1/4 dos brasileiros são portadores de talassemia alfa

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1/4 dos brasileiros são portadores de talassemia alfa
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NESTA EDIÇÃO
Confira a opinião dos nossos colunistas e as
novidades do mercado atual
É com muita honra que recebemos a colaboração de renomados profissionais, como a Dra Beatriz e o Dr. Jerolino, somando sua valiosa contribuição à nossa Seção Colunistas.
Jerolino Lopes Aquino
Presidente da SBAC; Membro da Comissão do
Conselho Federal de Farmácia (CFF);
Diretor-presidente do Laboratório Carlos Chagas - Cuiabá/MT; Presidente do LCA (Laboratório de Análises Clínicas)-SP
“O futuro das análises clínicas no Brasil”, pág. 8
Dra Beatriz Mª Nogaroli
Biomédica, diretora e consultora da BMN Consultoria, em Campinas/SP.
“Reflexão: o papel do líder na organização que
aprende”, pág. 16
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto-SP
“1/4 dos brasileiros são portadores de
Talassemia Alfa”, pág. 22
Evento
Diretor Presidente da
FEHOSP e da CMB no 2º
Encontro do Terceiro Setor
de Ribeirão Preto e Região
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
“Municípios do Brasil” , pág. 26
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato dos
Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de
São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do SINDRibeirão.
“O Brasil real”, pág. 26
Ligia Maria Mussolino Camargo
Sócia da empresa Décio Camargo Ltda, professora de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da Academia
Santarritense de Letras.
“Uma vida de Amor e Labor”, pág. 28
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“Que armas temos para combater a
crise?”, pág. 38
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16 3629-2119 | 99793-9304
3
O
2º Encontro do Terceiro Setor de
Ribeirão Preto e Região, evento
gratuito que aconteceu no dia 09
de junho, no Hotel JP, contou com a presença
de Edson Rogatti, diretor presidente de duas
importantes organizações sem fins lucrativos:
a Federação das Santas Casas e Hospitais
Beneficentes do Estado de São Paulo (FEHOSP) e
a Confederação das Santas Casas de Misericórdia,
Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB).
Com a missão de prestar serviços
hospitalares sem fins lucrativos, a FEHOSP é uma
instituição que representa mais de 308 entidades
beneficentes por todo território paulista, as
quais desenvolvem atividades na área de saúde.
Além disso, grande parte dessas entidades são
também os maiores hospitais privados do país.
A CMB é um órgão de união, integração e de
representação das Federações de Misericórdias
constituídas nos respectivos Estados, bem
como das Santas Casas, Entidades e Hospitais
Beneficentes. Atualmente, a CMB é composta
por 14 Federações Estaduais, possuindo mais de
2.100 hospitais associados.
O 2º Encontro do Terceiro Setor de Ribeirão
Preto e Região, discutiu assuntos de interesse
das organizações sem fins lucrativos no Estado
de São Paulo, visando também uma maior
aproximação com as instituições do interior de
São Paulo, para verificar suas necessidades e
discutiu quais são as dificuldades e interesses
imediatos, trazendo temas de relevância para a
sua atuação em prol do Terceiro Setor.
SBPC/ML
Governo quer regular preços de laboratórios
Justificativa para proposta é evitar aumento excessivo das mensalidade dos planos de saúde
A
SBPC/ML e outras instituições do setor de saúde foram surpreendidas
com a notícia sobre a intenção do Governo federal de regular serviços
laboratoriais e hospitalares como justificativa para evitar reajustes elevados
dos planos de saúde. Reportagem publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”, em 23 de
março, faz referência a um estudo da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon),
do Ministério da Justiça, que atende, em parte, queixa da Federação Nacional de
Saúde Suplementar (FenaSaúde) — entidade que reúne as maiores operadoras do país
— segundo a qual existe uma “espiral inflacionária” nos preços de serviços médicos
e hospitalares.
“O que ocorre é uma distorção de nosso papel no setor de saúde. Não somos o
maior custo, mas o de maior responsabilidade em auxiliar o diagnóstico. O governo
deveria buscar o equilíbrio e promover o diálogo entre as partes envolvidas, e não
simplesmente atribuir toda a culpa a uma categoria da saúde”, afirma a presidente da
SBPC/ML, Paula Távora.
Ela enfatiza que os exames laboratoriais não são
reajustados há mais de oito anos na saúde suplementar e
há mais de 20 no Sistema Único de Saúde (SUS), sem que
exista perspectiva de adequação dos valores.
Em nota oficial, a presidente da Associação Brasileira
de Medicina Diagnóstica (Abramed), Claudia Cohn, reforça
a afirmação de Paula Távora ao lembrar que os laboratórios
que conseguem reajustes “não repõem a inflação médica,
que é maior do que a inflação média de consumo”,
agravado pelo fato de parte dos insumos importados estar
baseado em dólar”.
O presidente da Sociedade Brasileira de Análises
Clínicas (SBAC), Jerolino Lopes Aquino, alerta que a falta de
reajuste aumenta as estatísticas dos pequenos laboratórios
que fecham as portas, ano após ano, pela falta de recursos.
“Isso comprova que os prestadores de serviços não são os
‘vilões’ dessa história, mas podem se tornar ‘muletas’ para
as operadoras se apoiarem.” Ele acrescenta que o setor
tem investido muito em certificações e qualificações e é
preciso estímulo para garantir a adesão e conscientização
dos usuários.
Luiz Fernando Ferrari Neto, vice-presidente do
Sindhosp e diretor da Fehoesp, destaca que o setor é
regulado por leis municipais, estaduais e federais e está
entre os que suportam a maior carga tributária do país.
“Portanto,
não
podemos
concordar
com
regulamentação de preços, principalmente porque não somos nós quem os
estabelece. É o mercado quem regula os preços, que estão defasados há anos.” Ele
aponta a Lei 13.003, regulamentada no final de 2014, como uma tentativa de garantir
aos prestadores de serviços a recomposição dos índices inflacionários sobre seus
preços, tomando como base o IPCA.
“Sabemos que somente o IPCA não corrigirá os custos diretos e desalinhados
dos prestadores, principalmente porque a inflação causada pelo aumento das tarifas
controladas, como combustível e energia, mais a desvalorização do real, impactam
fortemente uma cadeia produtiva dependente de insumos importados”, acrescenta
Ferrari.
O presidente do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR),
Antonio Carlos de Athayde, lembra que o seu setor é totalmente atrelado à inflação e
à variação do dólar.
“No período de 2003 a 2014, o IPCA acumulado foi de 99,03%, o IGP-M de 106,01%
e o INPC de 98,39%, enquanto o reajuste liberado pela ANS para as operadoras, nesse
mesmo período, foi de 162,33%, bem acima da inflação.”
Para ele, as operadoras mal começaram a reajustar os contratos com os
prestadores, como determina a Lei 13.003, e já começam a culpá-los pelo aumento
das despesas. A pergunta que nos cabe é: o que as operadoras fizeram com toda a
margem que tiraram dos prestadores todos esses anos?”
Incorporação de tecnologias
A
De acordo com a reportagem em “O Estado de S.Paulo”, a FenaSaúde alega que os
custos das operadoras “estariam aumentando de forma expressiva, acima da inflação e
abaixo dos reajustes das mensalidades”, e que um dos motivos seria a incorporação de
novas tecnologias na área médica, “que chegariam ao mercado sem avaliação de seu
custo e sua efetividade”.
Paula Távora rebate esse argumento e as tentativas de barrar a entrada de novas
tecnologias porque, devido à sua sofisticação, elas podem produzir diagnósticos mais
rápidos e mais precisos.
“A tecnologia auxilia a alcançar a medicina de precisão, que é para onde estamos
caminhando. Significa ter uma hipótese diagnóstica melhor elaborada, com uma
medicina diagnóstica preparada tecnologicamente para ser mais precisa nos resultados,
e obter um desfecho clínico mais positivo para o caso”, diz a presidente da SBPC/ML.
Segundo ela, sem inovação tecnológica corre-se o risco de se pagar por exames
obsoletos, que não auxiliam o diagnóstico. Ela cita o exemplo do que tem acontecido
com o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, da ANS.
Távora conta que foi submetida à Agência uma lista com 120
exames modernos, para substituir outros que estão obsoletos.
Porém, esses novos exames não foram incluídos no Rol.
“No Brasil, não se realiza nada que a Anvisa não tenha
autorizado. Se a tecnologia que está aí entrou no país é porque
o setor regulatório reconheceu que ela é importante. É preciso
acabar com essa distorção que tecnologia é caro”, afirma
Távora.
De acordo com Claudia Cohn, muitos recursos tecnológicos
já são usados em outros países e só chegam ao Brasil depois de
serem aplicados ao mercado externo.
A presidente da Abramed acrescenta que as definições de
cobertura são reguladas pelo Rol de Procedimentos e Eventos
em Saúde, da ANS, e determinam a entrada de novas tecnologias
com base em evidências de benefícios para a população,
definidas em conjunto pelas entidades representativas das
especialidades e sociedades científicas.
Diálogo - “Somos contra a regulamentação de preços
porque é algo temerário e desnecessário. Não é papel do
Governo interferir nesse aspecto. Ele deve, sim, incentivar
o diálogo entre os participantes do setor para se chegar a
um equilíbrio comercial e técnico, visando a segurança do
paciente”, diz Paula Távora.
Segundo ela, a SBPC/ML propõe ampliar o diálogo sobre
o uso racional do laboratório. “Com isso, com a valoração
adequada e com a remoção da obsolescência dos exames haverá um caminho que
beneficiará todos os participantes da área da Saúde, e, não, uma disputa entre quem
ganha mais ou ganha menos”, diz Paula Távora. “É preciso lembrar que o foco principal é
o paciente, mas o que vemos é uma tendência de excluí-lo das negociações.”
Exames não retirados - Na reportagem de “O Estado de S.Paulo” de 23 de
março, a representante da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) afirma que
cerca de 30% dos exames solicitados são “esquecidos nos laboratórios”.
A presidente da SBPC/ML, Paula Távora, contesta essa afirmação. Ela esclarece
que os avanços da tecnologia permitem que os pacientes tenham acesso ao laudo
pela Internet, e que se há excesso de solicitação de exames, isso não se resolve com
regulação, mas com capacitação de estudantes na graduação e de profissionais que
estão em atividade. Segundo a presidente da Abramed, Claudia Cohn, o percentual
de exames não retirados nos laboratórios que são associados à entidade é de 5%, e
não 30%. “Não temos conhecimento sobre a base e origem desta informação”, diz.
Ela acrescenta que, além das diversas ferramentas que permitem retirar o laudo pela
Internet e por aplicativos para dispositivos móveis, existe também o contato direto
entre o médico que prescreve o exame e o laboratório.
“Reportagem publicada na edição nº 68 da revista Notícias-Medicina Laboratorial,
da SBPC/ML. Reprodução autorizada”.
Posicionamento da ABRAMED À Questão:
Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED), entidade
constituída por mais de 20 empresas que prestam Apoio Diagnóstico em
Patologia Clínica, Anatomia Patológica, Radiologia e Diagnóstico por Imagem
e Genética; todas elas certificadas em qualidade nos órgãos nacionais e internacionais;
reconhecidas pela contribuição no diagnóstico ambulatorial e hospitalar na saúde
suplementar, e que representam em volume, mais de 50% dos exames realizados para
saúde suplementar; com associados das diversas regiões brasileiras, estados de Norte
a Sul do Brasil; afirma que, comparados aos demais gastos que ocorrem na assistência
à saúde, não considera o setor como o principal responsável pelos aumentos dos
planos de saúde. Diante deste quadro, vem esclarecer que:
Os valores e o sistema
1. Os valores prestados por laboratórios clínicos ao SUS estão congelados há mais
de 10 anos, sendo objeto, inclusive, de pauta de abordagem de senadores no ano
passado, visto a condição de vários prestadores que não conseguem sobreviver frente
à atual remuneração;
2. Na saúde suplementar, os laboratórios não têm reajustes há mais de 8 anos.
Aqueles que conseguem reajustes, não repõem sequer a inflação médica, que é maior
do que a inflação média de consumo, além de parte dos insumos importados estar
baseado em dólar;
3. O aumento da expectativa de vida é determinado pelo surgimento de novas
patologias, doenças crônicas (como por exemplo, oncológicas, reumatológicas, etc),
as quais determinam, por vezes, a necessidade de novos métodos para sua detecção,
mais rápidos, automatizado. Estas vantagens não são abordadas quando se trata dos
valores a procedimentos diagnósticos mais modernos, e que geram maior rapidez nos
resultados, desospitalização, etc;
4. O atual modelo tem sua sustentabilidade ameaçada, e uma mudança que tire
do risco a sistemática atual requer discussões muito mais profundas do que apontar
culpados. Há necessidade de entendimento dos melhores modelos e como gerar uma
mudança inteligente, sem prejudicar a assistência à população e a possibilidade de
detecção precoce, diagnóstico diferenciado e especializado que apoia e direciona
ao tratamento apropriado; a deteriorização deste processo não ajudará em nada à
sociedade e, pela especialidade técnica e contribuição que podem dar, os laboratórios
devem ser participantes ativos deste debate;
5. A participação dos gastos com exames nos custos da saúde já citados
(envelhecimento populacional, maior acesso, novas patologias, detecção precoce,
etc) não é a fatia mais impactante nas despesas com a saúde da população. Em
junho de 2014, foi determinada pela ANS uma nova normativa (13.003/2014), que
foi regulamentada em dezembro do mesmo ano, para adequação dos contratos entre
contratantes e contratados. Mesmo frente a este cenário, o próprio setor de diagnóstico
tem sido promotor ativo, nos últimos anos, de discussões contribuitivas que possibilitam
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relações de equilíbrio visando a sustentabilidade do segmento de saúde e do paciente.
Com relação ao trecho da reportagem que se refere à pressão para Incorporação de
novas tecnologias, observamos que:
6. As tecnologias vêm sendo comprovadamente benéficas no aumento da
eficiência na detecção de patologias precocemente, assim como o diagnóstico tem sido
fator relevante para o aumento da sobrevida de pacientes através de possibilidades
terapêuticas específicas.
