Revista 21 - APCD da Saúde
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Revista 21 - APCD da Saúde
Sensibilidade pós-operatória Para entender a sensibilidade É necessário abordar os aspectos relacionados à própria adesão Laser Laser de baixa intensidade ou laser de baixa potência. O que são essas variantes? Analgesia Uma vitória da Odontologia Brasileira Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas REGIONAL SAÚDE www.apcd-saude.org.br Rua Rondinha, 54 - C. Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 julho | Agosto | SETEMBRO | 2008 | nº 21 Prevenção: Dentistas, cuidem-se! A Ortodontia como meio de melhorar a qualidade de vida Participe, Atualize-se: Cursos e palestras 2008 IMPRESSO Pode ser aberto pela ECT | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 Editorial expediente Índice Dr. Sérgio Yunes Editor Quero ainda chamar a atenção de todos para a importância da atualização profissional e convidá-los a participar dos nossos cursos e palestras. A programação científica encontrase disponível em nossa revista e no site www. apcd-saude.org.br. Boa leitura! Laserterapia.......................................... 4 Fragmentos cerâmicos........................ 18 Sedação consciente................................ 8 Aniversariantes................................... 22 Sensibilidade pós-operatória.................. 6 Ortodontia em adultos........................ 10 Implantologia..................................... 14 Cursos............................................... 16 8 10 Festa Julina, Queijo & Vinho............... 20 Prevenção.......................................... 24 Humor, Culinária................................ 25 Indicador Profissional......................... 26 18 Tratamentos Presidente Gilberto Machado Coimbra 1º Vice-Presidente Takashi Yagui 2º Vice-Presidente Wagner Nascimento Moreno Secretária Geral Arne Aued Guirar Ventura 1º Secretário Durval Paupério Sério Tesoureiro Geral Ossamu Massaoka 1º Tesoureiro Kunio Shimabokuro Depto. Assessor de Rel. Internacionais Admar Kfouri Depto. Assessores E.A.P. Milton de Souza Teixeira Samuel Cecconi Depto. Assessor de Benefícios Auro Massatake Minei Depto. Assessores Científico Cheng Te Hua Luci Finotti Depto. Assessor de Comunicações Moacyr Nunes Leite Depto. Assessores de Congressos e Feiras Luis Ide Luis Afonso de Souza Lima Depto. Assessores de Defesa de Classe Helenice Formentin Ikegami Elizabeth Aparecida Braga Depto. Assessores de Esportes Carlos Teruo Itabashi Mauricio Fazura Depto. Assessores de Patrimônio Paulo Nagamine Shindi Nakajima Depto. Assessores de Turismo Ricardo Ugayama Arnaldo Baptista Ferreira Junior Depto. Assessores de Cultural Sonia Maria Moraes Ceccone Depto. de Prevenção Nicola Bempensante Depto. Assessores Social Julia Uchida Mauricio Nishimura Depto. Assessor de Tecnologia e Informação Sérgio Yunes Depto. Assessores da Presidência Valsuir José Vessoni Admar Kfouri Depto. Assessor Cultural Marta Tashiro Jornalista Responsável Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156 Edição de Arte Guilherme Gonçalves Impressão GT Editora e Gráfica C om a posse da nova diretoria, assumi a direção da revista O Sorriso, e quero agradecer aos meus colegas, em especial ao presidente Dr. Gilberto Machado Coimbra, pela confiança em mim depositada. Aproveito também para expressar a minha alegria em fazer parte dessa diretoria. Quero dizer a todos que faremos o possível para tornar nossa revista o mais interativa possível. Para isso colocamos um novo e-mail à disposição dos colegas (apcd_saude@yahoo. com.br) para sugestões e críticas, pois queremos um periódico sempre melhor. As mudanças previstas poderão ser confirmadas já nesta edição, com a publicação de um número maior de artigos científicos de renomados especialistas, versando sobre laserterapia, sensibilidade pós-operatória, analgesia consciente por óxido nitroso e oxigênio, tratamento ortodôntico em adultos, ginástica laboral, sem esquecermos dos momentos de lazer, com a realização da nossa Festa do Queijo & Vinho. Ortodontia Rua Rondinha, 54 - Chácara Inglesa São Paulo - SP - CEP 04140-010 Fone (11) 5078-7960 www.apcd-saude.org.br [email protected] Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h analgesia Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas REGIONAL SAÚDE Modernizar, simplificar, agilizar APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Tecnologia Laserterapia Laser de baixa intensidade ou laser de baixa potência. O que são essas variantes? A palavra laser é um acrônimo (do grego, acro significa ponta; extremidade; nomos significa lei). Acrônimo por definição significa: “palavra formada pela inicial ou por mais de uma letra de cada um dos segmentos sucessivos de uma locução”, Houaiss, (2001). É um acrônimo com origem na língua