Baixar - Faculdade Arthur Sá Earp Neto
Transcrição
Baixar - Faculdade Arthur Sá Earp Neto
JOÃO CARLOS DE MIRANDA ALESSANDRA BORGES BRUM CLEIRES CINTIA RAMOS PEREIRA AZARA MARIA REGINA BORTOLINI DE CASTRO CLAUDIA CARVALHO RESPEITA DA MOTTA HELGA BRICK SOARES PATRICIA MACIEL PACHA ÁLVARO JOSÉ MARTINS DE OLIVEIRA VEIGA ANETE CORRÊA ESTEVES CINTIA RAMOS PEREIRA AZARA CLAUDIA CARVALHO RESPEITA DA MOTTA CLAUDIA MARTINS DE VASCONCELLOS MIDÃO CRISTINA GONÇALVES HANSEL GILBERTO SENECHAL GOFFREDO FILHO JOÃO CARLOS DE MIRANDA JÚLIO CESAR TEIXEIRA DE FREITAS LEVI PEREIRA GRANJA DE SOUZA LUCIANA VELLOSO MARIA REGINA BORTOLINI PATRÍCIA MACIEL PACHÁ AMANDA DA SILVA BOAVENTURA FÁTIMA MOREIRA DA CRUZ FERNANDA X. MOUTINHO CASTELLI ROBERTA MATTOS STUMM 20 a 23 de outubro de 2015 Av. Barão do Rio Branco, 1003. MARIA ISABEL DE SÁ EARP DE RESENDE CHAVES (FASE) PAULO CESAR GUIMARÃES (FMP) ABILIO ARANHA JOÃO CARLOS DE MIRANDA RICARDO TAMMELA COORDENADOR DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – FASE LEVI PEREIRA GRANJA DE SOUZA COORDENADOR DOS CURSOS SUPERIORES EM TECNOLOGIA - FASE LEVI PEREIRA GRANJA DE SOUZA COORDENADORA DO CURSO DE ENFERMAGEM –FASE MIRIAM HEIDEMANN COORDENADORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO –FASE ANETE CORREA ESTEVES COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA –FMP PAULO KLINGELHOEFERDE SÁ 1. EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE TRABALHO EM SAÚDE: A INTERDEPENDÊNCIA DE TAREFAS E RESULTADOS. 2. A PSICOLOGIA NO SUS NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS: PRÁTICA PROFISSIONAL E CAMPOS DE ATUAÇÃO. 3. A VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE COLETIVA. 4. ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE IOGURTES CASEIROS E INDUSTRIALIZADOS DE MORANGO, NAS VERSÕES DESNATADO E INTEGRAL. 5. CIDADANIA ORGANIZACIONAL: ORGANIZACIONAL. POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES AO COMPORTAMENTO 6. VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER POR PARTE DO CÔNJUGE. 7. MORBIDADE POR AIDS EM ADULTOS ENTRE 50 E 59 ANOS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL. 8. PROJETO ROSEIRAL: A ENFERMAGEM A SERVIÇO DA COMUNIDADE CONTRIBUINDO COM A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA. 9. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – AFILIAÇÃO E ACESSO DE PRIMEIRO CONTATO. 10. PERCEPÇÕES DO SURDO COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: CONTRIBUIÇÕES PARA O ACESSO E INCLUSÃO. 11. ANÁLISE DA ROTULAGEM DE ÁGUAS MINERAIS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE PETRÓPOLIS. 12. NUTRITIONAL AND SENSORIAL ASPECTS OF A MODIFIED SORBET WITH FIBERS. 13. RELATO DE CASO: EVOLUÇÃO ATÍPICA DE MIELOFIBROSE PRIMÁRIA. 14. TREINAMENTO ORGANIZACIONAL: IMPACTOS DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E DA GESTÃO DO CONHECIMENTO. 15. SATISFAÇÃO NO TRABALHO: O IMPACTO NO BEM-ESTAR E NA PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL. 16. O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DA MANIPULAÇÃO DO CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO NO PACIENTE ONCOLÓGICO. 17. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE ALTA COMPLEXIDADE AO RECÉM-NASCIDO DE ALTO RISCO. 18. RESILIÊNCIA E O ADOECIMENTO CRÔNICO DO ADOLESCENTE: UM ESTUDO TRANSVERSAL. 19. PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE (PIBID) - LICENCIATURA EM ENFERMAGEM. 20. ÚLCERA DE MARJOLIN EM FACE - RELATO DE CASO. 21. MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE 15 E 80 ANOS OU MAIS DE 2000 A 2012. 22. HÉRNIA DE GRYNFELTT: APRESENTAÇÃO RARA EM UM HOSPITAL DE ENSINO. 23. A INDUSTRIALIZAÇÃO TÊXTIL DE PETRÓPOLIS: UMA ANÁLISE DA ASCENSÃO E QUEDA DESTE PROCESSO, SUA GESTÃO E RELAÇÕES DE TRABALHO. UM ESTUDO DE CASO DA CIA PETROPOLITANA DE TECIDOS. 24. PERFIL DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FASE. 25. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RISCO DE SOLIDÃO E DESESPERANÇA EM IDOSOS DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 26. EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA MATERNIDADE. 27. PREVALÊNCIA DE SUB DIAGNÓSTICO E DE TRATAMENTO INADEQUADO DE ASMA BRÔNQUICA ENTRE PACIENTES DE DUAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE INSCRITOS NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES. 28. DIFICULDADES ENFRENTADAS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE ACADÊMICA. 29. SÍNDROME PÓS-COLECISTECTOMIA: FORMAÇÃO DE NEOVESÍCULA - RELATO DE CASO. 30. REDESENHO DE CARGOS. 31. GRUPO DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO: INVESTIGANDO MOTIVOS DE ABANDONO DO TRATAMENTO. 32. ACREDITAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO DE UMA UNIDADE AMBULATORIAL DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS- RJ. 33. O PAPEL DO GESTOR NAS ORGANIZAÇÕES: O EMPRENDEDORISMO COMO UM DIFERENCIAL. 34. NEFRITE LÚPICA COMO ÚNICA MANIFESTAÇÃO INICIAL DO LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. 35. PERFIL DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DE GESTANTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE PETRÓPOLIS -RJ. 36. CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS - ESTUDOS ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM. 37. GESTÃO DO CONHECIMENTO: O TRABALHO AUTORAL COMO INSTRUMENTO PARA A INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL. 38. PIODERMA GANGRENOSO ASSOCIADO A ARTRITE REUMATÓIDE - RELATO DE CASO. 39. AVALIAÇÃO DO CONTROLE PRESSÓRICO NOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM UMA UNIDADE DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 40. A ADMINISTRAÇÃO ORAL DO ARTESUNATO INDUZ DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE PLACAS DE PEYER E AUMENTA A PORCENTAGEM DE CÉLULAS T PRODUTORAS DE INTERLEUCINA-10 E/OU REGULADORAS CD25+FOXP-3+ EM CAMUNDONGOS NOD. 41. CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS - ESTUDOS ENTRE ACADÊMICOS DE NUTRIÇÃO 42. INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL NO ADULTO, UM RELATO DE CASO. 43. PRIMEIRA ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA NO HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO, RELATO DE CASO. 44. PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS. 45. NECROSE TOTAL DE RETALHO E DE ÁREA DOADORA EM PACIENTE SUBMETIDA À RECONSTRUÇÃO DE MAMA TARDIA COM RETALHO TRANSVERSO DO MÚSCULO RETO ABDOMINAL: RELATO DE CASO. 46. ASSOCIAÇÃO DE TABAGISMO ATUAL E PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA ANTITABAGISMO ENTRE PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADOS NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES. 47. FOTOPROTEÇÃO SOLAR: NOÇÕES E ABORDAGEM PELOS MÉDICOS PEDIATRAS. 48. GESTÃO DA CRISE NA INDÚSTRIA TÊXTIL DE PETRÓPOLIS E O CASO WERNER. 49. RELATO DE CASO: DENGUE HEMORRÁGICO DE EVOLUÇÃO RÁPIDA E DESFECHO DESFAVORÁVEL EM CRIANÇA DE 10 ANOS. 50. ASSISTÊNCIA NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA): UMA ANÁLISE ESPECÍFICA DA LITERATURA COM DESTAQUE PARA AS AÇÕES DO ENFERMEIRO. 51. AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE USO DE METILFENIDATO EM ESTUDANTES DO 3° ANO DE UMA FACULDADE DE MEDICINA DO BRASIL. 52. TRAQUEOSTOMIA: PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES. 53. UTILIZAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PEDIÁTRICO PILOTO COMO FACILITADOR DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE ENSINO. 54. O PERFIL SOCIODEMOGRÓFICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS ATENDIDOS NO HOSPITAL DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS. 55. VULNERABILIDADE DAS MULHERES FRENTE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. 56. INFLUÊNCIA NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE HAS DEVIDO AOS EFEITOS COLATERAIS PELO USO CONTÍNUO DE DIURÉTICOS. 57. PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADA NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES. 58. SATISFAÇÃO DE CLIENTES BANCÁRIOS. 59. A DECISÃO DAS GESTANTES NA ESCOLHA DO LOCAL DE ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL. 60. OBSERVATÓRIO DA MULHER DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS (RJ). 61. CIA DO RISO: A VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS ENQUANTO AGENTES DA ALEGRIA. 62. O SISTEMA KANBAN COMO INDICADOR DE PERMANÊNCIA EM UM POSTO DE URGÊNCIA REFERENCIADA. 63. FEBRE DE ORIGEM OBSCURA: INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA. 64. ANÁLISE DO 5º PASSO DA IUBAAM EM UMA USF. 65. APENDICITE AGUDA NA INFÂNCIA NO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO EM 2015. 66. CONTEXTO DO COTIDIANO DOS CUIDADOS HIGIÊNICOS E SEUS EFEITOS SOBRE A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. 67. DINÂMICA DA HIGIENE DO PACIENTE: O BANHO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HOSPITALAR. 68. HIV E A QUESTÃO DE GÊNERO. 69. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: SURTO POR DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA). 70. ATRESIA DE ESÔFAGO- RELATO DE CASO: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE. 71. PROJETO DIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL: "JARDIM DA FELICIDADE". 72. PREVALÊNCIA DE ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS NA POPULAÇÃO NEGRA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2010 A 2013. 73. MORTALIDADE MATERNA POR COMPLICAÇÕES NO ABORTO E SUAS POSSÍVEIS RELAÇÕES COM O ANALFABETISMO. 74. POR QUE NÃO POSSO COMER DOCES? 75. CONHECIMENTO BÁSICO NO CENÁRIO CLÍNICO: RACIOCÍNIO CLÍNICO APLICADO AO COTIDIANO DO ESTUDANTE DE MEDICINA. 76. GRUPO MENTE SÃ CORPO SÃO - REDUÇÃO DE DANO NO USO ABUSIVO DOS BENZODIAZEPÍNICOS. 77. “O GRANDE ACIDENTE”: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATIVIDADE SIMULADA. 78. GRUPO DE VIDA SAUDÁVEL NA PRÁTICA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 79. PLANO DE COMBATE AOS CASOS DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA POPULAÇÃO ENTRE 15 E 29 ANOS NA CIDADE DE TAPARUBA MG. 1 EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE TRABALHO EM SAÚDE: A INTERDEPENDÊNCIA DE TAREFAS E RESULTADOS. ANDRÉ LUÍS RODRIGUES DA SILVA; MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES CARIUS; PATRÍCIA GARCIA; CAROLINE NASCIMENTO & ROVENA LOPES PARANHOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Equipes de trabalho constituem-se em unidades de desempenho utilizadas no âmbito organizacional. Na área da saúde, o trabalho em equipe multiprofissional representa um dos principais pontos na reorganização da atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), transformando-se em uma estratégia para redesenhar os processos de trabalho e promover a qualidade dos serviços. Dessa forma representam, para além das relações de trabalho propriamente ditas, relações de saberes, relações de poderes e relações interpessoais que se configuram a partir da interdependência de tarefas e de resultados. Assim, identificar os graus e tipos de interdependência entre os membros nas equipes auxilia no planejamento de intervenções que possa lhes garantir maior potencialidade e, consequentemente, melhores desempenhos na atenção à saúde integral da população atendida. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é identificar os graus de interdependência de tarefas e de resultados em equipes multiprofissionais de saúde. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de campo, de natureza descritiva, considerando que se pretende investigar as características, as relações e as conexões que se estabelecem em equipes multiprofissionais de trabalho em saúde. A amostra populacional investigada é a que integra equipes dessa natureza, em cada nível de atenção: a) integrantes de três equipes de saúde da família, no nível primário da atenção; b) integrantes de uma equipe multiprofissional de um ambulatório-escola, no nível secundário da atenção; c) integrantes de uma equipe de terapia intensiva de um hospital geral, no nível terciário da atenção; todas no município de Petrópolis, RJ Os instrumentos utilizados para a coleta de dados são três escalas intervalares de concordância do tipo Likert, unifatoriais, devidamente adaptadas e validadas para a população brasileira e que têm por finalidade avaliar o trabalho em equipes. A Escala de Interdependência de Tarefas (EIT), com cinco itens e cinco níveis de concordância. A Escala de Interdependência de Resultados (EIR), com seis itens e sete níveis de concordância. A Escala de Potência de Equipes de Trabalho (EPET), com 10 itens e cinco níveis de concordância. Espera-se que os resultados possam identificar os graus de interdependência de tarefas e de resultados bem como a maior ou menor crença compartilhada pelos sujeitos de que suas equipes podem ser efetivas em relação ao desempenho de duas atividades. Espera-se, ainda, que esses resultados possam vir a subsidiar intervenções no trabalho dessas equipes de forma a fomentar cada vez mais a adoção de práticas multiprofissionais competentes na assistência e no cuidado, qualificando continuamente os serviços de atenção integral à saúde. 2 A PSICOLOGIA NO SUS NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS: PRÁTICA PROFISSIONAL E CAMPOS DE ATUAÇÃO. ROVENA LOPES PARANHOS; MAYCOM MAIA DE MELLO; THAIS FERREIRA SOARES DALCERO & ROVENA LOPES PARANHOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A inserção da Psicologia no Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo ampliada desde a reforma sanitária e a criação e expansão do Sistema Único de Saúde (SUS). Em que pese essa evidência, dita inserção se deu, sobretudo, na área de saúde mental e não de forma a atender as variadas demandas por atenção integral à saúde, postas pela população e que são objeto explícito do SUS. Ainda nesse sentido, é preciso salientar que essa inserção vem se traduzindo, na atuação profissional, por práticas eminentemente clínicas, considerando que a formação em Psicologia está tradicional e sobremaneira fundamentada nesse único viés, não preparando psicólogos para a atuação em saúde pública. Num esforço para realinhar a formação em Psicologia e a atuação profissional de psicólogos no SUS, a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) elaborou um levantamento sistematizando a presença de psicólogos no SUS e a produção de conhecimentos em Psicologia na prevenção de doenças e promoção da saúde. O Centro de Referência em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do Conselho Federal de Psicologia (CFP), com intuito semelhante, fez um levantamento das práticas profissionais de psicólogos na atenção primária à saúde e elaborou documento orientador sobre o papel dos psicólogos na implementação e consolidação de políticas públicas de saúde no Brasil. Seguir nesse objetivo requer, dentre outros inúmeros esforços, maior conhecimento e constante apropriação das práticas profissionais e dos campos de atuação efetivos da Psicologia no SUS. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é o de proceder a um levantamento das práticas profissionais e dos campos de atuação dos psicólogos no SUS no município de Petrópolis. Metodologicamente, a pesquisa é aplicada, de cunho qualitativo e do tipo descritiva, na medida em que tem como finalidade identificar e descrever as características, a natureza e as relações entre as variáveis analisadas. A população pesquisada constitui-se dos psicólogos vinculados ao SUS no município de Petrópolis, RJ, em caráter estatutário e em cargos comissionados, devidamente cadastrados como tal no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). O instrumento utilizado para a coleta de dados, desenvolvido pelos pesquisadores, cruza informações sobre práticas profissionais e campos de atuação dos psicólogos na saúde pública. Espera-se que os resultados possam contribuir para: identificar quais práticas e em que campos de atuação acontecem à inserção da Psicologia na saúde pública do município, reorientar a formação de psicólogos e possibilitar a contínua qualificação da assistência e do cuidado integral à saúde; cumprindo uma função essencial da Psicologia que é garantir a saúde integral de indivíduos, grupos e coletividades. 3 A VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE COLETIVA. ELOAH COSTA DE SANT’ANNA RIBEIRO; JENNIFER VALENTIM; TABATA DE AGUIAR PIRES DO COUTO; MILENA RODRIGUES VIEIRA; ALESSANDRA SAUAN DO ESPÍRITO SANTO CARDOSO & FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A violência contra a criança e o adolescente é todo ato ou omissão cometido por indivíduos e/ou instituições, capazes de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima. A notificação é um instrumento duplamente importante no combate à violência: ela produz benefícios para os casos singulares e é instrumento de controle epidemiológico da violência. O objetivo do presente estudo foi verificar a proporção de casos notificados de violência contra criança e adolescente no Brasil e no estado do Rio de Janeiro. MÉTODOS: Estudo ecológico, com abordagem quantitativa, com coleta de dados em maio de 2015, no banco de dados do SINAN no DATASUS, dos casos notificados de violência doméstica, sexual e outras formas de violência, de acordo com a faixa etária < 1 ano a 19 anos. Os gráficos foram gerados pelo programa Excel 2010. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No Brasil, entre os anos de 2012 a 2014, a maior proporção de casos de violência notificados foi de adolescentes entre 15 a 19 anos de idade. No Rio de janeiro, a maior proporção de casos de violência sexual notificados foi em crianças de 10 a 14 anos e a maior proporção por tortura foi em adolescentes de 15 a 19 anos. A maior faixa etária pode estar relacionada devida o fato dos mesmos terem mais condições procurar atendimento e serem notificados em relação às crianças. CONCLUSÃO: Por ser pouco denunciada, a violência contra crianças e adolescentes é enraizada na sociedade brasileira, por isso é necessário à denúncia para gerar dados para a notificação compulsória. 4 ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE IOGURTES CASEIROS E INDUSTRIALIZADOS DE MORANGO, NAS VERSÕES DESNATADO E INTEGRAL. ELOAH COSTA DE SANT�ANNA RIBEIRO; LARISSA DE LIMA ALVES; THAYNÁ PERES FORTUNATO & CAROLINA CROCCIA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A presença do leite na dieta alimentar ocorre, principalmente, pelo fato de que este produto é fonte de proteínas e de minerais essenciais à promoção do crescimento e manutenção da vida para o ser humano. O objetivo geral desse trabalho foi realizar análises físico-químicas e sensorial de iogurtes caseiros e industrializados de morango, nas versões desnatado e integral. Metodologia: Os iogurtes foram produzidos separadamente, em dois dias, no Laboratório de Técnica Dietética da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FASE), foram elaborados de maneira informal, não sendo inspecionado por nenhum órgão de fiscalização. Os iogurtes industrializados foram escolhidos de forma aleatória. As determinações físicoquímicas realizadas foram: pH, onde foi determinado no pHmetro, e acidez em ácido láctico. Todas as amostras foram realizadas em duplicata. Na análise sensorial, tiveram 41 julgadores e não houve critérios de exclusão, foram servidos quatro amostras distintas em copos de 40mL, de uma só vez, e os testes afetivos aplicados foram por escala hedônica de nove pontos, para sabor, textura e sabor residual e para frequência de consumo por sete pontos, ao final foi aplicado o teste de Dutcosky (bom grau de aceitação acima de 70%). Resultados: A preparação de iogurte caseiro desnatado obteve rendimento e custo maiores do que a do iogurte caseiro integral, porém ambos conseguem servir 10 porções. De acordo com as análises físico-químicas realizadas, para pH, os resultados variaram de 4,2 a 4,3, sendo o valor aceitável entre 4,2 e 4,4. Para acidez o valor mínimo verificado foi de 0,77% a 0,99% ácido lático, de acordo com o estabelecido pela legislação brasileira em vigor, que é de 0,6 a 1,5%. As análises sensoriais, em relação ao sabor, textura e sabor residual, o que obteve menor aceitação foi o iogurte caseiro desnatado, e o que obteve melhor aceitação foi o industrializado integral. Em relação à frequência de consumo os iogurtes industrializados tiveram maior grau de aceitação, e dentre os caseiros foi o integral. Na análise de preferência realizada somente com os iogurtes caseiros podemos observar que o integral foi 46% mais aceito do que o desnatado. Conclusão: A análise físico-química verificou o valor do pH dentro dos parâmetros e não apresentaram diferenças entre os iogurtes analisados. Em relação à acidez das amostras, o valor verificado ficou dentro dos parâmetros aceitos. O produto integral, industrializado e caseiro, apresentam um índice de aceitação maior e que as diferenças significativas obtidas na análise sensorial podem estar relacionadas à falta de hábito do público consumidor optar pela preparação caseira ou industrializada desnatado. 5 CIDADANIA ORGANIZACIONAL: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES AO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. CINTIA FERNANDA MARQUES & ROVENA LOPES PARANHOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Entende-se por cidadania ou civismo nas organizações os comportamentos inovadores e espontâneos dos trabalhadores que beneficiam o sistema organizacional. Nesse sentido, caracteriza-se por: espontaneidade, na medida que se difere de comportamentos estabelecidos apenas pelo dever contratual; funcionalidade, por serem comportamentos benéficos à organização; ausência de restrição, por garantir permissão de formas particulares de manifestação; isenção de retribuição prevista pelo sistema, por serem comportamentos de natureza social; publicidade, na medida em que são comportamentos passíveis de observação pelo sistema organizacional. Pressupõe-se que esses comportamentos de civismo sejam capitais às organizações, uma vez que têm efeito positivo para o desempenho do trabalho e constituem-se como variável na predição do desempenho do trabalho em equipe, ambos fundamentais à garantia do desenvolvimento e crescimento sustentado e sustentável das organizações em geral. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi o de analisar comportamentos de cidadania organizacional presentes em uma determinada organização de forma a identificar predisposições para o comportamento organizacional no futuro. O pressuposto metodológico que orientou o trabalho foi a pesquisa-ação, considerando que esse tipo de método permite aprimorar a prática organizacional através da ação no campo e da e investigação a respeito dele. Os procedimentos metodológicos envolveram a aplicação de duas escalas de medida do comportamento organizacional: a Escala de Comportamento de Cidadania Organizacional (ECCO), composta por 14 fatores, distribuídos em 3 dimensões: sugestões criativas; divulgação da imagem organizacional e cooperação com colegas, e a Escala de Intenções Comportamentais de Cidadania Organizacional (EICCOrg), composta por 35 questões que simulam diversas situações do comportamento organizacional, A população alvo da pesquisa foi uma amostra representativa de 51% dos empregados de uma indústria do ramo de transformação de plástico, localizada no município de Paraíba do Sul, RJ. Os resultados apontaram para índices elevados em relação à cooperação com os colegas (4,2, em escala de 1 a 5) e médios em relação à divulgação da imagem organizacional (3,9, em escala de 1 a 5) e às sugestões criativas (3,3, em escala de 1 a 5). Ainda, há diferença significativa em relação a gênero, os homens apresentaram maior comportamento de cidadania que as mulheres. Apesar desses índices, 72% da população pesquisada apresentou tendência predominantemente alta para comportamentos de cidadania organizacional, o que pode indicar que, uma vez intensificadas as ações de gestão do comportamento de civismo, as questões referentes à divulgação da imagem e ao incremento das sugestões criativas apresentem ganhos substanciais e significativos para o desenvolvimento e crescimento sustentado e sustentável da organização. 6 VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER POR PARTE DO CÔNJUGE. TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA; JESSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO; GLEISE DOS SANTOS MACHADO TAVARES; DUANY DA ROCHA MADUREIRA; VIVIAN SANCHES POMIN; CAROLINE NASCIMENTO NEBESMAK & ALESSANDRA SAUAN DO ESPÍRITO SANTO FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A violência contra a mulher é fenômeno universal que atinge todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas, ocorrendo em populações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como "o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação". O objetivo do estudo foi determinar a tendência do Coeficiente de incidência de violência sexual contra a mulher por parte do conjunge nas cinco regiões do Brasil, nos últimos dois anos (2012 e 2014) e descrever a investigação epidemiológica de casos de violência sexual contra a mulher. Foi realizada uma pesquisa no DATASUS/SINAN onde identificamos a maior prevalência de violência sexual contra a mulher por parte do cônjuge na região Sudeste entre os anos de 2012 e 2014. Pesquisados números absolutos de casos por UF, onde foi calculado número de casos por região divididos pelo total de casos no Brasil vezes cem (100). Através deste método chegamos ao resultando em que houve uma redução de 5,29 notificações na região Sudeste nos dois anos, porém a maior incidência continua nessa região. Concluímos que os números de notificações podem ser maiores por influência das subnotificações, sendo de grande importância à educação em saúde e a sensibilização dos profissionais de saúde. 7 MORBIDADE POR AIDS EM ADULTOS ENTRE 50 E 59 ANOS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL. TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA; JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO; VIVIAN SANCHES POMIN & HELGA BRICK SOARES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A AIDS atualmente vem proporcionando um grande fenômeno de magnitude no Brasil, tendo uma grande elevação nos números de casos ao longo dos anos, em pessoas com idade entre 50 e 59 anos, em ambos os sexos. E vem sendo confirmada como uma ameaça de saúde pública e relevância epidemiológica para essa faixa etária necessitando assim de uma maior atenção. Alguns fatores que influenciam na elevação do número de casos como: escolaridade, má condições cobertura dos sistemas de vigilância e de assistência médica e o não uso do preservativo. O objetivo desta pesquisa é identificar a taxa de morbidade em adultos acima de 50 anos por HIV/AIDS, no período de 2010 e 2011 na região Sudeste. Trata se de uma pesquisa descritiva, ecológica, indireta com base em dados secundários e de abordagem quantitativa. Foram coletados dados relativos por morbidade da AIDS, por meio do Sistema de Informação sobre a morbidade do Ministério da Saúde. Os resultados foram obtidos através de taxas de morbidade calculadas por 100.000 habitantes, utilizando o método direto de padronização de coeficiente segundo faixa etária, o estado do Rio de Janeiro tem o maior índice de morbidade por AIDS em adultos acima de 50 anos com 32,94%, em seguida o estado do Espírito Santo com 32,23%, São Paulo com 22,53% e Minas Gerais com 17,68%. Por isso, a importância de iniciar ações educativas na cidade de Petrópolis, situada no Estado do Rio de Janeiro, buscando apoio na Faculdade de Enfermagem Arthur Sá Earp Neto (FASE). 