Livro programacao resumos VIII SBC
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Livro programacao resumos VIII SBC
Transições evolutivas crustáceos no mar, na água doce e na terra De 9 a 12 de novembro de 2014 | Centro de Convenções de Bonito | Bonito/MS LIVRO DE PROGRAMAÇÕES E RESUMOS Diretoria Gestão 2013-2014 2014 Presidente – Sergio Schwarz da Rocha (UFRB) Vice-Presidente – Alexandre Oliveira de Almeida (UESC) Primeiro Secretário – Harry Boos Jr (CEPSUL – ICMBio) Segundo Secretário – Luis Ernesto Arruda Bezerra (UFERSA) Primeiro Tesoureiro – Cléverson Ranniéri Meira dos Santos (MPEG) Segundo Tesoureiro – Ricardo Lourenço Pinto (IGD/UnB) Conselho: Georgina Bond Buckup (IGRE Associação Sócio-ambientalista) Sócio Carlos Eduardo Falavigna da Rocha (USP) Marcelo Antonio Amaro Pinheiro (UNESP/CLP) (UNES http://www.crustacea.org.br/ e-mail: [email protected] Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – CCAAB Cruz das Almas – BA Rua Rui Barbosa, nº 710, – Bairro Centro -44380-000 Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) – Biblioteca da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Congresso Brasileiro sobre Crustáceos (8: 2014: Bonito, MS)/Liliam Hayd e Jelly M. Nakagaki. Bonito,MS: Sociedade Brasileira de Carcinologia, 2014. 216 p. 30cm. ISSN:2178-7581 Livro de Programação e Resumos do VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos – Sociedade Brasileira de Carcinologia, 2014. 1.Crustáceos 2. Biodiversidade 3. Biologia. I. Hayd, Liliam II. Nakagaki, Jelly Makoto, Ed. III.Sociedade Brasileira de Carcinologia – SBC IV. Título. CDD 23.ed.595.3 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Sumário APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 2 A Logomarca.................................................................................................................................. 3 Tema - Transições evolutivas: crustáceos no mar, na água doce e na terra................................ 3 COMISSÃO ORGANIZADORA ......................................................................................................... 4 Bonito/MS cidade sede do VII CBC ............................................................................................... 6 INFORMAÇÕES GERAIS.................................................................................................................. 8 Local de Realização do VII CBC - Centro de Convenções de Bonito .......................................... 8 SECRETARIA ............................................................................................................................... 9 PROGRAMAÇÃO SOCIAL............................................................................................................ 9 PUBLICAÇÃO NAUPLIUS .......................................................................................................... 10 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES .............................................................................................. 12 PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA ....................................................................................................... 15 PALESTRAS/CONFERÊNCIAS .................................................................................................... 15 Simpósios ................................................................................................................................ 16 WORKSHOP ............................................................................................................................. 18 APRESENTAÇÕES ORAIS .......................................................................................................... 18 SESSÃO DE PÔRTERES ............................................................................................................. 25 RESUMOS .................................................................................................................................... 42 INDICE DE AUTORES .................................................................................................................. 211 1 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil APRESENTAÇÃO Pela primeira vez o Congresso Brasileiro sobre Crustáceos é realizado no Estado de Mato Grosso do Sul. A Região de Mato Grosso do Sul é uma região onde ainda predominam as atividades rurais com pouca indústria e com uma densidade populacional baixa, e com isso faz com que hajam ainda áreas preservadas e sem efeitos da poluição como nos grandes centros. A vinda do Congresso, possibilita um olhar diferenciado pelos carcinólogos para esta região onde o contato dos carcinólogos locais com pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e de outros países possibilitará intercâmbios e propostas de projetos em parcerias para conhecer melhor a biologia dos crustáceos desta região. Por que optamos por realizar o evento em Bonito? Apesar do elevado custo nos serviços, a região tem ecossistemas particulares e muito valorizados no mundo inteiro. A política instalada do turismo e produção é diferenciada onde há uma preocupação constante quanto ao uso sustentável dos ecossistemas, fato que também tentamos adotar no Congresso, com a minimização da produção materiais, a minimização dos custos ambientais, e a compensação para a emissão de carbono. Buscamos também paralelamente ao evento, realizar uma exposição de crustáceos comuns de ecossistemas marinhos e de água doce destinados à comunidade local para que conheçam o objeto de estudo dos carcinólogos, além de um workshop destinado aos guias de turismo local como iniciativa de deixar um legado da Sociedade Brasileira de Carcinologia junto aos moradores locais. A organização deste evento iniciou-se a 4 anos atrás quando recebemos o convite do Dr. Fernando Mantelatto em nome da SBC pois era de interesse estimular e divulgar as ações da Sociedade nas regiões onde haviam poucos carcinólogos. Trabalhamos para realizar um evento de alto nível com pesquisadores estrangeiros e nacionais buscando relacionar as atividades ao tema do congresso: “Transições evolutivas: crustáceos no mar, na água doce e na terra”. Agradecemos em especial a Sociedade Brasileira de Carcinologia pela confiança, à comissão científica, aos nossos patrocinadores e a One Eventos sem os quais este evento não seria possível. Esperamos que todos aproveitem a Programação que conta com uma apresentação de abertura, 3 conferências, 5 simpósios, 2 workshops, 18 sessões de apresentações orais e 2 sessões de painéis, e atividades sociais e aproveitem o que Bonito e Pantanal oferecem de melhor. Desejamos a todos um ótimo VIII CBC. LILIAM HAYD Presidente da Comissão Organizadora 2 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil A Logomarca A logomarca do VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos foi idealizada pensando nos ecossistemas da região, como é o primeiro congresso da Sociedade realizado em um Estado onde não há nenhum contato com o ambiente marinho e possui como principais ecossistemas o Pantanal e o Cerrado. Na logo temos o camarão do gênero Macrobrachium bastante comum na região tanto nos riachos quanto nas lagoas típicas do Pantanal, atrás do camarão o aguapé (Eichornia) presente em vários ecossistemas da região e que servem de abrigo para várias espécies tais como Macrobrachium pantanalense, M. jelskii, Palaemonetes ivonicus, Dilocarcinus pagei, Trichodactylus borelianus, Poppiana argentiniana, Acetes paraguayensis ostracoda, copepoda e cladodera, dentre outros, oferecendo proteção e fonte de alimentação para inúmeros crustáceos. E como uma onda a linha azul representa o movimento das águas nos rios e riachos e a linha marrom no fundo o leito destes ambientes, tão importantes na manutenção dos ecossistemas e particularmente no Pantanal onde devido a sua baixa declividade permitem um pulso de ondas de inundação que se propagam ao longo da bacia do rio Paraguai onde os animais regulam todos os processos de reprodução e crescimento. Tema - Transições evolutivas: crustáceos no mar, na água doce e na terra O tema deste congresso “Transições evolutivas: crustáceos no mar, na água doce e na terra”, remete a uma reflexão sobre os Crustáceos que inicialmente em ambientes marinhos foram chegar a terras tão distantes no interior do Pantanal. É extremamente válida uma discussão sobre como vem se dando o processo evolutivo culminando com espécies como o Potiicoara brasiliensis um micro crustáceo endêmico das cavernas da serra de Bodoquena, o Dilocarcinus pagei, uma espécie de caranguejo que sobrevive às adversidades dos períodos de seca do pantanal e que representa um elemento fundamental na economia local, por meio de seu uso como isca viva e a abundância dos camarões de água doce Macrobrachium pantanalense, encontrados em todos os tipos de pantanais do Estado. É uma oportunidade ímpar de empresas, comunidade científica, política e sociedade civil organizada mostrarem e conhecerem as ações nesta questão, trocarem ideias e direcionar planejamentos futuros de conservação e sustentabilidade no Brasil e, particularmente, no Centro Oeste. 3 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil COMISSÃO ORGANIZADORA Presidência Liliam de Arruda Hayd – Presidente Jelly Makoto Nakagaki – Vice-Presidente Secretaria Maria Ana Dionisio (UEMS) Camila Aoki (UFMS) COMISSÃO CIENTÍFICA Coordenação Científica Ricardo Calado (CESAM – UA, Portugal) Membros Alessandra Bueno (UFLA) Amadeu Soares (UA, Portugal) Camila Aoki (UFMS) Cléverson Rannieri Meira dos Santos (MPEG) Cynthia de Barros Mansur (UEMS) Fernando Luis Medina Mantellato (USP) Gilmar Perbiche Neves (UNICENTRO - Guarapuava – Paraná) Inês Domingues (UEMS-UA) Kennedy Francis Roche (UFMS) Klaus Anger (Ap. BAH, Alemanha) Laura Greco (FCEN, IBBEA, CONICET-UBA, Argentina) Liliam Hayd (UEMS) Luci Helena Zanata (UFMS) Mônica Mungai Chacur (UEMS) Paula Beatriz de Araujo, (UFRGS) Priscila Pompiani (UEMS) Ricardo Henrique Gentil Pereira (UFMS) Sérgio Schwarz da Rocha (UFRB) Sérgio Siqueira Bueno (USP) Rogério Caetano Costa (UNESP) Wagner Cotroni Valenti (CAUNESP) William Marcos da Silva (UFMS) COMISSÃO DE APOIO TÉCNICO Finanças Jelly Makoto Nakagaki Divulgação Alessandra Bueno (UFLA) Klaus Anger (Alemanha) Laura Greco (Argentina) Luci Helena Zanata (UFMS) Priscila Pompiani (UEMS) Ricardo Calado (Portugal) 4 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Ricardo Gentil (UFMS) William Silva (UFMS) Apoio Técnico Fabyanne de Souza Passos (UEMS) José Eduardo Costa de Freitas (UEMS) Jucele de Freitas Castro (UEMS) Mayqueli Lima Dorna (UEMS) Mayara Pereira Soares (UEMS) Thainara Batista da Silva (UEMS) Romel Cuellar Mercadante Junior (UEMS) Matheus Antunes de Oliveira (UEMS) Larissa Souza Ronchesel Tagiarolli (UEMS) Maria Helena da Silva (UFMS) Joana Roxinsky Teodoro (UFMS) Maike Peregrinelli Ledesma (UFMS) Vanessa da Silva Chagas (UFMS) Promoção Sociedade Brasileira de Carcinologia Realização Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de Lavras, Universidade de São Paulo Empresa Organizadora One Eventos Agência Oficial de Turismo H2O Ecoturismo Apoio • • • • • • • • • • Governo do Estado de Mato Grosso do Sul Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS Fundação de Turismo MS - FUNDTUR Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul - FUNDECT Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Bonito Convention & Visitors Bureau Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP Arater Consultoria e Projetos Ltda 5 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Bonito/MS cidade sede do VII CBC O núcleo habitacional que se transformaria na sede do Município de Bonito, iniciou-se em terras da Fazenda Rincão Bonito, que possuía uma área de 10 léguas e meia e foi adquirida do Sr. Euzébio pelo Capitão Luiz da Costa Leite Falcão, que aí se aportara em 1869, e é considerado o desbravador de Bonito, tendo sido também seu primeiro escrivão e tabelião. Em 11 de junho de 1915, cria-se inicialmente o Distrito de Paz de Bonito, com área desmembrada do Município de Miranda e a este subordinado administrativamente, a cidade oi fundada finalmente 2 de outubro de 1948. A cidade possui uma população de 19 789 hab. com uma densidade 4,010 hab/km², altitude 315 m, clima tropical, coordenadas -21.120833, -56.481944 A cidade de Bonito está localizada no Estado de Mato Grosso do Sul, o qual faz divisa com cinco estados do Brasil e fronteira com dois países da América do Sul, Bolívia e Paraguai. A cidade de Bonito é de fácil acesso às cidades vizinhas, ao Pantanal e à capital do estado, Campo Grande, da qual distancia aproximadamente 260km. Além da exuberância dos atrativos naturais e a tranquilidade de uma cidade do interior, Bonito conta com uma infraestrutura completa para eventos. A rede hoteleira da cidade disponibiliza mais de 4 mil leitos, serviços receptivos, acesso aéreo e rodoviário, serviços de vans e serviços técnicos para eventos. Eleito como o "Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil" pela Revista Viagem & Turismo, Bonito oferece integração com a natureza, conforto e segurança. A cidade possui mais de trinta atrativos naturais como flutuação em nascentes de rios com águas cristalinas, trilhas e cachoeiras, passeios de bote, balneários,cavernas e grutas, diversas opções de mergulho e rapel. DISTÂNCIAS Campo Grande- 280 km; Corumbá - 335 km Belo Horizonte - 1.787 km; Brasília - 1.464 km; Cuiabá - 974 km Curitiba - 1.047 km; Foz do Iguaçu - 960 km; Florianópolis - 1.454 km Fortaleza - 3.677 km; Porto Alegre - 1.754 km; Rio de Janeiro - 1.599 km Salvador - 2.898 km; São Paulo - 1.170 km Telefones das Rodoviárias Campo Grande - (0xx67) 3382-9170 Jardim - (0xx 67) 3251-1327 Bonito - (0xx67) 3255-1606 Agências Bancárias Disponíveis na Cidade de Bonito Banco do Brasil: Rua Luis da Costa (Praça do Peixe) – Centro Bradesco: Rua Cel. Pilad Rebuá, 1942 – Centro Sicredi: Rua Cel. Pilad Rebuá, 1334 – Centro. Caixa Econômica Federal: Praça do Peixe e Av. Duque de Caxias, 800 – Bairro Jardim. 6 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Não dispõe de Caixa Eletrônico – 24 horas TELEFONES ÚTEIS Prefeitura de Bonito 55(67) 3255-1351 Secretaria de Turismo 55(67) 3255-1850 Polícia Civil 55(67) 3255-1104 Polícia Militar 55(67) 3255-1714 Banco do Brasil 55(67) 3255-1121/1341 Hospital Municipal João Darci Bigaton 55(67) 3255-1864 Clínica Said 55(67) 3255-1157 Clínica Matter Dei 55(67) 3255-1541 Farmácia 55(67) 3255-1554 Informações Turísticas de MS 55 0800 647 6050 H2O – Agência Oficial de Turismo Rua 24 de Fevereiro , 2101 - Bonito - MS Atendimento Exclusivo para o Congresso 67 3042-7082 | 67 3025-6809 | 67 3028-7082 7 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil INFORMAÇÕES GERAIS Local de Realização do VII CBC - Centro de Convenções de Bonito Vencedor do Prêmio Caio como Melhor Centro de Convenções da Região Centro-Oeste e Norte, o Centro de convenções de Bonito tem o formato de uma aldeia indígena climatizada com estrutura de excelência para eventos. O espaço pode receber eventos de até 1.700 pessoas em seus auditórios climatizados, salas multiuso, áreas de exposição, restaurante, amplo estacionamento, ambulatório e área verde. Site http://www.ccbonito.com.br/bonito.html (1) Estacionamento; (2) Espaço Pantanal; (3) Sala multiuso; (4) Pavilhão de Exposição; (5) Sanitário Central; (6) Auditório Terena; (7) Auditório Kadweu; (8) Espaço Guató; (9) Auditório Guaicurus 8 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil SECRETARIA Trabalharemos com 02 (duas) secretarias, ambas localizadas no Centro de Convenções de Bonito no Espaço Pantanal: PRÉ-INSCRITOS: Credenciamento dos participantes que se inscreveram previamente e tiveram sua inscrição devidamente efetivada através da comprovação de pagamento; NOVOS INSCRITOS: para a qual devem se dirigir aqueles que pretendem se inscrever no local. A secretaria do VIII CBC funcionará no Espaço Pantanal nos seguintes horários: 09/11/2014 (domingo) – 14h00 as 18h30 10/11/2014 (segunda-feira) – 08h00 as 18h30 11/11/2014 (terça-feira) – 08h00 as 18h30 12/11/2014 (quinta-feira) – 08h00 as 18h30 PROGRAMAÇÃO SOCIAL Solenidade Oficial de Abertura A abertura oficial do VIII CBC ocorrerá no dia 9 de Novembro de 2014, domingo, às 20:00 no Auditório Kadweu e inclui a palestra de abertura, em seguida à abertura haverá um coquetel de boas vindas, no Espaço Guató. Tradicional Baile a Fantasia No dia 11 de novembro de 2014 (terça) será realizado o tradicional baile à fantasia do CBC. Assembleia Ordinária da Sociedade Brasileira de Carcinologia Previsto para ser realizada no dia 11 de novembro de 2014 (terça-feira) às 18:30 no Auditório Kadweu Cerimônia de Encerramento e premiação do VIII CBC No dia 12 de novembro de 2014, às 17:30 no Auditório Kadweu, será realizada a premiação dos melhores trabalhos apresentados durante o evento por alunos de graduação e pósgraduação nas categorias pôster e oral. A Diretoria da SBC e a Comissão Organizadora do VIII CBC também homenagearão profissionais com comprovado destaque na área de carcinologia. 9 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 10 PUBLICAÇÃO NAUPLIUS A Comissão organizadora, em conjunto com a Diretoria da SBC e o Comitê Editorial da revista oficial da SBC, a Nauplius, publicará um volume contendo os trabalhos apresentados no VIII CBC, que atendam aos requisitos estabelecidos no escopo da revista. Somente serão recebidos para consideração os trabalhos redigidos em inglês, na íntegra (não em formato de resumo expandido ou similar) e minuciosamente preparados de acordo com as normas de publicação da Nauplius. Estes passarão por um processo regular de avaliação da revista. Os participantes que desejarem submeter os manuscritos são encorajados a fazê-lo, preparando o conteúdo de acordo com “Instruções aos autores” impresso na contracapa da referida revista ou no site oficial na base SciELO (http://www.scielo.br/nau) ou da SBC (www.crustacea.org.br). O prazo para submissão dos manuscritos já está aberto e a data limite para submissão será de 15 de janeiro de 2015, e a publicação do volume prevista para junho de 2015. Dúvidas e esclarecimentos sobre situações particulares sobre o conteúdo desta mensagem devem ser comunicados diretamente com email:[email protected] o editor, Dr. Fernando L. Mantelatto, via VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil 11 GRADE DE PROGRAMAÇÃO (*sujeita a alterações) HORÁRIOS 09 DE NOVEMBRO (DOMINGO) 10 DE NOVEMBRO (SEGUNDA-FEIRA) 11 DE NOVEMBRO (TERÇA-FEIRA) 12 DE NOVEMBRO (QUARTA-FEIRA) CONFERÊNCIA 1 CONFERÊNCIA 2 CONFERÊNCIA 3 Auditório: Kadweu Auditório: Kadweu INTERVALO Auditório: Kadweu SIMPÓSIO 1 SIMPÓSIO 4 Auditório: Kadweu Auditório: Kadweu 09h00 as 10h00 10h00 as 10h30 SESSÃO ORAL 13 EVOLUÇÃO Auditório: Kadweu 10h30 as 12h00 SIMPÓSIO 2 SIMPÓSIO 5 Auditório: Terena 1 Auditório: Terena 1 SESSÃO ORAL 14 ECOLOGIA Auditório: Terena 1 SESSÃO ORAL 15 WORKSHOP SOBRE SCRATCHPADS SIMPÓSIO 3 AQUACULTURA Auditório: Terena 2 Auditório: Terena 2 MORFOLOGIA Auditório: Terena 2 INTERVALO ALMOÇO 12h00 as 14h00 SESSÃO ORAL 01 SESSÃO ORAL 02 SESSÃO ORAL 03 SESSÃO ORAL 07 SESSÃO ORAL 08 SESSÃO ORAL 09 ECOLOGIA EVOLUÇÃO FISIOLOGIA ECOLOGIA EVOLUÇÃO REPRODUÇÃO Auditório: Kadweu Auditório: Terena 1 Auditório: Terena 2 Auditório: Kadweu Auditório: Terena 1 Auditório: Terena 2 SESSÃO ORAL 04 SESSÃO ORAL 05 SESSÃO ORAL 06 SESSÃO ORAL 10 SESSÃO ORAL 11 SESSÃO ORAL 12 SESSÃO ORAL 16 SESSÃO ORAL 17 SESSÃO ORAL 18 ECOTOXOLOGIA DIVERSIDADE MORFOLOGIA ECOTOXOLOGIA DIVERSIDADE MORFOLOGIA ECOLOGIA FISIOLOGIA MORFOLOGIA Auditório: Kadweu Auditório: Terena 1 Auditório: Terena 2 Auditório: Kadweu Auditório: Terena 1 Auditório: Terena 2 Auditório: Kadweu REPRODUÇÃO Auditório: Terena 2 WORKSHOP SOBRE MICROCRUSTÁCEOS 14h00 as 16h00 Auditório: Kadweu INTERVALO 16h00 as 16h30 CREDENCIAMENTO Espaço Pantanal 16h30 as 17h30 Auditório: Terena 1 SESSÃO PÔSTERES 1 Auditório: Espaço Guató 17h30 as 18h30 SESSÃO PÔSTERES 2 Auditório: Espaço Guató SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO 18h30 20h00 21h00 as 22h00 SOLENIDADE DE ABERTURA Auditório: Kadweu COQUETEL DE BOAS VINDAS PROGRAMAÇÃO SOCIAL ASSEMBLEIA GERAL DA SBC PROGRAMAÇÃO SOCIAL PROGRAMAÇÃO SOCIAL VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Datas, Horários e Locais 9 de novembro – Domingo 14:00 – 18:30 – Credenciamento e Retirada de material do Congresso e novas inscrições 20:00 – 20:30 – Solenidade de Abertura (Auditório Terena) 20:30 – 21:30 – Palestra de Abertura - "Decapoda conquer fresh water and land: adaptive lifehistory traits in sojourners, natives, and newcomers". (Auditório Terena) 21:30 – 22:00 Coquetel de boas vindas 10 de novembro – Segunda 9:00 – 10:00 Conferência 1 - Aegla Leach, 1820: um táxon singular de decápode anomuro (Auditório Terena) 10:00 – 10:30 – Intervalo 10:30 – 12:00 - Simpósios Simpósio 1 - Uso sustentável da fauna de Crustáceos no Brasil (Auditório Terena) Simpósio 2 - Evolução de Isopoda e Amphipoda nos ambientes terrestres (Auditório Kadweu 1) Simpósio 3 - Crustáceos ameaçados: ambiente comprometida (Auditório Kadweu 2) degradado & diversidade 12:00 – 14:00 Almoço 14:00 – 16:00 – Apresentações Orais Apresentações Orais 1 – ECOLOGIA (Auditório Terena) Klaus Anger Apresentações Orais 2 – EVOLUÇÃO (Auditório Kadweu 1) Laura Grecco Apresentações Orais 3 – FISIOLOGIA (Auditório Kadweu 2) Alessandra Bueno 16:00 – 16:30 - Intervalo 16:30 – 17:30 – Apresentações Orais Apresentações Orais 4 – ECOTOXICOLOGIA (Auditório Terena) Sergio Rocha Apresentações Orais 5 – DIVERSIDADE (Auditório Kadweu 1) Cynthia Mansur (UEMS) 12 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Apresentações Orais 6 – MORFOLOGIA (Auditório Kadweu 2) Rogerio Costa 17:30 – 18:30 – Sessão de Pôsteres 1 (Espaço Guató) 18:30 – Programação Social 11 de novembro – Terça 9:00 – 10:00 Conferência 2 - Phylogeography and gene flow in brachyuran mangrove crabs from the western Atlantic (Auditório Terena) 10:00 – 10:30 – Intervalo 10:30 – 12:00 - Simpósios Simpósio 4 - Biogeografia, Filogenia e Taxonomia de Amphipoda de água doce (Auditório Terena) Simpósio 5 - Espécies invasoras de crustáceos (Auditório Kadweu 1) Workshop 1 - Scratchpads biodiversity on line (Auditório Kadweu 2) 12:00 – 14:00 Almoço 14:00 – 16:00 – Apresentações Orais Apresentações Orais 7 – ECOLOGIA (Auditório Terena) Ricardo Calado (UA) Apresentações Orais 8 – EVOLUÇÃO (Auditório Kadweu 1) Ana Dionisio (UEMS) Apresentações Orais 9 – REPRODUÇÃO (Auditório Kadweu 2) Luci Zanata 16:00 – 16:30 - Intervalo 16:30 – 17:30 – Apresentações Orais Apresentações Orais 10 – ECOTOXICOLOGIA (Auditório Terena) Lilian Amado Apresentações Orais 11 – DIVERSIDADE (Auditório Kadweu 1) Cleverson Santos Apresentações Orais 12 – MORFOLOGIA (Auditório Kadweu 2) William Silva 17:30 – 18:30 – Sessão de Pôsteres 2 (Espaço Guató) 18:30 – 20:00 – Assembleia Geral da SBC 20:00 - Programação Social 13 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 12 de novembro – Quarta 9:00 – 10:00 Conferência 3 - Crustáceos Ornamentais: Biologia, Cultivo e Conservação (Auditório Terena) 10:00 – 10:30 Intervalo 10:30 – 12:00 Apresentações Orais Apresentações Orais 13 – EVOLUÇÃO (Auditório Terena) Alessandra Bueno Apresentações Orais 14 – ECOLOGIA (Auditório Kadweu 1) Gilmar Perbiche Apresentações Orais 15 – AQUACULTURA/MORFOLOGIA (Auditório Kadweu 2) Paula Araujo 12:00 – 14:00 Almoço 14:00 – 16:00 – Workshop 2 - Workshop sobre microcrustáceos de água doce (Auditório Terena) 16:00 – 16:30 - Intervalo 16:30 – 17:30 – Apresentações Orais Apresentações Orais 16 – ECOLOGIA (Auditório Terena) Camila Aoki (UFMS) Apresentações Orais 17 – FISIOLOGIA E REPRODUÇÃO (Auditório Kadweu 1) Monica Chacur (UEMS) Apresentações Orais 18 – MORFOLOGIA (Auditório Kadweu 2) Ana Dionisio (UEMS) 17:30 – 18:30 – Solenidade de Encerramento 18:30 – Programação Social 14 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA PALESTRAS/CONFERÊNCIAS Palestra de Abertura 9 de novembro – Domingo 20:30 – 21:30 (Auditório Terena) DECAPODA CONQUER FRESH WATER AND LAND: ADAPTIVE LIFE-HISTORY TRAITS IN SOJOURNERS, NATIVES, AND NEWCOMERS. Palestrante: Dr. Klaus Anger (Alfred Wegener Institute -AWI-Alemanha) Conferência 1 10 de novembro – Segunda 9:00 – 10:00 (Auditório Terena) Aegla LEACH, 1820: UM TÁXON SINGULAR DE DECÁPODE ANOMURO Palestrante: Dr. Sergio Luiz de Siqueira Bueno (Instituto de Biociências - Universidade de São Paulo - USP) Conferência 2 11 de novembro – Terça 9:00 – 10:00 (Auditório Terena) PHYLOGEOGRAPHY AND GENE FLOW IN BRACHYURAN MANGROVE CRABS FROM THE WESTERN ATLANTIC. Palestrante: Dr. Christoph Schubart (Instituto de Zoologia da Universidade de Regensburg – Alemanha) Conferência 3 12 de novembro – Quarta 9:00 – 10:00 (Auditório Terena) CRUSTÁCEOS ORNAMENTAIS: BIOLOGIA, CULTIVO E CONSERVAÇÃO. Palestrante: Dr. Ricardo Calado (Universidade de Aveiro - Portugal) 15 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Simpósios 10 de novembro – Segunda 10:30 – 12:00 (Auditório Terena) Simpósio 1 USO SUSTENTÁVEL DA FAUNA DE CRUSTÁCEOS NO BRASIL Coordenador – Dr. Wagner Valenti (UNESP – CLP) Palestra: O conceito de sustentabilidade Dr. Wagner Valenti (Centro de Aquicultura da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - CAUNESP) Palestra: Crustáceos decápodes marinhos ornamentais brasileiros - desafios para uma exploração sustentável Dr. Ricardo Calado (Universidade de Aveiro) Palestra: Defeso do camarão marinho como ferramenta de sustentabilidade para o consumo dos peneídeos explorados comercialmente Dr. Rogério Caetano da Costa (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp) Palestra: Pesca de lagostas no Brasil - desafios e perspectivas Dr. Allysson Pinheiro – (Universidade Regional do Cariri - URCA) 10 de novembro – Segunda 10:30 – 12:00 (Auditório Kadweu 1) Simpósio 2 EVOLUÇÃO DE ISOPODA E AMPHIPODA NOS AMBIENTES TERRESTRES Coordenadora: Dra. Paula B. Araujo (UFRGS) Palestra: Desafios e soluções: as adaptações extraordinárias dos isópodes à vida na terra. Dra. Paula B. Araujo (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS) Palestra: Transformações no nicho trófico ao longo da transição para o ambiente terrestre Dra. Aline F. Quadros (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS) Palestra: Colonização e evolução dos anfípodes no ambiente terrestre Dra. Cristiana Silveira Serejo (Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ) Palestra: Isópodos terrestres e seus simbiontes: conhecendo parceiros e inimigos" Dra. Bianca L. Zimmermann (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS) 16 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 10 de novembro – Segunda 10:30 – 12:00(Auditório Kadweu 2) Simpósio 3 CRUSTÁCEOS AMEAÇADOS: AMBIENTE DEGRADADO & DIVERSIDADE COMPROMETIDA Coordenador: Dr. Marcelo Antônio Amaro Pinheiro (UNESP – CLP) Palestra: Ameaças aos crustáceos estuarinos e de manguezal: Biomarcadores fisiológicos e genéticos em crustáceos e sua aplicação na avaliação do estado de preservação ambiental Dr. Marcelo Antônio Amaro Pinheiro (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP-CLP) Palestra: Avaliação do risco de extinção dos crustáceos brasileiros e as principais ameaças aos crustáceos marinhos. Dr. Harry Boos Júnior (Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul - CEPSUL - ICMBio), Palestra: Biodiversidade, Evolução e Conservação de Decapoda de água doce no Brasil Dr. Sandro Santos (Universidade Federal de Santa Maria - UFSM) 11 de novembro – Terça 10:30 – 12:00 (Auditório Terena) Simpósio 4 BIOGEOGRAFIA, FILOGENIA E TAXONOMIA DE AMPHIPODA DE ÁGUA DOCE Coordenadora: Dra. Alessandra Angélica de Pádua Bueno (UFLA) Palestra: Sistemática e Taxonomia do Gênero Hyalella Dra Alessandra Angélica de Pádua Bueno (UFLA) Palestra: Filogenia molecular e a biogeografia do gênero Hyalella (Amphipoda, Hyalellidae) Dra. Stella Gomes Rodrigues (UFLA/ George Washington University-EUA) Palestra: Contributo dos "DNA Barcodes" para o conhecimento da ordem Amphipoda: avaliação e perspectivas Dr. Filipe Costa (Centro de Biologia Molecular e Ambiental – CBMA) Palestra: Biologia e ecologia de anfípodos de água doce do Brasil. Dra. Daniela Castiglioni (Universidade Federal de Santa Maria - UFSM) 11 de novembro – Terça 10:30 – 12:00 (Auditório Kadweu 1) Simpósio 5 ESPÉCIES INVASORAS DE CRUSTÁCEOS Coordenador: Dr. Sérgio Luiz de Siqueira Bueno (USP) Palestra: Invasões de Crustáceos Decapoda marinho exótico no Atlântico sul ocidental: avanços e desafios. Dr. Marcos Siqueira Tavares (MZUSP), 17 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Palestra: DNA barcoding e delimitação taxonômica em espécies invasoras: modelo de estudo em crustáceos decápodes Dr. Fernando Luís Mantelatto (USP) Palestra: Ameaça que veio do aquário: Procambarus clarkii no Brasil Dra Tainã Loureiro (UFRGS) WORKSHOP 11 de novembro – terça-feira – Auditório Terena 2 11:00 – 12:00 - Workshop 1 –Workshop sobre Scratchpads Dra. Simone Nunes Brandão 12 de novembro – quarta-feira – Auditório Kadweu 14:00 – 16:00 – Workshop 2 - Workshop sobre microcrustáceos de água doce Coordenador: William Silva (UFMS) Participantes: Dr. Gilmar Perbiche Neves - Universidade do Oeste do Paraná; Luci Helena Zanata – UFMS Odete Rocha – UFSCAR APRESENTAÇÕES ORAIS 10 de novembro – Segunda - 14:00 – 16:00 Apresentações Orais 1 – ECOLOGIA (Auditório Terena) 1 A INTERFERÊNCIA DE PREDADORES SOBRE A ATIVIDADE ALIMENTAR DE CARANGUEJOS CHAMA-MARÉ. Fernando Rafael De Grande, Tânia Marcia Costa 2 ABUNDÂNCIA E VARIAÇÃO TEMPORAL DE Macrobrachium brasiliense (DECAPODA, PALAEMONIDAE), NO RIBEIRÃO ÁGUA LIMPA, UBERLÂNDIA, MG. Ana Carolina Figueira Porto, Marcela Silvano de Oliveira , Julia Camargo Ribeiro, Raquel Costa e Silva, Giuliano Buzá Jacobucci, Ariádine Cristine de Almeida 3 CONTROLE DESCENDENTE DA MEIOFAUNA PELO CARANGUEJO Uca burgersi (DECAPODA OCYPOIDEA). Tania Marcia Costa, Monique D´Assunção Fortuna , Sergio Antônio Netto , Henrique Queiroga , Ricardo Calado 4 CRESCIMENTO E LONGEVIDADE DO CAMARÃO HERMAFRODITA PROTÂNDRICO SIMULTÂNEO Exhippolysmata oplophoroides (CARIDEA: HIPPOLYTIDAE) NA REGIÃO DE MACAÉ/RJ, BRASIL. Abner Carvalho Batista, Regis Augusto Pescinelli, Thiago Maia Davanso , João Alberto Farinelli Pantaleão, Rogerio Caetano da Costa 5 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ADULTOS, JUVENIS E LARVAS DE Uca (minuca) mordax (CRUSTACEA, DECAPODA, OCYPODIDAE) NA BAÍA DE GUARATUBA, PARANÁ. Salise Brandt Martins, Setuko Masunari 6 VARIACIONES EN LA DIETA DE Ovalipes trimaculatus (BRACHYURA: PORTUNIDAE) INDUCIDAS POR LA ESTACIONALIDAD Y LA ACTIVIDAD PESQUERA. Paula de la Barra, Alejandra Romero, Raúl González, Maite Narvarte 18 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Apresentações Orais 2 – EVOLUÇÃO, GENÉTICA E SISTEMÁTICA (Auditório Kadweu 1) 7 AN UNDESCRIBED STYGOBIONT AEGLID SPECIES FROM THE KARST AREA OF SOUTHEASTERN BRAZIL WITH A UNIQUE FEATURE IN MALE SPECIMENS: PRESENCE OF PAIRS OF RUDIMENTARY PLEOPODS. Sérgio Luiz de Siqueira Bueno, Juliana Cristina Bertacini de Moraes, Alexandre Camargo 8 ANÁLISE FILOGENÉTICA DE Benthana (CRUSTACEA: ISOPODA: ONISCIDEA) E SUAS RELAÇÕES DENTRO DE PHILOSCIIDAE: ANÁLISE SENSITIVA SOB DIFERENTES REGIMES DE PESAGEM, Ivanklin Soares Campos Filho, Augusto Ferrari, Luiz Alexandre Campos, Paula Beatriz Araujo 9 ANÁLISES MORFOLÓGICAS EM POPULAÇÕES DE Aegla paulensis (ANOMURA, AEGLIDAE) SUGEREM A EXISTÊNCIA DE UM COMPLEXO DE ESPÉCIES. Juliana Cristina Bertacini Moraes, Sérgio Luiz de Siqueira Bueno, Marcos Tavares 10 DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA, MORFOLÓGICA E IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA ESPÉCIE EM CAMARÕES DA AMAZÔNIA (PALAEMONIDAE, PALAEMON), Fabricio Lopes de Carvalho,Fabrício Lopes Carvalho, Célio Magalhães, Fernando Luis Mantelatto 11 DIVERSIDADE DE WOLBACHIA DO SUPERGRUPO F EM ISÓPODOS TERRESTRES DO GÊNERO Neotroponiscus (ISOPODA: BATHYTROPIDAE), Bianca Laís Zimmermann, Giovanna Monticelli Cardoso, Paula Beatriz de Araujo 12 DUAS NOVAS ESPÉCIES DE LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE DO GÊNERO Parastacus (DECAPODA, ASTACIDEA, PARASTACIDAE) PARA O RIO GRANDE DO SUL, Felipe Bezerra Ribeiro, Ludwig Buckup, Paula Beatriz Araujo Apresentações Orais 3 – FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA (Auditório Kadweu 2) 13 EFECTO DEL PERÍODO DE AYUNO Y LA DISPONIBILIDAD DE ALIMENTO SOBRE LAS ENZIMAS DIGESTIVAS DE Cherax quadricarinatus (PARASTACIADE). HERNÁN JAVIER SACRISTÁN, Héctor Nolasco-Soria, Laura S. López Greco 14 EFEITO DE DIFERENTES PERÍODOS DE JEJUM E DA REALIMENTAÇÃO EM PARÂMETROS METABÓLICOS E DIGESTÓRIOS DE Aegla platensis (CRUSTACEA, DECAPODA, AEGLIDAE). Artur Antunes Navarro Valgas, Ilani Dávila Machado, Betânia Souza de Freitas , Daiana da Silva Castiglioni, Guendalina Turcato Oliveira 15 TOLERÂNCIA DO CARANGUEJO Neohelice granulata (DECAPODA: VARUNIDAE) A HIPÓXIA SEVERA DURANTE ACLIMATAÇÃO A HIPÓXIA MODERADA. Danusa Leidens, Márcio Alberto Geihs, Luiz Eduardo Maia Nery, Fábio Everton Maciel 16 GRADIENTE DO STATUS OXIDATIVO AO LONGO DO PERÍODO REPRODUTIVO DE Parastacus brasiliensis promatensis. Ludimila Carneiro Pinheiro, Guendalina Turcato Oliveira 17 PADRÃO METABÓLICO DE Parastacus brasiliensis PROMATENSIS AO LONGO DO PERÍODO REPRODUTIVO. Ludimila Carneiro Pinheiro, Guendalina Turcato Oliveira 18 ROLE OF (NA+, K+)-ATPase AND V(H+)-ATPase IN THE ADAPTATION OF Macrobrachium amazonicum SHRIMP TO FRESH WATER, Malson Neilson de Lucena, Marcelo Rodrigues Pinto, Daniela Pereira Garçon, John Campbell McNamara, Francisco Assis Leone 10 de novembro – Segunda - 16:30 – 17:30 – Apresentações Orais 4 – ECOTOXICOLOGIA E LIMNOLOGIA (Auditório Terena) 19 CONCENTRAÇÃO LETAL DE AMÔNIA PARA PÓS-LARVA DE CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum (DECAPODA: PALAEMONIDAE) DURANTE 96 HORAS DE EXPOSIÇÃO. Fabrício Martins Dutra, Claudia Caramelo Brazão, Carolina Arruda de Oliveira Freire, Eduardo Luis Cupertino Ballester 19 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 20 CONCENTRAÇÃO LETAL DE NITRITO PARA PÓS-LARVA DE CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum (DECAPODA: PALAEMONIDAE) DURANTE 96 HORAS DE EXPOSIÇÃO. Fabrício Martins Dutra, Claudia Caramelo Brazão, Carolina Arruda de Oliveira Freire, Eduardo Luis Cupertino Ballester 21 DANOS SUBLETAIS EM Ucides cordatus (DECAPODA, UCIDIDAE), COMO PRESSUPOSTOS ORIENTADORES AO MONITORAMENTO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DE MANGUEZAIS DO ATLÂNTICO OCIDENTAL. Marcelo Antonio Amaro Pinheiro, Luis Felipe de Almeida Duarte, Camilo Dias Seabra Pereira, Caroline Araújo de Souza Apresentações Orais 5 – DIVERSIDADE (Auditório Kadweu 1) 22 A SUPERFAMÍLIA LYSIANASSOIDEA (AMPHIPODA: GAMMARIDEA) NO BRASIL: HISTÓRICO E PERSPECTIVAS. Silvana Gomes Leite Siqueira, Cristina S. Serejo 23 CARIDEA DA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA, SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Giovana Bertini, Bianca Fukuda, Kelly C. R. Santana 24 COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA COMUNIDADE DE CAMARÕES (PENAEIDEA E CARIDEA) NA COSTA DO SUL DO BRASIL: SUBSÍDIOS PARA A GESTÃO DE RECURSOS PESQUEIROS. Milena Regina Wolf, Antonio Leão Castilho Apresentações Orais 6 – MORFOLOGIA E COMPORTAMENTO(Auditório Kadweu 2) 25 Como o cálcio alimentar influencia o processo de muda de isópodos terrestres (Isopoda: Oniscidea)? Camila Timm Wood, Paula Beatriz Araujo 26 COMPARAÇÃO HISTOMORFOLÓGICA DOS RECEPTÁCULOS SEMINAIS DE CINCO ESPÉCIES DE BRACHYURA. Pedro Julião Jimenez, Vivian Fransozo, Fernando José Zara 27 COMPORTAMENTO DE PREFERÊNCIA DE SUBSTRATO POR Macrobrachium brasiliense (DECAPODA: PALAEMONIDAE), EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO. Madson Silveira de Melo, Gabriela Serra do Vale Duarte, Izabela Moraes Lima, Jelly Makoto Nakagaki, Setuko Masunari 11 de novembro – Terça 14:00 – 16:00 – Apresentações Orais 7 – ECOLOGIA (Auditório Terena) 28 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E NICTEMERAL DE DECÁPODES PLANCTÔNICOS AO REDOR DE AMBIENTES INSULARES DO OCEANO ATLÂNTICO TROPICAL. Simone Maria de Albuquerque Lira, Cynthia Dayanne Mello de Lima, Renata Polyana de Santana Campelo, Gleice de Souza Santos, Nathália Lins Silva, Igor de Ávila Teixeira, Sigrid Neumann Leitão, Ralf Schwamborn, Cynthia Dayanne Mello de Lima, Renata Polyana de Santana Campelo, Gleice de Souza Santos, Nathália Lins Silva, Igor de Ávila Teixeira, Sigrid Neumann Leitão, Ralf Schwamborn 29 ESTRUTURA POPULACIONAL DE Ucides cordatus AO LONGO DO LITORAL BRASILEIRO: UMA META-ANÁLISE. Thiago Ferreira Silva, Cynthia Yuri Ogawa, José Roberto Feitosa Silva, Carla Ferreira Rezende 30 ESTRUTURA POPULACIONAL, RAZÃO SEXUAL E CRESCIMENTO DO CAMARÃO SETE-BARBAS Xiphopenaeus kroyeri (DECAPODA, PENAEIDAE) NO LITORAL SUL DO BRASIL. Raphael Cezar Grabowski, Sabrina Morilhas Simões, Antonio Leão Castilho 31 INFLUENCE OF HABITAT STRUCTURE ON CLADOCERA (CRUSTACEA BRANCHIOPODA) SPECIES COMPOSITION. José Roberto Debastiani Júnior, Lourdes Maria Abdu Elmoor-Loureiro, Marcos Gomes Nogueira 20 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 32 MANGUEZAL EM MOVIMENTO: BIOTURBAÇÃO REALIZADA PELA COMUNIDADE DE CARANGUEJOS OCYPODIDEOS. Luis Felipe Natalio, Tania Marcia Costa 33 MATURIDADE SEXUAL DO SIRI Callinectes ornatus NA PLATAFORMA CONTINENTAL RASA DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL. Poliana Salve Guizardi, Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Fernanda Jordão Guimarães Apresentações Orais 8 – EVOLUÇÃO, GENÉTICA E SISTEMÁTICA (Auditório Kadweu 1) 34 ESTIMATING DIVERSITY OF CRABS (DECAPODA: BRACHYURA) IN A MARINE PROTECTED AREA OF THE SW ATLANTIC COAST THROUGH DNA BARCODING OF LARVAE. Manoela C. Brandão, Andrea S. Freire, Ronald S. Burton 35 GENETIC VARIABILITY OF A WIDESPREAD AMPHIDROMOUS SHRIMP: DOES MOLECULAR DATA SUPPORT Atya scabra (CARIDEA, ATYIDAE) POPULATIONS AS A SINGLE SPECIES? Caio Martins Cruz Alves de Oliveira, Mariana Terossi, Fernando L. Mantelatto 36 ISOPOD CRUSTACEANS AND THEIR EVOLUTIONARY TRANSITIONS TO DEEP SEA, FRESH WATER AND LAND. Luana dos Santos Ferreira Lins, Simon Y. W. Ho, George D. F. Wilson, Nathan Lo 37 MULTIDISCIPLINARIDADE NA IDENTIFICAÇÃO DE JUVENIS DE CAMARÕES-ROSA: FARFANTEPENAEUS BRASILIENSIS X F. PAULENSIS (PENAEIDAE). Sarah de Souza Alves Teodoro, Mariana Terossi, Fernando Luis Mantelatto, Rogério Caetano da Costa 38 MULTI-GENE DATA INDICATE THREE DISTINCT EVOLUTIONARY LINEAGES FOR SPECIES OF PALAEMON (DECAPODA, PALAEMONIDAE). Fabrício Lopes Carvalho, Sammy De Grave, Fernando Luis Mantelatto 39 O ESTUDO DA GENÉTICA DE POPULAÇÕES DE LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE (ASTACIDEA) COMO IMPORTANTE FERRAMENTA NA CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS. Aline Ferreira de Quadros, Paula Beatriz de Araujo Apresentações Orais 9 – REPRODUÇÃO e DESENVOLVIMENTO (Auditório Kadweu 2) 40 BIOLOGIA POPULACIONAL DE Macrobrachium jelskii (DECAPODA: PALAEMONIDAE) DO LAGO LARANJEIRAS, CRUZ DAS ALMAS, BA. Sergio Schwarz da Rocha, Aline Ferreira dos Santos Lima, Rosiane de Jesus Barbosa 41 CRESCIMENTO RELATIVO DO CAMARÃO CARÍDEO Macrobrachium brasiliense (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO RIBEIRÃO ÁGUA LIMPA, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL. Marcela Silvano de Oliveira, Ana Carolina Figueira Porto, Laís Pinheiro Botelho, Raquel Costa e Silva, Giuliano Buzá Jacobucci, Ariádine Cristine de Almeida 42 EFEITOS DE DIFERENTES NÍVEIS PROTÉICOS NO CRESCIMENTO DE JUVENIS DE Macrobrachium pantanalense NA FASE de BERÇÁRIO. Eduardo De Freitas, Fabyanne PASSOS, Thainara BATISTA, Karla VERCESI, Inês DOMINGUES, Ricardo CALADO, Liliam HAYD 43 MATURIDADE SEXUAL FISIOLÓGICA DO CARANGUEJO Goniopsis cruentata (LATREILLE,1803) (CRUSTACEA, DECAPODA, GRAPSIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, PIAUÍ. Lucas Silva Martins, Maria Madalena dos Santos Alves, João Marcos d Goés, Lissandra Corrêa Fernades-Goés 44 PERIODICIDADE REPRODUTIVA E RECRUTAMENTO DE Nematopalaemon schmitti (DECAPODA, CARIDEA) NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. Laís Pinheiro Botelho, Ana Carolina Figueira Porto, , Marcela Silvano de Oliveira, Marcus Vinícius Oliveira Graça, Adilson Fransozo, Ariádine Cristine de Almeida 45 PRODUÇÃO DE OVOS EM QUATRO ESPÉCIES DE CAMARÃO-DE-ESTALO DO GÊNERO Alpheus (CARIDEA: ALPHEIDAE) NA COSTA DA BAHIA: UMA ABORDAGEM COMPARATIVA. Guidomar Oliveira Soledade, Patricia Souza Santos, Alexandre Oliveira de Almeida 21 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 11 de novembro – Terça 16:30 – 17:30 Apresentações Orais 10 – ECOTOXICOLOGIA E LIMNOLOGIA (Auditório Terena) 46 MATURIDADE GONADAL DE CARANGUEJOS DULCÍCOLAS Dilocarcinus pagei, ORIUNDOS DO PANTANAL DE PORTO MURTINHO–MS. Thainara Batista da Silva, Mayqueli Dorna , Eduardo De Freitas, Inês Domingues, Liliam Hayd 47 RESPOSTAS BIOQUÍMICAS E FISIOLÓGICAS DO CARANGUEJO CHAMA-MARÉS Uca rapax (OCYPODIDAE, BRACHYURA) À CONTAMINAÇÃO POR METAIS IN SITU. Mariana Vellosa Capparelli, Denis M. Abessa, John C. McNamara 48 TOLERÂNCIA DE Quadrivisio aff. lutzi (AMPHIPODA) A DIFERENTES SALINIDADES E TEMPERATURAS. Helena de Oliveira Souza, Moisés B. da Conceição, Laura I. Weber Apresentações Orais 11 – DIVERSIDADE (Auditório Kadweu 1) 49 DISTRIBUIÇÃO DE QUATRO ESPÉCIES TROGLÓBIAS SIMPÁTRICAS E AS IMPLICAÇÕES NOS ESTUDOS BIOGEOGRÁFICOS NA BACIA DO PANTANAL (CRUSTACEA, TURBELLARIA E OLIGOCHAETA). Lívia Medeiros Cordeiro, Rodrigo Borghezan, Eleonora TRAJANO 50 MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO POTENCIAL DO LAGOSTIM ESCAVADOR Parastacus defossus (DECAPODA; PARASTACIDAE) NO RIO GRANDE DO SUL. Kelly Martinez Gomes, TAINÃ GONÇALVES LOUREIRO, PAULA BEATRIZ ARAUJO 51 QUAL PROCESSO ATUA NA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DE MICROCRUSTÁCEOS (CLADOCERA E COPEPODA) EM GRANDES BACIAS HIDROGRÁFICAS? Gilmar Perbiche Neves, Danilo Augusto de Oliveira Naliato, Marcos Gomes Nogueira Apresentações Orais 12 – MORFOLOGIA E COMPORTAMENTO (Auditório Kadweu 2) 52 DIMORFISMO SEXUAL DE AEGLA PARANA (DECAPODA, ANOMURA: AEGLIDAE), NO RIO CACHOEIRA (RIO AZUL, PR). Eloísa Pinheiro Giareta, André Trevisan, Juliana Konjunski, Renata Daldin Leite 53 DIMORFISMO SEXUAL EM Aegla parana (DECAPODA: ANOMURA: AEGLIDAE) NO LAJEADO DO HERVAL, BITURUNA, PARANÁ, BRASIL. Renata Daldin Leite, André Trevisan, Eloísa Pinheiro Giareta 54 DIMORFISMO SEXUAL EM Aratus pisonii (DECAPODA: BRACHYURA: SESARMIDAE). Murilo Zanetti Marochi, Setuko Masunari 12 de novembro – Quarta 10:30 – 12:00 Apresentações Orais 13 – EVOLUÇÃO, GENÉTICA E SISTEMÁTICA (Auditório Terena) 55 O GÊNERO Parastacus (DECAPODA, PARASTACIDAE) EM SANTA CATARINA: NOVOS REGISTROS E DESCRIÇÃO DA PRIMEIRA ESPÉCIE INSULAR. Felipe Bezerra Ribeiro, Kelly Martinez Gomes, Maurício Pereira Almerão, Paula Beatriz Araujo 56 RELAÇÕES FILOGENETICAS DOS CAMARÕES DO GÊNERO Hippolyte (CARIDEA: HIPPOLYTIDAE). Mariana Terossi, Fernando Luis Mantelatto 57 ANÁLISE FILOGENÉTICA DAS ESPÉCIES DE ISÓPODOS TERRESTRES DO GÊNERO Neotroponiscus (ISOPODA: BATHYTROPIDAE). Giovanna Monticelli Cardoso, Paula Beatriz de Araujo 22 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 58 REVISÃO TAXONÔMICA DO GÊNERO Excorallana (CRUSTACEA, ISOPODA), DEPOSITADOS NA COLEÇÃO DE CRUSTACEA DO MUSEU DE OCEANOGRAFIA PROF. PETRÔNIO ALVES COELHO. Elinai dos Santos Silva, Elinai dos Santos Silva, Jesser Fidelis de Souza Filho 59 VISITING THE PANGLOSSIAN PARADIGM IN DECAPOD PHYSIOLOGY: OSMOREGULATION AND THE USE OF PHYLOGENETIC COMPARATIVE METHODS. Samuel Coelho Faria, Carl Thurman, John McNamara Apresentações Orais 14 – ECOLOGIA (Auditório Kadweu 1) 60 MATURIDADE SEXUAL, REPRODUÇÃO E RECRUTAMENTO DOS CAMARÕES (PENEIDEA E CARIDEA) NO SUL DO BRASIL: IMPLICAÇÕES PARA A REGULAMENTAÇÃO DA PESCA. Milena Regina Wolf, Antonio Leão Castilho 61 O CICLO DAS MARÉS INFLUENCIA O COMPORTAMENTO DE SUBIDA DOS ERMITÕES NOS PNEUMATÓFOROS? Ana Paula Ferreira, Pedro Augusto da Silva Peres, Fosca Pedini Pereira Leite 62 NICHO INTERESPECÍFICO DE PORTUNOIDEA (DECAPODA, BRACHYURA) EM ESCALA TEMPORAL (INTERVALO DE 20 ANOS): FATORES AMBIENTAIS VS. COMPETIÇÃO EXCLUSIVA. Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Adilson Fransozo, Maria Lúcia Negreiros-Fransozo, Fúlvio Aurélio de Morais Freire 63 NOVOS REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES DO GÊNERO Macrobrachium (DECAPODA, PALAEMONIDAE) EM MINAS GERAIS, BRASIL. Fernanda Pinotti Aguiar, Stella Gomes Rodrigues, Alessandra Angélica de Pádua Bueno 64 OCORRÊNCIA DAS LARVAS DE Macrobrachium amazonicum (DECAPODA, PALAEMONIDAE), EM CANAIS-DEMARÉ OLIGOHALINOS DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO BRASILEIRO. Miani Corrêa Quaresma, Priscila Sousa Vilela da Nóbrega, Valérie Sarpédonti, Vanessa Bandeira da Costa, Simone Fátima Pinheiro Pereira, Jussara Moretto Martinelli Lemos 65 PREFERÊNCIA DE Epialtus spp. (DECAPODA: EPIALTIDAE) POR MACROALGAS EM LABORATÓRIO. Priscila Granado, Ronaldo Adriano Christofoletti, Tânia Marcia Costa Apresentações Orais 15 AQUACULTURA E PESCA/MORFOLOGIA (Auditório Kadweu 2) 66 DEVELOPMENT OF Lysmata grabhami (DECAPODA: HIPPOLYTIDAE) LARVAE FED EXCLUSIVELY WITH MICROALGAE. Alexandre Dias Kassuga, Lohengrin Fernandes, Ricardo Coutinho, Maurício Hostim-Silva, Karen Diele, Lohengrin Fernandes, Ricardo Coutinho, Maurício Hostim-Silva, Karen Diele 67 DINÂMICA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS, Xiphopenaeus kroyeri (DECAPODA: PENAEIDAE), NO NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Laís Pinho Fernandes, Karina Annes Keunecke, Ana Paula Madeira Di Beneditto 68 EFECTO DEL NIVEL DE PROTEÍNA EN DIETA PARA JUVENILES DE LANGOSTINO DE RÍO Macrobrachium americanum. Edilmar Cortes-Jacinto, Yuniel Méndez-Martínez, Marcelo Ulises García- Guerrero, Maritza Soberanes-Yepiz, Stig Yamasaki-Granados 69 PREFERÊNCIA ALIMENTAR DO CAMARÃO ORNAMENTAL Hymenocera picta (DECAPODA, CARIDEA, HYMENOCERIDAE) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO. Isabela Ribeiro Rocha de Moraes, Ricardo Calado , Valter José Cobo, Rui Miranda Rocha 70 ALOMETRIA ONTOGENÉTICA NA FORMA DA CARAPAÇA DE Aratus pisonii (DECAPODA: BRACHYURA: SESARMIDAE). Murilo Zanetti Marochi, Marcelo Costa, Setuko Masunari 23 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 12 de novembro – Quarta 16:30 – 17:30 Apresentações Orais 16 – ECOLOGIA (Auditório Terena) 71 VARIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DE ANFÍPODES AO LONGO DO TALO DE Sargassum stenophyllum: IMPORTÂNCIA DAS PEQUENAS VARIAÇÕES ESPACIAIS PARA A DISTRIBUIÇÃO DA FAUNA ASSOCIADA. Aline Binato Neufeld, Simone Aparecida Dena da Silva, Glauco Barreto de Oliveira Machado, Silvana Gomes Leite Siqueira, Fosca Pedini Pereira Leite 72 VARIAÇÃO GEOGRÁFICA NA ESTRUTURA POPULACIONAL E MORFOLÓGICA DO CAMARÃO SANTANA Pleoticus muelleri (DECAPODA, SOLENOCERIDAE) NAS REGIÕES SUDESTE E SUL DO LITORAL BRASILEIRO. Raphael Cezar Grabowski, Laura Borgatto Delgado, Thiago Maia Davanso, Rogério Caetano da Costa, Antonio Leão Castilho 73 VARIAÇÃO INTERPOPULACIONAL DE Mithraculus forceps (DECAPODA, MAJOIDEA, MAJIDAE), EM REGIÃO SUBTIDAL NAS ILHAS VITÓRIA E COUVES NO LITORAL SUDESTE DO BRASIL. Máyra Konishi, Valter José Cobo, Daniel José Marcondes Lima Apresentações Orais 17 – FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA/REPRODUÇÃO (Auditório Kadweu 1) 74 REPRODUÇÃO, CRESCIMENTO E LONGEVIDADE DO CAMARÃO-FERRINHO Rimapenaeus constrictus (DECAPODA: PENAEIDAE) NO LITORAL SUL DE SÃO PAULO. Joyce Rocha Garcia, Rogério Caetano da Costa, Antonio Leão Castilho 75 UMA HISTÓRIA EVOLUTIVA DA HOMEOSTASE TÉRMICA E METABÓLICA EM CARANGUEJOS NEOTROPICAIS DO ENTREMARÉS (DECAPODA, EUBRACHYURA). Samuel Coelho Faria, Rogério Faleiros, Adalto Bianchini, Carolina Romero, Mariana Lauer, Fábio Brayner, Luíz Alves, John McNamara Apresentações Orais 18 – MORFOLOGIA E COMPORTAMENTO(Auditório Kadweu 2) 76 DIMORFISMO SEXUAL EM Armases rubripes (DECAPODA: BRACHYURA: SESARMIDAE). Renata Daldin Leite, Carolina de Lima Adam , Isis Danniele Cury, Murilo Zanetti Marochi, Setuko Masunari 77 EXPRESSÃO GÊNICA E LOCALIZAÇÃO DE VITELOGENINA DURANTE A MATURAÇÃO OVARIANA EM Artemesia longinaris. Rafaela Nunes da Silva, Tiago Henrique Siebert, Janaina Muniz Picolo, Elsie Leticia Turini, Fernanda Antunes Alves-Costa, Irene Bastos Franceschini Vicentini 78 INFLUENCES OF AUDIENCE IN AGGRESSIVE BEHAVIOR OF Uca maracoani (DECAPODA: BRACHYURA: OCYPODIDAE). Luana Carla dos Santos, Ana Carolina Luchiari , Fulvio Aurelio de Morais Freire 24 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil SESSÃO DE PÔRTERES 10 de novembro – Segunda 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 1 AQUACULTURA E PESCA 79 VARIAÇÃO DA ABUNDÂNCIA DOS CAMARÕES PENEÍDEOS (DECAPODA, DENDROBRANCHIATA) COM INTERESSE COMERCIAL NO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO EM UM INTERVALO DE 20 ANOS. Ariádine Cristine de Almeida, Fúlvio Aurélio de Morais Freire, Adilson Fransozo 80 EFEITO DO USO DE AERADORES E SUBSTRATOS ARTIFICIAIS SOBRE A ESTRUTURA POPULACIONAL DO CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum. Bruno de Lima Preto, Matheus Nicolino Peixoto Henares, Michelle Roberta dos Santos, Wagner Cotroni Valenti 81 VARIAÇÃO TEMPORAL DE ERMITÕES ORNAMENTAIS NO SUBLITORAL CONSOLIDADO NO SUDESTE DO BRASIL: COMENTÁRIOS E PROBLEMAS PARA O CULTIVO. Daniel José Marcondes Lima, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Valter José Cobo, Adilson Fransozo 82 ESTRUTURA POPULACIONAL DE Callinectes danae SMITH, (CRUSTACEA, PORTUNIDAE), EM DUAS COMUNIDADES DE PESCADORES DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇU, BAHIA, BRASIL. Edson dos Reis Souza, Sergio Schwarz da Rocha, Moacyr Serafim Júnior 83 PARÂMETROS REPRODUTIVOS DE Callinectes danae SMITH, (CRUSTACEA, PORTUNIDAE), NA COMUNIDADE DE PESCADORES DE SÃO FRANCISCO DO PARAGUAÇU, BAHIA, BRASIL. Edson dos Reis Souza 84 INFLUENCE OF TEMPERATURE AND SALINITY ON THE INTERANNUAL VARIABILITY OF LANDINGS OF THE SEABOB SHRIMP Xiphopenaeus kroyeri IN SÃO PAULO STATE, BRAZIL. Eduardo Antonio Bolla Júnior, Álvaro Montenegro, Rogério Caetano da Costa, Tânia Márcia Costa 85 POPULATION STRUCTURE OF THE RED MANGROVE CRAB, Goniopsis cruentata UNDER DIFFERENT FISHERY IMPACTS: IMPLICATIONS FOR RESOURCE MANAGEMENT. Gustavo Luis Hirose, Laize Santana de Souza, Sonja Luana Rezende da Silva, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Maria Lucia Negreiros-Fransozo 86 RESISTÊNCIA À INANIÇÃO EM ESTAGIOS INICIAIS DO DESENVOLVIMENTO PÓS-EMBRIONÁRIO DO CAMARÃO ORNAMENTAL “RED CHERRY” Neocaridina heteropoda heteropoda (CARIDEA, ATYIDAE). João Alberto Farinelli Pantaleão, Samara de Paiva Barros-Alves, Carolina Tropea, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Maria Lucia Negreiros-Fransozo, Laura Susana López-Greco 87 STATUS ATUAL DO TRANSPORTE DO CARANGUEJO Ucides cordatus (DECAPODA: UCIDIDAE) NO DELTA DO RIO PARNAÍBA, PIAUÍ, BRASIL.João Marcos de Góes,Lissandra Corrêa Fernandes-Góes, Fabíola Helena dos Santos Fogaça 88 VIABILIDADE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO ORNAMENTAL DE CAMARÃO DO PANTANAL SUL MATOGROSSENSE (Macrobrachium pantanalense) EM PROPRIEDADE FAMILIAR. Eduardo De Freitas, Marcelo Nascimento dos Santos, Thalles Policarpo de Carvalho Lima, Hanner Mahmud Karim, Liliam Hayd 89 Neocardina h. heteropoda (ATYIDAE): UNA ESPECIE DE AGUA DULCE DE ALTO POTENCIAL ORNAMENTAL CON SIGNIFICATIVAS CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS. Laura Susana López Greco, Laura Susana López Greco1,2, Carolina Tropea1,2, João Alberto F. Pantaleão3, Samara de Paiva Barros 90 PROGRAMA “MULHERES MIL” DE CAPACITAÇÃO DO SETOR PESQUEIRO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E O PAPEL DO CAMARÃO COMO COMPONENTE DE AGREGAÇÃO DE VALOR À CADEIA PRODUTIVA DO PESCADO – UM ESTUDO DE CASO. Marcelo Giordani Minozzo, Dayse Aline Silva Bartolomeu de Oliveira, Maria Maschio Rodrigues, Fernando Tadeu Esposito 91 EFEITO DE DIFERENTES SALINIDADES EM LARVAS DE Macrobrachium acanthurus (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) SUBMETIDAS À INANIÇÃO. Maria Maschio Rodrigues, Victor Peçanha Pontine 92 VIABILIDADE DE SISTEMA RECIRCULANTE PARA CULTIVO DO CARANGUEJO ORNAMENTAL Stenorhynchus seticornis (BRACHYURA: INACHIDAE) COM COMBINAÇÃO DE TEMPERATURA E SALINIDADE. Mariana Antunes, Rafael Augusto Gregati, Maria Lucia Negreiros-Fransozo 25 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 93 LA PESQUERÍA DE OVALIPES TRIMACULATUS (BRACHYURA: PORTUNIDAE) EN EL GOLFO SAN MATÍAS (RÍO NEGRO, ARGENTINA). Paula de la Barra, Maite Narvarte 94 ABUNDÂNCIA TEMPORAL DOS JUVENIS DOS CAMARÕES-ROSA Farfantepenaeus brasiliensis E F. paulensis (DECAPODA: PENAEIDAE) NA REGIÃO DE CANANÉIA, LITORAL SUL PAULISTA. Rogerio Caetano da Costa, Daphine Ramiro Herreira, Gabriel Lucas Bochini, Thiago Maia Davanso, João Alberto Farinelli Pantaleão, Abner Carvalho-Batista, Sabrina Morilhas Simões, Raphael C. Grabowski, Antonio Leão Castilho 95 Vulnerabilidade nutricional da fase de zoea do caranguejo ornamental Stenorhynchus seticornis (Brachyura: Majidae). Samara de Paiva Barros Rodrigues Alves, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Laura S. López-Greco, Maria Lucia Negreiros-Fransozo 96 AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA CÁLCULO DE ABUNDÂNCIA DO CARANGUEJO Ucides cordatus (DECAPODA, UCIDIDAE) NO MANGUEZAL DA ILHA DO SABOIA, CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ. Thaynnan Matos de Souza Carvalho, Ana Lídia Serejo Moraes, João Marcos de Góes, Lissandra Corrêa Fernandes Góes 97 IDENTIFICAÇÃO DOS ESTOQUES PESQUEIROS DO CAMARÃO SETE BARBAS Xiphopenaeus kroyeri (DECAPODA, PENAEIDAE) NO LITORAL DO BRASIL. Thiago Maia Davanso, Gustavo Luis Hirose, Antonio Leão Castilho, Rogerio Caetano Da Costa 10 de novembro – Segunda 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 1 EVOLUÇÃO, GENÉTICA E SISTEMÁTICA 98 NOVA ESPÉCIE DE Hyalella SMITH, 1874 (AMPHIPODA: HYALELLIDAE) PARA O PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA, BRASIL. Adriana Quadra dos Santos, Stella Gomes Rodrigues, Alessandra Angélica de Pádua Bueno, André Resende de Senna 99 PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO-PEGAGÓGICO PARA AULAS PRÁTICAS EM CARCINOLOGIA UTILIZANDO CRUSTÁCEOS DECÁPODES. Alessandra Angélica de Pádua Bueno, Wellington Donizet Ferreira 100 COULD POPULATIONS OF A FRESHWATER SHRIMP ISOLATED BY 2000 MILES CONSTITUTE A SINGLE SPECIES? A CASE OF Atya gabonensis (CARIDEA: ATYIDAE). Caio Martins Cruz Alves de Oliveira, Mariana Terossi, Fernando L. Mantelatto 101 GENETIC HOMOGENEITY IN POPULATIONS OF Uca thayeri. Christoph D. Schubart, Tânia Marcia Costa, Marcelo M. P. Tangerina 102 COMPLEXO DE ESPÉCIES EM POPULAÇÕES DE Trichodactylus fluviatilis (BRACHYURA: TRICHODACTYLIDAE) REVELADO POR MEIO DE ANÁLISES MOLECULARES. Edvanda Andrade Souza de Carvalho, Célio Magalhães, Fernando Mantelatto 103 TAXONOMIA MOLECULAR EVIDENCIA NECESSIDADE DE AJUSTES NA DIAGNOSE DE Macrobrachium brasiliense e M. nattereri (CARIDAE. PALAEMONIDAE). Elis Regina Mesquita, Natália Rossi, Fernando Luis Medina Mantelatto 104 BIODIVERSIDADE E LIMITES BIOGEOGRÁFICOS DE ANOMUROS NO ATLÂNTICO OCIDENTAL: NOVAS DESCOBERTAS A PARTIR DA TAXONOMIA MOLECULAR. Fernando L. Mantelatto, Juliana Paixão, Mariana Negri, Tatiana Magalhães, Bárbara Matos, Raquel C. Buranelli, Ivana Miranda, Mariana Terossi 105 REDESCRIPTIONS AND NEW RECORDS OF TWO SPECIES OF ISOPODA BOPYRIDAE (CRUSTACEA: ISOPODA: EPICARIDEA) FROM BRAZIL. Ivanklin Soares Campos Filho, Felipe Bezerra Ribeiro, Luis Ernesto Arruda Bezerra 106 AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE SEIS LOCOS MICROSSATÉLITES EM POPULAÇÕES DE Ucides cordatus DOS MUNICÍPIOS DE ILHA COMPRIDA E UBATUBA - SP, BRASIL. Jaíra Bento do Prado, Fabiola Cristina Ribeiro de Faria 107 RELAÇÕES FILOGENÉTICAS EM EPIALTINAE (CRUSTACEA: BRACHYURA: MAJOIDEA) BASEADAS EM MORFOLOGIA LARVAL. Jessica Colavite, William Santana 26 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 108 GENETIC COMPARISON OF THE COMMERCIAL SWIMMING CRAB Callinectes danae (PORTUNIDAE) FROM TWO BIOGEOGRAPHIC PROVINCES ALONG THE BRAZILIAN COAST. Mateus Lopes, Rafael Robles, Mariana Negri, Cléverson Rannieri Meira dos Santos, Fernando Luis Mantelatto 109 ATUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A FAUNA DE MAJOIDEA (CRUSTACEA, DECAPODA, BRACHYURA) NA COSTA BRASILEIRA. Mônica Sales dos Santos, Aline Rossiée Piveta, William Santana 110 TAXONOMY ASPECTS OF THE ROCK SHRIMPS Sicyonia (DENDROBRANCHIATA: SICYONIIDAE), WHICH OCCUR ON THE WESTERN ATLANTIC, INFERRED FROM MOLECULAR PHYLOGENIES. Natalia Rossi, Fernando L. Mantelatto 111 EVOLUTIONARY RELATIONSHIPS AMONG MUD SHRIMPS OF THE FAMILY UPOGEBIIDAE DETERMINED FROM MULTI-GENE ANALYSES. Rafael Robles Reyes, Darryl L. Felder, Peter C. Dworschak, Gary C.B.Poore, Fernando L. Mantelatto 112 NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Boca LOWRY & STODDART, 1997 (AMPHIPODA: LYSIANASSOIDEA: ARISTIIDAE) ASSOCIADA A ECOSSISTEMA DE CORAIS MESOFÓTICOS PARA O SUDOESTE DE PORTO RICO, MAR DO CARIBE. Rayane Sorrentino Ribeiro, Tapas Chatterjee, Nikolaos V. Schizas, André R. Senna 113 LEVANTAMENTO DA FAUNA DE DECÁPODOS (CRUSTACEA: DECAPODA) NOS MANGUEZAIS DO RIO PACOTI (CEARÁ), BRASIL. Rute Xavier Franca, Yago Barros Lima ; Hugo Pereira do Nascimento ; Ricardo Paulino Barbosa; Luis Ernesto A. Bezerra 114 VARIABILIDADE POPULACIONAL DO ERMITÃO Calcinus tibicen (ANOMURA: DIOGENIDAE): ATLÂNTICO NORTE VERSUS BRASIL. Silvia Sayuri Mandai, Raquel Corrêa Buranelli, Christoph D. Schubart, Fernando Luis Mantelatto 115 DIVERSIDADE E ESTRUTURAÇÃO GENÉTICA DE POPULAÇÕES DO CARANGUEJO INSULAR Johngarthia lagostoma (DECAPODA: GECARCINIDAE) EM ILHAS DO ATLÂNTICO SUL. Simone Maria de Albuquerque Lira, Caio Bruno Ribeiro Falcão , Ralf Schwamborn, Rodrigo Augusto Torres 116 MORPHOLOGY OF THE LARVAL STAGES OF Damithrax tortugae (BRACHYURA: MITHRACIDAE) AND ITS CURRENT TAXONOMICAL STATUS. Tatiana Magalhães, Edvanda A. Souza-Carvalho, Renata Biagi, José A. Cuesta, Fernando L. Mantelatto 117 A SUBORDEM PYGOCEPHALOMORPHA† (MYSIDA): DIFICULDADES TAFONÔMICAS E FILOGENÉTICAS. Thiago Maia Davanso, Paula Giovana Pazinato, Renato Pirani Ghilardi 118 REVISÃO TAXONÔMICA DO GÊNERO Collodes STIMPSON, 1860 (DECAPODA: BRACHYURA: MAJOIDEA), William Santana, Marcos Tavares 10 de novembro – Segunda 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 1 FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA 119 O CARANGUEJO Goniopsis cruentata (CRUSTACEA, BRACHYURA) NO MANGUEZAL DA PRAIA DE MACAPÁ, PIAUÍ: RAZÃO SEXUAL. André Silva Martins, Mirian dos Santos Mendes, João Marcos de Góes 120 O CAMARÃO SETE BARBAS, Xiphopenaeus khoyeri (DECAPODA:PENEIDAE): UM CRUSTÁCEO OSMORREGULADOR OU OSMOCONFORMADOR? Andressa Cristina Ramaglia da Mota, Mantoan, P.V.L, Giraldelli, G.A.F, Augusto, A. 121 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE E IMUNOLOCALIZAÇÃO DE PROTEÍNAS OSMORREGULATÓRIAS BRANQUIAIS EM Macrobrachium acanthurus (CRUSTACEA: DECAPODA: PALAEMONIDAE) EXPOSTO A CHOQUE HIPEROSMÓTICO. Anieli Cristina Maraschi, Viviane Prodocimo 122 GILL (Na+, K+)-ATPase OF THE BLUE LAND CRAB Cardisoma guanhumi: KINETIC STUDY OF K+-PHOSPHATASE ACTIVITY. Daniel Lima de Farias, Malson Neilson Lucena, Marcelo Rodrigues Pinto, Daniela Pereira Garçon, John Campbell McNamara, Francisco Assis Leone 27 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 123 Macrobrachium amazonicum: MODULATION BY K+ PLUS NH4+ OF MICROSOMAL (Na+, K+)-ATPase ACTIVITY IN SELECTED ONTOGENETIC STAGES. Francisco de Assis Leone, Malson N. Lucena, Marcelo R. Pinto, Daniela P. Garçon, John C. McNamara 124 VARIACIÓN DEL ESTADO METABÓLICO DURANTE LA ONTOGENIA DE Aegla uruguayana (DECAPODA: AEGLIDAE). Gabriela Eliana Musin, Andrea S. Rossi, Verónica Williner, Pablo A. Collins 125 EFECTO DEL AYUNO Y POSTERIOR ALIMENTACIÓN SOBRE LAS RESERVAS ENERGÉTICAS, ENZIMAS DIGESTIVAS Y DAÑO OXIDATIVO EN LA LANGOSTA DE AGUA DULCE Cherax quadricarinatus (PARASTACIDAE). Hernán Javier Sacristán, Martín Ansaldo, Luis Franco-Tadic, Laura S. López Greco 126 AMMONIUM-ACCLIMATED Macrobrachium amazonicum: (Na+, K+)- AND V(H+)-ATPase ACTIVITIES and IMMUNOLOCALIZATION. Marcelo Rodrigues Pinto, Malson N. Lucena, John Campbell McNamara, Francisco de Assis Leone 127 Callinectes danae GILL (Na+,K+)-ATPase: EFFECT OF DIVALENT METAL IONS ON K+-PHOSPATASE ACTIVITY. Marco Aurelio Raz de Andrade, Malson N. Lucena, Marcelo R. Pinto, Daniela P. Garçon, John C. McNamara, Francisco A. Leone 128 THE EFFECT OF THREE COMMERCIAL SHRIMP FEEDS ON METABOLISM, EXCRETION, O:N RATIO AND HEPATOSOMATIC INDEX OF THE SHRIMP Macrobrachium amazonicum (DECAPODA, PALAEMONIDAE). Paulo Victor Leme Mantoan, Amanda Gerotto, Henrique H. Gaeta, Alessandra Augusto 129 LEVANTAMENTO DE CLADOCERA EM UM CORPO HÍDRICO DO MUNICÍPIO DE DOURADOS – MS. Pedro Cruz de Oliveira Junior, Jhonathan William da Silva, Jelly Makoto Nakagaki 130 ANÁLISE DE HEMÓCITOS DE Macrobrachium amazonicum (DECAPODA: PALAEMONIDAE) UTILIZANDO TÉCNICAS DE CITOMETRIA DE FLUXO E FLUORESCÊNCIA. Thais Fernanda De Campos Fraga da Silva, João Alberto Farinelli Pantaleão, James Venturini, Rogério Caetano da Costa, Maria Sueli Parreira de Arruda 131 CICLO DE MUDA Y METABOLISMO INTERMEDIO EN Aegla uruguayana (DECAPODA: AEGLIDAE) EN EL AMBIENTE NATURAL. Verónica Williner, Musin Gabriela, Rossi Andrea, Diawol Valeria, Collins Pablo 10 de novembro – Segunda 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 1 MORFOLOGIA E COMPORTAMENTO 132 OCUPAÇÃO DE CONCHAS POR Clibanarius sclopetarius (CRUSTACEA, DECAPODA, ANOMURA) EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL. Alex Barbosa de Moraes, Valéria Fonseca Vale, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Fúlvio Aurélio de Morais Freire 133 UM ESTUDO DA MOBILIDADE DOS ERMITÕES NOS PNEUMATÓFOROS DA BAÍA DO ARAÇÁ, SÃO SEBASTIÃOSP. Ana Paula Ferreira, Pedro Augusto da Silva Peres, Fosca Pedini Pereira Leite 134 OCUPAÇÃO DE CONCHAS POR Pagurus criniticornis (CRUSTACEA, DECAPODA, ANOMURA) EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL. Daniele Cosme Soares, Valéria Fonseca Vale, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Fúlvio Aurélio de Morais Freire 135 MORFOLOGIA FUNCIONAL COMPARADA DEL MOLINILLO GÁSTRICO DE Dilocarcinus pagei Y D. septemdentatus (DECAPODA: TRICHODACTYLIDAE) UTILIZANDO MICROSCOPIA ELECTRÓNICA DE BARRIDO. Débora de Azevedo Carvalho, Verónica Williner, Renata C. de Lima-Gomes, Pablo Collins, Célio Magalhães 136 OBSERVAÇÕES MORFOLÓGICAS EM Lysmata ankeri (DECAPODA: HIPPOLYTIDAE): IMPLICAÇÕES PARA A IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DO COMPLEXO L. wurdemanni. Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Samara de Paiva Barros-Alves, Gustavo Luis Hirose, Valter José Cobo 137 REAVALIAÇÂO DA MATURAÇÃO OVARIANA E DESENVOLVIMENTO OOCITÁRIO EM Xiphopenaeus kroyeri.Giovanna Paim Chiconini, Janaina Muniz Picolo, Renata Mayumi Yamane, Tiago Henrique Siebert, Rogério Caetano da Costa, Irene Bastos Franceschini Vicentini 28 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 138 DIMORFISMO SEXUAL EM PARES HETEROSSEXUAIS DE TRÊS ESPÉCIES DE CAMARÃO-DE-ESTALO DO GÊNERO Alpheus (CARIDEA: ALPHEIDAE). Guidomar Oliveira Soledade, Patricia Souza Santos, Alexandre Oliveira de Almeida 139 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO DE Xiphopenaeus kroyeri (PENAEIDAE): PRODUÇÃO DO FLUIDO SEMINAL E DE ESPERMATOZOIDES DURANTE O CRESCIMENTO CORPÓREO. Guilherme Casemiro Andrioli, Costa, R. C., Castilho, A. L., Davanso, T. M., Mataqueiro, M. F., Zara, F. J. 140 CRESCIMENTO RELATIVO EM Armases rubripes (DECAPODA: BRACHYURA: SESARMIDAE), Isis Danniele Cury da Cruz, Murilo Zanetti Marochi, Setuko Masunari, Murilo Zanetti Marochi, Setuko Masunari 141 CRESCIMENTO DO HEPATOPÂNCREAS EM Macrobrachium amazonicum, Janaina Muniz Picolo, Tiago Henrique Siebert, Rafaela Nunes da Silva, Elsie Letícia Turini, Renata Mayumi Yamane, Giovanna Paim Chiconini, Rayssa Parente de Deus, Irene Bastos Fransceschini Vicentini 142 EFEITOS DA INANIÇÃO NO HEPATOPÂNCREAS DE Macrobrachium amazonicum. Janaina Muniz Picolo, Tiago Henrique Siebert, Elsie Letícia Turini, Rafaela Nunes da Silva, Giovanna Paim Chiconini, Renata Mayumi Yamane, Carlos Alberto Vicentini, Irene Bastos Franceschini Vicentini 143 MORFOLOGIA DOS ESTÁGIOS ZOEA I E II DE Leander paulensis (CARIDEA: PALAEMONIDAE). João Alberto Farinelli Pantaleão, Mariana Terossi, Rogério Caetano da Costa, Fernando Luis Mantelatto 144 NOVA ESPÉCIE DE Elpidium (CRUSTACEA, OSTRACODA) DE BROMÉLIAS DA JAMAICA: DESCRIÇÃO E ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA CARAPAÇA. Julia da Silva Pereira, Ricardo Lourenço Pinto 145 MORFOLOGIA EXTERNA DOS TUBOS SEXUAIS EM ESPÉCIES DO GÊNERO Aegla (DECAPODA, ANOMURA, AEGLIDAE). Juliana Cristina Bertacini Moraes, Sérgio Luiz de Siqueira Bueno, Marcos Tavares 146 HÁBITO ALIMENTAR E CONTEÚDO ESTOMACAL DE Plagusia depressa (DECAPODA: PLAGUSIIDAE) NOS RECIFES CORALÍNEOS-BRASIL. Julianna de Lemos Santana, Tereza Cristina dos Santos Calado, Marcio Paiva Guimarães, Victor Andrei Rodrigues Carneiro 147 EFEITO DAS MUDANÇAS METEOROLÓGICAS NA ATIVIDADE DE Uca leptodactyla. Larissa Moraes Cordeiro, Tânia Marcia Costa 148 MORFOMETRIA GEOMÉTRICA DO SIRI CHITA, Arenaeus cribrarius, (DECAPODA; PORTUNIDAE). Luciana Souza dos Santos, Lucas Nunes da Silva, Renata Akemi Shinozaki-Mendes 149 RELAÇÕES MORFOMÉTRICAS DO SIRI Arenaeus cribrarius NA COSTA PERNAMBUCANA. Luciana Souza dos Santos, Lucas Nunes da Silva, Renata Akemi Shinozaki-Mendes 150 MORFOLOGIA DO QUINTO PEREÓPODO (P5) EM PORCELANÍDEOS (DECAPODA: ANOMURA: PORCELLANIDAE) REVELADO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA. Luciane Augusto de Azevedo Ferreira, Marcos Tavares 151 HOW VARIABLE AGONISTIC BEHAVIOR IS AMONG CRUSTACEANS? A CASE STUDY ON FRESHWATER ANOMURANS (DECAPODA: AEGLIDAE). Luciane Ayres Peres, Paula B. Araujo, Carlos G. Jara, Alexandre V. Palaoro, Sandro Santos 152 ULTRAESTRUTURA DOS ESPERMATOZOIDES DOS PODOTREMATA Hypoconcha parasitica (HYPOCONCHINAE) E Moreiradromia antillensis (DROMIINAE). Maria Alice Garcia Bento, Marcia Fiorese Mataqueiro, Fernando Luis Medina Mantelatto, Fernando José Zara 153 SISTEMA REPRODUTOR DE Hypoconcha parasitica (DROMIIDAE): PODE SER ESTA A CONDIÇÃO BASAL DE PRODUÇÃO DE FLUIDO SEMINAL EM BRACHYURA? Maria Alice Garcia Bento, Marcia Fiorese Mataqueiro, Fernando Luis Medina Mantelatto, Fernando José Zara 154 ANATOMIA FUNCIONAL DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO DE STENORHYNCHUS SETICORNIS (BRACHYURA:. INACHIDAE). Mariana Antunes, Fernando José Zara, Laura S. López-Greco, Maria Lucia Negreiros-Fransozo 29 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 155 FIRST ZOEAL STAGE OF PROCESSIDAE (CARIDEA): REVIEW AND NEW DESCRIPTIONS OF AMBIDEXTER SYMMETRICUS AND PROCESSA FIMBRIATA. Mariana Terossi, Fernando Luis Mantelatto 156 DESCRIÇÃO DO PRIMEIRO ESTÁGIO JUVENIL DE Aegla castro (ANOMURA, AEGLIDAE). Mariane Rossi Chaves, Luane Samara Alves e Silva, Cecilia Margarita Guerrero-Ocampo, Gustavo Monteiro Teixeira 157 SISTEMA DE RETENÇÃO ABDOMINAL EM Portunus spinicarpus (DECAPODA: PORTUNIDAE). Natália Pereira Cordeiro, Marcos Tavares 158 SUBSTRATE PREFERENCE BY THE PORCELAIN CRAB Pachycheles monilifer (ANOMURA: PORCELLANIDAE): THE BRYOZOAN Schizoporella errata OR THE POLYCHAETE Phragmatopoma caudata? Natalia Rossi, Mariana Negri, Ana Francisca Tamburus, Luis Miguel Pardo, Fernando L. Mantelatto 159 O HEPATOPÂNCREAS NA MATURAÇÃO OVARIANA EM Xyphopenaeus kroyeri. Renata Mayumi Yamane, Janaina Muniz Picolo, Tiago Henrique Siebert, Giovanna Paim Chiconini, Rogério Caetano Costa, Irene Bastos Franceschini Vicentini 160 VERIFICAÇÃO DE DIMORFISMO SEXUAL NOS CAMARÕES SETE-BARBAS (Xiphopenaeus kroyeri) POR MEIO DE MORFOMETRIA GEOMÉTRICA. Renata Vasconcelos Oliveira, Lorena A. Nunes, Lisianne de S. Oliveira, Somira S. de Souza, Marcelo Cervini, Ana Karina de Francisco 161 Revisão da morfologia de Dendrocephalus orientalis (Anostraca: Thamnocephalidae): Implicações para identificação das espécies. Samara de Paiva Barros Rodrigues Alves, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Maria Angélica de Oliveira Bezerra, Izabel Regina Soares da Silva, Gustavo Luis Hirose 162 ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS NOS ESPERMATOZOIDES DE Litopenaeus schmitti (BURKENROAD, 1936) AO LONGO DO VASO DEFERENTE (PENAEIDEA). Tavani Rocha Camargo, Andrea Bambozzi, Márcia Mataqueiro, Fernando José Zara 163 COMPARAÇÃO ULTRAESTRUTURAL DOS ESPERMATOZOIDES DE CAMARÕES MARINHOS (PENAEIODEA, DENDROBRANCHIATA). Tavani Rocha Camargo, Antonio L. Castilho, Rogério C. Costa, Fernando L. Mantelatto, Fernando J. Zara 164 CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DA FASE ADULTA E PRODUÇÃO DE OVOS POR Eulimnadia colombiensis (BRANCHIOPODA: LIMNADIIDAE) – IMPLICAÇÕES ECOLÓGICAS. Túlio Paiva Chaves, Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Nicolas Rabet, Fernanda Jordão Guimarães 165 DIFERENÇAS MORFOLÓGICAS NAS ESPÉCIES DO GÊNERO Callinectes (DECAPODA: BRACHYURA: PORTUNIDAE), NO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL. Vanessa Lisboa Guerra de Brito, Sávio Arcanjo Santos Nascimento de Moraes, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Fúlvio Aurélio de Morais Freire 166 MORFOLOGÍA DEL MOLINILLO GÁSTRICO DE CANGREJOS DE LA FAM. TRICHODACTYLIDAE. Verónica Williner, Débora de Azevedo Carvalho, Renata C. de Lima-Gomes, Pablo Collins, Célio Magalhães 10 de novembro – Segunda 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 1 REPRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 167 DESCRIÇÃO DO PRIMEIRO ESTÁGIO LARVAL DE Pitho aculeata (GIBBES, 1850) (DECAPODA, BRACHYURA MAJOIDEA) SOB CONDIÇÕES LABORATORIAIS. Alan Augusto Conduta Torelli, Jéssica Colavite, Laira Lianos , & William Santana 168 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Callinectes bocourti, (BRACHYURA: PORTUNIDAE) NO RIO MARITUBA, EFLUENTE DO RIO SÃO FRANCISCO (BAIXO SÃO FRANCISCO). Alexandre Ricardo de Oliveira, Wendel Resende Ramos Novais, Franscolândio dos Santos Alves, Tatiana dos Santos Ribeiro, Jackson Lins da Silva, Jaqueli Santos Ramos, Isabel Cristina Gomes da Silva 169 MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA DE Macrobrachium jelskii (DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO NOROESTE DE MINAS GERAIS, BRASIL. Ana Carolina Figueira Porto, Marcela Silvano de Oliveira, Samara de Paiva Barros-Alves, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Gustavo Monteiro Teixeira, José Carlos da Silva, Adilson Fransozo, Ariádine Cristine de Almeida 30 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 170 BIOLOGIA POPULACIONAL DO CAMARÃO Sicyonia dorsalis (CRUSTACEA: PENAEIODEA) EM CANANÉIA, LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Ana Karolyne de Camargo Silvestre, Rogério Caetano da Costa, Antonio Leão Castilho 171 DINÂMICA POPULACIONAL DO SIRI Callinectes danae (DECAPODA: PORTUNIDAE) NO LITORAL NORTE DE SANTA CATARINA. Antonio Leão Castilho, Filipe Nathan Assunção, Ana Paula Freitas dos Santos 172 ESTRUTURA POPULACIONAL E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO CAMARÃO Litopenaeus schmitti (DENDROBRANCHIATA: PENAEIDAE) NA REGIÃO SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Antonio Leão Castilho, Gilson Stanski, João Gabriel Barioto, Rogerio Caetano da Costa 173 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Rimapenaeus constrictus (DECAPODA, PENAEOIDEA) EM UBATUBA, SP. Bárbara Araújo Martins, Rogerio C Costa, Giovana Bertini, Adilson Fransozo 174 Macrobrachium olfersi: ESTUDO POPULACIONAL NO RIO MANDIRA/SP. Bianca Fukuda, Giovana Bertini, Mariana R. S. Maebara, Helcio Luis de Almeida Marques 175 CRESCIMENTO RELATIVO E MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA DO CAMARÃO “SOSSEGO” Macrobrachium jelskii (DECAPODA, CARIDEA, PALAEMONIDAE) NO RIO GUARIBAS, SERTÃO DO PIAUÍ. Bruno Gabriel Nunes Pralon, Antonio Adriano Sousa Silva 176 FECUNDIDADE DA ESPÉCIE Macrobrachium amazonicum (DECAPODA:PALAEMONIDAE) EM UM AMBIENTE LÊNTICO, NA REGIÃO DO CAMPO DAS VERTENTES, SUDOESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Carolina de Rezende Bonatto, Alessandra A. P. Bueno 177 COMPARAÇÃO DA BIOLOGIA REPRODUTIVA DE DUAS ESPÉCIES DE ANFÍPODOS DULCÍCOLAS (CRUSTACEA, PERACARIDA, HYALELLIDAE) DE PALMEIRA DAS MISSÕES, RS. Daniela da Silva Castiglioni, Vanessa da Silva de Castro, Francieli Ubessi, Aline Vasum Ozga 178 BIOLOGIA REPRODUTIVA DO CAMARÃO Macrobrachium jeskii, NO RIO CARÁS DO UMARI, JUAZEIRO DO NORTE, CE. Daniele Sobreira Silva, Rayury Shimizu de Macedo, Mariane Fernandes Gomes Nery, Livanio Cruz dos Santos, Allysson Pontes Pinheiro 179 Tempo de desenvolvimento de duas espécies de Copepoda Calanoida de água doce. Denise Tieme Okumura, Odete Rocha 180 LARVAS DO CARANGUEJO Eriphia gonagra SERÃO AFETADAS PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS OCEANOS? Eduardo Antonio Bolla Júnior, Álvaro Montenegro, Maria Lucia Negreiros-Fransozo 181 ANÁLISE MORFOMÉTRICA DE Macrobrachium acanthurus ASSOCIADO À BRACHIARIA SP. NO RIO SALSA, CANAVIEIRAS (BA). Emerson Contreira Mossolin, Débora Manfrim Carneiro 182 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Callichirus major (THALASSINIDEA) EM PIÚMA, LITORAL SUL DO ESPIRITO SANTO. Érika Barros de Magalhães, Adriane Araújo Braga, Erika Takagi Nunes, Ryann Albino Lugon 183 EFEITOS DE DIFERENTES SALINIDADES E DENSIDADES DE ESTOCAGEM NA LARVICULTURA DE Macrobrachium pantanalense EM LABORATÓRIO. Fabyanne de Souza Passos, Eduardo De Freitas , Leyzinara Clemente, Karla Vercesi , Thainara Batista, Mayqueli Dorna, Inês Domingues, Liliam Hayd 184 REPRODUCTIVE FITNESS IN QUESTION: EFFECT OF POST-SPAWNING FEMALE WEIGHT GAIN IN THE REDALGAE SHRIMP Leander paulensis (PALAEMONIDAE). Fernando L. Mantelatto, Uwe Zimmermann, Fabrício Lopes Carvalho 185 VARIAÇÃO ESPACIAL DA FECUNDIDADE DO CARANGUEJO SETA Stenorhynchus seticornis (DECAPODA, MAJOIDEA, INACHIDAE) EM ILHAS DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO. Gabriel Henrique Martins Basso, Valter José Cobo 186 METABOLISMO DE HEMBRAS DE Aegla uruguayana (DECAPODA: AEGLIDAE) EN DIFERENTES ESTADIOS DEL DESARROLLO GONADAL. Gabriela Eliana Musin, Valeria P. Diawol, Andrea S. Rossi, Verónica Williner, Pablo A. Collins 31 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 187 PROTEINAS VITELOGENICAS EN OVARIO, HEPATOPANCREAS Y HEMOLINFA DE NEOHELICE GRANULATA: EFECTO IN VIVO E IN VITRO DE HORMONAS REPRODUCTIVAS. Ivana Sofía Canosa, Gabriela Silveyra, Julieta Salgueiro, Daniel Medesani, Enrique Rodríguez 188 CRESCIMENTO RELATIVO EM Aratus pisonii NO ESTUÁRIO DE ROTEIRO, BARRA DE SÃO MIGUEL, ALAGOAS. Julianna de Lemos Santana, Wagner José dos Santos , Tereza Cristina dos Santos Calado, José Laelcio de Melo Sobrinho, Luiz Carlos Bastos da Rocha Junior, 189 CARACTERIZAÇÃO DO PAREAMENTO EM Hyalella curvispina (AMPHIPODA: HYALLELIDAE) EM UMA POPULAÇÃO NATURAL. Lara Cristina Petry Bueno, Camila Timm Wood, Paula Beatriz Araujo 190 CRESCIMENTO RELATIVO DE Aratus pisonii (DECAPODA, BRACHYURA, SESARMIDAE) EM MACAPÁ, PIAUÍ, Leiliane Cristina de Aguiar, Dandara de Sousa Cunha, Lissandra Corrêa Fernandes Góes, João Marcos de Góes 191 CICLO REPRODUTIVO DE Aratus pisonii (CRUSTACEA, DECAPODA, SESARMIDAE) EM MACAPÁ, LITORAL DO PIAUÍ. Leiliane Cristina de Aguiar, Dandara de Sousa Cunha, Lissandra Corrêa Fernandes Góes, João Marcos de Góes 192 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (CRUSTACEA, CARIDEA, PALAEMONIDAE) NO AÇUDE CALDEIRÃO, MUNICÍPIO DE PIRIPIRI, PIAUÍ. Lucas Silva Martins, Rafael dos Santos Nascimento, Pollyana Morais de Oliveira Gomes, João Marcos de Goés 193 MORFOMETRIA DOS CARACTERES SEXUAIS DE Macrobrachium amazonicum (DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO NOROESTE DE MINAS GERAIS, BRASIL. Marcela Silvano de Oliveira, Ana Carolina Figueira Porto, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Samara de Paiva Barros-Alves, Michele Furlan, José Carlos da Silva, Adilson Fransozo, Ariádine Cristine de Almeida 194 WEIGHT-WIDTH RELATIONSHIP AND CONDITION FACTOR OF THE SWIMMING CRAB Portunus segnis (BRACHYURA, PORTUNIDAE). Ahmad Noori, Parvaneh Moghaddam, Ehsan Kamrani, Arash Akbarzadeh, Bita Kalvani Neitali, Marcelo Antonio Amaro Pinheiro 195 PERÍODO REPRODUTIVO DO CAMARÃO HERMAFRODITA PROTÂNDRICO SIMULTÂNEO Exhippolysmata oplophoroides (ALPHEOIDEA: HIPPOLYTIDAE), NA COSTA SUDESTE DO BRASIL. Marciano Antônio Venâncio, Gustavo Sérgio Sancinetti, Vivian Fransozo 196 ÉPOCA DE REPRODUÇÃO E FECUNDIDADE DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862), (DECAPODA: PALEOMONIDAE) NA BACIA DO RIO BRÍGIDA, MUNICÍPIO DE OURICURI-PERNAMBUCO. Mariane Fernandes Gomes Nery, Janaina Marques do Nascimento, Maria Dauiane Ferreira Pereira , Allysson Pontes Pinheiro 197 INFLUÊNCIA DA SALINIDADE E DIFERENTES TIPOS DE SAIS NO DESENVOLVIMENTO LARVAL DE Macrobrachium pantanalense (PALAEMONIDADE: DECAPODA). Mayara pereira soares, Michelly Pereira Soares, Jucele Castro, Romel Junior, Tatiane Rodrigues, Inês Domingues, Liliam Hayd 198 AVALIAÇÃO DA ECLOSÃO E CRESCIMENTO DE Dilocarcinus pagei (STIMPSON, 1861) EM LABORATÓRIO. Mayqueli Dorna, Thainara Batista, Fabyanne Passos, Leyzinara Clemente, Eduardo Freitas, Mayara Soares, Jucele Castro 199 MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA E CRESCIMENTO RELATIVO DO CARANGUEJO Micropanope sculptipes (DECAPODA: XANTHINAE) NA ILHA VITÓRIA NO LITORAL SUDESTE DO BRASIL. Máyra Konishi, Valter José Cobo, Douglas Fernandes Rodrigues Alves 200 JUVENILE GROWTH OF Panopeus americanus: A COMPARISON BETWEEN SPECIMENS DEVELOPED IN LABORATORY-REARED MEGALOPAE VS COLLECTED IN THE FIELD. Patricia Dantas Santos, Danielle Cristina Bulhões Arruda, Camila da Silva Batista, Paloma de Souza Oliveira, Rayette Souza Silva, Fernando Araujo Abrunhosa 201 CRESCIMENTO JUVENIL DE Acantholobulus bermudensis (DECAPODA, BRACHYURA) DA REGIÃO AMAZÔNICA, CULTIVADO EM LABORATÓRIO. Patricia Dantas Santos, Danielle Cristina Bulhões Arruda, Camila da Silva Batista, Paloma de Souza Oliveira, Rayette Souza Silva, Fernando Araujo Abrunhosa 32 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 33 202 CRESCIMENTO RELATIVO E MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA DE Alpheus brasileiro ANKER, 2012 (DECAPODA: ALPHEIDAE) EM UM RIO ESTUARINO DA REGIÃO DE CANANÉIA, SÃO PAULO, BRASIL. Régis Augusto Pescinelli, Rogerio Caetano da Costa 203 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MACRO E MICROSCÓPICO DO OVÁRIO DE Goyazana castelnaui, (BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE). Renata Akemi Shinozaki Mendes. Aline Cristina Ferreira Nunes, Luciana de Matos Andrade, Rosana Oliveira Batista, Lucas Nunes Silva, Luciana Souza dos Santos 204 RELAÇÃO ENTRE COLORAÇÃO DA CARAPAÇA E ESTÁGIO DE MATURIDADE GONADAL DE FÊMEAS DE Goyazana castelnaui, (BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE). Renata Akemi Shinozaki Mendes, Aline Cristina Ferreira Nunes, Luciana de Matos Andrade, Abraao Ismar Texeira Campos, Vinícius Queiroz de Almeida 205 CRESCIMENTO RELATIVO DO CAMARÃO DE ÁGUA DOCE Macrobrachium acanthurus ASSOCIADO À EICHHORNIA CRASSIPES (AGUAPÉ) DO RIO SALSA (CANAVIEIRAS/BA). Reuther Lincoln Nogueira, Emerson Contreira Mossolin 206 DESENVOLVIMENTO JUVENIL DE Dilocarcinus pagei STIMPSON, 1861 (BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE) EM LABORATORIO, COM ÊNFASE NA MORFOLOGIA DE CERDAS. Rony Roberto Ramos Vieira, Paulo Juarez Rieger1, Viviane Cichowski, Marcelo A. A. Pinheiro 207 CRESCIMENTO ALOMÉTRICO EM UCA MARACOANI (CRUSTACEA, DECAPODA, OCYPODIDAE) EM ALAGOASBRASIL. Tereza Cristina dos Santos Calado, Wagner José dos Santos, Márcio Paiva Guimarães, Julianna de Lemos Santana 208 RESPOSTA DOS NAUPLIUS DE Eulimnadia colombiensis (BRANCHIOPODA:LIMNADIIDAE) A DIFERENTES TEMPERATURAS NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE LUZ – SUA COMBINAÇÃO INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO? Túlio Paiva Chaves, Erminda da Conceição Guerreiro Couto 209 FECUNDIDADE DE UMA NOVA ESPÉCIE DE Hyalella SMITH, 1874 (CRUSTACEA, AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DAS MISSÕES, RS. Vanessa da Silva de Castro, Francieli Ubessi, Daniela da Silva Castiglioni 210 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE UMA ESPÉCIE DE Hyalella (CRUSTACEA, AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DE SILVEIRA MARTINS, RS, BRASIL. Vanessa da Silva de Castro, Daniela da Silva Castiglioni, Stella Gomes Rodrigues, Alessandra Angélica de Pádua Bueno, 11 de novembro – Terça 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 2 DIVERSIDADE 211 CRUSTACEA DECAPODA EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO NO NORDESTE DO BRASIL. Alex Barbosa de Moraes, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Fúlvio Aurélio de Morais Freire 212 SHALLOW-WATER STENOPODIDEAN AND CARIDEAN SHRIMPS FROM ABROLHOS ARCHIPELAGO, BRAZIL: NEW RECORDS AND UPDATED CHECKLIST. Alexandre Oliveira de Almeida, Mytalle Fonseca, Guidomar Oliveira Soledade 213 ABUNDÂNCIA DE Talitroides topitotum (AMPHIPODA: TALITRIDAE) EM FLORESTA ATLÂNTICA EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE RECUPERAÇÃO. Aline Binato Neufeld, Fosca Pedini Pereira Leite, Isaias Cabrini, Carlos Fernando Salgueirosa de Andrade 214 PRIMEIRO REGISTRO DE CRUSTÁCEOS FÓSSEIS NA FORMAÇÃO IPUBI, BACIA SEDIMENTAR DO ARARIPE. Allysson Pontes Pinheiro, Olga Alcântara Barros, William Ricardo Amancio Santana, Antônio Álamo Feitosa Saraiva, 215 OCORRÊNCIA DE LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE DO GÊNERO Parastacus (DECAPODA, ASTACIDEA PARASTACIDAE) EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL. Ana Carolina Lima de Oliveira, Kelly Martinez Gomes, Paula Beatriz de Araujo VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 34 216 NOVOS REGISTROS DE QUATRO ESPÉCIES DE CAMARÕES-DE-ESTALO DO GÊNERO Alpheus (CARIDEA: ALPHEIDAE) NO BRASIL. Andressa Maria Santos Cunha, Alexandre Oliveira de Almeida, Guidomar Oliveira Soledade 217 LAGOSTAS ANOMURA DA FAMÍLIA MUNIDIDAE DA BACIA POTIGUAR RIO GRANDE DO NORTE. Aurinete Oliveira Negromonte, Jesser Fidelis Souza-Filho 218 OCORRÊNCIA DE Sylviocarcinus pictus (DECAPODA, BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE) EM BACIA HIDROGRÁFICA DO SEMIÁRIDO DO PIAUÍ. Bruno Gabriel Nunes Pralon, Antonio Adriano Sousa Silva, João Gabriel Farias Cavalcante, Allysson Pontes Pinheiro 219 COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DE CARANGUEJOS (DECAPODA, BRACHYURA) DE UM MANGUEZAL DO NORDESTE BRASILEIRO. Daiana da Silva Castiglioni, Clarissa Ferreira Pillon, Sandro Santos, Daniela da Silva Castiglioni 220 RAZÃO SEXUAL DO CARANGUEJO Aratus pisonii (DECAPODA, SESARMIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, LITORAL DO PIAUÍ. Dandara de Sousa Cunha, Leiliane Cristina de Aguiar, Lissandra Corrêa Fernandes Góes, João Marcos de Góes 221 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Aratus pisonii (BRACHYURA, SESARMIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, LITORAL DO PIAUÍ. Dandara de Sousa Cunha, Leiliane Cristina de Aguiar , Lissandra Corrêa Fernandes Góes, João Marcos de Góes 222 OCORRÊNCIA DOS CAMARÕES Macrobrachium amazonicum E M. jelskii PARA O RIO CARIÚS, BACIA DO ALTO JAGUARIBE NO SEMIÁRIDO CEARENSE, BRASIL. Daniele Sobreira Silva, Mariane Fernandes Gomes Nery, Welington Soares Feitosa, Isis Campos de Lucena, Allysson Pontes Pinheiro 223 DIVERSIDADE DE ISÓPODOS TERRESTRES (ISOPODA: ONISCIDEA) EM ÁREA COM INFLUÊNCIA ANTRÓPICA NO SUL DO BRASIL. Diego Costa Kenne, Paula Beatriz Araujo 224 DIVERSIDADE DE ISÓPODOS TERRESTRES (ISOPODA: ONISCIDEA) EM MATAS RIPÁRIAS NOS CAMPOS SULINOS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Diego Costa Kenne, Luciana Regina Podgaiski, Paula Beatriz Araujo 225 UMA NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Bromelícola elpidium (CRUSTACEA: OSTRACODA) EM CAMPOS RUPESTRES – PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO (MG), BRASIL. Elise Vargas Pereira, Carlos Eduardo Falavigna da Rocha, Ricardo Lourenço Pinto, Daniel Previattelli 226 NOVO REGISTRO DO GÊNERO Peramphithoe (AMPHIPODA: COROPHIOIDEA) PARA BRASIL COM DESCRIÇÃO DE UMA ESPÉCIE NOVA. Elkênita Guedes Silva, André Resende de Senna, Jesser F. Souza-Filho 227 DIVERSIDADE DE BRACHYURA ACOMPANHATE DA PESCA DE CAMARÃO SETE-BARBAS, NA REGIÃO COSTEIRA DE CANANÉIA, EXTREMO SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Gabriel Lucas Bochini, Antonio Leão Castilho, Rogério Caetano da Costa 228 ANÁLISE COMPARATIVA DA RIQUEZA E DIVERSIDADE DOS ERMITÕES (DECAPODA, ANOMURA) EM DUAS AREAS DO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO. Gilson Stanski, Fernando Luis Mantelatto, Fernando José Zara, Rogério Caetano da Costa, Antonio Leão Castilho 229 DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE ESPÉCIES DE ERMITÕES (DECAPODA, ANOMURA), NO ESTADO DE SANTA CATARINA. Gilson Stanski, Antonio Leão Castilho 230 NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Dulichiella (CRUSTACEA: AMPHIPODA: MELITIDAE) PARA O ESTADO DO CEARÁ, NORDESTE DO BRASIL. Jessika Alves Oliveira Pereira, Andre Resende de Senna, Rodrigo Jonhsson Tavares Silva, 231 DIVERSIDADE DE BRACHYURA (CRUSTACEA: DECAPODA) NA EPIFAUNA EM MANGUEZAIS DO ESTUÁRIO DA BAÍA DO JAPERICA, PARÁ. Jorge Luiz da Silva Pereira, Lidiane de Cassia Cruz de Sena, Rony Roberto Ramos Vieira, Ana Paula Simões Castro, Cleverson Rannieri Meira dos Santos VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 35 232 OS LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE NO CENÁRIO URBANO: NOVAS OCORRÊNCIAS E REGISTRO DE SIMPATRIA ENTRE DUAS ESPÉCIES DO GÊNERO Parastacus (DECAPODA, PARASTACIDAE) EM PORTO ALEGRE, RS. Kelly Martinez Gomes, Felipe Bezerra Ribeiro, Paula Beatriz Araujo 233 DIVERSIDADE DE COPEPODA EM NASCENTES DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS. Lorena Felix Marocci Bouças, Thaís Berger Moreira, Alessandra Angélica de Pádua Bueno 234 PRIMEIRO REGISTRO DO CAMARÃO Synalpheus dardeaui (DECAPODA: ALPHEIDAE) NO ATLÂNTICO SUL OCIDENTAL. Mário Vitor Oliveira da Silva, Patricia Souza Santos, Alexandre Oliveira Almeida, 235 BIOMETRIA DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (CRUSTACEA, CARIDEA, PALAEMONIDAE) NO AÇUDE CALDEIRÃO, MUNICÍPIO DE PIRIPIRI, PIAUÍ. Pollyana Morais De Oliveira Gomes, Tátila Dalila de Sousa Silva, Lissandra Corrêa Fernandes Góes, João Marcos de Góes 236 ABUNDÂNCIA DO CARANGUEJO Ucides cordatus (BRACHYURA, UCIDIDAE) NO MANGUEZAL DA ILHA DO SABÓIA, CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ. Pollyana Morais De Oliveira Gomes, Lissandra Corrêa Fernandes Góes, João Marcos de Góes 237 ASSEMBLEIA DE MICRO-CRUSTÁCEOS (CRUSTACEA: CLADOCERA E COPEPODA) DO CANAL CUNIÃ, BACIA DO RIO MADEIRA, AMAZÔNIA. Renata Martins dos Santos, Natalia Félix Negreiros, Lidiane Cristina da Silva, Odete Rocha 238 BIODIVERSIDADE DE BRACHYURA (DECAPODA) NO SUBLITORAL NÃO CONSOLIDADO DE ANCHIETA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL. Renzo Gonçalves Tavares, Crislene Cristo Ribeiro, Adriane Araújo Braga, Erika Takagi Nunes, Erika Barros de Magalhães 239 INVENTÁRIO DA CARCINOFAUNA DE MANGUEZAIS DO NOROESTE DO MARANHÃO – BRASIL. Rony Roberto Ramos Vieira, Jorge L. S. Pereira, Cléverson R. M. Santos 240 LECTOTYPE DESIGNATION FOR Macrocypria sarsi MUELLER, 1912 (OSTRACODA). Simone Nunes Brandao, Diego de Oliveira Batista, Helenice Vital 241 O CARANGUEJO Goniopsis cruentata (DECAPODA; BRACHYURA; GRAPSIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, LITORAL DE LUÍS CORREIA, PIAUÍ: ESTRUTURA DA POPULAÇÃO. Thaynnan Matos de Souza Carvalho, Ana Lídia Serejo Moraes, João Marcos de Góes, Lissandra Corrêa Fernandes Góes 11 de novembro – Terça 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 2 ECOLOGIA 242 REPRODUÇÃO E RAZÃO SEXUAL DO CRUSTÁCEO ENDÊMICO DA AMÉRICA DO SUL AEGLA MARGINATA (CRUSTACEA: AEGLIDAE). Alexandre Ribeiro da Silva, Milena Regina Wolf, Antonio Leão Castilho 243 DIETA NATURAL DE Callinectes bocourti, (BRACHYURA: PORTUNIDAE) NO RIO MARITUBA, EFLUENTE DO RIO SÃO FRANCISCO (BAIXO SÃO FRANCISCO). Alexandre Ricardo de Oliveira, Franscolândio dos Santos Alves, Wendel Resende Ramos Novais, Tatiana dos Santos Ribeiro, Jackson Lins da Silva, Jaqueli Santos Ramos, Isabel Cristina Gomes da Silva 244 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL DO SIRI Achelous spinicarpus STIMPSON, 1871 (BRACHYURA, PORTUNOIDEA), EM ÁREA DE RESSURGÊNCIA NO RIO DE JANEIRO. Aline Nonato de Sousa, Kátia Aparecida Nunes Hirok, Gustavo S. Sancinetti, Thiago Elias da Silva, Adilson Fransozo 245 COMPOSIÇÃO, ABUNDÂNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE CARANGUEJOS (DECADOPODA, BRACHYURA) NA REGIÃO DE RESSURGÊNCIA, MACAÉ, RIO DE JANEIRO. Aline Nonato de Sousa, Camila de Oliveira Assugeni, Kátia Aparecida Nunes Hiroki, Ana Elisa Bielert Lopes, Gustavo S. Sancinetti, Israel F. Frameschi, Vivian Fransozo 246 ESTRUTURA POPULACIONAL DO ERMITÃO Clibanarius vittatus (CRUSTACEA, DIOGENIDAE) EM UM ESTUÁRIO AMAZÔNICO BRASILEIRO. Ana Carolina Melo Rodrigues, Jussara Moretto Martinelli Lemos VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 36 247 BIOLOGIA POPULACIONAL E REPRODUTIVA DO CAMARÃO-FERRINHO Rimapenaeus constrictus (STIMPSON, 1874) (DECAPODA, PENAEOIDEA) EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NO SUDESTE BRASILEIRO. Ana Elisa Bielert Lopes, Kátia Aparecida Nunes Hiroki, Andjara Thiane Cury Soares 248 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO SIRI-AZUL Callinectes ornatus ORDWAY, 1863 (BRACHYURA, PORTUNOIDAE) NO LITORAL NORTE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL. Ana Elisa Bielert Lopes, Kátia Aparecida Nunes Hiroki, Gustavo S. Sancinetti, Israel F. Frameschi, Adilson Fransozo 249 ECOLOGIA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS Xiphopenaeus kroyeri EM CANANÉIA, LITORAL SUL DE SÃO PAULO. Ana Paula Freitas dos Santos, Sabrina Morilhas Simões, Antonio Leão Castilho 250 O CARANGUEJO Ucides cordatus (BRACHYURA, UCIDIDAE) DA ILHA DO SABÓIA , CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ: RAZÃO SEXUAL. André Silva Martins, Janaina Lima do Nascimento, João Marcos de Góes 251 INFESTAÇÃO DO CAMARÃO Paleomonetes argentinus (DECAPODA: CARIDEA: PALAEMONIDAE) POR PROBOPYRUS RINGUELETI (ISOPODA: BOPYRIDAE) EM UMA LAGOA NO SUL DO BRASIL. Augusto Frederico Huber, Ana Carolina Lima de Oliveira, Felipe Bezerra Ribeiro, Paula Beatriz Araujo 252 POPULATION BIOLOGY OF Clibanarius antillensis (CRUSTACEA, DIOGENIDAE) FROM VALENÇA, BAHIA, BRAZIL. Augusto Rysevas Silveira, Thiago E. Silva, Vivian Fransozo 253 VARIAÇÃO DIUTURNA NA DISTRIBUIÇÃO DE Rimapenaeus constrictus (DECAPODA, PENAEOIDEA) EM UBATUBA, SP. Bárbara Araújo Martins, Rogerio C Costa, Giovana Bertini, Adilson Fransozo 254 CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA POPULACIONAL DE UMA NOVA ESPÉCIE DE Hyalella (AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Bárbara Letícia Botura Schünemann, Daniela da Silva Castiglioni, Stella Gomes Rodrigues, Alessandra Angélica de Pádua Bueno 255 ABUNDÂNCIA E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO – TEMPORAL DO CARANGUEJO BAÚ, Hepatus pudibundus (HERBST, 1785) (BRACHYURA, AETHROIDEA) NA REGIÃO DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO. Camila de Oliveira Assugeni, Kátia Aparecida Nunes Hiroki, Gustavo S. Sancinetti, Israel F. Frameschi, Adilson Fransozo 256 ABUNDÂNCIA E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO CAMARÃO-PEDRA Sicyonia dorsalis KINGSLEY, 1878 (DECAPODA, SICYONIIDAE) NA ENSEADA DA FORTALEZA, UBATUBA, SÃO PAULO. Camila de Oliveira Assugeni, Kátia Aparecida Nunes Hiroki, Adilson Fransozo 257 PREDAÇÃO DE PROPÁGULOS DE Rhizophora spp. POR Ucides cordatus E SEU EFEITO SOBRE O RECRUTAMENTO NAS FLORESTAS DE MANGUE NA ILHA DE MARAJÓ, PARÁ, BRASIL. Cleidson Paiva Gomes, Danilo Cesar Lima Gardunho, Maria de Nazaré do Rosário Reis, Marcus Emanuel Barroncas Fernandes 258 ASSOCIAÇÃO DE Ucides CORDATUS (UCIDIDAE) ÀS ZONAS DE TRANSIÇÃO COM VÁRZEA ESTUARINA NA ILHA DE MARAJÓ, PARÁ, BRASIL. Cleidson Paiva Gomes, Danilo Cesar Lima Gardunho , Marcus Emanuel Barroncas Fernandes 259 AVALIAÇÃO DA DENSIDADE E BIOMASSA DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) (BRACHYURA, UCIDIDAE) NO ESTUÁRIO DE JAPERICA, PA. Cleverson Rannieri Meira dos Santos, Roberta Araujo Barutot, Lidiane de Cassia Cruz de Sena, Jorge Luiz da Silva Pereira, Ana Paula Simões Castro, Rony Roberto Ramos Vieira 260 A TEORIA NEUTRA PODE EXPLICAR A ESTRUTURAÇÃO DE COMUNIDADES DE CAMARÕES AMAZÔNICOS? Cleverson Rannieri Meira dos Santos, Marlúcia Bonifácio Martins, Rony Roberto Ramos Vieira, Diogo Henrique Araújo Garcia 261 ESTRUTURA POPULACIONAL DE Uca cumulanta (CRUSTACEA: DECAPODA: OCYPODIDAE) EM UM MANGUEZAL NO NORDESTE DO BRASIL. Daiana da Silva Castiglioni, Clarissa Ferreira Pillon, Sandro Santos, Daniela da Silva Castiglioni 262 ESTRUTURA POPULACIONAL DE DUAS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS DE ERMITÕES NO SUBLITORAL CONSOLIDADO DA ILHA DAS COUVES, SUDESTE DO BRASIL. Daniel José Marcondes Lima, Valter José Cobo, Mariana Aparecida Bueno de Aquino, Adilson Fransozo VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 37 263 ESTRUTURA POPULACIONAL COMPARATIVA DE DUAS ESPÉCIES DE Hyalella (CRUSTACEA, AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DE PALMEIRA DAS MISSÕES, RS, BRASIL. Daniela da Silva Castiglioni, Vanessa da Silva de Castro, Francieli Ubessi, Aline Vasum Ozga 264 ANOMUROS (DECAPODA, PLEOCYEMATA) DO SUBLITORAL NÃO-CONSOLIDADO DA COSTA NORTE PAULISTA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS PERÍODOS. Daniela Pimenta Dantas, Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Rogério Caetano da Costa, Lissandra Corrêa Fernandes-Góes, João Marcos de Góes, Adilson Fransozo 265 RECRUTAMENTO DE CRUSTÁCEOS DECAPODA EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL. Daniele Cosme Soares, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Fúlvio Aurélio de Morais Freire 266 EPIBIOSE, CICLO DE MUDA, AUTOTOMIA E REGENERAÇÃO DE APÊNDICES DO CARANGUEJO ARANHA Mithraculus forceps (BRACHYURA MAJOIDEA MITHRACIDAE) NO LITORAL SUDESTE DO BRASIL. Danielle Alves Rosolem, Valter José Cobo 267 OCUPAÇÃO DE HABITATS COMO ESTRATÉGIA REPRODUTIVA DOS SIRIS Callinectes danae E Callinectes ornatus (DECAPODA: BRACHYURA) NA REGIÃO DE CANANÉIA, COSTA SUDESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Daphine Ramiro Herrera, Fernando José Zara, Antonio Leão Castilho, Rogerio Caetano da Costa 268 ESTUDIO DE LA FORMA EN POBLACIONES DE Dilocarcinus pagei (DECAPODA: TRICHODACTYLIDAE) DE LAS CUENCAS DEL PLATA Y DEL AMAZONAS. Débora de Azevedo Carvalho, Maria Victoria Torres, Renata C. de Lima-Gomes, Federico Giri, Pablo Collins, Célio Magalhães 269 TAXA DE FILTRAÇÃO DE Dendrocephalus brasiliensis (CRUSTACEA: ANOSTRACA) SOB DIETA DE Pseudokirchneriella subcapitata (CHLOROPHYCEAE). Denise Tieme Okumura, Lidiane Cristina da Silva, Maria da Graça Gama Melão 270 MORFOLOGIA COMPARADA DAS TOCAS DE Ucides cordatus (DECAPODA: UCIDIDAE) E UCA MARACOANI (DECAPODA: OCYPODIDAE) DO RIO JAGUARIBE, ARACATI, CEARÁ. Diego Cavalcante Lima Castro, Cynthia Yuri Ogawa, Carla Rezende 271 DECÁPODOS (CRUSTACEA: DECAPODA) DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO ESTADO DE SERGIPE. Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Samara de Paiva Barros-Alves, Rafael de Carvalho Santos, Sonja Luana Rezende da Silva, Gustavo Luis Hirose 272 ABUNDÂNCIA SAZONAL E ESPACIAL DO CAMARÃO PEDRA Sicyonia dorsalis NA REGIÃO DE MACAÉ, RJ. Emerson Luiz Piantkoski, Sabrina Morilhas Simões, Rogério Caetano da Costa 273 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO TEMPORAL DE Hepatus pudibundus (DECAPODA, BRACHYURA) NO SUBLITORAL NÃO CONSOLIDADO DE ANCHIETA, LITORAL SUL DO ESPÍRITO SANTO. Érika Barros de Magalhães, Keltony de Aquino Ferreira, Adriane Araújo Braga, Crislene Cristo Ribeiro, Erika Takagi Nunes, Renzo Gonçalves Tavares 274 OCUPAÇÃO DE CONCHAS DE GASTRÓPODES PELO ERMITÃO Clibanarius sclopetarius (DECAPODA, ANOMURA) NO PLATÔ RECIFAL DO RECIFE DE COROA VERMELHA (BA). Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Alisson Sousa Matos 275 BRACHYURA ASSOCIADOS A FITAIS EM TRÊS AFLORAMENTOS ROCHOSOS DE ITACARÉ (BA). Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Rafaella Lopes Braga, Shayanna Mitri Amorim da Rocha Souza 276 ASSOCIAÇÃO ENTRE CRUSTÁCEOS DECÁPODES COM A MEDUSA Lychnorhiza lucerna (SCYPHOZOA, RHIZOSTOMEAE) NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL. Geslaine Rafaela Lemos Gonçalves, Milena Regina Wolf, Fernando Luis Mantelatto, Fernando José Zara, Rogério Caetano da Costa, Antonio Leão Castilho 277 ECOLOGIA REPRODUTIVA DO CARANGUEJO-ARANHA Libinia ferreirae (BRACHYURA: MAJOIDEA) NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL. Geslaine Rafaela Lemos Gonçalves, Raphael Cezar Grabowski, Rogério Caetano da Costa, Antonio Leão Castilho VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 38 278 VARIAÇÃO DIUTURNA E INFLUÊNCIA DOS PERÍODOS LUNARES E DE MARÉS NA CAPTURA DE Callinectes danae NO COMPLEXO BAÍA-ESTUÁRIO DE SANTOS-SÃO VICENTE, SÃO PAULO, BRASIL. Helena Ansanello Koury, Gabriel Lucas Bochini, Sabrina Morilhas Simões, Mateus Lopes, Rogério Caetano da Costa 279 OCORRÊNCIA DE Dendrocephalus brasiliensis PESTA, 1921 (CRUSTACEA, ANOSTRACA) NO SUL DO CEARÁ, BRASIL. Isis Campos de Lucena, Francisco Ronaldo Vieira Freita, Carlos Alberto Soares Vidal, Allysson Pontes Pinheiro 280 POPULAÇÕES DE COPEPODA (CRUSTACEA) NO CANAL DO TAMENGO, RIO PARAGUAI, CORUMBÁ – MS. Jéssica Delilo Duarte, William Marcos da Silva, Lucí Helena Zanata, Júlio Anderson Baldueno, Rogers de Souza Gomes, Marcus Vinicius Santiago Urquiza 281 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Ucides cordatus (DECAPODA, UCIDIDAE) NO MANGUEZAL DA ILHA DO SABÓIA, CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ. João Marcos de Góes, Lissandra Corrêa Fernandes-Góes 282 CARANGUEJOS ESTUARINOS EM ÁGUAS DULCÍCOLAS DO RIO GUAMÁ, PARÁ: COMPOSIÇÃO, ABUNDÂNCIA E ESTRUTURA POPULACIONAL. Jorge Luiz da Silva Pereira, Ana Paula Simões Castro, Cleverson Rannieri Meira dos Santos 283 SAMPLING METHODOLOGY INFLUENCES CLADOCERA (CRUSTACEA; BRANCHIOPODA) RICHNESS ASSESSMENT. José Roberto Debastiani Júnior, Lourdes Maria Abdu Elmoor-Loureiro, Marcos Gomes Nogueira 284 DIFERENCIAÇÃO SAZONAL DA FAUNA DE AMPHIPODA GAMMARIDEA ASSOCIADA À Mycale angulosa NA PRAIA PONTAL DA CRUZ, SÃO SEBASTIÃO, SÃO PAULO. Karine Ferreira Ribeiro Mansur, Mariana Fernandes de Britto Costa, Fosca Pedini Pereira Leite 285 DISTRIBUIÇÃO ECOLÓGICA POR CATEGORIA DEMOGRÁFICA DE TRÊS ESPÉCIES DE BRACHYURA NA ENSEADA DA FORTALEZA, LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Kátia Aparecida Nunes Hiroki Gurgel, Fransozo, A. 286 BATIMETRIA E VARIAÇÃO SAZONAL DE Nematopalaemon schmitti (DECAPODA, CARIDEA) NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. Laís Pinheiro Botelho, Bianca de Souza Lima, Maria Luiza Santos de Souza, Marcela Silvano de Oliveira, Ana Carolina Figueira Porto, Adilson Fransozo, Ariádine Cristine de Almeida 287 FATORES AMBIENTAIS E ABUNDÂNCIA DE Hyalella curvispina (AMPHIPODA: HYALLELIDAE) EM LAGOA COSTEIRA NO SUL DO BRASIL, Lara Cristina Petry Bueno 288 Cherax quadricarinatus (PARASTACIDAE): UN MODELO DE ESTUDIO DE LA FLEXIBILIDAD NUTRICIONAL EN LA TRANSICIÓN MAR-AGUA DULCE. Laura Susana López Greco, Liane Stumpf, Hernán Javier Sacristán, Natalia Calvo, Fernando Castillo Díaz, Carolina Tropea, Amir 289 OCORRÊNCIA DE Paracyclops pilosus EM ÁGUAS CONTINENTAIS BRASILEIRAS E PARÂMETROS DE SEU DESENVOLVIMENTO EM LABORATÓRIO. Lidiane Cristina da Silva, Lidiane Cristina da Silva, Marcos Vinícius Nunes, José Valdecir De Lucca, Odete Rocha, 290 OBSERVAÇÕES SOBRE A OCORRÊNCIA DE Macrobrachium jelskii (DECAPODA: PALAEMONIDAE) NO AÇUDE BONITO, MUNICÍPIO DE IPÚ-CE. Livanio Cruz dos Santos, Jéssica Colavite, Maria Dauiane Ferreira Pereira, Allysson Pontes Pinheiro 291 ECOLOGIA DE COPÉPODES EM UMA CAVERNA DA SERRA DA BODOQUENA, MATO GROSSO DO SUL (CRUSTACEA: CALANOIDA, CYCLOPOIDA) Lívia Medeiros Cordeiro, Gilmar Perbiche-Neves , Daniel Previattelli, Eleonora Trajano 292 MACRÓFITAS INFLUENCIAM A ESTRUTURA POPULACIONAL DE Palaemon pandaliformis (DECAPODA: PALAEMONIDAE) ? Lucas Rezende Penido Paschoal, Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Fernanda Jordão Guimarães 293 IMPACTO DA INTRODUÇÃO DE PEIXES EXÓTICOS SOBRE A POPULAÇÃO DE CAMARÕES DULCICOLAS NO NORDESTE BRASILEIRO: ESTUDO DE CASO. Lucineide dos Santos Lima, Allysson Pontes Pinheiro, Rayury Shimizu De Macêdo, José Yarley de Brito Gonçalves VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 39 294 FECUNDIDADE DE Macrobrachium amazonicum (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO AÇUDE THOMAS OSTERNE, CRATO-CE. Lucineide dos Santos Lima, Rayury Shimizu de Macêdo, Livanio Cruz dos Santos, Allysson Pontes Pinheiro 295 BIOLOGIA POPULACIONAL E REPRODUTIVA DO CARANGUEJO-EREMITA Clibanarius antillensis NA PRAIA DA BAIXA GRANDE (AREIA BRANCA- RN). Luis Ernesto Arruda Bezerra, Marília Fernandes Costa, Andrea Amanda Bezerra Jácome, Inês Xavier Martins 296 BIOLOGIA POPULACIONAL DE Uca (UCA) MARACOANI (DECAPODA: OCYPODIDADE) EM UM ESTUÁRIO DO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO. Luis Ernesto Arruda Bezerra, Francisca Mariana Rufino de Oliveira Silva 297 VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL DAS LARVAS DE Alpheus estuariensis (CRUSTACEA, DECAPODA) NO ESTUÁRIO DO RIO MARAPANIM, AMAZÔNIA BRASILEIRA. Marcella Priscila de Almeida Rocha, Valdimere Ferreira, Jussara Moretto Martinelli Lemos 298 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DO CAMARÃO HERMAFRODITA PROTÂNDRICO SIMULTÂNEO Exhippolysmata oplophoroides (ALPHEOIDEA: HIPPOLYTIDAE), NA COSTA SUDESTE DO BRASIL. Marciano Antônio Venâncio, Gustavo Monteiro Teixeira, Adilson Fransozo 299 PADRÃO DE MUDANÇA DE COLORAÇÃO EM Apohyale media (CRUSTACEA: AMPHIPODA) PRESENTE EM ALGAS NA PRAIA DAS CIGARRAS, SÃO SEBASTIÃO, SÃO PAULO.Mariana Fernandes de Britto Costa, Maria Luiza Lança de Moraes , Sarah Lemes Freitas, Karine F. R. Mansur, Fosca Pedini Pereira Leite 300 OCORRÊNCIA DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NA BACIA DO RIO BRÍGIDA, MUNICÍPIO DE OURICURI PERNAMBUCO, BRASIL Mariane Fernandes Gomes Nery, Welington Soares Feitosa, Maria Dauiane Ferreira Pereira, Isis Campos de Lucena , Allysson Pontes Pinheiro 301 CARACTERÍSTICAS POPULACIONAIS DE Aegla lata (ANOMURA, AEGLIDAE) UMA ESPÉCIE COM ELEVADO RISCO DE EXTINÇÃO. Mariane Rossi Chaves, Cleiton Guerreiro da Silva, Gustavo Monteiro Teixeira, 302 RELATIVE GROWTH OF THE FIDDLER CRAB Uca maracoani FROM RIO FORMOSO MANGROVE, STATE OF PERNAMBUCO, NORTHEAST BRAZIL. Marina de Sá Leitão C. de Araújo, Daniela da Silva Castiglioni, 303 BIOMETRIA E CRESCIMENTO RELATIVO DO CAMARÃO DE PROFUNDIDADE Glyphocrangon longirostris (DECAPODA: CARIDEA) PARA A BACIA POTIGUAR, NORDESTE DO BRASIL. Marina de Sá Leitão C. de Araújo, Flavio de Almeida Alves-Júnior, Jesser Fidelis Souza-Filho 304 MICROCRUSTÁCEOS DORMENTES E ATIVOS DE UM LAGO TEMPORÁRIO DA CAATINGA: COMPOSIÇÃO E SIMULAÇÃO DE ZOOCORIA A PARTIR DE PÉS DE AVES. Mauro de Melo Junior, Leidiane Pereira Diniz, Cláudio Simões de Morais Junior, Francisco Diogo Rocha Sousa, Lourdes Abdu Elmoor Loureiro 305 EFEITO DA DIVERSIDADE DE HABITATS SOBRE O DESENVOLVIMENTO POPULACIONAL DO CAMARÃO-DAAMAZÔNIA. Michélle Roberta dos Santos, Wagner C. Valenti, Caio G. Rodrigues 306 SELEÇÃO DE HABITAT POR Macrobrachium brasiliense (HELLER, 1832) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO CÓRREGO CURRAL DE ARAME (DOURADOS, MS). Mônica Mungai Chacur, Madson S. de Melo, Jelly M. Nakagaki, Ellen B. Sequeira 307 FIRST DETECTION OF THE CRAYFISH PLAGUE PATHOGEN Aphanomyces astaci (OOMYCETES) IN BRAZILIAN PROCAMBARUS CLARKII (ASTACIDEA) POPULATIONS: A HIGH POTENTIAL RISK TO NATIVE CRAYFISHES. Paula Beatriz Araujo, Douglas F. Peiró, Maurício P. Almerão, Carine Delaunay, Japo Jussila, Jenny Makonnen, Didier Bouchon, Catherine Souty-Grosset 308 ESTRUTURA POPULACIONAL DE Macrobrachium amazonicum (DECAPODA:CARIDEA) E MACROBRACHUIM OLFERSII (DECAPODA:CARIDEA), RIO CURU, PENTECOSTE, CE. Paula Mescya da Silva Mota, Cynthia Yuri Ogawa , José Roberto Feitosa Silva 309 FORMAÇÃO DE AGRUPAMENTOS EM Clibanarius vittatus (ANOMURA, DIOGENIDAE): INFLUÊNCIA DA MARÉ E DIFERENÇA ENTRE ANIMAIS AGRUPADOS E ISOLADOS. Pedro Augusto da Silva Peres, Ana Paula Ferreira, Fosca Pedini Pereira Leite VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 40 310 A INFLUÊNCIA DA COPROFAGIA NAS TAXAS ALIMENTARES DE ISÓPODOS TERRESTRES (ONISCIDEA). Pedro Henrique Pezzi, Camila Timm Wood, Paula Beatriz Araujo 311 RECRUTAMENTO E PERÍODO REPRODUTIVO DO SIRI Callinectes ornatus NA PLATAFORMA CONTINENTAL RASA DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL. Poliana Salve Guizardi, Erminda da Conceição Guerreiro Couto, Fernanda Jordão Guimarães 312 CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO DO CARANGUEJO ARATÚ-VERMELHO, Goniopsis cruentata (CRUSTACEA; DECAPODA; GRAPSIDAE) NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL. Rafael de Carvalho Santos, Sonja Luana Rezende da Silva, Thiago Maia Davanso, Rogério Caetano da Costa, Gustavo Luis Hirose 313 ENVIRONMENTAL FACTORS MODULATING THE ABUNDANCE AND DISTRIBUTION OF Callinectes danae (DECAPODA, PORTUNIDAE) FROM TWO AREAS OF THE SOUTHEASTERN COAST OF BRAZIL. Rafaela Torres Pereira, Bárbara A. Martins, Gustavo M. Teixeira, Adilson Fransozo 314 NATURAL HISTORY OF Persephona mediterranea (BRACHYURA, LEUCOSIIDAE) ON THE SOUTHEASTERN BRAZILIAN COAST: ECOLOGICAL DISTRIBUTION AND POPULATION PARAMETERS. Rafaela Torres Pereira, Carlos E.R.D. Alencar, Fúlvio A.M. Freire, Adilson Fransozo 315 ESTRUTURA POPULACIONAL DE Callinectes ornatus (DECAPODA, PORTUNOIDEA) NO LITORAL DE ANCHIETA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL. Renzo Gonçalves Tavares, Adriane Araújo Braga, Erika Takagi Nunes, Keltony de Aquino Ferreira 316 CRESCIMENTO DO CARANGUEJO Sesarma rectum RANDALL, 1840 (BRACHYURA, SESARMIDAE) NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO. Roberta Araujo Barutot, Pedro Fernandes Sanmartin Prata, Mônica Mungai Chacur, Luiz Felipe Cestari Dumont 317 VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO TAMANHO DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) (BRACHYURA, UCIDIDAE) EM UM ESTUÁRIO AMAZÔNICO. Roberta Araujo Barutot, Rony Roberto Ramos Vieira, Lidiane de Cassia Cruz de Sena, Jorge Luiz da Silva Pereira, Ana Paula Simões Castro, Cleverson Rannieri Meira dos Santos 318 COMPARAÇÃO DA CARCINOFAUNA (BRACHYURA: DECAPODA) DOS MANGUEZAIS DOS RIOS PACOTI (CEARÁ) E POTENGI (RIO GRANDE DO NORTE). Rute Xavier Franca, Yago Barros Lima ; Hugo Pereira do Nascimento ; Ricardo Paulino Barbosa; Luis Ernesto A. Bezerra 319 PADRÕES DE CRESCIMENTO INDIVIDUAL E IDADE DE MATURAÇÃO SEXUAL EM LONGO PRAZO DO CAMARÃO SETE-BARBAS Xiphopenaeus kroyeri NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO. Sabrina Morilhas Simões, Gisele Salgado Heckler, Rogerio Caetano da Costa, Adilson Fransozo, Roberto Munehisa Shimizu 320 COMPARAÇÃO MORFOMÉTRICA DO SERGESTÍDEO Acetes americanus: CONDIÇÃO AMBIENTAL LOCAL X PARADIGMA LATITUDINAL. Sabrina Morilhas Simões, Fernando Luis Mantelatto, Antonio Leão Castilho, Rogerio Caetano da Costa 321 DISTRIBUIÇÃO HORIZONTAL DOS MICROCRUSTÁCEOS DA BARRAGEM DA PEDRA (JEQUIÉ-BA) EM DOIS PERÍODOS DISTINTOS (SECA E CHUVA). Sérgio Luiz Sonoda, Josiane Souza Santos 322 MACROECOLOGY OF OSTRACODA (CRUSTACEA) OFF ICELAND. Simone Nunes Brandao, Diego de Oliveira Batista, Helenice Vital 323 AMPLIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE OITO ESPÉCIES DE CRUSTÁCEOS PARA O ESTADO DE ERGIPE, NORDESTE, BRASIL. Sonja Luana Rezende da Silva, Camila Silva Ramos, Caroline Tibúrcio Santos, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Samara de Paiva Barros-Alves, Gustavo Luis Hirose 324 CRESCIMENTO ALOMÉTRICO, MATURIDADE SEXUAL E HETEROQUELIA DO LAGOSTIM INVASOR Procambarus clarkii (DECAPODA, CAMBARIDAE) NO PARQUE MUNICIPAL ALFREDO VOLPI, SÃO PAULO. Tainã Gonçalves Loureiro, Sergio Luiz de Siqueira Bueno, Paula Beatriz Araujo, Pedro Manoel Silva Gentil Anastácio 325 ESTUDO POPULACIONAL DAS FAMÍLIAS GRAPSIDAE E SESARMIDAE (CRUSTACEA, DECAPODA) NO ESTUÁRIO DE ROTEIRO, BARRA DE SÃO MIGUEL, ALAGOAS. Tereza Cristina dos Santos Calado, Wagner José dos Santos, Julianna de Lemos Santana, Ester Emanuele Calazans de Souza VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 41 326 MATURIDADE SEXUAL DE Achelous spinicarpus (DECAPODA: PORTUNIDAE) EM DUAS REGIÕES DO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO. Thiago Elias da Silva, Fulvio Aurélio de Morais Freire, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Vivian Fransozo 327 ESTRUTURA POPULACIONAL DO SIRI Arenaeus cribrarius (DECAPODA: PORTUNIDAE) NO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO. Thiago Elias da Silva, Rogério Caetano da Costa, Giovana Bertini, Adilson Fransozo 328 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Panopeus austrobesus EM ASSOCIAÇÃO AO CULTIVO DE MEXILHÕES Perna perna NO SUDESTE DO BRASIL. Valter Jose cobo, Flávio Camargo de Vasconcelos, Douglas Fernandes Rodrigues Alves, Daniel José Marcondes Lima 329 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS, Xiphopenaeus kroyeri (DECAPODA, PENAEIDAE), DE BAÍA FORMOSA, LITORAL SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Vanessa Lisboa Guerra de Brito, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar, Sávio Arcanjo Santos Nascimento de Moraes, Valéria Fonseca Vale, Paulo Victor do Nascimento Araújo, Fúlvio Aurélio de Morais Freire 330 PADRÃO NICTEMERAL DE MIGRAÇÃO DAS POPULAÇÕES DE Diaphanosoma spinulosum (CLADOCERA: SIDIDAE) EM UM RESERVATÓRIO EUTRÓFICO TROPICAL. Viviane Lúcia dos Santos Almeida, Maria Eduarda Lacerda de Larrazábal, Ariadne do Nascimento Moura, Mauro de Melo Júnior 331 CRESCIMENTO RELATIVO DE Charybdis helleri (BRACHYURA: PORTUNIDAE) EM SÃO VICENTE, SP – BRASIL. Yula Silva Ruiz, Vitor Tuzuki Quaresma, Henrique Hideki Hashiguti, Alvaro Luiz Diogo Reigada 332 CRESCIMENTO EM PESO E FATOR DE CONDIÇÃO DE Menippe nodifrons ( CRUSTACEA, DECAPODA, MENIPPIDAE) EM SÃO VICENTE, SP - BRASIL. Yula Silva Ruiz, Alvaro Luiz Diogo Reigada 11 de novembro – Terça 17:30 – 18:30 Sessão de Pôsteres 2 ECOTOXICOLOGIA E LIMNOLOGIA 333 IN VITRO PESTICIDE EFFECTS IN THE FRESHWATER CRAB Dilocarcinus pagei (Decapoda: Trichodactylidae): ESTERASES AS A BIOMARKER. Alexandre Vidotto Barboza Lima, Eduardo Alves de Almeida, Lilian Castiglioni 334 O ESTRESSE OXIDATIVO EM Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763) SOB INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE SALINIDADE EM UM MANGUEZAL AMAZÔNICO. Lilian Lund Amado, Thaiane Santos Silva, Antônio L. N. Dergan, Johnata Azevedo Ferreira, Tamyris Pegado Souza e Silva, Carla Carolina Miranda dos Santos, Cléverson Rannieri Meira Santos 335 BIOMARCADORES DE EFEITO (GLUTATIONA S-TRANSFERASE; GST) E EXPOSIÇÃO (LIPOPEROXIDAÇÃO; LPO) EM Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) (DECAPODA: PALAEMONIDAE). Lilian Lund Amado, Johnata A. Ferreira, Antônio L. N. Dergan, Roberto M. Bezerra, José C. T. Carvalho, José M. Monserrat, Rony R. R. Vieira, Cléverson Rannieri Meira Santos, Leandro Machado de Carvalho, José Luis N. Vieira 336 DISPOSITIVO DE CONTENÇÃO PARA TESTES DE TOXICIDADE IN SITU PARA CRUSTÁCEOS DECÁPODES. Lucas Rezende Penido Paschoal, Douglas de Pádua Andrade 337 DETERMINAÇÃO DE METAIS PESADOS NA CARCINOFAUNA DE PRAIAS ARENOSAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Tatiana Medeiros Barbosa Cabrini, Viviane Bielinski Skinner, Ricardo Silva Cardoso VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 42 RESUMOS 1 A INTERFERÊNCIA DE PREDADORES SOBRE A ATIVIDADE ALIMENTAR DE CARANGUEJOS CHAMA-MARÉ 1 2 Fernando R. De Grande e Tânia Marcia Costa Universidade Estadual “Julio de Mesquita Filho” – Instituto de Biociências de Botucatu 2 Universidade Estadual “Julio de Mesquita Filho” – Câmpus Experimental do Litoral Paulista [email protected] 1 Este trabalho avaliou a interferência (estímulos químicos, visuais e químico-visuais) do predador sobre a alimentação da presa de diferentes tamanhos (juvenil e adulto) e sexo (macho e fêmea). Como organismos modelo foram utilizados o peixe Sphoeroides greeleyi (predador), o caranguejo Uca thayeri (presa) e o peixe Mugil curema (não predador). Foram confeccionados microcosmos com um compartimento para os caranguejos e outro para os peixes isolando os estímulos testados. Os grupos experimentais foram (n = 10): QB estímulo químico, VB visual, e QVB químico-visual do baiacu; QP estímulo químico, VP visual, e QVP químico-visual do parati; C controle - ausência de peixe. Em cada microcosmo foram introduzidos 2 caranguejos adultos (20.2±2.2 mm) e 2 juvenis (LC: 11,1±1,9 mm) sorteando-se o sexo dos indivíduos. Os caranguejos permaneceram por 48h nos terrários e os peixes 2h por período de inundação (diurno e noturno, 6h cada). O número de caranguejos avistados alimentando-se foi quantificado e comparado entre os tratamentos, períodos, sexo e tamanho por meio de uma ANOVA de medidas repetidas. Ambos os tamanhos e sexo se alimentaram durante os períodos de exposição (diurno e noturno) do sedimento (p>0,05). Apenas adultos se alimentaram durante o período de submersão noturno (VB, QP, VP e C – machos; VB, QVP e C) (p<0,05). Caranguejos adultos apresentam maiores demandas energéticas e por isso se alimentam no período de submersão noturno, porém o reconhecimento de pistas químicas do predador permite que os caranguejos não se exponham em momentos de maiores risco. Palavras-chave: Uca thayeri, alimentação, estímulo químico. Apoio Financeiro: FAPESP Proc. N° 2013/06472-1 2 ABUNDÂNCIA E VARIAÇÃO TEMPORAL DE MACROBRACHIUM BRASILIENSE (DECAPODA, PALAEMONIDAE), NO RIBEIRÃO ÁGUA LIMPA, UBERLÂNDIA, MG 1 1 1 Ana Carolina Figueira Porto , Marcela Silvano de Oliveira , Julia Camargo Ribeiro , Raquel 1 1 1 Costa e Silva , Giuliano Buzá Jacobucci , Ariádine Cristine de Almeida 1 Universidade Federal de Uberlândia [email protected] Macrobrachium brasiliense (Heller, 1862) apresenta ampla distribuição geográfica, com ocorrência em 11 estados brasileiros, incluindo as regiões de cerrado em Minas Gerais. O objetivo deste estudo foi analisar a abundância e a variação temporal de M. brasiliense no Ribeirão Água Limpa (19°08'22.5"S 48°22'46.0"W), município de Uberlândia, Minas Gerais. Foram realizadas coletas mensais no período de julho de 2012 a junho de 2013. As amostras de M. brasiliense foram obtidas com peneiras (1,0 mm) em profundidades entre 15cm e 150cm, próximo ao substrato marginal. Foram capturados 253 indivíduos durante o presente estudo, os quais foram classificados em 30 machos adultos (M), 23 fêmeas adultas (F) e 200 juvenis (J). Houve diferença significativa na abundância total de M. brasiliense em relação aos períodos de estiagem e chuvoso (Teste t de Student, p<0,05). O número de jovens obtido foi consideravelmente maior em relação ao de machos e fêmeas, diferindo estatisticamente (ANOVA, p<0,05). Tal abundância apresentou-se elevada principalmente no período de estiagem em relação ao período chuvoso, entre julho e setembro de 2012 e maio de 2013 (Tukey, p<0,05). No presente estudo, não houve relação entre a abundância total de M. brasiliense e os fatores ambientais analisados, temperatura da água e pluviosidade (Regressão Múltipla p>0,05). Tal resultado pode estar relacionado à diminuição da quantidade de microhabitats causada pelo carreamento de substrato em função do aumento do fluxo de água. Palavras-chave: Cerrado, Microhabitats, Período de estiagem, Variáveis ambientais. Apoio financeiro: FAPEMIG VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 3 43 CONTROLE DESCENDENTE DA MEIOFAUNA PELO CARANGUEJO UCA BURGERSI (DECAPODA OCYPOIDEA) Tânia Marcia Costa¹, Monique D’Assunção Fortuna¹, Sérgio Netto², Henrique Queiroga³, Ricardo Calado³ ¹ Universidade Estadual Paulista – Campus do Litoral Paulista; ² Universidade do Sul de Santa Catarina; ³ Universidade de Aveiro [email protected] A estrutura e funcionamento das comunidades naturais são regulados pela disponibilidade de recursos (controle ascendente) e predação (controle descendente). Neste estudo avaliamos experimentalmente o controle descendente de caranguejos chama-maré (U. burgersi) sobre a meiofauna, em particular os Nematoda, e o microfitobentos. O estudo foi realizado em microcosmos com exclusão de Uca, e com densidades de 5 e 10 caranguejos. O perfil de ácidos graxos de amostras do sedimento, hepatopâncreas e fezes do caranguejo foram avaliados para identificação de marcadores tróficos. A densidade de Nematoda no sedimento superficial (0,5 cm) foi maior em áreas de exclusão, assim como a riqueza de gêneros, maior nos sedimentos disponíveis para o forrageamento (0,5 cm). Não houve alteração da densidade dos Nematoda no estrato subsuperficial (5 cm). As concentrações de clorofila a no sedimento não foram alteradas pela presença dos caranguejos, e a biomassa microfitobêntica nos pellets de alimentação não diferiu da encontrada no sedimento. Foram encontrados ácidos graxos marcadores de diatomáceas (14:0 e 16:0), carnivoria (18:1n9) e plantas vasculares (18:2n6) no sedimento, no hepatopâncreas e nas fezes de U. burgersi. O uso do marcador trófico foi importante para avaliar a ingestão de detritos vegetais e microfitobentos pelo caranguejo. A maior percentagem de 18:1n9 em associação às densidades elevadas dos Nematoda em sedimento no tratamento de exclusão confirmam a predação e o controle descendente de U. burgersi sobre a meiofauna. Palavras-chave: Nematoda, Microfitobentos, Cadeia alimentar, Marcador trófico, Ácidos graxos. 4 CRESCIMENTO E LONGEVIDADE DO CAMARÃO HERMAFRODITA PROTÂNDRICO SIMULTÂNEO EXHIPPOLYSMATA OPLOPHOROIDES (CARIDEA: HIPPOLYTIDAE) NA REGIÃO DE MACAÉ/RJ, BRASIL 1 1 1 Abner Carvalho-Batista* , Régis Augusto Pescinelli , Thiago Maia Davanso , João Alberto 1 1 Farinelli Pantaleão , Rogerio Caetano da Costa 1 Universidade Estadual Paulista -UNESP/Bauru *[email protected] Estimativas de crescimento dos indivíduos são fundamentais para o entendimento da dinâmica populacional de uma espécie, pois estão relacionadas a outros parâmetros populacionais, como mortalidade, longevidade e alocação de energia para a reprodução. O presente estudo teve como objetivo estimar o crescimento e a longevidade do camarão carídeo Exhippolysmata oplophoroides, na região de Macaé RJ. A espécie apresenta um raro sistema sexual, conhecido como hermafroditismo protândrico simultâneo. As coletas ocorreram entre julho de 2010 e junho de 2011 utilizando-se um barco camaroneiro equipado com rede de arrasto do tipo “doublerig”. Os exemplares foram mensurados quanto ao comprimento da carapaça (CC mm) com um paquímetro (precisão 0,01mm). As curvas de crescimento foram estabelecidas de acordo com o modelo de Von Bertalanffy (1938). Os parâmetros de crescimento (± 95% CC) foram CC∞=18,89mm, k= 0,0058/dia e t0=-0,24. A longevidade máxima foi estimada em 2,19 anos. Tais resultados mostram tamanhos máximos superiores e taxas de crescimento mais lentas em relação aos estimados em outras localidades do litoral sudeste brasileiro. O fato de o litoral macaense situar-se próximo à zona de ressurgência de Cabo Frio/RJ confere características particulares à região, como menores valores médios de temperatura anual e maior produtividade primária. Provavelmente,estes foram os fatores moduladores dos resultados obtidos. Palavras-chave: Protrândria, Von Bertalanffy, Dinâmica populacional, Ressurgência. FAPESP: 09/54672-8 e 2010/50188-8. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 5 44 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ADULTOS, JUVENIS E LARVASDE Uca (Minuca) mordax (CRUSTACEA, DECAPODA,OCYPODIDAE) NA BAÍA DE GUARATUBA, PARANÁ 1 1, 2 2 Salise Brandt Martins , Setuko Masunari Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná [email protected] Um estudo sobre a distribuição dos adultos, juvenis e larvas de Uca (M.) mordax foi realizado na Baía de Guaratuba, PR, com a finalidade de elaborar um cenário do ciclo de vida da espécie. Nove pontos foram amostrados para o mapeamento da população adulta e sete substratos potencialmente colonizáveis pelos juvenis. Coletas de zooplâncton foram realizadas em quatro pontos em um gradiente crescente de salinidade, para verificar a existência de larvas de U. (M.) mordax. Os caranguejos adultos foram registrados somente na porção oeste da Baía de Guaratuba (salinidade abaixo de 8). Um total de 119 juvenis foi coletado, dos quais 91 foram capturados nos tapetes de algas e 28 no substrato lodoso. As larvas foram registradas nos quatro pontos amostrados. Zoea I foi coletada nas salinidades 0, 12-13, 20 e 25-29, ZII em salinidade 20 e 25-29 e ZIV em salinidade 2529. O ciclo de vida de U. (M.) mordax ocorre integralmente dentro do ambiente estuarino. Após eclosão das larvas, estas migram por uma distância de aproximadamente 13,5 Km até setores mesohalinos da baía (salinidade = 20). Nestes setores, sofrem sucessivas ecdises até atingir o estágio de megalopa em 21-32 dias, retornando para junto da população adulta, para assentar nos tapetes de algas e se metamorfosear ao primeiro estágio juvenil. Portanto, para a conservação das populações de U. (M.) mordax, é de vital importância a preservação não só dos biótopos dos adultos, mas também, o corpo d´água onde as larvas sofrem mudas e, sobretudo, os tapetes contínuos de algas para o assentamento das megalopas e dos juvenis. Palavras-chave: salinidade; estuário; plâncton; distribuição e retenção larval. Apoio Financeiro: CNPq: Proc. N° 132563/2012-6 6 VARIACIONES EN LA DIETA DE OVALIPES TRIMACULATUS (BRACHYURA: PORTUNIDAE) INDUCIDAS POR LA ESTACIONALIDAD Y LA ACTIVIDAD PESQUERA. 1, 2 1 1, 2 1, 2 1, 2 Paula de la Barra , Alejandra Romero , Raúl González , Maite Narvarte 2 CONICET, Universidad Nacional del Comahue, Escuela Superior de Ciencias Marinas, Instituto de Biología Marina y Pesquera Alte. Storni. [email protected] Desde el año 2007 existe en el Golfo San Matías (Río Negro, Argentina) una pesquería artesanal dirigida al portúnido Ovalipes trimaculatus. Durante la actividad, los animales son atraídos mediante la utilización de restos de pescado (cebo). Se caracterizó la dieta de O. trimaculatus en invierno y verano, en zonas con presencia y ausencia de cebo. Para ello se recolectaron muestras mediante buceo, de individuos de O. trimaculatus provenientes de la pesca (con cebo) y de sitios sin cebo. Los individuos fueron diseccionados y el contenido estomacal fue analizado en relación al grado de repleción y composición porcentual en peso y frecuencia de los grandes grupos presa. El tratamiento de los datos incluyó pruebas de Chi cuadrado y análisis multivariados. Se detectaron diferencias en el grado de repleción estomacal entre estaciones, registrándose estómagos más llenos en invierno que en verano, así como también entre sitios con presencia y ausencia de cebo. La dieta se caracterizó por ser principalmente carnívora. En ausencia de cebo, los crustáceos dominan la dieta durante el invierno, y pequeños peces y bivalvos en verano. Sin embargo, en presencia de cebo éste domina tanto en invierno como en verano. Se observó que la composición de la dieta cambia estacionalmente y ante la presencia de cebo, siendo el efecto del cebo distinto entre estaciones. Los ítems que contribuyeron mayormente a las diferencias observadas fueron peces y crustáceos. Palabras clave: Dieta, Pesquería, Portunidae, Golfo San Matías. Financiamiento: ANPCyT: PICT CONAE-CONICET N°4 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 7 45 AN UNDESCRIBED STYGOBIONT AEGLID SPECIES FROM THE KARST AREA OF SOUTHEASTERN BRAZIL WITH A UNIQUE FEATURE IN MALE SPECIMENS: PRESENCE OF PAIRS OF RUDIMENTARY PLEOPODS. Sérgio Luiz de Siqueira Bueno¹, Alexandre Camargo² & Juliana Cristina Bertacini de Moraes¹ ¹Department of Zoology, Institute of Biosciences, University of São Paulo; ²Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas [email protected] The type-locality “Gruta do Lago Subterrâneo” is located in the “Alto Ribeira” karst system, “Parque Estadual de Intervales”, county of Guapiara, state of São Paulo, southeastern Brazil. The small entrance of the cave leads to a 200m long system of descending tunnels before reaching the lake area about 30m below ground level. Specimens were either sampled by hand after being visually spotted with flashlight or sampled with baited traps set in shallow areas of the lake for a couple of hours. A total of four males and five females were sampled and each specimen was kept separated in a small sealed perforated plastic bag to prevent information loss in case of autotomy of the pereopods during fixation procedure in 70% alcohol solution. The undescribed species exhibits some troglomorphic traits generally associated with adaptations to obligate subterranean life, such as the reduction of the cornea and the elongation of the walking pereopods. The most remarkable character observed in this troglobite species, however, is the presence of rudimentary pleopods in male specimens. Morphologically, the pairs of pleopods resemble the corresponding pairs of the females, only shorter (about 1/3 the size). Suggested conservation status category: Critically Endangered B2ab(iii), based on the following criteria: high endemism; known distribution restricted to one single location, with area of occupancy estimated to be less than 10 km²; specific and fragile habitat (subterranean) conditions supporting a highly endemic population. Palavras-chave: Aegla, Troglobite species, Morphology. FAPESP Proc. Nº 08/57128-0. 8 ANÁLISE FILOGENÉTICA DE BENTHANA (CRUSTACEA: ISOPODA: ONISCIDEA) E SUAS RELAÇÕES DENTRO DE PHILOSCIIDAE: ANÁLISE SENSITIVA SOB DIFERENTES REGIMES DE PESAGEM 1 2 1 Ivanklin Soares Campos-Filho , Augusto Ferrari , Luiz Alexandre Campos , Paula Beatriz 1 Araujo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Departamento de Zoologia, Programa de PósGraduação em Biologia Animal, Av. Bento Gonçalves, 91510-070 Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2 Brasil; Universidade Federal do Rio Grande, FURG, Instituto de Ciências Biológicas, Av. Itália, Km 8, s/n, Campus Carreiros, 96201-900, Prédio 6, Sala de Permanência 8, Rio Grande, RS – Brasil, E-mail: [email protected] Os isópodos terrestres representam uma das mais bem sucedidas linhagens de crustáceos adaptados ao ambiente terrestre, com mais de 4 mil espécies descritas e ampla distribuição, ocorrendo desde a zona litoral até regiões áridas. Benthana Budde-Lund, 1908 inclui 28 espécies Sulamericanas caracterizadas pela presença de protrusão dentiforme no exópodo do pleópodo 1 do macho. O objetivo deste trabalho é testar a monofilia de Benthana. A matriz de caracteres foi baseada na literatura especializada bem como em exemplares de coleções cientificas. Os caracteres foram tratados como discretos e não ordenados; optimizações ACCTRAN/DELTRAN foram usadas para tratamento de ambiguidades. A matriz incluiu 123 terminais, 95 grupos externos e 154 caracteres, com 4% de dados faltantes de e 9% inaplicáveis. Duas estratégias de busca foram adotadas, busca com pesos iguais e pesagem implícita. Para a segunda estratégia 25 valores de concavidade (k) foram adotados, sendo correlacionada com a análise de sensitividade. Jackknife foi adotado como medida de suporte. A análise com pesos iguais resultou em 756 árvores igualmente parcimoniosas com 1.582 passos e o consenso resultou em 2.011 passos. A análise com pesagem implícita resultou em 35 árvores; a busca de SPR identificou a faixa de k10 a k15 com árvores mais similares (k médio = 11.5473). O gênero Benthana se configurou monofilético em todos os valores de k. No entanto, não foi possível estabelecer as relações internas entre as espécies na análise de pesos iguais, pois muitas foram recuperadas dentro de uma grande politomia. Palavras-chave: Isópodos terrestres, Philosciidae, Benthana, análise filogenética, sensitividade. Apoio Financeiro: CNPq (MCT/CNPq/MEC/CAPES/PROTAX 562202/2010-2); CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 9 46 ANÁLISES MORFOLÓGICAS EM POPULAÇÕES DE AEGLA PAULENSIS (ANOMURA, AEGLIDAE) SUGEREM A EXISTÊNCIA DE UM COMPLEXO DE ESPÉCIES 1 1 Juliana Cristina Bertacini de Moraes , Sérgio Luiz de Siqueira Bueno , Marcos Tavares 1 Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo 2 Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo [email protected] 2 Aegla paulensis ocorre em três bacias hidrográficas (rio Paraíba do Sul, rio Tietê e rio Ribeira do Iguape) separadas geograficamente há milhões de anos. Devido a esta separação e em função de observações morfológicas preliminares, propôs-se a hipótese de A. paulensis constituir um complexo formado por três espécies, uma em cada bacia. Foram coletados indivíduos adultos de ambos os sexos de seis populações de localidades com registros anteriores: Piquete - São Paulo (bacia do rio Paraíba do Sul), Rio Branco do Sul – Paraná (bacia do rio Ribeira do Iguape) e Jundiaí, Salesópolis, Santo André e São Paulo – São Paulo (bacia do rio Tietê). A análise da morfologia externa foi realizada por meio de estereomicroscópio com câmara clara, sistema de imagem computadorizado, paquímetro e técnicas de Microscopia Eletrônica de Varredura. As formas da fronte, da crista palmar das quelas maior e menor, do processo subrostral, da aréola, da área epibranquial e do terceiro esternito torácico apresentaram variações sensíveis entre as populações das diferentes bacias. Estas diferenças morfológicas fornecem elementos analíticos importantes que fortalecem a hipótese de trabalho e sugerem que uma reavaliação taxonômica do grupo (atualmente em andamento) é de fato necessária. Palavras-chave: Bacia hidrográfica, Morfologia externa, Taxonomia. Apoio Financeiro: FAPESP Proc. Nº 2012/16.083-0. 10 DIFERENCIAÇÃO GENÉTICA, MORFOLÓGICA E IDENTIFICAÇÃO DE UMA NOVA ESPÉCIE EM CAMARÕES DA AMAZÔNIA (PALAEMONIDAE, PALAEMON) 1 1 2 1 Fabrício Lopes Carvalho ; Célio Magalhães ; Fernando Luis Mantelatto Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). 2 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). [email protected] Palaemon carteri (Gordon, 1935) e P. ivonicus (Holthuis, 1950) são espécies dulcícolas de camarão endêmicas da América do Sul. Em função da alta similaridade morfológica entre essas espécies, estudos têm questionado a validade de P. ivonicus. Visando avaliar o status taxonômico dessas espécies, foi analisado um fragmento de aproximadamente 550pb do gene mitocondrial 16S rRNA em conjunto com a análise morfológica dos caracteres diagnósticos do gênero e da família, bem como outros caracteres pouco empregados no grupo. Palaemon carteri e Palaemon ivonicus foram alocados em duas linhagens irmãs, com expressiva divergência genética (10,6% - 13,7%) e diferenças morfológicas sutis. O tempo de divergência entre as linhagens foi estimado em aproximadamente 10 milhões de anos. Tanto os dados moleculares quanto os morfológicos suportam a validade de P. carteri e P. ivonicus. Adicionalmente, uma nova espécie filogeneticamente próxima a P. ivonicus foi identificada. Apesar da confirmação da validade das espécies previamente descritas e da identificação de uma nova espécie, a variabilidade morfológica e genética ainda atribuída a esses táxons sugere a existência de espécies ainda não descritas. Palavras-chave: bacia amazônica, relógio molecular, taxonomia Apoio financeiro: CNPq (140199/2011-0, 472746/2004-9, 491490/2004-6, 473050/2007-2, 471011/2011-8, 504322/2012-5, 301261/2004-0, 301359/2007-5, 302748/2010-5, 304468/2009-6, 303837/2012-8, 1300.001303/2011-2); CAPES (7711-13-1, PROAP 56/2007); FAPESP (2002/081789, 2009/54931-0, 2010/50188-8); U.S. National Science Foundation (DEB-1257813). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 11 47 DIVERSIDADE DE WOLBACHIA DO SUPERGRUPO F EM ISÓPODOS TERRESTRES DO GÊNERO NEOTROPONISCUS (ISOPODA: BATHYTROPIDAE) 1 1 Bianca Laís Zimmermann , Giovanna Monticelli Cardoso , Paula Beatriz de Araujo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] 1 A relação simbiótica entre os isópodos terrestres e as bactérias Wolbachia é bem estudada na Europa, sendo que todas as espécies infectadas apresentam linhagens do supergrupo B. Em estudo recente, que visava analisar a diversidade de Wolbachia em isópodos terrestres da América do Sul, encontramos uma linhagem do supergrupo F em indivíduos de Neotroponiscus littoralis, coletados na Bahia. Tendo em vista a descoberta surpreendente de uma linhagem não esperada da bactéria, nosso objetivo foi realizar um screening em espécies do gênero Neotroponiscus, de modo a verificar se esta foi uma ocorrência isolada ou se outras espécies congenéricas também são infectadas e apresentam linhagens do supergrupo F. Foram analisadas seis espécies de Neotroponiscus: N. carolii, N. daguerrii, N. lenkoi, N. plaumanni, N. perlatus e N. littoralis. Indivíduos coletados foram preservados em etanol 100% e posteriormente tiveram seu DNA extraído com auxílio de kit de extração. Para a detecção de Wolbachia foram realizadas PCRs com os genes coxA, dnaA e fbpA. Apenas representantes de duas espécies apresentaram a infecção, N. carolii, coletados na Bahia e N. littoralis, coletados no Rio de Janeiro. Interessantemente, as linhagens de Wolbachia encontradas nos indivíduos infectados também pertencem ao supergrupo F, sendo muito similares àquela previamente encontrada. Estes resultados são instigantes, pois sugerem que bactérias do supergrupo F (até então nunca registradas para crustáceos) coevoluíram com indivíduos do gênero Neotroponiscus. Palavras-chave: Wolbachia, supergrupo F, Neotroponiscus. Apoio Financeiro: Capes, CNPq: Edital Universal, Proc. Nº 470286/2011-3 12 DUAS NOVAS ESPÉCIES DE LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE DO GÊNERO PARASTACUS (DECAPODA, ASTACIDEA, PARASTACIDAE) PARA O RIO GRANDE DO SUL 1 1 Felipe Bezerra Ribeiro , Ludwig Buckup , Paula Beatriz Araujo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] 1 O gênero Parastacus é um grupo de crustáceos límnicos endêmico do sul da América do Sul, sendo composto por oito espécies, das quais seis ocorrem no sul do Brasil (RS e SC). Este trabalho tem como objetivo descrever duas novas espécies de Parastacus para o estado do Rio Grande do Sul. Foram analisados 19 espécimes, provenientes da Coleção de Crustáceos da UFRGS e oriundos de expedições de campo no estado. O material foi observado em estereomicroscópio, ilustrado através de câmara lúcida e as imagens foram vetorizadas através do programa CorelDraw X6. Além disso, foram estabelecidas 29 medidas morfométricas da carapaça, abdome e apêndices, e novos caracteres morfológicos foram levantados. Parastacus sp. n. 1 é proveniente de arroios de fundo pedregoso dos Campos de Cima da Serra, São José dos Ausentes,RS. Esta espécie é similar à Parastacus pilimanus pela presença de pilosidade na margem externa e interna dos dedos dos quelípodos, mas diferencia-se pelo rostro curto (5.9% do comprimento total), telson subtriangular com margens laterais portando pequenos e contundentes espinhos. Parastacus sp. n. 2 é proveniente de região de mata paludosa, municípios de Morro Azul, Morrinhos do Sul e Dom Pedro de Alcântara, RS. Essa espécie é diferenciada das outras do gênero pelo abdome bastante reduzido em relação ao cefalotórax; dáctilo, própodo e carpo do 2° par de pereiópodos com setas longas; e dedo fixo e dáctilo dos quelípodos com coloraçãoazulada. Dessa forma, aumenta-se o número de espécies de Parastacus para 10, sendo seis dessas endêmicas do RS. Palavras-chave: lagostins de água doce, ambientes límnicos, taxonomia. Apoio Financeiro: CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 48 EFECTO DEL PERÍODO DE AYUNO Y LA DISPONIBILIDAD DE ALIMENTO SOBRE LAS ENZIMAS DIGESTIVAS DE CHERAX QUADRICARINATUS (PARASTACIADE) 13 1,2 1 3 1,2 Hernán J. Sacristán , Héctor Nolasco-Soria , Laura S. López Greco Biología de la Reproducción y el Crecimiento de Crustáceos Decápodos, DBBE, FCEN- Universidad de Buenos Aires, Argentina. 2 IBBEA, CONICET-UBA, Argentina 3 Centro de Investigaciones Biológicas del Noroeste, La Paz, Baja California Sur, México. [email protected]/[email protected] El ayuno artificialmente inducido puede permitir esclarecer las vías metabólicas utilizadas durante la muda y puede desencadenar nuevos mecanismos bioquímicos y fisiológicos de adaptación durante el ayuno. Por lo tanto, el objetivo fue analizar el efecto de la disponibilidad de alimento sobre las enzimas digestivas luego de un período corto o largo de ayuno. Para ello se realizaron dos experimentos con tres tratamientos [sin alimento (SA); alimento presente y disponible (APD); y alimento presente pero no disponible (APND)] y 4 réplicas/acuarios cada uno. Se ensayaron dos condiciones de ayuno: ayuno corto: los animales fueron ayunados por 48 hs (n=144 langostas entre 1 y 4 g de peso) y luego asignados a azar a cada acuario. Para cada tratamiento se sacrificaron 8 animales a los 0, 5, 10, 30, 60 y 120 minutos. Ayuno prolongado: 72 langostas entre 1 y 5 g de peso fueron ayunadas por 16 días. Luego se procedió de igual forma que el experimento anterior pero los tiempos analizados fueron 0, 30 y 120 minutos. En ambos experimentos se determinó la cantidad de proteína y la actividad de proteasa, tripsina, lipasa y amilasa. Los niveles de las cinco variables en función a la disponibilidad de alimento no se vieron alterados luego de un ayuno corto. En cambio, la actividad digestiva fue modificada por la disponibilidad de alimento luego del ayuno prolongado, registrándose menor actividad deproteasa, tripsina y lipasa a los 120 min en el tratamiento APD respecto de SA y APND; no se observaron diferencias en la cantidad de proteína y la actividad de amilasa. Palabras clave: crustáceos, enzimas digestivas, disponibilidad de alimento, ayuno. Financiamiento: Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnológica (PICT 2007, proyecto 01187 y PICT 2012 proyecto 01333), CONICET (PIP 2009-2011, nro. 129 y PIP 2012-2014), UBACYT (proyectos X458 y 20020100100003), MINCYT-CONACYT (México) MX/09/07 y MINCYTCAPES BR/11/21. 14 EFEITO DE DIFERENTES PERÍODOS DE JEJUM E DA REALIMENTAÇÃO EM PARÂMETROS METABÓLICOS E DIGESTÓRIOS DE Aegla platensis (CRUSTACEA, DECAPODA, AEGLIDAE) 1 1 1 Artur Antunes Navarro Valgas , Ilani Dávila Machado , Betânia Souza de Freitas , Daiana da 1 2 Silva Castiglioni e Guendalina Turcato Oliveira 1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 2 Universidade do Vale Rio do Sinos [email protected] Em A. platensis metabólitos hemolinfáticos não apresentam variações circadianas e parte das reservas energéticas endógenas é alocada para a reprodução; relacionando-se com a abundância, a variabilidade do alimento e o grau de repleção estomacal. Analisamos na hemolinfa de machos e fêmeas o efeito de diferentes períodos de jejum e da realimentação nos níveis de glicose, proteínas totais, lipídios, triglicerídeos, glicerol, colesterol total e VLDL; além do grau de repleção estomacal (GR) e os índices de repleção estomacal (IR), hepatossomático (IH) e gonadossomático (IG). Observamos ao longo do jejum nas fêmeas uma manutenção do GI e diminuição do IH aos 15 dias, retornando aos valores iniciais na realimentação, além de uma diminuição do colesterol aos 5 dias, da glicemia aos 15 e 30 dias, em relação ao controle, e das proteínas a partir de 15 dias de jejum em relação aos 5 dias. Padrão semelhante foi observado nos machos, exceto das proteínas que aumentam. Ao longo do jejum não houve diferenças em relação aos níveis de lipídios totais, triglicerídeos e glicerol, tanto para machos como para fêmeas. Esse padrão de resposta pode estar relacionado a não depressão total do conteúdo estomacal. O jejum parece determinar nestes animais uma modulação do esvaziamento gástrico e possivelmente dos processos de digestão no trato gastrointestinal, bem como do uso preferencial de carboidratos e proteínas permitindo assim, que eles sobrevivam sem que ocorra mortalidade significativa ao longo do período de estudo; a realimentação foi insuficiente para restabelecer o GR e alguns metabólitos. Palavras chaves: metabolismo, catabolismo, jejum, Decapoda. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 15 49 TOLERÂNCIA DO CARANGUEJO NEOHELICE GRANULATA (DECAPODA: VARUNIDAE) A HIPÓXIA SEVERA DURANTE ACLIMATAÇÃO A HIPÓXIA MODERADA Danusa Leidens¹, Márcio Alberto Geihs¹, Luiz Eduardo Maia Nery¹, Fábio Everton Maciel¹ ¹ Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas - Fisiologia Animal Comparada, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Rio Grande FURG, Av. Itália, Km 8, Rio Grande - RS, 96201-900, Brasil. [email protected] O caranguejo Neohelice granulata é uma espécie estuarina que habita regiões com variações de oxigênio, atingindo valores hipóxicos menores de 1 mgO2/L. Entretanto, estudos prévios verificaram que N. granulata apresenta uma CL50 entre 2,0 e 2,5mgO2/L e resistência (TL50) à 0,5mgO2/L de 14h. Hipotetisamos, que aclimatação a hipóxia moderada aciona ajustes respiratórios permitindo tolerar hipóxia severa. Assim, o objetivo foi verificar a tolerância e o consumo de oxigênio (MO2) em situação de hipóxia severa em animais aclimatados à hipóxia moderada. Caranguejos foram coletados e mantidos por 10 dias em laboratório (6,5mgO2/L, 20°C, 20‰). Após, um grupo controle foi mantido em normóxia (6,5mgO2/L) e outro em hipóxia moderada (3mgO2/L) por 24 e 72h. Posteriormente todos os animais foram submetidos à hipóxia severa (1mgO2/L) por 96h, sendo analisado o TL10. Adicionalmente, verificou-se o MO2 de animais nas mesmas condições experimentais anteriores após 1h à 1mgO2/L. Os animais à 3mgO2/L por 24h apresentaram um maior TL10 (63,3h; IC0,95=11,2115,5) quando submetidos à 1mgO2/L em comparação ao controle (21,2h; IC0,95=21,1-67,5). Já os caranguejos à 3mgO2/L por 72h apresentaram uma mortalidade de 30% até 96h. Não houve diferença (p>0,05) no MO2 entre os animais em normóxia e dos aclimatados à 3mgO2/L por 24 ou 72h, quando submetidos a 1mgO2/L. Entretanto, verificou-se que o MO2 de 1mgO2/L < MO2 de 3mgO2/L < MO2 do controle. Portanto, uma aclimatação à hipóxia moderada permite uma rápida aclimatação à hipóxia severa em N. granulata, porém esta resposta não envolve alteração no MO2. Palavras-chave: aclimatação, consumo de oxigênio, crustáceos, hipóxia, tolerância. Apoio Financeiro: CAPES; FAPERGS (1968-2551/13-0SIAFEM), IFS (A/5352-1). 16 GRADIENTE DO STATUS OXIDATIVO AO LONGO DO PERÍODO REPRODUTIVO DE PARASTACUS BRASILIENSIS PROMATENSIS Ludimila Pinheiro¹; Guendalina Oliveira¹ ¹ PPG em Zoologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul [email protected] Com o objetivo de analisar o comportamento das enzimas antioxidantes superóxido dismutase e catalase e, da enzima glutationa s-tranferase que participa da metabolização de xenobióticos; bem como uma medida de dano celular (lipoperoxidação) em P. brasiliensis promatensis, foram coletados 57 indivíduos na primavera, ápice do período reprodutivo; no verão, final do período reprodutivo e, no outono, sem reprodução. No momento da captura os animais foram sacrificados por crioanestesia e analisados parâmetros físico-químicos da água do riacho Guarapiá (São Francisco de Paula, RS). As análises foram realizadas, por métodos espectrofotométricos, nas brânquias, no hepatopâncreas e no músculo abdominal para ambos os gêneros e, nas gônadas, nas fêmeas. Os dados foram analisados por ANOVA de uma via seguida de Bonferroni ou Kruska-Wallis seguido de Dunn (SPSS-17.0 ou Bioestat). Os resultados sugerem que as fêmeas apresentam um grande gasto energético para a maturação do tecido gonadal e manutenção da atividade muscular principalmente na primavera (ápice da reprodução) o que se reflete em uma maior medida de dano celular (p<0,05). Já para os machos o nível de lipoperoxidação foi maior na primavera, em todos os tecidos, sendo que o músculo e as brânquias aumentaram sua defesa enzimática na primavera, aumentando a atividade da catalase e da superóxido dismutase (p<0,05), respectivamente. Tal padrão pode estar relacionado como o comportamento de busca ativa por fêmeas, como também com as interações agonísticas com outros machos, sendo um fator determinante para a proteção destes tecidos e sucesso na reprodução. Palavras-chave: enzimas antioxidantes, Parastacus, reprodução. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 17 50 PADRÃO METABÓLICO DE PARASTACUS BRASILIENSIS PROMATENSIS AO LONGO DO PERÍODO REPRODUTIVO Ludimila Pinheiro¹; Guendalina Oliveira¹ ¹ PPG em Zoologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul [email protected] Para investigar o padrão metabólico de P. brasiliensis promatensis foram coletados 57 indivíduos entre a primavera de 2013 e o outono de 2014. Os animais coletados tiveram a hemolinfa retirada em meio contendo oxalato de potássio 10% (anticoagulante), após foram deixadas em banho de gelo por 24 horas para a separação do plasma, sendo este usado para as analises. Os indivíduos foram medidos quanto ao comprimento de cefalotórax, tendo como critério mínimo 20mm para captura; foram pesados para determinação dos índices hepato e gonadossomático (nas fêmeas). Na hemolinfa quantificamos, por espectrofotometria, as proteínas, o lactato, os lipídeos, o glicerol, a glicose, o colesterol e os triglicerídeos. As analises estatísticas indicam que houve diferença entre o IH E IG de fêmeas ao longo do período de estudo. Na primavera (pico reprodutivo) observamos um aumento do IG e uma redução do IH, sugerindo alocação das reservas energéticas do hepatopâncreas para as gônadas; hipótese reforçada pela análise do IH em machos, onde não houve diferença significativa. Ambos os gêneros apresentaram diferenças (p<0,5) para os níveis de lactato, como os níveis relacionando-se possivelmente com o baixo teor de oxigênio dissolvido (3,31mg/l) no verão. O glicerol em ambos os sexos foi menor no outono que nas outras estações, sendo este liberado na hemolinfa quando o metabolismo faz uso intenso dos triglicerídeos acumulados nos tecidos; tal padrão indica que no outono há uma maior síntese de triglicerídeos nos tecidos, indicando possivelmente, um preparo dos animais para um novo ciclo reprodutivo. Palavras-chave: metabolismo, Parastacus, reprodução. 18 ROLE OF (NA+, K+)-ATPase AND V(H+)-ATPase IN THE ADAPTATION OF Macrobrachium amazonicum SHRIMP TO FRESH WATER 1 1 3 Malson Neilson Lucena , Marcelo Rodrigues Pinto , Daniela Pereira Garçon , 2 1 John Campbell McNamara , Francisco Assis Leone 1 2 Departamento de Química e Departamento de Biologia, FFCLRP, USP. 3 Departamento de Biologia Molecular - CCEN/UFPB. [email protected] Life in fresh water requires the ability to acquire essential ions from dilute environments. Osmotic and ionic regulation in crustaceans is accomplished by the multi-functional gills. The diadromous prawn Macrobrachium amazonicum (Decapoda, Palaemonidae) has diversified into coastal populations that inhabit rivers close to estuaries, and continental populations living in inland water bodies. The present + + work aims: 1) to investigate the effect of biogenic amines on gill (Na , K )-ATPase activity and on phosphorylation levels in selected ontogenetic stages of M. amazonicum; 2) to analyze expression of + + + the (Na , K )-ATPase and V(H )-ATPase, and lipid composition, in microsomes from juvenile and adult shrimps. Gill ATPase activity was assayed spectrophotometrically at 340 nm and 25 °C using a PK/LDH linked system in which ATP hydrolysis was coupled to NADH oxidation. Hemolymph + + 2+ 2+ osmolality, [Cl ], [Na ], [K ], [Ca ] and [Mg ] are hyper-regulated in juvenile and adult M. + + amazonicum. Immunolocalization studies revealed the (Na ,K )-ATPase to be present predominantly in the intralamellar septum of both juvenile and adult gills, while the apical surface of the gill pillar cells + + + + houses the V(H )-ATPase in both stages. Gill (Na ,K )-ATPase α-subunit mRNA and V(H )-ATPase B-subunit mRNA expression did not change with ontogenetic stage. Gill homogenates from juvenile + -1 shrimps exhibit a ouabain-insensitive, Na -stimulated ATPase activity (17.5±2.4 U mg ). The lipid composition of the gill microsomes differed substantially between juveniles and adults, and were 5-fold higher in juveniles. + + Keywords: Macrobrachium amazonicum, mRNA expression, (Na ,K )-ATPase activity. Supported by: FAPESP, CNPq, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) ADAPTA/FAPEAM. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 19 51 CONCENTRAÇÃO LETAL DE AMÔNIA PARA PÓS-LARVA DE CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum (DECAPODA: PALAEMONIDAE) DURANTE 96 HORAS DE EXPOSIÇÃO 1 2 3 Fabrício Martins Dutra , Claudia Caramelo Brazão , Carolina Arruda de Oliveira Freire , 4 Eduardo Luis Cupertino Ballester 1;3 Universidade Federal do Paraná, 2;4 Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. [email protected] Compostos nitrogenados na água indicam processos biológicos ativos influenciados por poluição orgânica, podendo, em altas concentrações, causar mortalidade em organismos aquáticos. O objetivo foi determinar o efeito da concentração letal (CL5096h) da amônia em pós-larvas de Macrobrachium amazonicum. Foram utilizados 240 pós-larva com peso médio de 0,08±0,02 g, estocados em 24 béqueres com volume útil de 1 L e expostos a seis diferentes concentrações de amônia total (0; 5; 10; -1 20; 40; 80 mg/L de NH4Cl P.A), em delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. A qualidade de água foi monitorada diariamente para oxigênio, pH e temperatura, e no início e fim do estudo para dureza, alcalinidade, amônia, nitrito e nitrato. A fração de amônia não-ionizada foi calculada pela equação NH3= Amônia Total/1+10 (pka –pH). Além, da amônia que foi induzida, as demais variáveis da água se mantiveram adequadas à biologia da espécie. Mortalidades -1 de 100 % foram registradas nas concentrações de 80 e 40 mg/L de amônia total ou 2,32 ± 0,23 -1 -1 mg/L e 1,15±0,11 mg/L de amônia não-ionizada em 12 horas e 36 horas, respectivamente. Os -1 tratamentos com 20, 10, 5 e 0 mg/L de amônia total apresentaram mortalidades para 96 horas, abaixo de 5%. Mortalidades observadas nos tratamentos com menores concentrações de amônia podem ser ocasionada pelo comportamento agonísticos dos animais. Preliminarmente, conclui-se, -1 -1 que a concentração de 80 e 40 mg/L ou 2,32±0,23 e 1,15±0,11 mg/L de amônia não-ionizada provoca mortandade em M. amazonicum em 96h de exposição. Palavras-chave: Toxicologia, Macrobrachium, Compostos nitrogenados. 20 CONCENTRAÇÃO LETAL DE NITRITO PARA PÓS-LARVA DE CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum (DECAPODA: PALAEMONIDAE) DURANTE 96 HORAS DE EXPOSIÇÃO 1 2 3 Fabrício Martins Dutra , Claudia Caramelo Brazão , Carolina Arruda de Oliveira Freire , 4 Eduardo Luis Cupertino Ballester 1;3 Universidade Federal do Paraná. 2;4 Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. [email protected] ; [email protected] Compostos nitrogenados na água indicam processos biológicos ativos influenciados por poluição orgânica, podendo, em altas concentrações, causar mortalidade em organismos aquáticos. O objetivo foi determinar a concentração letal (CL5096h) do nitrito em pós-larvas de Macrobrachium Amazonicum. Foram utilizados 240 pós-larva com peso médio de 0,08±0,02 g, estocados em 24 béqueres com volume útil de 1L e expostos a seis diferentes concentrações de nitrito (0; 1; 2; 4; 8; 16 -1 mg/L de NaNo2 P.A), em delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. A qualidade de água foi monitorada diariamente para oxigênio, pH e temperatura, e no início e fim do estudo para dureza, alcalinidade, amônia, nitrito e nitrato. Os animais foram observados a cada 1 hora durante as oito primeiras horas. Após esse período, foram observadas a cada 12 horas. Além, do nitrito que foi induzido, as demais variáveis da água se mantiveram adequadas à biologia da espécie. Mortalidades de 100% foram registras nas concentrações de nitrito -1 -1 -1 com 16 e 8 mg/L em menos de 12 horas, de 4 e 2 mg/L em 24 horas e de 1 mg/L em 60 horas. Está mortalidade pode ser causada pelo aumento O2 livre e um decréscimo de O2 ligado a hemocianina, afetando a função da hemocianina no transporte de oxigênio. O tratamento com 0 mg/L 1 de nitrito apresentou 20±14,14% de mortalidade em 96 horas. Entretanto, está mortalidade pode está relacionada ao comportamento agonísticos dos animais. Preliminarmente, conclui-se, que a fase de pós-larva apresenta alta sensibilidade ao nitrito durante 96h de exposição. Palavras-chave: Toxicologia, Carcinicultura de água doce, Macrobrachium, Compostos nitrogenados. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 21 52 DANOS SUBLETAIS EM UCIDES CORDATUS (DECAPODA, UCIDIDAE), COMO PRESSUPOSTOS ORIENTADORES AO MONITORAMENTO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DE MANGUEZAIS DO ATLANTICO OCIDENTAL 1 1 2 Marcelo Antonio Amaro Pinheiro , Luis Felipe de Almeida Duarte , Camilo Dias Seabra Pereira 1 e Caroline Araújo de Souza 1 UNESP – Universidade Estadual Paulista, Campus do Litoral Paulista (CLP) – Praça Infante D. 2 Henrique, s/nº – Parque Bitaru – 11330-900; São Vicente (SP). UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista – Rua Silva Jardim, 136 – 11015-020; Santos (SP). e-mail do autor principal: [email protected] O presente estudo avaliou o grau de contaminação ambiental (água e sedimento) e da biota (folhas de Rhizophora mangle e tecidos de Ucides cordatus), por seis metais (Cd, Cu, Pb, Cr, Mn e Hg), em seis áreas de manguezais paulistas (Cananéia, Iguape, Juréia, Cubatão, São Vicente e Bertioga). Os dados obtidos foram confrontados aos de impacto geno-citotóxico deste crustáceo, com base na frequência de hemócitos micronucleados (MN‰) e no tempo de retenção do vermelho neutro pelos lisossomos (VN). A contaminação por metais nos manguezais esteve relacionada aos danos subletais no crustáceo, possibilitando a indicação de valores orientadores para MN‰ e VN e sobre o estado de conservação dos manguezais avaliados. Os dados obtidos para os caranguejos da Juréia e Cananéia indicaram impacto geno-citotóxico reduzido ou nulo (INP, impacto nulo provável), com os biomarcadores considerados em normalidade (MN≤3MN‰; e VN≥150min.). No caso dos exemplares de Iguape, os resultados foram intermediários (3<MN‰<5; 100<VN<150min.), revelando um dano subletal baixo (BIP, baixo impacto provável), diferentemente do que foi observado para Cubatão, Bertioga e São Vicente, onde os impactos geno-citotóxicos foram elevados (MN≥5MN‰; VN≤100min.) (AIP, alto impacto provável). Os resultados confirmam o uso do caranguejo-uçá como espécie bioindicadora do estado de contaminação por metais em manguezais do Atlântico Ocidental. Palavras-chave: caranguejo, citotoxicidade, genotoxicidade, manguezal, metais. Apoio financeiro: FAPESP (Proc. nº 2009/14725-1 e 2010/01552-9). A SUPERFAMÍLIA LYSIANASSOIDEA (AMPHIPODA: GAMMARIDEA) NO BRASIL: HISTÓRICO E PERSPECTIVAS 22 1 1 1 Silvana Gomes L. Siqueira , Cristiana S. Serejo Museu Nacional/UFRJ, Departamento de Invertebrados, Setor de Carcinologia, Quinta da Boa Vista s/n, 20940-040, Rio de Janeiro, Brasil [email protected] A superfamília Lysianassoidea corresponde a um grande grupo de anfípodes marinhos bentônicos com cerca de 1.422 espécies descritas mundialmente. No Brasil, os primeiros registros do grupo para águas costeiras datam de 1853 e somente após 139 anos outra espécie lisianassóideo foi registrada. O conhecimento dessa superfamília se manteve estável até 2004, quando a partir do Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva (REVIZEE) mais espécies foram encontradas. Entre 2004 e 2010 sete espécies novas foram descritas e mais seis foram registradas para a costa brasileira (região sudeste e nordeste). Atualmente 16 espécies de lisianassóides são conhecidas e com a crescente demanda na identificação dos anfípodes coletados em três projetos vinculados a Petrobras e realizados na Bacia de Campos e Bacia do Espirito Santo, espera-se que este número aumente. Assim, o objetivo do presente trabalho foi identificar os lisianassóideos desses projetos. As coletas foram realizadas por meio de box-core em incursões de navios em diferentes profundidades na plataforma e no talude continental. Novos registros e possíveis espécies novas foram identificadas em quatro gêneros: Eclecticus (Família Uristidae), Cheirimedon, Lepidepecreum e Paracentromedon (Família Lysianassidae) em 40 amostras de lisianassóideos. Esse estudo sugere que a diversidade de anfípodes da superfamília Lysianassoidea no Brasil ainda é subestimada e que maiores esforços são necessários para se conhecer o grupo, que é parte importante da comunidade bentônica marinha. Palavras-chave: Bentos, taxonomia, Lysianassoidea, Brasil Apoio Financeiro: CAPES Proc. nº 23038.007490/2011-12 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 23 53 CARIDEA DA REGIÃO DO VALE DO RIBEIRA, SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 1 2 1 Giovana Bertini , Bianca Fukuda & Kelly C. R. Santana 2 Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Registro/SP, Instituto de Pesca-SP, [email protected] Há pouca informação sistematizada no Estado de São Paulo sobre os decápodos de água doce nas bacias costeiras do litoral sul, onde o Vale do Ribeira é uma das áreas prioritárias do ponto de vista ambiental. Este estudo visa apresentar o levantamento das espécies de camarões carídeos presentes na região do Vale do Ribeira. Os camarões foram provenientes de 10 anos de estudo (2004 a 2014) referente a cinco projetos de pesquisa efetuados nos rios: Rio Ribeira de Iguape (municípios de Eldorado, Sete Barras, Registro e Iguape), Rio Etá (Sete Barras) e Rio Mandira (Cananéia). Os métodos de coleta incluíram armadilhas do tipo covo, peneira passada sob a vegetação marginal e coleta manual com puçá. Os Caridea foram representados pelas famílias: Palaemonidae com o gênero Macrobrachium com cinco espécies (M. acanthurus, M. carcinus, M. olfersi, M. potiuna, M. heterochirus) e Palaemon com uma espécie (P. pandaliformis) e Atyidae com o gênero Potimirim (P. brasiliana). A ocorrência das espécies esteve relacionada com o hábitat típico de cada uma, tal como M. heterochirus que ocorreu somente no Rio Mandira em local de cachoeira, P. pandaliformes somente na região de Iguape próximo ao estuário. A região do Vale do Ribeira possui grande diversificação de ambientes aquáticos o que permite a presença de várias espécies de camarões carídeos com hábitos quer seja totalmente dulcícolas tendo desenvolvimento direto como espécies anfídromas que dependem da água salobra para se desenvolver. Palavras-chave: Biodiversidade, camarão de água doce Apoio Financeiro: FUNDUNESP; FAPESP (# 05/56131-0; 12/22290-8; 13/06457-2) 24 COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA COMUNIDADE DE CAMARÕES (PENAEIDEA E CARIDEA) NA COSTA DO SUL DO BRASIL: SUBSÍDIOS PARA A GESTÃO DE RECURSOS PESQUEIROS 1 1 1 Wolf, M. R , Castilho, A. L. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP - Câmpus de Botucatu - SP [email protected] Frente aos impactos causados pela ação antrópica no ambiente marinho, propõe-se com esse trabalho inventariar as espécies existentes na comunidade de camarões marinhos como também descrever padrões na sua distribuição espaço-temporal. Os camarões foram coletados de jul/2010 a jun/2011, em uma área adjacente à Baía da Babitonga, com um barco camaroneiro, em cinco profundidades, juntamente às variáveis ambientais. Das doze espécies capturadas, seis são peneídeos comercializados: Xiphopenaeus kroyeri, Artemesia longinaris, Pleoticus muelleri, Farfantepenaeus brasiliensis, Farfantepenaeus paulensis e Litopenaeus schmitti. As demais espécies de peneídeos, Rimapenaeus constrictus e Sicyonia dorsalis, e carídeos, Exhippolysmata oplophoroides, Alpheus intrinsecus, Nematopalaemon schmitti e Periclimenes paivai, pertencem à fauna acompanhante dos recursos pescados. X. kroyeri foi a espécie dominante, com valores discrepantes de abundância relativa (97,7%) quando comparada à segunda espécie de maior abundância P. muelleri (1,1%), circunstância que influenciou diretamente os resultados das análises sendo similar aos padrões encontrados em outras regiões. A temperatura de fundo e a granulometria do sedimento foram os fatores preponderantes (RDA, p<0,05) no estabelecimento das espécies na área de estudo. Devido à intensa captura de X. kroyeri, dos demais camarões comercializados e da fauna acompanhante fica clara a necessidade de estratégias de conservação, considerando-se que esses organismos interagem no meio que habitam e possuem importância ecológica, econômica e social. Palavras-chave: características do habitat, Baía da Babitonga, manejo da pesca. Apoio Financeiro: CAPES; Programa Primeiros Projetos; FUNDUNESP (1214/2010- DFP). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 25 54 COMO O CÁLCIO ALIMENTAR INFLUENCIA O PROCESSO DE MUDA DE ISÓPODOS TERRESTRES (ISOPODA: ONISCIDEA)? 1 1 1 Camila Timm Wood , Paula Beatriz Araujo Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS [email protected] Os isópodos terrestres possuem diversas adaptações para o ambiente terrestre, entre elas a muda bifásica e uma cutícula calcificada, cujo grau de mineralização varia com o tipo eco-morfológico do animal. Para verificar o efeito do cálcio alimentar na muda de espécies de diferentes tipos ecomorfológicos foram usados o corredor Atlantoscia floridana e o aderente Balloniscus glaber em tratamentos com 0, 1, 4 e 8% de cálcio no alimento. Atlantoscia floridana apresentou maior mortalidade no momento da muda e geralmente realizou a muda posterior e anterior no mesmo dia ou no dia seguinte. O consumo da exúvia geralmente ocorreu somente na pós-muda. Para B. glaber, a muda posterior e anterior raramente aconteceu no mesmo dia e o consumo da exúvia ocorreu também na intra-muda. O período de intermuda de A. floridana foi menos afetado pela concentração de cálcio sendo ligeiramente maior no tratamento 0% (26 dias) e com médias variando entre 20 e 23 dias para os demais tratamentos. A sobrevivência média em todos os tratamentos foi em torno de 19 dias. A concentração de cálcio alimentar afetou B. glaber mais fortemente sendo as médias de intermuda de 61, 49, 36 e 37 dias para 0, 1, 4 e 8% de cálcio, respectivamente. Apenas um indivíduo conseguiu realizar muda nos tratamentos 0 e 1%. A sobrevivência média nos tratamentos foi de 3031 dias e maior apenas no 8% (36 dias). Desta forma, dietas com 1% de cálcio parecem atender a demanda de A. floridana que possui cutícula mais fina e menos mineralizada do que B. glaber cuja intermuda e sobrevivência são afetadas em dietas com baixo cálcio. Palavras-chave: muda bifásica, tipos eco-morfológicos, intermuda, exúvia. Apoio financeiro: CAPES; CNPq 26 COMPARAÇÃO HISTOMORFOLÓGICA DOS RECEPTÁCULOS SEMINAIS DE CINCO ESPÉCIES DE BRACHYURA Pedro Julião Jimenez¹, Vivian Fransozo², Fernando José Zara³ ¹UNESP – Campus do Litoral Paulista, ²Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Depto de Ciências Naturais, ³UNESP – Jaboticabal – Depto de Biologia Aplicada a Agropecuária. [email protected] Receptáculos seminais (RS) são órgãos chave na reprodução de Brachyura. Caracterizamos a histomorfologia dos RS de cinco espécies de Brachyura, escolhidas pela distância filogenética e habitats que ocupam: Menippe nodifrons (Mennipidae), Eriphia gonagra (Eriphiidae) e Pachygrapsus transversus (Grapsidae) de costões rochosos; Aratus pisonii (Sesarmidae) de manguezais; e Persephona mediterranea (Leucosiidae) de fundos inconsolidados. Em M. nodifrons o oviduto é dorsal, em A. pisonii intermediário, e nas demais espécies ventral. Aratus pisonii possui prolongamento de células entre regiões dorsal e ventral do RS (velum). Em P. transversus e E. gonagra o epitélio dorsal mesodérmico (EM) é cúbico estratificado, e em M. nodifrons e A. pisonii é colunar simples. Em P. mediterranea o EM é cúbico estratificado, com regiões em que as camadas apicais formam criptas. A região ventral do RS em todas as espécies é ectodérmica e formada por células colunares recobertas por cutícula, contínuas à vagina. Em E. gonagra e P. transversus ocorrem convergências morfológicas, com espermatóforos e espermatozoides livres nos RS, porém E. gonagra possui resquícios de plug espermático na região ventral e vagina, indício de limitação de competição espermática. Aratus pisonii possui RS intermediário com velum, morfologia antes vista apenas em majoideos. Em P. mediterranea o RS é mais ventral, preenchido com espermatozoides. A morfologia dos RS mostra-se independente da filogenia e habitat, podendo relacionar-se a outros fatores, como o comportamento de cópula, pouco conhecido para as espécies estudadas. Palavras-chave: Reprodução, filogenia, Brachyura, morfologia. Apoio financeiro: FAPESP JP#2005/04707-5; Biota#2010/50188-8: CAPESP Ciências do Mar; CNPq PQ-PIBIC #100176/2012-7. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 27 55 COMPORTAMENTO DE PREFERÊNCIA DE SUBSTRATO POR MACROBRACHIUM BRASILIENSE (DECAPODA: PALAEMONIDAE), EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO Madson Silveira de Melo¹, Gabriela Serra do Vale Duarte², Izabela Moraes Lima², Jelly Makoto Nakagaki², Setuko Masunari¹ ¹ Universidade Federal do Paraná ² Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul [email protected] Macrobrachium brasiliense é um camarão dulcícola com ampla distribuição geográfica, porém, a sua ocorrência está condicionada à presença e tipo de substrato que pode servir de alimento e refugio. Um estudo sobre a preferência deste camarão pelo tipo de substrato foi realizado com três classes de tamanho e coloração (pequeno 3,25 - 6,15 mm de comprimento da carapaça e coloração clara; médio 10,95 - 12,10 mm CC, cor intermediária; grande 15,40 - 17,40 mm CC, escura). Três aquários de 84L contendo cinco tipos de substrato cada um (areia fina, areia grossa, seixos claros, fragmentos de caule vegetal e Elodea fixa no fundo) foram utilizados. Em cada aquário foram introduzidos cinco camarões de uma das classes de tamanho. As observações tiveram duração de 10 minutos cada uma, em cinco horários diferentes do dia durante 19 dias. Foram anotados o substrato de preferência dos camarões e o tempo que permaneceram nele durante a observação. Para determinar a preferência dos camarões por certo tipo de substrato, foi utilizado um teste Qui-quadrado e uma ANOVA para avaliar se a preferência por substrato variou em função do tamanho do animal. Houve diferença significativa na preferência de substratos entre os camarões das três classes de tamanho, sendo que indivíduos maiores e de coloração mais escura escolheram o substrato de caule vegetal, enquanto os menores e de coloração mais clara preferiram o substrato de seixos claros. O estudo da seleção de substratos permite compreender padrões de distribuição natural, bem como auxiliar na manutenção de populações em laboratório. Palavras-chave: Pitú, Camarão dulcícola, Etologia 28 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E NICTEMERAL DE DECÁPODES PLANCTÔNICOS AO REDOR DE AMBIENTES INSULARES DO OCEANO ATLÂNTICO TROPICAL Simone Maria de Albuquerque Lira, Cynthia Dayanne Mello de Lima¹, Renata Polyana de Santana Campelo¹, Gleice de Souza Santos¹, Nathália Lins da Silva¹, Igor de Ávila Teixeira¹, Sigrid Neumann Leitão¹ e Ralf Schwamborn¹. ¹ Departamento de Oceanografia- Universidade Federal de Pernambuco [email protected] . Ilhas oceânicas tropicais são responsáveis pela modificação da hidrodinâmica das correntes oceânicas, estas podem acarretar um efeito ilha em relação à biomassa planctônica. Com o objetivo de avaliar a densidade de larvas de Decapoda nas comunidades do zoonêuston no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), Fernando de Noronha (FN) e no Atol das Rocas (AR) em relação às camadas superior e inferior da camada nestônica, à variação nictemeral, corrente superficial predominante (jusante/montante da ilha) e à distância da ilha. Amostragens foram realizadas de julho a agosto de 2010 com uma rede de nêuston David-Hempel (Hydro-Bios) com malha de 500 µm. A -3 densidade total de Decapoda das três ilhas apresentou um valor médio de 0,17 ind. m , e o valor -3 máximo foi de 1,49 ind. m no FN. A densidade total de Decapoda foi diferente quando comparadas entre as ilhas, apresentando maiores valores em FN, e depois no AR em relação à ASPSP. As análises realizadas para cada ilha de forma independente mostraram os maiores valores no período noturno para o ASPSP e AR, não havendo essa variação nictemeral para FN. Da mesma forma que não houve variação para os outros fatores analisados (distância entre os pontos amostrados, e entre camadas do nêuston). Contudo, o ambiente de FN foi caracterizado por apresentar atividades importantes de produção de larvas de Decapoda, estas são dispersas através de correntes oceânicas, contribuindo para um enriquecimento significativo e relevante das águas a jusante de FN. Palavras-chave: Nêuston, Efeito Ilha, Distribuição Vertical em Pequena Escala. Apoio Financeiro: Bolsa de doutorado (CNPq), taxa de bancada (CNpq), Navio Oceanográfico Cruzeiro do Sul (Marinha do Brasil), Ministério Brasileiro da Ciência e Tecnologia e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Ambientes Marinhos Tropicais - INCT- AmbTropic (processo CNPq 565054 / 2010-4). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 29 56 ESTRUTURA POPULACIONAL DE Ucides cordatus AO LONGO DO LITORAL BRASILEIRO: UMA META-ANÁLISE 1,2 3 Thiago Ferreira Silva , Cynthia Yuri Ogawa¹, , José Roberto Feitosa Silva¹, Carla Ferreira Rezende¹ ¹ Universidade Federal do Ceará ² Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará 3 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Bolsista DCR Funcap [email protected] A revisão sistemática difere da revisão tradicional por tentar além de compilar dados previamente publicados, tentar quantificar e qualificar estes bem como fornecer um agrupamento de dados que represente a informação disponível na literatura. Esta metodologia ainda pouco utilizada na ecologia, embora possua potencial para esclarecer questões científicas a partir de métodos sistemáticos de análise da literatura. A elevada importância econômica do Ucides cordatus, além de papel ecológico na ciclagem de nutrientes e promoção de alterações no solo do manguezal justifica a realização de estudos que permitam a conexão dos conhecimentos disponíveis na literatura sobre o crustáceo ao longo do litoral brasileiro. Após delimitação do tema do estudo, a literatura pertinente foi selecionada e as informações de interesse foram sistematicamente obtidas para fins de análise quali-quantitativa, além da meta-análise realizada com auxílio de análises estatísticas. Mesmo possuindo importância econômica principalmente no nordeste, a região sudeste concentra o maior número de artigos e de pesquisadores. Constatou-se um crescente interesse em estudar U. cordatus com o passar dos anos. O grau de conservação do ambiente não influenciou no tamanho dos crustáceos nem em sua razão sexual. O método de coleta influenciou no tamanho dos crustáceos e a razão sexual formou grupos separando regiões com diferentes níveis de pressões pesqueiras. A revisão sistemática atingiu os objetivos propostos, devendo ser estimulada a realização de novos estudos ecológicos através deste método. Palavras-chave: caranguejo-uçá, impacto ambiental, meta-análise. 30 ESTRUTURA POPULACIONAL, RAZÃO SEXUAL E CRESCIMENTO DO CAMARÃO SETE-BARBAS XIPHOPENAEUS KROYERI (DECAPODA, PENAEIDAE) NO LITORAL SUL DO BRASIL Raphael Cezar Grabowski¹, Sabrina Morilhas Simões¹, Antonio Leão Castilho 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) [email protected] 1 O presente estudo teve como objetivo analisar o crescimento e a estrutura populacional de Xiphopenaeus kroyeri na Baía da Babitonga, no litoral sul brasileiro. Coletas mensais de arrasto foram conduzidas de julho de 2010 a junho de 2011, com um barco camaroeiro com redes “doublerig”, em cinco profundidades (de 5 a 17 m). Diferenças na razão sexual esperada de 0.5 foram testadas aplicando-se o teste Binomial. A equação de crescimento de Von Bertalanffy foi aplicada a fim de estimar o crescimento individual, e a longevidade foi estimada a partir desta equação invertida. Um total de 4007 indivíduos foi analisado, sendo 1106 jovens (sexualmente imaturos) e 2901 adultos. As fêmeas predominaram nas maiores classes de tamanho. Machos e fêmeas apresentaram comprimentos assintóticos de 27.7 mm e 31.4 mm, constantes de crescimento de 0.0086 e 0.0070 /dia e longevidades de 538 e 661 dias, respectivamente. A predominância de fêmeas nas maiores classes de tamanho é uma regra geral em camarões peneídeos. O paradigma do efeito latitudinal parece não se aplicar ao camarão sete-barbas, possivelmente devido à baixa ocorrência de indivíduos de maior tamanho, ocorrência de espécies crípticas no litoral brasileiro, ou ainda à intensa pressão pesqueira observada na região. Os valores estimados de longevidade estão dentro dos limites de variação de tal parâmetro em espécies de Penaeidae. Palavras-chave: Comprimento assintótico, Von Bertalanffy, Longevidade, Dendrobranchiata. Apoio financeiro: Fundunesp, Proc. Nº: 1214/2010-DFP; FAPESP, Proc. Nº: 2010/50188-8; CAPES/Ciências do Mar, Proc. Nº: 23038.004310/2014-85. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 31 57 INFLUENCE OF HABITAT STRUCTURE ON CLADOCERA (CRUSTACEA BRANCHIOPODA) SPECIES COMPOSITION 1 2 José Roberto Debastiani Júnior ; Lourdes Maria Abdu Elmoor-Loureiro ; 1 Marcos Gomes Nogueira 1 Department of Zoology, State University of São Paulo – UNESP, Rubião Júnior s/n, 18618-970, 2 Botucatu, SP, Brazil Laboratory of Aquatic Biodiversity, Catholic University of Brasília, QS 7 lot 1, room M204, 71966-700, Taguatinga, DF, Brazil [email protected] Environmental complexity is considered a driving factor for diversity enhancement in water bodies. The macrophyte assemblage is a major contributor for this complexity. Nevertheless, small taxa compositional variation between macrophyte architectures is underexplored in limnological studies. In the present study we analyzed the Cladocera compositional variation among four habitat structures: fluctuant, rooted emergent, and submerged macrophytes and the limnetic zone of oxbow lakes associated to a subtropical reservoir. Wide compositional variation was observed. Assemblages from fluctuant macrophytes were the richest, dominated by Chydoridae. Submerged and rooted emergent macrophytes had the most similar assemblages, but similarity index was from a median value. The limnetic zone was the most divergent in assemblage composition, dominated by Bosminidae. Resource availability between sampled habitat structures was considered the most important factor leading to compositional variation, especially among macrophytes. It is concluded that for a complete assessment of a given local fauna, habitat structure must be taken into account in data sampling design. Palavras-chave: species composition; biodiversity assessment; macrophyte architecture; subtropical reservoir Apoio financeiro: FAPESP n° 2009/00014-6; 2009/11781-8 and 2011/23444-6. 32 MANGUEZAL EM MOVIMENTO: BIOTURBAÇÃO REALIZADA PELA COMUNIDADE DE CARANGUEJOS OCYPODIDEOS Luís Felipe Natálio¹*, Tânia Marcia Costa² ¹Instituto de Biociências, Unesp-Botucatu, PG em Ciências Biológicas, Zoologia ²Campus do Litoral Paulista, Unesp-São Vicente *[email protected] Caranguejos escavadores são agentes bioturbadores clássicos e engenheiros do ecossistema, pois geram transporte de sedimento e, assim, alteram o habitat em que vivem, afetando outras espécies. Para avaliar a capacidade bioturbadora de uma comunidade de caranguejos Ocypodideos, em um manguezal do litoral sul do estado de São Paulo, foram utilizados 10 quadrados (75 cm de lado) e coletados todos os pellets de escavação presentes, separando-os em pellets de caranguejos do gênero Uca e de Ucides cordatus. A fim de caracterizar a distribuição vertical de matéria orgânica na área e correlacionar com os valores dos pellets, também foram coletadas (corer) 10 amostras de sedimento de 30 cm de profundidade, as quais foram dividas nas seguintes frações: superfície-2 cm, 2 cm-6 cm, 6 cm-10 cm, 10 cm-20 cm e 20 cm- 30 cm. Esses procedimentos foram repetidos três vezes em meses diferentes. Deste modo, nossos resultados demonstraram que Ucides cordatus transportaram, em média, ≈741 g/m² de sedimento, trazidas de regiões a partir de 10 cm de profundidade, de acordo com a compatibilidade do teor de matéria orgânica. Os caranguejos do gênero Uca, transportaram, em média, 43g/m², trazidas de regiões a partir de 6 cm de profundidade. Não houve variação nas taxas de transporte (g/m²) entre os meses de coleta. Dadas às características quantitativas e qualitativas do sedimento transportado, é evidente a atuação desses organismos como mantenedores da circulação e renovação de sedimento e de nutrientes no ambiente, disponibilizando material estocado para os processos ecológicos deste ecossistema. Palavras-chave: Estuário, Engenharia de ecossistema, gênero Uca, Ucides cordatus. Fapesp #2012/00210-2 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 33 58 MATURIDADE SEXUAL DO SIRI Callinectes ornatus NA PLATAFORMA CONTINENTAL RASA DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL Poliana Salve Guizardi¹, Erminda da Conceição Guerreiro Couto², Fernanda Jordão Guimarães² ¹Universidade Estadual de Santa Cruz, Programa de Pós Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais, Ilhéus, BA; ²Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecologia Bêntica, Ilhéus, BA [email protected] O siri Callinectes ornatus é abundante na fauna acompanhante capturada pela pesca de arrasto do camarão sete-barbas em Ilhéus (BA). Estudos sobre sua maturidade sexual podem auxiliar na conservação local e em comparações com outras populações em diferentes latitudes. Este trabalho teve como objetivo estimar o tamanho da maturidade sexual morfológica de C. ornatus na plataforma continental rasa de Ilhéus (BA). Foram realizadas coletas mensais, entre fevereiro/2010 e fevereiro/2011, através de arrastos paralelos à costa, adjacentes à desembocadura do Rio Almada, Ilhéus (BA), com duração de 30 minutos cada, nas profundidades de 5, 10, 15, 20, 25, 30 e 35 m. Utilizou-se um barco com redes do tipo double rig. Os exemplares tiveram a largura da carapaça, entre a base dos espinhos, mensurada (0,01 mm de precisão). Os machos foram considerados maduros quando o abdome não estava aderido aos esternitos toráxicos e possuía gonópodos completamente desenvolvidos; as fêmeas, quando não possuíam o abdome aderido aos esternitos tóráxicos e apresentavam forma arredondada cobrindo toda a região ventral. A equação logística foi utilizada para determinar o tamanho estimado no qual 50% dos indivíduos apresentaram-se maduros (LC50). Teste t de Student (α=5%) foi realizado para comparar o tamanho médio dos indivíduos adultos de cada sexo. Foram analisados 4.873 espécimes (1.289 machos e 3.584 fêmeas). Machos atingiram maturidade sexual com LC50=39,7 mm e fêmeas com LC50=41,2 mm. Não ocorreu diferença significativa no tamanho médio dos indivíduos adultos de cada sexo (p=0,861). Palavras-chave: Brachyura, Maturidade, Morfologia. Apoio Financeiro: FAPESB; CAPES 34 ESTIMATING DIVERSITY OF CRABS (DECAPODA: BRACHYURA) IN A MARINE PROTECTED AREA OF THE SW ATLANTIC COAST THROUGH DNA BARCODING OF LARVAE 1,2 2 1 Manoela C. Brandão , Andrea S. Freire , Ronald S. Burton Scripps Institution of Oceanography, University of California San Diego 2 Departamento de Ecologia e Zoologia, Universidade Federal de Santa Catarina [email protected] 1 Identification of planktonic larvae to species level is of paramount importance for studying their abundance, distribution and dispersal patterns. The lack of larval descriptions, high degree of morphological similarity and decreasing cost of DNA sequencing have together stimulated the growth of molecular identification of larvae. In the present study, DNA barcoding was used to identify crab larvae from the Marine Biological Reserve of Arvoredo (27°S, Santa Catarina). Plankton samples were collected in 8 sites around the archipelago in the fall of 2013. Partial mitochondrial COI or 16S gene sequences were obtained for 488 larvae, leading to the identification of 20 species and 4 additional unidentified haplogroups (matches < 90% identity in GenBank). DNA from 6% of the larvae did not amplify using any of the primers tested; based on external morphological characteristics, these larvae included 4 additional operational taxonomic units. We were unable to amplify the DNA of larvae belonging to the family Pinnotheridae. Nine of the 20 identified species represent new records for the area, indicating that the present approach is a feasible and useful tool for the assessment of diversity in crabs. Larvae of 4 species of the genus Callinectes were identified, showing the efficiency of the chosen genes to differentiate species from the same genus. However, the absence of universal primers that work for the majority of the larvae and the lack of reference sequences for some species are major challenges for the routine use of this approach for crab larval identification. Funding agency: CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 35 59 GENETIC VARIABILITY OF A WIDESPREAD AMPHIDROMOUS SHRIMP: DOES MOLECULAR DATA SUPPORT ATYA SCABRA (CARIDEA, ATYIDAE) POPULATIONS AS A SINGLE SPECIES? Caio M.C.A. de Oliveira, Mariana Terossi, Fernando L. Mantelatto Laboratory of Bioecology and Crustacean Systematics, Faculty of Philosophy, Sciences and Letters at Ribeirão Preto (FFCLRP), University of São Paulo (USP), Brazil. [email protected] Here, we look over mitochondrial DNA fragments from specimens of A. scabra, which covers its great geographical distribution, in order to check the taxonomic status, genetic structure and feasible gene flow among populations of this freshwater shrimp throughout Anfi-Atlantic drainages: in America from Mexico to Brazil, including some Caribbean islands, and in Africa in Cameroon and island of São Tomé and Príncipe. Specimens were obtained through samples and loans from zoological collections. The genes were amplified by PCR techniques and sequenced following ordinaries protocols. The analyses (Maximum-Likelihood, genetic divergence, haplotype network and analysis of molecular variance) showed no intraspecific variation supporting speciation process, therefore the taxonomic status of A. scabra through its distribution was validated. Nevertheless, the analyzes pointed a genetic structure that separated Mexico from the other localities (Caribbean Islands, Africa and Brazil), such divergence may be occuring because of zoogeographical barriers isolating the Gulf of Mexico. In spite of that spotted structure, the Africa localities showed little divergence from America, moreover, shared haplotypes among Brazil and Caribbean localities lead to believe in recent colonization or gene flow maintenance jointly these localities. Although A. scabra adults forms are freshwater exclusive, its larvae development takes place in marine environments, allowing marine dispersal by mean of marine currents, which might be restraining a substantial genetic divergence, hence speciation process. Key words: larval dispersal, mitochondrial DNA (mtDNA), taxonomy Financial support: IC CNPq & Pró-Reitoria de Pesquisa - USP; FAPESP BIOTA TEMÀTICO 2010/50188-8 and PD 2011/11901-3; CNPq 471011/2011-8 and 302748/2015-5; 36 ISOPOD CRUSTACEANS AND THEIR EVOLUTIONARY TRANSITIONS TO DEEP SEA, FRESH WATER AND LAND 1,2 1 1 2 1 Luana S. F. Lins , Simon Y. W. Ho , George D. F. Wilson and Nathan Lo . School of Biological Sciences, The University of Sydney, NSW 2006, Australia. 2 . Australian Museum, 6 College Street, Sydney, NSW 2010, Australia. Email: [email protected] Isopods are a remarkably diverse group of crustaceans that can be found in virtually all environments. The colonisation of land, freshwater, and deep sea promoted the diversification of isopod morphology and species numbers. These transitions from shallow marine waters to different habitats included physiological adaptations to survive in more extreme conditions. While the deep-sea colonisation by isopods was estimated to 232-314 Myr ago, the timing of the transitions to land and fresh waters are still unknown. This study aims to provide a time frame for isopod colonisation of the freshwater and terrestrial habitats. The geographic distribution of terrestrial isopods suggests that they have an ancient origin. We conducted phylogenetic analyses of nuclear 18S and 28S and mitochondrial COI and 16S using a relaxed molecular clock. The origins of the terrestrial fauna at 299 Mya (95% CI: 226368 Mya) and the freshwater fauna at 314 Mya (95% CI: 307-336 Mya) coincide with the formation of the supercontinent Pangaea and with the reduction of seaways. These date estimates are far older than those based on the terrestrial fossil record. Although our estimate for isopods’ deep-sea colonisation is later than that of our previous study (190 my - 95 % CI: 136-249 Mya), it still corroborates the ancient origin of the deep-sea clade. Keywords: Isopoda, Fresh water, terrestrial, ancient. Funding agencies: University of Sydney International Scholarship, and Ciência sem Fronteiras. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 60 MULTIDISCIPLINARIDADE NA IDENTIFICAÇÃO DE JUVENIS DE CAMARÕES-ROSA: FARFANTEPENAEUS BRASILIENSIS X F. PAULENSIS (PENAEIDAE) 37 1 2 2 1 Teodoro, S. S. A. , Terossi, M. , Mantelatto, F. L. , Costa, R. C . LABCAM, Laboratório de Biologia de Camarões, Depto de Ciências Biológicas, FC – UNESP BAURU; PG - Departamento de Zoologia, IBB, UNESP. 2 LBSC, Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), USP. e-mail: [email protected] 1 Os camarões-rosa Farfantepenaeus brasiliensis e F. paulensis são espécies marinhas coexistentes que compartilham muitas similaridades ecológicas e morfológicas, resultando em consequente dificuldade na separação destes táxons. Tal semelhança se maximiza na fase juvenil, quando os caracteres sexuais secundários ainda encontram-se em formação e o único modo de discerni-las é por meio da observação do sulco dorsal do 6º somito abdominal. Propôs-se confrontar as identificações morfológica, morfométricas e molecular para verificar a eficiência destes métodos na identificação de F. brasiliensis e F. paulensis. Foi realizada a extração do DNA genômico, amplificação do gene Citocromo Oxidase I (usado também para o sistema de DNA Barcoding), purificação e sequenciamento. O caracter morfológico utilizado não permitiu a correta discriminação das espécies em juvenis com comprimento de carapaça inferior a 15mm, já que a identificação morfológica testada por meios moleculares constatou erro na identificação em cerca de 36% dos juvenis analisados. As estruturas apontadas pelas morfometrias (tradicional e geométrica) como significativamente diferentes entre os indivíduos examinados não foram confiáveis para a discriminação das espécies. Ao analisar a morfologia externa dos juvenis, foi possível encontrar diferenças entre as duas espécies na posição do espinho orbital em relação aos dentes do rostro. Assim, o presente estudo corrobora a dificuldade na identificação e fornece um novo caracter morfológico que auxiliará na separação dos juvenis de F. brasiliensis e F. paulensis. Palavras-chave:morfometria; decapoda; Sistemática; genética molecular Apoio Financeiro: FAPESP (MS #2011/16268-7; BIOTA Temático #2010/50188-8) 38 MULTI-GENEDATA INDICATE THREE DISTINCT EVOLUTIONARY LINEAGES FOR SPECIES OF PALAEMON(DECAPODA, PALAEMONIDAE) 1 1 2 1 Fabrício Lopes Carvalho , Sammy De Grave , Fernando Luis Mantelatto University of São Paulo (USP). Faculty of Philosophy, Sciences and Letters at Ribeirão Preto (FFCLRP) 2 Oxford University Museum of Natural History [email protected] PalaemonWeber, 1795 is the second most speciose genus of Palaemoninae, including83 marine, estuarine, and freshwater species of shrimp from all tropical and subtropical regions. Although Palaemonhas been subject of a recent taxonomic rearrangement, the lack of strong morphological and molecular evidence of monophyly indicatesthat this genus still requires additional analyses to have its systematic status fully resolved. Therefore, we analyzed partial sequences of the mitochondrial gene 16S rRNA (~550bp, n=77), nuclear H3 (~330bp, n=75), and nuclear 18S rRNA (~540bp, n=69) of 60species of Palaemonand 15species of other Palaemoninae in concatenated Bayesian and maximum likelihood analyses. The species of Palaemonwere separated into three distinct lineages in both phylogenetic methods. The main and worldwide lineage has P. mercedaeas sister species to the majority of species of Palaemon,including thetype species, P. adspersus.The second lineage includes the American species P. antrorum, P.carteri,P. gracilis, P. hancocki, P. ivonicus, P. pandaliformis, and a new Amazonian species close related to P. ivonicus.Thethird lineage is represented bytheIndo-Pacificspecies P. concinnus. The results clearly indicate that the genus is non-monophyletic and requires further systematic rearrangements with the erection of new genera and re-erection of AlaocarisHolthuis, 1949, which will reduce the wide morphological variability currently encountered in Palaemon. Key-words: Palaemoninae, shrimps, systematics, phylogeny Financial Support: CNPq (140199/2011-0) and CAPES(7711-13-1) to FLC; FAPESP (2002/08178-9 and 2010/50188-8), CNPq (Research Scholarship PQ 30274 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 39 61 O ESTUDO DA GENÉTICA DE POPULAÇÕES DE LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE (ASTACIDEA) COMO IMPORTANTE FERRAMENTA NA CONSERVAÇÃO DE ESPÉCIES AMEAÇADAS 1 Aline Ferreira Quadros , Paula Beatriz Araujo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] 1 Atualmente 25% das espécies de lagostins Cambaridae, Astacidae e Parastacidae estão classificadas em uma das categorias das espécies ameaçadas segundo a IUCN. Das espécies com informações populacionais (apenas 16%) estima-se que muitas estejam em declínio, ressaltando a necessidade de estratégias de conservação. Revisando a literatura buscamos identificar o estado atual do conhecimento da variabilidade genética de espécies ameaçadas. Os marcadores microssatélites têm sido utilizados freqüentemente e são conhecidos para 14 espécies. A maioria das populações apresenta baixa diversidade, sendo estruturadas geograficamente e com pouco fluxo gênico entre diferentes drenagens. São raros os estudos relacionando a diversidade genética com características bióticas e abióticas. Estes, entretanto, indicam que esta pode ser correlacionada com índices de integridade ambiental. No contexto das espécies invasoras, especialmente com Procambarus clarkii (Decapoda: Cambaridae), algumas populações mostram alta diversidade genética, indicando colonizações sucessivas de diferentes fontes. Outras possuem populações homogêneas, indicando um forte efeito gargalo devido à invasão recente. As populações invasoras apresentam em comum uma menor diversidade genética, quando comparadas com populações no ambiente nativo. No Brasil não há até o momento nenhum estudo referente à diversidade genética de lagostins. Como alternativa para algumas limitações das técnicas tradicionais será discutido o uso de DNA ambiental (eDNA) e sua potencial aplicação em populações de Parastacus spp. (Decapoda: Parastacidae). Palavras-chave: diversidade genética, microssatélites, água doce Apoio Financeiro: CAPES/PNPD 40 BIOLOGIA POPULACIONAL DE MACROBRACHIUM JELSKII (DECAPODA: PALAEMONIDAE) DO LAGO LARANJEIRAS, CRUZ DAS ALMAS, BA 1 1 Sergio Schwarz da Rocha *, Aline Ferreira dos Santos Lima , 1 Rosiane de Jesus Barbosa 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – CCAAB [email protected] O conhecimento da biologia populacional de crustáceos decápodes é um importante subsídio para a estimativa do potencial reprodutivo das espécies e pode servir de base para o desdobramento de novos estudos nas áreas de ecologia, biologia pesqueira e políticas de conservação. O presente estudo foi realizado em um açude artificial localizado na zona urbana (12°39’59,54’’S; 039°07’12,06’’W) do município de Cruz das Almas, Bahia. Os espécimes de Macrobrachium jelskii foram coletados de fevereiro/2013 a janeiro/2014, utilizando-se peneiras (malha: 0,5 mm), com esforço de captura equivalente a um coletor/hora. Após a coleta, os exemplares foram transportados vivos ao Laboratório de Bioecologia de Crustáceos, onde se determinou o sexo e se extraíram as medidas do comprimento da carapaça (CC). Nas fêmeas observou-se a presença ou ausência de ovos nos pleópodes e o estágio de desenvolvimento dos ovários. No total, foram amostrados 1724 indivíduos, dos quais 1013 eram fêmeas, sendo a razão sexual igual a 1,4 : 1. As fêmeas superaram os machos em tamanho, com médias iguais a 8,08 e 6,61 mm CC, respectivamente. Durante todo o período amostral foram encontradas fêmeas com ovários em maturação, maduros, bem como ovígeras caracterizando um padrão reprodutivo do tipo contínuo-sazonal, já que houve maior intensidade reprodutiva na estação chuvosa. Todas as fêmeas ovígeras apresentaram ovários vazios, excluindo a possibilidade de desovas sucessivas. A fecundidade média foi igual a 26,5 ovos com baixa taxa de perda (da ordem de 4,5%). Palavras-chave: Reprodução, População, Água doce, Bahia. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 41 62 CRESCIMENTO RELATIVO DO CAMARÃO CARÍDEO MACROBRACHIUM BRASILIENSE (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO RIBEIRÃO ÁGUA LIMPA, UBERLÂNDIA, MG, BRASIL 1 1 1 Marcela Silvano de Oliveira , Ana Carolina Figueira Porto , Laís Pinheiro Botelho , Raquel 1 1 1,2 Costa e Silva , Giuliano Buzá Jacobucci , Ariádine Cristine de Almeida . 1 2 Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Estadual Paulista – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos [email protected] Este estudo visou obter as primeiras informações sobre o crescimento relativo de Macrobrachium brasiliense (Heller, 1862) no Triângulo Mineiro. De um total de 253 indivíduos coletados mensalmente, entre julho de 2012 a junho de 2013, no Ribeirão Água Limpa (19º08’24”S e 48º22’44”O), 199 espécimes foram analisados. As análises de crescimento relativo foram baseadas na equação alométrica linearizada lny = lna + blnx, as quais foram testadas através de análises de covariância (ANCOVA, α=0,05) e pelo teste t de Student (α=0,05). Para as fêmeas, a relação comprimento da carapaça (CC) vs largura da pleura não diferenciou entre jovens e adultos (ANCOVA, p>0,05), e apresentou alometria negativa provavelmente devido ao alto número de jovens coletados. Para os machos, o crescimento diferenciado entre o CC e as estruturas morfométricas comprimento do própodo, comprimento do dáctilo e altura do própodo (ANCOVA, p<0,05), com isometria para os jovens e alometria positiva para os adultos, sugerem que tais estruturas apresentem grande importância nas interações agonísticas, como a conquista e disputa por fêmeas. O sistema de cópula do tipo “guarda temporária da fêmea” é proposto devido ao fato de os machos apresentarem CC maior que as fêmeas assim como maior desenvolvimento dos pereiópodos. Os resultados deste trabalho contribuem para a compreensão da biologia reprodutiva de M. brasiliense e poderão ser utilizados em futuras investigações e servir de comparativo para estudos de crescimento relativo com outras populações deste camarão carídeo ou mesmo outras espécies. Palavras-chave: Caridea, Dimorfismo sexual, Guarda temporária de fêmea. Apoio Financeiro: FAPEMIG 42 EFEITOS DE DIFERENTES NÍVEIS PROTÉICOS NO CRESCIMENTO DE JUVENIS DE Macrobrachium pantanalense NA FASE de BERÇÁRIO 1,2 1,3 Eduardo DE FREITAS , Fabyanne PASSOS¹, Thainara BATISTA¹, Karla VERCESI , 1,3 1,2 Inês DOMINGUES , Ricardo CALADO³, Liliam HAYD ¹ Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS. Unidade Universitária de Aquidauana, UUA, Aquidauana-MS. ² Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – PGZOO/UEMS. ³ Universidade de Aveiro, Departamento de Biologia, Aveiro-Portugal. [email protected] O camarão de água doce do Pantanal, Macrobrachium pantanalense, é uma espécie promissora para ser utilizado na aquicultura ornamental. O objetivo desse estudo foi avaliar o crescimento de juvenis de M. pantanalense alimentados com dietas práticas isoenergéticas (3200 kcal/Kg) contendo diferentes níveis de proteína bruta (PB). Juvenis com peso médio inicial de 0,13±0,02 g e Comprimento Total (CT) de 25,44 ± 2,15 mm foram cultivados em 20 tanques de 10 L em sistema de recirculação fechado dinâmico durante 90 dias. O Delineamento experimental foi ao acaso, sendo 4 tratamentos (30, 35, 40 e 45% de PB) e 5 repetições, contendo 5 animais em cada unidade experimental. Os dados foram tratados com análise de variância (ANOVA) não tendo sido detectadas diferenças significativas (P>0,05) entre os tratamentos para CT (8,37 ± 2,20 mm), Peso (0,15 ± 0,035 g), Taxa de Crescimento Específico (0,85 ± 0,17 %/dia) e Ganho de Peso Relativo (116,90 ± 32,59 %). Todos os tratamentos apresentaram 95% de sobrevivência. Assim, recomendamos uso de 30% de PB na alimentação de juvenis de M. pantanalense na fase de berçário em sistema de cultivo intensivo, buscando minimizar custos aos sistemas de produção. Palavras-chave: camarão de água doce, desenvolvimento, dieta, pantanal, proteína Apoio: Fundect/Capes VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 43 63 MATURIDADE SEXUAL FISIOLÓGICA DO CARANGUEJO GONIOPSIS CRUENTATA (LATREILLE,1803) (CRUSTACEA, DECAPODA, GRAPSIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, PIAUÍ. 1 1 1 Lucas silva Martins ,Maria Madalena dos Santos Alves ,João Marcos de Góes , 2 Lissandra Corrêa Fernandes-Góes . 1 Universidade Federal do Piauí 2 Universidade Estadual do Piauí [email protected] O estudo da maturidade sexual apresenta grande importância, visto que se pode estimar o tamanho mínimo de captura, colaborando para um melhor manejo contra a pesca predatória. O objetivo desse trabalho foi analisar a maturidade sexual fisiológica do caranguejo Goniopsis cruentata no manguezal de Macapá (02° 54’ 49,2” S e 041º 26’ 56,2” W), litoral do Piauí. Para esse trabalho foram realizadas coletas mensais onde foram capturadas amostras de aproximadamente cinquenta indivíduos da população. Os indivíduos foram coletados durante o período de setembro de 2004 a agosto de 2005, em condições de maré baixa. Os exemplares foram identificados quanto ao sexo e mensurados quanto à largura da carapaça (LC). As gônadas de machos e fêmeas foram observadas e classificadas em: imaturos (IM), rudimentar (RU), em desenvolvimento (ED) e desenvolvida (DE). Foram coletados 332 machos, 212 fêmeas e 85 fêmeas ovígeras totalizando 629 espécimes. A largura da carapaça (LC) variou para os machos de 17,6 a 56,1mm (média 40,99 mm ± 7,81). As fêmeas variaram de 17,3 a 49,00mm (média 37,43 mm ± 6,03). As fêmeas ovígeras variaram de 25,5 a 48,95mm (média 38,38 mm ± 4,54). De acordo com a ogiva de Galton, o L50 para os machos foi de 22,60 mm de largura da carapaça e para as fêmeas 20,85 mm. Os valores determinados para machos e fêmeas sugerem o inicio da maturação sexual desses indivíduos. Fêmeas atingem a maturidade mais cedo em relação aos machos, e esse processo fisiológico é complexo podendo ocorrer simultaneamente com a mudança morfológica diferenciada no crescimento do caranguejo. Palavras chaves: Reprodução, Crescimento, Bioecologia. 44 PERIODICIDADE REPRODUTIVA E RECRUTAMENTO DE NEMATOPALAEMON SCHMITTI (DECAPODA, CARIDEA) NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL 1 1 1 Lais Pinheiro Botelho , Ana Carolina Figueira Porto , Marcela Silvano de Oliveira , 1 2 1,2 Marcus Vinícius Oliveira Graça , Adilson Fransozo , Ariádine Cristine de Almeida 1 2 Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Estadual Paulista – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos [email protected] A pesquisa tem o objetivo de caracterizar o período reprodutivo e recrutamento da espécie Nematopalaemon schmitti (Holthuis, 1950) na região de Caraguatatuba, litoral norte do estado de São Paulo. A espécie foi coletada mensalmente, no período de julho de 2002 a junho de 2003. Também foram obtidas amostras mensais de água de fundo para mensuração da temperatura (TF). Para a determinação do período reprodutivo, foi analisada a porcentagem de fêmeas ovígeras (FOs) em relação às fêmeas adultas, enquanto que para análise do recrutamento, considerou-se a porcentagem de jovens (J) presentes na população. A relação entre a temperatura de fundo e a porcentagem de FOs e a relação entre a porcentagem destas e a porcentagem de J foi testada pela Correlação de Spearman (α=0,05). Registrou-se a ocorrência de FOs e J em quase todas as estações do ano, exceto na primavera. A maior porcentagem de FOs e J foi observada no inverno, seguida do outono e verão. A ausência de indivíduos na primavera e a baixa ocorrência durante o verão pode estar relacionada à intrusão da massa de água ACAS, fazendo com que tais indivíduos migrem para o norte, onde o período reprodutivo apresenta maior intensidade na primavera e verão. Não houve relação significativa entre FOs e TF (p>0,05), porém, a porcentagem de J relacionou-se positivamente com porcentagem de FOs (p=0,01). Logo, pode-se considerar que a reprodução e o recrutamento de N. schmitti são contínuos na região de estudo e, podem ser controlados por uma combinação de vários fatores, entre eles a temperatura e a disponibilidade de alimento. Palavras chave: Palaemonidae, reprodução, variáveis ambientais. Apoio Financeiro: FAPEMG; FAPESP VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 45 64 PRODUÇÃO DE OVOS EM QUATRO ESPÉCIES DE CAMARÃO-DEESTALO DO GÊNERO ALPHEUS (CARIDEA: ALPHEIDAE) NA COSTA DA BAHIA: UMA ABORDAGEM COMPARATIVA 1 1 Guidomar Oliveira Soledade , Patricia Souza Santos , Alexandre Oliveira Almeida 1 Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas [email protected] 1 O objetivo deste estudo foi investigar de forma comparativa aspectos da produção de ovos em quatro camarões morfologicamente similares do gênero Alpheus na costa da Bahia, tais como a fecundidade, o volume dos ovos e o investimento reprodutivo. Fêmeas ovígeras foram coletadas em duas localidades entre maio de 2012 e março de 2013 [Moreré (Cairu) e Itacaré]. Foi obtido um total de 116 fêmeas ovígeras, sendo 21 de A. angulosus, 11 de A. brasileiro, 47 de A. buckupi e 40 de A. carlae. O comprimento médio da carapaça (CC) das fêmeas ovígeras foi de 5,42 ± 0,56 mm em A. angulosus, 8,08 ± 0,86 mm em A. brasileiro, 9,40 ± 1,06 mm em A. buckupi e 8,56 ± 1,39 mm em A. carlae. A fecundidade foi positivamente correlacionada com o CC na maioria das espécies, exceto em A. carlae. Alpheus buckupi apresentou ovos mais numerosos e menores em relação às demais espécies. Os resultados apontam uma baixa perda de ovos ao longo do desenvolvimento. Por outro lado os valores de incremento no volume final dos ovos foram superiores a 80%, a exceção de A. buckupi (33%). Por fim, os valores de fecundidade (32,31 – 117,84 ovos) e investimento reprodutivo (0,04 – 0,05) calculados são inferiores em comparação a estudos prévios com congêneres. As espécies investigadas parecem investir menos na produção de ovos, e entre outros fatores, isto pode estar relacionado ao menor tamanho corporal das fêmeas analisadas ou a adoção de uma estratégia de reprodução contínua. Palavras-chave: Reprodução, investimento maternal, volume de ovos, complexo de espécies. Apoio financeiro: FAPESB (APP 0035/2011); UESC (00220.1100.1065); CAPES. 46 MATURIDADE GONADAL DE CARANGUEJOS DULCÍCOLAS Dilocarcinus pagei, ORIUNDOS DO PANTANAL DE PORTO MURTINHO–MS 1 1 Thainara Batista , Mayqueli Dorna , Liliam Hayd¹, Ines Domingues ¹ Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 2 Universidade de Aveiro [email protected] 1,2 O objetivo do estudo foi determinar a maturidade gonadal, através da visualização macroscópica das gônadas do caranguejo dulcícola Dilocarcinus pagei (Stimpson, 1861), no Pantanal de Porto Murtinho-MS, (21º41'56"S 57º52'57"W), fornecendo informações sobre o tamanho máximo atingido, relacionando estes resultados com a biologia da espécie. Foram analisados 159 exemplares, dos quais 96 machos e 63 fêmeas, capturados no período de setembro de 2012, os quais foram mensurados quanto à maior largura da carapaça (LC), por um paquímetro de precisão. A maturação gonadal foi classificada quanto ao estágio de desenvolvimento das gônadas, a partir da avaliação macroscópica, em imaturo (IM): ausência de gônadas visíveis tanto em machos como em fêmeas; em maturação (EM): início de um enovelamento das gônadas, e uma coloração branca nos machos e alaranjado nas fêmeas; e maduro (M): um grande enovelamento, com coloração branca leitosa nos machos e, vermelha nas fêmeas. Para a determinação da maturidade gonadal foi utilizado o método LC50, ou seja, estimou-se o tamanho em que 50% dos indivíduos da população em estudo estavam com suas gônadas morfologicamente maduras para a reprodução. Os indivíduos foram distribuídos (%) em classes de tamanho, com referência na largura da carapaça (LC), e plotados em um gráfico a r(LC-LC partir da equação da curva logística do programa Excel (y = 1 /( 1+ e 50))), e analisados por um programa estatístico. Os dados obtidos do LC50 gonadal, registrou uma amplitude na largura da carapaça de 32,7- 48,9 mm nos machos, e para as fêmeas de 33,5-51,4 mm sendo maturidade estimada nas fêmeas de 39,8 mm, e nos machos de 38,5 mm. As fêmeas apresentaram maturidade gonadal com um tamanho superior aos machos, este fato esta relacionado às exigências que estas apresentam para o alojamento dos seus ovos e jovens em seu abdome, necessitando então de um maior espaço cefalotorácico para a acomodação das gônadas. Palavras-Chave: Trichodactylidae, crustáceos, gônadas, LC50, reprodução. Apoio Financeiro: CNPq. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 47 65 RESPOSTAS BIOQUÍMICAS E FISIOLÓGICAS DO CARANGUEJO CHAMA-MARÉS UCA RAPAX (OCYPODIDAE, BRACHYURA) À CONTAMINAÇÃO POR METAIS IN SITU 1 2 3 Capparelli, M.V. , Abessa, D.M. & McNamara J.C. 1 Universidade de São Paulo, FFCLRP 2 Universidade Estadual Paulista, Campus do Litoral Paulista 3 Universidade de São Paulo, FFCLRP [email protected] Uca rapax, caranguejo típico da zona entre-marés, vive em contato direto com e se alimenta do sedimento sendo exposto aos metais presentes nesse compartimento ambiental. Avaliou-se como este bioturbador responde a diferentes níveis de contaminação por metais in situ, utilizando biomarcadores bioquímicos [proteínas semelhantes à metalotioneína (PSM), atividades das enzimas + colinesterase (Che), glutationa peroxidase (GPx), glutationa-S-transferase (GST) e K -fosfatásica da + + (Na , K )-ATPase] e fisiológicos [QO2 e capacidade osmorregulatória]. As alterações foram confrontadas com os teores de metais em sedimento e tecidos (brânquias e hepatopâncreas). Os caranguejos foram coletados em três locais do litoral paulista: Rio Itapanhaú, Bertioga; Ilha Diana, Santos; e Picinguaba, Ubatuba, que mostraram decrescente grau de contaminação. Os teores de metais nos tecidos foram sempre superiores aos dos sedimentos. A indução de PSM se relacionou à elevada concentração de metais nos caranguejos de Rio Itapanhaú e Ilha Diana; a atividade aumentada das enzimas GPx, GST e Che constituíram resposta contra o estresse oxidativo nessas localidades. As respostas fisiológicas revelaram menor capacidade osmorregulatória nos caranguejos + de Ilha Diana e Rio Itapanhaú, o que, junto à elevada atividade da K -fosfatase branquial, constitui ajuste bioquímico com impacto fisiológico. Os U. rapax do Rio Itapanhaú apresentaram o maior QO2. Estes achados revelam marcante efeito da contaminação in situ sobre Uca rapax, especialmente no que tange os processos bioquímicos e fisiológicos e suas inter-relações. Palavras-chave: Uca rapax, metais, osmorregulação, consumo de oxigênio, estresse oxidativo Apoio Financeiro: FAPESP: Proc. Nº 2011/08065-9 TOLERÂNCIA DE QUADRIVISIO AFF. LUTZI (AMPHIPODA) A DIFERENTES SALINIDADES E TEMPERATURAS 48 1 1 1 1 Helena O. Souza , Moisés B. da Conceição , Laura I. Weber . Laboratório de Biologia Molecular, NUPEM/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, RJ. [email protected] A salinidade e a temperatura da água nas lagoas costeiras podem ser alteradas pela entrada da água do mar, de rios, precipitação e evaporação. O anfípode Quadrivisio aff. lutzi, presente nas lagoas costeiras do Norte Fluminense, se encontra submetido a variações pouco previsíveis destes fatores ambientais, portanto este estudo visa determinar sua tolerância a variações de salinidade e temperatura. Os anfípodes foram coletados nas lagoas de Carapebus e Paulista (Norte Fluminense). Os ensaios de tolerância foram realizados para machos e fêmeas com duração de 48 horas. Os anfípodes foram submetidos a aumentos graduais de salinidade, temperatura e de uma combinação de temperaturas e salinidade. O grau de tolerância foi avaliado pela mortalidade acumulada nas 48 h. Nos ensaios de tolerância à salinidade, foi avaliada também a osmolalidade da água e da hemolinfa. Análises de regressão, ANOVA e comparação de médias permitiram avaliar os resultados. A maior concentração sem efeito observado, a menor concentração com efeito e a concentração letal (LC5O) em 48 h foram determinadas para a salinidade. O anfípode é eurialino tolerando desde 0,2 até 21 de salinidade, com LC5O=36; hiperregulando na faixa de 0,2 a 10, osmoconformando aos 21 e aos 27 não há mais controle de sua osmolalidade nem de seu volume interno. A faixa de tolerância à temperatura do anfípode Q. aff. lutzi foi de 8°C a 35°C, mostrando maior resistência a temperaturas baixas. Não houve efeito significativo da interação entre temperatura e salinidade. Palavras chave: Lagoas costeiras, LC5O, machos e fêmeas. Agradecimentos: A FAPERJ e CNPq (PELD) pelo apoio financeiro e a JORGE M. B. e Dr. Luiz Eduardo Nery (FURG) pelo auxílio na medição da osmolalidade. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 49 66 Distribuição de quatro espécies troglóbias simpátricas e as implicações nos estudos biogeográficos na Bacia do Pantanal (Crustacea, Turbellaria e Oligochaeta) Lívia Medeiros Cordeiro, Rodrigo Borghezan & Eleonora Trajano Instituto de Biociências da Universidade de São [email protected] Foi investigada a distribuição de quatro táxons com ocorrência simpátrica e sintópica em cavernas freáticas e submersas de áreas cársticas associadas à Faixa Paraguai, bacia do médio Rio Paraguai, Estado do Mato Grosso do Sul. Entre 2010 e 2014, aproximadamente uma centena de cavernas foram inventariadas, incluindo a utilização de técnicas de espeleomergulho em duas localidades para realização de coleta direta. Os troglóbios freáticos, de modo geral, apresentam distribuições amplas, através de diferentes microbacias, atingindo áreas carsticas em ambas as margens do Rio Paraguai. A distribuição de Megagidiella azul (Amphipoda) e Potiicoara brasiliensis (Spelaeogriphacea) foi confirmada no norte do planalto carbonático da Serra da Bodoquena e em uma área cárstica de Mato Grosso. Essas espécies são sintópica, juntamente com as planárias e oligoquetos troglomórficos, sugerindo uma resposta aos mesmos eventos vicariantes por esses invertebrados. A conexão do freático profundo, não demonstrada até agora, poderia explicar esta distribuição excepcionalmente ampla. Outra explicação é a presença de uma conexão superficial pretérita, interrompida pela subsidência da bacia do Pantanal, associada a um longo período de estase evolutiva, não inesperado para os animais que vivem em um ambiente excepcionalmente estável. Uma terceira hipótese é a dispersão através da zona hiporréica ao longo do leito do rio Paraguai. Os ecossistemas subterrâneos do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso estão vulneráveis às impactos antrópicos e ações urgentes de proteção efetiva são necessárias para garantir a conservação da Biodiversidade nos aquíferos cársticos investigados. Palavras-chave: biodiversidade subterrânea, troglóbios aquáticos, aquífero. Apoio Finaceiro: CNPQ, CAPEX Proex 2011, FAPESP. 50 MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO POTENCIAL DO LAGOSTIM ESCAVADOR PARASTACUS DEFOSSUS (DECAPODA; PARASTACIDAE) NO RIO GRANDE DO SUL Kelly Martinez Gomes¹, Tainã Gonçalves Loureiro¹, Paula Beatriz Araujo¹ ¹ Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] Os lagostins de água doce são espécies endêmicas da América do Sul e no Brasil restringem-se aos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ocorrendo em ambientes lóticos e lênticos. Parastacus defossus é uma destas espécies e apresenta alto potencial escavador, ocupando as áreas úmidas do Rio Grande do Sul e Uruguai. O objetivo deste estudo é projetar os locais com potencial de ocorrência de P. defossus, a partir dos dados de presença existentes, bem como ressaltar as principais características ambientais que explicam sua ocorrência no RS. Para isso foram utilizadas as informações georreferenciadas existentes nas coleções científicas e rodados no programa OpenModeller, com diferentes algorítimos. Os registros de presença totalizaram 12 pontos, gerando um mapa de distribuição potencial que aponta a bacia hidrográfica do Lago Guaíba como a região com maior probabilidade de ocorrência da espécie, bem como outros trechos da planície costeira, em direção ao sul do estado. A verificação de quais as variáveis ambientais que mais influenciam a distribuição de P. defossus apontou a precipitação e a temperatura média diurna como aquelas que mais explicam a ocorrência da espécie. Por outro lado, o comportamento escavador deste lagostim pode diminuir a influência exercida pelas variáveis ambientais analisadas e elevar a importância de outras variáveis como tipo de solo (Argilossolo e Latossolo) e vegetação. Palavras-chave: Lagostim de água doce; Lago Guaíba; tipo de solo Financiadores: CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 51 67 QUAL PROCESSO ATUA NA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DE MICROCRUSTÁCEOS (CLADOCERA E COPEPODA) EM GRANDES BACIAS HIDROGRÁFICAS? 1 2 3 Gilmar Perbiche-Neves , Danilo A. O. Naliato , Marcos Gomes Nogueira Laboratório de Biologia Aquática, Universidade Estadual do Centro Oeste, UNICENTRO, 2 Departamento de Biologia, CEDETEG, Guarapuava, PR, Brasil, Universidade Estadual Paulista, UNESP, IB, Departamento de Zoologia, Distrito de Rubião Jr. Botucatu, SP, Brasil. email do autor principal: [email protected] 1 Utilizou-se a diversidade beta para analisar qual o processo atuante (troca de espécies – turnover, ou aninhamento - nestedness) sobre as espécies de cladóceros e copépodes ao longo da bacia da Prata, a segunda maior da América do Sul. Foram amostrados em dois períodos (verão e inverno) 43 2 pontos distribuídos numa área poligonal de 1.127.503 km . Usou-se rede de plâncton cônica de 64µm, arrastada verticalmente na coluna da água, em regiões limnéticas de rios e reservatórios. A diversidade beta foi calculada inicialmente considerando todas as espécies de microcrustáceos para obter tendências gerais, e posteriormente, os mesmos cálculos foram refeitos considerando grupos taxonômicos menores, para verificar a possibilidade de processos diferentes para essas categorias individualmente. Foi usado o pacote “betapart” no software R Cran Project, com os índices de Sorensen e Simpson. Foram encontradas ao todo 104 espécies de microcrustáceos, sendo 58 de Cladocera e 46 de Copepoda. A composição de espécies de microcrustáceos foi dissimilar baseada nos valores de diversidade beta total (beta.SOR > 0.92). O processo de troca de espécies ao longo do gradiente espacial na bacia foi dominante sobre o processo de aninhamento para todas as categorias analisadas (beta.SIM > 0.71; beta.SNE < 0.21), e o maior valor foi observado para microcrustáceos total (beta.SIM > 0.91). Conclui-se que há substituição de espécies de microcrustáceos ao longo da bacia da Prata e não o aninhamento, favorecendo o surgimento de áreas de endemismo conforme vem sendo observado na região Neotropical. Palavras-chave: crustáceos, reservatórios, rios, América do Sul, diversidade. Apoio financeiro: FAPESP (processos 2008/02015-7; 2009/06149-0; 2009/00014-6; 2011/18358-3). 52 DIMORFISMO SEXUAL DE Aegla parana SCHMITTI, 1942 (DECAPODA, ANOMURA), NO RIO CACHOEIRA (RIO AZUL, PR). ¹Eloísa Pinheiro Giareta, ¹Juliana Kojunski, ²André Trevisan ¹ Universiadade Estadual do Paraná. ²Universidade Federal do Paraná. [email protected] O objetivo deste trabalho foi avaliar o dimorfismo sexual no tamanho e na forma da carapaça, através da técnica de morfométria geométrica em uma população de Aegla parana, no Rio Cachoeira, município de Rio Azul, no estado do Paraná. Foram realizadas coletas mensais de janeiro a abril de 2013, sendo analisada a carapaça de 60 machos e 60 fêmeas. Foram determinados 18 marcos anatômicos na carapaça. Uma análise Generalizada de Procrustes baseada na configuração dos marcos anatômicos foi utilizada para separar os componentes de tamanho e forma, removendo os efeitos de posição, sentido e tamanho, deixando apenas os componentes referente à forma. Um teste t de Student foi utilizado para determinar se existem diferenças estatísticas no tamanho da carapaça de machos e fêmeas. A diferença na forma entre os sexos foi testada com uma Análise Discriminante. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa no tamanho da carapaça em machos e fêmeas de Aegla parana, no entanto, houve diferença significativa na forma da carapaça, indicando uma clara distinção entre os sexos. Fêmeas apresentaram a região posterior mais larga, como o abdômen, e a região anterior mais estreita, em relação aos machos. Esta divergência explica-se pelo fato do abdômen ser o local de armazenamento dos ovos e juvenis. Palavras-chave: Morfometria geométrica. Tamanho. Carapaça. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 53 68 DIMORFISMO SEXUAL EM AEGLA PARANA(DECAPODA: ANOMURA: AEGLIDAE) NO LAJEADO DO HERVAL, BITURUNA, PARANÁ, BRASIL Renata Daldin Leite¹*, André Trevisan¹, Eloísa Pinheiro Giareta² ¹Laboratório de Ecologia de Crustacea, Universidade Federal do Paraná ²Universidade Estadual do Paraná, CampusUnião da Vitória [email protected] Este trabalho tem por objetivo determinar através de técnicas de morfometria geométrica a ocorrência de dimorfismo sexual na forma enotamanho da carapaça em uma população de Aegla parana no Lajeado do Herval, em Bituruna, Paraná. Foram analisadas carapaças de 60 machos e 53 fêmeas, nas quais dezoito marcos anatômicos foram estabelecidos. A Análise Generalizada de Procrustes baseada nas configurações dos marcos anatômicos foi utilizada para separar os componentes do tamanho e forma. O tamanho de cada estrutura foi estimado por meio do tamanho do centroide e um teste t de Studentfoi utilizado para determinar se existe diferença no tamanho da carapaça de machos e fêmeas. A variação na forma das carapaças foi avaliada através da Análise Discriminante. Houvediferença significativano tamanho da carapaça entre machos e fêmeas, sendo a média do tamanho do centroide em fêmeas menor do que em machos. A forma da carapaça também diferiu significativamente entre os sexos, tendo as fêmeas a margem posterior mais larga, a região anterior mais estreita e o rostro mais curto que os machos. Eesse dimorfismo sexual é resultado dos diferentes padrões de alometria:nosmachos ocorre o crescimento relativo dos quelípodos e nas fêmeas na largura do abdome que é acompanhado pelo crescimento da região posterior da carapaça. Os resultados do presente estudo corroboram os resultados de outros autores que também trataram da morfologia de eglídeos, destacando que as técnicas da morfometria geométrica forneceram ferramentas úteis para a consecução dos objetivos propostos. Palavras-chave: Morfometria geométrica, Carapaça,Tamanho. 54 DIMORFISMO SEXUAL EM ARATUS PISONII (DECAPODA: BRACHYURA: SESARMIDAE) 1 1 1 Murilo Zanetti Marochi , Setuko Masunari Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná autor para correspondência: [email protected] Um estudo sobre o dimorfismo sexual em caranguejos Aratus pisonii foi realizado utilizando técnicas de morfometria geométrica. Foram utilizadas 37 carapaças de machos (M), 24 de fêmeas (F) e 24 de fêmeas ovígeras (FO); 26 quelípodos esquerdos e direitos de machos, 18 de fêmeas e 18 de fêmeas ovígeras. Foram estabelecidos 12 marcos bidimensionais para a carapaça e 9 para o própodo dos quelípodos. Para avaliar a variação no tamanho e forma das estruturas foi utilizado uma Análise de Variância Unifatorial e Análise de Variância Multivariada, respectivamente. O tamanho da carapaça foi estatísticamente diferente entre M x FO, e F x FO. Para os quelípodos houve diferença entre M x F e M x FO. A forma da carapaça apresentou diferenças entre M x F, M x FO, F x FO e para os quelípodos direito e esquerdo entre M x F e M x FO. A forma da carapaça de F e FO apresentou a margem posterior mais ampla do que a dos machos, fato que está relacionado com a necessidade de acomodar a massa de ovos. A variação entre a forma da carapaça de F e de FO pode representar uma variação ocasionada pela maturação das gônadas, uma vez que o desenvolvimento gonadal pode alterar anatomicamente e morfologicamente o corpo. A forma do própodo dos quelípodos de M apresentou variação no dedo fixo e na base do dedo móvel, o qual foi mais longo e estreito nas F e FO do que nos machos, o que remete a quelípodos mais robustos em machos, fato que pode estar ligado ao stress social para a reprodução e comportamento agonístico. Palavras-chave: Morfometria geométrica, Variabilidade sexual, Paranaguá. Apoio Financeiro: CNPq: Proc. N° 141212/2013-6. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 55 69 O GÊNERO PARASTACUS (DECAPODA, PARASTACIDAE) EM SANTA CATARINA: NOVOS REGISTROS E DESCRIÇÃO DA PRIMEIRA ESPÉCIE INSULAR 1 1 2 Felipe Bezerra Ribeiro , Kelly Martinez Gomes , Maurício Pereira Almerão , Paula Beatriz Araujo 1 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UNILASALLE [email protected] 1 Os lagostins de água doce do gênero Parastacus constituem um grupo único no que diz respeito à diversidade dos crustáceos límnicos. Atualmente o grupo é formado por oito espécies, distribuídas no sul da América do Sul. No Brasil, esses crustáceos são restritos à região sul. O estado de SC apresenta-se como o limite norte de distribuição do gênero, com duas espécies registradas. O objetivo desse estudo foi ampliar e revisar o número de espécies e registros de lagostins para SC, através de expedições de campo realizadas entre set/13 à Jan/14 em 30 localidades, além da investigação da Coleção de Crustáceos da UFRGS. Foram encontrados novos registros para P. saffordi em três localidades nas proximidades de Siderópolis. Parastacus varicosus foi registrada pela primeira vez no estado em duas localidades (Maracajá e Joinville). A espécie P. laevigatus foi redescrita, incluindo-se novas ilustrações e caracteres de peças bucais. Além disso, foi encontrada uma nova espécie, sendo a primeira do gênero a ocorrer em região insular. Parastacus sp. n.1. é proveniente de uma região úmida de Florianópolis, com solo do tipo turfa. A espécie produz tocas rasas, com chaminés bem desenvolvidas. Tal espécie distingue-se das outras do gênero por apresentar na região dorsal do própodo, uma linha bem definida de conjuntos de 2-3 tubérculos repetidos da região anterior à posterior; e um processo anterior do epistoma de contorno triangular mais longo do que largo. Dessa forma, aumenta-se o número de espécies de Parastacus de SC de duas para quatro, sendo duas delas endêmicas do estado. Palavras chave: lagostins de água doce, ambientes límnicos, taxonomia. Apoio: CAPES 56 RELAÇÕES FILOGENETICAS DOS CAMARÕES DO GÊNERO HIPPOLYTE (CARIDEA: HIPPOLYTIDAE) Mariana Terossi & Fernando Luis Mantelatto Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos (LBSC), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), Universidade de São Paulo (USP) [email protected] O gênero Hippolyte compreende 31 espécies de camarões marinhos com distribuição mundial. A diferenciação morfológica entre seus representantes é sutil, e acompanhada de uma grande variação intraespecífica, além de uma grande similaridade entre pares de espécies. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a relação filogenética entre as espécies do gênero Hippolyte confrontando-a com padrões distribucionais. Para tanto, foram utilizados distintos marcadores moleculares (genes mitocondriais 16S e Citocromo Oxidase I e genes nucleares 18S e Histona 3). A topologia filogenética evidenciou a monofilia do gênero Hippolyte e a separação das espécies analisadas, em três clados, de acordo com sua distribuição geográfica (Atlântico leste + Mediterrâneo, Atlântico oeste + Pacífico leste e Indo-Pacífico), com uma espécie do Pacífico Sul basal a todos estes clados. Possivelmente a origem deste gênero ocorreu no Pacífico Sul, com expansão no Indo-Pacífico e posterior irradiação para o Atlântico e Pacífico Leste. Adicionalmente outros achados interessantes foram obtidos, como por exemplo: evidencias de que as duas formas de H. sapphica pertencem a uma única espécie e estas filogeneticamente bem próximas de H. leptocerus; os exemplares de H. varians do Arquipélago Madeira apresentam variações genéticas que acompanham as variações morfológicas reportadas na literatura; há duas espécies geneticamente válidas para a costa Atlântica dos EUA e no México, entretanto ainda não se pode afirmar como separar H. pleuracanthus e H. zostericola por meio da morfologia. Palavras chave: filogenia molecular Agência Financiadora: FAPESP (PD 2011/11901-3; BIOTA Temático 2010/50188-8) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 57 70 ANÁLISE FILOGENÉTICA DAS ESPÉCIES DE ISÓPODOS TERRESTRES DO GÊNERO NEOTROPONISCUS (ISOPODA: BATHYTROPIDAE) Giovanna Monticelli Cardoso¹, Paula Beatriz de Araujo¹ ¹Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] O gênero Neotroponiscus, com oito espécies descritas, ocorre no Brasil, em áreas Mata Atlântica. Tendo em vista que os caracteres diagnósticos do gênero não são bem definidos, o objetivo deste estudo foi revisar a taxonomia e esclarecer as relações evolutivas dentro deste grupo, utilizando marcadores moleculares. Para tanto, foi examinado o material presente nas coleções científicas do MZUSP, MNRJ e UFRGS, e foram realizadas coletas entre os estados do RS e BA. O material coletado foi preservado em etanol 100% para posterior extração de DNA. Foram sequenciados 650 pares de bases do gene mitocondrial Citocromo Oxidase I (COI) para nove gêneros. As filogenias foram inferidas utilizando Máxima Verossimilhança, no programa MEGA e, Inferência Bayesiana no Mr.Bayes. De modo geral, as filogenias moleculares geraram topologias congruentes e suportam a monofilia de Neotroponiscus. A distância genética média interespecífica foi de 17,4%, a maior distância (27%) apresentou-se entre N. littoralis e N. lenkoi, enquanto a menor distância (15,4%) apresentou-se entre N. daguerrii e N. lenkoi e entre N. daguerrii e N. plaumanni. A grande variação intraespecífica 12,4%, observada entre exemplares de N. argentinus pode ser explicada pela sua ampla distribuição geográfica ou ser um indicativo de que se trata de espécies distintas. A baixa abundância e a restrição do habitat também contribuem para esta variação. Outros marcadores e sequências adicionais são necessárias para corroborar a hipótese filogenética. Palavras-chave: Filogenia, Neotroponiscus, Mata Atlântica. Agência financiadora: Capes/ CNpq 58 REVISÃO TAXONÔMICA DO GÊNERO EXCORALLANA (CRUSTACEA, ISOPODA), DEPOSITADOS NA COLEÇÃO DE CRUSTACEA DO MUSEU DE OCEANOGRAFIA PROF. PETRÔNIO ALVES COELHO 1 Elinai dos Santos Silva , Jesser Fidelis de Souza Filho 1 Universidade Federal de Pernambuco 2 Universidade Federal de Pernambuco [email protected] 2 O estudo teve por objetivo principal realizar uma revisão taxonômica do gênero Excorallana Stebbing 1904, com base no material depositado na coleção carcinológica do Museu de Oceanografia Prof. Petrônio Alves Coelho. Outros objetivos foram o de revisar o material, validar as características diagnósticas das espécies pertencentes a este gênero, verificar novas ocorrências para o Brasil e registrá-las, e analisar a distribuição deste gênero nas regiões Norte e Nordeste do país. Todo o material examinado foi resultado de expedições oceanográficas realizadas pelo Norte e Nordeste do Brasil, compilando um total de 143 lotes de vidro, conservados em álcool 70%. Alguns dos espécimes foram reanalisados e outros identificados com estereomicroscópio e microscópio do laboratório de carcinologia do MOUFPE, onde os exemplares mais bem conservados foram selecionados para confecção de desenhos, para isso, corados com negro de Clorazol e vetorizados em programa gráfico com o auxílio de uma mesa digitalizadora. Seis espécies foram identificadas, incluindo uma nova para a ciência. Foram elas: Excorallana richardsoni, E. oculata, E. costata, E. bicornis e E. warmingii e Excorallana sp. nov. No Nordeste do Brasil as espécies E. bicornis, E. oculata, E. subtilis e E. warmingii tiveram sua distribuição expandida. A espécie E. costata passou a ser registrada em ambas regiões e a E. richardsoni, já encontrada no estado de Alagoas, expandiu sua distribuição para o estado de Pernambuco. Palavras – chave: Excorallana, Distribuição, Revisão taxonômica, Nordeste do Brasil. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 59 71 VISITING THE PANGLOSSIAN PARADIGM IN DECAPOD PHYSIOLOGY: OSMOREGULATION AND THE USE OF PHYLOGENETIC COMPARATIVE METHODS 2 1 1 Samuel Faria* , Carl Thurman , John McNamara Departamento de Biologia, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto/SP, Brasil 2 Biology Department, University of Northern Iowa, Cedar Falls, Iowa, USA *[email protected] 1 Decapod physiological traits have been historically considered as ‘states matched to specific environmental conditions’, evoking adaptation and propagating bias in designating natural selection as the sole evolutionary mechanism. To illustrate this adaptationist program, we employ phylogenetic comparative methods to analyze osmoregulatory data from palaemonid shrimps and fiddler crabs. We test (i) for phylogenetic structuring in habitat and hemolymph osmolalities; and (ii) whether the association between these traits is better explained by including phylogenetic information. For shrimps, phylogenetic structuring was evident in both traits, since closely related species share similar osmotic niches. Ambient and hemolymph osmolalities correlate positively and significantly by conventional methods, but are unrelated when the effect of common ancestry is removed using phylogenetically independent contrasts. In fiddler crabs, salinity and hemolymph osmolality were more plastic. Conventional and phylogenetic regressions demonstrated tandem evolution between both traits, best fitted by the latter model. This novel epistemological approach demonstrates that decapod osmoregulation is not adaptive at all hierarchical levels, given the strong effect of shared inheritance present in its evolutionary history. Phylogenetic analyses provide a better adjustment of quantitative comparative evaluations, deeply questioning the relevance of conventional statistical comparisons. Keywords: Osmoregulation, evolution, phylogenetic comparative methods, fiddler crabs, palaemonid shrimps. Financed by FAPESP, CNPq, CAPES, Fulbright, CGRER MATURIDADE SEXUAL, REPRODUÇÃO E RECRUTAMENTO DOS CAMARÕES (PENEIDEA E CARIDEA) NO SUL DO BRASIL: IMPLICAÇÕES PARA A REGULAMENTAÇÃO DA PESCA 60 1 1 1 Wolf, M. R , Castilho, A. L. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP - Câmpus de Botucatu - SP [email protected] A pesca de arrasto é relevante não apenas para o fornecimento de alimento, mas também na geração de renda e emprego. No entanto, sua história já denota a redução da biodiversidade marinha. Com a necessidade de providências, foi criado um período de fechamento da pesca baseado no recrutamento juvenil das poucas espécies rentáveis, o que ainda causa discussões. Portanto, a maturidade, reprodução e recrutamento juvenil dos camarões capturados junto à pesca de arrasto voltada a Xiphopenaeus kroyeri, de jul/2010 a jun/2011, foram examinados em uma área adjacente à Baía da Babitonga, com o objetivo de verificar seu enquadramento ou não no período de defeso atual para a região. As populações foram compostas na maioria por indivíduos jovens ou em estágio rudimentar de desenvolvimento gonadal, conferindo à região a condição de abrigo e local de crescimento, em especial para Farfantepenaeus spp. e Litopenaeus schmitti, pela proximidade do estuário, visto que utilizam esse ambiente nos períodos de pós-larva. Das oito espécies amostradas, cinco apresentaram atividade reprodutiva em outubro. A razão sexual diferiu a favor das fêmeas para F.paulensis, Pleoticus muelleri, Rimapenaeus constrictus e Sicyonia dorsalis (Qui-quadrado, p<0,05). Não foi possível identificar um padrão comum de recrutamento juvenil entre as espécies, sendo que apenas L. schmitti coincidiu ao período de fechamento da pesca. Conclui-se com isto que o período de recrutamento de sete das oito espécies não foi compatível ao período de defeso, o que indica uma lacuna no gerenciamento proposto pelos órgãos ambientais. Palavras-chave: recrutamento juvenil, ciclos de vida, bycatch, reprodução. Apoio Financeiro: CAPES; Programa Primeiros Projetos (2010-2011) e FUNDUNESP (nº. 1214/2010DFP). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 61 72 O CICLO DAS MARÉS INFLUENCIA O COMPORTAMENTO DE SUBIDA DOS ERMITÕES NOS PNEUMATÓFOROS? 1 1 Ana Paula Ferreira , Pedro Augusto da Silva Peres , Fosca Pedini Pereira Leite 1 Universidade Estadual de Campinas [email protected] 1 Ermitões se movimentam ao longo do dia acompanhando o ciclo das marés, em vi rtude de seus ritmos biológicos serem condicionados as variações cíclicas do ambiente em que vivem. Na Baía do Araçá, é comum encontrarmos ermitões nas regiões dos pneumatóforos, tanto no solo quanto sobre eles. Visando compreender se a variação da maré influencia a movimentação dos ermitões e o comportamento de subida nos pneumatóforos, foi realizado um experimento utilizando ermitões coletados sobre o solo e sobre os pneumatóforos. Os ermitões previamente identificados, através de cores, quanto a sua posição de origem no campo (solo ou pneumatóforo), foram colocados em aquários que reproduziam as características do ambiente que vivem (substrato lamoso e pneumatóforos). No experimento foi simulado o regime de marés: a cada 1h foi aumentado (maré enchente) ou diminuído (maré vazante) o nível da água, totalizando um ciclo completo da maré após 12h. Antes da mudança no nível da maré, era anotada a posição que os ermitões se encontravam, comparando-as com a posição da qual foram amostrados em campo. Foi observado que não houve diferenças nos movimentos de subida e descida nos pneumatóforos ao longo do ciclo da maré. Tanto com a maré subindo, como com ela descendo os ermitões se movimentaram igualmente, se posicionando preferencialmente sobre o solo. Palavras-chave: Ermitão, movimentação, pneumatóforo, ciclo das marés Apoio Financeiro : FAPESP : Proc. Nº 20144-4/12 62 NICHO INTERESPECÍFICO DE PORTUNOIDEA (DECAPODA, BRACHYURA) EM ESCALA TEMPORAL (INTERVALO DE 20 ANOS): FATORES AMBIENTAIS VS. COMPETIÇÃO EXCLUSIVA 1 2 2 1,2 Alencar, C. E. R. D. *, Negreiros-Fransozo, M. L. , Fransozo, A. , Freire, F. A. M. 1 Grupo de Estudos de Ecologia e Fisiologia de Animais Aquáticos (GEEFAA); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Rio Grande do Norte, 2 Brasil, Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, São Paulo, Brasil. *[email protected] Investigações sobre a diferenciação de nicho por meio da análise conjunta de fatores abióticos (heterogeneidade ambiental) e bióticos (competição, por exemplo) são escassas para Brachyura. Este estudo avaliou os fatores limitantes da diferenciação de nicho, em pequena escala temporal (intervalo de 20 anos), de uma assembléia de Portunoidea em uma enseada subtropical, Enseada da Fortaleza, São Paulo. Um rigoroso planejamento de amostragem ambiental (variáveis hidrológicas, topográficas e sedimentológicas) e de diversidade (abundância/ocorrência de Callinectes danae, C. ornatus e Arenaeus cribarius) foi realizado em duas campanhas (Nov/1988-Out/1989 e Nov/2008Out/2009) com a realização de sete transectos ao longo da Enseada em cada mês. Análises multivariadas de ordenação e modelos lineares generalizados e, de co-ocorrência ‘tabuleiro de xadrez’ foram utilizadas para avaliar, respectivamente, a influência da heterogeneidade ambiental e a existência de competição exclusiva em cada campanha. No intervalo de 20 anos, a enseada sofreu um processo de assoreamento, com maior carga de silte-argila, matéria orgânica e redução média da profundidade. Dentre os fatores atuantes estudados, a heterogeneidade ambiental foi a única responsável pela diferenciação de nicho, principalmente para C. ornatus, que apresentou associação negativa com silte-argila. Levando em conta a crescente mudança ambiental global, uma avaliação temporal de nichos é fundamental na compreensão das alterações da fauna marinha e, também, determinar quais espécies apresentaram diferenciação ou conservação de nicho. Palavras-chave: Siris, “Realized niche”, Diferenciação de Nicho. Apoio financeiro: FUNDUNESP (#287/88DFP), FAPESP (#98/31134-6, #2008/53495-9), CNPq (#401908/88.7/ZO). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 63 73 NOVOS REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES DO GÊNERO MACROBRACHIUM (DECAPODA, PALAEMONIDAE) EM MINAS GERAIS, BRASIL Fernanda Pinotti Aguiar*¹, Stella Gomes Rodrigues¹, Alessandra Angélica de Pádua Bueno¹ ¹Programa de Pós Graduação em Ecologia Aplicada da Universidade Federal de Lavras *[email protected] Os camarões Macrobrachium são importantes elos da cadeia trófica de ambientes aquáticos e possuem grande potencial econômico. Apesar de 210 espécies estarem descritas, apenas 18 ocorrem no Brasil, a maioria para os estados do Amazonas e Pará. Mesmo com grandes reservas de água doce, Minas Gerais (MG) possui registros pontuais de apenas quatro espécies para as regiões central e do Triângulo Mineiro. Assim, o objetivo desse trabalho foi ampliar os registros do gênero Macrobrachium em MG. Coletas utilizando peneiras foram feitas de 2011 a 2014 em quatro locais: municípios de Cana Verde e Perdões, na região sul de MG, e dois pontos no Rio Pandeiros, norte de MG. Os animais foram fixados em etanol 70% in situ e levados para o laboratório para identificação. Três espécies foram encontradas: M. amazonicum em ambos os pontos do sul de MG, e M. jelskii e M. brasiliense vivendo simpatricamente em ambos os pontos do Rio Pandeiros. M. brasiliense era conhecida em MG apenas para o município de Águas de Santa Bárbara na região de Belo Horizonte; M. jelskii e M. amazonicum, apenas em Planura no Triângulo Mineiro. Esses são os primeiros registros do gênero para o norte e sul de MG, bem como a simpatria de duas espécies no estado. Mais coletas estão sendo realizadas nos locais a fim de se estudar a biologia populacional das espécies, bem como os fatores ecológicos que permitem sua convivência simpátrica. Assim, este trabalho amplia o conhecimento da distribuição de Macrobrachium em MG. Palavras-chave: Macrobrachium; ocorrência; Minas Gerais. Apoio Financeiro: CAPES; FAPEMIG; FAPEMIG/CEMIG: Proc. Nº 03593/12. 64 OCORRÊNCIA DAS LARVAS DE MACROBRACHIUM AMAZONICUM (DECAPODA, PALAEMONIDAE), EM CANAIS-DE-MARÉ OLIGOHALINOS DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO BRASILEIRO 1 1 1 Miani Corrêa Quaresma , Priscila Sousa Vilela da Nóbrega , Valérie Sarpédonti , Vanessa 1 1 1 Bandeira da Costa , Simone Fátima Pinheiro Pereira & Jussara Moretto Martinelli Lemos 1 Universidade Federal do Pará [email protected] O objetivo do presente estudo foi estimar a densidade larval de Macrobrachium amazonicum e comparar sua distribuição entre igarapés antropizados e não-antropizados. A coleta foi trimestral (mar/2011 a jan/2012) no igarapé da Ilha do Combu (ambiente pouco antropizado), Tucunduba e Mata Fome (fortemente antropizados). Os arrastos de quatro minutos foram horizontais com rede de plâncton (300 µm). Medidas de temperatura, pH e salinidade foram obtidas para verificar o possível efeito destes fatores na distribuição das larvas. Somente os estágios de zoé I, V, VIII, X e XI foram encontrados, sendo a zoé I presente nos três igarapés, e os demais somente no Combu. A zoé I foi mais abundante (3,68 larvas/m3), já os estágios V, VIII, X e XI tiveram menor abundância (0,010; 0,0005; 0,007 e 0,009 larvas/m3, respectivamente). A densidade de M. amazonicum em zoé I diferiu significativamente em relação: aos meses (p=0,0004), com maior abundância em junho e janeiro (0,04 e 0,02 larvas/m3, respectivamente); entre as marés (p=0,001), sendo mais abundante na vazante (2,69 larvas/m3); entre os igarapés (p<0,001), com maior abundância no Combu (2,91 larvas/m3) e correlacionou-se negativamente com o pH e salinidade (R=-0,15; p=0,04). A desova da espécie ocorre nas proximidades destes três canais. O fato de nenhum outro estágio larval subsequente ser encontrado nos outros igarapés, mas somente no Combu, é forte evidência de que o ambiente antropizado impossibilita o desenvolvimento deste camarão. Palavras-chave: camarão-da-Amazônia, ecologia, igarapés. Apoio Financeiro: CNPq (Universal) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 65 74 PREFERÊNCIA DE Epialtus spp. (DECAPODA: EPIALTIDAE) POR MACROALGAS EM LABORATÓRIO. 1 2 3 Priscila Granado , Ronaldo A. Christofoletti , Tânia Marcia Costa Universidade Estadual “Julio de Mesquita Filho” – Instituto de Biociências de Botucatu 2 Universidade Federal de São Paulo 3 Universidade Estadual “Julio de Mesquita Filho” – Câmpus Experimental do Litoral Paulista [email protected] 1 As diferentes características dos ambientes lhes conferem distintas complexidades, disponibilidade de alimento, proteção contra fatores ambientais e predação. A interação desses fatores afeta os padrões de abundância e distribuição dos organismos o que é tido como comportamento de preferência. Nesse contexto, esse trabalho avaliou se caranguejos do gênero Epialtus apresentam preferência por uma espécie de macroalga dentre as espécies Sargassum sp., Hypnea sp. e Acanthophora sp., visto que, em campo, ele está presente nas três espécies. Para tanto, os experimentos em laboratório tiveram como delineamento tratamentos em que era possível a escolha para o caranguejo, contendo as três espécies de macroalgas, e tratamentos em que havia disponível somente uma espécie de macroalga. A partir da análise do padrão de ocupação do caranguejo nesses tratamentos, decorridas 48 horas de experimento, foi possível detectar que Epialtus spp. não apresentou preferência entre Sargassum sp., Hypnea sp. ou Acanthophora sp., não havendo diferença entre os fatores analisados como taxa de seleção inicial, taxa de ocupação das macroalgas e taxa de seleção final. O fato de não ter havido preferência por uma espécie de macroalga pode ser devido a ausência de fatores como presença de predador, estresse da temperatura, dessecação e ação das ondas que são fatores já conhecidos por influenciar em uma distribuição diferencial de outros organismos marinhos. Palavras-chave: Taxa de seleção, escolha, distribuição, ocupação. Apoio financeiro: CAPES 66 DEVELOPMENT OF Lysmata grabhami (DECAPODA: HIPPOLYTIDAE) LARVAE FED EXCLUSIVELY WITH MICROALGAE 1,2 1 1 2 Alexandre Dias Kassuga , Lohengrin Fernandes , Ricardo Coutinho , Maurício Hostim-Silva , 3 Karen Diele 1 Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira 2 Universidade Federal do Espírito Santo 3 Edinburgh Napier University, UK [email protected] Cleaner shrimps from the genus Lysmata are highly priced in the global ornamental aquarium trade. Successful large-scale aquaculture would reduce pressures on wild populations. To increase quality and survival of cultured specimens, feeding with an optimum diet is crucial. Lysmata larvae are generally thought to be carnivorous, however, when fed exclusively on carnivorous diet, some species do not complete larval development. We evaluated the microalgae Tetraselmis chuii as exclusive food for striped cleaner shrimp L. grabhami larvae by assessing ingestion and egestion rates and the number of completed larval t stages under this diet. Three treatments were performed to analyze the effect of different algal concentrations (TC37 – 37.000 cells/mL; TC100 – 100.000 cells/mL; NF – no food) on larval development. In TC37 the larvae reached the seventh zoea stage while in TC100 only stage 5 was reached, although development time until this treatment was shorter than in the previous treatment. In NF, no larvae survived beyond stage 1 evidencing that L.grabhami larvae are not lecithotrophic. Ingestion rates were similar in the first two stages in both TC37 and TC100, but lower in the third and fourth zoeal stages inTC37 compared to TC100. However, egestion was lower in TC100 for both microalgal concentrations. Our experiment demonstrates that L. grabhami larvae cannot complete development when fed with T. chuii only, confirming the importance of a carnivorous diet. Future studies should test whether a mixture of carnivorous and microalgal diet can optimize cultivation success. Keywords: Larval development, Lysmata, microalgae, feeding Apoio Financeiro: FAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 67 75 DINÂMICA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS, XIPHOPENAEUS KROYERI (DECAPODA: PENAEIDAE), NO NORTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1* 2 Laís Pinho Fernandes , Karina Annes Keunecke , Ana Paula Madeira Di Beneditto 1 2 Universidade Estadual do Norte Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro *[email protected] 1 O camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Decapoda: Penaeidae), se caracteriza como a espécie mais representativa dentre os crustáceos explorados pela pesca artesanal marinha na região sudeste do Brasil. O objetivo deste estudo foi analisar a dinâmica populacional de X. kroyeri capturado no norte do estado do Rio de Janeiro através da obtenção de amostras mensais durante seis anos (2005-06, 2006-07, 2008- 09, 2009-10, 2011-12 e 2012-13) a partir da pesca artesanal praticada na região. As análises foram realizadas através da ferramenta computacional Solver (Excel, Microsoft Office). O crescimento foi estimado com aplicação da curva de crescimento de von Bertalanffy e a mortalidade total através da curva de captura-convertida. Como extensão do método foi calculada a mortalidade natural e por pesca, e a taxa de exploração. No total foram coletados 29.567 camarões, 48,9% machos e 51,1% fêmeas. O comprimento total assintótico e a taxa de crescimento variaram de 121,8 a 141,8 mm e de 1,56 a 2,23 para os machos, e de 143,9 a 154,4 mm e de 1,42 a 1,73 para as fêmeas. A mortalidade natural dos machos variou de 1,57 a 2,23, a mortalidade por pesca de 4,47 a 6,00, e a taxa de exploração de 69% a 79%. Já em relação às fêmeas, a mortalidade natural oscilou de 1,42 a 1,73, a mortalidade por pesca de 2,96 a 4,51, e a taxa de exploração de 65% a 74%. Estes dados poderão direcionar ações voltadas para a sustentabilidade da pesca camaroneira na região. Palavras-chave: Xiphopenaeus kroyeri, crescimento, mortalidade. Apoio financeiro: CNPq (Proc. 403735/12-2 e 301405/13-1) e FAPERJ (E-26/102.915/2011) . 68 EFECTO DEL NIVEL DE PROTEÍNA EN DIETA PARA JUVENILES DE LANGOSTINO DE RÍO Macrobrachium americanum. 1 1 2 Yuniel Méndez-Martínez, Edilmar Cortes-Jacinto*, Marcelo Ulises García-Guerrero, 1 1 Maritza Soberanes-Yepiz y Stig Yamasaki-Granados 1 Centro de Investigaciones Biológicas del Noroeste S.C. Instituto Politécnico Nacional 195, Playa Palo de Santa Rita Sur; La Paz, B.C.S. México; C.P. 23096, Tel:(52) (612) 123-8484. 2 Laboratorio experimental de acuacultura. Instituto Politécnico Nacional CIIDIR. IPN. Unidad de Oaxaca. México. Calle Hornos No.1003 C.P. 71230 Santa Cruz Xoxocotlán, Oaxaca, México. *e-mail: [email protected] El langostino de rio Macrobrachium americanum (Decapoda: Palaemonidae) es nativa de zonas costeras del Pacífico americano con características favorables para ser considera como una alternativa en la acuicultura sustentable. En estos sistemas La proteína es el componente energético más costoso, siendo utilizado por el organismo con tres fines: mantenimiento, recuperación de tejidos y crecimiento. Se evaluó El efecto de cuatro niveles de proteína cruda (PC) en el crecimiento y supervivencia de juveniles de langostino de río M. americanum,. Los organismos fueron obtenidos en condiciones de laboratorio, provenientes de una hembra grávida. Se suministraron dietas con niveles de PC al 30, 35, 40 y 45%, por periodo de 75 días, a juveniles de 0.16±0.03 g de peso inicial, que fueron distribuidos aleatoriamente en doce acuarios (3 org/tina), bajo condiciones controladas o (oxigeno: 6.7±0,53 mg/L y temperatura: 28.1±0.64 C), alimentados con el 10% de su peso vivo. En los parámetros productivos evaluados, la dieta con 35% de PC reveló diferencia significativa (p≤0.05) com respecto a los demas tratamientos, siendo el peso final (0.59+0.03g), la tasa de crecimiento específico (1.74±0.10); el factor de conversión alimenticia (2.25±0.12 y 2.3±0.06) significativamente mejores (p≤0.05) con 35% y 40% de PC respectivamente, la supervivencia fue de 100% en todos los tratamientos. Los juveniles en este estúdio alimentados con niveles de 35% (PC), mostraron un mejor aprovechamiento de La proteína en la dieta, y cubrir el requerimiento proteínico en esta etapa de crecimiento exponencial. Palabras claves: Macrobrachium americanum, nutrición, proteína cruda, crecimiento. Apoyo financiero: CONACYT CB2010/156252 y CIBNOR AC0.8. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 69 76 PREFERÊNCIA ALIMENTAR DO CAMARÃO ORNAMENTAL HYMENOCERA PICTA (DECAPODA, CARIDEA, HYMENOCERIDAE) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO. 2 1 1 2 Isabela R. R. de Moraes ,Ricardo Calado ,Valter J. Cobo Rui J. M. Rocha 1 UNITAU - Universidade de Taubaté 2 Departamento de Biologia & CESAM, Universidade de Aveiro [email protected] O camarão H. picta é um carídeo de grande interesse para o setor de ornamentais, seu hábito alimentar extremamente especializado se baseia apenas em equinodermos asteroides. Organismos para esta finalidade são oriundos do extrativismo que supõem impacto ambiental. O objetivo do estudo foi caracterizar a preferência alimentar de H. picta, sobre três espécies de estrelas do mar: Asterias rubens, Marthasterias glacialis e Linckia.laevigata, oferecidas sob diferentes condições, como parâmetro para desenvolver protocolos de cultivo dessa espécie. Experimentos foram conduzidos no laboratório de Biologia da Universidade de Aveiro, em tanques recirculados e foram realizados dois experimentos, um para testar a preferência pela espécie e outro pela condição de conservação do alimento. Utilizados 13 camarões H. picta e 39 repetições. A. rubens foi a estrela mais escolhida (41.02%), porém, não foram verificadas diferenças significativas entre as estrelas (Kruskal Wallis, p>0,05). Em relação à condição de conservação, o alimento fresco foi escolhido por 64,10% das vezes, significativamente maior que as demais condições (Kruskal Wallis, p<0,05). Apesar de H. picta se alimentar da estrela do mar L. laevigata no ambiente natural, os experimentos sugerem que essa escolha deve ser relacionada a disponibilidade e não a uma preferência, sendo a escolha um elemento aleatório possibilitando alternativas para fornecimento de alimento. A preferência pela condição fresca é um saldo esperado e sugere melhores condições para a manutenção desses animais em cativeiro facilitando o cultivo da espécie. Palavras-chave: Caridea, ornamental, Hymenocera Apoio Financeiro: CNPq Processo n0 238767/2012-4 70 ALOMETRIA ONTOGENÉTICA NA FORMA DA CARAPAÇA DE ARATUS PISONII (DECAPODA: BRACHYURA: SESARMIDAE) 1 2 1 Murilo Zanetti Marochi , Marcelo Costa Setuko Masunari Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná 2 Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Universidade Federal do Paraná autor para correspondência: [email protected] 1 A alometria ontogenética na forma da carapaça de Aratus pisonii foi analisada utilizando 10 marcos anatômicos na carapaça de 33 machos juvenis, 37 machos adultos, 31 fêmeas juvenis e 22 fêmeas adultas. A diferença de tamanho entre os estágios juvenil (J) e adulto (A) foi analisada através do teste de Mann-Whitney e a alometria ontogenética da forma foi testada utilizando regressões multivariadas do componente simétrico das coordenadas de Procrustes em relação ao tamanho do centróide. O tamanho difere entre os estágios de vida nos machos (U=1221; P<0,01; J= 11,8± 3,1 mm; A= 37,9± 4,8 mm) e fêmeas (U=682; P<0,01; J = 13,9± 3,3 mm; A = 37,1± 4,2 mm). A alometria ontogenética ocorre na forma da carapaça de machos e fêmeas, sendo o tamanho responsável por 62% e 56% da variação da forma, respectivamente. Em ambos os sexos, o aumento em tamanho gera um estreitamento da região anterolateral e um alongamento das margens laterais da carapaça, passando de um formato “semiquadrangular” na fase juvenil para uma forma “semirretangular” na fase adulta. A alometria ocorre tanto na fase juvenil quanto na adulta em ambos os sexos, sendo o tamanho responsável respectivamente por 21% e 18% da variação da forma nas fêmeas e 43% e 18% para os machos. A trajetória alométrica não difere entre os estágios de vida em cada sexo, como também no estágio juvenil entre os sexos. No entanto, no estágio adulto, machos e fêmeas possuem trajetórias alométricas diferenciadas, indicando que essa variação, provavelmente, está relacionada com modificações na forma da carapaça em virtude da maturação sexual. Palavras-chave: Morfometria geométrica, regressão multivariada, Desenvolvimento ontogenético. Apoio Financeiro: CNPq: Proc. N° 141212/2013-6. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 71 77 VARIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DE ANFÍPODES AO LONGO DO TALO DE SARGASSUM STENOPHYLLUM: IMPORTÂNCIA DAS PEQUENAS VARIAÇÕES ESPACIAIS PARA A DISTRIBUIÇÃO DA FAUNA ASSOCIADA 1* 2 2 3 Binato, A. ; Dena, S.A.S. ; Machado, G. B. O. ; Siqueira, S. G. L. ; 3 Leite, F. P. P. 1 Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas; 2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas; 3 Departamento de Biologia Animal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas. *Endereço de correspondência: [email protected] O estudo da distribuição espacial e temporal dos organismos pode revelar padrões e processos reguladores que variam de acordo com a escala observada. A diversidade de organismos em pequenas escalas espaciais frequentemente está relacionada à heterogeneidade local do substrato. A alga parda Sargassum é um substrato estruturalmente heterogêneo e que abriga uma fauna de anfípodes com grande variedade de hábitos alimentares. O objetivo deste estudo foi investigar se a composição das famílias de anfípodes varia ao longo do talo de Sargassum. Foram coletadas porções basais e distais, e frondes inteiras, (n=6 por porção) de Sargassum stenophyllum em um costão do litoral norte de São Paulo, Brasil, em outubro de 2013. A composição das famílias de anfípodes variou em relação às porções da alga (PERMANOVA, F=3.48, P=0.022), sendo que as famílias Corophiidae, Caprellidae e Hyalidae foram as principais responsáveis por essa variação (24,54%, 20,34% e 18,53%, respectivamente; SIMPER). A distribuição heterogênea das famílias de anfípodes foi relacionada aos diferentes hábitos alimentares desses grupos. As famílias com hábito alimentar detritívoro ocorreram principalmente na porção basal, enquanto que os anfípodes herbívoros foram observados majoritariamente na porção distal. Nesse caso, as diferenças observadas na distribuição espacial dos anfípodes podem ser resultado da relação entre as características de sua história natural e a variedade de microhábitats oferecidos. Palavras-chave: distribuição espacial, escala, Amphipoda, macroalga, substrato biológico 72 VARIAÇÃO GEOGRÁFICA NA ESTRUTURA POPULACIONAL E MORFOLÓGICA DO CAMARÃO SANTANA PLEOTICUS MUELLERI (DECAPODA, SOLENOCERIDAE) NAS REGIÕES SUDESTE E SUL DO LITORAL BRASILEIRO 1 1 Raphael Cezar Grabowski¹, Laura Borgatto Delgado , Thiago Maia Davanso , 1 1 Rogério Caetano da Costa , Antonio Leão Castilho 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) [email protected] O objetivo deste estudo foi observar a variação na estrutura populacional e morfológica do camarão Santana, Pleoticus muelleri, ao longo do litoral sudeste e sul brasileiro, a partir do tamanho e relações morfométricas entre estruturas corpóreas. Os indivíduos foram coletados com barcos camaroeiros nas regiões de Macaé-RJ (22°S) (MA), Ubatuba-SP (23°S) (UBA), São Vicente-SP (23°S) (SV), Cananéia-SP (24°S) (CA) e São Francisco do Sul (26ºS) (SFS). Para cada camarão, quatorze medidas morfométricas foram obtidas. O efeito de tamanho dos exemplares foi retirado utilizando a função potência. Os dados foram submetidos a uma análise discriminante e os dois primeiros eixos canônicos foram plotados em conjunto com o intervalo de confiança para cada grupo de dados, sendo possível visualizar as diferenças entre os grupos. Dentre os 933 indivíduos mensurados, foram observadas diferenças entre os estoques para ambos os sexos. Entre os machos, pode ser observada uma distinção do estoque de MA. Para as fêmeas, o estoque de CA se distanciou dos demais. Quanto à estrutura populacional, o comprimento médio da carapaça apresentou em algumas regiões uma tendência oposta à proposta pelo paradigma do efeito latitudinal (fêmeas: SV: 18,5 mm; SFS: 14,7 mm; machos: MA: 14,0 mm; SFS: 12,4 mm). Propõe-se que processos locais sejam determinantes na diferenciação de estoques pesqueiros, como por exemplo, o regime de massas de água frias que ocorrem nas menores latitudes, em especial Macaé. Palavras-chave: Efeito Latitudinal, Plasticidade Fenotípica, Penaeoidea. Apoio Financeiro: FAPESP, Proc. Nºs: 2010/50188-8 e 2013/13560-5. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 73 78 VARIAÇÃO INTERPOPULACIONAL DE MITHRACULUS FORCEPS (DECAPODA, MAJOIDEA, MAJIDAE), EM REGIÃO SUBTIDAL NAS ILHAS VITÓRIA E COUVES NO LITORAL SUDESTE DO BRASIL 1,2 1 Máyra Konishi , Daniel José Marcondes Lima , Valter José Cobo 1 Universidade de Taubaté 2 Universidade Estadual Paulista [email protected] 1 Estudo da biologia populacional fornece subsídios ao conhecimento do balanço ecológico de populações as quais apresentam comportamento dinâmico. O objetivo do estudo foi comparar duas sub-populações de M. forceps em duas ilhas no litoral de São Paulo. Foram realizadas coletas mensais de outubro/2013 a maio/2014, nas Ilhas Vitória e Couves, em que foram obtidos 414 e 306 caranguejos, respectivamente. A amplitude de tamanho nos machos foi maior na Ilha das Couves, enquanto para fêmeas foi maior na Vitória. Machos apresentaram tamanhos médios significativamente maiores na Ilha das Couves, enquanto para a Vitória não houve diferença significativa. A distribuição de frequência foi normal para Vitória, não normal para Couves e unimodal em ambas. Picos reprodutivos foram verificados em março e janeiro, enquanto que os picos de recrutamento foram verificados em dezembro e novembro, respectivamente na Vitória e Couves. O tamanho da maturidade sexual foi maior para os machos na Ilhas das Couves e maior para fêmeas na Ilha da Vitória, sendo que as sub-populações das duas Ilhas atingiram maturidade sexual com tamanhos diferentes. A proporção sexual foi 1:1,02 na Ilha das Couves e 1:0,97 na Vitória, não diferindo de 1:1. De modo geral, apesar de distante geograficamente, as sub-populações de M. forceps das Ilhas Vitória e Couves, apresentaram dinâmica bastante similar, com exceção ao tamanho da maturidade, verificada nas duas localidades, o que deve refletir mecanismos de autoregulação populacional. Palavras-chave: Majoidea, População, Maturidade Sexual, Conservação. 74 REPRODUÇÃO, CRESCIMENTO E LONGEVIDADE DO CAMARÃOFERRINHO Rimapenaeus constrictus (DECAPODA: PENAEIDAE) NO LITORAL SUL DE SÃO PAULO 1 1 Joyce Rocha Garcia , Rogerio Caetano da Costa , Antonio Leão Castilho 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) [email protected] 1 Rimapenaeus constrictus ocorre em quase todo o Atlântico ocidental, porém os trabalhos com a espécie ainda são escassos, não havendo qualquer pesquisa sobre o mesmo no litoral de Cananéia, foco do presente estudo. O objetivo almejado foi verificar os aspectos da dinâmica populacional de R. constrictus, que inclui análise de reprodução, estrutura, crescimento e longevidade. As coletas ocorreram mensalmente de julho/2012 a abril/2014, sendo que os camarões foram coletados com um barco camaroneiro equipado com redes de arrasto. Os arrastos ocorreram em batimetrias distintas, nas quais foram mensuradas parâmetros da coluna d’água como temperatura e concentração de clorofila. Os indivíduos foram mensurados (comprimento de carapaça, CC) e classificados quanto ao sexo e condição reprodutiva. Entre os 1619 indivíduos, as fêmeas foram mais abundantes com maior tamanho de maturidade gonadal e longevidade (8 mm e 342 dias) que os machos (7 mm e 244 dias). A reprodução seguiu uma tendência de dois picos na primavera/2012 e verão/2013. Houve associação positiva entre fêmeas reprodutivas e recrutas (Time Series, p < 0,05), sendo que o recrutamento ocorreu de forma contínua. Identificou-se maior associação positiva de fêmeas reprodutivas e concentração de clorofila, corroborando o padrão proposto de ajuste temporal da desova com a produtividade fitoplanctonica, recurso alimentar essencial à prole no período larval. Palavras-chave: Peneídeo, Razão Sexual, Fatores Ambientais, Reprodução. Apoio Financeiro: FAPESP (Processos Nºs 2010/50188-8 e 2013/14174-0) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 75 79 UMA HISTÓRIA EVOLUTIVA DA HOMEOSTASE TÉRMICA E METABÓLICA EM CARANGUEJOS NEOTROPICAIS DO ENTREMARÉS (DECAPODA, EUBRACHYURA) *1 1 2 3 2 Samuel Faria , Rogério Faleiros , Adalto Bianchini , Carolina Romero , Mariana Lauer , 4 4 1 Fábio Brayner , Luiz Alves , John McNamara 1 Departamento de Biologia, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto/SP 2 Instituto de Ciências Biológicas, FURG, Rio Grande/RS 3 Centro Austral de Investigaciones Científicas, CADIC-CONICET, Ushuaia, Argentina 4 Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, FIOCRUZ e Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami, LIKA-UFPE, Recife/PE *[email protected] As funções fisiológicas de resistência em condições limite são alguns dos descritores da descontinuidade geográfica da vida, sendo a distribuição de animais ectotérmicos determinada pela tolerância à temperatura. Com o objetivo de reconhecer padrões fisiológicos e inferir os processos evolutivos associados, testaram-se o efeito da temperatura e província zoogeográfica sobre a evolução térmico-metabólica em caranguejos neotropicais do entremarés. Em doze espécies o o distribuídas pelas províncias brasileira (T média anual de 26 C), argentina (T de 15 C) ou o magalhânica (T de 9 C), estabeleceram-se os limites térmicos críticos (LI50, LS50) e quantificaram-se o consumo de O2 (QO2) e lactato hemolinfático. Analisaram-se os dados por meio de métodos filogenéticos comparativos. Verificou-se um efeito de província sobre a evolução dos LI50 e LS50, e sobre a história evolutiva do QO2. A maior sensibilidade térmica pelo LI50 sugere um efeito de seleção direcional, enquanto a semelhança no LS50 tem possível causa na pressão estabilizadora exercida por altas temperaturas. As espécies com janelas térmicas mais amplas manifestam uma maior sensibilidade metabólica frente à variação de temperatura, e a evolução da anaerobiose associa-se a temperaturas médias e altas, sendo a demanda por O2 sistêmico a possível pressão seletiva sobre a concentração de lactato. Observa-se, portanto, que a temperatura tenha dirigido as transformações macroevolutivas da fisiologia térmico-metabólica, embora haja um efeito significativo da ancestralidade compartilhada na evolução térmica dos Eubrachyura. Palavras-chave: Metabolismo, Consumo de oxigênio, Fisiologia térmica, Caranguejos Eubrachyura, Evolução, Métodos Comparativos Filogenéticos. Financiamento: FAPESP (#2011/08852-0, #2011/22537-0), CAPES, CNPq. 76 DIMORFISMO SEXUAL EM ARMASES RUBRIPES(DECAPODA:BRACHYURA: SESARMIDAE) Renata Daldin Leite¹*, Carolina de Lima Adam³, Isis Danniele Cury¹, Murilo Zanetti Marochi¹ ²,Setuko Masunari¹ ² ¹ Laboratório de Ecologia de Crustacea, Universidade Federal do Paraná ² Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná ³ Universidade Estadual do Paraná,CampusUnião da Vitória [email protected] Este trabalho objetivou determinar através de técnicas de morfometria geométrica a ocorrência de dimorfismo sexual na forma e no tamanho da carapaça e dos quelípodos em uma população de Armases rubripes da Baía de Guaratuba, PR. Foram analisados carapaças de 32 machos e 32 fêmeas e o própodo de ambos os quelípodos de 29 machos e 28 fêmeas. Foram estabelecidos dez marcos anatômicos para a carapaça e oito para o própodo. Os componentes da forma e tamanho foram separados por meio da Análise Generalizada de Procustes com base nas configurações dos marcos anatômicos. Para a análise de tamanho e forma das estruturas foi utilizado uma Análise de Variância Unifatorial e Análise de Função Discriminante, respectivamente. O tamanho do grupo centroide da carapaça e dos quelípodos apresentou diferença significativa entre os sexos. A média do tamanho da carapaça dos machos foi de 2,31±0,24 e fêmeas de 1,85±0,27; do quelípodo direito dos machos de 0,98±0,14 e das fêmeas de 0,51±0,08; e do quelípodo esquerdo, 0,96±0,16 e 0,50±0,09, respectivamente. A forma da carapaça e dos quelípodos também apresentou diferenças significativas entre os sexos. A região posterior da carapaça foi mais larga e a região anterior levemente mais afilada em fêmeas do que em machos. A forma do própodo dos quelípodos das fêmeas foi mais alongado e estreito do que em machos. Este dimorfismo sexual na forma da carapaça e dos quelípodos está relacionado com o crescimento alométrico diferenciado entre os sexos, devido aos seus distintos papéis reprodutivos. Palavras-chave: Morfometria geométrica,Baía de Guaratuba,Variação sexual. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 77 80 EXPRESSÃO GÊNICA E LOCALIZAÇÃO DE VITELOGENINA DURANTE A MATURAÇÃO OVARIANA EM Artemesia longinaris. Rafaela Nunes da Silva¹, Tiago Henrique Siebert¹, Janaina Muniz Picolo¹, Elsie Leticia Turini¹, Fernanda Antunes Alves-Costa², Irene Bastos Franceschini Vicentini¹,³. ¹Centro de Aquicultura da UNESP – UNESP, Jaboticabal; ²Universidade Estadual Paulista – UNIP, Bauru; ³Faculdade de Ciências – UNESP, Bauru. [email protected] Em camarões peneídeos a vitelogenina (Vg) é sintetizada no ovário e hepatopâncreas, mas a contribuição relativa desses dois órgãos durante a vitelogênese ainda é incerta. Este processo pode diferir ainda de acordo com a espécie e o estágio vitelogênico ou de muda. Dessa forma, este estudo analisou a localização da vitelogenina por imunohistoquímica e quantificação do seu mRNA através de Real Time PCR em fêmeas de Artemesia longinaris, em diferentes estágios de maturação ovariana (rudimentar - RU, em maturação - EM e maduro - MA). A imunohistoquímica localizou a síntese endógena de Vg nas células foliculares, nos oócitos pré-vitelogênicos e oócitos em vitelogênese inicial e a síntese exógena de Vg foi localizada nas células R dos túbulos hepatopancreáticos. Os níveis de expressão relativa de transcritos de Vg no ovário e no hepatopâncreas durante a maturação ovariana foram inversamente proporcionais. O início da maturação ovariana é impulsionado pela síntese exógena de Vg. O hepatopâncreas, no estágio ovariano RU, apresenta os maiores níveis de expressão relativa de transcritos de Vg em comparação com o ovário. Com o avanço da maturação, os níveis de expressão desses transcritos se invertem. Os níveis de expressão relativa de transcritos de Vg no ovário aumentam gradativamente e, no hepatopâncreas, decaem significativamente durante a maturação gonadal. Esta queda ocorre até o momento em que o ovário MA apresenta os maiores níveis de transcritos de Vg e a maturação é conduzida pela vitelogênese endógena. Palavras-chave: vitelogênese, vitelogenina, expressão gênica, Artemesia longinaris. Apoio Financeiro: FAPESP (Proc: 2012/13286-7), CAPES e CNPq. 78 INFLUENCES OF AUDIENCE IN AGRESSIVE BEHAVIOUR OF UCA MARACOANI (DECAPODA:BRACHYURA: OCYPODIDAE) 1 1 1 Luana Carla dos Santos , Ana Carolina Luchiari , Fulvio Aurelio de Morais Freire 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected] Animal communication occurs in wide networks, which involve not only signal sender and receiver, but also other individuals detecting the signals. Those animals composing the audience in a senderreceiver dyad may affect how individuals display during an interaction and may change the message that is sent. In this study, we investigated whether the presence of a conspecific affected the intensity of agonistic interaction between male fiddler crabs, Uca maracoani. Pairs of males of the same size were observed when in the presence of a male, a female or no crab as audience. We found that if there is a female audience, males became more aggressive and interact the most. If the audience was a male or if there was no audience, there was no significant difference in interaction. Also, female audience leads to an increase in males foam. These results indicate that the presence of an audience affects the way male fiddler crabs interact and the type of signals the show. Therefore, the context seems to guide the type of displays in order to communicate performance and power. Key words: aggression; audience; communication; fiddler crab VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 79 81 VARIAÇÃO DA ABUNDÂNCIA DOS CAMARÕES PENEÍDEOS (DECAPODA, DENDROBRANCHIATA) COM INTERESSE COMERCIAL NO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO EM UM INTERVALO DE 20 ANOS 1,3 2,3 3 Ariádine Cristine de Almeida , Fúlvio Aurélio de Morais Freire , Adilson Fransozo 2 Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio Grande do 3 Norte – Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia, Universidade Estadual Paulista – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos [email protected] 1 A variação da abundância de Farfantepenaeus brasiliensis, Litopenaeus schimitti e Xiphopenaeus kroyeri e a relação com algumas variáveis ambientais foram analisadas em um intervalo de 20 anos. Os dados bióticos e abióticos foram obtidos mensalmente durante dois períodos distintos, de novembro/1988 a outubro/1989 (P1) e de novembro/2008 a outubro/2009 (P2), em sete transectos na Enseada da Fortaleza, região de Ubatuba. A abundância de F. brasiliensis, L. schimitti e X. kroyeri aumentou consideravelmente após 20 anos, com um total de 80, 52 e 13.298 indivíduos coletados no P1 e 226, 525 e 39.553 indivíduos coletados no P2, respectivamente. Observou-se uma sedimentação notável entre o P1 e o P2. Já as variações de temperatura e salinidade de fundo estiveram relacionadas, principalmente, à hidrodinâmica das massas de água presentes na região. A variação espaço-temporal da abundância e distribuição das espécies na Enseada da Fortaleza corroborou com estudos prévios realizados ao longo da região de Ubatuba, principalmente, em relação à influência da temperatura e granulomentria do sedimento. Adicionalmente, as medidas de gestão e manejo criadas e implementadas no litoral sudeste brasileiro, a fim de controlar o esforço de pesca direcionado para F. brasiliensis, L. schimitti e X. kroyeri, como período de defeso e áreas de proteção ambiental, foram essenciais para a manutenção das espécies, representando importantes ferramentas para a conservação, preservação e uso sustentável destes recursos pesqueiros na região do presente estudo. Palavras-chave: Área de Proteção Ambiental, Espécies alvo, Pesca de arrasto, Variáveis ambientais. 80 EFEITO DO USO DE AERADORES E SUBSTRATOS ARTIFICIAIS SOBRE A ESTRUTURA POPULACIONAL DO CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum 1 2 3 Bruno de Lima Preto , Matheus Nicolino Peixoto Henares , Michelle Roberta dos Santos , 3 Wagner Cotroni Valenti 1 Instituto Federal do Espírito Santo Campus de Alegre 2 Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos 3 Centro de Aquicultura da UNESP O uso de aeradores e substratos artificiais acelera o desenvolvimento da estrutura populacional dos camarões Macrobrachium rosenbergii (Decapoda: Palaemonidae) em cultivos de curta duração. O objetivo deste trabalho foi verificar se o uso destas tecnologias promove o mesmo efeito sobre a estrutura populacional e do camarão-daamazônia Macrobrachium amazonicum (Decapoda: Palaemonidae). Doze viveiros de fundo natural foram povoados com 45 juvenis.m-2 cultivados segundo os tratamentos: uso de aeração noturna; uso de substrato artificial; uso de aeração noturna e substrato artificial; e cultivo tradicional. Após quatro meses de cultivo, os camarões foram despescados e os parâmetros da estrutura populacional foram avaliados. Os animais foram diagnosticados quanto ao sexo. Os machos foram classificados em “Translucent Claw” (TC), “Cinnamon Claw” (CC), “Green Claw 1” (GC1) e “Green Claw 2” (GC2) e as fêmeas em virgens (FV), ovígeras (FO) e adultas não ovígeras (FA). Para cada viveiro foi determinada a freqüência dos morfotipos de machos, de classes de fêmeas e a proporção sexual. Os dados de cada variável foram submetidos à ANOVA paramétrica (two way). A utilização da aeração noturna e/ou do substrato artificial provocou maior desenvolvimento da estrutura populacional, evidenciado pela maior frequência de machos GC1 e GC2 e menor frequência de machos TC. O uso das tecnologias não provocou efeitos sobre a estrutura populacional das fêmeas. O número de FV foi elevado em todos os tratamentos, com valores de aproximadamente 50%. Não houve variação na proporção sexual em qualquer situação testada observando-se maior presença de machos na despesca total. Palavras-chave: Macrobrachium amazonicum; intensificação; estrutura populacional Apoio Financeiro: CNPq VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 81 82 VARIAÇÃO TEMPORAL DE ERMITÕES ORNAMENTAIS NO SUBLITORAL CONSOLIDADO NO SUDESTE DO BRASIL: COMENTÁRIOS E PROBLEMAS PARA O CULTIVO 1 2 3 Daniel José Marcondes Lima , Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Valter José Cobo , 1 Adilson Fransozo 1 Universidade Estadual Paulista 2 Universidade Federal de Sergipe 3Universidade de Taubaté [email protected] O mercado de animais ornamentais marinhos movimenta anualmente milhões de dólares no mundo todo, e a maioria das espécies comercializadas são capturadas em ambientes naturais em regiões de sublitoral consolidado. Este estudo tem como objetivo identificar as espécies e descrever a variação temporal dos ermitões no sublitoral consolidado da Ilha das Couves/SP, além de avaliar o uso potencial dessas espécies no mercado aquariofilista. Foram realizadas coletas mensais, de março/2010 a fevereiro/2011, durante sessões de mergulho autônomo. 383 espécimes foram amostrados, incluindo quatro espécies: Calcinus tibicen, Dardanus venosus, Pagurus brevidactylus e Paguristes tortugae. As maiores densidades registradas foram para P. brevidactylus e P. tortugae, ambas com picos em fevereiro/11. Foram registradas correlações entre a densidade e temperatura e salinidade, respectivamente para P. brevidactylus e P. tortugae. Todas as espécies registradas vêm sendo exploradas no Brasil, com valor de mercado variando de R$ 0,50 a 3,50. A maioria dessas espécies tem estágios e tempo de desenvolvimento larval conhecidos, mas carecem de informações sobre procedimentos de cultivo. Devido ao baixo valor comercial dos ermitões e a dificuldade para o constante fornecimento de conchas, o interesse para o desenvolvimento de protocolos de cultivo é ainda insipiente. A comercialização feita de modo informal e a falta de legislação específica para exploração desses animais pode causar declínios na densidade da população, além de causar impactos ao ecossistema. Palavras-chave: Comércio de ornamentais, Cultivo sustentável, Sublitoral consolidado Apoio Financeiro: CAPES 82 ESTRUTURA POPULACIONAL DE CALLINECTES DANAE SMITH, (CRUSTACEA, PORTUNIDAE), EM DUAS COMUNIDADES DE PESCADORES DO ESTUÁRIO DO RIO PARAGUAÇU, BAHIA, BRASIL 1 1 Edson dos Reis Souza , Sergio Schwarz da Rocha , Moacyr Serafim Júnior 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – CCAAB [email protected] 1 O estuário do Rio Paraguaçu é um ecossistema estuarino economicamente importante para diversas comunidades do Recôncavo Baiano que vivem da pesca, principalmente dos siris do gênero Callinectes. O presente estudo foi realizado nas comunidades de São Francisco do Paraguaçu (SF) e Santiago do Iguape (SI), município de Cachoeira, estado da Bahia. As coletas foram realizadas de agosto/2013 a março/2014, utilizando-se as mesmas técnicas e armadilhas (n = 12) utilizadas pelas comunidades ribeirinhas. Os exemplares de Callinectes danae tiveram o sexo e a largura cefalotorácica (LC) determinados. Em SF foram coletados 1338 indivíduos, sendo 619 machos (25,4% jovens; 74,6% adultos) e 682 fêmeas (41,6% jovens; 58,4% adultas), enquanto que em SI capturou-se 595 indivíduos, sendo 439 machos (29,6% jovens; 60,4% adultos) e 156 fêmeas (68,6% jovens; 31,4% adultas). Os primeiros exemplares adultos em SF apareceram na classe 37├ 44 mm, enquanto em SI machos e fêmeas adultos surgiram nas classes 44├ 51 e 51├ 58, respectivamente. As médias de LC de fêmeas e machos adultos foram, respectivamente, 56,6 mm e 57,9 mm em SF e 61,5mm e 62,1mm em SI. Em SF houve predominância de machos adultos nas classes de LC superiores, enquanto as fêmeas adultas predominaram nas classes inferiores. Já em SI, os machos foram predominantes em todas as classes de tamanho. Quanto à razão sexual mensal de adultos, observou-se que em SI os machos foram mais frequentes, exceto em dezembro, enquanto em SF os machos predominaram apenas durante os meses de novembro e janeiro e as fêmeas em agosto, outubro e fevereiro. Palavras-chave: siri, Bahia, Callinectes, pesca. Apoio financeiro: CAPES Proc. Nº 1192020 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 83 83 PARÂMETROS REPRODUTIVOS DE CALLINECTES DANAE SMITH, (CRUSTACEA, PORTUNIDAE), NA COMUNIDADE DE PESCADORES DE SÃO FRANCISCO DO PARAGUAÇU, BAHIA, BRASIL 1 1 Edson dos Reis Souza , Sergio Schwarz da Rocha , Moacyr Serafim Júnior 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – CCAAB [email protected] 1 A pesca desordenada de crustáceos é uma atividade impactante para os estoques pesqueiros, principalmente nas regiões estuarinas. Dessa forma, o conhecimento sobre a reprodução e fecundidade de espécies de interesse comercial é fundamental para o gerenciamento da pesca e o monitoramento dos estoques, sob a perspectiva da exploração sustentável do recurso. O presente estudo foi realizado na região estuarina do rio Paraguaçu, na comunidade de São Francisco do Paraguaçu, município de Cachoeira, estado da Bahia. As coletas foram realizadas de agosto/2013 a março/2014, através do uso de armadilhas (n = 12), as quais foram iscadas e colocadas no final da tarde de um dia e retiradas na manhã do dia seguinte; a metodologia de coleta foi a mesma utilizada pela comunidade ribeirinha. Os exemplares de Callinectes danae tiveram o sexo e a largura cefalotorácica (LC) determinados. O estágio de maturação foi definido mediante análise macroscópica das gônadas e a fecundidade absoluta foi estimada a partir da contagem dos ovos em uma subamostra (0,01g) da massa total de ovos. Ao todo foram amostrados 1338 indivíduos, sendo os machos sempre maiores. A comunidade apresentou dominância de fêmeas (0,86 : 1). A média de LC das fêmeas ovígeras foi igual a 58,90 mm. A maior incidencia de fêmeas ovigêras ocorreu no mês de outubro, porém ao longo das coletas foi observada a presença de Fêmeas em estágio de maturação em desenvolvimento e desenvolvido o que supõe atividade reprodutiva continua dessa espécie para referida localidade. A fecundidade variou de 13.140 a 324.324 ovos. Palavras Chave: Siri Azul, Fecundidade, Razão Sexual Apoio Financeiro: CAPES: Proc. Nº 1192020 84 INFLUENCE OF TEMPERATURE AND SALINITY ON THE INTERANNUAL VARIABILITY OF LANDINGS OF THE SEABOB SHRIMP Xiphopenaeus kroyeri IN SÃO PAULO STATE, BRAZIL 1 2,4 3 Eduardo A. Bolla Jr. , Alvaro Montenegro , Rogério C. da Costa , Tânia M. Costa 1 Instituto Federal de São Paulo, Campus Avaré 2 Ohio State University, USA 3 FC – Universidade Estadual Paulista, Bauru 4 CLP – Universidade Estadual Paulista, São Vicente [email protected] 4 The exploitation of marine shrimps has worldwide economic importance. Decreases in production of some species have been observed over the last decades. While these reductions have been attributed mainly to unsustainable fishing practices, shrimp abundance can also be affected by environmental variability. This study evaluates the relationship between interannual temperature and salinity variability and landings of the seabob shrimp Xiphopenaeus kroyeri (Decapoda: Penaeidae) in three areas of the northern (N), central (C) and southern (S) São Paulo state coast. We use 16 years (1998-2103) of monthly landing, temperature and salinity data. Landing information coming from the fishery institute of São Paulo and environmental data obtained from the Met Office EN4 objective analyses product. All the correlations (Pearson) described here are significant (p<0.01). Total landings (N+C+S) are positively correlated with the surface (R = 0.49) and bottom (R = 0.57) salinity as well as surface (R = 0.28) and bottom (R = 0.50) temperature. In the N area we found negative correlations between landing and temperature (surface: R = -0.31; bottom: R = -0.51) and between landing and salinity (surface and bottom: R = -0.67). This could be related to the higher incidence of intrusion of the South Atlantic Central Water (SACW) in the N area. The presence of SACW is associated with periods of higher productivity. These initial results will be verified by longer time series and additional data sources. Keywords: fishery; shrimp; correlations; environmental factors Financial Support: FAPESP, Proc. Nº 2014/04155-1 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 85 84 POPULATION STRUCTURE OF THE RED MANGROVE CRAB, GONIOPSIS CRUENTATA UNDER DIFFERENT FISHERY IMPACTS: IMPLICATIONS FOR RESOURCE MANAGEMENT 1 1 1 Gustavo Luis Hirose ; Laize Santana de Souza ; Sonja Luana Rezende da Silva ; Douglas 1 2 Fernandes Rodrigues Alves and Maria Lucia Negreiros-Fransozo 1 Universidade Federal de Sergipe 2 Universidade Estadual Paulista [email protected] The red mangrove crab, Goniopsis cruentata, has high ecological and socioeconomic importance on the Brazilian coast. This crab influences the recruitment and composition of plant species in the mangrove ecosystem and is an important fishery resource; however, no management and conservation plans have yet been developed for the species. This investigation evaluated the population structure and reproductive biology in populations of G. cruentata under contrasting fishery pressures. The sampling program was conducted in two mangroves, Vaza-Barris and Sergipe River, from January through December 2011. The environmental features of the sampling localities were compared. The crabs were randomly collected during daytime at low tide, by a professional fisherman. The abundance, body size, sex ratio, size at onset of sexual maturity, and fecundity were compared between the populations. No significant differences were observed in abiotic factors (air, water and mud temperature; and salinity) between sampling localities. Nevertheless, the two populations differed significantly with respect to abundance, body size, sex ratio, fecundity and egg volume. This indicates a tendency for high fishing intensity to decrease the body size, abundance of crabs and the reproductive potential of the species, reinforcing the need to develop a management plan as well as to establish conservation units for G. cruentata on the northeastern Brazilian coast. Key words: Grapsidae; Body size, Fecundity; Management plan; Overfishing. Financial support: CNPq #472386/2010-7. 86 RESISTÊNCIA À INANIÇÃO EM ESTAGIOS INICIAIS DO DESENVOLVIMENTO PÓS-EMBRIONÁRIO DO CAMARÃO ORNAMENTAL “RED CHERRY” NEOCARIDINA HETEROPODA HETEROPODA (CARIDEA, ATYIDAE) 1* 5 3,4 João Alberto Farinelli Pantaleão , Samara de Paiva Barros-Alves ,Carolina Tropea , Douglas 5 2 3,4 Fernandes Rodrigues Alves , Maria Lucia Negreiros-Fransozo , Laura Susana López Greco 1 Laboratório de Camarões Marinhos e de Água Doce (LABCAM), Depto. Ciências Biológicas, FC2 UNESP, Bauru, Brasil. Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos – NEBECC, Programa de Pós-graduação em Zoologia, Instituto de Biociências, Botucatu, São Paulo, 3 Brasil. Biología de la Reproducción y Crecimiento de Crustáceos Decápodos, DBBE, FCEN4 5 Universidad de Buenos Aires, Argentina. IBBEA, CONICET-UBA, Argentina. Universidade Federal de Sergipe – UFS *e-mail: [email protected] A compreensão de como os estágios iniciais do ciclo de vida de espécies com interesse ornamental, como Neocaridina h. heteropoda, se comportam frente aos diferentes períodos de inanição é importante para que protocolos adequados de criação sejam desenvolvidos. Este estudo avaliou a vulnerabilidade nutricional dos estágios iniciais I e III (aqui denominados JI e JIII) do camarão de água doce N. h. heteropoda por meio da estimativa do PNR50. Os experimentos consistiram de 6 tratamentos com um crescente número de dias sem alimentação e 2 controles (1 com alimentação contínua, AC; outro, com inanição contínua, IC). O tempo para a primeira muda e quantidade de mudas realizadas durante o experimento não diferiu entre os tratamentos para JI e JIII. Entretanto em JI o crescimento e a sobrevivência foram afetados por períodos de inanição mais prolongados (3 e 4 dias). Os valores de PNR50 para JI e JIII foram de 16,12 e 9,48 dias, respectivamente. Pode-se concluir que os estágios iniciais de N. h. heteropoda são mais tolerantes aos períodos de inanição, em comparação com outros crustáceos decápodes. Tal capacidade indica que o potencial da espécie para aquicultura é muito bom. Considerando-se o fato desta espécie ser tão resistente, o escape de indivíduos na natureza poderá acarretar em um sério problema ambiental, uma vez que este camarão poderá ocupar o nicho de outras espécies nativas (por exemplo, espécies do gênero Macrobrachium sp. que se encontram em bacias hidrográficas sem conexão com estuários). Palavras chave: água doce, cherry shrimp, desenvolvimento abreviado, ornamental Apoio financeiro: CAPES-MINCYT proc. 217/2012, PICT 2012 (01333) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 87 85 STATUS ATUAL DO TRANSPORTE DO CARANGUEJO UCIDES CORDATUS (DECAPODA: UCIDIDAE) NO DELTA DO RIO PARNAÍBA, PIAUÍ, BRASIL. 1 2 João Marcos de Góes , Lissandra C. Fernandes-Góes , Fabíola H. dos S. Fogaça 1 Universidade Federal do Piauí 2 Universidade Estadual do Piauí 3 Embrapa Meio Norte, CIA: Comissão Ilha Ativa [email protected] 3 Este trabalho pretende descrever o status atual do transporte do caranguejo-uçá capturado no Delta do rio Parnaíba. Estudos da bioecologia, captura e transporte da espécie nesta área são realizados desde 2004 e os resultados indicaram indícios de sobre pesca, que pode ser consequência do transporte inadequado dos caranguejos, que gerava uma taxa de mortalidade de 40 a 60%. Toda semana milhares de caranguejos eram transportados de forma predatória saindo do Porto dos Tatus (PI) com destino a Fortaleza (CE). Uma nova tecnologia do transporte em caixas plásticas foi sugerida pela Embrapa Meio Norte em 2006 e os resultados indicaram redução na taxa de mortalidade chegando a uma perda de no máximo 5%, o que foi determinante para a sanção da Instrução Normativa (IN) 09/2013 do Ministério da Pesca e Aquicultura, que determina como se deve estocar a espécie durante seu deslocamento. Desde dois de julho de 2014 os caranguejos são transportados soltos em caixas plásticas, com espuma umedecida no fundo. As primeiras consultas confirmaram uma mortalidade reduzida e, portanto um menor número de caranguejos transportados devido ao mercado consumidor não absorver toda aquela produção anterior. Semanalmente uma média de 20.000 caranguejos sai do porto com destino a Fortaleza. A redução das capturas pela eficiência desse transporte é uma ação mitigadora nessa cadeia produtiva altamente impactada. É um primeiro passo que trata do ambiental e que deveria culminar em ações para fortalecer a economia local, valorizando o catador de caranguejo e ribeirinhos que dependem desse recurso. Palavras-chave: Sustentabilidade, Diagnóstico, Bioecologia. Apoio: Tropical Forest Conservation Act - TFCA 88 EFEITOS DE DIFERENTES NÍVEIS PROTÉICOS NO CRESCIMENTO DE JUVENIS DE Macrobrachium pantanalense NA FASE de BERÇARIO 1,2 Eduardo DE FREITAS , Fabyanne PASSOS¹, Thainara BATISTA¹, Karla VERCESI, 1,3 1,2 Inês DOMINGUES , Ricardo CALADO³, Liliam HAYD ¹ Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS. Unidade Universitária de Aquidauana, UUA, Aquidauana-MS. ² Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – PGZOO/UEMS. ³ Universidade de Aveiro, Departamento de Biologia, Aveiro-Portugal. [email protected] O camarão de água doce do Pantanal, Macrobrachium pantanalense, é uma espécie promissora para ser utilizado na aquicultura ornamental. O objetivo desse estudo foi avaliar o crescimento de juvenis de M. pantanalense alimentados com dietas práticas isoenergéticas (3200 kcal/Kg) contendo diferentes níveis de proteína bruta (PB). Juvenis com peso médio inicial de 0,13±0,02g; Comprimento Total (CT) de 25,44±2,15mm e Comprimento de Cefalotórax (CC) de 5,45±0,57mm foram cultivados em 20 tanques de 10L em sistema de recirculação fechado dinâmico durante 90 dias. O Delineamento experimental foi ao acaso, sendo 4 tratamentos (30, 35, 40 e 45% de PB) e 5 repetições, contendo 5 animais em cada unidade experimental. Os dados foram tratados com análise de variância (ANOVA) não apresentando diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos para CT, CC, Peso, Taxa de Crescimento Específico (%/dia), Ganho de Peso Relativo (%). Todos os tratamentos apresentaram 95% de sobrevivência. Assim, recomendamos que os juvenis do camarão do pantanal sejam alimentados na fase de berçário em sistema de cultivo intensivo, com dietas contendo de 30 a 40% de PB. Palavras-chave: camarão de água doce, crescimento, dieta, pantanal, proteína Apoio: Fundect/Capes. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 89 86 NEOCARDINA H. HETEROPODA (ATYIDAE): UNA ESPECIE DE AGUA DULCE DE ALTO POTENCIAL ORNAMENTAL COM SIGNIFICATIVAS CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS 1,2 1,2 3 Laura Susana López Greco , Carolina Tropea , João Alberto F. Pantaleão , Samara de Paiva 4 1 1 4 Barros Alves , Ana Laura Tomas , Agustina Marciano , Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Maria 3 1 Lucia Negreiros-Fransozo , Nicolás Vazquez 1 Biología de la Reproducción y Crecimiento de Crustáceos Decápodos, DBBE, FCEN Universidad de 2 3 Buenos Aires, Argentina; IBBEA, CONICET-UBA, Argentina; Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos – NEBECC, Programa de Pós-graduação em Zoologia, Instituto de 4 Biociências, Botucatu, São Paulo, Brasil; Universidade Federal de Sergipe - UFS [email protected]/[email protected] El camarón de agua dulce Neocaridina h. heteropoda Liang, 2002 es una especie de actual potencial ornamental de la que toda información accesible proviene de páginas web de acuariofilia. Se inició un estudio sistematizado sobre su potencial ornamental mediante un proyecto de cooperación ArgentinaBrasil cuyo objetivo fue estudiar lãs principales características reproductivas, morfológicas, de crecimiento y vulnerabilidad nutricional. Se realizaron ensayos sobre reproducción y crecimiento a tres temperaturas en cultivos mixtos (machos y hembras) y cultivos monosexo (solo macho) y de vulnerabilidad nutricional mediante la estimación del punto de saturación de reserva y de no retorno en los estadios juveniles I y III. Los principales resultados indicaron que el rango de temperaturas de 24-32°C resulta adecuado para el crecimiento y reproducción de la especie, siendo óptima la temperatura de 28°C. En comparación, 24°C induce un crecimiento inicialmente más lento para los juveniles alcanzando similares pesos a los tres meses en cultivo mixto. En cultivo monosexo lós juveniles expuestos a menor temperatura alcanzaron mayores tamaños y mayor contenido porcentual de lípidos a los 90 días que a 28 y 32°C. Los juveniles de lós estadios I y III mostraron un índice de vulnerabilidad nutricional tendiente a 0 dado que consiguieron mudar al menos 2 veces sin alimentarse con elevada sobrevida debido a su potencial endotrófico. La alimentación a partir de los 4 días de post-eclosión (cuando han ocurrido 1 o 2 mudas) sería necesaria para el normal desarrollo posterior de los juveniles. Palabras clave: Agua dulce, Red Cherry shrimp, Atyidae, ornamentales Apoyo financiero: CAPES-MINCYT, PICT 2012 (01333), UBACYT 2011-2014 (20020100100003), PIP 2012-2014 (112-201101-00212) 90 “PROGRAMA “MULHERES MIL” DE CAPACITAÇAO DO SETOR PESQUEIRO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E O PAPEL DO CAMARÃO COMO COMPONENTE DE AGREGAÇÃO DE VALOR À CADEIA PRODUTIVA DO PESCADO - UM ESTUDO DE CASO" 1* 1 Marcelo Giordani Minozzo ; Dayse Aline Silva Bartolomeu de Oliveira ; 1 1 Maria Maschio Rodrigues Fernando Tadeu Esposito 1 IFES - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo [email protected]_br O presente trabalho tem por objetivo expor o resultado de ações implementadas no ano de 2013 pelo IFES - Campus Piúma, no âmbito do Programa “Mulheres Mil”, que ofereceu o curso de “Preparo de Alimentos” a mulheres em situação de vulnerabilidade sócio-econômica. Os objetivos alcançados foram a capacitação do setor pesqueiro e a inserção social através da geração de renda e de oportunidades de trabalho a 80 mulheres da região de Piúma. Os principais recursos utilizados foram aulas expositivas, com a utilização de material de apoio desenvolvido para essa finalidade e aulas práticas que proporcionaram a aplicação imediata dos conceitos e técnicas apresentadas para o processamento e melhor aproveitamento do pescado, manuseio e conservação do alimento, regras de higiene e elaboração de pratos - fase principal em que as receitas elaboradas contemplaram a utilização do camarão como elemento para agregar valor ao produto final. Os pratos foram elaborados com a utilização do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) capturado artesanalmente e comercializado por pescadores da região. Observou-se, através de pesquisas, que a utilização desse crustáceo nas receitas permitiu a obtenção de um preço final e o consequente retorno financeiro superior ao pescado oferecido sem esse diferencial da ordem de 20% a 40%. Tais resultados impactaram significativamente a expectativa de geração de renda complementar às famílias abrangidas pelo Programa e apresentam o crustãceo como uma alternativa viãvel de agregação de valor ã cadeia produtiva do pescado. Palavras-chave: Camarão, Crustáceo, Capacitação do Setor Pesqueiro, Agregação de Valor, Geração de Renda, Inserção Social. O presente trabalho foi desenvolviedo no ãmbito do Programa Nacional Mulheres Mil. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 91 87 EFEITO DE DIFERENTES SALINIDADES EM LARVAS DE Macrobrachium acanthurus (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) SUBMETIDAS À INANIÇÃO. 1 1 1 Maria Maschio Rodrigues , Victor Peçanha Pontine IFES - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo [email protected] Uma das fases mais complexas no cultivo de camarões de água doce é a larvicultura, que requerer a água salobra para que as larvas completem seu desenvolvimento. Esse trabalho teve como objetivo verificar a melhor salinidade para o desenvolvimento de Macrobrachium acanthurus durante os primeiros estágios de larvicultura. As larvas foram obtidas a partir de fêmeas ovígeras coletadas no Rio Benevente (Anchieta-Es). O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com quatro réplicas por tratamento. A sobrevivência e o desenvolvimento de larvas em inanição foram avaliadas em cinco tratamentos, sendo eles as salinidades de 0, 5, 10, 15 e 20 ppm. Cada parcela foi composta por 10 larvas estocadas em recipientes plásticos de 150 mL com 100 mL de água nas diferentes salinidades. Ao fim do experimento, os tratamentos com 0, 10, 15 e 20 ppm foram os que tiveram as maiores taxas de sobrevivência, entretanto no tratamento com 0 ppm 94% das larvas não evoluíram para o próximo estádio larval. O maior tempo de sobrevivência encontrado em 0 ppm ocorreu devido a não realização da ecdise, provavelmente as larvas pouparam energia e conseguiram sobreviver por mais tempo, porém, como os animais não desenvolveram adequadamente, a larvicultura com essa salinidade torna-se inviável. Quando a larvicultura é realizada em alta salinidade resulta em maior custo de produção, sendo assim, a salinidade mais indicada para os primeiros estádios de larvicultura de M. acanthurus é a de 10 ppm, onde elas apresentam maior longevidade e conseguem mudar para os próximos estádios larvais. Palavras-chave: Camarão-canela, pitu, desenvolvimento larval, inanição. Apoio Financeiro: IFES - Pibic EM. 92 VIABILIDADE DE SISTEMA RECIRCULANTE PARA CULTIVO DO CARANGUEJO ORNAMENTAL STENORHYNCHUS SETICORNIS (BRACHYURA: INACHIDAE) COM COMBINAÇÃO DE TEMPERATURA E SALINIDADE 1 2 1 Mariana Antunes , Rafael Augusto Gregati , Maria Lucia Negreiros-Fransozo 1 Universidade Estadual “Julio de Mesquista Filho”- NEBECC - Botucatu 2 Universidade Estadual do Centro-Oeste � UNICENTRO - Paraná [email protected] Esta proposta testou um sistema recirculante e estabeleceu a melhor combinação entre temperatura e salinidade para a fase de larvicultura de Stenorhynchus seticornis, espécie altamente explorada e que possui fase larval curta (somente 2 estágios de zoea e 1 megalopa). As larvas foram submetidas a tratamentos de quatro temperaturas (23, 25, 27 ou 29 °C) e quatro salinidades (25, 30, 35 ou 40) para testar o efeito dessas variáveis na sobrevivência e duração dos estágios larvais. Inicialmente três sistemas de aquários com recirculação de água e sistema de filtragem (capacidade de 500 L) foram utilizados para acondicionar os reprodutores e obter as larvas, as quais foram usadas nos experimentos. As 15 fêmeas ovígeras mantidas no sistema liberaram de 1 a 4 lotes de larvas viáveis cada, durante o período de dois meses. Um total de 960 larvas (zoeas I), provenientes de sete fêmeas, foi distribuído em lotes de 20 larvas acondicionadas em micro aquários (500ml), os quais foram vistoriados, diariamente, quanto à ocorrência de muda ou morte dos indivíduos. As larvas foram alimentadas com nauplis recém eclodidos de Artemia sp. (5 nauplius/ml). O desenvolvimento larval completo levou de 21 a 26 dias, apenas nas condições experimentais de 23°C de temperatura e 35 de salinidade, no qual 6,6% das larvas atingiram o estágio de juvenil. Em condições não controladas a sobrevivência não alcança 2%. A obtenção constante de larvas viáveis oriundas de desovas sucessivascomprova a eficácia do sistema e viabiliza futuros ensaios em escala comercial para as espécies ornamentais. Palavras-chave: larvas, exploração, tratamentos, ovígeras Apoio Financeiro: Fapesp proc. 11/19930-2; CNPq - Universal proc. 481435/2011-5; CAPES-MINCYT proc. 217/2012 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 93 88 LA PESQUERÍA DE OVALIPES TRIMACULATUS (BRACHYURA: PORTUNIDAE) EN EL GOLFO SAN MATÍAS (RÍO NEGRO, ARGENTINA) 1,2 1 1,2 Paula de la Barra , Maite Narvarte 2 CONICET, Universidad Nacional del Comahue, Escuela Superior de Ciencias Marinas, Instituto de Biología Marina y Pesquera Alte. Storni. [email protected] Desde el año 2007 se desarrolla en el Golfo San Matías (Río Negro, Argentina) una pesquería artesanal dirigida al portúnido Ovalipes trimaculatus. Se trata de la primera pesquería en el país con este recurso como especie blanco En el presente trabajo se caracteriza esta pesquería a partir de observaciones personales, de los registros oficiales de pesca y de entrevistas con pescadores. La pesca se realiza manualmente por buceo a una profundidad de 10 a 20 m. Para la captura, se utiliza cebo (restos de pescado) que se deja en el fondo marino de 2 a 24 horas, luego de las cuales se recolectan los animales atraídos al lugar. La flota está compuesta por 12 lanchas de 6,5 a 9,5 m de eslora; cada una trabaja con 2 a 5 buzos. Las capturas anuales han aumentado de 4,8 a 93,7 ton de 2007 a 2010, para luego mantenerse en 74,3 ton en promedio. De 2007 a 2013 la CPUE (toneladas/ día de pesca) osciló entre 0,5 y 0,2. La CPUE mensual ha sido mayor durante la primavera y el verano que durante el resto del año. Las capturas están compuestas principalmente por machos de más de 90 mm de ancho de caparazón. Los pescadores venden el producto sin procesar a precios entre ARS$22 y ARS$28 el kilogramo. Toda la captura es trasladada a la Ciudad de Buenos Aires (Argentina), donde se comercializa al público, sin procesar a ARS$48 el kilogramo. Actualmente la actividad está regulada a través de una Disposición del Ministerio de Producción de Río Negro que prohíbe la extracción de hembras y machos con menos de 95 mm de ancho de caparazón. Palabras clave: Pesquería de portúnidos, Pesquería artesanal, Golfo San Matías, Ovalipes trimaculatus Financiamiento: ANPCyT: PICT CONAE-CONICET N°4 94 ABUNDÂNCIA TEMPORAL DOS JUVENIS DOS CAMARÕES-ROSA FARFANTEPENAEUS BRASILIENSIS E F. PAULENSIS (DECAPODA: PENAEIDAE) NA REGIÃO DE CANANÉIA, LITORAL SUL PAULISTA 1* 1 1 1 Rogerio C. Costa ; Daphine R. Herreira , Gabriel L. Bochini ; Thiago M. Davanso , 1 1 2 João A. F. Pantaleão ; Abner Carvalho-Batista ; Sabrina M. Simões; Raphael C. Grabowski & 2 Antonio L. Castilho 1 2 LABCAM, Depto. Ciências Biológicas – FC, - UNESP “Campus Bauru” Depto. Zoologia – IB – UNESP “Campus Botucatu”. [email protected] A abundância dos juvenis de Farfantepenaeus brasiliensis e F. paulensis foi investigada, mensalmente, de julho/2012 à Junho/2014 na região de Cananéia/SP a fim de confrontá-la com o atual período de defeso do camarão (1° março à 31 de maio). As amostragens foram realizadas por meio de um barco camaroeiro com duas redes de arrasto no Mar Pequeno (MP), uma área protegida com salinidade média de 27,7±5,4 e na Área Costeira (AC) adjacente, até os 20m de profundidade com salinidade média de 32,2±2,2. A abundância de F. brasiliensis foi de 889, sendo 513 (57,7%) capturados no MP e 376 (42,3%) em AC. Já F. paulensis dos 1058, 684 (64,7%) foram capturados em MP e 374 (35,3) em AC. A maior captura ocorreu no segundo ano (jul/13 à jun/14) com 83,2% de F. brasiliensis e 94% de F. paulensis, sendo que cerca de 60% de F. brasiliensis e 83% de F. paulensis foram capturados de dez/13 à fev/14. No primeiro ano as maiores abundâncias de cada espécie (cerca de 20 camarões) ocorreram de out/12 à fev/13. Os períodos de recrutamentos de ambas as espécies não ocorreram durante a época de proibição da pesca. Na região de MP não se desenvolve a pesca devido a grande quantidade de enrosco, siris e bagres, no entanto, tais juvenis podem se deslocar, principalmente na maré baixa, para AC onde existe uma intensa pesca do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri. O presente estudo terá continuidade por mais um período anual e se o mesmo padrão permanecer, diferentes medidas de preservação destes importantes estoques deverão ser elaboradas para evitar assim a sobrexplotação já na fase juvenil. Palavras-chave: Conservação, Defeso, Distribuição, Pesca FAPESP 2010(50188-8) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 95 89 VULNERABILIDADE NUTRICIONAL DA FASE DE ZOEA DO CARANGUEJO ORNAMENTAL STENORHYNCHUS SETICORNIS (BRACHYURA: MAJIDAE) 1 1 Samara de Paiva Barros-Alves , Douglas Fernandes Rodrigues Alves , 2 3 Laura S. López-Greco , Maria Lucia Negreiros-Fransozo 1 2 Universidade Federal de Sergipe; DBBE-FCEN Universidad de Buenos Aires/IBBEA, 3 CONICET-UBA; Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” [email protected] Em larvicultura, utilizam-se períodos de inanição temporária para diminuir os custos, visto que o alimento e sua implementação representam uma parcela significativa do valor final em cultivos de escala comercial. O objetivo deste estudo foi avaliar a vulnerabilidade nutricional das zoeas do caranguejo marinho ornamental Stenorhynchus seticornis. As larvas foram submetidas aos protocolos de alimentação: experimento 1 - ponto de saturação de reserva (PSR), consistindo de tratamentos com aumento do número de dias iniciais com alimento; experimento 2 - e ponto de não retorno (PNR) consistindo de tratamentos com aumento do número de dias iniciais sem alimento; além dos tratamentos controle, com alimentação contínua (AC) e inanição contínua (IC). O tempo de desenvolvimento das zoeas I e II em AC foi de 4,44±1,18 e 5,53±0,84 dias, respectivamente, enquanto que em IC as larvas não atingiram o próximo estágio. O tempo em que 50% das zoeas I atingiram os valores de PSR50 e PNR50 foi de 4,74 e 2,88 dias, respectivamente, enquanto que das zoeas II foi de 5,43 e 4,65 dias, respectivamente. O índice de vulnerabilidade nutricional para as zoeas I e II foi de 1,65 e 0,85, respectivamente. Pode-se verificar que as zoeas I são planctotróficas, ou seja, fortemente dependente de alimento exógeno. Por outro lado, as zoeas II são menos dependente do alimento exógeno, o que permite a utilização de curtos períodos de inanição durante este estágio. Com isso, podem-se diminuir os custos na larvicultura de S. seticornis, assim como melhorar a qualidade da água com a diminuição do alimento consumido. Palavras-chave: Aquicultura ornamental, Desenvolvimento, Inanição, Mortalidade. Apoio Financeiro: CAPES-MINCYT proc. 217/2012; CNPq – Universal proc.481435/2011-5 96 AVALIAÇÃO DE MÉTODOS PARA CÁLCULO DE ABUNDÂNCIA DO CARANGUEJO UCIDES CORDATUS (DECAPODA, UCIDIDAE) NO MANGUEZAL DA ILHA DO SABOIA, CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ. 1 1 1 Thaynnan Matos de Souza Carvalho , Ana Lidia Serejo Moraes , João Marcos de Góes , 2 Lissandra C. Fernandes Góes 1 Universidade Federal do Piauí 2 Universidade Estadual do Piauí [email protected] O objetivo desse estudo é comparar as técnicas de estimativa de densidade, através dos métodos de contagem direta de galerias e captura direta de caranguejos, e avaliar o tamanho de quadrante ideal para essa estimativa. As coletas foram realizadas mensalmente de janeiro a dezembro de 2013, na 2 Ilha do Saboia, em Cajueiro da Praia, Piauí. Demarcou-se áreas aleatórias de 4m , com três 2 repetições para cada mês, e uma área distinta por mês de 25m , nos últimos seis meses, em seguida foi feita a contagem de tocas existentes em cada área isolada e a retirada dos indivíduos. Nos 2 2 2 quadrantes de 4m a densidade de tocas e indivíduos capturados foi de 1,93 tocas/m e 1,38 ind/m , 2 2 respectivamente. Na área de 25m as densidades apresentadas de tocas foi de 1,09 tocas/m e de 2 caranguejos 0,82 ind/m . Pelo teste Qui-quadrado foi possível perceber que houve diferença significativa (p>0,05) entre as proporções de tocas e caranguejos capturados naquela área. Nesse sentido, somente a contagem de tocas para definir a densidade poderia superestimar a população. Com relação às densidades das áreas, os resultados obtidos através do teste t de Student, mostraram que as densidades são estatisticamente diferentes (p>0,05), e com relação à média das 2 densidades de tocas e caranguejos capturados, estas se apresentaram superiores na área de 4m . 