Monografia EPSOsim v. 1.10.35_FINAL
Transcrição
Monografia EPSOsim v. 1.10.35_FINAL
FACULDADE FARIAS BRITO CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO JOEL OLIVEIRA DE CARVALHO EPSOSIM – SIMULADOR DE ESCALONAMENTO DE PROCESSOS EM SISTEMAS OPERACIONAIS FORTALEZA 2011 JOEL OLIVEIRA DE CARVALHO EPSOSIM – SIMULADOR DE ESCALONAMENTO DE PROCESSOS EM SISTEMAS OPERACIONAIS Monografia de graduação apresentada na Faculdade Farias Brito como requisito parcial do curso de Ciência da Computação para obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação. Orientado por: MSc. Sérgio Araújo Yunes FORTALEZA 2011 II EPSOSIM – SIMULADOR DE ESCALONAMENTO DE PROCESSOS EM SISTEMAS OPERACIONAIS Joel Oliveira de Carvalho PARECER _____________________ NOTA: FINAL (0 – 10): _______ Data: ____/____/_________ BANCA EXAMINADORA: __________________________________ MSc. Sérgio Araújo Yunes (Orientador) ___________________________________ MSc. Francisco Lúcio Gomes Guimarães (Examinador) ___________________________________ MSc. José Helano Matos Nogueira (Examinador) III Dedico este trabalho ao Deus Todo Poderoso, ao Senhor dos Exércitos e Pai dos espírito. Ao seu Filho amado Senhor Jesus Cristo e ao Espírito Santo a qual nos ensina e corrige. A meu pai João Ananias que me ajudou financeiramente no começo de minha jornada. A minha mãe Antônia pelo incentivo e apoio. IV AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a Deus que verdadeiramente nos ama mesmo nós sendo ingratos, pecadores, imerecível da sua misericórdia. Pois Ele não muda e está é a razão de nós não sermos consumidos (Malaquias 6.3). Aos meus pais João Ananias, por ter me ajudado financeiramente no início do curso e Antônia por ter me apoiado e à minha irmã Jackeline, por ter me incentivado. A meu irmão Jarbas por ter me ajudado. À minha prima Samilly Dantas, por ter contribuído em minhas pesquisas. Ao professor Sérgio Yunes, por ter me orientado, colaborado e se empenhado para a conclusão deste trabalho. Ao Professor de metodologia científica Leonardo por ter revisado. Aos meus amigos e colega de trabalho Marcos Rafael, Cristtiano pelos conselhos e por ter cooperado com o meu o projeto. Agradeço aos professores que participaram da banca, ao professor Helano Matos. E ao professor Lúcio Guimarães por tornar este trabalho com mais qualidade, por ser um professor muito crítico e perceptivo. Ao professor e coordenador do curso de Ciência da Computação Ricardo Wagner pelos conselhos e pelas críticas construtivas. Aos meus colegas e professores, todos que contribuíram direto e indiretamente para a conclusão deste trabalho. V Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. (Filipenses 4.13) VI RESUMO No Brasil há uma grande carência de ferramentas de ensino-aprendizagem prática para o ensino da disciplina de Sistemas Operacionais. Existem entre os alunos certas dificuldades em compreender o conteúdo das disciplinas teóricas do curso de Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informações, no qual os professores se empenham em transmitir. Com a interface gráfica do simulador, torna mais viável para aos alunos a visualização dos assuntos complexos e abstratos de escalonamento de processos da disciplina de Sistemas Operacionais. Os alunos serão capazes de resolver suas atividades com mais eficiência e tirar suas dúvidas do conceito teórico com base na observação no simulador. O simulador EPSOsim busca de forma simples, prática e detalhada simular os algoritmos de escalonamento de processos. Palavras chaves: escalonamento de processos, Sistemas Operacionais, algoritmos, FIFO, Round Robin, prioridade. VII ABSTRACT In Brazil it has a great lack of tools of practical teach-learning for the education of disciplines of Operational Systems. Difficulties in understanding the content of them exist between the certain pupils discipline theoreticians of the course of computer science, engineering of the computation and systems of information, in which the professors if pledge in transmitting. With the graphical interface of the simulator, it becomes more viable for the pupils the visualization of the complex subjects and abstract of scheduling of processes of it disciplines of Operational Systems. The pupils will be capable to decide its activities with more efficiency and to take off its doubts of the theoretical concept on the basis of the comment in the simulator. The EPSOsim simulator search of form simple, practical and detailed to simulate the algorithms of scheduling of processes. Words keys: scheduling of processes, Operational Systems, algorithms, FIFO, Round Robin, priority. VIII SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 1 METODOLOGIA ................................................................................................................................................. 2 1. TEORIAS EDUCACIONAIS E FERRAMENTAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ....................... 4 1.1 ENSINO CONTEUDISTA ...................................................................................................................... 4 1.2 TEORIA CONSTRUTIVISTA ................................................................................................................. 4 1.3 FERRAMENTAS DE AUXÍLIO AO ENSINO-APRENDIZAGEM ................................................................. 5 1.3.1 SIMULADORES ................................................................................................................................... 5 1.3.1.1 SOSIM ............................................................................................................................................... 6 1.3.1.2 SISO ................................................................................................................................................. 7 1.3.1.3 NACHOS ............................................................................................................................................ 7 1.3.1.4 MOSS ............................................................................................................................................... 8 1.3.2 SISTEMAS REAIS ................................................................................................................................ 9 1.3.2.1 MINIX .............................................................................................................................................. 9 1.3.3 LINUX.............................................................................................................................................. 10 1.3.3.1 PROJETO GNU ................................................................................................................................ 12 1.3.3.2 KERNEL LINUX ................................................................................................................................ 13 2. SISTEMAS OPERACIONAIS E O ESCALONAMENTO DE PROCESSOS .................................. 15 2.1 CONCEITOS BÁSICOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS......................................................................... 15 2.2 PROCESSOS...................................................................................................................................... 18 2.2.1 PROCESSOS X THREADS.................................................................................................................... 19 2.2.2 MULTIPROGRAMAÇÃO .................................................................................................................... 20 2.2.3 BLOCO DE CONTROLE ..................................................................................................................... 21 2.3 ESCALONAMENTO DE PROCESSOS ................................................................................................... 22 2.3.1 PREEMPTIVO E NÃO-PREEPTIVO ...................................................................................................... 23 2.3.2 FUNÇÕES DO ESCALONAMENTO DE PROCESSOS .............................................................................. 24 2.3.3 CATEGORIA DE ALGORITMOS DE ESCALONAMENTO EM LOTE, INTERATIVO E TEMPO REAL. .......... 26 3. 4. ARQUITETURA DO SIMULADOR ..................................................................................................... 28 3.1 CLASSES E OBJETOS DO SIMULADOR ............................................................................................... 28 3.2 DIAGRAMA DE CLASSES .................................................................................................................. 33 FUNCIONAMENTO E DESCRIÇÃO DO AMBIENTE ..................................................................... 35 4.1 AMBIENTE DO SIMULADOR ............................................................................................................. 35 IX 4.2 JANELA PRINCIPAL .......................................................................................................................... 36 4.3 JANELA CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA ............................................................................................. 37 4.4 JANELAS DE ESCALONAMENTO DE PROCESSOS ............................................................................... 39 4.4.1 JANELA FIFO .................................................................................................................................. 43 4.4.2 JANELA SJF ..................................................................................................................................... 45 4.4.3 JANELA SRT .................................................................................................................................... 47 4.4.4 JANELA CIRCULAR .......................................................................................................................... 48 4.4.5 JANELA PRIORIDADE NÃO-PREEMPTIVO ......................................................................................... 51 4.4.6 JANELA PRIORIDADE PREEMPTIVO .................................................................................................. 53 4.4.7 JANELA CIRCULAR COM PRIORIDADES ............................................................................................ 54 4.4.8 JANELA MÚLTIPLAS FILAS .............................................................................................................. 55 4.5 JANELA DIAGRAMA DE GANTT........................................................................................................ 57 5. CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 58 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 60 7. ANEXOS ................................................................................................................................................... 65 ANEXO I – CÓDIGO-FONTE DA JANELA CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA ..................................................... 65 ANEXO II – CÓDIGO-FONTE DO COMPONENTE DE CORES DOS PROCESSOS .............................................. 77 X LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Simulador SOsim (MAIA, 2007).................................................................. 6 Figura 2 – Simulador SISO 2.0 (PAULO, 2009) ........................................................... 7 Figura 3 – O MINIX 3 (EQUINOX, 2007) .................................................................. 10 Figura 4 – Kalango Linux (SONYMASTER, 2009).................................................... 11 Figura 5 – Big Linux (SONYMASTER, on-line) ........................................................ 12 Figura 6 – Representação gráfica de um Kernel monolítico (DOI, 2005) ................... 13 Figura 7 – Colossus foi criado em 1941. (SARAIVA, 2009) ...................................... 16 Figura 8 – Jobs (BRANCO, on-line) ........................................................................... 16 Figura 9 – Batch e a multiprogramação (CARDOSO, 2006) ...................................... 17 Figura 10 – Monitor Residente (VAGO, 2011) ........................................................... 17 Figura 11 – Processo (GUIZZI, 2010). ........................................................................ 18 Figura 12 – Multiprogramação (MEDEIROS, 2006)................................................... 20 Figura 13 – (PCB) - Bloco de Controle de Processo (MACHADO; MAIA, 2009). ... 21 Figura 14 – Estados de processos ................................................................................. 23 Figura 15 – Diagrama de classe do formulário de configuração do sistema................ 33 Figura 16 – Janela principal ......................................................................................... 37 Figura 17 – Configuração do sistema ........................................................................... 38 Figura 18 – Janela de estado de criação do processo. .................................................. 39 Figura 19 – Layout padrão usada nos escalonamentos FIFO, SJF, SRT e Round Robin .................................................................................................................................................. 41 Figura 20 – Informações de processos ......................................................................... 42 Figura 21 – Uso da política de escalonamento FIFO com o diagrama de Gantt ......... 43 Figura 22 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento FIFO .................. 44 Figura 23 – Exemplo da política de escalonamento SJF com o diagrama de Gantt. ... 45 Figura 24 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento SJF ..................... 46 Figura 25 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento SRT..................... 47 XI Figura 26 – Diagrama de Gantt do escalonamento Round Robin, com quantum igual a oito. ........................................................................................................................................... 49 Figura 27 – Diagrama de Gantt do escalonamento Round Robin, com quantum igual a cinco. ........................................................................................................................................ 