8 PROJETO ROSEIRAL: A ENFERMAGEM A SERVIÇO DA COMUNIDADE CONTRIBUINDO COM A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA. JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO; SILVANA DA SILVA FERREIRA; LAÍS SIMAS CHAGAS; MARIA CECILIA MARCOLINO DA SILVA; TÁBATA CRISTINA GOMES DOS SANTOS & CRISTINA GONÇALVES HANSEL FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O Projeto Roseiral foi uma ação social que ocorreu no pátio interno e externo da igreja Católica, no bairro Roseiral, situado na cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. A ação foi realizada no dia 16 de maio de 2015. Objetivos: Promover o processo ensino-aprendizagem entre a comunidade e os membros da academia com vistas a ampliar o conhecimento através da prática e proporcionar a interação entre a comunidade, família e o meio acadêmico. Método: A ação social foi construída visando atender uma necessidade da comunidade bem como aplicar o conhecimento adquirido pelos acadêmicos em sala de aula na disciplina de fundamentos de enfermagem III. A elaboração da ação foi em conjunto com os alunos do 3° período 2015.1; alunos de outros períodos moradores do bairro e acadêmicos de outros cursos e de outras IES. Resultados e discussão: Foram realizados 84 acolhimentos entre adultos e crianças. Dos 84 moradores acolhidos, 17 pessoas (20%) responderam o questionário. Dos 17 questionários aplicados todos (100%) afirmaram ter gostado da ação social realizada pelos acadêmicos da FASE e a maioria relatou ter aprendido a prevenir algumas doenças e a conhecer a outras profissões. A realização dessa ação social trouxe inúmeros benefícios tanto para a academia quanto para a população, assim como, para os acadêmicos de terem uma visão ampliada de como trabalhar junto a comunidades e realizar a prevenção e promoção da saúde. 9 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – AFILIAÇÃO E ACESSO DE PRIMEIRO CONTATO. JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO; CLAUDIA CARVALHO RESPEITA MOTTA & ELISABETE PIMENTA ARAÚJO PAZ FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A atenção em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) envolve o conjunto de ações, estratégias e serviços que visam dar respostas às necessidades da população. O sistema organizado em níveis de complexidade tem na Atenção Primária à Saúde (APS) a porta de entrada para os serviços básicos de saúde, caracterizando-se por ações de âmbito individual e coletivo, que privilegiam a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento, redução de danos, reabilitação e manutenção da saúde, com objetivo de desenvolver uma atenção integral. A APS sistematizada é caracterizada também, a partir de atributos essenciais dos serviços primários, dentre estes destacamos o acesso de primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde, que é a acessibilidade e utilização do serviço de saúde como fonte de cuidado a cada novo problema ou novo episódio de um mesmo problema de saúde, com exceção das verdadeiras emergências e urgências médicas. Objetivo: identificar a qualidade na ESF, a partir do grau de afiliação dos usuários e do acesso de primeiro contato com o serviço de saúde. A pesquisa é um recorte de uma pesquisa mais abrangente, quantitativa do tipo transversal e foi desenvolvida no primeiro semestre de 2015, através da aplicação de um questionário de avaliação de APS validado pelo Ministério da Saúde, denominado PCATool-Brasil. Aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa. O cenário são três equipes de uma unidade da ESF de Petrópolis-RJ. Os participantes foram 79 usuários adultos e idosos. Os resultados dos escores da avaliação mostraram que o grau de afiliação está entre 9.3 e 10.0, e que a utilização está entre 7.0 e 9.7, ambos tendo boa e ótima avaliação. A acessibilidade ficou com escore entre 2.7 e 4.3, evidenciando uma avaliação ruim. A afiliação identifica o serviço de saúde ou profissional, médico e/ou enfermeiro, que serve como referência para os cuidados do adulto. Trata do relacionamento interpessoal entre o profissional e o adulto, caracterizado pelo conhecimento de outros aspectos de vida, além das questões de saúde, bem como sobre a responsabilidade do atendimento. O acesso de primeiro contato está dividido em utilização e acessibilidade. A utilização avalia se o médico ou enfermeiro são os primeiros a serem procurados para uma consulta de revisão, se o serviço de saúde é o primeiro local a ser procurado no caso de um novo problema de saúde ou um novo episódio de problema crônico/continuado, e se é o único meio de encaminhamento para um especialista ou serviço especializado. A acessibilidade busca captar a capacidade do serviço de saúde em atender seus usuários quando eles têm doença aguda ou agudização de um problema crônico. Concluímos a necessidade de se pensar em formas de melhorar a acessibilidade para usuários adultos e idosos que usam a ESF. 10 PERCEPÇÕES DO SURDO COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: CONTRIBUIÇÕES PARA O ACESSO E INCLUSÃO. DENISE PAIVA XAVIER & RICARDO PATULÉA VASCONCELLOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A comunicação é primordial na assistência ao surdo, porém representa o maior desafio dos enfermeiros junto a essa clientela. O surdo tem sua própria cultura e linguagem. Os enfermeiros, muitas vezes, encontram grande dificuldade para lidar com o surdo, por estarem despreparados para prestar o atendimento adequado deste indivíduo, tendo em vista a dificuldade de aplicação de uma linguagem diferenciada. Objetivo: analisar a comunicação entre surdos e profissionais nos serviços de saúde. Método: pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e realizada em uma instituição religiosa no Município do Estado do Rio de Janeiro, no período de maio de 2015. A amostra constou de 18 participantes totalmente surdos que dominam a Libras, foi realizada uma entrevista contendo 05 perguntas abertas, com técnica de categorização na interpretação e discussão. Resultado: Nos relatos dos surdos evidenciou o desejo de que todos aprendam libras e não apenas os profissionais de saúde. Conclusão: De acordo com os resultados encontrados na pesquisa, a comunicação com os surdos ainda é um grande obstáculo no acesso aos serviços de saúde, a barreira de comunicação prejudica o vínculo entre profissionais da saúde e surdos, comprometendo o atendimento. A dependência dos surdos de terceiros para o acesso ao serviço de saúde os fazem sentir-se incapazes de exercer sua autonomia. É interessante que todos profissionais, principalmente a equipe de enfermagem, estejam capacitados para receberem esse público alvo, pois têm um cuidado mais efetivo, garantindo um atendimento de qualidade e humanizado. Referências AGUIAR, F. S; MARCUCCI, R. M. B. Uso da linguagem Brasileira de Sinais na comunicação enfermeiropaciente portador de deficiência auditiva. Revista Enfermagem UNISA, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 144-8, 2009. COSTA, A. N. As peculiaridades da pessoa surda e a escuta psicológica. 2013. 63f. Trabalho de Conclusão de curso. Faculdade de Psicologia – Universidade Católica de Petrópolis, Petrópolis, 2013. 11 ANÁLISE DA ROTULAGEM DE ÁGUAS MINERAIS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE PETRÓPOLIS. FERNANDA DE OLIVEIRA MEDEIROS; ANA ELISA CARVALHO MENEZES; LIVIA DOS SANTOS OTERO; LYSA MARIE RODRIGUES SONDAHL BIBIANI; VÍVIAN INÊS ANTUNES MAGIOLO SILVA & ANETE CORRÊA ESTEVES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A preocupação com a qualidade da água, decorrente da progressiva poluição hídrica, é um dos motivos que levam grande parte da população mundial ao consumo de água proveniente de fontes minerais (Leclerc e Moreau, 2002).A preocupação com a qualidade da água consumida tem provocado uma contínua demanda pela água mineral em todos os países, sendo necessário um controle sobre sua qualidade. A percepção de que a ingestão desta água remete a um estilo de vida saudável tem aumentado seu consumo no Brasil e no mundo. O consumidor consciente associa Água Mineral à saúde e reconhecem os benefícios considerados intrínsecos ao produto. O mercado brasileiro de águas minerais naturais tem se mantido em crescimento nos últimos cinco anos. (Pontara,et al 2011). A RDC/274 de 2005 caracteriza as águas minerais como obtidas diretamente de fontes naturais ou artificialmente captadas de origem subterrânea. O cálcio e o sódio são alguns dos principais elementos encontrados na água mineral. O cálcio é o principal elemento no crescimento e na formação dos ossos e por este motivo é um dos minerais mais abundantes no corpo humano. Porém quando em concentrações elevadas pode se ligar ao carbonato, bicarbonato, e sulfato e formar sais insolúveis, tornando imprópria para consumo. O sódio tem como função regular a quantidade de líquido extracelular, bem como o volume de plasma sanguíneo. O consumidor, em geral, presume que a composição das águas são sempre iguais, não fazendo diferença em qual marca comprar. Porém, isso não é verdade o teor de sódio costuma sofrer variações conforme a marca de acordo com o trabalho publicado por Ceron (2014). O objetivo desse trabalho foi verificar a quantidade dos minerais presentes, o valor de pH, através das análises dos rótulos de 13 amostras de diferentes marcas de águas minerais adquiridas no comércio de Petrópolis. Os resultados encontrado com bases nas informações obtidas dos rótulos das amostras de água para os valores de pH foram de 5,5 até 7,9; Os valores encontrados para o íon sódio variaram de 1,86 a 18,43 mg/l, os valores de cálcio variaram de 0,90 a 28,36 mg/l e os valores de magnésio variaram de 0,36 a 9,08 mg/l.Os resultados encontrados por Felski.(2008) foram que as águas ácidas, são menos mineralizadas e consideradas mais leves, estes resultados corresponde também aos encontrados neste trabalho, as águas mais ácidas correspondem a menor teor de minerais. Apesar do teor de sódio se encontrar dentro dos limites legais, os valores encontrados nesta pesquisa evidenciam a grande variação do teor de sódio nas marcas analisadas, convém ressaltar que há uma recomendação do MS que o valor não deve ser superior a 20 mg/l nas águas minerais, este valor pode ser bastante prejudicial nos casos de hipertensão. Com os resultados apresentados fica claro que é necessário alertarmos aos profissionais de saúde e aos consumidores a importância da leitura dos rótulos para uma melhor avaliação do produto a ser consumido. 12 NUTRITIONAL AND SENSORIAL ASPECTS OF A MODIFIED SORBET WITH FIBERS. ANA CAROLINA HEMERLY BERTHOL DE ABREU; GABRIELA COELHO MUNIZ SILVA; ISABELLE SILVA DA COSTA; TALYTA BAPTISTA FERREIRA DA SILVA; TAMIRES DE OLIVEIRA STORCK; THAIS SOUZA DE OLIVEIRA & CAROLINA CROCCIA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Culinary preparations using low fat ingredients is increasing and an alternative to substitute fat is the dietary fiber. Sorbet is the definition to the product that uses fruits in its composition instead of dairy, which is the basis of traditional ice cream. In Brazil, sorbet is called gelado de frutas. Thus, this study aimed to develop a modified sorbet added with dietary fiber and to analyze the sensorial aspects. Methods: Twenty-one untrained tasters performed sensory analysis. Sensory Affective Method by Acceptance Hedonic Scale Test Verbal Structured 5 points was performed. We evaluated aroma attributes, color, flavor, texture, and overall acceptability. The attributes were calculated on the acceptability index (AI). Results: The percentage of carbohydrate, lipids and dietary fiber found was 16.27%, 1.2% and 8.4% respectively. Affective test done by hedonic scale in relation to the aroma shows satisfaction due 14% indifferent, 48% liked and 38% loved it. Regarding the color, the result was 19% liked it, 81% loved it. For the result representing flavor was obtained 9% did not like it, 53% liked it, 38% loved it. About texture the result was 5% indifferent, 33% liked it, 62% loved it. Conclusion: The new formulated sorbet showed an increase of 20% of the daily value on fiber content, and it is possible to call as “enriched” under Brazilian law. All attributes obtained an acceptability index greater than 70%, which shows a potential product to the market in the future. It is necessary more tests in a larger sphere of public. 13 RELATO DE CASO: EVOLUÇÃO ATÍPICA DE MIELOFIBROSE PRIMÁRIA. ANA CLARA MARQUES DURAN; FELIPE DE CARVALHO CAETANO; BRUNO EDUARDO MENEZES PEQUENO; CRISTINA FRAGA & SOLANGE DE FÁTIMA ANDREOLLI LOPES BARILLO FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A mielofibrose primária (MFP) faz parte de um grupo de síndromes atualmente denominadas neoplasias mieloproliferativas (NMP). É uma doença clonal da medula óssea originada da transformação neoplásica de célula hematopoiética pluripotente, caracterizada por hiperproliferação de uma ou mais séries mielóides, além de resultar em fibrose progressiva, osteosclerose e angiogênese no estroma medular, associada a hematopoiese extramedular e expressão anormal de citocinas. A incidência é de aproximadamente 0,5 casos por 100.000 habitantes/ano, com idade média ao diagnóstico de 60 anos, predominando ligeiramente no sexo masculino. As manifestações clínicas da MFP incluem anemia severa, hepatoesplenomegalia e sintomas constitucionais. Complicações incluem hemorragias varicosas ou ascite, hipertensão pulmonar, derrame pleural e dor difusa extrema. A progressão para Leucemia é causa de cerca de 20% dos óbitos, porém, muitos pacientes morrem de comorbidades como: eventos cardiovasculares e consequências da citopenia, incluindo infecções e sangramentos. Objetivo: Apresentar um relato de caso de MFP, diagnosticada há 20 anos através de biópsia de medula óssea, com progressão excepcional, visto que a sobrevida mediana gira em torno de 52% em três anos. É uma doença rara, que evoluiu de forma atípica, apresentando quadro respiratório, posteriormente diagnosticado como Tuberculose (TB) de padrão Miliar, complicação esta nunca antes descrita na literatura associada à MFP. Relato de caso: 48 anos, masculino, pardo, tratando desde o principio do diagnóstico com esquema básico de Hidroxiuréia, posteriormente associado a Talidomida em doses ajustadas conforme resposta terapêutica. Em 2008 foi realizada esplenectomia devido a complicações decorrentes da esplenomegalia, sem intercorrências. Após seis meses, evoluiu com dores ósseas contínuas principalmente em membros inferiores e coluna vertebral, refratárias à analgesia. Permaneceu com queixas inespecíficas além das supracitadas até julho de 2015 quando referiu inicio de tosse seca, em salva, noturna, acompanhada de dispneia intensa e dor torácica, além de febre não aferida, sudorese noturna, hiporexia e perda de peso não mensurada. Após quatro dias, com permanência do quadro, apresentou ainda tontura, astenia e artralgia generalizada. Dirigiu-se então a Unidade de Pronto Atendimento, onde permaneceu internado durante 15 dias, sem melhora, sendo então transferido e iniciada antibioticoterapia e tratados demais sintomas constitucionais. Após realização de RX e TC de tórax, e coleta de BAAR, os resultados evidenciaram TB Miliar, sendo então iniciado esquema terapêutico. Discussão: A MFP é uma doença rara, de baixa sobrevida, e muito embora se tenha conhecimento de suas complicações, as que remetem às causas infecciosas são escassas na literatura. Dessa forma, o trabalho ganha importância clínica e epidemiológica, por mostrar tal associação em um território particularmente susceptível. 14 TREINAMENTO ORGANIZACIONAL: IMPACTOS DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E DA GESTÃO DO CONHECIMENTO. JULIANA FERNANDES DOS SANTOS & ROVENA LOPES PARANHOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS As organizações contemporâneas, para manter ganhos significativos em termos de conhecimento e aprendizagem, precisam investir constantemente em programas de treinamento, pois pessoas capacitadas e preparadas podem adaptar-se rapidamente às mudanças tecnológicas, contribuindo para a inovação dos processos organizacionais. Entende-se que esses programas sejam um meio de desenvolver a competência das pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, de forma a que possam, como profissionais mais capazes, melhor contribuir para os objetivos organizacionais. Embora muitas empresas invistam, constantemente, em programas de treinamento, de modo a desenvolver as competências de seus empregados, não é raro que estes empregados apresentem resistência em participar daqueles programas ou mesmo em executar a transferência do conhecimento adquirido quando retornam desses treinamentos aos seus ambientes organizacionais. Considerando ser esse um obstáculo que muitas vezes atrasa ou impede e pleno desenvolvimento organizacional, o objetivo dessa pesquisa foi o de avaliar como a aprendizagem organizacional e a gestão do conhecimento impactam as atividades de treinamento. O pressuposto metodológico que fundamentou o trabalho foi a pesquisa-ação, na uniu a ação da pesquisa à resolução de um problema organizacional no qual os participantes representativos estão envolvidos de forma cooperativa. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados, validados para a população brasileira, foram duas escalas intervalares de concordância do tipo Likert. A Escala de Percepção de Oportunidades de Aprendizagem nas Organizações (EPOA), que é unifatorial, tem 10 intervalos de concordância e 13 itens. E a Escala de Gestão do Conhecimento (EGC), que é multifatorial tem 5 intervalos de concordância e 22 itens distribuídos nas seguintes dimensões: orientação cultural para o conhecimento, orientação competitiva, práticas formais de gestão do conhecimento e práticas informais de gestão do conhecimento. A população pesquisada constituiu-se de uma amostra aleatória de 21 empregados de uma unidade de produção de uma empresa multinacional do ramo de alimentação. Os resultados apontaram que: a) a percepção de oportunidades de aprendizagem na organização apresenta níveis medianos; b) a orientação cultural e para o conhecimento bem como a orientação competitiva também são vistas como medianas; c) igualmente são consideradas medianas as práticas de gestão formal e informal do conhecimento. Concluiu-se, portanto, que a percepção não tão efetiva acerca das oportunidades de treinamento aliada a práticas de gestão do conhecimento não amplamente estabelecidas podem estar determinando, dentre outros fatores, a baixa adesão dos empregados aos treinamentos oferecidos pela organização. 15 SATISFAÇÃO NO TRABALHO: O IMPACTO NO BEM-ESTAR E NA PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL. LUIZ GUSTAVO GUERRA & ROVENA LOPES PARANHOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Satisfação no trabalho é uma variável de atitude que reflete como as pessoas se sentem em relação ao trabalho que têm, seja na totalidade, seja em relação a alguns de seus aspectos. E a insatisfação no trabalho é o quanto não gostam do trabalho que executam. Como consequência da satisfação no trabalho, pode-se afirmar que ela exerce influência direta tanto na vida pessoal quanto profissional das pessoas, na sua saúde, na qualidade de vida e no seu comportamento dentro e fora das organizações, contribuindo para o bem-estar dos trabalhadores e impactando a produtividade geral das organizações. Nesse sentido, avaliar e acompanhar o nível de satisfação de trabalhadores com as atividades que executam, pode contribuir para um entendimento mais significativo do comportamento humano no trabalho bem como pode contribuir para a identificação de quanto a maior ou menor satisfação com o trabalho impacta o bem-estar desses trabalhadores, determinando, consequentemente, a maior ou menor produtividade que apresentam. Assim, o objetivo geral da pesquisa foi o de avaliar o nível de satisfação dos trabalhadores de um grupo empresarial do ramo varejista de calçados e roupas da região centro-sul do Estado do Rio de Janeiro. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa foi do tipo pesquisa-ação, na medida em que o envolvimento do pesquisador e dos pesquisados foi de cooperação e participação, levantando problemas, desencadeando ações e avaliando-as conjuntamente em relação ao ambiente organizacional. Essa população foi composta pela totalidade dos empregados do grupo empresarial pesquisado, 143 ao todo. O instrumento metodológico utilizado para a coleta de dados foi a Escala de Satisfação no Trabalho (EST), que é uma medida multidimensional do comportamento organizacional, validada para a população brasileira. Trata-se de uma escala intervalar de concordância do tipo Likert, com 7 níveis de concordância e composta por 25 itens, distribuídos em cinco dimensões: satisfação com os colegas de trabalho, satisfação com o trabalho, satisfação com a chefia, satisfação com a natureza do trabalho e satisfação com as promoções. Os dados apontaram para os seguintes resultados: satisfeitos com os colegas (5,59 pontos), com a chefia (5,61 pontos) e com a natureza trabalho (5,28 pontos); indiferentes em relação à satisfação com as promoções (4,86 pontos) e insatisfeitos em relação ao trabalho propriamente dito (3,86 pontos). Esses dados sugerem que os empregados da empresa estão com dificuldade em encontrar a satisfação no trabalho, embora nas outras dimensões avaliadas estejam apresentando índices de satisfação plena ou indiferença; o que aponta para a necessidade de intervenção corretiva da gestão de forma a que se estabeleça maior bem-estar no trabalho e a produtividade geral não decresça. 16 O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DA MANIPULAÇÃO DO CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO NO PACIENTE ONCOLÓGICO. ESTHER DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA; TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA; ROSANE LUDOVICO; CAMILA RAFAELA DA SILVA SOUZA BERTHOLY; MÁRCIO JOSÉ BARBOSA BERTHOLY; INÁCIO VIRIATO CAVALCANTE & DULCINÉIA LUZIA DE OLIVEIRA L. MARQUES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Este estudo tratou da prática profissional dos enfermeiros que atuam em diversos setores que prestam assistência a pacientes oncológicos portadores do cateter totalmente implantado. Os objetivos foram: avaliar se o enfermeiro conhece o cateter totalmente implantado e a sua finalidade; caracterizar o perfil sociodemográfico dos enfermeiros; verificar o conhecimento do Enfermeiro a respeito da função e indicação do cateter totalmente implantado; identificar o nível de experiência do Enfermeiro na manipulação do cateter totalmente implantado em pacientes oncológicos e verificar no local da pesquisa, se há algum trabalho que capacite o Enfermeiro para este procedimento. Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. O cenário de pesquisa foi um Hospital Municipal, localizado na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos da pesquisa foram 17 (dezessete) Enfermeiros, diaristas e plantonistas da referida unidade. A coleta de dados ocorreu no mês de setembro de 2014, através de um roteiro de entrevista semiestruturado. Da análise dos dados emergiram três categorias, intituladas: Conhecimento da equipe de enfermagem acerca do Cateter Totalmente Implantado, experiência com o Cateter Totalmente Implantado e Cateter Totalmente Implantado e os Processos de Capacitação do Enfermeiro. Os dados foram agrupados e analisados, sendo discutidos à luz da análise de conteúdo. Conclui-se, após as discussões dos resultados que, os entrevistados não possuem um conhecimento satisfatório sobre a manipulação do cateter totalmente implantado, o que resulta em insegurança na realização desse procedimento. Acredita-se que a capacitação desses profissionais é o melhor caminho para que a assistência ao paciente portador deste cateter seja realizada adequadamente, prevenido complicações e garantindo bom tratamento, através de estratégias como o treinamento e a educação permanente dos enfermeiros. . Descritores: Conhecimento; Saúde do Adulto; Cuidados de Enfermagem. Gates, R.; Fink, R. M. Segredos em Enfermagem Oncológica: Respostas necessárias ao dia-a-dia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Melo, E. C. P. et al. O problema do câncer no Brasil. In: FIGUEIREDO, N. M. A. de et al (Org.). Enfermagem Oncológica:Conceitos e Práticas. São Caetano do Sul:Yendis, 2009. Cap. 2. p. 15-49. 17 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE ALTA COMPLEXIDADE AO RECÉM-NASCIDO DE ALTO RISCO. ESTHER DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA; TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA; LETÍCIA TEIXEIRA ATAÍDE SILVA; ROSANE LUDOVICO; CAMILA RAFAELA DA SILVA SOUZA BERTHOLY; MÁRCIO JOSÉ BARBOSA BERTHOLY & JOSÉ AUGUSTO ALBERGARIA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Este estudo discute a prática profissional dos enfermeiros da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, suas habilidades e competências bem como conhecimentos técnicos científicos nos cuidados relacionados à assistência de enfermagem de alta complexidade ao recém-nascido de alto risco. Os objetivos foram: identificar o tempo médio de assistência de enfermagem despendido e requerido pelos recém-nascidos internados em Unidade de terapia Intensiva Neonatal e conhecer os fatores facilitadores e dificultadores que envolvem a assistência de enfermagem na rotina de trabalho de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, de caráter exploratório. Os cenários do estudo foram a UTIN de um hospital de ensino da rede publica do município, localizado na região serrana do estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu no mês de novembro de 2014, através de um roteiro de entrevista semi-estruturado e a cronometragem do tempo gasto nos procedimentos selecionados para o estudo. Da análise de dados emergiram duas amostras, intituladas: conhecimento científico do enfermeiro sobre o recém-nascido de alto risco e a assistência de enfermagem de alta complexidade. Através de uma pesquisa de campo obteve-se informações acerca do tempo despendido na assistência aos recém-nascidos de alto risco na execução dos procedimentos selecionados, sendo estes posteriormente comparados com o padrão ouro da NIC. Os dados da pesquisa foram agrupados em gráficos e tabelas. Conclui-se que, após as discussões dos resultados, apesar dos enfermeiros, serem capacitados para assistirem o recém-nascido de alto risco, ainda apresentam dificuldades na assistência de enfermagem ao recém-nascido de alto risco. Os resultados da cronometragem dos procedimentos selecionados comparados com o padrão ouro mostram que todos estão dentro do tempo médio proposto pela NIC. Acredita-se que estas dificuldades na assistência possam ser resolvidas através da capacitação dos profissionais e na criação de estratégias como educação permanente/continuada e especializações, objetivando uma prática assistencial qualificada na UTIN. Descritores: Recém-nascido alto risco; Assistência de enfermagem neonatal. TANNURE, M. C. et al.; SAE Sistematização da assistência de enfermagem: guia prático. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2011. 298 15-49.f. 18 RESILIÊNCIA E O ADOECIMENTO CRÔNICO DO ADOLESCENTE: UM ESTUDO TRANSVERSAL. LUIZA DE LIMA BERETTA; MAURO LEONARDO S. CALDEIRA DOS SANTOS; PATRÍCIA DOS SANTOS CLARO FULY; LINA MÁRCIA MIGUÉIS BERARDINELI; BETÂNIA MARTA D. QUINTANILHA; MAURO LEONARDO S. CALDEIRA DOS SANTOS & PATRÍCIA DOS SANTOS CLARO FULY UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE A capacidade de resiliência consiste na recuperação de um dano; superação do que se era; edificação de sentido nas experiências vividas.Trata-se de uma condição que pode estar presente em distintas fases da vida, inclusive na adolescência, ainda que essa seja considerada uma fase de fragilidade do indivíduo. Durante o acometimento do adolescente por uma doença crônica faz-se particularmente importante o estudo da resiliência com o intuito de estimular o desenvolvimento de fatores protetores externos e internos.Trata-se de um estudo exploratório transversal com abordagem quantitativa, cujos objetivos foram identificar as condições de resiliência em adolescentes internados com doença crônicas nãotransmissíveis e levantar os principais fatores de proteção no enfrentamento dos adolescentes em relação aos danos causados pela doença. Os dados foram coletados no Hospital Universitário Pedro Ernesto, durante o mês de abril de 2013, após aprovação do comitê de ética. Foram entrevistados 20 adolescentes de ambos os sexos, entre 12 e 19 anos. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário WHOQOL-BREF, que avalia a qualidade de vida e possui 26 questões, as quais são divididas em 5 domínios. Após a coleta dos dados, foi feita a análise dos mesmos; a pontuação dos escores do questionário foi realizada utilizando-se o programa estatístico SAS 9.1.3. Primeiramente, realizou-se o cálculo dos scores de cada questão de acordo com a sintaxe da Organização Mundial de Saúde, depois de feita essa transformação, aplicou-se uma estatística básica para a qualidade de vida em cada domínio. Em um próximo passo, realizou-se um teste de variância (ANOVA) utilizando um modelo de regressão múltipla com 5% de significância para analisar o quanto cada domínio explica cada questão. Esse método apresenta dois testes, o teste F e o teste t de Student. A regressão múltipla também foi utilizada para analisar a relação entre a variável sexo e os domínios. Além disso, aplicou-se um teste F para o total de cada paciente em relação a cada domínio, a fim de verificar quais domínios foram mais significativos. Após a análise dos dados, verificou-se que o domínio 2 (psicológico) e o overall influenciaram mais na qualidade de vida dos adolescentes participantes da pesquisa. Ademais, os fatores de proteção mais encontrados foram fatores baseados no próprio indivíduo e fatores relacionados ao apoio do meio ambiente. Estes achados reforçam a ideia de que as experiências de vida e a forma com que cada adolescente enxerga o mundo a seu redor influenciam fortemente o enfrentamento das adversidades. Assim, é fundamental que os profissionais de saúde tenham sensibilidade e preparo adequado para identificar as peculiaridades do indivíduo adolescente e do processo de adoecimento de cada paciente, além de minimizar, dentro do possível, as experiências negativas, com o intuito de contribuir para que a experiência da hospitalização edifique algum sentido construtivo para o adolescente. 19 PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE (PIBID) LICENCIATURA EM ENFERMAGEM. KAREN APARECIDA DOS SANTOS; GABRIELA TROYACK BECK; JULIANA LOOS DOS SANTOS; SAMANTHA MELANDRE MÜNCH; SIMONE FÁTIMA DE AZEVEDO; FERNANDO RICARDO M.DA SILVA; MIRIAM HEIDEMANN & LUMENA REGINA MACACCHERO DA MOTTA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS As atividades do enfermeiro crescem e diversificam-se. Isso confirma que a profissão de Enfermagem é constituída por um processo complexo, que envolve ações voltadas para cuidá-lo, educar e gerenciar. A Enfermagem tem como foco principal o cuidado com o ser humano em suas necessidades bio-psico-sócioespirituais, com o objetivo de promoção, proteção e recuperação da saúde. O cuidado associado ao educar, possibilita uma diversificação de conhecimentos. A educação é entendida como um processo que depende de aspectos de caráter permanente, a todo instante aprendemos e ensinamos independente do grupo o qual estamos inseridos. Diante dessa realidade, faz-se necessária a formação de um quantitativo adequado de professores. A CAPES criou o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID. O Curso de Licenciatura em Enfermagem da FASE foi contemplado, pela primeira vez, com aprovação de projeto no PIBID. Objetivo: analisar a percepção dos candidatos, participantes do processo seletivo, que não foram selecionados para o Programa. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com coleta de dados realizada através de questionário aberto e fechado, aplicado no período de maio até agosto de 2014. O questionário foi composto de cinco perguntas. Posteriormente os dados foram analisados, alocados em tabelas de acordo com seu agrupamento a partir da análise. Principais resultados: Dos 31 alunos entrevistados 38,7% responderam equivocadamente o que significava a sigla do Programa, o que nos remete ao pensamento se houve uma leitura prévia do edital de seleção. O PIBID oferece ao acadêmico integrante um auxílio salário, e traz na sua descrição editorial os benefícios aos qual o bolsista tem direito durante e após o Programa. No questionário aplicado, procuramos identificar se os candidatos receberam estímulo externo para concorrem e posteriormente se a existência da Bolsa os incentivou no processo de inscrição. 98,6% disseram que receberam incentivos para inscrever-se no programa e 93,5% disseram terem sido influenciados pelo incentivo financeiro. Não houve perguntas específicas para Enfermagem, o que deveria representar um conforto maior para os entrevistados. Entretanto, isto não foi verificado na análise dos dados: apenas 22,6% relataram a sensação de estarem preparados. O sentimento predominante no momento da entrevista foi o nervosismo (muito nervoso) – 19,4% dos entrevistados. Discussão: Podemos observar através das análises dos dados que os candidatos não se sentiam preparados emocionalmente para realizarem a entrevista e acreditaram que o nervosismo e o critério de uma segunda língua durante a entrevista, tenham influenciado o seu resultado. Um dos pontos mais interessantes da análise é que apenas 13 dos 31 entrevistados disseram ter afinidade com a licenciatura, entretanto sabemos que o PIBID tem sua atuação na área de Licenciatura, o que nos leva a crer que a oferta da Bolsa remunerada pelo Programa teve força maior para os candidatos. 20 ÚLCERA DE MARJOLIN EM FACE - RELATO DE CASO. PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA; LEONARDO COELHO ROCHA; CLARISSA OLIVEIRA SILVA; FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI; JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA; ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA; MARINA DE FIGUEIREDO SOUSA & SÉRGIO CARDOSO MACIEL PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO O termo úlcera de Marjolin refere-se a uma transformação maligna que se origina na pele cronicamente lesada. Trata-se de neoplasia mais agressiva do que aquelas não relacionadas com cicatriz, com maior possibilidade de recorrência local e metástases para linfonodos. Frequentemente é subdiagnosticada ou tratada de forma inadequada. Ocorrem sobre úlceras crônicas, fístulas, lesões de Lúpus Eritematoso Discóide, cicatriz de Herpes Zoster, Mal Perfurante Plantar, entre outras, sendo as cicatrizes de queimaduras as causas mais comuns. Os achados clínicos que sugerem a transformação maligna compreendem úlceras que não cicatrizam aumento da consistência da lesão, vegetação, odor desagradável, bordas elevadas e formação de nódulos sobre a cicatriz. É considerada aguda, quando o câncer se instala até um ano depois da ocorrência da cicatriz; e crônica, após esse prazo. Histologicamente, apresenta-se como um carcinoma espinocelular (CEC) em 73% dos casos, seguido por carcinoma basocelular (CBC) em 10%. Melanoma, sarcoma, neoplasias mistas e diversas outros subtipos também são descritos na literatura. Relata-se o caso de uma mulher, branca, de 85 anos, hipertensa e portadora de FA crônica, que sofreu picada de inseto ha quatro anos em região malar esquerda com formação de ferida de evolução de meses. Dois anos após o episódio inicial, refere aparecimento de lesão brancacenta e indolor no local de cicatriz, que vem evoluindo gradativamente de tamanho, forma, apresentando sangramentos intermitentes e saídos de secreção fétida. Foi realizada Exérese de tumoração em região malar esquerda e em ponta de nariz, com margem de 1,5 cm em ambas, seguidas de enxerto de pele total de região infraclavicular. Laudo de biópsia trouxe como resultado: um. Lesão Malar: Carcinoma Escamoso Bem Diferenciado Invasor com margens cirúrgicas livres; dois. Lesão Nasal: Carcinoma Basocelular com margens cirúrgicas livres. Visto o caso, é importante salientarmos que os profissionais da saúde devem estar atentos à ocorrência da úlcera de Marjolin, visando diagnóstico precoce com consequente terapêutica adequada e melhor prognóstico. Salienta-se ainda a orientação adequada aos pacientes portadores de cicatrizes crônicas, especialmente aquelas provenientes de queimaduras, informando-os da necessidade de avaliação médica especializada, caso ocorram qualquer tipo de alteração nessas regiões. Destaca a importância do acompanhamento rígido destes pacientes, devido a possíveis recidivas e metástases, na tentativa de reduzir morbidade e mortalidade. Para a diminuição da incidência das úlceras de Marjolin é necessário o manejo adequado das queimaduras e outros ferimentos, pois a maior parte dos pacientes ao receber o diagnóstico já apresenta a doença em estágio avançado, devido à dificuldade do diagnóstico tanto clínico quanto histopatológico de um carcinoma sobre uma lesão cicatricial ou ulcerada. 21 MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE 15 E 80 ANOS OU MAIS DE 2000 A 2012. LETICIA MACACCHERO MOREIRAO; LETICIA MILONI & VANILA FABER PALMEIRA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Para a escolha e problematização do tema, foi considerado a crescente importância do câncer de colo de útero na faixa etária da idade fértil até os 80 anos ou mais no Brasil entre os anos de 2000 a 2012. O acometimento da população revela uma grande relevância no tema, pois mesmo que em menor escala comparado a outras neoplasias femininas, representa um problema social, uma vez que é uma doença de diagnóstico precoce através da realização de exames ginecológicos e que pode ser evitada através de métodos contraceptivos bloqueadores. Porém, nota-se o aumento da preocupação com essa afecção, uma vez que ela tende a aumentar devido a vida sexual mais ativa e influência das políticas de promoção à saúde. OBJETIVO: Analisar as taxas de mortalidade por câncer de colo de útero em mulheres da idade fértil até os 80 anos ou mais. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, quantitativo e descritivo, estudando todos os casos de morte por câncer de colo de útero entre mulheres na faixa etária de 15 a 80 anos ou mais no período de 2000 a 2012 no Brasil. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Atlas de Mortalidade por Câncer no Sítio do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foram criadas tabelas, índices e gráficos com a produção de taxas de mortalidade entre as faixas etárias e anos estudados por 100 mil habitantes. RESULTADOS: A faixa etária entre 15-29 anos possui a menor taxa de mortalidade, não ultrapassando uma morte a cada 100 mil mulheres. A partir dos 30 anos observou-se um aumento significativo da mortalidade, que passa para valores acima de 3 mortes por 100 mil mulheres, padrão de aumento que foi sucessivo nas demais faixas. Quando comparada à próxima faixa (40-49 anos), passa de 3 para 9 mortes por 100 mil mulheres. CONCLUSÃO: A influência do câncer de colo de útero na mortalidade feminina observou-se principalmente a partir dos 30 anos. Notou-se que há lacunas existentes na saúde brasileira que afeta a mortalidade pela doença discutida. Por isso, é evidenciada a necessidade de investimento acerca de prevenções primárias e secundárias dos fatores de risco relacionados, bem como promoção da saúde para toda a população. 22 HÉRNIA DE GRYNFELTT: APRESENTAÇÃO RARA EM UM HOSPITAL DE ENSINO. ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA; LEONARDO COELHO ROCHA; CLARISSA OLIVEIRA SILVA; FRANCIS CARLA LANDI DAMARTINI; PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA; JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; PAULO RICARDO HOMEM; VINICIUS PACHECO FERNANDES DA SILVA & ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO As Hérnias Lombares (HL) superiores primárias, isto é, não causadas por nenhuma outra comorbidade ou abordagem cirúrgica são pouco comuns, foram descritas no início do séc. XIX por Grynfeltt e Lesshaft. Por sua baixa incidência são poucos estudos, na literatura (LT), descrevendo avanços em técnicas ou tratamentos. Sabe-se que a região lombar (RL) é cercada no seu limite superior pela 12ª costela, inferior pela asa do ilíaco, medial pelos músculos eretores da espinha e lateral pelos oblíquos do abdome, ainda, foi delimitada em dois triângulos por Petit e Grynfeltt, inferior e superior, respectivamente. O triângulo de Grynfeltt (TG), ou superior, tem como limite inferior a aponeurose do músculo transverso e a inserção do músculo latíssimo do dorso. A predisposição para o surgimento dessas HL se deve, sobretudo, a presença de variações anatômicas entre essas estruturas (posição, angulação e inserção de fibras). São descritas, basicamente, duas formas de resolução cirúrgica destas HL, por cirurgia aberta (CA) ou por videolaparoscopia (VL), sendo CA considerada a melhor opção em artigos recentes publicados na LT. RELATO DE CASO: Paciente, sexo feminino, 45 anos, hipertensa e sem outras comorbidades relativas ao caso, deu entrada no Hospital de Ensino Alcides Carneiro (HEAC) com queixa de abaulamento em RL superior, de volume crescente móvel há dois anos e com evolução há duas semanas para quadro de dor local intensa e fixação da massa. Após avaliação clínica e radiológica foi diagnosticada com possível HL encarcerada com sinais de estrangulamento e levada ao Centro Cirúrgico para resolução do quadro. Realizada Herniorrafia por CA, com síntese da parede. Sem intercorrências no pós-operatório imediato, tendo alta da enfermaria após três dias. DISCUSSÃO: Sabe-se que as HL são mais comumente encontrados em homens (3:1), à esquerda (2:1) e no TG sem proporção descrita, com isso o caso descrito é ainda mais relevante devido à sua apresentação clínica. Ainda podemos destacar que os principais fatores predisponentes, excluindo-se as mal formações, que são: aumento da pressão intra-abdominal, bronquite, atividade física intensa, entre outros não se encontram na história clínica desta paciente. O diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico, podendo ser complementado com métodos de imagem, sendo a Tomografia Computadorizada o melhor descrito na literatura, porém métodos como ressonância magnética e ultrassonografia também podem ser úteis. Vale lembrar que HL são comumente seguidas por outras afecções, ou seja, são secundárias e merecem investigação detalhada, por exemplo, uma HL acompanhada de equimose ou hematoma local pode estar relacionada a ruptura de Aorta. A possibilidade de abordagem cirúrgica destes pacientes no dia-a-dia do residente em Cirurgia Geral coopera para sua formação visto a grande gama de possibilidades de apresentações do paciente com hérnias de parede e suas variadas formas nas salas de urgência ou mesmo eletivas. 23 A INDUSTRIALIZAÇÃO TÊXTIL DE PETRÓPOLIS: UMA ANÁLISE DA ASCENSÃO E QUEDA DESTE PROCESSO, SUA GESTÃO E RELAÇÕES DE TRABALHO. UM ESTUDO DE CASO DA CIA PETROPOLITANA DE TECIDOS. LUCAS MANOEL DA SILVA CABRAL & RODRIGO ANTÔNIO ALVES LOPES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A presente pesquisa buscou entender as estratégias e os caminhos administrativos que levaram ao surgimento e decadência da indústria têxtil de Petrópolis (RJ). A industrialização têxtil surge em 30 anos (1873 a 1903), constituindo um importante polo produtor no País, e dura cerca de100 anos, perdendo está posição, também em 30 anos (1960 a 1990), com o fechamento das principais empresas têxteis em Petrópolis. Para entender melhor este universo foi realizado um levantamento histórico sobre as seis principais companhias têxteis e suas vivências produtivas tendo como base os diferentes momentos políticos e econômicos que o Brasil viveu. Como foco elaborou-se um estudo de caso da Cia Petropolitana e Tecidos Petrópolis, maior industrial têxtil de Petrópolis no período pesquisado. Foram analisadas a influência das escolas clássicas de administração nos meios de gestão utilizados pelas empresas têxteis, e a descrição das ações administrativas utilizadas na gestão das relações de trabalho na Cia Petropolitana de Tecidos. Para tanto foi elaborada uma pesquisa bibliográfica com base em autores clássicos sobre as escolas administrativas, dissertações e teses que tratavam da crise têxtil no País, jornais, e documentos de época existentes em museus e sindicatos. Complementarmente foram realizadas entrevistas com gestores e ex-funcionários da Cia Petropolitana de Tecidos no sentido de buscar entender as políticas e estratégias de gestão da empresa. Dessa forma pretendeu-se entender o que levou ao encerramento do polo industrial têxtil e se as decisões administrativas, e os métodos de gestão utilizados, contribuíram para o processo de desindustrialização têxtil na cidade de Petrópolis. 24 PERFIL DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FASE LUCAS MANOEL DA SILVA CABRAL; JULIANA F. SANTOS; CAIO GUIMARÃES GIL; PÂMELA DE OLIVEIRA LOPES; PALOMA DA CONCEIÇÃO DINIZ; LUCAS DA SILVA DIAS; ANA MARIA AULER M. PERES; GABRIEL VINICIUS MAMED DE MIRANDA & FÁTIMA REGINA NEVES LIMA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Este Projeto de pesquisa surgiu em decorrência do interesse de alunos e professores do Curso de Administração da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FASE) em realizar um trabalho que pudesse despertar o interesse pela investigação nos estudantes e também produzir material de subsídio a gestão do Curso de Administração. O objetivo geral da pesquisa é conhecer o perfil dos estudantes ingressantes no Curso de Administração. Seus objetivos específicos são conhecer o perfil socioeconômico, identificar hábitos e comportamentos, conhecer suas percepções em relação à instituição e gerar informações para o planejamento de ações estratégicas que vão ao encontro das necessidades dos alunos da Instituição. O trabalho teve início em 2013 e em 2015 foram aplicados os questionários aos ingressantes. O questionário conta com 26 questões, distribuídas com o objetivo de mapear a vida social, econômica e cultural dos estudantes de graduação de administração da FASE. 25 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RISCO DE SOLIDÃO E DESESPERANÇA EM IDOSOS DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. BIANCA DA SILVA NUNES & LEILA SCHMIDT BECHTLUFFT FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Ao longo de menos de 50 anos, houve um aumento de quase 700% no número de idosos no Brasil. É comum encontrar idosos vivenciando relações familiares ou sociais deficitárias e com a qualidade de vida prejudicada, por inúmeras formas de exclusão social, entre as quais, o isolamento. O enfermeiro, ao realizar consultas de enfermagem na atenção linguagem padronizada da NANDA I, pode auxiliar o raciocínio clínico para o diagnóstico destes problemas. básica, pode diagnosticar e tratar o risco de solidão e a desesperança. A utilização da Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo geral verificar a ocorrência dos diagnósticos de enfermagem “Risco de Solidão” e “Desesperança” em idosos residentes em uma área de abrangência de uma estratégia de saúde da família. Metodologia: Tratou-se de um estudo do tipo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra foi selecionada a partir de um corte da população adscrita, da faixa etária de sessenta anos ou mais, totalizando 45 idosos. Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada. Resultados: Os dados obtidos sofreram análise criteriosa, sendo identificados o diagnóstico de enfermagem de “Risco de Solidão”, através da ocorrência dos fatores de risco e o diagnóstico de enfermagem “Desesperança”, através da identificação dos fatores relacionados e características definidoras. Foram identificados 20 idosos com risco de solidão (44,4%). Os fatores de risco encontrados foram isolamento social (100%), acompanhados por isolamento físico (30%) e falta de energia emocional (20%). A desesperança foi diagnosticada em 21 idosos (46,7%). As características definidoras mais encontradas foram afeto diminuído (57,1%), indicações verbais (42,8%) e o fator relacionado mais presente foi o isolamento social (42,22%). Discussão: Concluiu-se que os diagnósticos de enfermagem estudados, ocorreram em um índice expressivo da população pesquisada. Salienta-se que o “isolamento social” apareceu como o principal fator relacionado e de risco em ambos os diagnósticos pesquisados. A partir dos resultados encontrados observou-se uma grande necessidade de estudos que pesquisem o tema, devido ao assunto ser pouco estudado a nível nacional, e por haver poucas pesquisas que colaborem com tema. 26 EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA MATERNIDADE. ADRIANA MARIA A. DA CONCEIÇÃO CUNHA & LEILA SCHMIDT BECHTLUFFT FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O Ministério da Saúde incentiva a troca de informações entre mulheres e profissionais de saúde, durante o pré-natal e após o parto, e seleciona temas a serem abordados. Objetivo: propor estratégias de atividades educativas dirigidas às puérperas, que possam ser realizadas em maternidades. Método: foi realizada pesquisa em banco de dados da scielo, procurando por artigos que relatassem experiências de educação em saúde no ambiente da maternidade. Para a adequação da proposta educativa, valorizou-se o conhecimento da idade e grau de instrução das puérperas, obtidos no DATASUS referentes ao período de janeiro a dezembro de 2013. Resultados: a análise do perfil demonstra que a maior concentração de puérperas se encontra na faixa etária entre 20 a 24 anos. As adolescentes representaram 16,39% do total e 11,68% dos partos ocorreram em mulheres entre 35 e 44 anos. A maioria das mulheres, totalizando 2035 mulheres, cursaram entre 8 e 11 anos de estudo e um pequeno número não estudou. Um artigo pesquisado revelou os assuntos de interesse para puérperas: coto umbilical, cuidados, alimentação e higiene corporal. Outro artigo descreve a experiência positiva de realização de atividade educativa mediada por jogo de tabuleiro. Conclusão: propõe-se uma estratégia educativa participativa, partindo do saber e experiências das puérperas. Sugere-se como assuntos: cuidados com o RN, incluindo: banho, cuidados com o coto umbilical, limpeza da genitália, troca de fraldas, amamentação. A demonstração prévia dos cuidados pode ser necessária no caso de puérperas com baixo grau de instrução. Sugere-se também atividade de preparação da alta. 27 PREVALÊNCIA DE SUB DIAGNÓSTICO E DE TRATAMENTO INADEQUADO DE ASMA BRÔNQUICA ENTRE PACIENTES DE DUAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE INSCRITOS NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES. LARISSA PERES DELGADO; ARIANE ALMEIDA MOREIRA; RODRIGO DA SILVA ROCHA; ADIL VALENTE LISBOA; ÉRICA GALL LOPES & MARCUS BARRETO CONDE FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo resultante de uma interação entre genética, exposição ambiental e alérgenos irritantes. Já foi demonstrado que o custo direto da asma (utilização de serviços de saúde e medicações) foi o dobro entre pacientes com asma não controlada em comparação àqueles com asma controlada. OBJETIVO: Inferir a prevalência de sub diagnóstico e de tratamento inadequado de asma brônquica entre pacientes de duas Unidades Básicas de Saúde inscritos no Programa Respira Petrópolis. METODOLOGIA: Estudo observacional descritivo. O critério de inclusão no estudo foi o diagnóstico de asma entre os pacientes atendidos em atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Petrópolis (RJ) inscritos no Programa Respira Petrópolis (PRP) por terem idade igual ou superior a 14 anos e referirem sintomas respiratórios (tosse, chiado no peito ou falta de ar) e/ou saber ter ou ter tido em qualquer idade asma/bronquite ou DPOC/enfisema ou tuberculose no período de 31 de janeiro de 2014 a 31 de julho de 2015. O Programa Respira Petrópolis é uma adaptação do Programa Practical Approach for Lung Health da Organização Mundial da Saúde (OMS) que avalia e diagnostica sintomáticos respiratórios de forma sistematizada e a partir de uma abordagem horizontal em acordo com um Protocolo Clínico. Os dados utilizados foram extraídos do banco de dados do PRP que utiliza o pacote estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). O diagnóstico de asma, a definição de tratamento inadequado ou não e a definição de asma clinicamente controlada ou não foram feitos com base nos critério da Global Initiative for Asthma (GINA) (referencia) RESULTADOS: Dos 140 pacientes matriculados no Programa Respira Petrópolis 41 % (57/140) tiveram diagnóstico final de asma, sendo que 68% (39/57) tinham diagnóstico conhecido (prévio) de asma e 32% (18/57) não tinham diagnóstico de asma (subdiagnóstico). Dos 57 portadores de asma, 91% (52/57) faziam tratamento inadequado. Destes 18 não usavam medicamento algum (não tinham diagnóstico prévio de asma) e 34 usavam medicamento inadequado. Dos 39 pacientes com diagnóstico prévio de asma apenas 15% (6/39) tinham doença com controle clínico. DISCUSSÃO: Apesar do objetivo do tratamento da asma seja o controle adequado da doença, nossa amostra apresentou elevada prevalência de subdiagnósticos, de tratamento inadequado e, consequentemente uma baixa prevalência de pacientes asmáticos com doença clinicamente controlada.(5) Um estudo retrospectivo realizado em uma unidade da rede pública de Porto Alegre observou que o número de pacientes asmáticos com tratamento concordante com as diretrizes também é reduzido, correspondendo a apenas 30% do total. 28 DIFICULDADES ENFRENTADAS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE ACADÊMICA. JÉSSICA FERREIRA VARDIERO; JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO OLIVEIRA; LUANNA VIEIRA PESSANHA; ANDRESSA BRAZ VASCONCELOS & RICARDO PATULÉA DE VASCONCELLOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada. Porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento e evitar complicações futuras. Historicamente, a Enfermagem está envolvida nas ações de primeiros socorros, pois no século XX, teve presença marcante no atendimento aos feridos de guerras . O Ministério da Saúde reconhece a deficiência na formação dos profissionais com relação à temática, colocando a necessidade de aprofundamento da questão com vistas à qualificação da formação. Objetivo: consistiu em identificar dificuldades que acadêmicos de Enfermagem porventura teriam para prestar primeiros socorros, visando discutir a necessidade de inserção de atividades pedagógicas ligadas à temática. Metodologia: A pesquisa é do tipo descritiva, com abordagem qualitativa. O campo empírico foi uma Instituição de Ensino Superior e seu Hospital de Ensino. Participaram do estudo 11 acadêmicos de Enfermagem que se encontravam em estágio supervisionado na área hospitalar. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com perguntas abertas. A interpretação e análise dos dados se deu pela técnica de categorização. Resultados e discussão: Encontramos, como dado impactante, que estudantes atrelam a dificuldade de compreender o que são primeiros socorros ao déficit de abordagem da temática durante a graduação. Com relação às dificuldades, os estudantes elegeram a compressão cardíaca como procedimento que teriam maior dificuldade de desenvolver. A questão psicológica frente às situações adversas também emergiu. Dessa forma, foi possível concluirmos ser fundamental que as Instituições de Ensino, mesmo não sendo recomendado em Diretrizes Curriculares, insiram algumas temáticas, como os primeiros socorros, através de atividades paralelas e integrativas aos currículos oficiais. 