MEMORIAL FOTOGRÁFICO DA CIDADE DE POMBAL-PB
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MEMORIAL FOTOGRÁFICO DA CIDADE DE POMBAL-PB
DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO E DOUTORADO DOCENCIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA – (MT- deb) DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA PROFESSORA: MISAEL NÓBREGA ALIAN MARIA FERREIRA BEZERRA ANA GRAZIELA ARAUJO AURINEIDE FRANCISCA DA SILVA CLAUD KIRMAYR DA SILVA ROCHA FABIANA DE MELO OLIVEIRA PEREIRA LUCIANA KERLEY FORMIGA COSTA NORMANDA BEZERRA WANDERLEY THALLES RICHARDSON GOMES RAMALHO MEMORIAL FOTOGRÁFICO DA CIDADE DE POMBAL-PB POMBAL– PB 2014 ALIAN MARIA FERREIRA BEZERRA ANA GRAZIELA ARAUJO AURINEIDE FRANCISCA DA SILVA CLAUD KIRMAYR DA SILVA ROCHA FABIANA DE MELO OLIVEIRA PEREIRA LUCIANA KERLEY FORMIGA COSTA NORMANDA BEZERRA WANDERLEY THALLES RICHARDSON GOMES RAMALHO MEMORIAL FOTOGRÁFICO DA CIDADE DE POMBAL-PB Memorial apresentado ao professor, Misael Nóbrega, como requisito para obtenção de crédito no Componente Curricular: Metodologia Científica do Mestrado em Docência da Educação, ministrado pela Faculdade do Norte do Paraná – FACNORT. POMBAL – PB 2014 RESUMO As relações humanas no mundo favorecem possibilidades de criarem e recriarem o lugar que o cerca. Imbuídos por essa realidade, pode-se notar, através deste Memorial sobre a cidade de Pombal - PB, que os pombalenses foram capazes de desenvolver, muito bem, os monumentos arquitetônicos caracterizadores de épocas, pois percebe-se na trajetória deste trabalho quanta história há para se contar, visto que o grupo focou de forma objetiva e subjetiva sete pontos que abrirão bem os olhos de estudiosos, geógrafos historiadores e aficcionados por realidades de um povo que sabe fazer sua própria história. O trabalho inicia-se por uma apresentação geográfica da cidade, seguidamente, faz uma retrospectiva dos antigos pontos históricos para depois inserir um novo olhar aos pontos históricos atuais, viajando nesse dislumbramento pela história da ferrovia, realidades macabras da Cruz da Menina, histórias de fé vivenciadas na tradicional Festa do Rosário, além de uma abordagem documental sobre o projeto: As Sete Maravilhas de Pombal. PALAVRAS CHAVES: Pombal. Memorial. Monumentos. Arquitetônicos ABSTRACT Human relations in the world to create and promote opportunities for recreating the place the fence. Imbued with this reality , it can be noted through this Memorial over the city of Pombal - PB , which pombalenses were able to develop very well , characterizing the architectural monuments of times because it is perceived in the course of this work how much history there to tell, since the group focused on the objective and subjective seven points to open wide the eyes of scholars , geographers, historians and aficionados realities of a people that do know their own history . The work begins with a geographical presentation of the city, then , a retrospective of the ancient historical sites and then insert a new look at the current historical sites , traveling dislumbramento in the history of the railroad , macabre realities of Cross Girl , stories of faith experienced in traditional Feast of the Rosary , and a documentary approach to the project : the Seven Wonders of Pombal. KEYWORDS: Pombal. Memorial. Monuments. Architectural INTRODUÇÃO O memorial fotográfico da história do Município de Pombal Paraíba, proporciona ao leitor e visualizador das imagens e textos, um conjunto informações histórico geográfico e atuais, que permitem uma viajem no tempo e evidenciam algumas abordagens contemporâneas capazes de subsidiar pesquisas, visto que a fundamentação do trabalho tem um punho científico. A parte introdutória do memorial destaca o município através da vista aérea em que contemplamos a paisagem geográfica formada pelo contraste entre a paisagem natural e cultural lado a lado, a presença do Rio Piancó e suas verdejantes matas ciliares contornando o rio no lado oeste, enquanto na parte leste as edificações culturais históricas imponentes registram a marca arquitetônica de uma sociedade desbravadora que valoriza a historia e não deixa que o tempo apague. No contexto da relevância do trabalho observa-se a necessidade desse resgate escrito e fotográfico de uma das primeiras civilizações da região do sertão da Paraíba do século XIX, que em meados de 1927, começou a passar por transformações urbanísticas e sanitárias que objetivaram torná-la uma cidade moderna. O apogeu do período clássico das antigas ferrovias em Pombal foi marcado durante o ano de 1932, com a inauguração da Estação Ferroviária, sobe à administração da Rede de Viação Cearense, interligando as principais capitais do nordeste transportando pessoas e mercadorias. É pertinente ressaltar que contamos com um arcabouço como a Festa do Rosário: Mistura de Fé, Cultura e Tradição reunidas em um único trabalho, além de fatos marcantes como o da Cruz da Menina ocorrido durante o período de seca de 1877, uma das piores estiagens de todos os tempos. Por fim, não poderíamos deixar de mencionar o trabalho educacional desenvolvido pela Escola Municipal Prof° Newton Seixas, através do qual ocorreu o desejo dos educando em parceria com os professores e participação da sociedade em geral a fim de