Outubro - Centro Espírita Irmão Clarêncio
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Outubro - Centro Espírita Irmão Clarêncio
Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Ano X - Edição 109 - Outubro / 2012 Editorial João Huss r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 N este mês o Clareando presta uma homenagem a Allan Kardec, escolhido pelo Plano Maior para cumprir a missão de trazer até nós as bases da Doutrina Espírita que, para nós Espíritas, se constitui num manancial de ensinamentos a nos direcionar para a conquista do Reino dos Céus. Como não se adquirem virtudes de um instante para o outro, pois a natureza não dá saltos, Allan Kardec foi se preparando ao longo de várias reencarnações para cumprir essa grandiosa missão. No século XV, como João Huss, já recebera a missão de reacender as lâmpadas da esperança no coração da Humanidade e, desde então, revelara a nobreza do servo fiel como o grande reformador e precursor da Reforma que ocorreria séculos mais tarde. Porém, pagou um preço muito alto, submetendo-se à terrível fogueira, expirando no dia 6 de julho de 1415, para renascer em 1804 como o notável homem de bem Hippolyte Léon Denizard Rivail, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec (03/10/1804 - 31/03/1869). Deixamos aqui o nosso abraço de eterna gratidão a Allan Kardec. Kardec, que Deus te abençoe sempre! De onde estiveres, ampara-nos na divulgação desses ensinamentos tão preciosos. A você, caro leitor, presenteamos com o artigo sobre João Huss. Paz e esperança para todos nós! r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. Nesta Edição : Vida, Dádiva de Deus: pág.2 Aborto Não! Potências da Alma: pág.10 Pensamento Mensagem do Plano Espiritual: pág.3 Inácio pág.5 Homenagem Especial: Kardec ontem - João Huss O Pensamento de pág.6 Léon Denis pág.7 Reflexão: Saúde Integral pág.11 Instruções de Além-Túmulo: Aviso Oportuno Variedades sobre Kardec: pág.13 O Primeiro Capítulo Homenagem Especial: pág.15 Singular Dia da Criança Suplemento pág.17 Infantojuvenil Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 2 Vida - Dádiva de Deus Aborto Não! "O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de Viver". (O Livro dos Espíritos) Imaginaste que tuas lágrimas só tiveram por companhia o silêncio da noite espessa. Pensaste que ninguém ouvia os reclamos de tua alma, os gritos do teu coração. Permaneceste alimentando revolta e insatisfação, aumentando o caudal de tuas emoções em desequilíbrio. Planejaste exterminar o entezinho que se abrigava em teu seio, sem que ninguém soubesse. Admitiste a impossibilidade de seres mãe por tua própria iniciativa. Uma amiga sim. Ela seria a salvação. Já conhecia os trâmites que lhe permitiram quatro abortamentos. Sim. A amiga será a salvação. Minha filha, queremos dizer-te que o que tens pensado e desejado realizar só aumentará os teus tormentos. Não creias que um filho atrapalhará a tua vida. Antes, será ele que no futuro te dará ânimo e sustento, amparo e proteção. Não coloques obstáculos. Não impeças a manifestação da vontade divina que se dignou premiar-te, oferecendo-te a guarida de um entezinho que, se hoje te pede carinho e amizade, compreensão e socorro, amanhã te recompensará por todo o bem que fizeres. Não, o aborto não é a solução, antes a complicação! Muitas mulheres na atualidade deploram o ministério da maternidade, esquecidas de que ser mãe é ser cooperadora de Deus no santificado mister da procriação; outras derramam lágrimas de sangue por se verem impossibilitadas de gerar; outras, contudo, alegram-se, felicitam-se por abrigarem na intimidade de seu ventre um ser que crescerá e se engrandecerá para as glórias da vida. Pensa um pouco, minha filha, ainda é tempo de evitares o crime nefando que alimentas na casa mental, onde teus pensamentos aparentemente inaudíveis são facilmente detectados por nós, os amigos de Jesus, que nos esforçamos para evitar o infanticídio que se generaliza na Terra, abrigado nas malhas do materialismo e amparado por interesses inconfessáveis. Pensa nisso, filha. Tu também, todos nós, um dia prestaremos contas a Deus de tudo o que fizemos e do que deixamos de fazer. Aborto não! Vida sim! Desde a menor expressão do ser que se liga à futura mãe até o anjo que se evola ao céu, a vida é de Deus e só Ele tem o poder de dá-la ou tirá-la. Josiel (Mensagem recebida no Grupo Espírita Fabiano, Rio de Janeiro, em junho de 1991, pelo médium Jorge Caldas.) Fonte: Reformador, Setembro, 1993, FEB. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 3 Mensagem do Plano Espiritual "Aquele, porém, que recebeu a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e ela frutifica e rende cem, sessenta ou trinta por um." (Matheus, XIII: 18 a 23). T odos nós sentimos e reconhecemos em Jesus o grande semeador, aquele que dispõe das sementes da verdade, das sementes da vida e que, através dos tempos, vem semeando abundantemente em todas as almas vinculadas a este Planeta de provas e expiações, acrescentando à semeadura das sementes as oportunidades que todos temos tido neste processo de crescimento, de evolução espiritual. Reconhecemos neste Mestre aquele amigo, o irmão, o companheiro em quem podemos confiar, na certeza de que, mesmo nos momentos de quedas, mesmo nas dificuldades e nas lutas que todos atravessam, Ele com certeza estará presente sempre, estendendo as suas mãos dadivosas, ungidas pelas vibrações amorosas do seu coração junto a todos nós. E assim tem sido através dos séculos e dos milênios quando nós, Espíritos imortais, debaixo de sua orientação precisa e segura, temos recebido, através das reencarnações, a possibilidade de aproveitar as oportunidades e procurarmos fazer germinar as sementes que já se encontram semeadas em cada uma de nossas almas. Portanto, se já as temos junto a nós, procuremos aproveitar o momento deste processo de evolução espiritual, desenvolvendo esforços para que essas sementes germinem e possam futuramente apresentar os frutos e nos classificar como almas já mais identificadas com as Leis de Deus. Portanto, mesmo com as imperfeições que alegamos ter, se já temos as sementes em nossas almas, por que não fazê-las germinar para que possam produzir os frutos de que tanto necessitamos? Mas, para que a semente germine, é preciso extirpar o egoísmo e o orgulho de nossos corações. Sem dúvida alguma orgulho e egoísmo têm sido o grande impedimento para que essas sementes germinem. Trabalhemos, pois, irmãos e irmãs! Esforcemo-nos para que seja possível cada vez mais, pelos esforços que formos desenvolvendo na busca do crescimento espiritual, superarmos as dificuldades e as lutas e todo o impedimento que acaba se transformando em grandes obstáculos para nossa aproximação com o Criador, o nosso Pai Celestial. Sintam-se envolvidos pelas vibrações superiores desse Amor Infinito que chega até nós. Permitam que essas vibrações mergulhem profundamente em seus corações e em suas mentes e, neste processo, deixem que o mal se dilua e que o bem comece a germinar, a crescer, a apresentar os frutos de almas, então, plenamente transformadas e identificadas com as Leis do Pai, do nosso Bom Deus. Deixamos, pois, em nome de toda a Espiritualidade aqui presente, o abraço amigo de estímulo ao bem, na certeza de que todos vocês estão amparados e sustentados por protetores e guias que são a representação de Deus junto às suas vidas de encarnados. O nosso abraço amigo. Inácio (Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 29 de agosto de 2012). Encontros Espíritas Em Outubro 23° Encontro Espírita sobre Medicina Espiritual Tema- Doutrinária : Científica I / Científica II Dia-21/10/2012 Hora- 8:30 às 13:00 Local: Centro Espírita Irmão Clarêncio Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 4 Radio Rio de Janeiro 1400 khz AM “A emissora da Fraternidade” Estrada do Dendê, nº 659 Ilha do Governador Rio de Janeiro - RJ CEP: 21.920/000 Fone: (21)3386.1400 Visite o site e ouça a programação www.radioriodejaneiro.am.br Anuncie no Estamos aguardando você no Centro Espírita Irmão Clarêncio Rua Begônia, 98 - Vila da Penha Encaminhe sua proposta de anúncio à Sandra Goes e Eliana Aguiar Convite Venha estudar conosco A Gê n e s e Allan Kardec Procure a Secretaria de Cursos para informações Estudando a Gênese Hipótese sobre a origem do corpo humano Da semelhança de formas exteriores que existe entre o corpo do homem e o do macaco, alguns fisiologistas concluíram que o primeiro é apenas uma transformação do segundo. Nisso não há nada de impossível, nem que, se assim for, afete a dignidade do homem. Corpos de macacos podem muito bem ter servido de vestimenta aos primeiros espíritos humanos, necessariamente pouco adiantados, que tenham vindo encarnar na Terra; essas vestimentas foram as mais apropriadas às suas necessidades e mais adequadas ao exercício das suas faculdades que o corpo de qualquer outro animal. Ao invés de ser feita uma vestimenta especial para o espírito, ele teria achado uma pronta. Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de ser espírito humano, assim como o homem, não raro, se veste com a pele de certos animais sem por isso deixar de ser homem. Fique bem entendido que se trata aqui apenas de uma hipótese, que de modo algum é colocada como um princípio, mas apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo não prejudica o espírito, que é o ser principal e que a semelhança do corpo do homem com o corpo do macaco não implica em paridade entre o seu espírito e o do macaco. Admitida essa hipótese, pode-se dizer que, sob a influência e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nos detalhes, conservando sempre a forma geral do conjunto. Os corpos aperfeiçoados, ao se procriarem, reproduziram-se nas mesmas condições, como acontece com as árvores enxertadas e deram origem a uma nova espécie que, pouco a pouco, se afastou do tipo primitivo, à medida que o espírito progrediu. O espírito macaco, que não foi aniquilado, continuou a procriar corpos de macaco para o seu uso, do mesmo modo que o fruto da árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie, e o espírito humano procriou corpos de homem, variações do primeiro molde em que ele se estabeleceu. O tronco se bifurcou; produziu um broto e esse broto tornou-se tronco. Como não há transições bruscas na Natureza, é provável que os primeiros homens que surgiram na Terra diferissem pouco do macaco pela forma exterior e, sem dúvida não muito mais pela inteligência. Nos dias de hoje ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, têm tanta semelhança com o macaco que só falta serem peludos para que a semelhança seja total. 168 168-Complementando as palavras do Codificador, hoje sabemos, pelas pesquisas que estão em curso, que a evolução da história humana é uma longa sucessão de fatos que se estendem pelos últimos oito milhões de anos, que é a época em que se reconhece que ocorreu a divergência evolutiva que levou a espécie humana para um lado e os macacos para outro. Presume-se que há aproximadamente quatro milhões de anos os mais antigos antepassados do homem encontravam-se definitivamente estabelecidos na superfície terrestre. Segundo os pesquisadores, o fator determinante da evolução da espécie humana primitiva foi a reestruturação da anatomia, que permitiu a posição erguida (bipedação). Uma das confirmações dessa teoria é a existência de pegadas fossilizadas, de quatro milhões de anos, que conservaram traços inconfundíveis do pé de dois adultos e de uma criança humanos. Com a liberação das mãos para a realização de novas tarefas, como carregar materiais, manipular objetos e, eventualmente, construir outros novos, o ser humano primitivo foi desenvolvendo progressivamente a sua inteligência, através de diversos estágios, desde o australopithecus aferensis, até o Homo sapiens, o homem moderno de hoje. Os fósseis conhecidos de maior antiguidade e que recebem o nome de Homo, o Homo habilis, remontam a dois milhões e meio de anos. Ele já possuía um cérebro maior, um crânio mais arredondado e um rosto perfeitamente humano. (N.R.) Fonte: A Gênese, Allan Kardec, Capítulo XI, Itens 15 e 16. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 5 Homenagem Especial Kardec ontem : João Huss U ma das mais autênticas figuras do Cristianismo, na Idade Média foi, sem dúvida, o sacerdote e filósofo Jan Huss, nascido em Husinec (donde lhe veio o nome), na Boêmia, em 1369. Embora filho de pais camponeses, conseguiu completar seus estudos na Universidade de Praga, formando-se em Teologia em 1394 e Artes em 1396. Em 1400 ordenou-se sacerdote com o objetivo de servir ao Cristo com o coração. E, já em 1402, passava a ocupar o cargo de reitor da referida Universidade, dedicando ao magistério superior todo o devotamento possível. Um fato, porém, começava a inquietar a alma e o coração do jovem sacerdote: a decepção com a conduta de seus superiores eclesiásticos que emprestavam à Igreja uma posição que muito o desagradava, principalmente a ele que devotava profundo respeito pelas coisas sagradas, sobretudo pelo culto da verdade. Assim, na mesma ocasião que assumia o cargo de reitor da Universidade em que se graduara em Teologia e Artes, alguns anos antes, travava conhecimento com a obra do reformador inglês John Wyclif, passando a considerar-se seu fiel discípulo. Exatamente no mesmo ano em tomava conhecimento da obra de Wyclif, era nomeado pregador da Capela de Belém, em Praga. Não é difícil aquilatar os conflitos espirituais que passava, então, a acicatar a mente desse homem extraordinário. Diante disso, a pouco e pouco iam escapando de seus sermões críticas ao clero, o que ao mesmo tempo, punha em evidência as simpatias de Huss pelas ideias do odiado reformador inglês. Desse modo, não obstante as advertências que recebia em face do seu obstinado combate à cobrança de indulgências e à confissão auricular, foi em 1410, finalmente, excomungado. Enquanto isso, crescia a admiração pelo seu trabalho honesto, levando toda a população de Praga, em tumulto incontido, a proclamálo com o título de Herói Nacional, sob a proteção do Rei Venceslau da Boêmia. Isso fez crescer ainda mais a onda de perseguições dentro da Igreja contra João Huss, decretando o Vaticano nova excomunhão contra ele, em 1412. É que Huss passara a afirmar dos púlpitos que as escrituras sagradas deviam ser as únicas regras a serem obedecidas pela Igreja de Cristo e que somente ao Cristo considerava soberano único da Igreja. Diante de tal situação, foi João Huss premido a abandonar a cidade de Praga, onde sempre vivera. anos foi pela Igreja queimado vivo numa cerimônia espetacular. Conforme o relato mediúnico de Humberto de Campos, em 22 de setembro de 1942, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, reproduzido na revista O Revelador, de São Paulo (SP) e, mais tarde, na revista Reformador, da FEB, de setembro de 1978 (páginas 293294), ali estivera, na fogueira, sobranceiro, o Espírito que 389 anos depois renasceria, em Lyon, na França de Joana d’Arc, a 3 de outubro de 1804, para o cumprimento de mais uma luminosa missão, dignificando e imortalizando pelos séculos futuros o nome de Allan Kardec. Para melhor conhecimento dos espiritistas de nossos dias, citemos alguns trechos rápidos do relato acima mencionado. João Huss Roma, no entanto, utiliza-se de mais uma estratégia sagaz para exterminar a vida do ousado reformador. Decreta a realização do Concílio de Constança, em 1414. E, para ele, João Huss é convidado sob a garantia de um salvo-conduto do Imperador Sigismundo da Alemanha e Rei da Hungria. A Igreja mostrava-se democrata e desejosa de melhor conhecer as ideias de Huss. Desse modo, o grande reformador e precursor da Reforma que ocorreria no século seguinte, tendo em vista as ponderações ardilosas, resolver comparecer, intimorato, ao referido Concílio, mantendo aí os seus pontos de vista sem se arrecear diante das ameaças, logo que percebeu ter sido vítima de uma armadilha. A grande verdade é que foi condenado à morte pelo fogo, pois esse, e não outro, fora o objetivo da famigerada assembleia, uma vez que falso foi o salvo-conduto do Imperador da Alemanha. Assim sendo, e percebendo baldos os esforços pela autossobrevivência, fez questão de enfatizar as suas ideias, e submeteu-se à terrível fogueira, expirando no dia 16 de julho de 1415, numa das praças de Constança. Possivelmente, nenhum dos circunstantes presentes no sórdido e hediondo espetáculo representado por um homem indefeso, no alto de uma fogueira criminosa, percebia que ali, na figura daquele homem sério e superior, ocultava-se a alma de um grande missionário. Graças, todavia, à mediunidade sublimada de Francisco Cândido Xavier, tivemos a oportunidade de saber que homem era aquele que há cinco séculos e setenta e oito "Depois de se dirigir aos numerosos missionários da Ciência e da Filosofia, destinados à renovação do pensamento do mundo no século XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado João Huss e falou, generosamente: — Não serás portador de invenções novas, não te deterás no problema de comodidade material à Civilização, nem receberás a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar corações e consciências. (...) É indispensável estabelecer providências que amparem a fé, preservando os tesouros religiosos da criatura. Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no coração da Humanidade. (...) Ante a emoção dos trabalhadores do progresso cultural do orbe terreno, o abnegado João Huss recebeu a elevada missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos de reconhecimento." O restante da história nós, espíritas, já conhecemos. Cumpre, porém, não esquecermos a nossa modesta, mas indispensável contribuição: servir à Doutrina do Consolador com coragem, confiança e a imprescindível disposição de ânimo. Urge sejamos todos, pela conduta e pelo coração, o espelho em que os homens se possam mirar. Quanto às fogueiras, já não temos que temê-las. Elas se apagaram para sempre. Mas é necessário mantenhamo-nos ao calor de novo fogo representado pela chama da fé viva hoje, no amanhã e para todo o sempre. Inaldo Lacerda Lima Fonte: Reformador, outubro, 1993, FEB. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 6 O Pensamento de Léon Denis “... a moral espírita edifica-se sobre os testemunhos de milhões de almas que, em todos os lugares, vêm, pela interferência dos médiuns, revelar a vida de além-túmulo, descrever suas próprias sensações, suas alegrias, suas dores. A moral independente, essa que os materialistas tentaram edificar, vacila ao sabor dos ventos por falta de base. A moral das religiões, como incentivo, adstringe-se sobretudo ao terror, ao receio dos castigos infernais: sentimento falso, que só pode rebaixar e deprimir. A filosofia dos Espíritos vem oferecer à Humanidade uma sanção moral consideravelmente elevada, um ideal eminente, nobre e generoso. Não há mais suplícios eternos; a consequência dos atos recai sobre o próprio ser que os pratica. O Espírito encontra-se em todos os lugares tal como ele mesmo se fez. Se violenta a lei moral, obscurece sua consciência e suas faculdades, materializa-se, agrilhoa-se com suas próprias mãos. Mas, atendendo à lei do bem, dominando as paixões brutais, fica aliviado e vai-se aproximando dos mundos felizes. Sob tais aspectos, a lei moral impõe-se como obrigação a todos os que não descuram dos seus próprios destinos. Daí a necessidade de uma higiene d’alma que se aplique a todos os nossos atos e conserve nossas forças espirituais em estado de equilíbrio e harmonia. Se convém submetermos o corpo, este invólucro mortal, este instrumento perecível, às prescrições da lei física que o mantêm em função, urge desde já vigiarmos o estado dessa alma que somos nós, como eu indestrutível e de cuja condição depende a nossa sorte futura. O Espiritismo fornece-nos os elementos para essa higiene da alma.O conhecimento do porquê da existência é de consequências incalculáveis para o melhoramento e a elevação do homem. Quem sabe onde vai pisa firme e imprime a seus atos um impulso vigoroso. As doutrinas negativistas obscurecem a vida e conduzem, logicamente, ao sensualismo e à desordem. As religiões, fazendo da existência uma obra de salvação pessoal, muito problemática, consideram-na de um ponto de vista egoísta e acanhado. Com a filosofia dos Espíritos, modifica-se, alarga-se a perspectiva. O que nos cumpre procurar já não é a felicidade terrestre, pois neste mundo a felicidade não passa de uma quimera, mas, sim, a melhoria contínua. O meio de a realizarmos é a observação da lei moral em todas as suas formas. Com esse ideal, a sociedade é indestrutível: desafia todas as vicissitudes, todos os acontecimentos. Avigora-se nos infortúnios e encontra sempre meios para, no seio da adversidade, superar-se a si mesma. Privada de ideal, acalentada pelos sofismas dos sensualistas, a sociedade só poderá esperar o enfraquecimento; sua fé Convite Venha estudar conosco as obras de Léon Denis Procure a Secretaria de Cursos para informações no progresso e na justiça extingue-se com sua noção de virilidade; muito em breve, será um corpo sem alma e, fatalmente, tornar-se-á vítima dos seus inimigos. Ditoso quem, nesta vida cheia de trevas e embustes, caminha corajosamente para o fim almejado, para o ideal que descortina, que conhece e do qual está certo. Ditoso quem, inspirado em boas obras, se sente impelido por um sopro do Altíssimo. Os prazeres são-lhe indiferentes; as tentações da carne, as miragens enganosas da fortuna não mais dispõem de ascendência sobre ele. Viajor em marcha, só aspira ao seu alvo e para ele se lança! Fonte: Depois da Morte, Léon Denis, 5ª parte, Capítulo 42, Edições Léon Denis. Ler e bom... Ler o que e bom, e melhor ainda ! Atenção! Reunião de Trabalhadores do CEIC Outubro - dia 19 / 6ª Feira Horário - 19:00 Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio Estudo - O Zelo da Tua Casa “O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá” (Allan Kardec) O CLE oferece ao sócio um Kit contendo : 01 Livro Espírita 01 DVD de Palestras 01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD) Custo do Kit : R$20,00 "O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins. Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..." (Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII) p Ter você como sócio será muito importante para nós. Aguardamos sua inscrição. Que Jesus nos ilumine e abençoe. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 7 Reflexão Saúde Integral A sofisticação tecnológica da Medicina atual ainda permanece na insustentável tese de que o homem são as células que lhe constituem a organização somática. Negando, por sistema, a realidade do ser integral– Espírito, perispírito e matéria – , detém-se na conceituação ultrapassada, na qual o cérebro gera o pensamento e a Vida cessa quando se dá o fenômeno da anoxia, alguns minutos depois da parada cardíaca... Desde Hipócrates, passando por Aécio e Galeno, a visão dualista somente vem encontrando confirmação a respeito, não se podendo mais negar a interação espírito-matéria, mentecorpo como termos da equação existencial. Em face dessa constatação, convenciona-se que a saúde é mais do que a ausência de doença no organismo, sendo um conjunto de fatores propiciatórios ao bem-estar psicológico, econômico e social. O paradigma da atualidade em torno da saúde leva o médico a examinar o paciente não mais como uma cobaia ou alguém aflito de quem se deve libertar, mas, como portador de muitos problemas que, não raro, a doença que se exterioriza mascara-os nas gêneses profundas do estado patológico. Volver-se, desse modo, ao antigo sacerdócio médico, graças ao qual, ele se torna amigo do paciente, seu confidente, seu companheiro, ajudando-o a drenar as emoções negativas recalcadas, a fim de dar campo a uma catarse liberativa das angústias e tormentos que sofre, para que, então nele se instale de volta a saúde. A saúde integral independe das drogas químicas e dos tratamentos cirúrgicos, não obstante esses sejam ainda valiosos instrumentos para a sua aquisição. É forçoso reconhecer-se que o ser atual é um somatório de experiências próximas e remotas. Tanto lhe constituem fatores degenerativos os conflitos próximos, da atual encarnação, quanto os transatos, das existências pretéritas. Examinando desse ponto de vista, compreender-se-á a gama larga de fatores predisponentes como preponderantes para o estabelecimento da enfermidade ou da saúde. Cumpre que se conscientizem os indivíduos em geral, e os enfermos em particular, de que cada criatura é o resultado das suas realizações morais, espirituais, da sua mente, como já observaram os gregos antigos... A disposição para o otimismo ou para a autodestruição responderá pelos seus futuros comportamentos. Nesse sentido, o Evangelho de Jesus é um excelente tratado de psicoterapia, mediante cuja aplicação resultarão bem-estar e harmonia. Toda a mensagem de Jesus é vazada no conhecimento profundo do homem, considerando a sua realidade transpessoal, na qual ressaltam o Espírito e a sua condição de imortalidade. Lentamente, em face do volume de aflições que dominam as paisagens humanas e as enfermidades psicossomáticas de difícil diagnose, que levam a estados lamentáveis, a criatura sente-se convidada à valorização da vida, à descoberta dos seus recursos éticos, à autoestima, ao autoaprimoramento. O amor, nesse cometimento, assume papel preponderante, em razão das energias que libera no sistema imunológico, fortalecendo-o, no sistema nervoso simpático e nos glóbulos brancos fundamentais na luta pela preservação da saúde. A visualização mental otimista, gerando energias que combatam ou anulem a enfermidade, produz endorfinas que atenuam a dor, auxiliando as células à remissão da doença. Bombardeios mentais através da visualização sobre tumores de origem cancerígena logram alteração profunda no seu desenvolvimento, conseguindo mesmo eliminá-los. Todavia, se o sentimento de amor acompanhar a descarga psíquica da vontade, estimulando as células saudáveis a se manterem em ritmo de equilíbrio, enquanto as outras se consomem, a vibração da força transformadora será mais potente e portadora de resultados eficientes. Nesse aspecto o querer é imprescindível e o crer, essencial, em face da continuidade do fluxo mental, sem as vacilações, suspeitas e receios que lhe interrompem a continuidade. A harmonia mental que decorre da relaxação confiante produz, também, o benéfico estado alfa, quando o cérebro libera ondas do mesmo nome no ritmo de 8 a 12 ciclos por segundo, ensejando a restauração da saúde, quando se está enfermo, ou a preservação dela, quando se encontra saudável. Nesse campo, o autodescobrimento corajoso propicia a eliminação dos mecanismos do ego, que levam à fuga da responsabilidade e do respeito por si mesmo, ensejando consciência de