2 Sugere-se, portanto, que o quadrante de 4m seja o ideal, pois apresenta uma área de fácil controle para o catador, evitando erros na contagem de tocas e facilitando a captura dos caranguejos, e por ser uma área menor, demanda menos tempo e recurso financeiro. Palavras- chave: Densidade, Crustacea, Brachyura. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 97 90 IDENTIFICAÇÃO DOS ESTOQUES PESQUEIROS DO CAMARÃO SETE BARBAS XIPHOPENAEUS KROYERI (DECAPODA, PENAEIDAE) NO LITORAL DO BRASIL *1,3 2 3 , Gustavo Luis Hirose , Antonio Leão Castilho , 1 Rogerio Caetano da Costa 1 Universidade Estadual Paulista – UNESP/Bauru 2 Universidade Federal de Sergipe – UFS 3 Universidade Estadual Paulista – UNESP/Botucatu *[email protected] Thiago Maia Davanso Identificar os estoques pesqueiros para cada região de interesse é de fundamental importância para se propor planos de manejo apropriados. Estudos moleculares com o camarão Xiphopenaeus kroyeri propõem uma descontinuidade das populações entre diferentes regiões do litoral brasileiro. O objetivo do estudo é testar a hipótese de que os estoques do camarão sete barbas do Brasil se diferenciam também morfológicamente. As amostragens foram realizadas nas regiões de Natal/RN, Aracaju/SE, Macaé/RJ, Ubatuba/SP, São Vicente/SP, Cananéia/SP, Barra do Saí/SC e São Francisco do Sul/SC. Quatorze medidas morfométricas foram obtidas de cada indivíduo. O efeito de tamanho dos exemplares foi retirado utilizando a função potência. Posteriormente, os dados foram submetidos a uma Análise Discriminante. Uma matriz de classificação foi realizada para se estimar a diferença percentual entre as populações estudadas. Adicionalmente, os dois primeiros eixos discriminantes canônicos foram plotados em conjunto com o intervalo de confiança para cada grupo de dados, sendo possível visualizar as diferenças entre os grupos. Ambos os sexos apresentam diferenças significativas entre os estoques amostrados. Sugere-se que fatores ambientais (temperatura, produtividade primária, matéria orgânica, etc.) distintos entre as regiões podem modular as características morfométricas dos organismos. Esse efeito local aliado à ausência ou presença de fluxo gênico entre os estoques são as principais justificativas das diferenças populacionais. Palavras chave: Morfometria, Manejo, Pesca, Crustáceos. Apoio financeiro: CNPq; CAPES; FAPESP: # 09/54672-4 e # 10/50188-8 98 NOVA ESPÉCIE DE Hyalella SMITH, 1874 (AMPHIPODA: HYALELLIDAE) PARA O PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA, BRASIL 1 2 2 Adriana Quadra , Stella G. Rodrigues , Alessandra A. P. Bueno , André R. Senna 1 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) 2 Universidade Federal de Lavras (UFLA) 3 Universidade Federal da Bahia (UFBA) [email protected] 3 O gênero Hyalella Smith 1874 é endêmico das Américas e o Brasil tem a segunda maior diversidade para este grupo no continente. Uma nova espécie de Hyalella é descrita com material proveniente de um pequeno curso d’água, com profundidade máxima de 5 cm, no Parque Nacional do Itatiaia, próximo ao antigo Hotel Alsene, município de Itamonte, Minas Gerais (22º22'13,3"S 044º42'32,6"W), a 2.217 m de altitude. O material foi coletado com uso de rede de mão, sob pequenas rochas, associado ao sedimento. O material tipo está depositado na Coleção de Crustacea do Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e conservado em etanol 70%. O material foi previamente corado em Rosa de Bengala para separação do substrato e os apêndices e peças bucais foram dissecados e montados em lâminas permanentes de gelatina de glicerina. As ilustrações foram realizadas sob microscópio óptico com câmara clara e digitalmente preparadas em CorelDraw X6. A nova espécie possui algumas semelhanças com espécies de caverna, porém a mesma foi encontrada em ambiente epígeo. A nova espécie não apresenta caracteres necessariamente troglomórficos, como anoftalmia, despigmentação do corpo ou alongamento de apêndices torácicos e antenas. No entanto, caracteres como o urópodo 3 bastante pequeno com pedúnculo muito maior que o ramo e as duas cerdas apicais do télson reduzidas, quase ausentes, são características compartilhadas por espécies cavernícolas do gênero Hyalella, talvez representando uma forma críptica transitória. Esta é a segunda espécie do gênero conhecida para o Parque Nacional do Itatiaia. Palavras-chave: Hyalella, Amphipoda, Parque Nacional do Itatiaia. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 99 91 PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO-PEGAGÓGICO PARA AULAS PRÁTICAS EM CARCINOLOGIA UTILIZANDO CRUSTÁCEOS DECÁPODES Alessandra Angélica de Pádua Bueno¹,Wellington Donizet Ferreira¹ ¹Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais (UFLA) e-mail: [email protected]; [email protected] Para que aulas práticas funcionem como ferramentas eficientes no Ensino de Zoologia é necessário que os professores possam integrar os alunos na atividade, e fazer com que eles obtenham uma compreensão significativa dos temas abordados. Um dos modos de se fazer isso é utilizando coleções didáticas. O objetivo do presente trabalho foi produzir um manual de identificação que possa ser utilizado em práticas de Carcinologia para o estudo do grupo Decapoda, baseando-se em coleções zoológicas. Para isso foram examinados e identificados os crustáceos decápodos do acervo da coleção didática do Laboratório de Carcinologia do Setor de Zoologia/Departamento de Biologia (UFLA). Foi realizada uma catalogação dos exemplares, buscando obter informações relevantes sobre os lotes examinados. Os espécimes foram identificados até o nível de gênero e etiquetados. Os dados obtidos foram tabulados de modo a constituir um inventário dos crustáceos decápodes presentes na coleção didática e propícios para o uso em uma aula prática. O manual de aulas práticas foi elaborado seguindo três temas geradores centrais: 1) identificação do grupo Decapoda; 2) identificação dos principais táxons dentro de Decapoda; 3) identificação de famílias e gêneros dentro da infra-ordem mais diversa – Brachyura. Fotografias do material analisado, assim como, chaves de identificação também foram incluídas no manual. Esperamos que o material produzido sirva como um recurso didático de apoio que possa ser utilizado como uma ferramenta para professores direcionarem e organizarem práticas de Carcinologia. Palavras-chave: ensino em Zoologia; Decapoda; aulas práticas; metodologia de ensino; ferramenta pedagógica. 100 COULD POPULATIONS OF A FRESHWATER SHRIMP ISOLATED BY 5000 KILOMETERS CONSTITUTE A SINGLE SPECIES? A CASE OF ATYA GABONENSIS (CARIDEA: ATYIDAE) Caio M.C.A. de Oliveira, Mariana Terossi, Fernando L. Mantelatto Laboratory of Bioecology and Crustacean Systematics, Faculty of Philosophy, Sciences and Letters at Ribeirão Preto (FFCLRP), University of São Paulo (USP), Brazil. [email protected] Atya gabonensis is a conspicuous filtering freshwater shrimp usually found in fast water littoral streams with rock rich substrate. This species exhibits a deemed anfi-atlantic distribution, occurring in the western Africa from the Democratic Republic of Congo through to southern Senegal and northern Angola, and in eastern America from Venezuela to southeast of Brazil. Even so its morphology was relatively well studied before, and as a result its taxonomic status has being accepted, some reservations could be done: (1) on account of its considerable far away occurrence localities, (2) conceivable lack of gene flow; (3) lack of phylogenetic studies delimiting it position, and (4) a progressive increase of specimens collected from different and new localities since those early studies. Therefore, it is significant the exploit of the molecular genetic tools, in order to verifies the taxonomic and biogeographic status of A. gabonensis. Specimens were obtained through samples and loans from zoological collections. The COI gene was amplified by PCR techniques and sequenced. The analyses (Maximum-Likelihood and genetic divergence) evinces a closer relationship among American localities each other as well African localities are closer related, and the genetic divergence between America and Africa (intraspecific) are copious lower than those of other close related species of the genus. These evidences corroborated A. gabonensis as a single species along its great geographical distribution. Key words: anfi-atlantic, cytochrome oxidase I (COI), genetic divergence, taxonomy Financial support: IC CNPq & Pró-Reitoria de Pesquisa - USP; FAPESP BIOTA TEMÀTICO 2010/50188-8 and PD 2011/11901-3; CNPq 471011/2011-8 and 302748/2015-5; VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 101 92 GENETIC HOMOGENEITY IN POPULATIONS OF UCA THAYERI 2 Christoph D. Schubart ¹, Tânia Marcia Costa , Marcelo M. P. Tangerina 1 ¹ Biologie , Universität Regensburg, 93040 Regensburg, Alemanha [email protected] 2 Campus do Litoral Paulista, Unesp-São Vicente 3 Instituto de Química, Unesp-Araraquara, PG em Química 3 Fiddler crabs undergo long planktonic larval development in the ocean, leading to potentially unrestricted gene flow among populations in the absence of biogeographic barriers. In order to determine the population genetic structure of the mangrove fiddler crab Uca thayeri, mitochondrial Cox 1 sequence data were compared and analyzed among several Caribbean and Brazilian populations. Samples of Uca thayeri were collected in the Dominican Republic, Jamaica, and in the Brazilian states of Pará, São Paulo and Bahia. At least ten representatives of each population were included, except for populations from the Dominican Republic and Jamaica, for which only one individual of Uca thayeri was available. Mitochondrial DNA was isolated from muscle tissue of pereiopods or chelae. An alignment was constructed with 35 sequences and a length of 826 basepairs. A haplotype network was computed with TCS and AMOVA was applied to test for gene flow among populations. In total, 28 different haplotypes are clustered in one single group, diverging from one possible ancestral haplotype ht1. The three mainland populations examined (Brazil) are genetically indiscernible and gene flow was not restricted according to the AMOVA results. The Caribbean sites, Jamaica and the Dominican Republic with one individual each, showed high similarity to the populations from Brazil. Our data suggest the absence of possible barriers to gene flow between the studied sites. Key-words: Uca, Brachyura, gene flow, phylogeography, Cox1 mtDNA Apoio financeiro: CAPES/DAAD (#391/13) 102 COMPLEXO DE ESPÉCIES EM POPULAÇÕES DE TRICHODACTYLUS FLUVIATILIS (BRACHYURA: TRICHODACTYLIDAE) REVELADO POR MEIO DE ANÁLISES MOLECULARES 1 1 2 1 Edvanda A. Souza-Carvalho ; Célio Magalhães ; Fernando Luis Mantelatto Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. 2 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. [email protected] O caranguejo dulcícola Trichodactylus fluviatilis Latreille, 1828 é uma espécie endêmica do Brasil com ampla distribuição geográfica. Esse táxon apresenta uma considerável plasticidade morfológica em muitos caracteres diagnósticos, gerando, em alguns casos, dúvidas quanto à delimitação da espécie. Diante desse cenário, o presente trabalho teve como objetivo averiguar se as populações de T. fluviatilis apresentam divergências genéticas compatíveis com o nível populacional ou específico. O material analisado foi obtido por meio de coletas, visitas e empréstimos de coleções carcinológicas do Brasil. Foram obtidas sequências parciais dos genes mitocondriais 16S rRNA e citocromo c oxidase subunidade I (COI). Análises moleculares evidenciaram a formação de clados internos com altas divergências genéticas para ambos os genes utilizados. Além disso, a espécie Trichodactylus petropolitanus ficou posicionada entre clados reconhecidos morfologicamente como T. fluviatilis. Tal estruturação genética, aliada ao polimorfismo morfológico, mostrou claramente que a espécie reconhecida morfologicamente como T. fluviatilis não forma um grupo monofilético, podendo ser considerada um complexo de espécies que precisa de consideráveis ajustes taxonômicos. Palavras-chave: caranguejo de água doce, divergência genética, variabilidade. Apoio financeiro: CAPES, CNPq (471011/2011-8; 490314/2011-2), FAPESP (Temático BIOTA 2010/50188-8). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 103 93 TAXONOMIA MOLECULAR EVIDENCIA NECESSIDADE DE AJUSTES NA DIAGNOSE DE Macrobrachium brasiliense E M. nattereri (CARIDAE. PALAEMONIDAE) Elis Regina Mesquita¹; Natália Rossi²; Fernando L. M. Mantelatto³ Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FFCLRP/USP)¹ [email protected] As espécies Macrobrachium brasiliense e M. nattereri compartilham muitos caracteres morfológicos, sendo distinguidas por variações no rostro, no segundo par de pereópodos e no telson. Contudo, a existência de uma grande variabilidade Intraespecífica, comum a outras espécies congêneres, normalmente dificulta a delimitação destes dois táxons. Estudos anteriores baseados em dados morfométricos não possibilitaram a separação de ambas. Tal condição estimulou a realização de um estudo comparativo por meio de análises morfológicas e moleculares, a fim de estabelecer o limite taxonômico entre estas duas espécies. Até o momento foram analisados 50 indivíduos, de diferentes regiões do país (Pará, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo). Alguns destes indivíduos não receberam uma identificação precisa, pois apresentam características diagnósticas de ambas as espécies. Por exemplo, foram encontrados indivíduos diagnosticados como M. nattereri com menos de 11 dentes na margem superior do rostro (característica de M.brasiliense) e indivíduos de M. brasiliense com os espinhos distais do telson ultrapassando a margem distal (característica de M. nattereri). Desse modo, o gene mitocondrial 16S foi amplificado e sequenciado em 20 exemplares com tais características. Averiguou-se a variabilidade genética entre eles e com base nos valores interespecífico e intraespecífico, confirmou-se a identificação previa, constatando-se a necessidade de ajustes nos caracteres morfológicos que definem cada uma destas espécies. Palavras chave: Taxonomia, Macrobrachium, divergência genética. Apoio financeiro: FAPESP BIOTA TEMÁTICO 2010/50188-8; CNPq/PIBIC, CAPES. 104 BIODIVERSIDADE E LIMITES BIOGEOGRÁFICOS DE ANOMUROS NO ATLÂNTICO OCIDENTAL: NOVAS DESCOBERTAS A PARTIR DA TAXONOMIA MOLECULAR Fernando L. Mantelatto; Juliana Paixão; Mariana Negri; Tatiana Magalhães; Bárbara Matos; Raquel C. Buranelli; Ivana Miranda; Mariana Terossi Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos (LBSC), Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), Universidade de São Paulo (USP), [email protected] Este estudo é parte de um amplo projeto sobre a biodiversidade de crustáceos decápodes do estado de São Paulo, cujo objetivo é averiguar a eficiência da aplicação de técnicas moleculares, aliadas às análises morfológicas, na identificação desses animais em ambientes estuarinos, costeiros e marinhos. Para a infraordem Anomura, visa-se a coleta das 55 espécies reportadas para a costa de São Paulo e a obtenção de sequências parciais dos genes Citocromo Oxidase I (COI, barcoding) e 16S para cada uma delas, objetivando a construção de uma biblioteca genômica, e a solução de problemas taxonômicos, e análises filogenéticas e populacionais. Até o momento, 65% das espécies reportadas foram coletadas e sequências de 44% e 75% dessas espécies foram obtidas para os genes COI e 16S, respectivamente. A partir dos dados gerados até o momento, comprovou-se a validade taxonômica de duas espécies morfologicamente similares da família Hippidae, Emerita brasiliensis e E. portoricensis, com ampliação de ocorrência para o estado do Espírito Santo desta última. Constatou-se a existência de duas espécies crípticas de ermitão, anteriormente designadas como Clibanarius vittatus, o que conduziu à revalidação da espécie C. symmetricus. O status taxonômico de duas espécies de porcelanídeos, Pachycheles laevidactylus e P. chubutensis, foi elucidado, Esses resultados evidenciam a efetividade da integração de análises moleculares e morfológicas para o estudo da diversidade dos Anomura, bem como tem gerado informações substanciais para futuros projetos que visem a conservação e manutenção dessa fauna. Palavras chave: Anomura, Barcoding, Emerita, Clibanarius, Pachycheles Agência Financiadora: FAPESP (BIOTA Temático 2010/50188-8) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 105 94 REDESCRIPTIONS AND NEW RECORDS OF TWO SPECIES OF ISOPODA BOPYRIDAE (CRUSTACEA: ISOPODA: EPICARIDEA) FROM BRAZIL 1 1 2 Ivanklin Soares Campos-Filho , Felipe Bezerra Ribeiro , Luis Ernesto Arruda Bezerra 1 2 UFRGS, UFERSA The isopods of the family Bopyridae Rafinesque, 1815 includes about 500 species and has worldwide distribution. Commonly Bopyrid isopod parasitizes the branchial chamber or the abdomen of adult’s decapod crustaceans. We have recently examined large material from the states of Ceará (CE) and Bahia (BA). Two species were recognized Probopyrus palaemoni Lemos de Castro & Brasil-Lima, 1976 from Canavieras, BA parasitizing the freshwater shrimp Palaemon pandaliformes (Stimpson, 1871), and Parathelges foliatus Markham, 1972 from Camocim, CE parasitizing the hermit crab Clibanarius vittatus (Bosc, 1802). Probopyrus palaemoni was recognized by the shape of first oöstegite, maxilliped and telson; this species has previous records from Rio de Janeiro; Parathelges foliatus was recognized by the shape of first oöstegite, presence of three sharp lateral processes in the head, and the pendunculated pleopodal exopodites rounded at the end; this species has previous records from Port of Spain, Trinidad and Tobago. The species Probopyrus palaemoni constitutes a further record to the northeastern Brazil, and Parathelges foliatus is the first record to Brazil. In order to overcome deficiencies in the existing descriptions, both species were redescribed and illustrated to further recognition. Key words: Bopyridae, Probopyrus, Parathelges, new records, Brazil. Financial support: CAPES, CNPq. 106 AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE DE SEIS LOCOS MICROSSATÉLITES EM POPULAÇÕES DE Ucides cordatus DOS MUNICÍPIOS DE ILHA COMPRIDA E UBATUBA - SP, BRASIL. Jaíra Bento do Prado¹, Fabiola Cristina Ribeiro de Faria¹, Alexandre Wagner Silva Hilsdorf¹ ¹ Universidade de Mogi das Cruzes [email protected] Os marcadores moleculares são ferramentas que auxiliam na compreensão da diversidade e da estrutura genética de populações, o acesso direto ao DNA de muitos espécimes, permite o avanço do conhecimento em genética de populações e evolução, que é essencial para a elaboração de planos de melhoramento genético e para projetos de conservação. Os marcadores microssatélites são codominantes, multialélicos e com alta heterozigosidade, considerados ideais para estimar parâmetros genéticos de populações vulneráveis como as do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) e para a compreensão de padrões de fluxo gênico e parentesco. O presente estudo teve como objetivo avaliar a funcionalidade de 6 locos microssatélites: P2D8- CAF6- P2D3- CAG7- 11AH12- CAC12, propostos por Varela et al. (2009), entre populações de U. cordatus dos municípios de Ilha Comprida e Ubatuba, situados no Estado de São Paulo, Brasil. Foram coletados 10 indivíduos de cada localidade para análise molecular, a amplificação foi realizada através da técnica de PCR. Os resultados foram positivos para 5 dos 6 locos testados. Os resultados obtidos servirão para genotipagem em sequenciador automático para analisar a variabilidade genética entre essas populações e poderão auxiliar no estabelecimento de políticas de manejo adequadas para a manutenção da variabilidade da espécie e para uma exploração sustentável, já que U. cordatus possui grande valor comercial e uma crescente exploração. Palavras-chave: Genética de população; Marcadores microssatélites; Ucides cordatus. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 107 95 RELAÇÕES FILOGENÉTICAS EM EPIALTINAE (CRUSTACEA: BRACHYURA: MAJOIDEA) BASEADAS EM MORFOLOGIA LARVAL 12 2 Jéssica Colavite , William Santana Universidade Regional do Cariri, Rua Cel. Antônio Luis, 1161 - Pimenta - Crato/CE, Brasil, CEP 2 63.100-000; Laboratório de Sistemática Zoológica, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Sagrado Coração, Rua Irmã Arminda, 10-50, Jd. Brasil, Bauru – SP, Brasil, CEP: 17011-160. [email protected] 1 A classificação das subfamílias e gêneros de Epialtidae por vezes não é clara, sofrendo frequentes alterações, raramente baseadas em informações filogenéticas. Como muitos outros grupos de majóideos, Epialtinae nunca teve seu monofiletismo demonstrado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o monofiletismo de Epialtinae com base em dados morfológicos de larvas. Para a construção da matrix foram utilizadas 11 espécies de Epialtinae que possuem descrição completa disponível e como grupo externo foi selecionado Stenocionops furcatus. Na composição dos caracteres utilizamos os dados disponíveis na literatura totalizando 54 caracteres. Foi obtida 1 árvore com 114 passos. O índice de consistência (CI) foi de 69 e o índice de retenção (RI) foi de 51. Epialtinae ficou suportado por 7 sinapomorfias. A árvore mais parcimoniosa obtida foi (Stenocionops furcatus ((Leucippa pentagona ((Taliepus dentatus (Acanthonyx scutiformis (A. lunulatus Epialtus bituberculatus)))(Pugettia marissinica (P. intermedia P. quadridens ))))(Menaethius monoceros (E. brasiliensis E. dilatatus)))). Para este conjunto de dados conseguimos resgatar o monofiletismo de Epialtinae. Contudo, dentro deste grupo apenas Pugettia se mostrou monofilético. Dentre as espécies analisadas Menaethius monoceros é a mais basal do grupo. Apesar dos resultados promissores, a falta de informações de descrição larval na literatura dificulta a comparação e identificação de carateres, sendo necessário um maior detalhamento do desenvolvimento dentro dos majóideos como um todo. Palavras-chave: Decapoda, Epialtidae, Filogenia Apoio financeiro: FAPESP Proc. N° 2013/01201-0 108 GENETIC COMPARISON OF THE COMMERCIAL SWIMMING CRAB CALLINECTES DANAE (PORTUNIDAE) FROM TWO BIOGEOGRAPHIC PROVINCES ALONG THE BRAZILIAN COAST 1 1 1 2 Mateus Lopes *, Rafael Robles , Mariana Negri , Cléverson Rannieri Meira dos Santos , 1 Fernando Luis Mantelatto 1 Universidade de São Paulo, FFCLRP 2 Museu Paraense Emílio Goeldi * [email protected] Callinectes danae presents a wide geographical distribution, being found from North Carolina to southern Brazil, including Bermuda and the east side of the Yucatan Peninsula. Its distribution expands into four biogeographic provinces (BPs), Argentinean, Brazilian, Caribbean and Carolinian. In Brazil, this species occurs in the Brazilian as well as the Argentinean BPs which are under the influence of two important ocean currents, the Brazilian (warm) and the Malvinas (relatively cold). The difference in temperature between these two currents acts as a thermal barrier to many crustacean species. Those of the genus Callinectes are known to have 6-8 planktonic larval stages with distribution affected by salinity and temperature. Based on these aspects, it is hypothesized that gene flow among populations of C. danae distributed along these two BPs might be disrupted or at least limited. In this way, we test this hypothesis by analyzing genetic variability of C. danae along the coast of Brazil, using two molecular markers (COI = 650bp and 16S = 550bp). To date, 54 specimens from 20 localities were sequenced. These sequences showed low genetic divergence (0,000-0,5396% for the 16S; 0,000-0,7353% for the COI) thus rejecting the hypothesis of isolation among the sampled populations. The inclusion of individuals from other localities within the Brazilian coast and the addition of specimens from some other BPs certainly would provide a more complete understanding of the dynamics of gene flow for this species. Key-words: Brachyura, DNA barcoding, 16S and COI mtDNA genes. Financial support: PNPD/CAPES Proc. Nº 2823/2013 to ML; FAPESP: Proc. Nº 2013/05663-8 to RR; Proc. Nº 2012/06300-3 to MN; Proc. Nº 2010/50188-8 to FLM. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 109 96 Atualização do conhecimento sobre a fauna de Majoidea (Crustacea, Decapoda, Brachyura) na costa brasileira Mônica Sales dos Santos¹, Aline Rossiée Piveta¹, William Santana² Universidade do Sagrado Coração [email protected] Os crustáceos estão distribuídos em 6 classes, 13 subclasses e 50 ordens onde os Decapoda formam o grupo mais conhecido e diversificado, com cerca de 15.000 espécies, incluindo os camarões, lagostas, siris e caranguejos. No Brasil, Majoidea é representado por aproximadamente 90 espécies e é composta pelos conhecidos caranguejo-aranha. Esse trabalho busca conhecer as espécies de Majoidea e sua atual distribuição na costa brasileira abrangendo desde o Amapá até o Rio Grande do Sul incluindo Fernando de Noronha, através de uma extensiva revisão bibliográfica, onde foram incluídos artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais durante o período de 1998 a 2014. Foram atualizadas as áreas de ocorrência das seguintes espécies: Acanthonyx petiverii, Anasimus latus, Anomalothir furcillatus, Apiomithrax violaceus, Arachnopsis filipes, Chorinus heros, Collodes armatus, C. inermis, C. rostratus, C. trispinosus, Epialtus bituberculatus, E. brasiliensis, Euprognatha limatula, Herbstia depressa, Libinia spinosa, Macrocoeloma camptocerum, M. eutheca, M. laevigatum, M. septemspinosum, M. trispinosum, Metoporhaphis calcarata, Microlissa brasiliensis, Microphrys interruptus, Mithraculus coryphe, M. sculptus, Mithrax caribbaeus, M. hispidus, M. tortugae, M. verrucosus, Nemausa acuticornis, Nibilia antilocapra, Paradasygyius tuberculatus, Picroceroides tubularis, Podochela algicola, P. atlântica, P. brasiliensis, P. minúscula, P. riisei, Rochinia confusa, R. umbonata, Stenocionops spinimana, S. spinosissima, Stratiolibinia bellicosa, Teleophrys ornatus eTyche potiguara. Palavras-chave: Crustáceos, Decapoda, Majoidea. 110 TAXONOMY ASPECTS OF THE ROCK SHRIMPS SICYONIA (DENDROBRANCHIATA: SICYONIIDAE), WHICH OCCUR ON THE WESTERN ATLANTIC, INFERRED FROM MOLECULAR PHYLOGENIES Natália ROSSI & Fernando L. MANTELATTO Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos (LBSC), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FFCLRP/USP) [email protected] Sicyonia H. Milne Edwards, 1830 is the only genus of the family Sicyoniidae, in which are recognized one fossil and 52 living species with worldwide distribution. There are 22 species in Americas, 14 occurring on Pacific coast and nine on Atlantic. In spite of apparent absence of gene flow due to geographic isolation between populations of the Atlantic and Pacific, some species have occurred on both coasts or they were misidentified. Consequently, their taxonomic boundaries are not totally clear. To investigate some of these cases we are realizing a taxonomic revision of species of the genus Sicyonia that occurred on Atlantic coast integrated with different tools to analyses morphological and molecular. From these data, phylogenetic hypothesis among members of this group were generated by Bayesian Inference and Maximum Likelihood based on the concatenated genes, 16S and Cytochrome oxidase 1 (CO1) mtDNA. Until now, 137 exemplars from 15 species of the different localities on Atlantic coast were analyzed. Our findings show a good resolution of the phylograms and the divergence between the studied species could be verified by high intraspecific variation of the morphological and molecular characters. Key words: Sicyonia, Taxonomy, Molecular CAPES; FAPESP BIOTA 2010/50188-8 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 111 97 EVOLUTIONARY RELATIONSHIPS AMONG MUD SHRIMPS OF THE FAMILY UPOGEBIIDAE DETERMINED FROM MULTI-GENE ANALYSES 1* 2 3 4 Rafael Robles , Darryl L. Felder , Peter C. Dworschak , Gary C.B.Poore , 1 Fernando L. Mantelatto 1 2 3 University of São Paulo (USP), FFCLRP, Brazil; University of Louisiana, Lafayette; Dritte 4 Zoologische Abteilung, Naturhistorisches Museum, Wien; Department of Natural Sciences, Museum of Victoria. * [email protected] The family Upogebiidae is highly diverse and widely dispersed, with more than 140 recognized species, 40 of which can be found in the Americas. In spite of this high diversity, phylogenetic relationships within this group remain poorly understood. Recent molecular studies suggest that the most common genus of this family, Upogebia, is paraphyletic. However, those studies include only a few representatives of the family. We used both mitochondrial and nuclear DNA sequence data to infer phylogenetic relationships among available genera of Upogebiidae based on Maximum Likelihood and Bayesian phylogenetic methods. Our study includes more than 50 species representing 7 genera of Upogebiidae as follow: Acutigebia, Aethogebia, Austinogebia, Gebiacantha, Pomatogebia, Upogebia, and Wolffgebia, with other representatives of Gebiidea as outgroups. We used the reconstructed phylogenies to evaluate current taxonomy within Upogebiidae. Though the analysis is currently biased to representatives from the Americas (25 species), species from Indian and Pacific Ocean sites have been included for initial insights into biogeography of American representatives. Molecular phylogenetic trees were based upon each of the individual four genes as well as a concatenated dataset of all four. In all cases, we found the phylogeny of mud shrimps to be in substantial conflict with the current taxonomy; some of the included genera are not monophyletic and generic assignments will be required. Key-words: molecular phylogeny, Upogebiidae. Financial Support: PDJ-CNPq (500460/2010-8), FAPESP (2013/05663-8) to RR; FAPESP (2002/08178-9 and 2010/50188-8), CNPq (Research Scholarship PQ 302748/2010-5; 471011/20118) to FLM; U.S. National Science Foundation (BS&I DEB-0315995 & DEB/AToL EF-0531603) to DLF. 112 NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Boca LOWRY & STODDART, 1997 (AMPHIPODA: LYSIANASSOIDEA: ARISTIIDAE) ASSOCIADA A ECOSSISTEMA DE CORAIS MESOFÓTICOS PARA O SUDOESTE DE PORTO RICO, MAR DO CARIBE 1 1 2 3 4 Rayane Sorrentino , Tapas Chatterjee , Nikolaos V. Schizas , André R. Senna 2 3 Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA); Indian School of Learning; University of Puerto 4 Rico; Universidade Federal da Bahia (UFBA) E-mail: [email protected] Aristiidae Lowry & Stoddart, 1997 é uma família de Amphipoda Lysianassoidea distribuída ao redor do mundo, com cerca de 30 espécies agrupadas nos gêneros Aristias Boeck, 1871, Boca Lowry & Stoddart, 1997, Memana Stoddart & Lowry, 2010, Perrierella Chevreux & Bouvier, 1892 e Pratinas Stoddart & Lowry, 2010. Até agora, quatro espécies de Boca foram descritas: B. campi Lowry & Stoddart, 1997, B. elvae Lowry & Stoddart, 1997, B. megachela Lowry & Stoddart, 1997, Golfo do México, e B. normae Ortiz et al., 2012, Cuba. O material examinado inclui 2 espécimes depositados no Museu de Zoologia da UFBA, em etanol 70%. A nova espécie descrita pode ser distinguida das demais por apresentar: maxila 2, placa externa, margem apical com 1 cerda plumosa e 6 simples, placa interna, margem apical com 4 cerdas plumosas e 4 simples; maxilípede, placa interna com 2 longas cerdas simples apicais, placa externa cerca de 3X mais longa que larga, palpo, artículos fracos, subiguais em comprimento, artículo 2 apicalmente truncado; gnatópode 1, própodo levemente alongado, cerca de 2,5X mais longo que largo, palma muito reduzida, dáctilo alcançando 1/3 da margem posterior; gnatópode 2, carpo alongado, cerca de 3,7X mais longo que largo, fracamente cerdoso, própodo, ângulo palmar levemente projetado, subagudo, dáctilo proximalmente aumentado; pereópodo 5, base amplamente expandida posteriormente, margem posterior arredondada e lisa, lobo póstero-ventral pouco desenvolvido. A descrição da nova espécie amplia para cinco a diversidade do gênero, além de ser o primeiro registro do mesmo para Porto Rico. Palavras-chave: Amphipoda, Lysianassoidea, corais. Apoio Financeiro: CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 113 98 LEVANTAMENTO DA FAUNA DE DECÁPODOS (CRUSTACEA: DECAPODA) NOS MANGUEZAIS DO RIO PACOTI (CEARÁ), BRASIL 1 1 1 Rute Xavier Franca ; Yago Barros Lima ; Hugo Pereira do Nascimento ; Ricardo Paulino 1 2,3 1,2 2 Barbosa ; Luis Ernesto A. Bezerra ; Helena Matthews-Cascon & Alexander Cesar Ferreira 1 Departamento de Biologia, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, 2 Brasil; Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Instituto de Ciências do Mar 3 (LABOMAR), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil; Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. [email protected] O Rio Pacoti é um dos mais importantes rios que cortam a região metropolitana da cidade de Fortaleza. Sua bacia fluvial apresenta uma superfície de 1800 Km2 e, em sua área estuarina, uma área estimada em 150 ha de manguezal. Em grande parte, o Rio Pacoti é uma Área de Preservação Permanente (APA), e os seus manguezais vêm se recuperando do desmatamento ao longo dos últimos anos. As florestas de mangue são compostas pelas espécies Rhizophora mangle, Laguncularia racemosa, Avicennia germinans e A. schaueriana. Estudos sobre composição florística e de aspectos hidrodinâmicos e sedimentológicos são conhecidos para a região. Contudo, apenas um estudo sobre a composição da macrofauna bentônica foi realizado no local, no fim dos anos de 1980. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento da carcinofauna presente nos manguezais do Rio Pacoti. Coletas manuais foram realizadas na região de mesolitoral das florestas de mangue em períodos de mares baixa diurnas de sizígia. Doze espécies de Brachyura, uma de Anomura e uma de Caridea foram coletadas. Entre os Brachyura, foram coletados 1 Xanthoidea, 5 Grapsoidea e 6 Ocypodoidea. Os Grapsoideos Sesarma curacaoense e Pachygrapsus gracilis constituem os primeiros registros dessas espécies para o Estado do Ceará, preenchendo um hiato de sua distribuição entre Maranhão e Rio Grande do Norte. As espécies mais abundantes foram Pachygrapsus gracilis, Goniopsis cruentata, Uca (Celuca) cumulanta, U. (Minuca) thayeri e U. (M.) rapax. Os bosques de R. mangle e L. racemosa foram os mais ricos em espécies de Brachyura. Palavras-chave: Decapoda, Rio Pacoti, primeiros registros, Ceará. Apoio: PNPD/CAPES 114 VARIABILIDADE POPULACIONAL DO ERMITÃO CALCINUS TIBICEN (ANOMURA: DIOGENIDAE): ATLÂNTICO NORTE VERSUS BRASIL Silvia Sayuri Mandai¹, Raquel Corrêa Buranelli¹, Christoph D. Schubart², Fernando Luis Mantelatto¹ ¹FFCLRP - Universidade de São Paulo ²Universität Regensburg [email protected] São conhecidas evidências de elevada divergência genética entre populações de crustáceos decápodes marinhos com ampla distribuição geográfica, principalmente para aquelas do Atlântico Ocidental, de forma que essas espécies constituem bons modelos para análises sobre variabilidade intraespecífica. Assim, esse estudo buscou avaliar a variabilidade populacional entre indivíduos do ermitão Calcinus tibicen distribuídos no Atlântico Norte (acima da Venezuela) e no Brasil. A variabilidade genética foi verificada por meio da construção de uma rede de haplótipos e a diferenciação genética das populações, por meio da Análise de Variância Molecular (AMOVA), a partir de sequências parciais do gene mitocondrial COI (Citocromo Oxidase I) de 33 espécimes, procedentes de 14 localidades. As sequências foram obtidas seguindo-se protocolos de extração, amplificação, purificação e sequenciamento. A rede de haplótipos obtida indicou a separação de dois grupos bem definidos que não compartilham haplótipos e separados por 41 passos mutacionais. A formação desses grupos, sendo um constituído por indivíduos do Brasil e outro por indivíduos do Atlântico Norte, foi corroborada com a AMOVA, a qual indicou que a maior parte da variação genética (94,19%) ocorre entre os dois grupos e apenas 0,45% da variação ocorre entre as populações de cada grupo, sugerindo fluxo gênico restrito entre essas duas regiões. Essa separação pode ser validada pela presença da foz do rio Amazonas, a qual coincide com o hiato de distribuição da espécie, constituindo uma importante barreira fisiológica para o grupo. Palavras-chave: genética de populações, rede de haplótipos, variação genética. Apoio Financeiro: FAPESP: Biota Proc. Nº 2010/50188-8; IC Proc. 2014/10639-1; DD Proc. 2012/06299-5 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 115 99 DIVERSIDADE E ESTRUTURAÇÃO GENÉTICA DE POPULAÇÕES DO CARANGUEJO INSULAR JOHNGARTHIA LAGOSTOMA (DECAPODA: GECARCINIDAE) EM ILHAS DO ATLÂNTICO SUL 1,4 2,4 3 Simone Maria de Albuquerque Lira , Caio Bruno Ribeiro Falcão , Ralf Schwamborn ; 4 Rodrigo Augusto Torres ¹Programa de Pós-graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, ² Programa 3 de pós-graduação em Genética, Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de 4 Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Laboratório de genômica Evolutiva e Ambiental, Departamento de Zoologia, Universidade Federal de Pernambuco. [email protected] O estudo da conectividade genética entre populações do caranguejo Johngarthia lagostoma foi realizado para Fernando de Noronha (FN), Atol das Rocas (AR) e Trindade (TR). O sequenciamento da região controle de 50 espécimes gerou um fragmento de 638 pares de base. A diversidade haplotípica foi alta (0,99) quando comparadas entre as ilhas. Foram registrados 48 haplótipos nas populações. Análises feitas através de AMOVA revelaram uma alta estruturação, indicando uma maior variância genética dentro das populações. Os FSTs par-a-par mostraram uma maior diferença entre as populações de FN e AR quando comparadas com a de TR. A estruturação genéticoevolutiva foi recuperada pela topologia de Neighbour joining e pela rede haplotípica com as sequencias da região controle. As análises de distribuição Mismatch indicaram que as populações do caranguejo sofreram uma expansão durante o seu passado evolutivo recente quando analisadas em conjunto. Já os perfis demográficos das populações TR e AR indicaram uma expansão estacionária quando analisadas separadamente. Contudo, nenhuma população sofreu gargalo na sua história evolutiva. Os resultados obtidos mostraram que as populações de J. lagostoma apresentam uma alta variabilidade genética sugerindo um bom status de conservação em termos de potencial evolutivo. A maior conectividade entre as populações FN e AR, sugerem a população TR como um isolado geográfico em relação às demais. Estas evidências sugerem que a população da Ilha de Trindade seja tratada como uma unidade de manejo diferente em relação às demais em termos conservacionistas. Apoio Financeiro: Financiando pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza (processo 0959/20122), e auxílio do CNPq (Bolsa de doutorado SMAL e bolsa de Produtividade em Pesquisa de RS e RAT) e do INCT Ciências do Mar em Ambientes Tropicais (processo CNPq 565054 / 20104). 116 MORPHOLOGY OF THE LARVAL STAGES OF DAMITHRAX TORTUGAE (BRACHYURA: MITHRACIDAE) AND ITS CURRENT TAXONOMICAL STATUS 1 1 2 1 Tatiana Magalhães ; Edvanda A. Souza-Carvalho ; José A. Cuesta ; Renata Biagi ; 1 Fernando L. Mantelatto . 1 Faculty of Phylosophy, Sciences and Letters at Ribeirão Preto (FFCLRP), University of São Paulo 2 (USP). ICMAN-CSIC, Avda. República Saharaui, 2, Puerto Real, Cádiz, Spain [email protected] The current taxonomical status of the spider crabs Damithrax tortugae and D. hispidus is a matter of debate. Recent data point out to the validity of both names as to the recently proposed genus Damithrax. Intending to bring new information on the knowledge of these species we conducted a study on post-embryonic stages of D. tortugae and compared their morphology with described zoea of other Mithracidae species, including D. hispidus. The ovigerous female of D. tortugae was collected in Ilha das Palmas, Ubatuba, State of São Paulo, Brazil and kept in laboratory until hatching. Larvae were fixed with 80% ethanol and 4% formaldehyde. The larval development of Damithrax consists in two zoeas and one megalopa stage. For larval description and measurements 10 larvae of Zoea I, two Zoea II and one Megalopa we used. The main morphological differences observed among analyzed species for the Zoea I were in the ventral margin of carapace, and setation pattern of coxal endite and endopod of maxillule, coxal endite of maxilla and number of setae in the endopod of second maxilliped. For the Zoea II the differences were also in the number and arrangement of setae in the basial endite and endopod of maxillule, basial and coxal endite of maxilla and endopod of second maxilliped. Therefore, larval morphology corroborates the taxonomic validity of D. tortugae and D. hispidus. Key-words: Taxonomy, larvae. Support: FAPESP (BIOTA 2010/50188-8), CAPES (DR e CIENCIAS DO MAR II). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 100 A SUBORDEM PYGOCEPHALOMORPHA† (MYSIDA) NO BRASIL: DIFICULDADES TAFONÔMICAS E FILOGENÉTICAS 117 1 1 1 Thiago Maia Davanso , Paula Giovana Pazinato , Renato Pirani Ghilardi 1 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho [email protected] Crustáceos Pygocephalomorpha são comuns nas faunas aquáticas do Paleozoico Tardio, em ambientes marinhos, salobros e de água doce. O registro fóssil é cosmopolita e restrito ao Permocarbonífero (± 358 Ma a ± 272 Ma). No Brasil o grupo ocorre na Formação Irati (Artinskiano, Bacia do Paraná), cuja litologia representa um mar epicontinental raso. A sistemática dos táxons brasileiros é controversa, devido a descrições incompletas de amostras fragmentadas. Este trabalho amplia o conhecimento dos pigocéfalomorfos brasileiros. As amostras foram coletadas no afloramento Passo do São Borja, município de São Gabriel, RS, e depositadas na coleção do Museu de Paleontologia da UFRGS. Os calcilutitos contém 22 crustáceos silicificados, 6 deles em posição ventral. Nestes, observa-se na porção torácica 7 pares de estruturas subretangulares, sendo que do primeiro par partem grandes placas subovais, interpretadas como maxilípodos, e, dos pares restantes, toracópodos. O abdome está dobrado em direção ao tórax e são visíveis os dois últimos segmentos abdominais, urópodos birremes e um télson subtriangular. As estruturas pareadas subretangulares no tórax são interpretadas como oostegitos, diferindo dos esternitos subtriangulares encontrados na maioria dos pigocéfalomorfos preservados ventralmente. As dificuldades filogenéticas provêm de atributos tafonômicos, os processos de fossilização destes crustáceos, que podem obliterar caracteres diagnósticos, gerando tafotáxons. Este registro, inédito para a Bacia do Paraná, é uma evidência da proximidade filogenética dos táxons brasileiros com Mysida. Palavras-chave: Pygocephalomorpha, Mysida, fóssil, Paleozoico, Bacia do Paraná. 118 REVISÃO TAXONÔMICA DO GÊNERO COLLODES STIMPSON, 1860 (DECAPODA: BRACHYURA: MAJOIDEA) 1 1 2 William Santana & Marcos Tavares Laboratório de Sistemática Zoológica, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade 2 Sagrado Coração – USC; Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo- USP. [email protected] Majoidea é um grupo grande, com aproximadametne 1000 espécies conhecidas no mundo. No Brasil, a diversidade deste grupo chega a quase 90 espécies. Dentro deste contexto, Collodes é um gênero de caranguejos-aranha endêmico das Américas, ocorrendo tanto no Oceano Atlântico quanto no Pacífico. Espécies deste gênero são encontradas desde águas rasas até mais de 680 m de profundiade. Contudo, muitas destas espécies são conhecidas apenas da localidade tipo ou de áreas próximas a estas localidades. Além disso, a definição do gênero, bem como de muitas espécies é bastante parca, necessitando de revisão e redescrição em muitos casos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi rever a taxonomia e padrões de distribuição deste grupo nas Américas. Atualmente, Collodes conta com 14 espécies, sendo que, apenas quatro são encontradas em águas brasileiras. Além do pequeno número de espécies no Brasil, nossas observações indicam que, Collodes armatus não ocorre aqui e é conhecida apenas da localidade tipo. Lectótipos são designados para duas espécies e uma chave de identificação para o gênero é proposta. Palavras-chave: Majidae, Inachoididae, Inachoidinae, Sistemática. Auxílio financeiro: FAPESP Proc. N° 2013/01201-0. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 119 101 O CARANGUEJO GONIOPSIS CRUENTATA (CRUSTACEA, BRACHYURA) NO MANGUEZAL DA PRAIA DE MACAPÁ, PIAUÍ: RAZÃO SEXUAL. 1 1 André Silva Martins , Mirian dos Santos Mendes , João Marcos de Góes 1 Universidade Federal do Piauí [email protected] 1 Este trabalho tem como objetivo a analise da razão sexual do caranguejo Goniopsis cruentata no estuário do rio Camurupim. A coleta de Goniopsis cruentata foi realizada de setembro de 2004 a o o agosto de 2005, na praia de Macapá (02 54 '49,2" S e 04 26' 56,2" W), que está localizada nas proximidades da foz do rio Camurupim que separa as praias de Barra Grande e de Macapá, Piauí. Os caranguejos foram determinados quanto ao sexo e mensurados em relação a largura da carapaça. Foram capturados 332 machos e 297 fêmeas resultando em um total de 629 indivíduos. Os caranguejos foram distribuídos em classes de tamanho de acordo com a formula de Sturges (I = 1 + log2 n). Foi determinado 10 classes de tamanho com amplitude de 3,9 mm, com variação da classe 1 (17,3 [—] 21,2 mm) a classe 10 (52,4 —] 56,1 mm). O teste de ajuste de bondade (Qui-quadrado) foi utilizado para determinação da proporção de machos e fêmeas. A razão sexual encontrada para Goniopsis cruentata foi de 1,12 : 1 (M:F), não apresentando diferença significativa (p>0,05) o que é próximo do esperado 1:1, discutido amplamente na literatura como ideal para populações naturais. Na última classe de tamanho não ocorreu a presença de fêmeas e em 50% das classes houve diferenças entre os sexos, mas esse resultado não influenciou na razão sexual da espécie na região de manguezal da praia de Macapá. Apesar de que a espécie já começa a ser capturada pelas populações ribeirinhas como fonte alternativa de alimento isso não afeta a razão sexual e atualmente pode ser considerada uma influencia antrópica de baixo impacto. Palavras-chave: Bioecologia, distribuição, Crustacea. 120 O CAMARÃO SETE BARBAS, Xiphopenaeus khoyeri (DECAPODA:PENEIDAE): UM CRUSTÁCEO OSMORREGULADOR OU OSMOCONFORMADOR? Mota, A.C.R¹, Mantoan, P.V.L¹, Giraldelli, G.A.F, Augusto, A¹ ¹Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP – Campus do Litoral Paulista. [email protected] Embora o camarão marinho X. kroyeri tenha importante papel ecológico e seja um dos principais recursos pesqueiros do estado de São Paulo, sua fisiologia é pouco conhecida. O presente trabalho investigou a capacidade osmorregulatória e o metabolismo do camarão sete barbas coletado na Baixada Santista, estado de São Paulo. Após os animais serem expostos no laboratório às salinidades 30, 35 e 40 avaliou-se a osmolalidade da hemolinfa, hidratação tecidual e o consumo de oxigênio. Observou-se diferença significativa na osmolalidade da hemolinfa entre as salinidades de 30 S (815,1 ± 28,5 mOsm/kg de água) e 40 S (1121,0 ± 162,4 mOsm/kg de água). A capacidade osmorregulatória mostrou valores próximos de 1 (0,987 entre 35 e 30 S e 1,3 entre 40 e 35 S), o que sugere tratar-se de uma espécie osmoconformadora nas salinidades avaliadas. Os animais mantiveram a hidratação do tecido muscular (76,5 ± 0,9%) e o metabolismo (entre 1 a 2 mgNH3/mg massa seca/h) estatisticamente inalterados nas três salinidades. É possível que as mudanças na osmolalidade da hemolinfa possam ter sido insuficientes para provocar alterações no fluxo de água e/ou os mecanismos de regulação intracelular tenham atuado de forma efetiva. A manutenção do metabolismo pode estar relacionada à ausência de alterações no transporte ativo de sal através da membrana, evitando assim, gasto energético com a manutenção de gradientes osmóticos e iônicos. A razão O:N mostra que a espécie tem predominância na oxidação de proteínas. Através desses dados podemos saber mais a respeito do X. Kroryeri, esse importante recurso pesqueiro. Palavras chaves: fisiologia, metabolismo, osmorregulação, Decapoda. Apoio Financeiro: FAPESP: Proc. Nº 2013/26815-0 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 121 102 Avaliação da atividade e imunolocalização de proteínas osmorregulatórias branquiais em Macrobrachium acanthurus (Crustacea: Decapoda: Palaemonidae) exposto a choque hiperosmótico Anieli C Maraschi, Viviane Prodocimo Universidade Federal do Paraná [email protected] O camarão dulcícola Macrobrachium acanthurus tem habito diádromo e requer águas salobras para completo desenvolvimento larval. As brânquias de palemonídeos contem células especializadas, as quais apresentam um conjunto de transportadores iônicos responsáveis pela manutenção da homeostase hidroeletrolítica do extracelular frente alterações da salinidade do meio. Para entendimento dos mecanismos osmorregulatórios em resposta a condições hiper-osmóticas foram + + + avaliadas a expressão, localização e atividade das enzimas Na ,K -ATPase (NKA) e H -ATPase (HAT), e expressão e localização da enzima intracelular anidrase carbônica (AC) nas brânquias dos espécimes de M. acanthurus expostos a salinidade 25‰ e a água doce por 24 horas. Os resultados indicaram ausência de alterações na atividade, expressão e localização dessas enzimas frente ao aumento de salinidade. A NKA foi localizada nas células do septo, enquanto a HAT foi localizada nas células pilares do epitélio branquial. A enzima AC esteve marcada em todo tecido branquial, apresentando marcação mais proeminente nas células pilares. A marcação desses transportadores corrobora aos modelos hipotéticos de transporte iônico branquial, propostos para camarões palemonídeos. A ausência de alterações na atividade e expressão das proteínas observadas sugerem a participação de outros mecanismos compensatórios em resposta ao choque hiperosmótico, incluindo a participação de outros transportadores iônicos, como o cotransportador + + Na ,K ,2Cl (importante na secreção de sal), e possíveis alterações na permeabilidade do epitélio branquial. Palavras chave: Osmorregulação, Palemonídeos, Transportadores iônicos. Apoio Financeiro: CNPq; CAPES 122 GILL (Na+, K+)-ATPase OF THE BLUE LAND CRAB Cardisoma guanhumi: KINETIC STUDY OF K+-PHOSPHATASE ACTIVITY 1 1 1 Daniel Lima Farias , Malson Neilson Lucena , Marcelo Rodrigues Pinto , Daniela Pereira 3 2 1 Garçon , John Campbell McNamara , Francisco Assis Leone 1 2 Departamento de Química e Departamento de Biologia, FFCLRP, USP. 3 Departamento de Biologia Molecular - CCEN/UFPB. [email protected] + + Several enzymes are responsible for ion transport in crustacean gills, including the (Na , K )-ATPase, + – – + + V(H )-ATPase, carbonic anhydrase, Cl /HCO3 -exchanger, and Na /H exchanger. Osmoregulatory processes are involved in the homeostatic adjustment of crustaceans to different salinities and (Na+, + K )-ATPase plays a pivotal role in ion transport. Although the enzyme exhibits a high specificity for ATP, it also hydrolyzes p-nitrophenylphosphate (PNPP) without associated cation transport or + enzyme phosphorylation. To examine gill K -phosphatase activity of the blue land crab, Cardisoma guanhumi, we used PNPP as a substrate. The gills were rapidly diced and homogenized in homogenization buffer (20 mL/g wet tissue). After centrifuging the crude extract at 20,000×g for 35 min, at 4 °C, the supernatant was placed on crushed ice, and the pellet was re-suspended in an equal volume of homogenization buffer. After further centrifugation as above, the two supernatants were pooled and centrifuged at 100,000×g for 3 h, at 4 °C. The resulting pellet was re-suspended in the -1 homogenization buffer (10 mL/g wet tissue). The enzyme hydrolyzed PNPP at a rate of 29.3 U mg -1 and K0.5=2.9 mmol L , obeying Michaelis-Menten kinetics. Stimulation by magnesium (K0.5=2.5 mmol -1 -1 L , nH=1.7) and ammonium ions (K0.5=1.5 mmol L , nH=1,6) was cooperative, while stimulation -1 + potassium (K0.5=4.6 mmol L , nH=0.8) obeyed Michaelis Menten kinetics. K -phosphatase activity was -1 -1 + unaffected by sodium ions up to 1 mmol L ; above 50 mmol L Na , activity was inhibited by 70%. + + + Keywords: Cardisoma guanhumi, K -phosphatase activity, (Na , K )-ATPase. Supported by: FAPESP, CNPq, Instituto Nacional de Ciência e ADAPTA/FAPEAM. Tecnologia (INCT) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 123 103 Macrobrachium amazonicum: MODULATION BY K+ PLUS NH4+ OF MICROSOMAL (Na+, K+)-ATPase ACTIVITY IN SELECTED ONTOGENETIC STAGES 1 1 1 Francisco Assis Leone , Malson Neilson Lucena , Marcelo Rodrigues Pinto , 3 2 Daniela Pereira Garçon , John Campbell McNamara 1 2 Departamento de Química e Departamento de Biologia, FFCLRP, USP. 3 Departamento de Biologia Molecular - CCEN/UFPB. [email protected] + + The (Na , K )-ATPase is found in the plasma membranes of all animal cells where it is responsible for + + the asymmetrical, electrogenic, counter transport of Na and K . It generates membrane resting potential in excitable cells, in addition to establishing ionic gradients that drive various membrane + 4+ + + transport processes. We investigate the synergistic stimulation by K plus NH of (Na , K )-ATPase activity in microsomal preparations of whole zoea I and decapodid III, and in juvenile and adult river shrimp gills. Total ATPase activity was assayed at 25 ºC using a pyruvate kinase/ lactic dehydrogenase coupling system in which ATP hydrolysis was coupled to NADH oxidation at 340 nm, + + in a Hitachi U-3000 spectrophotometer. Modulation of (Na , K )-ATPase activity is ontogenetic stagespecific, and particularly distinct between juveniles and adults. Although both gill enzymes exhibit two + 4+ different sites for K and NH binding, in the juvenile enzyme, these two sites are equivalent: binding by both ions results in slightly stimulated activity compared to that of a single ionic species. In the adult enzyme, the sites are not equivalent: when one ion occupies its specific binding site, (Na+, K+)ATPase activity is stimulated synergistically by 50% on binding of the complementary ion. Western + + blot analyses demonstrate a single immunoreactive band, suggesting a single (Na , K )-ATPase αsubunit isoform that is distributed into different density membrane fractions, independently of + 4+ + + ontogenetic stage. We propose a model for the modulation by K and NH of gill (Na , K )-ATPase activity. + + Keywords: Macrobrachium amazonicum, (Na , K )-ATPase, Ontogeny. Supported by: FAPESP, CNPq, Instituto Nacional de Ciência ADAPTA/FAPEAM. 124 e Tecnologia (INCT) VARIACIÓN DEL ESTADO METABÓLICO DURANTE LA ONTOGENIA DE AEGLA URUGUAYANA (DECAPODA: AEGLIDAE) 1 1,2 1,2 1,3 Gabriela E. Musin , Andrea S. Rossi , Verónica Williner y Pablo A. Collins Instituto Nacional de Limnología (INALI, CONICET – UNL), Ciudad Universitaria, Santa Fe, Argentina 2 Facultad de Humanidades y Ciencias (FHUC, UNL), Ciudad Universitaria, Santa Fe, Argentina 3 Escuela de Sanidad, Facultad de Bioquímica y Ciencias Biológicas (FBCB, UNL), Ciudad Universitaria, Santa Fe, Argentina [email protected] 1 Los procesos metabólicos son de gran importancia en la sobrevivencia y actividades de cualquier individuo, ya que proveen energía además de promover la síntesis y degradación de macromoléculas estructurales. El objetivo de este trabajo es evaluar el cambio de la condición metabólica a lo largo de la ontogenia de Aegla uruguayana. Ejemplares de ambos sexos fueron colectados, desde la talla de 5 a 26 mm de longitud de cefalotórax en el Arroyo “El Espinillo” (Entre Ríos, Argentina). En laboratorio se cuantificó el contenido de glucógeno, lípidos y proteínas en tejido muscular y hepatopáncreas, mientras que se hizo lo propio con glucosa, triglicéridos, colesterol y proteínas totales en hemolinfa. Los valores de proteínas y lípidos en hepatopáncreas variaron al incrementar la talla, mientras que el glucógeno fue constante sin evidenciar diferencias entre sexos. Una tendencia inversa se registró en músculo y hemolinfa. Estos resultados permiten inferir la existencia de diferentes estrategias en el uso y almacenamiento de metabolitos durante la ontogenia por parte de estos organismos, las cuales estarían vinculadas a procesos diferenciales en la tasa decrecimiento, alimentación, maduración gonadal, reproducción, postura de huevos y cuidado parental. Asimismo, este patrón de respuesta metabólica sería diferente para cada época del año indicando cambios en la intensidad de estos procesos. Palabras clave: anomuros, metabolismo intermedio, energía metabólica Apoyo financiero: PICT Bicentenario 2159, PIP 2011-2013 N° 052, CAI+D 2011 PI 119 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 104 Efecto del ayuno y posterior alimentación sobre las reservas energéticas, enzimas digestivas y daño oxidativo en la langosta de agua dulce Cherax quadricarinatus (Parastacidae) 125 1,2* 1 3 1,2 1,2 Hernán J. Sacristán , Martín Ansaldo , Luis Franco-Tadic , Laura S. López Greco Biología de la Reproducción y el Crecimiento de Crustáceos Decápodos, DBBE, FCENUniversidad de Buenos Aires, Argentina. 2 IBBEA, CONICET-UBA, Argentina 3 Dept. de Ecofisiología y Ecotoxicología, Instituto Antártico Argentino, Dirección Nacional del Antártico, Argentina. [email protected]/[email protected] Los crustáceos alternan períodos de alimentación y ayuno durante su crecimiento. Los estudios sobre metabolismo en crustáceos, han demostrado que el patrón de movilización de reservas energéticas y, en particular, la secuencia en que las reservas son utilizadas como fuente de energía durante períodos de ayuno cortos o largos, es variable. El objetivo del presente trabajo, fue analizar el efecto del ayuno prolongado sobre las reservas energéticas, enzimas digestivas y daño oxidativo en juveniles de C. quadricarinatus. Para ello, 90 langostas (4 a 9 g) fueron divididas en dos grupos: 40 animales alimentados (AL) a diario y 50 animales ayunados (AY) durante 80 días. Además, a los 50 días de ensayo, 10 animales de AY fueron posteriormente alimentados (PA) hasta los 80 días. En cada grupo se sacrificaron 10 animales a 15, 30, 50 y 80 días y el hepatopáncreas fue disecado. Se determinaron los niveles de proteína soluble (PS), lípidos y glucógeno de reserva, niveles de glutatión reducido (GSH), oxidación de proteínas (OP) y lípidos (TBARS), así como la actividad enzimática digestiva de lipasa y proteasa. Los resultados mostraron que el nivel de PS, OP, TBARS y la actividad de proteasa no fueron significativamente diferentes entre los grupos. Los niveles de lípidos, glucógeno y GSH y la actividad de lipasa fueron siempre significativamente menores en AY que en AL. Además, se observó recuperación en los PA hasta alcanzar los niveles de los AL. Palabras clave: crustáceos, ayuno, reservas energéticas, enzimas, estrés oxidativo. Financiamiento: Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnológica (PICT 2007, proyecto 01187, PICT 2012 proyecto 01333, PICTO 2010 proyecto 0091), CONICET (PIP 2009-2011, nro. 129 y PIP 2012-2014), UBACYT (proyectos X458 y 20020100100003), MINCYT-CONACYT (México) MX/09/07 y MINCYT-CAPES BR/11/21. 126 AMMONIUM-ACCLIMATED Macrobrachium amazonicum: (Na+, K+)AND V(H+)-ATPase ACTIVITIES AND IMMUNOLOCALIZATION 1 1 2 Marcelo Rodrigues Pinto , Malson Neilson Lucena , John Campbell McNamara , 1 Francisco Assis Leone 1 2 Departamento de Química (FFCLRP/USP), Departamento de Biologia, (FFCLRP/USP) [email protected] An effective system of ammonia detoxification or excretion is essential to maintain cellular function and to keep cellular and body fluid ammonia levels within a tolerable range. The present work aims + + investigate the effect of the increasing ammonium concentration on the activities of both (Na , K )+ ATPase and V(H )-ATPase from adult Macrobrachium amazonicum, and examine the subcellular localization of these enzymes in gill lamellae under these conditions. The total ammonia nitrogen 3 4+ (NH /NH ) are represented by TAN. Shrimps were exposed to increasing TAN concentrations (0, -1 + + 16.2 and 32.4 mg.L ) for 72h. The (Na , K )-ATPase specific activity increased with increasing TAN concentration, with VM= 145.55 ± 7.2 nmol Pi min-1 mg-1, 168.14 ± 8.4 nmol Pi min-1 mg-1 and -1 -1 -1 316.90 ± 15.8 nmol Pi min mg , at 0, 16.2 and 32.4 mg.L , respectively. In same conditions, the + V(H )-ATPase activity also increased with increasing TAN concentration with VM= 42.7 ± 1.3 nmol Pi -1 -1 -1 -1 -1 -1 min mg , 54.4 ± 1.6 nmol Pi min mg and 62.3 ± 1.8 nmol Pi min mg , respectively. There were + + no differences in (Na , K )-ATPase distribution in the gills of shrimps in the different TAN concentrations; immunolabeling revealed that the enzyme is distributed predominantly within the + intralamellar septum. The V(H )-ATPase was located in the apical region of the gill pillar cells. Fluorescent signal increased with increasing ammonium concentrations, accompanied by appearing + + + of the enzyme into the cytosol. The (Na , K )-ATPase and V(H )-ATPase appear to coordinate the transport ammonia out of the gill cells. Keywords: Ammonium stress, Macrobrachium amazonicum, ATPases. Supported by: CNPq, FAPESP, Instituto Nacional de Ciência ADAPTA/FAPEAM. e Tecnologia (INCT) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 127 105 Callinectes danae GILL (Na+, K+)-ATPase: EFFECT OF DIVALENT METAL IONS ON K+-PHOSPATASE ACTIVITY 1 1 1 Marco Aurélio Raz Andrade , Malson Neilson Lucena , Marcelo Rodrigues Pinto , 3 2 1 Daniela Pereira Garçon , John Campbell McNamara , Francisco Assis Leone 1 2 Departamento de Química e Departamento de Biologia, FFCLRP, USP. 3 Departamento de Biologia Molecular - CCEN/UFPB. [email protected] + + Crustacean posterior gills are rich in the integral membrane protein (Na , K )-ATPase. Estuarine crustaceans are susceptible not only to changes in the salinity of their environment but also to contamination in polluted estuarine environments, particularly by divalent metal ions. This study aims + to characterize kinetic modulation of gill K -phosphatase activity by divalent metal ions. Gill pnitrophenyl phosphatase (PNPPase) activity was assayed spectrophotometrically at 410 nm and 25 -1 -1 °C. Standard assay conditions were 50 mmol L Hepes buffer pH 7.5, 10 mmol L p-nitrophenyl -1 -1 phosphate (PNPP), 7 mmol L MgCl2 and 5 mmol L KCl in the presence of the divalent metal ion at + -1 the concentration causing 50% inhibition. The K -phosphatase activity was 40.3 ± 2.5 U mg and was -1 K0.5 = 0.862 ± 0.043 mmol L , obeying cooperative kinetics. Stimulation by potassium (K0.5 = 1.22 ± -1 -1 0.06 mmol L ) and magnesium (K0.5 = 3.45 ± 0.17 mmol L ) ions was also cooperative. In the 2+ -1 + -1 2+ presence of Hg (KI = 127 ± 5 mmol L ) the affinities of K (K0.5 = 0.395 ± 0.020 mmol L ) and Mg -1 (K0.5 = 0.420 ± 0.210 mmol L ) ions increased while specific activities decreased by 36% and 37%, 2+ -1 + respectively. In the presence of Mn (KI = 0.227 ± 0.037 mmol L ) affinity for K (K0.5 = 1.92 ± 0.10 -1 2+ -1 mmol L ) decreased while that for Mg (K0.5 = 3.20 ± 0.16 mmol L ) increased; specific activities + + decreased by 39% and 43%, respectively. Divalent metal ions can modulate (Na , K )-ATPase activity + in crustacean gills by decreasing K -phosphatase activity. + + Keywords: Callinectes danae, (Na , K )-ATPase, divalent metal ions, osmoregulation. Supported by: FAPESP, CNPq, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia ADAPTA/FAPEAM. 128 (INCT) THE EFFECT OF THREE COMMERCIAL SHRIMP FEEDS ON METABOLISM, EXCRETION, O:N RATIO AND HEPATOSOMATIC INDEX OF THE SHRIMP Macrobrachium amazonicum (DECAPODA, PALAEMONIDAE) 1 2 3 4 Paulo Victor MANTOAN ,; Amanda GEROTTO ; Henrique H. GAETA ; Alessandra AUGUSTO ¹ Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" [email protected] Macrobrachium amazonicum is a freshwater shrimp with high potential for aquaculture and researchers from many regions of Brazil have been developing technology for its commercial farming. Once the knowledge of the functioning of the organism of cultivable species is a important tool for aquaculture, we investigated here the effect of three different commercial feeds containing 32%, 35%, and 38% of crude protein on the physiology of M. amazonicum adult males. We evaluated hepatosomatic index, metabolism, ammonia excretion and the energy substrate used. The energetic content and energy/protein ratio of the feeds were also quantified. The physiological aspects of M. amazonicum did not show differences among the animals fed with the three types of feeds in regard to metabolism, ammonia excretion and energy substrate, which was kept as a mixture of carbohydrates and proteins. However, we observed 120% higher hepatosomatic index in the animals fed with 38% of crude protein. This feed has also higher energetic value (4,700 ± 10.6 kcal/kg) and an energy/protein ratio (12.2:1) higher than the feed containing 32% of protein (7.3:1.0). It is possible that these characteristics of the feed may have contributed to higher hepatosomatic index. In this sense, the feed containing 38% of crude protein seems to be more appropriate because it may promote better storage of reserves in the hepatopancreas, a beneficial condition to reproduction, growth and reductions in food availability. Keywords: Amazonian shrimp; metabolism; excretion; physiology VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 129 106 LEVANTAMENTO DE CLADOCERA EM UM CORPO HÍDRICO DO MUNICÍPIO DE DOURADOS – MS Pedro Cruz de Oliveira Junior¹, Jhonathan William da Silva¹, Jelly Makoto Nakagaki¹ ¹Universidade Estadual de Mato grosso do Sul; [email protected] Este trabalho visa a identificação dos gêneros de Cladocera das comunidades de zooplancton de um ecossistema lêntico localizado dentro da área urbana do município de Dourados. As coletas foram realizadas em três pontos da lagoa do Clube Indaiá (22°13'44.75"S, 54°51'12.16"O) no mês de agosto de 2014 sendo uma próxima a entrada de água, uma no meio e outra próxima a saída de água da lagoa, onde determinou-se as variáveis pH, temperatura, turbidez, condutividade e oxigênio dissolvido da água de superfície mensurados no local com equipamentos portáteis, Em cada ponto foram realizados três arrastos de 10 m cada de superfície na margem com o auxílio de uma rede plâncton com malha de 68 µm e 50cm de diâmetro totalizando um volume filtrado de 30L, os animais capturados foram imediatamente fixados em formol 10%. Com a utilização de microscópios ópticos e guia ilustrado de identificação de Cladóceros foi possível determinar a ocorrência de 5 espécies de Cladócera sendo que as mais abundantes foram Bosmina hagmani, (Bosminidae) Moina micrura, (Moindae) Moina minuta, (Moinidae) Ceriodaphnia cornuta (Daphniidae) e Chydorus sp, (Chydoridae). O ponto no meio da lagoa foi o que apresentou a maior densidade de organismos com um total de 30000 ind/L, sendo a mais representativa a espécie Bosmina hagmani, (Bosminidae). Com as atividades desenvolvidas no local de lazer, a alta taxa de matéria orgânica para alimentar os peixes na água propicia para esses animais uma rica fonte de alimento propiciando sua reprodução e abundância. Palavras-chave: Diversidade, Microcrustáceos, Zoopâncton. 130 ANÁLISE DE HEMÓCITOS DE MACROBRACHIUM AMAZONICUM (DECAPODA: PALAEMONIDAE) UTILIZANDO TÉCNICAS DE CITOMETRIA DE FLUXO E FLUORESCÊNCIA 1* 2 1 Fraga-Silva, T.F.C. ; Pantaleão, J.A.F. ; Venturini, J. ; 2 1 Costa, R.C. ; Arruda, M.S.P. . 1 2 . Laboratório de Imunopatologia Experimental (LIPE); . Laboratório de Camarões Marinhos e de Água Doce (LABCAM); Depto. Ciências Biológicas, FC-UNESP, Bauru. *e-mail: [email protected] O sistema imunológico de invertebrados atua na eliminação de patógenos por meio de reações celulares (hemócitos) e humorais presentes na hemolinfa. Apesar da importância de se conhecer a relação hospedeiro-parasita em camarões de água doce, as características morfológicas e funcionais dos hemócitos destes organismos permanecem pouco estudadas. O presente estudo teve por objetivo caracterizar os aspectos morfológicos e a capacidade fagocítica de hemócitos de Macrobrachium amazonicum. Amostras da hemolinfa foram coletadas por punção cardíaca de machos e fêmeas de M. amazonicum utilizando solução de Alsever modificada. Os hemócitos foram analisados por FACS (Fluorescence-activated cell sorting) e caracterizados quanto ao tamanho (Forward Scatter) e complexidade interna (Side Scatter). A capacidade fagocítica foi determinada por meio da incubação de hemócitos com partículas fluorescentes (PKH-26 PCL - Phagocytic Cell Labeling). Após 30 minutos de incubação, os hemócitos foram citocentrifugados, submetidos à marcação nuclear por DAPI (4′,6-diamidino-2-phenylindole) e fotografados em microscópio óptico de fluorescência. Sob estas condições detectaram-se duas populações distintas de hemócitos. Apesar de diferentes em relação ao tamanho, ambas apresentaram atividade fagocítica. Esses resultados são inéditos e abrem perspectivas para novas investigações morfofuncionais e ontogenéticas dessas células. Palavras-chave: hemolinfa, imunologia de invertebrados, morfologia celular, fagocitose. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 131 107 CICLO DE MUDA Y METABOLISMO INTERMEDIO EN AEGLA URUGUAYANA (DECAPODA: AEGLIDAE) EN EL AMBIENTE NATURAL 1, 2 1 1,2 1 1,3 Verónica Williner , Gabriela Musin , Andrea Rossi , Valeria Diawol , Pablo Collins 1 - Instituto Nacional de Limnología (INALI-CONICET-UNL), Santa Fe, Argentina 2 - Facultad de Humanidades y Ciencias (UNL), Santa Fe, Argentina 3 - Escuela de Sanidad (FBCB-UNL), Santa Fe, Argentina e-mail: [email protected] El metabolismo intermedio en decápodos puede modificarse por varios factores internos y externos. El proceso de muda es uno de ellos y la movilización de metabolitos puede estudiarse en función de este. Se analizaron las concentraciones de carbohidratos, lípidos y proteínas en hemolinfa, hepatopáncreas y tejido muscular en distintas etapas del proceso de muda. Ejemplares de Aegla uruguayana se recolectaron en el ambiente natural (Entre Ríos, Argentina) y procesados en laboratorio. Se determinó el estado de muda observando los urópodos y se extrajo hemolinfa, hepatopáncreas y tejido muscular. Las muestras se procesaron mediante procedimientos bioquímicos estándares. El glucógeno presentó valores mayores en las etapas previas a la muda (d1 y d2). Este metabolito en musculo presentó valores bajos al comienzo de la premuda con un aumento hacia el comienzo de esta etapa (d3). Los valores de colesterol en hemolinfa aumentaron desde la intermuda (c) hacia la premuda tardía (d3). La concentración de lípidos en tejido muscular registró un descenso desde la intermuda hasta la premuda. Las proteínas en hemolinfa aumentaron desde la intermuda (c) y durante la premuda (d0,d1,d2), decreciendo al final de esta última etapa (d3). Palabras clave: anomuros, lípidos, proteínas, carbohidratos Apoyo financiero: PICT Bicentenario 2159, PIP 2011-2013 N° 052, CAI+D 2011 PI 119 132 OCUPAÇÃO DE CONCHAS POR CLIBANARIUS SCLOPETARIUS (CRUSTACEA, DECAPODA, ANOMURA) EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL Alex Barbosa de Moraes¹*‚ Valéria Fonseca Vale¹, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar¹, Fúlvio Aurélio de Morais Freire¹, ² ¹Grupo de Estudos e Ecologia de Fisiologia de Animais Aquáticos (GEEFAA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ²Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC) * [email protected] As conchas de gastrópodes podem influenciar a história de vida de caranguejos ermitões de várias maneiras, por isso, a seleção de conchas adequadas ocorre constantemente durante toda a sua ontogenia. O objetivo deste estudo foi investigar a preferência de concha do caranguejo ermitão Clibanarius sclopetarius em uma laguna costeira da praia de Barra do Rio. As coletas foram realizadas mensalmente entre Janeiro de 2013 e Janeiro de 2014, durante a maré baixa, no período de Lua Cheia. C. sclopetarius ocupou conchas de 11 espécies de gastrópodes. Entre essas espécies, as mais representativas foram Neritina virgínea (77,55%), Nassarius albus (5,10%), e Bulla striata (4,08%). As variáveis morfométricas das conchas que melhor descreveram as escolhas de C. sclopetarius, foram: peso (PC), seguido da altura total (ATC), comprimento total (CTC), largura da abertura (LabC) e comprimento da abertura (CabC) da concha, para machos. PC, ATC e CTC, seguido de Labc, para fêmeas. O PC foi uma variável importante tanto para machos quanto para fêmeas, provavelmente, por estar relacionado à combinação de mobilidade e proteção contra predadores. Já as variáveis relacionadas com a abertura da concha, foram mais relevantes para as fêmeas provavelmente por que essa arquitetura pode expressar uma relação positiva com o volume interno da concha. Essa característica é importante para acomodação e proteção de ovos, por isso, fêmeas que ocupam conchas com aberturas mais adequadas ao seu tamanho corporal podem obter vantagens ao longo do ciclo reprodutivo. Palavras chave: preferência de conchas, caranguejo ermitão, relações morfométricas, regressão PLS, costa nordeste do Brasil. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 133 108 UM ESTUDO DA MOBILIDADE DOS ERMITÕES NOS PNEUMATÓFOROS DA BAÍA DO ARAÇÁ, SÃO SEBASTIÃO-SP 1 1 Ana Paula Ferreira , Pedro Augusto da Silva Peres , Fosca Pedini Pereira Leite 1 Universidade Estadual de Campinas [email protected] 1 Ermitões (Decapoda: Diogenidae) são crustáceos de regiões entre-marés, que se movimentam ao longo do dia em busca de alimento e reprodução. O movimento de animais aquáticos no ambiente terrestre é muito dispendioso, principalmente para os ermitões que precisam carregar uma concha. A Baía do Araçá é um local com grande abundancia de ermitões que se locomovem principalmente no entorno da Ilhota de Pernambuco. Esta ilha é caracterizada por vegetação de manguezal com raízes e pneumatóforos, nos quais, alguns ermitões sobem, ficando imóveis em seu topo pelo período da maré baixa. Para avaliar se esse comportamento de movimentação estaria relacionado com aspectos morfológicos dos ermitões e das conchas; este estudo comparou as conchas e os ermitões que estavam sobre os pneumatóforos com os que se localizavam no solo. Foi selecionada uma área da ilhota, no qual foram amostrados 18 quadrados, e os ermitões localizados no seu interior foram coletados anotando-se sua posição (pneumatóforo ou chão), tamanho, sexo e os parâmetros de suas conchas. Foi observado que os ermitões são mais abundantes no solo do que sobre os pneumatóforos. Os ermitões sobre os pneumatóforos utilizam conchas com SAI maior que 1, ou seja, maiores do que as consideradas adequadas para eles. Os machos, em média, são maiores que as fêmeas e se localizam preferencialmente sobre o solo; ficando sobre os pneumatóforos, apenas os de tamanho reduzido. Já as fêmeas estão igualmente distribuídas entre o solo e os pneumatóforos. Isso indica que o tamanho desses animais influencia na distribuição dos mesmos. Palavras-chave: Ermitão, pneumatóforo, movimentação. Apoio Financeiro : FAPESP : Proc. Nº 20144-4/12 134 OCUPAÇÃO DE CONCHAS POR PAGURUS CRINITICORNIS (CRUSTACEA, DECAPODA, ANOMURA) EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL Daniele Cosme Soares¹*, Valéria Fonseca Vale ¹, Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar¹, Fúlvio Aurélio de Morais Freire¹, ² ¹Grupo de Estudos e Ecologia de Fisiologia de Animais Aquáticos (GEEFAA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ²Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC) *[email protected] Os caranguejos ermitões são crustáceos que se utilizam de conchas desocupadas de gastrópodes como forma de abrigo e proteção para seu abdômen não calcificado. A escolha por uma concha adequada não ocorre aleatoriamente mas, por um processo demorado de seleção. O objetivo deste estudo foi investigar a preferência de concha do caranguejo ermitão Pagurus criniticornis em uma laguna costeira, na praia de Barra do Rio. As coletas foram realizadas mensalmente entre Janeiro de 2013 e Janeiro de 2014, durante a maré baixa, no período de Lua Cheia. Das 10 conchas de gastrópodes ocupadas por P. criniticornis as mais representativas foram Neritina virginea (61,49%), Nassarius albus (26,71%) e Cerithium atratum (5,59%). As variáveis biométricas das conchas que melhor descreveram a preferência de P. criniticornis, foram: peso (PC) e comprimento total (CTC) seguido da largura da abertura da concha (LabC), para machos; PC e CTC, seguido do comprimento da abertura da concha (CabC) e altura total da concha (ATC), para fêmeas ovígeras. PC e CTC mostraram exercer influência na escolha pelas fêmeas. O PC pode estar relacionado com a proteção contra predadores esmagadores, como caranguejos. O CTC pode expressar uma relação positiva com o volume interno da concha, característica importante tanto para o crescimento do ermitão, quanto na acomodação e proteção dos ovos em fêmeas ovígeras. Já, LabC e CabC, podem proporcionar maior mobilidade ao ermitão permitindo facilidade nas atividades básicas, como locomoção, forrageamento, disputa por outra concha, e também na escolha de parceiros reprodutivos. Palavras chave: preferência de abrigo, ermitão, relações morfométricas, regressão PLS. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 135 109 MORFOLOGIA FUNCIONAL COMPARADA DEL MOLINILLO GÁSTRICO DE DILOCARCINUS PAGEI Y D. SEPTEMDENTATUS (DECAPODA: TRICHODACTYLIDAE) UTILIZANDO MICROSCOPIA ELECTRÓNICA DE BARRIDO 1,2 1 3 1,4 Débora de Azevedo Carvalho , Verónica Williner , Renata C. de Lima-Gomes , Pablo Collins , 3 Célio Magalhães 1 2 3 Instituto Nacional de Limnología, Facultad de Humanidades y Ciencias-UNL, Instituto Nacional de 4 Pesquisas da Amazônia, Facultad de Bioquímica y Ciencias Biológicas-UNL [email protected] Dilocarcinus pagei (DP) y D. septemdentatus (DS) son cangrejos trichodactílidos que habitan las zonas litorales de los ríos de planicie. Estudios previos muestran que DP posee hábito trófico omnívoro con un alto contenido vegetal, pero DS no cuenta antecedentes. La morfología del sistema digestivo puede ser atribuida a los hábitos tróficos y/o a la filogenia. En este estudio se comparó funcionalmente la morfología del molinillo gástrico de DP y DS. El molinillo posee 3 osículos que están directamente involucrados en la masticación: osículo urocardiaco (OU), osículos zigocardiacos (OZ) y válvula cardiopilórica (VCP). El OU soporta el diente medio, el cual en DP presenta 5 aristas transversales mientras que en DS, 3. Los OZ son osículos pares que soportan el diente lateral. En ambas especies el diente lateral posee una cúspide anterior procedida posteriormente por 3 cúspides ventrales prominentes y 4 o 5 de menor tamaño. Dorsalmente se encuentran 7 o 8 crestas que disminuyen de tamaño posteriormente. Tantos las cúspides como las crestas son más incisivas en DS. La VCP está densamente rodeada por setas en ambas especies pero posee la faz anterior en formas de “W” solamente en DP. La similitud de la morfología del molinillo gástrico en ambas espécies sugiere hábitos tróficos también similares. A pesar de que no se conoce el hábito trófico de DS es factible inferir que posee un alto contenido vegetal en la dieta. Futuros estúdios de contenido estomacal de DS ayudarán a comprender si la similitud entre ambas especies se debe a los hábitos tróficos o a la cercanía filogenética. Palabras-clave: cangrejo, armadura gástrica, hábito trófico Financiamiento: CAPES-MINCyT BR/11/14, PIP052, PICT2159, CAI+D PI119 136 OBSERVAÇÕES MORFOLÓGICAS EM LYSMATA ANKERI (DECAPODA: HIPPOLYTIDAE): IMPLICAÇÕES PARA A IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DO COMPLEXO L. WURDEMANNI 1 1 1 Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Samara de Paiva Barros-Alves , Gustavo Luis Hirose , 2 Valter José Cobo 1 Universidade Federal de Sergipe; 2Universidade de Taubaté [email protected] O objetivo deste estudo é revisar a morfologia dos principais caracteres diagnósticos de Lysmata ankeri, além de ampliar o limite meridional de distribuição de L. ankeri e Lysmata c.f. intermedia para o litoral do Estado de São Paulo. Os exemplares das duas espécies foram amostrados, por meio de mergulho autônomo, em junho de 2013, no sublitoral rochoso do Ilhote das Couves (23º25'15''S44º51'39''W), litoral do Estado de São Paulo, Brasil. Em laboratório, cada exemplar de L. ankeri foi analisado morfologicamente, com ênfase nos caracteres utilizados na diagnose da espécie; mensurados quanto ao comprimento da carapaça (CC); e fotografados. Foram analisados 17 indivíduos de L. ankeri e dois de L. cf. intermedia com tamanho médio de 6,9±2,0 e 5,8±0,56 mmCC, respectivamente. A partir da análise morfológica dos exemplares de L. ankeri, observou-se que algumas características apresentam variações maiores do que as presentes na diagnose da espécie. Os principais registros morfológicos foram: cinco dentes na margem dorsal do rostro, na diagnose de 6-8; cinco espinhos na margem flexora do dáctilo dos pereiópodos 3-5, na diagnose de 3-4. Tais características ampliam as variações morfológicas conhecidas para Lysmata ankeri, o que aumenta a sobreposição existente entre as espécies do complexo L. wurdemanni, de algumas das características morfológicas. O registro de L. ankeri e L. cf. intermedia para o litoral do Estado de São Paulo deve ser visto como esperado, mas amplia o limite meridional de distribuição geográfica, anteriormente no Estado do Rio de Janeiro, para ambas as espécies. Palavras-chave: Distribuição, Hippolytidae, Morfologia, Novo registro. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 137 110 REAVALIAÇÂO DA MATURAÇÃO OVARIANA E DESENVOLVIMENTO OOCITÁRIO EM Xiphopenaeus kroyeri (Decapoda: Penaeidae). 2 Giovanna Paim Chiconini¹, Renata Mayumi Yamane¹, Janaina Muniz Picolo , Tiago Henrique 2 2 Siebert , Rogério Caetano da Costa¹, Irene Bastos Franceschini Vicentini¹ ¹Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências – Bauru. 2 Universidade Estadual Paulista – Centro de Aquicultura da UNESP - Jaboticabal [email protected] No Brasil o camarão-sete-barbas, X. kroyeri, representa importante recurso pesqueiro e significativa importância sócio-econômica. Assim, considerando a exploração desta espécie, é necessário o estudo da reprodução para a manutenção do estoque natural. O objetivo deste trabalho foi reavaliar a maturação do ovário. Para as análises macroscópicas os animais foram classificados com base na cor e extensão da gônada no cefalotórax e abdômen. Para as análises microscópicas, os ovários de cada grupo classificado macroscopicamente foram fixados em solução de Bouin; incluídos em historesina e corados com Hematoxilina/Eosina. Macroscopicamente o ovário de X. kroyeri apresenta 5 estágios de maturação: imaturo (IM), pré-maturação (PM), maturação inicial (MI), maturação avançada (MA) e maduro (M). Microscopicamente, são observados 5 tipos celulares: oogônias (OO), oócito pré-vitelogênico (OPV), oócito em vitelogênese inicial (OVI), oócito em vitelogênese avançada (OVA) e oócito maduro (OM). No estágio IM são encontradas apenas OO. No estágio PM são encontradas OO e OPV. Nos estágios MI e MA apresentam OO; OPV; OVI, com poucos grânulos de vitelo; e OVA, com mais grânulos de vitelo. No estágio M são observados todos os oócitos anteriormente identificados, e os OM. Segundo a literatura, a classificação dos estágios de maturação do ovário é definhada como: pré-vitelogênico, vitelogênico, maduro e apresenta os seguintes tipos celulares: oogônias, oócito I; II e III. O presente estudo demostrou a presença de mais estágios de maturação e mais tipos celulares presentes no ovário de X. kroyeri. Palavras-chaves: Xiphopenaeus kroyeri, ovário, oócito, histologia. Apoio financeiro CNPq: Proc. Nº 140453/2013-0. 138 DIMORFISMO SEXUAL EM PARES HETEROSSEXUAIS DE TRÊS ESPÉCIES DE CAMARÃO-DE-ESTALO DO GÊNERO ALPHEUS (CARIDEA: ALPHEIDAE) 1 1 Guidomar Oliveira Soledade , Patricia Souza Santos , Alexandre Oliveira Almeida 1 Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas [email protected] 1 O objetivo deste estudo foi descrever aspectos do pareamento heterossexual, tais como existência de dimorfismo sexual no tamanho corporal e robustez dos quelípodos do primeiro par de pereiópodos e de lateralidade neste par de apêndices, em três camarões morfologicamente similares do gênero Alpheus. Para isso, foi obtido um total de 134 pares em quatro campanhas entre maio de 2012 e março de 2013, em planícies intermareais de duas localidades na costa da Bahia [Moreré, Cairu (agosto de 2012 e maio de 2013) e Itacaré (julho de 2012 e março de 2013)]. Foram analisados 21 pares de A. angulosus, 34 de A. buckupi e 80 de A. carlae. Dimensões como o comprimento da carapaça (CC) e comprimento e largura do própodo das quelas do primeiro par de pereiópodos foram medidas. Os resultados foram similares nas três espécies. O CC foi altamente correlacionado entre os parceiros (r > 0,9). O tamanho entre os sexos não variou significativamente, ao passo que a quela maior do primeiro par de pereiópodos foi mais robusta nos machos. Não houve lateralidade em nenhumas das espécies. O dimorfismo apresentado no quelípodo pode estar relacionado a diferentes funções dos parceiros. Por fim, a escolha do parceiro aparentemente não tem qualquer associação com a lateralidade. Palavras-chave. Sistemas de acasalamento, morfometria, lateralidade. Apoio financeiro: FAPESB (APP 0035/2011); UESC (00220.1100.1065); CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 139 111 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO DE XIPHOPENAEUS KROYERI (PENAEIDAE): PRODUÇÃO DO FLUIDO SEMINAL E DE ESPERMATOZOIDES DURANTE O CRESCIMENTO CORPÓREO Andrioli, G. C.*¹; Costa, R. C.²; Castilho, A. L.³; Davanso, T. M.²; Mataqueiro, M. F.¹; Zara, F. J.¹ ¹UNESP/FCAV-Jaboticabal; ²UNESP-Bauru; ³UNESP-Botucatu *[email protected] A maturidade sexual em Penaeidae pode ser determinada morfologicamente pela verificação do petasma, o qual tem seus endopodidos desunidos nos juvenis e unidos nos adultos. Contudo, a condição reprodutiva nos adultos pode ser determinada pela coloração da ampola terminal e presença de espermatozoides. Neste estudo, verificou-se a presença ou ausência de espermatozoides de acordo com a condição morfológica do petasma em Xiphopenaeus kroyeri. Os animais variando de 9 a 19 mm de comprimento de carapaça (CC) foram amostrados em Ubatuba (SP). Após a coleta, estes foram preparados para a rotina histológica. A menor classe de tamanho com a maioria do animais apresentando petasma desunido e unido foi de 12 ┤13 mm (CC). O menor tamanho de indivíduos com sobreposição da condição do petasma ocorreu com 12,5 mm. Nestes, o testículo apresentou espematogônias e espermatócitos primários e, não foram encontrados espermatozoides no vaso deferente. Espermatozoides foram somente detectados em machos com petasma unido acima de 14,1mm (CC). Nestes camarões, os espermatozoides estavam empacotados em massas espermáticas na região média e distal do vaso deferente. Em conclusão, a maturidade fisiológica em X. kroyeri é alcançada após a maturidade morfológica, e nem todos os animais com petasma unido podem ser considerados maduros para a reprodução. Palavras-chave: Maturidade fisiológica, Maturidade morfológica, histologia, Penaeoidea. Apoio Financeiro: CNPq #406006/2012-1 #184728/2013-4; FAPESP BIOTA# 2010/55188-8. 140 CRESCIMENTO RELATIVO EM ARMASES RUBRIPES (DECAPODA: BRACHYURA: SESARMIDAE) Isis Danniele Cury¹, Murilo Zanetti Marochi¹ ², Setuko Masunari¹ ² ¹ Laboratório de Ecologia de Crustacea, Universidade Federal do Paraná ² Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná autor para correspondência: [email protected] O objetivo do presente estudo foi estimar o tamanho médio do início da maturidade sexual morfológica de Armases rubripes através de análises alométricas. Foram coletados manualmente 293 machos, 188 fêmeas e 67 fêmeas ovígeras, durante o período de março de 2010 até dezembro de 2013 na Baía de Guaratuba, Paraná. Os caranguejos de ambos os sexos foram mensurados, com auxílio de paquímetro digital e lupa digital, quanto à largura da carapaça (LC), comprimento da carapaça (CC), altura e comprimento do própodo do quelípodo direito (AQD e CQD) e esquerdo (AQE e CQE) para ambos os sexos e a largura do abdômen (LA) para fêmeas. O início da maturidade sexual morfológica foi estimado com o auxílio do programa REGRANS, no qual o ponto de inflexão foi calculado. O LC variou de 2,8 a 20,39 mm em machos, 3,62 a 18,23 mm em fêmeas e de 6,1 a 16,34 mm em fêmeas ovígeras. As relações que melhor evidenciaram o tamanho do início da maturidade foram LA x LC para fêmeas e para machos CQD x LC, AQD x LC e CQE x LC. Machos e fêmeas estão morfológicamente maduros, respectivamente, com 5,52 e 7,17 mm de LC, ambos com crescimento alomético positivo. O crescimento alomético positivo da LA de fêmeas está relacionado com o processo de incubação da massa de ovos, enquanto a alometria positiva dos quelípodos dos machos pode estar relacionada ao comportamento reprodutivo e atividade agonística. O tamanho do início da maturidade sexual morfológica encontrado foi menor do que o encontrado em outros trabalho para populações do Rio de Janeiro. Palavras-chave: maturidade sexual morfológica, alometria, Baía de Guaratuba VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 141 112 CRESCIMENTO DO HEPATOPÂNCREAS EM Macrobrachium amazonicum 1,2 1,2 Janaina Muniz Picolo , Tiago Henrique Siebert , Rafaela Nunes da Silva², 1,2 Elsie Letícia Turini , Renata Mayumi Yamane², Giovanna Paim Chiconini², 2 1,2 Rayssa Parente de Deus , Irene Bastos Franceschini Vicentini ¹Universidade Estadual Paulista – Centro de Aquicultura da UNESP – Jaboticabal. 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências – Departamento de Ciências Biológicas – Laboratório de Morfologia de Organismos Aquáticos LAMOA, Bauru. [email protected] A carcinicultura de água doce é uma forma de produção de baixo impacto ambiental. O camarão dulcícola Macrobrachium amazonicum (Decapoda: Palaemonidae) vem sendo estudado devido ao seu grande potencial de cultivo. O hepatopâncreas (HP) é um órgão chave na digestão de crustáceos, e tem como unidade morfofuncional túbulos digestivos (TD), que crescem em comprimento a cada ciclo de muda. Estes túbulos apresentam região proximal, média e distal em relação ao tubo digestório principal, e cada uma destas porções tem uma função específica na digestão. Neste estudo, nós verificamos os processos de ramificação dos TD. Para tanto, eutanasiamos três juvenis através de hipotermia, fixamos os HP em solução de Bouin, incluímos em historresina, obtemos cortes de 3 µm, e coramos com hematoxilina e eosina. Observamos que existem brotamentos de variados tamanhos a partir dos TD, originando novos túbulos. Muitas vezes estes túbulos apresentam apenas a região distal, sendo que as porções médias e proximais são contínuas ao túbulo de origem, formando uma única porção que se mostra funcional. Este padrão de continuidade representa uma particularidade dos TD, que sempre foram descritos contendo individualmente todas as três regiões: proximal, média, distal. É possível que tais padrões morfológicos estejam retratando o padrão de crescimento do HP. Assim, o crescimento do hepatopâncreas acontece por uma somatória de crescimento em comprimento dos túbulos, conforme fora descrito anteriormente, e da multiplicação dos túbulos, através das ramificações. Palavras Chaves: Hepatopâncreas, túbulos digestivos, Macrobrachium amazonicum. Apoio: FAPESP- processo 2011/16776 142 EFEITOS DA INANIÇÃO NO HEPATOPÂNCREAS DE Macrobrachium amazonicum 1,2 1,2 1,2 Janaina Muniz Picolo , Tiago Henrique Siebert , Elsie Letícia Turini , Rafaela Nunes da Silva², Giovanna Paim Chiconini², Renata Mayumi Yamane², 1,2 1,2 Carlos Alberto Vicentini , Irene Bastos Franceschini Vicentini ¹Universidade Estadual Paulista – Centro de Aquicultura da UNESP – Jaboticabal. 2 Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências – Departamento de Ciências Biológicas – Laboratório de Morfologia de Organismos Aquáticos LAMOA, Bauru. [email protected] O camarão dulcícola Macrobrachium amazonicum (Decapoda: Palaemonidae) tem grande potencial de cultivo e vários aspectos da sua biologia vêm sendo estudados. O hepatopâncreas (HP) é um órgão chave na digestão de crustáceos, e tem como unidade morfofuncional túbulos digestivos, que funcionam de maneira cíclica, durante a digestão e absorção de nutrientes. Neste estudo, estabelecemos as características celulares do HP frente a um estado de inanição, para fins de estudos futuros sobre manejo alimentar. Para tanto, alimentamos juvenis e os mantivemos em jejum por 120h, durante esse período coletamos o HP de 6 em 6 horas, e aferimos os Índices Hepatossomáticos (IHS) através do peso úmido. Os HP foram fixados em Bouin, incluídos em historresina, e corados com H/E. Observamos períodos de alternância entre elevados e baixos IHS, indicando atividade no órgão, ocorridos até o quarto dia de PA, e neste período as características do epitélio se mantém. Assim, há distribuição e características habituais das quatro células do epitélio do túbulo digestivo (F, B, R e E). Já no quinto dia de inanição, após 102h de PA, houve uma baixa constante no IHS. Neste período, em algumas regiões dos túbulos, pode-se notar que o epitélio pseudoestratificado colunar passou a ser cúbico. Provavelmente estas células não estão recebendo estímulo para desempenharem suas funções, o que é refletido na forma da célula. Desta forma, o HP dos animais submetidos à inanição continuam mostrando padrão digestivo, mantendo a forma e a função das células, até que as relações entre os IHS indique que não existe característica de função digestiva neste órgão. Palavras Chaves: Hepatopâncreas, Índice hepatossomático, Macrobrachium amazonicum. Apoio: FAPESP- processo 2011/16776 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 143 113 MORFOLOGIA DOS ESTÁGIOS ZOEA I E II DE LEANDER PAULENSIS (CARIDEA: PALAEMONIDAE) 1* 2 1 2 Pantaleão, J.A.F. ; Terosssi, M. ; Costa, R.C. & Mantelatto, F.L. . LABCAM, Depto. Ciências Biológicas, FC-UNESP, Bauru e PG A/C: Zoologia, IB, UNESP, 2 Botucatu. . Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos (LBSC), FFCLRP - USP, Ribeirão Preto. E-mail: *[email protected] 1 O gênero Leander compreende cinco espécies válidas, sendo duas (L. paulensis e L. tenuicornis) com ocorrência na costa do Brasil. Excetuando-se L. tenuicornis, as quatro restantes são totalmente desconhecidas quanto aos estágios larvais.Este trabalho descreve de forma inédita a morfologia externa do primeiro e segundo estágios de zoea (I e II) desse palaemonídeo. Fêmeas ovígeras foram capturadas em amostragens realizadas na região de Cananéia (SP) em 2013. Estas fêmeas foram mantidas vivas até a eclosão das larvas, que foram fixadas em álcool etílico 70% glicerinado (1:1). Em laboratório, as larvas foram dissecadas sob estereomicroscópio e ilustradas com microscópio provido de câmara clara. Os dois primeiros estágios de zoea possuem carapaça lisa e rostro com dentículos na extremidade terminal. Características típicas da família foram observadas nas larvas de L. paulensis, sendo elas: presença do 1º e 2º pereópodos birremes em forma de brotos na zoea I, olhos grandes e sésseis voltados para os lados na zoea I e pedunculados na zoea II, telson triangular e achatado com ausência de urópodos nos dois primeiros estágios (fórmula: 7 + 7 e 8 + 8, respectivamente), pereópodos 3 ao 5 ausentes, bem como segmentação entre o 6º somito e telson. As zoeas aqui descritas diferenciam-se de L. tenuicornis pela presença de pequenos espinhos entre as cerdas do telson. Esses atributos são muito importantes para a taxonomia do gênero, ainda pouco conhecida quanto a este aspecto, bem como para identificação junto ao plancton. FAPESP Temático BIOTA (2010/50188-8); Bolsa CAPES 144 NOVA ESPÉCIE DE ELPIDIUM (CRUSTACEA, OSTRACODA) DE BROMÉLIAS DA JAMAICA: DESCRIÇÃO E ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA CARAPAÇA Julia da Silva Pereira¹, Ricardo Lourenço Pinto² ¹Universidade de Brasília, ²Universidade de Brasília [email protected] Ostrácodes são crustáceos de carapaça calcária e comprimento médio de 1mm. Estão entre os grupos de crustáceos viventes mais diversificados – cerca de 209 gêneros apenas em água doce – e possuem o mais rico registro fóssil dentro do Filo Arthropoda. Contudo, a diversidade do grupo ainda se encontra bastante subestimada, seja por dificuldades quanto às classificações taxonômicas, seja pela baixa exploração em várias regiões do planeta. Este trabalho descreve uma nova espécie de ostrácode bromelícula do extremo leste da Jamaica e analisa a variabilidade na morfologia da carapaça através de estudo morfométrico. Para a descrição, realizou-se a dissecção completa dos indivíduos. Os apêndices foram ilustrados com auxílio de câmara clara e as valvas fotografadas em microscópio eletrônico de varredura. Para a análise morfométrica, foram utilizadas fotografias obtidas sob estereomicroscópio e a comparação foi feita através do software Morphomatica. A espécie nova pode ser diferenciada das demais espécies do gênero Elpidium através da morfologia do hemipênis e da carapaça. A análise morfométrica mostra diferenças nítidas em comparação com outras espécies. Acredita-se que as bromélias funcionem como ilhas ecológicas que propiciam eventos de especiação alopátrica, sendo fontes de alta diversidade. A presente descoberta parece corroborar os altos índices de endemismo da família Limnocytheridae e denota a disparidade entre a quantidade de espécies descritas e a real diversidade da classe, evidenciando a necessidade de reduzir as dificuldades e estimular o estudo do grupo. Palavras-chave: Ostrácode, Elpidium, morfometria Apoio Financeiro: CNPq; Proc. Nº 127379/2013-4 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 145 114 MORFOLOGIA EXTERNA DOS TUBOS SEXUAIS EM ESPÉCIES DO GÊNERO AEGLA (DECAPODA, ANOMURA, AEGLIDAE) 1 1 Juliana Cristina Bertacini de Moraes , Sérgio Luiz de Siqueira Bueno , Marcos Tavares 1 Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo 2 Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo [email protected] 2 Em Aeglidae, o tubo sexual corresponde a uma modificação membranosa na coxa do quinto pereópode dos machos, contendo internamente a porção distal do vaso deferente. A morfologia dessa estrutura é pouco conhecida, sendo o objetivo deste trabalho apresentar a morfologia externa dos tubos sexuais de 13 espécies de Aegla com auxílio de Microscopia Eletrônica de Varredura. Machos adultos tiveram o quinto pereópode removido, preparado e analisado em microscópio eletrônico de varredura a fim de se obter imagens em diferentes ângulos e graus de detalhamento. Os tubos sexuais de todas as espécies analisadas apresentaram uma face dorsal convexa e calcificada e uma face ventral membranosa menos calcificada. A extremidade do tubo de todas as espécies é lisa e truncada. As diferenças mais marcantes referem-se ao tamanho e ao formato do tubo. Para cinco espécies analisadas (Aegla cavernicola, A. leptochela, A. marginata, A. microphthalma e Aegla sp. n. 1 (“Caverna Ribeirãozinho III”, PETAR)), os tubos são mais curtos e largos, em comparação às demais espécies (Aegla castro, A. franca, A. leptodactyla, A. paulensis, A. perobae, A. schmitti, A. strinatii e Aegla sp. n. 2 (“Gruta do Lago Subterrâneo”, PETAR)), para as quais os tubos se apresentam mais longos e estreitos. Outras diferenças, como a curvatura do tubo, o tamanho da área calcificada em relação ao da área membranosa e a ocorrência de cerdas na coxa do quinto pereópode, também foram observadas. Os resultados sugerem que os tubos curtos podem ser uma convergência adaptativa ao ambiente subterrâneo. Palavras-chave: Ambiente hipógeo, MEV, Quinto pereópode. Apoio Financeiro: FAPESP Proc. Nº 2012/16.083-0. 146 HÁBITO ALIMENTAR E CONTEÚDO ESTOMACAL DE Plagusia depressa (DECAPODA: PLAGUSIIDAE) NOS RECIFES CORALÍNEOSBRASIL Julianna de Lemos Santana¹, Tereza Cristina dos Santos Calado², Marcio Paiva Guimarães¹, Victor Andrei Rodrigues Carneiro¹ ¹’² Universidade Federal de Alagoas [email protected] Estudos sobre a alimentação de crustáceos tem importância fundamental para desvendar a relação da espécie com o meio e a interação com outras espécies. Com este foco, foram coletados manualmente, buscando a maior variação de tamanho possível, cinco indivíduos da espécie Plagusia depressa por mês, de Dezembro/2013 a Julho/2014 nos recifes da praia de Sonho Verde, ParipueiraAlagoas. A espécie habita as regiões entre-marés e possui hábito noturno, portanto as expedições de coleta tiveram que ser realizadas durante noite em maré baixa com auxílio de lanternas. Os indivíduos foram acondicionados vivos em gelo, para evitar o regurgitamento do conteúdo estomacal, e encaminhados ao laboratório para retirada dos estômagos para analise posterior em microscópio óptico e estereomicroscópio. Os estômagos foram classificados em três estágios de repleção para estipular o volume, separando em semi-vazio (25%), semi-cheio (26%) e cheio (49%), sendo desconsiderados os estômagos vazios. Após a dissecação, o estômago e o conteúdo foram conservados em formol a 4%. Dentro dos estômagos dos decápodes existem ossículos que fazem a trituração do alimento ingerido, o que torna difícil a identificação específica de cada item. Os itens encontrados foram identificados até o menor táxon possível, agrupados em classes e tiveram sua frequência de ocorrência calculada: Alga (100%), Sedimento (58,13%), Mollusca (69,76%), Ascidiacea (18,60%), Crustacea (16,27%) e Polychaeta (2,32%). No ambiente foi constatado que a espécie é herbívora com alimentação acidental de itens de origem animal. Palavras-chave: Alimentação, aratu-de-pedra, herbivoria VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 147 115 EFEITOS DAS MUDANÇAS METEOROLÓGICAS NA ATIVIDADE DE UCA LEPTODACTYLA Larissa M. Cordeiro¹ e Tânia Marcia Costa¹ ¹Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Experimenta do Litoral Paulista [email protected] Para a compreensão das respostas comportamentais realizadas pelos diferentes organismos é relevante considerar as interferências entre os elementos meteorológicos e seu padrão de atividade. O objetivo desse trabalho foi avaliar se as condições meteorológicas apresentam efeitos na atividade de Uca leptodactyla. Estabelecemos dois grupos experimentais no Rio Itaguaré (Parque Estadual de Bertioga/SP), classificados em: 1- períodos que antecedem a ocorrência de precipitação pluviométrica; 2- períodos de sol. Delimitamos área de observação em quadrados (n=6) de 0,56m² para contabilizar o ritmo de atividade, iniciadas no pico da maré baixa de sizígia, próximo ao meio dia. Os dados meteorológicos, tais como pressão, temperatura, umidade relativa do ar e cobertura de nuvens foram mensurados antes e após as observações comportamentais. Consideramos ativos os organismos que se encontravam fora de suas tocas. O numero de caranguejos ativos foi igual entre os tratamentos e os dias de amostragem (n=3). Dos parâmetros atmosféricos avaliados apenas a cobertura de nuvens diferiu (p<0,005) entre os tratamentos. No tratamento sol, o aumento da cobertura de nuvens mostrou correlação positiva com a atividade de U. leptodactyla. Esses dados sugerem que os caranguejos chama-maré podem ter a capacidade visual de perceber e responder ao sombreamento proporcionado pelas nuvens. Tal percepção pode ser relevante como indicador da chegada de condições climáticas adversas, mostrando que o padrão de atividade dos caranguejos possui influência de fatores abióticos. Paravra-chave: Uca leptodactyla, atividade, meteorologia. Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq ID: 29540. 148 MORFOMETRIA GEOMÉTRICA DO SIRI CHITA, Arenaeus cribrarius, (DECAPODA; PORTUNIDAE) Luciana Souza dos Santos; Lucas Nunes da Silva; Renata Akemi Shinozaki-Mendes. Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada - Laboratório de Biologia Pesqueira (LAPEq) ([email protected]) A espécie Arenaeus cribarius, conhecida como siri Chita, ocupa desde praias arenosas na zona das marés até os 70 metros de profundidade. A morfometria geométrica abrange uma série de técnicas que visam descrever as formas, sendo capaz de localizar as regiões em que ocorrem variações morfotípicas. A aplicação dessa técnica em crustáceos tem sido pouco explorada, desta forma, objetiva-se com o presente trabalho identificar, através da morfometria geométrica, as diferenças sexuais existentes em indivíduos jovens de A. cribrarius. Foram coletados na costa de Pernambuco, no período entre novembro de 2011 a julho 2012, 45 espécimes de siris A. cribrarius. Após a captura, o os indivíduos foram crioanestesiados a -10 C para realização das análises morfométricas. Cada exemplar, previamente identificado, foi fotodocumentado. Foram utilizados 10 marcos da vista ventral digitalizado no programa TPSDig. Foi gerada uma matriz de covariância, contendo fatores referentes aos sexos, análise canônica e a análise discriminante. Para essas etapas, foram utilizados os programas TPSrewl e MorphoJ. Ao analisar a relação canônica entre indivíduos machos e fêmeas, verifica-se uma separação dos grupos predominantemente em função da variável 1. A maior variação ocorreu nos marcos anatômico localizados nas bordas entre o 5º e 6º segmento abdominal. Os resultados encontrados demonstram que é possível diferenciar através da forma geométrica os indivíduos jovens da espécie de A. cribarius quanto ao sexo, mesmo apresentado, visualmente, formas muito semelhantes entre si, demonstrado em todas as análises. PALAVRAS-CHAVE: Marco anatômico; Decapoda; Pernambuco. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 149 116 Relações morfométricas do siri Arenaeus cribrarius na Costa Pernambucana Luciana Souza dos Santos; Lucas Nunes da Silva; Renata Akemi Shinozaki-Mendes. Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada - Laboratório de Biologia Pesqueira (LAPEq) ([email protected]) Dentre os portunídeos, o Arenaeus cribrarius (Lamarck 1818), conhecido popularmente como siri chita, é uma espécie bem adaptada para viver em areias de praia e raramente são encontrados em estuários ou lagoas interiores. Existem diversos trabalhos sobre essa espécie, mas todos são desenvolvidos na região sul e sudeste do Brasil, não havendo essas informações para a costa Nordeste. Assim o presente trabalho tem o objetivo de estudar as relações morfométricas do siri Arenaeus cribrarius na costa pernambucana. Foram realizadas 43 coletas, no período de 2011 a 2014, sendo capturados 122 exemplares. Todos os indivíduos foram crioanestesiados, identificados por espécie e posteriormente foi realizada a sexagem e classificação de maturidade morfométrica, com base no formato e aderência do abdômen, e biometria: Largura do Cefalotórax (LC), Comprimento das quelas direita e esquerda (CQd e CQe) e peso (PT, em gramas). Dentre os indivíduos capturados, apenas 2 fêmeas e 6 machos eram adultos. Deste modo, as relações morfométricas foram obtidas apenas para os jovens. Relacionando a Largura do Cefalotórax (LC) com o Comprimento da Quela (LQ) dos machos e das fêmeas temos uma correlação linear positiva. Ao relacionar a Largura do Cefalotórax (LC) com o Comprimento do Cefalotórax (CC), observou-se que a alometria foi negativa para ambos os sexos, indicando que o incremento em largura é maior que o incremento em comprimento ao longo do crescimento. PALAVRAS-CHAVE: Crustacea, Alometria, Dimorfismo. Apoio Financeiro: FACEPE: BIC – 0192-5.06/14 150 MORFOLOGIA DO QUINTO PEREÓPODO (P5) EM PORCELANÍDEOS (DECAPODA: ANOMURA: PORCELLANIDAE) REVELADO POR MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA 1 Luciane Augusto de Azevedo Ferreira , Marcos Tavares 1 Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo [email protected] 1 Em Anomura o P5 difere dos demais pereópodos por ser reduzido e inserido sob a carapaça. Atua como uma escova, exercendo função de limpeza de brânquias, esterno abdominal, pereópodos, carapaça, pleópodos femininos e ovos, além da remoção de parasitas da câmara branquial. A despeito da sua importância funcional, quase não há informações detalhadas sobre sua morfologia e função em Porcellanidae. Deste modo, espécimes de Megalobrachium roseum, Pachycheles grossimanus, Petrolisthes serratifrons e Pisidia brasiliensis serviram de base a um estudo da P5 com auxílio de Microscopia Eletrônica de Varredura. A função das cerdas foi inferida por comparações com estudos anteriores. A coxa é arredondada, com projeção anterior; a base curta apresenta pouca mobilidade e está conectada ao ísquio, formando uma unidade funcional. Apresenta quela terminal com cerdas em forma de dentes, e um hiato acentuado em M. roseum. A maior parte das articulações possui extensas áreas de membranas artrodiais, proporcionando grande variedade de movimentos. Seis tipos de cerdas foram identificados: (1) serrilhadas retas, (2) serrilhadas em forma de foice (responsáveis pela limpeza); (3) paposas, (4) plumosas (auxiliam na filtração); (5) simples (quimiorreceptoras); e (6) pontiagudas em forma de dente (remoção de partículas bem aderidas). As principais diferenças foram encontradas em relação à proporção dos artículos, quantidade e comprimento de cerdas, e torção das cerdas simples, mais acentuada em P. grossimanus. Em P. serratifrons há um longo espinho terminal nas cerdas pontiagudas. Palavras-chave: Morfologia, Quinto pereópodo, Porcellanidae, Microscopia Eletrônica de Varredura. Apoio financeiro: FAPESP Proc. Nº 2011/06230-2 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 151 117 HOW VARIABLE AGONISTIC BEHAVIOR IS AMONG CRUSTACEANS? A CASE STUDY ON FRESHWATER ANOMURANS (DECAPODA: AEGLIDAE) 1,2 1 3 4 Luciane Ayres-Peres , Paula B. Araujo , Carlos G. Jara , Alexandre V. Palaoro , 4 Sandro Santos 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2 Instituto Federal Farroupilha - Câmpus Alegrete 3 Universidad Austral de Chile 4 Universidade Federal de Santa Maria [email protected] Species with similar morphology and ecology tend to show similar agonistic behaviors. Understanding the variability of agonistic behavior is essential for accurate interpretations of results in an evolutionary context. Our goal was to test the variability of agonistic behavior in Aeglidae. We performed intraspecific fights of four species: Aegla denticulata denticulata, Aegla abtao, Aegla longirostri and Aegla manuinflata, and quantified their behavioral acts. We performed a PCA for winners and for losers to explore major trends in contest structure. We also performed three one-way ANOVAs to test: time spent in highly aggressive acts, time spent in submissive acts, and contest duration. Aegla abtao and A. d. denticulata performed two exclusive aggressive acts, meral spread and thanatosis, respectively. For winners, PC1 (42.46%) showed two groups: A. abtao and A. d. denticulata grouped with non-aggressive acts and low aggressive acts, and A. longirostri and A. manuinflata grouped with highly aggressive acts and communication. For losers, PC1 (32.08%) did not show a clear pattern. Aegla denticulata denticulata was significantly less aggressive than the other species (F = 5.64; p < 0.01). No difference was found in contest duration and time spent in submissive acts. Thus, aeglids show a slight variation in their agonistic behavior, albeit morphologically/ecologically similar. Variation is greater in A. d. denticulata, which is the most distinct species. Our results suggest that morphology and ecology play a great role in shaping agonistic behavior patterns. Keywords: Aegla, aggressive behavior, animal contests Financial support: CNPq, CAPES 152 ULTRAESTRUTURA DOS ESPERMATOZOIDES DOS PODOTREMATA HYPOCONCHA PARASITICA (HYPOCONCHINAE) E MOREIRADROMIA ANTILLENSIS (DROMIINAE) 1* Maria Alice Garcia Bento , Marcia Fiorese Mataqueiro¹, Fernando Luis Medina Mantelatto², Fernando José Zara¹ ¹ Departamento de Biologia Aplicada, Laboratório de Morfologia de Invertebrados (IML) ² Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceo (LBSC), Departamento de Biologia, FFCLRP- USP, Ribeirão Preto *[email protected] Neste trabalho caracterizou-se a ultraestrutura dos espermatozoides de Hypoconcha parasitica e Moreiradromia antillensis. O vaso deferente foi processado para microscopia eletrônica de transmissão. Ambas as espécies compartilham cromatina fibrosa, sem braços laterais, e acrossomo discoide com opérculo perfurado. A principal diferença entre as espécies foi o número de camadas acrossomais. Hypoconcha parasitica possui quatro camadas concêntricas: interna eletrondensa, adjacente à base do perforatorium; externa com lamelas granulosas; acrossomal raiada e a zona eletronlúcida anterolateral. Nesta zona existe uma esfera, a qual é o flange da camada interna. Em M. antillensis notam-se apenas duas camadas acrossomais: I) interna, eletrondensa e estriada e II) zona eletronlúcida anterolateral, ocupando grande parte do acrossomo. O perfuratorium é bilateralmente capitado e em corte sagital mostra ápice arredondado produzindo a forma de cogumelo em H. parasitica, enquanto que este é achatado relembrando a letra “T” para M. antillensis. Assim, o espermatozoide deste Hypoconchinae é semelhante ao descrito para Sphaerodromiinae, uma vez que compartilham todas as características acrossomais, exceto a camada externa lamelar e o flange interno descontínuo. Por sua vez, M. antillensis compartilha todas as características reportadas para Dromiinae sendo muito similar á Dromidiopsis edwardsi, exceto pelo número de camadas acrossomais. Tais informações constituem fortes indicativos da condição basal no sistema reprodutor, corroborando o posicionamento filogenético entre os Brachyura. Palavras-chave: Dromiidae, Espermiotaxonomia, Microscopia eletrônica Reprodução. Apoio Financeiro: FAPESP BIOTA Proc. 2010/50188-8; CAPES Ciências do Mar de transmissão, VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 153 118 SISTEMA REPRODUTOR DE HYPOCONCHA PARASITICA (DROMIIDAE): PODE SER ESTA A CONDIÇÃO BASAL DE PRODUÇÃO DE FLUIDO SEMINAL EM BRACHYURA? 1* Maria Alice Garcia Bento , Marcia Fiorese Mataqueiro¹, Fernando Luis Medina Mantelatto², Fernando José Zara¹ ¹ Departamento de Biologia Aplicada, Laboratório de Morfologia de Invertebrados (IML) ² Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceo (LBSC), Departamento de Biologia, FFCLRP- USP, Ribeirão Preto *[email protected] Neste trabalho descreveu-se a histoquímica da produção de fluido seminal e formação de espermatóforos em Hypoconcha parasitica. As amostras foram processadas para historesina e coradas com H&E e técnicas para proteínas (PT), polissacarídeos ácidos (PA) e neutros (PN). O sistema reprodutor masculino é macroscopicamente semelhante a letra “H”, seguindo o padrão típico dos braquiúros. O testículo par encontra-se em ambas as margens superiores do cefalotórax e, histologicamente foi classificado como tubular. O vaso deferente, também par, estende-se anteroposteriormente abaixo do coração, como um tubo simples sem diferenciação macroscópica em região anterior (AVD), média (MVD) e posterior (PVD). No testículo os espermatozoides (SP) estão livres e imersos por secreção acidófila, reativa para PA e PN, denominada S1. Na arbitrária AVD e MVD, os SP formam uma massa central com S1, e estão envoltos por outra secreção, a S2, basófila com material homogêneo e fibroso, sendo ambos positivos para PT e PN. Na PVD próxima ao tubo peniano, os SP imersos em S1 mantém a mesma característica, porém nota-se pequena mistura com S2, a qual ainda circunda e compacta o fluído seminal. Assim, H. parasitica não apresenta a formação de espermatóforos coenospérmicos, sendo os SP transferidos como uma massa única envolta por secreção. Esta secreção parece funcionar como barreira protetora, semelhante à parede dos espermatóforos reportados para outros decápodes. Este padrão parece constituir-se no modelo basal de empacotamento dos SP encontrado entre os Brachyura estudados até o momento. Palavras-chave: Espermatozoide, Histologia, Hypoconchinae, Podotremata. Apoio Financeiro: FAPESP BIOTA Proc. 2010/50188-8; CAPES Ciências do Mar 154 ANATOMIA FUNCIONAL DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO DE STENORHYNCHUS SETICORNIS (BRACHYURA:.INACHIDAE) 1 2 3 Mariana Antunes , Fernando José Zara , Laura S. López-Greco , 1 Maria Lucia Negreiros-Fransozo 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- NEBECC - Botucatu 2 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- IML - Jaboticabal 3 DBBE-FCEN Universidad de Buenos Aires/IBBEA, CONICET-UBA [email protected] Este trabalho visou à descrição histológica e histoquímica do receptáculo seminal (RS) de Stenorhynchus seticornis. Fêmeas recém-copuladas (após 24 h) foram dissecadas e processadas para historesina. O par de RS são estruturas riniformes, o qual foi classificado como tipo ventral, devido à localização da abertura do oviduto. Verificou-se, que o RS apresenta a região dorsal (RD) de origem mesodérmica e região ventral (RV), ectodérmica. A RD possui epitélio estratificado com células em descamação. O oviduto abre-se exatamente sobre a região de transição (RT) entre a RD para a RV, e não apresenta velum. O epitélio simples da RT apresenta mais dobras na face de abertura do oviduto, recobertas com cutícula. A vagina mostra as mesmas características do epitélio da RT e é contigua a RV, ancorada por musculatura. No lúmen, notam-se três pacotes espermáticos (PS), sendo dois com espermatozoides, e o mais ventral, com espermatóforos. Ambos os PS estão envoltos por camada acidófila e glicoproteica. Os PS ejaculados posicionados ventralmente, estão inseridos em volumosa secreção composta por polissacarídeos ácidos e, possivelmente, provenientes do último macho a copular. O tipo de receptáculo ventral, a presença de ejaculados estratificados, e a poliandria, geralmente observada em fêmeas de Majoidea, indicam a provável ocorrência de competição espermática em S. seticornis, com favorecimento aos espermatozoides do último macho a realizar a cópula, por permanecer mais próximo a abertura do oviduto. Palavras-chave: Reprodução, Receptáculo Seminal, Espermatóforos, Histologia. Apoio Financeiro: CNPq – Universal proc. 481435/2011-5; CAPES-MINCYT proc. 217/2012; Fapesp Biota proc. 2010/50188-8 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 155 119 FIRST ZOEAL STAGE OF PROCESSIDAE (CARIDEA): REVIEW AND NEW DESCRIPTIONS OF AMBIDEXTER SYMMETRICUS AND PROCESSA FIMBRIATA Mariana Terossi & Fernando Luis Mantelatto Laboratory of Bioecology and Crustacean Systematics (LBSC), Faculty of Philosophy, Sciences and Letters at Ribeirão Preto (FFCLRP), University of São Paulo (USP) [email protected] This study reviews the morphology of the first zoeal stage of the pantropical and subtropical marine shrimps of the family Processidae. We present the first descriptions of the zoea I of Ambidexter symmetricus and Processa fimbriata, and compare them with available published descriptions, in order to detect patterns to differentiate the genera. To date, the first zoeal stage is known for only 15 species (22%) of Processidae, including the two from the present study: members of the genera Ambidexter (2), Nikoides (1), and Processa (12). All known first zoeae of Processidae have some characters in common, but they are not exclusive; many are shared with the family Hippolytidae, for example. Among the species of Processidae, the zoea I of Ambidexter can be differentiated by the presence of a rostrum, and the resemblance to Nikoides and Processa, previously reported for adults, is now confirmed for the larval morphology. Based on the new descriptions, A. symmetricus and A. panamensis can be easily separated by four independent larval characters: anterior tubercle on the carapace (present in A. panamensis and absent in A. symmetricus), the antennal scale (segmented distally in A. panamensis and unsegmented in A. symmetricus), and the anal spine and second pereiopod (absent in A. panamensis and present in A. symmetricus). P. fimbriata can be separated from the other 11 species of Processa by means of two larval characters: 4 aesthetascs on the exopod of the antennules, and the presence of an anal spine. Key words: larvae, Ambidexter, Processa Financial support: FAPESP (PD 2011/11901-3; BIOTA Temático 2010/50188-8) 156 DESCRIÇÃO DO PRIMEIRO ESTÁGIO JUVENIL DE AEGLA CASTRO (ANOMURA, AEGLIDAE) 1 1 Mariane Rossi Chaves , Luane Samara Alves e Silva¹, Cecilia Margarita Guerrero-Ocampo , 1 Gustavo Monteiro Teixeira Universidade Estadual de Londrina1 [email protected] Aeglídeos apresentam desenvolvimento pós-embrionário epimórfico. Descrições da morfologia de jovens recém-eclodidos estão disponíveis para poucas espécies. Tais descrições constituem ferramentas para a identificação de juvenis, bem como para realização de análises filogenéticas. O objetivo deste trabalho é descrever e ilustrar a morfologia do primeiro estágio juvenil de Aegla castro. Fêmeas ovígeras foram coletadas de junho a outubro de 2012 no Rio Couro (Mauá da Serra, Paraná). Estas foram mantidas individualizadas com condições controladas de alimentação, aeração, temperatura e qualidade da água e monitoradas diariamente para verificação da eclosão dos ovos. Os recém-eclodidos foram fixados em álcool 70% com gliceria (2:1), dissecados, preparados pra microscopia de luz e os apêndices foram descritos e ilustrados utilizando-se câmara clara. Alguns animais foram analisados com microscopia eletrônica de varredura, permitindo o detalhamento da morfologia das cerdas, dos apêndices cefalotoráxicos e das lineae aeglicae. A. castro apresenta eclosão assincrônica. Morfologicamente se assemelha a A. franca quanto ao número de cerdas plumosas no exopodito do 3° maxilípede e à A. ligulata e A. paulensis quanto ao número de cerdas plumosas no exopodito da maxila. O número de cerdas nos recém-eclodidos de A. castro é inferior ao descrito para outras espécies, mas nenhuma característica que seja individualmente diagnóstica foi identificada. No entanto, A. castro é a única espécie que combina a presença de 4 cerdas plumosas no 3° maxilípede e de 63-65 cerdas plumosas na maxila. Palavras-chave: caracterização, morfologia, recém-eclodido. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 157 120 SISTEMA DE RETENÇÃO ABDOMINAL EM Portunus spinicarpus (DECAPODA: PORTUNIDAE). Natalia Pereira Cordeiro¹, ² , Marcos Tavares² 1 Centro Universitário São Camilo 2 Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo [email protected] Caranguejos Brachyura são caracterizados por possuírem abdômen reduzido, dobrado sob o cefalotórax e inserido entre os pereópodes. A retenção do abdômen e realizada através do sistema “Botão-Pressão” é o caso do siri Portunus spinicarpus, fortemente caracterizado por possuir um par de espinhos laterais pronuncialmente alongados em sua carpo. O abdome se mantém prendido ao corpo devido a um sistema chamado Sistema “Botão-Pressão”. Presente na espécie P.spinicarpus, esse sistema é responsável pela retenção dos segmentos abdominais e telso ao esterno. Seu funcionamento é devido a um par de “botões”, situados no quinto esternito e um par de “soquetes”, situados no sexto segmento abdominal. A morfologia do botão pode variar dependendo da espécie, podendo apresentar ornamentações, tubérculos, áreas rugosas, entre outras características. O “botão” tem sua morfologia baseada no “soquete”, se adequando ao encaixe para que ocorra a retenção abdominal. Ainda não se sabe da existência de tecido muscular no funcionamento do sistema de retenção. O “socket” abdominal é uma hipótese de ser homólogo com o urópodo. O presente estudo tem como objetivo o desenvolvimento do sistema “botão-pressão” na ontogenia da espécie P.spinicarpus. Deste modo, 32 indivíduos, fêmeas (15-62,3 mm), quando jovens, apresentam o sistema de retenção; já as adultas não apresentam o mesmo. Machos (15-65,3 mm), jovens e adultos apresentam o sistema de preensão. Palavras-chave: Retenção abdominal, Brachyua, Portunus spinicarpus. Apoio Financeiro: CNPq, Proc. Nº 146261/2014-3. 158 SUBSTRATE PREFERENCE BY THE PORCELAIN CRAB PACHYCHELES MONILIFER (CRUSTACEA, ANOMURA): THE BRYOZOAN SCHIZOPORELLA ERRATA OR THE POLYCHAETE PHRAGMATOPOMA CAUDATA? 1 1 1 2 Ana Francisca Tamburus ; Mariana Negri ; Natália Rossi ; Luis Miguel Pardo & 1 Fernando Luis Mantelatto 1 2 Universidade de São Paulo, Universidad Austral de Chile [email protected] Differences on reproductive performance between two sampling points of the porcelain crab Pachycheles monilifer from Ubatuba (São Paulo, Brazil), one from Itaguá Beach (living on Schizoporella errata) and the other from Grande Beach (living on Phragmatopoma caudata) has been previously observed. Therefore could be expected a specific behavior in substrate preference to optimize the best biogenic habitat. Considering this premise, our first goal was to test the substrate preference of this species when both substrates were simultaneously available. In total, 185 individuals were collected in these same localities and they were submitted to substrate selection experiments. The trials were conducted with duration of 30 min per specimens from each collection site. Containers were kept at 28±1°C and under dark photoperiod. Trials started with the release of one animal per treatment in the middle of the opposite side to the substrate inside the containers. After the established time, the substrate preference of each porcelain crab was verified. As result, no preference pattern was found and the choices in the experiment were not significantly different from the expected. This lack of preferences may be an indication that porcelain crabs are generalists in habitat use regardless of sex of individuals and potential benefit in fitness. Therefore, the differences on the reproductive aspects probably are associated with environment factors not simulated in this study and may indicate the occurrence of plasticity in behavior. Key words: habitat preferences, substrate effects, Porcellanidae, symbiontic porcellanid Financial support: FAPESP, Proc Nº Biota 2010/50188-8 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 159 121 O HEPATOPÂNCREAS NA MATURAÇÃO OVARIANA EM Xyphopenaeus kroyeri Renata Mayumi Yamane¹, Janaina Muniz Picolo², Tiago Henrique Siebert², Giovanna Paim 1,2 Chiconini¹, Rogério Caetano da Costa³, Irene Bastos Franceschini Vicentini ¹Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências – Departamento de Ciências Biológicas – 2 Laboratório de Morfologia de Organismos Aquáticos LAMOA, Bauru. Universidade Estadual Paulista 3 – Centro de Aquicultura da UNESP – Jaboticabal.; Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências – Departamento de Ciências Biológicas - Laboratório de Camarões LABCAM, Bauru. [email protected] Xyphopenaeus kroyeri (Decapoda: Penaeidae) é um dos crustáceos mais capturados no Brasil para fins comerciais. A eficiência dos métodos de proteção dos estoques naturais está diretamente relacionada ao conhecimento sobre a biologia reprodutiva da espécie. Por isso são necessários o uso e desenvolvimento de técnicas de preservação da espécie. O hepatopâncreas (HP) tem papel primordial na fisiologia reprodutiva desses animais. Este órgão é formado por túbulos em fundo cego com cinco tipos celulares. Entre eles, a célula R é responsável por reservar e alocar nutrientes para o ovário durante sua maturação. Neste trabalho comparamos a dinâmica das células R nos diferentes estágios de maturação ovariana (MO). Para isso os HP das fêmeas foram fixados em Bouin, incluídos em Historresina e corados em H/E. As células R variam em número ao longo dos estágios de MO, e mudam seu aspecto estrutural. Nos indivíduos com ovário rudimentar, as células R são cilíndricas com características de células com estocagem de nutrientes. Em indivíduos com ovário em maturação, o HP apresenta células R de difícil visualização, cúbicas e basais, sem contato direto com o lúmen. Sabe-se que neste estágio, os nutrientes da célula R são mobilizados para o ovário, o que justifica a aparência discreta das células R neste momento. Quando o ovário está desenvolvido, o HP apresenta células R cilíndricas mais evidentes e se estende por toda a altura do epitélio. Neste estágio, sabe-se que os nutrientes não são mais mobilizados ao ovário e sim acumulados nas células R para o início do próximo ciclo reprodutivo. Palavras Chaves: Células R, hepatopâncreas, Xyphopenaeus kroyeri Apoio Financeiro: FAPESP: Proc. N° 2014/02489-0; CNPq: Proc. Nº 140453/2013-0 1 160 VERIFICAÇÃO DE DIMORFISMO SEXUAL NOS CAMARÕES SETEBARBAS (Xiphopenaeus kroyeri) POR MEIO DE MORFOMETRIA GEOMÉTRICA Renata Vasconcelos Oliveira¹, Lorena A. Nunes¹, Lisianne de S. Oliveira¹, Somira S. De Souza¹, Marcelo Cervini¹, Ana Karina de Francisco¹ ¹Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Campus Jequié, [email protected] A família Penaeidae é a mais abundante e conhecida, especialmente por representarem espéciesalvo da atividade comercial pesqueira. Dentro dessa família, o Xiphopenaeus kroyeri é uma das espécies mais pescadas no Brasil. Trabalhos anteriores, indicaram a presença de dimorfismo sexual para o tamanho de X. Kroyeri através de medidas convencionais. Desta forma, este trabalho teve por objetivo verificar se há existência de dimorfismo sexual na forma dos camarões sete-barbas por meio de métodos da morfometria geométrica. Foram coletados 30 machos e 37 fêmeas em Itacaré-BA, estes foram fotografados. Posteriormente, foram definidos 8 marcos e 8 semi-marcos anatômicos no cefalotórax utilizando o software tpsDig. As coordenadas cartesianas obtidas foram inseridas ao MophoJ para análise dos Componentes Principais (ACP) e o tamanho generalizado foi analisado utilizando a ANOVA no PAST. Foram encontradas diferenças na forma do cefalotórax entre machos e fêmeas, sendo que os quatro primeiros ACP explicaram cerca de 82% da variação total entre os sexos, apresentando, dessa forma, dimorfismo sexual. Contudo, para análise de tamanho com base no tamanho do centróide, não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05) para essa espécie. Sendo assim é possível separar machos e fêmeas a partir da forma do cefalotórax, contudo não foi possível diferenciá-los por meio do tamanho. Além disso, não foi possível constatar correlação entre a forma e tamanho (p>0) ou seja, uma característica é independente da outra. Palavras-chave: Penaeidae, Procrustes, cefalotórax. Apoio financeiro: Fapesb VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 122 REVISÃO DA MORFOLOGIA DE DENDROCEPHALUS ORIENTALIS (ANOSTRACA: THAMNOCEPHALIDAE): IMPLICAÇÕES PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES 161 1 1 Samara de Paiva Barros-Alves , Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Maria Angélica de 1 1 1 Oliveira Bezerra , Izabel Regina Soares da Silva , Gustavo Luis Hirose 1 Universidade Federal de Sergipe [email protected] O gênero Dendrocephalus, é composto por 17 espécies, sendo a morfologia do apêndice frontal e dos primeiros pares de toracópodes dos machos, as principais características utilizadas para identificação das espécies. Os objetivos deste estudo são: Ampliar o conhecimento acerca da morfologia de Dendrocephalus orientalis e propor uma nova chave de identificação das espécies do gênero Dendrocephalus com ocorrência no Brasil. Os exemplares foram coletados em poças temporárias dentro da unidade de conservação Monumento Natural Grota do Angico, localizada entre os municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, estado de Sergipe. Foram obtidos 560 indivíduos de D. orientalis, nos quais foram observados variações no número de espinhos nos olhos e na superfície proximal do apêndice frontal masculino. Nos olhos, o número de espinhos variou de 0 a 2, sendo que os olhos que apresentaram 1 e 2 espinhos prevaleceram nas amostras, com 50,5% e 46,2%, respectivamente. Na superfície proximal do apêndice frontal foram registradas as seguintes condições de número de espinhos em cada um dos ramos: 1 e 1 (57,9%); 2 e 1 (30,9%); 2 e 2 (9,5%); 1 e 0 (1,2%); 3 e 2 (0,3%); 2 e 0 (0,2%). Com base nestas variações, conclui-se que o número de espinhos nos olhos e nos braços do apêndice frontal não pode ser utilizado como caracteres diagnósticos para espécie, por outro lado, outras estruturas, como o endopodito dos primeiros pares de toracópodes e os sub-ramos 1V e 2A do apêndice frontal, devem ser considerados, uma vez que não apresentaram variações morfológicas intraespecíficas significativas. Palavras-chave: Caracteres diagnósticos, Dendrocephalus orientalis, Espinho nos olhos, Ramos do apêndice frontal, Variação morfológica. 162 ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS NOS ESPERMATOZOIDES DE LITOPENAEUS SCHMITTI (BURKENROAD, 1936) AO LONGO DO VASO DEFERENTE (PENAEIDEA) 1 1 2 1 1 Tavani Rocha Camargo , Andrea Bambozzi , Márcia Mataqueiro , Fernando José Zara Departamento de Biologia Aplicada, Laboratório de Morfologia de Invertebrados (IML) e Centro de Aquicultura da UNESP – CAUNESP, UNESP- Jaboticabal. 2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ [email protected] Neste estudo descrevemos as modificações ultraestruturais observadas durante a maturação dos espermatozoides de Litopenaeus schmitti após a liberação destas células para a luz do túbulo seminífero. O vaso deferente foi fixado e submetido à rotina de microscopia eletrônica de transmissão. Os espermatozoides liberados na luz do túbulo seminífero não estão morfologicamente maduros. Nesta região, a base do futuro espinho e o acrossomo encontram-se formados. Na transição do testículo para o vaso deferente proximal (PVD), a base do espinho possui margem irregular na face voltada para o espaço subacrossomal, o qual é delgado e não exibe a malha filamentosa, porém nota-se o acúmulo de material granular do citoesqueleto. Na PVD, observa-se que ocorre uma dilatação marcando a formação do espinho. A inserção do espinho ao corpo principal é saliente e apresenta anel eletrondenso na sua margem. O espaço subacrossomal torna-se mais volumoso com malha filamentosa granular com a face nuclear plana. Ao longo da PVD notam-se espermatozoides com espinhos em diferentes comprimentos, porém sempre pequenos. No vaso deferente médio (MVD) o espermatozoide assume a morfologia final. A malha filamentosa torna-se circular na região subacrossomal, o citoplasma perinuclear mostra-se delgado e concentrado no polo oposto ao espinho, o qual está totalmente alongado. Assim, a secreção da MVD é essencial para o final da maturação do espermatozoide, e tais modificações parecem estar relacionadas a polimerização do citoesqueleto. Palavras-chave: Camarão-branco, Espermiogênese, Sistema Reprodutor Masculino, Microscopia Eletrônica de Transmissão. Apoio Financeiro: CAPES Ciência do Mar, FAPESP BIOTA #2010/50188-8 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 163 123 COMPARAÇÃO ULTRAESTRUTURAL DOS ESPERMATOZOIDES DE CAMARÕES MARINHOS (PENAEIODEA, DENDROBRANCHIATA) 1 2 3 4 Tavani Rocha Camargo , Antonio L. Castilho , Rogério C. Costa , Fernando L. Mantelatto , 1 Fernando J. Zara 1 Departamento de Biologia Aplicada, Laboratório de Morfologia de Invertebrados (IML), Centro de 2 Aquicultura da UNESP - CAUNESP, UNESP-Jaboticabal; Departamento de Zoologia, Instituto de 3 Biociências, UNESP-Botucatu; Laboratório de Biologia de Camarões Marinhos e de Água Doce (LABCAM), Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências, UNESP-Bauru; 4 Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos (LBSC), Departamento de Biologia, FFCLRP/USP, Ribeirão Preto [email protected] A espermiotaxonomia vem se constituindo em uma das linhas de investigação com grande utilidade na taxonomia de decápodes. Como parte de um projeto multidisciplinar sobre a biodiversidade de camarões marinhos, foram descritos ultraestruturalmente os espermatozoides (SPZ) de cinco espécies da família Penaeidae (Farfantepenaeus brasiliensis, F. paulensis, Litopenaeus schmitti, Rimapenaeus constrictus e Xiphopenaeus kroyeri) e duas espécies da família Sicyoniidae (Sicyonia dorsalis e S. typica). O vaso deferente foi fixado e submetido à rotina de microscopia eletrônica de transmissão. Em Penaeidae o corpo principal arredondado (CPAr), o acrossoma simétrico e a região subacrossomal simples são condições plesiomórficas observada em Peneini, sendo que a tribo Trachypeneini é a mais modificada nesta família, apresentando o corpo principal alongado (CPAl), o filamento posterior e bolsas subnucleares, os quais são caracteres apomórficos. Sicyoniidae exibe duas morfologias de corpo principal. O CPAr é uma plesiomorfia observado em S. typica e outras espécies, sendo modificada para CPAl em Sicyonia ingentis e S. dorsalis, sendo esta última com o espinho reduzido. A ultraestrutura dos SPZ de Penaeiodea sugere que a diversificação está associada ao alongamento do corpo principal e aumento da complexidade de estruturas morfológicas, cujo padrão corrobora com os estudos moleculares. Palavras-chave: Espermiotaxonomia, Filogenia, Corpo Principal, Microscopia Eletrônica de Transmissão. Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP/BIOTA Proc. Nº 2010/50188-8, FAPESP/TT3 Proc. Nº 2012/14686-9. 164 CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DA FASE ADULTA E PRODUÇÃO DE OVOS POR EULIMNADIA COLOMBIENSIS (BRANCHIOPODA: LIMNADIIDAE) – IMPLICAÇÕES ECOLÓGICAS. 1, Tulio Paiva Chaves¹* e Erminda da Conceição Guerreiro Couto ², Nicolas Rabet³ e Fernanda Jordão Guimarães². ¹Universidade Estadual de Santa Cruz, Programa de Pós Graduação em Zoologia, Ilhéus, BA; ²Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecologia Bêntica, Ilhéus, BA, ³UMR BOREA, MNHN/UPMC (Université Pierre et Marie Curie) *[email protected] Os camarões ameijoa são típicos de poças temporárias. Para sobreviver às grandes variações nestes ambientes produzem ovos de resistência. Aqui apresentamos as relações entre a quantidade de ovos presente no interior da carapaça dos hermafroditas e as variáveis morfométricas (comprimento, altura e largura da carapaça); as relações entre a presença de ovos ou oocistos e o comprimento da carapaça, como um indicativo da maturidade destes hermafroditas; e qual o modelo reprodutivo (androdióico ou hermafroditas autofecundantes, entre outros) presente nesta população. Foram analisados 1.062 indivíduos para definirmos a proporção macho/hermafroditas. Para estudar as relações entre o número de ovos e as medidas da carapaça foram analisados 57 indivíduos. As medidas de comprimento e altura foram obtidas utilizando fotos de cada indivíduo (software livre ImageJ). Para obtenção da largura utilizou-se paquímetro (0,01mm). Para determinar a relação entre a maturidade e a presença de ovos ou oocistos utilizamos o ajuste da equação logística. Nesta população não foram registrados machos, o que implica em um modelo reprodutivo de hermafroditas autofecundantes. O número total de ovos apresentou uma relação positiva com o comprimento (r=0,9) e a altura da carapaça (r=0,9), sendo pouco clara a relação com a largura, possivelmente por ter havido maior imprecisão nos registros desta medida. Todos os indivíduos com carapaças maiores que 6,8mm já se autofecundaram. O rápido desenvolvimento e a alta produção de ovos são indicativos da elevada capacidade de colonização de ambientes efêmeros. PALAVRAS CHAVE: Comprimento da carapaça, altura da carapaça, número total de ovos, banco de ovos. Apoio Financeiro: CAPES (Bolsa de Mestrado) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 165 124 DIFERENÇAS MORFOLÓGICAS NAS ESPÉCIES DO GÊNERO CALLINECTES (DECAPODA: BRACHYURA: PORTUNIDAE), NO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 1 1 Vanessa Lisboa Guerra Brito , Sávio Arcanjo Santos Nascimento de Moraes , Carlos Eduardo 1 1 Rocha Duarte Alencar , Fúlvio Aurélio de Morais Freire 1 Grupo de Estudos em Ecologia e Fisiologia de Animais Aquáticos – GEEFAA; Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia [email protected] A simpatria e divergência filogenética recente do gênero Callinectes refletem em uma morfologia semelhante entre as espécies, dificultando a taxonomia. Este estudo verificou diferenças morfológicas externas entre espécies, populações e os sexos de Callinectes no extremo do Nordeste do Brasil por avaliação morfométrica convencional. A amostragem foi feita em Porto do Mangue, Pendências e Extremoz. Obteve-se as variáveis morfométricas por espécimes fotografados. Estimativas de erro da acurácia das medidas e efeito alométrico foram tratadas previamente. Após isso, análises multivariadas foram utilizadas para exploração inicial dos dados, seleção de variáveis representativas (ACP – análise de componentes principais) e redução de variáveis (AFD – análise de função discriminante) para espécies, populações e sexos. Em adição, uma Análise de Variância Multivariada (MANOVA) e uma Análise de Cluster para o teste de hipótese e visualizar a similaridade entre espécies e populações, respectivamente. Comprimento das regiões da carapaça (CC), anterolateral (CA), metagástrica (CRM), interorbital (CRI) e altura da carapaça (AC) discriminaram a distinção entre espécies. A similaridade morfológica entre espécies corroborou com a filogenia molecular. Diferenças entre populações estão relacionadas a CRM, região referente compartimentalização de estruturas internas relacionadas a homeostasia. As variáveis CC, CA e CRI melhor discriminaram os machos, tendo uma carapaça mais ampla para a guarda da fêmea no comportamento reprodutivo, enquanto que fêmeas por AC, devido volume das gônadas. Palavras-chave: siris, morfometria tradicional, fenótipo, análises multivariadas. Apoio Financeiro: SBC Proc. Nº 2012-1. 166 MORFOLOGÍA DEL MOLINILLO GÁSTRICO DE CANGREJOS DE LA FAM. TRICHODACTYLIDAE 1,2 1 3 Verónica Williner , Débora de Azevedo Carvalho , Renata C. de Lima-Gomes , 1,4 3 Pablo Collins , Célio Magalhães 1 2 3 Instituto Nacional de Limnología, Facultad de Humanidades y Ciencias-UNL, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 4 Facultad de Bioquímica y Ciencias Biológicas [email protected] El estudio de la morfología de los estómagos cangrejos puede analizarse desde la funcionalidad trófica como también desde la filogenia. En el presente trabajo se estudió bajo microscopia electrónica de barrido la morfología del molinillo gástrico de Poppiana argentiniana (PA), Sylviocarcinus pictus (SP), S. australis (SA) y S. devillei (SD). Se observaron 3 osículos: urocardiaco (OU), zigocardiacos (OZ) y válvula cardiopilórica (VCP). En las 4 especies presentan aristas tranversales en OU, pero difieren en la cantidad y prominencia de las mismas. Las aristas de SP, SA y SD son más pronunciadas en comparación con las de PA. Los osículos pareados OZ soportan el diente lateral, en PA las cúspides y crestas son más planas y menos prominentes y aguzadas que las del resto de las especies. Las VCP de las 4 especies en estudio poseen un área lateral cubierta de sedas. Si bien no se ha realizado aun un estudio detallado de la dieta de estas especies, esta comparación permite aproximar, principalmente por la morfología de los osículos OZ y OU, que PA tendría una dieta diferente al resto de las otras especies. Palabras-clave: dieta, armadura gástrica, osículos. Financiamiento: CAPES-MINCyT BR/11/14, PIP052, PICT2159, CAI+D PI119 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 167 125 Descrição do primeiro estágio larval de Pitho aculeata (Gibbes, 1850) (Decapoda, Brachyura Majoidea) sob condições laboratoriais Alan Conduta Torelli, Jéssica Colavite, Laira Lianos & William Santana Labortório de Sistemática Zoológica, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Sagrado Coração, Rua Irmã Arminda, 10-50, Jd. Brasil, Bauru – SP, Brasil, CEP: 17011-160. [email protected] Tychinae é o grupo que menos se conhece sobre o desenvolvimento larval dentre todos os Epialtidae. Das 25 espécies válidas apenas Pitho lherminieri tem seu desenvolvimento parcialmente descrito. Pitho aculeata é uma espécie herbívora/onívora, bentônica, normalmente encontrada em fundos diversos e apresenta hábitos noturnos e de camuflagem. Este trabalho apresenta a descrição do primeiro estágio larval de P. aculeata e identifica caracteres que o diferenciam dos demais Epialtidae. O material larval foi criado em laboratório e está depositado no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. As fêmeas coletadas do México foram transportadas para o laboratório, onde foram individualizadas e mantidas em aquários até a eclosão das larvas. As larvas foram alimentadas com rotíferos e náuplius de Artemia sp. Posteriormente foram fixadas em etanol 70%, dissecadas sob estereoscópico e examinadas sob microscópio equipado com câmara clara. Para ilustração foram utilizadas no mínimo 10 larvas de cada estágio. Pitho aculeata revelou muitas características em comum com os demais Epialtidae, sendo os gêneros Libinia e Libidoclea os mais semelhantes. Contudo, a combinação dos caracteres: número de cerdas no scaphognatito (14) e na coxa da maxila (4-5+4) somados as cerdas da margem ventral da carapaça (1+4-5) e da antenula (4+1-2) é diagnóstica entre os Epialtidae. Processo FAPESP 2013/01201-0. 168 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Callinectes bocourti, (BRACHYURA: PORTUNIDAE) NO RIO MARITUBA, EFLUENTE DO RIO SÃO FRANCISCO (BAIXO SÃO FRANCISCO). 1 1 1 Alexandre Oliveira , Wendel Resende Ramos Novais , Franscolândio dos Santos Alves , 1 1 1 Tatiana dos Santos Ribeiro ; Jackson Lins da Silva ; Jaqueli Santos Ramos ; 1 Isabel Cristina Gomes da Silva 1 Universidade Federal de Alagoas - UFAL [email protected] Os portunídeos possuem grande importância ecológica, sendo que estudos sobre biologia reprodutiva destes organismos são necessários, pois a compreensão auxiliará na formação de subsídios para o manejo e conservação deste recurso. Este trabalho visa caracterizar a biologia reprodutiva de Callinectes bocourti, num afluente do Rio São Francisco. Foram realizadas coletas mensais de janeiro a dezembro de 2012, com auxílio de armadilhas (jereré). Foram também mensurados os parâmetros abióticos de água e ar. Após as coletas os siris coletados foram acondicionados em formalina 4% e transportados ao laboratório. Após a biometria, os organismos foram dissecados e classificados de acordo com o estádio de maturação gonadal. Foram analisados 140 indivíduos, 111 machos e 29 fêmeas. Houve diferença estatisticamente significativa entre 2 machos juvenis e adultos (Χ =21,63; gl=1; p<0,01) e não em fêmeas. Na maturação gonadal, apenas os machos apresentaram diferença estatisticamente significativa na relação maturo/imaturo 2 (Χ =24,89; gl=1; p<0,01). O tamanho de primeira maturação para machos e fêmeas foi estimado em 7,00 e 8,00 cm de largura da carapaça, respectivamente. Machos apresentaram condições reprodutivas em quase todo período de estudo. Já as fêmeas apresentaram dois períodos, ocorrendo em períodos de chuva e estiagem, respectivamente. O baixo índice de fêmeas férteis pode estar relacionado ao fator salinidade, pois durante o estudo permaneceu sempre próximo a zero. Portanto, o local de estudo não pode ser caracterizado como uma área de reprodução. Palavras-chave: Reprodução, desenvolvimento gonadal, dinâmica. Agência Financiadora: FAPEAL (nº processo 20110830-011-0025-0015) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 169 126 MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA DE MACROBRACHIUM JELSKII (DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO NOROESTE DE MINAS GERAIS, BRASIL 1 1 2,5 Ana Carolina Figueira Porto , Marcela Silvano de Oliveira , Samara de Paiva Barros-Alves , 2,5 3 4,5 Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Gustavo Monteiro Teixeira , José Carlos da Silva , 1,5 Adilson Fransozo5, Ariádine Cristine de Almeida 1 Universidade Federal de Uberlândia, 2Universidade Federal de Sergipe, 3Universidade Estadual de Londrina, 4Centro Universitário do Planalto de Araxá, 5Universidade Estadual Paulista – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos [email protected] O crescimento relativo e a maturidade sexual morfológica foram analisados para o camarão carídeo Macrobrachium jelskii (Miers, 1877) na região de Planura, estado de Minas Gerais. Os camarões foram coletados mensalmente, de julho de 2005 a junho de 2007, junto à vegetação marginal do Rio Grande por meio de rede de arrasto. Um total de 13519 indivíduos foi coletado e a partir de subamostras, 504 machos (M) e 1663 fêmeas (F) foram analisados. Diferenças significativas foram obtidas nas relações morfométricas, indicando diferentes proporções no crescimento relativo do apêndice masculino, com crescimento isométrico para os jovens e alométrico negativo para os adultos, e da pleura abdominal para as fêmeas, com crescimento isométrico e alométrico positivo para os jovens e adultos, respectivamente (ANCOVA, p < 0,05). Observou-se que para os machos registrou-se média de tamanho corpóreo (comprimento da carapaça = CC) menor que para as fêmeas (M = 5,7±1,1 mm CC; F = 6,3±1,8 mm CC), bem como a maturidade sexual morfológica (M = 5,4 mm CC; F = 6,7 mm CC). Tal padrão é comum entre os camarões palaemonídeos, uma vez que fêmeas maiores podem produzir maior número de ovos. Além disso, este padrão pode ser um indicativo de que os machos não disputam de modo agressivo por fêmeas na população da espécie em questão. Os resultados obtidos contribuem para a compreensão da biologia reprodutiva de M. jelskii na região do presente estudo por fornecer informações relevantes para a manutenção e uso sustentável dos estoques naturais. Palavras-chave: Apêndice masculino, Caridea, Crescimento relativo, Pleura abdominal. Apoio financeiro: FAPEMIG 170 BIOLOGIA POPULACIONAL DO CAMARÃO SICYONIA DORSALIS (CRUSTACEA: PENAEIODEA) EM CANANÉIA, LITORAL SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO Ana Karolyne de Camargo Silvestre¹, Rogério Caetano da Costa¹, Antonio Leão Castilho¹ ¹ Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP [email protected] A abundância do camarão Sicyonia dorsalis pode estar comprometida por ser intensamente explorada como fauna acompanhante da pesca camaroeira. O objetivo deste estudo foi investigar a maturidade sexual das fêmeas em relação ao comprimento da carapaça, a razão sexual, periodicidade reprodutiva e subsequente recrutamento juvenil de S. dorsalis, como parte de projetos multidisciplinares sobre a biodiversidade do litoral paulista e brasileiro (Biota Fapesp/ Ciências do Mar/CAPES). As coletas foram realizadas mensalmente durante julho/12 a abril/14 com um barco camaroeiro. Um total de 1142 indivíduos foi coletado, com significativo predomínio de fêmeas (1058) (Χ², p= 1,1E-182). O desvio na razão sexual em favor das fêmeas pode estar relacionado à forma de captura da espécie, visto que os machos possuem tamanhos inferiores, ocasionando o escape dos mesmos na malha da rede; ou ainda ao comportamento reprodutivo da espécie, já que um macho pode fecundar mais de uma fêmea. Há também a hipótese de uma provável ocorrência de hermafroditismo protândrico, documentada normalmente para camarões carídeos. O tamanho médio da primeira maturação gonadal estimada para as fêmeas foi de CC50%= 7,9 mm. Houve a presença de fêmeas reprodutivas e recrutas durante todas as estações coletadas, embora tenham sido registrados picos reprodutivos durante outubro-dezembro/12, dezembro/13- janeiro/14, enquanto picos de indivíduos recrutas foram observados em novembro/12 e abril/13, caracterizando uma desova efetiva, ou seja, a desova contribuiu a um sucessivo recrutamento. Financiadores: Bolsa Capes; Biota Fapesp N° 2010/50188-8; CAPES/Ciências do Mar N° 23038.004310/2014-85 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 171 127 DINÂMICA POPULACIONAL DO SIRI CALLINECTES DANAE (DECAPODA: PORTUNIDAE) NO LITORAL NORTE DE SANTA CATARINA 1 1 Antonio Leão Castilho , Filipe Nathan Assunção , Ana Paula Freitas dos Santos 1 Universidade Estadual Paulista – UNESP [email protected] 1 A exploração de siris é importante para a economia de vários países, embora no Brasil ainda se restrinja a poucas espécies, gerando grande desperdício de crustáceos rejeitados como bycatch da pesca camaroeira. O presente estudo visou investigar a dinâmica populacional do siri Callinectes danae na região adjacente à baía da Babitonga. O material biológico e abiótico foram obtidos mensalmente no período de julho/10 a junho/11. As coletas foram efetuadas nas profundidades 5 a 17m, com um barco de pesca com redes tipo doble-rig. Um total de 3.999 indivíduos foi coletado, com diferença entre o número de machos (229) e fêmeas (3770). O valor estimado onde 50% dos indivíduos estão aptos à reprodução foi de 75,2 mm nos machos e 62,9 mm nas fêmeas, para largura de carapaça. Os machos e fêmeas apresentaram respectivamente a largura assintótica de 102,01 e 84,41, as constantes de crescimento de 0,007 e 0,006/dia, bem como a longevidade de 633 e 702 dias. A predominância de fêmeas nas maiores classes de tamanho esta associada a características da espécie, cujos indivíduos migram para diferentes regiões conforme o estágio de vida. Fêmeas reprodutivas buscam áreas com maior salinidade enquanto juvenis e machos preferencialmente vivem em áreas estuarinas. A reprodução foi contínua, portanto a área de coleta demonstra ser de suma importância para a perpetuação da espécie por abrigar uma porcentagem elevada de fêmeas ovígeras. Palavra chave: abundância, biologia reprodutiva, ciclo de vida, crescimento individual. Apoio Financeiro: Fundunesp Nº 1214/2010-DFP; CAPES/Ciências do Mar N° 23038.004310/201485. 172 ESTRUTURA POPULACIONAL E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO CAMARÃO Litopenaeus schmitti (DENDROBRANCHIATA: PENAEIDAE) NA REGIÃO SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 1 1 Antonio Leão Castilho , Gilson Stanski , João Gabriel Barioto , Rogerio Caetano da Costa 1 Universidade Estadual Paulista – UNESP [email protected] 1 Berçário do camarão branco Litopenaeus schmitti, o litoral de Cananeia é um importante polo pesqueiro para centenas de pescadores. O objetivo desse estudo foi investigar a estrutura e distribuição populacional de L. schmitti, como parte de projetos multidisciplinares sobre a biodiversidade do litoral paulista e brasileiro (Biota FAPESP/Ciências do Mar/CAPES). As coletas ocorreram mensalmente durante o ano de 2013 com um barco camaroeiro, tendo três regiões de amostragem inseridas no ambiente estuarino e as outras quatro exclusivamente marinhas. O comprimento de carapaça (CC) variou nos machos de 16,7 a 39,6 mm e nas fêmeas de 17,7 a 43,2 mm e, portanto, a média de tamanho das fêmeas foi maior do que dos machos (KolmogorovSmirnov, p<0,05), evidenciando dimorfismo sexual, uma vez que um maior volume da carapaça corresponde a uma maior produção de ovócitos. A proporção sexual foi estatisticamente similar (♂1:♀ 1, Qui-quadrado, p = 0.485), padrão usualmente encontrado para este gênero. Os jovens (CC < 25 mm) foram encontrados dentro do estuário, pois utilizam esse tipo de local como berçário, enquanto que, os adultos foram encontrados distantes da região costeira (profundidade 15-20 m), com maior ocorrência no final do outono e início do inverno, período já proposto na bibliografia em que os indivíduos migram do berçário (estuário) para mar aberto. Cananeia abriga o camarão branco tanto na fase juvenil quanto adulta, o que demonstra a necessidade em desenvolver estratégias de proteção que visem uma pesca o mais sustentável possível. Palavras-chave: Penaeidae, recrutamento, pesca, Cananeia. Apoio Financeiro: Biota Fapesp N° 2010/50188-8; CAPES/Ciências do Mar N° 23038.004310/201485. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 173 128 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Rimapenaeus constrictus (DECAPODA, PENAEOIDEA) EM UBATUBA, SP Bárbara A Martins¹, Rogerio C Costa², Giovana Bertini³, Adilson Fransozo¹ ¹ Universidade Estadual Paulista – Botucatu, SP. ² Universidade Estadual Paulista – Bauru, SP. ³ Universidade Estadual Paulista – Registro, SP. [email protected] O camarão Rimapenaeus constrictus não é explorado comercialmente devido ao seu pequeno tamanho, porém, é de grande importância ecológica. Para estudar o desenvolvimento de uma espécie é fundamental estudar a sua reprodução. Conhecer a periodicidade reprodutiva e início da maturidade sexual é extremamente importante para a determinação e implantação de planos de manejo para a preservação das espécies. O objetivo deste trabalho foi analisar o período reprodutivo da espécie, com enfoque no tamanho mínimo de maturidade sexual. Os indivíduos foram coletados mensalmente durante o ano 2000 em 9 pontos (2, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40m de profundidade) em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. As coletas foram realizadas com um barco de pesca artesanal com redes do tipo “double rig”. Os espécimes foram separados quanto ao sexo, mensurados e os estágios reprodutivos foram observados macroscopicamente. Foram analisados 626 camarões, sendo 499 fêmeas e 127 machos, que atingiram a maturidade com 6,75mm e 6,14mm, respectivamente. As fêmeas e machos aptos a reprodução foram encontrados em todos os meses do ano, com predominância nos meses de inverno e nos transectos 20 e 25m, comprovando que a cópula ocorre com maior frequência em maiores profundidades e a reprodução é contínua. Palavras-chave: Camarão-ferrinho, Peneidae, maturidade sexual. Apoio Financeiro: FAPESP, Proc. Nº 00517-6/14. 174 MACROBRACHIUM OLFERSI: ESTUDO POPULACIONAL NO RIO MANDIRA/SP Bianca Fukuda¹; Giovana Bertini²; Mariana R. S. Maebara³ e Helcio Luis de A. Marques¹ ¹Instituto de Pesca – São Paulo, ²Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Registro/SP, ³Universidade do Vale do Paraíba – São José dos Campos [email protected] O estudo populacional fornece informações importantes na dinâmica de espécies bem como para a preservação da biodiversidade. O presente trabalho tem como objetivo analisar alguns aspectos da biologia populacional do camarão de água doce Macrobrachium olfersi enfocando a razão sexual, a presença de fêmeas ovígeras e a diferença de tamanho entre os sexos. Os animais foram coletados mensalmente no período noturno de abril/13 a março/14 no Rio Mandira, no município de Cananéia/SP. Em laboratório os animais foram identificados, separados por sexo e mensurados no comprimento da carapaça. O tamanho dos indivíduos foi comparado utilizando-se o teste F, a razão sexual foi estimada como o quociente entre o número de machos e fêmeas, sendo que os desvios da proporção sexual de 1:1 testados com o teste binomial. Obteve-se um total de 2.344 indivíduos, sendo 968 fêmeas, 960 machos e 456 fêmeas ovígeras. O tamanho total médio dos animais foi de 10,73 ± 4,89 mmCC. O tamanho dos machos (12,37 mm ± 5,6mm) foi estatisticamente maior em relação às fêmeas (9,6 ± 3,9mm) (p<0,05). A atividade reprodutiva se concentrou em duas estações do ano (verão e outono). A razão sexual da população não apresentou diferença estatística na proporção de 1M: 1F durante as estações do ano, no entanto observou-se que no outono a razão sexual foi de 1M:1,8F e a menor razão ocorreu na primavera com 1M:1,2F. A maior razão sexual encontrada no outono pode estar relacionada com a maior atividade reprodutiva desta espécie. Palavras chave: camarão de água doce, reprodução, razão sexual VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 175 129 CRESCIMENTO RELATIVO E MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA DO CAMARÃO “SOSSEGO” MACROBRACHIUM JELSKII (DECAPODA, CARIDEA, PALAEMONIDAE) NO RIO GUARIBAS, SERTÃO DO PIAUÍ 1 Bruno Gabriel Nunes Pralon , Antonio Adriano Sousa Silva 1 Universidade Federal do Piauí [email protected] 1 O camarão “sossego”, como é popularmente conhecido Macrobrachium jelskii no nordeste brasileiro, é uma espécie restrita ao ambiente de água doce. É comumente encontrado em águas escuras com substrato lodoso, onde há pouca vegetação marginal ou em locais de águas transparentes, com gramíneas e substrato de pedra e areia. O objetivo desse estudo foi analisar o crescimento relativo e a maturidade sexual morfológica do M. jelskii no rio Guaribas, município de Sussuapara, região centro-sul do Piauí. As coletas dos indivíduos foram realizadas entre agosto de 2013 e janeiro de 2014 utilizando-se peneiras com abertura de malha de 3 mm. Foram coletados 512 indivíduos, sendo 348 machos, 155 fêmeas e 9 de sexo indeterminado. Para elaboração da curva de maturidade sexual foi utilizado o percentual de indivíduos adultos de cada sexo por cada classe de b tamanho. Para as regressões de crescimento utilizou-se a equação do tipo potência “y = ax ”, sendo posteriormente transformada na função logarítmica Log y = Log a*Log x - b. O tamanho em que 50% dos espécimes estão maduros morfologicamente (CC50%) foi de 6,00mm e 6,03mm de CC (Comprimento do Cefalotórax) para machos e fêmeas, respectivamente. As regressões com valores mais expressivos para o crescimento relativo foram CT (Comprimento Total) x CC com LogCT = 0,96 2 LogCC+3,87 e r = 0,89 para machos e CPL (Comprimento da segunda Pleura abdominal) x CC, com 2 LogCPL = 1,17 LogCC-0,33 e r = 0,88 para fêmeas. Os resultados obtidos indicam que a região abdominal exerce importante função reprodutiva para as fêmeas desta população. Palavras-chave: Semiárido, Alometria, Sussuapara. 176 FECUNDIDADE DA ESPÉCIE MACROBRACHIUM AMAZONICUM (DECAPODA:PALAEMONIDAE) EM UM AMBIENTE LÊNTICO, NA REGIÃO DO CAMPO DAS VERTENTES, SUDOESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Carolina de Rezende Bonatto¹, Alessandra Angélica de Pádua Bueno¹ ¹ Universidade Federal de Lavras [email protected] As diferentes estratégias reprodutivas dos camarões do gênero Macrobrachium relacionam-se ao ambiente em que vivem. Dessa maneira, somente o estudo das populações locais nos permite descobrir a estratégia de cada população. Devido a escassez de trabalhos em Minas Gerais e a importância da reprodução para a estabilidade de uma população, o objetivo desse trabalho é elucidar questões sobre as características reprodutivas de M. amazonicum em uma lagoa no município de Perdões, Minas Gerais (21°09’32,1"S 45°08’56,6"W). Com o auxilio de uma peneira em formato de meia-lua, confeccionada em malha de tela de mosquiteiro, de 80cm e 18cm de profundidade, foram realizadas coletas de agosto/2013 a março/2014. Mensalmente foram realizados 15 lances de peneira ao longo do banco de macrófitas. As fêmeas ovígeras (FO) foram individualizadas em potes plásticos, depositadas em gelo e posteriormente mensuradas, quanto ao comprimento do cefalotórax (CC), e seus ovos contabilizados. Foi capturado um total de 75 fêmeas ovígeras, sendo que os meses de agosto e setembro de 2013 apresentaram maior abundância, 16 (21,33%) e 17 (22,66%) fêmeas, respectivamente. O CC variou de 6,08 a 10,72mm, sendo a classe de 7,68mm a mais frequente com 14,66% (11 fêmeas). O número de ovos por fêmea aumentou linearmente com o CC, variando de 13 a 409 ovos/fêmea (144,8±91,1 ovos/fêmea). Para Minas Gerais, o presente trabalho apresentou uma fecundidade média maior que a observada por Silva (2010), em Planura (122.5±59.1 ovos/fêmea). Esses resultados vem aumentar o conhecimento sobre as populações presentes no estado. Palavras-chave: Estratégia reprodutiva, fecundidade, M. amazonicum. Apoio Financeiro: FAPEMIG; CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 177 130 COMPARAÇÃO DA BIOLOGIA REPRODUTIVA DE DUAS ESPÉCIES DE ANFÍPODOS DULCÍCOLAS (CRUSTACEA, PERACARIDA, HYALELLIDAE) DE PALMEIRA DAS MISSÕES, RS, BRASIL. 1,2 1 1 Daniela da Silva Castiglioni ; Vanessa da Silva Castro ; Francieli Ubessi & 2 Aline Vasum Ozga 1 Laboratório de Zoologia e Ecologia, Centro de Educação Superior Norte do RS, Universidade Federal de Santa Maria, Palmeira das Missões, RS, Brasil 2 Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil. [email protected] Este trabalho teve como objetivo caracterizar e comparar a biologia reprodutiva (maturidade sexual, a frequência de casais em comportamento pré-copulatório e a correlação entre o tamanho de machos e fêmeas em comportamento pré-copulatório) de duas espécies de Hyalella ainda desconhecidas para a ciência de uma propriedade rural do município de Palmeira das Missões, RS. Os exemplares foram amostrados mensalmente (Ago/2012 a Julho/13) com puçá e com esforço amostral foi de 20 minutos e os casais em comportamento pré-copulatório foram individualizados em campo. A espécie denominada Hyalella sp. 1 foi amostrada numa nascente junto ao sedimento e Hyalella sp. num açude artificial junto as raízes de macrófitas. A maturidade sexual de machos e fêmeas de Hyalella sp. 1 foi estimada em 0,77 e 0,57 mm, respectivamente, levando-se em consideração o tamanho do menor macho e da menor fêmeas encontrados em casais de pré-cópula. Já machos e fêmeas de Hyalella sp. 2 estão maduros com 0,35 a 0,30 mm, respectivamente. Em ambas as espécies foi observada correlação positiva entre o tamanho dos machos e das fêmeas em casais de pré-cópula 2 2 (Hyalella sp. 1 – r = 0,77; Hyalella sp. 2 = r = 0,82) e os machos apresentaram um comprimento do cefalotórax médio superior aos das fêmeas (Hyalella sp. 1 – machos: 1,00 mm; fêmeas: 0,82 mm; Hyalella sp. 2 = machos: 0,62 mm; fêmeas: 0,53 mm). Os casais em comportamento pré-copulatório foram amostrados em todas as estações do ano, caracterizando uma reprodução contínua, mas com maior frequência na primavera e no outono em Hyalella sp. 1 e Hyalella sp. 2, respectivamente. As espécies analisadas no presente estudo apresentam uma biologia reprodutiva semelhante a outras espécies de Hyalella já analisadas no Estado do RS. Palavras-chave: maturidade sexual, casais em comportamento pré-copulatório, anfípoda dulcícola. Apoio financeiro: CNPq e CAPES (Proc. Nº 55.2597/2011-2) 178 BIOLOGIA REPRODUTIVA DO CAMARÃO Macrobrachium jeskii, NO RIO CARÁS DO UMARI, JUAZEIRO DO NORTE, CE. *1 1 1 Silva, D.S ; Macedo, RS ; Nery, M.F.G ; Santos, L.C; Pinheiro, A.P 1 Universidade Regional do Cariri – URCA [email protected] 1 Macrobrachium jelskii é uma espécie restrita ao ambiente de água doce, conhecida popularmente no Brasil como camarão sossego. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a época de reprodução e a fecundidade da espécie M. jelskii, no Rio Carás, Juazeiro do Norte-CE. Os espécimes foram coletados durante o período de abril de 2012 a março de 2014. Foram capturados um total de 3289 indivíduos, dos quais 1654 eram machos, 1610 fêmeas e 25 juvenis. Das 1610 fêmeas capturadas, 133 eram ovígeras. O comprimento total dos camarões variou de 11,03 a 40,59 mm e o comprimento do cefalotórax de 3,1 a 12,58 mm, sendo as fêmeas os maiores indivíduos da população. A razão sexual obtida foi de 0,97 e o p=049. Durante o primeiro ano de coleta, as fêmeas ovígeras foram capturadas todos os meses, já no segundo ano foram encontradas apenas nos meses de outubro de 2013, janeiro e fevereiro de 2014; com maior frequência nos meses de fevereiro de 2013 e 2014, e a temperatura da água com 29,3°C e 27,1°C, respectivamente. Sendo provavelmente no início do primeiro semestre o pico reprodutivo da espécie. As fêmeas ovígeras apresentaram comprimento do cefalotórax variando de 6,87 a 11,26 mm. A fecundidade de M. jelskii variou de 3 a 52 ovos por fêmea, com uma média de 20 ovos por fêmeas. Podemos inferir que a correlação entre o número de ovos incubados por fêmea e o comprimento do cefalotórax (CC) é altamente significativo p<0,01; mostrando que fêmeas de tamanhos diferentes têm quantidades de ovos diferentes. Palavras- chave: Água doce, ovígeras, fecundidade. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 179 131 TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DE DUAS ESPÉCIES DE COPEPODA CALANOIDA DE ÁGUA DOCE 1 2 Denise Tieme Okumura , Odete Rocha Departamento de Hidrobiologia, Universidade Federal de São Carlos 2 Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, Universidade Federal de São Carlos [email protected] 1 Esse trabalho tem como objetivo relatar os tempos de desenvolvimento das espécies de copépodos Calanoida de água doce Argyrodiaptomus furcatus e Notodiaptomus iheringi, sob condições controladas em laboratório, para a ampliação do conhecimento da ecofisiologia deste grupo. Os copépodos foram mantidos em cultivos com água reconstituída (ABNT/NBR13373:2005). A duração do desenvolvimento embrionário foi obtida pelos métodos de observação direta e indireta, descrito em Edmondson e Winberg (1971). Os tempos de duração do desenvolvimento embrionário, obtidos pelos métodos indireto e direto, respectivamente, foram de 2,3 ± 0,14 e 1,86 ± 0,04 dias para A. furcatus. Para N. iheringi, os tempos foram, respectivamente, de 1,75 ± 0,07 e 1,52 ± 0,3 dias. Já em relação ao tempo de desenvolvimento ovo a ovo, foi obtido para A. furcatus valores de 20,09 dias e para N. iheringi de 15,77 dias. Os tempos de desenvolvimento do náuplio 1 a copepodito 1 e do copepodito 1 ao adulto também foram maiores para A. furcatus do que para N. iheringi. Os resultados dos dados relacionados ao ciclo de vida mostraram que N. iheringi tem menores tempos de desenvolvimento embrionário e pós-embrionário do que A. furcatus. Observou-se que N. iheringi além de atingir tamanhos menores, possui um desenvolvimento mais rápido e ciclo de vida mais curto. O conhecimento da biologia dessas espécies é uma base de dados importante para estudos fisiológicos e ecológicos futuros, visando a preservação da biodiversidade, a produção de alimento, ou a utilização dessas espécies no biomonitoramento. Agência financiadora: FAPESP (Proc. Nº 2006/60096-8) 180 LARVAS DO CARANGUEJO Eriphia gonagra SERÃO AFETADAS PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NOS OCEANOS? 1 2,3 Eduardo A. Bolla Jr. , Alvaro Montenegro , Maria L. Negreiros-Fransozo 1 Instituto Federal de São Paulo, Campus Avaré 2 Ohio State University, USA 3 CLP – Universidade Estadual Paulista, São Vicente 4 IBB – Universidade Estadual Paulista, Botucatu [email protected] 4 As alterações climáticas atuais têm causado visíveis impactos sobre a biota marinha, afetando organismos calcificados e toda a trama ecológica à qual eles pertencem. Este estudo testou a influência das condições marinhas futuras sobre a fase inicial do ciclo de vida do caranguejo Eriphia gonagra (Decapoda: Eriphidae), em laboratório. Os aspectos analisados foram crescimento, peso seco e conteúdo de cálcio e magnésio, sob diferentes níveis de salinidade (28, 35 e 42), temperatura (25, 28 e 32°C) e pH (8,1, 7,7, 7,3 e 6,7), previstos para o ambiente marinho no final deste e dos próximos séculos. As larvas (zoeas) foram obtidas a partir de fêmeas ovígeras coletadas na natureza. As zoeas foram observadas diariamente, e o alimento consistiu de nauplius de Artemia sp. recém-eclodidos. Os tratamentos afetaram negativamente as zoeas quanto ao crescimento e à massa corpórea nas condições mais ácidas e de temperatura mais alta. Em contraste, o conteúdo mineral se manteve constante ou aumentado nos tratamentos de menor pH e salinidade, o que pode ser resultado da realocação de energia do crescimento somático para a calcificação. Tais efeitos podem trazer diversas implicações prejudiciais para o ciclo de vida desta espécie, como maior suscetibilidade à predação, aumento do tempo da fase larval até o recrutamento (maior exposição aos predadores, no plâncton), indivíduos juvenis menores, entre outros. Adicionalmente, deve-se considerar a plasticidade fenotípica desta espécie envolvendo outras fases do ciclo de vida, além das variações espaço-temporais dos fatores abióticos no oceano. Palavras-chave: acidificação, aquecimento, crescimento, conteúdo mineral, zoea Apoio Financeiro: FAPESP, Proc. Nº 2014/04155-1 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 181 132 ANÁLISE MORFOMÉTRICA DE MACROBRACHIUM ACANTHURUS ASSOCIADO À BRACHIARIA SP. NO RIO SALSA, CANAVIEIRAS (BA) Emerson Contreira Mossolin¹ & Débora Manfrim Carneiro¹ Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão, Av. Lamartine Pinto de Avelar 1120, CEP 75704-020, Catalão (GO), Brasil. [email protected] 1 O camarão de água doce Macrobrachium acanthurus (Decapoda: Palaemonidae) possui ampla distribuição geográfica e interesse comercial, sendo encontrado associado à macrófitas aquáticas que fornecem condições favoráveis para sua sobrevivência. Entre estas, Brachiaria sp. (Família Poaceae) apresenta em suas características morfológicas folhas delgadas e colmos ramificados que servem de suporte e abrigo para o camarão. Buscou-se analisar a morfometria da população de camarões encontrados nesta vegetação com base no crescimento relativo dos indivíduos. As coletas foram realizadas de setembro/2009 a Agosto/2010 em 2 áreas, com uma distância de 320m entre elas (ponto 1: 15º41,90'S 038º52,36'O e ponto 2 15º42,16'S 033º59,20'O), localizados no Rio Salsa, município de Canavieiras (BA). Foram mensurados o Comprimento Total (CT), Comprimento da Carapaça (CC), Comprimento do Abdômen (CA) e o Comprimento da segunda pleura abdominal (CP). Os indivíduos foram caracterizados como Machos, Fêmeas e Juvenis. Foram mensurados no ponto 1 um total de 672 indivíduos, sendo 289 machos, 340 fêmeas e 43 juvenis. No ponto 2 foram mensurados 362 indivíduos, sendo 152 machos, 187 fêmeas e 23 juvenis. As correlações analisadas foram CC X CT, CC X CA e CC X CP, e em todas estas foram observados valores significativos que condizem com o comportamento de Machos e Fêmeas, principalmente em relação à aspectos voltados ao comportamento reprodutivo da espécie. Palavras-chave: Crescimento Relativo, Estrutura Populacional, Palaemonidae. Apoio Financeiro: FAPEG 182 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE CALLICHIRUS MAJOR (THALASSINIDEA) EM PIÚMA, LITORAL SUL DO ESPIRITO SANTO 1 1 1 1 Érika Barros de Magalhães , Adriane Araújo Braga ,Erika Takagi Nunes ,Ryann Albino Lugon 1 Universidade Federal do Espirito Santo – Centro de Ciências Agrárias [email protected] O presente estudo buscou analisar a biologia reprodutiva de Callichirus major, baseando na presença de fêmeas ovígeras e análise macroscópica das gônadas. As coletas foram realizadas na região de entremarés, no município de Piúma, litoral sul capixaba. Os corruptos foram capturados em quatro pontos, sendo dois próximos ao infralitoral (infra 1 e 2) e dois próximos ao supralitoral (supra 1 e 2), por meio de uma bomba de sucção, com esforço de duas pessoas, simultaneamente em cada transecto, perfazendo um período de 30 minutos. Amostras de água foram obtidas em cada ponto para análise da salinidade e temperatura. Os indivíduos foram mensurados no comprimento da carapaça (CC) e tiveram suas gônadas dissecadas para análise do seu desenvolvimento, sendo divididos em Imaturo (IM), Rudimentar (RU), Em Desenvolvimento (ED) e Desenvolvido (DE). Obteve-se um total de 214 corruptos (16 jovens, 86 machos, 74 fêmeas e 38 fêmeas com ovos). As fêmeas ovígeras e indivíduos com gônadas DE foram registrados em todo o período amostrado, com maior incidência nas estações primavera e verão. Os indivíduos IM e RU foram mais frequentes em épocas de temperatura baixas. Por meio da relação dos fatores ambientais com a frequência de jovens e fêmeas ovígeras observou-se uma alta influência da temperatura. Os resultados demonstraram que a atividade reprodutiva desta espécie ocorre continuamente com picos em determinadas estações, caracterizando uma reprodução sazonal-contínua. Trabalhos contínuos sobre a reprodução destes corruptos são necessários para auxiliar no entendimento da biologia C. major. Palavras-chave: Sul capixaba, desenvolvimento gonadal, período reprodutivo, corrupto VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 183 133 EFEITOS DE DIFERENTES SALINIDADES E DENSIDADES DE ESTOCAGEM NA LARVICULTURA DE Macrobrachium pantanalense EM LABORATÓRIO 1 1 1 1 Fabyanne Passos *, Eduardo De Freitas , Leyzinara Clemente , Karla Vercesi , 1 1 1,2 1 Thainara Batista , Mayqueli Dorna , Inês Domingues , Liliam Hayd 1 Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Aquidauana-UEMS, Rodov. Km 12, Bairro Rural, Aquidauana-MS CEP 79200-000 2 Departamento de Biologia & CESAM, Universidade de Aveiro, Campus de Santiago, 3810-193 Aveiro, Portugal *[email protected] O camarão de água doce do pantanal, recentemente foi descrito como uma nova espécie, Macrobrachium pantanalense. O objetivo desse estudo foi realizar a larvicultura de M. pantanalense em laboratório testando diferentes salinidades e densidades de estocagem. O experimento foi conduzido em um delineamento de blocos ao acaso, com fatorial 3x3 testando três concentrações de salinidade (0,3 e 6) e três densidades de estocagem (10, 20 e 40 larvas/L) com quatro repetições. A troca de água foi realizada por meio de sifonamento (50%) e as larvas alimentadas com náuplios de Artemia sp recém eclodidas. As salinidades 3 e 6 foram diferentes significativamente (P<0,05) ao se destacar quanto à maior sobrevivência quando comparadas a salinidade 0, diferente do encontrado para densidade de estocagem (P>0,05). Não houve uma interação significativa entre densidade x salinidade (P=0,615). Considerou-se que os fatores abióticos foram limitantes a sobrevivência, no qual não se obteve pós-larvas. Recomenda-se salinidade de 3 a 6 e densidade de até 40 zoeas/L. É necessária a continuidade de estudos que aperfeiçoem o sistema de larvicultura de M. pantanalense analisando os fatores limitantes a sua sobrevivência. Palavras-chaves: Larvicultura; Macrobrachium pantanalense; Salinidade; Densidade. Apoio Financeiro: FUNDECT–MS. 184 REPRODUCTIVE FITNESS IN QUESTION: EFFECT OF POSTSPAWNING FEMALE WEIGHT GAIN IN THE RED-ALGAE SHRIMP LEANDER PAULENSIS (PALAEMONIDAE) 1,2 2 2 Uwe Zimmermann , Fabrício Lopes Carvalho , Fernando Luis Mantelatto 1 Eberhard Karls-University Tübingen ² Faculty of Philosophy, Sciences and Letters of Ribeirão Preto. University of São Paulo [email protected] Crustacean species have evolved with a variety of reproductive strategies. To analyze the variations and possible patterns among these strategies in decapod crustaceans, reproductive features were investigated in the palaemonid shrimp species Leander paulensis. Individuals were collected in the coastal region of Ubatuba, São Paulo, Brazil. A catch of 46 ovigerous females was examined in terms of the following reproductive traits: fecundity, reproductive output, brood loss and egg volume. Leander paulensis produces a large number of small eggs with an average fecundity of 635 ± 246 eggs. Egg volume increased significantly from early (0.034 mm³ ± 0.008) to late development stage (0.050 mm³ ± 0.012). The reproductive output did not correlate with female size. The weight of females bearing stage 2 eggs was significantly higher than that of females carrying stage 1 eggs. We assume that the reason for this weight gain is the recovery of female reserves that have been depleted for egg production. Moreover, we emphasize that this weight gain must be considered when determining the reproductive output and brood loss in relation to female weight or any other weightdependent relationship. Key words: fecundity, brood loss, egg volume, reproductive output. Financial support: CNPq (140199/2011-0; 302748/2010-5); CAPES (2010/50188-8) (7711-13-1); FAPESP VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 185 134 VARIAÇÃO ESPACIAL DA FECUNDIDADE DO CARANGUEJO SETA STENORHYNCHUS SETICORNIS (DECAPODA, MAJOIDEA, INACHIDAE) EM ILHAS DO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO. Gabriel Henrique Martins Basso¹, Valter José Cobo¹ ¹ UNITAU – Universidade de Taubaté [email protected] A fecundidade é um dos componentes da estratégia reprodutiva de uma espécie, que permite inferir sobre prováveis adaptações reprodutivas frente às condições ambientais. O presente estudo estimou a fecundidade de S. seticornis, em micro-escala espacial no litoral sudeste do Brasil, avaliando a influência de parâmetros ambientais na determinação do tamanho da massa de ovos. Foram realizadas coletas mensais no período de outubro/2013 a maio/2014, manualmente durante sessões de mergulho autônomo, em duas ilhas do litoral de São Paulo, Ilha das Couves e Vitória, distantes aproximadamente 40km uma da outra. Foram obtidas 63 fêmeas ovígeras, sendo 47 na ilha das Couves e 16 na ilha da Vitória, com tamanho médio de 8,95±1,70 e 8,36±1,76 em Couves e Vitória, respectivamente, entre os quais não foi verificada diferença significativa (Mann-Whitney, p=0,32), e distribuição normal (Kolmogorov-Smirnov; Couves p=0,36 e Vitória p=0,63) A fecundidade média foi de 501,04±165,44 e 570,31±277,43 ovos respectivamente em Couves e Vitória, entre as quais não foi verificada diferença significativa (Mann-Whitney, p=0,23). Durante o período amostral foi registrada diferença significativa da temperatura (Mann-Whitney, p<0,03) entre as duas localidades, enquanto que para a salinidade não foi detectada diferença significativa (Mann-Whitney, p=1). A fecundidade de S. seticornis não variou em micro-escala espacial, mesmo sob diferentes condições ambientais (e.g. temperatura) o que sugere que o tamanho da massa de ovos, logo, o investimento reprodutivo é modulado essencialmente por fatores endógenos. Palavras chaves: Fecundidade; Stenorhynchus seticornis, reprodução, conservação 186 METABOLISMO DE HEMBRAS DE AEGLA URUGUAYANA (DECAPODA: AEGLIDAE) EN DIFERENTES ESTADIOS DEL DESARROLLO GONADAL 1 1 1,2 1,2 Gabriela E. Musin , Valeria P. Diawol , Andrea S. Rossi , Verónica Williner y 1,3 Pablo A. Collins 1 Instituto Nacional de Limnología (INALI, CONICET – UNL), Ciudad Universitaria, Santa Fe, Argentina 2 Facultad de Humanidades y Ciencias (FHUC, UNL), Ciudad Universitaria, Santa Fe, Argentina 3 Escuela de Sanidad, Facultad de Bioquímica y Ciencias Biológicas (FBCB, UNL), Ciudad Universitaria, Santa Fe, Argentina [email protected] Dentro de los parámetros que resultan fundamentales en la comprensión de la biología reproductiva están las variaciones bioquímicas del metabolismo. Estos deben variar de acuerdo a la necesidad metabólica que el desarrollo gonadal lo requiera, almacenando y transfiriendo reservas orgánicas desde diferentes órganos. El objetivo del trabajo fue evaluar la actividad metabólica de hembras de A. uruguayana en diferentes estadios de desarrollo gonadal. Los cangrejos fueron colectados en el arroyo El Espinillo (Entre Ríos) y trasladados vivos. En laboratorio, los ejemplares crioanesteciados fueron medidos y diseccionados extrayéndose el hepatopáncreas, con el cual se realizaron determinaciones bioquímicas (lípidos, proteínas y glucógeno). Las gónadas fueron observadas y caracterizadas macroscópicamente en tres etapas según su color y extensión (estadios I, II y III). Los lípidos y proteínas disminuyeron cuando aumentó el grado de maduración gonadal. Sin embargo en la determinación de glucógeno esta tendencia no estaría tan marcada. Es posible que los cambios observados en la composición de lípidos y proteínas del hepatopáncreas se encuentren en estrecha relación con la movilización de estas macromoléculas hacia las gónadas; las cuales, formarían parte de diversos procesos relacionados con la maduración ovárica (gametogénesis, vitelogenesis, síntesis de enzimas y hormonas, entre otras). Este patrón concuerda con estudios realizados en otros decápodos. Palabras claves: Aeglidae, gónadas, hepatopáncreas, reproducción Apoyo financiero: PICT Bicentenario 2159, PIP 2011-2013 N° 052, CAI+D 2011 PI 119 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 187 135 PROTEINAS VITELOGENICAS EN OVARIO, HEPATOPANCREAS Y HEMOLINFA DE NEOHELICE GRANULATA: EFECTO IN VIVO E IN VITRO DE HORMONAS REPRODUCTIVAS 1 2 1 1,2 Ivana Canosa , Gabriela Silveyra , Julieta Salgueiro , Daniel Medesani , Enrique Rodríguez 1 Universidad de Buenos Aires, Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Departamento de Biodiversidad y Biología Experimental, Argentina 2 Instituto de Biodiversidad y Biología Experimental y Aplicada, CONICET-UBA [email protected] 1,2 Se evaluó, en hembras adultas del cangrejo Neohelice granulata, el efecto in vivo de hormonas reproductivas sobre los niveles de vitelina ovárica (VnOV) y de vitelogeninas hepatopancreática (VgHP) y circulante en hemolinfa (VgHL), durante el período postreproductivo (otoño). Los animales se mantuvieron por 30 días en condiciones controladas de laboratorio, recibiendo una dieta base suplementada con metil farnesoato (MF) o 17-hidroxiprogesterona (17PG) a una dosis de 2 nmol/g de peso corporal. Finalizado el ensayo, se calcularon los índices gonadosomático (IGS) y hepatosomático (IHS) de cada animal, determinándose el contenido de proteínas vitelogénicas en OV, HP y HL mediante la técnica inmunoenzimática ELISA. Complementariamente, se realizaron ensayos in vitro incubando por 24 horas piezas de OV en presencia de MF o 17PG a una concentración de 15 µM, midiéndose por un lado la incorporación de Leu-3H a las proteínas ováricas sintetizadas de novo, y por otro, el contenido de VnOV mediante ELISA. Los resultados in vivo indicaron un aumento significativo (p<0,05) tanto del IGS como del nivel de VnOV y VgHL en hembras cuyo alimento contenía MF o 17PG. Por otra parte, sólo los OV incubados in vitro con 17PG -3 mostraron una incorporación de Leu H a proteínas significativamente mayor (p<0,05) a la determinada en OV control, así como un mayor contenido de Vn. Estos resultados constituyen una nueva evidencia sobre la función estimulante de ambas hormonas en el desarrollo ovárico, sugiriendo sin embargo que poseen mecanismos de acción diferentes, al menos durante el período estudiado. Palabras clave: Hormonas, Reproducción, Vitelogénesis, Crustáceos. 188 CRESCIMENTO RELATIVO EM Aratus pisonii NO ESTUÁRIO DE ROTEIRO, BARRA DE SÃO MIGUEL, ALAGOAS. 2 2 1 Julianna de Lemos Santana ; Wagner José dos Santos ; Tereza Cristina dos Santos Calado ; 2 2 José Laelcio de Melo Sobrinho ; Luiz Carlos Bastos da Rocha Junior 1,2 .Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Laboratório Integrado de Ciências do Mar e Naturais (LABMAR). Rua Aristeu de Andrade, nº 452, Farol – Maceió – AL. [email protected] Dá-se o nome de crescimento relativo quando certas dimensões do corpo de um animal modificamse em taxas diferentes de outras, o que leva a mudanças nas proporções com o aumento do tamanho. O objetivo do presente estudo foi observar os padrões de crescimento relativo na espécie Aratus pisonii. Foram realizadas coletas mensais em quatro estações, entre os meses de agosto de 2009 a julho de 2010, os indivíduos capturados foram sexados e mensurados com um paquímetro de precisão de 0,02 mm. Perfazendo um total de 209 indivíduos, sendo 93 machos e 116 fêmeas. A largura da carapaça nos machos variou de 3,31-13,30mm, o comprimento da quela entre 1,327,74mm. Entretanto, as fêmeas obtiveram uma variação de 8,44- 21,45mm e a largura do abdome variou entre 4,83- 8,15mm. O crescimento relativo entre o comprimento da quela e a largura da carapaça apresentou um crescimento linear, com um valor de r=0,822, demonstrando que alguns pontos empíricos estão afastados da linha de tendência. Nas fêmeas a relação entre a largura do abdômen e a largura da carapaça apresentou valor de r = 0,844, também observando a dispersão de alguns dos pontos empíricos. Estes resultados indicam que o tamanho da quela do macho não apresenta função importante para a reprodução ou comportamento agonístico. A forte dominância numérica registrada indica ser uma população sem muitos competidores o que corrobora a hipótese da quela não ser importante no comportamento. Já, o abdome bem desenvolvido na fêmea adulta é fundamental no suporte dos ovos, e necessita de uma maior área interna do abome para manter a umidade. Palavras Chaves: Ecologia, Morfometria, caranguejo VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 189 136 CARACTERIZAÇÃO DO PAREAMENTO EM HYALELLA CURVISPINA (AMPHIPODA: HYALLELIDAE) EM UMA POPULAÇÃO NATURAL 1 1 Lara Cristina Petry Bueno , Camila Timm Wood , Paula Beatriz Araujo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS [email protected] 1 Os machos das espécies em Hyalella geralmente apresentam maior tamanho corporal em relação às fêmeas. Esta característica deve estar relacionada à função reprodutiva, no carregamento da fêmea no momento do amplexo e na competição com outros machos. Entre as fêmeas, as ovígeras encontram-se nas maiores classes de tamanho em relação às não-ovígeras, o está relacionado à maturidade sexual e a sua maior fecundidade. Este estudo buscou verificar a relação de tamanho entre os pares, assim como, avaliar se o sucesso do pareamento está relacionado ao tamanho corporal. Os anfípodos foram amostrados por um período de um ano em uma lagoa costeira no sul do Brasil. Os 104 pares de H. curvispina em amplexo foram comparados. O sucesso de pareamento foi avaliado a partir da comparação do tamanho dos animais amostrados pareados e não pareados. Em 91% dos pares, os machos foram maiores que as fêmeas, indicando um padrão de seleção sexual.Machos maiores podem carregar fêmeas maiores no amplexo e por consequência há possibilidade de um maior sucesso reprodutivo. Contudo, não houve diferença significativa no tamanho corporal entre os machos pareados e não pareados (t= 0,069; gl= 22; p= 0,946). Desta forma, embora o pareamento com fêmeas maiores possa aumentar o seu sucesso reprodutivo, o tamanho corporal do macho não tem relação direta com o seu sucesso de pareamento. Palavras-chave: Amphipoda, Seleção sexual, Tamanho corporal, Biologia reprodutiva Apoio: FAPERGS 190 CRESCIMENTO RELATIVO DE ARATUS PISONII (DECAPODA, BRACHYURA, SESARMIDAE) EM MACAPÁ, PIAUÍ Leiliane Cristina de Aguiar¹, Dandara de Sousa Cunha¹, Lissandra Corrêa Fernandes Góes², João Marcos de Góes¹ ¹ Universidade Federal do Piauí, ²Universidade Estadual do Piauí [email protected] O caranguejo Aratus pisonii apresenta um porte pequeno e sua dieta é composta de folhas e de algas, são preferencialmente herbívoros, porém se alimentam também de pequenos artrópodes. O estudo do crescimento relativo determina as alterações que acorrem no corpo dos crustáceos durante a passagem do indivíduo jovem para o adulto, devido ao fato de algumas dimensões do corpo do animal crescerem mais do que outras, e isso pode fornecer indícios da maturidade sexual do caranguejo. O objetivo desse trabalho foi caracterizar o crescimento relativo do caranguejo Aratus pisonii, onde a largura da carapaça (LC) foi utilizada como variável independente e as demais dimensões do corpo foram consideradas variáveis dependentes em ambos os sexos. Em cada relação foi usada a função potência y=a.xb, essa equação determina a relação de crescimento em cada indivíduo. O trabalho de campo foi realizado em Macapá (02º 54’ 49,2”S e 041º 26’ 56,2”W), litoral piauiense, e as coletas foram realizadas mensalmente entre os meses de setembro de 2004 a agosto de 2005. Foram coletados 639 indivíduos, sendo 312 machos e 327 fêmeas. As regressões efetuadas entre as variáveis determinaram isometria e alometria positiva. A alometria positiva das relações LC X LPQE (Largura do própodo quelar esquerdo) para machos (LPQE=0,0122LC1,9447) e LC X LA (Largura do Abdômen) para as fêmeas (LA=0,4689LC1,0825) podem ser importantes para determinar a maturidade sexual da espécie. Palavras-chave: Crustáceos, Manguezal, Maturidade sexual. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 191 137 CICLO REPRODUTIVO DE ARATUS PISONII (CRUSTACEA, DECAPODA, SESARMIDAE) EM MACAPÁ, LITORAL DO PIAUÍ Leiliane Cristina de Aguiar¹, Dandara de Sousa Cunha¹, Lissandra Corrêa Fernandes Góes², João Marcos de Góes¹ ¹ Universidade Federal do Piauí, ² Universidade Estadual do Piauí [email protected] Os caranguejos da espécie Aratus pisonii apresentam um hábito arborícola e são encontrados nas raízes e troncos de árvores dos mangues. O objetivo deste trabalho foi analisar o ciclo reprodutivo de Aratus pisonii com base no número de fêmeas ovígeras capturadas e na observação macroscópica das gônadas. Os caranguejos foram capturados de setembro de 2004 a agosto de 2005, em Macapá (02º 54’ 49,2”S e 041º 26’ 56,2”W), litoral do Piauí. Os animais foram identificados quanto ao sexo e as gônadas foram classificadas em: imatura (IM), em desenvolvimento (ED), rudimentar (RU) e desenvolvida. Foram coletados 639 espécimes, sendo 312 machos, 225 fêmeas e 102 fêmeas ovígeras. O tamanho dos caranguejos variou de 6,55 a 23,9 mm de LC para os machos com média 18,01 ± 2,78 mm. Para as fêmeas a variação foi de 8,25 a 23,9 mm com média de 16,71 ± 2,57 mm, sendo que as fêmeas ovígeras apresentaram a LC variando de 13,05 a 23,6 mm, com média 18,72 ± 1,66 mm. Foi observada a presença de fêmeas ovígeras em todos os meses, sendo que a maior frequência ocorreu nos meses de dezembro a junho. Em relação ao desenvolvimento gonodal verificou-se nos machos a presença de gônadas desenvolvidas em todo o período de coleta exceto no mês de janeiro. Já as fêmeas apresentaram gônadas desenvolvidas na maioria dos meses. A ocorrência de fêmeas ovígeras em todos os meses sugere que a reprodução dessa espécie é contínua, o que é comum para populações alocadas em climas tropicais, onde não ocorrem grandes variações nas médias mensais de temperatura, como é o caso do manguezal de Macapá. Palavras-chave: Manguezal, Reprodução, Bioecologia 192 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (CRUSTACEA, CARIDEA, PALAEMONIDAE) NO AÇUDE CALDEIRÃO, MUNICÍPIO DE PIRIPIRI, PIAUÍ. Lucas Silva Martins¹, Rafael dos Santos Nascimento ¹, Pollyana Morais de Oliveira Gomes¹, João Marcos de Góes¹ ¹Universidade Federal do Piauí [email protected] O camarão Macrobrachium amazonicum tem grande importância comercial, para a Região Amazônica. Esse trabalho teve como objetivo o estudo da estrutura populacional de Macrobrachium amazonicum no Açude Caldeirão, município de Piripiri, Piauí. Os exemplares foram coletados manualmente, de agosto a dezembro de 2010. Os animais foram identificados quanto ao sexo, mensurados quanto a largura da carapaça. Para a divisão dos animais em classes de tamanho foi utilizada a fórmula Sturges (I = 1 + log2 n). Foram coletados um total de 950 indivíduos, sendo 255 machos e 695 fêmeas, sendo 366 ovígeras. Os indivíduos foram divididos em 11 classes de tamanho em intervalos de 1,10 mm em uma amplitude de 3,30 mm à 15,35 mm, com uma variação da classe 1(3,30 [----] 4,4) a classe 11(14,3 ----] 15,4). Os machos variaram o tamanho de 3,30 mm a 13,30 mm com média de 6,89 mm ± 1,90 mm, enquanto que nas fêmeas o tamanho variou de 4,00 mm a 13,22 mm e com média de 6,70 mm ± 1,33 mm. As fêmeas ovígeras apresentaram variação de LC de 4,85 mm a 15,35 mm e o tamanho médio de 7,37 mm ± 1,41 mm. A distribuição de frequência apresentou um histograma unimodal, com maior frequência de indivíduos na classe 3 (5,5 ----] 6,6 mm). A unimodalidade é uma tendência bastante comum para decápodes de regiões subtropicais e tropicais e o grande número de fêmeas ovígeras coletadas em todos os meses reflete o recrutamento que pode ser contínuo. Macrobrachium amazonicum no Açude Caldeirão sofre grande impacto antrópico devido a comercialização e mesmo assim essa população parece não sofrer com essa pressão constante. Palavras-chaves: Distribuição, Camarão, Decapoda. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 193 138 MORFOMETRIA DOS CARACTERES SEXUAIS DE MACROBRACHIUM AMAZONICUM (DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO NOROESTE DE MINAS GERAIS, BRASIL 1 1 2,4 Marcela Silvano de Oliveira , Ana Carolina Figueira Porto , Douglas Fernandes Rodrigues Alves , 2,4 4 3,4 4 Samara de Paiva Barros-Alves , Michele Furlan , José Carlos da Silva , Adilson Fransozo , 1,4 Ariádine Cristine de Almeida 1 2 3 Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Federal de Sergipe, Centro Universitário do 4 Planalto de Araxá, Universidade Estadual Paulista – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos [email protected] O presente estudo visa fornecer informações sobre o crescimento relativo dos caracteres sexuais secundários e a maturidade sexual morfológica (MSM) de Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) na região de Planura, Minas Gerais. Os espécimes foram coletados mensalmente, de julho de 2005 a junho de 2007, por meio de rede de arrasto junto à vegetação marginal. Em laboratório os indivíduos foram identificados, sexados e mensurados quanto ao comprimento da carapaça (CC), do apêndice masculino (AM) e da pleura abdominal (PA). Foram analisados 2937 exemplares, sendo 231 machos jovens, 397 machos adultos, 1091 fêmeas jovens e 1218 fêmeas adultas. O tamanho dos exemplares de M. amazonicum variou de 3,8 a 15,6 mm, com média de 6,6±1,4mm CC. Quanto ao crescimento relativo do AM foi registrada alometria positiva para os jovens (b=1,31; t=4,77) e isometria para os adultos (b=0,92; t=1,61). Em relação ao crescimento da PA, foi registrada alometria positiva as fêmeas jovens (b=1,32; t=16,87) e adultas (b=1,14; t=8,18). O tamanho no qual 50% dos indivíduos atingiram a MSM foi estimado em 6,2 e 6,5 mm CC para machos e fêmeas, respectivamente. Verificou-se que machos maturam em tamanhos inferiores aos das fêmeas, indicativo de que machos dessa população podem não disputar, de modo agressivo, as fêmeas. Os resultados obtidos podem contribuir para um maior entendimento da biologia reprodutiva destas espécies de camarões e auxiliar em futuros estudos que visam determinar o tamanho mínimo de captura, apoiando a manutenção de estoques naturais e uso sustentável das populações na região de estudo. Palavras-chave: Caridea, Crescimento relativo, Maturidade sexual. Apoio Financeiro: FAPEMIG 194 WEIGHT-WIDTH RELATIONSHIP AND CONDITION FACTOR OF THE SWIMMING CRAB PORTUNUS SEGNIS (BRACHYURA, PORTUNIDAE) 1 1 2 1 Ahmad Noori , Parvaneh Moghaddam , Ehsan Kamrani , Arash Akbarzadeh , 3 4 Bita Kalvani Neitali and Marcelo Antonio Amaro Pinheiro 1 *Faculty of Atmospheric and Marine Science and Technology, University of 2 Hormozgan, Bandar Abbas, Iran. Faculty of Basic Sciences, University of Hormozgan, 3 Bandar Abbas, Iran. Faculty of Fisheries and Environmental Sciences, Gorgan 4 University of Agricultural Sciences and Natural Resources, Gorgan, Iran. UNESP – Univ Estadual Paulista, Campus Experimental do Litoral Paulista (CLP); Crustacean Biology Laboratory; Research Group in Crustacean Biology (CRUSTA) – Praça Infante D. Henrique, s/nº – Parque Bitaru – 11330-900; São Vicente (SP) * Corresponding author: [email protected] The present work aims to study the weight vs. size relationship and the condition factor of a commercially important crab (Portunus segnis) from an inshore area located at the Persian Gulf, Hormozgan province, Iran. After sampled, the specimens were measured on their carapace width (CW) and weighted on their wet weight (WW). A total of 302 individuals of P. segnis were analyzed, being 148 males (49%) and 154 females (51%). Males were significantly larger and heavier than females (P<0.05), the expected pattern to many crabs. The relationship WW vs. CW, described through the power function, was allometric positive for males (b=3.45) and isometric for females (b=3.03), a result also observed in some other swimming crabs. The mean condition factor of males (0.09 10-2 ± 0.001 10-2) was reduced when compared with mean value obtained to females (0.61 102 ± 0.005 10-2) (P<0.05), due to female’s gonads are heavier than that of males. The condition factor of this species oscillated throughout the sampling year, with a more prominent fluctuation in females, and lower winter values regardless sex, due to reproductive cycle. Keywords: carapace, condition factor, Portunus segnis, weight-width relationship. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 195 139 PERÍODO REPRODUTIVO DO CAMARÃO HERMAFRODITA PROTÂNDRICO SIMULTÂNEO Exhippolysmata oplophoroides (ALPHEOIDEA: HIPPOLYTIDAE), NA COSTA SUDESTE DO BRASIL 1-2 1-3 Marciano A. Venâncio*¹, Gustavo S. Sancinetti , Vivian Fransozo ¹ NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos, Unesp – Universidade Estatual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências de Botucatu, Departamento de Zoologia ² Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Dois Vizinhos ³ Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, Departamento de Ciências Naturais *[email protected] O conhecimento sobre a reprodução de uma espécie pode ser informação fundamental para o entendimento do seu ciclo de vida. Tal informação é necessária para o manejo de uma pesca sustentável, além da preservação de espécies como o camarão E. oplophoroides que não apresentam importância comercial, mas são capturados como fauna acompanhante. Objetiva-se com este trabalho determinar o período reprodutivo da espécie E. oplophoroides. As coletas foram mensais de julho de 2001 a junho de 2003, utilizando um barco camaroneiro, equipado com redes de arrasto do tipo double-rig, em duas regiões do litoral norte paulista. Os camarões foram mensurados quanto ao comprimento da carapaça (CC), agrupados em classes de tamanho e separados em grupos de interesse (FHO - fase hermafrodita ovígera, FHNO - fase hermafrodita não ovígera e FM fase macho). Os ovos foram classificados em inicial (INI) e final (FIN) de acordo com o estágio de desenvolvimento. Foram coletados 4059 indivíduos. A maior abundância foi de camarões na fase FHO, seguido por FHNO e FM, respectivamente. Em relação ao tamanho da carapaça, não observou-se diferença entre os tamanhos para os três grupos de interesse (p= 0.1733). O grupo FM ficou restrito apenas às quatro primeiras classes de tamanho (3.5 a 7.0mm), indicando que a medida que o animal cresce ele passa a ser (HPS). Foram encontrados camarões com ovos em praticamente todos os meses da coleta, com maiores picos de abundância nos meses de junho, outubro e setembro. Em relação ao desenvolvimento dos ovos o estágio INI foi mais abundante em todos os meses de coleta. Palavras – chaves: Caridea; reprodução; fertilidade Apoio financeiro: Fapesp, CNPQ 196 ÉPOCA DE REPRODUÇÃO E FECUNDIDADE DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862),(DECAPODA: PALEOMONIDAE) NA BACIA DO RIO BRÍGIDA, MUNICÍPIO DE OURICURI-PERNAMBUCO *1 1 1 Nery, M.F.G ;Nascimento, J.M ; Pereira, M.D.F ; Pinheiro, A.P 1 Universidade Regional do Cariri – URCA [email protected] 1 O gênero Macrobrachium contém cerca de 243 espécies que ocorre nas regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo. Macrobrachium amazonicum é um camarão de água doce pertencente à ordem Decapoda e a família Palaemonidae popularmente conhecido como camarão amazônico. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a época de reprodução e fecundidade da espécie M. amazonicum, no Rio São Pedro, Ouricuri-PE. As amostras foram coletadas durante o período de março de 2012 a fevereiro de 2013. No geral foram capturados 814 indivíduos, dos quais 342 eram machos, 471 eram fêmeas e 1 era juvenil. As fêmeas ovígeras não foram registradas em todos os meses de coleta, no entanto, foram capturadas com maior frequência no mês de agosto. A fecundidade variou de 190 a 1560 ovos por fêmea. Foram observadas consideráveis diferenças na relação entre o número de ovos incubados por fêmeas e o tamanho do comprimento da carapaça. A razão sexual obtida mostrou um desvio significativo para a proporção de fêmeas. Durante alguns meses de coleta não foi observado à presença dos indivíduos no meio. Os estudos reprodutivos são de fundamental importância para prover informações que possibilitem um manejo mais adequado, o desenvolvimento de tecnologias mais adequadas e a sustentabilidade do recurso, evitando-se os riscos do seu esgotamento. Haja vista, tratar-se de uma espécie com potencial interesse à carcinocultura. Palavras-chaves: Crustacea, camarões de água doce, semiárido VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 197 140 INFLUÊNCIA DA SALINIDADE E DIFERENTES TIPOS DE SAIS NO DESENVOLVIMENTO LARVAL DE Macrobrachium pantanalense (Palaemonidade: Decapoda) Mayara Pereira Soares¹, Michelly Pereira Soares¹, Jucele Castro¹, Romel Junior¹, 2 Tatiane Rodrigues¹, Inês Domingues¹, , Liliam Hayd¹. ¹Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Aquidauana-MS. 2 Universidade de Aveiro, Aveiro-Portugal e-mail: [email protected] A larvicultura constitui etapa mais delicada no cultivo de camarões da espécie Macrobrachium pantanalense, com alta mortalidade. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar desenvolvimento larval de M. pantanalense em laboratório, utilizando três tipos de sais (água do mar artificial do CAUNESP, Sal comercial Fluval e Nutratec) em diferentes salinidades:0,3,6 e 9ppt. Fêmeas ovígeras coletadas no Pantanal de Aquidauana-MS foram mantidas em laboratório, aquários individuais, com abrigo, termostato e aeração. Fêmeas com ovos em estágio final de desenvolvimento foram colocadas em gaiola de polietileno(bobs), para evitar canibalismo no momento da eclosão das larvas. Após eclosão, 250 larvas colocadas em blocos completamente casualizados, com 5 réplicas, 5 larvas por unidade experimental foram cultivadas em recipientes de polietileno 100mL, em câmara de germinação tipo BOD, temperatura média 28°C, fotoperíodo 12:12(claro:escuro). Dados obtidos foram analisados em análise de variância (Anova Two-way) usando software SigmaPlot®, nível significância 0,05. Não foi possível desenvolvimento das larvas até estágio pós-larva, sendo tempo máximo de larvicultura 29 dias. Os dados mostraram que sais nutratec, fluval e salinidades 3 e 6ppt apresentaram maior tempo de sobrevivência, chegando a fase de ZoeaV, enquanto sal caunesp 3,6 e 9ppt apresentou menor tempo de sobrevivência chegando a fase ZoeaIII. Novos experimentos precisam ser realizados para definir melhor salinidade e tipo de sal artificial a ser utilizado para melhor desenvolvimento larval dos camarões de água doce do Pantanal. Palavras-chave: Crustácea, sal artificial, camarão de água doce, larvicultura. Apoio Financeiro: FUNDECT, CAPES, UEMS (PIBAP). 