desenvolveram o projeto: As Sete Maravilhas de Pombal. ASPECTO GEOGRÁFICO DE POMBAL Pombal está localizada na zona fisiográfica do baixo sertão do piranhas, na fachada ocidental do Estado da Paraíba, integrando a Micro-região nº 95 depressão do alto piranhas. Sua área territorial é de 889 km, o município é o segundo maior em território representando 1,58% da superfície total do estado que é de 56.400 km. Está a 185 metros acima do nível do mar. Coordenadas geográficas: Latitude: 6 °45’13” Sul Longitude: 37° 48’13” Oeste Limites geográficos com outras cidades: Norte: Lagoa e Paulista Sul: Cajazeirinhas e Paulista Leste: Condado e São Bentinho Oeste: São José de Lagoa Tapada, São Domingos de Pombal, Aparecida, São Francisco e Santa Cruz. O principal acesso é a Rodovia Federal BR-230 ou transamazônica, que liga o porto de Cabedelo á região amazônica, atravessando todo o estado da Paraíba de leste a oeste. Conta com a rodovia Estadual PB-325, que liga à cidade de Catolé do Rocha e cidades vizinhas, a PB-338 que liga à cidade de São Domingos e a BR-427 ligando à cidade de Paulista e cidades do Rio Grande do Norte. PONTOS HISTÓRICOS DA ANTIGA POMBAL NO SÉCULO XIX No alto sertão paraibano, encontra-se uma das cidades brasileiras mais antiga do nosso estado paraibano, conhecida por Pombal, terra de Maringá, que até hoje continua com tradição e modernidade. O município destaca-se pela bela arquitetura do centro histórico, pois foi uma das primeiras civilizações da região no século XIX . Ela se apresenta com vários monumentos e edifícios históricos, bem como: a igreja de Nossa Senhora do Rosário, alicerçada em 1721, patrimônio importante da história do semiárido, tombado pelo instituto do patrimônio histórico e artístico do estado da Paraíba; antiga cadeia de Pombal, cuja construção teve início em 1847, período de grande seca; testemunhos sobre o ciclo do cangaço que resistem ao tempo; a igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, que foi alicerçada 1822, além de tantas outras que poderemos apreciar fazendo uma visita in loco. São muitos os fatos importantes da cidade de Pombal, entre eles destacam-se o formato das ruas principais, visto que obedeciam à estrutura de um quadrado, com casas conjugadas e sem jardins; naquela época, não existia a ponte do areal, que dificultava a passagem para a cidade, ficando com essa responsabilidade uma balsa de madeira, movida pela força humana, que fazia a travessia dos carros com destino ás cidades circunvizinha; o sobrado que o Presidente da Província da Paraíba, Dr. Luiz Antônio da Silva Nunes, hospedou-se em 1860; o primeiro grupo escolar de Pombal, construído pelo interventor Antenor Navarro no período da seca de1932, e que foi denominado João da Mata em homenagem ao advogado e político , João da Mata Correia Lima, que morreu prematuramente vítima de um acidente de automóvel; os carros, em exposição, faziam parte de nossa cidade, no ano de 1938; e assim o tiro de guerra do exercito Brasileiro e alunos do grupo escolar João da Mata desfilam no dia sete de setembro ; no início dos trabalhos, a coluna da hora estava sendo construída próxima ao coreto, quando se percebeu o erro estético, foi demolida para ser erguida no lugar atual; honradamente, o prefeito de gravata borboleta pousou com autoridades no coreto em construção; Dr. Ageu de Castro construiu o grande hotel com a denominação de Edifício Piancó, o qual era considerado o maior e melhor do sertão Paraibano, a grande obra para os padrões da época era um referencial para os caixeiros viajantes que saiam da capital; a sociedade artística operária beneficente, conhecida como a sede, fundada pelo maestro Francisco Ribeiro no dia 8 de Julho de 1934, teve como presidente o Sr. José Benigno de Sousa – Lelé, que possuía muitos prédios na Década de 50; Seu Chiquinho Formiga construiu o melhor prédio cinematográfico do Sertão Paraibano, O Cine Luz , que depois passou para Afonso Mouta e filhos: Galdino e José Cleôncio; observa-se também na sequência fotográfica dois prédios que formavam a antiga casa do mercado, a qual deu nome a antiga Rua do Comércio , mas que em 1968 foi demolida para a construção do Pombal Ideal Club; os negros dos Pontões, que juntos com os Congos e o Reisado, formam os grupos folclóricos que participam da festa do Rosário; em 1956, Padre Vicente de Freitas iniciou a construção do Hospital Maternidade Sinhá Carneiro, o qual foi concluído em 1959 por Padre Luis Galberto; e dando continuidade a história, a antiga rua da Aurora, hoje denominada de Rua João pessoa, situa o prédio dos Correios e Telégrafos que teve sua construção iniciada no ano de 1932, a obra urbanística, com base em projeto padronizado para muitas cidades do interior Paraibano, ainda mantém sua arquitetura original. A partir de 1927, a cidade de Pombal-PB começou a passar por transformações urbanísticas e sanitaristas que objetivavam torná-la uma cidade moderna, compatível com o grau de civilização do seu povo. Por fim, dada as nossas limitações e posto que ainda há muito a se conhecer e dizer sobre Pombal. Igreja de Nossa Senhora do Rosário 1721. Patrimônio importante da História do semiárido, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba, guarda, com certeza, segredos nunca descobertos. Séculos