quem se é, do que se deve realizar e como se poderá fazê-lo. A visão junguiana de saúde é conclusiva, convidando a uma revisão de paradigmas na Medicina tradicional e na tecnológica médica atual, redescobrindo os pacientes como pessoas necessitadas de amor, que se autodestroem por desequilíbrio emocional mediante pugnas íntimas incessantes... O amor, que pertencia às áreas da Sociologia e da Filosofia, além das análises literárias, passa hoje a ser elemento fundamental para os conteúdos do comportamento e da conduta para a preservação da sanidade. Mantendo-se, desse modo, a recomendação do Evangelho sobre o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, na condição de experiência humana, mesmo que se instalem focos infecciosos no corpo, ou se expressem distúrbios orgânicos de vária ordem, o paciente torna-se terapeuta de si mesmo, auxiliando o médico e este àquele, a fim de que a meta essencial seja lograda — que é a alegria de viver saudavelmente. Pode-se, portanto, experimentar saúde integral, mesmo que algum órgão se encontre comprometido, sem que isso altere o ser em profundidade, consciente de que o fenômeno biológico da morte somente encerra o ciclo carnal, jamais a Vida. A visão médica, com paradigmas holísticos em torno da saúde e da doença faculta a possibilidade de uma perfeita interação corpo-alma, em razão do controle da mente sobre a matéria. Uma organização fisiopsíquica sadia resulta da perfeita identificação entre o espírito e o soma, como decorrência das reencarnações anteriores ou das conquistas atuais, preparando a existência em marcha para a plenitude. Joanna de Ângelis (Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 1-5-1993, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador – BA). Fonte: Reformador, setembro, 1993 – FEB. "Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço. Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo e precisa da esmola da minha bondade e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?" Carl Gustav Jung Fonte: Escutando os Sentimentos, Ermance Dufaux, pelo médium Wanderley Soares de Oliveira – Editora Dufaux. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 8 Cursos no C.E.I.C. Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00 A Família na visão Espírita. Obras de André Luiz (Nosso Lar / Ação e Reação). Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Recordações da Mediunidade). A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes. COFTC - Curso de Orientação, Formação e Treinamento para a Cura. Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00 Esperanto. Grupo de Estudos Antônio de Aquino. Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10 Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro: Técnica de Passes). Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos. Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo ( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. O Livro dos Médiuns. O Céu e o Inferno. A Gênese. Obras Póstumas. Obras de Léon Denis (Livro: O Problema do Ser e do Destino). Revista Espírita. Dia : Sábado / 16:00 às 17:30 O que é o Espiritismo. História do Espiritismo( 2° Semestre) O Livro dos Espíritos. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês) O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês) Atividades Doutrinárias Dia : 14 / 10 / 2012 - 16 horas Culto no Lar de Marta Menezes Cardoso Homenagem Especial 18 de Outubro - Dia do Médico "Uma arte que tende de mais a mais a tornar-se uma ciência – a medicina – vai receber um impulso extraordinário, quando laboratórios forem instituídos para as pesquisas psicológicas, porque há que criar laboratórios cujos trabalhos e descobertas terão consequências tais que nenhuma das ciências contemporâneas pode dar uma ideia: são os laboratórios e é o Instituto da futura Ciência".(Paul Gibier – Análise das Coisas, 4ª parte, Capítulo I) "A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito". (Ignácio Bittencourt) Jesus : o maior de todos os Médicos! Assim nos esclarece Emmanuel Os Aparelhos Mediúnicos A queles que possuem essas faculdades registradoras dos pensamentos, que dimanam dos planos invisíveis, são os chamados sensitivos ou médiuns, porém, essa condição será a de todos os homens do porvir. São inúmeras as legiões de seres que perambulam convosco, sem os indumentos carnais, e que permanecem nas latitudes do vosso planeta, sendo necessário considerar que a maioria dos que evolutiram e se conservam nas esferas de um conhecimento muito superior ao vosso, pelas condições inerentes à sua própria natureza, não vos podem estar próximos. Enviam aos homens a sua mensagem luminosa dos cimos resplandecentes em que se encontram, e, formulando o desejo de ação nos planos da matéria, atuam com a sua vontade superior sobre o cérebro visado, o qual se encontra em afinidade com as suas vibrações e, através de forças teledinâmicas, que podereis avaliar com os fluidos elétricos, cuja utilização encetais na face do Globo, influenciam a natureza particular do sensitivo, afetando-lhe o sensório, atuando sobre os seus centros óticos e aparelhos auditivos, desaparecendo perfeitamente as distâncias que se não medem; na alma do “sujet” começa então a operar-se uma série de fenômenos alucinatórios sob a ação consciente do Espírito que o guia dos planos intangíveis. Este, segundo a sua necessidade, o induz a ver essa ou aquela imagem, em vibrações que o envolvem, as quais são traduzidas pelo sensitivo de acordo com as suas possibilidades intelectivas e sentimentais. Há instrumentos que interpretam com fidelidade o que se lhes entrega; outras, porém, não dispõem de elementos necessários para esse fim. Não se conjeture a necessidade, por parte dos desencarnados, de trabalho fatigante para que tais fenômenos se verifiquem, concretizando-se no plano físico; tais fatos se realizam naturalmente, bastando para isso o seu desejo e o poder de fazê-lo. Emmanuel Fonte: Emmanuel, Médium Francisco Cândido Xavier, capítulo XXIX, Editora FEB. Acesse o Boletim Clareando através do site www.irmaoclarencio.org.br clique no link I nformativo do CEIC Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 9 À Luz do Espiritísmo Caso de Roubo de Fluido P ara ilustração, transcrevemos a experiência de um confrade: N.S., agora com seus 80 anos, conta que na sua juventude acompanhou um parente enfermo à casa de senhora muito humilde, conhecida em toda a redondeza por sua mediunidade de cura. Naquela noite, em desdobramento, viu-se volitando provavelmente em companhia de alguns Espíritos com quem se relacionara inconscientemente na casa visitada. Enquanto sobrevoavam região umbralina ou trevosa, sentia-se devidamente sustentado por braços amigos que o mantinham preso pelas axilas. Nessa revoada estranha ouvia o rumor do oceano, metros abaixo. De tal aventura lembra-se ainda de se haver atracado com um Espírito andrajoso, em luta violenta, num outro local, que lhe parecera uma caverna. Confessou ainda que, no dia seguinte, mal conseguira levantar-se da cama, tamanho seu desgaste físico. Adianta-nos que nessa época ainda não conhecia bem o Espiritismo e só pôde entender o que lhe sucedeu, anos mais tarde. Também outra passagem interessante, ocorrida com A.S. nos traz noção mais detalhada sobre esse furto sistemático de verdadeiros delinquentes do Espaço. A médium "sonhou" que entrava com o esposo num restaurante, quando viu a certa distância um garçom de posse de grande guarda-sol que apontava na direção de ambos. Houve um movimento característico de abrir e fechar e nesse momento ela sentiu um esvaziamento completo, além de formigamento, principalmente em braços, mãos, pernas e pés. Dias após, recebeu de seu orientador da Casa Espírita onde frequentava o Curso de Educação Mediúnica explicações sobre o fato. Tratava-se de um exemplo típico de furto de energias. Segundo o professor, não era raro, como vidente, enxergar Espíritos carregando guarda-chuvas ou o que parecia sê-lo. Na verdade, eram instrumentos específicos para esse tipo de furto e funcionariam como foles. Nas sessões de desobsessão — explicou ainda o mestre — eram comumente atraídas para a doutrinação entidades vestidas de túnicas pretas (obsessores e auxiliares trevosos, membros de falanges malfazejas). Sua vestimenta lembrava as velhas batinas de sacerdotes. Todos traziam dependurado no braço esse indefectível "guarda-chuva". Fonte: S.O.S. Atmosfera "Espiritual" Terrena , Helena Maurício Craveiro Carvalho, Editora LAKE. Artigo A Árvore da Esperança A árvore da esperança tem como raiz a fé e como fruto a caridade. Daí a importância dessa virtude tão pouco analisada na pauta de nossas cogitações doutrinárias. Reflitamos a respeito dela, a fim de compreender seu completo significado e estaremos efetuando um bom exercício de aprimoramento íntimo. A esperança é o traço de união entre as crenças e as obras de quem deseja sustentar o ideal espírita desse mundo, onde evoluímos