29 SÍNDROME PÓS-COLECISTECTOMIA: FORMAÇÃO DE NEOVESÍCULA - RELATO DE CASO. FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI; ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA; CLARISSA OLIVEIRA SILVA; JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; LEONARDO COELHO ROCHA; PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA & ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS - PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRURGIA GERAL Pacientes submetidos a colecistectomia convencional ou videolaparoscópica, podem no pós-operatório apresentar-se ainda sintomáticos ou desenvolver novo quadro sintomatológico. A síndrome póscolecistectomia está presente em aproximadamente 10 a 50% dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico. (COELHO 1996/ PETERLI 2000) Essa síndrome geralmente se apresenta com sintomas inespecíficos, como flatulência, eructação, indigestão e náuseas transitórias. Pode ser causada por desordens extra biliares tais como, pancreatite crônica, doença ulcerosa péptica, doença do refluxo gastresofágico e síndrome do intestino irritável. Uma pequena parcela é causada por desordens de origem biliar, como estenose biliar, coledocolitíase, síndrome do coto de ducto cístico, estenose da ampola hepatoduodenal. (SALIM e CUTAIT 2008). Paciente masculino, 65 anos, afirma que há 25 anos foi submetido a colecistectomia convencional eletiva. Quinze anos após, iniciou quadro de dor em hipocôndrio direito, evoluiu anos depois com piora da dor, com irradiação dessa pra dorso e associação com a ingesta de alimentos gordurosos. Realizou USG de abdome em 03/10/14, que evidenciou provável dilatação do colédoco associada a litíase. Em abril/2015 foi internado no Hospital Alcides Carneiro para a realização de CPRE, que diagnosticou a presença de neovesícula associada a litíase, evoluiu no pós com pancreatite, sendo tratado e recebeu alta seis dias após para acompanhamento ambulatorial. Em 25/05/2015 foi novamente internado, para a realização de colecistectomia convencional, sendo o procedimento realizado sem intercorrências. Recebeu alta hospitalar seis dias após. Até 50% dos pacientes submetidos a colecistectomia, podem apresentar após semanas ou até anos, síndrome pós-colecistectomia. (COELHO 1996/ PETERLI 2000) Desses, aproximadamente 4% poderão apresentar sintomatologia semelhante àquela vivida antes do procedimento cirúrgico, como dor em hipocôndrio direito. (VAN DAM PAUL 2013) Como ocorreu com o paciente do caso clínico, que iniciou a sintomatologia após 15 anos da colecistectomia convencional. Pacientes que apresentem síndrome pós-colecistectomia devem ser submetidos a investigação rigorosa, levando em consideração os diversos diagnósticos diferenciais possíveis. (VAN DAM PAUL 2013) A presença de uma neovesícula associada a formação de cálculos, é um importante causador de quadro de cólica biliar recorrente, como ocorreu no paciente deste relato de caso. (COELHO 1996) Por ser uma condição que causa prejuízo ao paciente e quando manejada adequadamente com uma nova abordagem cirúrgica leva a resolução do quadro, a formação neovesicular, deve fazer parte da investigação naqueles pacientes que apresentem síndrome pós-colecistectomia. 30 REDESENHO DE CARGOS LUIZ AUGUSTO DOMINGOS RIBEIRO & ROVENA LOPES PARANHOS CARL ZEISS VISION BRASIL INDÚSTRIA OPTICA A necessidade de adaptação às constantes e rápidas mudanças que ocorrem no cenário empresarial globalizado exige das organizações uma constante adequação de seus recursos e processos internos às exigências do mercado, buscando uma integração entre suas políticas de recursos humanos e oferecendo um alicerce à realização das metas e objetivos estratégicos planejados. Essa interação é possível através da descrição e análise de cargos, uma vez que sua elaboração e constante atualização são responsáveis pela disponibilização de informações essenciais à gestão. Dessa forma, entende-se por desenho de cargos a atividade de especificação do conteúdo, dos métodos de trabalho e das relações dos cargos de uma dada organização, no sentido de identificar os requisitos tecnológicos, organizacionais, sociais e pessoais de seu ocupante. E entende-se por redesenho de cargos a atividade de atualização de cargos já desenhados, de forma a adequá-los às constantes e necessárias transformações pelas quais toda organização passa ao permanentemente se adaptar às mudanças do mercado em que está inserida. Ambas são atividades fundamentais na política de recursos humanos, uma vez que permitem a realização de processos de recrutamento, seleção, socialização, treinamento, desenvolvimento e avaliação de desempenho mais eficazes e coerentes às suas possibilidades econômicas, além da possibilidade de implantação de planos de carreiras e maiores facilidades para as lideranças no tratamento uniforme dos trabalhadores. Assim, essa pesquisa teve como principal objetivo o redesenho de cargos de uma indústria óptica, de forma a atualizar e adequar as descrições de cargos existente, identificando os impactos gerados nas demais políticas de recursos humanos, assim como na estratégia da empresa. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa foi aplicada, com abordagem qualitativa e do tipo pesquisa-ação, na medida em que identificou problemas existente e buscou soluções para os problemas encontrados nas descrições de cargos existentes na empresa, contando com a participação dos colaboradores envolvidos nas atividades analisadas e do próprio pesquisador. A técnica utilizada foi a análise documental e os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram a entrevista e o questionário. Os cargos redesenhados foram aqueles que integram a estrutura de cargos da área recursos humanos. O redesenho se deu a partir das seguintes dimensões: instrução, conhecimento, experiência, iniciativa/complexidade, responsabilidade por supervisão, responsabilidade por máquinas e equipamentos, responsabilidade por contatos, esforço mental e visual, esforço físico e risco. Como resultados, foram redesenhados em sua totalidade 04 cargos e esse trabalho, concluiu-se, contribuiu sobremaneira e positivamente para o início e pavimentação das mudanças em curso nos processos de gestão de pessoas da empresa. 31 GRUPO DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO: INVESTIGANDO MOTIVOS DE ABANDONO DO TRATAMENTO. VIVIANE DE CARVALHO AZARA ANDRADE & CARLOS LUIZ DA SILVA PESTANA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Segundo o Instituto Nacional do Câncer (2014) , o tabaco encontra-se em segundo lugar das drogas mais consumidas entre os jovens no mundo e diversos fatores interferem na adesão ao abandono do tabagismo. Objetivo: Analisar os motivos que levam o tabagista ao abandono do programa de cessação do tabagismo na Estratégia de Saúde da Família; Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, realizada em uma Unidade da ESF, situada em uma cidade da Região Serrana, Estado do Rio de Janeiro. Foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com os pacientes que pertenceram ao grupo de cessação do tabagismo nos anos de 2012 a 2015, e que haviam participado dos quatro primeiros encontros da abordagem cognitiva comportamental com apoio de reposição de nicotina, e abandonaram o tratamento não completando 12 meses de acompanhamento. Resultado: Os dados revelaram que problemas pessoais e familiares relacionados ao descontrole emocional, baixa motivação, ganho ponderal de peso, ambiente social e o não alcance do objetivo proposto foram fatores impeditivos à cessação do tabagismo desses fumadores. A conclusão desse estudo sinaliza fatores já revelados pela literatura e desvenda motivos que servem de alerta para que profissionais de saúde possam fortalecer suas estratégias de tratamento com resultados satisfatórios. 32 ACREDITAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO DE UMA UNIDADE AMBULATORIAL DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS- RJ. ANDRESA MEDEIROS DE LIMA NEVES DA SILVA; GIOVANA CRISTINA VIEIRA & REGINA SHIRAISHI FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A certificação é um selo de qualidade que muitas instituições almejam alcançar. No Brasil no ano de 1999, foi criada a Organização Nacional de Acreditação (ONA), órgão que fiscaliza os serviços, sempre preservando a qualidade. A qualidade no serviço requer uma dedicação e esforço do gestor e principalmente dos funcionários que executam as atividades diárias em busca da excelência. Com isso foi criado o Manual de Acreditação, sendo utilizado como instrumento para avaliação da qualidade de atividades realizadas. Objetivo verificar se a Central de Material Esterilizado, de um Ambulatório Escola de nível médio de complexidade, estava de acordo com os requisitos preconizados pela Organização Nacional de Acreditação. Metodologia: Exploratória e descritiva, baseada em pesquisa documental e bibliográfica, do Ambulatório Escola, no período de fevereiro a junho de 2015. Foi elaborado e aplicado checklist dos requisitos para Acreditação, baseados no Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar e na Organização Nacional de Acreditação. Resultado: Verificou-se que a Central de Material Esterilizado encontrava-se em conformidade com todos os requisitos preconizados relacionados com a segurança e estrutura da instituição, nos itens: planejamento , organização e normas de competência. Não possuíam manual de rotinas, dos procedimentos realizados no setor, o Ambulatório Escola, atendeu parcialmente os requisitos. Conclusão: De acordo com a pesquisa nos itens de avaliação da Organização Nacional de Acreditação e Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, o AMBE tem a possibilidade de ser certificado no Nível 1,porém, para alcançar o nível máximo de qualidade, há muito muito que se fazer, principalmente no que se refere a manuais e protocolos, pois geram um grande benefício tanto para o serviço quanto para o paciente que recebe a assistência. JOINT COMISSION INTERNATIONAL – JCI. Padrões de Acreditação do Joint Comission International para Cuidados ambulatoriais. Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. 2ª ed. Rio de Janeiro, abr. 2010. CBA. CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO. Informativo do CBA sobre qualidade e desempenho econômico. Acreditação em Saúde – Cenário de Crescimento - Rio de Janeiro: 2º Sem. 2011. 33 O PAPEL DO GESTOR NAS ORGANIZAÇÕES: O EMPRENDEDORISMO COMO UM DIFERENCIAL. POLIANA FERNANDES CARVALHO & ANA MARIA AULER MATHEUS PERES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O Trabalho dos administradores vem sendo cada vez mais discutido nas organizações. Pois mediante as grandes mudanças que o mundo vem trazendo, seja ela, econômica, tecnológica, ambiental, vem seguida de impactos profundos. Contando que o administrador precisa principalmente se impor no mercado de forma assertiva e decisiva, para então seguir com sucesso ou abandonar o empreendimento simplesmente por não saber conduzir. Muitos autores ao longo da pesquisa relatam habilidades e papéis a ser trabalhada em um gestor para então se destacar a frente de qualquer tomada de decisão. Sendo assim é possível identificar que o empreendedorismo é de suma importância nas organizações mais novas e principalmente nas que já estão no mercado há bastante tempo. Pois o indivíduo empreendedor possui características que o ajudam em situações onde o administrador precisa inovar e principalmente modificar. Sendo assim se foi da rotina e das burocracias e as chances de sucesso é bem maior, quando o gestor de adapta ao mercado de forma que mantenha sua identidade e criatividade. No trabalho de monografia, foi feito um estudo bibliográfico do qual três empresárias com tais características, obtém empresas hoje da qual possui gestão empreendedora e melhor, trabalha-se a gestão participativa e com política de meritocracia. No tal estudo é identificado uma dessas habilidades muito bem executada, que é as de humanas. O funcionário e capacitado para ser um ativo pensante e não mandado, ou seja, se extrai as habilidades que eles possuem e usufruem da melhor maneira possível nos departamentos da organização. Os empresários citam que eles desenvolvem lideres dentro da organização e trabalham todos os dias em cima da motivação dos mesmos. E com isso todos os projetos e empreendimentos que os empresários buscam alcançar ainda mais, são frutos de um trabalho empreendedor e inovador. Podendo contar com uma equipe capacitada para o futuro e com uma visão além do que se pode enxergar naquele momento. E uma das coisas que os empresários fazem questão de dizer e que quando o funcionário ganha bem e estiver motivado a tal trabalho, tendo suas necessidades atendidas, sendo elas por meritocracia de um trabalho bem executo, eles também ganham mais fôlego monetário com tudo isso. 34 NEFRITE LÚPICA COMO ÚNICA MANIFESTAÇÃO INICIAL DO LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. MICHELLE FERREIRA SILVA DE MOURA; GEISA FERNANDA VARGINO DA SILVA; LARISSA ROSA MOREIRA; TAMYRES STEPHANE FONSECA MARIANO; VICTOR ARTHUR OLIVEIRA MATOS; ADIL VALENTE LISBOA; SOLANGE DE FÁTIMA ANDREOLLI LOPES BARILLO; ALOISIO BARBOSA DA SILVA FILHO & ÍTALO GUARIZ FERREIRA FUNDAÇÃO OCTACÍLIO GUALBERTO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é o protótipo das doenças autoimunes, sendo caracterizada por comprometimento multissistêmico e produção vários auto anticorpos que participam direta ou indiretamente das lesões nos vários órgãos. Consiste em uma doença rara de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial, comprometendo principalmente mulheres jovens. Relato do caso: Paciente de 29 anos, sexo feminino, previamente hígido, com quadro de início súbito de odinofagia sem febre, que cessou após três dias de uso de anti-inflamatório não hormonal e evoluíram em sete dias para hematúria macroscópia, proteinúria, edema generalizado e hipertensão arterial sistêmica refratária. Nega comorbidades, uso de drogas ilícitas. Irmão de 27 anos portador de Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) e filho de 10 anos apresentou um quadro de púrpura que reverteu completamente, estado no momento sem medicação. Desconhece casos de LES na família. G3P2A1, feto faleceu intra útero com 11 semanas. Internada para investigação diagnóstica evidenciou-se proteinúria de 24 horas de 3.604 mg, uréia e creatinina elevados, hipoalbubinemia, hipercolesterolemia, Anticorpos antinuclear (FAN) positivo e anti-DNA elevado, C3 pouco diminuído e C4 normal. Cilindros hemáticos no EAS. Foi tratada inicialmente com drogas antihipertensivas sem resposta satisfatória; quando definido o diagnóstico de nefrite lúpica optou-se por iniciar Ciclofosfamida 800 mg a cada 21 dias, Prednisona 80mg/dia e Hidroxicloroquina 400mg/dia. Observou-se uma resposta satisfatória ao tratamento imunossupressor e corticoterápico, com remissão dos sintomas urinários e controle da hipertensão. A paciente não desenvolveu lesões elementares de pele, queixas articulares, fotossensibilidade ou outros sintomas comuns à fase inicial do LES. Conclusão: Sinais de nefrite raramente se apresentam como manifestação inicial do LES, as alterações urinárias são concomitantes com outros sintomas sistêmicos. O caso dessa paciente torna-se interessante pela manifestação única renal, uma vez que a nefrite é habitualmente uma manifestação grave do LES. Outro dado importante que merece ser mencionado é a história familiar de doença autoimune. 35 PERFIL DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DE GESTANTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE PETRÓPOLIS-RJ. YASMIN DE SOUZA RODRIGUES & THAISE GASSER GOUVÊA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A assistência nutricional pré-natal é uma estratégia importante na avaliação do estado nutricional materno (LACERDA et al, 2007). É alarmante a prevalência de excesso de peso entre as mulheres brasileiras (47,4 %) (BRASIL, 2014). Com isso, grande parte delas inicia a gravidez com o peso acima do recomendado, o que aumenta as chances de desenvolverem irregularidades durante esse período, como diabetes gestacional, síndromes hipertensivas, pré-eclâmpsia, macrossomia fetal, prematuridade, partos cesáreos, restrito crescimento intra-uterino (RCIU) e morte perinatal (NELSON, MATTHEWS e POSTON, 2010). Diante disso, o cuidado nutricional pré-natal torna-se de suma importância para o acompanhamento da saúde da gestante e do concepto, aumentando as chances de bom resultado obstétrico (ACCILOY, SAUNDERS e LACERDA, 2012). Objetivo: Identificar o estado nutricional de gestantes atendidas em uma unidade de saúde de Petrópolis. Método: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, realizado por análise de registro em prontuários de 56 gestantes atendidas entre dezembro de 2014 a julho de 2015, incluindo mulheres de todas as idades que foram acompanhadas pelo serviço de nutrição materno-infantil. Foram excluídas as gestantes com gravidez múltipla. As variáveis utilizadas foram: idade, peso pré-gestacional, IMC pré-gestacional, peso na última consulta (mínimo de 34 semanas) e idade gestacional na primeira consulta. Os dados foram digitados no EpiData 3.1 e as análises estatísticas efetuadas em Excel 2010. Resultados e discussão: Verificou-se que a idade média entre as gestantes era de gestacional 3,6% das gestantes apresentaram baixo peso, 33,9% eutrofia, 30,3% sobrepeso e 32,1% obesidade. A média de ganho de peso entre as gestantes baixo peso foi 4,5 kg, eutróficas 7,5 kg, com sobrepeso 13,1 kg e obesidade 9,3 kg. A idade gestacional média na primeira consulta com o serviço de nutrição foi de 20 semanas, não compatível com a indicação de início até a 16ª semana. O estado nutricional pré-gestacional é um dos principais fatores associados ao ganho de peso durante a gravidez. Andreto et al. 2009, encontraram cerca de 26,2% com sobrepeso/obesidade no início da gestação. Assunção 2006, mostrou que estar com sobrepeso ou obesidade, no início da gestação, representou um risco 4,5 (p=0,01) e 9 (p=0,02) vezes maior de ter um ganho ponderal excessivo no segundo e terceiro trimestres, respectivamente, o que foi também observado neste estudo, no qual as gestantes com excesso de peso apresentaram ganho ponderal superior às recomendações estabelecidas pelo Ministério da Saúde (2013) e Institute of Medicine (2009) de até 11,5kg e 7kg, respectivamente. 36 CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS - ESTUDOS ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM JULIANA DE JESUS SOARES & ATTILIO VALENTINI FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A acne vulgar é uma dermatose de elevadíssima frequência, atingindo elevada porcentagem em mulheres e homens, principalmente na puberdade. Trata-se de uma doença genético-hormonal, autolimitada, de localização pilossebácea, com formação de comedões, pápulas, cistos, em cuja evolução se soma o processo inflamatório de maior intensidade, levando à formação de pústulas e abscessos, com frequente êxito cicatricial.Observa-se com frequência que a acne acomete mais indivíduos do sexo masculino (95% dos meninos) do que o sexo feminino (83% das meninas). Além disso é importante salientar que é corrente no público geral, a associação de hábitos – principalmente quanto a grupos alimentares – estarem vinculados na etiopatogenia da acne. Sabedores dos transtornos que representam a acne para a população geral e das demandas geradas a partir desta, sobretudo para os profissionais que atuam nas diferentes áreas da saúde, assumimos ser relevante verificar as noções que estes têm a respeito do tema e se a formação técnica tem sido adequada para orientá-los na temática da acne, sobretudo quanto aos reais vínculos desta com os hábitos alimentares. Objetivo: Verificar as noções que os estudantes ingressantes e concluintes - de um curso de Enfermagem têm quanto à influência alimentar na etiopatogênese da acne. Metodologia: Através de uma listagem dos estudantes matriculados no primeiro e último período do curso de Enfermagem, em uma instituição de ensino superior do interior do estado do Rio de Janeiro, estes foram convidados a participarem da pesquisa. Quando da aplicação do questionário de pesquisa buscou-se garantir, no mínimo, a participação do equivalente a 50% dos alunos em cada período (do primeiro e últimos semestres). Resultados: Comparando os resultados obtidos entre os ingressantes e concluinte do curso de Enfermagem é possível observar, em ambas as turmas, uma alta incidência de história pessoal prévia de acne entre participantes do estudo. A grande maioria dos estudantes – 100% no 1º período e 92% no último período - refere acreditar na influência de alimentos no desenvolvimento da acne, com uma maior associação com os alimentos gordurosos e chocolates. Quanto ao padrão de resposta dos alimentos imputados como causadores de acne, apesar de ambos terem elencado as frituras como o principal responsável, houve pequenas diferenças quanto à ordem destes, quando nos citados diferentes grupos. Discussão: Uma possível causa para a diferença entre os grupos sobre os principais alimentos causadores de acne pode ser devido à experiência e crenças pessoais sobre os fatores impactantes em tal dermatose. Nenhum estudante, seja do primeiro ou do último período, associou o consumo de alimentos de alto índice glicêmico, como os derivados da farinha de trigo no desenvolvimento de acne, já a influência do leite na patogênese da doença também foi pouco considerada. 37 GESTÃO DO CONHECIMENTO: O TRABALHO AUTORAL COMO INSTRUMENTO PARA A INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL. SIDNEI DE CARVALHO PEREIRA JUNIOR & ROVENA LOPES PARANHOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS As transformações substanciais que afetam os ambientes organizacionais contemporâneos elevam o grau de competitividade, alterando os fatores de produção. Aos antigos fatores tangíveis, associa-se o fator intangível que é o conhecimento, definido como uma combinação complexa, dinâmica e multidimensional de elementos cognitivos, emocionais e comportamentais, determinante para o funcionamento das organizações. Para que esse conhecimento possa agregar valor efetivo é necessário que esteja direcionado à inovação bem como seja bem gerido e esteja ao alcance de todos, de forma a garantir a sustentabilidade organizacional por meio de suas propriedades permanentes de invenção criativa. Por conseguinte, entende-se por gestão desse conhecimento a capacidade das organizações de criar e adquirir conhecimento, disseminá-lo e incorporá-lo aos seus processos, produtos e serviços. Essa prática é avessa a qualquer ato de copiar modelos externos sem análise detalhada dos fatores envolvidos e possíveis consequências, disfunção muitas vezes inerente à prática de benchmarking. Dessa forma, o objetivo almejado foi o de analisar as práticas de gestão do conhecimento em ambientes organizacionais, identificando o impacto dessa gestão no processo de inovação criativo e autoral dos profissionais. Metodologicamente, a pesquisa foi do tipo pesquisa-ação e os procedimentos metodológicos utilizados para a coleta de dados foram duas escalas intervalares de concordância do tipo Likert, validadas para a população brasileira. A Escala de Gestão do Conhecimento (EGC), que é multifatorial tem cinco intervalos de concordância e 22 itens distribuídos nas seguintes dimensões: orientação cultural para o conhecimento, orientação competitiva, práticas formais de gestão do conhecimento e práticas informais de gestão do conhecimento. E a Escala de Percepção de Oportunidades de Aprendizagem nas Organizações (EPOA), que é unifatorial, tem 10 intervalos de concordância e 13 itens. A população pesquisada constituiu-se por nove empregados de uma empresa de prestação de serviços de Petrópolis, RJ. Os resultados da EGC apontaram para altos índices de orientação competitiva e cultural da organização para o conhecimento e índices medianos de práticas formais e informais de gestão do conhecimento, todavia a EPOA indicou que a organização incentiva à aprendizagem formal e informal (escore geral de 7,8 pontos). Pode-se inferir que as oportunidades de aprendizagem não estão relacionadas diretamente com o sucesso das práticas de gestão do conhecimento, permitindo concluir que somente a partir de uma administração eficiente do conhecimento gerado pelos profissionais é possível conceber a inovação como uma realização autoral do ambiente interno da organização. 38 PIODERMA GANGRENOSO ASSOCIADO A ARTRITE REUMATÓIDE - RELATO DE CASO. TAÍS GUIMARÃES MAIA; ANA CRISTINA SANTIAGO RIBEIRO; DURVANÍCIO MANOEL ANTUNES JÚNIOR; THIAGO OLIVEIRA ISRAEL; LUÍS HENRIQUE ALMEIDA CARDOSO; SOLANGE DE FÁTIMA ANDREOLLI LOPES BARILLO & FLÁVIA BARROS MONKEN FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Pioderma gangrenoso (PG) é uma doença inflamatória rara, caracterizada por infiltração de neutrófilos na derme e destruição do tecido. Acomete 3 a 10 pacientes/milhão de habitantes por ano, geralmente mulheres entre 20 e 50 anos. Etiologia desconhecida, estando associado à doenças autoimunes, sistêmicas inflamatórias, hematológicas e imunossupressão. O diagnóstico é de exclusão, sendo importante descartar gangrena pós-operatória, amebíase, micobacterioses, esporotricose, celulite, insuficiência venosa crônica, úlcera varicosa infectada, vasculite, leishmaniose tegumentar americana e linfoma de pele. Relato de caso: Mulher, 46 anos, parda, natural de Petrópolis-RJ, com Artrite Reumatóide há 20 anos, tratamento irregular com prednisona 10mg/dia, refere há 1 mês lesão bolhosa em região tibial anterior, maleolar lateral e panturrilha à esquerda, enegrecida, que evoluíram para úlceras de grande extensão, dolorosas. Negou febre. Antecedentes Pessoais: Hipertensão Arterial Sistêmica , Dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo 2 há 7 anos. Nega tabagismo. Ao exame: hipocorada 2+/+4, emagrecida, sem linfadenomegalias. Aparelhos cardiovascular, respiratório e abdome sem alterações. Membros inferiores sem edemas, pulsos pediosos com boa amplitude. Panturrilha direita livre e esquerda não palpada devido à extensão da úlcera. Membro inferior esquerdo com úlceras no maléolo lateral, panturrilha e região tibial anterior, bordas irregulares, hiperemiado, fundo necrótico. Eco Doppler arterial e venoso dos membros inferiores evidenciou aterosclerose moderada, descartando etiologia vascular da lesão. Realizou 14 dias de antibioticoterapia, desbridamento químico e cirúrgico, sem alteração do quadro, sendo aventada a hipótese de pioderma gangrenoso bolhoso com evolução para forma ulcerativa. Aumentou-se a dose de Prednisona para 40mg/dia e iniciado metotrexato 20 mg/semana. Após 5 dias a paciente apresentava melhora da dor e do aspecto da lesão, evoluindo com reepitelização da úlcera. Conclusão: o caso demonstra que embora raro, é necessário considerar o diagnóstico de pioderma gangrenoso naqueles pacientes com doença autoimune e lesões cutâneas graves. São utilizadas nesse trabalho figuras ilustrativas. 