de História a fez referência às inúmeras gerações. Antiga cadeia de Pombal, cuja construção teve início em 1847, quando ocorreu grande seca, é ainda testemunho que resiste ao tempo da era do ciclo do cangaço. Na inexistência da Ponte do Areal, era uma balsa de madeira, movida pela força humana, que fazia a travessia dos carros com destino às cidades de Sousa, Cajazeiras, Juazeiro do Padre Cícero e outras regiões circunvizinhas. O Sobrado que o Presidente da Província da Paraíba, Dr. Luiz Antônio da Silva Nunes, hospedou-se em 1860. O Sobrado era a casa oficial dos Juízes que chegavam para trabalhar na cidade; depois, foi Prefeitura e Câmara Municipal; anos mais tarde, prédio comercial; em 1952 foi demolido para construção do Grande Hotel. No início dos trabalhos a Coluna da Hora estava sendo construída próximo do Coreto, quando se percebeu o erro estético, foi demolida para ser erguida no lugar atual. O prefeito, de gravata borboleta, pousa com autoridades no Coreto em construção. Seu Chiquinho Formiga construiu o melhor prédio cinematográfico do sertão paraibano, o Cine Lux, que depois foi de Afonso Mouta e dos filhos, Galdino e José Cleôncio. Observa-se à direita, dois prédios que formavam a antiga Casa do Mercado, a qual deu nome a antiga Rua do Comercio, mas, que 1968 foi demolida para construção do Pombal Ideal Clube O primeiro Grupo Escolar de Pombal, construído pelo Interventor, Antenor Navarro, na seca de 1932, e que foi denominado, João da Mata, em homenagem ao advogado e político, João da Mata Correia Lima, que morreu prematuramente vítima de um acidente de automóvel. Os carros, em exposição, faziam parte da visita do Governador Argemiro de Figueiredo à nossa cidade, no ano de 1938. A construção das ruas principais de Pombal obedecia à formação de um quadrado, com suas casas conjugadas, sem jardins. Essa preocupação era para facilitar a defesa de possíveis ataques de cangaceiros ou bandoleiros. Como ponto de observação, estrategicamente, foi construída a Igreja Matriz no meio da rua, com sua torre majestosa dando uma visão magnífica de toda cidade e adjacências. O Tiro de Guerra do Exercito Brasileiro e alunos do Grupo Escolar João da Mata desfilam no dia sete de setembro. Dr. Ageu de Castro, constrói o Grande Hotel com a denominação de Edifício Piancó, o qual era considerado o maior e melhor do sertão paraibano. A grande obra para os padrões da época era um referencial para os caixeiros viajantes que saíam da Capital. Em 1956, padre Vicente de Freitas inicia a construção do Hospital Maternidade Sinhá Carneiro, o qual foi concluído em 1959 por padre Luis Galberto. A ex-Rua da Aurora, hoje, denominada de Rua João Pessoa, abriga a esquerda o prédio dos Correios e Telégrafos que teve sua construção iniciada no ano de 1932. A obra urbanística. Sociedade Artística Operária Beneficente, conhecida como a Sede, fundada pelo maestro, Francisco Ribeiro, no dia 8 de julho de 1934. José Benigno de Sousa – Seu Lelé, presidente da mesma por 42 anos consecutivos, foi o construtor dos seus prédios na década de 50. POMBAL EM PLENO SÉCULO XXI Ao andar em Pombal nos dias atuais, percebe-se que a mesma mudou bastante, mas continua toda uma história das primeiras civilizações da região do Sertão Paraibano, visto que em nossa cidade os sentimentos dos antepassados continuam vivo, muitos deles representados simbolicamente pelas construções que deixaram. O desenvolvimento sociocultural e econômico fez com que a cidade crescesse, mas permanecesse com a bela arquitetura de seu Centro Histórico. Efetivamente, a cidade obedece às mesmas linhas arquitetônicas e preserva as características históricas, presente ainda, na contemporaneidade. As praças e ruas, voltadas para a reformulação, valorizam a cultura local dos pombalenses. Atualmente, cogita-se em revitalizar todo esse patrimônio que envolve Pombal. Enfim, Pombal do séc. XXI no âmbito educacional substituiu a metodologia eclesiástica dos Jesuítas pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica, marcando o surgimento na sociedade, do espírito moderno de um povo que soube conservar as boas memórias do passado. . Segue pontos históricos fotografados mostrando com primazia a atual Pombal no século XXI : Igreja Nossa Senhora do Rosário no séc. XXI. No séc. XXI, houve uma reforço na estrutura para segurar as torres, além da organização da pintura interna e externa. Ponte Areal do Rio Piranhas de grande importância para interligar a zona rural e as cidades circunvizinhas, hoje, faz parte da BR 230. Esse patrimônio, hoje, designado a armazenar objetos históricos para estudos e preservação cultural. Hoje, as rua encontram-se calçadas, facilitando o trânsito. Antiga pousada, hoje, transformada em ponto comercial como Shopping, lojas e farmácias. A lateral da mesma funciona sapatarias, cassinos e quartos de aluguel. Escola João da Mata mantém sua estrutura física, e preserva sua tradição como primeira escola estadual com muito orgulho. O Tiro de Guerra do Exército Brasileiro e alunos do Grupo Escolar João da Mata desfilam no dia sete de setembro. Nos dias de hoje, o relógio da Coluna da Hora, na praça Getúlio Vargas, permanece original, e em bom funcionamento. O Bar Centenário encontra em pleno funcionamento, mas a parte superior (AEUP) não está