inglesa que significa: Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, cuja tradução seria: “amplificação de luz por emissão estimulada de radiação”. Esta radiação é do tipo eletromagnética não ionizante, sendo uma fonte luminosa com características bastante específicas. São justamente as características especiais desse tipo de luz que lhe confere propriedades terapêuticas importantes e permite que seja utilizada em cirurgias com vantagens em relação ao bisturi convencional. As radiações ópticas produzidas pelos diversos tipos de laseres têm basicamente as mesmas características, pois são geradas através do mesmo princípio, entretanto, pode-se trabalhar com o laser buscando resultados clínicos bastante específicos, pois, o que determina sua interação com o tecido biológico é a densidade de potência óptica do sistema, e seu comprimento de onda. Inicialmente os laseres eram classificados segundo o tipo de equipamento que se dispunha no mercado. Atualmente propomos uma classificação baseada na interação do laser com o tecido alvo em questão. A célula tem um limiar de sobrevivência, baseado no tipo de tecido onde está localizada e em seu estado fisiológico. Quando trabalhamos com o laser respeitando esse limiar, oferecemos à célula uma baixa intensidade de energia, e trabalhamos com o laser operando em baixa densidade de potência (figura 1). Daí a utilização dos termos “laser de baixa potência” ou “laser de baixa intensidade de energia”. Internacionalmente, até a década de 90, a utilização desse tipo de laser era conhecida como Low Power Laser (LPL), Low Energy-Level Laser Therapy (LLLT) e Low Intensity Laser Therapy (LILT). Entretanto, com o mesmo laser, podemos trabalhar de formas distintas, buscando interações teciduais bastante específicas. A primeira delas é quando oferecemos densidade de energia baixa, mas suficientemente alta para que a célula alvo a utilize de maneira a estimular sua membrana, ou suas organelas. Dessa forma, estaremos induzindo essa célula à biomodulação, ou seja, ela procurará restabelecer o estado de normalidade na região afetada. A partir de 1996, Ohshiro e Calderhead, passaram a | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 chamar esse tipo de terapia como Laser Therapy, que passou a ser aceita como terminologia internacional para esse tipo de tratamento com laser. Também no Brasil, as primeiras publicações adotando a terminologia “Laserterapia” começaram a aparecer (Almeida-Lopes, 1997, 1999), e o laser empregado para tanto (laser de baixa intensidade), passou a ser conhecido como laser terapêutico. Sua principal indicação são todos os quadros patológicos onde se pretenda lograr melhor qualidade e maior rapidez no processo reparacional (quadros de pós-operatório, reparação de tecido mole, ósseo e nervoso), quadros de edema instalado (onde se busca uma mediação do processo inflamatório), ou nos quadros de dor (crônica e aguda). Podemos, ainda, trabalhar com o laser operando em um nível de intensidade de energia extramamente baixo, que não ocorra o estímulo em organelas ou membranas celulares (figura 2). A potência emitida seria comparada a de um apontador laser, utilizado em salas de aula. A finalidade clínica desse tipo de aparato seria a utilização em diagnóstico de cáries incipientes e células tumorais, entre outras lesões. Esse laser não é capaz de produzir efeitos terapêuticos, nem alterar o tecido macroscopicamente, então o conhecemos simplesmente como Laser de Diagnóstico. Quando, ao contrário, aplicamos uma densidade de energia tão alta, a ponto dessa energia causar dano térmico e ultrapassar o limiar de sobrevivência da célula, levando-a a uma lise, e consequentemente à sua morte, estaremos utilizando o laser com finalidade cirúrgica. Esse laser estará operando em alta intensidade de energia ou em alta densidade de potência (figura 2). Com esse tipo de aparato podemos destruir o tecido, removendo cáries, fazendo incisões, excisões ou vaporizações. A isso denominamos Laser Cirurgia, e para tanto, utilizamos os diversos tipos de Laser Cirúrgico (laser de CO2, Nd:YAG, Er:YAG, ErCr:YSGG, diodo, argônio, entre outros). A propósito, por que adotamos o plural laseres e não lasers? Porque a palavra laser já foi incorporada ao vocabulário português e esta presente em todos os seus dicionários. Como é um substantivo em português, terminado em r, seu plural é constituído utilizando-se a terminação “es”. Portanto, o plural de laser passa a ser laseres, como os demais substantivos assim terminados. Se adotarmos o plural em inglês, lasers, devemos escrevê-lo sempre em itálico, padrão adotado em nossa língua quando se escreve palavra estrangeira. Figura 1. Gráfico esquemático da interação do laser com o tecido biológico Figura 2. Interação do laser com o tecido biológico Profa. Dra. Luciana