39 AVALIAÇÃO DO CONTROLE PRESSÓRICO NOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM UMA UNIDADE DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. REGINARA FERREIRA FRANCO; PRISCILA GOUVEA; PAULA RAMOS; THAIS JERONYMO PIREDDA; PRISCILA COELHO LIBORIO; PAMELA RUSSEL & RÉGIS RODRIGUES VIEIRA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), doença mais frequente na população brasileira, atinge aproximadamente 30 milhões de brasileiros. Diversos estudos populacionais evidenciaram a importância do controle da hipertensão arterial para a redução da morbidade e mortalidade cardiovascular. Estimase que apenas um terço da população hipertensa tenha sua pressão controlada. No Brasil, são escassos os dados relativos a real prevalência da HAS, sendo também escassas as informações referentes ao grau de tratamento e controle. O principal objetivo do tratamento da hipertensão é atingir e manter a meta pressórica. O presente estudo analisou 81 prontuários, cerca de 10% dos pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica assistidos pelo PSF-Machado Fagundes, e verificou a taxa de controle pressórico de acordo com as Diretrizes do VIII Joint Norte-Americano. OBJETIVOS Avaliar a taxa de controle pressórico de pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica em tratamento e acompanhamento regulares no PSF-Machado Fagundes que compareceram às consultas médicas nos últimos doze meses ( agosto de 2014 a agosto de 2015) período em que a unidade adotou o VIII Joint Norte-Americano. METODOLOGIA Estudo transversal, individual, descritivo e observacional no qual foram analisados 81 prontuários de pacientes escolhidos aleatoriamente entre os portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica atendidos no PSF- Machado Fagundes nos últimos doze meses e verificado o controle dos valores pressóricos com base nas diretrizes do VIII Joint Norte - Americano. As informações coletadas foram idade, sexo, valores pressóricos das últimas três consultas e os medicamentos em uso. RESULTADOS Nos 81 prontuários analisados 32,1% eram homens (N = 26) e 67,9% mulheres (N = 55). A média de idade é de 63,3 anos. De acordo com os resultados obtidos, os pacientes encontram-se dentro da faixa pressórica compatível com a idade, sendo a média destas, maior e menor dentre as três últimas aferições, 149/89 mmHg e 125/75 mmHg, respectivamente. DISCUSSÃO Os resultados preliminares não permitem uma conclusão devido à pequena amostra, porém constatou-se eficácia no controle pressórico de 86,4% dos pacientes analisados, em uso de variadas classes de anti hipertensivos com predominância do Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (Enalapril, Captopril) e Antagonistas do receptores de Angiotensina (Losartana), demonstrando a importância da Atenção Primária no controle da HAS e consequentemente suas complicações. Por outro lado, os hábitos deletérios e o uso irregular das medicações podem ter influenciado nos 13,6% que não apresentaram níveis pressóricos dentro do preconizado pelo consenso. 40 A ADMINISTRAÇÃO ORAL DO ARTESUNATO INDUZ DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE PLACAS DE PEYER E AUMENTA A PORCENTAGEM DE CÉLULAS T PRODUTORAS DE INTERLEUCINA-10 E/OU REGULADORAS CD25+FOXP-3+ EM CAMUNDONGOS NOD FABRÍCIO OLIVEIRA FIRMINO & JOSÉ ORIVALDO MENGELE JÚNIOR FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O artesunato é um derivado, solúvel em água, da artemisinina extraída de uma erva chinesa denominada Artemisia Annua. É uma droga extremamente efetiva no tratamento da malária. Alguns estudos demonstraram que o artesunato apresenta atividade anti-inflamatória em modelos de doenças autoimunes como a artrite ou a fibrose hepática, induzida pela inflamação crônica. No entanto, os mecanismos responsáveis por essa atividade anti-inflamatória não esta esclarecido. Neste trabalho, investigamos os efeitos da administração oral do artesunato na dose de 47 mg/Kg, por um período de trinta dias, sobre os linfócitos T esplênicos e os provenientes das placas de Peyer, em camundongos NOD (non obese diabetes). Foram analisadas células derivadas do baço e placas de Peyer. As análises foram feitas por citometria de fluxo, utilizando os anticorpos apropriados para detecção de diferentes populações de células T, expressando marcadores de células reguladoras como a IL-10 e foxp3, por exemplo. Nossos resultados mostraram que após trinta dias de administração oral do artesunato, houve uma significante diminuição do número das placas de Peyer (PP) no intestino, aumento do número de células T reguladoras (CD25+Foxp-3+) nas PP e baço, acompanhado de um significativo aumento da frequência de células T produtoras de IL-10. Esses dados corroboram outros achados na literatura, expandindo a atividade anti-inflamatória do artesunato ao compartimento de células T sistêmico e bem como do intestino, permitindo antever a potencial utilização desta droga em doenças inflamatórias dos intestinos como as colites autoimunes, por exemplo. Estudos nesse sentido estão em desenvolvimento. 41 CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS – ESTUDOS ENTRE ACADÊMICOS DE NUTRIÇÃO JULIANA COSER FERREIRA & ATTILIO VALENTINI FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A acne vulgar é uma dermatose de elevadíssima frequência, atingindo elevada porcentagem em mulheres e homens, principalmente na puberdade. Trata-se de uma doença genético-hormonal, autolimitada, de localização pilossebácea, com formação de comedões, pápulas, cistos, em cuja evolução se soma o processo inflamatório de maior intensidade, levando à formação de pústulas e abscessos, com frequente êxito cicatricial. É corrente no público geral, a associação de hábitos – principalmente quanto a grupos alimentares – estarem vinculados na etiopatogenia da acne. Dentro deste senso comum, assume-se um vínculo possível com alimentos gordurosos, porém tal não é passível de comprovação científica. Em contrapartida, alguns estudos vêm sugerindo uma relação entre uma dieta com alimentos com carboidratos de alto valor glicêmico (“ocidentalização da dieta”) e a ocorrência de acne. Sabedores dos transtornos que representam a acne para a população geral e das demandas geradas a partir desta, sobretudo para os profissionais que atuam nas diferentes áreas da saúde, assumimos ser relevante verificar as noções que estes têm a respeito do tema e se a formação técnica tem sido adequada para orientá-los na temática da acne, sobretudo quanto aos reais vínculos desta com os hábitos alimentares. Metodologia: Foi obtida de uma listagem do número dos estudantes matriculados no primeiro e último período do curso de nutrição, em uma instituição de ensino superior do interior do estado do Rio de Janeiro. Destes, foram selecionados, de forma randomizada, o equivalente a 53,3% (do primeiro e do último semestres). Após a aceitação por parte dos estudantes, estes responderam a um questionário, desenvolvido no intuito de se avaliar suas noções quanto à acne e as correlações entre a dieta e a acne. Os dados obtidos, garantindo-se e preservando-se o sigilo de cada participante, foram organizados em planilhas específicas e receberam tratamento estatístico, sendo comparados os resultados entre os estudantes do mesmo curso, quanto ao seu momento acadêmico (ingressantes e concluintes). Posteriormente, tais resultados foram discutidos e confrontados com literatura científica pertinente. Resultados: Foram aplicados questionários a 8 alunos ingressantes (53,3% de um total de 15 alunos matriculados) e a 8 alunos concluintes (53,3% também de um total de 15 alunos matriculados). Comparando os resultados obtidos entre os alunos ingressantes e concluintes do curso de Nutrição, é possível observar, em ambas as turmas, uma alta incidência de história pessoal prévia de acne. A grande maioria dos estudantes – 93,75% do total de entrevistados (15 alunos) - refere acreditar na influência de alimentos no desenvolvimento da acne, com uma maior associação com os alimentos gordurosos e chocolates. A despeito disso, a principal semelhança observada foi que nenhum dos entrevistados associou o desenvolvimento de acne com a ingesta de derivados de farinha de trigo. 42 INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL NO ADULTO, UM RELATO DE CASO. JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI; LEONARDO COELHO ROCHA; CLARISSA OLIVEIRA SILVA; PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA; ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA; ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA; VINÍCIUS PACHECO FERNANDES DA SILVA & PAULO RICARDO HOMEM HAC – HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO/ FMP – FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Relatamos um caso de intussuscepção intestinal em adulto. Consiste no deslizamento da porção de uma alça para o interior do lúmen de um segmento adjacente, levando a uma oclusão mecânica da fração intestinal acometida. Trata-se de patologia rara nesta faixa etária correspondendo 1% de todas as causas de obstrução intestinal. Geralmente se deve a uma lesão mecânica que funciona como “cabeça de imaginação” e desencadeia todo o processo (LUCENA, 2005). RELATO: Mulher, 22 anos, previamente hígida, referiu dor abdominal difusa por 40 dias. Na semana previa a internação houve agravo da dor, distensão abdominal, aparecimento de vômitos fecalóides e sinais de desidratação, motivando a procura de auxílio médico. Com o diagnóstico sindrômico de obstrução intestinal realizou tomografia de abdome que mostrou imagem “em alvo”, compatível com invaginação. DISCUSSÃO: A intussuscepção pode localizar-se em diversos segmentos intestinais; a maioria dos estudos pesquisados descreve porções do delgado como as mais comuns (VIDAL, 2005). Nosso relato, em que houve invaginação cólon-colônica em fração de descendente próximo ao ângulo esplênico do cólon está em desacordo com esse dado. Quando em segmento colônico, a intussuscepção geralmente se relaciona à lesões neoplásicas, sendo esta a localização mais comum de doença maligna associada à invaginação (BATISTA, 2009). O histopatológico do caso, em conformidade com o descrito acima, revelou a presença de adenocarcinoma de cólon na peça cirúrgica, confirmando ser essa a causa da invaginação. A média de idade de apresentação da intussuscepção no adulto situa-se em torno dos 60 anos, segundo CARVALHO (2010). O ocorrido em nosso hospital diverge, uma vez que a paciente apresentava apenas 22 anos. Torna-se ainda mais raro quando consideramos a etiologia maligna nessa faixa etária. Somente de 2% a 10,6% dos diagnósticos de câncer colo retal são feitos em pacientes abaixo dos 40 anos. Entre esses, apenas 2,4% possuem menos que 30 anos à descoberta da doença (INCA, 2010). Apesar da confirmação pré-operatória da intussuscepção no caso relatado, a literatura informa que isso só é possível em cerca de 32% das situações (LUCENA, 2005). O tratamento instituído foi a ressecção cirúrgica, seguindo princípios oncológicos, sem tentativa de redução prévia da invaginação, em concordância com a maioria dos autores. Como a hipótese de tumor é forte nesses casos, a desinvaginação poderia levar à disseminação de células tumorais (BATISTA, 2009). O carcinoma colo retal em pacientes jovens (até 40 anos) em geral é descrito como mais volumoso, mais avançado e com indicadores histopatológicos de maior grau de agressividade, no momento do diagnóstico, quando comparados com doentes acima dos 50 anos (CRUZ, 2007). Isso se deve em parte à maior agressividade do tumor e à demora da efetivação do diagnóstico nessa população. Assim como na literatura os achados histopatológicos de nossa doente conferem um prognóstico sombrio ao caso. 43 PRIMEIRA ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA NO HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO RELATO DE CASO. JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; ANA PAULA PESSOA SIMÕES DE OLIVEIRA; DANIEL DE SOUSA RODRIGUES; RAUL GUILHERME AZEVEDO MACEDO & ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O avanço da cirurgia laparoscópica tem permitido o maior uso desta técnica em cirurgias cada vez mais complexas, é sabido que a videolaparoscopia apresenta vantagens para os pacientes quando comparado a laparotomia resultando em menos dor pós-operatória, recuperação mais precoce das funções do trato gastrointestinal, melhores resultados estéticos e menor tempo de internação hospitalar. O baço tem como função primária a filtração de elementos figurados, o recolhimento de células desfuncionantes e de patógenos da circulação sanguínea, além de reserva imune e hematológica. Contudo, alguns pacientes necessitam submeter-se à esplenectomia. Avanços na habilidade e tecnologia têm possibilitado cirurgiões a realizar por via laparoscópica a maioria dos procedimentos realizados por via aberta. Relatamos a experiência da primeira esplenectomia laparoscópica do Hospital de Ensino Alcides Carneiro. DISCUSSÃO: Atualmente, a esplenectomia laparoscópica é o procedimento de escolha quando eletiva (COELHO, 2004). Consoante à maioria dos autores, as indicações de retirada cirúrgica do baço são: hiperesplenismo, desordens autoimunes e eritrocitárias, trauma, doença vascular, cistos, tumores e abscessos. Nosso paciente apresentava lesão vascular grande, com sintomatologia relacionada a mesma, associado a alto risco de sangramento, confirmando a indicação cirúrgica. O tempo de internação e recuperação pós operatória foi reduzido em cerca de um terço, quando comparado às esplenectomias convencionais realizadas no mesmo nosocômio. Avaliamos, portanto, que se trata de um procedimento perfeitamente factível em nosso hospital. Vale destacar a necessidade de estudo de mais casos, maior acesso e aperfeiçoamento da técnica pelos cirurgiões, o que influencia positivamente na difusão dessa técnica, uma vez que se trata de um hospital de ensino, que deve manter-se na vanguarda do conhecimento. 44 PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS KEILA REZENDE ANDRÉ; KARLA PINHEIRO FARIA DE AZEREDO BARCELOS; ANA LUIZA DALDEGAN; CRISTINA RAMOS MELGAÇO; LALINY UCHÔA PEREZINI MARTINS; MIGUEL TEIXEIRA DOS SANTOS NETO & BERNADETE SOARES DO NASCIMENTO FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem prescrição médica. Ainda que esta prática manifeste resultados favoráveis com melhora de sintomas, ocasionalmente pode trazer malefícios à saúde do indivíduo (mascaramento de patologias, intoxicação, reações adversas, interações medicamentosas, desenvolvimento de resistência, entre outros). Objetivo: Avaliar o comportamento do consumo de medicamentos com relação à prática de automedicação entre os graduandos do primeiro ao quarto ano da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) no ano de 2015. Metodologia: Estudo transversal quantitativo, composto por uma amostra de 200 alunos da FMP, sendo 50 de cada ano, que responderam a um questionário contendo 14 questões de múltipla escolha, a respeito da automedicação. Avaliou-se a prevalência da prática, correlacionando-a ao ano em que o graduando se encontra. Para a análise dos dados foi utilizado o Programa Microsoft Excel. Resultados: Observou-se a participação de 62% de mulheres e 38% de homens. A prevalência da automedicação foi de 98%, não sendo significativamente diferente entre os alunos do 1°, 2°, 3° e 4° ano de medicina da FMP: 94%, 98%, 100% e 100%, respectivamente. Todavia, 94,5% dos participantes julgaram necessária a procura por orientação médica para compra de medicamentos. Os principais medicamentos utilizados na automedicação foram os analgésicos com 91,5% e os anti-inflamatórios com 83%. Tal uso foi, majoritariamente, motivado por decisão própria, em 76% dos participantes. Quanto mais avançado no curso, maior o percentual de conhecimento sobre o mecanismo de ação do medicamento utilizado pelo participante: 28%, 52%, 70% e 86% entre os alunos do 1º, 2º, 3º e 4º ano, respectivamente. A frequência da automedicação, avaliada em vezes por semana, não variou significativamente entre as etapas do curso: 41,5% dos participantes relataram não praticar o hábito semanalmente e 37%, uma vez na semana. O principal motivo alegado para a automedicação foi a praticidade, por 82% dos participantes. Referente aos sintomas, a dor de cabeça foi a mais prevalente com 79,5%. 97,5% julgaram ter melhora clínica com a automedicação e apenas 12,5% relataram já ter interrompido o tratamento médico por se sentir melhor. Entre os estudantes, 92% disseram ter conhecimento dos potenciais riscos deste hábito e 76% relataram o hábito de ler a bula dos medicamentos utilizados. A satisfação com o hábito da automedicação prevaleceu em 82,5% dos estudantes e 81,5% deles relataram não ter apresentado efeitos adversos com a prática. Discussão: A disciplina de Farmacologia, na FMP, é lecionada durante o 2º e 3º ano de medicina, o que é refletido pela progressiva independência no ato de automedicar-se e na maior prevalência de conhecimento sobre o mecanismo de ação do fármaco utilizado. Embora seja grande a adesão dos estudantes à automedicação e haja medicamentos que possam ser adquiridos sem prescrição médica, não se deve fazer uso indevido dos mesmos. 45 NECROSE TOTAL DE RETALHO E DE ÁREA DOADORA EM PACIENTE SUBMETIDA À RECONSTRUÇÃO DE MAMA TARDIA COM RETALHO TRANSVERSO DO MÚSCULO RETO ABDOMINAL: RELATO DE CASO. LEONARDO COELHO ROCHA; ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA; PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA; JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; CLARISSA OLIVEIRA SILVA; FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI & SÉRGIO CARDOSO MACIEL HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO A neoplasia maligna da mama é a segunda causa de câncer entre as mulheres no Brasil. A faixa etária de maior acometimento varia entre os 50 e os 65 anos. O tratamento depende do tipo histológico e estadiamento da lesão, porém a cirurgia continua a ser a melhor opção para controle e cura da doença. Pode ainda ser necessária terapia adjuvante com quimioterapia e/ou radioterapia. Algumas pacientes são candidatas à adjuvância com hormonioterapia, como uso de tamoxifeno. A mastectomia muitas vezes tem caráter mutilante que afeta profundamente a qualidade de vida e as relações social e conjugal. Em contramão, técnicas reparadoras, como retalhos miocutâneos transverso do músculo reto abdominal (TRAM), têm sido amplamente empregadas, porém não isentas de complicações. Essas complicações podem ser agrupadas em: complicações do retalho (necrose parcial ou, raramente, total, deiscência e infecções); e complicações da área doadora (sermoa, hematoma, fraqueza da parede abdominal e deiscência). RELATO DE CASO: Paciente feminino 67 anos, branca, ex-tabagista, submetida à mastectomia esquerda por câncer de mama há sete anos. Recebeu adjuvância com quimiorradioterapia e tamoxifeno, esse em uso até o momento da internação. Deu entrada em Hospital de Ensino para reconstrução mamária. Realizado cirurgia pela técnica TRAM, sem intercorrências. Evoluiu com necrose total de retalho e área doadora. DISCUSSÃO: A reconstrução mamária tem papel importante na terapêutica atual do câncer de mama. A técnica TRAM é uma das mais aplicadas em locais de referência com segurança, porém pode apresentar complicações sendo as principais descritas, a necrose gordurosa, sofrimento de pele da área receptora e as necroses parciais do retalho as quais, geralmente, não necessitam de nova abordagem cirúrgica. Complicação de tamanha magnitude como a descrita neste caso é inédita no serviço em questão e não foi encontrado relato semelhante na literatura pesquisada. Uma causa para necrose total do retalho seria a torção/secção do pedículo vascular a qual evoluiria com alterações isquemias imediatas do retalho, o que não foi observado no caso. O tabagismo é definido como fator de risco para necrose do retalho, entretanto abstinência à nicotina por quatro semanas reduz o risco dessa complicação. A relação entre alterações vasculares e o tamoxifeno está bem definida na literatura, portanto o uso desse medicamento pode ter relação com a evolução dramática, visto que o mesmo não foi descontinuado. 46 ASSOCIAÇÃO DE TABAGISMO ATUAL E PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA ANTITABAGISMO ENTRE PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADOS NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES. WILLIAM DA CUNHA AMARAL; JULIA LAURA ABRUCEZE LUZ SOUZA; ERICA GALL LOPES; CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS DE OLIVEIRA; ANA JÚLIA MARTINS YAMAJI & MARCUS BARRETO CONDE FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) foi responsável por mais de três milhões de mortes em 2012. O principal fator de risco para esta morbidade é o tabagismo. No Brasil, em 2011, 15% da população geral era fumante e 15% destes deveriam desenvolver DPOC por causa do tabagismo. Objetivo: inferir a prevalência de tabagismo atual e a associação entre a participação no Programa Antitabagismo (PAT) e a cessação do hábito de fumar entre os pacientes matriculados no Programa Respira Petrópolis (PRP) portadores de DPOC em duas Unidades Básicas de Saúde que participam da Estratégia de Saúde da Família em Petrópolis (RJ). Metodologia: estudo tipo coorte retrospectivo. Foram definidos como variável independente ter participado do Programa antitabagismo e dependente ser fumante (sim ou não) no momento da inscrição no PRP. O critério de inclusão do estudo foi o diagnóstico de DPOC no PRP de acordo com os critérios da The Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Critério de exclusão foi não ter completado a avaliação médica. Foram utilizados os dados coletados no período de 31 de janeiro de 2014 a 10 de agosto de 2015. O PRP se baseia na estratégia Practical Approach to Lung Health (PAL) da Organização Mundial de Saúde que consiste na abordagem sindrômica do sintoma a partir de um Protocolo Clínico. As variáveis coletadas foram idade, sexo, ser fumante ou não (ex-fumante) e ter participado PAT (sim ou não). Os dados foram analisados no Programa SPSS 20. Principais resultados: Foram incluídos 132 pacientes no Programa Respira Petrópolis, 14% (19/132) tinham DPOC, 42% (8/19) homens (média de idade 62 anos) e 68% (13/19) mulheres (média de idade 58 anos), 15% (3/19) dos portadores de DPOC participaram do Programa antitabagismo, dos quais um deixou de fumar e dois continuam fumando. Entre os 84% (16/19) de casos de DPOC que não participaram do PAT, oito pararam de fumar e oito continuam fumando (RR= 1,2; CI 95% 02-7,0; p=0,9). Discussão: embora o pequeno tamanho amostral não permita conclusões, estes resultados preliminares levam a algumas reflexões. O pequeno número de portadores de DPOC que participaram do PAT (3/19) sugere haver uma necessidade de maior integração entre os dois Programas (PRP e PAT). A maioria dos portadores de DPOC que deixou de fumar não havia participado do PAT, o que poderia sugerir que o diagnóstico de DPOC ou seus sintomas podem ter tido algum impacto na decisão de parar de fumar. O maior número de mulheres com diagnóstico de DPOC na amostra é achado diferente da literatura e pode sugerir uma necessidade de busca ativa de casos de DPOC entre homens na comunidade. Conclusão: os dados preliminares do Programa Respira Petrópolis sugerem a necessidade de um estudo clínico para avaliar a associação entre a participação no PAT e a cessação do hábito de fumar entre os pacientes portadores de DPOC. 47 FOTOPROTEÇÃO SOLAR: NOÇÕES E ABORDAGEM PELOS MÉDICOS PEDIATRAS. PAULA FERNANDA RODRIGUES DE MATTOS CARDOSO & ATTÍLIO VALENTINI FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A radiação ultravioleta tem efeitos profundos sobre a pele, sendo a luz solar a principal fonte. A incidência desses raios, potencialmente carcinogênicos, vem aumentando em decorrência de mudanças climáticas e da destruição da camada de ozônio. Fatores genéticos e raciais, tempo e horário de exposição solar sem o uso adequado de fotoproteção causam efeitos deletérios ao sistema tegumentar, em todos os indivíduos. As medidas educativas em fotoproteção são a mais importante ferramenta para a exposição consciente ao sol e à formação em fotoproteção adequada na infância, que será referência para o indivíduo em toda a sua vida assim como será transmitida às futuras gerações. No Brasil, o acesso às consultas dermatológicas ainda é restrito a uma pequena parcela da população; sendo assim, os pediatras assumem um papel importante na orientação aos pais a respeito de fotoproteção e no exame das crianças, a fim de detectar lesões precursoras de neoplasias cutâneas. Pediatras e dermatologistas têm papel primordial na difusão desses conceitos e devem assumir ações orientadoras durante o atendimento médico. Assim, é especialmente importante abordar esse assunto, no âmbito aos cuidados junto às crianças e verificar se os pediatras possuem conhecimento e orientam os pais sobre os danos da radiação solar e as medidas de precaução. Objetivo Geral: Identificar o nível de conhecimento de pediatras, que atuam no município de Petrópolis, sobre a fotoproteção e a orientação realizada, por estes, aos pais, quanto a esse cuidado específico. Objetivos Específicos: Identificar o perfil de médicos pediatras que atuam na rede de saúde pública no município de Petrópolis–RJ; identificar as noções destes, quanto à fotoproteção; identificar as orientações dadas aos pais, por estes pediatras, quanto às medidas de prevenção e os danos das radiações ultravioletas. Foram coletados 42 questionários respondidos, sendo 85,71 % dos entrevistados do sexo feminino e 14,28 % do sexo masculino. Destes 18 (42,85%) atuam como professores na Faculdade de Medicina, assim como trabalham no ambulatório , enfermaria e UTI no setor de Pediatria do Hospital de ensino; 10 são residentes e 14 são plantonistas, apresentando 33, 33 % deles 11 a 15 anos de formação, 19,04 % 16 e 20 anos de formação, 16,66% 6 e 10 anos, 7,14 % mais de 25 anos de formado. Com relação às noções de fotoproteção, a maioria dos entrevistados 71,42 % respondeu que a melhor faixa etária ao início do uso do filtro solar é a partir dos seis meses de idade, apenas 19,04 % referiam o uso do filtro solar a partir dos três meses de idade; 7,14 % aos 12 meses e 2,4 % aos 18 meses de idade. Em relação ao uso do FPS, verificou-se que 61,90 % acreditam que quanto maior o FPS mais protegida a criança estará aos raios UV e 38,1 % não relacionam FPS maiores a uma maior proteção. È importante ressaltarmos o papel dos médicos na transmissão do conhecimento sobre foto proteção aos pais. 48 GESTÃO DA CRISE NA INDÚSTRIA TÊXTIL DE PETRÓPOLIS E O CASO WERNER. DANIELA RIBEIRO BARBOSA NEVES & RODRIGO ANTÔNIO ALVES LOPES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Em um mundo de mudanças cada vez mais rápidas e com um mercado globalizado, com avanços tecnológicos, variações econômicas e políticas, entre outros fatores, é cada dia mais essencial que a gestão das empresas seja feita de forma adequada. Para isso, as ferramentas da administração também precisam estar em constante evolução. O presente trabalho mostra a importância da gestão eficiente e adaptável às contingências do mercado, ilustrada no caso da Fábrica de Tecidos Werner, uma empresa do ramo têxtil, localizada na cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, com mais de 100 anos no mercado e que consegue manter-se eficiente e competitiva apesar de todas as crises e mudanças pelas quais ela passou. A proposta do trabalho é investigar que fatores garantiram esta sobrevivência, do ponto de vista da gestão, considerando que outras empresas do mesmo ramo e inseridas no mesmo mercado não sobreviveram. Para a pesquisa foi realizado um levantamento de bibliografias e documentos relacionados à indústria têxtil de Petrópolis e uma entrevista com um funcionário da Werner Petrópolis, que tem uma trajetória ampla no mercado têxtil da cidade. Esta pesquisa teve o objetivo de entender como se deu a gestão da empresa ao longo dos anos e conhecer um pouco sobre a gestão das demais empresas. Posteriormente os resultados foram relacionados com as teorias da Administração e os conceitos de tomada de decisão, a fim de descobrir o quanto a aplicação adequada das ferramentas teóricas de gestão, poderiam influenciar no sucesso ou fracasso da empresa. Os resultados apontaram para três pilares que certamente foram essenciais para o alcance do sucesso: gestão adequada, com base nas ferramentas de administração e na qualificação técnica dos gestores, visão sistêmica com relação às mudanças de mercado e preocupação com a sucessão da empresa. 