7. As tecnologias permitem, através de protocolos de diagnóstico, o balizamento na
tomada de decisões e possibilitam uso mais adequado da terapêutica. Como exemplo,
em pacientes oncológicos, é possível indicar a quimioterapia mais apropriada para
determinado tipo de tumor, após detectar os marcadores genéticos específicos para
aquela patologia, o que consiste, por si só, e em muitas vezes, em economia para a
gestão e benefícios ao paciente;
8. As tecnologias incorporadas em laboratórios passam sempre pela análise e
determinação da ANVISA, a qual estabelece autorização e registro. Muitas vezes, elas já
estão em uso em outros países com indicadores de saúde de referência, e só chegam ao
Brasil depois de aplicadas em mercados externos;
9. Além disto, as definições de cobertura são reguladas pelo ROL de procedimentos e
determinam a entrada baseada nas evidências de benefícios para a população (medicina
baseada em evidências), definidas em conjunto pelas entidades representativas das
especialidades e sociedades científicas.
A respeito do Percentual de 30% de exames clínicos não retirados mencionados na
reportagem, informamos que:
10. Para os laboratórios da ABRAMED, e, de acordo com os sistemas atualmente
disponíveis, a média de exames não retirados é em torno de 5%. Hoje há disponibilidade
de diversos dispositivos para retirada de exames, não só pessoalmente, como também
por internet, por sistemas de comunicação com o médico prescritor, inclusive de formas
diferentes em ambulatório e em hospitais; uso de aplicativos mobile também são
utilizados;
11. Além dos diferentes dispositivos há contato de médicos diretamente com
médicos e assessoria para transmissão de resultados;
12. As tecnologias se diferenciam e a origem deste dado é realizada pela conjunção
de todos os dispositivos de cada laboratório
13. Não temos conhecimento sobre a base e origem desta informação.
Por fim, queremos salientar que, para a ABRAMED, o principal interessado nesse
debate é o paciente. Também temos certeza que essa será uma preocupação dos órgãos
de defesa do consumidor.
Claudia Cohnbr
Presidente ( Biênio 2014 – 2016)
Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica
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Opinião
O futuro das análises clínicas no Brasil
P
redizer o futuro é algo arriscado, ainda mais
levando em conta o cenário político e econômico
do Brasil, um país emergente, vivendo uma grave
crise política e recessão econômica. Podemos dizer que
o futuro das aná¬lises clínicas está no desenvolvimento
das novas tecnologias e automações e no crescimento da
medicina preventiva e da genética. Aliás, esta última é uma
das grandes predições para o futuro próximo, junto ao
slogan “paciente certo, droga certa, hora certa”, ou seja,
tratar o indivíduo de forma personalizada conhecendo sua
estrutura única, desenvolvendo e oferecendo, o quanto
antes, tratamentos específicos.
Estamos na era do foco no ser humano. Pensar na
segurança e bem-estar do paciente, oferecendo a melhor
assistência possível, levando o diagnóstico onde o paciente
está, fazendo análises genéticas que permitam detectar
pré-disposição a determinadas doenças antes mesmo que
elas surjam e desen¬volvendo tratamentos altamente
personalizados.
Mas é preciso estar atento aos novos acontecimentos,
pois há sempre dois lados numa moeda. O Point Of Care,
por exemplo, importante para levar exames diagnósticos às
áreas onde a assistência à saúde ainda não chegou, deve ser
pensado com cuidado, pois não deve substituir os exames
tradicionais, já que ainda não oferecem a mesma sensibilidade
e nem sempre são analisados por especialistas na área de
diagnóstico.
Apesar de certo entusiasmo no mercado internacional
quanto ao crescimento de investimento financeiro na área
devido aos avanços tecnológicos e científicos, a realidade
brasileira pede atenção. No Brasil, os laboratórios sofrem
com a falta de reajustes nos valores praticados há 19 anos
no SUS e há 8 anos no serviço de saúde suplementar.
Soma-se a isto a pressão sobre os labora¬tórios para
que aumentem a precisão na resposta e diminuam o
tempo para entrega, o que gera aumento do custo. As
regulamentações governamentais, como a Lei 13.003, que
dispõe sobre contratos entre Prestadores de Serviços de
Jerolino Lopes Aquino,
Presidente da SBAC; Membro
da Comissão do Conselho Federal
de Farmácia (CFF);
Diretor-presidente do Laboratório Carlos Chagas - Cuiabá/MT;
Presidente do LCA (Laboratório de
Análises Clínicas)-SP
Análises Clínicas
Sustentabilidade e
recuperação econômica
dos Laboratórios Clínicos.
É possível?
O
[email protected]
Saúde e Planos de Saúde, e a RDC 20, que regulamenta
o transporte de materiais biológicos, apesar do objetivo
nobre de proteger a população, não condizem com a
realidade nacional e acabam, todas as questões em
conjunto, inviabilizando o funcionamento dos pequenos e
médios laboratórios.
É claro que buscamos aperfeiçoar os serviços
prestados à população e que nosso objetivo maior é
sempre a saúde e segurança do ser humano. Mas para
atingirmos estes objetivos precisamos do apoio do
governo, tornando o laboratório de análises clínicas
viável. É necessário levar em conta não só os índices
médios de reajuste como IPCA, mas também a inflação
médica que considera o fator de qualidade, os insumos
importados que têm flutuação importante devido à
negociação em dólares, avaliar as novas necessidades
do setor com os avanços tecnológicos e científicos,
além do envelhecimento populacional, uma realidade
mundial. Por isso, essa é a hora de unirmos forças,
reunindo profissionais de Análises Clínicas e fazendo
parte das associações para entendermos as dificuldades
individuais, as realidades regionais e encontrarmos
soluções para, então, discutirmos com os órgãos
governamentais a situação e, assim, podermos, cada vez
mais, prestar o melhor serviço à população.
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Fórum “Sustentabilidade e recuperação econômica
dos Laboratórios Clínicos. É possível?” será uma
iniciativa do Congresso anual realizado pela
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas. Os organizadores
do evento acreditam que é possível avançar em busca de
uma solução que possa trazer um equilíbrio na desigualdade
operante por mais de 20 anos.
O número de inscritos no Congresso já passa de 1.350
e, dentre esses, mais de 400 proprietários com confirmação
efetiva no fórum, que será realizado no dia 23 de junho às
14h no RioCentro, Rio de Janeiro, durante a 42a. edição do
congresso.
A intenção principal do fórum é ouvir os colegas que
exercem e administram a atividade laboratorial, para que a
SBAC, o Programa Nacional de Controle de Qualidade – PNCQ,
Sindicatos e Conselhos profissionais tomem conhecimento
das necessidades da categoria e ouçam suas sugestões para
continuar na luta pelo reajuste das taxas e remuneração
condigna da atividade.
Além das entidades mencionadas, serão convidados o
Ministério da Saúde/SUS, Agência Nacional de Saúde (ANS),
Confederação Nacional de Saúde (CNS) e Conselho Federal de
Farmácia (CFF).
Na pauta estarão os seguintes assuntos:
- Contratualização (reajustes do SUS e saúde suplementar)
- Possibilidades futuras da atividade – sobrevivência
- Ideias e soluções para a crise atual
Para participar dos debates estão confirmadas as presenças
do Dr. Ronald Ferreira dos Santos, Presidente da Federação
Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), falando sobre a filosofia
do SUS e o Dr. Áquilas Mendes, autoridade nacional no SUS,
buscando solucionar as questões dos laboratórios.
Dentro da filosofia da SBAC de que “juntos podemos
mudar”, o Fórum será uma excelente oportunidade para se
criar soluções, propostas, decisões e, o mais importante, a
esperança.
O 42º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas acontece
entre os dias 21 e 24 de junho no RioCentro, Rio de Janeiro.
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Análises Clínicas
Um aplicativo para diagnóstico online de saúde
A
Triagem Neonatal
representa
hoje
um dos principais
avanços
em
Medicina
Preventiva e é reconhecida
pelo US Center for Disease
Control and Prevention (EUA)
como um dos programas
de saúde pública de maior
sucesso do século XXI.
Entre seus benefícios, está
a detecção de doenças
graves e tratáveis antes do
aparecimento dos sintomas,
prevenindo
problemas
como retardo mental e até o
óbito. Além disso, permite a
identificação dos portadores
de
algumas
condições
clínicas, como o traço
falciforme, possibilitando o
aconselhamento genético e a
reprodução consciente.
“É importante que o pediatra esteja atento às manifestações
clínicas das doenças e sempre proceda a investigação de uma
hipótese diagnóstica, mesmo que o Teste de Triagem Neonatal
tenha sido normal”, explica a Dra. Léa Maria Zanini Maciel,
especialista da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia,
O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) foi
implantado em diferentes fases de acordo com as doenças
rastreadas e hoje detecta: hipotireoidismo congênito,
fenilcetonúria, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias,
fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de
biotinidase. Desde junho de 2014, todos os Estados do Brasil
estão habilitados para o Programa.
No Brasil, a taxa de cobertura é bastante variável, com
estados como Paraná, Rondônia, Espírito Santo, Minas
Gerais com coberturas de 107,4%, 93,8%, 92,4%, 90,6%,
Inédito
Guia sobre exames
toxicológicos é lançado
no Brasil
D
respectivamente; estados com coberturas muito baixas, como
Amapá de apenas 46,3% de seus nascidos vivos e os demais
com coberturas intermediárias variando de 60 a 80%).
“Um fato relevante para aprimorar o Programa será
elevar sua cobertura para 100% dos RNs no país, através da
conscientização da população e dos profissionais de saúde
sobre a importância do exame, assim como a época ideal de
realização do mesmo, entre 3º ao 5º dia de vida do recémnascido”, complementa a médica.
Ela ainda explica que a triagem neonatal é um
programa complexo, pois não se restringe à realização
dos testes para diferentes doenças, mas também na
busca ativa das crianças com resultados positivos, a
confirmação diagnóstica da doença, o início do tratamento
no menor tempo possível e o seguimento por uma equipe
multiprofissional.
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urante evento em São Paulo, que reuniu
os principais especialistas em exames de
drogas em cabelos do mundo, a Sociedade
Brasileira de Toxicologia - SBTox fez o lançamento
oficial do documento: “Diretrizes sobre o Exame de
Drogas em Cabelos e Pelos: Coleta e Análise”. Tratase de um guia para teste de substâncias psicoativas
em cabelos e pelos, incluindo recomendações para
laboratórios.
O 20th Meeting of The Society of Hair Testing
(SoHT) é organizado pela Chromatox (www.
chromatox.com.br), laboratório especializado em
testes toxicológicos, e reúne mais de 30 trabalhos
científicos apresentados por experts da Alemanha,
Bélgica, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Itália,
Luxemburgo, Portugal, Suíça e Reino Unido.
De acordo com Lolita Tsanaclis, diretora da
Chromatox e especialista na área há mais de 20 anos,
o lançamento das diretrizes de análises psicoativas no
Brasil será vital para a melhoria neste segmento no
país. No dia 6 de maio, quarta-feira, ela apresentará
uma palestra sobre análise de cabelo no ambiente de
trabalho e abordará a Resolução 460, do Contran, sob
o ponto de vista científico.
A Resolução que entraria em vigor em junho,
acaba de passar por uma mudança. O DEPARTAMENTO
NACIONAL DE TRÂNSITO, sob a PORTARIA N 50,
DE 29 DE ABRIL DE 2015, suspendeu as Portarias
de Credenciamento das entidades prestadoras de
serviços laboratoriais até que a Resolução CONTRAN
nº 425/2012 e alterações estejam compatíveis com o
que determina a Lei nº 13.103/2015. Isso quer dizer
que os laboratórios credenciados não poderão mais
fazer os exames.
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CRESS-SP
S
Brasil registra mais de quatro mil denúncias de violência
sexual contra crianças e adolescentes em 2015
egundo dados da Secretaria Nacional de Direitos
Humanos, do governo federal, foram registradas
4.480 denúncias de violência sexual contra crianças
e adolescentes no primeiro trimestre de 2015. O número
representa 21% do total de 20 mil demandas recebidas nesses
três meses pelo Disque 100, serviço de denúncias anônimas.
Para o assistente social e diretor do Conselho Regional de
Serviço Social de São Paulo (CRESS-SP), Júlio Cezar de Andrade,
esse número pode ser muito maior, já que nem todos os casos
são efetivamente denunciados. O motivo é que muitas vezes o
autor da violência faz parte da família da vítima.
“As relações familiares também são permeadas pela
naturalização da violência, dificultando que ocorra uma
denúncia nos primeiros episódios de abuso. Muitas vezes existe
a esperança de que seja um caso isolado, que não vá se repetir.
ANS
A
Existem diversos componentes que atuam no fenômeno da
violência e, consequentemente, na questão do silenciamento”,
explica Andrade.
Por causa disso, ressalta o diretor do CRESS, é de extrema
importância a criação de uma cultura de proteção que envolva
vários atores da sociedade: “É preciso que todos sejam
sensibilizados sobre sua obrigação em proteger as crianças e
adolescentes, utilizando as ferramentas de denúncia disponíveis,
como o Disque 100, e não naturalizando a violência cotidiana”.
Perfil da violência
O relatório mostra que 45% das vítimas de violência
eram meninas e 20% tinham entre 4 e 7 anos. Além disso, os
indicativos apontam que em mais de metade dos casos (58%),
o pai ou a mãe são os principais suspeitos das agressões, que
acontecem principalmente na casa da vítima.
Rede de proteção
Constituído pela Lei 8.069/90, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) completa 25 anos de existência em junho.
Ainda assim, o assistente social explica que ele não é seguido
como deveria.
“As normas são um passo, mas precisamos de mais centros
especializados em crianças e adolescentes e mais Varas da
Infância e da Juventude para o atendimento dessa parcela
da população. É importante criar uma rede entre Governo e
sociedade, principalmente hoje, quando as contradições entre
capital e trabalho colocam crianças e adolescentes em situação
de violência física, doméstica e sexual, trabalho infantil e
exploração sexual”, finaliza o diretor do CRESS-SP.
