGRO, Pesquisadora Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima – PNPD/CAPES 3 Acadêmico do curso de pós graduação em Agronomia da UFRR, bolsista-CNPq 4 Acadêmico do curso de graduação em Agronomia da UFRR, bolsista PIBIC-CNPq *Autor de correspondência: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional121 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO DE MUDAS DE MAMÃO EM DIFERENTES TIPOS DE SUBSTRATOS ORGÂNICOS Dalvina Santana AROUCHE1*; Pâmella Lobo de MATOS1 Rafael Jorge do PRADO1;Wellington Farias ARAÚJO1 O mamoeiro (Caricapapaya L.) é uma planta típica de regiões tropicais e subtropicais obtendo elevada importância na fruticultura mundial, possuindo considerável produção em larga escala em vários países. O Brasil ocupa a terceira colocação nas exportações mundiais de mamão, exercendo a cultura grande importância na balança comercial brasileira. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo de mudas de mamão através de análises destrutivas, cultivadas em diferentes substratos orgânicos. O experimento foi desenvolvido no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/UFRR) no período de novembro de 2012 a janeiro de 2013. Os tratamentos utilizados foram: T1- 50% Solo + 50% Esterco de gado curtido; T233,3% Solo + 33,3% Casca de arroz carbonizada (CAC) + 33,3% Esterco bovino curtido; T3- 50% Solo + 50% CAC; T4- 100% Composto orgânico caseiro; T5- 100% Composto orgânico comercial (OrganoAmazon®); T6- 50% Solo + 50% Húmus de minhoca. O delineamento experimental utilizado foi DIC com 6 tratamentos e 8 repetições. Após 60 dias de cultivo, foram avaliados: Matéria seca do caule (MSC); Matéria Seca das folhas (MSF); Matéria Seca da raiz (MSR); Clorofila A e Clorofila B. Os dados foram analisados pelo programa SISVAR, e submetidos ao teste de média a 5% de probabilidade. Para a variável MSR os tratamentos 5 e 6 não diferiram estatisticamente e foram superiores a todos os demais. Para as demais variáveis analisadas os tratamentos 4, 5 e 6 não diferiram entre si e foram superiores aos demais. O tratamento 3 apresentou valores extremamente baixos para todas as variáveis, indicando que o CAC não deve ser utilizado de forma individual como condicionador do solo, e sim associado a outros materiais vegetais. Conclui-se que a utilização de composto orgânico, seja ele comercial ou caseiro proporcionou os melhores resultados vegetativos para a produção de mudas de mamão, assim como maiores teores de clorofila, o que possibilita maiores taxas fotossintéticas, crescimento e produção. Palavras-chave: Caricapapaya L., desenvolvimento vegetativo, Agricultura orgânica. 1 1:Universidade Federal de Roraima, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional122 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO DE MUDAS DE MOGNO-AFRICANO POR ENXERTIA EM VIVEIRO Paulo Renato de Oliveira FAGUNDES1, Marcia de Souza ALVES1, Edvan Alves CHAGAS2; Oscar José SMIDERLE2*, Aline das Graças de SOUZA3, Verônica Andrade dos SANTOS3, Christinny Giselly BACELAR-LIMA3 O mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev (Meliaceae) vem se tornando uma espécie de grande valor e importância no Brasil e na região Amazônica devido à ampla aceitação no mercado internacional, a semelhança do mogno brasileiro (Swietenia macroplhyla King), e devido também à resistência que apresenta ao ataque da broca das meliáceas causada pelo microlepidóptero Hypsipyla grandella Zeller que atinge o mogno brasileiro. No entanto, o alto preço das sementes e a rápida perda de viabilidade das mesmas dificultam e tornam elevada a produção de mogno africano. Sendo assim, meios alternativos de se propagar esta espécie são necessários. Dessa forma, objetivou-se nesse estudo avaliar quatro tipos de enxertia visando a produção de mudas. Plantas de Khaya ivorensis com nove meses de idade e acondicionadas em vasos plásticos de 14 L (duas plantas por vaso) com substrato Organoamazon®, mantidas em viveiro telado com sombrite 50% e regadas com solução nutritiva até o estabelecimento do experimento, foram submetidas a quatro tipos de enxertia: Fenda Cheia (FC), Fenda Lateral (FL), Inglês Complicado (IC) e Borbulhia em placa (BR). Foram utilizados como cavaleiros enxertos de um indivíduo adulto com 20 anos da mesma espécie. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) com quatro tratamentos e três repetições, compostas de quatro plantas, totalizando 48 plantas. Trinta dias após a montagem do experimento foi avaliado o percentual de pegamento (%P) e os valores obtidos foram transformados em raiz quadrada de (x+1). As brotações resultantes nas enxertias foram vigorosas chegando a comprimentos entre 17 cm e 27 cm. Dessa forma, nas condições em que o experimento foi conduzido, a enxertia do tipo Fenda Lateral (FL) foi a que apresentou o maior sucesso (16,67%) na propagação de mogno africano (Khaya ivorensis), sendo esta a mais apropriada para propagação assexuada da espécie. Contudo, novos estudos devem ser realizados visando melhor ajustar e ampliar o percentual de pegamento para a espécie. Palavras-chave: Khaya ivorensis, Propagação assexuada, Produção de mudas, Silvicultura Apoio financeiro PIBIC/CNPq 1 1 Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Roraima em parceria com a Embrapa Roraima - POSAGRO. 2 Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima. 3 Bolsista Pós-Doc da Embrapa Roraima/UFRR. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional123 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO VEGETATIVA AMAZÔNIA CENTRAL DE CAMU-CAMU EM TERRA FIRME NA Elaine Cristian de Sousa COELHO*; Kaoru YUYAMA1 Resumo - O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh, Myrtaceae) é uma planta nativa da região Amazônica com grande potencial para desenvolvimento da fruticultura regional, com ênfase nas áreas de alimentos, fármacos, cosméticos entre outros. Sendo uma fruteira pouco conhecida, praticamente não existe tecnologia de cultivo, principalmente, para produção de mudas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento de mudas de camu-camu repicadas em dois tipos de solos, com e sem utilização de esterco de galinha curtido, associado a diferentes doses de nitrato de cálcio. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições, seguindo esquema fatorial 2x2x4. Os fatores foram: solo (Latossolo e Argissolo), esterco de galinha (sem e com esterco, na proporção de 1:3 de solo) e quatro concentrações de nitrato de cálcio hidratado (0, 10, 20 e 30 ml de Ca(NO3)2H2O) por saco de mudas. O resultado da análise quanto aos tipos de solo revelou maior teor de P e K no Argissolo (10 e 44mg/kg-1, respectivamente) e em relação ao Latossolo (0,46 e 17mg/kg-1), sendo que o Argissolo é mais ácido (pH 3,84 e 4,32) do que o Latossolo (pH 4,39 e 4,73) em KCl e H2O. Quando foi adicionado 1/4 do volume de esterco de galinha poedeira para 3/4 de solo, os teores aumentaram em ambos solos, sendo mais significativos os teores de K (1215 e 1384mg/kg-1) e P (128 e 140mg/kg-1). O pH do Argissolo tornou-se básico e de Latossolo próximo a neutro. Com os resultados obtidos podese concluir que o uso de esterco em mudas de camu-camu em sua fase inicial de desenvolvimento foi prejudicial, tanto no Latossolo como no Argissolo tanto em altura das plantas como em diâmetro e número de folhas. Este fato pode ter ocorrido devido ao excesso de nutrientes e elevada mudança de pH, que devido a pequena parte vegetativa formada, ainda com plântulas de 8 a 10 cm de altura e 7 a 10 pares de folhas no momento do transplante, que não conseguiram absorver os nutrientes. Quanto ao uso de nitrato de cálcio, a concentração de 150 ppm de N + 214 ppm de Ca, proporcionou o melhor crescimento das mudas em Argissolo diferenciando, significativamente, da testemunha. Sendo assim, obteve-se maior crescimento vegetativo das mudas de camu-camu transplantadas em Argissolo sem utilização do esterco e com nitrato de cálcio, porém, há necessidade de estudo complementar com utilização de doses parceladas de esterco de galinha e outras dosagens de adubação química, na produção de mudas de camu-camu. Palavras-chave: Myrciaria dubia, Produção de mudas, Esterco e Fertilizante. 1 Pesquisador, Dr., Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas – INPA. Av. André Araújo 2936, Aleixo. Cep.: 69060-001 e-mail: [email protected]. * autor para correspondência: [email protected] . Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional124 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUTIVIDADES DE FRUTOS DE CULTIVARES DE MELÃO IRRIGADAS NA SAVANA DE RORAIMA Ignácio Lund Gabriel da Silva CARMO1*, Alexandre Prado da SILVA2, Willams da Silva MATOS1, Roberto Dantas de MEDEIROS3, Aloísio Alcântara VILARINHO3, Carlos Abanto RODRIGUEZ4 Em Roraima, a cultura do melão, surge como uma das alternativas de exploração agrícola para as áreas de cerrado e de mata, onde, essas áreas apresentam grande potencial agrícola para a produção, visto que as condições agroclimáticas (solo, temperatura, intensidade de luz e disponibilidade de água) são favoráveis ao desenvolvimento da planta e à qualidade dos frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o rendimento de frutos de cultivares de melão cultivado em área de cerrado no Estado de Roraima. O experimento foi conduzido, no período de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013, no campo experimental da Embrapa Roraima. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições e cinco tratamentos, os quais se constituíram das cultivares de melão: 1- Valenciano Amarelo, 2 - Juazeiro Pele de Sapo, 3 - Harper Cantaloupe, 4 – Ashira Amarelo e 5 – Gália, semeadas no espaçamento de 0,5m x 3,5 m em parcelas de 3,5 m x 6,0 m. A adubação constou de 50 kg ha1 de P₂O₅ + 100 kg ha-1 de K₂O + 130 kg ha-1 de N. As variáveis analisadas foram: a) Número de frutos por ha (NFh), b) massa média por fruto em kg (MM) e c) produtividade de frutos em kg ha-1 (PROD). As medias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey (P < 0,05). Houve diferenças entre as cultivares para todas as variáveis. O número de frutos variou de 7.142 a 20.142 frutos ha-1, destacando-se as cultivares Galia e Cantalupe que produziram as médias de 20.142 e 18.142 frutos ha-1, respectivamente. Quanto à massa média de frutos (kg fruto-1) as cultivares Valenciano Amarelo e Pele de Sapo proporcionaram as maiores médias (1,85 e 2,17 kg) seguida das medias (1,28 e 1,27 kg fruto1 ) obtidas nas cultivares Haper Cantalupe e Ashira Amarelo que foram estatisticamente iguais e superiores à média (0,56 kg) obtida com a cultivar Gália. Com relação à produtividade de frutos destacou-se a cultivar Haper Cantaloupe cuja média de 23.885 kg ha-1de fruto foi igual à média (1873 kg ha-1) obtida com a cultivar Pele de Sapo e superior às médias obtidas com as demais cultivares. Assim, considerando os valores da massa por fruto (1,28 kg) que atende a demanda do consumidor e a produtividade média de frutos (23.885 kg ha-1) obtida com a cultivar Haper Cantalupe, conclui-se que esta cultivar apresenta grande potencial para o cultivo irrigado na Savana do Estado de Roraima. Palavras-chave: Cucumis melo L., Produtividade, Adubação, Solos de Cerrado. Financiamento: CNPq/Embrapa-RR (Centro de Pesquisa Agroflorestal de Roraima) 1 Aluno de Graduação da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 2 Aluno de graduação da Faculdade de Ensino Superior, Departamento de Agronomia, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 3 Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA-CPAFRR): Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR. 4 Aluno de pós-graduação em Agronomia – POSAGRO/UFRR, BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000, Boa Vista, RR. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional125 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PROPAGAÇÃO DE Pleonotoma jasminifolia Kunth Miers (Bignoniaceae) POR MINIESTACAS Vera Maria Vasconcelos CAVALCANTE1*, Marcelo Victor de Souza OLIVEIRA², Franciene Dias RIBEIRO², Fabiana Viana de ALMEIDA², Eva Maria Alves Cavalcanti ATROCH³, Eduardo Ossamu NAGAO³. A espécie Pleonotoma jasminifolia (Bignoniaceae) apresenta características ornamentais devido às suas estruturas vegetativas, especialmente em relação às folhas. A propagação vegetativa facilita a multiplicação de uma planta a partir de seus tecidos, e é a maneira mais prática, rápida e segura de se obter uma nova planta com características idênticas à do vegetal que a originou. Sendo assim, avaliou-se o potencial de propagação em Pleonotoma jasminifolia por miniestaca, a fim de contribuir com informações consistentes para a produção de mudas em larga escala. O ensaio foi realizado no viveiro de plantas do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Amazonas - UFAM Minicampus, Setor Sul. As miniestacas foram obtidas a partir de ramos vegetais colhidas no campus universitário e padronizadas com tamanho de 15 cm de comprimento com dois pares de gemas. Para estimular o enraizamento, os segmentos foram submetidos a duas concentrações de ácido indolbutírico (AIB): 0,5 g.L-¹ e 1,0 g.L-¹ , mais o controle durante 5 minutos, após este procedimento foram plantados em tubetes 50 cm, contendo uma mistura de terra preta e areia, e postos no viveiro de plantas, juntamente com tratamento controle com acompanhamento e irrigação diária. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado com 4 repetições e comparados pelo teste de tukey a 5%. As avaliações foram realizadas após 60 dias, analisando as seguintes variáveis: Capacidade de enraizamento, número de brotações e taxa de sobrevivência. Após a analise estatística verificou-se que todos os tratamentos propiciaram enraizamento, destacando o tratamento com 1,0 g.L-1 que apresentou o maior número de raízes por indivíduo. Palavras - chave: Pleonotoma jasminifolia, Miniestaca, Produção de mudas. 1 Aluna de graduação em Ciências Biológica - Centro Universitário do Norte, UNINORTE, Av. Joaquim Nabuco, 1097, Manaus - AM, Brasil. 2Alunos de graduação de Agronomia – Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Manaus - AM, Brasil. 3 Professores da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000 Manaus - AM, Brasil. [email protected]. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional126 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE SEMENTES E CASCAS DE CAMUCAMU, Myrciaria dubia H.B.K (McVaugh) Gabriel Oliveira de SOUZA1*, Chanderlei de Castro TAVARES1, Carolina Queiroz VALENTIM1, Janayna Freitas de Araújo LIBÓRIO1, Pierre Alexandre dos SANTOS2, Ádley Antonini Neves de LIMA1 O camu-camu (Myrciaria dubia, Myrtaceae) é natural de áreas alagáveis da Amazônia, conhecido pelo alto teor de vitamina C dos seus frutos e atividade antioxidante descrita em estudos recentes. Realizou-se a prospecção em diferentes órgãos de M. dubia, de forma a direcionar os estudos com esta planta. Os frutos de M. dubia foram coletados do cultivo da Embrapa, rodovia AM 010, km 29, estrada Manaus-Itacoatiara. Foram escolhidas e separadas as cascas e as sementes, por se tratarem de resíduos dos frutos, que são normalmente desprezados. As cascas e sementes foram submetidas à secagem em estufa de circulação de ar forçado a 40 °C por 5 dias, trituradas em moinho de facas e o pó acondicionado em recipientes opacos, à t.a. Foram produzidas soluções extrativas hidroetanólicas e aquosas. A partir das soluções extrativas hidroetanólicas foram realizadas prospecções para alcaloides, ácidos orgânicos, fenóis, cumarinas, antraquinonas, esteróis e triterpenos. A partir das soluções aquosas foram realizadas as prospecções para heterosídeos antociânicos, heterosídeos saponínicos, heterosídeos cianogenéticos, gomas taninos, mucilagens, aminogrupos, ácidos voláteis e fixos. A prospecção química indicou a presença de alcaloides, ácidos orgânicos, fenóis, heterosídeos flavônicos, esteróis e triterpenos, heterosídeos antociânicos, taninos e aminogrupos, ácidos voláteis e fixos nos extratos de cascas e sementes. Para o extrato das cascas, ainda foram positivos os testes para heterosídeos antociânicos, heterosídeos saponínicos, heterosídeos cianogenéticos, gomas taninos, mucilagens, aminogrupos, ácidos voláteis e fixos. A sugestão da presença de determinados grupos químicos na prospecção indica algumas atividades farmacológicas possíveis. Por sua vez, o achado de flavonoides, poderia indicar propriedades antibacteriana, antiviral além da antioxidante já descrita para a espécie.A prospecção fitoquímica realizada é fundamental para o direcionamento de futuros trabalhos com a espécie, em razão do mínimo número de estudos químicos com os resíduos de Myrciaria dubia. Os achados da prospecção fitoquímica sugerem amplo potencial farmacológico, bem como um promissor antioxidante, tornando esta espécie promissora para ser estudada e aplicada pela indústria Farmacêutica e Cosmética, o que poderia minimizar o impacto ambiental causado pelo descarte deste resíduo. Palavras chaves: Triagem, detecção e metabólitos secundários. Agradecimentos: FAPEAM, CNPq, PET-Farmácia. 1 1: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Rua Comendador Alexandre Amorim, 330, Manaus-AM, 69010-300, Brasil. 2: Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia, Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais, Av. Universitária, esq. com 1ª Avenida, Setor Universitário, Goiânia-GO, 74605-220, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional127 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. QUALIDADE DE FRUTOS DE CULTIVARES DE MELÃO CULTIVADOS NO CERRADO DE RORAIMA Ignácio Lund Gabriel da Silva CARMO1*, Alexandre Prado da SILVA2, Carlos Abanto RODRIGUEZ3, Roberto Dantas de MEDEIROS4, Aloísio Alcântara VILARINHO4 O consumo de melão está relacionado à qualidade do fruto exigida pelos consumidores. Esta qualidade esta relacionada aos teores de Sólidos Solúveis Totais (SST) responsável pelo sabor do mensurado fruto em oBrix. É um fator tradicionalmente usado para assegurar a qualidade do melão. Assim frutos com o SST (ºBrix) inferiores a 9 % não são aceitos no mercado, ou seja, não são comercializáveis. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade de frutos de cinco cultivares de melão de variedades inodorus e reticulatus cultivados em área de cerrado no Estado de Roraima. O experimento foi conduzido, no período de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013, no Campo Experimental da Sede da Embrapa Roraima, Boa Vista, RR. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos de cinco cultivares de melão, 1- Valenciano Amarelo, 2 - Juazeiro Pele de Sapo, 3 - Harper Cantaloupe, 4 – Ashira Amarelo e 5 – Gália, semeadas em parcelas de 3,5 m x 6,0m. A adubação foi feita de acordo com as recomendações da análise de solo, a qual constou de 50 kg.ha-1 de P₂O₅ + 100 kg.ha-1 de K₂O + 130 kg.ha-1 de N. Avaliou-se os teores de sólidos solúveis totais e o pH dos fruto. As médias das variáveis foram submetidos a análise de variância com aplicação do teste F a 5% e comparadas pelo Teste de Tukey a 5%. Houve diferenças nos teores de sólidos solúveis totais e pH dos frutos entre as cultivares. As cultivares Haper Cantaloupe e Ashira Amarelo produziram frutos com 13,37 e 12,62 oBrix, respectivamente, as quais não diferem entre si e foram superiores as médias obtidas nas demais cultivares. Quanto ao pH, a cultivar Cantaloupe foi a que apresentou o maior valor 6,87, similar a média (6,25) obtida na cultivar Gália as quais foram superiores aos valores observados nas demais cultivares. Conclui-se que a Cultivar Harper Cantaloupe produz frutos com qualidade que atende a demanda do consumidor, podendo ser uma alternativa viável para o cultivo no Cerrado de Roraima. Palavras-chave: Cucumis melo L., Sólidos Solúveis Totais, Ph, Solos de Cerrado. Financiamento: CNPq/Embrapa-RR (Centro de Pesquisa Agroflorestal de Roraima) 1 Aluno de Graduação da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 2 Aluno de graduação da Faculdade de Ensino Superior, Departamento de Agronomia, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 3 Aluno de pós-graduação em Agronomia – POSAGRO/UFRR, BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000, Boa Vista, RR. 4 Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA-CPAFRR): Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional128 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. RESPOSTA DE CASTANHA-DO-BRASIL À ADUBAÇÃO FOSFATADA Janer Jadson Santos de SOUZA1, Karine Dias BATISTA1*, Cássia Ângela PEDROZO1 O uso indiscriminado de castanheiras-do-brasil (Bertholletia excelsa) nativas tem ocasionado a quase extinção da espécie. Surge, a partir de então, a necessidade do estabelecimento de plantios de castanhas-do-brasil com o intuito de manter a produção de castanhas e a renda de milhares de trabalhadores. Entretanto, informações sobre o manejo da adubação da espécie são incipientes. Diante do exposto, objetivou-se no presente estudo verificar a resposta de castanheiras-do-brasil à adubação fosfatada no estado de Roraima. O estudo foi conduzido em monocultivo estabelecido há seis anos, no Campo Experimental Serra da Prata, pertencente à Embrapa Roraima e localizado no município de Mucajaí-RR. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com quatro repetições e quatro tratamentos. Cada parcela foi composta por 15 plantas com espaçamento de 3 m entre plantas e de 4 metros entre fileiras. A parcela útil foi constituída pelas três plantas centrais. Em maio de 2013 e antes da imposição dos tratamentos realizou-se a medição do diâmetro na altura do peito (DAP) e da altura total das árvores (ATA). Logo em seguida, foram aplicados 400 kg/ha de calcário em superfície. Após o período de reação do calcário com o solo, realizou-se a adubação: 100 g/planta de nitrogênio e 90 g/planta de K2O parcelados em três vezes e 30 g/planta de FTE BR12. O fósforo foi aplicado em quatro concentrações (0, 30, 60 e 120 g/planta de P2O5) na forma de superfosfato simples, em uma única aplicação, perfazendo os quatro tratamentos. Dois meses após o início do experimento, mediu-se novamente o DAP e a ATA. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo Teste F a 5%. De acordo com a análise de variância não houve diferença significativa entre os tratamentos. As concentrações de fósforo avaliadas não influenciaram o crescimento das árvores tanto em relação ao DAP quanto a ATA.Uma provável explicação para este resultado é o tempo de condução do experimento ter sido insuficiente para a observação da resposta das plantas à adubação. Uma vez que há poucos relatos na literatura sobre a influência dos nutrientes no crescimento de castanha-do-brasil, o presente estudo traz informações que podem sera base de várias outras pesquisas de adubação fosfatada em castanheira-do-brasil. Palavras-chave: Bertholletia excelsa, Fósforo, Altura da árvore, Diâmetro da árvore. 1 Embrapa Roraima, Rodovia BR 174, Km 8, Bairro Distrito Industrial, caixa postal 133, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional129 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. SUSTENTABILIDADE E IMPACTOS AMBIENTAIS NA COMUNIDADE MORRO EM RORAIMA Juarecildo Martins LEVEL1, Giseli DEPRÁ1, Mariana Souza da CUNHA1 Como defensores do meio ambiente, nós povos indígenas procuramos novas formas de sobrevivência, mas enfrentamos vários entraves, especialmente no que diz respeito aos recursos naturais. O significado de território indígena tem uma perspectiva mais ampla, porque os valores culturais estão intimamente relacionados às terras. Garantir a conservação dos ambientes naturais significa a garantia da sobrevivência do nosso povo. O presente trabalho teve o objetivo de identificar o que impactou o ecossistema da comunidade indígena Morro, localizada ao norte do Estado de Roraima, município de Uiramutã. O clima da região é úmido, com uma composição florística formada por savana estépica, buritizais e uma pequena área de floresta tropical com árvores de grande e médio porte, por serras com árvores arbustos. Para fazer o diagnóstico ambiental, foram desenvolvidas práticas pedagógicas de pesquisa de campo com alunos do Ensino Médio da escola Estadual Indígena Santa Terezinha. Dessas atividades resultou a identificação de diversas espécies, sendo que as mais utilizadas pelos moradores são aquelas com finalidade para construção e cobertura de casas. O registro ficou organizado com sua utilidade, nome popular, nome na língua Macuxi e nome científico. Para construção de casas: Pau rainha, Kaatan ye’, Centrolobium paraense; Pau roxo, Paurarai ye’, Peltogyne pubescens; Maçaranduba, Pîîrî, Manilkara SP; Cedro, kupe’ye, Cedrela odorata. Para cobertura: Buriti, Kuwai ye’, Mauritia flexuosa. Observou-se que o meio ambiente da comunidade sofre principalmente por causa das erosões causadas pelas queimadas, construções de roças, de estradas e pelo desmatamento desordenado. A erosão causa assoreamento nos igarapés, acarretando o desaparecimento de algumas espécies de animais e de pássaros. O desmatamento, por sua vez, é responsável pela diminuição da madeira e da palha, muito utilizada pela comunidade. O ecossistema é fundamental para a vida dos seres vivos como um todo, mas sobre tudo para a comunidade que busca sua sobrevivência usando a natureza como seu único meio de sustento e que de forma inconsciente o destrói parte da biodiversidade animal e vegetal. Mas a comunidade tem tomado consciência e delimitado uma área reservada de matas, que serve para reprodução de animais e aves. Assim como também tem desenvolvido projetos de produção de mudas para o reflorestamento que funciona em conjunto entre a escola e comunidade, com a função de atender as demandas existentes. Palavras - chave: Comunidade, Impacto Ambientais, Preservação 1 1Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000 Boa Vista-RR, Brasil. *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional130 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TELAS DE SOMBREAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE AÇAÍZEIRO Olisson Mesquita de SOUZA1*, Verônica Andrade dos SANTOS2, Hyanameyka Evangelista de LIMA2, Edvan Alves CHAGAS2, Chrystinny Giselly Bacelar LIMA2, Aline das Graças SOUZA2, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE2. O açaizeiro, tem se destacado economicamente pelo potencial mercadológico de seus produtos representados principalmente pelo palmito e pela polpa extraída do fruto, sendo um dos fatores de grande importância na implantação do cultivo mudas de qualidade. Novas tecnologias na produção de mudas estão sendo utilizadas entre elas as diferentes cores de telas de sombreamento com objetivo de proteger as plantas da alta radiação solar. A região Norte apresenta longo período e alta incidência de luminosidade, sendo necessários estudos aprofundados com novas tecnologias que possa favorecer a desenvolvimento de mudas, entre as tecnologias para melhorar o cultivo estão às telas coloridas e refletoras com funções específicas na sua utilização. O objetivo do trabalho foi estudar o desenvolvimento de mudas de Açaí sob diferentes telas de sombreamento. O trabalho foi desenvolvido no setor de fruticultura da Embrapa/RR. Sementes de Açaí cultivar BRS Pará foram semeadas em canteiros, após emergência as plântulas foram colocas em sacos de polietileno com capacidade para 3 kg de substrato composto por solo, areia e composto orgânico. Foram colocadas dez plantas em oito tipos de telas de cores diferentes (branca, azul, vermelha, cinza, prata, preta com 50% de luminosidade, preta com 25 % de luminosidade e preta com 75% de luminosidade), formando um delineamento estatístico inteiramente casualizado, com oito tratamentos e dez repetições. A cada quinze dias foram avaliadas as características da altura das mudas (cm), diâmetro do colo da planta (mm) e número de folhas. Os resultados foram submetidos à análise de variância e, quando ocorreu significância, as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de significância utilizando o programa estatístico SISVAR®. De acordo com os resultados obtidos houve diferença significativa para as diferentes telas utilizadas para a característica altura, as plantas localizadas no ambiente com 50% de luminosidade e vermelha apresentaram menor altura e ocorreu maior desenvolvimento no ambiente de tela branca e com 25% de sombreamento. O número de folhas foi superior nos ambientes com telas de cor cinza, branca e sombreamento de 25%. Já para a característica do diâmetro as telas cinza, branca e prata proporcionaram maior espessura do diâmetro. As diferentes telas de sombreamento influenciaram no desenvolvimento das mudas, sendo o ambiente coberto com tela na cor branca proporcionou maior desenvolvimento para as mudas do Açaizeiro. Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart, Açaí, luminosidade. Apoio financeiro: CNPq/CAPES/EMBRAPA/RR 1 Estudante do curso de agronomia-UFRR. Email: *autor para correspondência: [email protected] 2 Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil; *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional131 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TEOR DE ÁGUA E ARMAZENAMENTO DE DIÁSPOROS DE Maximiliana maripa (Aublet) Drude (ARECACEAE). Mahedy Araujo Bastos PASSOS1*, Kaoru YUYAMA2, Otoniel Ribeiro DUARTE3 Maximiliana maripa é uma palmeira com elevado potencial produtivo para óleo sendo considerada uma espécie promissora para a produção na indústria alimentícia, farmacêutica, cosmética e de biodiesel. Entretanto, seu cultivo na região amazônica é inexistente. A unidade de propagação do inajá é o diásporo, o qual é constituído pelo endocarpo e semente, razão pela qual se torna importante conhecer a capacidade de conservação da espécie, além de permitir um manejo mais adequado de germoplasma. As pesquisas relacionadas com tecnologia de sementes de arecaceae no Brasil são muito escassas e muitas de suas espécies apresentam sérios problemas com relação à conservação e a germinação das mesmas. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do armazenamento no teor de água das sementes de inajá e na manutenção da qualidade das mesmas. O experimento foi executado no Laboratório de Resíduos e no viveiro de plantas da Embrapa Roraima. Foram utilizados frutos coletados de um inajazal situado na Estação experimental serra da Prata pertencente a Embrapa-RR localizada no município de Mucajaí. Uma parte do lote dos frutos foi despolpada e em seguida seus diásporos submetidos aos testes usuais de teor de água e ao plantio imediato. O restante foi acondicionado em sacos de polietileno e armazenado em câmara fria durante 15, 30, 60, 90 e 120 dias. Após cada período de armazenamento eram realizados os procedimentos estabelecidos. O teor de água inicial dos diásporos não armazenados foi de 12%. Após o armazenamento os teores foram respectivamente, 12,7% para 15 dias, 14% para 30 dias, 15,55% para 60 dias, 18,33% para 90 e 19,77% de umidade para 120 dias de armazenamento, demonstrando que os diásporos absorveram umidade em ambiente de câmara fria (18° C). A porcentagem germinativa revelou valores surpreendentes para o plantio imediato que ficou em torno de quase 100%, caindo drasticamente para os diásporos armazenados. Em quinze dias de armazenamento, obteve-se 11,25% de percentual germinativo. Para os diásporos com 30 dias de armazenamento 6,25%; com 60 dias 1,25%, com 90 dias 12,5% e 7,5% de porcentagem germinativa para os diásporos plantados com 120 dias de armazenamento. Percebeu-se que dos diásporos armazenados o lote com 90 dias de armazenamento foi o que obteve maior pico germinativo e o lote de 30 dias de armazenamento o menor sucesso reprodutivo. O aumento da umidade e o tempo de armazenamento parecem ter produzido efeitos imediatos sobre a germinação e o vigor das sementes de Maximiliana maripa. No entanto tais resultados não nos permite fazer associações sobre o favorecimento da conservação das sementes de inajá em câmara fria. Apesar da maioria das palmeiras serem consideradas recalcitrantes o comportamento de Maximiliana maripa tem revelado valores completamente opostos e demandam ampliação do conhecimento sobre os fatores que interferem na sua conservação. Palavras-chave: Inajá, Tecnologia de sementes, Conservação, Palmeiras. 1 1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Programa de Pós-Graduação em Botânica, CP 2223, CEP: 69080-971, Manaus, Amazonas, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional132 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. USO DE FERTILIZANTE VIA FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO Elias Ariel de MOURA1, Verônica Andrade dos SANTOS2, Edvan Alves CHAGAS3, Marcela Liege da SILVA4, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE5, Pollyana Cardoso CHAGAS6 O cupuaçuzeiro é uma das principais frutíferas nativas da Amazônia, seus frutos são bem apreciados pelas características de sabor e aroma da polpa. Condições propícias para a produção de mudas colaboram para o aumento da homogeneidade, sanidade e redução da mortalidade do plantio em campo. O desenvolvimento de mudas é influenciado por vários fatores, dentre estes está o suprimento de nutrientes. A adubação foliar é uma prática econômica devido às menores quantidades de produto aplicado e um alto índice de absorção dos nutrientes pelas plantas. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da nutrição via foliar em dois intervalos de aplicação no crescimento inicial de mudas de cupuaçuzeiro. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial de 5 x 2, sendo cinco doses (0, 1, 2, 4, e 6 ml L1 ) do fertilizante foliar composto por ( 28% de K2O, P2O% e 21% de B, Mn e Mo) e dois intervalos de aplicações (7 e 14 dias), totalizando dez tratamentos, quatro repetições e cinco plantas por repetição. As variáveis avaliadas foram comprimento da parte aérea (cm), diâmetro do caule (mm), e número de folhas. Os resultados foram submetidos à análise de variância, sendo os dados quantitativos submetidos à análise de regressão, ao nível de 5% de probabilidade. De acordo com os resultados obtidos houve interação significativa para todas as variáveis analisadas. Concluiu-se que para o desenvolvimento inicial das mudas de cupuaçuzeiro pode ser utilizada a concentração de 4 ml L-1 do fertilizante foliar com intervalos de 7 dias de aplicação. Palavras - chave: Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Shum.), Nutrição, Propagação Créditos de Financiamento: PIBIC-CNPq e CAPES. 11 Discente do Curso de Agronomia (CCA/UFRR), Boa Vista-RR. bolsista PIBITI-CNPq. Eng.Agrônoma, Pesquisadora Pós-Doc da Embrapa/UFRR, Bolsista CAPES/PNPD. 3 Pesquisador da Embrapa Roraima. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq. 4 Doutoranda do Curso de Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte UFRR/Embrapa Roraima. 5 Pesquisador da Embrapa Roraima. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq. 6 Profa. na Escola Agrotécnina/UFRR. *autor para correspondência: [email protected]. 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional133 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. VALORIZANDO AS PRATICAS CULTURAIS DO CULTIVO INDIGENA NAS HORTAS ESCOLARES Aldenicia Cadete de LIMA1, Aurea Lucia Melo Oliveira CORREA, Makdenison Santos de ALMEIDA, Iana Oliveira de SOUZA, Zenaide Peres de SOUSA. Considerando a importância da valorização dos conhecimentos, saberes e práticas tradicionais indígenas, este projeto apresentou-se como oportunidade para potencializar o aprendizado dos alunos e despertar o interesse para uma alimentação saudável, por meio da implementação da horta na Escola Estadual Índio Hermínio Paulino. Teve como objetivo integrar as práticas agrícolas indígenas aos ambientes de aprendizagem da escola, garantindo sustentavelmente o complemento e melhoria da merenda escolar, promovendo a interação entre educadores, educandos e a comunidade. Foi um desafio para a educação escolar indígena diferenciada proposta na atualidade, visto que estabeleceu conexões do que se aprende na escola com os conhecimentos empíricos tradicionais presentes na comunidade São Pedro, localizada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Utilizou como metodologia a pesquisa ação com observação participante e teve a interdisciplinaridade como proposta pedagógica, buscando promover pesquisas que ressaltassem o poder nutricional dos alimentos presentes na merenda escolar, sensibilizar para a mudança dos hábitos alimentares e salientando a importância da qualidade de vida da comunidade em geral. O respeito e valorização da cultura de cada povo constituíram-se como fatores na socialização desses saberes, produzidos pelos grupos sociais na construção de suas formas de viver, na organização, produção e relação com o meio. O projeto intitulado A valorização das práticas culturais de cultivo indígena nas hortas escolares e produção de hortaliças para merenda escolar possibilitou aos alunos uma alimentação mais saudável, a adoção de práticas de cultivo sustentáveis e a valorização dos saberes tradicionais indígenas. Palavras-chave: Alimentação saudável, Respeito cultural, Socialização 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Campus de Paricarana, AV. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto,CEP: 69310-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional134 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. VARIAÇÃO DE CORES EM SEMENTES DE LINHAGENS DE GERGELIM CULTIVADO EM RORAIMA Dalhas Nascimento de SOUSA1, Izabelle Maia SANTIAGO1, Larisse Campos OLIVA1, Oscar José SMIDERLE2*, Juliana Maria Espindola LIMA3, Aline das Graças de SOUZA4 O gergelim (Sesamum indicum L.) pertencente à família Pedaliaceae é a mais antiga oleaginosa conhecida. A utilização das sementes de gergelim em nível industrial envolve a fabricação de vários produtos para fins alimentares e medicinais, sendo que as sementes possuem em média 49% de óleo, praticamente todo usado na alimentação humana. O trabalho foi realizado com o objetivo de determinar variação na coloração das sementes e a relação com tamanho e germinação em seis linhagens de gergelim cultivadas em Boa Vista, Roraima. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes (LAS), sendo que as seis linhagens de gergelim indeiscentes (G2, G5, G8, G9, G10 e G13) foram cultivadas no campo experimental água boa, pertencente a Embrapa Roraima em 2012. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial de 6 x 4, sendo seis linhagens e quatro cores, 2 repetições. Após a colheita e trilha no campo, as sementes foram levadas ao LAS onde foram limpas e selecionadas em peneiras. Para avaliar a variação de coloração foram amostradas seis (6) g para cada linhagem e separadas manualmente em quatro cores (branca, amarela, cinza e marrom). Realizada a separação, quantificou-se as sementes obtidas para cada cor tanto por pesagem quanto pela contagem do número de sementes, sendo os dados expressos em percentagem. Com os valores obtidos estabeleceu-se a massa de mil sementes além de realizado o teste de germinação no laboratório. Quanto ao resultado da germinação verificou-se nas sementes das seis linhagens de coloração cinza, média (80%) inferior em relação as demais. As médias gerais obtidas nas sementes das seis linhagens (sem considerar coloração) não diferiram significativamente, variando de 83 a 93%. No vigor obtido na primeira contagem de germinação sementes da linhagem G10 foram menos vigorosas que as demais. As maiores percentagens de amostras quanto ao peso foram verificadas na coloração marrom para as linhagens G5, G10 e G13, para quantidade de sementes na coloração cinza foram verificadas as maiores percentagens nas linhagens G2, G8, G10 e G13, enquanto as maiores massas de mil sementes foram obtidas para sementes de coloração marrom para as linhagens G5, G8, G9 e G13, respectivamente com 3,25 g, 3,18 g, 3,28 g e 2,93 g. Não verifica-se correlação direta entre tamanho e qualidade fisiológica das sementes e tegumentos de coloração cinza indicam sementes de menor qualidade. Palavras - chave: Sesamum indicum, Linhagens, Germinação Apoio financeiro PIBIC-CNPq 1 Acadêmicas de Agronomia e Biologia da UFRR. Bolsistas PIBIC-CNPq. e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected] 2 Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Rod. BR 174 KM 08 – Distrito industrial. CP133. CEP 69301-970. e-mail: [email protected]. 3 Doutoranda de fitotecnia UFLA, Bolsista CNPq. e-mail: [email protected] 4 Professora POSAGRO, Pesquisadora DSc. Bolsista de Pós doutorado – Embrapa Roraima – PNPD/UFRR/CAPES, e-mail: [email protected] *Autor de correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional135 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. WEED CONTROL IN CORN AND WEED SAMPLE SIZE FOR GROWTH EVALUATIONS Leonardo Barreto TAVELLA1, Paulo Sérgio Lima e SILVA*1, Vianney Reinaldo de OLIVEIRA1, Patrícia Lianny de Oliveira FERNANDES1, Roberto Pequeno de Sousa1 The objectives of this study were to evaluate baby corn yield, green corn yield, and grain yield in corn cultivar BM 3061, with weed control achieved via a combination of hoeing and intercropping with gliricidia, and determine how sample size influences weed growth evaluation accuracy. A randomized block design with ten replicates was used. The cultivar was submitted to the following treatments: A = hoeings at 20 and 40 days after corn sowing (DACS), B = hoeing at 20 DACS + gliricidia seeding after hoeing, C = gliricidia seeding together with corn seeding + hoeing at 40 DACS, D = gliricidia seeding together with corn seeding, and E = no hoeing. Gliricidia was sown at a density of 30 viable seeds m-2. After harvesting the mature ears, the area of each plot was divided into eight sampling units measuring 1.2 m2 each to evaluate weed growth (above-ground dry biomass). Treatment A provided the highest baby corn, green corn, and grain yields. Treatment B did not differ from treatment A with respect to the yield values for the three products, and was equivalent to treatment C for green corn yield, but was superior to C with regard to baby corn weight and grain yield. Treatments D and E provided similar yields and were inferior to the other treatments. Therefore, treatment B is a promising one. The relation between coefficient of experimental variation (CV) and sample size (S) to evaluate growth of the above-ground part of the weeds was given by the equation CV = 37.57 S-0.15, i.e., CV decreased as S increased. The optimal sample size indicated by this equation was 4.3 m2. Keywords: Zea mays L., Gliricidia sepium[Gliricidia sepium (Jacq.) Steud.], Integrated control, Intercropping, Corn yield. 1: Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Departamento de Ciências vegetais, Campus de Mossoró, caixa postal 137, CEP 59625-900, Mossoró-RN, Brazil. * Corresponding author: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional136 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. UTILIZAÇÃO DA FARINHA DA CASCA DA PUPUNHA (Bactris gasipaes Kunth, Arecaceae) NA ELABORAÇÃO DE TORRADAS Bruno Raphael Gomes de Sá LEITÃO1, Jaime Paiva Lopes AGUIAR1, Francisca das Chagas do Amaral SOUZA1* A pupunha (Bactris gasipaes Kunth) é uma espécie de fruto tropical, pertencente à família das Arecaceae. A composição físico-química da pupunha mostra que ela é rica em nutrientes tais como proteína, fibra, carboidratos, minerais e gordura. Porém sua casca é desperdiçada, tornando-se um resíduo rico em fibras e carotenoides. Para um melhor aproveitamento deste resíduo, o presente trabalho teve como objetivo adicionar a farinha de casca da pupunha no processamento de fabricação de torradas, visando à obtenção de um produto com alto valor nutricional. Os frutos da pupunha foram adquiridos, no estágio de maturação comercial, na Feira da Manaus Moderna, e processados. Após a recepção os frutos foram selecionados, lavados, sanitizados em solução clorada a 2%, por 30 minutos, enxaguados e cozidos. Retirou-se a casca manualmente e esta foi submetida à secagem em estufa com circulação de ar a 60°C até peso constante, pulverizados em moinho elétrico e envasados em embalagem de polietileno. As analises físico-químicas realizadas de acordo com a metodologia descrita pelo I. A. L, 2008 foram o teor de umidade onde foi obtido por dessecação do material em estufa com circulação de ar, a 105ºC até peso constante, o teor de lipídio foi determinado de acordo com o método de Soxhlet, o resíduo extraído foi levado à estufa a 105ºC por cerca de uma hora, resfriado em dessecador e pesado até atingir peso constante, o teor de proteína foi determinado a partir da matéria seca, onde amostra sofreu processos de digestão, destilação e titulação, de acordo com o método de Kjeldahl e a determinação de cinza foi realizado em mufla 550ºC até obtenção de cinzas, em seguida foi resfriada em dessecador até temperatura ambiente e pesada. Os resultados da análises físicoquimica foram: umidade 4,45%, lipídeos 13,15%, proteínas 13,09%, cinzas 1,63% e carboidratos 67,43%. Quando comparado a outro produto como o pão enriquecido com a farinha da casca da pupunha, as análises foram similares aos obtidos das análises da farinha da casca da pupunha, com baixo teor de umidade e alto teor proteico, lipídico, de cinzas e de carboidratos. Comprovou-se, ao final, que a torrada enriquecida a partir da farinha da casca da pupunha apresenta-se como alternativa para otimização do aproveitamento na elaboração de produtos de panificação, com grande potencial de produção e utilização, agregando valor sobre este produto ainda pouco explorado pelas industriais envolvidas neste setor. Palavra-chave: Bactris gasipaes Kunth, Pupunha, Resíduos, Tecnologia. Financiamento: CNPq, FAPEAM 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia- INPA, Coordenação de Sociedade, Ambiente e Saúde, Laboratório de Nutrição, Avenida André Araújo, 2936, Aleixo, CEP 69060-001, Manaus AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional137 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TESTE DE COMPRIMENTO DE PLÂNTULA NA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE CRAMBE Daiane Mugnol DRESCH1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Tathiana Elisa MASETTO2 A utilização de testes de vigor possibilita estimar o potencial de emergência de plântulas em campo ou durante o período de armazenamento, e consequentemente, obter maiores rendimentos na produção de diversas culturas. Dentre os testes, o comprimento de plântulas pode fornecer informações complementares aos obtidos no teste padrão de germinação, de modo a detectar diferenças significativas no potencial fisiológico de diferentes lotes de sementes. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi verificar a possibilidade de utilização do teste de comprimento de plântulas como um método de vigor para classificar lotes de sementes de crambe. O potencial fisiológico de quatro lotes de sementes de crambe (Cultivar MS-Brilhante) foi avaliado por meio do teste padrão de germinação realizado em laboratório e pela emergência em campo. O experimento foi realizado em 2012, sendo os lotes 1 e 2 provenientes da safra 2011 e os lotes 3 e 4 da safra 2010. Para a avaliação do comprimento das plântulas (parte aérea, raízes e total) foram realizadas semeaduras em caixa do tipo gerbox e em rolo de papel Germitest®, ambos contendo 10 e 50 sementes cada. Para o teste de germinação e emergência de campo o delineamento foi inteiramente casualizado e para o teste de comprimento de plântulas foi inteiramente casualizado em esquema fatorial quatro lotes x quatro formas de semeadura (gerbox/10, gerbox/50, rolo/10 e rolo/50 sementes) ambos com quatro repetições cada. As médias de ambos os testes foram submetidas à análise de variância e havendo diferença significativa foram comparadas pelo teste de Tukey com o auxílio do software SISVAR. Os lotes 1, 2, 3 e 4 apresentaram potencias fisiológicos distintos para a germinação (80,5; 82,5; 27,0 e 7,5%, respectivamente) e para emergência em campo (69,0; 74,0; 38,0 e 5,0%, respectivamente), indicando que os lotes 1 e 2 apresentaram maiores níveis de vigor quando comparados com os lotes 3 e 4. A avaliação do comprimento da parte aérea e total de plântulas provenientes da semeadura em caixa do tipo gerbox contendo 10 e 50 sementes e em rolo de papel Germitest® com 50 sementes não permitiram a estratificação dos lotes em diferentes níveis, como os observados nos testes de germinação e emergência em campo. Entretanto, a avaliação do comprimento da raiz primária associado com a utilização do rolo de papel Germitest® contendo 10 sementes possibilita a identificação de lotes com diferentes níveis de vigor. Palavras-chaves: Crambe abyssinica, Germinação, Vigor. Créditos de financiamento: CAPES. 1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de Pós-graduação em Agronomia, Caixa Postal 533, CEP 79804970, Dourados-MS, Brasil. 2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco, Departamento de Ciências Agrárias, Via do Conhecimento, Km 01 Caixa Postal 571, CEP 85503-390, Pato Branco-PR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional138 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC. (Rubiaceae) Danieli Pieretti NUNES1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Thaliny BONAMIGO1 O marmelo (Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC.), espécie nativa no Cerrado é muito frequente também na região amazônica. Possui características medicinal e alimentícia sendo as folhas utilizadas no tratamento de afecções da pele sob a forma de compressa, banho e cataplasma e os frutos são utilizados para fazer geléia, compotas e sucos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ecofisiologia da germinação de sementes de marmelo sob diferentes temperaturas e condições de iluminação. O experimento foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal da UFGD. Foram avaliadas quatro temperaturas (15, 20, 25 e 30°C) e duas condições de iluminação (presença e ausência de luz). A semeadura ocorreu em placas de petri, sob duas folhas de papel germitest®, as placas foram colocadas em B.O.D com luz branca constante e para a ausência de luz as placas foram envolvidas em papel alumínio. Após 40 dias foi avaliada porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento da parte aérea e da raiz e massa seca da parte aérea e da raiz. O delineamento foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial com 4 (temperaturas) X 2 (condição de iluminação) com quatro repetições de 25 sementes. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade utilizando o programa computacional SANEST. As sementes mostraram-se indiferentes a luz com comportamento tipicamente de fotoblastismo neutro. Não houve germinação a 15°C sendo que a 25°C foi observada maior porcentagem e índice de velocidade de germinação e comprimento de parte aérea de plântulas. Palavras-Chave: Marmelo, Cerrado, Fotoblastia Créditos de Financiamento: CAPES 1 Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Rodovia Dourados-Ithaum, Cidade universitária, CEP: 79804-970, DouradosMS, Brasil. *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional139 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DIAGNÓSTICO DE CULTIVOS DE BANANAS NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE FIGUEIREDO, AMAZONAS, SAFRA 2012. Maricleide Maia SAID1* Luiz Antonio de OLIVEIRA2 A região Norte participa com 11,70% da produção brasileira de bananas em mais de 70 mil hectares de área colhida e produção que ultrapassa 814 mil toneladas. Contudo, a produtividade média ainda é muito baixa, com apenas de 11,51 t/ha. No mesmo período o Estado do Amazonas produziu 79.000 toneladas de bananas com produtividade de 11,78 t/ha. O município de Presidente Figueiredo, distante 105 km da capital Manaus é um grande produtor de bananas no Estado e as principais cultivares plantadas são: Thap Maeo, Caipira, Pacovã, FHIA 18 e Prata Ken. Um estudo realizado no Município avaliou a produção de bananas na safra de 2012, entrevistando 15 produtores distribuídos nos ramais do Canoas e do Paulista, localizados, respectivamente, nos quilômetros 127 e 180 da rodovia BR – 174 e ao longo da estrada AM – 240. As 15 propriedades somavam área total de 1.563ha, dos quais 60,5ha são cultivados com bananais. As 58.350 bananeiras plantadas produziam 82.600 quilos de bananas por mês. A média de área total das propriedades e área cultivada com bananeiras, distribuição de plantas por propriedade e bananeiras em fase de produção de frutos são de 104,2 ha e 4,0 ha, 1.202 e 3.890, respectivamente. Cada propriedade tem em média 4.376 plantas, com produção média de 5.507 quilos de bananas por mês. A distribuição das plantas foram dispostas em fileiras simples de 3 x 3 m com densidade fora dos padrões recomendados que é de 1.111 pl/ha. A análise geral apresenta um total de 18.036 plantas, dispostas nos 60,5 hectares cultivados com banana nas propriedades em estudo, o que significa a média de 1.202 bananeiras/ha cultivados. Se fossem aplicadas indicações mais eficientes de produtividade, com espaçamentos de 4 x 2 x 2 m e densidade 1.667 plantas, na mesma área plantada, estariam cultivadas mais de 100.000 plantas, em detrimento das 65.652 existentes, melhorando a eficiência de uso do solo em 34%, e a média de bananeiras por propriedade saltaria de 4.377 para mais de 6.600 por propriedade. A produção média de banana nos 60,5 hectares analisados na safra de 2012 foi da ordem de 991 toneladas/ano, com média de 16,5 t/ha/ano. Os dados apontam para um baixo aproveitamento da capacidade produtiva dos solos, visto que, o total de área cultivada, em relação à distribuição de plantas e a produtividade, apresentou um aproveitamento de apenas 6,6%, se comparada com a produtividade recomendada. Palavras chave: Musa spp., agricultura familiar, latossolo, Amazônia. Créditos de financiamento: CNPq. 1 Doutoranda do curso de PG em Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas, Av. Gen. Rodrigo Otávio Jordão Ramos, 3000, Mini Campus – Bloco M – Aleixo, CEP: 69.077000, Manaus, AM, Brasil. 2 Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus, Amazonas, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e UEA. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional140 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FRUTOS DE DIFERENTES TEMPERATURAS DE ARMAZENAMENTO. CAMU-CAMU SOB Maria Luiza GRIGIO1*, Maria Fernanda DURIGAN2, Edvan Alves CHAGAS2, Érika FUJITA3, Christinny Giselly Bacelar LIMA3, Leonara Lima de VASCONCELOS4, Wellington Farias ARAÚJO4, Leandro Camargo NEVES4. O camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie frutífera pertencente à família Myrtaceae. Apresenta grande potencial econômico, por se tratar do fruto com maior quantidade de vitamina C, chegando a atingir 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de polpa. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a temperatura de armazenamento que permite melhor conservação dos atributos de qualidade do camu-camu. Os frutos foram colhidos no município de Caroebe, RR e levados para o setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, onde foram higienizados e selecionados pela ausência de danos (22±2 °C e 70±3% de U.R). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições, em arranjo fatorial constituido de três diferentes temperaturas de armazenamento (ambiente a 22±2 °C, 15 °C e 20 °C) e dezesseis dias de armazenamento, sendo os frutos analisados a cada dois dias (3x8), onde cada repetição era composta por 30 frutos. Os frutos foram avaliados quanto a perda de massa fresca, pH, teores de sólidos solúveis, acidez titulável, ácido ascórbico, carotenoides, antocianinas, e clorofilas A e B, assim como se calculou o índice de maturação (SS/AT). De acordo com os resultados obtidos, para todas as variáveis, as interações testadas apresentaram efeito significativo pelo teste F a 5% de probabilidade. Com relação aos pigmentos avaliados, não foram detectados teores de clorofila B nos frutos, durante todo o período de armazenamento.Não houve ajuste de regressão nos modelos testados para os pigmentos antocianinas e carotenóides, assim como para as variáveis acidez e índice de maturação, Os pigmentos, clorofila A e antocianinas, apresentaram maiores conteúdos quando armazenados a 15 °C, pois esta temperatura foi a que melhor conservou os teores desses biocompostos funcionais, assim como os atributos de qualidades (SS, AT, pH e SS/AT) e os teores de ácido ascórbico. Concluiu-se a temperatura de armazenamento que melhor conservou os atributos qualitativos dos frutos de camu-camu, assim como os pigmentos e os biocompostos antioxidantes, foi a temperatura de 15 °C. Palavras-chave: Myrciaria dubia, Amazônia, Ácido Ascórbico, Armazenamento refrigerado, Pigmentos. 1 *autor para correspondência: Rede Bionorte, Programa de Doutorado em Conservação e Biodiversidade da Amazônia, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil, [email protected]. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected], [email protected]. 3 Embrapa Roraima, Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD), Rodovia BR 174, km 08, C.P. 133, Distrito industrial, CEP 69301-970, Boa Vista-RR, [email protected], [email protected]. 4 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Km 12 BR174 s/n°, CEP 69301-970, Boa Vista/RR. [email protected], [email protected], [email protected]. 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional141 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇAO DA PROLIFERAÇÃO DE FUNGOS EM SEMENTES DE COPAIBA E TACHI SOB DIFERENTES TRATAMENTOS Paula Monique Carvalho da SILVA1*, José Beethoven Barbosa FIGUEIREDO², Jeferson Fernandes NASCIMENTO³, Victorio Jacob BASTOS4. A deterioração de sementes por fungos é um dos fatores promotores da redução do índice de germinação em espécies florestais, comprometendo o armazenamento e a propagação dessas essências. Este trabalho teve como objetivo verificar a incidência de fungos nas sementes de Triplaris surinamensis - POLYGONACEAE (Tachi) e Copaifera langsdorfii - FABACEAE (Copaíba). O experimento foi conduzido em laboratório de fitopatologia. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado fatorial 2X5(espécie x métodos de esterilização) com quatro repetições composta por 25 sementes. Os métodos de esterilização foram: T1-Testemunha, T2-Desinfestação por imersão em água à 50°C, T3-Desinfestação com hipoclorito à 2%, T4-Desinfestação com óleo de Neem à 1% e T5-Aplicação de fungicida CAPTANA. As sementes tratadas foram postas sobre papel germi-test, dispostos em Gerbox (250 ml) de Poliestireno Cristal, ambos esterilizados, posteriormente umedecidos com água deionizada e vedados com filme plástico PVC. O experimento foi conduzido em câmara de fluxo laminar. Aos sete dias de incubação as sementes foram submetidas a análise de infestação e identificação das colônia de fungos. Em análise realizada em microscópio eletrônico foram identificados os gêneros: Aspergillus, Penicillun, Fusariun, Rhizopus e Alternaria. Os gêneros Fusariun e Aspergillus foram identificados em ambas às essências florestais. As sementes de copaíba mesmo submetidas aos tratamentos apresentaram infestação por Fusariun entre 5% nas sementes submetidas ao fungicida comercial e 50% nas submetidas ao tratamento com hipoclorito já as sementes de tachi apresentaram maior infestação na testemunha com 30% sendo que os demais tratamentos apresentaram valores próximos a 15%. O gênero Aspergillus foi identificado nas sementes de copaíba apenas na testemunha com incidência de 17,5% e nas sementes de tachi, identificou-se este gênero na testemunha e imersão em água com incidência de 11%, os demais tratamentos apresentaram controle satisfatório para ambas espécies. Para a copaíba ainda houve infestação por Rhizopus com percentual de 77% para as sementes submetidas ao hipoclorito e 90% para o tratamento de imersão em água, não ocorrendo infestação no tratamento com o uso de fungicida. Para as sementes de tachi houve infestação ainda por Aspegillus e Alternaria somente na testemunha com percentual de 17,5% e 10% respectivamente. O tratamento com fungicida para ambas as espécies florestais apresentou melhor resultado no controle dos fungos. Palavras-chaves: Triplaris surinamensis, Copaifera langsdorfii, Espécies Amazônicas, Desinfestação, Silvicultura. 1 Mestranda em Agronomia pelo programa de pós-graduação da UFRR ²: Professor Adjunto/dpto. de fitotecnia - CCA, Universidade Federal de Roraima ³: Estudante da Universidade Federal de Roraima, Campus Murupu, Boa Vista- RR * Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional142 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. SISTEMA AGROFLORESTAL EM CAIÇARA NA COMUNIDADE INDÍGENA URUCURI, MUNICÍPIO DE AMAJARÍ/RORAIMA. Ana Rose Souza da SILVEIRA1*, Rachel Camargo PINHO1, Lucianne B.O VILARINHO1 Roraima está localizado no extremo norte do Brasil, possui ecossistemas de fisionomia florestal 73%, savanas (lavrado) 17% e campinas e campinaranas10%. Os problemas ecológicos mais sérios identificados em Roraima são: O uso do fogo, a baixa diversidade e o uso intensivo de insumos. Em Maio de 2013 foi implantado um Sistema Agroflorestal (SAF) em caiçara na comunidade Indígena Urucuri, localizada no município de Amajarí, a 90 km da capital de Boa Vista/RR. As ações desenvolvidas buscam a implantação e desenvolvimento de tecnologias para a recuperação de áreas abandonadas e/ou degradadas, por meio do uso de sistemas agroflorestais. O objetivo do experimento foi demonstrar a importância que o SAF tem nas áreas de caiçaras, como local onde se consegue incrementar a diversidade de espécies cultivadas, gerando renda por meio da produção de culturas anuais como a mandioca concomitante à implementação de pequenas florestas no lavrado com espécies madeiraveis, bem como incentivar os moradores a implantar o SAF em suas propriedades, principalmente em caiçara, onde se espera um enriquecimento da diversidade de flora e fauna. Arranjos produtivos com frutífera, madeiráveis e espécies anuais estão em processo de implementação na referida comunidade indígena onde o manejo adequado das áreas de caiçara poderão incrementar a renda dos agricultores indígenas bem como a melhoria das condições ambientais pormeio de adoção de práticas de cultivo sustentáveis. Palavra-chave: Experimentos em caiçara, SAF. 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de formação Superior Indígena, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional143 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. SAIS DO MEIO MS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE Polystachya estrellensis (Orchidaceae) Mariana Souza SANTOS1, Thays Saynara Alves MENEZES2, Franciane dos SANTOS3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula do Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6 Pertencente à subfamília Epidendroideae, Polystachya estrellensis é uma orquídea epífita nativa das Américas tropical e subtropical, caracterizada por suas pequenas e numerosas flores dispostas em espiga e de coloração amarelo-esverdeada. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da concentração salina e da temperatura na conservação sob crescimento lento de P. estrellensis. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x2, sendo quatro concentrações de sais do meio MS (100, 75, 50 e 25%), e duas temperaturas (18 e 25ºC) com seis repetições, sendo cada parcela representada por cinco tubos de ensaio contendo uma plântula. Aos 90 dias foi avaliada a sobrevivência (%), presença de raiz (%), coloração e altura das plantas. As médias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e regressão polinomial para concentração de sais. Para sobrevivência e coloração das plantas não houve diferenças significativas entre os tratamentos, sendo a média geral de sobrevivência 95,42% e a coloração predominantemente verde, com poucas folhas apresentando sinais de senescência. A presença de raiz nas plantas foi influenciada apenas pela temperatura, havendo maior porcentagem de enraizamento a 25ºC (90%). A interação entre sais e temperatura foi significativa sobre a altura das plantas, quando utilizado 50 ou 75% dos sais, houve menor crescimento sob a temperatura de 18ºC, condição que manteve a altura próxima a inicial. Conclui-se a partir do exposto que plantas de P. estrellensis podem ser conservadas pelo período mínimo de 90 dias à 18ºC utilizando-se 25% dos sais do meio MS. Palavras-chave: Orquídea nativa, Crescimento lento, Concentração salina. Créditos de financiamentos: Capes, CNPq, FAPEMIG 1 Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 2 Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil. 3 Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 4 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 5 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 6 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional144 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE CULTIVO DE FABACEAE PARA ADUBAÇÃO VERDE EM SOLO DA AMAZÔNIA OCIDENTAL Adilson Rodrigues DANTAS1*, Luiz Augusto Gomes de SOUZA1 As pesquisas de campo são fundamentais para obtenção de informações mais aprofundadas que permitam estabelecer o potencial de cultivo de espécies não domesticadas da flora amazônica contribuindo, desta forma, para conservação e preservação da biodiversidade vegetal. Neste sentido, foi conduzido um estudo experimental em solo Latossolo Amarelo da Amazônia Ocidental na Estação Experimental de Fruticultura Tropical do INPA, no km 41 da rodovia BR-174, para avaliar o potencial de cultivo de sete espécies de Fabaceae amazônicas no emprego como plantas para Adubação Verde em sistemas de produção agrícolas. As espécies pesquisadas foram: Calopogonium mucunoides, Canavalia brasiliensis, Centrosema plumieri, Clitoria falcata var. falcata, Dioclea guianensis, Mucuna pruriens e Vigna lasiocarpa, todas pertencentes a sub-família Faboideae. As mudas foram produzidas pelo método tradicional, que consiste nas fases sementeira-viveiro. 20 dias antes do plantio das espécies e, após o preparo da área, foi feito uma adubação mineral para correção do solo em cada parcela. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com sete tratamentos e três repetições de seis plantas e cada espécie foi um tratamento. Cada parcela foi constituída por 18 m2, e a área total do bloco 480 m2. Com exceção de Mucuna pruriens, todas as espécies receberam tratamento para superação de dormência. Duas avaliações foram realizadas (16ª e 24ª semanas) após o plantio, onde se avaliou o comprimento da rama, diâmetro do colo e biomassa das plantas, determinando-se a biomassa da parte aérea fresca e estimando-se o total da biomassa produzida por hectare. Na 16ª semana C. plumieri e C. falcata var. falcata, produziram 1,02 e 0,91 t/há-1 respectivamente de biomassa. Na 24ª semana, C. brasiliensis, C. plumieri, D. guinanesis e C. falcata var. falcata, produziram 1,27, 1,01, 0,99 e 0,98 t/há-1, respectivamente. Portanto, os indicadores agronômicos (germinação, sobrevivência, crescimento, desenvolvimento e fixação de N2) destas espécies, permitiram selecioná-las como espécies potenciais para adubação verde, cuja produção de biomassa da parte aérea fresca na 24ª semana após o plantio foi estimada entorno de um t/ha-1, o que foi alcançado por M. pruriens na 16ª semana após o plantio em solo Latossolo Amarelo. C. mucunoides e V. lasiocarpa foram as espécies com menor potencial de desenvolvimento e adaptação ao solo pesquisado. Palavras-chave: Fabaceae, Biodiversidade, Agricultura Sustentável, Agroecologia. 1 : CSAS/INPA, Av. André Araújo, 2936 – Petrópolis, CEP 69037-375, Manaus-AM, Brasil * [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional145 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO DE ARTESANATOS INDÍGENAS COM SEMENTES NA ESCOLA INDIGENA EDINILSON LIMA CAVALCANTE/RR Leonícia Cadete FELIPE1*, Edlamar Menezes da Costa, Kellyane CRUZ, Leoníria Cruz CADETE Este projeto de artesanato indígena com sementes visou resgatar e valorizar os saberes, costumes e tradições da cultura dos alunos, professores da Escola Indígena Ednilson Lima Cavalcante e moradores da comunidade Indígena Tabalascada, localizada na Região da Serra da lua no estado de Roraima, que hoje vem se modificando com a influência de outras culturas, mudando o jeito de viver, de se vestir e enfeitar-se. A escola foi fundamental para o desenvolvimento deste projeto intitulado “Produção de artesanatos indígenas com sementes na Escola Indígena Ednilson Lima Cavalcante/RR”, no qual foi contextualizado com a especificidade da comunidade. Teve como objetivo geral de motivar e sensibilizar os alunos para utilização desses artefatos no cotidiano escolar por meio das práticas culturais que envolvessem a confecção das indumentárias e adereços para apresentações culturais. No desenvolvimento deste projeto percebeu-se que na comunidade os saberes culturais estão se perdendo, por não está sendo repassados para as crianças e jovens. Portanto com o apoio dos pais e moradores da comunidade buscamos alternativas que estimulassem os alunos a valorizar na prática as confecções dos artesanatos com sementes naturais, fortalecendo a importância da arte como cultura na escola e comunidade. Para alcançar o objetivo deste projeto utilizamos a metodologia de pesquisa ação levando em consideração a pesquisa participativa na coleta, no selecionamento das sementes e na confecção dos artesanatos. Convidamos os pais e pessoas idosas da comunidade também para colaborar na execução deste projeto na hora da retirada de fibras, de outros vegetais, como: buritis, arumã, cipó, bambu e outros. Promovemos gincanas entre alunos para coletar maior quantidade e qualidade de sementes. Para finalizar este projeto fizermos uma exposição no malocão da comunidade dos trabalhos desenvolvidos mostrando que é possível levar o conhecimento cultural a todos. Palavras-chave: Conhecimento cultural, Sementes, Práticas culturais. 1 Universidade Federal de Roraima, Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena, Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413, Bairro Aeroporto, Cep: 69310-00, Boa Vista-RR, Brasil.*autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional146 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ABORDAGEM DO TEMA BOTÂNICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS DE CONCEIÇÃO DO RIO VERDE – MG Pedro Henrique Abreu MOURA1 *, Paulyene Vieira NOGUEIRA2, Glênia Ferreira GUIMARAES3, Cynthia Natally de ASSIS3, Júlia Flório Pires de ANDRADE3, Franciely Maria Pereira de RESENDE3 A temática botânica é um importante instrumento de aprendizagem para o nosso cotidiano, influenciando diretamente na educação ambiental, que comporá mecanismos para a construção de jovens e adultos mais críticos e responsáveis com o meio ambiente. Coligando as duas áreas, podemos observar que conhecendo as plantas, a sua estrutura e funcionamento, podemos contribuir para que haja mais respeito, cuidado e preservação ao ambiente natural ao qual estamos inseridos. A educação ambiental é um tema transversal inserido nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em 1997 no qual, normalmente, é constatado dentro das aulas de botânica para uma melhor compreensão e adequação dos alunos a este tema. Com isto, objetivou-se com este trabalho investigar a abordagem da Botânica e do tema transversal Meio Ambiente nas escolas de Conceição do Rio Verde – MG e, abordando esta demanda em suas aulas rotineiras. Para realização deste trabalho utilizamos uma metodologia mista de coleta de dados. Foi feito o levantamento junto a Secretaria Municipal de Educação do número e localização de escolas no município; e entrevista com diretores e professores sobre as aulas de botânica e trabalho desenvolvidos em educação ambiental. De acordo com a pesquisa realizada na SE, o município conta com seis escolas (públicas e privadas, urbanas e rurais) que foram denominadas de A a F. Segundo dados dos diretores e professores, somente as escolas A e B possuíam trabalhos com educação ambiental, como projetos da escola e, todas as escolas abordam o tema Botânica, inferindo que quatro escolas ( B, C, D, E) afirmam que o tema não é o mais atraente da disciplina de Biologia, tanto para alunos quanto para professores, caracterizando assim uma dificuldade nesta abordagem e, principalmente, na aprendizagem. Concluímos que é necessária maior ênfase no ensino destes dois temas, uma vez que são temas de extrema importância para uma melhor relação com o meio ambiente e formação de indivíduos capacitados para o cuidado com a natureza, diminuindo a distância entre as pessoas, principalmente os jovens, com o ambiente e a natureza ao qual estão inseridos. Palavras-chave: Transversalidade, Educação Ambiental, PCN. Créditos de financiamentos: FAPEMIG. 1: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil. 3: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional147 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. POTENCIALIDADE ECONÔMICA DE 100.000 m2 DE FLORESTA ENTRE OS INTERFLÚVIOS MADEIRA/PURUS/SOLIMÕES, AMAZONAS – BRASIL. Luiz de Souza COELHO1*; Juan David REVILLA Cardenas1; Jean-Louis GUILLAUMET2; Diógenes de Andrade LIMA FILHO1, Luiz Carlos de Matos BONATES1; Emanuelle de Sousa FARIAS3. Os inventários foram realizados entre os interflúvios Madeira/Purus/Solimões nos municípios de Apuí, Coari, Careiro Castanho e Lábrea no Amazonas e Candeias do Jamari em Rondônia, sendo 20.000 m2 de floresta de terra firme em cada localidade. Registrou-se e identificou-se todos os indivíduos com diâmetro altura do peito maior ou igual a 10 cm e buscou-se informações bibliográficas sobre o uso e aplicabilidade de cada uma das espécies vegetais. Nas análises dos 100.000 m2 de floresta, foram inventariados 6.371 indivíduos, distribuídos em 74 famílias, 271 gêneros e 796 espécies dos quais 72 % destes indivíduos apresentaram potencialidade econômica no uso e aplicabilidade nas seguintes áreas: fitoterápica, fitocosmética, em ritos religiosos, construção civil, marcenaria, alimentícios e em tinturaria. A área de estudo que apresentou o maior número de indivíduos com potencialidade foi Lábrea (91 %) seguido por Careiro Castanho (72 %), Candeias do Jamarí (70 %), Apuí (68 %) e Coari (60 %). Três palmeiras destacaram-se entre as cinco espécies com maior abundância: Orbignya phalerata (Babaçu), Oenocarpus bataua (Patauá) e Euterpe precatoria (Açaí da mata). Autores abordam que as palmeiras estão entre os recursos vegetais mais úteis para o homem amazônico, incluindo os povos indígenas, que delas obtém grande partes de seu sustento e moradia além de múltiplos objetos que satisfazem suas necessidades materiais. A aplicabilidade na construção civil foi que apresentou o maior número de espécies (430) seguida da fitoterápica (151), carpintaria (118), alimentícios (71), fitocosmética (48), artesanato (41), ritos religiosos (5) e tinturaria (4). Evidenciou-se que as famílias Annonaceae, Apocynaceae, Arecaceae, Burseraceae, Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Lauraceae, Lecythidaceae, Malvaceae, Moraceae, Myristicaceae, Sapotaceae, Urticaceae e Vochysiaceae são as mais representativas na potencialidade econômica das espécies vegetais. Os estudos demonstram significativos êxitos para a economia botânica das regiões estudadas, e esta poderá ajudar a dinamizar as atividades produtivas de espécies regionais com valor econômico para biocosméticos, biofármacos e alimentos, estimular o associativismo e o cooperativismo de produtores rurais, contribuindo para o trabalho organizado, solidário e desenvolvimento de sólidas cadeias produtivas. Palavras-chaves: Botânica econômica, Potencialidade econômica, Botânica aplicada. Crédito de Financiamentos: MCTI/MMA/INPA/ELN/PETROBRÁS. 1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Biodiversidade, Laboratório de Inventário Florístico e Botânica Econômica, Av. André Araújo, 2936, CEP 69060-001, Aleixo, Manaus-AM, Brasil. 2: Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris, 16 Rue Buffon, 75005. Paris, França. 3: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia. Av. Rodrigo Otávio, 3000 - Coroado, Manaus - AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional148 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. POTENCIALIDADE ECONÔMICA DE 100.000 m2 DE FLORESTA ENTRE OS INTERFLÚVIOS MADEIRA/PURUS/SOLIMÕES, AMAZONAS – BRASIL. Luiz de Souza COELHO1*; Juan David REVILLA Cardenas1; Jean-Louis GUILLAUMET2; Diógenes de Andrade LIMA FILHO1, Luiz Carlos de Matos BONATES1; Emanuelle de Sousa FARIAS3. Os inventários foram realizados entre os interflúvios Madeira/Purus/Solimões nos municípios de Apuí, Coari, Careiro Castanho e Lábrea no Amazonas e Candeias do Jamari em Rondônia, sendo 20.000 m2 de floresta de terra firme em cada localidade. Registrou-se e identificou-se todos os indivíduos com diâmetro altura do peito maior ou igual a 10 cm e buscou-se informações bibliográficas sobre o uso e aplicabilidade de cada uma das espécies vegetais. Nas análises dos 100.000 m2 de floresta, foram inventariados 6.371 indivíduos, distribuídos em 74 famílias, 271 gêneros e 796 espécies dos quais 72 % destes indivíduos apresentaram potencialidade econômica no uso e aplicabilidade nas seguintes áreas: fitoterápica, fitocosmética, em ritos religiosos, construção civil, marcenaria, alimentícios e em tinturaria. A área de estudo que apresentou o maior número de indivíduos com potencialidade foi Lábrea (91 %) seguido por Careiro Castanho (72 %), Candeias do Jamarí (70 %), Apuí (68 %) e Coari (60 %). Três palmeiras destacaram-se entre as cinco espécies com maior abundância: Orbignya phalerata (Babaçu), Oenocarpus bataua (Patauá) e Euterpe precatoria (Açaí da mata). Autores abordam que as palmeiras estão entre os recursos vegetais mais úteis para o homem amazônico, incluindo os povos indígenas, que delas obtém grande partes de seu sustento e moradia além de múltiplos objetos que satisfazem suas necessidades materiais. A aplicabilidade na construção civil foi que apresentou o maior número de espécies (430) seguida da fitoterápica (151), carpintaria (118), alimentícios (71), fitocosmética (48), artesanato (41), ritos religiosos (5) e tinturaria (4). Evidenciou-se que as famílias Annonaceae, Apocynaceae, Arecaceae, Burseraceae, Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Lauraceae, Lecythidaceae, Malvaceae, Moraceae, Myristicaceae, Sapotaceae, Urticaceae e Vochysiaceae são as mais representativas na potencialidade econômica das espécies vegetais. Os estudos demonstram significativos êxitos para a economia botânica das regiões estudadas, e esta poderá ajudar a dinamizar as atividades produtivas de espécies regionais com valor econômico para biocosméticos, biofármacos e alimentos, estimular o associativismo e o cooperativismo de produtores rurais, contribuindo para o trabalho organizado, solidário e desenvolvimento de sólidas cadeias produtivas. Palavras-chaves: Botânica econômica, Potencialidade econômica, Botânica aplicada. Créditos de Financiamentos: MCTI/MMA/INPA/ELN/PETROBRÁS. 1: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Biodiversidade, Laboratório de Inventário Florístico e Botânica Econômica, Av. André Araújo, 2936, CEP 69060-001, Aleixo, Manaus-AM, Brasil. 2: Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris, 16 Rue Buffon, 75005. Paris, França. 3: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia. Av. Rodrigo Otávio, 3000 - Coroado, Manaus - AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional149 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ALTERAÇÕES NO CONTEÚDO DE CLOROFILA DE Physalis peruviana L. (Solanaceae) SOBRE DIFERENTES INTENSIDADES DE LUZ Carolina Ruiz ZAMBON1*, Flávio Gabriel BIANCHINI2, Daniel Fernandes da SILVA1, Pedro Henrique Assis SOUSA3, Lucas Pinto BOTELHO3, Maraisa Helen TADEU2 O objetivo deste trabalho foi verificar a concentração de clorofolia em Physalis peruviana L. em diferentes regimes de luz, em campo, em viveiro com 70% de sombreamento e em câmara de nebulização. O delineamento adotado foi em blocos ao acaso com três tratamentos e 4 repetições, sendo 10 plantas por parcela. As avaliações de clorofilas foram efetuadas em plantas da mesma idade em todos os tratamentos, sendo as avaliações efetuadas no mês de agosto de 2013 em três folhas por planta, em cada repetição, tendo utilizado sempre a folha do terço médio das plantas. Para análise foi utilizado o medidor portátil clorofilometro, modelo Spad (502). As leituras foram feitas em apenas um lado da nervura, aproximadamente no centro e a 0,6 mm da margem da lâmina da folha. Segundo o teste de Tukey a 5 % de probabilidade houve diferença significativa entre o teor de clorofila dos tratamentos. Sendo que os fisális em campo aberto apresentaram maior concentração 49 mg m-2, já os fisális do viveiro apresentaram 46 mg m-2, enquanto que os fisális localizados em Câmera de nebulização apresentaram menor teor de clorofila 27,5 mg m-2. Pode-se observar ao longo do experimento que além da diferença significativa no teor de clorofila entre os diferentes tratamentos o tamanho das plantas entre os mesmos variou muito. As plantas em campo apresentaram o maior tamanho médio com 40cm altura por 2cm de espessura do tronco, seguidas dos fisális em viveiro com uma média de 10 cm de altura por 1,2 de espessura, e por último as da câmara de nebulização, com 7 cm de altura por 0,6 de espessura, resultado este indo de encontro com os níveis de clorofila. O que sugere que quanto menor a concentração de clorofila, menor é a síntese de fotoassimilados e menor será o desenvolvimento da planta. Conclui-se que Physalis peruviana L. responde diretamente a concentração de luz dos ambientes sendo que as plantas que apresentaram os maiores níveis de clorofila foram as encontradas em campo. Palavras Chave: Botânica aplicada, Desenvolvimento vegetal, Fotossíntese. Créditos de financiamento: Fapemig 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected]. *autor para correspondência: [email protected] 2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil 3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduando em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional150 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CRESCIMENTO INICIAL DE Dalbergia miscolobium Benth. SOB DIFERENTES NÍVEIS DE RADIAÇÃO E DISPONIBILIDADE HÍDRICA Ane Marcela das Chagas MENDONÇA1, Nayara Cristina de MELO1*, Hugo Rafael Bentzen SANTOS1, Marcelo RODRIGUES1, Nátali SILVA1, João Paulo Rodrigues Alves Delfino BARBOSA1 O Jacarandá-do-cerrado (Dalbergia miscolobium Benth.) da família Fabaceae, é considerado uma das espécies nativas com ampla distribuição no Domínio Cerrado. Esse tipo de formação caracteriza-se por menor disponibilidade de água no solo e maior irradiância. É possível que o padrão de crescimento dessa espécie seja influenciado pelos níveis de água, quantidade e qualidade da radiação. Objetivou-se avaliar o crescimento inicial de D. miscolobium em função da interação entre diferentes níveis de radiação e disponibilidade hídrica. Para isso, indivíduos com dois meses de idade e mantidos em citropotes com substrato areia lavada, foram cultivados em casa de vegetação com diferentes tipos de cobertura: Pleno Sol (PS) coberto com um plástico transparente, Sombrite 50 % (S) e Insufilme® (I). Em cada ambiente, foram induzidos três regimes hídricos: 100 % da capacidade de campo (CC), 70 % CC e 30 % CC, compondo um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x3. Durante o período experimental de seis meses, foram realizadas avaliações biométricas semanais das plantas: altura, diâmetro do caule e número de folhas. Utilizaram-se valores médios para calcular o incremento de altura e diâmetro do caule. Para monitorar a temperatura e umidade relativa do ar em cada ambiente, utilizou-se um termohigrômetro Extech Instruments modelo RHT10. Os dados normalizados foram submetidos à análise de variância e os valores médios foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As médias da temperatura e umidade relativa do ar no ambiente PS foram 28,8 °C e 62,2 %; no S foram de 25,4 °C e 69,2 %; enquanto que no I as médias foram 25,8 °C e 68,1 % respectivamente. Não houve diferença para os valores de incremento, sendo observados, 0,124 m.semana-1 e 0,00015 m.semana-1 para altura e diâmetro do caule. Ao comparar o número de folhas entre os ambientes, verificou-se que para disponibilidade hídrica de 30% CC, a menor média foi do ambiente de PS, enquanto o maior valor foi no ambiente S, de modo que a emissão foliar pode ter sido afetada pela menor quantidade de água associada à maior irradiância e temperatura em PS. O padrão inverso foi encontrado para o tratamento de 100% CC, onde a maior média foi observada no PS e a menor no S, sendo que nesse ambiente a emissão de folhas pode ter sido afetada pela condição de hipoxia definida por este regime hídrico, associado a menores valores de irradiância e temperatura. Palavras-chave: Cerrado, Estresse hídrico, Hipoxia, Sombreamento. Agradecimentos: FAPEMIG/CAPES 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Ecofisiologia e Funcionamento de Ecossistemas, Campus Universitário, Caixa-postal 3037, CEP 37200-000, Lavras-MG, Brasil * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional151 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FENOLOGIA E VISITANTES FLORAIS DE Heliconia acuminata L. C. Rich (HELICONIACEAE) NO JARDIM BOTÂNICO DE MANAUS Dariene de Lima SANTOS1*; Mário Henrique FERNANDEZ2; Fernanda de Almeida MEIRELLES2 A fenologia é reconhecida como uma das importantes linhas da pesquisa ecológica, seu estudo permite a obtenção de informações sobre período de crescimento, período de reprodução e disponibilidade de recursos para polinizadores e dispersores. Heliconia acuminata é uma espécie nativa da região amazônica, comum no sub-bosque das florestas e apesar do seu potencial ornamental e importância ecológica, existem poucos estudos relacionados à sua biologia reprodutiva. O presente trabalho teve por objetivos caracterizar a fenologia e identificar os visitantes florais de H. acuminata. O estudo foi realizado no Jardim Botânico Adolpho Ducke em Manaus, no período de Novembro de 2012 a Junho de 2013. A fenologia foi avaliada mensalmente em 36 indivíduos, através da observação de três parâmetros: produção de folhas novas, brotos e floração. Para as análises foi aplicado o índice de atividade. Para a identificação dos visitantes florais foram realizadas observações diretas, uma vez por semana, por um período de seis horas em cada indivíduo e feito o registro fotográfico para posterior identificação. A produção de folhas novas teve maior pico durante o mês de Maio com índice de atividade de 83%, a produção de brotos foi mais intensa durante o mês de Janeiro com 38%. A floração se limitou aos meses de Fevereiro e Março com maior índice de atividade durante o mês de Fevereiro com 25% dos indivíduos florindo. As inflorescências levam de 25 a 30 dias para abrir todas as brácteas e chegam a senescência em aproximadamente 45 dias. As flores receberam frequentes visitas do beija-flor Phaethornis ruber, houve apenas um registro de uma abelha Trigona sp. que coletava pólen nas flores. Besouros da família Chrysomelidae, sub-família Cassidinae foram frequentemente encontrados nas inflorescências, utilizando-as como abrigo e local para acasalamento ou realizando herbivoria nos tecidos das brácteas. H. acuminata apresentou um curto período de floração, com duração de apenas dois meses, na qual 25% (N=36) dos indivíduos emitiram inflorescências. O beija-flor P. ruber foi o visitante mais frequente, sendo este considerado seu polinizador potencial, a abelha Trigona sp. pode ser considerada um visitante floral irregular e os besouros Chrysomelidae apesar de serem freqüentemente encontrados nas brácteas de H. acuminata, não estão ligados a polinização utilizando-se de outros recursos ofertados pela planta. Palavras-chave: Floração, Beija-flor, Helicônia, Polinização. 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Dinâmica Ambiental, Av. André Araújo, 1786, Aleixo, Caixa-postal 478, CEP: 69083-911, Manaus-AM, Brasil. 2 Museu da Amazônia, Coordenação Técnica de Botânica e Ed. Ambiental, Rua EG, 11, Aleixo, CEP: 69060-060, Manaus-AM, Brasil. * Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional152 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CRESCIMENTO DE EXPLANTES DE ABACAXIZEIRO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE FILTRO E COM VENTILAÇÃO FORÇADA Victorio Jacob BASTOS1*, Marcio Akira COUCEIRO 2 , Adalgisa Aranha de SOUZA2,Paula Monique Carvalho da SILVA3, Djair Alves de MELO 4 A micropropagação apresenta-se como uma alternativa para a produção em grande escala de mudas de abacaxizeiros Ananas sativus (Bromeliáceas) sadias das cultivares comerciais susceptíveis à fusariose. A micropropagação proporciona a multiplicação de novos genótipos produzidos em programas de melhoramento genético reduzindo o tempo de lançamento de novas cultivares. O objetivo deste trabalho é avaliar o crescimento de explantes de abacaxizeiro CV Pérola durante o período in vitro na presença e ausência de filtro com e sem a utilização de ventilação forçada. As plântulas utilizadas foram extraídas de plantas previamente estabelecidas in vitro, e estas foram inoculadas em meio de cultivo Murashige e Skoog suplementado com 30 gL-1 de sacarose, solidificado com 7 gL-1 de ágar, com 1 mg L-1 de BAP, 0,25 mg L-1 de ANA, sendo os frascos submetidos a três condições de ventilação: T1: Frasco sem filtro (controle), T2: Frasco com filtros em prateleiras sem ventiladores e T3: Frascos com filtro em prateleiras com ventiladores. O pH foi ajustado em 5,8 e posteriormente os fracos foram conduzidos para autoclavagem a 120°C, durante 15 minutos. Após a inoculação em câmara de fluxo laminar, o material foi mantido em sala de crescimento à temperatura controlada de 25oC. Após 45 dias os explantes foram retirados dos fracos para avaliações do comprimento da parte aérea e da raiz, número de folhas, massa fresca e massa seca. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x9. Os dados obtidos foram submetidos à ANAVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Observou-se que o maior crescimento da massa da raiz e parte aérea foi observado com emprego de T1. As plantas cultivadas em sistema de ventilação natural apresentaram maior comprimento de parte aérea, maior número de folhas e raiz, resposta diretamente relacionada com cultivos fotoautróficos. Para a variável comprimento de raiz o T2 foi superior. O T3 foi inferior a todos os tratamentos em todas as variáveis estudadas. De acordo com os dados encontrados, indica-se a utilização de filtros e ventilação forçada para micropropagação de abacaxi CV. Pérola por induzir o melhor desenvolvimento das plântulas. Palavras-chave: Ananas sativus, Amazônia, Anatomia vegetal, Cultura de tecidos, Micropropagação. 1 Créditos de financiamento: CNPq/UFRR Estudante da Universidade Federal de Roraima, Campus Murupu, Boa Vista- RR 2 Professor Adjunto da Universidade Federal de Roraima. 