49 RELATO DE CASO: DENGUE HEMORRÁGICO DE EVOLUÇÃO RÁPIDA E DESFECHO DESFAVORÁVEL EM CRIANÇA DE 10 ANOS. DANIEL DE SOUSA RODRIGUES; CAMILA ORNELLAS SIQUEIRA; BRUNA MELLO MODUGNO NUNES; RODRIGO RANGEL MARINHO; LUIZA BRITO BRAZILEIRO ALENCAR & SOLIMAR STUMPF CORDEIRO FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O Dengue é uma doença febril aguda, causada por um vírus do gênero flavivírus pertencente à família Flaviviridae transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo a mais importante arbovirose em nosso continente e vem ocasionando epidemias há séculos, a primeira descrição foi feita por Benjamin Rush em 1780, na Philadelphia, EUA. A Doença possui caráter endêmico em diversos estados brasileiros, e tem evolução pouco grave em sua maioria. Porém a Síndrome do Choque do Dengue é severa, e pode levar a óbito em poucas horas devido ao extravasamento vascular abundante de plasma. Discussão: Este relato traz a evolução de uma criança de dez anos de idade, sexo feminino, internada no Hospital de ensino Alcides Carneiro, com clínica de dor abdominal difusa, taquicardia e dor em membros inferiores sendo traçada hipótese diagnóstica de Dengue hemorrágico. Apresentou rápida queda do estado geral, evoluiu em poucas horas para insuficiência respiratória aguda e choque refratário a toda terapêutica instituída em unidade hospitalar e evoluiu para óbito em menos de 24 horas de internação. Na criança, o início da doença pode passar despercebido e o quadro grave ser identificado como a primeira manifestação clínica. O caso em questão expõe esta dificuldade, já que o atraso na busca por atendimento médico fez com que a paciente se apresentasse em nosso serviço já em choque refratário. O agravamento, em geral, é súbito, diferente do que ocorre no adulto, que é gradual, em que os sinais de alarme são mais facilmente detectados. Nesse caso em específico os sinais de alarme se apresentaram de maneira clara com dor abdominal, manifestações hemorrágicas, hepatomegalia dolorosa e desconforto respiratório, porém trouxeram inicialmente dificuldade no diagnóstico devido a diversidade de sintomas. 50 ASSISTÊNCIA NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA): UMA ANÁLISE ESPECÍFICA DA LITERATURA COM DESTAQUE PARA AS AÇÕES DO ENFERMEIRO. GIOVANA CRISTINA VIEIRA; THALITA DA COSTA SANTOS; AMANDA POSSAS DA SILVA PACHECO DE REZENDE & RICARDO PATULÉA VASCONCELLOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O período de recuperação pós-anestésica é considerado crítico, uma vez que o cliente passa por um procedimento cirúrgico e recebe drogas anestésicas, exigindo vigilância constante da equipe médica e enfermagem. A maior incidência de complicações anestésicas acontece na sala de recuperação pósanestésica, sendo que as mais frequentes são as respiratórias e circulatórias. Objetivo: destacar a atuação do enfermeiro diante das complicações na sala de recuperação pós-anestésica, destacando as principais complicações que acometem o cliente no pós-operatório, a descrição da sala de recuperação pósanestésica e ressaltar a importância das intervenções do enfermeiro na sala de recuperação pósanestésica. Método: pesquisa bibliográfica, através da busca sistemática de artigos científicos e livros, no período de 2000 a 2015. Foram utilizados 04 livros, além de 40 artigos sendo 34 em revistas de enfermagem e 06 em revistas de anestesiologia. Resultados: destacou-se que a sala de recuperação pósanestésica é definida pela Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material Esterilização (SOBECC) como uma área destinada a receber de imediato os clientes submetidos a quaisquer procedimentos anestésico/cirúrgico, onde permanecem até a recuperação da consciência, normalização dos reflexos e dos sinais vitais, sob a monitorização e cuidados constantes de recursos técnicos e recursos humanos especializados que ofereçam suporte para prevenção, detecção e implementação precoce dos cuidados específicos. A equipe multiprofissional atuante neste setor é composta pelo anestesiologista, enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, habilitada e treinada e prestar cuidados individualizados de alta complexidade, sendo que uma das incumbências do enfermeiro é prestar assistência segura, racional e individualizada, oferecendo suporte ao cliente durante seu retorno ao estado fisiológico normal após anestesia. Conclusão: o enfermeiro precisa possuir conhecimentos e habilidades adequadas para prestar assistência pós-anestésica e operatória aos clientes submetidos aos diferentes tipos de cirurgia. Descritores: Centro Cirúrgico. Recuperação pós-anestésica. Enfermeiro. SOBECC. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas Recomendadas SOBECC. 5ª ed.; São Paulo: SOBECC, 2009; p. 304. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas – SOBECC. 4.ª ed. São Paulo; 2007 51 AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE USO DE METILFENIDATO EM ESTUDANTES DO 3° ANO DE UMA FACULDADE DE MEDICINA DO BRASIL. YASMINNE FAILLACE DO VALLE; VIRGÍNIA MARIA COSTA FONSECA; RAÍSSA AGUIAR MESQUITA; RAFAELA ABREU ALVARENGA; KELLYN MARTINS MO; THAMIRES SCHMIDT BONIFÁCIO & CELSO DA SILVA GOMES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O Metilfenidato é uma substância que se disseminou com o nome comercial de Ritalina® tornando-se um dos estimulantes do sistema nervoso central mais vendido no mundo. Ultimamente, sua produção e consumo cresceram drasticamente. Este crescimento é explicado pelo grande número de diagnósticos de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e também pelo uso não prescrito. Seu uso no tratamento de TDAH é sustentado por diversos estudos que demonstraram sua efetividade e eficiência. Com isso, na busca de melhor performance cognitiva, sua popularidade cresceu no meio universitário podendo alguns grupos ter maior número de usuários saudáveis do que aqueles com proposta terapêutica. Objetivos: Avaliar a prevalência do uso do metilfenidato entre estudantes do 3º ano de uma faculdade de medicina, discriminar o uso com ou sem indicação médica e correlacionar o uso de metilfenidato com o desempenho nas avaliações de determinada disciplina. Métodos: Estudo transversal realizado a partir de um questionário aplicado sobre uma amostra de conveniência formada por 85 alunos do terceiro ano da Faculdade de Medicina de Petrópolis seguindo os preceitos atuais de ética nas pesquisas que envolvem seres humanos. Só participaram desta pesquisa aqueles indivíduos que concordaram com livre arbítrio e sem coação, sendo que a participação foi voluntária e anônima, podendo os alunos deixar o estudo a qualquer momento sem justificativa. O questionário avaliava status acadêmico, padrões do uso do metilfenidato e atitude em relação a drogas potencializadoras da cognição. Resultados: O presente estudo concluiu que 28,23% da nossa amostra de 85 participantes tinha feito uso de Metilfenidato. A grande maioria dos usuários sem prescrição de Metilfenidato (83,33%) iniciou o uso na faculdade. Outro achado deste estudo, que confirma dados anteriores é que uma maioria de 54,16% adquiriu o medicamento com amigos ou familiares. Além disso, os resultados demonstraram que o uso não prescrito de Metilfenidato é mais prevalente do que a sua utilização com fins terapêuticos. As principais motivações encontradas neste trabalho para o uso não prescrito de Metilfenidato foram: 1) para ajudar somente nos estudos, citados por 4,16%; 2) aumentar a concentração, referida por 20,83%; 3) e quando estes combinados foram referidos por 20,83%. No que diz respeito a utilização de um medicamento para melhoria cognitiva, os resultados do estudo foram os seguintes: 75,0% afirmaram melhora em seu desempenho enquanto 20,83% não notaram melhora. 52 TRAQUEOSTOMIA: PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES. CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS DE OLIVEIRA; SAÁDIA SILVA TEIXEIRA; LAÍS BARBOSA; ELISANGELA VIEIRA NIXON; JULIANA VASCONCELOS & GUSTAVO GLADSTONE DUMARD GUIMARAES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A realização segura e eficiente da traqueostomia necessita do conhecimento anatômico amplo para assim planejar a melhor estratégia da intervenção. Complicações do procedimento podem acontecer durante ou após o procedimento, sendo a morbidade decorrente desta intervenção de 4% a 10% e a mortalidade de cerca de 1%. A complicação mais comum é a hemorragia no pós-operatório imediata (3,7%), seguida pela obstrução da cânula por secreção (2,7%) e o deslocamento da cânula (1,5%)ᶟ. Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo correlacionar a posição anatômica da cânula de traqueostomia e as possíveis complicações desse procedimento. Metodologia: Foi realizada a dissecção cadavérica para evidenciar o procedimento realizado. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa a partir da dissecação de um cadáver adulto do laboratório da Faculdade de Medicina de Petrópolis em agosto de 2015. Foi utilizado cânula de traqueostomia, pinça hemostática, bisturi e lâmina, pinças, afastadores, material de sutura e tesoura. A visualização de estruturas pertinentes ao procedimento foi a prioridade. O cadáver foi colocado em decúbito dorsal e em hiperextensão cervical, sustentada por um coxim no dorso e rodilha para sustentar a cabeça. Foi realizada então uma incisão transversa na linha média entre a borda inferior da cartilagem cricóide e a fúrcula esternal, tendo 2 a 3 cm. Após dissecção dos planos cervicais foi realizada a abertura de uma pequena janela retangular na parede traqueal com remoção de um segmento cartilaginoso suficiente para passagem da cânula. Foram então fotografadas as estruturas próximas à cânula e correlacionadas com as principais intercorrências descritas na literatura médica. Principais Resultados: Ao buscar a literatura percebeu-se que as principais complicações anatômicas iatrogênicas do procedimento são por lesão de artérias ou veias próximas ao trajeto da traqueostomia, lesão do nervo laríngeo recorrente, lesão de esôfago, com fístula traqueoesofágica; pneumotórax (mais comum em crianças) e falso trajeto para o mediastino. Discussão: As complicações precoces (nos primeiros seis dias) são: hemorragias ou formação de hematomas (sangramentos geralmente decorrentes de lesão da veia jugular anterior ou do istmo da tireóide); infecção; falso trajeto por deslocamento da cânula traqueal; obstrução da cânula por rolhas ou secreção; enfisema subcutâneo; pneumomediastino. As complicações tardias, ocorridas após o sétimo dia de pós-operatório, são: hemorragias causadas pelo trauma direto da cânula em grandes vasos, como a artéria inominada, subclávia ou mesmo a aorta (estão associadas às traqueostomias realizadas abaixo do quarto anel); fístula traqueoesofágica; estenose subglótica ou traqueal; traqueomalácea; fístula traqueocutânea (após a decanulação) e distúrbios de deglutição (que permitem a aspiração laringotraqueal e pneumonias aspirativas). 53 UTILIZAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PEDIÁTRICO PILOTO COMO FACILITADOR DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE ENSINO JULIANA RODRIGUES MOURÃO; SIMONE FABIANA AGUIAR DA SILVA; ESTHER DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA; ALESSANDRA BORGES BRUM CLEIRES & DULCINÉIA LUZIA DE OLIVEIRA LIMA MARQUES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A presente pesquisa trata da utilização de um instrumento pediátrico piloto como facilitador do processo de enfermagem em um hospital de ensino. OBJETIVOS: Avaliar se o instrumento pediátrico piloto é um método facilitador para a assistência prestada pelos acadêmicos de Enfermagem durante seu período de estágio no setor de pediatria; identificar se houve rendimento do acadêmico de enfermagem durante a aplicação do instrumento pediátrico piloto durante o período de estágio no setor de pediatria; verificar se o instrumento pediátrico piloto é um método facilitador para o levantamento dos diagnósticos de enfermagem; e avaliar se instrumento pediátrico piloto será encaminhado para validação. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa. O cenário da pesquisa foi o Hospital Municipal Alcides Carneiro conveniado com a Faculdade de Medicina de Petrópolis e Faculdade Arthur Sá Earp Neto, localizado no município de Petrópolis. Os sujeitos da pesquisa foram treze acadêmicos de enfermagem que estavam no setor da pediatria. A coleta de dados ocorreu em Novembro/2014, e para tal foi realizada entrevista utilizando um roteiro com perguntas semiestruturadas. Os dados foram agrupados e analisados em categorias, sendo discutidos á luz da análise de conteúdo, emergiram três categorias intituladas: Aplicabilidade do instrumento pediátrico piloto pelo acadêmico de enfermagem durante a avaliação física da criança; levantamento dos diagnósticos de enfermagem e das intervenções de enfermagem e validação do instrumento pediátrico piloto. RESULTADOS: Os resultados apontam a relevância do instrumento no setor e como facilitador nas ações de enfermagem, sendo de grande valia para auxiliar a equipe de enfermagem a implantar o processo de enfermagem no referido setor. CONCLUSÃO: Pode-se, dessa forma, concluir a importância deste instrumento para o setor para o qual é necessária sua validação. REFERÊNCIAS: Tannure, M.C; Pinheiro, A.M. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia prático. 2ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2013. Descritores: Processo de enfermagem, Pediatria, Instrumento. 54 O PERFIL SOCIODEMOGRÓFICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS ATENDIDOS NO HOSPITAL DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS. AMANDA POSSAS DA SILVA PACHECO DE REZENDE; THALITA DA COSTA SANTOS; GIOVANA CRISTINA VIEIRA & DULCINÉIA LUZIA DE OLIVEIRA L. MARQUES FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Esta pesquisa trata do aumento do número de casos de câncer em um hospital de ensino, localizado no município de Petrópolis e de investigações sobre o perfil sociodemográfico e epidemiológico destes pacientes e os fatores de risco relacionados às neoplasias mais incidentes. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico e epidemiológico dos pacientes com câncer, atendidos em Hospital de Ensino, localizado no município de Petrópolis. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal e descritiva, com abordagem qualiquantitativa. O cenário da pesquisa foi um hospital de ensino localizado no município de Petrópolis/RJ. Os participantes da pesquisa foram pacientes oncológicos, atendidos no ano de 2014 no referido hospital e cadastrados no sistema de Registro Hospitalar de Câncer, totalizando 215 pacientes. A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro de coleta de dados. Para analise, os dados foram organizados no programa Epi-Info® 6.04, com dupla digitação independente. Após correções de erros e inconsistências a análise estatística foi realizada no programa® software estatístico Pasw Statistics 18.0 (SPSS). Resultados: Em 01 ano, 215 indivíduos, foram diagnosticados com câncer, com maior incidência no sexo feminino e em ambos os sexos: na raça branca, casados, com ensino fundamental incompleto e idade entre 61 a 70 anos. Conclusão: Concluiu-se que o número de casos de câncer está progredindo, na mesma proporção que a população está se expondo aos fatores de risco para o desenvolvimento desta patologia e que se configura como um problema de saúde pública, em nosso país. Medidas preventivas são necessárias e urgentes, e para isso a participação e intervenção do enfermeiro nas orientações, com relação a medidas de prevenção do câncer, são fundamentais. Descritores: Câncer; enfermagem; incidência. 55 VULNERABILIDADE DAS MULHERES FRENTE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. THALITA DA COSTA SANTOS; AMANDA PASSOS DA SILVA PACHECO REZENDE; GIOVANA CRISTINA VIEIRA; MARIA INÊS FERREIRA & LIVIA FIRMINO DA SILVA DOS SANTOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), vem sendo um tema discutido há décadas e sempre em busca de se obter mais informações. Apesar dessa discussão ser contínua, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) só voltaram a requerer importância como problema de saúde pública após a epidemia de AIDS (Síndrome da imunodeficiência adquirida) . A susceptibilidade das pessoas às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) ao longo dos anos demarcou mudanças no padrão epidemiológico incluindo grupos, inicialmente não considerados como susceptíveis, a exemplo das mulheres em união heterossexual, estável/casadas. O objetivo deste estudo foi analisar a vulnerabilidade das mulheres frente às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Tratou-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa realizada por meio de dados primários e secundários de uma amostra de dez pacientes mulheres com história vigente ou passada de alguma DST, atendidas no Ambulatório Escola da Faculdade Arthur de Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina da cidade de Petrópolis-RJ. Para análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva. Os dados observados na análise descritiva foram apresentados na forma de quadros e tabelas. Conclusão: fatores como a faixa etária, renda familiar, grau de instrução, estado conjugal, tipo de relacionamento, uso de preservativos e conhecimento sobre IST, são determinantes na vulnerabilidade de mulheres. Sugestão :Que a abordagem durante as consultas ginecológicas de enfermagem sejam passadas informações, realizado o aconselhamento e ofertada de testagem sorológica rápida para melhorar a qualidade de vida e saúde das mulheres. 56 INFLUÊNCIA NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE HAS DEVIDO AOS EFEITOS COLATERAIS PELO USO CONTÍNUO DE DIURÉTICOS REBECA ALVARENGA FERNANDES; MARIA EDUARDA BAPTISTA MONACHESI; JULIA GUIMARÃES CABRAL; MARIA ALICE COELHO MAROTTA MOREIRA; MARIANA ROEDEL BOUSAN; LIZ DE OLIVEIRA MOURA SALES & BERNADETE SOARES DO NASCIMENTO FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica muito prevalente no Brasil e por isso ao longo dos anos diversas classes de fármacos têm sido estudadas e empregadas no tratamento de seus portadores, visando estabelecer um controle mais satisfatório dos níveis pressóricos e minimizar as complicações secundárias à enfermidade. Um importante grupo de fármacos, amplamente utilizado como anti-hipertensivo a nível hospitalar e ambulatorial é o dos diuréticos, o qual será abordado neste trabalho. O objetivo geral do trabalho é analisar se existe influência dos efeitos colaterais dos diuréticos em relação à adesão ao tratamento por parte do paciente, visto que há necessidade de uma periodicidade para que o mesmo seja eficaz. Foi realizado um estudo de caráter individual, observacional, longitudinal retrospectivo, em que foram entrevistados 50 pacientes, e destes 24 eram hipertensos, os quais foram submetidos a um questionário a respeito do uso de diuréticos, acompanhamento em Posto de Saúde da Família, a ocorrência de efeitos colaterais e sua conduta após o aparecimento destes sintomas. A pesquisa foi feita no Hospital Alcides Carneiro e no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, no município de Petrópolis, no ano 2015. Dos 24 pacientes submetidos ao questionário, apenas 19 eram usuários de diuréticos e os resultados encontrados foram que, destes, 10 pacientes (52,63%) apresentaram algum dos efeitos colaterais do medicamento e somente três pacientes (30%) cessaram o uso do mesmo por este motivo, sendo dois sem orientação médica e um com orientação. A partir disso, pode-se concluir que a influência destes efeitos colaterais sobre a adesão ao tratamento é insignificante em comparação aos benefícios que o medicamento pode proporcionar na evolução do paciente portador de HAS. 57 PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADA NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES. ANA LEONOR FERNANDEZ CARDOZO; ERICA GALL LOPES BRUNO AUGUSTO GUERRA MACIEL; JOÃO PEDRO DE SOUZA COSTA TABATA DE AGUIAR PIRES DO COUTO; BÁRBARA STRAUB LOUREIRO RODRIGUES & MARCUS BARRETO CONDE FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) foi responsável por mais de três milhões de óbitos em 2012. Já foi demonstrado que hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode ter efeito negativo no prognóstico e na qualidade de vida do portador DPOC. OBJETIVOS. Inferir a prevalência de HAS entre os casos de DPOC e a prevalência de pacientes com tratamento adequado de DPOC e de HAS nos indivíduos matriculados no Programa Respira Petrópolis (PRP) em duas Unidades Básicas de Saúde que participam da Estratégia de Saúde da Família em Petrópolis (RJ). METODOLOGIA. Estudo observacional analítico transversal. O critério de inclusão foi o diagnóstico de DPOC (segundo a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease- GOLD). O diagnóstico de HAS foi autor referido pelo paciente. Foi definido como tratamento inadequado para fins deste estudo ausência de tratamento ou uso de medicamentos em falta de conformidade com a GOLD (casos de DPOC) ou com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (casos de HAS). Foram utilizados os dados coletados no período de 31 de janeiro de 2014 a 10 de agosto de 2015. O PRP é baseado na estratégia Practical Approach to Lung Health (PAL) da Organização Mundial de Saúde. As variáveis coletadas foram idade, sexo, diagnóstico de DPOC, diagnóstico de HAS e medicamentos utilizados no momento da primeira avaliação do PRP. RESULTADOS. Foram inscritos 132 pacientes no PRP. Quatorze por cento (19/132) tiveram o diagnóstico de DPOC e 84% destes tinham HAS (17/19). 37% da amostra (7/19) eram homens (idade média 62 anos, DP 11,0) e 63% (12/19) mulheres (idade média 58 anos, DP 9,8). 88% (15/17) dos portadores de HAS tinham tratamento adequado, porém apenas 23% (4/17) participam de algum programa de controle (HIPERDIA). Entre os portadores de DPOC apenas 10 % (2/19) tinham tratamento adequado. DISCUSSÃO. Os resultados preliminares não permitirem uma conclusão devido à pequena amostra. Entretanto, os dados sugerem um significativo número de casos da associação DPOC/HAS e de pacientes com uso inadequado dos medicamentos para uma das duas morbidades, o que pode se associar com um pior prognóstico. Os dados sugerem a necessidade de um estudo clínico no sentido de avaliar em uma amostra maior estes achados. CONCLUSÃO. Os dados preliminares do PRP sugerem elevada prevalência de HAS entre os casos de DPOC e uma elevada prevalência de tratamento inadequado. 58 SATISFAÇÃO DE CLIENTES BANCÁRIOS DIEGO MARTINS CASTOR MACIEL & JOSE LAZARINO FERRARI ITAÚ UNIBANCO Este trabalho tem como principal objetivo apresentar o grau de satisfação dos clientes bancários petropolitanos em relação aos produtos e serviços prestados pelos bancos da cidade. O mundo dos negócios está cada vez mais competitivo e com crescimento acelerado de fusões e aquisições nas últimas décadas. O mercado brasileiro vem vivenciando impactos significativos em termos de concorrência. No setor bancário esta situação não é diferente. A concorrência torna-se cada vez mais acirrada e a qualidade nos atendimentos, produtos e serviços prestados acaba se tornando algo indispensável para que se obtenha um diferencial competitivo em relação às outras empresas. O setor bancário apresenta certa similaridade nos produtos e serviços ofertados pelos bancos, o diferencial para o consumidor passa a ser a qualidade que esses serviços são prestados. As organizações atuais precisam ter consciência de que para manter seus clientes fidelizados por mais tempo, comprando mais e fazendo um marketing positivo, precisam manter um alto nível de satisfação. Objetivo Geral: Analisar o nível de satisfação dos clientes bancários, realizando um estudo de caso junto aos clientes de Petrópolis, quanto à qualidade dos serviços prestados. Específicos: Conceituar qualidade na prestação de serviços. Pesquisar as variáveis que envolvem o processo de qualidade na prestação de serviços; Analisar as maneiras como a administração das empresas pode melhorar a gestão dos serviços prestados. Metodologia: Para desenvolvimento da pesquisa a metodologia utilizada foi de estudo de caso quantitativo, com questionários estruturados, aplicados em uma amostra representativa. Principais resultados: Um dos principais resultados apresentado foi o alto índice de insatisfação da maioria dos clientes dos seis bancos pesquisados, em duas perguntas. A primeira pergunta buscou investigar o nível de satisfação dos clientes em relação ao tempo de espera em cada banco, desde a chegada às agências até o seu atendimento. Os correntistas responderam a seguinte questão: o tempo de espera até o atendimento é razoável? A outra pergunta com maior índice de insatisfação buscou saber a percepção dos clientes em relação aos preços dos serviços prestados pelos bancos, se o valor das taxas por serviços prestados são adequados e se o valor dos juros cobrados é compatível com o mercado. Discussão: Ao planejar adequadamente a gestão dos serviços oferecidos, zelando para uma efetiva condução do atendimento, as empresas podem se diferenciar no mercado, alcançando a fidelização dos consumidores. Esse elemento representa um diferencial no mercado, que pode ser decisivo no mundo dos negócios hoje em dia. Portanto em relação à pesquisa alguns fatores analisados – como tempo de espera e taxas cobradas - pelos clientes apresentaram um nível grande de insatisfação. Portanto os bancos em Petrópolis devem buscar estratégias de melhorias para obter um diferencial a fim de se manter competitivo no mercado. 59 A DECISÃO DAS GESTANTES NA ESCOLHA DO LOCAL DE ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL. LEILA SCHMIDT BECHTLUFFT; ANA LUIZA MIRANDA BONINI; NATÁLIA OLIVEIRA & JAMILE LIMA NOGUEIRA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS/FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO (FMP/FASE) / SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PETRÓPOLIS A atenção básica deve constituir a principal porta de entrada do usuário à Rede de Atenção à Saúde. Sua orientação segue os princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. Entre suas diretrizes está o trabalho em território adscrito, permitindo assim o planejamento de ações que tenham impacto sobre os condicionantes e determinantes da saúde. Cada Posto Saúde da Família deve ser responsável por uma média de 3.000 pessoas. A assistência pré-natal deve estar incluída no planejamento das equipes, que devem proporcionar acesso diferenciado às gestantes, favorecendo o início precoce do acompanhamento pré-natal. Em Petrópolis, observa-se empiricamente, que a assistência pré-natal se concentra em uma Unidade de Saúde de nível secundário, localizada no centro da cidade, apesar de existirem 44 equipes que funcionam com a Estratégia de Saúde da Família (ESF). Objetivo: conhecer a justificativa das gestantes para a não realização do pré-natal nos postos com ESF. Método: pesquisa exploratória com abordagem quantitativa, integrante do projeto PET Saúde. A coleta de dados foi feita a partir de questionário estruturado, nos postos da ESF. As gestantes cadastradas nas áreas adscritas às ESF foram as informantes da pesquisa. Resultados e discussão: Foram entrevistadas 285 gestantes, das quais 220 (77,2%) realizavam o acompanhamento pré-natal nas unidades de ESF. Entre as que estavam realizando o acompanhamento em outros locais, 33,3% o faziam por decisão própria, 21,2% devido a intercorrência clínica, 13,1% por encaminhamento da equipe, 8,1% por mudança de endereço. Os demais motivos totalizaram 23,2 %. Os resultados demonstram que as equipes da ESF oferecem acesso ao pré-natal e que o acompanhamento em outros locais tem motivação diversificada. 