Almeida Lopes Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela USP de São Carlos; mestre em Engenharia Biomédica pelo IP&D, UniVAP – SP; coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Ensino de Fototerapia nas Ciências da Saúde – NuPEn, São Carlos-SP; pesquisadora colaboradora do Laboratório de Eletro-Termo-Foto-Terapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); professora colaboradora do curso de Maestria em Cirugia y Láser da Faculdade de Medicina da Universitat Rovira i Virgili, Réus – Espanha; professora colaboradora do curso de Maestria en Odontología Láser do Instituto Mexicano de Tecnologia Biomédica, Monterrey – México. E-mail: [email protected] APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Clínica Entendendo a sensibilidade pós-operatória A odontologia restauradora com finalidade estética, a qual também poderíamos denominar de odontologia adesiva, ganhou impulso definitivo a partir dos anos 90, com o desenvolvimento de sistemas adesivos mais eficientes e trabalhos de avaliação longitudinal da duração das restaurações em resina composta, tanto para dentes anteriores como posteriores. No entanto, ainda que a durabilidade e a previsibilidade das restaurações adesivas tenham sido efetivamente comprovadas, ganhando adeptos entre os profissionais da odontologia e, em especial, na população, ansiosa por soluções esteticamente confortáveis, alguns problemas relacionados a esses procedimentos ganharam vulto, entre eles, o nosso tema de hoje: a sensibilidade pós-operatória. | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 Para se entender os mecanismos que podem levar à sensibilidade após um procedimento adesivo, temos que, inicialmente, abordar os aspectos relacionados à própria adesão em si. Existem no mercado inúmeros sistemas adesivos disponíveis ao clínico e que convivem entre si dentro do mesmo consultório. Para uma compreensão melhor e mais atual, vamos nos ater aos sistemas adesivos da quarta geração em diante. O adesivo de quarta geração possui o condicionamento ácido por 15 segundos, tanto em esmalte como em dentina – a aplicação do primer (molécula facilitadora da penetração do adesivo) em frasco separado e a subseqüente aplicação do agente adesivo propriamente dito, também em frasco separado, com a fotoativação deste último. Os adesivos de quinta geração diferem de seus antecessores por apresentarem um frasco único contendo o primer e o adesivo, mantendo o condicionamento da estrutura dental por 15 segundos. Essa geração de adesivos é, ainda hoje, a mais utilizada e a mais previsível entre os sistemas de adesão ao alcance do clínico. Mais recentemente surgiu uma nova geração de adesivos, constituída por um primer ácido que deve ser aplicado sobre a estrutura dental por 20 segundos e, sem lavar, apenas secar suavemente, é aplicado o agente de união e subseqüente fotoativação. Os resultados atuais mostram ser esse sistema mais eficiente em dentina do que em esmalte, sofrendo, atualmente, algumas limitações quanto à sua indicação de uso. Independente do sistema empregado, o princípio da adesão é o embricamento químico-mecânico do agente de união à estrutura dental. O condicionamento ácido possibilita a descalcificação das estruturas mineralizadas, expondo a malha de fibras colágenas na dentina, que serão embebidas pelo agente de união e, após a fotoativação, vão formar uma região denominada camada híbrida, responsável tanto pela retenção do material restaurador como, principalmente, pelo vedamento dos túbulos dentinários e seu isolamento do meio exterior. Ainda que todo esse processo seja realizado dentro das normas técnicas preconizadas e seguindo as especificações dos fabricantes para os diferentes materiais empregados, existem inúmeros relatos de casos de sensibilidade imediata e mediata após procedimentos adesivos, sejam eles restaurações diretas ou indiretas. Para melhor compreensão, apresentamos, a seguir, fato- res que podem ser associados ao aparecimento dessa incômoda situação tanto para os pacientes como para os profissionais. 1. Preparo cavitário: O desgaste das estruturas dentais mineralizadas com instrumentos diamantados sob alta rotação requer abundante refrigeração por causa da grande quantidade de calor gerado nesse processo. Outro fator é a qualidade de corte dos instrumentos rotatórios, que devem estar afiados, facilitando o desgaste e diminuindo o tempo de preparo das cavidades. 