3 Mestranda do Curso de Agronomia (POSAGRO-UFRR) 4 Professor Adjunto do Instituto Federal de Roraima. *autor para correspondência: [email protected] 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional153 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANÁLISE QUÍMICA E TÓXICA DE Miconia rubiginosa (Bompl.) DC. OCORRENTE EM ÁREA DE SAVANA, RORAIMA. Thaylanna Cavalcante CORREIA1*, Priscilla Rarimmy Lopes PEREIRA1, Andréia Nascimento da CONCEIÇÃO1, Dayse Pereira SANT’ANA1, Ramoni Mafra de LIMA1, Luiz Alberto PESSONI2, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3 A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Baseando-se nesses conhecimentos, muitas pesquisas estão voltadas em analisar o potencial farmacológico de plantas nativas da Amazônia. O gênero Miconia apresenta várias ações para os estudos etnobotânicos tais como: efeito cicatrizante, antidesintérico, antiespasmódico, antivitiligo. A presente pesquisa tem como objetivos identificar metabólicos secundários da classe de terpenos e avaliar a atividade toxicológica do extrato de Miconia rubiginosa (Bompl.) DC. Para a análise fitoquímica, foi realizada a coleta das partes aéreas de M. rubiginosa, no campo experimental Água Boa (Embrapa-Roraima), no módulo do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio). As partes aéreas, secas e moídas, foram submetidas ao processo de extração química para a obtenção do subextrato diclorometânico. Posteriormente, foi realizada à cromatografia em gel e os eluatos foram processados em cromatografia gasosa (acoplada ao massa). Parte do material foi submetido à extração por maceração até a obtenção do extrato bruto etanólico para a avaliação toxicológica frente à Artemia salina Leach. A incubação dos ovos foram monitorados sob ás condições de oxigenação, temperatura e pH, durante 48 h para a eclosão dos mesmos. Foram preparados tubos de ensaio contendo o extrato bruto etanólico nas concentrações de 20, 100, 200, 500 e 1000 µg/ml. Após a eclosão dos ovos, foram adicionados 10 náuplios em cada tubo de ensaio conforme as concentrações determinadas anteriormente. Após 24 h, realizou-se a contagem de náuplios sobreviventes em cada tubo e com esse resultado foi calculada a taxa de mortalidade e a dose letal média. Com relação aos resultados da análise química foram identificadas as moléculas β-Amirina, βSitosterol, Ácido octadecanoico metil éster e Octano,2,6,6,-trimetil. Quanto à ação tóxica do extrato bruto etanólico, este apresentou concentração significativa com valor da dose letal média de 63µg/ml, pois com base nas análises da taxa de mortalidade de náuplios se pode afirmar que esta planta apresenta efeitos tóxicos, conforme a quantidade e tipo de organismo a consumir a mesma, uma vez que os extratos são considerados ativos, quando a dose capaz de matar 50% das larvas for inferior 1000µg/ml. Portanto a contribuição da presente pesquisa é relevante para o encaminhamento em estudos farmacológicos. Palavras-chave: Melastomataceae, Cromatografia, Terpenos. Fomento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Roraima. 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana, Laboratório de Substâncias Bioativas, Sala 215, CEP: 69304-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Prof. Dr. em Genética e Melhoramento, associado I do Centro de Estudos da Biodiversidade da Universidade Federal de Roraima, colaborador. 3 Profa. Dra. em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Laboratório de Substâncias Bioativas, Centro de Estudos da Biodiversidade, Universidade Federal de Roraima, orientadora. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional154 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. MODIFICAÇÕES NAS BARREIRAS APOPLÁSTICAS RADICULARES DE Panicum aquaticum Poir. EM RESPOSTA A ELEMENTOS TÓXICOS Marinês Ferreira PIRES1, Evaristo Mauro de CASTRO1, Fabricio José PEREIRA1, Cynthia de OLIVEIRA2, Elícia Trindade ALVES3 Entre os diversos poluentes dos ecossistemas aquáticos, os elementos tóxicos como cádmio, chumbo e arsênio estão entre os mais preocupantes. A fim de recuperar corpos hídricos contaminados, a fitorremediação surge como alternativa viável. Para isso, compreender os mecanismos adotados por possíveis espécies tolerantes é fundamental. Nesse sentido, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar as modificações estruturais nas barreiras apoplásticas das raízes da macrófita Panicum aquaticum em diferentes concentrações de cádmio, chumbo e arsênio. Plantas foram coletadas e propagadas em solução nutritiva em casa de vegetação até obtenção de gerações clonais isentas de fonte endógena de cádmio, chumbo e arsênio. Em seguida, foram montados 3 experimentos: com concentrações crescentes de cádmio (0,0; 0,4; 0,8; 1,6; 3,2 e 6,4 mg L1 ), de chumbo (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 8,0 mg L-1) e de arsênio (0; 0,25; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg L-1). O delineamento foi inteiramente casualizado com seis tratamentos e cinco repetições em cada experimento. Após 30 dias de período experimental amostras de raízes foram coletadas e fixadas em FAA70%, armazenadas em etanol 70% e submetidas às microtécnicas usuais em anatomia vegetal. O cádmio promoveu aumento da espessura da epiderme, endoderme e exoderme nas maiores concentrações. A presença do chumbo provocou maior espessura da exoderme e endoderme, enquanto a epiderme não foi afetada. Com arsênio a espessura da epiderme foi reduzida nas concentrações intermediárias, enquanto as espessuras da endoderme e exoderme foram reduzidas na presença do metaloide. As barreiras apoplásticas constituem uma característica importante na tolerância aos elementos tóxicos, desempenhando papel no controle da absorção e transporte destas substâncias. Podendo assim ser afetadas em condições de estresse. As modificações apresentadas por P. aquaticum na presença de cádmio e chumbo podem indicar mecanismos favoráveis à tolerância, diminuindo a translocação desses metais. Por outro lado, para o arsênio a redução dessas barreiras pode representar maior translocação do metaloide, sendo uma característica pouco desejável para espécies tolerantes. Portanto, nas concentrações testadas a espécie demonstrou maior tolerância apenas ao cádmio e chumbo, considerando as características avaliadas. Palavras-chave: Macrófitas, Tolerância, Anatomia Vegetal, Elementos tóxicos. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências do Solo, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras - MG, Brasil. 3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Fitopatologia, Programa de PósGraduação em Fitopatologia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras - MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional155 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. POTENCIAL DOS RESÍDUOS GERADOS NA EXTRAÇAO DAS SEMENTES DA Bertholletia excelsa H.B.K. COMO SUBSTRATO ORGÂNICO. Dierson Henrique Rodrigues MACIEL1*, Rita de Cássia Pompeu de SOUSA2, Mac Wesley de Menezes FERREIRA1*, Oscar José SMIDERLE2 , Edvan Alves CHAGAS2, Verônica Andrade dos SANTOS2 A Castanha-do-Brasil é uma espécie arbórea encontrada na região amazônica. Produz frutos, um ouriço, composto por uma casca que o reveste medindo em média 1,00 cm, uma parte compacta com aproximadamente 1,50 cm de forma oca contendo castanhas. Estas depois de quebradas liberam amêndoas que tem potencial para alimentação humana, apresentando combinação de vitamina E e selênio. No estado de Roraima, a coleta dos frutos é realizada de forma extrativista. Os resíduos gerados são descartados e amontoados no próprio local de coleta. Em outros estados, na região Norte, somente o ouriço vem sendo utilizado para produção de artesanatos. Já as cascas que revestem o ouriço não são utilizadas, sendo ambiente propício para desenvolvimento do fungo Arpergiillus flavus, que produz uma toxina com efeitos cancerígenos. O objetivo nesse trabalho foi qualificar e quantificar os resíduos gerados na extração das sementes de frutos da Castanha-do-Brasil, originados de pesquisa na Embrapa Roraima, com vistas a sua utilização como matéria-prima para substratos. Foram selecionados 25,40 kg de resíduos para avaliação e processamento de novo produto no laboratório de resíduos da Embrapa Roraima. Estes foram desinfectados por meio de imersão em solução contendo 500 mL de água sanitária múltiplo uso e 300 litros de água oriunda de reaproveitamento, a temperatura de 35,5° C, por 2 horas para retirada de uma amostra, 2,5 kg, em torno de 8%, somente de cascas. Para avaliação comparativa do grau de dificuldade de extração das cascas foi pesado 1 kg de amostra do ouriço seco. Estas foram levadas a estufa de circulação de ar a 55° C ± 5° C por 48 horas para obtenção da matéria pré-seca. Após, 10 % deste quantitativo foi moído para obtenção de uma amostra de substrato e realização de análises do pH e teor de água, em triplicata. O restante dos resíduos, após 48 h, foi separado manualmente e pesados para obtenção do percentual de rendimento do produto. Os resultados obtidos quanto ao rendimento dos resíduos imersos em água foram de 68,54 % de ouriço e 31,46% de cascas. Obteve-se de matéria pré-seca, para as duas amostras de cascas, 41,37% no material lavado e 27,88% em material seco. O pH foi de 6,8 e o teor de água de 50,16%. Para processamento e obtenção do substrato, verificou-se que a extração das cascas é facilitada quando deixadas de molho na água por 48 horas. Após secagem natural e trituração são obtidos em torno de 30 % de substrato orgânico, co-produto que pode ser utilizado. Palavras-chave: Castanha do Brasil, ouriço, resíduos. Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR 1 Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA, Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR, Brasil. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura, BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional156 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE RABANETE EM CULTIVO SEQUENCIAL COM DIFERENTES DOSES DE BIOFERTILIZANTE BOVINO Digelma Camila Barros ARAUJO1*, Hellen Cristine Alves RODRIGUES¹, Rafael Jorge do PRADO1, Wellington Farias ARAÚJO1 O rabanete (Raphanus sativus L.) é uma Brassicaceae de porte reduzido e que, nas cultivares de maior aceitação, produz raízes globulares, de coloração escarlate-brilhante e polpa branca. Pode ser usada como cultura intercalar entre outras de ciclo mais longo, pois, além de ser relativamente rústica, apresenta ciclo muito curto com retorno rápido. Desse modo se faz importante sua caracterização vegetativa e botânica, visando o melhor aproveitamento da cultura na região estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo do rabanete (R. sativus L.) em cultivo sequencial, utilizando diferentes doses de biofertilizante bovino em Boa Vista, Roraima. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima (CCA/UFRR), cultivado em baldes de 7 litros preenchido com Latossolo Vermelho Amarelo, em sistema inteiramente casualisado 5x6, sendo 5 doses de biofertilizante (0, 20, 40, 60 e 80% de diluição em água, correspondendo aos tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5 respectivamente) com 6 repetições. O solo utilizado foi analisado no laboratório da UFRR e corrigido com calcário dolomítico. O biofertilizante foi produzido em uma proporção de 50% de esterco fresco (colhido de um rebanho em sistema extensivo de produção) e 50% de água, em ambiente anaeróbico por 45 dias. As variáveis analisadas foram número de folhas, massa fresca e seca da parte aérea, diâmetro equatorial e peso de frutos. O programa estatístico utilizado foi o Assistat 2009. Para as variáveis, número de folhas, massa fresca e seca da parte aérea, diâmetro equatorial e peso de frutos, não houve diferença estatística entre os tratamentos 3, 4 e 5, sendo o tratamento 1 o que apresentou os piores resultados, o que já era esperado, pois não houve adição de nenhuma fonte de nutrientes neste tratamento. Apesar da igualdade estatística entre os tratamentos, pode-se verificar que os tratamentos 4 e 5 apresentaram os maiores valores quantitativos, o que nos permite obter fundamentos para futuros experimentos e recomendação de doses a serem utilizadas. Conclui-se que este trabalho contribuiu para a aferição da melhor dose de biofertilizante a ser utilizada no cultivo do rabanete, fornecendo uma base para que trabalhos mais abrangentes possam ser realizados. Palavras – Chave: Raphanus sativus L., Plantio subsequente, Produção. 1 1: Universidade Federal de Roraima (UFRR), Departamento de Solos e Engenharia agrícola.Campus Cauamé: BR 174, Km 12.Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional157 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DISCRIMINAÇÃO DE ESPÉCIES DE Capsicum spp. COM A UTILIZAÇÃO DA ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO PRÓXIMO Silfran Rogerio Marialva ALVES1, Maisa Gomes MOURA1, Maria Teresa Gomes LOPES1 ⃰, Willian Silva BARROS2, Graciela Inêz Bolzon de MUNIZ3, Silvana NISGOSKI3 As pimentas são todas as espécies e variedades do gênero Capsicum com frutos geralmente menores que os pimentões, com diferentes formatos, frequentemente de paladar pungente, embora existam pimentas doces. O Brasil é um importante centro de diversidade para o gênero Capsicum, por abrigar, tanto espécies domesticadas, quanto semidomesticadas e silvestre. Esse gênero compreende 31 espécies reconhecidas, algumas com variedades comerciais. Identificar plantas em germoplasma selvagem é um grande desafio e recentemente a espectroscopia de folhas no infravermelho próximo tem se apresentado uma técnica com surpreendente potencial para auxiliar na taxonomia de plantas e diferenciação de espécies aproximadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da técnica espectroscopia foliar no infravermelho próximo para discriminar espécies do gênero Capsicum. Foram analisadas folhas secas e inteiras de 54 acessos de 4 espécies da coleção de acessos da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. As leituras espectrais foram realizadas pelos valores de absorbância entre os comprimentos de onda 9995,07 a 3996,48 cm-¹ no infravermelho próximo com auxílio do equipamento espectrofotômetro Rapid Content Analyzer-Near Infrared da FOS. Cada leitura espectral foi realizada em tempo médio de 60 segundos para leituras de 2 em 2 nanômetros para as amostras de espécies: 47 acessos de Capsicum chinense, 4 de Capsicum annuum, 1 de Capsicum baccatum e 2 de Capsicum frutescens. Foram coletadas seis leituras espectrais por indivíduo em folhas das plantas. Foi realizada análise Discriminante de Fisher por meio do sistema computacional GENES. A matriz de dados utilizada na análise foi composta por 500 variáveis (bandas espectrais) para as espécies. Na diferenciação e caracterização das espécies foi realizada a análise discriminante, as variáveis analisadas referentes às amostras de folhas Capsicum spp. permitiram a separação de 4 grupos a partir de suas assinaturas espectrais correspondendo a cada uma das espécies, utilizando as 500 variáveis que correspondem aos comprimentos de onda. A maior distância media foi verificada entre os grupos 1 e 4 (6,494), e a menor, entre os grupos 2 e 3 (0,026). Foi possível observar que é possível distinguir espécies dos gêneros Capsicum utilizando a técnica espectroscopia foliar no infravermelho próximo. Palavras chave: Infravermelho próximo, Análise discriminante, Pimentas, Classificação taxonômica. 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Campus Universitário, Setor Sul, Av. Gal. Rodrigo Otavio 3000, CEP: 37200-000, Manaus-AM, Brasil. 2 Universidade Federal de Pelotas, Instituto de Física e Matemática, Departamento de Matemática e Estatística, Campus Universitário, s/nº. Capão do Leão-RS, Brasil. 3 Universidade Federal do Paraná, Departamento de Engenharia e Tecnologia Floresta–SCA, Av. Pref. Lothário Meissner, 900. CEP: 80210-170 - Jardim Botânico - Curitiba-PR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional158 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DE Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg (Myrtaceae) APÓS O ARMAZENAMENTO Daiane Mugnol DRESCH1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Tathiana Elisa MASETTO2, Rosilda Mara MUSSURY3, Graziela Martins dos SANTOS3 A conservação da viabilidade das sementes durante o armazenamento são imprescindíveis para a produção de mudas. Consequentemente, os estudos anatômicos associados com os métodos histoquímicos podem contribuir para o identificação de substâncias e compostos que acumulam nos órgãos de reservas, como mecanismos adaptativos a condições adversas de armazenamento. Este trabalho visou à caracterização morfoanatômica e histoquímica de Campomanesia adamantium, provenientes do armazenamento de sementes em diferentes teores de água. Os frutos foram processados e as sementes submetidas à secagem lenta nos teores de água de 21,5; 15,3 e 10,2% e posteriormente submetidas ao armazenamento em câmara fria e seca (16 ± 1ºC) durante 30 dias. A avaliação da taxa de sobrevivência das plântulas foi realizada durante quarenta e dois dias, sendo computadas as percentagens de sobrevivência da parte aérea e raiz primária das plântulas normais e anormais. As observações anatômicas e os testes histoquímicos foram realizados utilizando-se amostras fixadas e não fixadas da região mediana dos xilopódios das plântulas normais e anormais. Na morfoanatomia das plântulas normais foram observados cotilédones expandidos, hipocótilo, xilopódio e raiz primária bem definida e para as plântulas anormais, cotilédones expandidos, hipocótilo e xilopódio (nos teores de água 21,5 e 15,3%) e hipocótilo e raiz primária (no teor de água de 10,2%). Em ambas as plântulas foram observados xilopódios com epiderme em camada única, córtex formado por células de colênquima e parênquima, cilindro vascular composto pelos feixes vasculares e a medula. As plântulas provenientes das sementes armazenadas nos três teores de água apresentaram baixa taxa de sobrevivência das raízes primárias (37 a 3%), quando comparadas com a taxa sobrevivência da parte aérea (89 a 8%). A dessecação e o armazenamento das sementes prejudicaram a formação das plântulas, impedindo o desenvolvimento normal das estruturas de raiz e parte aérea. Os xilopódios das plântulas normais e anormais apresentaram reações positivas para o amido e substâncias lipofílicas. Os compostos fenólicos e os frutanos reagiram positivamente, especialmente nas células parenquimáticas do xilopódio de plântulas anormais e negativamente nas normais. Os efeitos deletérios da secagem associados com o armazenamento provocam o aparecimento de compostos fenólicos e frutanos em plântulas anormais de C. adamantium. Palavras-chaves: Cerrado, Guavira, Conservação, Teor de água. Créditos de financiamento: CAPES. 1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de Pós-graduação em Agronomia, Cx. Postal 533, CEP 79804970, Dourados, MS, Brasil; *autor para correspondência: [email protected]. 2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco, Departamento de Ciências Agrárias, Via do Conhecimento, Km 01 Caixa Postal 571, CEP 85503-390, Pato Branco-PR, Brasil. 3 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Programa de Pós-graduação em Biologia Geral (Bioprospeção), Cx. Postal 533, CEP 79804970, Dourados, MS, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional159 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TROCAS GASOSAS DE Vochysia thyrsoidea Pohl. (Vochysiaceae) EM DIFERENTES ÁREAS DE CERRADO SUJEITAS À QUEIMADA Vanessa da Fontoura Custódio MONTEIRO1*, Marcelo RODRIGUES1, Hugo Rafael Bentzen SANTOS1, Ane Marcela das Chagas MENDONÇA1, Felipe FABRÍCIO1, João Paulo Rodrigues Alves Delfino BARBOSA1 O Cerrado possui fitofisionomias distintas que abrigam grande diversidade florística. Dentre as espécies de flora existentes neste Domínio, Vochysia thyrsoidea (Vochysiaceae) destaca-se por ser típica de Cerrado stricto sensu. Sabe-se que a ocorrência de queimadas é comum no Cerrado brasileiro, seja natural ou por ação antrópica. Nesse contexto, muitas espécies desenvolveram estratégias adaptativas de sobrevivência após os processos de queimadas. Objetivou-se avaliar a dinâmica sazonal das trocas gasosas em indivíduos jovens de V. thyrsoidea presentes em dois fragmentos de cerrado stricto sensu no sul de Minas Gerais: Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, Lavras-MG (área 1) e Reserva Biológica UnilavrasBoqueirão, Ingaí-MG (área 2). Os dois fragmentos sofreram queimadas no ano de 2011, porém os indivíduos selecionados na área 1 estão localizados em local mais afetado, com vestígios aparentes de fogo. As avaliações mensais de trocas gasosas foram realizadas em dias claros, entre 9h e 10:30h, com auxílio de um analisador portátil de CO2 a infravermelho (IRGA LCA-4) no verão (fevereiro e março) e no outono (abril e junho) de 2013. Utilizou-se uma folha madura do segundo nó no sentido ápice-base de 30 indivíduos em cada avaliação. Comparou-se a condutância estomática (gs), transpiração (E) e fotossíntese líquida (A) através do teste t e do teste não-paramétrico Mann-Whitney entre as duas áreas. Os valores de A só apresentaram diferença significativa no verão (p<0,001), sendo maiores para a área 1 com média de 15,04 µmol m-2s-1. Os valores de gs também apresentaram diferença significativa nos meses de fevereiro (U=255,000 p=0,004) e março (U=156,500 p<0,001), no qual a maior média nesses meses foi também na área 1 (0,15 mol m-2s-1). Em relação à transpiração, os valores foram maiores no verão em ambos os fragmentos. Somente os valores de março foram estatisticamente diferentes entre as áreas, com média de 12,72 mmol m-2s-1 (SD 0,907) para a área 1 e 0,66 mmol m-2s-1 (SD 0,639) para a área 2. Notou-se diferença significativa dos parâmetros fotossintéticos analisados entre verão e outono de cada fragmento, exceto para transpiração na Reserva Biológica Unilavras-Boqueirão. Na área 1, os parâmetros fotossintéticos foram maiores no verão, enquanto que na área 2 foram no outono. Os resultados mostram que V. thyrsoidea pode ter diferentes padrões de trocas gasosas no Cerrado stricto sensu, de acordo com a estação e à influência de queimadas. Palavras-chave: Cerrado stricto sensu, Fotossíntese líquida, Condutância estomática, Transpiração. Créditos de financiamento: CAPES e FAPEMIG. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Ecofisiologia Vegetal e Funcionamento de Ecossistemas, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional160 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. MORFOANATOMIA CAULINAR DE Physalis L. (Solanaceae) COMO SUBSÍDIO PARA ADAPTAÇÃO E EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA NO PARANÁ Ana Carolina Oliveira DUARTE1*, Daniel Fernandes da SILVA1, Rosali Constantino STRASSBURG2, Fabíola VILLA3, Juliana Costa Bueno SANTOS1, Danimar Dalla ROSA3 As muitas espécies pertencentes ao gênero Physalis L. (Solanaceae) vêm ganhando cada vez mais destaque por suas propriedades medicinais e nutracêuticas. Entre elas destacam-se Physalis peruviana L., Physalis pubescens L. e Physalis angulata L., por serem de fácil cultivo e possuírem sabor característico. Pouco se sabe sobre as necessidades e condições ideais para o seu cultivo, sendo fundamental um estudo morfoanatômico, que viabilize melhor distinção entre as espécies além de inferir, através da estrutura anatômica encontrada, o tipo de ambiente propício ao desenvolvimento da planta. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho analisar morfoanatomicamente o caule de Physalis peruviana, Physalis pubescens e Physalis angulata, buscando caracteres que possam diagnosticar uma possível condição adaptativa favorável das espécies à região oeste do Paraná. Plantas das três espécies foram cultivadas em telado pertencente à Unioeste, Campus de Marechal Cândido Rondon. Ao atingirem idade reprodutiva os caules foram processados segundo técnicas descritas na literatura para estudos botânicos. A organografia do caule de Physalis evidenciou características comuns entre as espécies, sendo o caule do tipo aéreo, herbáceo, clorofilado e simpodialmente ramificado, diferindo em suas angulações menos proeminentes em P. peruviana. Outras características anatômicas comuns são epiderme monoestratificada, colênquima angular, feixe condutor bicolateral e presença de tricomas, embora haja variação na conformação celular dessas estruturas. A pilosidade em P. angulata foi menor. Além de tricomas tectores unicelulares encontrados nas três espécies, P. peruviana e P. pubescens ainda apresentaram tricomas tectores bicelulares. Verificou-se também a ocorrência de tricomas glandulares capitados curtos em P. pubescens. P. pubescens e P. peruviana apresentaram colênquima contínuo ao logo do caule, já em P. angulata este colênquima é espaçado. Também o parênquima cortical de P. peruviana apresentou-se com 3-4 camadas, contra 4-5 nas demais espécies. As células do parênquima medular são mais espaçadas entre si em P. pubescens. As três espécies apresentam caracteres mesomórficos e estruturas adaptativas a temperaturas elevadas e combate a herbivoria, como elevado número de tricomas e células grandes, com vacúolos que podem armazenar quantidades significativas de água e contribuir com o seu cultivo na região oeste do Paraná, embora mais estudos em outras áreas sejam necessários. Palavras-chave: Fisális, Morfologia vegetal, Anatomia caulinar, Cultivo econômico. Agradecimentos: FAPEMIG 1Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de Biologia, Programa de Pósgraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras – MG, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected] 2:Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus Cascavel, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Rua Universitária 2069, Jardim Universitário, CEP: 85819-110, Cascavel – PR, Brasil. 3: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus Marechal Cândido Rondon, Centro de Ciências Agrárias (CCA), caixa posta 91. Rua Pernambuco, 1777, Centro, CEP: 85960-000, Marechal Cândido Rondon – PR, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional161 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTRATÉGIAS PARA MANEJO DA MURCHA DE ESCLERÓCIO (Sclerotium rolfsii Sacc) EM Capsicum annun L. (Solanaceae); João Vitor Camargo SOARES1; Jânia Lília da Silva BENTES1*; Amanda Rebeca da Costa e SILVA1 A murcha de esclerócio, causada pelo fungo Sclerotium rolfsii é uma doença de difícil controle, ocasionando elevadas perdas em cultivos de pimentão no Estado do Amazonas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Silicato de potássio (Si), Glifosato (Gliz) e do extrato aquoso de urtiga (Ext) no manejo da doença em casa de vegetação. Os produtos foram avaliados nas cultivares Nathalie e Tibérius, nas doses de: Si 15,0 e 24,0 g/L-1, Gliz 4,0 mL/L-1 e Extrato de urtiga 10%, 20% e 50%. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado, em fatorial 2x3x3 (duas cultivares, três produtos e três doses), com cinco repetições, constituída por uma planta cada. As testemunhas foram plantas não tratadas com os produtos. As plantas foram cultivadas em casa de vegetação em sacos contendo substrato esterilizado. A aplicação dos produtos foi feita aos 33 dias após a semeadura e 48 horas depois foi feita a inoculação fungo, usando discos de meio de cultura contendo a colônia do patógeno diretamente no caule da planta próximo ao solo. A avaliação foi realizada durante 30 dias, quantificando a incidência da doença e o desenvolvimento dos sintomas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade utilizando o programa ASSISTAT 7.6 Beta e calculado o índice de infecção de Mackinney. O extrato de urtiga, silicato de potássio e o glifosato não foram eficientes em controlar a murcha e esclerócio em casa de vegetação, porém foi observada a redução dos sintomas da doença, indicando o potencial destes produtos para serem utilizados em programas de manejo da doença, como auxiliar para incremento da produção vegetal. Palavras-chave: Manejo, Pimentão, Doença. 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Av. Rodrigo Otávio, 6200 Coroado, 69077000, Manaus –AM. *autor para correspondência: [email protected]. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional162 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS E TESTE DE VIABILIDADE POLÍNICA EM Coffea arabica L. (Rubiaceae) VARIEDADE CATUCAÍ; Juliana HIPÓLITO1*, Caren Queiroz SOUZA1, Blandina Felipe VIANA1 Dentre os diferentes métodos para o teste da viabilidade de grãos de pólen está o uso de corantes, germinação in vivo, in vitro e o percentual de frutificação efetiva. O conhecimento dessa viabilidade em diferentes fases da vida da planta pode trazer subsídios para o manejo da cultura, adicionando informações que são essenciais para programas de melhoramento genético e entendimento das relações de requerimentos de polinização da cultura e dependência a vetores polinizadores. Diante disso, o presente trabalho buscou testar diferentes métodos de avaliação de viabilidade polínica, com as flores de Coffea arabica variedade Catucai. Foram coletadas anteras em todas as fases de vida da flor, desde a sua abertura até seu envelhecimento. Para o método de coloração, foi utilizado o corante vermelho neutro 1% em anteras intactas e em que os polens foram mortos com álcool 96% e fogo, todas as lâminas apresentaram todos os pólens corados igualmente. Para o método de germinação in vitro, primeiramente foi utilizada a sacarose em diferentes proporções (10%, 22%, 40%, 42%, 49%, 60%) e adição de ácido bórico, sendo o maior percentual de formação de tubo polínico de 16% na concentração de 42% de sacarose; e posteriormente utilizou-se a mesma solução de 42% de sacarose para o teste da viabilidade polínica em anteras de diferentes idades, revelando que os polens somente estão viáveis no segundo dia de vida das flores. No método de germinação in vivo, foi feita a observação da germinação de pólen nos estigmas em microscópio de epifluorescência, sendo previamente realizada a transferência de grãos de pólen para estigmas de polinização manual cruzada e de autogamia. Neste último teste, observamos que amostras de polinização cruzada têm maior percentual de germinação comparado a autogamia, mas a quantificação no número de grãos de pólen que está nos estigmas e o número daqueles que forma tubos polínicos se torna mais complicada, não tendo sido realizada. Os dados aqui apresentados demonstram que o método de coloração com vermelho neutro superestimou a porcentagem de pólen viável corando polens não mais viáveis ou mortos, não sendo um bom método de análise. Os métodos in vitro e in vivo apresentaram para o café, maior fidelidade às respostas sobre a viabilidade polínica da espécie, e oferecem informações complementares sobre a o número total de polens que formam tubos nas anteras e sobre a interação destes com o estigma, respectivamente. Palavras-chave: Pólen; Café; Polinização. não informado endereço. *Autor para correspondência: [email protected] 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional163 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERÍSTICAS DE PLÂNTULAS DE Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC. (Rubiaceae) APÓS ARMAZENAMENTO Danieli Pieretti NUNES1*, Silvana de Paula Quintão SCALON1, Rosilda Mara MUSSURY2 O Cerrado vem sendo degradado pelas ações humanas, tornando-se necessário estudo sobre suas espécies e sua propagação. O marmelo (Alibertia edulis (Rich) A. Rich. ex DC.), espécie nativa no Cerrado e muito frequente também na região amazônica, é uma fruteira que possui sementes achatadas, pequenas, pardo-amareladas, quando torrada é usada para substituir o café e o fruto e as folhas podem ainda ser fornecidas ao gado como fonte de alimento. As condições de armazenamento influenciam na viabilidade das sementes e no vigor das plantas, sendo que a manutenção dessas características durante o armazenamento depende de vários fatores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a conservação das sementes de marmelo em diferentes embalagens e temperaturas. As sementes foram acondicionado em embalagem de papel alumínio, plástico e vidro, mantidas em câmaras reguladas nas temperaturas de 5 e 10ºC durante 7 e 21 dias. Antes do armazenamento (tempo zero) e nos dias de retirada do armazenamento determinou-se o teor de água das sementes e em seguida foi realizada a semeadura, que foi realizada em bandeja de isopor com 128 células utilizando o substrato da marca Bioplant® e acondicionadas em casa de sombra com 70% de sombreamento. Foram avaliados o índice de clorofila, diâmetro do colo e aérea foliar. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 3 x 2 (embalagem x época de semeadura x temperaturas de armazenamento), com quatro repetições de 25 sementes cada. Os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o programa estatístico SANEST. Para todas as características avaliadas a maior conservação das sementes foi quando elas não foram armazenadas. Entretanto, se o armazenamento for necessário, as sementes devem ser mantidas em embalagens de alumínio a 5ºC ou em vidro a 5 e 10oC, proporcionando mudas mais vigorosas. Palavras-Chave: Marmelo, Cerrado, Conservação de sementes. Créditos de Financiamento: CAPES 1 Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Rodovia Dourados-Ithaum, Cidade Universitária, CEP: 79804-970, DouradosMS, Brasil. *[email protected] 2 Programa de Pós-graduação em Biologia Geral e Bioprospecção, UFGD Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional164 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. REGULADORES OSMÓTICOS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE Epidendrum secundum Jacq. (Orchidaceae) Franciane dos SANTOS1, Mariana de Souza SANTOS2, Thays Saynara Alves MENEZES3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula do Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6 As orquídeas pertencem à família Orchidaceae, apresentam ampla distribuição, tendo ocorrência em todos continentes com maior diversidade na região tropical. A Epidendrum secundum é uma espécie terrestre que vive em barrancos e cerrados, possui pseudobulbos alongados de crescimento. Esse trabalho tem como objetivo de avaliar efeito de reguladores osmóticos e temperatura na conservação sob o crescimento lento de E. secundum. Para isso, o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado esquema fatorial 3x2, sendo três combinações de fontes de carbono e reguladores osmóticos (20 g.L-1 de sacarose; 10 g.L-1 de sacarose + 5g.L-1 de manitol; 10 g.L-1 de sacarose + 5g.L-1 de sorbitol) e duas temperaturas (18 e 25ºC), em meio MS com seis repetições, sendo cada parcela representada por cinco tubos contendo uma plântula. Aos 180 dias de cultivo foi avaliada a sobrevivência (%), presença de raiz (%), coloração e altura das plantas. As médias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A utilização de reguladores osmóticos e temperatura proporcionou interação significativa: para as variáveis sobrevivência, coloração, presença de raiz e altura de brotações. Notou-se, que a sobrevivência das plântulas aos 180 dias de conservação foi superior quando da utilização de sacarose e sacarose + manitol, a temperatura de 25°C foi superior, proporcionando a sobrevivência de 97,0%. A presença de raiz nas plantas em conservação foi influenciada apenas pela temperatura de 25ºC, havendo maior percentual de enraizamento de (76,94%). Para coloração de folhas à temperatura 25ºC, as plantas apresentaram; coloração verde intenso, já para a temperatura 18 ºC, percebeu-se o inicio de secamento, em 25ºC não houve diferenças significativas para fontes de carbono e regularores osmóticos em 18 ºC a sacarose, sacarose+manitol apresentaram menor média quando comparadas a sacarose e sorbitol. Para altura das brotações a temperatura de 18 ºC, manteve as plântulas em seu estado inicial, não houve interação com os diferentes reguladores osmóticos, em temperatura de 25ºC apresentou diferenças quando acresidos, sacarose e sacarose + sorbitol. Conclui-se que plantas de E. secundum podem ser conservadas pelo período mínimo de 180 dias à 18ºC utilizando sacarose e sacarose + sorbitol. Palavras-chave: Crescimento lento, concentração salina, temperatura Créditos de financiamentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil. 2 Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil. 3 Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil. 4 Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil. 5 Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão - SE, Brasil. 6 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional165 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DOS TRATAMENTOS IN VITRO E DE SUBSTRATOS ACLIMATAÇÃO Brassavola tuberculata Hook. (ORCHIDACEAE) NA Geovana Poton Arcobeli COLA1*, Liana Golin MENGARDA2 As orquídeas do gênero Brassavola, assim como a maioria das Orchidaceaes, apresentam restrições quanto à propagação natural e protocolos de estabelecimento in vitro são pouco conhecidos. Técnicas de cultivo in vitro para produção de plantas ornamentais constituem uma aplicação altamente promissora. Porém, a etapa de aclimatação geralmente é uma fase crítica, onde a planta passa do estado heterotrófico para autotrófico, além de lidar com a desidratação. A partir de um protocolo pré-estabelecido de multiplicação in vitro de B. tuberculata, no qual foram testadas diferentes concentrações de ANA e BAP na multiplicação e enraizamento, objetivou-se avaliar diferentes substratos e o efeito dos tratamentos anteriores na aclimatação. Plântulas provenientes do tratamento controle foram retiradas do meio MS e transferidas para potes contendo os diferentes substratos: S1 (Plantmax e vermiculita (1:1)); S2 (Plantmax e areia (1:1)) e S3 (pó de xaxim), permanecendo por 15 dias cobertos por sacos plásticos em sala de crescimento, com temperatura (25ºC ± 2°C) e fotoperíodo (16h) controlados. Após esse período, as plântulas foram transferidas para casa de vegetação. Posteriormente, foi avaliado o efeito de diferentes tratamentos anteriores: controle, T1 (2,5 µM ANA + 5 µM BAP) e T2 (5 µM ANA + 0 µM BAP) na aclimatação utilizando substrato Plantmax e areia (1:1). Aos 90 e 60 dias, respectivamente, foram avaliados número de folhas, comprimento da maior folha e taxa de sobrevivência das plântulas. Com relação aos diferentes substratos, não houve diferença estatística para todos os parâmetros avaliados. Entre os tratamentos, o número de folhas provenientes do controle (2,70 cm) e do T2 (3,35 cm), foram estatisticamente iguais pelo teste de Tukey, ao nível 5% de significância, e maiores em relação ao T1 (1,12 cm). O mesmo foi observado para taxa de sobrevivência das plântulas (Controle = 70%; T1 = 50% e T2 = 95%). Para o parâmetro comprimento da maior folha, T2 apresentou maior média (2,38 cm), diferindo dos demais tratamentos. Assim, verifica-se que os diferentes substratos utilizados não interferem no processo de aclimatação de B. tuberculata. As plântulas provenientes da concentração 5 µM ANA + 0 µM BAP apresentam melhor desenvolvimento durante a aclimatação. Palavras-chave: Orquídea, Propagação in vitro, Estabelecimento ex vitro. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento, CCA, Caixa Postal 16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil; *autor para correspondência: [email protected] 2 Universidade Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, CCA, Caixa Postal 16, CEP 29.500-000, Alegre, ES – Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional166 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. QUALIDADE DE FRUTOS DE CAMU-CAMU Myrciaria dubia K. (Myrtaceae) SUBMETIDOS A INJÚRIAS MECÂNICAS POR COMPRESSÃO E IMPACTO Larihssa D. WEBER1, Maria Fernanda B. DURIGAN2, Christinny G. B. LIMA3, Edvan Alves CHAGAS4 O camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (Kunth) Mc Vaugh) é uma espécie da família Myrtaceae, encontrada por toda região amazônica e é abundante no Estado de Roraima. Atualmente conhecido por possuir a maior quantidade de vitamina C, evidenciando seu alto potencial econômico. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a qualidade dos frutos de camu-camu submetidos a injúrias mecânicas por impacto e compressão, visando adaptações para colheita, armazenamento, embalagem, transporte e conservação dos frutos. Os camu-camus colhidos no município de Mucajaí, em Roraima, foram levados até os laboratórios da Embrapa Roraima, selecionados e uniformizados quanto ao ponto de colheita “de vez”, ou seja, com mais de 70% da casca escura. Os tratamentos aplicados foram: Controle, contendo frutos intactos, Impacto 30 ou 60 cm; onde os frutos foram submetidos a uma queda controlada de uma altura de 30 ou 60 cm; e Compressão 100g ou 200g, onde os frutos foram mantidos sob um peso constante de 100 ou 200g por um período de 30 horas. Após os tratamentos, os frutos foram armazenados sob condições ambiente de laboratório (20+3°C e 70+5% UR) por 8 dias e avaliados a cada 2 quanto a vida útil, perda de massa fresca e aparência externa numa escala de 1 a 5, onde a nota 5 foi atribuída aos frutos considerados excelentes, 4 aos frutos bons, 3 os considerados “no limite para venda”, 2 para “ruins para venda porém bons para o consumo”, e nota 1 para os frutos ruins. Observou que os frutos intactos do tratamento controle mantiveram a aparência considerada aceitável para venda, nota 3, por até 4 dias (89% dos frutos) e nota 5, com frutos excelentes por até 2 dias (97% dos frutos). Os frutos do tratamento Compressão 200g, no 4º dia de armazenamento, 86% do lote recebeu nota 2, enquanto, 53% e 47% frutos do tratamento Compressão 100g, receberam notas 4 e 5. Estes tratamentos perderam até 3% da massa fresca por dia. Os frutos do tratamento Impacto 60 cm receberam, logo no 2º dia de armazenamento, nota 3 para 81% do lote, perdendo até 5% de sua massa fresca por dia, enquanto o tratamento Impacto 30 cm, nesse mesmo dia, apenas 46% receberam essa nota. Assim, conclui-se que os frutos de camu-camu são sensíveis as injúrias mecânicas aqui testadas, devendo estas ser evitadas ao máximo para que a vida útil dos frutos consiga ir além de 8 dias. Essas injúrias, principalmente por impacto a 60 cm, diminuíram a vida útil, prejudicaram a aparência dos frutos e contribuíram para grandes perdas de massa fresca. Palavras-Chave: Vitamina C, Armazenamento, Amazônia. 1 Graduanda da Universidade Federal de Roraima – Bolsista na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista 2 Pesquisadora Pós-Colheita e Industrialização - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista. 3 Pesquisadora bolsista de Pós-Doutorado do Programa PNPD/CAPES- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista. 4 Pesquisador – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional167 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. VIABILIDADE CELULAR EM CALOS DE Byrsonima verbascifolia (L.) DC. (Malpighiaceae) UTILIZANDO MÉTODO DE DUPLA COLORAÇÃO Raquel Bezerra CHIAVEGATTO1*, Mayra Gonçalves MARÇAL2, Vânia Helena TECHIO1, Ana Hortência Fonsêca CASTRO3 O murici-cascudo (Byrsonima verbascifolia) é uma espécie com potencial medicinal encontrada no Cerrado, utilizada pela população local devido as suas propriedades cicatrizante e anti-inflamatória, que é conferida pela presença de tanino em sua casca. Por apresentar baixa taxa de germinação, a cultura de tecidos é uma técnica utilizada para a propagação dessa espécie. Através da viabilidade celular é possível selecionar células com maior capacidade embriogênica, permitindo determinar o melhor momento para se iniciar uma suspensão celular de modo a otimizar a produção de metabólitos secundários in vitro. A viabilidade celular é determinada pela porcentagem de células vivas e mortas, com base em uma amostra celular total, utilizando-se como parâmetros a atividade enzimática, teor de ácido nucléico, integridade e o potencial da membrana. Quando dois ou mais testes são utilizados simultaneamente, combinando um teste que é positivo para um parâmetro e um negativo para outro, há uma maior confiança na interpretação dos resultados. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade celular dos calos de B. verbascifolia a fim de conhecer o momento ideal para seleção de células com maior capacidade embriogênica. Amostras de calos, com 0,4 g de matéria fresca foram homogeneizadas em 4 mL de solução de manitol 0,6M e CaCl2 0,03M, por 15 minutos, a 6000 rpm, em temperatura de 27±2ºC. Na ausência de luz, essas amostras foram filtradas em peneiras com malha de 200µm, retirando-se 940µL da suspensão e adicionando-se 40µL de uma solução de diacetato de fluoresceína e 20µL de iodeto de propídio em microtubo. Após 5 minutos, procedeu-se a contagem de células viáveis com fluorescência verde e células inviáveis com fluorescência vermelha, em microscópio de fluorescência. O período de coleta foi a partir do 20° dia da inoculação até o 120°, em intervalo de 10 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado, com 5 repetições por período de coleta. A maior porcentagem de células vivas apresentando fluorescência verde ocorreu aos 20 dias de cultivo dos calos (86%). Até o 100° dia após a inoculação, observaram-se as maiores porcentagem de células viáveis com características embriogênicas. A partir do 110° dia, o número de células vivas diminuiu até o último dia de incubação, atingindo 33%. Esses resultados demonstraram que a época ideal para a transferência de células com potencial embriogênico nessa espécie, sem a perda de viabilidade celular, não deve ultrapassar o 100° dia. Palavras-chave: Cerrado, Embriogênese somática, Metabólitos secundários, Murici-cascudo Créditos de financiamento: CAPES, FAPEMIG 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000 Lavras-MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Citogenética, Campus Universitário, caixa-postal: 3037, CEP: 37200-000 Lavras- MG – Brasil. 