198 AVALIAÇÃO DA ECLOSÃO E CRESCIMENTO DE DILOCARCINUS PAGEI (STIMPSON, 1861) EM LABORATÓRIO 1 1 1 1 Mayqueli Dorna , Thainara Batista , Fabyanne Passos , Leyzinara Clemente , 1 1 1 1,2 1 Eduardo Freitas , Mayara Soares , Jucele Castro , Inês Domingues , Liliam Hayd 1 Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade de Aquidauana, Rodov. AquidauanaUEMS, Km 12, Bairro Rural, Aquidauana-MS CEP 79200-000 2 Departamento de Biologia & CESAM, Universidade de Aveiro, Campus de Santiago, 3810-193 Aveiro, Portugal [email protected] O objetivo deste trabalho foi avaliar a eclosão e crescimento de juvenis em laboratório. Inicialmente o experimento foi realizado verificando a reprodução de casais em laboratório sob condições próximas ao habitat natural. Foram utilizados 12 casais, estes foram colocados em bacias de polietileno de 10L, com areia, abrigos, macrófitas e alimentação ad libtum. Dos 12 casais somente uma fêmea ficou ovígera. A fêmea foi transferida para um aquário individual onde eclodiu aproximadamente 127 juvenis. Destes somente 29 juvenis foram monitorados individualmente em recipientes de polietileno de 250ml, com areia, abrigos e alimentação, sendo mensurados quanto a Largura da Carapaça (LC) e o Comprimento da Carapaça (CC) através das exúvias retiradas. A fêmea ficou ovígera durante 58 dias e esta começou a liberação dos juvenis após 73 dias de início do experimento durando 18 dias. Os juvenis estão sendo monitorados durante 120 dias. Até o momento a taxa de crescimento foi de ±1,38% por dia. O tamanho mínimo para CC foi de 2,1 com média de 2,4±0,2 e o máximo de 16,3 com média de 14,9±2,1. Os valores de LC mínimo 2,32 com média de 2,6±0,1 e o máximo de 18,2 com média de 16,3±2,6. O período de intermuda variou de 1 a 14 dias com média de 14±7,9 dias, assim como a quantidade de mudas por animal também variou de 6 a 10 obtendo uma média de 6±2,54. É de grande importância obter resultados quanto ao crescimento dos caranguejos, com estes pode-se ter o tamanho ideal para sua captura já que este é tão explorado em nossa região para uso como isca-viva. Palavra chave: Biometria. Caranguejo de água doce. Ecdise. Apoio: PIBIC – FUNDECT - UEMS VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 199 141 MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA E CRESCIMENTO RELATIVO DO CARANGUEJO MICROPANOPE SCULPTIPES (DECAPODA: XANTHINAE) NA ILHA VITÓRIA NO LITORAL SUDESTE DO BRASIL 1 1,2 Máyra Konishi , Valter José Cobo , Douglas Fernandes Rodrigues Alves 1 Universidade de Taubaté 2 Universidade Estadual Paulista 3 Universidade Federal Sergipe [email protected] 3, Entende-se por maturidade sexual transformações fisiológicas, morfológicas e comportamentais que permitem aos indivíduos jovens desenvolverem capacidade de produzir gametas. O objetivo do estudo foi verificar a maturidade sexual morfológica e o crescimento relativo do caranguejo M. sculptipes no litoral sudeste do Brasil. As coletas foram realizadas mensalmente, durante sessões de mergulho autônomo, no sublitoral consolidado, na Ilha da Vitória, litoral sudeste do Brasil, de fevereiro de 2004 até janeiro de 2006. O crescimento relativo de machos e fêmeas, jovens e adultos, foi analisado com base nas relações entre a largura da carapaça (LC) e os quelípodos, abdômen e gonopódio . A estimativa de início da maturidade sexual foi dada pela função logística, como y =1/1 + r(LC-LC ) e 50 . Foram examinados 184 exemplares (68 machos e 116 fêmeas). O LC50% dos machos foi de 4,3 mm LC e das fêmeas 3,8 mm LC. Para o crescimento relativo as melhores relações observadas foram LC vs. CPD (comprimento do própodo direito) e LC vs. LA (largura do abdômen), respectivamente para machos e fêmeas. Os machos atingiram a maturidade sexual com tamanhos superiores às fêmeas, um maior investimento energético para o crescimento somático nos machos, em comparação com as fêmeas. Para os jovens de M. sculptipes o crescimento dos caracteres sexuais secundários é priorizado em relação ao crescimento do corpo como um todo, enquanto que, durante a fase adulta, o crescimento é isométrico entre as partes do corpo analisadas, seguindo uma tendência comum entre os Brachyura. PALAVRAS CHAVE: Micropanope, Xanthidae, maturidade sexual, crescimento relativo, Ubatuba e Brasil. 200 CRESCIMENTO JUVENIL DE Acantholobulus bermudensis (DECAPODA, BRACHYURA) DA REGIÃO AMAZÔNICA, CULTIVADO EM LABORATÓRIO Santos, P. D.¹; Arruda, D. C. B.²; Batista, C. S.¹; Oliveira, P. S.¹; Silva, R. S.¹; Abrunhosa, F. A.² ¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará ²Universidade Federal do Pará patrí[email protected] O ciclo de vida dos crustáceos decápodes pode ser classificado em três fases: larval, juvenil e adulta. Sendo a fase juvenil muito importante, pois nela surgem os caracteres sexuais secundários que nos permitem identificar os indivíduos quanto ao sexo, à idade e à espécie. Apesar da importância desta fase para os crustáceos, poucos estudos sobre desenvolvimento juvenil foram realizados até hoje. O presente estudo analisou o crescimento juvenil de Acantholobulus bermudensis fornecendo detalhes sobre o período de intermuda, o incremento de muda e a diferenciação morfológica dos pleópodos. As megalopas foram obtidas a partir de cultivo larval em laboratório e os indivíduos foram cultivados individualmente a partir deste estágio. O monitoramento dos organismos foi realizado diariamente quanto a muda e/ou mortalidade. Ao longo do desenvolvimento juvenil, o período de intermuda e o incremento absoluto aumentaram e a porcentagem de incremento de muda diminuiu. Pleópodos rudimentares característicos para cada sexo surgem no quarto estágio juvenil, coincidindo com as outras espécies de Panopeidae previamente estudadas. Palavras chave: Crescimento absoluto, panopeidae, diferenciação sexual. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 201 142 JUVENILE GROWTH OF Panopeus americanus (DECAPODA: BRACHYURA): A COMPARISON BETWEEN SPECIMENS DEVELOPED IN LABORATORY-REARED MEGALOPAE VS COLLECTED IN THE FIELD Santos, P. D.¹; Arruda, D. C. B.²; Batista, C. S.¹; Oliveira, P. S.¹; Silva, R. S.¹; Abrunhosa, F. A.² ¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará ²Universidade Federal do Pará patrí[email protected] Absolut growth of juvenile stages of Panopeus americanus was investigated under laboratory conditions from megalopa stage. They had two distinct origins in which two groups were organized: a. megalopae collected in field (mangrove area) and b. megalopae obtained through larvae culture in the laboratory. After molting into juvenile stage, they were divided in two groups (groups 1 and 2) and reared until juvenile VIII. Comparisons of increment of growth, survival rate and intermolt period were recorded for each group. In both treatments, the intermolt period increased at successive juvenile instar. The intermolt period was significantly higher in the group 1 compared to those of the group 2. The crab size increased at each juvenile instar, showing visible higher at all instar for specimens of group 1. In relation to developmental size of the juveniles, those belong to the group 1 have showed mean of carapace length higher since megalopae stage and such difference was observed at each successive juvenile molting. In both treatments, the molt increment noticeable decreased at successive juvenile instar, however they showed higher percentage and absolute increments in the molting into juvenile III to juvenile IV. Similar pattern were also reported in previous studies for panopeidae crabs. This study has indicated that growth differences occur according to their origin. Key words: Post-metamorphic, health, absolute growth, Panopeidae. 202 CRESCIMENTO RELATIVO E MATURIDADE SEXUAL MORFOLÓGICA DE ALPHEUS BRASILEIRO ANKER, 2012 (DECAPODA: ALPHEIDAE) EM UM RIO ESTUARINO DA REGIÃO DE CANANÉIA, SÃO PAULO, BRASIL Régis Augusto Pescinelli, Rogerio Caetano da Costa Universidade Estadual Paulista (UNESP) [email protected] O crescimento nos crustáceos é marcado por diferenciações ontogênicas no desenvolvimento das estruturas corporais. Este estudo visou estimar o crescimento relativo e a maturidade sexual morfológica do camarão Alpheus brasileiro. Durante março/2013 a janeiro/2014 realizou-se amostragens na zona intermareal em Cananéia/SP. As coletas foram realizadas por duas pessoas durante a maré baixa, em nove parcelas de um metro quadrado. Todos os indivíduos capturados foram mensurados quanto ao comprimento (mm) da carapaça (CC), comprimento da maior quela (CQ), largura da maior quela (LQ), altura da maior quela (AQ), comprimento da segunda pleura abdominal (CP) e comprimento do apêndice masculino (CA). Os dados foram plotados em gráficos de dispersão e ajustados conforme a equação alométrica y = ax b. Constatou-se um crescimento alométrico negativo nas fases jovens e adultas para quase todas as relações: LP vs. CC e CAM vs. CC para machos, LQ vs. CC e CAI vs. CC para machos e fêmeas, e CQ vs. CC para fêmeas. As relações utilizadas para estimar a maturidade foram CQ vs. CC para machos e LP vs. CC para as fêmeas. Os valores estimados da maturidade sexual morfológica para machos e fêmeas respectivamente foram: 4,70 e 4,77 mm de CC. O tamanho em que uma espécie atinge a maturidade sexual morfológica pode variar de acordo com fatores ambientais e genéticos. Em A. brasileiro os valores próximos da maturidade estimados para machos e fêmeas provavelmente estão associados ao comportamento de formação de casais monogâmicos na população. Palavras-chave: Alpheidae, Alometria, Reprodução FAPESP (#2013/12136-4) Temático Biota (# 2010/50188-8). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 203 143 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MACRO E MICROSCÓPICO DO OVÁRIO DE Goyazana castelnaui, (BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE) Renata Akemi Shinozaki-Mendes; Aline Cristina Ferreira Nunes; Luciana de Matos Andrade; Rosana Oliveira Batista; Lucas Nunes Silva; Luciana Souza dos Santos. Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada - Laboratório de Biologia Pesqueira (LAPEq) [email protected] O caranguejo Goyazana castelnaui apresenta uma ampla distribuição geográfica, entretanto, pouco se conhece acerca das características reprodutivas. Nesse contexto, objetivou-se analisar a morfologia do sistema reprodutor das fêmeas de G. castelnaui (n= 39) coletadas no Rio Pajeú, por fotodocumentação, escala RGB de coloração e rotina histológica padrão dos ovários. O sistema reprodutor é formado por ovário, ovidutos e espermatecas. Os ovários são estruturas tubulares, bilaterais, com uma comissura transversal semelhante à letra “U” invertida. Os ovidutos são túbulos delgados que se conectam ao lobo ovariano, e originam um par de espermatecas, que se situam ventralmente e desembocam nos gonóporos. Foi possível diferenciar quatro estágios maturacionais: (a) Imaturo, macroscopicamente rudimentar e coloração bege (156-149-58). Histologicamente apresentam oogônias (OO) e oócitos pré-vitelogênicos (OPV). Na zona germinativa (ZG), as células foliculares (CF) cúbicas juntamente com as OO formam ninhos, enquanto que na zona de maturação (ZM) as CF circundam os OPV; (b) Em maturação, coloração laranja claro (213-117-4). Na ZM estão presentes os oócitos vitelogênicos, cercados por CF cúbicas e achatadas; (c) Maturo, com coloração laranja claro ou escuro (193-50-8). Na ZM predominam os oócitos maturos, envoltos por CF originando o folículo e (d) Desovado, com coloração laranja claro (R213 G117 B4), textura flácida e folículos pós ovulatórios. Conclui-se que a espécie apresenta uma variação na morfologia no ovário, mas apresenta estágios semelhantes a diversos Brachyura já estudados. PALAVRAS-CHAVE:.Maturidade; reprodução; histologia. 204 RELAÇÃO ENTRE COLORAÇÃO DA CARAPAÇA E ESTÁGIO DE MATURIDADE GONADAL DE FÊMEAS DE Goyazana castelnaui, (BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE) Renata Akemi Shinozaki-Mendes; Aline Cristina Ferreira Nunes; Luciana de Matos Andrade, Abraao Ismar Texeira Campos, Vinícius Queiroz de Almeida. Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada - Laboratório de Biologia Pesqueira (LAPEq) [email protected] O caranguejo Goyazana castelnaui H. Milne-Edwards, 1853 apresenta grande importância do ponto de vista ecológico da biota aquática de riachos, rios, lagos e açudes. Entretanto, pouco se conhece acerca dos caracteres sexuais desta espécie. No presente trabalho, objetivou-se correlacionar os estágios de maturação à coloração dos exemplares. Foram coletadas 39 fêmeas no Rio Pajeú, Município de Floresta, no período entre set./10 e ago./11. Os espécimens foram fotodocumentados, classificados quanto à coloração (escala RGB) e mensurados quanto à largura do cefalotórax (LC). Os ovários foram classificados em: (a) rudimentar; delgado e com coloração bege (escala de cor R156 G149 B58), (b) em desenvolvimento; mais volumoso e laranja (213-117 B4) e (c) desenvolvido, com oócitos visíveis, um maior volume e coloração laranja escuro (193-50-8). Já a carapaça foi classificada em: (I) dorso marrom (36-27-21) e abdome marrom claro (92-47-35), com manchas beges (164-151-105), com LC de 34,3 a 55,5 mm e ovários nos estágios (a) e (b); (II) dorso verde (50-42-26) e abdome amarelado (140-107-13) com poucas manchas vermelhas (130-53-18), LC de 36,8 a 47,0 mm, com ovários apenas no estágio (b) e (III) dorso vermelho (64-45-39) e abdome vermelho vivo (150-47-45), com manchas vermelho opaco (113-54-48), LC de 39,7 a 50,2 mm, com ovários no estágio (b) e (c). Conclui-se que há relação entre maturidade e coloração, evidenciando que o estágio (a) é composto de jovens; (b) caracteriza a transação de jovem para adulto e (c) apenas adultos, embora não tenha sido observada uma relação com a LC. PALAVRAS-CHAVE: Variação interespecífica; maturação; escala de cor. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 205 144 CRESCIMENTO RELATIVO DO CAMARÃO DE ÁGUA DOCE MACROBRACHIUM ACANTHURUS ASSOCIADO À EICHHORNIA CRASSIPES (AGUAPÉ) DO RIO SALSA (CANAVIEIRAS/BA) 1 1 Reuther Lincoln Nogueira & Emerson Contreira Mossolin Laboratório de Estudos Sobre Crustáceos (LESC), Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Regional Catalão, Av. Lamartine Pinto de Avelar 1120, CEP 75704-020, Catalão (GO), Brasil [email protected] 1 Os camarões de água doce são encontrados em todo o mundo, possuindo espécies que vivem em águas interiores ou em litorâneas. Dentre estas espécies que vivem próximo ao litoral, encontra-se Macrobrachium acanthurus, que está normalmente associada à vegetação submersa em águas de pouca correnteza e possui interesse comercial como isca para pesca e na alimentação humana. Sendo assim, buscou-se analisar o crescimento relativo da espécie em áreas com a presença de macrófita aquática Eichhornia crassipes, popularmente conhecida como aguapé, que possui folhas delgadas e caule fino e ramificado e oferece abrigo aos camarões. Os indivíduos foram obtidos entre Setembro/2009 e Agosto/2010 no Rio Salsa (município de Canavieiras/BA) em três locais de amostragem. O sexo foi checado observando a presença ou ausência do apêndice masculino no segundo par de pleópodes, caracterizando-os como Machos (M) e Fêmeas (F). Indivíduos menores, que ainda não permitiam a exata visualização deste caráter foram considerados juvenis (J). Foi coletado um total de 1709 indivíduos, sendo 749 (M), 919 (F) e 41 (J). Foram analisadas as correlações do Comprimento da Carapaça (CC) x Comprimento Total, CC x Comprimento do Abdômen e CC x Comprimento da Pleura para os três grupos determinados (M, F e J). Para todas as análises foram observadas correlações positivas e os valores encontrados, quando comparados à aspectos do ciclo de vida e do comportamento reprodutivo, corroboram o conhecimento existente sobre populações de M. acanthurus. Palavras-chave: Biometria, Caridea, Estrutura Populacional, Palaemonidae. 206 DESENVOLVIMENTO JUVENIL DE DILOCARCINUS PAGEI STIMPSON, 1861 (BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE) EM LABORATORIO, COM ÊNFASE NA MORFOLOGIA DE CERDAS 1 1 1 RONY R. R. VIEIRA ; PAULO JUAREZ RIEGER , VIVIANE CICHOWSKI & 2 MARCELO A. A. PINHEIRO 1 2 FURG, Rio Grande/RS; UNESP, Campus Experimental do Litoral Paulista, São Vicente/SP email: [email protected] Caranguejos de água doce eclodem como juvenis e os estudos desta fase são muito importantes, pois é nela que surgem os caracteres sexuais secundários utilizados na identificação das espécies. As cerdas são importantes na captura, seleção e manipulação do alimento, contudo os estudos das cerdas na fase juvenil têm se limitado a sua contagem e distribuição no corpo do animal. Foi estudado o desenvolvimento juvenil de Dilocarcinus pagei, com foco na morfologia de cerdas. As fêmeas ovígeras, foram coletadas manualmente na Represa Municipal de São José do Rio Preto (São Paulo/Brasil), as mesas estavam associadas a aguapés (Eichornia crassipes). No laboratório, os espécimes foram mantidos sob aeração constante, fotoperíodo 12:12 h e temperatura de 27±1 ºC. Após a eclosão, foram obtidos doze estágios juvenis e foram descrito os principais caracteres morfológicos que permitem sua identificação. Foram reconhecidas quatorze tipo de cerdas: dentada, denticulada, serrilhada, paposerrada, cuspidada, plumosa, plumodenticulada, plumoserrilhada, paposa, escova, curvada, simples, sétulas e unha. A maior diversidade de cerdas foi encontrada nos apêndices bucais, especialmente na maxílula. A ontogenia branquial e o dimorfismos sexual tornamse completos a partir do segundo estágio juvenil. No terceiro estágio, a carapaça torna-se mais larga que longa similar ao que acontece nos adultos. A grande diversidade de cerdas localizadas nos apêndices bucais é devido a função que elas possuem, nas quais incluem coleta, manipulação e transporte de alimento do primeiro par de pereópodos até o esôfago. Palavras Chave: Brachyura, Dilocarcinus pagei, Água doce VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 207 145 CRESCIMENTO ALOMÉTRICO EM Uca maracoani (CRUSTACEA, DECAPODA, OCYPODIDAE) EM ALAGOAS-BRASIL. Tereza Cristina dos Santos Calado¹; Wagner José dos Santos²; Márcio Paiva Guimarães²; Julianna de Lemos² , ¹ ² Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Laboratório Integrado de Ciências do Mar e Naturais (LABMAR). Rua Aristeu de Andrade, nº 452, Farol – Maceió – AL. [email protected] Os crustáceos apresentam um crescimento diferenciado em seu corpo, o qual é referido como crescimento alométrico. Esse crescimento é responsável pelo desenvolvimento do dimorfismo sexual em várias espécies. O trabalho descreve o crescimento alométrico da maior quela do macho e do abdome da fêmea de Uca maracoani em relação à largura da carapaça; variáveis estas, que estão associadas aos padrões reprodutivos dos crustáceos. Foram realizadas coletas mensais em quatro estações, entre os meses de agosto de 2009 a julho de 2010, os indivíduos capturados foram sexados e mensurados com um paquímetro de precisão de 0,02 mm. Foram capturados um total de 350 indivíduos, dos quais, 264 machos e 86 fêmeas. Nos machos a largura da carapaça (LC) variou de 13,64 a 32,05 mm, enquanto na fêmea variou de 13,93 a 25,01 mm; o comprimento da maior quela (CMQ) nos machos variou de 10,19 a 55,1 mm e a largura do abdômen (LAB) nas fêmeas, de 6,42 a 13,75 mm. No gráfico de dispersão dos pontos empíricos da relação entre LC e CMQ observou um ponto de inflexão em 17,28 mm na LC dos machos, tendo 12 indivíduos juvenis e 252 adultos. Ambos apresentaram um crescimento alométrico positivo, com b = 2,03 nos juvenis e b = 1,84 nos adultos. Nas fêmeas a relação entre LC e LAB mostrou um ponto de inflexão em 15,96 mm LC, com 7 indivíduos juvenis e 71 adultos. As fêmeas juvenis obtiveram um b= 1,82 e as adultas um b= 1,10, dos quais também apresentaram um crescimento alométrico positivo. A espécie Uca maracoani apresentou um crescimento alométrico positivo ao longo de toda a ontogênese para os dois sexos. Palavras Chaves: Chama-maré, reprodução, alometria 208 RESPOSTA DOS NAUPLIUS DE EULIMNADIA COLOMBIENSIS (BRANCHIOPODA:LIMNADIIDAE) A DIFERENTES TEMPERATURAS NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE LUZ – SUA COMBINAÇÃO INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO? Tulio Paiva Chaves¹*, Erminda da Conceição Guerreiro Couto² ¹Universidade Estadual de Santa Cruz, Programa de Pós Graduação em Zoologia, Ilhéus, BA; ²Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecologia Bêntica, Ilhéus, BA *[email protected] Os chamados “camarões ameijoas” são animais típicos de poças temporárias. Para sobreviver às grandes variações encontradas nestes ambientes, produzem ovos de resistência. Estes ovos, em estágio de dormência, depositam-se no fundo das poças, formando os chamados “bancos de ovos”. Fatores como a luz e a temperatura são importantes para a quebra dessa dormência. Neste trabalho, buscamos encontrar em quais condições de luz e temperatura os ovos de E. colombiensis apresentavam maior taxa de eclosão e como estes fatores interagiam entre si para a quebra da dormência. Os resultados mostraram que em temperaturas inferiores a 25ºC, independente da presença ou ausência de luz, não ocorria eclosão. O maior sucesso (27,8%) de eclosão foi obtido a 30ºC, sob a presença constante de luz. Observamos ainda que a luz influencia também no desenvolvimento dos indivíduos e que alguns nauplius podem eclodir sem necessariamente passar por estresse hídrico. Ao fim apresentamos sugestões para que criações desta espécie, de populações originárias de áreas tropicais, sejam realizadas com maior sucesso. Palavras-chave: Dormência, taxa de eclosão, ovos de resistência Apoio financeiro: CAPES (Bolsa de Mestrado) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 209 146 FECUNDIDADE DE UMA NOVA ESPÉCIE DE HYALELLA SMITH, 1874 (CRUSTACEA, AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DAS MISSÕES, RS. 1 1 Vanessa da Silva Castro , Francieli Ubessi & Daniela da Silva Castiglioni 1 Universidade Federal de Santa Maria *[email protected] 1 Recentemente foi encontrada num banhado de uma propriedade rural no município de Palmeira das Missões, RS, uma nova espécie do gênero Hyalella. Assim, este trabalho teve por objetivo comparar a fecundidade entre os três estágios do desenvolvimento embrionário e o número de juvenis eclodidos de Hyalella sp., sendo que estas foram amostradas entre ago/12 a jul/2013, por uma pessoa com puçá durante 20 minutos. Em campo, as fêmeas ovígeras foram individualizadas e, em laboratório, as mesmas foram mensuradas quanto ao comprimento do cefalotórax (mm) sob uma ocular micrométrica de estereomicroscópio e todos os ovos foram retirados do marsúpio, classificados de acordo com o estágio de desenvolvimento embrionário no qual se encontravam (inicial, intermediário, final e juvenil) e contados. As fêmeas ovígeras apresentaram um CC que variou de 0,27 a 0,67 (0,48 ± 0,06) e fecundidade média total de Hyalella sp. foi de 19,6, variando de 10 a 28 ovos. Além disto, foi observada correlação positiva entre o comprimento do cefalotórax e o número de ovos produzidos pelas fêmeas ovígeras (r2= 0,62). Nos três estágios de desenvolvimento embrionário foi observada uma produção média de 19,7 ± 4,23, 19,6 ± 4,15, 21,4 ± 3,38 ovos, respectivamente. Além disto, foram observados em média 19,5 ± 3,52 juvenis no marsúpio das fêmeas. Esta espécie não apresenta diferença significativa entre o número médio de ovos nos diferentes estágios de desenvolvimento embrionário e juvenis, ou seja, o número de ovos e juvenis permanece praticamente o mesmo ao longo do período embrionário. Palavras chave: Fecundidade, Desenvolvimento, Produção. Apoio financeiro: CNPq, CAPES, Proc. Nº 55.2597/2011-2 210 BIOLOGIA REPRODUTIVA DE UMA ESPÉCIE DE HYALELLA (CRUSTACEA, AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DE SILVEIRA MARTINS, RS, BRASIL 1 1 Vanessa da Silva de Castro ; Daniela da Silva Castiglioni ; Stella Gomes Rodrigues² & Alessandra Angélica de Pádua Bueno² ¹,² Universidade Federal de Santa Maria, Palmeira das Missões, RS, Brasil; ²Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil. *[email protected] Recentemente foi encontrada numa propriedade rural do município de Silveira Martins, RS, uma nova espécie de Hyalella. Assim, este trabalho teve como objetivo caracterizar a biologia reprodutiva desta espécie, sendo que os exemplares foram amostrados em Ago/12, Out/12, Jan/13 e Abr/13 com puçá e um esforço amostral foi de 20 minutos. As fêmeas ovígeras e os casais em comportamento précopulatório foram individualizados em campo. A maturidade sexual de machos e fêmeas foi estimada em 0,40 e 0,38 mm, respectivamente, levando-se em consideração o comprimento do cefalotórax (CC) do menor macho e da menor fêmeas encontrados formando casais de pré-cópula. Foi observada correlação positiva entre o tamanho (CC) dos machos e das fêmeas em casais de précópula (r2= 0,81) e os machos apresentaram um comprimento do cefalotórax médio superior ao das fêmeas (machos: 0,63 mm; fêmeas: 0,53 mm). Os casais em comportamento pré-copulatório foram amostrados em todas as estações do ano, caracterizando uma reprodução contínua, mas com maior frequência no inverno. As fêmeas produziram de 8 a 26 ovos (17,4 ± 9,9 ovos) e foi observada correlação positiva entre o tamanho (CC) das fêmeas e o número de ovos produzidos (r2= 0,79). A espécie analisada no presente estudo apresentou uma biologia reprodutiva semelhante a outras espécies de Hyalella já analisadas no Estado do RS, mas uma fecundidade média inferior. Palavras chave: Reprodução, fecundidade, ovos. Apoio financeiro: CNPq, CAPES, Proc. Nº 55.2597/2011-2 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 211 147 CRUSTACEA DECAPODA EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO NO NORDESTE DO BRASIL 1* Alex Barbosa de Moraes , Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar¹, Fúlvio Aurélio de Morais Freire¹, ² 1 Grupo de Estudos de Ecologia e Fisiologia de Animais Aquáticos (GEEFAA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) 2 Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC) *[email protected] Na praia de Barra do Rio, Rio Grande do Norte, dinâmicas hidrológicas e sedimentares formaram uma extensão aquática, influenciada diretamente pelo fluxo e refluxo da água marinha e de um rio localizado próximo a essa formação, através de um canal temporário, dando a essa feição características estuarino-lagunar. O objetivo foi caracterizar a abundância e diversidade dos Decapoda que habitam esta laguna. As coletas foram realizadas em 6 pontos de amostragem, entre Janeiro de 2013 e Janeiro de 2014. Os espécimes foram capturados com o auxílio de uma rede de arrasto. Os animais foram identificados até o nível de espécie e depositados na coleção carcinológica GEEFAA/UFRN. Um total de 2962 indivíduos foram coletados, sendo distribuídos em 11 famílias, 15 gêneros e 24 espécies. Espécimes dos gêneros Callinectes e Farfantepenaeus, e das espécies Pagurus criniticornis e Clibanarius sclopetarius foram os mais frequentes. Destes, apenas os dois primeiros estiveram presentes em todas as amostras porém, grande parte dos indivíduos apresentavam características juvenis. A maior e menor diversidade (H’=1,849; H’=0,553), e equitabilidade (J=0,841; J=0,252) ocorreram no mês de Novembro e Setembro, respectivamente. Níveis semelhantes de diversidade foram observados em quase todas as amostras restantes (H’ entre 1,0 e 1,5). Resultados observados em habitats semelhantes sugerem que áreas sujeitas a grandes variações de salinidade são, em geral, sistemas aquáticos de baixa diversidade uma vez que diferentes concentrações salinas limitam o estabelecimento de conjuntos diferentes de organismos. Palavras chave: ecossistemas costeiros, lagoas costeiras, diversidade, fauna brasileira. 212 SHALLOW-WATER STENOPODIDEAN AND CARIDEAN SHRIMPS FROM ABROLHOS ARCHIPELAGO, BRAZIL: NEW RECORDS AND UPDATED CHECKLIST 1 1 Alexandre Oliveira Almeida , Mytalle Fonseca , Guidomar Oliveira Soledade 1 Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas [email protected] 1 This study reports on a recent collection (July and August 2013) of stenopodidean and caridean shrimps in the Abrolhos Archipelago (state of Bahia, Brazil). Samplings were carried out in the vicinity of Ilha de Santa Bárbara (17°57’49”S 38°41’53”W). Specimens were obtained by hand or using small hand nets in tide pools or under rocks in the intertidal zone. Part of the material was collected while scuba diving in the shallow subtidal (up to 11 meters). We obtained a total of 18 species, twelve of which were reported for the first time in Abrolhos and four were new occurrences for the state of Bahia. Microprosthema semilaeve (von Martens, 1872), Typton gnathophylloides Holthuis, 1951, Alpheus verrilli (Schmitt, 1924) and Alpheopsis cf. trigona (Rathbun, 1901) had their distribution extended in the western Atlantic. The occurrence of Automate cf. rectifrons Chace, 1972 on the Brazilian coast was also confirmed. We are therefore providing an updated checklist of stenopodidean (two species) and caridean (29 species) shrimps from the study area. Keywords: Crustacea, Decapoda, Stenopodidea, Caridea, new records, diversity of shrimp. Apoio financeiro: FAPESB (APP 0035/2011); UESC (00220.1100.1065); CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 213 148 ABUNDÂNCIA DE TALITROIDES TOPITOTUM (AMPHIPODA: TALITRIDAE) EM FLORESTA ATLÂNTICA EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE RECUPERAÇÃO 1* 1 2 3 2 Binato, A. , Leite, F. P. P. , Cabrini, I. , Andrade, C.S.F. Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de 2 Campinas; Departamento de Biologia Animal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de 3 Campinas; Pesquisador Colaborador, Departamento de Biologia Animal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas *Endereço de correspondência: [email protected] O anfípode Talitroides topitotum foi introduzido no Brasil por meio de atividades de silvicultura e está distribuído nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. É uma espécie terrestre cosmopolita e a sua distribuição pode ser afetada por alterações antrópicas. Conhecer a distribuição de espécies exóticas em ambientes degradados é importante para mitigar os efeitos que elas podem causar nos ambientes ocupados, bem como auxiliar no conhecimento sobre os meios de controlar seu avanço para outras regiões. O objetivo deste trabalho foi conhecer a abundância das populações de Talitroides topitotum em área de Mata Atlântica em recuperação. As coletas foram realizadas em uma área de 343 ha (24º11´S, 48º25´O) denominada Fazenda Intermontes, pertencentente a Companhia de Cimento Ribeirão Grande, próximo a Ribeirão Grande, Vale do Ribeira, SP. No período de 2006 a 2010 foram feitas 8 coletas/ano. As fitofisionomias avaliadas em pares foram: Floresta; Floresta Degradada; Plantio de mudas nativas e Pasto abandonado. Em cada uma das áreas foram coletadas duas amostras de 1m2 de serrapilheira as quais permaneceram em funil de Berleze durante 7 a 10 dias. Foram encontrados 518 indivíduos, todos fêmeas. A abundância média para cada área foi: Floresta (2,79±0,7 ind.), Floresta Degradada (1,75±0,7 ind.), Plantio (0,85±0,3 ind.) e Pasto (0,65±0,4 ind). A abundância média variou significativamente entre as regiões (ANOVA, F=2,97; P=0,03) sendo que a área de Floresta apresentou uma abundância média maior que a área de Pasto. Palavras-chave: anfípode terrestre, espécie exótica, distribuição, floresta Atlântica. 214 PRIMEIRO REGISTRO DE CRUSTÁCEOS FÓSSEIS NA FORMAÇÃO IPUBI, BACIA SEDIMENTAR DO ARARIPE. Allyson Pontes Pinheiro¹, Olga Alcântara Barros¹ & Willian Ricardo Amancio Santana², Antônio Álamo Feitosa Saraiva¹. ¹Universidade Regional do Cariri – URCA, 2Universidade do Sagrado Coração - USC [email protected] A preservação de camarões é um fato difícil de ocorrer no registro fossilífero, tendo em vista a propensão para decomposição. Poucos crustáceos decápodes têm sido descritos no período Cretáceo do Nordeste do Brasil, até o momento. Já foram descritos decápodes nas Formações Marizal (Bacia do Tucano), na Formação Gramame (Bacia do Pernambuco-Paraíba), nas Formações Cotinguiba e Riachuelo (Bacia de Sergipe-Alagoas), Formação Codó (Bacia do Parnaíba). No Grupo Santana (Aptiano-Albiano da Bacia do Araripe) foram encontrados decápodes na Formação Crato, paleomonídeos (Beurlenia araripensis Martins-Neto & Mezzalira, 1991) e na Formação Romualdo Brachyura (Araripecarcinus ferreirai Martins Neto, 1987), sergestídeo (Paleomattea deliciosa Maisey & Carvalho, 1995), Carideo (Kellnerius jamacaruensis Santana et al., 2013), e um Penaeoidea (Araripenaeus timidus Pinheiro et al. 2013). Crustáceos da Formação Ipubi eram conhecidos apenas pelos grupos conchostráceos e ostracodes, nenhum registro fóssil de decápoda tinha sido registrado para os folhelhos desta unidade estratigráfica. Desta forma o presente estudo teve por objetivo registrar a ocorrência de mortandade de camarões (peneídeos) nesta formação. A Formação Ipubi é amplamente reconhecida como de características paleoambientais com periódicas ingressões marinhas. Os grupos de crustáceos encontrados nessa formação corroboram tal informação. Palavra chave: Bacia do Araripe, Formação Ipubi, Crustáceo. Apoio Financeiro: [Contribuição ao Projeto BP1-0067-00082-02-00/12]. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 215 149 OCORRÊNCIA DE LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE DO GÊNERO PARASTACUS (DECAPODA, ASTACIDEA PARASTACIDAE) EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL. Ana Carolina Lima de Oliveira¹, Kelly Martinez Gomes¹, Paula Beatriz de Araujo¹ ¹Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] A diversidade de lagostins é representada por oito espécies endêmicas da América do Sul, com maior representatividade no Brasil (RS e SC), onde há ocorrência de seis espécies. As informações sobre a distribuição do gênero são escassas em georreferenciamento e, além disso, têm-se acompanhado a rápida transformação dos ambientes límnicos. Dessa forma, a investigação da ocorrência de espécies em UC pode ser o primeiro passo para indicação de áreas prioritárias à sua conservação. O objetivo do estudo foi verificar a presença de Parastacus nas UCs no RS. As amostragens contemplaram sangas, arroios e áreas úmidas em sete UCs. Foram utilizadas quatro técnicas de coleta: bombas de sucção, puçás, armadilhas e escavação, abrangendo os ambientes límnicos. Durante a investigação foram amostrados 25 pontos e em 11 confirmou-se a presença de lagostins, mais frequentemente ocorrentes em áreas úmidas. Foram registrados P. defossus no RVS Banhado dos Pachecos e na RPPN Costa do Cerro, P. brasiliensis na APA Banhado Grande, P. pilimanus na REBIO Ibirapuitã, Parastacus sp1 no PE Itapuã e na APA Banhado Grande e Parastacus sp2 na RPPN Mata do Professor Baptista. Parques estaduais se encontram amparados por uma legislação que garante a conservação do habitat dos lagostins, enquanto que as áreas de preservação ambiental como APA Banhado Grande (propriedades privadas) a única garantia de conservação é o compromisso dos proprietários. Tais áreas são suscetíveis à drenagem de água, contaminação agroquímica e especulação imobiliária, impactando diretamente o ambiente de ocorrência de lagostins. Palavras-chave: Lagostins de água doce, ambientes límnicos, UCs. Apoio financeiro: BIC UFRGS, CAPES. 216 NOVOS REGISTROS DE QUATRO ESPÉCIES DE CAMARÕES-DEESTALO DO GÊNERO ALPHEUS (CARIDEA: ALPHEIDAE) NO BRASIL Andressa Maria Santos Cunha¹, Alexandre Oliveira de Almeida¹, Guidomar Oliveira Soledade¹, ¹ Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, [email protected] A família Alpheidae inclui mais de 600 espécies, sendo uma das mais diversificadas da ordem Decapoda. Alpheus, o mais numeroso gênero da família (297 espécies válidas), é representado no Brasil por 33 espécies. O objetivo deste estudo é reportar novas ocorrências de quatro espécies de Alpheus no Brasil, A. peasei, A. verrilli, A. puapeba e A. rudolphi, e assim contribuir para o conhecimento de sua zoogeografia. O material analisado neste estudo se encontra depositado nas coleções de crustáceos do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e do Museu de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco. Alpheus peasei e A. verrilli possuem distribuição disjunta no Atlântico Ocidental, a primeira conhecida no Atlântico sul apenas na Bahia e a segunda, no Rio de Janeiro e São Paulo. Alpheus peasei tem sua distribuição meridional estendida até o Rio de Janeiro, enquanto que A. verrilli tem sua distribuição setentrional na costa brasileira ampliada até o Pará. Alpheus puapeba, que era conhecido do Espírito Santo até a Província de Buenos Aires, Argentina, tem sua distribuição setentrional aumentada para o Pará, Ceará e Rio Grande do Norte. Finalmente, A. rudolphi, que era conhecido de Alagoas e do Ceará, é registrado, pela primeira vez, em Pernambuco, preenchendo uma lacuna em sua distribuição conhecida. Palavras-chave: Alpheus, Brasil, Novo registro. Apoio Financeiro: FAPESB. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 217 150 LAGOSTAS ANOMURA DA FAMÍLIA MUNIDIDAE DA BACIA POTIGUAR RIO GRANDE DO NORTE Aurinete Oliveira Negromonte¹, Jesser Fidelis Souza-Filho¹ ¹Museu de Oceanografia Prof. Petrônio Alves Coelho – Universidade Federal de Pernambuco [email protected] Os representantes da família Munididae são abundantes e diversificados em todos os oceanos, sendo a maioria das espécies restrita ao Oceano Pacífico e também ocupam muitos habitats marinhos. O presente trabalho visa registrar as espécies da família Munididae da região de talude continental para o estado do Rio Grande do Norte. O material é proveniente de coletas realizadas pela Petrobrás durante a execução do projeto “Avaliação da Biota Bentônica e Planctônica na porção offshore das Bacias Potiguar e Ceará (BPot)” à bordo do navio Seward Jonhson nos anos de 2009 e 2011. Os espécimes estão depositados na coleção do Museu de Oceanografia Prof. Petrônio Alves Coelho da Universidade Federal de Pernambuco (MOUFPE). Foram contabilizados 1621 indivíduos, distribuídos em três espécies, 1250 indivíduos de Agononida longipes, 352 de Munida iris ambos encontradas na faixa batimétrica de 150 e 400 m de profundidade, 19 indivíduos de Munida forceps a 150 m de profundidade. Estas espécies já haviam sido descritas para a região nordeste do Brasil, mas não para o estado do Rio Grande do Norte. Palavras-chave: Decapoda, talude continental, Nordeste brasileiro. Apoio: CNPq, Petrobrás: Proc. Nº 10.157.07. 218 OCORRÊNCIA DE SYLVIOCARCINUS PICTUS (DECAPODA, BRACHYURA, TRICHODACTYLIDAE) EM BACIA HIDROGRÁFICA DO SEMIÁRIDO DO PIAUÍ 1 1 1 Bruno Gabriel Nunes Pralon , Antonio Adriano Sousa Silva , João Gabriel Farias Cavalcante , 2 Allysson Pontes Pinheiro 1 2 Universidade Federal do Piauí; Universidade Regional do Cariri [email protected] Sylviocarcinus pictus é uma espécie de caranguejo de água doce de médio a grande porte. É amplamente distribuída na América do Sul, especialmente em bacias costeiras do norte-nordeste e na bacia amazônica. Difere-se das outras três espécies do gênero que ocorrem no Brasil por apresentar os somitos abdominais III-VI coalescentes e gonópodio com lobo subterminal evidente. O presente trabalho registra pela primeira vez a ocorrência de S. pictus para o Rio Guaribas, região 0 0 semiárida do nordeste brasileiro (06 48’ 20,4” S; 41 18’ 29,4” O). Os exemplares registrados na região centro-sul do Estado do Piauí foram coligidos pelo projeto “Biodiversidade de Crustáceos Decápodos (Arthropoda, Crustacea, Decapoda) da bacia hidrográfica do Rio Guaribas, Estado do Piauí”, por meio de coletas manuais noturnas. Os espécimes obtidos estão depositados na coleção carcinológica da UFPI. Coletas mensais foram realizadas no Rio Guaribas ao norte do município de São Luís do Piauí, PI, de julho de 2013 a fevereiro de 2014. Foram coletados 156 caranguejos (100 machos e 56 fêmeas), com tamanhos de LC (largura do cefalotórax) variando de 14,42 mm a 42,47 mm, com tamanho médio de LC de 33,68 ± 6,05 mm. Das 56 fêmeas coletadas, uma possuía ovos e juvenis junto ao abdômen, um indício de que há reprodução no local. Esta espécie foi registrada para o estado do Piauí uma única vez em 1906, no Rio Poty, um importante afluente do Rio Parnaíba. Este estudo contribui para melhorar o entendimento sobre a distribuição desta espécie, apesar de pouco se conhecer sobre a ecologia da mesma. Palavras-chave: Distribuição, Ecologia, Nordeste Brasileiro. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 219 151 COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DE CARANGUEJOS (DECAPODA, BRACHYURA) DE UM MANGUEZAL DO NORDESTE BRASILEIRO 1 2 2 Daiana da Silva Castiglioni , Clarissa Ferreira Pillon , Sandro Santos , 2,3 Daniela da Silva Castiglioni 1 Universidade do Vale do Rio dos Sinos 2 PPG em Biodiversidade Animal, Universidade Federal de Santa Maria, 3 Laboratório de Zoologia e Ecologia, CESNORS, Universidade Federal de Santa Maria [email protected] O objetivo deste estudo foi determinar padrões na estrutura e composição da taxocenose de braquiúros no manguezal do Rio Formoso, Estado de Pernambuco e para isto foram realizadas análises multivariadas e calculados os índices de diversidade totais e para cada ponto de coleta. Os caranguejos foram amostrados mensalmente (Mar/09 a Abr/09) em quatro pontos do manguezal. Foram registrados 7.544 exemplares de caranguejos pertencentes a 23 espécies, 12 gêneros e a sete famílias, sendo Ocypodidae e Panopeidae as mais diversas. Em relação aos pontos de coleta a maior riqueza foi registrada no ponto 4 (18 espécies) seguida do ponto 1 (15 espécies), ponto 2 (13 espécies) e ponto 3 (8 espécies). A maior abundância foi registrada no ponto 1 (2.242 indivíduos), seguida doponto 3 (2.039), ponto 2 (1.820) e ponto 4 (1.443).A diversidade foi considerada baixa, a riqueza foi média e a amostra foi considerada equitável. A maior diversidade foi observada no ponto 4, enquanto os ponto 2 e 3 apresentaram a menor equitabilidade. A taxocenose de caranguejos apresentou um padrão espacial bem definido, separando os pontos de amostragem, com a maior dissimilaridade entre os pontos 3 e 4 (72,01%). As variáveis ambientais não tiveram influência na abundância de espécies e também não variaram entre os pontos de amostragem, no entanto, entre período seco e chuvoso variaram. Os resultados observados neste estudo irão contribuir para o conhecimento da taxocenose de caranguejos local e assim fornecer subsídeo para projetos de conservação e manejo desta área estuarina, onde é crescente a ação antrópica. Palavras-chave: diversidade, caranguejos, manguezal. Apoio financeiro: CNPq e FACEPE 220 RAZÃO SEXUAL DO CARANGUEJO ARATUS PISONII (DECAPODA, SESARMIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, LITORAL DO PIAUÍ Dandara de Sousa Cunha¹, Leiliane Cristina de Aguiar ¹, Lissandra Corrêa Fernandes Góes², João Marcos de Góes¹ ¹Universidade Federal do Piauí, ²Universidade Estadual do Piauí [email protected] O manguezal de Macapá apresenta uma fauna bastante diversificada e uma vasta área de floresta. Os crustáceos compreendem uma fauna característica desse ecossistema, possuindo papel importante na cadeia alimentar e na decomposição de matéria orgânica. A razão sexual de muitas espécies é garantida pelo controle genético, e a dinâmica populacional tem sido estimada pela comparação do número de machos e fêmeas em uma amostra dentro da população. A razão sexual esperada para caranguejos é de 1:1, mas desvios desse padrão frequentemente são relatados na literatura. O objetivo deste trabalho foi verificar a razão sexual da espécie Aratus pisonii no manguezal de Macapá (02º 54’ 49,2”S e 041º 26’ 56,2”W), Piauí. As coletas foram realizadas de setembro de 2004 e agosto de 2005. Os animais foram identificados quanto ao sexo e mensurados em relação à largura da carapaça (LC). Na divisão dos animais em classes de tamanho foi utilizada a fórmula de Sturges (I = 1 + log2 n) e para a análise da diferença de machos e fêmeas utilizou-se o teste de ajuste de bondade (Qui-quadrado). Foram capturados 639 indivíduos, sendo 312 machos e 327 fêmeas (102 ovígeras). A razão sexual observada para o total amostrado foi 1:1(M:F) não diferindo significativamente (P>0,05). Esse padrão é o esperado para a população e vem corroborar com o fato de que o gasto parental na produção de machos é igual ao gasto na produção de fêmeas, o que na dinâmica populacional promove um equilíbrio na taxa de recrutamento e mortalidade dos indivíduos dentro dessa população. Palavras-chave: Proporção, Biologia, Crustacea. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 221 152 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO ARATUS PISONII (BRACHYURA, SESARMIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, LITORAL DO PIAUÍ Dandara de Sousa Cunha¹, Leiliane Cristina de Aguiar ¹, Lissandra Corrêa Fernandes Góes², João Marcos de Góes¹ ¹Universidade Federal do Piauí, ²Universidade Estadual do Piauí [email protected] Este trabalho teve como objetivo analisar a estrutura populacional do caranguejo Aratus pisonii na praia de Macapá (02º 54’ 49,2”S e 041º 26’ 56,2”W) no município de Luís Correia, Piauí. O trabalho foi realizado de setembro de 2004 a agosto de 2005. Foram capturados 639 indivíduos, sendo 312 machos e 327 fêmeas, das quais 102 foram ovígeras. Os animais foram identificados quanto ao sexo e mensurados em relação à largura da carapaça (LC), e divididos em classes de tamanho de acordo com a fórmula Sturges (I = 1 + log2 n). Os indivíduos foram distribuídos em 10 classes de tamanhos, em intervalos de 1,17 mm, com amplitude de 6,55 a 23,9 mm de LC, apresentando a variação da classe 1 (6,55 [-----] 8,29 mm) a classe 10 (22,2---] 23,9 mm). O tamanho dos machos variou de 6,55 a 23,90 mm, com tamanho médio 18,01 ± 2,8 mm, enquanto que para as fêmeas essa variação foi 8,25 a 23,9 mm e média de 16,71 ± 2,57 mm. As fêmeas ovígeras apresentaram LC variando de 13,05 a 23,6 mm, com tamanho médio de 18,72 ± 1,66 mm. A distribuição da frequência em classes de tamanho apresentou um histograma unimodal, possuindo a maior quantidade de indivíduos na classe 7 (16,99 ----] 18,73 mm). A presença de uma unimodalidade frequentemente tem sido relatada como um fator determinante para designar populações que não apresentam problemas com qualquer tipo de influência negativa que possa desestruturar uma população que esteja colonizando uma determinada área. Para o caranguejo A. pisonii do manguezal de Macapá esse parece ser o caso, pois esse ecossistema é livre de poluição e influência antrópica. Palavra-chave: População, Biologia, Distribuição. 222 OCORRÊNCIA DOS CAMARÕES Macrobrachium amazonicum E M. jelskii PARA O RIO CARIÚS, BACIA DO ALTO JAGUARIBE NO SEMIÁRIDO CEARENSE, BRASIL 1 1 1 1 Silva, D.S* ; Feitosa, W.S ; Nery, M.F.G ; Lucena, I.C ;Pinheiro, A.P 1 Universidade Regional do Cariri – URCA [email protected] 1 Macrobrachium amazonicum e Macrobrachium jelskii são encontrados em vários estados no Brasil. Este trabalho tem o objetivo de registrar a ocorrência destas espécies para o rio Cariús, no município de Farias Brito, Ceará. As coletas foram realizadas nos meses de junho de 2013 a janeiro de 2014 com o auxílio de armadilhas e peneiras, em um trecho do rio Cariús, no distrito de Cariutaba (S:06º49’12.1” W:39º31’39”), onde foram coletados 19 indivíduos de M. amazonicum e 2854 de M. jelskii. Todos os espécimes foram depositados na coleção carcinológica do Laboratório de Crustáceos do Semiárido (LACRUSE). Apesar de ambas as espécies possuírem registros anteriores para o Estado do Ceará, não havia registros formais para elas nesta bacia. A ocorrência dessas espécies na região em questão reafirma a necessidade de compreender melhor como animais aquáticos lidam com os períodos de seca característicos do semiárido nordestino do Brasil. Não está claro se o presente registro dessas espécies trata-se do resultado de introduções ou se elas são naturais da região em questão. Desta forma, o presente trabalho amplia a distribuição geográfica de M. amazonicum e M. jelskii para a Bacia do Alto Jaguaribe, no sul do Ceará. Palavras- chave: Alto Jaguaribe, Decapoda, Dulcícola VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 223 153 DIVERSIDADE DE ISÓPODOS TERRESTRES (ISOPODA: ONISCIDEA) EM ÁREA COM INFLUÊNCIA ANTRÓPICA NO SUL DO BRASIL Diego Costa Kenne¹, Paula Beatriz Araujo¹ ¹Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] A fragmentação de habitats naturais é frequentemente considerada o fator mais influente na distribuição e na abundância em comunidades naturais de macroinvertebrados de solo. O depósito de entulhos pode alterar significativamente a agregação de isópodos terrestres, oferecendo microambientes propícios para a sobrevivência das espécies. Com o objetivo de investigar a diversidade de isópodos em área com influência antrópica no Sul do Brasil, foram realizadas 10 amostragens mensais de jul/11 a jun/12 em um pequeno fragmento de floresta da zona sul de Porto Alegre (10x18 metros). Serapilheira e uma porção superficial de solo foram recolhidas com auxílio de um amostrador circular de ferro e triadas em laboratório. Os animais encontrados foram fixados em etanol 70%. Foram coletados 6109 indivíduos, pertencentes a seis espécies, distribuídas em quatro famílias (Bathytropidae, Platyarthridae, Balloniscidae e Philosciidae). A família com maior representatividade foi Balloniscidae, com duas espécies: Balloniscus glaber (77,3%) e B. sellowii (0,4%). Para Philosciidae foram observadas duas espécies do gênero Atlantoscia (21,4%). Apenas uma espécie foi encontrada para Platyarthridae, Trichorhina sp. (0,8%), assim como para Bathytropidae, Neotroponiscus daguerrii (0,1%). O aumento da disponibilidade de locais para abrigo com o descarte de material observado na área sugere que esse cenário é favorável para os indivíduos do gênero Balloniscus, visto que elevada abundância só havia sido observada em ambientes conservados até o momento. Palavras-chave: Fragmentação, influência antrópica, diversidade, isópodos terrestres. Apoio Financeiro:CNPq 224 DIVERSIDADE DE ISÓPODOS TERRESTRES (ISOPODA: ONISCIDEA) EM MATAS RIPÁRIAS NOS CAMPOS SULINOS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Diego Costa Kenne¹, Luciana Regina Podgaiski¹, Paula Beatriz Araujo¹ ¹Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] Os campos sulinos vêm sofrendo constante fragmentação em seus habitats. Como consequência há alteração na distribuição dos macroinvertebrados terrestres. Matas ripárias associadas incorporam áreas com grande deposição de matéria orgânica, cenário no qual isópodos terrestres têm grande participação e importância na ciclagem de nutrientes. O objetivo do trabalho foi conhecer a fauna de isópodos associados a matas ciliares no RS. Foram realizadas amostragens entre out/13 e abr/14 em 24 parcelas ripárias dos campos sulinos em 8 localidades. Em cada parcela ripária amostras de serapilheira foram recolhidas em 5 pontos paralelos ao rio. As amostras foram triadas e 228 isópodos foram identificados, com representantes de 7 espécies, distribuídas em 5 famílias (Philosciidae, Balloniscidae, Bathytropidae, Dubioniscidae e Platyarthridae). Foram encontradas 2 espécies para Philosciidae: Alboscia sp. (2,2%) e Atlantoscia sp. (8,8%); e para Balloniscidae: Balloniscus glaber (21,1%) e B. sellowii (0,4%). Dubioniscidae teve a maior representatividade, com Novamundoniscus sp. (34,6%), seguida de Platyarthridae com Trichorhina sp. (32,5%). Foi identificado apenas um indivíduo para Bathytropidae (Neotroponiscus daguerrii, 0,4%). O levantamento desses dados será agregado à abundância de outros táxons de macroinvertebrados terrestres das mesmas parcelas e relacionados com volume da massa de serapilheira recolhida, variáveis abióticas e cobertura de dossel. Em conjunto essas informações fornecerão conhecimento para monitoramento a longo prazo e para manejo do uso da terra. Palavras-chave: Campos sulinos, mata ripária, diversidade, isópodos terrestres. Apoio Financeiro:CNPq VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 225 154 UMA NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO BROMELÍCOLA ELPIDIUM (CRUSTACEA: OSTRACODA) EM CAMPOS RUPESTRES – PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO (MG), BRASIL 1* 1 2 1 Pereira, EV ; Rocha, CEF ; Pinto, RL & Previattelli, D 1 Universidade de São Paulo 2 Universidade de Brasília *[email protected] Visando à ampliação do conhecimento da biota brasileira, o presente trabalho, associado ao Projeto “Biodiversidade de Microcrustáceos de Água Doce em Campos Rupestres”, pertencente à rede temática SISBIOTA, apresenta nova espécie de Elpidium. Este gênero é neotropical e inclui 7 espécies formalmente descritas (Brasil, 1; Honduras, 1; Porto Rico, 1; Jamaica, 1; Cuba, 3). A ocorrência de Elpidium no Brasil é registrada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo. A amostra analisada, obtida em julho de 2012, a uma altitude de 1588m, continha 346 indivíduos, entre jovens e adultos. Os animais foram sugados de fitotelmata bromelícola e posteriormente conservados em etanol a 70%. As valvas foram fotografadas ao microscópio eletrônico de varredura e armazenadas em lâminas micropaleontológicas. A carapaça possui as seguintes dimensões, em média: 800µm de comprimento, 650µm de largura e 400µm de altura. Os apêndices foram dissecados em glicerina sob estereomicroscópio, montados entre lâmina e lamínula em meio fixador CMC-9AF com rosa de bengala e fotografadas ao microscópio óptico. Ilustrações dos apêndices foram produzidas sob câmara clara, em mesa digitalizadora. As características diagnósticas da nova espécie encontram-se principalmente no hemipênis. Este é o primeiro registro de Elpidium no estado de Minas Gerais, município de São Gonçalo do Rio Preto. Palavras-chave: Elpidium, Ostracoda, Campos Rupestres, SISBIOTA. Apoio Financeiro: FAPESP, Proc. Nº 2010/52318-6; CNPq Nº Proc. 563318/2010-4. 226 NOVO REGISTRO DO GÊNERO PERAMPHITHOE (AMPHIPODA: COROPHIOIDEA) PARA BRASIL COM DESCRIÇÃO DE UMA ESPÉCIE NOVA 1 2 Elkênita Guedes-Silva , André Resende de Senna , Jesser F. Souza-Filho 1 Museu de Oceanografia Prof. Petrônio Alves Coelho – UFPE 2 Universidade Federal da Bahia - Instituto de Biologia E-mail: [email protected] 1 O gênero Perampithoe Conlan e Bousfield, 1982 está entre os anfípodos que fazem ninhos e escavam tubos nas algas onde se abrigam e das quais se alimentam. Compõe a família Ampithoidae encontrada em abundância em águas brasileiras que, no entanto, ainda não apresentava registro deste gênero. O material foi coletado durante o Projeto REVIZEE Score Central a bordo do N/RB Astro Garoupa da PETROBRAS (Petróleo Brasileiro S/A). Os espécimes foram dissecados e montadas lâminas microscópicas do holótipo e parátipo fêmea para confecção de desenhos digitais. Todo material tipo está depositado na Coleção de Carcinologia do Museu Nacional da UFRJ (MNRJ). Além de se constituir como o primeiro registro do gênero para o Brasil, o presente trabalho também descreve uma nova espécie. Perampithoe sp. nov. é caracterizada por apresentar a margem anteroventral da coxa 1 pouco produzida e formando um ângulo agudo, palma do gnatópodo 1 transversa com uma cerda robusta no ângulo palmar e dáctilo 2X seu comprimento; palma do gnatópodo 2 extremamente aguda, côncava e sem processos ou cerdas robustas e própodo oval. Perampithoe sp. nov. é semelhante a P. baegryoeongensis Kim & Kim, 1988 da Coreia e P. lindbergi Gurjanova, 1938 do Alaska pelo formato gnatópodo 2, porém difere de ambas pela combinação dos caracteres diagnósticos. Com este registro amplia-se para 18 o número de espécies descritas no gênero para o mundo, assim como para 4 o número de gêneros e para 8 o de espécies da família Ampithoidae descritos para o Brasil. Palavras-chave: Ampithoidae, taxonomia, nova espécie Apoio Financeiro: CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 227 155 DIVERSIDADE DE BRACHYURA ACOMPANHATE DA PESCA DE CAMARÃO SETE-BARBAS, NA REGIÃO COSTEIRA DE CANANÉIA, EXTREMO SUL DO ESTADO DE SÃO PAULO. 1* 1 Gabriel Lucas Bochini , Antonio Leão Castilho , Rogério Caetano da Costa 1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho * [email protected] 1 A abundância dos braquiúros foi investigada em duas áreas costeiras de Cananéia-SP, sendo o Mar Pequeno protegido da ação de ondas, entre as ilhas de Cananéia e Comprida, e a Área Costeira adjacente com profundidade até 15 m. Como parte de um amplo projeto sobre biodiversidade do litoral paulista (Biota Temático Fapesp), os braquiúros foram capturados em um barco camaroneiro durante julho/2012 à abril/2014. A abundância (arrasto/1h/mês em cada ambiente) foi classificada em muito numerosa (Mn > 5% do número total amostrado); numerosa (1< N >5%) e pouco numerosa (Pn < 1%). Foram coletados 12012 indivíduos (5133 Mar Pequeno e 6879 Área Costeira), representados por 22 espécies: Callinectes danae (Mn), C. ornatos (Mn), Hepatus pudibundus (Mn), C. sapidus (N), Libinia ferreirae (N) Persephona punctata (N), P. mediterrânea (Pn), P. lichtensteinii (Pn), Achelous spinimanus (Pn), Arenaeus cribrarius (Pn). Além destas, outros 12 braquiúros foram registrados com número inferior a 5 indivíduos, entre eles espécies acidentais Stenorhynchus seticornis e Menippe nodifrons e a invasora Charybdis hellerii. A região costeira até os 15 m de profundidade de Cananéia representa uma importante área de estabelecimento da riqueza de braquiúros e estudos populacionais futuros, principalmente das espécies abundantes (Mn e N) serão necessários para um plano de manejo e conservação, visto que se trata de um polo pesqueiro de camarões com tais espécies sendo exploradas como bycatch. Palavras-chave: Abundância, Bycatch, Caranguejo, Pesca, Apoio Financeiro: CNPq; FAPESP Temático Biota 2010/50188-8 228 ANÁLISE COMPARATIVA DA RIQUEZA E DIVERSIDADE DOS ERMITÕES (DECAPODA, ANOMURA) EM DUAS AREAS DO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO *1 2 Gilson Stanski , Fernando Luis Mantelatto , Fernando José Zara¹, Rogério Caetano da Costa¹, 1 Antonio Leão Castilho 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, 2 Universidade de São Paulo – USP, Ribeirão Preto [email protected]* O objetivo desse estudo foi analisar a riqueza e a diversidade de ermitões nas regiões de Macaé (RJ) e Cananeia (SP) como parte de projetos multidisciplinares sobre a biodiversidade do litoral paulista e brasileiro (Biota Fapesp/Ciências do Mar/CAPES). Os animais foram coletados mensalmente (jul/2013 - jun/2014) em profundidades de 5 a 20m, com um barco camaroeiro de arrasto duplo. Macaé apresentou 271 indivíduos (3 espécies), enquanto que em Cananeia registrou 710 indivíduos distribuídos em 7 espécies. A maior riqueza em Cananeia atribui-se ao expressivo aporte de água doce junto ao transporte de material orgânico em suspensão nesta região, formada por um complexo estuarino, favorecendo a presença de espécies filtradoras e tolerantes a baixa salinidade, como é caso de Isocheles sawayai. Além da maior riqueza, Cananeia apresentou índices de diversidade (H'=1.52) e equitabilidade (E=0.78) elevados, o que evidencia que nenhuma espécie apresentou dominância, como constatado no índice de Berger-Parker (D=0.24). Em contrapartida, Macaé apresentou os índices menores de diversidade (H'=0.63) e equitabilidade (E=0.57), consequentemente com maior dominância (D=0.65), constatando-se a presença expressiva de Loxopagurus loxochelis com padrão de ocorrência em águas mais frias, por ser uma região sob a influência da ressurgência de Cabo Frio-RJ. Portanto, constatou-se que, embora sejam locais geograficamente próximos, existem fortes indicativos que os fatores abióticos locais influenciam na diversidade destas regiões. Palavra chave: Anomura, dominância, equitabilidade, fauna acompanhante. Apoio Financeiro: Biota Fapesp N° 2010/50188-8; CAPES/Ciências do Mar N° 23038.004310/201485. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 229 156 DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DE ESPÉCIES DE ERMITÕES (DECAPODA, ANOMURA), NO ESTADO DE SANTA CATARINA 1 1 1 Gilson Stanski , Antonio Leão Castilho Universidade Estadual Paulista – UNESP – Botucatu. Depto de Zoologia, [email protected] Objetivo desse estudo foi analisar a diversidade e a distribuição de ermitões na região adjacente à baía da Babitonga - SC, advindos como fauna acompanhante da pesca não seletiva de camarões. Também verificou-se a influência de fatores ambientais na distribuição das espécies. Os ermitões e os fatores abióticos (água e sedimento) foram coletados mensalmente de jul/2010 a jun/2011 nas profundidades 5, 8, 11, 14 e 17 m, com um barco camaroeiro. Em laboratório, os ermitões foram retirados de suas conchas e identificados. Os índices ecológicos e a correlação de Spearman foram usados para analisar a comunidade de ermitões e sua relação com o ambiente. Foram coletados 647 indivíduos, pertencentes a 7 espécies. Isocheles sawayai foi a mais abundante, seguida por Loxopagurus loxochelis, ambas apresentaram correlação com a temperatura da água e com sedimento (Spearman, p<0,05). Espacialmente, o maior índice de equitabilidade e riqueza ocorreram nos 17 metros. Em contrapartida, no cinco metros foi constatada uma baixa equitabilidade, devido à alta dominância de I. sawayai, ocasionando uma baixa diversidade local. Em julho verificou-se o maior índice de diversidade, provavelmente por estar relacionado à diminuição na temperatura da água e aumento da salinidade, o que provavelmente beneficiou a entrada de espécies que vivem mais afastadas da costa. Portanto, o esforço de captura direcionado à pesca camaroneira extraí no litoral sul uma diversidade considerável de ermitões, parte da teia trófica marinha explorada por este apetrecho não seletivo. Palavra chave: ermitão, diversidade, Santa Catarina, partilha por habitat. Apoio Financeiro: Fundunesp Nº 1214/2010-DFP. 230 NOVA ESPÉCIE DO GÊNERO Dulichiella (CRUSTACEA: AMPHIPODA: MELITIDAE) PARA O ESTADO DO CEARÁ, NORDESTE DO BRASIL. 1,2 1,2 Jessika Alves Oliveira Pereira , Rodrigo Johnsson Tavares Silva , 1,2 André Resende de Senna 1 Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto de Biologia, Laboratório de Invertebrados Marinhos: Crustacea, Cnidaria & Fauna Associada (LABIMAR). Rua Barão de Geremoabo, 147, 2 Ondina, Salvador, BA, CEP 40170-290, Brasil. Programa de Pós Graduação em Diversidade Animal (PPGDA), Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia. E-mail: [email protected]. A Família Melitidae Bousfield, 1971 apresenta-se amplamente distribuída no mundo, atualmente 6 espécies dessa família são conhecidas para o Brasil, uma das quais pertence ao gênero Dulichiella. Esse gênero possui uma distribuição cosmopolita, ocorrendo nos mares tropicais e temperados. Uma característica marcante do grupo é o segundo par de Gnatópodos nos machos assimétrico, onde um dos Gnatópodos é bastante alargado e porta uma coroa de espinhos na palma. Uma nova espécie do gênero Dulichiella é descrita com material proveniente do Porto do Pecém, Ceará, Brasil entre os anos de 2010 e 2012. Os organismos foram coletados manualmente através de mergulho autônomo no infralitoral, em placas de recrutamento artificial. Os organimos foram fixados em etanol 70%. O material examinado é constituído de um holótipo macho, 2 parátipos machos adultos, 2 parátipos machos juvenis e 2 parátipos fêmeas. Os espécimes encontram-se depositados na coleção de Crustacea do Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia. Os apêndices e peças bucais foram dissecados sob microscópio estereoscópio e montadas em lâminas semi-permanentes de gelatina de glicerina. As ilustrações foram realizadas por meio de microscópio óptico, com câmara clara e digitalmente preparadas com o software CorelDraw X6. Dulichiella sp. nov. assemelha-se com D. takedai por apresentar 4 espinhos na palma do Gnatópode 2 do macho, dois espinhos acessórios juntos ao dáctilo dos pereópodes 3-7 e cerdas esparsas nos epímeros 1-3. No entano, Dulichiella sp. nov. distingue-se desta por apresentar a maxila 1 arredondada em seus ápices, pelas fileiras de cerdas no gnatópode 1 do macho e pela ausência do entalhe na coxa 3. Dulichiella sp. nov. difere ainda da espécie D. pattaniensis por apresentar flagelo acessório com 5 artículo; diferencia-se de D. appendiculata por apresentar os pereópodes 6-7 desprovidos de longas cerdas na base e merus; diferencia-se de D. lecroyae por apresentar dois espinhos acessórios no dáctilo dos pereópodes 3-7. A presente espécie constitui a segunda do gênero para o Brasil. APOIO: CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 231 157 DIVERSIDADE DE BRACHYURA (CRUSTACEA: DECAPODA) NA EPIFAUNA EM MANGUEZAIS DO ESTUÁRIO DA BAÍA DO JAPERICA, PARÁ 1 1 2 Jorge Luiz da Silva Pereira , Lidiane de Cassia Cruz de Sena , Rony Roberto Ramos Vieira , 3 4* Ana Paula Simões Castro , Cleverson Rannieri Meira dos Santos 1 2 3 Universidade Federal do Pará, Universidade Estadual do Pará, Universidade Federal do Rio 4 Grande, Museu Paraense Emílio Goeldi * [email protected] Caranguejos braquiúros ocorrem em abundância em manguezais sendo importantes na sua manutenção ecológica. O objetivo foi avaliar a variação da diversidade de caranguejos epifaunais sob um gradiente de salinidade considerando diferentes estações do ano. Amostragens trimestrais ocorreram em um ano no estuário da Baía de Japerica, PA em três pontos: A (estuário inferior), B (médio) e C (superior com maior influencia de águas dulcícolas). Em cada local foram amostradas seis réplicas da epifauna utilizando a técnica do quadrado (1 m2) até uma profundidade de 10 cm. Os indivíduos foram armazenados em álcool, triados e identificados em laboratório. É apresentada uma listagem das espécies para cada local comparando as diferentes variações na diversidade e abundância. A salinidade teve diferença significativa entre as localidades e em todos os períodos coletados variando de zero (estação chuvosa em C) a 39,75 (estação seca em A). Foram contabilizados 1754 indivíduos, com 13 espécies em 4 famílias representadas por Ocypodidae (5 espécies de Uca), Sesarmidae (4), Grapsidae (2), Panopeidae e Ucididae (uma espécie cada). A diversidade e abundância geral não mostraram diferenças significativas entre os pontos ou estações do ano. Contudo a composição da diversidade variou principalmente na área C ocorrendo aumento de espécies de Ocypodidae e diminuição das demais. A abundância das espécies de Uca foi maior nos períodos mais secos. Algumas espécies, como Uca mordax ocorreram em todos os locais, sugerindo ser mais tolerante à variação de salinidade, seja ela ao longo do estuário ou sazonal. Palavras-chave: Grapsidae, Ocypodidae, caranguejos braquiúros, gradiente de salinidade. Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq Proc. Nº 103399/2014-3 232 OS LAGOSTINS DE ÁGUA DOCE NO CENÁRIO URBANO: NOVAS OCORRÊNCIAS E REGISTRO DE SIMPATRIA ENTRE DUAS ESPÉCIES DO GÊNERO PARASTACUS (DECAPODA, PARASTACIDAE) EM PORTO ALEGRE, RS Kelly Martinez Gomes¹, Felipe Bezerra Ribeiro¹, Paula Beatriz Araujo¹ ¹ Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] O gênero Parastacus é representado por oito espécies, distribuídas na América do Sul, sendo seis destas com ocorrência no Brasil (RS e SC). No RS verifica-se a ocorrência da maioria delas e parte dos registros concentram-se próximos aos centros urbanos, abrangendo sistemas lóticos e lênticos. O objetivo deste estudo é compreender a distribuição das espécies de Parastacus em um cenário urbano. As investigações foram realizadas em Porto Alegre, RS, em 18 pontos durante 2013-2014, utilizando diferentes métodos de captura. A presença de lagostins foi constatada em 12 pontos, oito destes com P. brasiliensis, restritos a arroios de primeira ordem; e três com P. defossus, todos estes em áreas úmidas - AUs. A simpatria foi verificada para um dos pontos na zona sul da cidade, em que P. brasiliensis habitava as tocas nas margens do arroio e P. defossus as tocas nas AUs próximas ao curso d’água. A partir dessa investigação, sugere-se que as espécies de lagostins possuem diferentes estratégias de ocupação do ambiente, sendo P. defossus uma espécie com maior independência da água, corroborando os estudos fisiológicos anteriormente realizados. Além disso, parte dos registros com a presença de lagostins tende a desaparecer, devido à canalização dos córregos, descarga de efluentes domésticos, imóveis comerciais, indústria e/ou agricultura e a expansão urbana. Assim, estudos que consideram a diversidade de espécies em áreas urbanas podem ser o primeiro passo para a conservação neste cenário. Financiadores: CAPES Palavras-chave: lagostins de água doce, habitat, urbanização VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 233 158 DIVERSIDADE DE COPEPODA EM NASCENTES DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Lorena Felix Marocci Bouças¹, Thaís Berger Moreira¹, Alessandra Angélica de Pádua Bueno¹ ¹ Universidade Federal de Lavras, Departamento de Biologia, Setor de Zoologia Geral Laboratório de Carcinologia, Campus Universitário, 37200-000, Lavras, Minas Gerais, Brasil [email protected] No estado de Minas Gerais, os estudos com microcrustáceos têm se concentrado principalmente nas bacias dos rios São Francisco, Grande e Doce. O objetivo do presente estudo foi registrar a diversidade de Copepoda presentes em três nascentes dentro do campus da Universidade Federal de Lavras, localizada no município de Lavras, Minas Gerais. As coletas foram realizadas nos meses de Dezembro (2013) e Janeiro (2014), período de estação chuvosa na região, e para tal foi utilizado uma rede de mão e um esforço amostral de 30 minutos. As amostras foram conservadas em álcool 70% e coradas com corante Vermelho Congo. Foram obtidos dados abióticos como temperatura da água, condutividade e oxigênio dissolvido dos locais de coletas nos meses amostrados. A identificação dos morfotipos foi realizada através da observação de fêmeas e machos adultos no microscópio fotônico. Na avaliação dos fatores abióticos não houve diferença significativa entre os pontos de coleta. Para os Copepoda foram encontradas duas ordens, Harpacticoida e Cyclopoida. A ordem Cyclopoida foi encontrada apenas em um dos pontos e a ordem Harpacticoida nos outros dois pontos, não sendo encontradas as duas ordens no mesmo local. Dentro da ordem Cyclopoida observou-se quatro morfotipos e para Harpacticoida somente um. Os resultados do presente estudo contribuem para ampliação do conhecimento da carcinofauna do estado, visando também à conservação destes ambientes. Palavras-chave: Copepoda, Límnicos, Cyclopoida, Harpacticoida. Apoio: FAPEMIG 234 PRIMEIRO REGISTRO DO CAMARÃO SYNALPHEUS DARDEAUI (DECAPODA: ALPHEIDAE) NO ATLÂNTICO SUL OCIDENTAL 1 1 Mário Vitor Oliveira ; Patricia Souza Santos ; Alexandre Oliveira Almeida ¹UESC, [email protected] 1 Com mais de 150 espécies, Synalpheus é o segundo maior gênero da família Alpheidae. Estes camarões-de-estalo distribuem-se em ambientes tropicais rasos, onde são geralmente encontrados em cavidades de cascalho de coral, espaços internos de esponjas, ascídias e crinóides. Synalpheus dardeaui é geralmente encontrada em pares heterossexuais habitando o espaço interno de esponjas hospedeiras, assim como as demais espécies pertencentes ao grupo S. gambarelloides. Sua área de distribuição se dá no Atlântico Ocidental, na Flórida (Florida Keys) e no Mar do Caribe: Belize (Carrie Bow Cay), Panamá (Bocas del Toro) e Curaçao. O presente trabalho teve como objetivo registrar pela primeira vez a presença desta espécie no Atlântico Sul Ocidental. O material foi obtido numa coleta realizada no Parque Municipal Marinho do Recife de Fora, Porto Seguro, Bahia, em maio de 2013. Os exemplares foram obtidos numa colônia da esponja Ircinia cf. strobilina fixada em substrato coralíneo a 12 m de profundidade. Após a coleta, a colônia foi acondicionada em saco de tecido para evitar a fuga de possíveis organismos. Em laboratório, a esponja foi dissecada com o uso de um bisturi, a fim de verificar a presença de organismos no espaço interno. Foram encontrados dois espécimes de S. dardeaui habitando a esponja. Synalpheus dardeaui tem assim sua distribuição estendida em cerca de 28° de latitude em direção ao sul, de Curaçao (12°N) a Porto Seguro (16°S). Palavras-chave: Caridea, camarão-de-estalo, espécie críptica. Apoio financeiro: FAPESB; CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 235 159 BIOMETRIA DO CAMARÃO MACROBRACHIUM AMAZONICUM (CRUSTACEA, CARIDEA, PALAEMONIDAE) NO AÇUDE CALDEIRÃO, MUNICÍPIO DE PIRIPIRI, PIAUÍ. Pollyana Morais de Oliveira Gomes¹, Tátila Dalila de Sousa Silva², 1 Lissandra Corrêa Fernandes Góes³ & João Marcos de Góes ¹Universidade Federal do Piauí ²Christus Faculdade do Piauí ³Universidade Estadual do Piauí [email protected] O camarão Macrobrachium amazonicum está amplamente distribuído na América do Sul, desde a bacia do Rio Orinoco até a bacia do Rio Paraguai. O presente trabalho tem por objetivo o estudo do crescimento relativo de M. amazonicum, para isto foram realizadas coletas mensais de agosto a dezembro de 2010, na Barragem do Açude Caldeirão, município de Piripiri, Estado do Piauí. Os indivíduos foram identificados quanto ao sexo, pesados e mensurados quanto ao comprimento da carapaça (CC), largura da carapaça (LC), comprimento total (CT), comprimento do própodo quelar direito (CPQD) e comprimento do própodo quelar esquerdo (CPQE) para ambos os sexos. Para o b estudo da relação entre os comprimentos foi utilizada a função potência (y = a.x ), utilizando-se o comprimento total (CT) como variável independente, e as demais dimensões como variável dependente. Foram analisados 950 exemplares, sendo 255 machos, 695 fêmeas. Foi observado crescimento alométrico positivo nas seguintes relações para machos: CTxLC, CTxCC, CTxPeso, CTxCPQD, CTxCPQE. Para fêmeas foi verificado crescimento isométrico para a relação CTxCC, e alométrico positivo para as demais relações. Estudos de crescimento relativo podem fornecer indicações de diferenças taxonômicas ou eventos da ontogenia desses animais, tais como metamorfose e maturação. O padrão de crescimento alométrico positivo observado em algumas estruturas pode indicar especificação de funções relacionadas ao comportamento reprodutivo e defesa territorial, assim como isometria pode indicar a preservação de alguma função específica. Palavras-chave: Crescimento relativo, Morfometria, Recurso pesqueiro. 236 ABUNDÂNCIA DO CARANGUEJO UCIDES CORDATUS (BRACHYURA, UCIDIDAE) NO MANGUEZAL DA ILHA DO SABÓIA, CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ. 2 Pollyana Morais de Oliveira Gomes¹, Lissandra Corrêa Fernandes Góes & João Marcos de Góes ¹Universidade Federal do Piauí 2 Universidade Estadual do Piauí [email protected] 1 O objetivo do estudo é determinar a abundância do caranguejo Ucides cordatus no manguezal da Ilha do Sabóia, município de Cajueiro da Praia, Piauí. O trabalho foi realizado de janeiro de 2013 a o o dezembro de 2013, na região da Ilha do Saboia (2 56´36,8" S; 41 19´02,8" W), município de Cajueiro da Praia, Piauí. Os caranguejos capturados foram mensurados em relação a largura da carapaça (LC), determinados quanto ao sexo e devolvidos ao ambiente. Para o cálculo de 2 abundância foram demarcadas áreas aleatórias de 2x2 metros (4 m ), com três repetições para cada 2 mês, e uma área por mês de 5x5 (25 m ), nos últimos seis meses. Os caranguejos foram coletados pelo método do "braceamento" e a densidade foi determinada pelo número de indivíduos capturados 2 dividido pela área total observada. Durante esse estudo foi avaliada uma área de 269 m , onde foram capturados 316 indivíduos, com 168 machos, 148 fêmeas.Os machos variaram de 27,25 mm a 74,95 mm de LC com média de 56,72 ± 7,29 mm, as fêmeas variaram de 24,10 mm a 64,50 mm com média de 51,30 ± 6,13 mm de LC. A abundância encontrada para ilha do Saboia foi de 1,17 caranguejos/m2. Existe uma variação da abundância em todo País, sendo que as flutuações naturais no recrutamento anual ou sazonal, o extermínio dos manguezais e as mortalidades originadas pela Doença Letárgica do Caranguejo são apontadas para explicar essa diferença. Entretanto, os métodos de coleta nas diferentes regiões não tem uma padronização e isso pode ser um ponto importante para determinar essas variações. Palavras-chave: Densidade, População, Bioecologia. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 237 160 ASSEMBLEIA DE MICRO-CRUSTÁCEOS (CRUSTACEA: CLADOCERA E COPEPODA) DO CANAL CUNIÃ, BACIA DO RIO MADEIRA, AMAZÔNIA 1* 2 3 Renata Martins dos Santos , Natalia Félix Negreiros , Lidiane Cristina da Silva e 4 Odete Rocha 1 2 Instituto Federal de Educação e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Juína; UniSALESIANO – 3 Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Araçatuba, SP; Pós-Graduação em Ecologia e 4 Recursos Naturais, Universidade Federal de São Carlos, SP; Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, Universidade Federal de São Carlos, SP *[email protected] Alterações na estrutura da comunidade zooplanctônica são usualmente induzidas por variações nos fatores ambientais, como as variáveis climáticas ou hidrológicas, as quais são relacionadas a variações sazonais ou interanuais que controlam os períodos hidrológicos dos rios e canais. O conhecimento sobre estes fatores e ciclos é de grande importância para o entendimento da ecologia das comunidades por eles afetadas. Neste sentido o objetivo do presente estudo foi avaliar a estrutura da assembleia de micro-crustáceos em quatro períodos hidrológicos durante três anos no Canal Cuniã, um igarapé afluente do lago Cuniã, bacia do rio Madeira, Amazônia. Amostragens foram realizadas trimestralmente abrangendo os períodos de vazante, águas baixas, enchente e águas altas, no período de junho de 2009 a outubro de 2012. A coleta do zooplâncton foi realizada com bomba motorizada e rede de plâncton de 68 µm. Simultaneamente foram feitas medidas de diversas variáveis físicas e químicas da água. A assembleia de micro-crustáceos foi constituída por 38 espécies, sendo 24 de Cladocera, e 14 de Copepoda. Os táxons mais frequentes foram Daphnia gessneri, Moina minuta, Rhacodiaptomus insolitus e Argyrodiaptomus azevedoi. As maiores densidades foram registradas na parte central do canal com predomínio dos Cladocera, principalmente no período de águas baixas. Os Cladocera e Copepoda do canal Cuniã tem elevada riqueza de espécies e suas populações respondem aos diferentes períodos hidrológicos e variações interanuais. 238 BIODIVERSIDADE DE BRACHYURA (DECAPODA) NO SUBLITORAL NÃO CONSOLIDADO DE ANCHIETA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL 1 1 1 Renzo Gonçalves Tavares , Crislene Cristo Ribeiro , Adriane Araújo Braga , 1 1 Erika Takagi Nunes , Erika Barros de Magalhães 1 Universidade Federal do Espírito Santo - Centro de Ciências Agrárias [email protected] O presente estudo visou analisar a diversidade dos Brachyura em Anchieta, litoral sul capixaba. As coletas foram realizadas por meio de arrasto e os índices ecológicos foram calculados (abundância, riqueza, diversidade, dominância, equidade e constância) para os três pontos e estações amostrados. Obteve-se 1.344 indivíduos, distribuídos em quatro famílias, cinco gêneros e sete espécies. O ponto 1 apresentou maior abundância, devido à elevada quantidade de Callinctes ornatus. A riqueza foi nos pontos 1 e 3. Os maiores valores de diversidade e equidade, e menor dominância foram obtidos nos pontos 2 e 3, que apresentou uniformidade entre as espécies. A alta abundância na primavera e outono pode ser explicada pela dominância de C. ornatus e Hepatus pudibundus nestas estações. Outono e inverno apresentaram as maiores riquezas e diversidade, sendo a última, provavelmente relacionada a riqueza e equidade obtidas nestes pontos. No verão e inverno foram registradas uma maior equidade e uma menor dominância. As espécies C. ornatus, H. pudibundus, Persephona lichtensteinii e Persephona punctata foram constantes durante todo período, provavelmente devido à alta fecundidade e a reprodução contínua caracterizada para estes caranguejos. Os resultados indicaram que o local de estudo apresenta condições propícias para o desenvolvimento de braquiúros, desta forma, estes dados poderão ser utilizados para futuros programas de monitoramento ambiental, criação de estratégias de conservação da biodiversidade e de pesca sustentável para a região de Anchieta, ES. Palavras-chave: caranguejos, infralitoral, índices ecológicos, diversidade. Apoio financeiro: FAPES Proc. Nº 54695716/2011 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 239 161 INVENTÁRIO DA CARCINOFAUNA DE MANGUEZAIS DO NOROESTE DO MARANHÃO – BRASIL 1 2 RONY R. R. VIEIRA , JORGE L. S. PEREIRA , CLÉVERSON R. M. SANTOS 1 2 FURG, Rio Grande, RS; Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém, PA e-mail: [email protected] 2 Diversos estudos sobre crustáceos de manguezais do Brasil têm sido realizados, principalmente na região sudeste. Contudo, estudos sobre a biodiversidade de invertebrados bentônicos ainda são insipientes, principalmente na região norte de uma maneira geral. A produção de inventários é o primeiro passo para se avaliar a diversidade de um grupo para uma determinada região. Com intuito de se conhecer a diversidade de crustáceos de manguezais da região norte, foram realizadas coletas em quatro manguezais localizados no noroeste do Estado do Maranhão. Em cada manguezal uma área retangular de 100 x 50 metros foi demarcada, sendo o lado menor do retângulo paralelo à linha d’água. Dentro desta área foram demarcados seis pontos de amostragens com distância de 50 metros. Em cada ponto três técnicas de coletas foram aplicadas. A primeira consiste na contagem de tocas em um quadrado de 5,0 x 5,0 m. Posteriormente, um segundo quadrado de mesma dimensão, foi aleatoriamente escolhido e todos os exemplares foram coletados. A segunda técnica foi o emprego de um quadrante de 1,0 m2 e a terceira foi a coleta aleatória. Em cada ponto foram medidos os parâmetros temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica. No total, foram coletadas 16 espécies pertencentes a sete famílias dentro de duas subordens. Destas 13 espécies foram coletadas nos quadrantes de 1 m2. Como ocorre em quase todos os manguezais do mundo as comunidades de caranguejo nos quatro manguezais amostrados, são dominadas por Ocypodidae e Sesarmidae que, somados, totalizam 62,5% das espécies coletadas. Palavra Chave: Brachyura, Manguezal, Ocorrência. LECTOTYPE DESIGNATION FOR MACROCYPRIA SARSI MUELLER, 1912 (OSTRACODA) 240 1 1 1 1 Simone N. Brandão , Diêgo O. Batista ,Helenice Vital Laboratório de Geologia e Geofísica Marinha e Monitoramento Ambiental, D. Geologia, Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísca, UFRN [email protected] Bairdia angusta Sars, 1866 was described from the continental shelf off Norway but was latter recognized a secondary junior synonym of Cythere (Bairdia) angusta (von Muenster, 1849). Mueller (1912) published a nomen novum for this species, i.e., Macrocypris sarsi Mueller, 1912. Both authors failed to designated a name bearing specimen (holotype by Sars, or lectotype by Mueller). Sars (1923) described a new genus, Macrocypria, and included Macrocypria angusta, (=Macrocypris sarsi Mueller, 1912) in it. This species is now the type species of Macrocypria, and therefore the correct combination remains Macrocypria sarsi (Mueller, 1912). This species occurrs in the subpolar North Atlantic off Iceland, Norway and Sweden. In order to attain taxonomic statibily for this species and consequently for the genus, a lectotype will be designated by us. The type series studied by Sars (1866) is most probably lost, because no specimen labelled with “Bairdia angusta” is available in the Museum of the University of Oslo (where the remaining material of Sars is deposited). Sars did not use to label his specimens neither as type material nor with the locatity details. So, we chose specimens collected off Iceland, which are well preserved for both morphologic and genetic studies. Palavras-chaves: taxonomy, lectotype designation, Ostracoda, Macrocyprididae. Apoio Financeiro: CNPq, nº proc 400116/2013-8; Alexander von Humboldt Stiftung (AvH); Deutsches Akademisches Austausch Dienst (DAAD). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 241 162 O CARANGUEJO GONIOPSIS CRUENTATA (DECAPODA; BRACHYURA; GRAPSIDAE) NO MANGUEZAL DE MACAPÁ, LITORAL DE LUÍS CORREIA, PIAUÍ: ESTRUTURA DA POPULAÇÃO. 1 1 Thaynnan Matos de Souza Carvalho¹, Ana Lídia Serejo Moraes , João Marcos de Góes , Lissandra Corrêa Fernandes-Góes² 1 Universidade Federal do Piauí 2 Universidade Estadual do Piauí [email protected] A espécie Goniopsis cruentata é um braquiúro da família Grapsidae, apresenta importância na região Nordeste do Brasil, pois é utilizada como fonte de alimento. Este trabalho promove a descrição da estrutura populacional do caranguejo Goniopsis cruentata na praia de Macapá (02º 54’ 49,2” S e 041º 26’ 56,2” W) no município de Luís Correia, Piauí. Para a realização do trabalho os caranguejos foram coletados mensalmente, de setembro de 2004 a agosto de 2005 em condições de maré baixa. Foram capturados 629 indivíduos, sendo 332 machos e 212 fêmeas, das quais 85 foram ovígeras. Em laboratório os animais foram identificados quanto ao sexo e mensurados em relação a largura da carapaça (LC). Para a divisão dos animais em classes de tamanho foi utilizada a fórmula de Sturges (I = 1 + log2n), sendo distribuídos em dez classes, apresentando amplitude de 3,9 mm, com variação da classe 1 (17,3 [-----] 21,2 mm) a classe 10 (52,4 ---] 56,1 mm). Os machos variaram de 17,6 a 56,1 mm de LC, com uma média de 40,99 mm ± 7,24 mm e as fêmeas variaram de 17,3 a 49,00 mm de LC com uma média de 37,43 mm ± 6,03 mm. A população apresentou um histograma com tendência unimodal, sendo que a classe 7 (40,7----] 44,6 mm) possui a maior quantidade de indivíduos. A região de Macapá é regida pelo clima que acomete todo o litoral do Piauí, que é quente com temperaturas sem grandes variações sazonais. Essa condição é favorável para o estabelecimento e colonização da espécie no manguezal, pois esse tipo de distribuição é comum para populações de espécies de decápodos tropicais. Palavras- chave: Distribuição, Bioecologia, Crustacea. 242 REPRODUÇÃO E RAZÃO SEXUAL DO CRUSTÁCEO ENDÊMICO DA AMÉRICA DO SUL AEGLA MARGINATA (CRUSTACEA: AEGLIDAE) Alexandre Ribeiro da Silva¹*, Milena Regina Wolf¹, Antonio Leão Castilho¹ 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP email: [email protected] Os eglídeos são exclusivamente de águas continentais, com a distribuição geográfica restrita à América do Sul, com algumas espécies ameaçadas de extinção. O presente trabalho tem como objetivo o estudo do período reprodutivo de Aegla marginata, bem como a razão sexual. Os indivíduos foram coletados através de armadilhas no Parque Estadual de Intervales de out/2013 a ago/2014. O período reprodutivo foi determinado pela observação de fêmeas ovígeras (com embriões aderidos aos pleópodes), sendo registradas em outubro-novembro/13, bem como de maio a ago/14, períodos com predominância significativa (Qui-quadrado, p < 0,05) de machos. Apenas em fevereiro a razão sexual foi significativamente desviada a favor das fêmeas. A periodicidade reprodutiva vista até então para A. marginata é similar às espécies localizadas em latitudes próximas como Aegla castro (25°5’S) e Aegla paulensis (23°47’S), ambas com um período reprodutivo de seis meses. A razão sexual desviada para machos justifica-se por diferenças comportamentais, cujas fêmeas ovígeras passam a apresentar comportamento críptico, permanecendo por um longo período em abrigos e refúgios. Palavras-chave: Anomura, Aegla, efeito latitudinal, período reprodutivo VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 243 163 DIETA NATURAL DE Callinectes bocourti, (BRACHYURA: PORTUNIDAE) NO RIO MARITUBA, EFLUENTE DO RIO SÃO FRANCISCO (BAIXO SÃO FRANCISCO). 1 1 1 Alexandre Oliveira , Franscolândio dos Santos Alves ; Wendel Resende Ramos Novais , 1 1 1 Tatiana dos Santos Ribeiro ; Jackson Lins da Silva ; Jaqueli Santos Ramos ; 1 Isabel Cristina Gomes da Silva 1 Universidade Federal de Alagoas - UFAL [email protected] Os crustáceos são o segundo maior estoque pesqueiro explorado no Brasil, de suma importância para o controle trófico, de grande interesse econômico e alimentar nas regiões costeiras. Informações a respeito dos Brachyura, em especial da dieta natural, no Baixo São Francisco são escassas, sendo se grande importância estudos que realizem um diagnóstico deste parâmetro, pois a disponibilidade do alimento irá influenciar sua distribuição, migração, ecdise e reprodução. Este estudo visa caracterizar a dieta de Callinectes bocourti, num afluente do Rio São Francisco. As coletas foram mensais, entre janeiro e dezembro de 2012, entre as 06:00 e 08:00h, com a arte de pesca local (jereré). Após as coletas, os organismos foram acondicionados em solução de formalina a 4%, transportados para laboratório, sendo que permaneceram nesta solução por 24h. Após este intervalo foram acondicionados em álcool 70% até que fossem analisados. Em laboratório os indivíduos foram medidos e pesados, sendo o intestino anterior retirado e acondicionado em álcool 70%, para posterior análise dos itens alimentares. Foram analisados 110 indivíduos sendo 22 fêmeas e 88 machos. Cerca de 51,82% dos organismos apresentou algum conteúdo alimentar. A classe semivazia apresentou 64,91%, semicheia 21,05% e cheia 14,03%. Ao analisar o conteúdo dos intestinos com auxílio do Método dos Pontos, observou-se que o item Brachyura foi o principal componente na dieta natural do Callinectes bocourti. A compreensão deste fator formará subsídios para a gestão pesqueira ao formular planos de manejo e conservação destas espécies. Palavras-chave: Alimentação, Método dos Pontos, Siri. Agência Financiadora: FAPEAL (nº processo 20110830-011-0025-0015) 244 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO - TEMPORAL DO SIRI ACHELOUS SPINICARPUS STIMPSON, 1871 (BRACHYURA, PORTUNOIDEA), EM ÁREA DE RESSURGÊNCIA NO RIO DE JANEIRO. 1* 1 2 Aline Nonato de Sousa , Kátia Aparecida Nunes Hiroki , Gustavo S. Sancinetti , 3 Thiago Elias da Silva³ & Adilson Fransozo . NEBECC – Núcleo de estudos em Biologia, ecologia e cultivo de crustáceos. 1 .Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil. 2 .Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos - PR – Brasil. 3. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil. [email protected] Portunídeos são elementos fundamentais das redes tróficas do bento marinho e estuarino, exercendo influência na dinâmica e estruturação das comunidades que ali vivem. O presente estudo avaliou a distribuição espacial e temporal de A. spinicarpus na região costeira de Macaé – RJ. A amostragem foi realizada por um ano, de julho/2008 a junho/2009, por coletas mensais em profundidades de 5, 10 e 15 metros de profundidade (área “in shore”) e 25, 35 e 45 metros de profundidade (area “off shore”), utilizando uma embarcação de pesca camaroeira. Os fatores ambientais mensurados foram: textura e teor da matéria orgânica do sedimento, temperatura e salinidade da água. Capturou-se um total de 287 indivíduos, preferencialmente distribuídos na área “off shore”, com maior abundância no verão, associando esta espécie à ACAS, uma massa de água fria e de baixa salinidade. Registrou-se grande abundância nos transectos de maior batimetria e nas estações de incidência da ACAS, primavera e verão. Os processos físicos provocados por essa massa de água fria geram variação na disponibilidade de alimento, afetando o crescimento e a sobrevivência desses organismos. Por meio de futuros estudos seria possível realizar uma avaliação das distribuições de A. spinimanus e A. spinicarpus, elucidando questões sobre uma provável partilha de habitat entre estas espécies, bem como para melhor caracterizar o ambiente ideal de cada um. Palavras – chave: Portunídeos, Siri, Achelous spinicarpus. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 245 164 COMPOSIÇÃO, ABUNDÂNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE CARANGUEJOS (DECADOPODA, BRACHYURA) NA REGIÃO DE RESSURGÊNCIA, MACAÉ, RIO DE JANEIRO. 1* 1 1 Aline Nonato de Sousa ,Camila de Oliveira Assugeni , Ana Elisa Bielert Lopes , Kátia 1 2 3 4 Aparecida Nunes Hiroki , Gustavo S. Sancinetti , Israel F. Frameschi , Vivian Fransozo . NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos. 1 .Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil. 2 .Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos - PR – Brasil. 3 .Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil. 4. Universidade do Sudoeste da Bahia UESB, Vitória da Conquista –BA -Brasil [email protected] O conhecimento de ambientes marinhos é a base para se entender a dinâmica das comunidades, e assim, estimar a abundância ou ausência de determinadas espécies. O objetivo deste trabalho foi registrar composição e abundância das espécies de caranguejos que habitam as águas do litoral da região de Macaé, Rio de Janeiro, com características distintas pelo fato de apresentarem o fenômeno da ressurgência. As coletas foram feitas pelo período de um ano (julho de 2008 a junho/2009), compreendendo coletas diurnas e mensais, utilizando-se um barco de pesca comercial equipado de rede do tipo “otter- trawl”, em seis transectos com extensão de 1 km cada, a uma velocidade de 2,1 nós, por quinze minutos. A área que envolveu os transectos de 5, 10 e 15m de profundidade foi denominada “in shore” e a de 25m, 35m e 45m de “offshore”. Foram realizados 72 arrastos, obtendose 1228 indivíduos, pertencentes a 11 espécies, 8 genêros, 5 superfamílias e 5 famílias. As três espécies mais abundantes foram Hepatus Pudibundus, Callinectes ornatus e Achelous spinicarpus. Os resultados permitiram constatar um grande número de espécies de braquiúros na região, apesar da alta exploração comercial de camarões Assim, a região estudada pode ser considerada uma área importante de colonização, assentamento e sobrevivência de caranguejos braquiuros, apesar de também ser uma região extremamente impactada pela exploração do petróleo. Palavras – chave: Brachyura, composição, abundância, Macaé. 246 ESTRUTURA POPULACIONAL DO ERMITÃO Clibanarius vittatus (CRUSTACEA, DIOGENIDAE) EM UM ESTUÁRIO AMAZÔNICO BRASILEIRO 1,2 Ana Carolina Melo Rodrigues , Jussara Moretto Martinelli Lemos 1 Universidade Federal do Pará [email protected] 1 Clibanarius vittatus é um ermitão de ampla distribuição geográfica e pouco estudado na região equatorial. O presente estudo objetivou verificar a estrutura populacional de C. vittatus no estuário de Marapanim, litoral amazônico. Os ermitões foram obtidos mensalmente de agosto/2006 a julho/2007 junto ao fundo consolidado do entremarés em quatro locais do estuário. Um total de 336 indivíduos foram examinados dos quais 163 machos, 103 fêmeas não ovígeras, 05 fêmeas ovígeras, 16 intersexos e 49 de sexo indeterminado, sendo agrupados em 09 classes de tamanho de 1 mm. O CEC (comprimento do escudo cefalotorácico) variou de 0,99 mm (sexo indeterminado) a 8,91 mm (macho). A média (±desvio padrão) do CEC dos machos foi de 3,82±1,61 mm e das fêmeas 3,48±1,27 mm. A menor fêmea ovígera tinha 4,51 mm de CEC. A razão sexual mensal de C. vittatus 2 diferiu significativamente do esperado de 1:1 (razão=1,5:1; Χ =11,53, p<0,001) em favor dos machos, caracterizando dimorfismo sexual da população. Essa diferença ocorreu em fevereiro, abril, maio, junho e julho, meses chuvosos. A razão sexual foi significativamente diferente na classe de tamanho 2 de 6|-7 mm (razão=3,25:1; Χ =4,76; p=0,002) em favor dos machos, sendo as últimas classes compostas quase que exclusivamente por machos. No presente estudo foi registrado menores ermitões em comparação com outras regiões do Brasil, indicando um padrão diferente de distribuição de tamanho para a espécie em menores latitudes. Palavras chave: Anomura, razão sexual, Macrobentos Apoio financeiro: CNPq Edital CT-Amazônia n. 32/2005 Projeto BIODECA (Processo n. 553106/20052 8); Bolsista de Mestrado CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 247 165 BIOLOGIA POPULACIONAL E REPRODUTIVA DO CAMARÃOFERRINHO RIMAPENAEUS CONSTRICTUS (STIMPSON, 1874) (DECAPODA, PENAEOIDEA) EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NO SUDESTE BRASILEIRO 1* 1 1 Ana Elisa Bielert Lopes , Kátia Aparecida Nunes Hiroki , Andjara Thiane Cury Soares . 1 . Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. *[email protected] Espécies de camarões de importância econômica secundária são capturadas pela pesca não-seletiva e comercializadas com outras espécies. Em decorrência do declínio dos estoques pesqueiros de camarão, estudos sobre a biologia destes organismos são fundamentais para avaliação das medidas de manejo e preservação deste recurso. O objetivo deste trabalho é analisar a biologia populacional e reprodutiva de Rimapenaeus constrictus em uma área de proteção ambiental (APA) no litoral sudeste brasileiro, Ubatuba, SP. As coletas foram feitas mensalmente pelo período de um ano (janeiro a dezembro/2009). Foram capturados 208 indivíduos nas categorias demográficas: macho jovem, macho adulto, fêmea jovem, fêmea adulta de, respectivamente, 15, 58, 11 e 124. As fêmeas atingiram a maturidade sexual em um tamanho de carapaça superior ao dos machos. Os valores dos comprimentos de carapaça em que 50% da população atingiram a maturidade sexual, obtidos para as fêmeas e machos foram de, respectivamente, 10,7mm e 8,4 mm CC. Infere-se que não é aconselhável atividades pesqueiras em locais cujos machos apresentem comprimento de carapaça com valor inferior a 8,4 mm e fêmeas abaixo de 10,7mm. O maior número registrado de camarões machos, fêmeas e juvenis durante o mês de março de 2009 sugere que a reprodução estaria ocorrendo neste período. Indivíduos aptos à reprodução foram encontrados em quase todos os meses amostrados, sugerindo reprodução contínua. Pelo teste de correlação de Spearman não foi possível constatar nenhuma associação entre as porcentagens de indivíduos jovens com os fatores ambientais. Palavras – chave: Decapoda; Ecologia; Reprodução; Crustáceo: APA. Apoio financeiro: FAPESP, FAPEMIG. 248 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO SIRI-AZUL CALLINECTES ORNATUS ORDWAY, 1863 (BRACHYURA, PORTUNOIDAE) NO LITORAL NORTE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL 1* 1 2 Ana Elisa Bielert Lopes , Kátia Aparecida Nunes Hiroki , Gustavo S. Sancinetti , 3 3 Israel F. Frameschi & Adilson Fransozo . NEBECC – Núcleo de estudos em biologia ecologia e cultivo de crustáceos. 1. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. 2. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Campus Dois Vizinhos Estrada para Boa Esperança, Km 04 CEP 85660-000 - Dois Vizinhos - PR – Brasil. 3. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Distrito de Rubião Junior, Botucatu, São Paulo, Brasil. *[email protected] A pesca comercial e ou artesanal de camarões marinhos tem influência negativa na preservação das espécies consideradas como fauna acompanhante. Espécies de siris são capturadas no arrasto por este apetrecho não ser seletivo e, embora algumas não apresentem importância econômica, são essenciais para a manutenção do ecossistema diante do seu papel ecológico. O presente trabalho visou a distribuição espaço-temporal com ênfase na influência dos fatores ambientais sobre a abundância de C. ornatus. As coletas dos siris e das amostras de água e sedimento foram diurnas, realizadas mensalmente entre julho de 2008 a junho de 2009 em seis transectos e utilizando-se um barco camaroeiro equipado de rede do tipo “otter-trawl”. Foram capturados 208 indivíduos. O maior número de indivíduos foi obtido nos transectos de menor profundidade (5, 10 e 15m), onde houve predominância de substrato composto de cascalho, areia muito grossa e grossa. Os meses de outono e inverno, em que os valores médios de temperaturas foram mais baixos, apresentaram a maior abundância em relação aos demais meses do ano. A abundância de C. ornatus mostrou uma ampla adaptabilidade em habitats com diferentes características ambientais. A espécie não depende de estuário para completar seu ciclo de vida, embora sua abundância tenha sido maior em regiões mais rasas. Os fatores limitantes para menor abundância em áreas mais profundas foram as temperaturas baixas e a composição do sedimento por silte e argila. Palavras – chave: Distribuição, siri-azul, Callinectes ornatus. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 249 166 ECOLOGIA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS XIPHOPENAEUS KROYERI EM CANANÉIA, LITORAL SUL DE SÃO PAULO 1 1 2 Ana Paula Freitas dos Santos , Sabrina Morilhas Simões , Antonio Leão Castilho , 1 Rogerio Caetano da Costa 1 UNESP; Departamento de Ciências Biológicas- Faculdade de Ciências- LABCAM (Laboratório de biologia de camarões marinhos e de água doce) – Bauru, SP, Brasil, 2 UNESP; Departamento de Zoologia, IBB, Botucatu, SP, Brasil e-mail do autor principal: [email protected] O crescimento, longevidade, maturidade sexual, período reprodutivo, recrutamento e proporção sexual de Xiphopenaeus kroyeri foram investigados em Cananéia, SP. Os camarões foram capturados mensalmente de julho/12 a dezembro/13, em sete pontos, utilizando um barco camaroneiro equipado com rede de arrasto “otter trawl”. Os fatores ambientais foram monitorados utilizando a sonda Eureka. Os indivíduos foram quantificados, mensurados, analisados quanto ao sexo e averiguados em seu estágio de desenvolvimento reprodutivo. As fêmeas foram maiores que os machos (♀15,8±4,4mm e ♂15,6±3,1mm), corroborando com o padrão proposto para os camarões Dendobranchiata. Os parâmetros do crescimento também apresentaram diferenças com relação ao sexo, sendo as fêmeas maiores, apresentaram coeficiente de crescimento (k) menor, resultando em uma longevidade maior que a dos machos (♀1,81 anos e ♂1,61 anos). Observou-se que ambos os sexos demoram cerca de quatro meses para atingirem o tamanho mínimo de captura (♀17,9mm e ♂15,8mm), o qual se utilizou para o cálculo somente os indivíduos adultos. O valor da maturidade sexual estimada, incluindo na análise todas as categorias demográficas foi de ♀15,8mm e ♂15,5mm. O período reprodutivo foi contínuo, com picos na primavera e no verão, apresentando sincronia com altas temperaturas, salinidade e a disponibilidade de alimento. Além disso, foi observado o recrutamento juvenil logo após o período reprodutivo. Em relação à proporção sexual, notou-se um predomínio de fêmeas na amostragem, que pode estar associada à estratégia reprodutiva das fêmeas. Palavras-chave: Crescimento dos indivíduos, Recrutamento, Maturidade sexual. Apoio Financeiro: FAPESP(# 2012/14874-0); BIOTA Temático FAPESP (# 2010/50188-8) 250 O CARANGUEJO UCIDES CORDATUS (BRACHYURA, UCIDIDAE) DA ILHA DO SABÓIA , CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ: RAZÃO SEXUAL. 