49 Figura 28 – Diagrama de Gantt do escalonamento Round Robin, com quantum igual a dois. .......................................................................................................................................... 50 Figura 29 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento Round Robin ...... 51 Figura 30 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento não-preemptivo .. 52 Figura 31 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento preemptivo ......... 54 Figura 32 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento circular com prioridade ................................................................................................................................. 55 Figura 33 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento múltiplas filas .... 56 Figura 34 – Diagrama de Gantt do simulador EPSOsim (Escalonamento FIFO) ....... 57 XII LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Escalonamento de processos e suas respectivas filas de criação. ............... 31 Tabela 2 – Lista de escalonamentos e objetos (fila de prontos) ................................... 31 Tabela 3 – Lista de escalonamentos e objetos (usadas três filas de prontos) ............... 32 Tabela 4 – Formulário do simulador EPSOsim ........................................................... 35 XIII LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS CPU (Central Processing Unit) – Unidade de Processamento de Dados. CTSS (Compatible Time-Sharing System) – Sistema Compatível de Divisão por Tempo. FCFS (First Come First Server) – O Primeiro a Chegar é o Primeiro a ser Servido. FIFO (First In First Out) – Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair. GNU (Gnu is Not Unix) – GNU não é Unix. MEC – Ministério da Educação. MOSS – (Modern Operating Systems Simulators) – Simulador Moderno de Sistemas Operacionais. PC (Program Counter) – Contador de Programa. PCB (Processo Controle Block) – Bloco de Controle de Processo. PID (Process Identification) – Identificação do Processo. SESu – Secretaria de Ensino Superior. SISO – Simulador de Sistema Operacional. SJF (Shortest Job First) – Processo Mais Curto Primeiro. SP (Stack pointer) – Ponteiro de Pilha. SR (Status Register) – Registradores de Status. SOsim Simulador de Sistemas Operacionais. SuSE (Software und System-Entwicklung) – Desenvolvimento de Software e Sistema. UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. VCL (Visual Component Libary) – Biblioteca de Componentes Visuais. MMU (Memory Management Unit) – Unidade de Gerência de Memória. UML (Unified Modelling Language) – Linguagem de Modelagem Unificada. XIV INTRODUÇÃO As Diretrizes Curriculares do Ministério da Educação (MEC) recomendam que o assunto Sistemas Operacionais esteja presente no conjunto das disciplinas tecnológicas dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia de Computação, Sistemas de Informação e Licenciatura em Computação (MEC; Diretrizes; SESu, on-line). Trata-se de uma disciplina relevante, de extenso conteúdo e que aborda aspectos crucias do funcionamento de um sistema de computação, dentre eles: programação concorrente, gerência de processos, gerência de memória, gerência de arquivos, gerência de E/S e memória virtual. Uma das formas de facilitar o processo ensino-aprendizagem consiste em realizar atividades práticas que permitam ao aluno visualizar o conceito teórico. Dentre essas atividades se inclui a utilização de programas simuladores. A utilização de simuladores permite ver, associar e analisar conceitos diante de situações práticas que imitam a realidade. Diante desse cenário, o presente trabalho propõe, a criação de um simulador como ferramenta de apoio ao ensino da disciplina de Sistemas Operacionais e que possa ser utilizado no contexto dos objetivos e realidade dos cursos que contemplam a disciplina. O presente trabalho visa desenvolver um simulador como recurso de apoio didático ao ensino do assunto escalonamento de processos da disciplina Sistemas Operacionais, buscando agregar novos algoritmos ainda não explorados nos simuladores existentes e gerar gráficos com informações das simulações. Espera-se que o simulador seja capaz de representar o funcionamento do Sistema Operacional por meio de recursos gráficos de modo a contribuir com o processo de ensinoaprendizagem de disciplinas que abordem esse assunto. Com a implementação do simulador, o aluno terá mais conhecimento e obterá mais experiência para fazer uma determinada atividade em sala de aula. 1 METODOLOGIA De acordo com Perin Filho (1995), existem três estratégias para solução de problemas são elas: a experimentação direta, a resolução analítica e a simulação de sistema. O projeto consiste na estratégia de simulação de sistemas, na qual é desenvolvido um programa de computador para simular um sistema real que apresentará o funcionamento dos Sistemas Operacionais. O desenvolvimento do simulador será norteado fundamentalmente pelos resultados dos seguintes passos: • Levantamento dos trabalhos existentes que visam apoiar o ensino da disciplina de Sistemas Operacionais; • Pesquisa junto aos professores e alunos de Sistemas Operacionais visando identificar os aspectos, mecanismos e conceitos de Sistemas Operacionais que geram mais dúvidas nos alunos; O levantamento dos trabalhos existentes será feito utilizando os recursos da biblioteca da Faculdade Farias Brito, notadamente a ferramentas de busca na internet, tal como o Google Acadêmico. Após a descoberta dos simuladores existentes, um grupo desses será escolhido para testes. A análise das funcionalidades, e levantamento dos pontos positivos e negativos será verificada com a instalação e uso de cada simulador. Após a definição das funcionalidades requeridas para o simulador, será feito um levantamento a respeito da linguagem de programação que será usada para o desenvolvimento do projeto. Pretende-se utilizar uma ferramenta de desenvolvimento como a ferramenta Borland Delphi, pois esta possui bibliotecas com bastantes recursos, comparado com outras linguagens de programação. 2 Pretende-se desenvolver e modelar o simulador com o método de orientação a objeto, visando o reuso e a facilidade de inclusão de novas funcionalidades. E será usada a ferramenta de modelagem UML, Star UML, para o desenvolvimento do artefato diagrama de classe. 3 1. TEORIAS EDUCACIONAIS E FERRAMENTAS DE ENSINOAPRENDIZAGEM Nas seções seguintes serão abordadas algumas teorias, ferramentas de simulação e sistemas reais que faz parte do ensino-aprendizagem dos alunos. 1.1 ENSINO CONTEUDISTA Há cerca de duas décadas surgiu o modelo de ensino conteudista, que prepara indivíduos passivos, no qual é transmitido ao aluno uma grande quantidade de informação por um determinado período de tempo, sem se preocupar se realmente os alunos estão aprendendo. Muitos alunos tentam memorizam o conteúdo que é transmitido. Logo depois, é exigido dos alunos resultados por meio de provas escrita ou oral. Com o passar do tempo, grande parte do que foi memorizado pelo aluno é perdido, devido à transmissão ser momentânea e superficial (CASTRO, 2011). Hoje em dia, grande parte dos intelectuais educadores não concorda com este padrão de ensino. Eles pesquisam sobre as possíveis conseqüências, agregam novos conhecimentos contra este modelo e favorecem novos meios práticos para se dissociar dessa abordagem teórica (CASTRO, 2011). 1.2 TEORIA CONSTRUTIVISTA O construtivismo ou sócio-construtivismo empenha-se a explicar a inteligência humana, do modo que determine ações mútuas entre indivíduos e o meio, procurando incentivar o conhecimento científico. O construtivismo deriva do conhecimento e da aprendizagem das teorias da epistemologia genética de Jean Piaget, que se empenhou em analisar a passagem do individuo que possui um conhecimento inferior para um conhecimento superior (BALDI, 2010). O construtivismo teve também como pesquisador sócio-histórico Lev Vygotsky, onde afirma que: 4 O homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde a estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada (BALDI, 2010). Piaget emprega dois conceitos importantíssimos no que diz respeito ao saber e ao funcionamento da mente humana: assimilação e acomodação. Estes dois processos procuram restaurar um equilíbrio mental perturbado pela influência de um dado incombinável, aquilo que já se conhece, chamado de princípio de equilibração (RODRÍGUEZ, 1999). Há duas vertentes no princípio de equilíbrio. No primeiro caso, o dado entra em contato e é assimilado por um esquema já existente, onde se amplia. No segundo caso, o novo dado é incompatível com o esquema já formulado e então cria novo esquema acomodando novo conhecimento. Este novo esquema será então ampliado na medida em que o indivíduo estabelecer relações com o meio. A teoria construtivista foi usada para solucionar muitos problemas educacionais existentes. Os educadores se empenharam bastante neste modelo no qual investiram muito, mas constataram resultados inferiores ao que esperavam. (RODRÍGUEZ, 1999). 1.3 FERRAMENTAS DE AUXÍLIO AO ENSINO-APRENDIZAGEM Na subárea da programação, existem certas dificuldades entre os alunos com relação à implementação nos algoritmos de escalonamento de processos. Tais problemas ficam ainda mais difíceis sem a ajuda de uma ferramenta que auxilie no ensino-aprendizagem, ou de algum software que simule os algoritmos de escalonamento de processos. Nas próximas seções, serão abordadas algumas ferramentas de apoio ao ensino, tais como simuladores, os quais demonstram algumas funções dos Sistemas Operacionais, e que estão disponíveis na internet. 1.3.1 SIMULADORES A simulação antigamente era estigmatizada apenas como fingimento ou farsa, porém na era da tecnologia ganhou um sentido mais positivo. Atualmente, a simulação pode ser uma 5 ferramenta que ajude a compreender melhor o espectro computacional, ou seja, o funcionamento interno de um determinado dispositivo eletrônico. Alguns simuladores de Sistemas Operacionais serão apresentados a seguir. 1.3.1.1 SOSIM O SOsim (Simulador de Sistemas Operacionais) foi desenvolvido por Luiz Paulo Maia em sua tese de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O SOsim é um software educativo que auxilia no ensino-aprendizado de professores e alunos. Ele foi desenvolvido com o intuito de ser uma ferramenta gratuita (MAIA, 2001), está disponível no site, na página www.training.com.br/SOsim/. Este simulador ilustra alguns conceitos da disciplina Sistemas Operacionais, tais como multiprogramação, processos e suas mudanças de estado, gerência do processador (escalonamento) e a gerência da memória virtual. A figura 1 ilustra um exemplo do simulador SOsim: Figura 1 – Simulador SOsim (MAIA, 2007) 6 1.3.1.2 SISO O simulador SISO (Simulador de Sistema Operacional) é um applet disponível na web no site http://martins.webcindario.com/jsiso/bin/index.html. O SISO simula a detecção de deadlock e foi criado com o intuito de auxiliar no ensino-aprendizagem da disciplina a Sistemas Operacionais. O SISO é um simulador muito prático. Seu funcionamento não exige uma instalação, podendo ser executado diretamente pela internet. Para isso é necessário que o computador tenha a Java Runtime Environment 1.5 ou superior (PAULO, 2009). A figura 2 ilustra um exemplo do simulador SISO 2.0: Figura 2 – Simulador SISO 2.0 (PAULO, 2009) 1.3.1.3 NACHOS O simulador de Sistema Operacional Nachos foi criado com o uso na linguagem C++, usando uma abordagem de orientação a objetos. Também possui algumas partes 7 desenvolvidas com o uso da linguagem C. O simulador Nachos simula uma máquina virtual que utiliza a arquitetura MIPS (Microprocessor without Interlocked Pipeline Stages Microprocessador sem Estágios Interligados de Pipeline) - não confundir com MIPS (Milhões de Instruções Por Segundo). O MIPS é utilizado em aplicações como: computadores de alto desempenho (Silicon Graphics), sistemas embarcados, em Sistemas Operacionais portáteis, roteadores (CISCO) e videogames (GONÇALVES, 2011). Na implementação do Nachos foi declarada a classe “Machine, a qual possui métodos parecidos com os do assembly MIPS, onde a cada linha de código é traduzida pelo próprio simulador em instrução executável, e então compilado habitualmente para uma máquina alvo, por exemplo. O Sistema Operacional Linux, normalmente utiliza o compilador g++, no qual o código-fonte é compilado neste compilador (g++), gerando assim o código MIPS que corresponde ao código do hardware. Para compilar é preciso à instalação de um compilador especial diferente do compilador padrão dos Sistemas Operacionais, o compilador cruzado (cross-compiler) (GONÇALVES, 2011). No simulador Nachos há várias rotinas, tais como: threads e chamadas de procedimento remoto. O Nachos foi desenvolvido por várias pessoas de diversos países, tais como: Estados Unidos, Canadá, França e Alemanha. Thomas Anderson foi um dos criadores do Nachos e em seu site na internet está disponível toda informação, documentação, patch e versões (ANDERSON, 2008). 1.3.1.4 MOSS O MOSS (Modern Operating Systems Simulators) ou simulador moderno de Sistemas Operacionais é um pequeno simulador com uma coleção de programas desenvolvidos em Java. Ele foi criado por Ray Ontko e Alexander Reeder, que se basearam no conceito do livro de Andrew S. Tanenbaum (professor de Ciências da Computação da Vrije Universiteit na Amsterdã em Holanda) com ajuda da Prentice Hall (Editora líder educacional nos EUA). O simulador está disponível tanto para sistemas Windows como para Linux (ONTKO, 2008). 8 O simulador MOSS reúne um conjunto de programas de quatro diferentes aplicativos tais como: simulador de escalonamento, simulador de deadlock, simulador de gerência de memória e simulador de sistema de arquivos. No programa de simulação de escalonamento o estudante pode escrever seus próprios algoritmos de escalonamento, podendo especificar o número de processos, a média, e o desvio padrão para calcular o tempo de I/O, o tempo de bloqueio para cada processo e a duração da simulação (ONTKO, 2008). O programa de simulação de deadlock apresenta uma interface gráfica que permite ao aluno percorrer os programas que estão em execução em cada um dos processos e os processos bloqueados, para analisar os casos de impasse e como podem ser evitados, detectados e/ou resolvidos (ONTKO, 2008). 