60 OBSERVATÓRIO DA MULHER DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS (RJ). JÉSSICA BILHEIRO DE SOUZA; CAROLINE NASCIMENTO NEBESMAK; DÉBORA CARLA DE ASSUNÇÃO MACHADO; VIVIAN SANCHES POMIN; RAFAELA BRAGANÇA DE CARVALHO & RICARDO BRAGANÇA PINHEIRO TAMMELA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O observatório da mulher é uma instância acadêmica para produção de conhecimento, através do levantamento de informações e dados, discussão, análise e proposição de ações e projetos na dimensão da integralidade das questões relacionadas ao gênero. Objetivo: Apresentar a articulação sistemática estabelecida por organizações de mulheres, núcleos acadêmicos e órgãos governamentais do município de Petrópolis (RJ), para o incentivo da sistematização de informações sobre as políticas para as mulheres. Metodologia: Ocorre através de fórum Interinstitucional e encontros bimestrais na FMP/Fase, com definição de metas e identificação de estudos e pesquisas realizadas no âmbito do Observatório da Mulher. Principais Resultados: Compareceram inúmeros profissionais e estudantes nas reuniões bimestrais; houve apresentações e debates de Trabalhos de Conclusão de Curso com temas relacionado à saúde da mulher e a criação e propostas de grupos de extensão para colocar em prática as discussões. Discussão: Apesar de todas as reuniões e implementações, há inúmeras dificuldades de permanência e interesse de alguns órgãos governamentais do município. 61 CIA DO RISO: A VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS ENQUANTO AGENTES DA ALEGRIA. JÉSSICA BILHEIRO DE SOUZA & RICARDO BRAGANÇA PINHEIRO TAMMELA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A Cia do Riso é um grupo formado por acadêmicos de enfermagem, medicina e nutrição da FMP-FASE com objetivo de levar entretenimento lúdico para ambientes hospitalares na cidade de Petrópolis (RJ). Ao trazer a figura do palhaço proporciona apoio para as crianças hospitalizadas, enxergando-as de forma integral e tratando também o lado emocional e psicológico dessa criança. Objetivo: Amenizar para pacientes e acompanhantes o cenário hospitalar através da atuação de palhaços voluntários e auxiliar na formação dos acadêmicos para que esses atuem de forma humanizada e consciente. Metodologia: Ocorre semanalmente em visitas de 4 horas, onde os voluntários devidamente caracterizados como palhaços desenvolvem atividades lúdicas com as crianças e com seus responsáveis. Principais Resultados: A experiência proporciona a formação de vínculos entre os pacientes e os voluntários além de possibilitar a troca de vivências entre ambos. As atividades lúdicas possibilitam as crianças um momento de alegria durante sua estadia no hospital. Discussão: A visão dos graduandos quando atuam no âmbito do voluntariado se difere dos demais atentando a necessidade de humanização no atendimento hospitalar e a visão holística do paciente. 62 SISTEMA KANBAN COMO INDICADOR DE PERMANÊNCIA EM UM POSTO DE URGÊNCIA REFERENCIADA. WILLIAM FERNANDES PALMEIRA ALVES; PEDRO HENRIQUE TORRES GOMES LUZIMAR APARECIDA BORBA PAIM & VANUZA PEREIRA VASCONCELOS FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Kanban é uma palavra japonesa, a qual um dos significados é anotação visual ou sinal. Foi utilizada originalmente nas empresas japonesas a fim de controlar a produção empregando cartões para informar e sinalizar ações, melhorando o fluxo das empresas. O Sistema Kanban (S.K) adaptado para a área da saúde popularizou-se como uma ferramenta sendo empregada especialmente nos setores de urgência e emergência com o objetivo de melhorar o fluxo e resolutividade dos pacientes internados. Um método simples e relativamente barato que pode ter diversas aplicações: instrumento que permite a visão geral da unidade de forma sistemática, um indicativo de permanência do paciente no setor, dentre outras. O S.K. Mostra-se na área da saúde como um instrumento em potencial a fim de melhorar a gestão clínica das unidades. O modelo adaptado do S.K. E instituído no setor em estudo utiliza seis níveis de classificação a fim de avaliar a permanência do paciente sendo os seguintes: SK I (0 à 24h), SK II (24 à 36h), SK III (mais que 36h), SK verde (0 a 4 dias), SK amarelo (4 a 8 dias), SK vermelho (acima de nove dias). Objetivos: Conhecer as principais hipóteses diagnósticas, o tempo de permanência e destino dos pacientes atendidos no posto de urgência do HAC; Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa sendo realizado no setor de urgência de um hospital de ensino da região serrana do Estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu no mês de Agosto de 2015 através de um formulário semi-estruturado construído a partir do impresso denominado “estatística de permanência de pacientes no PU” dos meses de Janeiro a Junho de 2015. As informações coletas foram: data de admissão, nome do paciente, leito, diagnóstico, Kanban, data da Autorização de Internação Hospitalar (AIH), destino e data de saída. A tabulação dos dados foi realizada em frequência simples e percentual, caracterizando um estudo estatístico simples. A análise dos dados evidenciou os seguintes resultados: Tempo de permanência - SK I – 738, SK II – 63 SK III – 80, Verde – 53, Amarelo – 44, Vermelho – 29. Os destinos finais encontrados: Transferências – 52 AIH – 314, Altas – 489 Óbitos – 30 e Evasão 10. Algumas hipóteses diagnósticas encontradas: apendicite, colecistite, dor abdominal, lombalgias, cólicas renais, crises hipertensivas, abscessos, DAOP, cefaleia intensa, obstrução intestinal, complicações pós cirúrgicas. Podemos observar que na unidade de urgência citada grande parte dos destinos são resolutivos, dado que esta é uma urgência referenciada em casos de cirurgia, urologia e vascular, com os pacientes sendo regulados internamente e externamente segundo suas hipóteses e confirmações diagnósticas. O SK auxilia ao identificar os pacientes de longa permanência que necessitam de uma clínica especializada para que haja rotatividade na assistência e podendo servir como base de discussão multiprofissional para o cuidado integral do paciente que se encontra na urgência. 63 FEBRE DE ORIGEM OBSCURA: INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA. TAMYRES STEPHANE FONSECA MARIANO; MICHELE FERREIRA SILVA DE MOURA; VICTHOR ARTHUR OLIVEIRA MATOS; ADIL VALENTE LISBOA; CAIO SÉRGIO BIANCHI REIS GUIMARÃES; VIVIAN ARAUJO CABRAL DA SILVA; CLÁUDIA CORREIA GORINI & CARLA ANDREA MOREIRA FERREIRA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Febre de Origem Obscura (FOO), aquela maior que 38,3°C (aferição oral em várias ocasiões), com duração mínima de três semanas e sem diagnóstico após sete dias de investigação hospitalar, subdivide-se em FOO Clássica, FOO Nosocomial, FOO em imunodeprimidos e neutropênicos, e FOO em pacientes HIV. Seus principais desencadeadores são infecções, neoplasias sólidas e hematológicas, colagenoses ou de origem multissistêmica. Apresentamos o caso de um paciente jovem, 16 anos, masculino, com história patológica pregressa de Cardiopatia Congênita, não especificada, corrigida aos 30 dias de vida, refere episódios febris noturnos (39°C), associados à sudorese profusa, calafrios, cefaleia holocraniana, turvação visual, vômitos e mialgia. Teve persistência dos sintomas por mais que 30 dias e iniciou tosse seca noturna, hemoptise e dor precordial em aperto desencadeada ao repouso, cessando espontaneamente após 30 minutos. Negou perda ponderal. Ao exame: hiperemia conjuntival e sopro holossistólico, pancardíaco, em Foco Mitral e Tricúspide, 4+/6+, irradiando para axilas e dorso esquerdo, contaminando demais focos; sopro protodiastólico, em Foco Aórtico, 5+/6+, irradiando para carótidas, com frêmito. Não há relato prévio de sopro. Em abdome, Traube ocupado. Presença de adenomegalias inguinais, bilateralmente, móveis, indolores à palpação, consistência fibroelástica, sem fistulações, sem sinais flogísticos, sem flutuações, 1,5 cm de diâmetro. Exames complementares: Fosfatase Alcalina, Gama GT, VHS, PCR, LDH aumentados, marcadores ASLO e FR negativos. Ecocardiograma visualizou membrana subaórtica, valva aórtica bicúspide, Insuficiência aórtica, insuficiência mitral e insuficiência tricúspide leves. ECO transesofágico não apontou sinais de endocardite nem de coarctação residual. Em ultrassom de abdome total, visualizouse esplenomegalia e rim supranumerário pélvico. A Tomografia Computadorizada apontou linfonodos não calcificados em projeções axilares e linfonodos retroperitoniais periaórticos à esquerda. Hemoculturas negativas. PPD não reator e BAAR no escarro negativo em 3 amostras. Mielograma com infiltrado linfocitário. Não foi possível excluir Linfoma e Doença de Still, excluindo apenas Endocardite Infecciosa Subaguda, hipótese principal no início da investigação, e Tuberculose Pulmonar e Extrapulmonar. O paciente aguarda esplenectomia e posterior biópsia do baço, com hipótese principal de linfoma com infiltração esplênica, já que o mielograma não fechou o diagnóstico. 64 ANÁLISE DO 5º PASSO DA IUBAAM EM UMA USF. BRUNA NUNES VARGAS; DAIANA DE MATOS PONTE RAIMUNDO; ROBERTO BIASI FILHO & MARGARETH ROSE PEREIRA ALCÂNTARA SALOMÃO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PETRÓPOLIS O 5º Passo da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação preconiza “orientar as gestantes sobre a importância de iniciar a amamentação na 1ª hora após o parto.” A amamentação na 1ª hora de vida tem se mostrado importante estratégia de redução da mortalidade neonatal de 22% em países pobres. Para aumentar a incidência do aleitamento hospitalar, a duração e garantir o sucesso do aleitamento materno, redução da mortalidade infantil e estabelecimento do vínculo é fundamental o contato precoce entre mãe e bebê. O contato pele a pele e a amamentação na sala de parto são recomendáveis se o binômio mãe e recém nascido estiverem em boas condições clinicas. A pesquisa foi desenvolvida na Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Saúde, credenciada como Unidade Básica Amiga da Amamentação, localizada no município de Petrópolis – RJ. No município, a amamentação na 1ª hora, segundo dados da Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno em municípios brasileiros, foi de 65,4%, abaixo da média nacional de 67,7%. Objetivo: Avaliar a prevalência da amamentação na 1ª hora de vida (Passo 5 da IUBAAM), nos recém nascidos (RN) cadastrados na USF Vila Saúde, no período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2013. Metodologia: Pesquisa observacional, analítica, de coleta documental. Os sujeitos incluídos são RN cadastrados na USF Vila Saúde, que nasceram em boas condições clinicas no período proposto. Foram excluídos aqueles com intercorrências no período do parto e os que encontravam-se fora do território. A coleta de dados foi realizada no período de maio a julho de 2014, através dos prontuários clínicos. Para a coleta criou-se um formulário contendo as variáveis: nome da mãe e do RN, hospital de nascimento, intercorrências no período do parto e amamentação na 1ª hora. Os resultados foram tabulados e analisados pelo Excel® e apresentados em gráficos com frequências absolutas e percentuais por ano de nascimento. Resultados: Em 2012 foram cadastrados 53 bebês no território da USF. Segundo critérios de inclusão 58,5% (31) foram incluídos na pesquisa e 41,5% (22) excluídos. A prevalência da amamentação na 1ª hora foi de 58% entre os RNs. Em 2013 foram cadastrados 38 bebês, incluídos na pesquisa 68,4% (2) e excluídos 31,6% (12), com prevalência de 50%. Conclusão: Conclui-se que em 2012 e 2013, a prevalência da amamentação na 1ª hora entre os RNs cadastrados na USF, foi inferior a média obtida pelo município que por sua vez já estava abaixo da média nacional. É fundamental que a equipe técnica da USF intensifique a Educação em Saúde, com ênfase no Passo 5 da IUBAAM, para empoderamento das gestantes do território para está prática visando a proteção do RN. A desativação de 2 maternidades trouxe queda importante na prevalência. Sugerimos um estudo individualizado dos estabelecimentos atuais para implementação de políticas internas de resgate da amamentação na 1ª hora de vida, envolvendo gestores e profissionais da assistência materno infantil. 65 APENDICITE AGUDA NA INFÂNCIA NO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO EM 2015 ANNA LAURA NACIF GARCIA; ADRIANA MARTINS DORNELAS; CECILIA DE ALMEIDA RUAS BITENCURT & SUSIE ANDRIES NOGUEIRA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Foi realizada a análise de 20 prontuários de pacientes internados na Enfermaria Pediátrica do HAC com diagnóstico de Apendicite Aguda no período de 01/01/2015 a 18/06/2015, tendo como objetivo geral a análise clinica e epidemiológica dos casos. Segundo a análise dos dados, o predomínio ocorreu no sexo masculino, com 70% dos casos. O pico de incidência ocorreu entre os seis e 11 anos de idade com 45%. Analisado o tempo entre o início dos sintomas e a realização da cirurgia, 20% realizaram cirurgia em até 24hs, 45% em 24 a 48 hs, 20% em 48 a 72 hs e 15% em tempo superior a 72 hs. Dentre as crianças admitidas, 50% foram submetidas a TC de abdome, 25% realizaram USG, 20 % realizaram USG e TC abdominal e 5 % nenhum método de imagem. Todas as crianças realizaram Hemograma Completo antes da cirurgia, sendo que 85% apresentaram leucocitose. Após a cirurgia foi possível obter o grau da Apendicite de acordo com a descrição do procedimento cirúrgico feito pela CIPE, onde 55% grau I, 25% grau II, 10 % grau III, 5% grau IV C e 5% grau V. Analisado a relação entre o grau da apendicite e o tempo do início dos sintomas até a realização da cirurgia, o grau I-11 crianças, 28% realizaram a cirurgia em menos de 24 hs, 54% em menos de 48 hs, 9% em até 72 hs, 9% mais que 72 hs; Grau II-5 crianças, 20% em menos de 24 hs, 40% em menos de 48 hs, 20% em até 72 hs, 20% mais que 72 hs; Grau III-2 crianças, 100% em até 72 hs; Grau IV C-1 criança, 100% em menos de 48 hs; Grau V-1 criança, 100% maior que 72 hs. A média do tempo de internação foi de 7,65 dias, sendo que 65% permaneceram internadas por 4 a 7 dias, 20% 8 a 11 dias, 10% 3 dias e 5% 12 a 15 dias. 5% necessitaram de tratamento em unidade intensiva pediátrica. A relação entre o grau e o tempo de internação, identificou que o Grau I-11 crianças, 9% permaneceu até 3 dias; 73% 4 a 7 dias; 18% 8 a 11 dias; Grau II-5 crianças, 20% até 3 dias; 40% 4 a 7 dias; 40% 8 a 11 dias; Grau III-2 crianças, 100% 4 a 7 dias; Grau IV C-1 criança, 100% 4 a 7 dias; O Grau V-1 criança, 100% 12 a 15 dias, com internação em Unidade Intensiva Pediátrica neste mesmo período. Complicações pós cirúrgicas foram encontradas em 10 % dos pacientes. Com relação a antibioticoterapia, 100% receberam tratamento profilático, 95% permaneceram com o tratamento após a cirurgia. Desses, 85% receberam o esquema ampicilina, gentamicina e metronidazol e 10% outros esquemas. O tempo de antibióticoterapia estabelecido foi em 45% dos casos de 4 a 7 dias, 25% até 3 dias, 15% 8 a 11 dias, 12% tempo superior a 12 dias. A relação entre o grau da apendicite e o tempo de antibiótico administrado foi, Grau I-11 crianças, 36% até 3 dias, 45% 4 a 7 dias, 9% 8 a 11 dias; Grau II-5 crianças, 20% até 3 dias, 60% 4 a 7 dias, 20% 8 a 11 dias; Grau III2 crianças, 50% 4 a 7 dias, 50% 8 a 11 dias; Grau IV C-1 criança 4 a 7 dias; Grau V-1 criança 12 a 15 com internação em UI nesse período.Foi realizada, também, a comparação dos dados obtidos com a literatura atual. 66 CONTEXTO DO COTIDIANO DOS CUIDADOS HIGIÊNICOS E SEUS EFEITOS SOBRE A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. NATALIA ELISA DUARTE LEAL; ELIZABETH ANDERSEN & MARCIA TEREZA LUZ LISBOA ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (EEAN/UFRJ) Trata-se de um fragmento da tese sobre as representações sociais (RS) dos cuidados higiênicos. Os cuidados higiênicos no ambiente hospitalar são atribuídos à equipe de enfermagem. E ainda, esses cuidados organizam a distribuição das tarefas, determinam formas de comportamento, promovem a organização do grupo, estabelecem gradientes de status, o que leva a caracterizá-los como objeto de representação social. Os objetivos foram: descrever como o contexto do cotidiano hospitalar influencia as RS elaboradas sobre os cuidados higiênicos, e analisar como repercutem sob a assistência. Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa analítica orientada pela Teoria das Representações Sociais1. Sujeitos: 31 membros da equipe de enfermagem. Os dados foram coletados através de observação sistemática participante e entrevista individual. Os dados provenientes das entrevistas foram analisados através do software Alceste, e da técnica de análise de conteúdo temático, os dados da observação serviram para confronto. Através dos resultados foi possível identificar que tanto a falta de insumos e a estrutura hospitalar deficiente indicam uma contradição entre o valor das práticas higiênicas que referem-se ao status que ocupa no ambiente hospitalar e um valor que refere-se ao seu caráter expressivo de tudo que essas práticas representam e possuem como finalidade. Conclui-se que o contexto dos cuidados higiênicos é marcado pela escassez dos insumos, pela relação entre a divisão técnica e social do trabalho de enfermagem, e pelos recursos estruturais inadequados, consequentemente pela valorização dos cuidados. Essas condições presentes no cotidiano do cuidado influencia a forma de executar o cuidado higiênico que se submete à rotina e normas institucionais. Portanto, a assistência à saúde no cenário hospitalar necessita passar por uma transformação que traga à tona as questões referentes à subjetividade e complexidade do sujeito, as necessidades individuais, reconfigurando a lógica da execução dos cuidados e das relações estabelecidas. Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. Higiene. Psicologia social. 67 DINÂMICA DA HIGIENE DO PACIENTE: O BANHO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HOSPITALAR. NATALIA ELISA DUARTE LEAL; ELIZABETH ANDERSEN & MARCIA TEREZA LUZ LISBOA ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (EEAN/UFRJ) Trata-se de um fragmento da tese1 sobre as representações sociais (RS) dos cuidados higiênicos. A pesquisa possuiu como objetivos: Descrever as representações sociais da equipe de enfermagem sobre os cuidados higiênicos; Analisar a dinâmica dos cuidados higiênicos na assistência de enfermagem hospitalar. Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa analítica orientada pela Teoria das Representações Sociais2. Sujeitos: 31 membros da equipe de enfermagem. Coleta de dados através de observação sistemática participante e entrevista individual. Os dados provenientes das entrevistas foram analisados através do software Alceste, e da técnica de análise de conteúdo temático, os dados da observação serviram para confronto. Identificou-se que os membros da equipe de enfermagem abordam um ciclo que se repete a cada novo dia de trabalho e que é retroalimentado, pois é a avaliação positiva dos esforços para realizar o cuidado que os motivam a reiniciar os cuidados no próximo plantão, e os motiva a continuar enfrentando as barreiras. Assim, no fenômeno da prática dos cuidados higiênicos, do banho, aguçam-se os afetos que motivam os membros da equipe de enfermagem, que os impulsam no seu cotidiano de cuidar e que se manifestam quando falam desta prática, principalmente sobre o paciente. A luz do exposto, os cuidados higiênicos horas assumem um sentido de cuidado filosoficamente falando, onde os envolvidos saem imponderados, e horas de tarefa, onde é cumprida uma obrigação de forma mecanizada e que desconsidera a individualidade do paciente. Assim sendo, os saberes sociais do grupo social no cenário de unidades de internação de clinica médica, mostram que o trabalho de enfermagem precisa quebrar o paradigma dominante e buscar fazer valer o seu valor social e profissional. Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Higiene; Psicologia social. 68 HIV E A QUESTÃO DE GÊNERO. ANDRÉ FELIPE DO O ROCHA & ANA CRISTINA DE LIMA PIMENTEL FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A AIDS foi responsável pela morte de mais de 25 milhões de pessoas ao redor do mundo no período entre 1981 e 2006. No Brasil, na década de 80, a prevalência da doença era de 01 em mulheres para 06 em homens; entretanto, esse perfil epidemiológico começou a se alterar anos depois. Nesse sentido, mesmo com os avanços tecnológicos na área da medicina, ainda é válido analisar o impacto dessa doença na sociedade atual, principalmente em relação às mulheres. OBJETIVOS. Comparar a incidência de AIDS das populações masculinas e femininas, no estado do Rio de Janeiro, no período de 2003 a 2012. Analisar a teoria de que a prevalência de HIV na população feminina tem aumentado nos últimos anos. METODOLOGIA. Essa pesquisa possui caráter observacional descritivo, qualitativo, epidemiológico e ecológico. A partir de dados retirados do site do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), foi feita uma análise da incidência do HIV, das populações descritas, dos anos de 2003 a 2012. RESULTADOS. Observou-se que a prevalência da doença é maior em homens do que em mulheres em cada um dos anos estudados – com uma média de 44,8 homens portadores de HIV para cada 100 mil; em comparação a 24,7 mulheres portadoras para cada 100 mil. Em contrapartida, tornouse evidente que a proporcionalidade, entre os sexos, da doença manteve-se a mesma em todo o período estudado: nos anos em que houve aumento ou redução das incidências, essas ocorreram de maneira similar em ambos os grupos. DISCUSSÃO. Com as informações obtidas, percebeu-se que, para ambos os sexos, houve uma pequena redução dos casos de AIDS, em um período de 10 anos, no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, percebese que, de acordo com a bibliografia analisada, a teoria de que “a AIDS apresenta um quadro de incidência crescente na população feminina” não entra em concordância com os resultados do estudo realizado. Além disso, é fundamental reconhecer que a questão da vulnerabilidade social feminina – estruturada em uma lógica machista de submissão, assim como a dificuldade de acesso ao sistema de saúde; escolaridade; mercado de trabalho – é um fator determinante para os processos de saúde e doença. Por isso, entendese que o HIV se apresenta, também, como uma questão de gênero. CONCLUSÃO. A AIDS se relaciona diferentemente nos dois gêneros devido a aspectos sociais. Por isso, apesar do número de homens convivendo com o HIV ser maior, as mulheres encontram-se em uma situação de vulnerabilidade e necessitam de um olhar diferenciado para a promoção efetiva de saúde. É importante, também, ressaltar que a pequena redução da incidência de AIDS em mulheres, no grupo estudado, vai contra o que é descrito na bibliografia. Entretanto, ao comparar com essa incidência em homens, nas mesmas condições, pode-se perceber, inesperadamente, que os gráficos se comportaram demasiado similares – sendo necessário um novo estudo para compreender esse fenômeno. 69 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: SURTO POR DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA). DÉBORA FERREIRA PALMEIRA DA SILVA; DÉBORA ALMEIDA NOBRE; LETÍCIA LORANG ROSA; LUIZ FELIPE BEIRES DA ROCHA LIMA; NÚBIA SANTOS DA CRUZ & ALESSANDRA SAUAN DO ESPÍRITO SANTO CARDOSO FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A OMS define a doença transmitida por alimento como “uma doença infecciosa ou tóxica causada através do consumo de alimento ou água” (HOBBS & ROBERT, 1998). As ocorrências por pessoas em maior número, considera-se surto (AMSON, G. V. et al.2006). Entretanto, um único caso de botulismo ou envenenamento químico pode ser suficiente para desencadear ações relativas a um surto devido à gravidade desses agentes (Vigilância Sanitária, 2015). Os sinais e sintomas mais comuns das DTAs são: dor de estômago, náusea, vômitos, diarreia e febre por período prolongado (AMSON, G. V. et al.2006). Os manipuladores de alimentos têm importante papel na prevenção das toxinfecções e demais doenças de origem alimentar (HOBBS & ROBERT, 1998). Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo determinar a proporção de casos notificados de intoxicação exógena por alimento e bebida por regiões do Brasil, nos últimos 6 anos (2009 a 2015). MÉTODOS: Utilizou-se como metodologia as base de dados DATASUS e SINAN, com o intuito de realizar um levantamento epidemiológico com dados secundários de intoxicação exógena onde o agente tóxico examinado foi alimento e bebida em um período de 6 anos (2009 à 2015) , ocorridas em todos os estados brasileiros. Utilizou-se, portanto os seguintes indicadores e variáveis para esse levantamento: Número de casos ocorridos nos estados sob o número total ocorridos no Brasil; Estados brasileiros; Anos decorrentes. Além disso, utilizou-se para a Investigação Epidemiológica: Instrumentos como a ficha de investigação; Exame clínico e laboratorial para confirmação do agravo; Antecedentes epidemiológicos. RESULTADOS: Como principais resultados, evidenciou-se os dois estados brasileiros que se destacaram apresentando os percentuais de casos notificados mais elevados. Em 2009 25% dos casos notificados de DTAs ocorreram no estado de Minas Gerais, em 2010 24% dos casos notificados ocorreram ainda no estado de Minas Gerais, 2012 o estado de São Paulo apresentou o maior percentual de notificações com 24,29%, 2013 esses resultados se elevaram em São Paulo com 26,49% das notificações, já no primeiro semestre de 2015, São Paulo apresentou 31,73% de notificações. DISCUSSÃO: Notou-se que quanto aos resultados encontrados, os estados que se destacam com as maiores porcentagens de casos notificados são Minas Gerais, São Paulo, o que nos faz questionar se realmente são os estados que apresentam maior prevalência de DTAs ou se são os estados que mais notificam, já que é conhecido o fato de que alguns casos não são notificados exatamente como afirma Amson que diz que os alimentos contaminados aparentemente são normais, apresentam odor e sabor normais e, como o consumidor não está devidamente esclarecido ou consciente dos perigos envolvidos, não consegue identificar qual alimento poderia estar contaminado em suas últimas refeições. Sendo assim, torna-se difícil rastrear os alimentos responsáveis pelas toxinfecções ocorridas (AMSON 2006). 