Outubro - Centro Espírita Irmão Clarêncio

Transcrição

Outubro - Centro Espírita Irmão Clarêncio
Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio
Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220
Fone : (21) 3252-1437
www.irmaoclarencio.org.br
Ano X - Edição 109 - Outubro / 2012
Editorial
João Huss
r Biblioteca “ Antônio Vieira
Mendes ”
Associe-se à nossa biblioteca e tenha
direito a empréstimos de livros
gratuitamente.
r Campanha
Doe uma lata de leite em pó desnatado
(não serve leite modificado) e
colabore com o trabalho de assistência
aos idosos da Obra Social Antônio
de Aquino ( obra social do Centro
Espírita Léon Denis ).
r Artesanato
Dia - toda segunda-feira.
Hora - 14:00
Local - C.E.Irmão Clarêncio.
r Visita aos idosos do “Abrigo
Cristo Redentor”.
Local - Av dos Democráticos, n° 1.090
Bonsucesso.
Dia - todo 1° domingo de cada mês.
Hora - das 15:00 às 17:00
N
este mês o Clareando presta uma homenagem a Allan Kardec, escolhido
pelo Plano Maior para cumprir a missão de trazer até nós as bases da
Doutrina Espírita que, para nós Espíritas, se constitui num manancial
de ensinamentos a nos direcionar para a conquista do Reino dos Céus. Como não
se adquirem virtudes de um instante para o outro, pois a natureza não dá saltos,
Allan Kardec foi se preparando ao longo de várias reencarnações para cumprir
essa grandiosa missão.
No século XV, como João Huss, já recebera a missão de reacender as lâmpadas da
esperança no coração da Humanidade e, desde então, revelara a nobreza do servo fiel
como o grande reformador e precursor da Reforma que ocorreria séculos mais tarde.
Porém, pagou um preço muito alto, submetendo-se à terrível fogueira, expirando
no dia 6 de julho de 1415, para renascer em 1804 como o notável homem de bem
Hippolyte Léon Denizard Rivail, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec
(03/10/1804 - 31/03/1869).
Deixamos aqui o nosso abraço de eterna gratidão a Allan Kardec.
Kardec, que Deus te abençoe sempre! De onde estiveres, ampara-nos na divulgação
desses ensinamentos tão preciosos.
A você, caro leitor, presenteamos com o artigo sobre João Huss.
Paz e esperança para todos nós!
r Visita aos enfermos nos
hospitais.
r Visita aos enfermos nos lares
em vários dias e horários.
r Confecção e distribuição de
“quentinhas” aos irmãos em
situação de rua .
Dia: toda sexta-feira.
Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita
Irmão Clarêncio”
Distribuição - à noite.
Para participar das Frentes de Trabalho
acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se
à Secretaria Administrativa do Centro
Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437),
para obter orientação.
Nesta Edição :
Vida, Dádiva de Deus:
pág.2 Aborto Não!
Potências da Alma:
pág.10 Pensamento
Mensagem do Plano Espiritual:
pág.3 Inácio
pág.5
Homenagem Especial:
Kardec ontem - João Huss
O Pensamento de
pág.6 Léon Denis
pág.7
Reflexão:
Saúde Integral
pág.11
Instruções de Além-Túmulo:
Aviso Oportuno
Variedades sobre Kardec:
pág.13 O Primeiro Capítulo
Homenagem Especial:
pág.15 Singular Dia da Criança
Suplemento
pág.17 Infantojuvenil
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 2 Vida - Dádiva de Deus
Aborto Não!
"O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de Viver".
(O Livro dos Espíritos)
Imaginaste que tuas lágrimas só tiveram por companhia o silêncio da noite espessa.
Pensaste que ninguém ouvia os reclamos de tua alma, os gritos do teu coração.
Permaneceste alimentando revolta e insatisfação, aumentando o caudal de tuas
emoções em desequilíbrio.
Planejaste exterminar o entezinho que se abrigava em teu seio, sem que ninguém
soubesse.
Admitiste a impossibilidade de seres mãe por tua própria iniciativa.
Uma amiga sim. Ela seria a salvação. Já conhecia os trâmites que lhe permitiram
quatro abortamentos. Sim. A amiga será a salvação.
Minha filha, queremos dizer-te que o que tens pensado e desejado realizar só aumentará
os teus tormentos.
Não creias que um filho atrapalhará a tua vida.
Antes, será ele que no futuro te dará ânimo e sustento, amparo e proteção.
Não coloques obstáculos.
Não impeças a manifestação da vontade divina que se dignou premiar-te, oferecendo-te a
guarida de um entezinho que, se hoje te pede carinho e amizade, compreensão e socorro,
amanhã te recompensará por todo o bem que fizeres.
Não, o aborto não é a solução, antes a complicação!
Muitas mulheres na atualidade deploram o ministério da maternidade, esquecidas de
que ser mãe é ser cooperadora de Deus no santificado mister da procriação; outras
derramam lágrimas de sangue por se verem impossibilitadas de gerar; outras, contudo,
alegram-se, felicitam-se por abrigarem na intimidade de seu ventre um ser que crescerá
e se engrandecerá para as glórias da vida.
Pensa um pouco, minha filha, ainda é tempo de evitares o crime nefando que
alimentas na casa mental, onde teus pensamentos aparentemente inaudíveis são
facilmente detectados por nós, os amigos de Jesus, que nos esforçamos para evitar
o infanticídio que se generaliza na Terra, abrigado nas malhas do materialismo e
amparado por interesses inconfessáveis.
Pensa nisso, filha. Tu também, todos nós, um dia prestaremos contas a Deus de
tudo o que fizemos e do que deixamos de fazer.
Aborto não! Vida sim! Desde a menor expressão do ser que se liga à futura mãe até o
anjo que se evola ao céu, a vida é de Deus e só Ele tem o poder de dá-la ou tirá-la.
Josiel
(Mensagem recebida no Grupo Espírita Fabiano, Rio de Janeiro, em junho de 1991,
pelo médium Jorge Caldas.)
Fonte: Reformador, Setembro, 1993, FEB.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 3 Mensagem do Plano Espiritual
"Aquele, porém, que recebeu a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e ela frutifica e rende cem,
sessenta ou trinta por um." (Matheus, XIII: 18 a 23).
T
odos nós sentimos e reconhecemos em Jesus o grande semeador, aquele que dispõe das sementes da verdade, das sementes da vida e que, através dos tempos, vem semeando abundantemente em todas as almas vinculadas a este Planeta
de provas e expiações, acrescentando à semeadura das sementes as oportunidades que todos temos tido neste processo
de crescimento, de evolução espiritual.
Reconhecemos neste Mestre aquele amigo, o irmão, o companheiro em quem podemos confiar, na certeza de que, mesmo
nos momentos de quedas, mesmo nas dificuldades e nas lutas que todos atravessam, Ele com certeza estará presente sempre,
estendendo as suas mãos dadivosas, ungidas pelas vibrações amorosas do seu coração junto a todos nós.
E assim tem sido através dos séculos e dos milênios quando nós, Espíritos imortais, debaixo de sua orientação precisa e segura,
temos recebido, através das reencarnações, a possibilidade de aproveitar as oportunidades e procurarmos fazer germinar as sementes que já se encontram semeadas em cada uma de nossas almas.
Portanto, se já as temos junto a nós, procuremos aproveitar o momento deste processo de evolução espiritual, desenvolvendo
esforços para que essas sementes germinem e possam futuramente apresentar os frutos e nos classificar como almas já mais identificadas com as Leis de Deus.
Portanto, mesmo com as imperfeições que alegamos ter, se já temos as sementes em nossas almas, por que não fazê-las germinar para que possam produzir os frutos de que tanto necessitamos? Mas, para que a semente germine, é preciso extirpar o
egoísmo e o orgulho de nossos corações.
Sem dúvida alguma orgulho e egoísmo têm sido o grande impedimento para que essas sementes germinem.
Trabalhemos, pois, irmãos e irmãs! Esforcemo-nos para que seja possível cada vez mais, pelos esforços que formos desenvolvendo
na busca do crescimento espiritual, superarmos as dificuldades e as lutas e todo o impedimento que acaba se transformando em
grandes obstáculos para nossa aproximação com o Criador, o nosso Pai Celestial.
Sintam-se envolvidos pelas vibrações superiores desse Amor Infinito que chega até nós. Permitam que essas vibrações mergulhem
profundamente em seus corações e em suas mentes e, neste processo, deixem que o mal se dilua e que o bem comece a germinar, a
crescer, a apresentar os frutos de almas, então, plenamente transformadas e identificadas com as Leis do Pai, do nosso Bom Deus.
Deixamos, pois, em nome de toda a Espiritualidade aqui presente, o abraço amigo de estímulo ao bem, na certeza de que todos
vocês estão amparados e sustentados por protetores e guias que são a representação de Deus junto às suas vidas de encarnados.
O nosso abraço amigo.
Inácio
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 29 de agosto de 2012).