inapelavelmente às voltas com variados e pungentes dramas, até o enfrentamento final da tragédia biológica que determina, de maneira inexorável, a morte física. Como traço de ligação entre aquilo que pensamos e o que fazemos, a esperança necessita ser cultivada em nós a cada dia e a cada hora, a cada problema e cada dificuldade, a cada doença e a cada desgosto, a cada desencanto e a cada adversidade, a cada tristeza e a cada aflição. Não foi à toa que pensadores clássicos da herança religiosa evangélica incluíram a esperança no rol das três virtudes teologais, situando-a entre a fé e a caridade. Com efeito, sem esperança a fé acaba enfraquecendo e a caridade desaparecendo. O que fez a mensagem do Cristianismo triunfar, no seu alvorecer, sobre todas as perseguições e crueldades dos imperadores romanos, detentores de grandes exércitos e dos sacerdotes judeus, senhores de multidões fanáticas, foi a capacidade de acender no coração dos homens, sobretudo dos humildes, o lume da esperança em outra existência justa e eterna. Sem este sentimento, em vão tentaremos nos conservar, por longo tempo, em perfeito equilíbrio na corda bamba das vicissitudes que permeiam a jornada terrena. Torna-se imperioso termos esperança, isto é, sabermos esperar. Para quê pressa se a pressa, já disse alguém, só serve para nos levar ao fim da vida mais ligeiro?...Também afirmou um poeta que o amanhã é o primeiro dia do resto da nossa vida — quem sabe se não vai chegar trazendo o que nos falta: a cura, o amor perdido, o êxito jamais conquistado, a alegria que nunca passou de um sonho?... Vale a pena confiar; o amanhã melhor, venturoso inevitavelmente virá, como o Sol depois da fria madrugada. O que se nos impõe, às vezes, diante de amarguras insanáveis é vislumbrá-lo além do horizonte demarcado pelo túmulo. A enfermidade sem remédio, por exemplo, e a velhice extrema, são desconfortáveis, mas como esquecer que somos uma alma imortal? O Espiritismo nos prova a sobrevivência com seus fenômenos e, com sua doutrina, nos revela o Consolador prometido por Jesus. Contra esta árvore da esperança, que se apoia na fé racional e gera a caridade legítima, o materialismo e o disfarçado, que as trevas conseguiram infiltrar em lugares invigilantes de nosso movimento filosófico, desencadeiam suas forças, inutilmente. Tais forças, vociferantes e intolerantes, rugem como tempestades, porém, da referida árvore, derrubam apenas folhas secas que se renovam: a raiz permanece sólida e os frutos virentes. Tais forças, por serem contrárias ao Bem, nada podem e, em essência, nada são, nem sequer forças e sim fraqueza... O Espiritismo será sempre tão religioso quanto científico, porque nasceu de uma semente cuja seiva é a vontade de Deus. Nazareno Tourinho Fonte: Reformador, outubro, 1995, FEB Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 10 Potências da Alma Pensamento A Campanha CEIC O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira. Você gostaria de colaborar? O CEIC agradece desde já a sua colaboração. Conta para depósito: Ag. 0544 - c / c : 10227-0 Ag. 6020 - c /c : 16496-5 força do pensamento e sua consequente influenciação no próprio destino humano constitui realidade que ninguém pode, nem deve ignorar. (...) "Cada Espírito — ensina A llan K ardec — é uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados, sem que se fracione para tal efeito." Quando o pensamento, traduzindo, assim, atividade anímica, reveste expressões de alegria e bom ânimo, de entusiasmo e equilíbrio, semelhantes expressões se projetam no Tempo e no Espaço e tomam o rumo da criatura em quem pensamos, alcançando-a, inevitavelmente. (...) O Espírito, encarnado ou desencarnado, edificado no Bem, sintonizado com as lições cristãs, projeta sua luz, sua claridade por toda parte. A todos beneficia e serve, à maneira do farol que indica o rumo certo em pleno oceano e, por maior seja o negrume da noite, às embarcações que demandam portos longínquos. A criatura atingida pelo nosso pensamento recebe o fruto mental por nós elaborado. Assim sendo, ficamos sabendo que: Pensamentos de otimismo geram bem-estar, Pensamentos de esperança conduzem bom ânimo, Pensamentos de fé são instrumentos vitais de fortalecimento e coragem, de estímulo e segurança, Pensamentos de fraternidade se refletem junto aos que amamos em forma de inexplicável felicidade, de indefinível júbilo interior. (...) Fonte: O Pensamento de Emmanuel, Martins Peralva, Capítulo II, Editora FEB. Kardec Sempre Como reconhecer um bom livro espírita Os livros espíritas vêm conquistando, dia a dia, um número muito grande de leitores. As edições se sucedem aos milhares. Os efeitos da leitura dessas obras no leitor são extremamente positivos. Como consequência, o número de títulos tem aumentado muito. Novas obras de autores encarnados e desencarnados, de conteúdo muito bom, surgem a todo instante. Entretanto no meio do trigo tem aparecido muito joio. Não nos deveríamos preocupar com esses livros que difundem ensinamentos que fogem da orientação doutrinária segura. Mas, infelizmente, muitas pessoas que não conhecem a Doutrina estão começando por essas obras e aceitam como espíritas ensinamentos contrários aos princípios espiritistas. O apóstolo Paulo já prevenia os cristãos de sua época contra as “doutrinas estranhas”. Sem dúvida, a advertência do grande trabalhador da causa cristã continua atualíssima. O que fazer diante do problema? Cruzar os braços? Lutar contra a edição dessas obras? Impedir a sua circulação? Todos temos livre-arbítrio. Jamais poderíamos conceber a edição de um índice de livros espíritas proibidos. Não sabemos qual a melhor solução. Mas parece-nos que há uma de grande eficácia: é trabalhar pelo o estudo das obras de Kardec. Quem começa pelo estudo cuidadoso da Codificação Kardequiana pode ler qualquer livro e não terá dificuldade em separar o joio do trigo. Começando por Kardec, a pessoa fica vacinada contra as “doutrinas estranhas”. Sugerimos, pois, que mantenhamos uma campanha nacional de esclarecimento ao público quanto à necessidade de se começar pela leitura das obras de Kardec (*). A nossa ideia é que todos os jornais espíritas abordem periodicamente o assunto e publiquem pequenos anúncios nesse sentido. As livrarias espíritas poderiam esclarecer os leitores quanto à vantagem de começar pelas obras do Codificador. Nos Centros e demais instituições espíritas, esse tipo de esclarecimento poderia ser feito frequentemente. Por fim, todo espírita, ao recomendar um livro espírita para alguém, tomaria o cuidado de indicar primeiro os livros de Allan Kardec, especialmente “O Livro dos Espíritos”. Assim sendo, cremos que o problema seria reduzido a proporções desprezíveis. Umberto Ferreira Fonte: Reformador / Setembro - 1984 / FEB (*) Nota de Reformador: A USE – União das Sociedades Espíritas Estado de São Paulo – já realizava uma atividade dessa natureza com a legenda "Começar pelo Começo". A Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, promovida pela FEB, também atende a essa finalidade (ver pag. 4 de Reformador). do Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 11 Instruções de Além-Túmulo Aviso Oportuno N as tarefas da noite de 10 de novembro de 1955, profunda alegria felicitou-nos o grupo em prece. Pela vez primeira; o inolvidável companheiro Ignácio Bittencourt visita-nos a casa. Senhoreando as possibilidades do médium, o grande lidador do Espiritismo no Brasil dirige-nos a sua palavra clara e incisiva, concitando-nos às responsabilidades que nos competem na Doutrina de Luz que abraçamos. Meus amigos: Louvado seja o Senhor. Em minha última romagem no campo físico, mobilizando os poucos préstimos de minha boa vontade, devotei-me ao serviço da cura mediúnica; no entanto, desencarnado agora, observo que a turba de doentes, que na Terra me feria a visão, aqui continua da mesma sorte,desarvorada e sofredora. Os gemidos no reino da alma não são diferentes dos gemidos nos domínios da carne. E dói-me o coração reparar as filas imensas de necessitados e de aflitos a se movimentarem depois do sepulcro, entre a perturbação e a enfermidade, exigindo assistência. É por esta razão, hoje reconhecemos, que acima do remédio do corpo temos necessidade de luz no espírito. Sabemos que redenção expressa luta; que resultados colheremos no combate evolutivo se os soldados e obreiros das nossas empresas de recuperação jazem desprevenidos e vacilantes, infantilizados e trôpegos? Nas vastas linhas de nossa fé, precisamos armar-nos de conhecimento e qualidade que nos habilitem para a vitória nas obrigações assumidas. Conhecimento que nasça do estudo edificante e metódico e qualidade que decorra das atitudes firmes na regeneração de nós mesmos. Devotamento à lição que ilumine e à atividade que enobreça. Indubitavelmente, ignoramos por quanto tempo ainda reclamaremos no mundo o concurso da medicina e da farmácia, do bálsamo e do anestésico, da água medicamentosa e do passe magnético à feição