70 ATRESIA DE ESÔFAGO- RELATO DE CASO: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE. LILIAN PAULA PEREIRA DE ARAÚJO STWILLIAMS; HANY KELLY A. CRUZ; SAMANTHA OLIVEIRA. & CHRISTIENY CHAIPP MOCHDECE. FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A atresia de esófago (AE) é uma má formação congênita, com interrupção da luz do tubo esofágico e geralmente associada a outras más formações. O complexo de VACTER é o exemplo principal. A suspeita de AE é feita por polidramnia, coto esofágico proximal dilatado e/ou câmara gástrica diminuída à ultrassonografia(USG) fetal. No neonato, observa-se sialorréia aerada, tosse, cianose, dispneia, abdome distendido ou escavado. Na sala de parto, a impossibilidade de progressão da sonda nasogástrica, deve gerar suspeita e a radiografia(RX) toraco-abdominal com imagem do coto proximal do esôfago dilatado confirma o diagnóstico. O tratamento é cirúrgico e complicações podem ocorrer no pós-operatório: deiscência de anastomose (mais grave) e a estenose, a mais frequente. Objetivo: Atentar para o diagnóstico precoce de patologias, como a AE, que devem ser diagnosticadas em sala de parto. Descrição: RN, 48 horas de vida, masculino, admitido em UTI neonatal do HAC, com suspeita de sepse neonatal de foco pulmonar. RN intolerante à dieta, com engasgo, regurgitação, sialorréia espumosa e desconforto respiratório. Admitido em dieta zero, trazendo RX revelando hipotransparência em ápice do HTD e leucocitose. Mãe nega intercorrências durante a gestação; sorologias e urinocultura negativas; USG gestacional normal. Parto cesáreo sem complicações. Ao exame físico, apresentava-se grave, com esforço respiratório, sialorréia aerada, vômito, tosse, cianose, abdômen distendido e perfusão capilar lentificada. Solicitado passagem de sonda orogástrica que não progrediu. RX toracoabdominal com contraste oral apresentou acúmulo de contraste em coto esofágico proximal que diagnosticou AE com fístula. RN permaneceu 26 dias na UTI, foi abordado cirúrgicamente (anastomose término terminal dos cotos esofagianos e passagem de sonda transesofágica) e diagnosticada outra malformação, rim em ferradura. Alta hospitalar após estabilização clínica e evolução da dieta. Após 11 dias, apresentou estenose de anastomose, realizada dilatação por EDA, e posteriormente gastrostomia com fundoplicatura com boa evolução. Discussão: O diagnóstico das patologias cirúrgicas do período neonatal, quando não realizado no pré-natal, deve ser feito ainda em sala de parto, evitando complicações decorrentes do atraso diagnóstico. O exame físico é a base do diagnóstico precoce. 2% dos RNs apresentam anomalias que necessitam de correção cirúrgica. A anamnese pré-natal pode revelar fatores de risco, como a história paterna de dextrocardia e estenose de válvula pulmonar, não investigado. A USG pode trazer sinais de alerta como oligo/polidramnia. Ao nascer, o RN deve ser examinado e a passagem da sonda nasogástrica revela patologias como a atresia de coana e AE. No caso, a mesma não foi realizada. O Neonato foi liberado para alojamento conjunto e com dieta livre o que gerou pneumonia aspirativa. Um pré-natal e assistência ao parto de qualidade são importantes para diagnóstico e manejo. 71 PROJETO DIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL: "JARDIM DA FELICIDADE" CAROLINY MORAES SILVA; TALITA CAROLINE AVELAR DIAS; JÉSSICA MARIA DA CUNHA NOGUEIRA & RICARDO BRAGANÇA PINHEIRO TAMMELA. FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Esse trabalho seguiu como um modelo prático de intervenção sócio-humanitária na comunidade Servidão Marília Quintanilha, localizada em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro.Uniu moradores e extensionistas da Faculdade de Medicina de Petrópolis, através do empoderamento e da escuta com os habitantes da região, progredindo para a construção de um compromisso de ajuda mútua dos direitos reservados para todos cidadãos. 2.OBJETIVO Ultrapassar o simples fato da comunicação entre uma comunidade e um grupo de extensionistas, expandindo para uma relação de troca com apoio, diálogo e aquisição de vivência; entendendo o âmbito geral de necessidades citadas e progredindo com intervenção. 3.METODOLOGIA O principal incomodo, era com uma área considerada de lazer para as crianças, a beira de um “barranco”, em terra batida, ao céu aberto que em contrapartida possuía uma paisagem invejável e um poder enorme de união entre diversas famílias da Servidão. Foi montada a estrutura de um jardim, levadas mudas e batizado como “Jardim da Felicidade”, as crianças iniciaram a tarefa, escolhendo sua muda para plantar, assumiram também o compromisso de cuidar do jardim, foi explicado para elas e os responsáveis como isso funcionaria, resultando no comprometimento de todos para com a ação. 4.RESULTADO A construção inicial foi realizada, observando grande satisfação da comunidade através de depoimentos colhidos no local. Após aproximadamente uma semana o jardim foi furtado e o vínculo pré- estabelecido perdido. Restou o desafio da compreensão da dificuldade, e ao mesmo tempo da importância dos projetos sociais na formação médica. 5.DISCUSSÃO As escolas médicas têm a grande responsabilidade de capacitar seus alunos por meio de um currículo que abranja os conhecimentos técnicos necessários, bem como os saberes humanísticos, obedecendo às orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina. Dessa forma deve-se desenvolver métodos na graduação médica onde possa aproximar o estudante do conjunto de fatores que forma o paciente como um indivíduo, principalmente do paciente que está longe da realidade social do médico, como os moradores das comunidades carentes. É necessário um processo de atenção básico transversal entendido como um conjunto de princípios e diretrizes de ações que integrem diversos setores, caracterizando uma construção coletiva e deixando de ser uma simples relação de “queixa-conduta” automatizada. Portanto, a realização de projetos sociais permite uma visão ampliada do campo, além de fornecer saberes e práticas que podem fazer com que os estudantes de Medicina não se restrinjam apenas ao conhecimento técnico ou à ciência, mas também a percepção e o exercício do poder que os incentiva à construção de projetos de vida, de liberdade e de felicidade, com a viabilização de seus sonhos pessoais e profissionais por saúde. Permite-lhes melhorar conceitos/valores, como responsabilidade, humildade, respeito, afetividade, compreensão. 72 PREVALÊNCIA DE ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS NA POPULAÇÃO NEGRA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2010 A 2013. DOUGLAS FRANÇA RIZZO; KAREN APARECIDA DOS SANTOS & MARIA CECILIA MARCOLINO DA SILVA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Entendem-se como causa externa lesões ou agravos à saúde – intencionais ou não – de início súbito e que tem como fator desencadeante a violência ou outra causa exógena. Neste grupo, incluem se as lesões provocadas por eventos no transporte, homicídios, agressões, quedas, afogamentos, envenenamentos, suicídios, queimaduras, lesões por deslizamento ou enchente, e outras ocorrências provocadas por circunstâncias ambientais (GONSAGA et al., 2012). As causas externas ocupam os primeiros lugares nas estatísticas de mortalidade nos indivíduos com faixa etária entre 0 e 24 anos (MATOS; MARTINS, 2012). A Organização Mundial da Saúde estima que, em 2004, cerca de 830.000 crianças abaixo de 18 anos morreram em decorrência de agravos de saúde não intencionais (WHO, 2008). A população negra representa 45% da população brasileira e 70% dos usuários do Sistema Único de Saúde e tende a concentrar-se, em relação à faixa etária, um pouco mais nas faixas mais jovens quando comparada à população branca. Embora seja apenas uma hipótese, podemos relacionar este fato aos altos índices de violência enfrentados por este grupo social e a por encontrar maior dificuldade em acessar os serviços de saúde (BAHIA, 2013; BRASIL, 2013). Objetivos: Verificar a prevalência dos óbitos por causas externas de acordo com a faixa etária na população negra entre os anos de 2010 e 2013. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa. O presente estudo foi realizado por meio de coleta de dados secundários no Departamento de informática do SUS (DATASUS). Foram utilizados como unidade de análise os óbitos de pessoas negras, provenientes de causas externas, menores de 1 ano a maiores de 80 anos ocorridos entre o ano de 2010 e 2013. Resultados: Os principais resultados deste estudo foram extraídos através de tabelas sobre mortalidade por causas externas do DATASUS. Com esses resultados criaram-se gráficos que ilustram a taxa de mortalidade por causas externas no período de 2010 a 2013. Discussão: A prevalência de mortes por causas externas entre a população negra residente no Estado do Rio de Janeiro no ano de 2013 foi de 0,60. O grupo mais afetado com os agravos são indivíduos na faixa etária entre 15 e 39 anos, população jovem e economicamente ativa. Isto interfere diretamente na condição econômica e social dos pais. A população negra é vítima incontestável da violência no país, no período de 2002 a 2011 a vitimização desta população cresceu de 42,9% para 153,4% (BRASIL, 2013). Um levantamento realizado por Waiselfisz (2013) evidenciou que a principal causa de morte da população negra no Brasil, no ano de 2010, foi o homicídio, representando cerca de 25 mil casos, 3,78% a mais que a população branca. 73 MORTALIDADE MATERNA POR COMPLICAÇÕES NO ABORTO E SUAS POSSÍVEIS RELAÇÕES COM O ANALFABETISMO. LINDA PAIVA GONÇALVES DE OLIVEIRA E SILVA; RODOLFO CAMBRAIA FROTA & ANA CRISTINA DE LIMA PIMENTEL FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Apesar de se tratar da quinta causa de mortalidade feminina no Brasil, o aborto é um tema negligenciado, que necessita ser discutido. Independentemente de o aborto induzido ser ou não legalizado, a probabilidade de uma mulher engravidar de forma indesejada e, por isto, tentar um abortamento, é praticamente a mesma. Porém, isso causa consequências drásticas ao seu acesso sob condições seguras, o que também pode estar relacionado às condições socioecômicas das mulheres que o praticam. A ocorrência de abortos pode não estar relacionada a classes sociais, mas a mortalidade por esse motivo pode estar, uma vez que mulheres de baixa renda e condição social estão mais vulneráveis ao abortamento inseguro. Objetivo: Determinar a taxa de mortalidade materna por complicações no aborto e relacionar com a taxa de analfabetismo entre mulheres, ambas no período de 2008 a 2012, por região; buscando estabelecer relação entre mortalidade por aborto e condições socioeconômicas. Metodologia: Realizamos um estudo coletivo, com dados secundários do DATASUS. Pesquisamos dados referentes a óbitos maternos por aborto, número de nascidos vivos e números de mulheres analfabetas, por região, entre 2008 e 2012. Resultados: A região sudeste apresentou a maior taxa de mortalidade materna por aborto, enquanto a região sul apresentou a menor. A maior e a menor taxa de analfabetismo foi encontrada na região nordeste e sudeste, respectivamente. Discussão: Não foi encontrada relação geral entre mortalidade materna por aborto e analfabetismo, nas diferentes regiões do país. Um dos possíveis fatores que dificultaram a associação é a ocorrência de subnotificações, uma vez que, além de ser um tema negligenciado, é também ilegal no país, quando induzido sem qualquer jurisprudência. Outros autores associam a mortalidade materna em decorrência do aborto a outros fatores, tais como idade, religião, estado civil, situação financeira e realização do aborto em condições inseguras. Concluímos que a mortalidade materna por aborto está relacionada com o processo histórico do país, que contribui tanto para a estigmatização, quanto para a negligência de determinados temas relacionados à saúde pública. Torna-se necessário, portanto, um debate aberto sobre o tema, bem como ampliação da abrangência do Sistema Único de Saúde, de modo a promover efetivamente a vida e a saúde da mulher. 74 POR QUE NÃO POSSO COMER DOCES? LUÍSA LENS SANTOS; BEATRIZ S. GOMES & ELIANE DANTAS ROCHA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A partir da relevância do tema e da necessidade da orientação continuada de um grupo de pacientes específicos, elaboramos uma cartilha para orientação de crianças com diabetes mellitus tipo um (DM1), de 5 a 6 anos de idade. A cartilha, cujo título é POR QUE NÃO POSSO COMER DOCES? Foi criada com o objetivo de explicar de forma clara e simples (sem o uso da palavra doença) o que ocorre com o organismo da criança com DM1, as formas de tratamento, a importância da alimentação para seu controle e mostrar a importância da contribuição da própria criança para sua saúde e bem estar. Com linguagem lúdica e interativa, a cartilha foi construída com objetivo de orientação da criança, esclarecendo sem estigmatizar. Apresentada na forma de um "gibi", a cartilha aborda o tema através de diálogos simples (passível de ser compreendido pela criança) entre a criança, seu médico, sua mãe e a nutricionista. Os desenhos pensados e criados para ilustrar os diálogos foram contornados em preto, sem preenchimento de cor, para estimular a brincadeira da pintura. A ideia inicial é que a criança receba a cartilha acompanhada de um conjunto de lápis de cor, como um brinquedo. Segundo Vigotski, a ludicidade é uma linguagem de aprendizado e princípio obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso indispensável à prática educativa. Essa cartilha foi elaborada como parte de um trabalho de conclusão de curso de uma aluna de Nutrição. O projeto também serviu de cenário para integração com outro curso da área da saúde, já que os desenhos para ilustrar os diálogos foram criados por uma graduanda do curso de Medicina. Além disso, a elaboração desse trabalho ainda contou com o apoio de um profissional da área de comunicação visual que realizou o projeto gráfico e a impressão da versão final da cartilha, sem perder de vista os traços originais dos desenhos construídos a mão. O resultado final foi um "brinquedo" agradável aos olhos infantis e com nítido objetivo educativo. A busca de materiais de educação em saúde, relacionados à DM1, nos mostrou carência da mesma com linguagem direcionada a criança. A maioria deles orienta aos pais, o que também é necessário. Entretanto a infância é um período de intensas modificações e formação de hábitos alimentares. Por que não aproveitarmos essa fase? Fazer a criança compreender o que seu organismo apresenta, e isso por meio de brincadeira, pode ser essencial para que ela contribua naturalmente para cuidar de sua saúde. Acreditamos que o produto final resultante desse trabalho possa servir de material para orientação (educação em saúde) de crianças e até dos pais, que muitas vezes não sabem como abordar o tema com seus filhos. Um convite à orientação por meio de uma atividade lúdica, e ao mesmo tempo informativa, capaz de contribuir para melhorar o controle da DM1 e assim garantir um desenvolvimento saudável e qualidade de vida futura. BRASIL, Ministério da Saúde. Diabetes mellitus. Normas e manuais técnicos. Caderno de Atenção Básica. Brasília 2013; DE OLIVEIRA, K. M.. Vigotski: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio histórico. 2000. 75 CONHECIMENTO BÁSICO NO CENÁRIO CLÍNICO: RACIOCÍNIO CLÍNICO APLICADO AO COTIDIANO DO ESTUDANTE DE MEDICINA. LETICIA MILONI; LETICIA MACACCHERO MOREIRAO; BRUNO AUGUSTO GUERRA MACIEL; HENRIQUE BOSIO ZEMEL; VANILA FABER PALMEIRA & PAULO KLINGELHOEFER DE SÁ FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS Contribuir para a mudança no perfil dos estudantes do primeiro ano do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis quanto ao raciocínio integrado entre ciclo básico e clínico, quando submetidos a uma dinâmica de ensino integrada e multidisciplinar. ATIVIDADE REALIZADA: No primeiro semestre de 2015, monitores participantes do projeto (Letícia Miloni - Anatomia; Letícia Macacchero - Histologia; Bruno Guerra - Fisiologia; Henrique Bosio - Anatomia Patológica) promoveram a integração dos conteúdos das diferentes disciplinas da grade curricular, através de didáticas envolvendo teoria/prática de forma ativa com contextualização dos temas, gincanas simultâneas em laboratórios, além de problematização com situações reais colocadas em discussão. RESULTADOS: Ao final de cada dinâmica foram preenchidos questionários que buscaram avaliar o processo didático, onde a metodologia foi avaliada como ótima por 95,3% dos estudantes participantes. Porém, algumas dificuldades foram encontradas, como: adesão, duração dos encontros e adequação da metodologia. O resultado encontrado em uma avaliação cognitiva aplicada ao fim do conjunto de conteúdos possuiu média de 8,87 para os frequentadores de 100% dos encontros, contra 3,48 dos que não compareceram a nenhum. AVALIAÇÃO: Percebeu-se mudança significativa no perfil dos alunos durante a dinâmica quanto à habilidade de correlacionar doença, paciente e ambiente, integrando os conteúdos do ciclo básico e clínico. Apesar disso, a todo tempo faz-se necessário auto avaliações e adaptações pelos participantes, já que é um processo em desenvolvimento que busca mudar o perfil de ensino-aprendizagem. Ser médico envolve diversas competências, como conteúdo programático, habilidades e atitudes. A presente atividade trabalha de maneira diferente das aulas tradicionais, pois integra conteúdos teóricos/práticos, de forma dinâmica e inovadora. Todo o processo acontece sob supervisão dos orientadores, envolvendo os monitores que organizam e orquestram a dinâmica com os alunos do primeiro ano, para os quais a atividade é direcionada. Essa atividade contribui para a formação de novas competências, uma vez que desenvolve nos alunos habilidade para compreender os determinantes do processo saúde/doença, através da integração dos conteúdos programáticos de maneira diferente da abordada nas aulas curriculares. O impacto dessa dinâmica poderá ser melhor observado no ciclo clínico e vida profissional, já que esses estudantes conseguirão compreender os pacientes de forma multifatorial, incluindo diagnóstico e tratamento. BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas. Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, 2011. 76 GRUPO MENTE SÃ CORPO SÃO - REDUÇÃO DE DANO NO USO ABUSIVO DOS BENZODIAZEPÍNICOS. RÉGIS RODRIGUES VIEIRA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O uso indiscriminado dos medicamentos ditos controlados,tais como ansiolíticos e antidepressivos relatados pelos pacientes da Unidade de Atenção Básica Posto Machado Fagundes FMP/FASE nos levou a criar o Grupo Mente Sã -Corpo São que acontece todas as quintas feiras das 13:30 às 14:30 com a participação de pacientes pré selecionados.. Funcionamento: Nos primeiros trinta minutos há discussão, em roda, acerca dos temas que mais os afligem como o que é depressão? O que é tristeza? Estamos medicando condutas humanas? Você toma algum medicamento não prescrito pelo médico para dormir? Após a discussão usamos os trinta minutos finais para uma técnica de relaxamento com aplicação da hipnose clínica. O objetivo do uso das técnicas de relaxamento é empoderar o paciente sobre ser possível replicar a técnica em sua casa e reduzir o número dos ansiolíticos previamente detectados como sem indicação. Para isso entregamos um CD ou pendrive com a técnica gravada em áudio para facilitar sua reprodução. O mais interessante é que neste horário participam junto das atividades os alunos do primeiro ano de medicina que frequentam a unidade e interagem ativamente com o grupo. Levá-los à reflexão das boas práticas não medicamentosas e o confronto com a realidade da Saúde Mental na Atenção Básica que sabidamente é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo leva o graduando já no início da sua formação a uma compreensão dessa nova realidade. O carácter inovador é a interação dos pacientes e estudantes do início da graduação debatendo temas pertinentes à Saúde Mental e obviamente à Saúde como um todo, pois as implicações são múltiplas no processo saúde - doença. O uso das técnicas de relaxamento ( hipnose clínica) na atenção básica também torna a iniciativa pioneira, pois tentamos reduzir danos no uso dos ansiolíticos ao estimular que o pacientes façam uso das técnicas de relaxamento em vez do medicamento. O espírito crítico no corpo discente principalmente alunos do primeiro ano que nos acompanham é imediato. É incomum o médico usar de técnicas alternativas como a hipnose, pois nossa ideia pré concebida do profissional é aquele que medica. Ao aluno deparar que o médico é muito mais do que aquele que somente prescreve, que ele pode e deve intervir no processo em sua prevenção e/ou redução de dano, os levam a mudança de paradigmas em relação à profissão. FERREIRA, M. V. C. Hipnose na Prática Clínica. São Paulo, Atheneu,2003; FERNANDES, A.L.M.; ALMEIDA, E.C.; RAIMUNDO, E.F. & SAITO, R.X.S. Integralidade na saúde mental: estratégias e mecanismos de integração dos diferentes níveis de atenção. In: SAITO. 77 “O GRANDE ACIDENTE”: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATIVIDADE SIMULADA. BRUNO ANDRADE SILVA; RAYANE ROZALINE DO NASCIMENTO; CLAUDIA MARTINS DE VASCONCELLOS MIDÃO & PATRÍCIA LEFÈVRE SCHMITZ FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O ensino superior nas profissões da área da saúde vem sofrendo inúmeras modificações conceituais e metodológicas visando o seu aperfeiçoamento. Uma destas modificações consiste na utilização de situações simuladas no processo ensino-aprendizagem. "O Grande Acidente” tem por finalidade mostrar aos ingressantes do curso de medicina e enfermagem a importância de um aprendizado de qualidade na assistência às vítimas de trauma; evidenciar a importância da prevenção de acidentes; e conscientizar os ingressantes da graduação sobre as responsabilidade que terão como futuros profissionais, além de participação em seu processo de formação para que exista uma aprendizagem significativa. O evento trata-se de uma simulação de um acidente automobilístico envolvendo veículos, além de vários pedestres, em que membros estudantes de medicina e enfermagem são as “vítimas”, devidamente maquiadas e, os socorristas, ingressantes dos cursos de medicina e enfermagem que o ocorrido. Vinte vítimas e uma ambulância estão envolvidas no acidente, além de estarem disponíveis todo o material para o atendimento pré-hospitalar. O evento, por se tratar de uma simulação realística, despertou a curiosidade se muitas pessoas que estavam no campus da instituição. Além disso, a adesão por parte dos ingressantes foi satisfatória, visto que todas as “vítimas” foram prontamente atendidas no início da simulação, havendo cinco ou seis socorristas para cada acidentado. O evento permitiu que estudantes de medicina e de enfermagem interagissem entre si, estimulando o trabalho em equipe com o mesmo objetivo, da melhor maneira possível, mesmo que não dominem a ciência de forma completa. A simulação em questão é um instrumento valioso para despertar o interesse dos estudantes, visto que as Diretrizes Curriculares dos cursos de Medicina e Enfermagem reforçam que na Educação em Saúde, o graduando deverá corresponsabilizar-se pela própria formação inicial, autonomia intelectual e responsabilidade social. Desconhecemos qualquer atividade simulada realística em que ingressantes dos cursos de medicina e de enfermagem são acionados para realizarem um socorro em um acidente com múltiplas vítimas, sem serem comunicados previamente, conferindo um efeito surpresa à atividade, além de não deterem conhecimentos acadêmicos para agirem em uma situação como a exposta. O que se vê são simulações de atendimento a múltiplas vítimas cujo objetivo é treinar e avaliar agências especializadas em socorro. As Diretrizes Curriculares de Medicina e Enfermagem reforçam que o graduando deverá corresponsabilizarse pela própria formação, e aprendizado lhe conferir a competência de assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional em saúde, sendo ambos esses fatores despertados com a vivência da atividade simulada em questão. A atividade promove, em seus organizadores, uma experiência de gerenciamento, visto na necessidade de dominar conceitos para aplicá-los. Aprendizagem ativa na educação em saúde: percurso histórico e aplicações/Diretrizes Curriculares do Curso de Medicina/Diretrizes Curriculares do Curso de Enfermagem/.... 78 GRUPO DE VIDA SAUDÁVEL NA PRÁTICA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ALINE APARECIDA GALDINO; TAYLINI PEREIRA RABELLO; LIDIANE MEDELLA ARAÚJO; ELIANE DA CUNHA QUINAN & ALINE FURTADO DA ROSA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS A Estratégia Saúde da Família (ESF) deve ser trabalhada de forma multiprofissional, a exigência é de atuação ampla dos profissionais, que devem trabalhar em equipes multiprofissionais, mediante ações integradas e de forma interdisciplinar. O estudo tem como objetivo relatar a experiência de residentes multiprofissionais da Atenção Básica com um grupo de usuários de uma ESF localizada na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. Os dados deste estudo foram baseados em um diário de campo a partir de uma metodologia descritiva, contou com a participação de aproximadamente vinte integrantes sem distinção de sexo e idade foi utilizada a estratégia de Roda de Conversa. Tendo como objetivo discutir temáticas relacionadas a práticas de qualidade de vida com temas diversificados. No primeiro mês constatamos a redução do índice de massa corpórea, dos níveis pressóricos e mudanças de hábitos de vida. No segundo mês alguns usuários se organizaram para a realização de caminhadas periódicas, estimulando a socialização dos participantes. Os residentes organizaram um passeio, para o Rio de Janeiro promovendo a saúde por meio do lazer e a cultura. Concluímos que a realização do grupo contribuiu para mudanças de hábitos de vida, com impacto perceptivo na saúde dos participantes. A presença dos residentes multiprofissionais e a integração no grupo de educação em saúde possibilitaram uma ampla abordagem das temáticas solicitadas. O estudo destaca a importância da atuação multiprofissional em saúde nos processos educativos atuando nas ações de promoção, prevenção e reabilitação em conjunto com outros profissionais, implicando no fortalecimento do vínculo da ESF com a comunidade. 79 PLANO DE COMBATE AOS CASOS DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA POPULAÇÃO ENTRE 15 E 29 ANOS NA CIDADE DE TAPARUBA MG. DANIEL DE SOUSA RODRIGUES; JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; RAUL GUILHERME AZEVEDO MACEDO & ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS O programa proposto visa a intervenção em pontos chaves, considerados pela equipe como causais para a situação enfrentada e abordagem à população de risco. Além disso, conta com um esquema para enfrentamento da situação já instalada e casos de franca dependência. São ações de longo prazo que requerem dedicação e extensos recursos, mas corrigem a base da questão, quebrando a perpetuação do problema. A criação de grupos de apoio aos usuários de drogas, assim como a garantia de um acompanhamento individual intenso a esses pacientes é uma das metas estabelecidas pelo programa. O atendimento deve contar sempre com profissionais de várias formações como, médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos e assistentes sociais, já disponíveis na equipe de PSF. Além de acompanhar os já doentes, os profissionais de saúde devem promover palestras explicativas e programas de prevenção junto às escolas, igrejas e demais grupos sociais da cidade. Utilizar a informação na prevenção de novos casos e na captação dos já existentes é um passo chave no combate a esse problema. A abordagem deste setor prevê como resultados a promoção da saúde individual e familiar, a melhoria dos índices de saúde, prevenção de novos casos e combate à reincidências. A dependência química entre jovens é um problema enraizado na cultura da cidade. Intervir nessa questão é de suma importância e urgência, pois as consequências do abuso de drogas compromete toda uma geração e o futuro do município. O trabalho torna-se inovador, pois aborda um tema nunca antes trabalhado no município, levantando os principais “nós críticos” da problemática apontando soluções factíveis a cada um deles. A origem do trabalho se deu através da percepção de um problema comum à comunidade. A partir daí elaboramos um plano de ação na tentativa de corrigir as graves falhas que atuam na gênese da problemática a ser trabalhada. Permitiu a melhor capacitação dos profissionais envolvidos e a difusão do conhecimento para população alvo. Trata-se de um projeto dinâmico e vivo que atua em metas futuras visando resultados duradouros a longo prazo. PECHANSKY, et al. Uso de álcool entre adolescentes: conceitos, características epidemiológicas e fatores etiopatogênicos. Revista Brasileira de Psiquiatria, vol.26 supl.1 São Paulo, Maio 2004.