IPAC Teófilo Otoni – 2008 - Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni

Transcrição

QUADRO II
INVENTÁRIO DE PROTEÇÃO AO ACERVO CULTURAL
TEÓFILO OTONI
PREFEITURA MUNICIPAL DE TEÓFILO OTONI
MINAS GERAIS
ABRIL 2007
ABRIL 2008
IPAC – INVENTÁRIO DE PROTEÇÃO AO ACERVO CULTURAL
TEÓFILO OTONI – MINAS GERAIS
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ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO
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2 – RECOMENDAÇÕES DA ANÁLISE
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3 – CRONOGRAMA DE INVENTÁRIO
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4 – ÁREAS E BENS CULTURAIS INVENTARIADOS
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4.1 – LISTA DE BENS INVENTARIADOS
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4.2 – ATUALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO PROTEGIDO
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5 – MAPEAMENTO DOS BENS INVENTARIADOS E TOMBADOS
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6 – DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA
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6.1 – ATIVIDADES
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6.2 – FICHAS DE INVENTÁRIO
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7 – EQUIPE TÉCNICA
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1 – INTRODUÇÃO
O inventário é um trabalho técnico cuja finalidade é a identificação e investigação dos bens
culturais existentes em um determinado município, desde seus primeiros habitantes até os dias de hoje.
Tem como propósito orientar as ações do poder público e das comunidades para a implementação da
política cultural local, bem como às ações de preservação nas esferas estadual e federal.
Por se tratar de um processo extenso, deve ser realizado ao longo de um período
cronologicamente definido no Plano de Inventário e de forma sistematizada, devendo ser atualizado
periodicamente. Sua realização se dá através de três atividades vinculadas, a saber: identificação do
acervo, fichamento dos dados e arquivamento e divulgação das informações levantadas.
Em sua forma final, o inventário de um município objetiva ser uma coleção ordenada de
documentos, resultante da concomitante investigação, análise e revelação de seu acervo cultural, com
vistas a valorização e salvaguarda, planejamento e pesquisa, conhecimento de potencialidades e educação
patrimonial.
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2 – RECOMENDAÇÕES DA ANÁLISE
A seguir, o município de Teófilo Otoni apresenta as recomendações da análise do exercício
anterior.
2.1- ITENS SOLICITADOS NA ANÁLISE
Cronograma: o cronograma apresentado não foi aprovado. O município encaminha novo
•
cronograma, mantendo e apresentando no item 6 (Documentação Comprobatória) as atividades
previstas para o Exercício 2009. Ver cronograma atualizado no item 3 – Cronograma de Inventário;
Caracterização das áreas a serem inventariadas: veja a seguir a complementação da
•
caracterização das áreas e a nomenclatura correta destas.
CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS A SEREM INVENTARIADAS
Para a definição das áreas passíveis de serem inventariadas em Teófilo Otoni adotou-se como
principais critérios a evolução histórica do município e o risco potencial que os bens possuem frente a
descaracterização ou desaparecimento. Estes critérios estão apoiados em aspectos econômicos,
administrativos, geográficos, de evolução da ocupação e aspectos culturais.
De acordo com os critérios acima citados, o município dividiu-se em sete áreas. A Área I – Distrito
Sede, necessitou ser subdividida em 08 setores urbanos, dada sua enorme extensão e complexidade de
inventariação. Para tal subdivisão levou-se em conta o histórico de evolução e ocupação do território e
risco potencial de descaracterização ou demolição a que os bens estão sujeitos. Após inventariar o
perímetro urbano, os trabalhos passaram à zona rural do município onde fazendas históricas, comunidades
tradicionais e fragmentos da antiga ferrovias são encontrados.
A decisão de se iniciar o inventário dos bens pelo distrito sede se deve ao fato de ser esta a área
mais ameaçada pelo processo de descaracterização, onde a especulação imobiliária põem em risco a
existência de bens culturais que contam a história da cidade.
ÁREA I – Distrito Sede. Corresponde á área delimitada pela malha urbana e subdivide-se em 08 setores
urbanos.
ÁREA I – Zona Rural – Entorno do distrito sede.
ÁREA II – Representa o Distrito de Pedro Versiani.
ÁREA III – Corresponde ao Distrito de Bias Fortes.
ÁREA IV – Corresponde ao Distrito de Topázio.
ÁREA V – Representa o Distrito de Rio Pretinho.
ÁREA VI – Representa o Distrito de Mucuri.
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Área I DISTRITO SEDE / SETOR 01
Localizado na área central da sede, corresponde ao sítio histórico remanescente de 1853, época
da fundação da cidade e possui o maior contingente patrimonial. Engloba as quadras das ruas Antônio
Alves Benjamim, Doutor João Antônio e rua Epaminondas Otoni, da rua Pastor Rollerbach até o Rio Todos
os Santos.
A primeira rua a ser desenhada no distrito sede foi a Avenida Getúlio Vargas (antiga rua Direita)
que hoje corta outros setores. A partir dela as ruas transversais cortavam-na com uniformidade, todas em
ângulo reto. Desse modo foram traçadas as ruas Engenheiro Antunes, doutor Manoel Esteves, Visconde do
Rio Branco, Francisco Sá e as praças Tiradentes, Argolo (que não existe mais) e a Germânica, hoje
inteiramente modificada.
O setor 01, como toda a área I, é servido de infra-estrutura básica como abastecimento de água,
energia elétrica e recolhimento de esgoto. O setor 01 é bastante arborizado e conta com praças, vias
asfaltadas e calçadas pavimentadas.
Possui tipologia arquitetônica variada com alguns exemplares do estilo eclético, neo-colonial, neoclássico, neo-gótico e art decó. Possui ainda certa influência da construção rural alemã do final do século
XIX. As construções nessa área são do século XIX até meados do século XX.
A maior parte de suas edificações está construída no alinhamento da rua. São sobrados de dois
pavimentos, principalmente no entorno das praças. Seguem uso misto entre comercial, residencial e
institucional. Destaque para a atual verticalização do local, onde já pode-se perceber edifícios de até 12
pavimentos.
Dentre as principais estruturas arquitetônicas e urbanísticas do setor 01 destaque para a Câmara
Municipal, de 1906, Sede do Automóvel Clube, Cine Teatro Vitória (ambos de meados de 1950), Edifício da
Cemig (ou antigo Ginásio Mineiro), de 1928 e Catedral da Imaculada Conceição, de meados de 1910.
Destaque ainda para as praças Germânica e Tiradentes, que também foram traçadas no surgimento da
sede, em 1853. O túmulo do capitão Leonardo Esteves Ottoni já é patrimônio protegido pelo Município.
O acervo móvel e integrado do setor é representado principalmente pelos bens presentes na Igreja
de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, como o púlpito, vitrais e pinturas do forro e parietal. Destaque
ainda para o Monumento ao Colono Alemão presente na praça da Cemig, em homenagem ao colonizadores
da cidade. Na praça Tiradentes destaque para a Locomotiva a vapor Baldwin, patrimônio já protegido pelo
município, e para a estátua de Teóphilo Ottoni e Fonte Luminosa e Sonora.
O principal bem arquivístico de interesse cultural do setor é o Livro de Registros presente no
Arquivo Público da Câmara Municipal da cidade.
A praça Tiradentes, devido à sua diversidade em espécies vegetais é o mais importante bem
paisagístico de interesse cultural.
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Por ser o setor 01 a área mais tradicional e central da sede, ela comporta algumas das principais
festas populares. Na praça Germânica ocorre anualmente o Conserto de Gala, próximo ao Natal. Destaque
para a Festa da Colonização Alemã. A praça Tiradentes abriga semanalmente o Domingo na Praça, Feira
de Artesanato e Seresta na Praça, além da Festa da Semana da Mulher, anual. Outro destaque para o
acervo imaterial de interesse cultural é a Festa de Corpus Christi, na Catedral da Imaculada Conceição,
quando a área se embeleza com tapetes criativos e coloridos. Destaque ainda para a Noite do Café com
Letras, realizada na sede do Automóvel Clube.
Corresponde aos bairros de Fátima e Cidade Alta, situados imediatamente à oeste do setor 01.
Seus principais limites são o setor 01 e a Avenida Getúlio Vargas à leste e o córrego Santo Antônio à oeste.
À norte limita-se pela avenida Sidônio e à sul, como o setor 01, pela Avenida Luiz Boali e rio Todos os
Santos.
O setor 02, como toda a área I, é servido de infra-estrutura básica como abastecimento de água,
energia elétrica e recolhimento de esgoto. Conta com praças, vias asfaltadas e calçadas pavimentadas.
Possui um grande número de becos e ruas sem saída, denominadas travessa. É uma área de relevo pouco
mais acidentado que o setor 01. Assim percebe-se no traçado viário a tentativa de se seguir a
ortogonalidade, mas pode-se perceber a adaptação das vias à topografia, principalmente no bairro Cidade
Alta.
É uma área de uso residencial predominante, de um a dois pavimentos, mas com diversos usos
institucionais e comerciais, como por exemplo hotéis e pousadas, devido à proximidade com o centro
(setor 01). Um exemplar de uso educacional é a Escola Municipal Irmã Maria Amália, construção de 1942,
onde funcionava o Colégio São José, que funcionava sob direção de padres católicos.
Dentre as principais estruturas arquitetônicas de interesse cultural destaque para alguns
exemplares de casario na rua Visconde do Rio Branco, Mário Campos e avenida Getúlio Vargas. Tais
construções, do início do século XX, mantêm suas características tipológicas peculiares, variando entre o
neo-colonial, eclético e proto-moderno.
Destaque também para o valor patrimonial do Santuário do Senhor Bom Jesus e todo seu acervo
móvel e integrado. O Santuário é exemplar das construções do início do século XX, época que a cidade
teve seu crescimento acelerado.
O patrimônio imaterial do setor 02 é representado pela Festa do Santuário do Senhor Bom Jesus,
festa tradicional, centenária e folclórica com participação maciça da população em novenas, missas,
terços, barraquinhas, brincadeiras populares e romaria.
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Área imediatamente à leste do setor 01 correspondente aos bairros Jardim Iracema, São Francisco,
Grão Pará, Tabajaras, Altino Barbosa e Marajoara. É limitado à norte pela avenida Sidônio Otoni e rua
Marcos José Miglio Gazzinelli, e à leste pelas ruas Carlos Leonardt e Willian Oliveira Horta. Limita-se à sul
pela avenida Aniceto Alves e rua Doutor Otávio Otoni.
O setor 03 é servido por infra-estrutura básica. Conta com praças e vias bem arborizados, vias
asfaltadas e calçadas pavimentadas. Existem algumas vias no bairro Jardim Iracema ainda em terra
batida. Seu uso é predominantemente residencial, com edificações de até dois pavimentos, de tipologia
variada entre neo-colonial e contemporânea. Existem nesse setor alguns poucos exemplares de edificações
verticalizadas.
Destaque para a casa de Pedro Nascimento, construção do século XIX, localizada na avenida Luiz
Boali (lindeiro ao rio Todos os Santos). A edificação mantém características da tipologia eclética, como o
lambrequim no beiral.
Outro tipo de uso notável do setor 03 são as instituições religiosas e educacionais. Destaque para a
faculdade UNEC/IESFATO, localizado no prédio de um antigo orfanato construído em 1950, que ainda
mantêm suas características originais.
Outro destaque dentre as estruturas arquitetônicas e urbanísticas é o prédio de tipologia moderna
da Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni, situado nas proximidades do rio de Todos os Santos.
Dentre os bens paisagísticos de interesse cultural destaque para a Lagoa do Marajoara, localizada
na avenida doutor Júlio Rodrigues.
O patrimônio imaterial do setor é representado pelo modo de fazer do refrigerante típico da
cidade, fabricado desde 1949, a partir de mate e outras ervas.
O setor 04 é o único setor que abrange do limite sul ao limite norte da malha urbana da sede. É
constituído basicamente pela rodovia BR-116 Rio-Bahia (Avenida Alfredo Sá) e seu
entorno imediato.
Limita-se à leste com o córrego Santo Antônio e setor 02. Engloba os bairros São Diogo, Olga Prates
Corrêia e Vila Ramos, onde foram construídas as casas para os operários que estavam construindo a
rodovia.
É servido por infra-estrutura básica, vias asfaltadas e calçadas pavimentadas. Possui arborização
intensa, principalmente em trechos lindeiros à rodovia.
O tipo de uso predominante no local, devido à proximidade com a rodovia, são os industriais e
comerciais de grande porte, como uma fábrica de pré-moldados e um pátio de veículos.
Como exemplares da arquitetura do setor tem-se o casarão do SESC e o sobrado de Correia
Marques, ambas construções do início do século XX. Esta última se apresenta com características da
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tipologia colonial rural das grandes fazendas mineiras, com vergas retas, cobertura de quatro águas em
telha capa e bica e varanda circundando toda a construção.
Os destaques de interesse cultural do setor 04 estão relacionados à Estrada de Ferro Bahia Minas que
chegou à cidade em 1898 e foi extinta em 1965. Seu período de funcionamento deixou importantes bens
móveis, integrados e arquivísticos. Como exemplares tem-se o Pontilhão da EFBM sobre o rio de Todos,
construído em 1912, o relógio e o sino da Estação. Outro importante destaque é o arquivo da Sede da
Associação Bahia-Minas.
O setor 05 é a extensa área à oeste da BR-116 Rio-Bahia. É composta pelos bairros Joaquim
Pedrosa, Concórdia, Frei Dimas, Jardim das Acácias, Palmeiras, Minas Novas e São Cristóvão, esses dois
últimos, no limite da sede.
O povoamento do setor iniciou-se a partir da criação da Estrada de Ferro Bahia Minas (EFBM), em
1898, e da criação do acesso à Teófilo Otoni para quem vinha de Minas Novas, pela estrada de Santa Clara.
Assim tem-se os bairros Palmeiras e Concórdia como os protagonizantes do crescimento do setor.
Percebe-se que a evolução do arruamento no local seguiu os condicionantes da grande declividade
do local. Por isso é facilmente visível o traçado orgânico de muitas ruas e a extensa área não povoada.
O setor 05 é servido de infra-estrutura básica, arborização e possui a maioria das vias asfaltadas.
Algumas ainda não têm pavimentação.
Seu uso é predominantemente residencial. Como principais elementos arquitetônicos de interesse
cultural destaque para a Casa da Sandra, na rua Concórdia, e para o casario na rua Soares da Costa,
exemplares de tipologia art decó, eclético e proto-moderno.
O setor 06 limita-se pelo setor 03 à oeste, pelo setor 07 à norte e pelo setor 08 à sul. Compreende
os bairros Ipiranga, Manoel Pimenta, Teófilo Rocha, Mucuri, Lourival Soares da Costa, São João, Castro
Pires, Santa Clara e Frimusa.
Assim como o setor 05, apresenta um grande vazio na malha urbana, correspondente à área de
grande declividade. É o setor que engloba o Morro do Cemitério.
Devido à declividade do terreno no local as vias seguiram traçado irregular. Apenas nas
proximidades do Rio Todos os Santos percebe-se trecho com traçado mais ortogonal. A maioria das vias é
asfaltada com calçadas pavimentadas. Algumas vias ainda são em terra batida.
O setor 06 é bem arborizado, com muitas praças e possui infra-estrutura básica.
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Além do uso residencial no setor, destaque para as construções neocoloniais do princípio do século
XX, utilizadas como armazéns.
Como principais estruturas arquitetônicas e urbanísticas de interesse cultural, destaque para as
fazendas São Benedito e Bom Retiro, e para o Cemitério Municipal.
O grupo folclórico As Pastorinhas da Paz, do bairro Ipiranga, é o principal destaque dentre o
acervo imaterial de interesse cultural.
Fazem parte do setor 07 os bairros Pampulhinha, São Jacinto, Bela Vista, Novo Horizonte, Matinha
e Jardim Serra Verde. Seus principais limites são o córrego Santo Antônio à oeste e a avenida Sidônio Otoni
ou BR-418 à sul, rodovia de sentido oeste-leste que liga Teófilo Otoni à Nanuque.
Possui infra-estrutura básica, vias asfaltadas e calçadas pavimentadas. Algumas vias ainda são em
terra batida, principalmente no bairro Jardim Serra Verde. Possui praças e arborização generosa.
De acordo com Max Rothe no seu livro “100 Anos de Colonização Alemã”, é no setor 07 que
concentram-se grande parte dos descendentes dos imigrantes alemães. Eles povoam o local desde 1868 e
ainda conservam suas tradições: mesmo com a forte pressão sofrida pela cultura de massa e a
urbanização, suas edificações ainda são quase todas em estilo rural alemão.
Destaque entre as estruturas arquitetônicas e urbanísticas do setor 07, para a fazenda da Leda e
para o Antigo campo de Aviação, ambos no bairro São Jacinto.
O patrimônio imaterial do setor é representado pela Missa do Vaqueiro, realizada no Parque de
Exposições Antônio Corrêa Marques (Bairro Pampulhinha) pela Paróquia Nossa Senhora de Fátima e
Sindicato dos Produtores Rurais. Acontece no sábado mais próximo do dia de Nossa Senhora Aparecida.
Trata-se de um magnífica festa com cavalgada, missa, almoço e diversões populares, com a finalidade de
valorizar e reavivar a cultura dos vaqueiros responsáveis pelas entradas em toda a região. Participam da
cavalgada cerca de 2.280 cavaleiros montados.
O setor 08 está situado na porção sudeste da malha urbana da sede e faz limite com os setores 04,
03 e 06. Compreende os bairros Doutor Laerte Laender, Filadélphia, Funcionários, Solidariedade, Jardim
São Paulo, São Benedito, Barreiros e Taquara.
Possui infra-estrutura básica, vias asfaltadas ou em terra batida e calçadas pavimentadas. Sua
malha viária é orgânica devido ao acompanhamento das curvas de nível, sendo o terreno de declividade
média.
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Os principais elementos arquitetônicos de interesse cultural são as residências do herdeiros de
Alfredo José Leal, edificações do início do século XX que seguem características semelhantes à tipologia
colonial.
Destaque dentre o acervo imaterial para o Grupo de Folia de Reis do Bairro Filadélfia, que todo
ano faz o cortejo relembrando o caminho feito pelos três Reis Magos ao encontro do Menino Jesus.
Área I ZONA RURAL
A Área I compreende a zona rural do município de Teófilo Otoni, área esta que contorna o distrito
sede (entorno). É uma área rica em informações históricas onde se pode, por exemplo, compreender o
processo de distribuição de terra na época da colonização por parte da Cia do Mucuri.
Neste setor, encontram-se pequenos povoados, alguns da década de 50 do século XIX, época da
fundação da cidade. Como exemplos tem-se o povoado de Poton e Itamunhec. Há também outros
povoados mais recentes, do início do século XX, como Lajinha, São Jerônimo, Cabeceira de São Pedro,
Palha e Santa Maria.
Dentre as estruturas arquitetônicas e urbanísticas do local, destaque para as fazendas Aliança,
Liberdade e Bananal. Tais edificações são do século XIX e mantêm as características semelhantes à
tipologia colonial rural, com plantas ortogonais, fachadas de cheios e vazados ritmados e cobertura de
quatro águas em telha capa e bica. A principal peculiaridade dessas construções é a verga das esquadrias.
Elas são alteadas, e não retas, como de costume.
As vergas alteadas estão presentes também na igreja da comunidade São Jerônimo e capela da
Colônia Mestre Campos. Nesta última já se percebe as vergas quase que em formato ogival.
O acervo móvel e integrado da área I é representado principalmente pelos objetos utilizados nas
fazendas. Destaque para o descascador de café, do século XIX, da Fazenda Recanto.
Devido ao relevo com acentuadas declividades, a área I apresenta grande número de cachoeiras
no trajeto do rio Todos os Santos e seus afluentes. Elas representam o patrimônio paisagístico do local.
Destaque para a cachoeira de São Jerônimo, do rio Mucuri, e para as cachoeiras dos córregos Criciúma e
Capitólio.
Área II DISTRITO DE PEDRO VERSIANI
O distrito de Pedro Versiani é o mais próximo da sede de Teófilo Otoni, estando a 28 quilômetros,
sentido leste. Seu acervo de bens de interesse cultural foi formado em concomitância ao do início do
distrito sede, na década de 50 do século XIX, período da fundação de Teófilo Otoni. Tal acervo encontrase ameaçado devido ao abandono dos bens.
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Possui ainda construções do início do século XX, quando da chegada da Estrada de Ferro Bahia
Minas, em 1897. As principais fazendas encontram-se na porção oeste do distrito, no limite com a zona
rural do município.
Destaque para o casario na avenida Bahia Minas, do final do século XIX e início do século XX e para
a Estação Ferroviária Pedro Versiani. Destaque ainda para a Igreja católica da comunidade de Homero
Barbosa.
O principal acervo arquivístico encontra-se no Cartório de Registro Civil na praça Antônio da Mota.
A área II apresenta grande número de formações rochosas, principalmente na porção leste do
distrito, nas proximidades com o distrito de Bias Fortes. Constituem-se como principal acervo paisagístico
do local.
A prefeitura de Teófilo Otoni mantém no Distrito os servidores essenciais à população, como:
correios, posto telefônico, policiamento, posto de saúde e uma creche. O abastecimento de água é feito
pela COPASA.
Área III DISTRITO DE BIAS FORTES
O distrito de Bias Fortes (também chamado de Crispim Jaques) limita-se a oeste com o distrito de
Pedro Versiani. Assim como a área II, essa área também teve seu acervo de bens de interesse cultural
formado simultaneamente ao do início do distrito sede, na década de 1950 do século XIX, período da
fundação de Teófilo Otoni. Tal acervo encontra-se ameaçado devido ao abandono dos bens.
Destaque para o casario da rua Bahia e Minas e rua Franklin Tomich, construções do final do século
XIX e início do século XX. Outra importante estrutura arquitetônica para o local é a Capela do distrito no
povoado do Brejão. Destaque ainda para a Estação Ferroviária Bias Fortes.
O principal bem arquivístico da área III é o arquivo do Cartório de Registro Civil do distrito.
A área III possui topografia bastante irregular. De todos os distritos é o que possui ao mesmo
tempo a menor e maior altitude. Assim tem-se no local um rico acervo paisagístico. Destaque para as
formações rochosas da Pedra da Boca e Garganta do Anjo, localizadas na estrada do Boi. Outros exemplos
são as cachoeiras e corredeiras do córrego São Pedro e São Paulinho.
pela COPASA.
Área IV DISTRITO DE TOPÁZIO
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O distrito de Topázio está situado no limite nordeste do município de Teófilo Otoni e às margens
do Córrego de Jacaré. Surgiu de um antigo pouso de tropeiros, já no início do século XX, e tem como
principais estruturas arquitetônicas as fazendas históricas dessa época.
Destaque para as igrejas do Senhor Bom Jesus e do povoado de Maravilha. Outro importante bem
arquitetônico é o casario da rua Mario Campos.
O principal bem arquivístico do local é o arquivo do Cartório de Registro Civil, localizado na rua
Mário Campos, 123.
A área IV apresenta como exemplar de bem arqueológico de interesse cultural a comunidade São
Julião, local remanescente de quilombolas.
O distrito de Topázio apresenta rico acervo paisagístico. Como exemplo tem-se as formações
rochosas do córrego Jacaré, a cachoeira da Alemoa e a corredeira da Maravilha, ambas no rio Mucuri.
pela COPASA.
Área V DISTRITO DE RIO PRETINHO
O distrito de Rio Pretinho é o distrito mais distante da sede. Faz limite a sul com os distritos de
Mucuri e Topázio. Assim como a área IV, a área V também se desenvolveu num período mais avançado que
os distritos sede, Pedro Versiani e Bias Fortes. Sua formação iniciou-se no princípio do século XX, às
margens dos antigos caminhos de tropeiros, que ligavam Teófilo Otoni aos municípios do nordeste da
região do Mucuri.
Os principais bem arquitetônicos passíveis de inventariação são a Igrejinha de Rio Pretinho e a
Capela de Bom Jesus, na comunidade de Beija-Flor. Destaque também para o casario da rua Francisco de
Souza Campos.
O acervo arquivístico do local é representado pelo arquivo do cartório de Registro Civil na rua
Hermelino Martins Gabriel, 64.
Destaque dentre o acervo imaterial da área V para o modo de fazer da carne de sol.
pela COPASA.
Área VI DISTRITO DE MUCURI
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O distrito de Mucuri está localizado no limite noroeste do município de Teófilo Otoni. Faz limite
também com os municípios de Ladainha e Itaipé. Apesar de ser o distrito mais jovem de Teófilo Otoni é,
atualmente, o maior deles. Teve início em 1947 com um acampamento do DNER (Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem) para a construção de uma ponte sobre o rio Mucuri.
O conjunto habitacional do DNER, construção de 1940, é hoje um dos principais elementos
arquitetônicos de interesse cultural.
pela COPASA.
Assim como as outras áreas, seu principal bem arquivístico de interesse cultural é o arquivo do
Cartório de Registro Civil, localizado na avenida 02.
A área VI caracteriza-se também por abrigar importantes fazendas históricas e comunidades rurais
em sintonia com a maior extensão de Mata Atlântica ainda preservada da área.
Dentre o acervo paisagístico destaque para as cachoeiras e corredeiras do córrego Pedra d'Água e
do rio Mucuri. Destaque também para a Serra do Honório, importante formação rochosa do distrito.
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3 – CRONOGRAMA DE INVENTÁRIO
O município de Teófilo Otoni apresenta a seguir o cronograma de inventário atualizado. As
atividades previstas durante o período de abril de 2007 a abril de 2008 foram executadas e serão
mostradas no item 6. Para o exercício 2010, o município encaminhará no mínimo 10 (dez) fichas de
inventário.
OBSERVAÇÕES:
•
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO, ABRIL/2008;
•
ATENDENDO ÀS RECOMENDAÇÕES, O MUNICÍPIO APRESENTA NOVO CRONOGRAMA, MANTENDO AS ATIVIDADES PREVISTAS
PARA SEREM ENTREGUES NO EXERCÍCIO 2009. A NOMENCLATURA DAS ÁREAS FOI COMPLEMENTADA PARA MELHOR
COMPREENSÃO DOS DISTRITOS A SEREM INVENTARIADOS.
CRONOGRAMA DE INVENTÁRIO DO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI
2007
2009
2010
2011
LEVANTAMENTO
BASES CARTOGRÁFICAS
LEVANTAMENTO ARQUIVÍSTICO
BIBLIOGRÁFICO E ICONOGRÁFICO
RECONHECIMENTO TERRITÓRIO
E PESQUISA DE CAMP0
DEFINIÇÃO DE ÁREAS A
SEREM INVENTARIADAS
IDENT. E LOCAL. GEOGRÁFICA DAS
ÁREAS INVENTARIÁVEIS
ELAB. FICHA INFORMAÇÕES
GERAIS DO MUNICÍPIO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
ATIVIDADES EXECUTADAS
ATIVIDADES PLANEJADAS
4º TRIMESTRE
DEFINIÇÃO DA
EQUIPE TÉCNICA
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
SETORES / CATEGORIAS
2008
14/109
2007
2009
2010
2011
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 01
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2008
LEVANTAMENTO DE CAMPO E
ENTREVISTAS
LISTAGEM DOS BENS A SEREM
INVENTARIADOS
IDENTIFICAÇÃO GEOGRÁFICA DE BENS
A SEREM INVENTARIADOS
FICHA DE INFORMAÇÕES
FICHAS DE ESTRUTURAS
ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS
FICHAS DE
BENS MÓVEIS E INTEGRADOS
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO
FICHAS DE
PATRIMÔNIO IMATERIAL
FICHAS DE
SÍTIO ESPELEOLÓGICO
FICHAS DE SÍTIOS NATURAIS
DE INTERESSE CULTURAL
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO E DIVULGAÇÃO
2007
2009
2010
2011
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
ENTREVISTAS
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 02
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2008
15/109
2011
2013
2014
2015
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 03
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2012
ENTREVISTAS
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
2011
2013
2014
2015
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
ENTREVISTAS
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 04
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2012
16/109
2015
2017
2018
2019
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 05
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2016
ENTREVISTAS
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
2015
2017
2018
2019
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
ENTREVISTAS
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 06
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2016
17/109
2015
2017
2018
2019
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 07
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2016
ENTREVISTAS
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
2015
2017
2018
2019
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
ENTREVISTAS
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
SETOR 08
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2016
18/109
2019
2021
2022
2023
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
ZONA RURAL
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA I
2020
ENTREVISTAS
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
2019
ÁREA II
2021
2022
2023
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
ENTREVISTAS
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
VERSIANI
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
DISTRITO PEDRO
2020
19/109
2019
ÁREA III
2021
2022
2023
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
FORTES
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
DISTRITO BIAS
2020
ENTREVISTAS
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
2019
2021
2022
2023
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
ENTREVISTAS
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
DISTRITO TOPÁZIO
1º TRIMESTRE
ÁREA IV
2020
20/109
2023
ÁREA V
2025
2026
2027
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
PRETINHO
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
DISTRITO RIO
2024
ENTREVISTAS
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
2023
2025
2026
2027
INVENTARIADOS
FICHAS DE
FICHAS DE
ARQUIVOS
FICHAS DE
FICHAS DE
FICHAS DE
REVISÃO
DAS FICHAS
ARQUIVAMENTO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
ENTREVISTAS
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
DISTRITO MUCURI
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
ÁREA VI
2024
21/109
2023
2025
2026
2027
ATUALIZAÇÃO DE
FICHAS
PREENCHIMENTO DA
FICHA DE INFORMAÇÕES GERAIS
DIVULGAÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DO
INVENTÁRIO
LEGENDA:
SEM ATIVIDADES
4º TRIMESTRE
FICHAMENTO DE BENS TOMBADOS NÃO
INVENTARIADOS ANTERIORMENTE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
4º TRIMESTRE
3º TRIMESTRE
2º TRIMESTRE
1º TRIMESTRE
FINALIZAÇÃO
2024
22/109
4 – ÁREAS E BENS CULTURAIS INVENTARIADOS
4.1 - LISTA DE BENS INVENTARIADOS
A identificação e listagem dos bens culturais de um município se desenvolve de acordo com o
conhecimento da história e da memória local. Este processo é chamado de inventário, ou seja, a descrição
detalhada, minuciosa de algo. A seguir, o município de Teófilo Otoni apresenta seus bens culturais
inventariados até o presente ano.
ÁREA I – SETOR 01
Nº
CAT.
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
ANO
01
II
Locomotiva à vapor Baldwin - “Pojixá”
Praça Tiradentes, s/n – Acervo: Praça Tiradentes
02
VI
Praça Tiradentes
Praça Tiradentes - Centro
2007
03
I
Túmulo do Capitão Leonardo Esteves Ottoni
Cemitério M. João Gabriel da Costa – Rua Frei Serafim, s/nº
2007
04
IV
Arquivo Público da Câmara Municipal – Livros de Registro
Pç. Tiradentes, s/nº – Acervo: Câmara Municipal de Teófilo Otoni
2008
05
III
Monumento à Bíblia
Praça Tiradentes, s/nº – Acervo: Praça Tiradentes
2008
06
III
Placa em homenagem aos comerciantes de pedras
2008
07
III
Busto de Getúlio Vargas
2008
08
III
Estátua de Teóphilo Ottoni
2008
09
III
Busto Tristão da Cunha
2008
10
III
Busto Manoel Ottoni
2008
11
III
Púlpito da Igreja Matriz
Rua Frei Gonzaga – Acervo: Catedral Imaculada Conceição
2008
12
III
Fonte Luminosa e Sonora
2008
13
III
Pintura do forro da Igreja Matriz
2008
14
III
Vitrais da Igreja Matriz
2008
15
III
Pintura Parietal da Igreja Matriz
2008
16
I
Edifício dos Correios
Praça Tiradentes, s/nº
2008
17
I
Edifício do Cine Palácio
Rua Epaminondas Otoni, 595
2008
18
I
Catedral Imaculada Conceição
Rua Frei Gonzaga, s/nº
2008
19
I
Cine Teatro Vitória
Avenida Getúlio Vargas, s/nº
2008
20
I
Edifício Comercial Secto e Citycol
Praça Tiradentes, 233
2008
21
I
Edifício da Cemig – Antigo Ginásio Mineiro
Praça Germânica – Antiga Praça dos Alemães, s/nº
2008
Sede do Social Automóvel Clube
Rua Teodorico Tourinho, 370
2008
Sesquicentenário da Colonização Alemã
-
2008
22
I
23
VII
Não existem bens inventariados.
2007
23/109
ÁREA I – ZONA RURAL
ÁREA II – DISTRITO DE PEDRO VERSIANI
ÁREA III – DISTRITO DE BIAS FORTES
ÁREA IV – DISTRITO DE TOPÁZIO
ÁREA V – DISTRITO DE RIO PRETINHO
ÁREA VI – DISTRITO DE MUCURI
4.2 – ATUALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO PROTEGIDO
Nº
CAT.
01
BM
Praça Tiradentes
Praça Tiradentes
2007
Municipal
02
CP
Praça Tiradentes
Praça Tiradentes
-
2007
Municipal
03
BI
-
2007
Municipal
LEGENDA
DAS
CATEGORIAS
DENOMINAÇÃO
ENDEREÇO
ACERVO
Cemitério M. João Gabriel da Costa – Rua Frei
Serafim, s/nº
I
II
III
IV
V
VI
VII
Estruturas
Bens
Bens
Bens
Bens
Bens
Bens
Arquitetônicas
Móveis
Integrados
Arquivísticos
Arqueológicos
Paisagísticos
Imateriais
e Urbanísticas
ANO
PROTEÇÃO
Categoria dos bens tombados: NH, CP, BI e BM
(Núcleo Histórico, Conjunto Paisagístico/Urbano,
Bem Imóvel e Bem Móvel).
24/109
5 – MAPEAMENTO DOS BENS INVENTARIADOS E TOMBADOS
Nas páginas seguintes, serão apresentados os mapas e plantas cadastrais identificando as áreas
inventariadas, bem como a localização dos bens inventariados e tombados no município.