1.3.2 SISTEMAS REAIS Os sistemas reais que serão apresentados na subseção a seguir possuem códigos-fonte disponíveis na web, tornando assim possível a interação entre alunos e professores com o Sistema Operacional. Além disso, qualquer pessoa pode alterar o código-fonte e observar seus efeitos na prática. 1.3.2.1 MINIX MINIX é um Sistema Operacional do tipo Unix-like (é parecido com Unix), gratuito e com código fonte disponível na web (TANENBAUM, 2011a). Ele foi criado para uso educacional em 1987 por Andrew S. Tanenbaum, com o objetivo de ajudar nas suas aulas de Sistemas Operacionais. O desenvolvimento da nova versão, MINIX 3, está sendo liderado outra vez por Andrew S. Tanenbaum. Segundo suas publicações em artigos, Tanenbaum diz que o Sistema Operacional MINIX será mais seguro do que Linux e o Windows (AVRAM, 2009). Após algum tempo trabalhando no projeto em uma lista de discussão (TORVALDS, 1996), Linus diz o seguinte: Como eu mencionei há um mês atrás, estou trabalhando numa versão independente de um S.O. similar ao Minix para computadores AT-386. Ele está, finalmente, próximo do estado em que poderá ser utilizado (embora possa não ser o que você espera), e eu estou disposto a disponibilizar o 9 código-fonte para ampla distribuição. Ele está na versão 0.02... Contudo eu tive sucesso ao executar bash,gcc , gnu-make, gnu-sed,compressão etc, nele (TORVALDS, 1996). É esperado que o MINIX versão 3, seja um Sistema Operacional altamente confiável, livre de falhas como os aparelhos televisores, sistemas embarcados ou aplicações críticas (sistemas de controle de tráfego aéreo, processamento de pedidos para uma cadeia de lojas de varejo, entre outros). A figura 3 ilustra a janela do MINIX versão 3: Figura 3 – O MINIX 3 (EQUINOX, 2007) 1.3.3 LINUX Geralmente, os Sistemas Operacionais que usam o kernel (núcleo) Linux são tidos como Sistema Operacional Linux. O kernel Linux foi criado pelo finlandês Linus Torvalds (OLIVEIRA et. al., 2004). Linus inspirou-se no projeto MINIX do professor Tanenbaum. 10 Como já foi descrito na subseção 1.3.2.1, o MINIX é um sistema bem simples, criado com propósitos didáticos e bastante disseminado no meio acadêmico. Depois que Linus criou a versão inicial do Sistema Operacional Linux, disponibilizou o MINIX em grupo de discussão na internet, com a intenção de ser um material de estudo para acadêmicos na área da computação, mas logo que divulgou outras pessoas entraram no projeto e contribuíram com novas funcionalidades. O Linux faz parte de um conjunto de softwares mais um kernel Linux, formando a chamada distribuição. Existem várias distribuições, tais como: Red Hat, Debian, Slackware, SuSE, Mandrake e Conectiva (TANENBAUM, 2005). As Figuras 4 e 5 ilustram duas distribuições Linux: Figura 4 – Kalango Linux (SONYMASTER, 2009) 11 Figura 5 – Big Linux (SONYMASTER, on-line) 1.3.3.1 PROJETO GNU GNU é um significado recursivo de (GNU Não é Unix). GNU também se refere a um animal nativo da África, sendo ele o logotipo da empresa do projeto Free Software Foundation (Fundação para o Software Livre), que foi criada em 1985 por Richard Smallman (GNU, 2009). Stallman fundou o GNU com a intenção de criar um Sistema Operacional livre. Em 1991, o sistema estava praticamente pronto, mas precisava de um núcleo. Smallman tinha seu grupo, que estava desenvolvendo seu próprio núcleo, chamado de Hurd. Foi então que Smallman conheceu Linus. Linus tinha desenvolvido o núcleo que Stallman tanto precisava. O núcleo Hurd da GNU está em desenvolvimento desde 1991. O um projeto GNU reuniu diversos programadores. Foram desenvolvidas ferramentas para o conjunto de software que compõe o Sistema Operacional Linux. Entre as ferramentas, podem ser citados o compilador gcc, o editor de texto emac, o editor de gráficos gimp, o ambiente de janelas gnome, etc. (GNU, on-line). 12 1.3.3.2 KERNEL LINUX O núcleo do Linux foi dividido em duas categorias, o núcleo de desenvolvimento e o núcleo estável. O núcleo de desenvolvimento é aquele em que os programadores podem modificar o código, sendo por isso chamado de núcleo de experimentação. O núcleo estável é conhecido pelos programadores como confiável. Nessa fase o núcleo já parcialmente pronto é lançado para as comunidades da internet. Existem bugs menores para serem corrigidos nessa parte, os quais geram os chamados realeases. A versão é determinada por três números, por exemplo, 1.0.12. No momento em que eu estava digitando esta linha do projeto a versão do kernel do Linux estava em 2.6.31.6. O primeiro número indica uma troca radical do núcleo começando do zero. O segundo número indica se a versão é de desenvolvimento ou estável. Se for par, a versão é estável, caso contrário de desenvolvimento. O terceiro número referisse a correções de bugs menores em um núcleo, é o chamado realease (OLIVEIRA, et. al., 2004, p. 175). A Figura 6 ilustra um Kernel Monolítico. Figura 6 – Representação gráfica de um Kernel monolítico (DOI, 2005) 13 O núcleo é classificado de duas formas, monolítico e micronúcleo. No monolítico estão todos os componentes que fazem parte de um único código. O micronúcleo (microkernel) é constituído de funcionalidades reduzidas, tais como escalonador simples, primitivas de sincronização e mecanismos de comunicação entre processos. Os outros componentes no qual compõe um Sistema Operacional são implementados separadamente (OLIVEIRA, et. al., 2004). 14 2. SISTEMAS PROCESSOS OPERACIONAIS E O ESCALONAMENTO DE É relevante notar que há uma demanda de recursos muito grande, que faz parte do diaa-dia de um usuário. Essa exigência requer que os programas respondam de forma rápido, onde o usuário não perceba as ações do que há por trás do sistema, é frustrante para o usuário ficar esperando a resposta de um determinado recurso no qual solicitou. Quando o usuário solicita um recurso através de um programa, é notório que o Sistema Operacional resolva a solicitação (apud. OLIVEIRA, et. al., 2004, p. 1). . Oliveira (2004) conceitua o Sistema Operacional como uma camada de software colocada entre o hardware e as aplicações que executam tarefas para o usuário. Para um melhor entendimento sobre Sistemas Operacionais, nas subseções a seguir, serão abordados os seguintes assuntos: origem, funções e conceito do Sistema Operacional (gerência de processos, gerência de memória, memória virtual, sistemas de arquivos, sincronização de arquivo, seus mecanismos que antigamente eram usados, especificamente o funcionamento dos Jobs, além dos mecanismos que são usados atualmente. Será visto também monitores residentes, multiprogramação, conceitos e funções de escalonamentos de processos e os principais algoritmos de escalonamento de processos. 2.1 CONCEITOS BÁSICOS DE SISTEMAS OPERACIONAIS Na década de 40 não existiam Sistemas Operacionais, o programador era o próprio operador do computador, que o controlava por meio de chaves, fios e luzes de aviso. Naquela época havia uma planilha chamada de alocação de horário, onde em certo horário o programador executava um programa que possibilitava o controle total da máquina. Nesta mesma década surgiram os operadores profissionais, com isso o programador deixou de operar o computador durante a execução de um programa (OLIVEIRA et. al., 2004). A figura 7 ilustra o antigo computador Colossus da década de 1940: 15 Figura 7 – Colossus foi criado em 1941. (SARAIVA, 2009) Em consequência do surgimento dos operadores, surgiu o job, que enfileirava tarefas, onde era compilado, executado e os dados eram lidos por meio de cartões perfurados. O Jobs podia chamar vários programas e funcionavam por etapas: o montador era executado e traduzia o programa de assembly para a linguagem de máquina. O programa então era ligado às rotinas de I/O de uma biblioteca, depois de ligarem as rotinas de I/O então podia ser carregado e executado. Caso houvesse um erro na execução, tirava-se uma cópia na listagem do conteúdo de toda a memória principal (OLIVEIRA, et. al., 2004). A figura 8 mostra um exemplo de Jobs: Figura 8 – Jobs (BRANCO, on-line) Os Jobs eram uma forma de agrupar programas em lotes, com isso surgiu a idéia de sistema em batch. O sistema em batch era um arquivo com um conjunto de comandos executados sequencialmente. Mesmo com o agrupamento de Jobs os programas ainda eram 16 colocados para executar de forma manual (OLIVEIRA, et. al., 2004). A figura 9 compara o processamento de um sistema em batch e multiprogramação, será rá visto o assunto de multiprogramação na seção 2.2.2: Figura 9 – Batch e a multiprogramação (CARDOSO, 2006) Na década dee 50 surgiu o monitor residente cuja função era automatizar a execução dos Jobs. Conforme Oliveira et. al. (2004), ), a sua função era a transição dos programas no computador. Quando uando um programa terminava, o monitor residente se comprometia de carregar outro programa automaticamente e o executava. Os monitores residentes ficavam o tempo todo na memória principal incipal e reduziam o tempo que se levava para transferir um job para outro. A figura 10 ilustra um exemplo de monitor m residente: Figura 10 – Monitor Residente (VAGO, 2011) 17 2.2 PROCESSOS O processo é simplesmente um programa em execução, ou pode-se dizer que, processo seja um módulo carregável e executável de maneira concorrente com outros processos separadamente. Cada processo possui um espaço de endereçamento. O espaço de endereço é uma lista de posições de memória que varia de zero a uma quantidade máxima de posições onde o referente processo pode ler ou escrever. O espaço de endereçamento contém o programa executável, os dados do programa e sua pilha (TANENBAUM, 2005). Os processos se comunicam através de mecanismos tais como: sinais, pipes, named piped, memória compartilhada, soquete (socket) e trocas de mensagem (SILBERSCHATZ, et. al., 2005). Através de um processo, um programa pode alocar recursos, compartilhar dados, trocar informação e sincronizar sua execução (GUIZZI, 2010). Os processos em sistemas multiprogramados são executados concorrentemente, compartilhando o uso da CPU, memória principal e dos dispositivos de E/S. O processo é dividido em três grupos, conforme a figura 11: Figura 11 – Processo (GUIZZI, 2010). 18 • Contexto de software • Contexto de hardware • Espaço de endereçamento. O armazenamento do conteúdo dos registradores gerais e registradores específicos (PC - contador de programa, SP - ponteiro de pilha e SR - registradores de status), acontecem através do contexto de hardware (MACHADO, et. al., 2009). Um das fases mais importantes de um processo é a mudança de contexto, isto é, onde são guardadas as informações do contexto de software e de hardware de um determinado processo que deverá ser selecionado para CPU. A mudança de um processo para outro acontece de maneira muito rápido, imperceptível para o usuário, dando a ilusão de execução simultânea (TANENBAUM, 2005). De acordo com Machado (2009), no contexto de software existem três grupos importantes: • Identificação - PID (Process Identification – Identificação do Processo), owner (UID – User Identification – Identificação do usuário), nome, data e hora da criação, prioridade da execução, tempo de processador (burst time). • Quotas - número máximo de arquivos abertos, tamanho máximo da memória principal e secundária, número máximo de operações de E/S, tamanho máximo do buffer, número máximo do sub-processos e threads • Privilégios ou direito - permissões entre o próprio processo (prioridade de execução, limitação da alocação das memórias seja ela principal, secundária e etc), entre os demais processos (características) e entre o Sistema Operacional (desativação do sistema, modificação de regras de segurança, criação de outros processos privilegiados, alteração de parâmetro de configuração do sistema) 2.2.1 PROCESSOS X THREADS Threads são semelhantes aos processos e contém seu próprio conjunto de registradores, contador de programa e pilhas. Um thread é a unidade básica de um processo, 19 vários threads concorrem entre si dentro de um processo, onde são executadas separadamente. Tanenbaum (2005) diz que os threads podem realizar execuções múltiplas ocorrendo no mesmo ambiente de processo com alto grau de paralelismo. No entanto, múltiplos threads são equivalentes a múltiplos processos onde os processos são executados em paralelo em um único computador. Existem dois ambientes de thread, a monothread e a multithread, na monothread cada processo comporta apenas um thread no seu espaço de endereçamento, isto é, implementado exclusivamente com uso de múltiplos processos isolados. No ambiente multithread, um processo pode conter diversas threads concorrendo entre si. (MACHADO; MAIA, 2009). 2.2.2 MULTIPROGRAMAÇÃO Os primeiros sistemas de computadores, apenas um programa podia ser executado por vez, pois nesta época não existia a idéia de multiprogramação. Na década de 60 surgiu o conceito de multiprogramação, onde permite que vários programas concorram de forma pseudo-paralela ao mesmo tempo. Ao contrário do monitor residente, onde executava um programa de cada vez e permitia que o processador ficasse ocioso (OLIVEIRA, et. al., 2004, pag. 8-9). A figura 12 ilustra um exemplo de multiprogramação: Figura 12 – Multiprogramação (MEDEIROS, 2006) 20 2.2.3 BLOCO DE CONTROLE O Sistema Operacional implementa o processo por meio de uma estrutura de dados localizada em seu núcleo, chamada de Bloco de Controle de Processo ou em inglês PCB (Process Control Block). Os PCBs ficam residentes em uma área protegida da memória principal, seu tamanho é limitado por um parâmetro do Sistema Operacional (MACHADO; MAIA, 2009). De acordo com Machado (2009), a função do PCBs é armazenar informações sobre o contexto de hardware e contexto de software e espaço de endereçamento referente a cada processo, tais como: 1. PID (Process Identification) - Identificação do processo; 2. Prioridade do processo; 3. Estado do processo (criação, aptos, execução, bloqueado e finalização); 4. Localização e quantidade de memória principal usada pelo processo; 5. Ponteiros para o encadeamento dos blocos de controle dos próximos processos; 6. Informações de contabilidade (espaço de memória ocupado, tempo de processador entre outros); 7. Identificador do processo pai; 8. Contador de programa; 9. Recursos que o processo pode ter acesso; 10. Ponteiro de pilha de processos. A figura 13 ilustra o Bloco de Controle de Processo visto anteriormente: Figura 13 – (PCB) - Bloco de Controle de Processo (MACHADO; MAIA, 2009). 