Suspensa a comercialização de 87 planos de 22 operadoras
Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) suspendeu, desde o último dia 20, a
comercialização de 87 planos de saúde de 22
operadoras por não cumprimento dos prazos máximos de
atendimento e por outras queixas de natureza assistencial,
como negativas indevidas de cobertura. Na mesma data,
34 planos de saúde que estavam com a comercialização até
então suspensa poderão voltar a ser comercializados, já que
houve comprovada melhoria no atendimento ao cidadão.
Neste 13º ciclo do Programa de Monitoramento da
Garantia de Atendimento, a medida protege aproximadamente
3,2 milhões de beneficiários que estão vinculados aos planos
com comercialização suspensa, tendo em vista que as
operadoras terão que resolver os problemas assistenciais para
que possam receber novos beneficiários. Há hoje no país 50,8
milhões de consumidores com planos de assistência médica e
21,4 milhões com planos exclusivamente odontológicos.
Desde o início do programa, 1.099 planos de 154 operadoras
já tiveram as vendas suspensas. Outros 924 planos voltaram ao
mercado após comprovar melhorias no atendimento.
No período de 19/12/2014 a 18/03/2015, a ANS recebeu
21.294 reclamações de beneficiários de planos de saúde. Todas
foram tratadas pela mediação de conflitos, sendo que 6.621 eram
relacionadas a temas não assistenciais (contratos e reajuste, por
exemplo) e 14.673 referentes a cobertura assistencial. Dessas últimas,
11.007 foram consideradas pelo programa de Monitoramento.
Foram excluídas as reclamações sobre planos de operadoras em
portabilidade de carências ou em liquidação extrajudicial, que já não
podem mais ser comercializados, uma vez que as empresas estão
em processo de saída ordenada do mercado. No universo avaliado,
85,17% das queixas foram resolvidas pela mediação feita pela ANS
via Notificação de Intermediação Preliminar (NIP).
A mediação de conflitos agiliza a solução de problemas
do beneficiário de planos de saúde. Com a notificação, as
operadoras são comunicadas diretamente pelo portal da ANS,
em espaço próprio, onde acompanham as demandas. O prazo
14
máximo para a adoção das medidas necessárias à solução da
reclamação é de até 5 dias úteis em casos assistenciais e de
até 10 dias úteis para não assistenciais. A contagem do prazo
começa no primeiro dia útil seguinte à data da notificação. É
importante esclarecer que os prazos da mediação de conflitos
não comprometem o tempo máximo de atendimento que
deve ser cumprido pela operadora.
Além de ter a comercialização suspensa, as operadoras
que negaram indevidamente cobertura podem receber
multa que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.
Panorama do 13º ciclo
22 operadoras com planos suspensos
87 planos com comercialização suspensa
3,2 milhões de consumidores protegidos
34 planos reativados
2 operadoras com reativação total de planos (4 produtos)
7 operadoras com reativação parcial de planos (30 produtos)
15
Opinião
E
Reflexão: o papel do líder na organização que aprende
stamos no século XXI, na chamada Era do Conhecimento, tempo em que o diferencial competitivo
das organizações está no seu capital intelectual.
Nesse contexto, o gestor tradicional do século passado,
não tem nada a contribuir.
Aquele gestor enérgico, que vive dando ordens, que
centraliza as decisões, controla tudo e todos, que tem
pouca ou nenhuma paciência e ainda se mantém distante
de sua equipe, não terá mais lugar nas organizações inovadoras. Tornou-se obsoleto.
O líder que detém o poder, que é temido pelas pessoas, que gera medo (e não respeito), tornou-se jurássico.
O chavão “manda quem pode, obedece quem tem juízo”,
nunca esteve tão fora de moda.
Entramos numa fase de aprendizado organizacional,
onde as instituições se preparam para aprender a aprender. Esse aprendizado está em todos os níveis hierárquicos, administrativos e operacionais. Portanto, os lideres
devem começar aprendendo o seu novo papel na organização para poder ser o exemplo para seus colaboradores.
É inerente ao ser humano a vontade de aprender, a
curiosidade, o interesse em conhecer coisas novas. A
organização que conhece, observa e valoriza essa faceta
dos seus colaboradores tem muito mais ganhos e sucesso. Cabe ao líder estimular a criatividade e propiciar as
condições para o crescimento individual e a busca de realização pessoal de seus liderados, que em sintonia com os
objetivos organizacionais, vai obter excelentes conquistas
à instituição.
Ninguém motiva ninguém. A motivação é uma força
individual que precisa ser despertada em cada um de nós.
Primeiramente, as pessoas precisam de uma visão de futuro para si mesmas. Elas precisam ser estimuladas a “enxergar” a imagem do que elas poderiam “ter” ou “ser”, na
sua perspectiva de felicidade. O que elas poderiam “ser”
gera uma tensão criativa que mobiliza as pessoas (motiva
para a ação), uma força de origem intrínseca que as faz
agir. Essa motivação quando compartilhada, é capaz de tirar delas o seu melhor em beneficio próprio e, na medida
em que se realizam, contribuem com a organização com
que colaboram.
As organizações para sobreviverem precisam ser capazes de perceber e se adaptar às mudanças de seu meio, e
ao mesmo tempo, valorizar a capacidade de aprender das
pessoas e buscar pelas causas sistêmicas dos problemas.
Isso permite que estejam melhor preparadas, antecipando-se às mudanças, criando e inovando constantemente.
Se diferenciais competitivos são alcançados pelas
pessoas, o alinhamento entre as competências individuais e a estratégia organizacional, constitui a raiz da
vantagem competitiva, diz Carlos Perches, nosso consultor de RH. Nesse conceito, o líder precisa desenvolver
novas habilidades e assume diferentes papéis perante
sua equipe:
- projetista: distribui a tarefa para cada colaborador,
mostra os objetivos de cada tarefa relacionando com as
necessidades e exigências do Cliente, organiza sua equipe
com propósitos e valores, define estratégias e a estrutura
que viabilize as ideias, providencia o crescimento individual de seus colaboradores.
- professor: atua como mentor da equipe, compartilha
o conhecimento, exercita o questionamento dos modelos
Dra Beatriz Mª Nogaroli
Biomédica, diretora e consultora da BMN
Consultoria, em Campinas/SP
[email protected]
atuais, estimula “um novo olhar” da realidade além das
condições superficiais e dos eventos, a ver novas possibilidades, novas soluções.
- regente: atua como o “líder servidor” de James
Hunter, colocando-se em segundo plano. Coloca-se a serviço de seus colaboradores, conhece sua equipe e seus
sonhos, remove barreiras e cria condições para que se
desenvolvam.
Certamente essa evolução demanda tempo, humildade
e compromisso dos lideres com o seu aprendizado; pois
essa transformação não acontecerá a curtíssimo prazo e,
por essa razão, deve ter inicio imediato. No entanto, essa
mudança de perfil não tem retorno, uma vez que já estamos vivendo o futuro. Esse progresso será cada vez mais
exigido e os que se lançarem no aprendizado e aprimoramento das novas habilidades, vivenciarão um sentimento
de realização, pois terão conquistado pessoas e desenvolvido equipes de sucesso.
Ribeirão Preto/SP
C
Coren-SP homenageia profissionais de Enfermagem na cidade
elebrando o mês da Enfermagem, o Conselho
Regional de Enfermagem de São Paulo
(COREN-SP) realizou, em 28 de maio, uma
deferência especial à dedicação da classe aos cidadãos
de Ribeirão Preto. Em solenidade marcada para as 08h,
na Subseção do COREN do município,foram homenageados
profissionais de Enfermagem que, ao longo de décadas,
contribuem para o bem estar e a saúde da população.
No evento, duas foram as palestras ministradas,
com foco principal no trabalho do enfermeiro, com os
16
temas “Valorização do Trabalho e da Educação em
Saúde” e “Atitude, ética e imagem profissional”. O
encerramento foi por parte da presidente do CORENSP, Dra. Fabíola de Campos Braga Mattozinho –
Presidente do COREN-SP
17
18
19
o mercado atual
USA Diagnóstica: experiência em Elisa
A USA Diagnóstica tem uma linha completa de kits com a metodologia ELISA para diagnóstico quantitativo e qualitativo.
O ELISA é uma metodologia de alta qualidade, sensibilidade e especificidade. O procedimento é de baixo custo e pode ser realizado com técnicas manuais ou automatizadas,
sendo de fácil utilização na rotina laboratorial.
Os reagentes são estáveis e podem ser
utilizados em aparelhos automáticos e semi
-automáticos.
Para maior confiabilidade nos resultados,
a USA Diagnóstica oferece o MULTI-LIGAND,
um soro controle específico para as metodologias de ELISA e quimioluminescência.
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• T4 Total
• T3 Livre
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• CEA
• AFP
• HCG Qualitativo
• LH
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Além destes, a USA Diagnóstica
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conta ainda com a Linha ELISA NEONA• N17-OHP
TAL.
• Cortisol
A linha ELISA NEONATAL permite um
• Estradiol
diagnóstico quantitativo, de alta sensibili• Estriol
dade e especificidade.
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Os reagentes são estáveis e utilizáveis
• Progesterona
em aparelhos semi-automáticos.
• Testosterona Total
• Testosterona Livre
• Progesterona (N-17OHP)
• Hormônio do crescimento
• Tiroxina (T4)
• Vitamina B12
• Tiroxina ligada a Globulina (N-TBG)
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Roche lança analisador de urina cobas® 6500
A Roche Diagnóstica lançou no mercado
brasileiro, em janeiro, o analisador de urina
cobas® 6500, um produto inovador que fornece solução automatizada em uma plataforma modular capaz de processar de 100 a
1.000 amostras de urina por dia.
Com ele, os laboratórios de médio e
grande portes conseguem aprimorar o
desempenho,elevando a produtividade e
eficiência dos testes e reduzindo a manipulação de material biológico. O cobas®
6500 é formado por dois analisadores: o
cobas® u 601, que realiza testes de tira de
urina 100% automatizados, e o cobas® u
701, que executa a microscopia digital de
sedimentos. Embora os dois funcionem de
forma integrada, também podem ser utilizados individualmente, dependendo das
necessidades do laboratório. “Fazia 10 anos
que não tínhamos um lançamento na área de
uroanálise. É uma solução praticamente nova.
Uma das vantagens é que as duas plataformas
trabalham de maneira automatizada. Outra é
a microscopia digital, padrão ouro para a análise de urina”, especifica o gerente de Produto
Hematologia da Roche, Jordi López.
Com todos esses benefícios, o cobas®
6500 resulta em otimização do fluxo de trabalho e na gestão eficiente de custos, uma
vez que, por meio da configuração de regras
pré-estabelecidas e usando a rack Hitachi.
O cobas® 6500 é operado por uma tela de
19 polegadas sensível ao toque e utiliza um
software de navegação intuitiva. Ao final
das análises, ele apresenta todos os resultados em uma única tela para validação rápida
e conveniente.
Para saber mais informações sobre o cobas
6500 entre em contato com [email protected] ou pelo site www.
roche.com.br
ficação dos ácidos nucléicos, controle interno
e padrão quantitativo.
Todos os produtos da linha BIO GENE
apresentam resultados confiáveis e reprodutíveis.
Os novos produtos são compatíveis
com diferentes equipamentos de PCR em
tempo real (Sondas FAM/VIC), e os seus
reagentes são liofilizados para assegurar
O Sistema de Gasometria epoc® é o primeiro e único Sistema de Análise de Sangue na Beira
do Leito sem fio – Wireless, que utiliza tecnologia
“Smartcard”. Esta tecnologia de última geração
fornece os resultados dos pacientes diretamente
para um dispositivo portátil e ao sistema de gerenciamento de dados do hospital/ laboratório, permitindo ao clínico estar ao lado do paciente.
Fácil de usar e sem necessidade de refrigeração
de consumíveis, o cartão de teste possui calibradores, controles e eletrodos, não precisando de manutenção preventiva ou troca de componentes.
A qualidade dos resultados dos testes a partir do
epoc® é igual ou melhor do que os resultados gerados
pelos analisadores de gasometria tradicional, uma vez
que o sangue que acabou de ser colhido é passado através de biosensores no cartão de teste e os resultados enviados para o epoc® em apenas 30 segundos. Os outros
sistemas, frequentemente, requerem mais tempo entre
a aquisição da amostra, a entrada no laboratório e análise de amostras. Isto pode resultar na degradação da
amostra e, possivelmente, comprometer os resultados.
Além disso, o epoc® possui código de barras
para identificar o paciente, o operador e as informações do cartão de teste, minimizando erros pré-analíticos, de entrada de dados e transcrição, permitindo o monitoramento automatizado de todas as
etapas do processo.
Com tudo isso, o sistema portátil epoc® garante melhor custo - efetividade para os provedores de
saúde e para o cuidado crítico do paciente, permitindo o acesso imediato aos resultados e acelerando
a decisão e intervenção terapêutica.
Perfeito para Terapia Respiratória, Cuidados
Críticos, Centro Cirúrgico e Emergência: O cartão de
teste epoc BGEM™ é um cartão para análise de gases sanguíneos, eletrólitos e metabólitios:
• Analitos medidos: pH, PCO2, pO2, Na+, K+,
Ca++, Glu, Lac, Hct.
• Analitos calculados: HCO3, TCO2, excesso de
base, sO2, Hb.
Alere S.A. 0800 11 32 62
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Lançamento Bioclin: Linha BIO GENE
A Quibasa/Bioclin lança a linha BIO GENE,
uma nova linha de produtos na área de Biologia Molecular.
A linha BIO GENE é composta de produtos para diagnóstico molecular quantitativo
de agentes infecciosos por PCR em tempo
real.
Os produtos da linha BIO GENE são completos, pois possuem reagentes para a ampli-
Alere traz
para o Brasil
a inovadora
Gasometria
portátil
a qualidade e maior estabilidade do produto.
