baixe aqui - XXXIV Congresso da SOCESP
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30, 31 de maio 01 de junho de 2013 Transamerica Expo Center • São Paulo – SP Suplemento Especial da Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Diretoria da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Biênio 2012-2013 Presidente: Carlos Costa Magalhães Vice–Presidente:Francisco Antonio Helfenstein Fonseca 1º Secretário: Rui Manuel dos Santos Povoa 2º Secretário: José Carlos Aidar Ayoub 1º Tesoureiro: Rui Fernando Ramos 2º Tesoureiro: Celso Biagi Diretora Científica:Fernanda Marciano Consolim Colombo Diretor de Publicações: Diretor de Regionais: Diretor de Promoção e Pesquisa: Diretor de Informática: Diretor Qualidade Assistencial: Diretor do Centro de Emergências: João Fernando Monteiro Ferreira José Luiz Aziz Andrei Carvalho Sposito João Manoel Rossi Neto Silas dos Santos Galvão Filho Agnaldo Píspico Conselho Editorial / Biênio 2012-2013 Álvaro Avezum Amanda G. M. R. Sousa Angelo Amato V. de Paola Antonio Augusto B. Lopes Antonio Carlos de C. Carvalho Antonio Carlos Pereira Barretto Antonio de Pádua Mansur Ari Timerman Auristela Isabel O. Ramos Beatriz Bojikia Matsubara Benedito Carlos Maciel Bráulio Luna Filho Bruno Caramelli Caio de Brito Vianna Carlos Alberto Buchpiguel Carlos Costa Magalhães Carlos Eduardo Rochitte Carlos V. Serrano Jr. Celso Amodeo Dalmo Antonio R. Moreira Daniel Born Dante Marcelo A. Giorgi Dirceu Rodrigues Almeida Edson Stefanini Expedito E. Ribeiro da Silva Fabio Jatene Fausto Feres Felix José Alvarez Ramires Fernanda Consolin Colombo Fernando Bacal Fernando Nobre Flavio Tarasoutchi Francisco Antonio H. Fonseca Francisco Rafael M. Laurindo Henry Abensur Ibrahim Masciarelli Pinto Ieda Biscegli Jatene João Fernando Monteiro Ferreira João Manoel Rossi Neto João Nelson R. Branco Jorge Eduardo Assef José Carlos Nicolau José Carlos Pachon Mateos José Francisco Kerr Saraiva José Henrique Andrade Vila José Lazaro de Andrade José Soares Jr. Katashi Okoshi Kleber G. Franchini Leopoldo Soares Piegas Lilia Nigro Maia Luiz Antonio Machado César Luiz Eduardo Mastrocola Luiz Felipe P. Moreira Marcelo B. Jatene Marcelo Bertolami Marcelo Luiz C. Vieira Marcus Vinicius Simões Maria Cristina Oliveira Izar Maria Teresa Nogueira Bombig Maria Virginia T. Santana Mauricio Ibrahim Scanavacca Max Grimberg Miguel Antonio Moretti Nabil Mitre Nelson Kasinsky Orlando Campos Filho Otavio Rizzi Coelho Paola Emanuela P. Smanio Paulo Andrade Lotufo Paulo José Ferreira Tucci Paulo M. Pêgo Fernandes Pedro Silvio Farsky Raul Dias dos Santos Filho Renato Azevedo Romeu Sérgio Meneghelo Rui Manuel dos Santos Póvoa Ulisses Alexandre Croti Valdir Ambrosio Moises Valter Correia de Lima William Azem Chalela O Suplemento Especial da Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (ISSN 0103-8567) é editado pela Diretoria de Publicações da SOCESP, Avenida Paulista, 2073 – Horsa I, 15º andar, cj. 1512 – CEP 01311-940 – Cerqueira César – São Paulo – SP Tel.: (11) 3179-0044 / E-mail: [email protected] / Website: www.socesp.org.br. As mudanças de endereço, a solicitação de números atrasados e as cartas ao Editor deverão ser dirigidas à Socieade de Cardiologia do Estado de São Paulo, na sede da SOCESP. É proibida a reprodução total ou parcial de quaisquer textos constantes desta edição sem autorização formal e expressa de seus editores. Produção Editorial e Gráfica: Farol Editora – Impressão: Gráfica Regente Para pedidos de reprints, por favor contate: SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo / Diretoria de Publicações / Tel.: (11) 3179-0051 / E-mail: [email protected] Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 i Órgão Oficial da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Publicação Trimestral / Published Quarterly Dados de Catalogação na Publicação Internacional (CIP) Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo São Paulo – SP, Brasil, V . 1 – 1991 – Inclui suplementos e números especiais. Substitui Atualização Cardiológica, 1981 – 91 1991, 1:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A) 1992, 2:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1993, 3:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1994, 4:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1995, 5:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1996, 6:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1997, 7:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1998, 8:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 4 (supl B), 5 (supl A), 6 (supl A) 1999, 9:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2000,10:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2001,11:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2002,12:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2003,13:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2004,14:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2005,15:1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 5 (supl B), 6 (supl A) 2006,16:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2007,17:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2008,18:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2009,19:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2010,20:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2011,21:1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2012, 22: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2013, 23: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B) ISSN 0103-8567 RSCESP 72594 CDD 16 616.105 NLM W1 WG100 CDU 616.1(05) Associação Paulista de Bibliotecários / Grupo de Bibliotecários Biomédicos Normas para catalogação de publicações nas bibliotecas especializadas. São Paulo, Ed. Polígono, 1972. Indexada em: LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (www.bireme.br) Latindex – Sistema Regional de Información em Línea para Revistas Científicas de América Latina, El Caribe, España y Portugal (www.latindex.unam.mx) Impressa no Brasil Tiragem: 1.000 exemplares ii Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Mensagem aos Congressistas. ................................................................................................................4 Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica..........................................................................5 Comissão de Seleção de Temas Livres – Departamentos.......................................................................9 Comissão Julgadora do Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”..........................................................11 Comissão Julgadora do Prêmio Melhor Pesquisa Básica “Cantídio de Moura Campos Filho”.........................................11 Comissão Julgadora do Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher”.......................................................................................11 Comissão Julgadora do Prêmio Mérito Interdisciplinar......................................................................................................11 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt”..........................................................12 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Pesquisa Básica “Cantídio de Moura Campos Filho”...........................................13 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher”.......................................................................................14 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Mérito Interdisciplinar......................................................................................................15 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso............................................................................................17 Índice dos Autores dos Temas Livres e Pôsteres da Área Médica.......................................................20 Índice dos Autores dos Temas Livres e Pôsteres dos Departamentos..................................................81 Temas Livres da Área Médica............................................................................................................116 Pôsteres da Área Médica...................................................................................................................157 Temas Livres dos Departamentos.......................................................................................................207 Pôsteres dos Departamentos...............................................................................................................225 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 1 Presidente do XXXIV Congresso da SOCESP: Ieda Biscegli Jatene Coordenador Científico Maurício Wajngarten Coordenador de Tema Livre Ibraim Masciarelli Pinto Coordenador de Casos Clínicos Edson Renato Romano Coordenador de Infraestrutura e Hands-On João Fernando Monteiro Ferreira Comissão Executiva Coordenador: Miguel Antonio Moretti Membros: Ari Timerman, Edson Stefanini, Fernando Nobre, Leopoldo Soares Piegas, Otavio Rizzi Coelho Comissão de Tema Livre Coordenador: Ibraim Masciarelli Pinto. Membros: Claudia Maria Rodrigues Alves, Fernando Augusto Alves da Costa, Francisco Carlos da Costa Darrieux, Juliano Lara Fernandes Comissão de Casos Clínicos Coordenador: Edson Renato Romano Membros: Jose Francisco Kerr Saraiva, Otavio Rizzi Coelho Filho, Silas dos Santos Galvão Filho Comissão de Infraestrutura e Laboratório de Educação Interativo Coordenador: João Fernando Monteiro Ferreira Membros: Alberto F Piccolotto Naccarato, Alexandre Murad Neto, Carlos Pedra, Ibraim Masciarelli Pinto, Marcelo Biscegli Jatene, Marcelo José de C. Cantarelli, Marcio Jansen de Oliveira Figueiredo, Marcos Valério C. Resende, Mucio Tavares de Oliveira Junior, Paulo Manuel Pego Fernandes, William Azem Chalela Comissão Científica Coordenador: Mauricio Wajngarten Membros: Agnaldo Pispico, Auristela Isabel de Oliveira Ramos, Carlos Alberto Pastore, Fabio Sandoli de Brito Jr., Felix Jose Alvarez Ramires, Hermes Toros Xavier, Jorge Eduardo Assef, Jose Carlos Pachon Mateos, José Honorio de A. Palma da Fonseca, Luiz Antonio Machado Cesar, Marcio Jansen de Oliveira Figueiredo, Nabil Ghorayeb, Otavio Celso Eluf Gebara, Otávio Rizzi Coelho, Patricia Figueiredo Elias, Paulo José Ferreira Tucci, Rui Manuel dos Santos Povoa, Sergio Almeida de Oliveira Comissão Social e Eventos Coordenadora: Isabel Regina Kaufmann Moreira Membros: Alberto F Piccolotto Naccarato, Beatriz Freitas Jatene, Ieda Maria Liguore Fernandes, João Chaker Saba Comissão Encontro Estadual de Serviços de Cardiopatias Congênitas Coordenador: Edmar Atik Comissão Grandes Destaques Coordenador:: Antonio Carlos Palandri Chagas Fórum Socesp Permanente de Prevenção Presidente: Adib Domingos Jatene Coordenador: Mauricio Wajngarten Membros: Alvaro Avezum Jr., Bruno Caramelli, Fernando Nobre, Jose Francisco Kerr Saraiva, Moacyr Roberto Nobre, Otávio Rizzi Coelho, Protásio Lemos da Luz, Carlos Alberto Machado Diretorias dos Departamentos Biênio 2012-2013 Educação Física e Esporte Diretora Executiva: Denise de Oliveira Alonso Secretária: Andréia Cristiane Carrenho Queiroz Diretora Científica: Alessandra Medeiros Diretora Científica: Ivana Cynthia de Moraes da Silva Diretor Científico: Maria Urbana Pinto Brandão Odontologia Diretor Executivo: Frederico Buhaten Medeiros Secretária: Ana Carolina Porrio de Andrade Diretora Científica: Levy Anderson Cesar Alves Diretora Científica: Maria Cristina Marino de Oliveira Diretora Científica: Lilia Timerman Enfermagem Diretora Executiva: Ivany M. de Carvalho Baptista Secretária: Rita de Cássia R. de Macedo Diretora Científica: Rita de Cassia Gengo e Silva Diretora Científica: Rosa Bosquetti Diretora Científica: Andrea Cotait Ayoub Psicologia Diretora Executiva: Simone Kelly Niklis Guidugli Secretária: Priscila Regina Torres Bueno Diretora Científica: Greici Maestri Bussoletto Diretora Científica: Mary Lee Faria Norris N. Foz Diretora Científica: Sirlei Pereira Nunes Fisioterapia Diretora Executiva: Solange Guizilini Secretária: Valéria Papa Diretora Científica: Vera Lúcia dos Santos Alves Diretora Científica: Vanessa Marques Ferreira Mendez Diretor Científico: Robison José Quitério Serviço Social Diretora Executiva: Elaine Fonseca Amaral da Silva Secretária: Teresinha Auad de Carvalho Diretora Científica: Maria Barbosa da Silva Diretora Científica: Regina Varga Amuri Diretora Científica: Sandra dos Santos Cruz Nutrição Diretora Executiva: Regina Helena Marques Pereira Secretária: Marcia Maria Godoy Gowdack Diretora Científica: Tais Cleto Lopes Vieira Diretora Científica: Bianca Masuchelli Chimenti Naves Diretora Científica: Cibele Regina Laureano Gonsalves 2 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Diretorias das Regionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Biênio 2012-2013 Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Silvio Cembranelli Neto Roberto Andres Gomez Douglas Rogério Krakauer João Parisi Neto Marília Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Araçatuba Presidente: Diretor Cientifico: 1° Secretário: 2° Secretário: Helena Cordeiro Barroso Marcio Coutinho da Silveira Paulo Francisco M. de Barros Lillian Salvador do Amaral Asseis Piracicaba Presidente: Diretora Cientifica: 1° Secretário: 2° Secretário: Araraquara Presidente: Diretor Cientifico: 1° Secretário: 2° Secretário: Antonio Carlos Braga de Moraes Joaquim Meireles Resende Filho Helio Marques Malavolta Edson Akira Kusumoto Presidente Prudente Presidente: Orlando Henrique de Melo Sobrinho Diretor Cientifico: Margaret Assad Cavalcante 1° Secretário: Nabil Farid Hassan 2° Secretário: Henrique Issa Artoni Ebaid Araras Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Fernando Candido Martins Jose Joaquim Fernandes Raposo Fo Sandra Regina Hurtado Antonio Carlos Assumpção Ribeirão Preto Presidente: Paulo Cesar Grandini Diretor Científico: Fernando Nobre 1° Secretário: Moyses de Oliveira Lima Filho 2° Secretário: Antonio Eduardo Pellegrino Bauru Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Christiano Roberto Barros Julio Cesar Vidotto Caio Mario de Almeida Pessoa Rubens Emil Cury Santos Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Carlos Alberto Cyrillo Sellera William da Costa Suely Correa Cardoso dos Santos Arnaldo Teixeira Ribeiro Botucatu Presidente: Silméia Garcia Zanati Diretora Científica: Meliza Goi Roscani 1° Secretário: Daniéliso Renato Fusco 2° Secretário: Ricardo Mattos Ferreira São Carlos Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: José Cesar Briganti Sergio Luis Berti João Paulo Marrara Roberto Mário Machado Verzola Campinas Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Juliano de Lara Fernandes Fabio Rossi Dos Santos Daniel Lages Dias Aloísio Marchi da Rocha São José do Rio Preto Presidente: José Fernando Vilela Martin Diretor Cinetífico: Maria Helena Mandi Dias Sardilli 1° Secretário: Maria Christiane Valéria B. Braile 2° Secretário: Adriana Pinto Bellini Miola Franca Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Luiz Alfredo Husemann Patti Rossini Rodrigues Machado Ricardo Pereira C. de Oliveira Carlos Alves Pereira Sorocaba Presidente: Diretor Cientifico: 1° Secretário: 2° Secretário: Jundiaí Presidente: Diretor Científico: 1° Secretário: 2° Secretário: Paulo Alexandre da Costa Luis Anibal Larco Patino Alberando Genari Filho Elizeu de Sousa Santos Vale do Paraíba Presidente: Fábio Roberto da Silva Baptista Diretor Científico: Pedro Augusto Pascoli 1° Secretário: Carlos Expedito Bento Leitão 2° Secretário: Bruno Augusto Alcova Nogueira ABCDM André dos Santos Moro Ronaldo de Oliveira Junior Pascoal Trevizan Neto Alexandre Rodrigues Francisco Ramos Farina Celise Alessandra Sobral Denardi Humberto Magno Passos Jorge Bertoldi Junior Otávio Ayres da Silva Neto Cássia Eliane Kusnir Márcia Cristina Gambaro Carmignani Ned Maciel Oliveira Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 3 Mensagem aos Congressistas Prezado (a) congressista É motivo de grande alegria a credibilidade que o Congresso da SOCESP tem na comunidade científica, o que é traduzido pelo maciço envio de temas livres para serem apresentados durante nosso encontro anual. Neste ano, igualamos a marca atingida em 2012 e mais de 1.200 trabalhos foram analisados pela comissão julgadora. Chamou a atenção, por outro lado, a elevada qualidade do material submetido, o que pode ser confirmado pelo fato de que a diferença entre as notas foi a menor de toda a história de nossos congressos. Foi, portanto, depois de árduo trabalho por parte da comissão julgadora, que foram selecionados 551 trabalhos para serem apresentados em sessões orais e de pôster, que representam muito do que há de melhor na produção científica nacional. Alguns destes temas concorrem aos prêmios das categorias Jovem Pesquisador – “Josef Feher”, Pesquisa Básica – “Cantídio Moura Campos Filho” e Pesquisa Aplicada – “Luiz Veneré Decourt”. As sessões relativas a estes prêmios receberão destaque especial, os trabalhos serão julgados por comissões renovadas e que terão a difícil tarefa de escolher os vencedores. A todos os componentes destas comissões já envidamos nossos agradecimentos antecipados. É assim, com sensação de dever cumprido que agradeço em especial a todos que enviaram seus trabalhos, à comissão julgadora, aos colaboradores da SOCESP, à SD Eventos e à IW que foram fundamentais para que terminássemos mais esta tarefa a contento. Esperamos que os trabalhos apresentados neste congresso em muito contribuam para o enriquecimento da pesquisa científica nacional. Ibraim Masciarelli Pinto Coordenador de Temas Livres do XXXIV Congresso 4 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica NOME CIDADE Abílio Augusto Fragata Filho São Paulo Adalberto Menezes Lorga São José do Rio Preto Adalberto Menezes Lorga Filho São José do Rio Preto Agnaldo Pispico Araras Alberto Liberman Campinas Almir Sergio Ferraz São Paulo Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa São Paulo Amit Nusbacher São Paulo Ana Paula Marte Chacra São Paulo Andre Labrunie São Paulo Andrea Claudia Sousa Abizaid São Paulo Angelo Amato Vincenzo de Paola São Paulo Antoninho Sanfins Arnoni São Paulo Antonio Sergio Tebexreni São Paulo Antonio Carlos Carvalho São Paulo Antonio Carlos Mugayar Bianco São Paulo Antonio Carlos Palandri Chagas São Paulo Antonio Carlos Pereira Barretto São Paulo Antonio Casella Filho São Paulo Antonio de Pádua Mansur São Paulo Ari Timerman São Paulo Áurea Jacob Chaves São Paulo Auristela Isabel de Oliveira Ramos São Paulo Barbara Maria Ianni São Paulo Beatriz Bojikian Matsubara São Paulo Bruno Caramelli São Paulo Bruno Mahler Mioto São Paulo Caio Brito Vianna São Paulo Carlos Alberto Buchpiguel São Paulo Carlos Alberto Cyrilo Sellera São Paulo Carlos Alberto Pastore São Paulo Carlos Costa Magalhães São José dos Campos Carlos Eduardo Rochitte São Paulo Carlos Vicente Serrano Junior São Paulo Célia Maria Camelo Silva São Paulo Celso Amodeo São Paulo Cesar Augusto Esteves São Paulo Cesar José Grupi São Paulo Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 5 Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica 6 NOME CIDADE Claudia Felicia Gravina São Paulo Claudia Maria Rodrigues Alves São Paulo Claudio Cirenza São Paulo Dalmo Antonio Ribeiro Moreira São Paulo Daniel Branco de Araujo São Paulo Dante Marcelo Artigas Giorgi São Paulo Desidério Favarato São Paulo Dikran Armaganijan São Paulo Edileide de Barros Correa São Paulo Edimar Alcides Bocchi São Paulo Edmar Atik São Paulo Edmundo Arteaga Fernandez São Paulo Edson Stefanini São Paulo Eduardo Moacyr Krieger São Paulo Elias Knobel São Paulo Elizabete Giunco Alexandre São Paulo Enio Buffolo São Paulo Expedito Eustáquio Ribeiro da Silva São Paulo Fábio Biscegli Jatene São Paulo Fábio Fernandes São Paulo Fábio Gaiotto São Paulo Fábio Sandoli de Brito São Paulo Fábio Sandoli de Brito Junior São Paulo Fábio Villaça Filho São Paulo Felicio Savioli Neto Cotia Felix José Alvarez Ramires São Paulo Fernanda Marciano Consolim Colombo São Paulo Fernando Augusto Alves da Costa São Paulo Fernando Bacal São Paulo Flavio Antonio de Oliveira Borelli Santo André Flavio Tarasoutchi São Paulo Francisco Antonio H. Fonseca São Paulo Francisco Darrieux São Paulo Francisco Rafael M. Laurindo São Paulo Germano Emilio Conceição Souza São Paulo Gilmar Valdir Greque São Paulo Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira São Paulo Heitor Moreno Junior Campinas Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica NOME CIDADE Heno Ferreira Lopes São Paulo Hermes Toros Xavier Santos Humberto Pierri São Paulo Ibraim Masciarelli Pinto São Paulo Ieda Biscegli Jatene São Paulo Iran Gonçalves Junior São Paulo Japy Angelini Oliveira Filho São Paulo Jarbas Jakson Dinkhuysen São Paulo Jayme Diament São Paulo Jeane Mike Tsutsui São Paulo João Fernando Monteiro Ferreira São Paulo João Manoel Rossi Neto São Paulo João Pimenta São Paulo Jorge Eduardo Assef São Paulo José Antonio Franchini Ramires São Paulo José Antonio Marin-Neto São Paulo José Armando Mangione São Paulo José Carlos Aidar Ayoub São José do Rio Preto José Carlos Nicolau São Paulo José Claudio Meneghetti São Paulo José Eduardo Tanus dos Santos São Paulo José Francisco Kerr Saraiva Campinas José Honório de A. Palma da Fonseca São Paulo José Lazaro de Andrade São Paulo José Luiz Balthazar Jacob São José do Rio Preto Juan Carlos Yugar Toledo São José do Rio Preto Juliano Lara Fernandes São Paulo Katashi Okoshi Botucatu Leopoldo Soares Piegas São Paulo Lilia Nigro Maia São José do Rio Preto Luciano Moreira Baracioli São Paulo Ludhmilla Abrahão Hajjar São Paulo Luis Alberto Oliveira Dallan São Paulo Luis Antonio Machado Cesar São Paulo Luis Henrique Wolff Gowdak São Paulo Luiz Antonio Gubolino Potirendaba Luiz Aparecido Bortolotto São Paulo Luiz Carlos Bento de Souza São Paulo Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 7 Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica 8 NOME CIDADE Luiz Eduardo Mastrocolla São Paulo Luiz Felipe Pinho Moreira São Paulo Marcelo Chiara Bertolami São Paulo Marcelo Eidi Ochiai São Paulo Marcelo Ferraz Sampaio São Paulo Marcelo José Carvalho Cantarelli São Paulo Marco Antonio Perin São Paulo Maria Angelica Binotto São Paulo Maria Cecília Solimene São Paulo Maria Claudia Irigoyen São Paulo Maria Cristina de Oliveira Izar São Paulo Martino Martinelli Filho São Paulo Mauricio Ibrahim Scanavacca São Paulo Mauricio Wajngarten São Paulo Max Grinberg São Paulo Miguel Antonio Moretti São Paulo Nabil Ghorayeb São Paulo Neusa A. Forti São Paulo Neuza Helena Lopes São Paulo Orlando Campos Filho São Paulo Osvaldo Kohlmann Junior São Paulo Oswaldo Passarelli Junior São Paulo Oswaldo Tadeu Greco São José do Rio Preto Otavio Celso Eluf Gebara São Paulo Otavio Rizzi Coelho Campinas Paola Smanio São Paulo Patrícia Figueiredo Elias São Paulo Paulo de Lara Lavitola São Paulo Paulo de Tarso Jorge Medeiros São Paulo Paulo Manuel Pego Fernandes São Paulo Paulo Roberto Nogueira São José do Rio Preto Pedro Alves Lemos Neto São Paulo Raul Dias dos Santos Filho São Paulo Renato Barroso Pereira de Castro Ribeirão Preto Roberto Alexandre Franken São Paulo Roberto Rocha C.V. Giraldez São Paulo Rodrigo Bellio de Mattos Barretto São Paulo Romeu Sergio Meneghelo São Paulo Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Comissão de Seleção de Temas Livres – Área Médica NOME CIDADE Rui Fernando Ramos São Paulo Rui Manuel dos Santos Povoa São Paulo Samira Saady Mohry São Paulo Sergio Ferreira Oliveira São Paulo Silas dos Santos Galvão Filho São Paulo Silvia Helena Gelas Lage São Paulo Tania Leme Rocha Martinez São Paulo Valdir Ambrosio Moises São Paulo Valter Correia de Lima São Paulo Vera Maria Cury Salemi São Paulo Walkiria Samuel Ávila São Paulo Willian Azem Chalela São Paulo Wilson Mathias Junior São Paulo Zilda Machado Meneghelo São Paulo Comissão de Seleção de Temas Livres – Departamentos Educação Física NOME CIDADE Alessandra Medeiros São Paulo Anderson Sarans Zago Ribeirão Preto Andréia Cristiane Carrenho Queiroz São Paulo Angelina Zanesco Rio Claro Bruno Rodrigues São Paulo Claudia Lucia de Moraes Forjaz São Paulo Daniel Godoy Martinez São Paulo Denise de Oliveira Alonso São Paulo Ivana Cynthia de Moraes Silva São Paulo Ivani Credidio Trombetta São Paulo Júlio Ferreira São Paulo Kátia de Angelis São Paulo Luciana Diniz Nagem Janot de Matos São Paulo Maria Urbana Pinto Brandão Rondon São Paulo Marisa Passarelli São Paulo Paulo Rizzo Ramires São Paulo Sandra Lia do Amaral Bauru Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 9 Comissão de Seleção de Temas Livres – Departamentos ENFERMAGEM Alexandre Pazetto São Paulo Ana Maria Cavalheiro São Paulo Andrea Cotait Ayoub São Paulo Consuelo Garcia Correa São Paulo Elisabete Sabetta Margarido São Paulo Eugenia Velludo Veiga São Paulo Fumico Sonoda São Paulo Ivany Machado de Carvalho Baptista São José dos Campos Juliana De Lima Lopes São Paulo Letícia De Carvalho Zanatta Daniel São Paulo Maria Keiko Assakura São Paulo Rita de Cássia Gengo e Silva São Paulo Rita de Cássia Ribeiro de Macedo São Paulo Rosa Bosquetti São Paulo fisioterapia Renata Trimer São Paulo Vera Lucia dos Santos Alves São Paulo Solange Guizilini São Paulo nutrição Ana Carolina Moron Galhiardi São Paulo Lis Proença Vieira São Paulo Marcelo Eidi Ochiai São Paulo Marcia Maria Godoy Gowdak São Paulo Regina Helena Marques Pereira São Paulo odontologia Ana Carolina Porrio de Andrade São Paulo Frederico Buhatem Medeiros São Paulo Levy Anderson São Paulo psicologia Alessandra Akamine São Paulo Eloisa Hilsdorf Gimenez São Paulo SERVIÇO SOCIAL 10 Maria Barbosa da Silva São Paulo Regina Amuri Vargas São Paulo Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Comissão Julgadora do Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt” Banca Examinadora: Prof. Dr. Gilson Feitosa – Bahia Prof. Dr. Antonio de Pádua Mansur – São Paulo Prof. Paulo Cesar Brandão Veiga Jardim – Goiânia Prof. Dr. Benedito Carlos Maciel – Ribeirão Preto Prof. Dr. Joel Spadaro – Botucatu Comissão Julgadora do Prêmio Melhor Pesquisa Básica “Cantídio de Moura Campos Filho” Banca Examinadora: Prof. Dr. Gilson Feitosa – Bahia Profa. Dra. Carisi Anne Polanczyk – Porto Alegre Prof. Paulo Cesar Brandão Veiga Jardim – Goiânia Prof. Dr. Paulo José Tucci – São Paulo Prof. Dr. Francisco H. Fonseca – São Paulo Comissão Julgadora do Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher” Banca Examinadora: Prof. Dr. Gilson Feitosa – Bahia Profa. Dra. Carisi Anne Polanczyk – Porto Alegre Prof. Paulo Cesar Brandão Veiga Jardim – Goiânia Prof. Dr. André Schimdt – Ribeirão Preto Prof. Dr. Angelo Amato Vicenzo de Paola – São Paulo Comissão Julgadora do Prêmio Mérito Interdisciplinar Banca Examinadora: Francisco Carlos da Costa Darrieux – São Paulo José Carlos Aidar Ayoub – São Paulo Juliano de Lara Fernandes – Campinas Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 11 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt” TL 001 – Preditores multivariados para elevação da troponina em pacientes com Síndrome Coronária Aguda sem Supra de ST LUIZ MINUZZO, Elizabete Silva dos Santos, Ari Timerman, Roberta de Souza INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: As troponinas são os biomarcadores mais sensíveis e específicos para o diagnóstico e prognóstico em pacientes com síndrome coronária aguda (SCA) sem supra de ST (SSST). Quais fatores estão associados com elevação deste biomarcador nesta população tão heterogênea? Objetivo: Determinar as características basais associadas com elevação da troponina I cardíaca (cTnI) em SCASSST. Material e Métodos: Foi um estudo prospectivo de 457 pacientes com SCASSST admitidos de setembro 2009 a outubro de 2010 submetidos à dosagem da cTnI. Foi realizada análise univariada de variáveis clínicas, eletrocardiográficas e laboratoriais com possível associação com elevação da cTnI (> 0,5ng/mL). Variáveis com nível de significância menor que 10% foram selecionadas para análise de regressão logística múltipla. A acurácia preditiva do modelo foi avaliada pela estatística-C. Resultados: Foram 176 (61,1%) homens e a média da idade de 61,2 (±10,6) anos. Elevação da cTnI ocorreu em 169pacientes(36,9%). Duasvariáveis independentes foram associadas com elevação da cTnI: glicemia elevada na admissão hospitalar (Odds Ratio [OR] 1,008; IC 95% 1,003-1,013; p=0,003) e depressão do segmento ST ≥ 0,5 mm em uma ou mais derivações (OR 2,641; IC 95% 1,447-4,818; p=0,0016). O modelo mostrou boa calibração (teste de Hosmer-Lemeshow com p = 0,254) e a estatística-C foi de 0,774(p<0,001).Conclusão: Em pacientes com SCASSST características basais estão associadas com elevação da cTnI. A análise dessas variáveis na admissão pode ajudar a estratificar o risco de eventos adversos dessa população mesmo sem a disponibilidade deste biomarcador. TL 002 – Elevados níveis da cholesteryl ester transfer protein (CETP) na fase aguda do infarto do miocárdio se associam a reduzido fluxo coronariano, hipoperfusão miocárdica e maior mortalidade em 30 dias, sem interferir na resposta oxidativo-inflamatória Luiz Sergio F de Carvalho, Natalia Panzoldo, Simone Santos, Vitor V Wilson, Fernanda Amaral, Eliana Cotta de Faria, Andrei Sposito FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL Introdução: Nos últimos anos, os inibidores da cholesteryl ester transfer protein (CETP) têm ganhado atenção em função de seu efeito sobre as lipoproteínas. Entretanto, evidências também indicam que a CETP pode ter ação endotelial e favorecer a trombogenicidade arterial, mas seu papel no contexto do infarto do miocárdio é desconhecido. Neste contexto, avaliamos o impacto da atividade da CETP sobre a função endotelial, fluxo coronariano e perfusão miocárdica, bem como sobre a sobrevida em curto prazo em pacientes com IMCSST. Método: Pacientes consecutivos (n=116) com IMCSST foram acompanhados prospectivamente. Medidas dos níveis plasmáticos de PCR, IL-2, TNFα, 8-isoprostana, óxido nítrico (NOx) e da atividade da CETP (%) foram obtidas nas primeiras 24h (D1) e 5o dia (D5) após os sintomas do IM. Antes e após angioplastia da artéria culpada foram medidos o myocardial blush grade (MBG) e o TIMI flow. No D30 foi realizada medida da dilatação fluxo-mediada (FMD) da artéria braquial por meio de ultrassonografia. Resultados: Apesar de não haver relação entre a atividade de CETP à admissão e a variação entre D1/ D5 dos níveis plasmáticos de PCR, IL-2, TNFα ou 8-isoprostana, pacientes com atividade de CETP > mediana apresentaram pior fluxo coronário (TIMI flow<3, ORajustado=22,1 IC95% 2.7–180;p=0.004) e pior perfusão miocárdica pós-angioplastia (MBG<3, ORajustado=20.4 IC 1.8–101;p=0.001), comparado com aqueles com atividade de CETP < mediana. Regressões logísticas mostraram que elevada atividade 12 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt” de CETP foi um preditor independente da incidência de mortes e reinfarto em 30 dias (OR=12.8, IC 1.3–132,p=0.032), bem como disfunção endotelial (FMD<mediana, OR=3.08, IC 1.01–1.12,p=0.048). Consistentemente, com o objetivo de avaliar se a atividade da eNOS seria crítica para a associação entre CETP e disfunção endotelial, observamos que apenas na presença do alelo T do polimorfismo rs1799983 da eNOS a correlação entre CETP e FMD se manteve (R=-0.602,p=0.002; ANCOVA ajustado p=0.04). Conclusões: Este é o primeiro estudo a sugerir relação entre elevada atividade de CETP na fase aguda do IMCSST e o aumento na incidência de mortes e reinfarto após 30 dias. O estudo ainda indica uma associação entre exacerbada atividade de CETP e pior qualidade de reperfusão pós-angioplastia e disfunção endotelial. TL 003 – Diagnóstico precoce de disfunção diastólica em pacientes com doenças hematológicas malignas submetidos a regime de quimioterapia. Resultados preliminares Abduch MC, Vieira M, Alencar A, Coracin F, Barban A, Saboya R, Dulley F, Mathias W INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, INSTITUTO DE FÍSICA DA USP - São Paulo - SP - BR, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP - São Paulo - SP - BR Introdução. O desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas tem conferido a pacientes com câncer a possibilidade de cura ou de manter a doença sob controle; porém a quimioterapia predispõe à lesão cardíaca, que pode evoluir para Insuficiência Cardíaca Congestiva. Novos parâmetros de análise da mecânica cardíaca e de fluidos vem sendo usados para o estudo da função miocárdica, visando o diagnóstico precoce e controle da evolução da doença. Este estudo objetiva detectar precocemente disfunção miocárdica secundária à quimioterapia em pacientes com doenças hematológicas malignas. Métodos. Foram arrolados pacientes com leucemia e linfoma, submetidos à quimioterapia, sem doenças cardíacas conhecidas. Voluntários saudáveis formaram o grupo controle. Parâmetros ecocardiográficos convencionais de análise da função miocárdica foram usados. O strain global longitudinal, circunferencial e radial do ventrículo esquerdo (VE) foram determinados pelo speckle tracking (STE) 2D e 3D; o strain de área mensurado pelo STE 3D; a torção, velocidade do twist e o untwisting/velocidade do untwisting estudados pelo STE 2D. O tempo de formação do vórtex (VFT) do VE durante o enchimento diastólico rápido foi estimado pela planimetria da valva mitral (VM) e pelo Doppler Pulsátil da via de entrada do VE, de acordo com a fórmula: VFT= 4(1-ß)/π α3x FEVE; onde: 1-β= contribuição da onda E ao volume ejetado pelo VE, α3= variável volumétrica relacionada à área da VM. Análise Estatística. Teste t de Student, nível de significância= 5%. Resultados. Ver Tabela. Conclusões. Apesar das diferenças no VSFVE, FEVE e E´entre os dois grupos, os valores ainda estão na faixa de normalidade para os pacientes submetidos à quimioterapia, não sendo notados no âmbito clínico. O SGL 3D tendeu a ser menor entre os pacientes, sugerindo que talvez seja uma variável mais acurada na análise da função sistólica do VE do que o SGL 2D. O VFT é uma medida do melhor desenvolvimento do vórtex no interior do VE: reflete a eficiência do enchimento ventricular e, portanto, da ejeção. Este índice foi menor nos pacientes com doenças hematológicas malignas submetidos à quimioterapia, indicando prejuízo ao impulso e empuxo, sugerindo assim ser um marcador mais precoce de disfunção diastólica neste grupo. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 12a Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt” TL 004 – Avaliação Seriada com Tomografia de Coerência Óptica do Novo Suporte Vascular Bioabsorvível Liberador de Novolimus no Estudo DESolve NX Daniel Chamié, Alexandre Abizaid, J. Ribamar Costa Jr., Ricardo Costa, Andrea Abizaid, John Ormiston, Stefan Verheye, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamentos: No estudo DESolve FIM, o suporte vascular bioabsorvível (SVB), composto de ácido poli-L-láctico e liberador de Miolimus, demonstrou ausência de descontinuidade estrutural pósimplante e de recolhimento tardio aos 6 meses, com baixo percentual de obstrução (13%) e uniforme cobertura das hastes (98.7%). Visamos apresentar análise seriada com tomografia de coerência óptica (TCO) da versão liberadora de Novolimus do DESolve, investigada no estudo DESolve NX Métodos: 126 pts com lesões coronárias únicas foram incluídos em 13 centros. Apresentamos os resultados dos primeiros 25 pts que completaram avaliação seriada (pós-procedimento e 6 meses) com TCO, cujas imagens foram analisadas em laboratório central independente, com intervalos de 0.6mm. Descontinuidade estrutural foi definida como ≥2 hastes sobrepostas no mesmo setor angular, ou por hastes flutuando no lumen em completo desalinhamento com as hastes vizinhas. Variação nas áreas do lumen, SVB e má aposição foram examinadas. Área neointimal aos 6 meses foi computada. Frequência de cobertura e aposição das hastes foi calculada e espessura da neoíntima cobrindo cada haste foi individualmente quantificada Resultados: Adequada expansão (93.75±9.21%) dos SVBs foi obtida pós-implante. Descontinuidade estrutural foi identificada em 2 SVBs, curta (0.07±0.25 mm) e comprometendo apenas 0.24±0.83% de todas 9.781 hastes analisadas pós-procedimento. Durante 6 meses, a área luminal reduziu de 6.80±1.35mm2 para 5.78±1.19mm (p<0.0001), enquanto os SVBs apresentaram expansão media de 18% (6.95±1.32mm2 para 8.19±1.34mm2, p<0.0001). Área neointimal mediu 0.73±0.26mm2, promovendo 11.73±4.12% de obstrução. Aos 6 meses, 9.330 hastes foram analisadas, com 98.7% delas completamente recobertas por fina (0.11±0.03mm) camada de neointima. Má aposicao foi identificada em 9 SVBs (0.19±0.18 mm2) pós-procedimento, persistindo em apenas 2 SVBs (0.47±0.48 mm2) aos 6 meses. Nenhum caso de ma aposicao adquirida foi identificado Conclusões: O SVB DESolve liberador de Novolimus confirma excelente performance aguda, tolerando adequada expansão, virtualmente sem deformidades estruturais. Alta eficiência antiproliferativa foi mantida sem comprometer o alto percentual de cobertura das hastes TL 005 – Moduladores Locais e Sistêmicos do Remodelamento Coronariano Sequencial em Humanos: a Face Oculta da Doença Aterosclerótica Breno A A Falcão, Falcão JLA, Morais GR, Silva RC, Soares PR, Ribeiro EE, Horta PE, Kajita LJ, Kalil-Filho R, Lemos PA INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: O remodelamento vascular não é uma resposta passiva do vaso ao acúmulo ou regressão da placa aterosclerótica. É possível que mediadores inflamatórios sistêmicos e características locais da composição da placa aterosclerótica influenciem nesse processo. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência local da composição do ateroma na reposta de remodelamento coronário, bem como identificar possíveis moduladores sistêmicos envolvidos nessa resposta. Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo com pacientes encaminhados para intervenção coronária percutânea. No tempo basal foram dosados biomarcadores séricos. Realizou-se ultrassom intracoronário com histologia virtual (VH-IVUS) de toda a árvore coronária, com determinação dos componentes do ateroma (fibrótico, fibrolipídico, núcleo necrótico e cálcio denso). Os pacientes foram 12b Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt” seguidos por 4 anos e aqueles submetidos por indicação clínica a reestudo coronário com VH-IVUS foram incluídos nesse estudo. As coronárias foram divididas em segmentos de 10mm a partir do óstio, pareados entre o ultrassom basal e o reestudo, sendo o tronco da coronária esquerda considerado um segmento único. Avaliou-se o remodelamento em cada segmento, a partir da variação do volume indexado da membrana elástica externa (EEM). Resultados: Foram incluídos 52 pacientes com idade média de 57,8+9,1 anos, 64% do sexo masculino e 44% diabéticos. A mediana do tempo de seguimento até o reestudo foi de 20,6 meses. Foram estudados 455 segmentos representando 184 artérias. Predominou o remodelamento constrictivo com variação no volume indexado da EEM de - 0,43 + 2,03 (p<0,01) que correlacionou-se negativamente com o volume indexado basal de componentes não-calcificados da placa (R=0,35; p<0,001). A variação da EEM também correlacionou-se (p<0,05) positivamente com valores séricos basais de IL-6 (R=0,11) e insulina (R=0,12) e negativamente com PCR de alta sensibilidade (R=0,13), MMP-9 (R=0,10) e Lp-PLA2 (R=0,16). Conclusão: O remodelamento vascular na coronária, em pacientes sob prevenção secundária, foi influenciado localmente pela composição basal da placa aterosclerótica, de modo que maiores quantidades basais de componentes não-calcificados associaram-se ao remodelamento constritivo. Mediadores inflamatórios sistêmicos também parecem modular esse processo. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 12c Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Pesquisa Básica “Cantídio de Moura Campos Filho” TL 011 – Distúrbio perfusional miocárdico associa-se à inflamação no modelo de cardiomiopatia chagásica crônica no hamster OLIVEIRA L F L, CARVALHO E E V, MEJIA J, VAL F F A, SANTANA-SILVA J, ROMANNO M M D, HIGUCHI M L, MACIEL B C, MARIN-NETO J A, SIMÕES M V Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil Fundamentos: Defeitos de perfusão miocárdica (DP) são frequentes na cardiomiopatia chagásica crônica (CC), cujo significado fisiopatológico ainda não é claro. Nós objetivamos investigar as alterações histopatológicas topográficas subjacentes associadas à ocorrência de DP em modelo experimental de CC em hamsters. Métodos: Hamsters sírios fêmeas (n=34) foram infectados com 3,5x 104 ou 105 formas tripomastigotas sanguíneas de T. cruzi (cepa Y)e investigados após 6 ou 10 meses, empregando-se imagens in vivo da perfusão miocárdica com SPECT-Sestamibi-Tc99m de alta resolução e da função sistólica segmentar e global do ventrículo esquerdo (VE) com Ecocardiograma 2D. DP foram identificados por análise quantitativa de mapas polares (pixels com captação <50% em relação ao máximo). Procedeu-se à análise histológica para quantificação regional de fibrose e inflamação. Utilizou-se segmentação do VE em 13 segmentos para todos os métodos. Resultados: DP estavam presentes em 17 (50%) dos animais infectados. Os animais com perfusão alterada, quando comparados aos animais sem defeito de perfusão, exibiram menor FEVE (65±21 e 81±9%, p<0,01), maior intensidade de inflamação (172,8±89 e 111,5±54n/mm²; p=0,04), maior escore de mobilidade segmentar (1,44±0,5 e 1,04±0,05%; p=0,003), mas semelhante extensão de fibrose (8,4±3,9; 6,6±3,2%; p=0,06). Observou-se associação topográfica significativa entre presença de defeito perfusional e alteração da mobilidade parietal (p<0,001). Os segmentos com DP (Grupo A, n=57) quando comparados aos segmentos de animais sem defeitos (Grupo B, n=487) mostraram maior intensidade de inflamação (175,8±145; 111,6±69,2n/mm²; p=0,001), maior escore de mobilidade segmentar (1,65±0,6; 1,1±0,4; p<0,0001) e semelhante extensão de fibrose (10,5±18,6; 7,4±6,2%; p=0,37). Conclusões: Os resultados mostram que os DP na CC relacionam-se com disfunção sistólica regional e global do VE e estão associados a alterações inflamatórias subjacentes. Esses dados sugerem que os defeitos perfusionais possam representar um marcador indireto de agressão miocárdica inflamatória na CC. TL 012 – Cardioproteção mediada pelaativação da enzima mitocondrial aldeído desidrogenase 2 na insuficiência cardíaca Gomes, K.M.S., Campos, J.C., Quelicone, B., Lima, V.M., Dourado, P.M.M., Mattos, K.C., Kowaltowski, A., Brum, P.C., Ferreira, J.C.B. Universidade de São Paulo - USP - São Paulo - São Paulo - Brasil, Instituto do Coração - InCor - São Paulo - São Paulo – Brasil A formação e o acúmulo de aldeídos decorrentes do estresse oxidativo são extremamente cardiotóxicos e contribuem para o aparecimento das doenças cardiovasculares. O 4-hidroxi-2-nonenal (4-HNE) apresenta grande poder deletério ao coração. A enzima mitocondrial aldeído desidrogenase 2 (ALDH2) é uma das principais responsáveis pela eliminação do 4-HNE. Demonstramos recentemente que a ativação desta enzima utilizando Alda-1, um agonista seletivo da ALDH2, previne danos cardíacos oriundos do processo de isquemia/reperfusão. Com o intuito de melhor entender o papel desta enzima na insuficiência cardíaca (IC), bem como seu impacto na bioenergética mitocondrial, no presente projeto tratamos ratos com IC de etiologia isquêmica com Alda-1. Foram utilizados ratos Wistar machos divididos em 3 grupos:Sham; IC e IC tratado com Alda-1 por um período de 6 semanas (10mg/kg/dia). As análises bioquímicas foram realizadas na área cardíaca livre de infarto. Os dados estão apresentados 13 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt” em média±epm (porcentagem do grupo Sham). Os animais com IC apresentaram acúmulo de proteínas carboniladas (143±15%) e maior formação de adutos de 4-HNE (123±11%) comparados ao grupo Sham. Essas alterações foram acompanhadas pela redução da respiração mitocondrial (77±13%), maior abertura dos poros mitocondriais (179±3%) e exacerbada liberação de peróxido de hidrogênio mitocondrial (391±133%), contribuindo para a redução da fração de encurtamento cardíaca (42±3,1%) em relação ao grupo Sham. O tratamento com Alda-1 foi capaz de aumentar a atividade da ALDH2 (249±71%) e normalizar os níveis de proteínas carboniladas (111±11%) e adutos de 4-HNE (98±4%) em relação ao grupo Sham. Ainda, a Alda-1 foi capaz de restaurar a respiração mitocondrial (106±13%) e a abertura dos poros mitocondriais (101±2%), diminuindo parcialmente da liberação de peróxido de hidrogênio mitocondrial (184±53%). Por fim, o tratamento sustentado com Alda-1 foi capaz de melhorar, pelo menos em parte, a fração de encurtamento ventricular (59±5%) comparado ao Sham.Dessa forma, nossos achados pré-clínicos indicam que o ativador da ALDH2 (Alda-1) tem um importante papel na melhora da bioenergética mitocondrial associada ao menor estresse oxidativo, contribuindo sobremaneira para a regressão da fisiopatologia da IC. Apoio FAPESP 2012/02654-5 e 2012/05765-2. TL 013 – Proteína dissulfeto isomerase é altamente expressa na resposta vascular à angioplastia e tem ação anti-remodelamento constritivo Gustavo Ken Hironaka, Leonardo Yuji Tanaka, Haniel Alves Araújo, Celso Kiyochi Takimura, Pedro Alves Lemos Neto, Francisco Rafael Martins Laurindo INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Processos redox afetam o remodelamento vascular e neoíntima pós-lesão via mecanismos ainda pouco claros. A proteína dissulfeto isomerase (PDI), uma chaperona redox do retículo endoplasmático (RE), pode acoplar sinalização redox a eventos da resposta de reparação. Em modelo de angioplastia por cateter balão em artérias ilíacas de coelho, observou-se aumento da expressão gênica da PDI 4, 7 e 14 dias após lesão e, principalmente, da expressão protéica (15 vezes maior em artérias 14 dias após lesão versus controle), aumento concentrado principalmente na camada neointimal. Além disso, detecção por imunofluorescência indicou importante aumento da PDI na região epi e/ou pericelular (epcPDI). Por meio de abordagens específicas para inibir a PDI recém sintetizada ou intracelular (RNA de interferência) e a epcPDI (anticorpo neutralizante, anti-PDI), observou-se que as mesmas têm funções distintas na resposta à lesão. O silenciamento da PDI acentuou estresse do RE, morte celular e o marcador de proliferação PCNA e diminuiu o marcador de diferenciação calponina, efeitos que não ocorreram com inibição da epcPDI. Por outro lado, o bloqueio da epcPDI afetou de modo importante o calibre vascular em artérias lesadas, diminuindo aproximadamente 42,4% com anti-PDI. Tal efeito ocorreu: 1) por vasoconstrição persistente, uma vez que foi associado à menor produção de dilatadores como óxido nítrico e peróxido de hidrogênio; 2) por promover uma desorganização da matriz extracelular e do citoesqueleto de actina, conforme detectado à histoquímica. Importante, o remodelamento constritivo pelo bloqueio da epcPDI associou-se à perda da capacidade de sustentar expressão da GTPase RhoA (envolvida na organização do citoesqueleto), e induziu redução mensurável da rigidez vascular em artérias lesadas (anticorpo controle 40,7 ±11,7% versus anti-PDI 64,0 ±6,3% de relaxamento passivo, p<0,05). Concluindo, a PDI é altamente expressa e atua de forma importante durante a reparação vascular à lesão: a PDI intracelular sustenta mecanismos de adaptação a estresse ligados a atenuação da neoíntima e a epcPDI sustenta o calibre vascular por mecanismos redox ligados à organização da matriz extracelular e citoesqueleto. O efeito anti-remodelamento constritivo da epcPDI pode ter importantes implicações terapêuticas. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 13a Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Pesquisa Básica “Cantídio de Moura Campos Filho” TL 014 – INIBIÇÃO DA NADPH OXIDASE DIMINUI O ESTRESSE OXIDATIVO E NÃO ATENUA O REMODELAMENTO CARDÍACO EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS COM DIABETES MELLITUS Camila Moreno Rosa, Rodrigo Gimenes, Dijon Henrique Salomé de Campos, Gabriel Negretti Guirado, Camila Gimenes, Ana Angélica Henrique Fernandes, Camila Pereira Braga, Raquel Muniz Queiroz, Marina Politi Okoshi, Katashi Okoshi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: O remodelamento cardíaco causado por hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM) tem sido associado a aumento do estresse oxidativo. A NADPH oxidase é considerada importante fonte de produção de espécies reativas de oxigênio no sistema cardiovascular. No entanto, poucos estudos têm avaliado os efeitos da inibição da NADPH oxidase no coração, principalmente na associação entre HAS e DM. Objetivo: Analisar a influência da inibição da NADPH oxidase por apocinina (APO) sobre o remodelamento cardíaco em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) com DM. Métodos: SHR, machos, com 7 meses de idade, foram divididos em quatro grupos: controle (CTL, n=15); CTL+APO (n=15); DM (n=15); DM+APO (n=15). DM foi induzido por estreptozotocina (40 mg/kg, ip, dose única). Os grupos CTL+APO e DM+APO receberam APO (16 mg/kg/dia, diluída na água dos animais) durante 8 semanas. Ao final desse período, foram realizados ecocardiograma (eco), estudo da função miocárdica em músculo papilar do ventrículo esquerdo (VE) e análise da atividade oxidativa no plasma. Estatística: As comparações foram realizadas por ANOVA – esquema fatorial 2x2 (p<0,05). Resultados: Nos grupos diabéticos, o eco mostrou aumento dos diâmetros do VE e átrio esquerdo, ambos normalizados pelo peso corporal, e aumento no tempo de relaxamento do VE. O estudo do músculo papilar mostrou comprometimento da função contrátil e de relaxamento, avaliados pelos índices tempo para o pico da tensão desenvolvida, derivada positiva de tensão e derivada negativa de tensão, nos grupos diabéticos em relação aos seus respectivos controles. Esses efeitos não foram atenuados pela APO. No entanto, os grupos que receberam APO apresentaram diminuição do estresse oxidativo. Variáveis CTL CTL+APO DM DM+APO Superóxido Dismutase 5,78 ± 0,63 4,71 ± 0,52 * # 4,97 ± 0,39 * # 5,92 ± 0,45 Gutationa Peroxidase 50,26 ± 4,87 39,26 ± 7,62 * 20,40 ± 4,53 * # 35,15 ± 9,57 Catalase 2,99 ± 0,60 1,25 ± 0,53 * # 2,72 ± 0,54 3,12 ± 1,67 Média±desvio padrão;*: p<0,05 vs. CTL; #: p<0,05 vs. DM+APO. Conclusão: A apocinina diminui o estresse oxidativo, porém não atenua o remodelamento cardíaco de ratos espontaneamente hipertensos com diabetes mellitus. Apoio: CAPES e CNPq. TL 015 – BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS E RIGIDEZ ARTERIAL EM HIPERTENSOS RESISTENTES Natalia R. Barbaro, Ana P. C. Faria, Andrea R. Sabbatini, Rodrigo G. P. Modolo, Gabriel Lima, Vanessa Fontana, Heitor Moreno Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil Introdução: A inflamação tem sido associada à fisiopatologia da hipertensão arterial e lesão de órgão-alvo. Inclusive, níveis elevados de interleucinas 6 (IL-6), 10 (IL-10), 1β (IL-1β) e fator de necrose tumoral-α (TNF-α) têm sido descritos em doenças cardiovasculares. Esses biomarcadores inflamatórios estão implicados na rigidez arterial, um importante fator de risco cardiovascular. Dentre 13b Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor pesquisa Aplicada “Luiz Venere Décourt” os hipertensos, pacientes hipertensos resistentes (HAR) têm prognóstico desfavorável atribuído ao difícil controle da pressão e a outros fatores de risco. Entretanto, na HAR ainda não foi estabelecido o perfil desses biomarcadores e seu impacto sobre a rigidez vascular. Métodos: Foram incluídos 32 HAR, 20 hipertensos controlados (HAS) e 20 normotensos (NT), sendo avaliadas as concentrações plasmáticas de IL-6, IL-10, IL-1β e TNF-α(ELISA) e rigidez vascular (velocidade de onda de pulsoVOP). Análise Estatística:O teste Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar as variáveis IL-6, TNFα e VOP e Qui-quadrado para as variáveis IL-10 (< e >1,0pg/mL) e IL-1β (< e >0,012 pg/mL). A regressão logística múltipla foi conduzida no grupo geral para testar a associação independente das citocinas (IL-6, TNF- α e IL-1β) na VOP. Resultados: Não foram encontradas diferenças de idade, gênero e IMC entre os grupos. A VOP (média ± DP) nos NT, HAS e HAR foi 7,2±1,0; 8,7±2,1 e 10,5±2,2 m/s, respectivamente (p<0.05). Entre os hipertensos (HAS e HAR), os níveis de TNF-α (média;(IC 95%) foram maiores que no grupo de NT (NT: 2,5(1,48–2,39); HAS: 2,6(2,61-3,56) e HAR: 3,3 (2,19–4,42) pg/mL; p<0,05) e não foram observadas diferenças entre IL-6. O grupo de HAR teve maior proporção de pacientes com concentrações de IL-10 >1,0 pg/mL (NT: 20%; HAS: 50% e HAR: 78,1%) e IL-1β>0,012 pg/mL (NT: 25%; HAS: 45% e HAR: 100%) que os demais grupos (p<0.05). Na regressão logística múltipla, a IL-1β foi independentemente associada à rigidez vascular (p=0,003; OR= 10,25). Conclusão: Os biomarcadores inflamatórios podem estar relacionados com o grau de hipertensão e VOP, podendo a IL-1β predizer a rigidez vascular. Ainda, os marcadores inflamatórios elevados em HAR, apesar do uso de múltiplos anti-hipertensivos, indicam que o processo inflamatório é um importante fator envolvido na fisiopatologia da doença e no risco cardiovascular. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 13c Trabalhos Selecionados para o Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher” TL 006 – Óxido Nítrico Sintetase neuronal modula a atividade autonômica após infarto do miocárdio em humanos MUNHOZ, DB, VENANCIO, F. N. C., MAURÍCIO FILHO, M. A. F. Q., SILVA, W. M., ALMEIDA, O. L. R., QUINAGLIA E SILVA, J. C., NOBREGA, O. T., SPOSITO, A. C. FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, Hospital de Base do DF - Brasília - DF - Brasil Introdução: Em modelos animais, a produção de óxido nítrico pela óxido nítrico sintetase isoforma neuronal (nNOS) no bulbo ventrolateral rostral tem sido apontada como principal modulador da atividade autonômica cardíaca. Esse mecanismo, no entanto, permanece a ser confirmado em humanos. Nesse contexto, avaliamos prospectivamente a influência de uma mutação defectiva da nNOS (rs41279104) na resposta autonômica cardíaca em pacientes em fase aguda do infarto do miocárdio (IAM). Métodos: Pacientes (n=112) consecutivos com IAM com supradesnivelamento do segmento ST (CSST) foram arrolados. A genotipagem do nNOS foi realizada por PCR seguida de incubação com enzima de restrição. A atividade simpática foi mensurada através da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e avaliada pelas medidas do domínio da frequência e do tempo. A VFC foi registrada pós-IAM nas primeiras 24 horas do evento e após 3 e 5 dias. A análise estatística foi realizada no software SPSS versão 20 pelo método de ANCOVA ajustado. Resultados: Os pacientes com pelo menos um alelo mutado tiveram uma diminuição da atividade simpática, demonstrada pela queda da mediana da relação LF/HF no primeiro [1,99(0,81-3,75)], terceiro [1,30(0,56-2,35)] e quinto dias [1,45(0,39-2,40)], enquanto aqueles sem nenhum alelo mutado tiveram um aumento desta mesma relação denotando aumento da atividade simpática [1,67(0,533,64); 1,66(0,60-4,02); 1,82(1,05-3,79); respectivamente, p=0,045]. Este resultado se confirmou com a análise do parâmetro parassimpático HF [74(26-164); 36(14-112); 68(27-112), p<0,0001] que variou nos não portadores do alelo mutado em contraste com os portadores desse alelo [46(18-243); 45(12125); 43(8-124), p<0,0001]. Conclusão: Em pacientes na fase aguda do IAMCSST, uma menor atividade da nNOS está associada à atenuação da resposta autonômica cardíaca. Desta maneira, o presente estudo confirma em humanos o papel da síntese de óxido nítrico no tronco encefálico como forma de regulação da atividade autonômica cardíaca. TL 007 – Prevenção de lesão miocárdica após intervenção coronária percutânea com uso do pré-condicionamento isquêmico remoto. Análise comparativa com biomarcadores e ressonância magnética cardiaca Rodrigo Vieira de Melo, Leandro Costa, Fernando Oikawa, Rosa Rahmi Garcia, Eduardo Lima, Cibele Garzillo, Paulo Rezende, Expedito Ribeiro, José AF Ramires, Roberto Kalil Introdução: Necrose miocárdica após procedimentos cardíacos está associada à piora no desfecho clínico em longo prazo. O pré-condicionamento isquêmico remoto (PCR) é um fenômeno importante de cardioproteção que pode atenuar a liberação de biomarcadores cardíacos após a intervenção coronariana percutânea (ICP). A utilização da ressonância magnética cardíaca (RMC) com realce tardio pelo gadolínio (RTG) neste contexto pode detectar até mesmo pequenas áreas de necrose subendocárdica após ICP. Objetivo: Avaliar a capacidade do PCR em atenuar a liberação de biomarcadores cardíacos após ICP 14 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher” eletiva e prevenir a formação de fibrose miocárdica na RMC com RTG. Métodos: Pacientes consecutivos com doença arterial coronariana (DAC) e função ventricular preservada referenciados para ICP eletiva de pelo menos duas artérias coronárias principais foram incluídos no protocolo. Os pacientes foram divididos em dois grupos (grupo PCR e grupo controle) pareados por dados demográficos, clínicos e angiográficos em uma proporção de 1:2. Nos pacientes designados para PCR insuflou-se um manguito em torno do seu braço não dominante superior até a pressão 200mmHg durante 5 minutos, seguido de 5 minutos de deflação, e repetido mais 2 vezes. A liberação de troponina e CKMB para o diagnóstico de lesão miocárdica foi definido como superior a 5 vezes o percentil 99. RMC com RTG foi realizada em todos os pacientes antes e depois do procedimento. A coleta dos biomarcadores cardíacos foi realizada sistematicamente antes e depois do procedimento, a cada 6 horas até 48 horas. Resultados: Vinte e nove pacientes foram incluídos (9 no grupo PCR e 20 no grupo controle). Os dois grupos foram bem pareados para dados demográficos, clínicos, e angiográficos. Pacientes com lesão miocárdica relacionada ao procedimento foram menos freqüentes no grupo PCR: 3 (33,3%) vs 15 (75%), p = 0,048. O grupo PCR obteve menores médias de área sob a curva de troponina 10,9 (+ -15,1) vs 54,23 (+ -69,1), p = 0,014 e CKMB 76,3 (+ -52,9) vs 219,3 (+ -192,4), p = 0,005. Dois pacientes apresentaram nova fibrose subendocárdica na RMC com RTG após o procedimento, ambos no grupo controle. Conclusão: Neste estudo, o pré-condicionamento isquêmico remoto parece conferir proteção contra necrose miocárdica após intervenção coronariana percutânea eletiva. TL 008 – Preditores de Marcapasso Definitivo após Implante de Bioprótese Aórtica por Cateter: Dados do Registro Brasileiro. fernanda farias vianna, Dimytri Siqueira, Luiz A. Carvalho, Rogério Sarmento-Leite, José A. Mangione, Pedro Lemos, Alexandre Siciliano, Luiz Eduardo São Tiago, Marcelo Katz, Fábio S.Brito Jr. SBHCI - São Paulo - SP - BR Introdução: A necessidade de marcapasso definitivo (MPD) relacionada ao implante de bioprótese aórtica por cateter (TAVI) é uma complicação comum. Entretanto, por se tratar de uma técnica relativamente recente, os dados disponíveis sobre esta complicação são escassos. Objetivo: Identificar os preditores clínicos, eletrocardiográficos e ecocardiográficos da necessidade de implante de marcapasso definitivo após TAVI. Métodos: Entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012, 386 pacientes portadores de estenose aórtica importante sintomática (área valvar < 1 cm2 e gradiente médio ≥ 40 mmHg) foram submetidos à TAVI e incluídos no registro multicêntrico brasileiro. Dentre esses, excluíram-se os óbitos no procedimento e os portadores de MPD, restando 337 pacientes. Para determinar os preditores de implante de MPD foi realizado regressão logística multivariada ajustada para: idade, sexo, tipo de bioprotese (CoreValve ou Edwards-Sapiens), pré e pós dilatação, ritmo antes do procedimento, presença de bloqueio de ramo direito (BRD) ou outros tipos de distúrbio de condução intraventricular e algum grau de bloqueio atrioventricular (BAV). O valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: A média etária foi de 82 ± 8 anos, 54% eram do sexo feminino, fração de ejeção de 58 ± 15% e a média do EuroSCORE foi de 19,8. O ritmo de base de fibrilação atrial (FA) estava presente em 42 pacientes (12%). Havia presença de algum grau de BAV pré-procedimento em 55 pacientes (16%) e BRD em 40 pacientes (11,8%). A prótese Corevalve foi implantada em 291 pacientes (86,35%) e a Edwards-Sapiens em 46 pacientes (13,65%). A incidência de implante de MPD foi de 26% Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 14a Trabalhos Selecionados para o Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher” (90/337). Pela análise multivariada, os dois fatores preditores de implante de MPD foram: implante de CoreValve em relação aos que implantaram Edwards-Sapiens (OR 7,4; IC 95%, 2,06-26,82; p= 0,002) e a presença de BRD (OR 4,9; IC 95%, 2,17-11,16; p=0,000). Fatores como FA, presença de algum grau BAV, espessura do septo, pré e pós dilatação não estiveram associadas ao aumento de risco de necessidade de MPD. Conclusão: O implante de MPD é necessário em aproximadamente um quarto dos casos após TAVI. A presença do BRD pré-implante e o emprego da prótese CoreValve são preditores independes desta complicação. TL 009 – Modelos do EuroSCORE em uma coorte de Valvopatas com alta prevalência de doença reumática RICARDO CASALINO SANCHES DE MORAES, Flávio Tarasoutchi, Guilherme Spina, Marcelo Katz, Otavio Ranzani, Vitor Emer, Antonio Bacelar, Vitor Borges, Roney Sampaio, Max Grinberg INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: O EuroSCORE (ES) é considerado um bom preditor de mortalidade em pacientes que foram submetidos a cirurgia cardíaca e foi considerado um sistema de pontuação de fácil uso e boa aplicabilidade. Em outubro de 2011 sua versão atualizada foi publicada com recalibração das variáveis antigas e inclusão de novas variáveis (EuroSCORE II). Apesar de diferenças epidemiológicas marcantes entre nossa população e a população que o ES foi validado essa ferramenta facilita a comunicação entre instituições e homogeniza a linguagem em pesquisa científica. Objetivo: O proposta deste estudo é avaliar a aplicabilidade dos modelos do ES em uma típica coorte de paciente brasileiros com alta incidência de doença reumática. Método: Estudo observacional prospectivo de 540 pacientes consecutivos encaminhados ao ambulatório da fila cirúrgica de Valvopatia Clínica do InCor. No momento da indicação de cirurgia todos pacientes tiveram seus ES aditivo e logístico calculados. Após publicação do ES II, este escore de risco foi calculado retrospectivamente. Todos os modelos do ES foram incluídos na cálculo. A capacidade discriminativa foi analisada através da área sob a curva ROC (ASCR) e para calibração utilizou-se o teste de Hosmer-Lemeshow (H-L), que foi calculado para todo o grupo de pacientes e para cada tercil de risco. Sub-análises com os mesmos métodos foram feitas para subgrupos de Reumáticos e não Reumáticos, assim como cirurgia eletiva e de emergência. Resultados: A mortalidade foi de 16% (6% na cirurgia eletiva and 32% na cirurgia de emergência/ urgência). A ASCR para ES aditivo foi (0.76, interval de confiança de 95% [IC 95%] 0.70-0.81), ES logístico (0.76, 95% IC 95% 0.70-0.81) e ES II (0.81, IC 95% 0.70-0.82). Na etiologia Reumática a ASCR foi de 0.76, 0.77 and 0.79 respectivamente para ES aditivo, logístico e ESII; nos não Reumáticos a ASCR foi de 0.78, 0.77 e 0.84, respectivamente para respectivamente para ES aditivo, logístico e ES II.Na cirurgia de emergência ASCR 0.70 para ES aditivo e logístico e 076 para ES II; Na cirurgia eletiva ASCR 0.79 para ES aditivo e logístico e 0.80 para ES II.A calibração para todos modelos foi boa H-L ;P>0.05. Conclusão: Os modelos do ES apresentaram boa acurácia em nossa população, o ES II apresentou a maior ASCR. 14b Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Jovem Pesquisador “Josef Feher” TL 010 – Fatores Associados a Não Adesão ao Manejo Clinico de Pacientes Cardiopatas em Hospital de Alta Complexidade Antonio Jose Cordeiro Mattos, Claudia Stefani Marcilio, Roberta de Souza, Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira, Alvaro Avezum DIVISÃO DE PESQUISA TRANSLACIONAL - SAO PAULO - SAO PAULO - BRASIL, INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Racionalidade - A não adesão aos tratamentos constitui provavelmente a mais constante causa de insucesso das terapêuticas, implicando distorções ao sistema publico de saúde através do aumento de morbidade e mortalidade Objetivos: Identificar os principais preditores independentes de não adesão ao tratamento em pacientes cardiopatas. Metodologia: Estudo observacional transversal, aplicado questionário padronizado para avaliar fatores associados à não adesão, esta determinada pelo escore de Morysk. Variáveis contínuas foram descritas por médias e desvio padrão; as variáveis categóricas foram descritas por freqüências. Para avaliar o efeito das diferentes variáveis na não adesão foi delineado um modelo de regressão logística. Diferenças foram consideradas estatisticamente significantes quando o nível descritivo do teste (valor de p) < 5%. O efeito da associação entre as variáveis e não adesão ao tratamento foi medido por Odds Ratio (OR) e seu respectivo intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: Foram incluídos 768 indivíduos, 52,6% do sexo feminino, idade média 59,1 ±11,7, 62,2% apresentaram baixa aderência. Os principais preditores de não adesão foram: efeito colateral da medicação, OR 3,06 (IC 95% 2,05-4,59) p<0,001; falta de entendimento adequado sobre modo de utilização dos medicamentos OR 2,68 (IC 95%1,35-5,33) p=0,005, falta de assiduidade às consultas ambulatoriais OR 2,21 (IC 95%1,28-3,81) p=0,004, consumo de bebida alcoólica OR 1,94 (IC 95%1,03- 3,66) p=0,041e falta de medicamentos na farmácia do hospital OR 1,70 (IC 95%1,22- 2,38) p=0,002. Conclusão: A não adesão é um problema prevalente no cenário clínico, mesmo em hospitais de alta complexidade e de caráter multifatorial, que envolve tanto aspectos psicossociais, do sistema de saúde, e a relação profissional-paciente. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 14c Trabalhos Selecionados para o Prêmio Mérito Interdisciplinar Educação Física TL 008 – EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO RESISTIDO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL, CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS E MARCADORES DE ADESÃO CELULAR EM IDOSOS HIPERTENSOS Fábio Tanil Montrezol, Alessandra Medeiros UNIFESP - DEPARTAMENTO DE BIOCIÊNCIAS - SANTOS - SÃO PAULO - BRASIL, UNIMED SANTOS - SANTOS - SÃO PAULO - BRASIL Enfermagem TL 023 – FATORES PREDITORES DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO APÓS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO Gilmara Silveira da Silva, Alexandre Gonçalves de Sousa, Flávia Cortez Colósimo, Raquel Ferrari Piotto HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL Fisioterapia TL 028 – A COEXISTÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA AUMENTA A FADIGABILIDADE MUSCULAR PERIFÉRICA Medina LAR, Medeiros WM, Silva RM, Souza AS, Oliveira MF, Santos RCL, Siqueira GO, Noman MC, Arbex FF, Neder JA SETOR DE FISIOLOGIA CLÍNICA DO EXERCÍCIO (SEFICE). DISCIPLINA DE PNEUMOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) - SÃO PAULO - SP - BRASIL Nutrição TL 048 – LICOPENO AUMENTA OS NÍVEIS DE ADIPONECTINA E MODULA A EXPRESSÃO GÊNICA DE SIRT1 E FOXO1 NO TECIDO ADIPOSO DE RATOS OBESOS Renata AM Luvizotto, Andre F Nascimento, Natalia CM Miranda, Damiana T Pierine, Paula T Presti, Erika Imaizumi, Camila R Correa, Xiang-Dong Wang, Ana Lucia A Ferreira FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU-UNESP - BOTUCATU - SP - BRASIL, HNRCATUFTS UNIVERSITY - BOSTON - MA - USA 15 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Mérito Interdisciplinar Odontologia TL 060 – ASSOCIAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA - UM ESTUDO CASO-CONTROLE Gabriella Avezum M. C. de Angelis, Ana Carolina Porrio Andrade, Lilia Timerman, Valéria Cristina Leão Souza, Frederico Buhatem Medeiros, Daniela Burrini Chaccur, Alvaro Avezum Júnior, Rodrigo M. C. de Angelis INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Psicologia PO 220 – IMPLICAÇÕES EMOCIONAIS NO TRANSPLANTE CARDÍACO: UM ESTUDO DE CASO RIBEIRO, V S G, ISMAEL, S C HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Serviço Social TL 063 – ANALISE DAS QUESTÕES APRESENTADAS POR USUÁRIOS NO PRIMEIRO ATENDIMENTO EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE CARDIOLOGIA Maria Aparecida de Souza Cardoso, Maria Barbosa da Silva INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 16 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso PO 001 – Epidemiologia da Morte Súbita Cardíaca no Município de Ribeirão Preto: Análise Através dos Casos Encaminhados ao Serviço de Verificação de Óbitos. Braggion-Santos MF, Volpe GJ, Pazin-Filho A, Maciel BC, Marin-Neto JA, Schmidt A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil Introdução: Morte súbita cardíaca (MSC) é um evento relativamente frequente mas são escassos os dados disponíveis em países em desenvolvimento e no Brasil. Este estudo teve como objetivo descrever as características da MSC em Ribeirão Preto-SP baseando-se nos relatórios de autopsias do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). Métodos: Foram analisados retrospectivamente 4501 laudos de autopsias realizadas entre 2006 e 2010 utilizando-se a definição da Organização Mundial da Saúde. As características avaliadas foram: causa mortis, dados demográficos das vítimas, data, hora e local do evento e realização de manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Foram excluídos óbitos fetais e natimortos; causa mortis incompatível com MSC; morte súbita de origem não cardíaca e casos com dados incompatíveis ou incompletos. Dados contínuos foram analisados através de ANOVA e variáveis categóricas pelo teste de Qui-quadrado. Valores de p<0.05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: 20% dos casos foram caracterizados como MSC; incidência de 30 casos/100000 habitantes/ano, sem diferença no decorrer dos anos (p=0.88). A principal causa mortis foi doença arterial coronariana (DAC) (64%), acometendo homens (67%), brancos (75%) entre a 6a e 7a décadas (53%). A maioria dos eventos ocorreu em domicílio (53%), no período da manhã (30%, p<0.05), sem preferência quanto ao mês do ano (p=0.06) ou dia da semana (p=0.79). RCP foi realizada em 49.7% das vítimas com uma tendência a um aumento no número de atendimentos no decorrer dos anos (p=0.05). A comorbidade mais prevalente foi hipertensão arterial sistêmica (57.3%). Doença de Chagas foi encontrada em 49 casos (5.5%). Conclusões: A incidência de MSC em Ribeirão Preto entre 2006 e 2010 foi de 30 casos/100000 habitantes/ano. A principal causa foi DAC acometendo homens, brancos, entre a 6a e 7a décadas, preferencialmente no período da manhã. A importância deste estudo se mostra pelo fato de ser o primeiro a avaliar MSC de maneira abrangente no Brasil, podendo ser de grande auxílio no desenvolvimento de estratégias preventivas para este importante problema de saúde pública. PO 002 – ASSOCIATIONS BETWEEN PARAOXONASE 1 POLYMORPHISM Q192R AND LIPIDS, LIPOPROTEINS AND CARDIOVASCULAR RISK IN A BRAZILIAN POPULATION SAMPLE Daniel Zanetti Scherrer, Vanessa H.S. Zago, Eliane S Parra, Natalia B. Panzoldo, Fernanda Alexandre, Isabela C Veira, Andrei Sposito, Edna Nakandakare, Eder C.R. Quintão, Eliana C de Faria FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – USP - SP - SP - BRASIL Introduction:Evidence suggests that Paraoxonase 1 (PON1) confers important antioxidant and anti-inflammatory properties when associated with high-density lipoprotein (HDL). The aim of this study was to investigate the relationships of SNP p.Q192R (rs662) of the PON1 gene with clinical, anthropometrical and biochemical determinants of a representative Brazilian population (n=590). Material and Methods: In the present study we analyzed healthy normolipidemic volunteers (Females= 332, Males= 260; 19 to 75 years of age). Total genomic DNA was extracted using standard 17 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso techniques from peripheral blood and the SNPs detected in the OpenArray® Real Time PCR Platform (Applied Biosystems). Serum cholesterol, triglycerides (TG), HDL-C, uric acid and urea (mg/dL) were determined by enzymatic and kinetic methods in Modular Analytics EVO P (Roche). Very-low density lipoprotein cholesterol (VLDL-C) was estimated as TG/5. PON activity was measured with a chromogenic method using paraoxon as substrate. LDL particle size was estimated by TG/HDL-C and Castelli index I by cholesterol/HDL-C. Results: The presence of the rare allele was found to be associated with significant increases of paraoxonase activity (CC=14.49 ± 12.59; CT+TT=53.91 ± 26.58 umol/min; p<0.001) and HDL-C (CC=54 ± 19; CT+TT=58 ± 20mg/dL; p=0.009) and reductions of TG (CC=82 ±30; CT+TT=76 ± 28mg/dL; p=0.025), VLDL-C (CC=16 ± 6; CT+TT= 15 ± 6 mg/ dL; p=0.030), Castelli index I (CC=3.48 ± 1.10; CT+TT=3.26 ± 1.00; p=0.018), LDL particle size (CC=1.81 ± 1.11; CT+TT=1.55 ± 1.01; p=0.001) and uric acid (CC=4.65 ± 1.16; CT+TT=4.41 ± 1.17; p=0.022). Conclusions: These results all together indicate an association between the allele p.Q192 of PON1 and atheroprotection. Support: FAPESP (2006/60585-9), CNPq (159980/2012-7). Keywords: PON1, HDL, Lipids, p.Q192R PO 003 – Caracterização das Lesões Coronarianas Ateroscleróticas em Jovens e suas Repercussões Cardíacas em Casos de Necropsias de Institutos Médicos Legais no período de 2010 a 2011 Mauro Tupiniquim Bina, Luisa Allen Ciuffo, Renée Amorim dos Santos Félix, Paulo Arnon Bremer Soares, Valdemiro Batista da Silva Filho Universidade Federal da Bahia - Salvador - Bahia - Brasil INTRODUÇÃO: A doença isquêmica do coração é a principal responsável pela mortalidade de homens, sendo causa de 30% das mortes no país. A aterosclerose é a principal causa para a obstrução das coronárias e da doença isquêmica do coração. Há uma elevada prevalência de placas ateromatosas tipo I e II classificação American Heart Association (AHA) em pacientes com 12 a 33 anos e 97,34% das artérias apresenta algum grau de aterosclerose. O IMC (índice de massa corpórea) e sexo masculino demonstram uma possível associação com gravidade da lesão. MÉTODOS: Realizado estudo de corte transversal, retrospectivo, com a revisão dos laudos cadavéricos e anatomopatológicos do coração de jovens (12 a 33 anos) que foram necropsiados em Institutos Médicos Legais no período de 2010 a 2011.Os dados descritivos foram dispostos de acordo com sua frequência absoluta e relativa entre as categorias, os dados numéricos foram descritos em termos de média e desvio padrão. RESULTADOS: Foram revisados 299 casos, sendo desses 64,5% homens e 35,5% mulheres. A média de idade foi de 25,98 anos. A média do IMC foi de 26,86 Kg/m2, 18,4% apresentaram ateromatose coronária esquerda (ACE) e 11,4% ateromatose coronariana direita, a média do percentual de obstrução foi de 5,73% e 2,06% na esquerda e direita, respectivamente. Grau de obstrução mais quantificado foi de 41 a 50% na coronária esquerda e 21 a 30% na coronária direita, foi descrita associação entre o diagnóstico de ACE e IMC (X2= 18,280. P= 0,003), hipertrofia do ventrículo esquerdo (X2 = 5,238. P = 0,035), idade (T = 4,623. P < 0,001) e o grau de fibrose do miocárdio X2= 10,216. P= 0,017). CONCLUSÃO: Não há estudos brasileiros que quantifique o percentual de obstrução coronariana entre jovens. O nosso estudo demonstra que esses jovens apresentam lesões que estreitam 41 a 50% das coronárias esquerdas e 21 a 30% das coronárias direitas. A amostra confirma as suspeitas de associação entre ACE e IMC, hipertrofia, idade e fibrose do miocárdio estão associadas a esse tipo de lesão em jovens. PO 004 – Dispositivo de assistência ventricular no infarto agudo de tronco de coronária esquerda Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 17a Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso Priscila Megda João Job, Mariana Miotto Schnorr, Marcio Moreno Luize, José Carlos Tarastchuk, Daniel Zanuttini, Sergio Gustavo Tarbine, Marcelo de Freitas Santos, Costantino Ortiz Costantini, Vinicius Woitowicz, Costantino Roberto F. Costantini HOSPITAL CARDIOLÓGICO CONSTANTINI - PR - BRASIL Introdução: Apesar dos avanços no manejo da insuficiência cardíaca após infarto agudo do miocárdio (IAM), a taxa de mortalidade permanece elevada. Os dispositivos de assistência ventricular (DAV) são empregados em choques cardiogênicos refratários, reduzindo o trabalho ventricular, melhorando o fluxo periférico. DAV Levitronix® CentriMag é uma bomba de fluxo magnético centrífugo, que fornece fluxos de até 10 L/min. Relata-se o uso deste dispositivo em um paciente com choque cardiogênico após IAM por oclusão de tronco de coronária esquerda (TCE), submetido a angioplastia com stent farmacológico. Relato de Caso: Homem de 52 anos, admitido por IAM ântero-septal, Killip Kimball IV. Cateterismo demonstrou oclusão total de TCE, submetida a recanalização com balão e implante de stent farmacológico em TCE em direção às artérias descendente anterior e circunflexa. Inserido balão intraaórtico, monitorização de artéria pulmonar e terapia inotrópica, encaminhado para unidade de terapia intensiva. Após 48 horas, paciente com instabilidade hemodinâmica refratária à suporte inotrópico, indicado DAV como ponte para transplante cardíaco. Inserido Centrimag por toracotomia mediana, cânula do fluxo de entrada inserida no átrio esquerdo e a cânula de saída do dispositivo anastomosada na aorta, mantendo fluxo de 4 L/min. No pós operatório imediato, redução significativa do suporte inotrópico. No 5º dia, ecocardiograma transtorácico mostrava uma fração de ejeção (FE) de 25%. No 10º dia, após redução do fluxo do dispositivo para 0,5L/min, a FE era 41%. O desmame do dispositivo foi planejado conforme os critérios de início de onda de pulso na pressão arterial invasiva, estabilidade hemodinâmica e melhora da função ventricular. Iniciada redução progressiva do fluxo do dispositivo no 9º dia e, no 10º dia, cirurgia para retirada das cânulas. Apesar de sepse pulmonar durante internamento, desmame efetivo da ventilação mecânica no 33º dia, com alta hospitalar após 47 dias de internamento. Desde então, paciente em programa de reabilitação cardiovascular. Conclusão: Centrimag é um dispositivo seguro e confiável, gera mínima hemólise e pequena necessidade de heparina. Parece ser um dispositivo adequado de assistência ventricular, acelerando a recuperação e reduzindo a morbidade e mortalidade. PO 005 – Síndrome Coronariana Aguda em Paciente com Plaquetopenia Grave: Isquemia x Hemorragia uma balança de difícil equilibrio Gustavo Martins Pereira Alves, Barbosa, C.J.D.G, Franci, A, Gaiane, M.A.E, Serrano Jr, C.V, Nicolau, J.C INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Paciente de 82 anos, hipertensa, dislipidêmica e ex-tabagista, procura atendimento por dor epigástrica há uma semana. Referia piora na manhã da admissão com duração de 2 horas. Encontrava-se com pulmões limpos e boa perfusão PA: 140/90mmHg e FC: 67bpm. O ECG apresentava supradesnível do segmento ST em parede inferior, apresentou melhora da dor e resolução espontânea do supradesnível de ST. Exames: Hb 9,5 g/dl, leucócitos 1030 (630 neutrófilos), plaquetas 17.000, CKMB massa 28,5 mg/dl e troponina 2,51 mg/dl. O ecocardiograma demonstrou acinesia basal da parede inferior e FEVE:66%. Inicialmente não medicada com antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes, realizou mielograma com aspirado de medula óssea compatível com síndrome mielodisplásica AREB2. Apresentou recorrência da dor após 2 dias, sem alterações de ECG ou marcadores de necrose miocárdica, medicada com 200mg de AAS e nitroglicerina. No próximo dia foi submetida a cateterismo cardíaco por via radial que demonstrou lesão de 90% em terço médio de artéria coronária direita (ACD) com aspecto de placa ulcerada. Realizada 17b Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso angioplastia de ACD com stent convencional após 300mg de clopidogrel. Evoluiu sem complicações até a alta, prescrito clopidogrel 75mg/dia e AAS 100mg/dia por 30 dias. No retorno permanecia assintomática, sem episódios de sangramento e foi mantida em uso de AAS 100mg/dia.Discussão: Independentemente do valor pacientes com plaquetopenia podem ser predispostos à trombose coronária, pois possuem plaquetas maiores e mais aderentes ao endotélio. Apesar do risco isquêmico essa população é de alto risco para eventos hemorrágicos. Existem poucos dados sobre a segurança dos anticoagulantes e antiagregantes em pacientes com trombocitopenia, secundária a neoplasia ou disfunção medular, que se apresentam com síndrome coronariana aguda. Sarkis e colaboradores demonstraram que o não uso de AAS durante uma SCA implicou em sobrevida de apenas 6% comparada com 90% entre os medicados com AAS.O presente relato mostra a dificuldade no manejo de uma paciente com plaquetopenia grave durante uma síndrome coronariana de alto risco, onde o emprego de angioplastia com implante de stent sob dupla antiagregação plaquetária se mostrou segura e eficaz. PO 006 – Resultados angiográficos do novo suporte vascular bioabsorvível liberador de novolimus DESolve Nx Ricardo A. Costa, Alexandre Abizaid, J. Ribamar Costa, Jr., Daniel Chamie, Andrea S. Abizaid, Joachim Schofer, John Ormiston, Roberto Botelho, J. Eduardo Sousa, Stefan Verheye INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, CARDIOVASCULAR RESEARCH CENTER - São Paulo - SP - Brasil Fundamentos: O suporte bioabsorvível liberador de novolimus DESolve Nx (Elixir Co., Estados Unidos) é um novo suporte vascular bioabsorvível que incorpora um suporte baseado em PLLA (ácido poli-L-lático ) e um agente antiproliferativo potente similar ao sirolimus - novolimus, na dose de 5 microgramas por mm de extensão do suporte. Nós reportamos os resultados angiográficos do stent DESolve Nx testado em lesões coronárias simples. Métodos: Um total de 126 pacientes com lesões únicas de novo, localizadas em vaso coronário nativo foram incluídos em 13 centros clínicos internacionais. Os critérios angiográficos incluíam extensão da lesão ≤ 14mm, em vasos com diâmetro de referência (DR) entre 2,75 e 3,5 mm, e estenose do diâmetro (ES) entre 50 e 90%. A análise angiográfica foi realizada em um Laboratório de Análises Angiográficas independente (Cardiovascular Research Center, São Paulo, SP, Brasil). Pelo protocolo, todos os pacientes foram assinalados para realização de seguimento angiográfico aos 6 meses. Resultados: A maioria dos lesões estavam localizadas na artéria descendente anterior (38%), cálcio moderado/grave estava presente em 18%, e a maioria das lesões (70%) foram classificadas como tipo B1/B2. Pela angiografia coronária quantitativa (ACQ), as médias da extensão da lesão, DR, diâmetro mínimo do lúmen (DML) e %ES no pré-procedimento eram 11,20mm, 3,06mm, 0,92mm, e 69,8%, respectivamente. Durante o procedimento, pré-dilatação foi realizada em 100% (mandatório pelo protocolo), o stent DESolve Nx foi implantado em 97,6% (123/126), e 58% realizaram pós-dilatação. Ao final do procedimento, a análise de ACQ intra-suporte demonstrou DML 2,67mm e %ES 14%. No seguimento de 6 meses (n=112), o DML e % ES intra-suporte foram, respecivamente, 2,46mm e 18%. Em relação a reestenose binária, 4 lesões apresentaram recorrência, representando 3,6%, sendo que em 3 casos a reestenose era do tipo focal (<10mm) e localizada dentre o suporte vascular; já o outro caso apresentou morfologia difusa (>10mm). Conclusões: Resultados angiográficos tardios com o stent DESolve Nx demonstraram elevada patência do vaso tratado e baixas taxas de reestenose binária, sugerindo eficácia deste dispositivo na prevenção de formação de hiperplasia neointimal. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 17c Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso PO 007 – Associação de variáveis alélicas do gene eNOS com a evolução clínica do infarto agudo do miocárdio: Coorte Brasília. Wilcelly Machado da Silva, Luiz Sérgio F. de Carvalho, Osório Luís Rangel de Almeida, Andrei C. Sposito, Otávio T. Nóbrega UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, Hospital de Base - Brasília - DF - Brasil, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - CAMPINAS - SP - BRASIL Introdução: Dentre as doenças cardiovasculares, destaca-se o infarto agudo do miocárdio (IAM) como causa isolada responsável pela maior proporção de mortes. O óxido nítrico (NO) produzido pelas células endoteliais vasculares constitui mediador-chave por seu importante potencial vasodilatador, e variações na expressão da enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) constitui aspecto contribuinte para a fisiopatologia das doenças cardiovasculares. O presente estudo objetiva investigar a associação das variantes alélicas de eNOS produzidas pela variação Glu298Asp (também denominado +894 G/T ou rs1799983) com o comportamento de variáveis clínicas e bioquímicas representativas de risco de recidiva no período pós-infarto. Métodos: Pacientes consecutivos admitidos por IAM com supra desnivelamento do segmento ST foram acompanhados durante a hospitalização e em consultas trimestrais por 4 anos, sendo avaliados quanto a aspectos de antropometria,vasodilatação,análises bioquímicas e para o surgimento de eventos isquêmicos recorrentes. Para obtenção dos alelos, foi realizada amplificação por PCR de segmento contendo o sitio polimórfico, seguido por digestão enzimática. A análise estatística para variáveis categóricas foi feita pelo teste do qui-quadrado, e para variáveis paramétricas, por ANCOVA ajustada para sexo e idade, substituído por Kruskall-Wallis para variáveis com distribuição não-normal. Resultados: Para fins de análise, portadores do alelo T (grupo T_) foram agrupados entre si. Portadores do genótipo GG apresentaram triglicerídeos 13,7 %maior (p = 0,020) que o grupo T_. A reserva arterial foi maior em portadores do alelo T tanto na dilatação fluxo-mediada (p=0,037) quanto na óxido nítrico-mediada DNM (p=0,04). Níveis absolutos de óxido nítrico à admissão e ao 5º dia pósinfarto não diferiram entre genótipos, porém a magnitude de variação entre tempos foi menor para o grupoT_(p<0,001). Conclusão: Nossos resultados apontam para uma associação do alelo T do SNP rs1799983 da eNOS com melhor função arterial e perfil lipêmico menos propensos à recorrência de eventos cardiovasculares após IAM. PO 008 – Endomiocardiofibrose de Ventrículo Direito associada a cianose em paciente com forame oval patente. Relato de caso Oliveira, F.G., Filho, R.B., Correia, E.B., Vasconcellos, M., Barbaroto, E.V., Faria, L.R. INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução:A Endomiocardiofibrose é uma cardiomiopatia rara, caracterizada pela deposição de tecido fibroso no endocárdio e, em menor extensão, no miocárdio, do ápice de um ou ambos os ventrículos e, quando isolada de ventrículo direito, (EMFVD) gera quadros de intensa sobrecarga volêmica e ascite. Cianose não faz parte dos sinais desta patologia. Objetivo: Relatar caso de uma paciente com endomiocardiofibrose que apresentou, na sua evolução, intensa cianose e baqueteamento digital. Relato de caso: A.M.M,50 anos,natural de Rio Formoso, PE., previamente hígida, a partir de 1995, passou a apresentar cansaço e dispneia progressiva aos esforços moderados, com exame físico sem alterações. ECG com sinais de sobrecarga de ventriculo direito. Ecocardiograma transtorácico identificou aumento importante de átrio direito com demais cavidades normais e sinais de hipertensão pulmonar e imagem hiperecogênica preenchendo 2/3 17d Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso do ventrículo direto com importante restrição de enchimento, sugestivo de endomiocardiofibrose. Estudo hemodinâmico em 05/08/97 confirmou o diagnóstico. A paciente evoluiu com cianose intensa, baqueteamento digital, flutter atrial de repetição, policitemia e necessidades de hemodiluições, e, posteriormente, após 15 anos de evolução,sinais de sobrecarga volêmica discreta, sem ascite. Em ecocardiograma realizado na sua evolução, constatou-se a presença de forame oval patente, confirmado em Tomografia computadorizada de coração, com shunt direitaesquerda. Conclusão: Cianose significativa com policitemia secundária pode ocorrer na evolução de pacientes com EMFVD que apresentam forame oval patente e aumento importante da pressão atrial direita. Discussão: A presença de cianose em pacientes com grande dilatação atrial direita sugere o diagnóstico de Atresia Tricúspide e o diagnóstico diferencial com EMFVD é feito pela ausência de sinais de sobrecarga volêmica. Neste caso, a presença de forame oval patente, com shunt direito esquerdo, postergou a ocorrência de sobrecarga volêmica e a paciente apresentou cianose como principal achado clínico. PO 009 – INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE DAS METALOPROTEINASES 2 E 9 NA DIMINUIÇÃO DO COLÁGENO TIPO I MIOCÁRDICO EM RATOS OBESOS SILVA DCT, TOMASI LC, CAMPOS DHS, DEUS AF, ALVES CAB, FREIRE PP, NASCIMENTO AF, PADOVANI CR, CICOGNA AC FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Em pesquisa recente realizada em nosso laboratório, utilizando ratos Wistar obesos, por dieta hiperlipídica insaturada por 30 semanas, os níveis protéicos de colágeno intersticial tipo I miocárdico foram menores em relação ao grupo controle.Em razão, do resultado acima e da literatura mostrar que a leptina aumenta a atividade da metaloproteinase(MMP)-2e a expressão gênica da MMP-9,a proposta deste estudo foi testar a hipótese que a redução do colágeno tipo I miocárdico está associada ao aumento da atividade das MMPs 2 e 9 em ratos obesos por dieta hiperlipídica insaturada.Ratos Wistar machos, com 30 dias, foram randomizados em dois grupos: controle(C; n=25), que receberam ração padrão para roedores e obeso(Ob; n=25), um ciclo de quatro rações hiperlipídicas, por 30 semanas. A obesidade foi definida pelo índice de adiposidade, calculada pela somatória dos depósitos epididimal, retroperitoneal e visceral. Foram avaliados os perfis nutricionais e metabólicos. A hipertrofia foi avaliada post mortem por análise macroscópica e a análise molecular foi realizada por meio de análises do colágeno tipo I, leptina e inibidores teciduais de metaloproteinases(TIMPs) através da técnica de Western Blot e a atividade das MMP2 e 9 por Zimografia. Os dados foram expressos por meio de medidas descritivas de posição e variabilidade e submetidos ao teste ”t” de Student para amostras independentes. As associações entre determinadas variáveis analisadas foram realizadas pelo teste de correlação de Pearson. O nível de significância considerado para todas as variáveis foi de 5%.Os animais Ob apresentaram peso corporal final, gordura corporal total, índice de adiposidade, níveis de glicose, insulina e leptina séricos e pressão arterial sistêmica maiores em relação ao C. A obesidade promoveu diminuição da expressão proteica do colágeno tipo I, dos TIMPs 1 e 2, aumento da atividade das MMPs 2 e 9 e da leptina cardíaca. A análise de associação mostrou correlação significativa entre colágeno tipo I e MMP-2, colágeno tipo I e MMP-9, MMP-2 e leptina, MMP-9 e leptina, TIMPs 1,2 e MMP-2, MMP-9 e TIMP 1, e TIMP 1 e leptina. A hipótese deste trabalho foi confirmada, pois a redução do colágeno tipo I cardíaco está associado ao aumento da atividade das MMPs 2 e 9 em ratos obesos por dieta hiperlipídica insaturada. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 17e Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso PO 010 – ASSOCIAÇÃO ENTRE GRAVIDADE DA ESTENOSE VALVAR AÓRTICA COM ESPESSAMENTO MÉDIO-INTIMAL CAROTÍDEO. SALGUEIRO,T.R.M., MEIRELES, M.N., ROSSI, D.A., GOBBI, J.I.F., CONEGLIAN, R.C., ZANATI, Silméia Garcia, OKOSHI,K., HUEB,J.C., Matsubara, Beatriz B., ROSCANI, M.G. FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Objetivos: A estenose valvar aórtica senil está associada em pelo menos 30% dos casos à doença arterial coronária. Acredita-se que a aterosclerose também exerça um papel importante na progressão da estenose valvar aórtica. O objetivo deste estudo é investigar a associação de espessamento médio-intimal carotídeo com estenose valvar aórtica e se a aterosclerose periférica se correlaciona com manifestação desfavorável da doença. Metodologia: Foram incluídos 31 pacientes consecutivos encaminhados dos ambulatórios com estenose aórtica. Foram submetidos à avaliação clínica, ecocardiograma transtorácico e ultrassonografia de carótidas. Foi realizado levantamento de quais variáveis consideradas de relevância na estenose valvar aórtica estão associadas à presença de espessamento médio-intimal e se a aterosclerose periférica se correlaciona com a manifestação desfavorável da doença, como: presença de sintomas atribuídos à doença valvar: angina, dispnéia ou síncope, disfunção ventricular sistólico, hipertrofia ventricular ou critérios ecocardiográficos de gravidade da doença. Resultados: Foi encontrada associação positiva entre espessura médiointimal e massa normalizada do ventrículo esquerdo (171,04 ± 48,08 vs. 219 ± 68,63; p=0,033) e dos gradientes médio [32,0 (25,0-51,0) vs. 40,0 (31,0-60,0); p= 0,046] e máximo [49,5 (39,375,8) vs. 64,0 (49,0-91,0); p= 0,019] transvalvar aórtico. Também foi encontrada associação entre hipertensão arterial sistêmica e placa de aterosclerose em carótidas (p=0,019). Especula-se que a gravidade na estenose aórtica e estímulo para hipertrofia concêntrica podem estar sistemicamente relacionadas com espessamento médio-intimal tanto devido à agressão mecânica quanto neurohumoral. Conclusão: Há associação entre critérios de gravidade da estenose aórtica e presença de aterosclerose periférica. Palavras-Chave: insuficiência cardíaca, aterosclerose, doença valvar Agradecimentos: FAPESP 2011/22389-1 e Projeto RENOVE - FUNDUNESP PO 011 – Endocardite infecciosa por Histoplasma spp: Relato de Caso Furlani, A.C., De Santis, A.S.A.L., Guimarães, P.O., Guabiru, A.T., Castelli, J.B., Sciliano, R.F., Accorsi, T.A.D., Spina, G.S., Tarasoutchi, F., Grinberg, M. INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: O gênero fúngico Histoplasma spp mais comumente provoca doenças do trato respiratório, estando raramente relacionado à infecções endovasculares, as quais caracteriza por alta morbimortalidade. Relato do caso: Mulher de 40 anos, previamente hipertensa, admitida com queda do estado geral e dispnéia progressiva há 6 meses, após episódio de dor torácica. Negava febre, tosse e perda ponderal. Ao exame apresentava-se em regular estado geral, anasarcada, taquidispneica, estertores crepitantes até terço médio bilateralmente, sopro sistólico regurgitativo em foco mitral 3+/6+ e sopro holodiastólico aspirativo em foco aórtico 3+/6+. Exames laboratoriais revelaram leucocitose associada à elevação de provas inflamatórias. Radiografia de tórax com alargamento mediastinal superior e cardiomegalia. Eletrocardiograma com sobrecarga de câmaras esquerdas. Ecocardiograma transesofágico documentou função ventricular preservada, átrio esquerdo aumentado, valva mitral com perfuração da cúspide anterior e insuficiência importante, além de imagem de 20 mm sugestiva de vegetação. Valva aórtica bicúspide com imagem de 23 mm sugestiva de vegetação e insuficiência importante. Angiotomografia revelou dilatação de 47 mm em aorta 17f Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso torácica descendente associada à dissecção crônica desde planos valvares até bifurcação das artérias ilíacas. Hemoculturas negativas. Considerado diagnóstico de endocardite infecciosa associada à insuficiência cardíaca grave, recebendo indicação de tratamento combinado (antimicrobiano e cirúrgico). Submetida à troca valvar mitro-aórtica por biopróteses, sem intercorrências. A histopatologia do material cirúrgico demonstrou vegetações em valvas aórtica e mitral, compatíveis com endocardite infecciosa fúngica por Histoplasma spp. A paciente referiu exposição domiciliar a pombos. Realizado tratamento com anfotericina B lipossomal por 28 dias, com boa evolução clínica, sem sinais de recidiva infecciosa. Indicada terapia de supressão fúngica prolongada com itraconazol 400mg/dia por tempo indeterminado. Discussão: A endocardite por histoplasmose é uma doença rara e grave, devendo ser considerada em pacientes com história de exposição ambiental que se apresentam com evidências de infecção endovascular sem isolamento de agente etiológico. PO 012 – INFLUÊNCIA DO DIABETES EXPERIMENTAL NO PERFIL LIPÍDICO PLASMÁTICO E CARDÍACO Rafael Ferreira Rocha, Alcione Lescano Souza Junior, Andressa Bolsoni Lopes, Rui Curi, Maria Claudia Irigoyen, Renata Kelly da Palma, Iris Callado Saches, Katia De Angelis, Christiane Malfitano, Camila Paixão dos Santos UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - SÃO PAUO - SÃO PAULO - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução e Objetivo: Estudos mostram que a exposição ao meio hiperglicêmico ou diabetes protege o coração contra insultos patológicos. Resultados do nosso grupo demonstraram redução do tamanho do infarto, da expressão de citocinas pró-inflamatórias, aumento da expressão do transportador de glicose tipo 1(Glut-1) e fatores de sobrevivência celular, além de diminuição da fibrose, resultando em melhora da função cardíaca em ratos diabéticos infartados. Diante deste cenário, surgiu a hipótese de que a melhora funcional e suas alterações moleculares observada nestes animais poderia estar relacionadas ao aumento da utilização de substratos energéticos como os lipídeos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da hiperglicemia diabética sobre o perfil lipídico cardíaco e plasmático em ratos diabéticos. Métodos e Resultados: Foram avaliados em ratos machos Wistar(250g, n=8/grupo) submetidos ao diabetes experimental por estreptozotocina(50mg/Kg/ev), acompanhados por 30 dias: dosagem de ácidos graxos livres (AGL) e triglicerídeos (TG) no plasma e no ventrículo esquerdo (VE), e lipólise dos adipócitos. As avaliações bioquímicas foram realizadas utilizando-se kits comerciais específicos. O grupo D apresentou hiperglicemia (433±25mg/dl) e TG plasmáticos elevados(252±44mg/dl) quando comparado com o grupo C(87±16; 82±6mg/dl, respectivamente) caracterizando um perfil diabético clássico. Além disso, o grupo D apresentou elevado nível de AGL plasmático(21±3mg/dl) comparado ao C (10±1mg/dl). No VE,os níveis de AGL(0,46±0,01) e TG (2±0,3mg/dl) do grupo D foram semelhantes ao do grupo C(AGL: 0,51±0,03 e TG: 1,45±0,1 mg/dl). No grupo D observou-se ativação da lipólise(2677±418mg/dl), avaliada pelo nível de glicerol nas células adiposas extraídas do tecido periepididimal e submetidas ao isoproterenol, quando comparada ao C(7166±643mg/dl). Conclusão: A partir da hipótese de que a melhora funcional observada previamente nos animais diabéticos poderiam estar relacionadas ao aumento da utilização de glicose, este estudo demonstrou que esses animais apresentaram aumento de AGL e TG plasmáticos e na manutenção dos substratos no VE. Tal condição poderia conferir maior plasticidade e resistência celular à lesão isquêmica, sugerindo um pré-condicionamento metabólico em ratos diabéticos. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 17g Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso PO 013 – Pode o BNP ser usado como marcador preditor de eventos cardiovasculares em pacientes de alto risco, submetidos a quimoterapia com antraciclinas ? Ariane Vieira Scarlatelli Macedo, Rita de Cássia Lacerda, Luciana P Salgado, Enaldo Lima, Marcos Almeida Magalhães Andrade Jr HOSPITAL MATERDEI - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL INTRODUÇÃO: A cardiotoxicidade induzida pela quimioterapia é um problema clínico com um impacto significativo, na qualidade de vida e sobrevida dos pacientes com câncer. A detecção precoce do seu surgimento e tratamento eficaz imediato são a melhor abordagem. O conhecimento da população de maior risco para o desenvolvimento de cardiotoxicidade e identificação precoce de seu aparecimento, através da medição de biomarcadores sanguíneos nos permite agir de forma preventiva. OBJETIVO: Identificar em pacientes com câncer de mama, em uso antraciclina, e com fatores de risco adicionais para o surgimento de lesão cardíaca pela quimioterapia, se, medidas seriadas de biomarcadores (troponina e BNP), através de um acompanhamento cardiológico regular, poderia ajudar a predizer o surgimento de cardiotoxidade. MÉTODOS: Avaliamos, todos os pacientes com câncer de mama do serviço de oncologia do Hospital Mater Dei que iriam iniciar quimioterapia com antraciclina. Avaliação cardiológica consistindo de história, exame físico, eletrocardiograma, ecocardiograma e biomarcadores cardíacos antes e durante a quimioterapia , conforme protocolo. RESULTADOS: Entre Fevereiro e Outubro de 2012, seguimos 40 pacientes. Nós aplicamos o nosso modelo de monitoramento cardíaco em todos os pacientes que receberam antraciclina. A cardiotoxicidade foi detectado em 10% dos pacientes (4 pacientes). A presença de mais de um factor de risco cardiovascular (hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidemia) estava presente em 100% dos pacientes que desenvolveram cardiotoxicidade. A elevação sérica de BNP, foi a alteração detectada pela primeira vez durante o acompanhamento em todas as quatro pacientes nos quais foi identificada cardiotoxicidade, precedendo outras anormalidades. CONCLUSÃO: Considerando a alta morbidade relacionada à cardiotoxicidade é essencial identificar grupos em maior risco de desenvolvimento de toxicidade cardíaca .Em nosso grupo de pacientes, com câncer de mama tratadas com antraciclina, uma elevação de BNP sérico foi o primeiro sinal de cardiotoxidade em pacientes de alto risco cardiovascular. São necessários mais estudos para corroborar esta observação , o que pode ajudar a identificar precocemente a lesão cardíaca pela quimioterapia. PO 014 – Dissecção espontânea das artérias coronárias como etiologia de choque cardiogênico no puerpério. ECHENIQUE, LS, CAIXETA, AM, ANTONIO C. B. N. FILHO, ALEX L. CELULLARE, NILTON CARNEIRO, CESAR H. NOMURA, MARCO A. PERIN, MARCIA R. P. MAKDISSE, GILBERTO SZARF HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: a dissecção espontânea (DE) da artéria coronária é uma causa rara de síndrome coronária aguda e morte súbita. É mais comum no sexo feminino e não há consenso sobre sua fisiopatologia e tratamento. O presente caso relata a DE multiarterial no puerpério determinando choque cardiogênico e parada cardiorrespiratória. Relato: SRRB, 31a, sexo feminino, deu entrada com quadro de dorsalgia e dispnéia há 2 horas. A paciente encontrava-se no 7° dia após parto cesáreo quando evoluiu com insuficiência respiratória aguda e necessidade de ventilação mecânica. ECG: taquicardia sinusal e bloqueio de ramo direito. Rx de tórax: sinais de congestão pulmonar. 17h Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso Progrediu com instabilidade hemodinâmica, necessitando de drogas vasoativas em altas doses. No segundo dia apresentou PCR em AESP, duração de 5 minutos, evoluindo com disfunções orgânicas. Eco: pressão pulmonar normal, fração de ejeção de 33% e hipocinesia difusa. USG venoso sem sinais de trombose venosa profunda. A paciente evoluiu com melhora hemodinâmica sendo extubada no 11° dia. Com a melhora do choque cardiogênico e da função renal foi realizada RM cardíaca que evidenciou hipocinesia difusa do ventrículo esquerdo, porém mais acentuada na parede anterior com realce tardio identificando fibrose subendocárdica acometendo 75% da espessura desta parede. Devido disfunção segmentar, foi submetida inicialmente a AngioTC coronária que demonstrou espessamento parietal extenso da artéria descendente anterior (DA) e “flap” de dissecção no segmento distal da coronária direita (CD), compatível com o diagnóstico de DE destes dois vasos. A cinecoronariografia mostrou presença de DE extensa envolvendo o tronco da coronária esquerda, terço proximal da DA e terço distal da CD. Tomografia de coerência óptica confirma a presença de DE e hematoma intramural. Foi optado pelo tratamento clínico otimizado da insuficiência cardíaca e aspirina, permanecendo em classe funcional I. Discussão: a DE deve ser considerada nas mulheres com dor torácica e dispnéia sem fator de risco cardiovascular, no puerpério ou com doenças do tecido conectivo. No puerpério, o diagnóstico diferencial é com miocardite, embolia pulmonar e miocardiopatia periparto.O diagnóstico precoce proporciona o tratamento adequado e melhor prognóstico. PO 015 – Distribuição das subfrações de colesterol HDL na Doença de Dercum Lívia Nascimento de Matos, Valéria Arruda Machado, Francisco Antônio Helfenstein Fonseca, Celma Muniz Martins, Henrique Andrade Rodrigues da Fonseca, Henrique Tria Bianco, Maria Cristina de Oliveira Izar Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução: A doença de Dercum, também chamada lipomatose dolorosa ou reumatismo adiposo é uma doença rara de base genética desconhecida. Variáveis metabólicas e auto-imunes podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença, que se associa a resistência insulínica e dislipidemia mista. Objetivos: Determinar o perfil metabólico e lipoproteico, incluindo mapeamento de subfrações do colesterol HDL (HDL) de indivíduo com diagnóstico confirmado de Doença de Dercum recebendo tratamento clínico otimizado. Métodos: Foi avaliada paciente feminina, adolescente, com diagnóstico confirmado de doença de Dercum, em tratamento clínico há cinco anos incluindo atorvastatina, metformina, orientação nutricional e exercícios físicos aeróbicos regulares. Determinou-se, após jejum noturno de doze horas, níveis séricos de insulina, glicose, hemoglobina glicosilada (HbA1c), TSH, marcadores inflamatórios, HDL, colesterol LDL (LDL), LDL pequenas e densas, triglicerídeos (TG), apolipoproteína A1 (Apo A1), betalipoproteína, latosterol, NT-Pro-BNP, e foi realizado mapeamento das subfrações do HDL. Realizou-se, ainda, genotipagem da apolipoproteina E e fator V de Leiden. Resultados: paciente apresentou níveis normais de glicemia e HbA1c com hiperinsulinemia (81 mg/dL, 3,8% e 31,8 µU/mL, respectivamente). Apresentou função tireoidiana normal. O perfil lipoproteico demonstrou HDL baixo (19,3 mg/dL), Apo A1 112, TG 320 mg/dL, betalipoproteinemia 118 mg/dL, LDL 108 mg/dL, LDL pequenas e densas > 40 mg/dL. O mapeamento das subfrações do HDL demonstrou aumento na subfração pré-beta (29 mg/dL), subfração alfa 4 normal (< 5,3 mg/dL), aumento na subfração HDL-3 (33 mg/dL), níveis reduzidos na subfração HDL-2 e HDL-1 (19,3 mg/dL e 9,5 mg/dL, respectivamente). Os marcadores inflamatórios e NT-Pro_BNP séricos se encontravam normais. Paciente apresentava Apo E genótipo E3/E4 e fator V de Leiden -/-. Latosterol Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 17i Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso encontrava-se abaixo do nível detectável e as relações beta-sitosterol/colesterol e campesterol/ colesterol foram normais. Conclusão: Os dados do mapeamento das subfrações de HDL realizado sugere uma dificuldade na formação de partículas de HDL maiores, com excesso de partículas de HDL menores e menos protetoras. Esse achado pode ser explicado, em parte, pela hipertrigliceridemia. PO 016 – Miocardite Reumática Aguda Xavier Jr., J.L., Soeiro, A.M., Santis, A.S., Goldstein, P.G., Freitas, M.S., Almeida, M.C.F., Accorsi, T.A.D., Tavares Jr., M.O., Tarasoutchi, F., Grinberg, M. INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A febre reumática (FR) é a principal causa de insuficiência cardíaca (IC) e morte cardiovascular em crianças e adultos jovens em países em desenvolvimento. A manifestação cardíaca predominante é o acometimento do aparato valvar, sendo a ocorrência de miocardite reumática aguda (MRA) clinicamente manifesta evento incomum. Relato do caso: Paciente feminina, 23 anos, cardiopatia reumática crônica, bioprótese mitral há 4 meses, compareceu à emergência com queixa de dispnéia em repouso, palpitações, náuseas, febre não aferida e aumento do volume abdominal há 6 dias. Exame físico: afebril, taquicárdica, hipotensa e taquidispnéica. Sopro regurgitante mitral, 2+/6+, estertores finos em bases pulmonares, hepatomegalia e edema de membros inferiores. Exames: leucócitos, marcadores de inflamação e ASLO aumentados. Radiografia de tórax: opacidades reticulares bilateralmente. Hipótese diagnóstica: endocardite infecciosa e IC aguda. Iniciado ceftriaxona e oxacilina. O ecocardiograma transesofágico mostrou importante nova disfunção biventricular e leve refluxo pela bioprótese, sem vegetações. Hemoculturas negativas. FR agudizada também foi aventada. Para confirmação do quadro de MRA, foi solicitada cintilografia, que foi positiva para processo inflamatório em atividade. A ressonância magnética (RM) cardíaca mostrou disfunção biventricular importante difusa e processo inflamatório miocárdico. Devido ao diagnóstico de MRA, foi iniciado corticóide. A paciente evoluiu com melhora importante dos sintomas, recebendo alta hospitalar no 14º dia de internação. Discussão: Na FR aguda, os três folhetos, pericárdio, miocárdio e endocárdio, são acometidos simultaneamente, entretanto em proporções desiguais, com lesão miocárdica geralmente apenas subclínica. No diagnóstico de miocardite, achados clínicos, eletrocardiográficos, laboratoriais e radiográficos possuem baixa sensibilidade e especificidade. Nesse sentido, a cintilografia e a RM têm despontado como importantes ferramentas no diagnóstico da inflamação miocárdica. Tal fato torna esse relato único devido à captação da imagem em RM cardíaca comprovando a inflamação miocárdica em vigência de surto agudo de FR. PO 017 – Síndrome de Holt-Oram Familiar – um relato de caso Larissa Oliveira, Ana Karyn E. Freitas, Daniane Rafael, Sabrina Pinto Coelho, Gustavo Arruda Braga, Luiz A. F. Bettini Hospital de Clínicas - UFPR - Curitiba - Paraná - Brasil Introdução: A síndrome de Holt Oram é a mais comum das síndromes mão-coração. Caracteriza-se por anomalias de membros superiores (bilaterais assimétricas ou unilaterais) associadas a cardiopatias 18 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Trabalhos Selecionados para o Prêmio Melhor Poster do Congresso congênitas, principalmente defeitos do septo atrial. Apesar de se tratar de uma alteração genética de padrão autossômico dominante, há ainda poucos casos na literatura demonstrando a presença da síndrome em mais de um membro da família, destacando a importância desse estudo. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 60 anos, atendido com quadro de ortopneia e dispneia aos esforços, de caráter progressivo, com limitação de atividades cotidianas. A história familiar incluía a presença de malformação de membro superior no pai do paciente (já falecido), e em 3 irmãs (duas delas já falecidas), além de dois filhos (um falecido aos dois meses de idade) e uma filha. Os dois filhos ainda vivos já haviam sido diagnosticados com comunicação interatrial (CIA) tipo ostium secundum e submetidos a atriosseptoplastia. Ao exame físico, apresentava sopro sistólico (++/4) e, como peculiaridade, agenesia bilateral de polegares. Foi diagnosticado flutter atrial ao ECG e verificada a presença de CIA tipo ostium secundum ao ecocardiograma, medindo 26x35 mm, com fluxo predominante da esquerda para a direita. Além disso, apresentava hipertensão pulmonar (68mmHg) ao cateterismo. Diante deste quadro, foi feito o diagnóstico de síndrome de Holt Oram. Foi realizada a correção cirúrgica da CIA. Recebeu alta em bom estado, com acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Anormalidade em membros superiores, especialmente a malformação da borda axial do radio, associada à história de defeito do septo atrial ou da condução cardíaca é um dos dados clínicos mais importantes para o diagnóstico da síndrome de Holt-Oram. Portanto, uma vez reconhecida essa alteração em um paciente, este deve ser investigado para essa patologia assim como sua família. Afinal, como relatado, mais casos na família podem apresentar o mesmo quadro, tendo o diagnóstico precoce um papel essencial na prevenção de desfechos desfavoráveis. PO 018 – CORREÇÃO DE REFLUXO PARAVALVAR AÓRTICO POR VIA PERCUTÂNEA GUIADO POR ECOCARDIOGRAMA TRANSESOFÁGICO - RELATO DE CASO ALVES, F B, Morello, A P, Marques, M C, Ribeiro, C O, Farinazzo, R J M, Leite, R, Arruda, J A, Pazolini, C M UNIFERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - UFES / CENTRO INTEGRADO ATENÇÃO SAÚDE - CIAS - VITORIA - ES - BRASIL Introdução: Refluxo paravalvar (RP) pode complicar em torno de 5 a 17% das cirurgias de troca valvar conforme relatos de literatura. A correção cirúrgica constitui-se no tratamento de escolha do (RP) porém está comumente associada a elevada morbimortalidade. A correção via percutânea (CVP) tem se demonstrado alternativa interessante em pacientes com elevado risco cirúrgico. Relatamos 1 caso de RP aórtico submetido a CVP com uso de prótese amplatzer tipo Plug III guiado por ecocardiograma transesofágico (ECOTE) 2D. Relato do caso: Paciente do sexo feminino, 71 anos, Diabética, submetida à troca valvar (TV)mitral por prótese metálica em 1986 e TV aórtica por prótese metálica em 2006 evoluindo com insuficiência cardíaca (IC) classe funcional IV. ECOTE demonstrou RP Aórtico Importante. Paciente com elevado risco cirúrgico optou-se por CVP guiada por ECOTE com implante de 1 dispositivo plug III por abordagem retrógrada através de acesso femural. Procedimento realizado sem complicações, presença de refluxo residual mínimo ao término. Paciente evoluiu com melhora dos sintomas recebendo alta hospitar. Conclusão: A CVP tem se demonstrado alternativa terapêutica interessante em pacientes de elevado risco cirúrgico, o uso de ECOTE 3D pode melhorar os índices de sucesso técnico imediato, o desfecho desejado deve ser definido antes do procedimento conforme a indicação, se indicado por IC, o objetivo deve ser a redução do volume regurgitante, se devido a hemólise, o objetivo deve ser a obliteração completa do orifício regurgitante. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 19 Índice dos Autores dos Temas Livres e Pôsteres da Área Médica Autor Nº do Trabalho A Redheuil A.karolina Cutrim Abel Pereira Abílio Augusto Fragata Filho Adalberto M.L. Filho Adelino Parro Ademir G. Filho Adriana Bertolami Adriana Bertolami Adriana Bertolami Adriana Bertolami Adriana Costa Moreira Adriana Costa Moreira Adriana Costa Moreira Adriana D. Meinhart Adriana Feio PAstana Adriana Fernandes de Deus Adriana Froes Adriana Mazzuco Adriana Moreira Adriana Moreira Adriana Moreira Adriana Moreira Adriana Morgan de Oliveira Adriana Pastana Adriana Pastana Adriana Pereira Costa de Almeira Adriane Dallanora Henriques Adriano Alves Leite Adriano C. Carneiro Adriano Caixeta Adriano Caixeta Adriano Caixeta Adriano Caixeta ADRIANO CAMARGO DE CASTRO CARNEIRO Adriano Henrique P Barbosa Adriano Henrique P Barbosa Adriano Henrique Pereira Barbosa Adriano Henrique Pereira Barbosa Aecio F. T. Gois Afonso A Carvalho-Loureiro Afonso Akio Shiozaki Afonso Yoshikiro Matsumoto Agenor Carvalho Correa Neto TL 111 PO 171 PO 021 PO 055 TL 143 TL 143 TL 117 PO 023 TL 113 PO 118 PO 119 TL 034 TL 043 TL 047 TL 018 PO 081 PO 105 TL 063 TL 129 PO 042 PO 044 PO 049 PO 050 TL 057 PO 106 PO 107 PO 034 PO 019 PO 145 PO 160 TL 032 TL 044 TL 046 TL 048 PO 159 TL 082 PO 193 TL 039 TL 084 TL 164 TL 114 TL 027 TL 059 PO 048 20 Nº da Página 140 195 157 166 149 149 142 158 140 182 182 120 123 124 116 172 178 128 145 163 163 164 165 126 179 179 161 157 188 190 120 123 123 124 192 133 201 122 133 154 141 119 127 164 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Agnes A. S. Albuquerque Alayde Mendonça Alberto Cliquet Jr ALBERTO KANAAURA Alberto Q Farias Alberto Queiroz Farias Alejandra Garcia Aleksandra Morikawa Alessandra da Graça Corrêa Alessandra da Graça Correia Alessandra da Graça Correia Alessandra da Graça Correia Alessandra da Graça Correia Alessandra G Correia Alessandra Graça Correa Alessandra Medeiros Alessandro Franciscon Alex André Ferreira Queiroz Alex André Ferreira Queiroz Alex Ricardo Ferreira Alex Teixeira Guabiru Alex Teixeira Guabiru Alex Yuri Simões Sato Alexander Moreira de Almeida Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abizaid Alexandre Abzaid Alexandre Abzaid Alexandre Anderson de Sousa Soares Alexandre C Hueb Alexandre C. Pereira Alexandre Costa Pereira Alexandre Costa Pereira Alexandre da Costa Pereira Alexandre de Matos Soeiro Alexandre de Matos Soeiro ALEXANDRE G SOUZA Alexandre G. Silva PO 060 PO 088 PO 026 TL 140 PO 079 PO 080 PO 083 TL 027 TL 165 PO 084 TL 135 PO 142 PO 145 PO 192 TL 161 PO 108 PO 209 TL 108 PO 172 TL 108 PO 212 PO 213 TL 109 PO 197 TL 032 TL 033 TL 035 TL 038 TL 045 TL 046 TL 050 TL 051 TL 118 PO 120 PO 175 TL 171 TL 044 TL 048 TL 028 PO 068 TL 071 PO 074 TL 131 TL 087 TL 120 PO 189 TL 068 TL 096 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 167 174 158 148 172 172 173 119 154 173 147 188 188 201 153 179 205 139 195 139 206 206 139 202 120 120 121 121 123 123 124 125 142 182 196 156 123 124 119 169 130 171 145 134 142 200 129 136 21 Autor Nº do Trabalho ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA Alexandre Holthausen Campos Alexandre Siciliano ALEXANDRE SPOSITO Alexandre Sposito Alexandre Volney Villa Alfredo Eyer Alfredo Inacio Fiorelli Alfredo Inacio Fiorelli Alfredo Inácio Fiorelli Alfredo Inácio Fiorelli Alfredo J. Mansur ALFREDO JOSÉ MANSUR Alfredo José Mansur Alfredo José Mansur Alfredo José Mansur Alfredo José Mansur Alice Tatsuko Yamada Alice Tatsuko Yamada Aline A. I. Moraes Aline A. I. Moraes Aline Alves Santana Aline Boveto Santamarina Aline Cecília Silva Amaro Aline Couto Aline Couto Aline de Moraes Aline de Moraes Aline Iannoni de Moraes Aline Iannoni de Moraes Aline Medeiros Pereira Aline O Martins ALINE REGINA RUIZ LIMA ALINE REGINA RUIZ LIMA Aline Regina Ruiz Lima Aline Regina Ruiz Lima Aline S. Souza Alinne Katienny L S Macambira Alline Katienny L S Macambira Allysson Matos Porto Silva Almir Ferraz ALMIR FERRAZ Altay A. L. de Souza Alvaro Avezum Alves MJNN Amanda Bigarelli Groblackner PO 063 PO 072 PO 073 TL 109 TL 037 TL 029 TL 036 PO 064 TL 082 TL 060 PO 053 TL 069 TL 123 PO 206 PO 090 TL 131 TL 133 PO 143 PO 144 TL 133 PO 144 PO 120 PO 175 TL 105 TL 105 PO 025 PO 067 PO 210 PO 023 TL 113 PO 118 PO 119 PO 046 PO 022 TL 125 PO 137 TL 125 PO 137 TL 129 PO 115 PO 114 PO 186 TL 094 TL 126 TL 067 TL 026 TL 103 PO 169 22 Nº da Página 168 170 170 139 121 119 121 119 133 125 163 127 141 202 175 145 146 188 188 146 188 182 196 138 138 158 169 205 158 140 182 182 164 157 144 186 144 186 145 181 181 199 136 144 129 118 138 194 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Amanda G M R Sousa Amanda G M R Sousa Amanda G Sousa Amanda G. M. R. Sousa Amanda G. M. R. Sousa Amanda G. Moraes Rego Sousa Amanda G.M.R.Sousa AMANDA GELD Amanda GMR Sousa Amanda GMR Sousa Amanda GMR Sousa Amanda Gonçalves Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amaury Amaral Amaury Amaral AMAURY ZATORRE AMARAL AMAURY ZATORRE AMARAL AMÉRICO T JUNIOR Amilton da Cruz Santos Ana Angélica Fernandes Ana Angélica H Fernandes Ana Angélica Henrique Fernandes Ana Angélica Henrique Fernandes Ana Angélica Henrique Fernandes Ana C. Aguirre Ana C. Aguirre Ana C. Santos Nussbaum Ana Carolina Costa Redondo Ana Carolina Junqueira Vasques ANA CAROLINE REINALDO DE OLIVEIRA ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA Ana Cláudia A. Santos Nussbaum Ana Cláudia G P Petisco Ana Cláudia G P Petisco Ana Claudia Petisco Ana Cristina Andrade Ana Cristina Andrade PO 116 PO 127 TL 171 PO 118 PO 119 TL 034 TL 043 PO 035 TL 033 TL 051 PO 044 TL 046 TL 042 TL 035 TL 038 TL 045 TL 047 TL 050 PO 042 PO 049 PO 050 TL 113 TL 039 PO 193 PO 078 PO 205 TL 068 PO 095 PO 099 TL 098 TL 056 TL 014 TL 122 TL 016 TL 021 TL 136 TL 066 TL 081 PO 051 PO 078 TL 140 PO 205 PO 153 PO 116 PO 127 PO 066 TL 137 TL 149 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 181 184 156 182 182 120 123 161 120 125 163 123 122 121 121 123 124 124 163 164 165 140 122 201 172 204 129 176 177 137 126 210 143 211 212 147 128 132 151 172 148 204 190 181 184 169 147 150 23 Autor Nº do Trabalho Ana Cristina P.P. Ludovice Ana Cristina Sayuri Tanaka Ana Elisabeth Leal Varjão ANA HELENA VICENTE Ana Lucia A Ferreira Ana Luisa Guerra Ana Luiza Sayegh Ana Maria Braga Ana Maria Fonseca Wanderley Braga ANA MARIA OTAVIANO Ana Marta Antunes Salgado Gali Ana Paula C. de Faria Ana Paula Cabral de Faria Ana Paula Cabral de Faria Ana Paula Cabral de Faria Ana Paula Cabral de Faria Ana Paula Cabral de Faria ANA PAULA COLÓSIMO Ana Paula de Cabral Faria Ana Paula Tavares Ana Raquel Superbi Vidal Ana Regina Elmec Ana Terra Fonseca Barreto Ana Terra Fonseca Barreto Ana Terra Fonseca Barreto Ana Terra Fonseca Barreto Ana Vellozo Anali Galluce Torina Anderson N Fava Anderson Nunes Fava Anderson Nunes Fava Andre Arpad Faludi André Coelho Marques Andre Faludi André Felipe Ferreira André Fernande Reis André Ferreira do Nascimento ANDRE G SPADARO Andre G. Spadaro Andre G. Spadaro Andre L. da Cruz André Linhares André Linhares André Marantes Masciarelli Pinto André Marantes Masciarelli Pinto Andre Paciello Andre Renno André Schmidt PO 084 TL 093 TL 108 TL 140 PO 022 TL 089 TL 128 TL 030 TL 101 TL 151 PO 174 TL 102 TL 015 TL 112 TL 115 PO 130 PO 135 TL 150 PO 113 PO 024 PO 182 PO 056 TL 139 TL 147 TL 148 PO 166 PO 199 TL 106 PO 192 TL 161 TL 165 PO 023 PO 145 PO 118 PO 088 TL 073 PO 022 PO 043 PO 036 PO 045 PO 087 PO 191 PO 077 TL 144 TL 146 TL 144 TL 117 PO 060 24 Nº da Página 173 135 139 148 157 134 144 214 137 151 196 138 210 140 141 185 186 150 180 158 198 166 148 150 150 194 202 139 201 153 154 158 188 182 174 130 157 163 161 163 174 200 171 149 149 149 142 167 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho ANDRÉ SCHMIDT ANDRÉ SCHMIDT ANDRÉ SCHMIDT ANDRÉ SCHMIDT ANDRÉ SCHMIDT André Schmidt André Schmidt André Schmidt André Schmidt André Schmidt André Schmidt Andre Schmidt Andre Spadaro Andre Spadaro André Spadaro André V. T. Japiassú Andrea Abizaid Andrea Abizaid Andrea Cangiani Furlani Andréa de Freitas Gonçalves Andréa de Freitas Gonçalves Andréa de Freitas Gonçalves Andréa F Gonçalves Andrea Furlani Andrea Maria Gomes Marinho Falcão Andrea Marinho Falcão Andrea Marinho Falcão Andréa Marinho Falcão Andréa Marinho Falcão Andrea Pio de Abreu Andrea Rodriguers Sabbatini Andrea Rodrigues Sabbatini Andrea Rodrigues Sabbatini Andrea Rodrigues Sabbatini Andrea Rodrigues Sabbatini Andrea Sabbatini Andrei C Sposito Andrei C Sposito Andrei C. Sposito Andrei C. Sposito Andrei Carvalho Sposito Andrei Carvalho Sposito Andrei Carvalho Sposito Andrei Carvalho Sposito Andrei Carvalho Sposito Andrei Carvalho Sposito Andrei Carvalho Sposito Andrei Skromov Albuqerque TL 145 PO 158 PO 167 PO 173 PO 174 TL 145 PO 158 PO 167 PO 173 PO 174 PO 209 PO 091 PO 040 PO 041 TL 078 TL 028 TL 033 TL 038 PO 213 TL 088 TL 098 TL 099 PO 098 PO 212 PO 169 PO 157 PO 170 PO 157 PO 170 TL 116 PO 135 TL 015 TL 112 TL 115 PO 130 PO 113 TL 156 TL 160 PO 019 TL 028 TL 017 TL 019 TL 040 TL 081 TL 106 TL 152 PO 194 TL 144 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 149 192 194 195 196 149 192 194 195 196 205 175 162 162 132 119 120 121 206 134 137 137 177 206 194 157 195 157 195 141 186 210 140 141 185 180 152 153 157 119 211 211 122 132 139 151 201 149 25 Autor Nº do Trabalho Andrei Skromov Albuquerque Andreia Cristiane Carrenho Queiroz Andréia Sevestrin Terêncio Andressa Motta Aurich Andrey J Serra Andrey Jorge Serra Andrey Serra Andrezza Kinote Anelisa Bueno Pereira Angela Rosa da Silva Angela Rubia Fuchs ANGELA TERESA BAMPI Angelo A. A. de Paola Angelo A. V. de Paola Angelo Amato V de Paola Ângelo Amato V. de Paola Ângelo Amato Vincenzo De Paola Angelo de Paola Angelo De Paola Aníbal Eugênio Vercesi Aniele Clemente Aniele Clemente Anna Myrna Jaguaribe de Lima Anna Myrna Jaguaribe de Lima Anne Karoline Silveira Moura Anselmo A. Silva Antonielle Figueiredo Macedo Tavares Reis ANTONIO ALCEU DOS SANTOS ANTONIO ALCEU DOS SANTOS Antonio Bacelar Antonio Beraldo Antonio C B Nunes Filho Antonio C Barretto Antonio C Cicogna Antonio C. C. Carvalho Antonio C. C. Carvalho Antonio C. Carvalho Antonio C. Cicogna Antônio C.C. Carvalho ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO ANTONIO CARLOS BACELAR NUNES FILHO Antonio Carlos C. Carvalho Antônio Carlos C. Carvalho Antônio Carlos Camargo Carvalho Antonio Carlos Carvalho Antonio Carlos Carvalho TL 146 PO 112 PO 201 PO 139 PO 100 PO 108 PO 089 TL 117 PO 123 PO 136 TL 094 PO 035 TL 164 PO 140 TL 082 PO 183 TL 070 PO 067 PO 089 TL 102 PO 191 PO 077 PO 095 PO 095 PO 186 PO 026 PO 033 TL 068 PO 072 PO 208 PO 086 PO 192 PO 141 PO 022 PO 140 TL 164 TL 082 TL 107 PO 030 TL 044 TL 048 TL 135 PO 142 TL 075 TL 062 TL 039 PO 193 PO 199 26 Nº da Página 149 180 203 187 177 179 174 142 183 186 136 161 154 187 133 187 129 169 174 138 200 171 176 176 199 158 160 129 170 205 174 201 187 157 187 154 133 139 159 123 124 147 188 131 127 122 201 202 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Antonio Carlos Carvalho Antônio Carlos Carvalho Antonio Carlos Cicogna Antonio Carlos de Camargo Carvalho Antonio Carlos de Camargo Carvalho Antonio Carlos de Camargo Carvalho Antonio Carlos de Camargo Carvalho Antônio Carlos de Camargo Carvalho Antônio Carlos de Camargo Carvalho Antônio Carlos M.Bianco Antonio Carlos Pedroso de Lima Antonio Carlos Pereira Barretto Antonio Carlos Pereira Barretto Antônio Carlos Sobral Sousa Antônio Carlos Sobral Sousa Antônio Carlos Sobral Sousa Antônio Carlos Sobral Sousa Antônio Carlos Sobral Sousa Antônio Carlos Sobral Sousa Antônio Célio C Moreno Antonio Celio Moreno Antonio Claudio do Amaral Baruzzi Antonio Claudio do Amaral Baruzzi Antonio Claudio do Amaral Baruzzi ANTONIO CORDEIRO Antonio Cordeiro Junior Antonio Cordeiro S Jr Antonio Cordeiro S Jr ANTONIO E P PESARO Antonio E. Filho Antonio Eduardo Pereira Pesaro Antonio Eduardo Pesaro Antonio Eduardo Pesaro Antonio Eduardo Pesaro Antonio Esteves Filho Antonio Esteves Filho Antonio Esteves Filho Antonio Esteves Filho Antônio Esteves Filho Antonio Esteves-Filho Antônio Gabriel M.Jr Antonio Gabriele Laurinavicius Antonio Jose Cordeiro Mattos Antonio M Kambara Antonio M Kambara Antonio M Kambara Antonio M. Figueiredo-Neto Antônio Massamitsu Kambara PO 204 TL 073 PO 105 TL 084 PO 078 TL 153 PO 205 TL 070 PO 093 PO 062 TL 133 TL 128 PO 150 TL 095 PO 186 TL 139 TL 147 TL 148 PO 166 TL 082 TL 084 TL 166 PO 190 PO 198 TL 142 TL 113 PO 118 PO 119 PO 192 TL 049 TL 165 TL 135 PO 142 TL 161 PO 041 PO 043 PO 045 TL 078 TL 022 PO 039 PO 087 TL 020 TL 026 TL 051 PO 116 PO 127 TL 018 TL 042 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 204 130 178 133 172 151 204 129 175 168 146 144 190 136 199 148 150 150 194 133 133 154 200 202 148 140 182 182 201 219 154 147 188 153 162 163 163 132 212 162 174 212 118 125 181 184 116 122 27 Autor Nº do Trabalho Antonio P. Mansur Antônio Pazin Filho Antônio Pazin Filho Antônio Pazin Filho Antônio Pazin Filho Antônio Pazin-Filho Antônio Pazin-Filho Antonio Sergio de Santis A. Lopes Antonio Sergio de Santis A. Lopes Antonio Sergio de Santis A. Lopes Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes Antônio Sérgio de Santis Andrade Lopes Antonio Sergio Lopes Antonio Tito Paladino Anwar Mouallem Argemiro de Souza Ari Timerman Ari Timerman Ariane Binoti Pacheco Ariane Vieira Scarlatelli Macedo Arnaldo Luiz Martins ARTUR PIPOLO Audrey Schnell Augusto C Brasileiro Augusto Hiroshi Uchida Aureo Augusto de Almeida Delgado Aurisetela Ramos Auristela I. de Oliveira Ramos Auristela Ramos Auristela Ramos Azevedo PS Baracioli LM Barbara Maria Ianni Barbara Maria Ianni Bárbara P. Torres Basílio de Bragança Pereira Beatriz Furlanetto Beatriz Lustosa TL 072 TL 134 PO 158 PO 167 PO 173 TL 145 PO 209 PO 207 PO 212 PO 213 TL 169 TL 169 TL 170 PO 211 PO 214 PO 215 TL 169 TL 169 TL 170 PO 211 PO 214 PO 215 PO 208 TL 027 TL 046 PO 088 TL 159 TL 167 PO 083 TL 138 PO 204 TL 068 TL 031 PO 082 TL 076 PO 182 TL 050 TL 171 TL 035 TL 051 TL 100 PO 188 TL 055 TL 058 TL 107 TL 054 TL 061 PO 099 28 Nº da Página 130 146 192 194 195 149 205 204 206 206 155 155 155 205 206 206 155 155 155 205 206 206 205 119 123 174 153 155 173 147 204 129 214 173 131 198 124 156 121 125 137 200 126 126 139 125 127 177 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Beatriz Vaz Domingues Moreno Beatriz VD Moreno Benedita Ferreira Machado Benedito A.L. Fonseca Benedito C. Maciel Benedito Carlos Maciel Benedito Carlos Maciel Benedito Carlos Maciel Benedito Carlos Maciel Bento Bezerra Bernardo A.Abreu Bernardo Noya Alves de Abreu BERNARDO NOYA ALVES DE ABREU Bernardo Rodrigues Mendes Moraes Bertha F Polegato Bertha F Polegato BERTOLETTO P R BONOMO C Breno A. A. Falcão Breno A. A. Falcão Breno A. Falcão Breno Almeida de Oliveira Breno Almeida de Oliveira Breno de Alencar Araripe Falcão Breno de Alencar Araripe Falcão Breno de Alencar Araripe Falcão Breno de Alencar Araripe Falcão Breno de Oliveira Almeida Breno Falcão Breno O. Almeida Breno Oliveira Almeida Brian Ghoshhajra Brivaldo Markman Filho Bruna Abib Bruna M. B. Leal Bruna P M Rafacho Bruna P M Rafacho Bruna Paola Murino Rafacho Bruno Biselli Bruno Biselli Bruno Biselli Bruno Biselli Bruno C. Ribeiro Bruno Caramelli Bruno Caramelli Bruno Caramelli Bruno de Freitas Leite Bruno Geloneze PO 135 PO 125 PO 114 TL 145 PO 167 PO 158 PO 173 PO 174 TL 053 PO 024 PO 160 PO 047 PO 159 PO 197 TL 099 PO 098 PO 103 TL 119 PO 036 PO 041 TL 032 TL 044 TL 048 TL 022 TL 025 PO 040 TL 078 TL 040 TL 049 TL 046 TL 032 PO 156 PO 082 PO 021 TL 164 TL 098 TL 099 TL 088 TL 136 PO 151 PO 153 PO 177 TL 143 PO 081 PO 106 PO 107 PO 069 TL 081 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 186 183 181 149 194 192 195 196 125 158 190 164 192 202 137 177 178 142 161 162 120 123 124 212 213 162 132 122 219 123 120 191 173 157 154 137 137 134 147 190 190 196 149 172 179 179 169 132 29 Autor Nº do Trabalho Bruno Leite Bruno Luis Fonseca de Menezes Bruno Mahler Mioto Bruno Mahler Mioto Bruno Mahler Mioto Bruno Mahler Mioto Bruno P Valdigem Bruno Palmieri Bruno Palmieri Bruno Palmieri Bernardi BRUNO PAPELBAUM Bruno Pereira Valdigem Bruno Pereira Valdigem Bruno Rodrigues BRUNO STEFANI LELIS SILVA BRUNO VERAS BEZERRA Caio B Vianna Caio B Vianna Caio Bottini Cruz Caio César Jorge Medeiros Caio de Brito Vianna Camila Bonomo Camila Bonomo Camila Bonomo Camila Camarço Batista Camila Gabrilaitis Camila Gimenes Camila Gimenes Camila Gimenes Camila Lara Barcelos Camila Lara Barcelos Camila Maria Oliveira Tê Camila Moreno Rosa Camila Moreno Rosa CAMILA MORENO ROSA CAMILA MORENO ROSA Camila Pereira Braga Camila Pereira Braga Camila R Correa Camila Truzzi Penteado Camilo Abdulmassih Neto CAMPOS DHS Campos DHS Cantidio Campos Cantidio Campos Cantidio Campos Cantidio Campos Neto Cantidio Campos Neto PO 171 PO 069 PO 020 TL 077 PO 075 PO 092 TL 089 PO 049 PO 050 TL 034 PO 147 TL 063 PO 084 TL 105 PPO 037 PPO 037 TL 077 PO 092 TL 132 PO 185 PO 074 TL 125 PO 137 PO 138 PO 066 PO 038 TL 056 TL 014 TL 122 PO 114 PO 115 PO 058 TL 056 TL 014 TL 122 TL 125 TL 056 TL 014 PO 022 TL 102 PO 062 TL 119 PO 152 TL 047 PO 049 PO 050 PO 042 PO 044 30 Nº da Página 195 169 157 131 171 175 134 164 165 120 189 128 173 138 161 161 131 175 146 199 171 144 186 187 169 162 126 210 143 181 181 167 126 210 143 144 126 210 157 138 168 142 190 124 164 165 163 163 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Carina Hardy Carla Carolina Cardoso Teixeira Carla Carolina Cardoso Teixeira Carla de Almeida Carla Séptimio Margalho Carla Vieira CARLINDO MARQUES CARLOS A CAMPOS Carlos A Machado Carlos A W Segre CARLOS A. CAMPOS Carlos A. Campos CARLOS A. GONNELLI Carlos A. H. M. Campos CARLOS ALBERTO C DE ABREU FILHO Carlos Alberto de Bragança Pereira Carlos Alberto de Oliveira Carlos Alberto Gonçalves Máximo Carlos Alberto Mendez Contreras Carlos Alexandre Wainrober Segre Carlos Augusto Campos Carlos Augusto Campos Carlos Augusto Campos Carlos Augusto H M Campos Carlos E Negrão Carlos E. Negrão Carlos E.Prazeres Carlos Eduardo Branco Carlos Eduardo dos Santos Ferreira CARLOS EDUARDO DUARTE CARLOS EDUARDO ELIAS DOS PRAZERES Carlos Eduardo Mendonça Tome Carlos Eduardo Negrão Carlos Eduardo Negrão CARLOS EDUARDO NEGRÃO Carlos Eduardo Negrão Carlos Eduardo Negrão Carlos Eduardo Negrão Carlos Eduardo Negrão Carlos Eduardo Negrão Carlos Eduardo Negrão Carlos Eduardo Ornelas CARLOS EDUARDO ROCHITTE CARLOS EDUARDO ROCHITTE Carlos Eduardo S Leao Carlos Eduardo Suaide Silva Carlos Filho Carlos Gun TL 093 TL 139 TL 148 TL 063 PO 115 PO 171 PO 155 PO 043 PO 021 PO 068 TL 029 PO 039 PO 070 PO 036 TL 140 TL 131 PO 086 PO 055 TL 132 TL 076 TL 022 TL 036 PO 045 TL 083 PO 141 TL 155 PO 160 TL 169 PO 148 PO 147 PO 159 PO 069 TL 101 TL 030 PO 090 PO 097 TL 121 TL 124 TL 127 TL 128 TL 130 TL 138 PO 159 PO 160 PO 204 PO 168 PO 109 PO 062 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 135 148 150 128 181 195 191 163 157 169 119 162 170 161 148 145 174 166 146 131 212 121 163 133 187 152 190 155 261 189 192 169 137 214 175 176 143 143 144 144 145 147 192 190 204 194 179 168 31 Autor Nº do Trabalho Carlos H. G. Uchôa Carlos H. Miranda Carlos Hossri CARLOS HOSSRI Carlos Negrão Carlos Otto Berlowitz Filho Carlos Pedra Carlos R. Padovani Carlos Roberto Padovani Carlos Roberto Padovani Carlos Roberto Padovani Carlos Sierra Carlos V Serrano Jr Carlos V. Serrano Jr Carlos V. Serrano Jr. Carlos V. Serrano Jr. Carlos Vicente Serrano Carlos Vinicius Abreu do Espírito Santo Carolina Baeta CAROLINA CASADEI Carolina Casdei dos Santos Carolina de Campos Gonzaga CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA CAROLINA GIUSTI BUZO CAROLINA GIUSTI BUZO Carolina Giusti Buzo Carolina Giusti Buzo Carolina Maria Nogueira Pinto Carolina Moreira Montenegro Carolina N. França Carolina N. França Carolina P. Amorim Carolina Pereira Carolina Pereira CAROLINA PEREIRA Carolina Porto Carolina Soares Viana de Oliveira Carolina Stoll Caroline Patrícia Costa da Silva Carsten Rickers Carsten Rickers Cassiana R.G. Giribela Cassiana R.G. Giribela Cassiana R.G. Giribela Catarina de Andrade Barboza Cecília Mary de Carvalho Viana Chianca TL 067 TL 145 TL 094 TL 126 PO 109 PO 144 TL 089 TL 107 PO 057 PO 059 PO 105 TL 089 PO 192 TL 074 TL 120 PO 189 TL 161 PO 036 PO 210 TL 126 TL 132 PO 023 TL 113 PO 118 PO 119 PO 033 PO 035 PO 033 PO 035 PO 031 PO 055 TL 016 TL 021 PO 196 TL 020 PO 034 TL 079 TL 061 TL 073 PO 048 PO 179 TL 137 TL 149 PO 124 PO 133 PO 134 TL 105 PO 046 32 Nº da Página 129 149 136 144 179 188 134 139 166 167 178 134 201 131 142 200 153 161 205 144 146 158 140 182 182 160 161 160 161 160 166 211 212 202 212 161 132 127 130 164 197 147 150 183 185 186 138 164 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Cecília Meirelles Barros Célia de Paula Pimenta Bonatto Célia de Paula Pimenta Bonatto Célia M C Strunz Celia Maria Camelo Silva Célia Maria Camelo Silva Celia Maria Cassaro Strunz Célia R. S. Rocha Nogueira Celma M. Martins Celso Amodeo Celso Amodeo Celso Amodeo Celso Amodeo Celso Amodeo Celso Amodeo Celso Amodeo Celso Correa Cepeda FX Cesar Higa Nomura Cesar Higa Nomura Cesar Higa Nomura Cesar J Grupi Cesar José Grupi Cesar José Grupi Cesar José Grupi Cesar Nomura CEZAR MDM Charles Mady Charles Mady Charles Mady Charles Mady Charles Mady CHAVES J C Christiane Malfitano Christopher Hart Christopher Hart Cibele L Garzillo Cibele Larrosa Garzillo Christopher Hart Cibele Larrosa Garzillo Cicogna AC Cinthia G. F. Dias Cinthia G. F. Dias Cintia Helena Santuzzi Clarissa Antunes Thiers Clarissa Karine Cardoso Teixeira CLÁUDIA CRISTIANY GARCIA LOPES Claudia da Silva Fragata PO 185 PO 057 PO 059 TL 072 TL 062 PO 093 PO 064 PO 033 TL 018 TL 113 PO 116 PO 118 PO 119 PO 120 PO 127 PO 175 PO 204 TL 103 TL 044 TL 048 TL 169 PO 075 TL 055 TL 058 PO 052 PO 064 TL 119 TL 055 TL 057 TL 058 TL 059 PO 052 PO 103 PO 110 TL 137 TL 149 PO 068 PO 061 PO 064 TL 076 PO 152 TL 120 PO 189 TL 104 TL 054 TL 139 PO 035 TL 063 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 199 166 167 130 127 175 119 160 116 140 181 182 182 182 184 196 204 138 123 124 155 171 126 126 165 119 142 126 126 126 127 165 178 180 147 150 169 167 119 131 190 142 200 138 125 148 161 128 33 Autor Nº do Trabalho Claudia F Gravina Claudia Fragata Claudia Lucia de Moraes Forjaz Claudia M. Rodrigues Alves Claudia Maria R Alves Claudia Maria R Alves Claudia Maria Rodrigues Alves Claudia Maria Rodrigues Alves Claudia Maria Rodrigues Alves Cláudia Maria Rodrigues Alves Cláudia Maria Rodrigues Alves Cláudia Maria Rodrigues Alves Cláudia Maria Rodrigues Alves Cláudia Maria Rodrigues Alves Claudia Suzuki Yamada Cláudio Cirenza Cláudio Córdova Claudio Henrique Fischer Cláudio Teodoro de Souza Claus Zeefried Cléber Rene Alves Costantino O. Costantini Costantino O. Costantini Costantino R. F. Costantini Costantino R. F. Costantini Cristiane Aparecida Moran Cristiane Felix Ximenes Pessotti Cristiane Felix Ximenes Pessotti Cristiane Maki Nunes Cristiane Felix Ximenes Pessotti Cristiano A. Ballus Cristiano Dietrich Cristiano Freitas de Souza Cristiano Freitas de Souza Cristiano Guedes Bezerra Cristiano Guedes Bezerra Cristiano Mostarda Cristiano Mostarda Cristiano Pisani Cristiano Ricardo Bastos de Macedo Cristiano Ricardo Bastos de Macedo Cristina Chaves dos Santos de Guerra Cristina R Cardoso Daisy Maria Machado Dalmo A R Moreira DALMO A. R. MOREIRA Dalmo Antonio Ribeiro Moreira Dalmo Antonio Ribeiro Moreira PO 031 TL 090 PO 112 TL 075 TL 082 PO 204 TL 153 PO 193 PO 205 PO 030 TL 039 TL 073 PO 078 TL 026 TL 096 PO 183 PO 019 TL 044 TL 105 TL 039 TL 030 PO 048 PO 200 PO 048 PO 200 PO 058 TL 065 TL 066 TL 101 PO 097 TL 018 TL 118 TL 046 TL 075 TL 049 PO 036 PO 122 PO 123 TL 093 PO 111 PO 132 PO 115 PO 150 TL 062 TL 089 TL 090 TL 063 PO 168 34 Nº da Página 160 135 180 131 133 204 151 201 204 159 122 130 172 118 136 187 157 123 138 122 214 164 203 164 203 167 128 128 137 176 116 142 123 131 219 161 183 183 135 180 185 181 190 127 134 135 128 194 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Dalmo Antônio Ribeiro Moreira Dalmo Antônio Ribeiro Moreira Dalmo Moreira Dalmo Moreira Dalmo Moreira Dalton V Vassalo Dalva Poyares DAMATTO RL Damiana Vieira dos Santos Rinaldi DANIEL A MESSAGE DOS SANTOS Daniel Arcuschin Oliveira Daniel B Munhoz Daniel Batista Munhoz DANIEL BOUCHABKI DE ALMEIDA DIEHL Daniel Branco de Araujo Daniel Chamié Daniel Chamié Daniel Forman DANIEL FRANCISCO TROMPIERI Daniel G. Martinez Daniel Godoy Martinez Daniel J. Pereira Daniel Martinez DANIEL OLIVEIRA NETO BARBOSA Daniel Pio de Oliveira Daniel Pio de Oliveira Daniel Z. Scherrer Daniel Zanuttin Daniel Zanuttini DANIELA BAGGIO R. MARTINS DANIELA BAGGIO R. MARTINS Daniela Caetano Costa Daniela CAlderaro Daniela Fantato Daniela M. Tegani Daniela Tarasoutchi Daniela Tarasoutchi Daniela Tarasoutchi Daniele M. Guizoni Danielle A G C Oliveira Danielle Cristina Tomaz da Silva Danielle Menosi Gualandro Danilo Marcelo L. Prado Danilo Marshesotti Corvino Danilo Ribeiro Galantini Danilo Sales Bocalini Danusa Ramos Danusa Ramos TL 091 TL 092 PO 083 PO 120 PO 175 TL 069 PO 140 TL 119 PO 139 PO 164 PO 184 TL 156 TL 152 PO 051 PO 023 TL 033 TL 038 PO 076 PO 063 TL 155 TL 101 TL 117 PO 109 PPO 037 PO 066 TL 139 PO 029 PO 048 PO 200 PO 078 PO 205 PO 091 PO 081 PO 024 TL 024 PO 020 TL 077 PO 092 TL 107 PO 082 PO 105 PO 081 TL 096 PO 057 TL 132 PO 108 PO 079 PO 080 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 135 135 173 182 196 127 187 142 187 193 198 152 151 151 158 120 121 171 168 152 137 142 179 161 169 148 159 164 203 172 204 175 172 158 118 157 131 175 139 173 178 172 136 166 146 179 172 172 35 Autor Nº do Trabalho Dario Gonçalves Neto Darlan Dadalt David Le Bihan David Le Bihan David Le Bihan DAYS O ANDRADE De Tomasi LC Debora Deus Decio Mion Junior Decio Mion Junior Deize Caldeira Deize Caldeira Denis Moulin Bayerl Denise Aparecida Botter Denise C. Fernandes Denise de Castro Fernandes Denise Hachul Denise Louzada Ramos Denise Louzada Ramos Denise Louzada Ramos Denise Maria Servantes Denise T Hachul Denise Tessariol Hachul Denise Tessariol Hachul Denise Tessariol Hachul Desiderio Favarato Desiderio Favarato Diandro Marinho Mota Dias da Silva VJ Diego Carvalho Maciel Diego Carvalho Maciel Diego F Batista Diego Figueroa Diego Gaia Diego Gaia dos Santos Diego Marcelo May Diego Sant’Ana Sodré Diego Sant’Ana Sodré Dijon H. S. Campos Dijon Henrique Salomé Dijon Henrique Salomé Campos DIJON HENRIQUE SALOMÉ CAMPOS Dijon Henrique Salomé de Campos Dijon Henrique Salomé de Campos Dimytri A. Siqueira Dimytri Siqueira Dimytri Siqueira Dimytri Siqueira TL 108 PO 181 TL 050 TL 051 TL 171 PO 121 PO 152 TL 027 TL 116 PO 112 PO 077 PO 191 PO 181 PO 144 PO 138 TL 056 TL 093 PO 038 PO 139 PO 190 PO 146 PO 096 TL 055 TL 058 PO 052 PO 061 TL 076 PO 131 TL 103 TL 108 PO 172 TL 099 PO 110 PO 210 PO 067 TL 048 PO 111 PO 132 TL 107 PO 105 TL 056 TL 125 TL 014 TL 122 TL 045 TL 035 TL 037 TL 050 36 Nº da Página 139 197 124 125 156 182 190 119 141 180 171 200 197 188 187 126 135 162 187 200 189 176 126 126 165 167 131 185 138 139 195 137 180 205 169 124 180 185 139 178 126 144 210 143 123 121 121 124 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Dimytri Siqueira Dimytri Siqueira Dinaldo C Oliveira DIOGO GRATIVOL VENTURI DIRCE MARIA ZANETTA Dirceu R. Almeida Dirceu Rodrigues Almeida Dirceu Rodrigues de Almeida Domingos Dias Lourenço Filho Dorotéia R Silva Souza DOUGLAS DE OLIVEIRA SOUZA DOUGLAS N GARCIA DOUGLAS WILLIAN BOLZAN Drager LF Dulce Elena Casarini E Bollache E Mousseaux Eder C. R. Quintão Eder C.R. Quintão Eder C.R. Quintão Edgar Dias Edgar G Victor Edgar G Victor Filho Edgar Toschi Dias Edgar Toschi Dias Edielle de Sant´Anna Melo Edielle de Sant´Anna Melo Edilamar M Oliveira Edilamar Menezes de Oliveira Edilamar Menezes de Oliveira Edilberto C. Pereira Jr. EDILEIDE BARROS CORREIA Edileide de Barros Correia Edileide de Barros Correia Edileide de Barros Correia Edimar Alcides Bocchi Edimar Alcides Bocchi Edimar Alcides Bocchi Edimar Alcides Bocchi Edimar Alcides Bocchi Edimar Alcides Bocchi Edimar Alcides Bocchi Edimar Bocchi Edmo Silveira Edmundo Arteaga Edmundo Arteaga Edmundo Arteaga Edmundo Atrteaga-Fernández TL 051 TL 171 PO 082 PO 101 TL 151 PO 140 PO 146 PO 149 TL 123 TL 114 PO 203 TL 068 TL 070 TL 103 TL 127 TL 111 TL 111 PO 028 TL 017 PO 029 PO 109 PO 082 PO 082 TL 101 PO 097 PO 106 PO 107 TL 130 TL 030 TL 127 TL 075 PO 051 PO 055 TL 091 PO 179 TL 060 PO 053 TL 136 PO 151 PO 153 PO 177 PO 178 PO 154 PO 088 TL 058 TL 059 PO 052 TL 052 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 125 156 173 177 151 187 189 189 141 141 203 129 129 138 144 140 140 159 211 159 179 173 173 137 176 179 179 145 214 144 131 151 166 135 197 125 163 147 190 190 196 197 191 174 126 127 165 125 37 Autor Nº do Trabalho Edna Maria Marques de Oliveira Edna Nakandakare Edna R. Nakandakare Edna R. Nakandakare Ednei Antonio Ednei L Antonio Ednei Luiz Antonio EDSON CASTARDELI EDSON CASTARDELI Edson Castardeli Edson Marcos Campos Lessa Junior EDSON R. ROMANO Edson R. Romano Edson Romano Edson Romano EDSON STEFANINI Edson Stefanini Edson Stefanini Eduardo Bazanelli Junqueira Ferraz Eduardo Davino Chiovatto Eduardo Davino Chiovatto Eduardo Elias Vieira de Carvalho Eduardo Elias Vieira de Carvalho Eduardo Elias Vieira de Carvalho Eduardo Elias Vieira de Carvalho EDUARDO ERUDILHO Eduardo França Pessoa de Melo Eduardo G Lima Eduardo Gomes Lima Eduardo Gomes Lima Eduardo Pinheiro Venturelli Junior Eduardo Próspero Amui Eduardo R. Martins Lima Eduardo Rodrigues Borato Eduardo Segalla de Mello Eduardo Sosa Eduardo Sosa Eduardo T Santana Eduardo Tokura Eduardo Vieira Fregolente Eduesley Santana Santos Edward Hulten Edward Hulten Elaine R. Tavares Elayne Kelen de Oliveira Elbio D’Amico Elcio Tarkieltaub Elcio Tarkieltaub PO 115 TL 017 PO 028 PO 029 PO 089 PO 100 PO 108 TL 104 PO 101 TL 104 PO 117 PO 071 PO 196 TL 043 PO 042 PO 078 TL 153 PO 205 PO 195 PO 133 PO 134 TL 053 PO 091 PO 102 PO 176 PPO 037 PO 151 PO 068 PO 061 TL 076 PO 197 PO 202 TL 075 PO 182 PO 149 TL 093 PO 096 PO 100 TL 144 PO 195 TL 080 PO 076 PO 156 TL 123 TL 152 PO 081 TL 082 TL 084 38 Nº da Página 181 211 159 159 174 177 179 138 177 138 181 170 202 123 163 172 151 204 170 185 186 125 175 178 196 161 190 169 167 131 202 203 131 198 189 135 176 177 149 170 132 171 191 141 151 172 133 133 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Elenice Mantovani Elenize J Pereira Elenize pereira Eleonora Tobaldini Eliana C. de Faria Eliana C. de Faria Eliana Cotta de Faria Eliana Meishin Lee Eliane S. Parra Eliane S. Parra ELIEZER SILVA Elina Assunção de Lima Elisa Assunção de Lima Eliza R.F.B.M. de Azevedo Elizabete Silva dos Santos Elizabete Silva dos Santos Elson Reis Dantas Elssi Celina Espinosa Emilton Lima Jr. EMMANUEL DE ALMEIDA BURDMANN Emmanuel Lima de Almeida Santos Enaldo Vieira de Melo Enaldo Vieira de Melo Enaldo Vieira de Melo Enaldo Vieira de Melo Enaldo Vieira de Melo Enéas A. Rocco Enilton Egito ENILTON S. T. DO EGITO Enilton T. do Egito Enio Buffolo Enio Buffolo Enio Buffolo Érica I.L. Gomes Erika Mayumi Kasai Yamada Ernani de Sousa Grell Ernani de Sousa Grell Eros M Dias Erwin Soliva Junior ERYCA VANESSA SANTOS DE JESUS ERYCA VANESSA SANTOS DE JESUS Esper Georges Kallás Euclides M Barros Jr EUGENIA JATENE BOU KHAZAAL Euler Brancalhão Evandro P. V. Felix Evandro Ribeiro Evandro Sbaraini PO 178 PO 098 PO 099 PO 112 PO 028 PO 029 TL 017 PO 206 PO 028 PO 029 TL 140 PO 184 PO 184 PO 026 TL 159 TL 167 PO 084 TL 061 PO 117 TL 151 TL 095 TL 095 TL 139 TL 148 PO 166 PO 186 TL 096 PO 044 PO 071 PO 196 PO 065 PO 067 PO 210 PO 029 TL 133 TL 131 PO 143 PO 125 TL 134 PO 078 PO 205 TL 157 PO 193 TL 065 PO 150 PO 196 TL 085 PO 087 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 197 177 177 180 159 159 211 202 159 159 148 198 198 158 153 155 173 127 181 151 136 136 148 150 194 199 136 163 170 202 168 169 205 159 146 145 188 183 146 172 204 152 201 128 190 202 133 174 39 Autor Nº do Trabalho EVANDRO SBARAÍNI Ewandro Luiz Rey Moura EXPEDITO E RIBEIRO Expedito E. Ribeiro Expedito Eustáquio Ribeiro Expedito R. Silva Expedito Ribeiro Expedito Ribeiro Expedito Ribeiro Expedito Ribeiro Expedito Ribeiro Fabiana de Salvi Guimarães Fabiana de Santana Dória Fabiana Goulart Marcondes Braga Fabiana Marques Fabiana Marques FABIANA MOREIRA PASSOS FabianaV. Simões Fabiane Rosa Rezende Honda Marui FABIANO CASTRO ALBRETCH Fabiano de Castro Albrecht Fabiano de Castro Albrecht Fábio Antonio Gaiotto Fábio Antônio Gaiotto Fabio Biscegli Jatene Fábio Biscegli Jatene Fabio Conejo FÁBIO CONEJO FÁBIO CONEJO FÁBIO CONEJO Fabio Coracin Fabio Fernandes Fabio Fernandes Fabio Fernandes Fabio Fernandes Fábio G Dias FABIO G. DE MELLO FRANCO FABIO G. DE MELLO FRANCO Fábio Ganassin FABIO GAZELATO DE MELLO FRANCO Fabio K.Dorfman FABIO KIZNER DORFMAN FÁBIO LÚCIO NOGUEIRA DE LOUREIRO Fabio Sandoli de Brito Jr Fabio Sandoli de Brito Jr. Fábio Sandoli de Brito Junior Fábio Sandoli de Brito Junior Fabio Sandoli de Brito Junior, PO 063 PO 207 PO 043 PO 039 PO 151 PO 041 TL 049 PO 038 PO 045 PO 190 PO 198 PO 108 TL 147 TL 136 TL 134 PO 136 TL 065 TL 069 PO 058 PO 051 PO 055 PO 179 PO 177 TL 080 TL 123 PO 177 TL 083 TL 029 TL 036 PO 043 TL 003 TL 055 TL 057 TL 058 PO 052 TL 114 TL 020 PO 034 TL 085 TL 079 PO 087 PO 063 PO 051 TL 032 TL 037 TL 044 TL 048 TL 046 40 Nº da Página 168 204 163 162 190 162 219 162 163 200 202 179 150 147 146 186 128 127 167 151 166 197 196 132 141 196 133 119 121 163 171 126 126 126 165 141 212 161 133 132 174 168 151 120 121 123 124 123 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Fábio Santos Lira Fabio Trentin Fábio V.Fernandes Fábio Vieira Fernandes FÁBIO VIEIRA FERNANDES FAGUNDES D J Fany Lima Farsky Pedro Fátima D. Cruz Fátima Dumas Cintra Fátima Dumas Cintra FÁTIMA GUILHERME Fausto Feres Felicio Savioli Neto FELIPE A M STELA Felipe Augusto de Oliveira Souza Felipe Bortot César Felipe Carrhá Machado Felipe Crispim Felipe Dourado Munhoz Felipe Duarte Gaia Felipe Franco Fonseca Felipe Gomes de Oliveira Felipe José de Andrade Falcão Felipe José de Andrade Falcão Felipe Paulitch Felipe Teles de Arruda Felipe W Sarinho Felipe Xerez Cepeda Fonseca Felipe Xerez Cepeda Fonseca Felix Jose Alvarez Ramires Felix Jose Alvarez Ramires Felix Jose Alvarez Ramires Felix Jose Alvarez Ramires Fernado Roberto de Fazzio Fernado Teiichi Costa Oikawa Fernanado Bacal Fernanda Chiuso-Minicucci Fernanda Consolim-Colombo Fernanda Duarte Fernanda Gallinaro Pessoa Fernanda Kmohan Paulino Patrício Fernanda M. Consolim-Colombo Fernanda M. Consolim-Colombo Fernanda M. Consolim-Colombo Fernanda M. Consolim-Colombo Fernanda Marciano Consolim-Colombo Fernanda Maria Silveira Souto TL 105 TL 049 PO 160 PO 047 PO 159 PO 103 TL 106 TL 162 PO 153 PO 084 PO 146 TL 150 TL 045 PO 031 TL 068 PO 183 PO 181 PO 179 TL 073 PO 184 PO 025 PO 182 PO 086 PO 030 TL 039 PO 033 PO 202 PO 082 TL 101 PO 097 TL 055 TL 057 TL 058 PO 052 PO 215 PO 064 TL 136 TL 098 PO 122 TL 085 TL 057 TL 133 PO 123 PO 124 PO 133 PO 134 TL 157 TL 147 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 138 219 190 164 192 178 139 153 190 173 189 150 123 160 129 187 197 197 130 198 158 198 174 159 122 160 203 173 137 176 126 126 126 165 206 119 147 137 183 133 126 146 183 183 185 186 152 150 41 Autor Nº do Trabalho Fernanda Maria Silveira Souto Fernanda Maria Silveira Souto Fernanda Raquel Freitas Tavares Fernanda Reis Azevedo Fernanda Reis Azevedo Fernandes AA Fernandes AAH FERNANDO ARAÚJO Fernando B. Roldan Fernando Bacal Fernando Bacal Fernando Bacal Fernando Bacal Fernando Bacal Fernando Bacal Fernando Bacal Fernando Bacal FERNANDO BRUETTO RODRIGUES Fernando C. Freire Fernando Kenji Suzuki Fernando Matheus Fernando Morita Fernandes Silva Fernando Morita Fernandes Silva FERNANDO MORITA FERNANDES SILVA Fernando Oliveira Costa Fernando Oliveira Costa Fernando Oliveira Costa Fernando Roberto De Fazzio Fernando Santos Fernando Teiichi Costa Oikawa Fernando Teiichi Costa Oikawa Ferreira V Ferreira João FM Filipe Azevedo Moura Filipe Azevedo Moura Filipe Fernandes Conti Filomena Regina Galas Flair José Carrilho Flair José Carrilho Flávia Almeida De S Menezes Ferreira Flávia Almeida de Santana Menezes Ferreira Flávia B. Nerbass Flávia Baggio Nerbass Flávia Bittar Britto Arantes FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO FLAVIA M VALENTE Flávia Oliva De Battisti TL 148 PO 166 PO 048 PO 106 PO 107 TL 100 PO 152 PO 090 TL 143 TL 060 PO 053 PO 079 PO 080 TL 135 PO 142 PO 148 PO 153 TL 151 TL 143 TL 131 PO 207 TL 020 PO 034 TL 079 PO 124 PO 133 PO 134 PO 211 PO 122 PO 061 PO 068 TL 100 TL 162 TL 017 TL 019 PO 110 PO 177 PO 079 PO 080 TL 139 TL 148 TL 067 TL 052 PO 066 PO 072 PO 073 PO 121 TL 138 42 Nº da Página 150 194 164 179 179 137 190 175 149 125 163 172 172 147 188 261 190 151 149 145 204 212 161 132 183 185 186 205 183 167 169 137 153 211 211 180 196 172 172 148 150 129 125 169 170 170 182 147 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI Flávio F. Arbex Flavio Pivatelli Flavio Tarasouchi Flavio Tarasoutchi Flavio Tarasoutchi Flavio Tarasoutchi Flavio Tarasoutchi Flávio Tarasoutchi Flávio Tarasoutchi Flávio Tarasoutchi Flávio Tarasoutchi Flávio Tarasoutchi Flávio Tarasoutchi Flávio Tarasoutchi Flavio Tarasouthci Francisco A. Fonseca Francisco A. Fonseca Francisco A. Fonseca Francisco A. Fonseca Francisco A. Fonseca Francisco Darrieux Francisco Darrieux Francisco Eberth Marinho Marques FRANCISCO H. FEITOSA FILHO Francisco K. Saraiva Francisco R. Laurindo Francisco Rafael Martins Laurindo Frank Nelson Cruz Venâncio Frank Venancio Franscisco José Cerqueira Filho Frederico Dulley Frederico Homem Frederico Homem da SIlva Frederico J. N. Mancuso Frederico J. N. Mancuso Frederico Ribeiro dos Santos FREDERICO SOMAIO Gabriel Araújo de Lima Gabriel Assis Lopes do Carmo Gabriel Forato Anhê Gabriel Forato Anhê Gabriel Lima Gabriel Negretti Guirado GABRIEL PELEGRINETI TARGUETA Gabriel Zago Gabriela Cordeiro da Costa PO 116 PO 127 TL 129 TL 074 TL 170 TL 044 TL 048 TL 135 PO 142 TL 169 PO 207 PO 208 PO 211 PO 212 PO 213 PO 215 PO 214 TL 016 TL 018 TL 021 TL 023 TL 024 TL 093 PO 096 PO 126 PO 043 TL 017 PO 138 TL 056 TL 152 TL 156 PO 059 TL 003 TL 153 TL 084 PO 140 TL 164 PO 180 PO 103 TL 112 PO 081 TL 112 TL 117 TL 015 TL 014 PO 051 TL 049 PO 117 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 181 184 145 131 155 123 124 147 188 155 204 205 205 206 206 206 206 211 116 212 118 118 135 176 184 163 211 187 126 151 152 167 171 151 133 187 154 197 178 140 172 140 142 210 210 151 219 181 43 Autor Nº do Trabalho Gabriela Del Valle Fuenmayor Contín Gabriela Sato Gabriela Venturini Gabriela Venturini da Silva Galo A Maldonado Galo Alfredo Maldonado Galo Maldonado Galo Maldonado Galo Maldonado Galo Maldonado Galo Maldonado Geraldo Lorenzi Filho Geraldo Lorenzi Filho Geraldo Lorenzi Filho Geraldo Lorenzi Filho Geraldo Lorenzi-Filho Geraldo Lorenzi-Filho Geraldo Saburo Harada Germano Emílio Conceição Souza Gilberto Marchiori Gilberto Marchiori GILMAR G. SANTOS GILMAR GERALDO DOS SANTOS Gilmar Valdir Greque GILMARA SILVEIRA DA SILVA GILMARA SILVEIRA DA SILVA GIMENES R Giovana Colozza Mecatti Giovani De Santi Giovani Luiz De Santi Giovanio Vieira Silva Giovanna Cerri Gisele Kruger Couto Giselle Peixoto Gistalini Rodrigues de Oliveira Gizele Alves Neves Gláucio Furlanetto GLAUCIO MAUREN DA SILVA GERÔNIMO GLAUCYLARA REIS GEOVANINI Graziela S. Ferreira Grazielle Bastos Torres Grazielle Bastos Torres Guilherme Barreto Alves Guilherme de Rossi Guilherme Di Dio Krahenbuhl Guilherme Fenelon Guilherme Ferragut Attizzani Guilherme Ferragut Attizzani TL 066 PO 034 PO 089 TL 087 PO 044 TL 034 TL 043 PO 042 PO 049 PO 050 PO 196 PO 025 TL 052 TL 101 PO 097 TL 067 TL 071 PO 131 PO 151 PO 036 PO 045 PO 070 PO 063 TL 074 PO 072 PO 073 TL 119 PO 195 PO 091 PO 176 TL 116 PO 117 TL 127 PO 085 PO 200 TL 157 TL 061 PO 063 TL 071 TL 120 TL 147 PO 166 TL 030 PO 026 PO 195 PO 089 TL 031 TL 041 44 Nº da Página 128 161 174 134 163 120 123 163 164 165 202 158 125 137 176 129 130 185 190 161 163 170 168 131 170 170 142 170 175 196 141 181 144 173 203 152 127 168 130 142 150 194 214 158 170 174 214 217 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Guilherme Fonseca Guilherme Melo Ferreira Guilherme Sobreira Spina Guilherme Sobreira Spina Guilherme Sobreira Spina Guilherme Sobreira Spina Guilherme Sobreira Spina Guilherme Sobreira Spina Guilherme Sobreira Spina Guilherme Spina Guilhermo Guerra Guimarães Gun Carlos Gunther Di Dio Krahenbuhl Gustavo A de Souza Gustavo Alvares Gustavo B.F. Oliveira Gustavo Baptista de Almeida Faro Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira GUSTAVO FERREIRA CORREIA Gustavo Ferreira Correia Gustavo J. Volpe Gustavo Monteiro Gustavo Pignatari Rosas Mamprin Gustavo R. Morais Gustavo Rique Morais Gustavo Rique Morais Gustavo Rique Morais Gustavo Rique Morais Gustavo Zenatti Gustavo Zenatti Hans-Heiner Kramer Hans-Heiner Kramer Heitor Moreno Jr. Heitor Moreno Junior Heitor Moreno Junior Heitor Moreno Junior Heitor Moreno Junior Heitor Moreno Junior Heitor Moreno Junior Heitor Moreno Júnior Hélder Mauad Helena T. Godoy Helga Monteiro Helga Priscila Giugno Bischoff Hélio Castello Helio Lima de Brito Junior Helio Tedesco Silva Jr Helison Rafael P. do Carmo TL 128 TL 153 TL 169 TL 170 PO 207 PO 211 PO 213 PO 214 PO 215 PO 208 TL 045 TL 162 PO 195 TL 114 PO 088 TL 154 PO 186 TL 026 PO 090 PO 143 TL 145 PO 171 PO 195 PO 041 TL 022 TL 025 PO 040 TL 078 PO 212 PO 213 TL 137 TL 149 PO 135 TL 015 TL 112 TL 115 TL 117 PO 113 PO 130 TL 102 TL 104 TL 018 PO 171 PO 046 TL 085 PO 086 TL 075 TL 106 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 144 151 155 155 204 205 206 206 206 205 123 153 170 141 174 151 199 118 175 188 149 195 170 162 212 213 162 132 206 206 147 150 186 210 140 141 142 180 185 138 138 116 195 164 133 174 131 139 45 Autor Nº do Trabalho Heloisa Khader Heloisa Maria Khader Heno F. Lopes Heno F. Lopes Heno F. Lopes Heno Ferreira Lopes Heno Ferreira Lopes Henri Paulo Zatz Henrique Andrade Rodrigues da Fonseca Henrique Barbosa Ribeiro Henrique Cesar de Almeida Maia Henrique Cesar de Almeida Maia Henrique César de Almeida Maia Henrique César de Almeida Maia Henrique Godoy Henrique Lane Staniak Henrique Migliori Rodrigues da Rocha Henrique S. Trad Henrique S. Trad Henrique S. Trad Henrique Simão Trad Henrique Simão Trad Henrique T. Bianco Henrique T. Bianco Henrique T. Bianco Henrique Takachi Moriya Henrique Tria Bianco Hertaline Menezes do Nascimento Heverton Paulino Hicham Skali Hindalis B.Epifanio Hiram Bezerra Hiram Bezerra Hui Tzu Lin-Wang HUMBERTO F. G. DE FREITAS Humberto F. G. Freitas Humberto Felício Gonçalves de Freitas Humberto G. Moreira Humberto Pierri Humberto Pierri Ibraim Assub Ibraim M F Pinto Ibraim M F Pinto Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Ibraim Masciarelli Francisco Pinto Ibraim Masciarelli Pinto Ibraim Pinto TL 089 TL 063 PO 124 PO 133 PO 134 TL 055 PO 123 PO 023 PO 015 PO 151 PO 114 PO 115 PO 114 PO 115 PO 149 TL 086 PO 056 TL 145 PO 158 PO 167 PO 173 PO 174 TL 016 TL 021 TL 023 TL 052 PO 015 PO 172 PO 109 PO 076 PO 084 TL 031 TL 041 PO 083 TL 133 TL 032 PO 144 TL 155 PO 033 PO 035 PO 171 PO 116 PO 127 TL 139 TL 144 TL 146 TL 027 TL 035 46 Nº da Página 134 128 183 185 186 126 183 158 190 181 181 181 181 189 134 166 149 192 194 195 196 211 212 118 125 195 179 171 173 214 217 173 146 120 188 152 160 161 195 181 184 148 149 149 119 121 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho IEDA BISCCEGLI JATENE Ieda Biscegli Jatene Igor de Mello Alvim Igor Lucas Gomes dos Santos Igor Lucas Gomes-Santos IKEJIRI A T Ilana C.Sincos ILANA P. DE CARVALHO Indira Vieira Pereira Torres Inga Voges Inga Voges Iran Gonçalves Iran Gonçalves Jr Iran Gonçalves Jr Iran Gonçalves Jr Iris Callado Saches IRIS CALLADO SANCHES Irlaneide Da Silva Tavares Irlaneide Da Silva Tavares Isabela C Vieira Isabela J. M. Bensenor Isabella Fagian Pansani Isac de Castro Isis Begot Valente Isly Maria Lucena de Barros Iuri Resedá Magalhães Iuri Resedá Magalhães Ivan R. Rivera Ivana Antelmi Ivani Candidio Trombetta Ivani Credidio Trombetta Ivani Creididio Trombetta Ivani Trombetta Izo Helber J Alberto Neder J Eduardo Sousa J Eduardo Sousa J Eduardo Sousa J Eduardo Sousa J Eduardo Sousa J Eduardo Sousa J Ribamar Costa Jr J Ribamar Costa Jr J Ribamar Costa Jr J. Eduardo Morais Reg Sousa J. Eduardo Morais Reg Sousa J. Eduardo Morais Reg Sousa J. Eduardo Morais Reg Sousa TL 065 TL 066 PO 182 TL 121 TL 127 PO 103 TL 143 PO 071 PO 056 TL 137 TL 149 PO 199 TL 082 PO 193 TL 039 PO 012 PO 110 TL 139 TL 148 PO 002 TL 086 PO 130 TL 116 PO 093 PO 024 PO 111 PO 132 PO 088 PO 143 TL 128 PO 097 TL 101 PO 109 PO 030 TL 129 TL 033 TL 035 TL 050 TL 051 PO 042 PO 044 TL 035 TL 050 TL 051 TL 034 TL 038 TL 045 PO 006 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 128 128 198 143 144 178 149 170 166 147 150 202 133 201 122 180 148 150 134 185 141 175 158 180 185 174 188 144 176 137 179 159 145 120 121 124 125 163 163 121 124 125 120 121 123 47 Autor Nº do Trabalho J. Eduardo Morais Reg Sousa J. Eduardo Morais Reg Sousa J. Eduardo Sousa J. Eduardo Sousa J. Osmar Medina Pestana J. Ribamar Costa Jr J. Ribamar Costa Jr J. Ribamar Costa Jr. J. Ribamar Costa Jr. J. Ribamar Costa Jr. J.Eduardo Sousa J.Eduardo Sousa J.Ribamar Costa Jr Jaciara Machado Viana Jackson Rafael Stadler Jairo Macedo da Rocha Jairo Montemor Jairo Montemor da Silva Jakelyn Pimentel Ortiz Jamil Ribeiro Cade Jan Menezes Lopes Janaina Barcellos Ferreira Jania Mesquita Jania Mesquita JANIA ROBERTA MESQUITA Januário Manoel de Souza Jaqueline M.A. Lazzari JAQUELINE R. S. GENTIL Jaqueline Scholz Issa Jarbas J Dinkhuysen Jari Metso Jarly Oliveira Santos Almeida Jarly Oliveira Santos Almeida Jefferson Jaber JERUSA ARANTES Jim Stewart Joalbo Matos Andrade João Batista Guimarães João E.Piccirillo João Fernando Ferreira João Gabriel Esper Kosmiskas João Ítalo Dias França João Ítalo Dias França João Italo Dias França Joao Lourenço Herrmann João Lourenço V Herrmann João Luís Barbosa Joao Luiz A. A. Falcao PO 049 PO 050 PO 120 PO 175 TL 075 TL 034 TL 038 PO 006 PO 049 PO 050 TL 043 TL 047 TL 047 PO 209 TL 045 PO 114 PO 089 PO 108 TL 091 TL 032 PO 031 PO 122 TL 036 TL 083 TL 029 PO 180 TL 096 PO 136 PO 033 TL 132 PO 028 PO 095 PO 095 PO 087 TL 064 TL 033 TL 160 TL 085 PO 087 PO 074 PO 074 TL 026 TL 154 PO 066 TL 153 TL 082 TL 054 PO 041 48 Nº da Página 164 165 182 196 131 120 121 164 165 123 124 124 205 123 181 174 179 135 120 160 183 121 133 119 197 136 186 160 146 159 176 176 174 128 120 153 133 174 171 171 118 151 169 151 133 125 162 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho João Luiz de Alencar Araripe Falcão João Luiz de Alencar Araripe Falcão João Luiz de Alencar Araripe Falcão João Luiz Falcão João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira João Paulo Andrade Fonseca João Paulo Velasco Pucci JOÃO PIMENTA Joao Ricardo C. Fernandes João Ricardo Cordeiro Fernandes João Ricardo Cordeiro Fernandes João Ricardo Cordeiro Fernandes João Ricardo Cordeiro Fernandes João Ricardo Cordeiro Fernandes Joao Roberto Breda João Roberto Breda João Santana da Silva JOÃO V. HOLTZ JOAO VICENTE DA SILVEIRA João Victor Lima Dantas Joaquim Almeida Jon Hainer Jon Hainer Jon Hainer Jonas Augusto Cardoso da Silveira Jonatas B. Amaral Jonatas B. Amaral Jordana Magalhães Siqueira Jordana Magalhães Siqueira Jorge A. Farran Jorge A. Farran Jorge Assef Jorge Eduardo Assef Jorge Mejía Cabeza JORGE RAUL CASTRO DORTICÓS Jose A F Ramires José A F Ramires José A F Ramires José A F Ramires José A F Ramires José A F Ramires José A F Ramires José A F Ramires José A. Cipolli José A. Cipolli JOSE A. L. NETO TL 022 TL 025 TL 078 PO 040 TL 055 TL 058 PO 052 TL 108 PO 147 TL 150 TL 169 TL 170 PO 211 PO 212 PO 213 PO 214 PO 067 PO 210 TL 053 PO 155 PO 203 TL 108 TL 118 TL 033 TL 038 PO 076 PO 027 TL 016 TL 021 TL 141 PO 163 PO 062 PO 071 TL 050 PO 066 TL 053 PO 147 PO 068 TL 072 TL 077 PO 075 PO 092 PO 157 PO 169 PO 170 PO 128 PO 129 PO 070 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 212 213 132 162 126 126 165 139 189 150 155 155 205 206, 206 206 169 205 125 191 203 139 142 120 121 171 159 211 212 148 193 168 170 124 169 125 189 169 130 131 171 175 157 194 195 184 184 170 49 Autor Nº do Trabalho José A. M. Meneghini José A. Mangione José A. Marin-Neto José Agusto M. Souza Jose Alexandre Silveira José Antonio Maluf de Carvalho José Antonio Maluf de Carvalho José Antônio Marin Neto José Antonio Marin-Neto José Antonio Marin-Neto José Antônio Marin-Neto Jose Antonio S Jr JOSÉ ARMANDO MANGIONE José Augusto Aguiar Carrazedo Taddei Jose Augusto Marcondes José Augusto Marcondes de Souza José Augusto Soare Barreto Filho José Augusto Soares Barreto Filho José Augusto Soares Barreto-Filho José Augusto Tavares Monteiro Jose C. Nicolau José C. Nicolau José C. Nicolau Jose Carlos Quinaglia e Silva Jose Carlos Quinaglia e Silva Jose Carlos Quinaglia e Silva José Carlos Quinaglia e SIlva JOSÉ CARLOS TEIXEIRA José Carlos Teixeira Garcia Jose Carlos Trastchuk José Claudio Meneghetti José Claudio Meneghetti José Claudio Meneghetti José de Ribamar Costa Jr JOSE DE RIBAMAR COSTA JR. JOSE DE RIBAMAR COSTA JR. JOSE DE RIBAMAR COSTA JR. JOSÉ E TANUS-SANTOs José Eduardo de Sousa Jose Eduardo Krieger José Eduardo Krieger José Eduardo Krieger José Eduardo Martins Barbosa José Eduardo Moraes Rego Sousa José Eduardo Sousa JOSÉ F VILELA-MARTIN JOSÉ F VILELA-MARTIN José F Vilela-Martin TL 143 TL 037 PO 167 TL 039 PO 149 TL 020 PO 034 PO 174 TL 053 PO 176 PO 158 PO 100 PPO 037 PO 027 PO 067 PO 210 PO 186 TL 095 TL 147 PO 074 TL 074 PO 024 TL 155 TL 152 TL 156 TL 160 TL 040 TL 140 TL 166 PO 200 PO 157 PO 169 PO 170 TL 043 TL 033 PO 042 PO 044 PO 121 TL 037 TL 131 PO 060 TL 087 PO 066 TL 042 TL 171 TL 114 PO 121 TL 114 50 Nº da Página 149 121 194 122 189 212 161 196 125 196 192 177 161 159 169 205 199 136 150 171 131 158 152 151 152 153 122 148 154 203 157 194 195 123 120 163 163 182 121 145 167 134 169 122 156 141 182 141 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho José F Vilela-Martin Jose Fabri Jr. José FV Martin José H. G. Colletes José Honório de Almeida Palma da Fonseca José Honório Palma Jose Honorio Palma da Fonseca José I. Gorla Jose Jayme Galvão de Lima José L. Andrade José L. Andrade Jose L. B. Jacob Jose Leao de Souza Jr José M. Santana José M. Santana Jose Marconi A de Sousa José Marconi Almeida de Sousa JOSÉ MARCONI ALMEIDA DE SOUSA JOSÉ MARCONI ALMEIDA DE SOUSA José Marconi Almeida de Souza José Maria Fernandes Jose Maria Orlando Jose Maria Orlando José Nicolau José Nogueira Paes Junior José Nogueira Paes Junior José Osmar Medina de Abreu Pestana José R. Matos-Souza José R. Matos-Souza José R. Matos-Souza José Ribamar Costa Jr. Jose Ribeiro Lemos Junior José Roberto Fioretto José Sebastião de Abreu José Sebastião de Abreu JOSÉ TARCÍSIO MEDEIROS DE VASCONCELOS Joselina Luiza Menezes Oliveira Joselina Luzia Menezes Oliveira Joselina Luzia Menezes Oliveira Joselina Luzia Menezes Oliveira Joselina Luzia Menezes Oliveira Joselina Luzia Menezes Oliveira Joselina Luzia Menezes Oliveira Joyce Kawakami Joyce Kawakami Joyce kawakami JUAN C YUGAR-TOLEDO JUAN C YUGAR-TOLEDO PO 121 TL 120 PO 125 PO 029 PO 065 PO 210 PO 067 PO 026 TL 080 PO 079 PO 080 TL 074 TL 165 TL 021 TL 023 PO 204 TL 039 PO 078 PO 205 TL 073 PO 088 TL 153 PO 204 PO 109 TL 141 PO 163 PO 065 PO 026 PO 128 PO 129 TL 045 TL 030 PO 057 TL 141 PO 163 PO 147 TL 139 TL 095 PO 186 TL 147 TL 148 PO 166 PO 172 TL 060 PO 053 PO 178 PO 121 PO 125 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 182 142 183 159 168 205 169 158 132 172 172 131 154 212 118 204 122 172 204 130 174 151 204 179 148 193 168 158 184 184 123 214 166 148 193 189 148 136 199 150 150 194 195 125 163 197 182 183 51 Autor Nº do Trabalho Juan Carlos Yugar Toledo Juan Carlos Yugar-Toledo Juan Escalante Juan Pablo Escalante Julia Maria Pavan Soler Juliana JULIANA SILVA Juliana Aparecida Soares Juliana Aparecida Soares Juliana Calhares Juliana Cândida Oliveira Afonso Juliana Galvão T. do Egito Juliana H.M.Bello JULIANA HIROMI SILVA MATSUMOTO BELLO Juliana Nakamuta Juliana Rodrigues de Souza Gentil Juliano Cardoso Júlio César Ayres Ferreira Filho Júlio César Ayres Ferreira-Filho Julio Cesar Crescencio Júlio César Crescêncio Júlio César Crescêncio Júlio César de Carvalho Julio Cesar S Sousa Júlio Sergio Marchini Julio Y Takada JULIUS CESAR BONIFACIO BARANAUSKAS Juraci Aparecida Rocha Juscelio T Sousa Filho Juscelio Trajano de Sousa Filho Juscélio Trajano de Sousa Filho Juscélio Trajano de Sousa Filho Karen Consuegra Alves Karen Saori Shiraishi Karen Yamashiro Karina Garcez Reichow Karina Garcez Reichow Karina Iglesias Mellone Karla Reichert Karlos Alexandre de Souza Vilarinho Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi PO 135 PO 113 TL 136 PO 153 TL 131 PO 158 PO 155 PO 030 TL 084 PO 021 TL 165 PO 062 PO 160 PO 159 PO 089 PO 167 PO 150 TL 052 TL 127 PO 102 PO 091 PO 176 TL 163 PO 112 PO 136 TL 072 TL 065 TL 157 PO 193 TL 153 PO 030 TL 084 PO 181 TL 066 TL 134 PO 095 PO 095 PO 046 TL 106 TL 106 PO 022 TL 056 TL 014 TL 098 TL 099 TL 107 PO 098 PO 099 52 Nº da Página 186 180 147 190 145 192 191 159 133 157 154 168 190 192 174 194 190 125 144 178 175 196 154 180 186 130 128 152 201 151 159 133 197 128 146 176 176 164 139 139 157 126 210 137 137 139, 177 177 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi Katashi Okoshi Kátia A. Reis de Toledo Borato Katia Coelho Ortega Katia De Angelis Kátia De Angelis Kátia De Angelis Kátia de oliveira Nunes Leal Katia Ortega Keila C B Fonseca Kelly Novaes L Macron Laercio Leitão Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga Lara Bernardes LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR Lara Buonalumi Tácito Yugar LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR Lara Romero Pereira Larissa Berreta Guimarães Larissa F. Santos Larissa Lucchesi Antunes de Oliveira Larissa Santos Laura Cortellazzi Laura Costa Laura Porto Mendes Lauro Afonso Côrtes Bogniotti Layde Rosane Paim Leandro C. Portela LEANDRO CORDEIRO PORTELA Leandro Loureiro Buzatto Leandro Loureiro Buzzato Leandro Loureiro Buzzato Leandro Loureiro Buzzato Leandro Menezes Alves da Costa Leandro Menezes Alves da Costa LEANDRO UEDA Leandro Yanase Rocha Leonardo A M Zornoff Leonardo A M Zornoff Leonardo A. M. Zornoff Leonardo Augusto Miana LEONARDO CRISTIANO FRIGINI Leonardo de Freitas Campos Guimarães Leonardo Iquizli TL 122 TL 125 PO 137 PO 138 PO 182 TL 116 PO 124 TL 105 PO 110 PO 055 PO 112 TL 057 PO 150 TL 111 PO 082 PO 093 PO 183 PO 125 PO 135 PO 125 PO 135 TL 160 PO 069 TL 155 PO 168 PO 109 TL 106 PO 024 PO 123 PO 194 PO 026 PO 183 PO 070 PO 145 TL 135 PO 142 TL 165 PO 061 PO 064 PO 155 TL 105 TL 099 PO 098 PO 138 PO 197 TL 065 PO 030 TL 144 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 143 144 186 187 198 141 183 138 180 166 180 126 190 140 173 175 187 183 186 183 186 153 169 152 194 179 139 158 183 201 158 187 170 188 147 188 154 167 119 191 138 137 177 187 202 128 159 149 53 Autor Nº do Trabalho Leonardo Iquizli LEONARDO MACHADO LEONARDO MACHADO LEONARDO MACHADO LEONARDO MACHADO Leonardo Masashi Fujiwara Leonardo Paschoal Camacho Varoni Leonardo Zornoff Leonardo Zornoff Leonardo Zornoff Leone Severino do Nascimento Leone Severino do Nascimento Leopoldo Soares Piegas Leopoldo Soares Piegas LESLIE KULIKOWSKI Lia Rita Azeredo Bittencourt Licio A. Velloso Lielia Malaquias da Cunha Araujo Lielia Malaquias da Cunha Araujo Ligia Antunes-Correa Ligia M Antunes Correa Lígia M Antunes-Correa Lila Missae Oyama Lilia Nigro Maia Lilian M Lopes LILIANE ROCHA LILIANE ROCHA LIMA ARR Lima FG Lindemberg Mota Silveira Filho LINO MIKIO TIBA Livia Azouri Livia Azouri Lívia C Lins Lívia C. Lins LIVIA HUCK LIVIA MATOS LIVIA MATOS Lívia N. de Matos Lívia N. de Matos Lívia N. Matos Lívia Nascimento de Matos Lívia Nascimento de Matos Lívia Nascimento de Matos Lívia Nascimento de Matos Lívia Ozzetti Azouri Lorenzi-Filho G Loreta Casquel Tomasi TL 146 TL 142 PO 155 PO 164 PO 165 PO 144 PO 180 TL 088 TL 098 PO 099 PO 095 PO 095 TL 154 PO 196 TL 064 PO 146 TL 117 PO 114 PO 115 PO 141 TL 124 TL 130 TL 105 TL 158 TL 061 PO 078 PO 205 TL 119 PO 188 TL 106 TL 150 PO 157 PO 170 TL 021 TL 016 PO 035 PO 078 PO 205 TL 016 TL 023 TL 021 TL 024 TL 082 PO 193 PO 204 PO 169 TL 103 PO 105 54 Nº da Página 149 148 191 193 193 188 197 134 137 177 176 176 151 202 128 189 142 181 181 187 143 145 138 152 127 172 204 142 200 139 150 157 195 212 211 161 172 204 211 118 212 118 133 201 204 194 138 178 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Lourenço Gallo Jr. Lourenço Gallo Junior Lourenço Gallo-Junior Luana Salvoni Piante LUANA URBANO PAGAN Luana Urbano Pagan Luana Urbano Pagan Luana Urbano Pagan Lucas Barbieri Lucas Damiani Lucas Damiani Lucas do Santos da Mata Rezende Lucas J. Tachotti Pires Lucas José Tachotti Pires Lucas José Tachotti Pires Lucas Magalhães dos Reis Lucas Rampazzo Diniz Lucas Regatieri Barbieri Luciana Alice Santana Teixeira Luciana Armaganijan Luciana Armaganijan Luciana Armaganijan Luciana Armaganijan Luciana Braz Peixoto Luciana D.N.J. de Matos Luciana Julio Storti Luciana N Cosenso-Martin Luciana N Cosenso-Martin Luciana O C Dourado Luciana Oliveira Cascaes Dourado Luciana Paula Seabra Luciana Seabra Feitosa Luciana Simão do Carmo Luciana V Armaganijan Luciana Venturini Rossoni Luciana Vidal Armaganijan Luciane Fujita Luciano F Drager Luciano F. Drager Luciano F. Drager Luciano Ferreira Drager Luciano Ferreira Drager Luciano Fonseca Lemos de Oliveira Luciano Fonseca Lemos de Oliveira Luciano Fonseca Lemos de Oliveira Luciano Forlenza Luciano M A Forlenza Luciano Monte Alegre Forlenza PO 091 PO 102 PO 176 TL 066 TL 119 TL 122 TL 125 PO 137 PO 087 PO 049 PO 050 PO 131 TL 169 PO 148 TL 170 PO 031 PO 187 PO 063 TL 148 PO 083 TL 118 PO 120 PO 175 PO 168 TL 121 PO 146 TL 114 PO 121 TL 071 TL 087 PO 102 PO 139 TL 097 TL 089 TL 127 TL 092 PO 146 TL 071 TL 052 TL 067 PO 025 PO 097 TL 053 PO 091 PO 176 TL 161 PO 192 TL 135 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 175 178 196 128 142 143 144 186 174 164 165 185 155 261 155 160 199 168 150 173 142 182 196 194 143 189 141 182 130 134 178 187 136 134 144 135 189 130 125 129 158 176 125 175 196 153 201 147 55 Autor Nº do Trabalho Luciano Nastari LUCIANO NUNES DOS SANTOS Luciene Ferreira Azevedo Ludhmila A Hajjar Ludhmila Abrahão Hajjar Ludhmila Abrahão Hajjar Ludmila Hajjar Ludmila Hajjar Luis A. Bortolotto Luis A. M. César Luis Alberto Dallan Luis Antonio Machado Cesar Luis Augusto Riani Costa Luis B. C. Seguro Luis B. C. Seguro Luis Carlos Wilke Luis Enrique Campodonico Amaya Luis F. Campos LUIS FELIPE NEVES DOS SANTOS Luis Fernando Bernal da Costa Seguro Luis Fernando Bernal da Costa Seguro Luís Gustavo Gali Luís Gustavo Rico Luis Gustavo Scopin Luis H Congio Luis H.W. Gowdak Luis Henrique W.Gowdak Luís Henrique Wolff Gowdak Luis Machado César LUIS SALIBA Luisa Allen Ciuffo Luiz A C D’Albuquerque Luíz A M César Luiz A Quaglia Luiz A. Medina Luiz A. Quaglia Luiz Antonio Carvalho Luiz Antonio Cesar Luiz Antonio Machado César Luiz Antonio Machado César Luiz Antônio Machado César Luiz Antônio Machado César Luiz Antônio Machado César Luiz Aparecido Bortolotto Luiz Aparecido Bortolotto Luiz Aparecido Bortolotto Luiz Aparecido Bortolotto Luiz Aparecido Bortolotto TL 058 PO 043 TL 121 PO 141 TL 080 PO 215 TL 120 PO 189 TL 080 TL 067 PO 074 TL 071 PO 112 TL 120 PO 189 TL 084 TL 163 PO 026 PO 089 PO 061 TL 076 PO 173 PO 201 PO 083 PO 098 TL 080 TL 071 TL 087 PO 085 TL 126 PO 054 PO 080 TL 072 TL 081 TL 129 PO 019 TL 037 PO 074 PO 020 PO 092 TL 077 TL 080 TL 087 PO 025 PO 052 PO 123 PO 124 PO 126 56 Nº da Página 126 163 143 187 132 206 142 200 132 129 171 130 180 142 200 133 154 158 174 167 131 195 203 173 177 132 130 134 173 144 166 172 130 132 145 157 121 171 157 175 131 132 134 158 165 183 183 184 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Luiz Aparecido Bortolotto Luiz Aparecido Bortolotto Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque Luiz Augusto dos Santos Júnior Luiz Borges Harada Luiz C Wilke Luiz Carlos V. de Andrade Luiz Felipe Wili LUIZ FERNANDO ESCOBAR GUZMAN Luiz Flávio Galvão Gonçalves Luiz Francisco Ávila Luiz G. Velloso Luiz J. Kajita Luiz J. Kajita Luiz Junia Kajita Luiz Junya Kajita Luiz Mastrocola LUIZ MASTROCOLLA Luiz Minuzzo Luiz Minuzzo Luiz R. Moraes Luiz S. Matsubara Luiz Sergio F de Carvalho Luiz Sergio F de Carvalho Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho Luiz T Giollo Jr Luiz T Giollo Jr. LUIZ T GIOLLO-JÚNIOR Luiza Dantas Melo Luiza Dantas Melo Luiza Dantas Melo Luiza Dantas Melo Luiza Helena Miranda Lurildo Cleano Ribeiro Saraiva M Bensalah M. Lúcia dos Santos Vaz Machado Cesar LA Machado Cesar LA Madson Sousa de Freitas Maeli Dal Pai-Silva Magalhães Carlos C Magaly Arraes Magaly Arraes Magaly Arraes MAGALY ARRAIS DOS SANTOS Magaly Marçula PO 133 PO 134 PO 079 PO 031 PO 131 PO 193 PO 196 PO 195 PO 035 TL 147 PO 151 TL 032 PO 039 PO 045 PO 040 TL 025 TL 094 TL 126 TL 159 TL 167 TL 090 PO 138 TL 156 TL 160 TL 019 TL 081 PO 194 TL 114 PO 125 PO 121 TL 095 TL 147 TL 148 PO 166 PO 071 PO 187 TL 111 TL 075 PO 075 TL 162 TL 153 TL 107 TL 162 TL 050 TL 051 TL 171 TL 035 TL 131 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 185 186 172 160 185 201 202 170 161 150 190 120 162 163 162 213 136 144 153 155 135 187 152 153 211 132 201 141 183 182 136 150 150 194 170 199 140 131 171 153 151 139 153 124 125 156 121 145 57 Autor Nº do Trabalho Magaly Marçula Magaly Marçula Magaly Marçula MAGDA CARNEIRO-SAMPAIO Magda M. Atala Magda M. Atala Magda M. Atala Maki-Nunes C Manoel Herminio Aguiar-Oliveira Manoel Nicolas Cano Manuel Cano Manuel Cano Manuel Cano Manuel Cano Manuel Cano Manuel Nicolás Cano Mara Graziele Maciel Silveira Marcel Costa Marcel Figueiredo Fontes Marcel Koenigkam Santos Marcel Koenigkan Santos Marcel Liberman Marcel Superbia Marcela AS Pinhel Marcella Rodrigues Mendes Moraes Marcello Franco Marcelo B. Ulhoa Junior Marcelo Bertolami Marcelo Bertolami Marcelo Bertolami Marcelo Bettega Marcelo Bettega MARCELO BISCEGLI JATENE Marcelo Botelho Ulhoa Marcelo Cantarelli Marcelo Chiara Bertolami Marcelo D. M. Cezar Marcelo de Freitas Santos Marcelo Delano Bronstein Marcelo Di Carli Marcelo Di Carli Marcelo Diacardia Mariano Cezar MARCELO DIARCADIA MARIANO CEZAR MARCELO DIARCADIA MARIANO CEZAR Marcelo Eidi Ochiai Marcelo Farinazzo Marcelo Felipe de Souza Buto MARCELO FRANKEN TL 133 PO 143 PO 144 TL 064 PO 124 PO 133 PO 134 TL 103 PO 172 TL 034 TL 043 PO 042 PO 044 PO 049 PO 050 TL 042 PO 166 PO 169 PO 186 PO 174 PO 173 TL 097 PO 185 TL 114 PO 197 TL 118 TL 136 TL 113 PO 118 PO 119 PO 077 PO 191 TL 065 PO 153 TL 085 PO 023 PO 138 PO 200 PO 025 PO 076 PO 156 TL 122 TL 125 PO 137 PO 150 TL 085 PO 144 TL 161 58 Nº da Página 146 188 188 128 183 185 186 138 195 120 123 163 163 164 165 122 194 194 199 196 195 136 199 141 202 142 147 140 182 182 171 200 128 190 133 158 187 203 158 171 191 143 144 186 190 133 188 153 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho MARCELO FRANKEN MARCELO FRANKEN MARCELO FRANKEN Marcelo Jamus Rodrigues Marcelo Jamus Rodrigues Marcelo Jamus Rodrigues MARCELO JATENE Marcelo Katz Marcelo Katz Marcelo Katz MARCELO KATZ Marcelo Katz Marcelo Katz Marcelo Katz MARCELO KATZ MARCELO KATZ MARCELO KATZ Marcelo Katz Marcelo L Vieira Marcelo L. C. Vieira MARCELO LUIZ PEIXOTO SOBRAL MARCELO OCHIAI Marcelo Ochiai Marcelo Rodrigues dos Santos Marcelo Rodrigues dos Santos Marcelo Vieira Márcia Cristiane Jurado Márcia Koike Márcia Makdisse Marcia Martins Reis Marcia Martins Reis Marcia Martins Reis Márcia R Makdisse Marcia R. Sudin Márcia Regina Holanda da Cunha Marcia Regina P Makdisse MARCIA REGINA P. MAKDISSE Marcia Regina P. Makdisse Marcia Regina Pinho Makdisse Marcia Regina Pinho Makdisse MARCÍLIA SIERRO GRASSI Márcio Vinícius Lins de Barros Marcio dos Santos Marcio G Sousa Márcio G. Sousa MÁRCIO MATHEUS Marcio Nascimento MARCIO SOMMER BITTENCOURT TL 165 PO 188 PO 192 TL 166 PO 190 PO 198 TL 064 TL 020 PO 034 TL 044 TL 079 TL 135 PO 142 PO 145 TL 161 TL 165 PO 192 PO 208 TL 048 PO 206 PO 063 PO 035 PO 141 TL 030 TL 128 TL 003 PO 106 PO 107 TL 165 TL 060 PO 053 PO 154 PO 192 PO 177 TL 104 TL 161 TL 079 PO 145 TL 135 PO 142 TL 064 TL 138 TL 074 PO 120 PO 175 TL 150 TL 083 TL 086 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 154 200 201 154 200 202 128 212 161 123 132 147 188 188 153 154 201 205 124 202 168 161 187 214 144 171 179 179 154 125 163 191 201 196 138 153 132 188 147 188 128 147 131 182 196 150 133 134 59 Autor Nº do Trabalho MARCIO SOMMER BITTENCOURT MARCIO SOMMER BITTENCOURT MARCO A FINGER MARCO A FINGER MARCO A PERIN MARCO A. OLIVEIRA MARCO A. OLIVEIRA MARCO A. OLIVEIRA Marco A. Perin Marco A. Perin Marco A. Perin Marco A. Perin Marco Antonio Arap Marco Antonio Freitas de Queiróz Maurício Filho Marco Antonio Mieza Marco Antonio Mieza MARCO ANTONIO O. BARBOSA Marco Antonio Perin Marco Antonio Perin Marco Antonio Perin Marco Antônio Perin Marco Antonio Romeo Cuoco Marco Costa Marco Perin Marcos Almeida Magalhães Andrade Jr Marcos Barbosa Marcos Barbosa Marcos C Borges Marcos Danillo Peixoto Oliveira Marcos de Oliveira Vasconcelos Marcos F Minicucci Marcos F Minicucci Marcos F Minicucci Marcos Ferreira Minicucci Marcos Martinelli Marcos Minicucci Marcos Paulo Lacerda Bernardo Marcos Valério de Coimbra Resende MARCOS VASCONCELLOS Marcos Vicentim Marcus Gama Marcus Gomes Bastos Marcus N. da Gama Marcus N. da Gama Marcus Nogueira Gama Marcus V.B. Gaz Marcus Vinicius Burato Gaz Marcus Vinicius Burato Gaz PO 076 PO 156 TL 126 TL 132 PO 043 TL 142 PO 155 PO 165 TL 046 TL 049 PO 039 PO 041 TL 128 TL 152 TL 166 PO 198 PO 071 TL 032 TL 044 TL 048 TL 025 PO 143 TL 041 PO 045 TL 138 PO 044 PO 196 TL 145 PO 031 PO 055 TL 098 TL 099 PO 098 TL 088 PO 085 PO 099 PO 179 PO 185 PO 051 TL 153 PO 040 PO 086 TL 049 PO 039 TL 022 TL 074 PO 211 PO 215 60 Nº da Página 171 191 144 146 163 148 191 193 123 219 162 162 144 151 154 202 170 120 123 124 213 188 217 163 147 163 202 149 160 166 137 137 177 134 173 177 197 199 151 151 162 174 219 162 212 131 205 206 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Marcus Vinicius Gimenes Marcus Vinicius Simões Marcus Vinicius Simões Marcus Vinícius Simões Marcus Vinícius Simões Marcus Vinícius Simões Marcus Vinícius Simões María Brion Maria C Abduch Maria C. F. Almeida Maria C. F. Almeida Maria C. Izar Maria Caludia Irigoyen Maria Carolina Guido Maria Clara Noman Maria Claudia Irigoyen Maria Claudia Irigoyen Maria Cláudia Irigoyen Maria Cláudia Irigoyen Maria Claudina Camargo de Andrade Maria Clementina P. Giorgi Maria Cristina Elias Maria Cristina Ferreira Maria Cristina Izar Maria Cristina Izar Maria Cristina Izar Maria Cristina Izar Maria de Lourdes Higuchi Maria de Lourdes Higuchi Maria de Lourdes Higuchi Maria de Lourdes Higuchi Maria de Lourdes Higuchi Maria do Socorro Brasileiro-Santos Maria do Socorro Brasileiro-Santos Maria dos Santos Barcelos Maria dos Santos Barcelos Maria E Martini Maria Emilia Navajas Telles Pereira MARIA ESTHER CECCON MARIA FERNANDA ZULIANI MAURO Maria Helena Albernaz Siqueira Maria Janieire Alves Maria Janieire Alves Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves Maria Janieire de Nazaré Nunes Alves Maria Janieire N N Alves PO 210 TL 053 PO 102 PO 091 TL 134 PO 136 PO 176 PO 083 TL 003 TL 120 PO 189 TL 018 PO 123 TL 157 TL 129 TL 105 PO 110 PO 122 TL 157 TL 097 PO 126 PO 021 TL 037 TL 016 TL 021 TL 023 TL 024 TL 053 TL 060 PO 053 PO 154 PO 178 PO 095 PO 095 PO 114 PO 115 TL 061 TL 061 TL 064 PPO 037 TL 138 PO 109 PO 141 TL 124 TL 128 TL 101 PO 097 TL 130 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 205 125 178 175 146 186 196 173 171 142 200 116 183 152 145 138 180 183 152 136 184 157 121 211 212 118 118 125 125 163 191 197 176 176 181 181 127 127 128 161 147 179 187 143 144 137 176 145 61 Autor Nº do Trabalho Maria Julia Silveira Souto Maria Júlia Silveira Souto Maria Letícia Nogueira Maria Margarita Gonzalez Maria Margarita Gonzalez Maria Margarita Gonzalez Maria Ondina Paganelli Maria Sol Calero Revelo Maria Stella Peccin MARIA SUELY BEZERRA DIÓGENES Maria Teresa Bombig Maria U.P.B. Rondon Maria Urbana P B Rondon Maria Urbana P.B. Rondon Maria Urbana P.B. Rondon MARIA URBANA PINTO BRANDÃO RONDON Maria Urbana Pinto Brandão Rondon Maria Urbana Pinto Brandão Rondon Maria Urbana Rondon Mariana Fuziy Nogueira Mariana Guerreiro Nogueira de Melo Mariana Janini Gomes Mariana Lensi Mariana Miotto Schnorr Mariana Miotto Schnorr Mariana Rabelo Mariana Yumi Okada Mariana Yumi Okada Mariana Yumi Okada Mariana Yumi Okada Marianna Buchalla Barbar Cury MARIELLE M BORGES Marilia H Higuchi dos Santos Marília I. Fonseca Marina D. Coletta Marina D. Coletta Marina P. Okoshi Marina Politi Okoshi Marina Politi Okoshi Marina Politi Okoshi Marina Politi Okoshi Marina Politi Okoshi Marina Politi Okoshi Marina Yumi Kawamura Takii Mário Barbosa Guedes Nunes Mário Barbosa Guedes Nunes Mario Hirata Mark Webster PO 172 TL 108 PO 097 PO 184 PO 201 PO 202 PO 113 PO 066 PO 058 TL 062 PO 058 TL 124 TL 130 TL 121 TL 155 PO 090 TL 101 PO 097 PO 109 TL 063 PO 144 PO 137 PO 085 PO 048 PO 200 PO 171 PO 038 TL 166 PO 190 PO 198 TL 158 PO 121 PO 178 TL 023 TL 120 PO 189 TL 107 TL 056 TL 014 TL 122 TL 125 PO 137 PO 138 PO 143 TL 091 TL 092 PO 083 TL 033 62 Nº da Página 195 139 176 198 203 203 180 169 167 127 167 143 145 143 152 175 137 176 179 128 188 186 173 164 203 195 162 154 200 202 152 182 197 118 142 200 139 126 210 143 144 186 187 188 135 135 173 120 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Maro Túlio de Mello Marta F Lima Marta Fernandes Lima Marta Fernandes Lima Marta L. C. Cherubini Martha Sulzbach Martha Trindade Manchini Martín Nicolás Cano Martino Martinelli Martino Martinelli Filho Matheus Miranda Matti Jauhiainen Mauricio N Machado Maurício Nakashima Melo Maurício P Bicudo Mauricio S. Rocha Mauricio Sa de Oliveira Mauricio Scanavacca Mauricio Scanavacca MAURICIO WAJGARTEN Maurício Wajngarten Maurício Wajngarten Mauro Barros Mauro G. Albuquerque Mauro Guimarães MAURO S. V. MACHADO MAURO TUPINIQUIM BINA Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Max Grinberg Mayra Gomes MAYRON FARIA DE OLIVEIRA Meive Furtado Meive Furtado Melania A. Borges Melânia Aparecida Borges Melchior Luiz Lima Mercedes Maldonado Michael Jerosch-Herold Michael Jerosch-Herold Michel Batlouni PO 146 TL 130 PO 161 PO 162 TL 143 PO 023 PO 100 TL 042 PO 085 TL 124 PO 065 PO 028 TL 158 PO 047 TL 143 PO 085 PO 046 TL 093 PO 096 TL 079 TL 020 PO 034 PO 088 TL 034 TL 047 PO 070 PO 054 TL 169 TL 170 PO 206 PO 207 PO 208 PO 211 PO 212 PO 213 PO 214 PO 215 PO 088 TL 129 PO 079 PO 080 PO 084 PO 058 TL 069 PO 055 TL 137 TL 149 TL 094 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 189 145 192 193 149 158 177 122 173 143 168 159 152 164 149 173 164 135 176 132 212 161 174 120 124 170 166 155 155 202 204 205 205 206 206 206 206 174 145 172 172 173 167 127 166 147 150 136 63 Autor Nº do Trabalho Michele Keiko Nisiyamamoto Molina MICHELI ZANOTTI GALON MICHELI ZANOTTI GALON Michelle Sartori Mieko Okada Miguel A Moretti Miguel Antonio Moretti Miguel Antonio Moretti Miguel Antonio Moretti MIGUEL CENDOROGLO Miguel Morita Fernandes da Silva Miguel Morita Fernandes Silva Miguel Srougi Mihn Pham Milena Curiati Milena de Andrade Melo Milena dos Santos Barros Milena Fogal Felix Sardinha Milena Novaes Cardoso Curiati Milena Ribeiro Paixão Milena Ribeiro Paixão MILTON STEINMAN Minh Pham Minicucci M Minna Moreira Dias Romano Minna Moreira Dias Romano Minna Moreira Dias Romano Mioto Bruno M Miriam Ikeda Ribeiro Mirna Santos dos Anjos Mirnaluci P. R. Gama Mirnaluci Paulino Ribeiro Gama Mitalee Patil Moacir Novaes Moacyr Roberto Cuce Nobre Modesto PN MOHAMAD SAID GHANDOUR Mônica Buchalla Monica Carneiro Sandoval Monica Samuel Avila Monica Samuel Avila Monica Samuel Avila Moreno Antonio Celio C Mucio T. Oliveira Jr. Mucio T. Oliveira Jr. Muriel Reis Murillo de Oliveira Antunes Murillo Oliveira Antunes TL 084 TL 031 TL 041 PO 122 PO 089 PO 075 PO 020 TL 077 PO 092 TL 140 PO 200 PO 048 TL 128 TL 149 PO 150 PO 185 TL 095 PO 046 PO 148 PO 207 PO 211 TL 140 TL 137 TL 100 TL 053 PO 173 PO 174 TL 162 PO 034 PO 186 PO 191 PO 077 PO 076 PO 024 PO 027 PO 099 PPO 037 TL 158 PO 144 TL 136 PO 153 PO 177 TL 162 TL 120 PO 189 TL 110 TL 059 TL 052 64 Nº da Página 133 214 217 183 174 171 157 131 175 148 203 164 144 150 190 199 136 164 261 204 205 148 147 137 125 195 196 153 161 199 200 171 171 158 159 177 161 152 188 147 190 196 153 142 200 140 127 125 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Murilo Costa Sousa Murilo Macedo Murilo Macedo N Kachenoura NÁDIA DE MENDONÇA CARNIETO Naiara Viudes Garcia Martins NANA MIURA Nana Miura Nancy Toledo Coelho Natalia B Panzoldo Natália B Panzoldo Natalia B. Panzoldo NATALIA DE FREITAS JATENE Natalia Maria da Silva Fernandes Suassuna Natalia Ruggeri Natália Ruggeri Barabro Natalia Ruggeri Barbaro Natalia Ruggeri Barbaro Natalia Ruggeri Barbaro Natalia Ruggeri Barbaro Natália Ruggeri Barbaro Natália Ruggeri Barbaro Natália Ruggeri Barbaro Natália Ruggeri Barbaro Natália Tonon Domingues Natalino Yoshinari Natan Daniel da Silva Junior Natanael Morais Natasha Priscila Xavier Nathan V. Soubihe Jr. Naury de Jesus Danzi-Soares Naury J. Danzi-Soares Nayara Fraccari Pires Nayara Lima Pimentel Nayara Lima Pimentel Negrão CE Neire N F Araujo NELSON AKAMINE Nelson Américo Hossne Jr. Nelson de Luccia Nelson Ithiro Tanaka Neudir Frare Junior Neuza Helena Moreira Lopes NEUZA LOPES Newton Callegari Ney C. Borges Nicola Montano Nicolau JC PO 184 PO 067 PO 210 TL 111 PPO 037 TL 019 TL 064 TL 093 PO 083 PO 028 PO 028 PO 029 TL 065 PO 086 TL 115 PO 113 TL 015 TL 112 PO 130 PO 135 TL 015 TL 112 PO 130 PO 135 PO 195 PO 178 PO 112 PO 024 TL 122 PO 060 TL 071 TL 067 TL 102 TL 141 PO 163 TL 103 PO 031 TL 140 PO 065 PO 081 PO 143 PO 117 PO 033 PO 035 PO 031 TL 024 PO 112 PO 188 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 198 169 205 140 161 211 128 135 173 159 159 159 128 174 141 180 210 140 185 186 210 140 185 186 170 197 180 158 143 167 130 129 138 148 193 138 160 148 168 172 188 181 160 161 160 118 180 200 65 Autor Nº do Trabalho Nilson T. Poppi Nilson Tavares Poppi Nilson Tavares Poppi nilton jose carneiro da silva Nilton José Carneiro da Silva Noedir A. G. Stolf NOEDIR ANTONIO GROPPO STOLF NOEDIR ANTONIO GROPPO STOLF Odilson Marcos Silvestre Odilson Marcos Silvestre Odilson Silvestre OKOSHI K Okoshi K OKOSHI MP Oliveira Naide Orlando Campos Orlando Campos Orlando Petrucci Osório Luis Rangel de almeida Osorio Luiz Rangel de Almeida Osorio Luiz Rangel de Almeida Osorio Rangel Oswaldo César Almeida Filho Otávio Coelho Bezerra Otavio R Coelho Otavio R Coelho Otavio Ranzani Otávio Rizzi Coelho Otávio Rizzi Coelho Otávio T. Nóbrega Otoni Moreira Gomes P Boutouyrie Pablo Alberto Pomerantzeff Pablo M. A. Pomerantzeff Pablo Pomerantzeff Padovani CR Pai Ching Yu Paiva SAR Pâmela Ramona Paola E P Smanio Paola E P Smanio PAOLA SMANIO PAOLA SMANIO PAOLA SMANIO PAOLA SMANIO PAOLA SMANIO Paolo LaGuardia Patricia A Oliveira TL 071 TL 087 TL 166 PO 067 PO 084 TL 123 PO 063 PO 070 PO 079 PO 080 PO 148 TL 119 PO 152 TL 119 TL 162 PO 140 TL 164 TL 106 TL 152 TL 156 TL 160 TL 040 PO 174 TL 157 TL 156 TL 160 PO 208 TL 017 TL 040 PO 019 TL 069 TL 111 PO 053 PO 206 TL 060 PO 152 PO 081 TL 100 PO 108 PO 116 PO 127 TL 142 PO 155 PO 164 PO 165 PO 171 TL 102 TL 124 66 Nº da Página 130 134 154 169 173 141 168 170 172 172 261 142 190 142 153 187 154 139 151 152 153 122 196 152 152 153 205 211 122 157 127 140 163 202 125 190 172 137 179 181 184 148 191 193 193 195 138 143 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Patrícia Akissue Camargo Teixeira Patricia C Brum Patrícia Chakur Brum Patrícia Chakur Brum Patricia de Sá Perlingeiro PATRICIA FIGUEIREDO ELIAS PATRICIA FIGUEIREDO ELIAS Patricia Forestieri PATRICIA MARQUES DE OLIVEIRA Patrícia Momoyo Patrícia Momoyo Patricia Oliveira Patricia Oliveira Guimaraes Patricia Oliveira Guimaraes Patrícia Tavares Felipe Paula Buck Paula de Cássia Buck Paula de Cássia Buck Paula F. Martinez Paula Felippe Martinez Paula Felippe Martinez Paula Felippe Martinez PAULA FILIPPI Paula S Azevedo Paula S Azevedo Paula Schmidt Azevedo Gaiola Paula Vargas Paulo A.da Costa Paulo Andrade Lotufo PAULO ARNON BREMER SOARES Paulo C Rezende Paulo Campos Paulo Campos Paulo Caramori PAULO CESAR F. DIAS FILHO PAULO CÉZAR FERRAZ DIAS FILHO Paulo Chaccur Paulo Cury Rezende Paulo Cury Rezende Paulo Cury Rezende Paulo Fernando Marinho de Lima Paulo Fernando Marinho de Lima Paulo H N Saldiva PAULO HENRIQUE DE ARAUJO GUERRA Paulo JF Tucci Paulo José Ferreira Tucci PAULO M. B. MESQUITA Paulo R. B. Evora TL 131 TL 130 PO 108 TL 127 TL 121 TL 065 TL 066 PO 093 TL 065 PO 079 PO 080 TL 130 PO 212 PO 213 TL 138 TL 059 TL 055 TL 058 TL 107 TL 125 PO 137 PO 138 PO 165 TL 098 TL 099 TL 088 TL 063 PO 087 TL 086 PO 054 PO 068 TL 084 PO 204 TL 037 PO 071 PO 047 PO 055 PO 061 PO 064 TL 076 PO 095 PO 095 TL 057 PO 027 PO 100 PO 108 PO 070 PO 060 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 145 145 179 144 143 128 128 175 128 172 172 145 206 206 147 127 126 126 139 144 186 187 193 137 137 134 128 174 134 166 169 133 204 121 170 164 166 167 119 131 176 176 126 159 177 179 170 167 67 Autor Nº do Trabalho Paulo R. F. Rossi Paulo R. F. Rossi Paulo R. Soares Paulo Roberto Araújo Mendes Paulo Roberto Araújo Mendes Paulo Roberto Chizzola Paulo Rogério Soares Paulo Rogério Soares Paulo Rogério Soares Paulo S. Gutierrez Paulo Sampaio Gutierrez Paulo Sampaio Gutierrez Paulo Soares Paulo Soares Paulo Tucci Pedro Bortz PEDRO A LEMOS PEDRO A LEMOS Pedro A. Lemos Pedro A. Lemos Pedro A. Lemos Pedro A. Lemos Pedro A. Lemos Pedro Abílio Ribeiro Reseck Pedro Alves Lemos Pedro Alves Lemos Pedro Alves Lemos Pedro Alves Lemos Neto Pedro Alves Lemos Neto Pedro Dal Lago PEDRO E HORTA Pedro E. Horta Pedro E. Horta Pedro Eduardo Horta Pedro Gabriel Melo Barros e Silva Pedro Gabriel Melo Barros e Silva Pedro Gabriel Melo Barros e Silva Pedro Gabriel Melo Barros e Silva Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva Pedro Garzon Pedro Guilherme Costa Ponte Pedro Lemos Pedro Mattar Pedro Paulo Martins de Oliveira Pedro Puech Leao Pedro Rubens Pereira Júnior Pedro S. Farsky Pedro Sabino Gomes neto PO 077 PO 191 PO 039 PO 128 PO 129 PO 153 TL 022 TL 025 TL 078 PO 206 PO 107 TL 123 PO 040 PO 045 PO 089 TL 096 PO 040 PO 043 TL 049 PO 036 PO 039 PO 041 PO 045 PO 181 TL 022 TL 031 TL 041 TL 025 TL 078 PO 122 PO 043 TL 049 PO 039 TL 025 PO 038 TL 166 PO 190 PO 198 PO 139 TL 074 PO 197 TL 037 TL 171 TL 106 PO 081 PO 195 PO 062 TL 141 68 Nº da Página 171 200 162 184 184 190 212 213 132 202 179 141 162 163 174 136 162 163 219 161 162 162 163 197 212 214 217 213 132 183 163 219 162 213 162 154 200 202 187 131 202 121 156 139 172 170 168 148 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Pedro Sabino Gomes neto Pedro Saddi-Rosa Pedro Silvio Farsky Pedro Silvio Farsky Pedro Vellosa Schwartzmann Pedro Vellosa Schwartzmann Pedro Vellosa Schwartzmann Pedro Veras Percy Richard Chavez Taborga Philippe Vieira Pires Polegato B Priscila Batista Priscila Cardoso Leal PRISCILA CESTARI PRISCILA CESTARI PRISCILA CESTARI Priscila F Silva Priscila G. Goldstein Priscila Megda João Job Priscila Megda João Job Priscila P Santos Priscila P Santos Priscila Portugal dos Santos Priscila Santos Priscila Santos Quynh Truon Rafacho B RAFAEL AMORIM BELO NUNES Rafael Amorim Belo Nunes RAFAEL CARDOSO JUNG BATISTA Rafael Cavalcante e Silva Rafael Cavalcante e Silva RAFAEL CAVALCANTE E SILVA Rafael Cavalcante e Silva Rafael Cavalcante e Silva Rafael Cavalcante e Silva Rafael Cavalcante e Silva Rafael Cavalcante Silva Rafael Di Biase Abt Rafael do Rosário Azevedo Ferreira Rafael Fernando Brandão Canineu Rafael Gavinhos da SIlva RAFAEL SOUZA DA SILVA Rafael Tadeu Martins Bedolo Rafaela Penalva RAFAELA PENALVA Raiane Pereira Ralf Karbstein PO 163 TL 073 PO 066 PO 069 PO 102 TL 134 PO 136 PO 024 PO 069 PO 148 TL 100 TL 069 PO 046 TL 142 PO 155 PO 165 TL 096 PO 189 PO 048 PO 200 TL 099 PO 098 TL 088 TL 098 PO 099 PO 156 TL 100 PO 090 TL 133 PO 147 TL 022 TL 025 TL 032 PO 041 TL 032 PO 041 TL 078 PO 040 PO 087 PO 154 PO 032 TL 059 PO 032 PO 179 PO 083 PO 203 TL 132 TL 074 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 193 130 169 169 178 146 186 158 169 261 137 127 164 148 191 193 136 200 164 203 137 177 134 137 177 191 137 175 146 189 212 213 120 162 120 162 132 162 174 191 160 127 160 197 173 203 146 131 69 Autor Nº do Trabalho Ramiro Colleone Neto Ramos R F Rank Rybicki Raphael Storti N. Puig Raphael Rossi Ferreira Raphaela V. Groehs Raphaela Vilar Groehs Raphaela Vilar Groehs Raphaela Vilar Ramalho Groehs Raquel Abib Cristales Raquel D. de O. Conceição RAQUEL F PIOTTO RAQUEL FERRARI PIOTTO RAQUEL FERRARI PIOTTO Raquel Muniz Queiroz Raquel Soares Raul Dias dos Santos Raul DIas Santos Filho Raul Maranhão Raul S. Maranhão Raymond Kwong Redivaldo Deterlinquer de Oliveira Regina Célia de Menezes Succi Regina Elmec REGINALDO CIPULLO REGINALDO CIPULLO RENAN DIAS IRABI Renan Gianotto Oliveira Renan Gianotto Oliveira Renan Gianotto Oliveira Renan Irabi Renan Pinheiro Negrão Renata A M Luvizotto Renata Avila Cintra Renata Ávila Cintra Renata Ikegami Renata Ikegami Renata Lima Giolo Renata Lima Giolo Renata Machado de Souza Renata Nishiyama Ikegami Renata Rejane Linhares Renata Santos Rodrigues Brum Renata Sesti Costa Renato Arnoni RENATO BORGES Renato Borges Filho Renato Borges Filho PO 199 TL 162 PO 156 TL 096 PO 204 TL 124 TL 130 PO 141 TL 128 TL 131 TL 020 TL 068 PO 072 PO 073 TL 014 PO 025 TL 081 TL 020 TL 027 TL 123 PO 076 PO 185 TL 062 PO 179 TL 126 TL 132 PO 170 PO 184 PO 201 PO 202 PO 157 PO 201 PO 022 TL 169 PO 151 TL 060 PO 053 PO 084 PO 142 PO 186 PO 154 PO 168 TL 165 TL 053 PO 062 PO 051 PO 055 PO 179 70 Nº da Página 202 153 191 136 204 143 145 187 144 145 212 129 170 170 210 158 132 212 119 141 171 199 127 197 144 146 195 198 203 203 157 203 157 155 190 125 163 173 188 199 191 194 154 125 168 151 166 197 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Renato David da Silva Renato David da Silva Renato Giestas Serpa Renato Lopes Renato Sevestrin Reche Rene Ohtani RENÉE AMORIM DOS SANTOS FÉLIX Reynaldo V Amato Reynaldo V Amato Reynaldo V Amato Reynaldo V Amato Rhaíssa Lorrany Souza Araújo Rica Buchler Ricardo A Costa Ricardo A. Costa Ricardo A. Costa Ricardo A. Costa Ricardo A. Costa Ricardo Carneiro Amarante Ricardo Casalino Ricardo Costa Ricardo Costa Ricardo Costa Ricardo Costa Ricardo G Habib Ricardo Garbe Habib Ricardo Habib RICARDO LADEIRA Ricardo Luis Damatto RICARDO LUIZ DAMATTO Ricardo Mazzieri Ricardo Pavanell Ricardo Pavanello Ricardo Quental Coutinho Ricardo Quental Coutinho Ricardo Ribeiro do Nascimento Teixeira Ricardo Ribeiro do Nascimento Teixeira RICCARDO LACCHINI Rinaldo Siciliano Rita C. Santos Rita Simone Lopes Moreira Rívia Siqueira Amorim Roberta de Souza Roberta de Souza ROBERTA DUTRA Roberta Souza Roberta Souza Roberta Souza PO 114 PO 115 PO 181 TL 118 PO 201 PO 202 PO 054 PO 020 TL 077 PO 075 PO 092 PO 143 TL 094 PO 044 TL 034 TL 045 PO 049 PO 050 TL 091 PO 208 TL 038 TL 043 TL 047 PO 042 TL 089 TL 063 TL 090 TL 150 PO 137 TL 125 PO 180 PO 042 TL 043 PO 095 PO 095 PO 111 PO 132 PO 121 PO 206 TL 129 PO 199 TL 095 TL 159 TL 167 TL 064 PO 062 PO 116 PO 127 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 181 181 197 142 203 203 166 157 131 171 175 188 136 163 120 123 164 165 135 205 121 123 124 163 134 128 135 150 186 144 197 163 123 176 176 180 185 182 202 145 202 136 153 155 128 168 181 184 71 Autor Nº do Trabalho Roberto C.Cury ROBERTO CALDEIRA CURY Roberto Cintra de Azevedo Aragão Roberto Coury Pedrosa Roberto de Almeida César Roberto F. D. Mesquita ROBERTO FELIPE MARRERO Roberto Kalil Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil Filho Roberto Kalil-Filho Roberto Ramos Barbosa Roberto Schreiber Roberto Schreiber Roberto Schreiber Rodolfo Sharovsky Rodolfo Staico Rodolfo Staico Rodolfo Staico Rodolfo Staico Rodrigo Almeida Souza RODRIGO B. ESPER Rodrigo Barbosa Esper Rodrigo Barreto Rodrigo C. dos Santos Rodrigo de Jesus Louzeiro Melo Rodrigo Esper Rodrigo Esper Rodrigo Gimenes Rodrigo Gimenes Rodrigo Gimenes Rodrigo Gimenez Pissuti Modolo Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo PO 160 PO 159 PO 215 TL 054 PO 181 TL 110 PO 147 PO 068 TL 022 TL 025 PO 036 PO 041 PO 061 PO 064 TL 076 TL 077 PO 075 PO 092 PO 157 PO 169 PO 170 PO 039 PO 040 PO 045 TL 078 PO 181 PO 026 PO 128 PO 129 TL 086 TL 045 TL 118 PO 120 PO 175 TL 073 TL 029 PO 038 TL 035 TL 117 PO 179 TL 036 TL 083 TL 056 TL 014 TL 122 TL 015 TL 040 TL 112 72 Nº da Página 190 192 206 125 197 140 189 169 212 213 161 162 167 119 131 131 171 175 157 194 195 162 162 163 132 197 158 184 184 134 123 142 182 196 130 119 162 121 142 197 121 133 126 210 143 210 122 140 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo Rodrigo Imada Rodrigo Imada Rodrigo Imada Rodrigo Leandro Grinberg Rodrigo Mallosto de Rezende Urbano Rodrigo Marques Rodrigo Modolo Rodrigo Morel Vieira de Melo Rodrigo Morel Vieira de Melo Rodrigo Morel Vieira de Melo Rodrigo N Costa Rodrigo Oliveira Almeida Rodrigo P. Pedrosa Rodrigo Pedrosa Rodrigo Pinto Pedrosa Rodrigo Pinto Pedrosa Rodrigo Pinto Pedrosa Rodrigo Pissuti Gimenez Modolo Rodrigo Takebe Arruda Rodrigo Valente Ramos Rocha Roger Frigério Castilho ROGER RENAULT GODINHO Roger Renault Godinho Roger Renault Godinho Rogerio Andalaft Rogerio B Andalaft Rogerio Baumgratz de Paula Rogerio Braga Andalaft Rogério Petrassi Ferreira ROGERIO RUSCITTO PRADO Rogério Sarmento-Leite Rogerio Silva De Paula Rogério Souza Romerito Oliveira Rocha ROMEU MENEGHELO Romeu Sergio Meneghelo Ron Blankstein Ron Blankstein Ronaldo Honorato B. Santos Rondon MUPB Roney Orismar Sampaio Roney Sampaio Rony L. Lage Rony L. Lage Roque Aras Junior Roque Aras Junior PO 113 PO 130 PO 157 PO 169 PO 170 PO 084 PO 197 PO 023 TL 115 PO 061 PO 064 PO 151 TL 089 PO 172 TL 067 PO 025 TL 052 PO 095 PO 095 PO 135 PO 195 PO 033 TL 102 TL 029 TL 036 TL 083 TL 090 TL 089 PO 086 TL 063 PO 180 TL 079 TL 037 PO 143 TL 066 TL 095 TL 126 TL 094 PO 076 PO 156 PO 177 TL 103 TL 169 PO 208 TL 155 PO 189 PO 111 PO 132 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 180 185 157 194 195 173 202 158 141 167 119 190 134 195 129 158 125 176 176 186 170 160 138 119 121 133 135 134 174 128 197 132 121 188 128 136 144 136 171 191 196 138 155 205 152 200 180 185 73 Autor Nº do Trabalho Rosa Bosquetti ROSA CM Rosa Maria Rahmi Garcia Rosaly Gonçalves ROSANA GOBI BRUETTO Rosaura Saboya Roscani M Rosley W. A. Fernandes Rossano Cesar Bonatto Rossano Cesar Bonatto Rossi Neto JM Rossi Neto JM Rui Alberto Ferriani RUI CAL Rui Fernando Ramos Ruiter Carlos Arantes Filho Ruiter Carlos Arantes Filho Ryan de Alencar Araripe Falcão S Laurent Sabrina M Cezário Salim Yusuf Salomón Soriano Ordinola Rojas SALVADOR ANDRÉ BAVARESCO CRISTÓVÃO Samuel Martins Moreira Sandra Alves Pereira Sandra Baradel Sandra Henriques da Costa Sandrigo Mangini Sandrigo Mangini Sandrigo Mangini Sandrigo Mangini SANDRO FAIG Sandro Faig Sandro Faig Sandro Faig Sandro Felicioni Sandro Gonçalves de Lima Santos PP Sara M. Brandao SAULO S L BRITO Sebastian Llubera Sebastian Lluberas Sebastian Lluberas Sebastian Lluberas Sérgio A R Paiva Sérgio A R Paiva Sérgio A R Paiva Sergio Alberto Rupp de Paiva PO 196 TL 119 TL 076 TL 085 TL 151 TL 003 TL 100 TL 075 PO 057 PO 059 TL 126 TL 132 PO 102 TL 140 TL 154 PO 114 PO 115 TL 078 TL 111 TL 114 TL 026 TL 163 PPO 037 TL 042 PO 034 TL 085 TL 061 TL 060 PO 053 PO 148 PO 154 TL 029 TL 036 PO 038 TL 083 TL 094 PO 187 TL 100 TL 136 TL 068 TL 171 TL 035 TL 050 TL 051 TL 098 TL 099 PO 098 TL 088 74 Nº da Página 202 142 131 133 151 171 137 131 166 167 144 146 178 148 151 181 181 132 140 141 118 154 161 122 161 133 127 125 163 261 191 119 121 162 133 136 199 137 147 129 156 121 124 125 137 137 177 134 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Sergio Almeida de Oliveira Sérgio Castro pontes Sergio F Siqueira Sergio Ferreira Sergio G. Tarbine Sergio G. Tarbine Sergio Paiva Sérgio Siqueira Sergio Timerman Sergio Timerman Sergio Timerman Sergio Tufik Sharmila Dorbala Sheila Aparecida Simões Sheila Aparecida Simões Sheyla B. Thies SILAS DOS SANTOS GALVÃO FILHO Silmara C. Friolani Silmara Cristina Friolani Silméia Garcia Zanati Silva DCT Silvana Bordin Silvia Elaine Ferreira Melo SILVIA ELAINE FERREIRA-MELO Silvia Ferreira Melo Silvia Judith Fortunato de Cano Silvia Lacchini Silvia Moreira Ayub Ferreira Silvia Moreira Ayub Ferreira Silvia Moreira Ayub Ferreira Silvia S M Ihara Sílvio A. Barbosa Sílvio A. Barbosa Silvio A. Oliveira Júnior Silvio Assis de Oliveira Júnior Silvio Gioppato Simone Dal Corso Simone de Assis Moura Simone N. Santos Simone N. Santos Simone P. Barbosa Simone P. Barbosa Sissy L de Melo Sissy Lara de Melo Solange Bernardes Tatani Solange D Avakian Solange Guizilini Solange Guizilini PO 180 PO 182 TL 124 PO 068 PO 048 PO 200 PO 099 PO 085 PO 184 PO 201 PO 202 PO 146 PO 076 PO 190 PO 198 TL 096 PO 147 PO 062 PO 066 PO 137 PO 152 TL 117 TL 102 TL 117 PO 130 TL 042 TL 157 TL 136 PO 153 PO 177 PO 021 TL 023 TL 024 TL 107 PO 138 TL 085 PO 058 PO 033 PO 019 TL 028 TL 016 TL 021 PO 096 TL 093 TL 062 TL 072 TL 070 PO 093 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 197 198 143 169 164 203 177 173 198 203 203 189 171 200 202 136 189 168 169 186 190 142 138 142 185 122 152 147 190 196 157 118 118 139 187 133 167 160 157 119 211 212 176 135 127 130 129 175 75 Autor Nº do Trabalho Solange Guizilini SOMAIO U A Soraia H. Kasmas Stefan Verheye Stefan Verheye Stêfany Bruno de Assis Cau Stephan Milhorini Pio Stephanie Macedo Andrade Stephanie Macedo Andrade Stephanie Macedo Andrade Suely Aparecida Pinheiro Palomino Suely Palomino Suely Palomino Suely Pereira Zeferino Suhny abbara SUMAYA MAMERI EL AOUAR Susan Pereira Ribeiro Susimeire Buglia SUSIMEIRE BUGLIA Sydney Correia Leao Tabata S Oliveira Tais Tinucci Talita Ayres Barbosa Tamer Najar Seixas Tamiris A S Oliveira Tania L R Martinez Tania Maria de Andrade Rodrigues Tania Maria de Andrade Rodrigues Tania Maria Ogawa Abe Tania Rubia Flores da Rocha Tannas Jatene TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI Tatiana Alves Kiyota Tatiana Alves Kiyota tatiana alves kiyota Tatiana Alves Kiyota Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão PO 199 PO 103 TL 024 TL 033 TL 038 TL 088 PO 207 TL 095 TL 147 PO 166 PO 178 TL 060 PO 053 TL 080 PO 156 PO 051 TL 157 TL 094 TL 126 PO 172 PO 100 PO 112 TL 093 PO 114 PO 022 PO 021 TL 108 PO 172 PO 033 PO 081 TL 091 TL 169 TL 169 TL 170 PO 011 PO 207 PO 211 PO 212 PO 213 PO 214 PO 215 PO 128 PO 129 PO 128 PO 129 TL 135 PO 142 PO 145 76 Nº da Página 202 178 118 120 121 134 204 136 150 194 197 125 163 132 191 151 152 136 144 195 177 180 135 181 157 157 139 195 160 172 135 155 155 204 205 206 206 206 206 184 184 184 184 147 188 188 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Telemaco da Silva Jr. Telemaco Luiz Da Silva Júnior Telma A Faraldo Corrêa TÉRCIO LEMOS DE MORAIS TÉRCIO LEMOS DE MORAIS TÉRCIO LEMOS DE MORAIS Teresa C. Nascimento Tereza C P Diogenes Tereza C P Diogenes TERUYA T Thais Gomes Casali Thais Maria Romão Thais Nobre Thaís Simões Nobre Thais Simoes Nobre Pires Santos Thalita Parisotto Thamiris Quiqueto Marinelli Thamiris Quiqueto Marinelli Thatiana Peixoto Thatiane Facholi Polastri Thaysa Moreira Santos Thiago Andrade de Macedo Thiago Andrade Macedo Thiago Andrade Macedo Thiago Aquino de Amorim Thiago Bruder do Nascimento THIAGO E NISHIMURA Thiago Florentino Lascala Thiago Hueb THIAGO K SANTOS Thiago Liguori Thiago Liguori Thiago Matos Ferreira de Araújo Thiago O Hueb Thiago Ovanessian Hueb Thiago Quinaglia Silva Thomas Brady Thyago Antônio Biagioni Furquim Tiago Costa Bignoto Tiago Costa Bignoto Tiago Costa Bignoto Tiago Fernandes Tiago Senra Tiago Senra Tiago Senra Garcia dos Santos TOSCHI-DIAS E Tostes RC Trombetta IC PO 158 PO 167 PO 020 PO 124 PO 133 PO 134 TL 046 TL 141 PO 163 PO 103 PO 086 PO 180 PO 141 TL 130 TL 124 PO 170 PO 201 PO 202 PO 093 PO 202 PO 215 PO 198 TL 166 PO 190 PO 185 TL 088 TL 068 TL 134 PO 085 PO 121 PO 184 PO 202 TL 112 PO 068 PO 061 TL 111 PO 156 PO 031 TL 091 TL 092 PO 086 TL 127 TL 027 TL 171 TL 091 TL 103 TL 088 TL 103 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 192 194 157 183 185 186 123 148 193 178 174 197 187 145 143 195 203 203 175 203 206 202 154 200 199 134 129 146 173 182 198 203 140 169 167 140 191 160 135 135 174 144 119 156 135 138 134 138 77 Autor Nº do Trabalho Udo Hoffmann VALDEMIRO BATISTA DA SILVA FILHO Valdir A. Moises Valdir A. Moises Valdir Ambrósio Moisés Valéria A. Costa-Hong Valéria A. Machado Valéria Costa Hong Valéria Costa-Hong Valéria da Costa Hong Valeria da Costa-Hong VALÉRIA DE MELO MOREIRA VALÉRIA DE MELO MOREIRA Valéria de Melo Moreira VALÉRIA DE MELO MOREIRA Valéria S. Nunes Valéria S.Nunes Valter Correa de Lima Valter Furlan Valter Furlan Valter Furlan Valter Furlan Valter Furlan Valter Furlan Vanessa C Neves Vanessa da Silva Rocha VANESSA DE MARCO Vanessa Fontana Vanessa Fontana Vanessa Fontana Vanessa Fontana Vanessa Fontana Vanessa Guimarães Esmanhoto Andrioli Vanessa Helena de Souza Zago Vanessa Mendez VANESSA MORAES ASSALIM Vera L F O Tuda Vera Lúcia de Laet VERA LUCIA KREBS Vera Maria Cury Salemi Vera Maria Cury Salemi Vera Maria Cury Salemi Vera Maria Cury Salemi Vera Maria Cury Salemi Vicente N. Siqueira VICTOR L. S. HADDAD Vinicius Barreto Fontes Vinícius C. Souza PO 156 PO 054 PO 140 TL 164 TL 062 TL 080 TL 023 PO 126 PO 025 PO 052 PO 123 PO 159 PO 160 PO 159 PO 160 PO 028 PO 029 TL 075 PO 038 TL 096 PO 139 TL 166 PO 190 PO 198 PO 096 TL 104 TL 150 TL 015 TL 112 TL 115 PO 113 PO 130 PO 185 PO 029 TL 070 PO 032 PO 075 PO 093 TL 064 TL 052 TL 055 TL 057 PO 052 TL 127 TL 164 PO 070 PO 166 PO 019 78 Nº da Página 191 166 187 154 127 132 118 184 158 165 183 192 190 192 190 159 159 131 162 136 187 154 200 202 176 138 150 210 140 141 180 185 199 159 129 160 171 175 128 125 126 126 165 144 154 170 194 157 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Vinícius Fraga Mauro Vinicius Santos Vinicius Vitro Vinicius Vitro Vitor de Andrade Vahle Vitor Emer Vitor Emer Egypto Rosa Vitor Emer Egypto Rosa Vitor Emer Egypto Rosa Vitor Emer Egypto Rosa VITOR LUIZ HADDAD Vivian L. Amato Vivian Marques Miguel Suen VIVIANA GIAMPAOLI Viviane Aparecida Fernandes Viviane Aparecida Fernandes Viviane Aparecida Fernandes Viviane Aparecida Fernandes Viviane Aparecida Fernandes Viviane Arevalo Tabone Viviane Cordeiro Veiga Vivine G Ribeiro Vnicius Santos Wadih Hueb Walkimar Ururay Glória Veloso Walter J Gomes Walter José Gomes Wander Fagundes Soares de Lima Wander Fagundes Soares de Lima Wellington de Paula Martins WENDY Y SIERRAALTA Wercules A. Oliveira WERTHER B. CARVALHO Wesley Duilio Severino de Melo Whady Hueb Whady Hueb William Azem Chalela William Azem Chalela William Chalela WILSON JOSE DE SALES Wilson Mathias Wilson Mathias Jr Wilson Max Almeida Monteiro de Moraes Wilson Nadruz Jr Wilson Nadruz Junior Wilson Nadruz Junior Wilson Nadruz Junior Wilton Francisco Gomes PO 181 PO 093 TL 039 PO 193 PO 036 PO 208 TL 169 TL 170 PO 207 PO 211 PO 063 PO 062 PO 136 PO 090 PO 038 PO 139 TL 166 PO 190 PO 198 TL 020 TL 163 PO 082 PO 199 PO 085 PO 181 PO 093 TL 070 TL 108 PO 172 PO 102 PO 164 PO 140 TL 064 PO 131 PO 064 TL 076 PO 169 PO 170 PO 157 PO 032 TL 003 TL 124 PO 108 PO 026 TL 110 PO 128 PO 129 PO 036 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 197 175 122 201 161 205 155 155 204 205 168 168 186 175 162 187 154 200 202 212 154 173 202 173 197 175 129 139 195 178 193 187 128 185 119 131 194 195 157 160 171 143 179 158 140 184 184 161 79 Autor Nº do Trabalho Wladimir Gordo Mignoni Wladimir M. Freitas Wladimir M. Medeiros Wladimir Magalhães de Freitas Wladmir Mignone Gordo Xiang-Dong Wang Yara Nakamura Zhao Wang Zhao Wang Zornoff LAM TL 115 PO 019 TL 129 TL 028 TL 112 PO 022 PO 023 TL 031 TL 041 TL 100 80 Nº da Página 141 157 145 119 140 157 158 214 217 137 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Índice dos Autores dos Temas Livres e Pôsteres dos Departamentos Autor Nº do Trabalho Nº da Página EDUCAÇÃO FÍSICA ANDREZA CAVALLI ANDREZA CAVALLI APARECIDA CRISTINA DE BRITTO COSTA Ademar Avelar Adiana Maluf Elias Sallum Alessandra Medeiros Alessandra Medeiros Alessandra Medeiros Alex Silva Ribeiro Alexandre Galvão da Silva Aline Cristina Tavares Aline Mio Martuscelli Aline Nóbrega Rabay Aline Tavares Amanda Alves Amilton da Cruz Santos Ana Cristina de Oliveira Marques Silvestre Ana Lúcia de Sá- Pinto Ana Paula Lima Leopoldo Ana Paula Lima Leopoldo Anderson Amaro Andrey Jorge Serra Andreza Cavalli Andreza Cavalli André Seabra André Soares Leopoldo André Soares Leopoldo Andréia Cristiane Carrenho Queiroz Andréia Cristiane Carrenho Queiroz Andréia Cristiane Carrenho Queiroz Angela R.C.N. Fuchs Angela R.C.N.Fuchs Angela Rubia Cavalcanti Neves Fuchs Antonio Prista Anttonio C.Simoes Aparecida C.B. Costa Aparecida C.B. Costa Arina Hansen Artur Junio Togneri Ferron Artur Junio Togneri Ferron Bianca Domingues Platini Bruna Locci Bruno Barbosa Rosa Bruno F. Holanda Bruno Gion de Andrade Cerazi Bruno Gualano TL 006 TL 013 PO 027 PO 024 TL 014 PO 004 PO 005 PO 019 PO 024 PO 028 PO 007 PO 003 TL 004 PO 008 PO 023 TL 004 TL 004 TL 014 PO 033 PO 034 PO 023 PO 037 TL 006 TL 013 TL 005 PO 033 PO 034 TL 006 TL 013 PO 001 PO 022 TL 002 PO 027 TL 005 PO 040 TL 002 PO 022 PO 021 PO 033 PO 034 PO 027 PO 021 PO 035 PO 040 PO 027 TL 014 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 208 210 231 230 210 225 226 229 230 231 226 225 208 226 230 208 208 210 233 233 230 234 208 210 208 233 233 208 210 225 230 207 231 208 234 207 230 230 233 233 231 230 233 234 231 210 81 Autor Nº do Trabalho Bruno Rodrigues Bruno Temoteo Modesto CRISTIANO MOSTARDA Camila Muniz de Andrade Camila dos Santos Honório Camila dos Santos Honório Camila dos Santos Honório Carla Janice Baister Lantieri Carlos Alexandre Felício Brito Carlos Alexandre Felício Brito Carlos Alexandre Felício Brito Carlos Eduardo de Fernandes Rocha Cataria Barboza Catarina de Andrade Barboza Catarina de Andrade Barboza Cecilia Bortoleto Cezar Augusto Souza Casarin Christiane Malfitano Christina M.M. Brito Claudia L. M. Forjaz Claudia Lúcia de Moraes Forjaz Claudia Lúcia de Moraes Forjaz Claudia Lúcia de Moraes Forjaz Claudia Lúcia de Moraes Forjaz Claudia Lúcia de Moraes Forjaz Claudia Lúcia de Moraes Forjaz Clovis Artur Silva Cláudia Forjaz Cláudia Forjaz Crivaldo Gomes Cardoso Jr. Cássio Mascarenhas Robert Pires Dalton Muller Daniele Tavares Martins Danielle Da Silva Dias Danielle Da Silva Dias Danielle Da Silva Dias Danielle Da Silva Dias Danielle da Silva Dias Danielle da Silva Dias Danielle da Silva Dias Danielle da Silva Dias Danilo Marcelo Leite do Prado Danilo Sales Bocalini Danúbia Carvalho David Ohara Debora A. dos Santos Denise de Oliveira Alonso Denise de Oliveira Alonso Denise de Oliveira Alonso Denise de Oliveira Alonso Diego L. M. Barretti Dinoelia Rosa de Souza PO 018 PO 001 TL 010 PO 023 PO 006 PO 030 PO 031 PO 030 PO 006 PO 031 PO 038 PO 032 PO 015 TL 007 PO 018 PO 006 PO 037 PO 002 PO 040 TL 013 TL 003 TL 006 TL 012 PO 001 PO 012 PO 029 TL 014 TL 005 PO 026 PO 024 PO 014 PO 021 PO 019 TL 001 TL 007 PO 015 PO 018 TL 001 TL 007 PO 015 PO 018 TL 014 PO 037 PO 023 PO 024 PO 029 PO 006 PO 030 PO 031 PO 038 TL 011 PO 012 82 Nº da Página 229 225 209 230 226 232 232 232 226 232 234 232 228 208 229 226 234 225 234 210 207 208 210 225 227 232 210 208 231 230 228 230 229 207 208 228 229 207 208 228 229 210 234 230 230 232 226 232 232 234 209 227 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Diogo Kosiski Neves de Almeida Débora Dias Ferraretto Moura Rocco Débora N. Moreira Décio Mion Júnior Décio Mion Júnior Décio Mion Júnior ELEONORA TOBALDINI Edilamar M. Oliveira Edilson Serpeloni Cyrino Edimar Alcides Bocchi Edimar Alcides Bocchi Edimar Bocchi Edson C. Rezende Eduardo Hiroshi Matsuo Júnior Eduardo Tibiriçá Elder D. Sousa Eloisa Bonfá Emmanuel Gomes Ciolac Emmanuel Gomes Ciolac Erick H. P. Eches Erinaldo Luiz De Andrade Erlan Félix de Lima Silva Fabiana Benatti Fabiana de Salvi Guimarães Fabrícia Geralda Ferreira Fernando Bacal Fernando Bacal Fernando dos Santos Filipe F. Conti Filipe Fernandes Conti Filipe Fernandes Conti Frank Suzuki Fábio Tanil Montrezol Fábio Tanil Montrezol Fábio Thiago Maciel da Silva Fábio Y. Nakamura Gabriel Grizzo Cucato Gabriel de Souza Zanini Gabriela Alves Trevizani Garry Tew Gerson Luis Moraes Ferrari Gerusa Dias Siqueira Vilela Terra Giana Zarbato Longo Giovania Verginia de Souza Giulliano Gardenghi Glaucia Figueiredo Braggion Go Tani Guilherme Lemos Shimojo Guilherme Shimojo Guilherme V. Guimarães Guilherme Veiga Guimarães Guilherme Veiga Guimarães PO 027 PO 028 PO 013 TL 006 TL 013 PO 012 TL 006 TL 011 PO 024 PO 007 PO 011 PO 008 PO 009 PO 004 TL 009 PO 026 TL 014 PO 007 PO 011 PO 024 PO 037 TL 004 TL 014 PO 005 PO 020 PO 007 PO 011 TL 001 PO 015 TL 007 PO 002 PO 037 PO 017 PO 019 TL 004 PO 026 TL 012 PO 021 PO 010 TL 012 PO 036 PO 035 PO 020 PO 032 PO 023 PO 030 TL 005 PO 002 TL 007 PO 008 PO 007 PO 011 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 231 231 228 208 210 227 208 209 230 226 227 226 227 225 209 231 210 226 227 230 234 208 210 226 229 226 227 207 228 208 225 234 229 229 208 231 210 230 227 210 233 233 229 232 230 232 208 225 208 226 226 227 83 Autor Nº do Trabalho Guilherme da Silva Ferreira Hamilton Roschel Hanna Karen Moreira Antunes Henrique Lelis Clemente de Oliveira Henrique Luiz Monteiro Henriqueta Maria Vigarinho Jorge Iram Neto Iram Soares Teixeira Neto Iram Soares Teixeira-Neto Irena Zwieska Iris Callado Sanches Iris Callado Sanches Iris Sanches Callado Isabel C. Salles Iury Pereira Sangi Iury Pereira Sangi JULIO CESAR SILVA DE SOUSA Jacqueline Freire Machi Japy Angeli Oliveira Filho Jean Roque Jeferson Macedo Vianna John Michael Saxton Jorge Perrout Jorge R. P. Lima Jorge R. P. Lima Joseph antonio Freire José José Alberto Aguilar Cortez José Antônio Dias Garcia José Cipolla Neto José I. Silva José Maia João Paulo dos Anjos Souza Barbosa Juliana Pereira Borges Julio C. S. Sousa Jéssica Aparecida Gonçalves Jéssica Aparecida Gonçalves Jóctan Pimentel Cordeiro Jóctan Pimentel Cordeiro Júlia Maria D’Andréa Greve Júlia Maria D’Andréa Greve Júlio Cesar Padredi Katia Josiany Segheto Katia Ortega Katia Ortega KÁTIA BILHAR SCAPINI Kátia Coelho Ortega Kátia De Angelis Kátia De Angelis Kátia De Angelis Kátia De Angelis Kátia De Angelis PO 028 TL 014 PO 004 PO 010 PO 021 PO 027 PO 008 PO 011 PO 007 TL 012 TL 007 PO 015 PO 002 PO 040 PO 033 PO 034 TL 006 TL 001 PO 036 PO 008 PO 010 TL 012 PO 013 PO 009 PO 026 PO 020 PO 037 PO 040 PO 035 TL 003 PO 022 TL 005 TL 005 TL 009 TL 013 PO 006 PO 038 PO 033 PO 034 PO 007 PO 011 PO 027 PO 020 TL 006 TL 013 TL 010 PO 012 TL 001 TL 007 TL 010 PO 002 PO 015 84 Nº da Página 231 210 225 227 230 231 226 227 226 210 208 228 225 234 233 233 208 207 233 226 227 210 228 227 231 229 234 234 233 207 230 208 208 209 210 226 234 233 233 226 227 231 229 208 210 209 227 207 208 209 225 228 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Kátia De Angelis Kátia De Angelis LIDIANE MOREIRA DE SOUZA Laís Akemi Kinoshita Leandro Campos de Brito Leone Severino do Nascimento Leslie Virmondes Letícia B. Q. LIMA Letícia Parada Moreira Lilian Pinto da Silva Lorena Paes Luan da Rocha Sousa Lucas Teixeira Reis Luciano Basso Luis A. R. Costa Luiz Augusto Riani Costa Luiz E. Mastrocolla Luiz E. Mastrocolla Luiz Eduardo Mastrocolla Luiz Francisco Marcopito Luiz Henrique Marchesi Bozi Luiz Henrique Soares de Andrade Luiz Silveira Menna Barreto Lílian P. Silva Marcel da Rocha Chehuen Marcelle de Paula Ribeiro Marcelo M. Santos Marcelo M.Santos Marcia Mendes Gouvea Marco Tulio de Melo Marcos Adriano da Rocha Lessa Maria Benta Apone Maria Cecília Alves Bortoleto Maria Cláudia Irigoyen Maria Cláudia Irigoyen Maria Cláudia Irigoyen Maria Cláudia Irigoyen Maria Cláudia Irigoyen Maria do Socorro Brasileiro Santos Maria-Cláudia Irigoyen Mariana Balbi Seixas Mariana Rotta Bonfim Mary Ane Sartori Maurício Morilha Michelle Sartori Michelle Sartori Miguel Morita Miguel Morita Fernandes da Silva Márcio José Carrasco Degaspare Márcio José Carrasco Degaspare NATAN DANIEL DA SILVA JÚNIOR NICOLA MONTANO PO 018 PO 030 PO 003 PO 031 TL 003 TL 004 PO 028 TL 013 PO 028 PO 010 TL 009 TL 004 PO 020 TL 005 TL 013 PO 012 TL 002 PO 022 PO 027 PO 016 PO 005 PO 004 TL 003 PO 013 TL 012 PO 009 PO 022 TL 002 PO 020 PO 036 TL 009 PO 030 PO 031 TL 001 TL 007 TL 010 PO 015 PO 018 TL 004 PO 002 PO 010 PO 021 PO 014 PO 038 TL 001 PO 015 PO 008 PO 007 PO 025 PO 039 TL 006 TL 006 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 229 232 225 232 207 208 231 210 231 227 209 208 229 208 210 227 207 230 231 228 226 225 207 228 210 227 230 207 229 233 209 232 232 207 208 209 228 229 208 225 227 230 228 234 207 228 226 226 231 234 208 208 85 Autor Nº do Trabalho Nara Rejane Cruz de Oliveira Natan D. da Silva Junior Natan Daniel Silva Junior Nathalia Bernardes Nathalia Bernardes Nathalia Bernardes Nathalia Bernardes Nathalia Bernardes OSCAR ALBUQUERQUE DE MORAES PAULA ARRUDA Pamella Ramona Moraes de Souza Patricia Chakur Brum Patricia H.C.Franulovic Paula Bessi Constantino Paula Grippa Sant’ana Paula Grippa Sant’ana Paulo Sérgio Merino Pedro Luiz Solda Priscilla Mazi Priscilla Mazi Prof. Dr. Jose Rocha Prof.Dra. Mara Patricia Traina Chakon-Mikail RUYMAR CARDOSO JÚNIOR Rafael Andrade Rezende Rafael Catro Rafael Ertner Castro Rafael Ertner Castro Rafael Francisco Pellizzari Rafael Francisco Pellizzari Rafael Rezende Rafael Yokoyama Fecchio Raphael Mendes Ritti Dias Raphael Santos Teodoro de Carvalho Raquel de Assis Sirvente Regina C.B.M. Lauria Regina C.B.M. Lauria Renam da Silva Mendonça Renan Nunes Torres Renata Kelly da Palma Renata Kelly da Palma Renata P.L. Katayama Renata Pimentel Leite Katayama Renato L. Pelaquim Renato L.Pelaquim Rhenan B. Ferreira Rhenan B. Ferreira Rhenan B. Ferreira Ricardo Amboni Ricardo Saraceni Gomides Rogério Brandão Wichi Romeu Sergio Meneghelo Rosa Maria Rodrigues Pereira PO 019 TL 013 PO 029 TL 001 TL 007 PO 002 PO 015 PO 018 TL 010 TL 010 PO 005 PO 005 PO 040 PO 003 PO 033 PO 034 PO 016 PO 030 TL 002 PO 022 PO 032 PO 032 TL 010 PO 029 PO 008 PO 007 PO 011 PO 025 PO 039 TL 003 PO 001 TL 012 PO 014 PO 005 TL 002 PO 022 PO 020 PO 037 TL 007 PO 002 PO 022 TL 002 PO 022 TL 002 PO 009 PO 013 PO 026 PO 040 PO 012 TL 001 PO 027 TL 014 86 Nº da Página 229 210 232 207 208 225 228 229 209 209 226 226 234 225 233 233 228 232 207 230 232 232 209 232 226 226 227 231 234 207 225 210 228 226 207 230 229 234 208 225 230 207 230 207 227 228 231 234 227 207 231 210 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Sandra Lia do Amaral Sarah Amorim Anceschi Sarah Amorim Anceschi Sergio Antonio Christiani Junior Sergio Tufik Silvana Barros Silvia Moreira Ayub-Ferreira Silviana Fernandes de Magalhães Silvio Lopes Alabarse Suelen Borges Dalmaso Suelen Borges Dalmaso Tais Tinucci Tais Tinucci Tais Tinucci Tais Tinucci Tais Tinucci Tais Tinucci Tatyana de Oliveira d’Agosto Teresa Bartholomeu Thatiane Pedroso Cordeiro Tiago Fernandes Tiago Peçanha de Oliveira Tiago Peçanha de Oliveira Tiago de Oliveira Ursula P. R. Soci Valdir A Moises Valeria Bonganha Vera Maria Cury Salemi Verônica Valério Furtado Verônica Valério Furtado Verônica Valério Furtado Victor S. Rosa Victor de Paula Pinheiro Vinicius de Araujo Santos Vinicius de Araujo Santos Wellington Segheto Wendell Alves da Silva Wilson Max Almeida Monteiro de Moraes Wilson Max Almeida Monteiro de Moraes Élder Dutra de Sousa PO 003 PO 033 PO 034 PO 014 PO 036 PO 012 PO 007 PO 035 PO 036 PO 033 PO 034 TL 003 TL 006 TL 013 PO 001 PO 012 PO 029 PO 013 PO 001 PO 031 TL 011 PO 009 PO 013 PO 026 TL 011 PO 036 PO 032 PO 005 PO 006 PO 030 PO 031 PO 022 PO 010 PO 025 PO 039 PO 020 PO 017 PO 004 PO 005 PO 010 225 233 233 228 233 227 226 233 233 233 233 207 208 210 225 227 232 228 225 232 209 227 228 231 209 233 232 226 226 232 232 230 227 231 234 229 229 225 226 227 PO 043 PO 043 PO 071 PO 122 TL 015 PO 068 PO 041 PO 065 PO 041 235 235 242 255 210 241 235 241 235 ENFERMAGEM Cássia Regina Vancini Campanharo Meiry Fernanda Pinto Okuno Nadja Lúcia Vasconcelos da Silva ALEXANDRA JACOB COMARELLA AMANDA DOS SANTOS AMANDA DOS SANTOS AMANDA DOS SANTOS OLIVEIRA AMANDA MIRANDA DA SILVA ANA CAROLINA QUEIROZ GODOY DANIEL Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 87 Autor Nº do Trabalho ANA ROSA VIEIRA ROSA Ademar Avelar Adriana Maria da Silva Félix Adriana Olimpia Barbosa Felipe Adriana Oliveira do N. B. de Almeida Adriana Oliveira do Nascimento Batalha de Almeida Adriana Paula Jordão Isabella Adriana Paula Jordão Isabella Adriana Paula Jordão Isabella Adriano Alves Leite Adriano Rogério Baldacin Rodrigues Adriano Rogério Baldacin Rodrigues Adriano Rogério Baldacin Rodrigues Adriano Rogério Baldacin Rodrigues Adriano Rogério Baldacin Rodrigues Adriano Rogério Baldacin Rodrigues Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante Agueda Maria Ruiz Zimmer Cavalcante Alba Lucia B. L. de Barros Alba Lucia Bottura Leite de Barros Alba Lucia Bottura Leite de Barros Alba Lucia Bottura Leite de Barros Alba Lucia Bottura Leite de Barros Alba Lucia Bottura Leite de Barros Alessandra da Graça Correa Alessandra da Graça Correa Alessandra da Graça Correa Alessandra da Graça Corrêa Alessandra da Graça Corrêa Alessandra da Graça Corrêa Alessandra de Almeida Ramos Alex Silva Ribeiro Alexandra B. Zangrando Alexandre Gonçalves de Sousa Alexandre Gonçalves de Sousa Alexandre Gonçalves de Sousa Alexandre Gonçalves de Sousa Aline Alcantara de Freitas Aline Cristina Pedroso Aline de Souza Leal Aline de Souza Leal Aluê Constantino Coelho Amanda Santos Oliveira Ana Carolina Moraes Rego Palmieri Ana Carolina Sauer Liberato Ana Carolina Sauer Liberato Ana Cristina Mancussi de Faro Ana Lucia Domingues Neves Ana Lucia Domingues Neves Ana Lucia Siqueira Costa Ana Luiza Gradella PO 123 PO 044 PO 075 TL 022 PO 095 PO 112 TL 020 PO 095 PO 112 PO 052 PO 055 PO 069 PO 079 PO 055 PO 069 PO 079 PO 046 PO 087 PO 106 PO 102 PO 046 PO 085 PO 087 PO 089 PO 106 PO 052 PO 064 PO 099 PO 052 PO 064 PO 099 PO 084 PO 044 PO 109 TL 023 PO 060 PO 076 PO 116 PO 088 PO 069 PO 095 PO 112 PO 102 PO 049 PO 119 TL 016 PO 051 PO 073 PO 067 PO 092 PO 063 PO 084 88 Nº da Página 255 235 243 212 248 252 212 248 252 237 238 242 244 238 242 244 236 246 251 250 236 246 246 247 251 237 240 249 237 240 249 245 235 252 212 239 243 253 246 242 248 252 250 237 254 211 237 243 241 247 240 245 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Ana Luiza de O. Carvalho Ana Luiza de O. Carvalho Ana Luiza de O. Carvalho Ana Lúcia Domingues Neves Ana Lúcia Domingues Neves Ana Lúcia da Silva Ana Maria Honorato Schoenawa Ana Maria Pimenta de Carvalho Ana Paula Fernandes Ana Paula Oliveira Pedroso Ana Paula da Conceição Anderson Nunes Fava Anderson Nunes Fava Andrea Cotait Ayoub Andrea Cotait Ayoub Andrea Cotait Ayoub Andressa Teoli Nunciaroni Andréa Braz Vendramini Silva Anelise Riedel Abrahão Angelo Amato V. de Paola Antonio C. do Amaral Baruzzi Antonio Carlos C. Carvalho Antonio Claudio do Amaral Baruzzi Antonio Eduardo Pereira Pesaro Antonio Eduardo Pereira Pesaro Aparecida Ferreira Mendes Aparecida Ferreira Mendes Aparecida Yoshiko Eto Aretusa Tamiozzo Ferreira Arnaldo Lichtenstein Beatriz Akinaga Izidoro Beatriz Akinaga Izidoro Beatriz Bojikian Matsubara Beatriz Castro Reis Beatriz Izidodo Beatriz Izidoro Bruna Farias Finco Bárbara M. Anginoni Bárbara Marques Anginoni Bárbara Marques Anginoni Bárbara Marques Anginoni Bárbara Reis Tamburim CARLOS ALBERTO GONNELLI CRISTIANI FERNANDA BUTINHÃO CRISTIANI FERNANDA BUTINHÃO Camila Gabrilaitis Camila Gabrilaitis Cardoso Camila Takáo Lopes Camila Takáo Lopes Camila Takáo Lopes Camila Takáo Lopes Camila Takáo Lopes TL 026 PO 058 PO 115 PO 067 PO 092 PO 094 PO 084 TL 022 PO 105 PO 070 PO 080 PO 064 PO 099 PO 050 PO 073 PO 080 TL 019 PO 050 PO 103 PO 053 PO 061 PO 053 TL 027 PO 064 PO 099 PO 048 PO 072 PO 114 PO 086 PO 067 PO 061 PO 083 TL 025 PO 066 PO 121 PO 081 PO 117 PO 107 PO 088 PO 090 PO 098 PO 059 PO 122 PO 057 PO 124 PO 121 TL 027 PO 046 PO 050 PO 085 PO 087 PO 106 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 213 239 253 241 247 248 245 212 251 242 244 240 249 237 243 244 211 237 250 238 240 238 213 240 249 236 242 253 246 241 240 245 213 241 255 245 254 251 246 247 249 239 255 239 255 255 213 236 237 246 246 251 89 Autor Nº do Trabalho Camila de Souza Carneiro Camila de Souza Carneiro CamilaGabrilaitis Carina Aparecida Marosti Dessotte Carine Cristiane Fusco Carla Cristina Buri da Silva Carolina Vieira Cagnacci Carolina dos Santos Gasparino Catia Maria Gonçalves dos Santos Catia Maria Gonçalves dos Santos Catiuscia Rebecca Santos de Lira Celi Cristina Calamita Quiroga Christiane Pereira Martins Casteli Cibele L. Garzillo Cibele L. Garzillo Cibele L. Garzillo Claúdia Umbelina Baptista Andrade Cleonice Maria da Silva Seramin Crivaldo Gomes Cardoso Jr. Cássia Pinto Tavares DANTE GIORGI Daiane Lopes Grisante Damiana Rinaldi Damiana Rinaldi Damiana V. dos Santos Rinaldi Damiana Vieira dos Santos Rinaldi Daniel Alves da Silva Daniele Andreza A. Rossi David Ohara Denise Blini Sierra Denise G. Carmine Denise Louzada Denise Louzada Denise Louzada Ramos Denise Louzada Ramos Denise Louzada Ramos Denise Maria Servantes Desidério Favarato Douglas José Ribeiro Douglas Soares DÉBORA DA SILVA FARIA ELIANA CAVALARI ELIANA CAVALARI ELISABETE MARGARIDO EUGENIA VELLUDO VEIGA EUGENIA VELLUDO VEIGA EUGENIA VELLUDO VEIGA EUGENIA VELLUDO VEIGA EUGENIA VELLUDO VEIGA EUGENIA VELLUDO VEIGA EUGENIA VELLUDO VEIGA Edilson Serpeloni Cyrino PO 105 PO 125 PO 081 PO 077 PO 080 PO 048 PO 073 PO 074 PO 048 PO 072 PO 071 PO 123 PO 080 TL 026 PO 058 PO 115 TL 022 PO 118 PO 044 PO 062 TL 024 PO 050 PO 081 PO 121 PO 061 PO 083 PO 059 TL 025 PO 044 PO 055 PO 055 PO 081 PO 121 TL 027 PO 061 PO 083 PO 053 TL 026 PO 083 PO 116 PO 065 PO 041 PO 049 TL 024 TL 015 TL 017 TL 022 PO 041 PO 049 PO 065 PO 068 PO 044 90 Nº da Página 251 256 245 244 244 236 243 243 236 242 242 255 244 213 239 253 212 254 235 240 213 237 245 255 240 245 239 213 235 238 238 245 255 213 240 245 238 213 245 253 241 235 237 213 210 211 212 235 237 241 241 235 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Edna Apparecida Moura Arcuri Eduardo G. Lima Eduardo G. Lima Eduardo L. Gomes Eduesley Santana Santos Eduesley Santana dos Santos Eliana Bittar Eliana Cavalari Eliana Cavalari Eliana Siqueira Vicentin Eliana Siqueira Vicentin ElianePOntes Nunes Eliete Cristina Soares Elisabete Sabetta Margarido Elson Reis Dantas Erica Deji Moura Erick H. P. Eches Erinéia Viuna Estela Bianchi Estela Regina Ferraz Bianchi Evelise Helena Fadini Reis Brunori Evelise Helena Fadini Reis Brunori Evelise Helena Reis Fadini Brunori Eylis Rejane Maciel FABIANA VACARI FABIANA VACARI FERNANDA MAYRA SILVA FLÁVIA AP. GABRIEL COUTO SILVA Fabiana Boleala Fabiana Bolela Fabiana Bolela Fabiana Bolela Fabrizio Urbinatti Maroja Fatima Dumas Cintra Felipe Gonçalves dos Santos Fernanda Aparecida Marques Moreira Fernanda Ayache Nishi Fernanda Barone Fernanda Barone Fernanda Freire Jannuzzi Fernanda Freire Jannuzzi Fernanda Souza e Silva Fernanda Souza e Silva Fernando Bacal Flavia Fernanda FrancoRuth Flavia Martinelli Pelegrino Flavia Martinelli Pelegrino Flavia Martinelli Pelegrino Flavio Lopes Cassiolato Flavio Lopes Cassiolato Flávia Cortez Colósimo Flávia Cortez Colósimo TL 020 PO 058 PO 115 TL 026 PO 055 PO 079 PO 110 PO 041 PO 049 PO 091 PO 120 PO 072 PO 093 PO 114 PO 052 PO 086 PO 044 PO 055 PO 080 PO 073 PO 046 PO 106 PO 087 PO 055 PO 057 PO 124 TL 017 PO 123 PO 077 TL 018 PO 042 PO 045 PO 053 PO 053 PO 043 PO 084 PO 108 PO 048 PO 072 TL 016 PO 051 TL 018 PO 077 PO 052 PO 047 TL 018 PO 042 PO 045 PO 088 PO 090 TL 023 PO 060 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 212 239 253 213 238 244 252 235 237 247 254 242 248 253 237 246 235 238 244 243 236 251 246 238 239 255 211 255 244 211 235 163 238 238 235 245 251 236 242 211 237 211 244 237 236 211 235 163 246 247 212 239 91 Autor Nº do Trabalho Flávia Cortez Colósimo Flávia Cortez Colósimo Flávia Martinelli Pelegrino Flávia Martinelli Pelegrino Flávia Martinelli Pelegrino Flávia Ribeiro Martins Macedo Flávia da Costa Rodrigues Lima Flávio Cassiolato Flávio Lopes Cassiolato Flávio Lopes Cassiolato Flávio Lopes Cassiolato Franciele Rezende Ferreira Francisco Ceza Lavor Andrade FÁBIO DE SOUZA TERRA Fátima Gil Ferreira Fátima Gil Ferreira GEMA GALGANI DE MESQUITA DUARTE GEMA GALGANI DE MESQUITA DUARTE GRASIELE DE MATOS LIMA SANTOS Gabriela Fulan e Silva Geraldo Magela Salomé Geysiane Rocha ilmara Matos da Silva Gilmara Silveira da Silva Gilmara Silveira da Silva Gilmara Silveira da Silva Gilmara Silveira da Silva Grazia Maria Guerra Hayanne Osiro Pauletti Iara Aparecida de Almeida Rezende Ilna Márcia Oliveira Rocha Ilna Márcia Rocha Inaiara Scalçone Almeida Corbi Inaiara Scalçone de Almeida Corbi Inaiara Scalçone de Almeida Corbi Isadora Stefanini Guimarães Isele José Rodrigues Izabel Cristina Ribeiro da Silva Saccomann Izabel Cristina Ribeiro da Silva Saccomann JORDANA VALIM TORRES JORDANA VALIM TORRES JOSÉ ANTÔNIO DE LIAM NETO JULIANA AGUIAR CHENCCI JULIANA AGUIAR CHENCCI JULIANA PEREIRA MACHADO JULIANA PEREIRA MACHADO JULIANA PEREIRA MACHADO JULIANO DE SOUZA CALIARI JUREMA PALOMO Janaina Paulini Januza Correia dos Santos Januza Correia dos Santos PO 076 PO 116 TL 018 PO 042 PO 045 TL 022 PO 071 PO 107 PO 088 PO 090 PO 098 PO 078 PO 120 TL 017 PO 067 PO 074 TL 017 PO 065 PO 123 PO 086 PO 066 PO 090 PO 120 TL 023 PO 060 PO 076 PO 116 PO 093 PO 059 PO 072 PO 105 PO 125 TL 018 PO 042 PO 045 PO 088 PO 117 PO 062 PO 070 PO 057 PO 124 PO 122 PO 104 PO 122 TL 015 PO 041 PO 068 PO 097 TL 024 PO 108 PO 095 PO 112 92 Nº da Página 243 253 211 235 163 212 242 251 246 247 249 244 254 211 241 243 211 241 255 246 241 247 254 212 239 243 253 248 239 242 251 256 211 235 163 246 254 240 242 239 255 255 250 255 210 235 241 249 213 251 248 252 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Jaquelline Maria Jardim Jeiel Carlos Lamonica Crespo Josiane dos Santos Almeida José Carlos Viana João Carlos Hueb Juliana CastilhoPOloni Gasques Juliana I. F. Gobbi Juliana de Lima Lopes Juliana de Lima Lopes Juliana de Lima Lopes Juliana de Lima Lopes Jurema da Silva Herbas Palomo Jurema da Silva Herbas Palomo Jurema da Silva Herbas Palomo Jurema da Silva Herbas Palomo Jurema da Silva Herbas Palomo Júlio César de Carvalho KEULLE TORRES CANDIDO KEULLE TORRES CANDIDO Karina Faria de Souza Karine Aguiar Machado Karoline Mazulli Silva Karoline Mello Gama Katashi Okoshi Katherine Ogusuku Kelli Cristina Silva de Oliveira Kelli Cristina Silva de Oliveira Kátia M Padilha Kátia Maria Dias LEANDRO CORDEIROPORTELA LUCIANA RENATA CUBAS VOLPE LUCIANA RENATA CUBAS VOLPE LUCIANE SANTOS DA SILVA OLIVEIRA LUCIANE SANTOS DA SILVA OLIVEIRA LUIZ BORTOLOTTO Larissa Bertacchini Oliveira Larissa Bertacchini de Oliveira Leandra Gonçalves Macedo Bedolo Leandro Loureiro Buzatto Leila maria Marchi Alves Li Men Zhao Lia Rita Bittencourt Liane Lopes de Souza Luana Cristina dos Santos Martins Luana Danze Luci Maria Ferreira Lucia Monteiro da Silva Luciana J. Storti Luciane Vasconcelos Barreto de Carvalho Luciano Monte Alegre Forlenza Luciano Monte Alegre Forlenza Luis Enrique Campodonico Amaya PO 092 PO 055 PO 070 PO 109 TL 025 PO 067 TL 025 PO 067 PO 085 PO 089 PO 106 PO 048 PO 055 PO 072 PO 079 PO 114 PO 119 PO 057 PO 124 PO 108 PO 105 PO 059 PO 075 TL 025 PO 059 PO 100 PO 118 TL 021 PO 093 PO 122 PO 057 PO 124 PO 104 PO 122 TL 024 PO 092 PO 086 PO 090 PO 052 PO 049 PO 105 PO 053 PO 071 PO 070 PO 118 PO 048 PO 086 PO 053 PO 056 PO 064 PO 099 PO 119 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 247 238 242 252 213 241 213 241 246 247 251 236 238 242 244 253 254 239 255 251 251 239 243 213 239 249 254 212 248 255 239 255 250 255 213 247 246 247 237 237 251 238 242 242 254 236 246 238 238 240 249 254 93 Autor Nº do Trabalho Luisa Murakami Luiza Antonieta Gasparino Luiza Rosa C. Marques Luiza Rosa Cavalcanti Marques Lúcia Marinilza Beccaria Lúcia Marinilza Beccaria MAGNA MELO DE SOUZA MARIA FERNANDA TRINDADE MARIA FERNANDA TRINDADE MARIA GERCINA BARBOSA BORGES MAURO SÉRGIO VIEIRA MACHADO MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES MICHELLE PITA TAVARES GONÇALVES MISLENE MALDONADO DOS SANTOS MISLENE MALDONADO DOS SANTOS Magda Vieira Marcela Francisca da Silva Marcela Francisca da Silva Marcela Francisca da Silva Marcelo Franken Marcelo Franken Marcelo Katz Marcelo Katz Marcelo Katz Marcia Makdisse Marcia Regina P. Makdisse Marcia Regina P. Markdisse Marcio José Correa Machado Marco Antonio Mieza Maria Aparecida Batistão Maria Aparecida Batistão Gonçalves Maria Cecilia Bueno Jayme Gallani Maria Cecilia Bueno Jayme Gallani Maria Cecília BJ Gallani Maria Cecília BJ Gallani Maria Cecília BJ Gallani Maria Clara C. Matheus Maria Lúcia Zanetti Maria Roselene Alberto Maria Teresa Freitas Maria do Rosário Sobral de Oliveira Mariana Nobrega Meireles Mariana Sobral Mariana Yumi Okada Mariana Yumi Okada Mariana Yumi Okada Mariana Yumi Okada Mariana Yumi Okada Marta Motter Magri Marília Doriguello Bergamin PO 089 PO 074 PO 072 PO 048 PO 078 PO 117 PO 054 PO 057 PO 124 PO 082 PO 122 TL 015 TL 022 PO 041 PO 068 PO 057 PO 124 PO 093 TL 026 PO 058 PO 115 PO 064 PO 099 PO 052 PO 064 PO 099 PO 052 PO 064 PO 099 PO 084 TL 027 PO 072 PO 079 TL 019 PO 096 TL 016 TL 021 PO 051 PO 102 PO 100 PO 094 PO 092 PO 114 TL 025 PO 074 TL 027 PO 061 PO 081 PO 083 PO 121 PO 108 PO 067 94 Nº da Página 247 243 242 236 244 254 238 239 255 245 255 210 212 235 241 239 255 248 213 239 253 240 249 237 240 249 237 240 249 245 213 242 244 211 248 211 212 237 250 249 248 247 253 213 243 213 240 245 245 255 251 241 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Maurício Assami Fujimira Meliza Goi Roscani Melânia Aparecida Borges Melânia Aparecida Borges Miriam de O. Santos Myrthes Takiuti Myrthes Takiuti Myrthes Takiuti NATHALIA SPATTI NEUSA FUKUYA NEUSA FUKUYA Natalia Campanholi Ribeiro Nathalia Carvalho Natália Parra Gonzalez Natália Ramos Imamura Natália Stanko Moreira Nilza Lasta Nilza Lasta Nyagra Ribeiro de Araújo PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA PATRÍCIA COSTA DOS SANTOS DA SILVA Paloma César de Sales Paloma Ferrer Paloma Ferrer Gomez Paloma Ferrer Gomez Paloma Ferrer Gomez Patricia Alves Patrick Radimaker Burke Patrícia Alves Moulin de Azevedo Patrícia Costa dos Santos Silva Patrícia M.P. Bezerra Paula Bueno Ferrari Pauliane S.J. Pires de Melo Paulo Cobellis Gomes Paulo Cury Rezende Paulo Cury Rezende Paulo Cury Rezende Pedro Aurelio Mathiasi Neto Pedro Barros Pedro Barros Pedro Gabriel Melo Barros e Silva Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva Pedro Gabriel de Melo Barros e Silva Priscila Fernanda da Silva Priscilla de Brito Nunes Mendes Priscyla Girardi Priscyla Girardi Priscyla Girardi PO 066 TL 025 PO 052 PO 053 PO 109 TL 026 PO 058 PO 115 PO 097 PO 095 PO 112 PO 056 PO 047 PO 078 PO 074 PO 069 PO 081 PO 121 PO 071 TL 015 TL 017 PO 041 PO 049 PO 065 PO 068 PO 101 PO 107 PO 088 PO 090 PO 098 PO 105 PO 053 PO 125 TL 022 PO 109 PO 085 PO 062 PO 054 TL 026 PO 058 PO 115 PO 075 PO 081 PO 121 TL 027 PO 061 PO 083 PO 075 PO 092 TL 026 PO 058 PO 115 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 241 213 237 238 252 213 239 253 249 248 252 238 236 244 243 242 245 255 242 210 211 235 237 241 241 250 251 246 247 249 251 238 256 212 252 246 240 238 213 239 253 243 245 255 213 240 245 243 247 213 239 253 95 Autor Nº do Trabalho Pâmela Messias Duarte ROBERTO DELLA ROSA MENDEZ ROSÂNGELA A. O. SANTOS RUTE TONSICH Rafael Silva Cruz Raquel Ferrari Piotto Raquel Ferrari Piotto Raquel Ferrari Piotto Raquel Ferrari Piotto Regina Célia Coneglian Renata Dias Braga Renata Dias Braga Renata Guzzo Souza Belinelo Renata Lima Giolo Renata Lima Giolo Renata Pavan Renata S. de Macedo Ricardo D’Oliveira Vieira Rika Miyahara Kobayashi Rita C.P. Coli Rita Simone L. Moreira Rita Simone Lopes Moreira Rita Simone Lopes Moreira Rita Simone Lopes Moreira Rita Simone Lopes Moreira Rita Simone Lopes Moreira Rita Simone Moreira Lopes Rita de Cassia Gengo e Silva Rita de Cassia Gengo e Silva Rita de Cassia Ribeiro de Macedo Roberta Barbuio Macota Roberta C M Rodrigues Roberta CM Rodrigues Roberta CM Rodrigues Roberta Cunha Matheus Rodrigues Roberto Catani Rodrigo Galvão Bueno Gardona Rodrigo Morel Vieira de Melo Rosa Rahmi Garcia Rosa Rhami Garcia Rosana Aparecida Spadoti Dantas Rosana Aparecida Spadoti Dantas Rosane Pilot Pessa Ribeiro Rosane Pilot Pessa Ribeiro Rosane Pilot Pessa Ribeiro Rosangela Santos da Silva Roseli Aparecida Bimbatti Rosianne de Vasconcelos Ruth Ester Assayag Batista Ruth Nanami Hashimoto Ruth Romero Augusto Tonsich Rúbia de Freitas Agondi PO 062 PO 096 TL 017 TL 024 PO 054 TL 023 PO 060 PO 076 PO 116 TL 025 PO 095 PO 112 PO 050 PO 064 PO 099 TL 021 PO 109 PO 058 PO 073 PO 109 PO 107 PO 088 PO 090 PO 098 PO 105 PO 125 PO 059 PO 067 PO 074 PO 047 PO 110 TL 021 TL 016 PO 051 PO 096 PO 059 PO 066 PO 115 PO 115 PO 058 TL 018 PO 042 PO 045 PO 077 PO 049 PO 054 PO 091 PO 109 PO 043 PO 047 PO 114 TL 019 96 Nº da Página 240 248 211 213 238 212 239 243 253 213 248 252 237 240 249 212 252 239 243 252 251 246 247 249 251 256 239 241 243 236 252 212 211 237 248 239 241 253 253 239 211 235 163 244 237 238 247 252 235 236 253 211 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho SAMANTHA VACCARI GRASSI MELARA SAMANTHA VACCARI GRASSI MELARA SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Salomón Soriano Ordinola Rojas Sandra Regina Ramos da Silva Sara Crivelari Naves Sergio Tufik Sheila Aparecida Simões Sheila Simões Sheila Simões Silmeia Garcia Zanati Silvana Barbosa Pena Silvana Gondim Ribeiro Maglioni Simone Alvarez Moretto Simone Maria Muniz da Silva Bezerra Simone Maria Muniz da Silva Bezerra Simone Maria Muniz da Silva Bezerra Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Sonia Aparecida Batista Suzana Maria Bianchini Sérgio Henrique Simonetti THAIZE BRAZIL Tarsila Peres Mota Tarsila Peres Mota Tarsila Perez Mota Tatiana Cristina Bruno Tatiana de Fatima Goncalves Galvão Tatiane Lins da Silva Thaisa M. Amaro Thaisa Remigio Figueiredo Thamires de Campos Santana Thamires de Campos Santana Thaysa Rodrigues de Morais Salgueiro Thaís M São João Thaís M São João Thaís Moreira São João Thiago Andrade de Macedo Thiago O. Hueb Thiago O. Hueb Thiago O. Hueb Ticiane Carolina Gonçalves Faustino Campanili VALÉRIA COSTA-HONG VANESSA BONAFIM JOLES VANESSA BONAFIM JOLES VANILCE OLIVEIRA NOGUEIRA VIVIANE TEIXEIRA DE PAULA Valter Furlan PO 057 PO 124 PO 071 PO 082 PO 101 PO 119 TL 020 PO 092 PO 053 PO 061 PO 081 PO 121 TL 025 PO 096 PO 048 PO 063 PO 071 PO 082 PO 101 PO 059 PO 088 PO 090 PO 098 TL 027 PO 084 PO 073 PO 123 PO 064 PO 099 PO 052 PO 092 PO 052 PO 071 PO 109 PO 071 PO 064 PO 099 TL 025 TL 016 PO 051 PO 096 PO 061 TL 026 PO 058 PO 115 PO 079 TL 024 PO 057 PO 124 PO 122 TL 017 TL 027 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 239 255 242 245 250 254 212 247 238 240 245 255 213 248 236 240 242 245 250 239 246 247 249 213 245 243 255 240 249 237 247 237 242 252 242 240 249 213 211 237 248 240 213 239 253 244 213 239 255 255 211 213 97 Autor Nº do Trabalho Valter Furlan Valter Furlan Valter Furlan Valter Furlan Vanessa Rossato Gomes Vanessa Siqueira Rodrigues Vanessa Siqueira Rodrigues Vanessa de Alencar Barros Vera L.G.S. Martins Veridiana Ferreira Torres Vicente Spinola Dias Neto Vinícius A. Werneck Vinícius Batista Santos Vinícius Batista Santos Viviane A. Fernades Viviane Aparecida Ferandes Viviane Aparecida Fernandes Viviane Cordeiro Veiga Viviane Fernandes Viviane Fernandes Viviane Martinelli Pelegrino Ferreira WELLINGTON MACIEL Walace de Souza Pimentel ZENAIDE ANDRADE CICOTE ZENAIDE ANDRADE CICOTE alexandra comarella jacob juliana aguiar chencci juliana aguiar chencci luciane santos da silva oliveira luciane santos da silva oliveira valnice oliveira nogueira vinicius batista santos vinicius batista santos PO 061 PO 081 PO 083 PO 121 PO 103 PO 056 PO 084 PO 071 PO 109 PO 084 PO 062 PO 109 PO 105 PO 125 PO 061 PO 083 TL 027 PO 119 PO 081 PO 121 PO 077 PO 122 PO 059 PO 057 PO 124 PO 104 PO 104 PO 122 PO 104 PO 122 PO 104 PO 105 PO 125 240 245 245 255 250 238 245 242 252 245 240 252 251 256 240 245 213 254 245 255 244 255 239 239 255 250 250 255 250 255 250 251 256 PO 175 PO 189 PO 130 PO 131 PO 162 PO 159 PO 129 PO 129 PO 137 PO 174 PO 150 PO 151 PO 181 TL 031 PO 126 PO 149 268 272 257 257 265 264 257 257 259 268 262 262 270 214 256 262 FISIOTERAPIA ALINE FERNANDA BARBOSA BERNARDO ALINE FERNANDA BARBOSA BERNARDO Adauto Nunes Júnior Aderbal Garcia Bernardes Junior Aderbal Garcia Bernardes Junio Adriana Claudia Lunardi Adriana Dias Pirovani Adriana Lários Nóbrega Gadioli Adriana Mazzuco Bonança Alana G. Cruz Alberto Porta Alberto Porta Alberto Porta Alessandra Xavier Inácio da Silva Alexandre Fenley de Castro Alexandre Fenley de Castro 98 Nº da Página Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Alexandre Gonçalves de Sousa Alexandre Gonçalves de Sousa Alexandre Gonçalves do Sousa Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin Aline A. Elias Aline Cristina Tavares Aline Cristina Tavares Aline Cristina Tavares Aline Cristina Tavares Aline Soares de Souza Aline Soares de Souza Ana Carolina Caporalli Ana Carolina Caporalli Ana Carolina Nociti Ana Carolina Nociti Ana Luiza de O. Carvalho Ana Marice Teixeira Ladeia Ana Paula Coelho Figueira Freire Ana Tanaka Ana Tanaka Andreia da Silva Azevedo Cancio Andressa P. L. Muchiut André Schmidt André Schmidt André Schmidt Anielle C. M. Takahashi Anielle C. M. Takahashi Anielle C. M. Takahashi Anielle Cristhine de Medeiros Takahashi Anne Kastelianne F Silva Anny Karine Silva Simões Guimarães Antonio C Carvalho Antonio Carlos de Camargo Carvalho Antonio Carlos de Camargo Carvalho Antonio Carlos de Camargo Carvalho Antonio Carlos de Camargo Carvalho Aná Luiza Pereira Aparecida M. Catai Aparecida M. Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Aparecida Maria Catai Arthur Henrique de Souza Audrey Borghi e Silva Audrey Borghi e Silva PO 155 PO 164 TL 039 TL 031 PO 179 PO 163 PO 172 PO 173 PO 183 TL 028 TL 029 PO 172 PO 173 PO 131 PO 162 PO 153 PO 135 PO 168 PO 163 PO 183 TL 037 PO 168 TL 041 PO 185 PO 187 PO 147 PO 151 PO 181 PO 150 PO 175 PO 154 PO 133 TL 034 TL 037 TL 038 PO 178 PO 171 PO 147 PO 181 TL 031 TL 042 TL 043 TL 044 PO 131 PO 150 PO 151 PO 158 PO 161 PO 162 PO 166 TL 043 PO 146 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 263 266 216 214 269 265 268 268 270 214 214 268 268 257 265 263 258 267 265 270 216 267 217 271 271 261 262 270 262 268 263 258 215 216 216 269 267 261 270 214 217 217 218 257 262 262 264 265 265 266 217 261 99 Autor Nº do Trabalho Audrey Borghi e Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Audrey Borghi-Silva Ayda Tieko Ajisaka Sousa Barbara Amaral Barbara O. R. do Nascimento Barros R Beatriz Cirillo Amorim Bernardez S Bianca Manzan Reis Branco W Brandão L Brandão L Brandão L Bruno Araújo Ribeiro Bruno F. C. Lucchetti Bruno Marinho Bueno de Oliveira Bruno Marinho Bueno de Oliveira Bruno Marinho Bueno de Oliveira Bruno Martinelli Bárbara Reis Tamburim Bárbara de Mattos Pimentel CARLA CRISTINA ALVAREZ SERRÃO Camila Gimenes Camila Gomes Vasconcelos Camila Zogaibe Napolitano Camila de C. Pereira Camila de cássia Pereira Carlos Eduardo Assumpção de Freitas Carlos F R Lavagnoli Carlos Fernando Ronchi Carlos Marcelo Paste Carlos Marcelo Pastre Carlos Marcelo Pastre Carlos Marcelo Pastre Carlos Marcelo Pastre Carolina Alves Braz Celina Lumi Kushida Celso Ferreira Celso Ferreira Celso Ferreira Celso RF Carvalho Chermont S Christina May Moran de Brito PO 158 TL 042 TL 044 PO 126 PO 145 PO 147 PO 149 PO 150 PO 151 PO 161 PO 181 PO 171 PO 138 PO 179 PO 142 TL 029 PO 141 PO 167 PO 142 PO 139 PO 141 PO 142 TL 044 PO 177 PO 127 PO 128 PO 130 TL 032 PO 165 PO 171 PO 171 TL 032 PO 154 PO 157 PO 174 PO 170 PO 168 PO 152 TL 032 PO 189 TL 036 PO 148 PO 175 PO 188 PO 178 PO 166 TL 036 PO 148 PO 188 PO 159 PO 141 PO 172 100 Nº da Página 264 217 218 256 261 261 262 262 262 265 270 267 259 269 260 214 260 266 260 259 260 260 218 269 256 256 257 215 266 267 267 215 263 264 268 267 267 262 215 272 216 261 268 272 269 266 216 261 272 264 260 268 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Christina May Moran de Brito Cibele L. Garzillo Cinthia Maria Xavier Costa Cintya P. C. Ramos Cintya da Costa Pereira Ramos Claudio Ricardo de Oliveira Cláudio S. Najas Cristiane Aparecida Moran Célia Maria Camelo Silva César R de souza Daniel Alves da Silva Daniel Alves da Silva Daniel Dias Penteado Martins Daniel Dias Penteado Martins Daniel Dias Penteado Martins Daniel Figueiredo Alves da Silva Daniel Figueiredo Alves da Silva Daniel Figueiredo Alves da Silva Daniel Santana da Silva Daniel Santana da Silva Daniela Bassi Dutra Daniela Caetano Costa Danielle Warol Davi Dias Debora Spechoto Basso Deborah C. G. L. Fernani Denise Mayumi Tanaka Diego Passos Diogo Dirceu Rodrigues Almeida Dirceu Rodrigues de Almeida Domingo Marcolino Braile Douglas Willian Bolzan Lima Débora Ramos Milhomem Décio Gomes de Oliveira ELIZABETH SILAID MUXFELDT Edimar Bocchi Edimar Bocchi Ednaldo B Pizzolato Ednilce Aparecida Lima Ednilce Aparecida de Lima Eduardo Aguilar Arca Eduardo Elias Vieira Carvalho Eduardo Elias Vieira de Carvalho Eduardo G. Lima Elaine Soraya B O Severino Eliete Ferreira Pinto Ellen C. Gomes Ester da Silva Ester da Silva Evandro T Mesquita Evandro T Mesquita Fabiana Marques PO 173 PO 153 PO 154 PO 132 TL 030 PO 161 PO 177 PO 182 TL 034 TL 043 PO 143 PO 144 TL 041 PO 185 PO 187 TL 037 PO 165 PO 178 TL 030 PO 132 PO 161 PO 179 PO 138 PO 152 PO 179 PO 174 PO 184 PO 135 TL 029 PO 137 TL 039 TL 037 PO 157 PO 168 PO 134 PO 163 PO 183 TL 043 PO 127 PO 128 TL 032 PO 179 PO 184 PO 153 PO 152 PO 158 PO 147 TL 045 PO 180 TL 035 TL 046 PO 184 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 268 263 263 257 214 265 269 270 215 217 260 260 217 271 271 216 266 269 214 257 265 269 259 262 269 268 271 258 214 259 216 216 264 267 258 265 270 217 256 256 215 269 271 263 262 264 261 218 270 215 218 271 101 Autor Nº do Trabalho Fabiana Reis Fabiana Reis Fabiana dos Santos Prado Fabiana dos Santos Prado Fabricio Beltrame Fernanda Regina de Moraes Fernanda Regina de Moraes Fernanda Stringuetta-Belik Fernando Oikawa Fernando Rocha Oliveira Fernando Seiji da Silva Fernando Seiji da Silva Fernando Zanela da Silva Arêas Fernando Zanela da Silva Arêas Ferreira B Ferreira J.B Flues K. Flávia Cortêz Colósimo Flávia Cortêz Colósimo Flávia Cortêz Colósimo Flávia Cristina Caruso Rossi Flávio D. M. Pissulin Flávio Ferlin Arbex Flávio Ferlin Arbex Flávio Gobbis Shiraishi Flávio Socorro da Silva Castro Flávio Socorro da Silva Castro Franciele Marques Vanderlei Francis L. Pacagnelli Francis L. Pacagnelli Francis Lopes Pacagnelli Francis Lopes Pacagnelli Francis Lopes Pacagnelli Frederico José Neves Mancuso Frederico José Neves Mancuso Fábio do Nascimento Bastos GIL FERNANDO C.M. SALLES Gabriela Alves Trevizani Gabriela Galdino Gabriela Galdino Gabriela Oliveira Siqueira Gabriela Oliveira Siqueira Gabrielle Muniz Nogueira Gabrielle Muniz Nogueira Gelsomina A Pereira Gelsomina A Pereira Gilmara Silveira da Silva Gilmara Silveira da Silv Gilmara Silveira da Silv Giulliano Gardenghi Glaucio Oliveira Dutra Gomes JC PO 172 PO 173 TL 047 PO 169 TL 039 TL 031 PO 167 PO 160 PO 153 TL 031 PO 131 PO 162 PO 145 PO 146 PO 142 PO 156 PO 156 TL 039 PO 155 PO 164 PO 161 PO 177 TL 028 TL 029 PO 160 PO 145 PO 146 PO 148 PO 174 PO 177 PO 157 PO 168 PO 170 TL 029 PO 137 PO 189 PO 134 TL 040 PO 131 PO 162 TL 028 PO 137 PO 127 PO 128 TL 035 TL 046 TL 039 PO 155 PO 164 PO 166 PO 161 PO 142 102 Nº da Página 268 268 218 267 216 214 266 265 263 214 257 265 261 261 260 263 263 216 263 266 265 269 214 214 265 261 261 261 268 269 264 267 267 214 259 272 258 217 257 265 214 259 256 256 215 218 216 263 266 266 265 260 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Gualberto Ruas Gualberto Ruas Gualberto Ruas Guilherme Guimarães Guilherme Guimarães Guilherme Peixoto Tinoco Arêas Guilherme Peixoto Tinoco Arêas Hanna Karla Costa e Silva Hayanne Osiro Pauletti Hayanne Osiro Pauletti Hayanne Osiro Pauletti Henrique Lelis Clemente de Oliveira Hugo Valverde Reis Hugo Valverde Reis Hugo Valverde Reis Iracema Ioco Kikuchi Umeda Iracema Ioco Kikuchi Umeda Iracema Umeda Iram Neto Iram Neto Irigoyen MC Isabela Arruda Verzola Aniceto Isabela Corneta Isadora Lessa Moreno Isadora Lessa Moreno Isadora Lessa Moreno Isis Begot Valente Isis Begot Valente Izabela Biancardi JOÃO CARLOS MORENO DE AZEVEDO Jade Evelise Soares Jade Evelise Soares Jaqueline Rodrigues de Souza Gentil Jeferson Macedo Vianna Jefferson Petto Joaquim P. de Pinto Junior Jonathan Costa Gomes Jonathan Gomes Josielli S. Caetano Josielli Souza Caetano José Alberto Neder José Alberto Neder José Alberto Neder José Carlos Bonjorno Júnior João Carlos Hueb João Moreno João Moreno Juliana Bassalobre Carvalho Borges Juliana C. Milan Juliana C. Milan Juliana C. Milan Juliana Cristina Milan PO 130 PO 127 PO 128 PO 163 PO 183 PO 145 PO 146 PO 186 PO 143 PO 144 PO 165 TL 040 PO 126 PO 149 PO 158 TL 030 PO 132 TL 033 PO 163 PO 183 PO 156 TL 042 PO 167 TL 036 PO 148 PO 188 TL 034 TL 038 TL 031 PO 134 TL 030 PO 132 PO 184 TL 040 PO 135 PO 177 PO 140 PO 138 PO 174 PO 170 TL 028 TL 029 PO 137 PO 161 PO 160 PO 126 PO 149 PO 176 PO 147 PO 151 PO 181 TL 042 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 257 256 256 265 270 261 261 271 260 260 266 217 256 262 264 214 257 215 265 270 263 217 266 216 261 272 215 216 214 258 214 257 271 217 258 269 259 259 268 267 214 214 259 265 265 256 262 269 261 262 270 217 103 Autor Nº do Trabalho Juliana Cristina Milan Juliana Cristina Milan Julio César Crescêncio Julio César Crescêncio Julio César Crescêncio Julio César Crescêncio Karlos Alexandre S Vilarinho Karoline Mazulli Silva Karoline Mazulli Silva Karoline Mazulli Silva Karoline Mazulli Silva Karoline Mazulli da Silva Katashi Okoshi KoikeM.K Laion Amaral Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga Laion Rodrigo do Amaral Gonzaga Larissa Freschi Laura Carraro Laura Maria Tomazi Neves Laís Machado Laís Machado Duarte Lilian Cristina Gomes do Nascimento Lilian Pinto da Silva Lindemberg M Silveira-Filho Linhares JM Lourenço Gallo Junior Lourenço Gallo Junior Lourenço Gallo Junior Lourenço Gallo Junior Luana D. Kel de Souza Luana Daniele Kel de Souza Luana Marchese Luana Marchese Luana Marchese Luana Mello Luana Mello Luana Rodrigues Rosseto Felipe Lucas Lima Ferreira Lucas Lima Ferreira Lucas Russignoli de Almeida Lucas Russignoli de Almeida Lucas THiago Sampaio Lucia Brandão Lucia Brandão Lucia Brandão Luciana Duarte Novais Silva Luciana Duarte Novais Silva Luciana Mara Camargo Pseiser Luis Cuadrado Martin Luiz A. R. Medina Luiz Antonio Rodrigues Medina TL 044 PO 150 TL 041 PO 184 PO 185 PO 187 PO 152 PO 143 PO 144 PO 159 PO 165 PO 178 TL 032 PO 156 PO 133 TL 034 TL 038 PO 176 TL 033 TL 042 PO 133 TL 038 PO 167 TL 040 PO 152 PO 139 TL 041 PO 184 PO 185 PO 187 PO 132 TL 030 TL 035 TL 046 PO 138 TL 035 TL 046 PO 167 PO 175 PO 189 PO 127 PO 128 PO 136 TL 035 TL 046 PO 138 PO 131 PO 162 TL 031 PO 160 PO 132 TL 028 104 Nº da Página 218 262 217 271 271 271 262 260 260 264 266 269 215 263 258 215 216 269 215 217 258 216 266 217 262 259 217 271 271 271 257 214 215 218 259 215 218 266 268 272 256 256 258 215 218 259 257 265 214 265 257 214 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Luiz Antonio Rodrigues Medina Luiz Antônio R. Medina Luiz Carlos Marques Vanderlei Luiz Carlos Marques Vanderlei Luiz Carlos Marques Vanderlei Luiz Carlos Marques Vanderlei Luiz Carlos Marques Vanderlei Luiz Carlos Vanderlei Luiz Carlos de Abreu Luiz Carlos de Abreu Luiz Carlos de Abreu Luiz Otávio Murta Junior Luiz Otávio Murta Junior Luiz Otávio Murta Junior Luiza Faim Nascimento Luzia Takahashi Lívia Anaruma Bueno MAYRON FARIA DE OLIVEIRA MAYRON FARIA DE OLIVEIRA MAYRON FARIA DE OLIVEIRA Maiara L. R. do Prado Maiara L. R. do Prado Maiara Lazaretti Rodrigues do Prado Mara Lilian Soares Nasrala Mara Lilian Soares Nasrala Mara Lílian Soares Nasrala Mara Lílian Soares Nasrala Marcela Francisca da Silva Marcelo de Castro Cesar Marcelo de Castro Cesar Marchese L Marchese L Marchese LD Marcos Augusto de Moraes Silva Marcus Vinícius Simões Margaret A. Calvacanti Margaret Assad Cavalcante Maria Carolina Basso Sacilotto Maria Clara Noman Maria Clara Noman Maria Clara Noman Maria Stella Peccin Maria Teresa Bombig Maria de Lourdes Borges Maria de Lourdes Borges Mariana Adami Leite Mariana Adami Leite Mariana Adami Leite Mariana Balbi Seixas Mariana Rodrigues Salviati Mariana Rodrigues Salviati Mariana Romanelli PO 137 TL 030 TL 036 PO 148 PO 168 PO 175 PO 189 PO 188 TL 036 PO 148 PO 188 TL 041 PO 185 PO 187 PO 179 PO 136 PO 186 TL 028 TL 029 TL 033 PO 174 PO 177 PO 170 TL 047 PO 169 TL 047 PO 169 PO 153 TL 045 PO 180 PO 139 PO 142 PO 141 PO 176 PO 184 PO 177 PO 170 PO 152 TL 028 TL 029 PO 137 PO 182 PO 182 PO 131 PO 162 TL 041 PO 185 PO 187 TL 040 TL 045 PO 180 PO 133 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 259 214 216 261 267 268 272 272 216 261 272 217 271 271 269 258 271 214 214 215 268 269 267 218 267 218 267 263 218 270 259 260 260 269 271 269 267 262 214 214 259 270 270 257 265 217 271 271 217 218 270 258 105 Autor Nº do Trabalho Mariana de Oliveira Gois Mariana de Oliveira Gois Mariane Mucelin Marianne Penachini da Costa Marilita Falanfola Accioly Marina Neves do Nascimento MarinaPOliti Okoshi Marisa de Regenga Moraes Marlus Karsten Martins W Matheus Garcia Gomes Matheus Garcia Gomes Mauricio de N Machado Mayara Simões Mayara Simões Mayler Olombrada Nunes dos Santos Mayron Faria de Oliveira Mayron Faria de Oliveira Mayron Faria de Oliveira Mellik Bazan Mellik Bazan Mesquita ET Mesquita ET Michel Silva Reis Michel Silva Reis Milena Pelosi Rizk Sperling Monica MP Quintão Monica Quintão Monica Quintão Moreira E.D Mostarda C Mucelin M Munique Alvarenga Nunes Myrthes Takiuti Mônica Furquim de Campos Mônica Maria Pena Quintão Naiara Maria de Souza Naiara Maria de Souza Natasha de Oliveira Marcondi Natála M. Perseguini Natália M. Perseguini Natália M. Perseguini Natália Maria Perseguini Natália Maria Perseguini Nayara Yamada Tamburus Nayara Yamada Tamburus Nayara Yamada Tamburús Nayara Yamada Tamburús Nicola Montano Nicola Montano Nicola Montano Nilo Mitsuru Izukawa TL 044 PO 189 PO 138 PO 189 PO 167 PO 179 TL 032 PO 136 TL 042 PO 141 PO 131 PO 162 TL 043 PO 131 PO 162 PO 166 TL 028 TL 029 TL 033 PO 172 PO 173 PO 139 PO 141 PO 126 PO 158 PO 161 PO 138 TL 035 TL 046 PO 156 PO 156 PO 142 PO 167 PO 153 TL 031 PO 140 PO 175 PO 189 PO 178 PO 147 PO 151 PO 181 TL 042 PO 150 TL 045 PO 180 TL 045 PO 180 PO 150 PO 151 PO 181 TL 033 106 Nº da Página 218 272 259 272 266 269 215 258 217 260 257 265 217 257 265 266 214 214 215 268 268 259 260 256 264 265 259 215 218 263 263 260 266 263 214 259 268 272 269 261 262 270 217 262 218 270 218 270 262 262 270 215 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Orlando Petrucci Pamella Ramona Moraes de Souza Patricia Forestierie Patrícia Forestieri Patrícia Forestieri Patrícia Nobre Calheiros da Silva Patrícia R. dos Santos Patrícia R. dos Santos Patrícia Rehder dos Santos Paulo Costa Junior Paulo Cury Rezende Paulo R Correa Pedro Paulo M Oliveira Pedro Sávio Macêdo de Almeida Pedro Vellosa Schwartzmann Pereira JC Priscila Sperandio Priscyla Girardi Quintão M Quintão M Quintão M Rafael Castro Rafael Castro Rafael Zanarino Lobo Rafael Zanarino Lobo Raquel Ferrari Piotto Raquel Ferrari Piotto Raquel Ferrari Piotto Rebeca Boltes Cecatto Rebeca Boltes Cecatto Renata Augusta Beloni Digiovani Renata Claudino Rossi Renata Claudino Rossi Renata G Mendes Renata Gonçalves Mendes Renato Campos Freire Jr Renato Campos Freire Jr. Renato Murayama Renato de Souza Gonçalves Rita S.M. Lopes Rita Simone Lopes Rita Simone Moreira Lopes Rita Simone Moreira Lopes Rita Simone Moreira Lopes Rita de Cássia Lima dos Santos Rita de Cássia Lima dos Santos Rita de Cássia Lima dos Santos Roberta Fernanda lopes de Paula Roberta Fernanda lopes de Paula Roberta G. Beraldi Roberto Catani Roberto Jorge da Silva Franco PO 152 PO 156 PO 133 TL 034 TL 038 PO 154 PO 151 PO 181 PO 150 PO 168 PO 153 TL 043 PO 152 PO 171 PO 184 PO 139 TL 033 PO 153 PO 139 PO 141 PO 142 PO 163 PO 183 PO 126 PO 149 TL 039 PO 155 PO 164 PO 172 PO 173 PO 168 PO 148 PO 175 TL 043 PO 161 PO 146 PO 145 TL 033 PO 160 PO 178 PO 144 TL 037 PO 143 PO 165 TL 028 TL 029 PO 137 TL 045 PO 180 PO 174 PO 165 PO 160 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 262 263 258 215 216 263 262 270 262 267 263 217 262 267 271 259 215 263 259 260 260 265 270 256 262 216 263 266 268 268 267 261 268 217 265 261 261 215 265 269 260 216 260 266 214 214 259 218 270 268 266 265 107 Autor Nº do Trabalho Robison José Quitério Rodrigo Gimenes Rodrigo Polaquini Simões Rodrigo Polaquini Simões Rodrigo Raimundo Rosa Rahmi Garcia Rosangela Maria da Silva Rosangela Maria da Silva Rubens Fazan Junior Rubens Fazan Junior Rubens Fazan Junior Rômulo Araújo Fernandes Sabrina Agnezini Biaggi Sabrina Bernardez Sabrina Bernardez Sabrina Malfacini Sabrina Malfacini Santos F. Sergio S Chermont Sergio S.M.C.Chermont Sergio S.M.C.Chermont Sergio S.M.C.Chermont Sergio S.M.C.Chermont Silva J.G.F Silva M.B Silvia Regina Barrile Simone Dal Corso Solange Guiziline Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Solange Guizilini Sonia Maria Faresin Sylvia Rangel Jucá Sérgio Luiz Soares Marcos da Cunha Chermont Tallita Yossugo de Toledo Thalissa Galvanin Thatiana Cristina Alves Peixoto Thatiana Cristina Alves Peixoto Thatiana Peixoto Thiago O. Hueb Tiago Peçanha Oliveira Tiago Peçanha de Oliveira Tinoco G Tito Bassani Valéria Papa Valéria Papa TL 031 TL 032 TL 042 TL 044 PO 186 PO 153 TL 028 PO 137 TL 041 PO 185 PO 187 PO 175 TL 031 TL 035 TL 046 TL 035 TL 046 PO 156 PO 138 TL 035 TL 046 PO 139 PO 142 PO 156 PO 156 TL 032 PO 182 TL 038 TL 034 TL 037 TL 047 PO 133 PO 143 PO 144 PO 165 PO 169 PO 178 TL 037 PO 154 PO 140 PO 168 TL 033 TL 038 PO 133 TL 034 PO 153 PO 132 TL 030 PO 139 PO 151 PO 179 PO 184 108 Nº da Página 214 215 217 218 271 263 214 259 217 271 271 268 214 215 218 215 218 263 259 215 218 259 260 263 263 215 270 216 215 216 218 258 260 260 266 267 269 216 263 259 267 215 216 258 215 263 257 214 259 262 269 271 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Vandeni Clarice Kunz Vandeni Clarice Kunz Vandeni Clarice Kunz Vanessa Marques F. Mendéz Vanessa Marques Ferreira Mendéz Vera Lúcia de Laet Victor de Paula Pinheiro Vinicius Minatel Vinicius Minatel Vinicius Minatel Vinicius Minatel Vinicius Minatel Vinicius Santos Vinnicius Dantas Vivian Maria Arakelian Viviana Rugolo Oliveira e Silva Viviane Castello Simões Viviane Castello Simões Viviane Castello Simões Walace de Souza Pimentel Walace de Souza Pimentel Walace de Souza Pimentel Walter J Gomes Walter J Gomes Walter J Gomes Walter José Gomes Walter José Gomes Walter José Gomes Walter José Gomes Walter José Gomes Warley Branco Warol D Waroll D Weber Gutemberg Alves de Oliveira Wilson Luiz da Silveira Wladimir Musetti Medeiros Wladimir Musetti Medeiros Wladimir Musetti Medeiros Wolney Martins Wolney Martins Yasmin Rodrigues Sampaio Yumi Gondo Lage Yumi Gondo Lage renata de andrade gomes Élder Dutra de Sousa Ísis Valente Begot TL 044 TL 045 PO 180 PO 132 TL 030 TL 034 TL 040 TL 042 PO 147 PO 150 PO 151 PO 181 TL 034 PO 138 PO 161 PO 160 TL 042 TL 044 PO 147 PO 143 PO 144 PO 165 TL 034 PO 143 PO 144 TL 037 TL 038 TL 047 PO 133 PO 169 PO 138 PO 142 PO 141 PO 157 PO 166 TL 028 TL 029 PO 137 TL 035 TL 046 PO 171 TL 047 PO 169 PO 136 TL 040 PO 133 218 218 270 257 214 215 217 217 261 262 262 270 215 259 265 265 217 218 261 260 260 266 215 260 260 216 216 218 258 267 259 260 260 264 266 214 214 259 215 218 267 218 267 258 217 258 PO 204 PO 204 PO 203 276 276 275 NUTRIÇÃO JULIANA MENEZES ANA MARGARET NASCIMENTO GOMES FARIAS SOARES APARECIDA NATANE VIEIRA DE SOUZA Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 109 Autor Nº do Trabalho APARECIDA NATANE VIEIRA DE SOUZA Ada Bartira Dias de Lima da Silva Adriana Cruz Lopes Adriana Fontes Valverde Alexandre Francescucci Moleiro Aline Medeiros Amanda Cavalcante Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Amanda Sousa Ana Claudia Almeida Ferreira Ana Claudia Almeida Ferreira Ana Margaret N.G.F. Soares Ana Maria Scaravelli Simões AndreaPOlo Galante Angela Rosa da Silva Anna Maria Buehler Antonio J Cordeiro Mattos Antonio J Cordeiro Mattos Aparecida Natane de Souza Barbara Yuka Aoyagui Bernardete Weber Bruna Costa Couto Bruna Fernanda Camargo Silva Bruno Mahler Mioto Bruno Mahler Mioto Bruno Mahler Mioto CAMILA ANDRADE PEREIRA CELMA MUNIZ MARTINS CRISTIANE KOVACS CRISTIANE KOVACS CRISTIANE KOVACS CRISTIANE KOVACS CRISTIANE LOPES TEIXEIRA Camila Mithie Hattori Camila Mithie Hattori Camila Ragne Torreglosa Camila Regina Leite de Campos Camila Regina Leite de Campos Carlos Daniel Magnoni Carlos Daniel Magnoni Carlos Daniel Magnoni Catharina Paiva Catharina Callil João Paiva Catharina Paiva Catharina Paiva Cláudia Stefani Marcilio Cláudia Stefani Marcilio Cristiana Alves Ferreira Amato PO 206 PO 210 PO 200 PO 200 PO 192 PO 210 PO 212 PO 210 PO 212 TL 056 PO 201 PO 202 PO 207 PO 194 PO 198 PO 205 TL 055 TL 049 TL 050 TL 049 TL 051 TL 057 PO 209 PO 210 TL 049 PO 193 PO 211 TL 054 PO 190 PO 191 PO 206 PO 203 TL 052 TL 056 PO 201 PO 211 PO 204 PO 193 PO 205 TL 049 PO 205 PO 210 PO 193 PO 205 PO 212 TL 056 PO 201 TL 052 PO 211 TL 051 TL 057 TL 050 110 Nº da Página 276 277 275 275 273 277 278 277 278 221 275 275 276 273 274 276 220 219 219 219 219 221 277 277 219 273 277 220 272 272 276 275 220 221 275 277 276 273 276 219 276 277 273 276 278 221 275 220 277 219 221 219 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Cíntia Fernandes Oliveira Rezende DANIELA TARASOUTCHI DANIELA TARASOUTCHI DANIELA TARASOUTCHI Daniel Magnoni Daniel Magnoni Daniel Magnoni Daniel Magnoni Daniel Magnoni Daniel Magnoni Daniel Magnoni Daniel Magnoni Daniela Casarine Danielle Marques Diana Gabriela Estevez Fernadez Enilda Maria de Sousa Lara Enith Hatsumi Fujimoto Entih Hatsumi Fujimoto Evelyn Kaoru Nakamoto Aguchiku FERNANDA BANDUK CURY FERNANDA BANDUK CURY FERNANDA DALPICOLO Fabiana Marques Fabrícia Geralda Ferreira Fernanda Amparo Fernanda Banduk Cury Fernanda Banduk Cury Fernanda Caroline Batista Fernanda Caroline Batista Fernanda Cassullo Amparo Fernanda Cassulo Amparo Fernanda Cassulo Amparo Fernanda Cristina Prata Fernando Lucas Soares Francisca Eugênia Zaina Francisca Eugênia Zaina Gabriela Ribeiro de Souza Benezath Segundo Giana Zarbato Longo Giovanna Peixoto Barreto Gustavo Bernardes F Oliveira Gustavo Bernardes F Oliveira Iolanda Karla Santana dos Santos JESSICA DE OLIVEIRA APARCECIDA MAGALHÃES JULIANA TIEKO KATO Jaqueline Rodrigues de Souza Gentil Jenny Tiawen Chiang Joseph Antonio Freire Joyce Vitor Da Silva João Italo Dias França João Italo Dias França Jéssica Sillas Karen Juliana George PO 192 TL 054 PO 190 PO 191 TL 052 TL 056 PO 201 PO 202 PO 204 PO 207 PO 210 PO 211 PO 210 PO 212 TL 053 TL 049 PO 192 TL 055 PO 196 PO 204 PO 205 PO 206 TL 050 PO 195 PO 201 PO 204 PO 205 TL 052 PO 193 TL 056 TL 052 PO 211 PO 210 PO 194 PO 194 PO 198 PO 200 PO 195 PO 192 TL 051 TL 057 PO 196 PO 204 PO 203 TL 050 PO 199 PO 195 PO 205 TL 051 TL 057 TL 056 PO 193 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 273 220 272 272 220 221 275 275 276 276 277 277 277 278 220 219 273 220 274 276 276 276 219 273 275 276 276 220 273 221 220 277 277 273 273 274 275 273 273 219 221 274 276 275 219 274 273 276 219 221 221 273 111 Autor Nº do Trabalho Karoline M Dias Karoline M Dias Karoline M Dias Katia Josiany Segheto LIZANDRA TRALDI MENDONÇA Laura Fantazzini Grandisoli Lenita G. Borba Lenita Gonçalves de Borba Lenita Gonçalves de Borba Lenita Gonçalves de Borba Lenita Gonçalves de Borba Ligia de Oliveira Bassi Lucas Alves Bassolli Lucas Alves Bassolli Lucas Teixeira Reis Luciene de Oliveira Luciene de Oliveira Luciene de Oliveira Luciene de Oliveira Luiz Antonio Machado César Luiz Antonio Machado César Luiz Antonio Machado César MARLENE NUÑEZ ALDIN Marcelo Cordeiro Pereira Marcia Mendes Gouvea Marcus Vinícius Simões Maria Beatriz Ross Fernandes Maria Jose Santos Maria José dos Santos Maria José dos Santos Maria José dos Santos Maria José dos Santos Maria Rita Cardoso Albano Mariana Tiyome Chen Mariana Tiyome Chen Mariana Tiyome Chen Michele Antunes Canfild Michele Antunes Germini Miguel Antonio Moretti Miguel Antonio Moretti Miguel Antonio Moretti Monica Romualdo Monica Romualdo Monica Romualdo Monica Romualdo Mônica C. S. Romualdo Silva NATÁLIA CORREIA LOPES NATÁLIA CORREIA LOPES Natalia Correia Lopes Natalia Correia Lopes Nayara de Oliveira Nágila Raquel Teixeira Damasceno TL 054 PO 190 PO 191 PO 195 PO 206 PO 196 PO 205 PO 193 PO 204 PO 210 PO 212 TL 057 PO 197 PO 208 PO 195 TL 055 PO 192 PO 197 PO 208 TL 054 PO 190 PO 191 TL 053 PO 200 PO 195 TL 050 TL 049 PO 210 PO 193 PO 204 PO 205 PO 212 PO 212 TL 055 PO 197 PO 208 PO 202 PO 207 TL 054 PO 190 PO 191 TL 052 TL 056 PO 201 PO 211 PO 193 PO 203 PO 209 PO 203 PO 209 TL 057 TL 053 112 Nº da Página 220 272 272 273 276 274 276 273 276 277 278 221 274 277 273 220 273 274 277 220 272 272 220 275 273 219 219 277 273 276 276 278 278 220 274 277 275 276 220 272 272 220 221 275 277 273 275 277 275 277 221 220 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Nágila Raquel Teixeira Damasceno Otávio Berwanger PRISCILA DE LIMA SANCHES Paula Carbolante Manzoli Falaschi Pedro Vellosa Schwartzmann Priscila Moreira Priscila Moreira Priscila Moreira Priscila Moreira Priscila Sanches Profa. Dra. Maria Elisabeth Machado Pinto-e-Silva REGINA GONÇALVES PLATA REGINA GONÇALVES PLATA ROSA BOSQUETTI Rafael Marques Soares Rebecca Baumgartner Rebecca Baumgartner Renam da Silva Mendonça Renata Alves Renata Alves Renata Alves Renata Alves Renata Ferreira Renato Rodrigues Sofia Reynaldo V Amato Reynaldo V Amato Reynaldo V Amato Rita SImona Lopes Moreira Rita Simone Lopes Moreira Rita Simone Lopes Moreira Roberta Gonçalves da Silva Roberto Catani Rosana Perim Costa Rosana Perim Costa Rose Mei L. Liu Salim Yusuf Salim Yusuf Sandra Teresa Gonçalves Tomaz Santina J. Reis Silva Sayuri Miyamoto Solange Guizzilini Solange Guizzilini Solange Guizzilini Tatiana Magalhães de Almeida Tatiana Magalhães de Almeida Tatiana Sadalla Collese VALÉRIA ARRUDA MACHADO VALÉRIA ARRUDA MACHADO VIVIAM LOPES CASSOLI Vera Lucia F O Tuda Vera Lucia F O Tuda Walace de Souza Pimentel PO 196 TL 049 PO 203 PO 193 TL 050 TL 052 TL 056 PO 201 PO 211 PO 209 PO 199 PO 204 PO 205 PO 206 TL 049 PO 194 PO 198 PO 195 TL 052 TL 056 PO 201 PO 211 TL 056 PO 200 TL 054 PO 190 PO 191 TL 055 PO 197 PO 208 PO 207 PO 192 TL 049 PO 206 PO 192 TL 051 TL 057 PO 193 PO 205 TL 053 TL 055 PO 197 PO 208 PO 202 PO 207 TL 057 PO 203 PO 209 PO 204 TL 054 PO 190 PO 192 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 274 219 275 273 219 220 221 275 277 277 274 276 276 276 219 273 274 273 220 221 275 277 221 275 220 272 272 220 274 277 276 273 219 276 273 219 221 273 276 220 220 274 277 275 276 221 275 277 276 220 272 273 113 Autor Nº do Trabalho Wellington Segheto Álvaro Avezum Álvaro Avezum Ângela Cristine Bersch Ferreira PO 195 TL 051 TL 057 TL 049 273 219 221 219 PO 215 TL 060 TL 060 TL 058 PO 213 PO 214 TL 059 TL 061 TL 059 PO 215 PO 217 PO 217 TL 060 TL 060 PO 213 PO 214 TL 062 TL 060 TL 058 PO 213 TL 062 PO 217 TL 061 PO 213 PO 213 PO 215 TL 060 PO 214 PO 214 PO 215 PO 217 TL 061 TL 062 PO 215 TL 061 PO 217 TL 062 PO 215 PO 217 TL 062 PO 214 PO 217 TL 060 TL 058 TL 061 278 222 222 221 278 278 221 222 221 278 279 279 222 222 278 278 222 222 221 278 222 279 222 278 278 278 222 278 278 278 279 222 222 278 222 279 222 278 279 222 278 279 222 221 222 ODONTOLOGIA Ana LúciaPOmpéia Fraga de Almeida Alvaro Avezum Júnior Ana Carolina POrrio Andrade Ana Carolina Porrio de Andrade Ana Carolina Porrio de Andrade Ana Carolina Porrio de Andrade Beatriz helena Eger Schmitt Camila Eduarda Zambon Carina Buriol Zampirolo Celso Kenji Nishiyama Cíntia Maria Carvalho Alencar Cíntia Soares Borges Daniela Burrini Chaccur Frederico Buhatem Medeiros Frederico Buhatem Medeiros Frederico Buhatem Medeiros Frederico Buhatem de Medeiros Gabriella Avezum M. C. de Angelis Gabriella Avezum Mariano da Costa de Angelis Gabriella M. da C. de Angelis Henrique Afonseca Parsons Itamara Lúcia Itagiba Neves Juliana Bertoldi Franco Karem López Ortega Levy Cesar Anderson Alves Lidiane de Castro Pinto Lilia Timerman Luis Alberto Saporetti Marcia Cossermelli Cana Brasil Dias Marcia Mirolde Magno de Carvalho Santos Maria Cristina Marino de Oliveira Maria Paula Siqueira de Melo Peres Monira Samaan Kallás Nancy Mizue Kokitsu Nakata Natália Moreira Barquette Paulo Sérgio da Silva Santos Paulo Sérgio da Silva Santos Ricardo Simões Neves Ricardo Tavares de Carvalho Ricardo Tavares de Carvalho Rodrigo Inácio Joaquim Rodrigo Mariano da C. de Angelis Silvia Coletti Martoni Sumatra Melo da Costa Pereira Jales 114 Nº da Página Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Autor Nº do Trabalho Tiago Watanabe Rodrigues Tânia Cristina Pedroso Montano Valéria Cristina Leão Souza Valéria Souza Vanuzia Nunes dos Santos Viviane Umeda Soares de Souza PO 213 PO 217 TL 060 TL 058 TL 062 TL 058 278 279 222 221 222 221 PO 219 PO 219 PO 219 PO 219 PO 219 PO 219 PO 219 PO 220 PO 220 PO 219 279 279 279 279 279 279 279 280 280 279 TL 067 TL 068 TL 070 PO 221 TL 066 TL 067 TL 065 PO 221 TL 067 TL 071 TL 071 TL 063 TL 063 TL 065 TL 068 TL 070 TL 066 TL 069 PO 222 TL 071 TL 069 PO 222 TL 066 TL 069 PO 222 TL 066 223 224 224 PSICOLOGIA Consolim-Colombo F Cunha PJ Ferreira NV Hong V Irigoyen MC Mostarda C Silva Rde C Silvia Maria Cury Ismael VIVIANE DOS SANTOS GONÇALVES RIBEIRO da Costa DI SERVIÇO SOCIAL Ana Maria Santana de Alcântara Ana Maria Santana de Alcântara Ana Maria Santana de Alcântara Cristhiene Montone Nunes Ramires Dayane Aparecida Silva Costa Eliane Malheiro F Carvalho Felipe do Carmo Barbosa Lara Terezinha Rodrigues Rosa Lucia Helena Muricy Pereira MARIA BARBOSA Maria de Souza Cardoso Maria Aparecida de Souza Cardoso Maria Barbosa da Silva Nilce Leocadio de Souza Paulete Goldenberg Paulete Goldenberg Regina Maura Rezende Regina Maura Rezende Regina Maura Rezende Tatiane Hsu Castellucci VERENA CONTI VERENA CONTI ZILDA CRISTINA DOS SANTOS ZILDA CRISTINA DOS SANTOS ZILDA CRISTINA DOS SANTOS Érika Vanessa Silva Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Nº da Página 223 223 223 223 224 224 222 222 223 224 224 223 224 280 224 224 280 223 224 280 223 115 Temas Livres da Área Médica Aterosclerose e Dislipidemias TL 016 Ezetimiba compromete o balanço de células endoteliais progenitoras e micropartículas em pacientes estáveis de alto risco e com níveis elevados de proteína C-reativa Lívia C. Lins, Carolina N. França, Francisco A. Fonseca, Simone P. Barbosa, Lívia N. de Matos, Ana C. Aguirre, Henrique T. Bianco, Jonatas B. Amaral, Maria Cristina Izar HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Objetivos: A inflamação e a doença arterial coronariana modulam o balanço de células endoteliais e podem prever desfechos. Nosso estudo teve por objetivo avaliar os efeitos de terapias hipolipemiantes em células progenitoras endoteliais (CPE), micropartículas endoteliais (MPE) e plaquetárias (MPP) em pacientes de alto-risco com níveis elevados de proteína C-reativa (PCR). Métodos: Pacientes com doença arterial coronariana ou seus equivalentes de alto risco, em tratamento com estatinas e com LDL-C< 100mg/dL foram selecionados. Após 4 semanas com atorvastatina 10mg, os pacientes que possuíam níveis de PCR >2.0 mg/L (N=63) foram randomizados para um de 3 grupos: atorvastatina 40mg, ezetimiba 10mg ou a combinação de atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg por um período adicional de 4 semanas. O estudo foi randomizado, aberto com braços paralelos e desfechos cegos. CPE (CD34+/CD133+/KDR+), MPE (CD51+) e MPP (CD42+/CD31+) foram quantificadas por citometria de fluxo (FACS Calibur) no período basal e ao final do estudo. Resultados: Os grupos atorvastatina 40mg e atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg reduziram o LDL-C (P<0, 011 vs. basal, teste t-pareado); a terapia combinada reduziu a PCR-us , enquanto ezetimiba isolada elevou LDL-C (P<0, 011 vs. basal, teste t-pareado) e não modificou a PCR-us. Redução de CEP CD34+/KDR+ foi observada com ezetimiba isolada (P=0, 011 vs. basal, teste de Wilcoxon) ou associada à atorvastatina (P=0, 016 vs. basal, teste de Wilcoxon); a ezetimiba ainda elevou os níveis de MPE CD51+ (P=0.017 vs. basal, teste de Wilcoxon), sugerindo comprometimento do balanço de células endoteliais. Não houve associação entre os valores de LDL-C ou a PCR e os níveis de CPE, MPE e MPP. Conclusões: Estes resultados contribuem para compreender o elo entre inflamação e homeostase vascular e destacar o benefício das estatinas na diminuição da inflamação e na prevenção de liberação de micropartículas, um efeito não observado com a ezetimiba. TL 018 Principais fontes e composição de fitosteróis em uma dieta habitual e estimativa de seu consumo pela população da Cidade de São Paulo Celma M. Martins, Francisco A. Fonseca, Cristiano A. Ballus, Antonio M. Figueiredo-Neto, Adriana D. Meinhart, Helena T. Godoy, Maria C. Izar HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, Instituto de Física USP - São Paulo - SP - Brasil Objetivos: Fitosteróis (FS) são utilizados de forma isolada ou combinados a hipolipemiantes para redução do LDL-C e do risco cardiovascular, com reduções de LDL-C ~10% na dose de 2, 0 g/dia. Existe considerável variação na composição de FS nos alimentos de origem vegetal, e informações sobre seu consumo, em uma dieta habitual em nosso meio, não são conhecidas. Assim, nosso objetivo foi determinar o conteúdo de FS dos vegetais mais consumidos e estimar sua ingestão pela população. Métodos: Determinou-se a ingestão de alimentos de origem vegetal de uma amostra populacional representativa da Cidade de São Paulo (n=1609), selecionada de maneira aleatória com base nos dados do Censo do IBGE 2010. Aplicou-se o questionário de frequência alimentar (QFF) para grupos de alimentos de origem vegetal. Os alimentos foram escolhidos entre os mais consumidos com base na Pesquisa de Orçamento Familiar 2002-2003 e nos dados obtidos no QFF. A composição de FS de grãos, cereais, sementes, frutas, legumes e óleos vegetais foi determinada por cromatografia gasosa com detecção por ionização em chama. O conteúdo de FS foi estimado em mg.100g-‑1 da porção comestível de cada alimento e transposto para as informações do QFF dos participantes. Foram calculados o cut-off de Goldberg e Black para verificar a acurácia das informações, excluindo-se os indivíduos com respostas inadequadas ao QFF (under e over-reporters, UR e OR). Fapesp 2009/06624-0. Resultados: A ingestão média diária (EP) de FS na dieta entre os participantes foi de 100, 6 (1, 2) mg, sendo o β-sitosterol o componente mais abundante dos FS (65, 4%), seguido pelo campesterol (23, 2%), e estigmasterol (10, 0%). Após exclusão dos UR eOR não se observou diferença no consumo de FS, sendo nossa ingesta de FS semelhante à de alguns países (~160mg/dia). Houve considerável variação no conteúdo de FS entre os vegetais, sendo que os óleo de milho (727), grão de bico (56, 8), linhaça (44, 7), soja (33, 3), ervilhas (25, 9)e abacate (25, 7) mg.100g-‑1, foram os alimentos com maior conteúdo em FS. Conclusões: O conteúdo de FS nos vegetais varia entre os principais grupos de alimentos. A ingestão de FS foi similar à de outros países e parece ter efeitos discretos no LDL-C, havendo espaço para suplementação na hipercolesterolemia. 116 TL 017 O impacto da sazonalidade na prevalência de dislipidemia: um estudo populacional de grande porte Filipe A. Moura, Francisco K. Saraiva, Otavio R. Coelho, Edna Nakandakare, Eder C.R. Quintão, Eliana Cotta de Faria, Andrei C. Sposito FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Introdução: A avaliação rotineira do perfil lipídico é essencial para a estratificação de risco cardiovascular. No entanto, trabalhos anteriores de pequeno poder estatístico sugerem a existência de variação sazonal desses parâmetros, algo que poderia levar a erros na interpretação do verdadeiro risco cardiovascular. Métodos: Avaliamos o perfil lipídico de 227, 359 indivíduos atendidos em unidades governamentais de atenção básica distribuídas nas cinco sub-regiões de Campinas no período entre 2008 e 2010. Análise Estatística: A existência da variação sazonal na prevalência de dislipidemia foi determinada por análise Cosinor usando regressão não-linear, sendo estimados os valores de Mesor (nível médio da série de cossenos (M)), de amplitude (diferença vertical entre o Mesor e o pico da onda (A)), de Acrofase (tempo necessário até o aumento da 1ª onda desde o 1º momento (Phi)) e de período (periodicidade da série sazonal (Tau)), obtidos pela equação: Y = M + A*cos [(2πX)/Tau + Phi]. Para analisar a relação entre as séries temporais dos parâmetros lipídicos foi utilizada a análise de Cross-Correlation Function, que corresponde a uma medida da semelhança de duas formas de onda como uma função de um lapso de tempo aplicado entre as mesmas. As análises foram realizadas com software SAS para Windows. Resultado: A amplitude de variação entre o verão e inverno foi de: 7±2 mg/dL em lipoproteínas ricas em colesterol de densidade baixa (LDL) (p=0, 047), 3, 4±0, 3 em lipoproteínas ricas em colesterol de densidade alta (HDL) (p=0, 005) e 12±9 mg/dL em triglicerídeos (TG) (p=0, 058). A prevalência de hipercolesterolemia (LDL>130 mg/ dL) foi 8% maior durante o inverno quando comparado ao verão, sendo que houve uma diferença mais pronunciada em mulheres e adultos de 40 a 64 anos de idade (p<0, 001). As prevalências de hipoalfaproteinemia (HDL<40 mg/dL) e hipertrigliceridemia (TG>150 mg/dL) foram, respectivamente, 9% e 5% maiores durante o verão (p<0, 001). Conclusão: Com base na maior população estudada até o momento, este trabalho confirma a existência de ritmos biológicos e a variação sazonal do perfil lipídico. Este achado deve ser levado em consideração em análises transversais de dislipidemia, investigação de metas de perfil lipídico e avaliação de risco relativo. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 019 Validação do HOMA2S baseado no CLAMP euglicêmicohiperinsulinêmico na fase aguda do Infarto do Miocárdio Naiara Viudes Garcia Martins, Filipe Azevedo Moura, Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho, Andrei Carvalho Sposito UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Introdução: A sensibilidade à insulina (SI) tem um papel importante na função endotelial, trombogênese e, consequentemente, no risco de novos eventos cardiovasculares durante situações de estresse como o infarto do miocárdio (IM). O Homeostasis Modeling Assessment (HOMA2S) permite mensurar a SI de forma mais prática se comparado ao CLAMP euglicêmico-hiperinsulinêmico – método considerado padrão ouro na avaliação da SI. Porém o HOMA2S somente está validado para situações de estabilidade metabólica. Objetivos: O estudo propõe-se em validar o HOMA2S para situações de instabilidade metabólica como a fase aguda do IM. Metodologia: Foram realizados 56 CLAMPs euglicêmicos-hiperinsulinêmicos em pacientes não diabéticos da coorte prospectiva Brazilian Heart Study (BHS) admitidos nas primeiras 24 horas dos sintomas do IM com supradesnivelamento do segmento ST. Os CLAMPs foram realizados no segundo (D2) (n=40) e sexto dia (D6) (n=16) pósIM. Paralelamente, todos os pacientes foram submetidos a coletas de sangue durante a admissão e quinto dia pós IM, com dosagem da glicemia e insulinemia e posterior cálculo do HOMA2S. Análise Estatística: Para a análise comparativa entre o HOMA2S e SI determinada por CLAMP (SIclamp) foram realizadas regressões lineares, curva ROC e curva BlandAltman para determinar se houve erro sistemático. Resultados: As regressões lineares mostraram significância estatística entre HOMA2S e SIclamp no D2 (R=0, 47; p=0, 004), HOMA2S e SIclamp no D6 (R=0, 54; p=0, 003) e HOMA2S e SIclamp combinado no D2 e D6 (R=0, 52; p<0, 001). O gráfico BlandAltman mostrou não haver significativo viés sistemático. Nas curvas ROC para discriminação da SIclamp no D2 e D6 acima do 66o percentil, obtivemos área sob a curva de 0, 80 (IC95% 0, 68-0, 92; p<0, 001). No melhor ponto de corte da curva ROC, para uma sensibilidade de 75% obtivemos especificidade de 83%. Conclusão: Tomando por base a comparação com o CLAMP euglicêmicohiperinsulinêmico, o HOMA2S pode ser usado também na fase aguda do IM como marcador confiável de SI. TL 020 ASSOCIAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE SAÚDE E PERFIL CARDIOMETABÓLICO FGM FRANCO, AG LAURINAVICIUS, FMF SILVA, C PEREIRA, M KATZ, VA TABONE, RD SANTOS, M WAJNGARTEN, RDO CONCEIÇÃO, JAM CARVALHO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: A percepção inadequada do estado de saúde pode ser um fator importante para a falta de aderência à medidas preventivas que visam o controle dos principais fatores de risco, como sedentarismo, alimentação inadequada, obesidade, tabagismo, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica e diabetes. Esse estudo teve como objetivo avaliar a relação da percepção de saúde com os principais fatores de risco cardiovascular. Métodos: Foram avaliados 10 875 exames periódicos. Nesses exames, além do questionamento quanto à percepção de saúde, foram colhidas informações clínicas e laboratoriais dentro de um protocolo assistencial pré-definido. A percepção de saúde foi determinada por cada indivíduo de acordo com a sua consciência do risco de sua saúde cardiovascular, classificado como baixo risco, risco intermediário ou alto risco. Análise Estatística: A análise dos dados categóricos foi realizada pelo teste do quiquadrado. Para dados contínuos foi utilizado a Análise de Variância (ANOVA) a para o impacto de cada variável a Análise Multivariada. Resultados: A idade média dos participantes foi de 42, 99±9, 54 anos e 73, 1% da população era do sexo masculino. A prevalência de Percepção de Alto Risco (PAR) e Percepção de Baixo Risco (PBR) foi respectivamente de 6, 65% e 64, 4%. Quando comparado o grupo PAR com o grupo PBR houve diferença significativa na prevalência de todos fatores de risco avaliados: hipertensão arterial sistêmica (OR 2, 69; p<0, 001), excesso de peso (OR 2, 32, p<0, 001), sedentarismo (OR 2, 29; p<0, 001), tabagismo (OR 1, 92; p<0, 001), diabetes (OR 1, 68; p<0, 001) e dislipidemia (OR 1, 29; p<0, 001). Conclusão: A percepção de risco cardiovascular guarda relação com o perfil cardiometabólico do indivíduo. O impacto dos fatores de risco na percepção ocorre de forma escalonada com destaque para a hipertensão arterial sistêmica. TL 021 Efeitos da ezetimiba nos marcadores de síntese e absorção de colesterol em pacientes de alto risco e com proteína C-reativa elevada Simone P. Barbosa, Lívia C Lins, José M. Santana, Lívia N. Matos, Ana C. Aguirre, Henrique T. Bianco, Jonatas B. Amaral, Carolina N. França, Francisco A. Fonseca, Maria Cristina Izar HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, Tasqa - Campinas - SP - Brasil Objetivos: Pacientes de alto risco e com níveis aumentados de proteína C-reativa (PCR) requerem estatinas potentes e associações de fármacos para alcance de metas de LDL-c, e apresentam risco residual elevado de eventos cardiovasculares, mesmo dentro das metas recomendadas. Avaliamos os efeitos de 3 terapias hipolipemiantes nos lípides, parâmetros inflamatórios e marcadores de síntese e absorção de colesterol. Métodos: Foi realizado estudo randomizado, aberto, com braços paralelos e análise cega de desfechos. Pacientes estáveis, de alto risco ou seus equivalentes (NCEPIII/ SBC-DA 2007) receberam atorvastatina 10mg por 4 semanas (basal, b). Aqueles com níveis de PCR de alta sensibilidade (as) ≥ 2, 0 mg/L (N=122) foram randomizados para receber atorvastatina 40mg, ezetimiba 10mg ou a combinação de atorvastatina 40mg/ ezetimibe 10mg outras por 4 semanas. Lípides, níveis de campesterol, β-sitosterol e desmosterol plasmáticos (Ultra Performance Liquid Chromatograp hy), PCRus (nefelometria) foram avaliados no período basal e ao final do estudo. Os dados foram comparados por ANOVA ou Kruskal-Wallis entre grupos, e teste t-pareado ou Wilcoxon intra-grupos, com nível de significância <0, 05. Apoio Fapesp 2009/50502-1 e INCT-FCx 08/57685-7. Resultados: Tanto a atorvastatina 40 mg como a associação atorvastatina 40mg/ ezetimibe 10mg reduziram o LDL-c e a PCR-us (P<0, 002 vs. basal), enquanto a ezetimiba isolada aumentou LDL-c (P<0, 0001 vs. atorvastatina 10mg) sem modificar a PCR-as. Ezetimiba e a terapia combinada reduziram o campesterol e β-sitosterol, enquanto observou-se aumento nesses marcadores com atorvastatibna isolada (P<0, 03 vs. basal). Houve aumento no s níveis de desmosterol com ezetimiba isolada (P=0, 004). As relações desses esteróis com colesterol não foram modificadas pelos tratamentos. Conclusões: Nossos resultados estão de acordo com a literatura e são oportunos por estabelecer um elo entre as terapias modificadoras de lipídios, inflamação e metabolismo de esteróis, sugerindo um benefício mais amplo da terapia combinada, reduzindo a inflamação e evitando aumentos na síntese endógena de colesterol, um efeito não observado com ezetimiba isolada. TL 022 Determinantes Multifatoriais Locais e Sistêmicos do Remodelamento Arterial: Avaliação Através de um Novo Método para Estimar o Remodelamento em um Ponto no Tempo da Evolução da Doença Coronária Breno A A Falcão, Morais GR, Falcão JLA, Silva RC, Soares PR, Campos CA, Gama MN, Esteves A, Kalil-FIlho R, Lemos PA INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Estudos longitudinais para avaliação de remodelamento vascular são de difícil realização pela necessidade de múltiplas avaliações invasivas ao longo do tempo. Também, estudos transversais são limitados por definirem estado de remodelamento com base em uma referência coronária quase sempre já acometida pela doença. Por isso, a fisiopatologia do remodelamento coronariano persiste pouco conhecida. Neste estudo descrevemos um novo método de avaliação do remodelamento e avaliamos preditores locais e sistêmicos do estado de remodelamento da coronária. Métodos: Pacientes com doença coronária manifesta foram investigados com ultrassom intracoronário com histologia virtual nos três vasos. Admitindo-se que a luz de regiões com carga de placa inferior a 40% não sofra modificação decorrente do acúmulo de placa, desenvolveu-se um modelo de predição da luz para diferentes sítios coronarianos. A partir da soma da área luminal predita com a área de placa aferida, estimou-se a área da membrana elástica externa (EEM) teórica das regiões com carga de placa maior que 40%. Definiu-se o estado de remodelamento coronário, a partir da razão entre área real e área teórica da EEM (EEMr/t): >1=expansivo; <1=constrictivo; 1=neutro. Através de análises de regressão multivariada identificou-se preditores do remodelamento. Resultados: Foram incluídos 67 pacientes, com 255 artérias, representadas por 31.461 secções coronarianas. Destas, 44% apresentaram carga de placa inferior a 40% e foram utilizadas para construção do modelo de predição de área luminal (R2=0, 41). Aplicando-se esse modelo, em adição a área de placa aferida, em cada quadro com carga de placa superior a 40%, obteve-se a razão EEMr/t. Preditores independentes do estado de remodelamento da coronária incluíram composição da placa (razão cálcio/ necrose), fatores de risco sistêmicos (hipertensão arterial, diabetes e microalbuminúria) e biomarcadores séricos (razão triglicérides/HDL colesterol, LpPLA2, PAI-1 e BNP). Conclusão: O remodelamento coronário parece ter determinantes multifatoriais locais e sistêmicos, relacionados a fisiopatologia da aterosclerose, com preditores vinculados a composição da placa aterosclerótica, tensão na parede arterial, disfunção renal, metabolismo lipídico, inflamação, trombose e estresse miocárdico. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 117 TL 023 Efeitos da suplementação de fitosteróis à terapia hipolipemiante máxima na hipercolesterolemia familiar Efeitos da suplementação de fitosteróis à terapia hipolipemiante máxima na hipercolesterolemia familar Valéria A. Machado, Francisco A. Fonseca, Marília I. Fonseca, Lívia N. de Matos, Sílvio A. Barbosa, Henrique T. Bianco, José M. Santana, Maria Cristina Izar HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, Tasqa - Campinas - SP - Brasil Objetivos: A hipercolesterolemia familiar (HF) é forma grave de dislipidemia herdada, e requer altas doses de hipolipemiantes e associações de fármacos. Suplementação de fitosteróis (FS) pode auxiliar no alcance de metas, porém seus efeitos na síntese e absorção de esteróis merece ser avaliado, pois aumentos na fitosterolemia associam-se ao risco cardiovascular. Avaliamos os efeitos da adição de FS à terapia hipolipemiante isolada ou combinada nos lípides, marcadores de síntese e absorção de esteróis. Métodos: Estudo prospectivo randomizado aberto com análise cega de resultados incluiu 42 indivíduos de ambos os sexos com diagnóstico clínico e/ou genético (Dutch MedPed, Simon Broome) de HF heterozigótica. Após suspensão do hipolipemiante prévio e sob dieta NCEP/ATPIII, os pacientes foram aleatorizados para receber 12 semanas (s) de sinvastatina 80mg (S) ou sinvastatina 80mg/ezetimiba 10mg (SE). Na fase seguinte associou-se 2g/dia de FS livre (Vegapure) encapsulado aos tratamentos prévios por mais 12s. Lípides, apolipoproteínas (Apo), marcadores de absorção (campesterol e β-sitosterol) e de síntese endógena (desmosterol) de colesterol (Ultra Performance Liquid Chromatography/Mass Spectrometry), foram avaliados no período basal (b), 12 e 24s. Resultados: Os grupos eram comparáveis no período basal. Na fase 1 (F1), ambas terapias reduziram CT, LDL-c, triglicérides e Apo B (p<0, 001 vs. b, teste t-pareado), porém as modificações foram maiores com SE (p<0, 05 vs. S, teste t-Student). A adição de 2g de FS reduziu adicionalmente o CT, LDL-c e ApoB apenas no grupo SE (p<0, 05 vs. F1, teste t-pareado). S isolada ou associada a FS não modificou os esteróis, porém as razões campesterol/colesterol e β-sitosterol/colesterol aumentaram no grupo S isolada (p<0, 05 vs. F1, Wilcoxon). SE reduziu campesterol e beta-sitosterol nas duas fases (p<0, 001 vs. b e F1, Wilcoxon). Níveis de campesterol e beta-sitosterol foram menores no grupo SE (p<0, 001 vs. S, Mann-Whitney), sem diferenças nos valores obtidos para o desmosterol. Conclusão: A adição de FS na HF traz benefícios adicionais nos lípides e Apo B apenas quando o tratamento utiliza o inibidor de absorção de esteróis, ezetimiba. Modificações na síntese e absorção de esteróis podem influenciar o resultado de intervenções hipolipemiantes. TL 024 Efeitos da suplementação de fitosteróis nos níveis plasmáticos de esteróis não-colesterol em pacientes submetidos a diferentes regimes hipolipemiantes Lívia Nascimento de Matos, Daniela M. Tegani, Soraia H. Kasmas, Sílvio A. Barbosa, Ney C. Borges, Francisco A. Fonseca, Maria Cristina Izar HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, Synchrophar Analítica Campinas - SP - Brasil Objetivos: Suplementação de fitosteróis (FS) é considerada escolha saudável, porém seus efeitos em adição às terapias hipolipemiantes nos níveis de esteróis plasmáticos são controversos. Investigamos os efeitos da suplementação de 2g de FS a terapias hipolipemiantes nos lípides, apolipoproteínas, marcadores de absorção (campesterol e β-sitosterol) e de síntese endógena (desmosterol) de colesterol. Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, com braços paralelos e análise cega de desfechos incluiu 86 pacientes. Após 4 semanas recebendo atorvastatina 10mg (basal, b) os pacientes foram aleatorizados em 3 grupos para receber atorvastatina 40mg, ezetimiba 10mg ou atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg ao dia por 4 semanas (fase 1, F1). Cápsulas contendo 2, 0 g de FS livre (Vegapure) foram suplementadas às terapias prévias por outras 4 semanas (F2). Lípides, apolipoproteínas (Apo), desmosterol, campesterol e β-sitosterol) foram analisados em cada fase. Utilizou-se ANOVA entre grupos e ANOVA-medidas repetidas intra-grupo. Fapesp 2008/54786-7. Resultados: Atorvastatina isolada ou combinada à ezetimiba diminuiu o LDL-colesterol e apoB, enquanto a ezetimiba isolada não modificou estes parâmetros lipídicos (P<0, 05). Atorvastatina 40mg aumentou β-sitosterol, a razão campesterol/colesterol e β-sitosterol/colesterol (P<0, 05 vs. b), e após adição de FS também elevou as relações campesterol/colesterol e β-sitosterol/ colesterol (P<0, 05 vs. b). Ezetimiba 10mg reduziu campesterol, campesterol/colesterol antes e após adição de FS (P<0, 05 vs. b) e elevou desmosterol quando FS foram suplementados (P=0, 034, vs. b). Atorvastatina 40mg/ezetimiba 10mg reduziu campesterol, β-sitosterol, a relação campesterol/colesterol (P<0, 05 vs. b), e estas modificações desapareceram com a adição de FS. Conclusão: Atorvastatina aumenta a absorção de esteróis, enquanto a ezetimiba aumenta a síntese endógena de colesterol. A adição de FS a estes hipolipemiantes teve efeito discreto sobre os lípides e os esteróis não-colesterol. Combinação de dose alta de estatina potente com meia-vida longa, como a atorvastatina, com ezetimiba pode promover benefícios no perfil lipídico além de prevenir aumento da síntese endógena e da fitosterolemia, especialmente quando FS são suplementados. TL 025 O Implante de Stent Coronário Modifica a Evolução da Aterosclerose da Artéria Tratada em Relação às Demais Coronárias? Breno A A Falcão, Silva RC, Falcão JLA, Morais GR, Soares PR, Perin MA, Horta PE, Kajita LJ, Kalil-Filho R, Lemos PA INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: O implante de stent coronário pode modificar a conformação espacial da artéria tratada, interferindo na distribuição do shear stress. É possível que esse efeito tenha impacto local na evolução da aterosclerose. O objetivo desse estudo foi comparar a evolução da aterosclerose nas coronárias tratadas com stent versus nas demais coronárias. Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo que incluiu pacientes encaminhados para intervenção coronária percutânea. Durante o procedimento basal, realizou-se ultrassom intracoronário com histologia virtual do vaso-alvo e de pelo menos uma outra coronária que não tenha sido objeto de intervenção. Os pacientes foram acompanhados por 4 anos e aqueles que necessitaram de reestudo coronário, foram submetidos a ultrassom intracoronário seriado dos mesmos vasos, sendo incluídos nesse estudo. A evolução da aterosclerose nos vasos-alvo em comparação as demais coronárias foi avaliada através de diferenças na variação dos parâmetros ultrassonográficos de carga e composição da placa: fibrose, fibrolipídico, núcleo-necrótico e cálcio-denso. Resultados: Foram incluídos 40 pacientes, com idade média de 57, 1+8, 6 anos, 62% do sexo masculino e 40% diabéticos. A mediana do tempo de seguimento até o reestudo ultrassonográfico foi de 19, 8 meses. Nesse período, os pacientes foram mantidos sob prevenção secundária com mediana do LDL colesterol no reestudo de 85 (intervalo interquartil: 65 a 105). Foram analisadas 82 artérias, 42 artérias que receceberam stent e 40 artéria que não sofreram intervenção. Tanto nas artérias tratadas com stent como nas demais coronárias, não houve variação significativa da área de placa, da área do vaso ou da área luminal. Do ponto de vista da composição da placa tanto as artérias tratadas com stent com as demais coronárias apresentaram modificações significativas, com incremento na área do componente cálcio denso e redução na área do componente fibrolipídico. Não houve diferença na magnitude da variação temporal dos componentes da placa entre as artérias tratadas com stent e as demais coronárias. Conclusão: Em pacientes sob prevenção secundária, o implante de stent não modificou localmente a evolução da carga e da composição da ateroclerose nas artérias tratadas em comparação às demais coronárias. TL 026 Correlação entre os componentes da Gordura Corporal estimados pela Impedância Bioelétrica e índices antropométricos marcadores de risco cardiovascular – Estudo PURE Antonio Jose Cordeiro Mattos, Claudia Stefani Marcilio, João Ítalo Dias França, Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira, Alvaro Avezum, Salim Yusuf INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução – Obesidade é um importante fator de risco para doenças crônicas e prevalente na população brasileira. Entretanto, existem discordâncias a respeito do melhor método indireto para avaliar a composição da gordura corporal (GC), dada como o real mediador de risco.Objetivo – Correlacionar os componentes da GC estimada pela impedância bioelétrica (BIA) e índices antropométricos (IA) marcadores de risco cardiovascular identificados no Estudo INTERHEART. Métodos – Corte transversal na coorte prospectiva do Estudo PURE no Brasil. Utilizado questionário padronizado para coleta de dados, os IA: índice de massa corpórea (IMC), circunferências da cintura (CC), do quadril (CQ) e outros; e BIA seguiram a padronização do Estudo. Variáveis contínuas foram descritas por médias e desvio padrão; as variáveis categóricas descritas por frequências. Para correlação utilizou-se as medidas de Spearman. Calculado poder discriminatório para os IA para o nível de gordura visceral (NGV) elevada. Teste exato de Fisher e cálculo de efeito Odds Ration (OR) e intervalo de confiança (IC) 95%. Regressão logística dos IA e NGV elevado ajustados por sexo e idade. Adotado nível de significância de 5%. Resultados – 214 sujeitos, 61, 7% do sexo feminino, idade média 58, 7±9, IMC 27, 77 ±5 Kg/m², CC 94, 36±14, 33 cm, CQ 102, 7±9, 50 cm, GC 33, 72±7, 95 %, NGV 10, 94±5, 12. Tabela 1. Relação entre índices antropométricas de risco e nível de gordura visceral aumentada com e sem ajuste para sexo e idade. 118 Indices Antropométricos OR IC 95% P-valor OR IC 95% CC 6, 84 (2, 35-19, 94) <0, 0001 40, 94 (10, 20-164, 25) RCQ 7, 83 (3, 94-15, 54) <0, 0001 6, 41 (2, 75-14, 91) RCEst 17, 08 (2, 28-127, 98) 0, 0001 14, 66 (1, 75-122, 70) IMC 24, 36 (5, 74-103, 27) <0, 0001 33, 82 (6, 81-167, 84) Não Ajustado Ajustado P-valor <0, 0001 <0, 0001 0, 0132 <0, 0001 Conclusões – Os índices antropométricos possuem forte relação com os níveis de gordura visceral, e se tornam melhores descritores se ajustados por sexo e idade, com destaque para a circunferência da cintura. Portanto, o uso desses índices tanto no ambiente controlado quanto na prática clínica é de fácil aplicabilidade e possuem excelente capacidade descritiva da constituição física e clínica do indivíduo. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 027 Estudo preliminar do paclitaxel ligado a nanopartículas de colesterol em pacientes com ateromatose grave da aorta Afonso Akio Shiozaki, Tiago Senra, Raul Cavalcante Maranhão, Aleksandra Morikawa, Debora Deus, Antonio Tito Paladino Filho, Ibraim Masciarelli Francisco Pinto INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamento: Apesar da importância da doença carotídea e da FA como causas de AVC, metade dos casos não tem etiologia definida. Aterosclerose na aorta, particularmente, no arco aórtico tem sido responsabilizada pelos AVCs sem etilogia. Recentemente, encontrou-se excelentes resultados no tratamento da aterosclerose da aorta em ensaios com animais utilizando paclitaxel ligado a nanopartículas de LDL colesterol. Também demonstrou-se alta afinidade de nanopartículas de colesterol ligadas a paclitaxel para tecidos com elevada expressão de receptores de LDL no endotélio aterosclerosclerótico e alguns tumores. Assim, a utilização de quimioterapia associada a nanoemulsão rica em colesterol foi usada experimentalmente em pacientes com cancer com elevada eficácia do fármaco e drástica redução de seus efeitos colaterais. Objetivo: Este estudo piloto tentou avaliar a viabilidade de tratar pacientes com paclitaxel ligados a nanopartículas de colesterol, portadores de extensa aterosclerose na aorta sem condições clínicas para realizar qualquer tipo de tratamento cirúrgico, devido ao seu alto risco e que foram voluntários para receber o fármaco nanomodificado. Metologia: Apos aprovação pelo comitê de ética, 10 pacientes com aterosclerose da aorta severa diagnosticados pela angiotomografia foram incluídos no estudo. Todos hipertensos, com aneurismas de aorta abdominal, 70% diabéticos. Receberam a cada 3 semanas, 1 ciclo de paclitaxel ligado a nanopatículas de LDL na dose de 175mg/m2, totalizando 6 ciclos. A monitorização dos sintomas imediatos, bem como monitorização dos exames laboratoriais, e análise dos possíveis efeitos colaterais do paclitaxel, foram realizadas antes da infusão, durante a infusão e 1 semana após cada ciclo da infusão do fármaco nanomodificado. Resultados: Nenhum efeito adverso imediato (náusea, vômitos, arritmias, febre, dispnéia ou alopécia ) habitualmente relatado com o paclitaxel foi registrados durante o acompanhamento dos ciclos do quimioterápico até 6 meses após o término da infusão. Também não foram observados sinais de hepatoxocidade, nefrotoxicidade, leucopenia, anemia ou plaquetopenia significativa. Conclusão: A utilização do paclitaxel ligado a nanomoléculas de LDL colesterol no tratamento da aterosclerose neste estudo piloto parece ser factível, e sem efeitos colaterais significativos. Cardiogeriatria TL 028 Associação entre os níveis séricos do hormônio paratireoidiano e hipertrofia ventricular esquerda no muito idoso - Brazilian Health Ageing (BHA) Study Soares, A. A. S., Freitas, W. M., Santos, S. N., Japiassú, A. V. T., Sposito, A. C. FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, INSTITUTO DE CARDIOLOGIA BIOCÁRDIOS - BRASÍLIA - DF - BRASIL INTRODUÇÃO:Além do tempo prolongado de exposição a fatores de risco clássicos, novos candidatos para explicar o aumento acentuado de risco de eventos cardiovasculares nos muito idosos vêm surgindo. Recentemente, o nível sérico de paratormônio (PTH) se mostrou capaz de predizer mortalidade cardiovascular no muito idoso. Estudos em células mostram que o PTH pode induzir hipertrofia de cardiomiócitos. Consistentemente, a prevalência de hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é elevada no hiperparatireoidismo primário e secundário à doença renal crônica terminal. O nosso objetivo é verificar a associação entre os níveis séricos de PTH e HVE em uma coorte de pacientes muito idosos sem evento cardiovascular prévio. MÉTODO:Indivíduos de 80 anos ou mais saudáveis(n=90) foram submetidos a dosagem de PTH, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e creatinina e medida de pressão arterial. O clearance de creatinina (CLCr) foi estimado pela fórmula MDRD. A presença de HVE foi identificada por ecocardiografia utilizando a fórmula de Devereux e definida como índice de massa de ventrículo esquerdo (IMVE) >95g/m2 para mulheres e >115g/m2 para homens. Grupos separados pela mediana de PTH e por presença de HVE foram comparados usando Kruskal–Wallis e studant-T teste. Análise multivariada por regressão logística binária foi realizada tendo como variável dependente HVE e independentes sexo, idade, pressão sistólica (PAS), PTH, diabetes, índice de massa corporal e CLcr.RESULTADOS:A prevalência de hipertensos foi 85, 6%, diabéticos 28, 9% e o clearance de creatinina médio foi 70, 5 mL/min/1, 73m2. Foram identificados 31(34, 4%) pacientes com HVE. A mediana de PTH foi 53 pg/mL, com 31, 1% dos pacientes acima do valor de referência de 65 pg/mL. O grupo acima da mediana de PTH teve IMVE mais elevado(p=0, 02), além de IMC(p=0, 01), produto cálcio fósforo(p=0, 047) e fosfatase alcalina(0, 02), mas não houve diferença no CLcr. Pacientes com HVE apresentaram PTH (p=0, 01) e PAS (p=0, 01) mais elevados do que aqueles com IMVE normal. Em análise multivariada, o PTH(p=0, 03; Exp(B)=0, 026) e a PAS(p=0, 01; Exp(B)=0, 036) continuaram independentemente associados com HVE.CONCLUSÃO:Níveis séricos elevados de PTH, além de comuns no muito idoso, estão associados a HVE, lesão sublínica com conhecida relação causal com eventos cardiovasculares. TL 029 ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA DEFINIDA PELO “HEART TEAM” E EVOLUÇÃO CLÍNICA TARDIA DE OCTOGENÁRIOS COM SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA FÁBIO CONEJO, CARLOS A. CAMPOS, ALEXANDRE SPOSITO, RODRIGO ESPER, JANIA R. MESQUITA, SANDRO FAIG, ROGER R. GODINHO HOSPITAL SANCTA MAGGIORE LIBERDADE - SÃO PAULO - SÃO PAULO BRASIL Fundamentos:Com o envelhecimento da população, há um incremento de indivíduos idosos acometidos pelas síndromes coronárias agudas (SCA). No entanto, estes pacientes são frequentemente excluídos em estudos clínicos, criando lacunas científicas neste subgrupo. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, unicêntrico, realizado em hospital terciário que procurou avaliar a escolha da estratégia terapêutica definida por equipe multidisciplinar de acordo com o tipo de tratamento em que os pacientes foram alocados. O objetivo primário foi a ocorrência de eventos cardíacos e cerebrovasculares maiores (ECCAM); composto por óbito, infarto agudo do miocárdio, revascularização do vaso alvo e acidente vascular encefálico (AVE) em octagenários com diagnóstico de SCA. Resultados: Incluídos 111 pacientes consecutivos, de janeiro à dezembro de 2012. Destes, 42, 3% ficaram em tratamento clínico, 53, 1% submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) e 4, 5% foram para cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). As características clínicas não diferiram significativamente entre as três estratégias terapêuticas, onde a média de idade foi 84, 4± 3, 9 anos e 56, 7% eram do sexo masculino. A maioria se apresentou com SCA sem supra ST (79, 3%), 35, 5% eram diabéticos, 24, 5% possuíam insuficiência renal crônica, e 65, 7% possuía doença coronária multiarterial. A necessidade de transfusão se fez mais presente no grupo CRM (80% contra 6, 4% no grupo ICP e 1, 7% no grupo clinico, p<0, 001). Após 221 dias (mediana do tempo de seguimento) a sobrevida livre de ECCAM para tratamento clínico, ICP e CRM foi, respectivamente, de 93, 2%, 91, 3% e 80% (p=0, 76). A comparação isolada dos desfechos adversos componentes de ECCAM mostrou semelhança entre os grupos, exceto pela ocorrência de AVE, mais frequente no grupo CRM (20% versus 4, 4% no grupo ICP e 1, 8% no grupo clínico, p=0, 008). À análise multivariada, o único preditor independente para ocorrência de ECCAM foi a realização de transfusão sanguínea (OR 5, 4; IC 95% 1, 7-39, 9). Neste mesmo modelo, a realização de ICP teve um efeito benéfico (OR 0, 24; IC 95% 0, 06-0, 87). Conclusão: Nesta população de idosos com coronariopatia de alto risco, a terapêutica individualizada ditada por “time de cardiologistas” demonstrou evolução favorável no seguimento tardio. Cardiologia do Esporte TL 030 A expressão do microRNA-206 está aumentada no sangue e no músculo esquelético humano em resposta ao treinamento físico aeróbico Cléber Rene Alves, Jose Ribeiro Lemos Junior, Guilherme Barreto Alves, Marcelo Rodrigues dos Santos, Ana Maria Braga, Carlos Eduardo Negrão, Edilamar Menezes de Oliveira Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo-EEFUSP - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução - O músculo esquelético humano é um órgão altamente plástico, capaz de alterar fenótipos em resposta ao treinamento físico aeróbico (TFA). Os microRNAs (miRs) é uma classe de pequenas moléculas não codificantes, que desempenham um papel central na regulação pós-transcricional da expressão gênica durante a miogênese, adipogênese, metabolismo de gordura e homeostase da glicose. O miR-206 é necessário para eficiente regeneração da fibra muscular esquelética, sendo que sua ausência acelera os processos degenerativos musculares. No entanto, suas ações, são pouco estudadas. Portanto, avaliamos o miR-206 no sangue e no músculo esquelético humano, em resposta ao treinamento físico aeróbico. Métodos - Doze voluntários saudáveis foram submetidos a biópsias no músculo vasto lateral, e coletadas amostras de sangue. Freqüência cardíaca (FC), pressão arterial média (PAM), consumo de oxigênio (VO2pico), fluxo de sangue no antebraço (FBF) e condutância vascular no antebraço (CVA) foram avaliados. O níveis do miR-206 foram analisados por PCR em tempo real. O treinamento físico aeróbico foi realizado durante 18 semanas. Todas as variáveis foram reavaliadas. Análise estatística - teste “t” student (dados pareados). Resultados - Após o TFA, os indivíduos apresentaram um aumento nos níveis de expressão do miR-206 de (97%) no músculo esquelético e (128%) no sangue. Estas alterações foram acompanhadas por uma diminuição na bradicardia de repouso (12, 5%), aumentos no VO2pico (18%), aumentos no FBF (68%) e aumentos na CVA (63%). Conclusão - Em indivíduos saudáveis, a expressão do microRNA-206 está aumentada após o treinamento físico aeróbico, em paralelo com a melhora da função vascular e capacidade no consumo de oxigênio. Portanto, sugerindo que o miR-206 pode ter um papel na regeneração muscular e no metabolismo relacionado com alta performance. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 119 Cardiologia Intervencionista TL 031 Quantificação de macrófagos nas lesões não culpadas de pacientes com infarto agudo do miocárdio e angina estável pela tomografia de coerência óptica. GALON MZ, Wang Z, Attizzani GF, Schnell A, Lemos PA, Bezerra H Cardiovascular Imaging Core Laboratory, Harrington Heart & Vascular Institute, University Hospitals Case Medical Center - Cleveland - Ohio - Estados Unidos, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Devido a sua resolução axial (~10µm) a tomografia de coerência óptica (TCO) é a única modalidade de imagem intravascular disponível para uso clínico capaz de identificar infiltrado de macrófagos (MF) nas placas lipídicas, sendo este um marcador de inflamação local com papel importante na patogênese da instabilidade da placa. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar a presença de MF na capa fibrosa (CF) de placas lipídicas de lesões não culpadas nas coronárias de pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST) e angina estável (AE) utilizando a TCO.Métodos: Imagens de TCO de 69 lesões não culpadas de 30 pacientes com IAMCSST e 37 com AE foram analisadas. Ao identificar uma placa lipídica a capa fibrosa foi quantificada a cada secção transversa e a quantificação de MF feita baseada na intensidade e desvio padrão do sinal da TCO. Análise estatística: As análises estatísticas foram realizadas através do SAS 9.2 (SAS Institute Inc., NC, USA). Dados categóricos foram comparados pelo chi-quadrado ou teste exato de Fisher. Variáveis contínuas foram expressas com media±desvio padrão. Teste T e Wilcoxon foram utilizados para variáveis com distribuição normal e não normal respectivamente. Resultados: A área de MF contida na CF foi maior no grupo IAMCSST, quando comparado ao grupo AE, (0, 0024±0, 0009mm² vs 0, 0015±0, 00004 mm²; respectivamente, p=0, 01) com índice de MF maior (0, 0217 ± 0.0081% vs 0, 0153 ± 0, 0045%, respectivamente; p<0, 01) (figura1).Conclusão: A alta capacidade de resolução e contraste obtidos nas imagens de TCO possibilitaram a quantificação de MC na CF. Pacientes com IAMCSST apresentaram lesões não culpadas com maior presença de MF que pacientes com AE. TL 032 Síndrome coronária aguda secundária a dissecção espontânea de coronária: resultados de uma série observacional multicêntrica. Jamil R Cade, Breno A Falcão, Rafael C Silva, Humberto FG Freitas, Luiz G Veloso, Adriano Caixeta, Breno O Almeida, Alexandre Abizaid, Marco A Perin, Fabio S Brito Jr HOSPITAL SÃO CAMILO - SÃO PAULO - SP - BRASIL, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: Dissecção espontânea de coronária (DCE) é uma causa rara e sub-diagnosticada de síndrome coronária aguda (SCA), com fisiopatologia distinta da aterosclerose. A evolução clínica a longo prazo e a melhor abordagem terapêutica são pouco conhecidos. Métodos: Estudo observacional, multicêntrico, incluindo pacientes com DCE, tratados clinicamente ou por angioplastia coronariana (ATC) entre 2004 até janeiro de 2013. Avaliou-se: a evolução clínica quanto a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores definidos como óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou revascularização miocárdica (RM). Nos pacientes submetidos à angiografia coronariana de controle (angiotomografia ou cineangiocoronariografia) avaliou-se o comportamento angiográfico das coronárias dissecadas em termos de resolução espontânea ou persistência da dissecção. Resultados: Incluíaram-se 23 pacientes, com média de idade de 46, 7±9, 9 anos, 22 (95%) sexo feminino, 7 (30%) tabagistas, 11 (36%) em peri-menopausa, 2 (9%) no puerpério e 1 (4%) sob reposição hormonal. O quadro clínico de apresentação foi SCA sem supradesnível de segmento ST em 17 (74%) e IAM com supradesnível de segmento ST em 6 (26%). O tratamento clínico conservador isolado foi a opção terapêutica em 17 (74%) dos pacientes. Houve necessidade de ATC convencional em 4 (17, 3%) casos para reestabelecer o fluxo coronariano e, o implante de stent em apenas 2 (8, 7%) casos. A mediana do tempo de seguimento foi de 627 dias (IQ, 91 - 1438). Durante o acompanhamento, ocorreram 2 (8, 6%) óbitos, um de causa não cardíaca e outro por choque cardiogênico devido à IAM decorrente de dissecção iatrogênica de coronária. Houve um IAM por dissecção coronária espontânea recorrente e uma RM cirúrgica. Entre os pacientes incluídos, 10 foram submetidos à angiografia coronária de controle após 224 dias (IQ, 6-813), com resolução da dissecção em 8 (80%) casos e persistência da dissecção ou oclusão vascular em apenas 2 (20%) pacientes. Conclusão: Pacientes com SCA devido à DCE, tratados clinicamente ou ATC convencional, apresentaram boa evolução clínica tardia, com baixa taxa eventos coronarianos espontâneos. A evolução favorável foi corroborada pela elevada taxa de resolução espontânea da dissecção ao longo do tempo. TL 033 Avaliação inicial com ultrassom seriado de um novo suporte vascular bioabsorvível: Resultados de seis meses do estudo DESolve FIM JOSE DE RIBAMAR COSTA JR., Alexandre Abizaid, Daniel Chamie, Stefan Verheye, John Ormiston, Andrea Abizaid, Mark Webster, Jim Stewart, Amanda Sousa, J Eduardo Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, Mercy Hospital - Auckland - xx - Australia, Antwerp Cardiovascular Institute - Antuérpia - xx - Bélgica Introdução: Na última década, a idéia de um suporte vascular transitório, que por um determinado período impedisse a excessiva hiperplasia intimal reparativa e, ao mesmo tempo, evitasse o remodelamento negativo do vaso tratado e, então fosse reabsorvido, fazendo com que o endotélio retornasse à sua condição funcional normal, tem ganho destaque dentro da abordagem percutânea da doença coronária. Recentemente desenvolvido, o DESolve possui matrix de PLLA com cobertura polimérica de PDLLA26. Como fármaco anti-proliferativo utiliza o miolimus (5 mcg/mm), análogo do sirolimus e eficácia já previamente demonstrada. Objetivamos apresentar os resultados de ultrassom intracoronário (USIC) da 1a avaliação deste dispositivo em humanos. Métodos: O estudo DESolve FIM, de braço único e multicêntrico, incluiu 15 pacientes com lesões de novo, com extensão até 10mm em vasos nativos com diâmetro entre 3.0 e 3.5mm, passíveis de tratamento com apenas um dispositivo bioabsorvível. USIC foi realizado ao final do procedimento e repetido no reestudo protocolar aos 6 meses. Todas as análises foram realizadas por laboratório independente. Resultados: Dos 15 pacientes incluídos no estudo, 11 possuíam USIC seriado de boa qualidade para análise. Os principais achados desta avaliação preliminar demonstram eficácia deste novo instrumental em reduzir a proliferação neointimal (5.6 ± 2.8 mm3, com 7.18 ± 3.37% de obstrução luminar) e ausência de má-aposição das hastes. De forma inédita entre os suportes vasculares absorvíveis, não se observou nenhum grau de “recoil”(retração) do dispositivo nos primeiro 6 meses. Ao contrário, observou-se incremento na área do dispositivo no seguimento de médio prazo (de 5, 35 ± 0, 78mm2 para 5, 61 ± 0, 81mm2, p=0, 04), sem no entanto se observar expressiva variação no volume do vaso (de 148, 0 ± 37, 0 mm3 para 150 ± 35, 4 mm3, p=0, 7). Conclusão: O novo suporte vascular bioabsorvível DESolve demonstrou a propriedade única de expansão nos primeiros meses, sem nenhum sinal de retração vascular. Os resultados desta análise de 6 meses demonstram ainda a efetividade deste novo instrumental em reduzir formação de tecido neointimal, sugerindo excelente eficácia. TL 034 Evolução muito tardia de pacientes submetidos ao implante de stents farmacológicos em pontes de safena no Registro DESIRE. BRUNO PALMIERI BERNARDI, Amanda G. Moraes Rego Sousa, J. Ribamar Costa Jr, Adriana Costa Moreira, Ricardo A. Costa, Galo Alfredo Maldonado, Manoel Nicolas Cano, Mauro G. Albuquerque, J.Eduardo Morais Rego sousa HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Fundamentos: A intervenção coronária percutânea (ICP) em pontes de safena (PS), a despeito do uso de stents farmacológicos (SF), ainda representa um desafio à cardiologia intervencionista devido às complicações agudas e a escassez de dados referentes à efetividade tardia dos SF neste cenário.Métodos: Entre Maio de 2002 e Janeiro de 2013, todos os pacientes submetidos a ICP com SF no Hospital do Coração foram incluídos consecutivamente neste registro e seguidos clinicamente com 1, 6 e 12 meses e a seguir, anualmente. Nesta presente análise foram selecionados os P submetidos a ICP em PS e comparados com os P submetidos a ICP em lesões em vasos nativos. Todos os P foram tratados com dupla antiagregação plaquetária (AAS e Clopidogrel) e os P com lesões PS receberam durante 3 a 5 dias pré ICP, heparina de baixo peso molecular (1mg/Kg, SC 12/12h), respeitando suas correções para a idade e função renal. Durante o procedimento foi utilizado rotineiramente adenosina intracoronaria.Resultados: 4.655 P foram submetidos a ICP, sendo que em 311 P foram tratadas apenas PS ( idade media dos enxertos 11, 2 anos). A amostra foi dividida em 2 grupos de acordo com o tipo de vaso tratado (nativo vs. enxerto). Não houve significativas diferenças entre os grupos em relação à idade (68, 4 vs 64 anos p=0, 99), sexo masculino (87 vs 77% p=0, 22) e diabetes mellitus (34% vs 30% p=0, 16). Entretanto, angina instável foi a apresentação clínica mais frequente entre pacientes com lesão em PS (31% vs 25% p=0, 009). No que se refere aos resultados clínicos, pacientes com lesões em PS tiveram mais ECAM tanto na fase hospitalar (11, 5 x 4%, p<0, 0001) quanto tardia (40% vs 20% p=0, 0001), sobretudo às custas de infarto do miocárdio. Embora relativamente baixa, a trombose foi mais frequente entre os pacientes com lesões em PS (3% vs. 2%, p=0, 05).Conclusão: A despeito do inquestionável beneficio dos SF nos resultados tardios de ICP em pacientes complexos, o tratamento percutâneo de pacientes com lesões em PS permanece como um desafio à cardiologia intervencionista, com resultados agudos e tardios menos favoráveis que os dos vasos nativos. 120 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 035 Implante de prótese aórtica transcateter para tratamento de pacientes com estenose aórtica grave e anel valvar pequeno Sebastian Lluberas, Auristela Ramos, Alexandre Abizaid, J Ribamar Costa Jr, Ibraim Pinto, Rodrigo Bellio Barreto, MAGALY ARRAIS DOS SANTOS, Dimytri Siqueira, Amanda GMR Sousa, J Eduardo MR Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: A desproporção prótese-paciente (DPP) é um marcador de morbimortalidade pós-troca valvar aórtica e frequentemente relaciona-se com anel valvar pré-operatório pequeno. O implante de prótese transcateter (TAVR) tem sido utilizado como uma alternativa ao tratamento cirúrgico para a correção de estenose aórtica grave em pacientes com alto risco. A incidência de DPP pós-TAVR e a sua relação com o tamanho do anel valvar não foram completamente esclarecidas. Métodos: Entre 07/2009 e 01/2013, um total de 102 pacientes foram submetidos à TAVR em 2 Instituições no Estado de SP. Para a presente análise foram incluídos os primeiros 61 casos realizados por via transfemoral com 3 diferentes tipos de próteses (CoreValve™, Edwards SAPIEN XT™ e Acurate TF™). A área valvar aórtica, a área efetiva do fluxo da prótese (AEF), o anel aórtico e o gradiente transvalvar foram avaliados por meio do ecocardiograma transtorácico. Os pacientes foram divididos em 2 grupos conforme o tamanho do anel aórtico pré-procedimento: grupo A (19-22mm; N=35) e grupo B (23-29mm; N=26). A DPP foi considerada moderada quando a AEF estava entre 0, 6 e 0, 85 cm2/m2 e grave quando estava abaixo de 0, 6cm2/m2. Resultados: A média do anel valvar no grupo A foi 21±1, 0 e no grupo B 24, 0±1, 2mm (p<0, 01). No grupo A houve predominância do sexo feminino (80% vs 42, 3%, p=0, 002), não havendo diferença no EuroSCORE I (25±15 vs 26±14; p=0, 6) e na superfície corpórea (1, 7±0, 2 vs 1, 8±0, 2m2; p=0, 1). A gravidade da estenose aórtica, segundo a área valvar aórtica indexada à superfície corporal, foi semelhante entre os grupos (A=0, 4±0, 1 e B=0, 4±0, 1cm2/m2, p=0, 3), porém o gradiente sistólico médio (GSmd) pré-TAVR foi mais elevado no grupo A (62±15 vs 48±15mmHg, p<0, 01). A incidência de DPP moderada foi 5, 2% no grupo A e 11, 5% no grupo B (p=0, 4), não ocorrendo DPP grave em ambas as coortes. A AEF foi semelhante nos dois grupos (1, 1±0, 2 e 1, 1±0, 2cm2/m2, p=0, 72), assim como o GSmd da prótese (12, 2±4mmHg e 10, 5±3mmHg, p=0, 06). Conclusões: O anel valvar entre 19 e 22mm foi mais prevalente nas mulheres. Apesar do anel valvar pequeno, não houve grave DPP em nenhum caso. Neste estudo, a prótese transcateter proporcionou excelentes resultados hemodinâmicos, conforme o AEF e o gradiente residual, mesmo em pacientes com anel valvar pequeno. TL 036 Preditores de insucesso da utilização do acesso transradial no laboratório de hemodinâmica Roger Renault Godinho, Carlos Augusto Campos, Rodrigo Esper, Sandro Faig, Fábio Conejo, Alexandre Sposito, Jania Mesquita Hospital Sancta Maggiore - São Paulo - SP - Brasil Fundamentos:a adoção da via transradial tem apresentado sensível crescimento na cardiologia intervencionista, devido a sólidas evidências de sua maior segurança quando comparada com o acesso transfemoral. No entanto, diante dos modernos avanços nas técnicas e materiais, existe um hiato científico acerca da frequência e fundamentos do insucesso na realização de procedimentos intervencionistas pela artéria radial. Métodos: registro observacional prospectivo, realizado em uma instituição terciária, no período de 01 de janeiro à 15 de outubro de 2012. Foram incluídos pacientes consecutivos submetidos a cineangiocoronariografia e intervenção coronária percutânea, onde a via de escolha foi inicialmente a transradial. Os procedimentos foram realizados por hemodinamicistas com experiência prévia com a técnica transradial. Resultados: de um total de 1366 pacientes, 1275 (93, 7%) foram submetidos ao procedimento pela via transradial, e 91 (6, 7%) pela via transfemoral por falha da via transradial. A idade média foi de 72 anos, 36% eram diabéticos, o diagnóstico de síndrome coronária aguda estava presente em 26% e a realização de procedimento terapêutico ocorreu em 17% dos casos. As circunstâncias que levaram a falha foram em ordem de frequência: falha de punção em 38, 7%; tortuosidade no trajeto em 25, 8%; espasmo arterial em 22, 6% e oclusão da artéria braquial por cateterismo cardíaco prévio em 12, 9%. A falha na utilização do acesso transradial esteve associada a maior exposição radiológica (P=0, 006), maior tempo de procedimento (P=0, 008) e ocorrência de sangramento menor (P< 0, 001). Dentre os caracteres clínicos e angiográficos, o peso menor que 61kg (OR 1, 635 IC 95% 1, 053-2, 538; P=0, 02), altura menor que 1, 66m (OR 1, 73 IC 95% 1, 071-2, 76; P=0, 01) e a idade maior que 62 anos (OR 1, 036 IC 95% 1, 002-1, 07; P=0, 05) foram caracterizados como preditores independentes de risco para insucesso da utilização da técnica radial. Conclusão: nesta população de mundo real, a falha do acesso transradial no laboratório de hemodinâmica foi evento infrequente e esteve relacionado diretamente com caracteres anatômicos e antoprométricos. TL 037 Cinco anos de Implante Transcateter de Bioprótese Aórtica no Brasil. Resultados do Registro Brasileiro Brito Jr FS, Dimytri Siqueira, Luiz A. Carvalho, Rogério Sarmento-Leite, José A. Mangione, Pedro Lemos, Alexandre Siciliano, Paulo Caramori, Maria Cristina Ferreira, J. Eduardo Sousa Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - São Paulo - SP - Brasil Introdução:O implante por cateter de bioprótese valvar aórtica é uma nova modalidade de tratamento para portadores de estenose aórtica inoperáveis ou de alto risco cirúrgico, que se iniciou no Brasil há 5 anos. O Registro Brasileiro de Implante de Bioprótese Aórtica por Cateter foi idealizado pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista para avaliar os resultados deste procedimento em nosso meio. Objetivo: Descrever os resultados do implante por cateter de bioprótese aórtica no Brasil. Métodos: Registro multicêntrico, prospectivo e retrospectivo. Os desfechos clínicos foram analisados conforme os critérios VARC (Valve Academic Research Consortium). Resultados: Entre 01/2008 e 12/2012, 386 pacientes com estenose aórtica (375 casos) ou disfunção de bioprótese valvar aórtica (11 casos) e seguimento clínico de ao menos 30 dias, foram icluídos de forma voluntária no Registro. Os procedimentos foram realizados em 13 centros nacionais. A média de idade foi de 81, 6 ± 7, 7 anos, sendo 47, 4% do sexo masculino e 82, 6% em classe funcional III/ IV (NYHA). As estimativas de mortalidade cirúrgica conforme EUROscore logístico e STS escore foram de 20, 1 ± 13, 8% e 14, 5 ± 13, 4%, respectivamente. A área valvar pré-procedimento foi de 0, 6 ± 0, 2 cm2, e a fração de ejeção do VE de 57, 7 ± 15, 2%. As próteses auto-expansível Corevalve e balão expansível Sapien XT foram empregadas em 320 (82, 9%) e 48 (12, 4%) casos, respectivamente. Obteve-se sucesso do procedimento em 85, 2% dos pacientes, com significativa redução do gradiente transvalvar médio (51, 1 ± 16, 4 p/ 10, 3 ± 5, 5 mmHg, p<0, 001). As complicações incluíram AVC em 4, 1% e implante de marcapasso permanente em 23, 6% dos casos. A taxa de sobrevida aos 30 dias foi de 90, 9% com 94, 3% dos pacientes em classe funcional I/II. Conclusões:A experiência de 5 anos do implante transcateter de bioprótese aórtica no Brasil demonstra tratar-se de um procedimento seguro e eficaz em nosso meio, com mortalidade inferior a estimada por escores de risco cirúrgico. TL 038 Primeira Investigação em Humanos do Novo Suporte Vascular Bioabsorvível Liberador de Miolimus para Tratamento de Artérias Coronárias Nativas: Avaliação Seriada com Tomografia por Coerência Óptica no Estudo DESolve FIM Daniel Chamié, Alexandre Abizaid, J. Ribamar Costa Jr., Ricardo Costa, Andrea Abizaid, John Ormiston, Stefan Verheye, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamentos: O suporte vascular bioabsorvível (SVB) DESolve é constituído por uma base polimérica de ácido poli-L-lático (PLLA), recoberta por Miolimus (3 µg/ mm) com absorção completa programada entre 1 e 2 anos. Apresentamos análise seriada deste SVB através de TCO, método de imagem de alta resolução (10-15 µm) Métodos: O estudo DESolve FIM incluiu 16 pacientes com artérias coronárias nativas tratadas com SVB DESolve. TCO seriada (pós-procedimento e 6 meses) foi realizada em 10 pacientes, cujas imagens foram analisadas independentemente por um laboratório central, em intervalos de 0.6 mm. Descontinuidade estrutural do SVB pós-procedimento foi definida como ≥2 hastes sobrepostas no mesmo setor angular, ou pela presença de hastes flutuando no lumen em completo desalinhamento com as hastes vizinhas. Aos 6 meses, alterações nas áreas do lumen, SVB e má-aposição foram avaliadas. Área de tecido neointimal acumulada aos 6 meses foi computada. Frequência de cobertura e aposição das hastes foi calculada e espessura de tecido neointimal sobre cada haste foi individualmente quantificada Resultados: Nenhum sinal de descontinuidade estrutural do SVB foi identificado pós-procedimento. A área do SVB mediu 6.57±0.68 mm2 após o implante, sem evidência de recolhimento tardio aos 6 meses (6.80±0.85 mm2, p=0.344). Redução significativa do lumen foi observada (6.51±0.74mm2 vs. 4.68±0.59mm2, p=0.005). Área de neoíntima acumulada mediu 0.71±0.36 mm2, gerando pequeno percentual de obstrução do dispositivo (13.16±5.59%). Aos 6 meses, 2.575 hastes foram analisadas e, 98.7% estavam completamente recobertas por uma fina camada (0.12±0.04 mm) de neoíntima. Má aposição foi observada em 8 (80%) dispositivos após o procedimento. Todas resolveram-se no curso de 6 meses, à exceção de um dispositivo que persistiu com pequena área de má-aposição (0.0±0.01 mm2). A taxa de hastes mal apostas variou de 2.0±2.75% para 0.04±0.12% (p=0.016). Nenhum caso de má-aposição adquirida tardiamente foi observado Conclusões: O SVB DESolve exibiu manutenção da integridade estrutural pós-implante, sem evidência de recolhimento tardio. Aos 6 meses, demonstrou eficiente supressão neointimal, sem comprometer o percentual de cobertura das hastes, além de apresentar resolucão virtualmente completa de todas as má aposições agudas. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 121 TL 039 Mortalidade Hospitalar em Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio submetidos a Estratégia Fármaco-Invasiva: Análise de 398 casos. Felipe J. A. Falcão, Cláudia M.R. Alves, Adriano H.P. Barbosa, José Marconi A. Sousa, José Augusto M. Souza, Iran Gonçalves Jr, Amaury Amaral, Claus Zeefried, Vinicius Vitro, Antônio C.C. Carvalho HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Intr:O número reduzido de serviços de cardiologia intervencionista disponíveis para atendimento de urgência faz com que uma parcela considerável da população não receba o tratamento ideal (angioplastia primária) no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMST). A estratégia fármaco-invasiva (EFI) (trombólise pré-hospitalar ou no centro primário e otimização dessa terapia com angioplastia (ATC) precoce no centro terciário) surge como opção terapêutica. Obj:Identificar fatores relacionados a mortalidade hospitalar em pacientes submetidos a EFI. Mét: No período entre nov/2010 e out/2012, foram estudados 567 pacientes com diagnóstico de IAMST. Foram selecionados os pacientes(P) submetidos a trombólise com tenecteplase e encaminhados para cateterismo precoce. Os pacientes foram incluídos de forma consecutiva, alocados em dois grupos, de acordo com a mortalidade (G1 com óbito hospitalar por qualquer causa e G2 sobreviventes). Estat: As variáveis categóricas foram comparadas pelo uso dos testes exato de Fisher ou qui-quadrado de Pearson e as variáveis contínuas, pelo teste t de Student. Result:Foram incluídos 398 P. A mortalidade hospitalar foi de 5, 8%. Os P do G1 apresentaram maior média de idade, maior proporção de diabéticos e insuficiência renal crônica e menor fração de ejeção (33.9 ± 20.2 vs 49.9 ± 12.5, p < 0.0001) do que os P do G2. O escore GRACE também foi maior no G1 (206.2 ± 39.2 vs 144.6 ±33.7, p< 0.0001). Tempos dor-agulha (4, 8 vs 4, 4horas, p=0, 69) e agulha balão (8 horas vs 17 horas, p=0, 053) foram semelhantes. Em relação aos achados angiográficos, no G1, 39% apresentavam fluxo distal TIMI 2 ou 3 na artéria culpada no momento do cateterismo, enquanto que isto ocorreu em 68% no grupo 2 (p<0.0001). Fluxo distal TIMI 2 ou 3 pós ATC foram semelhantes (87 vs 91%, p=0, 4). Embora a mortalidade tenha sido significantemente menor no grupo com sucesso da trombólise comparado a sem sucesso (3, 4% vs 10, 4%, p=0, 005), foram fatores independentes para mortalidade apenas o escore GRACE, a fração de ejeção e o BLUSH final 0-2. Concl:Na EFI, critérios clássicos para prognóstico no IAM como escore GRACE e fração de ejeção foram confirmados. BLUSH final inadequado pós-ATC c/ sucesso foi também marcador de risco e revela provável inadequação ou retardo de reperfusão. TL 040 Escore de cálcio é preditor independente para fluxo coronariano e perfusão miocárdica pós-angioplastia na fase aguda do IAM Rodrigo G. P. Modolo, Breno O Almeida, José C Quinaglia-eSilva, Osorio Rangel, Otavio R Coelho, Andrei C Sposito FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Em indivíduos assintomáticos, o grau de calcificação das artérias coronárias (CAC) está bem estabelecido como marcador de doença coronariana (DAC) subclínica. No entanto, no paciente com DAC manifesta, o papel da CAC permanece obscuro. Nesse contexto, avaliamos em pacientes na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM) se há associação entre CAC e: (i) estenoses angiográficas, (ii) localização das lesões culpadas, e (iii) resultado angiográfico pós angioplastia. Métodos. Foram avaliadas cinecoronariografias (261 segmentos arteriais) e angioplastias realizadas na fase aguda de IAM com supradesnivelamento do segmento ST de 67 pacientes (63±10 anos). Todos também realizaram tomografia cardíaca com cálculo da CAC por segmento arterial e total. As cinecoronariografias foram avaliadas de forma cega, por hemodinamicista experiente com aplicação dos escores TIMI flow, Myocardial Blush Grade (MBG), Friesinger e Gensini. Foi considerado bom resultado pós-angioplastia quando ambos TIMI-flow e MBG foram iguais a 3. Resultados. Houve correlação entre CAC por artéria e suas respectivas estenoses angiográficas (R=0, 242, p<0, 001). A maior CAC ocorreu em 27% das lesões culpadas (Kappa, p=0, 7). A CAC da artéria culpada se correlacionou com o TIMI-flow (R=-0, 333, p=0, 026) e com o MBG (R=-0, 347, p=0, 019) pós-angioplastia. Os indivíduos com bom resultado pós-angioplastia foram diferentes dos demais com relação à frequência cardíaca (82±17 vs 71±15 bpm;p=0, 02), PCR-us (1, 08±1, 4 vs 1, 58±2, 8 mg/L;p=0, 02) e escore de Gensini (75±69 vs 123±83;p=0, 01), respectivamente. Em regressão logística binária, usamos como variável dependente a presença ou ausência de bom resultado pós-angioplastia. Nesse modelo, demonstraram associação independente com mal resultado angiográfico: presença de trombo na lesão culpada (OR 4, 6, 95%IC 1, 003-20, 078), frequência cardíaca (OR 0, 97, 95%IC 0, 90-0, 99) e CAC>100 (OR 4, 4, 95%IC 1, 17-16, 3). Conclusão. A CAC é localizador fraco, mas significante de estenose angiográfica e não o é para lesão culpada. No entanto, o escore total é preditor independente de insucesso angiográfico após angioplastia, i.e. pior fluxo coronariano e/ou perfusão miocárdica, em pacientes na fase aguda do IAM. TL 041 Análise volumétrica da capa fibrosa das lesões não culpadas em pacientes com infarto agudo do miocárdio e angina estável: um estudo pela tomografia de coerência óptica. GALON MZ, Wang Z, Attizzani GF, Lemos PA, Bezerra H, Costa M Cardiovascular Imaging Core Laboratory, Harrington Heart & Vascular Institute, University Hospitals Case Medical Center - Cleveland - Ohio - Estados Unidos, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A tomografia de coerência óptica (TCO) é a única modalidade de imagem intravascular disponível para uso clínico capaz de quantificar a espessura da capa fibrosa das placas ateroscleróticas. Sabe-se que o fibroateroma de capa fina (FCF) está mais susceptível a ruptura, desencadeando eventos clínicos como o infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST). O objetivo deste estudo foi caracterizar e comparar a morfologia da capa fibrosa (CaF) das lesões não culpadas encontradas nas coronárias de pacientes com IAMCSST e angina estável (AE) utilizando a TCO.Métodos: Estudo retrospectivo multicêntrico que analisou lesões não culpadas de 30 pacientes com IAMCSST e 37 com AE por TCO, 1 artéria por paciente. Ao identificar uma placa lipídica a capa fibrosa foi quantificada a cada secção transversa da TCO de forma semiautomática utilizando um software capaz de fornecer sua reconstrução volumétrica. Esta segmentação permitiu a identificação de espessura mínima, máxima e média da CaF, medida das áreas absoluta (AA) e fracionada(AF) da CaF que foi classificada em 3 categorias: FCF:<65µm, intermediária: 65-150 µm, >150 µm. Análise estatística: As análises estatísticas foram realizadas através do SAS 9.2 (SAS Institute Inc., NC, USA). Dados categóricos foram comparados pelo chi-quadrado ou teste exato de Fisher. Variáveis contínuas foram expressas com media±desvio padrão. Resultados: As características clínicas dos 2 grupos foram similares. Foram analizadas 5503 seções transversas de TCO de pacientes com IAMCSST e com AE. A presença de placa lipídica foi similar entre os 2 grupos (IAMCSST=14, 6% e AE=12, 3%, p=0, 22). A espessura mínima da CaF foi menor no IAMCSST do que na AE (31, 6±17, 1 mm vs 47, 3±26, 6mm; respectivamente; p=0, 01). O grupo IAMCSST, quando comparado ao grupo AE, apresentou FCF com maior AA (0, 43±0, 4mm2 vs 0, 15±0, 2mm2; respectivamente, p=0, 01) e maior AF (1, 65±1, 56% vs 0, 74±1, 2%; respectivamente, p=0, 04)(figura1). Conclusão: A quantificação volumétrica da CaF de lesões não culpadas é possível em ambos os cenários clínicos, IAMCSST e AE por TCO. Pacientes com IAMCSST, apesar de apresentarem quantidade similar de placas lipídicas, apresentam maiores áreas absoluta e fracionada de fibroateroma de capa fina do que os com AE. TL 042 Comparação de dois sistemas de Proteção cerebral em stent carotídeo: estudo randomizado Cano MN, Kambara AM, Moreira SM, Cano SJF, Cano MN, Sousa JEMR, Sousa AGMR INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL OBJETIVOS: Testar de forma aleatória a eficácia de dois diferentes princípios de proteção embólica proximal e distal, utilizando a ressonância magnética ponderada em Difusão (RM-PD) para detectar novas lesões isquêmicas no encéfalo analisando número, tamanho e localização. MÉTODOS: Sessenta pacientes com indicação de SC, foram alocados aleatoriamente para utilizar filtro distal Angioguard (30 pacientes) e balão de oclusão proximal Mo.Ma (30 pacientes) desde julho de 2008 a 2011. Todos os pacientes realizaram RM-PD pré e 48 horas pós o SC. Os resultados foram avaliados por neurologista independente e cego ao tipo de proteção cerebral utilizada. Foram acompanhados por um período de pelo menos um ano. Foi utilizado um modelo de regressão logística uni e multivariada apropriados para a anâlise das novas lesões e alternativamente o escore de propensão para diminuir bias devido a diferença entre os grupos. O modelo de regressão de Poisson para o número de lesões. RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significativa em quanto a antecedentes clínicos ou características das lesões carotídeas entre os grupos, apenas as lesões eram mais calcificadas no grupo Angioguard (p < 0, 01). Não houve diferença entre os grupos quanto a incidência de novas lesões isquêmicas (63, 3% AngioguardÒ vs 66, 7% Mo.Ma, p = 0, 787). Quando presentes, as lesões isquêmicas por pacientes o fizeram em número significativamente menor no grupo Mo.Ma, entre 1 e 43 lesões (mediana = 6), comparado ao grupo Angioguard, entre 1 e 76 lesões (mediana = 10) com p < 0, 001. A maioria das lesões foi pequena < 0, 5 mm, e a maioria encontradas em território ipsilateral. Três pacientes (5%) apresentaram eventos neurológicos em até 30 dias, 1 paciente teve um infarto agudo do miocárdio. CONCLUSÃO: Os dois sistemas foram efetivos em evitar macro partículas, desde que não houve morte ou AVE maior no seguimento de até pelo menos um ano. Entretanto o sistema proximal foi melhor ao diminuir o número de lesões cerebrais detectadas pela RM-PD, quando presentes. 122 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 043 Análise do efeito tadio do Diabetes melito no tratamento de portadores de doença arterial coronária com stents farmacológicos. ADRIANA MOREIRA, Amanda Sousa, José de Ribamar Costa Jr, Ricardo Costa, Manuel Cano, Galo Maldonado, Ricardo Pavanello, Edson Romano, J.Eduardo Sousa HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Fundamento: O diabetes melito é preditor de desfechos desfavoráveis de pacientes submetidos às diferentes formas de tratamento da doença coronária. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito tardio do diabetes melito após o implante de stents farmacológicos. Métodos: O Registro DESIRE (Drug Eluting-Stents In the REal world) consiste em um estudo unicêntrico, não-randomizado, prospectivo, de 4.772 pacientes submetidos consecutivamente ao implante de stents farmacológicos desde Maio/02. Excluímos os pacientes com IAM recente, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de evolução. Os demais foram divididos em 2grupos: Grupo I: 857 diabéticos e grupo II:1.985 Não diabéticos. O seguimento clínico realizado com 1, 6 e 12meses e anualmente a partir de então. Resultados: Os diabéticos apresentaram maior prevalência do sexo feminino(27, 9% VS. 22, 6%, p<0, 001);média das idades mais elevada 65, 2 + 9, 7 vs. 63, 4+11, 6anos, p<0, 001;maior comprometimento multiarterial (65, 5 vs.57%, p<0, 001). A relação stents implantados/pacientes foi semelhante nos 2 grupos(1, 6)A mediana do tempo de seguimento foi 3, 4 anos, com elevado porcentual de seguimento(98%). No seguimento de até 10 anos, não houve diferença significativa com relação à revasculariazação da lesão-alvo(5, 0 vs. 3, 6%, p=0, 09), infarto do miocárdio(5, 3% vs. 4, 95, P=0, 6). OS eventos maiores combinados 913, 6 vs.(10, 4, p=0, 02) e o óbito (3, 8 vs. 10, 4, p=0, 09 Conclusão: As baixas taxas de eventos encontradas configuram baixo risco de eventos cardíacos maiores após o implante de SF, constituindo-se numa boa opção terapêutica a despeito da presença do diabetes melito. TL 044 Prevalência e comportamento da plaquetopenia após implante de bioprótese aórtica por cateter. ANTONIO CARLOS BACELAR, Brito Junio, FS, Katz, M, Caixeta, A, Abzaid, A, Fischer, CH, Almeida, BO, Nomura, CH, Perin, MA, Tarasoutchi, F HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: Plaquetopenia é complicação frequente após cirurgia de troca valvar e está associada à pior prognóstico. No entanto, seu comportamento e prevalência após implante de bioprótese aórtica por cateter (TAVI) são desconhecidos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de plaquetopenia após TAVI e seu comportamento diante de complicações pós procedimento. Métodos: Entre janeiro de 2008 a março de 2012, 50 pacientes consecutivos portadores de estenose aórtica importante sintomática (área valvar < 1 cm2 e gradiente médio ≥ 40 mmHg) foram submetidos à TAVI em um único centro. Do total, 41 apresentavam dados clínicos e laboratoriais completos e foram incluídos no estudo. Consideramos complicações cardiovasculares um composto de morte, acidente vascular cerebral, complicações vasculares maiores e sangramentos maiores de acordo com as definições VARC (Valvular Academic Research Consortium). A contagem plaquetária foi realizada no pré e nas primeiras 48 horas após procedimento. Plaquetopenia leve foi definida como < 150.000/ mm3 e plaquetopenia importante < 100.000/mm3. A análise de regressão logística foi utilizada para testar a magnitude do efeito da plaquetopenia leve no pré em relação a incidência de plaquetopenia importante no pós procedimento O valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8% (4 casos). A média etária foi de 82 ± 8 anos, 53, 7% eram do sexo feminino e a média do EuroSCORE foi de 17, 4 ± 11.A prevalência de plaquetopenia importante foi de 39% no pós procedimento, sendo maior no sexo masculino (75% vs. 25%;p=0, 005). Os pacientes com plaquetopenia leve antes do implante tiveram uma chance 17 vezes maior de apresentarem trombocitopenia importante no pós [OR=17, 56 (IC95% 2, 7-112, 9;p=0, 003)] . O comportamento decrescente dos níveis plaquetários após procedimento (p<0, 001) foi semelhante entre os pacientes com e sem complicações (Figura; p=0, 2). Conclusões: Plaquetopenia importante é complicação frequente após TAVI, ocorrendo independentemente da presença de complicações e deve ser valorizada na medida em que estes pacientes recebem dupla antiagregação plaquetária. TL 045 Seguimento clínico tardio de pacientes portadores de lesões coronárias complexas tratados com o novo stent com revestimento polimérico MGuard Guilhermo Guerra Guimarães, Ricardo A. Costa, J. Ribamar Costa Jr., Rodolfo Staico, Dimytri A. Siqueira, Jackson R. Stadler, Fausto Feres, Alexandre Abizaid, Amanda Sousa, J. Eduardo Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamentos: A embolização de fragmentos de ateroma/trombo durante a intervenção coronária percutânea (ICP) ocasionam distúrbios de fluxo/perfusão da microcirculação, o que pode implicar em resultados clínicos adversos a curto e longo prazo. A ICP em lesões complexas [trombo, ponte de safena (PS)] e em cenário de síndrome coronária aguda (SCA), está frequentemente associada a tais distúrbios de perfusão. O novo stent metálico MGuard (InspireMD, Israel) revestido com uma rede de tereftalato de polietileno demonstrou eficácia na prevenção de complicações embólicas durante a ICP primária. No entanto, a evolução clínica tardia de pacientes tratados com o stent Mguard permanece desconhecida. Métodos: Uma série de 65 pacientes portadores de lesões coronárias de novo tratados com o stent MGuard em uma instituição clínica foram incluídos. Os dados clínicos basais, do procedimento, e do seguimento tardio (média de tempo: 2, 6 anos) foram coletados de maneira retrospectiva através da revisão de prontuários médicos e/ou contatos telefônicos diretos. Resultados: A média das idades era de 66 anos, 32% eram diabéticos, e 35% tinham infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio, sendo que 45% apresentaram-se para ICP com quadro clínico de SCA, incluindo 15% IAM com supra ST. Cerca de 68% das lesões estavam localizadas em PS, 43% tinham trombo, e 85% foram classificadas como tipo B2/C. Pré-dilatação foi realizada em 35%; o stent MGuard foi implantado com sucesso em todos os casos; e 61% das lesões tiveram pós-dilatação. Durante o procedimento de ICP, complicações embólicas (fluxo lento, embolização distal, “no reflow”) foram identificadas em 29%. Ao final do procedimento, fluxo TIMI 3 foi alcançado em 93% e o sucesso angiográfico (fluxo TIMI 3, sem dissecção, estenose residual <50%) foi 92%. No seguimento clínico tardio (2, 6 anos), a taxa de eventos adversos incluíram óbito cardiovascular em 6, 2%; IAM não-fatal em 9, 2%; revascularização da lesão-alvo em 9, 2%; e trombose de stent definitiva/provável em 1, 5%. Conclusões: O seguimento clínico tardio (média 2, 6 anos) de pacientes com lesões coronárias complexas tratados com o stent MGuard demonstrou mortalidade cardiovascular em 6, 2% e taxa de revascularização da lesão-alvo <10%. TL 046 Segurança e Eficácia de DES Eluidores de Biolimus com Polímero Biodegradável:Registro EINSTEIN (Evaluation of Next-generation drug-eluting STEnt IN patients with coronary artery disease) CRISTIANO FREITAS DE SOUZA, Anwar Mouallem, Fabio Sandoli de Brito Junior, Alexandre Abizaid, Teresa C. Nascimento, Amanda Gonçalves, Breno O. Almeida, Marco A. Perin, Adriano Caixeta HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: Os stents farmacológicos (SF) fazem parte do arsenal terapêutico da cardiologia intervencionista há mais de uma década. Neste período, pode-se observar redução consistente nas taxas de reestenose. Entretanto, isso ocorreu à custa de maior risco de trombose de stent tardia e muito tardia. Neste contexto, surgiram os SF de 3ª geração com polímeros biodegradáveis cujo objetivo é alcançar maior segurança e menores taxas de trombose de stent a longo prazo. Método: O registro EINSTEIN é um estudo prospectivo, não-randomizado, unicêntrico, que incluiu consecutivamente 103 pacientes (152 lesões) tratados com o stent BioMatrix™ (com fármaco Biolimus A9 e polímero biodegradável). O objetivo primário do estudo é avaliar a incidência de eventos adversos cardíacos maiores(EACM) (morte cardíaca, infarto agudo do miocárdio [IAM] ou necessidade de nova revascularização do vaso alvo [RVA]) em um ano em pacientes do “mundo real”. O seguimento clínico foi realizado através de contato telefônico ou visita médica aos 1, 6 e 12 meses e anualmente. Resultados: A média das idades foi de 65, 0±12.4. Sexo masculino representou 83, 5% dos pacientes. Do total de pacientes, 75, 7% eram hipertensos, 70, 9% dislipidêmicos e 37, 9% diabéticos. A apresentação clínica mais prevalente foi de angina estável/ isquemia silenciosa (47, 6%), seguido de angina instável (23, 3%). A maioria dos pacientes tratados eram multiarteriais (63%), incluindo um terço dos pacientes com doença coronária triarterial. O tratamento incluiu lesões de novo e reestenose intrastent (12, 7%) e o tratamento de lesões de bifurcação em 16, 4%. Em um ano, EACM ocorreram em 11, 7% dos pacientes, incluindo 2, 9% de morte não cardíaca, 4, 9% de infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento-ST e 3, 9% de revascularização do vaso-alvo; trombose de stent esteve presente em apenas 1% (um paciente) após o seguimento clínico de um ano. Este único caso ocorreu nas primeiras 24 horas após a angioplastia (trombose subaguda), não tendo ocorrido nenhum caso de trombose tardia e/ou muito tardia. Conclusão: O presente registro sugere que os novos SF eluidores de Biolimus A9 com polímero biodegradável são seguros e eficazes em pacientes da prática clínica diária, com baixas taxas de EACM no longo prazo. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 123 TL 047 Análise da interação entre gênero, idade e diabetes melito em pacientes submetido ao implante de stents farmacológicos. Estudo unicêntrico, prospectivo de pacientes da prática clínica diária ADRIANA MOREIRA, Amanda Sousa, J.Ribamar Costa Jr, Ricardo Costa, Manuel Cano, Galo Maldonado, Marcos Barbosa, Mauro Guimarães, Cantidio Campos, J.Eduardo Sousa HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: Dentre os portadores de doença arterial coronária, as mulheres destacamse por constituírem um subgrupo de maior complexidade clínica. O Diabetes(DM) é sistematicamente descrito como preditor independente de desfechos clínicos desfavoráveis após intervenções coronárias percutâneas com stents farmacológicos(SF). O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do diabetes na evolução clínica tardia de mulheres tratadas com stents farmacológicos. Métodos: Desde maio/2002, 4.772 Pacientes(P) consecutivos foram tratados apenas com SF e incluídos no Registro DESIRE (prospectivo, unicêntrico, não randomizado). Excluímos os P com IAM recente, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de evolução. Os demais (2217P)dividimos em 4 grupos: Homens Não DM(n=1206), Homens DM(n=468), mulheres Não DM(n=359) e Mulheres DM(n=184). O protocolo anti-trombótico consistiu no clopidogrel (600mg+75mg/dia) e AAS100mg/dia mantidos por 1 ano. Resultados: Os principais dados clínicos, angiográficos e evolutivos estão descritos na tabela. A trombose protética foi similar nos grupos (2, 1%, 1, 9%, 0, 3% e 1, 6%, p=0, 12).O acompanhamento clínico (mediana=3, 4 anos) foi obtido em 98% da população. Eventos Homens Não cardíacos Diabéticos maiores(%) Revascularização 3, 7 lesão-alvo Infarto do 4, 8 miocárdio Óbito cardíaco 2, 0 Eventos maiores 10, 1 Homens Diabéticos Mulheres Não Diabéticas Mulheres Diabéticas p 3, 2 2, 2 8, 7 0, 002 6, 3 4, 2 2, 2 0, 157 3, 5 12, 7 2, 2 8, 6 3, 8 13, 7 0, 197 0, 124 TL 048 Resultados iniciais do implante de bioprótese aórtica por cateter em pacientes idosos com estenose aórtica e alto risco cirúrgico. ANTONIO CARLOS BACELAR, Brito, FS, Caixeta, A, Oliveira, BA, Abzaid, A, Vieira, ML, May, DM, Nomura, CH, Tarasoutchi, F, Perin, MA HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: A estenose aórtica é valvopatia com elevada morbi-mortalidade e 30% dos pacientes com idade avançada apresentam contra-indicação à cirurgia. Nesse contexto, técnicas menos invasivas vem ganhando grande espaço. O objetivo do presente estudo é descrever as características clínicas e laboratoriais de pacientes submetidos ao implante de bioprótese aórtica por cateter (TAVI). Métodos: Entre janeiro de 2008 a março de 2012, 50 pacientes consecutivos (82 ± 8 anos, 52% do sexo feminino e média do EuroSCORE de 18, 7 ± 13) portadores de estenose aórtica importante sintomática (área valvar < 1 cm2 e gradiente médio ≥ 40 mmHg) foram submetidos à TAVI em um único centro. Para efeito de análise, consideramos complicações cardiovasculares um composto de morte, acidente vascular cerebral, complicações vasculares maiores e sangramentos maiores de acordo com as definições VARC ( Valvular Academic Research Consortium). A comparação das variáveis contínuas foi realizada através do teste t de Student ou Mann-Whitney. As variáveis categóricas foram comparadas através do teste Qui-quadrado. O valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8% (4 casos). A taxa de complicações em 30 dias foi de 32% (16 casos), sendo 3 acidentes vascular cerebral, 13 complicações hemorrágicas maiores e 7 complicações vasculares maiores. As características clínicas e laboratoriais podem ser vistas na tabela. Conclusões: Os resultados iniciais do implante de bioprótese aórtica por cateter são promissores e apresentam taxas aceitáveis de complicações. Conclusões: No presente estudo, as mulheres diabéticas tratadas com os SF cursaram com mais elevada taxa de revascularização da lesão-alvo. TL 049 Segurança e Eficácia da Protamina Endovenosa para a Retirada Imediata do Introdutor Arterial Após Procedimento Percutâneo por via Femoral: Um Estudo Prospectivo Fábio Trentin, Gabriel Zago, Cristiano G Bezerra, Breno Falcão, Marco A. Perin, Marcus N. da Gama, Antonio E. Filho, Expedito Ribeiro, Pedro E. Horta, Pedro A. Lemos INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: O uso da protamina para reversão do efeito da heparina pode ser utilizado visando a retirada precoce do introdutor arterial femoral em pacientes submetidos a angioplastia. No entanto, essa opção terapêutica não é utilizada com freqüência na prática clínica. Métodos: Estudo prospectivo, não randomizado, com objetivo de avaliar o perfil de segurança e a eficácia do uso da protamina para retirada imediata do introdutor arterial femoral em pacientes submetidos à angioplastia coronariana com heparina não-fracionada. A protamina foi administrada imediatamente após o término do procedimento coronário, sendo a sua dose e a retirada do introdutor guiadas pelo tempo de coagulação ativado (TCA). O introdutor era retirado com um valor de TCA < 180 segundos. Foram também avaliados pacientes incluídos prospectivamente em um grupo controle que tiveram o introdutor retirado da maneira habitual, após 6 horas da administração da heparina. Resultados: No total, foram incluídos 162 pacientes submetidos a angioplastia coronariana com sucesso (111 no grupo da protamina e 51 no grupo controle). Não houve diferença entre os 2 grupos com relação as caracteristicas basais. O número médio de stents utilizados foi de 1, 4 ± 0, 73 no grupo da protamina vs. 1, 65 ± 1, 07 no grupo controle (p = 0, 1). Os pacientes que receberam protamina tiveram um tempo médio de espera até a retirada do introdutor de 41, 6 ± 20, 1 minutos, enquanto que no grupo controle este tempo foi de 323, 9 ± 57, 8 minutos (p < 0, 01). Não houve trombose de stents intra-hospitalar. A taxa de eventos vasculares durante a hospitalização é mostrada na tabela: TL 050 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL APÓS O IMPLANTE DE PRÓTESE AÓRTICA TRANSCATETER EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Sebastian Lluberas, Dimytri Siqueira, Alexandre Abizaid, José de Ribamar Costa Jr, Aurisetela Ramos, David Le Bihan, Jorge Eduardo Assef, M Arraes, Amanda GMR Sousa, J Eduardo MR Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: A presença de insuficiência renal aguda (IRA) pós-operatória é um marcador de morbimortalidade após cirurgia de troca valvar aórtica, sendo mais frequente em pacientes com histórico de doença renal crônica. O implante de prótese aórtica transcateter (TAVR) é um método eficaz para o tratamento da estenose aórtica grave em pacientes de alto risco cirúrgico. Objetivamos determinar a incidência de IRA e analisar a evolução hospitalar da função renal nos pacientes submetidos à TAVR. Métodos: Entre 7/2009 e 1/2013, 102 pacientes foram submetidos a TAVR em 2 Instituições no Estado de SP. Neste estudo foram incluídos 69 pacientes que tiveram o clearance de creatinina (ClCr) avaliado de forma seriada imediatamente pré intervenção e com 24h, 48h, 72h pós-TAVR e na alta hospitalar. Estes pacientes foram divididos em 3 grupos conforme o ClCr pré: GI=ClCr ≥60ml/min (N=11); GII=ClCr entre 30 e 60ml/ min (N=43) e; GIII=ClCr ≤30ml/min (N=15). A variação do ClCr pré e pós procedimento (∆) foi avaliada pelo teste ANOVA, e incidência de IRA segundo o VARC2. Resultados: A maioria era do sexo feminino (68%), 27% diabéticos, com média de idade de 81, 7±6, 9 anos. A média dos ClCr pré foi: GI=71, 7±11, 7ml/min; GII=42, 5±7, 6ml/min e GIII=25, 5±2, 64ml/min. A probabilidade de IRA prevista pelo STS score foi: GI=5, 8±2, 4; GII=8, 1±3, 7; e GIII=11, 3±5, 1; (p=0, 03). A incidência de IRA na população geral foi de 26% (N=18), e a incidência foi maior entre os indivíduos com pior função renal (GI=0%, GII=28% e GIII=40%; p=0, 01). O volume de contraste utilizado não diferiu de forma significativa entre os grupos. Entre os indivíduos com pior função renal, observou-se melhora do ClCr 72h pós-TAVR, o que se manteve até a alta hospitalar (Δ= + 6, 7ml/min; p=0, 002). Nos demais grupos não se notou significativa variação do ClCr (GI Δ = -5, 6, p=0, 09 e GII Δ= + 3, 6; p=0, 2). O ClCr pré-TAVR teve impacto na mortalidade hospitalar (GI=0, GII=13, 9% e GIII=20%; p=0, 04). Conclusões: A presença de disfunção renal pré-TAVR correlacionou-se com aumento na mortalidade no seguimento hospitalar. Entretanto, o subgrupo de maior comprometimento renal prévio, apresentou melhora da função renal quando submetidos a TAVR. Este efeito paradoxal poderia se justificar pela melhora no débito cardíaco obtido após o implante valvar. Protamina (n=111 pts) Pseudoaneurisma 0.9 Fístula AV 0.9 Trombose arterial 0 Hemorragia retroperitoneal 0 Hematoma femoral acentuado 0.9 Qualquer complicação vascular maior 2.7 Convencional (n=51 pts) 0.0 0.0 0 0 2.0 2.0 124 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 P >0.09 >0.09 0.5 >0.9 Conclusões: O uso da protamina se mostrou seguro e eficaz para a retirada precoce do introdutor arterial femoral em pacientes submetidos a implante de stent coronariano. Observou-se redução significativa no tempo para retirada do introdutor neste grupo. Isso pode traduzir-se em menor tempo de repouso após a angioplastia e em maior conforto para o paciente. TL 051 Implante de prótese aórtica transcateter para tratamento de pacientes com estenose aórtica grave: experiência inicial Sebastian Lluberas, J Ribamar Costa Jr, Auristela Ramos, Alexandre Abizaid, Dimytri Siqueira, Magaly Arraes, Antonio M Kambara, David Le Bihan, Amanda GMR Sousa, J Eduardo Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: O implante de prótese transcateter (TAVR) despontou como uma alternativa eficaz para o tratamento de pacientes idosos com estenose aórtica grave (EAo) e contra-indicação ou muito alto risco para a cirurgia de troca valvar. Porém, por ser um procedimento de elevado custo e com razoável curva de aprendizagem, poucos centros nacionais possuem adequada casuística para avaliar seus resultados. Métodos: Entre 07/2009 e 01/2013, um total de 102 pacientes com EAo grave, sintomáticos e de alto risco cirúrgico ou considerados inoperáveis, foram submetidos a TAVR em 2 Instituições no Estado de SP. Todos foram avaliados com múltiplas modalidades de imagem (ecocardiograma, TC de coração/aorta/membros inferiores e coronariografia) e tratados com TAVR (CoreValve™, Edwards SAPIEN XT™ e Acurate TF™) de acordo com a via de acesso mais adequada. Objetivamos apresentar os resultados agudos deste procedimento e os desfechos clínicos de 30 dias, de acordo com as definições do VARC 2. Resultados: A média da idade foi 81, 7±6, 8 anos, sendo 64% do sexo feminino. O EuroSCORE logístico foi de 24, 3±14, 1 e 20, 6% dos pacientes tinham antecedentes de cirurgia cardíaca previa, enquanto 87% estavam em classe funcional III-IV (NYHA). A maioria dos implantes foi realizado por via femoral (91%), seguido pela via transapical (6%), transaórtica (2%) e pela subclávia (1%). O sucesso do procedimento foi de 91%. Pós-procedimento houve uma queda significativa do gradiente sistólico médio (pré= 54, 6±9, 6mmHg vs pós=11, 5±3, 7mmHg; p<0, 001) e ganho da área valvar aórtica (pré=0, 6±0, 2cm2 vs pós=1, 8±0, 3cm2; p<0, 01). As principais complicações foram: insuficiência renal aguda (25%); refluxo paraprotético moderado (11%), complicações vasculares (11%), necessidade de implante de marcapasso definitivo (9%) e AVC (3%). A mortalidade total em 30 dias foi de 13%. Entretanto, se excluirmos os primeiros 30 pacientes (“curva de aprendizagem”), a ocorrência de óbito reduz-se a 8, 3%. Conclusões: Nossa experiência inicial indica que o TAVR é um procedimento terapêutico eficaz para pacientes idosos com EAo grave e alto risco cirúrgico. Superada a curva inicial de aprendizagem, este procedimento pode ser realizado com taxas de complicações relativamente baixas e comparáveis as de centros internacionais com maiores casuísticas. Cardiomiopatias e Doenças do Pericárdio TL 052 Efeitos Hemodinâmicos Agudos do CPAP em Adultos com Cardiomiopatia Hipertrófica Flávia Baggio Nerbass, Júlio César Ayres Ferreira Filho, Vera Maria Cury Salemi, Rodrigo Pinto Pedrosa, Murillo Oliveira Antunes, Edmundo Atrteaga-Fernández, Henrique Takachi Moriya, Luciano F. Drager, Geraldo Lorenzi-Filho INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A Apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum na Cardiomiopatia hipertrófica (CMH) e o tratamento padrão da AOS é a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). No entanto, como o CPAP reduz a pré-carga, seu uso pode ser deletério para os pacientes com a forma obstrutiva da CMH (CMH-O). Nossa hipótese é de que o CPAP possa piorar agudamente o desempenho cardíaco na CMH-O. Métodos: Este estudo randomizado controlado cross-over recrutou pacientes com CMH-O e nãoobstrutiva (CMH-NO). Todos pacientes foram monitorados com a pressão arterial batimento-a-batimento e eletrocardiograma contínuos, na posição supina e em vigília. Ecocardiografia bidimensional foi realizada em repouso (Basal), após 20 minutos de Sham-CPAP (pressão 1, 5 cmH2O) e de CPAP 10 cmH2O. O ecocardiografista não tinha o conhecimento da pressão de CPAP, que foi aplicada de forma randomizada. Resultados: Avaliamos 18 pacientes com CMH (9 com CMH-O e 9 com CMH-NO). Como esperado, a ecocardiografia basal mostrou diferenças entre CMH-O e CMHNO, incluindo índice de massa do ventrículo esquerdo (p<0, 05), gradiente de via saída ventrículo esquerdo (VSVE) (p<0, 001), pressão de capilar pulmonar (p<0, 05), volume do átrio esquerdo (p<0, 05) e no volume do refluxo mitral (p<0, 05). A pressão arterial, o gradiente de VSVE e o débito cardíaco permaneceram estáveis durante o estudo, em ambos os grupos. Em relação ao basal e ao Sham-CPAP, o CPAP 10 cmH2O aumentou agudamente o refluxo mitral nos pacientes com CMH-O [fração volume regurgitante: 6, 9 (4, 6-10, 2) vs 14, 7 (6, 6-26, 8) vs 27, 5 (6, 2-57, 3)%, respectivamente p<0, 001], o que não foi observado nos com CMH-NO [1, 5 (0, 0-16, 6) vs 7, 0 (0, 0-16, 4) vs 2, 7 (0, 0-7, 3)%, respectivamente p=NS], havendo uma diferença estatística entre os grupos p<0, 01. Além disso, houve aumento para as pressões de capilar pulmonar com CPAP 10cmH2O no grupo CMH-O quando comparado com CMH-NO [E/E’ septo 15.6 (10, 7-19, 5) vs 10, 4 (7, 8-11, 8) vs 18, 6 (13, 2-19, 5) e 8, 5 (5, 3-12, 0) vs 11, 2 (7, 1-13, 5) vs 7, 1 (5, 3-12, 2) g/m2, respectivamente, p<0, 05]. Conclusão: Ao contrário dos pacientes com CMH-NO, o CPAP aumentou agudamente o refluxo mitral e as pressões de capilar pulmonar na CMH-O, refletindo uma possível piora da obstrução. Estes dados podem ter implicação clínica na segurança do tratamento com o CPAP em pacientes com CMH-O. TL 053 Detecção de disfunção miocárdica incipiente em modelo experimental de cardiopatia chagásica crônica no hamster: importância das alterações da mobilidade parietal segmentar OLIVEIRA L F L, ROMANNO M M D, CARVALHO E E V, MEJIA J, SESTICOSTA R, SANTANA-SILVA J, HIGUCHI M L, MACIEL B C, MARIN-NETO J A, SIMÕES M V Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto Ribeirão Preto - Brasil Fundamentos: Classicamente, a detecção da disfunção ventricular esquerda em modelos experimentais de cardiopatia chagásica crônica (CC) é feita mediante quantificação da fração de ejeção (FE) do ventrículo esquerdo (VE). Porém, a doença de Chagas tem padrão de acometimento segmentar, predominantemente nas porções apicais de VE. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de alterações de mobilidade segmentar de VE e sua correlação alterações histopatológicas em modelo de CC no hamster. Métodos: Hamsters sírios fêmeas (n=34) foram infectados com 3, 5x 104 ou 105 formas tripomastigotas sanguíneas de T. cruzi (cepa Y)e investigados após 6 ou 10 meses através de ecocardiografia bidimensional com equipamento Philips HD11XE e transdutor linear L15. O VE foi analisado em 13 segmentos de acordo com protocolo já descrito em literatura e a FE foi quantificada pelo método de Teicholz. Análise histológica para quantificação regional de fibrose e inflamação foi realizada através de amostragem topográfica coincidente com a segmentação praticada in vivo. Um grupo controle não infectado também foi investigado (n=5). Resultados: Dos 34 animais, 10 (29%) apresentaram FE reduzida (48, 5±11, 4%) em relação aos controles (82, 4±5, 5%), p<0, 0001. Entre os 24 animais com FE preservada (82, 9±5, 5%, p>0, 05 em comparação ao controle), 8 (33%) apresentavam alterações de mobilidade segmentar que predominaram nos segmentos apicais, inferiores e póstero-laterais. O escore de mobilidade segmentar correlacionou-se com a FE (r= -0, 60; p=0, 0002) e com intensidade de inflamação (r=0, 53 - p=0, 0014), mas não exibiu correlação com a extensão da fibrose (r=0, 25 - p=0, 16). De todos os segmentos analisados (n=438), aqueles exibindo alteração de mobilidade segmentar (n=101) em comparação aos com mobilidade normal (n=337), apresentaram maior extensão de fibrose (9, 34±5, 7 e 7±6, 3%, respectivamente, p=<0, 0001); maior intensidade de inflamação (218±111, 6 e 124, 5±84, 8n/mm², p<0, 0001). Conclusões: Em modelo experimental de cardiopatia chagásica crônica no hamster, alterações da mobilidade segmentar são frequentes, ocorrendo em animais com desempenho global ainda preservado identificando regiões miocárdicas com maior grau de fibrose e inflamação. TL 054 Impacto do uso de benzonidazol seguido de suplementação antioxidante na prevalência de arritmias ventriculares em pacientes com doença de Chagas crônica: estudo piloto João Luís Barbosa, Clarissa Antunes Thiers, Roberto Coury Pedrosa, Basílio de Bragança Pereira Instituto Nacional de Cardiologia - Rio de Janeiro - RJ - Brasil, Univers Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Fundamento: Os pacientes com doença de Chagas na fase crônica na forma cardíaca apresentam maior prevalência de extrassístoles ventriculares (EV) atribuídas à presença do parasita no tecido cardíaco e da resposta imunoinflamatória amplificada pelo aumento do estresse oxidativo. Desta forma, o tratamento sequencial com Benzonidazol e antioxidantes pode reduzir a prevalência de extrassístoles ventriculares. O objetivo do estudo é determinar se o tratamento etiológico para a Doença de Chagas seguido pela suplementação com os agentes antioxidantes vitaminas E e C diminui a prevalência de extrassístoles ventriculares e os marcadores de estresse oxidativo nos pacientes com doença de Chagas crônica. Métodos: Uma amostra de 41 pacientes com doença de Chagas crônica foi selecionada para o tratamento contra o agente etiológico utilizando Benzonidazol (5mg/Kg/dia) durante 2 meses seguido da suplementação com agentes antioxidantes como as Vitaminas E (800UI/dia) e C (500mg/dia) durante 6 meses. A prevalência de EV foi observada através da realização de Holter 24 horas antes e após as exposições. Para avaliação do status oxidativo foram realizadas as dosagens dos marcadores do extresse oxidativo. Análise estatística: O teste t de Student pareado foi usado antes e após a intervenção, admitindo um nível mínimo de significância de p < 0, 05. Resultados: Observou-se uma diminuição na prevalência de EV de 65, 08% nos pacientes, principalmente naqueles em estágios avançados da doença, com redução não significativa no grupo II (p= 0, 431) e redução significativa no grupo III (p= 0, 00685). No grupo II a queda da média foi de 59, 1% enquanto no grupo III esta foi de 78, 0%. A terapia antioxidante com vitaminas E e vitamina C, diminuiu os níveis de PC no grupo IA (p=0, 0034), no grupo IB (p=0, 0003) e no grupo II (p=0, 0014), porém a redução não foi significativa no grupo III, e diminuiu o TBARS no grupo IA (p= 0, 0001), no grupo IB (p=0, 0007), no grupo II (p= 0, 0011), e no grupo III (p= 0, 0341). Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Conclusões: Nos pacientes com grau avançado de comprometimento cardíaco, a terapia combinada apresentou um importante impacto terapêutico. O tratamento com benzonidazol seguido pela suplementação antioxidante pode ser capaz de atenuar o dano oxidativo e diminuir a incidência de EV. 125 TL 055 Mediadores metabólicos e inflamatórios nas diversas formas evolutivas da doença de Chagas: correlação com disfunção autonômica João Marcos Barbosa-Ferreira, Fábio Fernandes, Felix José Alvarez Ramires, Barbara Maria Ianni, Vera Maria Cury Salemi, Cesar José Grupi, Denise Tessariol Hachul, Heno Ferreira Lopes, Paula de Cássia Buck, Charles Mady INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: A cardiopatia chagásica crônica (CCC) apresenta características específicas como disfunção autonômica e atividade inflamatória exacerbada. Esta fisiopatologia sugere que alguns parâmetros metabólicos podem estar alterados em pacientes chagásicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o metabolismo e a atividade inflamatória nas diversas formas evolutivas de doença de Chagas e sua correlação com medidas de avaliação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA).MÉTODOS: Foram avaliados 60 indivíduos divididos em 4 grupos (n=15): Grupo I - controle, Grupo II - forma indeterminada, Grupo III - cardiopatia chagásica com alteração eletrocardiográfica sem disfunção ventricular e Grupo IV - cardiopatia chagásica com disfunção ventricular e insuficiência cardíaca. Os mediadores metabólicos e inflamatórios avaliados foram as dosagens sanguíneas de insulina, leptina, adiponectina, interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral (TNF). O SNA foi avaliado através da variabilidade da frequência cardíaca no holter 24 horas e no teste de inclinação. Os valores de pNN50, rMSSD e componente alta frequência foram utilizados como estimativa da atividade parassimpática. Os valores do componente de baixa frequência estimaram a atividade simpática. RESULTADOS: A insulina não apresentou diferenças entre os grupos (p=0, 901). A leptina apresentou níveis menores no grupo IV porém sem significância estatística (p=0, 626). A adiponectina apresentou níveis maiores nos grupos III e IV comparados aos grupos I e II (GI: 5470, 37± 2579, 37; GII: 4894, 83 ± 2797, 07; GIII: 9630, 27 ± 4398, 77 e GIV: 10391, 00 ± 6947, 65 ng/ml; p< 0, 001). IL-6 e TNF foram maiores no Grupo IV em comparação aos outros 3 grupos (p<0, 001 para IL-6 e p<0, 05 para TNF). A insulina, leptina e TNF não apresentaram correlações significativas com medidas de avaliação do SNA. A adiponectina e a IL-6 apresentaram correlação negativa com os índices que estimam a atividade simpática e correlação positiva com índices de avaliação parassimpática. CONCLUSÃO: A adiponectina foi maior nos grupos III e IV e a IL-6 e o TNF foram maiores no grupo IV. A adiponectina e a IL-6 apresentaram associação com medidas de avaliação do SNA (quanto menor a atividade simpática e maior a atividade parassimpática maiores os níveis de adiponectina e IL-6). TL 056 INFLUÊNCIA DA INIBIÇÃO DA NADPH OXIDASE SOBRE O REMODELAMENTO CARDÍACO DE RATOS COM DIABETES MELLITUS Rodrigo Gimenes, Camila Moreno Rosa, Camila Gimenes, Dijon Henrique Salomé Campos, Ana Angélica Henrique Fernandes, Camila Pereira Braga, Denise de Castro Fernandes, Francisco Rafael Martins Laurindo, Marina Politi Okoshi, Katashi Okoshi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: O aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) está envolvido na patogênese da miocardiopatia diabética. A NADPH oxidase é importante via de produção de ERO no sistema cardiovascular, no entanto, poucos estudos têm avaliado o efeito da inibição da NADPH oxidase sobre o coração de animais diabéticos. Assim, o objetivo foi analisar a influência da inibição da NADPH oxidase por apocinina (APO) sobre o remodelamento cardíaco de ratos com diabetes mellitus (DM). Métodos: Ratos Wistar, 6 meses de idade, foram divididos em 4 grupos: controle (C, n=13); C+APO (n=13); diabéticos (DM, n=12); DM+APO (n=13). DM foi induzido por estreptozotocina (40 mg/kg). Os grupos C+APO e DM+APO receberam APO (16 mg/ kg/dia) por 8 sem. Estrutura e função cardíaca foram avaliadas por ecocardiograma (Eco) e pela técnica do músculo papilar do ventrículo esquerdo (VE) em condição basal e após estimulação com manobras inotrópicas. As enzimas glutationa peroxidase, catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) foram dosadas no soro. Amostras do VE foram obtidas para medida da fração colágena intersticial e da atividade da NADPH oxidase. Estatística: ANOVA-fatorial 2x2 (p<0, 05). Resultados: Eco mostrou dilatação das câmaras cardíacas esquerdas, aumento do índice de massa e piora da função sistólica do VE nos grupos diabéticos; APO não alterou esses índices. A função diastólica do VE melhorou no grupo DM+APO em relação ao DM (C: 1, 46±0, 16; C+APO: 1, 55±0, 28; DM: 1, 29±0, 20; DM+APO: 1, 47±0, 30). Na análise do músculo papilar, ocorreu piora contrátil e de relaxamento nos grupos diabéticos em condição basal. A tensão desenvolvida máxima, após manobras de estimulação inotrópica, foi maior no grupo DM+APO em relação ao DM. A fração colágena intersticial foi maior no grupo DM, e a APO atenuou esse efeito (C: 2, 14±1, 29;C+APO: 1, 74±0, 90; DM: 5, 05±2, 98; DM+APO: 3, 12±1, 35). As enzimas antioxidantes estavam diminuídas no grupo DM, e a APO elevou os níveis de catalase e SOD. Não houve diferença na atividade da NADPH oxidase entre os grupos. Conclusão: apocinina proporciona melhora da função diastólica ventricular, da função contrátil miocárdica e das enzimas antioxidantes séricas, sem alterar a atividade da NADPH oxidase dos cardiomiócitos em ratos com diabetes mellitus. Apoio: FAPESP e CNPq. TL 057 Influência da poluição atmosférica no remodelamento miocárdico Adriana M de Oliveira, Felix Ramires, Keila C B Fonseca, Vera Salemi, Fernanda G Pessoa, Fabio Fernandes, Paulo H N Saldiva, Charles Mady INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução:Avanços tecnológicos trouxeram aumento da quantidade e variedade de agentes dispostos na atmosfera. O aumento de material particulado pode causar o estresse oxidativo, inflamação e apoptose. Essa cascata de eventos promove remodelamento celular e molecular no miocárdio. Objetivo:Avaliar o papel da poluição (PO) no remodelamento miocárdico usando um modelo experimental de infarto (IAM). Materiais e Métodos: 90 ratos Wistar em 6 grupos estudados por 4 semanas: Controle (CT), CT+PO, Sham, IAM, IAM1 (expostos a PO antes e pós IAM) e IAM2 (expostos a PO após IAM). Colágeno intersticial do ventrículo esquerdo (FVCI-VE) por morfometria. Ecocardiograma avaliou a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FE-%) e diâmetro diastólico do VE (DD-cm). Citocinas inflamatórias por qRT-PCR, e estresse oxidativo por ELISA. Estatística com testes não paramétricos considerado significativo p£0, 05. Resultados: FVCI-VE (%) maior nos grupos IAM comparado aos CTs e Sham (p<0, 001), também foi maior no CT+PO em relação ao CT (p<0, 001), porém sem diferença entre os grupos IAM expostos ou não a PO (p=0, 9) (CT= 0, 35±0, 16; CT+EPO= 0, 67±0, 19; Sham= 0, 37±0, 04; IAM= 2, 77±1, 19; IAM1=3, 72±2, 61; IAM2= 3, 31±1, 97). Área de infarto sem alteração pela PO (p=0, 66). A FE menor nos grupos IAM comparado com CTs e Sham (p<0, 001), também menor no CT+PO comprado ao CT (p=0, 06), mas não apresentou diferença entre IAM exposto ou não a PO (p=0, 9) (CT= 84±3, CT+EPO= 78±6, Sham= 74±4, IAM= 63±14, IAM1=55±8, IAM2= 69±10). O DD-VE foi maior nos grupos IAM comparados aos CTs (p=0, 02), não apresentando alteração pela PO. A expressão de TGFβ1 foi aumentada nos grupos IAM em comparação ao grupo CTs (p<0, 001) e a PO não influenciou significativamente nessa via. No estresse oxidativo a glutationa apresentou níveis mais elevados nos grupos IAM comparados ao CTs (p=0, 014), a PO também elevou significativamente quando comparado ao CT (p=0, 034), mas não apresentou diferença nos grupos IAM expostos ou não a PO. Conclusões: A poluição do ar promove intensa fibrose miocárdica no coração saudável além de piorar sua função sistólica, entretanto, ela não amplifica a agressão causada pela injuria isquêmica. A PO aumentou o estresse oxidativo no coração saudável, mas novamente não amplificou essa resposta no coração com injuria. TL 058 Acometimento dos ramos parassimpático e simpático nas diversas formas evolutivas da doença de Chagas João Marcos Barbosa-Ferreira, Fábio Fernandes, Felix José Alvarez Ramires, Cesar José Grupi, Denise Tessariol Hachul, Barbara Maria Ianni, Edmundo Arteaga, Luciano Nastari, Paula de Cássia Buck, Charles Mady INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: Na década de 1950 foi introduzido o conceito de que a doença de Chagas (DC) é uma doença “parassimpaticopriva”. Atualmente existem várias evidências de que a DC associa-se a lesões do sistema parassimpático, mas também do sistema simpático. O objetivo deste estudo foi avaliar o acometimento de cada ramo do sistema nervoso autônomo (SNA) em cada grau evolutivo da DC.MÉTODOS: Foram avaliados 60 indivíduos divididos em 4 grupos (n=15): Grupo controle, Grupo FI - forma indeterminada, Grupo ECG - cardiopatia chagásica com alteração eletrocardiográfica sem disfunção ventricular e Grupo IC - cardiopatia chagásica com disfunção ventricular e insuficiência cardíaca.O SNA foi avaliado através da medida da variabilidade da frequência cardíaca no domínio do tempo e da frequência através do holter 24 horas e do teste de inclinação. Os valores de pNN50, rMSSD e componente alta frequência (AF) foram utilizados como estimativa da atividade parassimpática. Os valores do componente de baixa frequência (BF) foram utilizados como estimativa da atividade simpática. A relação BF/AF foi utilizada como estimativa do balanço simpato-vagal (quando aumentada indicando predomínio da atividade simpática e quando diminuída indicando predomínio da atividade parassimpática). RESULTADOS: Quando comparado com o grupo controle, o grupo FI apresentou todos os parâmetros de avaliação do ramo parassimpático reduzidos (pNN50 e rMSSD no holter e o componente AF no holter e no teste de inclinação em posição supina e ortostática). A relação BF/AF encontrava-se aumentada no holter 24 horas. O grupo IC apresentou todos os parâmetros de avaliação do ramo simpático reduzidos em relação ao grupo controle (componente BF no holter e no teste de inclinação em posição supina e ortostática). A relação BF/AF encontrava-se reduzida no teste de inclinação em posição supina e ortostática. No grupo ECG houve redução do componente AF no teste de inclinação em posição supina e do componente BF no teste de inclinação em posição supina e ortostática. A relação BF/AF não apresentou diferença em relação ao grupo controle.CONCLUSÃO: Os resultados sugerem maior acometimento parassimpático no grupo FI, maior acometimento simpático no grupo IC e acometimento balanceado no grupo ECG. 126 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 059 Cardiomiopatia hipertrófica: estudo da relação entre fibrose miocárdica e arritmias Antunes MO, Arteaga E, Matsumoto AY, Silva RG, Mady C, Buck P INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade São Francisco - Bragança Paulista - SP - Brasil Fundamento: a associação de fibrose miocárdica e arritmias ventriculares complexas tem sido considerada como fator de risco de morte súbita sendo utilizada na indicação de cardiodesfibrilador implantável. Objetivo: Avaliar se a presença da fibrose miocárdica representa substrato arritmogênico para ocorrência de arritmias na cardiomiopatia hipertrófica. Método: Avaliamos a prevalência e frequência das arritmias cardíacas no Holter de 24 horas e sua relação com a fibrose miocárdica detectada pela técnica de realce tardio na ressonância magnética. Resultados: dos100 pacientes consecutivos com diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica (idade média de 37±12 anos), 95% estavam em CF I-II NYHA e 38% na forma obstrutiva; 89/100 apresentavam fibrose miocárdica e 11 não. Extrassístoles ventriculares (EV) foram mais prevalentes em pacientes com fibrose quando comparados com aqueles sem (80% vs. 55% p=0.048). Os pacientes com fibrose também apresentavam maior número de EV (549±1501 vs. 59±130 p=0.044). A prevalência de extrassístoles ventriculares pareadas (EVP), taquicardia ventricular não sustentada (TVNS), extrassístoles supraventriculares (ESV), taquicardia atrial não sustentada (TANS) e fibrilação atrial (FA) não apresentaram diferenças quando comparados os pacientes com e sem fibrose respectivamente (EVP: 23% vs. 0% p=0.56; TVNS: 26% vs. 18% p=0.582; ESV: 29% vs. 45% p=0.265; TANS: 13% vs. 18% p=0.673; FA: 3% VS 0% p=0.538). Conclusão: a presença de fibrose miocárdica esteve associada a maior ocorrência de arritmias ventriculares em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, porém não mostrou relação com arritmias ventriculares complexas. TL 060 Inflamação em miocárdio de doadores: uma comparação envolvendo miocardiopatias de diferentes etiologias InCor HCFMUSP, Maria de Lourdes Higuchi, Renata Ikegami, Joyce Kawakami, Marcia Martins Reis, Suely Palomino, Pablo Alberto Pomerantzeff, Alfredo Inacio Fiorelli, Fernando Bacal, Edimar Alcides Bocchi INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A morte encefálica, através de intensa ativação do sistema simpático, está relacionada ao desenvolvimento de inflamação sistêmica, podendo comprometer a função cardíaca de doadores e o resultado pós-transplante. No entanto, estudos de inflamação no tecido miocárdico de doadores utilizados para transplante cardíaco são escassos. Objetivo: determinar a intensidade de inflamação no tecido miocárdico de doadores de transplante cardíaco em comparação envolvendo miocardiopatias de diferentes etiologias. Métodos: entre 2008 e 2011 foram estudados fragmentos de biopsia endomiocárdica de 29 doadores utilizados no transplante cardíaco e 55 miocardiopatas de diferentes etiologias (idiopática, chagásica, isquêmica e outras). Foram avaliados no tecido miocárdico: celularidade inflamatória (quantificação de linfócitos T - CD3, macrófagos - CD68, linfócitos B - CD20, leucócitos ativados - CD45R0), expressão de HLA classe II e ICAM-I. Resultados: a tabela demonstra a comparação entre as 2 populações CD3 (céls/mm2) Doadores (29) 4, 42 (1, 25 – 7, 9) CD68 (céls/mm²) 27, 8 (14, 5 – 34, 6) CD20 (céls/mm2) CD45R0 (céls/mm²) HLA II (% de área) ICAM-I (% de área) 0 (0 – 0, 4) 8, 22 (3, 69 – 14, 85) 1, 33 (0, 68 – 2, 4) 1, 4 (0, 7 – 4, 86) Miocardiopatias (55) 9, 99 (5, 84 – 24, 38) 21, 31 (13, 95 – 33, 75) 0, 5 ( 0 – 1, 62) 11, 17 (4, 83 – 28, 6) 1, 047 (0, 34 – 2, 01) 1, 46 (0, 64 – 3, 1) p <0, 0001 0, 51 0, 013 0, 19 0, 13 0, 58 Conclusão: os doadores de transplante cardíaco apresentam parâmetros de inflamação no tecido miocárdico semelhantes aos miocardiopatas, exceto pela menor intensidade de infiltrado linfocitário. Tais achados podem estar relacionados ao desenvolvimento de eventos no pós-transplante cardíaco como disfunção do enxerto, rejeição e doença vascular. Cardiopediatria TL 061 Dupla translocação truncal: descrição da técnica e resultados iniciais Furlanetto Gláucio, Furlanetto Beatriz, Henriques da Costa Sandra, Lopes M Lilian, Porto C, Martini E Maria, Pereira NT Maria Emilia, Espinosa C Elssi Instituto Furlanetto - Beneficência Portuguesa de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil INTRODUÇÃO:Aoperação de Jatene (OJ) é a cirurgia de escolha para se corrigir Transposição das Grandes Artérias (TGA). No seguimento tardio pode ocorrer obstrução coronariana, dilatação da neoaorta e insuficiência da neovalva aórtica. Com o objetivo de se evitar o desenvolvimento de dilatação da neoaorta e da lesão nas artérias coronárias, nós estamos propondo a realização da cirurgia de Dupla Translocação Truncal (DTT). DESCRIÇÃO DA TÉCNICA CIRÚRGICA: Após realização de toracotomia mediana transesternal, é instalado circulação extracorpórea (CEC) com hipotermia leve e proteção miocárdica com solução cardioplégica sanguinea potássica. O tronco aórtico é retirado do ventrículo direito incluindo a valva aórtica e as artérias coronárias e o tronco pulmonar é retirado com a valva pulmonar do ventrículo esquerdo. Realiza-se então a translocação do tronco aórtico para o ventrículo esquerdo e a translocação do tronco pulmonar para o ventrículo direito. Caso 1: Recém-nascido de 4 dias de vida com peso de 3.310 gr, do sexo masculino, com diagnóstico ecocardiográfico de TGA com septo ventricular íntegro. Realizado cirurgia de DTT e manobra de Lecompte. O tempo de CEC foi de 174 minutos e o de pinçamento da aorta de 112 minutos. Caso 2: Recém-nascido de 29 dias de vida com peso de 3.900 gr, do sexo feminino, com diagnóstico ecocardiográfico de TGA com comunicação interventricular. Realizado cirurgia de DTT sem manobra de LeCompte. O tempo de circulação extracorpórea foi de 152 minutos e o de pinçamento da aorta de 104 minutos. No seguimento de 1 ano as duas crianças estão em classe funcional I (NYHA) e eletrocardiograma com ritmo sinusal, bloqueio de ramo direito e ausência de isquemia miocárdica. O exame ecocardiográfico revelou função normal dos ventrículos direito e esquerdo e ausência de regurgitação das valvas pulmonar e aórtica. CONCLUSÃO: Acreditamos que a translocação aórtica pode reduzir a dilatação da neoaorta e também as alterações do endotélio das artérias coronárias que podem ocorrer no seguimento tardio da OJ. Acreditamos também que a realização da DTT oferece uma correção anatômica completa em coracões com TGA, colocando o tronco aórtico na via de saída do ventrículo esquerdo e o tronco pulmonar na via de saída do ventrículo direito. TL 062 Estudo ecocardiográfico longitudinal em crianças com a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA): seguimento de 17 anos MARIA SUELY BEZERRA DIÓGENES, Regina Célia de Menezes Succi, Valdir Ambrósio Moisés, Celia Maria Camelo Silva, Daisy Maria Machado, Solange Bernardes Tatani, Antônio Carlos C. Carvalho HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Fundamento: A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é uma doença crônica causada pelo virus da imunodeficiência humana (HIV), caracterizada por imunosupressão progressiva e comprometimento de múltiplos órgãos. O envolvimento cardiovascular em crianças com SIDA ocorre de forma lenta e gradual e, é mais frequente na fase avançada da doença. As alterações ecocardiográficas mais freqüentes são dilatação e disfunção ventricular esquerda e embora essas alterações possam ser subclínicas, representam fatores de risco para aumento da mortalidade. Objetivos: Estudar prospectivamente o perfil cardiovascular de crianças com SIDA pela ecocardiografia Metodologia: Foram estudadas longitudinalmente pela ecocardiografia bidimensional com Doppler entre 1995 e 2012, 46 crianças HIV-positivas com transmissão vertical que evoluíram para SIDA, sendo 25 do sexo masculino e 21 do sexo feminino, idade de inclusão entre 4 meses e 11 anos, média de 6 anos, com classificação clínicoimunológica variando de N1 a C3 segundo o “Centers for Disease Control” de1994. O tempo médio de seguimento foi de seis anos por criança. Resultados: foram encontradas alterações em 12 crianças (26%): insuficiência tricúspide leve: 16, 6%; insuficiência mitral leve: 8, 3%; insuficiência aórtica leve: 8, 3%; dilatação importante de aorta ascendente: 8, 3%; dilatação leve de ventrículo esquerdo (VE): 8, 3%; derrame pericárdico grande com tamponamento: 16, 6%; dilatação com disfunção de VE variando de grau leve para importante: 33, 3%; hipertensão pulmonar de grau importante com disfunção de ventrículo direito: 8, 3%. Oito casos (66, 6%) pertenciam à classificação clínico-imunológica avançada (C3) e os demais tinham sintomas e sinais moderados da SIDA. Houve reversão da dilatação com disfunção grave de VE em uma paciente em fase avançada (C3), atualmente clinicamente estável com idade de 18 anos. Quatro crianças faleceram: 3 tinham dilatação com disfunção ventricular (miocardiopatia dilatada) e uma tinha hipertensão pulmonar grave. Conclusões: as alterações cardiovasculares apresentaram-se a partir da classificação B1 (fase moderada) e foram mais frequentes na classificação C3 (fase avançada). A alteração mais comum foi a miocardiopatia dilatada e apesar de ter sido um sinal de gravidade, houve reversão em um caso. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 127 TL 063 Síncope em adolescentes avaliados com escore clínico e Tilt Test. Análise de 125 pacientes ROGERIO ANDALAFT, Dalmo A R Moreira, Ricardo Habib, Heloisa Khader, Paula Vargas, Carla de Almeida, Mariana F Nogueira, Claudia Fragata, Bruno Valdigem, Adriana Froes INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: Síncopes são responsáveis, nos serviços pediátricos, por pelo menos 1%dos atendimentos em salas de emergência. Cerca de 15% das crianças apresentarão pelo menos um episódio até a segunda década de vida. Os escores clínicos triam casos de sincope cardíaca versus neuromediada, sendo úteis para uso em urgência pediátrica. Objetivos: Traçar o perfil de 125 pacientes(p) adolescentes portadores de sincope e ou pré sincope de característica neuromediada triada com escore clinico EGSYS(<3 indicativo sincope neuromediada) e submetidos ao Tilt Test (TT) sensibilizado ou não farmacologicamente. Métodos: Todos os p foram avaliados clinicamente no ambulatório de eletrofisiologia pediátrica e indicados para TT pelo escore EGSYS menor que 3. Apenas 2 p tinham escore elevado (TT como ultimo exame). Os protocolos de TT foram: a) passivo – 40 minutos de inclinação a 70 graus; b)sensibilizado – utilizando isoproterenol e 40 minutos de inclinação. O exame era interrompido pelo tempo maximo ou pela presença de sintomas de pré sincope e ou sincope. Resultados: 125 p (50 masc e 75 fem, idade media 15, 4 anos variando de 10 a 20 anos), com coração normal (77, 6%) ou sem cardiopatias de repercussão no momento da avaliação (22, 4%). O EGSYS era menor que 3 em 98, 4% dos p. Os p apresentavam em media 4, 7(± 5.9) episódios na vida com média de 3 (±4) episódios no último ano precedendo a avaliação. 90p (72%) apresentavam historia de sincope isolada, 21p (16, 8%) possuíam pré sincope associada a sincope e 14p(11, 2%) apresentavam apenas pré sincope. 53p (42, 4%) apresentaram durante a avaliação TT positivo. A primeira avaliação passiva do Tilt Test foi 32% (40 de 125p) (67, 5% resposta mista, 22.5% cardioinibitória, 7, 5% vasodepressora, 2, 5% taquicardia postural). A sensibilização do exame adicionou apenas 10, 4% ao total de diagnósticos no TT.Conclusão: A utilização dos escores clínicos com analise do ECG e do exame físico devem ser a base do diagnóstico dos episódios de síncope neuromediada, pois o TT entre jovens pode apresentar resposta variável em diferentes grupos e baixa sensibilidade, mesmo quando sensibilizado farmacologicamente TL 064 DIAGNÓSTICO PRECOCE DA SÍNDROME DE DIGEORGE EM RECÉM-NASCIDOS E LACTENTES PORTADORES DE CARDIOPATIA CONGÊNITA MARCÍLIA SIERRO GRASSI, LESLIE KULIKOWSKI, JERUSA ARANTES, ROBERTA DUTRA, MARIA ESTHER CECCON, VERA LUCIA KREBS, NANA MIURA, MARCELO JATENE, WERTHER B. CARVALHO, MAGDA CARNEIRO-SAMPAIO INSTITUTO DA CRIANÇA DO HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: A Síndrome de DiGeorge (SDG) está associada à deleção 22q11.2 e caracteriza-se por malformações congênitas, incluindo defeitos cardíacos e dos grandes vasos, hipoplasia ou aplasia do timo (levando a imunodeficiência) e paratireoides e dismorfismos faciais. OBJETIVOS: Investigar SDG em recém-nascidos (RN) e lactentes portadores de cardiopatia congênita, visando a detecção precoce e a abordagem clínica adequada. METODOLOGIA: Em portadores de cardiopatia congênita com até 1 ano de vida internados em UTI Neonatal e Cardiológica, está sendo realizada a triagem genômica quantitativa por multiplex ligation-dependent probe amplification (MLPA), utilizandose os kits P250-B1 e P356-A1, que permitem a detecção rápida da variação do número de cópias gênicas. RESULTADOS: Num período de 6 meses foram avaliados 33 pacientes com as seguintes cardiopatias: Tetralogia de Fallot (15, 7%), Transposição de Grandes Artérias (13, 1%), Atresia Pulmonar/Estenose Pulmonar (10, 5%), Dupla Via de Saída de VD/Dupla Via de Entrada de VE/ Interrupção do arco aórtico (7, 9%), Coarctação de Aorta/ Drenagem Anômala das Veias Pulmonares (5, 3%), Atresia mitral/ Hipoplasia do arco aórtico/ Origem anômala de artéria pulmonar/ Defeito total do septo A-V/ Estenose mitral/ estenose aórtica/ Arco aórtico à direita (2, 6%). Foi diagnosticada a SDG em 2 pacientes entre os já examinados pela técnica de MLPA. CONCLUSÃO: O diagnóstico precoce da DGS é fundamental, devido à significativa morbimortalidade no primeiro ano de vida. O alerta para se suspeitar desse diagnóstico em RN é a presença de cardiopatia congênita, associada ou não com hipocalcemia e/ ou hipoplasia ou ausência tímica no RX de tórax. É imprescindível a utilização de uma técnica citogenética/genética molecular para confirmar o diagnóstico. TL 065 Experiência do uso de homoenxerto em posição pulmonar em crianças e adultos jovens, avaliando a incidência de falência da prótese e os fatores possivelmente envolvidos na evolução. Frigini L. C., PESSOTTI C F X, JATENE M B, OLIVEIRA P M, PASSOS F M, JATENE I B, ELIAS P F, KHAZAAL E J B, JATENE N F, BARANAUSKAS J C B HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP – BRASIL Próteses valvares na faixa etária pediátrica tem sido objeto de frequentes estudos, levando em conta a dificuldade na anticoagulação no uso de próteses metálicas e a degeneração precoce dos produtos de material biológico, levando a um número indesejável de reintervenções ao longo da vida. Neste contexto cirurgiões cardíacos têm dado preferência ao uso do homoenxerto (HE) em substituição de valvas cardíacas, na faixa etária pediátrica. No seguimento a médio e longo prazo de pacientes que receberam HE para a reconstrução da via de saída do ventriculo direito (RVSVD). Diversos estudos tem mostrado, em diferentes proporçoes, disfunção no HE por degeneração e calcificação, levando a diferentes graus de estenose com e sem necessidade de reintervenção. Objetivos Análisar o uso de HE na RVSD em serviço de referência em cardiopatias congenitas da cidade de São Paulo, avaliando a evolução tardia destes pacientes e ocorrência de disfunção da prótese, procurando identificar o tempo de sobrevida livre de reintervenção e os fatores possivelmente envolvidos na evolução desfavorável. Métodos Foram avaliados de maneira retrospectiva, 61 pacientes submetidos ao implante de HE em posição pulmonar na reconstrução da via de saída do ventrículo direito, no período de 1995 a 2010, levando em conta o tipo de cardiopatia congênita, a idade da primeira intervenção e idade do implante do HE. Com relação a prótese, avaliamos o tipo, idade do doador, estado de conservação e compatibilidade ABO-Rh. Avaliamos a implicação do uso de AAS e hemotransfusão no pós-operatório. Considerando falência do HE a insuficiência, no mínimo moderada e a estenose com no mínimo, 50 mmHg de gradiente sistólico. Resultados: 61 pacientes submetidos a implante de HE em situação pulmonar com idade media de 11 anos (139 anos), sendo que 68% mantem acompanhamento atualmente e entre eles 50% tem lesão residual significativa; 7 pacientes (11, 4%) necessitaram de intervenção no HE, ou mesmo troca, sendo que um dos pacientes teve seu HE trocado por duas vezes, devido a calcificação da prótese. 57% do sexo masculino. O tempo de seguimento foi de 3 anos e seis meses, variando de 3 meses a 9 anos. Na evolução tardia, as próteses descelularizadas ou criopreservadas não evidenciaram, superioridade na durabilidade. TL 066 Perfil lipídico de uma população pediátrica portadora de cardiopatia congênita Elias, P F, Contín, G V F, Redondo, A C C, Shiraishi, K S, Pessotti, C F X, Piante, L S, Souza, R, Jatene, I B HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP – BRASIL Embora a determinação do colesterol total na população pediátrica seja parte das recomendações atuais de triagem de dislipidemia, pouco se sabe sobre a prevalência desta condição em crianças portadoras de cardiopatia congênita. O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil lipídico de uma população pediátrica portadora de cardiopatia congênita seguida em um serviço terciário. Foi feita a análise retrospectiva de todos os pacientes em seguimento que tiveram o perfil lipídico determinado ao longo dos últimos 12 meses. A avaliação nutricional baseou-se no Z-score do Índice de Massa Corporal (IMC) estabelecido pela OMS em 2007 enquanto que o perfil lipídico foi determinado segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia em 2005. Foram avaliados 52 pacientes, cuja média de idade foi de 10, 4 anos, com proporção entre sexo feminino e masculino de 1, 38:1 e que foram divididos em três grupos conforme o nível de Colesterol Total (CT): desejável (24 pacientes (46, 1%)), limítrofe (11 pacientes(21, 2%)) e aumentado (17 pacientes(32, 7%)). Não houve diferença na idade e no gênero entre os 3 grupos. Dos 17 pacientes com CT aumentado, 7 apresentavam níveis elevados de LDL caracterizando 13, 4% da população total do estudo (IC95% de 6, 7 a 25, 2%), sendo que apenas 2 (28, 5%) destas crianças eram obesas enquanto que 4 (57, 1%) eram eutróficas. Nossos resultados sugerem uma prevalência de aumento de CT e LDL neste subgrupo semelhante a previamente descrita para crianças sadias; mais ainda, reforçam a necessidade de rastrear a presença de dislipidemia na população pediátrica portadora de cardiopatia congênita independentemente do estado nutricional. 128 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Cirurgia Cardiovascular TL 067 A Apneia Obstrutiva do Sono está Associada à Maior Incidência de Complicações Pós-Operatórias em Pacientes Submetidos à Revascularização Miocárdica Carlos H. G. Uchôa, Naury J. Danzi-Soares, Altay A. L. de Souza, Flávia B. Nerbass, Rodrigo P. Pedrosa, Luis A. M. César, Geraldo Lorenzi-Filho, Luciano F. Drager INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição clínica muito comum que tem sido associada com uma maior morbimortalidade cardiovascular. Em cirurgias não cardíacas, a presença da AOS parece promover maiores complicações pós-operatórias. No entanto, é pouco conhecido se a AOS está independentemente associada com maiores complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à revascularização miocárdica (RM). Métodos: Estudamos 67 pacientes consecutivos que foram internados para a cirurgia de RM. No período pré-operatório, realizamos medidas antropométricas, questionários de avaliação do sono (Berlin e Epworth) e a monitorização portátil do sono para diagnóstico da AOS (definido por um índice de apneia-hipopneia >15 eventos/hora de sono). Dados da cirurgia foram coletados. Os pacientes foram seguidos no período pós-operatório (intra e extra- hospitalar). Resultados: A AOS ocorreu em 37 pacientes (55, 2%). Nenhum paciente tinha o diagnóstico prévio de AOS. Em comparação com indivíduos sem AOS, pacientes com AOS tiveram uma tendência a serem mais velhos (56±7 vs. 59±8 anos; p=0, 05) e maior % do sexo masculino (63 vs. 84%; p=0, 08). Não houve diferenças nas características da cirurgia de RM. O seguimento médio foi de 4, 5 anos. Em comparação com indivíduos sem AOS, pacientes com AOS tiveram uma maior quantidade de complicações pós-operatórias totais (30 vs. 92%; p=0, 0001), maior incidência de novos episódios de angina típica (17 vs. 43%; p=0, 03) e fibrilação atrial (0 episódios vs. 10 episódios; p=0, 0015). Não houve diferença na frequência combinada de eventos cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, necessidade de revascularização e óbito cardiovascular (2 vs. 4%; p=0, 68). Na análise multivariada, a presença da AOS foi um fator independentemente associado à ocorrência de complicações pós-operatórias (OR 136, 1; IC 95% 9, 7 – 1901, 3; p<0, 001); angina típica (OR 20, 2; IC 95% 2, 2 – 184, 3; p=0, 008) e fibrilação atrial (OR 4, 48; IC 95% 0, 000; p=0, 003). Conclusões: A AOS é muito comum, subdiagnosticada e está independentemente associada à complicações cardiovasculares em pacientes submetidos à RM. Estes achados sugerem que a AOS pode contribuir para aumentar a morbidade pós-operatória deste procedimento cirúrgico. TL 068 MORTALIDADE É DOSE-DEPENDENTE DE UNIDADES DE HEMÁCIAS TRANSFUNDIDAS APÓS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA ANTONIO ALCEU SANTOS, ALEXANDRE G SOUZA, RAQUEL F PIOTTO, FELIPE A M STELA, DOUGLAS N GARCIA, AMÉRICO T JUNIOR, THIAGO E NISHIMURA, SAULO S L BRITO, ARTUR PIPOLO HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL INTRODUÇÃO As transfusões de sangue é uma prática médica amplamente utilizada em cirurgia cardíaca. Em alguns hospitais a taxa de transfusão de glóbulos vermelhos (TGV) chega a ser de 92, 8%. Isso tem contribuído para a escassez de hemoderivados nos bancos de sangue em todo o mundo. No futuro, teremos que conviver com a possibilidade de não haver sangue disponível para todos os procedimentos médicos. Já está fortemente estabelecido a relação entre TGV e morbimortalidade após cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). Na última década, vários estudos reportaram redução da sobrevida após hemotransfusões maciças. Alguns autores já haviam evidenciado uma maior mortalidade com apenas uma unidade de hemácias transfundida em CRM. Porém, recentemente, outro estudo tentou demonstrar que esse efeito deletério na mortalidade se torna significativo somente quando se transfunde quatro ou mais unidades de hemácias. OBJETIVO Avaliar se a mortalidade é dosedependente de unidades de hemácias transfundidas após CRM. MÉTODOS Entre junho de 2009 e julho de 2010, analisamos 1888 pacientes. Dividimos estes em 6 subgrupos conforme receberam uma, duas, três, quatro, cinco e seis ou mais unidades de hemácias e, após 1 ano da CRM, calculamos a taxa de mortalidade em cada subgrupo. Para a obtenção do odds ratio foi utilizado o modelo de regressão logística multivariada. RESULTADO A transfusão de apenas um concentrado de hemácias (CH) já resulta em maior mortalidade (OR 1, 42; IC 95% 0, 87 – 2, 34; P = 0, 165). Com 2 CH esse efeito é, significativamente, maior com um odds ratio de 1, 94 (IC 95% 1, 22 – 3, 09; P = 0, 005); com 3 CH o odds ratio foi de 4, 17 (IC 95% 2, 56 – 6, 78; P <0, 001); com 4 bolsas temos odds ratio de 4, 22 (IC 95% 2, 43 – 7, 35; P <0, 001); com 5 bolsas tivemos um odds ratio de 8, 70 (IC 95% 4, 62 – 16, 38; P <0, 001) e, finalmente, com 6 ou mais CH a mortalidade mostrou excessivamente alta com um odds ratio de 33, 33 (IC 95% 20, 81 – 53, 37; P <0, 001). CONCLUSÃO A mortalidade é dosedependente ao número de unidades de hemácias transfundidas em CRM, sendo que quanto mais unidades de glóbulos vermelhos transfundidos maior será a mortalidade no pós-operatório. É necessário e urgente mudar a prática médica transfusional e buscar opções terapêuticas aos hemoderivados. TL 069 Vascular reactivity after hypoxia-induced versus cardioplegic solutions. Experimental study. Fiorelli AI, Batista PR, Simões FV, Lima ML, Gomes OM, Vassalo DV Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Espirito Santo - Vitória - Espirito Santo - Brasil, Pós-Graduação da Fundação São Francisco de Assis – Minas Gerias - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil Previous studies have demonstrated that the existing methods of myocardial protection are not able to avoid the undesirable effects of ischemia and the reperfusion phenomenon. However, the mechanisms of action of protecting solutions used for cardiac transplantation on vascular function are not described yet. This study aims to compare the efficiency of vascular protection by using the protecting solutions, Krebs-Henseleit (KH), Ringer, Bretschneider-HTK (BHTK), St. Thomas (ST) and Celsior solutions, in preparation of isolated aorta rings of rats submitted to one-hour hypoxia. Male Wistar rats, 3 months old, were used. The animals were anesthetized and the thoracic aorta was removed and placed in KH solution for cleaning of connective tissue and fat, and cut in rings with 3 to 5 mm. The record of isometric tension, as percentage of KCl-induced contraction, of each ring was obtained as proposed by Marin et al. (1998). Vascular reactivity was used to investigate pressor responses to phenylephrine (PHE, 1010 to 10-4 M) before and after 1 hour of hypoxia, at 36.5OC, in rings exposed to KH During hypoxia aortic rings were exposed to the protecting solutions, Ringer, BHTK, ST and Celsior, and KH used as control. Financing: CAPES, FAPES/CNPq. Results showed an increased maximum response (Rmax) (KH: 146±14.5% n = 7 vs ST: 184±10.5%, p < 0.05 n=10) and sensitivity y (pD2) (KH:-6.02 ± 0.5 n = 7 vs ST8.07±0.24, p < 0.05 n=8) in aorta rings exposed to ST in KH solution. There was no change of these parameters with the other protecting solutions. This is the first report to show an increased vascular reactivity in aortic rings exposed to the protective solution ST, when submitted to 1 hour of hypoxia, showing a pattern that suggests endothelial dysfunction. Results suggested that the ST solution was the less efficient for vascular protection. inducing endothelial injury due to an increased content of ion Ca++ and K+ in its composition. Results also suggest that the ST solution might be a risk factor for cardiac protection during transplantation procedures TL 070 Ventilação com conceito de pulmão aberto determina melhor preservação da função pulmonar, capacidade funcional e resultados clínicos após cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea DOUGLAS W BOLZAN, Vanessa Mendez, Antônio CC Carvalho, Ângelo AV De Paola, Walter J Gomes, Solange Guizilini Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil Nós hipotetizamos que a ventilação com conceito de pulmão aberto (CPA) por gerar menor impacto sobre a função pulmonar poderia ser capaz de promover uma melhor preservação da capacidade funcional após a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) sem circulação extracorpórea (CEC). Objetivo: comparar a função pulmonar, capacidade funcional, eventos respiratórios e resultados clínicos entre a ventilação mecânica convencional (VMC) e a ventilação com CPA tardio e precoce no pós operatório de CRM sem CEC. Métodos: Após randomização, um total de 92 pacientes submetidos a CRM eletiva sem CEC, divididos em 3 grupos foram analisados: Grupo 1 - VMC; Grupo 2 - Ventilação com conceito de pulmão aberto tardio (PAT) - iniciado somente após a chegada na UTI e Grupo 3 - Ventilação com conceito de pulmão aberto precoce (PAP) - iniciado logo após a indução anestésica. Em ambos os grupos com CPA, manobras de reexpansão pulmonar foram aplicadas e PEEP de 10 cmH2O foi mantida até extubação. CVF e VEF1 foram avaliados a beira do leito no pré, 1°, 3° e 5° dias de pós-operatório (PODs 1, 3 e 5). PaO2 e fração de shunt pulmonar foram avaliadas no pré e POD1; o teste de caminhada de seis minutos (TC6’) foi aplicado no pré e POD5. A ocorrência de eventos respiratórios (atelectasias, derrame pleural, pneumonia, pneumotórax) e resultados clínicos (tempo de intubação e permanência hospitalar) também foram avaliados. Resultados: ambos os grupos com CPA apresentaram maior CVF e VEF1, expressa como uma percentagem do valor pré-operatório, nos PODs 1, 3 e 5 em relação ao grupo VMC. Resultados semelhantes foram encontrados em relação à distância percorrida no TC6’. A fração de shunt foi mais baixa e a PaO2 foi maior nos dois grupos com CPA em relação ao grupo VMC. Os grupos com CPA também apresentaram menor ocorrência de eventos respiratórios, tempo de intubação e permanência hospitalar em relação ao grupo VMC. Não foi encontrada diferença estatística em relação aos resultados acima mencionados, quando os grupos PAP e PAT foram comparados. Conclusão: a ventilação com CPA foi capaz de promover maior preservação da função pulmonar e da capacidade funcional, menor prevalência de eventos respiratórios e melhores resultados clínicos após a CRM sem CEC quando comparada a VMC. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 129 Doença Arterial Coronária TL 071 Apnéia Obstrutiva do Sono no Espectro da Doença Arterial Coronariana Glaucylara R Geovanini, Naury de Jesus Danzi-Soares, Luciano F Drager, Luciana O C Dourado, Nilson T. Poppi, Alexandre C. Pereira, Luis Antonio Machado Cesar, Luis Henrique W.Gowdak, Geraldo Lorenzi-Filho INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução:A Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) é uma condição clínica comum nas doenças cardiovasculares, mas frequetemente subdiagnosticada. A AOS ainda não foi avaliada no espectro da doença arterial coronariana (DAC), incluindo a DAC estável e a angina refratária (AR), sendo esta última uma condição extrema e debilitante de DAC. Métodos:Avaliamos pacientes (pac) consecutivos com DAC estável (com indicação de revascularização miocárdica cirúrgica) e AR (sintomas isquêmicos persistentes e graves, apesar de terapia anti-anginosa otimizada) em tratamento regular nos ambulatórios de coronariopatias e de AR. Independentemente de queixas específicas do sono e sem diagnóstico prévio, foram submetidos a questionários que avaliam o risco de AOS, sintomas de sonolência excessiva diurna e exame de polissonografia noturna (exame de escolha para o diagnóstico de AOS). Resultados:Avaliados 70 pac DAC estável (75% masculino; idade média: 57±7, 5 anos; índice de massa corpórea (IMC): 28, 5±4 kg/m2) e 60 pac AR (60% masculino; idade média: 61±10 anos; IMC: 30±4, 5 kg/m2). Houve diferença estatística quanto aos grupos, o AR mais idoso e maior IMC (p=0, 01 e 0, 03, respectivamente) e o DAC estável com maior porcentagem de sexo masculino(p=0, 05).A frequencia da AOS (índice de apneia-hipopneia (IAH) ≥10 eventos/h de sono) foi comum na DAC estável (64, 5%), porém mais comum ainda na AR (83, 5%; p=0, 01).A AOS grave (IAH ≥30 eventos/h de sono) também foi mais prevalente no grupo AR comparado ao DAC estável (46%, X 27%-respectivamente, p=0, 02). Após ajuste para idade, sexo e IMC, a taxa de risco para apnéia nos dois grupos foi mais que o dobro no grupo AR (2, 47) em relação ao DAC estável (1, 0), mas sem significância estatística (p=0, 06).Nos pac AR, observamos uma qualidade do sono ruim com reduzidos tempo total de sono (299 min X 356 min, p<0, 001) e eficiência do sono (65% X 79%, p<0, 001).A queixa de angina diurna esteve presente no grupo DAC estável (74, 5%), sendo maior no grupo AR(90%), p=0, 02.Conclusões: A AOS é comum em pac com DAC, especialmente naqueles pac portadores de AR. A gravidade da AOS também esteve mais frequente no grupo AR o que nos alerta para o subdiagnóstico desta doença neste grupo de pac já refratários a queixa de angina. A queixa de angina pode estar correlacionada com a presença de AOS TL 072 Predição de risco de múltiplos marcadores trombogênicos e aterogênicos na doença arterial coronária precoce. ANTONIO P. MANSUR, Julio Y Takada, Célia M C Strunz, Solange D Avakian, Luíz A M César, José A F Ramires INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL A participação de marcadores trombogênicos e aterogênicos na predição de risco da doença arterial coronária (DAC) precoce é controversa. O objetivo deste estudo foi analisar a predição de risco destes múltiplos marcadores no para DAC precoce. Métodos: estudo transversal, caso-controle, pareados por idade, analisou em 336 pacientes com DAC precoce ( 50% de redução luminal), ou com um infarto do miocárdio prévio diagnosticado por dor precordial e alterações eletrocardiográficas típicas. Os dados clínicos e laboratoriais incluíram a análise dos fatores de trombofilia (fibrinogênio, proteína C, proteína S e antitrombina III), fatores aterogênicos (glicose, perfil lipídico, lipoproteína (a), PCRus e apolipoproteínas AI e B), e a mutação rs909253 do fator de necrose tumoral (FNT). A variabilidade genética do FNT foi determinada por amplificação do DNA genômico, por meio de reação em cadeia da polimerase. Para a análise estatística utilizou-se dos testes qui-quadrado, testes t, análise de variância, regressão logística e estatística C. Resultados: observou-se nos pacientes com DAC menores concentrações de HDL-colesterol (45, 7 ± 13, 0 vs 40, 0 ± 13.0mg/dL, p <0, 001), e os níveis mais elevados de glicose (91, 0 ± 11, 2 vs 99, 2 ± 39.7mg/dL, p = 0, 005 ), lipoproteína (a) (31, 4 ± 32, 1 versus 43, 3 ± 45.0mg/dL, p <0, 001), e proteína S (63, 4 ± 23, 0 versus 73, 0 ± 21, 7%, p = 0, 038). A frequência de AA, AG, e genótipos GG da mutação rs909253 foram, respectivamente, 55, %, 37, 6%, e 7, 4% para os controlos e 42, 7%, 46, 0%, e 11, 3% para os pacientes (p = 0, 02). Além de tabagismo, dislipidemia familiar, Lp (a) (OR 1, 29 IC 95% 1, 01-1, 65, p = 0, 042) e mutação rs909253 em homens (OR 3, 38, 95% CI 1, 03-11, 10, p = 0, 007) foram as variáveis independentes para DAC. A AUC (estatística C) aumentou de 0, 779-0, 802 (p <0, 05) com a inclusão da Lp (a) e da mutação rs909253 aos fatores de risco convencionais. Conclusão: a Lp (a) e a mutação do FNT aumentaram a previsão de risco na DAC prematura. TL 073 CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEIS CIRCULANTES DE ADIPONECTINA TOTAL E DE ALTO PESO MOLECULAR COM APRESENTAÇÃO CLÍNICA E EXTENSÃO DA DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA EM PACIENTES SUBMETIDOS À CORONARIOGRAFIA ELETIVA Rodrigo A Souza, Cláudia M. R. Alves, Carolina V. S. de Oliveira, Pedro Saddi-Rosa, Felipe Crispim, José M. A. de Sousa, André F. Reis, Antônio C. Carvalho HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: Adiponectina, uma adipocina liberada pelo tecido adiposo e codificada por gene que possui relação com a presença de doença arterial coronária (DAC), tem demonstrado propriedades anti-inflamatórias e anti-aterogênicas. Seu nível sérico tem relação inversa c/ presença e complexidade de DAC. OBJETIVO: Correlacionar níveis de adiponectina total (AT), de alto peso molecular (HMW) e a raz&ati lde;o entre estas c/ a extensão da DAC e a quadro clínico de pacientes (P) submetidos a cateterismo cardíaco eletivo (cate). MÉTODOS: De mar/2008 a jun/2010, avaliados 626 P submetidos a cate em dois centros terciários. Pacientes portadores de doença renal crônica (clearence de creatinina < 60 ml/min), inflamação ativa, neoplasia, cirurgia de revascularização do miocárdio ou doença da tireóide foram excluídos. Dados clínicos foram coletados transversalmente, bem como amostra sanguínea p/ dosagem de AT e HMW. Cates foram revisados pelo pesquisador e por um 3o observador, qdo discordante do laudo oficial. Considerada estenose significativa, obstrução > 70% em artéria epicárdica principal. Além disso, estimou-se carga isquêmica pelo escore de risco angiográfico de Duke. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Varíaveis contínuas apresentadas em média ± DP ou mediana. Diferenças entre grupos avaliadas pelos testes t e ANOVA. Variáveis categóricas apresentadas em percentuais, analisadas pelo teste qui-quadrado. Relações entre variáveis foram analisadas por regressão linear e teste de Kruskal-Wallis, com α < 0, 05. RESULTADOS: Incluídos na análise final 224 P, com DAC obstrutiva, divididos em dois grupos, de acordo com a indicação do cate, em DAC estável ou instável. Houve predomínio do sexo masculino (62, 5%), idade média=59, 2+9, 84 anos.Os grupos foram semelhantes qto as demais características demográficas, clínicas, laboratoriais e angiográficas. Níveis séricos de AT(p=0, 1), HMW (p=0, 42), bem como razão entre elas (p=0, 42) foram semelhante s nos grupos c/ DAC estável ou instável, bem como após estratificação qto a carga isquêmica pelo escore de Duke (p=0, 760, 0, 447 e 0, 412, respectivamente). CONCLUSÃO: Níveis séricos de AT, HWW e a razão entre eles não tiveram relação com a apresentação clínica (estável ou instável) e a extensão de DAC em uma grande população brasileira. 130 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 074 Papel das estatinas na lesão miocárdica e nos marcadores inflamatórios em pacientes submetidos a implante eletivo de stent coronário Gilmar Valdir Greque, Carlos V. Serrano Jr, Jose C. Nicolau, Jose L. B. Jacob, Pedro Garzon, Flavio Pivatelli, Marcio dos Santos, Ralf Karbstein, Marcus V.B. Gaz INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, IMC - SÃO J. Rio Preto - SP - Brasil Resumo Título:Papel das Estatinas na Lesão Miocárdica e nos Marcadores Inflamatórios em Pacientes Submetidos a Implante Eletivo de stent Coronário. Introdução. A elevação dos marcadores inflamatórios e de necrose miocárdica, após intervenção coronária percutânea, pode interferir nos resultados clínicos. No entanto, pouco se conhece sobre a terapia com estatinas pré-procedimento na redução destes marcadores em pacientes estáveis de baixo risco. Objetivo. Avaliar se o uso de estatina, antes do implante eletivo de stent coronário (ISC), reduz os níveis plasmáticos de marcadores inflamatórios e de necrose miocárdica, em pacientes com doença arterial coronária (DAC), estáveis e de baixo risco. Métodos. Neste estudo observacional prospectivo, 100 pacientes (n=50 em uso de estatina vs n=50 sem uso de estatina) com DAC estável foram submetidos à implante eletivo de stent coronário. Marcadores inflamatórios (proteína C reativa [PCR], interleucina[IL] -6, fator de necrose tumoral-α e matrix metaloproteinase-9) e marcadores de necrose miocárdica (troponina I e CK-MB ) foram dosados antes e 24 horas após o implante eletivo de stent coronário. Resultados.Todos os pacientes apresentaramum aumento significativo dePCR e IL6, após ISC.No entanto, esse aumento foi anuladoem pacientes que faziam uso de estatinaantes de ISC em relação àqueles que não tomavam estatina: 75% vs150%(p <0, 001) e 192% vs 300% (p <0, 01) respectivamente. Os outrosmarcadores próinflamatóriosforam semelhantes paraos dois grupos depacientes.TroponinaI eCK-MB não se alterou, após ISC, independentemente, da terapia com estatinaanteriorou não. Conclusão. O pré-tratamentocomestatinareduz a magnitudeda inflamação após ISC, demonstrada por aumentossignificativamente menores dePCReIL-6, em pacientes com DAC, estável e de baixo risco.Lesão miocárdicaperiprocedimento foi irrelevante enão foi afetada pelaterapia com estatinapré-procedimentonesta população. Descritores: 1.Doença da artéria coronária 2.Angioplastia 3.Infarto do miocárdio 4.Inflamação 5.Stents. TL 075 ANÁLISE CONARIOGRÁFICA E PREDITORES DE DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA GRAVE NA AVALIAÇÃO PRÉ-TRANSPLANTE RENAL EM PACIENTES ASSINTOMÁTICOS, DE ALTO RISCO CLÍNICO. PEREIRA Jr, EC, Alves, CMR, Souza, CF, Lima, ERM, Fernandes, RWA, Tedesco-Silva H Jr, Carvalho, ACC, Santos Vaz, ML, Medina Pestana, JO, Lima, VC HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL, HOSPITAL DO RIM - SP BRASIL Introdução:Avaliação cardiológica pré-transplante renal (TR) é prejudicada pela baixa sensibilidade de testes funcionais. Muitos centros optam pela coronariografia (cate) como método de investigaçãoem pacientes(P) de alto risco, mas o método é caro, de baixa disponibilidade e mórbido. Objetivo: Relatar achados anatômicos em gde série consecutiva de P, em avaliação pré-TR, assintomáticos, sem prova funcional e c/ múltiplos fatores de risco para doença arterial coronária (DAC) selecionados p/ cate por protocolo. Método: coorte retrospectiva de P c/ cate indicado pela presença de diabetes mellitus(DM), doença cérebro-vascular, mais de 3 anos de diálise ou presença de 3 ou mais fatores de risco (história familiar positiva, HAS, tabagismo, obesidade, dislipidemia). P c/ previa DAC foram excluídos. Revisão angiográfica e escore isquémico de Duke foram feitos por 2 hemodinamicistas. Na análise de fatores associados à DAC, ajustados modelos de regressão logística simples e múltipla. Resultados:Revisados registros de 200P, c/ cate entre jan/11 a dez/11, sendo observados tempo mediano de diálise de 17meses, idade de 53+11 anos, predomínio do sexo masculino(64%) e alta frequência de HAS(96%) e DM(80%). Fração de ejeção normal em 96% dos P. Lesão grave(>70%) foi detectada em 36% dos P, sendo 44% multiarteriais. Entre P c/ DAC, anatomia de risco como multiarteriais c/ ADA proximal foi encontrada em apenas 15% e lesão de tronco em 1, 5%. Oclusão total de pelo menos 1 artéria em 12, 5%.O escore de Duke médio foi de 1, 4+1, 7(mediana=1). Após o diagnóstico, 60P foram revascularizados(52% por angioplastia). Comparando P c/ DAC vs s/ DAC, entre vários fatores de risco, apenas idade (OR1, 046[1, 016;1, 077]p=0, 003) e antec. familiar (OR2, 26 [1, 078;4, 756]p=0, 03) foram preditores de DAC. A taxa de complicações no cate foi de 1, 5%. Até dez/2012, cerca de 21% recebeu o TR. Conclusão: Cate como triagem anatômica foi seguro. Embora cerca de um terço dos P tenha apresentado DAC grave, anatomias de risco como ADA proximal/tronco/ multiarteriais foram pouco frequentes e o escore isquêmico baixo. Somatória de múltiplos critérios de risco na seleção desta população parece pouco custo-efetiva, revelando uma necessidade de refinamento dos critérios de indicação. TL 076 Efeito da trimetazidina no precondicionamento isquêmico em pacientes portadores de doença coronária multiarterial estável Luis FBC Seguro, Paulo C Rezende, Rosa M Rahmi, Cibele L Garzillo, Eduardo G Lima, Carlos Alexandre W Segre, Desiderio Favarato, Augusto H Uchida, Whady Hueb, Roberto Kalil Filho INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL O precondicionamento isquêmico (PCI) é um fenômeno fisiológico de proteção miocárdica mediado por ativação de mecanismos celulares e pode ser demonstrado pela melhora de parâmetros eletrocardiográficos durante testes ergométricos sequenciais (TES). A trimetazidina tem ação anti-isquêmica por alterar o metabolismo celular do miocárdio. Foi demonstrado elevação de adenosina plasmática, um dos mediadores do PCI, após o seu uso. O objetivo do estudo foi de avaliar o efeito da trimetazidina no PCI avaliado por TES. Métodos: Foram selecionados pacientes estáveis com DAC multiarterial, função ventricular preservada e teste ergométrico positivo. Todos os pacientes foram submetidos a 2 TES com intervalo de 30 minutos (Fase 1: TE1 e TE2). Foi considerado expressão do PCI a melhora do tempo para depressão de 1 mm do segmento-ST (T-1) entre estes dois testes. Os pacientes que expressaram o PCI na Fase 1 fizeram uso de trimetazidina MR 70 mg/dia por 7 dias e repetiram os TES (Fase 2: TE3 e TE4). Resultados: Trinta e seis pacientes do sexo masculino e idade média de 63 ± 6 anos foram selecionados. Vinte e dois pacientes (61%) obtiveram melhora do T-1 na Fase 1 e receberam a medicação. Na Fase 2, a expressão do PCI foi mantida em 81, 8% dos pacientes (n=18). Nestes, a melhora do T-1 foi semelhante nas Fases 1 e 2: (+71 ± 47 segundos vs. +60 ± 30 segundos, p=0, 19). Conclusão: Em pacientes estáveis com doença arterial coronária multiarterial, a trimetazidina não melhora o precondicionamento isquêmico avaliado por testes ergométricos sequenciais. TL 077 Efeitos do consumo de café em diferentes torras na pressão arterial e na tolerância ao exercício de voluntários com doença coronária e voluntários saudáveis. Bruno M Mioto, Miguel A Moretti, Reynaldo V Amato, Daniela Tarasoutchi, Caio B Vianna, José A F Ramires, Roberto Kalil Filho, Luiz A M César INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamento: O café tem motivado pesquisas relacionadas a possíveis alterações que poderiam predispor ao desenvolvimento de doenças do coração. O antagonismo do receptor de adenosina parece ter papel importante tanto nas alterações de PA quanto no desempenho ergogênico. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a pressão arterial e a tolerância ao exercício de pacientes com doença coronariana (DAC) e voluntários saudáveis antes e após o consumo de café. Métodos: Estudo prospectivo no qual foram avaliados 92 indivíduos (36 com DAC e 56 voluntários saudáveis), sendo 44 homens e 48 mulheres, com idade média de 54, 7 ±13, 3 anos. Após 3 semanas de “washout” progressivo de bebidas e alimentos contendo cafeína orientado por nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o consumo de café filtrado primeiro com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas e então com “cross-over” para o outro tipo, com um período total de 8 semanas de consumo de café. O consumo diário de café foi estabelecido entre 450600ml/dia. Após período de “washout” (basal) e após cada período de tomada de café por tipo de torra, os pacientes foram submetidos a teste ergométrico (TE) e MAPA. Analisou-se: tempo total de exercício (∆T Exercício), DP (duplo produto, obtido pelo produto da FC máx. e PAS máx.) no TE, PA Sistólica (PAS) média e PA Diastólica (PAD) média no MAPA. Foram utilizados o teste ANOVA para medidas repetidas. Resultados: Os valores médios ± DP estão listados na tabela abaixo. ∆T Exercício DP PAS Média PAD Média Basal “washout” 623, 8 ±200, 9 23136, 6 ±3897, 7 109, 7 ±10, 4 66, 6 ±7, 9 Torra Escura 661, 8 ±216, 0 23613, 6 ±4284, 7 109, 0 ±15, 1 66, 6 ±8, 2 Torra Média 668, 8 ±217, 3 23420, 3 ±4119, 8 113, 1 ±11, 6 68, 7 ±8, 6 p <0, 001 0, 336 0, 005 0, 006 Conclusões: O consumo contínuo de café nas torras média ou escura pode aumentar a capacidade total de exercício, sem alteração significativa no DP. Com relação a PA, apenas o consumo de café torra média determina discreto aumento tanto da PAS quanto da PAD em relação ao período basal. Não há diferença na PA (Média) quando comparamos o consumo de torra escura e o período basal. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 131 TL 078 Modificação Temporal da Composição da Placa Aterosclerótica em Pacientes com Doença Coronária sob Prevenção Secundária: Desvio de um Perfil Fibrolipídico para um Perfil mais Calcificado Durante Evolução Tardia Breno A A Falcão, Falcão JLA, Silva RC, Morais GR, Falcão RA, Soares PR, Spadaro AG, Esteves A, Kalil-Filho R, Lemos PA INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: As modificações evolutivas dos componentes da placa aterosclerótica coronária em pacientes sob prevenção secundária permanecem pouco conhecidas. O ultrassom intracoronário com técnica de histologia virtual (VH-IVUS) permite avaliar in vivo tais componentes. O objetivo desse estudo foi caracterizar as variações evolutivas da composição da placa aterosclerótica coronária em pacientes sob prevenção secundária no mundo real. Métodos: Conduziu-se um estudo prospectivo e observacional, que incluiu pacientes encaminhados para angioplastia coronária. Durante a intervenção, realizou-se VH-IVUS das três artérias coronárias principais para mensuração dos parâmetros geométricos do vaso (luz, membrana elástica externa, placa+média e volume percentual do ateroma) e dos parâmetros de composição das placas ateroscleróticas coronárias (fibrótico, fibrolipídico, núcleo necrótico e cálcio denso). Os pacientes foram mantidos em prevenção secundária e aqueles que necessitaram de novo cateterismo cardíaco foram submetidos a VH-IVUS seriado das mesmas artérias, sendo incluídos nesse estudo. Resultados: Foram incluídos 52 pacientes com idade média de 57, 8+9, 1 anos, 64% do sexo masculino e 44% diabéticos. Obtiveram-se imagens seriadas, após 20, 6 meses, de VH-IVUS para 184 artérias. Observou-se redução no volume indexado de luz, redução no volume indexado da membrana elástica externa, sem alteração no volume indexado de placa+média ou no percentual de volume do ateroma. Houve variação na composição da placa, com incremento absoluto e relativo dos componentes cálcio denso (2, 0+7, 3% p<0, 01; 0, 10+0, 21mm3/mm p<0, 01) e núcleo necrótico (2, 8+11, 0% p<0, 01; 0, 13+0, 47mm3/mm p<0, 01), redução relativa do componente fibrolipídico (-3, 5+10, 3% p<0, 01; -0, 05+0, 81mm3/mm p=0, 37) sem variação do componente fibrótico (-1, 4+16, 1% p=0, 26; -0, 04+1, 00mm3/mm p=0, 62). Conclusão: Em coronarianos sob estratégias de prevenção secundária no ”mundo real”, o comportamento dinâmico da aterosclerose coronária foi compatível com estabilização da doença, ocorrendo manutenção da quantidade de placa, redução luminal associada a remodelamento negativo do vaso e modificação nos constituintes da placa com desvio progressivo de um “perfil fibrolipídico para um perfil mais calcificado”. TL 079 RELAÇÃO ENTRE A TAXA DE DESEMPREGO NO BRASIL E INTERNAÇÃO POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS MARCELO KATZ, SILVA FMF, PEREIRA C, FRANCO FGM, PRADO RR, MAKDISSE MRP, WAJGARTEN M HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: o efeito de estressores socioeconômicos sobre as doenças cardiovasculares é pouco estudado. Recentemente, um estudo conduzido nos Estados Unidos (Dupre et al, Arch Intern Med 2012) demonstrou que o desemprego associou-se à maior incidência de Infarto agudo do miocárdio (IAM). Nosso objetivo foi avaliar a relação entre a taxa de desemprego (TD) e o número de internações e óbitos por IAM no Brasil, nos últimos 10 anos. Métodos e análise estatística: A extração de dados referentes a internações e óbitos por IAM foi realizada através do portal DATASUS, no período de 2002 a 2012. Para a extração dos dados referentes a TD foi utilizada a base do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada no mesmo período. As internações e óbitos são apresentadas em frequências absolutas e a taxa de desemprego em frequências relativas. A associação de IAM e taxa de desemprego foi testada através do teste de correlação de Pearson e em seguida no modelo de ARIMA (modelo auto-regressivo integrado de média móvel), para se avaliar a interdependência das séries temporais. O valor de p<0, 05 foi considerado e s t a t i s t i c a m e n t e significativo. Resultados: A análise compreendeu março de 2002 a outubro de 2012. Neste período, houve 678706 internações e 92832 óbitos por IAM (SUS). A TD seguiu tendência decrescente ao longo dos 10 anos, inversamente correlacionada com a tendência crescente das internações (figura; r=-0, 89, p<0, 001) e óbitos por IAM ( r=-0, 76, p <0, 001); Através do modelo ARIMA observamos que a taxa de desemprego não influenciou a tendência crescente de eventos cardiovasculares (p=0, 34 para internação e p=0, 23 para óbitos). Conclusão: Nos últimos 10 anos houve tendência crescente no número de internações e óbitos por IAM e tendência decrescente da TD. A análise conjunta indica que a TD não influencia diretamente a tendência crescente de eventos cardiovasculares. Nossos resultados contrastam com os obtidos nos EUA. Análises mais profundas são fundamentais para compreender melhor o papel deste indicador e outros estressores socioeconômicos no advento de doenças cardiovasculares. TL 080 Uso de N-acetilcisteína em alta dose na Prevenção de Lesão Renal Aguda em Pacientes com Doença Renal Crônica Submetidos à Cirurgia de Revascularização Miocárdica. Eduesley Santana Santos, Costa-Hong V.A., Gowdak LWH, Gaiotto F.A., César L.A.M., Hajjar L.A., Zeferino S.P., Bortolotto L.A., De Lima INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamento: a lesão renal aguda (LRA) é uma complicação frequente após a cirurgia cardíaca e contribui com o aumento da morbidade e mortalidade, especialmente quando há necessidade de diálise. A N-acetilcisteína (NAC) tem sido usada com resultados variáveis na prevenção da LRA em diversos cenários, no entanto, a dose e a via administração necessárias para promover proteção renal ainda é desconhecida. Objetivo: avaliar a segurança e o efeito da NAC na prevenção de lesão renal aguda em pacientes com doença renal crônica (DRC) estágios 3 e 4 submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (RM) eletiva.Métodos: estudo prospectivo, randomizado, duplo cego e controlado, unicêntrico envolvendo 64 pacientes submetidos à RM randomizados para receber, por via endovenosa, solução fisiológica (grupo controle, n= 32) ou NAC 150 mg/Kg (ataque) seguida por 50 mg/kg durante a cirurgia (grupo NAC, n= 32). Desfecho primário: incidência de LRA definida pelo critério AKIN nas primeiras 72h de pós-operatório. Desfechos secundários: necessidade de diálise, mortalidade nos primeiros 30 dias, tempos de internação em UTI e tempo de internação hospitalar.Resultados: A incidência de LRA foi observada em 59, 4% (controle) e 28, 1% (NAC), p< 0, 05. A mortalidade nos primeiros 30 dias foi 12, 5% (controle) e 6, 2% (NAC), p=0, 672 e nenhum paciente necessitou diálise. Os tempos de internação em unidade de terapia intensiva e internação hospitalar nos grupos controle e NAC foram 5 vs. 4, p=0, 108 e 13 vs. 11 p=0, 166, respectivamente. Idade, sexo, raça, DM, DLP, tabagismo, comorbidades, EuroSCORE e número de enxertos, tempo e uso de circulação extra-corpórea, transfusão sanguínea, balanço hídrico e diurese durante e após a cirurgia não diferiram entre os grupos. A não utilização de NAC e a ocorrência de IAM prévio foram os únicos preditores independentes de LRA (RR= 6.18, p=0.01 e RR=4, 74, p=0, 03, respectivamente). A dose máxima de NAC foi bem tolerada. Conclusão: a dose máxima de NAC reduz a incidência de LRA em pacientes de alto risco, portadores de DRC, submetidos RM eletiva e não se acompanha de efeitos colaterais significativos. TL 081 Volume de gordura pericárdica medido na tomografia computadorizada sem contraste melhora a predição de risco de doença arterial coronariana subclínica estimados pelo escore de cálcio coronário e Framingham Risk Score Luiz Sergio F de Carvalho, Luiz A Quaglia, Raul Dias dos Santos, Bruno Geloneze, Ana Carolina Junqueira Vasques, Andrei C Sposito FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Embora o escore de cálcio coronário (ECC) tenha alta especificidade para predizer doença arterial coronária (DAC) subclínica, o ECC apresenta apenas 16-80% de sensibilidade. Nesse contexto levantamos a hipótese de que a avaliação do volume de gordura pericárdica (VGP) por tomografia computadorizada (TC) sem contraste, em combinação com o ECC poderia melhorar a discriminação de placas ateroscleróticas coronarianas. Método: 132 pacientes consecutivos com DAC suspeita foram incluídos no estudo, onde foram realizadas tomografias multislice em duas modalidades: TC de tórax sem contraste (TCSC) e angiografia coronária (angioTC). Durante a TC foram avaliados ECC e VGPTCSC (em mm3), e durante a angiografia avaliamos VGPangioTC e a presença de estenose coronária superior a 30%. Além disso, medimos o tecido adiposo visceral abdominal (TAV) por TC de abdome e foi calculado o escore de risco de Framinghan (ERF). Resultados: Foi encontrada uma forte associação entre VGPTCSC e a presença de placas coronárias com odds multivariado de 5, 24 (IC95% 1, 2–22;p=0, 026). Em relação à sensibilidade (sn) e especificidade (sp) dos métodos na discriminação de placas coronárias, ECC<10 + VGPTCSC apresentou a melhor capacidade preditiva (sn=93, 3%; sp=100%) em comparação com ECC<10 + VGPangioTC (sn=90, 7%; sp=100%) ou + TAV (sn=92, 0%; sp=100%), ou mesmo que ECC=0 sozinho (sn=80%; sp=98%) ou ECC<10 isoladamente (sn=80%; sp=100%). Além disso, enquanto na coorte inteira o ECC discrimina melhor a presence de placas coronárias do que a combinação ECC + VGPTCSC, quando se considera apenas os pacientes com ECC<10, o ECC sozinho atingiu uma área sob a curva (AUC) de 0, 808 (0, 64–0, 97; p = 0, 001) contra 0, 853 (0, 74–0, 97; p <0, 001) no modelo ECC + VGPTCSC. Consistentemente, a combinação entre VGPTCSC e ERF melhorou a capacidade preditiva do ERF isolado tanto na coorte inteira como nos pacientes com ECC<10, mas essa combinação tende a ser mais precisa em pacientes de baixo risco cadiovascular. Conclusão: Este é o primeiro estudo que demonstra que VGP por TC sem contraste em combinação com o escore CAC melhora predição de risco de doença arterial coronariana subclínica em comparação com o escore CAC sozinho, especialmente em pacientes de baixo risco, sem custos adicionais e sem os riscos da infusão de contraste da angiografia coronária. 132 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 082 A estratégia fármaco-invasiva reduz a mortalidade do infarto agudo do miocárdio com supra de ST, quando comparada à terapia habitual, em países emergentes? Antonio C. Carvalho, Iran Gonçalves Jr, Adriano Henrique P Barbosa, Elcio Tarkieltaub, Antônio Célio C Moreno, João Lourenço V Herrmann, Alfredo Eyer, Claudia Maria R Alves, Lívia Nascimento de Matos, Angelo Amato V de Paola HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Introdução: Metanálise recente (Savio et al, EHJ 2011;32:972-82), que incluiu dados de países desenvolvidos, demonstrou que a estratégia fármaco-invasiva foi capaz de reduzir re-infarto e novos eventos isquêmicos, mas não mortalidade. Em países emergentes, que não dispõem de redes de tratamento de infarto agudo do miocárdio (IAM) bem organizadas, nos quais as taxas de reperfusão miocárdica são baixas, a mortalidade hospitalar permanece elevada. Dados oficiais apresentam mortalidade por IAM de cerca de 15% em 2010 em São Paulo. Objetivou-se demonstrar que a estratégia fármacoinvasiva pode levar a redução de mortalidade hospitalar em metrópole de país emergente. Métodos: Uma rede de tratamento do IAM com supra do ST (IAMCSST) foi desenvolvida abrangendo uma área de cerca de dois milhões de habitantes de São Paulo, envolvendo nove hospitais públicos, ambulâncias avançadas do SAMU e um hospital terciário de referência. Angioplastia primária foi realizada sempre que a mesma foi viável em até sessenta minutos; ou estratégia fármaco-invasiva, tenecteplase foi o fibrinolítico utilizado, cineangiocoronariografia foi realizada rotineiramente entre 3 e 24 horas após fibrinólise em caso de sucesso terapêutico, ou imediatamente, como resgate, em caso de insucesso terapêutico. Todos os casos que entraram em contato com o hospital de referência foram transferidos e incluídos, sem exceções. Resultados: Em um período de 32 meses 553 indivíduos que apresentaram IAMCSST foram incluídos na rede de tratamento acima descrita. Setenta e oito indivíduos (14, 1%) foram tratados com angioplastia primária; 475 foram tratados com estratégia fármacoinvasiva. Angioplastia de resgate foi necessária em 27, 7% dos indivíduos submetidos à estratégia fármaco-invasiva. Complicações consideradas clinicamente relevantes durante o transporte ocorreram em dois indivíduos. A mortalidade hospitalar observada foi 6, 5% para estratégia fármaco-invasiva e 6, 4% para angioplastia primária. Conclusão: Na cidade de São Paulo, o desenvolvimento de uma rede de tratamento do IAMCSST, baseada na estratégia fármaco-invasiva, diferente do que foi observado nos dados dos países desenvolvidos, houve redução na mortalidade do IAMCSST, em comparação com dados oficiais de controle histórico da mesma população. TL 083 AVALIAÇÃO AMBULATORIAL DE INDICAÇÃO APROPRIADA DE ANGIOPLASTIA CORONÁRIA. Rodrigo Esper, Carlos Campos, Sandro Faig, Fabio Conejo, Marcio Nascimento, Jania Mesquita, Roger R Godinho Hospital Sancta Maggiore - São Paulo - SP - Brasil Introdução: A angioplastia coronária (ATC) é o método de revascularização miocárdica mais utilizada no mundo. Diversos registros publicados recentemente relataram alto índice de indicação duvidosa ou inapropriada de ATC na doença arterial coronária (DAC) estável . Este trabalho possui como objetivo avaliar a indicação ambulatorial apropriada de angioplastia na DAC estável . Métodos: População de pacientes consecutivos (n=172) encaminhados para realização de angioplastia eletiva em laboratório de hemodinâmica no período de 08/03/2012 a 27/12/2012 foram avaliados em ambulatório de “segunda opinião”, feito por especialista em cardiologia clínica e hemodinâmica, para avaliar a indicação apropriada de angioplastia feita pelo cardiologista clínico de origem. Os pacientes foram categorizados em 4 gupos: Indicação apropriada da ATC, indicação inapropriada/duvidosa, Indicação de revascularização miocárdica cirúrgica (RM) e indicação de ATC diferente da sugerida pelo clínico. Somente foram encaminhados para ATC os pacientes considerados como indicação apropriada. Resultados: De 172 pacientes encaminhados para avaliação de angioplastia coronária, 57, 8% eram do sexo masculino, 91% Hipertensos, 85% dislipidêmicos, 8, 6% tabagistas ativos, 38, 4% Diabéticos, 18, 4% com revascularização miocárdica e 19, 9% com ATC prévia. Eram assintomáticos 51, 7% dos pacientes, 25% possuíam angina CCS I, 20, 4% angina CCS 2 e 2, 7% angina CCS 3. Possuíam idade média de 71, 6 anos (DP=8, 2), clearance de de creatinina médio de 80, 4 ml/minuto (DP=33, 5) e IMC de 27 (DP=4, 7). Foram consideradas indicações apropriadas de ATC em 49, 4% (n=85), indicação inapropriada/duvidosa em 35, 5% (n=61), indicação de RM em 9, 3% e indicação de ATC diferente da sugerida em 5, 8% dos casos. Conclusão: Este trabalho demonstra indicação apropriada de ATC na DAC estável em 49, 4% dos casos. A criação de ambulatórios específicos para avaliar a indicação precisa de ATC é uma medida importante para melhor decisão e escolha da estratégia terapêutica para os pacientes com DAC estável. TL 084 Comparação entre os escores TIMI, GRACE, CADILLAC e ZWOLLE em indivíduos com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do ST (IAMCSST): Qual devemos aplicar no dia a dia ? Sousa Filho J.T., Silva F.H., Soares J.A., Campos P., Moreno. C.A., Wilke L.C., Tarkieltaub E., Carvalho A.C.C., Molina M.K.N., Barbosa A.H.P. HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Introdução: Predizer o risco de evolução clínica desfavorável nas síndromes coronarianas agudas (SCA) tem sido um desafio. Diferentes escores se propõem a mensurar o risco de óbito nesta situação, contudo há pouca validação destes em pacientes com IAMCSST, principalmente nos submetidos à estratégia fármaco-invasiva. Objetivos: Determinar os escores que apresentam melhor associação com óbito em 30 dias nos indivíduos que apresentaram IAMCSST e foram tratados com estratégia fármaco-invasiva ou angioplastia primária. Métodos: Foram incluídos casos consecutivos, admitidos em hospital terciário, provenientes da rede hospitalar municipal e de ambulâncias do SAMU com diagnóstico de IAMCSST tratados com trombólise no serviço de origem ou encaminhados para angioplastia primária. Foram calculados os escores TIMI, GRACE, CADILLAC e ZWOLLE à admissão hospitalar. Análise de mortalidade por qualquer causa foi realizada no seguimento de 30 dias. Significância estatística definida como p<0, 05. Variáveis contínuas expressas em mediana e categóricas em porcentagem. Resultados: Avaliados 620 pacientes (70, 8 % homens e mediana de idade=58 ± 11 anos) que apresentaram mediana de escore TIMI=3, 7 ± 2, 4, GRACE=145, 1 ± 40, 2, CADILLAC=3, 6 ± 3, 5 e ZWOLLE=4, 0 ± 3, 5. Após análise estatística, apenas os escores GRACE (OR=1, 12; IC95% 1, 05 a 1, 22; p<0, 001) e CADILLAC (OR=1, 15; IC 95% 1, 08 a 1, 27; p<0, 001) foram associados à mortalidade em 30 dias. A associação entre estes dois escores mostrou-se superior ao uso isolado de ambos evidenciando OR=8, 02; IC95% 6, 14 a 10, 16; p<0, 001. Na comparação entre as áreas sobre a curva Roc dos escores GRACE e CADILLAC obtivemos valor de p=0, 14. Conclusão: Nesta população, apenas os escores GRACE e CADILLAC mostraram-se preditores de mortalidade em 30 dias. Destaca-se que a associação entre eles pode ser utilizada na prática médica com o objetivo de melhorar a identificação dos pacientes com maior risco de mortalidade hospitalar. TL 085 Relação entre fatores de risco e padrão angiográfico da doença arterial coronária. Marcelo Cantarelli, Sandra Baradel, Hélio Castello, Rosaly Gonçalves, Fernanda Duarte, Silvio Gioppato, Evandro Ribeiro, João Batista Guimarães, Marcelo Farinazzo, Fábio Ganassin HOSPITAL BANDEIRANTES - SP - BRASIL Fundamento: A doença cardiovascular é a causa mais comum de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Na perspectiva epidemiológica, o fator de risco é uma característica individual ou populacional que está presente precocemente e é associada com o aumento no risco para desenvolver uma doença no futuro. A relação entre fatores de risco para o desenvolvimento da doença arterial coronária (DAC) e a extensão do acometimento aterosclerótico coronário, em um ou mais vasos, ainda não está claro na literatura. O presente estudo focou a relação entre os fatores de risco para DAC e a avaliação angiográfica das coronárias em pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP). Método: De Agosto de 2006 a Agosto de 2010, 7.372 pacientes foram submetidos consecutivamente a ICP e todos foram incluídos neste estudo. As características angiográficas (lesão uniarterial coronária e lesão multiarterial coronária) foram comparadas com os seguintes fatores de risco: sexo, idade, hipertensão arterial, Diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, síndrome metabólica, histórico familiar de doença arterial coronariana, insuficiência renal crônica, doença vascular periférica no momento da ICP. Análise estatística: Utilizamos os testes de Q-quadrado para as variáveis categóricas e t de Student para as contínuas. Adotamos o valor de p menor ou igual a 0, 05 como nível de significância. Resultados: Comparativamente, os pacientes com lesões multiarteriais (duas ou mais lesões) apresentaram-se três anos mais velhos que o grupo de lesão uniarterial e o sexo masculino foi predominante (67, 2% vs 64, 5%, p=0, 01). O grupo multiarterial também apresentou mais hipertensão (79, 8% vs 73, 6%, p<0, 01), diabetes (39, 6% vs 26, 8%, p<0, 01), dislipidemia (36, 9% vs 32, 0%, p<0, 01), síndrome metabólica (13, 5% vs 10, 2%, p<0, 01) e insuficiência renal crônica (3, 3% vs 1, 9%, p<0, 01) que os pacientes uniarteriais. No grupo com acometimento uniarterial prevaleceu comparativamente, o tabagismo (24, 8% vs 18, 7%, p<0, 01). Conclusão: Entre os pacientes com duas ou mais lesões coronárias (multiarteriais) a presença de hipertensão, diabetes, dislipidemia, síndrome metabólica e insuficiência renal crônica foram mais frequentes que nos uniarterias. Por outro lado, entre esses, o tabagismo foi o fator de risco mais prevalente. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 133 TL 086 Tabagismo como preditor de doença coronária obstrutiva em pacientes avaliados com angiotomografia de artérias coronárias no pronto socorro MARCIO SOMMER BITTENCOURT, Henrique Lane Staniak, Rodolfo Sharovsky, Isabela J. M. Bensenor, Paulo Andrade Lotufo Hospital Universitario - USP - São Paulo - SP - Brasil Introdução: a angiotomografia de artérias coronárias tem sido utilizada para avaliação de pacientes de probabilidade baixa ou intermediária de doença arterial coronária (DAC) no pronto socorro. O a prevalência de DAC nestes pacientes é menores que em outros cenários. No presente estudo avaliamos a associação do tabagismo com a presença de DAC obstrutiva detectada pela angiotomografia de artérias coronárias (ATCAC). Métodos: foram incluídos todos os pacientes consecutivos encaminhados para a realização de ATCAC por suspeita clínica de DAC avaliados no pronto socorro de um hospital secundário. Informações sobre os fatores de risco e resultados do exame de ATCAC foram coletados de forma prospectiva. DAC obstrutiva na tomografia foi definida como presença de ao menos uma lesão obstrutiva (acima de 50% de estenose). A associação do tabagismo com a presença de DAC obstrutiva foi realizada por de regressão logística uni e multivariada para ajuste de fatores de confusão. Foram incluídos idade, sexo, hipertensão, diabetes e dislipidemia. Resultados: 134 pacientes (50% homens), com idade média de 58±14 anos foram incluídos. A prevalência de hipertensão foi de 69%, dislipidemia 28%, diabetes 19% e tabagismo 18%. O resultado da ATCAC foi normal em 66 pacientes (49%), enquanto que 37 (28%) pacientes apresentaram lesão moderada e 31 (23%) pacientes apresentaram lesões graves. Na análise univariada o tabagismo não esteve associado à presença de DAC obstrutiva (razão de chances de 1.95 (Intervalo de confiança de 95%: 0.79 – 4.78). No entanto, a maior parte dos pacientes tabagistas era mais jovem que os pacientes não tabagistas (60±14 vs. 52± 11 anos). Na análise multivariada incluindo idade e tabagismo, este esteve associado à presença de DAC obstrutiva com uma razão de chances de 3.9 (IC 95%: 1.39 – 10.89). Ainda, no modelo ajustado para todos os fatores de risco o tabagismo esteve associado à presença de doença obstrutiva com uma razão de chances de 4.07 (IC 95%: 1.51 – 11.71). Conclusão: Dentre os pacientes avaliados com ATCAC para investigação de DAC no pronto socorro, o tabagismo é fortemente associado à presença de doença coronária obstrutiva. No entanto, esta associação pode não ser clara, pois os pacientes tabagistas são mais jovens que os não tabagistas. TL 087 Tratamento da angina de difícil controle: análise evolutiva da classe funcional e da troponina T ultrassensível Nilson Tavares Poppi, Luciana O. C. Dourado, Luis Henrique W. Gowdak, Gabriela Venturini, Luiz Antonio M Cesar, Jose Eduardo Krieger, Alexandre da Costa Pereira INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Pacientes com doença arterial coronariana (DAC) e angina estável de difícil controle, apresentam limitação física e comprometimento da qualidade de vida. A resposta ao tratamento clínico é avaliada pela classificação funcional da Canadian Cardiovascular Society (CCS). Os níveis plasmáticos de troponina T ultrassensível em DAC estável foram associados com incidência de morte cardiovascular e extensão de aterosclerose coronariana. Métodos: Foram incluídos 72 pacientes (48 homens, 61±10 anos) com angina estável de difícil controle, isquemia miocárdica documentada e anatomia coronariana desfavorável para revascularização. Foram realizadas 4 consultas ambulatoriais mensais consecutivas (visitas V0 a V3). Em cada visita foi avaliada a classe funcional CCS, os episódios semanais de angina e o consumo de nitrato sublingual por diário preenchido pelo paciente. O tratamento clínico intensivo foi titulado de acordo com a tolerância dos pacientes. Plasma foi coletado em V0 e V3. Análise Estatística: Variáveis categóricas foram analisadas pelo teste de qui-quadrado. Variáveis contínuas através do teste t de student pareado bicaudal. Os valores de troponina apresentaram distribuição assimétrica e foram analisadas por métodos não paramétricos. Resultados: Houve uma melhora média na classe CCS entre V0 e V3 de 0, 7±0, 2 (p<0, 0001); redução média nos episódios semanais de angina em 4, 5±2, 1 (p=0, 0001), e do consumo semanal de nitrato em 1, 9±1, 4 (p=0, 008). Drogas anti-isquêmicas utilizadas entre V0 e V3 respectivamente (%): betabloqueadores (94x97) (p=0, 68), bloqueadores de canais de cálcio (73x87) (p=0, 05), nitratos (92x100) (p=0, 05), e trimetazidina (36x92) (p<0, 0001). Aumento na dose diária entre V0 e V3 (mg): atorvastatina (39±22x42±22) (p=0, 003), carvedilol (42±15x48±19) (p=0, 008), isossorbida (99±29x108±22) (p=0, 03). A troponina ultrassensível (mediana ± variação interquartil) não variou significativamente (ng/L): 6, 0±13 em V0 e 5, 0±12, 5 em V3 (p=0, 43). Conclusões: O tratamento intensivo dos pacientes com angina de difícil controle promoveu significativa melhora dos sintomas, atribuível em parte pela maior utilização de drogas antianginosas. No entanto, a troponina T ultrassensível, biomarcador relacionado à extensão e prognóstico da doença, não variou com o tratamento. Doenças da Aorta e Arterial Periférica TL 088 Mecanismos envolvidos no aumento de pressão sistólica em ratos normotensos suplementados com vitamina D Santos, PP, Gonçalves, AF, Rafacho, BPM, Nascimento, TB, Cau, SBA, Minicucci, MF, Tostes, RC, Zornoff, LAM, Gaiola, PSA, Paiva, SAR FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil Estudos mostraram que a administração de vitamina D aumenta pressão sistólica de ratos normotensos. Porém pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos. O objetivo foi verificar se a suplementação com diferentes doses de vitamina D na ração promove alterações na reatividade, conteúdo de colágeno/elastina e estresse oxidativo da aorta de ratos normotensos. Métodos: 64 ratos machos alocados em 3 grupos: controle (C, n=22) recebeu ração padrão; VD3 (n=20) e VD10 (n=22) receberam 3000 e 10000 UI de colecalciferol/kg de ração respectivamente. Após dois meses de tratamento, os ratos foram submetidos à aferição da pressão sistólica, estudo de reatividade e morfometria da aorta. Foi realizado ANOVA de uma via ou Kruskal Wallis. Resultados: A pressão arterial (C=120±7, 9; VD3=127±9, 2; VD10=130±9, 9 mmHg, p=0, 001) foi maior nos grupos Vd3 e VD10 em relação ao C. Os animais do grupo VD3 apresentaram maior sensibilidade à fenilefrina (C=7, 5±0, 1VD3=8, 7±0, 7 VD10=8, 1±0, 3; p=0, 007), independente de endotélio comparado ao C. O relaxamento máximo à acetilcolina (ACh) (C=97, 5(72-100); VD3=90, 0(64-95); VD10=60, 9(56-80), %, p=0, 04) foi menor no grupo VD10 comparado ao C e o relaxamento máximo ao nitroprussiato (NPS) (C=120, 7±13, 9; VD3=96, 1±15, 3; VD10=92, 3±6, 5, %, p=0, 005) foi menor no VD3 e VD10 comparados ao C, além disso o grupo VD10 apresentou maior produção de espécies reativas de oxigênio que o C. Quando apocinina (inibidor de NADPH oxidase-grande produtora de superóxido), foi administrada, a sensibilidade à ACh (C=7, 2±1, 0; VD3=8, 7±0, 4; VD10=8, 4±0, 5, p=0.01) foi maior no VD3 e VD10 comparados ao C e o relaxamento máximo à ACh (C=101, 1±1, 4; VD3=96, 4±5, 3; VD10=94, 8±6, 6, %, p=0, 21) e NPS (C=102, 2(100, 4-121, 3); VD3=102, 0(100, 0-105, 2); VD10=105, 0(103, 2-108, 0), %, p=0, 38) retornaram a valores similares ao controle. O conteúdo de colágeno (C=0, 26±0, 03; VD3=0, 23±0, 03; VD10=0, 29±0, 03, %, p=0, 003) foi menor no grupo VD3 comparado ao VD10 e o conteúdo de elastina (C=0, 35±0, 04; VD3=0, 35±0, 03; VD10=0, 30±0, 03, %, p=0, 015) foi menor no grupo VD10 comparado aos outros grupos. Conclusões: O mecanismo envolvido no aumento de pressão sistólica de ratos normotensos suplementados com 3000 UI de vitamina D foi aumento de contratilidade da aorta enquanto nos ratos suplementados com 10000 UI foi piora do relaxamento da aorta. Eletrocardiografia, Arritmias e Eletrofisiologia TL 089 Ablação de via anomala por acesso transhepático: seguimento de um ano. BRUNO P VALDIGEM, Rogerio B Andalaft, Carlos Sierra, Ricardo G Habib, Luciana V Armaganijan, Rodrigo N Costa, Carlos Pedra, Ana Luisa Guerra, Heloisa Khader, Dalmo A R Moreira INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL 134 Introdução: Em casos excepcionais, as vias de acesso ao coração estão limitadas por variações anatômicas ou pelo risco de lesão vascular após procedimentos repetidos. A via de acesso transhepático já é utilizada em crianças de baixo peso para procedimentos hemodinâmicos em casos selecionados. Aqui apresentamos o primeiro caso no Brasil de ablação de feixe anomalo cujo acesso ao coração foi feito atraves de punção transhepática. A criança foi acompanhada por 12 meses após o procedimento. Metodologia: relato de caso. Descrição do caso: Criança de 3 meses foi transferida a nossa Unidade de Terapia Intensiva pediátrica por síndrome de Wolff-Parkinson-White com crises de taquicardia supraventricular ortodrômica frequentes com sinais de baixo débito(irritabilidade, sonolência, hipotensão arterial) refratária ao uso de amiodarona e atenolol. Exame físico sem alterações. ECG em ritmo sinusal evidenciava pré excitação ventricular, sugerindo posição da via anômala em parede livre do anel tricúspide(lateral direita). FEVE 53%. Após 48h de taquicardia incessante, reentrante, com necessidade de uso de adenosina e cardioversão elétrica repetidas vezes, foi submetida a ablação por catéter. Após tentativas de punção venosa em membros inferiores sem sucesso, realizada punção transhepática sob auxílio de fluoroscopia pelas equipes de eletrofisiologia e cardiologia intervencionista pediátrica com posicionamento de introdutor 6f adulto até veia cava inferior. Através deste foi introduzido catéter pediátrico 5F terapêutico, e realizado mapeamento da via acessória e ablação por catéter com sucesso e sem intercorrências. A criança apresentou recorrência da condução retrógrada através da via após 6 horas do primeiro procedimento, sendo necessária nova intervenção.A criança recebeu alta com betabloqueador, em ritmo sinusal, e se mantem sem novas crises e com função hepática e desenvolvimento preservados após 12 meses do procedimento. Conclusão: A via de acesso transhepática é uma técnica factível e segura, que pode ser utilizada em especial em crianças cujo tamanho ou limitações vasculares não permitam os acessos usuais. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 090 AVALIAÇÃO DA CONDUTA TERAPÊUTICA EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL NO BRASIL: ESTUDO SAFIR (ASSESSMENT OF THE THERAPEUTIC MANAGeMENT OF PATIENTS WITH ATRIAL FIBRILLATION IN BRAZIL) DALMO A. R. MOREIRA, Rogerio Andalaft, Luiz R. Moraes, Claudia Fragata, Ricardo Habib INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: A fibrilação atrial (FA) é a taquiarritmia supraventricular sustentada mais frequente cuja prevalência aumenta com a idade. Associa-se a elevada morbi-mortalidade devido as complicações que acarreta. Tem diversas formas de apresentação e tratamento, entretanto, não se conhece ainda em nosso meio, a maneira pela qual é abordada. Estes dados são importantes para auxiliar na implementação de diretrizes para diagnosticar e tratar esta arritmia no Brasil. Objetivo: descrever as características da FA e as formas de tratamento mais frequentemente empregadas em centros médico-universitários do país. Metodologia: O SAFIR foi um estudo observacional, local, multicêntrico, transversal e não intervencionista, planejado para a coleta de informações sobre o status, caracaterísticas e condutas terapêuticas utilizadas em pacientes (P) ambulatoriais com FA, no momento da inclusão no estudo até o ano anterior. Dentre 28 centros médicos de 15 estados brasileiros, foram obtidas informações de 313P por meio de questionários enviados a 31 pesquisadores, com pelo menos 20 anos de prática cardiológica. Resultados: A idade média dos P foi de 63±13 a (24 a 89 a; 131♂ e 182♀). Houve predominio da raça branca (262/84%), seguida da negra (23/7%) e as outras correspondiam a 28/9%. Do total, 239P ou 76% estavam bem controlados (FC≤80 bpm ou em ritmo sinusal) quando entraram no estudo. A HAS foi o fator de risco mias comum (62%) seguida de obesidade (31%), insuficiência cardíaca (21%), diabetes (10%) e apnéia do sono (9%). Cerca de 19% dos P referiam praticar ≥3h semanais de exercícios físicos. Quanto ao tipo de FA, 91P (29, 1%) tinham a forma paroxística, 83P (26, 5%) a persistente e 118P (37, 7%) a permanente; 14P (4, 5%) tinham FA diagnosticada pela primeira vez; 7P (2, 2%) forma mista; 106P (34%) eram sintomáticos e 207P (66%) assintomáticos. A cardioversão química havia sido praticada no ano anterior em 87P (28%) e a elétrica em 55P (18%); ablação em 28P (8, 9%); cirurgia em 1P (0, 3%) e marca-passo em 35P (11, 2%). Quanto aos antitrombóticos 170P (66, 4%) faziam uso de antagonista de vitamina K; 83P (32%) de AAS; 13P (4, 1%) de outros em associação. Conclusões: o estudo SAFIR fornece informações a respeito das características clínicas e a abordagem da FA em centros médicos brasileiros. TL 091 Correlação Entre Marcadores Eletrocardiográficos de Fibrose Miocárdica e Realce Tardio na Tomografia Computadorizada do Coração em Portadores de Cardiomiopatia Hipertrófica: Resultados Preliminares Mário Barbosa Guedes Nunes, Amarante, RC, Jatene, T, Bignoto, TC, Ortiz, JP, dos Santos, TSG, Correia, EB, Moreira, DAR INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamento: A presença de fibrose miocárdica é elemento cada vez mais valorizado na estratificação de risco de arritmia ventricular grave e morte súbita em portadores de cardiomiopatia hipertrófica. No entanto, a identificação da fibrose depende basicamente da ressonância magnética do coração, um exame de alto custo e de limitada disponibilidade. Esta pesquisa tem por objetivo demonstrar correlação entre a presença de realce tardio na tomografia computadorizada de múltiplos detectores (TCMD) e marcadores eletrocardiográficos de fibrose na cardiomiopatia hipertrófica. Análise Estatística: A concordância entre a presença de fibrose na TCMD, presença de onda Q patológica, fragmentação do QRS ou de fibrose pelo escore de Selvester, foi avaliada por meio do índice de Kappa. Para a avaliação de concordância entre a porcentagem de fibrose miocárdica avaliada pelo realce tardio na TCMD e o escore de Selvester, foi utilizado o coeficiente de correlação de concordância. Métodos: Foram selecionados 15 portadores de miocardiopatia hipertrófica com um ou mais fatores de risco para morte súbita, que realizaram TCMD com pesquisa de realce tardio e um eletrocardiograma de 12 derivações (ECG), onde se avaliou presença de onda Q patológica, fragmentação do QRS e foi aplicado o escore de Selvester. Resultado: A TMCD foi capaz de demonstrar fibrose em 12 (80, 0%) dos casos, com concordância significativa com o escore de Selvester [p = 0, 01, IC (0, 18 – 0, 84), r = 0, 60], que demonstrou fibrose em 10 (66, 7%) indivíduos, com sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo de, respectivamente, 75, 0%, 33, 3%, 81, 8% e 25, 0%. Presença de onda Q e fragmentação do complexo QRS se associaram de maneira não significante ao realce tardio. Conclusão: O eletrocardiograma constitui ferramenta prática, de baixo custo e de alta disponibilidade para o diagnóstico de fibrose miocárdica em portadores de cardiomiopatia hipertrófica de alto risco para morte súbita. TL 092 Presença de marcadores eletrocardiográficos de fibrose miocárdica como preditores de indução de arritmia ventricular complexa na cardiomiopatia chagásica Mário Barbosa Guedes Nunes, Tiago Costa Bignoto, Luciana Vidal Armaganijan, Dalmo Antônio RIbeiro Moreira INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamentos: O estudo eletrofisiológico (EEF) é uma ferramenta importante na estratificação do risco de morte súbita em portadores de miocardiopatia chagásica (MCPC). No entanto, além da sua sensibilidade limitada, trata-se de método invasivo e pouco disponível. O surgimento de arritmias ventriculares complexas nessa população têm como substrato eletrofisiológico adjunto a interface de miocárdio sadio com ilhas de fibrose. Nesse contexto, a identificação de marcadores de fibrose miocárdica por meio do barato e prático eletrocardiograma pode se mostrar um instrumento valoroso na estratificação de risco desses doentes. Métodos: Foram avaliados os registros eletrocardiográficos de 36 portadores de MCPC submetidos ao EEF. Nesses traçados foi pesquisada a prevalência de onda Q patológica, fragmentação do complexo QRS e aplicado o escore de Selvester – um marcador qualitativo e quantitativo de fibrose. Adicionalmente, foi verificada a associação entre a presença desses índices e a indução de arritmia ventricular complexa. Resultados: Após o EEF, 20 (55, 6%) indivíduos apresentaram taquicardia ou fibrilação ventricular e 16 (44, 4%) não manifestaram arritmia complexa. A média da fração de ejeção (FE) na população de estudo foi de 34, 3 ± 8, 8% e 39, 4 ± 11, 6%, para o grupo com indução (I) e sem indução (NI) de arritmia ventricular grave ao EEF, respectivamente. A fragmentação do complexo QRS foi observada em 70, 0% do grupo I, contra 68, 8% do grupo NI, sem diferença significativa. Onda Q patológica esteve presente em 20, 0% e 18, 8% dos casos do grupo I e NI, respectivamente. A aplicação do escore de Selvester evidenciou fibrose em 95, 0% dos casos do grupo I e em 81, 3% do grupo NI. Percentual de fibrose menor que 9, 0% se mostrou associado a não indução de arritmia complexa no EEF, com sensibilidade de 67, 1% e especificidade de 90, 0% (r = 0, 20, área sobre a curva de 0, 62). Conclusões: A fragmentação do complexo QRS é frequente em portadores de MCPC, porém não está associada a indução de arritmia complexa ao EEF. Presença de fibrose documentada pelo escore de Selvester ocorre na maioria dos portadores dessa condição, de modo que percentual menor que 9, 0% está associado a menor chance de indução de arritmias ventriculares complexas ao EEF. TL 093 Uso do mapeamento não-fluoroscópico na ablação de arritmias supraventriculares em pacientes pediátricos. Resultados iniciais de um estudo prospectivo. Sissy Lara de Melo, Cristiano Pisani, Francisco Darrieux, Talita Ayres Barbosa, Denise Hachul, Ana Cristina Sayuri Tanaka, Carina Hardy, Nana Miura, Eduardo Sosa, Mauricio Scanavacca INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL JUSTIFICATIVA: Atualmente a realização da ablação de taquicardias supraventriculares (TSV) na população pediátrica é realizada usando-se fluoroscopia, expondo crianças saudáveis aos potenciais efeitos nocivos da radiação. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi determinar se o uso auxiliar de sistemas de mapeamento não-fluoroscópico reduz a exposição à radiação durante a ablação de TSV em crianças. MÉTODOS: Estudo prospectivo, em um único centro, que incluiu pacientes consecutivos, com idade inferior a 18 anos com TSV, sem doença cardíaca estrutural, referidos para a ablação por cateter. Os pacientes foram randomizados em dois grupos. Um grupo foi submetido a ablação apenas com fluoroscopia, grupo controle. No outro grupo, utilizou-se o mapemento fluorocópico associado ao mapeamento eletroanatômico, o grupo de estudo. Todos os procedimentos foram realizados por um único operador. O tempo de fluoroscopia (minutos), o tempo de procedimento (minutos) e a dose de raios-X administrada (mGy) foram registrados. As doses de radiação (mSv) foram medidas por meio de dois dosímetros posicionados na parede torácica anterior e posterior. RESULTADOS: Vinte e nove pacientes foram incluídos (14 grupo controle, 15 grupo de estudo). A mediana de idade foi de 12, 5 anos (Q1: 8.4, Q3: 15, 1), o peso mediano foi de 49, 2 (Q1: 38, 3 Q3: 65, 1), 24 crianças (82, 8%) eram portadoras de vias acessórias, 4 (13, 8)% tinham TRN e 1 (3, 4% ) taquicardia atrial. Não houve diferença no tempo de fluoroscopia (mediana: 117, 5 vs 110 segundos, p = 0, 16), na dose de raios-x entregues (14, 2 vs 9.3mGy, P = 0, 10) e nas doses de radiação medidas nos dosímetros posicionados na parte anterior, grupo de estudo 0.35 mSv (Q1 : 0, Q3: 0, 775) vs controle: 0mSv (Q1: 0, Q3: 0, 7), P = 0, 35) bem como nos dosímetros localizados na parede posterior (grupo de estudo : 0.5mSv (Q1: 0 Q3 2, 07) vs controle: 0.9mSv (Q1: 0, 3 Q3: 2) p = 0, 6). O tempo de procedimento foi maior no grupo de estudo (mediano: grupo de estudo: 95, controle: 52, 5, P = 0, 01). O sucesso agudo foi obtido em 13 (92, 8%) procedimentos do grupo controle e em 13 (86, 7%) do grupo de estudo (P=1). Não houve eventos adversos. CONCLUSÃO: O mapeamento eletroanatômico durante a ablação de TSV em crianças não reduziu a exposição à radiação. Por outro lado, foi observado um aumento no tempo do procedimento. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 135 Ergometria e Reabilitação TL 094 AVALIAÇÃO DO PRECONDICIONAMENTO ISQUÊMICO PELA CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA ASSOCIADA AO TESTE ERGOMÉTRICO. Susimeire Buglia, Michel Batlouni, Romeu Sergio Meneghelo, Rica Buchler, Angela Rubia Fuchs, Luiz Mastrocola, Sandro Felicioni, Almir Ferraz, Carlos Hossri INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamento: O precondicionamento isquêmico (PCI) é um fenômeno de proteção celular em situações de isquemia e a atenuação do infradesnível do segmento ST em teste ergométrico (TE) sequencial a um teste prévio está bem documentada, porém sua expressão cintilográfica permanece controversa. Objetivo: Avaliar se as atenuações eletrocardiográficas do PCI durante TE estão associadas às modificações simultâneas das imagens de perfusão miocárdica em indivíduos com doença coronariana. Métodos: Foram selecionados 23 pacientes, idade média 64, 5 anos, 19 (82, 6%) do sexo masculino, com lesão coronária > 60%, com TE com depressão do segmento ST > 2, 0mm e cintilografia de perfusão miocárdica com hipocaptação transitória (T1). A seguir foram realizados dois TE com 15 minutos de intervalo; o primeiro para induzir isquemia e o segundo (T2) para avaliar o efeito do PCI, onde o rádiofármaco foi aplicado no tempo de aparecimento da depressão do segmento ST de 2, 0mm e/ou angina, anotados no T1. Após 7 dias, outro TE (T3) foi realizado, sem estímulo do PCI, com injeção do radioisótopo no mesmo tempo do aparecimento do infradesnível de ST de 2, 0mm. Resultados: No teste de PCI (T2) houve aumento do tempo para o aparecimento da depressão do segmento ST de 1, 0 e 2, 0 mm em relação ao T1 (p<0, 001). A diminuição do infradesnível máximo de ST entre T1 e T2, (3, 8±0, 8 mm x 2, 3±0, 6 mm) e o aumento entre T2 e T3 (2, 3±0, 6 mm x 3, 1±1, 0 mm) foram significativos (p<0, 001). Houve redução nos escores cintilográficos de perfusão de estresse (SSS) e da diferença entre as fases de estresse e repouso (SDS) entre o T1 e T2 (p=0, 045 e p=0, 03, respectivamente), sem modificação expressiva na extensão da área de isquemia entre as três etapas detectadas pela cintilografia (p>0, 05). A atenuação eletrocardiográfica do PCI esteve presente em 78, 2% dos pacientes, mas apenas em 38, 1% houve redução da hipocaptação na cintilografia. Não houve associação entre a magnitude da redução da depressão de ST e da redução do escore de perfusão miocárdica. Conclusão: O PCI foi documentado em maior número de pacientes com doença arterial coronariana pela sua expressão eletrocardiográfica no teste ergométrico do que pela redução da hipoperfusão transitória observada na cintilografia de perfusão miocárdica. TL 095 PULSO DE OXIGÊNIO EM PACIENTES COM BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO NO TESTE DE ESFORÇO CARDIOPULMONAR RS Amorim, RO Rocha, MS Barros, EV Melo, ELA Santos, LD Melo, SM Andrade, JASB Filho, ACS Sousa, JLM Oliveira Hospital São Lucas - Aracaju - Sergipe - Brasil, Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - Sergipe - Brasil Fundamento: O Bloqueio do Ramo Esquerdo (BRE) provoca atraso da atividade mecânica do ventrículo esquerdo, assincronia ventricular e redução na eficiência da contração septal devido ao movimento anômalo do septo interventricular. O pulso de oxigênio (PO2), variável encontrada pelo volume de oxigênio (VO2) consumido a cada batimento cardíaco, pode representar a função ventricular esquerda nos pacientes com BRE ao teste de esforço cardiopulmonar. Esse trabalho objetiva avaliar o PO2 determinado pelo teste de esforço cardiopulmonar em portadores de BRE com fração de ejeção normal e sem isquemia miocárdica funcional. Métodos: Trata-se de estudo observacional, analítico e transversal em que foram analisados 49 pacientes de julho/2011 a julho/2012 (31 mulheres- 63%; média de idade 59, 8 ± 7, 7 anos), divididos em dois grupos: G1- portadores de BRE (n=26) e G2grupo controle (n=23), submetidos ao teste de esforço cardiopulmonar. Análise Estatística: As variáveis quantitativas foram registradas como média (± desvio padrão) e comparadas entre os grupos através dos testes T de Student. Variáveis categóricas foram sumarizadas como porcentagens e comparadas entre os grupos mediante os testes Qui quadrado e exato de Fischer. Para a análise multivariada de covariância, utilizou-se o Traço de Pillai, o poder (≥0, 8) e o eta2 parcial (dimensão do efeito) como testes estatísticos. Resultados: O grupo G1 apresentou média da presença Hipertensão Arterial Sistêmica maior (73, 1% vs. 30, 4%; p= 0, 007) e menores valores para as variáveis: VO2 no limiar anaeróbio (15, 5 ± 2, 1 vs. 18, 7 ± 4, 4; p=0, 002), VO2 pico (21, 7±5, 4 vs. 29, 07± 6, 7; p<0, 0001), % do VO2 pico (87, 2 ± 15, 0 vs. 105, 0 ± 15, 6; p< 0, 0001), PO2 pico (10, 3 ± 2, 6 vs. 13, 54 ± 4, 6; p=0, 003) e percentual (%) do PO2 pico predito (98, 6 ± 18, 6 vs. 109, 9 ± 13, 5; p= 0, 02) quando comparado ao grupo G2. Pela análise multivariada de covariância, verificou-se que a presença do BRE não interferiu na variação do PO2 durante o exercício (p= 0, 23; poder=0, 408). Conclusões:O BRE não interfere no valor do PO2 pico predito e no comportamento do PO2 ao teste de esforço cardiopulmonar em pacientes com função ventricular sistólica esquerda normal. TL 096 Associação entre capacidade funcional cardiorrespiratória e eficiência ventilatória em coronariopatas submetidos à reabilitação cardiovascular. Priscila Ferreira da Silva, Danilo Marcelo L. Prado, Enéas A. Rocco, Alexandre G. Silva, Jaqueline M.A. Lazzari, Sheyla B. Thies, Pedro Bortz, Valter Furlan, Raphael Storti N. Puig, Claudia Suzuki Yamada Total Care. Amil - Sao Paulo - sp - Brasil INTRODUÇÃO: A análise da eficiência ventilatória (EV) tem sido considerada como um marcador prognóstico importante de mortalidade cardiovascular. Estudos prévios têm observado que o treinamento físico aeróbio é um importante recurso terapêutico no que concerne à melhora da EV em portadores de doença arterial coronariana (DAC). OBJETIVOS: 1) Testar a hipótese de que pacientes com DAC e baixa capacidade funcional cardiorrespiratória (CFC) (<5METS), demonstram uma pior EV; 2) Testar a hipótese de que pacientes com menor CFC apresentam maior responsividade no aumento da EV após o treinamento físico. MÉTODOS: 78 pacientes com DAC (60, 2 + 6, 2) foram divididos de acordo com a CFC: Grupo 1 (n=20; VO2 pico < 17, 5 ml/kg/min); Grupo 2 (n=41; VO2 pico > 17, 5 e < 24, 5 5 ml/kg/min ) e Grupo 3 (n=17; VO2 pico > 24, 5 5 ml/kg/min ). Os pacientes realizaram teste de esforço cardiorrespiratório máximo em esteira ergométrica para determinação do limiar anaeróbio ventilatório (LAV), ponto de compensação respiratória e o consumo de oxigênio de pico (VO2pico) antes e após o período três meses de treinamento físico aeróbio. A EV foi determinada pelo valor da relação entre a ventilação minuto e o volume de dióxido de carbono no momento do LAV(VE/VCO2@LAV). RESULTADOS: Fisiologia Cardiovascular, Biologia Molecular e Genética Cardiovascular TL 097 Camundongos obesos e com resistência à insulina (ob/ob) demonstram maior expressão de marcadores de diferenciação osteocondrogência e calcificação vascular aumentada após estímulo calcificador in vitro e in vivo MARCEL LIBERMAN, Maria Claudina C de Andrade, Luciana S do Carmo HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL A calcificação vascular (CV) é um processo regulado por fatores de transcrição e proteínas específicas que determinam a desdiferenciação da célula muscular lisa (CML) em célula osteocondrogênica, responsável pela secreção de hidroxiapatita. A CV, a obesidade e a resistência à insulina aumentam a morbimortalidade cardiovascular de forma independente. Nossa hipótese é que a obesidade e a resistência à insulina amplifiquem a resposta de CV após estímulo calcificador in vitro com proteína morfogênica de osso 2 (BMP2) e in vivo com Vitamina D3. Para tal, incubamos CML de aorta de camundongos C57BL/6 e de ob/ob (deficientes em leptina, obesos e resistentes à insulina) com DMEM (C57Cont e obobCont) ou com DMEM+BMP2 50ng/mL (C57BMP e obobBMP) e avaliamos a expressão de MSX2, RUNX2, Fosfatase Alcalina (FA) por PCR tempo real e western-blotting, e a calcificação por Alizarin Red. Em alguns experimentos usamos a Leptina 10ng/mL (Lep). A expressão de RNAm de MSX2 aumentou em obob; obobBMP e obobBMPLep (1, 26±0, 035; 3, 12±0, 37 e 7, 45±2, 87 respectivamente) versus (vs) C57Cont (p<0, 05). BMP2 também aumentou a expressão de mRNA de RUNX2 em obobBMP 3, 22±0, 98 vs C57Cont (p<0, 05), mas não em C57BMP 1, 59±0, 35 (p=NS). Ainda, a proteína RUNX2 aumentou 2, 55±0, 23 em obobBMP vs obobCont. Além disso, a expressão de RNAm de FA aumentou 8, 35±1, 3 em obobCont não estimulado vs C57Cont; BMP2 também aumentou RNAm de FA mais intensamente em obobBMP (15, 22±3, 21) do que em C57BMP (1, 47±0, 12) vs C57Cont. Finalmente, a calcificação em CML de obobBMP foi maior do que em CML de C57BMP (1, 36±0, 01 e 1, 24±0, 03) vs C57Cont. Ainda, a leptina aumentou a calcificação somente em CML de obobContLep e obobBMPLep (1, 54±0, 05 e 1, 88±0, 02) vs C57Cont. In vivo, injetamos salina intra-peritoneal em camundongos C57 e ob/ob (C57Cont e obobCont) ou Vit.D3 5000UI por 14 dias (C57VitD e obobVitD). A expressão de RNAm de RUNX2 na aorta aumentou 550, 7±213, 3 em obobVitD vs C57Cont, mas não em C57VitD (6, 18±4, 56, p NS). Coincidentemente, observamos maior calcificação na aorta de camundongos obobVitD em relação ao C57VitD. Para concluir, o estímulo com BMP2 in vitro ou com Vit.D3 in vivo determinaram maior expressão de proteínas e fatores de transcrição de diferenciação osteocondrogênica em CML, desencadeando calcificação vascular aumentada em ob/ob. Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 pré pós Pré pós pré pós VO2 pico ml/ 14, 8 ± 2, 4 19, 9 ± 3, 8* 20, 2 ± 1, 9# 24, 5 ± 3, 7* 27, 7 ± 2, 5# 30, 8 ± 4, 4* kg/min VE/VCO2 @LAV 34, 5± 3, 7 30, 9 ± 2, 8* 30, 9± 3, 5# 29, 4 ± 3, 5 29, 7± 1, 9# 28, 3 ± 3, 4 Valores em média + EP. * P< 0, 05 vs. pré; # P< 0, 05 vs. Grupo 1. Anova de 2 caminhos. Após o período de intervenção, somente o grupo 1 demonstrou um aumento da significativo da EV(p<0, 05) e maior responsividade no aumento da CFC associado à melhora da EV em comparação aos demais grupos:Grupo 1 (∆ VO2pico =5, 1 ; ∆ VEVCO2@LAV = -3, 6) Grupo 2 (∆ VO2pico = 4, 2 ; ∆ VEVCO2@LAV = -1, 5) Grupo 3 (∆ VO2pico =2, 2 ; ∆VEVCO2@LAV = -1, 3, respectivamente, p<0, 05). CONCLUSÃO: Níveis diferentes de aptidão cardiorrespiratória podem ser um determinante importante na responsividade da melhora da eficiência ventilatória após um período de treinamento físico aeróbio em portadores de DAC 136 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 098 Suplementação de vitamina D após o infarto do miocárdio: intensificação do processo de remodelação Andréa de Freitas Gonçalves, Priscila Santos, Bruna Rafacho, Ana Angélica Fernandes, Katashi Okoshi, Paula Azevedo, Marcos Minicucci, Sérgio Paiva, Fernanda Chiuso-Minicucci, Leonardo Antonio Mamede Zornoff FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: Estudos tem evidenciado a participação da vitamina D (VD) em doenças cardiovasculares. Porém, não são conhecidos os efeitos da suplementação de VD no processo de remodelação cardíaca após o infarto do miocárdio. Métodos: Após o infarto experimental, ratos Wistar (200-250g) foram alocados em dois grupos: Infarto Controle (IC, n=24), que receberam ração padrão, e Grupo Infarto VD (ID, n=26), que receberam ração padrão com suplementação de 3000 UI de colecalciferol por quilo de ração. Animais Sham foram incluídos e divididos em Grupo Sham Controle (SC; n=25), com ração padrão, e Grupo Sham VD (SD; n=24) que receberam a suplementação. Após 3 meses, os animais foram submetidos ao estudo ecocardiográfico e análises bioquímicas. Analisamos o efeito do infarto (I), da vitamina D (VD) e a interação entre os fatores (IxVD) por meio do teste ANOVA de duas vias com pós teste de Holm-Sidak, expressos em média ± erro-padrão. Resultados: Nos ratos infartados, a suplementação de VD induziu aumento da área diastólica (SC= 47, 5±2, 5; SD=45, 9±2, 5; IC=62±3, 8; ID= 84, 9±2, 9 mm2; p(I)<0, 001; p(VD)<0, 001; p(IxVD)<0, 001) e sistólica (SC= 12, 3±2, 4; SD= 12, 3±2, 4 IC=31, 5±3, 6; ID=53, 4±2, 8 mm2; p(I)<0, 001, p(VD)<0, 001; p(IxVD)<0, 001) e de E/E’ média, associado com diminuição da velocidade de encurtamento da parede posterior, fração de variação da área e da pressão arterial. Observamos redução da atividade da fosfofrutoquinase (SC=94, 4±10; SD=104, 6, 1±12, 2 IC=129, 8±10; ID= 92, 8±10 nmol/g; p(I)=0, 291; p(VD)=0, 213; p(IxVD)=0, 041); redução da expressão de Bcl-2 (SC=1, 08±0, 26; SD=1, 46±0, 26; IC=1, 46±0, 22; ID= 0, 7±0, 24; p(I)=0, 457; p(VD)=0, 447; p(IxVD)=0, 032) e aumento de caspase-3 (SC=0, 71±0, 47; SD=0, 76±0, 52; IC=0, 86±0, 47; ID= 2, 97±0, 52; p(I)=0, 021; p(VD)=0, 039; p(IxVD)=0, 033). Não houve interação entre os fatores para cadeias pesadas de miosina, metaloproteases, estresse oxidativo, ICAM-1, TIMP e IL-10. Conclusão: A suplementação de VD intensificou o processo de remodelação em ratos infartados, associado com piora das funções sistólica e diastólica, alterações no metabolismo energético e a intensificação do processo de apoptose. Apoio: Fapesp. TL 099 Papel da periostina como modulador da remodelação cardíaca após o infarto do miocárdio Andréa de Freitas Gonçalves, Marcos Minicucci, Priscila Santos, Bruna Rafacho, Paula Azevedo, Bertha Polegato, Katashi Okoshi, Diego Batista, Sérgio Paiva, Leonardo Zornoff FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: O papel das proteínas matricelulares no processo de remodelação cardiaca após o infarto permanece por ser determinado. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar a relação entre a periostina e variáveis cardíacas na fase crônica após o infarto. Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos em dois grupos: cirurgia simulada (SHAM) e animais submetidos à oclusão coronariana (IAM). Após 3 meses, foram realizados estudos ecocardiográficos, bioquímicos e moleculares. Para dados com distribuição normal, os dados estão expressos em media ± desvio padrão e foram analisados pelo teste t; os dados não paramétricos estão como mediana e intervalo interquartil e foram analisados pelo teste de Mann-Whitney. As correlações foram analisadas por Spearman. Resultados: O infarto induziu aumento das áreas diastólicas e sistólicas do ventrículo esquerdo, associado com diminuição da fração de variação de área (FAV) e da velocidade de encurtamento da parede posterior (VEPP). Considerando variáveis da matriz extracelular, o grupo infarto apresentou maiores valores de periostina (SHAM: 0, 0009 (0, 0007-0, 0015), IAM: 0, 156 (0, 111-0, 234); p=0, 016), colágenos tipo I (SHAM: 1, 90 ± 1, 07, IAM: 4, 14 ± 0, 82; p=0, 009) e III (SHAM: 1, 01 (0, 91-1, 13), IAM: 9, 3 (6, 6-10, 7); p=0, 016), fração de colágeno intersticial (SHAM: 1, 85 ± 0, 70, IAM: 4, 02 ± 0, 61%; p<0, 001) e concentração de hidroxiprolina (SHAM: 3, 32 ± 0, 75, IAM: 5, 48 ± 0, 73 mg/mg; p=0, 002). Adicionalmente, periostina foi positivamente correlacionada com colágeno tipo III (r = 0, 673; p=0, 029), áreas diastólicas (r = 0, 678; p=0, 036) e sistólicas (r = 0, 795; 0, 006). Por outro lado, a periostina foi inversamente correlacionada com FVA (r = -0, 783; p=0, 008) e VEPP (r = -0, 767; p=0, 012). Conclusão: A periostina pode ser um importante modulador da remodelação cardíaca na fase crônica após o infarto do miocárdio experimental. TL 100 ESTRESSE OXIDATIVO, ALTERAÇÕES NO METABOLISMO ENERGÉTICO E APOPTOSE PARTICIPAM DA REMODELAÇÃO CARDÍACA EM RATOS EXPOSTOS À FUMAÇA DE CIGARROS Vanessa CMP Ferreira, Marcos Minicucci, Priscila P Santos, Bruna Rafacho, Ana Angélica H Fernandes, Meliza Roscani, Bertha Polegato, Leonardo AM Zornoff, Sergio AR Paiva, Paula S Azevedo FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução:A exposição à fumaça de cigarros participa do processo de remodelação cardíaca, por meio de mecanismos não totalmente estabelecidos. Existe aumento do estresse oxidativo cardíaco, que pode estar associado a alterações no metabolismo energético e à apoptose . O metabolismo energético depende, em parte, da utilização de substratos e da biogênese da mitocôndria, que é regulada principalmente pelo peroxisome proliferator-activated receptorsγ coactivator 1 alfa (PGC-1α). Objetivos: Avaliar se alterações no metabolismo energético e apoptose são mecanismos que participam do processo de remodelação induzido pela exposição à fumaça de cigarros. Metodologia: Ratos Wistar foram alocados em 2 grupos: controle (C) e grupo exposto à fumaça de cigarros (EFC). Após 2 meses de observação os animais foram submetidos à ecocardiografia, avaliação do estresse oxidativo e metabolismo por espectrofotometria e avaliação da apoptose e da biogênese da mitocôndria por Western blot. Nível de significância de 5%. Resultados: Os animais apresentam mesmo peso corporal, pressão arterial média e frequência cardíaca. Avaliação ecocardiográfica: DSVE/peso corporal C=7, 71±0, 8 e EFC=8, 99±1, 3; (p=0, 03); diâmetro do AE/peso corporal C=10, 26±0, 36 e EFC= 11, 89±1, 6; (p=0, 02); área do AE/área do AD: C=1, 11 ±0, 17 e EFC=1, 33±0, 16; (p=0, 04);Fração de ejeção C=93, 2±1, 4 e EFC=88, 5±2, 9; (p=0, 002). Estresse oxidativo : hidroperóxidos C=133, 3±14, 6 e EFC=175, 98±11, 5 (p<0, 001), atividade da superóxido dismutase, glutationa peroxidase e catalase foram menores no grupo EFC. Avaliação da utilização de substratos do metabolismo energético: Lactato desidrogenase C=73, 3±11, 6 e EFC=132, 4±21, 9 (p<0, 001); 3-hidroxiacil-coenzima A desidrogenase C= 30, 8(30, 5-32, 0) e EFC=15, 8 (14, 1-17, 9) (p=0, 004); citrato sintase C=33, 3±5, 0 e EFC=24, 2±3, 6 (p=0, 008). Apoptose: caspase 3 ativa corrigida pelo G6PDH C=0, 3 (0, 2-0, 6) e EFC=1, 3(1, 1-2, 2) (p=0, 004) e o BCL-2 foi semelhante. Biogênese mitocondrial: PGC-1α C=1, 2±0, 6 e EFC=1, 1±0, 2 (p=0, 5). Conclusão: o grupo EFC apresentou maior estresse oxidativo e alterações no padrão de utilização dos substratos para gerar energia. Este perfil pode estar associado ao aumento da apoptose, observado no grupo EFC. Entretanto não houve participação do PGC1α. TL 101 Atenuação da Frequência Cardíaca de Recuperação está Associada com Hiperativação Simpática em Pacientes com Síndrome Metabólica e Apneia Obstrutiva do Sono Cepeda FX, Toschi-Dias E, Martinez DG, Maki-Nunes C, Alves MJNN, Rondon MUPB, Braga AM, Lorenzi-Filho G, Negrao CE, Trombetta IC INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução: Pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS) ou com síndrome metabólica (SMet) apresentação atenuação da frequência cardíaca de recuperação pósexercício máximo. No entanto, o impacto da associação da AOS e SMet neste controle autonômico cardíaco não é conhecido. Nós testamos a hipótese de que: 1) A AOS atenua a queda da frequência cardíaca recuperação pós-exercício máximo, em pacientes com SMet e 2) Existe uma correlação inversa entre a queda da frequência cardíaca de recuperação e a atividade nervosa simpática. Métodos: Pacientes com diagnóstico recente de SMet (ATP-III) foram divididos em SMet com AOS (SMet+AOS, n=18, 49±2 anos) e sem (MetS-OSA n=21, 44±2 anos). Um grupo de indivíduos saudáveis (C) também foi incluído no estudo (n=13, 47±2 anos). AOS foi determinada pelo índice de apneia/hipopneia >15 eventos/h (polissonografia). Atividade nervosa simpática muscular (ANSM) foi avaliada pela colocação de um microeletrodo no nervo fibular. A modulação autonômica cardíaca avaliada através da banda de alta frequência (HF), banda baixa frequência (LF) e o balance simpato-vagal (LF/HF) foram avaliadas pela análise espectral (ECG). A atenuação da FC de recuperação (DFC), pela diferença entre a FC máxima e a FC no 1º, 2º e 4º minutos após um teste cardiopulmonar máximo. Análise estatística: ANOVA de um fator entre os grupos; correlação de Person entre o DFC e a ANSM. Resultados: Pacientes com SMet+OSA apresentaram níveis de ANSM (35±1vs. 28±1, 21±2, P<0.001), LF (70±4 vs. 56±4, 40±6, P<0.001) e LF/HF (3±1 vs. 2±1, 1±1, P<0.001) maiores que os pacientes SMet-OSA e C. Pacientes com SMet+OSA apresentaram HF (31±4 vs. 44±4, 52±5), DFC no 1ºmin (16±1 vs. 20±1, 25±1, P<0.001), no 2ºmin (27±1 vs. 33±2, 43±3, P<0.001) e 4ºmin (40±2 vs. 51±2, 58±3, P<0.001) menores que os pacientes com SMet-OSA e C. Análise adicionais mostraram correlação inversa entre a ANSM e a LF/HF com o DFC de recuperação (r=-0, 55; P=0, 001 e r=-0, 34; P=0, 05). Conclusões: A comorbidade AOS atenua a queda da frequência cardíaca de recuperação pós-exercício máximo em pacientes com síndrome metabólica, o que pode ser devido a uma recuperação vagal diminuída e uma atividade nervosa simpática aumentada. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 137 TL 102 Disfunção Bioenergética Mitocondrial na Doença Hipertensiva Grave em Ratos: Papel da Hiperatividade do Sistema Renina Angiotensina. Penteado, CT, Fereira-Melo, SE, LaGuardia, P, Faria, APC, Pires, NF, Junior, HM, Castilho, RF, Vercesi, AE FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Introdução:O estresse oxidativo está associado a doenças cardiovasculares, tais como a hipertensiva, na qual a mitocôndria é considerada maior fonte de espécies reativas de oxigênio.Assim, a hipertensão promove disfunção mitocondrial e depressão no metabolismo energético miocárdico, mecanismos ainda incertos. Avaliamos essa hipótese e se níveis de PA relacionam-se com graus distintos de disfunção da mitocôndria no miocárdio de ratos.Método:Aprovado pelo CEUA-UNICAMP. Grupos experimentais (n=12):Controle (CONT, Wistar Kyoto);Geneticamente hipertensos (SHR);Hipertensão renovascular (2K-1C);Modelos superpostos (SHR+2K-1C).Após 4 semanas, fez-se medidas da PA caudal (PAC, mmHg), ecocardiográficas, respiração mitocondrial(Oroboros-Oxygraph 2K, Áustria) e a atividade específica da citrato sintase(CS) em biópsias de miocárdio.Estatística:Análises de variâncias para medidas repetidas e Bonferroni para definir diferenças entre os grupos.Significância: p<0.05. Resultados:A PAC foi maior no grupo SHR+2K1C (238±34) que em SHR (200±14) e 2K1C (198±23), sendo destes 2 últimos similar mas elevada em relação ao CONT (143±20, 0) (p<0, 05 para as comparações).À ecocardiografia, as medidas do septo interventricular (mm) mostraram-se maiores no grupo SHR+2K1C (0, 17±0, 015) quando comparados aos demais:SHR (0, 14±0, 013), 2K1C (0, 14±0, 009) e CONT (0, 12±0, 005) (P<0, 01); o índice de massa do VE(mg/g) foi semelhante entre os grupos hipertensos (3, 5±0, 5; 3, 4±0, 4 e 2, 7±0, 5, respectivamente) e maior que no CONT (1, 8±0, 2).Houve redução significativa no consumo de oxigênio estimulado pelo ADP (pmol/(min*mg)) nos 3 grupos hipertensos:SHR= 84, 0±34, 4; 2K1C= 79, 7±17, 0; SHR+2K1C= 79, 1±33, 2 (p <0, 05 vs. CONT).A dosagem da CS foi igual nos 4 grupos indicando disfunção mitocondrial, e não densidades mitocondriais distintas.Desarranjo estrutural, alterações nucleares, fibrose intersticial e hipertrofia médio-intimal de artérias intramiocárdicas foram quantificadas nos grupos, sendo mais significativos no SHR+ 2K1C.Conclusão: Níveis de pressão arterial elevados reduzem a velocidade de respiração mitocondrial nos cardiomiócitos, podendo ser este mecanismo o responsável pelas lesões cardíacas encontradas.Essa disfunção mitocondrial é proporcional aos diferentes níveis de pós-carga impostos ao ventrículo esquerdo pela hipertensão. TL 103 TREINAMENTO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA MELHORAM O CONTROLE BARORREFLEXO ARTERIAL DA ATIVIDADE NERVOSA SIMPÁTICA EM PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA E APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO TOSCHI-DIAS, E, Trombetta IC, Dias da Silva VJ, Maki-Nunes C, Cepeda FX, Alves MJNN, Drager LF, Lorenzi-Filho G, Negrão CE, Rondon MUPB INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, EEFE - USP - . - SP - BRASIL Introdução: A síndrome metabólica(SMet) diminui o controle barorreflexo arterial da atividade nervosa simpática muscular(CBRANSM). E, estudos recentes mostram que a apneia obstrutiva do sono(AOS), uma frequente comorbidade em pacientes com SMet, exacerba esta disfunção autonômica. Nós testamos a hipótese de que o treinamento físico e a dieta hipocalórica(TF+D) melhorariam o CBRANSM em pacientes com SMet. Além disso, o efeito do TF+D seria mais pronunciado em pacientes com SMet+AOS. Métodos: Quarenta e quatro pacientes com SMet(ATP-III), sem uso de medicamentos, foram consecutivamente divididos em quatro grupos: 1)Seguimento clínico(SC) sem AOS (SMet-AOS SC, n=10); 2)TF+D sem AOS (SMet-AOS TF+D, n=13); 3)SC com AOS (SMet+AOS SC, n=10); e 4)TF+D com AOS (SMet+AOS TF+D, n=11). Os grupos TF+D realizaram exercício físico aeróbio(40min, 3 vezes/sem) associado à dieta hipocalórica (-500 kcal/dia) durante quatro meses. A AOS foi determinada por meio do índice de apneia e hipopneia(IAH)>15 eventos/hora(polissonografia). A atividade nervosa simpática muscular(ANSM-microneurografia) e a pressão arterial batimento a batimento (método oscilométrico, não invasivo), foram registradas durante 10 min em repouso. O CBRANSM espontâneo(ganho e tempo de retardo) foi avaliado por meio da análise espectral bivariada(método autorregressivo). Análise estatística: ANOVA de dois fatores para medidas repetidas(post-hoc de Scheffé). P<0, 05 foi aceito como diferença significativa. Resultados: O TF+D reduziu o peso corporal, a circunferência abdominal e a pressão arterial sistólica e aumentou o VO2pico nos pacientes SMetAOS e SMet+AOS. Nos pacientes com SMet-AOS, o TF+D diminuiu a ANSM(P<0, 01) e aumentou o ganho do CBRANSM(27±3 vs. 37±3 u.a./mmHg, P=0, 03). Nos pacientes com SMet+AOS, o TF+D diminuiu a ANSM(P<0, 001) e o tempo de retardo(4, 1±0, 2 vs. 2, 8±0, 3 s, P=0, 04) e aumentou o ganho do CBRANSM(13±1 vs. 24±2 u.a./mmHg, P=0, 01). Além disso, o TF+D diminuiu o IAH(P<0, 01) e aumentou a SaO2 durante o sono(P=0, 02). Nenhuma alteração significativa foi observada nos grupos SC. Conclusão: O TF+D melhora o ganho do CBRANSM em pacientes com SMet, independentemente da presença da AOS. No entanto, este efeito do TF+D é mais pronunciado em pacientes com SMet+AOS, já que o tempo de retardo do CBRANSM foi reduzido somente nos pacientes com AOS. TL 104 EFEITOS DA EXPOSIÇÃO AGUDA À FUMAÇA DO CIGARRO NA REATIVIDADE EM AORTA DE RATOS TREINADOS: PAPEL DO ENDOTÉLIO VASCULAR. Rocha, V.S., Santuzzi, C.H., Castardeli, E., Mauad, H., Cunha, M.R.H. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - VITORIA - ES - BRASIL No exercício físico ocorre uma dilatação da vasculatura muscular mediada por substâncias derivadas do endotélio. Não é sabido se o fumo altera este mecanismo protetor de regulação tecidual. O objetivo foi avaliar se a exposição aguda à fumaça de cigarros (EFC) altera as respostas contráteis à fenilefrina em anéis de aorta de ratos submetidos à natação. Foram utilizados ratos Wistar (250-300g) divididos em 4 grupos: CONTROLE (N=6), FUMO exposição aguda à fumaça de cigarros, N=6), TRN (submetidos à natação, N=6) e TRN+FUMO (submetidos à natação e à EFC, N=6). No treinamento da natação, a 1ª fase foi de adaptação (6 primeiros dias), os ratos se exercitaram por 10 min. em uma piscina. A cada dia subsequente, o período foi prolongado em 10 min., até que nadassem por 60 min. A 2ª fase, de treinamento, foi de 8 semanas (5 vezes/semana, 60 min./dia). 5 dias antes do término, ratos foram submetidos à EFC (1 vez/dia/5 dias). Para tanto, os ratos foram colocados em uma câmara, onde jatos de fumaça de 20 cigarros foram liberados em 2 períodos de 30 min., com intervalo de 10 min. entre estes períodos. Após a última exposição, ratos foram anestesiados e decapitados. A seguir, anéis de aorta torácica foram colocados em um sistema de banho de órgãos isolados e ajustados a uma tensão basal de 1 g. A reatividade vascular foi avaliada por doses crescentes de FENILEFRINA (10-12a 10-3M) em anéis com endotélio preservado (E+), após bloqueios com L-NAME (100 µM) e INDOMETACINA (10 µM) e em anéis sem endotélio (E-). Observamos que anéis com E+ houve um aumento na resposta contrátil máxima (RMax) do grupo TRN+FUMO (75*±7 %) em relação ao TRN (54±4 %, *p<0, 01). Em anéis E-, não houve diferença na RMax entre os grupos TRN+FUMO e TRN (123±4 vs 138±12 %, respectivamente), assim como no bloqueio pela INDOMETACINA (93±2 vs 103±12 %, respectivamente). O bloqueio com L-NAME não foi capaz de inibir o maior aumento da RMax à FENILEFRINA nos grupos TRN+FUMO e TRN (155*±13vs113±4 %, *p<0, 01). Concluímos que a exposição aguda à fumaça de cigarros altera a RMax de anéis de aorta de ratos submetidos ao exercício físico. Sugere ainda uma importante participação do endotélio vascular na mediação destas respostas, pela liberação de substâncias produzidas pela via da ciclooxigenase. TL 105 PERFIL INFLAMATÓRIO DO TECIDO ADIPOSO DE RATOS INFARTADOS: PAPEL DO TREINAMENTO FÍSICO E DO DESTREINAMENTO BARBOZA. CA, Lira, FS, Santana, AA, Santamarina, AB, Oyama, LM, Souza, CT, Rocha, LY, De Angelis, K, Irigoyen, MC, Rodrigues, B USJT - São Paulo - SP - Brasil, UNESC - Criciuma - SC - Brasil, UNIFESP - São Paulo - SP - Brasil, UNINOVE - São Paulo - SP Brasil, InCor - São Paulo - SP - Brasil Estudos têm sugerido que o tecido adiposo (TA) pode contribuir para o status inflamatório após o infarto do miocárdio (IM). No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos do treinamento físico (TF), bem como o papel do destreinamento (DT) nessa condição. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do TF e do DT no perfil inflamatório do TA em ratos infartados. Ratos Wistar machos foram divididos em grupos: controle (C), infartado sedentário (IS), infartado treinado (IT) e infartado destreinado (ID). Os grupos IT e ID foram submetidos a 3 meses de TF aeróbico e o grupo ID permaneceu por mais 1 mês em DT. Ao final dos protocolos, os grupos foram submetidos a ecocardiografia e foram mortos, para coleta do tecido adiposo. As medidas de citocinas foram realizadas por ELISA com kits específicos para interleucinas 6 (IL6), 10 (IL10) e fator de necrose tumoral α (TNFα). A área de IM, semelhante entre os grupos na avaliação inicial (~40±4%), foi reduzida pelo TF e mantida após o DT (IS: 41±3; IT: 31±2 e ID: 32±3%). O VO2 máx, reduzido nos grupos IM, aumentou no grupo IT em relação ao C e IS. Apesar da redução, o grupo ID permaneceu com o VO2 máx mais elevado que o grupo IS. O peso total do TA foi reduzido no IT (5, 2±0, 5g) em relação aos grupos C (7, 2±0, 1 g), IS (7, 5±0, 1g) e ID (6, 7±0, 6g). Os níveis de IL6 e TNFα estavam reduzidos nos grupos IT (20, 1±3, 8 e 10, 2±1 pg/ug prot) e ID (19, 5±2, 2 e 5, 9±0, 5 pg/ug prot) quando comparados aos grupos C (31, 9±1, 6 e 11, 6±0, 9 pg/ug prot) e IS (28, 9±2, 2 e 10, 2±1, 1pg/ug prot). Além disso, os níveis de IL10 foram reduzidos nos grupos IT e ID (9, 3±1 e 8, 5±1 pg/ ug prot) em relação ao grupo IS (13, 2±1 pg/ug prot), apresentando níveis similares ao C (10, 3±0, 7 pg/ug prot). Os resultados do presente estudo sugerem que o TF foi eficaz em reduzir a área de IM, aumentar o VO2 máx, bem como melhorar o perfil inflamatório no TA de ratos infartados. Além disso, estes benefícios permaneceram após 1 mês de DT. Dessa forma, estes achados evidenciam que a cessação do TF por 1 mês não foi suficiente para reverter os benefícios oriundos do TF, o que demonstra a importância dessa conduta terapêutica nos ajustes inflamatórios após o IM. 138 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 106 A atorvastatina interfere no metabolismo do colágeno e remodelamento ventricular após isquemia e reperfusão : estudo experimental Karla Reichert, Laura Cortellazzi, Karlos A. S. Vilarinho, Anali G. Torina, Helison Rafael P. do Carmo, Fany Lima, Andrei C. Sposito, Lindemberg M. Silveira-Filho, Pedro Paulo M. Oliveira, Orlando Petrucci FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Introdução: O remodelamento ventricular após o infarto agudo do miocárdio muitas vezes determina a sobrevida e qualidade de vida. Estratégias que favoreçam o remodelamento ventricular de forma positiva são desejáveis. As estatinas tem ação anti inflamatória e podem exercer diminuição nos componentes da matriz extracelular e alterar de forma benéfica o metabolismo do colágeno. Métodos: Ratos Wistar com peso médio de 261 ± 27, 6 gramas foram submetidos a isquemia por 30 minutos da parede anterior do ventrículo esquerdo e reperfundidos (grupo I/R) ou ligadura permanente da artéria interventricular anterior (grupo IAM). Todos os animais foram mantidos por 4 semanas. Foram divididos em dois grupos: controle, recebendo solução salina por gavagem diariamente e o grupo atorvastatina, recebendo 10 mg/kg/dia da estatina por gavagem diariamente.Ao final de quatro semanas os animais foram avaliados por cateter de pressão-volume e eutanasiados para análise histológica e molecular. Resultados: Observamos diminuição da fibrose ventricular no grupo IAM que foi tratado com atorvastatina (20, 8 ±7, 6% vs. 15, 0±6, 7%; P=0, 03), não se observou diferenças de fibrose no grupo I/R tratado com atorvastatina. O volume diastólico final do ventrículo esquerdo no grupo IAM tratado com atorvastatina foi menor comparado como o controle (172, 8±36, 2 microlitros vs. 220, 2±31, 6 microlitros; P=0, 04) e não se observou diferenças entre os grupos submetidos a I/R. Interessantemente, o grupo I/R tratado com atorvastatina apresentou maior expressão da metaloproteinase e do prócolágeno. Conclusão: A fibrose ventricular foi menor no grupo IAM tratado demonstrando uma melhora no processo de remodelamento ventricular. Isto é corroborado pelo menor volume ventricular diastólico final observado no grupo grupo IAM tratado com atorvastatina. O metabolismo do colágeno também foi modulado pela ação da atorvastatina durante as quatro semanas após a isquemia. Este efeito das estatinas ainda necessita de maiores avaliações. TL 107 Antagonismo de receptores AT1 atenua a manifestação de resistência à insulina e remodelação miocárdica em modelo experimental de obesidade Oliveira Júnior SA, Martinez PF, Guizoni DM, Campos DHS, Torres BP, Padovani CR, Dal Pai-Silva M, Okoshi K, Okoshi MP, Cicogna AC FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - CAMPO GRANDE - MS - BRASIL Interações entre vias de sinalização de angiotensina II (Ang-II) e da insulina são clássicos mecanismos de resistência à insulina e remodelação no miocárdio de obesos. Este estudo analisou a influência do antagonismo de receptores de Ang-II do tipo 1 (AT1) sobre a expressão proteica de membros da via de sinalização insulínica e a manifestação de remodelação no miocárdio de ratos com obesidade induzida por dieta. Métodos: Ratos Wistar-Kyoto foram distribuídos em dois grupos: dieta normocalórica (C; 3, 2kcal/g) e hipercalórica (OB; 4, 6kcal/g). Após 30 semanas, cada grupo foi separado em dois subgrupos: C e CL; OB e OBL. Os grupos L receberam Losartan (30mg/kg/dia) por cinco semanas. A seguir, foram analisadas massa e adiposidade corporal, glicemia, insulinemia e pressão arterial sistólica. Índices morfométricos de área miocitária e fração intersticial de colágeno foram determinados por estudo histológico do coração. As expressões proteicas do receptor de insulina (Rβ) e do mensageiro phosphatidylinositol 3-kinase (PI3K), nas formas total e fosforilada em tirosina (Tyr-), foram avaliadas por meio de Western blot. Os resultados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0, 05). Resultados: a obesidade foi demarcada por maiores índices de massa e adiposidade corporal dos grupos OB e OBL, em relação aos respectivos controles (p<0, 001). Glicemia, insulinemia e pressão foram maiores no OB comparado ao C (p<0, 05), e não diferiram entre CL e OBL. Área cardiomiocitária foi maior no OB, comparado ao C e ao OBL (p<0, 05). Fração intersticial de colágeno mostrou-se ampliada na obesidade e não foi afetada pela medicação (C: 2, 89±0, 81; OB:4, 81±0, 41; CL: 1, 89±0, 61; OBL: 4, 46±0, 73%). Dados de expressão proteica são mostrados abaixo. TL 108 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE INTERLEUCINAS EM PORTADORES DE FEBRE REUMÁTICA Tania Maria de Andrade Rodrigues, Neto, D.G., Lima, W.F.S., Queiroz, A.A.F., Maciel, D.C., Souto, M.J.S., Varjão, A.E.L., Fonseca, J.P.A., Dantas, J.V.L., Ferreira, A.R. Grupo de Anatomia Molecular (DMO/UFS) - Aracaju - Sergipe - Brasil Introdução/Fundamentos: A Febre Reumática (FR) é uma doença inflamatória, de origem autoimune e recidivante, que surge como resposta do organismo a infecções por Streptococcus pyogenes. Recentes estudos mostram que as citocinas parecem desempenhar um papel central na ativação da resposta imunológica e inflamatória na FR. Este trabalho pretende analisar a concentração das citocinas Interleucina-4 (IL4) e Interleucina-10 (IL-10) em portadores de FR, comparando-os a grupo controle. Metodologia: O presente trabalho trata-se de uma pesquisa de campo com delineamento experimental, transversal e analítico. Foram analisados 25 pacientes diagnosticados com FR atendidos em um hospital de referência em Aracaju/SE, os quais foram divididos em três grupos. O primeiro composto pelos portadores de FR submetidos à primeira troca valvar cirúrgica (PTVC-10 pacientes), o segundo com os pacientes que iriam se submeter à segunda troca cirúrgica (STVC-5pacientes), enquanto que no terceiro incluiram-se os que apresentavam FR, porém de forma assintomática (10 pacientes). Dez pacientes não portadores de FR foram utilizados como grupo controle. Coletou-se 10 mL de sangue de cada paciente. A amostra foi centrifugada e aliquotada, após isso, foi realizada a dosagem das interleucinas por meio do Teste ELISA Sanduíche.Análise Estatística: Foi realizada através de medidas de tendência central, utilizando-se o Teste de ANOVA para o cálculo das diferenças das médias entre as variáveis. O nível de significância estatística foi de 5%.Resultados: Os portadores de FR submetidos à PTVC e a STVC tiveram concentração média da citocina IL-4 igual a 2, 39±4, 37pg/mL e 15, 71±34, 66 pg/mL respectivamente, enquanto nos pacientes assintomáticos e no grupo controle esse valores foram de 16, 66 ±51, 81pg/mL e de 0, 32±0, 64 pg/mL (p: 0, 56). Quanto aos níveis de IL-10, verificou-se concentração média de 8±7, 30 pg/ml para o 1º grupo, 8, 07±2, 26 pg/ml para o segundo grupo, de 6, 97±1, 68 pg/mL para o 3º (FR assintomático) e de 0, 77±1, 68 pg/ml para o grupo controle (p: 0, 002).Conclusão: Observou-se aumento estatisticamente significante nas dosagens de IL-10 nos diferentes grupos de portadores de FR quando comparados com grupo controle, o que nos leva a pensar que esta interleucina esteja diretamente relacionada a fisiopatogênese da FR. TL 109 BMP-2 e -4 SECRETADOS POR CÉLULAS DE MUSCULATURA LISA VASCULAR INDUZEM MIGRAÇÃO MONOCITÁRIA NA ATEROGÊNESE. Alex Yuri Simões Sato, Alexandre Holthausen Campos HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Células de musculatura lisa vascular (CMLVs) e monócitos desempenham papéis cruciais em todas as etapas da aterogênese. Dados prévios de nosso grupo demonstraram que bone morphogenetic proteins (BMPs 2 e 4) e seu antagonista Gremlin estão superexpressos em CMLVs provenientes de aortas de camundongos deficientes para ApoE (ApoE-/-). Além disso, dados da literatura demonstraram que Gremlin modula a migração monocitária. Este estudo investiga o papel da ativação de receptores de BMPs no recrutamento de monócitos durante a aterogênese. Animais ApoE-/- e C57/Bl6 (controle) com 2 meses de idade foram alimentados com dietas normal (DN) ou hiperlipidêmica (DH) por 8 semanas. A seguir, os animais tiveram as aortas retiradas e CMLVs isoladas para cultura. Ensaios de migração, com ou sem silenciamento de BMPs ou Gremlin por siRNAs específicos, foram feitos por adaptação do método de Boyden. Níveis de expressão de mRNA foram avaliados por qPCR. Testes t ou ANOVA foram efetuados e p≤0, 05 foi considerado significativo. Ensaios de migração evidenciaram aumento importante (6x; n=3; p<0, 01) na migração de monócitos (células THP-1) em direção a CMLVs de animais ApoE-/- alimentados com DH em comparação às extraídas de animais C57/Bl6 sob DN. Em outros ensaios, a adição de BMP-2/-4 (10ng/ml) na câmara inferior da placa induziu significativamente a migração dos monócitos normais (2x; n=3; p<0, 05). O silenciamento de BMPs nas CMLVs provocou decréscimo (-60%; n=3; p<0, 002), enquanto que redução de Gremlin levou ao aumento (+55%; n=3; p<0, 02) na quimioatração de células THP-1. Em adição, qPCR revelou que o receptor BMPR2 encontra-se constitutivamente expresso em monócitos, possibilitando ação quimioatraente direta de BMPs nestas células. Em conclusão, em um modelo murino de aterosclerose, BMPs secretados por CMLV induzem, enquanto que seu antagonista, Gremlin, inibe o recrutamento de monócitos. Estudos adicionais estão em andamento para a melhor compreensão dos mecanismos envolvidos neste fenômeno. A quimioatração de monócitos mediada por CMLVs e BMPs pode representar um importante mecanismo no desenvolvimento da aterosclerose. Grupos Rβ Tyr-Rβ PI3K Tyr-PI3K C (n=7) 1, 00±0, 27 1, 00±0, 15 1, 00±0, 16 1, 00±0, 39 OB (n=7) 0, 95±0, 14 1, 61±0, 29 * 1, 23±0, 06 * 0, 90±0, 07 CL (n=7) 0, 67±0, 38 1, 87±0, 23 * 1, 01±0, 14 1, 71±0, 26 * OBL (n=7) 0, 78±0, 35 2, 32±0, 20 # 1, 68±0, 25 † 2, 11±0, 39 # Unidades arbitrárias. Valores em média±desvio padrão; *p<0, 05 vs. C; #p<0, 05 vs. OB; †p<0, 05 vs. CL. Conclusão: o antagonismo de AT1 atenuou a resistência insulínica e a remodelação miocárdica em ratos obesos. Apoio: FAPESP Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 139 Hipertensão Arterial TL 110 Hipertensão arterial iniciada na gravidez se associa com pior controle pressórico e remodelamento ventricular esquerdo desfavorável a longo prazo. Roberto F. D. Mesquita, Muriel Reis, Wilson Nadruz Junior FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Objetivo: Evidências mostram que o desenvolvimento de hipertensão arterial (HA) na gravidez se associa com aumento do risco cardiovascular ao longo da vida. Porém não se sabe se há diferenças a longo prazo entre mulheres que desenvolveram HA a partir da gravidez (HAG) em comparação com mulheres cuja HA não se iniciou neste período (HANG). O objetivo foi avaliar as possíveis diferenças clínicas, metabólicas e ecocardiográficas entre estes grupos. Métodos: Avaliamos 54 mulheres do grupo HAG e 100 mulheres do grupo HANG, acompanhadas em ambulatório de um hospital terciário, através de história clínica, exame físico, exames laboratoriais e ecocardiografia. Os grupos foram pareados por tempo de HA. Hipertrofia ventricular esquerda foi considerada quando a massa indexada de ventrículo esquerdo (VE) foi > 51 g/m2, 7 e o padrão de concentricidade de VE foi definido como espessura relativa da parede de VE >= 0, 045. Critérios de exclusão: HA secundária, presença de neoplasia e cardiomiopatia hipertrófica. Os resultados estão apresentados como média ± erro padrão e a significância estatística foi considerada quando p<0, 05. Resultados:O grupo HAG apresentou idade menor que o grupo HANG (46.0±1.4 vs 64.7±1.1 anos; p<0, 001), porém o tempo de HA entre os grupos foi similar (16, 6±1.1 vs 14, 7±0, 9 anos; p=0, 194). O grupo HAG apresentou maiores valores de pressão arterial sistólica (159, 3±3, 7 vs 150, 4±2, 5 mmHg; p=0, 045) e pressão arterial diastólica (96, 8±2, 3 vs 82, 3±1, 3; p<0, 001), apesar de fazer uso de maior número de classes de anti-hipertensivos (3, 3±0, 2 vs 2, 5±0, 1, p<0, 001). Os grupos apresentaram valores similares de índice de massa do VE, porém o grupo HAG apresentou maior espessura relativa do VE (0, 457±0, 010 vs 0, 420±0, 008, p=0, 005) e maior prevalência de hipertrofia concêntrica do VE (50% vs 30%; p=0.014). Por outro lado, não houve diferenças entre os grupos no que se refere às demais variáveis avaliadas. Conclusão: Os resultados indicam que o grupo HAG apresentou pior controle de pressão arterial e remodelamento do VE desfavorável em comparação com o grupo HANG. Estes dados sugerem que o grupo HAG pode compor uma população de hipertensos com predisposição a desenvolver pior controle clínico e maior risco cardiovascular em longo prazo. TL 111 Rigidez aórtica local e regional: efeitos diferentes sobre o remodelamento ventricular esquerdo T Quinaglia, M Bensalah, A Redheuil, L Macron, E Bollache, N Kachenoura, P Boutouyrie, S Laurent, E Mousseaux Hopital Européen Georges Pompidou - Paris - Île-de-France França, Paris-Centre de recherche Cardiovasculaire - Paris - Île-de-France - França, INSERM-U678 - Paris - Île-de-France França Introdução: O remodelamento ventricular esquerdo (VE) é um forte preditor de mortalidade global e cardiovascular em vários subgrupos de pacientes. A rigidez de grandes artérias é um determinante da pós-carga e do remodelamento do VE. No entanto, as propriedades elásticas da parede aórtica varia ao longo do seu curso e ainda não se sabe se a rigidez de segmentos locais e/ou regionais podem influenciar diferentemente o remodelamento do VE. Métodos: A rigidez regional da velocidade de onda de pulso carótideo-femoral (VOPcf, m/s) foi obtida por tonometria de aplanação (Pulse Pen), e do arco aórtico (VOParco) por ressonância magnética (phase contrast RNM). A rigidez local (m/s) foi estimada na aorta ascendente (VOPaa) e descendente (VOPad), utilizando a pressão de pulso central (cine RNM) e a diferença da área de secção (equação de Bramwell Hill). O remodelamento ventricular foi expresso pela razão massa do VE sobre volume diastólico final (M/V). Estatística: Média e desvio padrão. Regressão linear simples e múltipla. Transformação logarítmica quando apropriado. Resultados: Foram avaliados 146 pacientes (41+15 anos de idade; 43.8% mulheres) livres de doença cardiovascular grave (hipertensos: 10.3%; fumantes: 10.6%; diabéticos: 7.9%; IMC: 23.8+3.5).Uma análise univariada, demonstrou que a relação M/V foi associada à idade (R²= 0, 08, p <0, 001), IMC (R²= 0, 10, p <0, 001), sexo (R²= 0, 14, p <0, 001) e pressão arterial braquial diastólica (R²= 0, 05, p = 0, 005). Isoladamente, VOPcf e VOPaa foram fortemente associados ao M/V (R² parcial= 0.0715, p= 0.0013; e R² parcial= 0.0745, p= 0.0010, respectivamente), mesmo após ajuste para idade, sexo, IMC e PAD braquial. Concomitantemente, ambos VOPcf e VOPaa foram independentemente associados ao M/V (5% da variância explicada por cada). VOPad também foi independentemente relacionada com M/V, porém em menor grau (R² parcial= 0.0313, p= 0.0352). Por outro lado, VOParco não foi independentemente associada ao M/V. Conclusão: Todos os segmentos da aorta foram relacionados ao remodelamento concêntrico do VE, exceto o arco aórtico. Após o ajuste para fatores de risco cardiovasculares clássicos, a rigidez da aorta ascendente e carótideo-femoral foram as que melhor explicaram o remodelamento do VE sugerindo que segmentos da aorta podem ter efeitos diferentes sobre o VE. TL 112 SORO DE HIPERTENSOS RESISTENTES INDUZ APOPTOSE EM CÉLULAS ENDOTELIAIS EM CULTURA Gabriel A. Lima, Andréa R. Sabbatini, Ana P. C. Faria, Natália R. Barbaro, Rodrigo G. P. Modolo, Thiago M. F. Araújo, Gabriel F. Anhê, Wladmir M. Gordo, Vanessa Fontana, Heitor Moreno Introdução: A inflamação tem sido associada à fisiopatologia da hipertensão arterial e a lesões de órgãos alvo. Inclusive, níveis elevados de citocinas inflamatórias e a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) estão envolvidos na lesão vascular. A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida pelo uso de três agentes anti-hipertensivos de classes diferentes, em doses otimizadas, sem atingir o controle pressórico, ou, o controle da pressão com o uso quatro ou mais classes. Pacientes com HAR apresentam disfunção endotelial, caracterizada pela redução na biodisponibilidade de óxido nítrico. Dentre os mecanismos envolvidos na disfunção endotelial estão estresse oxidativo, inflamação e apoptose celular. Estudos prévios de nosso laboratório mostraram que HAR têm concentrações elevadas de citocinas inflamatórias e do marcador de estresse oxidativo, 8-isoprostano quando comparados a normotensos (NT). Desta forma, o objetivo deste projeto foi avaliar a apoptose e a produção de EROs em células endoteliais incubadas com o soro de portadores de HAR comparada com soro de NT. Métodos: Células endoteliais humanas da veia do cordão umbilical (Human Umbilical Vein Endothelial Cells- HUVECs) da linhagem CRL-2873 foram incubadas durante 24 hs com 10% de soro de 6 indivíduos NT (PAS 117±16, PAD 75±8 mmHg) e 6 HAR com PA controlada (PAS 122±15, PAD 76±9 mmHg) sob uso de 5, 0±1, 3 classes de anti-hipertensivos. Os ensaios de apoptose e produção intracelular de EROs foram realizados com as sondas: iodeto de propídeo e DCFH-DA, respectivamente e analisadas em citômetro de fluxo. Análise Estatística: Teste T não pareado com nível de significância <0, 05. Resultados: As HUVECs incubadas com soro de HAR apresentaram maior % de apoptose que NT (5, 5±1, 5 vs 3, 5±0, 7%, p= 0, 018), no entanto não houve diferença estatística em relação a produção de EROs, embora as células incubadas com soro de pacientes HAR apresentaram maior produção de EROs (1241±171 vs 1070±243 RFU, p= 0, 18). Conclusão: O soro de pacientes HAR contém substâncias que levam à apoptose e ao aumento de EROs intracelular em células endoteliais em cultura, mesmo com o uso de agentes anti-hipertensivos e a PA controlada. Os mecanismos relacionados a tais efeitos podem envolver mediadores inflamatórios já que estes estão aumentados na HAR. TL 113 A inflamação sistêmica é maior em pacientes com hipertensão arterial resistente? CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA, Adriana Bertolami, Aline de Moraes, Antonio Cordeiro Junior, Marcelo Bertolami, Celso Amodeo, Amanda Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: A inflamação é considerada atualmente emergente fator de risco cardiovascular. No entanto, seu papel, prevalência e formas de avaliação ainda são temas a serem discutidos, principalmente nos indivíduos com hipertensão arterial resistente (HAR). Objetivo: Avaliar a prevalência de inflamação em indivíduos com HAR. Métodos: Foram analisados pacientes hipertensos em ambulatório de alta complexidade. Os pacientes foram divididos em 2 grupos, com HAR (HAR+) e indivíduos controle (HAR). Foram avaliados quanto à idade, sexo, obesidade (índice de massa corpórea ≥ 30 kg/m2), inflamação (complemento C3 e C4, fibrinogênio e PCR ultra-sensível (us)), colesterol e glicose. Resultados: Dos 201 pacientes analisados encontrou-se 102 (50, 7%) HA+, e 99 (49, 3%) HAR- (Tabela 1). Os pacientes HAR+ apresentaram maior fibrinogênio e C4 quando comparados aos HAR-, mesmo que com prevalência de maior uso de estatinas e menores níveis de LDL-colesterol. Conclusões: Na população analisada, pacientes com HAR mostraram-se com maior dosagem sérica de marcadores inflamatórios quando comparados aos pacientes hipertensos não resistentes. 