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Sumário: Perfil...............................................................4 Descrição da Organização.............................4 Concorrência e Ambiente Competitivo........ 10 Aspectos Relevantes................................... 13 Organograma.............................................. 16 1. Liderança................................................. 18 2. Estratégias e Planos............................... 30 3. Clientes................................................... 36 4. Sociedade............................................... 41 5. Informações e Conhecimento................. 50 6. Pessoas................................................... 55 7. Processos................................................ 68 8. Resultados.............................................. 88 Glossário..................................................... 94 Governança Corporativa Diretoria Executiva do Hospital Vera Cruz Dr. Gustavo Sergio Carvalho - Diretor Presidente Dr. Vitório Verri - Diretor Técnico Diretoria Clínica do Hospital Vera Cruz Dr. Ronaldo de Aguiar Souza Zulian - Diretor Clínico Dr. Francisco Mezzacappa Filho - Vice-Diretor Clínico Conselho de Administração do Hospital Vera Cruz Dr. Irmo Huberto Morelli Dr. Nyder Rodrigues Otero Dr. Celso Arruda Dr. Renato Morelli Dr. Hamilton José Borges Dra. Beatriz Mangabeira Albernaz de Queiroz Dr. Ricardo de Souza e Silva Morelli Dr. Aloisio Antonio Costa Leite Carvalhaes Dr. Silvio Luis Polini Gonçalves Perfil Descrição da Organização O Hospital Vera Cruz S/A é um hospital geral e maternidade, localizado na cidade de Campinas, SP, sociedade de capital fechado, fundado em julho de 1943. Inicialmente, suas atividades foram desenvolvidas nas instalações onde antes funcionava a Clínica Stevenson de Oftalmologia. O Hospital Vera Cruz, ao longo desses mais de 70 anos de existência, passou por muitas transformações baseadas em investimentos na estrutura física, tecnologia, aprimoramento técnicocientífico e humanização. Cabe destacar, mais recentemente, a ampliação de suas instalações, que, concluída em julho de 2002, duplicou a sua área construída, que conta atualmente com 19.800 m². São acionistas do Hospital Vera Cruz 173 pessoas físicas (a grande maioria, médicos do corpo clínico), detentores de 82,36% das ações da empresa. 17,64% das ações encontram-se em Tesouraria e pertencem ao próprio hospital. O Hospital Vera Cruz atua na prestação de serviços de Saúde, nas diversas especialidades médicas. Realiza atendimento de urgência e emergência, diagnose e terapia, maternidade, cirurgias eletivas (em regime de internação e ambulatorial), tratamento clínico geral e especializado. Conta com equipamentos de última geração para apoio às decisões clínicas. Os serviços oferecidos para atendimento de urgência e emergência são apoiados com estrutura de diagnóstico 24h (Radiologia e Patologia Clínica). da Fundação Roberto Rocha Brito. Fundada em 1987, visa estimular o aprimoramento técnico na área médica, capacitando e atualizando profissionais em um programa de educação continuada. A partir de 1996, implantou seu Programa de Gestão pela Qualidade Total (PGQT), com políticas baseadas em humanização no atendimento, tecnologia, melhoria contínua de processos e inter-relacionamento das equipes de trabalho. O Vera Cruz conta hoje com 154 leitos, sendo uma instituição hospitalar de grande porte, de acordo com a classificação do CQH – Compromisso com a Qualidade Hospitalar (programa vinculado à Associação Paulista de Medicina) –, do qual participa desde 1991. De acordo com os dados de 2014 foram realizadas: • 13.175 internações; • 148.000 atendimentos de pronto- socorro; • 4.464 procedimentos endoscópicos; • 780.367 exames de laboratório; • 1.263 exames de holter; • 6.306 exames de teste ergométrico; • 10.206 exames de ecocardiograma; • 65.048 exames de radiologia; • 13.145 exames de ressonância magnética; • 25.955 exames de ultrassonografia; • 17.371 exames de tomografia computadorizada. Com objetivo de desenvolvimento e valorização de seu capital intelectual, o Hospital Vera Cruz é mantenedor Na figura P1 apresentamos as receitas provenientes da prestação de serviços médico-hospitalares dos últimos oito anos: Levando em consideração a Missão da instituição, no que diz respeito aos cuidados aos pacientes, os principais produtos relacionados diretamente à atividade-fim da organização são: monar, oximetria não invasiva, inaloterapia, broncoscopia, endoscopia digestiva, colonoscopia, hemoterapia, (terapia medicamentosa), curativos e procedimentos oftalmológicos). 1. Internações hospitalares clínicas, cirúrgicas e obstétricas; 2. Atendimentos de urgência e emergência; 3. Atendimento cirúrgico ambulatorial; 4. Atendimento para diagnóstico e terapia (imagem, análise clínica, hemodinâmica, EEG, teste ergométrico, holter, MAPA, Tilt Test, Doppler Transcraniano, prova de função pul- Os principais processos de produção ou de prestação de serviços, geradores dos principais produtos, são a assistência médica e a assistência de enfermagem. A assistência médica está distribuída nas seguintes especialidades: Alergologia; Anestesiologia; CirurRelatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 5 gia Bucomaxilofacial; Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Cirurgia Geral; Cirurgia Gastroenterológica; Cirurgia Proctológica; Cirurgia Infantil; Cirurgia Plástica reparadora e estética; Cirurgia Torácica; Cirurgia Cardíaca; Cirurgia Vascular; Clínica Médica e Cardiológica; Clínica Dermatológica; Clínica Endocrinológica; Geriatria; Homeopatia; Moléstias Infectocontagiosas; Nefrologia; Reumatologia; Ginecologia e Obstetrícia; Hematologia Clínica; Neonatologia; Neurologia; Neurocirurgia; Neuropediatria; Oftalmologia; Oncologia; Quimioterapia; Radioterapia; Ortopedia e Traumatologia; Otorrinolaringologia; Pediatria; Pneumologia; Urologia. A assistência de enfermagem está distribuída nas seguintes áreas: pronto-socorro, atendimento domiciliar, centro cirúrgico, alas de internação, ambulatórios e serviços de apoio ao diagnóstico. • Os principais processos de apoio às operações são: • Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH): comissão multiprofissional com objetivo de desenvolver ações sistemáticas com vistas à redução da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. • Hotelaria Hospitalar: setor responsável pela promoção e conservação da limpeza de todas as dependências, recebimento e distribuição de enxoval hospitalar e conservação de mobília. • Serviços: setor responsável pela confecção do enxoval hospitalar, segurança patrimonial, controle de acesso, monitoramento, arquivo de documentos, telefonia, alimentação (acompanhantes, colaboradores, profissionais) e acompanhamento de demais terceirizados. • Engenharia de Infraestrutura e Manutenção: setor responsável pelas operações de hidráulica, elétrica e conservação predial. • Engenharia de Equipamentos: setor responsável pela execução da manutenção preventiva e corretiva de equipamentos hospitalares. • Administração: setor responsável pelos serviços administrativos de apoio (gestão financeira e contábil, recursos humanos, suprimentos, qualidade, jurídico, relacionamento com médicos e operadoras de Saúde, gestão de contas, comercial, marketing e comunicação). • CAD – Central Ativa de Documentos: setor responsável pela conferência, organização, guarda e disponibilização dos prontuários médicos. • Farmácia: setor responsável pela dispensação de medicamentos e materiais. • Tecnologia da Informação: setor responsável pelo controle das informações, manutenção e suporte de informática. • Central de Material: setor responsável pela limpeza, desinfecção e esterilização de materiais. • • • • • Ouvidoria: setor de relacionamento direto com o cliente e gerenciamento de ações necessárias para melhoria contínua, satisfação e fidelização dos clientes da organização. Recepção e Processos Internos: setor responsável por recepcionar e acolher pacientes, acompanhantes e visitantes para orientação e abertura de atendimento. Gerenciamento de leitos: responsável por ações de gerenciamento dos leitos, acompanhamentos das internações eletivas e emergenciais para otimização dos processos de internação e alta. Central de convênios e autorizações: responsável pelo agendamento cirúrgico e autorizações de procedimentos eletivos. Departamento de Nutrição e Dietética: setor responsável pela avaliação e orientação nutricional durante a internação e preparo das dietas dos pacientes. SADT: Serviços próprios, parceiros e terceirizados, estruturados e equipados para suporte e realização de procedimentos de diagnose e terapia. O Hospital Vera Cruz possui instalações de prontosocorro (adulto, pediátrico, ginecológico e obstétrico, traumatológico-ortopédico), centro cirúrgico (com área específica e individualizada para a realização de procedimentos ambulatoriais), laboratório de congelação para atendimento das cirurgias no CC e CO, UTI Adulto com 14 leitos, Unidade Cardiológica com 9 leitos, UTI Pediátrica com 6 leitos, UTI Neonatal com 12 leitos e um heliponto com 400 m² de área para remoção e transportes aéreos de emergência. Conta com salas de reuniões, anfiteatro, biblioteca especializada, dependências administrativas em área reservada, recepção central, solário, restaurante e lanchonete. Disponibiliza aos clientes, por meio de parcerias ou recursos próprios, equipamentos de hemodinâmica, radiologia (três equipamentos de ressonância nuclear magnética contemplando alto campo, dois equipamentos de tomografia contemplando multislice, ultrassonografia, mamografia e densitometria óssea), endoscopia digestiva alta e baixa, endoscopia respiratória, patologia clínica, ecocardiografia, teste cardíaco de esforço e stress farmacológico, urodinâmica, green laser, câmara hiperbárica, entre outros. Conta com uma força de trabalho de 1.302 colaboradores, dos quais 74% são do sexo feminino, colaboradores com vínculo empregatício (regime CLT – base, 51% com idade entre 18 e 35 anos, 77% com nível de educação médio e fundamental, 23% com nível superior, 84% com até 10 anos de casa). A força de trabalho com vínculo empregatício está assim distribuída: área administrativa (13%), enfermagem (45%) e apoio Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 6 (42%). Cerca de 2,5% dos colaboradores estão classificados como Gerentes e Coordenadores. Integram o corpo clínico do hospital 203 médicos que prestam atendimento médico-hospitalar sem vínculo empregatício, 88% possuem título de especialista. Conta com 251 médicos cadastrados para atendimento (efetivos e adjuntos) e 962 médicos eventuais. O Hospital Vera Cruz conta com equipes de profissionais de Saúde de nível superior nas áreas de Fisioterapia, Psicologia e Fonoaudiologia, que integram a equipe multiprofissional de assistência, sob a supervisão da Diretoria Técnica. As instituições parceiras possuem cerca de 81 colaboradores terceirizados que desenvolvem suas atividades profissionais nas dependências do hospital. O Hospital Vera Cruz adota políticas de recursos humanos para atender às necessidades e expectativas de seus colaboradores, principalmente com foco na satisfação, qualidade de vida, bem-estar, retenção e desenvolvimento técnico- comportamental. O relacionamento e as normas de conduta estão devidamente estabelecidos em seu Código de Ética e Conduta, disseminado a todos os gestores e equipes. A instituição conta com Serviço Especializado em Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT –, responsável pela elaboração e manutenção de Programa de Saúde Ocupacional (PCMSO), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e NR32, programas que têm como objetivos principais a prevenção de doenças, promoção da saúde e a segurança de sua força de trabalho, durante o desempenho de suas atividades. O Hospital Vera Cruz atende pacientes de toda a RMC (Região Metropolitana de Campinas), incluindo o sul de Minas Gerais, conveniados de diversas operadoras de Saúde e particulares. Figura P2 – Principais Clientes Tendo em vista o predomínio do atendimento aos beneficiários da VCAS, o perfil de classe social atendida situa-se entre as classes A e B. Cabe salientar que o Hospital Vera Cruz não presta atendimento aos usuários da maior operadora de saúde da região (UNIMED) e aos usuários do Sistema Único de Saúde – SUS. A Figura P3 destaca a estratificação dos atendimentos realizados, levando-se em consideração a especialidade médica envolvida. A segmentação dos clientes do Hospital Vera Cruz é definida da seguinte forma: • Clientes do Plano de Saúde Vera Cruz pessoa física: cerca de 34.212 beneficiários; • Clientes dos convênios: clientes conveniados a empresas de Saúde credenciadas ao Hospital Vera Cruz; • Clientes particulares: pacientes que pagam pela assistência recebida. Sua principal demanda de atendimento (37%) é de beneficiários da operadora Vera Cruz Associação de Saúde, VCAS. Aproximadamente 59% dos atendimentos de usuários de outras operadoras de saúde. Os pacientes particulares correspondem a cerca de 4% do total da demanda de atendimento (Figura P2). Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 7 Figura P3 – Atendimentos por Especialidade As operadoras de saúde com as quais o Hospital Vera Cruz mantém contrato de credenciamento são consideradas organizações intermediárias e parceiras, pois mantêm relação com beneficiários de seus respectivos planos de saúde e, portanto, interagem com clientes-alvo do hospital. As necessidades e expectativas dos clientes em relação aos serviços e produtos oferecidos, de acordo com as informações colhidas por meio dos canais de comunicação, em especial a Ouvidoria, são: 1. Capacitação técnica do corpo clínico e de enfermagem; 2. Estrutura física moderna e conforto em hotelaria; 3. Recursos tecnológicos de ponta; 4. Autossuficiência e agilidade em recursos de diagnose e terapia; 5. Facilidade de acesso; 6. Confiabilidade e qualidade nos serviços; 7. Agilidade e personalização no atendimento; 8. Integralidade, hospitalidade e humanização do atendimento. hospitalares e procedimentos gerenciados (pacotes); 4. Negociação de valores da taxa de comercialização de materiais e medicamentos. A área de Relacionamento de Convênios torna o relacionamento mais efetivo e parceiro com as operadoras de saúde e atua para aprimorar a interlocução em negociações, buscar solução de problemas administrativos e operacionais (glosas, atrasos de pagamentos, entre outros) e disciplinar o fluxo das operações internas. Mantém constante atualização de regras e itens negociados com os convênios, operadoras de saúde e parceiros, permitindo a otimização do sistema TASY para o correto faturamento das contas. Além dos serviços hospitalares, as negociações têm como foco o profissional médico, buscando sempre melhores remunerações em honorários médicos, de acordo com expectativas internas e de mercado. Interagindo com a área de Custos, é possível integrar dados para o desdobramento das negociações, entre eles Relatório de Margem de Contribuição, composição e comercialização dos procedimentos gerenciados (gestão de pacotes), incorporação de novos serviços (custos dos equipamentos), etc. O novo website do Hospital Vera Cruz, desde 2013, proporciona aos clientes atendidos pelos convênios informações atuais e precisas. Para que isso seja possível, uma ferramenta via web interliga o TASY (sistema de gestão) para atualização permanente do website do hospital. Os principais produtos e matérias-primas adquiridos pelo Hospital Vera Cruz são: medicamentos, materiais hospitalares (uso rotineiro e usos especiais, utilizados em procedimentos específicos e com indicação médica), materiais de escritório e de informática, EPIs, materiais de limpeza, gêneros alimentícios, enxovais hospitalares. As necessidades e expectativas das organizações intermediárias (operadoras de saúde) são identificadas, há mais de 12 anos, através dos setores: Relacionamento com Convênios, Relacionamento Médico, Central de Agendamento e Autorizações de Auditoria Interna, Faturamento, Contas a Receber e Ouvidoria no relacionamento do dia a dia, de acordo com as informações colhidas por meio dos canais de comunicação, e são: 1. Fácil acesso ao corpo clínico; 2. Disponibilidade de leitos para internação; 3. Negociação de valores para tabelas de diárias e taxas A Política de Compras, instituída em 2014, ratifica as diretrizes estratégicas da organização e fortalece o objetivo de organizar e otimizar a utilização de itens estocáveis, para melhor utilização de recursos financeiros. O processo de seleção e cadastro de fornecedores busca estabelecer relação idônea e sólida com o mercado, fundamentada em princípios éticos e de respeito recíprocos, interação e comunicação transparentes, clareza e confiabilidade. O Hospital Vera Cruz entende que seus fornecedores têm condições de atender, com total profissionalismo, aos processos de cotação e compras e da qualidade Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 8 de serviços em toda a cadeia de suprimentos. A avaliação de fornecedores é feita com base em padrões de qualidade, capazes de garantir insumos e serviços do mais alto nível de exigência. Aplica-se a avaliação em todos os fornecedores de produtos que participam ou desejam participar dos processos de cotação e de compra. Está reservada ao Hospital Vera Cruz a inclusão de novos fornecedores, assim como a exclusão de fornecedores que não atendam aos requisitos estabelecidos. Dessa forma, somente empresas que sigam trâmites e atendam rigorosamente aos requisitos de qualificação, demonstrem capacidade de atendimento e fornecimento poderão ser cadastradas e se candidatar como fornecedora nas cotações. Após etapa de cadastro, a compra efetiva dos produtos é orientada por processos de cotação e avaliação/ qualificação e outros critérios definidos, com livre decisão da instituição. O Hospital Vera Cruz mantém cadastrados cerca de 4.200 fornecedores. Os critérios de escolha do produto levam também em consideração, primeiramente, a adequação às predefinições técnicas elaboradas pela Comissão de Padronização de Artigos Médico-Hospitalares (COPAMH). visando um desenvolvimento sustentável. De acordo com as diretrizes formuladas no seu planejamento estratégico, o relacionamento com a sociedade está definido em sua própria Missão, Visão e Valores e previsto em seu Código de Ética e Conduta. O bem-estar das comunidades da RMC é considerado na realização de diversas práticas, algumas apoiadas pela Fundação Roberto Rocha Brito, dentre as quais se destacam as campanhas de solidariedade, de doação de material reciclável, educação da gestante, educação para o cuidado de paciente dependente, educação em suporte básico de vida, entre outras. O hospital gera uma série de resíduos provenientes de seus processos e produtos, característicos de uma instituição de Saúde de seu porte. O Hospital Vera Cruz supera as exigências legais no tratamento de seus resíduos, através das ações contidas no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Destacam-se as iniciativas da prática de coleta seletiva de resíduos em todo o hospital, há mais de dezessete anos, com doação às cooperativas filiadas à ONG EDH – Ecologia Dignidade Humana –, que trabalham com recicláveis e se utilizam dos lucros da venda dos resíduos reciclados e investimentos para o tratamento de mercúrio proveniente das lâmpadas fluorescentes usadas e descarte adequado de pilhas, lâmpadas e baterias. A COPAMH é um órgão de assessoria diretamente vinculado à Diretoria Técnica da instituição, previsto no regimento interno do corpo clínico e tem por objetivo estabelecer as diretrizes para a prática de padronização e aquisição de materiais, além da promoção do uso adequado desses insumos. A aprovação de materiais segue fluxo definido e se inicia através da abertura inicial de um Laudo Técnico, passando pela análise de diversos departamentos estratégicos, podendo depender até do Diretor Presidente. O resultado da aquisição dos produtos e materiais hospitalares é avaliado conforme acompanhamento de orçamento realizado e indicador de Giro de Estoque. Os fornecedores de serviços são definidos pelas respectivas áreas solicitantes, em processo de levantamento no mercado de, pelo menos, três orçamentos, com aprovação do Diretor Presidente, em conjunto com a gerência da área envolvida. Todos os contratos de prestadores de serviços são gerenciados pelos gestores da área envolvida, juntamente com o departamento de Suprimentos e o setor de Cadastros e Contratos. O Hospital Vera Cruz considera o relacionamento ético e transparente com todas as partes interessadas, Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 9 Concorrência e Ambiente Competitivo Os concorrentes diretos do Hospital Vera Cruz são as instituições de Saúde, localizadas em Campinas e região, que atendem clientes conveniados das operadoras de saúde com as quais a organização mantém contrato. Esses hospitais são em geral instituições beneficentes, filantrópicas, particulares ou fundações: Centro Médico de Campinas, Hospital Madre Theodora, Beneficência Portuguesa, Casa de Saúde de Campinas, Hospital Samaritano e Maternidade de Campinas. manutenção e ampliação da competitividade e o fortalecimento de sua marca. O Hospital Vera Cruz tem se destacado perante os seus concorrentes, devido à qualidade de seus serviços no atendimento, à tradição de seu corpo clínico e à capacidade de atendimento dos serviços de diagnose e terapia. É reconhecido também pelo contínuo investimento em estrutura física e equipamentos de alta tecnologia e capacitação da sua força de trabalho com foco em humanização, hotelaria e hospitalidade. Além disso, a instituição oferece um serviço de pronto-socorro estruturado para atendimento infantil e adulto, incluindo cardiologia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, em plantão ininterrupto, com exames laboratoriais e de imagem em funcionamento nas 24 horas. Outra ação relevante ocorreu em 1996, quando o Hospital Vera Cruz instituiu o Programa de Gestão pela Qualidade Total (PGQT). Desde 2005, com a implementação do modelo de gestão adotado preconizado pela Fundação Nacional da Qualidade – FNQ –, o hospital busca definir e aprimorar processos, acompanhar resultados através de indicadores relevantes, identificando riscos e estabelecendo seus planos de ação e metas a serem alcançadas. No mesmo ano, com suporte de consultorias externas, realizou atualização de seu planejamento, com vistas à sustentabilidade, ao crescimento e desenvolvimento de competências, e manteve atualização para os ciclos 2010-2014 e 2014-2019, este último realizado em junho de 2014, com acompanhamento e aprovação do Conselho de Administração. O reconhecimento da liderança de sua marca se dá através de pesquisas de opinião pública do Prêmio “Top Of Mind”, do jornal Correio Popular, principal jornal em circulação na RMC, sendo o Vera Cruz premiado por 15 anos consecutivos como hospital privado mais lembrado. O mercado da Saúde suplementar no Brasil é regulamentado por lei específica desde 1998. Essa mudança exigiu do HVC, na elaboração de suas estratégias e planos, o desenvolvimento de novas competências no relacionamento e negociação com seus clientes e parceiros, na tentativa de repasse dos valores dos produtos da organização. A partir de 1999, o mercado da Saúde suplementar no Brasil é regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. A regulação junto às operadoras de planos de saúde exige obrigações, controle nos processos e custos dos prestadores de serviços. O custo da Saúde no Brasil promove outra mudança a ser destacada, que é a redução de nossos clientes particulares, que gradativamente procuram as operadoras de saúde e o Sistema Único de Saúde, o SUS. Frente à estruturação gradativa de instituições de saúde na região de Campinas com a possibilidade de captar clientes atendidos comumente pelo Hospital Vera Cruz, a organização procura atualizar o seu planejamento estratégico e as suas diretrizes desde 1996, visando à Outro desafio a ser considerado é a manutenção da estabilidade financeira institucional, tendo em vista o significativo impacto dos encargos tributários nos demonstrativos financeiros da organização. Como uma sociedade anônima, o Hospital Vera Cruz é tributado de forma distinta de seus concorrentes. Em 2010, o Vera Cruz recebeu a certificação internacional da American Medical System, sendo o primeiro centro de treinamento da América Latina na capacitação de médicos para realização de cirurgias de hiperplasia da próstata a laser. Na oportunidade, o HVC realizou um workshop com a participação de mais de 60 especialistas em doenças da próstata do Brasil e da América Latina, com a presença do Dr. Ricardo González, M.D. professor da Baylor College of Medicine (Houston, Texas, USA). Em 2011, um importante desafio e marco na gestão do hospital foi a mudança do sistema de tecnologia da informação, com adoção de sistema ERP, cabendo destacar a mudança do sistema de gestão no mesmo ano, adotando-se o sistema de Governança Corporativa, além de outras ações para redução de custos, revisão do planejamento estratégico e mapeamento dos seus processos que vêm sendo implementadas para suporte e melhoria na gestão do hospital. O Hospital Vera Cruz mantém parcerias estratégicas, relacionadas aos processos principais, com serviços especializados: radiologia diagnóstica e intervencionista; ressonância magnética. A partir de 2014, conta com seu próprio serviço de Hemodinâmica, até então existente, mas como parceiro. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 11 Os investimentos na infraestrutura instalada e tecnologia são mantidos, cabendo destacar investimentos para verticalização do tratamento cardiológico e serviço de Câmara Hiperbárica, implementados sob a análise da viabilidade financeira e demanda de clientes próprios e da região de Campinas. Desde 2011 o hospital conta com seu Centro de Medicina Diagnóstica e Preventiva como uma unidade externa, para estar mais próximo dos seus clientes. O hospital conta com comissão multiprofissional relacionada a transplante de órgão (doação e transplante), realizando transplante renal, de medula óssea e de ossos, com atividades supervisionadas pela Diretoria Técnica. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 12 Aspectos Relevantes Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 13 Com uma nova estrutura organizacional adotada em 2008, a Governança Corporativa em 2010, seguidas da mudança do sistema informatizado em 2011, a instituição reforça seu foco na gestão de processos integrados, visando cumprimento de seus objetivos estratégicos. Em 2012 iniciou plano para gerenciamento de riscos com foco na segurança do paciente. A organização considera todos os requisitos legais e regulares relacionados às atividades e ao ambiente em que está inserida, salientando-se principalmente a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho, específica para as instituições de saúde (NR32). O Hospital Vera Cruz mantém os programas exigidos como requisitos legais: PCMSO; PPRA, CCIH e CIPA. Em 2014 realizou importantes avanços na desospitalização com implantação do setor de Gerenciamento de Leitos, integrando ações do Grupo de Assistência Domiciliar e Comissão de Longa Permanência. A nova Unidade de Observação do PS e o Apoio Cirúrgico, instalados no mesmo ano, alinhados a esses processos, permitiram elevar o número de procedimentos em 20% sem criar novos leitos, indo ao encontro de sua visão de crescimento, definida no ciclo do Planejamento Estratégico 20142019. Também a partir de uma diretriz estratégica estabelecida, o hospital buscou sua Acreditação Hospitalar pela ONA, com qualificação pelo ISQua desde 2013. Grandes avanços para o Prontuário Eletrônico nas alas de Internação e Pronto- Socorro foram realizados com implantação prevista no segundo semestre de 2015. A figura P4 apresenta um histórico da busca pela excelência de 1995 a 2014. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 14 Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 15 Organograma Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 16 Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 17 1. Liderança Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 18 Interação com as partes interessadas, comprometimento com os valores e princípios organizacionais Entre as principais realizações da gestão institucional está a adoção da Governança Corporativa (GC) a partir de 2011, modelo que dá maior transparência aos atos da gestão dos administradores. Tem foco na perenidade do negócio e satisfação de todas as partes envolvidas. A adequação do estatuto ao modelo, realizada em 2013, mantendo e aprimorando a política de equidade no tratamento dos acionistas (com destaque para os minoritários), no caso de mudanças do controle acionário, proporcionou o equilíbrio de poder e forças entre os gestores e os sócios controladores, gerando segurança e satisfação aos stakeholders, ou seja, os acionistas, as instituições financeiras, os fornecedores, os médicos, os clientes, os colaboradores e a comunidade. A adoção do sistema de GC também em empresas de capital fechado como o Hospital Vera Cruz foi identificada como um fator importante para geração de impactos diretos sobre os valores da empresa, incluindo fortalecimento da imagem institucional e valorização do patrimônio intangível. O Sistema de Liderança do Hospital Vera Cruz está constituído por: a) Assembleia Geral dos Acionistas; b) Conselho de Administração; c) Diretoria Executiva. Como principal integrante do sistema de Governança Corporativa do Hospital Vera Cruz, o Conselho de Administração foi estruturado e eleito pela assembleia dos acionistas para alinhar as diretrizes estratégicas e definir objetivos considerando e garantindo saúde financeira e resultados para o equilíbrio de expectativas e necessidades dos acionistas e demais stakeholders. Os demais membros da diretoria e gerências integram o sistema de governança com objetivo principal de garantir o gerenciamento de riscos, os melhores procedimentos e controles internos de seus processos, pautados em ações de transparência, humanização, hospitalidade e tecnologia. Os principais riscos são identificados através de reuniões regulares da alta liderança, consultorias externas, comissão de gerenciamento de risco, gestão de contratos, com assistências jurídicas trabalhista, tributária e cível, além dos canais de relacionamento com clientes e sociedade. Os principais riscos institucionais relacionam-se com a competitividade no mercado da saúde, negociação e políticas de relacionamento e remuneração com convênios e crescimento sustentável, com ênfase na qualidade da assistência e satisfação de todas as partes envolvidas. Em 2013 houve alteração da composição dos integrantes do Conselho de Administração, com a inclusão de mais dois representantes dos sócios minoritários. No mesmo momento houve também a alteração da composição da Diretoria Executiva, com adequação de seus cargos. Desde então a Diretoria é composta pelo Diretor Presidente e Diretor Técnico. O processo de melhoria garante a geração de impactos diretos sobre os valores da empresa, incluindo fortalecimento da imagem institucional e valorização do patrimônio intangível. Todo o processo de melhoria da prática de Governança Corporativa, realizado em 2013, culminou com a renovação do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e revisão do Estatuto Social da empresa, que passou a retratar uma série de iniciativas e práticas reconhecidas pelo mercado, com destaque para a renovação de 1/3 a cada dois anos. Como desdobramento dessas melhorias, o nível gerencial foi ampliado em 2014, incluindo gerências médicas para o pronto-socorro, gestão de leitos e área técnica. Como principal integrante do sistema de Governança Corporativa do Hospital Vera Cruz, o Conselho de Administração foi estruturado e eleito pela assembleia dos acionistas para alinhar as diretrizes estratégicas definidas no ciclo 2015-2019 e definir novos objetivos considerando e garantindo saúde financeira e resultados para o equilíbrio de expectativas e necessidades dos acionistas e demais stakeholders. Valores e Princípios Organizacionais: Definição e Comunicação às Partes Interessadas Os valores e princípios organizacionais são discutidos, estabelecidos e revisados pela alta liderança da organização, a cada ciclo de planejamento estratégico (critério 2). Desde 1997 a organização vem desenvolvendo ciclos de planejamento com formulação das estratégias e diretrizes organizacionais. Em junho de 2014 o terceiro ciclo de Planejamento Estratégico foi revisado e foram Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 19 atualizadas as diretrizes e os valores organizacionais: Missão Cuidar da saúde e do bem-estar dos pacientes e familiares. multidisciplinares. Este programa destinado a todos os integrantes da força de trabalho promove a integração e o desenvolvimento da cultura da excelência e permite a participação ativa e opinião de todos. Visão Expandir em 40% a capacidade instalada e produtiva em até 5 anos, sendo a primeira escolha para os pacientes, médicos e operadoras. A comunicação para a força de trabalho ocorre também através do seu Código de Ética e Conduta, do programa para acompanhamento e desenvolvimento de competências (PADC), da integração de novos colaboradores, dos grupos de melhoria, das comissões, reuniões, dos murais, do boletim interno, do sistema informatizado (Comunicação Interna) e da intranet, a fim de assegurar o entendimento e a aplicação dos valores e diretrizes organizacionais. Valores Organizacionais Humanização, Ética, Qualidade, Trabalho em equipe; Responsabilidade Socioambiental. Como nos demais ciclos de planejamento, as diretrizes da organização são disseminadas através de vários canais de comunicação, tendo em vista a respectiva parte interessada. Desde a implementação do PGQT em 1996, integrantes da alta direção participam ativamente do processo de mudança da cultura da qualidade e segurança. A promoção e a construção da cultura interna em torno dos valores e princípios organizacionais ocorrem desde 1996, a propósito da implementação do PGQT a todas as partes interessadas. Para o público interno: reuniões, murais setoriais, treinamentos técnicos e comportamentais, integração de novos colaboradores, Times da Qualidade, jornal interno, reuniões da liderança, intranet. Toda divulgação e comunicação com a sociedade de maneira geral e para o público específico tem sido cada vez mais direcionada pelo site do hospital, com divulgações dos serviços, informações sobre cursos, diretrizes de atendimento e campanhas de saúde. A organização promove também painéis nas recepções de atendimento e campanhas veiculadas nos principais meios de comunicação da RMC. Para os fornecedores: murais nas áreas de circulação e reuniões periódicas de integração. Para os acionistas: divulgação formal em reuniões do PGQT, jornal Plantão Médico, murais, reuniões do corpo clínico (fóruns médicos, café da manhã científico, happy hour, etc.). A disseminação dos princípios e valores organizacionais para a força de trabalho ocorre continuamente, desde 1996, através dos programas de integração de novos colaboradores, das auditorias internas, da disseminação de Políticas Institucionais, das reuniões com coordenadores médicos, das reuniões com Lideranças, realizadas regularmente pelo Diretor Presidente com coordenadores e gerentes, das reuniões dos Times da Qualidade, da participação das gerências médicas nas auditorias internas e reuniões Tratamento das Questões Éticas A Diretoria Executiva conta com a assessoria das Gerências Médicas e de Enfermagem, também das Comissões de Ética Médica e de Enfermagem no acompanhamento e tratamento das questões éticas relacionadas às atividades profissionais dos integrantes do corpo clínico e dos colaboradores da Enfermagem. As comissões se reúnem periodicamente com cronograma específico e de acordo com a demanda dos clientes e profissionais. Estes assuntos são tratados nas reuniões de assuntos médicos e administrativos, em fluxos envolvendo a Comissão de Gerenciamento de Risco e reuniões com Gerências e Coordenações Médicas, sempre que necessário. Algumas das questões éticas são tratadas diretamente pela alta liderança (Diretor Clínico e Diretor Técnico) com o cliente envolvido (interno ou externo). Existe no Hospital Vera Cruz a preocupação com relação ao tema “Ética”, com políticas disseminadas constante e regularmente nos diversos treinamentos incluindo os semanais para os colaboradores recémadmitidos, além de reciclagem para os demais nas reuniões dos Times da Qualidade e através do RH, que, na sua função de consultoria aos colaboradores e gestores, procura acompanhar e preservar a conduta ética nas ações e relacionamentos que permeiam as decisões da instituição. Como melhoria para a disseminação e o tratamento das questões éticas em coerência com a Missão e Visão institucionais, o hospital aprovou e publicou seu Manual de Ética e Conduta em agosto de 2012, divulgado a todos os colaboradores desde o programa de integração admissional e continuamente. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 20 Permeando as condutas internas, a organização observa os requisitos legais, estatutos e normas estabelecidas por agências, órgãos reguladores, códigos de ética profissionais e princípios de boa convivência, tratados com os colaboradores em diversas instâncias e situações nos canais mencionados. A Diretoria, a Ouvidoria, as lideranças e o departamento Jurídico do hospital interagem com vistas a avaliar, tratar e encaminhar adequadamente os retornos relacionados às manifestações de clientes e da sociedade, além de identificar ações corretivas e preventivas, seja com colaboradores, médicos, acionistas, parceiros ou fornecedores direta ou indiretamente envolvidos. O Hospital Vera Cruz promove orientações aos pacientes e seus responsáveis desde a admissão até sua alta sobre os procedimentos a serem realizados, zelando pelo cuidado quanto à privacidade e sigilo de informações. atender seu público e minimizar a ocorrência de demandas judiciais. Cabe ao departamento dar apoio documental, contratual e jurídico à Diretoria e a todas as gerências da instituição. Tomada das Decisões, Comunicação e Implementação A Assembleia Geral de Acionistas (AGA) reúne-se ordinariamente uma vez ao ano e extraordinariamente sempre que necessário, de acordo com as definições do estatuto social da organização. Todos os acionistas presentes à AGA têm direito a voto. Anualmente, no mês de abril, a AGA examina e delibera sobre o balanço patrimonial, o demonstrativo de resultados e os assuntos constantes da ordem do dia, que são apresentados pela Diretoria Executiva. Situações específicas são tratadas em âmbitos do Conselho Técnico, fóruns internos e/ou através das diversas comissões, envolvendo a diretoria conforme a natureza do assunto e/ou prioridade ao tema. A Diretoria Executiva reúne-se semanalmente para acompanhamento de assuntos administrativos, financeiros, corpo clínico e assuntos gerais, com registros em atas. Direciona membros à participação dos diversos grupos e comitês para deliberar sobre os principais assuntos em andamento. Desde 2014, como aprimoramento das questões que envolvem relacionamento com fornecedores e outras partes interessadas, o hospital vem formalizando as exigências técnicas e outros critérios, declarando políticas institucionais que confirmam a Missão e os Valores da instituição. A Diretoria e os membros do Conselho Administrativo reúnem-se mensalmente para acompanhamento e deliberação dos assuntos em andamento. Os acionistas, Conselho Administrativo e a Diretoria Executiva integram o nível estratégico e o tático da administração da organização. Desde 2006 a organização conta com o setor de Cadastros e Contratos, atualmente vinculado à Gerência Jurídica, criada em 2014. A área é responsável pelas rotinas cadastrais, estruturada especificamente para tratar e garantir o relacionamento formal e comercial dentro dos critérios legais e éticos vigentes, concentrando todas as informações cadastrais dos clientes, prestadores de serviços e fornecedores. A gestão dos contratos é acompanhada pelos responsáveis e desde 2014 o controle vem sendo aprimorado com maior participação do gestor no acompanhamento direto de cada contrato via sistema informatizado. A atuação das gerências com as coordenações ocorre distintamente, de acordo com a área envolvida, a partir das interações semanais ou diárias, integrando o nível tático e operacional da administração da organização, com a comunicação das decisões e o desdobramento destas em seus planos de ação (implementação). Os coordenadores e gerentes são reunidos regularmente com o Diretor Presidente para acompanhamento de metas e resultados, disseminação de estratégias, orientação das principais práticas, projetos em andamento. São também realizadas reuniões específicas das gerências com o Diretor Presidente com foco estratégico. Além disso, a diretoria e gerências médicas disseminam orientações ao corpo clínico através de comunicados formais em e-mails, murais, e em publicação na estrutura de gestão de documentos. Além do cadastramento o setor elabora todos os contratos da instituição, internos e externos, e realiza o controle de prazos e vencimentos, buscando atender satisfatoriamente às demandas de órgãos públicos de controle e fiscalização, promover a proteção dos menores e idosos, visando melhor O sistema de liderança considera os seguintes fundamentos: Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 21 a) Tomada de decisão baseada na Missão, nos Valores e Princípios Organizacionais, embasados no modelo de gestão preconizado; b) Análise das necessidades e expectativas de todas as partes interessadas e na elaboração do Planejamento Estratégico da instituição; c) Tomada de decisão baseada em fatos e dados, através da análise de relatórios confeccionados pelas respectivas áreas envolvidas nos processos; d) Foco nos resultados, através da análise de relatórios; e) Busca constante do aprendizado e refinamento de práticas com foco em qualidade e segurança; f) Controle dos processos através da utilização de indicadores estratégicos e operacionais (financeiros, de clientes, do mercado, das pessoas). As decisões são comunicadas pelo Diretor Presidente aos gerentes e coordenadores, mensalmente ou conforme necessário. Destas reuniões participam lideranças, médicos coordenadores, profissionais autônomos (fisioterapeutas e psicólogos) parceiros atuantes na instituição. A disseminação para o restante da força de trabalho ocorre diretamente no nível operacional, promovida pelas lideranças e pelos gestores respectivos. Outros canais de comunicação importantes, para contemplar todos os colaboradores, inclusive os terceiros, são os Times da Qualidade, o Programa de Integração, jornais internos, murais, treinamentos, internet, sistema de informação, intranet, gestão de documentos compartilhada em rede informatizada. A partir de 2014 a instituição iniciou implantação do sistema Interact para facilitar o acesso à estrutura de documentos, visando ampliar a disseminação de seus comunicados, políticas, protocolos, indicadores e planos de ação. As decisões são comunicadas aos clientes da instituição através do website do Hospital Vera Cruz e Fundação Roberto Rocha Brito e individualmente, quando é o caso, através da Ouvidoria e Diretoria Técnica. A interlocução com outras operadoras ocorre através do Relacionamento com Convênios. Com relação à força de trabalho, a comunicação ocorre por meio do jornal Nosso Espaço, dos murais e do jornal Plantão Médico e Times da Qualidade e através dos gestores. As reuniões dos Times da Qualidade são canais de comunicação para treinamento comportamental, para levantamento das demandas institucionais e setoriais, trazidas pelos colaboradores, bem como para comunicar e esclarecer diretrizes, planos em andamento, demonstrando transparência e fortalecendo o comprometimento de sua força de trabalho com os objetivos gerais da instituição. As decisões são comunicadas aos acionistas através de reuniões formais, convocadas com pauta previamente definida, além dos jornais impressos (Nosso Espaço e Plantão Médico). Os departamentos médicos têm coordenadores devidamente nomeados, com atividades formalmente definidas, incluindo a interlocução com as equipes médicas, sob acompanhamento da Diretoria Técnica. Com relação aos fornecedores, a comunicação ocorre direta e continuamente também por meio de telefone e/ou e-mail, envolvendo os gestores, com interlocução da gerência de serviços e suporte e outras gerências, sempre que necessário, conforme política institucional devidamente declarada. O hospital conta com um departamento de Marketing e Comunicação desde 2010. Estruturado para elaborar a comunicação promocional e institucional da marca Vera Cruz com os seus mais diversos públicos, considera objetivos estratégicos e valores organizacionais, demonstrando transparência e interlocução junto à comunidade onde está inserido. Internamente, atua diretamente em diversos projetos de educação e treinamento, visando garantir transmissão de conteúdos e mensagens da melhor forma, promovendo assim uma maior efetividade no alcance dos objetivos de cada projeto. A política de comunicação estabelece as diretrizes de transmissão das decisões para todas as partes interessadas, com conteúdos que assegurem a transparência das informações e os objetivos do hospital. As decisões são implementadas e acompanhadas por diferentes membros da diretoria e respectivas gerências, sendo os resultados e a prestação de contas apresentados e monitorados nas devidas instâncias, conforme estrutura organizacional definida, dentro dos canais formais e reuniões previstas. A liderança busca garantir controles efetivos a partir da estrutura de governança corporativa devidamente regulamentada pelo Estatuto Social da instituição. Como parte integrante da implementação da governança, o Hospital Vera Cruz conta com organismos internos devidamente regulamentados pelo seu Regimento Interno: Corpo Clínico, Conselho Técnico, Comissão de Ética Médica, dentre outros. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 22 Exercício da Liderança e Interação com as Utiliza canais de comunicação voltados ao público interno: Times da Qualidade (desenvolvimento Partes Interessadas A liderança do Hospital Vera Cruz realiza o trabalho de entendimento das necessidades de todas as partes interessadas e determina o grau de atendimento das mesmas, de forma harmônica e balanceada, com o objetivo de criar valor e, ao mesmo tempo, manter o nível de satisfação desses públicos. Com essa finalidade, a diretoria discute e delibera em reuniões regulares os seguintes temas: a) Assuntos Administrativos: construção, reformas, compras e gestão de pessoas; b) Assuntos Médicos: condutas médicas, ocorrências junto ao Corpo Clínico, reclamações relacionadas aos médicos; c) Assuntos Financeiros: demonstrativos financeiros, fluxo de caixa; d) Assuntos Gerais: processos e serviços internos. As práticas que evidenciam a interação da alta liderança com as partes interessadas, a fim de buscar oportunidades para a organização, são apresentadas nas figuras 1.3 a 1.7 (Clientes, Força de Trabalho, Acionistas, Fornecedores e Sociedade, respectivamente). Através da definição dos objetivos estratégicos, a liderança da organização procura contemplar as seguintes perspectivas: financeira, clientes/mercado, processos internos, aprendizado e crescimento, crescimento da receita, margem operacional, eficiência dos ativos e eficiência organizacional. comportamental para todos os colaboradores), jornal interno (Nosso Espaço), murais, reuniões, palestras, SIPATs e Integração de novos colaboradores, intranet, sistema informatizado, internet. Por meio de sua assessoria de imprensa, realiza contatos com diversos órgãos de comunicação para atingir a comunidade de forma geral. Mantém um site para divulgação do hospital com espaço aberto para envio de dúvidas, críticas e sugestões. Auditorias internas e práticas de autoavaliação, com aplicação de roteiros para controle e melhoria de práticas, são mantidas regular e sistematicamente, em todos os níveis da instituição. Parceiros e terceiros estão ligados a gerências específicas para interação e discussão de resultados e melhorias. Médicos recebem informes através da Secretaria de Diretoria Clínica e Técnica e têm acesso a notícias do hospital, bem como às políticas e diretrizes técnicas e institucionais regularmente, em eventos promovidos pela Fundação Roberto Rocha Brito, em reuniões departamentais e do Conselho Médico Técnico e pela Gestão de Documentos. Ainda com foco na comunidade médica, é editado regularmente o informativo interno “Plantão Médico”, através da Fundação Roberto Rocha Brito. A participação das gerências médicas em visitas multidisciplinares, grupos de estudo e melhorias de processos e auditorias internas é uma importante via de integração das políticas e diretrizes institucionais ao corpo clínico. A partir de 2014, com a adoção das três gerências médicas, várias ações junto aos coordenadores médicos e diversas comissões vêm sendo implementadas, fortalecendo a comunicação com a comunidade médica. A incorporação dos valores organizacionais ocorre continuamente desde 1996 a partir da implantação do PGQT, principalmente através das reuniões dos Times da Qualidade, com participação de todos os colaboradores. O Conselho Técnico Médico reúne-se a cada dois meses e é formado pelo Diretor Técnico (Presidente), Diretor Clínico, Presidente da Comissão de Ética Médica e por três Chefes de Departamentos. Além disso, outros modos de disseminação dos valores são realizados desde a integração de novos colaboradores, programas de acompanhamento, eventos, palestras e divulgação através do Manual de Ética e Conduta. Verificação do Cumprimento dos Principais Padrões de Trabalho Desde 1996, o Hospital Vera Cruz investe em campanhas internas e treinamentos regulares para manutenção e melhoria dos conceitos ligados à coleta seletiva e contra o desperdício, através do uso do Programa 5S, adotado como política da instituição e compromisso junto à sociedade. A partir de 1991, o Hospital Vera Cruz aderiu ao programa CQH, com a realização de auditorias internas e externas periódicas. Em 1996 implantou o PGQT – Programa de Gestão pela Qualidade Total –, foram criadas equipes de melhoria, após a elaboração do planejamento estratégico, utilizando-se a metodologia da matriz SWOT, Diagrama de Ishikawa, para elaboração de planos de ação, com foco nos grandes problemas encontrados na instituição. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 23 A partir de 2000 adotou o Roteiro do CQH como modelo de gestão e em 2005 refinou a prática com a adoção do MEG®. Visando reforçar a gestão por processos e melhoria contínua, orienta, adota e audita a utilização de metodologias como fluxogramas, protocolos, procedimentos operacionais padrão e 5S em toda a organização, também com cumprimento de todas as diretrizes do programa de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS), integrando ações com a CIPA. O controle das práticas de gestão é realizado pela liderança por meio de rotinas e ferramentas e por meio de reuniões envolvendo gerências e gestores, sempre que necessário, prática favorecida pela transversalidade de sua estrutura organizacional (figuras 1.3 a 1.7). A organização assegura o entendimento, a aplicação dos valores e das diretrizes organizacionais, bem como o cumprimento dos padrões de trabalho, através de treinamentos internos e pelo Programa de Acompanhamento e Desenvolvimento de Competências (PADC), da autoavaliação com base no Roteiro do CQH, Manual da ONA, inspeção da CIPA e 5S, com auditorias internas regulares, relatórios e feedbacks formais e acompanhamento de planos de ação e de projetos através da GPD – Gestão pelas Diretrizes. Avaliação e Melhoria das Práticas de Gestão e Padrões de Trabalho Com a adoção do modelo de gestão baseado no MEG® a partir de 2005 e considerando as metodologias adotadas no Roteiro do CQH e Manual ONA, os processos são descritos, considerando fluxogramas, mapeamento e definição de rotinas operacionais padrão, sempre com apoio da liderança da organização. Em 2014, uma estrutura para a Gestão de Documentos do hospital foi elaborada, centralizando publicação em rede informatizada, com implantação de sistema informatizado para gestão de documentos (Interact) em andamento. A gestão por processos preconiza a utilização de documentos padronizados, atualizados regularmente. A orientação e o acompanhamento da definição dos padrões de trabalho partem dos respectivos setores relacionados aos processos: • • Alta liderança (estratégias, diretrizes, planos e acompanhamento do desempenho - resultados); Qualidade (relacionamento com os clientes e a sociedade, acompanhamento e melhoria contínua); • • • Tecnologia da Informação (informações e capital intelectual); Recursos Humanos (gestão de pessoas); Administração (finanças, processos administrativos em geral, suprimentos, processos de apoio). Desde 1999 existe acompanhamento da ocorrência das não conformidades no setor de Enfermagem do HVC. A ferramenta utilizada inicialmente, que tem sido continuamente melhorada, é o Relatório de Ocorrências de Enfermagem – ROE –, que tem a finalidade de relatar as não conformidades no momento que as mesmas ocorrem e suas possíveis causas. A partir de 2007, como melhoria do processo de verificação do cumprimento dos POPs, o ROE está sendo substituído pelo Relatório de Ocorrências Adversas ao Paciente (ROAP) e, a partir de 2012, compartilhando as notificações com o Gerenciamento de Risco. A verificação do cumprimento dos padrões de trabalho é realizada pelo coordenador de cada setor, utilizando-se da descrição do POP, respectivo fluxograma e formulário de descrição de anomalias, quando necessário, de acordo com a metodologia do gerenciamento da rotina. Como melhoria do sistema de implementação do aprendizado, em 2007 foi instituído o formulário de Controle de Práticas e Processos – CPP. Com esta ferramenta, após o relato de eventuais anomalias ou necessidades de melhoria, o mesmo é utilizado para registrar a proposta de correção ou melhoria do processo. Conforme previsto no planejamento estratégico, em 2011 foi implantado o novo sistema de informática ERP TASY, a partir do mapeamento de processos. O PADC foi reestruturado com realinhamento de políticas e de seu foco de aplicação. Novos ciclos de auditorias internas e autoavaliação de processos e práticas foram realizados, com geração de relatórios de não conformidades e oportunidades de melhorias e subsídios para atualização de planos operativos. Ainda em 2011 foi instituída a Comissão de Gerenciamento de Risco com incentivo à notificação de eventos (figura 1.8) e riscos e iniciado mapeamento de processos para reestruturação da área de agendamento e autorizações de procedimentos eletivos, com aprimoramento da estrutura a partir de julho de 2012. Também, conforme diretrizes estratégicas, a Recepção conta com analista de processos para centralização de informação, suporte para equipe com ênfase na hospitalidade e melhoria dos procedimentos de atendimento na recepção. Em 2013, como ação de atualização do Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 24 planejamento estratégico, foi realizado evento com gerências para implantação da metodologia de GPD – Gerenciamento pelas Diretrizes –, sendo definidas quatro diretrizes principais para 2014: Gerenciamento de Leitos, Acreditação Hospitalar, Relacionamento com Médicos e implantação de Protocolos Multidisciplinares Gerenciados. Para 2015 está prevista a implantação de prontuário eletrônico e sistema de notificação eletrônica. para o cargo, acompanhamento constante (coaching) de um gestor, participação em cursos externos, especializações, MBAs. Como refinamento na identificação das competências da liderança, da organização, de acordo com o modelo de Gestão por Competências do RH, a organização definiu junto às lideranças e com auxílio de consultoria externa as competências esperadas para os gestores da instituição (figuras 1.1 e 1.2). Foi também elaborado um plano de autoavaliação e desenvolvimento para todos os participantes, com estabelecimento de prazos para homologação junto ao respectivo superior imediato. Desde 2011 o PADC passou a contemplar uma parte específica para a avaliação das lideranças, contendo as competências essenciais de acordo com o perfil desejado aos líderes da instituição. Figura 1.8 – Formulário de Notificação Liderança Visando a melhoria contínua dos padrões de trabalho, bem como da disseminação de modelo de gestão, o hospital desenvolve ações para capacitar e desenvolver seus líderes. As pessoas da instituição com potencial de liderança são identificadas através da área de RH e Desenvolvimento Humano e dos gestores, onde, de forma conjunta, se verifica o atendimento das competências específicas e necessárias para o cargo (análise de potencial através de entrevistas, laudos psicológicos, experiências em relação ao perfil e experiência em relação às competências descritas para o cargo). O preparo desses líderes é por meio da Integração Nível 4 - Integração do Desenvolvimento Humano, programa específico para novos gestores para desenvolvimento das competências exigidas Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 25 Figura 1.1 - Competências e critérios de avaliação das lideranças Figura 1.2 - Competências da Liderança Análise do Desempenho da Organização A diretoria desenvolve a prática de avaliação sistemática do desempenho da organização através de reuniões semanais, como foco em assuntos administrativos, financeiros e do corpo clínico, segmentando-se a análise de resultados por grupo de assunto. E, mensalmente, com o conselho de administração. Os indicadores estratégicos vêm sendo reestruturados desde então, com a centralização de coleta e validação das informações principais do hospital junto ao departamento de Qualidade. É realizada reunião operacional do Gerenciamento de Leitos com ênfase na ocupação, giro de leitos, média de permanência com encaminhamento de ações necessárias, com desdobramento junto à diretoria, gerências e corpo clínico. Em 2011, a partir da troca do sistema de TI, a organização planejou ações para validar relatórios, consolidar informações e compor o painel de indicadores para análise crítica. A partir de 2014 teve início a implantação do sistema Interact Performance, focado inicialmente em parametrizações baseadas no Planejamento Estratégico e alimentação dos indicadores estratégicos. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 26 Figura 1.3 - Interação com as Partes Interessadas - Clientes Figura 1.3 - Interação com as Partes Interessadas - Clientes Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 27 Figura 1.4 - Interação com as Partes Interessadas - Força de Trabalho Figura 1.5 - Interação com as Partes Interessadas - Acionistas Figura 1.6 - Interação com as Partes Interessadas - Fornecedores Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 28 Figura 1.7 - Interação com as Partes Interessadas - Sociedade Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 29 2. Estratégias e Planos Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 30 Definição das estratégias da organização Desde a implantação do Programa de Gestão pela Qualidade Total (PGQT), o HVC realizou quatro ciclos de Planejamento Estratégico. Em 1997 foi realizado pela primeira vez o estudo para formulação de estratégias baseado em metodologia SWOT. Participaram do evento os diretores da organização e lideranças de diversas áreas, definidas pela alta direção, compondo o que se denominou Grupo Suporte. A alta direção promoveu também a participação do corpo clínico da instituição, através de reuniões específicas de eventos intitulados Fórum Médico. Foram identificados os aspectos relacionados a oportunidades e ameaças (ambiente externo) e definidos pontos fortes e fracos (ambiente interno). Em 2003, mantendo a metodologia SWOT, grupos de estudos formados por gestores e diretores e, como melhoria, todos os colaboradores foram envolvidos através de reuniões dos Times da Qualidade, onde foram coletadas sugestões sobre os processos de serviços, posteriormente analisadas e utilizadas na atualização do segundo ciclo do Planejamento Estratégico (2003-2004). Em 2011 as principais ações estratégicas constantes do planejamento foram validadas e desenvolvidas com ênfase no mapeamento de processos e implantação do novo sistema de tecnologia da informação, além da continuidade das ações relacionadas à implantação da NR 32 em todo o hospital e reestruturação do Programa de Acompanhamento e Desenvolvimento de Competências (PADC). No mesmo ano, foi realizada uma pesquisa de satisfação junto ao corpo clínico do Vera Cruz e médicos cadastrados, também com o apoio de uma consultoria especializada. O universo estudado foi de 703 médicos, com 32% de devolução. Os principais aspectos levantados vêm sendo úteis para análise até hoje. O quarto e último ciclo (2014-2019) foi iniciado em 2013 e finalizado em 2014, conduzido com auxílio de consultoria especialmente contratada. Foram revisados a missão, visão e os valores institucionais. Foram avaliados os cenários, o perfil da instituição, a remuneração dos acionistas e estabelecido o mapa estratégico (figura 2.1) sob as perspectivas do Balanced Score Card. Utilizando-se a metodologia, construiu-se o mapa estratégico, com 17 diretrizes nas perspectivas financeiras, clientes e mercado, processos internos, aprendizado e crescimento. Foram definidos os passos para estruturação, implantação e acompanhamento dos planos de ação. Figura 2.2 Passos para estruturação. O terceiro ciclo (2007-2012) foi realizado em novembro de 2007 com trabalhos conduzidos por consultoria externa especializada, com análise do macroambiente, mercado de atuação da organização e ambiente interno, utilizando-se metodologia específica (SWOT). Foram revistos e atualizados os valores e princípios organizacionais e a missão da instituição. Em 2009, o Vera Cruz, em parceria com a sua operadora de saúde (VCAS), contratou uma pesquisa de mercado (quantitativa) visando estudar o comportamento do nosso target primário e a imagem que a marca tem no mercado, a percepção que nosso público tem da qualidade dos nossos serviços, etc. Em novembro de 2010 foi realizado um Workshop de Planejamento Estratégico com as lideranças e com o apoio de uma consultoria externa especializada na elaboração de planos estratégicos operativos. Em dezembro do mesmo ano, em outra etapa, gestores, representantes da diretoria e do corpo clínico das equipes de cirurgia e anestesia elaboraram planos de ação específicos para gestão do centro cirúrgico, com enfoque nos processos de agendamento, internação cirúrgica e autorização de procedimentos e ênfase em Cirurgia Segura. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 31 Figura 2.1 - Mapa Estratégico Figura 2.2 - Passos para estruturação, implantação e acompanhamento do mapa estratégico (BSC). Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 32 Figura 2.3 - Passos para estruturação, implantação e acompanhamento do mapa estratégico (Remuneração dos Sócios e Liquidez das Ações) Considerando as iniciativas estratégicas previstas ao ciclo de planejamento 2014-2019, bem como as revisões dos planos de ação, a instituição implementou e vem desenvolvendo as seguintes ações: melhorias e implementações no sistema de tecnologia da informação - TASY, criação do Centro de Medicina Diagnóstica e Preventiva na Nova Campinas, projeto para reformas e reestruturação do PS e dos ambulatórios, reestruturação dos setores de internação, estruturação do departamento de Marketing e Comunicação, estudo e mudança da logomarca Hospital Vera Cruz, reestruturação do PADC, implantação do comitê de Gestão de Risco (GR), elaboração e construção de novo site, implementação de novos cargos com foco em hospitalidade, reestruturação da área de agendamento e autorização de procedimentos cirúrgicos, aplicação de pesquisa de clima com o corpo clínico, modernização de equipamentos e adequação do quadro de pessoal da instituição. Definição dos Indicadores, Metas e Planos de Ação No quarto ciclo de planejamento concluído em junho de 2014, foram revistos e definidos os indicadores de desempenho considerados estratégicos pela organização, segmentados por critério do MEG®: 1. Econômico-financeiros: liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata, capital circulante líquido, participação de capitais de terceiros, participação de capitais próprios, giro do estoque, período médio de cobrança e de pagamento, margem operacional, lucratividade líquida, Ebitda e glosas. 2. Clientes e mercado: taxa de satisfação geral do cliente, taxa de insatisfação do cliente, reclamações por internação, taxa de fidelidade, taxa de utilização dos serviços, total de ocorrências registradas na Ouvidoria, total de encaminhamentos de ocorrências, elogios por internação, taxa de Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 33 satisfação do cliente com a recepção/enfermagem/ médico/alimentação/limpeza/rouparia, taxa de ocorrências por via: pesquisa, resolutividade da Ouvidoria e Pesquisa Marcas de Sucesso. 3. Sociedade: produção de lixo reciclável, produção de lixo contaminado, consumo de água, consumo de energia. 4. Pessoas: absenteísmo, taxa de acidente de trabalho, taxa de rotatividade dos colaboradores, índice de treinamento, relação enfermeiro-leito, relação enfermagem-leito e relação pessoal-leito. 