Encontros Espíritas
Em Outubro
23° Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual
Tema- Doutrinária : Científica I / Científica II
Dia-21/10/2012
Hora- 8:30 às 13:00
Local: Centro Espírita Irmão Clarêncio
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 4 Radio
Rio de Janeiro
1400 khz AM
“A emissora da Fraternidade”
Estrada do Dendê, nº 659
Ilha do Governador
Rio de Janeiro - RJ
CEP: 21.920/000
Fone: (21)3386.1400
Visite o site e ouça a programação
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Centro Espírita Irmão Clarêncio
Rua Begônia, 98 - Vila da Penha
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Convite
Venha estudar conosco
A Gê n e s e
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Estudando a Gênese
Hipótese sobre a origem
do corpo humano
Da semelhança de formas exteriores que existe entre o corpo do homem e o do
macaco, alguns fisiologistas concluíram que o primeiro é apenas uma transformação do segundo. Nisso não há nada de impossível, nem que, se assim for, afete a
dignidade do homem. Corpos de macacos podem muito bem ter servido de vestimenta aos primeiros espíritos humanos, necessariamente pouco adiantados, que
tenham vindo encarnar na Terra; essas vestimentas foram as mais apropriadas às
suas necessidades e mais adequadas ao exercício das suas faculdades que o corpo de
qualquer outro animal. Ao invés de ser feita uma vestimenta especial para o espírito, ele teria achado uma pronta. Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de
ser espírito humano, assim como o homem, não raro, se veste com a pele de certos
animais sem por isso deixar de ser homem.
Fique bem entendido que se trata aqui apenas de uma hipótese, que de modo
algum é colocada como um princípio, mas apresentada apenas para mostrar que a
origem do corpo não prejudica o espírito, que é o ser principal e que a semelhança
do corpo do homem com o corpo do macaco não implica em paridade entre o seu
espírito e o do macaco.
 Admitida essa hipótese, pode-se dizer que, sob a influência e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nos
detalhes, conservando sempre a forma geral do conjunto. Os corpos aperfeiçoados,
ao se procriarem, reproduziram-se nas mesmas condições, como acontece com as árvores enxertadas e deram origem a uma nova espécie que, pouco a pouco, se afastou
do tipo primitivo, à medida que o espírito progrediu. O espírito macaco, que não foi
aniquilado, continuou a procriar corpos de macaco para o seu uso, do mesmo modo
que o fruto da árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie, e o espírito humano
procriou corpos de homem, variações do primeiro molde em que ele se estabeleceu.
O tronco se bifurcou; produziu um broto e esse broto tornou-se tronco.
Como não há transições bruscas na Natureza, é provável que os primeiros homens que surgiram na Terra diferissem pouco do macaco pela forma exterior e,
sem dúvida não muito mais pela inteligência. Nos dias de hoje ainda há selvagens
que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, têm
tanta semelhança com o macaco que só falta serem peludos para que a semelhança
seja total. 168
168-Complementando as palavras do Codificador, hoje sabemos, pelas pesquisas que estão
em curso, que a evolução da história humana é uma longa sucessão de fatos que se estendem
pelos últimos oito milhões de anos, que é a época em que se reconhece que ocorreu a divergência
evolutiva que levou a espécie humana para um lado e os macacos para outro.
Presume-se que há aproximadamente quatro milhões de anos os mais antigos antepassados do
homem encontravam-se definitivamente estabelecidos na superfície terrestre. Segundo os pesquisadores, o fator determinante da evolução da espécie humana primitiva foi a reestruturação da
anatomia, que permitiu a posição erguida (bipedação). Uma das confirmações dessa teoria é a
existência de pegadas fossilizadas, de quatro milhões de anos, que conservaram traços inconfundíveis do pé de dois adultos e de uma criança humanos.
Com a liberação das mãos para a realização de novas tarefas, como carregar materiais, manipular objetos e, eventualmente, construir outros novos, o ser humano primitivo foi desenvolvendo progressivamente a sua inteligência, através de diversos estágios, desde o australopithecus
aferensis, até o Homo sapiens, o homem moderno de hoje.
Os fósseis conhecidos de maior antiguidade e que recebem o nome de Homo, o Homo habilis,
remontam a dois milhões e meio de anos. Ele já possuía um cérebro maior, um crânio mais
arredondado e um rosto perfeitamente humano. (N.R.)
Fonte: A Gênese, Allan Kardec, Capítulo XI, Itens 15 e 16.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 5 Homenagem Especial
Kardec ontem : João Huss
U
ma das mais autênticas figuras
do Cristianismo, na Idade Média foi, sem dúvida, o sacerdote
e filósofo Jan Huss, nascido em
Husinec (donde lhe veio o nome), na Boêmia,
em 1369.
Embora filho de pais camponeses, conseguiu completar seus estudos na Universidade
de Praga, formando-se em Teologia em 1394
e Artes em 1396.
Em 1400 ordenou-se sacerdote com o objetivo de servir ao Cristo com o coração. E, já
em 1402, passava a ocupar o cargo de reitor da
referida Universidade, dedicando ao magistério
superior todo o devotamento possível.
Um fato, porém, começava a inquietar
a alma e o coração do jovem sacerdote: a
decepção com a conduta de seus superiores
eclesiásticos que emprestavam à Igreja uma
posição que muito o desagradava, principalmente a ele que devotava profundo respeito
pelas coisas sagradas, sobretudo pelo culto
da verdade.
Assim, na mesma ocasião que assumia o
cargo de reitor da Universidade em que se
graduara em Teologia e Artes, alguns anos
antes, travava conhecimento com a obra do
reformador inglês John Wyclif, passando a
considerar-se seu fiel discípulo.
Exatamente no mesmo ano em tomava conhecimento da obra de Wyclif, era nomeado
pregador da Capela de Belém, em Praga. Não
é difícil aquilatar os conflitos espirituais que
passava, então, a acicatar a mente desse homem
extraordinário.
Diante disso, a pouco e pouco iam escapando de seus sermões críticas ao clero, o
que ao mesmo tempo, punha em evidência
as simpatias de Huss pelas ideias do odiado
reformador inglês.
Desse modo, não obstante as advertências
que recebia em face do seu obstinado combate
à cobrança de indulgências e à confissão auricular, foi em 1410, finalmente, excomungado.
Enquanto isso, crescia a admiração pelo seu
trabalho honesto, levando toda a população
de Praga, em tumulto incontido, a proclamálo com o título de Herói Nacional, sob a proteção do Rei Venceslau da Boêmia.
Isso fez crescer ainda mais a onda de
perseguições dentro da Igreja contra João
Huss, decretando o Vaticano nova excomunhão contra ele, em 1412. É que Huss
passara a afirmar dos púlpitos que as escrituras sagradas deviam ser as únicas regras
a serem obedecidas pela Igreja de Cristo e
que somente ao Cristo considerava soberano único da Igreja.
Diante de tal situação, foi João Huss premido a abandonar a cidade de Praga, onde
sempre vivera.
anos foi pela Igreja queimado vivo numa
cerimônia espetacular.
Conforme o relato mediúnico de Humberto
de Campos, em 22 de setembro de 1942, na
psicografia de Francisco Cândido Xavier, reproduzido na revista O Revelador, de São Paulo
(SP) e, mais tarde, na revista Reformador,
da FEB, de setembro de 1978 (páginas 293294), ali estivera, na fogueira, sobranceiro,
o Espírito que 389 anos depois renasceria,
em Lyon, na França de Joana d’Arc, a 3 de
outubro de 1804, para o cumprimento de
mais uma luminosa missão, dignificando e
imortalizando pelos séculos futuros o nome
de Allan Kardec.
Para melhor conhecimento dos espiritistas
de nossos dias, citemos alguns trechos rápidos
do relato acima mencionado.
João Huss
Roma, no entanto, utiliza-se de mais uma estratégia sagaz para exterminar a vida do ousado
reformador. Decreta a realização do Concílio de
Constança, em 1414. E, para ele, João Huss é
convidado sob a garantia de um salvo-conduto
do Imperador Sigismundo da Alemanha e Rei
da Hungria. A Igreja mostrava-se democrata e
desejosa de melhor conhecer as ideias de Huss.
Desse modo, o grande reformador e precursor da Reforma que ocorreria no século
seguinte, tendo em vista as ponderações
ardilosas, resolver comparecer, intimorato,
ao referido Concílio, mantendo aí os seus
pontos de vista sem se arrecear diante das
ameaças, logo que percebeu ter sido vítima
de uma armadilha.
A grande verdade é que foi condenado à
morte pelo fogo, pois esse, e não outro, fora
o objetivo da famigerada assembleia, uma vez
que falso foi o salvo-conduto do Imperador
da Alemanha.
Assim sendo, e percebendo baldos os esforços
pela autossobrevivência, fez questão de enfatizar
as suas ideias, e submeteu-se à terrível fogueira,
expirando no dia 16 de julho de 1415, numa
das praças de Constança.
Possivelmente, nenhum dos circunstantes
presentes no sórdido e hediondo espetáculo
representado por um homem indefeso, no
alto de uma fogueira criminosa, percebia
que ali, na figura daquele homem sério e
superior, ocultava-se a alma de um grande
missionário.
Graças, todavia, à mediunidade sublimada de Francisco Cândido Xavier, tivemos
a oportunidade de saber que homem era
aquele que há cinco séculos e setenta e oito
"Depois de se dirigir aos numerosos missionários da Ciência e da Filosofia, destinados à
renovação do pensamento do mundo no século XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado
João Huss e falou, generosamente:
— Não serás portador de invenções novas,
não te deterás no problema de comodidade
material à Civilização, nem receberás a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime
de levantar corações e consciências. (...)
É indispensável estabelecer providências que
amparem a fé, preservando os tesouros religiosos da criatura. Confio-te a sublime tarefa de
reacender as lâmpadas da esperança no coração da Humanidade. (...)
Ante a emoção dos trabalhadores do progresso cultural do orbe terreno, o abnegado João
Huss recebeu a elevada missão que lhe era
conferida, revelando a nobreza do servo fiel,
entre júbilos de reconhecimento."