140 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 114 ASSOCIAÇÃO ENTRE POLIMORFISMO DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA E DOENÇA CAROTÍDEA EM PACIENTES HIPERTENSOS Gustavo A de Souza, Luiz T Giollo Jr, Marcela AS Pinhel, Sabrina M Cezário, Fábio G Dias, Afonso A CarvalhoLoureiro, Luciana N Cosenso-Martin, Dorotéia R Silva Souza, José F Vilela-Martin FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - SP BRASIL ASSOCIAÇÃO ENTRE POLIMORFISMO DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA E DOENÇA CAROTÍDEA EM PACIENTES HIPERTENSOS INTRODUÇÃO: O gene da enzima conversora da angiotensina (ECA) possui um polimorfismo bialélico, denominado Deleção (D) e Inserção (I), que afeta diretamente a quantidade circulante desta enzima. Presença de alelo D contribui para níveis elevados de ECA e de angiotensina II (AII), a qual pode participar da formação do processo aterosclerótico na rede arterial. Por sua vez, a doença carotídea é uma manifestação sistêmica comum de aterosclerose associada a um aumento do risco de eventos vasculares e parece ter influência do polimorfismo da ECA. MÉTODOS: Foi um estudo transversal realizado em indivíduos hipertensos com a finalidade de investigar a relação existente entre o polimorfismo da ECA e doença carotídea. Ultrassom e doppler de carótidas foram utilizados para avaliação de processo aterosclerótico. Considerou-se doença carotídea a presença de estenose unilateral ou bilateral de carótida ≥ 10% da luz arterial. Polimorfismo da ECA foi determinada por reação em cadeia de polimerase do segmento envolvido com o polimorfismo. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Realizou-se análise descritiva das variáveis qualitativas e os resultados são apresentados como média e desvio-padrão. Foi admitido erro α de 5% para nível de significância p ˂ 0, 05. RESULTADOS: Foram analisados 220 indivíduos hipertensos. A média de idade foi de 64, 89 anos (±11, 85) [95 indivíduos (43, 2%) do sexo masculino e 125 (56, 8%) do sexo feminino. Quanto a etnia, 174 (79, 09%) eram brancos e 46 (20, 90%) não-brancos (pardos, negros, amarelos). 61 hipertensos apresentaram o genótipo DD, 120 ID e 39 II. Encontrou-se correlação entre o polimorfismo da ECA e doença carotídea (p=0, 002), com 26% dos indivíduos com genótipo DD apresentando doença carotídea. 33 hipertensos (66, 0%) com alelo _D obtiveram essa lesão de órgão-alvo. A presença de, pelo menos, 01 alelo D comparado ao genótipo II mostrou associação com Doença Carotídea (p=0, 001). CONCLUSÕES: Há associação entre polimorfismo da ECA e Doença Carotídea em pacientes hipertensos, mostrando uma predisposição genética. TL 115 Participação das adipocinas nas lesões de órgãos-alvo na hipertensão arterial resistente. Andréa Sabbatini, Ana P. Faria, Natalia Ruggeri, Vanessa Fontana, Wladimir Mignoni, Rodrigo Modolo, Heitor Moreno Junior Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil Introdução: Hipertensão arterial resistente (HAR) é uma condição clínica que engloba pacientes com HAR controlada (HARC) e não controlada (HARNC). Pacientes com HAR frequentemente apresentam alterações de adipocinas, que atuam na inflamação sistêmica, estresse oxidativo e resistência insulínica. Estes pacientes apresentam lesão de órgão-alvo (LOA) como, rigidez arterial, hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e microalbuminuria (MA) e estes parâmetros podem diferir entre os subgrupos de HAR. Resistina, leptina e adiponectina podem ter efeitos sobre o controle da pressão arterial, entretanto, é desconhecido se há diferença nos níveis das adipocinas e em marcadores de LOA nos subgrupos de HAR e se as adipocinas estão associadas a LOA. Objetivo: Comparar níveis de adipocinas e rigidez arterial, HVE e MA em pacientes HARC e HARNC e analisar a relação entre adipocinas e LOA. Métodos: Foram avaliados em pacientes HARC (n=38) e HARNC (n=51) o IMC, pressão de consultório e MAPA, concentrações plasmáticas de adiponectina, leptina e resistina (ELISA), VOP, MA e ecocardiograma. Análise Estatística: Foi utilizado o teste de MannWhitney para comparação das variáveis contínuas e Spearman para análise de correlaç&atild e;o entre os subgrupos. Resultados: Níveis de leptina e resistina estavam aumentados (30, 4±16, 8ng/mL; p=0, 004 e 11, 3±4, 0pg/mL; p=0, 007 respectivamente)em pacientes HARNC, enquanto os níveis de adiponectina diminuídos (4, 7± 2, 6ug/mL; p<0, 001). Rigidez arterial, HVE e MA estavam aumentados (11, 3±2, 5m/s; p<0, 001; 153, 6±35, 1g/m2; p<0, 001; e 92, 4±97, 0 mg/g; p<0, 001 respectivamente) no subgrupo com HARNC. Neste subgrupo encontramos correlação inversa entre adiponectina e VOP (r = -0, 42, p<0, 01) bem como com MA (r = -0, 48, p <0, 01). Houve correlação positiva entre leptina e VOP (r=0, 37, p=0, 02) somente no subgrupo HARNC e a resistina não se correlacionou com marcadores de LOA em ambos os grupos. Conclusão: Hipodiponectinemia está associada à presença de maior rigidez arterial e MA somente em pacientes HARNC. Níveis elevados de leptina estão associados somente com rigidez arterial neste mesmo subgrupo. Essas adipocinas podem ser responsáveis pela resistência a terapia anti-hipertensiva, contribuindo para a dificuldade de controle pressórico neste subgrupo de HAR. TL 116 Teste Rápido da Fludrocortisona na Identificação da Sensibilidade a Sal Abreu AP, Silva GV, Ortega KC, Castro I, Mion Jr D Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP - São Paulo - SP - Brasil INTRODUÇÃO: A sensibilidade ao sal, definida como a variação da pressão arterial (PA) frente à ingestão de diferentes teores de sal, possui implicações clinicas e prognósticas. No entanto, o teste padrão-ouro para tal diagnóstico é dificilmente aplicado na prática clínica em função do tempo e da difícil adesão aos ciclos de dietas hipossódicas e hipersódicas. O objetivo deste estudo foi avaliar se o uso da fludrocortisona, medicamento que atua nos túbulos renais distais acarretando retenção de sódio, possui boa acurácia quando comparado ao ciclo de dietas. MÉTODOS: Trinta voluntários hipertensos não medicados foram submetidos a dois testes, com intervalo de um mês entre eles, e com delineamento cruzado. O ciclo de dietas consistiu em uma semana com dieta com baixo teor de sódio (40 mEq Na/dia) e uma semana com alto teor de sódio (240 mEq Na/dia). O teste da fludrocortisona consistiu na administração de 0, 4mg/dia por 7 dias com ingestão alimentar habitual. A PA foi medida ao final de cada ciclo de dietas e no primeiro e último dias da fludrocortisona. ANÁLISE ESTATÍSTICA: O poder discriminatório do teste foi analisado através da área sob a curva ROC (ASCROC), tendo sido calculados sensibilidade, especificidade, e valores preditivos positivo e negativo. RESULTADOS: Os 30 voluntários (60% femininos), com idade média de 53, 7 ± 7, 6 anos, tinham média de PA sistólica de 146 ± 12 mmHg e diastólica de 91 ± 10 mmHg. As médias do NaU nos ciclos de dietas hipo e hipersódicas foram respectivamente 40 ± 25 mEq/vol, e 212 ± 44 mEq/vol. Durante a administração da fludrocortisona houve redução significativa da renina, aldosterona e potássio em relação ao período basal. As ASROC para o teste de referência foram 0, 89 ± 0, 04 (p<0, 001), 0, 77 ± 0, 06 (p<0, 001) e 0, 66 ± 0, 07 (p=0, 032) para respectivamente PAS, PAM e PAD. As ASROC para o teste de fludrocortisona foram 0, 85 ± 0, 05 (p<0, 001), 0, 73 ± 0, 06 (p=0, 002), e 0, 63 ± 0, 07 (p=0, 079) para respectivamente PAS, PAM e PAD. A sensibilidade, especificidade, VPP e VPN do teste foram de 90%, 100%, 100% e 18%, respectivamente. CONCLUSÃO: A administração da fludrocortisona na dose de 0, 4mg/dia por 7 dias em hipertensos pode ser utilizado no diagnóstico de sensibilidade ao sal, com boa acurácia quando comparado ao teste de referência do ciclo de dietas. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 141 TL 117 Infliximabe previne o aumento da pressão arterial sistólica e regula a via AKT/eNOS em aorta de ratos espontaneamente hipertensos Silvia Elaine Ferreira-Melo, Ademir G. Filho, Andrezza Kinote, Daniel J. Pereira, Andre Renno, Rodrigo C. dos Santos, Licio A. Velloso, Silvana Bordin, Gabriel F. Anhê, Heitor Moreno Jr. Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil, USP - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução: O aumento de pressão arterial sistólica (PAS) é uma comorbidade associada à síndrome metabólica envolvendo mecanismos inflamatórios de sinalização intracelular. A insulina é um hormônio que apresenta propriedades vasodilatadoras por ativar a enzima sintase endotelial do óxido nítrico (eNOS), mecanismo este dependente da via proteína quinase serina/treonina (AKT) que está gravemente comprometido em obesos e hipertensos. A neutralização dos níveis circulantes do TNF-α pelo infliximabe contribui para melhora da resposta glicêmica, entretanto, ainda são desconhecidos os efeitos desta estratégia farmacológica envolvendo a PAS e ativação da eNOS. Este estudo avaliou as alterações na PAS e hipertrofia cardíaca em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) tratados com infliximabe. Além disso, avaliamos a ativação de proteínas que envolvem a atividade insulínica e a resistência insulínica mediada por TNF-α em aorta e ventrículo esquerdo. Métodos: Ratos Wistar Kyoto (WKY) e SHR foram divididos em 6 grupos (n=10) recebendo água como veículo, 1, 5 e 6, 0 mg/Kg/ semana de infliximabe durante 8 semanas. Foram realizados os testes de tolerância à insulina e à glicose. A PAS foi determinada pelo método não invasivo de pressão caudal e o índice de massa ventricular esquerdo foi avaliado pela ecocardiografia bidimensional. A análise histológica por microscopia foi realizada para avaliação tecidual de cardiomiócitos e as proteínas AKT, eNOS, caspase-3 foram analisados nos tecidos aorta e ventrículo esquerdo por western blot. Análise Estatística: A diferença estatística entre os grupos foi determinada pelo teste ANOVA (1 via), com pós-teste de Tukey-Kramer. Resultados: O infliximabe previniu o aumento da PAS e hipertrofia do ventrículo esquerdo em SHR tratado em comparação com veículo. Estes efeitos foram paralelamente relacionados com aumento de fosforilação da AKT/eNOS e redução na fosforilação do inibidor do fator nuclear kappa-B e proteína quinase c-Jun N-terminal (JNK) na aorta. Conclusões: Nosso estudo revelou os benefícios cardiovasculares do tratamento com infliximabe em SHR. Ainda, nossos achados sugerem que a redução da PAS e da hipertrofia ventricular esquerda pelo uso de infliximabe contribuem para redução de inflamação endotelial e restabelecimento da via intracelular AKT/eNOS. TL 118 Comparação in vitro entre cateter de ablação não irrigado e irrigado na denervação simpática renal Rodolfo Staico, Luciana Armaganijan, Cristiano Dietrich, Alexandre Abizaid, Renato Lopes, Joaquim Almeida, Marcello Franco INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: A denervação simpática renal (DSR) vem sendo utilizada no tratamento da hipertensão arterial resistente em casos selecionados. Entretanto, nenhum estudo comparou os efeitos do diferentes cateteres e energias neste contexto. Objetivos: Comparar os efeitos de diferentes cateteres de ablação na DSR em um modelo experimental. Métodos: Uma caixa acrílica, especialmente desenvolvida para este fim, foi preenchida com Ringer lactato, constantemente circulante por meio de uma bomba, a fim de se mimetizar o fluxo sanguíneo. Um total de seis artérias renais de porco foram seccionadas em seu eixo longo e posicionadas na caixa. Uma bomba de aquecimento foi utilizada para manter a temperatura do fluido constante a 37°C. O cateter foi então posicionado obliquamente à artéria, mantendose uma pressão de contato constante. Aplicações de radiofrequencia foram realizadas utilizando-se três diferentes cateteres: 4mm 7F (Marinr®, Medtronic®), 4mm 5F (Marinr®, Medtronic®) e irrigado (Sprinklr®, Medtronic®). Para ablação com cateter irrigado, um sistema de irrigação aberta foi utilizado mantendo-se fluxo de 17mL/ min. Resultados: Um total de 18 aplicações foram realizadas. Injúria nervosa renal foi observada utilizando-se o cateter 5F e energia de 8W apenas quando a duração da aplicação foi de 120sec (menor lesão com durações de 30 e 60seg). Por outro lado, significante dano nervoso foi observado com o cateter 4mm 7F com todas as potências e durações testadas (8 e 15W, 30, 60 e 120 seg). Lesões mais profundas foram notadas quando o cateter irrigado foi utilizado, independentemente da potência e duração. Conclusões: O cateter irrigado gera lesões mais profundas e pode ser mais benéfico no tratamento da hipertensão arterial resistente. A aplicabilidade clínica destes resultados, entretanto, deve ser confirmada. TL 119 EXERCÍCIO FÍSICO MODULA FIBROSE MIOCÁRDICA E MELHORA A FUNÇÃO DIASTÓLICA E CONTRÁTIL DO VENTRÍCULO ESQUERDO EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS LUANA URBANO PAGAN, DAMATTO RL, CEZAR MDM, GIMENES R, CAMPOS DHS, LIMA ARR, BONOMO C, ROSA CM, OKOSHI MP, OKOSHI K FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: A sobrecarga de pressão causada pela hipertensão arterial pode gerar mudança na arquitetura do colágeno e favorecer o aumento de fibrose e rigidez miocárdica, com consequente disfunção do ventrículo esquerdo (VE). O exercício físico (EF) pode ter efeito benéfico nesse processo. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a influência do EF na estrutura e função do VE e na matriz colágena intersticial de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Métodos: SHR machos com 16 meses de idade foram divididos em dois grupos: sedentário (SED, n=14) e exercitado (EX, n=14). O EF foi realizado em esteira rolante (velocidade: 12 metros/ min.), durante 30 min./dia, 5 vezes/sem. por 16 sem. A pressão arterial sistólica foi medida na cauda pelo método da pletismografia. Ecocardiograma foi utilizado para avaliação cardíaca in vivo, e a preparação do músculo papilar isolado do VE para estudo funcional in vitro. As concentrações miocárdicas de colágeno total, solúvel e hidroxiprolina foram determinadas por espectrofotometria. Análise da expressão gênica foi realizada por RT-PCR em tempo real para os genes de colágeno I, colágeno III e lisil oxidase.Estatística: as comparações foram realizadas por teste t de Student (p<0, 05). Resultados: A pressão arterial sistólica não diferiu entre os grupos (SED: 212±22; EX: 225±20 mmHg). O ecocardiograma mostrou redução da velocidade de deslocamento tardio do anel mitral (onda A’, Doppler tissular) no grupo EX (3, 30±0, 67 vs 4, 19±1, 11 cm/s). A função miocárdica in vitro foi melhor no grupo exercitado (tensão desenvolvida: 7, 60±1, 83 vs 6, 21±1, 11 g/mm2; derivada positiva da tensão: 67, 0±17, 9 vs 53, 4±9, 98 g/mm2/s). Não houve diferença significante nos valores do colágeno total e solúvel entre os grupos. A hidroxiprolina foi menor no grupo EX (0, 22±0, 04vs 0, 32±0, 08 µm/mg). A expressão dos genes acima foi semelhante entre os grupos. Conclusão: O exercício físico diminui a concentração miocárdica de hidroxiprolina e melhora a função diastólica do ventrículo esquerdo e a função contrátil do miocárdio em ratos espontaneamente hipertensos. Apoio: CAPES e CNPq. TL 120 Valor da pressão arterial sistólica no prognóstico de pacientes com síndrome coronária aguda no setor de emergência Alexandre de Matos Soeiro, Marina D. Coletta, Luis B. C. Seguro, Maria C. F. Almeida, Cinthia G. F. Dias, Graziela S. Ferreira, Jose Fabri Jr., Carlos V. Serrano Jr., Ludmila Hajjar, Mucio T. Oliveira Jr. INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Estudos recentes têm relatado que a pressão arterial sistólica (PAS) tem valor prognóstico em pacientes com síndrome coronária aguda (SCA). Métodos: Trata-se de estudo prospectivo observacional com objetivo de avaliar se o valor da PAS aferido na admissão hospitalar tem influência no prognóstico intrahospitalar. Para tal os pacientes foram divididos em três grupos: grupo I: PAS <120 mmHg; grupo II: PAS entre 120 e 140 mmHg; grupo III: PAS>140 mmHg. Foram incluídos 373 pacientes (138 no grupo I, 115 no grupo II e 120 no grupo III) com SCA entre maio de 2.010 e novembro de 2.012. Os seguintes dados foram obtidos: idade, sexo, presença de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemia, história familiar para doença coronária precoce, doença arterial coronária prévia (angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica anterior), hemoglobina, creatinina, pico de troponina, fração de ejeção do ventrículo esquerdo e medicações utilizadas. Análise estatística: O desfecho primário foi mortalidade por todas as causas. O desfecho secundário foi eventos combinados (Killip III/IV, reinfarto, morte, acidente vascular cerebral e sangramento) e tempo de internação. A comparação entre grupos foi realizada através de Q-quadrado e teste-T independente. A análise multivariada foi realizada por regressão logística, sendo considerado significativo p < 0, 05. Resultados: Aproximadamente 62% eram homens e a médias de idade foi de 64 anos. No grupo III, observou-se maior valor de idade (66, 95 x 62, 23 x 61, 82, p=0, 002), maior prevalência de diabetes (46, 7% x 30, 4% x 38, 3%, p=0, 03), hipertensão (94, 2% x 67, 4% x 79, 1%, p<0, 001), revascularização miocárdica prévia (26, 7% x 13, 8% x 13%, p=0, 007), maior uso de inibidores de enzima conversora de angiotensina (73, 3% x 52, 2% x 55, 8%, p=0, 005) e B-bloqueador (80% x 67, 4% x 64, 3%, p=0, 05) em relação aos grupos I e II, respectivamente. Não se observaram diferenças significativas em relação à mortalidade e eventos combinados entre os grupos. Conclusão: Diferenças significativas foram observadas em relação à características basais da população. No entanto, neste estudo o valor da PAS isolado não teve impacto prognóstico intrahospitalar. 142 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 121 INFLUÊNCIA DA HIPERTENSÃO SOBRE O PERFIL NEUROVASCULAR EM REPOUSO E DURANTE EXERCÍCIO ISOMÉTRICO EM CORREDORES AMADORES PATRICIA DE SA PERLINGEIRO, Igor Lucas Gomes dos Santos, Luciene Ferreira Azevedo, Maria Urbana P.B. Rondon, Carlos Eduardo Negrão, Luciana D.N.J. de Matos INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial ocasiona prejuízo neurovascular em indivíduos sedentários, em repouso e durante exercício isométrico. Entretanto, ainda é desconhecido se hipertensos praticantes de corrida também possuem este mesmo prejuízo. Desta forma, este estudo avaliou o perfil neurovascular em repouso e durante exercício isométrico de corredores amadores hipertensos. MÉTODOS: 17 corredores hipertensos (CH) (42±1 anos) e 20 normotensos (CN) (43±1 anos) do sexo masculino foram avaliados. Fluxo sanguíneo do antebraço (pletismografia de oclusão venosa) e atividade nervosa simpática muscular (ANS) (microneurografia) foram medidos em repouso e durante 3 min. de exercício isométrico de handgrip, na intensidade de 30% da contração voluntária máxima. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Test t de student foi utilizado para comparar dados de repouso entre os grupos. ANOVA de 2 caminhos para medidas repetidas foi utilizada para comparar a resposta dos grupos durante o exercício isométrico. Post hoc de Scheffé´s foi realizado quando encontrada significância. Resultados são apresentados como média±erro padrão. Foi adotado P<0, 05 para significância. RESULTADOS: Pressão arterial sistólica (139, 3±2 vs. 112, 8±2 mmHg; P<0, 01), diastólica (92, 6±2 vs. 75, 3±2 mmHg; P<0, 01) e média (108, 2±1 vs. 87, 8±1 mmHg; P<0, 01) foram maiores no grupo CH, em relação ao grupo CN, respectivamente. Em repouso, o fluxo sanguíneo do antebraço (2, 12±0, 1 vs 2, 27±0, 1 ml/min/100ml; P=0, 44) e a condutância vascular do antebraço (2, 09±0, 1 vs 2, 43±0, 2, unidades; P=0, 12) foram semelhantes entre os grupos CH e CN, respectivamente. Entretanto, em repouso, a ANS foi maior no grupo CH em relação ao grupo CN, tanto em disparos/min (26±1, 3 vs 21±1, 3; P=0, 02) quanto em disparos/100bat (52±1, 9 vs 42±1, 5; P<0, 01), respectivamente. Durante o exercício de handgrip, ambos os grupos exibiram o mesmo comportamento para a resposta do fluxo sanguíneo (P=0, 53), da condutância vascular do antebraço (P=0, 20) e da ANS (disparos/min, P=0, 34; disparos/100bat, P=0, 64). CONCLUSÃO: Corredores hipertensos, apesar de apresentarem atividade nervosa simpática muscular mais alta em repouso, não apresentam prejuízo na resposta neurovascular durante exercício isométrico em relação aos corredores normotensos. Insuficiência Cardíaca TL 122 DIABETES MELLITUS EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS IDOSOS CAUSA PIORA DO REMODELAMENTO CARDÍACO E DOS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS SÉRICOS Camila Moreno Rosa, Natasha Priscila Xavier, Dijon Henrique Salomé de Campos, Ana Angélica Henrique Fernandes, Camila Gimenes, Rodrigo Gimenes, Marcelo Diacardia Mariano Cezar, Luana Urbano Pagan, Marina Politi Okoshi, Katashi Okoshi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: Sabe-se que a associação de diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) resulta em maiores danos estruturais e funcionais cardíacos do que isoladamente. No entanto, poucos são os estudos que têm analisado essa associação, principalmente em ratos idosos. Objetivo: Analisar a influência do DM sobre a remodelação cardíaca em ratos senescentes hipertensos. Métodos: Ratos espontaneamente hipertensos (SHR), machos, com 18 meses de idade, foram divididos em dois grupos: controle (CTL, n=15) e diabético (DM, n=15). Nove semanas após indução de DM por estreptozotocina (40 mg/kg, ip, dose única) foram realizados ecocardiograma e estudo da função contrátil em músculo papilar do ventrículo esquerdo (VE). Amostras do VE foram obtidas para medir o diâmetro dos miócitos, a área ocupada pelo colágeno e a concentração de hidroxiprolina. A análise bioquímica foi realizada no soro. Estatística: teste t de Student (p<0, 05). Resultados: O grupo DM apresentou: dilatação do VE e átrio esquerdo com piora da função sistólica do VE (% variação de diâmetro: CTL, 48, 6±7, 9; DM, 40, 0±8, 6); comprometimento da função contrátil miocárdica avaliada pelos índices tensão desenvolvida (CTL: 5, 38±2, 76; DM: 3, 56±1, 82 g/mm²), derivada positiva da tensão (CTL: 43, 2±22, 5; DM: 25, 7±15, 4 g/mm²/s) e tempo para atingir o pico da tensão desenvolvida (CTL: 236±30; DM: 264±24 ms). O diâmetro dos miócitos, a fração colágena miocárdica e a concentração de hidroxiprolina miocárdica não apresentaram diferença significante entre os grupos. A avaliação bioquímica mostrou nível elevado de glicose (CTL: 89±21; DM: 487±28 mg/dL), diminuição do HDL-colesterol (CTL: 41, 2±2, 69; DM: 33, 8±2, 08 mg/dL) e maior concentração de uréia (CTL: 53, 7±8, 91; DM: 77, 9 ± 16, 0 mg/dL) no grupo diabético. Conclusão: O diabetes mellitus causa piora do remodelamento cardíaco e de parâmetros bioquímicos em ratos espontaneamente hipertensos idosos. Apoio: CAPES e CNPq. TL 123 É possível retardar o desenvolvimento da doença vascular do enxerto no coração transplantado com o uso metotrexato ligado à nanoemulsão? Fiorelli AI, Lourenço-Filho DD, Tavares ER, Maranhão RS, Gutierrez PS, Stolf NAG, Jatene FB INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL A doença vascular do enxerto é uma complicação insidiosa, caracterizada por inflamação perivascular persistente com hiperplasia intimal e representa o pricipal fator limitante do transplanre em longo prazo. Em estudos experimentais anteriores tendo demonstrado a redução da aterosclerose induzida com o uso de quimioterápico associado à nanoparticulas de colesterol de LDE e com mínima toxicidade. Analisar o comportamento de doença vascular do enxerto nos vasos coronários e o grau de hiperplasia intimal comparativamente no coração transplantado de coelhos que receberam nanopartículas de LDE-Metotrexato. Vinte coelhos machos da raça Nova Zealand(Brancos) com peso médio de 3, 4±0, 6kg e 20 machos (Vermelhos) com peso médio de 2, 7±0, 5kg, sendo que os brancos foram os receptores de enxertos cardíacos dos coelhos vermelhos. Os animais receptores foram divididos em dois grupos: 1) grupo LDE-metotrexato: 10 coelhos tratados com metotrexato 4mg/kg de peso corporal associados à nanopartículas de LDE por via intravenosa semanalmente, durante as 6 semanas subsequentes. 2) grupo controle: 10 coelhos tratados com 3 ml de solução salina administrada por via intravenosa durante o mesmo período. Todos os animais receberam ração enriquecida de 0, 5% de colesterol e 10mg/kg/dia ciclosporina A. Após o período experimental, os coelhos foram sacrificados para análise. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade de São Paulo. A Tabela 1 expressa a morfometria das coronárias dos enxertos cardíacos de ambos os grupos. Conclusões – A infusão endovenosa de metotrexato acoplado à nanoparticulas de LDE foi capaz de retardar o desenvolvimento da doença vascular do enxerto induzida em coração de coelhos, indicando que esta nova terapêutica pode representar uma estratégia promissora que deve ser explorada em futuros estudos. TL 124 Efeito do Treinamento Físico Associado à Terapia de Ressincronização Cardíaca em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Nobre TS, Martinelli M, Antunes-Correa LM, Alves MJ, Rondon MU, Groehs RV, Siqueira SF, Oliveira PA, Mathias Jr W, Negrao CE INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo - SP - SP - Brasil Introdução Sabe-se que o treinamento físico (TF) reduz da atividade nervosa simpática muscular (ANSM), aumenta o fluxo sanguíneo muscular e a capacidade física, além de melhorar a qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). O que não se conhece são os efeitos do TF associados à terapia de ressincronização cardíaca (TRC) em pacientes com IC. Nós testamos a hipótese de que o TF associado à TRC diminuiria a ANSM e a vasoconstrição periférica e, em consequência, melhoraria a capacidade física em pacientes com IC. Métodos Vinte e três pacientes com IC submetidos a um mês de TRC, idade entre 18 e 70 anos e fração de ejeção≤35% foram randomizados em 2 grupos: treinados(n=11) e não-treinados(n=12). Dez indivíduos saudáveis (n=10) também foram estudados. A ANSM foi medida diretamente pela técnica de microneurografia. O fluxo sanguíneo muscular foi avaliado pela técnica de pletismografia de oclusão venosa. A capacidade física foi avaliada pelo teste cardiopulmonar e a função cardíaca pelo ecocardiograma. O TF foi realizado em esteira ergométrica 3 vezes por semana durante 4 meses. Análise estatística Foi utilizada a ANOVA de um fator para comparação entre os grupos no período basal, 1 mês após o implante da TRC, e após o período de intervenção que durou 4 meses. A diferença dentro do grupo provocada pela intervenção foi testada pelo teste-t de Student para dados pareados. Resultados No período pré-intervenção, a ANSM era maior (P=0, 004) e o fluxo sanguíneo muscular menor (P=0, 059) nos pacientes com IC quando comparados com os indivíduos saudáveis. O TF reduziu a ANSM para níveis semelhantes àqueles observados nos indivíduos saudáveis (P=0, 70). Além disso, aumentou o fluxo sanguíneo muscular (P=0, 02), a fração de ejeção (P=0, 04) e a capacidade funcional (P=0, 04), o que não foi observado no grupo sedentário. Conclusão O treinamento físico associado à TRC provoca melhora expressiva no controle neurovascular, na função cardíaca e na capacidade física em pacientes com IC, o que sugere que esta associação terapêutica é segura e altamente recomendável a pacientes portadores de IC. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 143 TL 125 INTRODUÇÃO PRECOCE DE ESPIRONOLACTONA REDUZ A HIPERTROFIA E O COLÁGENO CARDÍACO E MELHORA O DESEMPENHO MIOCÁRDICO EM RATOS HIPERTENSOS MARCELO DIARCADIA MARIANO CEZAR, RICARDO LUIZ DAMATTO, LUANA URBANO PAGAN, ALINE REGINA RUIZ LIMA, CAMILA MORENO ROSA, PAULA FELIPPE MARTINEZ, DIJON HENRIQUE SALOMÉ CAMPOS, CAMILA BONOMO, MARINA POLITI OKOSHI, KATASHI OKOSHI FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: Estudos clínicos e experimentais mostraram que a aldosterona exerce efeitos deletérios sobre o sistema cardiovascular, e que o seu bloqueio melhora a sobrevida e atenua a remodelação ventricular na insuficiência cardíaca avançada. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da administração precoce do bloqueador de aldosterona, espironolactona (ESP), sobre a estrutura e função cardíaca de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), e investigar a remodelação da matriz extracelular. Métodos: Ratos SHR com 13 meses de idade foram divididos em dois grupos: controle (CTL, n=12); e ESP (n=19), tratado com ESP (20 mg/kg/dia) por seis meses. Avaliação estrutural e funcional cardíaca in vivo foi realizada por ecocardiograma. Estudo funcional miocárdico in vitro foi realizado pela técnica do músculo papilar do ventrículo esquerdo (VE). O grau de hipertrofia ventricular foi analisado pela pesagem dos ventrículos e pela medida da área seccional dos miócitos.Amostras do VE foram obtidas para análise das concentrações de colágeno total e solúvel e para avaliação da expressão proteica da lisil oxidase. Estatística: As comparações foram realizadas por teste t não pareado de Student e exato de Fisher (p<0, 05). Resultados: Não houve diferença na pressão arterial sistólica entre os grupos. A mortalidade foi menor no grupo ESP, mas sem diferença estatística (12, 5% vs. 25%). O ecocardiograma não mostrou diferença entre os grupos. A avaliação in vitro mostrou melhora da contratilidade e do relaxamento miocárdico no grupo ESP (tensão desenvolvida: 5, 22±1, 64 vs. 6, 80±1, 49 g/mm2; derivada positiva de tensão: 46, 9±17, 4 vs. 61, 0±17, 4 g/mm2/s; derivada negativa de tensão: 21, 6±5, 43 vs. 28, 9±7, 06 g/mm2/s). Os pesos do ventrículo direito e dos átrios foram menores no grupo ESP, bem como a área seccional dos miócitos do VE (CTL: 533±94; ESP: 393±58 µm2). A ESP reduziu a concentração de colágeno total (p=0, 03), enquanto o colágeno solúvel foi semelhante entre os grupos. A expressão proteica de lisil oxidase foi menor no grupo ESP. Conclusão: A introdução precoce de espironolactona em ratos espontaneamente hipertensos reduz a hipertrofia, melhora a contratilidade e o relaxamento cardíaco, além de modificar a qualidade e diminuir o colágeno miocárdico. Apoio: FAPESP e CNPq. TL 126 PACIENTES COM INSUFICIENCIA CARDÍACA E VO2 INTERMEDIÁRIO. PAPEL DO VE/VCO2 SLOPE NA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA MORTALIDADE GLOBAL OU TRANSPLANTE CARDÍACO. JOAO MANOEL ROSSI NETO, Cipullo, R, Finger, MA, Ferraz, A, Casadei, C, Hossri, C, Mastrocolla, L, Saliba, L, Buglia, S, Meneghelo, R Instituto Dante Pazzanese - Sao Paulo - SP - Brasil Fundamento: O VO2 pico é variável prioritária do teste cardiopulmonar (TCP) para avaliação de pacientes com insuficiência cardíaca avançada (ICa), sendo discriminante para indicação de transplante cardíaco (Tx). Entre os pacientes com VO2 intermediário (10-14 ml/Kg/min) a estratificação de risco continua um desafio e a adição do VE/VCO2 slope (S) poderia estratificar melhor o prognóstico neste grupo. Objetivo: comparar mortalidade global ou Tx nos p com ICa entre vários intervalos de VO2 e S. Metodologia: estudo de coorte prospectivo, p com ICa referenciados consecutivamente para o TCP. A curva ROC mostrou que o ponto de corte para S foi de 46 (AUC=0, 659, p=0, 001). Calculada curva de sobrevida entre os vários intervalos. Os grupos foram divididos em G1 (VO2<=10), G2 (VO2 de 10-14 e S<=46), G3 (VO2 de 10-14 e S > 47), G4 (VO2 > 14) com distribuição de 17%, 10%, 21% e 52%, respectivamente. Resultados: 230 p, 72% masculino, 40% isquêmicos, 85% em betabloqueador, idade média 50, 4±10, 4 anos e fração de ejeção média de 29%±6, 7. Período de acompanhamento de 3 anos. Curva de Kaplan Meier mostrou diferença entre todos os grupos (p=0, 005), porém sem diferença entre G1 e G3 (p=0, 556). Conclusão: os dados sugerem que p com ICa em uma zona intermediária mas com VE/VCO2 slope elevado (G3) tem uma mortalidade semelhante ao grupo de pior fator prognóstico conhecido (G1). A inclusão desta varíavel na estratficação de risco, poderá ajudar a seleção de candidatos para transplante ou identificar aqueles que necessitam de acompanhamento clínico mais próximo ou uso de terapia com dispositivos. TL 127 Treinamento Físico Reduz AngII Aumentando o Balanço Ang(1-7)/AngII e a Atividade da ECA2 Sistêmica na Insuficiência Cardíaca GOMES-SANTOS, Igor Lucas, FERNANDES, T, COUTO, GK, ROSSONI, LV, FERREIRA-FILHO, JC, SALEMI, VM, CASARINI, DE, OLIVEIRA, EM, BRUM, PC, NEGRÃO, CE INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, EEFE-USP - São Paulo - SP - BRASIL, ICB-USP - São Paulo - SP - Brasil, UNIFESP/EPM São Paulo - SP - Brasil Introdução: Evidências acumuladas mostram que o treinamento físico (TF) diminui os níveis de AngII. Entretanto, não se conhece se o TF provoca alterações no eixo ECA2-Ang(1-7). Um aumento neste eixo pode auxiliar, sobremaneira, no tratamento da insuficiência cardíaca (IC) na medida em que a ECA2 converte AngII em Ang(1-7), isto é, um vasodilatador. Nós testamos a hipótese de que o treinamento físico aumenta o eixo ECA2-Ang(1-7) sistêmico. Para isso, submetemos ratos Sham e ratos IC ao TF. Métodos: Ratos Wistar (280-300g) foram submetidos à oclusão da artéria coronária descendente anterior ou à cirurgia fictícia (Sham). VO2pico e função cardíaca (ecocardiograma) foram avaliados após 30 dias da cirurgia e ao final do estudo. Eles foram consecutivamente randomizados em: 1) não treinados (NT, n=13), 2) treinados (T, n=11), 3) IC não treinados (ICNT, n=11) e 4) IC treinados (ICT, n=10). TF foi realizado por 8 semanas, em esteira rolante (60min, 55% do VO2pico, 5 dias/semana). Concentração plasmática de AngII e Ang(1-7) (HPLC, pmol/mL) e atividade sérica de ECA e ECA2 (Fluorimetria, uF/min/mL) foram avaliadas no final do estudo. Análise estatística: Diferenças entre os grupos treinados e não treinados foram analisadas utilizando o teste t de Student para amostras não pareadas, e a relação entre variáveis por correlação linear de Pearson, sendo significantes P ≤ 0, 05. Resultados: Frações de encurtamento e de ejeção foram significativamente menores nos ratos com IC. O TF aumentou o VO2pico em ambos, ratos Sham e IC. O TF diminuiu as concentrações plasmáticas de AngII nos ratos Sham (T=82, 79±10, 36 vs. NT=165, 87±10, 93pmol/mL, P<0, 001) e nos ratos IC (ICT=79, 17±9, 53 e ICNT=158, 89±14, 75 pmol/mL, P<0, 001). O TF não alterou as concentrações de Ang(1-7), mas aumentou a razão Ang(1-7)/AngII nos ratos com IC (ICT=2, 65±0, 50 vs. ICNT=1, 53±0, 21, P=0, 04) e a atividade sérica da ECA2 (ICT=19530, 76±1566, 14 vs. ICNT=14609, 21±969, 46uF/min/mL, P=0, 04). Análises adicionais mostraram correlação significante entre a ECA2 e o VO2pico (r=0, 91) e AngII e o tempo de exercício (r=-0, 44). Conclusões: O TF reduz os níveis séricos de AngII e aumenta o balanço Ang(17)/AngII e a atividade da ECA2 em ratos com IC. Estes resultados ampliam os conhecimentos sobre o papel do TF no tratamento da IC. TL 128 Baixos Níveis Plasmáticos de Testosterona e Hiperatividade Nervosa Simpática no Prognóstico de Pacientes com Insuficiência Cardíaca dos Santos MR, Fonseca G, Groehs RV, Sayegh AL, Trombetta IC, Barretto AC, Arap MA, Srougi M, Negrão CE, Alves MJNN INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Escola de Educação Física e Esporte da USP - São Paulo - SP - Brasil Introdução: Emborahaja relação inversa entre níveis plasmáticos de testosterona diminuídos e classe funcional (CF, NYHA) e mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca (IC), não é conhecido se o nível de testosterona plasmática: 1) influencia o tempo de hospitalização; 2) prediz a reinternação hospitalar (RH) e mortalidade; e 3) se há associação entre os níveis de testosterona e os níveis de atividade nervosa simpática e de proteína C reativa (PCR). Métodos: Foram selecionados 110 pacientes hospitalizados, CF IV, fração de ejeção (FE, ecocardiograma) <45%, subdivididos em 2 grupos: testosterona baixa (TB, n=66) e testosterona normal (TN, n=44) por meio da dosagem de testosterona total (TT, <271 ng/dL)e testosterona livre (TL, <131pmol/L). PCR (imunoturbidimétrico) e ANSM (microneurografia) foram avaliadas. Análise Estatística:Foi utilizado teste t-Student para comparação entre os grupos. Correlação de Pearson foi utilizada para TT e TL vs. ANSM e PCR. Kaplan-Meier foi utilizada para avaliar o impacto dos níveis de testosterona sobre a incidência de RH e mortalidade no período de 1 ano. Resultados: Não houve diferença entre os grupos TB e TN para idade (52±1 vs. 51±2 anos) e FE (25±1 vs. 27±1%). O grupo TB apresentou maior tempo de internação hospitalar (37±4 vs. 25±4 dias; p=0, 04), e maior incidência de RH que no grupo TN (44% vs. 22%, p=0, 004). Adicionalmente, no grupo TB ocorreu maior mortalidade do que no grupo TN (59% vs. 22%, p=0, 001; odds ratio 3, 24 95%, IC 1.35-7.80) em 1 ano de seguimento. ANSM foi maior no grupo TB, n=10, que no grupo TN, n=9 (73±2 vs. 52±5 disparos/100bpm; p=0, 03) e apresentou correlação com TT (r=-0, 70, r2=0, 50, p=0, 002) e TL (r=-0, 79, r2=0, 62, p=0, 0002). PCR foi maior no grupo TB que no grupo TN (35±6 vs. 15±3 mg/L; p=0, 02). Entretanto, o PCR apresentou fraca correlação com TT e TL. Conclusão: A testosterona é um marcador preditivo de morbimortalidade em pacientes com IC. Aassociação entre baixos níveis plasmáticos de testosterona e hiperatividade nervosa simpática pode explicar, pelo menos em parte, o mau prognóstico em pacientes com IC avançada. 144 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 129 COEXISTÊNCIA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA REDUZ A OXIGENAÇÃO CEREBRAL DURANTE O EXERCÍCIO MAYRON FARIA DE OLIVEIRA, Maria Clara Noman, Flávio F. Arbex, Aline S. Souza, Rita C. Santos, Luiz A. Medina, Adriana Mazzuco, Wladimir M. Medeiros, J Alberto Neder Setor de Função Pulmonar e Fisiologia Clínica do Exercício (SEFICE) UNIFESP - São Paulo - SP - Brasil Introdução: Alterações na oxigenação cerebral (ΔCOx) durante o exercício são moduladas por um complexo mecanismo envolvendo a oferta de O2 (fluxo sanguíneo cerebral e conteúdo arterial de O2) e sua utilização. A elevação da ΔCOx durante o exercício, um mecanismo essencial para a performance, pode estar prejudicada tanto em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) como na insuficiência cardíaca (IC). Logo, seria licito supor que a associação entre tais doenças potencializaria os déficits de ΔCOx no exercício. Métodos: 24 homens (13 com DPOC+IC (VEF1=59, 6±17, 5% pred; fração de ejeção (FE)=34±6%) e 11 com DPOC isolada (VEF1=48, 6±16% pred; FE=64±4%) realizaram teste cardiopulmonar incremental em cicloergômetro. ΔCOx foi mensurada não invasivamente por espectroscopia por raios quasi-infravermelhos, saturação da oxiemoglobina foi mensurada por oxímetro portátil (SpO2) e o débito cardíaco (QT) por cardio impedância. As variáveis foram analisadas no pico do exercício e a 40W (área sob a curva, ASC). Dados analisados pelos testes KS, t-Student e ANOVA. Significativo quando p<0, 05. Resultados: O grupo DPOC+IC apresentou menor consumo máximo de O2 (p<0, 05). Não foi observado incrementos significantes na ΔCOx no grupo misto com o aumento da carga. Entretanto, ΔCOx elevou-se significativamente no grupo com DPOC isolada (figura e tabela). A SpO2 foi maior no grupo misto em relação ao grupo DPOC (p<0, 05). Ajustes hemodinâmicos, como QT e pressão arterial média, foram significativamente reduzidos no grupo DPOC+IC comparado à DPOC isolada (tabela). TL 130 Efeito do Treinamento Físico no Controle Mecanorreflexo e Metaborreflexo Muscular da Atividade Nervosa Simpática em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Antunes-Correa LM, Nobre TS, Groehs RV, Rondon MU, Alves MJ, Oliveira P, Lima M, Brum PC, Oliveira EM, Negrao CE Intituto do Coração HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil, Escola de Educação Física e Esporte USP - São Paulo - SP - Brasil Introdução. Estudos recentes mostram que alterações no controle mecanorreflexo e metaborreflexo muscular tem um papel importante na hiperativação nervosa simpática em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Neste estudo, nós testamos a hipótese de que o treinamento físico (TF) melhora a sensibilidade mecano e metaborreflexa muscular que controla a atividade nervosa simpática em pacientes com IC. Métodos. Trinta e quatro pacientes com IC, FE≤40%, VO2pico≤20ml/kg/min foram consecutivamente e aleatoriamente divididos em dois grupos: IC não treinado (ICNT, 54±2anos) e IC treinado (ICT, 56±2anos). A atividade nervosa simpática muscular foi diretamente avaliada por um microeletrodo no nervo fibular. A sensibilidade mecanorreflexa foi avaliada pela diferença absoluta entre o 3º minuto de exercício passivo de flexão-extensão da perna contralateral e o valor de repouso pré-exercício. A sensibilidade metaborreflexa foi avaliada pela diferença absoluta entre o 1º minuto de oclusão circulatória pós-exercício da perna contralateral e o valor de repouso. Análise Estatística. Diferenças basais pré-intervenção foram analisadas entre os grupos pelo teste T de Student ou Q-quadrado. O efeito do TF na sensibilidade mecano e metaborreflexa muscular foi analisado pela ANOVA de dois fatores para medidas repetidas. P<0, 05 como diferença significativa. Resultados. Não foram verificadas diferenças entre os grupos no período pré-intervenção. O TF reduziu significativamente a resposta mecanorreflexa de atividade nervosa simpática muscular durante o exercício passivo (p=0, 001). Não foram verificadas alterações significativas no grupo ICNT. Em relação à sensibilidade metaborreflexa, o TF aumentou significativamente a resposta de atividade nervosa simpática muscular no 1º minuto de oclusão circulatória (p<0, 001). Não houve alterações significativas no grupo ICNT. A comparação entre os grupos no período pós-intervenção mostrou que a controle mecanorreflexo foi menor (3±0, 4 vs. 5±1disparos/min, p=0, 002) e o metaborreflexo maior no grupo ICT que no ICNT (6±1 vs. -2±1disparos/min, p<0, 001). Conclusões. O TF restaura a sensibilidade mecano e metaborreflexa muscular em pacientes com IC, o que pode explicar, pelo menos em parte, a redução da atividade nervosa simpática nestes pacientes. COx Pico (vezes de mudança) ASC (u.a) QT Pico (L/min) ASC (u.a) Pressão arterial média Pico (mmHg) ASC (u.a) SpO2 Pico (%) ASC (u.a) DPOC 1, 22 ± 0, 49 52 ± 6 11, 7 ± 0, 88 310 ± 41 119 ± 5 4393 ± 160 90 ± 2 3232 ± 78 DPOC+IC -0, 18 ± 0, 12* 37 ± 3* 9, 0 ± 0, 72* 237 ± 15* 105 ± 5* 3746 ± 235* 94 ± 1* 3755 ± 99* Conclusão: Pacientes com DPOC que tem IC como comorbidade possuem comprometimento da COx durante o exercício incremental. Considerando-se que a oxigenação sanguínea foi mantida nestes pacientes, déficits hemodinâmicos (QT e PAM) provavelmente contribuíram para tais achados. Fundos: FAPESP, CAPES, CNPq TL 131 Polimorfismo rs1137100 e rs1137101 do gene do receptor da leptina quanto ao prognóstico em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca Grell, ES, Marçula, M, Teixeira, PAC, Suzuki, FK, Cristales, RA, Soler, JMP, Pereira, CAB, Pereira, AC, Krieger, JE, Mansur, AJ INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução:Nos pacientes com insuficiência cardíaca (IC) oíndice de massa corpórea (IMC) se associa com o prognóstico. A leptina participa na regulação da massa corpórea e sofre modulação genética. Avaliamos os polimorfismos rs1137100(AA/ AG/GG) e o rs1137101(AA/AG/GG) do gene do receptor da leptina em pacientes com IC para estudar as associações com outras variáveis clínicas e o prognóstico. Métodos:Foram avaliados 406 pacientes de 2003 a 2009 com IC de várias etiologias, idade 17-75 anos (50% entre 1º e 3º quartil), 273 (67%) homens, 133 (33%) mulheres. A amostra (n=382), para ambos os sexos, mostrou que 50% dos pacientes (entre 1º e 3º quartil) possuem valor normal de IMC. A sobrevida foi avaliada por Kaplan Meier (KME), Piecewise Exponential Estimator (PEXE), os testes de Kruskal-Wallis e QuiQuadrado (CS) e o modelo de regressão de Weibull. Resultados: A)Distribuição do polimorfismo rs1137100 AA em 243 (66%), AG 103 (28%), GG 20 (6%) pacientes e do rs1137101 AA em 118 (32%), AG 179 (49%), GG 71(19%). Dos 382 pacientes acompanhados até 2011 o óbito foi no rs 1137100 genótipo GG 1/10(1%), AG 15/58(21%), AA 56/166(78%) e para o rs1137101 genótipo GG 14/43 (19%), AG 36/115(50%), AA 22/77(31%) pacientes. B)As variáveis clínicas selecionadasforam glicemia, diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE), monócitos, potássio, IMC, diâmetro do átrio esquerdo, peso e peso de gordura corporal para o rs1137100 e taxa metabólica basal, de neutrófilos, hemoglobina, monócitos, basófilos e a espessura da parede posterior do ventrículo esquerdo para o rs1137101. No modelo de regressão as variáveis selecionadas foram glicemia (CS=17), DSVE (CS= 15), taxa de monócitos (CS=12) e peso (CS=5) no rs1137100 e no rs1137101 os neutrófilos (CS=14), hemoglobina (CS=14) e taxa metabólica basal (CS=7). C)As variáveis preditoras foram o polimorfismo rs1137100 não AA (p=0, 017; RR=2, 38), classe funcional III/ IV (p=0, 010) e pressão arterial diastólica (p=0, 001;RR=3, 41). Conclusões:Existe relação entre as variáveis selecionadas e o polimorfismo rs1137100 e rs1137101, mas não há diferença na sobrevida dos pacientes com IC para os diferentes genótipos pelos dois estimadores utilizados (KME e PEXE). Os pacientes com IC rs113701 GG tem maior risco de óbito. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 145 TL 132 TRANSPLANTE DE CORAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO. MITO OU REALIDADE ? JOAO MANOEL ROSSI NETO, Cipullo, R, Finger, MA, Galantini, DA, Santos, CC, Contreras, CAM, Pereira, R, Cruz, CB, Dinkhuysen, JJ INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL O transplante de coração (TX) continua a ser a única opção viável em pacientes selecionados com insuficiência cardíaca avançada (ICa). Objetivo: descrever o número de TX realizado, o tempo médio de espera para o Tx, o tempo de óbito pré-TX e a porcentagem de corações utilizados no Estado de São Paulo entre 2001 e 2011. Metodologia: estudo retrospectivo usando a base de dados da Central de Transplantes do Governo do Estado de São Paulo. Resultados: Durante este período foram realizados no total 836 Tx, com distribuição anual de Tx realizados, órgãos disponibilizados, órgãos usados e % de usados conforme figura abaixo: O tempo para realização do Tx e a ocorrência de óbito pré-Tx estão na figura abaixo. Percebe-se que a partir do ano de 2006 houve uma inversão nos tempos, tornando a ocorrência de óbito pré-Tx mais precoce que o tempo para realização do Tx. Conclusão: Os dados deste estudo sugerem uma redução no número de transplantes realizados e de órgão utilizados, um aumento no tempo para o TX e uma precocidade no óbito pré-Tx, porém o Tx permanece como a única realidade disponível para os p com ICa selecionados. Se nada for feito para mudar a situação atual, seja na manutenção adequada dos receptores e doadores, possibilidade do uso de dispositivos de assistência ventricular o Tx poderá se tornar um mito. TL 133 Variáveis clínicas ou laboratoriais modulam as diferenças de gênero relacionadas com o prognóstico de pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca de diferentes etiologias HUMBERTO F. G. DE FREITAS, Nunes, RAB, Marçula, M, Yamada, EMK, Patrício, FKP, Yamada, AT, Lima, ACP, Mansur, AJ INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamentos: Mulheres com insuficiência cardíaca em geral tem sobrevida maior do que os homens. Avaliamos em casuística ambulatorial as diferenças na sobrevida entre homens e mulheres com relação a variáveis clínicas e laboratoriais que podem modular a probabilidade de sobrevivência. Métodos: Foram avaliados 1394 pacientes ambulatoriais com idade entre 13 e 71 anos (média/homens 45 anos; média/mulheres 43 anos; desvio padrão 11), 1081 (78%) homens, 313 (22%) mulheres incluídos de 1991 a 2003, acompanhados até 2010, com óbito de 130 (42%) mulheres e 550 (51%) homens. A etiologia para o sexo feminino foi hipertensiva em 68 (22%), chagásica 62 (20%), isquêmica 33 (11%), alcoólica 1 (<1%), outros 47 (15%) e indeterminada 102 (33%) pacientes. Para o sexo masculino a etiologia foi hipertensiva em 165 (15%), chagásica 223 (21%), isquêmica 213 (20%), alcoólica 65 (6%), outros 59 (6%) e indeterminada 356 (33%). A sobrevida para ambos os sexos foi avaliada pelo método de Kaplan-Meier e a taxa de óbitos (razão de risco, RR) foi analisada pelo modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Os fatores prognósticos identificados foram etiologia Chagásica (p<0, 001; RR=3, 3 IC[2, 28;4, 77]), fração HDL do colesterol de 12 a 45 mg/dl (p=0, 028; RR=1, 34 IC [1, 03;1, 74]), ácido úrico de 8, 9 a 17, 4 mg/ dl (p=0, 005; RR 1, 47 IC[1, 12;1, 91]), diâmetro do átrio esquerdo de 51 a 120 mm (p=0, 003; RR=1, 41 IC[1, 16;1, 72]), diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo de 67, 1 a 94, 0 mm (p=0, 013; RR=1, 33 IC[1, 06;1, 67]), fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 8 a 19% (p<0, 001; RR 1, 88 IC[1, 48;2, 39]), pressão arterial sistólica de 70 a 120 mmHg (p=0, 053; RR=1, 54 IC[0, 99;2, 38]), potássio sérico de 4, 6 a 5, 9 mEq/dL (p=0, 024; RR=1, 6 IC[1, 07;2, 42]), número absoluto de monócitos de 8, 1 a 33% (p<0, 001; RR=0, 56 IC[0, 43;0, 74]), número absoluto de monócitos de 5, 1 a 8, 0% em homens (p=0, 034; RR=0, 73 IC[0, 56;0, 94]) e em mulheres (RR=0, 41 IC[0, 24;0, 68]) e frequência cardíaca média de 77 a 89 batimentos por minuto nos homens (p=0, 011; RR=1, 35 IC[1, 01;1, 81]). Conclusão: Nas variáveis prognósticas identificadas, a frequência cardíaca média e o número absoluto de monócitos foram os fatores prognósticos que atuaram na sobrevida de forma diferente para mulheres e para homens com diagnóstico de insuficiência cardíaca. 146 TL 134 Estudo comparativo do nitroprussiato de sódio e da dobutamina no tratamento da insuficiência cardíaca agudamente descompensada perfil C Erwin Soliva Junior, Karen Yamashiro, Pedro Vellosa Schwartzmann, Antônio Pazin Filho, Fabiana Marques, Thiago Florentino Lascala, Marcus Vinicius Simoes HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL Introdução: O emprego de vasodilatadores arteriolares ou de agentes inotrópicos positivos para o tratamento inicial dos pacientes da insuficiência cardíaca agudamente descompensada (ICAD) exibindo sinais de congestão e baixo débito (perfil clínico hemodinâmico C de Stevenson), sem hipotensão arterial, é assunto controverso. O presente estudo objetiva analisar aspectos clínicos, hemodinâmicos e da função renal em pacientes com ICAD, perfil C, submetidos à estratégia inicial de tratamento com nitroprussiato de sódio (NTPS) ou dobutamina (DOB). Métodos: Análise retrospectiva de 58 pacientes internados em centro de referência com diagnóstico de ICAD com sinais de congestão e baixo débito cardíaco, com pressão arterial sistólica ≥85 mmHg, atendidos entre os anos de 2006 e 2010, que receberam como terapia intravenosa inicial NTPS (n=37, 64% masc., 61, 6±15, 7 anos) ou DOB (n=21, 62% masc., 61, 9±14, 8 anos). Resultados: Os valores iniciais da PAM (mmHg) foram semelhantes entre os grupos NTPS (78, 7±8, 7) e DOB (75, 1±8, 8), p=0, 14. Não houve queda significativa dos valores da PAM no basal, 6 horas e 24 horas ao longo do tratamento no grupo NTPS (79, 4±9, 2, 76, 8±10, 3 e 75, 7±11, 3, respectivamente, p=0, 27) e no grupo DOB (74, 8±9, 74, 5±12, 1 e 75, 4±10, 3, respectivamente, p=0, 94). Hipotensão arterial com necessidade de suspensão da medicação ocorreu em 2 pacientes (9, 5%) do grupo DOB e em 8 (21, 6%) do grupo NTPS, diferença sem significância estatística (p=0, 13). Durante a internação, arritmia cardíaca grave ocorreu em 9, 5% no grupo DOB e 5, 4% no NTPS (p=0, 61). O clearance de creatinina, (ml/min) entre o basal e 48 horas de tratamento, não variou no grupo NTPS (41, 6±26, 3 para 45, 5±23, 7; p=0, 19), mas exibiu melhora no grupo DOB (28, 6±16, 8 para 39, 3±22, 8; p<0, 05). A mortalidade hospitalar foi semelhante nos grupos NTPS (30, 5%) e DOB (33, 3%), p=0, 7. O grupo DOB apresentou tempo de internação hospitalar mais prolongado (23, 1±17 dias) quando comparado ao NTPS (14, 6±10, 6 dias), p<0, 05. Conclusões: A terapia inicial com NTPS ou dobutamina em pacientes com ICAD com perfil C e não hipotensos não apresentou diferença significativa quanto à mortalidade hospitalar e incidência de complicações. Entretanto, observamos melhora significativa da função renal inicial e maior tempo de internação no grupo que utilizou DOB. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 135 Paradoxo da obesidade na insuficiência cardíaca descompensada. ANTONIO CARLOS BACELAR, Katz, M, Buzzato, LL, Pesaro, AE, Correia, AG, Galvão, TFG, Forlenza, L, Bacal, F, Makdisse, M, Tarasoutchi, F HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: Embora a obesidade seja considerada um fator de risco independente para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC), publicações recentes sugerem que o prognóstico de pacientes obesos com IC descompensada é melhor, fato conhecido como paradoxo da obesidade. O objetivo do presente estudo foi analisar o impacto da obesidade avaliada pelo índice de massa corpórea (IMC) na mortalidade intrahospitalar de pacientes com IC descompensada. Métodos: Entre 2005 a 2012, 1693 pacientes com IC sistólica descompensada (média etária de 75, 9 ± 12 anos, 72, 1% do sexo masculino e FE de 32 ± 8%) foram incluídos consecutivamente em um registro prospectivo unicêntrico. Os pacientes foram categorizados de acordo com o IMC (IMC < 25 Kg/m2 eutróficos e ≥ 25 Kg/ m2 sobrepesos/ obesos. A comparação entre variáveis contínuas foi feita através do teste t de Student ou Mann-Whitney, e para variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-Quadrado. O impacto da obesidade sobre a mortalidade intra-hospitalar foi avaliado através da análise de regressão logística multivariada ajustada para: idade, sexo, FE, uréia, creatinina, pressão arterial sistólica (PAS), sódio (Na) e hemoglobina da admissão. O valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8, 7% (148 casos), sendo de 6, 8% nos pacientes com sobrepeso/obesos e 11% nos eutróficos (p=0, 002). A prevalência de sobrepeso/obesidade foi de 54, 1%. A média de IMC nos pacientes que evoluíram para óbito foi de 24, 8 ± 4 Kg/m2 e 26, 1 ± 5 Kg/m2 entre os sobreviventes (p=0, 002).Os pacientes com IMC ≤ 25 Kg/m2 apresentaram chance 1, 71 vezes maior de evoluírem com óbito intra-hospitalar [OR=1, 71 (IC95% 1, 2-2, 4; p=0, 002)]. Após análise de regressão logística multivariada os preditores independentes de mortalidade foram: idade (OR=1, 03; IC95% 1, 01-1, 045; p=0, 002), PAS (OR=0, 98; IC95% 0, 98-0, 99; p<0, 0001), Uréia (OR= 1, 007; IC95% 1, 004-1, 011; p<0, 0001) e IMC (OR= 1, 53; IC95% 1, 06-2, 2; p=0, 02). Conclusões: Sobrepeso e obesidade estão associadas à menor mortalidade intrahospitalar nos pacientes com IC descompensada. Nosso estudo corrobora a existência do paradoxo da obesidade. TL 136 Uso dos Inibidores do Sinal da Proliferação no Transplante Cardíaco. Avila, MS, Escalante, Juan, Biselli, B, Ulhoa Junior, MB, Santos Nussbaum, AC, Mercondes-Braga, FG, Ayub-Ferreira, SM, Brandao, SM, Bacal, F, Bocchi, EA INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Os inibidores do sinal de proliferação (PSI) inibem a atividade da enzima mTOR e interferem com mecanismos celulares de crescimento do sistema imune e da musculatura lisa vascular. No transplante cardíaco (TC) essa nova classe é utilizada como alternativa ao esquema padrão nos pacientes que desenvolvem insuficiência renal (IR), doença vascular do enxerto (DVE) e neoplasia.Objetivo: avaliar o perfil de pacientes que receberam a terapia com PSI no lugar da terapia imunossupressora padrão e estudar o impacto dessa terapia nos pacientes. Métodos: coorte retrospectiva que avaliou os pacientes submetidos a TC no Instituto do Coração da FMUSP desde 1990. Foram incluídos os pacientes nos quais houve a substituição ou adição dos PSI á terapia padrão. A avaliação da função renal foi realizada através da creatinina sérica e foi acompanhada por 6 meses após a adição dos PSI. A avaliação de neoplasia foi realizada pela equipe especialista e o diagnóstico de DVE foi realizado com cineangiocoronariografia. Resultados: entre 2005 e 2012, 28 pacientes foram tratados com PSI, As causas foram: 57% IR, 17% DVE, 3% neoplasia, 7% rejeição persistente e 3% devido a efeito colateral da terapia padrão. Em 2 casos, os PSI foi iniciado devido a IR e DVE e em 2 casos devido a IR e neoplasia.A introdução dos PSI ocorreu 2740 + 1995 dias após o TC e os imunossupressores associados foram: 82% prednisona, 42% micofenolafo sódico, 17% tacrolimus e 17% azatioprina. Houve melhora significativa da creatinina sérica no seguimento de 6 meses nos pacientes que receberam PSI devido a IR, com mediana de 2.69mg/dL(2.43 - 3.19) para 1.8mg/dL(1.38 to 2.3), p=0.0014 (vide gráfico). Houve 2 casos de neoplasia: um caso de linfoma de Burkitt que recebeu tratamento com remissão, o outro foi uma doença linfoproliferativa que após a introdução dos PSI evoluiu com remissão sem necessidade de tratamento quimioterápico. Dos 8 pacientes com DVE, 37, 5% foram a óbito. Houve 2 casos de rejeição aguda após o início dos PSI, com necessidade de internação e tratamento. Conclusão: os PSI são uma nova classe de imunossupressores que podem substituir com segurança a terapia padrão, com evidência de melhora da função renal e um possível efeito benéfico no controle de DVE e neoplasia. Métodos Diagnósticos por Imagem TL 137 Propriedades bioelásticas da aorta e disfunção diastólica ventricular esquerda em pacientes com tetralogia de Fallot após correção cirúrgica com seguimento em longo prazo Ana Cristina Andrade, Michael Jerosch-Herold, Inga Voges, Christopher Hart, Minh Pham, Hans-Heiner Kramer, Carsten Rickers INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Harvard University - Boston - MA - Estados Unidos, Universisdade de Schleswig-Holstein - Kiel - SH - Alemanha Introdução: Relatos de dilatação aórtica em pacientes com tetralogia de Fallot (TF) parecem influenciar o prognóstico de tais pacientes em longo prazo. O objetivo deste estudo foi analisar as propriedade biolelásticas da aorta (Ao) torácica através da distensibilidade e pressão de onda de pulso (PWV) e seus possíveis efeitos sobre a função de ventrículo esquerda (VE) e átrio esquerdo (AE). Métodos: Cento e sete pacientes diagnosticados com TF (idade média 19, 3 ± 12, 8 anos) e 24 controles foram submetidos à ressonância magnética cardíaca (RMC). Com sequências de cine gradient-echo foram determinadas distensibilidade aórtica em quatro níveis (raiz, aorta ascendente, proximal e distal descendentes), e PWV por phase contrast, assim como a análise de VE e AE. Resultados: A distensibilidade da raiz aórtica (4, 6±2, 9 10-3 mmHg-1 vs 8, 9±4, 6 10-3 mmHg-1, p<0, 01), ascendente (5, 1±5, 3 10-3 mmHg-1 vs 8, 9±5, 1 10-3 mmHg1, p<0, 01), descendente proximal (6, 0±3, 8 vs 7.7±4.5, p<0, 01) e descendente distal ao nível do diafragma (7, 2±3, 9 10-3 mmHg-1 vs 8, 8±4, 2 10-3 mmHg-1, p<0, 01) apresentaram-se diminuídas nos pacientes com TF comparados aos controles. PWV encontrou-se aumentada em pacientes TF (4, 0±2, 0 vs.3, 4±0, 6 m/s, p=0, 02). Em pacientes com TF, a fração de ejeção VE apresentou-se reduzida (50, 2 ±8, 7% vs 59, 8 ±5, 2%; p<0, 01) assim como a massa VE (46, 7±17, 1 g/m2 vs 50, 5±9, 8 g/m2, p<0, 05).O volume de esvaziamento passivo de AE estava diminuído (17, 0 ± 5, 0 vs 10, 0 ± 4, 4 ml/m2, p<0, 01) sugestivo de disfunção diastólica. Os volumes máximo e mínimo de AE foram correlacionados com idade (r=0, 43, p<0, 001 and r=-0, 5, p<0, 01). Conclusão: Alteração das propriedades bioelásticas aórticas e disfunção VE em pacientes com TF são evidenciadas pela dilatação aórtica, diminuição da distensibilidade em toda aorta torácica e mudança da volumetria de VE e AE. Com screening adequado, o diagnostico da progressão da doença cardíaca será realizado mais precocemente. TL 138 Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca como ferramenta diagnóstica em síndromes coronarianas agudas com coronárias angiograficamente normais. Ariane Vieira Scarlatelli Macedo, Carlos E Ornelas, Patrícia T Felipe, Flávia O. de Battisti, Márcio Vinícius L de Barros, Maria Helena A Siqueira, Marcos Almeida M Andrade Jr HOSPITAL MATERDEI - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL Introdução: O tratamento de pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) com artérias coronárias normais é um desafio na prática cardiológica, já que, sem um diagnóstico preciso, o tratamento é incerto.Neste cenário clínico, a ressonância magnética cardiovascular (RM) se coloca como um método não-invasivo, que pode auxiliar no diagnóstico diferencial e ser decisivo na definição dos tratamentos subsequentes. Objetivo : Estabelecer a importância da RM cardiovascular no diagnóstico diferencial da SCA com artérias coronárias angiograficamente normais. Métodos: Durante 10 meses, de janeiro de 2012 a outubro de 2012, foram selecionados 23 pacientes com diagnóstico de síndrome coronariana aguda (quadro clínico sugestivo, alterações eletrocardiográficas e / ou modificação de biomarcadores de lesão miocárdica), e artérias coronárias normais pelo estudo angiográfico. Realizamos protocolo de ressonância magnética cardiovascular em até 72 horas após o evento índice incluindo a análise de distúrbios de motilidade, espessamento pericárdico, edema do miocárdio e fibrose além de alterações de perfusão e presença de realce tardio pelo gadolínio. Resultados: Em 65, 2% dos casos, o diagnóstico diferencial foi encontrado. Baseado no padrão de edema ou de realce tardio na RM observado, os diagnósticos mais comuns foram: doença isquêmica em 26, 1% e miocardite em 17, 4% .Outros diagnósticos encontrados foram cardiomiopatia em 17, 3% e em 4, 3% identificamos sinais de pericardite aguda . Conclusão: Em um cenário clínico desafiador, como na SCA com artérias coronárias angiograficamente normais, demonstramos que, a RM cardiovascular foi capaz de identificar um diagnóstico final em 65, 2% dos pacientes, como miocardite e infarto do miocárdio. Estabelecer o diagnóstico final, nos permite definir o melhor plano de tratamento imediato, e estratégias de prevenção secundária, com impacto no tratamento do paciente a curto prazo e longo prazo. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 147 TL 139 Efeito da Hipertensão Arterial Sistêmica na presença de doença arterial coronariana à cineangiocoronariografia Teixeira CCC, ACS Sousa, EV Melo, ATF Barreto, DP Oliveira, IS Tavares, CKC Teixeira, FASM Ferreira, IMF Pinto, JLM Oliveira INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - SE - Brasil, Hospital São Lucas - Aracaju - SE - Brasil Fundamento:A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos principais fatores de risco para a doença arterial coronariana (DAC). Entretanto, poucos estudos comprovam essa verdadeira relação. Ensaios clínicos recentes mostram que o risco de DAC e eventos cardiovasculares aumenta progressivamente desde níveis de PA igual a 115x75 mmHg, considerados normais. Métodos: No período de Janeiro de 2000 a Janeiro de 2012 foram estudados 419 pacientes (idade média 58, 7±10, 6; 200 homens) com isquemia miocárdica à EEF submetidos à cineangiocoronariografia, divididos em dois grupos: hipertensos (280 pacientes) e normotensos (139 pacientes), e comparados quanto às características clínicas, ecocardiográficas e angiográficas. Análise estatística: Obtevese média e desvio padrão das variáveis quantitativas, comparadas entre os grupos através do t-student bem como frequência e percentuais das variáveis categóricas comparadas pelo teste X². Análise de regressão logística multivariada foi realizada para determinar os preditores independentes de DAC.Resultados: A prevalência de DAC foi de 66, 3%, mais prevalente no grupo hipertensos (70% vs. 59%, p=0, 02). Não houve diferença entre os grupos para lesões com estenose>50% da luz vascular(45, 4 vs. 48, 9 p=0, 49). Os hipertensos apresentaram mais lesões≤50% (24, 6% vs. 10, 1% p=0, 0004), obesidade (30, 1% vs. 14, 4%, p<0, 0001), dislipidemia (82, 1% vs. 59, 7%, p<0, 0001), sedentarismo (72, 1% vs. 53, 7%, p=0, 01), história familiar de DAC (66, 4% vs. 51, 8%, p=0, 004), índice de escore da motilidade ventricular esquerda no repouso (8, 54±2, 7 vs 1, 04±0, 10, p=0, 01) e incompetência cronotrópica (26, 1% vs. 15, 8, p=0, 01). Houve maior tolerância ao esforço no grupo normotensos (tempo de exercício na esteira: 7, 0±2, 8 vs. 5, 94±2, 7 p<0, 0001; METs: 8, 54±2, 7 vs, 7, 05±2, 7 p=0, 006). A análise multivariada mostrou que os preditores independentes de DAC foram a idade, gênero masculino, obesidade e diabetes mellitus. Conclusões:A HAS não foi preditora de DAC aterosclerótica, ao contrário da idade, gênero masculino, obesidade e diabetes mellitus. Não houve diferença na frequência e extensão da DAC aterosclerótica entre hipertensos e normotensos. Diante desse achados tornase imperioso que as profilaxias e tratamentos da DAC sejam mais valorizados não individuos normotensos. TL 140 O uso de Telemedicina em casos de emergência cardiológica para suprir a necessidade de especialistas em áreas remotas ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA, CARLOS ALBERTO C DE ABREU FILHO, JOSÉ CARLOS TEIXEIRA, ANA HELENA VICENTE, NELSON AKAMINE, RUI CAL, ELIEZER SILVA, ALBERTO KANAAURA, MIGUEL CENDOROGLO, MILTON STEINMAN HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SÃO PAULO - SÃO PAULO BRASIL FUNDAMENTO:A carência de médicos, principalmente de especialistas é uma realidade no Brasil, devido a má distribuição demográfica. O aumento de médicos não tem gerado solução a essa desigualdade. Hoje o Brasil tem, em número absoluto, a quinta maior população de médicos mundial, dados de 2011.E a desassistência em certas regiões permanece, como também ocorre nas áreas rurais de países desenvolvidos comparadas as áreas metropolitanas.OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo analisar a aplicação do recursos da telemedicina (TM) no apoio diagnóstico e terapêutico a casos cardiológicos oriundos do setor de emergência em unidade desprovida de especialista na periferia da cidade de São Paulo. Promovendo a ampliação da resolubilidade dos casos ou a remoção dos mesmos para centros especializados quando racionalmente isso se fizer necessário.MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente, durante 6 meses, os dados de pacientes submetidos a avaliação cardiológica remota. Através de parceria entre o Hospital terciário e o Ministério da Saúde através do programa de apoio ao desenvolvimento institucional (Proadi), foi implantada uma Central de Telemedicina (Endpoint 97 MXP Solução Cisco ®) dentro da Unidade do Hospital terciário, com especialistas em regime integral, 7 x 24 hs, 7 dias da semana. No hospital secundário, remoto foi instalado um sistema portátil (Internet móvel MXP ISDN/IP- Cisco ®). RESULTADOS: Foram realizadas 26 sessões de TM em caráter de urgência, sendo a maioria do sexo masculino (65, 4%) com média de idade de 51, 2 anos (DP±19, 4), com mínima de 15 anos e máxima de 89 anos. Dentre os principais diagnósticos estão: Infarto agudo do miocárdio (35%), seguimento após reversão de parada cardiorrespiratória, (23%), insuficiência cardíaca congestiva (15%), arritmias (11, 5%), pericardite (11, 5%) . O impacto do apoio remoto esteve especialmente relacionado a condução clinica.CONCLUSÃO: A eficácia do tratamento das cardiopatias, principalmente em situação de emergência, é tanto mais adequado quanto mais especializado for o médico assistente. A TM possibilita a melhora da prática assistencial, incrementa o acesso a especialistas e aumenta a segurança dos pacientes e profissionais nos serviços de saúde além de reduzir o número de transferências TL 141 Parâmetros relevantes na verificação da reserva de velocidade de fluxo coronariano durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina. José Sebastião de Abreu, Tereza Cristina P Diogenes, Nayara Lima Pimentel, Jordana Magalhães Siqueira, Pedro Sabino Gomes Neto, José Nogueira Paes Junior Hospital Prontocárdio - Fortaleza - CE - Brasil, Clinicárdio Fortaleza - CE - Brasil Introdução: A reserva de velocidade de fluxo coronariano (RVFC) obtida através do ecocardiograma transtorácico (ET) apresenta excelente correlação com a RVFC obtida de forma invasiva. Estudos com ET evidenciam que uma RVFC ≥ 2 é adequada, permitindo inferir um bom prognóstico ou ausência de estenose coronariana importante, mas devemos atentar que diversos fatores podem afetar o cálculo da RVFC. Objetivamos identificar parâmetros relevantes na obtenção da RVFC adequada (≥ 2) na descendente anterior (DA), durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina (EED). Métodos: Avaliação prospectiva de 100 pacientes (PAC) com doença arterial coronariana (DAC) conhecida ou provável, encaminhados para o EED e orientados para suspender o β-bloqueador 72hs antes do exame. O Doppler na DA em repouso foi obtido em menos de 3 minutos. Calculou-se a RVFC pela divisão do pico de velocidade (cm/s) diastólica (PVD) verificado no EED (PVD-EED) pelo de repouso (PVD-REP). No grupo I (GI) a RVFC < 2 e no GII a RVFC ≥ 2. Foram utilizados o teste t de Student e o exato de Fisher. Significância estatística quando p < 0, 05. Resultados: O tempo (segundos) para registrar o Doppler na DA no GI e GII não diferiu (53 ± 31 vs 45 ± 32; p = 0, 23). Durante o EED a DA foi registrada em 92 PAC, sendo 32 (14 homens) no GI e 60 (39 homens) no GII. A comparação dos grupos evidenciou em GI, idosos (65, 9 ± 9, 3 vs 61, 2 ± 10, 8 anos; p= 0, 04), menor fração de ejeção (61 ± 10% vs 66 ± 6%; p = 0, 005), maior PVD - REP (36, 81 ± 08 vs 25, 63 ± 06; p < 0, 0001) e menor RVFC (1, 67 ± 0, 24 vs 2, 53 ± 0, 57; p < 0, 0001), mas o PVD -EED não foi diferente (61, 40 ± 16 vs 64, 23 ± 16; p = 0, 42). A suspensão do β-bloqueador associouse a chance 4 vezes maior de ocorrer RVFC < 2 (OR = 4; 95% IC [1, 171 - 13, 63], p = 0, 027). Os grupos não diferiram estatisticamente quanto ao índice de massa corporal, DAC conhecida, hipertensão arterial, diabetes mellitus ou dislipidemia. Conclusões: 1. A elevada exequibilidade e o tempo para registro da DA favorecem a aplicação desta metodologia na prática diária. 2. O PVD-REP foi o principal parâmetro para determinar uma RVFC adequada. 3. A suspensão do β-bloqueador associou-se significativamente com RVFC < 2. TL 142 VALOR DA CINTILOGRAFIA MIOCÁRDICA NA INVESTIGAÇÃO DE ISQUEMIA EM PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SEM SINTOMAS CARDIOVASCULARES ANTES DA DIÁLISE PAOLA SMANIO, ANTONIO CORDEIRO, MARCO A. OLIVEIRA, LEONARDO MACHADO, PRISCILA CESTARI INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: Já é conhecido que a doença arterial coronária (DAC) é a principal causa da morte nos pacientes (p) com insuficiência renal crônica (IRC). Estudos sugerem que a detecção precoce de isquemia, com manejo clínico adequado podem melhorar a sobrevida. O valor diagnóstico da cintilografia de perfusão miocárdica (CM) já está estabelecido. Infelizmente, ainda não está definido que p com IRC devam realizar sistematicamente investigação precoce de isquemia, nem qual grupo de p com IRC deve ser avaliado. Objetivos: determinar o valor da CM em portadores de IRC sem sintomas cardiovasculares (CV) antes do início da diálise e tentar determinar um preditor clínico para anormalidades perfusionais. Métodos: estudo prospectivo, incluindo 123 p consecutivos com IRC, assintomáticos, que realizaram CM com dipiridamol (técnica padrão de gated-SPECT, radiofármaco: sestamibi-99m Tc) entre 08/2009 e 12/2011. Nenhum p com DAC prévia conhecida, 80 (65%) homens, com média de idade de 60, 9 anos, 97, 2% hipertensos, 45% diabéticos, 70% dislipêmicos, 12, 5% e 35, 6% de tabagistas e ex-tabagistas. Consideraram-se isquemia e fibrose na CM se defeitos de perfusão reversíveis e fixos após a fase de dipiridamol, respectivamente. A análise estatística foi realizada pelo teste Exato de Fisher, sendo considerados significativos, valores de p ≤0, 05. Resultados: alterações perfusionais foram encontradas em 57 p (46%), sendo 34 p (28%) com CM sugestiva de isquemia e 23 p (19%) de fibrose. O único fator de risco associado à isquemia foi diabetes (p=0, 007). Sexo masculino (p=0, 142), hipertensão (p=0, 451), dislipidemia (p=0, 093) and tabagismo (p=0, 279) não se mostraram associados.Conclusão: os resultados obtidos sugerem que a CM com dipiridamol foi de grande importância na identificação de alterações perfusionais neste grupo de p, já que encontrou elevada prevalência de isquemia e fibrose. Diabetes foi o único fator de risco associado à isquemia. Talvez, portadores de IRC mesmo sem sintomas CV devam realizar investigação de isquemia antes de iniciar diálise, principalmente o grupo dos diabéticos. 148 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 143 Análise da função atrial esquerda pelo Strain bidimensional em pacientes com fibrilação atrial. ADELINO PARRO JR., Bruno C. Ribeiro, José A. M. Meneghini, Ilana C.Sincos, Fernando C. Freire, Fernando B. Roldan, Maurício P Bicudo, Adalberto M.L. Filho, Marta L. C. Cherubini INSTITUTO DE MOLÉSTIAS CARDIOVASCULARES DE SÃO JOSÉ DE RIO PRETO (IMC) - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP - BRASIL Fundamento: O strain bidimensional (st-2D) vem se destacando como método eficiente na avaliação da função atrial esquerda em pacientes (pcs) com fibrilação atrial (FA), com potencial implicação terapêutica e prognóstica.O presente estudo avaliou a função do atrio esquerdo (AE) pelo st-2D em pcs em FA em relação àqueles em ritmo sinusal (RS). Métodos: Incluiu-se 20 pacs com FA (idade média=71 + 11, 2 anos; 10 homens), sendo 10 com FA paroxística ou persistente apresentando RS de base (G-FApx) e 10 com FA permanente (G-FAp). Quinze pacs em RS (G-RS) foram considerados para controle. Mensuraram-se as dimensões cavitárias de acordo com as recomendações da Sociedade Americana de Ecocardiografia. Obteve-se o st-2D do AE pelo speckle tracking (técnica “optical flow”) através da via apical 4 câmaras, derivando-se o pico máximo sistólico (st-2D-S) e diastólico inicial (st-2D-E). Através do Doppler convencional mensurou-se a velocidade da onda de enchimento rápido mitral (E) e ao Doppler tecidual obteve-se a onda de velocidade diastólica inicial (E´) nas paredes septal e lateral. Análise estatística: empregou-se a análise de variância para avaliação das variáveis contínuas e o Qui-quadrado para as variáveis não contínuas, considerando-se um nível de significância de 0, 05. Resultados: Os grupos foram pareados quanto à idade, sexo e pressão arterial sistólica e diastólica, sendo a frequência cardíaca maior no G-FAp (90, 3+14 vs 61, 7+10, 3 bpm no G-RS e vs 62, 1+12, 6 bpm no G-FApx;p<0, 0001 para ambos). As variáveis ecocardiográficas que diferiram significativamente entre os grupos estão descritas na tabela abaixo: st 2d S(%) E(cm/s) VAEi(ml/m2) 32, 9+12 69, 8+12, 9 34, 7+9, 79 G RS 30, 4+11, 4 76, 7+8, 8 36, 3+11, 2 G FApx 12, 2+4, 3 * & 93, 4+27, 3 * 52, 9+17, 4*& G FAp p vs G RS * 0, 0001 * 0, 007 * 0, 005 p vs G FApx & 0, 0017 & 0, 02 VAEi: volume atrial esquerdo indexado; FE: fração de ejeção AE(mm) 43, 3+5, 8 45, 0+4, 8 49, 8+4, 9 * 0, 02 FE(%) 70, 3+4, 6 69, 7+4, 2 62, 3+9, 3* * 0, 015 Conclusão. O st-2D-S mostrou-se significativamente reduzido nos pcs com FA permanente, indicando redução da capacidade de reserva atrial, fato não observado nos pacs do G-FApx. TL 145 Miocardite por Dengue: Primeira descrição de alterações na Ressonância Magnética Cardíaca. ANDRÉ SCHMIDT, Carlos Henrique Miranda, Henrique Simão Trad, Gustavo Jardim Volpe, Antônio Pazin-Filho, Marcos de Carvalho Borges, Benedito Antônio Lopes da Fonseca HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL Dengue é uma virose transmitida por mosquito do gênero Aedes prevalente em regiões tropicais e subtropicais. A apresentação clínica é polimórfica, desde uma doença febril leve a quadros de choque hemorrágico. Recentemente foram descritos quadros de miocardite com alterações eletrocardiográficas e evolução para óbito. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) está bem estabelecida como método para a avaliação de miocardites mas ainda nãohavia sido aplicada nesta entidade. Métodos: Apresentamos 3 casos de miocardite por Dengue com descrição do quadro clínico, eletrocardiograma (ECG), marcadores séricos cardíacos e avaliação por métodos de imagem. Dois pacientes do sexo masculino foram admitidos com quadro de precordialgia e alterações no ECG. Uma paciente do sexo feminino foi admitida com encefalite e sinais de congestão pulmonar. Todos os pacientes apresentavam alterações de mobilidade segmentar ao Ecocardiograma realizado na admissão. Troponina I estava alterada em todos (0, 21 a 3, 54), e NT-proBNP estava elevado em dois casos (533 e 11298). Sorologia IgM foi positiva em todos os casos. RMC foi realizada após estabilização clínica com sequências para avaliação da função sistólica, sequência T2 para avaliação de presença de edema e realce tardio (RT) com gadolínio. Resultados: Todos os pacientes apresentavam depressão leve da fração de ejeção do VE (40 a 50%) e a fração de ejeção do VD estava deprimida em um caso (45%). Edema foi identificado em todos os casos, especialmente na região apical do VE. RT estava presente em dois dos três casos, com padrão subendocárdico na região basal e médio miocárdico nos segmentos médios em um deles e acometimento transmural apical com trombo no outro. Novo exame neste último caso repetido dois meses após não evidenciava presença de edema ou trombo, mas RT persistia com o mesmo padrão. Conclusões: Esta é a primeira descrição de alterações na RMC em pacientes com Dengue. Em todos os casos foi identificado edema e ele era mais proeminente na região apical. O RT evidenciou padrões distintos, desde ausência até acometimento transmural. Incremento na amostra é necessário para melhor caracterizar a prevalência de anormalidades, mas esta pode ser uma razão para miocardiopatia dilatada idiopática em países com elevada prevalência de dengue. TL 144 Ultrassom de carótidas e escore de cálcio em pacientes com aneurisma de aorta torácica e com aneurisma de aorta abdominal IBRAIM MASCIARELLI PINTO, André Marantes Masciarelli Pinto, Leonardo Iquizli, André Romualdo Paciello, Andrei Skromov Albuqerque, Eduardo Tokura Fleury Medicina e Saúde - São Paulo - SP - Brasil Fundamentos: Aneurismas da aorta (AA) e doença arterial coronária (DAC), são manifestações distintas da aterosclerose, cuja associação ainda é discutida. Por outro lado, o ultrassom de artérias carótidas (UC) e o escore de cálcio (EC) são preditores de risco para o desnvolvimento de DAC e de eventos adversos, cuja relação com os AA ainda é desconhecida. O objetivo deste trabalho foi avaliar se existe correlação entre estes marcadores de risco e a presença de AA. Pacientes e métodos: Selecionamos 50 pacientes com fatores de risco (FR) clássicos para aterosclerose, com diagnóstico de AA torácica (AAT) ou abdominal (AAA) e que foram submetidos à quantificação de EC e ao UC com menos de duas semanas de intervalo. Foram analisados os níveis de glicemia, PCR, a presença e o grau do EC coronário, bem como a avaliação das artérias carótidas pelo UC. Resultados: Havia 31 AAT e 19 AAA. O colesterol era 234±26 mg/dl, o LDL 142±72mg/dl, a glicemia 105±20, 75mg/dl e o PCR 0, 45±0, 25mg/l. Havia UC alterado em 42 e EC>0 em 41 (p= ns). Por outro lado, o número de casos com alterações significativas ao UC (placas de ateroma - 37) era maior do que o número de pacientes com alterações significativas ao EC (valor >100 ou acima do percentil 75 16; p=0, 0001). A proporção de pacientes com AAT e EC >100 (5 - 26%) era menor do que aqueles com AAA (11 - 35%), mas esta diferença não foi significativa (p= 0, 71). Nenhuma das demais varíaveis clínicas diferiu entre os casos de AAT e AAA. Havia DAC considerada significativa em 21 (42%) e a incidência desta não diferiu entre os grupos. Conclusão: A análise dos nossos resultados permitem determinar que os fatores de risco convencionais são prevalentes em pacientes com AA e que novos preditores de risco para DAC (PCR, UC e EC) são alterados nesta população. Contudo, alterações significativas são mais frequentemente encontrados do que os casos de EC com alterações significativas, o que pode indicar que as alterações de EC são mais intimamente ligadas à presença de eventos cardíacos adversos e o UC possa refletir com maior intimidade as alterações das artérias extra cardíacas. TL 146 Análise do ventrículo direito pela ressonância magnética em pacientes com arritmia cardíaca e ecocardiograma normal. IBRAIM MASCIARELLI PINTO, André Marantes Masciarelli Pinto, Leonardo Iquizli, Andrei Skromov Albuquerque Grupo Fleury - São Paulo - SP - Brasil Fundamentos: a pesquisa das causas de arritmias, muitas vezes representa um desafio diagnóstico, implicando na realização de diferentes exames de imagem. A ressonância magnética (RM) é frequentemente solicitada quando a Doppler-ecocardiografia (ECO)não consegue revelar cardiopatia estrutural. Muitas vezes, porém, a RM revela alterações inespecíficas, cuja relevância ainda é debatida. O objetivo deste trabalho foi avaliar os achados da RM em pacientes com arritmias ventriculares (AV) e com ECO normal. Pacientes e métodos: entre julho de 2010 e janeiro de 2013, selecionamos 34 pacientes com AV documentada e ECO que não revelasse cardiopatia estrutural. A análise incluía a quantificação dos volumes e da fração de ejeção, além da análise visual da contração segmentar do ventrículo direito. Esta foi classificada com leve ou acentuada e era identificada a parede comprometida (inferior - PI, sub tricúspidea - PST, livre - PL. A análise foi feita por dois operadores independentes. Resultados: Dos 34 casos, 3 exibiam infiltração gordurosa e disfunção global, característicos de displasia arritmogência e foram excluídos da análise. Dos demais 29, o volume diastólifo final (126 ± 31 ml), o volume sistólico final (67 ± 24 ml) e a fração de ejeção (46 ± 8%) não foram diferentes do padrão de normalidade. Contudo, em cinco casos havia espessura miocárdica < 6 mm ao final de diástole (4 na VS um na PI). Nestes e em outros 14 casos havia hipocinesia totalizando 19 (65%). Destes a parede comprometida era a VS em 8, a PST em 5, a PI em 2 e a PL em 4). Em 23 (79%) dos casos havia aumento do padrão de trabeculação, mas com relação entre miocárdio trabeculado em normal entre 1, 6 e 2, 1:1. A extensão do trecho trabeculado, por outro lado, interessava a mais do que 50% do endocárdio ventricular direito. Em 14 (48%) havia pontos focais de realce tardio, comprometendo a menos do que 10% do miocárdio total. Em 9 casos havia a presença concomitante de realce tardio e hipocinesia. Conclusão: em pacientes com AV e ECO normal, a ressonância pode encontrar alterações que não são patognomônicas de nenhuma doença, mas que podem representar o substrato anatômico e sugerir o local da origem das arritmias. Caso estes achados se confirmem em estudos adicionais, a ressonância pode ampliar sua contribuição nos casos de AV. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 149 TL 147 Características morfológicas e funcionais de miocardiopatias hipertroficas classica e apical atraves da ressonância magnética no estado de Sergipe ATF Barreto, LFG Gonçalves, FMS Souto, SM Andrade, FS Dória, GB Torres, LD Melo, JABS Barreto-Filho, ACS Sousa, JLM Oliveira Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - Sergipe - Brasil, Clínica e Hospital São Lucas - Aracaju - Sergipe - Brasil INTRODUÇÃO A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a doença cardíaca congênita mais comum, definida pela presença de hipertrofia miocárdica com expressão fenotípica variável. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) é essencial na identificação do padrão e da extensão da hipertrofia, pois supera as limitações do ecocardiograma bidimensional, principalmente quanto a visualização das paredes livres anterolateral e apical. MÉTODOS Trata-se de estudo observacional transversal cujo objetivo é demonstrar o perfil demográfico, fenotípico e funcional dos pacientes a RMC com diagnóstico de CMH estabelecido previamente ou após a realização de RMC, entre abril de 2009 e agosto de 2012. ANÁLISE ESTATÍSTICA Obteve-se média e desvio padrão das variáveis quantitaiva bem como frequência e percentuais das variáveis categóricas comparadas pelo teste X². RESULTADOS Foram avaliados 78 pacientes com idade média de 57, 2± 18, 6 anos, sendo 51 (65, 4%) homens. As indicações do exame foram: avaliação de miocardiopatia (42, 3%), avaliação de isquemia e viabilidade miocárdica (26, 9%), estratificação de risco de pacientes com CMH (21, 8%), avaliação de arritmia (6, 4%), outros (2, 6%). As características clínicas foram: Sintomáticos (40%) [dispneia (40%), dor torácica (25%), palpitações (25%), tontura (15%) e síncope (10%)], Hipertensão (55%), Sedentarismo (50%), Dislipidemia (35%), Tabagismo atual ou pregresso (35%), Obesidade (30%), Diabetes mellitus (20%), História familiar de cardiopatias (60%). Os diagnósticos da RMC foram CMH clássica: 85, 9%, CMH apical: 14, 1%. A prevalência de Realce Tardio (RT) foi: 74, 4% (92, 9% Focal/Mesocárdico, 7, 1% Subendocárdico), Isquemia ao estresse (avaliada em 52, 6% da amostra) foi vista em 60, 9%. Entre os pacientes com CMH não apical, 80, 6% apresentavam RT (p=0, 005) e 62, 8% apresentavam isquemia (p=0, 8). Já entre os pacientes com CMH apical, a percentagem de RT foi de 36, 4% (p=0, 005) e de isquemia, 50%(p=0, 8). A frequência de associação entre RT e isquemia foi de 34, 5%. CONCLUSÕES. A CMH apical apresentou menor frequência de RT. Não houve relação entre RT/Isquemia miocárdica e sintomatologia. TL 148 EFEITO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E DO GÊNERO NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA À ECOCARDIOGRAFIA SOB ESTRESSE FÍSICO FASM Ferreira, CCC Teixeira, EV Melo, IS Tavares, ATF Barreto, FMS Souto, LD Melo, LAS Teixeira, ACS Sousa, JLM Oliveira Hospital São Lucas - Aracaju - Sergipe - Brasil, Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - Sergipe - Brasil Fundamento: A doença arterial coronariana é a principal causa de morte em ambos os sexos e em portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Existem características específicas de cada sexo que determinam respostas diferenciadas a alterações fisiológicas e patológicas no sistema cardiovascular. Dessa forma, acredita-se que exista alguma influência da diferença de gêneros na prevalência e incidência de algumas das doenças cardiovasculares, a exemplo da isquemia miocárdica.O presente estudo procurou determinar o efeito do gênero na isquemia miocárdica em indivíduos com ou sem HAS submetidos à ecocardiografia sob estresse físico (EEF). Métodos: Trata-se de coorte retrospectiva, envolvendo 2321 voluntários de ambos os sexos, portadores de doença arterial crônica conhecida ou suspeita, submetidos à EEF em esteira ergométrica para avaliação de isquemia miocárdica. Os pacientes foram divididos em hipertensos e normotensos. Análise estatística: Variáveis contínuas foram registradas como média ± desviopadrão e as variáveis categóricas foram sumarizadas como porcentagens. As diferenças entre os grupos foram comparadas através do teste t de Student ou qui-quadrado de Pearson (X²). A análise de regressão logística foi aplicada para análise da associação de isquemia com as variáveis independentes consideradas potenciais variáveis de confundimento. Resultados: A média de idade foi de 57, 4 ± 11 anos. Hipertensos foi de 60, 3%, sendo 48, 2% do sexo masculino. A dislipidemia foi o mais importante fator preditor de isquemia miocárdica, com probabilidade de quase 2, 5 vezes [Odds ratio(OR)= 2, 44; Intervalo de confiança (IC)95%=1, 892 – 3, 152; p<0, 0001]. A análise de regressão logística para presença de isquemia miocárdica revelou OR = 1, 53 (IC95% = 1, 16 – 2, 02; p< 0, 002) para indivíduos hipertensos e OR = 1, 73 (IC95% = 1, 36 – 2, 20) o sexo masculino. Isquemia miocárdica ocorreu em 17, 1% (IC 95% = 15, 5 – 18, 7), sendo mais frequente nos homens tanto com hipertensos (OR = 1, 69; IC95% = 1, 304 – 2, 199; p<0, 0001) quanto normotensos (OR = 2, 23; IC = 1, 450 – 3, 429; p<0, 0001). Conclusão: A isquemia miocárdica é mais frequente nos hipertensos e no sexo masculino. Entretanto, no sexo masculino, os indivíduos normotensos evidenciam maior chance de apresentar isquemia miocárdica à EEF. TL 149 Elasticidade aórtica em pacientes com transposição das grandes artérias após operação de Jatene Ana Cristina Andrade, Michael Jerosch-Herold, Inga Voges, Christopher Hart, Mihn Pham, Hans-Heiner Kramer, Carsten Rickers INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade de Schleswig-Holstein - Kiel - SH - Alemanha, Harvard University - Boston - MA - Estados Unidos A elasticidade da aorta em pacientes com transposição das grandes artérias (TGA) após operação de Jatene sugere uma influência a longo prazo no prognóstico destes pacientes. O objetivo deste estudo é uma melhor compreensão sobre as propriedades bioelásticas da aorta após operação de Jatene em crianças e adultos com TGA. Métodos: Cinquenta e um pacientes e 34 controles foram estudados por ressonância magnética cardiovascular (RMC) 3T. Quarenta e três pacientes (12, 8±6, 9 anos) foram submetidos diretamente a operação de Jatene, enquanto 8 pacientes (23, 8±6, 9 anos) apresentaram bandagem prévia da artéria pulmonar (operação de Jatene em dois estágios). RMC foi utilizada para o estudo das dimensões aórticas, distensibilidade, velocidade da onda de pulso (PWV), volumetria ventricular e atrial esquerdas. Resultados: os pacientes apresentaram aumento da área da raiz aórtica (602, 6±240, 5 vs. 356, 8±113, 4 mm2/m, p<0.01) e diminuição da distensibilidade da aorta torácia, em especial na própria raiz aórtica (3, 2±2, 0 vs. 9, 1±4, 7 10-3 mmHg-1, p<0, 01) comparados aos controles. PWV foi maior em pacientes submetidos a operação de Jatene em dois estágios (5, 3±1, 0 vs. 3, 5±0, 6 m/s, p<0, 01). A massa do ventrículo esquerdo (VE) foi maior nos pacientes (56, 5±22, 3 vs. 48, 2±8, 6 g/m2; p<0, 05) que nos controles. Ao contrário dos controles, foi encontrada correlação das PWV e distensibilidade da raiz aórtica com idade nos pacientes (r=0, 59, p<0, 001 and r=-0, 4, p<0, 01). Volumes mensurados de átrio esquerdo foram correlacionados negativamente com distensibilidade da raiz aórtica e aorta ascendente, e positivamente com PWV (p<0, 05). Conclusão: Diminuição das propriedades bioelásticas da aorta e dilatação da raiz aórtica estão presentes em pacientes com TGA pós OJ e contribuem para disfunção diastólica de VE. Alteração na bioelasticidade aórtica está associada a idade, o que sugere seguimento regular destes pacientes, a fim de diagnosticar precocemente tal degeneração. TL 150 PREDITORES CLÍNICOS X ECOCARDIOGRÁFICOS EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL E TROMBO ATRIAL ESQUERDO EM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO LINO M. TIBA, RICARDO LADEIRA, MÁRCIO MATHEUS, FÁTIMA GUILHERME, VANESSA DE MARCO, ANA PAULA COLÓSIMO, JOÃO PIMENTA HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE - SÃO PAULO - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre os fatores de risco clínicos e ecocardiográficos como preditores de formação de trombo no átrio esquerdo (AE) em pacientes com fibrilação atrial (FA). MÉTODOS: De abril/2011 a junho/2012, 59 pacientes (68, 9 ± 11, 7 anos; 54% homens) com FA foram submetidos ao Ecocardiograma Transesofágico com finalidades diversas. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a presença (Grupo I; n=11) ou ausência (Grupo II; n=48) de trombo em AE. Foram avaliados retrospectivamente as características clínicas, escore de risco CHADS2 e CHA2DS2VASc e dados ecocardiográficos diversos, e comparados entre os dois grupos. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Os dados foram expressos como Média ± DP. As variáveis contínuas foram analisadas de acordo com o teste t de Student. Dados dicotômicos foram comparados com o teste do Qui-quadrado ou teste exato de Fisher. O valor de p < 0.05 foi considerado significante. RESULTADOS: Foram observados trombos no AE em 11 pacientes (19%) sendo a maioria no AAE (73%). Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos em relação aos diversos dados clínicos ou escore de risco CHADS2 (Grupo I: 2, 09 ± 0, 83 vs Grupo II: 1, 85 ± 0, 17; p = 0, 53) e CHA2DS2-VASc (Grupo I: 3, 90 ± 1, 14 vs Grupo II: 3, 62 ± 1, 63; p = 0, 59). Dentre os diversos parâmetros ecocardiográficos, a velocidade de esvaziamento do apêndice atrial esquerdo foi menor no Grupo I do que no Grupo II (22, 8 ± 12, 6 vs 32, 7 ± 13, 0; p = 0, 008), a intensidade do contraste espontâneo no AE foi semelhante em ambos grupos (4, 6 ± 2, 9 vs 3, 4 ± 1, 9; p = 0, 08), porém, no apêndice atrial esquerdo foi maior no grupo I do que no Grupo II (4, 5 ± 2, 8 vs 2, 8 ± 2, 1; p = 0, 03). Os demais parâmetros ecocardiográficos não apresentaram diferença estatisticamente significante. CONCLUSÕES: Nenhum dado clínico ou escore de risco CHADS2/CHA2DS2VASc foi capaz de diferenciar pacientes em risco para desenvolver trombo em AE. Pacientes com trombo em AE apresentaram menor velocidade de esvaziamento e maior intensidade de contraste espontâneo em AAE. A formação de trombo no AE em pacientes com FA parece estar diretamente relacionada com a contratilidade do AAE, independente de fatores clínicos ou escore de risco. 150 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Síndromes Coronárias Agudas e Emergências Cardiovasculares TL 151 IMPACTO DA INJÚRIA RENAL AGUDA EM PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: COMPARAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS RIFLE E O NOVO KDIGO FERNANDO BRUETTO RODRIGUES, ROSANA GOBI BRUETTO, ANA MARIA OTAVIANO, DIRCE MARIA ZANETTA, EMMANUEL DE ALMEIDA BURDMANN FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - SP - BRASIL, HOSPITAL DE BASE - S. J. RIO PRETO - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO - SP - BRASIL Introdução: A injúria renal aguda (IRA) aumenta a mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). O critério RIFLE (Risk, Injury, Failure, Loss, and End-stage kidney disease) tem sido criticado para diagnosticar IRA pela baixa sensibilidade. Um novo critério (KDIGO, Improving Global Outcomes) foi recentemente recomendado. O RIFLE diagnostica IRA quando há aumento na creatinina sérica (CrS) de pelo menos 1, 5 vezes o valor de referência. O KDIGO requer aumento da CrS ≥ 0, 3 mg/dL em 48 horas ou aumento de ≥ 1, 5 vezes na CrS ocorrido em 7 dias. Ainda não existem estudos comparando estes dois critérios em pacientes com IAM. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência e mortalidade de IRA diagnosticada pelos critérios RIFLE e KDIGO em pacientes com IAM. Métodos e Análise Estatística: Foram incluídos no estudo 1.050 pacientes com IAM. Este é um estudo prospectivo, unicêntrico e observacional.Foi realizada a análise múltipla proporcional de Cox para avaliar a relação entre o desenvolvimento de IRA e mortalidade no seguimento de 30 dias e um ano. Resultados: IRA pelo critério RIFLE ocorreu em 14, 8% e pelo KDIGO em 36, 6% dos pacientes nos primeiros sete dias de internação. O desenvolvimento de IRA foi associado a aumento da mortalidade em 30 dias, com hazard ratio ajustada (HRA) de 3, 51 (intervalo de confiança [IC] 95% 2, 35 - 5, 25; p < 0, 001) para RIFLE e 3, 99 (IC 95% 2, 59 - 6, 15; p < 0, 001) para KDIGO, em comparação aos pacientes que não desenvolveram IRA para cada critério. Em um ano se observou HRA de 1, 84 (IC 95% 1, 12 - 3, 01; p = 0, 016) para RIFLE e 2, 43 (IC 95% 1, 62 - 3, 62; p < 0, 001) para KDIGO, em comparação aos pacientes que não desenvolveram IRA. O subgrupo de pacientes classificado como sem IRA pelo RIFLE, mas como IRA pelo KDIGO apresentou aumento da HRA para morte de 2, 56 (IC 95% 1, 53 - 4, 29; p < 0, 001) em 30 dias e 2, 28 (IC 95% 1, 46 - 3, 55; p < 0, 001) em um ano, em comparação a pacientes sem IRA, por esse critério. Conclusão: o KDIGO diagnosticou mais pacientes com IRA que o RIFLE. Os pacientes identificados como IRA pelo KDIGO, mas não diagnosticados pelo RIFLE apresentaram risco aumentado de morte precoce e tardia. O critério KDIGO é provavelmente mais adequado que o RIFLE para o diagnóstico de IRA em pacientes com IAM. TL 152 O declínio da sensibilidade à insulina favorece a dispersão do QTc após infarto do miocárdio mesmo em pacientes não diabéticos Elayne Kelen de Oliveira, Venâncio, F. N. C., Maurício Filho, M.A.F.Q., Munhoz, D. B., Almeida, O. L. R, Quinaglia e Silva, J. C., Sposito, A. C. FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL Introdução: Como substrato para arritmias potencialmente letais, a dispersão do intervalo QT é um forte preditor de mortalidade em pacientes pós infarto agudo do miocárdio (IAM). Em diabéticos, a dispersão do QT é frequentemente maior, o que parece contribuir para a alta mortalidade após IAM nesses pacientes. Em não diabéticos, no entanto, o papel do declínio da sensibilidade a insulina na dispersão do QT na fase aguda do IAM é desconhecido. Métodos: Em 86 pacientes consecutivos, selecionados do Brazilian Heart Study, nas primeiras 24 horas do início dos sintomas, no terceiro e quinto dia pós-IAM com supradesnivelamento do ST (cSST), realizamos eletrocardiograma digital e calculamos a dispersão do intervalo QTc. Para cálculo do HOMA2S, foram medidos os níveis de glicose e de insulina plasmáticas nas primeiras 24 horas do início dos sintomas do IAM. Os grupos com HOMA2S maiores ou menores que a mediana foram comparados por análise de covariância (ANCOVA) ajustados para os valores de admissão, sexo, idade, IAM prévio, tempo até o tratamento maior ou menor que 90 min, para avaliar o seu efeito sobre a dispersão do intervalo QT na admissão, terceiro e quinto dia após IAMCSST. Resultados: Os pacientes com HOMA2S <41, 5 apresentaram uma maior dispersão de QTc na admissão (83, 738 ± 43, 240 versus 78, 492 ± 29, 479; p=0, 003) e no terceiro dia pós-IAM (95, 913 ± 51, 505 versus 87, 162 ± 34, 282; p=0, 045). No quinto dia não houve diferença entre os dois grupos de HOMA2S. Conclusão: Mesmo em indivíduos não diabéticos, o declínio da sensibilidade a insulina favorece o aumento do dispersão do intervalo QTc na fase aguda do IAM, podendo assim justificar a maior letalidade nesses indivíduos. TL 153 Trombólise Inadvertida com Tenecteplase (TNK) na cidade de São Paulo - Por que ocorrem erros e quais as consequências? Frederico Homem, Sousa Filho J.T., Ferreira G.M., Freitas M.S., Stefanini E., Orlando J.M., Herrmann J.L., Vicentim M., Alves C.M.R., Carvalho A.C.C. HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Introdução: Apesar da preferência pela angioplastia primária como tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento ST (IAMCSST), a terapia fármaco-invasiva (TFI) tem ganho destaque em grandes cidades devido às dificuldades quanto a transferência e acesso a laboratório de Hemodinâmica 24 horas. Objetivos: Avaliar o percentual de erro diagnóstico na leitura do ECG, principais motivos de confusão no diagnóstico eletrocardiográfico e discutir mortalidade e complicações hemorrágicas nesta população. Métodos: Foram incluídos casos consecutivos, admitidos em hospital terciário, provenientes da rede hospitalar municipal e de ambulâncias do SAMU com diagnóstico de IAMCSST e tratados com TNK no serviço de origem. Reavaliamos o ECG inicial deste grupo e acompanhamos a evolução de 30 dias quanto a óbitos e complicações hemorrágicas. Significância estatística definida como p<0, 05, variáveis contínuas expressas em mediana, categóricas em porcentagem e análise estatística pelo teste Qui-quadrado e teste exato de Fischer. Resultados: Avaliamos 500 pacientes (70, 8 % homens e mediana de idade=58 ± 11 anos), dos quais 53 (10, 6%) não receberam diagnóstico final de IAMCSST após admissão no hospital terciário. As três principais alterações eletrocardiográficas que receberam trombólise inadvertida foram: Repolarização precoce (24, 7%), Bloqueio de ramo esquerdo(BRE) antigo (18, 9%) e supra-ST difuso (15%). Não houve diferença significante entre os grupos de pacientes que receberam tratamento adequado e aqueles trombolisados sem indicação, tanto quanto aos óbitos intra-hositalares (8% versus 5, 7%; p=0, 52) como em relação a complicações hemorrágicas (5, 5% versus 6, 1%, p=0, 34). Conclusão: O percentual de erro encontrado na interpretação dos ECG é semelhante ao relatado na literatura. As principais causas de confusão foram repolarização precoce, BRE antigo e supra-ST difuso. A trombólise inapropriada não provocou aumento de mortalidade e de complicações hemorrágicas nesta população. A presença do cardiologista no pronto-socorro ou serviço de telecardiologia bem como o maior treinamento das equipes de assistência na emergência podem contribuir para a redução de erros na interpretação eletrocardiográfica. TL 154 Adiponectina como Preditor de Risco Cardiometabólico em Síndromes Coronarianas Agudas Gustavo Bernardes de Figueiredo Oliveira, João Ítalo Dias França, Rui Fernando Ramos, Leopoldo Soares Piegas INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamentos: A obesidade visceral apresenta crescente relevância como fator de risco cardiovascular. De fato, o tecido adiposo representa fonte de energia estocável e um órgão endócrino que secreta citoquinas, as quais podem contribuir para o desenvolvimento de doenças relacionadas à obesidade, incluindo o diabetes mellitus e a aterosclerose. A adiponectina, uma nova proteína semelhante ao colágeno, foi descoberta como uma citoquina específica do adipócito e um promissor marcador de risco cardiovascular. Objetivos: Avaliar a associação entre os níveis séricos da adiponectina e o risco para ocorrência de eventos cardiovasculares em pacientes com Síndromes Coronárias Agudas (SCA), e as correlações entre adiponectina e os biomarcadores metabólicos, inflamatórios, e miocárdicos. Métodos e análise estatística: Foram recrutados 114 pacientes com SCA, com seguimento prospectivo médio de 1, 13 anos para avaliação de desfechos clínicos. Modelos de regressão de risco proporcional de Cox com penalização de Firth foram construídos para determinar a associação independente entre adiponectina e o risco subsequente dos desfechos primário (composto de óbito cardiovascular/IAM não fatal/ AVE não fatal) e co-primário (composto de óbito cardiovascular/IAM não fatal/AVE não fatal/rehospitalização requerendo revascularização). Os resultados foram expressos como razão de risco [Hazard Ratio (HR)] e IC95%, e a capacidade discriminatória dos modelos foi expressa pelo c-statistic. Foram utilizados testes bicaudais com nível de significância em α=0.05. Resultados: Houve correlações diretas e significantes entre adiponectina e idade, HDL-colesterol, e BNP, e inversas e significantes entre adiponectina e circunferência abdominal, peso corporal, índice de massa corporal, índice HOMA, triglicerídeos, e insulina. Adiponectina foi associada a maior risco para os desfechos primário e coprimário (HR ajustado 1, 08 e 1, 07/incremento de 1000, respectivamente, p=0, 01 e p=0, 02), particularmente entre os pacientes não diabéticos. Conclusões: Em pacientes com SCA, a adiponectina sérica foi preditor de risco independente para eventos cardiovasculares. De modo adicional às correlações antropométricas e metabólicas, adiponectina mostrou correlação significante com BNP. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 151 TL 155 Correlação entre atividade simpática e marcadores inflamatórios em pacientes com síndrome coronariana aguda Humberto G. Moreira, Daniel G. Martinez, Larissa F. Santos, Rony L. Lage, Carlos E. Negrão, Maria Urbana P.B. Rondon, José C. Nicolau INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Em pacientes hospitalizados por sindromes coronarianas agudas (SCA), tanto a hiperatividade simpática quanto resposta inflamatória exacerbada são associadas com piores resultados clínicos. No entanto, ainda é desconhecido se existe alguma correlação entre essas duas vias fisiopatológicas. Objetivos: Correlacionar níveis séricos de biomarcadores inflamatórios associados à aterotrombose com atividade nervosa simpática muscular (ANSM) na fase aguda da SCA. Métodos: Pacientes hospitalizados com SCA não complicada foram incluídos se eles possuíam entre 18 e 65 anos e com aterosclerose coronariana importante. Além das informações basais individuais, no quarto dia de internação eles foram submetidos à avaliação da ANSM e coleta concomitante de amostra sanguínea para dosagem de proteinna C-reativa ultrassensível (PCR), interleucina-6 (IL6), e lipoproteina fosfolipase A2 (Lp-PLA2). ANSM foi obtida através da técnica de microneurografia do nervo fibular. Correlações entre os marcadores inflamatórios e entre estes e a ANSM foram analisadas através de teste de Spearman e regressão linear. Resultados: Foram incluídos 52 pacientes, 80% do sexo masculino, idade média de 51, 0 + 7, 4 anos. A prevalência de hipertensão arterial foi de 59, 6%, diabetes mellitus 11, 5%, e doença arterial coronariana prévia de 17, 3%. A apresentação foi IAM com supra de ST em 25 pacientes (48, 1%), IAM sem supra de ST em 21 (40, 4%) e angina instável em 06 pacientes (11, 5%). A mediana de PCR foi de 16, 2 mg/dL, IL6 8, 1 pg/ml, e Lp-PLA2 média 183, 9 nmol/min/ml. A ANSM média foi de 64, 2+19, 5 impulsos/100bpm. Houve correlação positiva entre PCR e IL6, assim como Lp-PLA2 e níveis de LDL. Não houve correlação significativa entre a atividade simpática e nenhum destes marcadores inflamatórios (p>0, 05). Conclusão: Apesar do aumento dos níveis de marcadores inflamatórios e atividade simpática em pacientes com SCA, não houve correlação entre esses parâmetros, sugerindo que, embora eles possam estar presentes concomitantemente num episódio agudo de SCA talvez sigam diferentes vias fisiopatológicas. TL 156 Introdução precoce de estatina reduz a dispersão do QTc após infarto do miocárdio Frank Venancio, Luiz Sergio F de Carvalho, Daniel B Munhoz, Osorio Luiz Rangel de Almeida, Jose Carlos Quinaglia e Silva, Otavio R Coelho, Andrei C Sposito FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL O aumento da atividade inflamatória cardíaca e sistêmica que precede o infarto miocárdico (IM) ocorre associado a um aumento na diferença entre o tempo de repolarização dos diferentes segmentos cardíacos, condição representada pelo aumento na dispersão do QTc no eletrocardiograma (ECG). Nossa hipótese é de que as estatinas, por meio de suas ações anti-inflamatórias e simpatolíticas possam diminuir o intervalo QTc e consequentemente ocorrência de arritmias no período peri-infarto. Métodos: Duzentos pacientes diagnosticados com infarto agudo do miocardio com supra de ST da coorte Brazilian Heart Study foram incluídos no estudo e tratados ou não com estatinas conforme prescrição do médico assistente, sem interferência dos pesquisadores. Foram realizados ECGs de 12 derivações e coletas de plasma nas primeiras 24h, 3º e 5º dias após infarto (D1, D2, D3), quando foi medido o intervalo QTc e o intervalo RR durante 15 minutos. Para as comparações entre os grupos foram utilizadas análises de covariância ajustadas para sexo, circunferência abdominal, história de hipertensão, infarto ou acidente vascular cerebral, realização ou não de angioplastia primária. Resultados: Foi encontrada associação entre o uso de estatinas e a variação da dispersão do QTc entre o 1o e 3o dias (Delta QTc D1-D3) pós-infarto, sendo 18, 8(-8;44) no grupo que não usou estatina (dose média de 36±20mg) na internação e 9, 3(-18;35) no grupo que usou, p<0, 001; bem como entre o 1o e o 5o dia (Delta QTc D1-D5) pós-infarto [0, 6 (-28;15) no grupo sem estatina, -15, 1 (-36;12);p<0, 001]. Consistentemente, os pacientes com Delta QTc D1-D3 e D1-D5 acima da mediana apresentaram aumento da Proteína C reativa (PCR) significativamente maior entre o D1 e o D5 que os pacientes com Delta QTc abaixo da mediana [7, 21(3, 1;13) vs 3, 74 (1, 3;6, 7), respectivamente; p=0, 006], com ajuste adicional para a dose de estatina utilizada na internação. Conclusão: A resposta inflamatória sistêmica após IM se associa diretamente com a dispersão do QTc. Consistentemente, o uso de estatina na admissão se associa menor dispersão do QTc e, portanto, do substrato para arritmias potencialmente letais na fase aguda do IM. TL 157 Piridostigmina aumenta a mobilização sistêmica e a infiltração cardíaca de linfócitos CD8+ no infarto agudo do miocárdio de ratos Juraci Rocha, Esper G Kallás, Susan P Ribeiro, Maria Carolina Guido, Otávio C Bezerra, Gizele A Neves, Silvia Lacchini, Maria Cláudia Irigoyen, Fernanda M Consolim INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução:O infarto agudo do miocárdio (IAM) é visto como evento final de um processo inflamatório, que se inicia com a aterosclerose e culmina na síndrome coronariana aguda. A extensão da área infartada e o prejuízo na função ventricular, depende de múltiplos fatores, dos quais a inflamação, pode ser modulada pelo aumento da atividade vagal(AAV). Objetivos:Avaliar a ação da piridostigmina na mobilização de células imunes no 3°dia pós IAM. Métodos:Ratos Wistar, pesando 250 mg, foram divididos em 3 grupos: dois submetidos a IAM; um deles tratado com piridostigmina em água de beber, e o outro sem tratamento; comparados ao grupo controle. O estudo ecodopller e da variabilidade da frequência cardíaca, registrou o adequado preparo dos animais, tanto com relação ao IAM efetivo, quanto pelo AAV provocada pela droga. A mobilização de células imunes no coração foi analisada pelo método de imunohistoquímica e a ativação de linfócitos CD4+ e CD8+ em sangue e baço, pela Citometria de Fluxo.Análise estatística: Resultados apresentados como média e erro padrão e avaliados por ANOVA e programa GraphPad Prism com teste de Tukey. Resultados: Nos grupos infartados houve disfunção diastólica, redução da fração de ejeção, aumento da FC e redução da mobilização de linfócito CD8+CD25+ em baço e sangue. A piridostigmina provocou aumento das variáveis SDNN e RMSSD (AAV), expressivo aumento regional de CD8+ em área infartada e redução dessa mobilização em área peri-infarto, além de aumentar a mobilização de linfócitos CD8+CD25+ em baço e sangue. Conclusão: A piridostigmina promoveu AAV. Inúmeros trabalhos mostram que a maior infiltração de linfócitos em área peri-infarto são responsáveis pela amplificação da inflamação e dano miocárdio levando ao pior remodelamento ventricular pós infarto. A diminuição da mobilização de linfócitos nesta região, no grupo tratado com piridostigmina, pode ser um possível mecanismo para explicar os benefícios do AAV na evolução do IAM. TL 158 Redução do Supradesnível do Segmento ST Após Intervenção Coronária Percutânea Primária Monica Buchalla, Marianna Buchalla Barbar Cury, Mauricio N Machado, Lilia Nigro Maia FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - SP BRASIL, Santa Casa de Misericórdia - São José do Rio Preto - São Paulo - Brasil Introdução: A redução/resolução do supradesnível do segmento ST em pacientes com infarto do miocárdio tratados com fibrinolíticos está diretamente relacionada à reperfusão miocárdica sendo importante preditor prognóstico de mortalidade para esse grupo de pacientes. Objetivos: Avaliar a redução do supradesnível do segmento ST (RSST) após intervenção coronária percutânea primária (ICPP) como preditor de mortalidade precoce (30 dias). Casuística e métodos: No período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2011, 228 pacientes foram submetidos à ICPP para tratamento de infarto do miocárdio com supradesnível do segmento ST. Os pacientes foram divididos em dois grupos: RSST > 50% e RSST ≤ 50%. Resultados: A mediana da idade foi 62 anos (51 – 70) sendo 144 pacientes (63%) do sexo masculino. Cento e quatro pacientes (45%) se apresentaram com infarto anterior e 80% (183 pacientes) foram admitidos em Killip I. A mediana do tempo porta-balão foi de 60 minutos (45 – 102), 87% dos pacientes tiveram resultado angiográfico pós-ICP com TIMI 2 ou 3 e o ECG controle foi realizado em um mediana de 60 minutos (40 – 100) após o procedimento. Sessenta e nove por cento (158 pacientes) dos pacientes tiveram RSST > 50%. Vinte e uma variáveis clínicas, laboratoriais e angiográficas foram analisadas em um modelo univariado de regressão de Cox. Aquelas variáveis com significância estatística foram testadas em um modelo multivariado. Oito preditores independentes foram identificados: Idade (anos) (HR – 1, 02; P <0, 001), Killip III (HR – 6, 1; P = 0, 001), Killip IV (HR – 3, 7; P = 0, 006), doença uniarterial (HR – 0, 14; P 0, 009), TIMI zero pós-procedimento (HR – 4, 6; P 0, 022), TIMI 3 pós-procedimento (HR – 0, 28; P = 0, 001), Blush 3 (HR – 0, 25; P 0, 029) e RSST > 50% (HR – 0, 13 – P < 0, 001). Para cada um por cento de RSST houve redução de 1, 5% na mortalidade em 30 dias dos pacientes estudados. Conclusão: Na população estudada, a RSST > 50% foi preditor independente para redução de mortalidade precoce dos pacientes com infarto com supradesnível do segmento ST tratados com ICPP. 152 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 159 Validação prospectiva do escore de risco DANTE PAZZANESE em síndrome coronária aguda sem supra de ST Elizabete Silva dos Santos, Luiz Minuzzo, Roberta de Souza, Ari Timerman INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: Em Síndrome Coronária Aguda (SCA) sem supra de ST, é importante estimar a probabilidade de eventos adversos. Para esse fim, as diretrizes nacionais e internacionais recomendam modelos de estratificação de risco. O escore de risco Dante Pazzanese (escore DANTE) é um modelo simples de estratificação de risco, desenvolvido em uma população brasileira e composto das seguintes variáveis: aumento da idade (0 a 9 pontos); antecedente de diabete melito (2 pontos) ou acidente vascular encefálico (4 pontos); não uso de inibidor da enzima conversora da angiotensina (1 ponto); elevação da creatinina (0 a 10 pontos); combinação de elevação da troponina cardíaca e depressão do segmento ST ≥ 0, 5 mm (0 a 4 pontos). Objetivo: Realizar validação do escore DANTE em pacientes com SCA sem supra de ST. Material e Métodos: Foi um estudo prospectivo, observacional, com inclusão de 457 pacientes com SCA sem supra de ST admitidos de setembro de 2009 a outubro de 2010. Os pacientes foram agrupados em: muito baixo, baixo, intermediário e alto risco de acordo com a pontuação designada em cada classe de risco do modelo original. A habilidade preditiva do escore na população de validação foi avaliada pela estatística-C. Resultados: Foram 291 (63, 7%) homens e a média da idade 62, 1 anos (11, 04). Dezessete pacientes (3, 7%) apresentaram o evento de morte ou (re)infarto em 30 dias. Ocorreu aumento progressivo na proporção do evento, com o aumento da pontuação: muito baixo risco= 0, 0%; baixo risco= 3, 9%; risco intermediário= 10, 9%; alto risco= 60, 0%; p<0, 0001. A estatística-C foi de 0, 87 [IC 95% 0, 81-0, 94; p<0, 0001]). Conclusão: O escore DANTE apresentou excelente habilidade preditiva para ocorrência de morte ou (re)infarto em 30 dias em população independente e pode ser incorporado na avaliação prognóstica de pacientes com SCA sem supra de ST. TL 160 Variação do pro-peptídeo natriurético cerebral 32 na fase aguda do infarto do miocardio prevê mortalidade em curto e longo prazo Lara Romero Pereira, Osorio Luiz Rangel de Almeida, Luiz Sergio F de Carvalho, Jose Carlos Quinaglia e Silva, Joalbo Matos Andrade, Otavio R Coelho, Andrei C Sposito FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Apesar do valor prognóstico do BNP32 em pacientes com insuficiência cardíaca ser bem conhecido, existem poucas evidências sobre seu papel no contexto do infarto do miocárdio (IM). Conceitualmente, o estiramento atrial produzido pela sobrecarga ventricular no pósinfarto torna plausível a hipótese de que elevados níveis de BNP32 no pós-IM esteja associado a remodelamento ventricular negativo e menor sobrevida. Métodos: Pacientes consecutivos com IM com supra de ST (n=152) do Brazilian Heart Study foram acompanhados prospectivamente por 332 (300-349) dias. Nas primeiras 24h do início dos sintomas (D1) e no 5o dia (D5) foram avaliados os níveis plasmáticos do BNP32 e foi calculado o delta BNP32 (D5–D1). No 3o mês após o IM os pacientes foram submetidos a ressonância nuclear magnética cardíaca (RNM-c). Resultados: No modelos de regressão logística e de Cox ajustados para sexo, idade e dose de estatina e diagnóstico de diabetes mellitus, um delta BNP32 acima da mediana (80pg/dL) foi associado, respectivamente, a maior incidência de morte súbita e re-infarto fatal e não-fatal (MACE) em 30 dias (OR 10, 88, IC95% 1, 10–108, p=0, 038) e em 1 ano (HR 2, 51, IC95% 1, 03–6, 11, p=0, 043). Além disso, em curvas ROC para discriminação da incidência de MACE, o delta BNP32 se mostrou superior ao BNP32 no D1 (Área sob a curva 0, 72 p=0.031 vs 0, 43 p=0.5). Consistentemente, pacientes com delta BNP32 acima da mediana apresentaram 3.14 vezes (1, 01–9, 75; p=0.048) mais chances de apresentarem fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <46, 5% (mediana) no 3o mês que aqueles com delta BNP32 menor que a mediana. Entretanto, o delta BNP não se associou significativamente com massa infartada ou com os volumes do VE ao final da sístose e diástole. Conclusões: Pacientes com maior variação do delta BNP32 entre a admissão e D5 após o infarto do miocárdico se associa a maior incidência de eventos cardiovasculares em curto e longo prazo, o que pode potencialmente ser justificado pela pior FEVE apresentada nesse grupo de indivíduos TL 161 IMPLICAÇÃO PROGNÓSTICA DO USO DE SUPORTE VENTILATÓRIO EM PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO MARCELO KATZ, Pesaro AEP, Makdisse MRP, Correa AG, Fava AN, Franken M, Forlenza L, Serrano CV HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: A necessidade de suporte ventilatório (SV) na fase aguda do infarto agudo do miocárdio (IAM) denota maior gravidade desses pacientes. Poucos estudos avaliaram o papel prognóstico do uso de SV neste contexto. Nosso objetivo foi analisar o impacto do uso de SV sobre o prognóstico de pacientes com IAM. Métodos e análise estatística: Entre 2004 e 2012, 1637 pacientes com IAM (71% homens, 68±15 anos, 40% com supra ST) foram incluídos em um registro unicêntrico de IAM. Os pacientes foram categorizados em dois grupos: uso de suporte ventilatório na fase aguda do IAM ou não utilização de suporte (SV invasivo e não invasivo foram avaliados de forma combinada). Dados clínicos, laboratoriais, tempo de internação e mortalidade intra hospitalar foram comparados entre os pacientes. As variáveis contínuas foram analisadas através do teste t de Student e Mann-Whitney, e proporções através do teste X2. Utilizamos um modelo de regressão logística ajustado para sexo, idade, Killip, troponina, fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE], índice de massa corpórea e tipo de IAM para testar o papel prognóstico do uso de SV sobre a mortalidade. O valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: A tabela abaixo compara características clínicas e laboratoriais entre os dois grupos. O tempo de internação, assim como a mortalidade foi maior no grupo SV [12(7-25) dias vs. 6(4-8) dias; p<0, 001 e 25% vs. 4, 2%; p<0, 001, respectivamente] No modelo de regressão logística, idade [OR=1, 03(1, 01-1, 05) p=0, 001], FEVE [OR=0, 06(0, 010, 3), p=0, 002], Killip ≥2 [OR=2, 6(1, 6-4, 3), p<0, 001), e IMC [OR=0, 9(0, 860, 97), p=0, 003) associaram-se a mortalidade. Nesse mesmo modelo, pacientes que necessitaram de SV tiveram uma chance 5, 9 vezes maior de óbito [OR 5, 9(3, 7-9, 5), p<0, 001). Conclusão: A necessidade de SV está associada a um pior prognóstico dos pacientes com IAM, representando maior tempo de internação e maior mortalidade intra-hospitalar neste grupo. TL 162 Programa de treinamento SOCESP na rede municipal para tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST. Machado Cesar, LA, Ramos, Rui F, Ferreira, JFM, Mioto, BM, Farsky, P, Moreno, ACC, Oliveira, N, Gun, C, Magalhães, C C SOCESP - SÃO PAULO - SP - BRASIL Fundamentos: Há, na cidade de São Paulo 2.700.000 de atendimentos de emergência/ ano, pelo SUS. A mortalidade por IAM foi de 14, 4% no ano de 2008/09. O uso de trombolítico e angioplastia é baixo. Objetivo: Avaliar impacto do treinamento das emergência no tratamento do IAM (Reduzir taxas de mortes por infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST) em hospitais da rede municipal e estadual da cidade). Métodos: Reuniões com responsáveis médicos pelo PS e UTI dos hospitais. Elaborado programa de treinamento com aulas e manuais de treinamento multidisciplinar. Identificamos hospitais com atendimento de mais de 100 casos de IAM/ano e com mortalidade>15% ano 2008/1º semestre de 2009. Escolhemos cinco hospitais com maiores mortalidades alvo do treinamento. De maio/ dezembro de 2010 realizado treinamento e treinado os responsáveis para replicação. Comparamos dados do segundo semestre de 2009 com todo o ano/2010, pelo X2. Resultados: A taxa de mortalidade em todos os hospitais da rede diminuíram de 14, 6% para 14, 10% de 2009 para 2010(p= 0, 57). Nos hospitais treinados, diminuíram de 25, 6% (79/314) para 18, 2% (165/932) (p= 0, 005) em 2010, gráfico abaixo. Conclusão: Educar a equipe de plantão da emergência dos hospitais, os médicos plantonistas ( generalistas e de outras especialidades ), enfermeiros e técnicos, via sociedades de especialidades, é efetivo com impacto importante, no caso, na mortalidade por IAM. Idade (anos) Sexo masculino (%) IMC (Kg/m2) IAM com supra (%) Killip ≥2 (%) FEVE(%) Troponina (ng/mL) Uso de SV (n=296) 75±14 65% 26, 4±4, 6 39, 9 36 46±15 20±42 Sem SV (n=1371) 67±15 72% 26, 7±4, 4 39, 8 10 54±12 23±11 p <0, 001 0, 009 0, 32 0, 97 <0, 001 <0, 001 0, 64 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 153 TL 163 Atuação do Time de Resposta Rápida na Redução de Custos Hospitalares Salomón Soriano Ordinola Rojas, Viviane Cordeiro Veiga, Júlio César de Carvalho, Luis Enrique Campodonico Amaya HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Introdução: Desde 1989, os Times de Resposta Rápida (TRR) têm sido implantados nas instituições de saúde, com objetivo de reconhecimento e tratamento precoce da deterioração clínica. O Institute for Healthcare Improvement (IHI), que tem por meta melhorar a assistência à saúde através da prevenção da ocorrência de eventos adversos, recomenda o estabelecimento dos TRR. No entanto, os resultados da implantação destas equipes ainda são controversos entre os estudos.Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar a atuação do time de resposta rápida na redução dos custos hospitalares.Casuística e Método: No período de maio de 2010 a dezembro de 2012, foram avaliados os atendimentos realizados pelo TRR em hospital de grande porte. Os atendimentos foram divididos em dois períodos – período “antes”, de maio de 2010 a julho de 2011 e o “depois”, de agosto de 2011 a dezembro de 2012. Entre os dois períodos, foram alterados os critérios de acionamento do grupo, buscandose a deterioração clínica de forma mais precoce. No período, foram atendidos 8009 pacientes, sendo 1830 no “antes” e 6179 no “depois”, com idade média de 66, 37±16, 88 e 65, 99±20, 08 anos, respectivamente. O indicador avaliado para redução do custo hospitalar foi a taxa de transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos pacientes atendidos pelo TRR.Resultados: No período antes, 33, 3% dos pacientes atendidos foram transferidos para a UTI, reduzindo-se para 20, 85% no período depois. Considerando-se o total de pacientes atendidos no período depois e a redução da taxa de transferência para UTI entre os dois períodos (12.45%), consideramos que 769 pacientes deixaram de ser transferidos para a UTI no período. Foi calculada o ticket médio da internação em UTI na Instituição, com média de internação de 5 dias, no total de R$ 2.600, 00. Portanto, a redução de custo estimada no período 17 meses foi de R$ 1.999.400, 00. Conclusão: A implantação do time de resposta rápida pode resultar em redução de custos hospitalares atrelados à melhoria da qualidade assistencial. TL 164 Ecocardiografia de Bolso em Serviço de Emergências Cardiológicas Frederico J. N. Mancuso, Vicente N. Siqueira, Bruna M. B. Leal, Valdir A. Moises, Aecio F. T. Gois, Angelo A. A. de Paola, Antonio C. C. Carvalho, Orlando Campos HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Introdução: As urgências cardiovasculares são causas importantes de procura por atendimento médico, sendo fundamental o atendimento rápido e com acurácia para diminuir a morbimortalidade destas condições. Recentemente foi desenvolvido um aparelho de ecocardiografia de bolso, do tamanho de um celular. O objetivo dotrabalho foi descrever a experiência inicial do uso deste aparelho em um serviço terciário de emergência. Métodos: Incluídos 65 pacientes adultos (58±22 anos) sem doença cardíaca conhecida que procuraram atendimento de urgência com queixas cardiológicas. Excluídos pacientes com alterações isquêmicas no eletrocardiograma. A ecocardiografia de bolso foi realizada logo após a avaliação inicial do paciente com aparelho GE V-scan, à beira do leito, na sala de emergência, avaliando: dimensões das cavidades, função sistólica ventricular, fluxos intracardíacos pelo mapeamento de fluxo em cores (sem Doppler espectral), pericárdio e aorta. Resultados: Foi possível realizar o exame em todos os pacientes. A indicação foi dor torácica/suspeita de síndrome coronariana aguda (SCA) em 42 (65%) pacientes, dispneia/ suspeita de insuficiência cardíaca (IC) em 12 (18%), avaliação da função ventricular em 7 (11%) pacientes com fibrilação atrial (FA) nova e, em cada um dos restantes: suspeita de derrame pericárdico, suspeita de tromboembolismo pulmonar (TEP), taquicardia ventricular (TV) para avaliação de doença estrutural e choque sem etiologia definida. Em 15 pacientes o ecocardiograma apresentou alterações que confirmaram o diagnostico: 9 pacientes com IC, 5 com alteração contrátil segmentar confirmando SCA e um com sinais indiretos de hipertensão pulmonar, confirmando TEP. Em cinco pacientes o exame mudou a hipótese diagnóstica; 3 suspeitas de IC por disfunção ventricular (estenose aórtica grave, cardiomiopatia hipertrófica e um paciente sem alteração cardíaca). Um paciente com suspeita de SCA apresentou alterações sugestivas de pericardite. O paciente com choque apresentou coração normal, excluindo causa cardíaca. Nos oito pacientes com arritmia, 6 apresentaram função sistólica normal e 2 disfunção ventricular esquerda. Conclusão: O ecocardiograma de bolso em serviço de emergências cardiológicas permite confirmar rapidamente o diagnóstico e, com isso, otimizar o início do tratamento. TL 165 Existe um padrão sazonal de internações por doenças cardiovasculares na cidade de São Paulo? Jose Leao de Souza Junior, Alessandra da Graça Corrêa, Juliana Cândida Oliveira Afonso, Renata Santos Rodrigues Brum, Leandro Loureiro Buzzato, Anderson Nunes Fava, Antonio Eduardo Pereira Pesaro, Marcelo Franken, Marcelo Katz, Márcia Makdisse HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Fundamento: Vários estudos têm apontado um padrão sazonal na ocorrência de doenças cardiovasculares (DCV) com um maior número de casos de infarto agudo do miocárdio (IAM) e de insuficiência cardíaca (IC) ocorrendo nos meses de inverno. A queda da temperatura e a gripe têm sido implicadas como responsáveis por tal achado. Contudo, ainda existem poucos dados a este respeito no Brasil. Objetivo: Identificar a presença de sazonalidade nas internações hospitalares por IAM, IC e DCV (IAM + IC). Metodologia: Foram analisados dados de pacientes (pcts) internados por IAM e IC entre janeiro 2008 a dezembro 2012 em um hospital terciário, sendo distribuídos conforme a data de internação hospitalar em 52 semanas epidemiológicas anuais e comparadas quanto ao comportamento temporal por meio do modelo estatístico ARIMA. Resultados: Durante o período de estudo ocorreram 2.886 internações por DCV (72, 9±14, 1 anos, 824 homens) sendo 1.125 pcts com IAM (68, 2±15, 1 anos, 343 homens) e 1.761 pcts com IC (75, 9±12, 4 anos, 481 homens, FEVE 33, 1±7, 9%). A análise temporal demonstrou não haver padrão sazonal de acometimento por IAM (constante 4, 4±erro padrão 0, 1), IC (6, 9±0, 2) ou DCV (11, 2±0, 3), respectivamente – p NS. TL 166 Experiência de 2 anos como serviço de referência em cardiologia para atendimentos via Telemedicina Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Viviane Aparecida Fernandes, Mariana Yumi Okada, Thiago Andrade Macedo, Marcelo Jamus Rodrigues, Marco Antonio Mieza, Nilson Tavares Poppi, José Carlos Teixeira Garcia, Antônio Claúdio do Amaral Baruzzi, Valter Furlan HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL Introdução:A telemedicina permite o acesso rápido a conhecimento médicocompartilhado e remoto, particularmente útil em centros de saúde que buscam instituições de referência para consulta diretamente com especialistas. O objetivo do presente estudo é descrever as principais solicitações e orientações efetuadas em uma rede de Telemedicina de serviços privados que possui um centro de referência em cardiologia.Métodos:Estudo retrospectivo de todas as chamadas consecutivamente no período de janeiro a agosto de 2012. Um cardiologista do pronto-socorro do hospital de referência é acionado por bip e presta consultoria cardiológica aos médicos das outras unidades hospitalares 24 horas por dia, 7 dias na semana. O equipamento de telemedicina permite a visualização e transmissão de exames em alta definição possibilitando a discussão de casos clínicos e avaliação eletrocardiográfica. A análise estatística incluiu o cálculo das estimativas pontuais e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%).Resultados:De um total de 656 chamadas nestes 8 meses, 62% dos atendimentos foram por quadro de SCA confirmada ou suspeita (IC 95%: 5966%), sendo 74 (11%; IC 95%: 9-14%) por dor torácica sem diagnóstico, 144 (22%; IC 95%: 19-25%) Angina Instável e 136 (21%; IC 95%: 18-24%) IAM sem Supra de ST. Em 55 casos (8%; IC 95%: 6-11%) o diagnóstico via telemedicina foi de IAM com Supra de ST tendo sido indicado fibrinolítico em metade destes casos (os demais apresentavam contra-indicação e/ou evolução > 12 horas). Em 156 casos (24%; IC 95%: 21-27%), além da orientação inicial foi optado pela transferência cuja decisão se baseou no quadro do paciente (IAM com supra era rotineiramente transferido com ou sem trombólise) e/ou nos recursos locais. Em 82 casos (12%; IC 95%: 10-15%) foi indicada alta hospitalar após discussão do caso via telemedicina e nos demais 418 casos (64%; IC 95%: 60-67%) foi orientado observação para reavaliação ou internação no local de origem.Conclusão: Estes primeiros 2 anos de experiência mostram uma maior demanda para avaliação de casos de dor torácica e SCA, o que sugere ser essa a principal situação clínica em que o não especialista demanda apoio do cardiologista na tomada de decisões. Em apenas um quarto das solicitações houve necessidade de transferência após discussão clínica. Conclusão: As DCV não apresentam um padrão sazonal de internações na cidade de São Paulo. 154 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 TL 167 Preditores multivariados de morte em até 6 meses em pacientes com síndrome coronária aguda sem supra de ST Elizabete Silva dos Santos, Luiz Minuzzo, Roberta de Souza, Ari Timerman INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamento: Em Síndrome Coronária Aguda (SCA) sem supra de ST (SST) há ampla variação do risco para ocorrência de eventos isquêmicos recorrentes. Determinar o risco desses eventos é importante para decisão terapêutica já no primeiro contato com o paciente no Pronto-Socorro. Objetivo: Identificar variáveis independentes para o risco de morte em até 6 meses em pacientes com SCA sem SST e desenvolver um escore de risco. Métodos: Foi um estudo prospectivo, observacional de 1.026 pacientes. Modelo de regressão logística múltipla foi desenvolvido e a acurácia preditiva do modelo e da escala em pontuação foi determinada pela estatística-C. Resultados: Foram 589 homens (57, 4%) e a média de idade de 61, 55 anos (± 0, 35). A mortalidade em até 6 meses foi de 4, 5% (46 pacientes). As seguintes variáveis foram identificadas: aumento da idade (Odds Ratio [OR] 1, 0621; p= 0, 0001); elevação da creatinina (OR 1, 7585; p= 0, 0011); PCR-us ≥ 1, 5 mg/dL (OR 2, 8904; p= 0, 0013); combinação de elevação da troponina I cardíaca (cTnI) e depressão do segmento ST (OR 3, 1650; p= 0, 0079). A estatística-C para o modelo foi de 0, 843; p < 0, 001. O escore de risco foi criado pela soma aritmética de pontos dos preditores independentes, cujas pontuações foram designadas pelas respectivas probabilidades de ocorrência de óbito em até 6 meses: idade= 0 a 14 pontos; creatinina= 0 a 15 pontos; PCR-us ≥ 1, 5 mg/dL= 3 pontos; combinação de elevação da cTnI e depressão do segmento ST= 0 a 3 pontos. Definiu-se 3 grupos de risco: baixo (até 9 pontos); intermediário (10 a 15 pontos); e alto risco (16 a 35 pontos). A estatística-C para a escala de pontuação foi de 0, 805; p < 0, 001. Conclusão: Um escore de risco foi desenvolvido para prever morte em até 6 meses em uma população brasileira com SCA sem SST, podendo ser aplicado para estratificação de risco no departamento de emergência. Valvopatias TL 168 Correlação entre escore de cálcio valvar aórtico e coronariano em portadores de estenose aórtica: Estudo Piloto. De Santis, A.S.A.L., Spina, G.S., Tarasoutchi, F., Nomura, C.H., Accorsi, T.A.D, Rosa, V.E.E., Sampaio, R.O., Fernandes, J.R.C., Pires, L.J.T., Grinberg, M. INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Diversos estudos estabeleceram associação do escore de cálcio valvar aórtico (ECVA), medido através da tomografia computadorizada helicoidal com multidetectores (TCHM), com o grau de severidade da estenose valvar aórtica. O escore de cálcio coronariano (ECC) é conhecido fator de risco e preditor de eventos cardiovasculares. Entretanto, não existem relatos em literatura que correlacionem o grau de calcificação valvar (ECVA) com o coronariano (ECC) em pacientes com estenose valvar aórtica degenerativa. Métodos: Treze pacientes com estenose valvar aórtica degenerativa moderada, definida por velocidade de jato transvalvar aórtica entre 3.0 a 4.0 m/s, foram prospectivamente submetidos à realização de TCHM com obtenção do ECVA e ECC, quantificados em unidades Agatston (UA). Pacientes com estenose aórtica de outras etiologias (reumática e bicúspide) foram excluídos. Estatística: Variáveis foram analisadas por testes adequados a distribuição normal ou nao-normal, como este t e Kruskal-Wallis. Correlações foram estabelecidas por regressão logística e regressão linear. Resultados: A mediana do ECC neste grupo foi de 7 (diferença interquartil: 0-203). A mediana do ECVA foi de 1585 (diferença interquartil: 1274-2517). A velocidade média do jato transvalvar aórtico foi de 3.4 m/s ± 0.42. A fração de ejeção ventricular esquerda média foi de 63.4% ± 4.2. Verificou-se que 46% dos pacientes com estenose valvar aórtica não apresentavam evidência de cálcio coronariano (ECC=0). Pacientes com ECC de zero foram significativamente mais jovens do que aqueles com calcificação coronariana (61.6 anos ± 12.9 versus 74.5 anos ± 9.09 p=0.05). Não encontramos correlação do ECVA com o ECC (p=0.41), velocidade de jato tranvalvar aórtico (p=0.22) ou idade (0.42). Conclusão: Nesta população de portadores de estenose aórtica moderada, O ECVA não correlacionou-se com o ECC, sexo, idade ou velocidade de jato transvalvar aórtico. A ausência de associação entre os escores de cálcio valvar e coronariano permite inferir que apesar da coexistência de fatores de risco semelhantes, a aterosclerose valvar possui características fisiopatológicas peculiares e distintas da vascular, determinando heterogeneidades de apresentação clínica. TL 169 Correlação entre topografia de cálcio valvar na estenose aórtica e velocidade de fluxo transvalvar aórtico: Estudo Piloto. De Santis, A.S.A.L., Spina, G.S., Tarasoutchi, F., Cintra, R.A., Nomura, C.H., Accorsi, T.A.D., Sampaio, R.O., Fernandes, J.R.C., Branco, C.E, Grinberg, M. INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Há evidência de associação entre escore de cálcio valvar aórtico e gravidade anatômica da estenose aórtica (EAo). No entanto, não há relatos de estudos que correlacionem a topografia do cálcio valvar com parâmetros hemodinâmicos na EAo. Métodos: Treze pacientes com EAo moderada degenerativa, com velocidade de jato transvalvar entre 2.5 e 4.0 m/s, foram prospectivamente submetidos à realização de tomografia computadorizada com multidetectores para obtenção do escore de cálcio valvar em unidades Agatston (UA). As velocidades de fluxo transvalvar foram avaliadas através da ecocardiografia transtorácica com Doppler colorido. Pacientes com etiologia reumática ou bicúspide foram excluídos. A topografia da distribuição de cálcio valvar, avaliada através da tomografia computadorizada, foi classificada em 2 grupos : predominantemente comissural (cálcio localizado principalmente em região de comissura valvar aórtica) e predominantemente não-comissural (cálcio localizado em anel, folhetos e difuso). Análise estatística: Variáveis foram analisadas por testes adequados à distribuição normal ou não-normal, como teste t e Kruskal-Wallis. Correlações foram estabelecidas por regressão logística e regressão linear. Resultados: Pacientes com cálcio predominantemente comissural (CC) tiveram escore de cálcio em valva aórtica significantemente menor do que aqueles com cálcio predominantemente não-comissural (CNC) (CC= 1207 ± 632, CNC =2317 ± 978, p<0, 05), mesmo tendo velocidade de fluxo transaórtico semelhantes ( CC= 3, 31 ± 0, 57 m/s, CNC= 3, 53 ± 0, 15 m/s p= 0, 38 ). Não observamos diferenças entre sexo (p=0, 693) ou idade (CC = 64 ± 14, 3, CNC = 72 ± 10, 3 anos, p=0, 29) entre os grupos. Não observamos associação da localização do cálcio com presença e quantidade de cálcio em coronárias e com quantidade e localização de cálcio em anel mitral. Conclusão: Este estudo piloto ressalta que em pacientes com EAo é mais importante a localização da calcificação valvar do que o escore absoluto. Notamos que mesmo pacientes com escores de cálcio valvar aórtico baixos podem ter velocidades de fluxo transvalvares significativos se o cálcio estiver localizado predominantemente na região comissural, podendo determinar implicações prognósticas importantes. TL 170 Relação do BNP com variáveis anatômicas e funcionais em pacientes com estenose mitral TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI, Guilherme Sobreira Spina, Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes, João Ricardo Cordeiro Fernandes, Flavio Tarasoutchi, Vitor Emer Egypto Rosa, Max Grinberg, Lucas José Tachotti Pires INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: O BNP, liberado em átrios e ventrículos, tem papel diagnóstico em insuficiência cardíaca (IC). A estenose mitral (EM) é causa de sintomas de IC sem interferir nas curvas de pressão e volume do VE. Objetivo é avaliar a relação do BNP com variáveis anatômicas e funcionais na EM. Métodos: Em um ambulatório especializado, 106 pacientes com EM (45±14 anos, 88% do sexo feminino), atendidos entre 2008 e 2011, com dados clínicos, ecocardiográficos e laboratoriais BNP, foram incluídos neste registro retrospectivo. O nível de BNP foi comparado à gravidade anatômica da EM, classe funcional (CF), pressão sistólica de ventrículo direito (PSVD) e insuficiência tricúspide (IT). Teste t de Student, ANOVA, teste de correlação de Pearson e o teste qui-quadrado foram utilizados para análise.Influência da FA sobre o nível de BNP foi avaliada por análise multivariada. Nível de significância p<0, 05. Resultados: Dos 106 pacientes, 8% apresentavam EM discreta, 36% moderada e 56% importante. Do total de pacientes, 42%(44) estavam em FA e 58% (62) em ritmo sinusal (RS). O nível sérico de BNP em pacientes com e sem FA foi 374±670 pg/mL vs. 166±133 pg/mL, p= 0, 018). A FA associou-se com BNP independentemente da área valvar mitral (AVM) (p=0.018).BNP foi significativamente menor em pacientes em CF I /II do que CF III/IV (176+ 170 vs. 265+ 296, p<0, 05). Análise de variância verificou diferenças de BNP entre grupos divididos em CF I, II, III e IV (p<0, 01). Não houve correlação do BNP com PSVD e IT. Em pacientes em RS, houve correlação entre o BNP e a AVM (n= 62; r= -0, 31, p=0, 014), o gradiente médio de pressão transvalvar mitral (GTM) (n=62; r= 0, 45, p<0, 001) e a PSVD (n=62; r= 0, 50, p<0, 001). Houve ainda diferença entre o nível de BNP e a gravidade da EM, sendo o valor de BNP na EM discreta = 64±54 pg/mL, moderada = 133±107 pg/mL e importante = 211±148 pg/mL, p=0, 02). Não houve relação ente o nível de BNP e a CF dos pacientes deste subgrupo (p=0, 22). Conclusão: A FA interfere nos níveis de BNP independente da gravidade da EM. No total de pacientes, o BNP é significativamente mais baixo em oligossintomáticos e mais alto naqueles em CF III e IV. Só notamos correlação do BNP com AVM, GTM e PSVD em pacientes com EM em RS. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 155 TL 171 Há diferença nos resultados do implante de prótese aórtica transcateter entre homens e mulheres? Auristela I. de Oliveira Ramos, Sebastian Lluberas, Alexandre Abizaid, Dimytri Siqueira, Pedro Mattar, Tiago Senra, David Le Bihan, Magaly Arraes, José Eduardo Sousa, Amanda G Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL, HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: O sexo feminino é marcador de eventos adversos pós-troca valvar aórtica. O implante de prótese transcateter (TAVR) é uma alternativa efetiva ao tratamento cirúrgico para a correção de estenose aórtica grave (EAO) em pacientes com alto risco. Objetivamos avaliar se há diferença entre homens e mulheres no resultado imediato pós-TAVR. Métodos: As características basais, os resultados hemodinâmicos e as complicações pós-TAVR foram analisadas em 102 pacientes submetidos a TAVR com 3 tipos de próteses em 2 Instituições no Estado de SP. As complicações foram analisadas utilizando as definições do VARC2. Resultados: Os pacientes foram divididos conforme o sexo: 65 mulheres (M) (64%) e 37 homens (H) (36%). A média das idades foi semelhante nos 2 grupos (83±7 vs 80±7 anos, p=0, 12) e as mulheres tinham menor superfície corporal (1, 66±0, 15 vs 1, 82±0, 18m2; p<0, 001). Não houve diferença na classe funcional pré-TAVR e nem nas comorbidades entre M e H : (CF NYHA III-IV: 71% vs 65%; doença renal crônica: 62% vs 49%; diabetes mellitus: 25% vs 35%; e AVC prévio: 9% vs 5%). O EuroSCORE I foi semelhante entre os grupos (22, 9±13 vs 26, 9±16; p=0, 2). As mulheres apresentaram melhor função do VE pré-TAVR (60±13 vs 51±14%; p=0, 008), EAO mais grave: área valvar (0, 6±0, 1 vs 0, 7±0, 2 cm2; p=0, 006) e gradiente sistólico médio (GSM) (59±15 vs 46±16mmHg; p=0, 001) e menor anel valvar (21, 7±1, 4 vs 23, 3±2, 1mm2; p<0, 001). O GSM e a área valvar final foram semelhantes entre os grupos, respectivamente, (12, 2±3, 9mmHg e 10, 0± 2, 9 mmHg) e (1, 8±0, 3cm2 e 1, 9±0, 3cm2). A incidência de complicações imediatas também foi comparável: AVC (3, 1% vs 2, 7%; p=0, 9), complicações hemorrágicas (26, 2% vs 13, 5%; p=0, 14), complicações vasculares (9, 2% vs 13, 5%; p=0, 5), e necessidade de marcapasso definitivo (7, 7% vs 10, 8%; p=0, 6). As mulheres tiveram menos insuficiência renal aguda (10, 8% vs 24, 3%; p=0, 07) e menor mortalidade (9, 2% vs 21, 6%; p=0, 08), porém sem significado estatístico. Conclusões: Nesta série houve uma prevalência do sexo feminino. Ao contrário da cirurgia clássica de trova valvar, as pacientes submetidas a TAVR não tiveram desfecho clínico pior que os homens. Por outro lado, a mortalidade entre os homens foi 2, 5 vezes maior, ainda que não tenha atingido significância estatística. 156 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Pôsteres da Área Médica PO 019 Associação entre variações alélicas clássicas de ApoE com fatores de risco cardiovascular em indivíduos muito idosos Dallanora, A.H., Souza, V.C., Freitas, W.M., Quaglia, L.A., Santos, S.N., Córdova, C., Sposito, A.C., Nóbrega, O.T UNIVERSIDADE DE BRASILIA - DF - BRASIL, UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - BRASÍLIA - DF - Brasil, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - CAMPINAS - SP - BRASIL Introdução: Variações da apolipoproteína E (ApoE) são centrais no desenvolvimento da doença aterosclerótica em virtude da pronunciada discrepância funcional de suas isoformas e importante modulação que produz sobre o catabolismo de lipoproteínas aterogênicas. Estudos indicam que os valores médios assim como a razão entre as apolipoproteínas B e A (ApoB/ApoA) constituem marcadores para eventos ateroscleróticos. Nenhum estudo investigou a interação entre genótipos da ApoE com este aspecto do perfil lipídico de indivíduos longevos. Métodos: Os sujeitos da amostra participam do grupo Brasilia Healthy Aging Study (BHAS), desenhado para identificar marcadores de risco cardiovascular em indivíduos muito idosos (80 anos ou mais), não institucionalizados e que nunca manifestaram infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou doença arterial periférica. Medidas glicêmicas e lipêmicas em jejum, dosagens de proteína C-reativa, ApoA e ApoB, avaliações de calcificação coronariana (Agatston) e a genotipagem da ApoE foram realizadas para cada sujeito. Análise estatística: O teste t de Student foi usado para comparação de medidas quantitativas entre genótipos, enquanto frequências foram comparadas pelo teste do qui-quadrado. P < 0, 05 foi adotado como limiar de significância. Resultados: A reduzida freqüência do alelo ε2 (1, 0%) frente aos demais ε3 (91, 3%) e ε4 (7, 7%) na amostra de 208 indivíduos suscitou a união dos portadores de ε2 aos homozigotos ε3. Dosagens bioquímicas não diferiram entre portadores e não portadores de ε4. Apenas em termos de níveis de ApoB e da razão ApoB/ApoA, portadores de ε4 exibiram valores médios mais elevados (p<0, 05). Escores de calcificação arterial não diferiram entre genótipos da ApoE. Conclusões: O perfil lipídico em grupos octogenários se mostra diferente da população adulta jovem, já que não há uma correlação proporcional entre os níveis de LDL-c e a presença alelo ε4. Este estudo sugere um fenômeno de interação entre as apolipoproteínas séricas, e que indivíduos muito idosos portadores do alelo ε4 exibem maior risco aterogênico expresso por uma razão ApoB/ApoA desfavorável. Constatou-se também que a calcificação coronariana não está relacioanda com os produtos do gene da ApoE. PO 020 Avaliação da atividade antioxidante e do perfil lipídico em voluntários saudáveis antes e após o consumo de café. Bruno M Mioto, Telma A Faraldo Corrêa, Miguel A Moretti, Reynaldo V Amato, Daniela Tarasoutchi, Luiz A M César INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamento: Estudos prévios sugerem que o consumo de café está associado à redução do risco de doenças crônicas relacionadas ao stress oxidativo e também pode determinar alterações no perfil lipídico em humanos. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a atividade antioxidante e o perfil lipídico de voluntários saudáveis antes e após o consumo de café em 2 tipos de torra diferentes. Métodos: Estudo prospectivo no qual foram avaliados 30 voluntários saudáveis, sendo 8 homens e 22 mulheres, com idade média de 46 ±12, 3 anos. Após 3 semanas de “washout” progressivo de bebidas e alimentos contendo cafeína orientado por nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o consumo de café filtrado primeiro com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas e então com “crossover” para o outro tipo, com um período total de 8 semanas de consumo de café. O consumo diário de café foi estabelecido entre 450-600 ml/dia. Após período de “washout” (basal) e após cada período de tomada de café por tipo de torra, todos os pacientes foram submetidos à avaliação do perfil lipídico, e 20 desses voluntários foram selecionados para realizar a avaliação da atividade antioxidante. Analisouse: Colesterol Total, HDL-Colesterol, LDL-Colesterol, LDL-Oxidado, capacidade antioxidante total (TAC) e atividade de catalase (CAT). Foram utilizados o teste ANOVA para medidas repetidas e o teste de Friedman. Resultados: Os valores médios ± DP estão listados na tabela abaixo. PO 021 Redução de Colesterol Elevado e Aumento de Risco para Síndrome Metabólica em Escolares Paulistas na Última Década ABEL PEREIRA, Tania L R Martinez, Silvia S M Ihara, Carlos A. Machado, Maria Cristina Elias, Juliana Calhares, Bruna Abib INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL A crescente preocupação em reduzir a morbi mortalidade por doenças cardiovasculares depende, em muito, da prevenção em faixas etárias mais jovens. Tal mister se cumpre com levantamentos de dados dos fatores de risco e de campanhas de educação para estilo de vida saudável de grande repercussão. O presente estudo foi realizado com o levantamento e comparação de níveis de Colesterol Total em todos os alunos da rede pública de cidade do interior paulista (zonas rural e urbana)nos anos de 2002 e 2012, bem como tabulação dos respectivos dados antropométricos, dos graus de atividade física e das rendas “per capita”. Do universo total de 7000 alunos foram incluídos nesse trabalho os compreendidos na faixa etária de 06 a 12 anos.com Colesterol Total superior a 150mg/dL. O Grupo pesquisado no ano de 2002 (G1) constou de 255 alunos(102 do sexo masculino), sendo que em 2012 (G2)perfizeram esses critérios 303 escolares(149 do sexo masculino)). Os parâmetros avaliados:Colesterol Total(CT), em mg/dL;Índice Cintura Quadril(ICQ), Índice de Massa Corporal(IMC), Renda “per capita”(Renda) e Atividade Física(AF). Todos os participantes das Secretarias de Saúde e Educação envolvidos no atendimento a esses escolares receberam treinamento para o projeto acima de acordo com protocolos padronizados, tendo sido feitos acampamentos de vida saudável ao longo dessa década e reforço na mídia (Jornal, Rádio e TV) ao menos uma vez por mês. A metodologia estatística para as comparações entre os grupos G1 e G2 foi feita pelo teste de Mann Whitney e as correlações pelo teste de Spearman. Os resultados, Média e Erro Padrão(EP) e as significâncias de comparações dos grupos G1 e G2, respectivamente, foram:CT de 180, 4(1, 39) e de 169, 4(0, 98)-p<0, 0001;ICQ de o, 89(0, 006) e de 0, 91(0, 003)-p<0, 0001;IMC de 17, 78(o, 236) e de 18, 06(0, 215)-p=0, 2454(NS) e a Renda de 144, 3(8, 33) e de 591, 6(25, 81)-p<0, 0001. Nas correlações do CT nos dois grupos, com Atividade Física e Renda, só houve significância em uma delas:Colesterol e Renda no Grupo I-p=0, 0433. A interpretação desses resultados segue a hipótese de que as medidas preventivas de educação nutricional e de hábitos saudáveis, mais as de alerta e elucidação da população dos alunos e de seus pais para os riscos de colesterol elevado surtiram efeito positivo, em particular, nesse subgrupo de portadores de CT >150mg/dL. Com relação ao aumento do ICQ ser significante, concomitante ao aumento da renda e do poder aquisitivo, aparece a indicação de piora de risco para a Síndrome Metabólica, que vem sendo um ponto presente e importatíssimo a ser incluído nas estratégias de prevenção cardiovascular. PO 022 Progressão da esteatose hepática, sem resposta inflamatória, não altera o desempenho cardíaco de ratos submetidos à sobrecarga nutricional crônica André Ferreira do Nascimento, Renata A M Luvizotto, Aline O Martins, Tamiris A S Oliveira, Camila R Correa, Katashi Okoshi, Ana Lucia A Ferreira, Xiang-Dong Wang, Antonio C Cicogna FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, HNRCA at Tufts University - Boston - MA - USA Introdução: Recentes evidências sugerem que a doença do fígado gorduroso nãoalcoólica é uma fator de risco para o surgimento de doença cardiovascular, incluindo disfunção do coração. Ainda é incerto se o risco é maior em portadores de esteatose hepática isolada ou acompanhada de inflamação. Esse estudo avaliou se uma sobrecarga nutricional crônica (SN) promove progressão da esteatose e inflamação hepática e, consequentemente, declínio da função cardíaca. Métodos: Ratos Wistar machos foram divididos para receberem ração padrão (C, 5% de gordura) ou sobrecarga nutricional com ração rica em gordura (29% gordura) + água com açúcar (300g de açúcar/litro de água) (H) durante 6, 12 e 24 semanas. Obesidade e comorbidades foram avaliadas. A presença de esteatose e inflamação hepática foram analisadas histologicamente (H&E). A concentração hepática de triacilglicerol, caspase-3, malondealdeído (MDA) e nitrotirosina, bem como a capacidade antioxidante total (TAP), foram determinadas. O perfil inflamatório no plasma foi avaliado. A função cardíaca foi investigada por ecocardiografia bidimensional. Análise estatística: Dados foram apresentados por média e DP. A comparação entre os grupos foi realizada por Two Way ANOVA, complementada pelo teste de Tukey. Resultados: A sobrecarga nutricional aumentou o índice de adiposidade no grupo H nos três períodos experimentais, o qual foi associado com o aumento plasmático de glicose, insulina, resistina, leptina e diminuição da adiponectina. Embora o triacilglicerol plasmático foi aumentado em todos os momentos, os níveis de ácidos graxos foram elevados apenas com 24 semanas. A SN aumentou progressivamente a esteatose hepática no grupo H, a qual não foi associada com sinais de inflamação. Os níveis hepáticos de triacilglicerol foram elevados em todos os momentos, enquanto caspase-3, MDA, TAP e nitrotirosina não foram afetados. A progressão da esteatose hepática não foi acompanha da elevação plasmática de marcadores inflamatórios e do declínio da função cardíaca. Conclusão: SN causa progressão da esteatose hepática. Entretanto, esse cenário metabólico não alterou a função cardíaca, provavelmente, devido a ausência de um processo inflamatório hepático e sistêmico, capaz de criar um ambiente endócrino mais desfavorável para o coração. Col. Total (mg/L) HDL (mg/L) LDL (mg/L) LDL-ox (U/L) TAC (mmol/L) Atividade CAT (U/g Hb) Basal “washout” 187, 3 ± 36, 1 50, 7 ± 11, 8 119, 0 ± 30, 2 56, 83 ± 28, 44 0, 97 ± 0, 30 Torra Escura 195, 3 ± 41, 2 52, 8 ± 11, 1 126, 0 ± 33, 5 53, 87 ± 36, 09 1, 17 ± 0, 28 Torra Média 195, 9 ± 39, 6 52, 7 ± 11, 9 124, 2 ± 34, 3 48, 10 ± 32, 92 1, 22 ± 0, 29 p 0, 029 0, 013 0, 019 >0, 05 0, 001 1387 ± 136 1565 ± 146 1561 ± 138 <0, 001 Conclusões: O consumo contínuo de café (nas torras média e escura) eleva os níveis de Colesterol Total, LDL-c e HDL-c. Apesar disso, após consumo de ambas torras houve aumento da capacidade antioxidante total e da atividade de catalases. Não houve variação significativa no LDL-oxidado. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 157 PO 023 Estratificação de risco de pacientes com pré-diabetes: importância dos fatores agravantes ADRIANA BERTOLAMI, Carolina Gonzaga, Martha Sulzbach, Daniel Araujo, Aline de Moraes, Henri Zatz, Rodrigo Marques, Yara Nakamura, Andre Faludi, Marcelo Bertolami INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL O pré-diabetes (pré-DM) apesar de conhecidamente apresentar maior risco cardiovascular, é estratificado pelas IV Diretrizes Brasileiras por meio do escore de risco de Framingham (ERF) e pelos fatores agravantes (FA). Objetivo: Determinar o perfil de risco do pré-DM calculado pelo ERF, os FA responsáveis pela reestratificação e a real necessidade dos exames de inflamação e de aterosclerose subclínica. Métodos: Foram selecionados 170 pacientes com pré-DM diagnosticado pela curva de tolerância oral à glicose. Todos foram submetidos a anamnese, exames clínico e laboratorial e à pesquisa de aterosclerose subclínica pelo doppler de carótidas (IMT), escore de cálcio coronário (CAC) e índice tornozelo-braquial (ITB). Resultados: Na análise foram excluídos 10 pacientes (4 por ausência de dados e 6 por serem de alto risco). Dos 160 pacientes analisados, 75% eram de baixo risco. Os FA foram encontrados com as respectivas frequências: síndrome metabólica (SM) 75%; CAC 50, 7%; PCR-us 48, 8%; antecedente familiar para (AF) DAC 36, 3%; IMT 16, 6%, microalbuminúria 15, 6%; IRC 15, 1%; HVE 3, 1% e ITB 0%. Vinte pacientes (12, 5%) foram inclusos no subgrupo com FA clínicos negativos (SM, IRC e AF DAC). Destes, 4 não apresentaram nenhum FA, 3 apresentaram microalbuminúria, 3 CAC, 5 PCR-us, 3 CAC e PCRus, 1 PCR-us e microalbuminúria e 1 CAC e IMT. Conclusão: Pacientes com préDM são em sua maioria de moderado risco pelas Diretrizes Brasileiras, tendo sido reclassificados primordialmente por FA clínicos, tendo os demais FA auxiliado em poucos indivíduos. PO 024 Aterosclerose de carótida em mulheres de baixo risco de acordo escore de Framingham Isly Lucena de Barros, Laura Costa, Ana Paula Tavares, Bento Bezerra, Daniela Fantato, Pedro Veras, Natanael Morais, Moacir Novaes, José C. Nicolau INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Pronto Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco-PROCAPE/UPE - Recife - PE - Brasil Introdução: Admite-se que o risco de doença cardiovascular na mulher vem sendo subestimado ao longo dos anos, fundamentalmente devido ao conceito de que o sexo feminino estaria protegido contra as doenças cardiovasculares (DCV). Porém, as DCV permanecem como a principal causa de morbi-mortalidade entre as mulheres no Brasil e no mundo. O escore de risco de Framingham (FRS) é uma ferramenta muito utilizada para identificar mulheres com alto risco de doença cardiovascular e orientar a terapia na prevenção primária. No entanto, existem várias limitações para seu uso clínico. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a prevalência da aterosclerose de carótida, por meio da ultrassonografia de carótidas, em uma população de mulheres na pré- e pós-menopausa, com baixo e muito baixo risco de eventos, de acordo com o FRS. Métodos: Foram avaliadas 823 mulheres saudáveis, na pré e pós-menopausa, com idade de 45 a 65 anos, (média da idade 54.4±5.4 anos), sem história prévia de doença cardiovascular, e que não utilizavam terapia de reposição hormonal. Essa amostra foi representativa de mulheres de classe baixa da população do Recife, Pernambuco. As mulheres foram classificadas de acordo com o FRS como de muito baixo risco (risco de eventos ≤ 5% em 10 anos; n=734) ou de baixo risco (risco de eventos ≥6% em 10 anos; n=88). O Ultra-som Modo-B foi utilizado para as avaliações das carótidas. A presença de aterosclerose de carótida foi definida como espessura da camada médiointimal da parede das carótidas (CIMT) ≥ percentil 75 e/ou presença de placa. Os dados foram gravados e arquivados em formato Digital Imaging and Comunications in Medicine (DICOM) e analisados utilizando-se o QLAB-Intima Media Thickness (IMT)-Philips, sistema de leitura automatizada da CIMT. Resultados: A prevalência de aterosclerose de carótida na população estudada foi de 30, 26% (249/823), sendo de 28, 55% (209/734) nas mulheres consideradas de muito baixo risco pelo FRS, e 45, 4% (40/88) na população de risco mais alto, a diferença entre os grupos foi de 16, 9%(p=0, 001) Conclusão: Apesar da correlação entre FRS e presença de aterosclerose carotídea, o presente estudo demonstra que a presença de baixo risco não exclui a presença da doença, que mostrou prevalência de quase 30% nesta população. PO 025 Alterações da função e estrutura de grandes artérias em pacientes com acromegalia e seus determinantes Valéria Costa-Hong, Aline Cecília Silva Amaro, Marcelo Delano Bronstein, Felipe Duarte Gaia, Raquel Soares, Geraldo Lorenzi Filho, Rodrigo Pedrosa, Luciano Ferreira Drager, Luiz Aparecido Bortolotto Objetivo: Avaliar propriedades estruturais e funcionais de grandes artérias em indivíduos com acromegalia pela medida da velocidade de onda de pulso (VOP) e por ultrassom da artéria carótida e quais os possíveis Fatores relacionados às propriedades vasculares. Métodos: Foram avaliados 21 pacientes com diagnóstico de acromegalia, nível de hormônio de crescimento (GH) 1, 0 ± 0, 8 ng/ml, fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) 315± 184 ng/ml, 51± 11 anos, 57% (12) do sexo masculino. O grupo controle constou de 21 indivíduos saudáveis pareados para idade e sexo. A rigidez arterial foi avaliada pelo método de VOP carótida-femoral, Complior® e o estudo funcional e anatômico da artéria carótida por ultrassom de radiofrequência (Echotracking, Wall-Track System 2®). Resultados: O grupo acromegalia apresentou maior peso (88, 1 ± 15 vs 76, 3 ± 10 Kg, p<0, 01), índice de massa corpórea (IMC) (31, 7 ± 4, 2 vs 28, 3 ± 3, 9 Kg/m², p < 0, 01), pressão sistólica (132 ± 17 vs 117 ± 11 mmHg, p< 0, 01), VOP (9, 6 ± 1, 9 vs 8, 8 ± 1, 3 m/s, p < 0, 05) e espessura íntima-média (EIM) (772 ± 178 vs 662 ± 114 µm, p<0, 05) quando comparado ao grupo controle. A análise multivariada mostrou correlação positiva entre IMC e VOP (r² = 0, 31, p< 0, 01) e EIM (r² = 0, 43, p<0, 01) e entre GH e EIM (r² = 0, 25, p< 0, 05). Conclusão: Pacientes com acromegalia apresentam maior rigidez aórtica e espessura da artéria carótida, ambas as alterações relacionadas ao maior IMC, sendo que a estrutura da parede arterial também teve correlação com níveis de GH. PO 026 A Lipoproteína de Baixa Densidade Oxidada (LDLox) é Relacionada a Aterosclerose Carotídea em Indivíduos com Lesão Medular. Layde Rosane Paim, Roberto Schreiber, José R. Matos-Souza, Anselmo A. Silva, Luis F. Campos, Eliza R.F.B.M. de Azevedo, Guilherme de Rossi, José I. Gorla, Alberto Cliquet Jr, Wilson Nadruz Jr FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, Faculdade de Educação Fisica-UNICAMP - Campinas - SP - Brasil Introdução: A atividade física está associada com melhoria na aterosclerose carotídea em indivíduos com lesão medular (LM) independente das variáveis hemodinâmicas, metabólicas e inflamatórias. Este estudo investigou o papel da lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDLox), metaloproteinases (MMPs) e inibidores teciduais das MMPs (TIMPs) nestes indivíduos. Métodos: Foram estudados 40 homens com LM crônica (> 1 ano de lesão) e nenhuma atividade motora voluntária (17 sedentários e 23 atletas) por meio de historia clínica, antropométrica, laboratorial, hemodinâmicos e análise de ultra-som da carótida. Todos os indivíduos foram normotensos, nãodiabéticos, não-fumantes e normolipêmicos. Os níveis séricos de LDLox, MMP2, MMP8, MMP9, TIMP1 e TIMP2 foram determinados por ELISA. Análise Estatística: Osdados foram analisados por teste-t, chi-quadrado, análise univariada e regressão linear e estão apresentados como média ± erro padrão. Um valor de p <0, 05 foi considerado significativo. Resultados: Indivíduos com LM sedentários e atletas apresentaram características clínicas, laboratoriais, antropométricas e hemodinâmicas semelhantes. A espessura íntima-média carotídea (IMTc) de atletas com LM foi menor do que o de sedentários (0, 54 ± 0, 01 vs 0, 69 ± 0, 02 mm, p <0, 001). Além disso, atletas com LM apresentaram menor LDLox em comparação com os de indivíduos sedentários (38, 4 ± 2, 1 vs 54, 1 ± 4, 1 U/L, p <0, 001). Por outro lado, os níveis de MMPs e TIMPs bem como as razões MMP8/TIMP1, MMP9/TIMP1 e MMP2/TIMP2 foram semelhantes entre os grupos de LM. A análise de correlação bivariada incluindo todos os indivíduos com LM mostrou correlação entre IMTc e LDLox (r = 0, 54, p <0, 001), mas não com MMP ou razão MMP/TIMP. A análise de regressão linear, ajustada para a presença ou não de atividade física mostrou que a LDLox foi ainda associada a IMTc (beta = 0, 293 ± 0, 141, p = 0, 044). Conclusões: Os níveis plasmáticos de LDLox estão associados com o aumento de IMT da carótida em indivíduos com LM e são menores em indivíduos fisicamente ativos do que em sedentários com LM. Estes resultados podem contribuir para o entendimento dos mecanismos pelos quais a atividade física atenua a aterosclerose induzida pela LM. 158 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 027 Prevenção da obesidade em crianças e adolescentes por meio da atividade física e educação nutricional: Meta-análise de ensaios randomizados desenvolvidos em ambiente escolar Guerra, P.H., Nobre, M.R.C., Silveira, J.A.C., Taddei, J.A.A.C. INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil O objetivo do presente trabalho foi avaliar a efetividade de intervenções escolares na antropometria e na pressão arterial em crianças e adolescentes. Buscamos ensaios randomizados direcionados a faixa dos 6 aos 18 anos, com dados em índice de massa corporal (IMC), peso corporal (PC) ou pressão arterial (PA) em quatorze bases de dados eletrônicas. De maneira independente, dois revisores avaliaram e extraíram os dados originais, estratificando-os pelos elementos trabalhados na intervenção: atividade física, educação nutricional, ou a combinação entre os dois. Utilizamos Hedge’s g na diferença padronizada entre médias e o modelo de efeito randômico nas meta-análises. Complementar ao teste I2, as fontes de heterogeneidade entre os ensaios foram verificadas pela meta-análise de regressão. Até 30 de setembro de 2012 obtivemos 5.899 artigos, com encaminhamento de 60 às sínteses. A análise das intervenções combinadas apresentou efeito redutor positivo na diferença padronizada de média do IMC: -0, 14 (IC95%: -0, 24 a -0, 03; p=0, 01; n=29471; I2= 94, 4%), ao contrário do que se obteve nas sínteses das intervenções em separado. Em PC, os resultados foram positivos nas intervenções em atividade física (-0, 14; IC95%: -0, 27 a -0, 02; I2= 7, 84%) e combinadas (-0, 65; IC95%: -1, 17 a -0, 13; I2= 99, 3%). As análises da PA apontaram resultados nulos. O conjunto dos 55 ensaios com dados em IMC mostrou o resultado de -0, 02 (IC95%: -0, 03 a 0, 00; I2= 94, 5%), e nenhuma das covariáveis incluídas na metaregressão, tempo de intervenção, qualidade metodológica do estudo e faixa etária da população mostrou significância para explicar a heterogeneidade observada. A análise de subgrupos mostrou redução do efeito nos estratos por tempo de intervenção curto, de até quatro meses, com estimativa de -0, 04 (IC95%: -0, 06 a -0, 03; I2= 96, 6%), e na faixa etária dos 6-10 anos, com estimativa de -0, 23 (IC95%: -0, 27 a -0, 19; I2= 97, 9%). A abordagem multidisciplinar mostrou-se efetiva na redução do IMC, ao contrário das práticas que se utilizaram destes elementos em separado. Os efeitos positivos associaram-se as intervenções com menor tempo e com as faixas populacionais mais jovens. A alta heterogeneidade observada compromete a validade externa dos achados e sugere cautela quanto à capacidade de generalização para outras populações. PO 028 INVERSE RELATIONSHIP OF CAROTID SUB-CLINICAL ATHEROSCLEROSIS AND PLASMA LECITHIN:CHOLESTEROL ACYL TRANSFERASE (LCAT) ACTIVITY Natália B Panzoldo, Valéria S. Nunes, Jari Metso, Matti Jauhiainen, Eliane S. Parra, Edna R. Nakandakare, Eder C. R. Quintão, Eliana C. de Faria FCM-UNICAMP - CAMPINAS - SP - BRASIL, FCM-USP - SP - SP - BRASIL, National Institute for Health and Welfare - HELSINKI - . FINLAND Aim: LCAT deficiency has been associated with low HDL-C levels, but the importance of LCAT for atheroprotection is still under debate. We investigated endogenous and exogenous LCAT activities in asymptomatic subjects with high and low HDL-C levels and their relationships with carotid intima-media thickness (c-IMT). Methods: Two groups of asymptomatic subjects of both sexes (20-77 years old) with either high or low HDL-cholesterol levels (HDL-C ≥ 68, n=29 or ≤ 39mg/dL, n=32) had their plasma LCAT endogenous (% of esterification using participants’ HDL) and exogenous (nmol of esterified cholesterol/mL/h using recombinant HDL, POPC– cholesterol–apo A-I, 80:5:1) activities determined and corrected by HDL particle number [particle number (nmol/mL)= total mass (μg/ml)/molecular mass (μg/ nmol)], 25% higher in the high HDL-C group (not published). c-IMT measurements (mm) were performed by the same radiologist using Doppler ultrasonography (ATL HDI 1500 and 3500 Ultrasound Systems). Results:). LCAT endogenous activity was 2 times higher in the low HDL-C group (low: 4 ± 2, n=31; high: 2 ± 1, n= 27, p≤0.001); exogenous activity was higher as well, but not significantly (high: 18 ± 8, n=29; low: 23 ± 11, n= 32; p≤0.108). Spearman´s analysis showed that exogenous LCAT activity (but not endogenous, r= -0.03, p=0.87) is negatively and strongly correlated with c-IMT in the low HDL-C group (r= -0.65, p≤ 0.001), but not in the high group (r= -0.07, p=0.721). c-IMT values were similar (low: 0.64 ± 0.20, n= 24; high: 0.67 ± 0.23, n=25; p≤0.936). Conclusions: Despite the small number of individuals, the correlation observed between LCAT exogenous activity and c-IMT in low HDL-C individuals is highly suggestive of a protective role of LCAT. HDL changes in chemical composition, number and particle size should be further explored as possible causes for the differences of LCAT activity. Supported by: FAPESP (grant# 06/60585-9), CNPq (grant# 471380/2008-3) PO 029 INFLUENCES OF ABCG1, ABCG5 AND ABCG8 SINGLE NUCLEOTIDEPOLYMORPHYSMS ON PLASMA LIPIDS AND LIPOPROTEINS OF A REPRESENTATIVE BRAZILIAN POPULATION Vanessa Helena de Souza Zago, Eliane S. Parra, Natalia B. Panzoldo, Daniel Z. Scherrer, José H. G. Colletes, Érica I.L. Gomes, Valéria S.Nunes, Edna R. Nakandakare, Eder C.R. Quintão, Eliana C. de Faria FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, FCM-USP - SP - SP - BRASIL Aim: ATP binding cassette transporters play major roles in lipid body homeostasis. The aim of the study was to determine the influences of the SNPs rs1893590, rs6720173 and rs6544718, of the ABCG1, ABCG5 and ABCG8 genes respectively on the concentrations of total cholesterol (C), HDL-C and LDL – C with a representative Brazilian population (n=654). Methods: Healthy normolipidemic volunteers (Female=381, Male=273; 19 to 75 years old) were studied. The genomic DNA was extracted from peripheral blood cells and the SNPs detected in the OpenArray® Real Time PCR Platform (Applied Biosystems). Serum Cholesterol, Triglycerides, HDL-C and LDL-C (mg/dL) were determined by enzymatic methods in an automated system (Hitachi, Roche). Results: In the presence of the rare allele a trend to reduce HDL-C was observed in rs1893590 (AA=61±21; AC+CC= 58±20; p=0.09). In rs6720173 there was a trend for an increase in cholesterol levels (GG= 173±33; GC+CC= 178±33; p=0.06). In the gender specific analysis the rare allele of ABCG5 increased cholesterol (GG=167±30; GC+CC= 177±27; p=0.003) and LDL-C (GG= 100±24; GC+CC= 107±23; p=0.02) only in males, while in females a slight reduction in waist circumference (GG= 76±10; GC+CC= 75±9; p=0.03) was observed. Conclusion: The SNPs of ABCG1 and ABCG8 genes were not associated with variations in plasma lipids and lipoproteins, while ABCG5 RS6720173 SNP was associated with cholesterol increases, suggesting a pro-atherogenic trait in the last. Support: FAPESP (06/60585-9), CNPq (471380/2008-3) Cardiogeriatria PO 030 Índice Tornozelo Braquial (ITB) e sua Relação com a Complexidade Coronariana em Idosos Felipe J. A. Falcão, Cláudia M.R. Alves, Leonardo F. C. Guimarães, Izo Helber, Juscélio T.S. Filho, Juliana A. Soares, Antônio C.C. Carvalho HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Int:O ITB em idosos apresenta sensibilidade e especificidade maiores que 90% na identificação da doença arterial periférica (DAP). Existe uma relação consistente entre DAP e quantidade de vasos coronarianos com lesões estenóticas. Complexidade anatômica e número de vasos acometidos tem influência direta no prognóstico e no tipo de tratamento oferecido.Obj:Relacionar o ITB c/ a complexidade da doença arterial coronária (DAC) por diferentes classificações anatômicas.Mét:Análise prospectiva de pacientes >65 anos, entre set/1 e jul/12, submetidos à cinecoronariografia por qualquer indicação clínica, exceto infarto agudo do miocárdio.Análise da anatomia coronária foi realizada por 3 hemodinamicistas experientes (sendo 2 simultaneamente), c/ classificação de incidência e complexidade de doença obstrutiva (>50%) e cálculo do Syntax Score (SS).Estat:Teste Mann-Whitney e t Student foram utilizados p/ variáveis contínuas, de acordo com a distribuição. Testes exato de Fisher ou qui-quadrado p/ variáveis categóricas.Result:Foram recrutados 204 pacientes. A mediana da idade foi de 72, 5 (68-77) anos, 52% do sexo masculino e 51% dos casos apresentavam angina estável. Apesar de apenas 1% da amostra referir ser portadora de DAP, 45% dos pacientes (93) apresentavam ITB alterado (<0, 9). A mediana do SS foi significativamente maior no grupo dos pacientes com ITB alterado (12 vs 3, p<0, 001), bem como número total de lesões e de lesões do tipo B2 ou C. Não se observou diferença de complexidade anatômica coronária p/ níveis de gravidade do ITB (0, 9<ITB>0, 7 vs ITB<0, 7). Entre 144 pacientes c/ doença coronária obstrutiva, ITB alterado identificou grupo com significante proporção de SS acima da mediana (63 vs 37%, p=0, 013) ou no terceiro tercil do critério ACCUITY (62 vs 38%, p=0, 028). O número de lesões complexas (B2 ou C) foi significativamente maior nos pacientes com ITB<0, 7 em relação aqueles com ITB normal.Concl:Neste estudo, uma relação não previamente apresentada na literatura, foi demonstrada entre ITB e SS em idosos. O ITB alterado identificou maior complexidade da anatomia coronária que foi independente da severidade da DAP. Mesmo em alterações discretas do ITB, consideração quanto ao tipo de investigação diagnóstica e de tratamento para esta população podem ser derivados deste exame. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 159 PO 031 ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E COMORBIDADES CARDIOVASCULARES EM IDOSOS Carolina Maria Nogueira Pinto, Lucas Magalhães dos Reis, Marcos Danillo Peixoto Oliveira, Thyago Antônio Biagioni Furquim, Luiz Augusto dos Santos Júnior, Jan Menezes Lopes, Neire N F Araujo, Newton Callegari, Claudia F Gravina, Felicio Savioli Neto INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL FUNDAMENTO: A depressão e a doença cardiovascular constituem importantes causas de morbi-mortalidade e encontram-se na maioria subdiagnosticadas e subtratadas. A prevalência anual de depressão na população em geral varia entre 3 a 11%. OBJETIVO: identificar a associação entre depressão e comorbidades em idosos atendidos na Seção de Cardiogeriatria do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. MÉTODOS: estudo de caráter transversal, realizado por entrevista direta com aplicação do Questionário sobre a Saúde do Paciente-9 (PQH-9). A identificação de idosos com indicadores de depressão foi realizada por meio do PHQ-9, constituído por nove itens, sendo cada item composto por uma escala ordinal que mede a frequência dos sinais e sintomas da depressão nas últimas duas semanas. O escore total é obtido pela somatória dos itens que pode variar de zero a 27, sendo considerado indicador positivo de depressão maior valores ≥ 10. Estudo realizado no período de outubro de 2012 até janeiro de 2013. Realizou-se calculo percentuais, calculo da média e desvio padrão. RESULTADOS: Analisados 109 pacientes, com idade média de 78, 3 anos, 63% do sexo feminino. No presente estudo, consideraram-se como presença de depressão escore do PHQ-9 ≥ 10. Em estudo psicométrico realizado no Brasil os resultados relativos ao PHQ-9 evidenciaram em comparação a entrevista diagnóstica, excelente validade, com uma área sob a curva ROC (AUC) de 0, 998 (p<0, 001). A nota de corte ≥ 10 mostrou-se a mais adequada pra rastreamento de depressão, com sensibilidade de 1, 00 e especificidade de 0, 98, valor preditivo positivo de 0, 97, valor preditivo negativo de 1 e eficácia diagnóstica de 0, 999. Nesta amostra observou-se frequência de depressão em 24, 7% dos pacientes e 18% com depressão maior severa (PHQ-9>20). Relacionando-se as doenças cardiovasculares: 100% dos pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica, 44% diabetes mellitos, 81% dislipidemia, 33% insuficiência cardíaca, 15% insuficiência coronariana, 14% evento vascular encefálico prévio e 92% eram sedentários. Os pacientes com depressão tiveram o tratamento iniciado e encaminhado para avaliação com especialista. CONCLUSÃO: verificou-se elevada frequência de depressão nos idosos analisados e associação com múltiplas comorbidades. PO 032 APLICATIVIDADE DE ESCORES DE CHA2DS2-VASC e HASBLED EM PACIENTES IDOSOS PORTADORES DE FIBRILAÇÃO ATRIAL PERMANENTE RAFAEL S. DA SILVA, RAFAEL CANINEU, WILSON SALES, VANESSA ASSALIM PREVENT SENIOR - SÃO PAULO - SÃO PAULO - BRASIL Objetivo: através da aplicação dos escores de CHA2DS2-VASC e HASBLED em ptes com FA permanente, avaliamos da indicação a efetiva a prescrição dos anti coagulantes orais (ACO) em ptes idosos.Materiais e métodos: estudo prospectivo em idosos submetidos a aval clinica e aos escores em questao em ambito ambultorial. Fatores de inclusão: pacientes idosos em consulta eletiva, com confirmado diagnóstico de FA permanente, c/ FC controlada, c/ ou s/ terapia ACO.Fatores de exclusão: pctes c/ idade <60a; portadores de FA permanente com FC descomp de considerável gravidade a qual motivasse encaminhamento ao PS. Analise est.: TEste Quiquadrado (SPSS). Resultados:52 pactes foram acompanhados prospectivamente de ago/11 a maio/12, sendo 42, 3% mulheres (22) e 57, 7% de homens (30). A idade variou de 60 anos a 96 anos, com idade média de 82 anos. Foram encontrados 44, 2% dos pacientes em uso de ACO. No sub-grupo que já apresentava histórico de AVC (48, 8%), a ACO foi visto em 75%. O AAS foi encontrado em 26, 9% e 7, 69% em uso de clopidogrel. Entre os fármacos usados para controle da FC, os betabloq foram os mais comumente prescritos (48, 8%), acompanhados da amiodarona(20%) e do digital (11, 1%). Os pcts foram submetidos a pontuação em dois escores: um de indicação a anticoagulação oral (CHA2DS2-VASC)e outro decontra indicação para a anticoagulação (HASBLED). Em nosso estudo, a pontuação média encontrada nos dois escores (CHA2DS2VASC e HASBLED) foi de 4, 2 e 1, 53 respectivamente. Entre os pacientes não anticoagulados, as pontuações foram de 3, 8 e 1, 48 respect. No grupo que recebia ACO, a indicação pelo escore de CHA2DS2-VASC se torna ainda maior, com valor médio de 4, 6. Ainda nesse grupo, o escore de HASBLED teve valor médio de 1, 6. Entre os pacientes que já tinham histórico de AVC, encontramos uma pontuação média encontrada nos dois escores (CHA2DS2-VASC e HASBLED) foi de 5, 58 e 2, 0 respectivamente. Conclusão: O escore de CHA2DS2-VASC é uma ferramenta importante ao médico que transmite segura na conduta de iniciar a terapia de ACO. Entretanto, esse estudo traz a evidência de que a maior parte dos médicos ainda tem receio em anticoagular seus pctes, a despeito da indicação formal pelos guidelines, mesmo com um Escore de Risco de Sangramento (HASBLED) baixo. PO 033 Tratamento do Tabagismo no Idoso: Experiência Clínica em Hospital Cardiológico de São Paulo. Carolina Giusti Buzo, Felipe Paulitch, Tania Maria Ogawa Abe, Simone de Assis Moura, Rodrigo Valente Ramos Rocha, Antonielle Figueiredo Macedo Tavares Reis, Jaqueline Scholz Issa, Célia R. S. Rocha Nogueira, Neuza Helena Moreira Lopes, Humberto Pierri INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Grupo Fleury - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução: A interrupção do tabagismo esta relacionada à queda na incidência de doenças crônicas e melhora na qualidade de vida. Descreveremos as principais características dos pacientes idosos tratados em programa ambulatorial de assistência ao fumante de hospital cardiológico universitário. Métodos: Analisou-se o banco de dados do referido programa no período compreendido entre Outubro de 2007 e Outubro de 2009. A presença de comorbidades associadas ao tabagismo, taxa de sucesso do tratamento, número de medicações direcionadas ao tratamento do tabagismo, grau de dependência segundo o Escore de Fagerstrom e número de tentativas prévias de interrupção do tabagismo foram analisados e estratificados por idade. Análise Estatística: Os dados foram analisados utilizando o programa SPSS 16.0. Qui-quadrado de Pearson e teste de Fisher foram utilizados para comparar variáveis categóricas em busca de valores considerados estatisticamente significativos. Resultados: Dos 943 pacientes tratados, 94 (10%) apresentavam idade maior ou igual a 65 anos. O grupo de indivíduos idosos apresentou idade média de 69, 67 anos (±4, 49); o grupo com idade abaixo de 65 anos apresentou idade média de 48, 88 anos (±9, 29). O grupo de idosos não apresentou maior número de comorbidades psiquiátricas (38% vs 39%, p = 0, 855), diferentemente das doenças associadas, onde 91% dos idosos apresentaram patologia contra 64% dos não idosos (p<0, 01), sendo a hipertensão arterial sistêmica e a doença arterial periférica estatisticamente significativas. A análise da taxa de sucesso do tratamento demonstrou que 265 (31%) dos pacientes não idosos e 34 (36%) idosos obtiveram êxito (sem diferença estatística). Avaliando o grau de dependência segundo o Escore de Fagerstrom, 71% dos idosos e 75% dos não idosos apresentaram pontuação superior a cinco (6, 67±2, 38 e 6, 72±2, 70 respectivamente; p=0, 86), o que corresponde a um grau elevado de dependência do tabaco. Em relação ao número de tentativas prévias não observamos diferença significativa entre os grupos. Conclusões: O presente trabalho mostra que a taxa de sucesso no grupo de idosos não diferiu dos indivíduos abaixo de 65 anos. Assim, o tratamento do tabagismo no idoso deve ser valorizado e os profissionais de saúde devem estar atentos à orientação e acompanhamento dos pacientes tabagistas nesta faixa etária. 160 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 034 IMPACTO DA DEPRESSÃO LEVE E MODERADA NA ADERÊNCIA A FATORES COMPORTAMENTAIS EM IDOSOS COM COM DIABETES FGM FRANCO, SA Pereira, APC Almeida, G Sato, C Pereira, FMF Silva, M Katz, M Wajngarten, MI Ribeiro, JAM de Carvalho HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: O diabetes melitus, assim como na maioria das doenças crônicas, requer a adoção de hábitos e estilo de vida que podem ser avaliadas em sete atividades essenciais: alimentação, atividade física, auto-monitoramento, aderência medicamentosa, solução de problemas, redução de riscos e enfrentamento. Sabemos que o diagnóstico de depressão é bastante prevalente na população de idosos, em especial em suas formas mais brandas e que pode ser um fator dificultador na adoção desses fatores comportamentais. A proposta desse estudo é verificar o impacto da depressão leve e moderada na adesão dos comportamentos saudáveis em idosos com diabetes melitus. Métodos: Em um ambulatório de gerenciamento de doenças crônicas em idosos foi selecionada toda a população de diabéticos e analisada a prevalência de depressão, assim como o impacto dessa doença nos fatores comportamentais. Para o diagnóstico de depressão foi utilizado o GDS (Geriatric Depreesion Scale). Idosos com escore inferior a 11 pontos foram considerados como deprimidos leves ou moderados. Os fatores comportamentais foram registrados através de consulta de com as equipes médica e de enfermagem. Análise Estatística: Para a correlação entre depressão e metas foi utilizada a correlação de Spearman. A associação de cada fator com a depressão foi avaliada pelo teste do Qui-Quadrado. Resultados: Foram acompanhados 473 idosos, sendo que 145 eram diabéticos e 42% do sexo masculino. A idade média, prevalência de diabetes, depressão foi de 72, 29±10 anos, 30% e 33, 7%. Entre os deprimidos, 84% apresentavam depressão leve a moderada. A maior parte dos idosos alcançou as metas comportamentais (58% com sete metas alcançadas). A meta de maior adesão foi a atividade física (88, 7% IC95%, 87 a 90, 3%). A de menor, a aderência medicamentosa e monitoramento (58, 2% -IC95%, 54, 1-62, 2%). Não houve associação entre o diagnóstico de depressão em estágio leve e moderado com a não adoção dos principais comportamentos saudáveis. Conclusões: Apesar de prevalente, não foi observada associação negativa entre depressão de leve e moderada intensidades com a adoção de fatores comportamentais em uma população de idosos com diabetes acompanhados ambulatorialmente. PO 035 EFETIVIDADE E COMPLICAÇÕES DA ANTICOAGULAÇÃO ORAL COM VARFARINA EM OCTOGENÁRIOS PORTADORES DE FIBRILAÇÃO ATRIAL NÃO VALVULAR NO AMBULATÓRIO DE CARDIOGERIATRIA DO InCor - FMUSP CLÁUDIA CRISTIANY GARCIA LOPES, CAROLINA GIUSTI BUZO, LUIZ FERNANDO ESCOBAR GUZMAN, LIVIA HUCK, AMANDA GELD, MARCELO OCHIAI, ANGELA TERESA BAMPI, NEUZA LOPES, HUMBERTO PIERRI INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Grupo Fleury São Paulo - SP - Brasil INTRODUÇÃO: Nos pacientes em terapia de anticoagulação oral (ACO), uma forte correlação entre altos valores de TTR (intervalo de tempo no alvo terapêutico) e uma redução em complicações como sangramentos e tromboses foram demonstradas. Este estudo analisa a relação entre o TTR e complicações da ACO com varfarina em octogenários portadores de fibrilação atrial não valvular (FANV). MÉTODOS: Octogenários tratados no ambulatório de cardiogeriatria de um serviço terciário entre os anos 2010 e 2011 foram avaliados. Os valores da razão normalizada internacional (RNI) foram avaliados. O TTR dos pacientes com RNI alvo (2-3) foi calculado pelo método de secção transversal. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher, conforme apropriado, foram aplicados para comparar variáveis categóricas, utilizando-se o SPSS 17. Valores de p inferiores a 0, 05 foram considerados estatisticamente significativos. RESULTADOS: Dos 171 pacientes analisados, a idade média foi 84(3, 2) anos e 69, 2% eram mulheres. O RNI médio foi 2, 3. A principal indicação para ACO foi FANV(82, 5%). O índice de complicações totais foi 17, 5%. Óbitos ocorreram em 19, 9% da população. O TTR dos pacientes com RNI alvo foi 61, 1%. Os resultados estão dispostos na tabela abaixo: Tabela I. Características demográficas, clínicas e complicações em octogenários submetidos a anticoagulação oral baseado em categorias de RNI Variáveis )Idade média anos(DP )%(Sexo feminino )INR média(DP )%(ACO por FANV Complicações totais )%((excluindo óbitos)n )%(Sangramentos menores n )%(Sangramentos maiores n Eventos tromboembólicos )%(n )%(Óbitos totais n )%(Óbitos por sangramento n Óbitos por eventos )%(tromboembólicos n Óbitos por causas gerais e/ou )%(indefinidas n RNI <2 N= 54 )6 ,3( 5 ,84 5 ,68 )26 ,0( 5 ,1 8 ,77 )4 ,20( 12 )7 ,16( 9 )3 ,8( 1 )3 ,8( 1 )3 ,27( 15 )0 ,0( 0 )5 ,5( 3 )2 ,22( 12 RNI 2-3 N=94 )0 ,3( 5 ,83 5 ,74 )27 ,0( 4 ,2 1 ,86 )0 ,17( 16 )8 ,12( 12 )0 ,0( 0 )3 ,5( 5 )8 ,12( 12 )1 ,1( 1 )2 ,3( 3 )5 ,8( 8 RNI >3 N=22 )1 ,3( 8 ,84 50 )41 ,1( 1 ,4 8 ,81 )7 ,13( 3 )6 ,8( 2 )5 ,4( 1 )5 ,4( 1 )8 ,31( 7 )0 ,0( 0 )0( 0 )2 ,29( 7 p-valor 65 , 08 , 001 ,0< 456 , 762 , 647 , 176 , 344 , 030 , 184 , 519 , 004 , CONCLUSÕES: Em octogenários portadores de FANV submetidos à ACO, apesar da necessidade de monitoramento contínuo do RNI, a terapia com varfarina ainda pode ser considerada eficaz e segura. Cardiologia Intervencionista PO 036 A Localização das Lesões em Pontes de Veia Safena Influenciam os Desfechos Clínicos Tardios PósIntervenção Percutânea Cristiano Guedes Bezerra, Vitor A. Vahle, Carlos V. A. E. Santo, Wilton F. Gomes, Breno A. A. Falcão, Carlos A. H. M. Campos, Andre G. Spadaro, Gilberto Marchiori, Roberto Kalil Filho, Pedro A. Lemos INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Lesões em pontes de veia safena (PVS) podem ocorrer na porção aortoostial ou no corpo do enxerto. No entanto, é pouco conhecido se a localização da estenose influencia a evolução clínica após intervenção percutânea. Métodos: A população deste estudo incluiu todos os pacientes consecutivos tratados com intervenção percutânea em PVS (localização aorto-ostial ou corpo) no período de janeiro de 2006 a março de 2011, sem restrições clínicas, angiográficas, ou com relação ao tipo de stent utilizado. A evolução clínica foi caracterizada através da ocorrência de óbito ou da necessidade de nova revascularização do vaso-alvo(RVA). Análise Estatística: A sobrevida livre de eventos cardíacos adversos maiores após a intervenção foi avaliada através de curvas de Kaplan-Meier e os grupos comparados pelo teste de log-rank. Resultados: Foram incluídos 195 pacientes, com idade de 69, 6 ± 10, 2 anos, sendo 73% homens, 41% diabéticos e 65% com síndrome coronária aguda à admissão. A maioria foi tratada com stents convencionais (82, 5%). Os pacientes foram dividos em 02 grupos de acordo com a localização da lesão abordada no procedimento índice: aorto-ostial (n = 69) e corpo (n = 126). Não houve diferenças relevantes entre os grupos. Após 31, 7 meses de evolução (mediana do tempo de seguimento), não houve diferença de mortalidade entre os grupos (Corpo 35, 6% vs Óstio 31, 7%; p = 0, 95). No entanto, a taxa de RVA foi significativamente maior no grupo com lesões aorto-ostiais em relação ao grupo com lesões em corpo de PVS (50, 8% vs. 22%; p = 0, 03). Conclusões: Pacientes com revascularização cirúrgica prévia que necessitam intervenção percutânea em PVS compõem um subgrupo de risco elevado, com alta mortalidade tardia, independentemente da localização da lesão no enxerto. Em pacientes tratados predominantemente com stents não-farmacológicos, lesões aortoostiais apresentaram maior taxa de re-intervenção que lesões de corpo de PVS. PO 037 Via transradial na intervenção coronária percutânea: existe influência da curva de aprendizado? BRUNO STEFANI LELIS SILVA, MOHAMAD SAID GHANDOUR, BRUNO VERAS BEZERRA, DANIEL OLIVEIRA NETO BARBOSA, EDUARDO ERUDILHO, NÁDIA DE MENDONÇA CARNIETO, MARIA FERNANDA ZULIANI MAURO, SALVADOR ANDRÉ BAVARESCO CRISTÓVÃO, JOSÉ ARMANDO MANGIONE HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: O uso da técnica transradial (TT) tem se tornado crescente na intervenção coronária percutânea (ICP) devido à sua alta taxa de sucesso e baixo índice de complicações. Diversos estudos demonstraram sua efetividade quando comparada ao acesso femoral, sendo desde então ampliado seu uso. OBJETIVOS: Avaliar a influência da curva de aprendizado da TT na taxa de sucesso do procedimento, necessidade de crossover e complicações vasculares decorrentes da punção arterial e o desfecho composto de óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) e necessidade de revascularização miocárdica (RM) no período de seguimento do estudo. MÉTODOS: Foram selecionados 1539 casos de ICP realizados pela TT de julho/2006 a dezembro/2011. O tempo médio de seguimento foi de 691 ± 282 dias. A cada ano foram analisadas as diferentes variáveis buscando a relação da curva de aprendizado com os objetivos estudados. RESULTADOS: A TT foi utilizada em 29, 4% dos pacientes (p) em 2006, 17, 2% em 2007, 29, 9% em 2008, 50, 2% em 2009, 56% em 2010 e 44, 3% em 2011. A taxa de crossover foi respectivamente de 0, 6%, 1, 1%, 5, 6%, 3, 5%, 8, 7% e 6, 8%. Observou-se aumento progressivo da complexidade angiográfica, com maior número de triarteriais (p=0, 001). A taxa média de sucesso do procedimento foi de 96, 6% sem diferença estatística entre os anos. O desfecho composto de óbito, IAM e nova RM foi significativamente menor ao longo dos anos (p <0, 001) sendo respectivamente de 12, 3%, 15, 9%, 2, 6%, 4, 1%, 3, 7% e 0, 8%. Não houve perda de pulso radial, isquemia do membro, síndrome compartimental ou sangramento grave durante o seguimento. Paralelamente, observou-se um aumento da taxa de crossover (p<0, 001), justificado pelo maior uso da TT devido ao seu aprimoramento e expansão para casos mais complexos. CONCLUSÃO: A partir de 2009 houve predomínio da TT nos pacientes submetidos à ICP (50, 16%). Tal técnica mostrou-se altamente efetiva, com altos índices de sucesso e baixo risco de complicações. A curva de aprendizado demonstrou importância em reduzir significativamente a taxa do desfecho composto de óbito, IAM e necessidade de RM. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 161 PO 038 Uso de stent farmacológico (SF) em intervenção coronária percutânea (ICP) de acordo com o risco de revascularização de vaso alvo (RVA) em 1 ano Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Viviane Aparecida Fernandes, Mariana Yumi Okada, Roger Renault Godinho, Rodrigo Barbosa Esper, Camila Gabrilaitis, Denise Louzada Ramos, Sandro Faig, Expedito Ribeiro, Valter Furlan HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL Introdução: O uso de SF está associado a uma redução significativa de reestenose coronária e necessidade de RVA, sendo maior seu benefício quanto maior o risco destas complicações. Modelos multivariados foram desenvolvidos e validados para ajudar na predição destes eventos e na seleção dos candidatos ao SF. Análise de mais de 1 milhão de ICP nos EUA mostram que na prática a seleção dos candidatos ao SF não está relacionado ao risco de RVA. O objetivo deste estudo é comparar o percentual de SF em ICP nos pacientes de diferentes grupos de risco para RVA em um Hospital privado especializado em cardiologia no estado de São Paulo.Método: Estudo retrospectivo de dados coletados para o CathPCI Registry de pacientes que foram consecutivamente submetidos a ICP, no período de janeiro 2012 à junho de 2012. A escolha do tipo de stent a ser utilizado foi de acordo com o julgamento da equipe médica local. Em análise retrospectiva os pacientes foram separados em 3 grupos de acordo com o risco de RVA calculado pelo Mass-DAC Model. A análise estatística incluiu o cálculo das estimativas pontuais e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%) nos três grupos e comparação de variáveis categóricas pelo teste do qui-quadrado e um valor de p bicaudal < 0, 05 foi considerado significativo. Resultados:De um total de 388 intervenções, foram excluídas ICP sem colocação de stent e vasos submetidos a implante de SF e stent não-farmacológico simultaneamente, restando 351 para análise (tabela abaixo).Conclusão: A presente análise mostra que houve utilização significativamente maior de SF nos grupos classificados de alto risco por modelo matemático validado. Dessa forma, diferente dos resultados encontrados em publicações internacionais, a escolha baseada no julgamento de uma equipe experiente de cardiologia intervencionista em hospital privado brasileiro conseguiu discriminar os pacientes de maior risco. O uso de SF em pacientes de risco baixo na nossa amostra pode estar associado à lesão em descendente anterior proximal que não está contemplada no MassDAC-Model. PO 039 Evolução Temporal da Intervenção Coronária Percutânea na Saúde Suplementar em Hospital Cardiológico Terciário: Aumento Progressivo da Complexidade Clínica e Clara Predominância de Stents Farmacológicos na Atualidade Pedro A. Lemos, Carlos A. Campos, Antonio Esteves-Filho, Luiz J. Kajita, Marcus N. da Gama, Marco A. Perin, Expedito E. Ribeiro, Paulo R. Soares, Pedro E. Horta, Roberto Kalil-Filho INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Stents farmacológicos são disponíveis para uso regular no Brasil há mais de uma década. Atualmente, seu uso é restrito a pacientes atendidos pelo sistema da Saúde Suplementar. No entanto, é pouco conhecido o perfil dos pacientes tratados neste segmento e a taxa de penetração dos stents farmacológicos, bem como a evolução destas características ao longo dos últimos anos. Métodos: O período de observação do presente estudo, entre junho de 2002 (data da utilização do primeiro stent farmacológico) e outubro de 2011 foi dividido em quadro fases de igual duração e comparadas entre si. Do total de 16.106 intervenções coronárias percutâneas (ICP) no período, 3.966 foram realizadas em pacientes da Saúde Suplementar, que constituem a população do presente estudo. As características basais e do procedimento foram coletadas prospectivamente em base de dados dedicada. Resultados: As características dos procedimentos realizados ao longo do período de observação são apresentadas na tabela abaixo: Sexo masculino Idade, anos Diabetes Sindrome coronariana aguda Doença multiarterial Lesão reestenótica Bifurcação Lesão tipo C Numero de stents Pelo menos um stent farmacológico Comprimento total dos stents, mm )Fase 1 (n=991 0 ,74 4 ,8±11 ,64 2 ,29 0 ,61 )Fase 2 (n=993 )Fase 3 (n=991 4 ,73 5 ,75 5 ,4±11 ,64 7 ,1±11 ,65 7 ,29 6 ,30 9 ,46 9 ,48 )Fase 4 (n=991 0 ,75 1 ,0±12 ,66 3 ,32 9 ,43 p 7 ,0 02 ,0 5 ,0 01 ,0< 1 ,65 0 ,64 5 ,66 2 ,64 7 ,0 3 ,6 5 ,7 9 ,6 6 ,2 01 ,0< 3 ,19 7 ,25 71 ,25±0 ,1 5 ,25 2 ,30 81 ,42±0 ,1 1 ,30 3 ,34 84 ,44±0 ,1 4 ,25 2 ,39 85 ,50±0 ,1 01 ,0< 01 ,0< 01 ,0< 9 ,14 0 ,47 3 ,40 2 ,68 01 ,0< 0 ,4±14 ,20 0 ,6±17 ,25 4 ,0±18 ,27 0 ,9±20 ,30 01 ,0< Números na tabela são média ± desvio padrão ou porcentagens Conclusões: Ao longo da última década, pacientes da Saúde Suplementar tratados com ICP apresentaram um aumento progressivo na frequência de procedimentos eletivos e na complexidade anatômica. Atualmente stents farmacológicos são utilizados para a franca maioria dos casos. PO 040 Angiografia coronária sem lesões obstrutivas: há diferenças em relação a carga e a composição da aterosclerose entre coronárias consideradas normais e coronárias com pequenas alterações à angiografia? Morais, GR, Falcão, BA, Falcão, JL, Silva, RC, Spadaro, A., Kajita, LJ, Soares, P., Gama, M, Kalil-Filho, R, Lemos, PA INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Com frequência, a angiografia coronária descarta a ausência de obstruções luminais significativas. No entanto, coronárias sem obstruções luminais importantes podem apresentarse tanto normais à angiografia quanto com irregularidades luminais, ou até com evidência de pequenas lesões. Presentemente, não é conhecido se essas diferenças à angiografia de artérias sem obstruções luminais refletem diferenças reais quanto à carga e composição da aterosclerose. Métodos: Conduziu-se um estudo unicêntrico, transversal, que incluiu pacientes submetidos à ultrassonografia intracoronária com histologia virtual (IVUS-VH) de pelo menos uma artéria coronária principal sem obstrução significativa. Com base no aspecto angiográfico, as coronárias foram classificadas como normais, com irregularidades luminais (obstruções < 30%) ou com obstruções discretas. As artérias com diferente classificação angiográfica foram comparadas quanto à carga e composição da aterosclerose avaliada pela IVUS-VH. Resultados: Do total de 67 pacientes (idade 58, 9+9, 2 anos, 66% do sexo masculino, 42% diabéticos), foram analisadas 117 coronárias sem obstrução significativa à angiografia. Os resultados, de acordo com a classificação angiográfica, são sumarizados na tabela abaixo: Angiografia Normal )n=27( 0 ,6±2 ,4 Área de placa, mm² 2 ,7±3 ,10 Área luminal, mm² Área da lâmina elástica 7 ,9±4 ,14 externa, mm² % ,Carga de placa 25±7 % ,Tecido necrótico 6 ,5±5 ,8 % ,Tecido calcificado 6 ,4±3 ,3 % ,Tecido fibrolipídico 8 ,0±8 ,22 % ,Tecido fibroso 0 ,6±12 ,60 Irregularidade Angiográfica )n=59( 5 ,6±2 ,5 9 ,1±2 ,8 8 ,7±4 ,13 Lesão angiográfica )discreta (n=31 0 ,0±2 ,6 8 ,3±2 ,7 1 ,4±4 ,13 p 40±10 5 ,5±8 ,16 8 ,1±5 ,8 3 ,2±7 ,13 3 ,3±13 ,62 45±9 3 ,5±7 ,18 6 ,8±6 ,8 6 ,0±7 ,13 8 ,8±13 ,58 01 ,0< 01 ,0< 01 ,0< 01 ,0< 47 ,0 01 ,0< 01 ,0< 39 ,0 Conclusão: A angiografia coronária de artérias sem obstrução luminal permitiu discriminar vasos em diferentes estágios da doença, identificando desde vasos com acometimento aterosclerótico incipiente até vasos com clara manifestação aterosclerótica ao ultrassom intracoronário. 162 PO 041 Mensuração da Carga de Doença Aterosclerótica Através da Angiografia Coronária: Um Estudo de Comparativo com o Padrão-Ouro Utilizando Ultrassom Intracoronário com Histologia Virtual RAFAEL CAVALCANTE E SILVA, Breno A. A. Falcao, Gustavo R. Morais, Joao Luiz A. A. Falcao, Andre Spadaro, Antonio Esteves Filho, Expedito R. Silva, Marco A. Perin, Roberto Kalil Filho, Pedro A. Lemos INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamentos: Vários índices angiográficos têm sido utilizados para quantificar a doença aterosclerótica. Entretanto, a angiografia, por seu caráter essencialmente luminográfico, pode ter acurácia limitada na quantificação da carga aterosclerótica. O objetivo deste trabalho foi comparar alguns índices angiográficos entre si e com parâmetros quantitativos de carga e composição de placa medida pelo padrão-ouro ultrassom intracoronário (IVUS) com histologia virtual (VH). Métodos: Pacientes com diagnóstico de doença coronariana foram submetidos a angiografia e avaliação com IVUS-VH de um ou mais vasos epicárdicos de grande calibre. Foram calculados os escores angiográficos Gensini, CASS70 e CASS50 e as correlações entre eles. As medianas do percentual de carga de placa e dos componentes de placa ao IVUS-VH foram correlacionadas com os três índices angiográficos. Resultados: Foram incluídos 69 pacientes com idade média de 58, 9 ± 8, 8 anos, sendo 70% homens e 40% diabéticos. Os três índices angiográficos se correlacionaram fortemente entre si (coeficiente de Spearman para as três correlações entre 0, 55 e 0, 66; todos P<0, 001). Os índices angiográficos apresentaram ainda boa correlação com a carga de placa ao IVUS-VH (coeficiente de Spearman entre 0, 50 e 0, 56; todos P<0, 001). A correlação entre os índices angiográficos e a composição tecidual da doença aterosclerótica é mostrada na tabela. Coeficientes de correlação (Spearman) Carga de placa Necrose Cálciod CASS50 53 ,0 48 ,0 44 ,0 y CASS70 50 ,0 * 37 ,0 35d ,0 Gensini 56 ,0 41 ,0 36y ,0 * P=0, 001; P=0, 003; P=0, 002; demais P<0, 001 Conclusões: Os índices angiográficos mais comumente utilizados se correlacionam entre si e com a quantidade e composição de placa ao ultrassom intracoronário com histologia virtual. Nossos achados sugerem que os escores angiográficos avaliados permitem inferir a carga e tipificação global da doença coronariana. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 042 Impacto do Uso Rotineiro de Stents Farmacológicos na Prática Intervencionista Contemporânea de um Centro Terciário: Experiência de uma Década do Registro DESIRE JOSE DE RIBAMAR COSTA JR., Amanda GMR Sousa, Adriana Costa Moreira, Ricardo A Costa, Manuel Cano, Galo Maldonado, Ricardo Pavanello, Edson Romano, Cantidio Campos Neto, J Eduardo Sousa HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: Os stents farmacológicos (SFs) modificaram a prática intervencionista contemporânea, permitindo abordar cenários clínicos e angiográficos progressivamente mais complexos. O objetivo deste estudo foi demonstrar as modificações ocorridas nos últimos 10 anos na forma de indicar e de realizar a intervenção coronária percutânea (ICP) em um hospital privado, terciário, do Estado de São Paulo. Métodos: O DESIRE é um registro unicêntrico, prospectivo, com o objetivo de acompanhar os desfechos agudos e tardios de pacientes consecutivos tratados com SFs. Todos os pacientes consecutivamente tratados com SF foram incluídos neste estudo e seguidos com 1, 6 e 12 meses e a partir de então anualmente. Nesta análise objetivamos demonstrar a alteração no perfil de complexidade clínica e angiográfica ao longo dos anos em virtude da mais ampla indicação para uso de SF na prática diária. Resultados: No período de 2002 a 2011, foram incluídos 4.229 pacientes, com média de idade de 64, 3 + 11, 2 anos, 23% eram do sexo feminino e 30, 5%, diabéticos. Foram tratadas 6.518 lesões, das quais 61, 5% eram do tipo B2/C. Os SFs foram utilizados em proporção crescente, alcançando penetração de 88, 4% em 2011. A complexidade das ICPs aumentou, sendo tratada no último ano 1, 76 lesão por paciente, com média de 1, 89 SF. O escore SYNTAX, no período de 2002-2006, foi de 12, 3 + 4, 4, enquanto entre 2007-2011 elevou-se para 15, 7 + 4, 7. O seguimento clínico foi obtido em 98, 2% dos pacientes, com mediana de 5, 2 anos, sendo observada, nesse período, revascularização da lesão-alvo em 5%, infarto do miocárdio em 6, 7% e óbito cardiovascular em 4, 1% dos pacientes. A trombose do stent ocorreu em 2, 4% dos casos. Conclusões: Nossos resultados demonstram marcante incremento no perfil de complexidade dos pacientes tratados nos últimos 10 anos e, ao mesmo tempo, confirmam a efetividade a longo prazo dos SFs, a despeito dos perfis clínico e angiográfico tratados. PO 043 IMPACTO DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA NA EVOLUÇÃO HOSPITALAR APÓS TRATAMENTO PERCUTÂNEO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST FÁBIO CONEJO, LUCIANO NUNES DOS SANTOS, FRANCISCO H. FEITOSA FILHO, CARLOS A CAMPOS, ANDRE G SPADARO, MARCO A PERIN, ANTONIO ESTEVES FILHO, PEDRO E HORTA, EXPEDITO E RIBEIRO, PEDRO A LEMOS INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: A Insuficiência renal aguda (IRA) é uma possível complicação observada após intervenção coronária percutânea (ICP) e sua ocorrência está relacionada com aumento na morbidade e mortalidade hospitalar, aumento do tempo de hospitalização e desenvolvimento de insuficiência renal crônica. No entanto, a ocorrência e o impacto prognóstico da IRA pós-ICP, especificamente em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCSST) tem sido pouco estudada. MÉTODOS: Registro unicêntrico que analisou retrospectivamente a evolução hospitalar de 501 pacientes consecutivos admitidos com IAMCSST submetidos a ICP em um hospital terciário. Foram avaliados a incidência e os preditores de IRA pós-ICP ( elevação de 25% da creatinina sérica basal ou o aumento absoluto de 0, 5 mg/dl entre 2 e 7 dias após o procedimento).RESULTADOS: A média de idade foi 60, 7 ± 12, 6 anos e 67% eram do sexo masculino. A população apresentava características de alto risco cardiovascular com 30% de diabéticos, 7, 4% com doença renal crônica (DRC) não-dialítica pré-existente (creatinina basal >1, 5 mg/dl) e 20% com antecedentes de revascularização miocárdica. A intervenção percutânea foi primária em 59, 2%, resgate em 15% e tardia em 25% dos casos. A descendente anterior foi a principal artéria culpada (49, 4%), sendo que 15% dos pacientes se apresentaram em Killip III ou IV. A IRA ocorreu em 24, 7% dos pacientes que, quando comparados àqueles sem IRA pós-ICP, eram significativamente mais idosos, diabéticos, com DRC e insuficiência cardíaca, além de apresentarem maior elevação enzimática e menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Dos pacientes que desenvolveram IRA, 12% tornaram-se dialíticos e tiveram maior necessidade de transfusões sanguíneas. Os preditores independentes de IRA foram: idade > 76 anos, fração de ejeção <60%, DRC prévia, Killip III ou IV, necessidade de cirurgia vascular e transfusão sanguínea. A mortalidade intra-hospitalar foi significativamente maior (p<0, 0001) nos pacientes que desenvolveram IRA (29%) em relação aos sem disfunção renal aguda (4, 8%). CONCLUSÕES: A disfunção renal aguda após intervenção coronária percutânea no IAMCSST é uma complicação frequente e apresenta associação com aumento da mortalidade precoce. PO 044 Registro DESIRE: Definindo os preditores bastante tardios de eventos cardíacos adversos em um população complexa de mundo real JOSE DE RIBAMAR COSTA JR., Amanda Sousa, Adriana Moreira, Ricardo Costa, Galo Maldonado, Manuel Cano, Cantidio Campos, Enilton Egito, Marcos Barbosa, J Eduardo Sousa HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: A despeito de todo conhecimento adquirido nos últimos anos sobre os stents farmacológicos (SF), ainda há uma escassez de informação sobre o desempenho destes novos dispositivos no seguimento bastante tardio. Métodos: o registro DESIRE é um estudo prospectivo, unicêntrico, incluindo todos os pacientes tratados desde 2002, somente com SF. O objetivo primário do estudo é definir preditores independentes de eventos cardíacos maiores combinados (ECAM: óbito cardíaco, IAM não-fatal e RLA) e trombose em uma população não selecionada do mundo real. Os pacientes são seguido com 1, 6 e 12 meses e então anualmente, estando agora no décimo primeiro ano de seguimento. Resultados: Um total de 4745 pacientes (8000 SF) foram incluídos. A média de idade da população é de 64 anos, sendo 30% diabéticos e 44, 8% portadores de síndrome coronária aguda. Lesões em enxertos venosos e pacientes com IAM com supra de ST representam 6% e 12% respectivamente da população incluída. Seguimento clínico foi obtido em 98, 5% dos pacientes (mediana 5, 6 anos). Atualmente, 79, 6% dos pacientes encontram-se livres de ECAM. RLA ocorreu em 5, 7% dos pacientes, enquanto IAM com onda Q e trombose ocorreram em 1, 8% e 2, 1% dos pacientes. A maioria das tromboses foi definitiva e ocorreu entre o 1o e 3o anos de seguimento.. Preditores independentes de ECAM foram tratamento de enxertos venosos (RR 1, 63; IC 95%, 1, 22 a 2, 18, p= 0, 001), doença multiarterial (RR 1, 39; IC 95%, 1, 03 a 1, 87, p<0, 001), estenose residual (RR 1.3; IC 95%, 1, 1 a 1, 5, p= 0, 034), DM (RR 1, 6; IC 95%, 1, 1 a 2, 2, p= 0, 006) e insuficiência renal (RR 1, 5; IC 95%, 1, 34 a 1, 81, p= 0, 004). Preditores independentes de trombose foram: ICP em pacientes com IAM com supra de ST (RR 3.5; IC 95%, 1, 3 a 9, 4, p= 0, 013), calcificação moderada/importante no sítio da lesão (RR 2, 38; IC 95%, 1, 34 a 4, 23, p=0, 003), comprimento do stent utilizado (RR 1, 8; IC 95%, 1, 09 a 3, 02, p=0, 023) e estenose residual (RR 1, 04; IC 95%, 1, 01 a 1, 06, p=0, 003). Conclusões: O registro DESIRE provavelmente representa o seguimento mais tardio de uma população tratada exclusivamente com SF. Nesta série unicêntrica, o uso de stents farmacológicos associou-se a taxas muito baixas de eventos adversos no muito longo prazo, demonstrando a efetividade e segurança desta nova tecnologia. PO 045 TENDÊNCIAS TEMPORAIS DO PERFIL DE RISCO CARDIOVASCULAR E PADRÕES DA INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM INDIVÍDUOS IDOSOS: PERCEPÇÕES DE UM REGISTRO COM 7000 PACIENTES CA CAMPOS, AG Spadaro, G Marchiori, EE Ribeiro, PR Soares, MA Perin, AE Filho, LJ Kajita, PA Lemos, RK Filho INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL FUNDAMENTOS: Devido ao envelhecimento da população, há um incremento numérico de indivíduos idosos acometidos pela doença arterial coronária. No entanto, estes pacientes são frequentemente excluídos ou pouco representados em estudos randomizados controlados, criando hiatos científicos neste subgrupo. MÉTODOS: Trata-se de um registro unicêntrico de hospital terciário realizado entre 1998 e 2011. Esta série foi dividida em quartis, de acordo com o período em que foi realizado o procedimento. Objetivamos identificar mudanças cronológicas nos caracteres clínicos e angiográficos de acordo com os avanços médicos observados neste período. RESULTADOS: Nesta série foram incluídos um total de 19904 pacientes consecutivos. Deste total, 7058 participantes possuíam idade superior a 70 anos e foram considerados para análise. A idade média foi de 77±5, 1 anos e 58, 1% eram do sexo masculino. Entre o primeiro e último períodos em que o procedimento foi realizado, observamos incremento progressivo na frequência de diversos caracteres clínicos e angiográficos nos pacientes submetidos ao tratamento percutâneo, sendo, respectivamente: diabetes (30, 3%; 32%; 35% e 40, 9%; P<0, 001); intervenção coronária percutânea prévia (16, 9%; 19, 4%; 21, 4%; 22, 4%; P<0, 001); padrão coronário triarterial (36, 2%; 43, 9%; 43, 4%; 49%; P<0, 001); lesões de bifurcação (20, 3%; 16, 7%; 25% e 44, 8%; P<0, 001) e abordagem do tronco de coronária esquerda (1, 6%; 1, 6%; 2, 2% e 3, 6%; P<0, 001). No que tange ao quadro clínico, houve decréscimo proporcional significativo em infarto com supradesnível de ST (29, 5%; 23, 4%; 16, 2% e 15, 1%; P<0, 001) à admissão, com maior crescimento percentual das síndromes coronárias agudas sem supradesnível de ST (37, 4%; 35, 1%; 44, 3% e 45, 6%; P<0, 001). A utilização de stents farmacológicos do primeiro para quarto períodos foi, respectivamente: 0, 9%; 11, 6%; 15, 9% e 22, 2% (P<0, 001). CONCLUSÕES: Neste registro foi identificado mudança significativa do perfil clínico dos pacientes idosos tratados pela intervenção coronária percutânea, com aumento progressivo de comorbidades e reconhecidos marcadores de pior prognóstico. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 163 PO 046 Importância da Reconciliação Medicamentosa em Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Cardiológico de São Paulo. Cecília Chianca, Helga Bischoff, Karina Mellone, Milena Fogal, Priscila Leal, Aline Pereira, Mauricio de Oliveira HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL Introdução: Eventos adversos relacionados a medicamentos constituem a maior categoria de eventos experimentados por pacientes hospitalizados e está associada com aumento da morbidade e mortalidade, internações prolongadas e os custos mais elevados de cuidado. Os farmacêuticos desempenham um papel importante na prevenção de eventos adversos através de várias intervenções, entre elas a reconciliação medicamentosa. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e quantitativo realizado na UTI de um hospital privado, de médio porte de especialidade cardiológica, no período de Janeiro 2012 a Dezembro 2012. Os dados foram coletados através do book farmacêutico clínico que contém: data, medicamento, leito, categoria reconciliação medicamentosa e aceitabilidade. Resultados: No ano de 2012 totalizou 863 intervenções farmacêuticas na UTI, sendo destas 138 relacionadas a reconciliações medicamentosas e 105 pacientes que tiveram os medicamentos reconciliados. Obteve-se 92% de aceitabilidade das sugestões de reconciliação medicamentosa propostas pelo farmacêutico clínico. Os medicamentos mais reconciliados foram 20, 2% de hipolipemiantes, 10, 1% de tireoidianos e 7, 2% de antiagregante plaquetário. Conclusão: As principais clases medicamentosas reconciliadas foram hipolipemiantes, tireoidianos e antiagregante plaquetário devido estes possuírem uma resposta farmacêutica mais demorada e assim sendo importante o não interrompimento do tratamento. A alta aceitabilidade da reconciliação medicamentosa proposta pelo farmacêutico clínico, confirma a sua grande parcela de contribuição na prevenção de eventos adversos. PO 047 Tratamento percutâneo de fístula coronária: relato de caso. PAULO CEZAR FERRAZ DIAS FILHO, Maurício Nakashima Melo, Fábio Vieira Fernandes, Karla Loureiro Meira, Bernardo Noya Alves de Abreu HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução:As fístulas coronárias são anomalias congênitas raras, representando 0, 2-0, 4% das cardiopatias congênitas.Origina-se, comumente, da coronária direita, seguida das artérias descendente anterior e circunflexa com drenagem para átrio direito, na maioria dos casos.Geralmente os pacientes são assintomáticos.Nos pacientes sintomáticos, apresenta manifestação clínica variável, desde dispnéia, angina, endocardite, infarto do miocárdio, ocasionalmente, palpitações.O tratamento definitivo é realizado através da oclusão por meio cirúrgico ou percutâneo. Métodos:Relato de caso de fístula coronária de artéria circunflexa tratada através de embolização percutânea. Resultados:A.M.P., 35 anos, sexo masculino, obeso, sem outros antecedentes mórbidos pessoais.Procurou pronto-socorro, relatando palpitação taquicárdica iniciada há 20 dias, episódica, sem fatores desencadeantes, auto-limitada.Negava sinais ou sintomas associados.Exame físico normal, excetuando-se por taquicardia.Eletrocardiograma mostrava taquicardia paroxística supraventricular(TPSV), tipo taquicardia atrial, revertida com amiodarona.Na investigação etiológica realizado Ecocardiograma(ECO), marcadores de lesão miocárdica(MLM) e exames tireoidianos, sem alterações.No Holter 24h, verificado extrassístoles supraventriculares, com episódio único de TPSV(105 batimentos).Realizada tomografia de coronárias, com ausência de calcificações coronárias ou redução luminal significativa, evidenciando fístula coronariana do tronco coronariano esquerdo(TCE)/porção óstio da artéria circunflexa(ACX) para átrio direito(AD).Ressonância Nuclear Magnética(RNM) cardíaca não mostrou repercussão hemodinâmica significativa.A cineangiocoronariografia confirmou dilatação do TCE com origem de grande fístula para a porção superior do átrio direito.Realizado estudo eletrofisiológico(ELF), com ablação 3 focos de taquicardia atrial.Posteriormente, realizado tratamento percutâneo definitivo da fístula, com oclusão retrógrada com molas de platina (implantados 7 coils).ECO (controle) após 72 horas da embolização, sem alterações.Recebeu alta no 5º dia, com orientação para uso de ácido acetilsalicílico, clopidogrel e amiodarona. Conclusão:O fechamento percutâneo se mostrou uma alternativa eficaz e segura à cirurgia. PO 048 Origem anômala da coronária direita no seio de valsalva esquerdo Mariana Miotto Schnorr, Priscila Megda João Job, Fernanda Raquel Freitas Tavares, Sergio G. Tarbine, Agenor Carvalho Correa Neto, Daniel Zanuttini, Carolina Stoll, Miguel Morita Fernandes Silva, Costantino Ortiz Costantini, Costantino Roberto F. Costantini HOSPITAL CARDIOLÓGICO CONSTANTINI - PR - BRASIL Introdução: A origem anômala da coronária é uma causa rara de anomalia congênita, com aspectos anatômicos diversos, de acordo com origem e trajeto. Atualmente, constitui a segunda causa mais freqüente de morte súbita de origem cardiovascular em atletas competitivos. A origem da coronária direita (CD) no seio de valsalva esquerdo corresponde a 16% destas variações. A isquemia ocorre por compressão mecânica da artéria anômala entre os troncos das artérias pulmonar e aorta no esforço. O tratamento pode ser cirurgia para reconstrução, reimplante da coronária no seio coronariano adequado, revascularização do miocárdio e uso de técnicas endovasculares com implante de stents. Relato do caso: Paciente masculino, 33 anos. História familiar de um irmão com infarto aos 37 anos e pai aos 60 anos. Início há 5 meses de episódios de dor torácica típica aos grandes esforços. Atendido por dor precordial em aperto, escurecimento visual, seguido de síncope, enquanto jogava futebol. Eletrocardiograma, marcadores de necrose miocárdica, ecocardiograma transtorácico e holter normais. Realizada angiotomografia de coronárias que evidenciou CD anômala, com origem no seio coronariano esquerdo, com compressão extrínseca entre a aorta e artéria pulmonar promovendo redução luminal acentuada em seu óstio. No internamento, paciente apresentou dor torácica típica em repouso, associada a supradesnivelamento do segmento ST no eletrocardiograma. Indicado tratamento, levando em consideração a idade do paciente e durabilidade de um enxerto vascular, sendo optado por tratamento endovascular. Realizada angioplastia em segmento proximal da CD com stent Cypher, escolhido por sua maior força radial e melhores resultados a longo prazo. Angiotomografia de controle após 2 meses mostrou stent com boa evolução e sem deformidades. Após 6 meses de acompanhamento, paciente assintomático em suas atividades habituais. Conclusão: A origem anômala das coronárias é uma doença rara, mas potencialmente letal se não diagnosticada e tratada precocemente. Nas anomalias de origem da CD à partir do seio de Valsalva esquerdo, com trajeto entre a aorta e o tronco pulmonar, a angioplastia com stent rígido pode ser considerada como uma opção técnica e de fácil aplicação, porém ainda será necessário acompanhamento para resultados a longo prazo. PO 049 Trombose de stent no seguimento tardio de pacientes tratados com stents farmacológicos na prática diária Ricardo A. Costa, Amanda Sousa, Adriana Moreira, J. Ribamar Costa, Jr., Galo Maldonado, Manuel Cano, Bruno Palmieri, Lucas Damiani, Cantidio Campos, J. Eduardo Sousa HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Fundamentos: A trombose de stent (TS) tem sido descrito como um fenômeno raro na era atual da cardiologia intervencionista; no entanto, sua ocorrência tem sido associada a elevada mortalidade. O nosso objetivo avaliar a incidência de TS no seguimento muito tardio após implante de stents farmacológicos (SF) no prática diária. Métodos: Um total de 4.229 pacientes com 6.518 lesões coronárias tratados unicamente com SF foram incluídos de maneira prospectiva no Registro DESIRE (Drug-Eluting Stent In the REal World) em um centro único entre Maio/2002 e Maio/2012. Pelo protocolo, o seguimento clínico foi realizado aos 1, 6 e 12 meses e anualmente até 10 anos após o procedimento índice. A TS foi definida de acordo com as proposições do Academic Research Consortium. Resultados: A média das idades era 64 anos, 31% tinham diabetes, 30% eram tabagistas atuais, 23% tinham infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio, 50% tinham revascularização prévia e 9% tinham insuficiência renal prévia. Em relação a apresentação clínica, cerca de 16% apresentaram-se com IAM recente (99%), a despeito da alta prevalência de lesões complexas (64% tipo B2/C). No seguimento tardio até 10 anos (mediana de tempo: 4, 9 anos), a incidência cumulativa de TS foi 2, 3%, sendo que 95, 9% dos pacientes estiveram livres deste evento (TS) no seguimento tardio (curva de sobrevida de Kaplan-Meier). Das 97 TS reportadas, somente 1% ocorreu 12 meses) em 59%. Sobre o tipo de TS, cerca de 52% dos eventos tiveram documentação angiográfica da oclusão do stent (TS definitiva); 2% foram classificados como TS provável, e 46% como TS possível. Conclusões: Neste Registro prospectivo de mundo real incluindo pacientes nãoselecionados submetidos a implante de SF na prática diária, a incidência cumulativa de TS foi relativamente baixa (2, 3%), sendo que em torno de 96% dos pacientes estavam livres de TS no seguimento até 10 anos. No geral, a maioria das TS ocorreram >1 ano após o procedimento índice, e 52% tinham documentação angiográfica da oclusão do stent (TS definitiva). 164 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 050 Seguimento muito tardio de pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com stents farmacológicos Ricardo A. Costa, Amanda Sousa, Adriana Moreira, J. Ribamar Costa, Jr., Galo Maldonado, Manuel Cano, Bruno Palmieri, Lucas Damiani, Cantídio Campos, J. Eduardo Sousa HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Fundamentos: Estudos prévios comparando stents farmacológicos (SF) versus stents não-farmacológicos sugerem eficácia e segurança dos SF no tratamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, a evolução tardia de pacientes com IAM tratados com SF na prática diária permancem desconhecidos. Nosso objetivo foi investigar o seguimento tardio de pacientes com IAM recente tratados com SF na prática diária do mundo-real. Métodos: Entre Maio/2002 e Maio/2012, 4.229 pacientes (6.518 lesões) nãoselecionados com indicação de intervenção percutânea eletiva ou de emergência foram consecutivamente tratados com 7.000 SF em uma instituição clínica. O seguimento tardio até 10 anos foi realizado em 98%, mediana: 4, 9 anos. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: IAM recente (<30 dias) versus sem IAM recente. Resultados: Pacientes com IAM recente tinham menos comorbidades, mas mais doença multiarterial (71 vs. 62%, P<0, 001), lesões com trombo (12 vs. 1%, P<0, 001), fluxo TIMI 0/1 (8 vs. 1%, P<0, 001), e lesões complexas (tipo B2/C) (65 vs. 61%, P<0, 001) comparados aos pacientes sem IAM. Foram implantados 1, 6±0, 8 stents/ paciente; o grupo IAM recebeu mais inibidores IIb/IIIa (19, 6 vs. 2%, P<0, 001), mas o sucesso angiográfico foi similar nos 2 grupos (>99%). No seguimento tardio, as taxas cumulativas de óbito cardíaco (6, 7 vs. 3, 6%, P<0, 001) e trombose de stent (TS) (4, 5 versus 2, 0%, P<0, 001) foram significativamente maiores no grupo IAM recente, mas as taxas de IAM foram semelhantes (6, 5 vs. 7, 1%, P=0, 63). Conclusões: Pacientes com IAM recente (<30 dias) tratados com SF apresentaram pior prognóstico comparados aos pacientes sem IAM recente, incluindo aumento signifcativo do óbito cardíaco até 10 anos de acompanhamento (P<0, 001), e ocorrência 2 vezes maior nas taxas de TS (P<0, 001). Cardiomiopatias e Doenças do Pericárdio PO 051 PERICARDITE PURULENTA POR NEISSERIA MENINGITIDIS TIPO C : RELATO DE CASO DANIEL BOUCHABKI DE ALMEIDA DIEHL, ANA CAROLINE REINALDO DE OLIVEIRA, FÁBIO LÚCIO NOGUEIRA DE LOUREIRO, GABRIEL PELEGRINETI TARGUETA, SUMAYA MAMERI EL AOUAR, EDILEIDE BARROS CORREIA, RENATO BORGES, MARCOS VASCONCELLOS, FABIANO CASTRO ALBRETCH INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução:Pericardite purulenta aguda por Neisseria meningitidis é considerada causa rara entre as pericardites bacterianas. Relato de caso:Paciente de 20 anos, gênero masculino, usuário de cocaína/maconha, etilista, com história de queda do estado geral, odinofagia e febre por dois dias, com remissão espontânea. Após uma semana apresentou precordialgia ventilatório-dependente e dispnéia progressivas. Ao exame em regular estado geral, taquipneico, taquicárdico, febril, normotenso, com turgência jugular a 45º, bulhas cardíacas hipofonéticas, estertores crepitantes em bases pulmonares, fígado a 5 cm do rebordo costal direito, doloroso. Eletrocardiograma (figura1): taquicardia sinusal, sobrecarga de ventrículo esquerdo, supradesnivelamento difuso do segmento ST e alterações difusas da repolarização ventricular. Radiografia de tórax: discreto aumento da área cardíaca e derrame pleural bilateral. Feita a hipótese diagnóstica de tamponamento cardíaco secundário à pericardite aguda. O ecocardiograma transtorácico demonstrou derrame pericárdico difuso, com repercussão hemodinâmica e disfunção ventricular esquerda (fração de ejeção de 43%). Exames laboratoriais evidenciaram discreta elevação de marcadores de necrose miocárdica, proteína C reativa, transaminases e leucocitose. Realizada drenagem pericárdica (Marfan) de 600 ml de líquido purulento, isolamento de Neisseria meningitidis tipo C em cultura e biópsia confirmando o diagnóstico de pericardite purulenta. Hemocultura e urocultura negativas, afastaram meningococcemia. Após 10 dias de ampicilina, houve melhora do estado geral, da função ventricular e exames laboratoriais, atualmente em seguimento ambulatorial. Conclusão: Causa rara de pericardite purulenta, a infecção por Neisseria meningitidis tipo C pode ocorrer isoladamente, sem evidência de infecção sistêmica, como no caso relatado, ou associada à bacteremia e à meningococcemia. A colonização da nasofaringe é uma condição necessária para o desenvolvimento de infecções sistêmicas. Doença de notificação compulsória, a infecção ocorreu em morador de um bairro da cidade de São Paulo –SP com surto de infecções pelo agente isolado, cujos contactantes íntimos receberam profilaxia para controle da doença e prevenção de novas infecções. Figura 1 - ECG PO 052 Distensibilidade aórtica nas diversas formas evolutivas da doença de Chagas e sua correlação com a função autonômica João Marcos Barbosa-Ferreira, Fábio Fernandes, Felix José Alvarez Ramires, Luiz Aparecido Bortolotto, Valéria CostaHong, Cesar José Grupi, Denise Tessariol Hachul, Edmundo Arteaga, Vera Maria Cury Salemi, Charles Mady INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: A doença de Chagas (DC) é caracterizada por acometimento do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e vasculite. Tanto o acometimento do SNA quanto a vasculite podem levar a alterações na distensibilidade arterial. O objetivo deste estudo foi avaliar a distensibilidade aórtica nas diversas formas da DC e verificar sua associação com medidas de função do SNA. MÉTODOS: Foram avaliados 60 indivíduos divididos em 4 grupos (n=15): Grupo I - controle, Grupo II - forma indeterminada, Grupo III - cardiopatia chagásica com alteração eletrocardiográfica sem disfunção ventricular e Grupo IV - cardiopatia chagásica com disfunção ventricular e insuficiência cardíaca. A distensibilidade aórtica foi avaliada pela medida da velocidade da onda de pulso carótida-femoral (VOP) e o SNA foi avaliado pela medida da variabilidade da frequência cardíaca no domínio da frequência pelo Holter 24 horas e por teste da inclinação. Os parâmetros medidos para avaliação do SNA foram: componente de baixa freqüência (BF) - atividade simpática; componente de alta frequência (AF) - atividade parassimpática; relação entre os componentes de baixa e alta freqüência (BF/AF) - balanço simpato-vagal. Os componentes BF e AF foram medidos em unidades normalizadas. RESULTADOS: A medida da VOP foi menor no grupo IV, porém sem significância estatística (Grupo I: 9, 34 ± 1, 53; Grupo II: 9, 30 ± 0, 99; Grupo III: 9, 33 ± 1, 32 e Grupo IV: 8, 38 ± 0, 86 m/s; p=0, 085). As variáveis com correlação positiva estatisticamente significante com a VOP foram a pressão arterial diastólica (r=0, 368, p=0, 004), o componente BF no teste de inclinação em posição ortostática (r=0, 266, p=0, 04) e a relação BF/AF no teste de inclinação em posição ortostática (r=0, 266, p=0, 04). O componente AF no teste de inclinação em posição ortostática apresentou correlação negativa com a VOP (r= -0, 266, p=0, 04). CONCLUSÃO: A distensibilidade aórtica medida pela VOP não foi diferente entre as diversas formas de doença de Chagas, porém apresentou correlação direta significativa com medidas do SNA, indicando predomínio da atividade simpática com aumento da rigidez arterial. Estes dados sugerem que a disfunção autonômica presente na DC está relacionada a alteração funcional das grandes artérias. PO 053 Agentes infecciosos em miocárdio de pacientes com miocardiopatia dilatada idiopática, chagásica, isquêmica e outras etiologias InCor HCFMUSP, Maria de Lourdes Higuchi, Renata Ikegami, Joyce Kawakami, Marcia Martins Reis, Suely Palomino, Alfredo Inacio Fiorelli, Pablo Alberto Pomerantzeff, Fernando Bacal, Edimar Alcides Bocchi INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: estudos clínicos e experimentais sugerem relação entre agentes infecciosos e MCD idiopática, porém outros dados questionam este raciocínio. Objetivo: investigar a presença de agentes infecciosos em biópsia endomiocárdica (BEM) de pacientes com MCD idiopática e de outras etiologias específicas, em comparação a grupo controle de doadores de transplante cardíaco. Métodos e Resultados: entre 2008 e 2011 foram estudados fragmentos de BEM de pacientes hospitalizados com MCD idiopática em avaliação para transplante cardíaco, doadores e corações explantados de diferentes etiologias. 2 grupos foram definidos: doadores (29 casos) e MCD (55 casos, incluindo 32 de etiologia idiopática, 9 chagásica, 6 isquêmica e 8 de outras etiologias). Pela imunohistoquímica foram estudados: adenovírus, herpes simplex, Epstein-Barr, parvovírus B19, HHV6, hepatites B e C, micoplasma, clamídia e borrelia; os resultados foram apresentados como mediana, variação interquartil p25, p75 de porcentagem de área positiva, havendo uma maior expressão de antígenos de enterovírus em doadores em comparação à MCD [2(0, 56 – 5, 7) x 0, 61 (0, 28 – 2, 45), p=0, 0075], e maior expressão de antígenos de hepatite C [1, 31(0, 5-3, 6) x 0, 6 (0, 37 – 1, 41), p=0, 02] na MCD em relação aos doadores. Por biologia molecular, foram pesquisados: adenovírus, Epstein-Barr, citomegalovírus, HHV6, parvovírus B19, micoplasma, clamídia e borrelia, sendo demonstrada elevada positividade de genoma de microorganismos, incluindo co-infecções, com maior positividade em doadores, em relação à MCD para adenovírus (83, 3% x 58, 7%, p=0, 035) e HHV6 (86, 4% x 49%, p=0, 0015). Que seja do nosso conhecimento, este estudo foi pioneiro em demonstrar a presença de genoma de vírus no tecido cardíaco de MCD chagásica (adenovírus 55%, Epstein Barr 40%, CMV 20%, HHV6 75%, parvovírus B19 57%). Conclusão: a presença de agentes infecciosos no miocárdio de pacientes com MCD idiopática é freqüente, e da mesma forma em doadores e MCD de outras etiologias, inclusive chagásica. Com base em nossos resultados a relação causal entre a presença de agentes infecciosos no tecido cardíaco e o desenvolvimento de MCD é controversa. Estudos adicionais são necessários a fim de se determinar o real papel de agentes infecciosos na patogênese da MCD. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 165 PO 054 O Estudo das Patologias Cardíacas em Casos de Necropsias do Instituto Médico Legal de 2010 A 2011. Luisa Allen Ciuffo, RENÉE AMORIM DOS SANTOS FÉLIX, MAURO TUPINIQUIM BINA, PAULO ARNON BREMER SOARES, VALDEMIRO BATISTA DA SILVA FILHO Universidade Federal da Bahia - Salvador - Bahia - Brasil O Estudo das Patologias Cardíacas em Casos de Necropsias do Instituto Médico Legal de 2010 A 2011. INTRODUÇÃO: A doença cardiovascular é uma importante causa de morbidade e mortalidade e representam a principal causa de morte no Brasil e elevado gasto entre as internações hospitalares. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal, retrospectivo, com a revisão dos laudos cadavéricos e anatomopatológicos dos corações provenientes das necropsias realizadas em um Instituto Médico no período de 2010 a 2011, com o objetivo de identificar e caracterizar os tipos de patologias cardíacas, suas características anatomopatológicas e o perfil demográfico. Os dados descritivos foram dispostos de acordo com sua frequência absoluta e relativa entre as categorias, os dados numéricos foram descritos em termos de média e desvio padrão. RESULTADOS: Revisados 1194 casos, sendo 65, 9% homens e 34, 1% mulheres. A idade média dos indivíduos foi de 50, 92 anos. A média do IMC (índice de massa corpórea) foi de 24, 47. Em 69, 8% dos casos foram observadas uma ou mais das seguintes alterações morfológicas no coração: cardiomegalia, hipertrofia cardíaca, cardiopatia valvar, miocardites, infartos do miocárdio e fibrose. Quando se inclui entre as alterações morfológicas também os casos apenas com aterosclerose coronariana este número se elevou para 82, 1%. A alteração anatomopatológica a mais prevalente foi hipertrofia ventricular esquerda (HVE) observas em 42, 3% e em seguida cardiomegalia em 34, 5%. As miocardites foram observadas em 9, 1% (1, 6% miocardite crônica, 3, 9% de miocardite crônica com fibrose, 1, 9% de miocardite linfocítica, 1, 7% de miocardite aguda). Nas cardiopatias isquêmicas observou-se 8, 9% infarto antigo e 2, 7% dos casos de infarto agudo. A cardiopatia valvar foi diagnostica em 2, 6% dos casos, a valva aórtica foi a mais comprometida 46, 2% (estenose) e 13, 5% (insuficiência). CONCLUSÕES: O estudo obteve resultados condizentes com a literatura. A HVE apresentou alta prevalência teve associação estatisticamente significante com IMC, idade e fibrose do miocárdio. Outro dado de relevância para a nossa população, foi à presença de casos de miocardite crônica com fibrose, que pode representar miocardite chagásica. PO 055 Necrose Miocárdica Aguda na Cardiomiopatia Hipertrófica: Relato de Casos Carlos Alberto Gonçalves Máximo, Edileide de Barros Correia, Carolina Moreira Montenegro, Renato Borges Filho, Marcos de Oliveira Vasconcelos, Abílio Augusto Fragata Filho, Fabiano de Castro Albrecht, Kátia de oliveira Nunes Leal, Mercedes Maldonado, Paulo Chaccur INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL FUNDAMENTOS: Necrose Miocárdica Aguda, com elevação importante de troponina, é pouco descrita na literatura, sendo evento raro e pouco relatado. OBJETIVO: Descrever série de casos de pacientes (p) com CMH, que, na evolução, apresentaram necrose miocárdica aguda, evidenciada pela elevação de troponina. MÉTODOS: análise retrospectiva de 5 p, suas características clínicas e evolução. RESULTADOS: do total de 877 p acompanhados com CMH, 5 (0, 57%), procuraram atendimento de emergência por quadro de síndrome coronária aguda; 4 p do gênero feminino, com idades entre 21 a 78 anos(52, 8+26, 3); valores de pico de troponina variaram de 1, 55 a 140 ng/ml (50, 3 + 77, 6)( valor normal= 0, 12 ng/mL), eletrocardiograma (ECG) na admissão: 1p (20%) com supradesnível do segmento ST, 3 p (50%) com fibrilação atrial de alta resposta ventricular (FAARV) ou flutter atrial e 1p (20%) sem alterações agudas; 3 p(60%) apresentaram dor típica na admissão, enquanto 2p (40%) apresentaram dispnéia; 2p (40%) tinham obstrução intraventricular. Todos os p foram submetidos a coronariografia ou angiotomografia, sem demonstração de lesões significativas em 4 p. E 1p, evidenciou-se trombo na descendente anterior.Com relação a evolução, 2 evoluiram com disfunção ventricular importante, 1p evoluiu à óbito após o evento agudo e os demais evoluíram bem durante seguimento ambulatorial. DISCUSSÃO: A ocorrência e a etiopatogenia da necrose miocárdica aguda em pacientes com CMH são pouco relatadas na literatura. Nos casos descritos, observou-se correlação possível com taquiarritmia atrial (FAARV e Flutter atrial) que pode exacerbar o processo isquêmico subjacente, tanto pelo aumento do consumo de oxigênio, como pela possível ocorrência de embolia coronária, bem documentada em 1p. A evolução clínica posterior ao evento foi desfavorável em 40% dos casos. CONCLUSÃO: Necrose miocárdica aguda com elevação de enzimas cardíacas, pode ser considerada uma possibilidade evolutiva desfavorável na CMH, uma nova entidade clínica a ser reconhecida e valorizada. Cardiopediatria PO 056 DESFECHOS DE GRAVIDEZ EM MULHERES COM TETRALOGIA DE FALLOT Henrique Migliori Rodrigues da Rocha, Ana Regina Elmec, Indira Vieira Pereira Torres INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL OBJETIVOS Buscou-se determinar os resultados de desfechos da gravidez em pacientes com tetralogia de Fallot (T4F). FUNDO: Resultados da gravidez em pacientes com T4F não são totalmente definidos. Na literatura há apenas 01 trabalho relacionado ao tema (J Am Coll Cardiol 2004; 44:174-80) © 2004 pelo American College of Cardiology Foundation) MÉTODOS: Dados clínicos e obstétricos, foram revisados em protuários e com acompanhamento das pacientes com T4F durante e após a gravidez. RESULTADOS: Foram 55 gestações de um total de 29 pacientes (com idade média de 22, 7 anos e variando de 01 até 08 gestações por paciente); Do total de pacientes 27 tinham T4F corrigida (tempo médio pós operatório é de 15, 7 anos), 01 paciente sem correção pois a T4F era discreta e 01 paciente com cirurgias paleativas. Das 55 gestações houveram 12 abortos espontâneos (21, 8%) e 01 óbito fetal (1, 8%). Das 42 gestações bem sucedidas (tempo médio de gestação de 36 semanas e peso médio de 2656g), 09 recém nascidos foram prematuros (21, 4%), 11 pequenos para a idade gestacional (26, 1%), e 03 nasceram com malformação (7, 1%, 02 com T4F e 01 com Truncus Tipo I). Uma paciente teve complicações cardiovasculares durante a gravidez e que necessitou de valvoplastia pulmonar percutânea. CONCLUSÕES: As pacientes com T4F têm um risco aumentado de perda fetal quando comparadas a pacientes sem malformações cardíacas, e os seus descendentes são mais propensos a terem anomalias congênitas do que descendentes na população em geral. Eventos adversos maternos são raros, mas estas pacientes devem ter acompanhamento cardiológico e obstétrico mais de perto que o restante da população. PO 057 Avaliação dos perfis nutricional e metabólico de adolescentes atendidos em Unidade Básica de Saúde. Bonatto RC, Bonatto CPP, Fioretto JR, Corvino DM, Padovani CR Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Botucatu - Botucatu - SP Brasil, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP - Botucatu - SP - Brasil, Instituto de Biociências de Botucatu - UNESP - Botucatu - SP - Brasil Introdução: O expressivo aumento da prevalência de obesidade na faixa etária pediátrica tem determinado um incremento significativo dos casos de aparecimento de morbidades associadas ao excesso de peso como dislipidemia, resistência insulínica, diabetes, hipertensão arterial, que são fatores de risco para o desenvolvimento da doença aterosclerótica, que inicia na infância, progride na adolescência e acarreta doença cardiovascular no adulto. Objetivo: Descrever a prevalência de excesso de peso e o perfil metabólico de adolescentes atendidos durante o ano de 2010, em Unidade de Atenção Primária à Saúde. Métodos: Estudo descritivo de prevalência, transversal a partir de amostra de conveniência. Foi utilizado o software WHO AnthroPlus da Organização Mundial da Saúde para o cálculo do valor do escore z do IMC e considerado seus pontos de corte para classificação nutricional. Foi aplicada estatística descritiva, teste t de Student para variáveis contínuas, teste de Goodman para as variáveis categóricas e construídos intervalos de confiança de 95% para as proporções. Resultado: Foram atendidos 471 adolescentes, dos quais 36, 9% apresentaram excesso de peso (21, 4% sobrepeso, 13, 8% obesidade e 1, 7% obesidade grave). Foi observada diferença significativa na prevalência de obesidade no gênero masculino (20, 1%) em relação ao gênero feminino (11, 3%). Cento e trinta e oito adolescentes (29, 3%) foram submetidos a exames laboratoriais, realizados com maior frequência nos adolescentes com excesso de peso (44, 8%), que apresentaram prevalência maior (p <0, 05) de resistência periférica à insulina, maiores valores de triglicérides e menores de HDLc. Conclusão: O elevado nível de prevalência para o excesso de peso observado entre os adolescentes avaliados no presente estudo é preocupante e está de acordo com vários estudos nacionais e internacionais, assim como a maior prevalência de resistência insulínica e da dislipidemia observada nos adolescentes com excesso de peso. Há necessidade de avaliação do perfil metabólico de maior número dos adolescentes atendidos no serviço, pois menos de um terço dos adolescentes foi avaliado. Faz-se necessária a implantação urgente de medidas de intervenção/tratamento e prevenção com a adoção de programas com enfoque multiprofissional e intersetorial. 