5. Produtos e Gestão dos Processos: Processo e produtos: taxa de ocupação hospitalar, taxa de cirurgia suspensa, tempo médio de permanência (dias), taxa de mortalidade institucional, taxa de mortalidade operatória, taxa de infecção hospitalar, índice de renovação do leito, taxa de reinternação não programada, taxa de reingresso na UTI Adulto durante a mesma internação, índice de exames laboratoriais e de imagem por internação, taxa de cesáreas, tempo médio de permanência na UTI adulto/UTI neonatal/ clínica médica/clínica cirúrgica/clínica obstétrica, taxa de infecção hospitalar na UTI adulto/UTI neonatal/clínica médica/clínica cirúrgica. Nutrição: taxa de satisfação geral do cliente DND, sobra limpa, sabor da refeição, variedade dos alimentos, apresentação visual dos pratos, temperatura, atendimento da equipe de nutrição, agilidade no atendimento, índice de atendimento de nutrição por paciente internado, taxa de avaliação nutricional objetiva e subjetiva. Enfermagem: incidência de queda do paciente, incidência de úlcera por pressão, incidência de não conformidade relacionada à administração de medicamentos, incidência de flebite, incidência de extubação acidental, incidência de perda de sonda nasogastroenteral e incidência de perda de cateter central. Higiene: média de tempo por limpeza terminal/ concorrente/extra e média de colaboradores por limpeza terminal/concorrente/extra. Manutenção: número total de solicitações recebidas em comparação às executadas. Fornecedores: taxa geral de itens não conformes grupo de alimentos. Laboratório: contaminação de hemocultura e urocultura; cliente: atraso de resultados e laudos retificados e recoletas (geral, por material impróprio, por confirmação e acidente). Ambulatórios: número de procedimentos por especialidade. Comunicação das Estratégias, Metas e Planos de Ação A comunicação das estratégias, metas e planos de ação para a força de trabalho ocorre através das reuniões dos Times da Qualidade, constituídos por todos os colaboradores da instituição divididos em grupos de cerca de 15 a 25 pessoas. Essas reuniões ocorrem regularmente a cada 2 ou 3 meses, em ciclos de temas ligados à gestão da organização, comportamento e relacionamento no trabalho, qualidade de vida, assuntos de atualidades, dentre outros (figura 6.4). A comunicação para as partes interessadas, contemplando a força de trabalho, os clientes, os fornecedores e os 173 acionistas, também ocorre por meio dos veículos de comunicação escrita oficiais da organização (jornal Nosso Espaço e jornal Plantão Médico, e-mails e site). São utilizados também os murais que estão disseminados por toda a instituição e intranet (figuras 1.3 a 1.7). Monitoramento da Implementação dos Planos de Ação A implementação dos planos de ação é acompanhada no nível operacional e tático, por meio das gerências e diretoria, considerando-se a gravidade, urgência e tendência. A alocação de recursos para a implementação destes planos de ação é realizada por meio de proposta orçamentária calculada, levando-se em consideração o histórico da organização, seguindo fluxo de aprovação estabelecido. Para a implantação de projetos de maior impacto, são definidas equipes de acompanhamento, como, por exemplo, quando da implementação do sistema de TI, em 2010, os softwares voltados aos serviços e processos de saúde foram pesquisados, sendo selecionadas duas empresas que apresentaram suas propostas às lideranças da instituição. Após definição de aquisição do sistema TASY, foi constituído um comitê interno e contratada uma consultoria externa para suporte e acompanhamento das etapas de implantação e mapeamento de processos. O comitê foi formado por pessoas-chave e gestores dos processos de atendimento, farmácia, suprimentos e enfermagem com objetivo de estudo e definição das ações e diretrizes, também de todos os gerentes executivos e diretor administrativo, com autonomia para aprovação das etapas envolvidas na troca e implementação do novo sistema e encaminhamento, com interlocução junto à diretoria sempre que necessário. A consultoria Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 34 contratada acompanhou e centralizou as ações de suporte, interlocução e acompanhamento do cronograma de implantação. Os trabalhos foram registrados incluindo como melhoria a utilização de um novo modelo de ata e registro em módulo específico do novo sistema voltado à gestão da qualidade. O desdobramento das diretrizes que contemplam o mapa estratégico do último ciclo 2014-2019 é acompanhado junto às gerências, diretoria e Conselho de Administração (figura 2.6). A partir de 2014 está em implantação o sistema Interact Performance, com ferramentas para melhoria da cultura de análises críticas e acompanhamento de planos de ação. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 35 3. Clientes Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 36 Segmentação do mercado, definição dos clientes-alvo O Hospital Vera Cruz define seus clientes em: beneficiários da Vera Cruz Associação de Saúde e os demais convênios e, por outro lado, os particulares. E os serviços oferecidos se dividem em: • • • • Ambulatório (consultas, procedimentos e exames); Pronto-socorro (PS); Internação; Cirurgia. Complementando a análise dos atendimentos, considera-se: faixa etária; gênero; saída (alta/ óbito); patologias mais frequentes. A partir dessa segmentação, o HVC consegue determinar o perfil dos seus clientes como importante subsídio na identificação das diferentes necessidades de seus usuários. Entendendo a importância de identificar as necessidades e expectativas de seus clientes, o hospital mantém diversos canais de relacionamento e comunicação, aplica pesquisa de satisfação a todos os pacientes internados, mantém uma central de atendimento, oferece serviço de Ouvidoria, espaço no site do hospital, também recebe e trata situações encaminhadas pelos diversos setores, parceiros e corpo clínico do Hospital Vera Cruz (figura P3 no Perfil). Identificação, Análise, Compreensão e Tratamento das Necessidades dos Clientes A Ouvidoria proporciona um canal de comunicação permanente e extremamente eficiente do Hospital Vera Cruz com os seus clientes. Tanto no receptivo quanto no ativo, este canal está sempre aberto para o mais amplo relacionamento com o cliente, encaminhando sugestões, solicitações, elogios e dificuldades, sempre visando o cumprimento da missão e o fortalecimento da imagem da instituição junto aos seus usuários e comunidade. Diretrizes estabelecidas desde a implementação do PGQT norteiam os objetivos e as ações da Ouvidoria: a) Tomar decisões baseadas na opinião dos clientes, de maneira que eles se encantem ao utilizarem nossos serviços, tanto pela sofisticação dos equipamentos quanto pela competência, atenção e presteza de nossos médicos e colaboradores. b) Padronizar e garantir a qualidade de todos os sistemas de trabalho, e cuidar para que não haja desperdício de esforços e as boas ideias possam ser colocadas em prática. c) Investir no treinamento, valorização e reconhecimento de nossos colaboradores, mantendo-os continuamente informados sobre os objetivos do hospital e incentivando o comprometimento de todos no alcance desses objetivos. A Ouvidoria surgiu logo após a implantação do Programa de Gestão pela Qualidade Total, com foco no relacionamento e na satisfação dos clientes. Além do acompanhamento das ocorrências e da manifestação de usuários, a Ouvidoria realiza contatos constantes com lideranças, médicos e diretoria a fim de subsidiar informações e orientações que permitam análise sistêmica e não isolada dos fatos que geraram elogios, solicitações, críticas ou insatisfações. Com mais de 17 anos de atuação, o setor tem um papel importante como interlocutor entre cliente e empresa e também como suporte e disseminação das políticas de qualidade da instituição. Sem ingerência sobre as áreas, a Ouvidoria atua como facilitadora, propondo ações, dando informações e sugerindo práticas de controle que promovam o aperfeiçoamento e o aprendizado. A Ouvidoria tem função de captar informações e integrar pareceres que permitam ação pró-ativa para evitar possíveis causas de insatisfação ou fatos indesejáveis. A Ouvidoria divide sua atuação em atendimentos ativos (pesquisas de satisfação, pós-atendimento e visitas a pacientes internados) e atendimentos receptivos (presenciais, por telefone ou e-mail, à procura espontânea de clientes e convênios, centralização de achados e perdidos, recepção de gestantes, de novos clientes, de convênios e empresas para apresentar a instituição, além de constante interação com os setores). Todas as rotinas da Ouvidoria geram abertura de “ocorrências”, classificadas por tipo (queixas, elogios, solicitações e sugestões), registradas em módulo específico e integrado ao sistema informatizado do hospital, permitindo interação imediata com os gestores e diretoria, com registros e geração de relatórios estatísticos, facilitando o desdobramento e a comunicação junto às áreas envolvidas, para tratamento e retorno de cada caso, além de orientação e subsídios para melhoria dos processos (figuras 3.1 e 3.2). Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 37 Figura 3.1 - Fluxo da Pesquisa de Satisfação aplicada a pacientes internados Figura 3.2 - Fluxo do Encaminhamento da Ocorrência Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 38 Desde 2011, o módulo de Ouvidoria foi parametrizado e passou a ser utilizado no sistema informatizado do hospital. Todas as manifestações (denominadas “ocorrências”) são classificadas por prioridade (alta, média e baixa) e com prazo máximo de retorno ao cliente, conforme a complexidade e natureza do caso. Em 2014, a Ouvidoria registrou o atendimento a 4.774 ocorrências, as quais geraram 9.262 desdobramentos para encaminhamentos e tratamentos, conforme fluxos estabelecidos. Aplicou pesquisas a todos os pacientes internados, com retorno de 3.165 questionários, equivalendo a 25% de taxa de retorno, com 96% de satisfação dos clientes, sendo desempenho superior ao seu referencial comparativo. Como diferencial e reforço à política de transparência e relacionamento com clientes, a Ouvidoria realiza visita aos pacientes internados, e, nesses contatos, o uso dos canais de comunicação e a importância da manifestação e avaliação dos serviços e atendimento para melhoria contínua do hospital são incentivados. Todas as ocorrências registradas na Ouvidoria são encaminhadas às coordenações e gerências das áreas envolvidas através da rede informatizada e notificadas por alerta no sistema. Como melhoria, a Ouvidoria passou a gerar notificações de risco para tratamento de não conformidades e verificação de melhorias em nível da Comissão de Gerenciamento de Risco na área da Qualidade. Os gestores de equipes e processos têm acesso ao sistema e podem tomar conhecimento de todas as informações envolvidas na ocorrência, para que procedam à análise e apuração dos fatos, com ciência da prioridade e complexidade envolvidas no caso. As gerências médicas e diversas comissões do Hospital Vera Cruz são envolvidas quando há necessidade de averiguação de fatos não previstos ou indesejáveis, sob direcionamento das Diretorias Técnica e/ou Clínica, bem como de situação não prevista ou que mereça atenção, encaminhada por clientes, colaboradores, parceiros ou médicos, através de vários canais de comunicação, diretoria, Ouvidoria, RH. Destacam-se as Comissões: prontuário, verificação de óbitos, ética médica, ética de enfermagem, infecção hospitalar e gerenciamento de riscos. Os coordenadores e gerentes de setores envolvidos são instados a partir de análise dos aspectos diretos ou indiretos constantes nas ocorrências, objetivando o levantamento de informações, esclarecimento e emissão de pareceres, bem como outros núcleos que possam contribuir para análise ampla dos fatos, como, por exemplo, Ouvidoria, SESMT, CIPA, Gerência Jurídica. Cada gestor – coordenador e gerente – da área envolvida em uma ocorrência aberta pela Ouvidoria tem autonomia para apurar os fatos, propor encaminhamentos, ações corretivas e oportunidades de melhoria pertinentes, sejam elas de mudanças de fluxos e processos ou orientação às pessoas envolvidas. Tratando-se de elogio, o desdobramento e a disseminação aos envolvidos é responsabilidade do coordenador da respectiva área. Quando os envolvidos são membros do corpo clínico, além do envio a cada profissional, a diretoria toma ciência através de e-mail da secretaria. Desde 2011, os agradecimentos e elogios ao corpo clínico são enviados aos e-mails particulares e afixados em mural. As ocorrências sobre questionamentos ou queixas envolvendo o corpo clínico são avaliadas e tratadas através das gerências médicas, diretoria técnica e/ou clínica, com desdobramentos internos até a orientação quanto ao fechamento ao cliente. Todas as ocorrências, elogios ou queixas são acompanhados pela Gerência e Diretoria Técnica para arquivamento e acompanhamento junto aos registros do profissional envolvido. Sugestões são encaminhadas para a gerência e a diretoria da área envolvida, para análises, planejamento e implementação, se pertinente e viável. Da mesma forma, solicitações e orientações são conduzidas pela própria Ouvidoria, conforme fluxos e rotinas estabelecidos, ou tratadas junto à área diretamente envolvida para finalização e retorno ao cliente. Os processos e as ações da Ouvidoria são monitorados e acompanhados pela gerência de Qualidade para os devidos desdobramentos. A Ouvidoria tabula as pesquisas preenchidas pelos pacientes internados, gerando relatórios mensais com séries históricas de satisfação dos serviços de: atendimento médico, recepção, enfermagem, alimentação, lanchonete, limpeza e rouparia, numa escala que pontua os critérios: muito satisfeito, satisfeito, parcialmente satisfeito e insatisfeito. Os resultados são enviados por e-mail aos gestores de cada área mensalmente. Esses dados são passados ao CQH mensalmente e constam do painel de indicadores estratégicos do hospital. No último trimestre de 2014 foi realizada pesquisa com pacientes após alta hospitalar, através de empresa especializada, com monitoramento mensal dos dados junto ao Diretor Presidente. Essa ação tem continuidade prevista para o segundo semestre de 2015, ampliando-se a busca para outras áreas de atendimento, como ProntoSocorro e Atendimento Ambulatorial. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 39 Divulgação de Produtos e Marcas aos Clientes e ao Mercado Para que os clientes conheçam o Hospital Vera Cruz, o departamento de Comunicação desenvolve todos os materiais e campanhas publicitárias, veiculados nos meios de comunicação mais importantes de Campinas. Em meados de 2011 o Hospital Vera Cruz reformulou totalmente sua logomarca. A arquitetura do novo design contempla, por um lado, a modernidade e a tecnologia. E, por outro lado, a humanização, ou seja, a hospitalidade. Os materiais impressos abordam temas de promoção à saúde, como Gripe A, Doação de Órgãos, UTI Neonatal, Aleitamento Materno – Ordenha e Armazenamento, Internação e Fluxos da Maternidade, UTI Adulto, Dengue, Orientação aos Visitantes, Grupo Assistência Domiciliar, Cirurgia Segura, Lavagem de Mãos, pesquisa de satisfação, cartões de orientação, pastas de prontuários, entre outros. O Vera Cruz se mantém atento às oportunidades que o mercado oferece para que a publicidade possa fortalecer a imagem do hospital, sempre focando na sua Missão, seus princípios e seus Valores. Em 2001, promoveu lançamento do livro De Médico Para Médico: O Ideal Vera Cruz, contando a história do hospital e divulgando os princípios que sempre nortearam a instituição. Há 15 anos, o jornal Correio Popular realiza uma pesquisa em Campinas chamada Top Of Mind – Marcas de Sucesso. E por esses mesmos 15 anos, consecutivamente, o Vera Cruz é confirmado como o hospital mais lembrado em toda a região. Esse resultado tem sido um dos parâmetros para avaliação do grau de satisfação e da imagem que a instituição tem junto à comunidade onde está inserida. Avaliação da Satisfação dos Clientes Para a avaliação da satisfação dos clientes, a Ouvidoria considera os itens positivos de cada serviço avaliado no formulário de pesquisa em relação ao total de respostas válidas. Considera o número de elogios registrados no sistema, segmentando-os por área e situações mais citadas, como complemento da satisfação do nosso cliente. Os resultados apurados são divulgados junto à instituição, em relatórios setoriais enviados às áreas e à diretoria. Há também as ações implantadas a partir de análises das manifestações dos clientes ou como medida corretiva a partir de uma queixa ou sugestão, de simples a complexas, podendo mencionar algumas: • • • • • • • • • • • Novos cargos para acolhimento, hospitalidade e agilização do processo de internação eletiva; Unidade de apoio pré-cirúrgico para agilizar processos de internações cirúrgicas eletivas e Sala de Apoio à Família; Acesso a estacionamento no hospital; Internet sem fio nas acomodações; Convênio com cartório para lavratura dos nascimentos; Melhoria da acessibilidade em unidade externa (Centro Clínico), para facilidade para cadeirante; Elevador na piscina para pessoas com mobilidade reduzida na unidade externa (Fisioterapia); Reforma do Pronto-Socorro para adequar fluxo de atendimento; Adoção de travesseiros com fibra acrílica lavável; Novo serviço para medicina diagnóstica e preventiva; Ambiência e nova decoração para áreas de atendimento infantil – Pronto- Socorro Infantil, Ala de Internação Pediátrica. O correto gerenciamento da marca Vera Cruz é realizado pelos departamentos de Marketing e Comunicação. O Hospital Vera Cruz desenvolve anualmente seu plano de comunicação para a correta e completa divulgação de seus serviços e de sua marca, sempre com a utilização dos principais meios e veículos de comunicação. O Hospital Vera Cruz é a primeira referência da imprensa local para os assuntos relacionados à Saúde em Campinas e região. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 40 4. Sociedade Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 41 Tratamento dos impactos sociais e ambientais de seus produtos, processos e instalações Visando cumprir sua missão, cuidando da saúde e do bem-estar dos pacientes e familiares e com base em seus valores organizacionais de ética e responsabilidade socioambiental, o Hospital Vera Cruz considera fundamental tratar e dar destino adequado para todos os tipos de resíduos gerados nas atividades de seus vários setores e serviços. O gerenciamento de resíduos no Hospital Vera Cruz visa minimizar sua geração e maximizar as ações que possibilitam um manejo seguro e eficiente desses materiais, privilegiando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio ambiente. O Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS) é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, coleta, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final (ANVISA, 2004). O PGRSS do Hospital Vera Cruz foi elaborado em 2004, com revisão anual da CCIH, destinado a atender as necessidades da instituição, garantindo assim a excelência no atendimento prestado, com desdobramento e disseminação aos diversos setores e áreas do hospital, incluindo serviços externos, postos de coleta do laboratório, centro de medicina preventiva e diagnóstica e centro clínico. Para elaboração e atualização do documento, a Comissão de Gerenciamento de Resíduos, composta por membros do Serviço de Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar (SCIH), Serviço de Higiene e Hotelaria Hospitalar, Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), Qualidade, além de membro da diretoria, analisou as ações relativas ao manejo dos resíduos, realizou o levantamento de não conformidades e elencou o aperfeiçoamento de práticas. Para a contratação de empresas responsáveis pelo tratamento e disposição final dos resíduos contaminados (resíduos infectantes e tóxicos), a Comissão de Gerenciamento de Resíduos realizou auditoria local e análise de documentação, como licença ambiental e operacional. Posteriormente, foram desenvolvidos treinamentos pelo SCIH em parceria com o Desenvolvimento Humano para capacitação dos profissionais envolvidos nesta operação. Toda a instituição foi conscientizada em relação ao PGRSS por meio de uma campanha publicitária interna com cartazes informativos e publicação de artigos relacionados ao manejo de resíduos no jornal interno da instituição. A prática do gerenciamento de resíduos é avaliada contínua e periodicamente por meio do acompanhamento de indicadores, tais como volume de geração de cada grupo de resíduo e taxa de acidentes com material perfurocortante. As legislações referentes ao tema são acompanhadas para que o PGRSS esteja sempre em dia com as adequações necessárias. Desde 1998 o HVC realiza a coleta seletiva de resíduos recicláveis, que surgiu como subproduto da Campanha 5S, iniciada quando da implantação do seu Programa de Gestão pela Qualidade Total dois anos antes. Assim, o Vera Cruz é o hospital pioneiro em toda a RMC em separar e doar resíduos da maneira mais adequada possível. Desde então, colaboradores e médicos são orientados sobre a importância da separação dos resíduos desde seu local de origem até sua destinação e finalidade. Vale ressaltar que hoje esta cultura alcança não só o profissional do Hospital Vera Cruz, como já está na família dos nossos colaboradores. Inicialmente, o resíduo reciclável era retirado pela Prefeitura de Campinas e, a partir de 2000, o hospital iniciou uma parceria com a Cooperativa São Judas Tadeu, vinculada à ONG EDH – Ecologia e Dignidade Humana –, que surgiu em 1999 com o objetivo de agilizar o reingresso de desempregados no mercado de trabalho. Em março de 2001, a equipe da Coleta Seletiva de Resíduos do Hospital Vera Cruz se certificou de que a Cooperativa São Judas Tadeu (devidamente incubada pela ONG EDH) está capacitada para atender o hospital no descarte correto de resíduos. A cooperativa firmou uma parceria com o Hospital Vera Cruz e reconheceu a importância dos resíduos no aumento da receita dos cooperados. Nos Times da Qualidade, todos os colaboradores do Hospital Vera Cruz são informados sobre a importância da coleta seletiva e do trabalho da ONG, da cooperativa RECICLAMP, através da Gerência de Serviços, incluindo orientação sobre regularidade das coletas no hospital. Além do destino do material reciclável (7,5 toneladas), o Hospital Vera Cruz trata cerca de 12 toneladas/mês de resíduo hospitalar. Desde 2002 tem contrato com empresa terceirizada especializada no tratamento de resíduos contaminados por material biológico, através de micro-ondas, com destino para aterro sanitário Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 42 próprio. Os resíduos químicos provenientes da assistência são encaminhados para a incineração. Todo o processo é acompanhado pelo Hospital Vera Cruz, com membros da CCIH. Entre resíduos comuns, contaminados e recicláveis, o Hospital Vera Cruz gerenciou em 2014 cerca de 630 toneladas por ano. Desde 2000 o Vera Cruz orienta locais para o recolhimento de pilhas e baterias de celular, que desde então são armazenadas em recipientes identificados com encaminhamentos para descarte adequado, conforme orientação da Resolução 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Médicos e colaboradores do hospital, bem como dos serviços terceiros e parceiros, são convidados a descartar os resíduos no local estipulado, inclusive materiais trazidos de casa. O hospital tem sido referência em suas práticas no tratamento de resíduos, incluindo divulgação em órgãos da cidade (Jornal Correio Popular e Rádio CBN), a fim de disseminar a cultura quanto à preservação do meio ambiente e coleta seletiva (figura 4.1). O volume de material reciclável é resultado da conscientização de todos. Promove um benefício para toda a sociedade, é um desdobramento de cultura, de educação e de saúde. Constantemente, o hospital desenvolve campanhas internas regulares contra desperdício não só por uma questão econômica, mas como prática educativa para o controle de utilização de água e energia elétrica, com melhorias do gerenciamento e identificação de focos de possíveis problemas através de relatórios por centro de custo. Os relatórios por centro de custo são mais uma forma de gerenciamento e controle, além das demais práticas que têm sido implementadas para o combate ao desperdício. Desde 2002 o hospital contrata uma empresa especializada na descontaminação do mercúrio de todas as lâmpadas fluorescentes utilizadas no Vera Cruz. A cada seis meses são descartadas em média 850 lâmpadas, com tratamento junto à empresa APLIQUIM BRASIL RECICLE, que fornece certificado ao hospital. Em 2008 todos os esfigmomanômetros de coluna de mercúrio e termômetros de mercúrio (clínicos, de máxima e mínima e ambiente) foram substituídos por tecnologia digital. O serviço de radiologia do HVC utiliza a qualidade da tecnologia digital nos seus exames de RX e mamografia. No Vera Cruz várias ações orientam práticas que inibem o desperdício, estimulam a organização, promovem a saúde e o bem- estar com higiene e a disciplina. O hospital mantém o Programa 5S desde 1998, dissemina seus conceitos através de treinamentos, mantendo auditorias internas em parceria com a CIPA, visando controle e melhoria das práticas de organização, descarte e coleta seletiva para correta segregação dos resíduos, desde seu departamento de origem até a doação à ONG que apoia o trabalho de cooperativa no correto manejo de recicláveis. Nas obras de manutenção predial são adotadas ações que promovem a diminuição de desperdício e de impactos no meio ambiente gerados pelo hospital em suas diversas atividades. De 2007 a 2014 os destaques são: • • • Figura 4.1. - Prêmio Top RAC Anúncio do Hospital Vera Cruz em 2008 • Substituição de reatores convencionais das luminárias por eletrônicos (de 2007 a 2008). Substituição das lâmpadas incandescentes por econômicas (de 2006 a 2008). Substituição de aparelhos de ar condicionado de janela por tipo split para melhor dispersão de ar climatizado (2006 e em andamento). Substituição de telhas de cimento amianto Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 43 • • • • • • • • • • • • • • • (material cancerígeno) por telhas metálicas, com material isolante para tratamento acústico e térmico para redução de barulho e de calor (2008 e em andamento). Instalações de caldeiras novas, com tecnologia na utilização de gás natural, menos poluente (em 2009). Aquisição de tanque de Acumulação de Condensação, para reduzir o consumo de combustível e reutilizar água do condensado quente, gerar vapor e realimentar a caldeira (em 2009). Substituição de acionadores de descarga para vasos sanitários “DUO”, com dois acionamentos de vazões diferentes, onde se pretende economizar 50% da água destinada à descarga de vasos sanitários na instituição (em 2012). Substituição de torneiras com fechamento automático e controle de vazão de água (de 2006 a 2008). Uso de misturadores automáticos de água quente e fria e modernização das instalações elétricas e uso de sensores de presença para controle de iluminação (2008 a 2015). Troca de gás GLP por gás natural na cocção (2009). Substituição de equipamentos e materiais que utilizavam mercúrio em sua composição. Substituição das luvas de procedimento de látex pelas de vinil em toda a instituição, ajudando na redução da alergia ao látex. Adoção de aquecedores de passagem a gás para aquecimento de água, para acionamento automático quando a caldeira estiver desativada e em nosso vestiário, que possuía chuveiros elétricos. Funcionamento de bombas de circulação de água quente acionadas por diferencial de temperatura e não por tempo programado (2009). Uso de abrandador para tratamento de água da caldeira, diminuindo o uso de produtos químicos para tratamento de água e resíduos na descarga de fundo das caldeiras (2010). Pintura das caixas d’água com tinta epóxi, facilitando a limpeza e o acúmulo de sujidade nas paredes rugosas e diminuindo o desprendimento de substrato das caixas na água. Construção de nova cabine primária para atender a demanda de energia e melhorar na sua distribuição (2008). Instalação de banco de capacitores para melhor aproveitamento de energia elétrica. Modernização dos quadros de distribuição de energia elétrica, para melhorar a distribuição e o • • • • • consumo (2008 a 2011). Modernização das máquinas da lavanderia para melhorar a eficiência e o consumo de água no processo (2009). Acordo com os fornecedores de vidros para recolherem os vidros quebrados ou resultantes de reformas, para serem encaminhados para reciclagem, desde 2006. Venda de sucatas decorrentes de reformas para reciclagem. Instalação de fancoil de filtragem fina na UTI adulto, gerando economia de energia elétrica e melhora na filtragem do ambiente (2014-2015). Aumento da caixa de gordura, para acumulação de gorduras, para atender a demanda de aumento das refeições. Para 2015, os planos de ação contemplam: • • • • • • • • Substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas led em centros cirúrgicos e no sistema de emergência do PS; Terceirização da lavanderia, diminuindo o consumo de água, energia elétrica e mão de obra, por empresa ecologicamente correta; Instalação de estrutura para receber novos geradores com maior capacidade, abrangendo o hospital em 100% (2015); Desligamento das caldeiras, em função da retirada da lavanderia, e compra de aquecedores de água automáticos a gás natural; Substituição de régua de gases medicinais com o propósito de facilitar a manutenção de gases e instalações elétricas, diminuindo vazamento; Continuidade da modernização de elevadores, proporcionando melhor conforto aos usuários, economia de energia elétrica pela nova tecnologia de painel elétrico; Substituição de arejadores das torneiras por arejadores de baixo consumo, 1,8 litro/minuto e 6,0 litros/minuto; Substituição de filtros grossos por filtros finos plissados nos fancoils. Além da preocupação com o meio ambiente e da aversão ao desperdício, várias outras medidas para segurança dos processos e força de trabalho são realizadas: • Processos de Esterilização que permitam boas práticas e controles com reconhecimento e várias certificações por atender às exigências relacionadas às práticas de controle de esterilização e rastreabilidade dos produtos utilizados, sendo Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 44 • • • • • • um indicador de segurança nos serviços prestados aos clientes e à sociedade. Treinamentos de biossegurança da CIPA e CCIH são realizados mensalmente e semanalmente para os colaboradores recém-admitidos e aos demais, periodicamente, para reciclagem. Contrato com Serviço de Hemoterapia e preocupação com o rigoroso controle para segurança dos produtos. Ações do SESMT – Medicina Preventiva na Segurança do Trabalho –, reuniões SIPATs. Campanhas internas (drogas, tabagismo, sedentarismo, obesidade). Incentivo à prática de esportes; caminhada (FRRB), incentivo e inscrições de colaboradores e médicos em caminhadas e corridas promovidas pela Prefeitura Municipal de Campinas e seus parceiros. Programa 5S, em parceria com a CIPA, realiza visitas mensais aos departamentos. A cada nova eleição, os cipeiros que tomam posse são treinados sobre abordagem e integração de itens, e em paralelo as lideranças são orientadas previamente e realizam autoavaliação com base nos itens focados em segurança e contra o desperdício. Identificação e Análise dos Requisitos Legais, Regulamentares e Contratuais A diretoria administrativa do Vera Cruz conta com o apoio de uma assessoria jurídica que elabora e analisa todos os contratos estabelecidos pelo hospital. A CCIH presta assessoria para a implantação de processos e práticas a serem desenvolvidas no Hospital Vera Cruz, de acordo com as normas legais vigentes, como também o controle e eventual encaminhamento de problemas. em seus contatos sociais e familiares, como forma de beneficiar a sociedade. Utiliza canais de comunicação voltados ao público interno – Times da Qualidade (Desenvolvimento Comportamental para todos os colaboradores), jornal interno (Nosso Espaço), murais, reuniões, palestras, SIPATs, integração de novos colaboradores e através de sua assessoria de imprensa, para contatos com os principais veículos de comunicação para atingir a sociedade de forma geral. A realização de autoavaliações e auditorias internas com base no roteiro do CQH, critérios do 5S e Manual da ONA é regular e conta com o envolvimento direto dos coordenadores e gerentes de todas as áreas. Os profissionais são envolvidos e convidados a participar de acordo com demandas de cada projeto. Nas campanhas internas, todos os colaboradores médicos e parceiros são informados e participam trazendo doações e incentivando pares. Nos murais, no site e no jornal interno são disponibilizadas as informações que tratam dos objetivos, dos volumes arrecadados e das comunidades beneficiadas. Outra forma de desenvolvimento interno e social é através do CQH (APM) não só na adesão ao programa, como na participação em seus diversos produtos – congressos, trabalhos, NAGEHs. O hospital incentiva que seus colaboradores façam cursos de reciclagem e de aprimoramento e também que atuem como visitadores voluntários em roteiros de avaliação do programa CQH. Dessa forma, além do aprendizado que beneficia a própria instituição, esta é uma forma de contribuir para a melhoria de outros serviços de saúde e, indiretamente, com outras comunidades. Conscientização e Envolvimento da Força de Trabalho nas Questões Relativas à Responsabilidade Socioambiental Em março de 2008 foi criada no Hospital Vera Cruz a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), cujo objetivo é divulgar e coordenar os processos de doação no hospital e dar à família que perde um ente querido a opção de doar os seus órgãos com a devida permissão. Desde 1997 o hospital investe em campanhas e treinamentos internos regulares, com vistas à manutenção, disseminação e aprimoramento de práticas relacionadas à coleta seletiva e diminuição de desperdício com base nos conceitos do Programa 5S. Adota a política como forte valor organizacional, orienta continuamente seus colaboradores, parceiros e corpo clínico sobre a importância dessas práticas em todo o hospital e incentiva a disseminação dos conceitos O hospital mantém política de abertura para trocar experiências, disseminar e compartilhar conceitos e práticas implementadas, tanto internamente como com outras instituições. Desta forma, o Vera Cruz é referência e benchmark na RMC. De 2010 até 2014, o hospital recebeu 131 visitas de várias instituições de saúde e de ensino. Também contribui na realização de trabalhos acadêmicos e pesquisas junto às instituições de ensino da região. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 45 O hospital disponibiliza programas e convida e é convidado para eventos como simpósios, apresenta palestras em outras organizações como forma de compartilhar conhecimento e divulgar suas experiências. Sempre que possível, apresenta suas experiências em diversos segmentos, sejam empresariais ou sociais, apoia várias atividades voltadas à medicina preventiva e esclarecimentos à comunidade, de forma voluntária. Através de sua assessoria de imprensa, divulga projetos e agenda convites a diretores e profissionais que atuam no hospital para compor matérias e participar de entrevistas em toda a mídia local. Divulgação da Marca aos Clientes O Hospital Vera Cruz publica vários anúncios institucionais e matérias em diversos meios de comunicação: • • • • • • • • • • • • Campanha institucional 70 Anos do Hospital Vera Cruz - 2013 (Anúncio revista Veja, anúncio revista Metrópole/Comerciais na EPTV/Banners no site do Hospital Vera Cruz/Front-Light/ Anúncio revista ITMídia/. Campanha de higienização das mãos - Tema: Mãos Limpas - 2013. Revista Você S/A - Participação no guia das melhores empresas para se trabalhar - 2013. Anúncio jornal Correio Popular 13 anos - Marcas de Sucesso - 2013. Campanha de lançamento no novo desenvolvimento do novo site do Hospital Vera Cruz - 2014 (Banners digitais no portal EPTV/Front-light/Anúncio revista Metrópole/E-mail-mkt /Jornal NE). Anúncio jornal Correio Popular 14 anos - Marcas de Sucesso - 2014. Campanha Código Azul - 2014. Campanha de economia de água e luz - 2014. Campanha de Prevenção vírus Ebola - 2015. Campanha Protocolo de Dor Torácica - 2015. Campanha institucional humanização: Tecnologia/ Dedicação/Rapidez/Carinho/Precisão e Atenção – 2015: Site/Front-ligts/Painéis/Anúncio Revista Metrópole. Super banner no portal da BCH - 2015. Tema: O Vera Cruz é assim: tecnologia e humanização e vice-versa. O website é um meio de comunicação com a comunidade, levando assuntos de interesses, através do Doutor Vera Cruz Explica. Seleção e Desenvolvimento de Projetos Sociais Dentro do mesmo princípio de incentivo a ações de responsabilidade socioambiental e como parte importante da missão e valores organizacionais do hospital, vários projetos são desenvolvidos com foco na prevenção à saúde e educação para clientes e comunidade. O Hospital Vera Cruz, por meio da área de desenvolvimento humano, promove e defende a não discriminação nos processos de recrutamento e seleção. Mantém programa de integração da pessoa com deficiência, com parceria de diversas organizações não governamentais. Em 2010 o hospital recebeu o prêmio Amigo da Pró-Visão em reconhecimento ao seu grau de comprometimento com as pessoas com deficiências visuais. A Fundação Roberto Rocha Brito – FRRB – foi fundada em 1987, é mantida pelo hospital e pelo plano de saúde Vera Cruz Associação de Saúde e tem como objetivo estimular o progresso na área médica aprimorando o desenvolvimento técnico-científico, formando profissionais capacitados e atualizados por meio de ações de educação continuada. A Diretoria da FRRB é formada por 5 médicos do Corpo Clínico do hospital, com mandatos de 2 anos, supervisionada por Conselho Curador, composto de 7 membros. Além do desenvolvimento científico, a FRRB atua na área de filantropia, com assistência médica gratuita a pacientes sem recursos financeiros cujos casos possam ter ou não interesse científico, promove campanhas de solidariedade e de prevenção, oferecendo cursos gratuitos para a comunidade. Com esses objetivos, a FRRB desenvolve e se envolve em diversas atividades. Em parceria com a Fundação Roberto Rocha Brito, o Vera Cruz criou o Projeto Nascer, um programa de educação materno-infantil para gestantes, realizado Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 46 mensalmente por equipe multiprofissional do hospital. Este evento é aberto gratuitamente a toda a comunidade da RMC. O projeto, em sua constante evolução, foi idealizado para dar orientações para a gestante sobre a gravidez, parto, amamentação, vacinas, cuidados com o bebê e a criança e é desenvolvido voluntariamente por equipes de vários setores do hospital. Entre todos, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e Ouvidoria. O programa é composto por quatro módulos semanais e o futuro papai também pode participar. Este curso, que já atendeu cerca de 5.800 gestantes de 1998 a 2014, é pioneiro em Campinas e tem inspirado a criação de eventos semelhantes em outros hospitais. Projeto Missão Xingu: o Projeto Missão Xingu se destina a prestar atendimento médico à população indígena e carente da cidade de São José do Xingu, no Mato Grosso e aldeias próximas. O atendimento é prestado por médicos de várias especialidades, que, sensibilizados com a carência e falta de recursos existentes na região, decidiram se mobilizar e prestar esse ato de cidadania de alto valor social. No período de 2005 a 2014, realizou 8.224 consultas médicas, 1.398 atendimentos odontológicos, 3.265 exames e 34 pequenas cirurgias. No ano de 2013, foi montada uma estrutura em local cedido pela prefeitura, com projetor, telão e equipamento de áudio, onde foi realizada uma sessão de cinema com o filme Xingu, que contou com pipoca e refrigerante grátis para (131) todos os participantes. Projeto Suporte Básico de Vida: a Fundação também é responsável pelo Projeto de Suporte Básico de Vida, iniciado em junho de 2006. Esse projeto segue as diretrizes da American Heart Association (AHA) e, a partir de setembro de 2009, foi reconhecido por esta associação como Centro Internacional de Treinamento. O projeto visa o treinamento da comunidade interna e externa em suporte básico de vida, ou seja, reconhecer e poder atuar de maneira correta em situações de emergências cardiorrespiratórias. E, desde julho de 2012, oferece também o curso de SAVC – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia –, direcionado a médicos e enfermeiros. Até 2014, o projeto treinou 2.686 pessoas entre colaboradores, médicos e diversos segmentos da comunidade externa, com alguns cursos gratuitos e outros com preços que possam cobrir os custos para a manutenção do projeto na compra dos materiais utilizados, em despesas de refeições e outros. Desde setembro de 2007, em parceria com a FRRB, o Hospital Vera Cruz conta com o projeto “Colorindo Minha Internação”, criado com o objetivo de oferecer às crianças internadas a possibilidade de uma atividade lúdica que contribui para um ambiente hospitalar humanizado, não só pela atividade de desenho livre, mas também porque os desenhos realizados são colocados na porta da acomodação em que a criança está internada. Cada criança recebe um kit desenho e ao final de cada semestre é realizada uma exposição cultural. A primeira Exposição do Projeto aconteceu em 2008 e até 2014 foram realizadas cinco exposições no Centro Cultural do hospital. Pais e crianças são convidados especiais da Fundação Roberto Rocha Brito na exposição. Nesta oportunidade, a família volta a ter contato com o Vera Cruz, sendo que, desta vez, com muita alegria no lugar do sentimento anterior de apreensão. Projeto Proteção à Criança: a FRRB apoia duas instituições: Casa Maria de Nazaré, que atende adolescentes em situação de vulnerabilidade social, contribuindo com refeições e atividades que incluem inclusão digital, aulas de inglês e cidadania; e o Lar dos Velhinhos de Campinas, que promove o envelhecimento saudável e exerce o cumprimento dos direitos na integridade social do Idoso. Projeto Cuidadores: programa de orientação aos cuidadores de pacientes dependentes, é voltado para cuidadores familiares de pacientes dependentes, onde o objetivo principal é oferecer orientações globais aos familiares responsáveis pelo cuidado da pessoa dependente, visando melhorar a qualidade de vida e ao mesmo tempo diminuir o grau de dependência. A partir de 2015, com intuito de transmitir as orientações a um maior número de pessoas, as palestras presenciais serão inseridas no site da Fundação com acesso também através do site do Hospital Vera Cruz, tendo em vista que o site tem aproximadamente 35.000 acessos por mês. A expectativa é que o conhecimento seja disseminado para um número bem maior de pessoas, com controle sobre a quantidade de acessos e tempo de aula. Projeto Salvando Vidas: em 2014 a Fundação Roberto Rocha Brito implantou um treinamento voltado para os pais de crianças até 1 ano de vida. O objetivo é ensiná-los a agir corretamente nas situações de engasgo por asfixia. Com o treinamento oferecido aprenderão a realizar RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar) e manobras para desobstruir as vias aéreas. Esse treinamento foi pensado devido ao grande número de incidentes dessa natureza que acometem crianças nessa faixa etária. O curso é gratuito e aberto à comunidade, sendo oferecido primeiramente para os pais que participaram do Projeto Nascer. Em 2014, 132 pessoas foram treinadas. Auxílio a pacientes carentes: ainda por meio da missão e do estatuto da FRRB, o hospital auxilia no Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 47 tratamento a pacientes comprovadamente carentes. De 2009 a 2014, este programa beneficiou 36 pacientes através de benefícios como cirurgias, consultas médicas e realização de exames complexos, além de ajuda para aquisição de materiais e medicamento. Além dos projetos sociais e científicos, a FRRB realiza anualmente campanhas sociais que envolvem brinquedos, agasalhos, arrecadação de alimentos não perecíveis: • Auxílio aos médicos: a FRRB destina ajuda de custo a médicos que realizam cursos, estágios, aprimoramentos científicos ou para a participação destes em congressos como palestrantes no Brasil ou exterior. • A FRRB desenvolve várias ações com ênfase no desenvolvimento científico, incentivando aprimoramento contínuo e oferecendo canais para disseminação de temas que favoreçam a promoção da saúde e aumento do capital intelectual da instituição como um todo. Para isso desenvolve iniciativas e apoia diversas ações e atividades desde o início de sua atuação, tais como: • • • • • • • • • • • Mantém biblioteca, que realiza pesquisas bibliográficas, além de um acervo de livros e revistas nacionais e internacionais. Faz importações de revistas científicas de interesse das diversas especialidades. Oferece bolsa de estudos para o aperfeiçoamento no Brasil e no exterior; Patrocina cursos de residência médica no Hospital Vera Cruz; Promove o Centro de Estudos; Realiza reuniões científicas periódicas, semanais/ mensais; Elaborou Manual de Condutas Médicas; Organiza e realiza reuniões Médicas Científicas (Café da manhã científico, Lunch meeting, simpósios, workshops, transmissão ao vivo de cirurgias), que abordam os diversos temas da atualidade médica; Produz o boletim científico cultural; Elabora e publica o jornal Plantão Médico, periódico que relata as atividades e os eventos científicos e culturais ocorridos e programados pela Fundação Roberto Rocha Brito e pelo Hospital Vera Cruz; Programa DCAP – Desempenho Científico e Aperfeiçoamento Profissional –, criado para incentivar e medir o grau de envolvimento e participação nos eventos científicos da Fundação e no interesse do aperfeiçoamento profissional dos médicos do Corpo Clínico do Hospital Vera Cruz. Constitui uma somatória de pontos atribuídos aos eventos e atividades nas quais os mesmos tenham participado. Os 25 profissionais que atingem maior pontuação, na somatória do final de ano, recebem como reconhecimento prêmios oferecidos pela Fundação. • Campanha do agasalho, mobiliza médicos e colaboradores e seus familiares para a arrecadação de roupas, calçados, agasalhos e cobertores, doados à população carente da comunidade; Caminhada Ecológica, realizada anualmente no início da primavera, reúne médicos e seus familiares com a finalidade de integração social, lazer e divulgação das atividades da FRRB, com arrecadação de alimentos que são destinados à instituição Casa da Sopa. Em todos os eventos realizados pela FRRB são arrecadados alimentos não perecíveis, que são doados a instituições assistenciais; Campanha do Brinquedo, realizada próximo ao Natal com o intuito de arrecadar brinquedos para crianças carentes e instituições sociais; Campanha do Cartão de Natal, envolve filhos dos colaboradores do Hospital Vera Cruz em evento para criação de desenhos com temas natalinos. Os cinco melhores trabalhos são selecionados para temas de cartões de Natal confeccionados e entregues a todo o público interno do hospital; O hospital apoia o trabalho de instituições filantrópicas doando roupas e pertences esquecidos, não identificados e não procurados na Ouvidoria, guardados há mais de 3 meses. Também realiza doação de mobiliários e outros equipamentos, conforme disponibilidade, identificando a melhor forma de contribuir com trabalhos sociais de credibilidade na região de Campinas. Informações sobre os projetos do hospital e da FRBB são constantemente comunicadas aos colaboradores e ao corpo clínico do hospital através dos jornais internos Nosso Espaço e Plantão Médico. Complementarmente, são realizadas reuniões específicas para compartilhar resultados de projetos como Missão Xingu, além de divulgação ao público interno nos diversos murais, nos encontros dos Times da Qualidade, mensagens intranet e site do hospital. Desde o Programa de Integração os novos colaboradores têm contato com os conceitos de responsabilidade socioambiental, com informação e orientação sobre todas as diretrizes da instituição. O Código de Ética e Conduta também aborda e orienta as ações e atitudes necessárias e esperadas destes colaboradores. O hospital envida esforços para participar de projetos enviando voluntários para disseminação de modelo de gestão, Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 48 palestras, recebendo visitas ou indo a outras instituições. Oportunamente, a assessoria de imprensa do Hospital Vera Cruz dá destaque na mídia interna às ações desenvolvidas com sucesso, como forma de divulgar, incentivar e estimular as boas práticas da responsabilidade socioambiental e, assim, inspirar outras organizações. Graças ao êxito destas iniciativas, o Vera Cruz tem sido procurado constantemente pela mídia local para expor suas experiências, conforme demonstra a figura 4.1. • Para 2015 está em andamento o Projeto Hospitalhaços no setor de Pediatria, UTI pediátrica e oncologia/hematologia, visando humanizar o ambiente hospitalar e apoiar a ONG que realiza o trabalho de fundamental importância nos serviços de saúde. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 49 5. Informações e Conhecimento Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 50 Definição dos Sistemas de Informação Considerando-se as Necessidades de Informação Na busca da melhor opção para mudança de seu Sistema de Informação (SI), o hospital realizou uma minuciosa pesquisa de mercado e, dentre os sistemas mais usados pelos melhores hospitais do país, dois foram selecionados. Através de análise compartilhada com os gestores do Hospital Vera Cruz, foram considerados aspectos operacionais e gerenciais, sendo definido o Sistema Hospitalar TASY, da empresa Wheb Sistemas/Philips. Com a instituição de um comitê interno e apoio de uma consultoria externa, a implantação foi realizada com etapas de customização, treinamentos e simulações. No dia 1° de março de 2011 a instituição realizou a utilização do novo sistema sob a atenta supervisão de toda a equipe de TI e comitê interno de implementação, junto ao parceiro desenvolvedor do software adquirido. Desde então, a implantação do sistema passou e passa por análises para evolução de sua utilização. Figura 5.1 Módulos do sistema TASY - sistema ERP para gestão hospitalar Grande parte de toda a estrutura demonstrada já se encontra em funcionamento e o restante segue um cronograma para completar a implantação de todos os módulos disponíveis. O hospital utiliza outros sistemas que complementam a gestão da informação, tais como: Pixeon Medial (gestão de imagens médicas), Laudo&Imagem (gestão de laudo e imagens), Matrix (sistema de produção e interfaceamento laboratorial), Epimed Solution (gestão de informações médicas, inicialmente na UTI Adulto), Uptodate (base de informações assistenciais médicas e de enfermagem), Interact Solution (módulo de Performance Manager e Document Manager), APDATA (gestão de pessoas) e Guarda de notas fiscais (gestão de arquivamento de notas fiscais eletrônicas). Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 51 Tratamento da Segurança das Informações d) Contingência para falta de energia elétrica: A segurança da informação segue os mais rigorosos preceitos e conceitos de confidencialidade, integridade e disponibilidade. Todas as solicitações são analisadas com o objetivo de verificar se é uma adequação de implantação, uma orientação de uso de um determinado módulo ou uma necessidade que será contemplada em módulos a serem implantados, conforme figura 5.1. No Hospital Vera Cruz, o tratamento da segurança das informações envolve os aspectos: a) Confidencialidade: as informações são protegidas através de senhas com níveis de privilégios diferenciados para cada perfil/grupo de usuários, ou seja, cada usuário/departamento acessa somente o seu próprio perfil de acesso autorizado. Para acesso e controle de informações na web, é usado um software de segurança renomado, o Interscan Web Security (software líder mundial em filtragem da internet), que analisa as informações e, através de políticas de segurança preestabelecidas, permite ou não o acesso à internet de acordo com o perfil atribuído ao usuário. Todos os servidores e computadores dos usuários estão com antivírus instalados e configurados de acordo com cada grupo/perfil, contando com o controle de acesso a informações via dispositivos móveis (CDROM/pendrive/disquete, outros), protegendo assim qualquer tipo de entrada ou saída de informação por conta do uso destes tipos de dispositivos móveis. b) Integridade dos dados: para ajudar a garantir a integridade das informações, o hospital conta com firewalls que controlam o tráfego de entrada e saída das informações para evitar possíveis invasões. Há o Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBDs) da ORACLE, empresa líder de mercado neste segmento, para prover acesso e segurança a informações via um Sistema de SGBD. Com este sistema, é possível usar todo tipo de ferramenta disponível para prover a maior disponibilidade e segurança de forma bastante confiável às informações. c) Disponibilidade dos dados: visando garantir a disponibilidade dos dados, há o sistema de armazenamento em discos com a tecnologia de Storage com RAID, dotada de redundância de componentes e backups em fitas magnéticas tipo ROBÔ, bem como um sistema de “Shadow Copies”, técnica que restaura arquivos em menos tempo, sem a necessidade do uso do backup de fita. equipamentos No-Break, alimentados tanto pelo cabeamento externo oferecido pela concessionária de energia local, quanto pelo gerador próprio do hospital, que entra em ação toda vez que ocorre a eventual falta de energia pela concessionária. Ainda, há as baterias do próprio No-Break, com um tempo de utilização em média de 40 minutos. Este equipamento possui um sistema que automaticamente dispara e-mail e SMS para todos os participantes de uma lista, para que estes sejam comunicados sobre qualquer alerta de anormalidade com o No-Break ou no caso de energia. e) Quebra de segurança: um software muito conceituado no mercado monitora toda entrada e saída de acesso remoto ou internet, usando todo tipo de perfil previamente criado, para, em conjunto com produtos de Firewall, evitar qualquer tipo de invasão ou quebra de segurança. O conjunto destas tecnologias permite monitorar os logs de acessos de todos os sites e dados que trafegam na rede. Informações Comparativas As fontes de informações são identificadas junto às áreas do Hospital Vera Cruz através das entradas (processos↔produção) e saídas (resultados), por clientes, fornecedores, acionistas, força de trabalho e sociedade. São utilizadas para a análise crítica do desempenho e melhoria de processos e produtos, bem como possibilitando a seleção de referenciais comparativos pertinentes. O departamento de Qualidade centraliza o recebimento de dados das informações em uma rotina preestabelecida junto aos setores do hospital para o posterior cálculo dos indicadores, relativos aos atendimentos realizados pelo hospital. São considerados aqui internações, pronto-socorro, cirurgias, ambulatório, diagnóstico e terapia. Esses dados são segmentados por convênio, mês, semestre e ano, bem como comparados com a produção do mesmo período no ano anterior. Os indicadores de produção são disponibilizados à gerência financeira até o quinto dia útil de cada mês e são apresentados na reunião financeira da diretoria, bem como são divulgados às demais lideranças do hospital, além de seu envio ao Programa CQH. Vale destacar que os dados enviados às lideranças de cada área são acompanhados de dados comparativos com os meses anteriores, média anual, possibilitando Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 52 a rápida visualização das tendências e o confronto com o referencial para uma análise crítica dos resultados. Retenção e Compartilhamento dos Conhecimentos A análise do desempenho do Hospital Vera Cruz ocorre nas reuniões nos níveis da alta direção, nas reuniões da liderança, diretor presidente com gerentes e coordenadores, periodicamente. Os ativos intangíveis do Hospital Vera Cruz são percebidos na fidelização do cliente, no incentivo à educação continuada, na imagem do mercado no qual está inserido e no acompanhamento das lideranças no desempenho e participação dos seus colaboradores nos processos de melhoria. Assim, são identificados como principais ativos: O Programa CQH é uma das fontes de informação comparativa definidas pelo hospital, pois reúne indicadores de mais de 200 hospitais participantes do programa, permitindo a escolha de hospitais com perfis similares ao do nosso HVC. Ou hospitais do grupo selados ou ainda a mediana dos hospitais participantes dos NAGEHs como referencial. Para os indicadores financeiros, o referencial escolhido foi a Policlin, pela sua estrutura semelhante à do HVC, e o IBGE através de um relatório de finanças contratado pela diretoria do hospital. Na gestão de pessoas, é utilizado como referencial o Grupo Informal de Salários dos Hospitais – GISAH –, que conta com 62 instituições de saúde cadastradas e tem o objetivo de troca de práticas e informações nas áreas de cargos e salários, legislação trabalhista, indicadores e pesquisa de práticas de RH. Neste grupo, os indicadores compartilhados são: Índices de Rotatividade, Absenteísmo, Desligamento, Horas Extras, Afastamentos, Acidentes de Trabalho/Trajeto, Colaboradores por Leito, Tempo Médio de Fechamento de Vaga (processo de seleção), Aproveitamento Interno, Efetivação e Horas de Treinamento. Ainda, são consideradas outras fontes de informações comparativas: Literatura especializada; Benchmarking com outras instituições; Ministério da Saúde, Anvisa e ANS. Alguns indicadores estratégicos do HVC e seus referenciais comparativos constam da figura 5.2. Mercado: • • Humano: • • • Figura 5.2 - Referenciais Comparativos Marca Hospital Vera Cruz, pelo décimo quinto ano consecutivo como o hospital privado mais lembrado em Campinas e região; Em 2014 a média da taxa de fidelização de clientes que referiram em pesquisa na internação ter interesse em voltar ao hospital foi de 98,14% e 98,44% de média de taxa de recomendação, referentes a clientes que indicariam o Hospital Vera Cruz para amigos e familiares. O corpo clínico, onde alguns nomes são e foram diferenciais na área da saúde, como o Dr. Roberto Rocha Brito, referência na área urológica, e pelo vínculo com universidades de primeira linha, no desenvolvimento técnico-científico; A força de trabalho, que, através da “expertise”, capacitação técnica e comportamental contínua, contribui de forma relevante para determinar valor, percebido pelo cliente, gerando um diferencial competitivo. Sendo que, através da pesquisa de satisfação com o cliente, é confirmado que este ativo gera a preferência e fidelização por parte dos usuários da organização. • Fundação Roberto Rocha Brito: tem como objetivo estimular o progresso na área médica, formando profissionais capacitados e atualizados através de ações de educação continuada, aprimorando o desenvolvimento técnico-científico, mantendo biblioteca atualizada, proporcionando bolsas de estudos para aperfeiçoamento no Brasil e exterior, entre outros. Programa Times da Qualidade: programa de desenvolvimento comportamental e canal de comunicação entre força de trabalho e instituição, com o objetivo de desenvolver competências comportamentais utilizadas na aplicação do trabalho, integração dos colaboradores, disseminação de informação e manutenção do programa de qualidade total. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 53 Como estratégia para proteção e retenção dos ativos humanos, o Hospital Vera Cruz tem na sua diretoria apoio total em: • • • Investimentos na estrutura física, instalações e de equipamentos, proporcionando recursos adequados para o bom desenvolvimento do trabalho; Políticas diferenciadas de benefícios, agregando valor aos salários; Desenvolvimento educacional, através de um programa de bolsa de estudos em que o colaborador pode ter até 50% do seu curso de graduação ou especialização custeado. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 54 6. Pessoas Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 55 Definição e Implementação da Organização do Trabalho Destaca-se como uma diretriz básica a descentralização dos processos gerenciais relativos a pessoas, fazendo com que o gestor de cada área seja o responsável pelas decisões, por exemplo, na discussão de casos, em reuniões e grupos de estudos, tanto de assuntos administrativos, de apoio como assistenciais, com interação entre equipes e multidisciplinares da clínica médica, da UTI Adulto, Neo, UCO, UTI Ped, Onco, Hemato, Ortopedia, encontros diários para avaliar permanência de pacientes. O RH cria estímulos para que todas as áreas realizem reuniões setoriais abordando os mais diversos temas: planejamento, desdobramento de indicadores, melhorias de processos entre outros. No Hospital Vera Cruz, a organização do trabalho passa por aperfeiçoamentos contínuos que apontam para a sustentação do negócio, para a satisfação dos colaboradores e para a adaptação ao mercado que é extremamente dinâmico, competitivo e exigente. Os processos gerenciais implantados permitem obter elevado desempenho das equipes, contribuindo de maneira fundamental para que os objetivos da empresa sejam alcançados em sua plenitude. O atual sistema de trabalho teve início simultaneamente à implantação do PGQT em 1996, integrando a força de trabalho como um agente essencial na consolidação das diretrizes estabelecidas. Na mesma época, foi implantada a Gerência de Recursos Humanos, que estruturou os sistemas de Recrutamento e Seleção, Programa de Avaliação de Desempenho, Política de Cargos e Salários, Carreira, Treinamento e Desenvolvimento, Gestão de Clima, Indicadores e SESMT. A partir de então, muitas melhorias foram implantadas, integradas à missão da empresa e disseminadas para todos os colaboradores da instituição. Em 2008 teve início uma nova arquitetura organizacional, composta pelas funções do Conselho de Administração, Diretoria Administrativa, Gerência, Coordenação e Operação. Os vários níveis hierárquicos atuam de maneira integrada, com autonomia de decisão e cooperação entre os membros diante de uma comunicação fluente e eficaz. As reuniões com a alta liderança, a assessoria e consultoria do RH e os treinamentos gerenciais, bem como os Times da Qualidade, garantem um nível sempre alto de motivação para o compartilhamento dos conhecimentos, a gestão participativa e o trabalho em equipe. A responsabilidade em definir, gerir e melhorar os procedimentos de trabalho relacionados à pessoa como indivíduo e mesmo à equipe, numa visão coletiva, passa a ser da Gerência de Desenvolvimento Humano, que cumpre a seguinte missão: “Assegurar a gestão de pessoas por meio de sistemas integrados de trabalho, promovendo a capacitação, o desenvolvimento, o bem-estar e a satisfação das equipes, com foco nos resultados organizacionais”. Destaca-se como uma diretriz básica a descentralização dos processos gerenciais relativos a pessoas, fazendo com que o gestor de cada área seja o responsável pelas decisões e ações do seu setor, onde o RH tem as funções de orientador, de consultor e principalmente de facilitador. Com isto, o envolvimento do RH com os gestores torna-se consistente, contando sempre e cada vez mais com o compartilhamento, a comunicação e divisão das responsabilidades. O acesso ao gestor é fácil e pró-ativo, e se constitui em um permanente canal aberto de duas mãos. Como refinamento desta prática, o RH criou ferramentas que promovem a formação desta cultura, como, por exemplo, sistemas e ações compartilhadas com as áreas, documentando e avaliando as necessidades, criando e mantendo uma rotina de atendimento a este grupo. Outra diretriz a ser destacada é o alinhamento contínuo e preciso da área com o Planejamento Estratégico (PE) da empresa. No final de dezembro de 2008 foi desenvolvido o primeiro ciclo do Planejamento Estratégico (2008/2010) do RH através da matriz SWOT, com participação de todos os colaboradores da área. Atualmente a área está em seu quarto ciclo (2015/2016), ainda mantendo um plano de ação contendo metas, definindo agentes, estabelecendo prazos e custos, de forma a assegurar a necessária preparação às mudanças identificadas no mercado. As ações principais deste planejamento são acompanhadas pela gestão da área de RH, com avaliações contínuas do andamento, em reuniões, sempre em permanente integração com os setores. Como melhoria na interação com os gestores, em 2009 foi implantado o RH-Online, com acesso via internet aos módulos do programa ERP do RH. Desta forma, os gestores têm acesso rápido às informações gerenciais, ao controle de frequência dos colaboradores, feitos de forma descentralizada, e às avaliações dos colaboradores sob sua gestão. Em 2012, uma versão Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 56 mais moderna e ampliada do RH-Online foi liberada, agora com o nome de Portal do Gestor, facilitando a interação com o usuário, tornando a navegação mais simples e objetiva, com maior velocidade nas operações. O Portal do Gestor permite consultar dados pessoais dos colaboradores, programação e posição de férias, solicitar alterações cadastrais, gerar relatórios gerenciais de horas extras, banco de horas e afastamentos, acompanhar a evolução salarial da equipe, fazer monitoramento e o controle de frequência, além de acessar todas as ferramentas do PADC – Programa de Acompanhamento e Desenvolvimento de Competências. Continuamente amplia-se o rol de atividades nesta área para o gestor, com ações previstas no planejamento estratégico da área. A gerência de Desenvolvimento Humano, como as demais áreas do hospital, solicita suporte e orientação sempre que necessário a diversos segmentos internos ou externos, como as diversas comissões, grupos, comitês, consultorias especializadas, assessoria jurídica e organizações privadas ou públicas. O RH cria estímulos para que todas as áreas realizem reuniões setoriais abordando os mais diversos temas: planejamento, comunicação, abertura para sugestões, fórum para discussão de problemas, aperfeiçoamento de sistemas, alinhamento das informações e feedbacks. Além destas iniciativas, outro diferencial que apoia as ações do RH são as auditorias internas CQH, com dados que subsidiam a gestão de pessoas. Dentro do modelo de gestão do PNGS, a partir do final de 2009, o RH começou a promover reuniões e visitas aos fornecedores externos da área com o objetivo de estreitar esses relacionamentos no sentido de buscar maior comprometimento destes com a visão da organização. Iniciada com as consultorias de R&S, atualmente esta prática permeia todos os subsistemas da gestão de pessoas. O Hospital Vera Cruz adota uma gestão baseada no Modelo de Competências, entendida como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes focadas no desenvolvimento permanente da equipe, identificando e desenvolvendo competências individuais, alinhadas às diretrizes organizacionais e contribuindo assim na geração de vantagens competitivas para a organização. Com isto, os sistemas de Recrutamento e Seleção, Descrição de Cargos, Carreira, Acompanhamento de Desempenho, Treinamento & Desenvolvimento e Cargos & Salários estão alinhados com este modelo. Conhecido e reconhecido pela qualidade do relacionamento com seus colaboradores, clientes e fornecedores, que é rigorosamente pautado pela ética, o Hospital Vera Cruz é considerado uma empresa atraente no mercado de Campinas e região, não só para os profissionais da área da Saúde, como também para os talentos das mais diversas áreas. As principais ferramentas utilizadas pela organização para avaliar e melhorar as práticas e padrões