3 Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Centro-Oeste D. Lindu, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, CEP: 35501-296, Divinópolis-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional168 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE Plutella xylostella L. (Lepidoptera: Plutellidae) Irys Fernanda Santana COUTO1; Rosilda Mara MUSSURY²*; Mateus Fuchs LEAL³; Anelise Samara Nazari FORMAGIO³; Fabricio Fagundes PEREIRA²; Silvana de Paula Quintão SCALON³ Plutella xylostella L. é considerada a principal praga do cultivo das Brassicaceae. Para o seu controle muitos agricultores optam pelo uso de inseticidas químicos, contudo o uso desses produtos, de forma indiscriminada, têm causado danos ao ecossistema e contribui para o surgimento de populações resistentes. Uma alternativa para atenuar esses problemas é a utilização de substâncias com propriedades deterrentes extraídas de plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o índice de preferência alimentar de P. xylostella em plantas tratadas com extrato aquoso de Annona coriacea Mart. (Annonaceae), Duguetia furfuracea (St. Hil.) Benth e Hook. F. (Annonaceae), Schinus terebinthifolius Raddi. (Anacardiaceae) e Trichilia silvatica C. DC. (Meliaceae). Em placa de Petri foram colocados quatro pedaços de folha de couve manteiga (4 cm²) distribuídos em forma cruzada e equidistantes, sendo dois deles tratados com extratos e dois com água destilada (testemunha). Os extratos foram armazenados em refrigerador e testados nos tempos 0, 7, 14 e 21 dias. Foi avaliado o consumo foliar e o índice de preferência. O experimento foi conduzido com base no delineamento experimental inteiramente casualizado com cinco repetições, sendo cada repetição formada por 10 subamostras, de onde foi obtido o valor médio. As medias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Os tratamentos com os extratos de D. furfuracea e A. coriacea com 0 dias de armazenamento foram considerados fagoestimulantes, e entre 7 e 21 dias de armazenamento ambos extratos apresentaram efeito fagodeterrente. Contudo, não foi observada diferença significativa para o índice de preferência alimentar ao longo do tempo de utilização dos extratos de A. coriacea. Os tratamentos com S. terebinthifolius e T. silvatica apresentaram atividade fagodeterrente de 0 a 21 dias de armazenamento, sendo que ambos tiveram seu pico de fagodeterrencia entre 7 e 14 dias. O extrato que apresentou a maior atividade fagodeterrente foi de T. silvatica, entre 7 e 14 dias de armazenamento. Portanto, o extrato aquoso torna-se mais eficaz, quanto a fagodeterrencia, quando armazenados durante certo período de tempo, contudo o tempo de armazenamento ideal pode variar entre as espécies vegetais. Palavras-chave: Inseticidas botânicos, Traça-das-crucíferas, Índice de preferência. Apoio: Capes, UFGD 1 Mestranda em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD, Dourados – MS; ²Docente do Programa de Pós Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD, Dourados – MS;³Faculdade de Ciências Agrárias, UFGD, Dourados-MS. *Autor para correspondência [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional169 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. QUALIDADE DE CASTANHA-DO-BRASIL Bertholletia excelsa H. (Lecythidaceae) CULTIVADAS EM DIFERENTES ÁREAS DO ESTADO DE RORAIMA Larihssa D. WEBER1, Maria Fernanda B. DURIGAN2, Adamor B. MOTA¹, Elen K. L. Da COSTA3, Rosimeire A. TEIXEIRA³ A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa, H. B. K.) é uma árvore de grande porte que ocorre naturalmente em toda a Amazônia Legal, sendo a amêndoa um produto de elevada importância econômica, social e preservacionista para os estados Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Mato Grosso. O sistema tradicional de coleta e armazenamento compromete seriamente a sua qualidade, favorecendo a incidência de agentes contaminantes, principalmente fungos. Roraima aparece na estatística oficial da produção extrativista a partir de 1945 e sua produção é considerada pequena, com média de 899,5 toneladas, correspondente a menos de 3% da produção brasileira. Assim, objetivou-se avaliar caracteristicas de qualidade da castanha-do-brasil de três diferentes produtores roraimenses, visando obter informações básicas sobre a produção e qualidade dos frutos, castanhas e amêndoas. Os frutos, ou ouriços, foram coletados nos municípios de Caracaraí (MVV e JL) e São João da Baliza (JF), transportados para os laboratórios da Embrapa Roraima, onde foram analisados, assim como suas castanhas e amêndoas. As castanhas foram avaliadas secas e, após um período de 72 h submersas em água para facilitar a abertura e minimizar injúrias mecânicas nas amêndoas, foram abertas para análise das mesmas. Os resultados mostraram que os frutos da regiao JF continham ouriços mais pesados (média de 1.104,28 mg), porém menor quantidade de sementes, com média de 16 castanhas por ouriço. Os frutos da região JL também foram considerados pesados (média de 885,44 mg) e continham o maior numero de castanhas, chegando a 21 por ouriço (média de 18 castanhas/ouriço), evidenciando que, embora o fruto seja pesado, suas castanhas e amêndoas são pequenas (média de peso das amêndoas = 3.941 mg). Já os frutos da região MVV, possuem ouriços mais leves (média de 676,28 mg) e com menor quantidade de castanhas/fruto, chegando a 10 por ouriço (média de 15). Além disso, os frutos dessa região continham o maior índice de castanhas consideradas ruins, como ocas, podres e/ou deterioradas, principalmente por fungos. Assim, esses resultados evidenciam que nestes três produtores do Estado há produtos de qualidade, porém que ainda demandam atenção. Conclui-se finalmente que, para os produtos testados, o peso dos ouriços não está diretamente associado ao numero e/ou tamanho e/ou qualidade das castanhas e/ou das amêndoas, principal interesse da produção, demandando maiores cuidados por parte dos compradores e produtores. Palavras-chave: Ouriço, sementes, amêndoas. 1 Graduando da Universidade Federal de Roraima – Bolsista na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista. 2 Pesquisadora Pós-Colheita e Industrialização - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa Vista. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Roraima – Boa vista Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional170 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TERPENOS IDENTIFICADOS EM FOLHAS DE Eschweilera tenuifolia O.B.M. (LECYTHIDACEAE) COLETADA EM MAUÉS-AM Gabriel Oliveira de SOUZA1*, Marcos Henrique Rodrigues GURGEL1, Chanderlei de Castro TAVARES 1, Fernanda GUILHON-SIMPLICIO1, Pierre Alexandre dos SANTOS2 Eschweilera tenuifolia, árvore da família Lecythidaceae A. Rich., ocorre nos estados do Amazonas, Pará e Roraima, onde é conhecida como “macacarecuia”. A espécie possui um escasso acervo de estudos registrados, sendo assim, esta pesquisa foi realizada com o objetivo de se identificar metabólitos secundários em suas folhas, para acrescentar informações químicas ao conhecimento científico sobre a espécie. O material foi coletado no município de Maués no dia 26 de fevereiro de 2012, às 10 horas. As folhas foram estabilizadas em estufa de ar circulante a 45ºC, moídas e então pesadas, obtendo-se 1200 g de amostra. O pó foi então submetido à extração por maceração exaustiva a frio em banho de ultrassom durante 15 minutos, com hexano e metanol. Os solventes foram evaporados obtendo-se 35 g de extrato hexânico e 150,4 g de extrato metanólico. A análise por cromatografia de camada delgada utilizando o revelador anisaldeído sulfúrico indicou a presença de substâncias terpênicas em ambos os extratos. O extrato metanólico foi então particionado com hexano, acetato de etila e butanol. A fase acetato de etila foi fracionada em coluna de sílica gel 60 com solventes de polaridade crescente usando éter de petróleo a metanol puro. As frações foram separadas e reunidas por cromatografia de camada delgada. A fração 51 apresentou manchas características de substâncias terpênicas. Dessa forma, cerca de 10 mg do extrato hexânico e da fração 51 foram submetidos a análise em cromatógrafo a gás (QP-2010, Shimadzu), equipado com coluna capilar DB-5MS (30 mm x 0,25 mm x 0,25 µm) acoplado a espectrometrômetro de massas, com detector de ionização por impacto eletrônico (70 eV), e separador por quadrupolo, com variação na temperatura da coluna de 6,3 ºC·min-1 (de 100 a 290 ºC), 250 ºC de temperatura do injetor, 280 ºC de temperatura do detector e fluxo de hélio 1,2 mL/min. A partir da comparação dos espectros obtidos e aqueles presentes na biblioteca do aparelho, foi possível identificar o acetato de α-amirina e o monoterpeno loliolide, considerando um índice de similaridade acima de 90%, em ambas amostras. Os resultados mostram que as folhas apresentam substâncias com potencial anti-inflamatório e antibacteriano. Portanto, este trabalho contribui para a caracterização química dessa espécie, ainda pouco conhecida, além de sugerir abordagens para futuras investigações sobre o potencial farmacológico da mesma. Palavras chaves: cromatografia gasosa, espectrometria de massas, substâncias terpênicas Agradecimentos: FAPEAM, CAPES, PET-FARMÁCIA. 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, rua Comendador Alexandre Amorim, 69010-300, Brasil. 2: Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Farmácia, Praça Universitária, Setor leste universitário, 74605220, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional171 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO DE MEIOS DE CULTURA E MÉTODOS DE DESINFESTAÇÃO DE Senna sp. (Fabaceae - Caesalpinioideae) Aurora Maria Rosa de OLIVEIRA1*, Sabrina Schumacker ZANCA2, Cristine Luciana de Souza RESCAROLLI3, Weison Lima da SILVA4, Eva Maria Alves Cavalcanti ATROCH5 O gênero Senna compreende aproximadamente 350 espécies distribuídas pelo mundo, incluindo arbustos, árvores, ervas e cipós, colonizando com sucesso uma ampla gama de habitats. Espécies deste gênero apresentam atividades anti-inflamatórias, analgésica periférica, laxativa, anestésica, antimicrobial e, inibidora da acetilcolinesterase, com potencial para tratamento da doença de Alzheimer. Assim, há muito apelo pela a propagação de espécies desse gênero, porém há um grande problema na cultura de tecidos vegetais, a contaminação de explantes. A condição de sanidade da planta matriz é de grande importância. Assim é de fundamental importância a elaboração de protocolos que visam reduzir o índice de contaminação. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi testar métodos de desinfestação de explantes desse gênero. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da UFAM. Os explantes dos tratamentos T1 a T3 foram extraídos de folhas de plantas de viveiro, e dos tratamentos T4 a T6 foram de folhas de campo, e então submetidos a diferentes tratamentos para desinfestação, tendo em comum a imersão dos explantes em álcool etílico 70% (1 minuto): T1- os explantes foram imersos em solução de hipoclorito de sódio 1,5% (5 minutos); T2- os explantes foram imersos em solução de hipoclorito de sódio 1,5% (10 minutos); T3- os explantes foram imersos em fungicida (Priori 1%) (1 hora) antes da imersão em álcool etílico, posteriormente em solução de hipoclorito de sódio 1,5% (10 minutos); T4 a T6- tiveram o mesmo tratamento de T1 a T3, com o diferencial do hipoclorito de sódio estar a 2%. Posterior ao tratamento de assepsia os explantes foram inoculados em meio MS com pH 5,7 e solidificante agar 7 g.L-1, sendo metade dos explantes de cada tratamento inoculado em meio contendo 30 g.L-1 de sacarose, e a outra metade em meio sem sacarose. Após cinco semanas foram avaliadas as taxas contaminação, considerando a presença ou a ausência de contaminantes no meio de cultura. Apenas o tratamento T3 não apresentou contaminação, todos os outros tratamentos tiveram 100% de contaminação por fungos. Demonstrando que o uso de fungicida sistêmico na assepsia em laboratório é eficaz em plantas de viveiro, o mesmo não ocorreu em plantas vindas do campo. Assim, a qualidade fitossanitária prévia é importante para o estabelecimento in vitro. A aplicação de produtos de ação sistêmica e de contato em matrizes pode proporcionar maior controle sanitário dos explantes. Palavras-chave: Amazônia, Assepsia, Contaminação, Cultura de tecidos, Planta ornamental nativa. 1 Bolsista CAPES - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus, AM, Brasil. * Autor para correspondência: [email protected] 2 Aluna do Programa de Pós Graduação em Ciências Biológicas (Botânica - Mestrado), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus, AM, Brasil 3 Bolsista DTI-C, Programa de Ciência e Tecnologia para o Agronegócio, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus, AM, Brasil 4 Aluno do Programa de Pós Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal do Amazonas, CEP 69000-000, Manaus, AM, Brasil 5 Professora adjunta na Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia, CEP 69000-000, Manaus, AM, Brasil Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional172 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. SELEÇÃO DE ESTIRPES DE RIZÓBIOS PARA PALHETEIRA- Clitoria fairchildiana H. (Fabaceae) NA AMAZÔNIA CENTRAL Naiana Marinho de SOUZA1*, Luiz Augusto Gomes de SOUZA¹ RESUMO – A palheteira (Clitoria fairchildiana Howard) é uma leguminosa arbórea que tem se destacado para cultivo em sistemas agroflorestais nos solos de terra firme da Amazônia, caracterizados por sua acidez elevada e baixa fertilidade natural. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da inoculação de estirpes de rizóbios em mudas conduzidas em viveiro nos solos Argissolo Vermelho Amarelo e Latossolo Amarelo. Sementes de palheteira foram semeadas em areia e transplantadas para recipientes com capacidade de 2 kg de solo. Foram consideradas as seguintes formas de suprimento de nitrogênio: plantas sem inoculação e sem adubação nitrogenada, plantas fertilizadas com N-mineral (na forma de ureia) e a inoculação individual das estirpes da Coleção de rizóbios do INPA: 938, 941, 943, 944, 945, 949, 950 e 959. As estirpes foram inoculadas em suspensão líquida, 5 mL aplicados na base do colo de mudas transplantadas. As plantas foram acompanhadas mensalmente em crescimento e avaliadas aos três meses de enviveiramento. Foi determinada a biomassa de folhas, caule e raízes das plantas após a secagem em estufa a 65º por 72 h e também o número, biomassa e peso específico dos nódulos. Determinou-se a concentração de N-foliar pelo método de Kjelhdal e o N-total acumulado. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 2 x 10, (2 solos e 10 formas de suprimento de N), com 10 repetições. A palheteira mostrou adaptação às duas condições de solo da terra firme pesquisadas, entretanto, as medidas de crescimento e de desenvolvimento foram favorecidas em solo Latossolo Amarelo comparado ao Argissolo Vermelho Amarelo, e o número, biomassa de nódulos secos e concentração de N-foliar foram maiores em solo Argissolo que no Latossolo. O fornecimento de N na forma de N-mineral inibiu a formação de nódulos, desfavorecendo o processo simbiótico. Por outro lado, a inoculação da palheteira com as estirpes de rizóbios 943, 944, 945 e 949 favoreceram o desenvolvimento das plantas e proporcionaram elevados teores de N nas folhas, e foram identificadas como as de maior potencial para uso como inoculante desta espécie nos solos de terra firme pesquisados. Palavras-chave: Biotecnologia, Recuperação de Áreas Degradadas, Simbiose RhizobiaFabaceae. 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Av. André Araújo, 2936, Aleixo. 69060-001, Manaus, AM. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional173 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES Senna occidentalis L. Link. (Fabaceae) EM CONDIÇÕES CONTROLADAS Adinã de Oliveira MATOS1*, Luiz Augusto Gomes de SOUZA2 O substrato adequado à germinação de sementes deve apresentar propriedades físicas, químicas e biológicas favoráveis ao processo. A manjerioba (Senna occidentalis) é uma leguminosa herbácea pioneira e colonizadora de áreas secundárias, de interesse medicinal, que vem sendo testada também como planta para suplementação alimentar de abelhas sem ferrão. Foi conduzido um experimento em placas de Petri com sementes de manjerioba procedentes do município de Amajari, Rondônia, para selecionar o substrato adequado de semeadura. Os seguintes materiais foram testados: papel toalha, pó de cupuaçu, carvão, paú, areia, casca de arroz, esterco bovino e serragem. Antecedendo a semeadura todos os materiais foram peneirados e autoclavados. As sementes de manjerioba foram escarificadas com H2SO4 por 5 minutos e em seguida distribuídas nos substratos que foram umedecidos com 10 mL de água destilada. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com oito tratamentos e quatro repetições de 20 sementes. A taxa de germinação e Índice de Velocidade de Emergência foram as variáveis utilizadas para interpretação dos resultados. Após a análise de variância, o teste de Tukey foi adotado para comparação das médias. As sementes de manjerioba germinaram a partir dos 2 dias após a semeadura e o ensaio foi acompanhado por 16 dias. O período germinativo se estendeu entre 2 e 9 dias. Os substratos papel toalha, pó de cupuaçu, paú, areia e casca de arroz mostraram-se adequados para a semeadura de Senna occidentalis e promoveram sua germinação em níveis iguais ou superiores a 85% de sementes germinadas. O emprego de esterco bovino, serragem de madeira e carvão foram inadequados e não favoreceram a germinação de sementes desta espécie. As evidências para o efeito adverso destes substratos foram: para o esterco a presença de fitopatógenos, para a serragem a presença de metabólitos secundários como taninos e polifenóis e para o carvão a acidificação do substrato. Palavras-chave: Agronomia, Produção de mudas, Fabaceae. Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas-FAPEAM. 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação Sociedade Ambiente e Saúde, Programa de Pós-Graduação em Agricultura no Trópico Úmido, INPA, Av. André Araújo 2936, Petrópolis, CEP: 69037-375, Manaus-AM, Brasil. E-mail: [email protected]. 2:Coordenação Sociedade Ambiente e Saúde, CSAS- INPA, Manaus-AM, E-mail: [email protected]. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional174 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. MORFOMETRIA DE CACHOS DO INAJAZEIRO Maximiliana maripa (Arecaceae) DE RORAIMA EM DIFERENTES ESTÁGIOS Mart. Marcelo Ribeiro da SILVA1*, Otoniel Ribeiro DUARTE2, Rita de Cássia Pompeu de SOUSA3, Helder Santos do VALE1, Mahedy Araujo Bastos PASSOS3 O inajá (Maximiliana maripa Mart.) é uma palmeira encontrada em toda a região amazônica, apresentando potencial produtivo para a alimentação humana, animal e a extração de óleos por parte de seus frutos e amêndoas. Seus cachos são considerados grandes quando comparados com de outras palmeiras, possuindo centenas de frutos sobrepostos que concentram em suas sementes amêndoas rica em óleo. O objetivo deste trabalho foi determinar a morfometria do inajá em partes do cacho: frutos, sementes e amêndoas para obtenção do potencial produtivo em diferentes estágios de maturação. Duas amostras de cachos foram coletados em maciços naturais em diferentes estágios de maturação no período chuvoso (25/04/2013) na vicinal tronco de Tamandaré, munícipio de Mucajaí – RR, com a latitude 02° 35’15,7” N e longitude 60° 57’ 23,8” W. Realizou-se a pesagem de dois cachos, um meio-maduro (A) e outro verde (B), mensurou-se o comprimento e o diâmetro dos mesmos. Em seguida, foram selecionados 10 % dos frutos contidos em cada cacho. Estes foram pesados, quantificados e despolpados manualmente. Dos frutos despolpados retirou-se 1 kg para serem quebrados em prensa mecânica extraindo-se as amêndoas. Os resultados encontrados foram respectivamente, para o cacho A, 74,5 kg e para o B, 70,3 kg. Com relação aos 10 % dos frutos, o cacho A apresentou um total de 553 sementes, apresentando 4,75 kg e o B, 392 sementes, com 3,70 kg. Os pesos das amêndoas foram de 249,49 g e 193,52 g. A diferença encontrada nos cachos avaliados foram de 22 %. O peso dos frutos totais com relação às sementes de cada cacho é de 67,86 % (A) e 52,86 % (B), verificando uma diferença de 15 %. Já as amêndoas 5,26 % (A) e 5,14 % (B) com diferença 0,12 %. Palavras-chave: Inajá, Frutos, Sementes, Amêndoas. Créditos de financiamento: FUNARBE; FINEP/DESENVOLV. INOV. 1 Graduando do curso de Agronomia, Universidade Federal de Roraima Departamento de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, CEP: 69300-000, Boa Vista-RR, Brasil. 2 Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA-CPAFRR): Rodovia BR-174, Km 8 Distrito Industrial. CEP: 69301-970 Boa Vista/RR. 3 Doutoranda Rede Bionorte. Embrapa Roraima, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970. Boa Vista, RR – Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional175 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. POTENCIAL ALELOPÁTICO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DE TIRIRICA Gabriela Granghelli GONÇALVES1*, Lin Chau MING1, Amanda Roberta CORRADO1, Ana Carolina Granghelli SISTI1, Lucas PASSINI1, Marcelo ALMEIDA1 A tiririca (Cyperus rotundus L.) apresenta difícil controle, principalmente na agricultura orgânica, devido a sua forma propagação e rápido desenvolvimento. Os óleos essenciais apresentam inúmeras propriedades, dentre elas a ação alelopática. Essa propriedade pode ser utilizada na agricultura para o controle de plantas ruderais, sendo uma alternativa ao uso de herbicidas sintéticos. O objetivo do trabalho foi verificar o potencial alelopático de óleos essenciais em tiririca. Foram testados os óleos essenciais de lavanda (Lavandula officinalis L.), limão siciliano (Citrus x limon (L.) Burm. f.), capim limão brasileiro (Elionurus latiflorus (Nees ex Steud.) Hack.), alecrim (Rosmarinus officinalis L.), salvia (Salvia officinalis L.), laranja (Citrus x sinensi (L.) Osbeck), eucalipto (Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson), capim limão (Andropogon citratus DC. ex Nees) e água destilada como testemunha. Os bulbos de tiririca foram coletados na área experimental da Fazenda Lageado (UNESP) em Botucatu, os mesmos foram lavados em água corrente, cortado as raízes e folhas e padronizado o tamanho. Para realização do experimento os bulbos foram colocados em caixas de acrílico (11 x 11 x 3 cm), com substrato comercial e adicionado 80 ml de óleo essencial a 1% de concentração. O experimento foi conduzido em estufa de germinação na temperatura de 25ºC com fotoperíodo de 12 horas durante 30 dias. Os parâmetros avaliados foram massa seca do bulbo, massa seca da folha, altura e número de brotações. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, sendo nove tratamentos com oito repetições de cinco bulbos cada. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de significância p<0,05. Os resultados demonstraram que óleos essenciais de capim limão brasileiro, capim limão e sálvia obtiveram um maior controle do desenvolvimento da tiririca para os parâmetros avaliados, menos para massa seca do bulbo que não apresentou diferenças estatísticas. Com relação ao NB os óleos essenciais de capim brasileiro, capim limão e sálvia, obtiveram os melhores controles com média de 0,5, 1,0 e 1,25 respectivamente, quando comparado à testemunha com média 4,0. Com base nos resultados concluímos que os óleos essenciais de capim limão, capim limão brasileiro e sálvia apresentam um elevado potencial de para controle da tiririca, sendo uma para agricultura orgânica. Palavras-chave: Cyperus rotundus L., controle alternativo, metabolitos secundário. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Horticultura – Laboratório de Plantas Medicinais, CEP: 18.610-307 , Botucatu-SP, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional176 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE Bactris maraja Mart. (Arecaceae): CONSIDERAÇÕES MORFOANATÔMICAS Joelma Keith RODRIGUES1*; Maria Sílvia de MENDONÇA2; Daniel Felipe de Oliveira GENTIL3; Manoel Roberto VIANA2 Bactris maraja Mart. é uma palmeira frequente na Amazônia, ocorre às margens de cursos d’água, predominantemente em florestas de terra firme. Os frutos comestíveis são um recurso alimentar da fauna silvestre e povos amazônicos. Foi feita a caracterização morfológica do desenvolvimento germinativo e plantular, bem como a caracterização anatômica da plântula. O desenvolvimento plantular foi avaliado semanalmente, através de coletas amostrais das diferentes fases. O estudo anatômico foi realizado conforme técnicas usuais de microscopia de luz. A germinação das sementes é do tipo adjacente ligulada, criptocotiledonar e hipógea. Teve início aos 152 dias após a semeadura, com a emersão do pecíolo cotiledonar e formação do botão germinativo aos 160 dias. A imersão da primeira bainha ocorreu aos 193 dias. A protrusão da raiz primária ocorreu aos 197 dias. A emergência acima do substrato deu-se com a formação da segunda bainha aos 219 dias. A completa expansão do eofilo ocorreu aos 250 dias, apresentando limbo bífido de coloração verde e margem espinulosa. O desenvolvimento plantular encerrou-se com o esgotamento das reservas do haustório aos 273 dias. O eofilo apresenta epiderme uniestratificada formada por células fusiformes em vista frontal e levemente papiliformes em secção transversal, estômatos tetracíticos, tricomas tectores multicelulares, uni e multisseriados com base bisseriada, mesofilo homogêneo, constituído de células parenquimáticas e compactas, e feixes vasculares colaterais. A raiz apresenta epiderme espessa, revestida por fina cutícula, córtex esclerenquimático e parenquimático com canais de ar em formação, endoderme conspícua, cilindro vascular oco com medula esclerenquimática; A raiz é poliarca com xilema primário exarco. Palavras-chave: Morfologia, Anatomia, Palmeira, Arecaceae, Bactris. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM 1: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 2: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Laboratório de Botânica Agroflorestal, Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. 3: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor de Olericultura, Caixa Postal 3000, CEP: 69077-000, Manaus-AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional177 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA NA ACLIMATIZAÇÃO DE Acrocomia intumescens (Jacq) Lodd. ex Mart. (Arecaceae) OBTIDAS DA GERMINAÇÂO IN VITRO DE EMBRIÕES; José Jackson Pereira da SILVA1*, Robson Antonio de SOUZA1, Ana Carolina Lemos da TRINDADE2, Laureen Michelle HOULLOU1 A espécie arbórea Acrocomia intumescens, uma palmeira arborescente perene, frutífera, é popularmente conhecida como macaúba ou macaíba, ou ainda macaíba-barriguda. Planta endêmica dos estados de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, é comumente encontrada nos três últimos estados, na Mata Atlântica (Zona da Mata como nos brejos de altitude). É bastante utilizada na indústria de cosmético, alimentícios, medicinal, entre outros. Entretanto, sua capacidade mais promissora e que mais se destaca é de produção de óleo vegetal. Embora produza sementes abundantemente, esta espécie apresenta difícil germinação (mais de 500 dias), o que dificulta a produção de mudas. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a melhor condição para a aclimatização de mudas obtidas da germinação in vitro de embriões de A. intumescens. O experimento foi desenvolvido no telado da Coopavil – Cooperativa de Produção Agropecuária do Engenho Patrimônio. Foram utilizadas plantas produzidas in vitro (7,0 e 13,0 cm de altura) produzidas no Laboratório de Pesquisa Aplicada a Biofábrica (LAPAB), do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE). Foram realizados dois tratamentos: T1 – Plantas aclimatizadas sem câmera úmida e T2 – Plantas aclimatizadas (em garrafas tipo pet de 1L, formando uma câmara úmida). As garrafas foram mantidas com tampas e retiradas após trinta dias, mantendo a parte superior da garrafa por mais trinta dias. O substrato utilizado nos dois tratamentos foi Carolina (200g). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, constituído por 12 repetições. Após 60 dias foi avaliado quanto ao número de folha, altura e sobrevivência das plantas. O tratamento T1 apresentou percentual de sobrevivência 77%, médias da altura e número de folhas de 11,67 e 2,25 cm, respectivamente. O tratamento T2 apresentou médias da altura das plantas em 12,87cm e número de folhas 2,83cm, quanto ao percentual de sobrevivência foi observado 100% de estabelecimento das plantas. Desta forma, a utilização de plantas com mais de 7,0 cm de altura se mostrou satisfatório para o estabelecimento in vivo. A utilização de câmara úmida é recomendável por garantir um maior percentual de sobrevivência das plantas obtidas in vitro. Palavras-chave: Macaíba; Oleaginosa perene; Germinação in vitro Créditos de financiamentos – CETENE 1 Laboratório de Pesquisa Aplicada à Biofábrica – LAPAB, Centro de Tecnologia Estratégicas do Nordeste – CETENE, CEP – 50740-540, Recife-PE, Brasil. 2: Universidade de Pernambuco, Recife-PE. *José Jackson Pereira da Silva: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional178 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TESTE DE INDUÇÃO DE BROTAÇÃO EM ESTACAS DE FOLHA DE Alternanthera brasiliana (L.) O. Kunt. (Amaranthaceae) E Justicia acuminatissima (Miq.) Bremek (Acanthaceae). Marcelo Victor de Souza OLIVEIRA1, Vera Maria Vasconcelos CAVALCANTE2, Fabiana Viana de ALMEIDA², Eva Maria Alves Cavalcanti ATROCH³, Eduardo Ossamu NAGAO3. Alternanthera brasiliana (L.) O. Kunt e Justicia Acuminatissima (Miq.) Bremek são espécies ornamentais e medicinais, que se propagam facilmente por estaquia, enraízam de forma espontânea e contínua tanto na base da estaca de ramo quanto na estaca de folha, sejam elas inteiras ou fragmentadas, independentemente do tipo de substrato utilizado. No entanto, apesar do sucesso de enraizamento das folhas, foi constatado que as duas espécies foram incapazes de regenerar brotações aéreas a partir da folha. Por isso desenvolveu-se um experimento com o objetivo de utilizar diferentes reguladores de crescimento e concentrações para estimular a indução da formação de brotações a partir das folhas. O experimento foi conduzido no viveiro do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas. As folhas foram coletadas na área do Campus Universitário e cada espécie foi submetida aos seguintes tratamentos: testemunha, ANA 0,3 mg.L-1, BAP 1 e 3 mg.L-1, Cinetina 1 e 3 mg/l, BAP + ANA 1 e 3 mg.L-1, Cinetina + ANA 1 e 3 mg.L-1 e plantas em caixas plásticas contendo areia estéril. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Após 30 dias foi realizada a avaliação do experimento, no entanto, nenhuma brotação foi observada nas estacas de folha de ambas as espécies. No caso de J. acuminatissima a testemunha teve melhores resultados do que os demais tratamentos quando relacionado a ganho foliar e volume de raiz produzida. Tais resultados demonstram que nenhuma das concentrações utilizadas é eficiente para a indução de brotações em estacas de folhas de A. brasiliana e J. acuminatissima. Palavras-chave: Propagação vegetativa, estacas de folha, indução por hormônios. 1Aluno de graduação de Agronomia – Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Manaus - AM, Brasil. (2) Alunas de graduação de Ciências Biológicas - Centro Universitário do Norte, UNINORTE, Av. Joaquim Nabuco, 1097, Manaus - AM, Brasil. (3) Professores da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000 Manaus - AM, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional179 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DETERMINAÇÃO DO CONTEÚDO FENÓLICO DE DIFERENTES EXTRATOS FOLIARES DE Ipomoea batatas (L.) Lam. (Convolvulaceae) Ilsamar M. SOARES1*; Poliana G. MARSON-ASCÊNCIO2; Sérgio D. ASCÊNCIO22. A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) é uma Convolvulaceae cultivada principalmente para a obtenção de raízes tuberosas, passíveis de serem utilizadas tanto como alimento, quanto como matéria-prima da produção de etanol. Possui também alto teor de fitoquímicos potencialmente bioativos, tais como compostos fenólicos, substâncias capazes de prevenir várias doenças, principalmente as decorrente da oxidação de moléculas biológicas. Como distintos trabalhos enfatizam a síntese de múltiplos compostos na estrutura foliar de I. batatas, este trabalho teve como objetivo determinar o conteúdo fenólico em extrato bruto e em diferentes subfrações de folhas de uma variedade de I. batatas desenvolvida por melhoramento genético para produção industrial de etanol. Para tanto, coletaram-se folhas de um clone industrial mantido no banco de germoplasma do Laboratório de Sistemas de Produção de Energia a Partir de Fontes Renováveis da Universidade Federal do Tocantins com registro no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, nomeada Bárbara (nº 22595). As folhas foram secas em estufa a 50° C e reduzidas a pó, do qual obteve-se o extrato bruto por refluxo em aparelho de Soxhlet utilizando etanol 70% como solvente. Do extrato liofilizado dissolvido em etanol 50% obteve-se diferentes subfrações extrativas por uma sequência de partição líquido-líquido (1:1) com os seguintes solventes: hexano, clorofórmio, acetato de etila, butanol e água. Determinou-se o conteúdo fenólico no resíduo seco das diferentes subfrações e do extrato bruto pelo método FolinCiocalteu, o qual foi expresso como miligramas equivalentes de ácido tânico por grama de extrato seco (mg EAT/g). A maior concentração de fenóis totais foi observada na subfração acetato de etila (224,528 mg EAT/g) e a menor na subfração hexano (45,53 mg EAT/g) as subfrações clorofórmio, butanol, água e o extrato bruto apresentaram os valores intermediários (200,82; 203,24; 186,31; 100.19 mg EAT/g respectivamente), sendo que as subfrações clorofórmio e butanol foram estatisticamente iguais pelo teste de Tukey (p < 0,01). A variação no teor de compostos fenólicos entre as diferentes frações extrativas corroboram dados da literatura para extratos botânicos. A comparação entre os teores obtidos no presente trabalho e dados da espécie, permitiu verificar que os compostos fenólicos encontram-se em altas concentrações na estrutura foliar da planta estudada. Os resultados obtidos demonstram grande potencial de aproveitamento destas partes da planta que poderá ser estabelecido mediante a continuidade das pesquisas por outras técnicas. Palavras-chave: Ipomoea batatas; Convolvulaceae; Compostos fenólicos, Fitoquímicos. Apoio: CNPq; UFT. 1 Universidade Federal do Tocantins, Laboratório de Pesquisas em Produtos Naturais, Curso de Medicina. Campus Universitário de Palmas CEP: 77020-210, Palmas-TO, Brasil. 2 Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Agroenergia, Curso de Medicina, Laboratório de Pesquisas em Produtos Naturais, Campus Universitário de Palmas, CEP: 77020-210, Palmas-TO, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional180 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PODA DE CONDUÇÃO EM PLANTAS DE (Bertholletia excelsa Humb.& Bonpl., Lecythidaceae) CASTANHEIRA-DO-BRASIL Teresinha Costa Silveira ALBUQUERQUE1*; Tênnyson Costa EVANGELISTA2; Antonio Antero Ribeiro de ALBUQUERQUE NETO3 A poda é utilizada tanto para dar forma à copa de fruteiras, como fator de condicionamento do crescimento das plantas, estabelecendo formação adequada de ramos pela emissão de fluxos vegetativos mais sincronizados e de forma mais harmoniosa. O experimento foi instalado em 26/09/2011, em pomar de castanheiras do brasil estabelecido no Campo Experimental do Serra da Prata, pertencente a Embrapa Roraima. O clima da região é Aw de acordo com a classificação de Köppen, sendo uma região de floresta de transição. O pomar é oriundo de mudas de pé-franco e as plantas foram classificadas em pequenas, médias e grandes, por apresentarem uma desuniformidade natural em tamanho e vigor. Realizou-se a poda do tipo líder central de todas as plantas, deixando-se ramos em tamanho escalonado, definindo-se, a priori - varas mais compridas e com maior número de gemas localizavam-se no terço inferior das plantas; as varas de tamanho médio e com número médio de gemas, no terço médio; e as varas de tamanho pequeno e com número menor de gemas, no terço superior. As plantas foram avaliadas quanto ao número de varas deixadas pela poda e número de gemas em cada vara e após a brotação foram contadas as gemas brotadas, estabelecendo-se a percentagem de brotação em cada terço das plantas, conforme o comprimento das varas. Os dados foram trabalhados de forma descritiva estabelecendo-se faixas do número de varas deixadas em cada planta, avaliando-se o percentual de brotação no terço inferior, mediano e superior das plantas. Os resultados obtidos permitiram inferir que a brotação das plantas independe do tamanho das mesmas, sendo que as varas de maior comprimento e número de gemas, localizadas na base das plantas, apresentaram sempre o menor índice de brotação variando de 5,92% a 9,02% (plantas de porte grande); de 6,22% a 11,37% (plantas de porte médio); e de 6,20% a 11,10% (plantas de porte pequeno). As varas de menor comprimento apresentaram sempre um índice elevado de brotação natural, atingindo 47,36% nas varas do ápice de plantas de tamanho médio e com mais de 30 varas. O índice de brotação obtido nas plantas foi adequado, visto não haver sido aplicado nenhum indutor de brotação, demonstrando que as plantas de castanheira apresentam resposta positiva à poda de condução, embora as varas apresentem uma elevada dominância apical. Recomendam-se maiores estudos sobre a poda de condução de plantas de castanheira do brasil, para que seja possível o manejo de plantas com menor porte. Palavras-chave: Manejo cultura, Tamanho de copa, Fluxos vegetativos. 1 Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 - Boa Vista, RR, Brasil. E-mail: [email protected] 2 FARES, Bolsista CNPq, Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 - Boa Vista, RR, Brasil. 3 UFAM/BIONORTE, UFRR/POSAGRO, Embrapa Roraima, BR 174, Distrito Industrial, CP 133, 69301-970 Boa Vista, RR, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional181 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. REDUÇÃO DE SAIS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE Encyclia dichroma (Lindl.) Schltr (Orchidaceae) Thays Saynara Alves MENEZES1, Mariana de Souza SANTOS2, Franciane dos SANTOS3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Moacir PASQUAL5 As orquídeas são as mais diversas dentre todas as famílias de angiospermas, agrupada em cinco subfamílias, dispersa por todo o mundo e com maior diversidade na região tropical, destacando-se como importante planta ornamental. Encyclia dichroma (Lindl.) Schltr. é uma espécie epífita que habita na beira de rios, formando vigorosas colônias de plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da concentração salina e da temperatura na conservação in vitro de E. dichroma. Para isto, o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x2, sendo quatro concentrações de sais do meio MS (25, 50, 75 e 100%), e duas temperaturas (18 e 25ºC). O experimento foi realizado com seis repetições, sendo cada parcela representada por cinco tubos contendo uma plântula. Aos 180 dias foi avaliada a sobrevivência (%), presença de raiz (%), coloração e altura das plantas, as médias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e regressão polinomial para concentração de sais. Aos 180 dias de conservação, as plântulas apresentaram uma média de 85% de sobrevivência, cuja tendência foi de redução à medida que a concentração dos sais do MS foi aumentando. Nestas mesmas condições, 98% das plântulas induziram raízes. Para a coloração das folhas quando utilizado 25 e 50% dos sais, as plantas apresentavam coloração verde intenso na temperatura de 25ºC. Quanto à altura das plantas, foi observado que quando utilizado 25% dos sais e temperatura de 18ºC, esta permaneceu igual à altura inicial. Portanto, plantas de E. dichroma podem ser conservadas pelo período mínimo de 180 dias à 18ºC, utilizando-se 25% dos sais do meio MS. Palavras-chave: Crescimento lento, Sais do MS, Temperatura Créditos de financiamentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG 1 Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil. 2 Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 3 Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 4 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 5 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional182 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. MODIFICAÇÕES ESTOMÁTICAS DE Miconia sellowiana (DC.) (Melastomataceae) EM DIFERENTES ALTITUDES EM MINAS GERAIS Naudin Juliana Costa Bueno SANTOS1*, Katiúscia Freire de SOUZA2, Patrícia Vieira POMPEU3, Marco Aurélio Leite FONTES4, Evaristo Mauro de CASTRO5 Família Melastomataceae compreende aproximadamente 4000 espécies, distribuídas principalmente nas regiões tropicais. No Brasil, ocorre na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Muitas espécies são usadas na ornamentação de ruas, parques e praças públicas, por serem plantas com flores atrativas, tolerantes a luminosidade direta. Miconia sellowiana (DC) Naudin é uma planta pioneira, heliófita facultativa, que ocorre geralmente em altitudes de 1000 a 2000 m, e raramente ao nivel do mar. O objetivo deste trabalho foi avaliar modificações nas características estomáticas nas folhas de Miconia sellowiana no Complexo da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais. Foram coletadas cinco folhas completamente expandidas de indivíduos de M. sellowiana presentes em três altitudes distintas: 1500 metros, 1700 metros e 1900 metros acima do nível do mar. Estas foram fixadas e feitas seções paradérmicas conforme técnicas usuais em Anatomia Vegetal. As lâminas foram fotografadas em microscópio óptico acoplado à câmera digital e analisadas no software UTHSCSA-Imagetool. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três tratamentos e cinco repetições, sendo avaliados cinco campos por repetição. Em M. sellowiana os estômatos são do tipo paracítico. A altitude promoveu uma redução na densidade estomática, onde as maiores médias foram encontradas em 1500 metros (1079 estômatos.mm2) com índice estomático de 19%, sendo que em 1900 metros esta média de densidade foi de cerca de 789 estômatos.mm2, com 11% de índice estomático. Ocorreu também um aumento nos diâmetros polar e equatorial dos estômatos, com a elevação da altitude demonstrando, portanto, um aumento no tamanho dos estômatos. Palavras-chave: Altitude, Anatomia ecológica, Estômatos. Créditos de financiamento: CNPq, CAPES , FAPEMIG pelo apoio financeiro. 1 Doutoranda, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *Contato: [email protected] 2 Mestranda, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 3 Doutoranda, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências Florestais, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 4 Professor, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciências Florestais, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 5 Professor, Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional183 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ASPECTOS NUTRICIONAIS E MICORRÍZICOS DO CAMUCAMUZEIRO (Myrciaria dubia(H.B.K.) McVaugh) EM UM LATOSSOLO DA AMAZÔNIA CENTRAL Thana ESASHIKA1*, Luiz Antonio de OLIVEIRA2 e Francisco Wesen MOREIRA3 A baixa fertilidade da maioria dos solos amazônicos aliada à falta de recursos da maioria dos pequenos agricultores da região influem diretamente no desenvolvimento e na sustentabilidade da agricultura regional. Para isso, uma das estratégias é maximizar o uso de microrganismos benéficos do solo, como os fungos micorrízicos arbusculares (FMA), os quais são capazes de aumentar o sítio de absorção de água e nutrientes pelas plantas hospedeiras. Desse modo, informações sobre a microbiologia do solo e a resposta do camucamuzeiro a diferentes tratamentos de adubação podem contribuir para incrementar a produção dessa frutífera de grande potencial para a agricultura amazônica. Foram avaliados os efeitos da adubação na nutrição e na colonização por FMA do camucamuzeiro cultivados em um latossolo amarelo localizado na Comunidade Rural do Brasileirinho, periferia de Manaus. Em condições de campo, avaliou-se os teores foliares dos macro e micronutrientes, as taxas de colonização micorrízica e o número de esporos na rizosfera em três épocas de coleta. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados em esquema de parcela subdividida 3 x 10, onde, no camucamuzeiro, as parcelas representaram três épocas de coleta e dez tratamentos consistidos de adubação química, orgânica e foliar. Houve variações nos teores foliares dos camucamuzeiros nos diferentes tratamentos, com exceção dos teores do N e Mn. As plantas que receberam adubação orgânica apresentaram as maiores médias de Ca, Mg, P e K. Os micronutrientes Fe, Mn e Zn foram favorecidos pela aplicação de adubo foliar, exceto os teores de Mn, que não apresentaram variações significativas. Nos camucamuzeiros, o tratamento com adubação orgânica foi o mais adequado, pois proporcionou os maiores teores de Ca, Mg e K. Para os nutrientes P, Fe, Zn e Mn, os tratamentos com adubo foliar mostraram-se eficientes. Com isso, pode-se concluir que não houve um benefício eficaz da simbiose planta-fungo. Em ambas as culturas, a adubação e a alta concentração de fósforo no solo podem ter influenciado, de forma negativa, na colonização das raízes pelos fungos. Além disso, a adubação orgânica, em geral, proporcionou os melhores resultados para os macronutrientes e a adubação foliar para os micronutrientes. Palavras-chaves: Frutíferas Amazônicas, Adubação Foliar, Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA). 