Toda linha é padronizada, com mesma
técnica e programação, o que possibilita a
execução de diferentes testes na mesma corrida.
Cada produto permite a execução de 50
testes e como diferencial a sua temperatura
de transporte é entre 2 e 30°C.
BIO GENE CHLAMYDIA TR PCR
BIO GENE CMV PCR
BIO GENE HPV ALTO RISCO PCR (HPV 16)
BIO GENE MYCOBACTERIUM TB PCR
BIO GENE NEISSERIA GN PCR
BIO GENE UREAPLASMA UR PCR
Em breve novos produtos.
Para mais informações entre em contato.
20
21
Opinião
T
1/4 dos brasileiros são portadores de Talassemia Alfa
alassemias são alterações genéticas e hematológicas causadas por deficiências nas produções de globinas alfa ou
beta, principalmente, e que podem ser parciais ou totais.
Quando os eritroblastos sintetizam hemoglobinas, o processo ocorre por meio de sincronia compartilhada de produção de globinas
alfa e beta, juntamente com seus respectivos grupos heme. Sob o
ponto de vista genético, os genes alfa e beta envolvidos nas sínteses
de globinas alfa e beta, respectivamente, as fazem de formas equilibradas, que, enfim, resultam nas hemoglobinas normais A, A2 e
Fetal. Denomina-se por talassemia alfa quando os genes alfa falham
na produção de globinas alfa e, da mesma forma vale esta consideração para a talassemia beta e a produção da globina beta. Quando
a produção de globina alfa é menor que a de beta, obviamente haverá “sobra”de beta. As globinas beta que “sobram” se juntam em
tetrâmeros (beta4) e formam uma hemoglobina anormal, a Hb H.
Esta hemoglobina é instável, de tal forma que nas eletroforeses em
que o processo termodinâmico atinge 37oC ela se desnatura e desaparece nos minutos iniciais do procedimento, notadamente quando
sua concentração está abaixo de 5%. Esse fato prejudica a sua identificação e a confirmação laboratorial de talassemia alfa.
A talassemia alfa é mais comum que a talassemia beta, uma vez
que a globina alfa é sintetizada por quatro genes alfa (dois genes em
cada um dos dois cromossomos 16), enquanto que a globina beta é
regida por dois genes beta (um gene em cada um dos cromossomos
11). Assim, a suscetibilidade de mutações nos genes alfa é maior
em relação ao beta e provavelmente esta é a razão pela qual muito
mais pessoas padecem de talassemia alfa em todas as regiões do
mundo em relação à talassemia beta. Como o tema deste artigo é
talassemia alfa, será apresentado apenas essa patologia hematológica hereditária.
No Brasil, de forma geral, 20 a 30% da população tem a talassemia alfa mínima (Hb H com concentrações variáveis entre 0,5 a
5%)*, enquanto que 3 a 5% da população padecem de talassemia
alfa menor (Hb H com concentrações entre 5 a 10%)*, uma em cada
5 mil pessoas tem a doença de Hb H ou talassemia alfa intermediária (Hb H com concentrações entre 10 e 30%)* e, por fim, a talassemia alfa maior ou hidropsia fetal da Hb Bart’s (Hb Bart’s com concentrações entre 80 a 100%)** é extremamente rara. As talassemias
alfa mínima e menor são clinicamente assintomáticas e somente um
médico muito bem informado será capaz de supor que os relatos de
cansaço, dores nas pernas e desanimo se devem a uma provável talassemia alfa. Ao solicitar exames básicos como o hemograma para
um portador de talassemia alfa menor, a hemoglobina total e os índices hematimétricos estarão sempre nos níveis de normalidade.
Para o portador de talassemia alfa menor, por sua vez, a hemoglobina pode estar normal ou discretamente diminuída, mas o VCM e
HCM sempre se apresentam diminuídos. A morfologia eritrocitária,
em ambas as formas de talassemias alfa (mínima e menor) se mostrará com discretas anisocitose (micrócitos, inclusive) e poiquilocitose (esquisócitos, inclusive). Quando solicitada a eletroforese de
hemoglobina, a presença da Hb H com concentrações abaixo de 5%
é imperceptível em sistemas fechados (agarose, acetato de celulose
ou capilar), pois são desnaturadas pelo processo termodinâmico da
eletroforese. Apenas as eletroforeses em acetato de celulose não
automatizadas e de sistema aberto (aquela em que se pode levantar a tampa da cuba eletroforética e verificar se a fração de Hb H
está presente) possibilitam identificar a Hb H nos primeiros dez minutos do desenvolvimento eletroforético. Por outro lado, quando a
concentração de Hb H está acima de 5% será possível identifica-la
mesmo em sistemas fechados de eletroforeses. O uso da cromatografia HPLC para identificação de Hb H é mais complicado pois há
necessidade de uma coluna de HPLC específica para este fim, caso
contrário não será possível detectar a Hb H das talassemias alfa mínima e menor. A Hb H também pode ser identificada por meio da
coloração intra-eritrocitária de Hb H, entretanto este método tem
baixa resolução técnica, servindo apenas para demonstrações em
aulas práticas. Há duas importantes dificuldades em relação ao diagnóstico das talassemias alfa mínima (principalmente) e alfa menor.
A talassemia alfa mínima não altera o eritrograma e este fato faz
com que os médicos que a desconhecem não deem importância
à busca de seu diagnóstico. A talassemia alfa menor, por sua vez,
apresenta discreto grau de anemia microcítica e hipocrômica e, talvez por isso, é muitas vezes confundida como anemia por deficiência de ferro. Mas o ferro sérico, ferritina e saturação de transferrina
nesses portadores estão sempre normais. Mas é preciso considerar
que há casos de associações entre talassemias alfa com deficiência
de ferro, principalmente em gestantes e crianças. Nessas situações,
a hipocromia induz menor formação de Hb H dificultando sua identificação mesmo em eletroforeses de sistema aberto. A confirmação
laboratorial da suspeita de talassemia nessas associações deve ser
realizada após o tratamento da deficiência de ferro e o estabelecimento da normalidade do “status” de ferro do paciente. Pessoas
com talassemia alfa intermédia tem sintomas evidentes de anemia,
hemoglobina total diminuída, geralmente entre 8 a 10 g/dL, VCM e
HCM diminuídos, e múltiplas alterações eritrocitárias. A cronicidade
da anemia e a ausência de resposta ao tratamento com ferro (situação muito comum nesses casos) faz com que o médico suspeite de
talassemia. A talassemia alfa maior ou hidropsia fetal da Hb Bart’s,
22
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
Acadêmico da ARLC
[email protected]
por sua vez, é uma situação muito grave que provoca aborto ou o
óbito do recém-nascido. A análise do sangue do RN ou do cordão
umbilical mostrará eritroblastose fetal.
Diante dessa breve apresentação há de se considerar que, às
vezes, médicos e/ou pacientes discordam do resultado de que Hb H
é indicativa de talassemia alfa e solicitam testes moleculares para a
comprovação. Os laboratórios brasileiros que realizam esses testes
utilizam de sete a doze marcadores moleculares que identificam as
lesões nos genes alfa e que poderiam causar talassemia alfa. Em
geral os laboratórios alegam que esses poucos testes de lesões moleculares são os que mais prevalecem na população brasileira. Porém, há de se considerar que existem pelo menos 45 marcadores
moleculares de talassemia alfa e que deveriam ser usados antes
de rejeitar ou discordar de resultados indicativos da presença de
Hb H como sugestivo de talassemia alfa. Além disso, pelo fato da
população brasileira ser multiétnica, a escolha de sete a doze marcadores moleculares não referenda a exclusão de uma suspeita caracterizada pelo produto proteico final de lesão genética do gene
alfa, no caso a Hb H. Para complicar a negatividade desses testes
moleculares diante da presença de Hb H, os genes alfa são instáveis
e nem sempre os marcadores moleculares negativos são indicativos
da ausência de talassemia alfa. Por essa razão, a ausência da Hb H
em pessoas que já tenham a apresentado em exames anteriores,
também não deve ser indicativo de que o resultado esteja errado.
O correto é a repetição da eletroforese de Hb H em laboratório credenciado para realiza-lo.
Referência: www.talassemias.com.br
(*) Valores aproximados, mas que isolados não tem fundamentos para o diagnóstico clínico; (**) a Hb Bart’s é uma hemoglobina
anormal composta por tetrâmero de globinas gama (gama4).
23
24
25
Opinião
E
o mercado atual
O Brasil real
m nosso país, padecemos de muitas
coisas. Faltam melhorias na saúde,
na educação, no transporte, nas políticas públicas de maneira geral. O que não
nos falta, no entanto, é criatividade. E ideias
marqueteiras para os programas sociais, especialmente os anunciados pelo Governo Federal. Temos Mais Médicos, Minha Casa Minha
Vida, Bolsa Família, Pátria Educadora, Mais
Especialidades, Luz para Todos, Ciência Sem
Fronteiras, PAC, ProUni, Pronatec, Brasil Sem
Miséria. Todos amplamente divulgados na TV,
e trabalhados minuciosamente do ponto de
vista da autopropaganda.
A execução dessas políticas, no entanto,
está muito longe do Brasil real. E agora, em
tempos de crise e de anúncio de cortes de
gastos, fica-nos a impressão de que pagamos
um preço muito alto e além do que podíamos
pagar para manter intacto um castelo de vidro. Nossas contas de luz podem falar por
nós. A pane do Programa de Financiamento
Estudantil também. Assim como as obras paradas dos PAC I e II. E as dívidas sem fim que
se acumulam com as faculdades que entraram
na onda do ProUni, e que agora estão a ver
navios, aguardando pagamentos atrasados do
governo federal.
É fato que o Brasil de hoje tem menos
miseráveis que há 20 anos. Também é verdade que as pessoas aumentaram seu poder de
consumo, devido à estabilização da economia
e a um ambiente mundial favorável vivido pelos primeiros anos do governo Lula. Mas, para
Kit pode detectar o vírus da
Dengue em até 24h após a
infecção
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
[email protected]
mudar uma sociedade, de fato, é preciso muito mais do que maquiagem. É preciso mais do
que celulares de última geração e de televisores em HD. Um país de verdade se faz com arroz, feijão, investimento em educação e saúde
de qualidade, e apoio à indústria nacional. Se
faz com moeda forte, confiança, austeridade,
bons exemplos e honestidade.
Por um Brasil real, com mais “Sérgios Moros” e menos “João Santanas”.
Municípios do Brasil
A
conteceu de 25 a 28 de maio no Centro
Internacional de Convenções de Brasília, promovido pela Confederação Nacional de Municípios – CMN a XVIII Marcha a Brasília em defesa dos Municípios. Como acontece
há vários anos a Biomedicina participa do evento
com seu estande e procura estreitar a relação
junto aos Prefeitos Municipais e mostrar as necessidades da saúde pública, hoje tão castigada.
Na maior parte das abordagens notamos que
muitos municípios têm seu atendimento precário
por conta dos constantes cortes nas verbas da
saúde, a principal reclamação dos prefeitos. Vivenciamos durante estes eventos que muito se
investe ou se procura investir na educação e as
empresas de ensino, principalmente fundamental investem muito e oferecem muitos produtos
de metodologia moderna e tecnológica, alguns
até de ensino a distância. Mas para nós da área
da saúde, é lamentável ver que a oferta de projetos viabilizando melhorias na saúde pública
inexistem.
No evento, com a presença de autoridades
e líderes partidários, aconteceu a aprovação
da Carta da XVIII Marcha a Brasília em Defesa
dos Municípios, feita pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo
Ziulkoski. A carta apresenta as nove principais
reivindicações municipalistas deste ano. Assinada por Ziulkoski, ela também comtempla o compromisso com a pauta legislativa dos Municípios
composta por 17 iniciativas, em especial com o
novo ISS, mecanismo de reajuste dos programas
federais, o FPM anticíclico e a vedação de se criar
despesas sem a clara fonte de recursos.
A ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, mostrou a preocupação com os resíduos
sólidos e prega o fim dos lixões, mas tudo aponta
para a logística reversa, quem sabe será esta a
solução, mas enquanto isso catadores de lixo nos
depósitos e moradores próximos aos depósitos
de lixo sofrem com doenças cardíacas, pulmonares, renais e o contato direto com o lixo propicia
contaminação e também muitos organismos são
responsáveis pela transmissão de inúmeras do-
WAMA Diagnóstica, empresa líder no mercado de testes rápidos no Brasil, lançou mais
um aliado no diagnóstico da Dengue, arbovirose
transmitida pelo mosquito Aedes aegypti: o kit
Imuno-Rápido Dengue NS1. O teste que utiliza a
metodologia imunocromatográfica faz a detecção
qualitativa do antígeno NS1 com a finalidade de
identificar precocemente indivíduos com infecção
pelo vírus da Dengue.
Devido à alta morbidade e mortalidade, a
Dengue é considerada uma das mais importantes
doenças virais. Ela se concentra principalmente
em áreas tropicais e subtropicais do mundo, sendo que as epidemias ocorrem durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A Organização
Mundial da Saúde estima que 3 bilhões encontram-se em áreas com risco de contrair dengue
no mundo. No Brasil, com a chegada do verão,
época em que ocorrem mais casos de infecção, a
atenção à dengue deve ser redobrada.
Os sintomas clínicos, muitas vezes confundidos aos de uma gripe forte, são caracterizados
por febre alta e repentina (39°C a 40°C), seguida
de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, dor retroorbital, astenia, anorexia, náuseas, vômitos,
exantema e prurido cutâneo. A forma mais grave
da doença, a Dengue Hemorrágica, acorre em 2
a 4% dos indivíduos reinfectados e pode levar à
morte. A Dengue é causada por um Flavivirus,
pertencente à família Flaviviridae e apresenta
quatro sorotipos conhecidos (DENV-1, DENV-2,
DENV-3 e DENV-4). O vírus possui três proteínas
estruturais, proteínas de membrana (M), core (C),
e do envelope (E), e sete proteínas não estruturais: NS1, NS2a, NS2b, NS3, NS4a, NS4b e NS5.