bem frequentada, possui um funcionamento raro e ambos receberam transformações na pintura. No séc. XXI, o antigo Grande Hotel sofre mudança radical, deixando de funcionar na rede hoteleira, cedendo lugar a pontos comercias tais como aqui mostrado na imagem: shopping, farmácias e lojas de roupas. A antiga Sede Operária, hoje, conserva sua fachada, porém utilizada como Escola Estadual 08 de Julho. Hoje, esse patrimônio passou por um processo de transição, no qual deu lugar a residências e comercio. Antigo Hospital Sinhá carneiro, hoje, funciona o CAPS AD3 com atendimento especial para dependentes químicos. Atualmente, O Pombal Ideal clube transformou-se em local para festas e também funciona uma academia. Correios e telégrafos passou por reforma interna e pequena reforma externa. A HISTÓRIA DA LINHA FÉRREA DE POMBAL - PB A companhia de trens do Nordeste possuíram vários nomes dependendo do período e de seus administradores: Rede de Viação Cearense (1932-1958) Rede Ferroviária do Nordeste (1958-1975) RFFSA Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (1975-1997) A estação de Pombal foi inaugurada em 24 de outubro 1932 pela Rede de Viação Cearense, como ponto de linha, ligando as cidades de Fortaleza, João Pessoa, Natal e Recife. “Chegando ou partindo, é na estação que se conhece o povo: seu jeito seus sonhos e esperanças” Jerdivan Nóbrega A estação era tida como o principal ponto de encontro da época, onde também eram comercializados vários tipos de produtos artesanais e alimentícios. A antiga Brasil Oiticica onde eram fabricados óleos e derivados de plantas típicas do semi árido e ensacado algodão para ser exportado sobre os trilhos até o porto do Recife. "Ponte Vermelha", sobre o Rio Piancó, em Pombal, a cerca de 2 km a oeste da estação desta cidade. Ela tem 168 metros de comprimento e foi construída por volta de 1930/31 pela RVC, com estrutura toda metálica, apoiada em bases de pedra e concreto. O trem conhecido popularmente como “Asa Branca” transportou passageiros até meados dos anos 70. Já o de carga, passou aproximadamente 6 meses quase inativo. Na foto visualizamos ao fundo a Brasil Oiticica e a imponente chaminé, símbolo do ciclo de desenvolvimento econômico do sertão. A ponte do trem é um registro marcante em meio à paisagem natural do Rio Piancó, devido sua imponência arquitetônica, expressando toda beleza de uma obra histórica. A Estação Ferroviária de Pombal, esta tombada pelo IPHAEP da Paraíba. Todo o patrimônio da RFFSA pertence à União, a estação de Pombal encontra-se cedida aos cuidados da prefeitura municipal, onde funciona a Liga Pombalense de Desportos. A realidade da linha férrea do Brasil é o descaso com o bem público que muito contribui e poderia continuar... Um exemplo são os países desenvolvidos que valorizam essas importantes vias que muito contribuíram com o desenvolvimento econômico do nosso país... A CRUZ DA MENINA DE POMBAL Cidade centenária, pequena e pacata, Pombal está localizada no alto sertão do Estado da Paraíba, mais precisamente a 380Km da capital João Pessoa. Tem em sua história maravilhas de contextos históricos, porém a cidade também carrega impregnada a triste recordação de um horrível e cruel caso de antropofagia ou canibalismo ocorrido no ano de 1877. Era um ano de uma grande e impiedosa seca no nordeste brasileiro e Pombal ainda era uma jovem cidade debutando sua elevação a categoria de cidade, porém não escapou dos efeitos devastadores da escassez de chuva e como todo recanto do semiárido, sentia a manifestação dolorosa da fome e da sede. Como se não bastasse à seca, Pombal estava tentando se recuperar de um surto de Cólera Mórbus que matara centenas de pessoas em toda a região da pequena cidade e, ainda, teria que enfrentar mais 02 anos de alta estiagem. Naqueles tempos de dificuldades, era muito comum ver nos pequenos lugarejos retirantes que tentavam fugir das longas estiagens, bem como crianças abandonadas por suas famílias na tentativa de que fossem acudidos por famílias mais abastardas ou escaparem de vê-las morrerem de fome e de sede. Não foi diferente em Pombal naquele ano. Maria era uma criança de, aproximadamente, 05 anos de idade que foi abandonada nas poucas e curtas ruas da cidade de Pombal, que naquela época se resumia a uma igreja, uma casa comercial e pouquíssimas ruas e o acesso por aqui se fazia em lombos de animais ou a pé. A criança era, sempre, vista na casa do marcado talvez procurando restos de frutas ou qualquer outro tipo de alimento ali comercializado pelos feirantes da época. Maria também foi avistada por Donária dos Anjos – que de anjo não tinha nada – uma jovem mendiga de apenas 18 anos de idade e que era oriunda das terras do Vale do Piancó, conforme depoimento dado ao juiz da época, e vivia a esmolar no mesmo local onde enxergara a criança. Pela inocência da idade ou pela carência do abandono, Maria foi seduzida e levada até o pequeno casebre de Donária, localizado a 2 quilômetros da casa do comércio e próximo ao único cemitério da cidadezinha interiorana, onde também encontravam pés de oiticica à margem de um riacho. Consta a história que ao chegar em sua casa, Donária matou a pequena menina, cozinhou e comeu sua carne, desprezando somente os pés, as mãos e a cabeça por se tratarem de partes que, segundo