1 Doutoranda, Universidade Federal do Amazonas, [email protected]; (2) Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 478, 69011-970, Manaus, Amazonas, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e UEA [email protected]; (3) Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 478, Manaus, AM, CEP 69011-970 [email protected] ; Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional184 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. IDENTIFICAÇÃO DE TERPENOS DE X. aromatica ( Lam.) Mart. (Annonaceae) Andréia Nascimento da CONCEIÇÃO1*, Priscilla Rarimmy Lopes PEREIRA1, Ramoni Mafra de LIMA1, Dayse Pereira SANT’ANA1, Thaylanna Cavalcante CORREIA1, Habdel Nasser Rocha da COSTA2, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3 Xylopia aromatica (Lam.) Mart. é uma espécie conhecida popularmente como “pimenta de macaco”, pertencente ao gênero Xylopia e a Família Annonaceae. A espécie é uma árvore nativa de savana e de fácil reconhecimento, com altura que varia de 2 a 8 metros, possui vários constituintes químicos, incluindo óleos essenciais, alcaloides, flavonoides e ácidos graxos insaturados, no entanto, poucos são os estudos realizados até o momento sobre a classe terpênica. O objetivo deste trabalho é indentificar os terpenos desta espécie. O material botânico foi coletado no Campo Experimental Água Boa (Embrapa/ Roraima). Foram realizados Cromatografia Clássica em coluna de sílica gel em diferentes solventes e Cromatografia em camada delgada comparativa, para o monitoramento e isolamento dos constituintes químicos do extrato hexânico das partes aéreas de X. aromatica (Lam.) Mart. As frações obtidas da Cromatografia Clássica foram analisadas pelo Cromatógrafo Gasoso acoplado ao Espectrômetro de Massa para a obtenção dos terpenoides. Assim, com a investigação fitoquímica desta espécie pôde-se obter cinco tipos de terpenoides, sendo estas as seguintes substâncias: óxido de cariofileno, espatulenol, 1β,6α-diidroxi-4(15)-eudesmeno, 19Di-turolosol e 9,12-O-ctadecadien-1-ol. A substância do tipo diterpeno 19-Di turolosol é inédita, bem como o composto volátil 9,12- Octadecadien-1-ol para a espécie X. aromatica em área de savana no estado de Roraima. Portanto, a identificação destas substâncias contribui para o conhecimento da fitoquímica dos compostos secundários potencializado por planta ocorrente em área de savana do estado de Roraima. Palavras-chave: Terpenoides, Fitoquímica, Pimenta- de- macaco. Fomento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Roraima. 1 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana, Laboratório de Substâncias Bioativas, Sala 215, CEP: 69304-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Prof. Dr. Associado ao Departamento de Química da Universidade Federal de Roraima, colaborador. 3 Profa. Dra. Associada ao Centro de Estudos da Biodiversidade da Universidade Federal de Roraima, orientadora. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional185 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INDIVIDUAL SIZE VARIATION OF Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucariaceae) IN FIELD AND FOREST Willian VIEIRA1*, Giovani Festa PALUDO1, Roberta Inácia DUARTE1,2, Adelar MANTOVANI3, Maurício Sedrez dos REIS1,2 Temporal variation in diameter at breast height (dbh) and height for Araucaria angustifolia in natural forests is poorly understood when considering all developmental stages, but especially in the case of small individuals or regeneration. Thus, the aim of this work was to describe the annual variation in individual’s size in two natural populations of A. angustifolia over time, as well as to verify that individuals senescence is related to annual variation in size based on annual rates of change in observed size, and verify how long it takes for an individual to reach 1.5 m in height. We monitored the changes in individual’s size in two populations. The first site was located in a field landscape and measured during 2 years. The second site was located in a forest landscape measured during 5 years. From the measurements, a median rate of variation in size was established using a regression calculated for each individual. Regressions were established between height and time for individuals with a height ≤ 1.5 m, and with dbh and time for those with a height > 1.5 m. As a result the rate of change in median dbh was 0.36 cm.year-1 in the field location and 0.14 cm.year-1 in the forest location. As for the small individuals in the forest location the median annual change in height was 0.04 m.year-1 and the field location was 0.02 m.year-1. Individuals who died during the survey had lower rates of change in size when compared to individuals who did not die. Based on growth rates, a newly germinated individual in the field location may take up to 19.4 years on average to reach 1.5 m in height and up to 30.0 years in the forest location. Therefore, the annual variation in size can provide indications on the fate of individuals and although the small individuals in the field have lower rates of change in height they reach 1.5 m in height before the forest due to higher rates of growth in greater developmental stages. This result indicates that between the two studied sites, small individuals in the field location have greater potential to reach adulthood. These are characteristics not previously studied in detail for the behavior of A. angustifolia, a critically endangered species, and these results have implications both for conservation and management in both types of environments. Keywords: Brazilian-pine, Development, Growth, Araucaria Forest. Acknowledgments: CNPq, CAPES and FAPESC for providing scholarships and financing. 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Fitotecnia, Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais, caixa postal 476, CEP: 88034-001, Florianópolis-SC, Brasil. 2: Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Fitotecnia, Programa de Pósgraduação em Recursos Genéticos Vegetais, caixa postal 476, CEP: 88034-001, Florianópolis-SC, Brasil. 3: Universidade do Estado de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa Uso e Conservação de Recursos Florestais, CEP: 88520-000, Lages-SC, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional186 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ASPECTOS NUTRICIONAIS E MICORRÍZICOS DA ACEROLEIRA (Malphigia punicifolia L.) EM UM LATOSSOLO DA AMAZÔNIA CENTRAL Thana ESASHIKA1, Luiz Antonio de OLIVEIRA2 e Francisco Wesen MOREIRA3 Nos solos de baixa fertilidade da terra firme da Amazônia, a deficiência de nutrientes limita a produtividade das plantas, afetando economicamente os produtores rurais regionais. Uma das espécies cultivada por esses produtores é a aceroleira. Para isso, uma das estratégias é maximizar o uso de microrganismos benéficos do solo, como os fungos micorrízicos arbusculares (FMA), os quais são capazes de aumentar o sítio de absorção de água e nutrientes pelas plantas hospedeiras. Assim, informações sobre a microbiologia do solo e a resposta da aceroleira a diferentes tratamentos de adubação podem contribuir para incrementar a produção dessa frutífera. Foram avaliados o efeito da adubação na nutrição e a colonização por FMA da aceroleira cultivados em latossolo amarelo localizado na Comunidade Rural do Brasileirinho, periferia de Manaus. Avaliou-se os teores foliares dos macro e micronutrientes, as taxas de colonização micorrízica e o número de esporos na rizosfera em três épocas de coleta. Utilizou-se esquema experimental em subparcelas 3 x 9. Houve variações significativas nos teores foliares das aceroleiras nos diferentes tratamentos. As plantas que receberam adubação química apresentaram os maiores teores de Ca, Mg, K, P e N. As plantas que receberam adubação foliar apresentaram os maiores teores de Fe, Mn e Zn. Esse fato comprova o favorecimento na absorção dos micronutrientes através da maior eficácia do adubo foliar. Os tratamentos com adubação química ou orgânica proporcionaram os maiores teores de Ca, Mg, K, P e N. A utilização do adubo orgânico é mais econômica por ser um insumo barato e viável para o pequeno agricultor. O adubo foliar se mostrou efetivo para os micronutrientes, comprovando ser uma alternativa rápida, econômica e de fácil aplicação. A associação radicular com fungos micorrízicos mostrou correlações positivas com os teores foliares de alguns nutrientes, porém, a taxa de correlação apresentou-se muito baixa. A adubação orgânica, em geral, proporcionou os melhores resultados para os macronutrientes e a adubação foliar para os micronutrientes. Palavras-chaves: Frutíferas Amazônicas, Nutrição de Plantas, Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA). Financiado com recurso do CNPq 1 Doutoranda, Universidade Federal do Amazonas, [email protected]; (2) Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 2223, CEP 69080971, Manaus, Amazonas, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e UEA [email protected]; (3) Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA C.Postal 2223, Manaus, AM, CEP 69080-971 [email protected] ; Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional187 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO DA COMERCIALIZAÇÃO DO TUCUMÃ (Astrocaryum aculeatum G. Mey.) EM FEIRAS DE MANAUS, AM. Adriano Amir DIDONET1*; Isolde Dorothea Kossmann FERRAZ2; Rosemar ANTONIASSI3; Adelia Ferreira de FARIA-MACHADO4 Um importante mercado se estabeleceu em torno do tucumã (Astrocaryum aculeatum G. Mey) na Amazônia Central. A polpa dos frutos desta palmeira é muito apreciada em Manaus, sendo utilizada, entre outras receitas, como recheio do sanduíche popular “x-caboquinho”. Após a retirada da polpa, as demais partes dos frutos são descartadas, gerando um elevado custo de oportunidade. Esse estudo teve como objetivo realizar o diagnóstico quantitativo e qualitativo do resíduo produzido pela comercialização do tucumã em feiras e mercados de Manaus, durante 12 meses. A quantidade de polpa aproveitável e as partes atualmente descartadas foram determinadas gravimetricamente de frutos de 11 procedências além da determinação do teor de óleo das sementes segundo os métodos oficiais da AOCS (2009). Entre maio de 2011 e abril de 2012 estimou-se a quantidade de resíduo gerado, a sazonalidade da produção e a acessibilidade desse resíduo, por questionários mensais aplicados aos comerciantes nesses locais. Somente 12% da massa seca dos frutos foram aproveitados. As demais partes foram descartadas. O resíduo foi composto principalmente (70%) pelo pirênio (caroço), que por sua vez é constituído pelo endocarpo lenhoso e muito resistente (61%) e a semente oleaginosa (39%). Em um ano foram produzidas um total de 286 toneladas de resíduo, com média mensal de 22,5 (±5,5) toneladas. A sazonalidade da oferta dos frutos reduziu somente durante o mês de outubro a quantidade de resíduo gerado nas feiras. O teor de óleo das sementes foi de 36,1(±5,4)% em base úmida. Desta forma foram descartadas no ano avaliado aproximadamente 34,1 toneladas de óleo de tucumã com média mensal de 2,7 toneladas. Mais da metade (53%) do resíduo apresentou descarte acumulado e de fácil acesso nas feiras, classificado como resíduo de limpeza urbana. A quantidade mensal do resíduo de tucumã produzido nas feiras de Manaus, seu valor como insumo e a facilidade de acesso indicam a possibilidade de um aproveitamento diferenciado com ganho econômico, social e ambiental para a cadeia produtiva do tucumã. PALAVRAS-CHAVE: Óleo vegetal, Palmeira, Amazônia, Resíduo sólido. Créditos de financiamento: CNPq, CAPES. 1 Bolsista/Projeto REDEBIO do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus-AM, Brasil. 2 Dra. Pesquisadora do INPA/CBIO, Cx. Postal 2223, CEP 69080-971, Manaus-AM, Brasil. 3 Dra. Pesquisadora da Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de Tecnologia Agroindustrial de Alimentos, Laboratório de Óleos Vegetais, CEP 23020470, Rio de Janeiro-RJ, Brasil. 4 Dra. Pesquisadora da Embrapa/Centro Nacional de Pesquisa de Tecnologia Agroindustrial de Alimentos, Laboratório de Oleos Vegetais, CEP 23020470, Rio de Janeiro-RJ, Brasil. * Autor para correspondência: [email protected]. * Os resultados fazem parte da dissertação de mestrado do primeiro autor no INPA-PPGCFT. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional188 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTUDO FÍSICO – QUÍMICO DOS ÓLEOS DE ANDIROBA (Carapa guianensis Aublet.) COMERCIALIZADOS EM BOA VISTA – RR. Andréia Cordovil da SILVA1, Luiz Antônio Mendonça Alves da COSTA1, Lucianne Braga Oliveira VILARINHO1* Boa Vista, capital do Estado de Roraima, possui uma vegetação de savana, com fisionomia de cerrado, onde encontramos a espécie oleaginosa Carapa guianensis Aublet., uma árvore amazônica, típica de várzeas e ilhas, pertencente à família botânica Meliaceae. O óleo obtido das amêndoas possui propriedades antiinflamatórias, cicatrizantes, antisséptica, regeneradora, hidratante, antiparasítica, emoliente, inseticida, protetora solar, e pode ser usado para iluminação, adubação, combustível e na indústria farmacêutica homeopática, contra a diabetes e o reumatismo. Este trabalho caracterizou os óleos de andiroba comercializados na cidade de Boa Vista, por meio de análises físico-químicas: índice de saponificação, umidade, acidez e variações graxas, pelo método de cromatografia gasosa associada a espectrometria de massas (CG – EM). Das nove amostras avaliadas para o índice de acidez (IA) de óleos comestíveis, apenas três amostras ficaram acima dos 2% permitidos para IA de óleos vegetais no Brasil; quanto ao índice de umidade todas as amostras apresentaram valores abaixo de 1%, compatível com o padrão utilizado para a produção de biodiesel. Os valores de índice de saponificação (IS) foi em média de 162 a 178 mg KOH.g-1 de óleo, inferior ao padrão brasileiro de IS para óleos comestíveis, o que nos permite considerar que o óleo de andiroba não possui fins alimentícios. As análises cromatográficas revelaram variações de picos dos constituintes característicos do óleo de andiroba, com predominância dos ácidos oléico e palmítico. Porém duas amostras apresentaram discrepância quanto às proporções dos constituintes, sendo semelhantes aos picos cromatográficos característico dos óleos de soja e milho, o que nos sugere adulterações. Os resultados apresentados corroboram para a criação de parâmetros seguros, especificamente para o óleo de andiroba no Brasil, pois o mesmo é utilizado popularmente por comunidades tradicionais na produção de remédios e outros fins. Palavras - chave: Plantas medicinais; óleo de andiroba; comercialização. 1: Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional189 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE QUIABO-DE-METRO (Trichosanthes cucumerina L.) (Cucurbitaceae) EM DIFERENTES TEMPERATURAS Lorena de Souza SILVA1*, Daniel Felipe de Oliveira GENTIL1 As hortaliças representam um componente essencial na alimentação humana, constituindo-se na principal fonte de vitaminas e sais minerais, podendo contribuir decisivamente para amenizar o desequilíbrio nutricional das populações. Uma espécie que concorre positivamente para o atendimento dessas necessidades é a Trichosanthes cucumerina, uma espécie pertencente à família das Cucurbitáceas, conhecida popularmente como quiabo-de-metro e considerada uma hortaliça tradicional. O fruto de T. cucumerina produz em média 30 a 35 sementes. No entanto, a espécie parece ter problemas quanto à germinação. A germinação é influenciada por fatores ambientais, como temperatura, os quais podem ser otimizados, a fim de elevar a porcentagem, a velocidade e a uniformidade do processo. Diante disso, o trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes temperaturas sobre a germinação de sementes de T. cucumerina. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, em ensaio fatorial 3 (temperaturas de germinação) x 7 (lotes de sementes), com quatro repetições de 50 sementes cada. As temperaturas de germinação testadas foram 20°C, 25°C e 30°C. Foram utilizados 7 lotes da coleção do Setor de Olericultura da Universidade Federal do Amazonas. O teste de germinação foi avaliado a cada três dias, iniciando aos cinco dias e finalizando aos 14 dias após a semeadura. A porcentagem de germinação correspondeu à proporção do número de sementes que produziu plântulas classificadas como normais. No encerramento do experimento, foram computadas as plântulas anormais e as sementes não germinadas. Os dados foram expressos em porcentagens. A partir das contagens de plântulas normais, foi calculado o índice de velocidade de germinação. A análise conjunta das variáveis respostas evidenciou que a temperatura de 30°C, dentre as temperaturas testadas, foi a mais favorável a germinação de T. cucumerina. Além disso, os lotes 7 e 5 apresentaram qualidade fisiológica superior em relação aos demais, por mostrarem melhor desempenho nas três temperaturas testadas. A temperatura de 30°C favoreceu o processo germinativo das sementes de T. cucumerina, resultando em maior porcentagem e taxa de germinação das sementes da espécie. Palavras-chave: Poder germinativo, Qualidade fisiológica, Hortaliça tradicional. Financiamento de Bolsa de PIBIC: FAPEAM. 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Setor de Olericultura, Av. Gal. Rodrigo O. J. Ramos, n. 3000, Coroado I, CEP. 69077-000, Manaus, AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional190 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ASSEPSIA E REGENERAÇÃO in vitro DE SEGMENTOS NODAIS DE BREU BRANCO (Protium Spruceanum) (Benth.) Engl. Lucyanna Moura COELHO1*, Hélio Leonardo Moura BRANDÃO2, Paulo de Tarso Barbosa SAMPAIO3, Maria Teresa Gomes LOPES4 O Breu Branco é uma árvore que chega a atingir quatorze metros de altura e é uma espécie que se encontra em intenso processo de inserção no mercado de cosméticos, fitoterápicos e fitofármacos. Porém é limitado o número de pesquisas que visam estabelecer protocolos alternativos de propagação de Breu Branco. A cultura de tecidos vegetais é uma técnica promissora para a preservação de fontes vegetais e propagação comercial de plantas, reproduzidas em menor tempo, em grandes quantidades e com propriedades genéticas idênticas as do exemplar original. O objetivo deste estudo foi desenvolver um protocolo de assepsia e regeneração in vitro de segmentos nodais de Breu Branco inoculados em meio de cultura WPM (Wood Plant Meium) com diferentes concentrações de reguladores de crescimento. Protocolos de assepsia compostos por Derosal®, ampicilina e clorafenicol foram testados no estabelecimento in vitro dos explantes, após 30 dias os melhores resultados foram obtidos com a aplicação de Derosal® (5 ml.L-1) e clorafenicol (500 mg.L-1), que juntos possibilitaram o estabelecimento de 95% dos explantes. Na regeneração, os explantes já esterilizados foram submetidos a um experimento de indução de broto e raiz em meio WPM acrescido de 30 g.L-1 de sacarose e 4,2 g.L-1 de ágar, suplementado com Ácido naftaleniacético (ANA), Ácido Indolacético (AIA), Ácido Indolbutírico (AIB) e Ácido 2,4diclorofenoxiacético (2,4-D) (0,0; 1,5; 3,0 e 4,5 mg.L-1, respectivamente) em delineamento inteiramente casualizado, totalizando 13 tratamentos e 15 repetições cada. Após 90 dias os resultados mostraram que a aplicação exógena de reguladores de crescimento é fundamental para a indução da regeneração nos explantes de Breu Branco. Os meios de cultura contendo 3,0 mg.L-1 de AIA promoveram 95% de regeneração dos explantes com média de 2,06 de raízes/explante e 2,4 brotos/explante como melhores resultados. Palavras-chave: Cultura de tecidos, Reguladores de crescimento, Protocolo de assepsia. Agradecimentos: CNPq 1 Mestranda do Programa de Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal do Amazonas. Manaus-AM, Brasil; 2. Dr. em Biotecnologia pela Universidade Federal do Amazonas, Engenheiro Florestal do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Manaus-AM, Brasil; 3. Dr. em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus-AM, Brasil; 4. Dra. em Agronomia pela Universidade de São Paulo, Professora Associada da Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional191 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. REGULADORES OSMÓTICOS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE Encyclia dichroma Schltr (Lindl.) (Orchidaceae). Mariana Souza SANTOS1, Thays Saynara Alves MENEZES2, Franciane dos SANTOS3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Ana Paula do Nascimento PRATA5, Moacir PASQUAL6 Encyclia é um gênero neotropical com cerca de 240 espécies das quais 57 ocorrem em território brasileiro. E. dichroma é uma espécie epífita, nativa do Brasil e Suriname que cresce em afloramentos rochosos ou árvores à beira de rios. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito dos reguladores osmóticos sacarose, manitol e sorbitol e da temperatura na conservação in vitro de E. dichroma. O trabalho foi realizado no Laboratório de Cultura de Tecidos e Melhoramento Vegetal do Departamento de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de Sergipe. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado e o experimento composto de seis tratamentos dispostos em DIC em esquema fatorial 3x2, sendo três fontes de carbono e reguladores osmóticos (20 g.L-1 de sacarose; 10 g.L-1 de sacarose + 5 g.L-1 de manitol; 10 g.L-1 de sacarose + 5g.L-1 de sorbitol) e duas temperaturas (18 e 25ºC). O meio utilizado foi o MS com cinco repetições, sendo cada parcela representada por quatro frascos contendo quatro plântulas. Aos 90 e 180 dias foi avaliada a sobrevivência (%), presença de raiz (%), coloração e altura das plantas, as médias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Aos 90 dias, plantas conservadas a 18ºC em meio contendo sacarose e sorbitol apresentavam altura idêntica a inicial e aos 180 dias as taxas de crescimento permaneceram baixas, mantendo-se as plantas com altura próxima a inicial em todas as condições aplicadas. A média geral de sobrevivência caiu de 80,7% (90 dias) para 64,15% (180 dias). Com 90 dias de conservação, as plantas apresentavam coloração verde intenso, com pequenos sinais de senescência, processo que alcançou aproximadamente 25% de folhas mortas aos 180 dias. Sendo assim, pode-se concluir que com taxas de sobrevivência de aproximadamente 65%, é possível conservar E. dichroma por 180 dias a 25ºC em meio MS com 20g.L-1 de sacarose. Palavras-chave: Orquídea nativa, Crescimento lento, Reguladores osmóticos. Créditos de financiamentos: Capes, CNPq, FAPEMIG 1 Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, caixa postal 353, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil. 2 Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário, São Cristóvão - SE, Brasil. 3 Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 4 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 5 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 6 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional192 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO BIOGEOGRÁFICO DE OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE CAMU-CAMU NO ESTADO DE RORAIMA-RR Jaqueline Oliveira VILENA1*, Edvan Alves CHAGAS2, Maria Isabel Garcia RIBEIRO1, Bruna Santana Morais1, Jhon Klyton Benício ALVES1, Christinny Giselly Bacelar LIMA3, Ricardo Manuel Lozano BARDALES4, Maria da Conceição da Rocha ARAÚJO5. O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) é uma espécie frutífera nativa das várzeas e cursos dos rios da região amazônica, pertencente à família Myrtaceae, conhecido também como caçari ou araçá d'água, dependendo da região. De ocorrência no Peru, Brasil, Venezuela e Colômbia, mas especialmente abundante na Amazônia peruana. Esta espécie possui alto potencial econômico pelo elevado conteúdo de vitamina C encontrado em seu fruto além de altos níveis de cálcio e outros minerais de importância bioquímica. O estado de Roraima não se diferencia das outras regiões amazônicas, sendo que são encontradas as margens de seus rios e lagos uma riqueza de populações dessa fruteira. Contudo, é difícil se obter informações catalogadas e registradas na literatura a respeito da ocorrência e distribuição geográfica dessa fruteira no Estado. Visto que esses fatores são de suma importância para o direcionamento de outras atividades que visam conhecer as características fisiológicas dessa espécie, objetivou-se realizar o levantamento biogeográfico de populações de camu-camu encontradas no estado de Roraima. O trabalho foi realizado no período de 2009 a 2012, inicialmente foram feitas consultas a pesquisadores da área de biodiversidade, produtores rurais, população ribeirinhas, moradores e por componentes da colônia de pescadores a cada localidade visitada em seguida foram realizadas visitas aos locais para se confirmar e presença da espécie e georreferenciar a população. O acesso aos locais ocorreu de duas formas: Nas áreas alagadas, sem acesso em via terrestre, as expedições foram fluviais, com auxilio de um barco; e onde o acesso terrestre foi possível foram por rodovias. O georreferenciamento da população foi realizado todas as vezes que se confirmava a ocorrência da fruteira na localidade visitada. Os dados de georreferenciação foram tomados através do GPS Garmim® e processados com auxilio do software de análise espacial DIVA-GIS, versão 7.5 para a criação do mapa de localização das populações de camu-camu em Roraima.O levantamento biogeográfico confirmou a grande ocorrência de camu-camu e facilitará futuros estudos sobre a espécie no estado de Roraima. Palavras-chave: Amazônia, Myrciaria dubia, Fruteira Nativa, Georreferenciamento. Auxílio Financeiro: CNPq, CAPES e UFRR 1 Acadêmico do Curso de Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, Campus do Cauamé/ UFRR. Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UFRR) e estagiário Embrapa Roraima. 2 Engº. Agrônomo, D.Sc., Prof. do POSAGRO (CCA/UFRR) e Pesquisador da Embrapa Roraima,. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq. 3 Pesquisadora da Embrapa-RR, Programa de Pós-Doutoramento (CAPES/PNPD). 4 Estudante do curso de mestrado da UFRR.Email: [email protected] 5 Doutoranda do do Curso de Biodiversidade e Biotecnologia UFRR/Embrapa. * Autora para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional193 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. VESPAS DA FAMÍLIA AGAONIDAE (HYMENOPTERA: CHALCIDOIDEA) ASSOCIADAS A CINCO ESPÉCIES DO GÊNERO Ficus L. (MORACEAE) NA ÁREA URBANA DE MANAUS/AM. Raquel Ribeiro de Souza CASTRO1*; Alinne Costa Cavalcante REZENDE1; Otilene Santos MATTOS2 O gênero Ficus L. (Moraceae) interage em diferentes níveis com diversos grupos de organismos e estabelece relações de competição, predação e mutualismo. Na relação mutualística, vespas específicas da família Agaonidae promovem a polinização das flores, enquanto outras vespas podem afetar negativamente a produção de frutos e o número de vespas dispersoras de pólen. O presente trabalho teve como objetivo verificar a diversidade de insetos associados a duas espécies do gênero Ficus, e avaliar a especificidade existente entre vespas e seus hospedeiros na área urbana de Manaus/AM. Nos 300 sicônios que foram coletados de duas espécies de Ficus foi identificado um total de 40 morfo-espécies de vespasde-figo pertencentes a nove gêneros, sendo dois de polinizadores e sete de não-polinizadores. As morfo-espécies de vespas-de-figo amostradas nesse trabalho foram identificadas por caracteres morfológicos de visualização simples. As espécies de Pegoscapus foram as mais difíceis de identificar, pois os caracteres de diferenciação como: sensilas, formato da cabeça e comprimento do ovipositor são difíceis de visualizar. Foram observadas de 3 a 30 espécies de vespas nas duas espécies de figueiras estudadas ( F. citrifolia e F. mathewsii). Foi verificado a especificidade das espécies de vespas-de-figo quanto a seus hospedeiros os gêneros Idarnes, Aepocerus, Eurytoma Anidarnes e Physothorax foram observados em todos os hospedeiros da seção Americana. O gênero Idarnes foi o que apresentou o maior número de morfoespécies na espécie de F. citrifolia. Na espécie de Ficus mathewsii o gênero com maior número de morfo-espécies foi o gênero Aepocerus com também sete morfo-espécies. As duas espécie de figueiras tiveram o mesmo número de gêneros associados a seus sicônios um total de sete. O resultado desse trabalho pode auxiliar no entendimento da diversidade e distribuição de insetos associados à sicônios de figueiras na região do Novo Mundo. Também será útil para novos estudos ecológicos referentes a essa comunidade de vespas associadas aos hospedeiros da área urbana de Manaus/Am. Palavras-chave: Interação mutualística, Diversidade, Especificidade 1 Alunas de mestrado acadêmico do curso de Biologia Urbana da Universidade Nilton Lins – UNINILTONLINS 2Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Av. Professor Nilton Lins,3259 –Parque das laranjeiras Manaus-Am 92 3643- 2022 www.uniniltonlins.com.br *autor para correspondencia: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional194 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ASPECTOS FÍSICOS DE SEMENTES DE Jatropha gossypiifolia L. e Jatropha podagrica Hook.(Euphorbiaceae), BOA VISTA-RR. Sammy Aquino PEREIRA1*; Cylles Zara dos Reis BARBOSA2; Célia Regina Simonetti BARBALHO3; Maria Silvia de MENDONÇA4 RESUMO: As espécies Jatropha gossypiifolia L. e Jatropha podagrica Hook. destacam-se pelo seu uso terapêutico e ornamental, mas com poucas pesquisas sobre as características físicas de sua unidade de dispersão. Os aspectos físicos de sementes são utilizados para identificar e diferenciar espécies do mesmo gênero, bem como avaliar características importantes para a germinação, comercialização e armazenamento. O estudo foi realizado com objetivo de avaliar os aspectos físicos das sementes de J. gossypiifolia e J. podagrica ocorrentes em área urbana no Município de Boa Vista, Roraima. Foram coletadas sementes de 10 indivíduos, na época de deiscência do fruto, no período de julho a dezembro de 2011. Foram avaliadas 100 sementes, para cada espécie, quanto aos aspectos de comprimento, largura e espessura com auxílio de paquímetro digital (precisão de 0,1 mm) e peso; grau de umidade, peso de mil sementes e número de sementes por quilo. O comprimento, largura, espessura e peso das sementes para J. gossypiifolia variou de 6,43 a 8,55 mm, 3,97 a 5,03 mm, 2,66 a 3,67 mm e 0,013 a 0,077 g, respectivamente. O grau de umidade, o peso de mil sementes e nº de sementes por quilo para esta espécie foi 9,8%, 64,06g e 15.611 sementes/kg, respectivamente. Para J. podagrica o comprimento, largura, espessura e peso das sementes variou de 9,71 a 12,47 mm, 5,23 a 6,58 mm, 3,03 a 4,96 mm e 0,020 a 0,181 g, respectivamente. O grau de umidade, o peso de mil sementes e nº de sementes por quilo para esta espécie foi 7,5%, 148,5g, 6.734 sementes/kg, respectivamente. A frequência para os parâmetros de comprimento, largura, espessura e peso apresentaram pequenas variações apenas no comprimento e no peso para cada espécie. Foi observado que J. gossypiifolia e J. podagrica apresentam características físicas bem distintas uma da outra, sendo possível utilizar estes aspectos para identificar as espécies dentro do gênero Jatropha. Palavras-chave: Pião roxo, Batata do inferno, Jatrofa, Biometria. 1 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas-UFAM, Av Gov. Danilo de Matos Areosa, 690 - Distrito Industrial, CEP: 69075-351, Manaus- AM, Brasil 2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical, Universidade Federal do Amazonas-UFAM, Manaus- AM, Brasil 3 Co-orientadora, Professora do Instituto de Ciências Humanas e Letras, da Universidade Federal do Amazonas-UFAM, Manaus- AM, Brasil 4 Orientadora, Professora Titular da Faculdade de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Amazonas-UFAM, Manaus- AM, Brasil *autor para correspondência:[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional195 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. VARIAÇÃO FENOTÍPICA EM FRUTOS DE VARIEDADES LOCAIS DE ABÓBORA Cucurbita moschata Duchesne (Cucurbitaceae) Lúcia Helena Pinheiro MARTINS1*, Hiroshi NODA2, Maria Teresa Gomes LOPES3, Ayrton Luiz Urizzi MARTINS3, Sandra do Nascimento NODA3, Antonia Ivanilce Castro da SILVA4 Na agricultura familiar no estado do Amazonas, a abóbora/jerimum Cucurbita moschata Duchesne é uma hortaliça-fruto importante na alimentação regional devido sua composição em vitaminas e sais minerais, em especial vitaminas A e C. Esta espécie apresenta uma ampla variação morfológica de seus frutos. Os agricultores realizam a própria seleção de plantas e frutos com a finalidade de coleta de sementes para o cultivo do ano seguinte. Com o objetivo de caracterizar a variabilidade morfológica de frutos foram coletadas amostras estratificadas em cinco áreas de produção nos municípios de Benjamin Constant e Iranduba, Amazonas. A caracterização das procedências foi estimada por meio dos dados obtidos em sete frutos/procedência, totalizando 56 frutos. Empregou-se a lista de descritores para caracteres quali-quantitativos adotados para espécies do gênero Cucurbita. As características utilizadas foram: forma do fruto; saliência do fruto; textura da casca; comprimento longitudinal do fruto; comprimento transversal; peso do fruto; espessura da polpa; diâmetro da cavidade interna; e sólidos solúveis totais. A forma do fruto foi classificada como as mais frequentes os tipos alongado, globular, mas com ocorrência do elíptico, bloco, cordiforme e achatado. Frutos apresentando saliências (costelas) ou não, leves ou acentuadas, em número de 5 a 13 e textura do epicarpo lisa, levemente a rugosa. Os frutos foram divididos em Tipo Caboclo e de Leite. Quanto ao peso do fruto, a subamostra Iranduba/Abóbora Caboclo Pequeno apresentou o menor valor médio 1,36 kg e a subamostra Iranduba/Abóbora de Leite Grande, o maior valor médio de 7,54 kg. A subamostra Novo Lugar/Caboclo apresentou o menor valor médio para a espessura da polpa 2,2 cm e Iranduba/Abóbora de Leite 5,0 cm, o maior valor médio. Os valores médios para sólidos solúveis totais foram 4,6o Brix para a subamostra Iranduba/Abóbora Caboclo e o maior valor médio para o tipo São Luiz/Caboclo 8,1º Brix. A variação morfológica encontrada para frutos de Abóbora pode indicar uma seleção continuada pelos agricultores familiares resultando em variedades locais melhor adaptadas às condições ambientais de cultivo, além de representarem importante fonte de variabilidade genética. Palavras-chave: Recursos Genéticos, Agricultura Familiar, Botânica Aplicada Financiamento: Capes/Bolsa de Doutorado 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical. Av. Gal. Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I, CEP:69077-000. 2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Manaus, Amazonas. 3. Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Manaus, Amazonas. 4: Universidade Federal do Amazonas, Instituto Natureza e Cultura. Benjamin Constant, Amazonas. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional196 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA Mac Wesley de Menezes FERREIRA1*, Rita de Cássia Pompeu de SOUSA2 , Linaura Mendes Sousa1 ,Oscar José SMIDERLE2 , Edvan Alves CHAGAS2, Christinny Giselly BACELAR –LIMA2 A fruta camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth.) McVaugh, Myrtaceae) é mundialmente conhecida por seu elevado teor de vitamina C (2780 mg/100 g de polpa) e antocianinas. Devido a este potencial nutricional, o interesse no cultivo dessa espécie vem aumentando acentuadamente nos tempos atuais. Estudos para desenvolver a cultura de forma sustentável fora do seu ambiente natural vêm sendo realizados no Estado de Roraima. Levando-se em consideração que todo e qualquer vegetal é formado, fundamentalmente, por substâncias orgânicas e com intuito de aproveitar os resíduos gerados em laboratório após a seleção e avaliação da qualidade de sementes de frutos de camu-camuzeiro de experimentos com a domesticação da espécie, objetivou-se neste trabalho realizar caracterização física e química de amostras das sementes que seriam descartadas. No laboratório de resíduos da Embrapa Roraima foi realizado o processamento (moagem) e análise (teor de água, sólidos totais solúveis, pH e índice de acidez) em triplicata dessas sementes, com duas amostras, denominadas A e B, seguindo-se normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Os resultados mostraram que o teor de água nas amostras A e B apresentaram média de 5,67 % e 5,45 %, respectivamente, com percentuais de Sólidos Totais Solúveis de 94,33% em A e 94,5 % em B, não havendo diferença significativa entre as amostras. Já os valores obtidos para o pH das amostras A (7,60) e B (6,75) mostraram-se significativamente diferentes. O índice médio de acidez encontrado foi de 0,02g/100g de ácido cítrico. Assim, conclui-se que é possível o aproveitamento dos resíduos gerados na avaliação da qualidade de sementes. Embora que em pequenas quantidade, a gestão e manejo dos resíduos gerados em laboratório como um coproduto constituem fontes para o desenvolvimento de novas tecnologias com possibilidade de uso na agricultura de pequeno porte. Palavras-chave: Caçarí, Tegumento, Laboratório, recursos naturais Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR 1 1 Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA, Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR, Brasil. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura, BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional197 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. UTILIZAÇÃO DE BENZILAMINOPURINA E ÁCIDO NAFTALENACÉTICO NA MULTIPLICAÇÃO DE ABACAXIZEIRO ORNAMENTAL Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Deyse Cristina Oliveira da SILVA1, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2 O mercado consumidor de plantas e flores ornamentais tanto no Brasil quanto no exterior, e principalmente das espécies tropicais, vem crescendo e se diversificando a cada ano. As variedades de abacaxizeiro ornamentais comercializadas são atrativas por serem rústicas de beleza notavelmente exótica para muitos países. A propagação normalmente utilizada ocorre pela retirada de partes diferentes da própria planta em campo. A micropropagação apresenta vantagens para produção de mudas de varias espécies em relação aos métodos convencionais, possibilitando a multiplicação em grande escala e menor tempo de produção de mudas em pequeno espaço físico. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de benzilaminopurina (BAP) e ácido naftalenacético (ANA) na multiplicação in vitro do abacaxizeiro ornamental. Os explantes utilizados foram provenientes de três subcultivos em meio MS líquido. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 3, composto por três concentrações de BAP (0; 0,25 e 0,5 mg L-1) e três concentrações de ANA (0; 0,12 e 0,26 mg L-1) e 9 repetições. As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, as variáveis avaliadas foram: número médio de brotações e massa fresca das brotações. Os dados foram previamente transformados em (√X+1) e submetidos a analise de variância com regressão polinomial, adotando-se o nível de 1% de probabilidade. A interação BAP x ANA apresentou efeito significativo para número de brotações e massa das brotações. A combinação de 0,25 mg L-1 de BAP + 0,12 mg L-1 de ANA proporcionou os maiores números de brotações (8,9) e maior massa fresca (4,8) obtidos. As combinações de 0,25 mg L-1 de BAP + 0 mg L-1 de ANA e 0,5 mg L-1 de BAP + 0,26 mg L-1 de ANA não diferiram significativamente do tratamento sem adição de reguladores de crescimento e apresentaram os menores valores tanto para número de brotações (2,1 e 2,8) quanto para massa fresca das brotações (1,3 e 1,9 g). Com base nos dados obtidos, conclui-se que a multiplicação de abacaxizeiro ornamental in vitro é viável com a suplementação no meio de cultura líquido de 0,25 mg L-1 de BAP + 0,12 mg L-1 de ANA. Palavras-chave: Ananas comosus var bracteatus, cultura de tecidos, fitorreguladores. Crédito de Financiamento: CNPq, CAPES, UFRR e EMBRAPA-RR 1 Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa VistaRR, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional198 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. UTILIZAÇÃO DA SINCRONIZAÇÃO, INCERTEZA, TEMPO, HOMOGENEIDADE E VELOCIDADE DE GERMINAÇÃO EM SEMENTES DE TOMATE OSMOCONDICIONADAS Túlio Silva LARA1, Jean Marcel Sousa LIRA1, Amauri Alves de ALVARENGA1 O osmocondicionamento de sementes de tomate é uma técnica bastante utilizada e difundida entre as companhias comercializadoras de sementes. Para avaliar o desempenho destas sementes as variáveis mais utilizadas são a porcentagem de germinação (G%), índice de velocidade de germinação (IVG) e métodos que avaliem vigor das sementes. Neste trabalho buscamos avaliar as sementes de tomate osmocondicionadas com as variáveis: tempo médio de germinação (t), taxa média de germinação (v), coeficiente de variação do tempo médio de germinação (Cvt), incerteza (U), sincronia (Z) e germinabilidade (G%), mesmo que porcentagem de germinação, com intuito de obtermos diferentes inferências em relação às variáveis usuais. Para isso, foram utilizadas sementes de tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) cv. Santa Clara, adquiridas através da ISLA Co. Ltd. As sementes foram osmocondicionadas em solução de polietilenoglicol (PEG 6000) em 50 mM, KNO3 (220 mM) e PEG + KNO3 em aeração contínuo, 15 ° C à luz constante durante seis dias. As sementes condicionadas foram depois lavadas duas vezes com água destilada e secas a 25 ° C até atingir umidade inicial (7,0%) para realização dos testes de germinação. Foram utilizadas cinquenta sementes por placa de Petri, totalizando quatro placas por tratamento. As placas de Petri foram umedecidas com água destilada e colocadas em germinador a 20-30 ° C e fotoperíodo de 12 horas. A germinação das sementes foi registada diariamente por 13 dias. Uma semente foi considerada germinada quando houve a protrusão da radícula. No final foram avaliadas as variáveis acima citadas. Observamos que a germinabilidade não foi afetada por nenhuma das soluções testadas (p<0,05), enquanto o tempo médio para protrusão da radícula foi reduzido nas sementes osmocondicionadas em KNO3. Para a velocidade foi observado maior rapidez também nas sementes em KNO3 e os baixos valores de U e Z indicam certa sincronização, porém demonstrando que duas sementes poderiam germinar uma de cada vez. Contudo, a utilização destas variáveis é importante para uma melhor caracterização de lotes de sementes e resposta de tratamentos frente ao processo de germinação. Palavras-chave: Lycopersicon esculentum Mill., Variáveis, Protrusão, KNO3. Créditos de Financiamento: FAPEMIG, CAPES e CNPq 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP 37200-000 Lavras - MG, Brasil. * [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional199 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TROCAS GASOSAS EM MUDAS DE Caryocar brasiliense Cambess (Caryocaceae) SOB DÉFICIT HÍDRICO E REIDRATAÇÃO Flávia Mitsuko KODAMA1; Silvana de Paula Quintão SCALON2*; Daiane Mugnol DRESCH2; Rosilda Mara MUSSURY1 O déficit hídrico pode reduzir o desenvolvimento das plantas ao desencadear respostas como o fechamento estomático com redução na taxa de fotossíntese, o que reduz a perda de água por transpiração. O pequi (Caryocar brasiliense Cambess.), espécie nativa no Cerrado é fonte de vitaminas e utilizado na culinária regional. Suas sementes também fornecem óleo que, devido às suas propriedades aromáticas, é usado na fabricação de licores. A madeira é de ótima qualidade bastante resistente e com elevado poder calorífico, usada na fabricação de carvão siderúrgico e nas construções civil, rural e naval, na fabricação de mourões e pilões, esteio de curral e produção moveleira. Devido a gama de utilização, o pequi encontra-se na lista de espécie protegida, sendo proibido o corte e comercialização de sua madeira em todo o território nacional, entretanto, resultados de pesquisa envolvendo aspectos fisiológicos do pequi são escassos. Objetivou-se na presente pesquisa avaliar as trocas gasosas das mudas sob deficiência hídrica e o potencial de recuperação após a reidratação. Foram utilizadas mudas com 20 meses de idade e as coletas dos dados foram realizadas aos 7, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 23 e 31 dias após a suspensão da irrigação e quando a taxa fotossintética alcançou valores próximos de zero, houve a retomada da irrigação. As mudas controle foram mantidas a 70% da capacidade de retenção de água. Foram avaliadas a taxa fotossintética, concentração interna de carbono, taxa transpiratória, condutância estomática, eficiência no uso da água e eficiência instantânea de carboxilação. Todas as características de trocas gasosas reduziram com a suspensão da irrigação. As mudas demoraram apenas 12 dias para que a taxa fotossintética chegasse próxima a zero, restabelecendo o equilíbrio 11 dias após a retomada da irrigação, exceto para a concentração interna de CO2 e condutância estomática. A diminuição da condutância estomática e a queda mais rápida da taxa de transpiração e da fotossíntese indicam a existência de mecanismos de aclimatação em pequi, no sentido de diminuir as perdas de água, sob condição de estresse hídrico moderado. A redução da condutância estomática e a manutenção da concentração interna de CO2 elevada até a retomada da irrigação, sugere que outros fatores atuam reduzindo a fotossíntese como por exemplo, a redução da ativação e da atividade da Rubisco carboxilase, que pode ser avaliada pela redução na eficiência instantânea de carboxilação. Palavras-chave: Cerrado, Estresse, Frutífera nativa, Pequi Créditos de financiamentos: CAPES 1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Bioprospecção, Rodovia Dourados Itahum, Km 12, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS, Brasil. 