Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
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Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã
1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Câmpus de Tupã Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Tupã Câmpus Experimental de Tupã 2013 II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 2 Comissão Organizadora do EPECT Sandra Cristina de Oliveira Presidente Danilo Florentino Pereira Vice-Presidente Clodoaldo Isao Yazawa Roberto Correa Scienza Sérgio Silva Braga Junior Editoração Clodoaldo Isao Yazawa Eliana Kátia Pupim Thiago Carvalho Cambaúva ENCONTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO DO CÂMPUS DE TUPÃ (2., Tupã- SP, 2013) Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã-SP, 8 de novembro de 2013 / Organizado pela Comissão Organizadora do EPECT. – Tupã-SP: EPECT, 2013. 49 f. ISBN: 978-85-6773-00-8 1. Pesquisa Acadêmica – Comunicação. 2. Extensão Universitária Comunicação. 3. Divulgação Científica. I. Comissão Organizadora do EPECT. II. Anais do II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 3 SUMÁRIO VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos superiores a se envolverem em ações voluntárias. ............................................................................................................................................ 7 Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani. Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. [email protected] Análise da variação do custo da cesta-básica no município de Tupã-SP, entre 2010-2013. ......................... 8 Jéssica Bruvers, Wagner Luiz Lourenzani, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, e-mail: [email protected], Bolsa BAAE II. Contribuições ao bem estar na Terceira idade por meio do projeto de extensão UNATI/ Campus de Tupã. ........................................................................................................................................................................... 9 Lais de Magistris Martins Andrade, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo (C), Ariella Lopes Amaral Costa (C), Felipe Grassi Umberto (C), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], BAAI I. Cine Empreendedor: articulando teoria e prática. ......................................................................................... 10 Letícia Flore Junqueira, aluna-autora, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, orientadora. Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected] PIBIC S/B Parceria educacional entre Escola Estadual Índia Vanuíre, CRAS e Cursinho 180º com o Programa de Educação Tutorial (PET) da UNESP Campus de Tupã. ..................................................................................... 11 Liria Yukari Yamada, Timóteo Ramos de Queiroz, Amanda Di Paula Rodrigues,Talita Nardi, Thábata Carrion Mendes de Oliveira, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected] (Bolsista PET). Atuação “180 graus”. ....................................................................................................................................... 12 Lucas Aranha Fialho ([email protected]), Daniel Hideo Kawasaki ([email protected]). Gessuir Pigatto ([email protected]). Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos superiores a se envolverem em ações voluntárias. ............................................................................................................................................ 13 Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani. Câmpus da Unesp de Tupã. Curso de Administração. [email protected] Projeto CoDAF – Criando opções para o desenvolvimento de competências digitais em agricultores familiares. ......................................................................................................................................................... 14 Thiago Talon de Oliveira Carreira, Pedro Henrique dos Santos Bisi, Fábio Mosso Moreira e Fernando de Assis Rodrigues (autores), Ricardo Cesar Gonçalves Santana (orientador), Campus de Tupã, Administração, [email protected]. PROEX. O perfil recente da terceira idade no Brasil. ................................................................................................... 15 Carla Regina Baptista Castelan, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo (C), Vinícius Cainelli (C), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], BAAE II. REAP: os caminhos iniciais percorridos e suas ações no extremo oeste do Estado de São Paulo. ............... 16 Larissa Albuquerque de Castro, Angélica Góis Morales, Kimberli Terumy Sato, Guilherme de Andrade Ussuna, Evilin Nataly Orestes Magalhães, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Tupã, Administração, [email protected], bolsista da PROEX-BAAE II II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 4 Comunicação e Meio Ambiente: Relatos de Experiência do Programa Olhar Ambiental. ........................... 17 Luana Ferreira Pires, Lucas Balthazar Etruri, Laiz Eritiemi de Moura Hiraga , Angélica Góis Morales, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, lua na f.p@hotma il.com Bolsa: PROEX (BAAE I e II). UNATI – Empreendedorismo. .......................................................................................................................... 18 Lucas Aranha Fialho ([email protected]), Amanda Di Paula Rodrigues ([email protected]), Lucas Aparecido Martins Frühling ([email protected]), Charles Angelo de Oliveira ([email protected]). Timóteo Ramos Queiroz ([email protected]). Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsistas de extensão. A internacionalização sob o contexto da Distância Psíquica. ........................................................................ 19 Andrei Golfeto do Santos (A), Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, Administração, [email protected], PIBIC/reitoria. Aplicação do método VSM em um processo produtivo de estamparia automotiva. ................................... 20 Bruno Henrique Rodrigues ([email protected]), Filipe Bueno Teixeira ([email protected]), Wilson Levi Palma ([email protected]), Faculdade de Jaguariúna, Engenharia de Produção. Eduardo Guilherme Satolo ([email protected]), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Estratégias de internacionalização de empresas brasileiras: contribuições teóricas. ................................... 21 Fernanda Bergamo Calderari, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, nanda_bergamo@hotmail. Inovação ambiental no setor de serviços: a redução no consumo de água e o seu impacto no desempenho econômico. ....................................................................................................................................................... 22 Gustavo Antiqueira Goes, UNESP, Campus de Tupã-SP, [email protected], Karoline Ferreira Kinoshita, REGES, Universidade Estadual Paulista, Campus de Dracena, [email protected], Angélica Góis Morales, UNESP, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected] Canal de Distribuição no Setor de Serviço de Alimentação: análise do relacionamento comercial das empresas de food service (restaurantes) e seus fornecedores de hortaliças. .............................................. 23 Gustavo Oliveira Lemos (A), Gessuir Pigatto (O), Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração, [email protected]. PIBIC/Reitoria Consumo de produtos verdes no varejo supermercadista: a intenção de compra versus a compra declarada. ........................................................................................................................................................................... 24 Jaqueline Caleiras Magalhães, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected]. Caracterização da certificação orgânica no Brasil. ......................................................................................... 25 Jéssica de Fátima Coltro, Andréa Rossi Scalco , Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Email: [email protected]. Bolsa FAPESP. Os meios de comunicação como instrumentos para a escolha da Instituição de Ensino Superior. ........... 26 Jéssica dos Santos Leite Gonella; Cristiane Hengler Corrêa Bernardo; Diego Cassiano Silveira Costa, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected] PIBIC, S/B. Análise descritiva comparativa do perfil socioeconômico dos produtores rurais dos assentamentos do município de Rancharia-SP. ............................................................................................................................. 27 Luana Possari Maziero, Sandra Cristina de Oliveira, Leonardo de Barros Pinto, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], FAPESP. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 5 Software de avaliação da massa corporal de quaisquer rebanhos bovinos utilizando sistemas fuzzy. ....... 28 Luana Possari Maziero, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Fernando Ferrari Putti, Camila Pires Cremasco. Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração o, [email protected]. FAPESP. Comercialização de produtos pela agricultura familiar no município de Tupã/SP ............................ 29 Mara Elena Bereta de Godoi Pereira (autora), Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani (orientadora), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected]. Análise das vantagens econômicas e ambientais através da logística reversa para varejo supermercadista. ........................................................................................................................................................................... 30 Renata Borini Marcondes e Santos, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected]. Estudo sobre o uso adequado dos computadores por educadores em sala de aula. .............................. 31 Rodrigo da Silva Costa, Eliane Vendramini de Oliveira, Presidente Prudente – SP, Faculdade de Tecnologia (FATEC), [email protected]. Ajuste de valores de corrente e potência geradas por sistemas solares fotovoltaicos utilizando curvas com diferentes graus de pertinência de conjuntos fuzzy. ...................................................................................... 32 Anderson Magalhães Freitas, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco, Daniel Vias Neto, Fernando Putti– Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração – [email protected] Serviços de alimentação de rua: estrutura de custos na street food. ........................................................... 33 Andrei Golfeto dos Santos, Gessuir Pigatto, Câmpus de Tupã, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração; e-mail: [email protected], bolsa PIBIC/Reitoria. Bem estar e comportamento de poedeiras em função de diferentes fontes de iluminação monocromáticas. ........................................................................................................................................................................... 34 Bartira de Oliveira Tavares, Danilo Florentino Pereira, Gabriela Fagundes da Silva, Leda Gobbo Freitas Bueno, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], Bolsista de Iniciação Científica CNPq. Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nas arestas. .......................................... 35 Beatriz Barbero Brigantini ([email protected]). Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsista da FAPESP. As relações entre a cultura organizacional e a cultura local: um estudo sobre a unidade da Petrobras na Bolívia. .............................................................................................................................................................. 37 Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Renato Dias Baptista, Daiane Bueno Lyra, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected] Processo de internacionalização produtiva e as interfaces com a cultura: um estudo sobre a Votorantim na Bolívia. .............................................................................................................................................................. 38 Daiane Bueno Lyra. Renato Dias Baptista, Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected], Bolsista PROPe/Unesp Análise geométrica e diferencial de sistemas fotovoltaicos para aplicações na irrigação. .......................... 39 Daniel dos Santos Viais Neto, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco Gabriel, Deyver Bordin. Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu, Faculdade de Ciências Agronômicas, Programa de Pós Graduação em Agronomia: Irrigação e Drenagem, [email protected]. Fuzzy Energy - Sistema de avaliação da eficiência do consumo de energia elétrica. .................................... 40 Deyver Bordin, Camila Pires Cremasco Gabriel, Helenice de Oliveira Florentino Silva, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Daniel Viais Neto. Universidade Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente, Tupã e Botucatu, e Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente, [email protected]. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 6 Estimativa da volatilidade estatística do Dow Jones Industrial Average Index sob a Modelagem ARMAARCH. ................................................................................................................................................................ 41 Diego Garcia Angelico ([email protected]). Eduardo Yuji Nakazawa ([email protected]). Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsistas do PIBIC-Reitoria Influência da iluminação monocromática na preferência de poedeiras criadas em ambiente enriquecido. ........................................................................................................................................................................... 42 Gabriela Fagundes da Silva, Danilo Florentino Pereira, Bartira de Oliveira Tavares, Leda Gobbo de Freitas Bueno. UNESP, Campus de Dracena, zootecnia, gabriela,[email protected]. Bolsista PIBIC. Utilização do Facebook e Twitter pelas 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro: uma análise comparativa dos anos 2012 e 2013. ................................................................................................................ 43 Karen Gimenez Garzon, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], bolsista PIBIC/RT Levantamento das redes de educação ambiental no Estado de São Paulo. .................................................. 44 Lais Regagnan Dias, Angélica Góis Morales, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], PIBIC - Reitoria Análise da educação ambiental nas empresas do setor agronegócio com certificação 14001 nos municípios de Tupã e Marília-SP. ....................................................................................................................................... 45 Matheus Prevelato Gantus, Angélica Góis Morales, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected], PIBIC/RT. As estratégias de gestão de pessoas utilizadas por empresas de pequeno porte pertencentes ao setor varejista do município de Tupã/SP. ................................................................................................................ 46 Rodrigo Kiyoshi Okamura Ferro, Renato Dias Baptista, Amanda Di Paula Rodrigues, Líria Yukari Yahamada, Talita de Souza Nardi, Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected] e bolsa PET-Empreendedorismo. Medidas de centralidade na avaliação da confiabilidade de uma rede social fictícia. ................................. 47 Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsista do PIBIC/CNPq. Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nos atores ou vértices. ........................ 48 Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Jessica Katty Uehara. Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração. Bolsistas do PIBIC/CNPq e da FAPESP. Análise do perfil empreendedor em negócios independentes e franquias, utilizando a teoria de David McClelland. ....................................................................................................................................................... 49 Thábata Carrion Mendes de Oliveira¹, Charles Angelo de Oliveira, Lucas Aparecido Martins Fruhling, Lucas Aranha Fialho. Orientador: Prof. Dr. Gessuir Pigatto² Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, ¹UNESP, Tupã-SP, Administração [email protected] (Bolsista PET) ²UNESP, Tupã-SP, Administração [email protected] II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 7 VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos superiores a se envolverem em ações voluntárias. Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani. Câmpus da Unesp de Tupã. Curso de Administração. [email protected] Palavras Chave: motivação, voluntariado, trabalho voluntário. Introdução A resolução 56⁄38, aprovada durante Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, ONU, de 2002, ressalta a importância do voluntariado como um meio para a implementação de estratégias de redução de pobreza, desenvolvimento sustentável, saúde, gestão de prevenção de catástrofes e integração social. Nesse sentido, as universidades representam um organismo de grande importância para o trabalho voluntário no Brasil, pois por meio dos projetos de extensão identificam novas possibilidades e ações que propiciem para a sociedade uma força extra para a construção de uma sociedade mais justa. Foi acreditando nisso que o Projeto de Extensão VoluntárioS.A. da UNESP, Câmpus de Tupã, ganhou forma e foi institucionalizado pela UNESP, via Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEX), sendo reconhecido institucionalmente em 2011. Durante o recrutamento de integrantes para o projeto, as docentes coordenadoras sentiram a necessidade de compreender o motivo que leva as pessoas a aderirem ao projeto. Essa necessidade motivou a problematização que teve como resultado o presente artigo: qual a motivação que leva o estudante de graduação em administração ao trabalho voluntário? Objetivos Analisar os fatores que influenciam a motivação dos estudantes de graduação em administração a aderirem ao VoluntárioS.A. Material e Métodos Para realização deste projeto, utilizou-se de pesquisa bibliográfica e questionário estruturado composto por oito questões fechadas, referentes à motivação dos entrevistados em fazer parte do Projeto VoluntárioS.A. Foram ouvidos 32 integrantes do projeto. Para estruturar o questionário a pesquisa baseou-se na concepção do conceito funcionalista proposto por Clary et al. (1998) de que a motivação que leva ao trabalho voluntário pode ser encontrada no altruísmo do voluntário, na oportunidade de II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã aprender e/ou desenvolver conhecimentos e habilidades, na ampliação ou manutenção de um círculo social, nos benefícios para a carreira e, por fim, na própria autoestima e valorização do ego. Resultados e Discussão Observou-se que 99,9% dos respondentes participam de trabalhos voluntários como desejo da construção de uma sociedade melhor, que, segundo Garay (2001), é a vontade de ser útil, de sentir-se importante, de fazer o bem. Sendo assim, o trabalho voluntário está quase sempre ligado a valores religiosos, à caridade e ao assistencialismo. Figura 1. Fatores motivacionais para a realização de trabalho voluntário. Conclusões Conhecer a motivação que leva o voluntariado a aderir ao projeto foi fundamental para a sua gestão considerando ainda as estratégias de atração de novos voluntários. A resposta escolhida demostra que o perfil do voluntário do projeto de extensão VoluntárioS.A. tem sua motivação voltada para o altruísmo, mas também para a valorização do ego ao passo que estará colaborando com uma sociedade melhor. Essa afirmação reflete o interesse de estar envolvido em uma parcela da sociedade capaz de promover mudanças. Agradecimentos Agradecemos às nossas orientadoras e à Unesp, Câmpus de Tupã. GARAY, A. B. S. Voluntariado empresarial: modismo ou elemento estratégico para as organizações. Revista de Administração, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 06-14, 2001. CLARY, E.G. et al. Understanding and assessing the motivations of volunteers: A functional approach. Journal of Personality and Social Psychology,74(6), 1516-1530. 1998. 8 Análise da variação do custo da cesta-básica no município de Tupã-SP, entre 2010-2013. Jéssica Bruvers, Wagner Luiz Lourenzani, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração, e-mail: [email protected], Bolsa BAAE II. Palavras Chave: cesta básica, índice de preço. Introdução O projeto de pesquisa e extensão “Cesta Básica” analisa e divulga, semanalmente, a evolução dos custos da cesta básica no município de Tupã-SP, de acordo com a metodologia DIEESE/PROCON, buscando construir índices de preços. Com o conhecimento destes preços, os consumidores podem rever suas estratégias de compras nos supermercados, podendo ter vantagens do ponto de vista econômico. É possível verificar que o ICBT apresentou taxas menores do que os outros índices de inflação (IPCA e IGPM) até out/ 2012. Entre out/2012 e jul/2013 o ICBT superou os demais índices. A partir de jul/2013 o ICBT voutou a ficar a baixo dos outros índices. O Gráfico 2 revela os dados obtidos pela análise de regressão realizadas para os índices em estudo. Objetivos O objetivo foi avaliar a variação mensal do Índice da Cesta Básica de Tupã (ICBT), entre 2010 e 2013, e compará-la com os principais índices de preços adotados pela economia nacional: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). Material e Métodos Os dados utilizados foram aqueles obtidos nos registros semanais dos custos da cesta básica de Tupã-SP, entre os meses de Outubro/2010 e Setembro/2013. O ICBT foi calculado tomando como base o mês Outubro/2010. Tal índice foi comparado com o IPCA e o IGPM. As tendências desses índices foram obtidas e analisadas, a partir 1 de uma análise de regressão do tipo linear . Resultados e Discussão O Gráfico 1 mostra a evolução das variações mensais dos índices ICBT, IPCA e IGPM. 25,00% 20,00% Gráfico 2: Regressão Linear do ICBT, IPCA e IGPM. 2 A partir dos coeficientes de determinação (R ) verifica-se que o modelo linear utilizado é de boa qualidade para o estudo. No cálculo realizado para a Taxa Média de Crescimento Mensal, tem-se que o ICBT obteve um valor de 0,69%, revelando uma taxa de crescimento maior em relação aos demais índices. O IPCA e o ICPM obtiveram 0,48% e 0,49%, respectivamente. Conclusões O ICBT é um índice de preços que acompanha a evolução do preço de uma cesta de produtos. Nos últimos 3 anos o IBCT apresentou uma tendência de crescimento mais acentuada que os índices IPCA e IGPM, tornando-o um indicador com maior pressão inflacionária. 15,00% Agradecimentos 10,00% Agradecemos à Pró-Reitoria de Extensão da UNESP, pela bolsa BAAE II. 5,00% 0,00% 1 MENDES, Judas T.G.; JUNIOR, João B. P. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. -5,00% Cesta Básica IPCA (%) IGPM (%) Gráfico 1: Variação dos Índices Cesta Básica, IPCA e IGPM, entre Out/2010 e Set/2013. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 9 Contribuições ao bem estar na Terceira idade por meio do projeto de extensão UNATI/ Campus de Tupã. Lais de Magistris Martins Andrade, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo (C), Ariella Lopes Amaral Costa (C), Felipe Grassi Umberto (C), Campus de Tupã, Administração, [email protected], BAAI I. Palavras Chave: Unati, terceira idade, bem estar subjetivo. Introdução A Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI) iniciou-se no Campus de Tupã no ano de 2010, com uma primeira turma de 45 alunos. O desenvolvimento de um projeto de extensão da UNATI em um Campus instalado em 2003 veio firmar ainda mais o compromisso social da 1 Universidade com a sociedade local . As atividades da UNATI possibilitam o estreitamento da relação Universidade e Sociedade, tão bem como a melhora do bem estar subjetivo das pessoas da terceira idade. O Bem-Estar Subjetivo (BES) traz relação com a satisfação de vida das pessoas, tanto em termos de satisfação cognitiva quanto em termos 2 afetivos . Objetivos Descrever as atividades da UNATI realizadas no Campus de Tupã, por meio de uma abordagem qualitativa e descritiva, relacionando-se com uma revisão bibliográfica (sucinta) acerca do bem estar na terceira idade. Material e Métodos A pesquisa utilizada é a qualitativa, onde a fonte direta de coleta de dados é o ambiente natural e o instrumento chave é o pesquisador. Também é descritiva que observa, registra, analisa, classifica e interpreta os fatos. A pesquisa descritiva é constituída da pesquisa bibliográfica que explica temas a partir de referências publicadas, a fim de obter conhecimento sobre assuntos que se procura 3 resposta . Resultados e Discussão Dentre as variáveis que interferem no BES 4 destacam-se a atividade diária e o apoio social . Há grande evidência de que os idosos que realizam atividades físicas obtêm uma variedade de benefícios, como menos enfermidade e aumento da 5 capacidade de encarar o estresse do dia-a-dia . Conhecer a realidade do projeto nos diferentes Campus da Unesp torna-se crucial como forma de aumentar a sinergia das atividades realizadas entre os grupos, e de ampliação de atividades que venham favorecer ao BES dos alunos. As atividades ofertadas no âmbito do projeto, neste ano de 2013 (como exemplificação) são variadas, podendo-se citar: II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Tabela 1. Atividades realizadas na UNATI Palestras Cursos Cultural Comunicação; Psicologia e saúde mental; Cuidados com a saúde; Meio Ambiente. Informática; Como administrar seu dinheiro/ a aposentadoria; Xadrez. Sarau; Teatro; Cine Pipoca; Culinária; Coral; Confecção de Artesanatos, Pinturas em tecido, madeira, Dança e outros. Línguas Inglês, Espanhol (nível básico). Externas Visita ao Museu “Índia Vanuíre” e Comunidade Varpa de Tupã; Museu histórico e bosque do município de Marília; Apresentação do coral em entidades do município etc. Físicas Vôlei e gincana. Festiva Encerramento dos semestres. Fonte: elaborado pelos autores. Essas atividades possuem periodicidade semanal (ofertadas em 3 dias). Para a sua execução há voluntários docentes, discentes do curso de Administração, servidores técnicos e profissionais do município, com o qual temos parceria. Conclusões Desde o ano de 2010 a UNATI vem ampliando o número de vagas ao projeto, tendo sido realizada uma média de 55 inscrições/ ano no período 20102013, incluindo alunos novos e rematrículas. Desta forma, as atividades oferecidas vêm favorecer ao aumento do bem-estar da comunidade. Agradecimentos À Pró-reitoria de Extensão Universitária (PROEX) e Fundunesp. 1.Santini, G. A.; Lourenzani, A. E. B. S.; Scalco, A. R.; Obregon, S. R. G. P. A Diversidade na Terceira Idade - UNATI Campus de Tupã. In: UNATI: espaço aberto ao ensino e à criatividade.1a ed.São Paulo : Cultura Acadêmica, 2012, p. 195-208. 2. Diener, E.. Assessing subjective well-being: progress and opportunities. Social Indicators Research, v. 31 , p. 103-157, 1994. 3. Cervo, A.L., Bervian, P.A.. Metodologia científica. São Paulo: Makron Books, 2002. 4. OLIVEIRA, S. F.; QUEIROZ, M. I. N.; COSTA, M. L. A. Bem Estar Subjetivo na Terceira Idade. Motricidade, v. 8(S2), p.SS1038(10), 2012. 5.Santana, M. S.; Maia, E. M. C. Atividade física e bem-estar na velhice. Revista de Salud Publica, v.11, n. 2, p.225 (12), Abril, 2009. 10 Cine Empreendedor: articulando teoria e prática Letícia Flore Junqueira, aluna-autora, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, orientadora. Campus de Tupã, UNESP, curso de Administração, [email protected] PIBIC S/B Palavras-Chave: Empreendedorismo, comunicação, cinema. Introdução O Cine Empreendedor, projeto de Extensão da Unesp – Campus de Tupã – coordenado pela Profa. Dra. Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, promove mensalmente a exibição e debate de filmes que abordam temáticas do curso de Administração, desenvolvendo atividades de caráter educativo ao relacionar teoria e prática. O projeto é aberto a todos os discentes e docentes da unidade, e, também, à comunidade externa, propiciando conhecimentos profissionais e culturais a todos os envolvidos. O presente projeto de extensão, para sua concepção, partiu do princípio de que o estímulo visual proporcionado pelas novas tecnologias de comunicação e de informação (TICs) deve ser potencializado para favorecer o processo de ensino aprendizagem. Essa concepção se ampara em reflexões feitas sobre o uso das TICs nas salas de aula. A cultura contemporânea é a cultura visual. A força retórica reside na imagem e só depois vem o texto escrito, que de acordo com Pellegrine (2003) funciona como um complemento muitas vezes desnecessário, tamanha a força da imagem. Objetivos Objetivo geral: articular os conhecimentos teóricos e práticos, por meio do cinema enquanto veículo de comunicação. Objetivos específicos: Propiciar a formação de um network importante para a área; Oferecer um momento de reflexão e debate sobre as questões atuais que envolvem as práticas administrativas; Colaborar com a formação complementar do estudante de administração e com empreendedores da região. Material e Métodos A metodologia utilizada pelo projeto prevê que os conhecimentos abordados pela temática do filme possam ter entre os seus debatedores representantes da área em questão. Essa premissa facilita que os conhecimentos teóricos que são discutidos em sala possam ser articulados após o filme em uma situação exposta pelo cinema, geralmente de maneira prática, favorecendo ao discente a possibilidade de uma articulação maior entre a teoria e a prática. Essa articulação é ainda estimulada pela presença de um profissional do mercado de trabalho. Resultados e Discussão II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã O projeto Cine Empreendedor é uma importante ferramenta na formação do discente uma vez que propicia a este ir além dos conteúdos teóricos vistos em sala, permitindo o desenvolvimento de uma visão crítica acerca da realidade retratada. Favorece também um enriquecimento cultural trazido pelo cinema, enquanto veículo de comunicação e importante divulgador de cultura, configurando-se ainda como um momento de integração, importante para o desenvolvimento das relações interpessoais. Os filmes escolhidos priorizam questões contemporâneas colaborando, desta forma, com a atualização do currículo do curso, assim como com a necessidade de atualização dos profissionais que já estão no mercado ou com aqueles que nele pretendem ingressar. Pelo fato de trazer profissionais e docentes de diferentes áreas do conhecimento, o projeto favorece a interdisciplinaridade, o que permite ao discente uma visão mais ampla em relação ao mercado de trabalho e todas as suas interfaces. Conclusões Entende-se que o projeto tem cumprido os seus objetivos ao articular a teoria e a prática por meio dos conteúdos retratados nos filmes, estabelecendo um debate acerca da temática tratada, envolvendo docentes, profissionais do mercado e discentes. Tal ação, indubitavelmente tem resultado em diálogos interdisciplinares que vêm reforçar ainda mais a predisposição à interdisciplinaridade presente no corpo docente que compõe o Campus da Unesp em Tupã. Não se pode negar que o cinema tem influenciado a leitura do mundo e auxiliado na interpretação da realidade, dessa forma, a inserção do mesmo como instrumento de ensino aprendizagem agrega valor ao curso que faz uso dessa metodologia. Agradecimentos Agradeço a Unesp, a minha orientadora, ao CANN e a Locadora Sato, apoiadores do projeto. Estendo ainda os agradecimentos aos docentes e discentes da Unesp, Câmpus de Tupã, sem os quais este projeto não seria possível. Pellegrini, T. et. al. Literatura, Cinema e Televisão. São Paulo: Senac, 2003. 11 Parceria educacional entre Escola Estadual Índia Vanuíre, CRAS e Cursinho 180º com o Programa de Educação Tutorial (PET) da UNESP Campus de Tupã. Liria Yukari Yamada, Timóteo Ramos de Queiroz, Amanda Di Paula Rodrigues,Talita Nardi, Thábata Carrion Mendes de Oliveira, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected] (Bolsista PET). Palavrs Chave: Empreendedorismo Introdução O Peteens surgiu através da reformulação das atividades realizadas em parceria com Programa de Educação Tutorial (PET-Empreendedorismo) da Universidade Estadual Paulista do Câmpus de Tupã juntamente com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) vinculado à Prefeitura Municipal de Tupã/SP, que desenvolve o programa Ação Jovem, que incentiva os jovens e adolescentes a participar de atividades complementares à formação, como cursos, palestras e treinamentos. Com a mudança, o programa PET passou a atender também alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas e alunos do cursinho 180º. A atividade tem a intenção de aproximar os estudantes da universidade, bem como trabalhar o tema empreendedorismo e suas vertentes. Objetivos A atividade tem o objetivo de propiciar aos participantes o contato com temas do eixo empreendedorismo, bem como a oportunidade de se relacionar com a universidade na tentativa de motivá-los a buscar a formação superior. A atividade proporciona ao PET exercer a vertente de ensino do programa e maior participação nos programas da sociedade local. Esse projeto permitiu ao PET um desenvolvimento em conhecimento e comunicação; e para os integrantes do curso, possibilitou uma grande troca de experiências, permitindo a transmissão de informações que foram elaboradas através de pesquisas e experiências dos Petianos. Todos os assuntos apresentados se baseavam no tema empreendedorismo e foram abordados os seguintes temas: exemplos sobre empreendedorismo; exemplos práticos de empresas; apresentação do processo seletivo, currículo e vestibular; carreiras e empreendimentos; finanças e realização da dinâmica de como montar o seu negócio. Conclusões Ao executar esse projeto, o grupo teve uma percepção positiva quanto ao grupo. Foi possível notar um grande interesse dos integrantes do curso por temas abordados, consequentemente, a interação entre as duas partes foi produtiva. Permitiu-se aos membros do PET uma maior visão sobre o contexto social dos alunos, além na necessidade de adaptação dos meios de comunicação para atingir o público-alvo. Figura1. Material e Métodos Para a realização desta atividade, o PET entrou em o contato com os alunos do CRAS, com cursinho 180 e com três escolas públicas de Tupã; Das três escolas, somente os alunos da Escola Estadual Índia Vanuíre se inscreveram. As atividades foram realizadas semanalmente, sendo dividido em cinco módulos de 4horas, completando 20 horas. Os temas das aulas foram definidos pelos membros do PET, a qual possui como foco o tema empreendedorismo, e as atividades foram dirigidas pelos todos os 12 membros do PET, divididos em 5 grupos com 4 integrantes cada. Resultados e Discussão II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Agradecimentos PET Empreendedorismo – Câmpus Tupã. 12 Atuação “180 graus” Alunos-autores: Lucas Aranha Fialho ([email protected]), Daniel Hideo Kawasaki ([email protected]). Orientador: Gessuir Pigatto ([email protected]). Campus de Tupã, Curso de Administração. Palavras Chave: pré-vestibular, interação, inovação. Introdução Uma das características visíveis dos cursinhos PréVestibulares gratuitos é a elevada evasão dos alunos. Assim, a partir do histórico dos últimos anos do Cursinho 180 graus, verificou-se a necessidade de mudança na estrutura do programa, através de uma atuação diferenciada com ênfase na inovação e maior integração professor-aluno. Objetivos Apresentar as ações realizadas pelo Cursinho, que buscam estreitar o vínculo com os alunos em uma dimensão não apenas presencial, mas que possibilitem o acesso fora da área física do projeto. Material e Métodos As atividades programadas para o Projeto foram elaboradas em reuniões quinzenais dos professores do Cursinho. As ideias eram apresentadas e discutidas pelos alunos, e após a aprovação da ideia era feito o planejamento da sua execução: período, forma de apresentação e execução, forma de participação, divulgação. Os eventos foram criados para atender demandas especificas do programa, levantada nos dois últimos anos e nos encontros com os alunos em modalidades de acompanhamento individualizadas (tutoria e preceptoria). As ações foram planejadas de modo a preencher todos os meses do ano letivo, dentre as quais podese destacar: “Circuito 180 graus”, “Encontro com os pais”, Confraternizações, “Semana do Oxê”, “Os veteranos voltaram”, “De cara com o fera”, Feira de Profissões, “Aulão de véspera” e “Mega Revisão”. Resultados e Discussão Desde o começo do ano letivo de 2013, os alunos passaram a ser acompanhamentos individualmente pelos professores em atividades de tutoria e preceptoria. Nesses encontros, são trabalhadas concomitantemente questões de ordem motivacional e relativas à produtividade e constância no estudo do aluno fora da sala de aula. O “Circuito 180 graus” e as confraternizações buscaram maior integração professor-aluno. No circuito, realizado no primeiro dia de aula, as matérias lecionadas foram apresentadas de forma interativa, via cases, que precisavam ser resolvidos II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã no menor tempo possível, para pontuar na competição. O “Encontro com os pais”, realizado em duas etapas, buscou explicar o programa sob uma ótica diferente e intrigante, onde além da apresentação das ações, fez-se o fechamento na temática dos encontros “Um investimento com retorno anual de R$15.000,00 a R$70.000,00. No primeiro mês você só precisa colocar ”. Na “Feira de profissões”, o cursinho foi até a UNESP de Presidente Prudente, conhecer quase 30 profissões, de modo que fosse possível um direcionamento em relação à carreira a ser escolhida. “Os veteranos voltaram” e “De cara com o fera” foram eventos realizados online e/ou gravados. No primeiro caso, os ex-professores do Cursinho, disponibilizam aulas em vídeo (disponíveis na internet), de matérias chaves para o vestibular. Já no segundo caso, são convidados graduandos de Universidades concorridas, para ao vivo (via internet), conversarem com os alunos sobre suas trajetórias e métodos de estudo para aprovação no vestibular. O “aulão de véspera” e a “Mega Revisão” são eventos abertos à comunidade de Tupã e região, com o objetivo de capacitar os alunos por meio da revisão de conteúdos que são tendências para os vestibulares de 2013. Essas atividades também serão disponibilizadas on line ao vivo. Conclusões Entende-se como necessária uma atuação do programa que seja condizente com o nome do cursinho, “180 graus”, ou seja, mudança de sentido. A atuação se manifestou por meio das ações, conduzindo à construção de uma identidade, vivenciada internamente e repassada a região. Agradecimentos Agradecimentos especiais a coordenador docente Gessuir Pigatto e a todos os professores da equipe pela dedicação e disposição que lidaram com os desafios ao longo do ano. 13 VoluntárioS.A.: fatores motivacionais que levam os discentes de cursos superiores a se envolverem em ações voluntárias. Marilia Paschoalotti Martinelli, Beatriz Vieira de Brito, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani. Câmpus da Unesp de Tupã. Curso de Administração. [email protected] Palavras Chave: motivação, voluntariado, trabalho voluntário. Introdução A resolução 56⁄38, aprovada durante Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, ONU, de 2002, ressalta a importância do voluntariado como um meio para a implementação de estratégias de redução de pobreza, desenvolvimento sustentável, saúde, gestão de prevenção de catástrofes e integração social. Nesse sentido, as universidades representam um organismo de grande importância para o trabalho voluntário no Brasil, pois por meio dos projetos de extensão identificam novas possibilidades e ações que propiciem para a sociedade uma força extra para a construção de uma sociedade mais justa. Foi acreditando nisso que o Projeto de Extensão VoluntárioS.A. da UNESP, Câmpus de Tupã, ganhou forma e foi institucionalizado pela UNESP, via Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEX), sendo reconhecido institucionalmente em 2011. Durante o recrutamento de integrantes para o projeto, as docentes coordenadoras sentiram a necessidade de compreender o motivo que leva as pessoas a aderirem ao projeto. Essa necessidade motivou a problematização que teve como resultado o presente artigo: qual a motivação que leva o estudante de graduação em administração ao trabalho voluntário? Objetivos Analisar os fatores que influenciam a motivação dos estudantes de graduação em administração a aderirem ao VoluntárioS.A. Material e Métodos Para realização deste projeto, utilizou-se de pesquisa bibliográfica e questionário estruturado composto por oito questões fechadas, referentes à motivação dos entrevistados em fazer parte do Projeto VoluntárioS.A. Foram ouvidos 32 integrantes do projeto. Para estruturar o questionário a pesquisa baseou-se na concepção do conceito funcionalista proposto por Clary et al. (1998) de que a motivação que leva ao trabalho voluntário pode ser encontrada no altruísmo do voluntário, na oportunidade de II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã aprender e/ou desenvolver conhecimentos e habilidades, na ampliação ou manutenção de um círculo social, nos benefícios para a carreira e, por fim, na própria autoestima e valorização do ego. Resultados e Discussão Observou-se que 99,9% dos respondentes participam de trabalhos voluntários como desejo da construção de uma sociedade melhor, que, segundo Garay (2001), é a vontade de ser útil, de sentir-se importante, de fazer o bem. Sendo assim, o trabalho voluntário está quase sempre ligado a valores religiosos, à caridade e ao assistencialismo. Figura 1. Fatores motivacionais para a realização de trabalho voluntário. Conclusões Conhecer a motivação que leva o voluntariado a aderir ao projeto foi fundamental para a sua gestão considerando ainda as estratégias de atração de novos voluntários. A resposta escolhida demostra que o perfil do voluntário do projeto de extensão VoluntárioS.A. tem sua motivação voltada para o altruísmo, mas também para a valorização do ego ao passo que estará colaborando com uma sociedade melhor. Essa afirmação reflete o interesse de estar envolvido em uma parcela da sociedade capaz de promover mudanças. Agradecimentos Agradecemos às nossas orientadoras e à Unesp, Câmpus de Tupã. GARAY, A. B. S. Voluntariado empresarial: modismo ou elemento estratégico para as organizações. Revista de Administração, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 06-14, 2001. CLARY, E.G. et al. Understanding and assessing the motivations of volunteers: A functional approach. Journal of Personality and Social Psychology,74(6), 1516-1530. 1998. 14 PROJETO CoDAF – CRIANDO OPÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DIGITAIS EM AGRICULTORES FAMILIARES Thiago Talon de Oliveira Carreira, Pedro Henrique dos Santos Bisi, Fábio Mosso Moreira e Fernando de Assis Rodrigues (autores), Ricardo Cesar Gonçalves Santana (orientador), Campus de Tupã, Administração, [email protected]. PROEX. Palavras-Chave: Projeto CoDAF, Agricultura Familiar, Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Introdução A carência informacional encontrada em comunidades de agricultores familiares é resultado de fatores econômicos, sociais e tecnológicos enfrentados por estes produtores ao longo de um processo de desenvolvimento apoiado em um modelo que privilegiava latifúndios e culturas voltadas à exportação. Com a consolidação de um novo paradigma técnico-econômico, a ampliação do acesso à informação tornou-se um requisito para o desenvolvimento social e econômico também em pequenas comunidades rurais. Em função do crescente volume de recursos e possibilidades de utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), ampliou-se a necessidade de reduzir a assimetria informacional nas relações comerciais, com destaque especial para a perceptível posição desfavorável dos agricultores familiares. Atualmente, cresce o interesse de governos, ONGs e instituições privadas na introdução de conhecimentos e práticas no uso de TIC para agricultores familiares. Os esforços são direcionados na formulação de programas e oficinas de conscientização sobre o uso de TIC, criação de centros de acesso público à Internet e no desenvolvimento de portais e aplicações web. Neste cenário, também são encontradas iniciativas acadêmicas como o Competências Digitais para Agricultura Familiar (CoDAF), projeto de extensão da UNESP - Tupã, que por meio da integração de ações geradas no ensino e na pesquisa busca contribuir para a identificação de necessidades e desenvolvimento de competências digitais para agricultores familiares. Objetivos Os objetivos estão coordenados em dois eixos orientadores do Projeto CoDAF: o primeiro relacionado à formatação e aplicação de cursos para o desenvolvimento de competências digitais para agricultores familiares e o segundo vinculado a criação e manutenção de um portal web com informações gerais sobre a Agricultura Familiar e também sobre os produtores, buscando diminuir a distância entre as propriedades e o mercado consumidor. Material e Métodos A principal diretriz no desenvolvimento deste projeto está baseada nos conceitos da Informática Comunitária, e em sua principal característica que é a adoção do ponto de vista da comunidade e de suas necessidades na construção de soluções baseadas em TIC. Resultados e Discussão O CoDAF atua em dois eixos: o primeiro baseado na elaboração de cursos e material de apoio que buscam desenvolver competências para que agricultores familiares possam utilizar-se de TIC como meio de acesso a informações sobre mercado, inovações, tecnologias de produção, ações do governo e tudo que possa ampliar a eficiência e competitividade. Entre os cursos já desenvolvidos destacam-se quatro módulos, que abrangem temas como aspectos básicos de informática, noções básicas para acesso à Internet e utilização de buscadores, opções de fontes de acesso a informações agrícolas e sobre a utilização de planilhas eletrônicas para controle de custos de produção. O segundo eixo, está baseado na elaboração de um portal web, que é desenvolvido a partir do contato direto com produtores e busca traduzir suas necessidades de divulgação de informações tais como dados de sua propriedade, localização, cultivos e eventuais diferenciais. Este portal busca, ainda, divulgar informações sobre os produtos, conteúdos sobre agricultura familiar, como programas governamentais, notícias, eventos, aspectos legislativos e divulgação das atividades realizadas pelo projeto. Conclusões A divulgação de informações através do Portal CoDAF não gera custos ao produtor, e por se propor como fonte de informações específicas do setor, pode se tornar alternativa importante no fornecimento de informações e fomento ao desenvolvimento de competências digitais para agricultores familiares. Estas competências também podem são desenvolvidas através dos cursos ofertados pelo projeto, que ao proporcionar conhecimento e habilidades na utilização de TIC, gera condições que tornam possível o acesso e utilização das TIC no acesso a informações relevantes a este público específico. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 15 O perfil recente da terceira idade no Brasil Carla Regina Baptista Castelan, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Pedro Fernando Cataneo (C), Vinícius Cainelli (C), Campus de Tupã, Administração, [email protected], BAAE II. Palavras Chave: Terceira idade, perfil, população. Introdução Com uma população de 190 milhões de habitantes, o Brasil possui 20,5 milhões de pessoas na terceira 1 idade, ou cerca de 10% de sua população . Desses, 4% são homens e 6% mulheres, concentrando principalmente a faixa etária de até 79 anos. 2 Segundo estudo do IBGE , desenvolvido a partir de resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), no período de 1999 a 2009, o peso relativo dos idosos no conjunto da população passou de 9,1% para 11,3%. Nesse contexto, a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) vem desenvolvendo um projeto de extensão universitária nas últimas duas décadas, voltada para a terceira idade. O desenvolvimento de um projeto de extensão da UNATI em um Campus instalado em 2003 veio firmar ainda mais o compromisso social da Universidade com a sociedade local, na medida em que mais um grupo da terceira idade - teve a oportunidade de vivenciar as vantagens obtidas a partir da instalação de uma universidade pública na região. Objetivos Caracterizar a terceira idade no Brasil, em termos de distribuição geográfica, gênero, escolaridade e rendimento financeiros. A justificativa é a importância que a terceira idade possui sobre os novos padrões de vida do brasileiro. Material e Métodos Os conteúdos trabalhados aqui são resultantes de uma abordagem de pesquisa qualitativa, juntamente com os dados obtidos pelo IBGE e nos relatórios da Instituição. Resultados e Discussão Em termos de resultados, pode-se afirmar que a população da terceira idade não se encontra distribuída uniformemente no território nacional, concentrando-se em algumas regiões. As regiões sudeste e nordeste concentram, respectivamente: 42% e 27,8% da população nacional; e 46,4% e 3 26,5% da população idosa do país . As mulheres são a maioria (55,8%), assim como os indivíduos da 4 raça branca (55,4%), no grupo da terceira idade . Apesar de a maior parte dos idosos no Brasil serem aposentados (57,9%), os mesmos recebem reduzido rendimento salarial (até 72,2% do grupo recebem até dois salários mínimos) e representam a pessoa de referência no domicílio. Outra informação II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã que chama a atenção é o de escolaridade, pois a grande maioria (82,5%) realizaram somente até 8 anos de estudo, o que indica somente o ensino fundamental. Mais uma vez, nesse quesito, há uma diversidade entre as regiões do país, pois a média mais alta se aplica à região sudeste (5 anos) e à região sul (4,6), sendo para as demais, abaixo de quatro anos. Em relação à utilização de recursos financeiros na terceira idade, no Brasil, 77,4% dos idosos encontra-se na condição de aposentadoria (57,9%), de pensionistas (11,4%) ou de aposentados e pensionistas (8,1%), o que tem aumentado significativamente suas 1 responsabilidades pelo rendimento familiar . Para o município de Tupã (estado SP), estima-se uma população de 62.819 habitantes, com um percentual de 18% referente à terceira idade. As mulheres acima de 60 anos representam 57% desse total, 5 enquanto os homens, aproximadamente 43%. Conclusões Conclui-se, portanto, que a terceira idade é um estrato da população de significativa importância para o Brasil, em termos absolutos e também em termos educacional e financeiro; conhecer esta realidade permite ao projeto UNATI da UNESP de Tupã, oferecer atividades mais específicas às suas necessidades. Agradecimentos À PROEX e Fundunesp. 1.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo demográfico 2010. 2010. Disponível em:< http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/calendari o.shtm>. Acesso em out. 2013. 2. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro, 2010a. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida /indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf>. Acesso em out. 2013. 3.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Primeiros dados do Censo 2010. Rio de Janeiro, 2010b. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/primeiros_dados_divulgados/index. php?uf=35>. Acesso em out. 2013. 4.INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA (IPEA). Brasil está a um passo de se tornar supervelho. Notícias. 29. Nov. 2010. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view= article&id=6361:o-dia-online-rj-brasil-esta-a-um-passo-de-se-tornarsupervelho&catid=159:clipping&Itemid=75>. Acesso em jun.2012. 5.INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Cidades. Disponível em:< http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun= 355500&search=sao-paulo|tupa|infograficos:-evolucao-populacional-epiramide-etaria>.Acesso em out. 2013. 16 REAP: OS CAMINHOS INICIAIS PERCORRIDOS E SUAS AÇÕES NO EXTREMO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO Larissa Albuquerque de Castro, Angélica Góis Morales, Kimberli Terumy Sato, Guilherme de Andrade Ussuna, Evilin Nataly Orestes Magalhães, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Tupã, Administração, [email protected], bolsista da PROEX-BAAE II Palavras Chave: Rede, Educação Ambiental, dinâmicas interativas. Com a finalidade de reunir esforços para o desenvolvimento de programas e projetos de EA, esse trabalho tem como objetivo descrever os caminhos iniciais já percorridos pela REAP e suas ações no extremo oeste paulista. definições de rede, além da intenção da organização da REAP para região, bem como a socialização dos trabalhos educativos na área socioambiental que cada um realiza em sua cidade. Dessa participação, 18 pessoas concordaram em se cadastrar na REAP; 2ª) 05/07/2013 no qual foi acordada coletivamente a carta de princípios, os objetivos e o acordo de convivência. Atualmente, contamos com 50 participantes cadastrados na REAP e observamos que alguns participantes da mesma cidade não tinham conhecimento dos outros educadores ambientais e suas ações, o que revelou um impacto positivo. As demais ações estão ocorrendo, mas ainda estão em desenvolvimento. Conforme Martinho (2003), as redes possuem uma das características marcantes que é a dinâmica da conectividade, que são as ligações estabelecidas entre os participantes e a forma que eles constituem essas relações. Nesse quesito, a REAP conta hoje com quatro meios de socialização: o e-mail, o blog, a fanpage e a lista de discussão e esses meios de comunicação contribuem para a socialização de conhecimentos e discussões sobre EA. Material e Métodos Conclusões A partir dessa primeira etapa da organização da REAP, elaborou-se um plano de ação para 2013 com as seguintes metas: 1) definição de princípios, objetivos e termo de convivência da REAP de forma coletiva; 2) potencialização dos meios de discussão e de comunicação da REAP, moderação da lista de discussão, atualização do blog e socialização das ações em educação ambiental que está ocorrendo na região; 3) Ações de sensibilização do Campus da UNESP Tupã; 4) Tecendo ideais com a REAP; 5) Requisição de materiais para a biblioteca da REAP; 6) Parceria com a Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista (ANAP) na organização do evento científico intitulado “Fórum Ambiental da Alta Paulista” e 7) Curso de Aquecedor solar. Considera-se que a REAP, por meio da organização em rede, busca por um ambiente horizontal que promova a parceria entre pessoas que possuem um objetivo em comum: a difusão e o fortalecimento da Educação Ambiental na região da Nova e Alta Paulista. As ferramentas de discussão utilizadas pela rede possibilitam a facilidade na comunicação entre os membros, mas, ainda é um desafio para rede, pois muitas pessoas estão em fase de aprendizagem. Por fim, espera se que a REAP, por meio de dinâmicas interativas, possa contribuir cada vez cada vez mais na difusão da EA na região. Introdução No Brasil, as redes de educação ambiental ganharam força a partir da década de 1990 Martinho¹ cita como exemplo a Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA) e a Rede Paulista de Educação Ambiental (REPEA) que foram organizadas a partir da RIO-92. Nessa dinâmica de redes, e na busca de vivenciar forma de organização horizontal e descentralizada por meio da multiliderança¹, organizou-se a Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista (REAP) no intuito de somar esforços, articular e promover as ações em EA na região da Nova e Alta Paulista, localizada no extremo oeste do estado de São Paulo. Objetivos Resultados e Discussão A REAP iniciou seu processo de elaboração no ano de 2012, e até o momento, realizaram-se duas reuniões presenciais: 1ª) dia 21/08/2012 com a participação de 29 pessoas, sendo abordadas as II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Agradecimentos Agradecemos a todas pessoas que fazem parte da REAP, que contribuíram direta e indiretamente para a organização da rede. 1 MARTINHO, Cássio; Redes: uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização. Brasília: WWF-Brasil, 2003. 17 Comunicação e Meio Ambiente: Relatos de Experiência do Programa Olhar Ambiental Luana Ferreira Pires, Lucas Balthazar Etruri, Laiz Eritiemi de Moura Hiraga , Angélica Góis Morales, Cristiane Hengler Corrêa Bernardo, Campus de Tupã, UNESP, Curso de Administração, lua na f.p@hotma il.com Bolsa: PROEX (BAAE I e II). Palavras Chave: educação am b iental, comunicação televisiva Introdução As questões ambientais, cada vez mais, são temas recorrentes veiculados pela mídia e, a sociedade, de forma gradativa, tem reconhecido a relevância dessa temática, de modo a incentivar a disseminação de informações socioambientais pelos variados meios de comunicação. Nesse contexto, foi constituído o Programa televisivo intitulado “Olhar Ambiental”, fruto de um projeto de extensão da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Câmpus de Tupã. Objetivos O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar e divulgar projetos na área ambiental desenvolvidos na região do município de Tupã- SP, promovendo discussão e reflexão dessa temática com o público da região da Alta e Nova Alta Paulista. Como objetivos específicos, visa difundir diferentes opiniões sobre a temática ambiental, valorizando a pluralidade de ideias e, contribuir na formação do acadêmico do curso de Administração com o exercício da redação de roteiros, comunicação e postura profissional, além do aprendizado na área ambiental. Material e Métodos Os meios de comunicação adotados para o programa Olhar Ambiental são a mídia televisiva, o blog e a página em rede social, transmissores informativos de maior acessibilidade e alcance. A metodologia empregada é a pesquisa-ação, intensiva da participação dos sujeitos envolvidos (alunos e docentes do Câmpus de Tupã e profissionais da TV Universitária (Canal 30), que trabalham em todas as etapas de produção desde a seleção do tema ambiental e elaboração do roteiro de pauta do programa até a edição e postagens nos canais da Internet. Para formação técnica da equipe, foram ministrados cursos na área de comunicação, realizadas visitas técnicas e contínuas pesquisas bibliográficas que alicerçam o conteúdo apresentado sobre a temática ambiental. Resultados e Discussão II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã O projeto de extensão “Programa Olhar Ambiental” já veiculou seis edições entre agosto de 2012 a setembro de 2013 e, em todos programas editados, buscou-se a pluralidade de opiniões e a abrangência da temática ambiental, por meio de uma visão mais integradora e sistêmica, privilegiando os fatores sociais, econômicos, culturais, naturais entre outros, o que justifica o slogan adotado - “todo ponto de vista é a vista de um ponto”.¹ Cada programa é exibido numa periodicidade mensal na TV Universitária (Canal 30), sendo exibido de duas a três vezes por semana durante um mês. Apresenta duração de 30 minutos e é dividido em dois blocos temáticos, sendo que o primeiro divulga projetos da região na área ambiental e no segundo traz debates acerca de um tema ambiental atual, buscando conhecer a opinião de representantes de diferentes segmentos sociais e instituições, bem como dos cidadãos, por meio do quadro “Fala Povo”. As experiências do Programa, por meio da elaboração de pauta e edição, além da criação do blog e da rede social, pelo seu caráter educativo, social, científico e técnico, permite a) alcançar um público variado, b) democratizar os conhecimentos na área ambiental; c) socializar os projetos da UNESP, com a comunidade local e, d) contribuir com a formação constante dos alunos envolvidos no projeto pelo aprendizado teórico-prático. Conclusões O Programa Olhar Ambiental viabiliza o desenvolvimento de competências que integram campos de conhecimento interligados, como comunicação e meio ambiente. Portanto, esse trabalho desenvolvido com os alunos do curso de Administração apresenta um caráter educativo, social, científico e cultural, na busca constante de incorporar o conhecimento oriundo do senso comum ao conhecimento científico por meio da mídia televisiva. Agradecimentos Agradeço a PROEX e a TV Universitária 1 BOFF, L. Saber cuidar: ét ica do humano: compaixão pela T erra. Pet rópolis: Vozes, 1999. 18 UNATI – Empreendedorismo Lucas Aranha Fialho ([email protected]), Amanda Di Paula Rodrigues ([email protected]), Lucas Aparecido Martins Frühling ([email protected]), Charles Angelo de Oliveira ([email protected]). Orientador: Timóteo Ramos Queiroz ([email protected]). Campus de Tupã, Curso de Administração. Bolsistas de extensão. Palavras Chave: Empreendedorismo, idosos, ensino Introdução As atividades junto a UNATI tiveram início no campus de Tupã com o intuito de inserir o idoso no contexto acadêmico, sendo compostas por módulos que envolvem atividades motoras e cognitivas, como: módulo de informática, história da arte, oficina de leitura, origami, artesanato e culinária. Tendo em vista tais atividades, o Programa de Educação Tutorial, PET, propôs um curso com o tema “Empreendedorismo”. apresentação do grupo PET, aulas teóricas para ensiná-los sobre as etapas necessárias para iniciar um negócio com noções básicas de marketing, contabilidade e planejamento. O conteúdo ministrado proporcionou aos idosos um maior conhecimento em relação às finanças pessoais o qual pode ser aplicado no dia a dia, tornando possível a utilização de métodos que podem auxiliar a saúde financeira dos mesmos e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida. Objetivos Conclusões A atividade tem a intenção de propiciar aos participantes da UNATI o contato com temas do eixo empreendedorismo. A atividade proporciona ao PET exercer a vertente de ensino do programa e maior participação nos programas da sociedade local. A compreensão do empreendedorismo é fundamental para entender a influência dos conteúdos abordados no cotidiano dos envolvidos de modo a criar um diferencial e estimular o processo criativo. Ser empreendedor vai além de querer criar um empreendimento, sendo que esta é uma característica que deveser estudada, aprendida e aplicada para que a pessoa possa ter as habilidades necessárias para gerir um negócio. Neste sentido entender as limitações do público alvo e contornar as dificuldades foram importantes, tanto para o essas pessoas, como para o processo de desenvolvimento local, uma vez que explicitou-se que a comunidade possui potencial para criação e gestão, possibilitando usufruir dos seus recursos próprios. Assim, o incentivo as ações conduzem à visão empreendedora, fator imprescindível para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Material e Métodos Para a realização desta parceria, os alunos do PET entraram em contato com a organização da UNATITupã com o intuito de instruir sobre o empreendedorismo e suas vertentes aos idosos participantes desta atividade. As ações se deram em treinamentos presenciais, por meio de encontros semanais, distribuídos em quatro módulos de 2 horas, totalizando 8 horas de atividades. As aulas foram expositivas, com a utilização de recursos audiovisuais e materiais didáticos. Os temas foram propostos em parceria entre a UNATI e o PET-Empreendedorismo. Os módulos foram conduzidos pelos 12 membros do PET (alternando em grupos de quatro integrantes). Resultados e Discussão Segundo Castro et AL., 2009, quando o idoso está comprometido em um programa de atividade regular e bem planejado contribui para a minimização do sofrimento psíquico do idoso deprimido, oferecendo oportunidade de envolvimento pessoal, elevação da autoestima e implementação das funções cognitivas, fatores que são considerados muito importantes para a esta faixa etária da população. Nos encontros foram realizadas dinâmicas de integração e autoconhecimento para os idosos, II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Agradecimentos Agradecimentos aos idosos pela participação ativa nos encontros e aos coordenadores da UNATI pela disposição e colaboração ao longo das atividades. 1 CASTRO, J.C. et al. Níveis de qualidade de vida em idosos ativas praticantes de dança, musculação e meditação. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, v.12, n.2, p.255-265, 2009. 19 A internacionalização sob o contexto da Distância Psíquica Andrei Golfeto do Santos (A), Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Campus de Tupã, Administração, [email protected], PIBIC/reitoria. Palavras Chave: Internacionalização, América do Norte, Europa. Introdução Desde a década de 1990, principalmente, intensificou-se o processo de internacionalização das empresas brasileiras, com uma expansão importante dos investimentos diretos. O investimento direto é realizado quando as empresas investem ou adquirem fábricas, equipamentos ou 1 outros ativos fora de seu país de origem. O volume de Investimento Brasileiro Direto (IBD) passou de US$ 1 bilhão (média ano), a partir da segunda metade da década de 1990, para US$ 6,2 bilhões no 2 período 2001-2011 . Objetivos O objetivo geral da pesquisa (base) deste resumo é o de análise do processo de internacionalização das empresas brasileiras nas regiões da América do Norte e Europa, no período recente. Uma vez que a pesquisa se iniciou em agosto de 2013, este resumo tem como objetivo apresentar a evolução dos IBDs para essas regiões e as contrições da Teoria da Distância Psíquica, que se relaciona com o Modelo de Uppsala, conhecido como o processo de internacionalização baseado no aprendizado. Material e Métodos Pesquisa de caráter qualitativo, por envolver uma análise das informações de IBDs (a partir de fontes secundárias), bem como a realização de levantamento da teoria que fornece subsídio à pesquisa, como a importância da “distância psíquica” na trajetória internacional das empresas. Resultados e Discussão Grande parte dos estoques de IBD está localizada em países considerados paraísos fiscais (que possuem regimes fiscais privilegiados), como 3 mostra a figura 1. No entanto, do mesmo modo como foram e têm sido importantes os investimentos em países da América do Sul, tem sido crescente o investimento em regiões mais desenvolvidas, como América do Norte e Europa, inclusas em demais países (figura 1). 3 Figura 1 - Destino dos IBDs no mundo. É possível observar que de 2001 para 2006 os IBDs diminuíram na América do Sul e, em contrapartida, aumentaram em outras localidades, o que de certa forma comprova as contribuições do Modelo de II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Uppsala, no tocante à distância psíquica. Os autores 4 expoentes inicialmente definiram a distância psíquica entre dois países em termos de fatores que impedem ou restringem o fluxo de informação entre os agentes fornecedores e os clientes. Para a avaliação dessa distância, os autores utilizaram de indicadores, de desenvolvimento econômico e educação, diferenças na “linguagem dos negócios” e a existência de canais de comércio. A ideia básica era de que as firmas primeiramente se desenvolvessem em mercados domésticos e que a internacionalização fosse consequência de uma série de decisões incrementais, assumindo que os maiores obstáculos para a internacionalização sejam a falta de conhecimento e de recursos. Devido ao menor conhecimento à respeito dos países externos e à uma tendência a reduzir os riscos, as firmas iniciariam suas operações (primeiramente por meio das exportações) com países que fossem comparativamente bem conhecidos e similares em termos de práticas de 4 negócios. Contribuições mais recentes para o entendimento das trajetórias internacionais das multinacionais brasileiras sinalizam que o termo distância psíquica pode ser compreendido por um conjunto amplo de fatores, como o cultural, estruturais (ou elementos do negócio), que derivam de diferentes sistemas administrativo, econômico e legal, tão bem como de diferenças de língua e 5 religião. Conclusão Os volumes de IBD’s vêm aumentando consideravelmente nas regiões em questão deste resumo. As teorias que surgem pelos teóricos de Uppsala são comprovadas na prática ao se analisar os dados e a internacionalização das empresas recentemente. Agradecimentos PIBIC/ Reitoria (bolsa de IC). ¹ KEEGAN, W. J. Marketing global. Tradução Adriano de Jorge, Maurício de Andrade. 7 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005. 2.BANCO CENTRAL DO BRASIL. Série histórica do balanço de pagamentos. 2013. <Disponível em: http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG>. Acesso em jan. 2013. 