2. Condicionamento e formação da camada híbrida: Nesta etapa do processo adesivo podemos citar: o tempo excessivo de permanência do ácido, em especial em cavidades profundas; o condicionamento indevido da região cervical, principalmente em cavidades proximais em dentes vizinhos; a desidratação da dentina condicionada, o que provoca colabamento das fibras e, conseqüentemente, dificuldades para a penetração do primer e do adesivo, levando, em último caso, à deficiência no vedamento dos túbulos dentinários abertos pelo ácido condicionador; tempo insuficiente de exposição da dentina condicionada ao adesivo, tempo este que varia de acordo com o solvente (água, álcool ou acetona), tempo de manipulação do frasco – quanto mais próximo do final do frasco, maior a chance do primer ter se volatilizado e, com isso, ver diminuída a capacidade de penetração do adesivo –, e que os fabricantes citam como 20 segundos antes da ativação por luz; fotoativação inadequada do adesivo, onde deve haver incidência de luz por, pelo menos, 20 segundos, para converter a maior parte dos monômeros em polímeros. Faço aqui um parêntese para lembrar que inúmeros trabalhos mostram o potencial inflamatório dos monômeros não polimerizados em contato com os prolongamentos dos odontoblastos nos túbulos, levando à morte celular e à necessidade de substituição desses odontoblastos por células indiferenciadas da polpa. O término do estoque dessas células totipotentes leva ao colapso do tecido pulpar, resultando numa necrose asséptica. Para concluir esse item, podemos, ainda, citar a contaminação por fluidos (sangue, saliva, exsudato), o que também compromete enormemente a capacidade de vedamento da camada híbrida. 3. Inserção e fotoativação da resina composta: A polimerização das resinas compostas gera uma contração que, se não pode ser evitada, seus efeitos na formação de estresse sobre a união adesiva podem ser minimizados. Dessa forma, a inserção de pequenas porções de material está indicada, o que evitaria o aprisionamento de bolhas de ar e a união de paredes opostas. Ainda nesse tópico, deve-se atentar para a polimerização indevida da resina pela luz do refletor ou pela luz natural do ambiente, o que resultaria numa resina porosa e mal acomodada na cavidade; e, finalmente, a ativação correta da massa de material restaurador com o tempo preconizado pelo fabricante para cada material, e ainda mais. Luz demais não faz mal! 4. Escultura e acabamento: Ao término da inserção, escultura e polimerização do material, deve-se atentar para os ajustes oclusais em Máxima Intercuspidação Central (MIC) e nos movimentos mastigatórios (lateralidade e protrusão), nas guias de desoclusão e no acabamento, alisamento e polimento das resinas compostas. Recomenda-se, ainda, a utilização de um agente selante de superfície após esse acabamento, com a devida fotoativação desse agente e, por conseqüência, de toda a restauração. Espero que essas informações, mais do que referência, sirvam de reflexão sobre a prática clínica, possibilitando a redução daqueles casos em que a sensibilidade pós-operatória compromete o trabalho realizado, a saúde do paciente e até a relação de confiança profissional-paciente, tão importante para a evolução profissional. Dr. George Luiz Strozberg Especialista em Dentística Restauradora pela EAP - APCD Central (SP); ministrador no Curso de Especialização em Dentística Restauradora no Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia - Cetao (SP); ministrador no Curso de Aperfeiçoamento de Odontologia Estética para o Clínico Geral no Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia - Cetao (SP). APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Analgesia A sedação consciente no Brasil Uma vitória da Odontologia Brasileira N este primeiro artigo vamos apresentar um resumo da mobilização que vem sendo realizada pela implantação da técnica de Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio no Brasil. É importante que todos saibamos a luta que foi, e ainda é, travada para que todos os dentistas do Brasil tenham direito ao uso dessa técnica. Comparemos a trajetória da Analgesia Odontológica a uma estrada. Primeiro ela era “uma estrada de terra” cheia de buracos e, a partir de duas matérias históricas publicadas no jornal da APCD, recebeu as primeiras placas de sinalização, as quais despertaram a atenção da classe: Aplicação de gás diminui a ansiedade do paciente - setembro de 2000; e Sedação consciente por óxido nitroso e oxigênio; uma realidade na Odontologia brasileira - fevereiro de 2002. A partir de então, a “estrada” passou por um vertiginoso processo de “pavimentação”: ✦ a revogação de uma portaria da Vigilância Sanitária do estado de São Paulo - a CVS, de 11 de junho de 2003 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 - que impedia ao dentista paulista o uso da técnica; a criação da Abasco em setembro de 2003; a realização do fórum do CFO em março de 2004 no Rio de Janeiro; a publicação da Portaria CFO-051, em 30/04/2004, que normatizou a técnica para a Odontologia brasileira. E quando toda a Odontologia estava em paz, já deixando a estrada pavimentada e pensando a voar em “Céu de Brigadeiro”, cai uma nova “bomba”, abrindo uma cratera momentânea em nossa “estrada”: ✦ a publicação da equivocada portaria da Vigilância Sanitária de São Paulo (n. 126, de 09 de setembro de 2005) que instituía erroneamente uma série de exigências aos dentistas paulistas. Imediatamente a Abasco mobilizou o CRO-SP, a APCD e a ABCD e, após a 2ª reunião com o secretário adjunto de Estado, Dr. Ricardo Oliva, enviou o Of./Abasco 336-18/11/2005 solicitando posicionamento a respeito da Suspensão da Portaria e recebeu da Secretaria de Segurança o Ofício GS723621/11/2005 suspendendo a aplicação da Portaria. Em pauta: a técnica de analgesia e sedação consciente por óxido nitroso e oxigênio é liberada para uso ambulatorial no Brasil, Estados Unidos, França, Alemanha, Noruega, Suécia, Suíça, Japão e inúmeros outros países sem uma única intercorrência ou óbito, o que lhe confere altíssimo grau de segurança, potencializado pelo alto nível dos dentistas analgesistas brasileiros. Justiça: a mobilização do Dr. Emil Razuk, presidente do CRO-SP, do Dr. Luciano Artioli, presidente da ABCD, e do Dr. Raphael Baldacci, presidente do Conselho Deliberativo da ABCD, foi fundamental para o êxito dessa defesa dos direitos do dentista paulista e brasileiro. Os nomes passam, mas a Odontologia continua: recomendo que entrem no site da Abasco e se cadastrem para ajudar a manter as conquistas para nós dentistas e para nossos pacientes. Dr. João Roberto Ferreira da Rosa Presidente da Associação Brasileira de Analgesia Inalatória e Sedação Consciente – Abasco por Óxido Nitroso e Oxigênio em Odontologia; implantologista oral; usuário da técnica em clínica particular desde 1988; ministrador de cursos e conferências na área de óxido nitroso e oxigênio desde 1992; periodontista; professor da FDCTO-USP de 1990 a 1997; professor responsável pelo primeiro Curso de Habilitação em Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela Universidade Ibirapuera (Unib); professor responsável pelo Curso de Habilitação em Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela APCD-Distrital Vila Mariana; professor responsável pelo Curso de Habilitação em Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela Universidade de Cuiabá/MT (Unic); professor responsável pelo Curso de Habilitação em Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela Abasco; publicou vários artigos sobre a referida técnica. E-mail: [email protected] APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Ortodontia Tratamento ortodôntico em adultos V ivemos numa realidade em que notamos, dia após dia, o aumento da proporção de idosos na população mundial. No último meio século, a expectativa de vida aumentou em 20 anos1. Esse aumento tem impacto direto na Odontologia, uma vez que, juntamente com o envelhecimento, esses indivíduos também têm preservado os dentes naturais. Um estudo realizado pelo Instituto Americano de Pesquisa Craniofacial e Dentária mostrou que a consciência da possibilidade de manter os dentes por toda a vida fez com que os indivíduos cuidassem melhor dos seus dentes2. Neste estudo foi revelado que a quantidade de indivíduos desdentados na faixa etária de 55 a 64 anos diminuiu 60% desde 1960. Essa melhora na qualidade da saúde bucal foi também possível graças às evoluções nos métodos preventivos proporcionadas pela tecnologia odontológica e à maior conscientização populacional. Com a preservação dos dentes naturais na cavidade bucal aumenta também a porcentagem de pacientes adultos susceptíveis à colocação de aparelho fixo para corrigir más oclusões dentárias. Um reflexo disso é o estudo realizado em 19973, em que se verificou um aumento da ordem de 800% de pacientes adultos na clínica ortodôntica entre as décadas de 70 e 90. Também a Ortodontia contribuiu para o aumento de pacientes adultos com aparelho ortodôntico na boca, uma vez que estudos científicos permitiram maior conhecimento acerca da movimentação dentária e o desenvolvimento de materiais de alta tecnologia que permitem a movimentação de dentes, mesmo em condições periodontais desfavoráveis. O aumento do interesse dos ortodontistas pelo paciente adulto, assim como dos pacientes adultos pelo tratamento, pode ser atribuído a algumas razões4: 1) melhora das técnicas de instalação 10 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 dos aparelhos; 2) controle mais sofisticado e bem-sucedido dos sintomas associados à disfunção na articulação; 3) controle mais efetivo das discrepâncias esqueléticas dos maxilares, utilizando técnicas de cirurgia ortognática; 4) aumento do interesse dos pacientes e dentistas restauradores pelo tratamento dos problemas de mutilação dental utilizando movimentação dentária e próteses fixas em vez de removíveis; e 5) redução da vulnerabilidade ao colapso periodontal como resultado da melhora da relação dentária