no sistema de trabalho da área de pessoas são as reuniões entre os gerentes e coordenações, construções e acompanhamento dos planos de ação, as ferramentas de melhoria da qualidade e a ferramenta da Gestão por Diretrizes (GPD). O próprio relacionamento da área de RH com os gestores, em que são apuradas as diversas necessidades, tem proporcionado adaptações e melhorias para atendimento das expectativas dos clientes internos. Como melhoria contínua do processo de levantamento e análise de indicadores de performance e resultados do RH, foi implementada em 2008 a ferramenta de compartilhamento dos indicadores denominada Painel de Bordo. Trata-se de um arquivo de fácil consulta que reúne os principais indicadores do RH em forma de gráficos e tabelas, permitindo uma análise rápida e objetiva da evolução de cada dado considerado relevante para a organização, no tocante à gestão de pessoas. Além disso, já é uma prática constante a reunião mensal entre os gestores do RH para discussão de ações corretivas e preventivas, decorrentes das análises efetuadas. Estas reuniões com a equipe do RH abrem oportunidades de melhorias de comunicação e estímulo à cooperação, criatividade e inovação. Um exemplo são as diversas práticas da Administração de Pessoal, que foram modificadas e melhoradas, como: adequação do quadro de colaboradores, descentralizações de processos internos para os gerentes de área, automatização de formulários e relatórios, criação de cronogramas, reuniões com áreas cujos procedimentos são comuns, disponibilização de relatórios para as diversas gerências, facilitando a tomada de decisão, etc. Seleção e Contratação da Força de Trabalho O Recrutamento e Seleção ocorre quando da aprovação de vaga adicional autorizada pela diretoria ou quando da substituição, da qualificação de vaga e Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 57 da reposição de colaboradores. O cargo e o perfil do candidato são definidos de acordo com as estratégias e as necessidades do negócio, e são descritos em um instrumento específico que, graças ao seu constante aperfeiçoamento, garante sempre uma melhor seleção de candidatos apropriados ao cargo. Como resultado do ciclo de aprendizagem, a área de Recrutamento e Seleção passou a estar mais perto dos gestores, pois, uma vez que estejam mais claras as competências e habilidades necessárias para o cargo, facilita o preenchimento da vaga e a identificação das necessidades de treinamento. Atendendo à Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e contando com a colaboração de organizações não governamentais especializadas, o Vera Cruz destina 5% de suas vagas a pessoas com deficiência e o mesmo percentual para atender à legislação que trata dos Jovens Aprendizes. O recrutamento externo do Hospital Vera Cruz é realizado com o recebimento de currículos vindos pelo link “Trabalhe Conosco” do nosso site, ou mesmo pela entrega pessoal, muitos por indicação de colaboradores, além do apoio de consultorias especializadas. Os meios para selecionar os melhores novos talentos são diferenciados, de acordo com a área requisitante e a característica da vaga, podendo ser utilizadas análises de currículos, provas, dinâmicas de grupo, avaliação psicológica, entrevistas e técnicas setoriais. Como melhoria baseada no ciclo de aprendizado, em 2014 houve ampliação no número de consultorias que atendem o Vera Cruz, além de um maior intercâmbio de informações, tudo com o objetivo de auxiliar no conhecimento da instituição, facilitando sobremaneira o processo de atração de perfis adequados. Atualmente, a existência de um banco de candidatos pré-aprovados para cargos com maior rotatividade facilita a reposição. O Hospital Vera Cruz pratica o modelo de Entrevista por Competência com o propósito de garantir a máxima adesão do perfil do candidato ao perfil da vaga. Já a seleção interna está condicionada à necessidade da área, à formação e ao desempenho técnico e comportamental do colaborador candidato, além da indicação dos gestores, tendo como referência a transparência e a igualdade de oportunidades. O colaborador compartilha e oficializa por escrito ao gestor da área e ao RH o desejo de atuação em outra área. Diante da abertura de vaga, o RH cruza as informações do cadastro interno com as indicações do gestor. O Hospital Vera Cruz faz o aproveitamento da força interna, também para os cargos de coordenador e gerência, verificando também os profissionais com potencial para as diversas áreas, muitas vezes investindo em um programa de capacitação. Em 2011, o processo de avaliação do colaborador em experiência foi informatizado e atualmente é feito pelo gestor diretamente no portal. Com melhorias constantes nos aspectos a serem avaliados, com sugestões dos gestores. O hospital foi reconhecido pelo Ministério do Trabalho por sua contribuição na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho e pelas ações diferenciadas que desenvolve junto a estes colaboradores. Desde 2000, todos os colaboradores recém-admitidos participam da integração institucional, na qual são apresentadas informações consideradas prioritárias, relacionadas à Missão, Visão, Valores, Histórico da Instituição, PGQT, Diretrizes Organizacionais, Sistema de Liderança, Padrão de Atendimento (cliente interno e externo), Biossegurança, SESMT, NR 32, Plano de Gerenciamento de Resíduos, Programas e Serviços e o Código de Ética. Como melhoria desta prática, desde 2002 são também realizadas as integrações setoriais, com temas específicos para os setores como Enfermagem, e, como forma de disseminação desta prática, iniciouse também a integração dos setores da Higiene, Manutenção, Departamento de Nutrição, Recepção e Laboratório. Atualmente foi estendido ao DND. No final de 2009, foi implantada a orientação introdutória de Saúde e Segurança do Trabalho para os colaboradores ingressantes na instituição, antes que iniciem suas atividades nas respectivas áreas da empresa. Além da Integração Institucional e Setorial, em 2005, o Serviço de Enfermagem implantou uma orientação específica na própria área onde o colaborador recém-admitido está locado. O colaborador é supervisionado por um enfermeiro tutor durante os três meses do período de experiência e recebe orientações específicas, como apoio dos manuais setoriais e de formulários com todas as técnicas e procedimentos realizados especificamente na área, onde o enfermeiro pontua e registra a orientação, o acompanhamento e o desempenho prático do novo colaborador. Graças ao sucesso desta iniciativa, o setor da Higiene também adotou esta metodologia. Os formulários usados para esta prática são periodicamente atualizados pelos coordenadores e gerentes de cada área. Também são realizados treinamentos para os novos gestores, diretamente com a gerência de desenvolvimento Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 58 humano, sendo mais um momento de compartilhamento e melhorias dos processos. O Programa de Cargos e Salários, implantado em 1996, com apoio de uma consultoria externa e revisado recentemente, trabalha com o sistema de pontos, através das descrições de cargos e de uma tabela salarial baseada em pesquisa de mercado, contendo os diversos grupos e faixas salariais. A descrição de cargo define as atribuições e qualificações requeridas relacionadas à experiência, escolaridade e competências. Nesta política estão definidas as diretrizes referentes a rotinas de aumento por mérito, pós-experiência e por promoção. O plano de cargos estabelece as carreiras profissionais que podem ser percorridas pelos colaboradores. As atualizações da tabela salarial ocorrem conforme o Acordo Coletivo. Como refinamento deste processo, atualmente foram revisadas as descrições de cargos, com a participação dos gestores. Atualmente as pesquisas salariais de benefícios e de práticas de mercado na área de RH são desenvolvidas através da participação no GISAH – grupo de profissionais da área de remuneração dos principais hospitais do Estado de São Paulo – e também com utilização de módulo no sistema, específico a esta finalidade. comunicação contínua entre líderes e membros das equipes de trabalho, em que pontos fortes e oportunidades de melhorias no desempenho técnico e comportamental de cada colaborador são cuidadosamente acompanhados. O hospital entende que a evolução dos membros de sua força de trabalho beneficia a todos: a empresa, os clientes e os próprios colaboradores, que têm oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Em 2011 o RH iniciou um estudo de atualização de conceitos e novas diretrizes para aprimoramento e continuidade da metodologia. Em janeiro de 2012 entrou em operação a nova versão do PADC, que foi aprimorada em janeiro de 2014 a partir do trabalho realizado pela área de Desenvolvimento Humano em parceria com uma consultoria especializada, com o apoio da área da Qualidade. A atualização da metodologia incluiu um novo rol de competências baseadas na Missão, na Visão e nos Valores da organização. Estas competências foram classificadas em quatro grupos que chamamos de Competências Essenciais, conforme mostra a figura 6.1. O Hospital Vera Cruz é uma instituição que, historicamente, permite aos seus colaboradores construírem uma carreira, oferecendo oportunidades, na prática contínua de desenvolvimento das competências individuais. No atual cenário, ressaltase a importância dos colaboradores sempre buscarem seu próprio desenvolvimento através da ampla variedade de possibilidades disponíveis no mercado. Uma das ferramentas para o desenvolvimento de carreira é o acompanhamento do colaborador e suas respectivas competências através do gestor. O colaborador deve compartilhar com o gestor aspectos relativos ao seu planejamento da carreira, aspirações, possibilidades de crescimento, remanejamentos e cursos de desenvolvimento. Isso facilita a identificação de talentos entre os colaboradores que possam suprir as necessidades da organização, possibilitando uma saudável cultura de aproveitamento interno de sua mão de obra, além de criar estímulos diante de reais possibilidades de ascensão profissional. A metodologia de aplicação do programa manteve sua essência, que se resume ao acompanhamento contínuo do desempenho de cada colaborador pelo seu gestor, a avaliação formal de desempenho em um ciclo de 12 meses na função e o gerenciamento do plano de desenvolvimento individual que decorre deste processo de avaliação. Com o apoio da informática, não é difícil avaliar estatisticamente os resultados obtidos em cada ciclo ou em um determinado período acumulado. A disponibilidade de relatórios gerenciais permite também que o RH tenha uma visão sistêmica de cada área e possa propor ações na sintonia criada nos gestores junto à consultoria externa. Identificação das Necessidades de Capacitação e Definição dos Programas de Desenvolvimento O DH tem por finalidade o gerenciamento de programas internos e externos de capacitação, aperfeiçoamento, atualização, desenvolvimento, reciclagem e programas de integração institucional e setorial. Além disto, desenvolve o Planejamento Anual de Treinamento, direciona as normalizações setoriais (manuais de organização, de normas e rotinas), organiza as Desde 2000, o hospital desenvolve o PADC – Programa de Acompanhamento e Desenvolvimento de Competências. Este programa é baseado em O setor de Desenvolvimento Humano – DH – gerencia o diagnóstico das necessidades de treinamento, constrói e operacionaliza, juntamente com os envolvidos, os blocos didáticos e metodológicos, identifica fontes externas para o fornecimento de tecnologias e conhecimentos e assessora os clientes internos em processos de autodesenvolvimento pessoal e profissional. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 59 COMPETÊNCIA ESSENCIAL ATENDIMENTO HUMANIZADO AO CLIENTE COMPETÊNCIA PROFISSIONAL DEFINIÇÃO ATUAÇÃO PROFISSIONAL (COMO ATUA) Executar o trabalho de acordo com os procedimentos e processos determinados, com eficiência e eficácia. Identificar prioridades e organizar tarefas com assertividade, senso prático e senso crítico, cumprindo prazos e procedimentos. REALIZAÇÃO (QUANTO REALIZA) COMPARTILHAMENTO DE CONHECIMENTO AUTODESENVOLVIMENTO EXCELÊNCIA DO TRABALHO PRESTAÇÃO DE SERVIÇO FOCO EM RESULTADO INOVAÇÃO E INICIATIVA COMUNICAÇÃO TRABALHO EM EQUIPE LIDERANÇA RELACIONAMENTO INTERPESSOAL Compartilhar e disseminar conhecimentos e experiências, de forma a melhorar o desempenho individual e da equipe, provendo a aprendizagem organizacional. Buscar o aprimoramento profissional constantemente. Adquirir novos conhecimentos e atualizar-se sobre assuntos relevantes. Capacidade de gerar resultados positivos, com a qualidade estabelecida. Agir com pró-atividade e responsabilidade frente às oportunidades, exercendo influência sobre os acontecimentos. Expressar com clareza as idéias, certificando-se do entendimento das mensagens transmitidas. Lidar com pessoas em todos os níveis, com polidez e assertividade. EQUILÍBRIO EMOCIONAL Capacidade em lidar com conflitos, argumentando sem alterar ânimos, mantendo postura conciliadora e evitando confrontos. EXERCÍCIO DA LIDERANÇA Capacidade de comandar e conduzir pessoas, transformando-as numa equipe que gera resultados. TOMADA DE DECISÃO Tomar decisões com base em fatos e dados, analisando todas as variáveis possíveis e prioridades. FLEXIBILIDADE Adaptar-se às diferentes exigências do meio e rever sua postura diante de argumentações convincentes. Figura 6.1 - Quadro de Competências visitas externas (benchmarking) e gera os indicadores relacionados à área, como: horas de treinamento total comparadas com horas trabalhadas; controle de horas de treinamentos internos e externos anuais; controle dos investimentos anuais em treinamentos internos e externos; controle da distribuição dos investimentos em treinamentos internos e externos por área; controle dos treinamentos realizados comparados com os treinamentos previstos. O PlanejamentoAnual de Treinamento envolve a elaboração, o controle, a organização e avaliação das iniciativas. Na fase da elaboração, o DH solicita aos coordenadores e gerentes das áreas que realizem o levantamento das necessidades de treinamento (LNT), pelo envio eletrônico de um instrumento autoexplicativo de diagnóstico de necessidades. O LNT vem sendo melhorado através de bibliografias e de informações provenientes da participação dos colaboradores em cursos externos. Juntamente com este material, também é enviado o memorial de todos os treinamentos já realizados pela área, constando as solicitações que ainda não foram contempladas anteriormente. Após esta fase, é solicitada a presença do coordenador da área no DH, para desenvolvimento final deste material, acrescido de informações do Planejamento Estratégico e de informações dos formulários do PADC, provenientes das avaliações de desempenho referentes ao término de contrato e acompanhamento contínuo do desempenho. Durante o ano, o DH controla e organiza o desenvolvimento destes treinamentos e outros que contemplem as necessidades dos colaboradores. Em relação ao acompanhamento periódico dos resultados, aplicam-se as avaliações de reação, de retenção e de eficácia, após a finalização de treinamentos internos, externos e visitas. São então verificados os resultados de todos os cursos externos, nos quais os respectivos participantes preenchem um questionário próprio para este fim, com análise posterior pela área de desenvolvimento humano. Com relação aos cursos internos, algumas medidas são tomadas a fim de avaliar o nível de aproveitamento, como aplicação de provas aos treinandos sobre o conteúdo ministrado, aplicação de novos conceitos na rotina de trabalho, melhoria na qualidade das tarefas, verificação do comportamento de indicadores pós-treinamento, como a medição de resultados estratégicos, melhorias dos próprios treinamentos e aumento do conhecimento técnico. No levantamento das necessidades de treinamento, o RH intensificou a participação do colaborador, orientando e direcionando o gestor para esta prática. Na ferramenta de coleta de informações para o planejamento anual de treinamento, foi incluído um campo para evidenciar esta participação. Com a finalidade de melhorar as atividades de desenvolvimento, o RH conta, desde 2014, com uma Enfermeira de Educação Continuada, cuja missão é a aproximação da área de Enfermagem dos processos de RH e o afinamento das práticas voltadas à atividade-fim. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 60 NECESSIDADE DE TREINAMENTO Nº 001 TIPO DO TREINAMENTO TÉCNICO LOCAL DO TREINAMENTO COMPORTAMENTAL INTERNO EXTERNO TEMA DO TREINAMENTO (NOME OU ASSUNTO) OBJETIVO (COMPETÊNCIA A SER DESENVOLVIDA OU RESULTADO ESPERADO) JUSTIFICATIVA (FATORES QUE DESENCADEARAM A NECESSIDADE DO TREINAMENTO) PUBLICO ALVO (RELACIONAR O NOME DOS COLABORADORES QUE DEVEM SER TREINADOS NO QUADRO AMARELO) GRUPO INDIVIDUAL TODOS SUGESTÃO DE DATA DA REALIZAÇÃO ==> QUANTIDADE DE PARTICIPANTES OS COLABORADORES PARTICIPARAM OU CONTRIBUIRAM NO LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTO? SIM NÃO RELACIONE OS PARTICIPANTES => SUGESTÃO DE FORNECEDOR Figura 6.2 - Modelo do LNT Desde a implantação do PGQT, o RH vem investindo em programas contínuos de capacitação gerencial, através não só de assessorias de consultorias externas, bem como de reuniões e um trabalho de coaching. Os principais temas abordados estão diretamente ligados às competências e atitudes requeridas e esperadas (figura 1.2). O DH conta com recursos específicos para o Programa de Bolsas de Estudos parciais de graduação, pós-graduação, cursos de extensão e MBA para os colaboradores. Este programa tem como objetivo contribuir para capacitação, especialização e aproveitamento destes colaboradores nas mais diversas áreas. Outro parceiro no desenvolvimento dos colaboradores é o Instituto de Saúde Integrado (ISI), uma entidade associativa civil de direito privado, vinculada ao sindicato de classe, sem fins lucrativos e de interesse público, com a finalidade de ensino, pesquisa, cultura e ação social. O Hospital Vera Cruz apoia o ISI, importante programa de desenvolvimento e capacitação dos recursos humanos, promovendo o intercâmbio e a cooperação técnica com a instituição e projetos congêneres, divulgando conhecimentos tecnológicos e a edição dos materiais técnicos, educacionais, culturais e científicos. Através do DH, o Hospital Vera Cruz envia seus colaboradores a este instituto, nas mais diversas categorias (figura 6.3): 1. Preparo destes profissionais para novas funções dentro da instituição; 2. A implantação/cumprimento das novas estratégias da empresa; 3. Facilitando o recrutamento interno; 4. Faz parte do levantamento de necessidade de treinamento; 5. O profissional percebe isto como uma forma de crescimento, sendo um estímulo para motivá-lo ao crescimento; 6. O colaborador dá um grande valor para isto; 7. Grande procura por parte dos colaboradores, com grande número de inscrições. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 61 Treinamentos Realizados no ISI - Instituto de Saúde Integrada Setembro de 2007 à dezembro de 2014 Cursos Participantes Carga Horária Carga Horária Total Turmas Informática: Inclusão Digital 214 41 8.774 34 Informática: Avançada 81 40 3.240 11 MS Project 1 30 30 1 Matemática Básica 3 40 120 1 Informática: Excel 36 40 1.440 6 Informática: Multimídia PowerPoint 7 40 280 2 Negociação em Compras 1 40 40 1 Assistente de Hospedagem 3 264 792 1 Hotelaria Hospitalar 3 48 144 1 Recepção/Atendimento ao Cliente 37 45 1.665 3 Relacionamento e Atendimento ao Cliente 36 40 1.440 7 Informática Básica: Editor de texto (digitação) 21 60 1.260 10 Excel: Planilhas e Fórmulas 31 40 1.240 2 Língua Portuguesa 19 36 684 1 Português Básico 2 50 100 2 Português Avançado 3 50 150 1 Aperfeiçoamento em editor de texto Word 14 25 350 1 Inglês 5 50 250 3 Atuação Humanizada 3 40 120 1 Urgência e Emergência 7 40 280 1 UTI e UCO 22 40 880 1 Higienização 3 40 120 2 Lavanderia Hospitalar 8 40 320 1 Aux. De Farmácia 6 40 240 1 Desenvolvimento Gerencial 12 45 540 2 Cálculo e Diluição de Medicamentos 9 40 360 2 Auxiliar em Administração 2 280 560 2 Neonatologia e Pediatria 2 40 80 1 Eletrocardiograma e Arritmias 10 20 200 1 Assistência de Enfermagem em UTI 2 80 160 2 Macro Excel 3 108 324 1 606 1.832 26.183 88 Totais Investimento Acumulado no Período R$ 591.086,35 Investimento Por Participante R$ 975,39 Quantidade de Modalidades de Cursos 31 Figura 6.3 - Tabela Participação ISI A participação da força de trabalho em eventos científicos, cursos externos e visita a feiras conta com o subsídio total do hospital, sendo que os participantes têm o compromisso em compartilhar os conhecimentos adquiridos na instituição. Na implantação do PGQT em 1996, o Hospital Vera Cruz desenvolveu um programa denominado “Times da Qualidade” com o objetivo inicial de disseminar os conceitos de qualidade a toda a instituição. Ao fim desta primeira fase da metodologia, composta por reuniões quinzenais, somando cerca de 10.000 horas/homem/treinamento, com oito temas, incluindo aplicação de Pesquisa de Clima e Cultura Organizacional, os Times da Qualidade consolidaramRelatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 62 se como um importante canal de comunicação e de desenvolvimento dos colaboradores e a continuidade da metodologia foi aprovada pela gestão de RH. • Com a mesma estrutura inicial, as reuniões foram mantidas para preservar o canal de comunicação, incentivar a constante integração e comprometimento de um público heterogêneo, além de promover o desenvolvimento comportamental do colaborador tanto no aspecto profissional como no pessoal. A segunda fase da metodologia foi mantida até 2003, com temas sobre Qualidade de Vida, Qualidade no Trabalho, Comunicação e Relacionamento Interpessoal, Foco no Cliente, Campanhas e Programas Internos, somando quase 30.000 horas/homem/treinamento, com excelentes índices de aceitação (resultados de pesquisas). Ao fim de 2003, após a realização de um time para levantamento, junto a todos os colaboradores, de pontos fortes e fracos da instituição para subsidiar a realização de Planejamento Estratégico organizacional (segundo ciclo – vide critério 2), foi definida a centralização dos feedbacks do canal de comunicação de todas as reuniões em um único profissional (contratado) e a utilização da metodologia como uma ferramenta de obtenção do clima organizacional. Resultados: • • 15 anos da criação da metodologia, sendo sete anos de aplicação contínua (1996 a 2003) e retomada em 2006, após aprimoramento da estrutura de aplicação; Mais de 57.000 horas/homem/treinamento (1996 a 2011) voltadas especificamente à sensibilização Programa • • Tratamento dos dados (qualitativo): todas as informações e indicadores colhidos foram e são analisados qualitativamente, cruzando-se informações e acompanhamentos pertinentes, a fim de possibilitar avaliação e acompanhamento de: Tendência, Desempenho, presença nos times, aproveitamento e aceitação. Além disto, a classificação de comentários e sugestões por setor e por assunto: liderança, relacionamento inter e intraequipes, condições de trabalho, estrutura física, relacionamento com clientes, processos; gestão de pessoas – treinamento e políticas gerais da empresa para fins de levantamento de clima e necessidades setoriais e outras. O quadro a seguir mostra o número de horas/homem/ treinamento por fase, nos respectivos anos, e o número de temas aplicados (figura 6.4). da Qualidade Fases Perído Horas Treinamento Temas Primeira Fase 1996 a 1997 12.300 11 Segunda Fase 1998 a 2003 27.400 53 Terceira Fase 2006 a 2014 23.735 26 63.435 90 Total Times • e ao desenvolvimento de competências comportamentais, qualidade de vida, valores e políticas adotadas pela organização; Série histórica de pesquisa de satisfação com colaboradores com tendências favoráveis e bons índices de aceitação e avaliação quanto à oportunidade de crescimento pessoal e profissional; Ferramenta efetiva para desenvolvimento das competências comportamentais dos colaboradores; Tendência favorável na pesquisa de reação com colaboradores, com uma média de aprovação do trabalho satisfatória; Tendência positiva dos níveis de satisfação na pesquisa de clientes externos. Estreitamento da comunicação entre colaboradores, lideranças, diretoria, com subsídios para melhorias de processos, de relacionamentos, de perfil de liderança e sobre clima interno da instituição. Figura 6.4 - Quadro Times da Qualidade Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 63 O programa Times da Qualidade tem sido divulgado em simpósios e congressos, recebendo reconhecimentos. Outras importantes iniciativas para desenvolvimento ocorrem através da Fundação Roberto Rocha Brito, que iniciou suas atividades em 1987, e têm por objetivo estimular o progresso na área médica, capacitando e atualizando profissionais através de ações de educação continuada e de responsabilidade social, como campanhas de solidariedade e de saúde preventiva. Realiza várias ações e projetos, descritos anteriormente, de essencial importância, destacando-se: • • • • • • • • • • Manutenção de Biblioteca especializada; Promoção do Centro de Estudos; Reuniões Científicas Periódicas; Manual de Condutas Médicas; Auxílio à Formação com bolsas de estudos para residência médica dos departamentos de Anestesia e Otorrinolaringologia, que totalizam nove residentes; Bolsas de estudos para cursos de aprimoramento; Elaboração do Boletim Científico Cultural e Jornal Interno; Realização e apoio a simpósios e eventos culturais, workshops; DCAP (Desempenho Científico e Aperfeiçoamento Profissional), criado para incentivar e medir o grau de envolvimento e participação nos eventos científicos dentro e fora da fundação e o interesse no aperfeiçoamento profissional dos médicos do corpo clínico do Hospital Vera Cruz. Constitui uma somatória de pontos atribuídos aos eventos e atividades nas quais os mesmos tenham participado. Os 25 profissionais que atingem maior pontuação geral no final de ano recebem como reconhecimento prêmios oferecidos pela fundação; Qual o Diagnóstico, programa de educação médica continuada, com participação dos profissionais na discussão e elucidação de casos clínicos. Identificação dos Perigos e Tratamento dos Riscos Ocupacionais A fim de assegurar o bem-estar das pessoas que trabalham no Hospital Vera Cruz, também foram implantados e aperfeiçoados eventos que contribuem diretamente para um ambiente seguro, obtendo o bem-estar e a motivação da força de trabalho. O resultado observado é a clara percepção do orgulho dos colaboradores em pertencer ao Hospital Vera Cruz. O Serviço de Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) foi o primeiro Serviço de Saúde do Trabalhador em área hospitalar em Campinas. É responsável por identificar e eliminar os riscos relacionados à saúde ocupacional, segurança e ergonomia. O PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), elaborado pela Segurança do Trabalho, é atualizado anualmente, com a participação das áreas na elaboração de objetivos de melhoria contínua dos ambientes de trabalho. Também são de responsabilidade deste setor as especificações e treinamentos para utilização correta dos equipamentos de proteção individual (EPIs), sendo que os gestores são os responsáveis pelo controle da utilização dos EPIs. Implantado em 2013, o PPRA-MAPE formou uma comissão composta por gestores de todos os setores da instituição, específica para acompanhar a implantação de novos equipamentos que evitem acidentes pessoais com perfurocortantes. Esta comissão também analisa e propõe soluções quando da ocorrência de acidentes com perfurocortantes. As reuniões são realizadas trimestralmente. O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) contempla todos os exames ocupacionais definidos conforme as funções e riscos a que os colaboradores estão expostos. São realizados anualmente para todos os colaboradores com um foco prevencionista, pois inclui-se, além de exames ocupacionais, o monitoramento de exames ginecológicos/urológicos preventivos. Também avaliamos peso, índice de massa corpórea, hábitos como tabagismo, prática de exercícios físicos, duplo emprego e com isso podemos direcionar os colaboradores para os programas de qualidade de vida. Cumpre-se também com a NR32 atualizando todas as carteiras de vacinação dos colaboradores em 2015, conforme o calendário vacinal dos trabalhadores da área da Saúde e garantindo que todos os colaboradores expostos a riscos biológicos, além da carteira de vacinação completa, tenham seus exames de AntiHbs positivos. Sabendo da importância da vacinação, continuamos a atualização das vacinas dos médicos do corpo clínico, no próprio serviço de saúde ocupacional do Hospital Vera Cruz, como fazemos para os colaboradores. Dissemina-se em todos os quadros dos postos de trabalho o fluxograma de atendimento de acidente com material biológico, para que os exames sejam realizados imediatamente e possamos acompanhar esse acidentado pelo tempo necessário. Através de um diagnóstico realizado nos exames Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 64 periódicos, desenvolve-se o programa de qualidade de vida. As principais demandas encontradas e nossas ações são: • • • • • • Duplo emprego: mantém-se uma casa para o descanso e lazer dos colaboradores com local para ver televisão, se alimentar, usar computador e “tirar um cochilo”. Stress: palestras motivacionais e de controle de stress realizadas sob coordenação do DH. Sedentarismo: um convênio com o Sesc para utilização da academia, participação de grupos de corrida. Tabagismo: campanha para auxiliar os fumantes que querem parar, através de consulta médica e distribuição gratuita de adesivos de nicotina. Sobrepeso e obesidade: grupos de perda de peso, com 15 pessoas, que são avaliadas pelo médico do trabalho, encaminhadas para nutricionista, participam de reuniões quinzenais e troca de informações em um grupo de WhatsApp. Com foco em reeducação alimentar e incentivo à prática de exercícios físicos. Gestantes: devido ao alto número de gestantes, normal pela faixa etária das nossas funcionárias, fazemos um acompanhamento mensal com elas, para garantir um seguimento de pré-natal, e elas são convidadas especiais do “Programa de Gestante da FRRB”. Para garantir uma melhor avaliação dos números, tem-se na saúde ocupacional um score-card com indicadores; um deles é avaliado mensalmente, que é o absenteísmo. Desenvolvem-se várias ações para conter o aumento deste: • • • Avaliação de todos os colaboradores com atestados acima de 3 dias. Avaliação de todos os colaboradores da assistência com lesão nas mãos (conforme NR32) e encaminhamentos destes para funções não assistenciais até restabelecimento completo. Reuniões trimestrais com os gestores para análise do absenteísmo de sua área. Com a parceria da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), são realizados eventos como a Semana Interna de Prevenção de Acidentes e ações específicas de combate aos acidentes do trabalho. Um exemplo é o que foi realizado com relação aos perfurocortantes, onde se fizeram inspeções mensais e posterior cobrança das ações de melhoria propostas por seus membros. Na sequência, vem a responsabilidade em revisar anualmente o mapa de risco. O SESMT solicitou laudo ergonômico dos setores, levando em consideração a Norma Regulamentadora Nº 17, na qual os cronogramas de ações relacionados às melhorias estão sendo implementados gradativamente. Outra prática importante é a SAE Ocupacional Sistematização da Assistência de Enfermagem, com a realização de consulta do enfermeiro do trabalho para Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 65 observação da saúde do trabalhador, podendo trazer novos temas e subsídios para promoção da saúde ocupacional. como orientação ao coordenador, levantamento de necessidades de reciclagem dos conceitos ou outras ações pertinentes. Quanto à Norma Regulamentadora Nº 32, a implantação de vários aspectos apontados neste documento já estava finalizada mesmo antes de sua publicação, estando, portanto, já aprovada pela fiscalização. Em 2012 o hospital recebeu o Prêmio Bronze do Sindicato da Saúde como reconhecimento ao cumprimento da NR 32. O Programa “5S” hoje é parte integrante da cultura empresarial do Vera Cruz. É um pré-requisito para quem trabalha na instituição, é da responsabilidade de cada departamento e também é parte fundamental da gestão de qualidade. A Segurança do Trabalho também é responsável pela formação e acompanhamento da brigada de incêndio, constituída em 2009 com 147 colaboradores de diversos setores, capacitados por treinamento teórico-prático em combate a incêndio por empresa contratada; e por treinamentos internos, com abordagens específicas e atualizações regulares. O “Programa 5S” teve início em 1997. É um método de educação e treinamento japonês Qualidade Total de uma maneira simples e, ao mesmo tempo, revolucionária. A sua prática se dá a partir do constante aperfeiçoamento dos detalhes que fazem parte da rotina do dia a dia de trabalho. Simultaneamente formou-se o grupo “5S”, composto por colaboradores do Vera Cruz cuja função é a de realizar auditorias em todo o Hospital Vera Cruz. Para realização deste trabalho, o hospital foi dividido em mais de 100 setores. Todos os resultados e providências são compartilhados com a diretoria da empresa, contando sempre com um membro do conselho, líder responsável pelo programa. Entre