de socorro urgente aos efeitos calamitosos dos grandes males que geramos na vida, cujas causas nem por isso deixarão de ser removidas por nós mesmos, com a cooperação do tempo e da dor. Mas, porque disponhamos de semelhante alívio, temporário embora, não será lícito olvidar que o presente de serviço é a valiosa oportunidade de nossa edificação. A falta de respeito para com a nossa própria consciência dá margem a deploráveis ligações com os planos inferiores, estabelecendo em nosso prejuízo, moléstias e desastres morais cuja extensão não conseguimos sequer pressentir; e a ausência de estudo acalenta em nossa estrada os processos da ignorância, oferecendo azo às mais audaciosas incursões da fantasia em nosso mundo mental, como sejam: a acomodação com fenômenos de procedência exótica, presididos por rituais incompatíveis com a pureza de nossos princípios, o indevido deslumbramento diante de profecias mirabolantes e a conexão sutil com inteligências desencarnadas menos Orientação Segura dignas, que se valem da mediunidade incauta e ociosa entre os homens, para a difusão de notícias e mensagens supostamente respeitáveis, pela urdidura fantasmagórica, e que encerram em si o ridículo finamente trabalhado, com o evidente intuito de achincalhar o ministério da verdade e do bem. A morte não é milagre e o Espiritismo desceu à Humanidade terrestre com o objetivo de espiritualizar a alma humana. Evitemos proceder como aquele artífice do apólogo que pretendia consertar a vara torta, buscando aperfeiçoar-lhe a sombra. Iluminemos o santuário de nossa vida interior e a nossa presença será luz. Eis a razão por que, em nos comunicando convosco, reportamo-nos aos quadros dolorosos que anotamos aqui, na esfera dos ensinamentos desaproveitados, para destacar o impositivo daquela oração e daquela vigilância, perenemente lembradas a nós todos pela advertência do nosso Divino Mestre, a fim de que estejamos seguros no discernimento e na fé, na fortaleza e na razão, encarando o nosso dever face a face. Ignácio Bittencourt Fonte: Vozes do Grande Além, médium Francisco Cândido Xavier, lição 22, Editora FEB. Festa da Primavera (Evangelização) Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese. Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês: Léon Denis e a Experiência espírita Autor: Henri Regnault Edições Léon Denis (Continua- pág.12) Em Outubro Dia 14, às 16h Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 12 Estudando sobre Mediunidade Questões sobre a natureza e a ) identidade dos Espíritos (C ontinuação Agora o "Centro Espírita Irmão Clarêncio" também está na web !!! Acesse e confira www.irmaoclarencio.org.br Convite Venha estudar conosco O Livro dos Médiuns Allan Kardec Procure a Secretaria de Cursos para informações Os Espíritos, que induzem ao erro, sempre o fazem conscientemente? "Não; há Espíritos bons, porém ignorantes e que podem enganar-se de boa-fé; quando têm a consciência da insuficiência deles, concordam com isso e só dizem o que sabem" Quando um Espírito dá uma comunicação falsa, ele a dá sempre com má intenção? "Não; se for um Espírito leviano, diverte-se em mistificar e não tem outro objetivo." Visto que alguns Espíritos podem enganar, pela linguagem de que se utilizam, podem também, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência? "Isto acontece, porém, mais dificilmente. Em todo caso, isto só se dá com um objetivo que os próprios maus Espíritos desconhecem. Eles servem de instrumento para dar uma lição. O médium vidente pode ver Espíritos levianos e mentirosos, como outros os ouvem ou escrevem sob a influência deles. Os Espíritos levianos podem aproveitar-se desta disposição para enganá-lo, através de falsas aparências; isto depende das qualidades do próprio Espírito". Para não ser enganado, basta estar animado de boas intenções, e os homens perfeitamente sérios, que não misturam aos seus estudos qualquer sentimento de vã curiosidade, também estão expostos a ser enganados? "Menos do que outros, evidentemente; mas o homem sempre tem alguns defeitos que atraem os Espíritos zombeteiros; ele se julga forte e, muitas vezes, não o é; deve, portanto, desconfiar da fraqueza que nasce do orgulho e dos preconceitos. Não se leva muito em conta essas duas causas de que se aproveitam os Espíritos; lisonjeando as manias, estão certos de obter êxito." Por que Deus permite que maus Espíritos comuniquem-se e digam coisas ruins? "Mesmo naquilo que haja de pior, há um ensinamento; cabe a vós saber colhê-lo. É preciso que haja comunicações de todas as espécies, para vos ensinar a distinguir os bons Espíritos dos maus, e para vos servir de espelho para vós mesmos." Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Capítulo XXIV, Item 268, Perguntas 12 a 16, Edições Léon Denis. Semeando o Evangelho de Jesus Dom de C ur ar Convite Venha estudar conosco O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec Procure a Secretaria de Cursos para informações "Devolvei a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que recebestes gratuitamente".(Mateus, 10: 8.) "Dai gratuitamente o que recebestes gratuitamente", disse Jesus aos seus discípulos; e com essas palavras determina que não se deve fazer pagar por aquilo que a nós mesmos nada custou. Ora, o que eles haviam recebido de graça foi a faculdade de curar as doenças e de expulsar os demônios, isto é, os maus espíritos; esse dom lhes havia sido concedido gratuitamente por Deus, para o alívio daqueles que sofrem, e para ajudar na propagação da fé, e Jesus lhes recomendava que não o transformassem em um meio de comércio, nem em objeto de especulação, nem em um meio de vida. Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Allan Kardec / Capítulo XXVI / Itens 1 e 2 / Edições Léon Denis. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 13 Variedades sobre Kardec O Primeiro Capítulo A llan Kardec, o respeitável professor Denizard Rivail, já havia organizado extensa porção das páginas reveladoras que lhe constituiriam "O Livro dos Espíritos". Devotado observador, aliara inteligência e carinho, método e bom senso na formação da primeira obra que lançaria os fundamentos da Doutrina Espírita. Não desconhecia que a sobrevivência da alma era tema empolgante no século. Entretanto, apontamentos e experimentações, em torno do assunto, alinhavam-se desordenados e nebulosos. Os fenômenos do intercâmbio pareciam ameaçados pela hipertrofia de espetaculosidade. Saindo de humilde vilarejo da América do Norte, a comunicação com os Espíritos desencarnados atingira os mais cultos ambientes da Europa, originando infrutífero sensacionalismo. Era necessário surgisse alguém com bastante coragem para extrair do labirinto a linha básica da filosofia consoladora que os fatos consubstanciavam, irrefutáveis e abundantes. Advertido por amigos da Espiritualidade de que a ele se atribuía, em nome do Senhor, a elevada missão de codificar os princípios espíritas, destinados à mais ampla reforma religiosa, pusera mãos ao trabalho, sem cogitar de sacrifícios. E adotando o sistema de perguntas e respostas, conseguira vasta colheita de esclarecimento e de luz. Guardava consigo preciosas anotações acerca da constituição geral do Universo, surpreendentes informes sobre a vida de além-túmulo e belas asserções definindo as leis morais que orientam a Humanidade. O material esparso equivalia quase que praticamente ao livro pronto. Contudo, era preciso estabelecer um ponto de partida. O primeiro compêndio do Espiritismo, endereçado ao presente e ao futuro, não podia prescindir de sólidos alicerces. E, debruçado sobre a mesa de trabalho, em nevada noite de inverno de 1856, o Codificador interrogava a si mesmo: – Por onde começar? Pelas conclusões científicas ou pelas indagações filosóficas? Seria justo desligar a Doutrina, que vinha consagrar o antigo ensinamento do Cristo, de todo e qualquer apoio da fé, na construção das bases que lhe diziam respeito? O conhecimento humano!(...) – pensava ele – não se modificava o conhecimento humano todos os dias?(...) As ilações filosófico-científicas não eram as mesmas em todos os séculos(...) E valeria escravizar o Espiritismo à exaltação do cérebro, em prejuízo do sentimento? Atormentado, viu mentalmente os homens de seu tempo e de sua pátria Gotas de Luz "Se o terreno de teu coração vive ocupado por ervas daninhas e se já recebeste o princípio celeste, cultiva-o, com devotamenro, abrigando-o nas leiras da alma. O verbo humano pode falhar, mas a Palavra do Senhor é imperecível. Aceita-a e cumpre-a, porque, se te furtas ao imperativo da vida eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará o espírito, indicando-te novos rumos." (Lição 25) "A felicidade real somente é possível no lar cristão do mundo, quando os seus componentes cumprem as obrigações que lhes competem, ainda mesmo ao preço de heróicas decisões. Com o Nosso Pai Celestial, o programa não é diferente, porque o Senhor Supremo não nos pede sacrifícios e lágrimas e, sim, ânimo sereno para aceitar-lhe a vontade sublime, colocando-a em prática."