e da função oclusal. Além dos motivos mencionados, ainda há o aspecto do interesse pela melhora estética do sorriso. A Organização Mundial de Saúde estabelece como conceito de saúde, universalmente aceito, que o completo bem-estar físico, mental e social do ser humano e a percepção da aparência, principalmente da face, afeta a saúde mental e o comportamento social, com implicações significativas nas áreas da educação e profissional, bem como na vida afetiva5. Já ficou demonstrado que algumas más oclusões, como grandes apinhamentos, espaçamentos e discrepâncias evidentes no relacionamento maxilomandibular, afetam negativamente a auto-imagem dos indivíduos, e o tratamento ortodôntico mostrou melhorar, significativamente, a auto-estima dos pacientes6,7. Além dos benefícios psicológicos, sabe-se que a correção da má oclusão melhora a qualidade do tratamento periodontal e restaurador8. É, portanto, notório o favorecimento que a Ortodontia propicia aos indivíduos adultos, em qualquer faixa etária, sob vários aspectos. A idade não deve representar uma limitação à intervenção com aparelhos ortodônticos, já que em condições periodontais saudáveis o processo de remodelação alveolar ocorre fisiologicamente, sem perdas significativas das estruturas de suporte dental. Já no início do século passado encontramos relatos de movi- mentação dentária com ortodontia em pacientes com idades acima de 40 anos9,10. No entanto, a literatura, até poucos anos atrás, referenciou esse assunto de forma negativa, desencorajando os ortodontistas a se interessarem pelo público adulto. Entretanto, apesar de a idade não ser um fator determinante e, em condições saudáveis, a ortodontia em adultos ser favorável, é importante ponderar em que momento, efetivamente, está indicado o aparelho ortodôntico para esses pacientes. Seria mesmo vantajoso tratar qualquer tipo de má oclusão detectada, assim como realizamos em pacientes jovens. Primeiro é importante levar em consideração que determinados relacionamentos interdentários, embora não corretos do ponto de vista conceitual, estão funcionais, exercendo as funções articulares como preservação da saúde e integridade periodontal. Por mais eficiente que seja o tratamento ortodôntico, qualquer movimentação dentária remove o equilíbrio existente e, quanto maior a movimentação, maior o risco de recidiva. Além disso, temos que considerar que pacientes adultos são mais susceptíveis à doença periodontal e que, mesmo em indivíduos saudáveis, a capacidade de regeneração e renovação celular não se compara à de um jovem11. Isso posto, parece lógico imaginar que, em se tratando de adultos, quanto menos pudermos intervir e quanto mais localizada puder ser a abordagem do tratamento, maior será a preservação periodontal obtida. Esse aspecto é particularmente interessante nos indivíduos que já apresentaram doença periodontal e que, portanto, apresentam seqüelas como suporte ósseo alveolar reduzido. Nesses casos, ao selecionarmos criteriosamente os dentes que farão parte da mecânica de movimentação, estaremos possibilitando que os demais sejam “poupados” de um processo de remodelação alveolar que poderia culminar em perda de inserção ainda maior. Adicionado a isso, há o problema de que dentes comprometidos periodontalmente têm menor resistência à movimentação e portanto, apresentam maior tendência de inclinação ante a força ortodôntica mesmo de baixa intensidade, e a complexidade das regras de biomecânica na movimentação ortodôntica nos faz refletir sobre a coerência de tratar qualquer problema oclusal que caracterize uma má oclusão em pacientes adultos. Assim, seguindo um conceito estabelecido no capítulo de um livro editado em 1993, sobre tratamento ortodôntico em adultos12, caracterizamos a má oclusão de pacientes adultos em patológica ou fisiológica, referindo-se, respectivamente, à má oclusão, danosa à oclusão do paciente, e àquela que, embora conceitualmente incorreta, está equilibrada, sem comprometimento estético e funcional. Neste trabalho, a autora definiu que, mesmo quando os dentes estão conceitualmente em má posição, se o paciente conseguir manter controle de placa adequado, se as forças oclusais estiverem dentro de um limite de tolerância fisiológico do mecanismo de suporte e se o paciente apresenta função sem contatos prematuros ou deslocamentos funcionais, então esta oclusão deve ser considerada fisiológica, e o tratamento ortodôntico só estaria indicado se houvesse queixa do paciente para melhorar a estética. Seguindo este preceito, temos que diferenciar, no momento do diagnóstico, a má oclusão fisiológica, que não necessita de intervenção, da patológica, que exige correção. Agindo dessa forma, contemplamos os fatores biológicos que pedem uma abordagem localizada, com tratamento direcionado somente às áreas oclusais