os resultados obtidos podemos citar o combate ao desperdício de material (como também o de tempo), melhora do trabalho em equipe e do ambiente, mudanças de hábitos, comportamentos e atitudes, aprimoramento de serviços e melhor qualidade de vida para todos. O departamento de Qualidade, em conjunto com o presidente da CIPA e a Segurança do Trabalho, realizou avaliação com atividades integradas (inspeção de segurança e conceitos do 5S) para disseminar e monitorar práticas ligadas à segurança e saúde no ambiente de trabalho. Os cipeiros realizam mensalmente visitas setoriais de inspeção e a cada visita são também verificados os itens de cada um dos cinco sensos, de modo que semestralmente há um ciclo completo de controle da prática do 5S em todo o hospital. As avaliações referentes à prática do 5S são enviadas ao departamento de Qualidade para eventuais providências referentes às eventuais não conformidades encontradas, bem A organização dispõe de um sistema de comunicação com o objetivo de garantir que as informações internas e externas atinjam toda a força de trabalho. As ferramentas para isto são: • • • • • • • • Times da Qualidade; Jornal interno “Nosso Espaço”; Reuniões setoriais; Murais institucionais; Murais setoriais; Cartas e comunicados da diretoria; Intranet; Jornal Plantão Médico. A confecção de cartazes sobre datas especiais é uma forma de comunicação muito utilizada para disseminar conceitos e mensagens relacionados ao papel do profissional da saúde, do cidadão e também para disseminar temas voltados à qualidade de vida e segurança. A partir do novo sistema de tecnologia da informação, implantado em 2011, novas ferramentas de alerta e comunicação interna vêm sendo implantadas para facilitar e agilizar o envio de informações em rede, individual ou para grupos de usuários. A organização disponibiliza vários canais de comunicação com o corpo clínico, fóruns, cafés da manhã, reuniões clínicas e multidisciplinares e com coordenadores e chefes de equipe para temas científicos, estratégias e assuntos gerais. Outras iniciativas que vêm agregando bem-estar e satisfação aos colaboradores: • • • Casa do Lazer: um espaço com área para alimentação, repouso, televisão, treinamentos, biblioteca e acesso à internet; Vestiários: proporcionam aos colaboradores a comodidade de guardar pertences, higienização e vestimenta de uniforme, conforme preconizado pela NR32; Comemoração do Dia Internacional da Mulher: data Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 66 • • • • • oficial no calendário dos eventos da instituição, onde são trazidos temas atuais, relacionados às mulheres; Festa de final do ano: evento de confraternização para todos os colaboradores e terceiros, com as mais diversas e variadas atrações; Campanha de vacinação contra a gripe: gerenciada pelo Ambulatório de Saúde Ocupacional e financiada pela instituição; Jornal “Nosso Espaço”: jornal dos colaboradores onde são divulgados assuntos gerais e informações que valorizam seus trabalhos; SIPAT; Semana da Enfermagem. Avaliação da Satisfação das Pessoas Em ciclos periódicos a empresa investe na contratação de uma consultoria externa para realizar uma pesquisa para medir o clima organizacional. A pesquisa é aplicada num dos Times da Qualidade, através de formulário de avaliação com 118 questões, para o preenchimento individual, com a identificação de área de atuação (grupos maiores de 17 pessoas), tempo de casa e escolaridade. O Vera Cruz pôde avaliar com precisão o nível de satisfação por 11 temas distintos, como: comunicação, liderança, motivação, trabalho em equipe, satisfação no trabalho, desempenho, qualidade e produtividade, objetivos e estratégias, abertura para mudanças, desenvolvimento e aprendizado contínuo e cliente externo. Os resultados são tabulados pela consultoria, segmentados por extratos, de acordo com identificação da área, tempo de casa e escolaridade, sendo que os níveis de satisfação geral da empresa são superiores a 70%, calculados como média dos resultados de todos os módulos. Comunicados os resultados à diretoria, coube ao RH orientar e monitorar as ações estabelecidas para desdobramento da pesquisa, com o devido acompanhamento do plano de ação desenvolvido pelas diversas áreas, até um novo ciclo de aplicação, previsto a cada dois ou três anos. até cinco anos de idade. Antecipação da 1ª parcela do 13º salário: por ocasião das férias, conforme previsto em lei e por opção do colaborador, antecipa-se a 1ª parcela do 13º salário. Assistência médica: plano de saúde totalmente subsidiado para todos os colaboradores, extensivo aos dependentes com subsídio parcial, de acordo com a faixa salarial (desconto escalonado). Uniformes: oferecidos gratuitamente para as áreas operacionais e de apoio. Os principais benefícios espontâneos oferecidos são: • • • • • • • • • Os principais benefícios obrigatórios oferecidos são: Vale-transporte: previsto na legislação vigente. Vale-alimentação: valor fixo e totalmente subsidiado, oferecido a toda força de trabalho no formato de cartão individual. Refeição: refeição fornecida no local, parcialmente subsidiada, de acordo com a faixa salarial (desconto escalonado). Auxílio-creche: valor pago conforme previsto em Acordo Coletivo para cada filho das funcionárias com Adiantamento salarial: concessão de 40% do salário nominal na forma de adiantamento quinzenal. Seguro de vida: oferecida apólice coletiva de seguro de vida, totalmente subsidiada, com capital de acordo com o salário nominal. Cooperativa de crédito: benefício de adesão facultativa, permite a concessão de crédito com juros abaixo dos praticados no mercado e vantagens em convênios firmados no comércio local. Medicamentos: programa de fornecimento de medicamentos gratuitos a todos os colaboradores e dependentes, mediante prescrição médica. Convênio papelaria: a empresa firma convênio durante os primeiros meses do ano, visando facilitar a aquisição de materiais escolares aos colaboradores e seus dependentes. Além de conseguir um desconto real nos preços, subsidia o parcelamento das compras em até quatro vezes, com desconto em folha de pagamento. Conforto dos colaboradores: áreas de descanso e repouso para a força de trabalho usufruir nos horários de intervalo da jornada, dotadas de poltronas reclináveis, TVs, mesas de leitura, etc. Atendimento psicológico: atendimento psicológico, mediante indicação médica ou demanda própria, previamente agendado. Programa de imunização: programa de imunização oferecido a todos os colaboradores ou conforme prescrição do médico do trabalho. Bolsa de estudos: subsídio oferecido de acordo com critérios específicos, para cursos de graduação e especialização. Não é demais ressaltar que, por duas vezes, o CQH já reconheceu que a gestão de pessoas é um tema da mais alta importância estratégica no Hospital Vera Cruz. E este mesmo reconhecimento também se deu igualmente quando da avaliação 2008 e 2009 do PNGS. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 67 7. Processos Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 68 Determinação dos Requisitos Aplicáveis aos Processos Principais e de Apoio O core business do Hospital Vera Cruz é a prestação de serviços de assistência na área médico-hospitalar. Os processos primários e de apoio da instituição estão definidos conforme a figura abaixo (7.1). O serviço Financeiro-Contábil tem por função gerar informações para os clientes internos (diretoria e departamentos) e externos (órgãos públicos e acionistas) da situação socioeconômica do hospital. Para tanto, realiza a consolidação de todas as informações e as análises contábeis são periódicas, Figura 7.1 - Processos Estratégicos, Primários e de Apoio 1. Processos Estratégicos Os processos estratégicos são os eixos de sustentação do negócio do Hospital Vera Cruz, sendo eles as diretrizes administrativas, as diretrizes do corpo clinico, as diretrizes da qualidade e as diretrizes da gestão de pessoas. • Diretrizes Administrativas (Financeiro-Contábil) Definidas pela diretoria a partir do planejamento estratégico, disseminadas através da estrutura organizacional, com devidos acompanhamentos pelos gestores, diretoria e Conselho de Administração visando evitar perdas administrativas e financeiras, buscando eficiência em processos internos da instituição. assegurando a veracidade das informações; apura e gera as guias de recolhimento dos impostos e contribuições conforme legislação vigente; levanta os balancetes de verificação e elabora todos os relatórios societários; controla as certidões exigidas por clientes, fornecedores e órgãos públicos; realiza a análise dos principais indicadores financeiros; envia declarações aos órgãos federais e municipais; e controla os bens móveis através de movimentação diária e levantamento de inventário físico periódico. O setor de Contabilidade e o departamento Fiscal são integrados e atuam no acompanhamento dos tributos a fim de evitar possíveis perdas ou ainda pagamentos/ recolhimentos indevidos. Para tanto, contam com Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 69 o apoio do Sistema TASY, para monitoramento e apuração das retenções na fonte de tributos e entrega das declarações DMED, EFD PIS/COFINS, DIRF, FCONT, DCTF, DITR, DTTA, ECF. com utilização do sistema Tasy. No final de 2014 teve início plano de reuniões com os gerentes responsáveis pelas maiores contas (rubricas) do Hospital Vera Cruz, dentre elas: Investimentos, Folha de Pagamento, Suprimentos, Manutenção e Obras, Honorários Médicos, Higiene, Tecnologia da Informação, Publicidade e Propaganda e Qualidade para projetar o orçamento de 2015. As fontes de recursos financeiros para garantir os investimentos, ações e estratégias da organização são levantadas e disponibilizadas em planilha de controle informatizada – posição financeira diária das contas a pagar e contas a receber. Para o gerenciamento dos aspectos que impactam no equilíbrio econômico-financeiro do negócio, são realizadas reuniões periódicas entre as gerências com o objetivo de analisar as diversas variáveis internas e externas, avaliar o risco e elaborar planos de ação e implantar as medidas necessárias. No que tange à administração dos riscos inerentes ao negócio, a atuação em parceria com o setor jurídico é bastante eficaz, seja nas revisões dos contratos para adequações às normas reguladoras, seja no atendimento às necessidades internas. O acompanhamento das fontes de informações é feito diariamente, de forma a identificar possíveis impactos na atividade econômica ou ainda da atuação da concorrência e dos parceiros. O planejamento de investimentos é informado pela diretoria, que analisa as viabilidades e os coloca na composição do orçamento do exercício. Os parâmetros financeiros utilizados pelo Hospital Vera Cruz para gerenciar seus recursos são os apresentados no Critério Resultados, além dos seguintes indicadores: Ciclo Operacional; ciclo de caixa; Análise de geração de caixa; Ebtida; Índice de solvência financeira geral; Taxa de retorno sobre ativo (ROA); Taxa de retorno sobre patrimônio Líquido (ROE); Grau de alavancagem operacional; Grau de alavancagem financeira; Valor patrimonial da ação; Taxa de glosas; Grau de endividamento; Composição do endividamento; Capital circulante líquido; Necessidade de capital de giro; Fechamento das demonstrações financeiras; Planejamento tributário e fiscal. O planejamento orçamentário é ponto estratégico da instituição. O orçamento é a parte fundamental do processo de planejamento, buscando maximizar a eficiência e os resultados do hospital. A figura 7.5 apresenta as etapas do processo orçamentário. As análises econômico-financeiras são avaliadas diária e mensalmente, conforme rotinas estabelecidas para acompanhamento de Orçamentos e projeções; Relatórios financeiros gerenciais; Fluxo de caixa previsto e realizado; Demonstrativo de faturamento por convênio; Balancete mensal; Variação de receitas e despesas; Acompanhamento do Orçamento. Das diversas ações que são executadas, destacase a que envolve a redução dos níveis de custos operacionais. Figura 7.5 - Processo Orçamentário De 2008 a início de 2014, o setor de RH do Hospital Vera Cruz realizou as previsões orçamentárias do departamento de Recursos Humanos (headcount). Em agosto de 2014 foi criado o Comitê Orçamentário com o foco em implantar a metodologia do orçamento no Hospital Vera Cruz. Foi definido que as informações para acompanhamento do orçamento teriam como base os dados gerados pelo departamento de Custos, A partir de 2011 o setor de Custos iniciou dois projetos: (1) O projeto Redução de Custos e Análise de Oportunidades de Geração de Receitas avaliou os setores de lavanderia e departamento de Nutrição e Dietética in loco, buscando proporcionar o aumento da eficiência sem perda da qualidade, com consequente redução de custos das diárias e melhoria dos resultados da empresa. (2) O projeto Formatação do Custo por Procedimento Médico-Hospitalar elaborou o custo-padrão de um Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 70 rol de procedimentos cirúrgicos buscando a melhoria contínua, determinação do ciclo operacional e custo de atividade. Já foram avaliados 91 procedimentos dentro da metodologia definida. Com a implantação do sistema de gestão TASY, o setor de custos passou a exercer funções de auditoria dos lançamentos contábeis e seus parâmetros, eliminando o processo manual de apuração de custos, que foi informatizado e integrado com todos os módulos do novo sistema. A área de custos atuou em levantamentos com foco em custos para tomada de decisões em setores como lavanderia, departamento de nutrição e dietética, manutenção e higiene, que norteou a gestão para terceirização de uma das áreas analisadas e ações em processos das outras. No segundo semestre de 2014 foi instituída a Política de Custos no Hospital Vera Cruz, que abrange quatro tópicos essenciais, que são eles: Custeio por departamento, Custeio de Serviços, Redução de Custos, Análise de Investimentos. Foi iniciada a implantação do sistema informatizado de orçamento empresarial que disponibiliza informações financeiras e estatísticas como base para realização do orçamento de seus 192 centros de custos para 2015. • Diretrizes do corpo clínico As principais diretrizes constam do Regimento do Corpo Clínico, definem estrutura a departamentalizada e categorias médicas, direitos e deveres. Outras comunicações e orientações são realizadas diretamente aos profissionais através das gerências médicas, diretoria técnica e área de relacionamento com médicos visando a divulgação de normas operacionais, protocolos e políticas da instituição. Informes e mudanças de grande relevância são feitos em reuniões com os diversos setores assistenciais, e também através de coordenadores das equipes médicas. Desde 2013 o hospital conta com um setor específico para estreitar o relacionamento com profissionais, bem como atrair novos médicos, com base em planos de ação e de negócios, previstos em diretrizes estratégicas. Em 2014 vários profissionais de Campinas nas especialidades de cirurgia geral e obstetrícia foram selecionados, visitados e receberam o convite para atuar no Hospital Vera Cruz. As diretrizes do corpo clínico são desdobradas pelo setor de Relacionamento Médico e preveem desde o cadastramento dos médicos no hospital com base em regras preestabelecidas e integração dos médicos sobre as diversas diretrizes administrativas e assistenciais, orientações gerais. Outras ações são desenvolvidas e disseminadas conforme necessidade, por exemplo, quanto à criação de grupo específico para implantação e treinamento do prontuário eletrônico. • Diretrizes da qualidade O Programa de Qualidade foi estruturado de1996, como suporte ao desenvolvimento de ações e programas ligados à cultura de melhoria contínua tanto em âmbito assistencial (centrado em usuários dos serviços) quanto institucional (centrado em seus colaboradores, parceiros e prestadores de serviços). Contempla ações relacionadas à melhoria contínua, auditorias internas, manutenção de certificações externas, acompanhamento de planos de ação, grupos de melhoria de processos, comissões, coleta e divulgação de indicadores, gerenciamento de risco, programa 5S. Em 2014 a metodologia da gestão de documentos foi elaborada pelo departamento de Qualidade e aprovada pela direção do hospital, com definição dos tipos de documentos desde seu conceito, abrangência, controle e monitoramento das diretrizes estabelecidas. A disseminação da estrutura de documentos ocorreu através de treinamentos e reuniões sobre o tema, com orientação para publicação e localização dos documentos na rede informatizada (pasta P). Como melhoria dessa estrutura, principalmente para regras de controle e atualização de documentos, foi iniciada em 2014 a parametrização do software Interact Documents, com previsão de implantação no segundo semestre de 2015. Nível 1 Diretrizes estratégicas: Missão, Visão, Valores / Metas / PO - Políticas Nível 2 MAI - Manual Institucional / PLC Plano de Contingência / PRO Processo (mapeamento) / PC Protocolo Clínico / PMI - Protocolo Multidisciplinar Institucional / PMIG Protocolo Multidisciplinar Institucional Gerenciado / RE - Regimento Interno / TC - Termo de Consentimento Informado. Nível 3 POP - Procedimento Operacional Padrão (juntos, formam os manuais). Nível 4 DC - Documento Complementar (planilhas, cronogramas, tabelas). Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 71 AComissão de Gerenciamento de Risco foi criada em2011 sob acompanhamento e orientação de consultoria externa. A Qualidade centraliza as atividades de recebimento, análise e classificação de notificações internas, seguindo metodologia definida, bem como acompanha indicadores e planos de ação para melhoria de processos e diminuição de riscos, envolvendo as diversas áreas com reuniões multidisciplinares e da Comissão de Gerenciamento de Risco, semanalmente. Para disseminação da cultura de segurança, são realizadas ações relacionadas às Metas Internacionais de Segurança, implantação e gerenciamento de protocolos multidisciplinares, desenvolvida pelos gestores diretamente envolvidos, com apoio de setores como Desenvolvimento Humano, Comunicação, Gerências e Diretoria. Como melhoria, em 2014 a metodologia de mapeamento de processos está sendo revista e ampliada de forma a sinalizar riscos, indicadores e planos de contingência. Também em andamento, a implantação do sistema de notificação eletrônica em todo o hospital a partir de 2015. Para controle das práticas estabelecidas, são definidos ciclos de auditoria interna, conforme criticidade da área. É orientado o processo de autoavaliação, seguido da realização das auditorias baseadas em itens e requisitos legais, Roteiro e Manual CQH e ONA, além das boas práticas de gerenciamento de rotinas e organização preconizadas em literatura da área médico-hospitalar. Os resultados são compartilhados com gestores e com diretoria, com resultados de oportunidades de melhorias e não conformidades que devem ser tratados e alinhados em planos de ação. O departamento interage com gerentes médicos e CCIH para atuação como auditores internos visando a disseminação do modelo e facilitando a interlocução com as diversas áreas. A coleta e o acompanhamento de indicadores, bem como o envio de dados aos programas externos e divulgação de estatísticas, são realizados através do mural de gestão à vista e na estrutura de documentos publicada na rede informatizada, com disseminação de informações sobre produção e produtividade do hospital. Em 2014 foram intensificadas ações para validação de relatórios informatizados extraídos do sistema TASY. Como melhoria, foi iniciada implantação do sistema Interact Performance, inicialmente com foco nos indicadores estratégicos a partir do mapa estratégico e perspectivas do BSC. Em 2015 terá início o projeto específico para orientação aos diversos setores quanto à definição de indicadores táticos, padronização de fichas técnicas e gráficos, critérios para referenciais comparativos e estabelecimento de metas por literatura ou série histórica, como segunda etapa prevista à implementação do sistema Interact Performance. É acompanhado mensalmente o envio de dados ao CQH, com participação do Hospital Vera Cruz nas reuniões da Assembleia Geral do CQH, bem como nos diversos NAGEHs – Grupo de Apoio à Gestão Hospitalar. As solicitações de visita de benchmarking, bem como visitas com foco acadêmico e profissionalizante, são amplamente apoiadas pela diretoria e gerências, desenvolvidas a partir de fluxo específico, conforme normas e diretrizes éticas da instituição, acionando comissões e instâncias pertinentes para análise e aprovação. Sempre que possível, o hospital apoia e participa de eventos onde possa compartilhar experiências. Em 2014 o Vera Cruz recebeu 177 visitas, uma delas de profissionais do Hospital Regional de El Quiché, da Guatemala, para troca de experiências sobre o modelo de gestão preconizado pelo CQH e FNQ. Os principais eventos são registrados no site e nos boletins internos, no Histórico da Qualidade e na edição anual no Relatório de Gestão. • Diretrizes da gestão de pessoas O setor de Recursos Humanos é o responsável pelo gerenciamento das pessoas contratadas pelo gestor por meio de sistemas integrados de trabalho, como recrutamento e seleção, descrição de cargos, avaliação de desempenho, desenvolvimento de pessoas, remuneração/benefícios, sistema de informação e qualidade de vida (bem-estar e a satisfação das equipes) com foco nos resultados organizacionais, conforme especificado anteriormente no critério Gestão de Pessoas. Através do Desenvolvimento Humano o RH realiza o levantamento de necessidades de treinamento e facilitação de treinamentos. Através do SESMT, o RH viabiliza a informação de exames ocupacionais, programas de promoção à saúde, prevenção de doenças e políticas de segurança. O setor de RH utiliza indicadores para avaliar e direcionar suas ações, promovendo análise contínua das taxas de absenteísmo, rotatividade de colaboradores e acidente de trabalho, gerando indicadores sujeitos a análise e proposta de ações. Conforme relatado anteriormente, são realizadas reuniões semanais com a Gerência de RH e reuniões mensais com toda a equipe do RH, gerando propostas de ações para melhorias de práticas, com base nos indicadores levantados. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 72 2. Processos Principais Os processos principais estão relacionados com as unidades assistenciais, de atendimento do pacientes, incluindo as unidades de internação e de terapia intensiva, atendimento de urgência e emergência, atendimentos cirúrgicos e ambulatoriais. Os principais procedimentos relativos aos processos principais englobam os atendimentos multidisciplinares incluindo equipes médicas, enfermagem fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e psicologia. Assistência Médica Os principais procedimentos relativos à assistência médica são: 1. Internação hospitalar clínica, cirúrgica, obstétrica e onco-hematológica: modalidades de assistência com finalidade de diagnóstico e/ou tratamento clínico ou cirúrgico. 2. Atendimento cirúrgico ambulatorial: modalidade de assistência para realização de cirurgias de pequeno porte. 3. Atendimentos de urgência e emergência: modalidades de assistência com finalidade diagnóstica e/ou terapêutica de urgência. 4. Atendimentos intensivos: modalidade de atendimento para recuperar ou dar suporte às funções vitais dos pacientes adultos, infantis, neonatais internados. Todos os pacientes internados possuem um médico responsável e o hospital conta com médico internista, em plantão ininterrupto. Assistência de Enfermagem A equipe de enfermagem tem por objetivo central assistir ao cliente de forma profissional e planejada com a aplicação do Processo de Enfermagem, de forma a garantir a qualidade na assistência, o respeito aos princípios éticos e legais, com equipes motivadas e comprometidas com a missão da instituição. A assistência de enfermagem é prestada por equipe composta por enfermeiros (22%) e técnicos de enfermagem (78%), cuja missão é a de promover a assistência de enfermagem de forma segura, ética, humanizada e sistematizada, visando atender plenamente as necessidades do cliente. Os colaboradores, de acordo com a formação profissional, exercem todas as suas funções, rigorosamente de acordo com o que está descrito no Estatuto do Serviço de Enfermagem. Como melhoria das práticas assistenciais, em 2014 procedeu-se à reformulação do organograma, com a divisão da gerência executiva para quatro gerências de enfermagem, sendo: • • • • Gerência do Bloco Cirúrgico (CC, CO, CC ambulatorial, hemodinâmica, cardiologia e CME); Gerência do Pronto-Socorro e Assistência domiciliar; Gerência da SADT (ambulatórios e laboratório); Gerência de Pacientes Internados (UTIs e Alas de internação). Para discussão das políticas estabelecidas, análise e avaliação de indicadores de desempenho e qualidade da assistência, o Hospital Vera Cruz promove reuniões periódicas entre os coordenadores e a gerência de cada área e reuniões com as quatro gerências de enfermagem. Os principais processos assistenciais são acompanhados por indicadores das áreas e do gerenciamento de risco, dentre eles, incidência de queda de paciente, incidência de extubação acidental, incidência de perda de sonda nasogastroenteral para aporte nutricional, incidência de úlcera por pressão, incidência de erro de medicação, incidência de flebite, incidência de perda de cateter central, entre outros. A análise de tendências é feita por meio dos históricos obtidos e, como melhoria, desde 2013 os indicadores são discutidos também com foco no gerenciamento de risco. A enfermagem participa ativamente das reuniões do Núcleo de Apoio à Gestão Hospitalar NAGEH Enfermagem e promove a troca de experiências com outros hospitais (benchmarking). Em 2015, os grupos de estudo participarão junto ao NAGEH Enfermagem para a atualização do manual de indicadores assistenciais do CQH, nos grupos de erros de medicação, queda, gestão pessoas e indicadores pediátricos. A análise crítica dos indicadores promove a revisão e adoção de práticas voltadas para melhoria da assistência de enfermagem. Indicadores assistenciais são analisados dentro dos grupos de estudos da enfermagem, como o Grupo de Estudos em Lesões e Feridas (GELF) e o Grupo de Cuidados em Acessos Vasculares (GCAV), Grupo de PICC, Grupo de estudo em Broncoaspiração, Grupo de estudo em queda, de forma a embasar os protocolos assistenciais instituídos. Entre as várias atividades do GELF está a avaliação de pacientes internados que apresentam lesões Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 73 complexas, para subsidiar a conduta terapêutica. O Grupo de Cuidados em Acessos Vasculares trabalha com os indicadores de incidência de perda de cateter central e de erros de medicação e flebite, cujo acompanhamento subsidiou a troca de insumos e elaboração dos protocolos de flebite, segurança na administração de medicamento, POP fixação segura. Estes grupos auxiliam a construção de novos protocolos e rotinas, voltados para todos os setores da instituição, bem como a padronização e proposta de novos materiais, seguidos de treinamentos para as equipes envolvidas. Uma forma de disseminação das novas práticas são as guias de consulta rápida, elaboradas pelos grupos de estudos. Dentro do planejamento de trabalho dos grupos está a adoção das auditorias internas no sentido de verificar se a prática está integrada com a assistência. Os indicadores relacionados a pessoas subsidiam o dimensionamento da equipe. A 3M do Brasil criou uma premiação que tem como objetivo reconhecer as instituições que mantêm práticas e procedimentos hospitalares da mais alta qualidade, conforme orientações dos guias nacionais e internacionais de boas práticas. Como resultado da adoção de boas práticas pelo serviço de enfermagem, o Hospital Vera Cruz, a partir de 2008, obteve o reconhecimento do Programa Soluções Integradas para a Saúde da 3M do Brasil. Em 2010 o hospital conquistou as quatro certificações do programa vigentes à época, e recebeu o prêmio DIAMANTE GLOBAL, sendo o primeiro hospital do Brasil a obter esse reconhecimento. As premiações foram renovadas nos anos seguintes. Em 2013 e 2014 o programa reconheceu o Vera Cruz na categoria Diamante Prime nas modalidades Target Zero, Prevenção de Lesões de Pele e Programa de Fixação Segura. Para o controle de práticas, o enfermeiro faz avaliação dos riscos de queda, UPP, broncoaspiração, flebite do paciente em todas as unidades de internação na sua admissão e a cada 24h. A classificação do risco é realizada no Sistema TASY e, como melhoria, em 2014 foi implantada a identificação do risco individual em placa do leito. Também implantada a identificação de riscos através de sinalização na pulseira de identificação do paciente e pelo processo de enfermagem, com prescrição referente aos riscos individuais. Em 2013, as categorias que envolviam o processo cirúrgico (cirurgia segura e esterilização hospitalar) deram lugar a um único prêmio Target Zero. O Hospital Vera Cruz foi o primeiro hospital a ter esse prêmio, com três reconhecimentos consecutivos. Fisioterapia A prestação da assistência fisioterápica é prescrita pelo médico como um recurso terapêutico para prevenção ou reabilitação de situações patológicas. O Serviço de Fisioterapia oferecido na instituição apresenta três modalidades de assistência: motora, motora neurológica e respiratória. Em relação à fisioterapia motora, a instituição dispõe de duas equipes: generalista e ortopédica. A fisioterapia ortopédica utiliza protocolos de tratamento baseados em evidências com o objetivo de proporcionar ao paciente atendido a melhora na qualidade de vida por meio do restabelecimento da função e do equilíbrio musculoesquelético. Na fisioterapia motora neurológica, o objetivo é promover a reabilitação dos pacientes que apresentam restrições em decorrência de sua patologia. Para a avaliação de desempenho, são realizados feedbacks com o paciente e preenchimento de questionários de protocolos de literatura. Reuniões periódicas com discussão de casos clínicos e participação em cursos de atualização de protocolos de tratamento auxiliam no estabelecimento das melhores práticas. Para a fisioterapia respiratória, a instituição também conta com a prestação de serviço de duas equipes. O objetivo desta modalidade é prevenir complicações pulmonares e/ou promover a melhora da ventilação pulmonar, garantindo o bem-estar do paciente e a redução do tempo de internação. Atuam com foco multidisciplinar para evolução positiva do quadro clínico dos pacientes e utilizam protocolos de atendimento para garantir ações padronizadas com base científica. Promovem melhorias de práticas através do levantamento de dados em reuniões da equipe e da participação em cursos e treinamentos. Fonoaudiologia O atendimento fonoaudiológico contempla iniciativas na prevenção de situações como o risco clínico da broncoaspiração, o diagnóstico da surdez neonatal, participação em visitas multiprofissionais, avaliações especializadas, quando solicitadas, e apoio nas unidades de terapia intensiva de adultos, pediátrica e neonatal. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 74 Psicologia 3. Processos de apoio O atendimento psicológico contribui para que os pacientes sejam ajudados a aderir ao tratamento da doença, fortalecendo-os a lidar com tal estado, diminuindo o sofrimento psíquico. Esta intervenção é realizada de forma interdisciplinar, ou seja, considerase como muito importante as demandas dos médicos, da enfermagem e dos demais profissionais que lidam diretamente com o paciente. Desde 2013 o serviço de Psicologia hospitalar foi implantado com a finalidade de oferecer atendimento psicológico aos pacientes englobando os adultos, adolescentes, crianças e os familiares dos mesmos, e também os responsáveis pelos bebês internados. Serviço de diagnose e terapia Pronto-Socorro O Pronto-Socorro conta com plantão presencial e permanente em clínica geral e cirúrgica, pediatria, ortopedia, cardiologia, ginecologia e obstetrícia, com realização de exames radiológicos e de laboratório nas 24 horas do dia. Nas áreas de urologia, neurologia, hematologia e neuropediatria, o PS do Vera Cruz dispõe de médicos de plantão à distância. O sistema de acolhimento imediato define o grau de gravidade de cada paciente baseado em parâmetros internacionais, agilizando as prioridades e maximizando a segurança em benefício de todos. O serviço conta com estrutura para realização de diagnósticos por imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética) e hemodinâmica. Em 2014 foi criada a Gerência Médica do ProntoSocorro, que atua diretamente junto aos médicos e coordenadores de equipes de atendimento de urgência e emergência, acompanhando fluxos, processos e resultados, servindo de interface e orientando protocolos clínicos e institucionais. Interage com outras áreas como Gerenciamento de Leitos e diversos setores do hospital, tanto assistenciais quanto administrativos, e principalmente planeja, juntamente com a gerência e coordenação de enfermagem do setor, ações de melhorias nos diversos processos e demandas do atendimento. Seleciona e acompanha os profissionais médicos que atuam no PS. Em 2014 foi criada a área de observação do ProntoSocorro Adulto, com equipe multiprofissional exclusiva para fornecer melhor atenção aos pacientes que necessitem de cuidados, definição diagnóstica para internação ou alta. Para 2015 o desafio é a implantação do prontuário eletrônico desde o acolhimento do paciente. Esta modalidade de assistência contempla diagnóstico e/ou terapia por exame de imagem (ressonância nuclear magnética, equipamentos de tomografia, ultrassonografia, mamografia e densitometria óssea); análises clínicas; hemoterapia; hemodinâmica; câmara hiperbárica; endoscopia digestiva; colonoscopia; broncoscopia; ambulatório de curativos e terapia medicamentosa, ambulatório de especialidades médicas, como cirurgia vascular, urologia, pneumologia e cirurgia geral. Para realização de procedimentos de diagnose e terapia, o hospital dispõe com serviços e recursos próprios e parcerias, contando estrutura e equipamentos no hospital para apoio aos processos principais, conforme detalhado anteriormente (Perfil). Nutrição O departamento de Nutrição e Dietética (DND) é conduzido por profissionais de nível superior que realizam avaliações nutricionais e prescrição de dietas especiais (diabético, cardiopata, nefropata, etc.) e dietas enterais. Este setor é responsável pela elaboração e distribuição de refeições para pacientes e manipulação de fórmulas lácteas e dietas enterais em sistema fechado no lactário. Todos os profissionais recebem capacitação periódica para as atividades que realizam. Em 2011, a equipe de nutricionistas realizava a segunda parte da Triagem Nutricional em pacientes com terapia intensiva adulto (UTI adulto e UTI cardio), expandindo para algumas unidades de internação (2º e 3° andares da Ala C), e em 2015 expandiu para todas as unidades de internação. O objetivo foi avaliar o risco nutricional individualmente de cada paciente, além de fornecer refeições adaptadas às necessidades dos pacientes, com segurança alimentar, prestando um atendimento eficiente para contribuir com uma adequada evolução clínica. A coordenação do DND também é responsável pelo gerenciamento da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), na qual os indicadores referentes ao DND são acompanhados periodicamente. Os indicadores analisados na área de produção são: sobra limpa, não conformidades com fornecedores e avaliação de satisfação geral do paciente. Na área clínica, são acompanhados o número de atendimentos Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 75 nutricionais e as taxas de avaliação objetiva e subjetiva. de Infecção Hospitalar (PCIH). Podemos mencionar melhorias de diversos processos e práticas com ações para qualificação do quadro de profissionais, implantação de kit para orientação nutricional de alta em pacientes com dieta enteral. Os indicadores que proporcionam a análise de tendência e a avaliação do desempenho do serviço são: taxas de IRAS (infecções por topografia; incidência de uso de dispositivos invasivos; incidência das infecções por unidade); análise microbiológica; perfil de resistência aos antimicrobianos; microbiota por unidade; taxa de infecção em cirurgias, número de horas de treinamento/ ano; e taxa de consumo de antimicrobiano. Implantação do Protocolo de níveis de atendimento nutricional visando melhoria de assistência nutricional aos pacientes internados, priorizando aqueles com maior risco. Também foi implantado o porcionamento e distribuição do Leite Materno Ordenhado (LMO) pelo Lactário, visando maior segurança no preparo do leite materno, em uma área própria e com processos preestabelecidos. O acesso às informações dos diversos setores, pelo sistema TASY, possibilitou o refinamento no cálculo de indicadores, como a introdução de paciente/dia exposto ao risco, relatório de IRAS e relatório de resultados parciais de cultura. Alteração do Protocolo do teste de resíduo gástrico em paciente com dieta por sonda nasoenteral, visando a mensuração de resíduo gástrico, otimização da terapia nutricional e prevenção de riscos relacionados. Para a análise de desempenho utilizamos como referencial comparativo os dados do CVE. A análise de tendência é feita por meio do histórico das taxas de IRAS. Desde 2014 um alerta do sistema às 6h e às 13h comunica ao DND sobre aniversário de pacientes internados. A nutricionista avalia a dieta que está prescrita e prepara bolo para o lanche da tarde, acompanhado com uma velinha, como forma de humanizar a assistência ao cliente e seus familiares. As ações para melhoria de práticas e procedimentos são planejadas conforme as necessidades levantadas por meio da análise dos Indicadores de IRAS ou por levantamento de necessidades específicas; e através de mudanças em protocolos de referência, diretrizes governamentais e boas práticas em prevenção de IRAS. Para 2015 o quadro de nutricionistas será ampliado para realização de triagem nutricional em todos pacientes internados, visando a assistência nutricional aos pacientes com maior risco, de modo a prevenir piora do paciente ou prolongamento de internação provenientes da desnutrição ou má nutrição. Também será elaborado o protocolo de jejum. O Sistema TASY possibilitou a criação do ALERTA CCIH, permitindo um refinamento na prevenção e controle de IH. Desde os procedimentos de internação, este recurso informa a equipe de enfermagem e recepção da necessidade de se adotarem medidas de bloqueio e precaução junto a pacientes portadores de microrganismos de relevância epidemiológica. Desta forma, previnem-se infecções e a disseminação de microrganismos multidroga-resistentes, minimizando os riscos de transmissão cruzada de microrganismos e a instalação de surtos intra-hospitalares. Controle de Infecção Hospitalar A Comissão de Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar (CCIH) atua em conformidade com a Portaria 2616/98 do Ministério da Saúde, estruturada de acordo com referenciais do Centers for Disease Control and Prevention (CDC); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). O Serviço de Controle e Prevenção de Infecção Hospitalar (SCIH) é atuante dentro da instituição nas práticas de gestão, prevenção e controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), conforme as orientações da CCIH. O objetivo deste serviço é a redução das IRAS por meio da prevenção com base no Programa de Controle Hotelaria/Higiene Hospitalar Desde julho de 2012 os processos de higiene hospitalar foram incluídos em uma nova estrutura denominada Hotelaria Hospitalar, visando ampliação e integrações de ações de hotelaria e higiene, com aprimoramento das técnicas de limpeza e desinfecção padronizadas pelo SCIH com objetivo de reduzir a contaminação ambiental e manter limpas e higienizadas todas as instalações e ambientes do Hospital Vera Cruz. Para que essa meta seja alcançada, o departamento realiza vistorias nos ambientes após os procedimentos de higienização com base em um checklist. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 76 Como melhoria do serviço, em setembro de 2011 foi contratada uma analista de hotelaria com foco na gestão de liberação dos leitos, garantindo maior agilidade às demandas geradas pelo checklist. A capacitação dos profissionais do departamento de Hotelaria é realizada através de treinamentos teóricopráticos relacionados à higiene ambiental e à execução de técnicas para limpeza concorrente/terminal e coleta seletiva de resíduos, desenvolvidos internamente ou em parceria com os fornecedores. O SCIH é responsável pela capacitação nos temas de higienização das mãos, protocolo de precaução e gerenciamento de resíduos, bem como pela padronização e orientação sobre uso dos produtos utilizados na desinfecção e higienização de pisos e superfícies. O tempo e o número de colaboradores envolvidos nos processos das limpezas concorrente, extra e terminal são monitorados através de indicadores específicos, coletados a partir do checklist realizado ao fim de cada atividade. Outros indicadores são realizados para acompanhamento da qualidade dos processos e desempenho dos colaboradores (cumprimento dos procedimentos padronizados), também sobre volume de resíduos gerados/mês e nível de satisfação dos clientes internados com a higiene da acomodação. O serviço de hotelaria interage diariamente com outros setores, avaliando a previsão de altas, programação de internações, as ações de manutenção e a ocupação hospitalar, visando otimizar ações para agilizar a liberação e disponibilização de leitos. Em 2014 os estudos e análises para terceirização da lavanderia foram retomados, com visitas a empresas selecionadas e pesquisas com instituições clientes. Para 2015 a terceirização será efetivada após adequações de equipes e de infraestrutura e a rouparia passará a fazer parte do serviço de Hotelaria. A rouparia hospitalar do Hospital Vera Cruz é responsável pelo processamento de todos os itens de tecido reutilizados (enxoval para pacientes internados e uniformes de colaboradores), na quantidade estabelecida, no tempo adequado e com segurança. Os processos sob responsabilidade deste serviço são: coleta da roupa suja na unidade geradora; pesagem por centro de custo; envio da roupa suja a lavanderia terceirizada, recebimento da roupa limpa da lavanderia terceirizada, embalagem e distribuição. Conforme o grau de contaminação, há fluxos específicos que estão descritos no manual de procedimento operacional padrão do setor. Para avaliação de desempenho, o setor gera indicadores referentes ao resultado do trabalho, como a quantificação de itens processados (em quilogramas), distribuição de roupa limpa por posto e solicitação extra de roupa. O inventário do enxoval é realizado semestralmente. As etapas do processo são analisadas individualmente e como um todo e as necessidades observadas são registradas para o desenvolvimento de ações que promovam melhoria de práticas. Os dados obtidos pela elaboração do inventário geram a taxa de evasão, usada no planejamento de ações visando à redução desse percentual. Como parte do plano de implantação da NR32, em abril de 2010 foi inaugurado o novo vestiário de colaboradores, com instalações modernas e rouparia, que passou a oferecer os uniformes higienizados na própria empresa. Os processos de confecção, costura e bordados das roupas são compartilhados com a Gerência de Serviços. Ouvidoria O serviço é ligado ao departamento de Qualidade e iniciou suas atividades em 1997 para oferecer canal de comunicação com clientes e gerar subsídios para análise e ações de melhoria contínua, conforme diretrizes e políticas de qualidade da organização. A Ouvidoria é responsável pelo gerenciamento de ações de busca ativa (pesquisa com pacientes internados) e atendimentos receptivos (por telefone, pessoalmente ou por internet via site do hospital e e-mail do setor). Recebe também encaminhamentos triados pela equipe da central de atendimento ou de outros setores do hospital. As manifestações via site são direcionadas ao e-mail da Ouvidoria. Todas as manifestações são analisadas e tabuladas em banco de dados, gerando subsídios para avaliação de processos e atendimento dos diversos departamentos e fundamentação na tomada de decisões. Desde 2013 a Ouvidoria é responsável por interagir com a CAD – Central Ativa de Documentos – para encaminhar via sistema as solicitações de cópias de prontuários e realiza a entrega conforme fluxos e diretrizes estabelecidas. A partir da implantação do novo sistema de informática em 2011, o banco de dados da Ouvidoria foi aprimorado, com um módulo que permitiu aperfeiçoamento no arquivamento de documentos digitalizados. Este mesmo recurso também aprimorou os alertas aos diversos departamentos, informando a abertura de ocorrências. A Ouvidoria atua como apoio junto à Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 77 assessoria de imprensa, bem como na apresentação do hospital aos clientes internos e externos, parceiros, convênios e outros segmentos da sociedade interessados em conhecer o Hospital Vera Cruz. com equipe de jovens aprendizes com funções de suporte dos procedimentos de internação, acolhimento e acompanhamento de pacientes de internações eletivas e visitantes. As pesquisas aplicadas a todos os pacientes internados geram importantes informações e dados para acompanhamento do nível de satisfação. Visando aumentar a taxa de devolução da pesquisa, desde 2011 o cliente recebe orientação específica no processo de internação sobre a importância e finalidade do instrumento. Em 2014 o hospital realizou em paralelo pesquisa com pacientes após alta, através de empresa especializada. O setor de Recepção e processos internos mantém rotinas administrativas baseadas em regras financeiras e dos diversos convênios, necessárias ao faturamento hospitalar. Em sua participação no Projeto Nascer, bem como nos contatos durante as visitas com gestantes e visitas a pacientes internados, a equipe da Ouvidoria orienta e estimula a participação dos clientes através da pesquisa de satisfação. Em 2014 a média da taxa de retorno foi 24,55%. Recepção e Processos Internos Este setor tem por objetivo recepcionar e atender pacientes, acompanhantes e visitantes, nos diversos setores do hospital, identificando necessidades, orientando e realizando encaminhamentos necessários e realizando o processo de abertura do atendimento no sistema informatizado. As equipes de recepção realizam cadastro e identificação de pacientes com crachás e pulseiras, conforme regras estabelecidas, visando garantir o adequado controle de acesso, com boas práticas de acolhimento e hospitalidade. Para garantir o cumprimento de sua missão, o setor de Recepção busca em conjunto com o RH a seleção de candidatos com perfil adequado, programa integração de novos colaboradores e treinamento técnico e comportamental para a correta aplicação dos padrões de trabalho e de atendimento estabelecidos. A partir da implantação do sistema ERP, com adoção da entrada única do paciente, a área de Recepção interage direta e continuamente com outras equipes, como acolhimento e enfermagem do PS, das alas de internação, centro cirúrgico e centro obstétrico. Interage diretamente com gerenciamento de leitos, hotelaria, Ouvidoria, central de agendamentos e autorizações para agilizar fluxos de atendimento dos pacientes. Ações de melhorias são desenvolvidas, destacando-se o aprimoramento de checklists para acompanhamento de etapas e tempos de atendimento, implantação dos cargos de analistas de processos de recepção. Conta Os principais indicadores utilizados neste setor são: tempo médio de internação eletiva (TMIE); tempo médio de internação de urgência (TMIU); tempo médio de alta (TMA); tempo médio para liberação de internação (TMLI). Os indicadores de internação por idade e por especialidade, tipo de acomodação e convênio também são acompanhados para organização e otimização dos leitos do hospital. As ações para melhorias são realizadas conforme indicadores dos checklists, alertas do sistema, resultado das pesquisas de satisfação aplicadas a clientes internados e outras ocorrências geradas na Ouvidoria e Faturamento Hospitalar. Em 2014 uma importante melhoria foi realizada com alertas específicos quando da geração de cadastros incompletos e com adequações de parâmetros no sistema para aprimoramento da taxa de ocupação e fluxos de pacientes internados inicialmente em ala de apoio cirúrgico eletivo. Contas Hospitalares Planejada no fim de 2014, após análises com foco estratégico, a área de contas hospitalares integra os setores Central de Convênios e Autorizações, Auditoria, Central Ativa de Documentos e Faturamento, responsável pelos processos relacionados a contas hospitalares. - Central de Convênios: responsável pelo agendamento e autorizações de procedimentos eletivos ambulatoriais e internados, também de autorizações de procedimentos realizados no decorrer da internação dos pacientes. - Faturamento: responsável pelo fechamento de contas, conforme prazos e regras estabelecidos, visando garantir o faturamento hospitalar dentro do previsto, com máximo aproveitamento dos serviços prestados. - Auditoria Interna: área responsável pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento de ações com Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 78 foco na redução de perdas financeiras decorrentes dos procedimentos e rotinas de trabalho das áreas assistenciais. As ações mais relevantes desenvolvidas pelo serviço são: • • • • • • • • Educação permanente ministrada pelas enfermeiras do setor aos médicos, equipe de enfermagem e auxiliares de escritório, quanto ao preenchimento correto do prontuário, apontando e corrigindo possíveis não conformidades; Pré-análise da Conta Hospitalar para conferência de todos os registros em prontuário do paciente, comparando-os com os itens da conta hospitalar de forma que as cobranças sejam realizadas adequadamente de acordo com o que foi efetivamente utilizado durante a internação. Neste processo, são identificados os itens que não estão na conta do paciente e que devem ser cobrados, bem como os itens cobrados incorretamente, sendo assim excluídos da conta; Atendimento aos auditores externos (dos convênios atendidos pela instituição) pelas enfermeiras do setor, com interface e esclarecimentos referentes às cobranças em conta hospitalar, ratificando os registros em prontuário do paciente e os protocolos estabelecidos na instituição; Elaboração dos recursos de glosa indicados pelo setor de Contas a Receber; Parcerias com os convênios através de negociações justas e transparentes com a equipe de auditores externos; Interação adequada e conhecimento apurado dos processos de trabalho das equipes de enfermagem e médica do hospital, trabalhando em parceria com a área assistencial; Identificação de erros recorrentes nos processos de trabalho das áreas assistenciais que impactam na área financeira, com orientação dos devidos gestores para revisão dos processos e orientação das equipes envolvidas; Participação em diversos grupos de trabalho da instituição, como: COPAMH (Comissão de Padronização de Artigos Médico-Hospitalares), GELF (Grupo de Estudos em Lesões e Feridas), GCAV (Grupo de Cuidados em Acesso Vascular), Comissão de Revisão de Prontuários. Para o monitoramento de resultados da auditoria interna, são utilizados relatórios com o desempenho do setor e apresentados mensalmente à gerência da área. Destacam-se os seguintes indicadores: Valor total de glosa pré-faturamento; Percentual de glosa; Valor total de ajustes positivos e negativos realizados nas contas hospitalares; Produtividade do setor. - Central Ativa de Documentos: responsável pela conferência, organização, montagem e arquivamento dos prontuários dos pacientes internados, bem como das fichas de atendimentos de pronto-socorro e ambulatórios cirúrgicos. De forma abrangente, oferece suporte à área administrativa nos aspectos legais relacionados ao registro dos atendimentos prestados aos pacientes. As principais atividades realizadas pelo setor envolvem: • • • Conferência de todos os impressos do prontuário para detectar desvio de documentos; Abordagem dos médicos para registro de pendências em impressos do prontuário, objetivando manter a qualidade exigida para o mesmo; Preparação de documentos e cópias de prontuários a serem entregues ao paciente ou responsável legal, conforme legislação vigente, cumprindo rigoroso fluxo previsto para o sigilo das informações. Os prontuários são arquivados de modo que estejam disponíveis de acordo com o caráter do pedido, rotina ou urgência, atendendo à demanda dos clientes internos e externos do Hospital Vera Cruz. O prontuário completo e adequado responde como um importante indicador de qualidade hospitalar. O setor é responsável pelo envio de relatório mensal ao Ministério da Saúde, sobre internações hospitalares, atendendo a disposições legais. Para monitorar os resultados da atividade do setor, são levantados mensalmente dados estatísticos referentes às internações hospitalares que subsidiam a elaboração de planos de ação para minimizar as não conformidades relacionadas ao preenchimento dos prontuários. Suprimentos O departamento é subdividido em cinco áreas: Compras, CAF, Almoxarifado Central, OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) e Central de Recebimento de Notas Fiscais, e tem como principal objetivo garantir o abastecimento/ressuprimento do hospital. Para o sucesso do serviço é fundamental a obtenção de informações fidedignas por meio do sistema informatizado. Com base nos dados obtidos, inicia-se um processo composto por: • avaliação do inbound (aquisição dos itens provenientes de fornecedores diversos através de Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 79 • • cotações previamente qualificadas, administradas por sistema híbrido de reposição, como planejamento das necessidades materiais, ponto de pedido e estoque mínimo); armazenamento (recebimento e guarda dos insumos com práticas e fluxos definidos conforme preconizado por normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA); outbound (expedição interna e abastecimento dos diversos subestoques dispostos em locais estratégicos). Em 2014 a Política de Compras foi estruturada e vem sendo implementada com a finalidade de estabelecer critérios de aquisição fundamentada na segurança e na otimização dos recursos financeiros relacionados a itens estocáveis. e hierarquicamente às atividades hospitalares. O setor de Farmácia tem como objetivo gerenciar e dispensar os medicamentos e materiais corretos, ao paciente correto, em via de administração e horário corretos, conforme prescrição médica; garantindo a integridade dos insumos, desde sua aquisição até sua administração. Para tanto, o setor: • • • A entrada de novos produtos é avaliada pela Comissão de Padronização de Produtos Médico-Hospitalares (COPAMH), composta por integrantes do setor de Suprimentos, SCIH, SESMT, Auditoria, Farmácia, Enfermagem. O laudo técnico é o documento que orienta a realização das análises técnicas e qualifica (ou não) o produto em avaliação. Esse instrumento contempla desde 2011 o parecer de áreas técnicas, conforme a área de conhecimento (qualificação de fornecedor e fabricante, avaliação de registro ANVISA, avaliação de segurança do profissional, verificação de viabilidade financeira). Como melhoria, foi implantado o indicador de giro de estoque (GE) com a finalidade de monitorar o valor investido no estoque e sua utilização. Com base na Política de Gestão de Fornecedores, foi elaborado um novo Manual de Relacionamento com Fornecedores contendo diretrizes básicas de direitos e deveres das partes interessadas, além de estabelecer critérios mínimos para fornecimento ao hospital. Elaborou-se um checklist de recebimento de materiais com diversidade específica de diversas áreas relacionadas com o objetivo de avaliar e pontuar através de critérios específicos. As melhorias de práticas são embasadas na avaliação dos indicadores de desempenho para alteração e/ou inclusão de processos e realização de treinamentos específicos. A monitorização dos fornecedores é realizada através da análise dos dados dos checklists de recebimento, que geram a performance do fornecedor. Além dos resultados das visitas externas aos fornecedores críticos. Farmácia A Farmácia Hospitalar é uma unidade clínica de assistência técnica e administrativa, integrada funcional • • • • • Seleciona medicamentos e materiais hospitalares juntamente com a Comissão de Farmácia e Terapêutica e Comissão de Padronização de Artigos Médico-Hospitalares; Gerencia apropriadamente os estoques, além de executar as atribuições e tarefas ao controle físico e contábil necessário à prestação de contas do hospital; Armazena de forma adequada os medicamentos e materiais, seguindo normas técnicas, a fim de preservar a qualidade; Estabelece um sistema racional de distribuição de medicamentos e materiais, garantindo a sua rastreabilidade; Fraciona formas sólidas e líquidas para uso oral de medicamentos; Fraciona formas líquidas para uso parenteral de quimioterápicos; Gerencia a liberação de antimicrobianos de largo espectro em conjunto com o SCIH; Controla, conforme legislação específica, medicamentos sujeitos a controle especial que provoquem dependência física ou psíquica. Os indicadores que auxiliam na análise de tendência e na avaliação do desempenho são: horas de assistência do farmacêutico por paciente-dia; taxa de erro de dispensação (quase erro avaliado na conferência das tiras); índice de prescrições avaliadas; índice de RAM (reação adversa a medicamentos); produtividade farmácia (Índice de medicamentos dispensados); produtividade quimioterapia (bolsas manipuladas); taxa de prescrições avaliadas; taxa de erro de inventário (TEI); e taxa de intervenções farmacêuticas. As ações para melhoria de práticas e desempenho são planejadas conforme as discrepâncias em relação aos indicadores utilizados. Como exemplo, foi realizada a reestruturação da área física da farmácia, com foco na ergonomia, agilidade e segurança dos processos. Também foi implantada a avaliação farmacêutica da prescrição médica, com os objetivos de acompanhar e detectar não conformidades, orientar e auxiliar médicos e enfermagem nas dúvidas e solicitações. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 80 O serviço de Farmácia implantou em 2011 a Farmacovigilância, como forma de melhorar seus processos e aumentar a segurança ao paciente. No mesmo ano, foi criada a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) com o objetivo de separar os materiais hospitalares e medicamentos necessários ao atendimento do paciente, por meio da centralização e distribuição de insumos. Em 2014 foi implantada a Farmácia Clínica, cujo objetivo é assegurar que o uso de medicamentos seja seguro e apropriado. O Hospital Vera Cruz conta com 02 (dois) farmacêuticos clínicos, que atuam nos setores: UTI Adulto, Oncologia/Hematologia e Clínica Médica. Participam de segunda a sexta-feira da visita multiprofissional, desenvolvendo apoio à terapêutica nas questões pertinentes, utilizando-se da aplicação de conhecimentos relacionados ao cuidado dos pacientes, através dos processos de: • • • • Avaliação farmacêutica da prescrição médica; Reconciliação Medicamentosa; Orientações de Alta Hospitalar; Validação de medicamentos próprios dos pacientes. O Hospital Vera Cruz também oferece a dispensação orientada de antineoplásicos orais aos pacientes em tratamento oncológico através de consulta farmacêutica individualizada, mediante agendamento prévio, para todo início de terapia, troca do esquema antineoplásico ou retorno para retirada de medicamentos para manutenção da terapia proposta. Todas as intervenções farmacêuticas são documentadas em prontuário. Para melhor atender às necessidades dos profissionais de saúde, está em desenvolvimento o SIM (Serviço de Informação sobre Medicamentos). Por meio deste serviço, os farmacêuticos pesquisam, analisam, avaliam e fornecem informações sobre medicamentos, auxiliando as equipes médicas e de enfermagem na tomada de decisões e dando suporte à comissão de farmácia e terapêutica, de forma a promover o uso seguro e racional de medicamentos. Segurança Patrimonial O serviço de Segurança Patrimonial do Hospital Vera Cruz é prestado por empresa terceirizada especializada no ramo de monitoramento e vigilância. De acordo com um contrato estabelecido, é de responsabilidade da empresa terceirizada o fornecimento de profissionais capacitados e habilitados para o desempenho das funções. Para a realização deste serviço, foi implantado um sistema de circuito fechado de TV composto por 96 câmeras distribuídas pelas instalações do hospital, monitoradas 24 horas. As imagens são armazenadas em software específico. O sistema fica instalado em sala protegida, com controle de temperatura. A função de monitoração é exercida por colaboradores da empresa terceirizada, prestadora de serviços. O controle das pessoas que circulam pelas instalações do Hospital Vera Cruz também é realizado por um sistema de ronda de vigilantes, com rota previamente traçada. O controle da rota é feito por um marcador eletrônico, tipo bastão, ativado em pontos predefinidos. Os dados são descarregados via rádio e o controle de execução é realizado via web em site específico. Como melhoria no controle de acesso ao hospital, foi instalada catraca na recepção central para realização de um projeto-piloto e interação com o sistema informatizado de visitantes. Como melhoria a partir de novembro de 2014, foi ampliada cobertura de controle de acesso de pessoas na área interna do Pronto Socorro, Adulto e Infantil. Relacionamento Médico Em 2013 foi criado o departamento de Relacionamento Médico a partir da necessidade de estreitar o relacionamento dos profissionais com a instituição, melhorando a comunicação e objetivando atrair novos médicos como um importante passo para o crescimento do hospital. Para alcançar os resultados, foram traçadas estratégias e planos de ação, com base em diretrizes de negócios. Como primeira ação, foram identificadas as especialidades com potencial para atrair novos médicos e, consequentemente, gerar resultados financeiros, principalmente através da otimização de uso do Centro Cirúrgico e Centro Obstétrico. Na estratégia traçada junto à diretoria, vários profissionais de Campinas nas especialidades de cirurgião geral e obstetrícia foram selecionados, visitados e receberam o convite para atuar no Hospital Vera Cruz. Um trabalho inovador e muito elogiado pelos médicos abordados. Para acompanhar a frequência e incidência de atuação, estatísticas mensais são elaboradas utilizando informações do sistema Tasy. O setor desenvolve importantes atividades, tais como: Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 81 • • • • • • • • • • • Geração e atualização de informações para manutenção do cadastro dos profissionais; Informações sobre os convênios e planos que são atendidos em parceria com o Hospital Vera Cruz; Orientação aos novos médicos nas diversas áreas administrativas e assistenciais; Habilitação para utilização do sistema de gestão (senhas para o TASY); Assessoria na obtenção de aventais personalizados; Distribuição e manutenção dos crachás; Divulgação dos trabalhos e atividades da Fundação Roberto Rocha Brito; Eventualmente, faz o envio de comunicados aos médicos; Orientação sobre confirmação da agenda cirúrgica através de e-mail e SMS; Integração com grupos de melhoria para gestão do corpo clínico; Divulgação sobre os benefícios oferecidos pelo hospital. Serviço de Manutenção e Infraestrutura O serviço de Engenharia de Manutenção conta com estruturas para a manutenção predial, elétrica e hidráulica, com equipe dimensionada ao perfil do hospital, incluindo profissional para cobertura 24 horas. As melhorias técnicas na infraestrutura visam atender às solicitações realizadas pelos diversos setores e realizar a manutenção preventiva programada, de forma a garantir as condições plenas de uso ininterrupto das instalações físicas, além de evitar desperdícios. As solicitações são geradas como OS (ordem de serviços) aberta no sistema TASY. Como indicador de desempenho mensal, o setor utiliza o número total de solicitações recebidas em comparação às executadas e produtividade por colaborador. Outro indicador acompanhado pelo serviço se refere ao consumo mensal de água e energia elétrica pelo total de internações no período e pelo total de atendimentos em pronto-socorro. Os principais planos de contingência e ações de segurança envolvem o Setor de Engenharia e Manutenção, por exemplo, em situações de abastecimento de água, energia elétrica, incluindo rigoroso controle e monitoramento dos geradores do hospital. Para melhoria de práticas, a gerência do serviço estabeleceu um processo de comunicação interna sobre as obras em andamento, possibilitando a ação de orientação pela Ouvidoria junto aos clientes de forma pró-ativa. Para o desenvolvimento dos colaboradores é solicitada, junto Desenvolvimento Humano, a participação em cursos de atualização profissional. As modificações relativas à reforma de planta física são analisadas pelos setores responsáveis e pelo SCIH e submetidas à aprovação da Vigilância Sanitária. A Gerência Jurídica orienta e assessora em todos os aspectos legais. O hospital conta com assessoria de profissional de arquitetura, que interage diretamente com o engenheiro de manutenção para aprovação e alinhamento dos projetos de reforma e ampliação da instituição, bem como na melhoria da ambiência hospitalar. Engenharia de Equipamentos O serviço de Engenharia de Equipamentos é realizado por uma empresa terceirizada, especializada em gestão, manutenção e correto uso dos equipamentos médico-hospitalares. Atua no desenvolvimento de protocolos de pré e pós-aquisição de novas tecnologias, controle de equipamentos em sistema de comodatos e locados. Promove o uso racional dos recursos materiais e humanos por meio da análise de custos e treinamentos de operadores e técnicos, interagindo com gestores e comissão de gerenciamento de risco para otimização de ações. Na área de segurança, registra e realiza a investigação de acidentes envolvendo os equipamentos médicohospitalares. Todas as intervenções executadas nos equipamentos médico-hospitalares são registradas no software de gerenciamento SISCOWEB. O histórico de manutenção dos equipamentos médicohospitalares é um importante auxílio nas soluções da maioria das ocorrências, diminuindo o tempo médio de entrega, evitando esperas e custos desnecessários. O setor acompanha os seguintes indicadores de desempenho: porcentagem de equipamentos com serviços programados executados em relação ao planejado; porcentagem de equipamentos com serviços programados executados em relação ao planejado externo; porcentagem do índice de disponibilidade (carro de anestesia, mesa cirúrgica, foco cirúrgico de teto, autoclave/lavadora); pesquisa de satisfação do cliente; porcentagem de manutenção corretiva externa com retorno em até 40 dias; porcentagem de pendências concluídas. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 82 Os indicadores descritos acima fornecem subsídios para análise das não conformidades e elaboração de planos de ação visando à melhoria de processos que se apresentam com falhas. Tecnologia da Informação (TI) O setor de TI tem por função proporcionar uma adequada infraestrutura de sistema de informação, fornecendo o suporte necessário para suas aplicações dentro do ambiente corporativo. Atua em parceria com diferentes setores da instituição em busca permanente do aperfeiçoamento dos procedimentos com o apoio da informática. Propicia o aumento da competitividade, reformulando a maneira como os produtos e serviços atendem às necessidades dos usuários. Para cumprimento dos objetivos, o serviço de TI pesquisa e investe em recursos tecnológicos que garantem a segurança da informação e a disponibilidade de uso de todos os recursos oferecidos, bem como em novos produtos de hardware e software. A substituição do sistema informatizado da instituição em março de 2011 representou um marco estratégico para viabilizar a aplicação de novas tecnologias, como o prontuário eletrônico. Outro investimento relevante neste setor é a qualificação do pessoal para suportar um ambiente em constante desenvolvimento no mercado atual. Um indicador de desempenho utilizado como parâmetro na área de TI é a verificação do índice de investimento em tecnologia da informação para o segmento SaúdeServiços. As ações de melhoria são realizadas com fundamentação nas necessidades e satisfação dos usuários em relação aos recursos tecnológicos disponibilizados, por exemplo, com a troca de equipamentos, atualização dos modelos dos monitores, aumento do número de máquinas e de impressoras, com tomada de decisões que consideram o bemestar e a satisfação dos colaboradores e também os parâmetros e tendências de mercado. Em 2014 houve melhoria no processo de backup que é realizado em uma sala à parte do setor de TI, com guarda exclusiva e diária em cofre e também na consolidação de servidores, reduzindo de 3 servidores para 1 servidor, gerando economia de energia e espaço no local. Central de Materiais e Esterilização (CME) A Central de Materiais e Esterilização é um setor de apoio técnico destinado ao fornecimento de artigos desinfetados ou esterilizados para a prestação da assistência à Saúde. O serviço é centralizado, com expurgos setoriais para a coleta de materiais e duas unidades-satélites, localizadas no 5º andar (próximo ao centro cirúrgico) e 1º andar (para atender à desinfecção química), em decorrência da demanda e da estrutura vertical do hospital. A unidade-satélite (UDAN – Unidade de Desinfecção de Alto Nível) localizada no 1º andar junto ao Ambulatório passou a integrar a CME em 2011, como parte das melhorias dos procedimentos de desinfecção química de alto nível. Desta forma, este processo foi totalmente centralizado nesta área, incluindo o reprocessamento de endoscópios digestivos e respiratórios. Em relação à área física, o projeto da CME segue a Resolução de Diretoria Colegiada da ANVISA n° 50, que compreende barreiras físicas e circulação restrita. A CME é responsável por realizar o processamento de artigos contaminados, o encaminhamento e recebimento de materiais esterilizados por óxido de etileno em empresas terceirizadas, a distribuição dos artigos às unidades prestadoras de assistência, o controle de qualidade dos artigos para substituição/ reposição de materiais, entre outras atividades. O setor é responsável pela coordenação da Comissão de Reprocessamento de Produtos para Saúde, como um anexo da COPAMH, destinado à avaliação da viabilidade de reprocessamento de artigos odontomédico-hospitalares, subsidiando tecnicamente a diretoria nas tomadas de decisão. Outros integrantes deste grupo são as coordenações da auditoria, centro cirúrgico e enfermeiras do SCIH. Em 2011 a CME investiu na instalação de um moderno sistema de tratamento de água por osmose reversa, evitando a recontaminação dos artigos desinfetados, aumentando a segurança da termodesinfecção e esterilização, bem como a vida útil dos instrumentais e autoclaves. Outro investimento importante foi feito na substituição do equipamento Sterrad por uma unidade com o dobro da capacidade do anterior. Para melhorar limpeza e desinfecção, foram instituídos protocolos para qualificação por amostragem. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 83 O serviço de engenharia de equipamentos/ engenharia clínica realiza manutenções preventivas e/ou corretivas e acompanha os serviços de manutenção das empresas contratadas junto aos próprios fabricantes. A CME do Vera Cruz é certificada em nível Diamante pela 3M do Brasil, o que representa o atendimento pleno das mais sofisticadas exigências relacionadas às práticas de controle de esterilização e rastreabilidade dos produtos utilizados. Esta certificação constitui um indicador de segurança e seriedade nos serviços prestados pelo Hospital Vera Cruz aos seus clientes. Para avaliação de desempenho, são utilizados indicadores de produtividade e indicadores de processos e resultados. Em decorrência das aquisições tecnológicas e da instituição de melhorias de práticas, a CME passou por grandes reestruturações em 2011. Com isso, houve a modificação da maioria dos processos de trabalho, documentada nos CPPs. Cita-se uma importante interação deste serviço com o setor de custos para análise do custo do reprocessamento de materiais permanentes versus uso de materiais descartáveis. Gerenciamentos de Leitos Criado em 2014 a partir de diretriz estratégica, para que o hospital alcance a maior produtividade possível, mantendo seu nível de excelência na assistência à saúde. Com essa finalidade, é necessário absorver a demanda oriunda do pronto-socorro sem provocar interferência na agenda cirúrgica eletiva. O objetivo geral do setor é aumentar a capacidade virtual do hospital pelo aumento da eficiência da estrutura atual sem criação de novos leitos. Os objetivos específicos do Gerenciamento de Leitos são: • • • • Aumentar o giro de leito hospitalar e a produção cirúrgica. Aumentar o giro de leito das UTIs, priorizando a saída dos pacientes em condição de transferência para a ala de internação. Reduzir o tempo de espera para internação de urgência e a superlotação do PS ocasionada por pacientes que aguardam internação. Reduzir a média de permanência e diminuir o intervalo de tempo entre o pico das internações e o pico das altas, aumentando a eficiência dos processos de alta e de preparo do leito para nova internação. Para atingir esses objetivos, o setor estabelece prioridades e fluxos descritos em protocolos, faz “rounds” diários nas unidades de internação (1x por dia) e no PS (2x por dia). Também coordena a utilização do apoio cirúrgico, que funciona como uma unidade de admissão cirúrgica. Com isso, o paciente só será internado na acomodação definitiva após a cirurgia, que acontece após o pico das altas hospitalares. Outra atividade desenvolvida pelo setor é a Reunião de Longa Permanência, que discute em ambiente multidisciplinar as estratégias de desospitalização dos pacientes internados há 15 dias ou mais. O Gerenciamento de Leitos conta com equipe administrativa e de analista com formação em enfermagem para interação com demais equipes assistenciais, sob acompanhamento de gerência médica específica, acompanha diversos indicadores para melhorias de fluxos e processos. Contas a Receber Setor que centraliza recebimento das cobranças referentes às faturas e recursos dos convênios, bem como os recursos relativos às glosas. O setor gera relatórios que medem e acompanham o indicador de Evolução das Contas a Receber, visando análise de todo o percurso da movimentação financeira, desde o faturamento até a finalização do recebimento da glosa e sua distribuição entre receita e honorário. Os riscos inerentes às glosas são minimizados através de acompanhamentos diários junto aos convênios, visitas para estreitar a parceria e busca de soluções aos problemas internos. O benchmarking para implantar as melhores práticas foi realizado junto a dois hospitais de referência em São Paulo e um em Campinas. Também foi possível conhecer o percentual aceitável de glosa das instituições visitadas e estabelecer referenciais para comparação com o percentual de glosa do próprio Hospital Vera Cruz. Outros relatórios ainda auxiliam a gestão: • • • Distribuição da glosa: possibilita visualizar os grupos (diárias, taxas, materiais, medicamentos, honorários) que são alvos de glosas pelos convênios; Relação de glosas efetivas e Recurso por setor responsável: permite identificar o setor responsável pela glosa, possibilitando ações corretivas e melhorias no processo interno; Contas a receber: contas a receber geral, com as Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 84 análises contendo os atrasos e antecipações de pagamentos. O Setor de Contas a Receber também é responsável pelas cobranças de faturas vencidas e recurso de glosa junto às operadoras, através de diretrizes implantadas em 2014, garantindo a eficiência nos prazos de recebimentos. Contas a Pagar Atua a partir de regras e normas instituídas para facilitar a gestão, tais como: • • • • • Pagamentos de títulos através de um único arquivo magnético gerado por sistema próprio, com redução do volume de cheques emitidos e despesas financeiras; Pagamentos com, no mínimo, 48 horas que antecedem ao vencimento, colaborando para o equilíbrio do fluxo de caixa. Para tanto, foi realizado um trabalho de conscientização nos setores em relação ao cumprimento dos prazos; Implantação da consulta via web do recibo de pagamento e os extratos contendo informações dos valores de repasse pela prestação de serviços, contemplando datas, pacientes, procedimentos, convênios, descontos e valor líquido a receber, minimizando o fluxo de pessoas no setor à procura das informações; Controle e informatização do fundo fixo, com regras definidas e termos de responsabilidade financeira. Para maior segurança, todos os pagamentos são controlados pelo sistema de gestão TASY e autorizados anteriormente por ordem de compra e/ou documento assinado pelas Gerências ou diretoria. Além disso, foi adotada a prática do registro do boleto no recebimento no sistema, pelo código de barras, para evitar retrabalhos de conferências e minimizar riscos de não pagamento no vencimento. do responsável pela internação é uma das ações que conduzem melhor a negociação, mapeando assim possíveis riscos e controlando os níveis de inadimplência. A secretaria faz a consolidação de todos os caixas das filiais. Com a implantação do sistema de gestão TASY, o setor de Secretaria adquiriu melhor consistência nos controles dos processos operacionais. Outra implantação importante foi a criação de pacotes para alguns procedimentos particulares, visando facilitar a negociação e fechamento de contas. Com a alteração no fluxo de altas dos pacientes internados, tivemos uma maior agilidade na liberação e acerto de valores. Por fim, ocorreu uma reestruturação física, na qual houve ampliação da área, para o atendimento personalizado para todos os clientes internos e externos, visando maior qualidade no serviço prestado. Relacionamento com convênio Em 2011 foi criado o departamento de Relacionamento com convênios, com os seguintes objetivos: • • • • • Tornar o relacionamento mais efetivo e parceiro com as operadoras de saúde; Aperfeiçoar a interlocução em negociações com operadoras e planos de saúde; Melhorar a gestão de pacotes; Buscar solução de problemas administrativos e operacionais (glosas, atrasos de pagamentos, entre outros); Disciplinar o fluxo das operações internas. Central de Atendimento Criado em 2011, o serviço conta com 13 colaboradores e atende cerca de 29.000 ligações por mês para desdobramento dos seguintes serviços: Secretaria Atua com foco principal nas contas particulares, além do atendimento personalizado ao cliente. Os orçamentos descritos por itens facilitam o entendimento do que está sendo cobrado e permitem uma negociação prévia, onde são informadas todas as diretrizes do processo financeiro. • • • • Os resultados na secretaria, desde janeiro de 2009, são monitorados por indicadores de produtividade. Ao analisar estes índices, originam-se planos de ação visando melhores resultados. A pesquisa da situação • • Agendamento de exames e consultas ambulatoriais; Programação de visitas para consultores de vendas do plano VCAS; Informações gerais sobre o hospital, convênios atendidos, horários de funcionamento dos serviços, etc.; Triagem de ligações para encaminhamentos a outros departamentos, conforme a demanda; Informações sobre os diversos aspectos do plano de saúde VCAS; Agendamento de consultas pré-anestésicas para Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 85 • • • os pacientes agendados no Hospital Vera Cruz; Envio de confirmação e orientação formal para exames de endoscopia, colonoscopia e broncoscopia; Autorização de guias de exames para a VCAS; Envio de SMS para confirmação de consultas no Centro Clínico; Agendamento e confirmação dos exames e consultas de unidades externas: • • • Centro de Medicina Diagnóstica: exames de imagem, preventivos e cardiológicos; Centro Clínico: consultas nas especialidades médicas atendidas no local; Clínica Médica: exames cardiológicos no hospital para VCAS e outros convênios. O setor é responsável por gerenciar demandas do website enviadas via Fale Conosco para encaminhamentos às áreas envolvidas na análise e retorno aos clientes. Marketing e Comunicação Diante do grande turn-over dos profissionais das melhores agências de Publicidade e Relações Públicas na região, não se consegue obter dessas empresas uma fidelização, uma continuidade e até mesmo a criação de uma cultura que permita o acompanhamento adequado das necessidades comunicacionais internas e externas. Para tanto, optou-se pela criação de uma equipe própria com profissionais de marketing, publicidade e jornalismo para fazer parte integrante da instituição. Todos os trabalhos em sua fase de planejamento e criação são realizados internamente e os demais serviços como direção de arte, design, correção ortográfica, impressão, gravação de vídeos, gravação de áudio são realizados por fornecedores especializados. Desta forma, o Vera Cruz hoje obtém não somente qualidade e rapidez, quanto um profundo conhecimento dos temas que são tratados pela área de Comunicação, favorecendo uma melhor interação e integração entre todas as áreas e setores. proteção dos menores e idosos, compor conflitos visando melhor atender seu público e minimizar a ocorrência de demandas judiciais. No aspecto operacional a Gerência Jurídica é responsável pelo departamento de Cadastros e Contratos, que elabora e controla todos os cadastros de fornecedores e prestadores de serviços, pessoas jurídicas e/ou físicas que atuam na instituição subsidiando a operacionalização do atendimento nosocomial, comercial, contábil e fiscal da empresa. Além do cadastro, o setor elabora todos os contratos da instituição, internos e externos, desde a minuta inicial até a formalização, assumindo o controle de prazos e vencimentos, durante toda a sua existência até sua finalização, incluindo o devido arquivamento dos documentos físicos. Em 2014, como melhoria, o controle de contratos e documentos sociais e fiscais dos fornecedores e prestadores de serviços foi informatizado. O módulo de Contratos no TASY foi desenvolvido, implantado e orientado para promover maior participação dos gestores no acompanhamento direto de cada contrato, sendo importante ação no desdobramento e fortalecimento da Política de Fornecedores da instituição. Controle, análise e melhoria dos processos principais e de apoio A demanda constante por atualização e modernização no atendimento aos clientes e às exigências do mercado sugere sempre a criação de novos procedimentos ou serviços. A figura 7.3 apresenta um fluxograma desde a demanda de um novo processo até sua validação. Cadastro e contratos Em 2014 foi criada a Gerência Jurídica, que passou a englobar o suporte jurídico para assessoria direta à diretoria, gerentes e coordenadores de forma preventiva, com o objetivo de melhor contratualizar, atender satisfatoriamente a demandas de órgãos públicos de controle e fiscalização, promover a Figura 7.3 - Fluxograma de Processo Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 86 Para a implantação de um novo processo, seja principal ou de apoio, após a identificação de sua necessidade é feito o planejamento para definição de responsáveis e funções e execução de ações conforme prazos estabelecidos. Com a definição de objetivos, requisitos e indicadores do novo processo, os resultados obtidos são analisados de forma crítica para avaliação de alcance ou não das metas predeterminadas e identificação de problemas. Conforme a análises são propostas alterações para o melhor desempenho do processo. O controle dos processos é realizado em grupos de trabalho internos do Hospital Vera Cruz, para elaboração de protocolos de normas e rotinas para execução destes processos. O controle dos processos de apoio é realizado, conforme o organograma institucional, ou pelo diretor administrativo ou pelo diretor técnico-médico. Cada área de apoio possui um manual com orientações de rotinas e atividades diárias. Alguns processos de apoio foram terceirizados, como: manutenção de elevadores, segurança patrimonial (controle de portarias e segurança interna) e controle de pragas urbanas. E também controle da água. Os processos primários e os processos de apoio já sedimentados no Hospital Vera Cruz também são submetidos a avaliação constante, com o objetivo de identificar não conformidades seja pelo acompanhamento do gestor, por resultados ou auditoria internas ou notificações. As não conformidades são detectadas por meio da análise de indicadores, por manifestação de clientes (obtidas por meio da Ouvidoria e partes interessadas), notificações ao gerenciamento de risco e utilização de estratégias de benchmarking. As alterações mais recentes, em decorrência da análise crítica dos processos, estão descritas em suas respectivas áreas. Seleção dos fornecedores O setor de Suprimentos é o principal agente na gestão de fornecedores. É responsável por todas as etapas referentes à aquisição dos itens de consumo do hospital. O gerenciamento eletrônico possibilitou a criação de um banco de dados que permite e facilita a rápida obtenção de informações por todos os setores envolvidos. A cadeia de suprimentos é realizada em quatro etapas, conforme apresentado na figura 7.4. Figura 7.4 - Descrição das Etapas da Cadeia de Suprimentos Qualquer empresa poderá cadastrar-se para fornecer produtos para o hospital, devendo seguir os trâmites definidos para efetivação do fornecedor. A condição para inclusão no Cadastro de Fornecedores Qualificados é verificar a plena capacidade de fornecimento de produtos. O hospital estabelece critérios para selecionar e classificar livremente seus fornecedores, dentro de procedimentos predefinidos entre as áreas envolvidas, cabendo ao departamento de Compras e Gestão de Suprimentos do Hospital Vera Cruz a decisão quanto à efetivação da compra, seguindo as políticas de compras definidas pela Instituição. O responsável pela compra de materiais e produtos para saúde é o departamento de Compras, que tem por missão a aquisição desses produtos através de parceiros idôneos, avaliando a melhor relação custo-benefício. As cotações podem ser realizadas com qualquer fornecedor, porém, a efetivação da compra só será realizada após o processo de cadastro e análise das respectivas informações técnicas e comerciais dos produtos. Todos os produtos entregues passam por inspeção de recebimento, onde serão analisados critérios preestabelecidos de acordo com cada área e segmento dos produtos. Para avaliar e reduzir custos, periodicamente é realizada a análise da Curva ABC como referência para a criação de novas estratégias de negociação com os fornecedores. Esta ação tem mostrado resultados positivos, aumentando a flexibilidade por parte dos fornecedores e estabelecendo objetivos comuns para se alcançar as metas estabelecidas. Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 87 8. Resultados Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 88 TENDENDÊNCIA RESULTADOS ECONOMICO-FINANCEIROS** SINAL 2012 2013 2014 F ST D DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO R$ 0,35 Hospital Policlin 2014 X R$ 0,77 Hospital Policlin 2014 X R$ 0,71 Hospital Policlin 2014 R$ 0,01 Hospital Policlin 2014 X LIQUIDEZ GERAL R$ 0,73 R$ 0,79 R$ 0,79 LIQUIDEZ CORRENTE R$ 1,32 R$ 1,18 R$ 1,38 LIQUIDEZ SECA R$ 1,16 R$ 1,01 R$ 1,17 LIQUIDEZ IMEDIATA R$ 0,15 R$ 0,06 R$ 0,01 CAPITAL CIRCULANTE LIQUIDO (*) R$ 6.670 R$ 3.408 R$ 7.285 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS 40,46% 48,35% 56,93% PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS PRÓPRIOS 59,54% 51,65% 43,07% GIRO DO ESTOQUE 22 20 21 X PERÍODO MÉDIO DE COBRANÇA 44 33 34 X PERÍODO MÉDIO DE PAGAMENTO 27 17 15 MARGEM OPERACIONAL 4,20% 1,81% -3,37% TAXA DE GLOSA 0,55% 0,61% 0,44% LUCRATIVIDADE LÍQUIDA 3,24% 0,86% -2,58% X EBITIDA 6,72% 4,08% -0,31% X X X - indicador interno X - indicador interno X - indicador interno - indicador interno 40 Hospital Policlin 2014 X 47 Hospital Policlin 2014 X -1,27% Hospital Policlin 2014 8,74% Hospital Policlin 2014 X - indicador interno 6,37% Hospital Policlin 2014 2009 - O Hospital Vera Cruz fez grandes investimentos no período, com aquisição de imóveis para instalação de novos serviços, modernização das instalações e novos equipamentos, com vistas a atualização e incorporação de tecnologias mais avançadas. **Valores em milhares de reais TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS AOS CLIENTES E MERCADOS DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO 2012 2013 2014 TAXA DE SATISFAÇÃO GERAL DO CLIENTE 97,90% 96,90% 96,40% X 95,55% Média todos CQH/2014 TAXA DE INSATISFAÇÃO DO CLIENTE 2,10% 3,10% 3,60% X 4,45% Média todos CQH/2014 0,07 0,11 0,07 X - indicador interno TAXA DE FIDELIDADE 98,20% 97,81% 98,14% X - indicador interno ELOGIOS POR SAÍDAS 0,07 0,05 0,05 X - indicador interno TAXA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNADO COM A RECEPÇÃO 95,90% 96,20% 93,30% X 96,31% Média todos CQH/2014 TAXA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNADO COM A ENFERMAGEM 99,00% 99,30% 98,00% X 97,18% Média todos CQH/2014 TAXA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNADO COM O MÉDICO 99,40% 98,30% 98,30% X 97,43% Média todos CQH/2014 TAXA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNADO COM A ALIMENTAÇÃO 96,60% 96,10% 96,60% X 95,19% Média todos CQH/2014 TAXA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNADO COM A LIMPEZA 98,06% 94,90% 97,20% X 94,84% Média todos CQH/2014 TAXA DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNADO COM A ROUPARIA 98,90% 98,80% 98,40% 96,03% Média todos CQH/2014 62% 78% 85% RECLAMAÇÕES POR SAÍDAS RESOLUTIVIDADE DA OUVIDORIA SINAL F ST D X X - indicador interno Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 89 TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS À SOCIEDADE SINAL 2012 2013 2014 LIXO RECICLAVEL POR PAC. DIA - KG 0,98 1,78 2,10 LIXO CONTAMINADO POR PAC. DIA - KG 3,26 3,34 4,08 CONSUMO DE AGUA POR PAC.DIA - m3 1,35 1,27 1,27 113,18 114,90 132,00 CONSUMO DE ENERGIA POR PAC.DIA - Kw F ST DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO X - sem referencial aguardando NAGEH X - sem referencial aguardando NAGEH - sem referencial aguardando NAGEH - sem referencial aguardando NAGEH DESEMPENH O REFERENCIAL COMPARATIVO D X X TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS ÀS PESSOAS SINAL 2012 2013 2014 F ABSENTEÍSMO 2,59% 2,60% 2,54% TAXA DE ACIDENTE DE TRABALHO* 0,06% 0,05% 0,02% TAXA DE ROTATIVIDADE DOS COLABORADORES 1,95% 2,09% 2,01% 10,33 9,39 11,80 RELAÇÃO ENFERMEIRO / LEITO 0,52 0,60 RELAÇÃO ENFERMAGEM / LEITO 2,70 RELAÇÃO PESSOAL / LEITO 7,05 % DE MÉDICOS COM TÍTULO DE ESPECIALISTA 0,85 INDICE DE TREINAMENTO (horas/homem treinadas por 1000 horas/homem trabalhada) ST X D 3,28% GISAH 0,30% GISAH 2,28% GISAH X 11,79 GISAH 0,80 X 0,60 GISAH 2,70 3,20 X 2,50 GISAH 7,60 8,50 X 6,10 GISAH 0,87 0,88 X X X 0,80 Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 Média todos CQH/2014 90 TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS AOS PRODUTOS E GESTÃO DOS PROCESSOS SINAL 2012 2013 2014 F ST D DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO PRODUTO E PROCESSOS X TAXA DE OCUPAÇÃO HOSPITALAR 66,04% 72,96% 71,10% TAXA DE CIRURGIA SUSPENSA POR FATORES EXTRA-PACIENTES (HOSPITAL+CONVENIO) 4,67% 2,00% 1,90% X 4,19% TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA (dias) 3,39 3,37 2,84 X 4,60 ANAHP 2014 TAXA DE MORTALIDADE INSTITUCIONAL 2,44% 1,96% 1,90% X 2,00% ANAHP 2014 TAXA DE MORTALIDADE OPERATÓRIA 0,39% 0,15% 0,26% 0,30% ANAHP 2014 TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR 1,58% 1,31% 1,15% X 1,98% 5,83 6,48 7,50 X 5,20 TAXA DE REINTERNAÇÃO NÃO PROGRAMADA 1,23% 1,21% 1,49% X 1,44% Média todos CQH/2014 TAXA DE REINGRESSO NA UTI ADULTO DURANTE A MESMA INTERNAÇÃO 3,19% 2,92% 3,67% X 2,76% Média todos CQH/2014 TAXA DE CESÁREAS 88,48% 92,97% 91,05% X 60,45% Média todos CQH/2014 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA (dias): UTI ADULTO 4,48 4,87 3,96 X 4,90 ANAHP 2014 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA (dias): UTI NEO 5,91 6,58 12,96 X 13,40 ANAHP 2014 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA (dias): CLINICA MÉDICA 3,52 3,79 9,69 X 5,96 Média todos CQH/2014 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA (dias): CLINICA CIRÚRGICA 1,96 1,83 2,33 X 2,66 Média todos CQH/2014 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA (dias): CLINICA OBSTÉTRICA 2,61 2,64 2,50 X 2,60 TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR: UTI ADULTO 7,10% 6,89% 8,09% X 12,62% Média todos CQH/2014 TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR: UTI NEO 11,34% 11,62% 3,89% X 14,11% Média todos CQH/2014 TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR: CLINICA MÉDICA 0,61% 0,70% 0,99% 1,78% Média todos CQH/2014 TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR: CLINICA CIRURGICA 1,31% 1,11% 1,17% 0,60% Média todos CQH/2014 ÍNDICE DE RENOVAÇÃO DO LEITO (no.de pacientes que ocuparam o mesmo leito no período) 79,00% X X X Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 ANAHP 2014 Média todos CQH/2014 Média todos CQH/2014 ANAHP 2014 ANAHP 2014 91 TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS AOS PRODUTOS E GESTÃO DOS PROCESSOS DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO - sem referencial aguardando NAGEH - sem referencial aguardando NAGEH X - sem referencial aguardando NAGEH 82,92% X - sem referencial aguardando NAGEH 87,57% 89,81% X - sem referencial aguardando NAGEH 93,48% 83,37% 87,75% X - sem referencial aguardando NAGEH ATENDIMENTO DA EQUIPE DE NUTRIÇÃO 95,44% 86,64% 92,20% X - sem referencial aguardando NAGEH AGILIDADE NO ATENDIMENTO 97,66% 88,52% 90,66% X - sem referencial aguardando NAGEH INDICE DE ATENDIMENTO DE NUTRIÇÃO POR PACIENTE INTERNADO 1,75 1,96 1,53 X - sem referencial aguardando NAGEH TAXA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL OBJETIVA 11,64% 16,25% 8,74% X - sem referencial aguardando NAGEH TAXA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA 23,86% 35,34% 10,53% X - sem referencial aguardando NAGEH DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO SINAL 2012 2013 2014 TAXA DE SATISFAÇÃO GERAL DO CLIENTE D.N.D. 95,44% 85,81% 88,45% SOBRA LIMPA 5,14% 3,63% 3,33% SABOR DA REFEIÇÃO 94,41% 84,84% 87,37% VARIEDADE DO CARDÁPIO 93,75% 80,96% APRESENTAÇÃO VISUAL DOS PRATOS 95,97% TEMPERATURA F ST D NUTRIÇÃO X X TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS AOS PRODUTOS E GESTÃO DOS PROCESSOS SINAL 2012 2013 2014 0,75 0,83 2,14 0,88 0,36 0,00 0,53 0,42 0,32 0,28 0,28 0,44 0,21 1,21 0,33 1,58 1,13 3,94 0,35 0,15 0,28 F D ENFERMAGEM INCIDÊNCIA DE QUEDA DO PACIENTE (No. de quedas por 1000 pac. Internados) INCIDÊNCIA DE ULCERA POR PRESSÃO (UPP) (por 100 pac.expostos ao risco) (ALAS) INCIDÊNCIA DE NÃO CONFORMIDADE RELACIONADA A ADM. DE MEDICAMENTOS (por 100 pac.com prescrição de medicamentos) INCIDÊNCIA DE FLEBITE (por 100 pac.com acesso venoso periferico) INCIDENCIA DE EXTUBAÇÃO ACIDENTAL (por 100 pac.dia intubados) INCIDENCIA DE PERDA DE SONDA NASOGASTROENTERAL (por 100 pac.dia com sonda) INCIDENCIA DE PERDA DE CATETER CENTRAL (por 100 pac.dia com cateter) 0,62 Média todos NAGEH enfermagem 2014 X 0,23 Média todos NAGEH enfermagem 2014 X 0,10 Média todos NAGEH enfermagem 2014 0,21 Média todos NAGEH enfermagem 2014 0,37 Média todos NAGEH enfermagem 2014 X 1,63 Média todos NAGEH enfermagem 2014 X 0,17 Média todos NAGEH enfermagem 2014 X X X Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 92 TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS AOS PRODUTOS E GESTÃO DOS PROCESSOS SINAL DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO X - sem referencial aguardando NAGEH 2,00 X - sem referencial aguardando NAGEH 00:22:18 00:18:14 X - sem referencial aguardando NAGEH 1,64 1,77 1,84 X - sem referencial aguardando NAGEH 00:09:39 00:10:00 00:11:48 X - sem referencial aguardando NAGEH 1,87 1,66 1,19 X - sem referencial aguardando NAGEH DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO - sem referencial aguardando NAGEH - sem referencial aguardando NAGEH DESEMPENHO REFERENCIAL COMPARATIVO - sem referencial aguardando NAGEH 2012 2013 2014 00:40:47 00:39:48 00:38:33 1,99 1,98 00:18:32 F ST D HIGIENE MEDIA DE TEMPO POR LIMPEZA TERMINAL MEDIA DE FUNC.POR LIMPEZA TERMINAL MEDIA DE TEMPO POR LIMPEZA CONCORRENTE MEDIA DE FUNC.POR LIMPEZA CONCORRENTE MEDIA DE TEMPO POR LIMPEZA EXTRA MEDIA DE FUNC.POR LIMPEZA EXTRA TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS AOS PRODUTOS E GESTÃO DOS PROCESSOS SINAL 2012 2013 2014 99,49% 96,27% 97,25% 1,64 2,16 F ST D MANUTENÇÃO RESOLUTIVIDADE ORDENS DE SERVIÇO POR INTERNAÇÃO 1,58 X X TENDENDÊNCIA RESULTADOS RELATIVOS AOS PRODUTOS E GESTÃO DOS PROCESSOS SINAL 2012 2013 2014 F ST D FORNECEDORES TAXA GERAL DE ITENS NÃO CONFORMES GRUPO ALIMENTOS 6,39% 2,66% 3,78% X Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 93 Glossário Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 94 ACLS Curso de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (Advanced Cardiac Life Support) AGA Assembleia Geral dos Acionistas ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária APM Associação Paulista de Medicina BSC Balanced Score Card CAD Central Ativa de Documentos CAT Comunicação de Acidente de Trabalho CBTD Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento CCIH Comissão de Controle da Infecção Hospitalar CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT Consolidação das Leis Trabalhistas CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CQH Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar DND Departamento de Nutrição e Dietética EDH Ecologia e Dignidade Humana EEG Eletroencefalograma EPIs Equipamentos de Proteção Individuais ERP Enterprise Resource Planning FNQ Fundação Nacional da Qualidade FRRB Fundação Roberto Rocha Brito GE Grupo de Estudo GPD Gestão pelas Diretrizes ISI Instituto de Saúde Integrado ISQUA International Society For Quality In Health Care MAPA Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial MBA Master on Business Administration LNT Levantamento das Necessidades de Treinamento NR7 Norma Regulamentadora 7 (Ministério do Trabalho) NR32 Norma Regulamentadora 32 (Ministério do Trabalho) NORMA ZERO Norma de padronização de confecção de manuais ONA Organização Nacional de Acreditação ONGs Organizações Não Governamentais PADC Programa de Acompanhamento e Desenvolvimento de Competências PCIH Programa de Controle de Infecção Hospitalar PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PDCA Ciclo das etapas de planejamento, execução, verificação e ação corretiva (Plan, do, check and action) PE Planejamento Estratégico PGQT Programa de Gestão pela Qualidade Total PGRS Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PNQ Prêmio Nacional da Qualidade POPs Procedimentos Operacionais Padrão PPRA Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais RH Recursos Humanos RSS Resíduos no Serviço de Saúde ROE Relatório de Ocorrências da Enfermagem SESMT Serviço Especializado em Engenharia, Segurança e em Medicina do Trabalho SEC Serviço de Educação Continuada SI Sistema de Informação SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho SWOT Programa de análise de riscos por meio de: pontos fortes (strengths), pontos fracos (weaknesses), oportunidades externas (opportunities) e ameaças externas (threats) UTI Unidade de Terapia Intensiva VCAS Vera Cruz Associação de Saúde 5S Programa 5S que abrange os sensos: descarte, organização, limpeza, higiene e ordem mantida Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 95 Relatório de Gestão - Hospital Vera Cruz Campinas 2014 96