1 1 André Silva Martins , Janaina Lima do Nascimento , João Marcos de Góes 1 Universidade Federal do Piauí [email protected] 1 O objetivo desse estudo foi determinar a razão sexual do caranguejo-uçá Ucides cordatus. As coletas foram realizadas de janeiro a dezembro de 2013, no manguezal da Ilha do Sabóia (2o 56´ 36,8" S; 041o 19´ 02,8" W), Cajueiro da Praia, Piauí. Os indivíduos capturados foram determinados quanto ao sexo, mensurados em relação a largura da carapaça (LC) e devolvidos ao ambiente. Para análise da razão sexual os caranguejos foram distribuídos em classes de tamanho de acordo com a formula de Sturges (I = 1 + log2n). Foram 11 classes de tamanho com amplitude de 5,10 mm, com variação de 1 (24,10 [----] 29,20 mm) a 11 (75,10 ----] 80,20 mm). O teste Quiquadrado foi usado na determinação da razão sexual. Foram capturados 392 machos, 259 fêmeas. A razão sexual encontrada foi de 1,5:1 (M:F) e não apresentou diferença significativa (p>0,05). Ocorreram algumas variações nas classes de tamanho e não foram encontradas fêmeas nas duas ultimas classes. A proporção sexual diferente do esperado 1:1 pode ser explicado pela migração, taxa de mortalidade diferencial, taxa de crescimento, reversão sexual, diferenças comportamentais e podem atuar diretamente sobre o potencial reprodutivo da população. As classes periféricas representadas por apenas um sexo pode indicar diferenças nas taxas de recrutamento e mortalidade o que necessariamente não afeta a razão sexual da espécie. Para o caranguejo Ucides cordatus da Ilha do Sabóia, pela proporção sexual encontrada dentro do esperado, a sugestão de uma população sem estar afetada por influencias antrópicas e de estabilidade no ambiente pode ser aplicada. Palavra-chave: Bioecologia, distribuição, Crustacea. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 251 167 INFESTAÇÃO DO CAMARÃO PALEOMONETES ARGENTINUS (DECAPODA: CARIDEA: PALAEMONIDAE) POR PROBOPYRUS RINGUELETI (ISOPODA: BOPYRIDAE) EM UMA LAGOA NO SUL DO BRASIL 1 1 1 Augusto Frederico Huber , Ana Carolina Lima de Oliveira , Felipe Bezerra Ribeiro , 1 Paula Beatriz Araujo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] Os isópodos da família Bopyridae constituem um grupo importante de parasitas de crustáceos decápodos. O gênero Probopyrus é comumente encontrado parasitando a câmara branquial de camarões carídeos dulcícolas da família Palaemonidae. Os camarões são geralmente infectados durante o último estágio de zoé ou em estágios pós-larvais. Nesse estudo, foi investigada a presença de Probopyrus ringueleti em camarões adultos. Foram examinados exemplares de Palaemonetes argentinus depositados na Coleção de Crustáceos da UFRGS, coletados em Março de 1980 na Lagoa da Custódia, Tramandaí, RS. Os indivíduos foram separados entre parasitados (IP) e não parasitados (INP); pelo sexo e condição reprodutiva; e mensurados quanto ao comprimento do cefalotórax (incluindo o rostro). Os isópodos foram retirados da câmara branquial dos camarões; a presença de macho anão e ovos no marsúpio das fêmeas foram verificados. Em um total de 1043 indivíduos, 134 se encontraram parasitados. O tamanho dos INP variou de 3,52 a 11,56 (7,39 ± 1,15) nos machos e de 4,71 a 10,47 (7,39 ± 1,06) nas fêmeas. Enquanto em relação aos IP, o tamanho variou de 6,76 a 8,72 (7,71 ± 0,51) nos machos e de 6,68 a 10,22 (8,33 ± 0,93) nas fêmeas. Em relação à prevalência, 11,63% dos machos e 11,05% das fêmeas estavam parasitados. IP foram significativamente menores do que os INP (t = -4.455, p<0.0001). Não foram registradas fêmeas ovígeras de P. argentinus portando parasitas. Além disso, todas as fêmeas de P. ringueleti apresentavam machos anões aderidos ao pléon e, aproximadamente, 59% dessas continham ovos em seu marsúpio. Palavras-chave: Parasitismo, isópodos, ambientes límnicos. Apoio Financeiro: BIC UFRGS, CAPES. 252 POPULATION BIOLOGY OF Clibanarius antillensis (CRUSTACEA, DIOGENIDAE) FROM VALENÇA, BAHIA, BRAZIL 2 Augusto R. Silveira¹*, Thiago E. Silva¹, Vivian Fransozo ¹Department of Zoology, Nebecc research group, Universidade Estadual Paulista -UNESP, Botucatu, 2 SP; Department of Natural Sciences, Nebecc research group, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Vitória da Conquista, Bahia *Corresponding author: [email protected] The population biology of C. antillensis was analyzed based on its size class's frequency distribution, overall sex ratio and of each size class and the proportion between breeding and non-breeding females at a same population, from an intertidal region of Valença, Bahia. The crabs and its respective shells were manually captured during low tide, on beaches which the substrate composed by sand and small rocks. In the lab, the crabs were identified, measured and classified by sex and breeding condition. The measured dimension was the cephalothorax shield length. Were collected 483 individuals of C. antillensis (199 males, 164 non-breeding and 120 breeding females). The size range was from 0.84 to 3.23 mm for males and from 1.19 to 3.06 mm for females. The crabs were separated into ten size classes (0.25 mm each), with the first class beginning at 0.80 mm. Both sexes were distributed in all classes, with an approximately normal distribution that indicates the absence of size-related sexual dimorphism and stability of the population. The sex ratio of the sample differs in the population (1:1.4; p=0.00). However only in the 5th and 6th classes there were statistical differences (1:1.8; p=0.002) and (1:1.2; p=0.000), respectively, with more females in relation to males, possibly due the differential habitat occupancy between sexes. Breeding females were distributed from 4th to 8th classes corresponding to a variation from 1.68 mm to 2.68, with the largest concentration of reproductive females in the 5th and 6th classes, showing a reproductive peak in these size classes. Key words: sex-ratio, Clibanarius, hermit crab, intertidal, population Financial support: CNPq (Undergraduation fellowship to the first author) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 253 168 VARIAÇÃO DIUTURNA NA DISTRIBUIÇÃO DE Rimapenaeus constrictus (DECAPODA, PENAEOIDEA) EM UBATUBA, SP Bárbara A Martins¹, Rogerio C Costa², Giovana Bertini³, Adilson Fransozo¹ ¹ Universidade Estadual Paulista – Botucatu, SP. ² Universidade Estadual Paulista – Bauru, SP. ³ Universidade Estadual Paulista – Registro, SP. [email protected] Os camarões peneóideos costumam ter o hábito de se enterrar durante o dia e emergirem durante a noite. Pela existência desse hábito, o objetivo deste trabalho foi a variação diuturna na abundância e tamanho dos indivíduos de Rimapenaeus constrictus da enseada de Ubatuba, SP, a fim de verificar se este comportamento é encontrado para a espécie em estudo. As coletas foram realizadas sazonalmente, durante o ano 2000, em 9 pontos (2, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40m) em Ubatuba, SP. No total foram amostrados 1344 camarões, sendo 626 no período diurno (7:00 – 17:00h) e 718 no período noturno (19:00 – 23:00h). Pode-se observar uma diferença entre os períodos em relação aos transectos amostrados e estações do ano, sendo maior a abundância de camarões nos pontos mais rasos (2 e 5m) no período noturno, e nos pontos médios (15, 20 e 25m). No inverno a abundância encontrou-se equivalente, porém no verão só houve indivíduos durante o dia e primavera e outono a ocorrência foi maior à noite. Quanto ao tamanho dos indivíduos foram encontrados espécimes maiores nos transectos de 20 e 25m durante o inverno no período noturno. Os resultados encontrados mostraram que os adultos encontram-se nos transectos medianos, durante o período noturno, confirmando o comportamento esperado. Palavras chave: Camarão-ferrinho, Penaeidae, Apoio financeiro: FAPESP, Proc. Nº 00517-6/14 254 CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA POPULACIONAL DE UMA NOVA ESPÉCIE DE HYALELLA (AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 1 1, 2* Bárbara Letícia Botura Schünemann ; Daniela da Silva Castiglioni ; 3 3 Stella Gomes Rodrigues & Alessandra Angélica de Pádua Bueno 1 Laboratório de Zoologia e Ecologia, Centro de Educação Superior Norte do RS, Universidade 2 Federal de Santa Maria, Palmeira das Missões, RS, Brasil; Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, 3 Santa Maria, RS, Brasil; Laboratório de Carcinologia, Departamento de Biologia, Programa de PósGraduação em Ecologia Aplicada, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, Brasil. *[email protected] O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a dinâmica populacional de uma nova espécie de Hyalella do município de Silveira Martins, localizado na região central do Estado do Rio Grande do Sul. Para a captura dos exemplares de Hyalella foram realizadas quatro amostragens (Ago/12, Out/12, Jan/13; Abr/13) nas quais foi utilizado um puçá e o esforço amostral foi de 20 minutos. Em laboratório os animais foram sexados e mensurados quanto ao comprimento do cefalotórax (CC mm). Um total de 5.266, sendo 1.878 machos, 2073 fêmeas (240 fêmeas ovígeras) e 1.315 juvenis. A distribuição de frequência de machos e fêmeas apresentou-se polimodal e bimodal, respectivamente. Os machos (0,49 ± 0,11 mm) apresentam um comprimento do cefalotórax médio superior ao das fêmeas (0,46 ± 0,08 mm). A razão sexual total favoreceu as fêmeas (0,90 macho: 1 fêmea) e estas foram mais frequentes nas classes de tamanho intermediária e os machos nas classes superiores. O período reprodutivo baseou-se na frequência fêmeas ovígeras em relação às fêmeas adultas encontradas ao longo do ano, sendo caracterizada como contínuo, mas mais intenso no inverno (65,4% de fêmeas ovígeras). Além disto, os juvenis foram amostrados ao longo de todas as estações do ano, sendo mais frequentes no inverno e na primavera. Os resultados observados no presente estudo mostram que a presente espécie de Hyalella apresenta uma dinâmica populacional similar a outras já analisadas no Brasil. Palavras-chave: Tamanho Corpóreo, Razão Sexual, Período Reprodutivo, Anfípoda de Água Doce. Apoio financeiro: CNPq e CAPES (Proc. Nº 55.2597/2011-2) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 255 169 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO – TEMPORAL DO CARANGUEJO BAÚ, HEPATUS PUDIBUNDUS (HERBST, 1785) (BRACHYURA, AETHROIDEA) NA REGIÃO DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO. 1* 1 2 Camila de Oliveira Assugeni , Kátia Aparecida Nunes Hiroki , Gustavo S. Sancinetti , Israel F. 3 3 Frameschi , Adilson Fransozo . NEBECC – Núcleo de estudos em Biologia, ecologia e cultivo de crustáceos. 1. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil. 2. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos - PR – Brasil. 3. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil. [email protected] Estudos sobre distribuição de decápodos marinhos são de suma relevância, já que são importantes para o entendimento de como as espécies vivem e se relacionam com o ambiente, tais estudos podem ser utilizados para analisar os impactos antrópicos em determinada região. Hepatus pudibundus não é explorado comercialmente, porém é capturado acidentalmente nas redes de arrasto, pois é uma das espécies mais abundantes da fauna acompanhante da pesca de camarões. O presente trabalho analisou a distribuição espaço-temporal de Hepatus pudibundus no litoral de Macaé, RJ, região em que ocorrem eventos de ressurgência. Os caranguejos e as amostras de água e sedimento foram coletados mensalmente, no período de Julho/2008 a Junho/2009, durante o dia, utilizando-se um barco de pesca comercial equipado de rede do tipo “otter- trawl”. Cada coleta compreendeu seis arrastos, com extensão de 1 km cada, pelo período de quinze minutos. As regiões de coleta foram denominadas “In shore” (5m, 10m, 15m) e “Off shore” (25m, 35m,45m). Foi coletado um total de 567 espécimes. Houve maior abundância nas regiões “Off shore”, durante o outono e inverno. Todos os fatores ambientais analisados mostraram ter influência significativa sobre a distribuição desta espécie, principalmente o sedimento, pois possuem o hábito de enterrar-se no substrato. Assim, a preferência por silte e argila, pode variar entre regiões, em termos de batimetria e com isto, a distribuição de Hepatus pudibundus, também estaria associada principalmente a este fator. Palavras – chave: Distribuição, caranguejo, Hepatus pudibundus. 256 ABUNDÂNCIA E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO CAMARÃOPEDRA SICYONIA DORSALIS KINGSLEY, 1878 (DECAPODA, SICYONIIDAE) NA ENSEADA DA FORTALEZA, UBATUBA, SÃO PAULO. 1* 1 CAMILA DE OLIVEIRA ASSUGENI , KÁTIA APARECIDA NUNES HIROKI , 2 ADILSON FRANSOZO . 1. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. 2. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Distrito de Rubião Junior, Botucatu, São Paulo, Brasil. [email protected] Estudos sobre a dinâmica populacional das espécies de decápodos marinhos são a base para se compreender os processos que afetam as populações, equilíbrio do ecossistema e abundância de espécies. Sicyonia dorsalis não é explorada comercialmente devido à sua carapaça rígida e pequeno tamanho corporal, porém são trazidos nas redes de arrasto, o que pode causar um desequilíbrio na manutenção do ecossistema marinho. O presente trabalho analisou a abundância e distribuição espaço-temporal de Sicyonia dorsalis na Enseada da Fortaleza, Ubatuba, SP, coletados pelo período de um ano (novembro/2008 a outubro/2009), em coletas mensais e diurnas. Amostras de água e sedimento foram coletadas para mensurar a temperatura e salinidade da água, teor de matéria orgânica e textura do sedimento. Os camarões foram coletados utilizando-se um barco de pesca comercial equipado de redes do tipo “double-rig” . Cada coleta compreendeu sete arrastos (transectos), com extensão de 1 km cada, a uma velocidade de 1,3 nós. A abundância e distribuição espaço-temporal de Sicyonia dorsalis demonstrou relação significativa com a temperatura e salinidade. Nos meses de Verão, nos quais a temperatura da água é menos elevada, por influência da ACAS (Corrente de água central do Atlântico Sul) e nas regiões mais profundas, onde há maior salinidade, foi encontrado um maior número de indivíduos quando comparado aos demais meses do ano e regiões mais próximas à costa. Palavras-chave: Penaeoidea; abundância; distribuição; ecologia; Sicyonia dorsalis. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 257 170 Predação de propágulos de Rhizophora spp. por Ucides cordatus e seu efeito sobre o recrutamento nas florestas de mangue na Ilha de Marajó, Pará, Brasil 1,2 2 Cleidson Paiva Gomes , Danilo Cesar Lima Gardunho , Maria de Nazaré do Rosário Reis, 2 Marcus Emanuel Barroncas Fernandes 1 2 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará, Campus Abaetetuba; Lab. de Ecologia de Manguezal, Universidade Federal do Pará. [email protected] Ucides cordatus é considerado um importante agente impactante da serapilheira produzida nos manguezais da Amazônia brasileira, sendo que sua atividade predatória sobre propágulos pode influenciar diretamente o recrutamento desses propágulos nos bosques de mangue. O presente estudo foi desenvolvido nos manguezais da Praia do Goiabal, Soure, Ilha de Marajó, Pará, Brasil, tendo como objetivo investigar a relevância de U. cordatus no processo de recrutamento de propágulos do gênero Rhizophora, acessando sua taxa de consumo de propágulos e a seletividade alimentar por tamanho de propágulo. Experimentos in situ foram realizados como forma de avaliar a taxa diária de herbivoria sobre propágulos e folhas de Rhizophora. Em experimento similar foi testada a seletividade por tamanho de propágulos (viáveis e menos viáveis para recrutamento). Foi também estimada a taxa de exportação de propágulos dos manguezais pelas marés. Os resultados revelaram -2 -1 -2 -1 uma taxa de consumo de propágulos de 60% (1,7 gPS.m .dia ) e de 84% (0,74 gPS.m .dia ) para folhas. Não houve seletividade por tamanho de propágulos, sendo a taxa de predação, entre os itens, bastante similar. A principal via de impacto sobre os propágulos foi à taxa de consumo de 60%, sendo que a taxa de exportação dos propágulos pelas marés foi de apenas 1%, portanto, pouco relevante. Os resultados sugerem que U. cordatus é o principal agente de impacto sobre a produção de propágulos dos bosques de mangue estudados, sendo que não foi constatada seletividade por tamanho ou maturidade dos propágulos. Palavras-chave: Ucides cordatus, Ilha de Marajó, propágulo, Rhizophora. Apoio Financeiro: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Campus Abaetetuba (684400-000, Abaetetuba, Pará, Brasil). 258 Associação de Ucides cordatus (Ucididae) às zonas de transição com várzea estuarina na Ilha de Marajó, Pará, Brasil 1,2 2 Cleidson Paiva Gomes , Danilo Cesar Lima Gardunho , 2 Marcus Emanuel Barroncas Fernandes 1 2 Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará, Campus Abaetetuba; Lab. de Ecologia de Manguezal, Universidade Federal do Pará. [email protected] Na região de Soure, Ilha de Marajó, Pará, Brasil, os baixos índices de salinidade permitem a formação de zonas de transição entre os manguezais e florestas de várzea estuarina. O presente estudo investigou o efeito de diferentes níveis de transição entre áreas de manguezais e várzea sobre as populações de Ucides cordatus (Linnaeus, 1763), bem como a associação das taxas de salinidade e das atividades antrópicas sobre o estoque pesqueiro desse recurso. Em dois sítios de trabalho foram avaliadas características estruturais dos bosques, sendo que a razão entre a densidade de espécies de mangue e de várzea estuarina foi utilizada como estimativa do nível de transição entre os bosques. Médias de densidade e largura da carapaça de U. cordatus foram tomadas em cada sítio e correlacionadas com o nível de transição. Zonas de alta transição revelaram caranguejos maiores (72,9 mm) e em menor densidade (0,4 ind.m-²), enquanto que na zona de baixa transição revelaram caranguejos menores (68,8 mm) e em maior densidade (1,6 ind.m-²). O baixo índice populacional de U. cordatus na zona de alta transição com vazia pode ser resultado tanto do baixo recrutamento larval, promovido pela menor salinidade ou ainda pelo comportamento agonístico do animal. Além disso, as áreas de alta transição com várzea estuarina oferecem condições aparentemente mais favoráveis ao desenvolvimento das populações de U. cordatus, uma vez que dispõem de alta variabilidade e disponibilidade de alimento, bem como, proteção contra a ação antrópica local. Palavras-chave: manguezais, Ucides cordatus, Ilha de Marajó, várzea estuarina. Apoio Financeiro: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Campus Abaetetuba (684400-000, Abaetetuba, Pará, Brasil). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 259 171 AVALIAÇÃO DA DENSIDADE E BIOMASSA DE UCIDES CORDATUS (LINNAEUS, 1763) (BRACHYURA, UCIDIDAE) NO ESTUÁRIO DE JAPERICA, PA 1* 1 Cleverson Rannieri Meira dos Santos , Roberta Araujo Barutot , Lidiane de Cassia Cruz de 2 2 3 4 Sena , Jorge Luiz da Silva Pereira , Ana Paula Simões Castro , Rony Roberto Ramos Vieira 1 2 Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal do Rio Grande, 3 4 Universidade Federal do Pará, Universidade Estadual do Pará, * [email protected] Estudos e regulamentações ambientais abordam a pesca do caranguejo-uçá Ucides cordatus muitas vezes sem considerar sua distribuição regional dentro de um manguezal. O objetivo foi avaliar se a densidade e biomassa de U. cordatus varia conforme a salinidade dentro do estuário. Foram realizadas 4 coletas em diferentes estações em um ano: chuvosa (Ch), transição 1 (Tc-s), seca (S) e transição 2 (Ts-c) no manguezal do estuário de Japerica, Pará (2 regiões próximas ao mar, 1 intermediária e 2 próximas ao rio). Com 4 réplicas em cada ponto, foi feita a captura de exemplares 2 em um quadrado de 25m (duas pessoas durante 20 minutos) e contagem de tocas habitadas em outro do mesmo tamanho. Os indivíduos foram sexados e pesados. Foi obtida a salinidade local em cada coleta. A densidade do ponto mais próximo à costa foi sempre mais baixa que os demais, enquanto que os pontos mais dulcícolas (maior variação de salinidade) apresentaram maiores valores. As estações Ch e Tc-s mostraram valores de densidade mais baixos que as estações subsequentes. Para a biomassa este padrão foi mais significativo: as duas regiões mais salinas 2 2 apresentaram 92,4 g/m enquanto que nas mais dulcícolas foi de 310,7 g/m . Também houve 2 2 aumento gradativo da estação Ch (134,2 g/m ) para Ts-c (268,2 g/m ). Numa área de vegetação em 2 torno de 75 Km estima-se um estoque de mais de 15 mil toneladas no estuário estudado. As regiões influenciadas por águas dulcícolas (maior variabilidade salina) parecem fornecer melhores recursos ao desenvolvimento de U. cordatus, o que corrobora com as observações de pescadores locais. Palavras-chave: Caranguejo-uçá, manguezal, salinidade, pesca. 260 A TEORIA NEUTRA PODE EXPLICAR A ESTRUTURAÇÃO DE COMUNIDADES DE CAMARÕES AMAZÔNICOS? 1* 1 Cleverson Rannieri Meira dos Santos , Marlúcia Bonifácio Martins , 2 1 Rony Roberto Ramos Vieira , Diogo Henrique Araújo Garcia 1 2 Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal do Rio Grande * [email protected] A Teoria Neutra promove a ideia que assembleias de organismos de mesmo nível trófico possuem capacidades semelhantes de gerar prole, morrer e migrar, denotando assim chances praticamente iguais de estabelecimento nos ambientes, sendo portanto estruturadas por configuração espacial ao invés das condições ambientais. A distância entre os ambientes limitaria a dispersão dos indivíduos com locais mais próximos, sendo mais similares na assembleia de espécies do que os mais distantes. Na baía de Caxiuanã, nordeste da Amazônia, os igarapés são represados pelo volume d’água da bacia e suas condições abióticas tendem a se homogeneizar. O objetivo foi de analisar a influência dos fatores abióticos e da distância geográfica na comunidade de camarões de riachos amazônicos. Um total de 27 igarapés foi amostrado e 10 variáveis abióticas mensuradas representando os efeitos ambientais da análise e uma matrix espacial foi gerada usando coordenadas geográficas. Quatorze espécies foram identificadas num total de 18.506 indivíduos, com destaque para Palaemon carteri (16.045 indivíduos) e Euryrhynchus burchelli (1.614 indivíduos). O teste de Mantel parcial foi utilizado para analisar a correlação entre espaço e ambiente. A variação dos fatores abióticos não foi significante para influenciar as assembleias de camarões. A distância entre as amostras não foi suficiente para explicar a organização da assembleia de camarões amazônicos, refutando a teoria Neutra. A conexão das águas lênticas dos igarapés na época das cheias pode homogeneizar os fatores ambientais bem como as populações de camarões. Palavras-chave: Decapoda, Palaemonidade, biodiversidade, águas dulcícolas. Apoio Financeiro: CNPq; PPBio – Amazônia Oriental. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 261 172 ESTRUTURA POPULACIONAL DE UCA CUMULANTA (CRUSTACEA: DECAPODA: OCYPODIDAE) EM UM MANGUEZAL NO NORDESTE DO BRASIL 1 2 2 Daiana da Silva Castiglioni , Clarissa Ferreira Pillon , Sandro Santos , 2,3 Daniela da Silva Castiglioni 1 Universidade do Vale do Rio dos Sinos 2 PPGem Biodiversidade Animal, Universidade Federal de Santa Maria, 3 Laboratório de Zoologia e Ecologia, CESNORS, Universidade Federal de Santa Maria [email protected] Analisou-se a estrutura populacional do caranguejo-violinista Uca cumulanta, proveniente do manguezal do Rio Formoso no litoral sul do Estado de Pernambuco, Brasil, no período de abril de 2009 a março de 2010. Os parâmetros analisados foram tamanho médio de machos e fêmeas, a distribuição de frequência em classes de tamanho (largura da carapaça), razão sexual e lateralidade dos quelípodos hipertrofiados dos machos. Foram coletados 346 indivíduos, sendo 211 machos e 135 fêmeas. O tamanho médio de machos (7,86 ± 1,07mm) e fêmeas (7,88 ± 1.15mm) não diferiu significativamente (p>0,05). A distribuição de frequência em classes de tamanho (LC) apresentou-se normal, com uma única moda tanto para os machos quanto para as fêmeas. A proporção sexual total foi desviada a favor dos machos (1,56: 1). Do ponto de vista sazonal, a proporção sexual favoreceu os machos, de maneira significativa, no inverno e no verão. Somente cinco fêmeas ovígeras foram observadas e os machos foram predominantementedestros (1,32 destros: 1 canhoto). Em geral, a população de U. cumulanta apresentou-se estável e com características semelhantes a outras espécies do gênerojá estudadas na costa brasileira. Palavras-chave: razão sexual, tamanho corpóreo, caranguejo, manguezal. Apoio financeiro: CNPq e FACEPE 262 ESTRUTURA POPULACIONAL DE DUAS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS DE ERMITÕES NO SUBLITORAL CONSOLIDADO DA ILHAS DAS COUVES, SUDESTE DO BRASIL 1 2 3 Daniel José Marcondes Lima , Valter José Cobo , Mariana Aparecida Bueno de Aquino , 1 Adilson Fransozo 1 Universidade Estadual Paulista 2 Universidade de Taubaté 3 Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo [email protected] Os objetivos deste estudo foram caracterizar a estrutura populacional e a ocupação de conchas por duas espécies simpátricas de ermitões, Pagurus brevidactylus e Paguristes tortugae (Decapoda: Paguroidea). Coletas mensais foram feitas de março/2010 a fevereiro/2011, no sublitoral consolidado da Ilha das Couves, costa sudeste brasileira, durante sessões de mergulho autônomo. 195 indivíduos de P. brevidactylus e 132 de P. tortugae foram examinados. Para ambas as populações foram registrados padrões de distribuição unimodal, não normal para P. brevidactylus e normal para P. tortugae. O tamanho mediano para P. brevidactylus foi significativamente menor do que P. tortugae; para as duas espécies machos foram significativamente maiores que as fêmeas. Jovens e fêmeas ovígeras foram registrados na maior parte do período amostrado, assim como na maioria das classes de tamanho para ambas as espécies. Não foram verificadas diferenças significativas na proporção sexual 1:1 de ambas as populações, contudo, desvios foram registrados em algumas das classes. Foram registradas sobreposições na utilização de conchas. Para P. brevidactylus e P. tortugae foram registradas características populacionais semelhantes; atingem a maturidade sexual em classes de tamanho iniciais, e a presença de jovens e fêmeas ovígeras em quase todo período de estudo sugere a reprodução contínua. Essas interações interespecíficas envolvendo a partilha de recursos indica um processo de regulação, que provavelmente, está incluído na estratégia de equilíbrio dessas populações. Palavras-chave: Espécies simpátricas, Partilha de recursos, Sublitoral consolidado Apoio Financeiro: CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 263 173 ESTRUTURA POPULACIONAL COMPARATIVA DE DUAS ESPÉCIES DE HYALELLA (CRUSTACEA, AMPHIPODA, HYALELLIDAE) DE PALMEIRA DAS MISSÕES, RS, BRASIL 1,2 1 1 1 Daniela da Silva Castiglioni ; Vanessa da Silva de Castro ; Francieli Ubessi & 2 Aline Vasum Ozga Laboratório de Zoologia e Ecologia, Centro de Educação Superior Norte do RS, Universidade Federal de Santa Maria, Palmeira das Missões, RS, Brasil; 2Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil. [email protected] Recentemente foram encontradas numa propriedade rural do município de Palmeira das Missões, RS, duas espécies do gênero Hyalella ainda desconhecidas para a ciência. Assim este trabalho teve como objetivo caracterizar e comparar a dinâmica populacional destas duas espécies e para isto, os exemplares foram amostrados mensalmente (Ago/2012 a Julho/13) com puçá e com esforço amostral de 20 minutos. A espécie denominada Hyalella sp. 1 foi amostrada numa nascente junto ao sedimento e Hyalella sp. 2 num açude artificial junto as raízes de macrófitas. Um total de 2.708 exemplares de Hyalella sp. 1 foram amostrados, sendo 1.117 machos, 1.247 fêmeas (213 fêmeas ovígeras) e 344 juvenis. Já Hyalella sp. 2 foi aproximadamente 7 vezes mais frequente do que Hyalella sp. 1, sendo amostrados um total de 18.953 exemplares, sendo 6.403 machos, 6.706 fêmeas (1488 ovígeras) e 5.844 juvenis. Em ambas as espécies de Hyalella os machos apresentaram um tamanho superior ao das fêmeas e machos e fêmeas de Hyalella sp.1 são maiores do que Hyalella sp. 2. As duas espécies apresentaram uma distribuição de frequência em classes de tamanho bimodal, sendo as populações compostas por um grupo de juvenis e outro de adultos. A proporção sexual total favoreceu as fêmeas em ambas as espécies (Hyalella sp. 1: 0,90 macho: 1 fêmea; Hyalella sp. 2: 0,95 macho: 1 fêmea). O período reprodutivo foi caracterizado como contínuo, sendo mais intenso na primavera em Hyalella sp. 1 e no verão em Hyalella sp. 2. Os juvenis foram amostrados ao longo do ano, sendo mais frequentes na primavera nas duas espécies. As espécies de Hyalella apresentam-se estáveis no ambiente, mas diferem em alguns aspectos populacionais, provavelmente em decorrência da diferença de ambientes nas quais as mesmas vivem. Palavra-chave: tamanho corpóreo, razão sexual, período reprodutivo, período de recrutamento, anfípoda dulcícola. Apoio financeiro: CNPq e CAPES (Proc. Nº 55.2597/2011-2) ANOMUROS (DECAPODA, PLEOCYEMATA) DO SUBLITORAL NÃOCONSOLIDADO DA COSTA NORTE PAULISTA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS PERÍODOS 264 1,2 1,3 Daniela Pimenta Dantas , Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Rogério Caetano da Costa 1,5 1,6 1,7 Lissandra Corrêa Fernandes-Góes , João Marcos de Góes , Adilson Fransozo 1,4 , NEBECC - Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos; 2 Centro de Aquicultura da Unesp – CAUNESP – Jaboticabal; 3 Universidade Federal do Sergipe; 4 LABCAM – FC/Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho – Bauru; 5 Universidade Estadual do Piauí; 6 Universidade Federal do Piauí 7 IBB/Dpto. de Zoologia - Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho - Botucatu [email protected] 1 O objetivo foi descrever e comparar a assembléia de Anomura do sublitoral não-consolidado da Enseada de Ubatuba no intervalo de sete anos. As coletas ocorreram de Julho/98 a Junho/99 e Julho/06 a Junho/07 com barco camaroneiro com redes “double rig”. Mensalmente foram realizados quatro arrastos: dois paralelos à linha da praia: 10m e 20m de profundidade e dois próximos à costa: áreas batida e abrigada. A temperatura, salinidade, matéria orgânica e textura do sedimento foram mensuradas. Determinou-se a riqueza, diversidade (Shannon-Wiener) e equidade. A composição foi analisada por similaridade de Bray-Curtis e a associação com fatores ambientais pela Análise de Correspondência Canônica (ACC) (α=0,1). As médias de temperatura, salinidade e porcentagem de matéria orgânica foram semelhantes entre os períodos. No primeiro período obtiveram-se nove espécies. Já no segundo, Paguristes erythrops, Paguristes tortugae, Pseudopaguristes calliopsis (Diogenidae) e Pagurus brevidactylus (Paguridae) não ocorreram. A riqueza e diversidade foram maiores no primeiro período. A equidade não diferiu. Nos dois períodos houve associação simbiótica de Dardanus insignis e Petrochirus diogenes (Diogenidae) com Porcellana sayana (Porcellanidae). Sugere-se que as diferenças registradas na composição e nos resultados dos índices ecológicos foram causadas por diversos fatores como: pelo registro de espécies que raramente ocorrem no substrato não-consolidado; por diferenças climáticas relacionadas com períodos de El Niño e La Niña; e diferenças na predominância de massas de água atuantes nesta região. Palavras-chave: composição, ecologia, ermitão, São Paulo. Apoio financeiro: CNPq (Proc. Nº 144383/2010-1) e Fapesp (Proc. Nº 94/4878-8; 97/12107-0; 98/031134-6 e 04/07309-8) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 265 174 RECRUTAMENTO DE CRUSTÁCEOS DECAPODA EM UMA LAGUNA DE LIGAÇÃO TEMPORÁRIA COM O ESTUÁRIO, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL 1* Daniele Cosme Soares , Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar¹, Fúlvio Aurélio de Morais Freire¹, ² 1 Grupo de Estudos de Ecologia e Fisiologia de Animais Aquáticos (GEEFAA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) 2 Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos (NEBECC) *[email protected] Diversas espécies de crustáceos utilizam ambientes estuarinos para crescer, e encontram, nesses locais, características importantes que favorecem o seu desenvolvimento juvenil. O objetivo deste estudo foi investigar o recrutamento dos Decapoda em uma laguna que apresenta ligação temporária com o estuário, entre a desembocadura do rio Ceará-Mirim e o mar, na praia de Barra do Rio, Nordeste do Brasil. Amostras mensais foram realizadas em 6 pontos de coleta, entre Janeiro de 2013 e Janeiro de 2014, com o auxílio de uma rede de arrasto (12m x 2m, malha de 5mm). O material obtido foi identificado e mensurado. Indivíduos juvenis dos gêneros Farfantepenaeus e Callinectes compreenderam a grande maioria do total coletado (58,4% e 28,97% respectivamente). As maiores densidades médias de juvenis de Farfantepenaeus spp. foram registradas no verão. O recrutamento para ambos os sexos foi do tipo unimodal, com pico entre Janeiro e Fevereiro. Entre Agosto e Dezembro, nenhum camarão foi capturado. Recrutamento de juvenis de Callinectes spp. foi contínuo ao longo do ano, para ambos os sexos, mas intensificado no verão e no inverno, entre os meses de Janeiro e Fevereiro, e Agosto e Setembro, respectivamente. Os resultados obtidos para ambos os crustáceos concordam com os resultados encontrados na literatura para esses gêneros, porém com um período de recrutamento mais curto. A freqüência de indivíduos por intervalos de comprimento do cefalotórax demonstra que machos de Farfantepenaeus spp. habitam a área por menos tempo que as fêmeas, enquanto o contrário foi observado para Callinectes spp. Palavras chave: ecossistemas costeiros, lagoas costeiras, biologia reprodutiva, camarão-rosa, siri azul. 266 EPIBIOSE, CICLO DE MUDA, AUTOTOMIA E REGENERAÇÃO DE APÊNDICES DO CARANGUEJO ARANHA MITHRACULUS FORCEPS (BRACHYURA, MAJOIDEA, MITHRACIDAE), NO LITORAL SUDESTE DO BRASIL. Danielle Alves Rosolem¹, Valter José Cobo¹ ¹UNITAU – Universidade de Taubaté [email protected] Os crustáceos regeneram apêndices autotomizados em associação ao ciclo de muda. A muda terminal contribui para a instalação de complexa epibiota cuja incidência está condicionada à duração da intermuda. O objetivo deste estudo é descrever o ciclo de muda, autotomia e epibiose de M. forceps em duas localidades do sudeste do Brasil. Foram feitas coletas mensais de outubro/2013 a maio/2014, no litoral de São Paulo, com mergulho autônomo. Os caranguejos foram identificados quanto ao sexo, fase de desenvolvimento e estágios de muda, mensurados quanto a maior largura da carapaça, registrada a autotomia, regeneração e epibiose. Na população da Ilha Couves a atividade de muda e intermuda apresentaram picos em novembro e maio; enquanto na Ilha da Vitória esses picos ocorreram em dezembro e maio. Em ambas as ilhas a maior incidência de autotomia foi registrada em fêmeas. Bryozoa representou os epibiontes mais importantes para fêmeas e machos na ilha Vitória; enquanto na Ilha das Couves, além dos Bryozoa, poríferos também representaram epibiontes dominantes. Foi registrada atividade de muda durante todo o período em ambas as populações. A maior taxa de autotomia nas fêmeas indica maior atividade agonística, sugerindo maior agressividade comparada aos machos. O fato da maioria dos indivíduos apresentar epibiontes na intermuda sugere a relação do epibionte com a duração desta fase, em que a muda afeta a instalação de simbiontes no exoesqueleto. A grande presença de epibiontes indicou a ocorrência de muda terminal para M. forceps caracterizando crescimento determinado para essa espécie. Palavras-chave: Muda; regeneração; Mithraculus forceps; epibiose. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 267 175 OCUPAÇÃO DE HABITATS COMO ESTRATÉGIA REPRODUTIVA DOS SIRIS CALLINECTES DANAE E CALLINECTES ORNATUS (DECAPODA: BRACHYURA) NA REGIÃO DE CANANÉIA, COSTA SUDESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 1 1 Daphine Ramiro Herrera , Fernando José Zara , Antonio Leão Castilho e 1 Rogerio Caetano da Costa 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) [email protected] A ocupação de diferentes habitats como estratégia reprodutiva foi averiguada para Callinectes danae e C. ornatus na região de Cananéia. As amostragens foram realizadas de julho/2012 a abril/2014, em sete pontos de coleta, sendo três (P5 a P7) em uma área protegida denominada mar pequeno com salinidade média 27,7±5,4 e quatro na área marinha adjacente (P1 a P4) com salinidade média, 32,2±2,2, até os 20m de profundidade. As fêmeas foram quantificadas em reprodutivas (gônadas desenvolvidas e em desenvolvimento) e ovígeras. A relação entre os fatores ambientais e abundância das fêmeas ovígeras foi avaliada por meio da análise de séries temporais (crosscorrelation). Fêmeas reprodutivas de C. danae foram mais abundantes no P1 e P2 (22%) e, de C. ornatus no P7 (32%). Já as ovígeras, a maior captura de C. danae foram no P5 e P2 (25% e 22%) e C. ornatus no P1 e P3 (33% e 30%). Foi constatada uma correlação direta (“lag 0”) entre a abundância de fêmeas ovígeras de ambas as espécies com o aumento da temperatura (p<0,05). Uma ocupação diferencial das fêmeas reprodutivas foi observada, C. danae ocorreu no ambiente marinho e C. ornatus na área protegida. Fêmeas ovígeras de ambas as espécies migraram para áreas de maiores salinidades, buscando um ambiente favorável para o desenvolvimento e a dispersão larval. Apesar das espécies apresentarem afinidade por fatores como temperatura e salinidade e, haver consequente sobreposição entre os nichos, a desova em área marinha, porém em locais distintos provavelmente está relacionada a interações para evitar competição interespecífica. Palavras-chave: Crustacea, fatores abióticos, competição interespecífica Apoio financeiro: CAPES, Biota FAPESP # 2010/50188-8 268 ESTUDIO DE LA FORMA EN POBLACIONES DE DILOCARCINUS PAGEI (DECAPODA: TRICHODACTYLIDAE) DE LAS CUENCAS DEL PLATA Y DEL AMAZONAS 1 1 2 1,3 Débora de Azevedo Carvalho , Maria Victoria Torres , Renata C. de Lima-Gomes , Federico Giri , 1,4 2 Pablo Collins , Célio Magalhães 1 2 3 Instituto Nacional de Limnología, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Facultad de 4 Humanidades y Ciencias-UNL, Facultad de Bioquímica y Ciencias Biológicas-UNL [email protected] Dilocarcinus pagei se distribuye ampliamente en Sudamérica habitando los ríos de planicie de las cuencas del Plata y del Amazonas. Se estudiaron las variaciones en la forma del cefalotórax y de la armadura gástrica entre poblaciones de cada cuenca utilizando morfometría geométrica. Se obtuvieron fotografías del cefalotórax (dorsales y laterales) y del estómago (dorsales). Se digitalizaron 20, 17 y 14 landmarks respectivamente utilizando el programa tpsDig. La superimposicion se realizó por GPA (Generalized Pro-Crusters Analysis). Diferencias de la forma entre las poblaciones de ambas cuencas fueron analizadas mediante Análisis Discriminante utilizando el programa MorphoJ. La forma del cefalotórax y del estómago fue estadísticamente diferente entre las poblaciones. En vista dorsal, los cangrejos platenses presentaron la región anterior del cefalotórax más ancha y la posterior más angosta que los amazónicos. En vista lateral, los cangrejos del Plata presentan la región anterior dirigida hacia adelante y los del Amazonas hacia atrás. Además, los cangrejos del Amazonas presentan el área superior a la línea de espinas más comprimida y el área inferior más expandida. Por otro lado, la cámara cardíaca del estómago es más expandida antero-posteriormente en los cangrejos platenses y más comprimida en los amazónicos. Los resultados evidenciaron diferencias en la forma entre las poblaciones, posiblemente debido a la distancia geográfica que limita el flujo génico y las diferentes presiones ambientales de cada cuenca. Palabras-clave: morfometría geométrica, cefalotórax, armadura gástrica Financiamiento: CAPES-MINCyT BR/11/14, PIP052, PICT2159 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 269 176 TAXA DE FILTRAÇÃO DE DENDROCEPHALUS BRASILIENSIS (CRUSTACEA: ANOSTRACA) SOB DIETA DE PSEUDOKIRCHNERIELLA SUBCAPITATA (CHLOROPHYCEAE) 1 2 1 Denise Tieme Okumura , Lidiane Cristina da Silva , Maria da Graça Gama Melão 1 Departamento de Hidrobiologia, Universidade Federal de São Carlos 2 Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, Universidade Federal de São Carlos [email protected] O anostráceo Dendrocephalus brasiliensis, conhecido popularmente como branconeta, apresenta características de voraz fitoplanctófago, removendo facilmente a biomassa de algas e a transformando em proteína animal, mais facilmente assimilada. Além disso, as branconetas são organismos microfiltradores com um alto potencial para serem utilizados como alimento vivo por diversas espécies de peixes, tanto em aquários como em piscicultura intensiva. Experimentos de curta duração foram realizados para determinar a eficiência alimentar de D. brasiliensis, alimentado com a alga clorofícea Pseudokirchneriella subcapitata em alta concentração. Cinco indivíduos de branconeta foram isolados em água de torneira desclorada e com dureza e pH corrigidos. Para cada -1 tratamento foi utilizada uma concentração algal de 105, 106 e 107 cél.mL . Os béqueres foram o mantidos a temperatura de 25 ± 2 C. Foram realizadas leituras em diferentes tempos. As taxas de filtração das branconetas alimentadas com P. subcapitata foram significativamente mais elevadas (p<0,05) na concentração de 1x105 células.ml-1 que nas demais concentrações utilizadas. Estas -1 -1 taxas variaram de 1,07 a 38,31 mL.indivíduo .hora . Além disso, foi observado que a filtração foi mais elevada nas primeiras horas, embora não tenham sido encontradas diferenças significativas entre as taxas de filtração em relação ao tempo. Os experimentos evidenciaram que a taxa de filtração de D. brasiliensis é mais eficiente quando a concentração algal está em torno de 1x105 -1 cél.mL , e maior nas primeiras horas de exposição. Agência financiadora: FAPESP (Proc. Nº 2012/21328-1) 270 MORFOLOGIA COMPARADA DAS TOCAS DE UCIDES CORDATUS (DECAPODA: UCIDIDAE) E UCA MARACOANI (DECAPODA: OCYPODIDAE) DO RIO JAGUARIBE, ARACATI, CEARÁ Diego Cavalcante Lima Castro¹, Cynthia Yuri Ogawa¹, Carla Rezende¹ ¹Universidade Federal do Ceará 2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Bolsista DCR Funcap [email protected] Abrigo é um local onde há proteção contra adversidades ambientais e predadores, sendo as tocas o principal abrigo construído por Brachyura. Além de servirem como proteção, também estão envolvidas na reprodução, ecdise e recrutamento. Características morfológicas das tocas fornecem dados importantes sobre o inquilino. Objetivando comparar a morfologia externa das tocas de duas espécies de mangue, caracterizou-se o formato e a estrutura da parte exposta das tocas da sp. 1 (Ucides cordatus) e sp. 2 (Uca maracoani) no Rio Jaguaribe em Aracati-CE. Foram amostradas trinta tocas de cada espécie para os seguintes parâmetros: diâmetro da toca (cm), presença de inquilino e ocorrência de material na borda da toca. Em média, o diâmetro da toca da sp. 1 (6,25cm ± 0,9) é maior do que a da sp. 2 2 (3,68cm ± 1,09), assim como a largura de carapaça média desta espécie (5,92 ± 0,42, N = 35) foi superior (3,11 ± 0,36, N = 60). Observou-se mais inquilinos (73,3% das tocas) de 1 do que 2 (50% das tocas) possivelmente devido ao comportamento de sair das tocas na maré baixa. A presença de material (lama e areia) acumulados nas bordas das tocas de ambas as espécies (56,7% 2, 75% 1) indica comportamento de escavação recente. A alta frequência de rastro nas tocas de 1 (76,6%) e baixa nas de 2 (13,4%) provavelmente está relacionada as características do substrato lamoso das tocas de 1. Mesmo com a proximidade filogenética das espécies estudadas, a morfologia das tocas diferiu servindo como indicador de uma relação espécie-específica entre as características observadas e o comportamento das espécies. Palavras-chave: Morfologia, Toca, Crustáceos, Uca, Ucides Apoio Financeiro: CNPq e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Funcap por conceder uma bolsa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR) a segunda autora VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 271 177 DECÁPODOS (CRUSTACEA: DECAPODA) DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO ESTADO DE SERGIPE 1 1 Douglas Fernandes Rodrigues Alves , Samara de Paiva Barros-Alves , 1 1 1 Rafael de Carvalho Santos , Sonja Luana Rezende da Silva , Gustavo Luis Hirose 1 Universidade Federal de Sergipe [email protected] O Estado de Sergipe possuí pouco mais de 150 quilômetros de extensão de costa, o que representa cerca de 2% da costa brasileira. Apesar da pequena extensão da costa de Sergipe, a carcinofauna permanece pouco estudada neste Estado. O objetivo deste estudo foi levantar a composição da fauna de decápodos (Crustacea, Decapoda) ao longo da plataforma continental do Estado de Sergipe. As coletas foram realizadas mensalmente, de setembro de 2013 a junho de 2014 com barco camaroneiro equipado com redes “Double rig”, nas profundidades de 5, 15 e 30 metros, sendo realizados três arrastos de 15min em cada profundidade por mês. Foram obtidos 51477 indivíduos, distribuídos em cinco infraordens (Penaeidea, Caridea, Anomura, Gebiidea e Brachyura), 14 superfamílias, 21 famílias, 44 gêneros e 57 espécies. Destas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) representou cerca de 85% do total amostrado, por outro lado, 15 espécies tiveram apenas um exemplar capturado. Do total, cerca de 35% foi amostrado nos 5m, 45% nos 15m e, apenas, 20% nos 30m, sendo que a diferença na abundância observada entre 5 e 15 metros não foi significativa (Kruskal-Wallis; p=0,78). Com relação à riqueza, foram registradas 31, 26 e 49 espécies em 5, 15 e 30m, respectivamente. O domínio de X. kroyeri nas amostras indica a grande importância deste camarão na estruturação da fauna bentônica na plataforma continental, principalmente, nas menores isóbatas. Nesse sentido, nos 30 metros, onde X. kroyeri foi menos abundante observou-se a maior riqueza, o que pode indicar que nesta profundidade a fauna é mais homogênea. Palavras-chave: Composição de espécies, Decápodes, Distribuição batimétrica, Sublitoral nãoconsolidado. Apoio Financeiro: CNPq/Universal: Proc#482802/2012-0 272 ABUNDÂNCIA SAZONAL E ESPACIAL DO CAMARÃO PEDRA SICYONIA DORSALIS NA REGIÃO DE MACAÉ, RJ Emerson Luiz Piantkoski¹, Sabrina Morilhas Simões¹, Rogério Caetano da Costa¹ ¹LABCAM (Laboratório de Biologia de Camarões Marinhos e de Água Doce), Faculdade de Ciências, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 17033-360 [email protected] É de fundamental importância conhecer a distribuição ecológica de Sicyonia dorsalis, principalmente em uma região com características oceanográficas marcantes, com temperaturas baixas da água de fundo o ano todo, por consequência da ressurgência da Água Central do Atlântico Sul (ACAS), diferindo então de outras áreas ocorrentes dessa espécie. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a distribuição espaço-temporal e analisar a relação dos fatores ambientais com a abundância do camarão pedra S. dorsalis em Macaé, região norte do Rio de Janeiro. As coletas foram realizadas mensalmente de julho de 2010 a junho de 2011 utilizando um barco de pesca comercial com duas redes de arrasto de fundo em pontos de 5 e 15 metros. Recolheram-se amostras de água de fundo e superfície, e sedimento em cada arrasto. Os meses mais abundantes foram os de final do inverno e início da primavera, com picos em agosto e novembro. Espacialmente, notou-se a ocorrência de S. dorsalis nos 15 metros de profundidade (P3 e P4). Apenas a granulometria do sedimento se relacionou positivamente com a abundância, que foi maior em predomínio de silte e argila. Esses dados expõem o sedimento como principal fator ambiental na distribuição, corroborando com a literatura, que menciona ainda a temperatura relevante, porém valores médios de temperatura na região foram homogêneos, o que provavelmente dificultou a relação da abundância com esse fator ambiental. O acréscimo do número de indivíduos no inverno e na primavera pode estar relacionado com a abertura da pesca após um período de três meses de defeso. Palavras-chave: fatores abióticos, distribuição espaço-temporal, ressurgência. Apoio financeiro: CNPq – PIBIC, FAPESP (2010/50188-8). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 273 178 DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO TEMPORAL DE HEPATUS PUDIBUNDUS (DECAPODA, BRACHYURA) NO SUBLITORAL NÃO CONSOLIDADO DE ANCHIETA, LITORAL SUL DO ESPÍRITO SANTO 1 1 1 Érika Barros de Magalhães , Keltony de Aquino Ferreira , Adriane Araújo Braga , 1 1 1 Crislene Cristo Ribeiro , Erika Takagi Nunes , Renzo Gonçalves Tavares 1 Universidade Federal do Espírito Santo - Centro de Ciências Agrárias [email protected] O presente estudo visou caracterizar a distribuição ecológica de Hepatus pudibundus no sublitoral de Anchieta, litoral sul do Espírito Santo, com ênfase na distribuição ecológica, além de verificar a influência dos fatores ambientais na ocorrência desta espécie, como: profundidade, temperatura, salinidade, textura do sedimento e matéria orgânica. As coletas ocorreram sazonalmente, no período de um ano, em três profundidades distintas (2m, 5m e 10m). Foi utilizado um barco pesqueiro equipado com rede do tipo “otter trawl”. Amostras de água e sedimento foram coletados para análise dos fatores ambientais. Foi capturado um total de 222 espécimens. Hepatus pudibundus esteve presente em todos os transectos com maior abundância nos ponto 2 e 3, tais locais apresentaram um substrato composto por areia fina. Em relação à distribuição temporal verificou-se uma alta ocorrência no outono e primavera, o que pode ser explicado pelo elevado teor de matéria orgânica observado nestas estações. Desta forma, pode-se inferir que a distribuição desta espécie provavelmente esteja relacionada aos fatores ambientais, sendo a textura do sedimento e matéria orgânica os mais determinantes para sua presença. Assim, conclui-se que as regiões amostradas em Anchieta fornecem condições favoráveis para o estabelecimento de H. pudibundus, sendo alguns locais mais propícios, provavelmente devido a combinação de vários fatores abióticos e bióticos. Palavras-chave: Distribuição ecológica, caranguejo, Anchieta, sul capixaba. Apoio financeiro: FAPES Proc. Nº 54695716/2011 274 OCUPAÇÃO DE CONCHAS DE GASTRÓPODES PELO ERMITÃO CLIBANARIUS SCLOPETARIUS (DECAPODA, ANOMURA) NO PLATÔ RECIFAL DO RECIFE DE COROA VERMELHA (BA) Alisson Sousa Matos¹ e Erminda da Conceição Guerreiro Couto²* ¹ Universidade Estadual de Santa Cruz – Programa de Pós-Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais, Ilhéus, BA; ²Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecologia Bêntica, Ilhéus, BA * [email protected] Os ermitões, crustáceos decápodes, ocorrem substratos lodosos, arenosos e rochosos em todo o mundo e as conchas de gastrópodes constituem um recurso limitante e necessário para sua sobrevivência. O presente estudo teve por objetivo caracterizar a ocupação de conchas, a estrutura de tamanho e a proporção sexual do ermitão Clibanarius sclopetarius no platô do recife de Coroa Vermelha, Bahia. Os espécimes foram coletados durante todo período de maré baixa de sizígia, quando a área fica emersa. Em laboratório mediu-se o comprimento do escudo cefalotorácico com paquímetro (precisão 0,01mm) e estabelecida a amplitude das classes de tamanho. Para determinação do sexo considerou-se a posição dos gonóporos e a proporção sexual total foi verificada pelo teste estatístico do qui-quadrado. Foram coletados 74 indivíduos distribuídos em doze classes de tamanho. Foram identificadas três espécies de gastrópodos: Cerithium atratum, Pisania pusio e Tegula viridula, cujas conchas foram utilizadas pelo ermitão. Foram identificados 50 machos e 24 fêmeas (χ² = 19,24; p<0,05). O comprimento médio do escudo cefalotorácico foi de 2,90±0,59 mm em Cerithium atratum, 3,53±1,08 mm em Tegula viridula e 4,38±0,89 mm em Pisania pusio. Os indivíduos de menor porte, pertencentes às classes de tamanho I (0 – 0,75 mm) e II (0,75 – 1,5 mm), foram encontrados nas conchas de Tegula viridula e Cerithium atratum enquanto indivíduos de maior porte, pertencentes às classes VII (4,5 – 5,25 mm) e VIII (5,25 – 6 mm), foram mais comuns em Pisania pusio. PALAVRAS CHAVE: seleção de recurso, sul da Bahia, relação de tamanho Agência financiadora: FAPESB (Bolsa de Mestrado) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 275 179 BRACHYURA ASSOCIADOS A FITAIS EM TRÊS AFLORAMENTOS ROCHOSOS DE ITACARÉ (BA) Erminda da Conceição Guerreiro Couto¹*; Rafaella Lopes Braga² e Shayanna Mitri Amorim da Rocha Souza² ¹Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecologia Bêntica, Ilhéus, BA; ² Universidade Estadual de Santa Cruz – Programa de Pós-Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais, Ilhéus, BA * [email protected] O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento das espécies de braquiúros associadas a fitais nos afloramentos rochosos de três praias oceânicas localizadas na costa de Itacaré (sul da Bahia), apresentando informações sobre a sua distribuição vertical e abundância. Em dezembro de 2012 foi realizado um levantamento intensivo nas praias de Tiririca, Prainha e Jeribucaçú. A primeira é uma praia urbana, localizada próxima ao centro da Cidade de Itacaré e intensamente frequentada. As duas outras localizam-se mais distantes da área urbana sendo menos frequentadas por banhistas e turistas. As coletas foram realizadas seguindo o protocolo NaGISA (http://nagisa.cbm.usb.ve/cms/). Foi registrado um total de cinco espécies de braquiúros associados aos fitais: Acanthonyx dissimulatus Coelho, 1993 e Epialtus bituberculatus H. Milne Edwards, 1834 (Epialtidae), Panopeus austrobesus Williams, 1983 (Panopeidae), Pilumnus dasypodus Kingsley, 1879 (Pilumnidae) e Pachygrapsus transversus (Gibbes, 1850) (Grapsidae), restritos aos níveis médio e inferior. As duas espécies de Epialtidae foram as mais abundantes (respectivamente 185 e 21 indivíduos), tendo sido observado para a primeira a diminuição da abundância entre a Tiririca e Jeribucaçu, enquanto a segunda esteve restrita à Tiririca e Prainha. Para ambas o maior e o menor indivíduo foram registrados na Tiririca (respectivamente 17,57 e 1,7mm; 11,52 e 2,09mm), assim como a maior e a menor fêmea ovígera de A. dissimulatus (17,02 e 9,81mm). Para E. tuberculatus a maior e a menor fêmea ovígera foi registrada para a Prainha (8,18 e 5,93mm). PALAVRAS CHAVE: Acanthonyx, Epialtus, sul da Bahia Agência financiadora: Projeto parcialmente financiado pela FAPESB 276 ASSOCIAÇÃO ENTRE CRUSTÁCEOS DECAPODES COM A MEDUSA LYCHNORHIZA LUCERNA (SCYPHOZOA, RHIZOSTOMEAE) NA REGIAO SUDESTE DO BRASIL 1 1 2 Geslaine Rafaela Lemos Gongalves *, Milena Regina Wolf , Fernando Luis Mantelatto , 1 1 1 Fernando José Zara , Rogério Caetano da Costa , Antonio Leao Castilho 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” — UNESP; 2 Universidade de São Paulo — USP, Ribeirão Preto. [email protected] Inter-relações biológicas fazem parte da seleção por habitat das espécies, especialmente em regiões tropicais pela elevada biodiversidade, como as medusas que são hospedeiras de crustáceos decápodes. Assim, nosso objetivo foi verificar quais espécies de decápodes vivem associados a medusa Lychnorhiza lucerna na região de Cananéia-SP. O material foi coletado com um barco de arrasto, mensalmente, durante fev/13 a mai/14. Das 922 medusas, 204 estavam com 328 decápodes associados. A espécie mais abundante foi o caranguejo Libinia ferreirae (308), com amplitude de tamanho 0.9-49.6 mm de largura da carapaça (LC); seguido pelos camarões Periclimenes paivai (13), com 2.1-5.2 mm de comprimento de carapaça (CC), e Leander paulensis (5), com 3.7-4.8 mm CC. Um caranguejo Grapsoidea com 1.3 mm LC foi o primeiro registro de associação no Brasil à L. lucerna, sendo que o material será identificado morfo-genelicamente. Todos os grupos demográficos de L. ferreirae foram encontrados em associação, com até 9 individuos diminutos (2 mm) por medusa. A associação de jovens indica o uso da medusa como um berçário flutuante, fornecendo proteção, dispersão e alimento. P. paivai e L. paulensis foram representados por fêmeas portando embriões e machos, respectivamente. O camarao P. paivai provavelmente utiliza as medusas para alimentação (restos alimentares), dispersão de larvas, podendo até mesmo copular quando associados. A medusa pode ser considerada um micro-hlabitat para tais crustáceos, embora não existam relatos sobre beneícios e prejuízos para a mesma. Palavras-chave: comensalismo, berçário, micro-habitat, Brachyura, Caridea o o Apoio Financeiro: FAPESP Proc. N 2010/50188-8; FAPESP Proc. N 2014/13770-1 CAPES/Ciêcias do Mar N ° 23038.004310/2014-85. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 277 180 ECOLOGIA REPRODUTIVA DO CARANGUEJO-ARANHA LIBINIA FERREIRAE (BRACHYURA: MAJOIDEA) NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL 1* 1 Geslaine Rafaela Lemos Gongalves , Raphael Cezar Grabowski , 1 1 RogérioCaetano da Costa , Antonio Leão Castilho 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” — UNESP; [email protected] O objetivo deste estudo foi determinar a ecologia reprodutiva de Libinia ferreirae na região sudeste do Brasil e seu grau de associação com a medusa Lychnorhiza lucerna. O material foi coletado com um barco de arrasto de fev/2013 a mai/2014. Várias medidas corporais foram tomadas a fim de determinar a maturidade morfométrica, enquanto que os estágios de desenvolvimento gonadal foram determinados macroscopicamente. Os caranguejos simbiontes tiveram sua hospedeira mensurada quanto ao peso e diâmetro. Foi coletado um total de 332 fémeas (163 ovigeras), 180 machos e 133 individuos não sexados, tendo a razão sexual desviada a favor das fêmeas (65%) (Qui-quadrado, p <0.001). A maturidade gonadal e morfométrica calculada para os machos foi de 35 mm e 55 mm de largura da carapaça (LC), respectivamente, e nas fêmeas foram similares em 39 mm. L. ferreirae demonstrou ter reprodução contínua com pico de fêmeas ovigeras em jan/14, seguido por um pico de recrutamento em mar/14, com um ajuste reprodutivo à estação com maior produtividade fitoplanctônica, uma vez que as larvas terão uma maior disponibilidade de alimento. A espécie apresentou relação de associação a L. lucerna durante a fase juvenil, uma vez que 84% dos jovens coletados encontraram-se associados, com variação de tamanho de 0.89-49.59 mm LC. No verão de 2014, 56% das medusas coletadas continham caranguejos associados, com uma taxa de ocorrência de até 9 individuos por medusa. Propõe-se que o comensalismo aqui abordado traz ao caranguejo beneícios relacionado a sua proteção, alimentação e dispersão. Palavras-chave: morfometria, maturidade, reprodução, associação,comensalismo Apoio Financeiro: Biota FAPESP N° 2010/50188-8; Biota FAPESP N° 2014/13770-1, CAPES/Ciências do Mar N° 23038.004310/2014-85. 278 VARIAÇÃO DIUTURNA E INFLUÊNCIA DOS PERÍODOS LUNARES E DE MARÉS NA CAPTURA DE CALLINECTES DANAE NO COMPLEXO BAÍA-ESTUÁRIO DE SANTOS-SÃO VICENTE, SÃO PAULO, BRASIL 1 Helena Ansanello Koury* , Gabriel Lucas Bochini ¹, Sabrina Morilhas Simões ¹, Mateus Lopes ², Rogério Caetano da Costa ¹ 1 2 - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", - Universidade de São Paulo; * [email protected] A variação diuturna e a influência das fases lunares e de marés na captura e distribuição de Callinectes danae (Brachyura: Portunidae) foram investigadas no complexo baía/estuário de SantosSão Vicente, SP. Foram realizadas coletas diuturnas, nas marés altas e baixas durante as diferentes fases lunares em três pontos na região estuarina e três na região da baía. De um total de 2959 siris, as maiores abundâncias ocorreram na baía (Kruskal-Wallis p<0,05), na lua crescente (Tukey p<0,05), à noite (Kruskal-Wallis p>0,05) e na maré alta (Kruskal-Wallis p>0,05). Foram coletadas 2287 fêmeas, das quais 1800 eram reprodutivas, 159 possuíam gônadas rudimentares e 327 eram imaturas. Dos 672 machos, 388 eram adultos e 284 imaturos. A maior captura de todos os grupos demográficos à noite pode ter sido devido ao hábito dos portunídeos de se enterrarem durante o dia. Com exceção dos juvenis, as demais classes demográficas foram mais capturadas na lua crescente. Tal resultado difere do observado na literatura, onde as maiores capturas ocorrem durante a lua nova devido à menor luminosidade. Em relação à distribuição, exceto as fêmeas reprodutivas, as demais classes foram mais abundantes no estuário. Assim, é provável que a maior captura na lua crescente seja devido as menores amplitudes das marés, as quais propiciam uma maior estabilidade da correnteza no ambiente, e consequentemente, um maior estabelecimento e forrageamento dos indivíduos. A diferença na taxa de captura entre as classes demográficas nos ambientes deve-se ao ciclo de vida característico da espécie. Palavras-chave: abundância, luminosidade, siris, Brachyura, Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP Proc. 2008/54991-0 e Temático Biota 2010/50188-8 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 279 181 OCORRÊNCIA DE DENDROCEPHALUS BRASILIENSIS PESTA, 1921 (CRUSTACEA, ANOSTRACA) NO SUL DO CEARÁ, BRASIL 1 Isis Campos de Lucena¹, Francisco Ronaldo Vieira Freita¹, Carlos Alberto Soares Vidal , 1 Allysson Pontes Pinheiro . 1 Universidade Regional do Cariri – URCA [email protected] O Dendrocephalus brasiliensis Pesta, 1921 (Anostraca: Thamnocephalidae), é um microcrustáceo filtrador, uma espécie continental, comum em vários estados brasileiros, tem uma distribuição que vai da Argentina ao Estado de Piauí. Porém, não se tem registro contínuo da sua ocorrência nos estados brasileiros. O objetivo deste trabalho foi fazer o registro de ocorrência do D. brasiliensis para o sul do Ceará. O material biológico utilizado nesta pesquisa foi coletado no município de Juazeiro do NorteCE, Brasil, nas coordenadas (7° 08’ 44.64” S, 39° 16’ 45.37” W). Foram capturados doze exemplares num pequeno lago intermitente. Segundo informações da população, os espécimes foram vistos entre os meses de fevereiro a abril nos anos de 2013 e 2014, coincidindo com os meses em que se têm os maiores volumes de chuva na região nordeste. Esta periodicidade ambiental deve determinar o período reprodutivo e o ciclo de vida da espécie. Para identificação do sexo dos indivíduos foram utilizados exemplares maduros, onde a estrutura das antenas nos machos, alguns lóbulos das primeiras patas e saco ovígero nas fêmeas foram avaliados. O resultado do trabalho atualizará o registro de ocorrência da espécie que tem se destacado em estudos relacionados à aquicultura, pois vem sendo utilizado na alimentação de alevinos de peixes e camarões. Palavras-chave: Microcrustáceo; Nordeste; Aquicultura. 280 POPULAÇÕES DE COPEPODA (CRUSTACEA) NO CANAL DO TAMENGO, RIO PARAGUAI, CORUMBÁ – MS 1 1 1 1 Jéssica Delilo Duarte , William Marcos da Silva , Lucí Helena Zanata , Júlio Anderson Baldueno , 1 1 Rogers de Souza Gomes , Marcus Vinicius Santiago Urquiza 1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus do Pantanal [email protected] Copépodes são microcrustáceos maxilópodos que em muitos ecossistemas aquáticos continentais apresentam maior biomassa entre a comunidade zooplanctônica e são elo importante no fluxo de transferência de energia dos ecossistemas aquáticos. Ocorrem em todos os ambientes onde exista água. Com o objetivo de conhecer a composição das populações de Copepoda foi realizada coleta em três pontos do canal, dois na área inundada e um na calha do canal que é um braço do rio Paraguai. As amostras de plâncton foram coletadas, filtrando-se 150L de água de cada ponto analisado em rede de plâncton de 68µm de poro, e fixadas com formol a 4% de solução final. As amostras foram triadas em estereomicroscópio e identificadas com o auxílio de microscópio óptico, utilizando bibliografia específica. Para caracterização limnológica dos pontos amostrados, foram medidos em campo os valores do pH, temperatura da água e do ar, condutividade elétrica e profundidade e em laboratório o oxigênio dissolvido, através do Método de Winkler. Os parâmetros físicos e químicos tiveram pouca variação entre os pontos, com baixos valores de oxigênio dissolvido de 0,5mg/L e uma média de condutividade de 80µS/cm e pH ácido com valor médio de 5,7. Foram registradas seis espécies, cinco de Cyclopoida: Thermocyclops minutus, Thermocyclops tenuis, Metacyclops mendocinus, Mesocyclops meridianus, Paracyclops chilotni e uma de Calanoida: Notodiaptomus transitans. A comunidade foi composta principalmente pelas formas jovens (náuplio e copepodito) com abundância acima de 90% no ponto 1, ponto 2 com cerca de 61% (copepodito) e 100% no ponto 3. O ponto 1 apresentou 3 espécies, todas de Cyclopoida com domínio da espécie T. tenuis com 60% seguido pelas espécies T. minutus e M. mendocinus, ambos com 20%. O ponto 2 apresentou 4 espécies, sendo a espécie M. meridianus a espécie dominante com 40%, seguido por T. minutus, P. Chiltoni e N. transitans todas com 20%. Palavras-chave: Copepoda, ecossistemas aquáticos, canal, zooplâncton. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 281 182 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO UCIDES CORDATUS (DECAPODA, UCIDIDAE) NO MANGUEZAL DA ILHA DO SABÓIA, CAJUEIRO DA PRAIA, PIAUÍ. 1 João Marcos de Góes , Lissandra Corrêa Fernandes-Góes 1 Universidade Federal do Piauí 2 Universidade Estadual do Piauí [email protected] 2 O objetivo do estudo é avaliar a estrutura populacional do caranguejo Ucides cordatus no manguezal da Ilha do Sabóia, Cajueiro da Praia, Piauí. As coletas foram realizadas mensalmente durante o o o período de janeiro de 2013 a dezembro de 2013, na região da Ilha do Saboia (2 56´36,8" S; 41 19´02,8" W) município de Cajueiro da Praia, Piauí. Os caranguejos foram mensurados em relação a largura da carapaça (LC) e determinados quanto ao sexo. Para análise da estrutura da população os caranguejos capturados foram distribuídos em classes de tamanho de acordo com a formula de Sturges (I = 1 + log2 n). Os animais foram distribuídos em 11 classes de tamanho com amplitude de 5,10 mm. Foram capturados 651 indivíduos, com 392 machos, 257 fêmeas e 7 fêmeas ovígeras. Os machos variaram de 27,25 mm a 80,10 mm de LC com média de 57,65 ± 7,53 mm, as fêmeas variaram de 24,10 mm a 65,00 mm com média de 51,62 ± 6,60 mm de LC. As classes de tamanho variaram de 1 (24,10 [----] 29,20) a 11 (75,10 ----] 80,20) sendo que a maior frequência ocorreu na classe 7 (54,70 ----] 59,80). A razão sexual dessa população foi de 1:0,66 a favor dos machos. Fêmeas ovígeras foram encontradas nos meses de janeiro e março. A distribuição dos indivíduos em classes de tamanho apresentou uma curva unimodal, e isso tem sido defendido como característica de uma população estável. A razão sexual segue com características de espécies que vivem em manguezais e a reprodução caracterizada pela sazonalidade é padrão para a espécie que tem se reproduzido de dezembro a março. Palavras chave: Bioecologia, População, Densidade. 282 CARANGUEJOS ESTUARINOS EM ÁGUAS DULCÍCOLAS DO RIO GUAMÁ, PARÁ: COMPOSIÇÃO, ABUNDÂNCIA E ESTRUTURA POPULACIONAL 1 2 3* Jorge Luiz da Silva Pereira , Ana Paula Simões Castro , Cleverson Rannieri Meira dos Santos 1 2 3 Universidade Federal do Pará, Universidade Estadual do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi * [email protected] O objetivo foi de avaliar aspectos populacionais e reprodutivos em caranguejos tipicamente estuarinos sob influência predominante de águas dulcícolas. Amostras foram coletadas mensalmente às margens do Rio Guamá, PA de dezembro de 2013 a maio de 2014. O esforço foi de catação 2 manual por trinta minutos em uma área aproximada de 25 m , com uma réplica. Os indivíduos foram conservados em etanol e depois triados e identificados em laboratório. Foram mensuradas na água as variáveis ambientais de pH, oxigênio dissolvido, temperatura, condutividade e salinidade. A salinidade amostrada foi zero em todas as coletas. As demais variáveis tiveram pouca variação: temperatura (de 25.7 a 29.5°C); oxigênio dissolvido (de 4.63 a 6.76 mg/L); pH (de 7.43 a 8.26); à exceção da condutividade elétrica (de 134.2 a 449 µS/s) com maiores valores nos dois últimos meses amostrados. Duas espécies foram abundantes nas coletas, considerando machos (m) e fêmeas (f), sendo: Uca Mordax (m=451 e f=338) e Sesarma rectum (m=194 e f=146). As variações da largura da carapaça para S. rectum e U. mordax em machos variou entre 0,69 e 1,93 cm e 0,69 e 2,55 cm, respectivamente. Nas fêmeas estes valores foram de 0,99 e 1,92 cm e 0,99 e 2,68 cm, respectivamente. A presença de indivíduos em diversas classes de tamanho e estágios de desenvolvimento diferentes demonstra que as espécies estão estabelecidas num ambiente dulcícola. Houve a presença de fêmeas ovígeras para as duas espécies em todos os meses coletados, indicando uma atividade reprodutiva no período chuvoso amazônico e que pode se estender durante o ano. Palavras-chave: Brachyura, razão sexual, diversidade, reprodução. Apoio Financeiro: PIBIC/CNPq Proc. Nº 135764/2013-0 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 283 183 SAMPLING METHODOLOGY INFLUENCES CLADOCERA (CRUSTACEA; BRANCHIOPODA) RICHNESS ASSESSMENT 1 2 José Roberto Debastiani Júnior , Lourdes Maria Abdu El-moor Loureiro & 1 Marcos Gomes Nogueira 1 Department of Zoology, State University of São Paulo – Unesp, Rubião Júnior s/n, 18618-970, Botucatu, SP, Brazil 2 Laboratory of Aquatic Biodiversity, Catholic University of Brasília, QS 7 lot 1, room M204, 71966700, Taguatinga, DF, Brazil [email protected] Cladocera is an ancient group with many extant species, but due to lack of information in species distribution, biogeographical analyzes were hindered until recently. These organisms present a wide range of life habits and can be found in different habitat in the same water body. Classical planktonic methodologies applied for sampling this group can lead to misinterpretation of data. The aim of this study is to analyze how methodology influences the richness obtained for Cladocera. Two complementary sampling strategies (horizontal hauls and sweeping with hand net) were applied in twenty tree sites in the Río de La Plata basin, in summer and winter 2010. Richness was much improved by the association of both methods, with cases of more than 50% of the assemblage being capture exclusively with one of the methods. No influence of seasonality or total site richness on the sampling methodology efficiency was found. It was demonstrated that complementary sampling methodologies are needed to thoroughly assess the Cladocera in a water body. Palavras-chave: sampling, Cladocera, richness, life habits, Río de La Plata. Apoio financeiro: FAPESP n° 2009/00014-6; 2009/11781-8 and 2011/23444-6. 284 DIFERENCIAÇÃO SAZONAL DA FAUNA DE AMPHIPODA GAMMARIDEA ASSOCIADA À Mycale angulosa NA PRAIA PONTAL DA CRUZ, SÃO SEBASTIÃO, SÃO PAULO Karine F. R. Mansur¹, Mariana Fernandes de Britto Costa²; Fosca Pedini Pereira Leite³ ¹Graduação em Ciências Biológicas, UNICAMP, São Paulo, Brasil; ²Mestrado em Biologia Animal, UNICAMP, São Paulo, Brasil; ³ Departamento de Biologia Animal, UNICAMP, São Paulo, Brasil [email protected] Algumas esponjas marinhas (Porifera) são consideradas microhabitats vantajosos a sua fauna associada devido a sua arquitetura complexa, construída ao redor de um sistema de canais internos onde há circulação de água e deposição de material articulado, garantindo disponibilidade de alimento e abrigo oportuno para reprodução. Os anfípodes, com seu tamanho diminuto, apresentam maior facilidade em entrar através dos pequenos ósculos das esponjas e, assim, destacam-se como os mais abundantes nesta associação. Amostras da esponja Mycale angulosa foram coletadas a cada três meses na praia do Pontal da Cruz no Canal de São Sebastião, litoral Norte do Estado de São Paulo, com o objetivo de determinar a composição e variação temporal das espécies de Amphipoda com ênfase em Gammaridea. A densidade das espécies foi usada para comparar a composição especifica nas diferentes estações do ano, a qual apresentou diferença significativa (PERMANOVA: Pseudo-F3,18=1,71; p=0,026). As espécies Corophium sp.(36,68%), Podocerus fissipes (17,06%) e Photis longicaudata (12,9%) mostraram-se as mais importantes (SIMPER) para separação de Outono e Inverno, apresentando, todas elas, maior densidade durante Outono. Corophium sp. (23,25%), Dulichiella anisochir (16,04%) e Gammaropsis sophie (14,78%), separam Outono e Verão, estando as duas últimas espécies, em maior densidade durante o Verão, enquanto Dulichiella anisochir (22,4%), Gammaropsis sophie (16,39%) e Photis longicaudata (8,74%) foram as mais importantes na separação Inverno e Verão. Palavras-chave: Esponja, Anfípodes, Composição, Variação. Agência financiadora: FAPESP – Proc. Nº: 2011/17635-3 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 285 184 DISTRIBUIÇÃO ECOLÓGICA POR CATEGORIA DEMOGRÁFICA DE TRÊS ESPÉCIES DE BRACHYURA NA ENSEADA DA FORTALEZA, LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 2 Hiroki, K.A.N. *, Fransozo, A. Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM, Instituto de Ciências Exatas Naturais e Educação, Departamentoo. de Ciências Biológicas, Uberaba, MG, Brasil. 2 NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, UNESP, Botucatu, SP, Brasil. *[email protected] 1 As espécies tendem a ter um padrão de distribuição espacial em função dos gradientes ambientais. O entendimento das causas destas variações é fundamental para entender os ciclos de vida e propor medidas adequadas de preservação dos estoques. As zonas costeiras são ambientes variáveis, diretamente sujeitos às influências continentais, atmosféricas e oceânicas e, a instabilidade da zona costeira afeta a comunidade bentônica, determinando os padrões de distribuição e densidade. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição ecológica de três espécies de caranguejos: Callinectes ornatus, Callinectes danae e Hepatus pudibundus, divididos em juvenis, machos, fêmeas e fêmeas ovígeras, na Enseada da Fortaleza, relacionando a abundância de cada grupo com os fatores ambientais mensurados. A amostragem mensal compreendeu o período de um ano (janeiro a dezembro de 2009), em sete transectos utilizando-se um barco de pesca comercial. A associação entre os fatores ambientais e o padrão de abundância das três espécies de caranguejos foi avaliada pela análise de correspondência canônica (ACC) (α=0,1). Os resultados obtidos indicam que a variação na abundância foi influenciada principalmente pela temperatura. Os juvenis das três espécies analisadas foram mais abundantes nos transectos mais próximos à costa. Houve associação dos fatores ambientais com a abundância dos grupos de cada espécie, demonstrando que os caranguejos estão distribuídos na região amostrada. Palavras-chave: Distribuição espacial, Distribuição temporal, Ecologia. Apoio: FAPESP (2008/53495-9); CNPq; FAPEMIG. 286 BATIMETRIA E VARIAÇÃO SAZONAL DE NEMATOPALAEMON SCHMITTI (DECAPODA, CARIDEA) NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL 1 1 1 Lais PInheiro Botelho , Bianca de Souza Lima , Maria Luiza Santos de Souza , Marcela Silvano de 1 1 2 1,2 Oliveira , Ana Carolina Figueira Porto , Adilson Fransozo , Ariádine Cristine de Almeida 1 2 Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Estadual Paulista – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos [email protected] O presente estudo tem como objetivo analisar a distribuição batimétrica e sazonal de Nematopalaemon schmitti (Holthuis, 1950) nas regiões de Ubatuba (UBA) e Caraguatatuba (CAR), bem como averiguar a influência de algumas variáveis ambientais sobre a abundância da espécie. Em cada região, sete transectos foram delimitados em profundidades graduais de 5 a 35m. Os camarões foram capturados mensalmente durante o período de dois anos (julho de 2001 a junho de 2003). Amostras de água de fundo e de sedimento também foram obtidas para análise. Um total de 476 indivíduos foi amostrado durante o estudo, sendo 64 em UBA e 412 em CAR. A maior ocorrência da espécie foi registrada nas profundidades de 10m em UBA e entre 15 e 30m em CAR. Em relação à variação sazonal, observou-se que a maior abundância da espécie foi obtida no outono e inverno. Entretanto, mais de 70% dos espécimes foram capturados em CAR durante o outono do segundo ano de estudo. Os resultados obtidos através da regressão múltipla demostram relação entre a abundância de N. schmitti e a temperatura (p=0,049) e o conteúdo orgânico do sedimento (p=0,024). Como mencionado, o maior número de indivíduos foi obtido durante as estações mais frias do ano (20 e 24ºC). Além disso, a maior abundância de N. schmitti foi registrada em profundidades com o substrato composto, principalmente, por areia fina e muito fina e silte+argila e com elevado conteúdo orgânico, de 6 a 9%. Vale salientar que demais variáveis, tanto abióticas quanto bióticas, podem influenciar a abundância e distribuição da espécie na região do presente estudo. Palavras chave: Abundância, palaemonidae, variáveis ambientais. Apoio Financeiro: FAPEMIG; FAPESP VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 287 185 FATORES AMBIENTAIS E ABUNDÂNCIA DE HYALELLA CURVISPINA (AMPHIPODA: HYALLELIDAE) EM LAGOA COSTEIRA NO SUL DO BRASIL 1 1 Lara Cristina Petry Bueno , Camila Timm Wood , Paula Beatriz Araujo 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS [email protected] 1 Hyalella curvispina é um anfípodo de água doce com importante função nos ecossistemas aquáticos, atuando como elo em teias alimentares. Esse estudo teve como objetivos conhecer a dinâmica populacional de H. curvispina e relacionar as variações da abundância populacional aos fatores ambientais em uma lagoa costeira no sul do Brasil. O estudo foi conduzido com coletas mensais no período de um ano (abril/2012 a mar/2013) na Lagoa do Passo, a qual ocorre eventual intrusão de águas salobras, e H. curvispina é encontrada aderida à macrófita Eichornia crassipes. A maior abundância populacional e pico reprodutivo foram registrados na primavera. Houve redução da abundância populacional no inverno. Tal diminuição foi relacionada diretamente às baixas temperaturas, alta transparência e salinidade elevada da água. Outro período de redução populacional foi registrado em fev/2013 onde ocorreu a média mais alta de temperatura e elevada pluviosidade. Assim, foi observado que os extremos de temperatura foram muito influentes na abundância populacional. Os machos foram mais afetados pela transparência da água por se deslocarem dos abrigos à procura de fêmeas para reprodução. As fêmeas foram mais afetadas pelo oxigênio dissolvido, provavelmente devido à necessidade de oxigenação marsupial. Os indivíduos indiferenciados foram mais afetados pela temperatura, enquanto os adultos foram mais tolerantes às condições ambientais desfavoráveis. Palavras-chave: Amphipoda, Hyalella curvispina, Fatores ambientais, Lagoa costeira. Apoio financeiro: FAPERGS 288 CHERAX QUADRICARINATUS (PARASTACIDAE): UN MODELO DE ESTUDIO DE LA FLEXIBILIDAD NUTRICIONAL EN LA TRANSICIÓN MAR-AGUA DULCE 1,2 1,2 1,2 1 Laura Susana López Greco , Liane Stumpf , Hernán Javier Sacristán , Natalia Calvo , 1 1,2 1,2 Fernando Castillo Díaz , Carolina Tropea , Amir Dyzenchauz 1 Biología de la Reproducción y Crecimiento de Crustáceos Decápodos, DBBE, FCENUniversidad de Buenos Aires, Argentina 2 IBBEA, CONICET-UBA, Argentina [email protected]/[email protected] La langosta de agua dulce Cherax quadricarinatus tiene importancia acuícola debido, entre otras características, a su ciclo de vida corto, desarrollo directo y crecimiento rápido. El objetivo de este trabajo es resumir las principales características de la especie respecto de su flexibilidad nutricional y su vínculo con el ambiente de agua dulce. Se desarrollaron cuatro líneas de investigación referidas a: 1) la capacidad de compensar periodos de alimentación cíclica con reducción de alimento, 2) la actividad de sus enzimas digestivas en función de diferentes períodos de ayuno, 3) la vulnerabilidad nutricional estimada a partir del punto de saturación de reserva y el punto de no retorno y 4) el impacto de la reducción de alimento suministrada a reproductores sobre la progenie. Los principales resultados indican que los juveniles son capaces de compensar una reducción de hasta el 50% del alimento mejorando la tasa de conversión alimentaria, presentan muy bajo índice de vulnerabilidad nutricional lo que implica una significativa independencia del alimento en los estadios tempranos y muestran escasa fluctuación de la actividad enzimática digestiva durante períodos cortos a moderados de ayuno. Finalmente, los juveniles nacidos de hembras expuestas a restricción de alimento no manifiestan reducción de tamaño corporal, peso, composición bioquímica ni capacidad de tolerancia al stress. Se concluye que C. quadricarinatus presenta significativas características adaptativas desde el punto de vista nutricional como parte del proceso de freshwaterization. Palabras clave: Agua dulce, langosta, nutrición, freshwaterization Apoyo financiero: PICT 2007 (01187), PICT 2012 (01333), UBACYT 2011-2014 (20020100100003), PIP 2012-2014 (112-201101-00212), MINCYT-CAPES BR/11/21, MINCYT-CONACYT MX/09/07. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 289 186 OCORRÊNCIA DE PARACYCLOPS PILOSUS EM ÁGUAS CONTINENTAIS BRASILEIRAS E PARÂMETROS DE SEU DESENVOLVIMENTO EM LABORATÓRIO 1 1 1 Lidiane Cristina da Silva *; Marcos Vinícius Nunes ; José Valdecir De Lucca ; Odete Rocha 1 Universidade Federal de São Carlos [email protected] 1 Paracyclops pilosus (Copepoda, Cyclopoida) é uma espécie tipicamente bentônica, no entanto, também pode ser encontrada na coluna d’ água. Indivíduos dessa espécie ocorrem em diversos tipos de habitats, como estuários, rios, lagos e até em águas de bromélias. Paracyclops pilosus foi descrita originalmente por Dussart em 1984 no rio Orinoco, localizado na Venezuela. O presente estudo relata a ocorrência dessa espécie no Rio Negro, região Amazônica, sendo a primeira ocorrência registrada para o Brasil. Foram realizados experimentos abordando os parâmetros do ciclo de vida da espécie. Machos e fêmeas adultos foram mantidos em câmaras de crescimento preenchidas com águas previamente filtradas do Rio Negro, a 25 ºC ± 1ºC e com fotoperíodos de 12h claro/12h escuro. Os indivíduos foram alimentados diariamente com a microalga Chlorophycea Pseudokirchneriella subcapitata. P. pilosus possui um ciclo de vida curto, com duração média de 12,8 dias até atingir a fase adulta. As características de seu desenvolvimento são semelhantes à de outras espécies de Copepoda Cyclopoida analisadas por outros autores, no entanto a duração obtida para o período pós-embrionário foi maior que de outras espécies a 25°C. Por ser uma espécie adaptada às temperaturas mais elevadas, provavelmente o ápice de seu desenvolvimento ocorra em temperaturas maiores que 25°C. Desse modo podemos perceber que P. pilosus é uma espécie de ocorrência rara e que possui características evolutivas típicas da Região Amazônica, na qual está inserida. Palavras-chave: Copepoda Cyclopoida, Bacia Amazônica, Rio Negro Apoio financeiro: CNPq / Processo Nº 141590/2011-4 290 OCORRÊNCIA DE Macrobrachium jelskii (DECAPODA: PALAEMONIDAE) NO AÇUDE BONITO, MUNICÍPIO DE IPÚ CE. 1 1 1 Livanio Cruz dos Santos , Jéssica Colavite , Maria Dauiane Ferreira Pereira , 1 Allysson Pontes Pinheiro 1 Universidade Regional do Cariri URCA [email protected] O camarão Macrobrachium jelskii pertence à ordem Decapoda, família Palaemonidae, sendo esta espécie restrita ao ambiente de água doce, conhecida popularmente como camarão “sossego”. No Brasil se encontra distribuído no Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. Possui algumas peculiaridades como seu hábito alimentar noturno, habitam áreas de vegetação devido a recursos abundantes e a capacidade de suportar condições de quase ausência de oxigênio dissolvido no meio em que se encontra. O presente trabalho registra nova ocorrência de M. jelskii, para a bacia hidrográfica do Acaraú localizada a oeste da capital cearense, compreende uma área de 14.500Km² é considerada a segunda maior bacia hidrográfica do Ceará, o registro ocorreu no município de Ipu C ̶ eará, entre as coordenadas 04º20’09,6’’ S e 40º37’46,5’’ W. Os espécimes foram capturados no mês de abril de 2014, em período noturno, com auxílio de peneiras as margens do açude Bonito, foram coletados 57 indivíduos, sendo 29 fêmeas e 28 machos, possuindo em média 11,39 ± 8,09 e 9,89 ± 7,02 de CC, respectivamente. Após a coleta os exemplares foram transportados ao Laboratório de Crustáceos do Semiárido L ̶ ACRUSE, da Universidade Regional do Cariri onde foi realizada a identificação e depositados na coleção do mesmo. Palavras chave: Ocorrência, crustáceo, Macrobrachium jelskii VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 291 187 ECOLOGIA DE COPÉPODES EM UMA CAVERNA DA SERRA DA BODOQUENA, MATO GROSSO DO SUL (CRUSTACEA: CALANOIDA, CYCLOPOIDA) 1 2 1 Lívia Medeiros Cordeiro , Gilmar Perbiche-Neves , Daniel Previattelli & Eleonora TRAJANO 1 2 Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo; Universidade Estadual do Centro Oeste. [email protected] 1 Este estudo analisou a variação sazonal da abundância de copépodes na Gruta do Urubu Rei (S 20° 29' 39"; O 56° 51' 09"; altitude 320 m), Serra da Bodoquena (MS). Foram realizadas coletas de substrato ao longo de 20 sessões do rio suterrâneo com a utilização de Surber (30 X 30 cm, malha de 250 µm), em junho e novembro de 2010, maio, julho e outubro de 2011. A cada visita foram tomadas medidas de luminosidade, pH, condutividade, temperatura, oxigênio dissolvido, precipitação, distância da entrada da caverna, área da seção e abundância de peixes Trichomycterus sp., o possível predador natural neste ambiente. Duas espécies foram encontradas: Macrocyclops albidus albidus e Notodiaptomus transitans, ambas não endêmicas para a caverna e relativamente comuns na região Neotropical e na bacia Prata, respectivamente. As maiores abundâncias ocorreram no período seco (maio e julho do ano 2011). As análises multivariadas aplicadas (NMDS, PCA e CCA) apresentaram baixa ordenação espacial dos copépodes ao longo da caverna. A abundância de copépodes nas seções profundas da caverna foi positivamente correlacionada com o oxigênio dissolvido e, as seções entrada, com o pH. A abudância de Trichomycterus sp. parece a afetar negativamente a abundância de copépodes, indicando a presença da relação predador-presa. Não houve correlação significativa entre a abundância de copépodes e as oito variáveis ambientais. Os resultados enfatisam a hipótese de que as duas espécies encontradas possuem populações-fonte no meio externo, estabelecidas nas massas de água circundantes à gruta ou no aquífero epicárstico. Palavras-chave: Copepoda, sazonalidade, ecossistema subterrâneo. Apoio Finaceiro: CNPQ, CAPEX Proex 2011, FAPESP. 292 MACRÓFITAS INFLUENCIAM A ESTRUTURA POPULACIONAL DE PALAEMON PANDALIFORMIS (DECAPODA: PALAEMONIDAE) ? 2 Lucas Rezende Penido Paschoal¹, Erminda da Conceição Guerreiro Couto , 2 Fernanda Jordão Guimarães ¹ Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro, Rio Claro (SP) ² Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus (BA) [email protected] Macrófitas aquáticas (MA) são utilizadas como área de proteção, reprodução e berçário por diversos invertebrados; além de serem importantes componentes na dieta desses seres. Organismos que a elas se associam são conhecidos como fitófilos e variam desde diminutos a grandes crustáceos, incluindo camarões da infraordem Caridea. A associação entre Carídeos e MA, tem sido abordada de maneira geral e ainda não existem na literatura científica, informações específicas sobre como determinada espécie de MA influencia a biologia e ecologia desses camarões. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar o papel de três espécies de MA e verificar sua influência na dinâmica populacional de Palaemon pandaliformis. Ao decorrer de um ano (Set/2009 a Ago/2010 Rio Salsa, Canavieiras/BA) foram analisados 4.151 indivíduos em amostragens mensais em nove bancos de MA, onde os machos predominaram (1♀:2,21♂) principalmente em classes de tamanhos intermediários (4-7 mm CC). As maiores frequências de indivíduos (assim como a associação de juvenis e machos adultos) foram constatadas nos bancos de MA com predominância de Brachiaria sp., pois tais áreas conferiram maior proteção e eram mais ricas em recurso alimentar quando comparadas as outras MA. Entretanto, fêmeas ovígeras se associaram a Eichhornia crassipes, utilizando as estruturas dessa MA como sítios de reprodução e berçário. Nossos resultados revelaram que essas plantas desempenham importantes funções e influenciam diretamente a biologia dessa espécie, assim como preenchemos uma área carente na carcinologia, a interação camarão-planta. Palavras-chave: Caridea, camarões fitófilos, preferência de habitats, Rio Salsa Apoio Financeiro: Capes. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 293 188 IMPACTO DA INTRODUÇÃO DE PEIXES EXÓTICOS SOBRE A POPULAÇÃO DE CAMARÕES DULCICOLAS NO NORDESTE BRASILEIRO: ESTUDO DE CASO Lucineide dos Santos Lima¹, Allysson Pontes Pinheiro¹, Rayury Shimizu de Macêdo¹, José Yarley de Brito Gonçalves ². ¹ Universidade Regional do Cariri ² Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos [email protected] O Nordeste brasileiro é caracterizado por apresentar déficits hídricos marcados com grande impacto nas populações da região. Como estratégia para amenizar os impactos da seca, o DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) faz uso de estratégias como barramento de rios seguido de peixamento. No entanto, o impacto de tais ações nunca foi avaliado nas populações naturais presentes na região. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto da introdução de espécies exóticas do gênero Cicla (Tucunaré) sobre a população natural de Macrobrachium jelskii em um açude do Ceará. Para isso, os vinte e quatro animais doados foram submetidos a uma análise de Grau de Preferência Alimentar (GPA) contabilizando-se os itens alimentares separados por grupos taxonômicos e atribuindo valor 1 (para número de itens ingeridos de 1-4); valor 2 (para número de itens ingeridos de 5-8); valor 3 (para número de itens ingeridos a partir de 9) e valor 4 (quando há apenas um item alimentar). O valor de GPA é dado pela soma dos valores atribuídos para cada item dividido pelo número de estômagos analisados, classificando o resultado obtido de acordo com o método desenvolvido por BRAGA (1999). Como resultado desse trabalho, obtivemos GPA=2,25 (preferencial) para camarões, GPA=1,83 (ocasional) para peixes e GPA=0,041 (ocasional) para insetos. Assim, a partir do exposto, torna-se evidente o impacto da prática do peixamento sobre as populações naturais de camarão da região, bem como, da necessidade de acompanhar tais impactos sobre as populações nativas da região. Palavras-chave: Grau de Preferência Alimentar, Macrobrachium jelskii, tucunaré. 294 FECUNDIDADE DE MACROBRACHIUM AMAZONICUM (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO AÇUDE THOMAS OSTERNE DE ALENCAR, CRATO-CE Lucineide dos Santos Lima¹, Allysson Pontes Pinheiro¹, Livanio Cruz dos Santos¹, Rayury Shimizu de Macêdo¹. ¹ Universidade Regional do Cariri [email protected] Os camarões do gênero Macrobrachium, caracterizam-se por uma ampla distribuição mundial nas águas doces e salobras, e numerosas espécies apresentam um grande interesse comercial, tanto pela aquicultura quanto pela exploração de estoques naturais, como os pitus do nordeste, M. carcinus e M. acanthurus. A espécie Macrobrachium amazonicum pertence à família Palaemonidae, e apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde Venezuela até o estado do Paraná. A fecundidade pode ser entendida como o número de ovos produzidos na época reprodutiva, e reflete o potencial de reprodução da fêmea do camarão e é um item importante, relacionado à biologia reprodutiva das espécies de decápodes. Visando isso o presente trabalho teve como objetivo estabelecer uma relação entre o comprimento total das fêmeas e a quantidade de ovos. Os animais foram coletados de outubro de 2013 a setembro de 2014. Foi feita a retirada dos ovos de um pleópodo e posteriormente multiplicado por dez, para uma estimativa da quantidade total. Os meses que apresentaram fêmeas ovadas foram janeiro, fevereiro, abril, maio, junho, julho, agosto e setembro totalizando um total de 86 espécimes. A maior fêmea apresentou o seu comprimento total (CT) 45.29mm e a menor 22.29mm, o menor número de ovos foi 40 e o maior 1060. Palavras-chaves: Comprimento total, Ovos, Fecundidade, Macrobrachium. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 189 BIOLOGIA POPULACIONAL E REPRODUTIVA DO CARANGUEJOEREMITA Clibanarius antillensis NA PRAIA DA BAIXA GRANDE (AREIA BRANCA- RN) 295 Luis Ernesto Arruda Bezerra; Marília Fernandes Costa; Andrea Amanda Bezerra Jacome & Inês Xavier Martins Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Av. Francisco Mota, 572, Mossoró, RN, Brasil. Clibanarius antillensis é um anomuro pertencente a família Diogeniade, que ocorre em zonas entremarés e estuários desde a Flórida (31°N) até Florianópolis (28°S). A biologia populacional e reprodutiva dessa espécie foi estudada em uma praia tropical do nordeste do Brasil. Visitas bimestrais entre outubro/13 e junho/14 foram feitas à Praia da Baixa Grande (Areia Branca, RN). A coleta dos animais se deu por meio de esforço de captura (CPUE) de uma pessoa durante 60 min. em períodos de marés baixas de sizígia. Foram coletados 282 indivíduos, dos quais 103 eram machos, 68 fêmeas não ovígeras, 48 fêmeas ovígeras e 63 intersexos. O tamanho dos animais variou de 1,5 a 5,7 mm de Comprimento do Escudo Cefalotoráxico (CEC) para os machos (3,4 ± 0,95 mm); 1,7 a 6,7 mm para as fêmeas não ovígeras (3,1 ± 0,51 mm), de 2,1 a 5,7 mm para as fêmeas ovígeras (3,1 ± 0,36 mm) e de 1,5 a 12,2 mm para intersexos (3,6 ± 2,0 mm). A análise de variância revelou que não houve diferenças significativas entre os tamanhos médios de machos, fêmeas não ovígeras, ovígeras e intersexos (F = 2.27, p > 0.05). A distribuição das classes etárias foi unimodal e não diferiu da normalidade (KS = 0,06; p > 0,05). A proporção sexual total foi de 1,1:1 e não diferiu da 2 proporção esperada de 1:1 (χ = 0,53; p > 0,05). Fêmeas ovígeras estiveram presentes em todo o período de estudo. A contagem dos ovos em primeiro estágio de desenvolvimento de 25 fêmeas revelou uma fecundidade variando de 51 (CEC = 3,21 mm) a 1826 (CEC = 3,1) ovos (média de 535 ± 445 ovos). Não houve correlação entre o CEC e o número de ovos. Palavras-chave: Clibanarius antillensis, aspectos populacionais, Nordeste do Brasil Apoio: UFERSA, CAPES 296 BIOLOGIA POPULACIONAL DE UCA (UCA) MARACOANI (DECAPODA: OCYPODIDADE) EM UM ESTUÁRIO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO 1,2 2 Luis Ernesto Arruda Bezerra & Francisca Mariana Rufino de Oliveira Silva Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Av. Francisco Mota, 572, Mossoró, RN, Brasil. 2 Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal Rural do SemiÁrido (UFERSA), Av. Francisco Mota, 572, Mossoró, RN, Brasil. e-mail: [email protected] 1 O chama-maré Uca (Uca) maracoani pode ser encontrado vivendo em bancos de lama de estuários ao longo do litoral brasileiro. Embora seja uma espécie abundante, apenas três estudos são conhecidos no Brasil sobre seus aspectos populacionais, nenhum na região nordeste do país. Assim, esse trabalho teve por objeto caracterizar os aspectos populacionais dessa espécie em um estuário tropical da região semi-árida do nordeste do Brasil. Visitas mensais foram realizadas entre junho/ 2013 e junho/ 2014 ao estuário da Praia da Baixa Grande, (Areia Branca, Rio Grande do Norte). A coleta dos animais se deu por meio de esforço de captura (CPUE) de uma pessoa durante 60 min. em período de marés baixas de sizígia. Foram coletados 404 indivíduos, dos quais 315 eram machos, 87 fêmeas não ovígeras e 2 fêmeas ovígeras. Os machos apresentaram tamanho médio de largura da carapaça de 27,1 ± 5,47 mm e foram significativamente maiores do que as fêmeas não ovígeras (T= 6,6352; p < 0,0001), que tiveram tamanho médio de 23,4 ± 4,27 mm. Os dois exemplares de fêmeas ovígeras mediram respectivamente 24,2 e 30,9 mm. A distribuição das classes etárias foi unimodal e não diferiu da normalidade para machos (KS=0,08, p > 0.0001) e fêmeas não ovígeras (KS=0,16, p > 0.0001). A proporção sexual total foi desviada a favor dos 2 machos (3,5:1; χ =129,6; p < 0,001). Todos os meses apresentaram maior ocorrência de machos do que fêmeas na população. A proporção de machos tendo o quelípodo maior do lado direito (143 2 animais) ou esquerdo (174 animais) não diferiu da razão esperada de 1:1 (1:0,82; χ = 3.032; p < 0,001). Palavras-chave: Uca (Uca) maracoani, aspectos populacionais, Nordeste do Brasil Apoio: FAPERN, CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 297 190 VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL DAS LARVAS DE ALPHEUS ESTUARIENSIS (CRUSTACEA, DECAPODA) NO ESTUÁRIO DO RIO MARAPANIM, AMAZÔNIA BRASILEIRA Marcella Priscila de Almeida Rocha, Valdimere Ferreira & Jussara Moretto Martinelli Lemos Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas [email protected] Alpheus estuariensis é um camarão restrito a estuários e não possui desenvolvimento larval completo descrito na literatura. O atual trabalho tem como objetivo identificar a existência de larvas dessa espécie no estuário de Marapanim (PA), costa amazônica brasileira e verificar se a abundância larval difere em relação aos meses, setores e aos fatores abióticos (temperatura, pH e salinidade). As coletas de zooplâncton foram realizadas mensalmente, com rede de plâncton de 200µm no período de ago/06 a jul/07 na maré vazante, lua nova, e em três setores (inferior, médio-superior e superior) ao longo das margens do estuário. Medidas de temperatura, pH e salinidade da água foram obtidas simultaneamente às coletas de zooplâncton para verificar se esses fatores interferem na abundância das larvas de A. estuariensis. O teste Anova foi utilizado para verificar se houve diferenças significativas na densidade das larvas em relação aos meses e aos setores do estuário. O coeficiente de Spearman foi utilizado para verificar a correlação entre densidade larval com os fatores abióticos. 