3.SANTINI, G. A. ; PIGATTO, G. . Direct Brazilian Investment: the role of the countries of South America. In: XV World Economy Meeting, 2013, Santander/ Spain. XV World Economy Meeting, 2013. 4. JOHANSON, J.; VAHLNE, J. E. The internationalization process of the firm: a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of International Business Studies, v.8, n.1, p. 23-32, 1977. 5. CYRINO, A. B.; BARCELLOS, E. P.; TANURE, B. International trajectories of Brazilian companies: empirical contribution to the debate on the importance of distance. International Journal of Emerging Markets, v. 5, n. 3/4, 2010. 20 Aplicação do método VSM em um processo produtivo de estamparia automotiva. Aluno-autor: Bruno Henrique Rodrigues ([email protected]), Filipe Bueno Teixeira ([email protected]), Wilson Levi Palma ([email protected]), Faculdade de Jaguariúna, Engenharia de Produção. Orientador: Eduardo Guilherme Satolo ([email protected]), Campus de Tupã, UNESP - Univ Estadual Paulista. Palavras Chave: Administração da produção, gestão da produção, melhoria processo produtivo. Introdução O Mapeamento do Fluxo de Valor (da tradução do inglês Value Stream Mapping - VSM) é uma ferramenta que permite a compreensão do estado atual dos processos produtivos em uma organização ajuda a visualizar todo o fluxo de um processo, encontrar os desperdícios, ajuda na tomada de decisões junto com o plano de implementação, e também se consegue verificar uma relação entre o 2 fluxo de informações e de materiais . O VSM tem por objetivo agregar valor aos produtos com ações identificadas por meio dos processos produtivos e eliminar as atividades que não agregam valor, ou seja, que geram perdas. postos de trabalhos, É necessário também identificar o fluxo de material e de informações, os estoques em processo e conhecer demandas de clientes. Por meio do estudo do mapa atual realiza-se a proposição de melhorias no processo de produção, a ser implantada ao longo do tempo. Esta melhoria é executada de modo a atender ao Mapa do Estado Futuro (Figura 1). Objetivos O objetivo deste trabalho é apresentar a implantação do VSM no processo produtivo de uma empresa de estamparia automotiva, localizada na cidade de Limeira, Estado de São Paulo e a partir de seu mapa atual, aplicar métodos para melhoria do processo produtivo, a partir da identificação dos pontos críticos da empresa e da melhoria de layout, na redução do lead time do sistema, da redução do estoque e a eliminação de desperdícios no processo. Material e Métodos Este trabalho foi realizado por meio de um estudo de 1 caso, conforme etapas sugeridas por Miguel . Resultados e Discussão Para a elaboração do VSM deve-se inicialmente selecionar a família de produtos, ou seja, grupos de produtos que passam pelos mesmos processos. Definida esta etapa desenvolve-se o estado atual por meio de coletas de informações do processo operacional, como, por exemplo; disponibilidade do equipamento (tempo disponível da máquina para produção), tempo de setup (tempo da máquina parada para ajuste), lead time da peça (tempo de fabricação desde o inicio da peça até sua conclusão), takt time da peça (corresponde ao ritmo necessário da produção para atender a demanda), II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Figura 1. Resultados Mapeamento Estado Futuro Conclusões A implantação do plano futuro do VSM no processo produtivo de estamparia trouxe benefícios, entre os quais: aumento da produtividade, reduções do tempo de transporte, de mão de obra, de lead time e redução de estoques intermediários. Em termos quantitativos, a empresa obteve melhoras no layout da linha produtiva, que proporcionou uma redução de 4,5 dias de estoque, minimização de 150 metros de movimentação e uma redução de 6 colaboradores na linha produtiva, obtendo um ganho de R$ 13.797,27 mensais. 1 Javed, A.; Manarvi, I.A; Rizvi, S.Z.R. Value Stream Mapping and Process Optimization Strategy: A Case Study of Public Sector Organization.Concurrent Engineering Approaches for Sustainable Product Development in a Multi-Disciplinary Environment. 2013, pp 981-992. 2 Miguel, C.A.C. Metodologia de pesquisa em engenharia de produção e gestão de operações, São Paulo: Elsevier, 2 ed., 2011. 21 Estratégias de internacionalização de empresas brasileiras: contribuições teóricas Fernanda Bergamo Calderari, Giuliana Aparecida Santini Pigatto (O), Campus de Tupã, Administração, nanda_bergamo@hotmail. Palavras Chave: Internacionalização, empresas brasileiras, estratégias Introdução Empresas de países emergentes têm marcado a ‘terceira onda’ de internacionalização no mercado 1 mundial . Dentre as regiões mais receptoras de investimentos de empresas brasileiras está a América do Sul (e América Latina de modo mais amplo), onde há maior concentração nos segmentos 2 de bens industriais processados e de serviços , entretanto, a partir de 2004, mercados mais desenvolvidos e distantes geograficamente, como Europa e América do Norte, passaram a ser destino para a expansão de mercado de companhias brasileiras, apesar de representar maiores riscos às 1 mesmas . Assim, a questão de investigação da pesquisa (base) deste resumo é de quais foram (ou quais são) as estratégias utilizadas pelas empresas brasileiras para o alcance desses mercados? Objetivos Uma vez que a pesquisa (base) encontra-se em estágio inicial (agosto 2013), este resumo objetiva avaliar os tipos de estratégias de internacionalização de empresas, sob o enfoque teórico, por meio de um quadro resumo. Material e Métodos Este trabalho é fundamentado em uma pesquisa qualitativa, com o desenvolvimento de uma revisão bibliográfica em torno do tema de Estratégias de Internacionalização, com autores da área de administração estratégica. A pesquisa qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano, fornecendo análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, 3 tendências de comportamento etc . Resultados e Discussão Internacionalização pode ser compreendida como movimento de expansão da economia pelo envolvimento das empresas em atividades além de seu país de origem, visando vantagem competitiva através da ampliação do alcance geográfico, que pode ser atingida por meio de estratégias como exportação, licenciamento, aberturas de franquias, Investimento Direto Estrangeiro (IDE), dentre outras. Essas estratégias são definidas no quadro 1. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Quadro 1. Estratégias de internacionalização Estratégias de internacionalização Exportações Licenciamento Franquias IDE Definição Produção efetuada em um país e vendida a compradores 2 de outros países . Acordo para que empresa estrangeira tenha direito de fabricar e vender produtos 4 dentro do país anfitrião . Direito do franqueado em abrir uma loja no varejo utilizando5 se da marca do franqueador . Aquisição de fábricas, estabelecimento de subsidiárias da matriz fora do país de origem ou joint6. venture Conclusões Conclui-se que para o alcance de mercados mais distantes, as empresas podem optar por diferentes estratégias, que serão escolhidas de acordo com o perfil e objetivo organizacional de cada companhia. Agradecimentos À professora orientadora deste trabalho pelo apoio e suporte, e à UNESP/Campus de Tupã pelo incentivo à pesquisa científica (projeto de IC submetido à Fapesp em set. 2013). 1.Fleury, A.; Leme Fleury, M. A.; Reis, G. G. El camino se haceal andar: latrayectoria de lasmultinacionalesbrasileñas. Universia Business Review, n. 25, p. 34-55, 2010. 2. Souza, A. T. L. M. O investimento direto externo de empresas brasileiras na América do Sul. Marília: UNESP, 2012, 205 p. Dissertação (mestrado). Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília, 2012. 3. Marconi, M. A.; Lakatos, E. M. Metodologia científica. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. 4. Hitt, M. A.; Ireland, R. D.; Hoskisson, R. E. Administração Estratégica.Trad.Eliane Kanner, Maria EmiliaGuttilla e AllTasks. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 5. Pham, T. H. N. Strategies for Internationalization: A Comparative Study of Thai and Vietnamese Companies in Two Industries. 2008. 198 p. Tese (Doutorado em Economia e Ciências Sociais). Faculdade de Economia e Ciências Sociais da Universidade de Friburgo, Friburgo, 2008 6. Keegan, W. J. Marketing global.Tradução Adriano de Jorge, Maurício de Andrade. 7 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005. 22 Inovação ambiental no setor de serviços: a redução no consumo de água e o seu impacto no desempenho econômico Gustavo Antiqueira Goes, UNESP, Campus de Tupã-SP, [email protected], Karoline Ferreira Kinoshita, REGES, Campus de Dracena-SP, [email protected], Angélica Góis Morales, UNESP, Campus de Tupã-SP, [email protected] Palavras Chave: gestão ambiental, inovação ambiental, prestação de serviços. Introdução Cada vez mais, o setor de serviços vem ganhando destaque na economia. Para sobreviver em um mercado altamente competitivo, as organizações em serviços precisam inovar e, nesse contexto, a questão ambiental torna-se fundamental para o processo de inovação. Objetivos O objetivo desse trabalho é analisar se a inovação ambiental em serviços no setor hoteleiro, com relação a ações para redução do consumo de água, contribui com o desempenho econômico da empresa. Material e Métodos O método de pesquisa escolhido é o estudo de caso único. A justificativa para a escolha do caso é que ele deve ser representativo ou típico³. O caso escolhido para a análise é a Rede de Hotéis ibis, selecionada pelo fato de ser a primeira rede de hotéis brasileira a receber uma certificação ambiental, a ISO 14001. Além disso, a Rede ibis é líder no mercado europeu e uma das primeiras redes de categoria econômica do mundo, com mais de cento e cinco mil apartamentos e 879 hotéis, estabelecidos em 45 países, incluindo 53 hotéis somente no Brasil. Atualmente, a ibis é líder europeia em redes de categoria econômica e a quarta maior do mundo. Resultados e Discussão A ibis é uma marca de hotéis de categoria econômica, que faz parte do Grupo Accor. Em 2000, o grupo lançou um projeto com o objetivo de propor ações que minimizem os impactos ambientais dos empreendimentos. Em junho de 2004, a rede recebeu a certificação ISO 14001 que trata do Sistema de Gestão Ambiental, e controla o impacto das atividades nas áreas de hotelaria e alimentação sobre o meio ambiente. Especificamente no Brasil, os hotéis da rede possuem um mecanismo de coleta e reutilização da água de chuveiros, pias de banheiro e água de chuva para uso, por exemplo, em jardins. Esse sistema resultou em uma economia de 20% de água dos hotéis². Além desse mecanismo, o hotel adota a II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã prática de troca de roupas de cama ou toalhas somente com o pedido do hóspede, utiliza redutores de fluxo em chuveiros e torneiras, e possui sanitário com baixo volume de descarga. Mais recentemente, foi implantado no ibis Batel, em Curitiba, um sistema que conta com o reaproveitamento da água dos chuveiros e pias¹. Captadas por uma cisterna, após filtragem e tratamento visual e olfativo, as águas voltam a ser utilizadas para as descargas e, estima-se que 27% das águas utilizadas nos apartamentos sejam consumidas nas descargas sanitárias. Foram implantados também economizadores de água nos chuveiros e pias, com arejadores de ar. Com esse sistema, o consumo médio do chuveiro e da pia cai de 720 para 468 litros/dia. A implantação dos economizadores gerou uma redução de 35% do consumo de água no hotel. Os dois sistemas agregados (reuso de água e economizadores) mensalmente representam uma redução de 50% em relação aos demais hotéis da rede que não os possuem. No ibis Centro Cívico, também em Curitiba, para uma ocupação de 70%, o custo da água é de R$ 7 mil por mês, enquanto no ibis Batel, é de aproximadamente R$ 4 mil, apresentando uma economia de custo de R$ 3 mil reais. O custo do investimento da Rede Accor, R$ 46 mil para o reuso e R$ 6.300 para os economizadores, foi inferior a 1% do total da obra e pagou-se em 18 meses¹. Conclusões A utilização da inovação ambiental em serviço, relacionada às ações para redução do consumo de água, contribui com o desempenho econômico da empresa. No caso da Rede de Hotéis ibis, ações como o reaproveitamento da água dos chuveiros e pias, dentre outras, proporcionaram uma economia de 35% do consumo de água, diminuindo os custos da empresa e, ainda, reforçando a imagem empresarial frente à responsabilidade ambiental. ¹ RIGO, R. Papo de obra. Disponível em: <http://papodeobra.com.br/2008/12/reuso-de-guas-servidas-agoralei.html>. Acesso em: 20 jan. 2013. ² SETRI SUSTENTABILIDADE. 2009. Disponível em:<http://setrisustentabilidade.com.br/2009/11/hotel-ibis-no-processoda.html>. Acesso em: 24 jan. 2013. ³ YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. 23 Canal de Distribuição no Setor de Serviço de Alimentação: análise do relacionamento comercial das empresas de food service (restaurantes) e seus fornecedores de hortaliças Gustavo Oliveira Lemos (A), Gessuir Pigatto (O), Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração, [email protected]. PIBIC/Reitoria Palavras Chave: Food Service, Relacionamento Comercial, Canal de distribuição Introdução Mudanças da economia e da sociedade levam os segmentos econômicos a constantes alterações, conduzindo ao surgimento de novos formatos de negócios. No Brasil verifica-se um significativo crescimento dos serviços, como consequência do processo de reestruturação produtiva, resultado das transformações tecnológicas. Os segmentos que oferecem alimento fora do domicílio, classificados como serviços (PAS/IBGE) desfrutam desse mesmo crescimento. Objetivos Este artigo tem como objetivo analisar o relacionamento comercial das empresas que atuam no setor de serviço de alimentação, mais especificamente pequenos restaurantes comerciais, localizados no interior do Estado de São Paulo e os produtores rurais que fornecem hortaliças. Material e Métodos Foi realizada uma pesquisa bibliográfica acerca do serviço de alimentação e dos canais de distribuição utilizados pelo segmento de serviços de alimentação, além da teoria de Relacionamento Colaborativo, que serviram de base para o entendimento das questões investigadas. A técnica de coleta de dados estabelecida foi o questionário semi-estruturado, aplicado na forma de entrevista pessoal, em estabelecimentos selecionados por conveniência. Após o levantamento e análise dos dados, foi possível avaliar a fonte de suprimentos dos restaurantes e o seu relacionamento com os mesmos fornecedores Resultados e Discussão Apesar de estabelecimentos de pequeno porte, a maioria dos restaurantes tem preocupação com a qualidade das hortaliças servidas e procuram adquirir, quando possível, os produtos diretamente de produtores rurais da região. A estratégia mais comum é possuir um único fornecedor para o conjunto de hortaliças adquiridas diretamente do produtor rural, que é responsável pela entrega do produto, de acordo com a demanda do restaurante. Apesar de indicadores como “fornecedor dedicado”, a relação comercial entre os dois elos da cadeia II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã possui características que se posicionam mais próximas do mercado concorrencial - pagamento a vista, inexistência de planejamento de demanda, oportunidade. O surgimento de novos fornecedores (mesmo que esporádicos) e promoções feitas por distribuidores supermercadistas ou atacadistas surgem como uma frequente ameaça ao relacionamento comercial entre os dois agentes. Da mesma forma, a queda na produção de determinada hortaliça pode deslocar parte da produção que o produtor rural deveria entregar ao parceiro para outros estabelecimentos (supermercados) que ofereçam um preço maior. A assinatura de um contrato, onde ficariam explícitas as atribuições de cada uma das partes, infelizmente não é a solução ideal para “travar” este tipo de relacionamento. Além dos custos atrelados ao contrato, o porte dos agentes comerciais e as características dos agentes, leva a conclusão quer relacionamento possui maiores ganhos quando mantido informal, do que quando atrelado a um contrato comercial. Alguns entraves podem ser apontados como barreiras à construção de um relacionamento mais colaborativo entre os dois agentes. O porte do produtor rural - que não tem condições de produzir uma diversidade grande de produtos para atender toda a demanda do restaurante por hortaliças; a sazonalidade na produção das hortaliças; o baixo custo das hortaliças no custo total dos restaurantes; a preocupação dos estabelecimentos comerciais em não ficarem presos a um mesmo fornecedor; a dificuldade em perceber ganhos em termos de qualidade e diferenciação que um relacionamento mais colaborativo pode trazer para o restaurante Conclusões Muitos desses entraves podem ser minimizados ou até mesmo eliminados caso ocorra uma mudança de postura por parte dos estabelecimentos comerciais e dos produtores rurais. A percepção dos ganhos futuros, em substituição aos custos da proximidade é a principal mudança. A partir do momento em que os agentes perceberem que podem obter outros benefícios, que simplesmente receber o produto na quantidade certa e no dia certo, é possível criar uma relação mais próxima entre o produtor rural e o restaurante 24 CONSUMO DE PRODUTOS VERDES NO VAREJO SUPERMERCADISTA: A INTENÇÃO DE COMPRA versus A COMPRA DECLARADA Jaqueline Caleiras Magalhães, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected]. Palavras Chave: Consumo Verde, Varejo, Comportamento do Consumidor . Introdução Material e Métodos A preocupação com as questões ambientais está fazendo as atividades empresariais procurarem alternativas de redução ou eliminação de possíveis impactos ambientais e sociais, tornando a gestão ambiental um investimento e não mais um custo (BARBIERI, 2007). Tal movimento se deve à emergência da preocupação que atingiu as empresas e o grande público a respeito do impacto causado pelo atual consumismo das sociedades industrializadas. Este fato viabilizou o lançamento de produtos verdes pela adesão das empresas a um mote sensível e de grande empatia para os consumidores (PORTILHO, 2010). Já é possível verificar um crescente espaço para produtos denominados verdes que simbolizam ao mesmo tempo, o empenho do fabricante e do varejista em seguir as recomendações de melhorar as questões sociais e ambientais e a necessidade de atender a nova expectativa dos consumidores. Baseado no contexto, estudos voltados para o varejo supermercadista com o propósito de verificar se o consumidor percebe as práticas ambientais e sociais tornam-se relevantes, pois, é no consumo do produto final que está à possibilidade de avaliar se as práticas ambientais e sociais das empresas são reconhecidas, por meio da preocupação do consumidor com o meio ambiente que é transformada em intenção de compra e posterior declaração de compra. Será realizado de um estudo exploratório de natureza quantitativa, por meio de um survey junto a uma amostra de respondentes coletados em duas capitais brasileiras: São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ. A escolha destes locais deve-se por questões de facilidade de acesso por parte dos pesquisadores, pela realização de outras pesquisas já realizadas nestes locais e pela representatividade destas cidades no contexto econômico brasileiro. Os dados coletados permitirão validar e concluir as relações propostas na pesquisa. Objetivos O objetivo geral é avaliar se o consumidor está reconhecendo e efetivamente declarando que compra produtos verdes no varejo. Neste sentido, serão trabalhados os seguintes objetivos específicos: - Analisar a existência de uma relação entre a Preocupação com o Meio Ambiente, a intenção de compra e compra declarada de produtos verdes no varejo. - Avaliar a relação entre intenção de compra e compra declarada para produtos verdes no varejo. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Resultados Esperados Pretende-se demonstrar a não existência de uma relação direta entre a preocupação ambiental e a ação de compra dos consumidores para produtos verdes no varejo, sendo que, esta relação deve passar obrigatoriamente pela intenção de compra conforme Braga Junior et al (2013) que, demonstraram que o consumidor não está comprando produtos verdes no varejo na mesma proporção que se comprometem através das respondas dados nas pesquisas sobre o assunto, isto é, as respostas fornecidas apresentam uma tendência para a desejabilidade social. Conclusões Após o desenvolvimento da pesquisa e comprovada a falta desta relação direta, a contribuição cientifica está na abertura de novas fronteiras teóricas sobre o assunto assim como uma nova linha de avaliar e montar as pesquisas de marketing junto ao consumidor. Esta contribuição cientifica, tem como base a comprovação estatística dos dados que se pretende coletar diretamente nos supermercados das cidades objeto de pesquisa. PORTILHO, F. Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania, 2ª edição. São Paulo: Cortez, 2010. BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial : conceitos, modelos e instrumentos. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BRAGA JUNIOR, S. S. ; SILVA, DIRCEU DA ; LOPES, EVANDRO LUIZ ; GASPAR, M. A. A preocupação ambiental é transformada em intenção de compra para produtos verdes no varejo?. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 2, p. 3-27, 2013. 25 Caracterização da certificação orgânica no Brasil Aluno-autor: Jéssica de Fátima Coltro, Orientadora: Andréa Rossi Scalco Campus de Tupã, Curso de Administração. Email: [email protected]. Bolsa FAPESP. Palavras Chave: Perfil, agricultores, orgânicos. Introdução A área destinada à produção de orgânicos no Brasil chega a 1,77 milhões de hectares, o que representa um dos cinco países com maior extensão de terras destinada ao manejo orgânico em 2011¹. Porém é recente o processo de regularização do setor de orgânicos em que tornou compulsória a certificação dos produtos que utilizam o sistema orgânico. Objetivos Identificar os sistemas de certificação para produtos orgânicos adotados, bem como relacioná-los com variáveis tais como estados da federação, tipos de produtos, composição de renda e perfil do produtor. Material e Métodos Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva, de caráter quantitativo. O instrumento para a coleta de dados foram questionários constituídos de perguntas fechadas e a técnica de amostragem utilizada foi à probabilística. A amostragem foi aleatória sistemática conforme o banco de dados gerado na pesquisa (Cooperativas e Associações de produtores rurais de orgânicos). Foram enviados 900 questionário, com uma porcentagem de 23,88% De respostas obtidas. Os dados foram analisados usando ferramentas de estatística descritiva (medidas descritivas, tabelas e gráficos) e de estatística inferencial (estimação intervalar). Resultados e Discussão Por meio da amostra da pesquisa verificou-se que a certificação de terceira parte individual (45,85%) predominou em maior percentual em relação aos demais tipos de certificação (Certificação de terceira parte em grupo 33,02% e a Certificação Participativa 21,86%). A maioria dos estados apresenta mais de um tipo de certificação entre os agricultores, conforme mostra Gráfico 1. Foi verificado também por meio das Variáveis “renda” e “tipo de certificação adotada” que a maior parte da renda proveniente da produção orgânica está concentrada em propriedades com certificação de terceira parte individual (37,80%), enquanto que a menor renda proveniente da produção orgânica é do tipo participativo (5,26%) Cruzando as variáveis “Nível de escolaridade” e “tipo de certificação adotada”, verifica-se que a certificação de terceira parte é expressiva mais nos níveis de pósII Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã graduação e ensino superior, enquanto que a certificação de terceira parte em grupo é mais representada pelo 2° grau e 1° grau incompleto. Categorizando por tipo de produtos (frutas, legumes e verduras), a certificação por terceira parte é representativa em todos os grupos de produtos, conforme mostra tabela 1. 