momento ideal do parto em fetos com desvio do crescimento
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momento ideal do parto em fetos com desvio do crescimento
MOMENTO IDEAL DO PARTO EM FETOS COM DESVIO DO CRESCIMENTO Dra. Alexsandra Ramalho da Costa Arume FETOS COM DESVIO DO CRESCIMENTO: - Pequeno para idade gestacional: Pequeno constitucional Crescimento intrauterino restrito (CIUR) - Grande para idade gestacional Macrossomia FETO PEQUENO PARA IDADE GESTACIONAL (PIG) Definição: Peso abaixo do p10 (ACOG)- PIG constitucional e CIUR. CIUR: Feto com potencial de crescimento modificado, restringindo o desenvolvimento intrauterino. CONSIDERAÇÕES: - 70% dos fetos PIG – CONSTITUCIONAIS (Ott WJ.; 1988) - 40% dos fetos CIUR – HIPÓXIA (Botosis D. et al.;2006) - CIUR infecção congênita e cromossomopatia MANEJO: - Doppler de artéria umbilical - Doppler do ducto venoso – prematuridade extrema - CTB - PBF MANEJO - Doppler x CTB - prediz piores prognósticos - reduz uso de recursos antenatais - reduz indução do parto e cesareana de emergência (Haley J. et al.;1997, Almstrom H. et al.;1992, Williams KP. et al.;2003) MANEJO: PBF RCGO- fevereiro de 2013: não deve ser usado. Revisão Sistemática da Cochrane: - não reduz morte perinatal - aumenta risco de cesárea sem melhora no resultado perinatal (Lalor JG et al.; 2008) MANEJO INICIAL: - USG obstétrica : 2 – 4 semanas - CTB semanal - Doppler semanal (Maulik D et al.; 2011, Galan HL ;2011, Thompson JL et al.; 2012) (RCGO – 2 semanas se normal) EXAMES NORMAIS - Parto com 38 até 40 semanas. Medically Indicated Late-Preterm and Early-Term Deliveries. Committee Opinion- ACOG. April 2013 - Possivelmente PIG constitucionais – parto com 38-39 semanas. (Galan HL. et al.;2011) DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Aumento de resistência: - CTB 2x/semana - Doppler 2x/semana ( Thompson JL. et al.;2012, RCGO;2013) DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Aumento de resistência: - Parto com 37 semanas (RCGO;2013) Boers KE. et al.; 2010 - Estudo randomizado: conduta expectante CIUR no termo - > risco de resultados adversos em relação a indução do parto Kahn et al.;2003 – Coorte americana: reduz risco de natimortalidade DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Doppler de a. umbilical com diástole zero ou reversa: - 60-70% de obliteração nas a.a. placentárias - 50-80% de hipóxia intrauterina - aumento de 80x no risco de mortalidade perinatal (Pardi G et al.;1993, Kingdom JC et al.; 1997, Morrow RJ et al.; 1989, Nicolaides KH et al.;1988, Bilardo CM et al.; 1990) DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Doppler de a. umbilical com diástole zero ou reversa IDADE GESTACIONAL DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Doppler de a.umbilical com diástole zero ou reversa: > 34 semanas (ACOG; 2013, Maulik D. et al.; 2011) e 32 semanas (RCGO; 2013): PARTO DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Doppler de a.umbilical com diástole zero ou reversa: < 32-34 semanas: - CTB diária - se diástole zero: doppler de a. umbilical diário e ducto venoso. - se diástole reversa: ducto venoso DV com onda A reversa – parto em qualquer IG DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Doppler de a.umbilical com diástole zero ou reversa: Ganho de 2% sobrevida a cada dia intrautero, até 29 sem. (Bernstein IM et al.; 2000) Mortalidade perinatal: AU com diástole zero ou reversa: 11,9% DV com aumento de resistência: 38,8% DV com onda A reversa : 41,2% (Baschat AA.;2004) DOPPLER DE A. UMBILICAL ALTERADO Via de parto: - diástole presente: indução do parto com monitorização - diástole zero ou reversa: cesárea ROCG;2013 FETO GRANDE PARA IDADE GESTACIONAL(GIG) Definição: GIG: acima do p90 Macrossomia: peso acima de um valor determinado (4000g, 4200g ou 4500g) FETO GRANDE PARA IDADE GESTACIONAL(GIG) Complicações: Fetais: - 2-3x risco de morte intrautero (Spellacy WN et al.;1985, Huang DY et al.;2000, Mondestin MA et al.;2002, Rasmussen S et al.;2003) ->4500g- distocia de ombro, hipóxia fetal, parto prolongado e cesárea. (Boulet SL et al.;2003, Mocanu EV et al.;2000, Robinson H et al.;2003, Turner MJ et al.;1990) FETO GRANDE PARA IDADE GESTACIONAL(GIG) Complicações: Fetais: -2-3x risco de lesão do plexo braquial -hipoglicemia -hiperbilirrubinemia (Mocanu EV et al.;2000, Gillean JR et al.;2005, Gregory KD et al.;1998, Kolderup LB et al.;1997) FETO GRANDE PARA IDADE GESTACIONAL(GIG) Complicações: Maternas: - laceração perineal - atonia uterina - hemorragia uterina - cesárea de emergência (Lipscomb KR et al.;1995, Gudmundsson S et al.;2005, Lim JR et al.; 2002 Stotland NE et al.;2004) MACROSSOMIA Cesárea Eletiva ???? MACROSSOMIA Não diabéticas: obesas, multíparas, idade gestacional >40 sem (Vetr M; 2005) Diabéticas Intolerância a glicose – fator de risco para distocia de ombro e lesão de plexo braquial (Lao TT & Wong KY; 2002) MACROSSOMIA Considerações: - distocia de ombro: quase 50% em RN com menos de 4000g (Baskett TF & Alven AC; 1995) - 20% das distocias de ombro evitadas com cesárea eletiva (Resnick R; 1980) - USG : sensibilidade de 61% e valor preditivo positivo 69% - peso > 4000g (Colman et al;2006) MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Indução do parto em fetos com > 4000g ? - reduzir o crescimento fetal e prevenir complicações. - 2 estudos randomizados (Tey A et al.; 1995, Gonen O et al.;1997): indução não reduziu taxa de cesárea e nem morbidade neonatal n insuficiente MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Indução do parto em fetos com > 4000g ? Sanchez-Ramos L et al.;2002 Revisão Sistemática – n: 3751 mulheres 9 estudos observacionais e 2 randomizados - Manejo expectante reduz taxa de cesárea sem comprometer resultado perinatal - Distocia de ombro: não há diferença entre os dois grupos MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Cesárea eletiva? Menticoglou SM et al.; 1992 - 786 RN > 4500g - Nenhuma morte neonatal ou lesão permanente por parto vaginal. - Parto cesáreo aumentou risco de admissão em UTI neonatal. MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Cesárea eletiva? Lipscomb KR et al.;1995 - RN > 4500g - Asfixia, mortalidade perinatal ou lesão permanente não estão associados ao parto vaginal. - Vaginal x cesárea: não há diferença nas taxas de hemorragia pós-parto. MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Cesárea eletiva? Nassar AH et al.; 2003 - RN> 4500g - Parto vaginal x cesárea: não há diferença nas taxas de lesão fetal. - Hipoglicemia e taquipnéia transitória: > incidência nos RN de partos cesáreos. MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Cesárea eletiva? Lim JH et al.;2002 - RN >4000g - Achados similares ao de Nassar AH et al. - Parto vaginal: incidência de 4,9% de distocia de ombro. MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Cesárea eletiva? Rouse DJ et al.;1996 - Cesárea para prevenir lesão de plexo braquial: NNT: 2345 1 morte materna /3,2 lesões permanentes de plexo braquial evitadas. MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Cesárea eletiva? Não MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Cesárea eletiva? Casos especiais: >5000g ? MACROSSOMIA FETAL EM NÃO DIABÉTICAS Sim (ACOG e RCGO) > risco de hemorragia materna pós-parto > risco asfixia neonatal > risco de distocia de ombro > risco de trauma obstétrico 3x > risco de morte neonatal (Meshari AA et al.;1990, Berks MD et al.;1990, Grassi AE & Guiliano MA et al.;2000, Boulet SB et al.; 2003) MACROSSOMIA FETAL EM DIABÉTICAS - Macrossomia em diabéticas: 3x maior risco de distocia de ombro (Langer et al.;1991) - Cesárea para prevenir lesão de plexo braquial: NNT: 443 (Rouse DJ et al.;1996) MACROSSOMIA FETAL EM DIABÉTICAS Interrupção da gestação: > 4000g (Hod M et al.;1998) Cesárea eletiva: >4500g (Wagner RK et al.;1999, Chauhan et al.;2005, Garabedian C & Deruelle P;2010) ACOG;2002 MOMENTO IDEAL DO PARTO EM FETOS COM DESVIO DO CRESCIMENTO - DIRETO AO PONTO: - CIUR - Com doppler normal: 38 até 40 sem - Com aumento de resistência na a. umbilical: 37 sem - Com a.umbilical com diástole zero ou reversa: # se > 32 – 34 sem: parto no diagnóstico # se < 32 – 34 sem: individualizar (pesar risco da prematuridade e risco de hipóxia pela alteração do doppler) - - - MOMENTO IDEAL DO PARTO EM FETOS COM DESVIO DO CRESCIMENTO DIRETO AO PONTO: MACROSSOMIA - Em ausência de diabetes: - expectante - cesárea eletiva, se > 5000g - Em pacientes diabéticas: - parto, se >4000g - cesárea eletiva, se > 4500g OBRIGADA!
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