21 2.3 ESCALONAMENTO DE PROCESSOS O escalonamento de processos ou agendador de tarefas é conceituado como sendo uma atividade organizacional feita através da CPU ou um sistema distribuído (STALLINGS, 2004). À medida que os processos são criados é passado para o estado de pronto, a partir de então, é necessários critérios para estabelecer a escolha do processo na qual deverá utilizar o processador. Tais critérios para a escolha do processo são chamados de política de escalonamento. Maia (2009) diz que a política de escalonamento é à base da multiprogramação e gerência de processos em Sistemas Operacionais. Um processo, no decorrer do seu processamento passa por diferentes estados, em cargo de eventos gerados pelo Sistema Operacional ou pelo próprio processo. De acordo com Tanenbaum (2005) resume os estados de um processo em três estados, no qual os processos podem se encontrar em: • Execução – o processo é alocado na CPU; • Pronto – temporariamente parado para dar lugar a outro processo; • Bloqueado – aguardando o término de um evento externo para que possa continuar a execução. Conforme Cunha (2003), para poder criar um processo são necessárias as seguintes ações do Sistema Operacional: • O mapa de memória do processo, com as regiões de código, dados e pilha. • Os valores iniciais de variáveis do ambiente. • Os valores iniciais dos registradores do processador, quando o programa for posto em execução. • Os canais iniciais para as entradas e saídas. • Uma entrada numa tabela, interna ao Sistema Operacional, na qual expõe o estado de cada processo. 22 Após as ações, o novo processo está apto para a execução. Outros autores têm uma concepção diferente com relação aos estados dos processos, como Silberchatz (2005), no qual define os estados dos processos em cinco estados. A figura 14 ilustra cinco estados dos processos do modelo proposto por Silberchatz (2005), mostrando o fluxo dos processos: Fatia de tempo (preempção ou interrupção) Criação CPU Fila de Aptos Admitir Liberar Finalização Despachar Espera de evento Desbloquear E/S Bloquear Erro Crítico Fila de Espera Figura 14 – Estados de processos 1. Novo ou criação: onde o processo é criado; 2. Pronto ou aptos: o processo está esperando para ser atribuído a um processador; 3. Execução (CPU): as instruções estão sendo executadas; 4. Espera ou bloqueado: o processo está esperando que ocorra algum evento; 5. Finalização/Terminado: o processo é finalizado. 2.3.1 PREEMPTIVO E NÃO-PREEPTIVO Há dois grupos principais nos algoritmos de escalonamento, preemptiva e nãopreemptiva. O escalonamento não-preemptivo foi o primeiro a ser implementado nos sistema multiprogramado, os processos CPU-Bound assumem todo o controle da CPU gastando todo 23 seu tempo de processador na CPU, em seguida é repassado para o estado de finalização. Nos processos do tipo IO-Bound, caso não exista nenhuma instrução para que ocorra à mudança do estado de execução para o estado de espera, o processo é também repassado para o estado de finalização (MACHADO; MAIA, 2009). Os algoritmos de escalonamento não-preemptivo, não é muito utilizado atualmente, pois os processos que se localiza na fila de pronto devem esperar o processo que está em execução até ser finalizado, tornando o tempo médio de espera muito maior comparado com outros algoritmos preemptivo (MACHADO, et. al., 2009). Os escalonamentos do tipo preemptivo, o processo é removido da CPU devido ter acabado a fatia de tempo (timeslice), idéia usada principalmente no escalonamento circular, ou por preempção por prioridade, usada nos escalonamentos por prioridade. Isso acontece devido à chegada na fila de pronto um processo com maior prioridade do que o processo alocado na CPU. Nos sistemas atuais é comum utilizar uma combinação de diversos escalonamentos de processos, isto depende da necessidade do sistema. 2.3.2 FUNÇÕES DO ESCALONAMENTO DE PROCESSOS Uma das funções mais importantes do Sistema Operacional é o scheduler (escalonador). Diante disto, no processador, todo o compartilhamento dos processos está sujeito a esta função, no qual difere de critérios estabelecidos na implementação. Outra função importante é o dispatcher (despachador), que é responsável pela a troca de contexto do processo e passar o controle que antes era da CPU para o processo. O período em que acontece a troca de contexto é chamado de latência de dispatcher. Em sistemas onde existe a fatia de tempo (timeslice ou quantum), o dispatcher usa um circuito chamado de temporizador onde calcula a fatia de tempo do próximo processo (MACHADO; MAIA, 2009). Conforme Machado (2009), as políticas de escalonamento exigem determinados critérios: 1. Manter o processador ocupado a maior parte do tempo. 24 2. Balancear o uso do processador entre os processos. 3. Maximizar o sistema. 4. Oferecer tempo de resposta razoável para o usuário interativo. O objetivo dos algoritmos de escalonamento é tratar todos os processos de forma igual evitando o starvation (inanição), jargão na computação no qual o processo morre de fome. Os processos ociosos ficam indefinitivamente esperando a utilização do processador (SILBERCHATZ, et. al., 2005). Serão descritos a seguir, alguns critérios que devem ser considerados nas políticas de escalonamento. De acordo com Machado (2009), em todos os casos é desejável existir: • Justiça: cada processo deve ter sua parte justa ou integra na CPU, dependendo do tipo de cada processo. • Aplicação da política: verificar se a política é cumprida. • Equílibrio: todas as partes do sistema devem está ocupada. • Turnaround: tempo gasto deste a criação do processo até sua finalização, contabilizando o tempo em que o processo gasta na espera para a alocação de memória, na fila de pronto, fila de espera, processamento e operações de E/S. O objetivo das técnicas de escalonamento é justamente diminuir o tempo de turnaround. Segundo Machado (2009), nos sistemas em lote devem respeitar os determinados requisitos: • Throughput (vazão): número de processos que são executados em um espaço de tempo, quanto maior o throughput melhor. • Tempo de Resposta: tempo desde que é solicitada a requisição do processo, até no instante que é exibida. • Utilização da CPU: conservar a CPU sempre ocupada. É estabelecida uma porcentagem em que o processador fica ocupado (0 a 100%). A utilização de 30% indica que o sistema está com a carga de processamento baixa e com a 25 porcentagem de 90% indicam que está consideravelmente alta, ou seja, o sistema está sobrecarregado. Ainda de acordo com Machado (2009), nos sistemas interativos devem seguir os requisitos: • Cumprimento dos prazos: evitar perda de dados; • Previsibilidade: evitar a degradação da qualidade em sistemas multimídias Machado (2009), diz ainda que nos casos de sistemas em tempo real os algoritmos de escalonamento devem priorizar os processos críticos. 2.3.3 CATEGORIA TEMPO REAL. DE ALGORITMOS DE ESCALONAMENTO EM LOTE, INTERATIVO E Existem determinados critérios que devem ser estabelecidos para a boa implementação dos algoritmos de escalonamento de processos de um Sistema Operacional, isso depende de seu ambiente em lote, interativo ou tempo real. Nos sistemas em lote, os processos são enfileirados no estado de pronto, em seguida, o escalonador escolhe um processo para ser alocado na CPU até usar todo seu tempo de processador e ser transferido para o estado de finalização. Os sistemas em lote possuem um tempo de resposta muito lento, os usuários ficam esperando exaustivamente pela resposta do programa (TANENBAUM, 2005). Os sistemas interativos são caracterizados pela a preempção, os processos ficam alternando entre si na utilização da CPU. Não se pode confundir o tempo de resposta com o tempo de turnaround, o tempo de resposta equivale com o tempo decorrido até o momento em que é apresentado os resultados nos sistemas. Na maioria das vezes, esse tempo é restrito devido à velocidade do dispositivo de saída (MAZIERO, 2008, p. 6). Mais detalhes sobre esses algoritmos serão vistos no capitulo 4. Sistemas em tempo real são aqueles em que devem reagir de forma imediata em 26 determinado espaço de tempo. Por exemplo, um programa player de vídeo como o Real Player deve obter os bits do disco para converter em vídeo em um intervalo crítico de tempo, se o cálculo que fizer for muito demorado, pode ter certos problemas nos resultados da saída, saindo em intervalos diferentes, ou com alguma falha, ou até com o áudio soando diferente (TANENBAUM, 2005). Segundo Tanenbaum (2005), os sistemas em tempo real são usados em hospitais, aeronaves, robôs e etc. A implementação desses sistemas funciona da seguinte maneira, o programa é dividido em vários processos onde seu tempo de vida pode durar menos que um segundo. 27 3. ARQUITETURA DO SIMULADOR Este capítulo aborda assuntos da arquitetura do simulador, suas funcionalidades com base no modelo de Silberchatz (2005), apresentado no capítulo 2 (Sistemas Operacionais e o escalonamento de processos). Mais adiante, neste capítulo será descrito as classes e objetos do simulador dando ênfase na implementação do simulador e especificações de sua estrutura interna. 3.1 CLASSES E OBJETOS DO SIMULADOR O simulador EPSOsim usa biblioteca de classes VCL (Visual Component Library), é uma biblioteca que tornam a estrutura do código mais organizado, diminuindo assim a complexidade do código-fonte (PODGORETSKY ANATOLY, 2011). O simulador usa o conceito da abstração no paradigma de orientação a objeto, ou seja, modela conceitos do mundo real com base em um elemento, uma entidade ou um problema específico, no caso do simulador a representação dos processos computacionais foi representada por uma instância de objeto. Atualmente, é muito raro um Sistema Operacional usar o conceito de orientação a objeto, sistemas que usa este conceito permitem a redução do acoplamento entre os módulos (MACHADO; MAIA, 2009). No simulador foi implementada a classe Tprocesso (vide anexo I), no qual é instanciado um objeto toda vez que um usuário aciona o botão criar da janela de estado de criação do processo (vide figura 18), onde são repassados os parâmetros necessários que caracteriza o processo, desta forma a representação de um novo processo é criada. Veja a linha de código abaixo, onde é instanciado um objeto e inserido na estrutura de dados fila: FI.Push(Tprocesso.create(Ppid, Ptipo, Pcor, PTempoProc, Pprioridade)); Na classe Tprocesso foram definidos cinco atributos semelhantes ao do contexto de software de um Sistema Operacional real. Veja os cinco atributos abaixo: 28 • PID: número de identificação do processo. • Tipo de processo: possuem os tipos CPU-Bound, I/O-Bound Disco, I/O-Bound CD, I/O-Bound USB Flash. Apenas os tipos dos processos no escalonamento por múltiplas filas diferem dos demais escalonamentos, abaixo os itens que o compõe: 1. Processo de sistema CPU-Bound; 2. Processo de sistema I/O-Bound; 3. Processos Interativos CPU-Bound; 4. Processos Interativos I/O-Bound; 5. Processos Batch CPU-Bound; 6. Processos Batch I/O-Bound; • Cor do processo: determina a cor de cada processo, no simulador existe 83 cores na versão do Delphi 2010 (vide anexo II) e 19 cores na versão Delphi 7. • Tempo de processador: tempo de cada processo, referente ao uso da CPU. • Prioridade: determina a prioridade de cada processo dos escalonamentos de processos por prioridade (não-preemptivo, preemptivo e circular). • Turnaround: tempo desde a criação até a finalização de cada processo. Na classe TSistema (vide anexo I) foi instanciado apenas o objeto S, este objeto contém as informações do sistema, veja abaixo: • FatiaTempoSistema: usado para a realizar a preempção por tempo no escalonamento circular. • TempoDecorridoSistema: conta o tempo decorrido de um processo na CPU, usado como um variável auxiliar da fatia de tempo. 29 • TempoAcessoDisco: quantidade de tempo em que os processos do tipo IOBound disco realiza entrada e saída. • TtempoAcessoUSBFlash: quantidade de tempo em que os processos do tipo IO-Bound USB Flash realiza entrada e saída. • TempoAcessoCD: quantidade de tempo em que os processos do tipo IO-Bound CD realiza a entrada e saída. • TempoClock: relógio do escalonamento, tem o default igual a um, representando um segundo. • TempoThroughput: números de processos executado em um determinado espaço de tempo. • TempoInicialGantt: tempo inicial do diagrama de Gantt, equivale ao parâmetro x do componente do diagrama, equivalente ao tempo em que o processo entra na CPU. • TempoFinalGantt: tempo final do diagrama de Gantt equivale ao parâmetro y do componente do diagrama, equivalente ao tempo em que o processo sai na CPU. • UT: usada no diagrama de Gantt para fazer o somatório do tempo dos processos em que ficou no estado de pronto. • UTAux: variável auxiliar da unidade de tempo, também usada no diagrama de Gantt para obter o tempo dos processos em que ficou no estado de pronto. Na classe TDisco (vide anexo I) foi instanciada o objeto D, este objeto contém informações dos processos IO-Bound, foram criados quatro atributos, veja os quatro baixo: • Ocupado: verifica a CPU se está ocupada ou não. • TempoEsperado: contador de tempo dos processos do tipo IO-Bound, usado junto com o atributo tempoDecorrido, é atualizado de acordo com o tipo, seja disco, CD ou USB Flash. Veja abaixo o trecho de código que atualiza este atributo: if (Tprocesso(FCPU.peek).tipo = 'I/O Bound - Disco') then 30 TDisco(D).StempoEsperado(TSistema(S).FtempoAcessoDisco); if (Tprocesso(FCPU.peek).tipo = 'I/O Bound - CD') then TDisco(D).StempoEsperado(TSistema(S).FtempoAcessoCD); if (Tprocesso(FCPU.peek).tipo = 'I/O Bound – USB Flash') then TDisco(D).StempoEsperado(TSistema(S).FtempoAcessoUSBFlash); • TempoDecorrido: Atributo contador usado para contar o tempo em que os processos IO-Bound estão no estado de espera. • TempoIO: tempo de I/O dos processos do tipo IO-Bound. Foram implementadas diversas filas, na mesma estrutura de fila vista na seção 3.3. Primeiramente, foi criado o objeto FI, da classe TQueue (fila), que representa a fila do estado de criação. No caso dos algoritmos de escalonamento múltiplas filas e por prioridade, foram criadas três instâncias da classe TQueue, FI1, FI2 e FI3, tendo em vista que esses algoritmos usam três filas de prontos. Abaixo a tabela 1, descreve os escalonamentos e seus respectivos objetos no qual representa a fila de criação (estado de criação): Tabela 1 – Escalonamento de processos e suas respectivas filas de criação. FIFO, SJF, SRT e Round Robin FI Múltiplas Filas, Prioridade FI1 Não-Preemptiva, Prioridade FI2 Preemptiva e Circular FI3 com prioridade Abaixo na tabela 2 e 3, descreve os escalonamentos e seus respectivos objetos no qual representa a fila de prontos: Tabela 2 – Lista de escalonamentos e objetos (fila de prontos) FIFO FAFF SJF FASJF 31 SRT FASRT Round Robin FARR Tabela 3 – Lista de escalonamentos e objetos (usadas três filas de prontos) Múltiplas Filas FAPP FARR FAFF Prioridade FAPP1 Não-Preemptiva FAPP2 FAPP3 Prioridade FAPSP1 Preemptiva FAPSP2 FAPSP3 Circular FACP1 com prioridade FACP2 FACP3 Foi instanciado o objeto FE no qual representa a fila de espera (estado de espera), além do objeto FEAux usado como fila auxiliar para os objetos no estado de espera. Foram criadas com o intuito de apenas ser uma fila auxiliar para coordenar os processos, representa respectivamente o estado de execução e o I/O dos processos. E finalmente, o objeto FIN, que representa o estado de finalização (estado de término). Neste estado os processos não são excluídos, suas informações ficam mantidas até o início de outro escalonamento. 