A NS1 é uma glicoproteína não estrutural
comum aos quatro sorotipos, que é essencial à
replicação viral. Durante a fase aguda da infecção,
a NS1 é encontrada circulando no soro de pacientes em concentrações detectáveis por métodos
imunológicos. Atualmente é considerada como
um marcador de infecção pelo vírus da dengue
antes mesmo do aparecimento dos anticorpos
das classes IgM e IgG, permitindo detecção precoce do vírus 24 horas após o início dos sintomas,
além de ser encontrado nas infecções primárias
e secundárias.
Estudos comparativos entre os testes de de-
tecção do NS1 e os de biologia molecular RT-PCR
mostram uma excelente correlação na detecção
dos 4 sorotipos do vírus da dengue após 24 horas
do início dos sintomas. Além disso, o teste não
apresenta reações cruzadas com outros Flavivirus, permitindo o diagnóstico rápido e diferencial
de outras doenças que se manifestam com quadros febris semelhantes. O teste NS1 é bastante útil na confirmação diagnóstica, oferecendo
oportunidade de início rápido do tratamento e,
consequentemente, diminuição da mortalidade
por complicações da doença.
O kit Imuno-RÁPIDO Dengue NS1 da WAMA é
um teste imunocromatográfico altamente sensível e específico para detecção qualitativa do antígeno NS1 no sangue total, soro ou plasma humano, com a finalidade de identificar precocemente
indivíduos com infecção pelo vírus da dengue.
Dessa forma, a WAMA Diagnóstica oferece a seus
clientes mais um kit garantido pelo rígido controle de qualidade ao qual o produto é submetido,
justificando assim sua crescente participação no
cenário nacional e internacional.
www.wamadiagnostica.com.br
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região
Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
[email protected]
enças ao homem, tais como febre tifoide, salmoneloses e disenterias, filariose, malária, dengue e
febre amarela, provocadas por mosquitos; raiva,
peste bubônica, leptospirose e certas verminoses, ocasionadas por roedores.
Um problema ainda a ser resolvido mesmo
que a criação da política nacional dos resíduos
sólidos em 2010 tenha estipulado o prazo até
2014 para o fim dos lixões teremos que conviver
com este problema por ainda muitos anos. Precisamos da maior participação das profissões da
saúde nestes eventos para que possamos debater com a administração pública soluções viáveis
para os temas de saúde que afetam diretamente
a população. As iniciativas municipais bem elaboradas e com resultados repercutem positivamente. A Biomedicina desempenha um papel de
grande importância na saúde pública do nosso
país. O profissional biomédico atua em pesquisas
que podem fornecer dados desde o diagnóstico
até as propostas de resolução dos problemas que
afligem a população, e investir na prevenção é
fundamental.
Acesso venoso seguro com
controle visual
Com a Agulha VISIO PLUS VACUETTE® o flebotomista visualiza o fluxo sanguíneo através do
eixo transparente da agulha garantindo total segurança na correta punção venosa.
A rotina da coleta de sangue exige cada vez
mais rapidez e eficácia dos flebotomistas durante
o procedimento. Por se tratar de uma fase primordial para o sucesso do resultado dos exames,
a Greiner Bio-One oferece as Agulhas VISIO PLUS
VACUETTE® com o objetivo de torná-la mais fácil
e segura.
Quando a punção venosa é realizada, o fluxo sanguíneo é direcionado para agulha que está
conectada por um eixo. Na Agulha VISIO PLUS VACUETTE® este eixo é transparente, característica
que permite o usuário ver a passagem de sangue,
ou seja, indica que a agulha está na posição ideal
para dar continuidade na coleta. Evita também a
busca desnecessária de um novo acesso. É uma
segurança para o flebotomista, a técnica continua
a mesma, a vantagem adicional é o controle visual seguro.
O benefício também se estende aos pacientes. Uma das dificuldades é o doloroso movimento durante a procura do acesso que pode ser evitado com a Agulha VISIO PLUS VACUETTE® graças
ao controle visual do fluxo sanguíneo. Além disso,
o corte especial na ponta da agulha facilita a penetração na pele. O resultado é uma experiência
com o mínimo de dor e estresse possível.
Desenvolvida com tecnologia de alto padrão,
o design é exclusivo. Diferente de similares que
montam a partir de duas peças separadas, a fa-
26
bricação envolve uma única peça. O risco de hemólise, que pode ocorrer devido à aspiração pelo
vácuo, é praticamente eliminado.
As agulhas estão disponíveis em dois tamanhos diferentes (21 e 22 G) e em dois comprimentos (38 e 25 mm). As tampas são transparentes
para se destacar das Agulhas Padrão VACUETTE®.
Greiner Bio-One Brasil – Divisão Pré-Analítica
A divisão Pré-Analítica traz soluções completas de
produtos para todas as fases do processo pré-analítico, com o mais alto padrão de tecnologia.
Referência em inovação, a Greiner Bio-One Brasil
sempre atende todas as normas de segurança e
qualidade nacionais e internacionais (dos países
em que é comercializada).
A matriz alemã Greiner Bio-One GmbH é parceira tecnológica de universidades, institutos de
pesquisa e das indústrias de diagnóstico, farmacêuticas e de biotecnologia. Faz parte da Greiner
Bio-One International AG, que gera um volume
de negócios de 327 milhões euros (aproximadamente 1.076 bilhões de reais). Possui mais de
1.700 colaboradores operando globalmente em
24 filiais e inúmeros distribuidores em mais de
100 países.
www.gbo.com/preanalytics
27
Opinião
F
Uma vida de Amor e Labor
alar em Décio Camargo é falar de amor,
é falar de labor, é falar de pioneirismo.
Contar um pouco de sua vida profissional, talvez nos ajude a entender melhor a assertiva acima. Décio iniciou suas atividades profissionais na área de análises clínicas no ano de
1969, há quase meio século, na cidade de Bauru.
Trabalhou no setor de vendas de grandes empresas como: “ Merck”, ”Biolab Mérieux”, “Lio
Serum”.
No ano de 1979, há 36 anos, portanto, volta a Santa
Rita do Passa Quatro sua cidade natal e juntamente com
sua esposa Lígia inicia a empresa “Décio Camargo Produtos e Equipamentos Laboratoriais Ltda”. Começa uma
nova fase de uma vida repleta de trabalho, alegrias e
emoções. A nova empresa possuía um processo inédito
de vendas com pronta- entrega de produtos nos laboratórios, em veículo refrigerado e apropriado para este
fim. Os clientes aumentaram de tal maneira que ficou
impossível atender a todos por este sistema.
Ligia Maria Mussolino
Camargo
Sócia da empresa Décio
Camargo Ltda, professora
de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da
Academia
Santarritense de Letras
[email protected]
Décio poderia ter seguido uma bela carreira burocrática sucedendo seu saudoso pai, que
era Tabelião, mas ele amava viajar, conhecer
novas cidades estabelecer e manter contato
com seus clientes, seus amigos do coração,
com seus fornecedores. Era com indefinível
alegria com que ele via os laboratórios prosperarem, com os filhos muitas vezes sucedendo
os pais.
Provavelmente essa paixão por aventuras,
por viagens, por conhecer novas plagas Décio
tenha herdado de seus avós paternos portugueses, povo, cujas características essenciais são: a
cordialidade e o espírito de aventura dos navegadores de antanho, como está no livro de Sérgio Buarque de Holanda “ Raízes do Brasil”.
Estabelecido na amena cidade de Santa Rita,
Décio continuou a viajar, como nunca parou de
fazê-lo, indo constantemente a São Paulo capital
e interior, Sul de Minas e Mato Grosso do Sul,
entre outros estados brasileiros.
Com o correr dos anos seu pioneirismo, seu
espírito de trabalho, sua honestidade, seu carisma inconfundível, fizeram de seus clientes amigos respeitados e amados. Porque além da qualidade de seus produtos e equipamentos Décio
agregava dedicação e amor a todos eles.
A partir de 2001 passa a fazer parte da empresa sua filha Ana Carolina, farmacêutica bioquímica, que recebeu dos pais o espírito de
luta, de trabalho, aliados à fraternidade e ao
amor.
Certamente, o empresário Décio Camargo fez
e fará parte de uma época fundamental da História dos Laboratórios de Análises Clínicas do interior de São Paulo.
Por onde passou ele angariou clientes, que
mais que clientes eram amigos de coração.
Décio Camargo partiu no dia 11 de maio de
2015, mas como na Parábola de Jesus do “Semeador ” ele foi a boa semente que caiu em boa
terra, frutificou e rendeu muitos frutos, aos
que souberam usufruir de sua bondade de seu
amor.
Ele partiu na certeza de que nós, da “Décio
Camargo Ltda.” continuaremos seu trabalho,
com sua fé, seu dinamismo e seu amor.
Lígia
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31
o mercado atual
Cloretos
Os Cloretos são os ânions mais abundantes no líquido extracelular do tecido humano. Juntamente com o Sódio, os Cloretos
desempenham papel importante na manutenção da distribuição
de água no organismo, da pressão osmótica do plasma e na neutralidade elétrica.
Um adulto ingere na dieta 150mmoles/dia de íons Cloreto,
sendo ele quase todo, absorvido pelo sistema digestivo e seu excesso excretado na urina. Nos rins, são filtrados pelos glomérulos e
passivamente reabsorvidos em associação com o Sódio nos túbulos contornados proximais. Uma quantidade apreciável de Cloretos é também recuperada ativamente na alça de Henle, mediante
a chamada “Bomba de Cloretos”. Teores ainda maiores são recuperados em conjunto com o Sódio pela ação da aldosterona, nos
túbulos contornados distais. No entanto, a reabsorção do Sódio é
limitada pela quantidade de Cloretos disponíveis.
O excesso de Cloretos é excretado na urina e suor. O suor excessivo estimula a secreção de aldosterona que atua sobre as glân-
dulas sudoríparas para reabsorver mais Sódio e Cloretos.
A excreção urinária de Cloretos varia com a dieta, mas, em
geral são encontrados valores entre 110 a 250 mmoles/dia. Aumentos fisiológicos ocorrem com a diurese pós-menstrual e diminui com a retenção de água e sal no período pré-menstrual, em
paralelo com aumento ou redução do nível de Sódio urinário. A
diurese excessiva, independente da causa, é acompanhada pelo
aumento na excreção de Cloretos, como na depleção de Potássio e
insuficiência adrenocortical.
A concentração dos íons Cloreto está elevada na acidose metabólica, desidratação, acidose tubular renal, insuficiência renal
aguda, diabetes insípido, acetazolamina, esteroides e intoxicação
por salicilato. A redução dos níveis de cloretos plasmática é observada em: perda gastrointestinal de bicarbonato, nefropatia,
insuficiência adrenal, acidose metabólica com acúmulo de ânions
orgânicos, alcalose metabólica, dentre outras condições.
O íon Cloreto pode ser determinado pela capacidade de íon
em deslocar o tiocianato do tiocianato de mercúrio. O tiocianato
liberado reage com o íon férrico, para formar o complexo tiocianato férrico de cor vermelha, proporcional à quantidade de íons
Cloreto na amostra.
A Biotécnica disponibiliza em sua linha de produtos, o kit de
Cloretos Monoreagente líquido estável, com apresentações de
50 e 100 mL. O kit é adequado para utilização em equipamentos
manuais e automatizados, atendendo todos os tipos de demanda.
Anderson Silva
ww.biotecnica.ind.br
[email protected]
+55 (35) 3214-4646
Congresso da SBPC/ML
Prorrogada a data para submissão de tema livre no 49º Congresso da SBPC/ML
O
Novo prazo vai até o dia 12 de junho, sem novo adiamento
prazo para as inscrições de resumos de temas livres
foi prorrogado. Profissionais interessados em enviar trabalhos científicos para o 49º Congresso da
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
(SBPC/ML), mas que não tiveram tempo hábil, 12 de junho é a
nova data limite. O evento acontece entre os dias 29 de setembro e 2 de outubro, no Centro de Eventos do Ceará (CEC), em
Fortaleza.
Os interessados devem preencher um formulário no site do
49º Congresso da SBPC/ML (cbpcml.org.br), na seção Tema Livre. A seleção dos trabalhos será publicada após avaliação da
Comissão Analisadora – composta por membros da entidade.
Serão escolhidos em torno de 300 a 400 pôsteres para serem
exibidos no Congresso. A SBPC/ML incentiva o envio de pôster eletrônico para visualização em telas de LCD localizadas
próximas aos pôsteres. Para o trabalho ser selecionado para a
apresentação oral é obrigatório o envio do pôster também em
formato eletrônico.
“Ultimamente, nós temos recebido um grande número
de trabalhos que abordam outros aspectos como informática
e gestão – que antes não eram habituais. Além dos temas
livres clássicos, como bioquímica, hematologia e microbiologia, percebemos um aumento do número de assuntos que
trazem um conhecimento diferente e que, seguramente, vão
reforçar cada vez mais a importância de participarmos de
eventos desse porte”, afirma Adagmar Andriolo, Coordenador da Comissão de Julgamento dos Temas Livres do Congresso.
Simultaneamente a este evento, acontece o 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, que será realizado
32
ao longo do dia 30 de setembro, com o objetivo de trazer ao
público debates e novidades da tecnologia da informação na
medicina laboratorial. As inscrições de ambos acontecem separadamente, sendo que o próximo prazo para a inscrição antecipada nos Congressos é dia 2 de junho e o último é até o dia 3 de
agosto, com direito ao convite para o evento de confraternização do Congresso, que acontece no dia 1º de outubro.
Vale ressaltar que a inscrição antecipada oferece desconto
em relação às inscrições feitas durante ou no próprio dia do
evento. Para associados SBPC/ML, a inscrição para o 49º Congresso pode ser gratuita.
Para informações sobre os Congressos, acesse o site:
http://www.cbpcml.org.br/2015/.
Para informações sobre o envio de trabalhos científicos,
mande e-mail para: [email protected].