(Lição 48) Fonte: Pão Nosso. Espírito : Emmanuel. Psicografia : Francisco Cândido Xavier. Seleção de textos : Mário Sérgio de S. Esteves extraviados na sombra do materialismo demolidor(...) A grande revolução que pretendera entronizar os direitos do Homem ainda estava presente no ar que ele respirava. Desde 2 de dezembro de 1851, o governo de Luís Napoleão, que retomava as linhas do Império, permitia prisões em massa, com deliberada perseguição aos elementos de todas as classes sociais que não aplaudissem os planos do poder. Muitos membros da Assembleia haviam sofrido banimento e mais de vinte mil franceses jaziam deportados, muitos deles sem qualquer razão justa. Homens dignos eram enviados a regiões inóspitas, quando não eram confiados, no cárcere, à morte lenta. O pensamento do missionário foi mais longe(...) Recordou-se de Voltaire e Rousseau, admiráveis condutores da inteligência, mas também precursores da ironia e do terror. Lembrou Condorcet, o filósofo e matemático, envenenandose para escapar à guilhotina e Marat, o médico e publicista, assassinado num banho de sangue, quando instigava a matança e a destruição. Valeria a cultura da inteligência, só por si, quando, a par dos bens que espalhava, podia desmandar-se em sarcasmo arrasador e loucura furiosa? Com o respeito que ele consagrava incondicionalmente à Ciência e à Filosofia, Kardec orou com todo o coração, suplicando a inspiração do Alto. Erguia-se-lhe a prece comovente, quando raios de amor lhe envolveram o espírito inquieto e ele ouviu, na acústica da própria alma, vigoroso apelo íntimo: – "Não menosprezes a fé!(...) Não comeces a obra redentora sem a Bênção Divina!(...)." E o Codificador, nimbado de luz, com a emotividade jubilosa de quem por fim encontrara solução a terrível problema, longamente sofrido, consagrou o primeiro capítulo de "O Livro dos Espíritos" à existência de Deus. Irmão X (Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, transcrita de “Reformador”, abril de 1957. Edição comemorativa do Centenário de "O Livro dos Espíritos). Fonte: Reformador / Abril-1985. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 14 Homenagem Especial 15 de Outubro - Dia do Mestre "Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro".(D. Pedro II) Jesus: o maior de todos os Mestres! Emmanuel e os Evangelhos dos Apóstolos Maioridade E m todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos. Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência. De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum. Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e “.... O menor é abençoado pelo maior.” - Paulo. (Hebreus - 7:7) quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão. A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade. Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converte em bênçãos para a coletividade inteira. A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido. Cresce a árvore para a frutificação. Cresce a fonte para benefício do solo. Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembrate da comunhão fraternal com todos. O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme. Desenvolvimento é poder. Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada. O Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições. Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o “menor é abençoado pelo maior”. Emmanuel Fonte: Fonte Viva, médium Francisco Cândido Xavier, lição 21, Editora FEB. Notas Espirituais - Obras de André Luiz ..."Os laços consanguíneos são edificantes, mas acima deles vibra a família universal […] Aprenda, quanto esteja em suas possibilidades, a desfazer-se de aquisições passageiras, para ganhar os eternos bens."(Alfredo: Lição 21 - Pág. 117) ..."A crença na vida superior é atividade incessante da alma. A ferrugem ataca a enxada ociosa".(Alfredo: Lição 22 - Pág. 121) ..."A fé sincera é ginástica do espírito. Quem não a exercitar de algum modo na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento".(Aniceto: Lição 22 - Pág. 122) ..."Deus socorre o homem pelo homem e atende a alma pela alma, cada um de nós somente poderá auxiliar os semelhantes e colaborar com o Senhor, com as qualidades de elevação já conquistadas na vida."(Aniceto: Lição 24 Pág. 133) ..."Toda prece impessoal dirigida às Forças Supremas do Bem, delas recebe resposta imediata, em nome de Deus."(Aniceto: Lição 25 - Pág. 136) ..."Façamos todos o bem, sem qualquer ansiedade. Semeemo-lo sempre e em toda a parte, mas não estacionemos na exigência de resultados. O lavrador pode espalhar as sementes à vontade e onde quer que esteja, mas precisa reconhecer que a germinação, o crescimento e o resultado pertencem a Deus."(Aniceto: Lição 25 - Pág. 138) ..."O ensinamento de Jesus, quando ao batei e abrir-se-vos-á, é muito extenso. No plano da carne, insistimos à porta das coisas exteriores, procurando facilidades e vantagens; mas, aqui, temos de bater à porta de nós mesmos, para encontrar a virtude e a verdadeira iluminação". (Aniceto:: Lição 27 - Pág. 148) ..."Os que se consagram exclusivamente aos desejos do corpo, não sabem amar além da forma; são incapazes de sentir as profundas vibrações espirituais do amor sem morte".(Aldonima: Lição 30 - Pág. 160) Fonte: Os Mensageiros, André Luiz pelo médium Francisco Cândido Xavier –Editora FEB Convite Venha estudar conosco as obras de André Luiz Procure a Secretaria de Cursos para informações Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 15 Homenagem Especial Singular Dia da Criança P assa o 12 de Outubro, mas não passa como a quase totalidade de outras datas, isto é, rotineiramente. O Dia da Criança é por demais importante para passar sem deixar sulcos em nossas almas, já que o transcurso da efeméride comporta atos comemorativos de muita significação. A rigor, só mesmo convencionalmente há o Dia da Criança. Os pequeninos são aquelas flores em botão que dia a dia desabrocham no roseiral do jardim do nosso lar, para só lhes dedicarmos apenas uma determinada data no curso do ano. Assim, não celebramos propriamente uma solenidade de expressão social no calendário humano, por entender ser a criança, tenra e frágil, credora permanente de nosso zelo e desvelo, da nossa solicitude e dedicação, de nossa assistência e proteção. Se reconhecermos a imperiosa necessidade de amar a alma infantil e, consequentemente pugnar pelo desempenho da honrosa missão de bem servi-la, decorre o indeclinável dever de lembrarmos o compromisso dos pais. Pudessem falar desembaraçadamente as crianças, nesta sua data ou em qualquer outra, mui lucidamente perguntariam aos genitores: — Por que nos privam do suave contacto com Jesus, quando o Mestre, admoestando os seus discípulos, lhes dizia: “Deixai vir a mim os pequeninos” ? — Por que têm, por vezes, excessivos cuidados com o nosso corpo perecível e descuram, quase sempre, de nossa alma imortal? — Se, prestos, reconhecem a capacidade do nosso cérebro para o contato com letras e números, por que menosprezam a do nosso coração, na sua melhor fase de receptividade? — Que estranho raciocínio os levam a procurarem o convívio com Jesus nos Centros Espíritas, quando nem sempre nos facilitam o livre acesso às Escolas de Evangelização Espírita Infantojuvenil, para desfrutarmos da mesma felicidade? — Se colocam em nossas mãos brinquedos que nos despertam impulsos de antagonismo e agressividade, de fereza e violência, por que não nos concedem uma hora por semana para aprendermos, na Escola de Evangelização Espírita Infantojuvenil a amar e compreender como melhor viver e conviver, construindo para nós próprios um futuro de paz? — Se não se importam conosco quando, ainda inexperientes, escolhemos para leitura textos de publicações malsãs, que insinuam atitudes aviltantes, por que julgarem ainda cedo para ouvirmos histórias que falam de Jesus e aprendermos lições e ensinos da Doutrina Espírita, realçando o valor das virtudes que edificam e dignificam a felicidade legítima? E, à margem de tais indagações, muito provavelmente, elas, as crianças, ainda argumentariam desta maneira: — Lembrem-se de que, se o pão é alimento do corpo, o Evangelho é o sustento da alma. Assim como existem métodos de alimentação para adultos e nós mesmas, na sustentação da alma há também as prescrições dietéticas que lhe facilitam a absorção dos desígnios das Leis Divinas, desde o berço até o túmulo. Reconhecemos apreensivas, que aqueles que tão compreensivamente (em alguns casos até mesmo sacrificialmente) nos acolheram nos braços, na condição de filhos, hão esquecido do mais sagrado dos deveres: o de orientar os nossos passos, de todo e em tudo incertos, vacilantes, para Jesus que é a certeza e a segurança em nosso caminhar para Deus. — Pais queridos! Não queremos vê-los ou sabê-los comprometidos e desesperados ante os nossos fracassos na experiência da carne, situação espiritual