32 3.2 DIAGRAMA DE CLASSES No simulador EPSOsim existem quatro principais classes que são TSistema, Tprocesso, TCPU e a TDisco. A figura 15 ilustra o diagrama de classe do simulador EPSOsim: Figura 15 – Diagrama de classe do formulário de configuração do sistema. 33 As classes TCPU e TDisco fazem associação com a classe Tprocesso. Com isso, vários objetos (processo) da classe Tprocesso pode usar apenas um objeto (disco) da classe TDisco. Da mesma forma, vários objetos (processo) da classe Tprocesso podem usar apenas um objeto (CPU) da classe TCPU. A classe TSistema é apenas uma classe externa. Na classe TSistema foram declaradas as filas de pronto, em que cada fila pode existir de zero a n instância de processos da classe TProcesso. Na classe TDisco uma fila (FE – Fila de Espera) pode conter de zero a n processos. A fila FEAux faz o intermédio entre o estado de espera e o estado de pronto. Da mesma forma, a fila FCPU serve de transição entre a fila de pronto e a fila de espera. 34 4. FUNCIONAMENTO E DESCRIÇÃO DO AMBIENTE Neste capítulo será apresentado o ambiente do simulador, suas descrições, funcionalidades e alguns trechos do seu desenvolvimento. 4.1 AMBIENTE DO SIMULADOR O ambiente do simulador foi desenvolvido de acordo com o modelo de escalonamento de processos de Silbershartz (2005) visto no capítulo 2 seção 2.3, de forma bem detalhada comparada com os simuladores disponíveis na internet. Abaixo a tabela 4, é descrita a lista de formulários existente no simulador EPSOsim: Tabela 4 – Formulário do simulador EPSOsim Formulários do Simulador EPSOsim Form1 Janela principal Form2 Janela de simulação do escalonamento FIFO Form3 Janela de criação de processo Form4 Janela de simulação do escalonamento SJF Form5 Janela de simulação do escalonamento Round Robin Form6 Janela de simulação do escalonamento múltiplas filas Form7 Janela de configuração de sistema Form8 Janela de simulação do escalonamento prioridade não-preemptivo Form9 Janela do diagrama de Gantt Form10 Janela de créditos Form11 Janela de simulação do escalonamento prioridade preemptivo Form12 Janela de simulação do escalonamento circular com prioridade Form17 Janela de informações de processos 35 Form18 Janela de simulação do escalonamento SRT Conforme mostra a tabela 4, o simulador consiste em uma janela principal, oito janelas que simulam os escalonamentos de processos, uma janela do diagrama de Gantt, uma janela configuração do sistema, uma janela de informações de processos, outra janela do estado da criação dos processos. O simulador EPSOsim foi desenvolvido não como uma demonstração real do Sistema Operacional, pois se fosse como o funcionamento real de um Sistema Operacional, não seria possível para o usuário perceber o funcionamento, porque no Sistema Operacional os processos são escalonados de maneira muito rápida e imperceptível. O simulador foi desenvolvido com a intenção de transmitir para o aluno o melhor entendimento do assunto de escalonamento de processos. Uma das idéias para facilitar a percepção do usuário, foi à criação dos processos com cores diferentes, desta forma dará para diferenciar um processo do outro. 4.2 JANELA PRINCIPAL Inicialmente, foi criada a janela principal onde será o ponto inicial da aplicação. Nesta janela o usuário pode abrir as janelas dos escalonamentos através das ilustrações com formato de esferas coloridas ou pelo menu de escalonamento de processos, que foi dividido em dois grupos: escalonamento de processos em lote e escalonamento de processos em sistemas interativos. A figura 16 ilustra a janela principal: 36 Figura 16 – Janela principal 4.3 JANELA CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA O formulário de configuração do sistema é uma das partes mais importante do simulador, neste formulário contém as classes principais do simulador. Veja mais detalhes do código-fonte da configuração do sistema no anexo I. Nesta janela o usuário poderá alterar os seis parâmetros conforme mostra a figura 17: 37 Figura 17 – Configuração do sistema 1. Tempo de clock: altera o clock do sistema. Foi considerado um clock inicial (default) razoavelmente lento, pois assim, é mais perceptivo e coerente ao usuário o funcionamento do escalonamento. 2. Fatia de tempo: o usuário pode definir neste campo a fatia de tempo (timeslice) usado no escalonamento Round Robin e circular com prioridade. 3. Tempo de acesso ao disco: determina o tempo do IO/Bound disco. 4. Tempo de acesso ao CD: determina o tempo do IO/Bound CD. 5. Tempo de acesso ao USB Flash: determina o tempo do IO/Bound USB Flash. 6. Tempo de IO: determina o tempo de espera dos processos de I/O. 38 4.4 JANELAS DE ESCALONAMENTO DE PROCESSOS Inicialmente, antes de começar a simulação é preciso criar os processos, podem-se criar inicialmente nove processos para os escalonamentos FIFO, SJF, SRT e RR e vinte e sete processos para os escalonamentos múltiplas filas e prioridades (não-preemptivo, preemptivo e circular). Para os escalonamentos de prioridade não-preemptivo, prioridade preemptivo, circular com prioridade e múltiplas filas, após a inicialização da simulação o usuário pode inserir quantos processos for necessário. Ao pressionar o botão criar processo nas janelas de escalonamento (ver a figura 18), abre-se uma janela onde é possível determinar os parâmetros necessários para a criação do processo. A figura 18 ilustra a janela de criação de processo: Figura 18 – Janela de estado de criação do processo. Conforme a figura 18, o usuário pode determinar os parâmetros do processo. Exceto o PID do processo o qual é gerado automaticamente. O componente gráfico que seleciona a prioridade, somente aparecerá quando a janela de escalonamento de processos por prioridade (não-preemptivo, preemptivo e circular) for acionada, neste campo o usuário poderá definir a prioridade de 1 a 3. No campo tempo de processamento o usuário poderá definir de 1 a 100, foi limitado devido à visualização dos componentes gráficos dos processos. O botão criar serve para cria o processo em si. O botão close é usado para fechar a janela de criação de processos. O botão “Del. Tudo” (deletar tudo), exclui todos os processos. 39 No componente tipo de processo (vide figura 18) o usuário poderá escolher os tipos de processo: CPU-Bound, I/O-Bound Disco, I/O-Bound CD, I/O-Bound USB Flash. Apenas os tipos dos processos no escalonamento por múltiplas filas diferem dos demais escalonamentos, veja abaixo: 1. Processo de sistema CPU-Bound; 2. Processo de sistema I/O-Bound; 3. Processos Interativos CPU-Bound; 4. Processos Interativos I/O-Bound; 5. Processos Batch CPU-Bound; 6. Processos Batch I/O-Bound; A figura 19 ilustra o layout padrão usada nos escalonamentos FIFO, SJF, SRT e Round Robin, onde contém os cinco estados criação, prontos, execução, bloqueado e finalização: 40 Figura 19 – Layout padrão usada nos escalonamentos FIFO, SJF, SRT e Round Robin Conforme a figura 19, para dar início o escalonamento de processo é preciso clicar no botão iniciar. E o botão diagrama de Gantt exibe a janela diagrama de Gantt. Com essa funcionalidade, ficará melhor acompanhar e entender o tempo de execução de cada processo. No botão finalizar processos, quando o processo passa para o estado de execução, logo é transferido para o estado de finalização mesmo que o processo não tenha acabado todo seu tempo de processamento. Quando todos os processos forem finalizados é mostrado o diagrama de Gantt até o ponto em que foram finalizados. No botão abortar, a simulação é interrompida e a janela referente ao escalonamento é fechada voltando para janela principal. 41 O botão pause e o botão play referente aos botões azuis (vide figura 19), nestes botões o usuário poderá pausar e continuar a execução do escalonamento de processo. É possível selecionar o intervalo de tempo do clock e do tempo de espera no componente conhecido como “spinedit”, estes componentes estão localizados a direita do botão pause. No botão “Inf. Processos” (Informações de processos), o usuário pode visualizar as informações dos processos tais como: cor, alias do processo (campo processo), tipo do processo (campo tipo), tempo de processador (campo t. burst), turnaround (campo t. execução), tempo de espera e o estado do processo. A figura 20 ilustra a janela de Informações de processos: Figura 20 – Informações de processos 42 Nas seções seguintes, serão apresentadas as janelas em que ocorre a simulação dos escalonamentos de processos, primeiramente será mostrado o escalonamento FIFO. 4.4.1 JANELA FIFO O FIFO (em inglês First in First Out - Primeiro a Entrar é o Primeiro Sair) também denominado de FCFS (em inglês First Come First Serve – o primeiro a chegar é o primeiro a ser servido) é considerado o escalonamento mais simples de ser entendido. O FIFO funciona da seguinte forma, quando um processo é criado no estado de criação, é inserido no final de uma estrutura de dados fila chamada de fila de aptos ou prontos. À medida que os processos são criados, o Sistema Operacional faz o armazenamento das informações de cada processo no bloco de controle de processos (PCB), mais detalhes do PCB, ver na seção 2.2.3 (PIOVESANA, 2010). Para compreender e visualizar melhor o funcionamento dos escalonamentos de processos e obter os parâmetros para se calcular o tempo médio de espera dos processos é necessário criar o diagrama de Gantt. A figura 21 será ilustrado o diagrama de Gantt do escalonamento FIFO: Tempo médio de espera: (0+8+15) = 23/3 =7,666666666666667 u.t. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Figura 21 – Uso da política de escalonamento FIFO com o diagrama de Gantt 43 Gantt é um diagrama em barra que ilustra os intervalos de tempo de uma ou mais tarefas, tem como parâmetros para criar as barras o início e fim de cada tarefa. Para se calcular o tempo médio de espera é preciso fazer o somatório do tempo decorrente de cada processo em que ficou na fila de prontos e dividir pelo número de processos o resultado é medido por unidades de tempo (u.t.). Mais detalhes do funcionamento do escalonamento FIFO, veja na seção 4.5. A figura 22 ilustra a janela de escalonamento FIFO: Figura 22 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento FIFO O FIFO é não-preemptivo, isto é, o escalonador não interrompe os processos em execução. O processo que estiver no início da fila de pronto será selecionado e alocado na CPU. Em seguida, o processo ficará na CPU até acabar todo seu tempo de processador (burst time) (LEITÃO, 2010). 44 4.4.2 JANELA SJF O SJF (Shortest Job First) em português processo mais curto primeiro, este algoritmo de escalonamento poderia ser implementado usando uma lista ordenada na ordem crescente dos tempos de vida dos processos (OLIVEIRA et. al., 2001). No SJF pode ocorrer o starvation (inanição), por exemplo, um processo com um tempo de processador definido como 30, este processo fica infinitamente no estado de pronto, pois sempre há processos no estado de pronto com um tempo de processador menor do que 30. No caso deste exemplo, se existir outro processo com um tempo de processador igual a 30, o desempate é tirado de acordo com a política FIFO. A figura 23 ilustra o diagrama de Gantt do escalonamento SJF: Tempo médio de espera: (0+5+12) = 17/3 = 5,666666666666667 u.t 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Figura 23 – Exemplo da política de escalonamento SJF com o diagrama de Gantt. De acordo com Machado (2009), uma das vantagens do escalonamento SJF com relação ao FIFO, é que possui um tempo médio de espera menor. Foram representados três processos de tempo de processamento iguais para cada escalonamento FIFO e SJF, comparando o diagrama de Gantt do escalonamento FIFO da figura 21 com o diagrama do escalonamento SJF da figura 23, o resultado do FIFO equivale a 7.666666666666667 u.t., 45 enquanto do SJF equivale a 5.666666666666667 u.t.. A figura 24 a janela de escalonamento SJF: Figura 24 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento SJF Conforme a figura 24, quando inicia o escalonamento no botão iniciar, todos os processos são transferidos do estado de criação para o estado de pronto e ordenados pelo tempo de processamento na ordem crescente no sentido da direita para esquerda da fila de pronto. Diante disso, será selecionado o processo de menor tempo de processamento para ser alocado na CPU. Caso o processo for do tipo CPU-Bound, é utilizado todo o seu tempo de processador na CPU. O usuário poderá visualizar o tempo de processador na parte inferior do estado de execução. Utilizado todo o tempo de processador na CPU, o processo é passado para o estado de finalização. 46 No caso dos processos IO-Bound, o processo é transposto rapidamente para o final da fila de espera no estado bloqueado. No simulador os processos são enfileirados no sentido da esquerda para direita. Nos estado de espera, o primeiro processo da fila é escolhido para realizar operações de entrada e saída, nesta fase o usuário poderá acompanhar o progresso desta operação no componente processbar. Após realizar as operações de entrada e saída, o processo é repassado novamente para o estado de pronto, no final da fila de prontos. Quando o processo IO-Bound utilizar todo o seu tempo de processamento (burst time), o processo é finalizado passado para o estado de término. 