a própria Donária, “amargavam muito”. Após a degustação sinistra feita pela mendiga, o corpo da inocente foi enterrado aos pés do riacho em baixo de uma das oiticicas. Depois de alguns dias, pessoas da casa do comércio deram por falta de Maria e acionaram a polícia que começou a investigar e com a ajuda de um cachorro detetive faminto que desenterrara partes da criança para, também, comer, chegou-se à assassina. Após exumação do cadáver, constatou-se o mal feito à indefesa Maria. Donária foi presa pela polícia e encaminhada à cadeia local, depois de algum tempo sendo ela ré confessa do crime fora condenada, mas não se sabe quanto tempo permaneceu presa e nem quando ganhou a liberdade. O que se sabe é que com o martírio da prisão, a fome passada durante toda seca ou, quem sabe, o arrependimento pelo crime, a assassina de Maria perambulava pelas ruas da cidade como se não mais dominasse suas faculdades mentais. Já no local onde encontraram o corpo da criança, foi colocado uma cruz em homenagem à menina Maria que foi comparada a um mártir dos fiéis Marianos. Constantemente, percebia-se peregrinações de pessoas que rezavam e cantavam hinos à criança aos pés daquela cruz e numa dessas ocasiões já no ano de 1879, após 03 longos anos de seca um grupo de pessoas ajoelhadas pediam chuvas para o pequeno recanto do sertão e, como por um “milagre da pequena Maria” soprou-se um forte vento e iniciou uma grande chuva naquela noite dando início ao tão sonhado inverno para os sertanejos pombalenses. O riacho deu lugar a um esgoto corrido em paredes de galeria, as oiticicas já não existem mais, porém até os dias de hoje podemos ver erguida no local onde Donária enterrou o corpo de Maria, a cruz da menina – assim intitulada - que deu ao maldito e condenado ato de canibalismo lugar à religiosidade de um povo sofrido e castigado pelas bárbaras ações da seca. O que foi profano e amaldiçoado passou a ser “santo”. A SECA DE 1877 – VERDADEIRA CULPADA ANTROPOFAGIA NO INTERIOR DA PARAÍBA? PELO ATO DE A seca de 1877 consta na história como uma das piores estiagens de todos os tempos. Era comum ver pessoas esqueléticas, cadáveres de pessoas e animais ao longo das estradas de terra, mulheres e crianças despidas, bem como muitas crianças abandonadas pelos pais em lugarejos numa tentativa de fazê-los escapar da imensa miséria que assolava o sertão nordestino. DONÁRIA DOS ANJOS – FOME OU MALDADE? Donária dos Anjos foi a ré confessa do crime de antropofagia ocorrido em Pombal, era uma jovem mendiga de 18 anos vinda do Vale do Piancó – PB. Após sua prisão permaneceu na cadeia pública da cidade e devido às más condições do lugar e ao remorso por causa do crime, passou a perambular pelas ruas da cidade sem controle de suas faculdades mentais. A CRUZ DA MENINA – O PECADO SANTO Cruz erguida no local onde encontraram os restos da menina Maria e que, numa noite quente do ano de 1879, pessoas devotas de Nossa Senhora rezavam pelo inverno que há 03 anos não vinha e, como por um milagre, receberam de presente dos céus vento e chuva. Durante muitos anos a cruz era simples e de madeira, depois substituída por esta de metal. A CRUZ DA MENINA – ABANDONO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E RELIGIOSO Durante anos a Cruz da Menina ficou sem atenção ou dedicação histórica, resumindo-se aos relatos de pessoas mais velhas que a eternizaram por gerações. Com a ajuda de historiadores e pesquisadores como Verneck Abrantes, Jerdivan Nóbrega e tantos outros, bem como estudantes da terra, a Cruz da Menina ganhou uma cara nova com direito a títulos de trabalhos científicos e livros. Em 2010 passou por reforma completa com os recursos do município e da União. FESTA DO ROSÁRIO: MISTURA DE FÉ, CULTURA E TRADIÇÃO Segundo os relatos de alguns pesquisadores e do escritor pombalense Werneck Abrantes de Sousa, foi no início do povoamento da cidade de Pombal PB, que fica localizada no alto sertão paraibano, que no ano de 1701foi construída de taipa e madeira a primeira capela chamada “Casa de Oração”. Lugar onde os ofícios religiosos eram realizados por um fransciscano da ordem de Santo Antônio. Com o tempo a igrejinha foi totalmente destruída. Entretanto, em 1721, perto do mesmo local foi erguida outro templo católico dedicado a Nossa Senhora do Bom Sucesso devido a uma promessa. Simão Barbosa Moreira foi o pedreiro responsável pela construção, o qual recebeu a quantia de seiscentos mil reis para construir em três anos. O mesmo teve ajuda dos índios, escravos e outros trabalhadores. Uma construção em estilo barroco. Na época o seu interior foi trabalhado em madeira e banhada a ouro. Hoje, no seu interior encontra-se apenas várias esculturas de madeiras enriquecendo nosso maior patrimônio religioso. Posteriormente, foi construída uma outra igreja maior em outro espaço, denominada Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Segundo Seixas a então Igreja do Rosário só recebeu esse nome depois que o negro Manoel Cachoeira conseguiu convencer o Bispo de Olinda D. João Fernandes a oficializar a festa. De acordo com os relatos o fundador foi três vezes a Pernambuco para conseguir o aval do Bispo que era o seu objetivo. Em 18 de julho de 1895, foi criada oficialmente a Irmandade do Rosário, onde teve como seu primeiro juíz