2 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional200 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TROCAS GASOSAS E FOTOSSÍNTESE EM MUDAS DE Hancornia speciosa Gomes (Apocinaceae ) SOB DÉFICIT HÍDRICO E REIDRATAÇÃO Flávia Mitsuko KODAMA1; Silvana de Paula Quintão SCALON2*; Daiane Mugnol DRESCH2; Rosilda Mara MUSSURY1 A perda do turgor nas folhas devido ao déficit hídrico, provoca o fechamento estomático gerando decréscimos na assimilação do CO2 com consequente redução da fotossíntese e no rendimento quântico do fotossistema II. Os programas de implantação, recomposição e revitalização de áreas nativas de Cerrado somente terão sucesso quando os fatores que alteram a sobrevivência e o desenvolvimento inicial das mudas forem conhecidos. A mangaba (Hancornia speciosa Gomes), espécie nativa no Cerrado, além da importância como frutífera para consumo in natura, é um fruto de boa digestibilidade e alto valor nutricional, utilizada na fabricação de refrescos, sorvetes, doces, xaropes e no preparo de vinho e vinagre. São escassas as informações sobre a ecofisiologia da produção de mudas dessa espécie. Objetivou-se avaliar neste trabalho as trocas gasosas das mudas sob deficiência hídrica e o potencial de recuperação após a reidratação. Foram utilizadas mudas com 12 meses de idade e as coletas dos dados foram realizadas aos 7, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 23, 31, 33, 35, 37, 42, 44, 46, 48 dias após a suspensão da irrigação e quando a taxa fotossintética alcançou valores próximos de zero, houve a retomada da irrigação. As mudas controle foram mantidas a 70% da capacidade de retenção de água. Foram avaliadas a taxa fotossintética, concentração interna de carbono, taxa transpiratória, condutância estomática, eficiência no uso da água e eficiência instantânea de carboxilação. Verificou-se decréscimo no potencial nas trocas gasosas quando a irrigação foi interrompida por mais de 20 dias. A diminuição da condutância estomática e a queda mais rápida da taxa de transpiração e da fotossíntese, indicam a existência de mecanismos de aclimatação em mangaba, no sentido de diminuir as perdas de água, quando sob condição de estresse hídrico moderado. Entretanto, acredita-se que a redução da ativação e da atividade da Rubisco carboxilase, avaliada pela redução na eficiência instantânea de carboxilação, possa ser a causa da redução da atividade fotossintética, uma vez que, embora a condutância estomática tenha reduzido houve manutenção da concentração interna de CO2. As mudas de H. speciosa demoraram 42 dias para que a taxa fotossintética chegasse próxima a zero e restabeleceram o equilíbrio metabólico após 5 dias da reidratação. Palavras-chave: Cerrado, Estresse, Fruta do cerrado, Mangaba. Créditos de financiamento: CAPES 1 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Bioprospecção, Rodovia Dourados Itahum, Km 12, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS, Brasil. 2 Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, caixa postal 533, CEP: 79804970, Dourados-MS, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vêlo. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional201 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. TEMPO DE EXPOSIÇÃO EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE HIPOCLORITO NA DESINFESTAÇÃO IN VITRO DE ABACAXIZEIRO ‘PÉROLA’ Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Patrícia dos Santos MENDES1, Jeysse Kelly Carvalho DE ANDRADE1, Luana dos Santos SILVA2, Wellington Farias ARAUJO2, Marcio Akira COUCEIRO2 O abacaxizeiro, originário da América do Sul, é uma planta rústica com ampla aceitação pelo mercado consumidor de seus frutos, tanto para consumo in natura, quanto para a industrialização. O Brasil possui inúmeras áreas plantadas com abacaxi, de pequenos a grandes produtores, sendo que essas áreas crescem a cada ano, e consequentemente a produtividade da cultura tem um incremento. Esse constante crescimento é devido, à incorporação de novas técnicas que ajudam a suprir, por exemplo, a necessidade da aquisição de mudas de qualidade, que por sua vez pode reduzir em 40% a incidência de pragas e doenças. A micropropagação surge como uma dessas técnicas, que tem um grande potencial para propagação de várias espécies, garantindo a fitossanidade requerida. Entretanto, a micropropagação não pode ser bem sucedida, caso não haja a desinfestação dos explantes. Objetivou-se avaliar e adequar o processo de desinfestação in vitro com hipoclorito de sódio em abacaxizeiro cv. Pérola. O delineamento adotado, para o experimento, foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 4, composto por quatro concentrações de hipoclorito de sódio (1, 2, 3 e 4 %) e quatro tempos de exposição (5, 10, 15 e 20 minutos). As avaliações foram realizadas após 45 dias de cultivo, onde foram analisadas as seguintes variáveis: porcentagem de gemas contaminadas, porcentagem de sobrevivência e estabelecimento in vitro. Os dados foram previamente transformados (√X+1) e submetidos a analise de variância com regressão polinomial, foi adotado o nível de 5% de probabilidade. A concentração 4% de hipoclorito de sódio reduziu, significativamente, a contaminação das gemas, porém apenas nos maiores tempos de imersão (15 e 20 minutos). A sobrevivência foi afetada com o aumento da concentração de hipoclorito de sódio e tempo de imersão. A concentração de 2% de NaClO em 15 minutos proporcionou as menores taxas de contaminação (16,9%) e maior sobrevivência (79,6%). Diante do exposto, conclui-se que a concentração de 2% em 15 minutos foi eficaz na desinfestação e estabelecimento de plântulas de abacaxizeiro cv. Pérola. Palavras-chave: Ananas comosus, Cultura de tecidos, Fruticultura. 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista, RR – Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional202 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. SECAGEM DE PIRÊNIOS E EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS EM MURUCIZEIRO (Byrsonima crassifolia (L.) H.B.K. - Malpighiacea). Rozane Franci de Moraes TAVARES1*, Walnice Maria Oliveira do NASCIMENTO2, Deyse Jacqueline da Paixão MALCHER¹, Nouglas Veloso Barbosa MENDES1. A unidade de propagação do murucizeiro (Byrsonima crassifólia) é o pirênio (caroço), que contém de uma a três sementes localizadas em lóculos isolados pelas paredes do endocarpo. As sementes de muruci assim que são retiradas dos frutos apresentam, normalmente, germinação baixa e com acentuada desuniformidade. Essas características de germinação são decorrentes do fato de que as sementes estão envolvidas por espesso endocarpo de consistência córnea, que oferece resistência ao crescimento do embrião. Este trabalho teve como objetivo verificar a influência da secagem dos pirênios sobre a emergência de plântulas de B. crassifólia. Foram utilizados pirênios de sete clones: Guataçara-1, Cristo, Maracanã-2, Igarpé Açu, Açu, muruci doce e São José. Os caroços devidamente limpos e desprovidos de resíduos de polpa foram acondicionados em sacos de papel tipo kraft e submetidos à secagem, durante vinte dias, em ambiente com temperatura de 25±3 °C e umidade relativa do ar de 48±5%. Esse procedimento possibilitou a redução do teor de água para níveis entre 7,8 e 11,4%. Após a secagem foram retiradas amostras para determinação da emergência de plântulas pelo teste de germinação conduzido em condição de ambiente natural de Belém (umidade relativa de 85% e temperatura média anual de 26°C), com os pirênios semeados em substrato constituído da mistura de areia com pó de serragem, na proporção volumétrica de 1:1. O número de plântulas emersas em cada parcela foi anotado diariamente, para fins de estimativa do tempo médio de germinação. Consideraram-se as seguintes características na avaliação dos tratamentos: porcentagem de emergência aos 60 dias após a semeadura e o tempo médio de germinação. Os dados foram submetidos à análise da variância, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes cada. As médias foram comparadas pelo do teste de Tukey 5% de probabilidade. O clone Açu apresentou o menor tempo médio de germinação (29,1 dias), entretanto, não houve diferença significativa entre as médias dos outros clones. Conclui-se que, a secagem dos pirênios favorece a emergência de plântulas nos clones Igarapé Açu, São José e muruci doce, com respectivamente, 73,5% e 62,5% de plântulas emersas. Palavras chave: Semente, Germinação, Vigor. 1Universidade Federal Rural da Amazônia, CEP: 66.077-901, Belém, PA, Brasil. 2 Embrapa Amazônia Oriental, Laboratório de Propagação de Plantas, caixa postal 48, CEP 66095-100, Belém, PA, Brasil. [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional203 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. RESÍDUOS DE MARACUJÁ-DO-MATO (Passiflora cincinnata Mast, Passifloraceae) UTILIZADO NA ELABORAÇÃO DE BARRAS DE CEREAIS Bruno Raphael Gomes de Sá LEITÃO1, Jaime Paiva Lopes AGUIAR1, Francisca das Chagas do Amaral SOUZA1* O maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast), da família Passifloraceae, é bastante utilizado na alimentação humana. A valorização desse fruto associado a produtos a base de cereais pode contribuir para agregar sua importância ao desenvolvimento de novas tecnologias, promovendo o reaproveitamento dos resíduos para minimizar o desperdício e o não aproveitamento das partes não consumíveis, para a elaboração de novos produtos naturais. O objetivo deste trabalho foi elaborar e avaliar nutricionalmente a barra de cereal enriquecida com sementes e farinha das cascas do maracujá-do-mato. Para a elaboração das barras de cereais, foi utilizada uma receita base. Das barras elaboradas, foram realizadas análises da composição físico-química (umidade, lipídeos, proteínas, cinzas, fibras), estimativa de carboidratos totais e determinação de valor calórico. Foram realizadas análises e sensorial. Constatou-se que a umidade encontrada na barra de cereal elaborada foi baixa, com um valor de 6,72%. A barra de cereal elaborada neste estudo apresenta baixos teores de lipídeos totais (3,82%). A porcentagem de proteínas encontrada na barra de cereal elaborada foi baixo (0,65%). O valor de cinzas encontrado para o produto elaborado foi alto, apresentando 1,73%. A determinação de fibra encontrada foi alta, com valores de 10,77 g/100g de fibras totais, 8,38 g/100g de fibras insolúveis e 2,39 g/100g de fibras solúveis. O valor calórico das barras de cereais elaboradas foi de 339,62 Kcal/100g, indicando que as barras possuem baixos teores energéticos. Foram encontrados valores de 23,00 NMP/g para Coliformes totais, 0,0 NMP/g para Coliformes fecais e ausência de Salmonella sp. A análise sensorial foi realizada por um grupo de 30 pessoas, onde cada uma provou duas amostras, sendo uma das amostras industrializada (A) e a outra elaborada (B). Foram analisadas características como aparência, textura, sabor e aspectos gerais. Os provadores também responderam sobre a intenção de compra e índice de aceitação. A média geral desses atributos, comparando as amostras A e B, mostra que a barra B apresenta melhores resultados quanto à aceitação. Quanto a intenção de compra 83% respondeu que certamente compraria a barra B. A média de aceitação da amostra A foi menor (7%) que a média de aceitação da amostra B (93%). Comprovou-se, ao final, que o reaproveitamento dos resíduos do maracujádo-mato apresenta-se como alternativa para a elaboração da barra de cereal. Palavra-chave: Passiflora cincinnata, Maracujá-do-mato, Resíduos. Financiamento: CNPq, FAPEAM 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia- INPA, Coordenação de Sociedade, Ambiente e Saúde, Laboratório de Nutrição, Avenida André Araújo, 2936, Aleixo, CEP 69060-001, Manaus AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional204 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. REDUÇÃO DE SAIS E TEMPERATURA NA CONSERVAÇÃO IN VITRO DE Epidendrum secundum Jacq (Orchidaceae) Thays Saynara Alves MENEZES1, Mariana de Souza SANTOS2, Franciane dos SANTOS3, Maria de Fátima Arrigoni-BLANK4*, Arie Fitzgerald BLANK4, Moacir PASQUAL5 As orquídeas são conhecidas pela beleza, exuberância e cores de suas flores e por essa razão representam uma das ornamentais mais cobiçadas. Epidendrum secundum Jacq., é uma espécie de orquídea de habitat terrestre e rupícola. Apresenta floração durante todo o ano, o que, facilita sua identificação no campo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da concentração salina e da temperatura na conservação in vitro de E. secundum. Para isto, o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x2, sendo quatro concentrações de sais do meio MS (25, 50, 75 e 100%), e duas temperaturas (18 e 25ºC). O experimento foi realizado com seis repetições, sendo cada parcela representada por cinco tubos contendo uma plântula. Aos 180 dias foi avaliada a sobrevivência (%), presença de raiz (%), coloração e altura das plantas, as médias foram submetidas à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e regressão polinomial para concentração de sais. Aos 180 dias de conservação in vitro, as variáveis sobrevivência e enraizamento não apresentaram diferenças significativas, sendo a média geral de 95% de sobrevivência e enraizamento. Para a coloração das folhas quando utilizado 25% dos sais, a coloração indicou folhas verdes, para ambas as temperaturas de 18 e 25ºC. Quanto à altura das plantas, foi observado que quando utilizado 25% dos sais e temperatura de 18ºC, esta permaneceu igual à altura inicial. Entretanto plantas de E. secundum Jacq. podem ser conservadas pelo período mínimo de 180 dias à 18ºC utilizando-se 25% dos sais do meio MS. Palavras-chave: Crescimento lento, Sais do MS, Temperatura Créditos de financiamentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG 1 Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia de Recursos Naturais, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão SE, Brasil. 2 Universidade Federal de Sergipe, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 3 Universidade Federal de Sergipe, graduanda em Engenharia Florestal, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 4 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Agronômica, Campus Universitário, CEP: 49100-000, São Cristóvão - SE, Brasil. 5 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional205 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. RADIAÇÃO SOLAR E FOTOSSÍNTESE EM FRAMBOESEIRAS ‘BATUM’ SOB COBERTURA PLÁSTICA E EM DIFERENTES DENSIDADES Paula Nogueira CURI1*, Rafael PIO1, Pedro Henrique Abreu MOURA1, Lucas Pinto BOTELHO2, Matteus Heberth Ribeiro do VALLE2, Bianca Elis Cruz SILVA2 As framboeseiras pertencem a família das rosáceas e atualmente o interesse pelo cultivo desta pequena fruta tem crescido no Brasil, principalmente em regiões subtropicais. O trabalho foi realizado no Setor de Fruticultura do Departamento de Agricultura (DAG) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), no município de Lavras, MG, no período de dezembro de 2012 a janeiro de 2013. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a disponibilidade de luz e a taxa fotossintética em framboesas sem cobertura ou cobertas sobre o dossel com cobertura plástica e em diferentes densidades. O delineamento adotado foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, sendo o primeiro fator os diferentes espaçamentos entre plantas (0,50 e 0,25 m) e o segundo fator o uso ou não da cobertura sobre o dossel das plantas, com seis blocos e 10 plantas por parcela. A intensidade da radiação global (µmol. m-2.s-1) foi medida na primavera e no verão, através de piranômetros acoplados a um datalogger (Li-1400 LiCor). Em plena produção foram realizadas medições pontuais, utilizando-se de um sistema portátil para medições de taxa fotossintética, (IRGA) portátil, marca Li-Cor, modelo LI-6400 XT. As avaliações foram efetuadas em três folhas por repetição, tendo-se utilizado sempre a folha do terço médio das plantas, não sombreada por outras folhas. A cobertura plástica reduziu o suprimento às plantas de radiações ultravioleta (UV), azul, verde, vermelho, vermelho distante e total (300-750 nm), já para os diferentes espaçamentos não houve diferença significativa. Segundo o teste de Tukey a 5% de probabilidade, as plantas cobertas apresentaram maior taxa fotossintética em relação às plantas descobertas, mas o espaçamento não influenciou neste aspecto. Palavras-chave: Rubus idaeus L., Plasticultura, Taxa fotossintética. Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional206 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Acacia PROVENIENTES DE ARVORES COM DEZ ANOS DE IDADE mangium Pollyana Priscila Schuertz PAULINO¹*, Daniel Luiz OLIVEIRA² Oscar José SMIDERLE³ Rita de Cássia Pompeu de SOUSA³ Acacia mangium Willd. é uma espécie arbórea pertencente à família botânica Fabaceae, subfamília Mimosoideae, conhecida popularmente por acácia australiana. É uma espécie pioneira, com crescimento rápido e de porte variável, podendo alcançar até 30 m de altura. Objetivou-se com este trabalho determinar a qualidade fisiológica de sementes de A. mangium, provenientes de árvores com dez anos de idade. Foram coletadas sementes de árvores localizadas em plantio comercial formando dez lotes. Após a coleta as sementes foram beneficiadas no Laboratório de Analise de Sementes da Embrapa Roraima. Em seguida, foi determinada a massa de 1000 sementes. O teste de germinação foi conduzido com quatro repetições de 50 sementes, semeadas sobre substrato de papel, mantidas em recipientes gerbox, no interior de câmara de germinação a 25°C. A superação da dormência tegumentar foi obtida com a imersão das sementes, por um minuto, em água aquecida a 100°C. As avaliações da germinação foram diárias e o experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado, com médias de porcentagem de germinação e de plântulas normais comparadas pelo teste de Tukey. A massa de 1000 sementes variou de 7,596g (lote 6) a 9,611g (lote 7). A porcentagem de germinação média foi de 66,5% a 92,0 %. Sementes de A. mangium com maior massa tenderam apresentar maior porcentagem de germinação. O percentual de plântulas normais obtidas no final do teste variou de 21% a 78%, sendo que em seis lotes destes a porcentagem foi superior a 50%. Não á relação entre o percentual de plântulas normais e o de germinação. Sementes de A. mangium dos dez lotes apresentam variação significativa na qualidade fisiológica. Palavras-chave: Germinação, Dormência, Espécie florestal, Roraima.1 1 Faculdade Cathedral, Av. Luis Canuto Chaves, 293, Caçari Boa Vista - RR, 952121-3460 ²Universidade Federal de Roraima, Campus Paricarana, Av. Cap. Ene Garcez, 2413 Boa Vista - RR, 69304-000 (95) 3621-3100 ³Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial, Boa Vista, RR - Brasil CEP 69301-970 ,Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102 *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional207 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PRODUÇÃO E QUALIDADE DE FRUTOS DE CUPUAÇUZEIROS TOLERANTES A VASSOURA DE BRUXA CULTIVADOS EM SAF’s Hyanameyka Evangelista de LIMA1*; Verônica Andrade dos SANTOS1; Edvan Alves CHAGAS1; Jawade Bandeira ISMAEL FILHO2, Carlos Abanto RODRIGUEZ3, Jeysse Kelly Carvalho de ANDRADE3, Darcilene Pereira da SILVA4 Nos últimos anos, a ocorrência da doença vassoura de bruxa do cupuaçuzeiro, causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, impuseram um decréscimo na produtividade da cultura do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) em Roraima. O emprego de variedades resistentes e de alta produtividade é a alternativa mais recomendada para se manejar esta doença. Entretanto, até o momento não há materiais recomendados para Roraima. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção e qualidade dos frutos de genótipos de cupuaçuzeiros selecionados como tolerantes à vassoura de bruxa em condições de campo naturalmente infestado por M. perniciosa que estão sob avaliação pela Embrapa Roraima. Para tal, no período de dezembro de 2012 a maio de 2013, plantas de cinco genótipos de cupuaçuzeiro (Cod. 74, 79, 245, 248 e 292) selecionados como tolerantes à vassoura de bruxa e um genótipo (Cod. 73) selecionado como suscetível à doença, cultivados em sistema agroflorestal (SAF’s), com 17 anos de idade, instalado no campo experimental do Confiança da Embrapa Roraima, no município de Cantá/RR, foram monitoradas quanto à produção de frutos. Os frutos de cada planta foram coletados separadamente e transportados ao laboratório de análises de alimentos da Embrapa Roraima, onde se avaliou o peso do fruto (g), diâmetro e altura do fruto (cm), número e peso de sementes (g), peso da casca (g) e porcentagem de polpa (%). Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições de cinco frutos. Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os genótipos de cupuaçuzeiro identificados com o código 73, 74, 79, 245, 248 e 292, produziram 20, 35, 23, 20, 25 e 21 frutos por planta, respectivamente, sendo a produção do genótipo 74 de 10 a 15 frutos de cupuaçu a mais do que os demais genótipos. A variável peso de casca foi a única que não apresentou diferença significativa entre os genótipos avaliados. Para as outras variáveis avaliadas, o genótipo 74 foi o mais promissor, pois apresentou os maiores valores, enquanto o genótipo 73 apresentou os menores valores, exceto para a variável diâmetro de fruto, no qual não houve diferença significativa entre os genótipos 73 e 74. Diante disso, recomenda-se a utilização do genótipo 74 em programas de melhoramento genético do cupuaçuzeiro, visando o lançamento de cultivar resistente à vassoura de bruxa e com alta produtividade adaptada para as condições de Roraima. Palavras-chave: Moniliophthora perniciosa, Qualidade pós-colheita, Resistência de planta à doença. Apoio financeiro: IACTI/CNPq, 014/2013 1 Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil; 2: Faculdade Cathedral, Curso de Ciências Biológicas, Av. Luís Canuto Chaves, 293 – Caçari, CEP 69.307-053, Boa Vista- RR, Brasil; 3: Estudantes de Pós graduação UFRR Boa Vista- RR, Brasil; 4: Eng. agrônoma, MSc. Agricultura no Trópico úmido (AJU/INPA). *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional208 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. POTENCIAL ALELOPÁTICO DE Petiveria alliaceae L. (Phytolaccaceae) NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Lactuca sativa L. (Asteraceae) 1 Susana Braz MOTA1*, Hellen Cristina Rezende de LIMA1, Camila Seabra RODRIGUES1, Carolina Gomes SARMENTO1, Eduardo Ossamu NAGAO1. A alelopatia tem sido definida como qualquer efeito benéfico ou prejudicial, de uma planta sobre outra planta, mediante produção de compostos químicos que são liberados no ambiente. Essas substâncias podem afetar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento normal e até mesmo inibir a germinação das sementes de outras espécies vegetais. Nesse sentido, a alelopatia pode se tornar uma importante ferramenta na agricultura atuando no controle de determinadas espécies indesejáveis propiciando um manejo mais adequado, com vistas a aumentar a produtividade e a persistência agrícola. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi identificar efeitos alelopáticos de diferentes concentrações de extratos de Petiveria alliaceae L. na germinação e morfometria das plântulas de Lactuca sativa L. (alface). Foram realizados testes a partir de cinco concentrações do extrato da planta P. alliaceae L. (0%, 25%, 50%, 75% e 100%), verificando o efeito alelopático na semente indicadora. Foram levados em consideração os parâmetros de porcentagem de germinação, e comprimento do hipocótilo, da raiz e da planta total. Os resultados indicaram que houve uma ação alelopática promovida pelo extrato aquoso de P. alliaceae L. em sementes de alface em todos os parâmetros de todas as concentrações, com ênfase maior na concentração de 100%. Além disso, foram observadas alterações nas características das plântulas como a queima do hipocótilo e uma inibição de germinação de até 66 vezes em relação ao controle, sugerindo que a P. alliaceae L. possui alto potencial alelopático. Palavras-chave: alelopatia, manejo, agricultura. Financiamento: FAPEAM 1 Universidade Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas, Campus Universitário, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I, cep: 69077-000. Autor para correspondência: *[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional209 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PERFILHAMENTO E FLORAÇÃO DE ESPÉCIES DE HELICONIACEAE NO JARDIM BOTÂNICO ADOLPHO DUCKE DE MANAUS Dariene de Lima SANTOS1*; Rita de Cássia Guimarães MESQUITA1; Mário Henrique FERNANDEZ2 A floricultura tropical é uma atividade crescente no Brasil, sendo adequada como cultura alternativa para geração de renda a pequenos produtores. Entre as flores tropicais, as helicônias possuem excepcional potencial de comercialização, apresentando perspectivas promissoras como flores de corte e plantas para paisagismo, e apesar de seu potencial ornamental, ainda existem poucos estudos sobre sua biologia reprodutiva. O presente estudo teve por objetivo estimar a emissão de perfilhos, a floração e determinar a longevidade das inflorescências de Heliconia rostrata e Heliconia stricta, para obtenção de informações relacionadas à sua produtividade. Este trabalho foi desenvolvido no Jardim Botânico Adolpho Ducke de Manaus (JBADM), na coleção viva de Heliconiaceae, das quais duas espécies - H. rostrata e H. stricta - foram estudadas entre Setembro de 2010 e Setembro de 2012. Foram registrados mensalmente o tamanho da touceira, emissão de perfilhos e floração. Por observações diretas e contagem das estruturas, calculamos as médias de cada parâmetro. Para determinação da longevidade, dez inflorescências de cada espécie foram identificadas com fitas plásticas e acompanhadas desde a sua emissão até a senescência. O JBADM possui duas touceiras de H. rostrata com média de 60 talos/touceira. A emissão de perfilhos ocorreu com maior intensidade de Dezembro a Janeiro, com média mensal de 11 perfilhos/touceira. Sua floração ocorreu durante todo o período observado, a produção média mensal variou de 5 a 17 inflorescências e a produção anual chegou a 80 inflorescências por touceira, com pico em Outubro persistindo até Abril. Suas inflorescências chegam a senescência em aproximadamente três meses. H. stricta apresenta duas touceiras na coleção, com média de 50 talos/touceira. A emissão de perfilhos teve pico entre Setembro e Dezembro, com média mensal de 10 perfilhos/touceira. A floração ocorre de Janeiro a Junho, a produção média mensal variou de 2 a 12 inflorescências e a produção anual chegou a 50 inflorescências, com longevidade de quatro meses. A partir dos resultados podemos considerar que as duas espécies apresentam potencial para o cultivo e comercialização, considerando sua produção de inflorescências, a alta durabilidade das mesmas, e a frequência de emissão de perfilhos, facilitando o estabelecimento de novas touceiras em condições de cultivo. Estas características podem conferir um bom resultado quando utilizadas em jardins e no paisagismo. Palavras-chave: Heliconia rostrata, Heliconia stricta, Perfilhos, Produtividade. Fomento: CNPq 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Dinâmica Ambiental, Av. André Araújo, 1786, Aleixo, Caixa-postal 478, CEP: 69083-911, Manaus-AM, Brasil. 2 Museu da Amazônia, Coordenação Técnica de Botânica e Ed. Ambiental, Rua EG, 11, Aleixo, CEP: 69060-060, Manaus-AM, Brasil. * Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional210 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO DAS PLANTAS UTILIZADAS NA INICIAÇÃO DENTRO DO CANDOMBLÉ NO MUNICIPIO DE PORTO VELHO Fábio Renato Oliveira MARQUES1,Hércules Carvalho BORGES2 O trabalho teve como objetivo traçar informações sobre a morfologia e a utilização das plantas dentro do culto de iniciação na matriz afro-brasileira o candomblé. Foi desenvolvido com bases em entrevistas com preenchimento de questionários e informações próprias e participações dentro do culto de iniciação do candomblé seguindo um roteiro de datas festivas no período de março de 2009 a novembro de 2010, em terreiros na zona leste, zona oeste, sul e norte no Município de Porto VelhoRO. Os dados obtidos foram tabelados em quadros no qual estão as informações sobre as morfologia e identificação das plantas como nome popular, nome cientifico, família, hábito, dados litúrgicos e escrita em yorubá e parte utilizada por meios de bibliografias especializadas. Com os resultados coletados obteve-se um total de 21 espécies distribuídas em 18 famílias. Entre as famílias destacamos: Araceae, Piperaceae e Zingiberaceae com 10% os outros 70 % ficaram divididos com as demais em igual quantidade. As partes mais utilizadas são as folhas com 80%, flores com 7%, raiz com 4%, caule com 2% e sementes com 7%. A tradição da pesquisa antropológica em religiões afro-brasileiras nos revela o envolvimento dos pesquisadores com o universo mágico-religioso investigado, mantendo-se assim um elo para que essa cultura não acabe. No qual um terço da população brasileira segue e mantem suas raízes no candomblé . Palavras-Chave: plantas; iniciação;afro-brasileira; candomblé. 1 Autor do Artigo e Pós Graduando do Curso de Pós Graduação Latu Senso em Gestão, Pericia e Auditória Ambiental pela Faculdade de Rondônia – FARO 2 Professor Orientador Mestre do Curso de Pós Graduação Latu Senso em Gestão, Pericia e Auditória Ambiental pela Faculdade de Rondônia – FARO Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional211 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. PAPEL DAS ESPÉCIES FLORESTAIS DA FAMÍLIA Fabaceae NAS ATIVIDADES PRODUTIVAS SUSTENTÁVEIS DO SUL DO AMAZONAS. Raylton dos Santos PEREIRA1*, Gabriel Cardoso CARRERO², Marcelo Jacaúna do AMARAL³, Maria Rosalba da Costa BILBY4, Angela Maria da Silva MENDES5. Apuí é o terceiro município com maior área desmatada acumulada do estado do Amazonas e o 11º mais desmatado no biênio 2009/2010 em toda a Amazônia. A família Fabaceae possui distribuição cosmopolita e apresenta cerca de 650 gêneros e 19000 espécies, considerada uma das maiores famílias botânicas de Angiosperma. No Brasil, existe registro de 200 gêneros e 2700 espécies, sendo a maior família em número de espécies do país. A família Fabaceae tem grande importância nos ecossistemas naturais brasileiros e destacam-se seus usos, como: alimentação humana e fauna, adubação verde, ornamentais, fármacos e madeireiros O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) desenvolve projetos em Apuí como objetivo fortalecer a gestão e capacitação ambiental da população para o desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis. As atividades desenvolvidas na região sul do Amazonas necessitam de plantas da família Fabaceae, que por sua plasticidade e capacidade de fixação de nitrogênio, são essenciais na composição de sistemas agroflorestais, em reflorestamentos e no enriquecimento da regeneração natural. O objetivo desse trabalho foi identificar as espécies florestais de interesse ecológico pertencentes à família Fabaceae encontradas na região Sul do Amazonas. A coleta do material botânico foi realizada em março de 2012 a janeiro de 2013 em 19 Áreas de Coleta de Sementes cadastradas por um viveiro registrado no RENASEM no município de Apuí. Todo material coletado foi depositado no Herbário da Universidade Federal do Amazonas. A identificação taxonômica e morfológica das espécies foi realizada com auxílio de literatura especializada, como: sites e livros de botânica aplicada, bem como através de comparação com materiais disponíveis no acervo do herbário. Das 44 amostras coletadas até o presente 21 delas pertencentes à família Fabaceae. Foram identificados cerca de seis gêneros diferentes. Destes, destaca-se como o mais representativo em número de espécie o gênero Parkia, seguido de Hymenaea e Copaifera, além de Stryphnodendron, Dipteryx e Dimorphandra. Além da grande riqueza de espécies entre aquelas de interesse econômico e ecológico, conclui-se que as espécies da família Fabaceae se desenvolvem bem também em áreas degradadas, sendo ideais para serem incluídas em atividades produtivas sustentáveis. Palavras-chave: Apuí, Áreas Degradadas, Área de Coleta de Sementes, Exsicatas, Taxonomia, Educação Ambiental, Idesam. Pesquisa financiado pelo Fundo Vale 1 Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Ciências Florestais, Graduando em Engenharia Florestal, Campus Universitário, 3000, CEP:69080-005, Manaus –AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2:Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais. 3: Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Técnico Agrícola e coletor de sementes do Viveiro Santa Luzia 4: Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Ciências Biológicas, Curadora do Herbário da Universidade Federal do Amazonas. 5: Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciência Agrárias, Pesquisadora do Centro de Sementes Nativas do Amazonas da Universidade Federal do Amazonas. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional212 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DE USO FREQUENTE NA CIDADE DE BOA VISTA, RORAIMA. Karla Santana MORAIS 1, Andréia Cordovil da SILVA1, Aloisio Alcantara VILARINHO2, Lucianne Braga Oliveira VILARINHO1 Por meio de um formulário de entrevistas semi-estruturadas foi feito um estudo etnobotânico das plantas medicinais de uso mais frequente na cidade de Boa Vista-RR, com o objetivo de identificar quais são e como são utilizadas tais plantas pela população. Os resultados indicam que a maioria dos entrevistados (60%) utilizam as plantas medicinais porque são mais fáceis de serem adquiridas e mais baratas que os medicamentos industrializados. A busca por medicamentos mais baratos se confunde com algumas indicações de nomes de medicamentos conhecidos como: penicilina, melhoral, anador, insulina, vick, entre outros, batizados como nome popular de algumas plantas. Isso acaba aumentando o risco de acidentes ou intoxicação na população que a usa de forma errada. Outro agravante é a inconsistência dos nomes comuns de plantas, o que acarreta divergências em suas propriedades farmacêuticas, aumentando ainda mais os riscos do uso. Dentre os entrevistados, 80% acreditam que algumas plantas podem fazer mal à saúde e 20% disseram que não acreditam nessa possibilidade. Quanto à toxidade, foi perguntado aos entrevistados se conhecem ou sabem identificar as plantas tóxicas. 20% responderam que sim, e que a toxidade da planta se deve a quantidade e intensidade de vezes que este “medicamento” foi utilizado. Entretanto, a maioria (80%) não sabe identificar se a planta é tóxica. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da resolução RDC nº 17, de 24 de fevereiro de 2000, permite o registro e, portanto, a produção e comércio de medicamentos fitoterápicos tradicionais elaborados a partir de plantas medicinais baseadas no uso da tradição popular. Entretanto, para tas a eficácia dessas plantas medicinais deve ter sido validada em trabalhos científicos e não devem apresentar toxidade conhecida. Conclui-se que é necessário um maior investimento na elucidação dos componentes químicos das plantas bem como a melhor compreensão dos efeitos ambientais na produção de tais componentes. Nesse sentido iniciou-se na UFRR a partir do programa de mestrado em saúde coletiva a identificação e obtenção de extratos de plantas medicinais de uso freqüente pelos moradores da cidade de Boa Vista. Estes passaram por uma análise química onde se busca maior orientação da população no que diz respeito aos aspectos toxicológicos do uso indiscriminado de plantas. Palavras - chave: Estudo etnobotânico, toxicologia de plantas. 1 : Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto, CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. 2 Embrapa Roraima. Roraima, RR - Brasil. e-mail: [email protected] * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional213 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E OBTENÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS DAS GRADES DO PPBIO – RORAIMA Raíssa Maria Sampaio de PAIVA1*, Aline Gondim de FREITAS2, Danilo Faustino RICARTE3, Andressa Raquel Stroschein SGANZERLA3, Fabiana GRANJA4, Lucilia Dias PACOBAHYBA4 Vários trabalhos no Brasil e no mundo revelaram a importância das macrófitas aquáticas para a conservação dos corpos de água. Em Roraima, embora ocorram na maioria dos ambientes aquáticos extensas áreas cobertas por macrófitas, que desempenham papel central na ciclagem de nutrientes e na importância dos recursos hídricos, pesquisas sobre esta comunidade do ponto de vista botânico e genético, ainda são escassas. O objetivo deste trabalho foi determinar a composição florística dos ambientes aquáticos nas áreas de estudo do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), além de realizar extrações de DNA de várias macrófitas, visando a criação de um banco deste material genético. As coletas foram realizadas em seis ambientes tanto lênticos como lóticos. O material fértil foi coletado, herborizado e incorporado ao herbário da UFRR. Para a extração do DNA foram coletadas folhas jovens dos gêneros de Eichhornia, Ludwigia, Montrichardia, Nymphaea, Nymphoides e Salvinia, as mesmas foram lavadas e transportadas em isopor contendo gelo até o Laboratório de Biologia Molecular da UFRR sendo armazenadas em freezer -70ºC até a realização das extrações. O protocolo utilizado foi o CTAB modificado, seguido por uma eletroforese em gel de agarose à 0,8% corada com Gel Red para a análise da qualidade do DNA. Uma comparação para determinar o melhor tipo de extração foi realizada através do Kit Nucleon Phytopure. No levantamento florístico foram identificadas 60 espécies, distribuídas em 43 gêneros e 27 famílias. Entre as formas de vida 61,8% são anfíbias, 11,6% submersas fixas e flutuantes fixas, 10% emergentes e 5% outras. O índice de Jaccard apontou que as áreas de savana apresentam entre si 29% de similaridade. A família mais representativa foi Cyperaceae (9), seguida por Lentibulariaceae (5) e Fabaceae (4). Em relação à extração, concluímos que o método CTAB após algumas modificações mostrou-se bastante eficiente para obtenção de DNA em boa quantidade e qualidade. Palavras-chave: DNA, Macrófitas, Roraima. Apoio financeiro: CNPq (575661/2008-9) 1 : Universidade Federal de Roraima, Programa de Mestrado em Recursos Naturais, Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] 2 : Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. 3 : Universidade Federal de Roraima, Aluno de Bacharelado em Ciências Biológicas, Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. 4 : Universidade Federal de Roraima, Professora Dr.ª do Centro de Estudos da Biodiversidade – CBio, Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. Bairro Aeroporto. CEP: 69310-000, Boa Vista – RR, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional214 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS EM AGROSSISTEMAS DA COMUNIDADE DO MACURANY, ÁREA PERIURBANA DE PARINTINS, AM Jucimara Gonçalves dos SANTOS1*, Naimy Farias de CASTRO2, Luiz Augusto Gomes de SOUZA3, Adinã de Oliveira MATOS1 O emprego de plantas com princípios ativos medicamentosos por comunidades tradicionais, especialmente em locais remotos como a Amazônia, tem sido a base para a pesquisa de novos fitoterápicos. Este trabalho teve como objetivo, realizar o levantamento etnobotânico de plantas medicinais e suas múltiplas aplicações, derivadas do conhecimento popular na região do baixo Amazonas, comunidade do Macurany, zona periurbana de Parintins, AM. Foram selecionadas aleatoriamente para a pesquisa, vinte propriedades caracterizadas pela agricultura familiar, efetuando-se o levantamento de plantas empregadas na profilaxia das doenças mais comuns nestas comunidades. Para tal foram aplicados questionários semiestruturados com perguntas abertas e fechadas, entrevista, conversa informal, observação direta e registros fotográficos, percorrendo as áreas ocupadas nos limites com a floresta primária de seu entorno. O estudo consistiu por vivência direta da realidade no ambiente pesquisado. Nos agrossistemas visitados foram listadas 72 espécies de plantas. As plantas identificadas foram encontradas em todos os arredores das unidades familiares, onde são plantadas de forma aleatória em recipientes como vasilhas, balcões ou diretamente no solo. As famílias botânicas mais abundante foram Asteraceae (9 espécies), Lamiaceae (8 espécies) e Fabaceae (5 espécies). As mulheres são as detentoras do conhecimento sobre as plantas medicinais. As partes da planta mais utilizadas pelas famílias pesquisadas são: folhas 82 %, frutos 7 %, sementes 4 %, raízes 4 %, cascas 2 % e flores 1 %. As espécies mais frequentes foram a coirama (Kalanchoe calycinum, Crassulaceae – empregada contra tosse, erisipela, infecções gástricas), arruda (Ruta graveolens, Rutaceae – empregada como anti-inflamatório, dores e doenças em geral) e amor-crescido (Portulaca pilosa, Portulacaceae – empregada como cicatrizante, para problemas oculares e do coração). O conhecimento das famílias da comunidade do Macurany sobre as plantas medicinais seguem padrões de comunidades tradicionais, pois esse conhecimento está alicerçado as pessoas mais idosas, especialmente as mulheres. Palavras-chave: Levantamento Etnobotânico, Plantas Medicinais, Uso e conhecimento tradicional. 1 Mestrando do curso de Agricultura no Trópico Úmido/INPA, Av. André Araújo 2936, Petrópolis, CEP: 69037-375, Manaus-AM, Brasil. ² Universidade do Estado do Amazonas, Parintins-AM, Brasil. ³ Coordenação Sociedade Ambiente e Saúde, CSAS- INPA, Manaus-AM, Brasil. *Autor para correspondência: [email protected]. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional215 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INFLUÊNCIA DE PROCESSOS DE ESCARIFICAÇÃO NA EMBEBIÇÃO E GERMINAÇÃO DE TENTO AMARELO – Ormosia excelsa (Fabaceae) Vanine Leandro da SILVA1, Jessica da Costa SOARES 1, Jose Emilio1, Eduardo Osamu NAGAO 2, Eva Maria Alves Cavalcante ATROCH 2 Dentre os principais fatores que dificultam a produção de mudas em viveiro e as iniciativas de recuperação de áreas degradadas, destacam-se a dormência física ou fisiológica das sementes de algumas espécies e a falta de informação sobre a germinação e os substratos mais adequados ao estabelecimento das plântulas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da escarificação e diferentes ambientes na embebição e germinação de sementes de tento amarelo (Ormosia excelsa). Foram utilizados os seguintes tratamentos: com e sem desponte na área distal em relação ao local de protrusão da radícula com imersão em água fervente ou em água com temperatura natural por 24 horas e colocadas para germinar em dois ambientes (germinadores em temperatura a 30°C e em casa de vegetação). As avaliações foram realizadas diariamente e consideradas germinadas quando emitido a radícula e os efeitos dos tratamentos foram avaliados através da porcentagem de germinação e índice de velocidade de germinação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro repetições e as médias foram comparadas pelo teste de tukey a 1% de probabilidade. Não houve diferença significativa entre os tratamentos em todas as variáveis. Mesmo com a presença de um tegumento rígido esta não impediu o processo de embebição e germinação das sementes de tento amarelo. Palavras chave: tento amarelo, germinação, escarificação, embebição. 