MAPA CHAVE
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III
2008
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III
2008
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III
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10
III
Busto Manoel Ottoni
2008
11
III
2008
12
III
2008
13
III
2008
14
III
2008
15
III
2008
16
I
Praça Tiradentes, s/nº
2008
17
I
Rua Epaminondas Otoni, 595
2008
18
I
Rua Frei Gonzaga, s/nº
2008
19
I
Avenida Getúlio Vargas, s/nº
2008
20
I
Praça Tiradentes, 233
2008
21
I
Praça Germânica – Antiga Praça dos Alemães, s/nº
2008
22
I
Rua Teodorico Tourinho, 370
2008
23
VII
Festa da Colonização Alemã
-
2008
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ENDEREÇO
01
BM
Praça Tiradentes
02
CP
Praça Tiradentes
03
BI
ACERVO
ANO
PROTEÇÃO
Praça Tiradentes
2007
Municipal
Praça Tiradentes
-
2007
Municipal
Cemitério M. João Gabriel da Costa – Rua Frei
-
2007
Municipal
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SETOR 01 - AMPLIADO - SEM ESCALA
Área I - Setor 08
BENS INVENTARIADOS
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Pç. Tiradentes, s/nº – Acervo: Câmara Municipal de Teófilo Otoni
LISTA DE BENS DO PATRIMÔNIO PROTEGIDO:
VIRGULINO
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Área I - Setor 05
Área I - Setor 06
Área I - Setor 07
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ALTAMIRO
Área I - Setor 03
Área I - Setor 04
IV
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Área I - Setor 01
Área I - Setor 02
04
22
SÃO BENEDITO
MAIO
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LEGENDA:
2007
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BENS TOMBADOS
TÍTULO: MAPEAMENTO DOS BENS INVENTARIADOS E TOMBADOS
FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE TEÓFILO OTONI
MUNICÍPIO: TEÓFILO OTONI
ELABORAÇÃO: LORENA COSTA DATA: FEVEREIRO/2008
REVISÃO: MARÍLIS MENDES DATA: ABRIL/2008
26/109
6 – DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA
O município de Teófilo Otoni apresenta a seguir a documentação comprobatória da realização de
todas as atividades previstas no cronograma de inventário para o período de ação e preservação - abril de
2007 a abril de 2008.
6.1 – ATIVIDADES
•
Levantamento de campo e entrevistas: o levantamento de campo e entrevistas foi realizado no
mês de fevereiro de 2008 por profissionais que tiveram o acompanhamento do Chefe do Setor
de Patrimônio Cultural de Teófilo Otoni, o Sr. Alexandre Marques. Com o resultado do
levantamento foi possível produzir as fichas de inventário apresentadas neste documento;
•
Listagem de bens a serem inventariados: ver item 6.2 – Fichas de Inventário – Exercício 2009;
•
Identificação geográfica de bens a serem inventariados: ver item 5 – Mapeamento de bens
inventariados e tombados;
•
Ficha de informações gerais do município: a ficha de informações gerais foi entregue junto
com o Plano de Inventário no exercício 2008. A complementação e atualização da ficha será
entregue no término do inventário;
•
Fichas de Estruturas Arquitetônicas e Urbanísticas: apresentação de 07 fichas de inventário;
•
Fichas de Móveis e Integrados: apresentação de 11 fichas de inventário;
•
Fichas de Arquivos: apresentação de 01 ficha de inventário;
•
Fichas de Patrimônio Imaterial: apresentação de 01 ficha de inventário;
•
Revisão das Fichas / Arquivamento / Divulgação: as fichas de inventário foram revisadas e
arquivadas na Divisão de Cultura de Teófilo Otoni, uma cópia física e outra em formato digital.
6.2 – FICHAS DE INVENTÁRIO – EXERCÍCIO 2009
FICHA
DENOMINAÇÃO
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02/20
03/20
04/20
05/20
06/20
07/20
08/20
09/20
10/20
11/20
12/20
13/20
14/20
Busto Manoel Ottoni
15/20
16/20
17/20
18/20
19/20
20/20
Sesquicentenário da Colonização Alemã
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28/109
FICHA 01/20 – ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS – ÁREA I / SETOR 01
1. Município Teófilo Otoni
2. Distrito Sede
3. Designação Edifício dos Correios
4. Endereço Praça Tiradentes/Centro
5. Propriedade Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
6. Responsável Fábio Heládio - Gerente da Agência dos Correios em Teófilo Otoni
7. Situação de Ocupação
Própria
Alugada
Cedida
Comodato
Outros
8. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Foto 1: Vista, em perspectiva, do edifício dos Correios, atualmente,
tendo a sua frente a Praça Tiradentes.
Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato.
Foto 2: Vista, em perspectiva, do edifício dos Correios, antigamente,
com suas características originais da construção. A sua frente está a Praça
Tiradentes e a sua lateral direita1 está o edifício comercial Secto e
Citycol. Foto pertencente ao arquivo da Secretaria de Educação e Cultura
de Teófilo Otoni. Data e fotógrafo desconhecidos.
9. HISTÓRICO
Em meados do século XX, a cidade de Teófilo Otoni passava a ser conhecida pela exploração das pedras preciosas e semi-preciosas,
tendo seu comércio fortalecido, o que influenciou a educação e a cultura, nesse contexto a cidade assume o papel de cidade pólo
da região do Mucuri. Outro fator que contribuiu para o desenvolvimento da cidade e facilitou o acesso ao município foi a
construção, em 1947, da BR-116 (Rio-Bahia) a Rodovia da Integração Nacional, que liga a região sul ao nordeste, com ela Teófilo
Otoni entra novamente em uma fase de desenvolvimento econômico da região, explicitada pela inauguração da Sede Social do
Automóvel Clube, dos Cines Vitória e Metrópole, da Rádio Teófilo Otoni e do Clube Sírio Libanês, por exemplo. Nesse contexto, nos
anos 1940, foi também construído o edifício dos Correios para funcionar no 1º pavimento a Agência do Correio, e no 2º pavimento a
Agência Telegráfica e Residência do Chefe da Agência do Correio. A edificação sempre pertenceu ao Correio e se localiza à Praça
Tiradentes, no centro da cidade de Teófilo Otoni.
Em meados de 1869, onde hoje existe o edifício dos Correios, existiam as edificações onde funcionavam os armazéns e a alfândega
da antiga Fhiladelfia para estocagem e venda de produtos, que deveriam suprir a Estrada Santa Clara, a primeira Estrada de
Rodagem do Brasil, aberta pela Companhia Mucuri que passava por ali e cobrar o pedágio para se transitar entre Santa Clara e
Philadelphia.
A Estrada de Rodagem Santa Clara foi inaugurada por Teóphilo Benedicto Ottoni no dia 23 de agosto de 1851. Essa data marcou a
história das rodovias brasileiras, confirmando a Estrada de Rodagem Santa Clara como a primeira construída no Brasil, pois a
Estrada União e Indústria que liga a raiz da Serra, Petrópolis e Juiz de Fora só seria inaugurada em 23 de junho de 1861, quase
quatro anos depois.
A Estrada de Rodagem Santa Clara serviu como elo de ligação do sertão com o mar até o ano de 1898, quando chegou à Teófilo
Otoni a estrada de Ferro Bahia e Minas, que ligava a cidade de Teófilo Otoni-MG à cidade de Caravelas no litoral da Bahia. A partir
de então a Estrada Santa Clara caiu em decadência sendo abandonada em virtude do modernismo da locomotiva.
Inicialmente funcionava no edifício o antigo DCT (Departamento de Correios e Telégrafos) e como residência do chefe da agência
que, em 20 de março de 1969, transformou-se em ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) passando a ser uma empresa
pública vinculada ao Ministério das Comunicações.
O edifício dos Correios passou por uma grande reforma em meados de 1990, quando mudou toda a configuração, adaptando-se
1
Considera-se observador posicionado de frente ao imóvel.
29/109
melhor aos usos exigidos com o tempo.
Na reforma realizada Reforma em 2002/2004 foi a substituído o piso existente de placas de granilite, que provavelmente já não era
o piso original, por piso cerâmico branco.
Os gerentes da agência, entrevistados, afirmaram ocorrer, frequentemente até os dias de hoje, reformas de manutenção no
edifício, como pintura e pequenos reparos. Além disso, foi instalado um sistema de ar-condicionado e uma porta na fachada voltada
para o calçadão da Rua Coronel Martiniano, encontra-se inutilizada.
Na calçada da Rua Coronel Martiniano, atrás da edificação dos Correios (fachada posterior), foi instalado no dia 23 de agosto de
2007, um marco comemorativo, onde está um dos pontos da Estrada de Rodagem Santa Clara/ Fhiladelfia, aberta por Theophilo
Benedicto Ottoni 150 anos atrás.
Observa-se que o edifício dos Correios tem sua importância histórica e arquitetônica vinculada à história de Teófilo Otoni desde a
sua fundação devido ao local onde foi construído passando por todas as transformações vividas pela cidade desde o seu centenário.
Vincula-se ainda à história do desenvolvimento do setor de comunicações no Brasil, inserindo e ligando a história do município à
história nacional.
10. DESCRIÇÃO
10.1. Tipologia dominante Art déco
10.2. TIPOLOGIA CONSTRUTIVA
10.2.1. Partido:
A edificação encontra-se implantada em terreno plano, com uma fachada frontal situada no alinhamento da via (Praça Tiradentes)
e outra, também principal, no alinhamento da avenida Getúlio Vargas. Já a fachada posterior está situada no alinhamento do
calçadão da Rua Coronel Martiniano, local onde foi instalado um marco comemorativo da primeira Estrada de Rodagem do Brasil
Santa Clara/ Philadelfia. O imóvel possui três acessos diretos e principais - situados na fachada de frente para a Praça Tiradentes feitos através de três portas em ferro e vidro, pintadas na cor creme, que conduzem ao hall público. Possui outro acesso na lateral
direita. O hall público possui acesso para a recepção – localizada na lateral direita do hall - que possui a escada que conduz ao
segundo pavimento. O terceiro pavimento, constituído por apenas um cômodo, é acessado através de outra escada situada na outra
extremidade – na lateral esquerda do hall – na porção arredondada vista através da fachada. A edificação, de três pavimentos, é
constituída por um partido quadrangular, sendo que o primeiro e o segundo pavimentos possuem praticamente a mesma metragem
quadrada, e o terceiro é constituído por apenas um pequeno cômodo. O nível térreo (primeiro pavimento) encontra-se dividido em
doze cômodos, sendo o primeiro deles um grande espaço subdividido através de divisórias, em hall público, recepção, gerência,
atendimento, telegramas; hall de escada; área administrativa; a sala do almoxarifado é subdividida, através de divisória, em sala
de arquivo; a sala do cofre é subdividida, através de divisória, em cantina; circulação; banheiro feminino; banheiro masculino;
caixas postais; expedição; valores; e por fim tesouraria. A sala de expedição possui um monta carga, pouco utilizado no dia a dia. O
segundo pavimento encontra-se dividido em quinze cômodos, sendo eles o hall de escada de acesso ao primeiro pavimento; o
terraço descoberto; sala de sistemas; apoio; hall de escada de acesso ao terceiro pavimento; refeitório; espaço aberto para
iluminação e ventilação; coordenadoria e suporte; gerência e sala de reuniões; circulação; banheiro masculino; banheiro feminino;
gestões de negócios; e um último espaço subdividido, através de divisórias, em gestão operacional e administrativa (possui um
monta carga), sala de reuniões, equipamentos e expedição. O terceiro pavimento é constituído por apenas um pavimento ocupado
como arquivo.
10.2.2. Sistema construtivo:
O sistema construtivo adotado foi a estrutura autônoma de tijolo cerâmico maciço. O telhado possui engradamento em madeira,
coberto por telhas de fibrocimento, mais a presença da platibanda. A edificação possui laje de concreto em todos os cômodos. O
primeiro pavimento apresenta piso revestido em placas de granilite em sua maior parte, granito nos hall de escada e piso cerâmico
nas áreas molhadas. O segundo e terceiro pavimentos possuem piso cerâmico em toda a sua extensão. As paredes internas são
pintadas na cor creme, possuindo o primeiro pavimento a presença de pedra até meia altura e os banheiro revestido com cerâmica.
As portas internas possuem, na sua maioria, enquadramento e uma folha de abrir em madeira, pintadas na cor creme, com verga
reta; algumas outras são de ferro e vidro, com verga reta, ora com duas folhas de abrir, ora com apenas uma.
10.2.3. Tipologia estilístico-formal:
Com características art déco, a edificação possui fachadas frontais dos pavimentos superiores marcadas pela presença de
elementos horizontais pintados na cor azul, como a marquise de proteção às portas de acesso, e outras pequenas marquises
compondo a fachada. A porção arredondada da fachada – hoje refente ao espaço da escada de acesso ao terceiro pavimento –
também é pintada na cor azul. O restante do plano da fachada é todo pintado na cor creme, com pedra até meia altura, além da
30/109
presença da programação visual do Correio. Os dezoito vãos das fachadas pertencentes ao pavimento térreo são constituídos por
um vão que conduzirá ao acesso lateral direito; por quatro portas com duas folhas de abrir com estrutura em ferro, pintado na cor
creme e vedação em vidro, com verga reta, sendo três localizadas em uma das fachadas frontais - de frente para a Praça
Tiradentes - e uma na fachada posterior; e o restante são janelas basculantes de ferro e vidro, com verga reta. O segundo
pavimento também é constituído por janelas basculantes de ferro e vidro, com verga reta, totalizando dezesseis janelas.
11. DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA (ESQUEMA)
Plantas esquemáticas, sem escala, do Edifício dos Correios. Fev./2008 – Levantamento: Nicole Bertinato.
12. USO ATUAL
13. PROTEÇÃO LEGAL EXISTENTE
14. PROTEÇÃO LEGAL PROPOSTA
15. ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Residencial
Data:
Tombamento Federal
Excelente
Serviço
N°.:
Tombamento Estadual
Bom
Institucional
Federal
Tombamento Municipal
Regular
Industrial
Estadual
Entorno de bem tombado
Péssimo
Comercial
Municipal
Restrições de uso e ocupação
Outros
Nenhuma
Inventário
16. ANÁLISE DO ENTORNO – SITUAÇÃO E AMBIÊNCIA
16.1. Construções adjacentes:
O imóvel encontra-se circundado por edificações de um/dois pavimentos, com características ecléticas e art déco – construídos no
século XIX a meados do século XX - implantadas no alinhamento, de uso comercial/institucional/serviços, com volumetria
quadrangular ou retangular e aparentemente em bom estado de conservação. Trata-se de região bastante adensada, sem a
presença de terrenos vazios, por situar-se no centro da cidade. As construções não possuem afastamento, em sua maioria, sendo
pouco provável um adensamento da área. Este entorno faz parte do sítio histórico da fundação do município, em 1853, constituindo
o centro histórico da cidade, encontrando casario do final do séc. XIX ou princípio do séc. XX. Ainda pode-se destacar, nas
imediações do entorno, a Igreja Matriz e a Igreja Bom Jesus, com construções sacras do início do séc. XX. As fachadas frontais e
posterior do bem em estudo, posem ser avistadas a partir da rua.
16.2. Esquipamentos urbanos:
A edificação encontra-se em uma área urbanizada, implantada junto à Praça Tiradentes, equipada de elementos urbanos como
bancos de concreto, telefones públicos, lixeiras, fonte luminosa e sonora, coreto, quiosques, postes de iluminação pública e
árvores. A vegetação do entorno é constituída por muitas árvores de grande e médio porte. Na extremidade próxima à Rua
Engenheiro Antunes, há um ponto de taxi com telefone próprio, cujos veículos ficam enfileirados nesta rua, na margem da praça. O
calçamento da Praça Tiradentes é, em sua maioria, em pedra portuguesa com desenhos formados pela variação das cores preto e
branco, em alguns trechos são em pedra cortada tipo paralelepípedo, e outros, em placas de concreto – em bom estado de
conservação. A escada para o coreto e outros degraus existentes na praça possuem o revestimento do piso em cerâmica na cor
preto. Os canteiros possuem como forração comum a grama, além de espécies popularmente denominadas, tais como: Flamboyant,
Palmeira Imperial, Oiti, Ficus, Murta, Castanheira, Quaresmeira, Leocena, Ipê, Bouganvile, Tamarindo, Pinheiro, Abricó, Ingá,
Coqueiro, dentre outros . A calçada possui revestimento em cimento e/ou ladrilho de cimento. A pavimentação das vias que
circundam a praça é em asfalto, como a maioria das ruas da cidade, sendo que a porção destinada ao estacionamento, trecho da
praça que faz divisa com as vias, Avenida Getúlio Vargas, Rua Epaminondas Otoni e Rua Frei Gonzaga, é em bloquete de concreto –
são ruas providas de duas vias de mão única. A área é provida de infra-estrutura básica como rede de esgoto, água tratada e rede
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telefônica.
17. ANÁLISE DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO
A edificação encontra-se em bom estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade estrutural, mas apresenta
pequenos problemas de ordem física, como desprendimento da pintura no teto do espaço ocupado pela escada, assim como a
presença de manchas amareladas.
18. FATORES DE DEGRADAÇÃO
Causas físico-químicas por ação das intempéries, aliada à falta de manutenção periódica do imóvel.
19. MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
Deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos da edificação, além de
impermeabilização da cobertura do espaço ocupado pela escada, e posterior manutenção do telhado e seu engradamento. Essa
cobertura do hall de escada abriga a caixa d' água.
20. INTERVENÇÕES
20.1. Restauro:
Não ocorreram intervenções de restauro.
20.2. Adequação:
- O gerente da agência, entrevistado, afirmou ocorrer, frequentemente até os dias de hoje, reformas de adequação no edifício,
como pintura e pequenos reparos.
- Reforma de 2002/2004: uma das realizações citada nesta reforma foi a substituição do piso existente – placas de granilite, que
provavelmente já não era o piso original – por piso cerâmico branco.
- Instalação do sistema de ar-condicionado, aparente nas fachadas. Porém, não foi possível obter a data desta instalação.
20.3. Descaracterizantes:
- A agência passou por uma grande reforma em meados de 1990, quando mudou toda a configuração, adaptando-a melhor aos usos
exigidos com o tempo, como:
1º Pavimento: O acesso principal era feito pela Avenida Getúlio Vargas, na porção arredondada da fachada (caixa de escada),
com porta de acesso na lateral direita deste elemento, hoje feito pela Praça Tiradentes. O vão da antiga porta de acesso foi
fechado, sendo a escada de acesso principal hoje, localizada à direita de quem entra pela Praça Tiradentes, acesso principal
existente para o público. Nesta mesma fachada da Avenida Getúlio Vargas, existia apenas duas janelas e o restante parede cega;
hoje existem quatro janelas neste plano. A fachada, frontal, de frente para a Praça Tiradentes, possuía cinco vãos - mais o vão do
portão na lateral direita - sendo quatro janelas e uma porta; hoje duas janelas e três portas, sendo as duas janelas situadas cada
qual em uma extremidade da fachada, com as portas de acesso principal.
2º Pavimento: A fachada voltada para a Avenida Getúlio Vargas possuía duas janelas e o restante era um terraço (laje plana)
com um guarda corpo; hoje o espaço do terraço foi fechado transformando-se em um cômodo, permanecendo as duas janelas
existentes e acrescidas mais duas. Este era o espaço referente à Residência do Chefe da Agência, que possuía a morada e o grande
terraço descoberto (laje plana). A fachada voltada para a Praça Tiradentes, hoje frontal, possuía três janelas e dois terraços com
guarda corpo, cada qual em uma extremidade da fachada. Hoje os terraços também foram fechados com alvenaria, configurando
agora cinco janelas. Este era o espaço referente à Agência de Telégrafos, que possuía dois terraços laterais, com portas de acesso
a estes. Ainda na fachada frontal, na lateral direita do plano, acima do portão existente foi acrescentada uma platibanda – local
onde está localizada a escada de acesso principal dentro da agência.
21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonte Oral: - João Paulo - Gerente Regional da Agência dos Correios nos vales do Mucuri e Jequitinhonha
- Fábio Heládio - Gerente da Agência dos Correios em Teófilo Otoni
Fonte Gráfica: Arquivo de fotos da Secretaria de Educação e Cultura de Teófilo Otoni.
Dossiê de Tombamento da Praça Tiradentes. Estilo Nacional. 2007.
BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionário Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Ed. Itatiaia Ltda. Belo Horizonte-Rio de
Janeiro,1995.
Estrada Santa Clara. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni, Secretaria Municipal de Educação.
FERREIRA, Lais Ottoni Barbosa. Raízes Mineiras. Rio de Janeiro: Lais Ottoni Barbosa Ferreira, 2004.
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SÁ, Bruna Aparecida Mendes. Histórico de Teófilo Otoni. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni/ Estilo Nacional.2007.
TAVARES, Igor Sorel. História da História de Teófilo Otoni. Apresentação UNIPAC Teófilo Ottoni. Teofilo Otoni, 2006.
1857 – 2007. 150 anos da Primeira Estrada de Rodagem do Brasil. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni, Secretaria Municipal de
Educação.
22. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
O marco comemorativo está representado por uma placa com a inscrição:
“Em 1857 foi talvez com sentimento de vaidade que percorri no meu carro as 27 ½ léguas de Santa Clara,
e no dia 23 de agosto entrei triunfante na minha querida Philadélphia.
Theóphilo Benedicto Ottoni.
Idealizador e construtor da Estrada de Rodagem Santa Clara.
República Federativa do Brasil. Ministério das Comunicações – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Marco dos 150 anos da inauguração da Estrada de Rodagem Santa Clara – Filadélfia, 1ª Estrada de Rodagem
do Brasil.
Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente da República federativa da Brasil. Hélio Costa – Ministro de Estado das
Comunicações. Maria José Haueisen Freire – Prefeita Municipal de Teófilo Otoni. Carlos Henrique Almeida
Custódio – Presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Fernando Miranda Gonçalves – Diretor
Regional dos Correios de Minas Gerais.
Teófilo Otoni, 23 de agosto de 2007.”
23. FICHA TÉCNICA
Levantamento
Elaboração
Revisão
Arquitetura
Nicole Tresinari Bertinato
Data: Fevereiro / 2008
História
Nicole Tresinari Bertinato / Bruna Aparecida Mendes de Sá
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Bruna Aparecida Mendes de Sá
Data: Março / 2008
Arquitetura
Clarissa Pontes Melo
Data: Março / 2008
História
Marco Aurélio Drumond
Data: Março / 2008
'IPAC Teófilo Otoni.odm' versão 75 de 08/04/2008
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2. Distrito Sede
3. Designação Edifício do Cine Palácio
4. Endereço Rua Epaminondas Otoni, 595
5. Propriedade Empresa Palácio de Diversões Ltda
6. Responsável
José Rogério:Diretor do Cine Palácio/Mauro Luis Pereira: Gerente Operacional
do Cine Palácio
Própria
Alugada
Cedida
Comodato
Outros
Foto 1: Vista frontal do edifício do Cine Palácio, com barreira
visual/portão. Fev./2008 - Fotógrafo: Nicole Bertinato.
Foto 2: Vista frontal do Edifício do Cine Palácio.
Fev./2008 - Fotógrafo: Nicole Bertinato.
9. HISTÓRICO
O Cine Palácio foi construído a partir da iniciativa de: Lourival Pechirdo, diretor-presidente da Rádio Teófilo Otoni com a
participação de Téo Cabral, então gerente da Casa Birro, filial da unidade de Governador Valadares; Henrique Arruda, empresáriodono de um posto de combustíveis e de uma loja de eletrodomésticos em Teófilo Otoni denominada Casa Naya; do médico Edward
Carvalho, então Diretor Regional de Saúde e o pecuarista Jupiro Dantas, entre outros investidores, que assumiram a missão de
construir o cinema. O projeto estrutural do cinema foi feito pela empresa paulista Estrutura STECIL (Sociedade Técnica de
Engenharia Civil Ltda) e aprovado em 09 de abril de 1962. Segundo Mauro Luis Pereira, gerente operacional do cinema desde sua
fundação, teria sido investido cerca de cinco milhões de cruzeiros na implantação do negócio. Este foi inaugurado em 18 de abril de
1964. Na inauguração do Cine Palácio, o filme exibido foi “A Fonte dos Desejos”, romance ganhador de dois Oscars, na categoria de
melhor canção original (“Three Coins in the Fountain”), melhor fotografia – colorida - tendo sido indicado ainda à categoria de
melhor filme.
Os anos 1960 foram marcados no Brasil tanto pela efervescência cultural, pelo cinema e pelos festivais de música, quanto pelo
início do governo militar que entrou em vigor no dia 31 de março de 1964 e que foi responsável pela censura aos meios de
comunicação e de expressão cultural e política no país por décadas. A cidade de Teófilo Otoni na década de 1960 vivia esse
contexto cultural e político de forma intensa seja pela inauguração do Cine Palácio, palco de diferentes apresentações culturais,
quanto pela presença da ARENA, partido criado pelos militares para os representar politicamente nas eleições, à frente do governo
municipal. Nesse período a Praça Tiradentes, pertencente ao núcleo fundacional da cidade, continuava no cento dos principais
acontecimentos de Teófilo Otoni, entre o funcionamento da Câmara Municipal e as inaugurações do monumento em homenagem a
Tristão Ferreira da Cunha, importante político mineiro nascido na cidade, e do maior cinema de Teófilo Otoni.
Há controvérsia em relação a existência de outras construções no local onde foi construído o cinema. Segundo o gerente
operacional do Cine Palácio - Mauro Luis Pereira - não existia qualquer outra edificação anterior no lote, entretanto, segundo o site
www.tonoticias.jor.br no local onde foi construído o cinema funcionava o Hotel Belo Horizonte, com dois andares e clientes de
classe média.
Nos primeiros anos de operação o Palácio despertou interesse dos empresários do setor por superar os outros cinemas existentes na
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cidade os cines Vitória, Metrópole e Império. Dos três apenas o Vitória foi preservado e se transformou em um teatro. O Cine
Império foi extinto e no Metrópole funciona uma Igreja Evangélica.
O Cine Palácio chegou a receber 220 mil pessoas por ano em seus áureos tempos de exibição cinematográfica. Embora sempre
tenha sido cinema, ele também foi palco para apresentação de artistas famosos como Renato e seus Blue Caps, Orlando Silva,
Nelson Gonçalves, Jerry Adriane, Aguinaldo Timóteo, Teixeirinha e até Roberto Carlos, no início de sua carreira. Foi também no
interior do Palácio que o radialista Lourival Pechir atraiu milhões através da “Matinal X7”, programa de calouros e outras atrações
musicais com artistas do município. Também sediou formaturas e posse dos prefeitos como, por exemplo, a de Maria José Haveisin
Freire, primeira prefeita mulher da cidade a tomar posse em em 1º de janeiro de 2005. Recentemente a empresa recebeu o
comediante Pedro Bismark, o “Nerso da Capitinga”, e a comentarista de economia da Rede Globo Miriam Leitão, que fez palestras
para alunas das Faculdades Doctum.
Antes da concorrência do vídeo cassete e posteriormente do DVD que levou ao esvaziamento dos cinemas no Brasil, o Cine Palácio
chegou a receber cinco mil pessoas num único final de semana com exibição do filme “Stalone Cobra”, estrelado por Sylvester
Stallone e a 32 mil pessoas, após exibição por um mês do filme “Titanic”. A decadência dos cinemas em Teófilo Otoni foi mais
acentuada pelo aparecimento do DVD e agravada pelo comércio ilegal do produto em todo o país, o que gerou o fechamento de
muitos cinemas e à criação de pequenas salas, e complexo de salas, de cinema geralmente vinculadas a centros comerciais e de
lazer. Exemplo disso aconteceu em Belo Horizonte nas duas últimas décadas do século XX onde grandes e tradicionais cinemas
foram fechados e suas edificações vendidas para empresas de outros ramos econômicos como lojas de eletrodomésticos e igrejas
evangélicas.
Por fim, o custo operacional do Cine Palácio não foi mais compensado pela presença do público, razão pelas quais muitas seções
eram canceladas, até a decisão do grupo de sócios do empreendimento de fechar as portas do cine em outubro de 2007. O Cine
Palácio era uma das maiores empresas do gênero não só em Minas Gerais como também no Brasil por ter capacidade de 1200
lugares que ainda estava em funcionamento. Em 31 de agosto de 2007, foi realizada a última exibição, com o filme “Duro de
Matar”. Há propostas de alugar ou vender o edifício para a Igreja Universal de Teófilo Otoni, ou para uma loja de roupas da cidade,
com a proposta de ampliação da loja até o alinhamento da calçada, ocupando o afastamento frontal existente.
Muitos segmentos da sociedade de Teófilo Otoni, entre eles CDL, Associação Comercial, Câmara Municipal, Instituto Histórico,
Conservatório de Musica, Rádio Teófilo Otoni, escolas e universidades, que já haviam se manifestado anteriormente, se reuniram na
Praça Tiradentes no dia 23 de agosto de 2007 contra o fechamento e a descaracterização do Cine Palácio por considerar que,
apesar de ser uma empresa e uma propriedade privada, particular, o cinema é um patrimônio histórico, arquitetônico e cultural da
cidade. Apesar da iniciativa, das sugestões e alternativas apresentadas para sanar a crise econômica não houve entendimento entre
os manifestantes e os sócios proprietários, decidindo-se, ao fim, pelo fechamento do cinema.
A Empresa Palácio de Diversões Ltda sempre foi a proprietária do Cine Palácio. Segundo o gerente operacional do cinema as
reformas realizadas foram apenas de manutenção, como limpeza e pintura, sem que fosse alterada a cor ao longo do tempo de
funcionamento.
10. DESCRIÇÃO
10.1. Tipologia dominante Moderno
10.2.1. Partido:
A edificação encontra-se implantada em terreno plano, com afastamentos frontal e posterior, situado de frente para a Praça
Tiradentes. Atrás da edificação há um morro gramado, com algumas construções no alto deste. O Cine Palácio possui um acesso de
público direto, através das portas de correr, frontais, que conduzem ao bar/hall de entrada e bilheteria; e outro secundário, feito
através de dezesseis degraus de escada externa à edificação - revestida em pedra e equipada com guarda corpo metálico, ambos
em bom estado de conservação - restrito ao gerente operacional do Cine Palácio. A edificação, de dois pavimentos, é constituída
por um partido retangular, sendo que o pavimento térreo ocupa a maior parte do terreno, e o pavimento superior ocupa uma
pequena parte com a sala da gerência e salas próprias ao funcionamento do cinema, como sala dos equipamentos e depósitos, hoje
tudo desativado. O pavimento térreo é constituído pelo espaço do bar/hall de entrada e bilheteria, que dá acesso ao salão
reservado à platéia, com corredores laterais e um central; mais o espaço dos banheiros situados atrás deste, e escada de acesso ao
segundo pavimento, restrita à técnicos do cinema. A edifica possui muros laterais revestidos ora com pedra, ora com alvenaria
pintada na cor azul, e um espaço gramado à sua frente – outrora um bonito jardim – hoje recebendo também um portão todo
fechado, em metalon, obstruindo parte da visada do antigo cinema. A área descoberta, em frente à edificação, recebe piso
cimentado intercalado com o espaço gramado. O piso da área de entrada ao cinema, abaixo da marquise, também recebe piso
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revestido com pedra.
O sistema construtivo adotado foi a estrutura de concreto e vedação em tijolo cerâmico. O telhado possui engradamento em
madeira peroba, coberto por duas águas compostas por telhas de amianto/Brasilit – com cumeeira perpendicular à fachada frontal mais a presença do painel frontal/platibanda. A edificação possui forro em eucatex situado no salão – palco/platéia - e laje nos
demais cômodos. O bar/hall de entrada e bilheteria apresenta piso revestido em granilite na cor verde, com pequenos detalhes
quadrangulares na cor creme. O salão recebe piso em taco, com circulações revestidas com carpete. Os banheiros recebem piso em
cacos de ardósia. O segundo pavimento e seu espaço de acesso recebem piso ora cimentado na cor vermelho, ora em granilite na
cor amarelo, assim como a própria escada. As paredes do bar/hall de entrada e bilheteria recebem uma diversidade de materiais
como pedra, pinturas coloridas, madeira e um painel - todos originais da época de construção da edificação – pintado por StefanoUrso, datado de 18/04/64 - composto por pinturas relacionadas à cidades, como a garimpagem de pedras e lapidação, o centro da
cidade, a fonte e outros. As paredes do salão recebem revestimento em placas de eucatex; o espaço atrás do salão é pintado na cor
azul; os banheiros são revestidos com cerâmica na cor verde; e o segundo pavimento/operagem dos equipamentos recebe pintura
nas cores cinza escuro, vinho e branco. As portas internas possuem, na sua maioria, enquadramento e uma folha de abrir em
madeira, pintadas na cor cinza, com verga reta; algumas outras são de ferro vazado, com desenhos lineares. O bar/hall de entrada
e bilheteria recebe porta interna com duas folhas de abrir, com verga reta, apenas envernizadas.
Com características do estilo moderno, a edificação possui fachada frontal marcada pela presença de um elemento/plano
retangular - cumprindo a função de alvenaria de vedação e platibanda - revestido em argamassa e pintado na cor azul claro, com
um contorno pintado na cor amarelo, com a inscrição “Palácio” em vermelho, em linhas finas. Possui um outro elemento marcante
na fachada como a presença de um outro retângulo, com proporções bem menores do que o primeiro e em sentido contrário,
revestido com uma massa com pedras, pintada na cor branco. Possui uma marquise e guarda-corpo metálico, marcando uma faixa
horizontal como plano da fachada frontal, seguido da escada de acesso ao segundo pavimento. A porta de acesso ao nível térreo é
composta por folhas de correr de ferro e vidro, pintadas na cor cinza claro. O plano da bilheteria recebe pintura na cor amarelo e
vidro.
Ilustração 1: Planta esquemática, sem escala, do edifício do Cine Palácio.
Fev./2008 – Levantamento: Nicole Bertinato.
12. USO ATUAL
Residencial
Data:
Tombamento Federal
Excelente
Serviço
N°.:
Tombamento Estadual
Bom
Institucional
Federal
Regular
Industrial
Estadual
Péssimo
Comercial
Municipal
Outros
Nenhuma
Inventário
O imóvel encontra-se circundado por edificações de um/dois pavimentos, com características ecléticas e art déco – construídos no
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imediações do entorno, a Igreja Matriz e a Igreja Bom Jesus, como construções sacras do início do séc. XX. As fachadas frontal e
laterais do bem em estudo podem ser observadas a partir do entorno.