O restante da história nós, espíritas, já
conhecemos. Cumpre, porém, não esquecermos a nossa modesta, mas indispensável
contribuição: servir à Doutrina do Consolador com coragem, confiança e a imprescindível disposição de ânimo.
Urge sejamos todos, pela conduta e pelo
coração, o espelho em que os homens se
possam mirar. Quanto às fogueiras, já não
temos que temê-las. Elas se apagaram para
sempre. Mas é necessário mantenhamo-nos
ao calor de novo fogo representado pela
chama da fé viva hoje, no amanhã e para
todo o sempre.
Inaldo Lacerda Lima
Fonte: Reformador, outubro, 1993, FEB.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 6 O Pensamento de Léon Denis
“... a moral espírita edifica-se sobre os
testemunhos de milhões de almas que,
em todos os lugares, vêm, pela interferência dos médiuns, revelar a vida de
além-túmulo, descrever suas próprias
sensações, suas alegrias, suas dores.
A moral independente, essa que os materialistas tentaram edificar, vacila ao sabor
dos ventos por falta de base. A moral das
religiões, como incentivo, adstringe-se sobretudo ao terror, ao receio dos castigos
infernais: sentimento falso, que só pode rebaixar e deprimir. A filosofia dos Espíritos
vem oferecer à Humanidade uma sanção
moral consideravelmente elevada, um ideal
eminente, nobre e generoso. Não há mais
suplícios eternos; a consequência dos atos
recai sobre o próprio ser que os pratica.
O Espírito encontra-se em todos os lugares tal como ele mesmo se fez. Se violenta
a lei moral, obscurece sua consciência e
suas faculdades, materializa-se, agrilhoa-se
com suas próprias mãos. Mas, atendendo
à lei do bem, dominando as paixões brutais, fica aliviado e vai-se aproximando dos
mundos felizes.
Sob tais aspectos, a lei moral impõe-se como obrigação a todos os
que não descuram dos seus próprios
destinos. Daí a necessidade de uma
higiene d’alma que se aplique a todos
os nossos atos e conserve nossas forças
espirituais em estado de equilíbrio e
harmonia. Se convém submetermos
o corpo, este invólucro mortal, este
instrumento perecível, às prescrições
da lei física que o mantêm em função,
urge desde já vigiarmos o estado dessa
alma que somos nós, como eu indestrutível e de cuja condição depende a nossa
sorte futura. O Espiritismo fornece-nos
os elementos para essa higiene da alma.O
conhecimento do porquê da existência
é de consequências incalculáveis para o
melhoramento e a elevação do homem.
Quem sabe onde vai pisa firme e imprime a seus atos um impulso vigoroso.
As doutrinas negativistas obscurecem
a vida e conduzem, logicamente, ao
sensualismo e à desordem. As religiões, fazendo da existência uma obra de
salvação pessoal, muito problemática,
consideram-na de um ponto de vista
egoísta e acanhado.
Com a filosofia dos Espíritos, modifica-se, alarga-se a perspectiva. O que
nos cumpre procurar já não é a felicidade terrestre, pois neste mundo a felicidade não passa de uma quimera, mas,
sim, a melhoria contínua. O meio de
a realizarmos é a observação da lei
moral em todas as suas formas.
Com esse ideal, a sociedade é indestrutível: desafia todas as vicissitudes, todos
os acontecimentos. Avigora-se nos infortúnios e encontra sempre meios para, no
seio da adversidade, superar-se a si mesma. Privada de ideal, acalentada pelos
sofismas dos sensualistas, a sociedade só
poderá esperar o enfraquecimento; sua fé
Convite
Venha estudar conosco as obras de
Léon Denis
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
no progresso e na justiça extingue-se com
sua noção de virilidade; muito em breve,
será um corpo sem alma e, fatalmente,
tornar-se-á vítima dos seus inimigos.
Ditoso quem, nesta vida cheia de trevas
e embustes, caminha corajosamente para o
fim almejado, para o ideal que descortina,
que conhece e do qual está certo. Ditoso
quem, inspirado em boas obras, se sente
impelido por um sopro do Altíssimo. Os
prazeres são-lhe indiferentes; as tentações
da carne, as miragens enganosas da fortuna não mais dispõem de ascendência sobre
ele. Viajor em marcha, só aspira ao seu alvo
e para ele se lança!
Fonte: Depois da Morte, Léon Denis, 5ª parte,
Capítulo 42, Edições Léon Denis.
Ler e bom...
Ler o que e bom,
e melhor ainda !
Atenção!
Reunião de Trabalhadores
do CEIC
Outubro - dia 19 / 6ª Feira
Horário - 19:00
Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio
Estudo - O Zelo da Tua Casa
“O que torna um estudo sério é a
continuidade que se lhe dá”
(Allan Kardec)
O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :
01 Livro Espírita
01 DVD de Palestras
01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD)
Custo do Kit : R$20,00
"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.
Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."
(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)
p
Ter você como sócio será muito importante para nós.
Aguardamos sua inscrição.
Que Jesus nos ilumine e abençoe.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 7 Reflexão
Saúde Integral
A
sofisticação tecnológica da Medicina atual ainda permanece na
insustentável tese de que o homem são as células que lhe constituem a
organização somática.
Negando, por sistema, a realidade do ser
integral– Espírito, perispírito e matéria – ,
detém-se na conceituação ultrapassada, na
qual o cérebro gera o pensamento e a Vida
cessa quando se dá o fenômeno da anoxia,
alguns minutos depois da parada cardíaca...
Desde Hipócrates, passando por Aécio e
Galeno, a visão dualista somente vem encontrando confirmação a respeito, não se podendo
mais negar a interação espírito-matéria, mentecorpo como termos da equação existencial.
Em face dessa constatação, convenciona-se
que a saúde é mais do que a ausência de doença
no organismo, sendo um conjunto de fatores
propiciatórios ao bem-estar psicológico, econômico e social.
O paradigma da atualidade em torno da saúde leva o médico a examinar o paciente não
mais como uma cobaia ou alguém aflito de
quem se deve libertar, mas, como portador de
muitos problemas que, não raro, a doença que
se exterioriza mascara-os nas gêneses profundas
do estado patológico.
Volver-se, desse modo, ao antigo sacerdócio
médico, graças ao qual, ele se torna amigo do
paciente, seu confidente, seu companheiro,
ajudando-o a drenar as emoções negativas
recalcadas, a fim de dar campo a uma catarse liberativa das angústias e tormentos que
sofre, para que, então nele se instale de volta
a saúde.
A saúde integral independe das drogas
químicas e dos tratamentos cirúrgicos, não
obstante esses sejam ainda valiosos instrumentos para a sua aquisição.
É forçoso reconhecer-se que o ser atual é um
somatório de experiências próximas e remotas.
Tanto lhe constituem fatores degenerativos
os conflitos próximos, da atual encarnação,
quanto os transatos, das existências pretéritas.
Examinando desse ponto de vista, compreender-se-á a gama larga de fatores predisponentes
como preponderantes para o estabelecimento
da enfermidade ou da saúde.
Cumpre que se conscientizem os indivíduos
em geral, e os enfermos em particular, de que
cada criatura é o resultado das suas realizações
morais, espirituais, da sua mente, como já observaram os gregos antigos...
A disposição para o otimismo ou para a
autodestruição responderá pelos seus futuros
comportamentos.
Nesse sentido, o Evangelho de Jesus é um excelente tratado de psicoterapia, mediante cuja
aplicação resultarão bem-estar e harmonia.
Toda a mensagem de Jesus é vazada no
conhecimento profundo do homem, considerando a sua realidade transpessoal, na
qual ressaltam o Espírito e a sua condição
de imortalidade.
Lentamente, em face do volume de aflições
que dominam as paisagens humanas e as enfermidades psicossomáticas de difícil diagnose,
que levam a estados lamentáveis, a criatura
sente-se convidada à valorização da vida, à descoberta dos seus recursos éticos, à autoestima,
ao autoaprimoramento.
O amor, nesse cometimento, assume papel preponderante, em razão das energias que
libera no sistema imunológico, fortalecendo-o,
no sistema nervoso simpático e nos glóbulos
brancos fundamentais na luta pela preservação
da saúde.
A visualização mental otimista, gerando
energias que combatam ou anulem a enfermidade, produz endorfinas que atenuam a dor,
auxiliando as células à remissão da doença.
Bombardeios mentais através da visualização sobre tumores de origem cancerígena logram alteração profunda no seu
desenvolvimento, conseguindo mesmo
eliminá-los. Todavia, se o sentimento de
amor acompanhar a descarga psíquica da
vontade, estimulando as células saudáveis
a se manterem em ritmo de equilíbrio, enquanto as outras se consomem, a vibração
da força transformadora será mais potente e
portadora de resultados eficientes.
Nesse aspecto o querer é imprescindível e
o crer, essencial, em face da continuidade do
fluxo mental, sem as vacilações, suspeitas e receios que lhe interrompem a continuidade.
A harmonia mental que decorre da relaxação
confiante produz, também, o benéfico estado
alfa, quando o cérebro libera ondas do mesmo
nome no ritmo de 8 a 12 ciclos por segundo,
ensejando a restauração da saúde, quando se
está enfermo, ou a preservação dela, quando
se encontra saudável.
Nesse campo, o autodescobrimento corajoso
propicia a eliminação dos mecanismos do ego,
que levam à fuga da responsabilidade e do respeito por si mesmo, ensejando consciência de
quem se é, do que se deve realizar e como se
poderá fazê-lo.