Manoel Antônio Cachoeira. De acordo com Seixas o mesmo saiu a pé de Pombal-Pb até Olinda-Pe. Ele foi sozinho para receber esse título, em seguida, fazendo o mesmo trajeto de volta. (SEIXAS, 2004, p 384): “A Irmandade do Rosário foi instituída, efetivamente, para a coroação da referida festa. [...] Ainda existe hoje, nos arquivos velhos da paróquia de Pombal, os documentos de compromisso da Irmandade do Rosário, segundo os quais se depreende o despacho conferido pelo Bispo de Olinda, D João Fernandes Tiago Eberardi, ao preto e confrade Manoel Antônio de Maria Cachoeira, que saíra a pé de Pombal até aquela cidade com o fim de receber do prelado olindense o documento de ereçáo canônica para criação da referida irmandade. De acordo com aquele despacho, firmado em 18 de julho de 1895 pelo escrivão de registro da Comarca Eclesiastíca de Olinda e autorizado pelo mesmo bispo, ficava instituído a Irmandade que deu origem à festa do Rosário. No primeiro domingo de outubro do mesmo ano foi organiza pela Irmandade e realizada a primeira Festa do Rosário. É uma festa de cultura africana, consequentemente de influência negra, considerada pagã, pela Igreja Católica, é tanto que na década de sessenta do século passado, Padre Rolim se negou a realizar, por acreditar que era profana a manifestação que os negros tinham ao Rosário. Essa atitude não desanimou esse povo guerreiro e calejado pelo trabalho duro e sofrido, pelo contrário, mesmo sem a permisão do padre foram as ruas manifestar a sua fé e devoção ao Rosário fazendo acontecer mais uma festa. Com a chega dos outros padres a festa tomou outro rumo até os dias atuais. É uma tradição secular onde representa a fé de um povo sertanejo, que encontra na Mãe de Jesus a esperança de uma vida melhor. Hoje, a festa do Rosário mistura todos os povos, independente de cor, todos unidos numa mesma fé e no mesmo desejo de não deixar que essa tradição que passa de pai para filho acabe. A Festa do Rosário é considerado um evento, sócio-cultural-religioso, recebe muitos visitantes, até estrangeiros, e sobretudo os filhos ausentes de Pombal. É grande o fluxo de pessoas que chegam para pretigiar esse momento de fé e de devoção a Mãe de Jesus. É um momento de encontro e reencontro com familiares e amigos, e acima de tudo de fortalecer os laços de amizade, reacender a chama da fé e esperança. De rever a terra natal. A festa proporciona momentos inesquecíveis. São divididas em duas partes, a religiosa e a social. A fé, a cultura e a tradição sempre marcaram os momentos festivos da maior festa popular da nossa região. São três os grupos folclóricos de origem afro-brasileira, que fazem parte da cultura e tradição da nossa cidade e, que sempre marcaram os momentos festivos: os Pontões, os Congos e o Reisado, tendo componentes os membros da Irmandade do Rosário. Como também o Rei, a Rainha e a Casa do Rosário que fazem parte do patrimônio religioso e cultural do nosso município. É vasta a programação para os onze dias de festa, como as missas, novenas, procissões, apresentações das danças, dentre outras. FOTO DA CASA DO ROSÁRIO: Ésta é a casa que guarda o Rosário durante a festa. Depois da Missa de abertura que acontece todo ano na última quinta do mês de setembro, exceto no ano de eleição. O pároco, congos. reisado, pontões, o rei e a rainha juntamente com alguns fieis deixam o Rosário na casa, até o Domingo para a grande procissão. FOTO DA IMAGEM DO ROSÁRIO: É um Rosário de prata e contas de cristal. Rosário significa “Coroa de Rosas” oferecida a Nossa Senhora. É uma tradição muito antiga. Segundo alguns pesquisadores, nasceu na época medieval, no tempo das Cruzadas da Terra Santa. FOTO DA PROCISSÃO: Tem a frente abrindo a procissão a Irmandade do Rosário, saindo da CASA DO ROSÁRIO pelas ruas da cidade recitando-o e cantando os louvores de Deus sob as bençãos da Mãe de Jesus chegando na Igreja do Rosário para o momento da Celebração Eucarística defronte a igreja. A procissão é acompanhada pelo Corpo Litúrgico, Irmandade do Rosário, Congos, Pontões, Reisado, Rei, Rainha e pelos infinitos fieis que com fé e devoção buscam preservar essa cultura e manter a tradição que faz parte dos primórdios da história de Pombal. FOTO DOS NEGROS DOS PONTÕES: É um grupo foclórico muito antigo e se apresenta todos os anos na festa. Usam vestes coloridas, chápeu de palha enfeitado de fita, lanças com maracá na ponta e com fitas de várias cores, que servem para abrir caminho durante a procissão, como para dançar. FOTO DOS CONGOS: O ritual dos Congos se reporta ao respeito de súditos á nobreza de tribos africanas. São feitas duas filas, tem maracás nas mãos, ao centro o “reis” de paletó e um guarda- sol. A veste é de renda branca e por baixo uma saia de arma com aro de arame sobre a calça preta, enfeitadas de espelhos, vidrilhos e areia prateada. FOTOS DO REISADO: É um grupo que chama atenção pela música e dança que são acompanhados pelo violão, pandeiro, apito e sapateado. O reisado tem a participação do “reis”, secretário, o general, o Mateus, a burrinha, além dos folgazões. FOTO DA IRMANDADE DO ROSÁRIO: Com base na história surgiu na Europa em 1408. Em 1403 atavés dos portugueses e dominicanos chega ao congo, quando o catolicismo passa a ser a religião oficial daquele reino. Não se sabe