A edificação encontra-se em uma área urbanizada, implantada de frente à Praça Tiradentes, equipada de elementos urbanos como
árvores. A vegetação do entorno é constituída por muitas árvores de grande e médio porte. Na extremidade próxima à Rua
Engenheiro Antunes, há um ponto de taxi com telefone próprio, cujos veículos ficam enfileirados nesta rua, na margem da praça. O
calçamento da Praça Tiradentes é, em sua maioria, em pedra portuguesa com desenhos formados pela variação das cores preto e
branco, em alguns trechos são em pedra cortada tipo paralelepípedo, e outros, em placas de concreto – em bom estado de
conservação. A escada para o coreto e outros degraus existentes na praça possuem o revestimento do piso em cerâmica na cor
preta. Os canteiros possuem como forração comum a grama, além de espécies popularmente denominadas, tais como: Flamboyant,
Palmeira Imperial, Oiti, Ficus, Murta, Castanheira, Quaresmeira, Leocena, Ipê, Bouganvile, Tamarindo, Pinheiro, Abricó, Ingá,
Coqueiro, dentre outros. A calçada possui revestimento em cimento e/ou ladrilho de cimento. A pavimentação das vias que
praça que faz divisa com as vias, Avenida Getúlio Vargas, Rua Epaminondas Otoni e Rua Frei Gonzaga, é em bloquete de concreto –
são ruas providas de duas vias de mão única. A área é provida de infra-estrutura básica como rede de esgoto, água tratada e rede
telefônica.
pequenos problemas de ordem física, como algumas trincas no teto do segundo pavimento, no espaço ocupado pelos equipamentos,
outrora em funcionamento para a rodagem dos filmes; desgaste dos materiais de revestimento das paredes, na sua porção próxima
ao piso, do bar/hall de entrada e bilheteria; salão/platéia/palco com algumas cadeiras já desmontadas e empilhadas no chão; forro
de eucatex se desprendendo em algumas partes; e grama do jardim frontal necessitando de uma jardinagem.
Causas físico-químicas por ação das intempéries, aliada à falta de manutenção periódica do imóvel.
Deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos da edificação, além de certificar-se das
trincas; recomposição de algumas partes do forro de eucatex; trabalho de jardinagem; e posterior manutenção do telhado e seu
engradamento.
20. INTERVENÇÕES
20.1. Restauro:
20.2. Adequação:
Segundo o gerente operacional do Cine Palácio - Mauro Luis Pereira – as reformas realizadas foram apenas de manutenção, como
limpeza e pintura (na mesma cor) ao longo do tempo de funcionamento, o que foi comprovado pela presença de características
originais da espacialidade e materiais de revestimento da edificação.
Não ocorreram intervenções descaracterizantes.
Fonte Oral: Mauro Luis Pereira – Gerente Operacional do Cine Palácio.
Janeiro,1995.
Documentos fotográficos e textos fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Teófilo Otoni.
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FERREIRA, Lais Ottoni Barbosa. Raízes Mineiras. Rio de Janeiro: Lais Ottoni Barbosa Ferreira, 2004.SÁ, Bruna Aparecida Mendes.
Histórico de Teófilo Otoni. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni/ Estilo Nacional.2007.
www.tonoticias.jor.br
Em 31 de agosto de 2007 foi realizada a última exibição, com o filme “Duro de Matar”. Há propostas de alugar ou vender o edifício
para a Igreja Universal de Teófilo Otoni, ou também, vender para a Loja Tenda (loja de roupas da cidade), com a proposta de
avançar a loja até o alinhamento da calçada, ocupando o afastamento frontal existente.
23. FICHA TÉCNICA
Arquitetura
Levantamento
Elaboração
Revisão
História
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
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2. Distrito Sede
3. Designação Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni
4. Endereço Rua Frei Gonzaga/Centro
5. Propriedade Cúria Diocesana de Teófilo Otoni
6. Responsável Bispo Diogo Resimk
Própria
Alugada
Cedida
Comodato
Outros
Foto 1: Vista, em perspectiva, da Paróquia Catedral Imaculada
Conceição de Teófilo Otoni. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato.
Foto 2: Vista frontal da Paróquia Catedral Imaculada
Conceição de Teófilo Otoni. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato.
9. HISTÓRICO
Os anos de 1856 e 1857 marcaram os primórdios da organização e do reconhecimento pela Igreja e pela Província da existência de
Philadelphia. Nesses anos foram criados a paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e o distrito de Philadelphia, com o
nome de Nossa Senhora da Conceição de Philadelphia, pelo Exmo. Sr. Dr. Joaquim Delphino da Luz. O que apressou a criação da
Paróquia foi a necessidade de elevação do povoado a Distrito. Nesse mesmo ano,1857, Philadélphia era elevada a Freguesia e numa
capela provisória o vigário de Minas Novas, José Pacífico Peregrino e Silva rezou a primeira missa e realizou o casamento do Capitão
Leonardo Esteves Ottoni com a senhorita Maria Leopoldina de Araújo Maia. Em 1858 chega o vigário Padre Luiz Bignagui, com a
incumbência de pastorear Vila de Santa Clara, Philadéphia e ser o capelão militar da Colônia Militar de Urucu. Nos primeiros anos
de Philadelphia houve incerteza em relação à quem seria o pároco, dentre os padres que passaram pela região encontram-se os
nomes do Pe. Cassiano Coriolano dos Santos, Pe. Luiz Binagui, Pe. Pacífico e Pe. Joaquim dos Santos Coimbra que, entretanto, não
se fixaram em Philadelphia. Somente a partir do ano 1865 se tem a certeza da sucessão de párocos na Paróquia de Nossa Senhora
da Imaculada Conceição.
O título pelo qual Maria é chamada de Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora da Imaculada Conceição é originário de um
dogma da Igreja Católica. Esse dogma se explica pela crença de que Maria foi concebida sem a mancha de pecado original
nascendo, portanto, sem pegado. Isso teria ocorrido somente à Maria por ela vir ao mundo já preparada para ser a mãe do filho de
Deus, onde moraria por nove meses Jesus. Dessa forma, por ter sido pura desde sua concepção no ventre de sua mãe, Sant’Ana,
podemos chamá-la de Imaculada. A palavra conceição é derivada da palavra concebida, ou seja, Maria foi concebida sem o pecado
original e por isso imaculada. Daí o título Imaculada Conceição. Quando se diz, portanto, Nossa Senhora da Conceição ou Nossa
Senhora da Imaculada Conceição, queremos dizer que Maria é imaculada desde sua conceição. O dia 8 de dezembro é comemorado
no calendário religioso católico o dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
A primeira Matriz foi construída pela Companhia do Mucury em 1858, que fora aumentada pelo Pe. Benedito Esteves Lima, também
chamado Pe. Benedito Esteves Ottoni, por esta não mais comportar a população e pelo risco apresentado pelo seu estado de
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conservação. Em 26 de agosto de 1895, a Paróquia conseguiu o Alvará de Licença para a construção da nova Igreja Matriz, por
iniciativa do Pe. Virgolino José Batista Nogueira. De posse do Alvará de Construção, Pe. Virgolino iniciou a obra no dia 1º de
novembro de 1896. Tendo esta Igreja que ser reconstruída no mesmo lugar da antiga, o Vigário Pe. Virgolino alugou um cômodo na
loja de Raimundo Neves para servir de Igreja provisória onde as celebrações eram realizadas. Embora pequeno, funcionou até
agosto de 1902, quando o Monsenhor João Batista Pimenta mudou a Matriz provisória para um salão construído na Praça Tiradentes,
esquina com o morro da Matriz, até 31 de julho de 1911, data da inauguração da nova e atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da
Imaculada Conceição.
O Monsenhor João batista Pimenta, as vezes chamado de João Antônio Pimenta, chegou a esta cidade em 22 de novembro de 1899,
nomeado Vigário em 14 de setembro deste mesmo ano. Tomou posse no dia 26 de novembro, e considerando a Igreja projetada,
muito cara e acanhada, e por não concordar com o seu estilo, mandou destruir o que já havia sido construído e começou a construir
a atual Igreja Matriz. A obra foi suspensa por falta de recursos financeiros e pela baixa do café. No final de 1905, o Monsenhor
Pimenta foi nomeado Bispo Coadjuntor de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Desta forma, em 03 de abril de 1906 a Paróquia da
Imaculada Conceição foi entregue aos Frades Menores da Província Holandesa, estabelecida em Niterói (RJ), Ouro Preto e São João
Del Rey (MG) e no período entre os anos 1906 e 1917 foi pároco o Frei Gonzaga Gouverneur.
Em 1911 com a construção da Igreja Matriz praticamente terminada, houve a translação das imagens e do Santíssimo Sacramento
para a nova matriz e bênção do Templo, feita pelo Frei Júlio Berten em julho desse ano. Em 20 de agosto de 1912 foi feita a
consagração da Matriz pelo Arcebispo Dom Joaquim Silvério de Souza.
Com a criação da Diocese de Arassuaí em 25 de agosto de 1913 a Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição passou a ela
ser subordinada até 1960, quando, em 27 de novembro, foi criada a Diocese de Teófilo Otoni e a Matriz foi elevada a Catedral.
Em março de 1920 foram adquiridas as imagens do Senhor dos Passos, de Nossa Senhora da Soledade, do Senhor Morto e de N. Sª
das Dores e foi realizada a primeira celebração Solene da Semana Santa.
Em setembro de 1938 iniciou-se uma reforma da Matriz, que incluiu a reforma do telhado, serviço executado pelos frade, o
aumento da iluminação interna e a pintura da Igreja, feita pelos padres italianos. Essa reforma culminou com a descaracterização
do interior da Igreja Matriz.
No ano de1956 a Matriz é apresentada como o modelo religioso e social para todas as paróquias da Diocese.
Em 1959, às vésperas da criação da Diocese de Teófilo Otoni e da elevação da Igreja Matriz à Catedral, foi construído por D.
Francisca S. Ottoni (D. Chiquinha) um prédio próximo a Igreja que mais tarde serviu de Seminário e hoje tem a função de casa
Paroquial e de Formação.
No ano de 1965 a Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição recebe a visita da imagem de Nossa Senhora Aparecida que, por sua
vez, também é uma imagem de Nossa Senhora da Conceição que foi encontrada por pescadores quebrada e escurecida pelo barro
do fundo do rio, essa imagem recebeu, posteriormente, o manto que a envolve e a denominação de Nossa Senhora Aparecida.
A a Matriz passou por uma reforma geral em 1988. Essa reforma procurou resgatar a sua originalidade, adaptada a novas cores,
reforma dos altares, reintrodução do púlpito, do altar do Senhor Morto, bem como de sua imagem, dos lustres, que embora não
atendesse ao estilo da Igreja, pelo menos vieram dar maior claridade e beleza. Também foram construídos o Centro Paroquial Cura
D' Ars e a Praça Imaculada Conceição para celebrações e estacionamento. Quase dez anos depois, em 1997, foi dado início a nova
reforma do telhado, das laterais superiores da Igreja, dos vitrais e nova pintura, respeitando as características da reforma de 1988.
Em 2007, para as celebrações dos 150 anos (1857-2007) da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição foram feitas reformas,
como por exemplo, a repintura da parte interna e externa do templo.
Atualmente pertence à Diocese de Teófilo Otoni – Cúria Diocesana de Teófilo Otoni, tendo como Vigário Geral da Diocese o Pe.
Geraldo Divino dos Santos. A Igreja desenvolve Encontros de Jovens, Catequese e Pastoral Social.
Vigários que pastorearam Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Teófilo Otoni e algumas datas importantes: 1858 - Pe.
Cassiano Coriolano dos Santos. Não tomou posse - 1858-1859 – Visitadores - 1859 - Pe. Luiz Binagui (brasileiro) - 1860-1864 – Pe.
Joaquim dos Santos Coimbra. 1º Vigário residente - 1865-1867 – Pe. Maximiano Ferreira Coelho - 1867-1872 – Pe. Servando Luiz
Ferreira Coelho - 1872-1873 – Pe. José Bonifácio Azevedo Britter - 1874-1877 – Pe. João Celestino da Motta - 1877-1879 – Pe.
Benedito Esteves Lima - 1879-1881 – Frei Serafim de Gorizia e Frei Angelo de Sassoferrato - 1882-1886 – Pe. Marcos Antônio de
Araújo - 1886-1899 – Pe. Virgolino José Batista Nogueira - Jun/set 1899 – O Vigário Paroquial Pe. Aristóteles Tancredo Dantas de
Carvalho - Nov/1899-abr/1906 – Mons. João Antônio Pimenta - 1906-1917 – Frei Gonzaga Gouverneur - 20/08/1912 – Consagração da
Matriz pelo Arcebispo Dom Joaquim Silvério de Souza - 25/08/1913 – Criação da Diocese de Arassuaí:
1917-1924 – Frei Hilário Verhey - 1924-1926 – Frei Querubim Breumelhof - 1926-1931 – Frei Flaviano Van Liempt - 1931-1934 – Frei
Luiz Geldens - 1934-1936 – Frei Feliciano Smitz - 1936-1942 - Frei Hilário Verhey - 1942-1943 – Frei Rodrigo - 1943-1944 – Frei Rogato
Hoogma - 1944-1962 – Frei Antelmo Kropman - 27/11/1960 – Criação da Diocese de Teófilo Otoni e elevação da Matriz a Catedral:
40/109
1962-1965 – Frei Isidro - 1965 - Frei Osvaldo Kooz - 1966 - Frei Constantino Von - 1967-1974 – Pe. Celestino Grillo - 1974-1978 – Pe.
Agostinho Garabello - 1978-1985 – Pe. Piero Tibaldi - 1986 - Pe. Joel Ferreira da Silva - 12.02.1986 – Nomeação - 20.08.1986 - Posse
Tibaldi.
10. DESCRIÇÃO
10.1. Tipologia dominante Eclética
10.2.1. Partido:
A Igreja, implantada em terreno plano, está situada em topografia elevada – na região conhecida como “Alto da Catedral”. Possui
três acessos principais frontais, feitos através de três degraus de escada, localizados nas fachadas frontais. Possui ainda mais dois
acessos secundários laterais, cada qual de um lado da Igreja, e um acesso externo para a Sacristia, situada na lateral direita2 da
edificação - restrito a membros da Igreja. É constituída por afastamentos laterais, frontal e posterior. No afastamento posterior foi
construído a Casa Paroquial, separada da construção da Igreja e do pátio de estacionamento situado na lateral direita, através de
gradil. A edificação apresenta planta com partido retangular, constituída por nave central longitudinal; naves laterais – guarnecidas
de pilares e arcos - altar; sacristia; capela santíssima; coro e dois terraços laterais, situados acima das naves laterais. Sua planta é
simétrica em relação ao eixo longitudinal, estando esse exercendo a função de diretriz do caminho do homem. Toda a concepção
planimétrica e espacial e, por isso, toda a decoração tem uma única medida de caráter dinâmico: a trajetória do observador. O
coro está localizado em um segundo pavimento, com projeção no espaço de acesso à nave da Igreja, possuindo um acesso lateral
direito, através de escada de madeira. Na lateral direita da Igreja, implantada no seu afastamento, está a presença de uma gruta
em homenagem à nossa Senhora das Graças. Este espaço descoberto possui piso em cimentado, com fechamento com mureta,
pintada na cor azul, com a presença de caixas/pequenos murais feitos em azulejo, retratando a via sacra.
O sistema construtivo adotado foi estrutura autoportante de tijolo cerâmico. O telhado – que encobre a nave central e a capela
mor - possui engradamento de madeira, com a cumeeira perpendicular à fachada frontal, possuindo platibanda em balaustrada nas
fachadas laterais. As naves laterais são cobertas por laje plana – o terraço situado acima destes - além de uma região coberta por
três águas de uma pequena cobertura com engradamento de madeira coberto por telhas cerâmicas. A construção apresenta forro
de gamela constituído por placas de alumínio em alto relevo, vindas da Holanda e pintadas na cidade de Teófilo Otoni, por Irmã
Lambertina, situado na nave central, capela mor e coro; as naves laterais e demais espaços não cobertos pelo forro em placas de
alumínio recebem laje. As portas e janelas/vitrais possuem verga em arco pleno, sendo as janelas/vitrais com vedação em vidro e
caixilho metálico e as portas em madeira, com duas folhas de abrir. O piso do altar e espaços laterais a este - como capela
santíssima, à esquerda, e espaço ocupado pela pia batismal, à direita – é revestido em mármore; sendo o restante da Igreja
revestido em cacos de granito nos tons de bege, composto por desenhos geométricos como a formação de losangos em granito
preto de tempos em tempos, com centro em granito bege, e faixas laterais em granito preto, fazendo a divisão entre o corredor
longitudinal/central da Igreja e o espaço dos bancos, ocupados pelos fiéis, que recebe apenas os cacos de granito em tons de
bege, sem os desenhos. As paredes internas são todas revestidas em argamassa pintada nas cores, predominantemente, verde e
azul, com elementos decorativos em dourado. A Igreja apresenta-se rica em elementos compositivos como a existência de pinturas
parietais na capela mor – obras pintadas por Padre Lázaro, na década de 1980 – vitrais vindos da Holanda; um púlpito de madeira
localizado no lado do evangelho, na nave central; além de colunas mais próximas do estilo compósito, com suas volutas e folhas de
acanto pintados na cor dourado; e algumas colunas com caneluras também pintadas na cor dourado. Separando o corpo da Igreja,
do corpo do altar existe um cancelo em mármore bege, com ornatos em arcadas, parapeito em mármore branco e portão com duas
folhas de abrir, em material metálico pintado na cor dourado. O interior da Igreja é marcado pela presença de arcos plenos
fazendo a divisão da nave central e naves laterais; ao longo das naves Laterais; capela mor; e divisões entre capela mor e capela
santíssima. O coro - localizado em um segundo pavimento, com projeção no espaço de acesso à nave da Igreja, e sustentado por
pilares de seção circular, em granito - possui balaustrada em massa, pintada na cor verde , e colunas com seus capitéis próximos do
estilo compósito, como já citado, e caneluras pintadas na cor dourado.
A edificação com características ecléticas, possui fachada frontal marcada pela verticalidade, com a presença das três portas de
acesso principal, em madeira, com duas folhas de abrir, com verga reta, bandeira com vedação em vidro e caixilho em ferro, com
verga em arco pleno. Observam-se seis vitrais, configurados em grupos de dois, também com vedação em vidro e caixilho em
material metálico, com verga em arco pleno; e a presença de uma grande torre central, equipada com portas de madeira e arco
2 Considerando o observador de frente para o imóvel.
41/109
pleno que conduzem a um balcão existente, com balaustrada pintada na cor azul. A torre é coroada com o relógio da Igreja e uma
cruz, além da presença de dois elementos, cada qual em uma lateral, imitando contrafortes, presentes apenas como elementos
decorativos. Em cada lateral da Igreja existe um terraço equipado com balaustrada pintada na cor branco, compondo a fachada
com a presença da platibanda também em balaustrada, num plano superior àquela. As fachadas laterais possuem dezessete vãos
cada uma delas (direita e esquerda), sendo sete janelas/vitrais situadas no nível térreo, mais a presença de uma porta; oito
janelas/vitrais no nível logo acima; e um óculo situado no alto da torre. As janelas/vitrais são basculantes constituídos de vidro
colorido e estrutura metálica, possuindo arco pleno; a porta possui duas folhas de abrir, em madeira, com bandeira fixa em vidro e
verga em arco pleno; e os óculos são em vidro e estrutura metálica. Todas as fachadas recebem pintura na cor azul, com elementos
em massa pintados na cor branco. Possui a marcação do baldrame em chapiscado pintado na cor cinza.
Ilustração 1: Planta esquemática, sem escala, da Paróquia Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni.
Fev./2008. Levantamento: Nicole Bertinato
12. USO ATUAL
Residencial
Data:
Tombamento Federal
Excelente
Serviço
N°.:
Tombamento Estadual
Bom
Institucional
Federal
Regular
Industrial
Estadual
Péssimo
Comercial
Municipal
Outros
Nenhuma
Inventário
O imóvel encontra-se circundado por edificações de um/dois pavimentos, com características algumas contemporâneas, outras da
época de construção da cidade, com característica colonial alemã, implantadas algumas no alinhamento e outras com afastamento
frontal/lateral, de uso predominante residencial, com volumetria quadrangular ou retangular e aparentemente em bom estado de
conservação. Trata-se de região bastante adensada, sem a presença de terrenos vazios, por situar-se próximo do centro da cidade.
A edificação encontra-se em uma área urbanizada, implantada próxima a Praça Tiradentes, na região conhecida como “Alto da
Catedral”. É equipada de elementos urbanos como postes de iluminação pública e árvores. A vegetação do entorno é constituída
por algumas árvores de médio porte plantadas ao longo da calçada cimentada, em bom estado de conservação. A via de rolamento
do entorno da edificação é asfaltada, provida de duas vias de mão única e com estacionamento dos dois lados. A área é provida de
infra-estrutura básica como rede de esgoto, água tratada e rede telefônica.
O bem encontra-se em excelente estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade física e estrutural.
A construção encontra-se, aparentemente, sem fatores de degradação, uma vez que passou por reforma em comemoração aos 150
anos da Catedral.
42/109
Deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos da edificação, além de posterior
manutenção do telhado e seu engradamento.
20. INTERVENÇÕES
20.1. Restauro:
- Em 1988 a Matriz passou por uma reforma geral, em que procurou resgatar a sua originalidade, adaptada a novas cores, reforma
dos altares, reintrodução do púlpito, do altar do Senhor Morto, de sua imagem e dos lustres.
20.2. Adequação:
- Em setembro de 1938 iniciou-se a reforma da Matriz, inclusive reforma do telhado, terminando em 1939. Serviço executado pelos
frades. Os padres italianos fizeram a pintura da Igreja, que culminou com a sua descaracterização interior. Igreja toda pintada e
iluminada.
- 1959 – Construção de um prédio próximo a Igreja, por D. Francisca S. Otoni (D. Chiquinha) que mais tarde serviu de Seminário,
hoje casa Paroquial e de Formação.
- Em 1988 - foram construídos o Centro Paroquial Cura DÀrs e a Praça Imaculada Conceição para celebrações e estacionamento.
- Em 1997 foi dado início a reforma do telhado, das laterais superiores da Igreja, dos vitrais e nova pintura, respeitando as
características da reforma de 1988.
- Em 2007, para celebração dos 150 anos da Paróquia foram feitas reformas, como por exemplo, repintura interna e externamente.
- Recentemente, houve a construção da Gruta de Nossa Senhora das Graças, toda em pedra, na lateral direita externa da
edificação, próxima ao estacionamento.
- Introdução de caixas/pequenos murais representando a Via Sacra, com pintura em azulejo, localizados no muro lateral direito/
fechamento do estacionamento. Porém não foi possível obter a data de tal acréscimo.
- O morro no qual está situada a Igreja – o “Alto da Catedral” - foi sendo todo ocupado aos poucos pelo Padre Joel, com a Casa da
Juventude e demais repartições referentes à Igreja; sendo que a Casa Paroquial em 1970 já encontrava-se construída, num
momento em que estava acontecendo a troca do piso do morro do Alto da Catedral.
- Meados de 1972 – Acréscimo do volume lateral direito, aos fundos, ocupado pela sacristia. A sacristia funcionava no espaço onde
atualmente está a capela santíssima, funcionando também, na época, a secretaria administrativa.
- Em outros tempos, a pia batismal se localizava na entrada da Igreja, na sua lateral esquerda, hoje situada ao fundo da Igreja, à
direita. Porém não foi possível obter a data destas modificações.
- O púlpito foi retirado da Igreja em meados de 1972 e instalado de volta apenas em 1988, quando da reforma ocorrida na Igreja. O
elemento havia sido retirado por um motivo “litúrgico/prático”, segundo Padre Piero Tibaldi – Pároco da Catedral em 1978-1980 –
uma vez que ele não mais era utilizado para a aclamação das vésperas, optando os párocos de realizarem este ato na Capela Mor,
segundo uma intenção de chamar toda a atenção dos fiéis para a frente, para o altar da liturgia, e não mais para o centro da
Igreja, numa localização em que todos escutavam melhor o que era anunciado. Quando o púlpito foi retirado da Igreja, retiraram
também os suportes para imagens afixados em cada pilar interno, o que foram retornados ao espaço na mesma época em que foi
retornado o púlpito, porém não foram todos que voltaram para o local.
Fonte Oral: Piero Tibaldi – Pároco da Catedral em 1978-1980.
Janeiro,1995.
________. Os Ottoni: Descendentes e Colaterais. Rio de Janeiro: Lais Ottoni Barbosa Ferreira, 1998.
http://www.cot.org.br/igreja/ns-conceicao-imaculada.php
http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/index.php?dia=8&mes=12
43/109
Outros elemento existentes na Igreja, de rico valor histórico e compositivo, é a Pia Batismal construída em mármore branco
localizada à direita da capela mor; um caixão/túmulo, também em mármore branco, localizado à esquerda da capela mor; e três
retábulos em madeira existentes na capela mor e capela santíssima.
No momento do levantamento feito, existia próximo ao coro, a presença de três bandeiras – bandeiro do Brasil, bandeiro do
Município e bandeira do Estado do Vaticano - devido a ida do Núncio Apostólico do Brasil, D. Lorenzo Baldisseri, a Teófilo Otoni em
23/02/1008.
23. FICHA TÉCNICA
Arquitetura
Levantamento
Elaboração
Revisão
História
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
44/109
2. Distrito Sede
3. Designação Cine Teatro Vitória
4. Endereço Rua Getúlio Vargas/Centro
5. Propriedade Particular: Empresa Cine Teatro Ltda
6. Responsável João José Ribeiro
Própria
Alugada
Cedida
Comodato
Outros
Foto 1: Vista do edifício do Cine Teatro Vitória, hoje apenas Teatro
Vitória. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato.
Foto 2: Vista do edifício do Cine Teatro Vitória, antigamente. Observa-se
que suas características continuam as mesmas, se diferenciando na cor da
fachada. Foto pertencente ao arquivo da Secretaria de Educação e Cultura
9. HISTÓRICO
tendo seu comércio fortalecido, o que influenciou a educação e a cultura, nesse contexto a cidade assume o papel de cidade pólo
da região do Mucuri. Outro fator que contribuiu para o desenvolvimento da cidade e facilitou o acesso ao município foi a
construção, em 1947, da BR-116 (Rio-Bahia) a Rodovia da Integração Nacional, que liga a região sul ao nordeste, com ela Teófilo
Otoni entra novamente em uma fase de desenvolvimento econômico da região, explicitada pela inauguração da Sede Social do
Automóvel Clube, dos Cines Vitória e Metrópole, da Rádio Teófilo Otoni e do Clube Sírio Libanês, por exemplo.
O Cine Vitória, 1º cinema de luxo de Teófilo Otoni, foi projetado por Walter Cascarelli e Raffaello Berti e construído por Vicenti de
Léo e Jonas da Silva Pimentel. Sua inauguração ocorreu em 14 de junho de 1944 e seu nome exalta a vitória dos aliados na 2ª
Guerra Mundial, embora esta ainda não tivesse terminado. Na primeira semana inaugural do cinema, uma parte da renda
arrecadada foi doada para o Hospital Santa Rosália e assim seguiu colaborando com outros projetos filantrópicos.
Raffaello Berti é um dos fundadores da Escola de Arquitetura, sendo um dos mais profícuos arquitetos que atuaram em Belo
Horizonte, nas primeiras décadas do século XX. Berti projetou a Prefeitura de Belo Horizonte, o Cine Metrópole e a Santa Casa de
Misericórdia, todos em Belo Horizonte.
O Cine Vitória sempre pertenceu à Empresa Cine Teatro Ltda, sendo, Joaquim Ribeiro o empreendedor que impulsionou a sua
construção e que foi o responsável pelo cinema entre os anos 1945 e 1968. Em seguida, quem assumiu a responsabilidade sobre o
empreendimento foi Joaquim Antônio Ribeiro, filho de Joaquim Ribeiro, que no período de 1968 à 1994 realizou a sua confirmação
com idéias conservadoras e uma administração forte na área de cinema, sobretudo na década de 1970 e início da década de 1980.
O atual responsável que assumiu a responsabilidade sobre o Cine Vitória em 1994 é João José Ribeiro, neto de Joaquim Ribeiro.
Desde 1994 acabou o uso como cinema e o espaço do Cine Vitória funciona como teatro. Além de apresentações teatrais, existe um
curso de teatro ministrado no espaço, com duas turmas no meio da semana e uma terceira turma no sábado que pertence a
Associação Cultural Nossa Senhora dos pobres. O espaço é também alugado para eventos como conferências, apresentações
culturais, palestrantes lojistas, da Igreja, da Prefeitura e formaturas da Faculdade. A sala de espera hoje abriga exposições de
artistas da cidade.
Durante o tempo que funcionou como cinema o espaço também foi utilizado com programações diversas, inclusive programação
45/109
infantil na parte da manhã. De 1965 à 1969, Lourival Pechir, proprietário da Rádio Teófilo Otoni, promoveu no Cine Vitória e depois
no Cine Palácio o programa de auditório chamado Matinal X-7, onde através de concursos de calouros projetou vários artistas. Na
década de 80 o cinema começou a entrar em decadência, não mais rendendo lucro ao proprietário.
Existem algumas déias por parte de João José Ribeiro, atual responsável pelo teatro, de acrescentar mais alguns usos ao espaço
como implantação de Curso de Fotografia, abrigar a Associação Histórico Cultural do Município, Centro Comunitário Nossa Senhora
dos Pobres e Grupo de Teatro Diversas Faces, preservando a característica de envolvimento com a vida cultural do município.
As obras de reforma e as alterações feitas ao longo do tempo no Bem foi a troca das cadeiras antigas da platéia em meados de
1978; a vedação de três aberturas para saída de expectadores na lateral direita do teatro (estando o observador de frente para o
palco) em 1988, aberturas estas que conduziam as pessoas ao interior de uma galeria, também pertencente ao proprietário do
imóvel. Aproximadamente no ano 2000, foi realizada a pintura externa e interna recuperando-se nesta dada as cores originais da
edificação, que já haviam sido alteradas, a troca das calhas, o acréscimo de vara de iluminação, de projeto de sonorização do
espaço, alteração do sistema de coxias que foi aos poucos adaptados para novos usos/apresentações teatrais. Também por volta do
ano 2000 foi aberta outra porta de emergência na lateral do teatro. Os espaços que anteriormente eram galerias foram
transformados em lojas e alugadas para outros fins devido à diminuição do lucro com o cinema na década de 1980.
10. DESCRIÇÃO
10.2.1. Partido:
A edificação encontra-se implantada em terreno plano e no alinhamento da via em todas as suas fachadas, fora a lateral direita 3
que faz divisa com outras construções. O antigo Cine Teatro Vitória, atual Teatro Vitória possui um acesso de público feito através
de cinco degraus de escada - revestida em granilite na cor vermelha, em bom estado de conservação – que conduz ao hall de
entrada/bilheteria; além de um outro acesso secundário, restrito a funcionários do cinema, feito através de vinte degraus de uma
escada cimentada, em regular estado, que conduz ao pavimento superior da edificação, hoje funcionando como depósito do antigo
cinema; além de possuir acesso para manutenção da cobertura. A edificação, de dois pavimentos, é constituída por um partido
retangular, sendo que o pavimento térreo ocupa um espaço menor em relação ao segundo pavimento, uma vez que o espaço do
pavimento térreo outrora todo ocupado com galeria de serviços/comércio complementares ao uso do cinema, hoje encontra-se
ocupado com lojas. O pavimento térreo é constituído, além destes espaço vendidos para serem lojas, pelo espaço do próprio Teatro
Vitória, com o hall de entrada/bilheteria/sala de espera - hoje abrigando, também, salão de exposição de artistas da cidade - salão
com platéia e palco, com corredores laterais e dois centrais, configurando três alas de cadeiras; banheiros; palco; espaço dos
bastidores/coxia; que conduz ao acesso do subsolo ocupado como depósito.
O sistema construtivo adotado foi a estrutura autoportante de tijolo cerâmico. O telhado possui engradamento em madeira,
coberto por duas águas compostas por telhas cerâmicas – com cumeeira perpendicular à fachada frontal, e platibanda ao longo de
toda a fachada. A edificação possui forro em eucatex situado no salão – palco/platéia – telhado aparente acima do palco e coxia;
subsolo com barrotes de sustentação do palco aparentes; e pavimento superior com forro em tabuado de madeira em alguns locais
e laje em outros. O hall de entrada/bilheteria/sala de espera recebe piso em granilite na cor verde; três degraus de escada de
acesso ao salão em granilite na cor vermelho; salão/platéia revestido ora em taco, ora em cimentado na cor verde, sendo sua
porção próxima ao palco, nas laterais, em cimento queimado na cor vermelha; palco em tabuado de madeira; banheiros em piso
cerâmico. O subsolo possui piso cimentado e o pavimento superior recebe ora taco, ora piso cimentado na cor amarela. As paredes
do hall de entrada/bilheteria/sala de espera são pintadas na cor amarelo; salão com paredes laterais pintadas na cor vermelho e
paredes dos fundos revestida com eucatex; os banheiro recebem cerâmica até meia altura, sendo o restante pintado na cor branco;
as demais paredes são todas pintadas na cor branco, fora o pavimento superior que possui algumas paredes pintadas na cor azul.
Com características art déco – um exemplar do arquiteto Raffaello Berti - a edificação possui fachada frontal marcada pela
horizontalidade e um volume central vertical, com a programação visual do Teatro Vitória. A horizontalidade da fachada é
reforçada através dos frisos em massa, pintados na cor branco0 e outros elementos, também horizontais e pintados nesta mesma
cor, em alto relevo, situados acima e abaixo do conjunto de janelas. O plano das janelas é revestido em argamassa e pintado na cor
amarelo, com a presença de doze vãos situados no pavimento superior, sendo eles quatro janelas basculantes de ferro e vidro, com
verga reta, existentes num plano mais a frente; duas janelas basculantes de ferro e vidro, com verga reta e quatro óculos, sendo
3
Considerando o observador de frente para o imóvel.
46/109
uma janela e dois óculos situados de um lado do elemento vertical da fachada e a outra janela e os outros dois óculos situados do
outro lado do elemento – todos num plano mais recuado da fachada – mais a presença de três janelas de ferro situadas no outro
plano mais a frente da fachada. O pavimento térreo possui a fachada frontal marcada pela presença de duas portas de acesso
principal, em ferro e vidro, pintadas na cor branco, cada qual situada em uma extremidade da fachada; mais a presença de duas
janelas, também cada qual de um lado, constituídas de ferro e vidro e pintadas na cor branco. Entre este elementos, existem
pilares pintados na cor amarelo e vedação em vidro, com estrutura em ferro pintado de branco. A escada de acesso ao segundo
pavimento está situada na lateral direita da fachada frontal, onde há uma porta de duas folhas de abrir, em madeira, pintada na
cor azul, com verga reta.
Ilustração 1: Planta esquemática, sem escala, do Teatro Vitória.
Fev./2008. Levantamento: Nicole Bertinato.
12. USO ATUAL
Residencial
Serviço
Data:
Tombamento Federal
Excelente
N°.:
Tombamento Estadual
Bom
Institucional
Federal
Regular
Industrial
Estadual
Péssimo
Comercial
Municipal
Outros
Nenhuma
Inventário
O imóvel encontra-se circundado por edificações de volumetria variada, de um até cinco pavimentos, com características ecléticas,
como o Edifício da Câmara Municipal; art déco e demais construções em estilo contemporâneo - além das construções situadas na
Praça Tiradentes, construídas no século XIX a meados do século XX - implantadas no alinhamento, de uso comercial/serviços, com
volumetria quadrangular ou retangular e aparentemente em bom estado de conservação. Trata-se de região bastante adensada,
sem a presença de terrenos vazios, por situar-se no centro da cidade. As construções não possuem afastamento, em sua maioria,
sendo pouco provável um adensamento da área. O entorno da Praça Tiradentes faz parte do sítio histórico da fundação do
município, em 1853, constituindo o centro histórico da cidade, encontrando casario do final do séc. XIX ou princípio do séc. XX.