A visão junguiana de saúde é conclusiva,
convidando a uma revisão de paradigmas
na Medicina tradicional e na tecnológica
médica atual, redescobrindo os pacientes
como pessoas necessitadas de amor, que se
autodestroem por desequilíbrio emocional
mediante pugnas íntimas incessantes...
O amor, que pertencia às áreas da Sociologia
e da Filosofia, além das análises literárias, passa hoje a ser elemento fundamental para os
conteúdos do comportamento e da conduta
para a preservação da sanidade.
Mantendo-se, desse modo, a recomendação do Evangelho sobre o amor a Deus, ao
próximo e a si mesmo, na condição de experiência humana, mesmo que se instalem
focos infecciosos no corpo, ou se expressem distúrbios orgânicos de vária ordem,
o paciente torna-se terapeuta de si mesmo,
auxiliando o médico e este àquele, a fim de
que a meta essencial seja lograda — que é
a alegria de viver saudavelmente.
Pode-se, portanto, experimentar saúde integral, mesmo que algum órgão se encontre
comprometido, sem que isso altere o ser em
profundidade, consciente de que o fenômeno
biológico da morte somente encerra o ciclo
carnal, jamais a Vida.
A visão médica, com paradigmas holísticos em torno da saúde e da doença faculta
a possibilidade de uma perfeita interação
corpo-alma, em razão do controle da mente
sobre a matéria.
Uma organização fisiopsíquica sadia resulta
da perfeita identificação entre o espírito e o
soma, como decorrência das reencarnações anteriores ou das conquistas atuais, preparando a
existência em marcha para a plenitude.
Joanna de Ângelis
(Página psicografada pelo médium Divaldo
P. Franco, em 1-5-1993, no Centro Espírita
Caminho da Redenção, em Salvador – BA).
Fonte: Reformador, setembro, 1993 – FEB.
"Que eu faça um mendigo sentar-se à minha
mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me
esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em
nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não
deixa de ser uma grande virtude. O que faço
ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo
que faço. Mas o que acontecerá, se descubro,
porventura, que o menor, o mais miserável de
todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo,
reside dentro de mim, sou eu mesmo e precisa
da esmola da minha bondade e que eu mesmo
sou o inimigo que é necessário amar?"
Carl Gustav Jung
Fonte: Escutando os Sentimentos, Ermance Dufaux,
pelo médium Wanderley Soares de Oliveira – Editora
Dufaux.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 8 Cursos no C.E.I.C.
Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00
A Família na visão Espírita.
Obras de André Luiz (Nosso Lar / Ação
e Reação).
Obras de Yvonne Pereira (Devassando o
Invisível / Recordações da Mediunidade).
A vida de Yvonne A.Pereira
COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.
COFTC - Curso de Orientação, Formação e Treinamento para a Cura.
Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00
Esperanto.
Grupo de Estudos Antônio de Aquino.
Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
A Gênese.
Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10
Estudos para o trabalho de Atendimento
Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro:
Técnica de Passes).
Aprofundamento das Obras Básicas (4ª
e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.
Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
A Gênese.
Obras Póstumas.
Obras de Léon Denis (Livro: O Problema do Ser e do Destino).
Revista Espírita.
Dia : Sábado / 16:00 às 17:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Atualização para médiuns da Casa (4°
sábado do mês)
O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3°
sábados do mês)
Atividades Doutrinárias
Dia : 14 / 10 / 2012 - 16 horas
Culto no Lar de Marta Menezes Cardoso
Homenagem Especial
18 de Outubro - Dia do Médico
"Uma arte que tende de mais a mais a tornar-se uma ciência – a medicina – vai receber um
impulso extraordinário, quando laboratórios forem instituídos para as pesquisas psicológicas,
porque há que criar laboratórios cujos trabalhos e descobertas terão consequências tais que
nenhuma das ciências contemporâneas pode dar uma ideia: são os laboratórios e é o Instituto
da futura Ciência".(Paul Gibier – Análise das Coisas, 4ª parte, Capítulo I)
"A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que
uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito". (Ignácio Bittencourt)
Jesus : o maior de todos os Médicos!
Assim nos esclarece Emmanuel
Os Aparelhos Mediúnicos
A
queles que possuem essas faculdades registradoras dos
pensamentos, que dimanam
dos planos invisíveis, são os chamados
sensitivos ou médiuns, porém, essa
condição será a de todos os homens do
porvir.
São inúmeras as legiões de seres que perambulam convosco, sem os indumentos
carnais, e que permanecem nas latitudes
do vosso planeta, sendo necessário considerar que a maioria dos que evolutiram
e se conservam nas esferas de um conhecimento muito superior ao vosso, pelas
condições inerentes à sua própria natureza, não vos podem estar próximos.
Enviam aos homens a sua mensagem
luminosa dos cimos resplandecentes em
que se encontram, e, formulando o desejo
de ação nos planos da matéria, atuam com
a sua vontade superior sobre o cérebro
visado, o qual se encontra em afinidade
com as suas vibrações e, através de forças
teledinâmicas, que podereis avaliar com
os fluidos elétricos, cuja utilização encetais na face do Globo, influenciam a natureza particular do sensitivo, afetando-lhe
o sensório, atuando sobre os seus centros
óticos e aparelhos auditivos, desaparecendo perfeitamente as distâncias que se não
medem; na alma do “sujet” começa então
a operar-se uma série de fenômenos alucinatórios sob a ação consciente do Espírito
que o guia dos planos intangíveis.
Este, segundo a sua necessidade, o
induz a ver essa ou aquela imagem,
em vibrações que o envolvem, as quais
são traduzidas pelo sensitivo de acordo
com as suas possibilidades intelectivas
e sentimentais. Há instrumentos que
interpretam com fidelidade o que se
lhes entrega; outras, porém, não dispõem de elementos necessários para
esse fim.
Não se conjeture a necessidade, por parte
dos desencarnados, de trabalho fatigante
para que tais fenômenos se verifiquem,
concretizando-se no plano físico; tais fatos
se realizam naturalmente, bastando para
isso o seu desejo e o poder de fazê-lo.
Emmanuel
Fonte: Emmanuel, Médium Francisco Cândido
Xavier, capítulo XXIX, Editora FEB.
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I nformativo
do
CEIC
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 9 À Luz do Espiritísmo
Caso de Roubo de Fluido
P
ara ilustração, transcrevemos a experiência de um confrade:
N.S., agora com seus 80 anos, conta
que na sua juventude acompanhou um
parente enfermo à casa de senhora muito
humilde, conhecida em toda a redondeza por sua mediunidade de cura.
Naquela noite, em desdobramento,
viu-se volitando provavelmente em
companhia de alguns Espíritos com
quem se relacionara inconscientemente
na casa visitada. Enquanto sobrevoavam
região umbralina ou trevosa, sentia-se
devidamente sustentado por braços
amigos que o mantinham preso pelas
axilas. Nessa revoada estranha ouvia o
rumor do oceano, metros abaixo.
De tal aventura lembra-se ainda de se haver atracado com um Espírito andrajoso,
em luta violenta, num outro local, que lhe
parecera uma caverna.
Confessou ainda que, no dia seguinte,
mal conseguira levantar-se da cama, tamanho seu desgaste físico.
Adianta-nos que nessa época ainda não
conhecia bem o Espiritismo e só pôde entender o que lhe sucedeu, anos mais tarde.
Também outra passagem interessante,
ocorrida com A.S. nos traz noção mais
detalhada sobre esse furto sistemático
de verdadeiros delinquentes do Espaço.
A médium "sonhou" que entrava com o
esposo num restaurante, quando viu a certa distância um garçom de posse de grande
guarda-sol que apontava na direção de ambos. Houve um movimento característico
de abrir e fechar e nesse momento ela sentiu um esvaziamento completo, além de
formigamento, principalmente em braços,
mãos, pernas e pés.
Dias após, recebeu de seu orientador
da Casa Espírita onde frequentava o
Curso de Educação Mediúnica explicações sobre o fato. Tratava-se de um
exemplo típico de furto de energias.
Segundo o professor, não era raro, como
vidente, enxergar Espíritos carregando
guarda-chuvas ou o que parecia sê-lo. Na
verdade, eram instrumentos específicos
para esse tipo de furto e funcionariam
como foles.
Nas sessões de desobsessão — explicou
ainda o mestre — eram comumente
atraídas para a doutrinação entidades
vestidas de túnicas pretas (obsessores e
auxiliares trevosos, membros de falanges
malfazejas). Sua vestimenta lembrava as velhas batinas de sacerdotes. Todos traziam
dependurado no braço esse indefectível
"guarda-chuva".
Fonte: S.O.S. Atmosfera "Espiritual" Terrena ,
Helena Maurício Craveiro Carvalho, Editora LAKE.
Artigo
A Árvore da Esperança
A
árvore da esperança tem como raiz
a fé e como fruto a caridade. Daí
a importância dessa virtude tão
pouco analisada na pauta de nossas cogitações doutrinárias. Reflitamos a respeito
dela, a fim de compreender seu completo
significado e estaremos efetuando um bom
exercício de aprimoramento íntimo.
A esperança é o traço de união entre as crenças e as obras de quem deseja sustentar o ideal
espírita desse mundo, onde evoluímos inapelavelmente às voltas com variados e pungentes
dramas, até o enfrentamento final da tragédia
biológica que determina, de maneira inexorável, a morte física. Como traço de ligação
entre aquilo que pensamos e o que fazemos,
a esperança necessita ser cultivada em nós a
cada dia e a cada hora, a cada problema e cada
dificuldade, a cada doença e a cada desgosto, a cada desencanto e a cada adversidade,
a cada tristeza e a cada aflição. Não foi à toa
que pensadores clássicos da herança religiosa
evangélica incluíram a esperança no rol das
três virtudes teologais, situando-a entre a fé e
a caridade.