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% BA CE GO MT MS MG PR PB PA PE Certificação de terceira parte Certificação Participativa PI RJ RS RO SC SP Certificação de terceira parte em grupo Gráfico 1: Tipo de certificação por estados Fonte: elaborado pelo próprio autor Tabela 8: Nível de escolaridade e tipo de certificação adotada Fonte: elaborado pelo próprio autor Certificação Adotada Certificação de terceira parte Certificação de terceira parte em grupo Certificação Participativa Total geral Hortaliça Legumes Outros Produtos 17,05% 6,82% 3,41% 26,14% 53,41% 18,18% 6,82% 1,14% 10,23% 36,36% 6,82% 1,14% 1,14% 1,14% 10,23% 42,05% 14,77% 5,68% 37,50% 100,00% Fruta Total geral Fonte: elaborado pelo próprio autor Conclusões O sistema de certificação adotado predominante foi a Certificação de terceira parte que constitui também a maior parte da renda proveniente desse tipo de certificação entre os agricultores. A certificação de terceira parte também é representada pela maioria com nível de escolaridade superior e pós-graduação, que constitui um grupo de produtores que podem arcar com os altos custos desse sistema de certificação, não importando a categoria de produtos, uma vez em todas as categorias de FLV, é o sistema mais representativo.. Agradecimentos Agradeço a Deus, à minha orientadora e à FAPESP que juntos foram essenciais para desenvolver essa pesquisa WILLER, H.; KILCHER L. (Org.): The World of Organic Agriculture 2011: Graphs and Maps. Disponível em: <http://www.organic-world.net/yearbook-2011graphs.html>. Data de acesso: 14 jul 2 Curtis, M. D.; Shiu, K.; Butler, W. M. e Huffmann, J. C. J. Am. Chem. Soc. 1986, 108, 3335. 26 Os meios de comunicação como instrumentos para a escolha da Instituição de Ensino Superior Autor: Jéssica dos Santos Leite Gonella; Orientadora: Cristiane Hengler Corrêa Bernardo; Colaborador: Diego Cassiano Silveira Costa, Campus de Tupã, Curso de Administração, [email protected] PIBIC, S/B. Palavras Chave: Instituições de ensino Superior, Escolha, Meios de comunicação. Introdução A escolha por uma instituição de ensino superior (IES) leva em consideração muitos fatores decisórios, como por exemplo, qualidade e reputação da instituição, custos, formação dos docentes, localização do campi e até mesmo formação educacional dos pais. Para tanto, os estudantes recebem e buscam informações em diversas fontes para fortalecer a sua escolha. Os veículos de comunicação são importantes instrumentos para a obtenção dessas informações, uma vez que são, na atualidade, os principais fomentadores da opinião pública e meios de divulgação sobre o desempenho das IES nas avaliações que recaem sobre estas. Dessa forma, esta pesquisa parte do princípio que se torna de fundamental importância para as IESs aferirem qual o meio de comunicação mais utilizado pelos estudantes para receber informação sobre a instituição que pretende escolher. Essa escolha pode apontar para um direcionamento da comunicação para determinados veículos, propiciando uma economia para a instituição em termos publicitários e uma maior eficiência em atingir o público-alvo. Objetivos Objetivo Geral: identificar o veículo de comunicação mais utilizado pelos estudantes para receber informações da IES. Objetivos específicos: oferecer um direcionamento para a comunicação das IESs de acordo com o interesse do público-alvo; analisar a necessidade de distribuir a comunicação em mais de um meio. Material e Métodos Pesquisa bibliográfica de caráter quali-quantitativa com aplicação de questionário estruturado junto aos Campi Experimentais da Unesp (responderam ao questionários os Campi de Dracena, Ourinhos, Registro, São João da Boa Vista e Tupã) Resultados e Discussão II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Por meio da análise do resultado do questionário aplicado para os 141 discentes ingressantes no vestibular do ano de 2012 nos campi da Unesp, foi possível identificar que o meio de comunicação mais utilizado para acessar informações referentes as IESs foi o site da Universidade. Tal constatação evidencia o interesse do candidato em fontes de informações de origem confiável que assegure a veracidade dos dados e deste modo, diminua a probabilidade de erro na escolha pela Instituição. Figura 1. Principais meios de comunicação utilizados para receber informações sobre a IES. Conclusões A pesquisa demostra que cerca de 38,30% dos estudantes priorizam a busca por informações da IES em meios de comunicação disponibilizados pela própria Universidade. Essa preferência reflete a busca pela aproximação do candidato com a realidade da Instituição, por meio da observação de dados de natureza segura, bem como a facilidade de acesso ao ambiente digital. Entretanto, há uma quantidade significativa de candidatos, cerca de 36,88%, que recorrem a veículos de comunicação como guia de profissões e propaganda, fato que corrobora a necessidade da diluição da comunicação para tais meios. Agradecimentos Agradeço a minha orientadora pelo auxílio e suporte no desenvolvimento da pesquisa e a Universidade pelas condições para a pesquisa. 27 Análise descritiva comparativa do perfil socioeconômico dos produtores rurais dos assentamentos do município de Rancharia-SP Luana Possari Maziero, Sandra Cristina de Oliveira, Leonardo de Barros Pinto, Campus de Tupã, Curso de Administração, [email protected], FAPESP. Palavras Chave: assentamentos rurais, agricultura familiar, perfil socioeconômico. Introdução A agricultura familiar é representada principalmente pelos assentamentos rurais, que são responsáveis por 84,4% dos estabelecimentos rurais do país. O estado de São Paulo é o maior representante de assentamentos rurais e a região oeste paulista é a que mais se sobressai, com destaque para o Pontal do Paranapanema, onde o município de Rancharia 1 está inserido . Neste município encontram-se os assentamentos Nova Conquista (NCo) e São Pedro (SPe), que representam cerca de 3% da área total 2 de assentamentos desta região . Objetivos Apresentar uma análise descritiva sobre o perfil socioeconômico e a infraestrutura produtiva dos produtores rurais dos assentamentos do município de Rancharia-SP, indicando ainda a origem de eventuais restrições à obtenção de crédito rural. Material e Métodos A coleta de dados foi feita mediante formulário, sendo que o tamanho amostral do assentamento SPe foi de 28 lotes e do NCo de 38 lotes, considerando uma margem de erro de 10% e um nível de confiança de 95,5%. A seleção destes lotes foi feita de forma aleatória, preservando a identidade dos responsáveis por estes. O perfil dos produtores rurais foi obtido por meio de variáveis de caracterização socioeconômica e produtiva e de variáveis de caracterização de acesso e de restrição ao crédito. Tais variáveis foram analisadas por meio de técnicas de estatística descritiva. Resultados e Discussão Observou-se que nos dois assentamentos existe a presença significativa de pessoas na faixa etária de 50 anos ou mais que possuem baixo nível de escolaridade (no máximo 2º grau completo) e que, especificamente no SPe, a dependência da renda obtida com as atividades desenvolvidas dentro do lote (78%) é maior que no NCo (66%), onde a incidência de trabalho em atividades fora do lote é mais frequente, principalmente para pessoas de 30 a 39 anos. A principal atividade geradora de renda nos dois assentamentos é a pecuária de leite. Tanto no SPe quanto no NCo destaca-se a pastagem natural, no entanto, observou-se que no NCo existe cerca de 3% a mais de pastagem plantada. Para o manejo das atividades do lote, o principal tipo de II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã mão de obra utilizado nos dois assentamentos é a própria, mas no SPe aparece uma pequena frequência da permanente. Dos que tiveram acesso ao crédito rural desde o ingresso no lote, o SPe possui maior número de produtores que acessaram este recurso. Na totalidade, os produtores ingressaram principalmente pela modalidade investimento do PRONAF e, o índice de produtores do SPe que acessaram esta (44%) foi quase duas vezes maior que o do NCo (29%), uma vez que os produtores deste último aderiram a uma maior variedade de financiamentos. Dentre os que acessaram crédito, observou-se um índice de 4% a mais de produtores com anotações restritivas no NCo. No que diz respeito à procedência de tais anotações, 93% dos produtores do SPe atribuíram o motivo a não quitação dos recursos acessados (PRONAF, FEAP ou outro programa) e apenas 60% dos produtores do Nco relataram que esta foi a origem das restrições. Dentre os principais motivos alegados para a não quitação dos recursos obtidos têm-se o baixo preço de comercialização dos produtos e a ocorrência de adversidades climáticas que comprometeram a safra. Quanto à qualidade da assistência técnica, os produtores do NCo se mostraram mais satisfeitos do que os do SPe (no qual mais da metade dos pesquisados a classificaram como regular ou ruim). Finalmente, ressalta-se que houve a iniciativa do produtor de renegociar a sua dívida (nos dois assentamentos), pois este reconhece que é um importante passo para permanecer na atividade e no lote e, principalmente, para melhorar a infraestrutura produtiva, aumentar a produtividade e a qualidade do seu produto e, consequentemente, a sua renda. Conclusões A análise descritiva proporcionou resultados importantes sobre os produtores assentados e apontou, ainda que de forma preliminar, alguns motivos para anotações que os restringia à obtenção de crédito. Agradecimentos À FAPESP pela bolsa de IC (Proc. 2010/17647-9). 1 BERGAMASCO,S.M.; NORDER,L.A.C. O que são assentamentos rurais. São Paulo: Brasiliense,1996. 2 INCRA. Área do Projeto, Capacidade de Assentamento, Número de Famílias Assentadas. São Paulo, 2009. 28 Software de avaliação da massa corporal de quaisquer rebanhos bovinos utilizando sistemas fuzzy. Luana Possari Maziero, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Fernando Ferrari Putti, Camila Pires Cremasco. Campus de Tupã, Administração, [email protected]. FAPESP. Palavras Chave: índice de massa corporal, lógica fuzzy, rebanho. Introdução A avaliação do rebanho ainda é feita pelo produtor com base em fatores empíricos, o que envolve maior risco na tomada de decisão sobre o momento ideal do abate do animal. Uma das ferramentas que pode ser utilizada é o IMC que ao medir a razão entre massa e altura permite a associação sobre a 1 qualidade da carne do animal . A fim de melhorar a ferramenta propõe-se a utilização da lógica fuzzy, que diferentemente da teoria clássica dos conjuntos, permite que um valor assuma respostas em dois conjuntos distintos com graus de pertinência diferentes. Figura 2: Classificação dos animais da Fazenda 2 Objetivos Obter um sistema fuzzy que classifique cada rebanho individualmente, por meio do IMC Fuzzy gerado pelo software desenvolvido. Material e Métodos Figura 3: Classificação dos animais da Fazenda 3 Para a elaboração do sistema desenvolvido, a coleta de dados foi realizada na Fazenda 1 localizada em Santa Rita do Pardo-MS, com 147 vacas; na Fazenda 2 situada em Presidente Bernardes-SP, com 45 bezerros e na Fazenda 3 estabelecida em Tupã-SP, com 95 bezerros. A análise dos dados foi realizada utilizando ferramentas de estatística descritiva e lógica fuzzy. Ao analisar o coeficiente de correlação de Pearson os resultados são de 0,92, 0,42 e 0,89, respectivamente, para as Fazendas 1, 2 e 3, mostrando forte relação entre o IMC Fuzzy e o IMC convencional. Além disso, os resultados apresentam tendência de crescimento, assim a medida que a altura aumenta a massa também aumenta. Resultados e Discussão Conclusões A análise de estatística descritiva realizada utilizou tabelas com valores de desvio padrão, mínimos, máximos e quartis dos dados obtidos. A partir dessas informações do software desenvolvido e do MatLab realizaram a classificação dos rebanhos. O método proposto é adequado ao cálculo convencional de IMC, pois ambos estão correlacionados. Assim, o método é um facilitador de tomada de decisão e não seu substituto, uma vez que a medida que o rebanho se torna homogêneo a classificação se torna inverídica. Agradecimentos A FAPESP pela bolsa de iniciação científica e a Marcelo Chacur e Giovani Bertoni pelos dados utilizados. 1 Figura 1: Classificação dos animais da Fazenda 1 II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã CHACUR, M.G.M.; ARAÚJO, M.C.; KRONKA, S.N. Aspectos seminais e anatômicos do aparelho reprodutor da raça Canchim aos 14 e aos 48 meses de idade. Congresso Brasileiro de Reprodução Animal, 17, 2007, Curitiba, PR. Anais ... Belo Horizonte, MG: CBRA, 2007. 29 Comercialização de produtos pela agricultura familiar no município de Tupã/SP Mara Elena Bereta de Godoi Pereira (autora), Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani (orientadora), Câmpus de Tupã, [email protected]. Palavras Chave: agricultura familiar, comercialização. Introdução O município de Tupã possui 1.114 Unidades de 1 Produção Agropecuária (UPA) . Destas, 986 UPAs são menores ou iguais a 4 módulos ficais, o que caracteriza o município com um grande número de pequenos produtores. A agricultura familiar no Brasil possui papel relevante na produção de alimentos, principalmente para o mercado interno. Acredita-se que a tecnologia e a comercialização na agricultura contribuem para o alívio da pobreza e melhoram a segurança alimentar uma vez que estimulam o crescimento, geram oportunidades de emprego e 2 aumentam a oferta de alimentos . A comercialização na agricultura familiar tende a ser praticada de forma tradicional, o que consiste num importante gargalo para o seu crescimento. Por produzir em escalas menores e muitas vezes não contar com espaço físico adequado para armazenamento, o produtor familiar tem dificuldade em acessar um valor justo. Considera-se ainda a perecibilidade dos produtos não processados, o que pode dificultar a comercialização devido à especificidade temporal. Visando diminuir os efeitos negativos das falhas de mercado, o Governo Federal instituiu instrumentos de políticas públicas que proporcionam à agricultura familiar acesso ao crédito e aos mercados, proteção e melhoria da renda e incremento da produtividade como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Seguro da Agricultura Familiar, Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de 3 Aquisição de Alimentos (PAA), entre outros . Objetivos Considerando a importância da comercialização para a agricultura familiar e da participação do Estado nesse processo, buscou-se verificar a diversidade de canais utilizados pelos agricultores apoiados por um programa público, o PAA, no município de Tupã. Material e Métodos O método utilizado consistiu em uma pesquisa de dados secundários extraídos de fontes oficiais e II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã aplicação de um questionário semiestruturado como ferramenta para coleta de dados primários. Estes foram aplicados durante as entregas do PAA, no mês de dezembro de 2013, para um total de 25 agricultores familiares. Resultados e Discussão Os principais produtos produzidos pelos agricultores entrevistados são alface, maracujá, tomate, berinjela, cebolinha, mandioca e manga. Durante as entrevistas, detectou-se que no município de Tupã os principais canais de comercialização para os produtores familiares são os supermercados, as feiras livres e também os chamados “atravessadores” ou “intermediadores” que compram os produtos dos pequenos produtores e revendem para a CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). No caso da mandioca também foi citado as fecularias. Além destes, incluem-se os programas governamentais como PNAE e PAA. A participação nesses programas pode ser reforçada pelas características dos produtos, em sua maioria frutas, legumes e verduras (FLV), cuja especificidade temporal tráz incertezas ao processo de comercialização. Conclusões Pode-se concluir que os agricultores familiares utilizam-se necessariamente do mercado local para o escoamento de seus produtos. Os programas governamentais, em especial o PAA, são importantes no escoamento dos excedentes produzidos. Contudo, a agricultura familiar no município sofre com o baixo poder de barganha e com dificuldade de agir através de ações coletivas. 1 SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Levantamento censitário de unidades de produção agrícola do Estado de São Paulo - LUPA 2007/2008.São Paulo: SAA/CATI/IEA, 2008. Disponível em: <http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa>. Acesso em: 11 fev.2013. 2 Braun, J.V. Improving Food Security of the Poor: Concept, Policy, and Programs. Washington: Food Policy Research Institute, 1992. 3 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Plano Safra da Agricultura Familiar 2012/2013. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/planosafra/arquivos/view/Cartilha_Plano_Safra.pdf>. Acesso em: 24 fev.2013. 30 ANÁLISE DAS VANTAGENS ECONÔMICAS E AMBIENTAIS ATRAVÉS DA LOGÍSTICA REVERSA PARA VAREJO SUPERMERCADISTA Renata Borini Marcondes e Santos, Sergio Silva Braga Junior (orientador), Universidade Estadual Paulista, Campus de Tupã, Administração, [email protected]. Palavras Chave: Logística Reversa, Varejo, Gestão de Resíduos. Introdução O conceito de logística reversa consiste no fluxo de produtos e embalagens que não são consumidas nas lojas e retornam aos distribuidores ou fornecedores, conforme Barbiere e Dias (2002). Desde estabelecimentos de pequeno porte até grandes redes de hipermercados, o varejo supermercadista é um meio de distribuição que estabelece contato direto com os consumidores expandindo a capacidade de suprir as necessidades destes, por meio do fornecimento de produtos de forma unitária com cada vez mais variedade. Assim constata-se que quanto mais se consome, maior é o volume de embalagens a serem descartadas no meio ambiente. Através desta lógica entende-se que este setor é responsável em grande parte por reunir quantidades relevantes de materiais recicláveis, os quais são descartados pelo consumidor final e pelo próprio varejista. O descarte incorreto de resíduos gera um forte impacto ambiental, sendo este, um dos motivos que fortalece a importância da logística reversa. Neste sentido, os supermercados separam os resíduos que serão vendidos para que os mesmos retornem à indústria como matéria-prima secundária e, assim, fechando a cadeia logística. Este método permite ao varejista explorar recursos indiretos para investir em projetos socioambientais e garantir o retorno desses materiais ao processo produtivo. Outros motivos que leva a realização da logística reversa no varejo é legislação ambiental e a cobrança por parte dos consumidores que passaram a valorizar a responsabilidade socioambiental das empresas, segundo Figueiredo et. al. (2009). Objetivos Mensurar as vantagens econômicas e ambientais geradas pela logística reversa para empresas do varejo supermercadista do interior do Estado de São Paulo e comparar se o tamanho da cidade onde o supermercado está situado interfere nas oportunidades geradas para o varejista. Material e Métodos II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Tendo em vista o objetivo do projeto, será realizada uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa caracterizada por um estudo multicasos junto a varejistas de médio porte localizados a cidade de Tupã e Marilia no Estado de São Paulo. Quanto a natureza quantitativa, procurará mensurar a vantagem econômica e ambiental da implementação da logística reversa no supermercado, através do método desenvolvido pelo Instituto Wuppertal que permite mensurar o impacto do fluxo de material processado em um sistema. Para a coleta de dados, serão coletados entre os meses de setembro/13 e março/14. Resultados e Discussão Espera-se demonstrar que as práticas de Logística Reversa aplicadas no varejo aumentem a quantidade de produtos reutilizados como matériaprima dentro do processo. Como também os recursos financeiros levantados sejam aplicados com o proposito de aumentar a capacidade de negócio do varejista que passaria a gerar recursos fora de sua atividade principal. Conclusões Espera-se observar os ganhos econômicos e ambientais gerados pelas empresas objeto de estudo da presente pesquisa através da logística reversa. Pretende-se, com o presente estudo gerar artigos para que outros setores da economia sejam incentivados a realizar ações em prol da sustentabilidade, tendo como motivação a possibilidade de ganhos econômicos e ambientais na implementação da logística reversa no controle e destinação correta de resíduos sólidos. Desta forma, a logística reversa passa a auxiliar na redução do acumulo de materiais em aterros sanitários, lixões ou em até mesmo em áreas públicas. FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. 1. ed. – 5. reimpr. (Coleção Coppead de Administração). São Paulo: Atlas, 2009. BARBIERI, J. C.; DIAS, M. Logística reversa como instrumento de programas de produção e consumo sustentáveis. Tecnologística, São Paulo/SP, n. 77, 2002, p. 58-69. 