3 Alpheus estuariensis foi encontrado no estuário (16,31 larvas/m ) e a sua abundância foi significativamente maior nos meses do período menos chuvoso (F=7,99; p<0,05), mas não apresentou variação significativa entre os setores (F=2,14; p=0,21). Dentre os fatores abióticos mensurados somente a salinidade correlacionou-se significativa e positivamente com as larvas de A. estuariensis, R=0,51. Os diferentes setores do estuário não foram determinantes para a variação encontrada na densidade de A. estuariensis explicado pelo fato dela ser eurihalina, o que é comprovado por estar presente em todos os setores do ambiente estudado. Aparentemente a espécie possui reprodução contínua, pois suas larvas foram encontradas em todos os meses. Palavras-chave: Costa amazônica, Alpheidae, zooplâncton. Apoio Financeiro: CNPq (Projeto CT-Amazônia) e PIBIC-UFPA. 298 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DO CAMARÃO HERMAFRODITA PROTÂNDRICO SIMULTÂNEO Exhippolysmata oplophoroides (ALPHEOIDEA: HIPPOLYTIDAE), NA COSTA SUDESTE DO BRASIL 1-2 Marciano A. Venâncio*¹, Gustavo M. Teixeira , Adilson Fransozo¹ ¹ NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos, Unesp – Universidade Estatual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências de Botucatu, Departamento de Zoologia; ² Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Animal e Vegetal *[email protected] O camarão Exhippolysmata oplophoroides é uma espécie bastante comum no litoral sudeste brasileiro, faz parte da fauna acompanhante resultante da exploração pesqueira feita sobre as espécies de interesse comercial. A espécie é encontrada em profundidades de até 45 metros e em locais que apresentam características de sedimento lodoso. Não possui interesse comercial à pesca devido ao seu pequeno tamanho e baixa biomassa, mas exerce um importante papel ecológico como integrante da cadeia trófica, servindo de alimento para várias espécies de invertebrados e peixes. Caracterizar os padrões distribucionais de E. oplophoroides no litoral sudeste brasileiro. As coletas foram realizadas mensalmente em duas regiões (Ubatuba e Caraguatatuba) do litoral do estado de São Paulo no período de julho de 2001 a junho de 2003, utilizando um barco camaroneiro, equipado com redes de arrasto do tipo “double-rig”. Os camarões foram mensurados sob estereomicroscópio ópitico, provido de ocular micrométrica para medir o comprimento da carapaça com a finalidade de agrupar os indivíduos em classes de tamanho. Foram coletados 4059 indivíduos. A região de Ubatuba apresentou uma abundância maior do que a região de Caraguatatuba, embora não tenha diferido estatisticamente (p=0.1148). Os transectos mais abundantes foram os de 5 e 20 metros (p=0.0255). A maior abundancia foi nos meses de julho, outubro e setembro. Não foi observado nenhuma diferença estatística em relação as estações do ano, mas outono e primavera apresentaram as maiores abundâncias. Palavras- chave: Abundância; distribuição; Caridea Apoio financeiro: Fapesp, CNPq VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 299 191 PADRÃO DE MUDANÇA DE COLORAÇÃO EM Apohyale media (CRUSTACEA: AMPHIPODA) PRESENTE EM ALGAS NA PRAIA DAS CIGARRAS, SÃO SEBASTIÃO, SÃO PAULO. Mariana Fernandes de Britto Costa¹; Maria Luiza Lança de Moraes ¹; Sarah Lemes¹; Karine F. R. Mansur¹; Fosca Pedini Pereira Leite² ¹ Mestrado em Biologia Animal, UNICAMP, São Paulo, Brasil; ² Departamento de Biologia Animal, UNICAMP, São Paulo, Brasil [email protected] As algas são classificadas como Phaeophyta, Rhodophyta e Chlorophyta de acordo com o seu pigmento fotossintetizante, apresentando colorações que podem resultar em pressões seletivas que influenciam diretamente a fauna de anfípodes associada. Observou-se a ocorrência de policromatismo entre indivíduos de Apohyale media, que apresentaram diferentes tons de marrom, vermelho e verde nas algas em que foram coletados. Neste estudo analisou-se a mudança da cor original dos indivíduos dessa espécie quando colocados em contato com algas de diferentes colorações. Para isso foram coletadas amostras de Sargassum (alga parda), Ulva (alga verde) e turf de algas vermelhas. A fauna de A. media encontrada nessas algas foi separada visualmente de acordo com a coloração e os indivíduos foram classificados como verdes, marrons e vermelhos. Os hialídeos foram colocados individualmente em béqueres contendo volumes iguais de algas, formando quatro tratamentos: 1) 10 indivíduos verdes dispostos com Ulva; 2) 10 indivíduos verdes dispostos com Sargassum; 3) 10 indivíduos vermelhos dispostos com Ulva; 4) 10 indivíduos vermelhos dispostos com Sargassum. Após 48h de experimento os animais foram retirados e avaliados quanto à mudança de coloração. No fim do experimento, em todos os testes, obteve-se um total de 100% de indivíduos verdes. Apesar de ter ocorrido mudanças no padrão de coloração em A. media, pode-se dizer que o substrato não exerceu um papel fundamental nessa mudança, e, portanto, mais testes serão necessários para avaliar quais os fatores que de fato promovem essa mudança. Palavra-chave: Hyalidae, variação, pigmentação. Agência financiadora: CAPES 300 OCORRÊNCIA DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NA BACIA DO RIO BRÍGIDA, MUNICÍPIO DE OURICURI PERNAMBUCO, BRASIL 1 1 1 1 Nery, M.F.G* ; Feitosa, W.S ; Pereira, M.D.F ; Lucena, I.C Pinheiro, A.P 1 Universidade Regional do Cariri – URCA [email protected] 1 Macrobrachium amazonicum é um camarão de água doce pertencente à ordem Decapoda e a família Palaemonidae, é uma espécie que tem ampla ocorrência em lagos e rios da Amazônia Central. O presente trabalho faz parte de um esforço mais amplo que visa conhecer a fauna de decápodos dulcícolas brasileiros, com ênfase no semiárido nordestino, para assim compreender biogeograficamente como estão distribuídas estas espécies. As amostras utilizadas neste trabalho foram obtidas por meio de coletas noturnas realizadas mensalmente no período de um ano, entre março de 2012 e fevereiro de 2013. Os espécimes foram coletados em uma localidade denominada Sítio Angico em Ouricuri-PE, entre as coordenadas 08°07’57.66’’S e 40°06’3.98’’O. Os animais foram coletados com auxílio de peneiras onde foram identificados e depositados na coleção carcinológica do Laboratório de Crustáceos do Semiárido (LACRUSE # 0006). Foram capturados um total de 814 indivíduos da espécie M. amazonicum dos quais 342 eram machos, 471 eram fêmeas e apenas 1 era juvenil. Todos puderam ser classificados como pertencentes ao morfotipo I ou translucent Claw. Sendo típico de rios perene, ele foi encontrado em uma região que tem como característica marcante déficit hídrico, evidenciado por rios intermitentes. O clima nessa região abrangida pela bacia é semiárido, com vegetação de caatinga. Desta forma, o registro desta espécie em um ambiente como o aqui observado é fato importante que contribui para o conhecimento biogeográfico das espécies dulcícolas, assim como contribui para o aumento da diversidade pernambucana. Palavras- chave: Água doce, Semiárido Pernambucano, Vegetação de Caatinga VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 301 192 CARACTERÍSTICAS POPULACIONAIS DE AEGLA LATA (ANOMURA, AEGLIDAE) UMA ESPÉCIE COM ELEVADO RISCO DE EXTINÇÃO 1 1 Mariane Rossi Chaves , Cleiton Guerreiro da Silva , Gustavo Monteiro Teixeira 1 Universidade Estadual de Londrina [email protected] 1 Aegla lata Bond-Buckup & Buckup 1994 era registrada apenas para o Rio Tibagi em Ponta Grossa/PR e foi avaliada como extinta na natureza em 2009. Atualmente os únicos locais onde registramos sua ocorrência são pequenos riachos na região do Parque Estadual Mata dos Godoy em Londrina/PR. Este trabalho apresenta os primeiros dados populacionais sobre A. lata. As coletas foram realizadas em maio, junho e julho de 2014, em três pontos de um riacho no entorno do Parque (23º27’35’’S, 51º16’20’’O). Foram utilizadas peneiras de 90 cm de diâmetro e malha de 0,2 mm, com esforço amostral de 15 minutos por mês em cada ponto. Visto se tratar de uma espécie com elevado risco de extinção, todas as medições foram feitas em espécimes vivos, in loco, e os animais foram devolvidos ao curso d’água após o registro dos dados. Os animais foram sexados e mensurados com paquímetro de precisão (0,01 mm) no comprimento da carapaça excetuando-se o rostro (CsR). Até o momento foram coletados 129 indivíduos, sendo 61 machos e 68 fêmeas. As proporções sexuais (M:F) foram estatisticamente diferentes (p<0,05) apenas nas classes 8[--9mm (0,34:1) e 9[--10mm (3:1). A menor fêmea ovígera apresentou 9,65mm de CsR e estas ocorreram até a classe 14[--15 mm. O maior macho e a maior fêmea apresentaram, respectivamente, 16,95 e 13,6 mm de CsR e machos foram significativamente maiores que as fêmeas (P = 0,009), com CsR médio de 9,98 e 9,19mm, respectivamente. Os novos registros e informações populacionais serão úteis para a definição do status de conservação da espécie. Palavras-chave: ocorrência, espécimes, conservação. 302 RELATIVE GROWTH OF THE FIDDLER CRAB Uca maracoani FROM RIO FORMOSO MANGROVE, STATE OF PERNAMBUCO, NORTHEAST BRAZIL 1 Marina de Sá Leitão Câmara de Araújo , Daniela da Silva Castiglioni² 1 Universidade de Pernambuco- Campus Garanhuns 2 Universidade Federal de Santa Maria- CESNORS, Palmeira das Missões E-mail: [email protected] The relative growth of the fiddler crab Uca maracoani (Decapoda: Ocypodidae) was analyzed in a population from Rio Formoso mangrove, state of Pernambuco, northeast Brazil. The crabs were sampled manually, with a capture effort by one person during 30 minutes of the low tide during a period of year from April 2009 to March 2010. Crabs of both sexes were measured with a calliper at following dimensions: carapace width (CW), carapace length (CL), major cheliped propodus length (CPL), major cheliped propodus height (CPH) and abdomen width (AW). Besides, the males were also measured at the gonopod length (GL). The growth was described by the allometric equation, with CW being considered the independent variable. The determination of morphological maturity was based on the relationship between the structures CPL vs. CW for males and AW vs. CW for females. The relationships CPL vs. CW and AW vs. CW evidenced positive allometry for juveniles and adults males and females. However, a negative allometry was observed in the relationship CL vs. CW and GL vs. CW for juveniles and adults males, AW vs. CW for adults’ males and, CPH vs. CW for adults’ females. The pattern growth shown at the female abdomen probably is related to egg incubation and the excessive growth observed at the male cheliped must be related to reproductive process, because this appendage is used at the courtship and intra or inter specific agonistic interactions with other males. Males and females are mature, respectively at 17.9 and 16.0 mm CW. Key-words: allometric growth, mangrove crabs, population biology. Financial support: CAPES; CNPq (fellowships); FACEPE (APQ: 0108-2.04/07). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 303 193 BIOMETRIA E CRESCIMENTO RELATIVO DO CAMARÃO DE PROFUNDIDADE Glyphocrangon longirostris (DECAPODA: CARIDEA) PARA A BACIA POTIGUAR, NORDESTE DO BRASIL 1 Marina de Sá Leitão Câmara de Araújo , Flavio de Almeida Alves-Júnior², Jesser Fidelis Souza-Filho² 1 Universidade de Pernambuco- Campus Garanhuns- UPE 2 Museu de Oceanografia Prof. Petrônio Alves Coelho – UFPE E-mail: [email protected] O objetivo deste estudo foi analisar o crescimento relativo de Glyphocrangon longirostris para a Bacia Potiguar, NE do Brasil. Essa região está situada entre os estados do Rio Grande do Norte e Ceará, e os exemplares foram coletados em 2009 e 2011, em profundidades de até 2.000m. Para cada espécime foram aferidos com paquímetro: Comprimento Total (CT), Comprimento da Carapaça (CC), Largura da Carapaça (LC), Comprimento do Rostro (CR), e com balança de precisão: Peso Úmido (PU). Para avaliar o dimorfismo sexual foram aplicados os testes "t" para dados homocedásticos e "U" para dados heterocedásticos. O crescimento relativo foi estimado a partir da equação alométrica, considerando CT como variável independente. Foram analisados 248 indivíduos, sendo 54 machos e 194 fêmeas. Houve dimorfismo sexual nas médias de CT (p = 0,001) e LC (p = 0,001), com fêmeas maiores (CT = 74,89mm) e mais largas (LC = 22,05mm) que os machos (CT = 68,48mm; LC = 20,49mm). Em relação às outras medidas corpóreas, não houve diferença estatística significativa [médias: CC (21,15 mm ♂, 22,07 mm ♀), CR (15,92 mm ♂, 16,29 mm ♀), e PU (2,63 g ♂, 2,89 g ♀) p > 0,05]. O crescimento nas relações CT x CC, CT x LC, e CT x CR, foi alométrico negativo. A relação CTxPU foi alométrica positiva, demonstrando alto ganho de peso na ontogenia do animal. G. longirostris apresentou crescimento característico de espécies de mar profundo, para investimento em maior acúmulo energético a ser utilizado na reprodução. Esse trabalho corresponde às primeiras informações sobre a ecologia da espécie. Palavras-chave: Alometria, Proporção Corpórea, Mar Profundo. Apoio Financeiro: FACEPE:IBPG-1376-1.07/12. Petrobras S/A. Proc.1015707 304 MICROCRUSTÁCEOS DORMENTES E ATIVOS DE UM LAGO TEMPORÁRIO DA CAATINGA: COMPOSIÇÃO E SIMULAÇÃO DE ZOOCORIA A PARTIR DE PÉS DE AVES 1 1 1 Mauro de Melo Júnior , Leidiane Pereira Diniz , Cláudio Simões Morais Junior , 2 3 Francisco Diogo Rocha Sousa , Lourdes Abdu Elmoor Loureiro 1 2 3 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Católica de Brasília [email protected] O presente estudo objetivou (i) acompanhar a eclosão de microcrustáceos dormentes de sedimentos de um lago temporário da Caatinga e sua dispersão potencial por simulação de pés de aves e (ii) investigar a composição de populações ativas naturais após períodos de seca. Para inventariar as formas dormentes, sedimentos secos foram incubados em microcosmos, com diluição em água destilada por 104 dias. Adicionalmente, sedimentos foram hidratados em laboratório e sobre eles foram simulados três diferentes tipos de pegadas de aves (pés anisodáctilos de diferentes portes e pés palmados). As formas ativas foram coletadas após o retorno das chuvas em 5 ocasiões (abril/2013 a abril/2014). Foram registradas 27 espécies de microcrustáceos: Cladocera (18), Ostracoda (6) e Copepoda (3). Os ostrácodes Chlamydotheca iheringi e Stenocypres major são novos registros para PE. É registrado um novo padrão de pilosidade para Ceriodaphnia cornuta. Ao todo, 25 espécies ocorreram na forma dormente e 11 na forma ativa. Utilizando os cladóceros como modelo, a curva de rarefação das formas dormentes não atingiu a assíntota, diferentemente das formas ativas. Os experimentos apontam a existência de, pelo menos, 16 espécies com potencial de dispersão por zoocoria e maior capacidade de carreamento por pés anisodáctilos de maior porte. Sedimentos de lagos da Caatinga podem estocar uma importante riqueza de microcrustáceos e o elevado percentual de espécies potencialmente dispersantes por pés de aves (>60%) sugere que a epizoocoria seja a principal forma de dispersão desses crustáceos entre lagos isolados. Palavras-chave: Eclosão, Cladocera, Ostracoda, epizoocoria, pés de aves, semiárido. Apoio financeiro: FACEPE (#APQ-1268- 2.05/12) VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 305 194 EFEITO DA DIVERSIDADE DE HABITATS SOBRE O DESENVOLVIMENTO POPULACIONAL DO CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA 1 1 1,2 Michelle R. Santos , Caio G. Rodrigues , Wagner C. Valenti 1 Centro de Aquicultura da Unesp - CAUNESP - Jaboticabal 2 Campus Experimental do Litoral Paulista, Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho [email protected] O objetivo deste trabalho foi testar a hipótese de que o desenvolvimento da estrutura populacional do camarão-da-amazônia, Macrobrachium amazonicum, é afetada pela heterogeneidade de habitats do fundo dos corpos de água. Foram utilizados doze mesocosmos de fundo natural, com área de ~0,01 3 ha e profundidade ~1 m, com volume aproximado 100 m . Os mesocosmos foram povoados com 22 2 juvenis de camarões/m e 1,1 alevinos de tilápias (que compuseram o extrato nectônico) em três tratamentos: mesocosmo com substrato feito de manta Geotêxtil (MG), mesocosmo com substrato feito de bambu (BB), mesocosmo sem substrato (SS). Mensalmente e ao final do experimento, os camarões foram coletados, para avaliar a estrutura populacional, estágio ovariano, massa e comprimento corporal, sex-ratio e sobrevivência. A presença dos substratos nos mesocosmos aumentou a frequência dos morfotipos CC, acelerou o aparecimento dos morfotipos GC1 e GC2, diminuiu a frequência do morfotipo TC ao final do experimento, aumentou o tamanho de machos e fêmeas e a frequência dos estágios ovarianos IV e V. O efeito foi mais acentuado com a inclusão do substrato MG. Por outro lado, a sobrevivência foi significativamente maior nos mesocosmos sem substratos, embora os valores tenham ficado muito próximos. O sex-ratio não diferiu significativamente entre os tratamentos. Portanto, a presença e o tipo de substrato adicional ao fundo presente nos corpos de água afetam o desenvolvimento populacional de M. amazonicum, confirmando a hipótese inicial que esta é dependente da heterogeneidade de habitats. Palavras-chave: Macrobrachium amazonicum, morfotipos, substratos, heterogeneidade, macrobentos. Apoio financeiro: CNPq (131369/2012-1) 306 SELEÇÃO DE HABITAT POR MACROBRACHIUM BRASILIENSE (HELLER, 1832) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO CÓRREGO CURRAL DE ARAME (DOURADOS, MS) 1 2 1 1 Chacur, M.M. ; Melo, M.S. de ; Nakagaki, J.M. ; Sequeira, E. B. 1 2 Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul , Universidade Federal do Paraná [email protected] Objetivou-se estudar a preferência de micro-hábitats ocupados por Macrobrachium brasiliense em função do tipo de substrato. As coletas foram realizadas durante um ano a cada três meses em três pontos ao longo do córrego, utilizando-se puçá tipo “D” e identificando-se o tipo de micro-habitats tais como fundos de areia, folhas, e rochas e margens com raízes e folhas e sem proteção, a largura e profundidade do córrego e alguns aspectos físico-químicos da água. Os animais coletados foram mensurados quanto ao comprimento cefalotorácico e agrupados em classes de tamanho e sexo. Os pontos de amostragem apresentaram largura variando de 1,2 a 7,6m e profundidade de 0,08 a 1,3m. Com relação ao tamanho dos animais, verificou-se diferença significativa entre os sexos e os pontos de coleta (p<0,001), e em relação ao substrato apenas as fêmeas apresentaram diferença para substrato arenoso e rochoso (p<0,001). Em relação aos micro-habitats pode-se verificar que houve uma preferência por ambiente rochosos, seguidos por ambientes com folhiços e com raízes principalmente nas regiões próximas às margens. A preferência está relacionada principalmente pela proteção nos ambientes rochosos e possivelmente à disponibilidade de alimento. Palavras-chave: Substrato, distribuição, Caridea VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 307 195 FIRST DETECTION OF THE CRAYFISH PLAGUE PATHOGEN APHANOMYCES ASTACI (OOMYCETES) IN BRAZILIAN PROCAMBARUS CLARKII (ASTACIDEA) POPULATIONS: A HIGH POTENTIAL RISK TO NATIVE CRAYFISHES 1 1,2,3 1 2 4 Paula B. Araujo , Douglas F. Peiró , Mauricio P. Almerão , Carine Delaunay , Japo Jussila , 4 2 2 Jenny Makonnen , Didier Bouchon , Catherine Souty-Grosset 1 2 3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Université de Poitiers; Centro Universitário de 4 Araraquara; University of Eastern Finland [email protected] Aphanomyces astaci is a fungal-like organism (Oomycete) that is specialized to parasitize freshwater crayfishes. This parasite causes the ‘crayfish plague’, a disease that has caused heavy losses on indigenous European freshwater crayfishes. This oomycete coevolved within North American endemic crayfishes, like Procambarus clarkii, which has been considered invasive in many countries and chronically carries A. astaci. The crayfish plague has been one of the main problems on native crayfish biodiversity. Using molecular tools (RT-qPCR and conventional PCR) this pathogen was detected in feral P. clarkii populations established in southeastern Brazil, and also in individuals from pet shops in Southern Brazil. This is an alarming result, because in South America, especially in Brazil, a high freshwater crustacean diversity is found, including endemic freshwater crayfishes (genus Parastacus). A possible contact between P. clarkii and this endemic fauna could be seen as a major threat in near future. Other experiments are being conducted to better investigate threatens to native crayfish - meaning to detect the presence of the pathogen in indigenous populations; as well as the possible cross-infection among them. However, in this study we provide the first overview about the presence of the crayfish plague pathogen in South America, and a warning about the possible infection on native crayfishes. Keywords: PCR, q-PCR, RT-PCR, alien species, molecular tools.Financial support: CAPES/COFECUB- 737/12 and BEX 4586/13-1.CNRS-University of Poitiers-France 308 ESTRUTURA POPULACIONAL DE MACROBRACHIUM AMAZONICUM (DECAPODA:CARIDEA) E MACROBRACHIUM OLFERSII (DECAPODA:CARIDEA), RIO CURU, PENTECOSTE,CE. Paula Mescya da Silva Mota¹, Cynthia Yuri Ogawa², José Roberto Feitosa Silva³. ¹ Universidade Federal do Ceará,bolsista CNPq ²Universidade Federal do Ceará ,Bolsista DCR ³ Universidade Federal do Ceará,LERSA- Laboratório de Ecologia de Rios do Semiárido [email protected] Conhecimentos acerca da biologia e ecologia de uma espécie podem ser embasados por estudos sobre sua estrutura populacional. Este trabalho objetiva analisar as estruturas populacionais de M. amazonicum e M. olfersii. Para isso, foram analisados a distribuição por classe de tamanho de comprimento de cefalotórax- CC (mm) e o período reprodutivo. Arrastos mensais, foram realizados entre agosto de 2011 e junho de 2014, no rio Curu,Pentecoste,Ceará. Os exemplares foram sexados e identificados por espécie e estágio de desenvolvimento (maturos e imaturos). A análise histológica gonadal determinou como adultos, por apresentarem células sexuais maduras, os indivíduos com tamanho de CC superior a 6mm. Os indivíduos maturos representaram 58% da população e os imaturos 42%. Foram capturados 720 exemplares no total, 324 machos e 396 fêmeas. A razão sexual foi 0,45. A distribuição por classes de tamanho de CC expressou uma distribuição unimodal para machos e fêmeas de M. amazonicum. Enquanto que em M.olfersii foi expressa uma distribuição unimodal para machos e bimodal para fêmeas. A amplitude de CC para as fêmeas de M. amazonicum foi entre 14,9 e 5,1mm e para os machos entre 11,8 e 5,1mm. Em M.olfersii a amplitude em fêmeas foi entre 11,5 e 1,6mm e entre 12,5 e 2,05mm para machos. A ocorrência de fêmeas ovígeras foi observada entre abril e maio de 2012 e entre agosto e outubro de 2013, a presença apenas em alguns meses da coleta sugere ciclo reprodutivo periódico. Os indivíduos imaturos estiveram presentes em todos os meses, o que sugere recrutamento contínuo. Palavras-chave: Camarões,Carideos, Ciclo reprodutivo, Razão sexual. Apoio financeiro: CNPq. Proc. Nº 128192/2014-3 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 309 196 FORMAÇÃO DE AGRUPAMENTOS EM CLIBANARIUS VITTATUS (ANOMURA, DIOGENIDAE): INFLUÊNCIA DA MARÉ E DIFERENÇA ENTRE ANIMAIS AGRUPADOS E ISOLADOS. Pedro Augusto da Silva Peres¹, Ana Paula Ferreira¹, Fosca Pedini Pereira Leite¹ ¹Universidade Estadual de Campinas [email protected] Caranguejos ermitões possuem o abdome assimétrico e não esclerotizado, o que faz necessário que o abrigue em conchas de gastrópodes. As conchas protegem os ermitões da predação e dessecação, mas também influenciam aspectos de sua biologia, como fecundidade e crescimento. Esta influência faz com que eles procurem e troquem de concha periodicamente quando encontram uma de melhor qualidade em relação à ocupada por ele no momento (sem epibiontes, não danificadas, por exemplo). A hipótese do “mercado de trocas de conchas” diz que a formação de agrupamentos é o mecanismo pelo qual os ermitões adquirem novas conchas. Neste projeto investigamos como o sexo e a adequação das conchas poderiam influenciar na formação de agrupamentos, assim como o papel da variação da maré neste comportamento em Clibanarius vittatus da Baía do Araçá, litoral norte do estado de São Paulo. Foram coletados animais na situação agrupada e isolada durante a maré baixa nos quais identificamos o sexo e estimamos o índice de adequação da concha (SAI). Também foram realizados experimentos em laboratório com controle dos níveis da maré. Encontramos que não há diferenças na quantidade de machos e fêmeas que se agrupam. Em relação à adequação das conchas, machos agrupados e isolados habitam conchas de mesma qualidade, enquanto fêmeas agrupadas possuem conchas menores que as isoladas. Além disso, foi observado que ermitões dessa espécie se agrupam mais quando a maré está descendo. Palavras-chave: Caranguejo ermitão, Clibanarius vittatus, agrupamento Apoio Financeiro: FAPESP; Proc. Nº 2012/19552-0 310 A INFLUÊNCIA DA COPROFAGIA NAS TAXAS ALIMENTARES DE ISÓPODOS TERRESTRES (ONISCIDEA) Pezzi, P. H.¹, Wood, C. T.¹, Araujo, P. B.¹ ¹Universidade Federal do Rio Grande do Sul [email protected] Em experimentos de laboratório, a coprofagia pode ser controlada em testes alimentares com tatuzinhos. No entanto, o controle da ingestão de fezes e seus efeitos nas taxas alimentares são desconhecidos. Para avaliar se a coprofagia influencia na avaliação da alimentação destes animais, as taxas alimentares do isópodo Atlantoscia floridana com folhas de Machaerium stipitatum (Fabaceae) (alto teor de nitrogênio) e de Lithraea brasiliensis (Anacardiaceae) (menor teor de nitrogênio) foram avaliadas em três tratamentos: acesso às fezes; retirada das fezes; e sem acesso às fezes por meio de uma rede. A taxa de crescimento relativa, a digestibilidade aproximada e a taxa de consumo relativo foram calculadas e comparadas por análise de covariância. Para A. floridana com a folha M. stipitatum, a taxa de consumo não apresentou diferença significativa entre os tratamentos (F(2,51)=0,50; p=0,61). Houve diferença significativa para a taxa de crescimento entre os tratamentos acesso e rede (F(2,50)=4,66; p=0,014) e também para a digestibilidade aproximada entre os tratamentos acesso e rede e entre rede e retirada (F(2,50)=5,66; p=0,006). Para A. floridana e folha L. brasiliensis, não houve diferença na taxa de consumo (F(2,17)=0,56; p=0,58), na digestibilidade (F(2,16)=0,04; p=0,96) ou na taxa de crescimento (F(2,17)=0,32; p=0,73). Desta forma, a coprofagia tem baixa interferência nas taxas alimentares de A. floridana. Palavras-chave: tatuzinhos, Atlantoscia floridana, Apoio Financeiro: PIBIC CNPq-UFRGS VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 311 197 RECRUTAMENTO E PERÍODO REPRODUTIVO DO SIRI Callinectes ornatus NA PLATAFORMA CONTINENTAL RASA DE ILHÉUS, BAHIA, BRASIL Poliana Salve Guizardi¹, Erminda da Conceição Guerreiro Couto², Fernanda Jordão Guimarães² ¹Universidade Estadual de Santa Cruz, Programa de Pós Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais, Ilhéus, BA; ²Universidade Estadual de Santa Cruz, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecologia Bêntica, Ilhéus, BA [email protected] Estudos populacionais são importantes para o entendimento da estabilidade ecológica.O objetivo deste trabalho foi verificar os períodos de recrutamento e de reprodução de Callinectes ornatus, siri abundante na fauna acompanhante da pesca do camarão sete-barbas em Ilhéus (BA), a fim de ampliar o conhecimento sobre seu ciclo de vida na região. As coletas foram mensais, na plataforma rasa de Ilhéus (BA), entre fevereiro/2010 e fevereiro/2011. Arrastos paralelos à costa, adjacentes à desembocadura do Rio Almada, Ilhéus (BA), foram realizados nas profundidades de 5, 10, 15, 20, 25, 30 e 35 m com duração de 30 minutos cada, sendo utilizado um barco com redes do tipo double rig. Os indivíduos foram separados por sexo e tiveram a largura da carapaça, entre a base dos espinhos, mensurada (0,01 mm de precisão). Frequências de juvenis foram analisadas nas diferentes profundidades e mensalmente. O período reprodutivo foi verificado pela frequência de fêmeas ovígeras, distribuídas em classes de tamanho com amplitude de 5 mm, nas diferentes profundidades e meses. Foram analisados 4.873 indivíduos, sendo 1.289 machos (346 jovens e 943 adultos) e 3.584 fêmeas (500 jovens, 3.084 adultas, sendo 1.112 ovígeras). Os jovens (17% do total) foram mais frequentes entre 5 e 20 m de profundidade (81%) e de fevereiro a maio/2010 (67%). Fêmeas ovígeras foram mais abundantes na classe entre 50 e 55 mm (n=750), sendo registradas em todas as profundidades, com maior representatividade entre 15 e 25 m. Mensalmente, foram mais numerosas entre maio e setembro/2010, não sendo observadas em dezembro/2010. Palavras-chave: Recrutamento, Reprodução, Siri. Apoio Financeiro: FAPESB; CAPES 312 CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO DO CARANGUEJO ARATÚVERMELHO, GONIOPSIS CRUENTATA (CRUSTACEA; DECAPODA; GRAPSIDAE) NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL Rafael de Carvalho Santos¹, Sonja Luana Rezende da Silva¹, Thiago Maia Davanso², Rogério Caetano da Costa², Gustavo Luis Hirose¹ ¹Universidade Federal de Sergipe ²Universidade Estadual Paulista [email protected] Goniopsis cruentata é uma espécie característica de áreas estuarinas e de manguezal. Além da sua grande importância ecológica como decompositora de matéria orgânica nesses ambientes, representa para a região nordeste um importante recurso pesqueiro. Atualmente, as poucas informações sobre a biologia da espécie dificulta a elaboração de um plano de manejo. O objetivo do presente estudo é avaliar a biologia reprodutiva e crescimento do caranguejo Aratú em dois estuários no Estado de Sergipe. As coletas foram realizadas mensalmente nos estuários dos rios Sergipe (S) e Vaza-Barris (VB), utilizando-se a captura por unidade de esforço, durante o ano de 2011. As frequências de distribuições de tamanhos (largura da carapaça = LC), crescimento, longevidade e período reprodutivo, para as duas áreas amostradas foram analisadas e comparadas. Foi amostrado um total de 4.370 caranguejos sendo 2.829 para o Rio (S) e 1.541 para o (VB), com o tamanho assintótico de 50,90 (S) e 51,62mm LC (VB) para machos e 45,8 (S) e 48,05mm LC (VB) para fêmeas. A estimativa de longevidade foi de 1,58 (S) e 1,19 (VB) anos para machos e 1,12 (S) e 1,32 (VB) anos para fêmeas. Em ambas as populações os machos foram maiores que as fêmeas. Fêmeas ovígeras foram encontradas ao longo de todo o período amostrado, com picos em Janeiro e Fevereiro e de Julho a Dezembro. Os resultados apresentados são importantes para a elaboração de um plano de manejo, visando uma pesca sustentável e consequente conservação da espécie, tendo em vista a relevância ecológica e econômica que a mesma desempenha no Nordeste do Brasil. Palavras-chave: Período reprodutivo; recrutamento; dinâmica populacional; longevidade. Apoio Financeiro:CNPq : Proc. Nº#472386/2010-7 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 313 198 ENVIRONMENTAL FACTORS MODULATING THE ABUNDANCE AND DISTRIBUTION OF Callinectes danae (DECAPODA, PORTUNIDAE) FROM TWO AREAS OF THE SOUTHEASTERN COAST OF BRAZIL 2 Rafaela T. Pereira¹*, Bárbara A. Martins¹, Gustavo M. Teixeira , Adilson Fransozo¹ ¹Department of Zoology, Nebecc research group, Universidade Estadual Paulista -UNESP, Botucatu, 2 SP; Department of Animal and Vegetable Biology from Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. *Corresponding author: [email protected] The distribution and abundance of marine organisms are directly or indirectly a function of biotic and abiotic features such as sediment and water. In this study we analyzed the spatial and temporal distribution of Callinectes danae in two distinct littoral areas of the northern coast of the State of São Paulo, Brazil and associated them with local geomorphologic features and environmental factors. Were collected specimens on a monthly basis, from July 2001 to June 2003, using a fishing boat equipped with double-rig net, in two locations: Ubatuba (UBA) and Caraguatatuba (CAR). Collecting was carried out in seven transects with different depths, which were further subdivided into two regions: bay region (5, 10, 15 and 20 m deep); and inner shelf region (25, 30 and 35 m deep). We obtained a total of 776 individuals, 624 (UBA = 518; CAR = 106) during the first period (Jul 2001 to Jun 2002) and 152 (UBA = 118; CAR = 34) during the second period (Jul 2002 to Jul 2003). Samples from different periods and transects differed significantly in abundance. A positive correlation was found between the abundance of C. danae and the following parameters: temperature at the bottom, organic matter content and Phi. By contrast, a negative correlation was established between specimen abundance and salinity at the bottom. In UBA, individuals were more abundant in the autumn, whereas in CAR they were more abundant in the winter. The total abundance was highest in 5 m deep transects in both regions. The season when individuals were least abundant in both areas was the summer. Keywords: Brachyura, salinity, spatial and seasonal distribution, temperature. Financial support: CNPq (Undergraduation fellowship to the first author) 314 NATURAL HISTORY OF Persephona mediterranea (BRACHYURA, LEUCOSIIDAE) ON THE SOUTHEASTERN BRAZILIAN COAST: ECOLOGICAL DISTRIBUTION AND POPULATION PARAMETERS 1 2 2 1 Rafaela T. Pereira , Carlos E.R.D. Alencar , Fúlvio A.M. Freire , Adilson Fransozo ¹Department of Zoology, Nebecc research group, Universidade Estadual Paulista -UNESP, Botucatu, 2 SP; Department of Botany, Ecology and Zoology, Grupo de Estudos em Ecologia e Fisiologia de Animais Aquáticos, GEEFAA, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN. *Corresponding author: [email protected] The crab Persephona mediterranea is an abundant species in trawl fisheries in the Brazilian coast. As with other by catch species, it is subjected to similar impact as target species. In order to ascertain the life history of bycatch species, investigations on their distribution and population parameters are needed. Such information becomes even more strategic when obtained from priority areas for conservation, for instance marine protected areas. In this study we aimed to describe the patterns of ecological distribution of P. mediterranea at different depths and seasons in the Ubatuba region, which was recent included in a marine protected area off the southeastern coast of Brazil (APA Navy Sector Cunhambebe). According to our results, P. mediterranea is more abundant during the winter and at depths of 10 to 15 m. The type of sediment, salinity variations at the bottom of the water column and depth strongly affect the demographics of this species. With respect to the population parameters, the recruitment pattern and continuous reproduction are highlighted. Population structure, sex ratio and sexual maturity are similar to literature records for the southeastern region of the continental shelf, suggesting that the distributional, structural and reproductive characterization of P. mediterranea seems to be conservative among species of the genus Persephona. Therefore, such information is crucial for future comparisons and to make decisions concerning the species in a newly established Marine Protected Area on the southeastern coast of Brazil. Keywords: Bathymetry, Brazilian littoral, purse crab, size at sexual maturity. Financial support: CNPq (Undergraduation fellowship to the first author). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 315 199 ESTRUTURA POPULACIONAL DE CALLINECTES ORNATUS (DECAPODA, PORTUNOIDEA) NO LITORAL DE ANCHIETA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL 1 1 1 Renzo Gonçalves Tavares , Adriane Araújo Braga , Erika Takagi Nunes , 1 Keltony de Aquino Ferreira 1 Universidade Federal do Espírito Santo – Centro de Ciências Agrárias [email protected] O presente estudo visou analisar a estrutura populacional de Callinectes ornatus, no litoral sul capixaba, enfocando a distribuição de frequência de tamanho, recrutamento sazonal de jovens e o período reprodutivo baseado na presença de fêmeas ovígeras. Foram realizadas coletas bimensais (Março/2013 à Junho/2014) em três pontos distintos, sendo o Ponto 1 próximo a desembocadura do Rio Benevente (2 metros), Ponto 2 na região intermediária (5 metros) e Ponto 3 com influência de águas oceânicas (10 metros). No laboratório, os indivíduos foram sexados e mensurados na largura da carapaça (LC) e analisados quanto à presença de ovos aderidos aos pleópodos. Obtiveram-se 1.016 exemplares, sendo 447 jovens (43,99%), 215 machos adultos (21,16%), 352 fêmeas adultas (34,64%) duas fêmeas ovígeras (0,19%). A amplitude de tamanho variou de 10mm--]49mm para jovens, 41mm--]88mm para machos, 33mm--]65mm para fêmeas e 41mm--]57mm para fêmeas ovígeras. A distribuição apresentou um padrão unimodal caracterizando um equilíbrio dinâmico e uma estrutura estável com recrutamento e mortalidade constante. O recrutamento de jovens foi registrado em todos os períodos amostrados com maior ocorrência no ponto 1 (27,65%) e no outono (20,47%) indicando uma reprodução contínua com pico. Para os adultos foi verificado a maior abundância no ponto 1 (23,62%) e no outono (20,36%). Os resultados demonstraram que os locais amostrados apresentam condições propícias para o estabelecimento e reprodução de Callinectes ornatus. Palavras-chave: Litoral sul capixaba, recrutamento de jovens, reprodução, padrão unimodal, siri. Apoio Financeiro: FAPES Proc. Nº 54695716/2011. 316 CRESCIMENTO DO CARANGUEJO SESARMA RECTUM RANDALL, 1840 (DECAPODA, SESARMIDAE) NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO. 1 1 2 Roberta Araujo Barutot *, Pedro Fernandes Sanmartin Prata , Mônica Mungai Chacur , 1 Luiz Felipe CestariDumont 1 2 Universidade Federal do Rio Grande, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul *[email protected] O caranguejo Sesarma rectum Randall, 1840 é bastante comum nos manguezais do litoral de São Paulo e possui uma importância ecológica muito grande no ecossistema, devido a seu hábito alimentar que auxilia na exportação de matéria orgânica e nutrientes para os estuários. O objetivo deste trabalho foi estudar o crescimento da espécie no litoral de Ubatuba, SP. As amostras foram obtidas em três mangues (Comprido, Indaiá e Ubatumirim)mensalmente, no período de julho/99 a dezembro/00, por esforço de captura fixo (coleta manual por duas pessoas durante trinta minutos). Foram determinados grupos modais para cada sexo através da distribuição de frequência mensal (largura da carapaça) usando o software Peak Fit. As curvas de crescimento, baseadas no modelo de von Bertalanffy, foram estimadas para todas as coortes encontradas. Foram capturados um total de 1214 machos com largura da carapaça variando entre 5,3 e 34 mm e 1102 fêmeas com LC entre 4,9 e 33,2 mm. Foram selecionadas 11 coortes para cada sexo. A constante de crescimento (K) foi menor para machos (0,006) do que para fêmeas (0,008). Eles atingem maiores tamanhos (31,3 mm de LC) e vivem mais (1,9 anos) que as fêmeas (27,5 mm e 1,6 anos).As diferenças de crescimento entre machos e fêmeas podem estar relacionadas com as estratégias reprodutivas características que cada sexo desenvolve, onde as fêmeas crescem menos, devido a um consumo de energia reduzido durante o processo reprodutivo, como observado para outras espécies de caranguejos. Palavras-chave: Crustacea, Brachyura, crescimento, manguezal. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 317 200 VARIAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL DO TAMANHO DE UCIDES CORDATUS (LINNAEUS, 1763) (BRACHYURA, UCIDIDAE) EM MANGUEZAIS DO PARÁ. 1 1 2 Roberta Araujo Barutot , Rony Roberto Ramos Vieira , Lidiane de Cassia Cruz de Sena , Jorge 2 3 4 Luiz da Silva Pereira , Ana Paula Simões Castro , Cleverson Rannieri Meira dos Santos * 1 2 3 Universidade Federal do Rio Grande, Universidade Federal do Pará, Universidade Estadual do 4 Pará, *Museu Paraense Emílio Goeldi *[email protected] O caranguejo Ucides cordatus, representa um importante recurso pesqueiro para as populações que vivem próximas a manguezais, além disso, desempenha também importante papel ecológico no ecossistema manguezal, atuando no fluxo energético e na ciclagem do carbono e matéria orgânica. O objetivo deste trabalho foi estudar a variação espaço temporal do tamanho da espécie em manguezais do estado do Pará. Foram realizadas quatro coletas (1 na estação chuvosa, 1 estação de transição,1 estação seca e 1outra de transição) em 5 manguezais (2 próximos ao mar, 1 intermediário e 2 mais próximos ao rio) da região de Primavera, PA. Em cada mangue, os animais foram capturados manualmente em um quadrado de 5x5m por duas pessoas durante 20 minutos. Os indivíduos coletados foram armazenados em álcool 70% e em laboratório foram sexados e medidos largura da carapaça (mm). Também foi medida a salinidade em cada mangue. O maior número de indivíduos (363) foi coletado na estação seca. Os maiores indivíduos, tanto machos como fêmeas foram encontrados nos pontos mais distantes do oceano, com salinidade mais baixa. Nos machos, três pontos (salinidade mais baixa) apresentaram um aumento de tamanho na época seca, enquanto os outros dois apresentarão uma leve queda. Para as fêmeas, à exceção do ponto na primeira transição, os valores tiveram pouca variação de tamanho, porém há uma queda nestes valores da penúltima (seca) para a última estação (transição) em quase todos os pontos. Palavras-chave: Crustacea, Brachyura, manguezal. 318 COMPARAÇÃO DA CARCINOFAUNA (BRACHYURA: DECAPODA) DOS MANGUEZAIS DOS RIOS PACOTI (CEARÁ) E POTENGI (RIO GRANDE DO NORTE) 1 1 1 Rute Xavier Franca ; Yago Barros Lima ; Hugo Pereira do Nascimento ; Ricardo Paulino 1 2,3 1,2 2 Barbosa ; Luis Ernesto A. Bezerra ; Helena Matthews-Cascon ; Alexander Cesar Ferreira 1 Departamento de Biologia, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, 2 Brasil; Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Instituto de Ciências do Mar 3 (LABOMAR), Universidade federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil; Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. [email protected] Os caranguejos (Brachyura: Decapoda) estão entre os mais significativos habitantes dos manguezais. São “engenheiros do ecossistema”, importantes na topografia e biogeoquímica do sedimento e na estrutura da vegetação, além de indicadores do estado de conservação de bosques naturais e degradados. Levantamentos da carcinofauna em áreas em recuperação no Rio Pacoti (Estado do Ceará) e no Rio Potengi (Rio Grande do Norte), mostraram várias espécies em comum, também com outros manguezais nordestinos. No Rio Potengi há mais espécies de Brachyura no habitat do mangue (15) que no Pacoti (12). Há seis espécies de Grapsoidea presentes no Potengi, das quais quatro existem também no Pacoti. As mesmas espécies de Ocypodoidea ocorreram em ambos os bosques, mas observaram-se mais espécies de Xanthoidea no Potengi. Os Grapsoidea são mais abundantes em bosques mais maduros e com predominância de Rhizophora mangle, como no estuário do Potengi. Os solos do Rio Pacoti possuem maior conteúdo médio de matéria orgânica, mas menor penetrabilidade e alta salinidade intersticial, o que pode estar entre as causas da sua menor riqueza de Brachyura, assim como as mudanças na morfologia estuarina e nos padrões hidrológicos e sedimentares, decorrentes de alterações ambientais tanto antrópicas quanto naturais. Palavras-chave: Brachyura, Rio Potengi, Rio Pacoti, levantamento faunístico. Apoio: PNPD/CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 319 201 PADRÕES DE CRESCIMENTO INDIVIDUAL E IDADE DE MATURAÇÃO SEXUAL EM LONGO PRAZO DO CAMARÃO SETE-BARBAS XIPHOPENAEUS KROYERI NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO 1 2 1 Sabrina Morilhas Simões , Gisele Salgado Heckler , Rogerio Caetano da Costa , 3 2 Adilson Fransozo , Roberto Munehisa Shimizu 1 2 3 Universidade Estadual Paulista – Campus Bauru; Universidade de São Paulo; Universidade Estadual Paulista – Campus Botucatu [email protected] A análise de uma população em longo prazo permite a identificação da ausência ou presença de variações nos padrões de ciclo de vida. O objetivo deste trabalho foi analisar o tamanho, a longevidade e a idade de maturação sexual do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri em três períodos dentro de um intervalo de treze anos na Enseada de Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Para isso foram realizadas coletas mensais de janeiro de 1998 a dezembro de 1999, julho de 2006 a junho de 2007 e setembro de 2010 a agosto de 2011. Os indivíduos foram medidos de acordo com o comprimento da carapaça, separados por sexo e estágio de maturação das gônadas. Houve diferença estatística nos valores de comprimento assintótico para ambos os sexos sem uma tendência temporal clara. Em 1998/99 a longevidade e a idade que os indivíduos atingiram a maturidade sexual de ambos os sexos foram maiores que nos outros períodos. Fêmeas e machos alcançaram a maturidade sexual morfológica, ou seja, passaram do estágio juvenil para adulto, com a mesma idade. Após os indivíduos tornarem-se adultos, as fêmeas atingiram a maturidade sexual fisiológica, ou seja, iniciaram sua participação nas atividades reprodutivas, com maior tamanho e em idade mais avançada que os machos, o que pode ser uma vantagem reprodutiva, uma vez que fêmeas maiores também podem produzir maior número de ovócitos. As variações interanuais nos padrões de crescimento e idade de maturação podem estar ligadas a menor pressão da pesca e a fenômenos naturais como o El Niño, que em 1998 ocorreu em grande intensidade. Palavras-chave: maturidade sexual, tamanho, Ubatuba, variação interanual Apoio financeiro: CAPES, FAPESP: Proc. Nº 97/12108-6, 04/07309-8, 09/54672-4, 10/50188-8, CNPq: Proc. Nº PQ 304784/2011-7 320 COMPARAÇÃO MORFOMÉTRICA DO SERGESTÍDEO Acetes americanus: CONDIÇÃO AMBIENTAL LOCAL X PARADIGMA LATITUDINAL 1,2 2 3 Sabrina Morilhas Simões , Fernando Luis Mantelatto , Antonio Leão Castilho ; 1 Rogerio Caetano da Costa 1 Laboratório de biologia de camarões marinhos e de água doce (LABCAM), Departamento de 2 Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências, UNESP-Bauru, Laboratório de Bioecologia e Sistemática de Crustáceos (LBSC), Departamento de Biologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e 3 Letras de Ribeirão Preto, USP-Ribeirão Preto. Laboratório de Carcinologia, Departamento de Ciências Biológicas, Instituto de Biociências, UNESP-Botucatu [email protected] Diferenças latitudinais e ambientais alteram a morfologia de indivíduos com mesmo genótipo, especialmente em espécies com baixa longevidade e ampla distribuição geográfica como Acetes americanus. Portanto, o objetivo desse estudo foi verificar a influência latitudinal e ambiental nas possíveis diferenças morfométricas de A. americanus, utilizando-se como modelo de estudo duas regiões brasileiras, Ubatuba/SP (23°S) e Macaé/RJ (22°S). Quatorze medidas corpóreas foram obtidas e a equação alométrica foi utilizada para encontrar o valor de b para os cálculos de remoção do efeito do tamanho. Análises Discriminante e de Covariância foram aplicadas e os dois primeiros eixos canônicos foram utilizados na vizualização dos diferentes grupos. Dois grupos morfometricamente distintos de A. americanus foram identificados, discriminados pela diagonal da carapaça, comprimento da escama antenal, comprimentos do 4°, 5° e 6° somitos, comprimento do endopodito e exopodito do urópodo. Os valores de temperatura e clorofila-a diferiram o significantemente entre as regiões (Macaé= 20,78 ± 1,21 C e 2,25 ± 1,75µg/l; Ubatuba= 23,88 ± o 2,98 C e 0,61 ± 0,52µg/l). Portanto, propõe-se que a condição térmica e a produtividade primária observada nas redondezas de Cabo Frio (Macaé) causada pela ressurgência costeira proporcionou a variação morfométrica das populações estudadas em gradientes latitudinais próximos. Tais populações serão comparadas geneticamente no intuito de se avaliar um possível isolamento geográfico entre tais populações como fator adicional condicionante de tais diferenças. Palavras-chave: camarões pelágicos, fatores ambientais, ressurgência costeira. Apoio Financeiro: FAPESP (2014/01632-3, 2010/50188-8). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 321 202 DISTRIBUIÇÃO HORIZONTAL DOS MICROCRUSTÁCEOS DA BARRAGEM DA PEDRA (JEQUIÉ-BA) EM DOIS PERÍODOS DISTINTOS (SECA E CHUVA) 1 1 2 Sérgio Luiz Sonoda , Josiane Souza Santos 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Campus Jequié; PPG SAT/UESC-BA [email protected] O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura e a distribuição horizontal da assembleia dos microcrustáceos em uma represa do semiárido (Barragem da Pedra, Rio de Contas, BA) em dois períodos distintos: seca (julho/2013) e chuva (janeiro/2014). Foram realizadas amostras em oito pontos, sendo dois no corpo central (MB e B), três em um compartimento na margem direita (P1, P2 e P3) e outros três em outro compartimento da margem esquerda (P4, P5 e P6). Amostras qualitativas e quantitativas foram realizadas utilizando uma rede cônica com 68µm de abertura de malha e fixadas em formol a 4%. Nos dois períodos estudados foram encontrados 10 taxa: quatro Cladocera (Chydoridae, Daphnia gessneri, Diaphanosoma birgei e Diaphanosoma spinulosum), três Copepoda Calanoida (Argyrodiaptomus azevedoi, Notodiaptomus cearensis e Notodiaptomus iheringi) e três Copepoda Cyclopoida (Macrocyclops albidus, Thermocyclops minutus e Thermocyclops decipiens). Os compartimentos apresentaram maiores densidades em relação ao corpo central. No período de seca, a densidade média no compartimento direito foi 7,37 (±5,22), no compartimento esquerdo foi 12,52 (±13,04) e no corpo central foi 4,53 (±1,42) ind.L-1. Na chuva, estes valores foram 5,52 (±2,77), 5,65 (±3,24) e 3,47 (±1,11) ind.L-1, respectivamente. Calanoida predominou nos dois períodos: na seca variou de 62,6% (P5) a 88,97% (P3) e na chuva de 56,19% (P3) a 73% (P4). No período de seca a densidade média de todos os pontos foi 8,02 (±8,65) ind.L-1 e na chuva 5,05 (±2,51) ind.L-1. Palavras-chave: Cladocera, Copepoda, limnologia, zooplâncton. Apoio financeiro: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia (1851/2013); UESB LECTOTYPE DESIGNATION FOR MACROCYPRIA SARSI MUELLER, 1912 (OSTRACODA) 322 1 1 1 1 Simone N. Brandão , Diêgo O. Batista ,Helenice Vital Laboratório de Geologia e Geofísica Marinha e Monitoramento Ambiental, D. Geologia, Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísca, UFRN [email protected] Bairdia angusta Sars, 1866 was described from the continental shelf off Norway but was latter recognized a secondary junior synonym of Cythere (Bairdia) angusta (von Muenster, 1849). Mueller (1912) published a nomen novum for this species, i.e., Macrocypris sarsi Mueller, 1912. Both authors failed to designated a name bearing specimen (holotype by Sars, or lectotype by Mueller). Sars (1923) described a new genus, Macrocypria, and included Macrocypria angusta, (=Macrocypris sarsi Mueller, 1912) in it. This species is now the type species of Macrocypria, and therefore the correct combination remains Macrocypria sarsi (Mueller, 1912). This species occurrs in the subpolar North Atlantic off Iceland, Norway and Sweden. In order to attain taxonomic statibily for this species and consequently for the genus, a lectotype will be designated by us. The type series studied by Sars (1866) is most probably lost, because no specimen labelled with “Bairdia angusta” is available in the Museum of the University of Oslo (where the remaining material of Sars is deposited). Sars did not use to label his specimens neither as type material nor with the locatity details. So, we chose specimens collected off Iceland, which are well preserved for both morphologic and genetic studies. Palavras-chaves: taxonomy, lectotype designation, Ostracoda, Macrocyprididae. Apoio Financeiro: CNPq, nº proc 400116/2013-8; Alexander von Humboldt Stiftung (AvH); Deutsches Akademisches Austausch Dienst (DAAD). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 323 203 AMPLIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE OITO ESPÉCIES DE CRUSTÁCEOS PARA O ESTADO DE SERGIPE, NORDESTE, BRASIL 1 1 1 Sonja Luana Rezende da Silva , Camila Silva Ramos , Caroline Tibúrcio Santos Douglas 1,2 1,2 1,2 Fernandes Rodrigues Alves , Samara de Paiva Barros-Alves , Gustavo Luis Hirose 1 Universidade Federal de Sergipe 2 NEBECC. Núcleo de Estudo em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos [email protected] Pesquisas voltadas para a distribuição geográfica de organismos marinhos são importantes para o conhecimento do padrão de distribuição e dispersão das espécies, além de poder fornecer informações sobre a introdução de espécies exóticas. Atualmente, o conhecimento sobre o assunto vem aumentando gradualmente apesar de ainda existirem muitas lacunas relacionadas à distribuição dos animais marinhos no litoral brasileiro. O objetivo deste estudo é fornecer dados sobre a ampliação da distribuição geográfica de sete crustáceos decápodos e um crustáceo anóstraco para o Estado de Sergipe. Os animais foram obtidos desde janeiro de 2012 até junho de 2014, no Estado de Sergipe, em três distintos ambientes: plataforma continental, com a utilização de um barco camaroneiro equipado com rede double-rig; no estuário do rio Vaza-Barris; e em lagoas temporárias da Caatinga, sendo as coletas nestes últimos realizadas manualmente por busca ativa. O atual registro amplia a distribuição geográfica dos seguintes crustáceos: camarões carídeos, Alpheus buckupi, Lysmata bahia, Lysmata cf. intermedia, Synalpheus ul e Palaemon paivai; caranguejo braquiúro Macrocoeloma laevigatum; anomuro Paguristes tortugae e anóstraco Dendrocephalus orientalis. Considerando a distribuição geográfica anteriormente descrita para cada uma dessas espécies, o mais provável é que se trate de um registro tardio destes crustáceos no Estado de Sergipe, o que reforça a importância de contínuos estudos acerca do levantamento da biodiversidade de crustáceos nos mais distintos ecossistemas brasileiros. Palavras-chave: Anomura, Anostraca, Brachyura, Caridea, Espécie exótica, Nordeste brasileiro Apoio Financeiro: CNPq/Universal: Proc#482802/2012-0 324 CRESCIMENTO ALOMÉTRICO, MATURIDADE SEXUAL E HETEROQUELIA DO LAGOSTIM INVASOR PROCAMBARUS CLARKII (DECAPODA, CAMBARIDAE) NO PARQUE MUNICIPAL ALFREDO VOLPI, SÃO PAULO 1 2 1 Tainã Gonçalves Loureiro , Sergio Luiz de Siqueira Bueno , Paula Beatriz Araujo , 3 Pedro Manoel Silva Gentil Anastácio 1 2 3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de São Paulo, Universidade de Évora [email protected] O crescimento alométrico, maturidade sexual e a heteroquelia do lagostim Procambarus clarkii foram investigados a fim de contribuir com informações relevantes para o manejo e controle desta espécie no Brasil. P. clarkii é nativo da América do Norte e foi introduzido em inúmeros países; no Brasil, os registros de ocorrência estão restritos ao estado de São Paulo. O principal fator associado ao seu sucesso de estabelecimento é sua alta plasticidade ecológica, sendo capaz de modificar suas características biológicas de forma a favorecer sua adaptação ao ambiente colonizado. Os 308 (164 fêmeas e 144 machos) exemplares utilizados neste estudo foram coletados no Parque Municipal Alfredo Volpi, SP. O comprimento do cefalotórax sem o rostro (CC), medido com paquímetro digital, variou entre 13,3mm e 36,28mm nas fêmeas e entre 9,18mm e 37,83mm nos machos. A comparação da altura e comprimento do própodo dos quelípodos evidenciou a existência de heteroquelia em machos e fêmeas, havendo a prevalência do quelípodo direito entre os machos (61.48%) e sem prevalência significativa entre as fêmeas. O tamanho médio da maturidade morfométrica para os machos e para as fêmeas foi estimado em 21,5 mm e 25,98, respectivamente, mediante análise de crescimento alométrico utilizando a altura e o comprimento do própodo versus CC dos dados agrupados de acordo com o critério quela maior e quela menor, indicando que no Brasil os indivíduos atingem a maturidade com tamanhos corporais maiores do que em outros países. Palavras-chave: Lagostim, espécie invasora, crescimento alométrico. Apoio Financeiro: CAPES VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 325 204 ESTUDO POPULACIONAL DAS FAMÍLIAS GRAPSIDAE E SESARMIDAE (CRUSTACEA, DECAPODA) NO ESTUÁRIO DE ROTEIRO, BARRA DE SÃO MIGUEL, ALAGOAS. 1 2 2 Tereza Cristina dos Santos Calado ; Wagner José dos Santos ; Julianna de Lemos Santana ¹’² Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Laboratório Integrado de Ciências do Mar e Naturais (LABMAR). Rua Aristeu de Andrade, nº 452, Farol – Maceió – AL. [email protected] As famílias Grapsidae e Sesarmidae têm como habitats praias lodosas, braços de mar, estuários ou manguezais. Encontrando-se errante no solo, na região entre marés, entre raízes, troncos e ramos das arvores do mangue, ou sob pedras. As coletas foram realizadas de agosto/2009 a julho/2010 no estuário de roteiro em quatro pontos distintos. Foram coletados 1203 exemplares das espécies Aratus pisonii (44,97%), Goniopsis cruentata (31,92), Pachygrapsus gracilis (7,98%), Pachygrapsus transversus (4,49%), Sesarma rectum (4,74%), Armases angustipes (5,82), Cyclograpsus integer (0,08). As espécies Aratus pisonii e Goniopsis cruentata tiveram uma freqüência de ocorrência de 100%, sendo coletado em todos os meses de estudo. A espécie Cyclograpsus integer ocorreu em apenas um dos meses de coleta. Goniopsis cruentata (52%), Pachygrapsus gracilis (55%), Armases angustipes (52,8%) e Cyclograpsus integer (100%) apresentaram uma maior freqüência de machos. Já as Espécies Aratus pisonii (73%), Pachygrapsus transversus (57,5%), Sesarma rectum (54,4%) obtiveram uma maior freqüência de fêmeas. A razão e proporção sexual de Aratus pisonii foi 0,62 e (1:1,6), Goniopsis cruentata, 0,47e (1,1:1), Pachygrapsus gracilis 0,44 e (1,2:1), Pachygrapsus transversus 0,57 e (1:1,3), Sesarma rectum, 0,54 e (1:1,1), Armases angustipes 0,47 (1,1:1) e Cyclograpsus integer 1 (1). As populações das famílias Grapsidae e Sesarmidae possuem uma abundancia desigual, e algumas espécies são mais representativas do que outras. Palavras Chaves: Ecologia, população, manguezal. 326 MATURIDADE SEXUAL DE Achelous spinicarpus (DECAPODA: PORTUNIDAE) EM DUAS REGIÕES DO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO 1,2 1,3 Thiago Elias da Silva*, , Fúlvio Aurélio de Morais Freire , 1,3 1,4 Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar & Vivian Fransozo ¹NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos; ²UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Instituto de Biociências de Botucatu, Departamento de Zoologia; ³GEEFAA - Grupo de Estudos em Ecologia e Fisiologia de Animais Aquáticos, UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Biologia, 4 Ecologia e Zoologia. UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Departamento de Ciências Naturais – Zoologia. *[email protected] Estimativas do tamanho de maturidade sexual estão entre as informações mais importantes de uma população. Tais informações podem indicar respostas às pressões ambientais comparando-se duas populações de uma mesma espécie em ambientes distintos. Este trabalho estimou a maturidade sexual do siri Achelous spinicarpus nas regiões de Ubatuba (UBA) e Caraguatatuba (CAR), litoral sudeste brasileiro. Os indivíduos foram coletados mensalmente de julho de 2001 a junho de 2003 com um barco equipado com redes de arrasto. Jovens e adultos foram discriminados pela aderência do abdome aos esternitos torácicos. Estimou-se tamanho no qual 50% dos indivíduos atingem a maturidade sexual por meio da função onde CW50 é o tamanho (largura da carapaça) na maturidade sexual. Foram coletados 1057 indivíduos em UBA e 5112 em CAR. O tamanho no qual os indivíduos da região de UBA atingem a maturidade sexual foi de 24,2 e 23,8 mm, enquanto que, na região de CAR foi de 23,7 e 23,5 mm, para machos e fêmeas, respectivamente. Tais resultados são menores do que os encontrados em estudos prévios (com valores acima de 30 mm para ambos os sexos), o que indica uma possível plasticidade reprodutiva para esta espécie. Palavras-chave: Portunoidea, fauna acompanhante, pressões ambientais. Apoio financeiro: FAPESP (processos nº 94/4878-8; 97/12108-6; 97/12107-0; 98/3134-6) e BIOTA/FAPESP (nº 1998/07090-3). VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 327 205 ESTRUTURA POPULACIONAL DO SIRI Arenaeus cribrarius (DECAPODA: PORTUNIDAE) NO LITORAL SUDESTE BRASILEIRO 1,2 1,3 1,4 1,2 Thiago Elias da Silva* ; Rogério Caetano da Costa ; Giovana Bertini & Adilson Fransozo 1 2 NEBECC – Núcleo de Estudos em Biologia, Ecologia e Cultivo de Crustáceos; UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências de Botucatu, 3 Departamento de Zoologia; UNESP – Campus de Bauru, Departamento de Ciências Biológicas; 4 UNESP – Campus de Registro. *[email protected] O conhecimento da estrutura de uma população pode servir de subsídio para elaboração de projetos de conservação e manejo ambiental. Tais informações são ainda mais importantes quando se tratam de espécies com interesse econômico e importância ecológica, como é o caso dos portunídeos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a estrutura populacional do siri Arenaeus cribrarius quanto à distribuição em classes de tamanho, razão sexual e período de recrutamento juvenil. Os animais foram coletados mensalmente de janeiro à dezembro de 2000 na região de Ubatuba – SP, em cinco pontos amostrais (2, 5, 10, 15 e 20 m de profundidade), com um barco de pesca equipado com redes de arrasto. A razão sexual foi comparada pelo teste binomial. No total foram coletados 84 indivíduos machos (29 juvenis e 55 adultos) e 78 fêmeas (29 juvenis e 49 adultas, das quais 11 ovígeras). O padrão de distribuição em classes de tamanho foi polimodal para ambos os sexos e não apresentou desvio do padrão 1:1 quanto à razão sexual em nenhuma classe de tamanho. Indivíduos jovens foram coletados em todas as estações do ano, com maior pico durante o verão. O padrão polimodal sugere a ocorrência de vários grupos etários dentro de uma população e esta informação aliada ao recrutamento contínuo, sugere que A. cribrarius possui atividade reprodutiva constante ao longo do ano. A retenção da razão sexual 1:1, principalmente nas maiores classes de tamanho, não é muito comum para portunídeos, podendo ser uma peculiaridade de A. cribrarius. Palavras-chave: Portunoidea, fauna acompanhante, pesca, Siri Chita. Apoio financeiro: FAPESP e CNPq (processos nº: 94/4878-8; 97/12108-6; 97/12107-0; 98/3134-6). 328 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CARANGUEJO Panopeus austrobesus EM ASSOCIAÇÃO AO CULTIVO DE MEXILHÕES Perna perna NO SUDESTE DO BRASIL 1 2 3 Valter José Cobo , Flávio Camargo de Vasconcelos , Douglas Fernandes Rodrigues Alves , 4 Daniel José Marcondes Lima 1 Universidade de Taubaté 2 Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá 3 Universidade Federal de Sergipe 4 Universidade Estadual Paulista [email protected] A mitilicultura é uma das mais importantes modalidades da aquicultura, uma atividade viável para produção de alimento além de economicamente estratégica em vários países. Essa atividade introduz estruturas rígidas na água que, além de alterar a paisagem, cria substratos de fixação e abrigo contra predadores. O objetivo foi descrever a população de P. austrobesus, em redes de mexilhão, no sudeste do Brasil. Foram feitas coletas mensais de maio/2002 a abril/2003, em Ubatuba, SP. Os caranguejos foram identificados quanto ao sexo, mensurados quanto a largura da carapaça, distribuídos em classes de tamanho e o recrutamento detectado pela presença de modas nas primeiras classes. A normalidade da distribuição foi testada, assim como o tamanho e proporção entre os sexos foi comparada, e o período reprodutivo foi avaliado para detecção de picos. 962 animais foram obtidos e agrupados em 10 classes, com distribuição não normal e tamanho mediano de 5,60mmLC, com machos significativamente maiores; proporção sexual de 1:1 para o total amostrado, com desvios em algumas classes. Fêmeas ovígeras e recrutas foram amostradas na maior parte do período. Machos atingem maturidade sexual com tamanho superior ao verificado para as fêmeas A população amostrada revelou as mesmas características verificadas nos ambientes naturais, a exceção do tamanho, bastante inferior ao verificado nas populações estuarinas. A limitação de tamanho deve ser relacionada ao início precoce da atividade reprodutiva, e pode ser resultado das pressões impostas pelo ambiente, como a salinidade mais alta que nos estuários. Palavras-chave: População, Aquicultura, Panopeidae, Conservação. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 329 206 ESTRUTURA POPULACIONAL DO CAMARÃO SETE-BARBAS, XIPHOPENAEUS KROYERI (DECAPODA, PENAEIDAE), DE BAÍA FORMOSA, LITORAL SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 1,2 1,2 Vanessa Lisboa Guerra Brito , Carlos Eduardo Rocha Duarte Alencar , Sávio Arcanjo Santos 1,2 1,2 1,3, Nascimento de Moraes , Valéria Fonseca Vale , Paulo Victor do Nascimento Araújo 1,2 Fúlvio Aurélio de Morais Freire 1 Grupo de Estudos em Ecologia e Fisiologia de Animais Aquáticos – GEEFAA 2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN [email protected] Xiphopenaeus kroyeri é uma das espécies de camarão mais explorada na costa brasileira representando uma relevante parcela na economia das comunidades pesqueiras. No entanto, são escassos os estudos sobre seus parâmetros populacionais no Estado do Rio Grande do Norte (RN). De Fevereiro/2013 a Janeiro/2014, foram realizadas coletas mensais de X. kroyeri na enseada de Baía Formosa, litoral sul do RN em um barco de pesca artesanal motorizado, utilizando rede single rig com 25mm de espaçamento entre nós. Os indivíduos foram analisados sobre os seguintes parâmetros: distribuição de intervalos de classes de tamanho de comprimento do cefalotórax (CC) e progressão modal. Foram analisados 8.731 indivíduos (4.627 fêmeas e 4.104 machos). Foi observada diferença entre o CC (p<0,05) entre machos e fêmeas, em que as fêmeas (14,6 mm) possuem maior CC do que machos (14,4mm), o que está relacionado ao aumento do diâmetro dos oócitos no desenvolvimento gonadal de fêmeas conferindo-lhes tamanhos maiores em relação aos machos. Houve diferença significativa (p<0,05) na distribuição de frequência em classes de tamanho, em que fêmeas apresentam maior abundância nas menores e maiores classe de tamanho (4,4|--6,16 a 27,28|--29,04), enquanto os machos nas classes intermediárias (6,16|--7,04 a 23,73|--25,52), indicando que a plasticidade de tamanho entre sexos pode esta atrelada ao dimorfismo sexual na espécie. A progressão modal foi observada na distribuição de frequência de machos e fêmeas, indicando que no local amostrado pode esta ocorrendo crescimento populacional. Palavras chaves: camarão cinza, recurso pesqueiro, manejo de pesca. Apoio financeiro: CNPq Processo N° 407046/2012-7 330 PADRÃO NICTEMERAL DE MIGRAÇÃO DAS POPULAÇÕES DE DIAPHANOSOMA SPINULOSUM (CLADOCERA: SIDIDAE) EM UM RESERVATÓRIO EUTRÓFICO TROPICAL 1 2 Viviane Lúcia dos Santos Almeida *, Maria Eduarda Lacerda de Larrazábal , 3 3 Ariadne do Nascimento Moura , Mauro de Melo Júnior Universidade de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco *[email protected] Cladóceros são eficientes filtradores e exibem relevante participação no fluxo energético das cadeias alimentares aquáticas. Este trabalho objetivou analisar as distribuições horizontal e vertical das populações de D. spinulosum, espécie bem representada no Nordeste do Brasil. Foram realizadas coletas em ritmo nictimeral a cada 6 horas, em agosto/2003 (período chuvoso) e janeiro/2004 (período seco), nas regiões limnética e litorânea do reservatório eutrófico de Tapacurá, Pernambuco, Brasil. Volumes conhecidos de água foram filtrados em concentrador de plâncton com malha de 64µm, nas profundidades referentes à subsuperfície e ao limite de zona eufótica. Não houve diferença significativa (Mann-Whitney; p > 0,05) na densidade de D. spinulosum quando -3 -3 considerados os períodos sazonais (médias de 15.462 ind.m e 18.875 ind.m nos períodos chuvoso -3 e seco, respectivamente) e zonas do reservatório (médias de 16.306 ind.m-3 e 18.031 ind.m nas zonas limnética e litorânea, respectivamente). Porém, esta espécie apresentou significativa estratificação vertical durante o ciclo nictimeral (Mann-Whitney; p < 0,05), com maior número de -3 indivíduos no LZE em relação à subsuperfície, tanto de dia médias de 27.437 ind.m no LZE e 3.550 -3 -3 -3 ind.m na superfície) quanto à noite (médias de 24.875 ind.m no LZE e 12.812 ind.m na superfície). Sugere-se que essas migrações populacionais reflitam comportamento de fuga contra os predadores visuais, principalmente durante o dia e no período reprodutivo, uma vez que boa parte da população estudada encontrava-se com ovos em sua câmara incubadora. Palavras-chave: zooplâncton, ecossistema lêntico, ritmo nictemeral, migração vertical. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 331 207 CRESCIMENTO RELATIVO DE CHARYBDIS HELLERI (BRACHYURA: PORTUNIDAE) EM SÃO VICENTE, SP – BRASIL. 1,2 1 1 Ruiz, Y.S. ; Quaresma, V. T. ; Hashiguti, H. H. e Reigada, A. L. D. 1 Universidade Santa Cecília. 2 Bolsista Capes. [email protected] 1 O presente estudo teve como objetivo analisar o crescimento relativo da espécie invasora Charybdis helleri. Os animais foram coletados mensalmente pelo período de agosto de 2013 a janeiro de 2014, no costão rochoso da Ilha Porchat, São Vicente, SP, Brasil. As coletas foram realizadas por ocasião da maré baixa, os animais foram coletados manualmente, com o auxílio de um puçá e com esforço de captura de três coletores. Para a análise biométrica foi considerada como variável independente a Largura da Carapaça (LC) e como variáveis dependente o Comprimento do Própodo Quelar (CPQ) e o abdômen (LA). Os dados obtidos foram plotados em gráficos e utilizando-se uma equação potência (y = axb), o crescimento relativo foi determinado. Foram utilizados 93 indivíduos de C. helleri, sendo 51 machos e 42 fêmeas. A maturidade morfológica sexual para indivíduos machos foi determinada pela relação LC X CPQ, com indivíduos de C. helleri atingindo a maturidade em torno de 52 mm de largura de carapaça. Para as fêmeas foi utilizada a relação LC X LA, com a maturidade atingida em torno de 43 mm de Largura de carapaça. Os machos atingem a maturidade sexual com maior tamanho do que as fêmeas, fato que favorece o comportamento reprodutivo dessa espécie. Palavras –chave: Espécie invasora, crustáceos, maturidade morfológica. Apoio financeiro: CAPES. 332 CRESCIMENTO EM PESO E FATOR DE CONDIÇÃO DE MENIPPE NODIFRONS (CRUSTACEA, DECAPODA, MENIPPIDAE) EM SÃO VICENTE, SP – BRASIL. 1,2 Ruiz, Y.S. e Reigada, A. L. D. 1 Universidade Santa Cecília 2 Bolsista Capes [email protected] 1 A relação do peso por determinada dimensão corpórea é um parâmetro em muitos estudos de crustáceos, sendo empregado na detecção de alterações morfológicas ontogenéticas.O objetivo deste trabalho foi analisar o fator de condição de Menippe nodifrons em São Vicente – SP. Coletas mensais foram realizadas no costão da praia do Itararé no período de agosto de 2013 a abril de 2014. Para a análise foi considerada como variável independente a largura do cefalotórax (LC) e como variável dependente o peso (PE). Os dados obtidos foram plotados em gráficos, utilizando-se b uma equação potência (y = ax ), o crescimento em peso e fator de condição foram determinados separadamente entre os sexos e maturidade morfológica. Foram utilizados 264 indivíduos, sendo 121 machos (adultos= 57/ jovens= 64) e 143 fêmeas (adultas= 112/ jovens= 31). A análise efetuada foi 3,025 representada por PE machos adultos = 0,0003LC (apresentou alometria positiva), PE machos jovens = 2,814 2,655 0,0007LC (apresentou alometria negativa), PE fêmeas adultas = 0,0013LC e PE fêmeas jovens = 2,843 0,006LC (ambas apresentaram alometria negativa). O presente estudo indica que o crescimento em peso de M. nodifrons foi maior nos machos do que nas fêmeas, estando relacionado com o modo de vida da espécie, já que a fêmea direciona energia, principalmente, após a muda da puberdade, para a reprodução. O que nos demonstra que a análise do fator de condição e crescimento em peso é uma ferramenta importante para a melhor compreensão da biologia de Menippe nodifrons. Palavras- chave: Caranguejo Guaiá, Biologia, Crustáceos Apoio financeiro: CAPES. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 333 208 IN VITRO PESTICIDE EFFECTS IN THE FRESHWATER CRAB Dilocarcinus pagei (Decapoda: Trichodactylidae): ESTERASES AS A BIOMARKER 1 1 Alexandre Vidotto Barboza Lima* , Eduardo Alves de Almeida , Lilian Castiglioni 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP 2 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP [email protected] 2 Currently, agricultural wastes have been frequently detected in aquatic environments. This detection can be done measuring their toxicity directly in the organisms that inhabit it. The crab Dilocarcinus pagei is a widely distributed species in South America and their metabolic and toxicological aspects are still poorly understood. Esterases are an important group of enzymes in toxicology which are inhibited by some pesticides. Thus, this study aims to evaluate the in vitro effect of the organophosphate Diazinon (DZ) and the carbamate Carbaryl (CA) on acetylcholinesterase (AChE), which controls the nerve impulse, and carboxylesterase (CbE), an important detoxification enzyme, in gills, hepatopancreas and ganglions of D. pagei. The specimens were obtained in nature and sent to the laboratory for extraction of tissues, where they were homogenized in Tris-HCl buffer 0,1 mol/L, pH 8.0 and centrifuged for 30 minutes at 9168xg at 4°C. The samples were then incubated for 30 minutes at 25°C in five concentrations: 0.001; 0.01; 0.1; 1 and 5 (mM) of each pesticide and analyzed by spectrophotometry (wavelength: 412 nm). The results showed over 80% inhibition of enzyme activity in all tests on gills, except AChE exposed to DZ in both sexes where its activity remained over 50%. Regarding the ganglions, we observed inhibition over 80% in most tests, only male AChE exposed to DZ and CbE of both sexes exposed to CA showed enzyme activity over 50%. The hepatopancreas showed inhibition over 60% in all tests, except for AChE in both sexes exposed to DZ, where no inhibition was observed. Keywords: crabs, ecotoxicology, esterase. Financial support: CNPq: Proc. N° 479123/2013-6 334 O ESTRESSE OXIDATIVO EM UCIDES CORDATUS (LINNAEUS, 1763) SOB INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE SALINIDADE EM UM MANGUEZAL AMAZÔNICO Lílian Lund Amado¹*, Thaiane Santos Silva¹, Antônio L. N. Dergan¹, Johnata Azevedo Ferreira¹, Tamyris Pegado Souza e Silva¹, Carla Carolina Miranda dos Santos¹, 2 Cléverson Rannieri Meira Santos 1 2 Universidade Federal do Pará , Museu Paraense Emílio Goeldi * [email protected] O objetivo deste trabalho foi de avaliar a capacidade de resposta do caranguejo Uçá (Ucides cordatus) ao estresse oxidativo em ambientes sujeitos à variações de salinidade. Os indivíduos foram amostrados em dois locais no estuário do Japerica, PA: A) local de baixa salinidade, mais influenciado por águas dulcícolas e B) local de alta salinidade, próximo à costa. As coletas foram em junho (período chuvoso), Setembro (transição chuvoso-seco) e novembro de 2013 (período seco) com a retirada dos exemplares e conservação em gelo. Após biometria, as brânquias foram retiradas e armazenadas para análises da atividade de um biomarcador de exposição (a enzima antioxidante e de detoxificação Glutationa S-transferase - GST) e outro de efeito (lipoperoxidação – LPO). Variáveis de temperatura, salinidade, pH e oxigênio dissolvido foram medidas na água localmente e somente a salinidade apresentou variação significativa nos locais e nos períodos de coleta. Os testes de Anova e Tukey demonstraram que a atividade da GST não apresentou diferenças entre os pontos em cada um dos períodos amostrados, mas foi significativa (p<0,05) ao indicar uma maior atividade no período chuvoso (baixa salinidade). Para o local A (sujeito a maior variação salina) também foi significativo o aumento de LPO. As maiores variações de salinidade sofridas pelos organismos do ponto A impõem a necessidade de aumento de atividade metabólica, o que, somado à diminuição da atividade da GST, levou a danos oxidativos aos lipídeos, indicando uma situação de estresse oxidativo dos organismos. Palavras-chave: Crustáceos, Brachyura, homeostase, biomarcadores VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 335 209 BIOMARCADORES DE EFEITO (GLUTATIONA STRANSFERASE; GST) E EXPOSIÇÃO (LIPOPEROXIDAÇÃO; LPO) EM MACROBRACHIUM AMAZONICUM (HELLER, 1862) (DECAPODA: PALAEMONIDAE) 1 Lílian Lund Amado¹*, Johnata A. Ferreira¹, Antônio L. N. Dergan¹, José Luis N. Vieira , Roberto M. Bezerra², José C. T. Carvalho², José M. Monserrat³, Rony R. R. Vieira³, Cléverson Rannieri 4 5 Meira Santos , Leandro Machado de Carvalho 1 Universidade Federal do Pará , Universidade Federal do Amapá², Universidade Federal do Rio 4 5 Grande³, Museu Paraense Emílio Goeldi , Universidade Federal de Santa Maria * [email protected] Este trabalho tem como objetivo avaliar biomarcadores bioquímicos em camarões da espécie Macrobrachium amazonicum residentes em locais com histórico de contaminação por As. Os organismos foram capturados, utilizando matapi como arte de pesca na foz do rio Amazonas (poluído), rio Beija-flor (intermediário) e rio Campumpema (referência) no período seco (SC, agosto de 2013) e chuvoso (CH, março de 2014). Foram retiradas as brânquias e músculo para as análises +3 +5 bioquímicas. Em amostras de água foram analisados o conteúdo de arsenito (As ) e arsenato (As ). +5 Na análise da água só foi encontrada a presença de As , com maiores concentrações no CH em relação ao SC. A atividade da GST nas brânquias nos animais dos três locais teve uma indução do período SC para o CH, mas não apresentou diferenças (p=0,9) entre os locais em nenhum dos dois períodos. Os camarões do local intermediário apresentaram menor LPO nas brânquias (p<0,0001) em relação ao local poluído tanto no período CH quanto no SC, apesar de uma maior concentração +5 de As (p<0,0001) no sítio intermediário em relação ao referência. A LPO no músculo dos animais coletados no período SC não apresentou diferenças significativas entre os locais. No CH os animais dos locais referência e poluído tiveram uma maior LPO em relação ao local intermediário. Logo, pode-se concluir que os órgãos tem diferentes capacidades de detoxificação, e que as chuvas influenciam no aumento da capacidade de detoxificação e no aumento da LPO, podendo estar relacionada ao aumento da disponibilidade de alimento. Palavras-chave: Crustáceos, Arsênio, camarões dulcícolas, poluição Apoio Financeiro: Universal/CNPq Proc. Nº 480492/2011-5; PIBIC/UFPA 336 DISPOSITIVO DE CONTENÇÃO PARA TESTES DE TOXICIDADE IN SITU PARA CRUSTÁCEOS DECÁPODES 2 Lucas Rezende Penido Paschoal¹, Douglas de Pádua Andrade ¹ Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro, Rio Claro (SP) ² Universidade Federal de Alfenas, Alfenas (MG) [email protected] Testes de ecotoxicidade são componentes primordiais em estudos de avaliação de impactos em ecossistemas aquáticos, sendo que órgãos ambientais competentes determinam quais atividades e empreendimentos deverão realizar tais procedimentos. Entretanto, muitas vezes tais testes são dispendiosos e complexos. Uma das alternativas de viabilizá-los de forma comercial, econômica e científica são os testes in situ (mais rápidos, com menor esforço laboral). No entanto, existe uma carência de ferramentas padronizadas disponíveis no mercado. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi apresentar uma nova tecnologia para testes in situ com crustáceos decápodes. O modelo utilizado neste estudo foi o camarão Macrobrachium amazonicum, por possuir ampla distribuição geográfica, interesse econômico, alta plasticidade fenotípica e ter sido previamente testado como bioindicador. Indivíduos de populações de pequeno (N:30, CC :9,37) e grande porte (N:10, CC :19,83) foram acondicionados em sistemas de contenções portáteis em formato hexaédrico e mantidos por 30 dias dentro de aquários para verificar a eficácia desses dispositivos. Após constatar em laboratório que os dispositivos não interferiram na sobrevivência dos organismos, foi verificada em campo a eficácia do aparelho. Por 96 horas, outros indivíduos de ambas as populações foram mantidos em rios do sudeste brasileiro, onde também não foi constatada mortalidade e escape dos espécimes. Conclui-se que a tecnologia foi eficaz para testes in situ para M. amazonicum, com grande potencial de padronização metodológica na área de ecotoxicologia. Palavras-chave: Dispositivo de contenção, ecotoxicidade, Macrobrachium amazonicum. Apoio Financeiro: Capes. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil 337 210 DETERMINAÇÃO DE METAIS PESADOS NA CARCINOFAUNA DE PRAIAS ARENOSAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Tatiana Medeiros Barbosa Cabrini¹, Viviane B. Skinner², Ricardo Silva Cardoso ¹ Universidade Federal do Rio de Janeiro 3 ², Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro [email protected] 3 Os metais pesados representam uma grande parte dos contaminantes que afetam a fauna da região costeira e podem ser acumulados nos organismos aquáticos, afetando toda a teia trófica do ecossistema praial, pelo processo de biomagnificação trófica. Este trabalho tem como objetivo avaliar a concentração de contaminantes metálicos (Ni, Cu, Zn e Cd) nas principais espécies da carcinofauna em 75 praias ao longo do estado do Rio de Janeiro. Um total de 250mg de tecido liofilizado dos organismos mais representativos de cada praia foi utilizado, adicionados 5 ml de ácido nítrico subdestilado concentrado por 24 horas, sob aquecimento a 100º C durante 5 horas, em seguida o volume foi ajustado para 20ml com água ultrapura, para posterior análise no espectrômetro de massa por ionização acoplada por plasma (ICP-MS). A acurácia do método foi testada pelo uso do material de referência certificado, DORM- 2. O maior valor de níquel foi registrado para o anfípoda -1 Atlantorchestoidea brasiliensis (7,80 µg g ), o caranguejo Ocypode quadrata apresentou o maior -1 valor de cobre (140,33 µg g ), o maior valor de zinco foi registrado para o isopoda Excirolana -1 braziliensis (334 µg g ) e o tatuí Emerita brasiliensis apresentou o maior valor de cádmio (5,85 µg g 1 ). Os resultados encontrados neste estudo estão acima dos valores reportados para a biota aquática marinha de outras regiões, mas cabe ressaltar que a Baía de Guanabara e a Baía de Sepetiba são duas áreas costeiras altamente poluídas por metais, e nestas regiões foram registrados as maiores concentrações de metais pesados. Palavras-chave: Metais pesados, macrofauna, Rio de Janeiro, praias arenosas. Apoio Financeiro: CNPq, Faperj. VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil INDICE DE AUTORES Autores – Número do Resumo ABESSA, Denis M.; 47 ABRUNHOSA, Fernando Araujo ; 200; 201 ADAM, Carolina de Lima ; 76 AGUIAR, Fernanda Pinotti ; 63 AGUIAR, Leiliane Cristina de ; 190; 191; 221; 220 AKBARZADEH, Arash ; 194 ALENCAR, Carlos Eduardo Rocha Duarte ; 62; 132; 134; 165; 211; 265; 314; 326; 329 ALMEIDA, Alexandre Oliveira de ; 45; 138; 212; 216; 234 ALMEIDA, Ariádine Cristine de ; 2; 41; 44; 79; 169; 193; 286 ALMEIDA, Vinícius Queiroz de ; 204 ALMEIDA, Viviane Lúcia dos Santos ; 330 ALMEIDA, Eduardo Alves de ; 333 ALMERÃO, Maurício Pereira ; 55; 307 ALVES, Douglas Fernandes Rodrigues ; 81; 85; 86; 95; 136; 161; 169; 193; 199; 264; 271; 323; 328 ALVES, Franscolândio dos Santos; 168; 243 ALVES, Luíz; 75 ALVES, Maria Madalena dos Santos; 43 ALVES-COSTA, Fernanda Antunes ; 77 ALVES-JÚNIOR, Flavio de Almeida ; 303 AMADO, Lilian Lund ; 334; 335 ANASTÁCIO, Pedro Manoel Silva Gentil ; 324 ANDRADE, Carlos Fernando Salgueirosa de ; 213 ANDRADE, Douglas de Pádua ; 336 ANDRADE, Luciana de Matos ; 203; 204 ANDRADE, Marco Aurelio Raz de ; 127 ANDREA, Rossi; 131 ANDRIOLI, Guilherme Casemiro ; 139 ANSALDO, Martín; 125 ANTÔNIO NETTO, Sergio; 3 ANTUNES, Mariana; 92; 154 AQUINO, Mariana Aparecida Bueno de ; 262 ARAUJO, PAULA BEATRIZ ; 8; 11; 12; 25; 39; 50; 55; 57; 151; 189; 215; 223; 224; 232; 251; 307; 310; 324 ARAÚJO, Marina de Sá Leitão C. de ; 302; 303 ARAÚJO, Paulo Victor do Nascimento ; 329 ARRUDA, Maria Sueli Parreira de ; 130 ARRUDA, Danielle Cristina Bulhões ; 200; 201 ASSUGENI, Camila de Oliveira ; 245; 255; 256 ASSUNÇÃO, Filipe Nathan ; 171 AUGUSTO, A,; 120 AUGUSTO, Alessandra ; 128 BALDUENO, Júlio Anderson ; 280 BALLESTER, Eduardo Luis Cupertino ; 19; 21 BAMBOZZI, Andrea ; 162 BARBOSA, Ricardo Paulino ; 113; 318 BARBOSA, Rosiane de Jesus ; 40 BARIOTO, João Gabriel ; 172 BARRA, Paula de la ; 6; 93 BARROS, Olga Alcântara; 214 BARROS, Samara de Paiva ; 89 BARROS-ALVES, Samara de Paiva ; 86; 95; 136; 161; 169; 193; 271; 323 BARUTOT, Roberta Araujo; 259; 316; 317 BASSO, Gabriel Henrique Martins; 185 BATISTA, Abner Carvalho; 4; 94 BATISTA, Rosana Oliveira; 203 BATISTA, Thainara; 42; 46; 183; 198 BATISTA, Camila da Silva; 200; 201 BATISTA, Diego de Oliveira; 240; 322 BENEDITTO, Ana Paula Madeira Di ; 67 BENTO, Maria Alice Garcia; 152; 153 BERTINI, Giovana; 23; 173; 174; 253; 327 BEZERRA, Luis Ernesto Arruda ; 105; 113; 295; 296; 318 BEZERRA, Maria Angélica de Oliveira; 161 BEZERRA, Roberto M.; 335 BIAGI, Renata; 116 BIANCHINI, Adalto ; 75 BOCHINI, Gabriel Lucas ; 94; 227; 278 BOLLA JÚNIOR, Eduardo Antonio; 84; 180 BONATTO, Carolina de Rezende; 176 BONIFÁCIO, Marlúcia ; 260 BORGHEZAN, Rodrigo ; 49 BOTELHO, Laís Pinheiro ; 41; 44; 286 BOUÇAS, Lorena Felix Marocci ; 233 BOUCHON, Didier ; 307 BRAGA, Rafaella Lopes; 275 BRAGA, Adriane Araújo ; 182; 238; 273; 315 BRANDAO, Simone Nunes ; 240; 322 BRANDÃO, Manoela C. ; 34 BRAYNER, Fábio ; 75 BRAZÃO, Claudia Caramelo ; 19; 21 BRITO, Vanessa Lisboa Guerra de ; 165; 329 BUCKUP, LUDWIG; 12 BUENO, Alessandra Angélica de Pádua ; 63; 98; 99; 176; 210; 233; 254 BUENO, Lara Cristina Petry ; 189; 287 BUENO, Sergio Luiz de Siqueira ; 7; 9; 145; 324 BURANELLI, Raquel Corrêa ; 104; 114 BURTON, Ronald S. ; 34 CABRINI, Isaias ; 213 CABRINI, Tatiana Medeiros Barbosa ; 337 CALADO, Ricardo ; 3; 42; 69 CALADO, Tereza Cristina dos Santos ; 146; 188; 207; 325 CALVO, Natalia ; 288 CAMARGO, Alexandre ; 7 CAMARGO, Tavani Rocha ; 162; 163 CAMPELO, Renata Polyana de Santana ; 28 CAMPOS FILHO,; Ivanklin Soares ; 8; 105 CAMPOS, Luiz Alexandre ; 8 CAMPOS, Abraao Ismar Texeira ; 204 CANOSA, IVANA SOFÍA ; 187 CAPPARELLI, Mariana Vellosa ; 47 CARDOSO, Giovanna Monticelli ; 11; 57 CARDOSO, Ricardo Silva ; 337 CARNEIRO, Débora Manfrim ; 181 CARNEIRO, Victor Andrei Rodrigues ; 146 CARVALHO, Débora de Azevedo ; 135; 166; 268 CARVALHO, Fabricio Lopes de ; 10; 38 CARVALHO, Thaynnan Matos de Souza ; 96; 241 CARVALHO, Fabrício Lopes ; 38; 184 CARVALHO, José C. T. ; 335 CARVALHO, Leandro Machado de ; 335 CASTIGLIONI, Daiana da Silva ; 14; 219; 261 CASTIGLIONI, Daniela da Silva ; 177; 209; 210; 219; 254; 261; 263; 302 CASTIGLIONI, Lilian ; 333 CASTILHO, Antonio Leão ; 24; 30; 60; 72; 74; 94; 97; 139; 163; 170; 171; 172; 227; 228; 229; 242; 249; 267; 276; 277; 320 CASTRO, Diego Cavalcante Lima ; 270 CASTRO, Vanessa da Silva de ; 177; 209; 210; 263 CASTRO, Ana Paula Simões ; 231; 259; 282; 317 CASTRO, Jucele ; 197; 198 CAVALCANTE, João Gabriel Farias ; 218 CERVINI, Marcelo ; 160 CHACUR, Mônica Mungai ; 306; 316 CHATTERJEE, Tapas ; 112 CHAVES, Mariane Rossi ; 156; 301 CHAVES, Túlio Paiva ; 164; 208 CHICONINI, Giovanna Paim ; 137; 141; 142; 159 CHRISTOFOLETTI, Ronaldo Adriano ; 65 CICHOWSKI, Viviane ; 206 CLEMENTE, Leyzinara ; 183; 198 COBO, Valter José ; 69; 73; 81; 136; 185; 199; 262; 266; 328 COLAVITE, Jessica ; 107; 167; 290 COLLINS, Pablo A. ; 124; 131; 135; 166; 186; 268 CONCEIÇÃO, Moisés B. da ; 48 CORDEIRO, Larissa Moraes ; 147 CORDEIRO, Lívia Medeiros ; 49; 291 CORDEIRO, Natália Pereira ; 157 211 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil CORTES-JACINTO, Edilmar ; 68 COSTA, Marcelo ; 70 COSTA, Mariana Fernandes de Britto ; 284; 299 COSTA, Marília Fernandes ; 295 COSTA, ROGERIO CAETANO DA ; 4; 37; 72; 74; 84; 94; 97; 130; 137; 139; 143; 159; 163; 170; 172; 173; 202; 227; 228; 253; 264; 267; 272; 276; 277; 278; 312; 319; 320; 327 COSTA, Tania Marcia ; 1; 3; 32; 65; 84; 101; 147 COSTA, Vanessa Bandeira da ; 64 COUTINHO, Ricardo ; 66 COUTO, Erminda da Conceição Guerreiro ; 33; 164; 208; 274; 275; 292; 311 CUESTA, José A. ; 116 CUNHA, Andressa Maria Santos ; 216 CUNHA, DANDARA DE SOUSA ; 190; 191; 220; 221 CURY, Isis Danniele ; 76; 140 DANTAS, Daniela Pimenta ; 264 DAVANSO, Thiago Maia ; 4; 72; 94; 97; 117; 139; 312 DE LUCCA, José Valdecir ; 289 DEBASTIANI JÚNIOR, José Roberto ; 31; 283 DELAUNAY, Carine ; 307 DELGADO, Laura Borgatto ; 72 DERGAN, Antônio L. N. ; 334; 335 DEUS, Rayssa Parente de ; 141 DIAWOL, Valeria P. ; 186 DÍAZ, Fernando Castillo ; 288 DIELE, Karen ; 66 DINIZ, Leidiane Pereira ; 304 DOMINGUES, Inês ; 42; 46; 183; 197 DORNA, Mayqueli ; 46; 183; 198 DUARTE, Gabriela Serra do Vale ; 27 DUARTE, Jéssica Delilo ; 280 DUARTE, Luis Felipe de Almeida ; 21 DUMONT, Luiz Felipe Cestari ; 316 DUTRA, Fabrício Martins ; 19; 21 DWORSCHAK, Peter C. ; 111 DYZENCHAUZ, Amir ; 288 ELMOOR-LOUREIRO, Lourdes Maria Abdu ; 31; 283; 304 ESPOSITO, Fernando Tadeu ; 90 FALCÃO, Caio Bruno Ribeiro ; 115 FALEIROS, Rogério ; 75 FARIA, Fabiola Cristina Ribeiro de ; 106 FARIA, Samuel Coelho ; 59; 75 FARIAS, Daniel Lima de ; 122 FEITOSA, Welington Soares ; 222; 300 FELDER, Darryl L. ; 111 FERNANDES, Laís Pinho ; 67 FERNANDES, Lohengrin ; 66 FERNANDES, Marcus Emanuel Barroncas ; 257; 258 FERNANDES-GÓES, Lissandra Corrêa; 43; 87; 96; 190; 191; 220; 221; 235; 236; 241; 264; 281 FERRARI, Augusto ; 8 FERREIRA, Ana Paula ; 61; 133; 309 FERREIRA, Luciane Augusto de Azevedo ; 150 FERREIRA, Valdimere ; 297 FERREIRA, Wellington Donizet ; 99 FERREIRA, Johnata Azevedo ; 334; 335 FERREIRA, Keltony de Aquino ; 273; 315 FOGAÇA, Fabíola Helena dos Santos ; 87 FONSECA,; Mytalle ; 212 FORTUNA,; Monique D´Assunção ; 3 FRAMESCHI, Israel F. ; 245; 248; 255 FRANCA, Rute Xavier ; 113; 318 FRANCISCO, Ana Karina de ; 160 FRANCO-TADIC, Luis ; 125 FRANSOZO, Adilson ; 44; 62; 79; 81; 169; 173; 193; 244; 248; 253; 255; 256; 262; 264; 285; 286; 298; 313; 314; 319; 327 FRANSOZO, Vivian ; 26; 195; 245; 252; 326 FREIRE, Fulvio Aurelio de Morais ; 62; 78; 79; 132; 134; 165; 211; 265; 314; 326; 329 FREIRE, Andrea S. ; 34 FREIRE, Carolina Arruda de Oliveira ; 19; 21 FREITA, Francisco Ronaldo Vieira ; 279 FREITAS, Betânia Souza de ; 14 FREITAS, Eduardo de; 42; 46; 88; 183; 198 FREITAS, Sarah Lemes ; 299 FUKUDA, Bianca ; 174; 23 FURLAN, Michele ; 193 GABRIELA, Musin ; 131 GAETA, Henrique H. ; 128 GARCÍA- GUERRERO, Marcelo Ulises ; 68 GARCIA, Diogo Henrique Araújo ; 260 GARCIA, Joyce Rocha ; 74 GARÇON, Daniela Pereira ; 18; 122; 123; 127 GARDUNHO, Danilo Cesar Lima ; 257; 258 GEIHS, Márcio Alberto ; 15 GEROTTO, Amanda ; 128 GHILARDI, Renato Pirani ; 117 GIARETA, Eloísa Pinheiro ; 52; 53 GIRALDELLI, G.A.F, ; 120 GIRI, Federico ; 268 GÓES, João Marcos de ; 43; 87; 96; 119; 190; 191; 192; 220; 221; 235; 236; 241; 250; 264; 281 GOMES, Cleidson Paiva ; 257; 258 GOMES, Kelly Martinez ; 50; 55; 215; 232 GOMES, Pollyana Morais de Oliveira ; 192; 235; 236 GOMES, Rogers de Souza ; 280 GONÇALVES, Geslaine Rafaela Lemos ; 276; 277 GONÇALVES, José Yarley de Brito ; 293 GONZÁLEZ, Raúl; 6 GRABOWSKI, Raphael Cezar ; 30; 72; 94; 277 GRAÇA, Marcus Vinícius Oliveira ; 44 GRANADO, PRISCILA ; 65 GRANDE, Fernando Rafael de ; 1 GRAVE, Sammy De ; 38 GREGATI, Rafael Augusto ; 92 GUERRERO-OCAMPO, Cecilia Margarita ; 156 GUIMARÃES, Fernanda Jordão ; 33; 164; 292; 311 GUIMARÃES, Marcio Paiva ; 146; 207 GUIZARDI, Poliana Salve ; 33; 311 HASHIGUTI, Henrique Hideki ; 331 HAYD, Liliam ; 42; 46; 88; 183; 197 HECKLER, Gisele Salgado ; 319 HENARES, Matheus Nicolino Peixoto ; 80 HERREIRA, Daphine Ramiro ; 94; 267 HIROKI, Kátia Aparecida Nunes ; 244; 245; 247; 248; 255; 256; 285 HIROSE, Gustavo Luis ; 85; 97; 136; 161; 271; 312; 323 HO, Simon Y. W. ; 36 HOSTIM-SILVA, Maurício ; 66 HUBER, Augusto Frederico ; 251 JACOBUCCI, Giuliano Buzá ; 2; 41 JÁCOME, Andrea Amanda Bezerra ; 295 JARA, Carlos G. ; 151 JIMENEZ, PEDRO JULIÃO ; 26 JUNIOR, Romel ; 197 JUSSILA, Japo ; 307 KAMRANI, Ehsan ; 194 KARIM, Hanner Mahmud ; 88 KASSUGA, Alexandre Dias ; 66 KENNE, Diego Costa ; 223; 224 KEUNECKE, Karina Annes ; 67 KONISHI, Máyra ; 73; 199 KONJUNSKI, Juliana ; 52 KOURY, Helena Ansanello ; 278 LARRAZÁBAL, Maria Eduarda Lacerda de ; 330 LAUER, Mariana ; 75 LEIDENS, Danusa ; 15 LEITÃO, Sigrid Neumann ; 28 LEITE, Fosca Pedini Pereira ; 61; 71; 133; 284; 299; 309; 213 LEITE, Renata Daldin ; 52; 53; 76 LEMOS, Jussara Moretto Martinelli ; 64; 246; 297 LEONE, Francisco Assis ; 18; 122; 123; 126; 127 LIANOS, Laira ; 167 LIMA, Alexandre Vidotto Barboza ; 333 LIMA, Cynthia Dayanne Mello de ; 28; 28 LIMA, Daniel José Marcondes ; 73; 81; 262; 328 LIMA, Izabela Moraes ; 27 LIMA, Lucineide dos Santos ; 293; 294 212 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil LIMA, Thalles Policarpo de Carvalho ; 88 LIMA, Yago Barros ; 113; 318 LIMA, Aline Ferreira dos Santos ; 40 LIMA, Bianca de Souza ; 286 LIMA-GOMES, Renata C. de ; 135; 166; 268 LINS, Luana dos Santos Ferreira ; 36 LIRA, Simone Maria de Albuquerque ; 28; 115 LO, Nathan ; 36 LOPES, Ana Elisa Bielert ; 245; 247; 248 LOPES, Mateus ; 108; 278 LÓPEZ-GRECO, Laura Susana ; 13; 86; 89; 95; 125; 154; 288 LOUREIRO, Tainã Gonçalves ; 50; 324 LUCENA, Malson N. ; 123; 126; 127 LUCENA, Malson Neilson de ; 18; 122 LUCENA, ISIS CAMPOS DE ; 222; 279; 300 LUCHIARI, Ana Carolina ; 78 LUGON, Ryann Albino ; 182 MACEDO, Rayury Shimizu de ; 178; 293; 294 MACHADO, Glauco Barreto de Oliveira ; 71 MACHADO, Ilani Dávila ; 14 MACIEL, Fábio Everton ; 15 MAEBARA, Mariana R. S. ; 174 MAGALHÃES, Célio ; 10; 102; 135; 166; 268 MAGALHÃES, Érika Barros de ; 182; 238; 273 MAGALHÃES, Tatiana ; 104; 116 MAKONNEN, Jenny ; 307 MANDAI, Silvia Sayuri ; 114 MANSUR, Karine Ferreira Ribeiro ; 284; 299 MANTELATTO, Fernando Luis ; 10; 35; 37; 38; 56; 100; 102; 103; 104; 108; 110; 111; 114; 116; 143; 152; 153; 155; 158; 163; 184; 228; 276; 320 MANTOAN, P.V.L. ; 120 MANTOAN, Paulo Victor Leme ; 128 MARASCHI, Anieli Cristina ; 121 MAROCHI, Murilo Zanetti ; 54; 70; 76; 140 MARQUES, Helcio Luis de Almeida ; 174 MARTINS, André Silva ; 119; 250 MARTINS, Bárbara Araújo ; 173; 253 MARTINS, Inês Xavier ; 295 MARTINS, Lucas Silva ; 43; 192 MARTINS, Maritza ; 68 MARTINS, Salise Brandt ; 5 MARTINS, Bárbara A. ; 313 MASUNARI, Setuko ; 5; 27; 54; 70; 76; 140 MATAQUEIRO, M. F. ; 139 MATAQUEIRO, Márcia ; 162 MATAQUEIRO, Marcia Fiorese ; 152; 153 MATOS, Alisson Sousa ; 274 MATOS, Bárbara ; 104 MCNAMARA, John Campbell ; 18; 47; 59; 75; 122; 123; 126; 127 MEDESANI, Daniel ; 187 MELÃO, Maria da Graça Gama ; 269 MELO JUNIOR, Mauro de; 304; 330 MELO SOBRINHO, José Laelcio de ; 188 MELO, Madson Silveira de ; 27; 306 MENDES, Mirian dos Santos ; 119 MÉNDEZ-MARTÍNEZ, Yuniel; 68 MESQUITA, Elis Regina ; 103 MINOZZO, Marcelo Giordani ; 90 MIRANDA, Ivana ; 104 MOGHADDAM, Parvaneh ; 194 MONSERRAT, José M. ; 335 MONTENEGRO, ÁLVARO ; 84; 180 MORAES, Alex Barbosa de ; 132; 211 MORAES, Isabela Ribeiro Rocha de ; 69 MORAES, Maria Luiza Lança de ; 299 MORAES, Sávio Arcanjo Santos Nascimento de ; 165; 329 MORAES, Ana Lídia Serejo ; 96 MORAES, Ana Lídia Serejo ; 241 MORAES, Juliana Cristina Bertacini de ; 7; 9; 145 MORAIS JUNIOR, Cláudio Simões de ; 304 MOREIRA, Thaís Berger ; 233 MOSSOLIN, Emerson Contreira ; 181; 205 MOTA, Andressa Cristina Ramaglia da ; 120 MOTA, Paula Mescya da Silva ; 308 MOURA, Ariadne do Nascimento ; 330 MUSIN, Gabriela Eliana ; 124; 186 NAKAGAKI, Jelly Makoto ; 27; 129; 306 NALIATO, Danilo Augusto de Oliveira ; 51 NARVARTE, Maite ; 6; 93 NASCIMENTO, Hugo Pereira do ; 113; 318 NASCIMENTO, Janaina Marques do ; 196 NASCIMENTO, Rafael dos Santos ; 192 NASCIMENTO, Janaina Lima do ; 250 NATALIO, Luis Felipe ; 32 NEGREIROS, Natalia Félix ; 237 NEGREIROS-FRANSOZO, Maria Lucia ; 62; 85; 86; 92; 95; 154; 180 NEGRI, Mariana ; 104; 108; 158 NEGROMONTE, Aurinete Oliveira ; 217 NEITALI, Bita Kalvani ; 194 NERY, Luiz Eduardo Maia ; 15 NERY, Mariane Fernandes Gomes ; 178; 196; 222; 300 NEUFELD, Aline Binato ; 71; 213 NÓBREGA, Priscila Sousa Vilela da ; 64 NOGUEIRA, Marcos Gomes ; 31; 51; 283 NOGUEIRA, Reuther Lincoln ; 205 NOLASCO-SORIA, Héctor ; 13 NOORI, Ahmad ; 194 NOVAIS, Wendel Resende Ramos ; 168; 243 NUNES, Lorena A. ; 160 NUNES, Marcos Vinícius ; 289 NUNES, Aline Cristina Ferreira ; 203; 204 NUNES,Erika Takagi ; 182; 238; 273; 315 OGAWA, Cynthia Yuri ; 29; 270; 308 OKUMURA, Denise Tieme ; 179; 269 OLIVEIRA JUNIOR, Pedro Cruz de ; 129 OLIVEIRA, Alexandre Ricardo de ; 168; 243 OLIVEIRA, Ana Carolina Lima de ; 215; 251 OLIVEIRA, Caio Martins Cruz Alves de ; 35; 100 OLIVEIRA, Guendalina Turcato ; 14; 16; 17 OLIVEIRA, Lisianne de S. ; 160 OLIVEIRA, Marcela Silvano de ; 2; 41; 44; 169; 193; 286 OLIVEIRA, PALOMA DE SOUZA ; 200; 201 OLIVEIRA, Renata Vasconcelos ; 160 OLIVEIRA, Dayse Aline Silva Bartolomeu de ; 90 OZGA, Aline Vasum ; 177; 263 PAIXÃO, Juliana ; 104 PALAORO, Alexandre V. ; 151 PANTALEÃO, João Alberto Farinelli ; 4; 86; 89; 94; 130; 143 PARDO, Luis Miguel ; 158 PASCHOAL, Lucas Rezende Penido ; 292; 336 PASSOS, Fabyanne de Souza ; 42; 183; 198 PAZINATO, Paula Giovana ; 117 PEIRÓ, Douglas F. ; 307 PERBICHE-NEVES, Gilmar ; 51; 291 PEREIRA, Elise Vargas ; 225 PEREIRA, Jessika Alves Oliveira ; 230 PEREIRA, Jorge Luiz da Silva ; 231; 239; 259; 282; 317 PEREIRA, Julia da Silva ; 144 PEREIRA, Maria Dauiane Ferreira ; 196; 290; 300 PEREIRA, Rafaela Torres ; 313; 314 PEREIRA, Simone Fátima Pinheiro ; 64 PEREIRA, Camilo Dias Seabra ; 21 PERES, Luciane Ayres ; 151 PERES, Pedro Augusto da Silva ; 61; 133; 309 PESCINELLI, Regis Augusto ; 4; 202 PEZZI, Pedro Henrique ; 310 PIANTKOSKI, Emerson Luiz ; 272 PICOLO, Janaina Muniz ; 77; 137; 141; 142; 159 PILLON, Clarissa Ferreira ; 219; 261 PINHEIRO, Allysson Pontes ; 178; 196; 214; 218; 222; 279; 290; 293; 294; 300 PINHEIRO, Ludimila Carneiro ; 16; 17 PINHEIRO, Marcelo Antonio Amaro ; 21; 194; 206 PINTO, Marcelo Rodrigues ; 18; 122; 123; 126; 127 PINTO, Ricardo Lourenço ; 144; 225 PIVETA, Aline Rossiée ; 109 PODGAISKI, Luciana Regina ; 224 213 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil PONTINE, Victor Peçanha ; 91 POORE, Gary C.B.; 111 PORTO, Ana Carolina Figueira ; 2; 41; 44; 169; 193; 286 PRADO, Jaíra Bento do ; 106 PRALON, Bruno Gabriel Nunes ; 175; 218 PRATA, Pedro Fernandes Sanmartin ; 316 PRETO, Bruno de Lima ; 80 PREVIATTELLI, Daniel ; 225; 291 PRODOCIMO, Viviane ; 121 QUADROS, Aline Ferreira de ; 39 QUARESMA, Miani Corrêa ; 64 QUARESMA, Vitor Tuzuki ; 331 QUEIROGA, Henrique ; 3 RABET, Nicolas ; 164 RAMOS, Jaqueli Santos ; 168; 243 RAMOS, Camila Silva ; 323 REIGADA, Alvaro Luiz Diogo ; 331; 332 REIS, Maria de Nazaré do Rosário ; 257 REZENDE, Carla ; 270 REZENDE, Carla Ferreira ; 29 RIBEIRO, Felipe Bezerra ; 12; 55; 105; 232; 251 RIBEIRO, Rayane Sorrentino ; 112 RIBEIRO, Tatiana dos Santos ; 168; 243 RIBEIRO, Crislene Cristo ; 238; 273 RIBEIRO, Julia Camargo ; 2 RIEGER, Paulo Juarez ; 206 ROBLES, Rafael ; 108; 111 ROCHA JUNIOR, Luiz Carlos Bastos da ; 188 ROCHA, Marcella Priscila de Almeida ; 297 ROCHA, Odete ; 179; 237; 289 ROCHA, Rui Miranda ; 69 ROCHA, Sergio Schwarz da ; 40; 82 ROCHA, Carlos Eduardo Falavigna da ; 225 RODRIGUES, Ana Carolina Melo ; 246 RODRIGUES, Caio G. ; 305 RODRIGUES, Maria Maschio ; 90; 91 RODRIGUES, Stella Gomes ; 98; 210; 254; 323 RODRIGUES, Tatiane ; 197 RODRÍGUEZ, Enrique ; 187 ROMERO, Alejandra ; 6 ROMERO, Carolina ; 75 ROSOLEM, Danielle Alves ; 266 ROSSI, Natália ; 103; 110; 158 ROSSI, Andrea S. ; 124; 186 RUIZ, Yula Silva ; 331; 332 SACRISTÁN, Hernán Javier ; 13; 125; 288 SALGUEIRO, Julieta ; 187 SANCINETTI, Gustavo S. ; 195; 244; 245; 248; 255 SANTANA, Julianna de Lemos ; 146; 188; 207; 325 SANTANA, Kelly C. R. ; 23 SANTANA, William ; 107; 109; 118; 167 SANTANA, William Ricardo Amancio ; 214 SANTOS, Adriana Quadra dos ; 98 SANTOS, Ana Paula Freitas dos ; 171; 249 SANTOS, Cleverson Rannieri Meira dos ; 108; 231; 239; 259; 260; 282; 317; 334; 335 SANTOS, Josiane Souza ; 321 SANTOS, Livanio Cruz dos ; 178; 290; 294 SANTOS, Luana Carla dos ; 78 SANTOS, Luciana Souza dos ; 148; 149; 203 SANTOS, Marcelo Nascimento dos ; 88 SANTOS, Michelle Roberta dos ; 80; 305 SANTOS, Mônica Sales dos ; 109 SANTOS, Patricia Dantas ; 200; 201 SANTOS, Patricia Souza ; 45; 138; 234 SANTOS, Rafael de Carvalho ; 271; 312 SANTOS, Renata Martins dos ; 237 SANTOS, Sandro ; 151; 219; 261 SANTOS, Wagner José dos ; 188; 207; 325 SANTOS, Carla Carolina Miranda dos ; 334 SANTOS, Caroline Tibúrcio ; 323 SANTOS, Gleice de Souza ; 28 SARAIVA, Antônio Álamo Feitosa ; 214 SARPÉDONTI, Valérie ; 64 SCHIZAS, Nikolaos V. ; 112 SCHUBART, Christoph D. ; 101; 114 SCHÜNEMANN, Bárbara Letícia Botura ; 254 SCHWAMBORN, Ralf ; 28; 115 SENA, Lidiane de Cassia Cruz de ; 231; 259; 317 SENNA, André Resende de ; 98; 112; 226; 230 SEQUEIRA, Ellen B. ; 306 SERAFIM JÚNIOR, Moacyr ; 82 SEREJO, Cristina S. ; 22 SHIMIZU, Roberto Munehisa ; 319 SHINOZAKI-MENDES, Renata Akemi ; 148; 149; 203; 204 SIEBERT, Tiago Henrique ; 77; 137; 141; 142; 159 SILVA, Alexandre Ribeiro da ; 242 SILVA, Antonio Adriano Sousa ; 175; 218 SILVA, Daniele Sobreira ; 178; 222 SILVA, Elkênita Guedes ; 226 SILVA, Francisca Mariana Rufino de Oliveira ; 296 SILVA, Isabel Cristina Gomes da ; 168; 243 SILVA, Jackson Lins da ; 168; 243 SILVA, Lidiane Cristina da; 237; 269; 289; 289 SILVA, Luane Samara Alves e ; 156 SILVA, Lucas Nunes da ; 148; 149; 203 SILVA, Nathália Lins ; 28 SILVA, Rafaela Nunes da ; 77; 141; 142 SILVA, Raquel Costa e ; 2; 41 SILVA, Rayette Souza ; 200; 201 SILVA, Rodrigo Jonhsson Tavares ; 230 SILVA, Simone Aparecida Dena da ; 71 SILVA, Sonja Luana Rezende da ; 63; 85; 271; 312 SILVA, Tamyris Pegado Souza e ; 334 SILVA, Tátila Dalila de Sousa ; 235 SILVA, Thaiane Santos ; 334 SILVA, Thais Fernanda de Campos Fraga da ; 130 SILVA, Thiago Elias da ; 244; 252; 326; 327 SILVA, Thiago Ferreira ; 29 SILVA, William Marcos da ; 280 SILVA, Cleiton Guerreiro da ; 301 SILVA, Elinai dos Santos ; 58 SILVA, Izabel Regina Soares da ; 161 SILVA, Jhonathan William da ; 129 SILVA, José Carlos da ; 169; 193 SILVA, José Roberto Feitosa ; 29; 308 SILVEIRA, AUGUSTO RYSEVAS ; 252 SILVESTRE, Ana Karolyne de Camargo ; 170 SILVEYRA, Gabriela ; 187 SIMÕES, Sabrina Morilhas ; 30; 94; 249; 272; 278; 319; 320 SIQUEIRA, Silvana Gomes Leite ; 22; 71 SKINNER, Viviane Bielinski ; 337 SOARES, Andjara Thiane Cury ; 247 SOARES, Daniele Cosme ; 134; 265 SOARES, Mayara ; 198 SOARES, Mayara Pereira ; 197 SOARES, Michelly Pereira ; 197 SOBERANES-YEPIZ, Mário Vitor Oliveira da Silva,; 234 SOLEDADE, Guidomar Oliveira ; 45; 138; 212; 216 SONODA, Sérgio Luiz ; 321 SOUSA, Aline Nonato de ; 244; 245 SOUSA, Francisco Diogo Rocha ; 304 SOUTY-GROSSET, Catherine ; 307 SOUZA, Caroline Araújo de ; 21 SOUZA, Edson dos Reis ; 82; 83 SOUZA, Ester Emanuele Calazans de ; 325 SOUZA, Helena de Oliveira ; 48 SOUZA, Laize Santana de ; 85 SOUZA, Maria Luiza Santos de ; 286 SOUZA, Shayanna Mitri Amorim da Rocha ; 275 SOUZA, Somira S. de ; 160 SOUZA-CARVALHO, Edvanda Andrade ; 102; 116 SOUZA-FILHO, Jesser Fidelis ; 58; 217; 226; 303 STANSKI, Gilson ; 172; 228; 229 STUMPF, Liane ; 288 TAMBURUS, Ana Francisca ; 158 TANGERINA, Marcelo M. P. ; 101 TAVARES, Marcos ; 9; 118; 145; 150; 157 TAVARES, Renzo Gonçalves ; 238; 273; 315 TEIXEIRA, Gustavo Monteiro ; 156; 169; 298; 301; 313 TEIXEIRA, Igor de Ávila ; 28 214 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil TEODORO, Sarah de Souza Alves ; 37 TEROSSI, Mariana ; 35; 37; 56; 100; 104; 143; 155 THURMAN, Carl ; 59 TORELLI, Alan Augusto Conduta ; 167 TORRES, Maria Victoria ; 268 TORRES, Rodrigo Augusto ; 115 TRAJANO, Eleonora ; 49; 291 TREVISAN, André ; 52; 53 TROPEA, Carolina ; 86; 89; 288 TURINI, Elsie Leticia ; 77; 141; 142 UBESSI, Francieli ; 177; 209; 263 URQUIZA, Marcus Vinicius Santiago ; 280 VALE, Valéria Fonseca ; 132; 134; 329 VALENTI, Wagner Cotroni ; 80; 305 VALERIA, Diawol ; 131 VALGAS, Artur Antunes Navarro ; 14 VASCONCELOS, Flávio Camargo de ; 328 VENÂNCIO, Marciano Antônio ; 195; 298 VENTURINI, James ; 130 VERCESI, Karla ; 42; 183 VICENTINI, Irene Bastos Franceschini ; 77; 137; 141; 142; 159 VICENTINI, Carlos Alberto ; 142 VIDAL, Carlos Alberto Soares ; 279 VIEIRA, José Luis N. ; 335 VIEIRA, Rony Roberto Ramos ; 206; 231; 239; 259; 260; 317; 335 VITAL, Helenice ; 240; 322 WEBER, Laura I. ; 48 WILLINER, Verónica ; 124; 131; 135; 166; 186 WILSON, George D. F. ; 36 WOLF, Milena Regina ; 24; 60; 242; 276 WOOD, Camila Timm ; 25; 189; 310 YAMANE, Renata Mayumi ; 137; 141; 142; 159 YAMASAKI-GRANADOS, Stig ; 68 ZANATA, Lucí Helena ; 280 ZARA, Fernando José ; 26; 139; 152; 153; 154; 162; 163; 228; 267; 276 ZIMMERMANN, Bianca Laís ; 11 ZIMMERMANN, Uwe ; 184 215 VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos 9 a 12 de novembro de 2014 – Bonito, MS, Brasil Programa e Resumo do Evento – VIII Congresso Brasileiro sobre Crustáceos Capa: André Mazini Logomarca Idealização: Jelly Makoto Nakagaki/ André Mazini Diagramação: Jelly Makoto Nakagaki 216 Realização Promoção Organização