de muitos que se descuidaram da evangelização de seus filhos e sofrem com eles o amargor da derrota. Amanhã, não desejamos encontrá-los no outro lado da Vida com a alma dilacerada pelos espinhos de nossa queda, de nossa falência. Por isso, enquanto nos encontrarmos aqui, suplicamos- lhes renunciem ao conforto do repouso prematuro, encaminhando- nos às Escolas de Evangelização Espírita Infantojuvenil para que, no porvir, possamos felizes e agradecidos, oferecer-lhes as flores dos nossos corações enobrecidos e ofertar- lhes os frutos sazonados de nossas almas aformoseadas pelos ensinamentos de Jesus. A Escola de Evangelização Espírita Infantojuvenil é, pois, bem-amados pais, a sugestão que lhes fazemos para a solução áurea e ideal dos nossos destinos confiados à responsabilidade de sua orientação, que auguramos vitoriosa em todos os sentidos e sob todos os aspectos. Comprazemo-nos em fazer nossa a causa da criança, que só por ela e para ela nos apraz pugnar, justificando apreensões e anseios de suas almas em flor. Numa época, como a nossa, em que o Mundo é sacudido e agitado por impactos de vibrações inferiores, onde se cuida quase exclusivamente do desenvolvimento intelectual, com subestima pelo cultivo do coração, seria mais do que natural que os nossos meninos e meninas nos falassem nesse tom de linguagem, conclamando- nos ao cumprimento integral e criterioso dos nossos deveres. Mãos à obra, pois, pais espiritistas! Cientes e conscientes de que a verdadeira evolução abrange o cérebro e o coração, a mente e a sensibilidade, a inteligência e o sentimento, o caráter e o psiquismo, estabelecendo o justo equilíbrio entre a razão e a consciência, entre intelecto e foro íntimo, certos desta verdade, só nos cabe facilitar e felicitar a existência dos nossos filhos com as bênçãos da Educação Cristã. O Evangelho aplicado à infância é o único meio seguro de garantir mais rapidamente ao Lar e ao Mundo, à Família e à Humanidade a gloriosa destinação que lhes está assinalada. Passos Lírio Fonte: Reformador, Outubro, 1995-FEB. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 16 Curso : A Família na Visão Espírita A Família na Visão Espírita Dia- todas as terças-feiras. Hora- 19:30. Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio. Estudo aberto a todos os interessados. Temas para Outubro: Dia 02-Educação no lar: relacionamento entre pais e filhos casados dependentes dos pais e pais dependentes dos filhos. Dia 09-Relacionamento familiar: perda de entes queridos. Dia16-Relacionamento familiar: a obsessão e a mediunidade no lar, companhias espirituais no lar. Dia 23-A família e o Centro Espírita: conciliação das atividades do Centro Espírita e do lar. Dia 30- A família com Jesus: O culto do Evangelho no lar. “ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.” Paz em Casa "Em qualquer casa onde entrardes, dizei antes: ‘paz seja nesta casa." (Lucas, 10:5) C ompras na Terra o pão e a vestimenta, o calçado e o remédio, menos a paz. Dar-te-á o dinheiro residência e conforto, com exceção da tranquilidade de espírito. Eis por que nos recomenda Jesus venhamos a dizer, antes de tudo, ao entrarmos numa casa: "paz seja nesta casa". A lição exprime vigoroso apelo à tolerância e ao entendimento. No limiar do ninho doméstico, unge-te de compreensão e de paciência, a fim de que não penetres o clima dos teus, à feição de inimigo familiar. Se alguém está fora do caminho desejável ou se te desgostam arranjos caseiros, mobiliza a bondade e a cooperação para que o mal se reduza. Se problemas te preocupam ou apontamentos te humilham, cala os próprios aborrecimentos, limitando as inquietações. Recebe a refeição por bênção divina. Usa portas e janelas, sem estrondos brutais. Não movas objetos, de arranco. Foge à gritaria inconveniente. Atende ao culto da gentileza. Há quem diga que o lar é o ponto de desabafo, o lugar em que a pessoa se desoprime. Reconhecemos que sim; entretanto, isso não é razão para que ele se torne em praça onde a criatura se animalize. Pacifiquemos nossa área individual para que a área dos outros se pacifique. Todos anelamos a paz do mundo; no entanto, é imperioso não esquecer que a paz do mundo parte de nós. Emmanuel Livro: Luz no Lar, pelo médium Francisco Cândido Xavier, capítulo 62, Editora FEB. Fonte: Reformador, Setembro, 2007 - FEB. Joanna de Ângelis Fonte : S.O.S. Família Médium: Divaldo Pereira Franco Aprendendo com Antônio de Aquino Atenção! Curso de Atualização para todos os Médiuns Outubro : dia 27 / Sábado Horário : 16 horas Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio Presença Indispensável “O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá” (Allan Kardec) O mundo atravessa uma crise, como todos observam e analisam. Parece que a sociedade tomou um rumo que, em realidade, não sabe para onde seguirá. Muitos se tumultuam; alguns clamam vingança; outros, ainda, aplaudem a dor. Parece que todos estão enlouquecidos, inquietos. (...) E o Espírita, como há de agir diante de tanta confusão? Devemos, em primeiro lugar, recordar a oração, a ligação com Deus, buscando contrapor ao desequilíbrio de tantas criaturas a vibração de equilíbrio que a oração traz; contrapor ao sentimento de vingança a mensagem de amor, de compreensão; contrapor ao sentimento de ódio a mensagem de confiança em Deus, que de tudo e de todas as coisas toma conta. (...) Fonte: Inspirações do Amor Único de Deus - Volume I. Espírito: Antônio e Aquino. Psicografia: Altivo Caríssimi Pamphiro. Edições Léon Denis. Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 17 C a r ta P a te r n a Presença de Chico Xavier M eu filho, não tinhas razão em favor da cólera. Vi, perfeitamente, quando o velhinho se aproximou para servir-te. Trazia um coração amoroso e atento que não soubeste compreender. Deste uma ordem que o pobrezinho não ouviu tão bem, quanto desejavas. Repetiste-a e, porque novamente te perguntasse qualquer coisa, proferiste palavras feias, que lhe feriram as fibras mais íntimas. Como foste injusto!... Quando nasceste, o antigo servidor já vencera muitos invernos e servira a muita gente. Enfraqueceram-se-lhe os ouvidos, ante as imperiosas determinações alheias. Nunca refletiste na neblina que lhe enevoa o olhar? Adquiriu-a trabalhando à noite, enquanto dormias despreocupado. Sabes por que traz ele as pernas trêmulas? Devorou muitas léguas a pé, solucionando problemas dos outros. Irritas-te, quando se demora a movimentar- se a teu mando. Contudo, exiges o automóvel para viagem de dois quilômetros. Em muitas ocasiões, queixas-te contra ele. É relaxado aos teus olhos, tem as mãos descuidadas e a roupa não muito limpa. Entretanto, nunca imaginaste que o apagado servidor jamais encontrou oportunidades iguais às que recebestes. Além disto, não lhe ofereces o ensinamento amigo e nem tempo para cogitar das próprias necessidades espirituais. Reclamas longos dias para examinar pequenina questão, referente ao teu bem-estar; todavia, não lhe consagras nem mesmo uma hora por semana, ajudando-o a refletir... Respondes, enfadado, quando o velho companheiro te pede alguns níqueis, mas não vacilas em despender pequenas fortunas com amigos ociosos, em noitadas alegres, nas quais te mergulhas em fantasioso contentamento. Interrogas ingrato: — Que fizeste do dinheiro que te dei? Esqueces que o servidor de fronte enrugada não dispôs de tempo e recurso para calcular, com exatidão, os processos de ganhar além do necessário e não conseguiu ensejo de ilustrar o raciocínio com o refinamento que caracteriza o teu. Ah! Meu filho, quando a importância te visita o espírito, recorda que o monstro da ira indesejável te bate à porta do coração. E quando a ele te entregas, imprevidente, tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces. Chego a desconhecer-te, porque a fúria dos elementos interiores te altera a individualidade aos meus olhos e não sei se passas à condição de criança ou de demônio!... Se não podes conter, ainda, os movimentos impulsivos de sentimentos perturbadores, chegado o instante do testemunho, cala-te e espera. A cólera nada edifica e nada restaura... Apenas semeia desconfiança e temor, ao redor de teus passos. Não ameaces com a voz, nem te insurjas contra ninguém. É provável que guardes alguma reclamação contra mim, teu pai, porque eu também sou ainda humano. No entanto, filho, acima de nós ambos permanece o Pai Supremo, e que seria de ti e de mim, se Deus, um dia, se encolerizasse contra nós? Pelo Espírito Neio Lúcio Livro Luz no Lar, médium Francisco Cândido Xavier, Editora FEB, cap. 25. Fonte: Reformador, julho, 2007 – FEB. Querido leitor Indicaremos mensalmente um bom livro doutrinário juvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião . Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos? Dica do mês : O Profeta da Montanha Azul Autoro: Mário Tamassía. Editora Lake Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.
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