Outubro 2013
Transcrição
Outubro 2013
Boletim Aon Ano 1 Aon Risk Solutions Editorial nº 2 Outubro • 2013 Nesta edição Óleo & Gás: Seguro de Riscos de Petróleo O primeiro semestre de 2013 mostrou novamente a força que o mercado de seguros brasileiro vem demonstrando, independentemente do fato de que os índices econômicos aparentam se fixar, neste ano, em níveis abaixo da expectativa. O mercado apresentou crescimento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os principais destaques foram o Seguro Rural, Seguros Financeiros, Seguro Habitacional e Seguro Automóvel, e o principal agrupamento de riscos no mercado, o Seguro de Pessoas. O crescimento observado nesses ramos dá a dimensão da importância de determinados segmentos na economia brasileira. Por exemplo, o segmento do agronegócio tem sido o motor de nosso PIB, demonstrando a força de nosso campo e de nossa agricultura e pecuária. O mercado de seguros cresce mais no ramo Rural, mas ainda há um enorme potencial de expansão. Os segmentos de seguros Habitacional e Automóvel também continuam crescendo, em razão da forte expansão do crédito e do aumento da demanda decorrente da atividade verificada no consumo de automóveis e residências. Mas ainda há espaço para crescimento por meio de outras variáveis. O índice de relação do mercado de seguros versus o PIB, que mede a penetração desse mercado na economia, demonstra que o Brasil tem um longo caminho pela frente. Enquanto países como EUA, Reino Unido e França possuem índices de aproximadamente 8%, 12% e 9%, respectivamente, o Brasil está na faixa de 3% aproximadamente. Nota-se ainda uma movimentação maior, na qual a Aon está absolutamente inserida, em trazer novos produtos para o mercado brasileiro, o que certamente significará, em médio prazo, uma tendência verificada em outros países, qual seja, a de oferecer maior gama de soluções de seguros para as empresas e para as pessoas. Marcelo Homburger Transportes: – Conhecimento Eletrônico de Transporte – Cobertura adicional de greves pode minimizar prejuízos das empresas de transporte Eventos & Entretenimento: Seguro oferece proteção e segurança em todos os aspectos relacionados a eventos Produtos Financeiros: Seguro Garantia Judicial cresce no Brasil e volume de prêmios chega a R$ 350 milhões Risco Patrimonial: Aon lança seguro para recall de produtos contaminados Riscos Marítimos: Custo de remoção do Costa Concordia pode chegar a US$ 2 bilhões AGRC – Consultoria em Gestão de Riscos: Estudo da Aon revela relação entre maturidade na gestão de riscos e bom desempenho financeiro das empresas AGCN – Rede Global de Atendimento: Global Risk Insight Platform – GRIP Unidades Regionais: Filial da Aon em Porto Alegre alcança sucesso em mercado em grande expansão Eventos Aon: Aon apresenta resultados da Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos – Global Survey 2013 Vice-Presidente-Executivo & Chief Broking Officer Aon Risk Solutions Brasil Agenda Outubro 10 Novembro 21 a 23 D&O e Responsabilidade Civil Geral Apresentação de noticias, cases e tendências do mercado. Local: Hotel JP X Seminário Internacional de Gerenciamento de Riscos e Seguros e Expo Riscos – ABGR Local: São Paulo 14 31 a 17 Gerenciamento do Custo Total de Riscos – TCOR Abordagem sobre metodologia e ferramenta utilizada pela Aon na redução de custos e gestão dos riscos seguráveis. Locais: São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte Aon Up Abordagem sobre temas e produtos relevantes sobre seguros e gestão de riscos Local: Rio de Janeiro 25 Jantar de Gala – Instituto Aon Evento beneficente, cuja verba arrecadada será revertida para instituições apoiadas pelo Instituto. Local: São Paulo por Paulo Niemeyer Óleo & Gás Seguro de Riscos de Petróleo Crescimento da indústria petrolífera e atualização das normas vigentes devem impulsionar mercado de seguros e resseguros no país. A s novas rodadas de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a complexidade das operações do pré-sal devem aumentar a demanda por seguros de Riscos de Petróleo. Com o aumento das atividades de exploração e produção, as empresas buscarão alternativas para o gerenciamento e mitigação de seus riscos operacionais e financeiros, transferindo grande parte deles para o mercado segurador. Quanto mais remoto e desafiador o projeto, maiores os investimentos e os riscos envolvidos. A exploração nos poços do pré-sal, por exemplo, envolve um grande desafio logístico, que torna a operação mais complexa e aumenta os riscos em caso de acidentes e danos ao meio