A edificação encontra-se em uma área urbanizada, implantada próxima à Praça Tiradentes – à uma quarteirão desta - equipada de
elementos urbanos como bancos de concreto, telefones públicos, lixeiras, fonte luminosa e sonora, coreto, quiosques, postes de
iluminação pública e árvores. A vegetação do entorno é constituída por muitas árvores de grande e médio porte localizadas na
47/109
Praça Tiradentes, além de duas árvores de médio porte localizada na calçada da Rua Getúlio Vargas, próximo ao Mercado Central.
A calçada possui revestimento em cimento e/ou ladrilho de cimento. A pavimentação da via é em asfalto, em bom estado de
conservação, provida de duas vias de mão única e estacionamento de veículos de ambos os lados. A área é provida de infraestrutura básica como rede de esgoto, água tratada e rede telefônica.
pequenos problemas de ordem física, como pequenas trincas no piso cimentado, assim como pequeno desgaste nos pisos, em geral;
sujidades generalizadas nos pisos e paredes do subsolo do edifício, ocupado hoje como depósito.
O principal fator de degradação é o desgaste natural dos elementos, aliado à falta de manutenção periódica do imóvel.
20. INTERVENÇÕES
20.1. Restauro:
20.2. Adequação:
- Meados do ano 2000: pintura externa e interna. As cores originais já haviam sido alteradas; nesta dada volta a predominar as
cores originais da edificação.
- Ano de 2000: Acréscimo de vara de iluminação; projeto de sonorização do espaço; e alteração do sistema de coxias que foi sendo
adaptados para novos usos/apresentações teatrais.
- As calhas foram trocadas. Porém, não se sabe a data correta.
- Meados de 1978: Troca das cadeira antigas da platéia.
- Através de análise de uma foto antiga do hall de entrada/ sala de espera do cinema, sabe-se que o piso original de ladrilho
hidráulico foi substituído pelo atual piso de granilite. Porém, não foi possível datar a alteração.
- Na lateral direita do teatro (estando o observador de frente para o palco) existiam três aberturas para saída dos expectadores
(para fumar, conversar, beber) que foi vedada em meados de 1988. Estas saídas conduziam as pessoas ao interior de uma galeria,
também pertencentes ao proprietário do imóvel. Hoje esta galeria já não existe mais, existindo apenas as lojas que possuem portas
para as ruas laterais ao cinema. Estas lojas foram sendo aos poucos alugadas para terceiros, devido a baixa do lucro do cinema.
Recentemente, por volta do ano 2000, foi aberta uma outra porta de emergência, agora na lateral esquerda do teatro
- Atrás do palco, no pavimento inferior a este, houve a invasão da área de uma loja no espaço dos bastidores do teatro.
Fonte Oral: João José Ribeiro - neto de Joaquim Ribeiro, empreendedor do negócio/Cine Teatro Vitória.
Site: www.teofilootoni.com.br – acessado em 08/03/2008.
www.tonoticias.jor.br> – acessado em 08/03/2008.
Janeiro,1995.
Não há informações complementares.
48/109
23. FICHA TÉCNICA
Levantamento
Elaboração
Revisão
Arquitetura
História
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
49/109
2. Distrito Sede
3. Designação Edifício Comercial Secto e Citycol
4. Endereço Praça Tiradentes, 233/Centro
5. Propriedade Particular: Secto – Sindicato dos Empregados do Comércio de Teófilo Otoni
6. Responsável Áurea de Magalhães – Presidente do Sindicato
Própria
Alugada
Cedida
Comodato
Outros
Foto 1: Vista frontal do edifício do Secto e Citycol, atualmente.
Foto 2: Vista frontal do edifício do Secto e Citycol, antigamente, com
suas características originais da construção.
Foto pertencente ao arquivo da Secretaria de Educação e Cultura de
Teófilo Otoni. Data e fotógrafo desconhecidos.
9. HISTÓRICO
O Edifício Comercial SECTO e CITYCOL foi construído aproximadamente na década de 1930 onde, no passado, foram erguidos os
armazéns da Companhia de Comércio do Mucuri para estocagem e venda de produtos da terra e da Corte, onde também funcionou
a alfândega na qual se pagava o pedágio para transitar na estrada Santa Clara, que ligava Santa Clara à Philadelphia. Antes do
Edifício ser do Secto e Citycol ele também funcionou como armazém.
A edificação teria sido construída para uso comercial e nela teria sempre funcionado o SECTO – Sindicato dos Empregados no
Comércio de Teófilo Otoni (antigo SEC - Sindicato dos Empregados no Comércio) no pavimento superior. O pavimento térreo que
outrora fora ocupado pelo Banco BMG é hoje ocupado pela Loja Citycol.
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Teófilo Otoni - SECTO - é um órgão com a função de defender o trabalhador, fazendo
com que seus direitos trabalhistas sejam cumpridos. Atualmente o edifício pertence à SECTO que tem como presidente há 19 anos
Áurea de Magalhães. A Citycol é uma rede de lojas de vestuário a preços mais populares que encontra-se instalada no pavimento
térreo da edificação. Já o Banco BMG, é o principal negócio do Grupo BMG. As operações de empréstimo em consignação
representam o foco do banco. Também atua em financiamento de veículos, em operações dirigidas a fornecedores de grandes
empresas, em investimentos para pessoas físicas e jurídicas. A parcela mais importante dos negócios da instituição é a concessão
de empréstimos em consignação, com desconto em folha de pagamento, para aposentados, pensionistas do INSS, servidores
públicos e funcionários de empresas conveniadas.
Comparando-se o edifício que se vê atualmente à Praça Tiradentes e as fotografias de meados do século XX nas quais aparece a
edificação, pode-se perceber que ocorreram muitas alterações que levaram à parcial descaracterização do Bem. Parte dessas
alterações podem ser vistas em sua parte externa que não mais possui uma integridade da sua fachada entre o pavimento térreo e
o pavimento superior. Outras reformas foram feitas em meados de 1998 e também no ano 2000.
No lote onde se localiza o Edifício Comercial SECTO e CITYCOL existem ainda outras edificações com função de armazéns.
Apesar das alterações e da descaracterização sofrida pelo Bem ele tem uma importância arquitetônica e histórica relacionada com
o desenvolvimento da cidade de Teófilo Otoni e de seus habitantes. O SECTO, instalado no edifício desde os seus primórdios, possui
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a função social de defesa dos direitos e de orientação dos comerciantes no desenvolvimento de suas atividades, constituindo-se um
dos elementos que se distingue na organização do município e que dá continuidade à sua tendência modernizante seja em seu
planejamento inicial, em sua infra-estrutura ou no setor dos serviços, o que se observa desde sua fundação e ao longo do século XX.
10. DESCRIÇÃO
10.1. Tipologia dominante Art Déco
10.2.1. Partido:
A edificação encontra-se implantada no alinhamento, em terreno de esquina, tendo uma de suas fachadas voltadas para a Praça
Tiradentes, sendo o terreno plano. Possui um acesso aos pavimentos superiores - situado na fachada de frente para a Praça
Tiradentes - feito através de portão de ferro pintado na cor azul, que conduz a uma escada revestida em cerâmica, constituída de
dezesseis degraus, em bom estado de conservação, acessando diretamente o alpendre existente na fachada lateral e hall de
entrada do espaço ocupado pelo Secto - Sindicato dos Empregados do Comércio de Teófilo Otoni. O pavimento térreo possui seis
acessos diretos, feitos através de vãos abertos para acesso do público para a loja Citycol, com portas de enrolar. A edificação, de
três pavimentos - sendo dois destes pertencentes ao Secto, e um deles, o pavimento térreo, pertencente à Loja Citycol - é
constituída por um partido retangular, com a presença de um chanfro na esquina, sendo que os três pavimentos possuem
praticamente a mesma metragem quadrada. O nível térreo encontra-se com planta livre na sua maior parte, apenas com as divisões
de apoio/serviços da loja. O segundo pavimento encontra-se dividido em oito cômodos, sendo eles o hall de entrada, banheiro,
sala de espera, atendimento, sala do presidente, suporte da sala do presidente, sala de atendimento odontológico e escola de
informática. O terceiro pavimento também encontra-se com planta livre na sua maior parte, apenas com as divisões de
apoio/serviços como a cozinha e banheiro, o restante funcionando como salão de festas/apresentações. No hall de entrada do
segundo pavimento está situada a escada de acesso ao terceiro pavimento. A edificação possui apenas um afastamento posicionado
na lateral esquerda4, ocupada com a escada de acesso.
O sistema construtivo adotado foi a estrutura autoportante de tijolo cerâmico maciço. O telhado possui engradamento em madeira,
coberto por telhas de fibrocimento e beiral em madeira, pintado na cor azul, nas fachadas dos fundos e com platibanda nas
fachadas frontais; mais a cobertura independente do alpendre lateral, estruturada com madeira e vedação em telhas cerâmicas. A
edificação possui forro em réguas de PVC em toda a sua extensão. O segundo pavimento apresenta, aparentemente, piso laminado
Durafloor (imitando madeira) na sua maior parte, com exceção do hall de entrada e sala de espera que possuem o piso revestido
em pedra ardósia e banheiro em cerâmica. O terceiro pavimento é revestido em tabuado de madeira no salão, e cerâmica no
banheiro e na cozinha. A escada de acesso ao terceiro pavimento possui piso/estrutura e balaustrada em madeira envernizada. As
paredes internas do terceiro pavimento são pintadas na cor amarelo; cor creme no segundo e cerâmica nos banheiros e cozinha.
As portas internas possuem, em sua maioria, enquadramento e uma folha de abrir em madeira, pintadas na cor creme, com verga
reta. A sala de espera e hall de entrada possui uma porta de divisória de ferro vazada. A porta de entrada - situada na fachada
lateral – é de ferro e vidro, com uma folha de abrir, com verga reta e bandeira fixa, também em vidro. O pavimento térreo – Loja
Citycol - estava fechado para reforma, por isso não foi possível levantar seus materiais construtivos.
Com características art déco, a edificação possui fachadas frontais dos pavimentos superiores marcadas pela presença de
elementos verticais pintados na cor azul, além de uma marcação horizontal – frisos – na base da platibanda, também pintada na cor
azul. O restante dos planos das fachadas são pintados no cor branco, inclusive a platibanda. Os doze vãos frontais, dos pavimentos
superiores, são constituídos por doze janelas com estrutura em ferro e quatro folhas de vidro, sendo duas fixas e duas de correr,
mais a presença de bandeira, também em vidro. Todas as janelas possuem verga reta, com exceção de uma delas, a superior,
localizada no chanfro da esquina da edificação, no qual possui uma verga reta diferenciada, chanfrada nas extremidades. Abaixo
das janelas, fazendo a marcação entre o pavimento térreo e os pavimentos superiores, está a fixação de uma marquise azul com
toda a programação visual da Loja Citycol. O pavimento térreo possui seis vãos abertos para acesso do público para a loja,
encerrados no final do expediente com portas de enrolar pintadas na cor branco, e com toldos também na cor branco.
4 Considera-se observador posicionado de frente ao imóvel , na esquina da edificação.
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Ilustração 1: Planta esquemática, sem escala, do edifício do Secto e Citycol.
12. USO ATUAL
Residencial
Data:
Tombamento Federal
Excelente
Serviço
N°.:
Tombamento Estadual
Bom
Institucional
Federal
Regular
Industrial
Estadual
Péssimo
Comercial
Municipal
Outros
Nenhuma
Inventário
O imóvel encontra-se circundado por edificações de um/dois pavimentos, com características ecléticas e art déco – construídas no
imediações do entorno, a Igreja Matriz e a Igreja Bom Jesus - construções sacras do início do séc. XX. Apenas as fachadas frontais
do imóvel em estudo são observadas a partir do entorno.
A edificação encontra-se em uma área urbanizada, implantada junto à Praça Tiradentes, equipada de elementos urbanos como
árvores. A vegetação do entorno é constituída por muitas árvores de grande e médio porte. Na extremidade próxima à rua
Engenheiro Antunes, há um ponto de taxi com telefone próprio, cujos veículos ficam enfileirados nesta rua, na margem da praça. A
via de rolamento é uma avenida asfaltada, de largura considerável - de mão única e com estacionamento apenas de um lado encontrando-se em bom estado de conservação. O calçamento da Praça Tiradentes é, em sua maioria, em pedra portuguesa com
desenhos formados pela variação das cores preto e branco, em alguns trechos são em pedra cortada tipo paralelepípedo, e outros,
em placas de concreto – em bom estado de conservação. A escada para o coreto e outros degraus existentes na praça possuem o
revestimento do piso em cerâmica na cor preta. Os canteiros possuem como forração comum a grama, além de espécies
popularmente denominadas, tais como: Flamboyant, Palmeira Imperial, Oiti, Ficus, Murta, Castanheira, Quaresmeira, Leocena, Ipê,
Bouganvile, Tamarindo, Pinheiro, Abricó, Ingá, Coqueiro, dentre outros. Já o calçamento do passeio, em sua porção próxima a
edificação em questão, é feito em ladrilhos de cimento, em regular estado, apresentando algumas trincas. A área é provida de
infra-estrutura básica como rede de esgoto, água tratada e rede telefônica, possuindo a previsão de atendimento da COPASA ainda
para este ano na região. A calçada possui revestimento em cimento e/ou ladrilho de cimento. A pavimentação das vias que
praça que faz divisa com as vias, Avenida Getúlio Vargas, rua Epaminondas Otoni e rua Frei Gonzaga, é em bloquete de concreto.
pequenos problemas de ordem física, como desprendimento da pintura em algumas regiões da fachada lateral, próximo a escada de
acesso.
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O principal fator de degradação é o desgaste natural dos elementos ao longo do tempo, aliado à falta de manutenção periódica do
imóvel.
20. INTERVENÇÕES
20.1. Restauro:
20.2. Adequação:
A presidente do Sindicato – Áurea de Magalhães - não soube dar muitas informações sobre as datas das reformas, sendo estas as
seguintes:
Meados de 1998: substituição do forro de tabuado de madeira, por forro de réguas de PVC.
Meados de 2000: a excessiva movimentação dos carros acarretou um abalo nas estruturas da edificação, tendo que passar por uma
reforma (amarração da estrutura).
Substituição do piso original de tabuado de madeira por, aparentemente, piso laminado Durafloor (imitando madeira) no segundo
pavimento e pedra ardósia no primeiro; permanecendo o terceiro pavimento com piso de tabuado de madeira, inclusive na escada
de acesso a este. O banheiro e cozinha possuíam piso cimentado, hoje possuem piso cerâmico.
Instalação de aparelhos de ar-condicionado nas janelas com visada para as fachadas frontais.
Reparos nas telhas, como substituição de algumas.
Pinturas externo e internamente.
- Constatações através de fotos antigas: A edificação apresenta-se já bastante descaracterizada, externamente, não possuindo
mais uma integridade da fachada (continuidade do plano) entre o pavimento térreo e o pavimento superior, outrora existente.
Além disso, o pavimento térreo não possui mais relação nenhuma entre cheios e vazios dos vãos originais, possuindo apenas vãos
abertos - vedados fora do expediente de trabalho com portas de enrolar, típico de comércio de rua. O pavimento superior também
sofreu uma alteração na sua relação entre os cheios e vazios dos vãos das janelas. Segue a descrição abaixo:
Segundo fotos antigas, originalmente a edificação era dividida em três partes horizontais, sendo duas referentes aos pavimentos
superiores (somando 2 pavimentos) e uma ao pavimento térreo. Mais as divisões verticais que dividia o primeiro plano da fachada (à
esquerda, (supondo o observador de frente para o imóvel) em três, e cada uma dessas três partes contava com seis janelas nos
pavimentos superiores (três em cada pavimento) e duas janelas no pavimento térreo, somando um total de vinte e quatro vãos de
janelas. O plano central da fachada, esquina com os planos das extremidades, apresentava seis janelas nos pavimentos superiores
(três em cada pavimento) e uma porta de acesso. O terceiro plano da fachada (à direita, supondo o observador de frente para o
imóvel) possui as mesmas caraterísticas do primeiro plano da fachada, apenas diferenciando no número de divisões verticais que
são duas e não três, somando um total de dezesseis vãos de janelas.
As portas internas eram todas de madeira, com duas folhas de abrir, mais bandeira fixa em vidro, com verga reta; hoje algumas são
de madeira, com uma folha de abrir, com verga (porta prancheta) e outras de ferro. As janelas originais provavelmente eram com
estrutura de madeira, sendo que por foto sabe-se que possuíam vedação em vidro, com duas folhas de abrir, mais bandeira fixa em
vidro e verga reta. A porta de acesso principal e as janelas do pavimento térreo pareciam – através da análise de foto antiga – ser
de madeira, com duas folhas de abrir.
Ainda segundo fotos antigas, porém mais recentes do que a citada no parágrafo acima, a configuração das fachadas sofreram as
seguintes alterações: a cada três janelas dos pavimentos superiores (somando 2 pavimentos) e duas do pavimento térreo - situada
em cada um dos planos verticais das fachadas - foi vedado por apenas um vão grande de janela, ocupando o espaço daquelas. A
porta de acesso continuou com a mesma configuração. As janelas possuem estrutura em ferro e vedação em vidro, sendo quatro
folhas, duas fixas e duas de correr, mais bandeira fixa em vidro e verga reta.
A edificação atualmente possui os pavimentos superiores (somando 2 pavimentos) com as mesmas configurações citadas acima,
sendo o pavimento térreo já descaracterizado, hoje possuindo vãos abertos para acesso do público para a loja Citycol, encerradas
no final do expediente com portas de enrolar.
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- Ocupação do afastamento lateral direito outrora existente, uma vez que a construção ao lado – Loja Pernambucana – cedeu parte
de seu afastamento para o Edifício do Secto.
Fonte Oral: Áurea de Magalhães – Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Teófilo Otoni
Fonte Gráfica: Arquivo de fotos da Secretaria de Educação e Cultura de Teófilo Otoni.
Janeiro,1995.
TAVARES, Igor Sorel. História da História de Teófilo Otoni. Apresentação UNIPAC Teófilo Ottoni. Teófilo Otoni, 2006.
23. FICHA TÉCNICA
Levantamento
Elaboração
Revisão
Arquitetura
História
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
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2. Distrito Sede
3. Designação Edifício da CEMIG – Antigo ginásio Mineiro
4. Endereço Praça Germânica – Antiga Praça dos Alemães, s/nº
5. Propriedade CEMIG - Centrais Elétricas de Minas Gerais
6. Responsável Anderson Ferreira – Gerente Regional
Própria
Alugada
Cedida
Comodato
Outros
Foto 1: Vista frontal do Edifício da CEMIG, atualmente, tendo à sua frente
a Praça Germânica. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato.
Foto 2: Vista, em perspectiva, do Edifício da CEMIG, antigamente. Notase que, em relação a foto atual, a fachada frontal foi ampliada para as
laterais. Foto pertencente ao arquivo da Secretaria de Educação e Cultura
9. HISTÓRICO
O edifício do Escritório Regional da CEMIG – Companhia Energética de Minas foi construído entre novembro de 1927 e fevereiro de
1928, sob a coordenação do médico Dr. Theodolindo Antônio da Silva Pereira, para ser a sede do Ginásio Mineiro de Teófilo Otoni.
Nesse período o Senador Dr. Alfredo Sá era Vice-Presidente do Estado de Minas Gerais, sendo Presidente do Estado o Dr. Antônio
Carlos Ribeiro de Andrade. Sua construção ocorreu em 4 meses, contando com a doação do terreno pela Prefeitura Municipal de
Teófilo Otoni e oferecimento de dinheiro e materiais por parte do povo. Em 02 de abril de 1928 aconteceu a instalação do Ginásio.
Nas décadas de 1920 e 1930 ocorreu grande número de obras que alteraram e modernizaram a cidade de Teófilo Otoni, a Praça
Tiradentes, que já havia sido delimitada desde o projeto inicial na fundação de Philadelphia foi então construído com o nome de
Passeio Público, outras edificações como o Edifício do Fórum foram construídas aumentando a infra-estrutura e contribuindo para a
urbanização da cidade.
Outros acontecimentos externos ao município também influenciaram o desenvolvimento e o cotidiano de Teófilo Otoni como o
governo de Getúlio Vargas e sua indicação de Benedito Valadares para o governo de Minas Gerais e a Segunda Guerra Mundial. Em
dezembro de 1941, por ordem superior “justificada” na contenção de despesas, Benedicto Valadares, fechou o Ginásio Mineiro que
passou a ser usado como Quartel pelo Exército Brasileiro entre 1944 e 1945, período correspondente à participação efetiva do Brasil
na Segunda Guerra Mundial, já no final da guerra. As repercussões da guerra na Europa influenciaram diretamente a população de
Teófilo Otoni, ocorrendo até mesmo o ataque e a destruição da Igreja Luterana que, por congregar grande parte dos descendentes
dos alemães, foi acusada de ser representante de Hitler.
Após a Segunda Guerra Mundial, em janeiro de 1947, o Ginásio Mineiro retorna para a edificação da Praça Germânica, aí
permanecendo até os anos 1960 do século XX, quando é transferido para a Avenida Israel Pinheiro, hoje, Avenida Luiz Boali, com o
nome de Colégio Estadual Alfredo Sá em homenagem ao seu idealizador.
Na edificação, após a saída do Ginásio Mineiro, funcionaram o Colégio Theodolindo Pereira, a Faculdade de Direito de Teófilo Otoni
(FADITO) e, nos anos 1980, o Colégio Joaquim Portugal (1º e 2º grau, contabilidade e magistério). Entre os anos 1980 a 1982 a
edificação permaneceu fechada.
No ano de 1982, as Centrais Elétricas de Minas Gerais – CEMIG adquiriram o edifício do antigo Ginásio Mineiro, para ali instalar o
Escritório Regional da Empresa.
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Dessa forma, o Estado foi proprietário da edificação de 1928 à 1960, entre o período de 1960 à 1980 pertenceu à FENORD
(Fundação Educacional Nordeste Mineiro e pessoas da família Portugal) e, a partir de 1982, à CEMIG que ali instalou o Escritório
Regional da empresa.
Algumas alterações e reformas ocorreram como em 1940 e 1990. Nesta última oportunidade, o terreno vizinho de fundos, onde
estava instalada a Companhia Força e Luz Epaminondas Ottoni, concessionária de energia elétrica, assumida pela CEMIG em 1960,
foi anexado ao edifício.
No ano de 2002 a praça Germânica passou por uma reforma pela qual a rua do edifício da CEMIG foi fechada para o trânsito de
veículos e incorporada ao espaço da própria praça, criando uma referência de espaço urbano na cidade de Teófilo Otoni.
Outras reformas de adequação foram realizadas, conforme a necessidade, porém sem ter-se ao certo suas datas de realização.
A CEMIG promove, todo fim de ano, o tradicional Concerto de Natal, parte do calendário da cidade. No natal de 2007 a
comemoração completou sua 12ª edição.
A importância do Edifício da CEMIG está relacionada ao desenvolvimento da cidade em seus aspectos culturais, educacionais,
políticos e de infra-estrutura urbana. Também, a relação estabelecida entre a população local e os acontecimentos nacionais e
internacionais marcaram, não só os moradores do município, como também a própria história da edificação.
10. DESCRIÇÃO
10.1. Tipologia dominante Eclética
10.2.1. Partido:
A edificação encontra-se implantada no alinhamento da Praça Germânica, em terreno plano, ocupando um quarteirão inteiro. As
laterais da edificação possuem afastamento, estando o muro e gradil situados no alinhamento. O afastamento lateral direito é bem
amplo, inclusive com espaço para estacionamento de carros, enquanto o afastamento lateral esquerdo é mais estreito. Ambos
possuem fechamento em muro pintado de amarelo, intercalado com pilaretes pintados de branco, também um gradil, em uma
extremidade, pintado na cor branco. Possui um acesso principal feito através de rampa cimentada, em bom estado de conservação,
situado na fachada principal – de frente para a Praça Germânica - que conduz à agência de atendimento ao público. Possui outros
quatro acessos secundários situados na lateral direita5 da edificação, feitos através de uma escada cimentada com quatro degraus,
em regular estado. A edificação, de dois pavimentos, é constituída por um partido em formato de “U”, sendo que entre as duas
alas das salas de reuniões e seções operacionais – antigas salas de aulas do Colégio Mineiro, também identificadas como as duas
pernas do “U” - a edificação apresenta dois pavimentos; o restante apenas um pavimento. O pavimento térreo encontra-se dividido
em doze cômodos, sendo três deles situados exatamente abaixo do segundo pavimento e ocupados com uso de atendimento ao
público. Os outros nove cômodos são divididos em sete salas de reuniões e seções operacionais; uma cozinha e a circulação em
formato de “U” com acesso diretos às salas. Entre as duas alas de salas existe um pátio cimentado, em bom estado de conservação.
Este pátio apresenta-se descoberto na sua maioria, sendo coberto apenas na região central, ligando uma ala à outra. O pátio é
interrompido com um muro alto, aos fundos da edificação, separando a outra sede (outra edificação) da CEMIG existente. A partir
daí a pavimentação desta área descoberta é feita com blocos sextavados de concreto, em bom estado de conservação. O pavimento
superior encontra-se dividido em três cômodos, sendo duas salas administrativas separadas uma da outra através do hall de escada.
O sistema construtivo adotado foi a estrutura autoportante de alvenaria de adobe. O telhado possui engradamento em madeira,
coberto por telhas cerâmicas francesas, mais a presença da platibanda contornando toda a fachada externa. As fachadas internas
do pavimento térreo - que dão para o pátio interno – possuem beiral, mais a cobertura independente da circulação, também com
estrutura em madeira, coberta por telhas cerâmicas. Esta cobertura da circulação é integrada com a cobertura que passa pelo
centro do pátio, ligando as duas alas de salas. A edificação possui forro de tabuado de madeira em toda a sua extensão, fora a copa
e banheiros que possuem forro de gesso. O pavimento térreo possui piso cerâmico na agência de atendimento – região exatamente
abaixo do pavimento superior - e na circulação, sendo as salas de reuniões e seções operacionais revestidos em taco; e o pavimento
superior é revestido em tabuado de madeira, com banheiro/copa revestido em cerâmica e soleira em mármore. As paredes internas
são pintadas na cor creme na sua maior parte, possuindo os banheiros cerâmica até meia altura e a agência de atendimento
pintada na cor azul. As portas internas possuem, na sua maior parte, enquadramento e duas folhas almofadadas de abrir em
madeira, pintadas na cor branco, com verga reta, mais a presença de bandeira fixa em vidro. Uma das portas situadas na sala de
administração possui uma bandeira fixa tipo veneziana, ao invés da bandeira em vidro. A porta situada no hall de escada possui a
mesma configuração citada, não possuindo porém, a bandeira. Outras portas existentes são configuradas como divisória/porta,
5 Considerando o observador de frente para o imóvel.
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sendo algumas em vidro e outras tipo naval.
Com características ecléticas, a edificação possui fachadas marcadas pela presença de ornatos, alguns geométricos e outros
curvilíneos, feitos em massa e pintados na cor branco – presentes principalmente, na platibanda e no entorno dos vãos. Possui
também, seis marcações verticais ao longo da fachada frontal e frisos horizontais, elementos estes todos também pintados na cor
branco. Entre duas destas marcações verticais, as duas centrais, existe uma inscrição com a data de construção do edifício, situada
na platibanda. O segundo pavimento é constituído por treze vãos situados na fachada frontal, sendo doze janelas – configuradas em
grupos de três – com enquadramento em madeira e quatro folhas de abrir, sendo duas em madeira e almofadadas, e duas
parcialmente em vidro (parte vidro, parte veneziana de madeira pintada na cor branco, com verga reta e bandeira fixa em vidro.
Algumas possuem apenas duas folhas de abrir em madeira, ao invés de quatro. O décimo terceiro vão é vedado com uma porta,
também em madeira, com duas folhas almofadadas de abrir, mais bandeira fixa em vidro, com verga em arco pleno, e balcão com
balaustrada pintada na cor amarelo. O pavimento térreo possui a fachada frontal com a mesma configuração e características dos
vãos do pavimento superior, se diferenciando apenas no vão referente à porta, uma vez que esta não possui balcão - por ser térrea
e ter realmente um uso – possuindo bandeira e almofada da porta com desenho diferenciado. As janelas das fachadas laterais
possuem as mesmas características das janelas citadas, sendo constituídas por treze vãos na lateral direita, sendo nove janelas
agrupadas de três em três, e o restante, quatro portas. A lateral esquerda possui quatorze janelas, agrupadas de três em três e o
restante duas janelas. As janelas das salas que estão situadas de frente para o pátio interno – antigas salas de aula – também
possuem as mesmas características das janelas frontais existentes. As janelas da fachada posterior são basculantes com estrutura
em madeira e vedação em vidro, possuindo bandeira fixa em vidro, todas com verga reta, pintadas na cor branco. As fachadas são
todas pintadas em amarelo, possuindo na fachada frontal, duas programações visuais com o escrito “CEMIG” em chapas metálicas.
Ilustração 1: Planta esquemática, sem escala, do Edifício da CEMIG.
Fev./2008. Levantamento: Nicole Bertinato
12. USO ATUAL
Residencial
Data:
Tombamento Federal
Excelente
Serviço
N°.:
Tombamento Estadual
Bom
Institucional
Federal
Regular
Industrial
Estadual
Péssimo
Comercial
Municipal
Outros
Nenhuma
Inventário
O imóvel encontra-se circundado por edificações de volumetria variada, de um até oito pavimentos, com características
contemporâneas, na sua maioria, implantadas no alinhamento, de uso predominante comercial/institucional/serviços - bares, posto
de gasolina, Igreja Evangélica e prédios – com volumetria quadrangular ou retangular e aparentemente em bom estado de
conservação. Trata-se de região bastante adensada, sem a presença de terrenos vazios, por situar-se próximo do centro da cidade.
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As construções não possuem afastamento, em sua maioria, sendo pouco provável um adensamento da área. A sua frente está
localizada à Praça Germânica – antiga Praça dos Alemães.
A edificação encontra-se em uma área urbanizada, implantada junto à Praça Germânica – antiga Praça dos Alemães, equipada de
elementos urbanos como bancos de madeira/ferro, telefones públicos, banca de revista, postes de iluminação pública e árvores. A
vegetação do entorno é constituída por muitas árvores de grande e médio porte. A via de rolamento do entorno da edificação é
asfaltada, provida de duas vias de mão única e com estacionamento apenas de um lado, encontrando-se em bom estado de
conservação. O calçamento da Praça Germânica é constituído em blocos de concreto intertravados, formando uma malha cruzada
nas cores vermelho e preto, em bom estado de conservação. Já o calçamento do passeio é cimentado, em regular estado. A área é
provida de infra-estrutura básica como rede de esgoto, água tratada e rede telefônica.
O bem encontra-se em excelente estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade física e estrutural. Segundo Anísio
Farias – Técnico da CEMIG – há constantemente problemas com insetos xilófagos, apesar de ser uma patologia não aparente no
momento em que os dado foram levantados.
Ataque de insetos xilófagos.
manutenção do telhado e seu engradamento. Para o problema já existente de ataque de cupins, aplicar produto apropriado.
20. INTERVENÇÕES
20.1. Restauro:
1990: A edificação passou por reforma geral, uma verdadeira restauração, que teve à frente o Sr. Argemiro Ibrahim Ferreira, Chefe
da Seção Administrativa da CEMIG local, que procurou manter os elementos originais da construção – fechaduras e outros elementos
necessários, na época foram reproduzidos igualmente aos outrora existentes . Naquela oportunidade, o terreno vizinho e de fundo,
onde estava instalada a Companhia Força e Luz Epaminondas Ottoni, concessionária de energia elétrica, assumida pela Cemig em
1960, foi anexado ao edifício.
20.2. Adequação:
- No ano de 2002 a praça Germânica passa por uma reforma: a rua que a separava do edifício da CEMIG foi fechada para o trânsito
de veículos e incorporada ao espaço da própria praça, criando assim, um conjunto arquitetônico formado pelo edifício e a praça,
tornando-se uma referência de espaço urbano bem resolvido na cidade de Teófilo Otoni.
Outras reformas de adequação foram sendo realizadas, ao longo do tempo, conforme a necessidade, porém sem ter-se ao certo
suas datas de realização:
- Troca do piso de tabuado de madeira (madeira de lei) no 1º pavimento, por outra madeira, devido ao ataque de insetos xilófagos.
- Os banheiros e corredores laterais ao pátio central eram em piso de cimentado, hoje cerâmica.
- Soleiras das portas de entrada das salas de aula eram em madeira, hoje mármore.
- Instalação de ar-condicionado internamente, não possuindo interferência em sua fachada frontal, apenas na lateral, protegida
visualmente pelo muro lateral.
- Pintura interna e externamente de tempos em tempos; sendo que a pintura original da fachada da frente era em cor escura,
tendo os ornamentos dos vãos das portas e janelas e platibanda em cor clara.
- Segundo Anísio Farias, futuramente, o Corpo de Bombeiros irá fazer um Projeto Anti-incêndio para a edificação.
- 1940: a edificação passa por reforma, sendo acrescentados dois blocos de dois pavimentos na sua fachada frontal, dos lados
esquerdo e direito do bloco central, escondendo assim, na fachada, as duas alas de salas de aula.
Fonte Oral: Anísio Farias – Técnico da CEMIG
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Janeiro,1995.
23. FICHA TÉCNICA
Levantamento
Elaboração
Revisão
Arquitetura
História
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
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2. Distrito Sede
3. Designação Sede Social do Automóvel Clube de Teófilo Otoni
4. Endereço Rua Teodorico Tourinho, 370/Centro
5. Propriedade Automóvel Clube de Teófilo Otoni
6. Responsável Francisco Alves Ribeiro – Presidente do Clube (2006-2008)
Própria
Alugada
Cedida
Comodato
Outros
Foto 1: Vista frontal do Edifício do Automóvel Clube de Teófilo Otoni.
Fev./2008. Fotógrafo: Nicole Bertinato
Foto 2: Vista do Edifício do Automóvel Clube de Teófilo Otoni.