Com efeito, sem esperança a fé acaba enfraquecendo e a caridade desaparecendo. O
que fez a mensagem do Cristianismo triunfar,
no seu alvorecer, sobre todas as perseguições
e crueldades dos imperadores romanos, detentores de grandes exércitos e dos sacerdotes
judeus, senhores de multidões fanáticas, foi a
capacidade de acender no coração dos homens,
sobretudo dos humildes, o lume da esperança
em outra existência justa e eterna. Sem este sentimento, em vão tentaremos nos conservar, por
longo tempo, em perfeito equilíbrio na corda
bamba das vicissitudes que permeiam a jornada
terrena.
Torna-se imperioso termos esperança,
isto é, sabermos esperar. Para quê pressa se
a pressa, já disse alguém, só serve para nos
levar ao fim da vida mais ligeiro?...Também
afirmou um poeta que o amanhã é o primeiro dia do resto da nossa vida — quem
sabe se não vai chegar trazendo o que nos
falta: a cura, o amor perdido, o êxito jamais
conquistado, a alegria que nunca passou de
um sonho?... Vale a pena confiar; o amanhã melhor, venturoso inevitavelmente virá,
como o Sol depois da fria madrugada. O que
se nos impõe, às vezes, diante de amarguras
insanáveis é vislumbrá-lo além do horizonte
demarcado pelo túmulo. A enfermidade sem
remédio, por exemplo, e a velhice extrema,
são desconfortáveis, mas como esquecer que
somos uma alma imortal? O Espiritismo nos
prova a sobrevivência com seus fenômenos e,
com sua doutrina, nos revela o Consolador
prometido por Jesus.
Contra esta árvore da esperança, que
se apoia na fé racional e gera a caridade legítima, o materialismo e o disfarçado, que
as trevas conseguiram infiltrar em lugares
invigilantes de nosso movimento filosófico,
desencadeiam suas forças, inutilmente. Tais
forças, vociferantes e intolerantes, rugem
como tempestades, porém, da referida árvore, derrubam apenas folhas secas que se
renovam: a raiz permanece sólida e os frutos
virentes. Tais forças, por serem contrárias ao
Bem, nada podem e, em essência, nada são,
nem sequer forças e sim fraqueza... O Espiritismo será sempre tão religioso quanto
científico, porque nasceu de uma semente
cuja seiva é a vontade de Deus.
Nazareno Tourinho
Fonte: Reformador, outubro, 1995, FEB
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 10 Potências da Alma
Pensamento
A
Campanha CEIC
O CEIC está em campanha para a
construção do seu 2° pavimento .
Necessita de ajuda financeira.
Você gostaria de colaborar?
O CEIC agradece desde já a sua
colaboração.
Conta para depósito:
Ag. 0544 - c / c : 10227-0
Ag. 6020 - c /c : 16496-5
força do pensamento e sua
consequente influenciação no
próprio destino humano constitui realidade que ninguém pode, nem
deve ignorar. (...)
"Cada Espírito — ensina A llan
K ardec — é uma unidade indivisível,
mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados, sem que se
fracione para tal efeito."
Quando o pensamento, traduzindo, assim, atividade anímica, reveste expressões
de alegria e bom ânimo, de entusiasmo e
equilíbrio, semelhantes expressões se projetam no Tempo e no Espaço e tomam
o rumo da criatura em quem pensamos,
alcançando-a, inevitavelmente. (...)
O Espírito, encarnado ou desencarnado, edificado no Bem, sintonizado
com as lições cristãs, projeta sua luz,
sua claridade por toda parte. A todos
beneficia e serve, à maneira do farol que
indica o rumo certo em pleno oceano
e, por maior seja o negrume da noite,
às embarcações que demandam portos
longínquos.
A criatura atingida pelo nosso pensamento recebe o fruto mental por nós
elaborado.
Assim sendo, ficamos sabendo que:
 Pensamentos de otimismo geram
bem-estar,
 Pensamentos de esperança conduzem
bom ânimo,
 Pensamentos de fé são instrumentos
vitais de fortalecimento e coragem, de
estímulo e segurança,
 Pensamentos de fraternidade se refletem junto aos que amamos em forma
de inexplicável felicidade, de indefinível
júbilo interior. (...)
Fonte: O Pensamento de Emmanuel, Martins
Peralva, Capítulo II, Editora FEB.
Kardec Sempre
Como reconhecer um bom livro espírita
Os livros espíritas vêm conquistando,
dia a dia, um número muito grande
de leitores. As edições se sucedem aos
milhares. Os efeitos da leitura dessas obras
no leitor são extremamente positivos.
Como consequência, o número
de títulos tem aumentado muito.
Novas obras de autores encarnados e
desencarnados, de conteúdo muito bom,
surgem a todo instante. Entretanto no
meio do trigo tem aparecido muito joio.
Não nos deveríamos preocupar com
esses livros que difundem ensinamentos
que fogem da orientação doutrinária
segura. Mas, infelizmente, muitas
pessoas que não conhecem a Doutrina
estão começando por essas obras e
aceitam como espíritas ensinamentos
contrários aos princípios espiritistas.
O apóstolo Paulo já prevenia os cristãos
de sua época contra as “doutrinas estranhas”.
Sem dúvida, a advertência do grande
trabalhador da causa cristã continua
atualíssima.
O que fazer diante do problema? Cruzar os
braços? Lutar contra a edição dessas obras?
Impedir a sua circulação?
Todos temos livre-arbítrio. Jamais
poderíamos conceber a edição de um índice
de livros espíritas proibidos.
Não sabemos qual a melhor solução. Mas
parece-nos que há uma de grande eficácia: é
trabalhar pelo o estudo das obras de Kardec.
Quem começa pelo estudo cuidadoso da
Codificação Kardequiana pode ler qualquer
livro e não terá dificuldade em separar o
joio do trigo. Começando por Kardec, a
pessoa fica vacinada contra as “doutrinas
estranhas”.
Sugerimos, pois, que mantenhamos uma
campanha nacional de esclarecimento ao
público quanto à necessidade de se começar
pela leitura das obras de Kardec (*). A
nossa ideia é que todos os jornais espíritas
abordem periodicamente o assunto e
publiquem pequenos anúncios nesse
sentido. As livrarias espíritas poderiam
esclarecer os leitores quanto à vantagem
de começar pelas obras do Codificador.
Nos Centros e demais instituições
espíritas, esse tipo de esclarecimento
poderia ser feito frequentemente. Por
fim, todo espírita, ao recomendar um
livro espírita para alguém, tomaria o
cuidado de indicar primeiro os livros de
Allan Kardec, especialmente “O Livro
dos Espíritos”.
Assim sendo, cremos que o
problema seria reduzido a proporções
desprezíveis.
Umberto Ferreira
Fonte: Reformador / Setembro - 1984 / FEB
(*) Nota de Reformador:
A USE – União das Sociedades Espíritas
Estado de São Paulo – já realizava uma
atividade dessa natureza com a legenda "Começar
pelo Começo". A Campanha de Estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita, promovida
pela FEB, também atende a essa finalidade (ver
pag. 4 de Reformador).
do
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 11 Instruções de Além-Túmulo
Aviso Oportuno
N
as tarefas da noite de 10 de novembro de 1955, profunda alegria
felicitou-nos o grupo em prece.
Pela vez primeira; o inolvidável companheiro Ignácio Bittencourt visita-nos
a casa. Senhoreando as possibilidades do
médium, o grande lidador do Espiritismo
no Brasil dirige-nos a sua palavra clara e incisiva, concitando-nos às responsabilidades
que nos competem na Doutrina de Luz
que abraçamos.
Meus amigos: Louvado seja o Senhor.
Em minha última romagem no campo
físico, mobilizando os poucos préstimos
de minha boa vontade, devotei-me ao
serviço da cura mediúnica; no entanto,
desencarnado agora, observo que a turba
de doentes, que na Terra me feria a visão,
aqui continua da mesma sorte,desarvorada
e sofredora.
Os gemidos no reino da alma não são
diferentes dos gemidos nos domínios
da carne.
E dói-me o coração reparar as filas
imensas de necessitados e de aflitos a
se movimentarem depois do sepulcro,
entre a perturbação e a enfermidade,
exigindo assistência.
É por esta razão, hoje reconhecemos,
que acima do remédio do corpo temos
necessidade de luz no espírito.
Sabemos que redenção expressa luta;
que resultados colheremos no combate
evolutivo se os soldados e obreiros das
nossas empresas de recuperação jazem
desprevenidos e vacilantes, infantilizados
e trôpegos?
Nas vastas linhas de nossa fé, precisamos
armar-nos de conhecimento e qualidade
que nos habilitem para a vitória nas obrigações assumidas. Conhecimento que
nasça do estudo edificante e metódico e
qualidade que decorra das atitudes firmes
na regeneração de nós mesmos.
Devotamento à lição que ilumine e à
atividade que enobreça.
Indubitavelmente, ignoramos por
quanto tempo ainda reclamaremos no
mundo o concurso da medicina e da
farmácia, do bálsamo e do anestésico, da água medicamentosa e do passe
magnético à feição de socorro urgente
aos efeitos calamitosos dos grandes males que geramos na vida, cujas causas
nem por isso deixarão de ser removidas
por nós mesmos, com a cooperação do
tempo e da dor.