33
2015
JUNHO
II Encontro do Comitê de Hematologia e Hemoterapia
Pediátrica da ABHH
Local: Blue Tree Premium Morumbi | Sala: Ametista (Piso C-1) - Endereço: Av. Roque Petroni Junior n°
1000 – Brooklin Novo.
Data: 19 e 20 de junho
Site: http://abhheventos.com.br/pediatria2015/
42º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas
Data: 21 a 24
Local: Pavilhão 5 - Riocentro Rio de Janeiro/RJ
Informações: www.sbac.org.br
AGOSTO
Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia - CBAEM 2015
Data: 11 a 14
Local: Centro de Convenções Vitória - Vitória/ES
Informações: www.cbaem2015.com.br
13º CFBMG
O C onselho Regional de Farmácia de Minas
Gerais realiza o 13º C ongresso de Farmácia e
Bioquímica de Minas Gerais (CFBMG), que
será em B elo Horizonte, de 27 a 29 de agosto
de 2015.
Trata-se de um dos maiores eventos farmacêuticos do País, com a abordagem de diversas áreas de
atuação da Farmácia de forma multiprofissional. O
13º CFBMG contará com divulgação nacional e terá
participantes de vários estados do Brasil, além de
palestrantes renomados nacional e internacionalmente.
Inf: 55 31 3218-1026
XIX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto
2015)
Data: 26 a 29
Local: Serra Park - Gramado/RS
Informações: tel. (51) 3086.9100 / Fax: (51) 3086.9101
www.ccmew.com
www.infecto2015.com.br
Congresso Internacional do Grupo CLAHT
Data: 27 a 29 de agosto de 2015
Local: AmCham – Rua da Paz, 1.431 - São Paulo - SP
Programação e mais informações:
www.claht2015.com
Workshop de Microbiologia Décio Camargo
Data: 27 de junho
Local: Hotel Comfort - Bauru-SP
Informações: (19) 3582-9797 / 3582-9792
[email protected]
SETEMBRO
Analítica Latin America - Feira Internacional de Tecnologia para Laboratórios, Análises, Biotecnologia e
Controle de Qualidade
Data: 22 a 24
Local: Transamérica Expo Center - São Paulo/SP
Inf.: tel. (11) 3205.5000
www.analiticanet.com.br
XXII Congreso Latinoamericano de Bioquímica
Clínica
Data: 24 a 26
Local: Quito - Equador
Informações: [email protected]
www.sebiocli-ec.org
49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial
1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial
Data: 29/09 a 2/10
Local: Centro de Eventos do Ceará - Fortaleza/CE
Informações: tels. (21) 3077.1400
mailto:[email protected]
www.cbpcml.org.br
OUTUBRO
28º Congresso Brasileiro de Microbiologia - 2015
Data: 18 a 22
Local: Centro Sul- Centro de Convenções de Florianópolis - Florianópolis/SC
Informações: tels. (11) 3037.7095 / 3813.9647
[email protected]
www.sbmicrobiologia.org.br
XXX Congresso Brasileiro de Patologia
Data: 29/10 a 1º/11
Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo/SP
Informações: tel. (11) 5080.5298
www.sbp.org.br
NOVEMBRO
HEMO 2015
O Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (Hemo), promovido pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH),
terá a edição de 2015 em São Paulo, entre os dias 19 e 22 de
novembro, no Transamérica Expo Center, Avenida Doutor
Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro.
Hemo 2015
Realização: ABHH - Organização: ABHH Eventos
Data: 19 a 22 de novembro
Local: Transamérica Expo Center – São Paulo – SP
Site oficial: www.hemo.org.br
Público-alvo - multiprofissional, além dos hematologistas
e hemoterapeutas, o Hemo 2015 reunirá durante quatro
dias odontólogos, farmacêuticos, psicólogos, enfermeiros, biomédicos, gestores de hemocentros, entre outros
profissionais de áreas correlatas e representantes de esferas governamentais da saúde.
Anuncie
www.labornews.com.br [email protected]
16 3629-2119 | 99793-9304
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37
Opinião
A
Que armas temos para combater a crise?
doença está instalada. Além
do congelamento de preços
dos exames e do aumento das
exigências pelos órgãos fiscalizadores os
laboratórios têm que lidar agora com a
crise econômica. A inflação deflagra o
aumento das despesas. Bem acima desse
percentual escala a conta da energia. O
laboratório precisa isolar o vírus que assola
suas finanças e tratar de eliminá-lo ou, ao
menos, atenuar seus efeitos.
Um consultor experimentado receitaria
alguns remédios. Entre eles, sem dúvida
nenhuma, um olhar cuidadoso sobre a
Tecnologia da Informação. Afinal, de onde
sairão os dados que permitirão “enxergar”
o seu laboratório?
A
informática
laboratorial
foi
fundamental para a consolidação dos
laboratórios clínicos como empresas.
Permitiu o aumento da qualidade e da
produtividade com a automação dos
processos da recepção ao paciente,
interfaceamento
com
instrumentos,
emissão de laudos e faturamento. Agora
é a vez de olhar com cuidado para as
ferramentas de controle da produção, para
todas aquelas estatísticas que dormem
tranquilas num canto do sistema e para
os relatórios gerenciais que são acionados
apenas esporadicamente.
Além de explorar as informações
das quais já se dispõe, é fundamental
desenhar, juntamente com o fornecedor
do software, funcionalidades inovadoras.
Alguns laboratórios americanos estão
buscando, por exemplo, agregar mais
informações para abastecer médicos e
pacientes, dentro de uma estratégia de
valorização dos seus serviços.
Chegamos então às três vertentes
em que a TI pode ajudar o laboratório
a aumentar a competitividade e assim
combater a crise: redução de custos, ganhos
em gestão e desempenho operacional,
e inovação. Walcir Wehrle, Diretor de
Tecnologia da Benner escreveu um artigo
cujo título serve bem para finalizar
nossa
argumentação:
“Investimentos
em TI: a ousadia necessária para vencer
obstáculos”.
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
Certificação ONA
Cresce interesse pela acreditação no setor de saúde brasileiro
A
Organização
Nacional
de
Acreditação – ONA, certificação
brasileira de qualidade em saúde,
registrou novo crescimento no número
de acreditações em 2014. Foram 224
instituições certificadas, um aumento de 5%
em relação ao ano anterior. O crescimento
do número de Diagnósticos Organizacionais
(DOs) foi ainda mais expressivo: saltou de 62
em 2013 para 102 no ano passado, uma alta
de 65%.
Os DOs são avaliações feitas a partir dos
padrões da ONA, mas sem fins de acreditação.
Servem para que a instituição avaliada
identifique pontos em que ainda precisa
melhorar para conquistar a certificação. Mais
da metade dos que realizam esse diagnóstico
conquistam a acreditação em menos de um
ano.
“A maioria dos que contratam DOs são
instituições que nunca foram acreditadas. Por
isso, o total de diagnósticos serve como um
‘termômetro’ do interesse pela acreditação”,
explica Dr.ª Maria Carolina Moreno,
superintendente da ONA.
Os hospitais ainda são maioria tanto no
número de novas certificações (111) quanto
de DOs (36), mas também foram destaque no
período os serviços de diagnóstico por imagem
(32 certificações e 21 DOs) e ambulatórios (31
certificações e 29 DOs).
“Esses números mostram um aumento
da conscientização de todo o setor de saúde
quanto à importância da acreditação para
garantir uma assistência de qualidade aos
pacientes em todos os âmbitos”, destaca Dr.a
Maria Carolina Moreno.
Sobre a ONA
A Organização Nacional de Acreditação
(ONA) é uma entidade nãogovernamental e
sem fins lucrativos que certifica a qualidade de
serviços de saúde, com foco na segurança do
paciente. Sua metodologia de acreditação é
reconhecida pela ISQua (International Society
for Quality in Health Care), associação parceira
da OMS e que conta com representantes de
instituições acadêmicas e organizações de
saúde de mais de 100 países.
Com 15 anos de atuação e mais de 400
instituições certificadas, a ONA se consolidou
como a principal acreditação de saúde do
país.
Seus manuais são específicos para
nove diferentes tipos de estabelecimentos:
hospitais, ambulatórios, laboratórios, serviços
de pronto atendimento, home care, clínicas
odontológicas, clínicas de hemoterapia,
serviços de terapia renal substitutiva e serviços
de diagnóstico por imagem, radioterapia e
medicina nuclear. A ONA também certifica
serviços de apoio a instituições de saúde,
como lavanderia, dietoterapia, esterilização e
manipulação.
Cãncer de Mama
Software cria mamografia virtual a partir da
tomossíntese e melhora detecção da doença
I
ntroduzida nos últimos anos, a tomossíntese
– também conhecida como mamografia
tridimensional ou 3D – conseguiu aumentar
a precisão diagnóstica do câncer de mama,
sendo importante aliada na detecção
precoce da doença. Entre as virtudes
do diagnóstico pela tomossíntese estão
a visualização de tumores menores,
mais agressivos e provavelmente mais
precocemente, quando comparada à
mamografia
convencional.
Imagens
formadas pela sobreposição dos
tecidos na mamografia e que obrigam a
paciente a fazer mais radiografias para
esclarecimento, incluindo outros exames
e até mesmo biópsia, ocorrem com muito
menos frequência na tomossíntese.
Para uma avaliação adequada, entretanto, é
necessário obter tomossíntese em conjunto com a
mamografia em duas dimensões. Agora, um novo
avanço deve melhorar ainda mais o diagnóstico
do câncer de mama. Trata-se da imagem
mamográfica sintetizada, C-View.
O C-View é um software que utiliza as imagens
da tomossíntese e produz imagens mamográficas
em duas dimensões, sintetizadas, sem necessidade
de uma nova radiação e sem que a paciente tenha
de fazer a mamografia convencional. Dessa forma,
é possível melhorar o diagnóstico da doença,
obtendo-se todas as vantagens da tomossíntese
e da mamografia em duas dimensões, reduzindo
os níveis de radiação aos quais a paciente costuma
ser submetida. Para compreender bem
as vantagens do C-View, é necessário
antes perceber o salto de qualidade que a
tomossíntese representa no diagnóstico do
câncer de mama.
De acordo com Aron Belfer, médico
radiologista do CDB Premium que
introduziu a tomossíntese no Brasil,
a mamografia tomográfica como a
conhecemos gera imagens em 2D e em 3D.
“Quando a mamografia convencional (2D)
é realizada isoladamente, a sobreposição
de estruturas da mama pode simular
lesões suspeitas. Com a tomossíntese,
cada imagem representa uma fatia de um
milímetro da mama, eliminando a sobreposição
dos tecidos. Com isso, temos melhor definição
das bordas das lesões, melhor detecção de lesões
sutis e melhor localização da lesão na mama.
Em média, a tomossíntese leva quatro segundos
para ser realizada, pouco mais que a mamografia
convencional. Entretanto, permite a detecção do
câncer numa fase muito precoce e em mamas
densas e heterogêneas. Além disso, com o uso
do software, a exposição à radiação cairá pela
metade”.
Amamentar por 6 meses ou mais protege
contra o câncer de mama
A
lguns fatores de risco para o
desenvolvimento do câncer de
mama são bem conhecidos, como:
envelhecimento, fatores relacionados à vida
reprodutiva da mulher, história familiar de câncer
de mama, consumo de álcool, excesso de peso,
sedentarismo, exposição à radiação ionizante e
alta densidade do tecido mamário (razão entre o
tecido glandular e o tecido adiposo da mama).
“A idade continua sendo um dos mais
importantes fatores de risco. As taxas de
incidência aumentam
rapidamente até os
50 anos. Após essa
idade, o aumento
ocorre de forma mais
lenta, o que reforça
a participação dos
hormônios femininos
na
etiologia
da
doença. Cerca de
quatro, em cada cinco
casos, ocorrem após
os 50 anos”, informa o
médico.
A história familiar
de câncer de mama
está associada a um
aumento no risco de cerca de duas a três vezes
para o desenvolvimento desse tipo de neoplasia.
Alterações em alguns genes, por exemplo, BRCA1
e BRCA2, aumentam o risco de desenvolver
câncer de mama, embora essas mutações sejam
raras e contribuam para uma parcela mínima de
casos de câncer de mama. Cerca de nove em
cada 10 casos ocorrem em mulheres sem história
familiar.
“Amamentação, prática de atividade física
e alimentação saudável com a manutenção do
peso corporal estão associadas a um menor risco
de desenvolver esse tipo de câncer. A prevenção
38
primária dessa neoplasia é um campo de pesquisa
e de intervenções bastante promissor. Cerca de
30% dos casos de câncer de mama podem ser
evitados por medidas como uma alimentação
saudável, prática de atividade física regular e
manutenção do peso ideal”, observa o pediatra
Moises Chencinski.
No Brasil, a mamografia bienal para
mulheres entre 50 a 69 anos e o exame clínico
das mamas anualmente, a partir dos 40 anos,
é a estratégia recomendada para a detecção
precoce do câncer de mama
em mulheres com risco
padrão. “Para as mulheres
de grupos populacionais
considerados de risco
elevado
para
câncer
de mama (com história
familiar de câncer de mama
em parentes de primeiro
grau), recomenda-se o
exame clínico da mama e a
mamografia, anualmente,
a partir de 35 anos”, diz o
médico.
Nos últimos três anos,
o INCA e o Ministério da
Saúde vêm ampliando a
estratégia de “estar alerta” à população feminina
e aos profissionais de saúde. Essa estratégia de
comunicação preconiza que todas as mulheres
devem conhecer os principais fatores de risco
para o câncer de mama, a idade de maior risco
de ocorrência da doença e seus mais frequentes
sinais e sintomas. Também recomenda que as
mulheres, ao identificarem tais sinais e sintomas,
procurem imediatamente um serviço de saúde
para esclarecimento diagnóstico. “Portanto,
conhecer as formas de prevenção da doença,
como o aleitamento materno, é essencial”, diz
Moises Chencinski.