Fev./2008. Fotógrafo: Nicole Bertinato
9. HISTÓRICO
No início de 1931 Carlos Ataliba de Sá, Aderbal Laender e Epaminondas Torres Filho idealizaram fundar um Clube que congregasse a
elite social da cidade. Em 15 de março daquele mesmo ano, com o apoio da sociedade de Teófilo Otoni, o Automóvel Clube inicia
suas atividades em um edifício próximo a agência do Departamento dos Correios e Telégrafos. Com o sucesso do empreendimento o
número de sócios cresceu, e em pouco tempo a instalação provisória não comportava mais o quadro social. O Automóvel Clube
transferiu-se, então, para o centro da cidade. A primeira diretoria do Automóvel Clube, diretoria provisória, foi constituída no ano
1931 por Otávio Viana de Souza, presidente; Epaminondas Torres Filho, primeiro secretário; João Belga segundo secretário e
Orlando Perres, tesoureiro.
tendo seu comércio fortalecido, o que influenciou a educação e a cultura, nesse contexto a cidade assume o papel de pólo regional.
Outro fator que contribuiu para o desenvolvimento da cidade e o acesso a ela nesse período foi a construção, em 1947, da BR-116
(Rio-Bahia) a Rodovia da Integração Nacional, que liga a região sul ao nordeste, com ela Teófilo Otoni entra novamente em uma
fase de desenvolvimento econômico da região, explicitada pela inauguração da Sede Social do Automóvel Clube, dos Cines Vitória e
Metrópole, da Rádio Teófilo Otoni e do Clube Sírio Libanês, por exemplo.
Em 1947 começou a construção da Sede Social do Automóvel Clube de Teófilo Otoni em uma área de três lotes, um comprado com
recursos próprios e dois doados pela Prefeitura Municipal, na confluência das ruas Benedito Valadares (atual Getúlio Vargas),
Manoel Esteves (atual Teodorico Tourinho) e Dr. Reinaldo. O presidente na época da construção da Sede Social, na Rua Teodorico
Tourinho, foi Luiz de Almeida Cruz (1948/1953) e, atualmente, o presidente é Francisco Alves Ribeiro (2006/2008). A inauguração
da sede social ocorreu dia 29 de novembro de 1952. O evento repercutiu em toda Minas Gerais.
Nos anos de 1978 e 1979, o Automóvel Clube se funde com o Clube dos Caçadores para concretizar outro ideal, a construção da
sede campestre. Os recursos para a obra foram obtidos através da venda de um dos terrenos adquiridos pelo Clube, venda de cotas
e financiamento bancário.
O Social Automóvel Clube, segundo seu estatuto, é uma sociedade civil sem fins lucrativos que tem por objetivo proporcionar aos
seus associados e dependentes, educação física, cívico e cultural, esporte e lazer. A única alteração que teria sido feita desde sua
construção seria a instalação feita em 25 de novembro de 2007 de sete unidades de ar condicionado na Sede Social do ACTO
60/109
(Automóvel Clube de Teófilo Otoni) com o objetivo de proporcionar maior conforto aos associados e demais usuários do clube.
O Automóvel Clube é considerado um patrimônio cultural e social de Teófilo Otoni, por fazer parte da história do seu
desenvolvimento e por integrar a população por meio de eventos e festivais já tradicionais na cidade. Exemplo desses eventos
promovidos na Sede Social do Automóvel Clube foram as comemorações dos 50 anos da Sede Social realizada nos dias 23 e 24 de
novembro de 2002 que incluíram a Primeira Mostra de Carros Antigos, resgatando as origens do Automóvel Clube de Teófilo Otoni,
promovendo a fundação de um clube de colecionadores de carros antigos da cidade batizado de "Perdidos no Tempo". Promoveu
também, a Exposição de Artes Plásticas "Expressões", onde foram expostas obras de 24 artistas plásticos de Teófilo Otoni: Ana
Decnop, Ana Gabriela Costa, Ana Maria Tomich, César Augusto Machado, Elizabeth Luz, Fátima David, Fátima Meira, Gisele
Godinho, Humberto Scofield, João Eduardo P. Freitas, Joselito Gomes Magalhães, Juliana Castro Braga, Jussara Cruz, Leuson
Francisco da Cruz, Lúcia Dantés, Luciana Godinho, Lucrécia Tavares, Renildes L. de Lacerda, Ricardo Marques, Ricardo Martin,
Sílvia Tolentino, Sônia Paraguassu, Suziane Chaves e Tiago Luz, que ocupou o Salão Nobre da Sede Social. Realizou-se em 21 de
novembro de 2004, o 4º Torneio Aberto de Xadrez Rápido do Festival de Xadrez do Nordeste de Minas Gerais, com participantes de
Pedra Azul, Frei Inocêncio, Poté, Nanuque, Pinheiros (E.S.) e Teófilo Otoni. Em 24 de novembro de 2007 foi realizado um baile
pelos 55 anos do Automóvel Clube de Teófilo Otoni. Também os esportes são contemplados com modalidades como vôlei, futebol,
tênis, natação e peteca, além das escolinhas de futsal, futebol, tênis e natação com a realização de competições regionais e
estaduais.
10. DESCRIÇÃO
10.2.1. Partido:
A edificação encontra-se implantada no alinhamento, em terreno de esquina – confluência da Avenida Getúlio Vargas com as ruas
Teodorico Tourinho e Dr. Reinaldo – em terreno plano, não possuindo afastamentos. Possui um acesso direto situado na esquina
arredondada da edificação, que conduz ao hall de entrada. A edificação, de quatro pavimentos, é constituída por um partido
retangular – com uma quina arredondada - sendo que o pavimento térreo é ocupado com o hall de entrada do Automóvel Clube –
que possui uma barbearia na sua lateral esquerda6 - e lojas comerciais com entrada pela rua ocupando o restante do terreno, como
farmácia, loja “A Princesa”, lan house, loja de R$1,25 e loja “A Indiana”. Os demais pavimentos são ocupados com uso
exclusivamente do Automóvel Clube, possuindo o segundo e o terceiro pavimentos praticamente a mesma metragem quadrada,
enquanto o quarto pavimento é constituído pelo grande vazio do salão (3º pavimentos) e corredores laterais. O segundo pavimento
funciona como atendimento – com suas divisões de cômodos situados na lateral esquerda¹ da edificação – mais o antigo restaurante
e cozinha, atualmente lanchonete ocupando a lateral direita da edificação. No terceiro pavimento está situado o salão de baile.
O sistema construtivo adotado foi, aparentemente estrutura autoportante de tijolo cerâmico, com os grandes vãos vencidos com
pilares de concreto, com seção circular. O telhado possui engradamento em madeira, coberto por telhas de fibrocimento, com uma
região em laje plana impermeabilizada, mais a presença da platibanda em toda a fachada. A edificação possui laje de concreto em
todos os cômodos. O primeiro pavimento apresenta piso revestido em mármore branco, com elementos geométricos no formato de
pequenos losangos em granito preto, além do espelho da escadaria também revestido em granito preto. O piso da barbearia é
revestido em pequenas pastilhas cerâmicas brancas, no formato octogonal. A escadaria, e também o hall de escada, é toda
revestida em mármore branco e guarda corpo de ferro pintado de branco, com motivos curvilíneos/arabescos - inspirados no
movimento art nouveau, apesar da simplicidade. O segundo pavimento possui piso revestido em taco de madeira no setor de
atendimento/secretaria e restaurante já desativado; o banheiro recebe pedra ardósia; cozinha já desativada revestida com
cerâmica; corredores externos com piso de pedra ardósia; terceiro e quarto pavimento também revestido em taco, com banheiro
revestido em cerâmica, e outro revestido em pequenas pastilhas cerâmicas brancas, no formato octogonal; e área externa voltada
para o vão interno, em piso cimentado, em ruim estado de conservação. As paredes internas são pintadas na cor creme, possuindo
apenas uma parede do antigo restaurante, hoje adaptado para bar, pintada na cor verde, com lambril de madeira até certa altura.
Os banheiros são pintados na cor branco, recebendo cerâmica branca até certa altura; a cozinha recebe cerâmica branca na parede
toda. No segundo pavimento, próximo aos banheiros existe uma parede revestida em cerâmica branca, pintada com elementos
decorativos na cor azul. As paredes e tetos são repletos de ornatos em massa, com motivos florais, pintados na cor creme, ao longo
de toda a edificação – elementos ecléticos neobarrocos. As portas internas, algumas possuem um folha de abrir, de madeira, com
verga reta, outras com duas folhas de abrir; algumas são almofadadas, outras não. O segundo pavimento possui duas portas
6
Considerando o observador de frente para o imóvel.
61/109
constituídas de madeira e vidro, sendo uma com duas folhas de abrir e bandeira fixa, em verga reta; e a outra com três folhas, com
verga reta.
Com características art déco, a edificação possui fachada frontal marcada pela horizontalidade de sua arquitetura, com alguns
elementos na vertical. A horizontalidade da fachada é reforçada através das linhas em massa, pintadas na cor amarelo, em alto
relevo, situados ao longo da toda a fachada acima e abaixo do conjunto de janelas. Junto com esta horizontalidade marcante existe
a presença de linhas verticais, também em massa, pintados na cor amarelo, em alto relevo e compondo com o desenho das janelas,
porém concentrados na quina da fachada - voltada para a esquina das ruas – possuindo continuidade no restante da fachada, porém
com uma força menor. O plano das janelas é revestido em argamassa e pintado na cor branco, com a presença de vinte e um vãos
distribuídos igualmente em cada pavimento, ficando então, cada pavimento – quarto, terceiro e segundo – com sete janelas cada
um, sendo uma localizada na lateral esquerda¹ da edificação; outra com proporções bem maiores, ocupando toda a quina da
fachada e dividida, visualmente do lado exterior, em três, uma vez que os frisos a interrompem; e as outras cinco estão localizadas
na lateral direita da edificação. As janelas do quarto pavimento possuem uma configuração diferente das demais, sendo
constituídas por cinco folhas de vidro com caixilho em madeira pintada na cor branco, com verga reta; fora o grande pano de vidro
situado na quina da fachada que possui a mesma configuração que os demais pavimentos. O terceiro e segundo pavimento possuem
janelas de quatro folhas com caixilho em madeira e vedação em vidro, sendo fixas as duas folhas superiores, e de correr, do tipo
guilhotina, as duas inferiores. O pavimento térreo possui uma imponente porta de entrada - assim como todo o hall de entrada e
toda sua espacialidade interior - composta por quatro folhas com estrutura em ferro e vedação em vidro, sendo duas fixas e duas de
abrir, com bandeira fixa, também dividida em quatro folhas. O vidro é decorado com motivos curvilíneos/arabescos - inspirados no
movimento art nouveau, apesar da simplicidade - feitos em ferro. Todos os vãos possuem verga reta.
Ilustração 1: Planta esquemática do edifício do Automóvel Clube de Teófilo Otoni.
12. USO ATUAL
Residencial
Data:
Tombamento Federal
Excelente
Serviço
N°.:
Tombamento Estadual
Bom
Institucional
Federal
Regular
Industrial
Estadual
Péssimo
Comercial
Municipal
Outros
Nenhuma
Inventário
O imóvel encontra-se circundado por edificações de um/dois pavimentos, com características ecléticas e art déco, como o Teatro
Vitória, o Mercado Municipal e outras implantadas no alinhamento, de uso comercial/serviços, com volumetria quadrangular ou
retangular e aparentemente em bom estado de conservação. Trata-se de região bastante adensada, sem a presença de terrenos
vazios, por situar-se próxima ao centro da cidade. As construções não possuem afastamento, em sua maioria, sendo pouco provável
um adensamento da área.
A edificação encontra-se em uma área urbanizada, implantada próxima à Praça Tiradentes – distância de alguns quarteirões equipada de elementos urbanos como postes de iluminação pública e árvores. A vegetação do entorno é constituída por algumas
poucas árvores de médio porte situadas na calçada cimentada em bom estado de conservação. A pavimentação da via é em asfalto,
em bom estado, provida de duas vias de mão única e estacionamento de veículos de ambos os lados. A área é provida de infraestrutura básica como rede de esgoto, água tratada e rede telefônica.
62/109
pequenos problemas de ordem física, em espaços pouco utilizados como manchas no piso da cozinha; trincas no piso cimentado da
área externa, além de manchas de mofo; umidade acumulada no parapeito de uma das janelas do segundo pavimento, próximo ao
atendimento; e manchas de umidade no teto dos espaços que não possuem cobertura e sim laje plana.
Causas físico-químicas por ação das intempéries e biológicas, por ação de mofo e fungos, aliada à falta de manutenção periódica
do imóvel.
Deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos da edificação, além de
impermeabilização da cobertura e do piso cimentado em áreas externas, prever pingadeira no parapeito das janelas que estiverem
acumulando água, e posterior manutenção do telhado e seu engradamento.
20. INTERVENÇÕES
20.1. Restauro:
20.2. Adequação:
- 25/11/2007: A diretoria inaugura o ar condicionado da sede Social do ACTO (Automóvel Clube de Teófilo Otoni): são sete
unidades, cada uma com 60 mil BTUs, o que trará conforto aos associados e demais usuários do clube.
- Segundo Ricardo Martin – Secretário Executivo do Automóvel Clube – a edificação apenas passou por pequenas reformas de
manutenção, como repintura na mesma cor, sem saber ao certo as datas específicas das reformas.
Não ocorreram intervenções descaracterizantes.
Fonte Oral: Ricardo Martin – Secretário Executivo do Automóvel Clube
Site: <www.actomg.com.br> – acessado em 07/03/2008
Janeiro,1995.
Do Estatuto do Automóvel Clube
Ata de Fundação do Automóvel Clube - 15 /03/1931.
Ata da Inauguração da Sede Social do ACTO ( Automóvel Clube de Teófilo otoni) – 30/11/1952
Em outros tempos, a edificação toda pertencia ao Automóvel Clube de Teófilo Otoni, inclusive todas as lojas com portas viradas
para a rua. Com o tempo, as lojas foram sendo vendidas, restando hoje apenas duas, que são alugadas para fins comerciais, hoje
funcionando como uma farmácia e uma loja com o nome “A Princesa”.
23. FICHA TÉCNICA
Levantamento
Elaboração
Revisão
Arquitetura
História
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
63/109
FICHA 08/20 – BENS ARQUIVÍSTICOS – ÁREA I / SETOR 01
2. Distrito Sede
3. Designação Arquivo Público: Livros de Registro da Câmara Municipal
4. Endereço Praça Tiradentes - Centro
5. Propriedade ou Direito de ( ) Privada
Propriedade ( x ) Pública – Câmara Municipal de Teófilo Otoni
6. Subordinação Administrativa Câmara Municipal de Teófilo Otoni
7. Responsável Soraia Lena Corrêa - Auxiliar Administrativa da Câmara Municipal
8. Restrição de Acesso Sim
9. Horário de Atendimento Período Integral
10. HISTÓRICO DO ARQUIVO
Como uma das primeiras cidades idealizadas e projetadas do Brasil no século XIX, a cidade de Teófilo Otoni tem sua trajetória
diretamente ligada às questões políticas, econômicas e sociais que envolveram o país nesse período. Fundada por Theóphilo Ottoni
em 1853, já em 1857 foi elevada a distrito de Minas Novas com o nome de Philadelphia e, em 1878, por meio da Lei nº. 2486, foi
emancipada politicamente constituindo-se município quando alterou sua denominação para o nome de seu fundador.
Nas primeiras décadas do século XX, o município passou por obras que levaram ao desenvolvimento da sua infra-estrutura como a
inauguração do edifício da Câmara Municipal e do Poder Judiciário à Praça Tiradentes, a construção da Matriz e do Santuário de
Bom Jesus pela Igreja Católica, os serviços urbanos como Telégrafo Nacional, Posto de Observações Meteorológicas, abastecimento
de água encanada, linha de bondes, rede telefônica e iluminação pública e particular por energia elétrica, pouco comuns nas
cidades mineiras e, possivelmente, introduzidas pela influência da capital federal, Rio de Janeiro. O desenvolvimento do município
sempre esteve ligado às iniciativas políticas e à participação da população. Muitas dessas ações políticas foram registradas em
cartas, anais, e nas próprias obras, entretanto, grande parte desses documentos foi perdida ao longo do tempo, motivo pelo qual a
documentação preservada no arquivo da Câmara Municipal tem fundamental relevância não somente no âmbito municipal como
também nacional.
A década de 1950 representou uma época de grandes esperanças democráticas e modernizadoras para o Brasil. Nesse período em
que era projetada e construída Brasília, outra cidade, Philadelphia, também sonhada e projetada completava cem anos de
existência já com o nome do seu fundador, Teófilo Otoni. É desse período, da década de 1950, o início da história da atual
documentação do Arquivo da Câmara Municipal de Teófilo Otoni. Os documentos pertencentes a esse arquivo registram os
acontecimentos da vida política do município a partir dos anos 1950 e foram produzidos ao longo dos anos pelos funcionários da
Câmara Municipal de Teófilo Otoni.
O arquivo referente aos livros de Atas tem sua data inicial em 1950 sendo que a primeira caixa referente a esses documentos é
datada de “1950 – 1953”. Ao que tudo indica, antes desse período não eram produzidos livros de Atas e sim Anais que, entretanto,
em sua maioria não foram preservados. A documentação que compõe esse arquivo está organizada e catalogada segundo as datas
nas quais foram produzidas e encontram-se guardadas em caixas arquivos de papelão que podem ser consultadas. Essas caixas
arquivos estão devidamente datadas em sua parte externa possibilitando a organização e facilitando a consulta a esse material.
Este arquivo está também disponível desde o ano de 2004, em formato digital podendo ser acessados no site da Câmara Municipal
de Teófilo Otoni. No site estão disponíveis leis, projetos em resolução, histórico dos vereadores entre outros documentos.
O Arquivo sempre se localizou na Câmara Municipal de Teófilo Otoni, na Praça Tiradentes e encontra-se instalado na Secretaria da
Câmara Municipal, no 1º pavimento da edificação. O arquivo digital encontra-se disponível no site www.cmto.mg.gov.br. .
O edifício onde se encontra instalada a Câmara Municipal e que abriga o Arquivo desta foi construído pelo italiano Carlos Torino
entre os anos 1896 e 1906, quando foi fundado como Edifício do Fórum. Esse edifício, construído há mais de um século à Praça
Tiradentes e que é uma das mais antigas construções de Teófilo Otoni, atualmente destina-se ao funcionamento da Câmara
Municipal e da Justiça. Entretanto, com a maior participação popular na vida política do município o edifício da Câmara Municipal,
devido às questões estruturais, não mais comporta eventos como a posse de políticos que são, então, realizados no Cine Palácio.
Conjugando uma estrutura física do início do século XX e o desenvolvimento tecnológico do fim do século XX e início do XXI a
Câmara Municipal de Teófilo Otoni além de disponibilizar seus arquivos documentais na forma digital pela internet foi a primeira do
Estado de Minas Gerais a instalar, ainda em 1999, um moderno painel eletrônico de votações.
64/109
Como propriedade da Câmara Municipal de Teófilo Otoni e produto das suas ações no decorrer do tempo, o Arquivo da Câmara tem
sua importância ligada ao desenvolvimento da cidade e da sua população, uma vez que contém o registro de todos os
acontecimentos relativos à vida política do município.
Foto 1: Vista frontal do armário que abriga os livros de registro da Câmara
Municipal. Fev./2008 – Foto: Nicole Bertinato
Foto 2: Vista frontal e lateral direita7 do edifício da Câmara Municipal de
Teófilo Otoni. Fev./2008 – Foto: Nicole Bertinato
12. DATAÇÃO
Arquivo Público: Livros de Registro da Câmara Municipal – de 15/01/1954 a 25/02/2008.
Consulta digital através do site da Câmara (<www.cmto.mg.gov.br>) desde o ano de 2004.
13. ESTÁGIO DE ORGANIZAÇÃO
( X ) Não organizado
( ) Organizado parcialmente ou em organização
( x ) Organizado
14. CONTEÚDO
O Arquivo da Câmara Municipal é constituído pelo seguinte conteúdo, abrigado na Secretaria da edificação:
- Atas: Constituídas por registro das Reuniões Plenárias das Sessões Legislativas Ordinárias e Extraordinárias, e Discursos Proferidos
pelos Vereadores junto à Câmara Municipal. Reúne livros que vão desde o primeiro registrado – datado de 15/01/1954 – até o último
registrado – datado de 25/02/2008. Anterior a 1950/1953 não haviam estes livros arquivados, o registro era feito através dos anais.
A partir do ano de 2004 foi acrescentada a opção de consulta através de arquivo digital, disponível no site: <www.cmto.mg.gov.br>
formado por links de acesso às informações da Câmara Municipal.
- Livro de convocação para reuniões;
- Livro de registro de presenças;
- Livro de posse da mesa diretora;
- Livro da posse dos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores (suplentes) e funcionários. É constituído pelos livros nº 001, datado de
1947 – 1994, e nº 002, datado de 1997 – atual;
- Livro de leis aprovadas – Projetos de leis aprovadas e resoluções, portarias, leis complementares e leis orgânicas. É constituído
pela totalidade de 33 livros. Possui o tipo de arquivamento em escrita tradicional e também digital.
- Relação das pessoas que ocuparam cada cargo dentro da Câmara Municipal, com a determinada data de eleição, cargo ocupado e
partido. Possui o tipo de arquivamento em escrita tradicional e também digital. Abaixo segue a relação dos prefeitos eleitos de
Teófilo Otoni, ao longo do tempo:
1947 (Pedro Martins Abrantes) – 06/03/49 (Germano Augusto de Souza) – 03/10/54 (Dr. Petrônio Mendes de Souza) –
03/10/58 (Sidônio Epaminondas Ottoni) – 03/10/62 (Luiz Porto Salman/substituído por seu vice) - 15/11/66 (Antônio
Barbosa) – 12/11/67 (Libório Zimmer) - 15/11/70 (Luiz Porto Salman) – 15/11/72 (Luiz Gonzaga Soares Leal) – 15/11/76
(Wander Lister de Carvalho Sá) – 15/11/82 (Getúlio Afonso Porto Neiva) – 15/11/88 (Edson Gonçalves Soares) – 15/11/92
(Samir Sagih El Aguar) – 03/10/96 (Edson Gonçalves Soares) – 03/10/2000 (Getúlio Afonso Porto Neiva) – 03/10/2004
(Maria José Haueisen Freire – atual prefeita).
- Lei orgânica do município.
7 Considerando o observador de frente para o imóvel, de costas para a Praça Tiradentes.
65/109
- Regimento interno da Câmara.
- Estatuto do servidor público municipal.
- Site da Câmara Municipal de Teófilo Otoni: <http://www.cmto.mg.gov.br>. Neste site, entre outras coisas, é possível obter
informações acerca de reuniões, comissões e projetos em tramitação, bem como dados e o balanço do trabalho do seu vereador . O
Programa Interlegis disponibiliza para as casas legislativas estaduais e municipais um modelo de portal, com o objetivo de
contribuir para que possam levar ao usuário da internet todas as informações e serviços.
Somado a todo este arquivo disponibilizado na Secretaria da Câmara Municipal, seja primeiramente via escrita tradicional e
posteriormente via digital, ainda possui uma terceira forma de arquivamento de suas informações - quadros afixados nas paredes
dos cômodos da Recepção/Galeria de Fotos e do Plenário de Reuniões, do Edifício da Câmara Municipal. Respectivamente, no
primeiro cômodo existem dois quadros intitulados “Placa Legislativa”, com informações da Legislatura dos anos “2001 a 2004” e
“2005 a 2008”. Também a galeria de fotos de ex-presidentes – obra realizada na gestão de Raimundo Nonato dos Santos, Presidente
em 1994. No segundo cômodo estão afixados os quadros com a descrição da Mesa Diretora das Legislaturas 11ª, 12ª, 13ª, referentes
aos anos de 1985/87; 1987/1988; 1989/1990; 01/01/93 a 31/12/93; 01/03/94 a 01/02/95; 01/02/95 a 01/02/96. Sendo o Plenário
Vereador: Izaias da Silva Bonfin.
15. INSTRUMENTOS DE PESQUISA
Livros arquivados. Links de acesso ao site da Câmara. Quadros afixados nas paredes.
16. TIPO DE CÓPIA FORNECIDA
Fotocópia.
17. TIPO DE SUPORTE DOCUMENTAL
( X ) Textual (impresso e manuscrito)
( X ) Sonoros (discos, cd, fitas cassetes)
( X ) Filmográfico (filmes e vídeos)
( X ) Cartográfico (plantas e mapas)
( X ) Iconográfico (fotografia, gravuras)
( X ) Eletrônicos (disquetes, dvd, site)
18. MENSURAÇÃO / QUANTIFICAÇÃO
O Arquivo da Câmara ocupa praticamente todas as paredes do cômodo da secretaria, situada no primeiro pavimento do Edifício da
Câmara Municipal de Teófilo Otoni. O Cômodo tem aproximadamente três metros de largura, por três metros de comprimento.
Estão arquivados em caixas/arquivos de papelão, e também em partas, com as respectivas datas dos acontecimentos/formação do
arquivo na parte externa da caixa, para melhor identificação. Uma parte do arquivo está situado dentro de um armário com
estrutura de madeira e vedação em vidro, com portas de correr. A outra parte está apoiada sobre prateleiras de madeira; fora os
quadros afixados nas paredes.
Encontra-se em excelente estado de conservação.
21. FICHA TÉCNICA
Arquitetura
Levantamento
Elaboração
Revisão
História
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
Arquitetura
Data: Março / 2008
História
Data: Março / 2008
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FICHA 09/20 – BENS MÓVEIS E INTEGRADOS - ÁREA I / SETOR 01
2. Distrito Sede
3. Acervo Propriedade pública
5. Propriedade Propriedade pública/Praça Tiradentes
6. Responsável Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni
7. Designação Monumento à Bíblia
8. Localização específica
Praça Tiradentes, na metade da praça que tange à Rua Doutor Reinaldo (lado
direito), no meio do canteiro.
9. Espécie Monumento
10. Época 10 de dezembro de 1995
11. Autoria
Não há notícia de sua autoria. Sabe-se que foi uma reivindicação do COMETO - Conselho de Ministros
Evangélicos de Teófilo Otoni.
12. Origem Brasil, Minas Gerais, Rio Novo
13. Procedência Brasil, Minas Gerais, Rio Novo
14. Material / Técnica Metal/fundição
Monumento à Bíblia. Construído em homenagem à “Palavra de Deus” pelo COMETO: Conselho de
Ministros Evangélicos de T. Otoni. Diretoria/95. Presidente: Alberico Ferreira da Cruz, Pr-. Vice-Pres.:
Manoel Antonio Dias, Pr-. 1º Secret.: Paulo César Oliveira Silveira, Pr-. 2º Secret.: Antonio Lutero de
15. Marcas / Inscrições Oliveira, Pr-. 1º Tesour.: Ricardo Rodrigues Neves, Pr-. 2º Tesour.: Derminal Macedo dos Santos, Pr-.
Teófilo Otoni-MG, 10 de dezembro de 1995.
Possui, também, uma inscrição na página aberta do livro com os seguintes dizeres:
“Disse-lhe Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.”João 14=6
Foto 01: Vista frontal do monumento à bíblia.
Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato
Foto 02: Perspectiva do monumento à bíblia.
17. DESCRIÇÃO
Implantado em terreno em aclive, o monumento está localizado na Praça Tiradentes/Centro da cidade, mais especificamente na
metade da praça que tange à Rua Doutor Reinaldo (lado direito), no meio do canteiro. O monumento à bíblia é caracterizado por
um pedestal de granito preto, sobre um embasamento quadrangular, também em granito preto, em dimensões muito maiores do
67/109
que a base da coluna quadrangular do pedestal, com a função de planificar a região sobre a qual o elemento está implantado, além
de dar seu acabamento final, com a aplicação da placa metálica com a inscrição: Monumento à Bíblia. Construído em homenagem
à “Palavra de Deus” pelo COMETO: Conselho de Ministros Evangélicos de T. Otoni. Diretoria/95. Presidente: Alberico Ferreira da
Cruz, Pr-. Vice-Pres.: Manoel Antônio Dias, Pr-. 1º Secret.: Paulo César Oliveira Silveira, Pr-. 2º Secret.: Antonio Lutero de
Oliveira, Pr-. 1º Tesour.: Ricardo Rodrigues Neves, Pr-. 2º Tesour.: Derminal Macedo dos Santos, Pr-. Teófilo Otoni-MG, 10 de
dezembro de 1995. A escultura, em formato de um livro aberto – a Bíblia - encontra-se apoiada sobre este pedestal. Nela, consta a
seguinte inscrição: “Disse-lhe Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.”João 14=6.
18. CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
O monumento tem, aproximadamente, 170 centímetros de altura por 150 centímetros de largura e 200 centímetros de
comprimento.
O bem encontra-se em bom estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade estrutural, apresentando alguns
problemas de ordem física no material metálico, como manchas de oxidação. Os fatores de degradação são causas físico-químicas
por ação das intempéries. Como medidas de conservação deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos,
estruturais e compositivos do bem integrado.
23. INTERVENÇÕES – RESPONSÁVEL / DATA
Segundo informações, não houve intervenções no bem.
24. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
O pedestal, mais a base com a inscrição, é construído em granito preto. A escultura em formato de livro é constituído de material
metálico fundido, na cor dourada.
25. CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS
O bem possui as características típicas de monumentos expostos em áreas públicas, como os bustos, por exemplo, que são
elementos constituídos de pedestal e o elemento escultural em questão, seja o busto, seja a escultura em formato de livro – a
Bíblia – no caso. É formado por três divisões nítidas em sua estrutura, como a escultura do livro, o pedestal e o soco.
26. CARACTERÍSTICAS ICONOGRÁFICAS
O monumento em si, simboliza a presença da palavra de Deus na vida da comunidade com a sua mensagem de fé, comunhão,
fraternidade e esperança, também representando o crescimento da comunidade evangélica de Teófilo Otoni.
27. DADOS HISTÓRICOS
A Praça Tiradentes, parte integrante dos primeiros projetos do núcleo de formação da cidade é vinculada à história do município de
Teófilo Otoni desde a sua fundação. Antigo Passeio Público construído em 1924, a Praça Tiradentes preserva a história do
desenvolvimento e da urbanização da cidade, reunindo monumentos e edificações construídos ao longo do século XX que se
relacionam à história política e cultural municipal, estadual e nacional. Desde seus momentos iniciais a Praça Tiradentes foi palco
de manifestações sociais, culturais, políticas e econômicas, tomando-se como exemplo a década de 1950 quando foi organizada
grande festa para a comemoração dos 100 anos da fundação do povoado que deu origem à cidade de Teófilo Otoni. A Praça
Tiradentes no centenário da cidade apresentava-se urbanizada, bem cuidada e com iluminação projetada.
A centralidade da Praça Tiradentes na vida política e social da cidade justifica a instalação dos principais monumentos que
68/109
homenageiam aqueles que se destacaram na política municipal e nacional em seus contornos e canteiros. A produção e instalação
do Monumento à Bíblia foi uma reivindicação do COMETO - Conselho de Ministros Evangélicos de Teófilo Otoni que teve como
justificativa, o crescimento da comunidade evangélica de Teófilo Otoni e o caráter ecumênico da religião cristã, a partir desse
argumento solicitaram ao Prefeito Edson Soares um monumento em homenagem aos cristãos de todas as denominações,
simbolizada na Bíblia que é a Palavra de Deus.
O Monumento à Bíblia foi instalado dia 10 de dezembro de 1995 pelo governo do prefeito Edson Gonçalves Soares. Localiza-se na
Praça Tiradentes, na porção próxima ao banheiro público, mais especificamente na metade da praça que tange a Rua Doutor
Reinaldo (lado direito), no meio do canteiro, onde é fixada a base que sustenta a escultura em formato de livro.
No dia da inauguração do monumento, foi realizado, no local, um culto ecumênico, com a presença das diversas denominações
cristão do município celebrado por vários pastores e sacerdotes do COMETO e denominações cristãs convidadas. Também estiveram
presentes diversas autoridades locais e de cidades vizinhas. O monumento simboliza a presença da palavra de Deus na vida da
comunidade com a sua mensagem de fé e esperança.
Fonte Oral: Alexandre Marques – Chefe da Seção de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Educação e Cultura.
Janeiro,1995.
Histórico da cidade Teófilo Otoni. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni. 2006. SÁ, Bruna Aparecida Mendes. Histórico de Teófilo
Otoni. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni/ Estilo Nacional.2007.
23. FICHA TÉCNICA
Levantamento Arquitetura
História
Elaboração Arquitetura
História
Revisão Arquitetura
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
69/109
FICHA 10/20 – BENS MÓVEIS E INTEGRADOS – ÁREA I / SETOR 01
2. Distrito Sede
5. Propriedade Propriedade pública/Praça Tiradentes
7. Designação Placa em Homenagem aos Comerciantes Ambulantes de Pedras
8. Localização específica Canteiro da Praça Tiradentes, próximo à Câmara Municipal
9. Espécie Placa
10. Época Setembro de 1986
11. Autoria
Não há notícia de sua autoria. Foi uma homenagem do Governo Municipal, na pessoa do Prefeito Getúlio
Afonso Porto Neiva
12. Origem Brasil, Minas Gerais,Teófilo Otoni
13. Procedência Teófilo Otoni
14. Material / Técnica Metal/fundição. Concreto/construção
15. Marcas / Inscrições
“Homenagem do Governo Getúlio Neiva Aos comerciantes ambulantes de pedras
preciosas. Aos
pedristas e lapidários que nos ajudam a construir a grandeza desta cidade. Setembro de 1986.”
Foto 01: Vista frontal da placa em homenagem aos comerciantes
ambulantes de pedras. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato
Foto 02: Vista da placa em homenagem aos comerciantes ambulantes de
pedras e entorno, tendo ao fundo o Edifício da Câmara Municipal.
17. DESCRIÇÃO
Implantada em terreno praticamente plano, a placa está localizada na Praça Tiradentes/Centro da cidade, próximo à Câmara
Municipal. De frente para a placa é possível avistar a frente do edifício da Câmara Municipal. A placa em homenagem aos
comerciantes ambulantes de pedras é caracterizado por uma base retangular cimentada, construída sobre a grama, e uma placa
metálica, fixada sobre esta, com a inscrição: “Homenagem do Governo Getúlio Neiva Aos comerciantes ambulantes de pedras
preciosas. Aos pedristas e lapidários que nos ajudam a construir a grandeza desta cidade. Setembro de 1986.”. O bem encontra-se
inclinado sobre o terreno, através de sua base cimentada.
70/109
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
A Placa tem aproximadamente 100 centímetros de largura por 50 centímetros de comprimento; uma altura mínima de
aproximadamente 10 centímetros e máxima de 20 centímetros.
problemas de ordem física no material metálico, como manchas de oxidação e manchas de mofo/lodo na base retangular
cimentada. Os fatores de degradação são causas físico-químicas por ação das intempéries e biológicas, por ação de mofo e fungos.