Mas, porque disponhamos de semelhante alívio, temporário embora, não
será lícito olvidar que o presente de serviço é a valiosa oportunidade de nossa
edificação.
A falta de respeito para com a nossa
própria consciência dá margem a deploráveis ligações com os planos inferiores,
estabelecendo em nosso prejuízo, moléstias e desastres morais cuja extensão
não conseguimos sequer pressentir; e
a ausência de estudo acalenta em nossa estrada os processos da ignorância,
oferecendo azo às mais audaciosas incursões da fantasia em nosso mundo
mental, como sejam: a acomodação
com fenômenos de procedência exótica, presididos por rituais incompatíveis
com a pureza de nossos princípios, o
indevido deslumbramento diante de
profecias mirabolantes e a conexão sutil
com inteligências desencarnadas menos
Orientação Segura
dignas, que se valem da mediunidade
incauta e ociosa entre os homens, para
a difusão de notícias e mensagens supostamente respeitáveis, pela urdidura
fantasmagórica, e que encerram em si
o ridículo finamente trabalhado, com
o evidente intuito de achincalhar o ministério da verdade e do bem.
A morte não é milagre e o Espiritismo
desceu à Humanidade terrestre com o objetivo de espiritualizar a alma humana.
Evitemos proceder como aquele artífice
do apólogo que pretendia consertar a vara
torta, buscando aperfeiçoar-lhe a sombra.
Iluminemos o santuário de nossa vida
interior e a nossa presença será luz.
Eis a razão por que, em nos comunicando convosco, reportamo-nos aos
quadros dolorosos que anotamos aqui,
na esfera dos ensinamentos desaproveitados, para destacar o impositivo
daquela oração e daquela vigilância, perenemente lembradas a nós todos pela
advertência do nosso Divino Mestre, a
fim de que estejamos seguros no discernimento e na fé, na fortaleza e na razão,
encarando o nosso dever face a face.
Ignácio Bittencourt
Fonte: Vozes do Grande Além, médium Francisco
Cândido Xavier, lição 22, Editora FEB.
Festa da
Primavera
(Evangelização)
Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude
primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O
Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e
o Inferno e A Gênese.
Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita.
Sugestão do mês:
Léon Denis e a Experiência espírita
Autor: Henri Regnault
Edições Léon Denis
(Continua- pág.12)
Em Outubro
Dia 14, às 16h
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 12 Estudando sobre Mediunidade
Questões sobre a natureza e a
)
identidade dos Espíritos (C
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também está na web !!!
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O Livro dos Médiuns
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Os Espíritos, que induzem ao erro, sempre o fazem conscientemente?
"Não; há Espíritos bons, porém ignorantes e que podem enganar-se de boa-fé;
quando têm a consciência da insuficiência deles, concordam com isso e só dizem
o que sabem"
Quando um Espírito dá uma comunicação falsa, ele a dá sempre com má intenção?
"Não; se for um Espírito leviano, diverte-se em mistificar e não tem outro objetivo."
Visto que alguns Espíritos podem enganar, pela linguagem de que se utilizam, podem
também, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?
"Isto acontece, porém, mais dificilmente. Em todo caso, isto só se dá com um objetivo que os próprios maus Espíritos desconhecem. Eles servem de instrumento para
dar uma lição. O médium vidente pode ver Espíritos levianos e mentirosos, como
outros os ouvem ou escrevem sob a influência deles. Os Espíritos levianos podem aproveitar-se desta disposição para enganá-lo, através de falsas aparências; isto depende das
qualidades do próprio Espírito".
Para não ser enganado, basta estar animado de boas intenções, e os homens perfeitamente sérios, que não misturam aos seus estudos qualquer sentimento de vã curiosidade,
também estão expostos a ser enganados?
"Menos do que outros, evidentemente; mas o homem sempre tem alguns defeitos
que atraem os Espíritos zombeteiros; ele se julga forte e, muitas vezes, não o é;
deve, portanto, desconfiar da fraqueza que nasce do orgulho e dos preconceitos.
Não se leva muito em conta essas duas causas de que se aproveitam os Espíritos;
lisonjeando as manias, estão certos de obter êxito."
Por que Deus permite que maus Espíritos comuniquem-se e digam coisas ruins?
"Mesmo naquilo que haja de pior, há um ensinamento; cabe a vós saber colhê-lo.
É preciso que haja comunicações de todas as espécies, para vos ensinar a distinguir
os bons Espíritos dos maus, e para vos servir de espelho para vós mesmos."
Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Capítulo XXIV, Item 268, Perguntas 12 a 16,
Edições Léon Denis.
Semeando o Evangelho de Jesus
Dom de C ur ar
Convite
Venha estudar conosco
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
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para informações
"Devolvei a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai
os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que
recebestes gratuitamente".(Mateus, 10: 8.)
"Dai gratuitamente o que recebestes gratuitamente",
disse Jesus aos seus discípulos; e com essas palavras determina que não se deve fazer pagar por aquilo que
a nós mesmos nada custou. Ora, o que eles
haviam recebido de graça foi a faculdade de
curar as doenças e de expulsar os demônios, isto
é, os maus espíritos; esse dom lhes havia sido
concedido gratuitamente por Deus, para o alívio
daqueles que sofrem, e para ajudar na propagação da fé, e Jesus lhes recomendava que
não o transformassem em um meio de comércio, nem em objeto de especulação, nem
em um meio de vida.
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Allan Kardec / Capítulo XXVI / Itens 1 e 2 / Edições
Léon Denis.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 13 Variedades sobre Kardec
O Primeiro Capítulo
A
llan Kardec, o respeitável professor Denizard Rivail, já havia
organizado extensa porção das
páginas reveladoras que lhe constituiriam
"O Livro dos Espíritos".
Devotado observador, aliara inteligência
e carinho, método e bom senso na formação da primeira obra que lançaria os
fundamentos da Doutrina Espírita.
Não desconhecia que a sobrevivência
da alma era tema empolgante no século.
Entretanto, apontamentos e experimentações, em torno do assunto, alinhavam-se
desordenados e nebulosos. Os fenômenos
do intercâmbio pareciam ameaçados pela
hipertrofia de espetaculosidade.
Saindo de humilde vilarejo da América
do Norte, a comunicação com os Espíritos
desencarnados atingira os mais cultos ambientes da Europa, originando infrutífero
sensacionalismo. Era necessário surgisse
alguém com bastante coragem para extrair
do labirinto a linha básica da filosofia consoladora que os fatos consubstanciavam,
irrefutáveis e abundantes.
Advertido por amigos da Espiritualidade de que a ele se atribuía, em nome
do Senhor, a elevada missão de codificar
os princípios espíritas, destinados à mais
ampla reforma religiosa, pusera mãos ao
trabalho, sem cogitar de sacrifícios. E adotando o sistema de perguntas e respostas,














 
conseguira vasta colheita de esclarecimento
e de luz.
Guardava consigo preciosas anotações
acerca da constituição geral do Universo,
surpreendentes informes sobre a vida de
além-túmulo e belas asserções definindo as
leis morais que orientam a Humanidade.
O material esparso equivalia quase
que praticamente ao livro pronto.
Contudo, era preciso estabelecer um
ponto de partida. O primeiro compêndio do Espiritismo, endereçado
ao presente e ao futuro, não podia
prescindir de sólidos alicerces.
E, debruçado sobre a mesa de trabalho,
em nevada noite de inverno de 1856, o
Codificador interrogava a si mesmo: – Por
onde começar? Pelas conclusões científicas
ou pelas indagações filosóficas? Seria justo
desligar a Doutrina, que vinha consagrar
o antigo ensinamento do Cristo, de todo
e qualquer apoio da fé, na construção das
bases que lhe diziam respeito?
O conhecimento humano!(...) – pensava
ele – não se modificava o conhecimento
humano todos os dias?(...) As ilações filosófico-científicas não eram as mesmas em
todos os séculos(...) E valeria escravizar o
Espiritismo à exaltação do cérebro, em prejuízo do sentimento?
Atormentado, viu mentalmente os
homens de seu tempo e de sua pátria

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Gotas de Luz
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"Se o terreno de teu coração vive ocupado por ervas daninhas e se já
recebeste o princípio celeste, cultiva-o, com devotamenro, abrigando-o nas
leiras da alma. O verbo humano pode falhar, mas a Palavra do Senhor é
imperecível. Aceita-a e cumpre-a, porque, se te furtas ao imperativo da vida
eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará o espírito, indicando-te
novos rumos." (Lição 25)
"A felicidade real somente é possível no lar cristão do mundo, quando os
seus componentes cumprem as obrigações que lhes competem, ainda mesmo
ao preço de heróicas decisões. Com o Nosso Pai Celestial, o programa não
é diferente, porque o Senhor Supremo não nos pede sacrifícios e lágrimas
e, sim, ânimo sereno para aceitar-lhe a vontade sublime, colocando-a em
prática."(Lição 48)
Fonte: Pão Nosso.
Espírito : Emmanuel.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier.
Seleção de textos :
Mário Sérgio de S. Esteves
extraviados na sombra do materialismo
demolidor(...)
A grande revolução que pretendera
entronizar os direitos do Homem ainda
estava presente no ar que ele respirava.
Desde 2 de dezembro de 1851, o governo de Luís Napoleão, que retomava as
linhas do Império, permitia prisões em
massa, com deliberada perseguição aos
elementos de todas as classes sociais que
não aplaudissem os planos do poder.