166 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 058 Perfil hemodinâmico de crianças do ensino fundamental. Cristiane Aparecida Moran, Fabiane Rosa Rezende Honda Marui, Melânia Aparecida Borges, Camila Maria Oliveira Tê, Simone Dal Corso, Maria Teresa Bombig, Maria Stella Peccin Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, Universidade Nove de Julho - São Paulo - SP - Brasil Introdução: Na população adulta a pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC) são preditores do risco cardiovascular, porém na população pediátrica estudos epidemiológicos ainda são escassos. O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil hemodinâmico de crianças do ensino fundamental. Método: Estudo transversal realizado com crianças de 7 á 11 (9 ± 0, 89) anos de idade, matriculadas em escolas da rede pública da cidade de São Paulo. A amostra foi composta por 272 crianças (127 meninos). Todas foram avaliadas no período da manhã por uma equipe de profissionais da saúde, composta por médica, enfermeira e fisioterapeutas. As aferições da PA e FC das crianças foram realizadas após cinco minutos de repouso, sentadas confortavelmente, sendo orientadas a não se movimentar e/ou se comunicar com o avaliador durante a aferição da pressão arterial (PA) e da FC. O aparelho OMRON (Automatic Blood Pressure Monitor) Modelo HEM 705CPINT foi utilizado na avaliação hemodinâmica das crianças. A coleta foi realizada com três aferições, com intervalos de 1 minuto, sendo que a média das duas últimas aferições foi utilizada para as análises. A classificação dos níveis pressóricos foi estabelecida de acordo com o percentil 95 das tabelas de medida casual para a idade, gênero e estatura, preconizada pela VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Os dados coletados foram expressos em média e desvio padrão, em mediana e intervalo interquartílico. Resultados: As crianças apresentaram pressão arterial sistólica (PAS) de 81, 5 mmHg a 144 mmHg (média 106 ± 11, 3), pressão arterial diastólica (PAD) de 42, 0 mmHg a 94, 5 mmHg (média 60 ± 7, 9), FC de repouso de 55 á 126 bpm (média 88 (±11, 8). Das 272 crianças avaliadas, 233 (86%) apresentaram PA normal e 39 (14%) apresentaram elevação da PA. A FC de repouso foi estratificada em quartile, sendo Q1 : < 80 bpm, 66 crianças (26 meninas e 40 meninos); Q2: 80 á 88 bpm, 67crianças (38 meninas e 29 meninos); Q3: 88 á 96 bpm, 68 crianças (30 meninas e 38 meninos) e Q4: > 96 bpm, 71 crianças (51 meninas e 20 meninos). Conclusão: A média da pressão arterial das crianças de 7 á 11 anos foi de 106 mmHg x 60 mmHg, a maioria apresentou PA normal, sendo a média da FC de repouso de 88 bpm. PO 059 Diversificando o cenário de prevenção da doença cardiovascular aterosclerótica - O papel social da Universidade Pública. Bonatto, CPP, Bonatto, RC, Cerqueira Filho, FJ, Padovani, CR FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, Instit. Biociências de Botucatu - UNESP - Botucatu - SP - Brasil, Centro de Saúde Escola - FMB - UNESP - Botucatu - SP - Brasil Introdução: A doença cardiovascular secundária à aterosclerose tem seu início na infância, progride na adolescência e acarreta doença cardiovascular no adulto. O reconhecimento e prevenção dos fatores de risco modificáveis, entre eles o excesso de peso e suas comorbidades, são de fundamental importância para diminuir as altas taxas de mortalidade e morbidade. Objetivo: Descrever a prevalência de sobrepeso, obesidade e obesidade grave em beneficiários de um projeto social e pedagógico, provenientes de famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de identificar crianças e adolescentes com fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na vida adulta com vistas a uma futura intervenção. Métodos: Estudo descritivo de prevalência, transversal. Realizou-se a avaliação nutricional das crianças e adolescentes, cujos responsáveis autorizaram a participação no estudo. O software WHO AnthroPlus da Organização Mundial da Saúde foi utilizado para o cálculo do valor do escore z do IMC e considerado seus pontos de corte para classificação nutricional. Foi realizada estatística descritiva, teste t de Student para variáveis contínuas, teste de Goodman para as variáveis categóricas. Resultados: Do total de 102 crianças e adolescentes avaliados, 39, 2% apresentaram excesso de peso, 19, 6% sobrepeso, 17, 6% obesidade e 1, 9% obesidade grave. Foi observada diferença significativa na prevalência de excesso de peso no gênero feminino (49, 9%) em relação ao gênero masculino (22, 2%). Conclusão: O elevado nível de prevalência para o excesso de peso observado entre as crianças e adolescentes avaliados está de acordo com vários estudos nacionais e internacionais. Este estudo fundamenta a implementação de ações de intervenção visando o envolvimento dos familiares nas questões de saúde das crianças e adolescentes, a reflexão sobre hábitos saudáveis de vida e alimentação, investimento em atividades físicas e esportivas e mudanças no cardápio do projeto. Cirurgia Cardiovascular PO 060 Apresentação de uma agulha de punção percutânea do coração para terapia celular. Nathan Valle Soubihe Junior, José Eduardo Krieger, André Schmidt, Agnes A. S. Albuquerque, Paulo R. B. Evora Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - USP RP. - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Estudos com células-tronco, embasados em dados laboratoriais, demonstram uma melhora funcional e diminuição de isquemia miocárdica quando utilizadas em animais com infarto agudo do miocárdio. Estudos em animais têm observado diferentes resultados em função da via utilizada para a injeção das células, havendo uma nítida superioridade de resultados quando as injeções são realizadas de forma transendocárdica, se comparadas ao método intracoronário. Essa apresentação tem por objetivo: Descrição de método de punção, realização de biópsia e injeção de células-tronco no miocárdio, objetivando a terapia celular. Método: O Instrumento de punção e injeção de material biológico é composto por uma agulha externa(1) de punção e injeção que contém na sua extremidade uma ponta romba(2), e que a aproximadamente cinco mm proximais apresenta orifícios múltiplos não cortantes de aproximadamente 0, 5mm de diâmetro, denominados orifícios de infusão (3). Internamente é dotada de um mandril com ponta cega que quando introduzido na agulha externa poderá mobilizar-se em seu interior de forma a preencher os orifícios laterais ocluindo-os ou liberando-os . Assim o instrumento pode ser utilizado para a injeção de material biológico. O procedimento de produção de micro lesões, é feito pela introdução do Mandril-Escova(4), dotado de micro cerdas é estruturalmente confeccionado de forma a preencher os orifícios com pequena exteriorização das cerdas (5). As microlesões tem papel fundamental na produção do Ambiente favorável a permanência das células infundidas no miocárdio por intermédio do mesmo instrumento (homing). Esses detalhes encontram-se representados na Figura abaixo. Conclusão. A técnica já está in vivo testada em modelo suíno que mostrou a sua viabilidade e segurança. PO 061 Estudo comparativo entre pacientes diabéticos submetidos à cirurgia com e sem circulação extracorpórea. Seguimento 5 anos. MASS III-Trial. Leandro Menezes Alves da Costa, Fernando Teiichi Costa Oikawa, Rodrigo Morel Vieira de Melo, Thiago Ovanessian Hueb, Cibele Larrosa Garzillo, Eduardo Gomes Lima, Paulo Cury Rezende, Desiderio Favarato, Luis Fernando Bernal da Costa Seguro, Roberto Kalil Filho Introdução: Pacientes diabéticos correspondem a aproximadamente um terço dos pacientes portadores de doença arterial coronária (DAC). Este grupo de pacientes apresenta elevado risco de complicações, incluindo mortalidade em curto e longo prazo, comparados com grupos de pacientes não diabéticos. Poucos dados estão disponíveis na literatura, comparando a ocorrência de eventos cardiovasculares adversos, imediato ou tardio, em pacientes diabéticos submetidos á revascularização miocárdica com e sem circulação extracorpórea (CEC). Objetivo: Analisar a ocorrência de eventos cardiovasculares em seguimento de longo prazo em pacientes diabéticos portadores de DAC estável com função ventricular preservada. Métodos: Durante um período entre, Janeiro de 2002 a Julho de 2008, foram randomizados 308 pacientes portadores de DAC multiarterial estável e Função Ventricular preservada, para serem submetidos, de forma randômica, á cirurgia de revascularização miocárdica com ou sem o auxilio do circuito de extracorpórea. Desses pacientes 155 receberam o tratamento com CEC e 153 pacientes foram operados sem o uso desse recurso. Dessa amostra, 110 pacientes eram diabéticos e foram alocados em: 56 pacientes operados com CEC e 54 pacientes operados sem CEC. Infarto do miocárdio não fatal, acidente cerebrovascular, morte por qualquer causa e necessidade de intervenções mecânicas (cirurgia ou angioplastia), foram considerados como eventos combinados para análise. Resultados: Os dois grupos randomizados foram pareados conforme as características demográficas, clínicas, laboratoriais e angiográficas. Após o seguimento de cinco anos, não houve diferença estatisticamente significativa entre a incidência de eventos combinados no grupo com CEC comparado ao grupo sem CEC. A sobrevivência livre de eventos combinados foi de 83, 7% e 93, 7%, respectivamente para os grupos com CEC e sem CEC (p=0, 15). Conclusão: Nessa amostra estudada, pacientes operados com o auxilio da CEC alcançaram a mesma incidência de eventos combinados comparados aos pacientes operados sem o auxílio desse circuito. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 167 PO 062 Utilização da Artéria Torácica Interna em Cirurgia de Revascularização Miocárdica VIVIAN LERNER AMATO, Pedro Farsky, Jorge Farran, Silmara Friolani, Julyana T. do Egito, Antônio Carlos Bianco, Carlos Gun, Renato Arnoni, Camilo Abdulmassih Neto, Roberta Souza INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamentos: Foi demonstrado na literatura que a utilização da artéria torácica interna (ATI) como enxerto em cirurgia de revascularização miocárdica (RM) está relacionada a melhor sobrevida a longo prazo e é também fator independente para menor mortalidade hospitalar. Métodos: Análise retrospectiva da utilização dos enxertos com ATI em cirurgia de RM isolada. Resultados: No período de 01/1999 a 12/2011, 7053 pacientes (p) foram submetidos à RM. Em relação às características: idade média 62, 2 anos, 69, 3% do sexo masculino, 83% hipertensos, 40, 1% diabéticos, 61, 5% dislipêmicos, 19, 7% tabagistas atuais, 5, 4% apresentavam doença carotídea (maior que 50%), 9, 2% insuficiência renal (creatinina > que 1, 5 mg/dl), 4, 7% com história de quadro neurológico prévio e 8, 4% com vasculopatia periférica. Em relação aos dados hemodinâmicos 24, 4% dos p apresentavam lesão de tronco de coronária esquerda, 5, 9% eram uniarteriais, 20, 1% biarteriais, 49, 4% triarteriais; 34, 4% apresentavam disfunção ventricular moderada ou grave. O enxerto com ATI foi utilizado em 90, 9% dos p, 92, 1% dos homens e 88, 3% das mulheres (p<0, 001), com crescimento ao longo dos anos, 75, 2% em 1999 e 96, 1% em 2011 (p<0, 001). O crescimento foi especialmente expressivo no sexo feminino (66, 9% em 1999 e 96, 3% em 2011) e em pacientes idosos (> 70a, 46, 8% em 1999 e 91, 5% em 2011). Na análise por regressão logística foram identificados como fatores independentes para maior utilização da ATI: o ano (1999 a 2011) OR=1, 19 (1, 16-1, 22 p<0, 001), presença de diabetes melito OR=1, 24 (1, 03-1, 50 p=0, 02), antecedentes familiares para coronariopatia OR=1, 33 (1, 03-1, 71 p=0, 02), dislipidemia OR=1, 20 (1, 05-1, 50 p=0, 01) e como fatores para não utilização da ATI: doença carotídea OR=0, 55 (0, 41-0, 75 p<0, 001), vasculopatia periférica OR=0, 74 (0, 55-0, 99 p=0, 04), disfunção ventricular moderada OR=0, 73 (0, 58-0, 92 p=0, 008) ou grave OR=0, 46 (0, 34-0, 61 p<0, 001), cirurgia de emergência OR=0, 50 (0, 31-0, 81 p=0, 005), homens idosos (>70 a) OR=0, 25 (0, 19-0, 31 p<0, 001) e mulheres idosas OR=0, 13 (0, 10-0, 17 p<0, 001).Conclusões: A utilização da ATI vem melhorando ao longo dos anos; o crescimento é bastante expressivo em mulheres e idosos; a idade (>70 a) associada ao sexo feminino mostraram-se como os fatores de maior importância para a não utilização deste enxerto. PO 063 INCIDÊNCIA DE ACV E INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL NO PÓSOPERATÓRIO DE CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO Lucas Regatieri Barbieri, ALEXANDRE GONÇALVES DE SOUSA, FABIO KIZNER DORFMAN, MARCELO LUIZ PEIXOTO SOBRAL, EVANDRO SBARAÍNI, GLAUCIO M S GEROMINO, DANIEL TROMPIERI, VITOR LUIZ HADDAD, GILMAR GERALDO DOS SANTOS, NOEDIR ANTONIO GROPPO STOLF HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL Introdução: É relatada associação significativa entre fibrilação atrial no pós operatório (FAPO) de cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) e maior incidência de acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal aguda (IRA) . A FAPO não é incomum no ambiente cirúrgico cardiovascular e interfere diretamente na evolução do paciente. Objetivo: Quantificar o aparecimento de AVC e IRA em pacientes que apresentaram FAPO. Material e Métodos: Coorte longitudinal, bidirecional, em pacientes submetidos à CRM de junho de 2009/julho de 2010, maiores de 18 anos. De um total de 3010 pacientes foram retirados 382 pacientes (com fibrilação atrial préo peratório e/ou cirurgias associados). Resultado: Os 2628 pacientes incluídos neste estudo foram divididos em dois grupos: grupo I, que não apresentou FAPO, com 2302 (87, 6%) pacientes; e grupo II, com 326 (12, 4%) que evoluiu com FAPO. A incidência de AVC nos pacientes foi de 1, 1% sem FAPO vs 4, 0% com FAPO (p<0, 001), o que se traduz numa chance 3, 6 vezes maior neste grupo de apresentar tal comorbidade. Quanto à incidência de IRA pós operatória, os números também foram altos: 12% dos pacientes com FAPO apresentaram IRA enquanto que este índice foi de apenas 2, 4% no grupo I (p<0, 001), ou seja, uma relação 5 vezes maior. Conclusão: Neste estudo verificouse alta incidência de AVC e IRA nos pacientes com FAPO, sendo as taxas maiores que as referidas na literatura. Podese no mínimo inferir que o conhecimento de tal doença é ferramenta que modificará diretamente a prevalência deste e outros eventos adversos decorrentes, resultando em melhor recuperação pósoperatória e sobrevida. PO 064 Elevação dos Marcadores de Necrose Miocárdica em ausência de Infarto Agudo manifesto após Revascularização Cirúrgica e Percutânea. MASS-V Trial Leandro Menezes Alves da Costa, Whady Hueb, Cesar Nomura, Alexandre Volney Villa, Rodrigo Morel Vieira de Melo, Fernado Teiichi Costa Oikawa, Paulo Cury Rezende, Cibele Larrosa Garzillo, Celia Maria Cassaro Strunz, Roberto Kalil Filho Introdução: a elevação de biomarcadores de necrose miocárdica após procedimentos de revascularização percutânea ou cirúrgica é frequente. Todavia a associação dessa elevação com a necrose miocárdica permanece sob debate. Além disso, o surgimento da Troponina de alta sensibilidade adicionou dificuldades no estabelecimento do diagnóstico. Por causa disso, assistimos a criação de uma nova definição universal para Infarto (IAM) após procedimentos de revascularização miocárdica. Com base nessa nova definição objetivamos avaliar a liberação desses biomarcadores após procedimentos de revascularização e compará-los com o surgimento de realce tardio observado por meio da Ressonância Magnética Cardíaca. Métodos: Pacientes portadores de doença multiarterial coronária estável e função ventricular preservada com indicação formal de revascularizaçãoforam incluídos. A avaliação da liberação de Troponina de alta Sensibilidadee CK-MB(massa) foi realizada imediatamente no pré e pós procedimento, 6, 12, 24, 36, 48 e 72 horas. Além disso, foi realizado a Ressonância Magnética Cardíaca antes e após procedimento bem como ECG sequencial. A 3ª definição universal de IAM pós-procedimento foi utilizada. Resultados: No total dos 64 pacientes iniciais, 44 (68, 8%) foram submetidos à revascularização cirúrgica e 20 (31, 2%) ao tratamento percutâneo. A presença de realce tardio ocorreu em 14 (21, 9%) de todos os pacientes, sendo 13 integrantes do grupo cirúrgico e 1 do grupo percutâneo. Desses 14 pacientes, 7(50%) apresentaram elevação de CKMB e 100% de Troponina acima dos limites diagnósticos. No grupo dos pacientes sem novo realce tardio na ressonância magnética cardíaca, 5(10%) apresentaram elevação de CKMB e 42 (84%) elevação de Troponina. Baseado nos critérios diagnósticos atuais, a Troponina exibiu sensibilidade de 100% e especificidade de 16%, com valor preditivo positivo (VPP) de 25% e valor preditivo negativo (VPN) de 100%. A CKMB apresentou sensibilidade de 50% e especificidade de 90%, com VPP de 58% e VPN de 87%. Conclusão: Nessa amostra estudada, a Troponina esteve anormalmente elevada em ausência de realce tardio revelado pela Ressonância Magnética Cardíaca. Esses dados sugerem que são necessários novos limites enzimáticos para o adequado diagnóstico do IAM pós-procedimento. PO 065 Avaliação da revascularização cirúrgica do miocárdio em pacientes dialíticos no período intra-hospitalar. Matheus Miranda, Nelson Américo Hossne Jr., José Osmar Medina de Abreu Pestana, José Honório de Almeida Palma da Fonseca, Enio Buffolo ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIFESP - SAO PAULO - SAO PAULO - BRASIL INTRODUÇÃO: Insuficiência renal crônica é fator de risco independente para o desenvolvimento de coronariopatias e suas complicações. A cirurgia de revascularização do miocárdio tem mostrado maior sobrevida a longo prazo e menor risco de infarto do miocárdio e morte cardiovascular quando comparada à angioplastia em pacientes insuficientes renais crônicos dialíticos, porém a intervenção cirúrgica ainda apresenta elevada morbidade e mortalidade. OBJETIVOS: Analisar os resultados da cirurgia de revascularização do miocárdio em pacientes insuficientes renais crônicos em diálise, assim como complicações da fase imediata, procurando identificar as suas causas e definir condutas no perioperatório. MATERIAL E MÉTODOS: até o momento foram analisados os prontuários médicos de 50 pacientes consecutivos, não selecionados e em estudo retrospectivo, submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio em um complexo hospitalar público universitário terciário. A idade média foi de 56, 8±10, 0 anos, 70% eram do sexo masculino. Foram estudadas as características demográficas e clínicas, dados intraoperatórios e complicações pós-operatórias no período de internação desses pacientes. RESULTADOS: O uso de circulação extracorpórea foi necessário em vinte (40%) dos pacientes, sendo o tempo médio de CEC de 87, 8±28, 6 minutos e tempo médio de pinçamento aórtico de 57, 3±20, 0 minutos. O número de artérias coronárias revascularizadas por paciente foi de 2, 2±0, 8. A permanência média UTI foi de 6, 8±7, 5 dias e o período de internação de 12, 3±9, 4 dias. Como complicações foram observados catorze casos (28%) de fibrilação atrial, sete (14%) casos de infecção, quatro (8%) casos de infarto agudo do miocárdio pós-operatório, seis casos (12%) de síndrome vasoplégica e problemas de incisão e um caso (2%) de acidente vascular encefálico isquêmico. Foram necessárias três reexplorações cirúrgicas. Ocorreram sete óbitos intra-hospitalares, todos no período pós-operatório. DISCUSSÃO: aguarda final da análise estatística (03/2013). CONCLUSÃO: Com os resultados obtidos até o momento, observamos elevada morbimortalidade hospitalar, devendo ser considerados os aspectos metabólicos especias neste grupo de pacientes para a orientação das condutas no perioperatório. 168 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 066 A influência da lesão carotídea no pós operatório imediato de Cirurgia de Revascularização Miocárdica e sua evolução tardia Calero SR, Oliveira DP, Arantes FBB, Batista CC, França JID, Petisco AC, Friolani SC, Barbosa JEM, Assef JE, Farsky PS INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Fundamento: Acidente vascular encefálico (AVE) é uma grave complicação da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Cerca de 30% dos AVE perioperatórios são decorrentes de lesões carotídeas, sem redução de risco confirmada por intervenção perioperatória. Objetivos: Avaliar o impacto da doença carotídea e intervenção perioperatoria nos pacientes submetidos a CRM. Métodos: Estudo retrospectivo observacional, sendo avaliados 1.169 pacientes com idade ≥ 65 anos submetidos à CRM entre janeiro de 2006 e dezembro de 2010, acompanhados por média de 49 meses. Todos foram submetidosà ultrassonografia de carótidas prévio à CRM. Definiu-se doença carotídea quando lesão ≥ 50%. O desfecho primário foi composto pela incidência de AVE, acidente isquêmico transitório (AIT) e óbito por AVE. Resultados: A prevalência da doença carotídea foi de 19, 9% dos pacientes. A incidência do desfecho primário entre portadores e não portadores foi 6, 5% e 3, 7% respectivamente (p=0, 0018). Nos primeiros 30 dias, ocorreram 18, 2% dos eventos. Relacionaram-se a doença carotídea: disfunção renal (OR 2, 03, IC95% 1, 34-3, 07; p<0, 01), vasculopatia periférica (OR 1, 80, IC95% 1, 22-2, 65; p<0, 01) e infarto do miocárdio prévio (OR 0, 47, IC95% 0, 35-0, 65; p<0, 01). Quanto ao desfecho primário, foi associado AIT prévio (OR 5, 66, IC95% 1, 67-6, 35; p<0, 01) e disfunção renal (OR 3, 28, IC95% 1, 67-6, 45; p<0, 01). Nos pacientes com lesão ≥70%, a intervenção carotídea perioperatoria apresentou incidência de 17% no desfecho primário contra 4, 3% na conduta conservadora (p=0, 056) sem diferença entre abordagens percutânea e cirúrgica (p=0, 516). Conclusão: A doença carotídea aumenta o risco para AVE, AIT ou morte por AVE na CRM. Entretanto, a intervenção carotídea não foi relacionada à redução do desfecho primário. PO 067 Análise eletrofisiológica do sistema de condução cardíaco durante o implante de próteses transcateter Braile Inovare em posição aórtica nilton jose caneiro da silva, Diego Gaia dos Santos, Joao Roberto Breda, Angelo de Paola, Jose Augusto Marcondes, Murilo Macedo, Aline Couto, Enio Buffolo, Jose Honorio Palma da Fonseca HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Introdução: O bloqueio átrio ventricular constitui complicação frequente em diversas séries após TAVI, chegando a 40% em alguns relatos. A despeito do avanço que a técnica trouxe, o risco de um evento bradiarrítmico agudo, a necessidade de nova intervenção para implante de marcapasso e a influência do estimulo artificial na função ventricular a longo prazo são complicações de morbidade conhecidas. Até o momento não estão documentadas as possíveis alterações no sistema de condução durante o implante da prótese Braile Inovare. Objetivo: Avaliar o sistema excito condutor elétrico cardíaco durante o implante de próteses transcateter Braile Inovare. Métodos: Sete pacientes com indicação de implante transcateter de valva aórtica foram submetidos à avaliação eletrofisiológica antes, durante e imediatamente após o implante valvar. Através de punção em veia femoral e introdutor 7 french, posicionamos cateteres multipolares (quadripolar e decapolar deflectiveis) para registro e medida de eletrogramas locais em átrio direito, anel tricúspide, feixe de His e ventrículo direito . Realizamos medidas basais, com especial atenção ao intervalo His-Ventriculo (nl até 55ms); aferição da função sinusal (TRNS), ponto de wenckebach anterógrado e retrógrado (Figura 2). A liberação protética foi realizada com auxílio de estimulação ventricular rápida (200bpm) com o próprio cateter de eletrofisiologia.Resultados :O implante foi possível em todos os casos com controle ecocardiográfico satisfatório. Não houve registro de BAVT, ou indução de taquiarritmia durante procedimento . Em um paciente, logo após a dilatação notamos BAV 1 grau (160ms – 400ms) transitório e revertido após 1 minuto. Não houve diferença estatística nas medidas eletrofisiológicas no pré e pós dilatação, sem evento clínico de BAV, comum em séries anteriores com outras próteses. Conclusão: O implante transcateter utilizando a prótese Braile Inovare não causou alterações significativas no sistema de condução, conferindo possível vantagem na utilização deste dispositivo. Séries maiores necessitam ser realizadas com o objetivo de documentar tal achado. PO 068 Miectomia transapical para o tratamento da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva. Fernando Teiichi Costa Oikawa, Paulo C Rezende, Sergio Ferreira, Carlos A W Segre, Cibele L Garzillo, Eduardo G Lima, Alexandre C Hueb, Thiago O Hueb, Jose A F Ramires, Roberto Kalil Introdução A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença genética associada a morte súbita ou a sintomas clínicos relacionados a hipertrofia da cavidade ventricular. Seu tratamento baseia-se na terapia medicamentosa. Entretanto, pacientes com sintomas limitantes a despeito do tratamento medicamentoso podem beneficiar-se de terapias intervencionistas. A cirurgia é o tratamento padrão e é classicamente realizada por uma abordagem transaórtica. Esta está associada a algumas complicações e pode apresentar limitações técnicas quando a hipertrofia encontra-se confinada a região médio-apical do ventrículo esquerdo (VE). Objetivo Descrever uma nova abordagem cirúrgica para o tratamento da cardiomiopatia hipertrófica. Relato de Caso Mulher de 63 anos internada com história de dor no peito e piora progressiva da dispnéia. Relatava história de angina instável há 8 anos coronariografia revelou oclusão distal da artéria descendente anterior, sendo mantida em tratamento medicamentoso e um novo episódio há 3 anos tratado com angioplastia da artéria circunflexa. Mantevese assintomática por 2 anos, quando voltou a apresentar episódios de desconforto retroesternal, aos esforços moderados, associado à dispnéia. Não houve melhora dos sintomas, mesmo após 3 classes de medicações anti-anginosas. Á admissão hospitalar encontrava-se estável. O ecocardiograma revelou função sistólica do VE normal FEVE 0, 75, hipertrofia concêntrica importante, maior na região médio-apical. A ressonância magnética cardíaca (RMC) confirmou a hipertrofia grave dos segmentos medios do VE 24mm e obstrução da cavidade durante a sístole. A angiografia coronária revelou oclusão crônica da artéria descendente anterior, sem outras lesões significantes. A ventriculografia revelou hipertrofia importante da região médioapical e gradiente intraventricular de 100mmHg. Devido dificuldades técnicas e riscos associados a abordagem transaórtica, optou-se pela abordagem transapical. Evoluiu com boa recuperação após a cirurgia e melhora dos sintomas. A RMC realizada posteriormente não evidenciou a obstrução da cavidade ventricular durante a sístole. Conclusão O procedimento transapical para o tratamento da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva é uma opção técnica em pacientes com grave hipertrofia das regiões médio e apical do VE. PO 069 Melhora da contratilidade regional e global do ventrículo esquerdo após a cirurgia de revascularização do miocárdio: correlação entre a perfusão miocárdica, a lesão anatômica e o tratamento realizado. Bruno Leite, Bruno Menezes, Carlos Tome, Larissa Berreta, Percy Taborga, Pedro Farsky INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL A identificação de áreas de isquemia e fibrose é comum antes da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) em pacientes com disfunção ventricular. Buscamos avaliar a recuperação da contratilidade regional e global do VE, em pacientes com disfunção ventricular grave, de etiologia isquêmica, submetidos à CRM, e os fatores implicados nesta melhora.Foram avaliados pacientes com disfunção ventricular grave de etiologia isquêmica, submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica, com cintilografia de perfusão miocárdica pré e pós operatória. O desfecho primário do estudo é a melhora da função global do ventrículo esquerdo igual ou superior a 5%. Foram selecionados 30 pacientes, com idade média dos pacientes foi de 58 ± 7 anos. A melhora da FEVE não foi alcançada de forma significativa (FEVE pré 33, 2 ± 11, 9 e FEVE pós 34, 2 ± 14, 5, p=0, 397. Foi observado melhora da FEVE nos pacientes com redução de área isquêmica e ausência de aumento da área de fibrose. CRM também não se associou com redução do volume diastólico final (VDF) . Ocorreu redução na quantificação de isquemia após a intervenção cirúrgica, as custas de redução isquêmica principalmente dos segmentos anterior e inferior (p=0, 002 e p=0, 001 respectivamente). Porém esta queda na isquemia não esteve relacionada diminuição do defeito perfusional total, uma vez que ocorreu um concomitante aumento da área de fibrose entre os dois exames (17, 8% ± 9, 8 e 28, 335 ± 10, 4, p=0, 009.).Análise da curva ROC encontrou para um aumento de 3, 5 % no defeito perfusional total, sensibilidade de 77, 8 % e especificidade de 100%, com acurácia de 86, 4% para predizer o não aumento de FEVE em mais de 5% na população estudada. Nesta amostra de pacientes com disfunção ventricular grave, de etiologia isquêmica, submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica, não foi observada melhora da fração de ejeção do ventrículo esquerdo à cintilografia de perfusão miocárdica. Observou-se melhora da FEVE quando associado e redução de área isquêmica e ausência de aumento de fibrose acima de 3, 5%. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 169 PO 070 IMPLANTE DE VALVA AÓRTICA VIA TRANSAPICAL EM PACIENTE ADULTO JOVEM COM AORTA ASCENDENTE CALCIFICADA “EM PORCELANA” LEANDRO CORDEIRO PORTELA, MAURO SÉRGIO VIEIRA MACHADO, JOSÉ ANTÔNIO DE LIMA NETO, CARLOS ALBERTO GONNELLI, VICTOR LUIZ SANTOS HADDAD, NOEDIR ANTONIO GROPPO STOLF, PAULO MARCELO BARBOSA MESQUITA, GILMAR GERALDO DOS SANTOS HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL Na maioria dos adultos com Estenose Aórtica calcificada, a Troca da Valva Aórtica é o tratamento cirúrgico de escolha. Alguns casos principalmente nas reoperações, o risco predito por diversos escores pode alcançar patamares que justifiquem contra-indicação ao procedimento atingindo 6-15% de mortalidade. O implante minimamente invasivo transapical sem uso de circulação extracorpórea tornou-se uma alternativa viável e de menor morbi-mortalidade nesses pacientes. Apresentamos o implante de valva aórtica minimamente invasiva transapical sem circulação extracorpórea como alternativa a cirurgia de troca de valva aórtica convencional nos pacientes com aorta calcificada. Paciente com estenose aórtica grave sintomática e aorta ascendente calcificada “em porcelana” sendo impossibilitado o tratamento de troca de valva aórtica convencional. Após uma pequena toracotomia anterolateral, sob visão ecocardiográfica e fluoroscopia, cateter-balão com endoprótese valvada Braile foi posicionado e liberado sob alta freqüência ventricular. Após implante realizou Ecocardiograma Transesofágico que mostrou prótese com boa função, sem escapes ou insuficiência. A paciente em questão apesar de não possuir escore de risco importante (EUROscore = 6, 77%) apresentava aorta ascendente calcificada e passado de radioterapia mediastinal se tornando uma indicação ao procedimento. Também, não apresentava contraindicações sendo o diâmetro valvar aórtico de 17 mm; valva trivalvulada nãocalcificada; presença de Dupla lesão aórtica com predomínio de estenose; cirurgia cardíaca anterior com mais de 6 meses; e ausência de comorbidades importantes. O implante de bioprótese transapical montada em cateter sem CEC mostrou benefícios a essa paciente com aorta ascendente calcificada impossibilitando o procedimento convencional. PO 071 ESTUDO COMPARATIVO DOS PACIENTES DIABETICOS E NÃO DIABÉTICOS SUBMETIDOS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO. RESULTADOS INTRA HOSPITALARES. Luiza Helena Miranda, JORGE A. FARRAN, MARCO ANTONIO O. BARBOSA, EDSON R. ROMANO, ENILTON S. T. DO EGITO, ILANA P. DE CARVALHO, PAULO CESAR F. DIAS FILHO HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL OBJETIVO:Pacientes diabéticos (DM) apresentam maior morbidade, como internação prolongada, infecções, insuficiência respiratória, complicações renais e cerebrais. No entanto, não há maior mortalidade, exceto nos pacientes sem diagnóstico prévio. Embora os riscos sejam maiores, a cirurgia de revascularização resulta em melhor qualidade de vida e sobrevida em relação a angioplastia percutânea conforme demonstrado no estudo FREEDOM. Nosso objetivo foi comparar os resultados intra hospitalares entre os pct DM e não DM submetidos a revascularização cirúrgica do miocárdio (RM). METODOLOGIA E RESULTADOS: Realizamos um estudo caso-controle do banco de dados de um hospital privado, foram incluídos 959 pct submetidos a RM no período de 01/2008 a 01/2013. Analisamos as variáveis clinicas e os desfechos clínicos intra hospitalares separados de acordo com a presença ou ausência de diabetes mellitus conforme tabela anexa. Consideramos como portador de diabetes aqueles pct que faziam uso domiciliar de hipoglicemiantes orais ou de insulina. A presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e insuficiência renal crônica (IRC) apresentaram uma prevalência maior no grupo de pct diabéticos, todas as outras variáveis não tiveram diferença significativa. Para análise estatística utilizamos o teste do Quiquadrado considerando estatisticamente significativo quando p<0, 05. CONCLUSÃO. Pacientes com diabetes apresentaram maior prevalência de hipertensão arterial sistêmica e a insuficiência renal crônica, esta associação pode ter contribuído para um aumento na incidência de acidente vascular cerebral isquêmico. PO 072 Fatores associados a mortalidade após 30 dias em pacientes submetidos a Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM) – Registro REVASC ALEXANDRE GONCALVES DE SOUSA, GILMARA SILVEIRA DA SILVA, FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO, RAQUEL FERRARI PIOTTO, ANTONIO ALCEU DOS SANTOS HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL Introdução: A mortalidade hospitalar após a CRM tem permanecido estável nos últimos anos. A busca por fatores que influenciam o prognóstico pode ajudar na indicação cirúrgica bem como na conduta clínica, além de guiar a evolução. Objetivo: Avaliar os fatores preditivos independentes (análise estatística multivariada) de mortalidade após 30 dias de pós-operatório da CRM. Material e métodos: Foram incluídos prospectivamente em um banco de dados eletrônico informações de pacientes submetidos a CRM no Hospital, no período de julho de 2009 a julho de 2010. O total da amostra desse estudo foi de 3010 pacientes. Os dados foram avaliados através do modelo de regressão logística com processo de seleção de variáveis “stepwise”. Resultados: O sexo masculino era 69, 9% da amostra com idade média de 62, 2 anos e mortalidade após 30 dias foi de 4, 3%. Como fatores preditivos (associação positiva com mortalidade): a CRM associada a outros procedimentos (OR de 7, 5), a IRC dialítica (OR 6, 5) a presença de IC no pré-operatório (OR de 3, 7), a IRC não dialítica (OR = 2, 4), a transfusão de concentrado de hemáceas (OR=2, 0) e a idade (OR=1, 04). Como fatores protetores (associação negativa com mortalidade) a presença do diagnóstico de dislipidemia no pré operatório (OR = 0, 5) e o uso da artéria torácica interna (OR=0, 4) foram associadas a menor mortalidade após 30 dias da cirurgia. No caso da dislipidemia os pacientes com este diagnóstico tinham significativamente mais uso de estatina (73, 7% VS 61, 5% p<0, 001). Conclusão: A idade, presença de IRC, a presença de ICC, a CRM associada e a transfusão de CH estão associadas a uma maior mortalidade em CRM. O uso de ATI é fator protetor. A presença de dislipidemia foi encontrado como fator protetor, potencialmente pela associação com uso de estatina. PO 073 Avaliação da Qualidade de Vida (QV) após um ano da Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM) através do EUROQOL-5D. Registro REVASC ALEXANDRE GONCALVES DE SOUSA, RAQUEL FERRARI PIOTTO, GILMARA SILVEIRA DA SILVA, FLÁVIA CORTEZ COLÓSIMO HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - SP - BRASIL Introdução: A melhora da qualidade de vida é objetivo importante após a CRM. A melhoria de QV deve ser almejada como um dos objetivos principais neste cenário. Avaliamos a QV através de questionário de qualidade de vida antes do procedimento e após um ano da CRM. Material e métodos: O registro REVASC é um estudo transversal com coleta de dados prospectiva de pacientes submetidos a CRM com acompanhamento dos eventos até um ano após o procedimento. Foi utilizado o questionário de avaliação de QV EuroQol 5D, com 5 dimensões de qualidade de vida: mobilidade, cuidados pessoais, atividades pessoais, dor ou mal estar e ansiedade/depressão. Somente pacientes com avaliação pré e após um ano foram incluídos na análise. Resultados: Foram incluídos prospectivamente em um banco de dados eletrônico informações de 3010 pacientes submetidos a CRM no período de julho de 2009 a julho de 2010. 977 pacientes compunham a avaliação de QV pré-cirurgia, sendo excluídos 105 (81 óbitos e 14 sem contato de um ano). O total de 872 pacientes foram incluídos nesta análise (28, 9% do banco). Conforme observado no gráfico 1, ocorreu melhora em todas as dimensões nas distribuições das categorias antes da cirurgia e após um ano, sendo a mais evidente a melhoria nas dimensões (taxa antes e depois): atividades habituais – não tenho problemas em desempenhar minhas atividades habituais (60, 3% para 84, 5%) e mobilidade - não tenho problemas para andar (68, 7% para 90, 6%). Na seqüência ansiedade / depressão – não estou ansioso/deprimido (de 55, 5% para 71, 4%), dor / mal estar – não tenho dores ou mal estar (45, 8% para 61, 1%) e cuidados pessoais – não tenho problemas com meus cuidados pessoais (89, 9% para 96, 7%). Outros resultados estão descritos no gráfico. Conclusões: Ocorreu melhora significativa da qualidade de vida em todas as dimensões registradas pelo EuroQol 5D após uma no do procedimento. Este estudo reitera o impacto positivo em termos de QV em pacientes submetidos a CRM no nosso meio. 170 VARIÁVEIS n SEXO MASCULINO HAS DSLP RM PREVIO ATC PREVIO IRC Fração ejeção < 50% MORTALIDADE AVC SANGRAMENTOS INFARTO MIOCARDIO DIABETICOS 340 )82%( 280 )87%( 299 )65%( 221 )6%( 21 )19%( 66 )6%( 20 )11%( 38 )2%( 7 )5%( 18 )19%( 65 )6%( 21 NÃO DIABETICOS 619 )82%( 509 )80%( 498 )61%( 379 )5%( 33 )15%( 97 )2%( 12 )9%( 56 )3%( 20 )1%( 10 )21%( 135 )4%( 28 p valor 96 ,0 004 ,0 27 ,0 69 ,0 16 ,0 002 ,0 34 ,0 39 ,0 002 ,0 36 ,0 33 ,0 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Doença Arterial Coronária PO 074 Ultrassonografia de Artérias Carótidas no Préoperatório de Cirurgia de Revascularização Miocárdica. Análise sobre Critérios Preditivos. João Gabriel Kosmiskas, Caio Brito Vianna, João Fernando Ferreira, José Augusto Monteiro, Alexandre Costa Pereira, Luis Alberto Dallan, Luiz Antonio Cesar INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Organizações de diversos países apresentam diferentes recomendações sobre ultrassonografia de artérias carótidas no pré-operatório de Cirurgia de Revascularização Miocárdica. Exceto o critério idade (≥75 anos), este Hospital Terciário utiliza os mesmos critérios do recente Consenso da Sociedade Européia de Cardiologia, embora possua apenas Nível-C de Evidência. Avaliamos o valor preditivo destes critérios. Métodos: Em levantamento retrospectivo, num período de 7 anos consecutivos, selecionamos pacientes que realizaram ultrassonografia pré-operatória e que tinham um ou mais dos seguintes critérios: idade ≥70; obstrução ≥50% do tronco da artéria coronária esquerda (TCE); sopro carotídeo; história de acidente vascular cerebral ou de ataque isquêmico transitório (AVC/AIT), doença arterial periférica (DAP). Pacientes com estenose valvar aórtica ou doença arterial de carótidas previamente diagnosticada não foram incluídos. Análise Estatística: Preditores independentes de obstrução carotídea ≥50% foram analisados por regressão logística, incluindo os 5 critérios, independente de análise univariada. Resultados: De 6228 cirurgias, 1059 pacientes foram selecionados. Todos os 5 critérios foram preditores independentes: idade ≥70 (OR=2, 1; 95%-CI 1, 5-2, 9; p<0, 001), TCE ≥50% (OR=1, 8; 95%-CI 1, 3-2, 5; p=0, 001), sopro carotídeo (OR=6, 1; 95%-CI 2, 2-16, 7; p<0, 001), AVC/AIT (OR=2, 3; 95%-CI 1, 5-3, 7; p<0, 001), DAP (OR=3, 2, 95%-CI 2, 1-5, 0; p<0, 001). Ao menos uma obstrução ≥50% foi observada em 23, 0%, ao menos uma obstrução ≥70% em 9, 7%, e obstruções bilaterais ≥70% em 2, 3% dos pacientes. Optou-se por endarterectomia de carótidas na mesma cirurgia em 10 pacientes (0, 9%) e, além destes, houve 16 casos de AVC/AIT (1, 5%) no pós-operatório. Conclusões: Todas as recomendações adotadas foram preditores independentes, fato relevante em auxílio ao planejamento cirúrgico. PO 076 Solicitação de testes complementares após teste ergométrico: diferenças entre cardiologistas e não cardiologistas MARCIO SOMMER BITTENCOURT, Mitalee Patil, Edward Hulten, Hicham Skali, Raymond Kwong, Jon Hainer, Daniel Forman, Sharmila Dorbala, Marcelo Di Carli, Ron Blankstein Brigham and Women’s Hospital - Boston - MA - EUA Introdução: Os testes ergométricos (TE) tem alta taxa de exames inclonclusivos, e muitos deles necessitam de investigação complementar subsequente. O objetivo do presente trabalho é avaliar se a especialidade do médico que solicita o teste ergométrico influencia a solicitação subsequente de outros testes para avaliação de doença coronária (DAC). Métodos: todos os pacientes sem história previa de DAC (N=3.651) submetidos a um TE por indicação clinica em um hospital terciário entre 2009 e 2010 foram incluídos no presente estudo. Todos os exames complementares para investigação de DAC (incluíndo cintiolografia de perfusão miocardica com estress, PET, resonancia magnética com estresse farmacológico, ecocardiograma de estresse, angiotomografia de artérias coronárias e angiografia invasiva) realizados nos 6 meses após o TE foram coletados e incluídos na presente análise. O médico solicitante do teste foi classificado como cardiologista ou não cardiologista. Resultados: O TE foi negativo em 2876 (79%) casos, positivo em 132 (3.6%) e inconclusivo em 643 (18%) pacientes. Pacientes encaminhados por não cardiologistas tiveram taxa de TE normais (78.8% vs. 78.8%), positivos (3.6% vs. 3.7%) e inconclusivos semelhante aos cardiologistas (17.7% vs. 17.5) (p=0.998), As taxas de exames invasivos e não invasivos solicitados encontrase-se na figura. Conclusão: Pacientes em que o TE foi solicitado por cardiologista tem uma menor probabilidade de realizarem testes subsequentes para investigação de DAC. O menor número de exames ocorreu principalmente em casos de TE positivo ou inconclusivo. Estes resultados tem potencial implicação clínica na redução de custos e exames complementares solicitados. PO 075 Influência do consumo de café nas arritmias (ventriculares e supraventriculares) de voluntários com doença coronária. Machado Cesar, LA, Miguel A Moretti, Reynaldo V Amato, Cesar J Grupi, Vera L F O Tuda, Roberto Kalil Filho, José A F Ramires, Bruno M Mioto INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamento: Estudos prévios sugerem que o consumo de café poderia determinar elevação na freqüência de extrassístoles, principalmente supraventriculares. Objetivo: O objetivo do estudo é avaliar a freqüência de extrassístoles ventriculares (EV) e supraventriculares (ESV) com o consumo café. Métodos: Estudo prospectivo no qual foram avaliados 35 indivíduos com doença arterial coronária, sendo 28 homens e 7 mulheres, com idade média de 64, 7 ± 6, 6 anos. Após 3 semanas de “washout” progressivo de bebidas e alimentos contendo cafeína orientado por nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o consumo de café filtrado primeiro com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas e então com “cross-over” para o outro tipo, com um período total de 8 semanas de consumo de café. O café foi fornecido aos pacientes, sendo o mesmo tipo de café do mesmo produtor e com a forma de preparo padronizada. O consumo diário de café foi estabelecido entre 450-600ml/dia. Após período de “washout” (basal) e após cada período de tomada de café por tipo de torra, os pacientes foram submetidos a eletrocardiografia dinâmica (Holter). Analisou-se: número total de EV, número total de ESV, número de EV/hora e número de ESV/hora. Foi utilizado o teste de Friedman. Resultados: Os valores médios ± DP estão listados na tabela abaixo. EV EV/Hora ESV ESV/Hora Basal Torra Escura 2 ,2.408 ± 26 ,838 4 ,629 ± 03 ,240 7 ,104 ± 03 ,37 8 ,27 ± 60 ,10 7 ,195 ± 20 ,76 6 ,216 ± 57 ,103 5 ,8 ± 57 ,3 2 ,10 ± 74 ,4 Torra Média 1 ,3.762 ± 74 ,864 5 ,163 ± 29 ,37 9 ,279 ± 06 ,98 0 ,13 ± 71 ,4 p 083 ,0 086 ,0 501 ,0 602 ,0 Conclusões: Nessa amostra de pacientes com doença arterial coronária não houve influência do consumo de café na freqüência de EV e de ESV. PO 077 ÁCIDO ÚRICO: VILÃO OU EXPECTADOR NA DOENCA ARTERIAL CORONARIANA? Marcelo Bettega, Aniele Cristine Ott Clemente, André de Castro Linhares, Deize Caldeira, Mirnaluci Paulino Ribeiro Gama, Paulo Roberto Ferreira Rossi Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - Curitiba - Paraná - Brasil INTRODUÇÃO: A possível relação entre ácido úrico e extensão e gravidade da doença arterial coronariana ainda é incerta, mesmo com a tecnologia disponível atualmente. Por outro lado, hiperuricemia vem sendo cada vez mais relacionada com o aparecimento de síndrome metabólica, importante fator de risco para aterosclerose. O objetivo do presente estudo é determinar a relação entre níveis séricos de ácido úrico e extensão e gravidade de doença arterial coronariana. MÉTODOS: Estudo prospectivo com 150 pacientes admitidos consecutivamente por síndrome coronariana aguda. Os pacientes foram divididos em diabéticos, hiperglicêmicos e controles. O perfil metabólico utilizado para comparação constituiuse em idade, sexo, glicemia de admissão, glicemia de jejum, medida da circunferência abdominal, presença de hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, CK-MB atividade, proteína C reativa ultra-sensível e óbito. Para separar os pacientes foram utilizadas medidas de glicemia de admissão e jejum. A doença coronariana foi avaliada por cateterismo cardíaco. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Foram utilizados os testes do Qui-quadrado para variáveis categóricas e teste de correlação linear de Pearson para as variáveis númericas. Para as comparações entre mais de dois grupos, foi utilizada análise de variâncica (ANOVA) e teste de comparações múltiplas de Tukey. Para todas estas comparações, foi considerado um nível de significância de p<0, 05. A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa GraphPad Prism 5. RESULTADOS: Dos 150 pacientes, 40, 2% eram hiperglicêmicos, 33, 8% diabéticos e 26% controles. Não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de ácido úrico, distribuição por sexo, presença de HAS ou dislipidemia, valores de PCR e óbito. Diabéticos apresentaram valores significativamente maiores de CK-MB atividade e circunferência abdominal. Os níveis de ácido úrico não se correlacionaram com extensão ou gravidade da doença coronariana avaliada por cateterismo cardíaco. CONCLUSÃO: Ácido úrico não correlaciona-se com extensão e gravidade da doença arterial coronariana. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 171 PO 078 O paradoxo dos fumantes : é aplicável aos estudos atuais ? ANA CHRISTINA VELLOZO CALUZA, ERYCA VANESSA SANTOS DE JESUS, DANIELA BAGGIO R. MARTINS, LILIANE ROCHA, LIVIA MATOS, AMAURY ZATORRE AMARAL, JOSÉ MARCONI ALMEIDA DE SOUSA, EDSON STEFANINI, CLAUDIA MARIA RODRIGUES ALVES, ANTONIO CARLOS DE CAMARGO CARVALHO HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL FUNDAMENTO: A Organização Mundial da Saúde define paradoxo dos fumantes como sendo a mortalidade menor nos fumantes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivel de ST (IAMCSST), principalmente tratados com fibrinolítico quando comparados aos não fumante.A prevalência de fumantes ativos em pessoas com IAMCSST continua elevada em nosso meio.OBJETIVOS: Averiguar a presença do paradoxo em uma amostra de pacientes com IAMCSST e se há diferença significante da mortalidade quando tratados com terapêutica fibrinolítica ou angioplastia primária. METODOS : Amostra de 456 pacientes com IAMCSST acompanhados após a alta hospitalar, dos quais 264 fumavam e 192 não fumavam.Análise estatística apropriada foi feita de acordo com variaveis analisadas continuas ou categóricas. RESULTADOS: A média da idade dos pacientes com IAMCSST foi de 56 anos (DP±10, 5;min:18-max:85) para tabagistas e 62 anos (DP±13, 5;min:29-max:95) para não tabagistas (p<0, 001). Após a realização da cineangiocoronariografia observou-se que os usuários de tabaco apresentavam mais irregularidades difusas nas paredes das artérias que os não usuários (68x27-p=0, 007) e que o grau Blush na microcirculação 2 ou 3 foi maior de forma não significante nos fumantes (71%x65, 2%-p=0, 212). Não houve diferença significante na mortalidade em fumantes e não fumantes tanto no intrahospitalar (p=0, 170) quanto após 8 meses da alta (p=0, 202).Quanto a mortalidade intrahospitalar não houve diferença significante entre as formas de reperfusão (p>0, 999 ), o mesmo ocorrendo para mortalidade tardia, p=0, 509. No acompanhamento do pós alta os pacientes evoluiram com queda importante no consumo do tabaco (57, 8%x18, 2%-p<0, 001).CONCLUSÃO: Os fumantes apresentam infarto mais precocemente que os não fumantes. A mortalidade entre tabagistas e não tabagistas foi semelhante, não caracterizando a presença do paradoxo dos fumantes. Tambem não houve diferença significante na mortalidade precoce ou tardia de fumantes infartados submetidos a trombólise ou angioplastia primária.O IAMCSST gerou o efeito positivo do paradoxo que corresponde a maiores esforços para incentivar o indivíduo a deixar o hábito de fumar com alta taxa de sucesso PO 079 Alta prevalência de doença cardiovascular em candidatos ao transplante do fígado – avaliação préoperatória em 453 pacientes Odilson M Silvestre, Alberto Q Farias, Danusa Ramos, Patrícia Momoyo, Meive Furtado, José L. Andrade, Flair José Carrilho, Luiz A C D’Albuquerque, Fernando Bacal Universidade de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade no perioperatório do transplante do fígado. No entanto, a prevalência dos principais tipos de doenças cardíacas entre os candidatos a transplante hepático ainda não foi estabelecida. Neste estudo, avaliou-se a prevalência das cardiopatias primárias em indivíduos com cirrose à espera de transplante do fígado. Métodos: 453 pacientes ambulatoriais, consecutivamente avaliados, em lista de espera para transplante de fígado, foram submetidos a um protocolo de avaliação cardiológica que incluiu: exame clínico, estimativa da capacidade funcional, eletrocardiograma, radiografia de tórax e ecodopplercardiograma. Cintilografia, ecocardiograma sob estresse com dobutamina ou cineangiocoronariografia foram realizados naqueles pacientes com moderada ou alta probabilidade de doença coronariana para complementar a investigação. Análise estatística: Variáveis contínuas foram apresentadas como médias e desvio padrão. As categóricas como proporções e porcentagens Utilizou-se o pacote estatístico SPSS 18.0. Resultados: 60 (13, 2%) pacientes foram diagnosticados com cardiopatias primárias, distribuídas da seguinte forma: doença arterial coronariana (6, 6%), valvopatia (5, 0%), insuficiência cardíaca com disfunção sistólica (4, 0%) e arritmias sustentadas (1, 0%). A idade média foi de 54, 2 + 11, 5. 305 (67%) pacientes eram do sexo masculino. A capacidade funcional foi ruim em 22% de todos os pacientes. Diabetes Mellito e tabagismo foram encontrados em 49% e 26% dos pacientes, respectivamente. Conclusão: As doenças cardíacas são altamente prevalentes em pacientes à espera de transplante de fígado. A doença arterial coronariana, valvopatias e insuficiência cardíaca são igualmente prevalentes. Fatores de risco cardiovascular e capacidade funcional ruim também são comumente encontrados, sugerindo a necessidade de uma avaliação cardíaca mais abrangente dessa população para melhorar os resultados no perioperatório do transplante hepático. PO 080 Preditores da presença de cardiopatias em candidatos ao transplante hepático Odilson M Silvestre, Alberto Queiroz Farias, Danusa Ramos, Patrícia Momoyo, Meive Furtado, José L. Andrade, Flair José Carrilho, Luiz A C D’Albuquerque, Fernando Bacal Universidade de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução: Até 50% das mortes no perioperatório do transplante hepático são atribuídas a eventos cardiovasculares. A existência de doença cardiovascular aumenta o risco perioperatório e eleva a mortalidade no primeiro mês pós-transplante. Não há na literatura escores específicos nem mesmo preditores que acusem aqueles pacientes com maior risco nessa população. O objetivo desse estudo é identificar preditores da presença de cardiopatias primárias que tenham repercussão no manejo perioperatório. Métodos: 453pacientes ambulatoriais, em lista de espera para transplante de fígado, foram submetidos a um protocolo de avaliação cardiológica que incluiu: anamnese e exame físico, ECG, Rx de tórax e ecodopplercardiograma. Cintilografia, ecoestresse com dobutamina ou cineangiocoronariografia foram realizados naqueles pacientes com moderada ou altaprobabilidade de coronariopatia. Para o cálculo do escore MELD (Model for End-Stage Liver Disease) foram obtidos o tempo de protrombina, as bilirrubinas e a creatinina.Análise estatística:Variáveis contínuas foram apresentadas como médias e desvio padrão. As variáveis categóricas como proporções e porcentagens. As variáveis contínuas comparadas com Mann-Whitney e as categóricas com o qui-quadrado. O valor p < 0, 05 foi estatisticamente significante. Para encontro dos preditores de cardiopatia, regressão linear simples e regressão múltipla. Utilizou-se o pacote estatístico SPSS 18.0.Resultados: 60 (13, 2%) dos pacientes foram diagnosticados com cardiopatias primárias. Desses, 6, 6% tinha doença arterialcoronariana, 5, 0% valvopatia, 4, 0%insuficiência cardíaca e arritmias sustentadas em 1, 0%. Hipertensão arterial sistêmica (HAS), insuficiência renal (IRC) e capacidade funcional (CF) ruim foram mais comuns nos pacientes com cardiopatia (P<0, 05). Na regressão linear simples, os seguintes parâmetros foram preditores de cardipatia: HAS: odds ratio (OR)= 3, 05 (IC 1, 4–4, 4) p=0, 002; IRC: OR =3, 05 (IC 1, 27 –7, 32) p=0, 01; escore MELD> 24 OR=3, 2 (IC 1, 08 – 10, 0) p=0, 03. Na regressão logística múltipla, apenas HAS ( OR= 4, 0) e escore MELD>24 (OR=3, 9) mantiveram-se como preditores de cardiopatias.Conclusão: A história de HAS e o escore MELD >24 são preditores da presença de cardiopatias em pacientes na fila de transplante hepático. Doenças da Aorta e Arterial Periférica PO 081 Agregabilidade plaquetaria no perioperatorio de cirurgia vascular Daniela Calderaro, Adriana Feio Pastana, Tania Rubia Flores da Rocha, Pai Ching Yu, Danielle Menosi Gualandro, Gabriel Assis Lopes do CArmo, Elbio D’ Amico, Pedro Puech Leao, Nelson de Luccia, Bruno Caramelli INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Hospital das Clínicas da FMUSP - São Paulo - SP - Brasil Introdução: Complicações cardiovasculares (CCV) no pós-operatório de cirurgia vascular são frequentes, de fisiopatologia aterotrombótica e a manutenção da aspirina é protetora neste contexto. O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento da agregabilidade plaquetária (AP) em pacientes em uso de aspirina no perioperatório vascular, e sua relação com CCV. Métodos: Foram incluídos 191 pacientes em uso de aspirina e em programação de operações vasculares. A AP, após estímulo com colágeno e com ácido araquidônico, foi testada no pré e pós operatório em agregômetro por impedância(Chrono-log/EUA). Avaliamos as seguintes CCV: síndromes coronarianas agudas, elevação isolada de troponina, acidente vascular cerebral, óbito cardiovascular e reoperação vascular. Análise estatística: Os preditores independentes de CCV foram identificados por teste de regressão logística e o comportamento perioperatório da AP foi avaliado pelo teste T pareado. As médias das diferenças obtidas entre o pós e préoperatório para cada um dos testes de AP foram comparadas entre os pacientes com e sem eventos cardiovasculares. Resultados: A incidência de CCV foi 22% (42) e seus preditores foram: dislipidemia (OR 3, 90; IC95% 1, 32-1, 51; p=0, 014), anemia(OR 2, 64; IC95% 1, 19-5, 85; p=0, 017), instabilidade hemodinâmica transoperatória (OR 4, 12; IC95% 1, 87-9, 06; p<0, 001) e AP com ácido araquidônico >11 Ω (OR 2, 48; IC95% 1, 07-5, 76; p=0, 034). A AP foi reavaliada no pós-operatório de 163 pacientes, dos quais 37 (22, 7%) apresentaram eventos. Houve queda da AP frente ao colágeno a 2 µL/mL ( 10, 43 Ω + 5, 14 X 8, 14 Ω + 4, 45; P < 0, 001), a 5 µL/mL (16, 75 Ω + 5, 79 X 14, 68 Ω + 5, 51; P < 0, 001) e ao ácido araquidônico ( 5, 80 Ω + 5, 74 X 3, 83 Ω + 5, 30; P < 0, 001). A queda da AP no perioperatorio foi significativamente maior nos pacientes com CCV: -4, 58 Ω + 7, 33 X -1, 35 Ω + 5, 89;P=0, 007 (estímulo com colágeno a 5µL/mL) e -3, 76 Ω + 6, 18 X -1, 44 Ω + 6, 12;P=0, 045(com ácido araquidônico). Conclusão: Maior AP no pré-operatório em pacientes sob uso de aspirina é preditora de CCV, sugerindo que maior diátese trombótica possa desencadear as complicações. Por outro lado, a queda da agregabilidade pode decorrer de consumo perioperatório, que provavelmente é maior nos pacientes que apresentaram eventos trombóticos. 172 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 082 Relação entre índice tornozelo-braquial e doença aterosclerótica carotídea DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA, Augusto C. Brasileiro, Edgar G Victor, Vivine G Ribeiro, Danielle A G C Oliveira, Laercio Leitão, Edgar G Victor Filho, Felipe W Sarinho, Brivaldo Markman Filho Hospital das Clinicas. UFPE - Recife - Pernambuco - Brasil Introdução: A associação do índice tornozelo-braquial (ITB) com a medida do complexo médio intimal das artérias carótidas (MCMI) não está amplamente e definitivamente estudada. Por isso realizamos estudo cujo objetivo foi avaliar se pacientes com ITB ≤ 0, 9 apresentam maior prevalência de placa aterosclerótica carotídea do que aqueles com ITB > 0, 9 Métodos: Estudo transversal que no período de janeiro a dezembro de 2011 recrutou 118 pacientes (48 homens e 70 mulheres) que tiveram seus ITB e MCMI mensurados. Os pacientes foram divididos em grupo 1 (ITB ≤ 0, 9) e grupo 2 (ITB > 0, 9). Variavies clinicas e de exames complementares foram comparadas entre os grupos. Análise estatística: Utilizamos os testes de Mann-Whitney, Qui quadrado e Fischer para comparações entre os grupos. Para avaliar correlação entre ITB e MCMI empregamos a correlação de Pearson. Resultados: A prevalência de ITB ≤ 0, 9 foi 29, 7%, enquanto a da MCMI ≥ 1, 5 mm de 34, 7%. Não houve diferença de características clínicas entre os grupos 1e 2:[ Idade média [64 ± 9 vs 62 ± 7, 2 anos, p = 0, 1], Homens (40% vs 41%, p = 0, 9), Hipertensão (74% vs 59%, p = 0, 1), Diabetes Mellitus (54% vs 35%, p = 0, 051), Dislipidemia (26% vs 24%, p = 0, 8), Tabagismo (57% vs 65%, p = 0, 4)]. A prevalência de placa carotidea foi maior no grupo 1 (48, 6% vs 28, 9%, p = 0, 04). A correlação de Pearson entre o ITB e a MCMI foi de - 0, 235 com valor de p = 0, 01. Conclusões: Pacientes com ITB ≤ 0, 9 apresentaram maior prevalência de aterosclerose carotídea. Houve correlação negativa entre o ITB e a MCMI. Eletrocardiografia, Arritmias e Eletrofisiologia PO 083 Mutação L955V no exon 12 do gene KCNH2 em uma paciente com Síndrome do QT longo: relato de caso Pacheco, A.B., Garcia, A., Coelho, N.T., Scopin, L.G., Penalva, R., Hirata, M., Brion, M., Lin-Wang, H.T., Moreira, D., Armaganijan, L INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: A síndrome do QT longo (SQTL) é uma doença genética de caráter autossômico caracterizada por atraso na repolarização ventricular, prolongamento do intervalo QT e predisposição ao desenvolvimento de arritmias ventriculares malignas e morte súbita (MS). Diversas mutações foram descritas em genes que codificam diferentes subunidades de canais iônicos que regulam a troca de íons através da membrana celular. Cerca de 90% envolvem mutações dos genes KCNQ1, KCNH2, SCN5A, KCNE1 e KCNE. Definir critérios genéticos que podem auxiliar na estratificação de risco de MS é de extrema importância nestes casos. Relato do Caso: Uma paciente feminina, 42 anos, com intervalo QTc de 600ms e relatos de síncopes foi encaminhada para avaliação genética. Apresentava história familiar materna significativa de morte súbita em idade precoce. Dois filhos apresentavam prolongamento do intervalo QT associado a eventos cardíacos. Holter de 24horas evidenciou intervalo QTc de 600ms. O sequenciamento exômico detectou a presença da mutação da L955V, localizada na região C-terminal do gene KCNH2 localizada no exon 12. Discussão: O diagnóstico de SQTL é usualmente feito com base na apresentação clínica e análise eletrocardiográfica. Testes genéticos são geralmente indicados para a identificação de carreadores assintomáticos que, a despeito de ECG normal, podem apresentar MS como a primeira manifestação clínica. Estudos mostram que não só o gene comprometido, mas a localização da mutação exerce impacto sobre a apresentação clínica. Descrevemos um caso raro demutação da L955V, encontrado um único relato de Biliczki e cols em uma paciente de cinco anos de idade com antecedentes de síncopes recorrentes, intervalo QTc de 460ms e dispersão de QT de 330ms. A demonstração de severo defeito na formação e transporte de proteínas relacionadas ao gene KCNH2 e redução significativa do potencial de membrana, resultaram no tratamento com betabloqueador. No caso por nós descrito, iniciamos a terapia empírico com bloqueador betadrenérgico devido ao prolongamento significativo do intervalo QTc. Adicionais treze membros da mesma família tiveram suas amostras sanguíneas obtidas e aguardam resultado do sequenciamento genético. PO 084 Comparação do resultado do Tilt teste entre crianças e Adolescentes Borges, M.A., Epifanio, H.B., Ludovice, A.C.P.P., Giolo, R.L., Dantas, E.R., Correia, A.G., Cintra, F.D., Valdigem, B.P., Grinberg, R.L., Silva, N.J.C. HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL A síncope em crianças e adolescentes tem uma incidência de 0, 125%, sendo mais comum em meninas, com pico entre 15 e 19 anos, podendo abranger tanto situações benignas quanto ser preditor de morte súbita. O tilt test é um exame amplamente utilizado para o diagnóstico da síncope neurocardiogênica, entretanto, dados da literatura são variáveis e restritos nessa faixa etária. Objetivo: Comparar o resultado do tilt test em crianças e adolescentes em um hospital privado de grande porte. Métodos: No período de janeiro a dezembro de 2012 foram analisados 101 pacientes sintomáticos, com história de síncope, pré-síncope e outros sintomas (palpitações, quedas inexplicadas e taquicardia), com idades entre 6 e 19 anos, divididos em 2 grupos: 26 crianças até 12 anos (idade média de 9, 48±1, 91 anos), 16 do sexo feminino (GI) e 75 adolescentes de 13 a 19 anos (idade média de 16, 2±1, 91anos), 25 do sexo masculino (GII). Todos foram submetidos ao tilt test segundo protocolo padronizado pela instituição. Variáveis contínuas estão descritas em média±DP e variáveis categóricas na forma de freqüências relativas. O teste qui-quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre a idade e o resultado do tilt test, sendo considerados significativos os valores de p<0, 05. Resultados: Na análise dos dois grupos, o resultado foi negativo em 34 pacientes (33, 7%), síncope neurocardiogênica (resposta vasodepressora e mista) em 40 (39, 6%), síndrome postural ortostática taquicardizante (SPOT) e hipotensão postural em 27 (26, 7%). Ao se comparar os grupos, observou-se que o resultado foi positivo em 14 crianças (53, 8%) no GI e em 53 adolescentes (70, 7%) no GII. Apesar da freqüência de testes positivos ser maior em adolescentes que em crianças, não houve diferença estatística significativa (p=0, 118). O principal sintoma referido nos 2 grupos foi síncope, predominando no sexo feminino. A resposta mais freqüente no GI foi vasodepressora e no GII, SPOT. Conclusão: A incidência de síncope neurocardiogênica foi alta tanto nas crianças como em adolescentes, compatível com dados encontrados na literatura. A positividade ao Tilt não apresentou diferença estatística entre os grupos, entretanto adolescentes tiveram mais resultados SPOT em relação as crianças. PO 085 Disfunção Ventricular em isquêmicos: Seguimento relacionado a eventos clínicos MAURICIO DA SILVA ROCHA, Martino Martinelli, Wadih Hueb, Luis Machado César, Giselle Peixoto, Thiago Hueb, Mariana Lensi, Marcos Martinelli, Sérgio Siqueira INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução:A doença arterial coronária crônica (DAC) é responsável por até 80% dos casos de morte súbita cardíaca (MSC).Esta ocorre com frequência como primeira manifestação da DAC e é responsável por aproximadamente 50% de suas mortes.Remodelamento ventricular com deterioração da função contrátil, levando à insuficiência cardíaca (IC) e as disfunções eletrofisiológicas são os maiores responsáveis pela ocorrência de eventos arrítmicos e MSC.O conhecimento da evolução dos pacientes é fundamental para embasar a terapêutica de cada coorte. Objetivos:1-Avaliar incidência de eventos cardiovasculares em pacientes com DAC e FEVE≤35%;2-Determinar o peso das variáveis clínico funcionais sobre mortalidade total, arrítmica e intercorrências (IC, TEP, TV/FV, IAM).Métodos:registro prospectivo de pacientes com DAC e FEVE≤35%.Curvas de sobrevida para mortalidade total, morte cardíaca e intercorrências foram traçadas por Kaplan-Meier.Análise multivariada por regressão de Cox.Seleção de variáveis por stepwise foi realizada para identificação de parâmetros que influenciaram independentemente óbitos totais e cardíacos.Foram incluídas no modelo de regressão variáveis univariadas com P<0, 15.Resultados:Incluíram-se 356 pacientes de 01/08/10 a 20/11/12, idade média 65, 2±10, 8anos.73.8% eram homens.Fibrilação atrial (FA) apresentou-se em 10% dos pacientes e FEVE média de 0, 28±0, 05.HAS, DM, DLP e IRC estavam presentes em 86, 7%;51, 4%;47, 4% e 26% da população, respectivamente.O tempo de seguimento médio foi 9.6±8.1meses.Ocorreram 35 óbitos, 77% de causa cardíaca.Na análise de sobrevida, probabilidade livre de evento óbito por qualquer causa em 12 meses foi de 88% e 91% para óbito cardíaco.No modelo de regressão para avaliação de mortalidade por qualquer causa, a presença de FA foi fator independente, determinando risco 3, 5vezes maior (OR:3, 57;IC95%1.14–11, 12;P=0, 0281).Considerando mortalidade cardíaca, o uso de amiodarona foi fator independente, determinando risco 5, 4vezes maior (OR:5, 47;IC95%1.34-22, 34;P=0, 0179).Conclusão:Análise intermediária da coorte de DAC e FEVE≤35%, demonstrou:1-Mortalidade cardíaca foi o evento adverso mais prevalente.2-A presença de FA determina aumento do risco de mortalidade total em 3, 5vezes.3-O uso de amiodarona determina aumento do risco de mortalidade cardíaca 5, 4vezes. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 173 PO 086 Disfunção da modulação autonômica em pacientes portadores de doença renal crônica Oliveira, C.A., Bastos, M.G., Paula, R.B., Junior, H.L.B., Suassuna, N.M.S.F., Oliveira, F.G., Beraldo, A., Bignoto, T.C., Casali, T.G. Instituto de ensino e pesquisa em nefrologia - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil, Universidade Federal de Juiz de Fora - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil Introdução: A disfunção do sistema nervoso autônomo tem sido relacionada a eventos cardiovasculares em pacientes com doença renal crônica (DRC), com vários estudos demonstrando redução da variabilidade da freqüência cardíaca e o desenvolvimento de arritmias complexas nestes pacientes. Objetivo: avaliar o balanço simpático-vagal em pacientes com DRC em tratamento conservador Métodos: Em estudo transversal foram avaliados pacientes com DRC estágios 3, 4 e 5 não dialítico pareados para indivíduos saudáveis. Todos os voluntários foram submetidos a monitorização contínua da frequência cardíaca durante o teste de inclinação (Tilt-test), ficando por vinte minutos na posição supina (período pré-inclinado), seguido de inclinação passiva à70 graus por mais vinte minutos (período inclinado). A análise espectral da variabilidade da frequência cardíaca foi usada para se obter a baixa frequência normalizada (LF nu), indicativa da atividade simpática, e a alta frequência normalizada (HF nu), indicativa da atividade parassimpática. A razão entre essas duas variáveis ( LF nu/ HF nu) é representativa do balanço simpático-vagal. Resultados: Durante o período pré-inclinado, não houve diferença significativa da variabilidade da frequência cardíaca entre os pacientes com DRC e o grupo controle. No entanto, após a inclinação, os pacientes com DRC apresentaram menor atividade simpática, maior atividade parassimpática e menor balanço simpático-vagal quando comparados com o grupo controle. Comparados com pacientes em estágio 3, pacientes em estágio 5 apresentaram menor razão LFnu/HFnu, sugerindo piora do balanço simpático-vagal nos estágios mais avançados da DRC. Conclusão: Pacientes com DRC não dialíticos apresentam diminuição da variabilidade da frequência cardíaca, compatível com disfunção autonômica cardíaca precoce no curso da DRC. PO 087 Acompanhamento de Pacientes com Taquicardiomiopatia Submetidos ao Tratamento Clínico e/ou Invasivo das Arritmias Supraventricular e Ventricular - Série de Casos. FABIO K. DORFMAN, Rafael Di Biase Abt, Evandro Sbaraini, Lucas Barbieri, Andre L. da Cruz, João E.Piccirillo, Antônio Gabriel M.Jr, Jefferson Jaber, Paulo A. da Costa Introdução: A taquicardiomiopatia (TMP) é uma desordem clínica bem conhecida e lembrada pelos cardiologistas, principalmente quando estes se deparam com arritmias como a fibrilação atrial, flutter atrial e outras formas de arritmias incessantes supraventricular e/ou ventricular. Pode aparecer pouco tempo após o início da arritmia ou ter um curso mais arrastado. A gênese da dilatação ventricular e a deterioração hemodinâmica apresenta múltiplas causas e em diversos níveis, contudo, sabe-se que a interrupção da arritmia propicia a reversão da doença. Objetivo:Descreveros achados clínicos de um grupo de pacientes com TMP, o tipo de tratamento a que foram submetidos e a forma de evolução que tiveram desde o seu diagnóstico. Material e Métodos: De Maio de 2009 até Outubro de 2012 acompanhamos 10 pacientes que apresentavam-se com sintomas de insuficiência cardíaca associados à presença de arritmiais potencialmente relacionadas com TMP e, concomitante, evidenciavam comprometimento da função ventricular ao ecocardiograma. Estes pacientes foram tratados conforme o protocolo do serviço (diretrizes brasileiras de ICC), controle da frequencia cardíaca, anticoagulação quando indicado e, após, realizavam a cardioversão elétrica (CVE) e/ou ablação. Resultados: O grupo avaliado apresentavaidade média = 45, 1 ±23, 78 anos, o tipo de arritmia mais frequente foi o flutter atrial (60%), fibrilação atrial (20%), taquicardia atrial(10 %) e de taquicardia ventricular (10%). A FEVE no diagnóstico foi de 33, 4 ± 6, 80 %, FEVE pós-tratamento = 56, 6 ± 5, 64 % e o tempo para a normalização da FEVE foi de 4, 1 ± 1, 53 meses. Com relação à análise da FEVE pré (33, 4 ± 6, 80 %) e pós (56, 6 ± 5, 64 %), houve considerável melhora após tratamento, com p < 0, 001. Conclusão: Em todos os nossos pacientes, o tratamento da interrupção da arritmia indiferente da abordagem inicial escolhida, CVE ou ablação, ocasionol na melhora clínica inicial e reversão da disfunção ventricular que ocorreu entre 60 dias há 6 meses e o flutter atrial foi a arritmia mais prevalente (60%). PO 088 Conhecimento sobre reanimação cardiorrespiratória antes e após realização de treinamento em suporte básico de vida Maria Alayde Mendonça da Silva, Ivan Romero Rivera, MAURO RENATO AMORIM DE BARROS, ARGEMIRO MACEDO DE SOUZA NETO, MAYRA MACENA GOMES, ANDRE FELIPE DOS SANTOS FERREIRA, EDMO ARRUDA AGUIAR SOBREIRA DA SILVEIRA, GUSTAVO ALVARES PRESÍDIO, José Maria Gonçalves Fernandes UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - MACEIO - AL - BRASIL Introdução: Na parada cardiorrespiratória que ocorre no hospital os profissionais de enfermagem são, em geral, os primeiros a chegar ao local e a iniciar o atendimento. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem de um hospital universitário sobre a reanimação antes e após o treinamento teórico-prático em suporte básico de vida. Métodos: Estudo transversal. Investigação da motivação dos profissionais de enfermagem para aprender sobre reanimação. Oferta de cursos de treinamento em suporte básico de vida para o grupo. Cursos programados para vinte alunos por vez. Aplicação de questionário antes do curso, seguida de aula teórica, treinamento, aplicação de questionário após o curso. Resultados: 98% (241/243) dos profissionais disseram-se motivados a fazer o curso, apenas 41% (100) o fizeram. Foram realizados cursos para um total de 100 profissionais. Antes e após o curso foram aplicados questionários sobre suporte básico de vida envolvendo: sequência de ações, relação ventilação-compressão, local e características das compressões, desfibrilação. O índice de acerto de 100% das questões foi de 7% antes e 52% após; de acerto de 80% foi de 25% antes e 36% após Conclusão: Na amostra estudada, houve melhora substancial do conhecimento sobre reanimação, entretanto, a apreensão do conhecimento e da prática necessária ao sucesso esperado parece requerer treinamentos recorrentes. PO 089 Lesões agudas por RF no miocárdio de ratos após indução de termotolerância celular: a curva temporal e o uso de cateter com termistor afetam os resultados? Dos Santos, LFN, Ednei Antonio, Andrey Serra, Gabriela Venturini, Juliana Nakamuta, Jairo Montemor, Mieko Okada, Paulo Tucci, Angelo De Paola, Guilherme Fenelon ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA - UNIFESP - SAO PAULO - SAO PAULO BRASIL A termotolerância reduz o tamanho do infarto por oclusão coronariana e aumenta a resistência celular a temperaturas mais elevadas pela indução de proteínas de choque térmico (HSP). No entanto, demonstramos que este mecanismo não foi capaz de reduzir o tamanho das lesões por RF no miocárdio de ratos no pico das HSP (48 horas). Como a resposta do miocárdio à agressão por isquemia pode ser diferente da por RF, avaliamos a curva temporal após indução de termotolerância. Além disso, como o cateter utilizado não tem termistor (a temperatura tecidual pode ter sido muito alta para a proteção da termotolerância), avaliamos a ablação termocontrolada convencional. Objetivo: 50 ratos Wistar (n = 25 tratados e 25 controles), anestesiados, foram submetidos a choque térmico em banho-maria (temperatura interna 420C ± 0, 5°C / 10 min) e os do Grupo Controle (GC) receberam banho em temperatura corpórea (37, 5-38ºC / 10 min) e submetidos a toracotomia e ablação com cateter customizado após 3 (n = 10), 12 (n = 10), 24 (n = 10), 48 (n=10) e 72 (n = 10) horas após indução de termotolerância. Adicionalmente, 5 ratos GT e 5 GC, foram ablacionados com cateter convencional (7F, 4mm; 50ºC; 15 W; 10 s) após 48 horas. Os animais foram mortos 2 horas após a ablação para análise macroscópica das lesões agudas. Resultados: Macroscopicamente, não houve diferença (p=NS) nos parâmetros de ablação e área da lesão entre os grupos estudados no seguimento cronológico. As lesões com o cateter convencional foram semelhantes (12mm2 vs. 12 mm2; p=NS) entre os grupos. Conclusão: A indução de termotolerância não reduz o tamanho das lesões por RF. Esses resultados não são alterados pelo uso de cateter convencional e pela curva temporal. 174 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 Ergometria e Reabilitação PO 090 Influência do desempenho cardiovascular durante o teste ergométrico sobre a vasodilatação muscular em indivíduos sem doença cardíaca estabelecida RAFAEL AMORIM BELO NUNES, GUSTAVO FERREIRA CORREIA, FERNANDO ARAÚJO, MARIA URBANA PINTO BRANDÃO RONDON, VIVIANA GIAMPAOLI, CARLOS EDUARDO NEGRÃO, ALFREDO JOSÉ MANSUR INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamentos: A resposta cardiovascular durante o teste ergométrico está associada à saúde cardiovascular em indivíduos com e sem cardiopatia. Uma resposta favorável durante o exercício pode estar associada à função vascular periférica e à capacidade de vasodilatação muscular. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre variáveis prognósticas do teste ergométrico e a vasodilatação muscular do antebraço induzida pelo exercício em indivíduos sem doença cardíaca estabelecida. Métodos: 766 indivíduos sem doença cardíaca estabelecida foram incluídos neste estudo. A resposta cardiovascular foi estudada durante o teste ergométrico máximo limitado por sintomas. As variáveis do teste ergométrico analisadas foram capacidade de exercício, reserva cronotrópica, recuperação da frequência cardíaca, pressão arterial sistólica máxima, pressão arterial diastólica máxima e recuperação da pressão arterial sistólica. A vasodilatação muscular do antebraço foi estimada pelo aumento do fluxo sanguíneo muscular e da condutância vascular do antebraço ao exercício isométrico durante a pletismografia de oclusão venosa. Análise estatística: Um modelo de regressão múltipla foi realizado para estudar a relação entre a vasodilatação muscular do antebraço e as variáveis do teste ergométrico. Resultados: O aumento do fluxo sanguíneo muscular do antebraço durante o exercício isométrico associou-se positivamente à recuperação da frequência cardíaca (P<0, 001). O aumento da condutância vascular do antebraço durante o exercício isométrico associou-se inversamente à pressão diastólica máxima durante o teste ergométrico (P=0, 038). Não houve associação significativa entre a vasodilatação muscular e a capacidade de exercício. Conclusão: a vasodilatação muscular foi influenciada pelas respostas da pressão arterial e da frequência cardíaca ao exercício, mas não pela capacidade de exercício. Estes dados sugerem que as respostas hemodinâmicas e cronotrópicas ao exercício possam estar associadas à função vascular periférica, mas que a variação da capacidade funcional não se relacione de forma significativa à capacidade de vasodilatação em indivíduos sem doença cardíaca estabelecida. PO 091 O TREINAMENTO FÍSICO AERÓBICO ATENUA O PROCESSO DE REMODELAMENTO VENTRICULAR ESPONTÂNEO PÓS-INFARTO DO MIOCÁRDIO Giovani Luiz De Santi, Eduardo Elias Vieira de Carvalho, Daniela Caetano Costa, Júlio César Crescêncio, Luciano Fonseca Lemos de Oliveira, Marcus Vinícius Simões, Andre Schmidt, Lourenço Gallo Júnior HCFMRP-USP - RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - BRASIL Fundamento: O remodelamento ventricular, no contexto do pós-infarto do miocárdio, é um processo insidioso que resulta em mudança progressiva do tamanho, forma, função e massa do ventrículo esquerdo (VE). Objetivo: Avaliar a influência do treinamento físico aeróbico (TFA), de moderada intensidade, no remodelamento ventricular de pacientes no contexto do pós-infarto do miocárdio. Métodos: Estudo prospectivo de 16 pacientes com diagnóstico de infarto do miocárdio de parede anterior e disfunção ventricular assintomática, divididos em 2 grupos: treinado (GT) n=8 (54, 1±12, 2 anos) e controle (GC) n=8 (55, 1±9, 2 anos); submetidos a uma ressonância nuclear magnética cardíaca e um teste cardiopulmonar seguido por TFA supervisionado cuja intensidade foi estabelecida pela frequência cardíaca em torno do limiar de anaerobiose ventilatório. O TFA teve duração de 3 meses, 3 vezes por semana, sendo os pacientes reavaliados ao final desse período. Os dados foram analisados pelo teste de MannWhitney (análise intergrupo) e pelo teste de Wilcoxon (análise intragrupo) sendo apresentados como média ± erro-padrão. Resultados: A análise comparativa inicial entre os grupos, para as variáveis apresentadas, não evidenciou alteração significativa. Não houve alteração significativa do volume diastólico final (VDF) do VE de 156, 7±47, 3 para 145, 4±42, 4 ml (p>0, 05) e na massa (M) do VE de 132, 5±36, 4 para 136, 9±36, 1 g (p>0, 05) no GT. Houve diminuição significativa do VDF do VE de 170, 1±30, 1 para 156, 8±32, 5 ml (p<0, 05) e não houve alteração significativa da M do VE de 126, 0±28, 5 para 141, 9±32, 7 g (p>0, 05) no GC. Contudo, quando se calculou a relação M/VDF, observou-se aumento da relação M/VDF de 0, 74±0, 19 para 0, 94±0, 31 g/ml (p<0, 05) no GC, e nenhuma alteração significativa no grupo treinado de 0, 89±0, 33 para 0, 96±0, 26 g/ml (p>0, 05). Não houve alteração significativa da função cardíaca estimada pela fração de ejeção do VE em ambos os grupos, GT de 40, 7±5, 6 para 43, 5±6, 7 % (p>0, 05) e GC de 39, 7±8, 3 para 41, 7±13, 2 % (p>0, 05). Conclusões: A análise do comportamento da relação M/VDF sugere que o TFA, de moderada intensidade, propiciou uma atenuação no processo de remodelamento ventricular espontâneo do pós-infarto do miocárdio no GT comparativamente ao GC. PO 092 Efeitos do consumo de café na tolerância ao exercício e no tempo para início de angina em voluntários com doença coronária. Bruno M Mioto, Miguel A Moretti, Reynaldo V Amato, Daniela Tarasoutchi, Caio B Vianna, José A F Ramires, Roberto Kalil Filho, Luiz A M César INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamento: A ingestão aguda de café parece não ter nenhum efeito deletério sobre a angina pectoris induzida por esforço em pacientes com doença arterial coronária (DAC). Entretanto não há informações relacionadas a consumo habitual de café em pacientes com DAC. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a tolerância ao exercício, o duplo produto (DP) e o tempo para início de angina antes a após período de consumo diário de café em voluntários com DAC crônica. Métodos: : Estudo prospectivo no qual foram avaliados 36 indivíduos com DAC, sendo 29 homens e 7 mulheres, com idade média de 64, 4 ± 6, 7 anos. Após 3 semanas de “washout” progressivo de bebidas e alimentos contendo cafeína orientado por nutricionista, eles foram randomizados para iniciar o consumo de café filtrado primeiro com um tipo de torra (torra média ou torra escura) por 4 semanas e então com “crossover” para o outro tipo, com um período total de 8 semanas de consumo de café. O café foi fornecido aos pacientes, sendo o mesmo tipo de café do mesmo produtor e com a forma de preparo padronizada. O consumo diário de café foi estabelecido entre 450-600ml/dia. Após período de “washout” (basal) e após cada período de tomada de café por tipo de torra, os voluntários foram submetidos a teste ergométrico. Analisouse o tempo total de exercício (∆T Exercício), DP (obtido pelo produto da FC máx. e PAS máx.) e o tempo para início de angina (∆T Angina - 16 voluntários apresentaram angina no TE e participaram dessa análise). Foi utilizado o teste ANOVA para medidas repetidas e o teste de Friedman. Resultados: Os resultados dos tempos total de exercício, dos DP e dos tempos para início de angina (média±dp) nos três momentos diferente estão listados na tabela abaixo: PO 093 Suplementação de oxigênio determina melhor capacidade funcional em pacientes com Síndrome de Eisenmenger Laion Gonzaga, Célia Maria Camelo Silva, Vera Lúcia de Laet, Patricia Forestieri, Thatiana Peixoto, Vinicius Santos, Isis Begot Valente, Antônio Carlos de Camargo Carvalho, Walter J Gomes, Solange Guizilini Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil INTRODUÇÃO: A síndrome de Eisenmenger é uma doença multissistêmica que afeta pacientes de todas as idades. Evidências apontam que essa doença pode causar prejuízo na funcionalidade com significantes alterações nas atividades de vida diária. O teste de caminhada de 6 minutos (TC6’) é um instrumento válido para avaliar a progressão da capacidade funcional para o exercício em diferentes intervenções clínicas. Mesmo sendo um teste de esforço submáximo permite auxiliar a tomada de decisão e de medidas terapêuticas mais adequadas. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da suplementação de oxigênio na capacidade funcional submáxima em pacientes com Síndrome de Eisenmenger. MÉTODO: Foram avaliados 22 pacientes com Síndrome de Eisenmenger, com média de idade 34 ± 17, 86 . A capacidade funcional submáxima foi avaliada utilizando o TC6’ com oxigênio (venturi 40%) e sem o uso de oxigênio de acordo com os critérios da American Thoracic Society (2002). O paciente ficou em repouso em uma cadeira em um local próximo ao ponto de inicio do teste, por pelo menos 10 minutos. Neste momento, os sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca medida por frequencímetro, frequência respiratória e saturação de oxigênio, foram aferidos para verificar a existência de contra-indicações, O grau de esforço percebido, foi verificado utilizando a escala de Borg, antes do inicio do teste e no segundo, quarto e sexto minuto de teste. A escala foi explicada para o paciente antes do teste (BORG, 1982). Cada teste foi realizado com um intervalo de 1h de um teste para o outro por um mesmo profissional. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Os testes Kolmogorov-Smirnov (distância K-S) e teste T de Student foram aplicados e p<0, 05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: A distância percorrida no TC6’ foi de 358, 09± 113, 69 metros sem suplementação de oxigênio e 419, 8±110, 8 metros após suplementação de oxigênio ( p<0, 01). CONCLUSÃO: A suplementação de oxigênio determinou melhora na capacidade funcional submáxima, com aumento da distância percorrida no TC6’ em pacientes com Síndrome de Eisenmenger. T Exercício∆ DP T Angina∆ ”Basal “washout 1 ,179 ± 5 ,536 4.384 ± 23.111 4 ,112 ± 4 ,391 Torra Escura 6 ,191 ± 1 ,565 4.331 ± 22.920 9 ,124 ± 4 ,406 Torra Média 3 ,201 ± 6 ,571 3.878 ± 23.003 2 ,142 ± 7 ,413 p 004 ,0 928 ,0 509 ,0 Conclusões: Nessa amostra, o consumo de café torra média aumentou de forma significativa o tempo total de exercício em relação ao período basal. Não houveram diferenças nos DP e nos tempos para início de angina. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 175 PO 094 FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇÃO APÓS TESTE DE ESFORÇO MÁXIMO EM MULHERES NO CLIMATÉRIO PORTADORAS DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO. Karina Garcez Reichow, Rodrigo Pinto Pedrosa, Ricardo Quental Coutinho, Leone Severino do Nascimento, Paulo Fernando Marinho de Lima, Jarly Oliveira Santos Almeida, Anna Myrna Jaguaribe de Lima, Amilton da Cruz Santos, Maria do Socorro Brasileiro-Santos UFPE - Recife - PE - Brasil Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) está presente em cerca de 5% das mulheres em idade adulta, prevalência que pode alcançar proporções bem mais elevadas após a menopausa. A hipóxia intermitente apresentada cronicamente por esses indivíduos atua estimulando os quimiorreceptores periféricos, levando ao aumento da atividade nervosa simpática, fato que pode influenciar na alteração da resposta cardíaca desses pacientes ao exercício físico. A recuperação da frequência cardíaca (FC) após exercício máximo em indivíduos com AOS é um parâmetro dependente da atividade do sistema nervoso autonômico e já foi relacionada com risco elevado para desenvolvimento de doenças cardiovasculares e morte. Objetivo: Avaliar as respostas da FC no primeiro e segundo minutos de recuperação após teste ergométrico máximo, em mulheres no climatério com e sem AOS. Métodos: A amostra foi composta por 127 mulheres no climatério, com idades entre 46 e 68 anos. Estas foram submetidas previamente ao exame de polissonografia para avaliação do índice de apneia-hipopneia (IAH). As voluntárias foram divididas em dois grupos: [1] Mulheres sem AOS (n= 82) e [2] Mulheres com AOS (n=45) e do posteriormente submetidas ao teste ergométrico (TE) em esteira seguindo o protocolo de Bruce. Análise estatística: Para análise da normalidade dos dados foi utilizado o teste de Kolmogorov. Para comparação entre os grupos utilizou-se os testes: t de Student e Mann-Whitney para amostras independentes. O nível de confiança adotado foi de 95%. Resultados: Não houve diferenças entre os valores de repouso da FC [p=0, 46] entre os grupos. Ao analisar a resposta da frequência cardíaca obtida durante a realização do TE e no período de recuperação pós exercício, observamos que os grupos foram similares em relação aos parâmetros: % da FC predita alcançada [97, 2±9, 3 vs 94, 7±10, 3; p=0, 16] e FC de recuperação no 1º (FCR1’) [22, 4±10, 4bpm vs 20, 4±11, 7bpm;, p=0, 34] e 2º minutos (FCR2’) [35, 6±12, 9bpm vs 31, 8 ±13, 1bpm; p=0, 12]. Conclusão: Em mulheres no climatério, a AOS parece não exercer influência na FC de recuperação após a realização de teste máximo. PO 095 FREQUÊNCIA CARDÍACA DE RECUPERAÇAO E PRESSAO ARTERIAL EM MULHERES NO CLIMATÉRIO, HIPERTENSAS E PORTADORAS DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO APÓS TESTE DE ESFORÇO MÁXIMO Karina Garcez Reichow, Rodrigo Pedrosa, Ricardo Coutinho, Leone Nascimento, Paulo Fernando de Lima, Jarly Almeida, Amilton da Cruz Santos, Anna Myrna Jaguaribe de Lima, Maria do Socorro Brasileiro-Santos UFPE - Recife - PE - Brasil Introdução: A apneia obstrutiva do sono se caracteriza por episódios de hipóxia, que promovem ativação dos quimiorreceptores, levando a hiperatividade simpática. Estudos têm demonstrado que essa ativação está presente na hipertensão arterial e que estas alterações podem resultar em prejuízo nas respostas da pressão arterial (PA) e da frequência cardíaca (FC) nos hipertensos e apnéicos submetidos a exercício físico. Objetivo: Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a frequência cardíaca de recuperação e a pressão arterial em mulheres hipertensas e portadoras de apneia obstrutiva do sono (AOS) submetidas a teste de esforço máximo. Métodos: A amostra foi composta por 94 hipertensas, medicadas e com idade entre 50 a 63 anos. Todas foram submetidas a polissonografia e classificadas em saudáveis e portadoras de AOS leve/moderada. Posteriormente, essas mulheres foram divididas em dois grupos: a) hipertensas com AOS [n=35; IMC: 28, 9 kg/m2 (26, 2~33, 3)] e b) Hipertensas sem AOS [n= 60; IMC: 26, 7 kg/m2 (23, 1~29, 5)], submetidas a teste ergométrico máximo. Análise estatística: Os dados são apresentados como mediana e amplitude interquartil. Foi realizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney e foi considerado nível de significância de p≤0, 05. Resultados: A PA sistólica, diastólica e média em repouso não apresentaram diferenças significativas entre os grupos de mulheres hipertensas com e sem AOS (p=0, 175; p=0, 178; p=0, 129, respectivamente). Quando comparamos a PA sistólica, diastólica e média máxima, elas também não foram diferentes (p=0, 240; p=0, 269; p=0, 143, respectivamente). A frequência cardíaca de repouso e de recuperação também não foram diferentes quando comparados os dois grupos (p>0, 05). Conclusão: A apneia obstrutiva do sono, de grau leve e moderado, parece não influenciar as respostas da pressão arterial ao teste máximo e a frequência cardíaca de recuperação em mulheres hipertensas no climatério. PO 096 Importância da Reabilitação Autonômica na Síndrome Neurocardiogênica Vanessa Corassa Neves, Denise T Hachul, Francisco Darrieux, Sissy L de Melo, Eduardo Sosa, Mauricio Scanavacca INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A síncope de etiologia vasovagal ou neurocardiogênica (SNC) corresponde a aproximadamente 30% dos pacientes com síncope e, apesar de benigna, quando recorrente, provoca comprometimento na qualidade de vida e considerável índice de morbidade e internações frequentes, causados por traumatismos físicos decorrentes das quedas. Objetivo: Avaliar a evolução clínica dos pacientes portadores de SNC submetidos à Reabilitação Autonômica (orientações dietéticas e comportamentais, manobras de contração muscular, treinamento postural passivo, treinamento físico aeróbio moderado e treinamento físico resistido). Metodologia: Foram acompanhados 21 pacientes; média de 42, 62 + 22 anos de idade, portadores de SNC e Tilt Table Test positivo: 33% com resposta cardioinibitória, 29% mista, 14% vasodepressora, 10% hipotensão ortostática e 10% disautonômica; com média de 3, 9+2, 5 (entre 2 e 6 episódios de síncopes por pt), sete com traumas físicos e 10 com história de internações devido aos sintomas. Antes da intervenção, todos declararam comprometimento da qualidade de vida com redução das tarefas cotidianas. Após seguimento de 15 meses (mediana) em Reabilitação Autonômica continuada, 19 (90%) mantêm-se cumprindo orientações dietéticas e comportamentais; 19 (90%) continuam realizando treinamento físico resistido; 16 (76%) realizando treinamento físico aeróbio e apenas 4 (20%) o treinamento postural passivo. Houve recorrência de síncope em 5 (24%) pacientes e redução do número de síncopes (1 síncope/pt). Todos os pacientes relataram melhora significativa dos sintomas e da qualidade de vida; nesse período não houve reinternação hospitalar. Conclusão: O conjunto de medidas realizadas na Reabilitação Autonômica foi eficaz na redução do número de síncopes, prevenção de traumatismos físicos e melhora da qualidade de vida em pacientes com SNC. Fisiologia Cardiovascular, Biologia Molecular e Genética Cardiovascular PO 097 Precisão do Questionário de Berlim no Diagnóstico da Apneia Obstrutiva do Sono em Pacientes com Síndrome Metabólica Nogueira ML, Cepeda FX, Toschi-Dias E, Maki-Nunes C, Alves MJNN, Drager LF, Lorenzi-Filho G, Rondon MUPB, Negrao CE, Trombetta IC INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) tem sido associada com o aumento na mortalidade por doenças cardiovasculares, já que tem uma relação causal com fatores de risco como a hipertensão arterial, obesidade e diabetes. O Questionário de Berlim (QB) tem sido utilizado para identificar pacientes com alto risco de AOS em diferentes populações. No entanto, não existem dados sobre a validade do QB em detectar a presença de AOS em pacientes com síndrome metabólica (SMet). O objetivo desse estudo foi determinar o desempenho do QB em pacientes com SMet. Métodos: Foram estudados 55 pacientes ambulatoriais, recém diagnosticados com SMet segundo o ATP-III. Os pacientes foram convidados a responder o QB e realizar a polissonografia noturna, “padrão ouro” para diagnóstico da AOS. A AOS foi definida para índice de apneia - hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos/hora. Análise estatística: Foram calculados sensibilidade, especificidade, acurácia, razão de verossimilhança positiva e negativa, valores preditivos positivos e negativos do QB. Resultados: Dos 55 pacientes, o QB identificou 38 pacientes (69, 1%) como sendo de alto-risco para ter AOS. A PSG noturna mostrou que 45 pacientes (81, 8%) tinham AOS. A sensibilidade e a especificidade do QB foram 0, 70 e 0, 33 respectivamente. A acurácia diagnóstica geral do QB foi de 64%. Além disso, a razão de verossimilhança positiva foi de 1, 04 e negativa foi de 0, 91. Valores preditivos positivos e negativos foram de 0, 84 e 0, 18, respectivamente. Conclusões: O QB demonstra moderada sensibilidade e baixa especificidade. Nosso resultado sugere que o QB é um instrumento útil para avaliação do risco do paciente ter AOS. Pela dificuldade do diagnóstico desse importante fator de risco que é a AOS, o QB pode ser um forte aliado na avaliação clínica para indicação da realização da polissonografia noturna nos pacientes com SMet. 176 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 098 O pamidronato atenua a disfunção diastólica induzida pelo infarto do miocárdio sem alterar o processo inflamatório Luis H Congio, Andréa de Freitas Gonçalves, Priscila Santos, Elenize Pereira, Katashi Okoshi, Paula Azevedo, Bertha Polegato, Sérgio Paiva, Leonardo Zornoff, Marcos Minicucci FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: A influência dos bifosfonados na remodelação cardíaca após o infarto do miocárdio ainda é pouco estudada. Logo, nosso objetivo foi avaliar o papel da inflamação nas alterações cardíacas induzidas pelo pamidronato após o infarto experimental em ratos. Métodos: Após 24 horas do infarto, os ratos foram divididos em 4 grupos: grupo C (n=14), animais com cirurgia simulada; grupo P (n=14) animais com cirurgia simulada tratados com pamidronato; grupo IP animais infartados tratados com pamidronato (n=19), grupo IC animais infartados controle (n=16). O pamidronato foi administrado na dose de 3mg/kg 1 vez por semana via subcutânea. Após 3 meses, os animais foram submetidos ao ecocardiograma, à análise morfométrica, ao estudo do coração isolado, e a dosagem de citocinas miocárdicas. Para comparação do tamanho do infarto entre os grupos infartados foi realizado teste t de Student. As comparações entre os grupos foram feitas pelo teste ANOVA de dois fatores independentes. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: O tamanho do IAM entre os grupos infartados foi semelhante (IC=35, 7 ± 10, 5; IP=34, 8 ± 8, 8; p=0, 778). Não houve diferença na mortalidade entre os grupos. Em relação ao ecocardiograma, o IAM aumentou a espessura da parede posterior (EPP), das áreas sistólicas e diastólicas do ventrículo esquerdo (VE), além de piorar a função sistólica e diastólica. Houve interação entre o IAM e o pamidronato sendo que o este reduziu o aumento de EPP e da espessura relativa causados pelo infarto. Além disso, o pamidronato, reduziu a relação E/A (C= 1, 74 ± 0, 52, P= 1, 52 ± 0, 27, IC= 3, 99 ± 3, 40, IP= 1, 63 ± 0, 87, p interação= 0, 024), a onda E (C= 87, 36 ± 8, 52 cm/s, P= 95, 07 ± 9, 97 cm/s, IC= 106, 07 ± 25, 95 cm/s, IP= 89, 65 ± 21, 79 cm/s, p interação= 0, 015) e aumentou o tempo de desaceleração da onda E (C= 44, 92 ± 6, 64 ms, P= 41, 70 ± 7, 03 ms, IC= 39, 71 ± 8, 65 ms, IP= 46, 88 ± 8, 37 ms, p interação= 0, 021). Não houve interação entre os fatores quanto as variáveis morfométricas, estudo do coração isolado, IFN-g, TNF-a e IL-10 miocárdicos.Conclusões: O pamidronato atenuou a remodelação cardíaca com melhora da função diastólica do VE. No entanto, essa atenuação não foi mediada pelo processo inflamatório. Apoio: FAPESP PO 099 CATEQUINAS DO CHÁ VERDE ATENUAM VARIÁVEIS BIOQUÍMICAS, REDUZEM A CAVIDADE E MELHORAM A FUNÇÃO VENTRICULAR APÓS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM RATOS. Pamela Nayara Modesto, Beatriz Lustosa, Marcos Minicucci, Elenize Pereira, Katashi Okoshi, Ana Angélica Fernandes, Priscila Santos, Leonardo Zornoff, Sergio Paiva, Paula S Azevedo FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL A remodelação cardíaca após infarto agudo do miocárdio (IAM) caracteriza-se por diversas alterações, como o aumento do estresse oxidativo e mudanças no metabolismo energético. Objetivo: avaliar se as catequinas do CV atenuam algumas variáveis bioquímicas do processo de remodelação cardíaca após IAM. Metodologia: Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos : Controle (C): receberam ração padrão; Chá verde(CV): receberam ração com CV; Infarto (I): ratos submetidos a IAM cirúrgico que receberam ração padrão e Infarto com CV (ICV): ratos infartados que receberam ração com CV. As catequinas do CV utilizadas foram provenientes do Polyphenon 60 (Sigma-Aldrich). Após 3 meses de observação foram realizados ecocardiograma, avaliação do estresse oxidativo, do metabolismo energético, das metaloproteases e do inibidor tecidual de metaloprotease (TIMP-1). Os dados foram apresentados em média e desvio padrão e comparados por ANOVA de duas vias.Letras iguais significam similaridade e letras diferentes correspondem a significância estatística de P<0, 05. Resultados Ecocardiograma: DDVE/peso: C=17, 1±1, 3a; CV=17, 6±1, 9a; I=25, 2±2, 3b;ICV=22, 7c±1, 7; DSVE/peso: C=0, 8±0, 04a ; CV=0, 8±0, 04a; I=2, 0±0, 06b; ICV=1, 7±0, 06c . Porcentagem de encurtamento: C=2744±85a; CV= 2888±87a; IP=450±130b;ICV=847±118c. Estresse oxidativo: Superóxido dismutase: C=4, 4±0, 4a; CV=5, 8±0, 8ac; IP=11, 2±3, 2b; ICV=7, 8±2, 1c; Catalase: C=67, 9±11, 4a;CV=45, 8±6, 8b; IP=35, 1±6, 7c; ICV=52, 3±3, 5b. Metabolismo energético:o CV melhorou a atividade da fosfofrutoquinase, da piruvato desidrogenase (enzimas da via glicolítica) e da citrato sintase (enzima do ciclo de Krebs), após o IAM. Metaloproteases (MMP): razão entre MMP2 ativas/inativa C=5, 40±1, 36; CV=4, 80±1, 36; IP=8, 80±1, 52; ICV=4, 20±1, 23 p=0, 1; TIMP-1: C=42, 6±2, 9a; CV=44, 7±3, 2a; IP=37, 6±2, 7b; ICV=54, 7±2, 4c.Conclusão: as catequinas do CV atenuaram o processo de remodelação, reduzindo o estresse oxidativo, estimulando a via glicolítica do metabolismo energético e aumentando a concentração do TIMP-1. Em consequencia, o CV reduziu a cavidade e melhorou a função ventricular, neste modelo experimental. PO 100 Cardioproteção: Possíveis mecanismos de ação da laserterapia em miocárdio de ratos infartados Manchini, MT, Santana, ET, Oliveira, TS, Antonio, EL, Tucci, PJF, Serra, AJ, Silva Jr, JA Universidade Nove de Julho - São Paulo - São Paulo - Brasil, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - São Paulo - Brasil Introdução: A relevância dos sistemas Renina-Angiotensina e CalicreínasCininas nas doenças cardiovasculares é baseada na ação dos inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) para melhorar a sobrevivência e função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca. Um potente vasoconstritor, a ECA favorece o acúmulo de bradicinina, um vasodilatador. Esta propriedade do miocárdio também foi observada com o tratamento com laserterapia de baixa intensidade (LBI). Métodos: 15 ratas Wistar (200-280g) foram submetidas ao infarto do miocárdio pela oclusão da artéria coronária descendente anterior e randomizadas em três grupos: LASER (ratas irradiados com laser), SHAM (ratas não irradiados com laser) e CONTROL (ratas controles). No grupo LASER, a área infartada foi tratada com laser (λ 660 nm, 15 mW de potência, 60 segundos, área irradiada 0.785 cm2, densidade de energia 1.1 J/ cm2) 60 segundos após a oclusão coronariana. Todas as ratas foram avaliadas pelo ecocardiograma. Sob anestesia, os corações foram expostos os seguintes mRNA foram quantificados por PCR – Real Time (Sybr Green): interleucina 1beta, interleucina 6, ECA (enzima conversora de angiotensina), ECA-2, receptor de cinina B2 e receptor mas. Análise estatística: Todos os dados foram apresentados como média ± desvio padrão. A comparação dos resultados entre os diferentes grupos foi realizada com ANOVA uma via complementada pelo teste de Newman-Keuls utilizando o software estatístico GraphPad Prism version 5.0 (San Diego, CA, EUA). Um valor de p≤0, 05 foi adotado como nível de significância. Resultados:O tratamento com LBI diminuiu significantemente a expressão gênica de interleucina-1beta no grupo LASER quando comparado com o grupo SHAM (p≤0, 05) e interleucina-6 no miocárdio em comparação com os ratos não irradiados (p≤0, 05). Além disso, o mRNA de ECA-2 do grupo LASER mostraram-se aumentados após a LBI em comparação com ratos não irradiados (p≤0, 05) assim como do receptor mas (p≤0, 05). O tratamento com LBI aumentou significativamente os níveis de expressão de receptor B2 de cininas (p≤0, 05). Conclusão: Parâmetros funcionais apresentaram melhora após irradiação com laser. Nossos dados sugerem a participação da via de geração de Ang 1-7 e cininas na cardioproteção gerada pela LBI pós-infarto em ratos. PO 101 Influência da pressão intraventricular esquerda na remodelação cardíaca decorrente da exposição crônica à fumaça de cigarro em ratos EDSON CASTARDELI, DIOGO GRATIVOL VENTURI UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO - VITORIA - ES - BRASIL Introdução: a remodelação cardíaca configura-se como processo, com provável participação de diferentes mecanismos. A ação pressórica nas câmaras cardíacas tem potencial para causar remodelamento. Entretanto, dispomos de poucas informações acerca da pressão intraventricular esquerda e, sua influência, na remodelação cardíaca. Métodos: vinte ratos Wistar (200 a 250g) distribuídos aleatoriamente em dois grupos, o grupo controle (C) (n=10) e o grupo exposição crônica à fumaça de cigarro (E) n=10, com exposição diária na taxa de 40 cigarros/dia e por três meses ininterruptos. Aferição da pressão intraventricular esquerda com medição direta por cateterismo (transdutor LETICA SCIENTIFIC INSTRUMENTS e aquisição dos dados com BIOPAC SYTEM, INC MODEL MP 100). Medidas morfológicas de relação entre peso úmido/ seco do ventrículo esquerdo (VE) e pulmões. Estatística: teste t de Student com adoção de significância de 5%. Resultados: encontramos alteração hemodinâmica intraventricular esquerda para as pressões: sistólica máxima (C=143, 8+7, 2mmHg; E=160, 5+2, 9mmHg), desenvolvida (C=135, 9+6, 6mmHg; E=157, 5+3, 0mmHg), derivada máxima de pressão (C=3294, 7+162, 2mmHg; E=3832, 7+114, 1mmHg), derivada mínima pressão (C=-2576, 1+117, 1mmHg; E=-3128, 7+109, 5mmHg), com valores estatisticamente diferente entre o grupo E comparados grupo C. Observamos no grupo E aumento estatístico significante para a massa de VE corrigido pela massa corporal (C=1, 95+0, 07mg/g; E= 2, 12+0, 04mg/g) e massa dos ventrículos corrigido pela massa corporal (C=2, 38+0, 1mg/g; E=2, 66+0, 05mg/g). O grupo controle teve maior ganho de peso nas semanas 4, 5 e 10 p=0, 001. Conclusão: os mecanismos pressóricos participaram da remodelação cardíaca promovida pela exposição crônica à fumaça de cigarro. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 177 PO 102 Resposta ventilatória ao metaborreflexo correlacionase com a função endotelial em jovens saudáveis Seabra, LP, Carvalho, EEV, Crescencio, JC, Schwartzmann, PV, Martins, WP, Ferriani, RA, Gallo Jr, L, Simões, MV HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - São Paulo Brasil Introdução: O metaborreflexo (MR) contribui para ativação simpática que resulta no aumento da ventilação e vasodilatação durante o exercício. O aumento da condutância arterial mediante vasodilatação dependente do endotélio participa da adequação da perfusão muscular no esforço, sugerindo interação do MR com a função endotelial. Contudo, essa correlação não foi ainda documentada em indivíduos saudáveis. Objetivo: Correlacionar a função endotelial com a resposta ventilatória frente ao estímulo do MR em indivíduos saudáveis. Métodos: 15 indivíduos masculinos (31±6 anos, IMC: 24, 5±3, 1 Kg/m²) foram submetidos à avaliação da função endotelial pela medida da vasodilatação da artéria braquial após isquemia (FMD) e à avaliação da contribuição do MR na hiperventilação durante o esforço, por meio do exercício de preensão palmar utilizando dinamômetro e análise de gases. O protocolo do MR consistiu do registro da ventilação em 2 etapas randomizadas de exercício seguido de 1. recuperação com oclusão arterial (CO), para produzir “congelamento metabólico”, e 2. sem oclusão arterial (SO) do membro exercitado. A análise da ventilação pulmonar foi realizada pela média do terceiro minuto após o exercício nas manobras CO e SO. Resultados: Todos tiveram comportamento da ventilação semelhante no pico do esforço (CO 14, 61±6, 25 L/min e SO 17, 18±11, 36 L/min), p=0, 13. No terceiro minuto pós esforço, observamos maiores valores da ventilação na etapa CO (9, 42±3, 73) quando comparada à SO (7, 59±2, 46), resultando em contribuição do MR para ventilação durante o esforço de 1, 8 ± 2, 6L/min. Na avaliação da FMD os indivíduos obtiveram dilatação da artéria braquial de 5, 9±2, 9%.Observamos significativa correlação negativa entre os valores individuais do MR com a FMD (p<0, 05; R = -0, 52). Conclusão: Os resultados mostram que há uma correlação negativa entre a intensidade da ativação do MR a integridade da função endotelial em jovens saudáveis, reforçando a noção de que o grau de ativação MR vincula-se à redução da capacidade de vasodilatação dependente do endotélio, que pode estar acentuada em diferentes doenças cardiovasculares. PO 103 O papel da oxigenação hiperbárica na expressão gênica das glutationa peroxidases envolvidas no estresse oxidativo do coração resultante de isquemia e reperfusão intestinal em camundongos isogênicos FREDERICO SOMAIO NETO, FAGUNDES D J, IKEJIRI A T, BERTOLETTO P R, TERUYA R, CHAVES J C, SOMAIO U A UNIFESP - S PAULO - S P - BR, UFGD - DOURADOS - MS - BR Fundamento: A isquemia/reperfusão intestinal (IRI) agride órgãos à distância. A OHB tem mostrado efeitos benéficos nas lesões isquêmicas. A proposta foi avaliar a relação da IRI e da OHB nas lesões à distância sobre o miocárdio de camundongos avaliando a expressão gênica do estresse oxidativo na família das glutationa peroxidases. Delineamento: Ensaio experimental, randomizado e controlado com avaliação cega dos resultados. Métodos: Trinta camundongos isogênicos C57BL/6, foram distribuídos em cinco grupos (n=6) e submetidos à anestesia e laparotomia. Quatro grupos foram submetidos à isquemia intestinal de 60 min e reperfusão de 60 min e distribuídos em (GIR) que não recebeu OHB (3 ATA de pressão a 100% de oxigênio), (GOHB+I) OHB durante a isquemia, (GOHB+R) na reperfusão e (GOHB+IR) na isquemia e reperfusão. O grupo controle não foi submetido à isquemia intestinal. Amostras foram coletadas e preservadas em nitrogênio líquido para processamento pelo PCR Array procedure (RT² Profiler™ PCR Array) para determinação da expressão gênica. Estatística: Ct (limiar de expressão) de cada amostra testada em relação ao Ct da amostra controle (“t” de Student, p<0, 05). Resultados: (+) => hiperexpressão e (-) => hipo-expressão. Respectivamente (IRI, GIR, OHB-I, OHB-R, OHBI+R)=> GPX1(+1, 61;+2, 42;+1, 29;+1, 50;+1, 67) GPX2(+1, 30;14, 96*;-4, 65*;+2, 06;1, 58) GPX3(+1, 18;+2, 43;+1, 30;+1, 24;+1, 12) GPX4(+1, 93;1, 52;+1, 64*;+1, 04;+1, 74*) GPX5(+4, 42;-2, 00;+1, 19;-2, 69;+1, 24) GPX6(+12, 58;-1, 08;-1, 08;-1, 03;+2, 47) GPX7(+16, 01;+1, 14;-1, 77*;-1, 45;+1, 56*) GPX8(+1, 78;+2, 19*;+1, 31;-1, 19*;-1, 33) Conclusão. O miocárdio respondeu com um perfil de hiperexpressão do estresse oxidativo, mas a aplicação da OHB, principalmente quando aplicada durante a isquemia, diminuiu significativamente essa expressão PO 104 Efeitos Agudos do Exercício com Haste Oscilatória Sobre a Regulação Autonômica Cardíaca em Homens Saudáveis Cristiane Mayumi Ogata Universidade Estadual Paulista - Marília - São Paulo - Brasil ACUTE RESPONSES OF HEART RATE VARIABILITY TO OSCILATORY POLE EXERCISE Cristiane Mayumi Ogata1, Marcelo Tavella Navega1, Vitor Engrácia Valenti2 1 Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília – UNESP, Marília, SP, Brasil. 2Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP, Presidente Prudente, SP, Brasil. Introdução: Uma das formas de avaliar a regulação autonômica cardíaca de modo não invasivo em humanos é a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). As hastes oscilatórias são equipamentos capazes de ocasionar rápidas contrações musculares, assim, nosso objetivo é analisar os efeitos agudos do exercício com equipamento sobre os índices lineares da VFC em homens saudáveis. Método: O estudo foi realizado em dez voluntários jovens adultos, sexo masculino com idade entre 18 e 25 anos. Os indivíduos permaneceram em repouso durante 10min. Imediatamente após o protocolo de exercício, os indivíduos permaneceram sentados em repouso por 30min. Os índices da VFC foram analisados nos seguintes períodos após os exercícios com a haste oscilatória: 0-5 min, 5-10 min, 10-15 min, 15-20 min, 20-25 min e 2530 min. Resultados: O SDNN teve alterações entre os 5-10 e 15-20 min após o exercício (p=0.0019). O RMSSD aumentou aos 0-5min e 5-10min após o exercício (p=0.0073) comparado ao controle. No pNN50 foram observadas alterações entre 2530 min e aos 10-15mins após o exercício em comparação com o controle (p=0.0043). O LF (ms2) apresentou a maior diferença no intervalo entre 25-30 minutos após o exercício em comparação com o intervalo entre 5-10 minutos, 10-15 minutos e 1520 minutos após o exercício (p=0.0184), já no LF (nu) houve aumento de 0-5min em comparação com 5-10min após o exercício e durante o repouso. Conclusão: Uma sessão de exercícios padronizadas com haste oscilatória, ocasionou respostas cardíacas autonômicas caracterizadas por reentrada vagal aproximadamente entre os 20-30 min após o exercício, que causa aumento da atividade parassimpática em comparação ao repouso antes do exercício. Palavras Chave: Sistema cardiovascular; Sistema Nervoso Autônomo; Terapia por Exercício. PO 105 INFLUÊNCIA DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR SOBRE AS PROTEINAS RELACIONADAS COM O TRÂNSITO DE CÁLCIO NO MIOCARDIO DE RATOS Deus, AF, Silva, DCT, Tomasi, LC, DHS, Campos, CR, Padovani, AC, Cicogna FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: A restrição alimentar (RA) aumenta a expectativa de vida, retardando ou prevenindo diversas alterações fisiopatológicas, embora pesquisas mostrem que a RA pode prejudicar a performance cardíaca. Sugizaki et ale Gut et al observaram que o prejuízo da performance cardíaca em ratos Wistar Kyoto, submetidos a uma RA de 50%, pode ser atribuído a diminuição da sensibilidade ao cálcio e alterações no ciclo de cálcio intracelular. Assim, alterações na expressão protéica da bomba ATPase de Ca2+ do reticulo sarcoplasmático (SERCA2a), fosfolambam (PLB), PLB fosforiladas na treonina 17 (PLB Thr 17) e na serina 16 (PLB Ser 16), trocador Na/Ca (NCX), calsequestrina (CSQ), rianodina (RYR) e canal de cálcio do tipo L (Canal L), poderiam prejudicar a homeostase de cálcio intracelular miocárdico. Objetivo: A proposta deste estudo foi testar a hipótese que a RA promove diminuição na expressão das proteínas relacionadas com o trânsito de cálcio. Metodologia: Foram utilizados para o estudo ratos Wistar-Kyoto machos, 60 dias de idade, distribuídos em dois grupos: controle (C; n=14) e submetidos á RA de 50% da quantidade média ingerida pelo grupo C (RA; n=13). Os ratos ficaram em tratamento por 90 dias e foram pesados semanalmente. Os animais foram eutanasiados e os pesos, corporal final, músculo sóleo e das câmaras cardíacas, foram aferidos. As quantificações das proteínas SERCA2a, PLB, PLB Thr 17, PLB Ser 16, NCX, RYR e Canal L do miocárdio foram realizadas pela técnica de Western Blot. A análise estatística foi feita pelo test t Student para amostras independentes, (p<0, 05). Resultados: Os animais restritos apresentaram diminuição significante do peso corporal final, das câmaras cardíacas, e da musculatura esquelética. A análise das proteínas miocárdicas mostrou que apenas o Canal L apresentou uma diminuição em resposta ao tratamento. Conclusão: Os dados desse projeto não confirmam a hipótese inicial que a RA acarreta redução de todas as proteínas miocárdicas envolvidas no trânsito de cálcio. A única proteína que a RA decresceu foi o Canal L. Estudos posteriores são necessários para determinar o(s) mecanismo(s) responsável(eis) pela diminuição do Canal L e os fatores envolvidos na diferença de comportamento entre o Canal L e as outras proteínas miocárdicas. 178 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 106 Efeito da dieta Jejum Intermitente nos níveis das citocinas (IL-6, IL-10 e TNF-α) em camundongos LDL-/Edielle Melo, Azevedo, F.R, Jurado, M.C, Pastana, A, Caramelli, B INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Não são completamente conhecidos os efeitos do Jejum Intermitente (JI) sobre as variáveis relacionadas ao desenvolvimento da aterosclerose. Métodos: Camundongos LDLr-/- com 6 semanas, divididos em 3 grupos, receberam diariamente, por 15 semanas, 5g das respectivas dietas: Aterogênica (AT) -rica em colesterol, ácidos graxos saturados e pobre em fibras, DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) -rica em ácidos graxos mono e polinsaturados, baixo sódio e micronutrientes e Jejum Intermitente (JI) -ração padrão suplementada com micronutrientes em dias alternados. Ao final os animais foram anestesiados e sacrificados, foi coletado sangue e realizadas análises das citocinas IL6, IL10, TNFα: REAL-TIME e ELISA. Resultados: A análise da IL6 no JI mostrou aumento da expressão do RNAm quando comparado ao DASH. Entretanto não ocorreu aumento da síntese proteica. No grupo AT ocorreu o contrário: 1, 2 no JI, 0, 2 no DASH e 0, 1 no AT (Gráfico 1), com p<0, 05 entre JI e DASH. A expressão proteica da IL6 apresentou: 50, 10 pg/ml no JI, 60, 31 pg/ml no DASH e 230, 54 pg/ml no AT (Gráfico 2), com p<0, 05 entre JI e AT. A análise do TNFα mostrou aumento da expressão proteica no AT quando comparado ao JI: 70, 49 pg/ml no JI, 50, 36 pg/ml no DASH e 250, 90 pg/ml no AT, com p<0, 05 entre JI e AT. Realizamos Teste-T de Student e todos os valores foram expressos como media ± erro padrão da media (EPM). Conclusão: Estes resultados sugerem que, neste modelo animal, o Jejum Intermitente tem menor efeito aterogênico do que as dietas DASH e AT representado pela menor expressão proteica de IL6. PO 107 Alterações Morfológicas em aortas de camundongos LDL/- submetidos à Restrição Alimentar Edielle Melo, Azevedo, F.R, Gutierrez, P.S, Koike, M, Pastana, A, Caramelli, B INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-LIM 51 - São Paulo - SP - Brasil OBJETIVOS: Investigar as alterações morfológicas em aortas de camundongos LDLr/- submetidos à restrição alimentar e sua relação com os fatores de risco cardiovascular. MÉTODOS: Camundongos com 6 semanas de idade, homozigotos para a ausência do gene do receptor de LDL (LDLr-/-), foram divididos em 4 grupos que receberam, diariamente, por 15 semanas, 5g das respectivas dietas: Aterogênico (AT) - rica em colesterol, ácidos graxos saturados e pobre em fibras; DASH - pobre em gorduras saturadas, totais, colesterol e sódio e rica em fibras, cálcio, magnésio e potássio; Jejum Intermitente (JI) - ração padrão suplementada com micronutrientes em dias alternados e Controle (Cont)- ração padrão todos os dias. Ao final os animais foram anestesiados e sacrificados, analisou-se macroscopicamente (dissecções do coração, aorta ascendente e arco aórtico) e microscopicamente pelo método de Hematoxilina e Eosina a espessura das placas ateroscleróticas nas aortas dos camundongos. RESULTADOS: Foram realizadas as dissecções do coração, aorta ascendente e arco aórtico dos grupos DASH (N=5), AT (N=5), JI (N=5) e Controle (N=5) com a utilização de um microscópio óptico. A área da placa aterosclerótica de cada animal foi expressa como a média as placas medidas em 6 cortes de 10µm de espessura, com 80µm de distância entre os cortes. Observamos que houve diferença (p<0, 05) entre as áreas das placas dos grupos AT (figura 1) e JI (figura 2), sendo que a área da placa aterogênica do grupo AT foi maior, o mesmo observou-se entre os grupos DASH (figura 3) e JI, sendo a área da placa aterogênica do grupo DASH maior que do grupo JI. Não observou-se diferença entre JI e Cont (figura 4). CONCLUSÃO: Neste modelo animal, o jejum intermitente parece apresentar um perfil menos aterogênico traduzido pela menor área da lesão aterosclerótica. PO 108 Alterações cardiovasculares induzidas pelo uso de glicocorticóide Fabiana de Salvi Guimarães, Wilson Max Almeida Monteiro de Moraes, Danilo Sales Bocalini, Ednei Luiz Antonio, Andrey Jorge Serra, Jairo Montemor da Silva, Paulo José Ferreira Tucci, Pâmela Ramona, Patrícia Chakur Brum, Alessandra Medeiros UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO - SP - BRASIL Introdução Os glicocorticóides são fármacos amplamente utilizados na clínica. Doses elevadas e/ou tratamento prolongado está associado ao remodelamento cárdico. Objetivo Avaliar as alterações morfológicas e funcionais cardíacas induzidas pelo glicocorticóide. Métodos Ratos Wistar foram randomizados em dois grupos: Tratados (DEX) e Controle Pair feed (Cont-PF). O grupo tratado recebeu 3, 5 mg/ kg de dexametasona, na água por 15 dias. Avaliou-se através do ecocardiograma a fração de encurtamento e a razão onda E/A, como parâmetros da função sistólica e diastólica. Pela contratilidade in vitro avaliou-se: massa do papilar, a tensão isométrica máxima desenvolvida, a taxa de variação da tensão desenvolvida, a derivada positiva (+dT/dt) e negativa (-dT/dt), que informam a variação temporal do inotropismo cardíaco (sístole). O diâmetro de cardiomiócito e o percentual de colágeno foram obtidos pela analise histológica. Pelo ensaio do cometa avaliou-se a apoptose cardíaca. Os dados foram analisados através de test-t de Student ou ANOVA de uma via com medidas repetidas, com post hoc de student- Newman Keuls. Resultados O tratamento diminuiu em 63% o peso corporal, aumentou em 50% a massa dos átrios e do ventrículo esquerdo, em 40% a massa do ventrículo direito e em 87% a área de secção transversa do papilar, quando comparado ao grupo Cont-PF, sendo todas essas diferenças estatisticamente significantes (p, 0, 05). Em relação aos parâmetros funcionais, diminuiu significantemente em 50% a tensão isométrica máxima desenvolvida e a +dT/dt, e em 38% a -dT/dt. A fração de encurtamento reduziu significantemente em 11% em relação ao período pré-experimental, já a razão onda E/A reduziu 25% após o tratamento com glicocorticóide. Pela análise histológica, dados preliminares indicam um aumento de 10% no diâmetro de cardiomiócito (p<0, 07) e 25% no percentual de colágeno (p<0, 06). O percentual de apoptose cardíaca demonstrou um aumento de 190% no percentual de morte celular (p<0, 05). Conclusão O tratamento com glicocorticóide induz a alterações cardiovasculares importantes, conhecer essas modificações são importantes para a elaboração de estratégias que possam minimizar os efeitos colaterais. PO 109 Respostas Neurovasculares em Homens e Mulheres com Síndrome Isquêmica Miocárdica Instável durante Estresse Mental Larissa Santos, Daniel Martinez, Heverton Paulino, José Nicolau, Carlos Filho, Edgar Dias, Maria Janieire Alves, Ivani Trombetta, Carlos Negrão, Maria Urbana Rondon ESCOLA ED. FÍSICA E ESPORTE DA USP - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Pacientes com síndrome isquêmica miocárdica instável (SIMI) apresentam disfunção no controle neurovascular durante manobras fisiológicas. Porém, não é conhecido se essa resposta ocorre de forma semelhante entre homens e mulheres. O objetivo deste estudo foi comparar a resposta neurovascular da atividade nervosa simpática muscular (ANSM) e do fluxo sanguíneo muscular (FSM) durante o estresse mental em pacientes homens e mulheres com SIMI. Métodos: Foram estudados 45 pacientes com SIMI (54±1 anos, fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 58±2%, 31 homens), 30 dias após o evento isquêmico, durante o teste de cores de estresse mental (Stroop Color Word Test), realizado durante 3 minutos. A ANSM foi avaliada pela colocação de um microeletrodo no nervo fibular. O FSM foi avaliado pela pletismografia de oclusão venosa e a pressão arterial média (PAM) pelo método oscilométrico. A condutância vascular no antebraço (CVA) foi calculada pela relação [(FSM/PAM)x100]. A frequência cardíaca foi medida pelo eletrocardiograma. Análise Estatística: Teste t de Student e Qui-quadrado. Foi aceito P<0, 05 como diferença significativa. Resultados: No repouso, a PAM, ANSM, FSM e CVA foram semelhantes entre os pacientes homens e mulheres. Durante o estresse mental, as respostas de ANSM (7±2 vs. 8±3 disparos/100bat, P=0, 82) e de PAM (8±1 vs. 9±3 mmHg, P=0, 56) foram semelhantes entre homens e mulheres, respectivamente. Contudo, a resposta de CVA foi significativamente maior nos homens em relação às mulheres (0, 92±0, 18 vs. 0, 28±0, 12 unidades, P=0, 04). O nível de percepção do estresse mental foi semelhante entre os grupos (P=0, 31). Conclusão: O sexo não influencia a ativação nervosa simpática provocada por uma condição de estresse em pacientes com SIMI. Contudo, pacientes mulheres com SIMI apresentam menor resposta vasodilatadora muscular durante estresse. Estes resultados mostram que o comprometimento vascular endotélio-dependente em mulheres com SIMI é maior que em homens com SIMI e, portanto, apresentam maior risco cardiovascular durante a fase aguda da doença. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 179 PO 110 ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS CARDÍACAS E CONTROLE CARDIOVASCULAR EM MODELO EXPERIMENTAL DE MENOPAUSA ASSOCIADA AO DIABETES IRIS CALLADO SANCHES, Filipe Fernandes Conti, Diego Figueroa, Christiane Malfitano, Maria Claudia Irigoyen, Kátia De Angelis Universidade Nove de Julho - São Paulo - São Paulo - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Após o advento da menopausa ocorre o aumento da prevalência de fatores de risco cardiovasculares, dentre eles, o diabetes. Além disso, sabe-se que a principal causa de mortalidade em indivíduos diabéticos é a doença cardiovascular. Objetivos: Avaliar as alterações morfofuncionais cardíacas, os efeitos metabólicos, cardiovasculares e autonômicos da privação dos hormônios ovarianos na presença ou não de diabetes induzido por estreptozotocina em ratas. Métodos: Ratas Wistar (200-220g) foram dividas em um grupo controle sedentário (ES), um grupo diabético sedentário (DS) e 2 grupos ooforectomizados (retirada bilateral dos ovários) (n=8), sendo um euglicêmico (EOS) e outro diabético (estreptozotocina, 50 mg/kg, iv): sedentário (DOS). Após as 8 semanas de acompanhamento, a função e a morfometria cardíaca foram avaliadas pelo ecocardiograma e, no dia seguinte, os animais foram canulados para registro da pressão arterial (PA) e avaliação da sensibilidade barorreflexa (SB). A análise da variabilidade da frequência cardíaca (FC) e da PA sistólica (PAS) foi realizada no domínio do tempo e da frequência. Resultados: Os resultados demonstraram aumento de 9% no peso corporal e 10% na PA, e redução de SB (21% nas respostas taquicárdicas) no grupo EOS. Os animais diabéticos apresentaram redução de 19% no peso corporal e na capacidade física (22% no teste máximo em esteira e 19% na carga máxima na escada); redução de 8% na massa e 18% na espessura relativa da parede do ventrículo esquerdo (VE), aumento de 11% na cavidade do VE, de 31% no tempo de relaxamento isovolumétrico e 34% no índice de desempenho miocárdico; além de redução de na PA, na FC, na SB e na banda AF-IP. A associação de diabetes com ooforectomia induziu exacerbação de algumas disfunções, como aumento de 9% na glicemia e de 20% no índice de desempenho miocárdico (IDM); redução de 14% na velocidade de encurtamento do VE e 14% na FC (DOS vs. DS). Conclusão: Esses resultados sugerem que a associação do diabetes com a privação dos hormônios ovarianos induz disfunções mais severas das que já se conhece em ambos os modelos isoladamente. Hipertensão Arterial PO 111 Avaliação da prevalência de pseudorresistência entre pacientes com Hipertensão Arterial Resistente através da Escala de Adesão Terapêutica de Oito Itens de Morisky (MMAS-8) SODRÉ, DS, MAGALHÃES, IR, TEIXEIRA, RNT, de MACEDO, CRB, ARASJUNIOR Hospital Universitário Professor Edgar Santos - UFBA Salvador - Bahia - Brasil Introdução: A Hipertensão Arterial Resistente (HAR) é definida por valores de Pressão Arterial (PA) acima das metas recomendadas com o uso de três fármacos anti-hipertensivos, sendo um deles preferencialmente um diurético, ou quando em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos, mesmo com a PA controlada. HAR verdadeira deve ser diferenciada da pseudorresistência, que ocorre em razão da não adesão ao tratamento. Este trabalho avaliou a prevalência de pseudorresistência entre pacientes com HAR num ambulatório de referência e a sua relação com o controle da PA. Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal. A adesão ao tratamento foi avaliada pela Escala de Adesão Terapêutica de Oito Itens de Morisky (MMAS8). Pseudorresistência foi definida como paciente com HAR e MMAS-8 < 8. PA controlada foi definida como valores de PA sistólica < 140 mmHg e valores de PA diastólica < 90 mmHg. Análise estatística: Os dados do presente estudo foram analisados pelo programa SPSS Statistics 17.0. As variáveis categóricas tiveram suas proporções analisadas pelo teste qui-quadrado. Foi calculada a Odds Ratio (OR) da associação da adesão ao tratamento ao controle da PA. Resultados: Dentre os 75 pacientes com HAR analisados, 14 (18, 7%) são aderentes (MMAS-8 = 8) e 61 (81, 3%) são pseudorresistentes (não-aderentes). A média da MMAS-8 na população foi de 5, 92 (±1, 58). Os pacientes aderentes tiveram uma tendência (sem alcançar significância estatística) a ter PA controlada em relação aos não aderentes ao tratamento (OR = 2, 051, IC [95%] = 0, 58-7, 18). Conclusões: A pseudorresistência é muito prevalente entre pacientes com HAR e deve ser avaliada antes da adição de novas drogas à terapêutica. Pacientes aderentes ao tratamento tem uma tendência ao maior controle da PA. PO 112 Hipotensão pós-exercício resistido em homens normotensos e hipertensos: Mecanismos hemodinâmicos e neurais. QUEIROZ, ACC, SOUSA, JCS, SILVA JR, ND, COSTA, LAR, TOBALDINI, E, MONTANO, N, ORTEGA, K, MION JR, D, TINUCCI, T, FORJAZ, CLM Escola de Ed. Física e Esp, USP - SP - BR, Università Degli Studi di Milano - Milão - IT, Hospital das Clínicas, USP - SP - BR Introdução: Uma sessão de exercício resistido promove hipotensão pós-exercício em normotensos (NT) e hipertensos (HT). Nos NT, os mecanismos da hipotensão já foram estudados, mas em hipertensos, eles são desconhecidos. O objetivo deste estudo foi comparar as respostas da pressão arterial (PA) e seus mecanismos hemodinâmicos e neurais após o exercício resistido em homens NT e HT. Métodos: Catorze NT (44±3 anos) e 12 HT não medicados (50±3 anos) submeteram-se a 2 sessões, realizadas em ordem aleatória: controle (40min de repouso) e exercício (6 exercícios, 3 séries até a fadiga moderada, 50% de 1 RM). Medidas da PA, débito cardíaco (DC), frequência cardíaca (FC) e variabilidade da FC foram realizadas antes e após 45min e 7h das intervenções. Análise estatística: As respostas em cada grupoforam analisadas pela ANOVA de 2 fatores para amostras repetidas. O efeito real do exercício (delta da sessão exercício menos o delta da sessão controle) foi comparado entre os grupos pelo teste T-student (P<0, 05). Resultados: Aos 45 min pós-exercício, a PA sistólica diminuiu de forma similar nos grupos (NT=-8±2 e HT=-13±2 mmHg). A PA diastólica também diminuiu, mas a queda foi maior nos HT (NT=-4±1 vs. HT=-9±1 mmHg, P<0, 05). Em um parte dos indivíduos o exercício promoveu queda do DC e em outra queda da resistência vascular periférica. O volume sistólico reduziu e a FC aumentou pós-exercício de forma similar nos grupos (NT=-14±5 e HT=-11±5 mL e NT=+13±3 e HT=+13±2 bpm). O balanço simpatovagal cardíaco também aumentou e a sensibilidade barorreflexa diminuiu pós-exercício, também de forma similar entre os grupos (NT=+14±6 e HT=+9±3 e NT=-5, 2±1, 2 e HT=-4, 3±1, 5 bpm/mmHg). Após 7h, em ambos os grupos o exercício não teve efeito sobre nenhuma das variáveis. Conclusão: Uma sessão de exercícios resistidos reduz a PA de homens NT e HT de meia idade. O efeito hipotensor diastólico é maior nos HT. Em parte amostra este efeito hipotensor ocorre devido à redução do DC e em outra devido a redução da resistência vascular periférica. A queda da PA se acompanha de aumento da FC resultante do aumento balanço simpatovagal cardíaco e redução da sensibilidade baroreflexa. Apoio: FAPESP 2009/18219-3 e 2011/06689-5, Capes, CNPq, Pró-Reitoria de Graduação USP. PO 113 LESÕES DE ÓRGÃOS ALVO, NÃO PRESSÃO ARTERIAL, SÃO PREDITORES DE ISQUEMIA MIOCÁRDICA EM PACIENTES HIPERTENSOS RESISTENTES Rodrigo G. P. Modolo, Maria O Paganelli, Natalia R Barbaro, Ana P C Faria, Andrea Sabbatini, Juan C Y-Toledo, Vanessa Fontana, Heitor Moreno-Jr FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Introdução: Hipertensão arterial é o fator de risco modificável mais prevalente para doença arterial coronariana (DAC). Já está bem demonstrada a necessidade de bom controle dos níveis pressóricos a fim de evitar eventos cardiovasculares. Uma pequena, porém significativa porção destes pacientes hipertensos são classificados como hipertensos resistentes – que se define como pacientes usando 4 ou mais agentes anti hipertensivos, ou pacientes com pressão arterial (PA) não controlada a despeito do uso de 3 drogas. Hipertensão resistente (HAR) frequentemente se associa com diabetes e idade e esta associação aumenta o risco para DAC. No entanto, ainda é desconhecido a prevalência de isquemia em pacientes com HAR, bem como os preditores das alterações perfusionais do miocárdio nestes pacientes. Métodos: Após caracterização dos pacientes como portadores de HAR, 129 pacientes realizaram cintilografia de perfusão miocárdica em repouso e sob estresse farmacológico com dipiridamol, sendo diivididos em dois grupos: (1) isquêmicos (ISQ) e (2) não isquêmicos (NISQ). Dilatação mediada por fluxo (FMD), dados laboratoriais e antropométricos, e parâmetros ecocardiográficos foram avaliados. Análise estatística: Foi utilizado teste t de student para comparar os grupos, e análise de regressão logística múltipla para avaliar o impacto das variáveis PA, IMC, presença de diabetes, microalbuminúria (MA), massa ventricular esquerda (MVE) e FMD na predição de isquemia. Resultados: Constatou-se isquemia miocárdica em 36 pacientes (28%). Não houve diferença de idade, sexo e PA (office ou MAPA) entre os grupos ISQ e NISQ. Os pacientes do grupo ISQ eram mais diabéticos (31 vs. 11%, p=0, 01), obesos (IMC 33±6 vs. 30±5kg/m2, p=0, 005) e apresentavam mais disfunção endotelial (FMD 6, 7±0.9 vs. 8.0±1.2%, p<0, 001). Microalbuminúria (110±69 vs. 38±43mg/dL, p<0, 001) e MVE (282±89 vs. 227±75g, p<0.001) foram maiores no grupo ISQ. Análise de regressão logísitica mostrou que MA (p<0.001), FMD (p<0.001) e MVE (p=0.002), mas não PA (p<0.2), IMC (p=0.78) ou diabetes (p=0.36), foram preditores de isquemia miocárdica. Conclusão: Nosso resultado sugere que as lesões de órgãos-alvo (MA, FMD, MVE) ao invés dos níveis pressóricos, têm maior impacto na predição de isquemia miocárdica na Hipertensão resistente. 