Como medidas de conservação deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos do bem
integrado.
Segundo informações, não houve intervenções no bem.
A base quadrangular é construída em concreto e a placa metálica é fundida, apresentando-se na cor prateada.
Trata-se de apenas uma placa metálica.
Representa uma homenagem aos comerciantes livres ambulantes e corretores de pedras preciosas, os chamados CAMBALACHEIROS,
que na sua informalidade, fazem o comércio de pedras preciosas acontecer livremente na Praça Tiradentes, oportunizando a todos
o acesso aos turistas nacionais e internacionais para a livre comercialização das pedras preciosas.
A Placa em Homenagem aos Comerciantes Ambulantes de Pedras foi produzida em setembro de 1986 durante a gestão do prefeito
Getúlio Afonso Porto Neiva o do prefeito na época, e Aventino José de Magalhães, o vice-prefeito. Localizado na Praça Tiradentes,
próximo à Câmara Municipal. De frente para o monumento é possível avistar a frente do edifício da Câmara Municipal.
Parte integrante dos primeiros projetos do núcleo de formação da cidade, a Praça Tiradentes, está vinculada à história do
município de Teófilo Otoni desde a sua fundação. Antigo Passeio Público construído em 1924, a Praça Tiradentes preserva em suas
formas, em suas medidas e nos seus arredores a história do desenvolvimento e da urbanização da cidade, reunindo monumentos e
edificações construídos ao longo do século XX que se relacionam à história política e cultural municipal, estadual e nacional. Desde
seus momentos iniciais a Praça Tiradentes foi palco de manifestações sociais, culturais, políticas e econômicas, tomando-se como
exemplo a década de 1950 quando foi organizada uma grande festa para a comemoração dos 100 anos da fundação do povoado que
deu origem à cidade de Teófilo Otoni. A Praça Tiradentes no centenário da cidade apresentava-se urbanizada, bem cuidada e com
iluminação projetada. Nesse período, meados do século XX, a cidade de Teófilo Otoni passava a ser conhecida pela exploração das
pedras preciosas e semi-preciosas, tendo seu comércio fortalecido, o que influenciou a educação e a cultura, nesse contexto a
cidade assume o papel de pólo regional. Outro fator que contribuiu para o desenvolvimento da cidade e o acesso dos interessados
nas pedras nesse período foi a construção, em 1947, da BR-116 (Rio-Bahia) a Rodovia da Integração Nacional, que liga a região sul
ao nordeste, com ela Teófilo Otoni entra novamente em uma fase de desenvolvimento econômico da região, explicitada pela
inauguração da Sede Social do Automóvel Clube, dos Cines Vitória e Metrópole, da Rádio Teófilo Otoni e do Clube Sírio Libanês, por
exemplo.
A placa com a inscrição representa uma homenagem do Governo Municipal aos comerciantes livres ambulantes e corretores de
71/109
pedras preciosas, conhecidos pela denominação de CAMBALACHEIROS, que na informalidade, fazem o comércio de pedras preciosas
acontecer livremente na Praça Tiradentes.
Hoje, o comércio livre de pedras preciosas está organizado na ACOMPEDRAS - Associação dos Corretores e Comerciantes de Pedras
Preciosas de Teófilo Otoni, que promove, juntamente com a Prefeitura de Teófilo Otoni, A FIPP, Feira Internacional de Pedras
Preciosas, que acontece anualmente no mês de julho na Praça Tiradentes. O município está localizado sobre uma grande reserva
mineral e tem em seu subsolo importantes jazidas de pedras preciosas e semi-preciosas, cristal de rocha e água mineral. A
atividade faz com que Teófilo Otoni se destaque nacional e mundialmente constituindo-se, atualmente, no principal centro
brasileiro de beneficiamento e comercialização de gemas, e o terceiro a nível mundial. Teófilo Otoni assim como outros municípios
da região do Mucuri tem visto no turismo em torno das pedras preciosas uma atividade econômica com grande potencial gerador de
emprego e de renda, essas cidades participam do Circuito Turístico das Pedras Preciosas que tem sido incentivado pelas prefeituras
participantes.
Fonte Oral: Alexandre Marques – Chefe da Seção de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Educação e Cultura.
Janeiro,1995.
www.teofilootoni.mg.gov.br
www.iesfato.com.br/iesfasto/instituto/teofilootoni.asp
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
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2. Distrito Sede
4. Endereço Praça Tiradentes
5. Propriedade Propriedade pública: Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni
7. Designação Busto Getúlio Vargas
Praça Tiradentes, na metade da praça que tange à Rua Epaminondas Otoni
(lado esquerdo). Está situado próximo à Fonte Luminosa e Musical.
9. Espécie Busto
10. Época Meados de 1947
11. Autoria Sem referência - gestão do prefeito Pedro Martins Abrantes (PSD)
12. Origem Brasil, Minas Gerais, Teófilo Otoni
13. Procedência Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni/ Teófilo Otoni
14. Material / Técnica Bronze/fundição. Pedra/escultura. Concreto/construção
“Descobre-te operário e eleva tua alma aos páramos do além em fervorosa prece pela alma de Getúlio
Vargas o maior dos presidentes que foi o amparo de tua família e a garantia de teus direitos.”
Foto 01: Vista, em perspectiva, do Busto de Getúlio Vargas e vegetação
do entorno. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato.
Foto 02: Vista, em perspectiva, do
Busto de Getúlio Vargas. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato
17. DESCRIÇÃO
Implantado em terreno em aclive, o busto está localizado na Praça Tiradentes/Centro da cidade, mais especificamente na metade
da praça que tange a Rua Epaminondas Otoni (lado esquerdo). Está situado próximo à Fonte Luminosa e Musical. O busto - com
ombros/peito em pedra e cabeça em bronze - de Getúlio Vargas descansa sobre um pedestal de concreto. Nesse, observa-se a
inscrição: “Descobre-te operário e eleva tua alma aos páramos do além em fervorosa prece pela alma de Getúlio Vargas o maior
dos presidentes que foi o amparo de tua família e a garantia de teus direitos”. A imagem exibe uma expressão de seriedade,
vestindo um casaco, uma camisa e gravata. Representa uma homenagem ao personagem da historia política do Brasil.
73/109
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
O busto tem aproximadamente 250 centímetros de altura por 50 centímetros de largura e comprimento.
problemas de ordem física no pedestal de concreto como manchas de mofo/lodo, na sua porção próxima ao canteiro, além de
pequeno desgaste em uma das quinas. Apresenta sujidade generalizada de dejetos de pássaros/pombas, uma vez que ao seu redor é
notada a presença de alimentado para estes. Os fatores de degradação são causas físico-químicas por ação das intempéries e
biológicas, por ação de mofo e fungos, somada à ação de distribuir alimento para pássaros ao seu redor. Como medidas de
conservação deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos do bem integrado, além de
deixar de jogar alimento para pássaros ao seu redor, diminuindo a sujidade por ação de dejetos dessas aves.
Segundo informações, não houve intervenções realizadas no bem.
A peça é feita em bronze fundido e pedra esculpida, sobre pedestal constituído em concreto. Ao seu redor foram plantadas
vegetação e flores, resultando em um local agradável.
O bem possui as características típicas de busto exposto em área pública - feito em homenagem a Getúlio Vargas - constituído de
duas divisões nítidas em sua estrutura, como a cabeça/busto e o pedestal.
O Busto é a representação esculpida de uma pessoa, se limitando à cabeça, pescoço, uma parte do dorso e ombros, geralmente
sobre um apoio. Tem por finalidade recriar o mais fielmente possível a fisionomia do indivíduo, simbolizando o poder. Os bustos são
executados em diversos materiais, como mármore, bronze, argila e mais raramente, madeira, mas são sólidos e duráveis.
Questionando sobre os feitos de Getúlio Vargas para a cidade de Teófilo Otoni, não foi mencionado nada relevante ao município, o
que talvez tenha sido homenageado – com a construção do busto – por um simples ato de politicagem, e não por sua importância,
em específico, para a cidade de Teófilo Otoni.
O busto de Getúlio Vargas foi produzido em 1947, quando Pedro Martins Abrantes (PSD) era prefeito da cidade. Em Teófilo Otoni
esse período precedeu as comemorações realizadas na cidade, e particularmente na Praça Tiradentes, em função do centenário da
sua fundação. Seguindo a tradição política de se envolver e se integrar à política nacional, o que se verificava ao fim da década de
1940, era a influência getulista em Teófilo Otoni, por meio da eleição do prefeito Pedro Martins Abrantes que era de um dos
partidos criados por Getúlio Vargas no final do seu mandato presidencial, em 1945.
Getúlio Vargas nasceu no dia 19 de abril de 1882 em São Borja, Rio Grande do Sul e alcançou a Presidência da República em 1930
por meio da revolução que pôs fim à “República Velha”. Governou o Brasil de forma ininterrupta por quinze anos, de 1930 à 1934
com o governo provisório, de 1934 à 1937 com o governo constitucional e, de 1937 à 1945, com o Estado Novo. Getúlio Vargas
durante esses quinze anos institucionalizou e consolidou as Leis Trabalhistas há muito reivindicada pelos trabalhadores, incentivou
e influenciou a cultura ligada aos seus ideais e foi considerado por muitos como o “pai dos pobres”, no entanto, embora fosse
aplaudido pelos pobres também desenvolveu um governo rígido em seus ideais promovendo o controle dos meios de comunicação,
forte propaganda anticomunista e com características ditatoriais, principalmente durante o Estado Novo. Quando deixou a
74/109
Presidência da República foi eleito senador, continuando dessa forma na vida política brasileira. Em 1951 voltou à Presidência
sendo eleito, pela primeira vez, pelo voto direto. Nesse governo criou a PETROBRAS mas encontrou forte oposição. Suicidou-se em
1954 no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. A influência varguista foi tão forte que não só elegeu
o presidente que o sucedeu da década de 1940 como também presidentes e vice-presidentes após a sua morte. Em todo o Brasil a
herança política de Getúlio Vargas ainda hoje pode ser percebida em discursos, políticas e partidos.
A Praça Tiradentes, parte integrante dos primeiros projetos do núcleo de formação da cidade é vinculada à história do município de
Teófilo Otoni desde a sua fundação. Antigo Passeio Público construído em 1924, a Praça Tiradentes preserva a história do
uma grande festa para a comemoração dos 100 anos da fundação do povoado que deu origem à cidade de Teófilo Otoni. A Praça
Tiradentes no centenário da cidade apresentava-se urbanizada, bem cuidada e com iluminação projetada. A centralidade da Praça
Tiradentes na vida política e social da cidade justifica a instalação dos principais monumentos que homenageiam aqueles que se
destacaram na política municipal e nacional em seus contornos e canteiros.
A época em foi construído e a instalação do busto de Getúlio Vargas em um dos locais mais representativos da história do município
entre os monumentos erguidos em honra aos fundadores da cidade e aos políticos que tiveram sua origem em Teófilo Otoni, mas
que alcançaram o reconhecimento nacional demonstra a constante relação entre os acontecimentos e discursos políticos da cidade
e o contexto da política nacional, o que fortalece e renova a identidade do município.
Fonte Oral: Íris Soriano Nunes Miglio – Presidente do Instituto IHGM – Instituto Histórico e Geográfico do Mucuri.
Janeiro,1995.
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março/ 2008
Data: Março / 2008
75/109
2. Distrito Sede
7. Designação Estátua Teóphilo Benedicto Ottoni
Praça Tiradentes/Centro da cidade, na metade da praça que tange à Rua
Epaminondas Otoni (lado esquerdo).
9. Espécie Estátua
10. Época Década de 1950
11. Autoria Sem referência
13. Procedência Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni / Teófilo Otoni
14. Material / Técnica Bronze/fundição. Pedra/construção
“Aqui construirei a minha Filadélfia'. Teófilo Benedito Ottoni. 27-11-1807 a 17-10-1869. Homenagem
das Lojas Maçônicas, Filadélfia e Templários do Mucuri.”
Foto 01: Vista, em perspectiva, da Estátua Teóphilo Benedicto Ottoni e o
antigo Mausoléu existente, demolido na reforma de 1986/87.
Teófilo Otoni. Fotógrafo e data desconhecidos.
Foto 02: Vista, em perspectiva, da
Estátua Teóphilo Benedicto Ottoni com seu pedestal constituído
por uma composição com formas geométricas.
Fev./2008 - Fotógrafo: Nicole Bertinato
17. DESCRIÇÃO
Implantada em terreno plano, a estátua está localizada na Praça Tiradentes/Centro da cidade, mais especificamente na metade da
praça que tange à Rua Epaminondas Otoni (lado esquerdo), em que possui um elevado acessível através de dois degraus de escada
pavimentada em pedra portuguesa – assim como o piso a sua volta – e detalhes em granito preto. A Estátua em bronze fundido de
Teóphilo Benedicto Ottoni descansa sobre um pedestal em placas de granito preto, constituído por uma composição com formas
geométricas – um tronco de pirâmide de base quadrangular/paralelas na sua porção próximo ao solo – compondo o acabamento
frontal – mais um retângulo com a proporção da altura muito maior do que a largura – o volume central da peça, onde se encontra
apoiada a estátua e afixada a inscrição “'Aqui construirei a minha Filadélfia'. Teófilo Benedito Ottoni. 27-11-1807 a 17-10-1869.
Homenagem das Lojas Maçônicas, Filadélfia e Templários do Mucuri.”; e mais a terceira forma geométrica fazendo o acabamento
posterior do elemento. Possui um friso, aparentemente de concreto, pintado na cor dourado, marcando uma divisão no volume
76/109
central – o retângulo – com a inscrição em placa metálica logo abaixo deste. A posição da estátua é frontal, com a cabeça erguida.
Os olhos, nariz, boca e queixo são bem marcados, definindo claramente a expressão de seriedade da imagem. Os cabelos são
curtos. O rosto possui pequena barba e bigode, e seu pescoço é mediano. O braço esquerdo encontra-se fechado, segurando um
livro apoiado, também, sobre o corpo. O braço direito está mais aberto, afastado um pouco do corpo, com algo – como se um tecido
– enrolado sobre as mãos. O corpo está vestido com uma calça longa, um casaco semi-aberto - com botões - sobre um camisa com
gravata tipo borboleta. A vestimenta é sem decoração, apenas com marcações das dobras do tecido, na calça e no braço. A figura
está de pé, com as pernas e os pés pouco afastados e paralelos – com a perna direita mais a frente - calçado com sapato fechado.
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
A Estátua tem aproximadamente 250 centímetros de altura por 70 centímetros de largura e 120 de comprimento.
problemas de ordem física no pedestal em placas de granito preto, como o desprendimento desta, na sua lateral esquerda, com a
massa de fixação apresentando-se aparente. No friso dourado também encontra-se uma patologia, como o rejunte entre este e o
granito, também em desprendimento. A placa metálica com a inscrição encontra-se em processo de oxidação. Os fatores de
degradação são causas físico-químicas por ação das intempéries, somada à falta de manutenção periódica. Como medidas de
conservação deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos do bem integrado.
Para receber os restos mortais de Teóphilo Ottoni, foi construído um mausoléu na Praça Tiradentes. Na reforma da praça nos anos
1986/87 o Mausoléu foi demolido e em seu lugar ergueu-se um “caramanchão” para engraxates, que por sua vez foi desmanchado
em 2001 sendo construído em seu lugar um centro cultural, quase todo em vidro, utilizado em vernissages, exposições de peças de
museus, coleções de livros e artes em geral, existente até hoje. Atualmente, segundo o histórico e depoimentos colhidos na cidade,
encontra-se sob o monumento que sustenta a estátua de Teófilo Otoni na Praça Tiradentes, um compartimento com os restos
mortais do homenageado.
A peça é feita em bronze fundido sobre pedestal constituído por placas de granito afixadas com massa.
O bem possui as características típicas de estátua/busto exposto em área pública - feito em homenagem a Teóphilo Benedicto
Ottoni – constituído, primeiramente, de duas divisões nítidas em sua estrutura, como a estátua e o pedestal - subdividido em três
volumes.
A Estátua é uma peça de escultura em três dimensões, que representa figura humana, divina ou animal. Uma Estátua é uma obra de
escultura criada para representar uma entidade real ou imaginária. Pode-se dizer que a estátua representa a fundação da cidade,
personificada na figura de Teóphilo Ottoni, mas também uma homenagem a própria figura do cidadão Teóphilo Ottoni, que muito
fez para a origem da cidade.
Theóphilo Benedicto Ottoni nasceu em 27 de novembro de 1807, na cidade do Serro, Minas Gerais. Seu pai, Jorge Benedicto Ottoni
77/109
era um respeitado comerciante da Vila Príncipe, antigo centro de mineração em Minas Gerais, que logo se transformaria na cidade
do Serro. Jorge Benedicto Ottoni nutria idéias liberais – o que naquele tempo significava ter uma postura crítica em relação às leis
do Império, ser contra o poder pessoal do imperador e tender às idéias federativas, republicanas e abolicionistas. Este ideário foi
defendido também por Theóphilo Benedicto Ottoni, que o manteve como base de suas ações ao longo da vida. Em 1832 fundou no
Serro a Sociedade Promotora do Bem Público.
Theóphilo Ottoni transitava e se relacionava entre importantes personalidades da sociedade do Rio de Janeiro de meados do século
XIX. Participou da cúpula e de importantes decisões do Partido Liberal pelo qual foi eleito em 1835 Deputado Provincial e no ano
1838 Deputado da Assembléia do Império, cargo para o qual voltou a se eleger. Sempre atento às discussões políticas e às mudanças
pelas quais passava a sociedade brasileira teve seu nome envolvido em questões como a resolução da Guerra dos Farrapos no sul do
país com seu ideário republicano em época de governo monarquista no Brasil, o abolicionismo e a imigração européia, o
desenvolvimento econômico e tecnológico, tendo conhecido tanto o Barão de Mauá quanto reconhecidos engenheiros dentre os
quais convidou alguns para projetar a estrada Santa Clara e cidade de Philadelphia.
O comerciante e liberal Theóphilo Ottoni criou a “Companhia Mucuri” com o intuito de comunicar as regiões do nordeste mineiro e
o Oceano Atlântico a fim de reabilitar a produção e comércio do algodão, barateando o transporte e diminuindo a distância para o
escoamento de produtos. Em 1853 foi fundado o povoado de Philadelphia, atual cidade de Teófilo Otoni, no local foram erguidos os
armazéns da Companhia para estocagem e venda de produtos da terra ou da Corte e ali funcionava a alfândega onde se pagava um
pedágio para transitar na estrada Santa Clara, que ligava Santa Clara à Philadélphia. Para conseguir realizar seu projeto, Theophilo
Ottoni fez uso do conhecimento que tinha dos recursos políticos, econômicos e das discussões sobre o uso da mão-de-obra escrava e
sobre o incentivo do Império do Brasil à imigração européia. Dessa forma, foi o responsável pela imigração e pela fixação de povos
de diferentes regiões européias, e até mesmo de chineses, para trabalhar nas obras de implementação da estrada e da cidade,
embora também tenha feito uso de mão-de-obra escrava negra ainda que em sua minoria.
Em 1853 teve início as obras que deram infra-estrutura ao povoado às margens do rio Todos os Santos. O engenheiro alemão
Roberto Schlobach da Costa, convidado por Theóphilo Benedito Ottoni, projetou o alinhamento da primeira rua de Philadélphia,
denominada na época Rua Direita, atual avenida Getúlio Vargas. Foram também traçadas as ruas transversais que a cortavam e as
praças Tiradentes, Argolo (que não existe mais) e dos Alemães. A Praça Tiradentes, parte dos primeiros projetos do núcleo de
formação da cidade, está vinculada à história do município de Teófilo Otoni desde a sua fundação. Antigo Passeio Público
construído em 1924, a Praça Tiradentes preserva em suas formas, em suas medidas e nos seus arredores a história do
uma grande festa para a comemoração dos 100 anos da fundação do povoado que deu origem à cidade de Teófilo Otoni. A Praça no
centenário da cidade apresentava-se urbanizada, bem cuidada e com iluminação projetada e foi desta forma que recebeu a estátua
de Theóphilo Benedito Ottoni.
Segundo Íris Soriano Nunes Miglio – Presidente do Instituto IHGM – Instituto Histórico e Geográfico do Mucuri – a construção da
estátua de Theophilo Ottoni foi feita em meados de 1952 durante a gestão do prefeito Germano Augusto de Souza e vice-prefeito o
Dr. Petrônio Mendes de Souza. O monumento localiza-se na Praça Tiradentes, mais especificamente, na metade da praça que tange
a rua Epaminondas Otoni (lado esquerdo), em que possui um elevado acessível através de dois degraus de escada.
A placa instalada representa uma homenagem das Lojas Maçônicas ao fundador da cidade de Teófilo Otoni, o que indicaria uma
possível relação entre Theophilo Benedito Ottoni e a maçonaria, embora algumas informações apontem que ele não teria sido
membro.
Em 1960 foram trasladados os restos mortais de Theóphilo Benedicto Ottoni, do cemitério do Catumbi, na cidade do Rio de Janeiro,
para a cidade de Teófilo Otoni, a antiga Philadelphia por ele fundada. No evento determinado pelo presidente Juscelino Kubistchek
e que teve a presença de ministros da época, após solenidade no Rio de Janeiro a urna funerária, a bordo do Navio de Guerra Argus,
esteve todo o tempo sob a Guarda de Honra do Exército Nacional desde a viagem marítima até Caravelas-BA e prosseguiu de lá até
até a cidade de Teófilo Otoni via Estrada de Ferro Bahia e Minas. Para receber os restos mortais foi construído um mausoléu na
praça e preparada outra solenidade. Na reforma ocorrida nos anos 1986/87, o Mausoléu foi demolido e em seu lugar ergueu-se um
“caramanchão” usado por engraxates, que por sua vez foi desmanchado em 2001 sendo construído em seu lugar um Centro Cultural,
quase todo em vidro, utilizado em vernissages, exposições de peças de museus, coleções de livros e artes em geral. Atualmente,
segundo o histórico e depoimentos colhidos na cidade, os restos mortais de Theophilo Ottoni encontram-se em um compartimento
sob a base que sustenta a estátua feita em sua homenagem na Praça Tiradentes.
Theóphilo Benedicto Ottoni faleceu no dia 17 de outubro de 1869. Em 09 de novembro de 1878 Phiiladélfia, emancipada, passou a
78/109
chamar-se Teófilo Otoni. No 150º aniversário do seu nascimento, no dia 27 de novembro 1957 foi realizada no Instituto Histórico e
Geográfico de Minas Gerais, presidida pelo Dr. Salomão de Vasconcellos, uma sessão especial em sua homenagem.
Janeiro,1995.
Documentos fotográficos fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Teófilo Otoni.
Histórico de Theóphilo Benedicto Ottoni. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni – MG/ Secretaria Municipal de educação e Cultura e
Esportes.
Cartilha do Cidadão – Teófilo Otoni: Prefeitos e Vereadores Eleitos de Teófilo Otoni.
www.teofilootoni.mg.gov.br
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março/ 2008
Data: Março / 2008
79/109
2. Distrito Sede
5. Propriedade Pública: Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni
7. Designação Busto Dr. Tristão Ferreira da Cunha
Praça Tiradentes/Centro da cidade, na metade da praça que tange à Rua
Doutor Reinaldo (lado direito), no meio do canteiro.
9. Espécie Busto
10. Época 27 de julho de 1967
14. Material / Técnica Bronze/fundição. Pedra/escultura. Granito/construção
“Dr. Tristão Ferreira da Cunha. Ao professor. Ao homem público. Homenagem dos seus amigos. Teófilo
Otoni, 27 de 7-67.”
Foto 01: Vista, em perspectiva frontal, do Busto Dr. Tristão Ferreira da
Cunha, e vegetação do entorno.
Foto 02: Vista, em perspectiva, do Busto Dr. Tristão Ferreira da
Cunha, e vegetação do entorno.
17. DESCRIÇÃO
Implantado em terreno em aclive, está localizado na Praça Tiradentes/Centro da cidade, mais especificamente na metade da praça
que tange à Rua Doutor Reinaldo (lado direito), no meio do canteiro. Na porção da extremidade da Praça, próxima à Rua
Engenheiro Antunes, encontra-se o Busto Dr. Tristão Ferreira da Cunha. Este - com ombros/peito em pedra e cabeça em bronze de Dr. Tristão Ferreira da Cunha descansa sobre um pedestal com base quadrangular em granito, apoiado em uma pequena base,
também quadrangular e em granito, com seção maior do que a seção do pedestal. Apresenta uma placa metálica contendo a
inscrição: “Dr. Tristão Ferreira da Cunha. Ao professor. Ao homem público. Homenagem dos seus amigos. Teófilo Otoni, 27 de
7-67.” A imagem exibe uma expressão de seriedade, vestindo um casaco, uma camisa e gravata.
80/109
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
problemas de ordem física na placa metálica com a inscrição, como sinais de oxidação, além do pedestal em granito apresentar
pequenas manchas escurecidas. Ambos problemas são devido à fatores físico-químicas por ação das intempéries. Como medidas de
conservação deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos do bem integrado.
Segundo informações, não houve intervenções realizadas no bem.
A peça é feita em bronze fundido e pedra esculpida, sobre pedestal constituído em granito. Ao seu redor há árvores de grande e
médio porte.
O bem possui as características típicas de busto exposto em área pública - feito em homenagem ao Dr. Tristão Ferreira da Cunha constituído de três divisões nítidas em sua estrutura, como a cabeça/busto , o pedestal e a pequena base existente.
O busto é a representação esculpida de uma pessoa, se limitando à cabeça, pescoço, uma parte do dorso e ombros, geralmente
sobre um apoio. Tem por finalidade recriar o mais fielmente possível a fisionomia do indivíduo, simbolizando o poder. São
executados em diversos materiais, como mármore, bronze, argila e mais raramente, madeira, mas são sólidos e duráveis. Simboliza
uma homenagem ao personagem da historia política do Brasil, aos seus setenta e sete anos (27/07/1890 a 02/01/1974). A
homenagem também se presa à figura de um advogado e professor, antigo educador do município.
A Praça Tiradentes faz parte dos primeiros projetos do núcleo de formação da cidade e está vinculada à história do município de
Teófilo Otoni desde a sua fundação.
Em 1853 tiveram início as obras que deram infra-estrutura ao povoado. O engenheiro alemão Roberto Schlobach da Costa,
convidado por Theóphilo Ottoni, projetou o alinhamento da primeira Rua de Philadélphia, denominada na época Rua Direita, atual
avenida Getúlio Vargas. Foram também traçadas as ruas transversais, ruas Engenheiro Antunes, Dr. Manoel Esteves, Visconde do Rio
Branco, Francisco Sá, que a cortavam com uniformidade, em ângulo reto, e também as praças Tiradentes, Argolo (que não existe
mais) e dos Alemães, hoje inteiramente modificada. A Praça Tiradentes - antigo Passeio Público – foi construído em 1924 e preserva
em suas formas, em suas medidas e nos seus arredores a história do desenvolvimento e da urbanização da cidade, reunindo
edificações do início e do final do século XX convivendo, desta forma, a tradição e a mudança. Desde seus momentos iniciais a
Praça Tiradentes foi palco de manifestações sociais, culturais, políticas e econômicas, tomando-se como exemplo a década de 1950
quando foi organizada uma grande festa para a comemoração dos 100 anos da fundação do povoado que deu origem à cidade de
Teófilo Otoni. A Praça no centenário da cidade apresentava-se urbanizada, bem cuidada e com iluminação projetada. Além de
testemunhar o desenvolvimento histórico do município de Teófilo Otoni a Praça Tiradentes tem em seus contornos e jardins
monumentos que remetem e relacionam-se à história política municipal, estadual e nacional.
81/109
Localizado na metade que tange a rua Doutor Reinaldo (lado direito), no meio do canteiro, e na porção da extremidade da Praça,
próxima à rua Engenheiro Antunes, encontra-se o Busto Dr. Tristão Ferreira da Cunha.
O Busto do Dr. Tristão Ferreira da Cunha foi produzido em 27 de julho de 1967. Nesse período o país vivia um momento de
limitações dos direitos de participação popular na vida política nacional devido ao governo militar, instituído em 1964, exemplo
dessa limitação foi a proibição da liberdade partidária em função da existência de apenas dois partidos instituídos e permitidos
pelo governo federal, a ARENA, partido dos militares, e o MDB, que seria o único partido de oposição com o consentimento dos
militares. A inauguração do busto ocorreu quando Libório Zimmer (ARENA) era prefeito da cidade e contou com comemoração e
homenagem com a vinda do próprio Dr. Tristão Ferreira da Cunha e sua família para Teófilo Otoni. O busto possui uma inscrição da
época da sua construção e instalação que teria sido uma homenagem da Prefeitura Municipal ao Dr. Tristão Ferreira da Cunha,
político brasileiro natural de Teófilo Otoni, em comemoração aos seus 77 anos (27/07/1890 a 02/01/1974).
Tristão Ferreira da Cunha nasceu em Teófilo Otoni em 27 de julho de 1890, filho de Benjamim Ferreira da Cunha, antigo educador
do município, e de Anna Esteves Lima; casou-se com Júlia da Mata Machado Versiani em 1916. Após estudar e bacharelar-se em
Direito no Rio de Janeiro, retornou à Teófilo Otoni onde começou sua vida pública como promotor público. Iniciou-se na carreira
política como vereador. Em 1934 foi eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Mineiro. Seu mandato foi interrompido pelo
governo de Getúlio Vargas durante o Estado Novo, iniciado em 1937. Em 1943, foi um dos signatários do famoso Manifesto dos
Mineiros, e por esse motivo foi exonerado de sua cátedra de alemão no Colégio Pedro II, na qual ingressava por concurso público,
ficando detido em prisão domiciliar. Ao término da ditadura de Getúlio Vargas em 1945, ocupou a Secretaria de Educação e Saúde
no Governo Júlio de Carvalho, elegendo-se Deputado Federal no ano seguinte, 1946. Reeleito Deputado Federal em 1950 integrou o
governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira como Secretário da Agricultura Indústria Comércio e Trabalho. Nos governos seguintes,
ocupou a Secretaria de Fazenda (Secretaria de Estado das Finanças). Em 1954 voltou ao Congresso Nacional e foi reeleito em 1958.
Em 1964, foi nomeado para o Conselho Administrativo da defesa Econômica (CADE), do qual foi Presidente até seu falecimento, em
2 de janeiro de 1974.
Pai de Aécio Cunha e de Celso Ferreira da Cunha e avô de Aécio Neves da Cunha, governador de Minas Gerais, Tristão Ferreira da
Cunha teve uma vida política ativa e reconhecida, que compõe a história das relações entre os políticos mineiros, e os
posicionamentos políticos de Minas Gerais, e a política nacional em momentos decisivos na história do Brasil no século XX.
Janeiro,1995.
Documentos e textos fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Teófilo Otoni.
________. Os Ottoni: Descendentes e Colaterais. Rio de Janeiro: Lais Ottoni Barbosa Ferreira, 1998.
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março/ 2008
Data: Março / 2008
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2. Distrito Sede
5. Propriedade Pública: Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni
7. Designação Busto Dr. Manoel Esteves Ottoni
Localizado na Praça Tiradentes/Centro da cidade, mais especificamente na
8. Localização específica metade da praça que tange à Rua Doutor Reinaldo (lado direito), no meio do
canteiro.
9. Espécie Busto
10. Época Meados de 1958
14. Material / Técnica Pedra/escultura. Mármore/construção
“Dr. Manoel Esteves Ottoni. 24-05-1825 a 26-05-1866. Primeiro médico e educador de Teófilo Otoni.
Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni. Centro Cultural. Administração: 1997 – 2000”
Foto 01: Vista frontal do Busto Dr. Manoel Esteves Ottoni.
Fev./2008 - Foto: Nicole Bertinato.
Foto 02: Vista, em perspectiva, do Busto Dr. Manoel
Esteves Ottoni. Fev./2008 - Foto: Nicole Bertinato
17. DESCRIÇÃO
O busto está localizado na Praça Tiradentes/Centro da cidade, mais especificamente na metade da praça que tange a Rua Doutor
Reinaldo (lado direito), no meio do canteiro. O busto possui pedestal em mármore, com frisos no mesmo material e fixação da
placa em chapa metálica, possuindo a inscrição: “Dr. Manoel Esteves Ottoni. 24-05-1825
a
26-05-1866. Primeiro médico e
educador de Teófilo Otoni. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni. Centro Cultural. Administração: 1997 – 2000”. O busto é
constituído em pedra – aparentemente – calcária. A imagem exibe uma expressão de seriedade, vestindo um casaco, uma camisa e
gravata tipo borboleta.
83/109
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
problemas de ordem física, como manchas de oxidação na placa metálica com a inscrição; além de manchas escurecidas
generalizadas em toda sua extensão – concentradas no pedestal, que se encontra totalmente preto - devido à causas físico-químicas
por ação das intempéries, somada à poluição/fuligem da região. Como medidas de conservação deve-se fazer uma manutenção
periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos do bem integrado.
Depois de encontrado – sem pedestal - e “largado” em um dos canteiros da Praça Tiradentes, o busto foi restaurado, recebendo
provavelmente uma limpeza e um novo pedestal em mármore. Não há notícias a repeito do material constituinte do antigo
pedestal.
A peça é feita em bronze fundido e pedra lavrada - provavelmente um calcário - sobre pedestal constituído em mármore, hoje
preto devido à poluição/fuligem e à ação do tempo.
O bem possui as características típicas de busto exposto em área pública - feito em homenagem ao Dr. Manoel Esteves Ottoni constituído de duas divisões nítidas em sua estrutura, como a cabeça/busto e o pedestal. Possui também uma base de concreto,
quase que imperceptível em meio à grama e terra existentes a seu redor.
O Busto é a representação esculpida de uma pessoa, se limitando à cabeça, pescoço, uma parte do dorso e ombros, geralmente
sobre um apoio. Tem por finalidade recriar o mais fielmente possível a fisionomia do indivíduo, simbolizando o poder. São
executados em diversos materiais, como mármore, bronze, argila e mais raramente, madeira, mas são sólidos e duráveis. A figura
de Dr. Manoel Esteves Ottoni simboliza o primeiro médico e educador da cidade.
Em 1847, Theóphilo Benedito Ottoni enviou um documento para a imprensa e congresso sobre a possibilidade de desenvolvimento
da região do Jequitinhonha a partir de uma companhia de navegação e comércio pelo rio Mucuri que foi aprovada pelo governo
imperial. A partir da aprovação imperial Theophilo Ottoni cria a Companhia de Comércio e Navegação do Mucuri, fundada em 1847,
momento quando os liberais tinham grande influência junto ao Imperador.