4.4.3 JANELA SRT O SRT (Shortest Remaining Time) é um escalonamento que significa tempo mais curto remanescente, este escalonamento é uma versão semelhante ao escalonamento SJF. O que diferencia o SRT do SJF é a preempção (MACHADO; MAIA, 2009). A figura 25 ilustra o escalonamento SRT: Figura 25 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento SRT 47 O SRT é preemptivo, isso funciona da seguinte forma, no momento do escalonamento ao chegar à fila de pronto um processo de menor tempo de processador do que o processo em execução é realizado a troca dos processos destes processos. O processo que antes estava na CPU é realocado na posição correta na fila de prontos. E o processo recém chegado é alocado na CPU (MACHADO; MAIA, 2009). Uma das vantagens do SRT é que os processos de menor tempo de processamento têm um tempo de resposta superior do que processos de maior tempo de processamento, além de possuir um throughput maior. Uma desvantagem é que pode ocorrer o starvation onde processos de maior tempo de processamento podem nunca ser executados. Outra diferença notória deste escalonamento está nos processos do tipo IO-Bound, após realizar as operações de entrada e saída é repassado para a fila de pronto. Com isso, os processos na fila de pronto são realocados na posição correta em que são reordenados pelo tempo de processador (MACHADO; MAIA, 2009). 4.4.4 JANELA CIRCULAR O Round Robin é uma das políticas de escalonamento mais antigas e usadas. Uma das características dos algoritmos Round Robin é a utilização da fatia de tempo (timeslice). A fatia de tempo é utilizada para realizar a preempção por tempo, no qual o processo é removido da CPU pelo tempo definido da fatia de tempo (MACHADO; MAIA, 2009). De acordo com Machado (2009), no caso da fatia de tempo tender ao infinito o escalonamento Round Robin equivale ao escalonamento FIFO. As três as figuras a seguir, figuras 26, 27 e 28 ilustra o diagrama de Gantt do escalonamento Round Robin, respectivamente com um quantum igual a 8, 5 e 2. 48 Quantum = 8 Tempo Médio de Espera: (0 + 8 + 15+ 20) = 43/ 3 = 14,33333333333333 u.t 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Figura 26 – Diagrama de Gantt do escalonamento Round Robin, com quantum igual a oito. Quantum = 5 Tempo Médio de Espera: (0 + 5 + 10 + 10 + 8) = 33/ 3 = 11 u.t 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Figura 27 – Diagrama de Gantt do escalonamento Round Robin, com quantum igual a cinco. 49 Quantum = 2 Tempo Médio de Espera: (0+2+4+4+4+4+4+4+4+4) = 34/3 = 11,33333333333333 u.t 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Figura 28 – Diagrama de Gantt do escalonamento Round Robin, com quantum igual a dois. Conforme Machado (2009), quando o quantum é muito pequeno, acontece excessivos números de preempções por tempo, isso compromete a performance de um sistema. No simulador o usuário pode alterar a variável fatia de tempo na janela de configuração (vide seção 4.3). A figura 29 ilustra o escalonamento Round Robin: 50 Figura 29 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento Round Robin Como em todos os escalonamentos do simulador, os processos são criados e inseridos no estado de criação. Em seguida, são transferidos para fila de pronto. Mais adiante, é selecionado o primeiro processo da fila de pronto e é alocado na CPU. Com isso, no caso de processos CPU-Bound, quando termina a fatia de tempo, o processo retorna para o estado de pronto, onde é desalocado da CPU e inserido no final da fila de pronto. Desta forma, a CPU fica livre para a entrada do próximo processo (MACHADO; MAIA, 2009). 4.4.5 JANELA PRIORIDADE NÃO-PREEMPTIVO No escalonamento por prioridade é comum a preferência a determinados tipos de processos com relação a outros tipos, neste tipo de escalonamento não existe o conceito de fatia de tempo. A prioridade é determinada principalmente pelo gerenciador da CPU ou 51 administrador, onde é atribuído um valor a variável de prioridade do contexto de software a cada processo (ALMEIDA, [s.d]). Alguns sistemas têm como o processo de maior prioridade o número zero, outros sistemas usam o zero como sendo o processo de menor prioridade. Outros sistemas dão mais prioridade aos processos que tem menos tempo de turnaround, processos que usa menos memória, processos IO-Bound e etc. Estes critérios depende da implementação do algoritmo de escalonamento de prioridade (MACHADO; MAIA, 2009). No simulador, cada fila possui um nível de prioridade, os processos da primeira fila tem prioridade 1, os processos da segunda fila tem prioridade 2 e os processos da terceira fila tem prioridade 3. Os processos que possui menor número de prioridade é o que possui maior prioridade, nos quais são os primeiros a serem executado. Quando os processos da fila de prioridade 1 for esvaziada, o escalonador passa a escalonar os processos da fila de prioridade 2, quando a fila de prioridade 2 é esvaziada, o escalonador passa a escalonar os processos da fila número 3. A figura 30 representa o escalonamento por prioridade não-preemptivo: Figura 30 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento não-preemptivo 52 Uma das características que define o escalonamento não-preemptivo, é quando um processo x está em execução e outro processo y entra na fila de pronto, no qual o processo y tem maior prioridade do que o processo x. Com isso, não ocorre à preempção por prioridade, o processo x continua executando até acabar o tempo de processador, isso para os processos do tipo CPU-Bound. No caso dos processos IO-Bound o processo é despachado para a fila de bloqueado, logo em seguida, é repassado para a fila de pronto (MACHADO; MAIA, 2009). Neste escalonamento pode ocorrer a inanição (starvation), ou seja, o processo de prioridade inferior corre o risco de nunca ser executado, neste caso a solução é o envelhecimento (aging), em que aumenta o nível de prioridade do processo (MACHADO; MAIA, 2009). O envelhecimento não foi implementado no simulador EPSOsim, mas é possível o usuário fazer com que aconteça o envelhecimento mesmo que não possua nada que indique o envelhecimento no simulador. 4.4.6 JANELA PRIORIDADE PREEMPTIVO O escalonamento por prioridade preemptivo possui a preempção por prioridade, não confundir com preempção por tempo. A diferença do escalonamento por prioridade preempção com o escalonamento por prioridade não-preemptivo, é quando um processo x de maior prioridade entra na fila de pronto no momento em que outro processo y de menor prioridade utiliza a CPU, neste momento acontece à preempção por prioridade, onde o processo y é desalocado da CPU para a entrada do processo x de maior prioridade. A figura 31 ilustra a janela de escalonamento preemptivo: 53 Figura 31 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento preemptivo 4.4.7 JANELA CIRCULAR COM PRIORIDADES O escalonamento circular por prioridade é uma combinação do escalonamento Round Robin com o escalonamento por prioridade, isto quer dizer que pode existir tanto a preempção por tempo quanto a preempção por prioridade (MACHADO; MAIA, 2009). A figura 32 representa o escalonamento circular com prioridade: 54 Figura 32 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento circular com prioridade De acordo com Machado (2009), uma das vantagens do escalonamento circular com prioridade, é que possui um melhor equilíbrio dos processos no uso da CPU. Normalmente, os processos do tipo IO-Bound recebem mais privilégios por intermédio do administrador de sistema, isso para que se tenha um balanceamento mais justo. 4.4.8 JANELA MÚLTIPLAS FILAS Os algoritmos de escalonamento de múltiplas filas é implementado usando várias filas no estado de prontos. Cada fila de pronto é determinado por níveis ou classes de prioridade, onde podem ser aplicados vários tipos de escalonamentos de processos, tais como: FIFO, Round Robin, SJF, por prioridade e etc (MACHADO; MAIA, 2009). 55 Uma das características deste escalonamento é que pode estabelecer vários critérios, um dos critérios é que, se um processo for do tipo I/O-Bound, o processo passa para a fila de maior prioridade. Caso o processo for do tipo CPU-Bound, o processo passa para a fila de menor prioridade, depende muito da implementação do algoritmo escalonamento (MACHADO; MAIA, 2009). A figura 33 será ilustrado o escalonamento Múltiplas Filas: Figura 33 – Janela que simula o funcionamento do escalonamento múltiplas filas Na janela de escalonamento de múltiplas filas do simulador foi usada três filas, onde cada fila representa um escalonamento diferente, a primeira fila representa o escalonamento por prioridade, a segunda fila representa o escalonamento Round Robin e a terceira fila representa o escalonamento FIFO. À medida que a fila é totalmente esvaziada, o escalonador desce a um nível de prioridade. 56 4.5 JANELA DIAGRAMA DE GANTT O diagrama de Gantt foi criado por Henry L. Gantt em 1917 é um tipo de gráfico em barra usado pelos chefes de projeto para cronogramas de projeto. O diagrama de Gantt é muito simples de criar e de entende (KIOSKEA, 2009). A figura 34 o diagrama de Gantt com base nos mesmos valores do diagrama ilustrado na seção 4.4.1 (FIFO): Figura 34 – Diagrama de Gantt do simulador EPSOsim (Escalonamento FIFO) No eixo x (horizontal), indica o tempo das tarefas, seja representado por segundo, minuto, hora, mês, dia, mês, ano e etc. No eixo y (vertical) do diagrama de Gantt, representa as tarefas, onde no simulador são processos computacionais (KIOSKEA, 2009). No simulador, o diagrama de Gantt registra o momento em que entra o primeiro processo na CPU (início do escalonamento), até o último processo no qual finalizou seu tempo de processador na CPU (final do escalonamento). 57 5. CONCLUSÃO No início desde trabalho, foi visto o relevante grau de dificuldade para se compreender os assuntos predominantemente teóricos abordados na disciplina de Sistemas Operacionais, os quais implicam em uma série de dificuldades para os alunos de graduação dos cursos de computação. Há assuntos na disciplina de Sistemas Operacionais muito importantes, porém complexos. A gerência de processos faz parte um destes assuntos, como também o escalonamento de processos. Diante disto, foi desenvolvido o simulador EPSOsim, o qual demonstra o funcionamento dos escalonamentos de processos, permitindo a visualização dos resultados dos processos em tempo de execução na tabela de informações dos processos (vide figura 20). Foi criado o simulador de escalonamento de processo que permite a visualização gráfica do funcionamento dos algoritmos. O simulador possui oito algoritmos de escalonamento que são: FIFO; SJF; SRT; Circular; Circular com prioridade; Por prioridade preemptiva; Por prioridade não-preemptivo; Múltiplas Filas. O simulador permite a visualização do diagrama de Gantt, o qual é uma das partes fundamentais do simulador. O diagrama de Gantt registra os processos desde o início até final do escalonamento. Com este instrumento, os alunos terão mais facilidade em aprender sobre o funcionamento dos escalonamentos de processos. 58 A criação desta ferramenta educativa representa uma contribuição para o estudo de algoritmos de escalonamento, em especial na disciplina Sistemas Operacionais. É possível perceber que a ferramenta servirá para temas de futuros alunos em trabalhos acadêmicos, monografias e dissertações. Espera-se que o simulador contribua com o processo de ensinoaprendizagem de disciplinas que abordem algoritmos de escalonamento 59 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Helder C. P. Princípios de Sistemas Operacionais. Disponível em: <http://www.cefetto.org/~05203130/superior/I%20periodo/Aula%20introdu%e7%e3o%20a%20computa%e7% e3o/Princ%edpios%20de%20Sistemas%20Operacionais%20%20Gerenciador%20de%20Processador%20e%20Processos%20-%20Final2.ppt> Acesso em 05 de Junho de 2011. ANDERSON, Thomas. Nexos. 2008. Disponível em: <http://www.cs.washington.edu/homes/tom/nachos/> Acesso em 21 de Novembro de 2009. AVRAM, Abel. MINIX 3 Promises to be more secure than windows or linux. Disponível em: <www.infoq.com/br/news/2009/05/MINIX> Acesso em 10 de Outubro de 2009. BALDI, Sérgio Dario. Construtivismo. 2010. Disponível <http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/construtivismo-10900/artigo/> em Acesso em: 11 Junho 2011 BRANCO, Ricardo Rubira. Sistemas Operacionais. Disponível em: <http://www.kernelhacking.com/rodrigo/docs/OS/AulaFGP1.pdf> Acesso em 28 de Novembro de 2009. CARDOSO, Nogueira Paes. Sistemas Operacionais. 2006. Disponível em: <http://algol.dcc.ufla.br/~olinda/arquivos/so%20aula%201.pdf> Acesso em 01 de Dezembro de 2009. CASTRO, Giselle Fernandes. Ensino conteudista versus Escola atual. Disponível em: <http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=69&doc=7368&mid=2> Acesso em 28 de Maio de 2011. 60 CUNHA, Jose C. Estados de um processo num sistema de multiprogramação. 2003. Disponível em: <http://www-asc.di.fct.unl.pt/~jcc/ASC2/Teoricas/a4/node10.htm>Acesso em 09 Novembro de 2010 DOI, Marcio Ken Iti. Microkernel. 2005. Disponível em: <http://www.tiparana.com.br/articles.php?id=12> Acesso em 01 de Dezembro de 2009. EQUINOX. MINIX 3. 2007. Disponível em: <http://www.minix3.org/news/screendump.png> Acesso em 21 de Novembro de 2009. FILHO, Clovis Perin. Introdução à Simulação de Sistemas. 1995. 159f. Campinas, SP: Editora da UNICAMP. GNU. GNU Operating System. 2009. Disponível em: <http://www.gnu.org/> Acesso em 19 de Novembro de 2009. GONÇALVES, José Pereira Filho. Trabalho info1142. 2008. Disponível em: <http://www.inf.ufes.br/~zegonc/material/Sistemas%20Operacionais/SO%20old/S.O/SO%20 2005/Nachos%20-%20info1142.htm> Acesso em 28 de Maio de 2011. GUIZZI. Processo. 2010. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/5565560/03PROCESSOS> Acesso em 01 Novembro de 2010. KIOSKEA. Diagrama de GANTT. 2009. Disponível em: <http://pt.kioskea.net/contents/projet/gantt.php3 > Acesso em 12 de Junho de 2011. LEITÃO, Gustavo. Processos. 2010. Disponível em <http://www.dca.ufrn.br/~guga/downloads/par/aulas/Aula3-Processos.pdf>Acesso em 28 de Novembro de 2010. 