Muitos membros da Assembleia haviam
sofrido banimento e mais de vinte mil
franceses jaziam deportados, muitos deles sem qualquer razão justa. Homens
dignos eram enviados a regiões inóspitas,
quando não eram confiados, no cárcere,
à morte lenta.
O pensamento do missionário foi mais
longe(...) Recordou-se de Voltaire e
Rousseau, admiráveis condutores da inteligência, mas também precursores da
ironia e do terror. Lembrou Condorcet,
o filósofo e matemático, envenenandose para escapar à guilhotina e Marat, o
médico e publicista, assassinado num
banho de sangue, quando instigava a
matança e a destruição.
Valeria a cultura da inteligência, só por si,
quando, a par dos bens que espalhava, podia desmandar-se em sarcasmo arrasador e
loucura furiosa?
Com o respeito que ele consagrava incondicionalmente à Ciência e à Filosofia,
Kardec orou com todo o coração, suplicando a inspiração do Alto. Erguia-se-lhe
a prece comovente, quando raios de amor
lhe envolveram o espírito inquieto e ele
ouviu, na acústica da própria alma, vigoroso apelo íntimo: – "Não menosprezes a
fé!(...) Não comeces a obra redentora sem
a Bênção Divina!(...)."
E o Codificador, nimbado de luz, com
a emotividade jubilosa de quem por fim
encontrara solução a terrível problema,
longamente sofrido, consagrou o primeiro capítulo de "O Livro dos Espíritos" à
existência de Deus.
Irmão X
(Mensagem recebida pelo médium Francisco
Cândido Xavier, transcrita de “Reformador”,
abril de 1957. Edição comemorativa do
Centenário de "O Livro dos Espíritos).
Fonte: Reformador / Abril-1985.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 14 Homenagem Especial
15 de Outubro - Dia do Mestre
"Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior que a de dirigir as inteligências
jovens e preparar os homens do futuro".(D. Pedro II)
Jesus: o maior de todos os Mestres!
Emmanuel e os Evangelhos dos Apóstolos
Maioridade
E
m todas as atividades da vida,
há quem alcance a maioridade
natural entre os seus parentes,
companheiros ou contemporâneos.
Há quem se faz maior na experiência
física, no conhecimento, na virtude ou
na competência.
De modo geral, contudo, aquele
que se vê guindado a qualquer nível
de superioridade costuma valer-se da
situação para esquecer seu débito para
com o espírito comum.
Muitas vezes quem atinge a maioridade
financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e
“.... O menor é abençoado pelo maior.” - Paulo. (Hebreus - 7:7)
quem se vê na galeria do poder abraça o
orgulho vão.
A Lei da Vida, porém, não recomenda
o exclusivismo e a separatividade.
Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converte em bênçãos
para a coletividade inteira.
A própria Natureza oferece lições
sublimes nesse sentido.
Cresce a árvore para a frutificação.
Cresce a fonte para benefício do solo.
Se cresceste em experiência ou em
elevação de qualquer espécie, lembrate da comunhão fraternal com todos.
O Sol, com seus raios de luz, não
desampara a furna barrenta e não desdenha o verme.
Desenvolvimento é poder.
Repara como empregas as vantagens de
que a tua existência foi acrescentada. O
Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício
supremo, a fim de auxiliar a todos, sem
condições.
Não te esqueças de que, segundo o
Estatuto Divino, o “menor é abençoado
pelo maior”.
Emmanuel
Fonte: Fonte Viva, médium Francisco Cândido Xavier,
lição 21, Editora FEB.
Notas Espirituais - Obras de André Luiz
..."Os laços consanguíneos são edificantes, mas acima deles vibra a família
universal […] Aprenda, quanto esteja
em suas possibilidades, a desfazer-se de
aquisições passageiras, para ganhar os
eternos bens."(Alfredo: Lição 21 - Pág.
117)
..."A crença na vida superior é atividade incessante da alma. A ferrugem
ataca a enxada ociosa".(Alfredo: Lição
22 - Pág. 121)
..."A fé sincera é ginástica do espírito.
Quem não a exercitar de algum modo
na Terra, preferindo deliberadamente
a negação injustificável, encontrar-se-á
mais tarde sem movimento".(Aniceto:
Lição 22 - Pág. 122)
..."Deus socorre o homem pelo homem e atende a alma pela alma, cada
um de nós somente poderá auxiliar os
semelhantes e colaborar com o Senhor,
com as qualidades de elevação já conquistadas na vida."(Aniceto: Lição 24 Pág. 133)
..."Toda prece impessoal dirigida
às Forças Supremas do Bem, delas recebe resposta imediata, em nome de
Deus."(Aniceto: Lição 25 - Pág. 136)
..."Façamos todos o bem, sem qualquer ansiedade. Semeemo-lo sempre
e em toda a parte, mas não estacionemos na exigência de resultados. O
lavrador pode espalhar as sementes à
vontade e onde quer que esteja, mas
precisa reconhecer que a germinação, o
crescimento e o resultado pertencem a
Deus."(Aniceto: Lição 25 - Pág. 138)
..."O ensinamento de Jesus, quando
ao batei e abrir-se-vos-á, é muito extenso. No plano da carne, insistimos à
porta das coisas exteriores, procurando
facilidades e vantagens; mas, aqui, temos de bater à porta de nós mesmos,
para encontrar a virtude e a verdadeira
iluminação".
(Aniceto:: Lição 27 - Pág. 148)
..."Os que se consagram exclusivamente aos desejos do corpo, não sabem
amar além da forma; são incapazes de
sentir as profundas vibrações espirituais
do amor sem morte".(Aldonima: Lição
30 - Pág. 160)
Fonte: Os Mensageiros, André Luiz pelo médium
Francisco Cândido Xavier –Editora FEB
Convite
Venha estudar conosco as obras de
André Luiz
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 15 Homenagem Especial
Singular Dia da Criança
P
assa o 12 de Outubro, mas não
passa como a quase totalidade de
outras datas, isto é, rotineiramente.
O Dia da Criança é por demais importante para passar sem deixar sulcos em nossas
almas, já que o transcurso da efeméride
comporta atos comemorativos de muita
significação.
A rigor, só mesmo convencionalmente há
o Dia da Criança.
Os pequeninos são aquelas flores em botão que dia a dia desabrocham no roseiral do
jardim do nosso lar, para só lhes dedicarmos
apenas uma determinada data no curso do
ano. Assim, não celebramos propriamente
uma solenidade de expressão social no calendário humano, por entender ser a criança,
tenra e frágil, credora permanente de nosso
zelo e desvelo, da nossa solicitude e dedicação, de nossa assistência e proteção.
Se reconhecermos a imperiosa necessidade
de amar a alma infantil e, consequentemente
pugnar pelo desempenho da honrosa missão
de bem servi-la, decorre o indeclinável dever
de lembrarmos o compromisso dos pais.
Pudessem falar desembaraçadamente as
crianças, nesta sua data ou em qualquer
outra, mui lucidamente perguntariam aos
genitores:
— Por que nos privam do suave contacto
com Jesus, quando o Mestre, admoestando
os seus discípulos, lhes dizia: “Deixai vir a
mim os pequeninos” ?
— Por que têm, por vezes, excessivos cuidados com o nosso corpo perecível e descuram,
quase sempre, de nossa alma imortal?
— Se, prestos, reconhecem a capacidade
do nosso cérebro para o contato com letras e
números, por que menosprezam a do nosso
coração, na sua melhor fase de receptividade?
— Que estranho raciocínio os levam a procurarem o convívio com Jesus nos Centros
Espíritas, quando nem sempre nos facilitam
o livre acesso às Escolas de Evangelização Espírita Infantojuvenil, para desfrutarmos da
mesma felicidade?
— Se colocam em nossas mãos brinquedos
que nos despertam impulsos de antagonismo
e agressividade, de fereza e violência, por que
não nos concedem uma hora por semana para
aprendermos, na Escola de Evangelização Espírita Infantojuvenil a amar e compreender
como melhor viver e conviver, construindo
para nós próprios um futuro de paz?
— Se não se importam conosco quando, ainda inexperientes, escolhemos para leitura textos
de publicações malsãs, que insinuam atitudes
aviltantes, por que julgarem ainda cedo para
ouvirmos histórias que falam de Jesus e aprendermos lições e ensinos da Doutrina Espírita,
realçando o valor das virtudes que edificam e
dignificam a felicidade legítima?
E, à margem de tais indagações, muito
provavelmente, elas, as crianças, ainda argumentariam desta maneira:
— Lembrem-se de que, se o pão é alimento do corpo, o Evangelho é o sustento
da alma. Assim como existem métodos de
alimentação para adultos e nós mesmas, na
sustentação da alma há também as prescrições dietéticas que lhe facilitam a absorção
dos desígnios das Leis Divinas, desde o berço
até o túmulo.
Reconhecemos apreensivas, que aqueles que
tão compreensivamente (em alguns casos até
mesmo sacrificialmente) nos acolheram nos
braços, na condição de filhos, hão esquecido
do mais sagrado dos deveres: o de orientar os
nossos passos, de todo e em tudo incertos, vacilantes, para Jesus que é a certeza e a segurança
em nosso caminhar para Deus.
— Pais queridos! Não queremos vê-los
ou sabê-los comprometidos e desesperados
ante os nossos fracassos na experiência da
carne, situação espiritual de muitos que se
descuidaram da evangelização de seus filhos
e sofrem com eles o amargor da derrota.