Manoel Esteves Ottoni nasceu em 24 de maio de1825, na Fazenda do Ribeirão, Minas Novas – MG, filho de Honório Esteves Ottoni e
de D. Mariana Pereira Guedes. Em 1844, juntamente com seu irmão Leonardo Esteves Ottoni, foi para o Rio de Janeiro para
completar seus estudos na casa do avô, onde também tinham vivido os primos, Theófilo, Honório, Christiano e Jorge. Formou-se em
medicina em 20 de dezembro de 1850 e casou-se com D. Anna Amália de Araújo Maia. Participou ativamente dos projetos de
colonização do Mucuri desde a primeira viagem de sondagem feita por Theóphilo B. Ottoni à região do rio Mucuri que possibilitaram
o reconhecimento de fato das condições e dificuldades apresentadas nas selvas, em julho de 1853. Colaborou ativamente no
combate às doenças silvestres. Estava presente na abertura da picada até o local onde seria fundada Philadélfia.
A partir de 1853 tiveram início as obras que deram infra-estrutura ao povoado. Nesse processo, o engenheiro alemão Roberto
84/109
Schlobach da Costa que fez o alinhamento da primeira rua de Philadélphia já no ano da sua fundação denominada na época Rua
Direita, atual avenida Getúlio Vargas, foram também traçadas as ruas transversais ruas Engenheiro Antunes, Dr. Manoel Esteves,
Visconde do Rio Branco, Francisco Sá e as praças Tiradentes, Argolo (não existe mais) e dos Alemães.
Em 1857 Manoel Esteves Ottoni fundou a primeira escola para os colonos que chegavam à região das obras da Companhia do Mucuri,
em sua Fazenda do Itamunhec. Em 26 de maio de 1866, desentendimentos sobre negócios fizeram com que seu sócio, João José de
Figueiredo, o assassinasse dando um tiro em sua cabeça. A revolta causada pelo assassinato, e a necessidade de punição do
culpado, levaram muitos parentes e amigos a apelar para as altas instâncias do Governo, entretanto, o criminoso permaneceu
impune.
No ano de 1958, durante a gestão do prefeito Sidônio Epaminondas Ottoni e Pedro Martins Abrantes, foi produzido o busto de
Manoel Esteves Ottoni que foi instalado na Praça Tiradentes, no centro da cidade que a cerca de cem anos antes, ele ajudara a
fundar. Especificamente o busto localiza-se na metade da praça que tange a Rua Doutor Reinaldo (lado direito), no meio do
canteiro, na extremidade da Praça, próxima à Rua Engenheiro Antunes.
Parte integrante dos primeiros projetos do núcleo de formação da cidade, a Praça Tiradentes está vinculada à história do município
de Teófilo Otoni desde a sua fundação. Antigo Passeio Público construído em 1924, a Praça preserva em suas formas, em suas
medidas e nos seus arredores a história do desenvolvimento e da urbanização da cidade, reunindo monumentos e edificações
construídos ao longo do século XX que se relacionam à história política e cultural tanto municipal quanto nacional. Desde seus
momentos iniciais a Praça Tiradentes foi palco de manifestações sociais, culturais, políticas e econômicas, tomando-se como
exemplo a década de 1950 quando foi organizada uma grande festa para a comemoração dos 100 anos da fundação do povoado que
deu origem à cidade de Teófilo Otoni. A Praça nos anos 1950 apresentava-se urbanizada, bem cuidada e com iluminação projetada.
O busto do Dr. Manoel Esteves Ottoni ficou temporariamente ausente do canteiro da Praça Tiradentes, voltando para o lugar em
1999, quando Edson Gonçalves Soares era prefeito da cidade. Após ato de vandalismo, o busto foi encontrado jogado nos canteiro
da praça sem o seu pedestal. A antiga localização do busto era mais centralizada, quando recolocado, foi para uma localização
menos visível. Não houve solenidade quando o busto Dr. Manoel Esteves Ottoni voltou para a Praça Tiradentes, situação contrária
àquela do momento quando foi criado e instalado na década de 1950 quando se comemorava os cem anos da cidade e os seus
fundadores.
Foi instalada uma placa no pedestal do busto que representa uma homenagem da Prefeitura Municipal ao Dr. Manoel Esteves
Ottoni, primeiro médico e educador de Teófilo Otoni. Uma segunda placa evidencia o patrocinador do monumento. Depois de
encontrado jogado em um dos canteiros da Praça Tiradentes, foi restaurado quando foi realizada provavelmente uma limpeza, e
acrescentado o novo pedestal.
Janeiro,1995.
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março/ 2008
Data: Março / 2008
85/109
FICHA 15/20 – BENS MÓVEIS E INTEGRADOS - ÁREA I / SETOR 01
2. Distrito Sede
3. Acervo Propriedade Particular
4. Endereço
Paróquia Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni (Igreja Matriz), no
“Alto da Catedral”, à Rua Frei Gonzaga/Centro.
5. Propriedade Eclesiástica – Cúria Diocesana de Teófilo Otoni
6. Responsável Cúria Diocesana de Teófilo Otoni
7. Designação Púlpito
8. Localização específica Nave Central da Igreja – lado do evangelho
9. Espécie Talha
10. Época Data da época de construção da Igreja: 31 de julho de 1911
14. Material / Técnica Madeira/escultura
15. Marcas / Inscrições Não há inscrições
Foto 1: Vista frontal do púlpito.
Foto 2: Vista frontal do acesso ao púlpito.
17. DESCRIÇÃO
O púlpito situado na nave da Igreja/lado do evangelho - constituído por pedestal, balcão, guarda-corpo e uma cobertura – é
construído em madeira talhada pintada na cor marrom. Seu acesso se faz por uma escada helicoidal – também em madeira - e, que
sobe em torno do elemento integrado, equipada com balaustrada em madeira. Existe um pórtico em forma de arco pleno afixado
no degrau de arranque. O pedestal que suporta o púlpito possui caneluras pintadas na cor bege, semelhante ao acabamento dado à
parede na sua porção de encontro àquele; além da existência de frisos nas extremidades. A cobertura possui a forma geométrica
mais próxima de uma pirâmide com base arredondada, possuindo uma pequena cruz como coroamento da estrutura. O balcão
possui elementos decorativos em alto relevo/madeira talhada.
86/109
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
O Púlpito tem aproximadamente 400 centímetros de altura por 100 centímetros de largura e comprimento.
O bem integrado encontra-se em excelente estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade física e estrutural.
Segundo informações, o bem não foi restaurado, provavelmente apenas passou por repinturas, por ter ficado inutilizado por algum
tempo. O púlpito foi retirado da Igreja em meados de 1972 e instalado de volta apenas em 1988, quando da reforma ocorrida na
Igreja. O elemento havia sido retirado da Igreja por um motivo “litúrgico/prático”, segundo Padre Piero Tibaldi – Pároco da
Catedral em 1978-1980 – uma vez que ele não mais era utilizado para a aclamação das vésperas, optando os párocos de realizarem
este ato na capela-mor, segundo uma intenção de chamar toda a atenção dos fiéis para a frente, para o altar da liturgia, e não
mais para o centro da Igreja, numa localização em que todos escutavam melhor o que era anunciado.
Peça em madeira talhada, colada ou encaixada, pintada na cor marrom.
Peça com linhas mais simples, sem muito rebuscamento possuindo apenas alguns entalhes no balcão, com elementos decorativos
em alto relevo/madeira talhada, com o desenho de uma arcada em toda a sua extensão, além de algumas formas livres – talvez
motivos florais - trabalhadas acima da arcada. Outro tratamento mais sofisticado são as caneluras existentes no pedestal,
semelhante ao plano de fundo/parede existente. O púlpito possui formas mais arredondadas demonstradas através de sua escada
helicoidal, cobertura com forma geométrica mais próxima de uma pirâmide com base arredondada e quinas também arredondadas.
O púlpito é uma tribuna destinada, nas Igrejas, às pregações ou serões do sacerdote. As igrejas mineiras possuem geralmente dois
púlpitos: o do lado do Evangelho e o da Epístola. Quando a Igreja é constituída por dois deste elemento, apenas um é utilizado: o
Púlpito do lado do Evangelho, o outro parece ocorrer apenas como elemento compositivo ou ornamental.
A primeira Igreja dedicada à Nossa Senhora Imaculada Conceição foi construída pela Companhia do Mucury em 1858, que fora
aumentada pelo Pe. Benedito Esteves Lima, também chamado Pe. Benedito Esteves Ottoni, por esta não mais comportar a
população e pelo risco apresentado pelo seu estado de conservação. Em 26 de agosto de 1895, a Paróquia conseguiu o Alvará de
Licença para a construção da nova Igreja Matriz, por iniciativa do Pe. Virgolino José Batista Nogueira. De posse do Alvará de
Construção, Pe. Virgolino iniciou a obra no dia 1º de novembro de 1896. Dia 31 de julho de 1911, foi inaugurada a nova e atual
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Em 20 de agosto de 1912 foi feita a consagração da Matriz pelo Arcebispo
Dom Joaquim Silvério de Souza.
Com a criação da Diocese de Arassuaí em 25 de agosto de 1913, a Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição ficou
subordinada a ela até 1960 quando, em 27 de novembro, foi criada a Diocese de Teófilo Otoni e a Matriz foi elevada a Catedral.
Em março de 1920 foram adquiridas as imagens do Senhor dos Passos, de N. Srª. da Soledade, do Senhor Morto e de N. Sª das Dores
e foi realizada a primeira celebração Solene da Semana Santa.
O púlpito da Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição foi construído na mesma época que o corpo da Igreja e inaugurado dia 31
de julho de 1911. Sua localização mais específica é na Nave Central da Igreja – lado do evangelho (à esquerda).
O púlpito é o local onde o Padre fazia a homilia após a leitura do evangelho durante as celebrações das missas. O púlpito foi
87/109
retirado da Igreja em meados de 1972 e instalado de volta apenas em 1988, quando da reforma ocorrida na edificação do templo.
Segundo o Padre Piero Tibaldi, pároco da Catedral entre os anos 1978 e 1980, o púlpito foi retirado da Igreja por um motivo
“litúrgico/prático”, uma vez que ele não mais era utilizado, optando os párocos por realizarem este ato na Capela Mor, segundo
uma intenção de chamar a atenção dos fiéis para frente, para o altar da liturgia, e não mais para o centro da Igreja. Atualmente as
igrejas que possuem púlpito já não fazem uso dele segundo sua função, salvo em ocasiões especiais.
A Matriz passou por uma reforma geral em 1988. Essa reforma procurou resgatar a sua originalidade com reforma dos altares, dos
lustres, reintrodução do púlpito, do altar do Senhor Morto bem como de sua imagem. Também foram construídos o Centro
Paroquial Cura DÀrs e a Praça Imaculada Conceição para celebrações e o estacionamento. Em 1997, foi dado início a nova reforma
do telhado, das laterais superiores da Igreja, dos vitrais e nova pintura, respeitando as características da reforma de 1988. Em
2007, para as celebrações dos 150 anos (1857-2007) da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição foram feitas reformas,
como por exemplo, a repintura da parte interna e externa do templo. Atualmente, o púlpito bem como a Catedral Nossa Senhora
Imaculada Conceição pertencem à Diocese de Teófilo Otoni – Cúria Diocesana de Teófilo Otoni, tendo como Vigário Geral da
Diocese o Pe. Geraldo Divino dos Santos.
Fonte Oral: - Dona Fany Moreira - Diretora da Casa de Cultura em 1998
- Alexandre Marques – Chefe da Seção de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Educação e Cultura.
- Padre Piero Tibaldi – Pároco da Catedral em 1978-1980
Site: - www.ipac.iepha.mg.gov.br/glossario – acessado em 13/03/2008
Janeiro,1995.
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
88/109
2. Distrito Sede
7. Designação Fonte Luminosa e Sonora
Localizado na Praça Tiradentes/Centro da cidade, na metade da praça que
tange a Rua Epaminondas Otoni (lado esquerdo).
9. Espécie Fonte Luminosa
10. Época 1953
11. Autoria Áustria/Engenheiro Luís Volny
12. Origem Áustria
13. Procedência Áustria
14. Material / Técnica Concreto/construção. Granito e azulejo/revestimento.
15. Marcas / Inscrições Não possui inscrição
Foto 01: Vista da fonte luminosa e sonora da Praça Tiradentes, em seu
período diurno. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato.
Foto 02: Vista da fonte luminosa e sonora da Praça Tiradentes, em seu
período noturno. Fev./2008 - Fotógrafa: Nicole Bertinato
17. DESCRIÇÃO
Implantada em terreno praticamente plano, a fonte está localizada na Praça Tiradentes/Centro da cidade, mais especificamente na
metade da praça que tange a Rua Epaminondas Otoni (lado esquerdo). A fonte luminosa e sonora está apoiada sobre pilares de
concreto, revestidos em azulejos na cor azul, que encontram-se imerso num espelho d'água, também revestido em azulejo na cor
azul e cercado por elemento em fios de ferro - contornado por grande canteiro, também cercado por elemento em fios de ferro. A
fonte é constituída por mais dois planos – com níveis acima daquele citado - de espelho d'água escalonados e revestidos em granito
na cor amarronzada. Os jatos d'água coloridos e sonoros saem do último nível (o mais alto) de espelho d'água existente. Existem
quatro globos luminosos localizados nas extremidades do espelho d'água revestidos em azulejo, auxiliando na iluminação da fonte.
Estes globos quebram o formato circular do canteiro, abrigando o formato octogonal da fonte. Conta com todo um sistema de som,
esguichos e iluminação, composto por um circuito fechado de água projetando cerca de 20 movimentos e cores diferentes que
representam as pedras preciosas encontradas na região. O sistema de som ficou equipado com repertório de Valsas Vienenses e
obras de Strauss, Mozart e Antonio Vivaldi.
Bom
Data:
Excelente
89/109
Razoável
Ruim
N°.:
Bom
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
A fonte tem aproximadamente 200 centímetros de altura por um diâmetro de 500 centímetros.
O bem encontra-se em excelente estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade física e estrutural. Como medidas
de conservação deve-se fazer uma manutenção periódica dos elementos físicos, estruturais e compositivos do bem integrado.
A Fonte Luminosa da Praça Tiradentes passou por apenas duas reformas em toda sua história (desde 1953). Da primeira reforma não
foi possível obter a data, apenas as seguintes informações:
- Após anos em atividade, o sistema funcional da fonte luminosa paralisou e para consertá-la vieram especialistas de São Paulo e
Belo Horizonte os quais foram unânimes pela sua condenação. Porém, existia no Bairro São Jacinto, nas proximidades da Fazenda
Arno, uma oficina de Ferraria pertencente ao austríaco Frantz Schweighofer, que mandou seu filho caçula por nome José
Schweighofer que restaurou a fonte pela primeira vez, restituindo-lhe as variedades de jatos, cores e sons originais.
A segunda reforma foi finalizada no dia 22/10/2006, segundo relatos a seguir:
- Recentemente a nova fonte luminosa da Praça Tiradentes, após reforma, foi entregue no dia 22/10/2006 à Prefeitura a ao público
amante do monumento que completou na data, 53 ano de atividades e história na vida de Teófilo Otoni e sua população. A reforma
foi administrada pelo radialista Élbio Pechir que pediu autorização a prefeita, Maria José, para gerenciar com recursos da sociedade
as reformas na fonte luminosa, que encontrava-se totalmente abandonada. Sendo assim, com ajuda de empresários da
cidade/doações, o radialista iniciou obras de remoção do revestimento interno da fonte que recebeu tratamento na base da
estrutura e nova recomposição com azulejos nas cores originais. Todo o sistema de som, esguichos e iluminação foram revisados e
reformulados para melhor beleza do monumento histórico do município.
A obra foi executada por funcionários da Prefeitura e instalada no centro do globo da Praça Tiradentes, que na época tinha o
formato da Bandeira do Brasil. As doações para execução da obra estão registradas em Livro de Ouro, que hoje está nas mãos do
empresário Kalil Kassim El Awar, segundo o pesquisador Petrônio Mendes e Souza.
Para garantir a segurança da fonte, após as obras, o radialista Élbio Pechir tem mantido contatos com autoridades para definir um
plano de punição a quem invadir o monumento, principalmente menores infratores com fito de tomar banho na época do calor.
A fonte luminosa e sonora da Praça Tiradentes é construída em concreto e revestida em granito e azulejo, suportada por pilares
também em concreto.
O bem possui linhas simples em sua composição, sem elemento decorativo algum e constituída pelos ângulos da forma geométrica
do octógono, em formato escalonado.
Uma fonte é uma construção, ornamental ou não, normalmente encontrada em praças e jardins, cuja função é a de promover um
constante fluxo de água.
Desde o mundo antigo, passando pelo mundo oriental e período romântico o costume de implantar espelhos d´água em pátios
internos e praças já era evidente, atribuindo um ar mais ameno e agradável aos transeuntes, como jardins externos providos de
lagos com peixes e rodeados por filas de árvores de fruto e plantas ornamental. Também no Japão existe uma longa tradição
inspirada nos jardins da China e Coreia. Kioto é especialmente famosa pelos seus jardins que possuem lagos e quedas de água;
rochas , pedras e areia e árvores de folhagem permanente. As fontes gozam, no século vinte/vinte e um, de grande popularidade,
quer nas casas de habitação/casas de campo, quer nos próprios escritórios e outros ambientes de serviço e nas Praças Públicas, pois
90/109
oferecem grande tranqüilidade ajudando as pequenas áreas a tornarem-se mais serenas e pessoais.
Em 1853, por iniciativa de Theóphilo Benedicto Ottoni, teve início as obras que deram infra-estrutura ao povoado às margens do rio
Todos os Santos. O engenheiro alemão Roberto Schlobach da Costa, convidado por Theóphilo Benedito Ottoni, projetou o
alinhamento da primeira rua de Philadélphia, denominada na época Rua Direita, atual avenida Getúlio Vargas, foram também
traçadas as ruas transversais que cortavam-na em ângulos retos e as praças Tiradentes, Argolo (que não existe mais) e dos Alemães.
Parte integrante dos primeiros projetos do núcleo de formação da cidade, a Praça Tiradentes está vinculada à história do município
de Teófilo Otoni desde a sua fundação. Antigo Passeio Público construído em 1924, a Praça Tiradentes preserva em suas formas, em
suas medidas e nos seus arredores a história do desenvolvimento e da urbanização da cidade, reunindo monumentos e edificações
construídos ao longo do século XX que se relacionam à história política e cultural municipal, estadual e nacional. Desde seus
momentos iniciais a Praça foi palco de manifestações sociais, culturais, políticas e econômicas, tomando-se como exemplo a década
de 1950 quando foi organizada uma grande festa para a comemoração dos 100 anos da fundação do povoado que deu origem à
cidade de Teófilo Otoni. A Praça Tiradentes no centenário da cidade apresentava-se urbanizada, bem cuidada e com iluminação
projetada e foi nesse contexto que foi construída a Fonte Luminosa.
Construída em 1953, na gestão do prefeito Germano Augusto de Souza, a Fonte Luminosa teve projeto importado da Áustria pelo
engenheiro Luís Volny, o mesmo que implantou outra unidade semelhante na Praça Raul Soares, em Belo Horizonte. Em meados do
século XX, com a exploração das pedras preciosas e semi-preciosas, Teófilo Otoni teve seu comércio fortalecido, o que influenciou a
educação e a cultura e a cidade assume o papel de pólo regional. Outro fator que contribuiu para o desenvolvimento da cidade
nesse período foi a construção, em 1947, da BR-116 (Rio-Bahia) a Rodovia da Integração Nacional, que liga a região sul ao nordeste.
Com a rodovia, Teófilo Otoni entra novamente em uma fase de desenvolvimento econômico da região, explicitada pela inauguração
da Sede Social do Automóvel Clube, dos Cines Vitória e Metrópole, da Rádio Teófilo Otoni e do Clube Sírio Libanês, por exemplo.
A Fonte Luminosa da Praça Tiradentes passou por apenas duas reformas desde a sua construção. Da primeira reforma sabe-se que
após anos em atividade, o sistema funcional da Fonte Luminosa paralisou e para consertá-la vieram especialistas de São Paulo e
Belo Horizonte, os quais teriam sido unânimes pela sua condenação. Porém, existia no Bairro São Jacinto, nas proximidades da
Fazenda Arno, uma oficina de Ferraria pertencente ao austríaco Frantz Schweighofer, que mandou seu filho caçula, José
Schweighofer, que restaurou a fonte pela primeira vez, restituindo-lhe as variedades de jatos, cores e sons originais. A segunda
reforma foi finalizada no dia 22/10/2006, quando a Fonte, que completou nesta data 53 anos, foi entregue à Prefeitura e à
população. A reforma foi administrada pelo radialista Élbio Pechir que pediu autorização à prefeita, Maria José Haueisen Freire,
para gerenciar com recursos da sociedade as reformas na Fonte Luminosa que se encontrava abandonada. Assim, com ajuda e
doações de empresários da cidade, o radialista iniciou as obras de restauração. Todo o sistema de som, esguichos e iluminação
foram revisados e reformulados.
As doações para execução da obra estão registradas no Livro de Ouro, que atualmente está nas mãos do empresário Kalil Kassim El
Awar, segundo o pesquisador Petrônio Mendes e Souza. Para garantir a segurança da fonte, após as obras, o radialista Élbio Pechir
tem mantido contatos com autoridades para definir um plano de punição a quem invadir o monumento.
A Fonte Luminosa faz parte da história do município e constitui-se em um elemento do desenvolvimento econômico e social de
Teófilo Otoni. Sua construção e inauguração, na época do centenário da cidade, bem como suas restaurações feitas por membros da
sociedade local e sua utilização, ainda por vezes de forma inadequada, demonstram sua participação no cotidiano da cidade e nas
mudanças pelas quais passou ao longo da segunda metade do século XX e início do XXI.
Fonte Oral: Élbio Pechir – Gerente Geral da Rádio Teófilo Otoni.
Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fonte – acessado em 31/03/2008.
Janeiro,1995.
Cartilha do Cidadão – Teófilo Otoni: Prefeitos e Vereadores Eleitos de Teófilo Otoni.
91/109
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março/ 2008
Data: Março / 2008
92/109
2. Distrito Sede
4. Endereço
“Alto da Catedral” à Rua Frei Gonzaga/Centro.
7. Designação Pintura de Forro
8. Localização específica Abrange a Nave Central, Capela Mor e Coro
9. Espécie Pintura de Forro
10. Época Em 1939 foi instalado o forro
11. Autoria Placas em alto relevo: Holanda. Pintura: Irmã Lambertina
12. Origem Holanda e Teófilo Otóni
13. Procedência Holanda e Teófilo Otóni
14. Material / Técnica Alumínio/fundição. Tinta/pintura
Foto 1: Vista do forro da Igreja.
Foto 2: Vista do forro da Igreja, incluindo a nave e capela-mor.
17. DESCRIÇÃO
O Forro situado na nave central, capela-mor e coro é constituído por placas de alumínio em alto relevo, vindas da Holanda e
pintadas na cidade de Teófilo Otoni, por Irmã Lambertina, seguindo o desenho existente nas placas. Possui fundo pintado na cor
azul claro e elementos decorativos no formato de círculos grandes intercalados com círculos pequenos, sendo os grandes pintados
na cor verde escuro na extremidade, passando para a cor verde claro, até chegar na cor laranja e finalizar na cor vermelho do
centro do círculo. Já os círculos pequenos recebem a cor laranja na extremidade e vermelho no centro. Uma faixa na cor laranja
atravessa o centro do forro da Igreja, no sentido transversal, com um arremate dourado no contorno deste e figuras geométricas no
formato de um quadrado intercalando com o laranja da faixa, sendo estes quadrados preenchidos com círculo de raio igual ao lado
do quadrado, com linhas centrífugas pintadas na cor amarelo sobre fundo verde, e no centro do círculo, aquele mesmo círculo já
repetido, com extremidade na cor laranja e centro em vermelho - o fundo do quadrado é pintado na cor azul claro. Esse mesmo
elemento agora descrito – o quadrado – se repete em cada um dos painéis do forro de gamela - composto por cinco painéis, dos
quais quatro são inclinados, trapezoidais, correspondendo às extremidades da nave central, fechados pelo quinto painel que é
93/109
retangular e plano, ocupando o centro da nave central; mais a presença de mais dois painéis planos, que são os que cobrem a
capela-mor e o coro. Cada um deste painéis existentes também são contornados por aquele mesmo arremate dourado - utilizado no
contorno da faixa laranja – fazendo a ligação painel com painel. Um outro elemento presente no desenho do forro é um quadrado
com fundo pintado na cor verde, seguido por um contorno de quadrado dourado, dentro deste, ao redor de um círculo também
dourado, com elementos pintados na cor vermelho. Este último elemento encontra-se, onde estão os pontos elétricos dos lustres da
Igreja. São, no total, três lustres e três destes elementos – o primeiro lustre está situado na capela-mor, o segundo e terceiro na
nave da Igreja, cada qual de um lado da faixa laranja existente. O acabamento final dado ao forro, no encontro com as paredes, é
dado através de sanca em massa pintada na cor verde claro - cor predominante no interior da Igreja.
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
O forro ocupa toda a dimensão da nave central da Igreja, abrangendo a dimensão da capela-mor e do coro.
O forro encontra-se em excelente estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade física e estrutural.
Segundo o Padre Piero Tibaldi – Pároco da Catedral em 1978-1980 – uma ou duas placas já se desprenderam, sendo afixadas
novamente e restauradas pelo Padre Lázaro Aparecido Digo, especialista em restauração de imagens. Provavelmente esta
restauração foi realizada em meados de 1984, época em que Padre Lázaro esteve em Teófilo Otoni. Este realizou não somente a
restauração do forro, como também a restauração de toda a parte artística da Igreja, assim como a produção das pinturas parietais
da capela-mor.
Painéis fabricados em alumínio através de sua fundição e transformação em chapas; além do ofício artesanal/pintura recebida
sobre o alumínio. Não foi possível obter o tipo de tinta usado para a pintura do forro.
Peça constituída por elementos decorativos com tipologia geométrica – círculos e quadrados - nada lembrando motivos litúrgicos a
não ser pela simbologia de suas cores.
Forro é o revestimento do teto dos interiores das edificações, sendo em tempos atrás executados normalmente em tabuado de
madeira e esteira; nos dias de hoje encontramos os mais diversos materiais como madeira, pvc, metal e outros.
Segundo o Padre Piero Tibaldi – Pároco da Catedral em 1978-1980 – as cores azul, dourado e vinho/grená (o vermelho descrito nas
formas geométricas) que estão presentes no forro é uma referência à Imaculada Conceição, Padroeira do Município e da Catedral.
94/109
Com a criação da Diocese de Arassuaí em 25 de agosto de 1913 a Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição ficou
Em março de 1920 foram adquiridas as imagens do Senhor dos Passos, de N. Srª. da Soledade, do Senhor Morto e de N. Sª das Dores
e foi realizada a primeira celebração Solene da Semana Santa.
Em setembro de 1938 iniciou-se uma reforma da Matriz, que incluiu a reforma do telhado, serviço executado pelo frade, o aumento
da iluminação interna e a pintura da Igreja, feita pelos padres italianos. Nesse contexto, em 1939 foi instalado o forro da nave da
Igreja Matriz Nossa Senhora Imaculada Conceição, todo feito em placas de alumínio vindas da Holanda, que antes de serem
colocadas foram pintadas, uma a uma, pela Irmã Lambertina, formada em artes plásticas e pintura clássica.
Segundo o Padre Piero Tibaldi, uma ou duas placas já se desprenderam, sendo afixadas novamente. A restauração da pintura das
placas que se desprenderam foi feita por Padre Lázaro Aparecido Digo, especialista em restauração de imagens. Provavelmente
esta restauração foi realizada em meados de 1984, época em que Padre Lázaro esteve em Teófilo Otoni. Este realizou não somente
a restauração do forro, como também a restauração de toda a parte artística da Igreja, assim como a produção das pinturas
parietais da Capela Mor.
Padre Lázaro Aparecido Digo nasceu em Andradas, Minas Gerais, em 1954 e com 15 anos foi para o seminário capuchinho de Ouro
Fino. Iniciou-se na pintura no ano 1969. Em 1984, foi para Teófilo Otoni a convite de D. Fernando Antônio Figueiredo que era bispo
da diocese de Teófilo Otoni nesse período. Sua trajetória como pintor começou no Seminário de Ouro Fino, e passou por cursos do
Festival de Inverno de Ouro Preto, da Escola de Belas Artes da UFMG, em Belo Horizonte, e pelo Bacharelado na Faculdade de Belas
Artes de São Paulo. A técnica utilizada por Pe. Lázaro Aparecido Digo é a do óleo sobre parede preparada.
Site: <www.ipac.iepha.mg.gov.br/glossario> – acessado em 13/03/2008
Janeiro,1995.
www.paroquiascj.com.br
www.lbartesacra.com/index.htm
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
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2. Distrito Sede
4. Endereço
“Alto da Catedral”, à Rua Frei Gonzaga/Centro.
7. Designação Vitral
8. Localização específica Paróquia Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni
9. Espécie Vitral
10. Época Época de construção da Igreja: 31 de julho de 1911
12. Origem Holanda
13. Procedência Holanda
14. Material / Técnica Metal (provavelmente chumbo)/fundição. Vidro colorido/fusão e moldagem.
Foto 1: Vista frontal do vitral da Igreja – modalidade 1.
Foto 2: Vista frontal do vitral da Igreja – modalidade 2.
17. DESCRIÇÃO
O Vitral situado na Paróquia Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni é constituído por estrutura em metal - provavelmente
chumbo - e vedação em vidro colorido, segundo decoração com elementos em motivos geométricos, possuindo três folhas com vidro
móvel/basculante e duas folhas com vidro fixo, sendo uma delas (a última de baixo para cima) em arco pleno, configurando uma
bandeira. Existem duas modalidades de vitrais na Igreja, a primeira é um vitral todo contornado em sua extremidade com desenhos
de figuras geométricas nas cores branco, azul, verde e vermelho. Fora este contorno, existe o desenho central que possui uma
rosácea na cor amarelo – com extremidade pontiaguda - na parte superior e central, que a partir daí saem três arcos na cor laranja,
até a parte inferior do vitral, onde estão representados mais algumas formas geométricas, nas mesmas cores citadas. A segunda
modalidade é composta pela mesma gama de cores da primeira, se diferenciando nos motivos geométricos como o contorno do
vitral, que possui formas mais definidas como círculos amarelos e losangos azuis, sobre um fundo vermelho. A rosácea, também na
96/109
cor amarela, na mesma posição que a outra, agora se apresentando com extremidade arredondada, que a partir daí saem três arcos
na cor amarelo. Possui a cor laranja predominando na região inferior, enquanto que na primeira modalidade o predomínio é da cor
verde. A região central de ambos os vitrais, no seu conteúdo entre as arcadas, é preenchida com quadrados coloridos intercalados
entre as cores verde e amarela.
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
Cada vitral possui aproximadamente 50 centímetros de largura por 200 centímetros de altura.
O bem integrado encontra-se em excelente estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade física e estrutural.
Segundo Dona Fany Moreira - Diretora da Casa de Cultura em 1998 - até hoje não tem casos de quebra dos vitrais. Mas segundo
texto publicado pela Paróquia Catedral N. Srª. Imaculada Conceição - em comemoração aos seus 150 anos - no item relativo aos
dados sobre a Matriz da Paróquia: “Em 1997 começamos a reforma do telhado, das laterais superiores da igreja, dos vitrais e nova
pintura, respeitando as características da reforma de 1988.” Então o que, provavelmente aconteceu, foi a restauração das pinturas
do vitral e/ou outros reparos e não a sua substituição.
A peça é produzida com estrutura em metal - provavelmente chumbo – e vedação em vidro colorido. A fixação do vidro já decorado
e preparado se dá, provavelmente, através de perfil metálico “U” ou “H”, com as interseções das tramas de chumbo soldadas com
ferro de solda quente.
Peça constituída por elementos decorativos com tipologia geométrica – círculos, quadrados e outros - nada lembrando motivos
litúrgicos a não ser pela simbologia de suas cores.
Tal como o vidro, o vitral originou-se no Oriente por volta do século X, tendo florescido na Europa durante a Idade Média.
Amplamente utilizados na ornamentação de igrejas e catedrais, o efeito da luz solar que por eles penetrava, conferia uma maior
imponência e espiritualidade ao ambiente, efeito reforçado pelas imagens retratadas, em sua maioria, cenas religiosas.
Adicionalmente, serviam como recurso didático para a instrução do catolicismo a uma população inculta e analfabeta.
Quanto ao bem em estudo, segundo o Padre Piero Tibaldi – Pároco da Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni , em
1978-1980 – as cores azul, dourada e vinho/grená (o vermelho descrito nas formas geométricas) que estão presentes nos elementos
da Igreja é uma referência à Imaculada Conceição, Padroeira do Município e da Catedral.
97/109
Os vitrais da Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição são, provavelmente, do início do século XX, da época de construção da
Igreja inaugurada dia 31 de julho de 1911. Os vitrais vieram pintados da Holanda e são de ferro e vidro colorido, sendo a estrutura
em ferro e a vedação em vidro.
Iniciou-se em setembro de 1938 uma reforma da Igreja Matriz, que incluiu a reforma do telhado e instalação do forro em placas de
alumínio pintadas, o aumento da iluminação interna e a pintura da Igreja, feita pelos padres italianos.
Outra grande reforma que procurou resgatar a sua originalidade foi feita na década de 1980. Nesta reforma a Igreja foi adaptada a
novas cores, foram realizadas a reforma dos altares, reintrodução do púlpito, do altar do Senhor Morto bem como de sua imagem,
restauração do forro de placas de alumínio e dos lustres.
Para realizar as restaurações na Catedral foi convidado o Padre Lázaro Aparecido Digo, especialista em restauração de imagens.
Provavelmente esta restauração foi realizada em meados de 1984, época em que Padre Lázaro esteve em Teófilo Otoni. Ele
realizou a restauração de toda a parte artística da Igreja, entretanto, não há referência se houve qualquer restauração no vitral.
Segundo Dona Fany Moreira, Diretora da Casa de Cultura em 1998, não se sabe de nenhum caso de quebra dos vidros que compõe os
vitrais. Mas segundo texto publicado pela Paróquia Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição, em comemoração aos seus 150
anos, também os vitrais teriam, possivelmente, passado por restauração em 1997.
Em 2007, para as celebrações dos 150 anos (1857-2007) da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição foram feitas reformas
como, por exemplo, nova pintura da parte interna e externa do templo.
Tudo indica que o vitral teria, aproximadamente, a mesma idade da Catedral Nossa Senhora da Imaculada Conceição constituindose em importante referência sobre o seu processo construtivo e sobre a Paróquia de Teófilo Otoni.