ambiente. É dentro desse novo cenário que os especialistas no mercado de Óleo & Gás da Aon estão atuando. Uma das formas encontradas pela Aon para tornar o risco mais atrativo para as seguradoras e resseguradoras e, consequentemente, aumentar o poder de negociação para obter condições mais competitivas é estruturar uma única apólice com diferentes seções de coberturas para cobrir todos os riscos associados às atividades de E&P, como riscos patrimoniais, responsabilidade civil (incluindo poluição), controle de poço em caso de blow-out, construção, perda de receita. A Aon possui uma estrutura dedicada ao segmento de O&G, sediada no Rio de Janeiro e com bases em outros centros desse setor, tais como Macaé, Santos, Salvador e Vitória. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Uma informação importante para a indústria petrolífera refere-se à Circular da Susep 470, publicada em 28 de junho/2013, que atualizou as normas do ramo de Seguro de Riscos de Petróleo, definindo regras mais claras para as coberturas oferecidas pelas seguradoras. As coberturas agora devem indenizar prejuízos decorrentes de toda a cadeia da atividade, incluindo riscos de petróleo e gás natural, equipamentos e instalações diretamente relacionados à produção, prospecção e perfuração e suas respectivas unidades, além das áreas de armazenamento no campo de produção em terra (onshore), marítimas e dutos (offshore). O seguro também deve cobrir a manutenção, conservação e construção de unidades de exploração, produção e armazenamento e outras estruturas submarinas, incluindo dutos offshore, ligadas à produção ou exploração de óleo ou gás. As seguradoras têm até o dia 1º de janeiro de 2014 para se adequar às novas exigências. Essas medidas não afetam as apólices emitidas antes de julho de 2013. Boletim Aon por Ricardo Guirao Transportes Conhecimento Eletrônico de Transporte Cronograma de implementação do CT-e (Conhecimento Eletrônico de Transporte) será finalizado em dezembro deste ano. O governo federal implementou o CT-e em substituição aos documentos fiscais de transporte de carga em papel. Com isso, desde 1º de agosto de 2013, as transportadoras rodoviárias não optantes pelo Simples Nacional estão obrigadas a aderir ao novo modelo de documento fiscal eletrônico. Em dezembro, o CT-e também será obrigatório para os contribuintes do segmento rodoviário optantes pelo regime do Simples Nacional. Com a modernização, todas as operações passam a ser acompanhadas pelo fisco em tempo real. O CT-e é um documento de existência exclusivamente digital com validade jurídica e deve substituir diversos documentos fiscais relacionados à prestação de serviços de transporte. Para os clientes das transportadoras rodoviárias de carga, o novo modelo facilitará o armazenamento de dados e a escrituração dos impostos, ajudando assim a cumprir as regras do contrato de seguro, que estabelece a comunicação do embarque antes do início do risco/viagem. Já para as seguradoras, a implementação do CT-E está possibilitando o desenvolvimento de sistemas para a coleta das informações de seguro de forma automática. Cobertura adicional de greves pode minimizar prejuízos das empresas de transporte As manifestações populares em diversas cidades do território brasileiro aumentaram consideravelmente os riscos no transporte de mercadorias. O prejuízo tem sido grande para as empresas de transporte, já que as manifestações aumentam os custos das operações de logística e ainda reduzem a produtividade. Por outro lado, as seguradoras ainda não sentiram impacto em indenizações, porque tumultos e greves (riscos em que se enquadram as manifestações populares) figuram como risco excluído de cobertura nas apólices de automóvel. Em razão da paralisação e de possíveis perdas e danos às mercadorias transportadas, os especialistas da Aon recomendam aos embarcadores avaliar a possibilidade de contratar a cobertura adicional de greves no Seguro de Transporte Nacional. Vale lembrar que essa cobertura, se contratada pelo embarcador em seu Seguro de Transporte, visa garantir somente as perdas e danos à mercadoria transportada quando causados por: A Ano 1 Grevistas, lock-out, pessoas participantes em distúrbios trabalhistas, tumultos ou comoções civis; nº 2 Outubro • 2013 ou B Greve, lock-out, distúrbios trabalhistas, tumultos ou comoções civis. Boletim Aon por Bruno Amorim Eventos & Entretenimento Seguro oferece proteção e segurança em todos os aspectos relacionados a eventos C om o grande aumento de eventos nacionais e internacionais realizados