patológicas que estejam prejudicando o paciente do ponto de vista funcional e/ou estético. APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 11 Ortodontia A abordagem de tratamento somente do que está patológico e da queixa principal do paciente faz com que o tratamento ortodôntico de adultos seja mais conservador e simplificado em relação ao do adolescente e, portanto, menos abrangente e mais localizado. Nesse contexto, o objetivo do tratamento de adultos se restringe a facilitar procedimentos restauradores com a movimentação de dentes para um posicionamento mais favorável, melhorar a saúde periodontal, reduzindo as áreas de acúmulo de placa bacteriana e adequando o contorno ósseo alveolar, bem como estabelecer uma relação raiz/coroa favorável, de forma que a força mastigatória seja transmitida ao longo eixo do dente, evitando traumas oclusais12. OBJETIVOS DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Adolescente Adulto 1. Tratar qualquer tipo de má oclusão 2. Objetivo: 6 chaves de oclusão de Andrews 3. Tratamento Construtor 1. Tratar somente o problema (queixa principal + oclusão patológica) 2. Objetivo: Oclusão fisiológica e estética 3. Tratamento Restaurador Quadro – Objetivos diferenciais do tratamento ortodôntico para adolescentes e adultos Assim, conceitualmente, o tratamento de pacientes adolescentes caracteriza-se por ser uma abordagem construtora, ou seja, construímos a oclusão dos jovens, realizamos movimentações extensas e guiamos o crescimento, porque assim é permitido, o adolescente está em crescimento e permite que participemos da “construção” de sua oclusão. O tratamento de pacientes adultos caracteriza-se por uma abordagem restauradora, ou seja, “restauramos” a oclusão, movimentando apenas dentes ou grupos de dentes que necessitam alterar o posicionamento para devolver a saúde periodontal e dar contorno estético ao sorriso, pois a estrutura óssea está definida e a função estabelecida, e devemos contar com as adaptações já realizadas pela natureza, com certeza, mais estáveis e funcionais, pois foram construídas pela própria função e genética do indivíduo. Dentro dessa abordagem, freqüentemente o aparelho ortodôntico no adulto é parcial, com dentes não colados, mantidos fora da mecânica, assim como com fios segmentados para simplificação de tratamento. A obtenção de espaço, quando necessária, em geral é realizada com o recurso de desgastes interproximais ou, ainda, com a extração de um incisivo inferior nos casos de apinhamentos ântero-inferiores, o que permite preservar os dentes posteriores de um tratamento convencional, com extração de pré-molares, tracionamento anterior, sem falar na necessidade dos mecanismos de ancoragem. 12 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 Bibliografia: 1. Belisário R. Mundo envelhecido, país envelhecido 2002 Sept [citado 2006 Feb 10]; disponível na URL: http://www.comciencia.br/reportagens/ envelhecimento/texto/env16.htm 2. Oral health for adults [fact sheets]. Centers for disease control and prevention 2004 [citado 2004 Oct 4]. Disponível na URL: http://www.cdc.gov/OralHealth/factsheets/adult.htm 3. Gottlieb EL, Nelson AH, Vogels DS. JCO orthodontic practice study. Part I Trends, J Clin Orthodont 1997 Oct; 31(10):675-84. 4. Vanarsdall RL, Musich DR. Tratamento em adultos. In: Graber TM, Vanarsdall RL, editores. Ortodontia: Princípios e técnicas atuais. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p. 754-825. 5. Berscheid E, Gangestad S. The social psychological implications of facial physical attractiveness, Clin Plast Surg 1982 Jul; 9(3):289-96. 6. Helen S, Kreiborg S, Solow B. Psychological implications of malocclusions: a 15 year follow-up study in 30-year-old Danes, Amer J Orthodont Dentofac Orthop 1985 Feb; 87(2):110-8. 7. Varela M, Garcia-Gamba JE. Impact of orthodontics on the psychologic profile of adults patients: a prospective study, Amer J Orthodont Dentofac Orthop 1995 Aug; 108(2):142-8. 8. Buttke TM, Proffit WR. Referring adult patients for orthodontic treatment. J Am Dent Assoc 1999 Jan; 130(1):73-9. 9. Kingsley NW apud Graber TM, Vanarsdall RL, editores. Ortodontia: Princípios e técnicas atuais. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p.754. 10. Case C. apud Graber TM, Vanarsdall RL, editores. Ortodontia: Princípios e técnicas atuais. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p.754. 11. Williams S, Melsen B, Agerbaek N, Asboe V. The orthodontic treatment of malocclusion in patients with previous periodontal disease J Orthod 1982 Oct; 9(4): 178-84. 12. Tulloch CJF. Adjunctive treatment for adults. In: PROFFIT WR, editor. Contemporary orthodontics. 