Site: www.ipac.iepha.mg.gov.br/glossario> – acessado em 13/03/2008
www.wikipedia.org> – acessado em 14/03/2008
Janeiro,1995.
www.lbartesacra.com/index.htm.
A técnica clássica de fabricação de vitrais utilizava chumbo nas junções e soldaduras. A cor nas peças de vidro era obtida pela
adição de substâncias como o bismuto, o cádmio, o cobalto, o ouro, o cobre e outros, à massa de vidro em fusão. De peso elevado,
os vitrais assim construídos apresentavam problemas de estrutura, estanqueidade, fragilidade, deformação, corrosão electrolítica,
manutenção difícil, além de elevado custo.
Atualmente existem técnicas mais avançadas para a produção de vitrais, de grande valor estético, mais baratas e inócuas para a
saúde e para o meio-ambiente.
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
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2. Distrito Sede
4. Endereço Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni à Rua Frei Gonzaga/Centro
7. Designação Pintura Parietal
8. Localização específica Capela Mor
9. Espécie Pintura Parietal
10. Época Década de 1980
11. Autoria Padre Lázaro Aparecido Diogo
12. Origem Brasil, Minas Gerais,Teófilo Otoni
14. Material / Técnica Tinta à óleo/óleo sobre parede
Foto 6: Vista frontal focando a Capela Mor, com
as pinturas parietais existentes. Fev./2008 –
Foto: Nicole Bertinato.
Foto 1: Vista da pintura do anjo, situado na
lateral direita da imagem de N. Srª.. Fev./2008 –
Foto: Nicole Bertinato.
Foto 2: Vista da pintura de Nossa Senhora da
Imaculada Conceição. Fev./2008 – Foto: Nicole
Bertinato.
Foto 3: Vista da pintura do anjo, situado na
lateral esquerda da imagem de N. Srª.
Fev./2008 – Foto: Nicole Bertinato.
Foto 4: Vista da pintura representando a
anunciação de Maria.
Foto 5: Vista da pintura representando o
encontro de Maria com Isabel, o Magnificat.
99/109
17. DESCRIÇÃO
A Pintura Parietal, existente na Paróquia Catedral Imaculada Conceição de Teófilo Otoni (Igreja Matriz), é da década de 80,
somando um total de cinco painéis retratando passagens onde Maria aparece no Novo Testamento, como o primeiro - à esquerda na
parede à frente da Capela Mor - a Anunciação de Maria - retratado através da presença de Maria sentada à esquerda, com seu
manto sobre o cabelo e ombros, com vestido longo na cor vermelha; a cabeça inclinada para baixo e olhar também para baixo; com
as mãos sobre o peito. A figura do Anjo Gabriel aparece à esquerda, como que acabando de surgir no cômodo, envolto por uma
massa parecendo nuvem, vestindo um manto na cor verde, marrom e azul; pés descalços; uma asa sobre seus ombros; cabelos
longos e enrolados; olhar voltado para Maria, assim como sua mão esquerda, também voltada em direção à esta, enquanto a mão
direita apresenta-se erguida, de encontro com sua asa. Ao fundo da cena está uma paisagem de céu alaranjado na porção inferior e
azulado no alto. O segundo mural, à direita na parede à frente da capela-mor - o Encontro de Maria com Isabel, a visitação à sua
prima Santa Isabel e o Magnificat, o encontro neonato de João Batista, ainda no ventre da mãe, assim como Jesus, também no
ventre de Maria – retratado através da presença de Maria, de pé à esquerda com sua vestimenta vermelha, uma manto verde sobre
os ombros e um branco sobre a cabeça; calçando um chinelo; e cabeça e mãos inclinadas em direção à Isabel, de joelhos à direita
com sua vestimenta laranja, um manto azul sobre os ombros e outro branco sobre os cabelos; com cabeça inclinada em direção à
Maria e mãos tocando o braço desta mesma. Existe uma terceira pessoa de pé, também à esquerda, próximo à porta; de braços
cruzados esperando as duas conversarem, com olhar em direção à elas. Possui cabelos e barba grisalhos, vestindo um manto na cor
verde. O terceiro e o quinto murais – situados ao fundo da capela-mor - representam dois anjos, cada qual em um mural, com olhar
direcionado para o mural central, o quarto deles – com a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira da cidade e
da Igreja. Os dois anjos estão descalços; vestindo um manto vermelho, com outro verde sobre os ombros; e asas nos ombros. A
imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição está vestindo um manto azul e outro verde sobre os ombros, com seus braços
erguidos em direção ao céu. Ao céu existe um emaranhado de anjos olhando para baixo, em direção à Maria.
Bom
Data:
Excelente
Razoável
N°.:
Bom
Ruim
Federal
Regular
Estadual
Péssimo
Municipal
Nenhuma
21. DIMENSÕES
Os dois painéis mais a frente possuem, aproximadamente, 150 centímetros de largura por 250 centímetros de altura. Os três
painéis mais ao fundo possuem, aproximadamente, 100 centímetros de largura por 250 centímetros de altura.
Encontram-se em excelente estado de conservação. Aparentemente, mantém a integridade física e estrutural.
Segundo informações, o bem não passou por intervenções.
Provavelmente tinta à óleo sobre a parede preparada, pois segundo pronunciamentos já dados por Padre Lázaro, este afirmou ser
esta a sua técnica, sempre auxiliado por seu ajudante Bento Alves.
Pinturas com motivos litúrgicos, retratados através de cores fortes e com predominância dos tons de vermelho, azul e verde.
100/109
O quadro da Anunciação da Maria representa o instante em que Maria soube que ela seria a mãe do filho de Deus, o Prometido
Messias (ou Cristo), notícia dada através do arcanjo Gabriel.
O quadro do Encontro de Maria com Isabel significa o reconhecimento de Maria como mãe do Salvador.
Os três quadros presentes ao fundo da capela-mor representam Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira da cidade e da
Igreja, com dois anjos ao seu redor.
Construção, Pe. Virgolino iniciou a obra no dia 1º de novembro de 1896. No dia 31 de julho de 1911, foi inaugurada a nova e atual
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Em 20 de agosto de 1912, foi feita a consagração da Matriz pelo Arcebispo
Em setembro de 1938 iniciou-se uma reforma da Matriz, que incluiu a reforma do telhado e instalação do forro em placas de
alumínio pintadas, o aumento da iluminação interna e a pintura da Igreja, feita pelos padres italianos.
Em 1960 com a criação da Diocese de Teófilo Otoni a Igreja Matriz Nossa Senhora Imaculada Conceição foi elevada a Catedral.
Houve outra grande reforma que procurou resgatar a sua originalidade, foi adaptada à novas cores, reforma dos altares,
reintrodução do púlpito, do altar do Senhor Morto bem como de sua imagem, restauração do forro de placas de alumínio e dos
lustres. Para realizar as restaurações na Catedral foi convidado o Padre Lázaro Aparecido Digo, especialista em restauração de
imagens. Provavelmente esta restauração foi realizada em meados de 1984, época em que Padre Lázaro esteve em Teófilo Otoni.
Ele realizou a restauração de toda a parte artística da Igreja, assim como a produziu as pinturas parietais da Capela Mor.
Padre Lázaro Aparecido Digo nasceu em Andradas, Minas Gerais, em 1954 e com 15 anos foi para o seminário capuchinho de Ouro
Fino onde iniciou-se na pintura no ano 1969 em curso ministrado pelo Frei Leopoldo. Em 1972 recebeu uma bolsa de estudo do
Conselho de Extensão da UFMG que o levou ao 6º Festival de Inverno de Ouro Preto, quando descobriu a arte moderna. Freqüentou
os cursos livres de pintura da Faculdade de Bela Artes da UFMG em Belo Horizonte que contribuíram para sua formação acadêmica
que culminaria com o Bacharelado em pintura, escultura e gravura, com especialização em pintura, na Faculdade de Belas Artes de
São Paulo.
Em 1984, foi para Teófilo Otoni a convite de D. Fernando Antônio Figueiredo, bispo da Diocese de Teófilo Otoni nesse período. As
pinturas parietais feitas pelo Padre Lázaro na Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição em Teófilo Otoni localizam-se
especificamente na Capela Mor, totalizando cinco pinturas, todas relacionadas à Nossa Senhora Imaculada Conceição, padroeira do
município e da Igreja.
Nesse mesmo ano foram construídos o Centro Paroquial Cura DÀrs e a Praça Imaculada Conceição para celebrações e
estacionamento. Quase dez anos depois, em 1997, foi dado início a nova reforma do telhado, das laterais superiores da Igreja, dos
vitrais e nova pintura, respeitando as características da reforma de 1988. Em 2007, para as celebrações dos 150 anos (1857-2007)
da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição foram feitas reformas, como por exemplo, nova pintura da parte interna e
externa do templo.
Site: <www.ipac.iepha.mg.gov.br/glossario> – acessado em 13/03/2008
Janeiro,1995.
101/109
www.lbartesacra.com/index.htm.
- A profunda devoção à Maria pelos católicos de todo o mundo a encobriu de títulos como: Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora
da Conceição Aparecida, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de
Lourdes, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora de Fátima, dentre outros.
As passagens onde Maria aparece no Novo Testamento são:
- O aparecimento do arcanjo Gabriel, e anúncio de que seria ela a mãe do Filho de Deus, o prometido Messias (ou Cristo). (lucas
1:2-56 a Lucas 2:1-52; compare com Mateus 1:2).
- A visitação à sua prima Santa Isabel e o Magnificat (Lc. 1,39-56).
- O nascimento do Filho de Deus em Belém, a adoração dos pastores e dos reis magos (Lc. 2,1-20).
- A Sua purificação e a apresentação do Menino Jesus no templo (Lc. 2,22-38).
- À procura do Menino-Deus no templo debatendo com os doutores da lei (Lc. 2,41-50).
- Meditando sobre todos estes fatos (Lc. 2,51).
- Nas bodas de Casamento em Caná, na Galiléia. (João 2:1-11)
- À procura de Cristo enquanto este pregava e o elogio que Lhe faz (Lc. 8,19-21) e (Mc. 3, 33-35).
- Stabat Mater - Ao pé da Cruz quando Jesus aponta a Maria como mãe do discípulo e a este como seu filho (Jo, 19,26-27).
Depois da Ascensão de Cristo aos céus, Maria era uma das mulheres que estavam reunidas com restantes discípulos no
derramamento do Espírito Santo no Pentecostes e fundação da Igreja Cristã. (Atos 1:14; Atos 2:1-4)
E não há mais nenhuma referência ao seu nome nos restantes livros do Novo Testamento, salvo em Lucas (11, 27-28): Felizes as
entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram.
23. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
FICHA 20/20 – BENS IMATERIAIS / CELEBRAÇÕES – ÁREA I / SETOR 01
2. Distrito Sede
3. Designação Sesquicentenário da Colonização Alemã
4. Período de realização 18 à 23 de Julho de 2006.
5. Espaço de realização Praça Germânica, Igreja Martin Luther - Espaço Cultural da Igreja Martin
Luther, Clube do América e Praça Tiradentes.
6. PROGRAMAÇÃO
Abaixo segue a programação da última Festa da Colonização Alemã realizada em Teófilo Otoni:
Dia 18/07/2006 – Terça-feira
06:00h – Alvorada Sinfônica com a Banda de Música do 19º Batalhão de Polícia Militar.
08:00h – Abertura Oficial
Hasteamento das Bandeiras
Pronunciamento de Autoridades
Local: Praça Germânica
19:00h – Culto Ecumênico, com a participação do Coral Martin Luther e do Coral de Trombones Martin Luther.
Apuração e Coroação da Rainha e Princesas do Sesquicentenário.
20:00h – Seresta na Praça
Grupo de Seresta do Conservatório de Música de Teófilo Otoni e Artistas Locais.
Dia 19/07/2006 – Quarta-feira
20:00h – Peça Teatral sobre a Colonização Alemã em Teófilo Otoni
Grupo Teatral Philadélfia.
Local: Espaço Cultural da Igreja Martin Luther
Rua Capitão Leonardo, 217
Dia 20/07/2006 – Quinta-feira
20:00h – Recital de Piano
Pianista: Ingrid Hollerbach e Carla Silva Reis
Local: Igreja Martin Luther
Dia 21/07/2006 – Sexta-feira
20:00h – Concerto de Gala
Coral Martin Luther
Coral da Igreja Luterana
Praça de Alimentação com barracas de comidas típicas alemães
Dia 22/07/2006 – Sábado
09:00h – Exposição de Orquídeas
Exposição de Fotos e de Objetos Antigos,
Feira de Artesanato.
09:00h – Desfile de Carros Alegóricos com a Rainha e Princesas do Sesquicentenário.
10:00h – Homenagem aos descendentes das primeiras famílias de colonos alemães.
11:00h – Apresentação Cultural
Shows com Cantores da Terra
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Praça de Alimentação com Barracas de Comidas Típicas Alemãs
Local: Praça Tiradentes
Enduro (Motocross)
Apresentação Cultural
Grupos de Dança Tradicional Alemã e
Banda de Música Tradicional Alemã
22:00h – Baile Típico
Apresentação dos Grupos de Dança
Local: Clube do América
Dia 23/07/2006 – Domingo
08:00h – Exposição de Orquídeas
Exposição de Fotos e de Objetos Antigos
Feira de Artesanato
08:00h – Centro Esportivo Aliança
Torneio de Confraternização
Cavalgada
Futebol Soçait
08:30h – Enduro a pé “Expedições”
10:00h – Apresentação Cultural
Grupos de Dança Tradicional Alemã
Grupo de Música Tradicional Alemã
Praça de Alimentação com barracas de comidas típicas alemãs
Local: Praça Tiradentes
20:00h – Show Musical com o Cantor Virgílio (Ponte Nova)
Praça de Alimentação com barracas de comidas típicas alemãs
7. HISTÓRICO
As mudanças ocorridas no contexto histórico do século XIX interferiram diretamente no cotidiano e na mentalidade das pessoas
tanto no continente europeu quanto no americano. A revolução industrial começada na Inglaterra no final do século XVIII se
expandiu no restante da Europa no decorrer do século XIX alcançando distantes regiões e necessitando cada vez mais de matériaprima e de mercado consumidor. No continente americano regiões que ainda preservavam o sistema escravocrata começaram a ser
pressionadas para que acabassem com a escravidão e adotassem o trabalho assalariado, que melhor atenderia à necessidade de
mercado consumidor dos produtos industrializados. Associados às pressões externas os movimentos abolicionistas cada vez se
fortaleciam junto à sociedade brasileira ao longo do século XIX, leis que proibiam a importação de escravos do continente africano
por meio do tráfico negreiro e que limitavam a utilização do trabalho escravo eram aprovadas. Diante desse contexto, o Império
brasileiro começou a aprovar leis de incentivo à imigração européia. A partir daí, grandes levas de europeus, na maioria alemães e
italianos, mas também de outras regiões, vieram para o Brasil com a esperança de reconstruírem suas vidas, de terem acesso à
terra e à melhores condições de sobrevivência. Grande parte desses imigrantes foi encaminhada para as regiões cafeeiras e para o
sul do país, parte foi encaminhada para outras regiões onde se necessitava de mão-de-obra.
Diante das dificuldades encontradas por Theóphilo B. Ottoni na região, a Companhia do Mucuri, ao contrário da sua intenção inicial,
teve que fazer uso tanto do trabalho escravo quanto das políticas e acordos de imigração. Dessa forma, em 1854 foi assinado um
contrato entre Theóphilo Benedicto Ottoni e a Casa Schlobach e Morgensterns de Leipzig, Alemanha, para a vinda de dois mil
agricultores alemães para Teófilo Otoni. Assim, nos anos seguintes grandes levas de imigrantes europeus chegaram à região sendo
que a primeira delas, de imigrantes alemães, chegaram em julho de 1856. Os imigrantes passaram por dificuldades no acesso a
terra, o trabalho para o qual não estavam preparados, as doenças, os enfrentamentos com os índios.
Com a presença de grande quantidade de europeus, também a língua e a religiosidade passaram a ser influenciada pelas idéias
protestantes dos locais de origem desses imigrantes. Foi fundamental a chegada em 1862 do pastor Johann Leonhardt Hollerbach,
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da Sociedade Evangélica Missionária da Basiléia, da Igreja Luterana alemã, vindo de Wertheim, na Baviera. No ano seguinte a sua
chegada ele fundou a segunda escola do município na qual eram ministradas aulas em alemão e português, hoje denominada Escola
Estadual Lourenço Porto, situada no bairro Vila São João. Em 19 de agosto de 1868 foi inaugurada a primeira Igreja Luterana
edificada na Praça dos Alemães (atual Praça Germânica), a qual no ano de 1942, época da Segunda Guerra Mundial, foi saqueada e
destruída.
A cultura do município de Teófilo Otoni é profundamente marcada por traços e permanências da cultura e da religiosidade dos
povos que imigraram para a região no século XIX, sobretudo dos alemães.
A Festa da Colonização Alemã acontece no dia 18 de julho, de cinqüenta em cinqüenta anos, desde sua primeira comemoração em
18 de julho de 1906, a partir da qual, foram realizadas três Festas. Segundo o livro “A Colonização Alemã no Vale do Mucuri”, da
Fundação João Pinheiro, os eventos da Festa da Colonização Alemã chegaram a ocorrer também no Clube Concórdia, criado no
início do século XX e que funcionou até a década de 1950.
A Festa é organizada pela Comunidade Alemã de Teófilo Otoni/ Igreja Evangélica Martin Luther com a participação da Prefeitura
Municipal de Teófilo Otoni e da população da cidade.
A festa é produzida para celebrar a colonização alemã na cidade de Teófilo Otoni, com uma programação ligada à cultura alemã,
como comidas típicas, música, teatro e danças típicas, concurso da rainha alemã entre outros eventos. É intensa a participação da
população na festa uma vez que é grande a população descendente de alemães no município.
8. DESCRIÇÃO
A descrição foi feita tendo como base a última Festa da Colonização Alemã – a Festa do Sesquicentenário da Colonização Alemã oferecida pela Prefeitura de Teófilo Otoni, representada por Maria José Haueisen Freire, e pela comunidade alemã. A festa retrata
um pouco da cultura alemã “um povo festeiro, alegre, que, depois de passado o medo, fazem de tudo para preservar e resgatar sua
cultura, tais como as festas, comidas típicas, a religiosidade, a preservação da natureza e o cultivo de orquídeas”.
A Festa tem início com a abertura oficial na Praça Germânica - antiga Praça dos Alemães – com o evento denominado “Alvorada
Sinfônica”, em que acontece o discurso das autoridades como, primeiramente, do representante da colônia alemã em Teófilo
Otoni, descendente de alemão, e na seqüência o discurso do prefeito da cidade, no caso da última festa realizada quem pronunciou
foi Maria José, atual Prefeita de Teófilo Otoni e descendente de alemães. Ambos pronunciam sobre a origem da colonização alemã,
exaltando a sua importância para o desenvolvimento da cidade. Após o pronunciamento acontece o hasteamento das bandeiras – do
Brasil, da Inconfidência Mineira e da Alemanha – ao som dos respectivos hinos nacionais tocados pela Banda de Música do 19º
Batalhão de Polícia Militar.
O Culto Ecumênico tem início às 19:00, com a participação do Coral Martin Luther e do Coral de Trombones Martin Luther,
contando com pequenos pronunciamento das autoridades da Igreja. Na última comemoração ocorrida na cidade - no
Sesquicentenário da Colonização Alemã - foi anunciado que a Colônia Alemã de Teófilo Otoni é a quinta maior colônia do Brasil. Na
seqüência é realizada a coroação da rainha e princesas do sesquicentenário, sendo eleita uma rainha e duas princesas descendentes
de alemães. A banca de apuração conta com a presença do prefeito da cidade. As candidatas se apresentam desfilando com
vestidos longos e sociais, nada parecidos com o típico vestuário dos alemães. O resultado do concurso é dado na mesma hora, tudo
acontecendo na Praça Germânica. O primeiro dia de comemoração da Festa da Colonização Alemã tem encerramento, no mesmo
local, com a seresta na praça através do grupo de seresta do Conservatório de Música de Teófilo Otoni e Artistas Locais.
O segundo dia de festa foi comemorado com uma apresentação, às 20:00h, do Grupo Teatral Philadélphia, com uma peça sobre a
Colonização Alemã em Teófilo Otoni, com seus atores personificando pessoas e fatos da história, vestidos com a vestimenta típica
dos alemães. Acontece no Espaço Cultural da Igreja Martin Luther, na Rua Capitão Leonardo, nº 217.
O terceiro dia de festa teve início às 20:00h, contando com a apresentação de um Recital de Piano, a quatro mãos, realizado pelas
pianistas Ingrid Hollerbach e Carla Silva Reis, na Igreja Martin Luther, Rua Capitão Leonardo, nº 217.
O quarto dia de comemoração da Festa da Colonização Alemã é realizado na Praça Germânica, através do Concerto de Gala,
apresentado pelos corais “Coral Martin Luther”, “Coral da Igreja Luterana” e Coral Infantil Crescendo em Cristo” , e a apreciação
da culinária alemã na Praça de Alimentação, montada com barracas de comidas típicas da culinária germânica, constituída dos
seguintes tipos:
Pefferkuchen (popularmente conhecido como “fofa”) - com rapadura ou açúcar mascavo, trigo e pimenta.
Chuket (chucrute) – feito com repolho e sal, fermentado em tonéis de madeira.
Klossen (Klöse) – feito com frango ao molho pardo e bolas de batata doce, batata e goma.
Bratwuch – feito com pão e lingüiça.
Rollmops – conserva de peixe cru e pepino.
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Salsichas, lingüiças, lombos defumados e torta alemã.
O quinto dia da festança volta a acontecer no período da manhã, a partir das 09:00h, com programação durante o dia todo,
iniciando no Espaço Cultural da Igreja Martin Luther, na Rua Capitão Leonardo, nº 217, com a exposição de orquídeas; exposição de
fotos e de objetos antigos e feira de artesanato. A exposição de fotos e de objetos antigos retrata, através destes, a história da
colonização com elementos que contam como tudo acontecia na época. Exemplo disso são:
- Foto da primeira fábrica de ladrilhos artesanais de Teófilo Otoni.
- O rádio pertencente a Alcy Gustavo Doehler (1926-1996), cidadão alemão, residente em Teófilo Otoni.
- Molde para fazer a gravação nos sacos de café, com a inscrição “Fazenda Recanto – Theophilo Ottoni”). Também as moedas de
troca, cunhadas pelos próprios habitantes, uma vez que geralmente não circulava dinheiro na região, sendo todo o comércio
realizado na base da troca de mercadorias.
- Carro de Boi – veículo muito importante para o transporte de mercadorias na região. Muitas famílias tinham “juntas” de boi. Duas
ou três juntas de boi para puxar as mercadorias.
- Peça de madeira - tipo uma haste, de material bem resistente, e que diziam vir de Araçuaí, para prensar a mandioca ralada afim
de deixá-la em partículas bem menores e secas para serem torrada. Com o resíduo era feita a goma ou polvilho de mandioca.
- Tacho de cobre – também muito usado pelos colonos alemães, para a fabricação da rapadura, uma vez que era grande a produção
de rapadura na região. Produção que deu muito trabalho, mas também rendeu muito lucro para as famílias.
- Fôrma de telha – as famílias geralmente procuravam um lugar com um determinado barro, que era próprio para a fabricação de
telha. O barro não podia ter areia em sua constituição. Este barro era carregado para outro lugar e batido até que ficasse bem
homogêneo e assim, juntavam a massa bem lisa para ser trabalhada na fôrma, que com todo o cuidado o artífice colocava no
telhado. Técnica hoje substituída pelas fábricas.
- Termômetro para medir a acidez da goma – quando a mandioca era prensada, ficava um tempo em espera para se obter o ponto.
Para isto era necessário medir sua acidez e assim fazer o biscoito que todos gostavam
- Um objeto de bolso (um frasco) para carregar pinga. Retratando que já de muito tempo que a região produz e consome a pinga.
Às 09:00h teve início o desfile de carros alegóricos com a rainha e princesas eleitas, juntamente com uma carreata composta por
carros de boi/cavalos, carros antigo, músicos do acordeon, todos com vestimenta típica alemã, ainda seguidos de motoqueiros atrás
destes, ao longo da avenida Getúlio Vargas. Chegando na Praça Tiradentes, acontece uma homenagem aos descendentes das
primeiras famílias de colonos alemães, com o depoimento da prefeita Maria José e de membros da Igreja Evangélica/Comunidade
Alemã. Após esta abertura da noite com pronunciamento das autoridades, tem início uma apresentação cultural com shows de
artistas da terra, com corais acompanhados com o som do acordeon. A Praça de Alimentação é novamente montada, com barracas
de comidas típicas da culinária germânica.
Às 14:00h acontece o enduro de motocross pela cidade. Chegando na Praça Germânica, acontece a apresentação de danças
tradicionais alemães e da banda de música também tradicional, todos vestidos com a tradicional vestimenta alemã. Encerrando o
evento do dia é realizado o baile típico com apresentação dos grupos de dança, no Clube do América.
O último dia das comemorações acontece com outra exposição de orquídeas; exposição de fotos e de objetos antigos e feira de
artesanato, no Espaço Cultural da Igreja Martin Luther. Após este evento, ocorre o torneio de confraternização no Centro Esportivo
Aliança, com cavalgada e futebol soçait. Na seqüência,
o enduro a pé “expedições”. O grande final acontece com muitas
comemorações musicais como a apresentação de dança tradicional alemã, grupo de música tradicional alemã – Banda Pommerchor,
do Espírito Santo - seguidos de mais barracas montadas com comidas típicas. Depois de cinco dias em meio a tantos repertórios
ligados à cultura alemã, a Praça Germânica vive um momento de encerramento imbuído da cultura de minas, com o músico da
cidade de Ponte Nova, Virgílio, com seu repertório de músicas brasileiras, como o sertanejo de raiz.
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Foto 1: Grupo de dança tradicional alemã durante a comemoração da
festa da colonização alemã, na Praça Tiradentes.
Teófilo Otoni. Fotógrafo desconhecido. Julho/2006
Foto 3: Desfile de carros alegóricos com a rainha e princesas do
sesquicentenário e seus descendentes alemães.
Foto 2: Grupo de dança tradicional alemã durante a comemoração da
Festa da Colonização Alemã, na Praça Tiradentes.
Foto 4: Edifício da Igreja Evangélica Martin Luther/Comunidade Alemã de
Teófilo Otoni. Um dos locais onde acontece a Festa da Colonização Alemã,
na Rua Capitão Leonardo, nº217. Março/2008 – Fotógrafa: Nicole Bertinato
12. RECURSOS FINANCEIROS
Data:
Registro Federal
Particular
N°.:
Registro Estadual
Órgão Público
Federal
Registro Municipal
Patrocínio
Estadual
Registro
Outros
Municipal
Nenhuma
13. INSTRUMENTOS
Fitas, bandeiras e demais adereços com as cores da bandeira da Alemanha compõem o ambiente festivo da Praça Germânica, Igreja
Martin Luther, Espaço Cultural da Igreja Martin Luther, Clube do América e Praça Tiradentes para a realização da Festa da
Colonização Alemã.
Alvorada Sinfônica com a Banda de Música do 19º Batalhão de Polícia Militar, coroação da rainha e princesas, exposição de
orquídeas/fotos/objetos antigos, feira de artesanato, desfile de carros alegóricos, praça de alimentação e apresentações musicais
– piano, coral, sanfona/coro, violão e outros - grupo de dança e teatro realizam a festa.
14. VESTIMENTAS
No desfile de Carros Alegóricos pela cidade, com a rainha e princesas do sesquicentenário e demais descendentes de alemães, e
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grupos de dança/música tradicional alemã, o traje utilizado é a vestimenta típica alemã, com as mulheres vestindo sapato preto,
meia branca até o joelho, saia longa vermelha com avental branco por cima, blusa branca e uma espécie de colete preto por cima,
chapéu de cor escura com lenço afixado; e homens com sapato preto, meia branca até o joelho, calça de cor escura até o joelho,
camisa branca e colete de cor escura por cima, chapéu escuro com pena afixada.
Na apuração e coroação da rainha e princesas do sesquicentenário, estas se apresentam trajando vestidos longos e sociais, com
tecidos leves, típicos dos ambientes festivos brasileiros, e sandálias de salto alto.
Nos demais acontecimentos da programação da festa da colonização alemã a vestimenta utilizada é comum, cada qual vestindo da
maneira que lhe convém.
15. TRANSFORMAÇÕES AO LONGO DO TEMPO
Não foi mencionada nenhuma transformação ao longo do tempo.
Fonte Oral: Dona Dora - Membro da Comunidade Alemã em Teófilo Otoni/Comunidade Evangélica Martin Luther.
- “Cem Anos de Colonização Alemã em Teófilo Otoni – Minas Gerais”. Breve Histórico organizado por Max Rothe, com colaboração
de Pastor Anselm Schueler e Libório Zimmer, todos residentes em Teófilo Otoni.
- “A Colonização Alemã no Vale do Mucuri”. Fundação João Pinheiro. Coleção Mineiriana, Estudos e Ensaios. Belo Horizonte, 1993.
A Colonização Alemã no Vale do Mucuri” - Fundação João Pinheiro. Coleção Mineiriana, estudos e ensaios. Belo Horizonte, 1993
Janeiro,1995.
DVD Sesquicentenário da Colonização Alemã. Teófilo Otoni, 18 a 23 de julho de 2006.
Estrada Santa Clara. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni, Secretaria Municipal de Educação.
Resumo da História da Colonização Alemã em Teófilo Otoni – MG. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni, Secretaria Municipal de
Educação.
1857 – 2007. 150 anos da Primeira Estrada de Rodagem do Brasil. Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni, Secretaria Municipal de
Educação.
- A arquitetura de Teófilo Otoni apresenta uma tipologia original da fundação da cidade de décadas seguintes ao século XIX,
herança da colonização predominantemente alemã e da arquitetura do Brasil, no início da República.
- Outra festa tradicional alemã é a “Festa da Colheita”, realizada na Igreja Evangélica Martin Luther, sempre nos meses de Julho
ou Agosto, com muitas comidas e bebidas típicas. Representa um costume trazido pelos alemães desde o início da colonização e
mantido pela comunidade evangélica, comemorada todos os anos como forma de agradecimento pela boa safra alcançada. No altar
(dentro da Igreja, ou montado no pátio externo da igreja), os colonos expõem os produtos alimentícios colhidos na época,
juntamente com alguns objetos (flores, enfeites, ovos pintados e outros).
- Teófilo Otoni deve sua prosperidade, em primeiro plano, à persistência e à decisão de seus primitivos imigrantes, quer sejam
alemães, suíços, austríacos, holandeses ou franceses. Muitos desses pioneiros, que construíram Teófilo Otoni, ficarão perenemente
ligados à história da cidade, e merecem ver seus nomes citados como:
Pastor Hollerbach: além de ministro da comunidade evangélica alemã de Teófilo Otoni, foi o primeiro mestre-escola, da cidade.
Lecionava nos idiomas alemão e português.
Albert Schirmer: até avançada idade, foi incansável na transmissão de seus profundos conhecimentos aos jovens. Lecionava
história, geografia, música e desenho, em português, francês e alemão.
Bruno Rudolph: farmacêutico alemão, residiu 40 anos em Teófilo Otoni. Autor de um dicionário “Botocudo alemão”. Não há uma
versão brasileira desse dicionário.
Hermann Oppe: instalou a primeira fundição em Teófilo Otoni no ano de 1868. Transformava ferro velho em panelas e panelões de
cozinha.
Carlos Roedel: confeccionava taças, das cascas do côco e do fruto da sapucaia, produtos que tiveram boa aceitação.
Zacarias Loesch: fabricava pequenos cofres de costuras, feitos em madeira jacarandá. Graças ao bom gosto e acabamento de seus
108/109
trabalhos foi considerado um marceneiro perfeito.
Hermann Meltzer: instalou a primeira cervejaria e também a primeira fábrica de lingüiça. Mais tarde esses produtos foram
fabricados por Hermann Marx.
Heinrich Pietsch: natural da Alemanha, foi o primeiro fotógrafo de Teófilo Otoni.
Friedrich Knuepfer: no ano de 1874, foi realizada a primeira exposição de produtos agrícolas. Quase todos os colonos se fizeram
representar. Nessa exposição, o Sr. Friedrich Knuepfer pode demonstrar os excelentes resultados obtidos em sua experiência de
cultivar o trigo nesta região.
18. FICHA TÉCNICA
História
História
História
Data:Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
Data: Março / 2008
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7 – EQUIPE TÉCNICA
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS
NOME
FUNÇÃO
Arquiteta e Urbanista
Historiadora
Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni
Funcionário: Alexandre Marques
Cargo: Chefe do Setor de Patrimônio Cultural
Endereço: Rua Padre Virgolino, 925 - Centro
Telefone: (33) 3529-2262
ASSINATURA
ASSESSORIA
ESTILO NACIONAL LTDA ME
CNPJ: 06.992.587/0001-49
RUA MAJOR LOPES, 34B, SÃO PEDRO, CEP 30330-050, BELO HORIZONTE-MG
TEL: 31 2127-2211 / 3047-0003 / 9923-2793 FAX: 11 4081-8779
[email protected]
COORDENAÇÃO
Eduardo Felipe Andrade Alvim
Arquiteto e Urbanista
CREA-MG – 84.362/D
Gustavo Júdice Paiva
CREA-MG – 84.425/D
Marílis Mendes Pereira da Costa Lima
CREA-MG – 83.656/D
EQUIPE
Carolina Angrisano
Historiador
Jacqueline Moterani Maia
Graduanda em Arquitetura
Lorena Costa Rodrigues
Patrícia Helena Turola Takamatsu
COLABORADORES
Ana Carolina Araújo e Silva
Luiz Antônio Evangelista de Andrade
Geógrafo
Ana Flávia Silveira
Historiadora
Nívia Raquel de Souza e Silva
Bruna Maria Salgado Menezes
Historiadora
Paula Soares Maia Silva
Bruno de Araújo Rangel
Historiador
Paula Tavares Vilela
Christiane Kelly Barbosa
Priscila Monteiro Mourão
Claudia Marun Mascarenhas Martins
Renata Luiza Rojo
Débora Nogueira de São José
Sérgio M. C. Mitre
Historiador
Fernanda Alves Silva Lara
Talita Pereira Rodrigues Pereira
Frederico Bruno Soares
Tatiana Barreto Bravo
Gregório Magno Fiorotti Peixoto
Engenheiro Arquiteto
Tatiana Pimentel
Karine Guimarães Berbari
Tiago Sânzio dos Santos Pereira
Historiador
Lucila Angrisano
Psicóloga
Vico Mendes Pereira Lima
Engenheiro Agrícola

IPAC Teófilo Otoni – 2008 - Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni

Transcrição

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