31 Estudo sobre o uso adequado dos computadores por educadores em sala de aula. Rodrigo da Silva Costa, Eliane Vendramini de Oliveira, Presidente Prudente – SP, Faculdade de Tecnologia (FATEC), [email protected]. Palavras Chave: Informática, educação, professores. Introdução Atualmente a informática está cada vez mais presente no cotidiano, como uma ferramenta de trabalho, pesquisa, laser, comunicação e educação. Mas o computador é uma máquina que não trabalha sozinha, é preciso ter professores e funcionários capacitados e treinado para garantir que todos os recursos estejam sendo utilizado corretamente. A ferramenta computacional está para facilitar e ajudar os alunos, abrindo um campo maior de pesquisas e ferramentas que irão auxiliar no aprendizado. Por tanto o uso da informática está cada vez mais crescente nas escolas de todo o mundo como também no Brasil, mas nem sempre dispõe de profissionais capacitados na área, tendo muitas vezes que o próprio aluno orientar o professor em determinadas tarefas. O uso da tecnologia hoje está disponível e estimula todos os profissionais que querem tirar proveito dela, como professores e etc. Por tanto é visto que nas escolas muitas pessoas da área acadêmica utilizam o computador de forma precária ou muito básica. Objetivos O objetivo geral desse trabalho é mostrar a utilização dos computadores no meio educacional, ajudando assim, em um aproveitamento eficaz os professores menos preparados, orientando os que costumam utilizar computadores como parte de suas aulas. Resultados e Discussão Como resultado prévio dos questionários aplicados com alunos e professores das escolas da cidade de Quatá – SP; nota-se que segundo os professores, 53,85% dos alunos entrevistados mostram interesse em aulas no laboratório de informática e 46,15% tem opinião indiferente. Quando a questão é o resultado esperado dos professores com aulas no laboratório de informática, 92,31% ficaram satisfeitos com os resultados; mas apenas 7,69% dos professores disseram utilizar o computador como ferramenta auxiliar em suas aulas, apesar de 46,15% dos profissionais se considerarem portadores de um conhecimento intermediário sobre a informática. De acordo com os questionários, os alunos também afirmaram que 40,71% utilizam o computador de forma regular para os estudos e 31,79% utilizam frequentemente o computador; e 63,93% dizem utilizar o laboratório da escola para realizar trabalhos. Conclusões Pode concluir-se que a maioria dos professores concorda que os alunos se interessam mais em aulas no laboratório de informática, e que suas experiências no mesmo foram de maneira muito satisfatória. Mas apesar dos dados e opiniões mostrarem essa ideia, a prática não está acontecendo dessa maneira, principalmente por falta de capacitação profissional e estrutura escolar. Agradecimentos Material e Métodos O método de base investigativa escolhido será o dedutivo, pois o trabalho está fundamentado em publicações da área existentes. Para buscar a solução desse problema será utilizada a pesquisa pura ou básica. A forma de abordagem usada será qualitativa e quantitativa. Porque foi escolhido utilizar questionários com perguntas e respostas para serem respondidos por professores e alunos de 1º a 3º série do ensino médio, tendo caráter exploratório que estimula os entrevistados pensar livremente sobre o tema. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Quero agradecer toda a minha família pelo apoio dado em toda minha vida acadêmica. Quero agradecer especialmente minha orientadora Eliane Vendramini por guiar esse trabalho e por toda paciência e disponibilidade a essa pesquisa. 1 BRANDÃO, Edemilson Jorge Ramos. Informática e educação, uma difícil aliança. Passo Fundo, RS: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO, 1993. 2 COX, Kenia Codel. Informática na educação escolar: Polemica do nosso tempo. Campinas, SP: AUTORES ASSOCIADOS, 2003. 3 NASCIMENTO, João Kerginaldo Firmino do. Informática aplicada à educação. Brasília, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, 2007. 32 Ajuste de valores de corrente e potência geradas por sistemas solares fotovoltaicos utilizando curvas com diferentes graus de pertinência de conjuntos fuzzy. Anderson Magalhães Freitas, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco, Daniel Vias Neto, Fernando Putti– Campus Experimental de Tupã – Administração – [email protected] – Bolsista PIBIC-CNPQ Palavras Chave: Energia solar, painéis fotovoltaicos, Potencia máxima, Logica fuzzy. Introdução A Terra recebe anualmente 1,5.1018 kWh de energia solar, o que corresponde a 10.000 vezes o consumo mundial de energia nesse período. Esse fato vem indicar que, além de ser responsável pela manutenção da vida na Terra, a radiação solar constitui-se numa inesgotável fonte energética, havendo um enorme potencial de utilização por meio de sistemas de captação e conversão em outra forma de energia (CRESESB, 1999). Desta forma, este projeto de pesquisa teve como objetivos estabelecer estimativas da potência máxima gerada por sistemas fotovoltaicos através de modelos matemáticos e derivações de funções, utilizando medições dos sistemas fotovoltaicos do Laboratório de Energização Rural do Departamento de Engenharia Rural (FCA/UNESP), e realizar simulações no sistema fotovoltaico construído no Campus de Tupã. Também visou realizar divulgações do projeto para a comunidade rural. Material e Métodos De modo a simular e aplicar o modelo matemático a qual está sendo desenvolvido, utilizou-se medições de campo obtidas no Laboratório de Energização Rural do Departamento de Engenharia Rural da UNESP, Faculdade Ciências Agronômicas, Fazenda Experimental Lageado. Para tanto está sendo utilizado três módulos fotovoltaicos de silício monocristalino de 100 Wp cada instalados em paralelo e constituindo o painel fotovoltaico do sistema. Os estudos numéricos e experimentais que estão sendo propostos neste projeto estão sendo desenvolvidos no Laboratório de Conforto Ambiental (LCA) pertinente ao Campus Experimental de Tupã. . Resultados e Discussão Para um resultado mais real, calculou – se a potência máxima de acordo com as especificações dos valores característicos do módulo fotovoltaico fornecidos pelo fabricante na condição padrão de operação e do modelo matemático que está sendo apresentado no trabalho. Para o resultado deste último utilizou-se a determinação do erro entre os dados das Condições de Teste em Campo e os obtidos pelos modelos matemáticos que serão determinados os pontos de potência máxima da célula solar fotovoltaica. A tabela 1 apresenta os resultados obtidos e o erro entre ambas. Tabela 1:Comparações dos valores característicos nos pontos de potência máxima da célula fotovoltaica nas condições STC. Valores Caract. Célula Tensão Espec. pelo fabricante 0,494 Modelo Matemático Erro 0,4862 Corrente Potência Máxima 4,8 2,373 4,8915 2,3783 1,58% 1,91% 0,22% Estes erros são advindos dos procedimentos analíticos utilizado no modelo descrito, pois as equações presentes na literatura que foram utilizadas para o desenvolvimento dos teoremas demonstrados já possuem hipóteses que não consideram certos fenômenos elétricos. Conclusões A metodologia apresentada até o momento teve como objetivo demonstrar a determinação de curvas e pontos de ocorrência da potência máxima. Os métodos e teoremas dos sistemas fotovoltaicos apresentados podem servir de auxilio a futuros estudos e aplicações desses sistemas, uma vez que a potência máxima calculada garante um limite de fornecimento da energia gerada. Vale ressaltar que a aplicação da lógica Fuzzy no presente estudo foi de extrema importância para se chegar a conclusões com maior exatidão. Como relatado nos objetivos, foi realizado exposições do projeto para a comunidade rural. As mostras foram seguidas de explicações sobre a instalação de tais aplicações, sempre visando incentivar a implantação destes sistemas. Agradecimentos Os autores agradecem ao CNPQ pela concessão de Bolsa de iniciação científica concedida . . 1 CENTRO DE REFERÊNCIA PARA ENERGIA SOLAR E EÓLICA SÉRGIO DE SALVO BRITO. Manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos. Rio de Janeiro, CRESESB, 1999. 2 MACIEL, N. F.; LOPES, J. D. S.; LIMA, F. Z. Energia Solar para o Meio Rural – Fornecimento de Eletricidade. CPT, Viçosa, 2008. 33 Serviços de alimentação de rua: estrutura de custos na street food Aluno-Autor: Andrei Golfeto dos Santos, Orientador: Gessuir Pigatto, Câmpus de Tupã, Curso de Administração; e-mail: [email protected], bolsa PIBIC/Reitoria. Palavras Chave: Custos, Street Food, Alta Paulista Introdução O setor de serviços de alimentação foi impulsionado pela mudança nos padrões de alimentação da atual sociedade, relacionadas à demanda por praticidade, redução do tempo para o preparo e facilidade de consumo. Tudo isso resultou no crescimento do setor de alimentação dos tipos fast food, self-service e street food, voltado principalmente para as classes baixa e média¹. O ramo alimentício necessita de forma significativa do fluxo eficiente de informações ao longo da rede produtiva, para compreender o que o consumidor demonstra em termos de preferência alimentar e, consequentemente, como e o que irá comprar, em virtude de um ambiente externo mais competitivo. Assim, a partir do estudo dos fatores que compõem os custos de um microempresário, é possível adotar a racionalidade econômica e tornar o negócio mais rentável, o que se torna vital na street food, pois os microempreendedores lidam com recursos financeiros limitados 2. temperos e condimentos, saladas e vegetais, pães, material de consumo, embalagens, e bebidas, todas identificadas com base nas informações coletadas sobre a street food. Resultados e Discussão Os insumos que mais se destacaram no acompanhamento foram às carnes e embutidos, e os pães. A tabela 1 mostra a comparação entre a média na vista única e os valores obtidos no acompanhamento durante quatro semanas. Tipo de Insumo Objetivos Este artigo tem por objetivo desenvolver uma estrutura de custos para pequenos vendedores de street food (carrinho de lanches), identificando os custos existentes para a manutenção do negócio e aquisição de matéria-prima. Material e Métodos Para o desenvolvimento do trabalho foi montada uma revisão bibliográfica sobre o setor de serviços de alimentação, alimentação de rua, estratégias de compra, custos e definição de preços. As etapas de desenvolvimento foram: 1) criação de uma planilha envolvendo os custos dos insumos, com base em uma entrevista com os vendedores de comida de rua; 2) preenchimento da planilha pelos vendedores em uma visita única; 3) análise e comparação das informações objetivando identificar falhas e melhorias para a planilha; 4) correção e nova aplicação, acompanhando os gastos de um empreendedor durante 4 semanas, com o preenchimento semanal da planilha por parte do bolsista; 5) nova planilha foi analisada e comparada com as anteriores; 6) definição da estrutura. Para a construção do modelo teórico de estrutura de custo, foram levadas algumas variáveis como tipo de insumo utilizado, unidade de medida, marca e preço em consideração. A planilha desenvolvida levou em conta oito tipos de classes, as carnes e embutidos, 1ª visita 2º período 1. Carnes e Embutidos 48,2% 50,95% 2. Temperos e condimentos 7,8% 4,50% 3. Saladas e vegetais 3,8% 5,78% 4. Pães 12,4% 18,07% 5. Material de consumo 3,0% 1,21% 6. Embalagens 3,2% 1,44% 7. Bebidas 20,6% 18,05% Tabela 1. Comparação entre os custos por tipo de insumo Não houve grandes diferenças entre os resultados obtidos, o que demonstra que os vendedores conseguem ter uma noção dos seus custos com base na experiência no ramo, apesar de não realizar registro de controles na maioria dos casos. Custos de manutenção, depreciação e bens públicos não puderam ser mensurados em função da dificuldade de cálculo e característica do setor. Conclusões Com base nas entrevistas com os empreendedores da comida de rua, foi possível identificar tipos de custos em comum entre esses vendedores e elaborar uma planilha de controle dos mesmos. Os principais custos envolvem as compras de carnes e embutidos, que pode ser justificado pelo fato desse tipo de insumo ser mais caro que os demais, e os vendedores - na sua maioria -, optarem por produtos de qualidade e marcas renomadas, seguidos pelos pães - que são características essenciais para as confecções dos lanches e são o principal diferencial entre os vendedores. 1 NISHIMURA, J. R.; PIGATTO, G. O Perfil do Empreendedor no Serviço de Alimentação de Rua. In: XXXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2012. 2 FONSECA, M. T. Tecnologias gerenciais de restaurantes. 2. ed. São Paulo: SENAC, 2002. 34 Bem estar e comportamento de poedeiras em função de diferentes fontes de iluminação monocromáticas. Bartira de Oliveira Tavares, Danilo Florentino Pereira, Gabriela Fagundes da Silva, Leda Gobbo Freitas Bueno. Unidade de Tupã, curso de Administração, [email protected], Bolsista de Iniciação Científica CNPq. Palavras Chave: comportamento animal, iluminação Led, zootecnia de precisão. Introdução Grande parte das aves de postura é criada comercialmente em ambientes de luz artificial. O manejo da iluminação em granjas de postura compõe grande ferramenta para regulação da saúde e no comportamento das aves a otimização da produção (Etches,1996) 1. Objetivos O objetivo deste trabalho foi comparar diferenças no comportamento de poedeiras criadas em ambiente enriquecido sob quatro diferentes fontes de iluminação monocromáticas. Material e Métodos Experimento realizado no campus da UNESP de Tupã em um galpão em escala reduzida, dividido em quatro compartimentos enriquecido com poleiro, ninho e cama de maravalha. Em cada compartimento foi instalada iluminação de LED nas cores azul, verde, vermelho e branco. Ajustou-se para que todas as fontes de iluminação emitissem intensidade luminosa entre 25 a 65 lux. O comportamento das poedeiras foi observado em vídeos de 1h, duas vezes ao dia, três vezes por semana, durante quatro semanas consecutivas. Os fatores compartimento, período do dia e semana foram considerados secundários e não avaliou-se as diferenças entre seus níveis.Observou-se a freqüência e o tempo de duração dos comportamentos, beber água, comer, e sem atividade de 32 poedeiras da linhagem Dekalb White com 80 semanas de idade no início do experimento. As aves foram distribuídas em pares aleatórios e permaneceram nas condições experimentais por uma semana depois foram substituídas por outras mantidas em galpão de espera. Resultados e Discussão A Tabela 1 mostra as médias e as medianas obtidas para cada um dos comportamentos nos tratamentos. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Tabela1. Medianas das frequências e tempos de expressão dos comportamentos em cada tratamento de iluminação. Comportamento F. Comer F. beber água F. sem atividade F. Ninho T comer (s) T.beber água (s) T. sem atividade Tratamentos de iluminação Verde Branca Vermelha Azul 14,42 4,58 16,21 0,5 6,35 16,21 6,31 A 13AB 7 14,92 1,08 6,7 14,92 6,05 11,83 7,08 17,54 1,54 6,69 17,54 6,93 AB B 9,13 7,42 17,83 0,5 5,62 17,83 6,92 Letras diferentes entre as colunas indicam diferença significativa pelo teste de kruskal-wallis a 5% de significância. Apenas o comportamento de frequência de comer, apresentou distribuição normal e diferenças significativas entre os tratamentos. O tempo de duração de beber água não apresentou distribuição normal e não apresentou diferença significativa pelo teste de kruskal-wallis. Os comportamentos de frequência de beber água e sem atividade e os tempos de duração de comer e sem atividade, apresentaram distribuição normal mas não apresentaram diferença significativa na análise de variância. Os dados de frequência e tempo de duração de uso do poleiro e do ninho não possibilitaram aplicar teste estatístico pela pouca frequência de ocorrência nas amostras de vídeo registradas. Conclusões A exposição a lâmpadas monocromáticas afetaram o comportamento “comer” das aves. Expostas a luz verde, poedeiras apresentaram maior frequência deste comportamento, quando comparado com a luz azul. Agradecimentos À Granja Yoshikawa de Bastos, a granja Recanto Alegre de Tupã, à FAPESP pelo financiamento a pesquisa e ao programa PIBIC pela bolsa de IC concedida. 1 ETCHES, R. J. 1996. Reproducción Aviar. 3rd ed. Acribia, Zaragoza, España, 339pp. 35 Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nas arestas Aluno-autor: Beatriz Barbero Brigantini ([email protected]). Orientador: Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração. Bolsista da FAPESP. Palavras Chave: Confiabilidade de redes, grupos de pesquisa, coautoria, teoria dos grafos, vértices confiáveis. Introdução Confiabilidade é a probabilidade de um item desempenhar satisfatoriamente uma função requerida sob condições específicas de operação. Redes são sistemas físicos, biológicos ou sociais caracterizados por um conjunto grande de entidades bem definidas que interagem dinamicamente entre si. O termo confiabilidade de rede está relacionado ao cálculo da confiabilidade de qualquer configuração geral de itens, dada a confiabilidade dos itens individuais, ou seja, é a probabilidade da rede continuar funcionando mesmo quando uma falha acarretar na remoção de um ou mais componentes (arestas e/ou vértices)1. A proposta do trabalho consiste na análise da confiabilidade de uma rede fictícia, a qual representará uma rede social formada por pesquisadores, ou seja, um grupo de pesquisa. Os vértices do grafo que modela a rede serão os pesquisadores e as arestas serão as ligações entre esses agentes (existência de trabalhos em coautoria). Serão consideradas ainda arestas não confiáveis ou propensas a falhas (uma ou mais ligação(ões) entre pesquisadores pode(m) deixar de existir) e vértices perfeitamente confiáveis. Objetivos Estudar a medida de confiabilidade de uma rede social fictícia, com enfoque nas arestas, ou seja, obter a confiabilidade da rede (probabilidade do grupo de pesquisadores permanecer em atividade), considerando as arestas com probabilidades de funcionar iguais e distintas. Material e Métodos Uma rede social pode ser modelada por um grafo simples não orientado G=(V,E), onde V é um conjunto finito e não vazio cujos elementos são os vértices (com k elementos); E é um conjunto de subconjuntos de dois elementos de V chamados arestas (com m elementos). Para a rede estar em funcionamento (ou em atividade), em um dado tempo t, todo par de vértices deve estar conectado por pelo menos um caminho. Cada aresta i ( i 1,2,...,m ) possui uma probabilidade de funcionar p i (confiabilidade da aresta i). Se todas as arestas possuem a mesma probabilidade de funcionar, denota-se apenas por p. Para arestas com probabilidades iguais de funcionar p, a confiabilidade Si pi (1 p) m i onde S i é G G calculada de forma similar, ou seja, obtidos os subgrafos conexos de G contendo i arestas, deve-se calcular a probabilidade de cada estado de funcionamento da rede e somar tais resultados2. Resultados e Discussão Dada uma rede de pequisadores fictícia modelada pelo grafo G da Figura 1 com k = 6 vértices (pesquisadores) e m = 6 arestas (relações de coautoria). Primeiramente considera-se que cada aresta i possui uma probabilidade de funcionar p. Assim, foi feita uma simulação para diferentes valores de p, cujos resultados estão na Tabela 1. G=(V,E) Figura 1. Rede de pesquisadores fictícia. Tabela 1. Confiabilidade da rede (arestas com probabilidades iguais de funcionar). Valores Confiabilidade Valores Confiabilidade de p da rede de p da rede 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 i k 1 II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 0,708588 0,458752 0,268912 0,139968 0,062500 0,4 0,3 0,2 0,1 0,022528 0,005832 0,000832 0,000028 Para arestas com probabilidades distintas de funcionar pi , i 1,2,...,6 , tais p1 0,6 ; que, p2 0,8 ; p3 0,9 ; p 4 0,7 ; p5 0,5 e p 6 0,8 , a confiabilidade da rede é igual a 0,21648. Conclusões O estudo da confiabilidade de redes de coautoria científica permite identificar quais são confiáveis, sob diferentes enfoques (vértices e/ou arestas), de acordo com a participação dos pesquisadores e da intensidade das relações de coautoria existentes. Agradecimentos A FAPESP pela bolsa de IC (Proc. 2012/01690-8). 1 m da rede é dada por pR o o n de subgrafos conexos de G contendo i arestas. Para arestas com probabilidades distintas de funcionar p i , a confiabilidade da rede p R é LYRA, T. F.; OLIVEIRA, C. S. Um estudo sobre confiabilidade de redes e medidas de centralidade em uma rede de coautoria. Rev. PODES, v. 3, n. 2, p. 160-172, 2011. 36 2 BOAVENTURA NETTO, P. O.; JURKIEWICZ, S. Grafos: Introdução e Prática. São Paulo: Edgard Blucher, 2009. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 37 As relações entre a cultura organizacional e a cultura local: um estudo sobre a unidade da Petrobras na Bolívia. Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Renato Dias Baptista, Daiane Bueno Lyra, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected] Palavras Chave: Internacionalização, Cultura Organizacional, Bolívia. Introdução A década de 1990 marcou uma mudança no processo de internacionalização de empresas brasileiras. O Boston Consulting Group (2009) apud Fleury, Fleury e Germano (2010), classificou 14 empresas brasileiras entre as 100 novas concorrentes globais. Além de essas empresas destacarem no processo de internacionalização, elas também ganham força e espaço no mercado. A Petrobrás, empresa estudada, compõe essa relação e é uma das líderes do setor de petróleo e gás. Ela está presente em mais de 25 países das 3 Américas, Europa, África e Ásia, sendo a 7ª maior empresa de petróleo do mundo. (PETROBRAS, 2013). O conceito de internacionalização é definido por Welch e Loustarinen (1988) apud Manfio e Cunha (2012), como um processo de envolvimento em operações internacionais. Dentre inúmeros fatores, esse processo influencia os modelos de gestão de pessoas e, consequentemente, a cultura organizacional. Para W agner III e Holllenbeck (1999), a cultura organizacional reflete a percepção dos colaboradores, as normas e os valores, além de absorver muitos aspectos da cultura local. Para enfatizar essa temática o presente estudo apresenta as interfaces entre cultura local e organizacional da Petrobras na Bolívia. Objetivos Apresentar as interfaces entre a cultura local e a cultura organizacional da Petrobras/Bolívia. Material e Métodos Para realização desse resumo foi realizado uma pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2002, p.44), é aquela “desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Resultados e Discussão O processo de internacionalização de uma empresa envolve inúmeros fatores, dentre eles está a cultura. A instalação da Petrobras na Bolívia levou em conta inúmeras análises. A Bolívia, país onde há grande riqueza em recursos naturais, tem sido alvo de investimentos estrangeiros, mas segundo os dados da ONU (Organização das Nações Unidas), apresenta um IDH de 0,675. De acordo com a II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Petrobras realiza investimentos em educação, cultura, saúde, respeitando a diversidade humana e cultural, não permitindo o trabalho infantil e escravo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a redução da desigualdade social. Entre os projetos, a empresa possui projetos que visam o respeito aos valores dos grupos que entornam suas plantas produtivas. Dessa forma, além de gerar impactos positivos para os negócios, os investimentos geram grandes benefícios para a população local. Conclusões A internacionalização da Petrobras na Bolívia está delineada por inúmeras variáveis culturais. As plantas produtivas estão localizadas em regiões ocupadas por povos oriundos do altiplano e por indígenas da etnia Wenayec. Esses aspectos têm sido levados em conta pela empresa que, segundo dados coletados, leva em conta as culturas desses grupos e integra-as nas estratégias de gestão de pessoas e, por sua vez, na cultura da organização. Os dados revelam que o investimento em projetos sociais e o respeito à cultura local é de grande importância no processo de internacionalização da Petrobras. A estratégia da organização é incentivar as políticas de responsabilidade social e ambiental que visem diagnosticar as necessidades desses grupos indígenas e a geração de investimentos que contribuam na manutenção dos valores locais e na preservação dos recursos naturais. Agradecimentos Agradeço à UNESP, câmpus de Tupã e ao orientador Renato Dias Baptista. FLEURY, A.; FLEURY, L.; TEREZA, M; REIS G., GERMANO. El camino se hace al andar: La trayectoria de las multinacionales brasileñas Universia Business Review, N. 25, 2010, p. 34-55. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 42-44. INFORME SOCIAL Y AMBIENTAL PETROBRAS BOLÍVIA. 2011. MANFIO, F; CUNHA, J, C. Internacionalização dos institutos de pesquisas tecnológicas. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/read/v18n1/v18n1a09.pdf. Acesso em: 23 de jul de 2013. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Disponível em: <http://www.onu.org.bo/>. Acesso em: 02 de jul. 2013. PETROBRAS. Quem somos: Perfil. Disponível em : http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-deenergia/petroleo/?gclid=CIChjZXzwbgCFQsV7AodLUUABw. Acesso em: 20 de jul. de 2013. WAGNER III, JHON A.;HOLLLENBECK, JOHN R. “Comportamento Organizacional criando vantagem competitiva”. Capítulo 13: Cultura, Mudança e Desenvolvimento Organizacional, p.365-397. Saraiva, edição 3, 1999, Bauru- SP. 38 O processo de internacionalização produtiva e as interfaces com a cultura: um estudo sobre a Votorantim na Bolívia. Daiane Bueno Lyra. Renato Dias Baptista, Bruna Ferrarezi de Oliveira Brito, Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected], Bolsista PROPe/Unesp Palavras Chave: internacionalização, cultura, Bolívia. Introdução A indústria brasileira apresenta um crescente processo de internacionalização, porém, ainda enfrenta obstáculos para que isso ocorra, como, por exemplo, a dificuldade para se obter financiamento para a unidade no exterior, as diferenças culturais entre os países, a dificuldade de acesso ao mercado financeiro local, entre outros. Nos anos 90 houve uma mudança no processo de internacionalização diante das mudanças de governo, abertura de mercado e o aumento da entrada de produtos. Nesta época as empresas não levavam em conta a cultura do país e fabricavam seus produtos sem considerar os gostos dos clientes (Adler, 2002). No processo de internacionalização, Penrose (2006) apud Santos (2008) afirma que o crescimento da empresa é determinado pela aquisição de conhecimento, sendo este evolutivo baseado nas experiências acumuladas. Para Johanson; Vahlme, apud Santos (2008), à medida que a empresa adquire conhecimentos básicos sobre os mercados atendidos, ela tende a aumentar seu grau de envolvimento no exterior, com a instalação de escritórios comerciais e de unidades produtivas. Os autores vinculados à Escola de Uppsala apud Santos (2008) defendem que a incerteza das empresas com relação ao mercado aumenta na proporção da distancia psicológica ou psíquica (diferenças aos níveis de desenvolvimento, culturais, educacionais, de idioma, sistemas políticos). Pode-se considerar que a proximidade cultural tem disso um fator importante na expansão de empresas nacionais, pois a maioria tem operações na América Latina, Europa, Portugal e Espanha, mostrando assim, que há uma preferencia por operar em mercados superficialmente semelhantes ao brasileiro. No presente trabalho, iremos considerar a internacionalização da Votorantim na Bolívia. A Bolívia é um país com menos mão de obra qualificada e um dos mais pobres da América do Sul. No entanto, a Bolívia é um país rico em recursos naturais. Nesse país, a Votorantim iniciou suas atuações no final da década de 90, atuando com a unidade de cimentos. Objetivos O objetivo do presente resumo foi identificar os fatores que levam a internacionalização das II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã empresas brasileiras. Neste caso, foi estudada a Votorantim, focando em sua internacionalização na Bolívia. Junto a isso, houve o objetivo de esclarecer a relação cultural neste processo. Material e Métodos Foi utilizada a pesquisa bibliográfica e dados do instituto de pesquisa da Votorantim. Resultados e Discussão A Votorantim apresenta uma rápida resposta na internacionalização com avanços mundiais em ramos oligopolizados. Ela é líder nos vários ramos em que atua, com exceção apenas dos negócios voltados à siderurgia. Assim, segundo Santos (2007), a Votorantim está, atualmente, entre os maiores grupos do Brasil e da América Latina. A Votorantim vem expandindo a sua atuação na América do Sul. Na Bolívia, a empresa possui uma unidade de cimentos e tem prevista para 2013/2014 a construção de uma nova unidade produtiva para atender a demanda boliviana. A empresa possui uma visão global sobre negócios, bem como direciona esforços para uma leitura da cultura local no estabelecimento de suas estratégias de negócios. Conclusões A análise da cultura local está inserida nas estratégias da Votorantim, visto que é um fator que influencia nas tomadas de decisões, principalmente diante em relação às variáveis de um processo de internacionalização produtiva. Esse fator foi constatado nos estudos realizados sobre a empresa e demonstrou estar alinhado às estratégias de expansão no continente. Agradecimentos Meus agradecimentos à PROPe pela concessão de bolsa de iniciação cientifica. _________________ ADLER, J. A. International dimensions of organizational behavior. Toronto: South-Western, 2002 SANTOS, L. B. Reestruturação, internacionalização e novos territórios de acumulação do grupo Votorantim. Presidente Prudente, 2008. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Disponível em: < http://www4.fct.unesp.br/pos/geo/dis_teses/08/leandrobruno.pdf> Visualizado em 05/07/2013. VOTORANTIM. Relatório Anual. Disponível em: <http://www.mzweb.com.br/votorantim/web/arquivos/Votorantim_RA_PT B_2007.pdf> Acesso em: 04/07/2013 39 Análise geométrica e diferencial de sistemas fotovoltaicos para aplicações na irrigação Daniel dos Santos Viais Neto, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Camila Pires Cremasco Gabriel, Deyver Bordin. Campus de Botucatu, Faculdade de Ciências Agronômicas, Programa de Pós Graduação em Agronomia: Irrigação e Drenagem, [email protected]. Palavras Chave: células fotovoltaicas, potência máxima, dimensionamento. Introdução A quantidade de energia que o sol fornece à Terra é considerada muito grande, sendo que, em apenas uma hora, chega em nosso planeta energia superior à que é consumida pela humanidade durante um ano. Além disso, o sol é uma fonte de energia renovável, gratuita, e que não polui o meio ambiente. Em zonas rurais, a energia elétrica é essencial para alimentação de motores para irrigação, e se gerada por meios alternativos, em especial, a energia solar, chega a custos competitivos quando comparadas com a instalação de linhas de transmissão até o local desejado ou por motores movidos a combustíveis fósseis. Para a conversão direta da energia solar em elétrica, são utilizadas células fotovoltaicas, que associadas constituem um módulo fotovoltaico, e esses por sua vez quando agrupados, formam painéis fotovoltaicos. Uma das grandes aplicações da energia fotovoltaica é o bombeamento de água, representando solução às famílias residentes em pequenas propriedades em regiões áridas e semiáridas. Resultados e Discussão Para condições quaisquer de operação de uma célula, é preciso considerar um valor arbitrário g para a irradiância e T A para a temperatura ambiente. Utilizando o Método de Newton e TONC igual a 47 ºC e, pode-se obter a tensão no ponto de potência máxima Vmp em função de g e TA : Vmp 0,0000621.g 0,00184. T A 0 ,526 7 ,82.g 46. T A 13150 10 . (0,29086.g 8,618. T 2354,1) . ln 5,919.g 175,4. T A 54954 . A 0 ,29086.g 8,618. T A 2354,1 5,919.g 175,4. T A 54954 5,628.g 166,76. T A 57308 5 Portanto, a potência máxima da célula em condições quaisquer de operação é dada por: 327.g. Pmp V mp 2 5 . 0,29086.g 8,618. T A 2354,1 10 .Vmp Objetivos O objetivo desse trabalho é realizar uma análise dos dados elétricos e meteorológicos, desenvolver um modelo matemático para o cálculo da potência máxima gerada e criar um índice para determinar o desempenho do sistema fotovoltaico instalado no NEAR localizado na FCA/UNESP. Material e Métodos Foram analisados dados referentes a um período de um ano de aferições de dados elétricos e meteorológicos coletados no NEAR. Para a determinação da função potência máxima produzida pelo sistema fotovoltaico instalado, utilizou-se as leis de formação das potências dada por P V I e o Método de Newton no cálculo da tensão e da corrente que produz tal potência. A partir desta função, criou-se uma superfície e calculou-se volumes desta nas regiões estabelecidas por métodos estatísticos e um índices comparativo foi desenvolvido a partir destes volumes calculados. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã O quociente dos volumes abaixo fornece o índice de eficiência do sistema bombeamento fotovoltaico para irrigação instalado no NEAR. V 550,59 0,0029.g25,397 Pmp dt dg 1584,24 1 347,59 0,0029.g13,393 659,12 0,0029.g 25,397 V2 347,59 0,0029.g13,393 Portanto, i fot V1 V2 Pmp dt dg 2668,11 59,37% . Conclusões Na análise foi considerado cerca de 95% dos dados coletados. A função potência máxima e o índice de eficiência representam métodos que podem ser utilizados para avaliar outros sistemas fotovoltaicos que possuem características semelhantes ao analisado. Este índice, à medida que se aproxima de 100%, revela que o sistema se encontra em locais cuja amplitude de irradiância é pequena. 40 Fuzzy Energy - Sistema de avaliação da eficiência do consumo de energia elétrica Deyver Bordin, Camila Pires Cremasco Gabriel, Helenice de Oliveira Florentino Silva, Luís Roberto Almeida Gabriel Filho, Daniel Viais Neto. Univ. Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente, Tupã e Botucatu, e Faculdade de Tecnologia de Presidente Prudente, [email protected]. Palavras Chave: modelagem matemática, agronegócio, energia elétrica. Introdução O objetivo deste projeto foi elaborar um software para auxiliar as empresas a administrar de forma mais racional e eficiente o uso de energia elétrica através de comparações mensais. Material e Métodos O Sistema denominado Fuzzy Energy em questão foi desenvolvido com o ambiente de desenvolvimento integrado Delphi e com recursos visuais orientados a objetos. O software faz uso de um Sistema gerenciador de banco de dados de código aberto pelo fato de não haver necessidade de aquisição de licenças, facilitando assim sua distribuição. O Sistema utiliza as variáveis de entrada “fator de carga” e “fator de potência”, e as variáveis de saída “Situação da empresa”, a fim de determinar o fator fuzzy que é a situação do uso de energia elétrica da empresa, como mostra a Figura 1. A função de pertinência saída que indica a situação da empresa, o mapa de contorno e outros gráficos podem ser gerados pelo Sistema Fuzzy Energy. O mapa de contorno (Figuras 3) foi gerado em cores pastel, em que o laranja indica que a situação da empresa está ruim enquanto a cor azul refere-se a uma situação muito boa, facilitando assim a visualização dos usuários. Figura 3. Mapa de contorno gerado pelo Sistema Fuzzy Energy. Figura 1. Modelo do Sistema baseados em regra fuzzy. Resultados e Discussão O software inicialmente atualiza as modalidades tarifarias de acordo com o estabelecido pela Aneel. A interface do Sistema está mostrada na Figura 2. Conclusões 1. O software desenvolvido apresenta de maneira fácil e clara a situação da empresa em relação à utilização de energia elétrica. 2. Os resultados testados apresentaram 100% de precisão de acordo com Cremasco (2008). 3. O principal objetivo que era melhorar a análise da situação energética em qualquer mês do ano para facilitar o controle do faturamento foi alcançado. Agradecimentos Os autores agradecem o Programa de PósGraduação em Biometria – IBB/UNESP/Botucatu pelo suporte científico e estrutural disponibilizado. ____________________ Figura 2. Sistema “Fuzzy Energy” II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã 1. COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO – CESP: Estrutura tarifária horo-sazonal. São Paulo (1990) 2. CREMASCO, C. P.: Aplicação da Lógica Fuzzy para Avaliação do Faturamento do Consumo de Energia Elétrica e Demanda de uma Empresa de Avicultura de Postura. Tese de Doutorado, UNESP/FCA (2008) 41 Estimativa da volatilidade estatística do Dow Jones Industrial Average Index sob a Modelagem ARMA-ARCH Aluno-autor: Diego Garcia Angelico ([email protected]). Aluno-autor: Eduardo Yuji Nakazawa ([email protected]). Orientador: Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração. Bolsistas do PIBIC-Reitoria Palavras Chave: modelos ARMA-ARCH, Dow Jones Industrial Average Index, volatilidade estatística Introdução Figura 1. FAC e FACP dos retornos do DJIAI A análise de séries financeiras revela que estas apresentam uma elevada taxa de mudança da variância condicional no tempo. A raiz quadrada desta taxa (desviopadrão) é chamada de volatilidade. Nesse contexto insere-se o Dow Jones Industrial Average Index (DJIAI), por ser considerado o principal benchmark acionário do mundo. O melhor ajuste encontrado para a série foi ARMA (4,5). Objetivos Realizar as modelagens da média e variância da série em questão, baseados nos modelos de Box e Jenkins e nos processos ARCH, respectivamente. Material e Métodos Figura 2. Gráfico Q-Q Plot da série residual (à esquerda) e FAC/FACP dos resíduos ao quadrado O melhor ajuste de heterocedasticidade condicional aplicado aos resíduos foi o ARCH (4). A Tabela 2 mostra os critérios para cada ajuste do trabalho. Os retornos foram calculados por meio da expressão: z t ln pt pt 1 P t Pt 1 . Os ajustes ARMA foram aplicados aos retornos, e são representados por: B zt resíduos, ht 0 B at . são 2 Os ajustes ARCH, aplicados aos representados por: at ht t ; 2 2 a 2 1 t 1 at 2 ... q at r A primeira classe de modelos tem como objetivo a remoção da auto-correlação da série. Já os ajustes ARCH são responsáveis pela estimação da volatilidade estatística. Resultados e Discussão A Tabela 1 mostra o teste de raiz unitária KPSS para as séries, demonstrando a presença desse comportamento apenas para a série em nível. Tabela 1. Teste KPSS para séries do DJIAI Série Estatística Valor Valor do teste Crítico 5% Crítico 1% Em nível 0,807795 0,148 0,218 Retornos 0,103592 0,461 0,743 A Figura 1 mostra a Função de auto-correlação (FAC) e Função de auto-correlação parcial (FACP) dos retornos da série, mostrando a presença de auto-correlação. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Tabela 2. Critérios dos ajustes ARMA-ARCH Critério ARMA (4,5) ARCH (4) Akaike (AIC) -13.085,94 -13.917,86 Schwarz (SBC) -13.023,30 -13.878,00 Log verossim. 6.553,96 6.965,93 Conclusões Entende-se que volatilidade inerente aos retornos do DJIAI foram devidamente estimados pelo modelo ARMAARCH, demonstrando a eficácia do mesmo. A série apresentou uma alta variância heterogênea, comportamento típico de índices acionários. Ressalta-se que tais ajustes são extremamente importantes na previsão destes retornos. Agradecimentos Ao PIBIC/Reitoria, pelo suporte financeiro. À Profª Sandra, pela transferência de conhecimento. 1 BOX, G. E.; JENKINS, G. M.; REINSEL, G. Time Series Analysis: Forecasting and Control. Third Edition. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1994. 2 BUENO, R. L. S. Econometria de Séries Temporais. São Paulo: Cengage, 2008. 3 DEGIANNAKIS, S., XEKALAKI, E. Autoregressive Conditional Heteroscedasticity (ARCH) Models: A review. Quality Technology and Quantitative Management, 1, 271-324, 2004. 4 ENGLE, R. Autoregressive Conditional Heteroscedasticity with Estimates of the Variance of UK Inflation. Econometrica, 50, 987-1007, 1982. 5 NYSE – New York Securities Exchange. Disponível em: <nyse.nyx.com>. Acesso em: 15 de abril.2013. 42 Influência da iluminação monocromática na preferência de poedeiras criadas em ambiente enriquecido Gabriela Fagundes da Silva, Danilo Florentino Pereira, Bartira de Oliveira Tavares, Leda Gobbo de Freitas Bueno. UNESP, Campus de Dracena, zootecnia, gabriela,fag@hotmail,com, bolsista pibic. Palavras Chave: Preferência pela cor de uma lâmpada, zootecnia de precisão. Introdução Nos últimos anos, pesquisas sobre a relação entre a iluminação e o comportamento de aves poedeiras tem sido exploradas a fim de determinar a luz ambiente mais adequada para o bem-estar e a produção comercial das aves (Kristensen, 2006). Objetivos Analisar a preferência de poedeiras criadas em ambientes enriquecidos , em função de quatro fontes de iluminação monocromática. Material e Métodos posteriormente aplicou-se o teste de kruskal-wallis ao nível de 5 % de significância. Resultados e Discussão Os resultados das análises de preferência não mostraram evidências para rejeitar a hipótese de que as aves têm preferências iguais para todos os tratamentos de iluminação. As Figuras 2 e 3 a seguir apresentam gráficos de distribuição de frequências do número de visitas e tempo de permanência das aves em cada cor de lâmpada. Boxplot of FREQUENCIA A pesquisa foi realizada em um galpão de escala reduzida, dividido em quatro compartimentos idênticos e com uma abertura na parte central (Figura 1 a, b, c ). 100 FREQUENCIA 80 60 40 20 0 azul branca verde vermelha COR c) Figura 2. Gráfico de distribuição de frequência de visitas das aves nos ambientes. a) Boxplot of TEMPO TOTAL 700 600 TEMPO TOTA L 500 b) Figura 1. a) fachada do galpão experimental, b) presença de ninho e de poleiro, c) abertura central. 400 300 200 100 0 azul branca verde vermelha COR Quatro repetições com sete dias cada; Oito aves por repetição; Compartimentos enriquecidos com ninho e poleiro; Uma cor de iluminação LED em cada compartimento: vermelho, verde, azul e branco. O comportamento das aves foi avaliado por vídeos, com duração de uma hora no período da manhã e uma hora à tarde, em três dias de cada semana experimental. A preferência das aves foi avaliada por número de visitas e tempo de permanência de cada ave nos compartimentos Fez-se uma análise exploratória por meio de diagramas de caixas (boxplot) e II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Figura 3. Gráfico de distribuição de frequência de tempo de permanência das aves nos ambientes. Conclusões As aves não mostraram preferências pelos ambientes com iluminação monocromática verde, vermelho, azul e branco. Agradecimentos 1 1 Kristensen , H.H. Applied. Animal Behaviour Science. 2006, 103, 7589. 43 Utilização do Facebook e Twitter pelas 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro: uma análise comparativa dos anos 2012 e 2013 Karen Gimenez Garzon, João Guilherme de Camargo Ferraz Machado, UNESP/ Câmpus de Tupã, curso de Administração, [email protected], bolsista PIBIC/RT Palavras Chave: Comunicação, Estratégias de Marketing, Mídias Sociais. Introdução Segundo Carvalho (2009), com a evolução da Internet e dos recursos tecnológicos, diversificam-se as possibilidades de interagir, de relacionar e de comunicar. Telles (2011) destacou que as empresas utilizam as mídias sociais para criar um canal de comunicação direta com o consumidor, criando assim um vínculo que gera confiabilidade. Para Objetivos a informação, com 34% do total de tweets, e a empresa que mais utilizou esta mídia foi a DuPont, com 13% dos tweets. A categoria menos frequente foi a conversação, com 6% das postagens. Já no Facebook, a categoria mais frequente também foi a informação, com 37% das postagens, e a Garoto foi a empresa que mais postou (18% do total analisado). A Figura 1 illustra o total de postagens no Twitter e no Facebook em 2013, nas categorias analisadas. O objetivo dessa pesquisa foi analisar o uso do Facebook e do Twitter por empresas do agronegócio. Mais especificamente, foram comparados os resultados de 2013 com os obtidos no ano anterior, verificando a evolução do uso desses canais pelas empresas do setor e o conteúdo publicado pelas mesmas. Material e Métodos Essa pesquisa utilizou a técnica da análise de conteúdo, por meio da observação e interpretação das postagens feitas durante 30 dias seguidos pelas 50 maiores empresas classificadas no Guia Exame Melhores e Maiores 2011, na categoria ‘Agronegócio’. Para essa análise foram criadas 07 categorias: institucional; informação; conversação; propaganda; promoção; Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC); e outras. Resultados e Discussão Apenas 24 possuíam perfis oficiais no Facebook e/ou no Twitter: Souza Cruz, JBS Brasil (Friboi), BRF, Sadia, Unilever, Nestlé, Basf, Case New Holland, Kraft Foods, Suzano, Fibria, Pepsico do Brasil, Heringer, DuPont, Syngenta, Duratex, Seara, Amaggi, Aurora Alimentos, Sotreq, Itambé, Garoto, Cooxupé e Monsanto. Alguns perfis representavam marcas específicas ou a matriz internacional, outros estavam desatualizados e, por isso, não foram incluídos na análise, como a Souza Cruz e BRF. Observou-se um significativo aumento no uso do Facebook em 2013 (729 posts versus 286 em 2012), enquanto a quantidade de tweets se manteve praticamente a mesma (802 em 2013 versus 805 em 2012). No Twitter, a categoria mais frequente foi II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Figura 1. Total de postagens em cada categoria. Conclusões Conclui-se que as empresas desse setor continuam utilizando pouco as mídias sociais para comunicação com seus diversos públicos, uma vez que apenas 48% delas possui um perfil ativo. Contudo, houve uma significativa melhora: 118% no número de empresas que utilizam uma das mídias, e de 155% no uso do Facebook, quando comparados os resultados com o ano anterior, sugerindo a importância do uso desses canais na comunicação entre empresa e consumidor. Agradecimentos Os autores agradecem à Pró-Reitoria de Pesquisa da Unesp pela concessão da bolsa de iniciação científica, possibilitando a execução dessa pesquisa. ¹ CARVALHO, J. H. D. de. O blog corporativo e as redes sociais estabelecem um novo paradigma de comunicação nas organizações no ciberespaço? In: III Simpósio Nacional ABCiber, 2009, São Paulo. Anais... Brasília: Universidade Católica de Brasília, 2009. ² TELLES, A. A Revolução das Mídias Sociais. São Paulo: M.Books do Brasil Editora Ltda., 2011. 