no Brasil nos últimos anos (competições esportivas, encontros mundiais, congressos, concertos e festivais de música, exposições artísticas, desfiles de moda e, até mesmo, produções cinematográficas), o mercado segurador vem experimentando um significativo crescimento da demanda relativa a produtos voltados para as necessidades das empresas responsáveis pela organização de eventos. Nesse cenário, o Seguro de Eventos aparece como uma solução completa para os mais variados tipos de imprevistos. Esse produto dispõe de coberturas para diferentes aspectos da atuação de uma produtora de eventos. Uma das cláusulas principais é a proteção ao segurado caso venha a ser civilmente responsabilizado por indenizações a terceiros, devido a danos involuntários de ordem material e/ou corporal. O seguro pode amparar também os valores investidos (receitas, despesas e lucro) no Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 evento, minimizando as perdas no caso de ocorrências que impeçam ou adiem sua realização. A realização de um evento implica o trabalho de uma série de partes envolvidas e corresponsáveis, desde o planejamento até a execução final. O seguro pode ser contratado pela produtora do evento, tendo cada unidade responsável seu respectivo seguro, específico para a atividade que realiza. A Aon presta consultoria para a contratação das coberturas adequadas, independentemente do porte ou da natureza do projeto. Para poder realizar esse trabalho, o Seguro de Eventos possui mais de 30 tipos de coberturas específicas, o que proporciona à produtora a possibilidade de contratar diversas combinações diferentes, a fim de assegurar os tipos mais variados de eventos. Dentre as principais coberturas, destacam-se Responsabilidade Civil; Cancelamento, Adiamento e Interrupção; Acidentes Pessoais; Seguro Viagem; e Erros e Omissões. Boletim Aon por Daniela Durán Produtos Financeiros Seguro Garantia Judicial cresce no Brasil e volume de prêmios chega a R$ 350 milhões Com limite operacional bancário restrito, seguradoras procuram suprir demanda de mais de R$ 1 tri em processos. T radicionalmente, empresas de todos os portes e setores utilizam as cartas de fiança bancária para garantir processos judiciais. No entanto, com taxas mais atrativas e vantagens operacionais, o Seguro Garantia Judicial vem ganhando cada vez mais espaço, sendo usado por grandes organizações nacionais e multinacionais. Um levantamento feito pela Aon, que compara o volume de emissões do produto entre os anos 2010 e 2012, demonstra que o montante de prêmios cresceu 200% e chegou a R$ 350 milhões em 2012. Atualmente, o Brasil tem mais de R$ 1 tri em processos inscritos em dívida ativa apenas na esfera federal, sem considerar as esferas municipal e estadual. São mais de R$ 58 bilhões provisionados em balanço, somente nas 20 maiores empresas de capital aberto no Brasil. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Além de taxas mais baixas, outras vantagens em relação à carta de fiança bancária são a maior facilidade de contratação e o fato de o Seguro Garantia Judicial não comprometer as linhas de crédito, permitindo assim que as empresas prossigam com seus planos de investimento. Essas são algumas das razões que explicam o crescimento acelerado dessa modalidade no país. Acompanhando essa tendência do mercado, a Divisão de Produtos Financeiros da Aon conta com uma equipe especializada em estruturar programas de Seguro Garantia Judicial de acordo com as necessidades de cada empresa, garantindo excelência na entrega dos melhores produtos disponíveis no mercado. Boletim Aon Cenário brasileiro por Alexandre Jardim Risco Patrimonial Aon lança seguro para recall de produtos contaminados O novo seguro é uma apólice independente, que tem contratação local, mas com âmbito de cobertura mundial. E mpresas dos segmentos de alimentos, bebidas, tabaco, cosméticos e produtos farmacêuticos são suscetíveis a eventos em que possa haver a contaminação de seus produtos. Esse tipo de situação pode acarretar grandes prejuízos financeiros e a quebra da confiança por parte dos consumidores, comprometendo a imagem e reputação da marca. Com o objetivo de auxiliar as empresas a lidar com um momento tão delicado, a Aon tem trabalhado com sucesso no mercado brasileiro o Seguro para Produtos Contaminados. A cobertura oferece indenização por interrupção dos negócios e é voltada para o recall, substituição dos produtos e redistribuição de mercadorias, seja por contaminação acidental ou dolosa, sendo que os prejuízos cobertos na apólice são os da própria empresa segurada. Os limites de indenização podem chegar a US$ 15 milhões para contaminação acidental e a US$ 50 milhões para alteração dolosa. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Um dos principais diferenciais do Seguro para Produtos Contaminados é que o segurado recebe a consultoria de empresas especializadas em gerenciamento de crise e comunicação, que vão orientá-lo a estabelecer os planos de ação, verificando se a mercadoria deve ser retirada e em que quantidade, além de controlar os efeitos dessa medida no mercado consumidor. É importante perceber que, caso sejam mal controlados ou gerenciados, eventos dessa natureza podem acarretar a retirada de todos os produtos sem necessidade, ocasionar elevadas perdas financeiras, provocar grande confusão gerencial e perda de controle e eliminar a confiança que os consumidores têm na empresa e na marca. O seguro oferece coberturas para Custos de Retirada dos Produtos, Custos de Substituição dos Produtos, Custos de Redistribuição dos Produtos, Custos de Interrupção dos Negócios, Despesas Extras e Gastos de Recuperação. Boletim Aon por Maria Helena Carbone Riscos Marítimos Custo de remoção do Costa Concordia pode chegar a US$ 2 bilhões O mundo assistiu em 16 de setembro de 2013 a uma das mais espetaculares operações de resgate de uma grande embarcação naufragada. A ação de salvamento envolveu o navio de cruzeiros Costa Concordia, que adernou completamente em janeiro de 2012, na costa da ilha de Giglio, na Itália, após chocar-se contra uma rocha. O impacto abriu um enorme buraco no casco, provocando a inundação que levou o barco a virar. A operação de resgate do Costa Concordia foi uma das mais caras da história. O custo de remoção dos destroços já alcançou cerca de US$ 1,17 bilhão somente de P&I (Protection & Indemnity). O alto custo da operação se justifica por uma série de razões, entre as quais o grande número de empresas e profissionais especializados envolvidos no resgate: cerca de 500 pessoas trabalharam no projeto elaborado por empresas de 29 países. As alternativas clássicas para a realização da operação de salvamento do Costa Concordia eram o uso de explosivos ou o corte do casco no local com a utilização de correntes/amarras e sua posterior remoção em pedaços. Ambas as opções, no entanto, poderiam facilmente devastar o meio ambiente e a indústria turística. Por essa razão, o governo italiano exigiu um processo de duas etapas, que nunca havia sido feito nessa proporção: parbuckling e reflutuação. No parbuckling, a embarcação é virada sobre um “fundo falso”, que atua como uma plataforma estabilizadora para o navio até que ele esteja pronto para reflutuar e ser rebocado ao destino definido. A repercussão do episódio na indústria de seguros foi tão grande que o Lloyds elaborou um relatório denominado “Os desafios e as implicações da remoção de destroços de navios no século 21”. O documento esclarece em detalhes como o Costa Concordia demonstrou, na prática, que vários fatores relevantes podem aumentar severamente os custos de uma remoção de destroços. Afinal, era um navio de grande porte, adernado em um local difícil, com solo rochoso, próximo a águas muito profundas. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Em relação à participação das seguradoras nesse processo, as líderes no dano material são XL Group, Generali e RSA Insurance Group plc. Entretanto, a maioria das apólices marítimas é subscrita por várias seguradoras, de forma que a exposição ao risco seja relativamente fragmentada. No P&I, o risco estava dividido 50/50 entre Standard Club e Steamship Mutual (SSM). As seguradoras de danos materiais, após a indenização da perda total, deixaram de ter participação nesse processo. Apenas os clubes de P&I, responsáveis pela remoção de destroços, continuam suportando financeiramente a operação. Várias seguradoras e resseguradoras consideram os custos envolvidos excessivos e acham que o processo tradicional de cortar o navio em partes para sua remoção teria sido mais rápido, menos oneroso e não prejudicial ao meio ambiente, uma vez que o combustível já tinha sido removido. É esperado, por conta do incremento de custo ao longo do ano 2013, que o custo do resseguro no P&I volte a ter impacto nas renovações de 2014. Após essa tragédia, a Organização Marítima Internacional estabeleceu regras mais rigorosas para a segurança dos navios de passageiros. Exercícios de segurança antes ou imediatamente após a saída tornaram-se obrigatórios em navios de cruzeiro. Boletim Aon por