1 graduandos de Ciências Biológicas – Centro Universitário do Norte, UNINORTE, Av. Joaquim Nabuco, 1097, Manaus – AM, Brasil. [email protected] (2) Professores da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000 Manaus – AM, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional216 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INFLUÊNCIA DE TELAS COM DIFERENTES CORES E MALHAS SOBRE A PRODUÇÃO DE MUDAS DE CUPUAÇUZEIRO Hyanameyka Evangelista de LIMA1*; Verônica Andrade dos SANTOS1; Olisson Mesquita de SOUZA2, Darcilene Pereira da SILVA3, Shirllen Brito FERNANDES4, Edvan Alves CHAGAS1, Teresinha Costa Silveira de ALBUQUERQUE1 A eficiência no crescimento da planta pode estar relacionada à habilidade de adaptação das mudas as condições de radiação solar do ambiente. Atualmente, novas tecnologias têm sido adotadas na produção de mudas, como a utilização de telas de sombreamento em diferentes malhas e cores com objetivo de atenuar a radiação solar. Diante disso, o objetivo no presente trabalho foi avaliar a influência de telas de sombreamento em diferentes malhas e cores sobre a produção de mudas de cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. Ex Spreng.) K. Schum). O experimento foi realizado nos meses de março a julho de 2013, em ambientes telados instalados na sede da Embrapa Roraima, em Boa Vista (RR). O clima da região é Aw de acordo com a classificação de Köppen, sendo uma região de cerrado. Sementes de cupuaçu cultivar BRS Carimbó foram semeadas em canteiros e 15 dias após a emergência as plântulas foram colocas em sacos de polietileno com capacidade para 3 kg de substrato composto por solo, areia e composto orgânico. Posteriormente, as mudas foram transferidas para oito tipos de telados de cores e malhas diferentes, sendo colocadas dez mudas em cada telado. Adotouse o delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos e 10 repetições, sendo cada repetição constituída por uma planta. Consideraram-se como tratamentos os oito ambientes de telas de sombreamento, sendo: T1= tela branca 50%, T2= tela vermelha 50%, T3= tela prata 50%, T4=tela azul 50%, T5= tela cinza 50%, T6= tela preta de 25%, T7= tela preta de 50% e T8= tela preta de 70%. Aos 105 dias foram avaliados: altura da parte aérea, número de folhas por planta e diâmetro do coleto. Os dados das variáveis avaliadas foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. O efeito do tratamento foi significativo para todas as variáveis dendrométricas avaliadas. Para altura de parte aérea, não houve diferença entre o os tratamentos T5 (20,54 cm) e T8 (19,55 cm) que apresentaram os maiores valores, mas estes diferiram dos demais tratamentos (T1=15,01cm; T2=15,34 cm; T3=16,06 cm; T4=16,36 cm; T6=17,17 cm e T7=18,06 cm). Para as variáveis diâmetro do coleto e número de folhas, o tratamento T5 apresentou os maiores valores (6,88 folhas e 5,21mm, respectivamente). As diferentes telas de sombreamento influenciaram no desenvolvimento das mudas, sendo o ambiente coberto com tela de cor cinza com malha 50% o que proporcionou melhor desenvolvimento das mudas de cupuaçuzeiro. Palavras-chave: Theobroma grandiflorum, Atenuação da radiação solar, Produção de mudas, Telas de sombreamento. Apoio financeiro: IACTI/CNPq, 014/2013. 1 Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, Boa Vista- RR, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR, Brasil; 2 Estudante do curso de Agronomia - UFRR; 3 Eng. Agrônoma, MSc. Agricultura no Trópico úmido (AJU/INPA); 4 Faculdade Cathedral, Curso de Ciências Biológicas, Av. Luís Canuto Chaves, 293 – Caçari, CEP 69.307-053, Boa Vista- RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional217 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. INFLUÊNCIA DE COBERTURA PLÁSTICA E ESPAÇAMENTO DE PLANTIO NOS TEORES FOLIARES DE CLOROFILA EM FISÁLIS Pedro Henrique Abreu MOURA1*, Paula Nogueira CURI1, Filipe Bittencourt Machado de SOUZA1, Paulyene Vieira NOGUEIRA2, Matteus Heberth Ribeiro do VALLE3, Pedro Henrique Assis SOUSA3 A fisális (Physalis peruviana L.) é uma “pequena fruta” da família Solanaceae, originária da Amazônia e dos Andes. No Brasil, é considerada uma fruta exótica, com alto potencial produtivo e de fácil adaptação a diversas condições edafoclimáticas, podendo ser cultivada de norte a sul do país. As clorofilas são pigmentos responsáveis pela captura de energia da radiação, estando diretamente relacionadas com a eficiência fotossintética das plantas. A utilização de cobertura plástica sobre o cultivo de algumas espécies frutíferas é uma técnica que objetiva manter a qualidade dos frutos por evitar o excesso de precipitação sobre a copa; e a redução de espaçamento de plantio tem como finalidade aumentar a produtividade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de clorofila em folhas de fisális, comparando plantas cultivadas em dois espaçamentos (0,5 m e 1,0 m entre plantas) sendo 3,0 m entre linhas, sob cobertura plástica e a céu aberto. O experimento foi realizado no pomar da Universidade Federal de Lavras, em Lavras-MG. A região possui clima do tipo Cwb (tropical de altitude), com inverno seco e verão chuvoso, segundo a classificação de Köeppen. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 2, sendo o primeiro fator, os dois espaçamentos e o segundo fator, o uso ou não da cobertura plástica sobre a copa das fisális, com seis blocos e 10 plantas por parcela. Na cobertura foi utilizado um plástico leitoso de 150 µm de espessura, a uma largura de 1,4 m e a 40 cm acima da extremidade das hastes. As avaliações do teor clorofila foram efetuadas em três folhas por bloco, utilizando sempre a folha do terço médio não sombreada por outras folhas. Foi utilizado o medidor portátil de clorofila, modelo SPAD-502. As leituras foram feitas aproximadamente no centro das folhas, em apenas um lado da nervura. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5 % de probabilidade. Após a análise observou-se que não houve diferença significativa nos teores de clorofila para a interação entre os dois fatores e também para os fatores analisados separadamente. Pelos resultados deste trabalho, a utilização da cobertura plástica com intuito de aumentar a qualidade dos frutos e a redução do espaçamento entre plantas visando uma maior produtividade, não afetou no teor de clorofila das folhas da fisális. Palavras-chave: Physalis peruviana L., Eficiência fotossintética, SPAD-502, Small fruits. Créditos de financiamentos: FAPEMIG e CNPq. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil. 3: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduação em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional218 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. IDENTIFICAÇÃO DE AGENTES POLINIZADORES NA PRODUÇÃO DE CAMUCAMU EM UCAYALI-PERU Jaquelice Pereira GUERRA1*, Emilio Pezo GARCIA2, Carlos Abanto RODRIGUEZ3, Maria da Conceição da Rocha ARAÚJO4, Gisela Saldaña RÍOS5, Fernando Barreto Diógenes de QUEIROZ6, Marcos WANDERLEY DA SILVA7 O camu-camuzeiro “Myrciaria dubia (Kunht) Mc Vaugh” é uma espécie frutífera pertencente à família Myrtaceae. Possui grande potencial econômico, por se tratar do fruto com maior quantidade de vitamina C, chegando a atingir ate 6.112 mg de ácido ascórbico por 100 g-1 de polpa, sendo superior a acerola que até então era considerada a fruta com maior concentração de vitamina C. No entanto, atualmente ainda existem pomares com baixo rendimento de frutos por hectare devido a fatores que ainda não são solucionados, um deles, provavelmente, seja o baixo percentual de polinização, devido à ausência dos principais agentes polinizadores ocasionados por problemas antrópicos, ou até mesmo por desconhecimento das principais espécies envolvidas na polinização do camu-camuzeiro. Devido a este fator objetivou-se identificar os principais agentes polinizadores no camu-camuzeiro, visando maior incremento na produção do camu-camu na região de Ucayali. O trabalho foi desenvolvido na chácara Aníbal Sinarahua, localizado na vila San Juan distrito de Yarinacocha, Ucayali-Peru, localizada entre as coordenadas UTM: 543588:90810998 e altitude de 152 m. Foi realizado o levantamento da ocorrência das principais espécies a cada 15 dias, durante o período de 7 meses (janeiro a julho/2011), em uma área total de 7500 m2. A pesquisa foi realizada em duas etapas: a primeira consistiu no estudo da fenologia reprodutiva e o registro e coleta dos polinizadores; na segunda etapa foi realizada a identificação dos insetos no laboratório da SENASA/Peru. De acordo com os resultados, foi observado que as espécies de insetos mais importantes na polinização do camu-camuzeiro são as abelhas associadas à família Apidae, cujos gêneros e espécies são: Apis mellifera, Trigona sp. e Xylocopa sp., Também foi observado que existe influência positiva dos agentes polinizadores, aumentando em 2,35% a produção do camu-camuzeiro. Nesse sentido pode-se concluir que a polinização do camucamuzeiro ocorre por alogamia, portanto, recomenda-se realizar criação e liberação de abelhas, dos gêneros identificados, para incrementar a produção de camu-camu em solos inundáveis. Palavras-Chave: Myrciaria dubia, Apidae, Polinização, Abelhas, Peru. Financiamento: IIAP-Peru 1 Universidade Federal de Roraima. Universidade Nacional de Ucayali-Peru. 3 Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. 4 Embrapa Roraima. 5 Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru. 6 Embrapa Roraima. 7 Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional219 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE MARACUJÁ-ROXO SUBMETIDAS À ESCARIFICAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA Khétrin Silva MACIEL1*, José Carlos LOPES1, Paula Aparecida Muniz de LIMA1, Camila Costabeber NUNES1, Liana Hilda Golin MENGARDA1 A reprodução do maracujazeiro é feita principalmente por meio de sementes. A germinação de algumas espécies de maracujazeiros é lenta e desuniforme, ocasionada por fatores de natureza variada, como sementes obtidas de plantas não selecionadas, presença de substâncias fitorreguladoras e sementes com tegumento impermeável. Objetivou-se no presente trabalho estudar a germinação e emergência de sementes de maracujá-roxo submetidas à escarificação física e química. O trabalho foi conduzido em laboratório e em casa de vegetação no campus do Centro de Ciências Agrárias (CCA-UFES) em Alegre - ES utilizando-se sementes de maracujá-roxo (Passiflora edulis Sims.). Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições de 25 sementes. Após a extração manual, as sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos: escarificação física, feita manualmente com lixa d´água nº 120; escarificação química, feita com ácido giberélico (GA3) na concentração de 500 mg L-1, com embebição por 24 horas, e testemunha, sementes intactas. Em laboratório, as sementes foram distribuídas em rolos de papel germitest, umedecido com água destilada, na proporção de 2,5 vezes a massa do papel seco, mantidos em câmara de germinação tipo BOD, regulada à temperatura alternada de 20-30 ºC e fotoperíodo de 12 horas. Em casa de vegetação, a semeadura foi feita em tubetes utilizando-se substrato comercial. Foram avaliados: germinação, índice de velocidade de germinação, emergência e índice de velocidade de emergência. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste Tukey, em nível de 5% de probabilidade A escarificação física possibilitou maior germinação e índice de velocidade de germinação. Nas sementes submetidas à escarificação química esses valores foram inferiores ao da testemunha. Na avaliação da emergência e índice de velocidade de emergência em casa de vegetação, não houve diferença significativa entre os tratamentos, cujos valores foram maiores que o da testemunha. Com base nos resultados conclui-se que a escarificação física possibilita maior germinação rolo de papel e que a escarificação física e a química promovem maior emergência das sementes, e não diferem entre si. Palavras-chave: Passiflora edulis Sims.,Vigor de sementes, Dormência, Tegumento. Agradecimento a CAPES e ao CNPq pela concessão de bolsas. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Produção Vegetal, Centro de Ciências Agrárias, CxP 16, CEP: 29500-000, Alegre-ES, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional220 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CAMU-CAMU PROVENIENTES DE FRUTOS EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO Carlos Abanto RODRIGUEZ1*, Fernando Nacimento PONCE2, Edvan Alves CHAGAS3, Gisela Saldaña RIOS4, Fernando Barreto Diógenes de QUIEROZ5, Roberto Tadashi SAKAZAKI6 A cultura de camu-camu “Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh” está em plena expansão nos países de Peru, Brasil e Bolívia. Destaca-se por ser uma espécie nativa da Amazônia, e por ser fonte de antioxidantes, devido a sua alta concentração de ácido ascórbico, contendendo cerca de 6000 mg /100g de polpa, por isso atualmente representa o recurso da agrobiodiversidade amazônica com maiores perspectivas no mercado nacional e internacional. Este trabalho se propôs avaliar o potencial de germinação de sementes de camu-camu procedentes de frutos em diferentes estádios de maturação e o desenvolvimento inicial de mudas em diferentes substratos, no setor do viveiro florestal do Instituto de Investigações da Amazônia Peruana (IIAP) – sede –Ucayali. Foram utilizados frutos de camu-camu em 4 estádios de maturação de uma plantação adulta localizada no município de San Pablo de Tushmo no distrito de Yarinacocha, em julho do 2010. O delineamento utilizado foi Inteiramente Casualizado, em esquema fatorial 4A x 2B, sendo o fator A: estádios de maturação com 4 subniveis : a) verde, b) de vez, c) maduro e d) maturação avançada e o fator B com 2 subniveis: a) serragem descomposto e b) areia fina, dispostos em 3 repetições e 20 sementes por unidade experimental. A germinação foi a os 26 dias, produto de um descenso da temperatura ate 13⁰ C, o qual atrasou a germinação, já que normalmente isto ocorre a os 18 dias. As variáveis avaliadas foram porcentagem de germinação, altura de plantas (cm) e número de folhas em um período de 76 dias. Fez-se a análise de variância realizada pelo programa computacional SISVAR e teste Tukey á 5% de probabilidade para comparação de médias. A melhor porcentagem de germinação de sementes de camu-camu, aos 76 dias se obteve com o estado de maturação de vez e em serragem descomposto que alcançou um 94 %, no entanto a menor porcentagem se obteve com o estado verde em areia fina com um valor igual a 36%. Em relação à altura (cm) e número de folhas alcançaram os melhores resultados com o tratamento serragem descomposto no estado maduro com uma media de 11,3 cm e 14 unidades frente a um 7,2 cm e 9 unidades no estado verde e substrato areia respectivamente. Nesse sentido se pode afirmar que o substrato serragem descomposto e os estádios de maturação de vez e maduro proporcionaram os melhores resultados para as três variáveis em estudo. Palavras-chave: Myrciaria dubia, sementes, substratos, IIAP. Financiamento: IIAP-Peru 1 Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP ; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. 2 Universidade Nacional de Ucayali-Peru. 3 Embrapa Roraima. 4 Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru. 5 Embrapa Roraima. 6 Universidade Federal de Roraima- Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional221 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTUDO COMPARATIVO DA BIOMETRIA DE SEMENTES DE CAMU-CAMU COLETADAS EM DIFERENTES REGIÕES DE RORAIMA Christinny Giselly BACELAR-LIMA1, Edvan Alves CHAGAS1, Olisson Mesquita de SOUZA 2, Oscar José SMIDERLE1, Jhon Klyton Benicio ALVES2, Aline das Graças SOUZA1 Myrciaria dubia (Kunt) McVaugh, conhecida por camu-camu, encontra-se naturalmente em áreas alagáveis da Amazônia. Seus frutos são bagas, com uma a três sementes, dispersadas por hidrocoria ou zoocoria e que apresentam alto teor de ácido ascórbico e antocianinas, propriedades aproveitadas na indústria alimentícia, farmacológica e cosmética. Embora reconhecida a importância nutricional, sabe-se que o camu-camu ainda passa por domesticação, com populações desconhecidas e ainda não estudadas na Amazônia brasileira. Objetivou-se neste trabalho a caracterização biométrica de sementes de camu-camu de populações do norte (Rio Urubú, Bonfim) e do sul (Rio Anauá, Rorainópolis) de Roraima. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes da Embrapa Roraima. Frutos fisiologicamente maduros foram coletados e despolpados mecanicamente. Em seguida as sementes foram lavadas em água corrente e tratadas com hipoclorito de sódio (1%) por 15 minutos. Após secagem a temperatura ambiente, avaliou-se o comprimento, largura e espessura das sementes com utilização de paquímetro digital (mm) e a quantificação da massa individual em balança de precisão (g). Nos parâmetros analisados, a população do Rio Anauá apresentou as maiores sementes, com médias de massa de 1,46 g, tamanho de 19,38 mm x 15,16 mm (comprimento x largura) e espessura de 6,19 mm; a maior massa média das sementes do Rio Urubu foi de 0,79 g, com dimensões de 16,09 mm x 12,18 mm (comprimento x largura) e espessura de 5,44 mm. A diferença média entre o tamanho das sementes dos dois ambientes variou de 1 a 3 mm entre as populações. Provavelmente, os fatores ambientais e genéticos das sementes influenciam nas medidas biométricas verificadas. Palavras-chave: Myrciaria dubia, Myrtaceae, Várzea, Antocianina, Dispersão. 1 Apoio financeiro CNPq, CAPES, EMBRAPA-RR e UFRR Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA, Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR, Brasil. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura, BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil. *Endereço para correspondência: [email protected] 1 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional222 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ESTIMATIVA DE PARÂMETROS GENÉTICOS DE CARACTERES GERMINAÇÃO DE SEMENTES EM Capsicum chinense (Jacq.) DE Silfran Rogerio Marialva ALVES1, Aline Santiago VILANOVA1, Maria Teresa Gomes LOPES1 ⃰, Lucifrancy Vilagelim COSTA1 Liliane dos Santos OLIVEIRA1 Januário Macedo VIANA JUNIOR1. Capsicum chinense (Jacq.) é espécie de pimenteira que necessita de seleção para permitir a exploração comercial da cultura, principalmente quanto à qualidade das sementes, pois populações com germinação rápida e uniforme das sementes são desejáveis na formação de mudas. Os objetivos do presente trabalho foram estimar parâmetros genéticos com base em caracteres de desempenho germinativo e inferir sobre a variabilidade genética de C. chinense. Foram avaliados 30 acessos de C. chinense da coleção de pimenteiras da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. A parcela experimental foi constituída de 25 sementes em 4 repetições. As sementes foram dispostas em caixas plásticas ‘‘gerbox’’ sobre 2 folhas de papel germitest umedecidas com água destilada. As caixas plásticas ficaram mantidas em câmara de germinação, em temperatura média de 28ºC, sendo as avaliações realizadas 7 e 14 dias. Foram avaliados vigor, índice de velocidade de germinação e tempo médio de germinação. Os resultados foram submetidos à análise de variância e foram estimados parâmetros genéticos utilizando-se o aplicativo computacional Genes. Foi observada diferenças significativas entre os 30 acessos estudados e para todos os caracteres estudados, a 1% de probabilidade, pelo teste F, indicando que existe variabilidade genética entre os genótipos estudados. Os resultados de vigor variaram de 3 a 94%, índice de velocidade de germinação de 0,25 a 8,26 e tempo médio de germinação de 4,5 a 10,3 dias. A herdabilidade no sentido amplo (h2) para todos os caracteres foi superior 70%, indicando a possibilidade de sucesso na seleção para os caracteres estudados. Palavras chave: Germoplasma, Pimentas, Herdabilidade. 1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia Tropical, Campus Universitário, Setor Sul, Av. Gal. Rodrigo Otavio 3000, CEP: 37200-000, Manaus-AM, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional223 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. 1 ENSAIO DA METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DA PARTIÇÃO DE MATERIA FRESCA DE INAJÁ EM DIFERENTES GENÓTIPOS Helder Santos do VALE ¹*, Otoniel Ribeiro DUARTE², Pollyana Priscila Schuertz PAULINO ³, Rita de Cássia Pompeu de SOUSA4, Marcelo Ribeiro da SILVA5, Antônio Antero Ribeiro de Albuquerque NETO6 O inajá (Maximiliana maripa) é uma palmeira que chega a medir até 20 metros de altura. Produz ótimo palmito e frutos com polpa suculenta e comestível de onde juntamente com as amêndoas se extrai um óleo amarelo, com grande potencial para a indústria cosmética, alimentícia e de biocombustíveis. Nesse trabalho objetivou-se avaliar a partição de matéria fresca dos frutos entre perianto, casca e polpa e semente de inajá em diferentes genótipos. Foram coletados cachos de dois genótipos, um com frutos verdes (casca verde) e outra com frutos considerados meio-maduros (casca amarela-esverdeada). O material foi coletado no início da época das chuvas em Roraima no município de Mucajaí. No laboratório de Resíduos da Embrapa Roraima os cachos foram pesados em balança digital, tipo gancho, modelo Kern. Destes foram extraídos e pesados 10% dos frutos os quais foram separados e pesados periantos, casca, polpa e sementes em balança de precisão digital 0,001 g. O cacho dos frutos de casca amarelaesverdeada obteve um valor total de 74,5 kg, comprimento de 95,4 cm e diâmetro de 35 cm. Já o cacho verde, teve um peso total de 70 kg, comprimento de 92 cm e o diâmetro de 32 cm. Dos 10% dos frutos extraídos do cacho meio-maduro, a porcentagem de polpa e casca foram 7,8571 %, sementes 67,857% e perianto 11,428%. Genótipo dos frutos de casca verde, a porcentagem da polpa e casca foram 10%, semente 52,857 % e perianto 10,714%. A diferença de polpa e casca por frutos meio-maduros em relação aos verdes foi de 2,1426%. Essa diferença é em função da variabilidade genética e o uso dessa metodologia propicia uma boa resposta na identificação de plantas com diferentes níveis de partição dos componentes do fruto. Tendo em vista que busca-se selecionar plantas com grande produtividade de óleo bruto que está presente nas amêndoas das sementes. Palavras-chave: Maximiliana maripa, inajá, partição de matéria fresca, metodologia. Créditos de financiamento: FUNARBE/FINEP/DESENVOL.INOV 1 ,5 Universidade Federal de Roraima Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. Campus Paricarana: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413. ²,4,6 Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, Distrito Industrial,Boa Vista, RR. CEP 69301-970. Fone: (95) 4009-7100 - Fax: (95) 4009-7102 3 Faculdade Cathedral, Avenida Luis Canuto Chaves, 293 - Caçari Boa Vista - RR, 69307-053. Fone (95) 2121-3460. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional224 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DO DANO MECÂNICO NA PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS DE DEFESA EM FOLHAS DE CIGANINHA (Bignoniaceae) Aurora Maria Rosa de OLIVEIRA1*, Josimara Nolasco RONDON2, Cézar da Silva BEZERRA3, Alan Fredy ERIKSSON4, Maria Rita MARQUES5 Adenocalymma peregrinum (Miers) L.G.Lohmann, popularmente conhecida como “ciganinha”, é uma Bignoniaceae arbustiva nativa do Cerrado brasileiro. Em seu ambiente natural está restrita a clareiras, em áreas desmatadas formam uma rede de caules subterrâneos, que pode ocupar áreas de tamanhos variáveis, tornando muito difícil delimitar um indivíduo, o que dificulta ainda mais o seu manejo, dificultando a pastagem de bovinos por competir com espécies forrageiras. O objetivo deste estudo foi medir a taxa de crescimento, produção de proteínas solúveis totais e a atividade das enzimas β-1,3-glucanase, peroxidase, PAL em folhas de indivíduos podados e não podados de A. peregrinum de duas áreas no Mato Grosso do Sul tomadas pela espécie (nos municípios de Campo Grande e Rochedo), para avaliar o impacto de danos mecânicos sobre a síntese de proteínas de defesa. Foram preparados extratos de folhas recém-coletadas e acondicionados a -18°C. Para avaliar a proteína total foi utilizado o método Bradford, a atividade peroxidásica foi determinada segundo Pütter, a atividade fenilalanina amônia-liásica (PAL) foi determinada de acordo com o método descrito por Prusky, a atividade β-1,3-glucanásica foi determinada pelo método de Miller. Para a analise dos dados utilizou-se o teste de variância ANOVA, o teste t student com nível de significância de 0,05 e o teste não paramétrico de Mann-Whitney. As análises estatísticas foram realizadas com o pacote estatístico Systat® versão 11.0. As taxas de crescimento foram maiores nas amostras submetidas à poda mecânica quando comparadas com plantas intactas, demonstrando a aceleração de processos fisiológicos para a recomposição do material vegetal. Em alguns períodos após a poda, teor de proteínas solúveis e atividade da peroxidase foram maiores nas folhas de indivíduos podados. Sugere-se que as variações observadas na atividade das peroxidases de folhas de indivíduos podados pode ser uma resposta à poda mecânica e resultado da participação das mesmas nos processos de crescimento. A atividade das enzimas β-1,3-glucanase e PAL foram semelhantes entre indivíduos podados e não podados, indicando que a poda mecânica não é indutora destes processos de defesa nesta espécie. As informações obtidas neste trabalho sugerem que A. peregrinum é uma espécie resistente à injúria mecânica, uma vez que não houve, aparentemente, um recrutamento de grandes quantidades de proteínas e enzimas para disparo dos processos de defesa. Palavras-chave: Adenocalymma peregrinum, Memora peregrina, Cerrado, Ciganinha, Peroxidases. Financiamento: CAPES e FUNDECT pela bolsa concedida e pelo auxílio financeiro. 1: Bolsista CAPES - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, CEP 69080-971, Manaus, AM, Brasil 2:Universidade Católica Dom Bosco, CEP 79117-900, Campo Grande, MS, Brasil 3:Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CEP 13083-970, Campinas, SP, Brasil 4: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, CEP 79070-900, Campo Grande, MS, Brasil 5:Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, CEP 79070-900, Campo Grande, MS, Brasil * Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional225 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DO ÓLEO ESSENCIAL DE PIPERACEAE SOBRE Moniliophthora perniciosa (Sthael) Aime Phillips-Mora. DO CUPUAÇUZEIRO Maria Santino da SILVA1*, Maria Geralda de SOUZA2, Olívia Cordeiro de ALMEIDA3, Aparecia Claret Souza2, Francisco Célio Chaves2, Marcelo Róseo OLIVEIRA2 O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum Willd. Ex Spreng.), espécie nativa da região Amazônica é considerado uma das fruteiras mais importantes economicamente. Entretanto a doença vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo M. perniciosa, constitui um dos principais problemas para a expansão da cultura na região. Visando a investigação de compostos bioativos com potencial para o controle da doença, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do óleo essencial de Piper callosum sobre o crescimento micelial de M. perniciosa vitro. O material vegetal de P. callosum foi coletado no Campo Experimental e encaminhado para o Laboratório de Plantas Medicinais da Embrapa Amazônia Ocidental para a extração do óleo essencial por processo de hidrodestilação em aparelho de Clevenger. O experimento foi instalado no Laboratório de Fitopatologia, utilizando-se os tratamentos constituídos do óleo essencial nas concentrações prospectivas de 0; 0,25; 0,5; 0,75 e 1µL/mL, incorporadas ao meio de BDA fundente e vertidos em placa de Petri. Após o resfriamento do meio de cultura, foi depositado no centro de cada placa, um disco (5 mm) do micélio do fungo. A avaliação foi feita durante 11 dias, período em que o crescimento micelial ocupou a totalidade da área da placa (90 mm) do tratamento testemunha. O delineamento foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Os resultados obtidos durante o período de avaliação demonstraram que o óleo essencial de P. callosum apresentou 100% de inibição do crescimento micelial, a partir da concentração de 0,5µL/mL. Estes dados preliminares comprovam a necessidade da continuidade de estudos in vitro para se estabelecer a efetividade do efeito inibitório e possivelmente fungicida nas diferentes concentrações utilizadas. Palavras-chave: Piper callosum, Theobroma grandiflorum, Controle alternativo, Vassourade-bruxa. Fonte Financiadora- FAPEAM 1 CPAA - EMBRAPA (Rod. Am 010 Km 29 Manaus - AM), 2 UNINORTE - Centro Universitário do Norte (Rua Dez de Julho, 873 - Centro Manaus- Am), 3 CEPLAC Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Rua Maceió, 460, AdrianópolisManaus, AM) *autor para correspondência:[email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional226 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE FÓSFORO NAS TROCAS GASOSAS DE Eleocharis sellowiana Kunth (CYPERACEAE) Gabriel Resende Naves SILVA1*, Fabricio José PEREIRA1, Márcio Paulo PEREIRA1, Luiz Carlos de Almeida RODRIGUES1, Ana Carolina FERREIRA1, Evaristo Mauro de CASTRO1 O fósforo é um dos principais elementos causadores de eutrofização nos ecossistemas aquáticos, e assim, afetando diretamente os recursos hídricos do planeta. Buscando mitigar este problema, estudos com macrófitas acumuladoras de nutrientes vêm sendo cada vez mais realizados além desses estudos auxiliarem no entendimento do crescimento dessas populações em ambientes eutrofizados por fósforo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de diferentes concentrações de fósforo nas características de trocas gasosas em Eleocharis sellowiana. Foram coletadas plantas de E. sellowiana e propagadas em solução nutritiva em casa de vegetação. Clones foram transferidos para bandejas plásticas com capacidade de 7 litros contendo vermiculita e 5 L de solução nutritiva de Hoagland e Arnon modificada com concentrações crescentes de fósforo: 0; 0,2; 0,4 (concentração padrão); 0,6 e 0,8 mM durante 30 dias. Ao final desse período, foram realizadas as avaliações de trocas gasosas no colmo das plantas através de um analisador de trocas gasosas por infravermelho modelo Li-Cor LI-6400XT, sendo avaliadas: taxa fotossintética líquida, a condutância estomática, a taxa transpiratória, o carbono interno e a relação entre carbono interno e externo. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco tratamentos e seis repetições, e os dados submetidos à análise de variância e ao teste de Scott-Knott (p<0,05). A taxa fotossintética líquida não apresentou diferenças em função das concentrações de fósforo (Fc=0,4 e p=0,8) com média geral de 44,07 µmol CO2.m-2.s-1, bem como a condutância estomática (Fc=1,7 e p=0,17) e média de 0,71 µmol H2O.m-2.s-1. A taxa transpiratória não foi modificada pelo fósforo (Fc=1,3 e p=0,28) e apresentou média equivalente a 6,53 mmol H2O m-2.s-1. O carbono interno também não modificado (Fc=0,9 e p=0,43) e demonstrou média de 179,82 µmol e o mesmo percebe-se na relação entre carbono interno e externo (Fc=0,97 e p=0,44) a média foi equivalente a 0,44. Em baixas concentrações de fósforo, a espécie pode estar utilizando suas reservas de nutrientes para suprir sua carência e em altas concentrações desse elemento a espécie pode acumular e alocar o excesso de fósforo sem evidências de toxicidade do elemento. Portanto, a espécie E. sellowiana não modifica as trocas gasosas mesmo com carência ou excesso de fósforo por um período de 30 dias, evidenciando uma grande amplitude de tolerância. Palavras-chave: Fotossíntese, Macrófitas aquáticas, Eutrofização, Macronutrientes, Botânica Aplicada. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional227 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DAS PODAS DE FRUTIFICAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DE CAMUCAMU EM SOLOS INUNDÁVEIS DE YARINACOCHA, UCAYALI-PERÚ Carlos Abanto RODRIGUEZ*1, Mario Pinedo PANDURO2, Edvan Alves CHAGAS3, Maria da Conceição Rocha de ARAÚJO4, Gisela Saldaña RÍOS5, Ricardo Manuel Bardales LOZANO6 Uma das maiores tendências do mundo moderno é a orientação ao consumo de produtos com alto valor nutritivo e vitamínico. Uma das espécies nativas da Amazônia de maior importância é o camu-camu, o qual se destaca por ser uma importante fonte de agentes antioxidantes, devido a sua alta concentração de ácido ascórbico, atingindo cerca de 6000 mg /100g de polpa. Em 1997 o Ministério da Agricultura, o Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIA), e o Instituto de Investigações da Amazônia Peruana (IIAP), instalaram 5.349 ha de camu-camu nas regiões de Loreto, Ucayali e San Martín, em nível de pequenos produtores. Atualmente, encontra-se aproximadamente, produção de 400 ha em Loreto e 350 ha em Ucayali. Estas plantações com mais de 14 anos de idade estão apresentando problemas de produção, a qual vem diminuindo gradativamente por falta de manejo agronômico adequado. Neste sentido objetivou-se determinar o efeito das podas de frutificação e/ou produção no comportamento produtivo das plantas adultas de camu-camu. O trabalho foi executado na chácara Fernando Murayari localizado em Yarinacocha, Ucayali-Peru. O experimento foi instalado em blocos ao acaso, com 4 tratamentos composto por três repetições de 16 plantas cada. Os tratamentos foram T0 - sem poda (testemunha); T1 - desfolhação manual sem poda; T2 - desfolhação manual com poda; T3 – desfolhação com Dormex® com poda. As variáveis avaliadas foram: número e tamanho de brotos (cm), número de botões florais, número de frutos pequenos, número frutos em ponto de colheita e produção (tha-1). O experimento foi avaliado pó um período de 7 meses. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, ao nível de 5% de probabilidade, as análises foram realizadas pelo programa computacional SISVAR. De acordo com os resultados observados, verificou-se que o T2 foi estatisticamente superior aos demais tratamentos, o qual demonstrou maior capacidade de produção de botões florais com média de 11.135, sendo superior ao T0, o qual obteve produção de apenas 5.236 botões florais. Para as variáveis, número de frutos pequenos, frutos em ponto de colheita e produtividade (tha-1) o T2 também se mostrou superior aos demais tratamentos, apresentando 7.867, 1.862 e 19.7 respectivamente. Portanto, conclui-se que a poda de frutificação mais adequada para esta região, é a poda combinada com a desfolhação manual, a qual apresentou melhor comportamento produtivo e maiores índices de frutificação para a cultura do camu-camu. Palavras Chave: Myrciaria dubia, Poda de frutificação, Desfolhação, IIAP. Financiamento: IIAP-Peru. 1 Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP; Universidade Federal de RoraimaPrograma de Pós-Graduação em Agronomia/Produção Vegetal. 2 Instituto de Investigações da Amazônia Peruana-IIAP. 3 Embrapa Roraima. 4 Doutorando-Rede Bionorte. 5 Universidade Intercultural da Amazônia-Ucayali-Peru. 6 Doutorando-Rede Bionorte *Autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional228 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DA TEMPERATURA E TRATAMENTOS PRÉ GERMINATIVOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE JUERANA BRANCA Fábio Renato Oliveira MARQUES1*; Camila Andrade SILVA1, Rodrigo Oliveira ROCHA1; Airton Campos BAPTISTA1; Alexsandro Lara TEIXEIRA2. A espécie Stryphnodendron pulcherrimum, pertence a família Fabaceae e é conhecida como juerana branca. O objetivo da pesquisa foi avaliar a germinação de sementes de juerana branca. Para isto, as sementes foram submetidas a quatro tipos de tratamentos pré germinativos, testados a temperatura de 25°C e 30°C. As temperaturas foram controladas em germinador tipo BOD, em ambiente sem fornecimento de radiação. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Análise de Sementes da FARO – RO. Os tratamentos foram: imersão em ácido sulfúrico por 15 minutos (T1); imersão em água a 80ºC por 5 minutos (T2); imersão em água a 80°C por 10 minutos (T3); e testemunha (T4). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x4, sendo duas temperaturas e quatro tratamentos pré germinativos, sendo estes distribuídos em três repetições de 20 sementes cada. Para a desinfestação das sementes, estas foram imersas em água sanitária a 2%, por um período de tempo de 5 minutos. Em seguida, foram lavadas em água destilada. Para comportar os tratamentos, foram utilizadas caixas “gerbox” e como substrato, papel “germitest”, umedecido com água destilada, com peso 2,5 vezes o peso do papel seco. As avaliações foram realizadas até 28ª dia após a implantação dos experimentos, com avaliação dos parâmetros: Primeira contagem da germinação, no 14º dia após a instalação do experimento; Porcentagem total de germinação, no 28º dia; Matéria seca de plântulas e Comprimento da raiz primária. O tratamento com ácido sulfúrico a 25ºC (T1) obteve resultado expressivo com 45% de sementes germinadas, na primeira contagem de germinação. As testemunhas, para ambas as temperaturas, tiveram resultados estatísticos semelhantes aos obtidos com os tratamentos com água quente, sendo que o tratamento 25ºC T4 resultou em 1,67% sementes germinadas. Para germinação total, os tratamentos com ácido sulfúrico (T1) para as duas temperaturas (25º e 30ºC) mantiveram bom desempenho. O tratamento 1 à 25ºC se sobressaiu com 10% a mais que o realizado à 30ºC. As testemunhas apresentaram, até o final do experimento, baixo índice de germinação. Constatou-se que à temperatura de 25ºC, o tratamento com ácido sulfúrico proporcionou maiores valores de massa seca e comprimento de raiz primária. Desta forma, o tratamento pré germinativo mais indicado para germinação de sementes de juerana branca é a imersão em ácido sulfúrico por 15 minutos à 25ºC. Palavras-chave: Stryphnodendron pulcherrimum, espécie florestal, dormência. 1 Faculdade de Rondônia - FARO. Laboratório de Análise de Sementes. cep: 76815-000, Porto Velho - RO, Brasil. 2 Embrapa Rondônia. Pesquisador, cep: 76815-000, Porto Velho - RO *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional229 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. EFEITO DA PREDAÇÃO POR INVERTEBRADOS NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ANDIROBA (Carapa guianensis Aubl.: Meliaceae) Juciane Casaes de SOUZA1*, Carolina Volkmer de CASTILHO2 A andiroba é uma espécie arbórea com grande potencial de exploração não-madeireira na Amazônia. O óleo extraído de suas sementes tem demanda internacional e é utilizado na indústria de cosméticos e na medicina popular. As sementes de andiroba são muito atacadas por insetos, destacando-se a larva do lepidóptero Hypsipyla ferrealis, que consome o endosperma das sementes comprometendo a viabilidade das mesmas. Ao diminuir o número de propágulos disponíveis para germinação, a predação de sementes pode limitar o recrutamento de plantas e influenciar a distribuição espacial dos adultos. Uma vez que as sementes de andiroba são um importante recurso explorado por populações tradicionais da Amazônia, estratégias de manejo da espécie devem incluir as diferentes fontes de perda de sementes nos sistemas naturais, para garantir a sustentabilidade da exploração. O objetivo deste trabalho foi quantificar a porcentagem de germinação, velocidade de germinação e a viabilidade de plântulas originadas a partir de sementes de andiroba predadas por invertebrados. As sementes de andiroba foram coletadas em uma área de floresta natural localizada no sul do estado de Roraima. Para análise de germinação, foram coletadas cerca de 30 sementes de 8 árvores produtivas. As sementes foram separadas em dois grupos (predadas e não-predadas), pesadas e semeadas em areia lavada com iluminação indireta (sombrite de 30%). Diariamente as sementes foram avaliadas para determinação da porcentagem e velocidade de germinação nos diferentes grupos. Após 4 meses, as plântulas germinadas foram coletadas, medidas e secas em estufa para determinação do peso seco. Foi utilizado o teste t de Student para comparação das médias entre os grupos de sementes. Observou-se diferença significativa entre a porcentagem de germinação das sementes predadas e nãopredadas (t=-4,88, df=14, P<0,0001). A taxa média de germinação de sementes predadas foi de 51,83 ± 24,86% e das sementes não-predadas foi de 95,9 ± 5,7%. O índice de velocidade de germinação foi de 1,7 e 3,1 sementes/dia para o grupo das sementes predadas e não predadas, respectivamente. Não houve diferença significativa entre a razão raiz/parte aérea de plântulas originadas de sementes predadas x não-predadas (t=0,332, df=14, P=0,744). A predação por invertebrados reduziu a taxa e a velocidade de germinação das sementes de andiroba. Todavia, as sementes predadas não perderam totalmente a viabilidade e conseguiram originar plântulas viáveis. Palavras-chave: Plântulas, Hypsipyla ferrealis,Velocidade de germinação, Roraima . Fontes financiadoras: Embrapa/Projeto Kamukaia 1 Universidade Federal de Roraima, Departamento de Química, Campus Paricarana, CEP :69304-000, Boa Vista – RR, Brasil. 2: Embrapa Roraima, caixa postal 133, CEP: 69301-970, Boa Vista – RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional230 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DESENVOLVIMENTO DA ANTERA E DO GRÃO DE PÓLEN DE TRÊS DIFERENTES CULTIVARES DE OLIVEIRA Carolina Ruiz ZAMBON1 , Adriana Tiemi NAKAMURA1, Luiz Fernado de Oliveira da SILVA2 , Rafael PIO3, Adelson Francisco de OLIVEIRA2 O objetivo desse trabalho foi investigar o desenvolvimento de antera e do grão de pólen de três diferentes cultivares de oliveira Olea europaea L., cultivadas no Brasil. Flores de distintos indivíduos de três diferentes cultivares de oliveira: Arbequina, MGS Mariense (Maria da Fé) e MGS Grap541 (Grappolo 541), em diferentes estágios de desenvolvimento, foram coletados na Fazenda Experimental da Epamig em Maria da Fé-MG. O material foi fixado em Karnovsky, desidratado em série etílica e incluído em hidroxietilmetacrilato Leica®. Após a inclusão, cortes em secções longitudinais e transversais foram realizados em micrótomo rotativo manual com espessura de 5 µm e coradas em Schiff-PAS-Toluidina. As lâminas confeccionadas foram montadas em resina sintética. A anatomia da antera e a morfologia do grão de pólen das três cultivares estudadas apresentam características semelhantes entre si. As cultivares apresentam: anteras bitecas e tetrasporangiadas; desenvolvimento da parede da antera do tipo dicotiledôneo; cinco camadas parietais; epiderme unisseriada, o endotécio fibroso com espessamento em espiral; duas camadas médias efêmeras; e tapete glandular. A microsporogênese é simultânea e as tétrades produzidas são tetraédricas. Os grãos de pólen possuem formato esférico e são dispersos em mônades, no estágio bicelular. Durante as análises observou-se sincronia na diferenciação dos dois estames, em todas as cultivares; e sincronicidade na maturação das anteras na mesma flor. Já ao longo da inflorescência, a maturação das anteras ocorre de maneira não concomitante, que é o esperado para o tipo de inflorescência, paniculada, que a espécie apresenta. Os caracteres descritos nesse estudo são condizentes com outros trabalhos descritos para a mesma espécie, apesar das condições climáticas, cultivares e situações geográficas distintas das respectivas regiões. Palavras Chave: Microsporogênese, microgametogênese, anatomia floral, Botânica aplicada, Olea europaea L. Créditos de financiamento: Fapemig 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Campus Universitário, caixa postal 176, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional231 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. DEFINIÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO IN SITU E EX SITU DE Anacardium occidentale L. (ANACARDIACEAE) Mariana Pires de Campos TELLES1*, Leciane Karita de OLIVEIRA2; Luana Martins CARVALHO1, Lázaro José CHAVES3, Ronaldo Veloso NAVES3; José Alexandre Felizola DINIZ-FILHO4 Os marcadores genéticos aliados às técnicas de otimização podem auxiliar na definição de áreas prioritárias para conservação (in situ) e coleta de material biológico (ex situ – coleções de germoplasma), indicando soluções possíveis para representação máxima da variabilidade genética com base em medidas de complementaridade. O presente estudo teve por objetivo definir o menor número de áreas (subpopulações) que permite preservar a variabilidade genética total, a partir das informações de marcadores microssatélites, para o ecótipo do Cerrado de Anacardium occidentale L. (cajuzinho-do-cerrado). Além disso, o trabalho teve por objetivo avaliar em quais áreas amostras deve-se coletar para complementar a variabilidade genética preservada na coleção de germoplasma de cajuzinho-do-cerrado, mantida pela Escola de Agronomia da UFG. Para tanto, 583 indivíduos distribuídos em 20 subpopulações naturais e 538 indivíduos da coleção de germoplasma foram avaliados para 12 marcadores microssatélites. A representatividade e o nível de insubstituibilidade de cada subpopulação foram obtidos a partir das informações genéticas, comparando-se o número de alelos, por meio de uma análise de complementaridade. O número de alelos nas subpopulações foi 119, variando entre 15 e 36. Foram observados valores consideráveis de diversidade (He = 0,75), índice de fixação intrapopulacional (FIS = 0,20) e estrutura genética populacional (FST = 0,07). Com base no total de alelos, uma solução possível permitiu determinar quatro subpopulações prioritárias, capazes de preservar 100% dos alelos existentes. Uma das soluções, por exemplo, as subpopulações localizadas nos municípios de Niquelândia-Go, Mimoso-Go, Silvânia-Go e Jaraguá-Go contêm, respectivamente, 80%, 13%, 5% e 2% do total de alelos. Dos 119 alelos existentes nas subpopulações naturais, 47 não estão representados na coleção de germoplasma. Sendo assim, uma das soluções possível, 11 subpopulações foram indicadas para realização de coleta de germoplasma (sementes), a fim de complementar a variabilidade genética encontrada nas subpopulações naturais de cajuzinho-do-cerrado. Embora a utilização dos métodos de complementaridade para dados genéticos ainda não seja amplamente difundida, os resultados mostrados aqui indicam que trata-se de uma abordagem útil do ponto de vista metodológico, possibilitando o aprimoramento da definição quantitativa, mais abrangente e equilibrada, de metas de conservação in situ e ex situ dos recursos genéticos. Palavras-chave: Caju-do-Cerrado, Complementaridade, Marcadores microssatélites. Apoio financeiro: CNPq (proc. 472717/2011-1) e FAPEG/AUX PESQ CH 005/2012. 1 1: Universidade Federal de Goiás, Departamento de Biologia Geral, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, Campus Universitário, caixa postal 131, CEP: 74001-970, Goiânia-GO, Brasil. 2: Doutoranda, Universidade Federal de Goiás, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas. 3: Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, Campus Universitário, caixa postal 131, CEP: 74001-970, Goiânia-GO, Brasil. 