em que ano chegou em Pombal, só se sabe que foi através Manoel Cachoeira. A Irmandade é responsável de zelar e cuidar da igreja. FOTO DO REI E DA RAINHAANTES E DA RAINHA ATUAL: O rei e a hainha são os responsáveis para conduzir o Rosário na procissão e ficar ao lado da imagem de Nossa Senhora do Rosário durante o novenário em virtude da festa do Rosário. O rei e a Rainha são escolhidas pela Irmandade de acordo com as normas estabelecidas. A rainha atual foi escolhida em 2013, com o afastamento da anterior por motivos maiores. FOTO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO: É a santa de devoção dos negros, fundadoras das irmandades dos homens pretos. Não se sabe ao certo onde ela apareceu. FOTO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO ATUAL: Foi construída em 1721, em estilo barroco pelo índios, escravos e outros trabalhadores livres. Simão Barbosa foi o pedreiro responsável pela obra. É uma importante patrimônio histórico não só da nossa cidade. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba. Como diz o escritor pombalense “Guarda um pedaço da história de Pombal terra de Maringá é, uma das maiores riqueza que se tem”. AS SETE MARAVILHAS DE POMBAL Não há melhor forma de ver um patrimônio protegido, senão educando e informando a população sobre a real importância histórica. Dessa maneira, objetivando proporcionar a identificação, valorização e a preservação do patrimônio Histórico e cultural de Pombal, os professores de História e alunos da E.M.E.F. “Professor Newton Seixas” elaboraram um Projeto em Pombal: “Nossa cidade tem história”. O Projeto tem como função despertar nos alunos e na sociedade local o amor e o respeito pela terra, pois foi nela que nasceram e, consequentemente, vivem. O lugar em que se mora serve de referência cultural, torna-se parte da vida e faz os cidadãos construtores da história. Uma cidade é bela quando tem seu patrimônio preservado, por isso passa a ter identidade própria. O Projeto: "Nossa cidade tem historia" foi desenvolvido de forma prazerosa, pois nasceu da vontade dos alunos a fim de investigarem pedacinhos inesquecíveis. Lugares esses, que se encontravam perdidos nas ruas largas do centro da cidade, trancados dentro de celas da cadeia Velha e guardados no cantinho da memória dos moradores. Falar sobre Pombal foi uma forma de possibilitar à geração jovem o conhecimento da própria história, recontada através do acervo patrimonial. Ressalta-se, ainda, que o projeto surgiu como expansão de outro projeto que abordava As Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Foi a partir desse prisma que alunos e professores lançaram mão na busca das sete maravilhas da cidade de Pombal. Os alunos estiveram a todo instante revendo Pombal ontem e hoje, através de visitas aos patrimônios arquitetônicos, fazendo entrevistas e pesquisa. Entrevista com Idosa sobre História do Bairro dos Pereiros I Visita à Igreja de São Pedro – Bairro dos Pereiros Visita à Escola Oito de Julho – Sede Operária Visita à Estação Ferroviária Visita - Centro Histórico - Praça do Bar Centenário e Coluna da Hora Visita - Centro Histórico de Pombal - Igreja Matriz de N. S. do Bom Sucesso Visita - Centro Histórico de Pombal - Praça Getúlio Vargas Visita - Centro Histórico de Pombal - Cadeia Velha - Hoje Casa da Cultura Visita in loco – Ponte do Trem – Ponte Vermelha Igreja de N. S. do Rosário Pombal Ideal Club de Pombal Monumento Histórico - Cruzeiro Que marca a passagem do Século - para o Século Estudo Dirigido: Assoriamento do Rio Piancó pela ausência da Mata Ciliar E.E.E.F.M. JOÃO DA MATA - 1ª Escola Pública de Pombal Do patrimônio cultural, fazem parte bens e imóveis, tais como: igrejas, casas, praças, conjuntos urbanos, e ainda, locais dotados de expressivo valor para a história e as ciências em geral. Nos bens móveis incluem-se, por exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens imateriais consideram-se a literatura, a música, o folclore, a linguagem e os costumes. Baseado em estudo realizado, a escola citada resolveu fazer uma enquete para escolher as sete Maravilhas de Pombal. Dentre os elementos culturais e arquitetônicos que Pombal possui, foram selecionados pelos alunos as seguintes: Hino de Pombal( Letra de Wilson Seixas) Filme “ Fogo o salario da morte” O livro: O Velho Arraial de Piranhas( Autor-Newton Seixas) Igreja de Nossa Senhora do Rosário Igreja de São Pedro Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso A Cadeia Velha(Hoje Casa da Cultura) Praça Getúlio Vargas A.E.U.P- Coreto (Associação dos estudantes de Pombal) Praça do Bar Centenário Coluna da Hora Cruzeiro do centro da cidade O Castelo Sobrado de seu Joaquim Assis(atualmente Freitas Tecido) Pombal Ideal Clube Rio Piancó Estação Ferroviária Ponte do Trem ( ponte Vermelha ) Sede Operária Pombal Center Shopping Grande Hotel E.E.E.Fundamental e Médio João da Mata. Escola Normal Josué Bezerra Cruz da Menina ( Barro dos Pereiros) Grupos folclóricos Congos, Reisados e Pontões. A partir desse estudo a escola resolveu fazer uma votação para escolher as sete maravilhas de Pombal, pois Sabiam que muitos pombalenses desconheciam o valor desses bens e sua importância para a difusão da história local, decidiram desenvolver um trabalho educativo envolvendo a sociedade. Uma