Alexandre Botelho AGRC – Consultoria em Gestão de Riscos Estudo da Aon revela relação entre maturidade na gestão de riscos e bom desempenho financeiro das empresas U ma pesquisa com mais de 500 empresas de todo o mundo revelou que o desempenho financeiro das companhias de capital aberto está diretamente ligado a sua maturidade na gestão de riscos. O que se observou é que, em média, as organizações classificadas no topo da escala apresentam uma volatilidade até 50% inferior no valor dos papéis em comparação com as classificadas no outro extremo. O estudo foi realizado pela Aon em conjunto com a Universidade Wharton, da Pensilvânia, Estados Unidos. Uma comparação entre o período que antecedeu e o que sucedeu a crise econômica mundial revelou que uma melhor classificação no índice estava associada a maiores retornos sobre o preço das ações em épocas de incerteza e em mercados voláteis. Entre 2010 e 2011, os mercados em geral tiveram bom desempenho e quase todas as organizações conseguiram retorno positivo depois. Mesmo aquelas que adotaram práticas de gestão de riscos mais fracas obtiveram resultados comparáveis aos de empresas mais bem estruturadas e desenvolvidas. No entanto, quando o desempenho dos mercados piorou, a diferença na maturidade das companhias tornou-se evidente nos resultados financeiros. Em 2011 e 2012, por sua vez, com as economias dos países mais voláteis, as organizações com práticas mais sofisticadas tiveram desempenho significativamente melhor. O levantamento classificou as empresas numa escala de 1,0 a 5,0 e demonstrou que, atualmente, a média global de organizações de todos os portes e setores está entre 2,5 e 3,0. Assim, segundo a pesquisa, somente as companhias que se classificaram nos dois níveis mais elevados (4,5 e 5,0) tiveram retorno positivo. As organizações com os três níveis mais baixos de classificação fecharam o período com um prejuízo de 17% a 30%. O estudo mostrou, ainda, que empresas que não são de capital aberto também devem estar atentas a esses resultados, pois, apesar de não medirem seu desempenho com base no preço das ações, elas operam sob as mesmas expectativas que as companhias listadas na Bolsa. Principais obstáculos à implementação de gestão de riscos O estudo detalhou também os principais obstáculos à implementação de práticas de gestão de riscos por região. Os desafios culturais e de capital humano foram os mais citados pelas empresas e pelo menos um deles foi destacado como ponto importante em todas as localidades. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Ásia/ Pacífico Austrália/ Nova Zelândia América Central/ Caribe Europa Oriental Europa Ocidental Oriente Médio/ Norte da África América do Norte América do Sul Cultural Logística/ Distância Geográfica Cultural Cultural Capital Humano Cultural Econômico Cultural Logística/ Distância Geográfica Capital Humano Capital Humano Jurídico/ Regulatório Econômico Logística/ Distância Geográfica Capital Humano Jurídico/ Regulatório Boletim Aon por Debora Melitto AGCN – Rede Global de Atendimento Global Risk Insight Platform – GRIP Tecnologia de ponta em favor dos clientes Aon N a condição de líder mundial no mercado de gerenciamento de riscos, a Aon dispõe de ferramentas com tecnologia de ponta para apresentar as melhores soluções a seus clientes, sempre em linha com suas necessidades e expectativas. Uma das principais, e de propriedade exclusiva da Aon, é o Global Risk Insight Platform (GRIP). Trata-se de uma plataforma eletrônica que registra em tempo real todas as colocações realizadas no mercado segurador internacional, inovação que agrega valor aos negócios dos clientes dos mais variados segmentos. O GRIP é a maior base de dados do mundo em termos de colocações de seguros. Por meio dele, a Aon realiza uma série de análises comparativas que servem como referência de preço e de cobertura para a escolha da seguradora mais adequada para atender às necessidades específicas de cada cliente, independentemente do tamanho do risco ou de sua localização geográfica. A Aon já utiliza essa plataforma em 20 países, inclusive no Brasil. O GRIP permite aos consultores da empresa antecipar alterações do mercado e desenvolver estratégias de comercialização mais competitivas, auxiliando e orientando os clientes a tomar decisões totalmente fundamentadas em fatos. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Outro benefício proporcionado pelo GRIP é que a plataforma está totalmente alinhada com o Aon Client Promise, a metodologia global de relacionamento da Aon. Por meio de suas diretrizes, a Aon assegura aos clientes a melhor prestação de serviços em consultoria de riscos e de corretagem de seguros e de resseguros, sempre customizados de acordo com suas necessidades e prioridades. GRIP em números 1,7 milhão de cotações 900 mil colocações realizadas 85 mil clientes 52 linhas de negócios 1 mil indústrias de clientes Boletim Aon por Roberto Xavier Unidades Regionais Filial da Aon em Porto Alegre alcança sucesso em mercado em grande expansão Recentemente uma pesquisa da revista Exame apontou no cenário das 1.000 maiores empresas no Brasil que 75 delas possuem seu centro de decisão no Rio Grande do Sul. I sso vem ao encontro da decisão da Aon de estabelecer uma operação em Porto Alegre em 2002, com o objetivo de estar mais próxima de seus clientes e aumentar a participação nesse importante mercado. “Nos últimos três anos, aumentamos consideravelmente a base de nossos clientes, graças a nossa presença e ao conhecimento técnico em produtos que tiveram grande destaque, como, por exemplo, transportes, riscos de engenharia, responsabilidade civil e seguro patrimonial”, segundo Roberto Xavier, diretor da filial Porto Alegre. Além disso, a filial tem se movimentado para disseminar conhecimento e práticas de gestão de riscos e seguros na região com a realização de seminários e palestras sobre diversos temas. “Continuaremos investindo no mercado do Rio Grande do Sul. A combinação da presença local, conhecimento da cultura local e nossa operação apoiada por nossos diversos especialistas nos coloca em destaque na oferta de soluções customizadas para nossos clientes”, afirma Roberto Xavier. Principais segmentos Siderurgia/Mineração Agronegócio Logística O Rio Grande do Sul deve encerrar 2013 com uma produção de prêmios da ordem de R$ 10 bilhões, colocando o estado como 4º maior em volume de prêmios no Brasil. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Boletim Aon Eventos Aon Aon apresenta resultados da Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos – Global Survey 2013 P ara manter seus clientes atualizados sobre as principais tendências de negócios, a Aon desenvolve uma série de estudos com alcance global. Um deles é a Pesquisa Global de Gerenciamento de Riscos, que é feita a cada dois anos e tem como objetivo auxiliar os empresários a compreender os riscos e tomar decisões bem estruturadas que garantam a continuidade e o sucesso de seus negócios. Os resultados da edição 2013 da pesquisa foram apresentados em dois eventos, realizados em São Paulo e Rio de Janeiro, que contaram com a presença de jornalistas e executivos de grandes companhias. Em relação à edição anterior, a pesquisa teve um aumento significativo no número de participantes, passando de 960 para 1.415 empresas de mais de 70 países. O estudo elenca as dez maiores dificuldades apontadas por executivos de diversos segmentos. Na média global, a preocupação mais citada pelos executivos ainda é a de desaceleração e recuperação lenta da economia, seguida por alterações regulatórias e legislativas e aumento da concorrência. Os 10 Riscos mais Importantes 1 2 Desaceleração econômica/ recuperação lenta 6 Alterações regulatórias/ legislativas 7 Insucesso em inovar/atender necessidades do cliente Interrupção de negócios 3 4 5 Concorrência crescente Danos à reputação/ marca Insucesso em atrair ou reter grandes talentos 8 9 Risco do preço de mercadorias Risco de fluxo de caixa/liquidez 10 Riscos políticos/ incertezas A edição 2013 da pesquisa teve ampla participação de empresas da América Latina, com mais de 10% da amostragem sendo dessa região. O levantamento revelou que a percepção das companhias quanto aos maiores riscos para os negócios varia de acordo com a região, e a América Latina encara os desafios de mercado de maneira muito diferente da Europa e da América do Norte. A forte interferência do Estado na economia em países como Brasil, Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e México faz com que as alterações regulatórias e legislativas sejam o principal risco apontado pelos executivos. Ano 1 nº 2 Outubro • 2013 Além disso, perdas associadas a riscos políticos e incertezas – que no panorama mundial só aparecem na décima posição – estão no terceiro lugar no ranking da América Latina. Boletim Aon
Documentos relacionados
Boletim ARS - De 2016
além de mais de R$ 1 milhão em custos evitados nos programas e planos de assistência médica. Essas são algumas das ações que afirmam nosso compromisso com a região, que tem grande relevância para a...
Leia mais