61 MACHADO, Francis Berenger, MAIA, Luiz Paulo. Um framework construtivista no aprendizado de Sistemas Operacionais - uma proposta pedagógica com o uso do simulador SOsim. Disponível em: <http://www.training.com.br/SOsim/sbcwei04.pdf> Acesso em 10 de Setembro de 2009. MAIA, Luiz Paulo, MACHADO, Francis Berenger. Laboratório SOsim - Gerência de Processos. Disponível em: <http://www.inf.puc-rio.br/~francis/aso3ed/aso-labSOsim-cap5processo.pdf > Acesso em 10 de Setembro de 2009. MAIA, Luiz Paulo. SOsim: Simulador para o ensino de Sistemas Operacionais. Tese de Mestrado, NCE/UFRJ, mar. 2001. Disponível em: <http://www.training.com.br/SOsim/SOsim_tese.zip> Acesso em 10 de Setembro de 2009. MACORATTI, José Carlos. UML - Diagrama de Classes e objetos. Disponível em: <http://www.macoratti.net/net_uml1.htm> Acesso em 29 de Maio de 2011. RODRÍGUEZ, Miguel Ángel Martínez. l Enfoque sociocultural en el estudio del desarrollo y la educación. Escuela Nacional de Estudios Profesionales. 1999. Campus Iztacala. Universidad Nacional Autónoma de México. Artigo publicado na Revista Eletrônica de Investigação Educativa. UABC. México. MAZIERO, Carlos. Sistemas Operacionais I - Conceitos Básicos. 2008. Disponível em: <http://www.ppgia.pucpr.br/~maziero/lib/exe/fetch.php/so:so-cap01.pdf > Acesso em 04 de Junho de 2011. MEC/SESu, Comissão de especialistas de ensino de computação e informática. Disponível em: <http://www.inf.ufrgs.br/mec> Acesso em 10 de Outubro de 2009. MEDEIROS, Raissa Dantas Freire de. Gerência de Memória. 2006. Disponível em: <http://www.ucb.br/prg/professores/raissad/disciplinas/2006_2/SO/material/memoria/memori a.html> Acesso em 01 de Dezembro de 2009. 62 OLIVEIRA, R. S.; CARISSIMI, Alexandre da S.; TOSCANI, S. S. Sistemas Operacionais. 3. ed. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2004, 259p. ONTKO, Ray. Modern Operating Systems Simulators. 2008. Disponível em: <http://www.ontko.com/moss/> Acesso em 21 de Novembro de 2009. PAULO, Marcus. SISO 2.0 - Simulador de Sistema Operacional (Módulo de Deadlock). 2009. Disponível em: <http://www.martins.eti.br/2009/03/siso-20-simulador-de- sistema.html> Acesso em 01 de Dezembro de 2009. PERIN FILHO, Clovis. Introdução à Simulação de Sistemas. Campinas, SP: UNICAMP, 1995, 159p. PIOVESANA, Rodrigo. Processos. Disponível em: <http://www.slideshare.net/rodrigo.piovesana/processos-3360190> Acesso em 18 de Novembro de 2010. PODGORETSKY ANATOLY. Object Pascal Language Guide. Disponível em: <http://www.podgoretsky.com/ftp/Docs/Delphi/D5/oplg/oplg.pdf> Acesso em 10 de Maio de 2011. SARAIVA, Márcio. em: Um "exame de DNA" na carreira de dois grandes cientistas para descobrirmos o "pai" da nossa profissão. 2009. Disponível em: <http://www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/agosto2009/materias/carreira.html> Acesso em 28 de Novembro de 2009. SESu. Diretrizes curriculares para os cursos de graduação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=430&Itemid=420> Acesso em 10 de Outubro de 2009. 63 SILBERSCHATZ, Avi; GALVIN, Peter B.; GAGNE, Greg. Operating System Concepts. 7.ed. Hoboken: Wiley. 2005. SONYMASTER (2009). Especial - A Historia do Sistema Operacional Unix (Linux). Disponível em:<http://forum.outerspace.terra.com.br/showthread.php?t=209016> Acesso em 28 de Novembro de 2009. STALLINGS, William (2004). Sistemas Operacionais internas e Princípios de Design (quinta edição internacional). Prentice Hall. ISBN 0-13-147954-7. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Escalonamento_de_processos>Acesso em 15 Novembro de 2010 TANENBAUM, Andrew, em: Sistemas Operacionais modernos. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Prentice Hall. 2005. TANENBAUM, Andrew. MINIX 3 – Download. 2011. Disponível em: <http://www.minix3.org/download/> Acesso em 04 de Junho de 2011. TORVALDS, Linus. Lignux, what's the matter with you people? 1996. Disponível em: <http://groups.google.com/group/comp.os.linux.misc/msg/7781d4221fceedb2> Acesso em 21 de Novembro de 2009. VAGO, El Rincón del. Sistemas Operativos. Disponível em: <http://html.rincondelvago.com/sistemas-operativos_12.html> Acesso em 12 de Junho de 2011. 64 7. ANEXOS ANEXO I – CÓDIGO-FONTE DA JANELA CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA unit Unit7; interface uses Windows, Messages, SysUtils, Variants, Classes, Graphics, Controls, Forms, Dialogs, StdCtrls, Spin, Buttons, Contnrs,ExtCtrls, ComCtrls; type TForm7 = class(TForm) Label4: TLabel; BitBtn5: TBitBtn; BitBtn2: TBitBtn; Label2: TLabel; Label9: TLabel; Label10: TLabel; Label11: TLabel; Label8: TLabel; Label7: TLabel; Label1: TLabel; SpinEdit2: TSpinEdit; SpinEdit6: TSpinEdit; SpinEdit7: TSpinEdit; SpinEdit9: TSpinEdit; SpinEdit10: TSpinEdit; SpinEdit8: TSpinEdit; SpinEdit1: TSpinEdit; procedure BitBtn2Click(Sender: TObject); procedure BitBtn1Click(Sender: TObject); procedure FormCreate(Sender: TObject); procedure BitBtn5Click(Sender: TObject); function Calculate(SMyExpression: string; digits: Byte): string; // Calculate a simple expression. Supported are: http://www.swissdelphicenter.ch/en/showcode.php?id=470 private { Private declarations } public { Public declarations } end; Real Numbers, parenthesis. TProcesso = class(TInterfacedObject) private public { ----- Atributos ----- } Fcor:Tcolor; Fpid:integer; FTempoProcessador:integer; //tempo de processo FtempoExecucao:integer; FtempoTurnaround:integer; FtempoEsperaProcesso :integer; Fporcentagem:integer; Ftipo:String; Fprioridade:integer; { ----- Construtor ----- } constructor create (cor: Tcolor; pid:integer; TempoProcessador:integer; tempoExecucao:integer; porcentagem:integer; tipo:string; prioridade:integer; tempoTurnaround:integer; tempoEsperaProcesso:integer); //destructor Destroy; { ----- Funções e procedimetos ----- } function GTempoProcessador:integer; procedure STempoProcessador(valor:integer); function Gcor:Tcolor; procedure Scor(valor:Tcolor); 65 function Gpid:integer; procedure Spid(valor:integer); function GtempoExecucao:integer; procedure StempoExecucao(valor:integer); function GtempoTurnaround:integer; procedure StempoTurnaround(valor:integer); function GtempoEsperaProcesso:integer; procedure StempoEsperaProcesso(valor:integer); function Gporcentagem:integer; procedure Sporcentagem(valor:integer); function Gtipo:String; procedure Stipo(valor:String); function Gprioridade:integer; procedure Sprioridade(valor:integer); { ------ Gets E Sets ------ } property cor: Tcolor read Gcor property pid:integer read Gpid property TempoProcessador:integer read GTempoProcessador STempoProcessador; property tempoExecucao:integer read GtempoExecucao StempoExecucao; property tempoTurnaround:integer read GtempoTurnaround StempoTurnaround; property tempoEsperaProcesso:integer read GtempoEsperaProcesso StempoEsperaProcesso; property porcentagem:integer read Gporcentagem Sporcentagem; property tipo: String read Gtipo property prioridade:integer read Gprioridade Sprioridade; end; write Scor; write Spid; write write write write write write Stipo; write TCPU = class(TInterfacedObject) public { ------ Atributos ------ } Focupado:integer; FtempoDecorrido:integer; FProcessoExecutando:Tprocesso; { ------ Construtor ------ } constructor create; //destructor Destroy; { ------ Funções e procedimentos ------ } function Gocupado:integer; procedure Socupado(valor:integer); function GtempoDecorrido:integer; procedure StempoDecorrido(valor:integer); function GProcessoExecutando:Tprocesso; procedure SProcessoExecutando(valor:Tprocesso); { ------ Gets E Sets ------ } property ocupado:integer read Gocupado write Socupado; property tempoDecorrido:integer read GtempoDecorrido write StempoDecorrido; property ProcessoExecutando:Tprocesso read GProcessoExecutando write SProcessoExecutando; procedure incrementaTempoDecorrido; function removeProcessoExecutando:Tprocesso; procedure insereProcessoExecutando(processo:Tprocesso); end; TDisco = class(TInterfacedObject) public { ------ Atributos ------ } Focupado :integer; FtempoEsperado :integer; FtempoDecorrido :integer; FtempoIO :integer; FProcessoIO:Tprocesso; { ------ Construtor ------ } constructor create(ocupado:integer; tempoEsperado:integer; tempoIO:integer); tempoDecorrido:integer; 66 //destructor Destroy; { ------ Funções e procedimentos ------ } function Gocupado:integer; procedure Socupado(valor:integer); function GtempoEsperado:integer; procedure StempoEsperado(valor:integer); function GtempoDecorrido:integer; procedure StempoDecorrido(valor:integer); function GtempoIO:integer; procedure StempoIO(valor:integer); function GProcessoIO:Tprocesso; procedure SProcessoIO(valor:Tprocesso); { ------ Gets E Sets ------ } property ocupado :integer read property tempoEsperado :integer read property tempoDecorrido :integer read property tempoIO :integer read Gocupado GtempoEsperado GtempoDecorrido GtempoIO write write write write Socupado; StempoEsperado; StempoDecorrido; StempoIO; end; TSistema = class(TInterfacedObject) public { ------ Atributos ------ } FfatiaTempoSistema :integer; FtempoDecorridoSistema :integer; FtempoAcessoDisco :integer; FtempoAcessoUSBFlash :integer; FtempoAcessoCD :integer; FtempoClock :integer; FtempoThroughput :integer; FtempoInicialGantt :integer; FtempoFinalGantt :integer; FtempoMedioTurnaround :integer; FUT :integer; FUTAux :String; FLimitePrioridade :integer; FCalculaUnidadeTempo :String; { ------ Construtor ------ } constructor create(fatiaTempoSistema:integer; tempoDecorridoSistema:integer; tempoAcessoDisco:integer; tempoAcessoUSBFlash:integer; tempoAcessoCD:integer; tempoClock:integer; tempoThroughput:integer; tempoInicialGantt:integer; tempoFinalGantt:integer; UT:integer; UTAux:String; LimitePrioridade:integer); //destructor Destroy; { ------ Funções e procedimentos ------ } function GfatiaTempoSistema:integer; procedure SfatiaTempoSistema(valor:integer); function GtempoDecorridoSistema:integer; procedure StempoDecorridoSistema(valor:integer); function GtempoAcessoDisco:integer; procedure StempoAcessoDisco(valor:integer); function GtempoAcessoUSBFlash:integer; procedure StempoAcessoUSBFlash(valor:integer); function GtempoAcessoCD:integer; procedure StempoAcessoCD(valor:integer); function GtempoClock:integer; procedure StempoClock (valor:integer); function GtempoThroughput:integer; procedure StempoThroughput (valor:integer); function GtempoInicialGantt:integer; procedure StempoInicialGantt (valor:integer); function GtempoFinalGantt:integer; procedure StempoFinalGantt (valor:integer); function GUT:integer; procedure SUT(valor:integer); function GUTAux:String; procedure SUTAux (valor:String); function GLimitePrioridade:integer; procedure SLimitePrioridade (valor:integer); function GtempoMedioTurnaround:integer; procedure StempoMedioTurnaround (valor:integer); 67 function GCalculaUnidadeTempo:String; procedure SCalculaUnidadeTempo (valor:String); { ------ Gets E Sets ------ } property fatiaTempoSistema :integer read GfatiaTempoSistema SfatiaTempoSistema; property tempoDecorridoSistema :integer read GtempoDecorridoSistema StempoDecorridoSistema; property tempoAcessoDisco :integer read GtempoAcessoDisco StempoAcessoDisco; property tempoAcessoUSBFlash :integer read GtempoAcessoUSBFlash StempoAcessoUSBFlash; property tempoAcessoCD :integer read GtempoAcessoCD StempoAcessoCD; property tempoClock :integer read GtempoClock StempoClock; property tempoThroughput :integer read GtempoThroughput StempoThroughput; property tempoInicialGantt :integer read GtempoInicialGantt StempoInicialGantt; property tempoFinalGantt :integer read GtempoFinalGantt StempoFinalGantt; property UT :integer read GUT property UTAux :String read GUTAux property LimitePrioridade :integer read GLimitePrioridade SLimitePrioridade; property tempoMedioTurnaround :integer read GtempoMedioTurnaround StempoMedioTurnaround; property CalculaUnidadeTempo :String read GCalculaUnidadeTempo SCalculaUnidadeTempo; write write write write write write write write write write write SUT; SUTAux; write write write Protected end; var Form7 S D :TForm7; :TSistema; :TDisco; //Objeto Sistema //Objeto Disco implementation uses Unit1, Unit2, Unit3, Unit4, Unit5, Unit6, Unit8; {$R *.dfm} {-----CONSTRUTORES-----} constructor TProcesso.create(cor: Tcolor; pid:integer; TempoProcessador:integer; tempoExecucao:integer; porcentagem:integer; tipo:string; prioridade:integer; tempoTurnaround:integer; tempoEsperaProcesso:integer); begin Fcor := cor; Fpid := pid; FTempoProcessador := TempoProcessador; FtempoExecucao := tempoExecucao; Fporcentagem := porcentagem; Ftipo := tipo; Fprioridade := prioridade; FtempoTurnaround := tempoTurnaround; FtempoEsperaProcesso := tempoEsperaProcesso; end; constructor TCPU.create; begin ocupado := 0; tempoDecorrido := 0; end; 68 constructor TDisco.create(ocupado:integer; tempoIO:integer); begin Focupado := ocupado; FtempoEsperado := tempoEsperado; FtempoDecorrido := tempoDecorrido; FtempoIO := tempoIO; end; tempoEsperado:integer; tempoDecorrido:integer; constructor TSistema.create(fatiaTempoSistema:integer; tempoDecorridoSistema:integer; tempoAcessoDisco:integer; tempoAcessoUSBFlash:integer; tempoAcessoCD:integer; tempoClock:integer; tempoThroughput:integer; tempoInicialGantt:integer; tempoFinalGantt:integer; UT:integer; UTAux:String; LimitePrioridade:integer); begin Self.FfatiaTempoSistema := fatiaTempoSistema; Self.FtempoDecorridoSistema := tempoDecorridoSistema; Self.FtempoAcessoDisco := tempoAcessoDisco; Self.FtempoAcessoUSBFlash := tempoAcessoUSBFlash; Self.FtempoAcessoCD := tempoAcessoCD; Self.FtempoClock := tempoClock; Self.FtempoThroughput := tempoThroughput; Self.FtempoInicialGantt := tempoInicialGantt; Self.FtempoFinalGantt := tempoFinalGantt; Self.FUT := UT; Self.FUTAux := UTAux; Self.FLimitePrioridade := LimitePrioridade; end; {destructor TProcesso.Destroy; begin inherited Destroy; end; destructor TCPU.Destroy; begin inherited Destroy; end; destructor TDisco.Destroy; begin inherited Destroy; end; destructor TSistema.Destroy; begin inherited Destroy; end; } {**************CLASSE CPU**************} procedure TCPU.incrementaTempoDecorrido; begin FtempoDecorrido := tempoDecorrido + 1; end; function TCPU.removeProcessoExecutando: Tprocesso; begin ocupado := 0; tempoDecorrido := 0; result := processoExecutando; end; procedure TCPU.insereProcessoExecutando(processo:Tprocesso); begin ocupado := 1; tempoDecorrido := 0; processoExecutando := processo; 69 end; function TCPU.Gocupado:integer; begin result := Self.FOcupado; end; procedure TCPU.Socupado(valor:integer); begin Self.Focupado := valor - 1; end; function TCPU.GtempoDecorrido:integer; begin result := Self.FtempoDecorrido; end; procedure TCPU.StempoDecorrido(valor:integer); begin Self.FtempoDecorrido := valor - 1; end; function TCPU.GProcessoExecutando:Tprocesso; begin result := Self.FProcessoExecutando; end; procedure TCPU.SProcessoExecutando(valor:Tprocesso); begin Self.FProcessoExecutando := valor; end; {*************CLASSE PROCESSO************} function TProcesso.GTempoProcessador:integer; begin result := Self.FTempoProcessador; end; procedure TProcesso.STempoProcessador(valor:integer); begin Self.FTempoProcessador := FTempoProcessador - valor; end; function TProcesso.Gcor:Tcolor; begin result := Self.Fcor; end; procedure TProcesso.Scor(valor:Tcolor); begin Self.Fcor := valor; end; function TProcesso.Gpid:integer; begin result := Self.Fpid; end; procedure TProcesso.Spid(valor:integer); begin Self.Fpid := valor; end; function TProcesso.GtempoExecucao:integer; begin result := Self.FtempoExecucao; end; 70 procedure TProcesso.StempoExecucao(valor:integer); begin Self.FtempoExecucao := FtempoExecucao - valor; end; function TProcesso.GtempoTurnaround:integer; begin result := Self.FtempoTurnaround; end; procedure TProcesso.StempoTurnaround(valor:integer); begin Self.FtempoTurnaround := Self.FtempoTurnaround + valor; end; function TProcesso.GtempoEsperaProcesso:integer; begin result := Self.FtempoEsperaProcesso; end; procedure TProcesso.StempoEsperaProcesso(valor:integer); begin Self.FtempoEsperaProcesso := FtempoEsperaProcesso + valor; end; function TProcesso.Gporcentagem:integer; begin result := Self.Fporcentagem; end; procedure TProcesso.Sporcentagem(valor:integer); begin Self.Fporcentagem := valor; end; function TProcesso.Gtipo:string; begin result := Self.Ftipo; end; procedure TProcesso.Stipo(valor:string); begin Self.Ftipo := valor; end; function TProcesso.Gprioridade:integer; begin result := Self.Fprioridade; end; procedure TProcesso.Sprioridade(valor:integer); begin Self.Fprioridade := valor; end; {************* CLASSE SISTEMA **************} function TSistema.GfatiaTempoSistema:integer; begin result := Self.FfatiaTempoSistema; end; procedure TSistema.SfatiaTempoSistema(valor:integer); begin Self.FfatiaTempoSistema := valor; end; function TSistema.GtempoDecorridoSistema:integer; begin result := Self.FtempoDecorridoSistema; end; 71 procedure TSistema.StempoDecorridoSistema(valor:integer); begin Self.FtempoDecorridoSistema := Self.FtempoDecorridoSistema + valor; end; function TSistema.GtempoAcessoDisco:integer; begin result := Self.FtempoAcessoDisco; end; procedure TSistema.StempoAcessoDisco(valor:integer); begin Self.FtempoAcessoDisco := valor; end; function TSistema.GtempoAcessoUSBFlash:integer; begin result := Self.FtempoAcessoUSBFlash; end; procedure TSistema.StempoAcessoUSBFlash(valor:integer); begin Self.FtempoAcessoUSBFlash := valor; end; function TSistema.GtempoAcessoCD:integer; begin result := Self.FtempoAcessoCD; end; procedure TSistema.StempoAcessoCD(valor:integer); begin Self.FtempoAcessoCD := valor; end; function TSistema.GtempoClock:integer; begin result := Self.FtempoClock; end; procedure TSistema.StempoClock (valor:integer); begin Self.FtempoClock := valor; end; function TSistema.GtempoThroughput:integer; begin result := Self.FtempoThroughput; end; procedure TSistema.StempoThroughput(valor:integer); begin Self.FtempoThroughput := FtempoThroughput + valor; end; function TSistema.GtempoInicialGantt:integer; begin result := Self.FtempoInicialGantt; end; procedure TSistema.StempoInicialGantt(valor:integer); begin Self.FtempoInicialGantt := FtempoInicialGantt + valor; end; function TSistema.GtempoFinalGantt:integer; begin result := Self.FtempoFinalGantt; 72 end; procedure TSistema.StempoFinalGantt(valor:integer); begin Self.FtempoFinalGantt := FtempoFinalGantt + valor; end; function TSistema.GUT:integer; begin result := Self.FUT; end; procedure TSistema.SUT(valor:integer); begin Self.FUT := FUT + valor; end; function TSistema.GUTAux:string; begin result := Self.FUTAux; end; procedure TSistema.SUTAux(valor:string); begin Self.FUTAux := FUTAux + valor + '+'; end; function TSistema.GLimitePrioridade:integer; begin result := Self.FLimitePrioridade; end; procedure TSistema.SLimitePrioridade(valor:integer); begin Self.FLimitePrioridade := FLimitePrioridade + valor; end; function TSistema.GtempoMedioTurnaround:integer; begin result := Self.FtempoMedioTurnaround; end; procedure TSistema.StempoMedioTurnaround(valor:integer); begin Self.FtempoMedioTurnaround := FtempoMedioTurnaround + valor; end; function TSistema.GCalculaUnidadeTempo:string; begin result := Self.FCalculaUnidadeTempo; end; procedure TSistema.SCalculaUnidadeTempo(valor:string); var count, i, j:integer; VUT: string; vUTAux: string; begin vUTAux := Copy(valor,1, count-1); j := length(Copy(valor,1, count-1)); count := j; for i := 1 to j do begin VUT := Copy(vUTAux, count,1); dec(count); if VUT = '+' then break; end; VUT := Copy(vUTAux,1,count); Self.FCalculaUnidadeTempo end; := VUT; 73 {********** CLASSE DISCO **********} function TDisco.Gocupado:integer; begin result := Self.Focupado; end; procedure TDisco.Socupado(valor:integer); begin Self.Focupado := valor; end; function TDisco.GtempoEsperado:integer; begin result := Self.FtempoEsperado; end; procedure TDisco.StempoEsperado(valor:integer); begin Self.FtempoEsperado := valor; end; function TDisco.GtempoDecorrido:integer; begin result := Self.FtempoDecorrido; end; procedure TDisco.StempoDecorrido(valor:integer); begin Self.FtempoDecorrido := Self.FtempoDecorrido + valor; end; function TDisco.GtempoIO:integer; begin result := Self.FtempoIO; end; procedure TDisco.StempoIO(valor:integer); begin FtempoIO := valor; end; function TDisco.GProcessoIO:Tprocesso; begin result := Self.FProcessoIO; end; procedure TDisco.SProcessoIO(valor:Tprocesso); begin Self.FProcessoIO := valor; end; procedure TForm7.BitBtn1Click(Sender: TObject); begin Tsistema(S).SfatiaTempoSistema(SpinEdit2.Value); Tsistema(S).StempoClock(SpinEdit6.Value); TSistema(S).StempoAcessoDisco(SpinEdit7.Value); TSistema(S).StempoAcessoCD(SpinEdit9.Value); TSistema(S).StempoAcessoDisco(SpinEdit10.Value); TDisco(D).StempoIO(SpinEdit8.Value); TSistema(S).SLimitePrioridade(SpinEdit1.Value); Form3.SpinEdit1.MaxValue := Form7.SpinEdit1.Value ; Application.MessageBox('Opera磯 Sucesso!','Aviso',mb_Ok+mb_IconExclamation); end; Realizada com procedure TForm7.BitBtn2Click(Sender: TObject); 74 begin close; end; function TForm7.Calculate(SMyExpression: string; digits: Byte): string; // Calculate a simple expression. Supported are: http://www.swissdelphicenter.ch/en/showcode.php?id=470 var z: Char; ipos: Integer; Real Numbers, parenthesis. function StrToReal(chaine: string): Real; var r: Real; Pos: Integer; begin Val(chaine, r, Pos); if Pos > 0 then Val(Copy(chaine, 1, Pos - 1), r, Pos); Result := r; end; function RealToStr(inreal: Extended; digits: Byte): string; var S: string; begin Str(inreal: 0: digits, S); realToStr := S; end; procedure NextChar; var s: string; begin if ipos > Length(SMyExpression) then begin z := #9; Exit; end else begin s := Copy(SMyExpression, ipos, 1); z := s[1]; Inc(ipos); end; if z = ' ' then nextchar; end; function Expression: Real; var w: Real; function Factor: Real; var ws: string; begin Nextchar; if z in ['0'..'9'] then begin ws := ''; repeat ws := ws + z; nextchar until not (z in ['0'..'9', '.']); Factor := StrToReal(ws); end else if z = '(' then begin Factor := Expression; nextchar 75 end else if z = '+' then Factor := +Factor else if Z = '-' then Factor := -Factor; end; function Term: Real; var W: Real; begin W := Factor; while Z in ['*', '/'] do if z = '*' then w := w * Factor else w := w / Factor; Term := w; end; begin w := term; while z in ['+', '-'] do if z = '+' then w := w + term else w := w - term; Expression := w; end; begin ipos := 1; Result := RealToStr(Expression, digits); end; procedure TForm7.FormCreate(Sender: TObject); begin SpinEdit2.Value SpinEdit6.Value SpinEdit7.Value SpinEdit9.Value SpinEdit10.Value SpinEdit8.Value SpinEdit1.Value := := := := := := := Tsistema(S).GfatiaTempoSistema; Tsistema(S).GtempoClock; TSistema(S).GtempoAcessoDisco; TSistema(S).GtempoAcessoCD; TSistema(S).GtempoAcessoUSBFlash; TDisco(D).GtempoIO; TSistema(S).GLimitePrioridade; end; procedure TForm7.BitBtn5Click(Sender: TObject); begin close; end; end. 76 ANEXO II – CÓDIGO-FONTE DO COMPONENTE DE CORES DOS PROCESSOS colorbox1.AddItem('clBackground',TObject(clBackground)); colorbox1.AddItem('clMaroon', TObject(clMaroon)); colorbox1.AddItem('Chocolate',TObject(clWebChocolate)); colorbox1.AddItem('Peru',TObject(clWebPeru)); colorbox1.AddItem('Ouro-Escuro (rod)',TObject(clWebDarkGoldenRod)); colorbox1.AddItem('RosyBrown',TObject(clWebRosyBrown)); colorbox1.AddItem('Azul-Royal',TObject(clWebRoyalBlue)); colorbox1.AddItem('Azul-Ardósia Médio',TObject(clWebMediumSlateBlue)); colorbox1.AddItem('clblue', TObject(TColor(clblue))); colorbox1.AddItem('Azul CornFlower',TObject(clWebCornFlowerBlue)); colorbox1.AddItem('Azul Dodger',TObject(clWebDodgerBlue)); colorbox1.AddItem('Azul-Petroleo',TObject(clActiveCaption)); colorbox1.AddItem('Céu-Azul Profundo',TObject(clWebDeepskyBlue)); colorbox1.AddItem('Azul-Celeste',TObject(clSkyBlue)); colorbox1.AddItem('Azul-Claro',TObject(ClAqua)); colorbox1.AddItem('Ciano Claro',TObject(clWebLightCyan)); colorbox1.AddItem('Azure',TObject(clWebAzure)); colorbox1.AddItem('Azul Água-Marinho',TObject(clWebAquamarine)); colorbox1.AddItem('Turquesa Pálido',TObject(clWebPaleTurquoise)); colorbox1.AddItem('Azul LightSteel',TObject(clWebLightSteelBlue)); colorbox1.AddItem('Turquesa',TObject(clWebTurquoise)); colorbox1.AddItem('Turquesa Escuro',TObject(clWebDarkTurquoise)); colorbox1.AddItem('Azul Cadet',TObject(clWebCadetBlue)); colorbox1.AddItem('Ciano Escuro',TObject(clWebDarkCyan)); colorbox1.AddItem('Água-Marinho Médio',TObject(clWebMediumAquamarine)); colorbox1.AddItem('Azul-Esverdeada (Teal)',TObject(clTeal)); colorbox1.AddItem('Verde-Mar',TObject(clWebSeaGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Oliva Escuro',TObject(clWebDarkOliveGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Floresta',TObject(clWebForestGreen)); colorbox1.AddItem('Verde',TObject(clGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Oliva',TObject(clOlive)); colorbox1.AddItem('Verde Oliva Monótono',TObject(clWebOliveDrab)); colorbox1.AddItem('Verde Escuro',TObject(clWebLimeGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Mar Médio',TObject(clWebMediumSeaGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Mar Light',TObject(clWebLightSeaGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Mar Escuro',TObject(clWebDarkSeaGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Claro',TObject(clWebLightGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Primavera Médio',TObject(clWebMediumSpringGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Claro',TObject(clWebLightgrey)); colorbox1.AddItem('Verde Dinheiro',TObject(clMoneyGreen)); colorbox1.AddItem('Verde-Amarelo',TObject(clWebGreenYellow)); colorbox1.AddItem('Verde-Limão',TObject(clLime)); colorbox1.AddItem('Verde-Primavera',TObject(clWebSpringGreen)); colorbox1.AddItem('Vermelho Escuro',TObject(clWebDarkRed)); colorbox1.AddItem('Violeta-Vermelho Médio',TObject(clWebMediumVioletRed)); colorbox1.AddItem('Violeta-Vermelho Pálido',TObject(clWebPaleVioletRed)); colorbox1.AddItem('Vermelho Carmesim',TObject(clWebCrimson)); colorbox1.AddItem('Firebrick',TObject(clWebFirebrick)); colorbox1.AddItem('Vermelho Indiano',TObject(clWebIndianRed)); colorbox1.AddItem('Siena',TObject(clWebSienna)); colorbox1.AddItem('Vermelho',TObject(clRed)); 77 colorbox1.AddItem('Laranja-Vermelho',TObject(clWebOrangeRed)); colorbox1.AddItem('Vermelho Tomate',TObject(clWebTomato)); colorbox1.AddItem('Salmão Escuro',TObject(clWebDarkSalmon)); colorbox1.AddItem('Salmão',TObject(clWebLightSalmon)); colorbox1.AddItem('Laranja-Escuro',TObject(clWebDarkOrange)); colorbox1.AddItem('Laranja',TObject(clWebOrange)); colorbox1.AddItem('Ouro',TObject(clWebGold)); colorbox1.AddItem('Amarelo',TObject(clYellow)); colorbox1.AddItem('Caqui Escuro',TObject(clWebDarkKhaki)); colorbox1.AddItem('Ouro Rod',TObject(clWebGoldenRod)); colorbox1.AddItem('Caqui',TObject(clWebKhaki)); colorbox1.AddItem('Ouro (Palerod)',TObject(clWebPaleGoldenrod)); colorbox1.AddItem('Ouro-Claro (rodYellow)',TObject(clWebLightGoldenrodYellow)); colorbox1.AddItem('Creme',TObject(clCream)); colorbox1.AddItem('LightCoral',TObject(clWebLightCoral)); colorbox1.AddItem('Rosa-Pink Profundo',TObject(clWebDeepPink)); colorbox1.AddItem('Rosa-Pink Quente',TObject(clWebHotPink)); colorbox1.AddItem('Rosa-Pink',TObject(clWebPink)); colorbox1.AddItem('Rosa-Pink Claro',TObject(clWebLightPink)); colorbox1.AddItem('Rosa Enevoado',TObject(clWebMistyRose)); colorbox1.AddItem('Magenta Escuro',TObject(clWebDarkMagenta)); colorbox1.AddItem('Purpura',TObject(clPurple)); colorbox1.AddItem('Violeta Escuro',TObject(clWebDarkViolet)); colorbox1.AddItem('Violeta Azul',TObject(clWebBlueViolet)); colorbox1.AddItem('Orquídea Escuro',TObject(clWebDarkOrchid)); colorbox1.AddItem('Orquídea Médio',TObject(clWebMediumOrchid)); colorbox1.AddItem('Orquídea',TObject(clWebOrchid)); colorbox1.AddItem('Lilás',TObject(clFuchsia)); colorbox1.AddItem('Violeta',TObject(clWebViolet)); colorbox1.AddItem('Ameixa',TObject(clWebPlum)); colorbox1.AddItem('Cardo',TObject(clWebThistle)); colorbox1.AddItem('Lavanda',TObject(clWebLavender)); 78
Documentos relacionados
POO – Noções básicas de DELPHI - Prof. Sérgio Mayerle
VCL .......................................................................................................................................................................... 33 Objeto – Form (Form...
Leia maisMÓDULOS GAVETEIROS MGI-20/MGI-40 AC MGI 2000 AC Manual
de PDV’s de grandes empresas que desenvolviam o software e o hardware necessários para colocá-la em funcionamento. As software houses de automação comercial usam, em sua grande maioria, microcomput...
Leia maisElementos Graficos
Por fim, discutiremos o uso de bitmaps, abordando alguns recursos avançados para rápida representação gráfica, meta-arquivos, o componente TeeChart (incluindo seu uso na Web) e mais alguns tópicos ...
Leia mais