dessas ações foi a enquete para definir as sete maravilhas de Pombal, realizada em parceria com a Rádio Liberdade, na qual internautas tiveram a oportunidade de escolher os monumentos que melhor representam o Patrimônio Histórico e Cultural. Como a cidade tem inúmeros bens patrimoniais, a população teve que fazer uma pré-seleção destacando os de maior relevância histórica. Através da enquete, obtiveram o seguinte resultado: 1º Lugar – Igreja do Rosário 2º Lugar – Rio Piancó 3º Lugar – Coluna da Hora 4º Lugar – Praça do Centenário 5º Lugar – Cadeia (Casa da Cultura) 6º Lugar – Grupos Folclóricos 7º Lugar – Igreja Matriz E.M.E.F. Professor Newton Seixas 5º As 7 Maravilhas de Pombal 1º Lugar Rio Piancó Cadeia Velha – Casa da Cultura 6º 3º Grupos Folcloricos Gongos – Reizados – Pontões Coluna da Hora 4º 7º Igreja de Nossa Senhora do Rosário Praça José Ferreira de Queiroga Bar Centenário Igreja Matriz Divulgação do Projeto em Praça Pública. Apresentação das Sete Maravilhas de Pombal Destaque especial para as sete mais bem votadas maravilhas de Pomba-PB. A Igreja do Rosário WILSON SEIXAS (1962) relata em seu livro “O Velho Araial de Piranhas” que da antiga capelinha de 1701, de taipa e palha, chamada de “Casa de Orações”, não existe nenhum vestígio. Em seu lugar, foi erguida a primitiva matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso, hoje denominada Igreja do Rosário, cujo início de construção data de 24 de fevereiro de 1721. Hoje ela traz uma herança cultural de valor inestimável e memorável. É um dos raros exemplos do Barroco no sertão do Nordeste. Rio Piancó Berço da civilização pombalense, o Rio Piancó tem um grande valor econômico para a nossa cidade, além de fonte de vida é um espaço de lazer e entretenimento para pombalenses e visitantes aos domingos e feriados. Coluna da Hora Finalizado no Governo de Sá Cavalcante, vem registrando ao longo do tempo os mais belos acontecimentos de nossa cidade. Monumento de beleza impar que viu “Pombal crescer sem perder a noção da hora” como disse o Poeta e Professor José Ronaldo. Praça Dr. José Ferreira de Queiroga, conhecida como Praça do Centenário Ampla e arborizada, essa praça é palco de grandes eventos, encontros e desencontros de amigos e namorados, como também um ótimo espaço para a prática de exercício físicos para manter a boa forma. A cadeia Velha hoje denominada de Casa da Cultura É o único monumento da nossa terra, oficialmente, tombado como patrimônio histórico do Estado. A historia da cadeia velha é repleta de fatos marcantes e pitorescos dentro do mundo criminal. Entre estes, destaca-se o caso da Cruz da Menina, chacina da Mãe D’água e Cangaço. Foi cenário de fatos reais e imaginários narrados por muitos autores. Na ficção serviu como ambiente de filmagem para o primeiro longa metragem gravado no Estado da Paraíba, o filme “O salário da morte”. Grupos Folclóricos – Nosso Folclórico é rico e está presente na sabedoria popular, na Festa do Rosário contamos com a participação brilhantes das apresentações dos Congos, Reizados e Pontões, autênticos grupos de dança compostos por negros que através de um nobre ritual transmitem ao seu povo uma devoção de fé e coragem pela Virgem do Rosário. Igreja Matriz – Monumento católico suntuoso, construído em 1897, como graça alcançada à Nossa Senhora do Bom Sucesso – Hoje Padroeira da Cidade, concentra o maior número de fieis em suas missas. É um marco histórico do primeiro núcleo do nosso município. CONSIDERAÇÕES FINAIS Muitas foram as histórias que se ouve sobre Pombal ao longo da existência dos seus munícipes, mas nada se compara à pesquisa realizada para a execução desse trabalho. A curiosidade sobre a terra natal e a incumbência de documentar sua história em fotografias levou os integrantes do grupo a revelar “pequenos segredos” ou fatos curiosos sobre a centenária Terra de Maringá. Cidade, ainda, pacata, Pombal carrega consigo a titularidade de um dos municípios mais antigos de todo nosso estado. Foi cenário de romances proibidos, lutas políticas e do cangaço, enredos sinistros de mortes e até ato de antropofagia – canibalismo - e milagres, assim é a cidade de Pombal, localizada no alto sertão de Piranhas. Por meio de imagens e visita in loco, pôde-se viajar no tempo e perceber as modificações sociais e arquitetônicas das ruas e até da zona rural. A comprovação do assoreamento do Rio Piancó aguça à preocupação de toda população quanto ao destino da ribeira tão amada, que tem a bênção da perenização de suas águas por meio do Açude de Coremas Mãe D água. As imagens também despertaram saudades. Saudades de um tempo que não volta mais, saudades de rostos que mais serão vistos, saudades de um povo que soube lutar para ver seu recanto crescer, porém causa preocupação os destinos desta terrinha. Será que as novas gerações terão esse anseio de conhecer sua história? Será que os filhos dos nossos filhos verão ou ouvirão falar dos seus antepassados? Pois bem, esse Memorial Fotográfico visa falar para a atual geração a que povo ela pertence, bem como para as gerações que estão por vir de onde vieram e, assim, pode-se valorizar aquilo que se tem de melhor, sua história. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A CRUZ DA MENINA. 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