1: Universidade Federal de Goiás, Departamento de Ecologia, Campus Universitário, caixa postal 131, CEP: 74001-970, Goiânia-GO, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional232 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CONCENTAÇÕES DE URÉIA E INTERVALO DE APLICAÇÃO FORMAÇÃO DE PORTA - ENXERTOS DE CAMUCAMUZEIRO PARA Fernando Barreto Diógenes de QUEIROZ1*, Edvan Alves CHAGAS2, Verônica Andrade dos SANTOS2, Nilma Brito de QUEIROZ4, Carlos Abanto RODRIGUEZ3, Maria Isabel Garcia RIBEIRO4, Jaqueline de Oliveira VILENA4 Alguns setores industriais tem aumentado o interesse nos frutos de camu camu devido o alto teor de vitamina C , motivos para se buscar informações a respeito dessa espécie, pouco se sabe sobre os teores de elementos minerais necessários ao bom desenvolvimento de portaenxertos. Apesar de sua propagação ser em sua maioria de forma seminífera, a enxertia se faz necessário, pois propagar plantas com alta produtividade e altos teores de vitamina C é um dos objetivos da propagação vegetativa, no entanto é necessário porta-enxertos em condições nutricionais adequadas. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi verificar o efeito de concentrações de uréia e intervalos de aplicação na formação de porta-enxertos de camucamuzeiro. O trabalho foi desenvolvido no Setor de Fruticultura da Embrapa Roraima, Boa Vista. As sementes para formação dos porta-enxertos foram retiradas de frutos de populações naturais localizadas nas margens do lago do Preto, em Boa Vista. As sementes foram colocadas para emergência em canteiro com substrato areia e serragem. Após emergência as plântulas foram transplantadas para sacos de polietileno contendo 3 kg de solo e areia na proporção de 3:1, e colocadas sobre bancadas em casa de vegetação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com cinco concentrações de Uréia (0; 0,16; 0,31; 0,47 e 0,93 g/1,5 dm3) em cobertura e dois períodos de aplicação (14 e 28 dias), quatro repetições e cinco plantas por parcela. Aos seis meses foram avaliados: Altura (cm), diâmetro do colo (mm), número de folhas e massa seca das raízes e parte aérea (g). Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão pelo programa SISVAR®. De acordo com os resultados obtidos, houve diferenças estatísticas em relação às diferentes concentrações utilizadas no desenvolvimento de porta-enxertos de camucamuzeiro, para a característica do diâmetro do caule as doses 16 e 47g foram semelhantes à testemunha com 5,37 mm de espessura, os porta-enxertos alcançaram maior altura 37 cm com a concentração de 16 g g/1,5 dm3. Houve interação entre as doses e intervalos de aplicação, o maior numero de folhas foi observado quando a aplicação foi realizada aos 28 dias, com 15,90 folhas por plantas, enquanto que o intervalo de aplicação de 7 dias proporcionou apenas 9,7 folhas por plantas. A dose de 16g influenciou no maior desenvolvimento dos porta-enxertos de camucamuzeiro. O intervalo mais adequado para aplicação do produto foi aos 28 dias. Palavras chaves: Myrciaria dubia , fruta nativa, nitrogênio. Apoio financeiro: CNPq/CAPES/UFRR e EMBRAPA-RR 1 Estudante de Engenharia de Produção – Faculdade Catedral, Boa Vista –RR. Embrapa Roraima, Rodovia BR-174, Km 8, S/N, CEP: 69301-970, Boa Vista-RR. 3 Eng. Florestal, mestrando da UFRR, Boa Vista- RR. 4 Estudante do curso de agronomia/UERR campus Alto Alegre/RR. 5 Estudantes do curso de agronomia UFRR/bolsistas PIBIC/CNPq, Boa Vista/RR. *autor para correspondência: email: [email protected] 2 Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional233 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. FUNGOS MICORRÍZICOS EM ESPÉCIES FRUTÍFERAS DE DOIS SAF´S NO AMAZONAS. Ingrid Cândido de Oliveira BARBOSA1*, Luiz Antonio de OLIVEIRA2, Francisco Wesen MOREIRA3, Lucinaia Bentes NOGUEIRA4 A maioria dos solos de terra firme na Amazônia apresenta acidez elevada e deficiência generalizada de nutrientes. Porém, os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) aumentam a capacidade da planta de absorver nutrientes do solo e água favorecendo sua nutrição. O objetivo deste trabalho foi avaliar a interação micorrízica no sistema radicular de três espécies de dois Sistemas Agroflorestais (SAF’s) da região Amazônica, bem como verificar a existência de correlações entre as colonizações micorrízicas e os teores de macro e micronutrientes em épocas distintas. As coletas foram realizadas em dois SAF’s na comunidade de Presidente Figueiredo, em Latossolo amarelo, nos meses de agosto (época seca) e março (época chuvosa), onde foram coletadas as seguintes espécies: açaí (Euterpe oleracea Mart.), banana (Musa sp.) e cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum). Foram coletadas raízes e folhas para a avaliação da colonização micorrízica e determinações de teores de macro e micronutrientes nas folhas. Coletaram-se, também, amostras de solo para avaliar seus níveis de fertilidade em cada época de amostragem. No total foram analizadas cinco repetições 250 repetições de cada espécie. A Colonização radicular total por fungos micorrízicos arbusculares oriundas do SAF 1 na época seca variou de 29,25% no açaí, 23,0% na banana e 13,5% no cupuaçu. Durante a época chuvosa o mesmo SAF apresentou colonização radicular de 12,4% no açaí, 60,4% na banana e 24,8% no cupuaçu. A colonização radicular no período seco das espécies do SAF 2 foi de 5,5% no açaí , 46,5% na banana e 24,8% no cupuaçu. Já na época de chuva observou-se uma colonização de 4,8% no açaí e 78% na banana e cupuaçu. As hifas e vesículas predominaram nas raízes de todas as espécies, ocorrendo diferenças significativas durante as diferentes épocas. Variações quanto à emissão de novas raízes nos meses de amostragem poderiam explicar essas diferenças, uma vez que os fungos micorrízicos colonizam as raízes mais finas e novas do sistema radicular da planta. O Fe presente no solo rizosférico, em ambos os SAF, foi o elemento que mais influenciou as relações nutrientes-micorrizas nas espécies estudadas. Os nutrientes foliares que mais se relacionaram com os fungos micorrízicos foram os teores de cálcio e potássio no SAF 1 e, cálcio, potássio e magnésio no SAF2. Palavras-chave: Euterpe oleracea Mart., Musa sp., Theobroma grandiflorum Schum., Associação micorrízica, Aspectos nutricionais. Fomento: FAPEAM, CAPES e CNPq 1 Instituto Federal do Amazonas – IFAM , Bolsista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Graduanda em Ciências Biológicas, Campus Manaus centro, CEP: 69020-120, Manaus-AM, Brasil. 2: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador Doutor do Instituto de Pesquisas da Amazônia, bolsista do CNPq e Professor de PG do INPA, UFAM e UEA, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. 3: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, Pesquisador do Instituto de Pesquisas da Amazônia, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. 4: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, aluna de mestrado, Programa de Pós-Graduação Agricultura no Trópico Úmido, C. Postal 2223, 69080-971, Manaus-Am, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional234 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. COMPARAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS FOLIARES DE Psychotria vellosiana NA BORDA E INTERIOR DE FRAGMENTOS FLORESTAIS Nayara Cristina de MELO1*; Marcelo POLO2 A fragmentação florestal é a principal consequência da formação de bordas, que podem apresentar condições ambientais diferentes das encontradas no interior das florestas como maior luminosidade e maiores temperaturas. O objetivo do trabalho foi avaliar possíveis diferenças morfológicas entre folhas de Psychotria vellosiana presentes na borda e no interior de dois fragmentos localizados na Fazenda Usina Monte Alegre (21˚21’S; 46˚17’W) e na Pousada do Porto (21˚ 25’S; 46˚ 07’W), próximos ao município de Alfenas-MG. Em cada fragmento foram instaladas quatro parcelas de borda e quatro de interior dentro das quais foram amostrados 40 indivíduos. Foram coletadas duas folhas completamente expandidas do 2° e 3° nó abaixo do ápice caulinar de todos os indivíduos encontrados em todas as parcelas. A área foliar foi determinada com o auxílio do programa Image-Tool. Para a obtenção da massa seca, as folhas foram pesadas em uma balança de precisão (determinando a massa fresca), colocadas em estufa a 60ºC por 48h e pesadas novamente. Foi calculada a massa foliar específica (MFE), área foliar específica (AFE) e o teor de água (TA). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANAVA) e as médias comparadas pelo teste de ScottKnott a 5% de significância. Para o fragmento da Usina Monte Alegre a análise de variância mostrou que os valores de área foliar, área foliar específica, teor de água e massa foliar específica não diferiram significativamente entre folhas de borda e interior. Enquanto as folhas de interior apresentaram menores massa fresca e seca em relação às folhas da borda, o que pode ser considerada uma estratégia para maior captação de luz que se propaga no interior dos fragmentos. Para o fragmento localizado na Pousada do Porto não houve diferença significativa para os valores de massa seca, massa fresca, teor de água, área foliar e massa foliar específica. Apenas a área foliar específica foi significativamente maior nas folhas de borda em relação às folhas de indivíduos presentes no interior do fragmento. A área foliar específica é um indicativo da espessura da folha, ou seja, pode ser uma adaptação da espécie a um ambiente de maior luminosidade que pode ter ocorrido na borda deste fragmento. Palavras–chave: Psychotria, Fragmentação, Morfologia foliar Agradecimentos: FAPEMIG / CAPES 1 1Universidade Federal de Lavras- Departamento de Biologia- Setor de Fisiologia Vegetal; Lavras-MG CEP:37200-000 2Universidade Federal de Alfenas- Instituto de Ciências da Natureza; Alfenas-MG, CEP: 37130-000 *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional235 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE SEMENTES DE MOGNO AFRICANO OBTIDAS NUM PLANTIO EM BOA VISTA, RORAIMA Maria da Conceição Rocha ARAÚJO1, Bruna, Santana MORAES1, Christinny Giselly BACELAR-LIMA2, Aline das Graças SOUZA2, Oscar José SMIDERLE2, Edvan Alves CHAGAS2, Adamor Barbosa MOTA-FILHO1 A Khaya ivorensis A. Chev (Meliaceae) é uma árvore de madeira nobre, introduzida no Brasil como espécie alternativa devido à proibição legal da exploração e comercialização do mognobrasileiro, além da suscetibilidade que esta apresenta ao ataque de pragas. A madeira do mogno-africano tem alto valor comercial pela durabilidade e beleza. Apesar da importância comercial desta espécie para o aproveitamento da madeira, ainda são escassos os trabalhos que permitam maior conhecimento sobre a morfologia e biologia de sementes para aplicação de técnicas que viabilizem a formação de bancos seminíferos na produção de mudas de mogno. Assim, este trabalho, se propôs caracterizar de forma descritiva os caracteres morfológicos das sementes de K. ivorensis obtidas de um plantio em Roraima. As sementes utilizadas para esta caracterização foram coletadas diretamente do solo após dispersão natural dos frutos e levadas ao laboratório de análise de sementes da Embrapa Roraima. Avaliaram-se o comprimento, largura e espessura das sementes com auxílio de paquímetro digital e a massa individual das sementes em balança de precisão. A variabilidade obtida nas medidas biométricas de sementes de K. ivorensis, é justificada por se tratar de uma espécie florestal exótica em crescimento em ambiente que apresenta diferentes microclimas o que pode favorecer ou não o desempenho de espécies não nativas como o mogno africano. As sementes avaliadas apresentaram em média 21,650 mm ± 2,193 de comprimento, 34,47 mm ± 3,246 de largura 2,49 mm ± 0,521de espessura, e ocupando volume de 1.865,3 mm3 com massa individual das sementes de 0,302 g ± 0,096, desconsiderando a forma real. Indicativo da necessidade de ampliar estudos detalhados para determinar melhor manejo, visando o desenvolvimento de acordo com a finalidade para sua exploração e obtenção de sementes uniformes. O conhecimento da biometria das sementes permite planejar o espaço necessário para a conservação das sementes até a utilização na propagação e produção de novas mudas. Palavras-chave: Meliaceae, Madeira, Espécie florestal, Biometria, Banco de germoplasma. Apoio financeiro: CNPq, CAPES, Embrapa Roraima e UFRR 1 Universidade Federal de Roraima-UFRR, Centro de Ciências em Agronomia – CCA, Campus Cauamé: BR 174, Km 12. Bairro Monte Cristo. CEP: 69300-000 Boa Vista / RR, Brasil. 2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Roraima, Pesquisa em Fruticultura, BR-174, km 8, Distrito Industrial, Cx. Postal 133, CEP: 69.301-970, Boa Vista-RR, Brasil. *Endereço para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional236 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO E VIABILIDADE POLÍNICA ENTRE DIFERENTES CULTIVARES DE OLIVEIRAS (Olea europaea L.) EXISTENTES EM MINAS GERAIS Carolina Ruiz ZAMBON1*, Luiz Fernando de Oliveira da SILVA2, Assis Francisco Ferreira3, Flávio Gabriel BIANCHINI4, Bianca Elis Cruz SILVA3, Pedro Augusto de Oliveira SILVA3 O objetivo deste trabalho foi avaliar o número de grãos de pólen por flor e germinação de grãos de pólen de seis diferentes cultivares de oliveira (Arbequina, MGS ASC322, MGS GRAP541, MGS GRAP561, MGS MARIENSE e Picual). Para caracterização foram coletadas cinco flores de cada cultivar, contado o número de anteras de cada flor e retirados duas anteras, sendo cada conjunto armazenado em Epperdorfs com uma solução de 1.000 µL de ácido láctico. Após 48 horas realizou-se a contagem do pólen em uma amostra de (1,5 µL) dessa solução. Para avaliação da germinação o pólen foi germinado in vitro, em meio de cultura específico contendo 5 g L-1 de Agar, 1,27 mM de Ca(NO3)2. 4H2O, 0,87 mM de MgSO4 . 7H2O, 0,99 mM de KNO3 e 1,62 mM H3BO a pH 7,0, com concentração de sacarose de 100 g L-1 , pH 7, aguardando 16 horas para a contagem. Para quantificação do pólen por antera multiplicou-se a média do número de grãos de pólen de cada amostra pelo volume de ácido láctico (1.000 µl) e dividiu-se este valor pelo produto entre o volume de ácido láctico da amostra (10 µl) e o número de anteras de cada tubo (5), para cálculo do pólen por flor multiplicou-se a média de grãos de pólen por antera pelo número médio de anteras por flor. No experimento de germinação foi utilizado quatro repetições, sendo cada repetição um quadrante da placa de Petri e cada repetição foi constituída por cinco campos de visão. Em todos os experimentos o delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Os dados submetidos à análise de variância, sendo as médias qualitativas avaliadas pelo teste de comparação de médias Scott & Knott. Durante a avaliação do experimento a cultivar MGS GRAP541 foi a que apresentou a maior quantidade de grãos de pólen por flor, seguida das cultivares MGS MARIENSE, Arbequina, Picual, MGS GRAP561 e MGS ASC322. No experimento de germinação a cultivar MGS GRAP541 foi a que apresentou a maior quantidade de grãos de pólen por flor, seguida das cultivares MGS MARIENSE, Arbequina, Picual, MGS GRAP561 e MGS ASC322. Sendo assim conclui-se que com exceção das cultivares MGS GRAP541 e MGS MARIENSE, as demais produzem pólen com boa capacidade germinativa podendo ser recomendado como cultivares polinizadoras. Palavras Chave: Botânica aplicada, Olivicultura, Melhoramento genético. Créditos de financiamento: Fapemig 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected]. *autor para correspondência: [email protected] 2 Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Campus Universitário, caixa postal 176, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 3 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Graduando em Agronomia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037 CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 4 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional237 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO DE ATRIBUTOS FÍSICOS DE FRUTOS DE DIFERENTES CULTIVARES E SELEÇÕES DE CASTANHEIRO Pedro Henrique Abreu MOURA1 *, Silvana Catarina Sales BUENO2, Rafael PIO1, João Pedro Sales BUENO1, Filipe Bittencourt Machado de SOUZA1, Pedro Maranha PECHE1 O castanheiro pertence à família Fagaceae, gênero Castanea e produz frutos conhecidos como nozes, que alojam em seu interior, castanhas de alto valor comercial. As castanhas contém pouca gordura, proteína de alta qualidade (3% da massa total) e são livres de glúten. Também possuem em sua composição, quantidades razoáveis de vitamina C e potássio, baixo teor de sódio e cerca de 45 % de amido, além de conter ácidos graxos, que podem variar entre as espécies e até mesmo entre diferentes cultivares da mesma espécie. Sendo assim, nove cultivares (‘Taishowase’, ‘Tiodowase’, ‘Tamatsukuri’, ‘Isumo’, ‘Okuni’, ‘Moriwase’, ‘Kinshu’, ‘Senri’ e ‘Ibuki’) e duas seleções (‘KM-2’ e ‘KM-1’) de castanheiros híbridos (Castanea crenata x Castanea sativa) foram analisadas em São Bento do Sapucaí-SP. Os parâmetros físicos avaliados foram: massa total da noz contento as castanhas, diâmetro longitudinal (DL) e diâmetro transversal (DT) da noz e castanha, espessura da porção mediana das castanhas, relação DL/DT, classificação do formato das castanhas, número total de castanhas por noz, número médio de castanhas polinizadas e não polinizadas e massa total e média das castanhas por noz. O delineamento utilizado nas avaliações foi em blocos ao acaso, com 11 tratamentos (cultivares e seleções de castanheiro), contendo quatro blocos e 20 frutos por parcela. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. Quanto a biometria dos frutos, a cultivar Tamatsukuri apresentou maior massa total da noz. Quanto as dimensões das castanhas, não houve diferença entre os diâmetros e a espessura, no entanto, constatou-se diferença estatística na relação DL/DT. As cultivares Taishowase, Tiodowase, Kinshu e a seleção KM-2 apresentaram maiores quantidades de castanhas polinizadas, ao passo que Isumo, Okuni, Moriwase, Senri e Ibuki apresentaram maiores números de castanhas não polinizadas. Algumas cultivares apresentaram reduzido número de castanhas dentro da noz, porém com castanhas de maiores massas, o que indica falta de sincronia no período de floração. Palavras-chave: Castanea crenata, Castanea sativa, Qualidade pós-colheita, Produção. Créditos de financiamentos: FAPEMIG. 1: Universidade Federal de Lavras, Departamento de Agricultura, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia, Campus Universitário, Caixa Postal 3037, CEP: 37200-000, Lavras-MG, Brasil. 2: Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI, Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí, Caixa Postal 22, CEP: 12490-000, São Bento do Sapucaí-SP, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional238 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE E ESTRUTURA GENÉTICA EM DIFERENTES GERAÇÕES EM Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucariaceae) Roberta Inácia DUARTE1,2*, Caroline CRISTOFOLINI1,2, Willian VIEIRA1, Glauco SCHÜSSLER1,2, Juliano Zago da SILVA1,2, Adelar MANTOVANI3, Maurício Sedrez dos REIS1,2 Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze é uma espécie nativa do sul do Brasil que se encontra sob ameaça de extinção, em função das pressões antrópicas relacionadas à exploração madeireira, à expansão das fronteiras agrícolas e à degradação dos ambientes naturais. Estudos que envolvam a caracterização da diversidade e da estrutura genética em populações naturais têm o potencial de fornecer subsídios para conservação da espécie. Nesse contexto, esse trabalho tem como objetivo caracterizar a diversidade e a estrutura genética em diferentes gerações em populações de A. angustifolia, visando dar suporte para a elaboração de estratégias e modelos de conservação e uso da espécie. Foram caracterizados 96 indivíduos jovens (altura ≤ 3,0 m) e 96 indivíduos adultos (Diâmetro a Altura do Peito ≥ 20 cm) em uma população da espécie (Campo Belo do Sul- SC), com o uso de cinco marcadores microssatélites. Foram estimadas as frequências alélicas, os índices de diversidade (número total de alelos, número médio de alelos efetivos, heterozigozidade observada, heterozigosidade esperada e índice de fixação) e as estatísticas F de Wright. Foram feitos os testes de desequilíbrio de ligação e de presença de alelos nulos. Para os cinco locos nos 192 indivíduos foram identificados 53 alelos, indicando alto polimorfismo. A heterozigosidade esperada foi de 0,619 (adultos) e 0,582 (jovens) e heterozigosidade observada de 0,555 (adultos) e 0,484 (jovens), o que evidencia perda de diversidade da geração de adultos para a de jovens. As estimativas de Fst (0,001; IC= 0,002- 0,008 a 95%) indicaram inexistência de diferenciação genética entre as gerações. Em relação à dinâmica do índice de fixação entre gerações, o Fis foi de 0,104 para os adultos e 0,170 para os jovens, indicando presença de aumento no potencial de perda de diversidade na população. Os resultados de redução de diversidade mostram comprometimento da população e refletem a importância da elaboração de estratégias de conservação e uso da espécie, especialmente aquelas que possam favorecer fluxo gênico, e em longo prazo possam garantir continuidade da expressão de seu potencial evolutivo e conservação das populações remanescentes. Palavras-chave: Pinheiro-brasileiro, Conservação, Diversidade genética, Marcadores microssatélites. Agradecimento ao CNPq, CAPES e FAPESC pela concessão das bolsas e financiamento. 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais, caixa postal 476, CEP: 88034-001, Florianópolis-SC, Brasil. 2: Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Fitotecnia, Programa de PósGraduação em Recursos Genéticos Vegetais, caixa postal 476, CEP: 88034-001, Florianópolis-SC, Brasil. 3: Universidade do Estado de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Florestal, Grupo de Pesquisa Uso e Conservação de Recursos Florestais, CEP:88.520-000, Lages-SC, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional239 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. CARACTERÍSTICAS DO CRESCIMENTO DE CALOS INDUZIDOS SEGMENTOS FOLIARES Byrsonima verbascifolia (L.) DC. (Malpighiaceae) EM Raquel Bezerra CHIAVEGATTO1*, Mayra Gonçalves MARÇAL2, Vânia Helena TECHIO1, Ana Hortência Fonsêca CASTRO3 Byrsonima verbascifolia, conhecida popularmente por murici-cascudo, é uma espécie do Cerrado pertencente à família Malpighiaceae, que apresenta propriedades antioxidante e cicatrizante. Devido à presença de um pirênio indeiscente e de um tegumento extremamente lignificado B. verbascifolia tem baixa taxa de germinação e a cultura de tecidos é uma técnica utilizada para a sua propagação. Na embriogênese somática as células somáticas passam por um processo de desdiferenciação originando uma massa celular denominada calo. O objetivo desse estudo foi induzir a formação de calos e determinar a curva de crescimento, a fim de fornecer informações sobre o momento ideal para seleção de células com maior capacidade embriogênica. Os calos foram induzidos a partir de explantes foliares obtidos de plântulas com 40 dias de idade, provenientes de embriões germinados in vitro. Segmentos foliares de aproximadamente 0,25 cm2 de área foram inoculados em tubos de ensaio contendo meio MS, suplementado com 30 g L-1 de sacarose e acrescidos de 1 mg L-1 de 2,4-D e 1 mg L-1 de BAP. Os calos foram mantidos na ausência de luz. A curva de crescimento de calos foi obtida a partir de pesagens do material inoculado fresco e seco, a partir do 10° dia da inoculação, até ser atingida a fase de declínio, em intervalos de 10 dias. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, sendo cada pesagem composta pela média de 12 tubos, cada tubo contendo um explante. Foram obtidos calos friáveis, cuja curva de crescimento apresentou cinco fases distintas, lag, exponencial, linear, estacionária e declínio, representada pela equação de regressão y = 0,2196x - 0,1909. Na curva de crescimento do murici-cascudo, a fase lag ocorre até o 20° dia após a inoculação; a fase exponencial estendeu-se do 20° ao 50° dias; havendo um declínio entre o 50° ao 60° dia de cultivo. Entre 60° ao 70° dias houve intensa divisão celular. A fase linear foi observada entre o 70° e o 90° dias e entre o 90° ao 100°dias ocorreu a fase estacionária, com tendência de acúmulo de metabólitos secundários. A partir do 100° dia, a cultura entrou na fase de declínio, na qual se observa baixa taxa de nutrientes, secagem do agar e acúmulo de substâncias tóxicas. O conhecimento da curva de crescimento possibilita gerar subsídios para a seleção de células com maior capacidade embriogênica. O subcultivo de calos de Byrsonima verbascifolia, poderá ocorrer aos 100 dias, quando ocorre desaceleração no seu crescimento. Palavras-chave: Cerrado, Embriogênese somática, Metabólitos secundários, Murici-cascudo. Créditos de financiamento: CAPES, FAPEMIG. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000 Lavras-MG, Brasil. 2 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Laboratório de Citogenética, Campus Universitário, caixa-postal: 3037, CEP: 37200-000 Lavras- MG – Brasil. 3 Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Centro-Oeste D. Lindu, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, CEP: 35501-296, Divinópolis-MG, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional240 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ESTOMÁTICAS DE DIFERENTES FOLÍOLOS DE Tabebuia roseo-alba (RIDL.) SAND. (BIGNONIACEAE) Gabriel Resende Naves SILVA1*, Marinês Ferreira PIRES1, Katiúscia Freire de SOUZA1, Luciana da SILVA1, Fabricio José PEREIRA1 A avaliação das características anatômicas de folhas compostas trifolioladas, como as encontradas em Tabebuia roseo-alba, torna-se difícil em decorrência de possíveis variações estruturais entre os folíolos. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi verificar possíveis modificações nas características estomáticas dos folíolos de T. roseo-alba e a sua relação com a amostragem dessas características nas folhas. Foram coletadas folhas completamente expandidas na parte mais externa da copa de 3 plantas de T. roseo-alba sendo amostradas uma folha para cada ponto cardeal em três diferentes alturas da copa (ápice, meio, base), totalizando 12 folhas por indivíduo. As amostras foram fixadas e armazenadas em etanol 70% sendo, posteriormente, realizadas impressões da epiderme foliar utilizando adesivo à base de éster de cianoacrilato. O adesivo foi aplicado na superfície abaxial de cada folíolo e seco em estufa por 20 minutos, em seguida a película foi retirada e montada em lâmina e lamínula com glicerol 50%. As lâminas foram fotografadas utilizando microscópio trinocular com sistema de captura de imagens. As análises foram realizadas em software de análise de imagens UTHSCSA-Imagetool sendo avaliadas: a densidade, diâmetros polar e equatorial e funcionalidade dos estômatos. Foram produzidas uma lâmina por folíolo e avaliado um campo por lâmina para cada característica. O delineamento foi inteiramente casualizado com três tratamentos e 36 repetições com parcela experimental de um folíolo. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott para p<0,05. Não ocorreram modificações significativas para o diâmetro polar (Fc=0,4 e p=0,64) com média de 25,64 µm, bem como para o diâmetro equatorial (Fc=1,7 e p=0,18) demonstrando média de 20,84 µm em função dos diferentes folíolos. A funcionalidade estomática também não apresenta diferença entre os folíolos (Fc=1,02 e p=0,36) sendo a média equivalente a 1,24. A densidade estomática não foi modificada pelos diferentes folíolos (Fc=0,9 e p=0,39) com média de 170 estômatos por mm2. Os resultados demonstram que não há diferenças para as características estomáticas entre os folíolos de folhas trifolioladas de T. roseo-alba podendo-se amostrá-los aleatoriamente para avaliações anatômicas. Portanto, as características estomáticas de folhas compostas de T. roseo-alba não são influenciadas pelos diferentes folíolos. Palavras-chave: Anatomia foliar, quantitativa, Botânica aplicada. Plasticidade morfológica, Epiderme, Anatomia Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES e CNPq. 1 Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Botânica Aplicada, Campus Universitário, caixa postal 3037, CEP: 37200-000, LavrasMG, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional241 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. POSSIBILIDADE DE ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE DIFERENTES ESPÉCIES FLORESTAIS AMAZÔNICAS DE INTERESSE ECONÔMICO Isolde Dorothea Kossmann Ferraz1*; Geângelo Petene CALVI1; Izis Aniê de Paiva CÂNCIO²; Valdiek da Silva MENEZES²; Fernanda Barbosa BARROS2; Suzana Helen da Silva MEDEIROS2 O armazenamento de sementes a longo prazo depende de algumas características fisiológicas, das quais, a tolerância ao dessecamento é a mais importante. Este trabalho visa classificar para fins de armazenamento, as sementes de vinte espécies florestais em tolerantes ou sensíveis ao dessecamento. A seleção das espécies foi baseada no seu potencial econômico na região amazônica, seja por produtos madeireiros ou produtos florestais não-madeireiros. As espécies selecionadas foram: Amanoa gracillima, Bombacopsis nervosa, Couma ultilis, Couratari longipedicellata, Dulacia guianensis, Enterolobium schomburgkii, Eschweilera romeu-cardosoi, Eugenia longiracemosa, Geissospermum urceolatum, Glycydendrum amazonicum, Inga cinnamomea, Maquira sclerophylla, Micropholis cylindrocarpa, Ocotea aff. cujumary, Ocotea cinera, Pouteria minima, Pouteria torta, Protium gallosum, Protium nitidifolium e Swartzia tessmannii. Após a coleta de frutos e sementes, o beneficiamento foi realizado manualmente conforme o tipo de fruto; e o lote foi dividido em três tratamentos. No primeiro, sementes recém beneficiadas foram semeadas no viveiro em caixas plásticas contendo vermiculita. No segundo, foram mantidas em câmara a 15 ºC em sacos de plástico com vermiculita seca em igual proporção à massa das sementes. No terceiro tratamento, as sementes foram dessecadas sobre ventilador e sílica gel a 25 ºC até teor de água abaixo de 10%. O segundo e terceiro tratamento foram semeados ao mesmo tempo, nas condições do primeiro. Em cada tratamento o teor de água foi determinado antes da semeadura em estufa a 105 ºC. A análise foi descritiva e, sementes que germinaram no primeiro e segundo tratamento foram consideradas recalcitrantes e ortodoxas as que germinaram após a secagem. Sementes de seis espécies apresentaram germinação após o dessecamento e podem ser classificadas como tolerantes ao dessecamento (ortodoxas): Amanoa gracillima, Bombacopsis nervosa, Couma utilis, Couratari longipedicellata, Enterolobium schomburgkii e Glycydendrum amazonicum. As sementes das demais 14 espécies apresentaram somente germinação antes do dessecamento e no segundo tratamento e podem ser classificadas como sensíveis ao dessecamento (recalcitrantes). Desta forma, somente 30% das espécies estudas possuem possibilidade de armazenamento a longo prazo. Este trabalho reforça os resultados já conhecidos da alta participação das sementes recalcitrantes em regiões tropicais e acrescenta espécies até então não classificadas. Palavras chaves: Semente ortodoxa, Semente recalcitrante, Germinação, Armazenamento. Apoio financeiro do CNPq, CAPES e FAPEAM 1 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Coordenação de Biodiversidade, Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais, Caixa Postal 2223, CEP: 69080-9710, Manaus-AM, Brasil. 2 Graduando Engenharia Florestal, Universidade Federal do Amazonas, Bolsista PIBIC/INPA/FAPEAM *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional242 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ARQUIVO X: QUIMERA GÊNICA TRANSCRITA EM PLANTA DO CLADO X DA FAMÍLIA SAPINDACEAE, O GUARANAZEIRO Paula Cristina da Silva ANGELO1*, Ana Yamaguishi CIAMPI2, Gilvan Ferreira SILVA1, Jorge Ivan Rebelo PORTO3, Spartaco ASTOLFI-FILHO4, André Luiz ATROCH1 O guaranazeiro [Paullinia cupana (Kunth) var. sorbilis (Mart.) Ducke] tem 210 cromossomas e é um alopoliplóide, incluído no clado X/tribo Paulliniae, da família Sapindaceae. Dez loci de microssatélites foram testados e validados quanto à amplificação, polimorfismo e reprodutibilidade para a distinção de cultivares desta espécie. Um destes loci, o GRN07, comporta um bloco de repetições (TA)16 surpreendentemente inserido entre duas ORFs, no contig 660 do banco de ESTs de frutos com sementes do guaranazeiro (https://helix.biomol.unb.br/GR/). A primeira das duas ORFs codifica um polipeptídeo deduzido com 180 aminoácidos e é homóloga a MOTHER OF FLOWERING LOCUS T AND TFL1 (MFT) em Fragaria vesca, com E-value igual a 2 x 10-89. O transcrito deste MFT é completo: tem região 5’ não traduzida (5’-UTR), quatro possíveis exons, motivos conservados e aminoácidos essenciais para a atividade da proteína preservados em posições comparáveis às do homólogo em Arabidopsis thaliana. A proteína mft é um fator de transcrição expresso em sementes que pode interferir com o tempo necessário para a germinação. Na região 3’-UTR de MFT está o bloco de repetições (TA). Esta região não traduzida funde-se, em algum ponto, com um intron do gene FLOWERING LOCUS T (FT OU FLT), porque a segunda ORF do mesmo contig 660 codifica um peptídeo deduzido com 80 aminoácidos e é homólogoa ao quarto e último exon do gene FT em A. thaliana (E-value = 9 x 10-40). Ft faz parte do complexo de transcrição que integra os fatores determinantes do tempo necessário para o florescimento. Em A. thaliana, o primeiro e o quarto exons do MFT e do FT, respectivamente, apresentam mais de 50% de nucleotídeos idênticos em sentidos de leitura contrários e os genes estão, ambos, localizados no cromossoma 1. A identidade, além de elementos repetitivos presentes nos exons e introns e de motivos conservados na região traduzida parecem ter sido preservados no guaranazeiro, porque a primeira (MFT) e a segunda (FT) ORFs têm 27% de identidade. Isto pode ter contribuído para um alinhamento defectivo entre dois dos muitos cromossomas homólogos e/ou homeólogos em que estão localizados os genes MFT e FT no guaranazeiro. A recombinação desigual entre os dois genes, com a perda dos sites de splicing pode ter causado a formação da quimera em que parte do intron de FT foi preservada no transcrito maduro quimérico representado no contig 660. Palavras-chave: Paullinia Florescimento, Germinação. cupana var. sorbilis, Floresta Amazônica, Guaraná, Financiamento: FAPEAM (projeto 924/03) e Embrapa (projeto no. 02.02.4.03.00.00). 1 Pesquisadores Doutores, Embrapa Amazônia Ocidental, Rod. AM 010, km 29, s/no, CP 319. CEP: 69010-970, Manaus - AM, Brasil. 2 Pesquisadora Doutora, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica - PqEB - Av. W5 Norte (final). CP 02372. CEP: 70770-917, Brasília - DF, Brasil. 3 Pesquisador Doutor, INPA/NAPPA-Santarém, Rua 24 de outubro, 3389 - Salé. CEP: 68040010. Santarém - PA, Brasil. 4 Professor Doutor, Programa PPGBIOTEC, Centro de Apoio Multidisciplinar - CAM, UFAM, Av. General Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I. CEP: 69077-000, Manaus - AM, Brasil. *[email protected] - autora para correspondência Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional243 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANÁLISE FITOQUÍMICA DOS EXTRATOS CLOROFÓRMICO E ACETATO DE ETILA DE Rhynchanthera grandiflora (AUBL.) DC. (Melastomataceae) Ramoni Mafra de LIMA1*, Dayse Pereira SANT’ANA1, Thaylanna Cavalcante CORREIA1, Priscilla Rarimmy Lopes PEREIRA1, Andréia Nascimento da CONCEIÇÃO1, Habdel Nasser Rocha da COSTA2, Marcos José Salgado VITAL3, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA4 Os produtos naturais são formas alternativas extremamente viáveis, uma vez que sempre foram importantes para o conhecimento de novas drogas, sendo assim tal projeto tem como objetivo realizar a análise fitoquímica de partes aéreas de Rhynchanthera grandiflora (Aubl.) DC, pertencente à família Melastomataceae, com o fim de extrair substâncias de média polaridade, utilizando o método clássico cromatográfico em coluna e identificar os metabólitos secundários empregando-se o método Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada a Espectrômetro de Massas. As populações de R. grandiflora foram demarcadas aleatoriamente com auxílio de GPS, as amostras foram coletadas, dentro da área experimental do PPBio (Projeto de Pesquisa em Biodiversidade) situado no Campus Cauamé, em Boa Vista, Roraima. Após as coletas houve a higienização do material em água corrente, secagem e pesagem. Após tais procedimentos o material botânico foi triturado, submetido ao processo de maceração com etanol, passando por um período de dez dias. Foi realizado o processo de screening fitoquímico, particionados com solventes orgânicos em polaridade crescente. Quanto ao processo cromatográfico em coluna, utilizou-se como fase estacionária sílica gel 60-7734 (partículas como 0, 063-0,2 mm; 70-230 mesh), tendo como suporte colunas de vidro cilíndricas, com dimensões variando conforme a quantidade de amostra a ser cromatografada. O monitoramento das frações foi realizado em cromatografia de camada delgada comparativa (CCDC); sendo utilizadas placas de vidro com dimensões de 5 x 20, 20 x 20 cm, preparadas em suspensão de sílica gel PF254 7749, em água. As substâncias foram evidenciadas em processo de radiação ultravioleta, sob o comprimento de onda de 254 a 366 nm. As fases clorofórmica e acetato de etila foram submetidas à avaliação química referentes à presença de compostos orgânicos pelo método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Foi detectado o perfil fitoquímico de R. grandiflora, evidenciando flavonóis, sendo mais freqüente a ocorrência de flavonóides glicosilados; ainda foram identificados os registros de taninos e terpenos; não foi evidenciado alcalóides; o que confirma as características quimiotaxonômicas da família Melastomateceae. Foram evidenciadas substâncias como catequina, trímero de catequina, miricetina – 3 –(-O- galoil) – hexose). Palavras-chave: Produtos naturais, Cromatografia, Flavonóides. Fomento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Roraima. 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana, Laboratório de Substâncias Bioativas, Sala 215, CEP: 69304-000, Boa Vista-RR, Brasil. *autor para correspondência: [email protected] 2 Prof. Dr. Associado do Departamendo de Química da Universidade Federal de Roraima, colaborador. 3 Prof. Dr. Associado ao Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais da Universidade Federal de Roraima, colaborador. 4 Profra. Dra. Associada ao Centro de Estudos da Biodiversidade da Universidade Federal de Roraima, orientadora. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional244 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANÁLISE DO MICROAMBIENTE E PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE POPULAÇÕES DE Rhynchanthera grandiflora (AUBL.) DC. (MELASTOMATACEAE) Dayse Pereira SANT’ANA1*, Ramoni Mafra de LIMA1, Thaylanna Cavalcante CORREIA1, Andréia Nascimento da CONCEIÇÃO1, Priscilla Rarimmy Lopes PEREIRA1, Abdel Nasser Rocha da COSTA2, Albanita de Jesus Rodrigues da SILVA3 Os metabólitos secundários produzidos pelas plantas constituem o resultado das variações ambientais e são vistos como uma importante ferramenta evolutiva. Registros da literatura indicam que as populações respondem às influências externas tais como interações de pragas, nutrientes, pH do solo, índice pluviométrico, temperatura e ritmo circadiano. A família Melastomataceae possui distribuição pantropical e as espécies do gênero Rhynchanthera (AUBL.) DC. são encontradas nos trópicos, principalmente em ambientes palustres. O objetivo deste estudo foi observar a interferência dos fatores ambientais em relação aos metabólitos secundários, bem como a análise física do solo de populações de R. grandiflora. Foram realizadas coletas, tomadas dos dados do microclima quanto à temperatura e umidade do ar, radiação UV, medição da temperatura do solo e coleta do mesmo para análise do pH, umidade atual, porosidade e densidade do solo e da partícula, durante o período seco e chuvoso. As coletas foram realizadas no Campus do Cauamé e no PARNA VIRUÁ (Parque Nacional do Viruá). Com base na análise dos dados do PARNA VIRUÁ, observou-se que o pH do solo apresentou médias de 4,47 no período chuvoso caracterizando um solo fortemente ácido, a umidade do ar foi de 71,2% (chuvoso) e 66% (seco), a radiação UV foi de 1220 Lux (chuvoso) e 1710 Lux (seco) que correspondem as expectativas em relação aos períodos de coleta. Para as coletas realizadas no Campus Cauamé o pH do solo apresentou médias de 4,99 no período chuvoso e 5,00 no período seco caracterizando um solo também fortemente ácido, a umidade do ar apresentou valores de 75% (chuvoso) e 44% (seco), a radiação UV foi de 1809 lux (chuvoso) e 1265 lux (seco). Após o acompanhamento dos dados ambientais foram realizados testes de prospecção fitoquímica para flavonóides, taninos e esteróides/triterpenoides a partir do extrato bruto etanólico, segundo Matos (1997) com modificações. Os resultados indicam que tanto em período seco quanto chuvoso os flavonóides são intensamente produzidos nos dois locais de coleta, os taninos mais representativos são os hidrolisáveis, mas há presença de taninos condensados, porém mais fracamente. Quanto aos esteróides os resultados foram negativos para os dois períodos só estando presentes os triterpenoides e de maneira fracamente positivos em período seco e somente em indivíduos coletados no Cauamé. Palavras-chave: Microclima, Compostos secundários, Savana. Créditos de financiamento: Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Roraima 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Estudos da Biodiversidade, Campus Paricarana, CEP: 69304-000, Boa Vista-RR, Brasil. * autor para correspondência: [email protected] 2 Prof. Dr. da Universidade Federal de Roraima, Departamento de Química. 3 Prof.(a) Dr.(a) em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Laboratório de Substâncias Bioativas, Centro de Estudos da Biodiversidade,Universidade Federal de Roraima. Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional245 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM. ANÁLISE DE CLOROFILAS EM PLANTAS DE ALPÍNIA MICROPROPAGADAS SOB DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE BAP E ÁGAR Deyse Cristina Oliveira DA SILVA1*, Jeysse Kelly Carvalho DE ANDRADE1, Patrícia dos Santos MENDES1, Cássia Rejane DO NASCIMENTO1, Luana dos Santos SILVA2, Marcio Akira COUCEIRO2 A demanda, cada vez maior, dos consumidores por novas plantas ornamentais pode ser satisfeita, em parte, pelo mercado de plantas tropicais. Dentre estas plantas destaca-se a alpínia [Alpinia purpurata K. Schum (Zingiberaceae)] que está sendo bastante cultivada no Brasil, em virtude de sua capacidade de produção de flores. A espécie é convencionalmente propagada vegetativamente, por técnicas que utilizam segmentos de rizomas, porém, a multiplicação em larga escala por meio de estacas é muito lenta. Por esta razão, a micropropagação in vitro deve ser considerada para a espécie. A clorofila é um importante pigmento encontrado em concentrações elevadas em cloroplastos, o que a torna vital para a eficiência fotossintética das plantas. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes doses de BAP e da adição de ágar suplementados ao meio de cultura na quantidade de clorofila a e b em plantas de alpínia micropropagadas. O experimento foi conduzido com plântulas de alpínia provenientes da quarta fase de subcultivo em meio MS, suplementado com 30 g L-1 de sacarose e 100 mg L-1 de inositol. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5X2, consistindo de cinco concentrações de BAP (0, 1, 2, 3 e 4 mg L-1) e na ausência e presença de ágar, na quantidade de 7 g L-1 (meio líquido e meio gelatinoso, respectivamente). Para cada tratamento foram utilizadas 18 repetições, sendo cada unidade experimental constituída por um frasco, com 30 ml de meio de cultura (meio MS, sem adição de fitorreguladores), com três plântulas. A análise estatística foi realizada através do programa ASSISTAT, com médias obtidas pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. Após 45 dias de cultivo, as plântulas foram retiradas dos frascos e com o auxílio de um Medidor Eletrônico do Teor de Clorofila (Falker) foi medido o teor de clorofila das plântulas e com esses dados, foi constatado que a adição de ágar ao meio de cultura não ocasionou diferenças significativas no teor de clorofila a e b das plantas de alpínia, sendo que os maiores teores de clorofila a e b ocorreram com o tratamento testemunha, seguido da concentração de 3 mg L-1 de BAP. Desta forma, pode-se concluir que a adição de BAP ao meio de cultura, bem como a diferença entre os meios que continham ou não ágar, não incrementaram, em quantidade, os teores de clorofila a e b das plântulas de alpínia. Palavras-chave: Alpinia purpurata, Clorofilometro, in vitro, Micropropagação. 1 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, Programa de PósGraduação em Agronomia/EMBRAPA-RR, Caixa Postal 133 - CEP 69301-970, Boa Vista, RR – Brasil. 2 Universidade Federal de Roraima, Centro de Ciências Agrárias, CEP 69310-000, Boa Vista, RR – Brasil. *autor para correspondência: [email protected] Anais do IIº Simpósio Internacional de Botânica Aplicada e IIº Simpósio Nacional246 de Frutíferas do Norte e Nordeste, 25 a 28 de novembro de 2013, Manaus-AM.