180 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 114 Denervação simpática renal (DESIRE) em pacientes com hipertensão arterial sistêmica resistente ao tratamento medicamentoso - Resultados preliminares Maia HCA, Arantes RCF, Barcelos MS, Barcelos CL, Silva RD, Machado BF, Macambira AKLS, Araujo LMC, Seixas TN, Rocha JM Hospital de Base do Distrito Federal - Brasilia - DF - Brasil Introdução: A hipertensão arterial sistêmica resistente (HASR) é definida como aquela que se mantém elevada apesar do uso otimizado de três anti-hipertensivos, nessas incluso um diurético. Os pacientes hipertensos sem controle pressão arterial encontram-se sob-risco de desenvolver complicações, tais como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Para estes pacientes, existem poucas opções terapêuticas e cresce a necessidade de novas estratégias, sendo essas medicamentosas ou não. Objetivo: Avaliar o impacto da denervação simpática renal no controle pressórico e na redução do uso de anti-hipertensiv0s em pacientes HASR ao tratamento medicamentoso. Métodos: Trata-se de ensaio clínico prospectivo, randomizado onde foram avaliados até o momento 29 pacientes consecutivos com idade variando de 34 a 84 anos e com diagnóstico de HASR ao tratamento medicamentoso, atendidos no período de março de 2012 a janeiro de 2013 no ambulatório de Cardiologia do Hospital de Base do Distrito Federal. Os pacientes com HASR foram avaliados clinica e laboratorialmente para exclusão de causas secundária e randomizados em dois grupos: Grupo I – Denervação Renal e Grupo II – Tratamento Clínico. A avaliação da pressão arterial média (PAM) neste trabalho foi feita por meio do MAPA de 24h. Resultados: No seguimento médio de 100 dias, no grupo I - 14 pacientes (05 homens e 09 mulheres), com idade média 50±9 anos, houve uma redução da pressão arterial média de 14, 5mmHg. Em 5 dos 14 pacientes foi possível redução do numero de antihipertensivos sendo que, em um paciente, foram retirados cinco anti-hipertensivos. Dez medicamentos foram retirados de 14 pacientes (Redução 0, 71 drogas por paciente – 5, 0 para 4, 29 medicações). No grupo II, 15 pacientes (05 homens e 10 mulheres) com idade média 52±12 anos, houve uma redução da PAM de 10mmHg e não houve redução do numero de drogas anti-hipertensivas (Média de 5, 2 drogas por paciente mantida). Conclusão: A ablação renal resulta em redução dos níveis de PAM aferida pelo MAPA e diminuição do numero de drogas anti-hipertensivas, traduzindo em benefício clínico e na qualidade de vida dos pacientes. Acredita-se que a redução da PAM do grupo clínico ocorreu por maior número de consultas e melhor adesão ao tratamento instituído. PO 115 Prevalência de hipertensão verdadeiramente resistente ao tratamento medicamentoso em ambulatório especializado Barcelos MS, Maia HCA, Barcelos CL, Arantes RCF, Silva RD, Macambira AKLS, Araujo LMC, Guerra CCS, Margalho CS, Oliveira EMM Hospital de Base do Distrito Federal - Brasilia - DF - Brasilia Introdução: A hipertensão arterial sistêmica resistente (HASR) é definida como aquela que se mantém elevada apesar do uso de três anti-hipertensivos. Pacientes, não adequadamente tratados, estão associados a complicações por lesão de órgãos como cérebro, rins, olhos e o próprio coração. Estas complicações representam a principal causa de morte e morbidade na população. Dentre os hipertensos, cerca de 10% são aqueles com HASR. A etiologia da HASR é multifatorial, e o tratamento objetiva a identificação e reversão de fatores que contribuem para a resistência. Métodos: Trata-se de avaliação longitudinal de pacientes atendidos no ambulatorio de HASR no Hospital de Base do Distrito Federal entre março e dezembro de 2012. Foram encaminhandos ao ambulatorio por cardiologistas com diagnóstico de HASR e candidatos à participação do estudo DESIRE – Denervação Simpática Renal.Os pacientes foram submetidos à avaliação clínica e laboratorial para diagnóstico de causas secundárias de hipertensão, bem como orientados quanto ao uso das medicações e o tratamento não farmacológico segundo as diretrizes da SBC. Resultados: Durante os 10 meses de avaliação foram realizados 593 consultas médicas em 232 pacientes. Dentre estes, 199 pacientes não foram considerados aptos ao estudo por não terem se enquadrado no diagnóstico de HASR ao tratamento medicamentoso. Em 188 pacientes obteve-se controle dos níveis pressóricos por adequação do esquema terapêutico ou adoção das medidas propostas pelo consenso da SBC. Em 7 pacientes obteve-se controle da PA por uso de baixas doses de espironolactona, com diagnóstico provável de hiperealdosteronismo primário (ainda em avaliação laboratorial). Três pacientes apresentavam estenose de artéria renal que não havia sido diagnosticado previamente e 1 paciente teve diagnóstico de apneia do sono obstrutiva grave. Dos 232 pacientes apenas 33 pacientes (14%) foram considerados como HASR e encaminhados como candidatos a denervação renal (Estudo DESIRE). Conclusão: Em nossa amostra, a hipertensão realmente refratária ao tratamento medicamentoso é incomum, sendo esse diagnóstico, na maior parte dos pacientes, inadequado por uso irregular do tratamento anti-hipertensivo ou por hipertensão arterial secundária não diagnosticada. PO 116 A arteriografia ainda deve ser considerada padrão ouro para o diagnóstico de estenose da artéria renal? São os exames incruentos preditores de estenoses significativas? FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI, Ibraim M F Pinto, Celso Amodeo, Ana Cláudia G P Petisco, Paola E P Smanio, Antonio M Kambara, Roberta Souza, Amanda G M R Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL FUNDAMENTO:A arteriografia é considerada exame de eleição na identificação de estenose na artéria renal (EAR). Habitualmente os estudos clínicos apresentam interpretações dos angiogramas selecionados utilizando-se apenas da analise visual da estenose. Assim protocolos que permitam avaliar a EAR usando metodologia para uma melhor identificação da redução luminal são promissores. OBJETIVO:Diminuir a subjetividade da análise visual na avaliação da EAR utilizando a análise vascular quantitativa (QVA) e avaliar a capacidade preditora do Doppler, medicina nuclear (MN) e tomografia (TC) na identificação de maiores estenoses sendo o QVA padrão de comparação. MÉTODOS: Submetemos 47 indivíduos a mensuração objetiva das artérias renais com o auxílio de estações de trabalho e programas específicos para a quantificação dos diâmetros arteriais descritos por média, desvio padrão, mediana e percentis 25 e 75. Os resultados foram comparados a análise da interpreção visual dos angiogramas e demais exames permitindo assim observar diferenças significantes entre estes e a análise objetiva. A capacidade preditora dos exames diagnósticos foi apresentada maiores diâmetros de estenose avaliados pela curva ROC (Receiver Operating Characteristic) identificada como significante quando a área sob a curva encontrava-se acima de 0, 5. Os exames diagnósticos foram considerados positivos quando estenose > 60%. Os resultados dos testes diagnósticos foram avaliados em relação aos grupos com QVA ≤ 60% e QVA > 60% e o nível de significância dos testes foi de 5%. RESULTADOS:A arteriografia permanece como exame de eleição para o diagnóstico de EAR. Sua capacidade em demonstrar a presença de estenose significativa pela medida objetiva foi avaliada também por meio da curva ROC assim como dos exames incruentos. A curva reproduz maior acurácia da arteriografia, seguida pela TC e ultrassom Doppler no sentido de antecipar a existência de estenoses em 60% ou mais. CONCLUSÃO:As análises dos resultados mostram associação entre a avaliação visual e quantitativa da arteriografia sendo a última capaz de identificar menores diâmetros de estenose podendo assim trazer potenciais benefícios clínicos resultantes da incorporação da QVA na prática clínica. A relação também foi notada para o ultrassom Doppler e TC e não obsevado para a MN. PO 117 RELAÇÃO DOS HÁBITOS DE VIDA COM A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM POPULAÇÃO ESCOLAR DA CIDADE DE CURITIBA – PARANÁ. Edson Marcos Campos Lessa Junior, Giovanna Cerri, Emilton Lima Jr., Gabriela Cordeiro da Costa, Neudir Frare Junior PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PR - BRASIL A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma síndrome clínica multifatorial, podendo estar associada a diversas alterações fisiopatológicas na dependência de sua etiologia. Apesar da HAS ser muito estudada nos adultos, são pouco avaliadas em crianças e adolescentes. O presente estudo foi de caráter observacional transversal, avaliando 895 indivíduos, de 7 escolas públicas do município de Curitiba- PR, sendo a maior parte composta por indivíduos do sexo feminino (59, 8%). A média das idades foi de 15, 1 anos, variando entre 10, 99 e 19, 34 anos. Foram pesquisados alunos da sexta série até o terceiro ano do ensino médio. Quanto a pressão arterial 96, 5% dos indivíduos foram classificados como normotensos e 3, 5% (31 indivíduos) como hipertensos, de acordo com o gráfico da OMS. Destas foram avaliadas quanto aos hábitos de vida e medidas antropométricas. Com a análise destes dados foi verificada uma íntima relação entre o aumento do IMC, da circunferência abdominal e a Hipertensão Arterial Sistêmica. Tabela 01 – Relação entre HAS e IMC. IMC/HAS HIPERTENSO NORMOTENSO TOTAL IMC<p95 16 786 802 IMC>p95 15 78 93 CA/HAS HIPERTENSO NORMOTENSO TOTAL CA< p90 19 806 825 Ca > p90 12 58 70 TOTAL 31 864 895 p<0, 001 Tabela 02 – Relação entre HAS e Circunferencia Abdominal (CA) TOTAL 31 864 895 p<0, 001 Tabela 03. Análise Multivariada Circunferencia Abdominal (CA) - HAS Variável )CA perc ≤ 50 (ref CA perc 50-90 CA perc ≥ 90 FC Valor de p 041 ,0 001 ,0< 511 ,0 OR 97 ,2 84 ,16 01 ,1 Lim inf 04 ,1 46 ,5 99 ,0 Lim sup 47 ,8 92 ,51 03 ,1 OR 10 ,1 54 ,9 01 ,1 Lim inf 24 ,0 34 ,4 99 ,0 Lim sup 94 ,4 95 ,20 03 ,1 Tabela 04. Análise Multivariada IMC-HAS Variável IMC percentil ≤ 85 IMC percentil 85-95 IMC percentil ≥ 95 FC Valor de p 902 ,0 001 ,0< 459 ,0 Percebe-se assim a necessidade do combate da obesidade e do sedentarismo infantil, agindo assim intimamente na incidência de HAS na população jovem. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 181 PO 118 Hipertensão resistente: obesidade é a vilã metabólica? CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA, Adriana Bertolami, Aline de Moraes, Antonio Cordeiro S Jr, Andre Faludi, Marcelo Bertolami, Celso Amodeo, Amanda G. M. R. Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: A hipertensão arterial resistente (HAR) confere ao hipertenso maior risco cardiovascular pela associação com outras comorbidades como o diabetes e a dislipidemia. Entretanto, discute-se se o risco destas outras comorbidades estaria associado à obesidade ou à própria resistência à terapêutica anti-hipertensiva através de mecanismos outros como maior ativação do sistema renina angiotensina aldosterona e do sistema simpático. Objetivo: Avaliar a relação do perfil glicídico e lipídico com a HAR. Métodos: Realizado estudo de corte transversal que incluiu pacientes hipertensos atendidos em ambulatório de alta complexidade. Os pacientes foram divididos em 2 grupos, com HAR (HAR+) e indivíduos controle (HAR-). Foram avaliados quanto à idade, sexo, obesidade (índice de massa corpórea, IMC ≥ 30kg/m2), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), dislipidemia e diabetes diagnosticados de acordo com as diretrizes vigentes. Resultados: Dos 201 pacientes analisados, foram encontrados 102 (50, 7%) HAR+, e 99 (49, 3%) HAR- (Tabela 1). Na análise de regressão logística, ajustada para idade, sexo, obesidade, dislipidemia e diabetes, os fatores independentemente associados à HAR foram: sexo feminino (OR: 2, 44 [IC 95%:1, 27 – 4, 69]), dislipidemia (OR: 3, 07 [IC 95%: 1, 57 – 6, 00]) e diabetes (OR: 2, 72 [IC 95%: 1, 28 – 5, 7]). Conclusões: Na população analisada, a presença de diabetes, dislipidemia, e o sexo feminino elevaram o risco de HAR, independentemente da obesidade, sugerindo que outras vias fisiopatológicas além do excesso de peso devem ser avaliadas. PO 119 Existe diferença entre o sono de indivíduos hipertensos e com hipertensão arterial resistente? CAROLINA DE CAMPOS GONZAGA, Adriana Bertolami, Aline de Moraes, Antonio Cordeiro S Jr, Marcelo Bertolami, Celso Amodeo, Amanda G. M. R. Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: As alterações do sono vêm sendo estudadas como possíveis fatores relacionados ao maior risco cardiovascular, destacando-se a apneia obstrutiva do sono (AOS). No entanto, pouco se sabe sobre a qualidade do sono nos indivíduos hipertensos, principalmente naqueles com hipertensão arterial resistente (HAR). Objetivo: Avaliar o sono em pacientes com HAR e indivíduos controle não resistentes. Métodos: Realizado estudo de corte transversal que incluiu pacientes hipertensos em ambulatório de alta complexidade, divididos de acordo com as diretrizes vigentes, em 2 grupos, com HAR (HAR+) e indivíduos controle (HAR-). Foram avaliados quanto à qualidade do sono pela polissonografia, presença de AOS (IAH, índice de apneia e hipopneia >15 eventos/h), idade, sexo, obesidade (índice de massa corpórea ≥ 30 kg/m2). Resultados: Foram analisados 201 pacientes (idade média 54, 8±10, 1 anos; 55, 7% do sexo feminino), encontrando-se 102 (50, 7%) HA+, e 99 (49, 3%) HAR- (Tabela 1). Pacientes HAR+ comparados aos HAR- apresentaram pior eficiência do sono, maior tempo acordado após adormecer e menor tempo em sono REM, mesmo na presença de prevalência e gravidade semelhante de AOS entre os grupos. Não houve diferença no índice de despertar. Conclusões: Na população analisada, pacientes com HAR apresentaram pior qualidade do sono quando comparados aos HAR-, o que pode contribuir para a maior dificuldade de controle da pressão arterial entre os resistentes. PO 120 Segurança e Factibilidade da Denervação Simpática Renal Utilizando Cateter Irrigado em Pacientes com Hipertensão Arterial Refratária Luciana Armaganijan, Rodolfo Staico, Alexandre Abizaid, Aline A. I. Moraes, Marcio G Sousa, Dalmo Moreira, Celso Amodeo, J. Eduardo Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: A denervação simpática renal (DSR) surgiu como uma estratégia terapêutica alternativa em pacientes com hipertensão arterial resistente (HAR). Cateteres irrigados vêm sendo utilizados na ablação de alguns tipos de arritmia cardíaca por produzirem lesões mais profundas. Considerando-se a localização dos nervos renais na adventícia da artéria, acreditamos que a utilização de cateteres irrigados neste cenário pode ser benéfica. Objetivos: Avaliar segurança e a eficácia da ablação da artéria renal utilizando cateter irrigado. Métodos: Os procedimentos foram realizados utilizando-se o cateter Celsius ThermoCool® (Biosense Webster Inc®). Quatro a 6 aplicações foram realizadas em cada artéria. Os pacientes foram reavaliados após 1, 3 e 6 meses. Resultados: 10 pacientes (idade média 47, 3 anos, 90% mulheres) com anatomia favorável à intervenção foram submetidos à DSR. O número médio de antihipertensivos pré-procedimento foi de 7 (4 a 9). A redução média das pressões arteriais sistólica e diastólica foi de 12, 5 e 6, 2 mmHg, respectivamente. Observamos também redução significativa no número de medicamentos após o procedimento (de 7 para 4, 3). Dissecção da artéria renal (causada por trauma da bainha) ocorreu no primeiro caso e foi tratada com sucesso com implante de stent. Nenhum outro evento adverso subsequente foi observado, sugerindo o efeito da curva de aprendizado. Complicações como infarto, insuficiência ou trombose renal ou edema pulmonar não foram reportados. Conclusões: A DSR com cateter irrigado é segura e eficaz no tratamento de pacientes com HAR. Estudos randomizados são necessários para confirmar nossos resultados. PO 121 NÍVEIS PLASMÁTICOS DE DNA LIVRE ESTÃO ELEVADOS NA EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA JOSÉ F VILELA MARTIN, MARIELLE M BORGES, THIAGO K SANTOS, FLAVIA M VALENTE, LUCIANA N COSENSO-MARTIN, DAYS O ANDRADE, LUIZ T GIOLLO-JÚNIOR, JUAN C YUGAR-TOLEDO, RICCARDO LACCHINI, JOSÉ E TANUS-SANTOS FAC MED SJ RIO PRETO-FAMERP - SJRP - SP - BRASIL, FAC MED RIB PRETOUSP - RIB PRETO - SP - BR Introdução: Crise hipertensiva (CH), caracterizada por elevação brusca, intensa e sintomática da pressão arterial, pode manifestar-se como urgência hipertensiva (UH) ou como emergência hipertensiva (EH), dependendo da ausência ou presença de lesão em órgão-alvo, respectivamente. DNA livre plasmático representa biomarcador de lesão celular, demonstrando relevância no prognóstico clínico de diversas doenças. Comparar a concentração de DNA livre plasmático de indivíduos com CH em relação a hipertensos sem CH (HT) e normotensos (NT), demonstrando se seu nível pode ser fator preditor de gravidade da CH. Métodos: Foram estudados 100 indivíduos em CH (60 em EH), 95 com HT e 55 com NT.Foi dosada concentração de DNA livre plasmático em 50 µl de plasma extraídos com o mini kit de sangue QIAamp (Qiagen, Hilden, Alemanha). O princípio do método de dosagem é baseado na ligação do DNA livre plasmático à membrana gelatinosa do QIAamp. Análise Estatística: As variáveis quantitativas foram analisadas pelo cálculo das médias.A comparação entre os grupos foi realizada pelo pós-teste de Dunns e as concentrações de DNA livre são apresentadas em ng/mL. Considerado significante p<0, 05. Resultados: Foram incluídos indivíduos entre 22 e 90 anos, com média de idade 56, 2 anos na UH [21 homens (52, 5%)]; 62, 3 anos na EH [30 homens (50%)]; 58, 5 anos em hipertensos sem CH [14 homens (38, 8%)] e 42, 6 anos em normotensos [9 homens (27, 2%)]. Houve diferença estatística em relação à idade entre os grupos EH e NT (p = 0, 01). As concentrações de DNA livre plasmático mostraram diferença entre os grupos (p=0, 0003). Posteriormente, evidenciou-se diferença estatística entre os grupos CH (43, 91ng/mL) em relação aos grupos HT (25, 74ng/mL) e NT (27, 06ng/mL) (p<0.05). Análise individual dos grupos evidenciou maiores níveis de concentrações de DNA livre plasmático no grupo EH (59, 41ng/mL) em comparação aos outros 03 grupos (p<0.05). Conclusões: A concentração de DNA livre plasmático na CH, especialmente nos casos de EH, apresenta-se mais elevada e difere estatisticamente das concentrações observadas nos casos de HT e NT, demonstrando sua gravidade em comparação às outras situações de elevação da pressão arterial. 182 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 122 Exercícios Respiratórios Resistidos melhoram a função autonômica em indivíduos com Hipertensão Arterial Ferreira, JB, Santos, F, Mostarda, C, Sartori, M, Dal Lago, P, Consolim-Colombo, F, Irigoyen, MC INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Porto Alegre - RS - Brasil Introdução A prática de padrões ventilatórios lentos demonstra benefícios sobre os níveis de pressão arterial na hipertensão. Da mesma forma, protocolos de treinamento da musculatura inspiratória (TMI) com carga pressórica melhoram o controle autonômico cardiovascular de indivíduos hipertensos. Contudo, as respostas do sistema nervoso simpático/parassimpático após uma única sessão de TMI, nesta população, não está totalmente esclarecido. Objetivo Estudar os efeitos de uma sessão de exercício respiratório resistido, com carga pressórica, na modulação autonômica cardiovascular em pacientes com Hipertensão Essencial. Métodos Foi realizada uma sessão de exercício respiratório resistido (ERR), com duração de 30 minutos, a 30% da pressão inspiratória máxima (PIMAX) com indivíduos hipertensos. As respostas cardiovasculares foram monitoradas por método oscilométrico, através de pletismografia. A modulação autonômica foi avaliada por análise espectral, aplicada a séries de tacograma. Para avaliação da resposta do barorreflexo espontêno, foi utilizado o método da sequência. Frequência e ritmo ventilatório foram avaliados com utilização de cinta respiratória. As mensurações foram realizadas antes e após a sessão de exercícios respiratórios. ResultadosSete indivíduos hipertensos foram selecionados para o estudo. Após a realização da sessão de ERR, observamos melhora da variabilidade da frequência cardíaca total (934, 21 ± 76, 68 vs 993, 97 ± 150, 35) e melhora da modulação vagal (RMSSD: 41, 18 ± 16, 51 vs 50, 59 ± 22, 64). Em relação ao barorreflexo espontâneo, houve aumento da sequências decrescentes da pressão arterial (Down BP Ramp: 94, 85 vs 131, 28). Conclusões Este trabalho demonstrou pela primeira vez que uma única sessão de exercício respiratório resistido, com carga de 30% da pressão inspiratória máxima, é capaz de melhorar o controle autonômico cardiovascular, através da melhora da variabilidade da frequência cardíaca e da modulação vagal cardiovascular em individuos com hipertensão essencial. PO 123 Níveis de triglicérides estão associados com pior sensibilidade barorreflexa e balanço autonômico em hipertensos graves com critérios para síndrome metabólica Mendes LP, Pereira AB, Costa-Hong V, Consolim-Colombo FM, Mostarda C, Irigoyen MC, Bortolotto LA, Lopes HF Universidade Nove de Julho - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A sensibilidade barorreflexa (SB) está comprometida em hipertensos e diabéticos. A associação da hipertensão com alterações no metabolismo lipídico e glicídico é freqüente. Porém, não se sabe se os níveis de triglicérides têm relação com a sensibilidade barorrefexa em hipertensos. O objetivo desse estudo foi avaliar a associação da sensibilidade barorreflexa e balanço autonômico com níveis de triglicérides em pacientes hipertensos graves (em tratamento) com critérios para a síndrome metabólica. Métodos: Foram avaliados 93 pacientes de ambos os sexos, brancos (B) e não brancos (NB), com idade entre 31 e 80 anos e divididos em 2 grupos (NTG e TG) de acordo com a mediana dos níveis de triglicérides: grupo NTG (valor TG menor ou igual a mediana) com 47 pacientes (idade 55 ±11 anos, 33 mulheres, 10 NB e 37 B, valor médio de TG 105 ± 25 mg/dL) e grupo TG (valor de TG maior que a mediana) com 46 pacientes (idade 55 ± 9 anos, 23 mulheres, 9 NB e 37 B, valor médio de TG 123 ± 41 mg/dL). A pressão arterial (PA) foi registrada batimento a batimento (FINOMETERR) durante 20 minutos para avaliação da sensibilidade barorrelexa e balanço autonômico. Amostras de sangue foram colhidas para análise bioquímica. Resultados: Os 2 grupos são semelhantes em relação à idade, níveis de PA, índice de massa corpórea e uso de antihipertensivos. A SB e componente vagal no grupo NTG (16±8 ; 1034 ± 1101) foram significativamente melhor no grupo NTG em relação ao grupo TG (11±8 ; 510±694), respectivamente. A FC em pé foi maior no grupo TG (79 ± 11 bpm) em relação ao grupo TG (72±15 bpm). Conclusão: Níveis elevados de TG estão associados com pior sensibilidade barorreflexa e balanço autonômico em hipertensos graves com síndrome metabólica. PO 124 Correlação da circunferência abdominal com a pressão arterial e parâmetros autonômicos em mulheres jovens. Morais, T.L., Giribela, C. R.G., Atala, M.M., Costa, F.O., De Angelis, K., Bortoloto L.A., Lopes, H. F., Consolim-Colombo, F.M. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE - SÃO PAULO - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Existe uma associação entre volume de gordura intra-abdominal e risco cardiovascular, em especial no sexo feminino. Alterações na modulação autonômica podem ser mecanismos fisiopatológicos relacionados, e já foram detectados em mulheres na meia idade e idosas com sobrepeso ou obesidade. Objetivos: Analisar em uma coorte de mulheres jovens saudáveis se há correlação entre os valores de circunferência abdominal com o balanço simpato-vagal, com a dosagem sérica de noradrenalina e com o perfil hemodinâmico, em repouso e durante o estresse postural. Métodos: Foram incluídas 70 mulheres com idade média de 23, 11 (±3, 4)anos e índice de massa corpórea (IMC) médio de 22, 3 (±4, 0), consideradas saudáveis após realização de anamnese e exames laboratoriais complementares. A circunferência abdominal (CA) foi aferida em duplicata com fita métrica inextensível, no ponto médio entre a crista ilíaca e a borda inferior da costela.A pressão arterial (PA), a freqüência cardíaca, parâmetros autonômicos (componentes LF e HF da variabilidade da freqüência cardíaca) foram derivados da análise das curvas de pressão arterial, que foram registradas de forma contínua e não invasiva com o monitor FINOMETER, em decúbito dorsal (5 min) e durante Tilt-test (5 min). Dosagem de noradrenalina (Nor) foi feita imediatamente antes e ao final do Tilt-test. Utilizamos o Test t de student na comparação entre os momentos, e a o teste de Sperman para as correlações. Resultados: Como esperado, durante o Tilt teste ocorreu de forma significativa: redução da PA sistólica; aumento da FC; aumento do componente simpático (LF) e da relação simpato-vagal (relação LF/HF e índice alfa); e redução significativa do parassimpático (HF).O aumento da CA teve significativa correlação com a redução do vago. Ainda, foi possível detectar uma correlação positiva entre CA e dosagem sérica de noradrenalina em repouso e durante o Tilt-test, e com níveis séricos de insulina. Conclusão: A associação entre circunferência abdominal e desequilíbrio simpatovagal pode ser detectada muito precocemente, em mulheres jovens e com IMC dentro da normalidade. Um mecanismo causal deve ser investigado entre esses componentes em futuros estudos. PO 125 DÉFICIT COGNITIVO EM HIPERTENSOS SE ASSOCIA A AUMENTO DA ESPESSURA ÍNTIMA-MEDIA DE CARÓTIDAS LARA BUONALUMI TÁCITO YUGAR, Beatriz VD Moreno, Eros M Dias, Luiz T Giollo Jr., José FV Martin, Juan C Yugar-Toledo FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - SP - BRASIL, FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL Introdução: O papel da hipertensão arterial (HA) no envolvimento da perda de função cognitiva é controverso. Reconhece-se sua relação com alterações estruturais da parede vascular. Objetivos: Avaliar a relação entre HA e déficit cognitivo (DC). Identificar marcadores precoces de doença vascular associados a DC em hipertensos sob tratamento anti-hipertensivo adequado. Casuística e métodos. Foram avaliados 152 hipertensos, com idade entre 40 e 80 anos divididos em dois grupos: Hipertensos com DC (HA-DC) N=42 (F=26; M=16) e Hipertensos sem DC (HA) N = 110 (F=60; M=50). Todos os participantes foram submetidos à avaliação clínica completa e exames bioquímicos. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi utilizado para avaliação de DC . A repercussão da HA no leito arterial foi avaliada pela identificação e quantificação da Espessura Íntima Média (EIM) das carótidas com Ultrassonografia Vascular Digital e a analise da Pressão Arterial Central e do Augmentation Index (Ai) por tonometria de aplanação da artéria radial. Análise estatística foi realizada utilizando-se teste t não pareado e teste de Mann-Whitney para variáveis não gaussianas. Regressão multivariada foi utilizada para avaliação das variáveis independentes. Resultados: As concentrações plasmáticas de colesterol total, HDL colesterol e triglicérides nos grupos estudados: não mostraram diferença significante. Avaliação da EIM mostrou diferença significante entre os grupos HA e HA-DC (P=0, 0124). Os resultados da mensuração do Augmentation Index 75 (corrigida para FC) avaliados nos grupos HA e HA-DC não apresentaram diferença significante. Análise multivariada mostrou significante associação entre aumento de EIM e idade em hipertensos com DC. Conclusões. Hipertensos com déficit cognitivo apresentam alterações morfológicas vasculares caracterizadas por aumento da espessura íntima média das carótidas sem correlação com valores de pressão sistólica central. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 183 PO 126 COMPARAÇÃO ENTRE A RAZÃO DE VIABILIDADE SUBENDOCÁRDICA OBTIDA POR TONOMETRIA DE APLANAÇÃO E ALTERAÇÕES DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA PELA CINTILOGRAFIA Francisco Eberth M Marques, Luiz A Bortolotto, Valéria C Hong, Maria C P Giorgi INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Estudos recentes correlacionam índices obtidos por análise de onda de pulso pela tonometria de aplanação com fatores de risco cardiovasculares, aterosclerose e doença coronária. Destes índices, a razão de viabilidade subendocárdica (RVSE), obtida dividindo-se a área diastólica pela sistólica da onda de pulso, tem sido considerada como uma estimativa de perfusão coronária. No entanto, não há estudo da correlação da RVSE com provas de perfusão, como a cintilografia. Objetivos: Avaliar a correlação entre os índices obtidos pela tonometria de aplanação, em especial a RVSE, com alterações da cintilografia de perfusão miocárdica. Métodos: Foram estudados 52 pacientes (idade média 63, 8±11 anos e 31 homens (59, 6%) ) com indicação de cintilografia de perfusão miocárdica para avaliação de suspeita de doença coronária, nos quais foram obtidas as medidas de tonometria de aplanação (SphygmoCor®) no mesmo dia antes do exame. Análise estatística objetivou avaliar a correlação entre os índices tonométricos e os achados cintilográficos por testes apropriados. Resultados: O exame de cintilografia de perfusão miocárdica revelou alteração em 23 indivíduos (44, 2%), sendo 11 (47, 8%) com defeito persistente, 7 (30, 4%) com defeito transitório e 5 (21, 7%) com defeito misto. Quando comparado entre os grupos com ou sem alteração na cintilografia de perfusão miocárdica, a RVSE foi semelhante (164, 7±32 vs.162, 3±22; p=0, 77). Outros índices obtidos pela tonometria de aplanação, como o índice de incremento (AIx), duração de ejeção (DE) e pressão de incremento (AP) também não foram diferentes entre os grupos com ou sem alteração na cintilografia: AIx (30±8 vs. 29, 8±12 ; p=0, 67), DE (33, 7 ± 4 vs. 34± 3 ms; p=0, 81) e AP (15 ± 6 vs. 15 ± 10 mmHg; p=0, 97). Conclusão: A RVSE obtida pela análise da onda de pulso obtida por tonometria de aplanação não mostrou correlação com as alterações da cintilografia de perfusão miocárdica no grupo de pacientes estudado. PO 127 A disfunção renal pode ser considerada preditora de estenoses maiores que 60% na artéria renal? Podemos predizer valores de corte? FLAVIO ANTONIO DE O BORELLI, Ibraim M F Pinto, Celso Amodeo, Ana Cláudia G P Petisco, Paola Emanuela Poggio Smanio, Antonio Massamitsu Kambara, Roberta Souza, Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL FUNDAMENTO: O envelhecimento e a doença aterosclerótica são duas variáveis intimamente relacionadas a estenose da artéria renal (EAR). Não menos importante é sua relação com a doença renal crônica (DRC) importante marcador de morbidade e mortalidade cardiovascular. OBJETIVO: Definir se a disfunção renal um preditor de doença aterosclerótica pode determinar EAR > 60%. MÉTODOS: Foram analisados 61 pacientes com suspeita clínica de EAR. Diferenças nas medidas de clearance de creatinina (CCr) e creatinina (Cr) plasmática entre as categorias dos resultados dos testes diagnósticos, arteriografia, Doppler e angiotomografia foram avaliadas por teste não paramétrico de Mann-Whitney e o ponto de corte obtido por curva ROC (receiver operating characteristic). O nível de significância dos testes foi 5%. RESULTADOS: Na população 28 (45, 9%) eram do sexo masculino com idade média de 65, 4 (DP =8, 7) anos. A superfície corpórea média foi 1.73 m2 (DP= 0, 16 m2) o CCr foi em média 61, 0 (DP=24, 6) ml/min/1, 73m2 e a Cr média foi de 1.26 (DP=0, 47).O valor de CCr foi significativamente menor nos pacientes que apresentaram teste positivo na arteriografia (p <0, 001), angiotomografia (p <0, 001) e Doppler (p = 0, 016) e a Cr foi significativamente maior nestes pacientes, p < 0, 001 para arteriografia e angiotomografia, porém com fracas evidências para o Doppler (p=0, 086). Com isso foram estimados os pontos de corte para CCr e Cr a partir dos quais sugerem testes positivos. Para arteriografia: CCr < 65, 1 (sensibilidade = 78% especificidade = 70%) e Cr > 1, 08 (sensibilidade = 76%, especificidade = 70% ), para angiotomografia: CCr < 52, 5 (sensibilidade = 70%, especificidade = 73% ) e Cr > 1, 23 (sensibilidade = 70%, especificidade = 70%) para Doppler: CCr < 52, 3 (sensibilidade = 59%, especificidade = 77% ) e Cr > 1, 28 (sensibilidade = 56%, especificidade = 64% ).CONCLUSÃO: A associação entre EAR > 60% e disfunção renal mostrou haver nítida relação entre ambos independente da forma de avaliação. Estes dados se referem a uma população com características específicas para doença renovascular haja vista os valores de corte tanto para CCr como Cr serem habitualmente vistos na prática clínica diária. Devemos portanto nesta população considerar valores não expressivos de perda da função renal como prováveis preditores de EAR > 60%. PO 128 Função pulmonar está relacionada à função diastólica e à massa ventricular esquerda em hipertensos Paulo Roberto Araújo Mendes, tatiana alves kiyota, José A. Cipolli, Roberto Schreiber, José R. Matos-Souza, Wilson Nadruz Junior universidade estadual de campinas - campinas são paulo - brasil Introdução: Estudos prévios mostraram que a função pulmonar anormal se associa com aumento do risco cardiovascular, sugerindo que o remodelamento cardiovascular e pulmonar compartilham mecanismos fisiopatológicos em comum. Este estudo avaliou se parâmetros espirométricos estão associados com variáveis ecocardiográficas em indivíduos hipertensos. Métodos: 110 hipertensos acompanhados em ambulatório de hipertensão de um hospital universitário foram avaliados de forma transversal por análise clínica, antropométrica, laboratorial e ecocardiográfica. Além disso, a capacidade vital forçada (CVF), os volumes expiratórios forçados no 1º (VEF1) e 6º (VEF6) segundos e idade pulmonar foram estimados por espirometria. Análise estatística: Os dados foram avaliados por correlação bivariada e regressão linear tipo “stepwise”. Valor de p<0, 05 foi considerado significativo. Resultados: A amostra (60% mulheres) apresentou idade (média ± EPM) = 59, 4±1, 1 anos e índice de massa corpórea = 32, 1±0, 5 Kg/m². Análise de correlação bivariada mostrou que parâmetros espirométricos se correlacionaram com o índice de massa do ventrículo esquerdo (VE), com a função diastólica (avaliada pela razão E/Em), mas não com medidas de função sistólica do VE. Análises de regressão linear revelaram que o índice de massa do VE se associou significativamente com a CVF (beta= -0, 382; p=0, 001) em modelo que incluiu pressão arterial sistólica, idade, sexo, índice de massa corpórea, tabagismo, uso de anti-hipertensivos, diabetes mellitus e VEF6. Por outro lado, a CVF também se associou com a razão E/Em (beta= -0, 253; p=0, 007) após ajuste por índice de massa do VE, pressão arterial sistólica, idade, sexo, índice de massa corpórea, tabagismo, uso de anti-hipertensivos, diabetes mellitus e VEF6. Conclusões: Estes resultados indicam que a função pulmonar se associa com a massa e a função diastólica do VE em hipertensos, sugerindo que remodelamentos cardíaco e pulmonar possam compartilhar mecanismos fisiopatológicos em comum nesta população PO 129 Idade pulmonar está relacionada a alterações estruturais carotídeas em hipertensos com função pulmonar normal Tatiana Alves Kiyota, Paulo Roberto Araújo Mendes, José A. Cipolli, Roberto Schreiber, José R. Matos-Souza, Wilson Nadruz Junior universidade estadual de campinas - campinas - são paulo - brasil Introdução: Estudos prévios indicam que função pulmonar anormal se associa com aterosclerose carotídea, sugerindo que remodelamento arterial e pulmonar compartilham mecanismos fisiopatológicos em comum. Este estudo avaliou se parâmetros espirométricos estão relacionados a variáveis hemodinâmicas e estruturais carotídeas em indivíduos hipertensos com função pulmonar normal. Métodos: 74 hipertensos acompanhados em ambulatório de hipertensão foram avaliados de forma transversal por análise clínica e laboratorial. Além disso, espessura íntima-média (EIM), diâmetro, índice de rigidez e complacência arterial da carótida comum e índice de resistividade de carótida interna foram determinados por ultrassom, enquanto que capacidade vital forçada, volumes expiratórios forçados no 1º e 6º segundos e idade pulmonar foram estimados por espirometria. Sujeitos com função pulmonar anormal segundo a American Thoracic Society/European Respiratory Society foram excluídos. Análise estatística: Os dados foram avaliados por correlação bivariada e regressão linear tipo “stepwise”. Valor de p<0, 05 foi considerado significativo. Resultados: A amostra (66% mulheres) apresentou idade (média ± EPM) = 58, 8±1, 4 anos e índice de massa corpórea = 32, 4±0, 6 Kg/m². Análise de correlação bivariada mostrou que idade pulmonar e os valores percentuais dos previstos para os parâmetros espirométricos (capacidade vital forçada, volume expiratório forçado no 1º e 6º segundos) correlacionaram-se significativamente com todas as variáveis carotídeas estudadas, exceto com o índice de resistividade de carótida interna. Contudo, análises de regressão linear, incluindo potenciais fatores confundidores e parâmetros espirométricos mais relevantes como variáveis independentes, revelaram que idade pulmonar foi a única variável pulmonar associada à EIM (p<0, 001), ao diâmetro (p= 0, 001), à complacência arterial (p=0, 004) e ao índice de rigidez (p=0, 008) da carótida comum. Conclusões: Estes resultados indicam que alterações estruturais das carótidas estão relacionadas ao aumento de idade pulmonar em indivíduos hipertensos sem anormalidades espirométricas, sugerindo que remodelamentos arterial e pulmonar possam compartilhar mecanismos fisiopatológicos em comum mesmo em indivíduos com função pulmonar supostamente normal. 184 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 130 Hipertensos resistentes apresentam disfunção endotelial e estresse oxidativo aumentado apesar da múltipla terapia anti-hipertensiva Isabella Fagian Pansani, Vanessa Fontana, Ana P. Faria, Natália R. Barbaro, Andréa R. Sabbatini, Rodrigo Modolo, Silvia Ferreira-Melo, Heitor Moreno Jr FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL, PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – PUCAMP - SP - BRASIL Introdução: A hipertensão arterial resistente (HAR) inclui tanto pacientes cuja pressão arterial (PA) permanece acima das metas pressóricas apesar do uso de três ou mais classes de anti-hipertensivos, quanto aqueles que conseguem o controle da PA com o uso de quatro ou mais fármacos. De modo geral, pacientes hipertensos apresentam disfunção endotelial, importante para o desenvolvimento da resistência ao tratamento anti-hipertensivo, sendo o estresse oxidativo aumentado um importante mecanismo indutor de disfunção endotelial, prejudicando a vasodilatação dependente de óxido nítrico. Apesar dos benefícios da terapia anti-hipertensiva múltipla administrada a pacientes com HAR, sabe-se que tais indivíduos apresentam função endotelial prejudicada. Os objetivos deste estudo foram comparar os níveis plasmáticos de 8-isoprostano, marcador bioquímico de estresse oxidativo, entre portadores de HAR, hipertensos grau I e II (HT) e normotensos (NT) e avaliar se há correlação desse marcador com a função endotelial no grupo HAR. Métodos: Oitenta e seis pacientes com HAR (4, 3±1, 2 classes de anti-hipertensivos; vs. HT p<0, 05), 44 HT (2, 8±0, 8 classes de anti-hipertensivos) e 16 NT com características antropométricas semelhantes foram recrutados para este estudo. Os níveis plasmáticos de 8-isoprostano foram determinados por ELISA e a função endotelial foi avaliada pela técnica de vasodilatação mediada pelo fluxo (FMD) da artéria braquial por ultrassom utilizando transdutor linear vascular. Análise estatística: Para análise dos níveis de 8-isoprostano foi utilizada a análise de variância (teste Kruskal-Wallis), com o teste de Dunn para definir diferenças inicialmente obtidas. O teste de Pearson avaliou a correlação entre os níveis de 8-isoprostano e FMD. Resultados:Níveis maiores de 8-isoprostano foram encontrados no grupo HAR em relação aos grupos HT e NT (23, 2±11, 5 vs. 18, 3±10, 3 vs. 11, 6±7, 0 pg/mL; p<0, 05, respectivamente). Correlação negativa foi observada entre níveis de 8-isoprostano e FMD nos pacientes com HAR (r= -0, 30; p<0, 05). Conclusão: Apesar do uso de três ou mais classes de anti-hipertensivos, pacientes com HAR apresentam estresse oxidativo aumentado em relação aos HT e NT, havendo ainda correlação negativa entre os níveis de 8-isoprostano e o grau de disfunção endotelial em HAR. PO 131 CONHECIMENTO PRÉVIO, ADESÃO AO TRATAMENTO E TAXE DE CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO DE ILHA DE PESCADORES NA AMAZÔNIA. HARADA, L. B., MOTA, D. M., REZENDE, L. S. M., MELO, W. D. S., HARADA, G. S. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - BELÉM - PA - BRASIL A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o que reforça a importância dos estudos de prevalência e tratamento desta patologia. Apesar disto, há uma escassez de tais estudos em nosso estado, bem como no Brasil. Objetivo: investigar a prevalência de HAS na ilha de Maiandeua, município de Maracanã, Estado do Pará, bem como taxa de diagnóstico prévio, adesão ao tratamento e taxa de controle adequado de HAS. Casuística e métodos: trata-se de um estudo transversal, de base populacional, realizado de dezembro de 2006 a abril de 2007, cuja população de estudo foi constituída por todos os indivíduos com residência fixa na Vila de Algodoal, na ilha de Maiandeua, com idade igual ou superior a 18 anos. No procedimento de coleta dos dados, foram explanados, em linguagem acessível, ao indivíduo envolvido no estudo, os objetivos e procedimentos realizados. Em seguida, aplicado questionário e por fim, a pressão arterial foi aferida e classificada de acordo com a V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (SBH, 2006). Para a análise estatística foram utilizados os programas SPSS for windows versão 11, Limitab for windows versão 14 e Microsoft Excel 2003 e para cruzamentos de dados, construção de gráficos e tabelas. Resultados: nos 432 indivíduos que participaram da pesquisa a prevalência de hipertensão arterial foi de 22, 91% (IC 95%: 22, 86 - 22, 96). Constatou-se que 62, 6% (62/99) dos hipertensos não tinham conhecimento prévio de ser portador desta morbidade. Entre os indivíduos que sabiam ser hipertensos, 78, 4% (29/37) utilizavam alguma medicação anti-hipertensiva e 29, 7% (11/29) apresentavam níveis pressóricos controlados. Conclusão: a prevalência de HAS encontrada foi de 22, 9%. Entre os hipertensos, 62, 6% não tinham conhecimento prévio da doença. Em relação aos indivíduos que sabiam ser hipertensos, 78, 4% faziam uso de medicamento anti-hipertensivo e 29, 7% apresentavam pressão arterial controlada, o que representa apenas 11, 1% do total de indivíduos hipertensos na população estudada. PO 132 Comparação entre o perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Hipertensão Arterial Resistente controlada versus Hipertensão Arterial Resistente não controlada Magalhaes, IR, Teixeira, RNR, Sodré, DS, Macedo, CRB, ArasJunior, R Universidade Federal da Bahia - Salvador - Bahia - Brasil INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Resistente (HAR) é uma entidade clínica de difícil controle e está associada a alto risco cardiovascular. Conseguir manter estes pacientes com níveis pressóricos adequados é um grande desafio para os profissionais da área médica. Comparar o perfil dos pacientes que mantém a pressão arterial (PA) controlada com aqueles que não atingem níveis pressóricos adequados pode fornecer informações sobre características que estão relacionadas com o sucesso ou a falha terapêutica. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em um serviço de referência em doença cardiovascular hipertensiva grave. A HAR foi definida conforme critérios da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Pacientes que apresentaram a Pressão Arterial Sistólica (PAS) < 140 mmHg e a Pressão Arterial Diastólica (PAD) < 90 mmHg, foram selecionados para o grupo de pacientes com a PA Controlada . Pacientes com PAS > = 140mmHg ou PAD > = 90 mmHg foram alocados no grupo de PA Não Controlada . Posteriormente foi realizada a comparação entre o perfil clinico-epidemiológico entre os grupos. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Dados foram apresentados como frequência e porcentagem para variáveis qualitativas e como média + - desvio padrão (ou mediana [interquartil range]) para variáveis quantitativas. Diferenças observadas entre os grupos foram avaliadas com o Teste Qui-quadrado para variáveis qualitativas e através do Teste T Student (ou Teste Mann-Whitney) para dados quantitativos. O SPSS para Windows versão 17.0 foi utilizado para análises estatísticas. RESULTADOS: 113 pacientes com diagnóstico de HAR e acompanhados no serviço foram avaliados. Desses, 74% estavam com níveis pressóricos elevados. Em ambos os grupos, sexo feminino, idosos e sobrepeso foram predominantes. Não foi observado diferença estatística significante quando comparou-se entre os dois grupos: Perfil lipídico, glicemia de jejum, clearance de creatinina, Escala de Adesão Terapêutica de 8 itens de Morisky e o número de medicamentos anti-hipertensivos utilizados. CONCLUSÃO: Não foi observado diferenças importantes no perfil clinico-epidemiológico de pacientes hipertensos resistentes com a PA controlada quando comparados com aqueles com níveis pressóricos elevados. Em ambos os grupos, predominaram caracterísiticas associadas a alto risco cardiovascular. PO 133 Avaliação do impacto da idade sobre os parâmetros hemodinâmicos de homens e mulheres jovens Morais, T.L., Giribela, C. R.G., Atala, M.M., Costa, F.O., Chiovatto, E.D., Bortoloto L.A., Lopes, H. F., Consolim-Colombo, F.M. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE - SÃO PAULO - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução-A pressão arterial(PA) decorre da interação de diferentes componentes hemodinâmicos: débito cardíaco(DC)[freqüência cardíaca(FC)vs volume sistólico] e resistência vascular periférica(RVP).Diferenças nesses componentes podem ter impacto no risco cardiovascular observado entre os gêneros.Nesse trabalho estudamos esses parâmetros em diferentes faixas etárias de homens e mulheres jovens (de 18 a 30 anos).Métodos-Avaliamos o índice de massa corpórea (IMC) e circunferência abdominal (CA) de 200 indivíduos normotensos e saudáveis: 92 homens e 108 mulheres.Os parâmetros hemodinâmicos -PA sistólica e diastólica, FC, DC e RVPforam calculados a partir das curvas da PA, que foram registradas de forma contínua e não invasiva com o monitor FINOMETER®, por 5 minutos, durante repouso em decúbito dorsal. Foram feitas comparações entre gêneros nas faixas etárias:Grupo I (92 homens vs 108 mulheres) com 18 a 30 anos; Grupo II (56 homens vs 71 mulheres) com 18 a 24 anos; Grupo III (36 homens vs 49 mulheres) com 24 a 30 anos.Análise Estatística-O teste de Kolmogorov-Smirnof foi usado para avaliar distribuição normal dos valores e a ANOVA para as comparações entre gêneros e grupos. O p<0, 05 foi adotado como significante. Resultados– APA foi semelhante, enquanto que a CA e IMC foram significativamente maiores nos homens em relação às mulheres, nos três grupos. As mulheres apresentaram a FCbpm e RPTNU no grupo I (FC=68, 2±8, 3;RPT=1, 0±0, 1), grupo II (FC=68, 6±8, 5;RPT=1, 0±0, 1) e no grupo III (FC=67, 6±7, 6;RPT=1, 0±0, 1), significativamente maiores em relação aos homens no grupo I (FC=61, 3±9, 1;RPT=0, 8±0, 1), grupo II (FC=60, 7±8, 4; RPT=0, 8±0, 1) e grupo III (FC=62, 3±9, 6;RPT=0, 8±0, 1), respectivamente. O oposto ocorreu com o DCL/min que foi significativamente maior nos homens, no grupo I(DC=6, 2±1, 2), grupo II(DC=6, 1±1, 1)e grupo III(DC=6, 4±1, 3), comparados às mulheres no grupo I(DC=5, 2±0, 9), grupo II(DC=5, 1±0, 8) e grupo III (DC=5, 3±0, 9), respectivamente. Conclusão–Homens e mulheres jovens, estratificados para a idade, têm comportamento hemodinâmicos diferentes. O maior DC detectado nos homens, associado a uma menor RVP sugere um comportamento hiperdinâmico, que pode estar associado de forma indireta com o aumento da CA e IMC.A correlação desses achados com risco cardiovascular deve ser futuramente investigada. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 185 PO 134 Pressão arterial, perfil antropométrico e metabólico de mulheres jovens usuárias de contraceptivos hormonais de baixa dosagem - comparação com homens da mesma faixa etária. Morais, T.L., Chiovatto, E.D., Atala, M.M., Giribela, C. R.G., Costa, F.O., Bortoloto L.A., Lopes, H. F., Consolim-Colombo, F.M. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE - SÃO PAULO - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução – Espera-se que mulheres tenham valores menores de PA comparadas aos homens antes da menopausa. O objetivo deste trabalho é avaliar a PA, perfil antropométrico e metabólico de uma coorte de mulheres jovens saudáveis que usam contraceptivos hormonais de baixa dosagem (CO) e comparar com uma coorte de homens na mesma faixa etária. Métodos - Foram incluídas 40 mulheres e 50 homens com idade entre 18 a 30 anos, considerados saudáveis após avaliação clínica e exames laboratoriais complementares. A circunferência abdominal (CA) foi aferida em duplicata com fita métrica inextensível, no ponto médio entre a crista ilíaca e a borda inferior da costela e o índice de massa corpórea (IMC) foi calculado através do peso (Kg) dividido pela altura (m) ao quadrado. A PA foi obtida por meio do método auscultatório com esfigmomanômetro aneróide devidamente calibrado. Análise Estatística - O teste de Kolmogorov-Smirnov foi usado para testar a normalidade dos grupos. Os dados são expressos em média±DP para dados numéricos. ANOVA foi usada para comparar os dados numéricos. Resultados - A idade média e os valores da PA sistólica e diastólica foram semelhantes nos grupos. Por outro lado, os valores médios de IMC (M:21, 7±2, 5 vs H:24, 3±3, 8Kg/m2); CA (M: 71, 2±2, 5 vs H: 79, 9±9, 8cm); glicose (M: 83, 0±7, 1 vs H: 88, 0±6, 0mg/dL) e creatinina (M: 0, 7±0, 1 vs H: 0, 9±0, 1mg/dL) foram significativamente maiores nos H comparados com M. O colesterol total (M:188, 6±29, 8 vs H:162, 7±41, 7mg/dL), HDL-colesterol (M: 70, 9±15, 4 vs H: 53, 7±11, 8mg/dL) e insulina (M: 8, 4±4, 1 vs H: 5, 5±3, 4UI) foram significativamente maiores no grupo das mulheres comparado com os homens. A fração LDL - colesterol e triglicérides não foram diferentes nos grupos. Conclusão – Os valores de PA da mulheres usuárias de CO foram semelhantes aos dos homens. Ainda que os homens tenham IMC e CA maiores que as mulheres, os valores de colesterol total e de insulina foram significativamente maiores nas mulheres em uso de CO. Considerando a PA e o perfil metabólico, o uso de CO coloca a mulher jovem num risco cardiovascular semelhante ou maior aos homens para a mesma faixa etária. PO 135 Alterações estruturais e funcionais cardiovasculares em pacientes hipertensos resistentes com diabete melito Beatriz V. D. Moreno, Lara Buonalumi Tácito Yugar, Ana Paula Cabral de Faria, Natália Ruggeri Barbaro, Andrea Rodrigues Sabbatini, Rodrigo Pissuti Gimenez Modolo, Juan Carlos Yugar Toledo, Heitor Moreno Jr. Unicamp - Campinas - São Paulo - Brasil, FAMERP - Rio Preto - São Paulo - Brasil Introdução: Hipertensos resistentes (HR) apresentam alta prevalência de comorbidades e maior severidade de lesões em órgãos-alvo. Entre as comorbidades, destacam-se obesidade, diabete melito, e apnéia obstrutiva do sono. As lesões em órgãos-alvo são representadas pelo remodelamento cardíaco, vascular, comprometimento da função renal e cerebral. Índice de massa de ventrículo esquerdo (IMVE), velocidade da onda de pulso (VOP), vasodilatação mediada pelo fluxo (VMF) e, espessura intimamédia de carótidas (EIM) são marcadores de comprometimento cardiovascular e renal na HR. Objetivos: Avaliar em pacientes HR, a gravidade do comprometimento cardiovascular estrutural e funcional e correlacionar os achados com a presença de diabete melito e o controle do estado glicêmico em pacientes HR diabéticos e não diabéticos.Métodos: Foram avaliados 206 pacientes HR caracterizados conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia 2012. Os participantes foram selecionados no ambulatório de HR da FCM- UNICAMP e divididos em 2 grupos: Grupo 1 - HR DM (N=134 p, idade [média] 58, 7±10, 4); Grupo 2 - HR NDM (n=72 p, idade [média] 58, 3 ±10, 3). Análise estatística foi realizada mediante teste t não pareado e teste de Mann-Whitney para variáveis não gaussianas. Regressão multivariada foi utilizada para avaliação das variáveis independentes e correlação de Pearson entre VMF, VOP e hemoglobina A1c.Resultados: As características antropométricas, idade, peso, altura, IMC e superfície corporal não mostraram diferença estatística entre os 2 grupos. PAS, PAD, PP, IM VE e EIM não mostraram diferença significante entre HR DM e HR NDM (p = 0, 69; 0, 48; 0, 68; 0, 29 e 0, 94; respectivamente). VOP e VMF evidenciaram diferença significante (p = 0, 003 e p <0, 0001, respectivamente) entre os grupos HR DM e HR NDM. Análise multivariada mostrou significante associação da hemoglobina A1C com a severidade das alterações da VMF e da VOP (p = 0, 01) e significante correlação de Pearson (p = 0, 003 e p = 0, 007 para VMF e VOP, respectivamente).Conclusões: Pacientes HR portadores de DM apresentam alterações vasculares funcionais caracterizadas por aumento da velocidade da onda e pulso e redução da vasodilatação mediada pelo fluxo, cuja gravidade se correlaciona com pior controle glicêmico. Insuficiência Cardíaca PO 136 Hipotireoidismo e suas associações clínicas na insuficiência cardíaca JAQUELINE R. S. GENTIL, Pedro Vellosa Schwartzmann, Fabiana Marques, Angela Rosa da Silva, Vivian Marques Miguel Suen, Júlio Sergio Marchini, Marcus Vinícius Simões Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil Introdução: Pacientes com insuficiência cardíaca podem apresentar disfunções em diversos órgãos e sistemas. Chama à atenção as alterações no metabolismo do hormônio tireoideano, uma vez que o hipotireoidismo é um fator de pior prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca. Desta forma, este estudo teve como objetivo avaliar a presença de hipotireoidismo e suas associações clínicas em pacientes com insuficiência cardíaca. Métodos: Foram registradas as concentrações bioquímicas do hormônio estimulante da tireoide (TSH) de 130 pacientes com insuficiência cardíaca crônica e estável acompanhados em clínica especializada - idade média 59±14 anos, 52% sexo masculino, 31% etiologia chagásica, 35% classe funcional da NYHA III/IV. Estados eutireoideos foram diagnosticados quando TSH entre 0, 4-4, 0µIU/ mL e hipotireoidismo quando TSH>4, 0µIU/mL. Resultados: De acordo com os critérios estabelecidos, 25% dos pacientes apresentaram hipotireoidismo. O valor médio de TSH do grupo com hipotireoidismo foi 18, 6±25, 8µIU/mL e do grupo eutireoideo foi de 1, 8±1, 0µIU/mL. Em relação a pacientes eutireoideos, pacientes com hipotireoidismo tinham, respectivamente, menores valores de pressão arterial sistólica (110±22 e 101±22mmHg, p<0, 05), linfócitos (1, 86±0, 65x103/µL e 1, 56±0, 61x103/µL, p<0, 05), albumina (4, 2±0, 3 e 3, 9±0, 4g/dL) e sódio sérico (140, 5±3, 6 e 137, 6±5, 0mmol/L, p<0, 01) e maior presença de internação (40% e 67%, p<0, 05), descompensação da insuficiência cardíaca (24% e 48%, p<0, 05), anemia (29% e 55%, p<0, 05) e frequência de uso de amiodarona (23% e 54%, p<0, 01). Observouse que 46% dos pacientes hipotireoideos não faziam uso de amiodarona. Dentre os pacientes com TSH>7, 0µIU/mL (n=17, TSH médio 30, 9±31, 6µIU/mL), somente 24% (n=4) não usavam esta medicação. Finalmente, 40% (n=13) dos pacientes com hipotireoidismo já se encontravam em terapia de reposição hormonal com levotiroxina. Conclusões: O hipotireoidismo teve elevada prevalência na população de pacientes com insuficiência cardíaca acompanhada ambulatorialmente. Cerca de metade dos casos diagnosticados não estava associada ao uso de amiodarona. Esta comorbidade associou-se com a maior gravidade da síndrome da insuficiência cardíaca e presença de anemia. PO 137 Influência do hormônio do crescimento sobre as vias de indução de atrofia no músculo esquelético de ratos com insuficiência cardíaca induzida por estenose aórtica ALINE RR LIMA, Luana U Pagan, Ricardo L Damatto, Camila Bonomo, Paula F Martinez, Marcelo DM Cezar, Mariana J Gomes, Silméia G Zaneti, Katashi Okoshi, Marina P Okoshi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: A redução do trofismo muscular associada à insuficiência cardíaca é acompanhada por alterações na expressão proteica dos fatores de regulação miogênica e de proteínas envolvidas em vias de indução de atrofia. O hormônio do crescimento (GH) aumenta a massa muscular em diferentes condições clínicas. Neste estudo, avaliamos os efeitos da administração de GH na expressão das proteínasmiogenina, MyoD, MRF4, miostatina, folistatina, PI3K, Akt, atrogina1 e MuRF1, no músculo gastrocnêmio de ratos com insuficiência cardíaca induzida por estenose aórtica. Métodos: Ratos Wistar foram submetidos a toracotomia para indução de estenose aórtica. Após o desenvolvimento de taquipnéia, os animais foram avaliados por ecocardiografia transtorácica e subdivididos em três grupos: Sham (n=8), estenose aórtica (EAo, n=8), e EAo tratado com GH (EAo-GH, 2 mg/kg/dia por 14 dias, n=8). Ao final do tratamento, os animais foram novamente submetidos a ecocardiograma. A expressão proteica foi analisada por Western blot. Análise estatística: Anova e teste de Tukey. Resultados: Antes do tratamento, as variáveis cardíacas não diferiram entre os grupos EAo e EAo-GH. A administração de GH preservou o peso corporal (PC, Sham 492±32; EAo 420±32; EAo-GH 486±69 g; p<0, 05 EAo vs Sham e EAo-GH). A espessura da parede posterior do ventrículo esquerdo (Sham 3, 22±0, 20; EAo 3, 80±0, 36; EAo-GH 4, 37±0, 67 mm) e a relação peso do ventrículo direito/PC (Sham 0, 55±0, 03; EAo 1, 15±0, 25; EAo-GH 1, 18±0, 15 mg/g) foram maiores nos grupos EAo e EAo-GH que no Sham (p<0, 05). A expressão da MyoD foi maior no grupo EAo que no Sham e semelhante entre EAo-GH e Sham (Sham 1, 00±1, 28; EAo 1, 71±1, 37; EAo-GH 1, 21±1, 21 unidades arbitrárias). MRF4 foi maior no grupo EAo-GH que no Sham e não diferiu entre EAo e Sham (Sham 1, 00±0, 73; EAo 1, 58±0, 42; EAoGH 3, 14±1, 61 unidades arbitrárias). Atrogina-1 foi menor no grupo EAo-GH que nos outros grupos (Sham 1, 00±0, 58; EAo 1, 14±0, 87; EAo-GH 0, 31±0, 16 unidades arbitrárias). A expressão proteica de miostatina, folistatina, miogenina, PI3K, Akt e MuRF-1 não diferiu entre os grupos. Conclusão: Em ratos com insuficiência cardíaca, a administração de hormônio do crescimento modula a expressão de proteínas envolvidas no processo de atrofia muscular. 186 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 138 Administração de N-acetilcisteína modula a NADPH oxidase no músculo sóleo de ratos com insuficiência cardíaca PAULA F MARTINEZ, DC Fernandes, C Bonomo, MDM Cezar, SA Oliveira Júnior, LS Matsubara, LAM Zornoff, K Okoshi, FR Laurindo, MP Okoshi FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL - CAMPO GRANDE - MS - BRASIL Introdução: Há substancial evidência que o aumento do estresse oxidativo contribui para as alterações musculares que caracterizam a miopatia associada à insuficiência cardíaca. Entretanto, as fontes geradoras de espécies reativas de oxigênio (EROs) na musculatura esquelética durante a insuficiência cardíaca ainda não estão totalmente elucidadas. O complexo enzimático NADPH oxidase constitui importante fonte de EROs no músculo esquelético. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do antioxidante N-acetilcisteína sobre a atividade enzimática e a expressão gênica da NADPH oxidase no músculo sóleo de ratos com insuficiência cardíaca crônica induzida por infarto do miocárdio (IM). Métodos: IM foi induzido por oclusão da coronária esquerda. Animais submetidos a cirurgia simulada foram utilizados como controles (grupo Sham). Após quatro meses, os ratos foram alocados em três grupos: Sham (n=8), IM-C (IM sem tratamento, n=8) e IM-NAC (IM tratado com N-acetilcisteína, 120 mg/kg/dia, n=8). Seis meses após a cirurgia, os animais foram eutanasiados. O tamanho do IM foi mensurado por análise histológica; ratos com IM pequeno (<30%) foram excluídos. Para avaliar a atividade da NADPH oxidase, produtos fluorescentes derivados da oxidação de dihidroetidío foram quantificados por HPLC no músculo sóleo. A expressão gênica das subunidades do complexo NADPH oxidase (NOX2, NOX4, p22phox e p47phox) foi analisada por RT-PCR em tempo real. Resultados: O tamanho do IM foi semelhante entre os grupos IM-C e IM-NAC (p>0, 05; teste t de Student). A atividade da NADPH oxidase não diferiu entre os grupos IM-C e Sham, mas foi menor no grupo MI-NAC quando comparado ao grupo IM-C (p<0, 05; ANOVA e Bonferroni). Na tabela, estão apresentados os resultados da análise de RT-PCR (ANOVA e Bonferroni; *p<0, 05 vs. Sham, #p<0, 05 vs. IM-C): Grupos Sham IM-C IM-NAC NOX2 53 ,0 ± 00 ,1 26 ,0 ± 85 ,0 26 ,0 ± 60 ,0 NOX4 30 ,0 ± 00 ,1 12 ,0 ± 09 ,1 17# ,0 ± 79 ,0 p22phox 21 ,0 ± 00 ,1 13 ,0 ± 09 ,1 19# ,0 ± 79 ,0 p47phox 13 ,0 ± 00 ,1 *08 ,0 ± 83 ,0 20 ,0 ± 81 ,0 Conclusão: Administração de N-acetilcisteína reduz atividade e expressão gênica da NADPH oxidase no músculo sóleo de ratos com insuficiência cardíaca. Apoio: FAPESP and CNPq. PO 140 Diferenças nas características ecocardiográficas entre pacientes com cardiomiopatia dilatada e distintos padrões de disfunção diastólica. Um estudo com ecocardiografia tridimensional em tempo real e Doppler tecidual. Frederico J. N. Mancuso, Valdir A. Moises, Dirceu R. Almeida, Wercules A. Oliveira, Dalva Poyares, Antonio C. C. Carvalho, Angelo A. V. de Paola, Orlando Campos HOSPITAL SÃO PAULO – UNIFESP - SP - BRASIL Introdução: Nos pacientes com insuficiência cardíaca, a presença de padrão de enchimento diastólico restritivo está associado a pior prognóstico. O objetivo deste estudo é avaliar a diferença entre os pacientes com cardiomiopatia dilatada que apresentam distintos graus de disfunção diastólica. Métodos: Foram incluídos 110 pacientes com cardiomiopatia dilatada não isquêmica, disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (FEVE ≤ 0, 50), ritmo sinusal e tratamento clínico otimizado. Os pacientes foram divididos em três grupos conforme a padrão de enchimento ao influxo mitral: alteração do relaxamento (AR), pseudonormal (PN) e restritivo (RT). Foram avaliadas as seguintes variáveis: idade, superfície corporal, classe funcional, volume do átrio esquerdo indexado pelo eco3D (VAEi), FEVE pelo eco3D, relação E/e´, fração de mudança de área do ventrículo direito, vena contracta da insuficiência mitral (IM) e pressão sistólica pulmonar (PSP). A análise estatística foi realizada pelo teste ANOVA com pós-teste de Bonferroni. Resultados: Os três grupos (AR, PN, RT) apresentaram, respectivamente: idade (55, 7±9, 5, 49, 6±12, 5 e 50, 2±13 anos; p=0, 04), classe funcional (1, 95±0, 48, 2, 15±0, 56 e 2, 26±0, 52; p=0, 04), superfície corporal (1, 74±0, 18, 1, 71±0, 19 e 1, 79±0, 12 cm2; p=0, 26), VAEi (31, 5±11, 3, 41, 8±13, 9 e 51, 1±14, 5 ml; p<0, 01), FEVE (34, 1±8, 2, 31, 1±7, 4 e 26, 1±5, 4; p<0, 01), fração de mudança de área do VD (43, 1±11, 36, 8±9, 6 e 26, 3±8, 8%; p<0, 01), relação E/e´ (13, 8±6, 4, 22, 1±8, 3 e 23, 3±8; p<0, 01), IM (0, 37±0, 16, 0, 46±0, 14 e 0, 51±0, 14 cm; p<0, 01) e PSP (37, 9±12, 9, 43±12, 3 e 50, 8±9 mmHg; p<0, 01). Conclusão: Padrões mais avançados de disfunção diastólica estão associados com maior VAEi, menor FEVE, pior função do VD, maior relação E/e´, maior IM e PSP mais alta. PO 139 IMPACTO DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DO PROGRAMA DE CUIDADOS CLÍNICOS EM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA DURAÇÃO DA INTERNAÇÃO E NA TAXA DE RE INTERNAÇÃO PRECOCE Douglas José Ribeiro, Denise Louzada Ramos, Damiana Vieira dos Santos Rinaldi, Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva, Andressa Motta Aurich, Luciana Seabra Feitosa, Viviane Aparecida Fernandes, Valter Furlan HOSPITAL TOTALCOR - São Paulo - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: A Certificação de um Programa de Cuidados Clínicos em Insuficiência Cardíaca (PCC em IC) pela Joint Commission International (JCI) reflete uma assistência de alta qualidade aos portadores da doença. Em janeiro de 2012 iniciou-se a monitorização de indicadores e a partir de julho foi feita a implantação do PCC para o processo de Certificação no Hospital Totalcor. Indicadores de processo e resultados são mensurados a fim de promover melhorias contínuas e integração de toda equipe multiprofissional. O programa visa cuidados desde a admissão, até o acompanhamento pós-alta.MÉTODOS: Após admissão e diagnóstico de IC os pacientes são orientados quanto ao programa (termo de consentimento) e passam a fazer parte do PCC. A partir deste momento todo o cuidado é gerenciado por uma enfermeira gestora, que irá mobilizar a equipe multiprofissional, checar os prontuário, organizar o processo e acompanhar indicadores e resultados. Avaliamos, através da análise de prontuário, 6 meses que antecederam a implantação do programa (primeiro semestre de 2012) e 6 meses após a implantação do mesmo (segundo semestre de 2012). Dentre os indicadores, a taxa de reinternação em 30 dias e a média de dias de internação pré e pós programa, mostram um panorama dos cuidados aos pacientes portadores de IC. Em relação à análise estatística, as variáveis categóricas foram comparadas com o teste do qui-quadrado e as variáveis contínuas pelo teste de Mann-Whithney. Todos os testes foram bicaudais e um valor de p < 0, 05 foi considerado significativo. RESULTADOS: Foram analisados 769 pacientes de janeiro a dezembro de 2012. Durante o primeiro semestre, período que antecedeu a implementação do programa, a media de dias de internação foi de 8, 8 dias, enquanto que no segundo semestre a média foi de 8, 4 dias. Redução de 4, 55%. A taxa de reinternação em 30 dias destes pacientes, no 1 semestre de 2012, foi de 13% e no segundo semestre foi de 9%. Uma redução de 30, 77%.CONCLUSÃO: Nos primeiros 6 meses de implementação do PCC em IC houve uma redução do período de hospitalização destes pacientes e no índice de reinternação nos primeiros 30 dias após a alta. Estes achados sugerem que o envolvimento dos profissionais de saúde e do próprio paciente na gestão de uma doença grave como a IC pode trazer benefícios. PO 141 Estimulação Elétrica Muscular Reduz Atividade Nervosa Simpática e Vasoconstrição em Pacientes Internados por Insuficiência Cardíaca Descompensada Raphaela V Groehs, Ligia Antunes-Correa, Thais Nobre, Marcelo Ochiai, Ludhmila A Hajjar, Maria Janieire Alves, Antonio C Barretto, Carlos E Negrão INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, ESC ED FIS ESP USP - Sao Paulo - Sao Paulo - Brasil Introdução.Ainsuficiência cardíaca(IC) é uma afecção prevalente que resulta em taxas elevadas de morbi-mortalidade. A busca de alternativas para o tratamento destes pacientes é continua e desafiadora. Nós investigamos se a contração muscular esquelética involuntária, provocada por estimulação elétrica(EE), reduz a atividade nervosa simpática muscular(ANSM) e vasoconstrição, e melhora a capacidade funcional de pacientes com IC internados por descompensação. Métodos. 21 pacientes internados por IC descompensada, CF IV, FEVE≤30% foram consecutivamente randomizados em: 1)EE funcional(n=11) e 2)EE sensorial(n=10). A EE funcional, iniciada após estabilização clínica, consistiu de estimulação dos membros inferiores, frequência de 10Hz, pulso de 150ms, durante 60 min, intensidade no limiar de desconforto do paciente até atingir 70mA, 7 vezes por semana, por 10 dias. A EE sensorial seguiu o mesmo procedimento, exceto para a intensidade, que foi fixada em 20mA. A ANSM foi avaliada diretamente no nervo fibular pela técnica de microneurografia, o fluxo sanguíneo muscular(FSM) do membro inferior pela técnica de pletismografia de oclusão venosa e a capacidade física pelo teste de caminhada de 6 minutos. Análise Estatística. Diferenças basais pelo Teste T-Student para dados não pareados e efeito das intervenções pela ANOVA de dois fatores para medidas repetidas. Em caso de significância (P<0, 05), utilizou-se a análise Post Hoc de Scheffé. Resultados. As características basais foram semelhantes entre os grupos. A EE funcional reduziu a ANSM (49±4.4vs.32±3.8 disparos/min, P<0.001), aumentou o FSM (0.86±0.1vs.1.44 ±0.1 ml/min/100ml P<0.05) e a distância no teste de caminhada (299±34vs.422±34.5 m, P<0.0001). A EE sensorial não modificou os parâmetros estudados, exceto a distância no teste de caminhada. No grupo EE funcional, nenhum paciente foi reinternado no período de 30 dias. Diferentemente, no grupo EE sensorial, 2 pacientes necessitaram de reinternação. A EE não alterou os níveis plasmáticos de proteína C reativa, creatinina, sódio, potássio, uréia e hemoglobina. Conclusão. A EE é uma intervenção segura que melhora significativamente a ANSM, o FSM e a capacidade funcional em pacientes com IC descompensada. Assim a EE muscular pode representar alternativa terapêutica segura e eficaz no manejo da IC. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 187 PO 142 Impacto da anemia na mortalidade intra-hospitalar de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada. ANTONIO CARLOS BACELAR, Buzzato, LL, Katz, M, Pesaro, AE, Correia, AG, Galvão, TFG, Giolo, R, Bacal, F, Makdisse, M, Tarasoutchi, F HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: Anemia é comorbidade comum em pacientes idosos com insuficiência cardíaca (IC) e está associada à pior prognóstico. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto da anemia importante na mortalidade intra-hospitalar dos pacientes com IC sistólica descompensada. Métodos: Entre 2005 a 2012, 1693 pacientes com IC sistólica [fração de ejeção (FE) £ 45%] descompensada foram incluídos consecutivamente em um registro prospectivo unicêntrico. Anemia foi definida como hemoglobina (Hb) < 12 mg/dL e anemia importante Hb < 10 mg/dL em algum momento da internação. Variáveis contínuas são apresentadas na forma de média+DP e variáveis categóricas são descritas na forma de frequências. A comparação entre variáveis contínuas foi feita através do teste t de Student ou MannWhitney, e para variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-Quadrado. O impacto da anemia no prognóstico dos pacientes foi realizado através regressão logística e a capacidade discriminativa foi realizada através da área sob a curva ROC onde se determinou o ponto da curva que apresentou a melhor relação de sensibilidade e especificidade. O valor de p<0, 05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: A mortalidade intra-hospitalar foi de 8, 7% (148 casos). A média etária foi de 75, 9 ± 12 anos, 72, 1% eram do sexo masculino, a FE foi de 32 ± 8%. A prevalência de anemia leve e importante foi de 66% e 33%, respectivamente. A média de Hb nos pacientes que evoluíram para óbito foi de 9, 1 ± 2 mg/dL e 11, 3 ± 3 mg/dL entre os sobreviventes (p<0, 0001).A área sob a curva ROC foi de 0, 79 (IC95% 0, 75-0, 82). O melhor ponto de corte foi 6, 9 mg/dL (sens. 99% e esp. 98%). Através do modelo de regressão logística, os pacientes com Hb < 10 mg/dL apresentaram chance 6, 5 vezes maior de evoluírem com óbito intra-hospitalar [OR=6, 5 (IC95% 4, 5-9, 5; p=<0, 001)]. Conclusões: Anemia é variável associada à pior prognóstico e pacientes com Hb < 10 mg/dL apresentam elevado risco de óbito intra-hospitalar. PO 143 Peptídeo natriurético cerebral (BNP) em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca Marçula, M, De Paula, RS, Cuoco, MAR, Correia, GF, Grell, ES, Antelmi, I, Takii, MYK, Araújo, RLS, Tanaka, NI, Mansur, AJ INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamentos: O Peptídeo Natriurético Cerebral (BNP) é complemento diagnóstico e terapêutico em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). É de interesse o conhecimento da sua distribuição e das correlações clínicas em casuística brasileira de pacientes ambulatoriais com diagnóstico de IC. Métodos: Foram avaliados 1919 pacientes consecutivos incluídos de 2003 a 2009 com idade entre 18-90 (média 56; desvio padrão 13; mediana 56), 1231 (64%) homens, 688 (36%) mulheres, etiologia hipertensiva em 780 (41%), isquêmica 441 (23%), chagásica 295 (15%), alcoólica 127 (7%), outras 116 (6%) e indeterminada 160 (8%). O BNP foi avaliado quanto à distribuição, variáveis clínicas e prognóstico. A sobrevida foi avaliada pelo método Kaplan-Meier e o prognóstico pelos riscos proporcionais de Cox, expresso pelo risco relativo (RR). Resultados: A taxa de BNP (490 pacientes) média foi 564pg/ dL, desvio padrão 814pg/dL, mediana 206pg/dL, 1º. Quartil 65g/dL, 3º. Quartil pg/ dL (min 2 pg/dL; max 4992 pg/dL). Os fatores idade (p=0, 021), índice de massa corpórea (p<0, 001), tempo de sobrevida (p<0, 001), diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (p=0, 019), diâmetro do átrio esquerdo (p<0, 001), creatinina (p<0, 001), etiologia chagásica (p<0, 001), fibrilação atrial (p=0, 024) e as correlações idade com diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (p=0, 013) e com a creatinina (p=0, 002) foram significativamente associados com o aumento do BNP. Os valores de BNP foram associados significativamente com o prognóstico (p<0, 00001; RR=1, 00 IC[1, 00;1, 00]). Além do BNP, outros fatores prognósticos identificados foram LDL-colesterol (p=0, 018; RR=1, 01 IC[1, 00;1, 02]), índice de massa corpórea (p=0, 046; RR=1, 05 IC[1, 00;1, 09]), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p=0, 049; RR=0, 97 IC[0, 94;0, 99]), sexo masculino (p=0, 027; RR=1, 99 IC[1, 08;3, 65]), etiologia chagásica (p=0, 006;RR=2, 27 IC[1, 26;4, 09]) e classe funcional (p=0, 02; RR=1, 83 IC[1, 08;3, 09]). Conclusão: O BNP é um marcador prognóstico e dentro da sua alta variabilidade, a elevação do BNP se associou com idade, índice de massa corpórea, etiologia, fibrilação atrial, creatinina, diâmetro do átrio esquerdo, diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo e também com menor sobrevida dos pacientes com insuficiência cardíaca. PO 144 Taxas de leucócitos, linfócitos e monócitos quanto ao prognóstico de pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca de diferentes etiologias Buto, MFS, Marçula, M, Fujiwara, LM, Melo, MGN, de Freitas, HFG, Yamada, AT, Filho, COB, Botter, DA, Sandoval, MC, Mansur, AJ INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Fundamentos: Diferentes mediadores inflamatórios participam na fisiopatologia da insuficiência cardíaca e modulam a taxa de leucócitos e linfócitos no sangue. Avaliamos o prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca em função das taxas de leucócitos, linfócitos e monócitos e de outras variáveis clínicas. Métodos: Foram estudados 3139 pacientes (média 58+14 anos), 1972 (63%) homens e 1167 (37 %) mulheres. A etiologia foi a cardiopatia hipertensiva em 572(35%) pacientes, isquêmica em 300 (19%), doença de Chagas em 208 (13%), alcoólica em 61 (4%), outras em 71(4%) e indeterminada em 394(25%). A sobrevida foi avaliada por Kaplan-Meier e a taxa de óbitos (razão de risco, RR) foi avaliada com o modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: As variáveis associadas com o prognóstico foram a taxa de linfócitos (p<0, 0001) >900 céls/mm³, RR=1, 85 (IC=1, 25;2, 74), a idade (p<0, 0001), 30-50 vs 18-30 e >50 anos, RR=0, 74(IC=0, 65;0, 86), índice massa corpórea (p=0, 0008), <18, 5vs18, 5-24, 9, RR=1, 85 IC=(1, 18;2, 91), <18, 5 vs >25, RR=2, 36 (IC=1, 50;3, 70), >25 vs 18, 5-24, 9, RR=0, 78 (IC=0, 66;0, 93), hipertensão arterial (p=0, 0299), RR= 1, 22 (IC=1, 02;1, 46), pressão arterial diastólica (=0, 0007), <85 vs 85-89mmHg, RR= 1, 20 (IC= 0, 56;2, 54), 90mmHg, RR=1, 36 (IC=1, 16;1, 6), 85-89 vs >90mmHg, RR=1, 13 (IC=0, 53;2, 40), classe funcional (p<0, 0001), III/IV vs I/II, RR=1, 55 (IC=1, 33;1, 81), diâmetro do átrio esquerdo (p=0, 0084), nos homens RR=1, 32 (IC=1, 02;1, 70) e nas mulheres, RR=1, 55 (IC=1, 10;2, 18), diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (p=0, 0226), nos homens 42mm, RR=4, 03 (IC=1, 97;8, 25) e diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (p=0, 0277), nos homens >39 vs <39mm, RR=1, 59 (IC=1, 14;2, 21), hemoglobina (p=0, 0159), nos homens 17 vs 14 e 17g/dL, RR=1, 05 (IC=0, 72;1, 53) e >17 vs <14g/dL, RR=0, 79 (IC=0, 54;1, 15), HDL-colesterol (p<0, 0001), 40mg/dL, RR=1, 34 (IC=1, 16;1, 55) e creatinina (p<0, 0001), <0, 8 vs 0, 8-1, 3mg/dL, RR=0, 76 (IC=0, 59;0, 97) e >1, 3 vs 0, 8-1, 3mg/dL, RR=1, 39 (IC=1, 23;1, 57). Conclusões: A taxa de linfócitos se associou com o prognóstico de pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca de diferentes etiologias, achado compatível com a influência de modulação de mediadores inflamatórios no prognóstico. PO 145 Preditores de Re-Internação Hospitalar em Pacientes Hospitalizados com Insuficiência Cardíaca Descompensada. André Coelho Marques, Marcelo Katz, Leandro Loureiro Buzatto, Alessandra da Graça Correia, Tatiana de Fátima Gonçalves Galvão, Adriano Alves Leite, Marcia Regina P. Makdisse HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução: No Brasil, a IC (insuficiência cardíaca) descompensada é a principal causa de hospitalização entre as doenças cardiovasculares. As taxas de mortalidade e re-hospitalização dos pacientes que são internados por IC continua elevada, sendo de fundamental importância, nesse contexto, a identificação de fatores associados com o prognóstico. Objetivo: Identificar as variáveis associadas com a re-internação hospitalar de pacientes hospitalizados por IC sistólica descompensada. Métodos: Entre 2007 e 2012, 2048 pacientes hospitalizados por IC sistólica descompensada foram incluídos consecutivamente em um registro prospectivo unicêntrico. Foram coletados dados clínicos e de exames complementares, além da ocorrência de re-internação no período de 1 ano. Para avaliar as diferenças entre os grupos foi utilizado o teste t de Student para as variáveis numéricas e o teste do quiquadrado para as variáveis categóricas. As variáveis que apresentaram associação com re-internação hospitalar com P<0, 15 foram incluídas em análise de regressão logística para determinar as variáveis independentemente relacionadas com a re-internação. O nível de significância estabelecido foi P<0, 05. Resultados: A taxa de re-hospitalização foi de 50% num período de 1 ano. Após análise de regressão logística, 5 variáveis estiveram associadas de forma independente à ocorrência de re-internação: presença de insuficiência renal crônica (IRC) (OR 1, 37; IC 95% 1, 09 – 1, 73), doença arterial coronária (DAC) (OR 1, 37; IC 95% 1, 14 – 1, 65), diabetes mellitus (DM) (OR 1, 27; IC 95% 1, 06 – 1, 53), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) (OR 0, 97; IC 95% 0, 96 – 0, 98) e idade (OR 1, 02; IC 95% 1, 01 – 1, 03). Conclusões: A presença de DAC, IRC e DM, além da FEVE e idade estiveram associadas de forma independente à re-internação em 1 ano de pacientes hospitalizados por IC sistólica descompensada. 188 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 146 Insuficiência Cardíaca: Comparação entre Pacientes Com e Sem Apneia do Sono Servantes DM, Storti LJ, Fujita L, Almeida DR, Tufik S, Mello MT, Cintra FD, Bittencourt LR Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina - São Paulo - SP - Brasil Introdução.A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição clínica de alta morbimortalidade. Fatores que contribuem para progressão e pior prognóstico devem ser investigados, como a apneia do sono. Objetivo: comparar pacientes com IC, com e sem apneia do sono. Métodos. Foram selecionados 93 pacientes consecutivos com IC, New York Heart Association (NYHA) II e III, fração de ejeção (FE) <40% e índice de massa corpórea (IMC) <35Kg/m2. Após polissonografia basal (Embla), considerando apneias obstrutivas e centrais, foram agrupados em: Grupo 1 (G1, IAH≤5, n=24) e Grupo 2 (G2, IAH>5/h, n=69). Variáveis comparadas: gênero, idade, IMC, FE, etiologia, NYHA, e dados da polissonografia. Análise estatística. Variáveis nominais: Teste de Qui-quadrado de Pearson ou teste Exato de Fisher. Numéricas (média±DP): Teste t-Student independente. Significativo p<0, 05. Resultados. 74, 2% de diagnóstico de apneia do sono (G2), sendo 39, 1% apneia grave (IAH>30/h). G1xG2: gênero masculino (G1=37, 5% e G2=57, 9%; p=0, 010*), idade (G1=52±9 e G2=55±9 anos; p=0, 183), IMC (G1=28±4 e G2=30±3 Kg/m2; p=0, 100), FE (G1=31±6% e G2=31±5%; p=0, 785), etiologias mais frequentes (G1: isquêmica=46%, hipertensiva=8% e G2: isquemica=26%, hipertensiva=27%; p=0, 03*), NYHA III (G1=12% e G2=38%; p=0, 039*). Polissonografia: maior número de eventos respiratórios totais (P<0, 001*) e maior IAH (p<0, 001*) no G2, e também maior índice de despertares/h (G1=9, 4±3, 6 e G2=20, 5±12, 2; p<0, 001*) e menores % de saturações de oxigênio basal (G1=95, 1±1, 6 e G2=94, 2±1, 6; p=0, 027*), média (G1=94±2 e G2=93±1, 9; p=0, 021*) e mínima (G1=87, 2±3, 3 e G2=82, 6±4, 3; p<0, 001*), no G2. Arquitetura do sono: % de estágio N1 maior em G2 (G1=10, 4±5, 1 e G2=14, 3±13, 6; p=0, 048*) e % de estágio N3 maior em G1 (G1=25, 7±11, 9 e G2=19, 5±10, 4; p=0, 017*). Eficiência do sono semelhante (G1=73, 8±13, 2% e G2=70, 8±15, 5%; p=0, 408). Conclusões. A apneia do sono foi diagnosticada em 74, 2% dos pacientes, enfatizando a importância da polissonografia na IC. Os pacientes com apneia do sono apresentaramse mais sintomaticos demonstrado por maior % de NYHA III. Ainda, apresentaram alteração na arquitetuta e na continuidade do sono, refletindo o prejuízo na qualidade, o que pode resultar em maiores danos cardiovasculares para os pacientes com IC e apneia do sono. PO 147 TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA (TRC) NA DOENÇA DE CHAGAS (DC): COORTE DE 82 PACIENTES SEGUIDOS POR 2 ANOS. João Paulo Velasco Pucci, JORGE RAUL CASTRO DORTICÓS, SILAS DOS SANTOS GALVÃO FILHO, JOSÉ TARCÍSIO MEDEIROS DE VASCONCELOS, RAFAEL CARDOSO JUNG BATISTA, ROBERTO FELIPE MARRERO, BRUNO PAPELBAUM, CARLOS EDUARDO DUARTE Clínica de Ritmologia Cardíaca - São Paulo - São Paulo - Brasil A TRC, atualmente, é uma excelente opção no tratamento da Insuficiência Cardíaca (IC) refratária em portadores de disfunção sistólica e dissincronia ventricular. Na Doença de Chagas entretanto, não existem grandes estudos e os registros na literatura são limitados a poucas séries de casos. Nesse trabalho, apresentamos uma coorte de 82 pacientes (pts) de nossa experiência com TRC na DC. Entre Janeiro de 92 a Maio de 2012, foram submetidos à TRC 112 pts portadores de IC por DC dentre os quais foi realizada a análise retrospectiva do prontuário de 82pts, 47(57, 3%) homens e 35 (42, 6%) com idade média de 54, 25anos. No pré-operatório imediato 27(33%) dos pts encontravam-se em CF IV; 50(61%) em CF III; 5(6%) em CF II e nenhum em CF I. Todos os pts apresentavam distúrbio de condução intraventricular: 50(60, 9%) pts com BRD + BDAS e 32(39%) com BRE, sendo largura média do QRS de 186, 11ms ±31, 31. O Ecocardiograma demonstrava disfunção sistólica importante em todos os pts com Fração de Ejeção (FE) média de 27, 71 ±10, 44%. Os 82 pts foram submetidos a TRC, sendo 69(84, 14%) implantes de TRC-P e 13(15%) de TRC-D. A análise estatística dos dados foi realizada através do programa SPSSStatistics v.20.0 para MAC. Após seguimento médio de 24, 5±39, 7 meses observamos benefício clinico em 80% dos pts, encontrando-se 19(23%) em CF I, e 47(57%) em CF II, sendo que 16(20%) permaneceram em CF III ou IV (p < 0, 0001). Houve redução significativa da largura do QRS após a TRC com média de 110, 55±9, 72ms (p<0, 0001). Observou-se também melhora considerável da FE para 35, 77±9, 72% (p< 0, 0001). Obteve-se total de 29(35, 36%) óbitos, todos em portadores de TRC-P, sendo 25 (86, 2%) de causas cardíacas, dos quais 13 (52%) foram súbitos. Não houve diferença dos resultados entre os portadores de BRE e BRD + BDAS.A TRC se mostrou útil no tratamento da IC refratária dos casos estudados. Haja vista a alta mortalidade súbita cardiovascular, exclusiva nos pts portadores de TRC-P, devemos sempre considerar a indicação de TRC-D nesses doentes. PO 148 Comparação entre BNP e NT pró BNP na prática clínica e influência de variáveis Milena Curiati, Lucas Tachotti, Odilson Silvestre, Philippe Pires, Sandrigo Mangini, Carlos Ferreira, Fernando Bacal HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL Introdução:O Peptideo natriurético tipo B (BNP) e a cadeia N-terminal inativa (NT pró BNP) são marcadores plasmáticos que têm apresentado importância na prática clínica e laboratorial das cardiopatias.Entretanto, há freqüentes discrepâncias entre níveis dos dois marcadores, dependente de características individuais e fatores como sexo, idade, obesidade e disfunção renal. Apesar da relação estreita e da satisfatória concordância habitual entre as medidas, discrepâncias ainda demonstram em alguns estudos que os dois marcadores não são idênticos.Objetivos:comparar os níveis de BNP e NT pró BNP, avaliar a concordância, análise das variáveis idade, obesidade, insuficiência renal, fração de ejeção de ventrículo esquerdo, anemia e sua relação com os níveis dos marcadores.Métodos:em estudo retrospectivo observacional, comparamos os níveis de BNP e NT pró BNP nas amostras consecutivas de 138 pacientes, no período de 20 a 31 de janeiro de 2012. Foram analisados prontuários informatizados para coleta dos dados: idade, sexo, peso, altura, fração de ejeção de ventrículo esquerdo, hemoglobina, creatinina e uréia. Na análise dos dados as variáveis contínuas foram expressas em média e desvio padrão quando de distribuição paramétrica e mediana variação interquantil quando não paramétrica; as categóricas em porcentagens e como método de correlação utilizado Pearson. Considerado significativo p<0, 05.Resultados:Observou-se associação linear entre BNP e NTpro-BNP, com coeficiente de correlação de Pearson = 0, 907 (p<0, 001). Ao avaliar as medidas categorizadas como normal e alterado, encontramos boa concordância, com 90, 6% de classificações concordantes, p<0, 001, sendo que valores alterados de NT e normais de BNP representam 8, 7% do total e o contrário representa 1% do total. A avaliação dos fatores associados ao BNP mostrou que quanto maior a idade, maior o valor de BNP e quanto maior a fração de ejeção, menor o valor de BNP. Pacientes com anemia(p<0, 001) ou com insuficiência renal(p=0, 007) apresentaram valores maiores de BNP. Não houve associação entre obesidade e BNP. Os resultados foram similares para NT pro BNP.Conclusão:Houve concordância satisfatória entre as medidas de BNP e pró BNP. A influência dos fatores analisados foi semelhante para os dois marcadores. PO 149 Hospitalização e mortalidade por Insuficiência Cardíaca em idosos na região metropolitana de São Paulo Henrique Godoy, Eduardo Segalla de Mello, Jose Alexandre Silveira, Dirceu Rodrigues de Almeida Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - São Paulo Brasil Introdução: Os avanços no tratamento da insuficiência cardíaca (IC) resultaram em redução da taxa de mortalidade e em menor necessidade de hospitalização. Entretanto pacientes idosos foram sub-representados nos principais ensaios clínicos e não sabe ao certo qual o impacto da moderna terapia para IC neste sub-grupo de pacientes em nosso meio. Método: Estudo ecológico do tipo série temporal, abrangendo o período de janeiro de 1998 a dezembro de 2012. Foram analisados os dados de internação e mortalidade hospitalar em pacientes com idade superior a 20 anos em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) da região metropolitana de São Paulo, obtidos através do DATASUS e disponibilizado através do sistema TABNET. As variáveis foram comparadas de forma univariada (qui quadrado) com nível de significância (p) < 0, 05. Resultados: No período do estudo ocorreram mais de 245mil hospitalizações por IC, sendo 19, 0% (45.494) em pacientes com idade entre 50-59 anos, 24, 0% (58.571) em pacientes com idade entre 60-69 anos (p<0, 001), 25, 0% (60.483) em pacientes com idade entre 70-79 anos (p<0, 001) e 17, 0% (42.780) em pacientes com idade superior a 80 anos (p=0, 381). Ocorreram 64906 (23, 0%) óbitos hospitalares, sendo 7, 0% (4577) em pacientes com idade entre 50-59 anos, 14, 9% (9689) em pacientes com idade entre 70 – 79 anos (p<0, 001) e 14, 7% (9571) em pacientes com idade > 80 anos (p=0, 587). O tempo médio de internação foi de 8, 9 dias, similar para todas as faixas etárias analisadas (p=0, 358). Na série temporal foi observada redução em média de 35, 0% no número de internações hospitalares por IC nas faixas etárias entre 20 e 50 anos e aumento nas faixas etárias acima de 60 anos. Para todas as faixas etárias ocorreu aumento na taxa de mortalidade hospitalar no período avaliado. Conclusão: Pacientes com IC apresentam elevado risco para hospitalização e mortalidade hospitalar, principalmente àqueles com idades mais elevadas. A identificação de estratégia terapêutica mais adequada para esta complexa população é necessária e urgente. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 189 PO 150 VARIÁVEIS ASSOCIADAS COM A MORTALIDADE NA IC DESCOMPENSADA EM FASE AVANÇADA JULIANO NOVAES CARDOSO, Marcelo Ochiai, Milena Curiati, Criatina R Cardoso, Euler Brancalhão, Kelly Novaes, Antonio Carlos Pereira Barretto INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Pacientes que internam com insuficiência cardíaca descompensada (ICD) em fase avançada apresentam prognóstico reservado. Identificar os pacientes deste grupo que evoluem pior é importante para o planejamento do tratamento. Objetivo: Avaliar as variáveis que estão associadas com mortalidade neste grupo de pacientes. Métodos: Selecionamos pacientes que internaram com ICD, congestão e FEVE (fração de ejeção do ventrículo esquerdo) ≤ 40%. Foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado. As curvas de sobrevidaforam feitas pelo modelo de KaplanMeier e comparadas pelo método de Log-Rank.O risco relativo (IC 95%) foi calculado pela regressão de Cox. Foi considerado significante P < 0, 05. Resultados: 72 pacientes sendo 81, 9% do sexo masculino. A média da FEVE (DP) foi de 23, 15% (6, 59). A maioria dos pacientes necessitou de droga vasoativa durante a compensação (69, 4%). A média da pressão arterial sistólica foi de 104, 62 mmHg (12, 41). A média de acompanhamento foi de 115 dias. A mortalidade foi de 22, 2%. O modelo multivariado mostrou as seguintes variáveis associadas à mortalidade: etiologia chagásica Hazard ratio (HR) 3, 635 (IC 1, 047-12, 622) e P=0, 042; piora da função renal HR 8, 796 (IC 2, 138-36, 179) P= 0, 003, ausência de inibidor da ECA HR 4, 4 (IC 1, 05-18, 50) P=0, 042; Sódio inicial HR 1, 20 (IC1, 037-1, 388) P=0, 014 e BNP inicial HR 1, 001 (IC 1, 000-1, 001) P=0, 009. Conclusões: Etiologia chagásica, BNP elevado, piora da função renal, ausência de IECA e sódio inicial baixo foram as variáveis que identificaram os pacientes com pior prognóstico neste grupo. PO 151 ACURÁCIA DA ANGIOGRAFIA CORONÁRIA E DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA COM REALCE TARDIO PELO GADOLÍNIO NO DIAGNÓSTICO DA CARDIOPATIA ISQUÊMICA Pessoa de Melo EF, Vieira de Melo RM, Biselli B, Ávila R, Ribeiro HB, Ávila LF, Ribeiro EE, Bocchi EA, Conceição-Souza GE INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: o diagnóstico da etiologia isquêmica na insuficiência cardíaca sitólica (ICS) tem implicações prognósticas e terapêuticas. A angiografia coronária (AC), neste contexto, é limitada por ser invasiva, com risco de complicações e avaliação apenas anatômica. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) com Realce Tardio pelo Gadolínio (RTG) contribui para o diagnóstico por mensurar padrões de fibrose miocárdica causados por isquemia. Porém, o RTG tem a limitação de não detectar isquemia que não resultou em fibrose. Assim, a avaliação clínica global pelo cardiologista parece ser a maneira mais eficaz para definir o diagnóstico. Objetivo: avaliar a AC e o RTG como métodos complementares para o diagnóstico de CI em pacientes com ICS sem etiologia definida. Métodos: pacientes com ICS, FEVE < 45% e etiologia indefinida após avaliação inicial, submetidos a AC e RMC com RTG para definição etiológica da cardiomiopatia. Excluídos pacientes com doença arterial coronária prévia, sorologia positiva para Chagas, cardiopatia congênita, valvopatia grave e submetidos a transplante cardíaco. Os critérios angiográficos utilizados para CI foram baseados em publicação prévia. O padrão do RTG foi definido pela RMC. A análise global dos casos por dois cardiologistas, incluindo história clínica e exames, foi definida como padrão-ouro para o diagnóstico de CI. Resultados: incluídos 24 pacientes, 19 (79, 2%) masculinos, idade média 51, 6 (+-12, 5) anos, FEVE: 27% (+-11, 1). Pela avaliação clínica, 11 (45, 8%) pacientes foram considerados portadores de CI. À AC 5 (20, 8%) pacientes tiveram alterações consistentes com CI. O RTG detectou padrão compatível com CI em 10 (41, 6%) pacientes. A sensibilidade para a detecção de CI foi de 0, 45 para AC versus 0, 75 do RTG. A especificidade da AC foi de 1, 0 versus 0, 92 do RTG. O valor preditivo positivo foi de 1, 0 versus 0, 9 e o valor preditivo negativo foi 0, 68 versus 0, 79 para AC e RTG, respectivamente. A acurácia diagnóstica do RTG foi de 0, 83 e da AC 0, 75. Conclusão: O RTG foi mais sensível que a AC na avaliação etiológica da ICS sem causa definida, enquanto a AC foi mais específica. Os papéis destes exames são complementares no diagnóstico etiológico da IC. PO 152 Influência do aumento da oferta energética por dieta hiperlípidica na disfunção cardíaca de ratos com estenose aórtica supravalvar De Tomasi LC, Campos DHS, Silva DCT, Okoshi K, Fernandes AAH, Padovani CR, Cicogna AC FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL Introdução: A remodelação cardíaca(RC) ocorre em resposta a agressões, como sobrecarga pressórica, e pode manifestar-se por alterações de tamanho, forma e função do coração.Objetivo: testar a hipótese que o aumento da oferta energética proveniente de dieta hiperlipídica atenua a disfunção cardíaca no modelo EAo. Os mecanismos estão relacionados à diminuição na β/α MyHC e ao aumento da SERCA2a/PLB. Metodologia: Ratos Wistar machos, com 21 dias, foram separados em dois grupos: controle operado(Sham) e EAo. 6 semanas após cirurgia, os animais foram redistribuídos em quatro grupos(n=12/grupo): tratados com dieta normolipídica(EAo-N e Sham-N) ou hiperlipídica insaturada(EAo-H e Sham-H). A RC foi caracterizada pelas análises estrutural e funcional, sistólica e diástolica, por ecocardiograma na 6ª e 18ª semana, e por estudos macroscópico e relações SERCA2a/PLB e β/α MyHCna 18ª semana. Teste ”t” Student ou Mann-Whitney para comparações entre Sham e EAo; e ANOVA com Dunn ou Bonferroni entre EAo-N, Sham-N, EAo-H e Sham-H. P<0, 05. Resultados: O ecocardiograma na 6ª semana mostrou que os animais EAo apresentaram hipertrofia concêntrica, disfunção diastólica, evidenciada pelo aumento do átrio esquerdo(AE), e melhoria na função sistólica. Na 18a semana o peso do átrio(AT), a relação AT/tíbia, a relação átrio esquerdo/peso corporal (AE/PC), o diâmetro do AE(p=0, 10) e a relação AE/aorta(p<0, 06) foram menores no grupo EAo-H vs EAo-N. A função sistólica foi semelhante entre EAo-H e EAo-N. A razão β/α MyHC foi maior nos grupos EAo-N e EAo-H vs Sham-N e Sham-H, respectivamente. A relação SERCA2a/PLB foi menor nos grupos EAo-N e EAo-H vs Sham-N e Sham-H, respectivamente. Conclusão: A dieta hiperlipídica diminuiu a hipertrofia atrial sugerindo atenuação da disfunção diastólica; entretanto, não houve participação da MyHC e da SERCA2a nesse processo. A hipótese não foi confirmada; a dieta hiperlipídica atenuou a disfunção diastólica por mecanismo(s) que necessita(m) ser esclarecido(s). PO 153 Avaliação do perfil metabólico após a mudança de ciclosporina por tacrolimus transplante cardíaco. Santos Nussbaum ACA., Biselli B., Escalante JP., Avila MS., Ulhoa MB., Ayub-Ferreira SM., Chizzola PR., Cruz FD., Bocchi EA., Bacal F. INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: Episódios de rejeições recorrentes ou refratárias após tranplante cardíaco (TC), além de efeitos adversos relacionados ao uso da ciclosporina (CsA) tornaram a troca desse imunossupressor para tacrolimus (TAC) uma alterativa eficaz e segura. Dados sobre alterações metabólicas nos pacientes submetidos a transplantes de órgãos sólidos são conflitantes com tendência a piora no perfil glicêmico e melhora do perfil lipídico nos pacientes em uso de TAC. Objetivo: Avaliar o comportamento do perfil metabólico após a mudança de ciclosporina para tacrolimus (TAC) em pacientes com TC. Métodos: Estudo retrospectivo avaliando todos os pacientes transplantados cardíacos entre janeiro de 2004 e junho de 2011. Incluíram-se aqueles que tiveram o esquema de imunossupressão modificados de CSA por TAC, analisando-se o perfil glicêmico e lipídico entre 6 e 18 meses após troca. Resultados: Dos 47 pacientes transplantados que trocaram CsA por TAC, apenas 17 permitiam análise do perfil metabólico antes e após da troca. Dos pacientes analisados 58, 8% eram do sexo masculino, com idade média de 38, 4 ± 13, 1 anos. A principal etiologia era chagásica (47, 1%), seguido de idiopática (29, 4) e isquêmica (5, 9%). Previamente ao TC, 23, 5% dos pacientes eram hipertensos, 5, 9% dislipidêmicos e 17, 6% diabéticos. As razões para a troca foram rejeição tardia em 58, 8% dos casos, rejeição refratária em 11, 8% e nefrotoxicidade em 5, 9%. 64, 7% dos pacientes estavam em uso de prednisona após a troca e 94, 1% se encontravam em tratamento com estatinas e anti-hipertensivos. Uma redução significativa foi observada nos níveis de colesterol após da troca (199, 8 ± 46, 4 mg / dl X 166, 1 ± 27, 8 mg / dl, p <0, 005) (figura), porém sem mudanças significativas no níveis de triglicérides (177, 7 ± 84, 1 mg/dl X 138, 0 ± 87, 9 mg/dl) ou perfil glicêmico (94, 5 ± 15, 6 mg/ dl X 97, 5 ± 12, 0). Conclusão: A mudança de CSA para TAC melhorou o perfil lipídico em pacientes transplantados cardíacos. Além disso, não houve mudança no perfil glicêmico desses pacientes. 190 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 154 Borrelia burgdorferi, Chlamydophila pneumoniae e a Cardiomiopatia Dilatada Idiopatica: estudo comparativo com coração de doadores normais. Ferreira, R.R.A, Reis, M.M, Ikegami, R.N, Mangini, S, Bocchi, E, Higuchi, M.L INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Borrelia burgdorferi (Bb) e Chlamydophila pneumoniae (Cp) são bactérias citadas na literatura como possíveis agentes etiológicos de casos de cardiomiopatia dilatada idiopática (CMD). Em trabalho prévio observamos alta incidência de antígenos de Bb no miocárdio normal de doadores de órgão, porém em quantidade baixa (mediana de 1, 5% de área miocárdica). No presente trabalho analisamos se associação de Bb com Cp poderia ser uma causa de CMD e de inflamação. Material e Métodos – Estudamos 2 grupos de biópsiass endomiocardicas (BEM): 14 de pacientes com CMD e 14 de doadores de coração. Antigenos específicos para linfócitos T CD3+, Bb e Cp foram detectados pela imunohistoquimica e quantificados pelo sistema de analise de imagem por cor LeicaQWin, obtendo-se a % de área positiva para Bb e Cp e nº. de linfócitos/ mm2 de CD3. Resultados – Houve positividade para antígenos de Bb e Cp em todos os casos, porém em quantidade baixa no grupo de doadores e maior mas com distribuição não normal no grupo das CMD. Este foi subdivido em G1 (n=8) ≥ 1, 5% de Bb e G2 (n=6) ≤ 1, 5 % Bb. As medianas de Bb e Cp nos grupos G1, G2 e doadores estão na tabela . Apesar de não haver diferença na quantidade de Cp entre os três grupos, houve correlação positiva entre Bb e Cp no doador r= 0, 55 e P=0, 04; ausência de correlação no grupo G1 r= 0, 06, P=0, 88 e correlação negativa no grupo G2 r= -0, 66, ( P=0, 15, possivelmente pelo baixo nº. de casos). A inflamação foi maior no grupo CMD. Conclusão – Antígenos de Bb e Cp são altamente prevalentes no miocárdio normal, em pequenas quantidades e positivamente correlacionados. Na CMD, a presença de quantidade aumentada de Bb se acompanhou de inflamação, mas não de Cp. No grupo com pouco antígeno de Bb ocorreu aumento de inflamação e de Cp, em correlação negativa com Bb, sugerindo que nessa entidade mórbida, essas bactérias parecem estar proliferando em condições opostas e não em simbiose. Tabela- Valores das medianas de TCD3+ (nº. de linfócitos/ mm2 ), Bb e Cp (% de área positiva) detectados pela imunohistoquimica nos grupos G1, G2 e doadores Antigenos TCD3+ Bb Cp )G1 (n=8 03 ,10 40 ,2 68 ,2 )G2 (n=6 9 ,13 85 ,3 87 ,0 )Doadores (n=14 08 ,4 45 ,1 09 ,2 PO 156 Angiotomografia de artérias coronárias para avaliação de prognóstico de longo prazo MARCIO SOMMER BITTENCOURT, Edward Hulten, Brian Ghoshhajra, Quynh Truong, Frank Rybicki, Thomas Brady, Marcelo Di Carli, Udo Hoffmann, Suhny abbara, Ron Blankstein INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, Brigham and Women’s Hospital - Boston - MA - EUA, Massachusetts General Hospital - Boston - MA - EUA Introdução: Poucos estudos avaliaram o prognóstico de longo prazo de pacientes submetidos a angiotomografia de artérias coronárias (ATCAC). No presente estudo avaliamos a ATCAC como preditor de mortalidade, infarto agudo do miocárdio (IAM) e de revascularizações miocárdicas tardias. Métodos: Foram incluídos todos os pacientes submetidos a ATCAC para avaliação de doença coronária (DAC) em dois hospitais terciários de 9/2004 a 10/2011. Pacientes acima dos 18 anos, sem história prévia de DAC foram incluídos na presente análise. A DAC for graduada como ausente, não obstrutiva ou obstrutiva. Os sintomas, fatores de risco e eventos cardiovasculares foram coletados de forma independente e cega ao resultado da ATCAC. Todos os eventos foram adjudicados de forma independente por dois cardiologistas. Resultados: Dentre os 3553 pacientes (58% homens, idade 56±13 anos), ocorream 126 (3.9%) óbitos, 45 (1.4%) IAM e 87 (2.7%) revascularizações tardias. num seguimento médio de 52 meses. 1301 (40%) dos pacientes apresentou ATCAC normal, 1224 (38%) com DAC não obstrutiva e 717 (22%) com DAC obstrutiva. A presença de DAC esteve associada a um aumento significativo da taxa de eventos cardiovasculares maiores com um “hazard ratio” (HR) de 2.3 (p<0.0001) para DAC não-obstrutiva e 5.6 (p<0.0001) para DAC obstrutiva (figura). O valor preditivo da DAC permaneceu estatasticamente significativo num modelo de regressão de Cox ajustado para idade e fatores de risco cardiovasculares. Conclusão: Na maior casuistica e maior seguimento de eventos cardiovasculares após ATCAC disponível até hoje, a presença e extensão de DAC estiveram associados a taxa de morte, IAM e revascularizações tardias. Métodos Diagnósticos por Imagem PO 155 Cintilografia de perfusão miocárdica na avaliação de isquemia em pacientes de alto risco cardiovascular, assintomáticos ou com sintomas atípicos. PAOLA SMANIO, LEONARDO MACHADO, JOÃO V. HOLTZ, JULIANA SILVA, CARLINDO MARQUES, LEANDRO UEDA, PRISCILA CESTARI, MARCO A. OLIVEIRA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: a incidência mundial de doença arterial coronária (DAC) continua alta apesar da evolução diagnóstica e terapêutica. Já é estabelecido o uso da cintilografia de perfusão miocárdica (CM) no manejo clínico de pacientes (p) sintomáticos, mas na avaliação daqueles sem sintomas ou com sintomas atípicos ainda não está completamente definido. Objetivos: o objetivo primário foi avaliar a prevalência de alterações perfusionais em p sem sintomas ou com sintomas cardiovasculares atípicos. O objetivo secundário foi identificar a associação entre os achados perfusionais e a presença de eventos cardiovasculares (ECV) maiores após 12 a 24 meses da CM. Métodos: estudo observacional, restrospectivo, incluindo 503 p que realizaram a CM (técnica:gated-SPECT, radiofármaco:sestamibi99m Tc) entre 07/2010 e 06/2011. Do total, 280 p (55, 6%) eram homens, 83, 9% hipertensos, 72, 4% dislipidêmicos, 32, 4% diabéticos, 49% portadores de DAC, sendo 281 (55, 8%) sem sintomas e 222 (44, 2%) com de sintomas atípicos. Foram considerados sintomas atípicos, presença de dor torácica incaracterística (112 – 22, 2%) e dispnéia (110 - 21, 8%). Consideraram-se perfusão normal na ausência de alteração da perfusão após o estresse e sugestiva de isquemia se defeitos da perfusão reversíveis. Consideraram-se ECV maiores infarto do miocárdio (IM) não fatal e óbito de origem cardiovascular. A análise estatística foi realizada por teste de Fisher e regressão logística, sendo p significativo se ≤ 0, 05. Resultados: isquemia na CM foi observada em 112p (22, 2%) sem diferença estatística significativa entre os grupos sem e com sintomas atípicos (p = 0, 701). As características clínicas associadas à isquemia na CM foram sexo masculino (p = 0, 007) e DAC prévia (p <0, 05). A análise de regressão logística demonstrou que DAC prévia e teste de estresse sugestivo de isquemia foram preditores de isquemia na CM (p <0, 05). Após 12-24 meses, isquemia foi associada a infartos não fatais (p = 0, 009). Conclusão:os resultados obtidos sugerem elevada prevalência de isquemia no grupo estudado (pacientes com alto risco cardiovascular, sem sintomas ou com sintomas atípicos). A presença de isquemia na CM não foi estatisticamente diferente nos grupos sem e com sintomas atípicos. Isquemia na CM foi associada a IM não-fatal em 12-24 meses. PO 157 Resposta isquêmica na fase de recuperação do teste ergométrico: avaliação por meio da cintilografia de perfusão miocárdica (gated-SPECT) ANDREA MARIA G. MARINHO FALCAO, Rodrigo Imada, Renan Irabi, Livia Azouri, José A F Ramires, Roberto Kalil Filho, José Claudio Meneghetti, William Chalela INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução – o infradesnivelamento do segmento ST apenas na fase de recuperação (↓STr) é relativamente raro e ocorre em 1-3% dos testes ergométricos (TE). Seu valor diagnóstico e prognóstico é menos estabelecido do que o observado ao esforço. Poucos estudos tem investigado o significado clínico desse achado. Objetivo – avaliar a associação entre ↓STr do TE com alterações do gated-SPECT. Métodos – estudo transverso (abril 2010-dezembro 2012), incluindo 92 pts, idade média de 60 ± 9, 9 anos, 74 (80, 4%) masculino, 25% com infarto, 20% com revascularização miocárdica e 35, 2% com angioplastia coronária prévios, que apresentaram ↓ST apenas na recuperação (maior ou igual a 1 mm) com protocolo de Bruce. Ao gated-SPECT, análise qualitativa da perfusão foi realizada em 17 segmentos utilizando-se escore de 5 pontos (0-normal; 4-ausência de captação), para motilidade escore de 6 pontos (0-normal; 5-discinesia) e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) após estresse. Ao TE avaliaramse magnitude do ↓STr, tempo de aparecimento do ↓ST (TA↓ST), pressão arterial, capacidade funcional (MET), angina earritmias. Resultados – alteração da perfusão foi observada em 58 pts (63, 04%), 50% com isquemia isolada ou associada a defeito persistente; motilidade anormal em 31pts (33, 7%) e FEVE média de 57, 8 ± 11, 6%. TA↓ST de 202 ± 38 seg, magnitude ↓STr de 1, 2 ± 0, 3 mm; 10, 4 ± 2, 7 MET; angina em 16 pts (17, 6%) e arritmias ventriculares em 58 pts (63%). Houve diferenças significantes na associação entre alteração da perfusão com: sexo masc, p=0, 000 com valor preditivo positivo (VPP) de 73% ; TA↓ST, p=0, 011 com VPP de 76, 2%; aumento da pressão sistólica < 30mmHg ao TE, p=0, 002 com VPP de 91, 3% e angina típica, p=0, 025 com VPP de 87, 5%. Nos pts apenas com isquemia a cintilografia (defeito transitório), houve diferença significante para associação com sexo masc (p=0, 01); hipertensão arterial (p=0, 04) e tendência quando pressão sistólica < 30mmHg (p=0, 09). O valor preditivo positivo do ↓STr para qualquer alteração de perfusão, motilidade ou FEVE foi de 64%. Conclusão – ↓STr do TE ocorreu tardiamente e apesar de raro, deve ser valorizado sendo achado relevante devido a alta prevalência de alterações documentadas ao gated-SPECT. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 191 PO 158 Quantificação da Insuficiência mitral pela Dopplerecocardiografia. Qual método melhor caracteriza a gravidade? Estudo comparativo com a Ressonância Magnética Cardíaca. Juliana Rodrigues de Souza Gentil, Telemaco da Silva Júnior, Henrique Simão Trad, Antônio Pazin-Filho, José A. Marin-Neto, André Schmidt, Benedito Carlos Maciel HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - BRASIL A gravidade da insuficiência mitral (IM) tem relação direta com o prognóstico e a Dopplerecocardiografia (DEC) é amplamente utilizada na sua estimativa. Contudo, as técnicas existentes apresentam distintas capacidades discriminativas. Especialmente o grupo com regurgitação mitral moderada é de difícil distinção pela DEC. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) é reconhecida como padrão para a quantificação nãoinvasiva de volume regurgitante (VR), mas foi pouco cotejada frente à DEC. este estudo teve por objetivo comparar diversas técnicas Dopplerecocardiográficas para avaliação da regurgitação mitral com a medida do VR obtida com a RMC. Métodos: 82 pacientes de ambos os sexos com IM pura foram avaliados pela DEC e RMC. Área do jato regurgitante isolada (AJ) ou corrigida para o tamanho do átrio esquerdo (AJ/AE), PISA, Vena contracta e orifício regurgitante efetivo (ORE) foram cotejados com o VR obtido com a RMC pela técnica direta. ANOVA com pós-teste foi realizado para comparar os valores da DEC com a intensidade da insuficiência mitral obtida com a RMC. Resultados: 58 pacientes apresentavam VR leve, 17 moderado e 7 acentuado na RMC. AJ (7, 6 ± 4, 2 vs 15, 0 ± 4, 6 vs 15, 7 ± 4, 9 cm2), PISA (0, 59 ± 0, 35 vs 1, 06 ± 0, 24 vs 1, 33 ± 0, 27 cm2) e Vena Contracta (0, 35 ± 0, 18 vs 0, 76 ± 0, 17 vs 0, 88 ± 0, 32cm) não diferenciavam IM moderada de acentuada (p>0, 05). Apenas o ORE foi capaz de separar de modo estatisticamente significativo os três grupos (0, 11 ± 0, 14 vs 0, 31 ± 0, 15 vs 0, 54 ± 0, 24 cm2; p<0.05). Conclusão: Na comparação com o VR mitral obtido com a RMC, apenas o ORE foi capaz de identificar de modo preciso o grau de insuficiência mitral. Desse modo, em casos duvidosos, a medida do ORE pode ser adequada para a distinção de uma regurgitação moderada de uma acentuada. PO 159 AVALIAÇÃO DA MASSA VENTRICULAR ESQUERDA, ESPESSURA MIOCÁRDICA E FIBROSE MIOCÁRDICA PELA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA COMPARADA AO ECODOPPLERCARDIOGRAMA COLORIDO FÁBIO VIEIRA FERNANDES, BERNARDO NOYA ALVES DE ABREU, CARLOS EDUARDO ELIAS DOS PRAZERES, JULIANA HIROMI SILVA MATSUMOTO BELLO, ROBERTO CALDEIRA CURY, VALÉRIA DE MELO MOREIRA, ADRIANO CAMARGO DE CASTRO CARNEIRO, CARLOS EDUARDO ROCHITTE HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL INTRODUÇÃO:A Cardiomiopatia Hipertrófica(CMH) é caracterizada por ampla variação clínica, indo desde mutações genéticas assintomáticas até morte súbita como a primeira manifestação da doença, sendo uma das principais causas de morte em atletas jovens. Sua prevalência é estimada em 1 caso a cada 500 indivíduos da população. As características morfológicas, funcionais e a fibrose miocárdica(FM) pela ressonância magnética cardíaca(RMC) são consideradas importantes fatores prognósticos nesta doença. MÉTODOS:Estudamos 74 pacientes no período de junho 2010 à dezembro 2012 com Ecodopplercardiograma colorido(ECO) e RMC, comparamos achados morfológicos como massa do ventrículo esquerdo(MVE), espessura parietal máxima(EMax), presença de obstrução de via de saída do ventrículo esquerdo(OVSVE) e presença ou ausência de FM pela RMC e massa da fibrose. RESULTADOS:A média de idade foi de 47, 56±17, 11 anos, sendo 58 homens(78, 4%).A MVE no ECO foi de 278, 1±79, 56g e na RM 182, 4±61, 65g, p<0, 0001.A média da EMax na RMC foi de 19, 97±5, 01mm vs 15, 76±5, 19mm pelo ECO, p<0, 001.A correlação entre as EMax da RMC e do ECO foi apenas moderada com r=0, 65.A média das diferenças na EMax(ECO-RM) foi de -5, 4mm, 95%IC de -6, 7 a -4, 1mm.A correlação entre as massas do VE medidas pelo ECO e RM mostrou-se apenas discreta com r= 0, 54.A diferença média entre as massas(ECO-RM) foi de 81, 5g, 95%IC de 60, 2 a 102, 8 gramas.O ECO identificou 17, 8% de indivíduos com OVSVE e a RMC 21, 1%. A FM pela RMC foi frequente neste grupo de pacientes, estando presente em 49(66, 2%) pacientes.Não foram identificados quaisquer sinais indiretos de FM pelo ECO.A massa da FM pela RMC foi de 12, 2±18, 7g.A massa de FM normalizada foi de 5, 9±7, 8% da massa do VE. CONCLUSÃO:As diferenças médias entre as medidas do ECO e da RMC para a EMax e MVE foram significativamente diferentes, atingindo 5, 4mm e 81gramas, respectivamente, com amplos intervalos de confiança neste grupo de pacientes com CMH. A FM pela RMC foi frequente e não houve evidência indiretas para este achado no ECO. Portanto, a imprecisão na avaliação de dados críticos para a estratificação de risco de pacientes com CMH, como a MVE, a EMax do VE e a presença de FM pelo ECO, sugerem que a avaliação pela RMC deveria ser mandatória na avaliação de pacientes com CMH suspeita ou confirmada. PO 160 Uso do Protocolo Alto-pitch Duplo em Tomografia Computadorizada com Dupla Fonte de Raio-X na Avaliação de Crianças com Transposição das Grandes Artérias após Correção pela Cirurgia de Jatene Valéria de Melo Moreira, Adriano C. Carneiro, Roberto C.Cury, Carlos E.Prazeres, Juliana H.M.Bello, Bernardo A.Abreu, Fábio V.Fernandes, Carlos Eduardo Rochitte HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL Introdução: As complicações no pós-operatório da cirurgia de Jatene são principalmente relacionadas à estenose na anastomose das grandes artérias e no reimplante coronariano. A avaliação dos territórios coronariano, pulmonar e aórtico são fundamentais no acompanhamento tardio destes pacientes. Nós avaliamos um novo protocolo de aquisição de tomografia computadorizada (TC), no intuito de obter contrastação ideal nos três territórios com uma única injeção de contraste. Métodos: Entre agosto de 2010 e março de 2012, 20 pacientes, com idade média de 10 anos, foram submetidas a estudo tomográfico de rotina utilizando o protocolo de alto-pitch duplo, não sincronizado ao eletrocardiograma em TC com dupla fonte de Raio-X (SOMATON Definition Flash; Siemens). O tempo de pico de contrastação na aorta e na pulmonar foi obtido através de teste bolus. Foram realizadas duas aquisições consecutivas em alto pitch e sem sincronização com o eletrocardiograma, no tempo ideal para cada território, com uma única injeção de contraste e parâmetros ajustados para o peso do paciente. A qualidade de imagem nos três territórios foi avaliada por dois observadores e usada uma escala de pontuação(1=não avaliável a 4=excelente). Resultados: Em todos os casos foi obtida uma contrastação ideal no território pulmonar com mínima ou nenhuma contrastação em veias pulmonares, átrio esquerdo e aorta na primeira aquisição e uma excelente contrastação na aorta e território coronariano com mínima contrastação pulmonar na segunda aquisição. A dose efetiva média foi de 1.3±0.9mSv para todo o exame e 0.65±0.45mSv para cada aquisição. A média do escore de qualidade de imagem foi de 3.3. Dezesseis pacientes (80%) tiveram escore entre 3-4 e quatro (20%) tiveram escore 2. A concordância interobservador para qualidade de imagem foi boa (kappa 0.67). Conclusões: A utilização do protocolo alto-pitch duplo, sem sincronização com eletrocardiograma, em aparelhos de TC com dupla fonte de raio-X permite uma excelente avaliação dos territórios pulmonar, aórtico e coronariano, com tempo ideal de contrastação, baixa radiação e injeção única de pequeno volume de contraste. Esta nova técnica pode ser uma alternativa ao cateterismo cardíaco no seguimento destes pacientes após a cirurgia de Jatene. PO 161 VALOR PROGNÓSTICO INCREMENTAL DA RESERVA DE FLUXO MIOCÁRDICO SOBRE VARIÁVEIS CLINICAS E ECOCARDIOGRÁFICAS CONVENCIONAIS EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA DILATADA DE ORIGEM NÃO ISQUÊMICA MARTA F. LIMA, WILSON MATHIAS JR; EDIMAR A. BOCCHI; MÁRCIO LIMA, VICTORIA Y. CRUZ; JOÃO C. SBANO; JEANE M. TSUTSUI INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL INTRODUÇÃO: Apesar dos avanços no entendimento da fisiopatologia e dos recursos terapêuticos, a insuficiência cardíaca ainda tem uma natureza progressiva e alta mortalidade, sendo que um dos mecanismos implicados neste sentido seria a disfunção microvascular. OBJETIVO: Determinar se a reserva de fluxo miocárdico (RFM) obtida pela ecocardiografia de perfusão miocárdica em termpo real (EPMTR) acrescenta informação prognóstica às variáveis clínicas e ecocardiográficas convencionais, que são sabidamente preditoras de eventos, em pacientes com cardiomiopatia dilatada (CMD) de origem não isquêmica. MÉTODOS: Foram analisados parâmetros ecocardiográficos convencionais de função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo em repouso em 195 pacientes com CMD de origem não isquêmica. A dinâmica das microbolhas no miocárdio foi quantificada pela EPMTR utilizando programas computacionais específicos, tanto em repouso como durante a infusão de dipiridamol (0, 84 mg/Kg). As RFM e reserva de velocidade de repreenchimento de microbolhas no miocárdio (reserva β) foram obtidas pela relação entre os parâmetros de fluxo durante a hiperemia e repouso, sendo consideradas reduzidas quando os valores estavam abaixo de 2, 0. RESULTADO: Modelos sequenciais para a predição de eventos foram usados para avaliar a contribuição incremental das variáveis obtidas pela ecocardiografia sobre as variáveis clínicas (Figura). Houve valor prognóstico incremental quando adicionamos as variáveis ecocardiográficas convencionais como fração de ejeção e diâmetro do átrio esquerdo às variáveis clínicas, com aumento do c2 de 15, 2 para 58, 5 (p < 0, 001). A reserva β adicionou poder no modelo global de predição de eventos cardiovasculares (c2 70, 2; p<0, 001). CONCLUSÃO: Reserva β diminuída, obtida pela EPMTR quantitativa, adicionou valor prognóstico sobre variáveis clínicas, fração de ejeção e diâmetro do átrio esquerdo em pacientes com CMD de origem não isquêmica. 192 Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Supl B — Vol. 23 — Nº 2 — Abr-Mai-Jun — 2013 PO 162 COMPARAÇÃO DA RESERVA DE FLUXO MIOCÁRDICO OBTIDA PELA ECOCARDIOGRAFIA CONTRASTATA NOS TRÊS TERRITÓRIOS ARTERIAIS EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA DILATADA NÃO ISQUÊMICA MARTA F. LIMA, WILSON MATHIAS JR; MARIA CRISTINA ABDUCH, VICTORIA Y. CRUZ; JOÃO C. SBANO; EDIMAR A. BOCCHI; JEANE M. TSUTSUI INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL Introdução: A ecocardiografia com perfusão miocárdica em tempo-real (EPMTR) permite avaliação regional do fluxo miocárdico e resultados comparáveis à medida de reserva de fluxo coronário (RFC) obtida pelos métodos convencionais de Doppler. Objetivo: Comparar a reserva de fluxo miocárdico (RFM) obtida pela EPMTR nos três territórios coronários arteriais, com a RFC obtida pelo Doppler na artéria descendente anterior (ADA), em 195 pacientes com cardiomiopatia dilatada (CMD) não isquêmica. Método: Para análise da perfusão miocárdica foram adquiridas imagens bidimensionais em três planos apicais empregando o modelo de 17 segmentos e os parâmetros de fluxo foram obtidos pela dinâmica das microbolhas traçando-se áreas de interesse em cada segmento miocárdico. A velocidade de fluxo coronário foi determinada pelo Doppler pulsado na ADA e a dinâmica das microbolhas no miocárdio foi quantificada pela EPMTR utilizando programas computacionais específicos, tanto em repouso como durante a infusão de dipiridamol (0, 84 mg/ Kg). As RFC, RFM e reserva de velocidade de repreenchimento de microbolhas no miocárdio (reserva β) foram obtidas pela relação entre os parâmetros de fluxo durante a hiperemia e repouso. Resultados: A exequibilidade da medida da RFC pelo Doppler foi de 97% e pela EPMTR foi de 99%. Os valores de reserva A, reserva β, RFC e RFM estão descritas na Figura. Não houve diferenças significativas entre RFC e reserva β (ANOVA, p = 1, 00). Todas as demais reservas apresentaram diferenças significativas entre si (ANOVA, p < 0, 001). Não houve diferenças significativas das reservas A (p=0, 533), β (p=0, 581) e RFM (p=0, 0, 85) obtidas entre os três diferentes territórios arteriais. Conclusão: A RFC medida pelo Doppler ADA e reserva β obtida pela EPMTR apresentam alta exequibilidade e resultados comparáveis. Na CMD de origem não isquêmica a disfunção microvascular é universal, não sendo observadas alterações da RFM nos diferentes territórios arteriais. PO 163 Reserva de velocidade de fluxo coronariano durante o ecocardiograma sob estresse com dobutamina. Obtenção de um valor adequado e a frequência cardíaca correlata. José Sebastião de Abreu, Tereza C P Diogenes, Nayara Lima Pimentel, Jordana Magalhães Siqueira, Pedro Sabino Gomes Neto, José Nogueira Paes Junior Hospital Prontocárdio - Fort - CE - Brasil, Clinicárdio - Fortaleza - CE - Brasil Introd u ção: A reserva de velocidade de fluxo coronariano (RVFC) estimada pela ecocar d iografia transtorácica pode ser obtida com o uso de distintos fármacos, permitindo avaliar o estado funcional da coronária. Considera-se uma RVFC ≥ 2 como adequada para inferir bom prognóstico e ausência de estenose significativa. Durante o eco sob estresse com dobutamina (EED) é possível obter-se uma RVFC adequada antes de finalizar o exame. Objetivamos registrar o Doppler da artéria descendente anterior (ADA) em repouso e durante o EED, verificando a ocorrência de uma RVFC adequada (≥2) e a frequência cardíaca (FC) correlata. Métodos: Foram avaliados prospectivamente 100 pacientes (PAC) com coronariopatia conhecida ou provável encaminhados ao EED e orientados a suspender o β-bloqueador 72hs a n tes do exame. No EED concluído atingia-se FC alvo > 85% da FCmáxima (220- idade) e/ou determinava-se anormalidade contrátil compatível com isquemia. A RVFC foi obtida pela divisão do pico de velocidade (cm/s) diastólica (PVD) no EED (PVD - EED) pelo de repouso (PVD - REP). Verificou-se a persistência de RVFC < 2 (Grupo I - GI), o registro precoce (FC < 75% da FCmáxima) de RCFV ≥ 2 (Grupo II - GII) e o registro tardio (FC > 85% da FCmáxima) de RVFC ≥ 2 (Grupo III - GIII). Foram utilizados o teste t de Student e o exato de Fisher, considerando-se significância estatística quando p < 0, 05. Resultados: Verificou-se que o PVD - REP do GI > GII (36, 81 ± 08 vs 24, 15 ± 05; p < 0, 0001), GI > GIII (36, 81 ± 08 vs 27, 44 ± 06; p < 0, 0001) e GIII > GII (27, 44 ± 06 vs 24, 15 ± 05; p < 0, 02). O PVD-EED foi obtido em 92 PAC distribuídos no GI (32), GII (33) e GIII (27) com FC méd i as de 123, 105 e 136bpm, respectivamente. Sem diferença (p > 0, 05) na comparação entre os PVD - EED do GI (61, 40 ± 16, 65), GII (60, 63 ± 15, 81) e GIII (68, 62 ± 15, 24). Quanto a RVFC constatou-se que GI < GII (1, 67 ± 0, 24 vs 2, 51 ± 0, 59; p < 0, 0001) e GI < GIII (1, 67 ± 0, 24 vs 2, 55 ± 0, 56; p < 0, 0001). Sem diferença entre GII e GIII. Conclusões:1. A exequibilidade de registro da ADA é elevada. 2 A RVFC adequada associa-se com menor PVD-REP. 3. Dentre as RVFC adequadas a obtenção pode ser precoce em mais da metade dos casos. PO 164 Análise comparativaentre a presença de isquemia na cintilografia miocárdica em mulheres com elevado risco para doença arterial coronária no período pré e pós menopausa DANIEL A MESSAGE DOS SANTOS, WENDY Y SIERRAALTA, Paola Smanio, Leonardo Machado Introdução: apesar dos esforços para reduzir a mortalidade nas ultimas décadas, a doença cardiovascular continua sendo responsável por grande número de óbitos nas mulheres. Sabe-se que após a menopausa, a prevalência dos fatores de risco para doença arterial coronariana (DAC) é maior. Entretanto, não é bem estabelecido se após a menopausa há realmente aumento de presença de isquemia na cintilografia de perfusão miocárdica (CM) em mulheres com múltiplos fatores de risco para DAC. Objetivos: avaliar a prevalência de isquemia na CM em mulheres nos períodos pré e pós-menopausa, verificando se a menopausa é preditor de risco independente em mulheres com múltiplos fatores de risco para DAC. Métodos:foram analisadas, retrospectivamente, 500 CM com sestamibi-99mTc realizadas por protocolo padrão de 1 dia (repouso/estresse), de mulheres pré e pós menopausa, com alta probabilidade pré-teste de DAC. Na análise das imagens, considerou-se sugestivo de isquemia se defeitos de perfusão reversíveis em pelo menos 3 de 17 segmentos do miocárdio após fase de estresse. A análise estatística foi realizada por teste exato de Fisher e análise multivariada, considerando significativo, valores de p ≤ 0, 05. Result a dos:do total, 55.9% estavam no periodo pós-menopausa, 83.3% eram hipertensas, 28.9% diabéticas, 61.2% dislipidêmicas, 32.1% tabagistas, 25% obesas e 34.3% tinham DAC conhecida. Após a menopausa as mulheres eram mais hipertensas, diabéticas, dislipidêmicas, tiveram menor capacidade funcional no teste ergométrico e maio r prevalência de testes de estresse sugestivos de isquemia (todos p<0, 05). Isquemia na CM esteve presente em 41, 4% das mulheres no grupo pré menopausa e em 58, 6% das após menopausa, sem diferença estatística significativa (p=0, 395 ). Na análise de regressão logística, a única variável associada à isquemia foi a presença de DAC conhecida(p =0.001). Conclusão: os resultados obtidos sugerem que, em mulheres com alta probabilidade pré-teste de DAC, a menopausa não foi preditora de isquemia. As informações reforçam a idéia de que a investigação de DAC nesse grupo de pacientes deve possivelmente iniciar antes da menopausa. PO 165 VALOR ADICIONAL DA CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA AO ESCORE DE CÁLCIO PARA PACIENTES COM RISCO CARDIOVASCULAR BAIXO A MODERADO PAOLA SMANIO, PAULA FILIPPI, LEONARDO MACHADO, MARCO A. OLIVEIRA, PRISCILA CESTARI Grupo Fleury - São Paulo - SP - Brasil Introdução: A doença cardiovascular lidera as causas de mortalidade no mundo. A investigação e manejo clínico precoce podem m