44 Levantamento das redes de educação ambiental no Estado de São Paulo Lais Regagnan Dias, Angélica Góis Morales, Campus de Tupã, Administração, [email protected], PIBIC - Reitoria Palavras Chave: Mapeamento, Atividades, Profissionais. Introdução A Educação Ambiental (EA) busca por meio de um saber socioambiental pensar, refletir e agir na sociedade de maneira a valorizar a relação ser humano e natureza de modo intrinsecamente interdependente (MORALES et al., 2010). Nessa tentativa de pensar e agir dentro de um olhar sistêmico e complexo, observa-se que a sociedade contemporânea vem se organizando em redes, propiciando dessa forma uma maior flexibilidade e autonomia, potencializando o fluxo dinâmico, as conexões e permitindo acompanhar a velocidade acelerada de informações a cada dia, fugindo assim da organização piramidal e hierárquica (MARTINHO, 2004). pelas vias de projetos de extensão nas universidades, sempre com alunos participantes. Embora as redes estejam localizadas em diferentes espaços, seus objetivos e atividades são muito semelhantes e variam desde reuniões presenciais entre os membros das redes, listas de discussão por meio digital, sensibilização da população até cursos de formação de educadores. Figura 1. Localização das Redes de São Paulo Fonte: Os autores. No entanto, algumas limitações foram identificadas, Objetivos O objetivo é diagnosticar as redes de EA atuantes no Estado de São Paulo a fim de elaborar um mapeamento das atividades em para compreender melhor o trabalho dessas redes. Ainda que tem como objetivo identificar os sujeitos envolvidos diretamente com essas redes, considerando a localização geográfica, a sua formação e atuação. Material e Métodos Essa pesquisa é de cunho qualitativo, por ter os interesses centrais direcionados para o significado conferido aos atores sociais (MYNAIO, 1996). O diagnóstico realizado teve como delimitação espacial a área de abrangência o Estado de São Paulo, no qual foram mapeadas as redes ativas no ano. Para a obtenção dos dados foi realizado um questionário semi-estruturado e para o estudo dos dados adotou-se o método de análise de conteúdo. Resultados e Discussão Por meio da pesquisa e análise dos dados foram identificadas 8 redes que atuam em EA no Estado de São Paulo. Estas estão localizadas em diversas partes do Estado, observando-se uma concentração maior no litoral paulista como se afere na Figura 1. Os sujeitos envolvidos nessas redes são em sua maioria educadores, pesquisadores e universitários, revelando que a graduação influencia de maneira positiva no pensamento dos estudantes sobre a temática em questão. Tal fato é observado ao levar em conta que, muitas dessas redes de EA surgiram II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã como por exemplo, a falta de conhecimento sobre o funcionamento e o conceito de redes por parte dos próprios participantes. Esse problema pode ser resolvido com a formação constante sobre as dinâmicas da rede e da EA, promovendo o diálogo e reflexão entre os participantes. Conclusões Concluiu-se que as redes, algumas em dormência, outras em atividades, ainda estão passando por um momento de expansão e cada vez mais, busca-se por meio destas, as conexões e integrações entre pessoas que vêm atuando com essa temática e querem de forma coletiva pensar e agir em sua região ou local de atuação. Agradecimentos Agradeço a Pró-Reitoria pela bolsa de IC. 1 MARTINHO, C. Redes: uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização. Brasília: WWF Brasil, 2004. 2 MORALES, A. G. et al. Ação extensionista fortalecendo a Rede de Educação Ambiental do Paraná. Revista Conexão UEPG, v. 6, p. 4046, 2010. ³MYNAIO, M.C.S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis,RJ: Vozes, 1996. 45 Análise da educação ambiental nas empresas do setor agronegócio com certificação 14001 nos municípios de Tupã e Marília-SP Matheus Prevelato Gantus, Angélica Góis Morales, UNESP Campus de Tupã, Administração, [email protected], PIBIC/RT. Palavras Chave: Sistema de Gestão Ambiental, educação ambiental empresarial, política ambiental. Introdução O processo de gestão ambiental é considerado uma prática adotada por muitas organizações. Neste sentido, a gestão ambiental tende a ser uma das mediadoras na (re)construção das relações de (re)apropriação do mundo, o que implica em ações coletivas acompanhadas de discurso político em torno das questões socioambientais e de uma racionalidade produtiva alternativa¹. Frente a isso, é possível notar que a gestão ambiental tem ganhado força no meio empresarial, com a criação da certificação ISO 14000, que é uma série de normas de gestão ambiental². Neste contexto, a educação ambiental, aos poucos, também adentra em diversos setores e, inclusive nas negociações empresariais. Objetivos Investigar a presença de programas e/ou projetos de educação ambiental nas empresas do setor agronegócio que possuem certificação ISO 14001:2004, localizadas nos municípios-sede Tupã e Marília, no extremo oeste paulista. Analisar o enfoque da politica ambiental que norteia essas empresas. Material e Métodos Essa pesquisa possui abordagem qualitativa. Elaborada por meio de um estudo exploratório, com o auxílio da pesquisa bibliográfica e investigação focalizada, foi possível a realização de um diagnóstico das empresas do setor agronegócio nos municípios de Tupã e Marília, Estado de São Paulo. Numa primeira etapa, realizou-se um levantamento das empresas com enfoque no agronegócio, totalizando 27 empresas em Tupã e 87 em Marília. Com o foco nas empresas que estão nos elos, principalmente, de produção e processamento, o número de empresas participantes passou a ser de 13 em Tupã e de 16 em Marília. Para coleta de dados nessa etapa, adotou-se um questionário para buscar informações sobre a certificação e atividades em educação ambiental. Na segunda etapa, após a constatação da certificação ISO 14001:2004, realizou-se uma entrevista semiestruturada com os responsáveis da área ambiental nas empresas que possuíam a certificação. Resultados e Discussão II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã A cidade de Tupã possui uma economia voltada, predominantemente, às atividades agropecuárias, porém, não existem empresas que possuem certificação ISO 14001 no município atualmente. Contudo, 48% das empresas participantes da pesquisa possuem ações de educação ambiental, sendo este número um dado superior em relação ao município de Marília, no qual 25% das empresas estudadas trabalham com educação ambiental. Nota-se que essa inserção da educação ambiental é demonstrada em atividades e/ou ações pontuais decorrentes de datas comemorativas ou produções de materiais informativos e/ou cartilhas. Já a cidade de Marília possui duas empresas certificadas pela ISO 14001:2004, (uma empresa de alimentos e outra de bebidas), e ambas desenvolvem atividades em educação ambiental. Observa-se que a educação ambiental é desenvolvida, principalmente, por meio da comunicação interna das empresas, com análise e atividades periódicas. Ainda são recorrentes os treinamentos para os colaboradores e, o enfoque da política ambiental nas empresas, está mais direcionado à preservação dos recursos naturais e a redução do consumo e dos impactos relacionados à água e energia. Conclusões Conclui-se que as empresas focam suas atividades de educação ambiental em aspectos ainda estanques, voltados mais para a ecoeficiência. Torna-se, desse modo, importante o aprimoramento da educação ambiental no ambiente empresarial, na tentativa de assumir um caráter mais permanente de educação. Considera-se também, que a formação dos profissionais responsáveis pela gestão e educação ambiental nas empresas, é uma tentativa de ir além do treinamento, a fim de contribuir com a cidadania no ambiente empresarial. Agradecimentos Agradeço a minha orientadora pela dedicação, paciência e oportunidade e a PROPE pelo auxílio e os participantes que cooperaram com a pesquisa. ¹ MORALES, A.G. O profissional educador ambiental: reflexões, possibilidades e constatações. Ponta Grossa: UEPG, 2009. ² VALLE, C.E. Como se preparar para as normas da ISO 14000. São Paulo: Pioneira, 2000. 46 As estratégias de gestão de pessoas utilizadas por empresas de pequeno porte pertencentes ao setor varejista do município de Tupã/SP. Rodrigo Kiyoshi Okamura Ferro, Renato Dias Baptista, Amanda Di Paula Rodrigues, Líria Yukari Yahamada, Talita de Souza Nardi, UNESP, Câmpus de Tupã, Administração, [email protected] e bolsa PET-Empreendedorismo. Palavras Chave: Liderança, Gestão de Pessoas, Estratégias. Introdução A competitividade organizacional tem impulsionado grandes mudanças no cenário econômico, tecnológico, social e cultural. Uma dessas mudanças está direcionada para a área de gestão de pessoas que é considerada um sistema que integra inúmeras estratégias, entre elas as políticas motivacionais, sistemas de remuneração, carreira, capacitação, seleção e avaliação. (DUTRA, 2004), (ROBBINS, 2005), (ARAUJO, 2009), Todos esses fatores são dependentes de um modelo de gestão que valorize os colaboradores conforme os estudos de Lacombe (2008), Spector (2009) e Marras (2011). A presente pesquisa visa identificar o papel da gestão de pessoas em empresas de pequeno porte pertencentes ao setor varejista da cidade de Tupã/SP. A importância da pesquisa está relacionada ao papel histórico que empresas desse porte possuem no município de Tupã/SP (Prefeitura Municipal de Tupã, 2002), além de representar uma alternativa de emprego para uma grande parcela da força de trabalho (IBGE, 2003). Objetivos O objetivo da pesquisa foi identificar as estratégias de gestão de pessoas das empresas de pequeno porte pertencentes ao setor varejista do município de Tupã. Material e Métodos Este trabalho utilizou pesquisas bibliográficas sobre gestão de pessoas e uma pesquisa em duas empresas, selecionadas de modo aleatório, pertencentes ao setor varejista do município de Tupã. Os dados foram coletados por meio de um questionário composto de 15 perguntas de característica qualitativa direcionadas aos gestores das empresas. técnicos, comportamentais e proporcionar um bom ambiente de trabalho. Contudo, nas questões direcionadas para o fator salários e benefícios, foram localizados os maiores entraves. As empresas pesquisadas reconhecem que possuem limitações nessas ações e não identificam meios de curto prazo para solucioná-las. Conclusões Ao analisar as empresas pesquisadas, verifica-se a preocupação em inserir técnicas que permitam um bom ambiente de trabalho, entretanto essas inserções ainda estão aquém das efetivas práticas de gestão de pessoas apresentadas na bibliografia. Os salários e benefícios são reconhecidos como entraves que, por sua vez, impactam na efetiva aplicação de um modelo de gestão de pessoas. Esse fator, segundo os dados, se deve principalmente pela escassez de recursos financeiros para investir num modelo de gestão da remuneração da equipe e que passam a interferir nas ações já implementadas. A pesquisa também proporcionou a compreensão de que as estratégias de gestão de pessoas em empresas de pequeno porte devem integrar os estudos dos profissionais de administração tradicionalmente direcionados para as médias e grandes corporações. Finalmente, e dentro das perspectivas futuras da pesquisa, objetiva-se ampliar a amostra de empresas para consolidar os dados obtidos. Agradecimentos Agradecemos à UNESP, câmpus de Tupã, ao PETEmpreendedorismo e ao orientador Prof. Dr. Renato Dias Baptista. ARAÚJO, L. G. Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2009. DUTRA, J. S. Competências: Conceitos e Instrumentos para a Gestão de Pessoas na Empresa Moderna. Editora Atlas 2004; IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Coordenação de Serviços e Comércio. As micro e pequenas Resultados e Discussão Os dados revelaram pesquisados buscam, de desenvolver uma política gerar a participação de objetivos da empresa, que os empresários forma mais acentuada, de gestão que permite seus funcionários nos realizar treinamentos II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã empresas comerciais e de serviços no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2003. LACOMBE, F. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2008. PREFEITURA MUNICIPAL DE TUPÃ. Município de Tupã 1929 – 2002: 74 anos de fundação seu reencontro com o desenvolvimento. Disponível em: http://www.tupa.sp.gov.br/?:=municipio&tt=atd&c=1. Acesso em: 18 jan. 2013. ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. SPECTOR, P. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2009. MARRAS, J.P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2011. 47 Medidas de centralidade na avaliação da confiabilidade de uma rede social fictícia. Aluno-autor: Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Orientador: Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração. Bolsista do PIBIC/CNPq. Palavras Chave: Medidas de centralidade, grupos de pesquisa, coautoria, teoria dos grafos, arestas confiáveis. Introdução Redes são sistemas físicos, biológicos ou sociais caracterizados por um conjunto grande de entidades bem definidas que interagem dinamicamente entre si. Um grupo de pesquisa pode ser considerado como uma rede social, a qual pode ser modelada por um grafo; os pesquisadores que compõem essa rede podem ser interpretados como seus vértices, e as ligações entre esses agentes podem ser consideradas suas arestas. As medidas de centralidade podem ser utilizadas para verificar o quanto um vértice de uma rede é mais importante relativamente em relação aos demais, bem como para indicar qual(is) nova(s) aresta(s) pode(m) ser inserida(s) para que haja maior aumento possível da confiabilidade desta rede. (pesquisadores) coautoria). Material e Métodos Uma rede social pode ser modelada por um grafo simples não orientado G=(V,E), onde V é um conjunto finito e não vazio cujos elementos são os vértices (com k elementos); E é um conjunto de subconjuntos de dois elementos de V chamados arestas (com m elementos). Dentre as medidas de centralidade existentes, serão consideradas: 1) medida de proximidade, que relaciona a distância total de um vértice aos demais vértices da rede; e, 2) medida de grau de informação, que atribui relevância a um vértice em função do número de ligações diretas que este estabelece com os demais vértices da rede. Assim, o vértice que obtiver a menor medida de proximidade será considerado o mais central da rede, e o vértice que obtiver a maior medida de grau de informação será considerado o que mais tem contato direto com os demais vértices. Resultados e Discussão Dada uma rede de pesquisadores fictícia modelada pelo grafo G da Figura 1 com k=6 vértices II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã m=6 arestas (relações de G=(V,E) Figura 1. Rede de pesquisadores fictícia. A Tabela 1 mostra as referidas medidas de centralidade calculadas para os vértices do Grafo G. Tabela 1. Medidas de centralidade dos vértices do grafo G da Figura 1. Vértices do grafo G 1 2 3 4 5 6 Objetivos Apresentar duas medidas de centralidade de vértices que auxiliarão na identificação de situações onde a inserção de uma aresta (ligação entre dois ou mais pesquisadores destes grupos) pode aumentar a confiabilidade de uma rede social de pesquisadores fictícia (ou seja, um grupo de pesquisa). e Medida de proximidade 10 6 7 8 11 10 Medida de grau de informação 1 4 3 2 1 1 Observa-se que o vértice mais central do grafo G é o “2”, ou seja, com maior velocidade de acesso e maior efeito de influência nos demais vértices. Portanto, se o vértice ou pesquisador “2” fosse retirado do grupo (por algum motivo), a rede ficaria menos conectada e, consequentemente, com a confiabilidade sensivelmente diminuída, visto que alguns caminhos deixariam de existir. Os menos centrais são os vértices ou pesquisadores “5”, “1” e “6”, respectivamente. Logo, se o intuito é tornar a rede mais confiável com a inserção de uma nova aresta, pode-se pensar na ligação entre os vértices “1” e “5” ou “5” e “6”. Conclusões O cálculo da confiabilidade de uma rede é bastante desgastante de ser executado, quer seja manualmente ou computacionalmente. Logo, a utilização de medidas de centralidade mostra-se uma alternativa viável, auxiliando na análise do aumento da confiabilidade de uma rede1. Agradecimentos Ao PIBIC/CNPq pela bolsa de IC. 1 1 LYRA, T. F.; OLIVEIRA, C. S. Um estudo sobre confiabilidade de redes e medidas de centralidade em uma rede de coautoria. Rev. PODES, v. 3, n. 2, p. 160-172, 2011. 48 Análise da confiabilidade de uma rede social fictícia com enfoque nos atores ou vértices Aluno-autor: Taiane de Paula Ferreira ([email protected]), Aluno-autor: Jessica Katty Uehara. Orientador: Sandra Cristina de Oliveira ([email protected]). Campus Experimental de Tupã, Curso de Administração. Bolsistas do PIBIC/CNPq e da FAPESP. Palavras Chave: Confiabilidade de redes, grupos de pesquisa, coautoria, teoria dos grafos, arestas confiáveis. Introdução Confiabilidade é a probabilidade de um item desempenhar satisfatoriamente uma função requerida sob condições específicas de operação. Redes são sistemas físicos, biológicos ou sociais caracterizados por um conjunto grande de entidades bem definidas que interagem dinamicamente entre si. Logo, o termo confiabilidade de rede está relacionado ao cálculo da confiabilidade de qualquer configuração geral de itens, dada a confiabilidade dos itens individuais, ou seja, é a probabilidade da rede continuar funcionando mesmo quando uma falha acarretar na remoção de um ou mais componentes (arestas e/ou vértices)1. A proposta deste trabalho consiste na análise da confiabilidade de uma rede fictícia, a qual representará uma rede social formada por pesquisadores, ou seja, um grupo de pesquisa. Os vértices do grafo que modela a rede serão os pesquisadores e as arestas serão as ligações entre esses agentes (existência de trabalhos em coautoria). Serão considerados ainda vértices não confiáveis ou propensos a falhas (um ou mais vértice(s) pode(m) deixar de pertencer à rede) e arestas perfeitamente confiáveis. Para vértices com probabilidades distintas de funcionar p i , a confiabilidade da rede p R é calculada de forma similar, ou seja, obtidos os subgrafos conexos de G contendo i vértices, devese calcular a probabilidade de cada estado de funcionamento da rede e somar tais resultados2. G Resultados e Discussão Dada uma rede de pequisadores fictícia modelada pelo grafo G da Figura 1 com k = 6 vértices (pesquisadores) e m = 6 arestas (relações de coautoria). Primeiramente considera-se que cada vértice i possui uma probabilidade de funcionar p. Assim, foi feita uma simulação para diferentes valores de p, cujos resultados estão na Tabela 1. G=(V,E) Figura 1. Rede de pesquisadores fictícia. Tabela 1. Confiabilidade da rede (vértices com probabilidades iguais de funcionar). Valores de p 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 Objetivos Estudar a medida de confiabilidade de uma rede social fictícia, especificamente de pesquisadores, com enfoque nos vértices, ou seja, obter a confiabilidade da rede (probabilidade do grupo de pesquisa permanecer em atividade), considerando os vértices ou pesquisadores com confiabilidades iguais e distintas. Material e Métodos Uma rede social pode ser modelada por um grafo simples não orientado G=(V,E), onde V é um conjunto finito e não vazio cujos elementos são os vértices (com k elementos); E é um conjunto de subconjuntos de dois elementos de V chamados arestas (com m elementos). Para a rede estar em funcionamento (ou em atividade), em um dado tempo t, todo par de vértices deve estar conectado por pelo menos um caminho. Cada vértice i ( i 1,2,...,k ) possui uma probabilidade de funcionar p i (confiabilidade do vértice i). Se todos os vértices possuem a mesma probabilidade de funcionar, denota-se apenas por p. Para vértices com probabilidades iguais de funcionar p, a confiabilidade k da rede é dada por p R G i onde S i é i 2 o o n de subgrafos conexos de G contendo i vértices. II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã Valores de p 0,4 0,3 0,2 0,1 Confiabilidade da rede 0,328192 0,239058 0,139328 0,045802 Para vértices com probabilidades distintas de funcionar pi , i 1,2,...,6 , tais que, p1 0,6 ; p 2 0,7 ; p 3 0,8 ; p 4 0,9 ; p 5 0,5 e p 6 0,8 , a confiabilidade da rede é igual a 0,64768. Conclusões O estudo da confiabilidade de redes de coautoria científica permite identificar quais são confiáveis, sob diferentes enfoques (vértices e/ou arestas), de acordo com a participação dos pesquisadores e da intensidade das relações de coautoria existentes. Agradecimentos Ao PIBIC/CNPq e a FAPESP pelas bolsas de IC. OBS: Trabalho apresentado na 1º Fase e selecionado para a 2º Fase do XXV CIC da Unesp. 1 S i p i (1 p) k Confiabilidade da rede 0,819882 0,677888 0,568498 0,482112 0,40625 LYRA, T. F.; OLIVEIRA, C. S. Um estudo sobre confiabilidade de redes e medidas de centralidade em uma rede de coautoria. Rev. PODES, v. 3, n. 2, p. 160-172, 2011. 49 Análise do perfil empreendedor em negócios independentes e franquias, utilizando a teoria de David McClelland. Thábata Carrion Mendes de Oliveira¹, Charles Angelo de Oliveira, Lucas Aparecido Martins Fruhling, Lucas Aranha Fialho. Orientador: Prof. Dr. Gessuir Pigatto² Câmpus de Tupã, Administração. ¹UNESP, Tupã-SP, Administração [email protected] (Bolsista PET) ²UNESP, Tupã-SP, Administração [email protected] Palavras Chave: Empreendedorismo, perfil empreendedor, franquia. Introdução Considerando a importância do perfil empreendedor, avaliou-se o comportamento de proprietários de negócios independentes e franquias, verificando se estes possuem as características que compõem o perfil empreendedor, apresentadas por David C. McClelland. Objetivos Diante disto, o presente trabalho tem como objetivo testar, segundo as características empreendedoras de McClelland, se o empreendedor individual e o franqueado possuem perfil empreendedor semelhante. Material e Métodos Foram avaliados os comportamentos dos proprietários de negócios independentes e franquias, utilizando uma base teórica, e esses comportamentos foram relacionados com as características presentes no perfil empreendedor, para determinar quais deles melhor se encaixam no perfil. Resultados e Discussão Figura 2. Características do perfil empreendedor em proprietários de negócio independente e franquia. Conclusões Conclui-se que somente os proprietários de negócios independentes possuem todas as características do perfil empreendedor, os franqueados possuem apenas três delas: persistência, comprometimento e estabelecimento de metas. Agradecimentos Figura 1. Relação entre as características elencadas por McClelland e o comportamento dos proprietários, segundo Hofmann e Alberton (2005). II Encontro de Pesquisa e Extensão do Câmpus de Tupã [1] Fontenelle, C. J. S. O perfil empreendedor na franquia de confecção infantil brasileira e sua influência no desempenho do negócio. 2004. [2] Filion, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e gerentes empresários de pequenos negócios. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 5-28, abr./jun. 1999. [3] Hofmann, J; Alberton, L. Análise custo/benefício entre negócios independentes e o sistema de franquias. IX Congresso Internacional de Custos – Florianópolis, SC, Brasil, 2005. [4] McClelland, David. A sociedade competitiva: realização e progresso social. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972. [5] Schumpeter, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juros e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.