Amanhã, não desejamos encontrá-los no
outro lado da Vida com a alma dilacerada
pelos espinhos de nossa queda, de nossa
falência. Por isso, enquanto nos encontrarmos aqui, suplicamos- lhes renunciem ao
conforto do repouso prematuro, encaminhando- nos às Escolas de Evangelização
Espírita Infantojuvenil para que, no porvir,
possamos felizes e agradecidos, oferecer-lhes
as flores dos nossos corações enobrecidos e
ofertar- lhes os frutos sazonados de nossas
almas aformoseadas pelos ensinamentos de
Jesus. A Escola de Evangelização Espírita
Infantojuvenil é, pois, bem-amados pais,
a sugestão que lhes fazemos para a solução
áurea e ideal dos nossos destinos confiados
à responsabilidade de sua orientação, que
auguramos vitoriosa em todos os sentidos e
sob todos os aspectos.
Comprazemo-nos em fazer nossa a causa da criança, que só por ela e para ela nos
apraz pugnar, justificando apreensões e anseios de suas almas em flor.
Numa época, como a nossa, em que o
Mundo é sacudido e agitado por impactos de
vibrações inferiores, onde se cuida quase exclusivamente do desenvolvimento intelectual,
com subestima pelo cultivo do coração, seria
mais do que natural que os nossos meninos e
meninas nos falassem nesse tom de linguagem,
conclamando- nos ao cumprimento integral e
criterioso dos nossos deveres.
Mãos à obra, pois, pais espiritistas! Cientes
e conscientes de que a verdadeira evolução
abrange o cérebro e o coração, a mente e a
sensibilidade, a inteligência e o sentimento,
o caráter e o psiquismo, estabelecendo o justo equilíbrio entre a razão e a consciência,
entre intelecto e foro íntimo, certos desta
verdade, só nos cabe facilitar e felicitar a existência dos nossos filhos com as bênçãos da
Educação Cristã. O Evangelho aplicado à infância é o único meio seguro de garantir mais
rapidamente ao Lar e ao Mundo, à Família e
à Humanidade a gloriosa destinação que lhes
está assinalada.
Passos Lírio
Fonte: Reformador, Outubro, 1995-FEB.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 16 Curso :
A Família na Visão Espírita
A Família na Visão Espírita
Dia- todas as terças-feiras.
Hora- 19:30.
Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.
Estudo aberto a todos os interessados.
Temas para Outubro:
Dia 02-Educação no lar: relacionamento entre pais e filhos casados dependentes
dos pais e pais dependentes dos filhos.
Dia 09-Relacionamento familiar: perda
de entes queridos.
Dia16-Relacionamento familiar: a obsessão e a mediunidade no lar, companhias
espirituais no lar.
Dia 23-A família e o Centro Espírita:
conciliação das atividades do Centro
Espírita e do lar.
Dia 30- A família com Jesus: O culto
do Evangelho no lar.
“ Dedica uma das sete noites
da semana ao Culto
do
Evangelho no Lar, a
fim de que Jesus possa pernoitar
em tua casa.”
Paz em Casa
"Em qualquer casa onde entrardes, dizei antes: ‘paz seja nesta casa." (Lucas, 10:5)
C
ompras na Terra o pão e a vestimenta, o calçado e o remédio, menos a paz.
Dar-te-á o dinheiro residência e conforto, com exceção da tranquilidade
de espírito.
Eis por que nos recomenda Jesus venhamos a dizer, antes de tudo, ao entrarmos
numa casa: "paz seja nesta casa".
A lição exprime vigoroso apelo à tolerância e ao entendimento.
No limiar do ninho doméstico, unge-te de compreensão e de paciência, a fim de
que não penetres o clima dos teus, à feição de inimigo familiar.
Se alguém está fora do caminho desejável ou se te desgostam arranjos caseiros,
mobiliza a bondade e a cooperação para que o mal se reduza.
Se problemas te preocupam ou apontamentos te humilham, cala os próprios
aborrecimentos, limitando as inquietações.
Recebe a refeição por bênção divina.
Usa portas e janelas, sem estrondos brutais.
Não movas objetos, de arranco.
Foge à gritaria inconveniente.
Atende ao culto da gentileza.
Há quem diga que o lar é o ponto de desabafo, o lugar em que a pessoa se desoprime. Reconhecemos que sim; entretanto, isso não é razão para que ele se torne
em praça onde a criatura se animalize.
Pacifiquemos nossa área individual para que a área dos outros se pacifique.
Todos anelamos a paz do mundo; no entanto, é imperioso não esquecer que a
paz do mundo parte de nós.
Emmanuel
Livro: Luz no Lar, pelo médium Francisco Cândido Xavier, capítulo 62, Editora FEB.
Fonte: Reformador, Setembro, 2007 - FEB.
Joanna de Ângelis
Fonte : S.O.S. Família
Médium: Divaldo Pereira Franco
Aprendendo com Antônio de Aquino
Atenção!
Curso de Atualização para
todos os Médiuns
Outubro : dia 27 / Sábado
Horário : 16 horas
Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio
Presença Indispensável
“O que torna um estudo sério é a
continuidade que se lhe dá”
(Allan Kardec)
O
mundo atravessa uma crise, como todos observam e analisam. Parece
que a sociedade tomou um rumo que, em realidade, não sabe para onde
seguirá. Muitos se tumultuam; alguns clamam vingança; outros, ainda,
aplaudem a dor. Parece que todos estão enlouquecidos, inquietos. (...)
E o Espírita, como há de agir diante de tanta confusão? Devemos, em primeiro
lugar, recordar a oração, a ligação com Deus, buscando contrapor ao desequilíbrio de tantas criaturas a vibração de equilíbrio que a oração traz; contrapor
ao sentimento de vingança a mensagem de amor, de compreensão; contrapor ao
sentimento de ódio a mensagem de confiança em Deus, que de tudo e de todas as
coisas toma conta. (...)
Fonte: Inspirações do Amor Único de Deus - Volume I.
Espírito: Antônio e Aquino.
Psicografia: Altivo Caríssimi Pamphiro.
Edições Léon Denis.
Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 17 C a r ta P a te r n
a
Presença de Chico Xavier
M
eu filho, não tinhas razão em favor da cólera.
Vi, perfeitamente, quando o velhinho se aproximou para servir-te.
Trazia um coração amoroso e atento que não soubeste compreender.
Deste uma ordem que o pobrezinho não ouviu tão bem, quanto desejavas.
Repetiste-a e, porque novamente te perguntasse qualquer coisa, proferiste
palavras feias, que lhe feriram as fibras mais íntimas.
Como foste injusto!...
Quando nasceste, o antigo servidor já vencera muitos invernos e servira a muita gente.
Enfraqueceram-se-lhe os ouvidos, ante as imperiosas determinações alheias.
Nunca refletiste na neblina que lhe enevoa o olhar? Adquiriu-a trabalhando à noite, enquanto dormias despreocupado.
Sabes por que traz ele as pernas trêmulas? Devorou muitas léguas a pé, solucionando problemas dos outros.
Irritas-te, quando se demora a movimentar- se a teu mando. Contudo, exiges o automóvel para viagem de dois quilômetros.
Em muitas ocasiões, queixas-te contra ele. É relaxado aos teus olhos, tem as mãos descuidadas e a roupa não muito limpa.
Entretanto, nunca imaginaste que o apagado servidor jamais encontrou oportunidades iguais às que recebestes. Além disto,
não lhe ofereces o ensinamento amigo e nem tempo para cogitar das próprias necessidades espirituais.
Reclamas longos dias para examinar pequenina questão, referente ao teu bem-estar; todavia, não lhe consagras nem mesmo
uma hora por semana, ajudando-o a refletir...
Respondes, enfadado, quando o velho companheiro te pede alguns níqueis, mas não vacilas em despender pequenas fortunas
com amigos ociosos, em noitadas alegres, nas quais te mergulhas em fantasioso contentamento.
Interrogas ingrato: — Que fizeste do dinheiro que te dei?
Esqueces que o servidor de fronte enrugada não dispôs de tempo e recurso para calcular, com exatidão, os processos de
ganhar além do necessário e não conseguiu ensejo de ilustrar o raciocínio com o refinamento que caracteriza o teu.
Ah! Meu filho, quando a importância te visita o espírito, recorda que o monstro da ira indesejável te bate à porta do coração. E
quando a ele te entregas, imprevidente, tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces. Chego a desconhecer-te, porque a fúria
dos elementos interiores te altera a individualidade aos meus olhos e não sei se passas à condição de criança ou de demônio!...
Se não podes conter, ainda, os movimentos impulsivos de sentimentos perturbadores, chegado o instante do testemunho,
cala-te e espera.
A cólera nada edifica e nada restaura... Apenas semeia desconfiança e temor, ao redor de teus passos.
Não ameaces com a voz, nem te insurjas contra ninguém.
É provável que guardes alguma reclamação contra mim, teu pai, porque eu também sou ainda humano. No entanto, filho,
acima de nós ambos permanece o Pai Supremo, e que seria de ti e de mim, se Deus, um dia, se encolerizasse contra nós?
Pelo Espírito Neio Lúcio
Livro Luz no Lar, médium Francisco Cândido Xavier, Editora FEB, cap. 25.
Fonte: Reformador, julho, 2007 – FEB.
Querido leitor
Indicaremos mensalmente um bom livro doutrinário juvenil,
escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .
Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?
Dica do mês :
O Profeta da Montanha Azul
Autoro: Mário Tamassía.
Editora Lake
Aviso Importante

Temos evangelização para
crianças nos mesmos horários das
Reuniões Públicas, e para jovens,
nos horários das Reuniões Públicas
Noturnas.