39
N ovidades e Prioridades
TEPAC 2015
Prova para o Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial acontece no dia 28 de setembro, em Fortaleza. Estão abertas as inscrições para a prova de Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina
Laboratorial (TEPAC) 2015. A prova, que acontece no dia 28 de setembro,
em Fortaleza (CE), contará com uma prova escrita, análise do currículo e avaliação oral. As inscrições acontecem até o dia 31 de julho. Para se inscrever,
o candidato deve se atentar às normas estabelecidas pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, de acordo com os critérios
adotados em 2008 pela Associação Médica Brasileira (AMB) e o contido na
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) Nº 1973/2011. O edital
completo está no site da SBPC/ML: http://www.sbpc.org.br/?C=2570.
A prova para o TEPAC antecede a abertura do 49º Congresso de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, evento que acontece entre os dias
29 de setembro e 2 de outubro, no Centro de Eventos do Ceará (CEC), em
Fortaleza. Simultaneamente ao 49º, acontece o 1º Congresso Brasileiro de
Informática Laboratorial, que será realizado ao longo do dia 30 de setembro, com o objetivo de trazer ao público debates e novidades da tecnologia da informação na medicina laboratorial. Inf: www.sbpc.org.br/?A=0
Interfarma 25 anos nova identidade visual
Com traços inspirados na bandeira Brasileira, a nova identidade visual da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa)
está sendo lançada em meio às comemorações de 25 anos da entidade
no país. O projeto desenvolvido pela agência Conception traz uma novidade, a tagline “Saúde se faz com ética e inovação”, que sintetiza os
principais valores e objetivos da organização.
“Existimos para garantir e ampliar o acesso da população brasileira à saúde por meio da promoção de um ambiente integralmente
ético, favorável à inovação, à pesquisa científica e ao desenvolvimento
da indústria farmacêutica”, esclarece Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.
A nova identidade visual teve seu lançamento realizado durante
o “2º Fórum de Saúde do Brasil”, que aconteceu nos dias 11 e 12 de
maio, no MIS (Museu da Imagem e do Som de São Paulo). O evento
teve a presença do Ministro da Saúde, Arthor Chioro; do Secretário
de Estado da Saúde, David Uip, e do Presidente Interino da Anvisa, Ivo
Bucaresky, entre outros.
Unidade móvel
A Siemens, em parceria com a Truckvan, lançou durante a Feira
Hospitalar 2015, em São Paulo, a primeira solução de tomografia móvel totalmente produzida no Brasil. O Tomógrafo Móvel foi projetado
com o objetivo de levar a última tecnologia em exames de tomografia a
localidades distantes e oferecer um recurso adicional às clínicas e hospitais. Equipado com o tomógrafo de última geração SOMATOM Scope,
fabricado no Brasil, a unidade móvel funciona como uma sala de exames
itinerante, possibilitando maior acesso à saúde a mais pessoas.
Utilizando a tecnologia Expert-i, que permite a operação remota
do aparelho de tomografia durante o exame, o radiologista pode visualizar de qualquer lugar as imagens adquiridas do paciente através de
um computador conectado à Internet, enquanto um técnico realiza os
procedimentos presenciais dentro da unidade de tomografia móvel.
Essa tecnologia minimiza as dificuldades para a realização de exames
complexos causadas pela falta de profissionais especializados em regiões do interior do país.
“Buscamos com esse projeto oferecer uma ferramenta para administrações e hospitais públicos e privados levarem tecnologia diagnóstica de ponta para pacientes em municípios mais distantes dos grandes centros urbanos”, comenta Armando Lopes, Diretor da Siemens
Healthcare no Brasil. “Mesmo hospitais já equipados para exames de
tomografia podem fazer uso do Tomógrafo Móvel, aumentando assim,
sua capacidade de atendimento a exames complexos, e reduzindo as
filas de pacientes em espera”, complementa.
A unidade conta também com gerador próprio que garante a autonomia da energia do veículo e estabilizador eletrônico de 50 kVA para
funcionamento do tomógrafo. A carreta possui sistema de reuso de
água proveniente do ar-condicionado para limpeza interna e externa.
“A parceria entre Truckvan e Siemens vai unir mobilidade e tecnologia em um projeto pioneiro de tomografia que atenderá a necessidade de milhares de pessoas”, destaca Alcides Braga, sócio-diretor da
Truckvan, empresa responsável pelo projeto e produção da carreta.
Camargo Science
É com muito orgulho que apresentamos o nome fantasia
da empresa Ana Carolina M Camargo
EPP, também parceira da Décio Camargo Ltda e fundada com a ajuda e
iniciativa do Sr. Décio.
Apresentamos então a “Camargo
Science” que também comercializa e
distribui, como muitos já sabem, kits e
equipamentos da área de análises clínicas.
Este é mais um sonho que realizamos e que confeccionamos junto com
Sr. Décio. Com esta marca fortalecemos
ainda mais o nosso sobrenome vinculado aos nossos princípios
básicos de honestidade, parceria, compromisso, inovação e amizade assim como a Décio Camargo Ltda.
Primeiro
Coração Simulado
A Dassault Systèmes, a empresa 3DEXPERIENCE, líder mundial
em software de design 3D, 3D Digital Mock Up e soluções de Product Lifecycle Management (PLM), anuncia a disponibilidade comercial do primeiro modelo de coração do “Living Heart Project”.
Alimentado por aplicativos da plataforma 3DEXPERIENCE da Dassault Systèmes, o simulador 3D (três dimensões) de alta fidelidade
comercial é o primeiro produto cientificamente validado com quatro câmaras. Com este modelo, fabricantes de dispositivos, pesquisadores e profissionais da área médica serão capazes de realizar
testes virtuais e visualizar a resposta do coração de modo ainda não
possível com testes físicos tradicionais.
O modelo “Living Heart” representa um coração saudável, que
pode ser usado para estudar defeitos congênitos ou doenças cardíacas, modificando as propriedades de forma e de tecido em um
editor de software fácil de usar. Além disso, os dispositivos medicinais podem ser inseridos no simulador para estudar a sua influência sobre a função cardíaca, validar a sua eficácia e prever a
fiabilidade sob uma gama de condições de funcionamento. Um dos
exemplos é o stent coronário, que pode ser avaliado para a escolha
do melhor tipo, tamanho e localização da colocação para conseguir
o melhor desempenho.
O modelo “Living Heart” inclui também detalhes anatômicos
bem definidos do coração, como a vasculatura proximal, o arco aórtico, a artéria pulmonar e a veia cava superior. A resposta dinâmica
desse modelo de coração é regulada pelo fluxo físico elétrico realista, estrutural e o fluído de sangue.
Além da disponibilidade geral do simulador de coração, os
membros do “Living Heart Project” identificaram coletivamente as
maiores aplicações cardiovasculares prioritárias para ele e avanços
tecnológicos associados que ajudam a moldar a funcionalidade das
versões futuras do simulador. Para saber mais sobre o “Living Heart
Project”, visite o site http://www.3ds.com/heart.
40
41
Artigo
Os direitos básicos dos portadores de doenças graves
Maurício Dantas Góes e Góes*
O
direito não cria os fatos da vida, mas os regula a partir dos
conceitos culturais de uma sociedade em determinado
momento histórico. Partindo desta premissa, há de se reconhecer a necessidade de um tratamento diferenciado com pessoas
portadoras de doenças graves, como as crônicas ou graves de evolução
prolongada, permanentes, para as quais não existe cura, afetando negativamente a saúde e funcionalidade do cidadão.
São diversas as leis e benefícios concedidos aos pacientes de doenças graves, e em tese, cada benefício legalmente instituído pode ter
sua própria relação de tipos de doenças graves, já que alguns podem
ser necessários e garantidos a apenas um grupo de portadores de determinado tipo enfermidade.
Outro problema é a própria vagueza do conceito de doença grave.
A noção da enfermidade e da sua gravidade não é uma questão jurídica
e sim médica, da qual o Direito se apropria. Mas a Justiça nunca poderá
transformar em doença grave o que não é ou considerar como simples
a enfermidade que a medicina qualifica como grave.
Em geral, as legislações partem do rol de doenças graves estabelecidos no artigo 6º da Lei nº. 7.713/1998, que isenta da incidência do
imposto de renda os proventos de aposentadoria ou reforma motivada
por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia
profissional e outras doenças graves, como tuberculose ativa; alienação mental; esclerose múltipla; neoplasia maligna; cegueira; hansenía-
Prevenção
C
se; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave, doença de
Parkinson, entre outras que a lei considerar grave com base na medicina especializada.
Esta é uma lista base, que não pode ser tida como exclusiva, porque outras leis podem instituir benefícios para portadores de outras
doenças, como também é possível que o Poder Judiciário reconheça a
extensão desses direitos a determinado paciente, especialmente com
base nos princípios constitucionais da isonomia, da razoabilidade e
proporcionalidade. Afinal, não é razoável deixar de reconhecer direitos
a uma pessoa portadora de, por exemplo, uma doença mais grave do
ponto de vista médico do que as constantes na legislação.
A AIDS, doença que inicialmente não constava nesta lista, é um
exemplo da importância da avaliação individual dos casos. Após diversas decisões judiciais reconhecendo benefícios a portadores do vírus
do HIV, a doença passou a ser considerada grave, inclusive com alteração da legislação.
Pela própria dinâmica da vida, dificilmente uma legislação, qualquer que seja, será completa. As leis partem de previsões de consequências jurídicas para fatos hipotéticos, e a vida é sempre mais complexa do que se pode prever. Porém, em geral, podemos afirmar que a
legislação brasileira é bastante desenvolvida e são diversos os benefícios aos portadores de doenças graves.
O Novo Código de Processo Civil (CPC), já aprovado e que entrará
em vigor em 2016, prevê que os procedimentos judiciais em que figure
como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60
anos, ou portadora de doença grave, terão prioridade de tramitação
em todas as instâncias. No entanto, o artigo 1.048 do novo CPC permite que a concessão da prioridade de tratamento seja apenas para as
doenças enumeradas na Lei nº. 7.713/1998.
A prioridade de tramitação é também reconhecida aos pacientes
com doenças graves em relação aos processos administrativos federais, na forma da Lei nº 9.784/1999, como, por exemplo, nos processos
de concessão de aposentadoria.
Como são muitos e variados os benefícios, dependendo de leis
federais, estaduais e municiais, a melhor saída é sempre buscar um
advogado com conhecimento na matéria. Aqueles que não puderem
pagar os honorários de um advogado especializado poderão buscar
auxílio de um defensor público.
Existem também muitas associações que defendem os interesses
dos portadores de doenças crônicas ou graves, como, além das associações de portadores de câncer, etc. Nelas é possível conseguir muita
informação, apoio e, em alguns casos, orientação jurídica.
*Maurício Dantas Góes e Góes é advogado mestre em Direito Público, sócio fundador do escritório Lapa & Góes e Góes Advogados Associados, e professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal
da Bahia (UFBA).
Profilaxia auxilia na qualidade de vida de portadores de hemofilia
om propósito de reduzir o número de hemartroses,
sangramento interno da articulação e hemorragias
de uma forma geral, surgiu a profilaxia, tratamento
domiciliar que consiste na aplicação do concentrado de fator
de coagulação de 1 a 3 vezes por semana, implementado pelo
Ministério da Saúde e disponibilizado pelo SUS.
O auxílio a pessoas portadoras de hemofilia é feito
pela Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), que orienta
e auxilia os pacientes sobre como ter qualidade de vida. “A
profilaxia é a única forma das pessoas com hemofilia terem
suas articulações preservadas e exercerem a cidadania com
independência e autonomia e serem inseridas na sociedade
com as oportunidades de qualquer cidadão brasileiro”, afirma
a presidente Mariana Battazza Freire.
O tratamento muda a realidade dos pacientes com hemofilia,
pois deixam de fazer a aplicação apenas quando há hemorragias
que podem ser externas e internas e dependendo da intensidade
causam sequelas ou até mesmo a morte.
O procedimento é recomendado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) e padrão em países como Estados Unidos, Canadá
e Dinamarca, Argentina e Venezuela. Segundo o relatório do
Tribunal de Contas da União e a Federação Mundial de Hemofilia,
a relação de consumo de fator de coagulação x qualidade de vida
comprova que é necessário ter 3UIs de fator de coagulação per
capita para o paciente obter independência funcional, por isto
a Federação Brasileira de Hemofilia insiste na necessidade dos
médicos prescreverem profilaxia para todos.
Segundo Mariana Freire, é inadmissível que com os avanços
42
alcançados junto ao Ministério da Saúde (MS), metade da
população com hemofilia ainda não receba o tratamento
adequado ou preventivo, já que a utilização está pela metade
da oferta do MS.
Saiba Mais:
A hemofilia é uma disfunção crônica, genética, não
contagiosa, sendo que 1/3 dos casos, ocorrem por mutação
genética e 2/3 por hereditariedade. Existem dois tipos, que
podem ser classificados entre leve, moderada e grave. A
hemofilia A é a mais comum e representa 80% dos casos,
ocorre devido a deficiência do Fator VIII (FVIII). Já a hemofilia
B ocorre pela deficiência do Fator IX (FIX).
Federação Brasileira de Hemofilia:
Site: http://www.hemofiliabrasil.org.br/
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Hospitalar 2015
Feira recebe 96 mil visitas profissionais com saldo muito positivo sobre os negócios do setor
A
22ª edição da HOSPITALAR Feira e Fórum, maior evento de saúde das Américas, encerrou no dia 22 de maio, em
São Paulo, registrando um total de 96 mil visitas
profissionais, com 5% de crescimento sobre 2014.
O número de visitantes únicos, no entanto, foi bem
maior: 15% acima da edição anterior.
Dirigentes de hospitais, profissionais da saúde,
industriais, distribuidores, compradores internacionais e players da cadeia da saúde de 59 países estiveram na feira para conhecer as tendências em produtos, equipamentos e serviços apresentadas por
1.250 empresas expositoras, de 33 países.
O encontro dos grandes lançamentos da indústria com o mercado formado por hospitais, clínicas
e laboratórios - que vinha refreando compras nos
últimos meses, à espera do que a feira poderia trazer de novidades – foi avaliado pelos expositores
como ‘muito positivo’, gerando negócios que deverão impulsionar o setor de agora até o final do ano.
Ministro e tecnologias avançadas na saúde
- A tradicional presença de lideranças políticas,
empresários nacionais e internacionais também se verificou na HOSPITALAR 2015. Um dos
pontos altos foi a presença do Ministro Aldo
Rebelo, da Ciência e Tecnologia, que além de
conversar com lideranças da indústria médico
-hospitalar e dos hospitais públicos e privados,
fez a palestra de encerramento do Congresso
Internacional de Serviços de Saúde, que tratou
do uso de novas tecnologias, como robótica e
automação, no âmbito dos hospitais brasileiros
e internacionais.
A área de informação da feira, concentrada no
Fórum Hospitalar e seus quase 60 congressos, seminários e eventos conjuntos, funcionou mais uma
vez como multiplicadora de conhecimento e de novas propostas para a cadeia da saúde, atraindo um
público altamente qualificado de cerca de 10 mil
congressistas.
Liliana Popst, Marcio Domingues e Sidney Silva, RCL Comercial/Diagnóstica Sorocaba e Anderson Silva,Biotécnica
Wama
Hospitais compram equipamentos e vendem
serviços - Outro destaque desta edição foi o setor
‘Hospitais Lounge’, que teve como expositores dez
hospitais brasileiros líderes em excelência médica
e inovação de serviços. Instituições como Sírio-Libanês, Einstein, Rede D’Or São Luiz, Beneficência
Portuguesa de São Paulo, HCFMUSP, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Sistema de Saúde Mãe de Deus,
Bandeirantes, Hospital Moinhos de Vento e Grupo
Santa Joana mostraram que são não apenas os me-
Greiner Bio-One
Cral
lhores exemplos de um setor que investe pesado
em equipamentos, produtos, tecnologias e pessoal
qualificado, mas também que estão encabeçando
as mudanças e avanços do mercado brasileiro de
saúde. Estes hospitais participaram da feira dispostos a detalhar suas realizações, investimentos e
programas que já estão sendo compartilhados com
outras instituições privadas e com o poder público,
buscando assegurar mais qualidade, eficiência e humanização no atendimento de saúde.
Celer
Bioclin
Alguns destaques da Feira
Ibramed promove tecnologia que acelera
recuperação de lesões musculares
Neste ano, a Ibramed - empresa brasileira líder
na produção de equipamentos para reabilitação física
e medicina estética - apresentou seus equipamentos
especializados em fisioterapia e reabilitação muscular.
Desde de junho de 2008, a Ibramed trabalha
no desenvolvimento de uma nova tecnologia conhecida como Corrente Aussie. Também conhecida
como Corrente Australiana, seu poder de estimulação sensitiva e motora é bem maior que seus congêneres para uso na Fisioterapia geral e principalmente na Fisioterapia esportiva. Entre as indicações
principais encontram-se fortalecimento muscular,
reeducação motora, fortalecimento após atrofia
por desuso, fortalecimento após Acidente Vascular
Cerebral, redução de edema e drenagem linfática,
modulação da dor, entre outros.
A novidade vem conquistando espaço dentro
da área e trata-se de uma corrente terapêutica alternada com frequência na faixa de kHz (quilohertz)
que promove contrações musculares, além de proporcionar analgesia e drenagem de edemas. Um
dos principais equipamentos que trazem o conceito
é conhecido como Neurodyn Aussie Sport e tem
como objetivo principal acelerar o processo de recuperação em casos de lesões.
“Essa tecnologia é vista como uma evolução na
área da eletroterapia, um recurso a mais para acelerar o tratamento de diversas patologias. Profissionais ressaltam que com o uso da Corrente Aussie
podem ser observados melhores resultados com
menor número de sessões e maior conforto ao paciente, proporcionando excelentes efeitos sobre a
estimulação neuromuscular, afirma Leandro Nunes,
gestor comercial da Ibramed.
Grupo Vera Rosas, líder em registros de produtos médicos
junto à Anvisa, acredita no crescimento do setor
Cuidar de todo o trâmite para a legalização e registros de produtos da área médica é a especialidade
do Grupo Vera Rosas, uma empresa paulista, que há
16 anos oferece esse serviço para empresas nacionais
e internacionais interessadas em vender seus produtos para o mercado interno brasileiro. O Grupo está
em primeiro lugar no quesito Assuntos Regulatórios
no Brasil, ou seja, é a empresa com maior número de
processos submetidos junto à ANVISA.
O Grupo Vera Rosas oferece assessoria integral
desde a legalização da empresa - obtenção das licenças e autorizações necessárias ao funcionamento, junto à Vigilância Sanitária Estadual, Municipal, Federal e
Conselhos de Classe até a publicação dos registros dos
produtos no Diário Oficial da União (DOU).
No primeiro trimestre de 2015 o Grupo já atendeu 47 novas empresas, um crescimento de 33% comparado com o mesmo trimestre de 2014. Segundo a
CEO do Grupo, Vera Rosas, apesar da economia interna sinalizar uma certa letargia, as indústrias da área
médica pelo mundo, ainda apostam no Brasil e procuram cada vez mais terem seus produtos legalizados
por aqui. “Nossa expectativa é crescer 20%, comparando com o ano passado e estamos preparados para
atender muito bem essa demanda, com profissionais
capacitados e bem informados”, enfatiza a CEO. “Lógico que a valorização do dólar, taxas e impostos assustam, mas tem muita empresa apostando em bons
ventos, porque veem o Brasil como um ótimo mercado”, completa Vera Rosas.
Grupo Santa Joana apresenta centro de simulação
O Grupo Santa Joana participou da Feira Hospitalar 2015 com uma grande novidade: o Centro de Simulação Obstétrica, especializado no atendimento materno e neonatal, e que com alta tecnologia incorporada
permite reproduzir as mais diversas situações do ambiente hospitalar com a utilização de manequins de alta
fidelidade que reproduzem fielmente as reações de gestantes e recém-nascidos.
Inbrás
Labor Import
Crescem vendas de divisórias móveis da
BCF no setor da saúde
A BCF Plásticos apresentou sua linha de divisórias móveis sanfonadas em PVC na Hospitalar 2015.
acontece. As vendas de divisórias móveis para o
faturamento da empresa representam aproximadamente 12% do total, e o principal setor que consome esse produto é o da saúde, o que torna esse
evento muito importante para os planos da BCF,
que espera receber mais de três mil visitantes em
seu estande.
Marco Capozzielli, diretor executivo da BCF,
explica que o produto tem agradado o mercado
nacional e internacional. Produzido com PVC de
alto impacto, fácil de instalar, possui manutenção
simplificada além de ser versátil e resistente. “Esse
material, diferente do pano ou da cortina, ajuda na
limpeza e higienização, o que é fundamental para
esse tipo de ambiente, além disso, outra vantagem,
é que todas as peças são substituíveis” – completa
o diretor.
Muitos hospitais adotam as divisórias da BCF e
Bárbara Borges, compradora do Hospital Santa Helena, destaca a durabilidade como um fator importante para a escolha do produto - “quando analisamos a aquisição de divisórias, vimos que o produto
da BCF tinha a melhor relação custo/benefício da
categoria”.
Palestra da Elsevier sobre ClinicalKey
Doutora em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz e Mestre em Cardiologia pela UFRJ, Suzana Alves
Silva ministrou palestra sobre o Clinicalkey no I Fórum IBES de Práticas de Excelência para a Segurança
do Paciente, no dia 20/05. O tema abordado foi: ClinicalKey como sistema de suporte à tomada de decisão clínica. E demonstrou como o ClinicalKey ajuda as instituições a aprimorar ainda mais a qualidade
da assistência aos pacientes e a população.
Panasonic apresenta solução que promove
interação entre paciente e hospital
Através de um dispositivo móvel, pacientes poderão controlar o quarto de forma automatizada e
solicitar serviços de enfermagem, agenda de medicamentos e menu de refeições em tempo real.
A Panasonic traz ao mercado uma solução que
permite facilitar a comunicação entre pacientes e
hospital, além de trazer conforto e comodidade no
atendimento. Com um dispositivo móvel, tablet ou
smartphone, o usuário poderá controlar de forma
automatizada o ambiente do quarto como também
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solicitar diversos serviços apenas com um clique.
Agora ficou fácil escolher o menu das refeições, verificar a agenda dos exames marcados e medicações
periódicas, acionar o serviço de quarto (toalhas, lençóis, limpeza etc), realizar vídeo conferência (com o
médico ou amigos e família) e ainda ter o controle
de todo o ambiente na palma da mão (iluminação,
cortinas, TV, ar condicionado). Essa tecnologia em
prol da eficiência no atendimento foi apresentada
na Hospitalar.
45
Diálogos da ultra modernidade
A saúde do Brasil está na UTI e sem previsão de alta
A saúde brasileira sofreu uma nova derrota. O ajuste fiscal realizado pelo Governo Federal não poupou o
Ministério da Saúde, que terá um corte estimado em
R$ 11,77 bilhões, o segundo colocado entre os cortes
do Executivo, perdendo apenas para o Ministério das
Cidades que deverá ter uma perda de R$ 17,23 bilhões,
segundo os anúncios oficiais. A educação, outra pasta
de prioridade máxima, aponta no terceiro posto e terá
menos R$ 9,42 bilhões em investimentos nos próximos
meses. O cenário que já é ruim nos hospitais brasileiros, deve piorar. E muito. Nossa saúde está na UTI e não
tem perspectiva de cura.
Em meio a tantas denúncias de corrupção e desvio
de verbas, o cidadão brasileiro sofre incrédulo nas filas
dos hospitais e postos de saúde. Como “fulano ou sicrano” ainda não está sendo punido se usou o dinheiro
público que serviu para satisfazer a interesses próprios
e também de uma minoria? Como explicar ao doente
que foram gastos bilhões na malfada Copa do Mundo
e se está gastando mais um tanto em prol das Olimpíadas, enquanto sequer possui saneamento básico onde
mora?
São dúvidas que estão deixando o brasileiro cada
dia mais preocupado e a sociedade cada vez mais “doente”. Não é necessário ser expert em Economia para
saber que o governo gasta mais do que arrecada. Mas
também não é necessário ser especialista em Saúde
para afirmar que negligenciar a área é ceifar vidas, literalmente.
Para reforçar essa tenebrosa e triste tese, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou recentemente um estudo que revelou que o governo brasileiro destina por ano à saúde de cada cidadão menos do
que a média mundial. Os dados apontam que mais da
metade da conta da saúde de um cidadão brasileiro
continua sendo arcada pelo bolso do paciente. Em
média, os gastos públicos nos países ricos chegam a ser
mais de cinco vezes o que o Estado oferece em nosso
país.
O governo brasileiro destinou em média a cada cidadão US$ 512 por ano em saúde. O valor, referente a 2012,
é quase cinco vezes superior ao que se investia em 2000,
quando o gasto público com saúde era de apenas US$ 107
por ano.
Apesar do crescimento, a constatação da OMS é de que
os valores continuam abaixo da média mundial. Segundo
a entidade, os gastos públicos com saúde no mundo em
2012 foram de US$ 615,00 por pessoa.
A disparidade com os gastos dos países ricos é ainda
maior. Em média, os países desenvolvidos destinaram US$
2,8 mil a cada um de seus cidadãos em contas de saúde.
Em alguns casos, os gastos são mais de dez vezes superiores aos do Brasil.
Na Noruega, por exemplo, o Estado arcou em média
com US$ 7,9 mil em saúde para cada um de seus cidadãos.
No Japão, os gastos públicos chegam a US$ 3,9 mil por pessoa, contra US$ 6,3 mil em Luxemburgo e US$ 5,9 mil na
Suíça. Nos Estados Unidos, os gastos com saúde que acabam nas contas do Estado também são superiores às do
Brasil. Em média, por ano, um americano consome US$ 4,1
mil do governo. Mesmo em Portugal, os gastos públicos
são mais de duas vezes superiores aos do Brasil em termos
per capita.
Outra constatação da OMS é de que, no Brasil, quem
paga ainda pela saúde é o paciente, por meio de planos
de saúde ou gastos privados. No país, 47,5% da conta
final da saúde é arcada pelo poder público, contra 52,5%
da conta para o cidadão. Na média mundial, a proporção
é exatamente a oposta: 57,6% dos gastos com saúde são
arcados por governos, contra 42,3% pagos pelos cidadãos.
Apesar da diferença entre os gastos com a saúde no
E
X
P
E
D
I
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N
T
E
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Brasil e a relação com o restante do mundo, a OMS
aponta que o País tem feito certo progresso nos últimos
anos. Em 2000, 4,1% do orçamento nacional do estado
ia para a saúde. Em 2012, essa taxa chegou a 7,9%.
No mundo, porém, os dados da OMS revelam que
em média governos destinam 14% de seus orçamentos
nacionais para a saúde. Nos países ricos, a taxa é de
16,8%. No total, 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro é destinado para a saúde em 2012, contra
7,2% em 2000.
Ou seja, esses dados revelam que o nosso futuro
será ainda mais preocupante, pois a saúde não parece ser a prioridade do atual governo (aliás, foi de
algum?). Além dos problemas crônicos que já temos,
devemos ter novas crises e situações agravadas nos
hospitais públicos das grandes, médias e pequenas
cidades. Isso porque o atual orçamento já não é suficiente para solucionar os atuais buracos no atendimento ao paciente. Se o pouco é insuficiente, o menos
levará ao caos.
Talvez estejamos vivendo um tempo em que
merece sobreviver apenas o mais forte, como uma
espécie de seleção natural. Não seria papel do governo buscar um tratamento diferenciado para os
mais pobres, dando-lhes condições para alcançar
uma condição digna? Há dignidade sem educação e
sem saúde?
* Sandra Franco é consultora jurídica especializada
em direito médico e da saúde, presidente da Comissão
de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico-Hospitalar da OAB de São José dos Campos (SP), presidente
da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde,
membro do Comitê de Ética da UNESP para pesquisa em
seres humanos e Doutoranda em Saúde Pública – [email protected]
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