2a ed. St. Louis: Mosby, 1993. p.554-84. Dra. Liliana Ávila Maltagliati Doutora em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo (2000); mestre em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo (1997); graduada pela Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo (1991). E-mail: [email protected] APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 13 Implantologia A realidade e o futuro da Implantologia A Odontologia brasileira, de um modo geral, vem ocupando um lugar de destaque no contexto mundial. Investimento e comprometimento profissional cada vez maiores vêm nos colocando em um lugar de destaque no time de profissionais do ramo. Um bom exemplo disso é a Conferência Mundial da Nobel Biocare em Las Vegas, realizada no ano passado, que reuniu 8000 participantes de todo o mundo. Entre os palestrantes estava um grupo de brasileiros formado por mim, pelo Dr. Adauto de Freitas Jr., Dra. Andrea Cury, Dr. Dario Adolfi, Dr. José Cícero Dinato e pelo Dr. Carlos Eduardo Francischone, o que mostra quanto vem aumentando o número de ministradores brasileiros no exterior. A despeito das grandes disparidades sociais que testemunhamos em nosso País, a cada dia a Odontologia vem se tornando mais harmonizada com as novas soluções clínicas disponíveis no mercado. Cada vez mais a Implantodontia vai sendo inserida no âmbito da graduação. Cursos de especialização, atualização, de mestrado e doutorado com alta qualidade clínica e científica são oferecidos à classe odontológica. A implantologia oral ainda é uma especialidade que exige muita agilidade dentro de um conceito científico de novos desenvolvimentos. Os produtos devem passar por diferentes fases no processo de investigação: estudos in vitro, in vivo, estudos experimentais e estudos de curta e longa duração com grupos controlados de pacientes são características importantes e que envolvem altos custos. A tecnologia aplicada aos implantes parece ser inesgotável; porém, a melhor tecnologia e as mudanças conceituais com relação à curva de aprendizado da especialidade como um todo ainda são produzidas fora de nossas fronteiras. No entanto, como em todas as especialidades, na implantologia temos um gradiente de situações clínicas. Em relação ao implantodontista brasileiro, ele está cada vez melhor situado, em razão de sua grande experiência clínica, e cada vez menos distante no que se refere ao atual conhecimento científico e à prática odontológica. O importante é o entendimento da mecânica de obtenção do conhecimento. A formação do profissional aliada à participação constante em congressos e cursos, assim como o acesso à literatura, são fatores determinantes na evolução do especialista. Infelizmente, para a maior parte de nossa população, os custos de implantes são muito elevados quando comparados à maioria da população dos EUA ou da Europa. Principalmente por se tratar de um trabalho de ponta, baseado em detalhes, o que, sem dúvida, eleva o valor a ser pago. Mas está claro que o valor agregado representa maior custo final. 14 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 Dr. Adauto de Freitas Jr. Dra. Andrea Cury Dr. Dario Adolfi Dr. José Cícero Dinato Dr. Carlos Eduardo Francischone (in memorian) Há possibilidade, porém, de utilização de outros materiais que não o titânio em implantes. A literatura é clara no emprego de biocerâmicas como a hidroxiapatita de cálcio. Um outro exemplo é o uso de zircônia, que vem sendo profundamente estudada em relação a diferentes aspectos como fratura, microestrutura, macroestrutura e biocompatibilidade. Em relação às perspectivas futuras e tendências, eu ficaria muito feliz com a diminuição do número total de implantes realizados, pois a melhor Odontologia é aquela que auxilia seus pacientes a preservarem os dentes e as estruturas que os suportam. Já em relação à Implantologia como especialidade, vejo uma tendência ao emprego de metodologias menos invasivas, que auxiliam a uma maior manutenção das estruturas biológicas, instalações de implantes sem a abertura de retalhos mucoperiosteais. Neste contexto, cirurgias guiadas e, conseqüentemente, navegação cirúrgica são aspectos a serem acompanhados para a formação do profissional do futuro. Dr. Mario Groisman Mestre em Periodontia pela Universidade de Lund (Suécia); especialista em Implantodontia; professor de Implantologia Oral da São Leopoldo Mandic (Campinas); consultor Internacional da Nobel Biocare APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 15 Cursos APCD Saúde Cursos APCD Saúde 2008 Maiores Informações Telefax: (11) 5078-7960 [email protected] www.apcd-saude.org.br Curso de Ortopedia Básico da Ortopedia Funcional dos Maxilares Coordenador: Prof. Dr. Auro M. Minei Professores: Dra. Maria Regina de Campos Brandão, Dr. Eduardo Sakai e Dra. Arne Guirar Ventura. Início: março de 2009 Dia da semana: terças-feiras Horário: 20h às 23h Carga Horária: 190h/aula Natureza: teórico/prático/laboratorial Duração: 4 meses Vagas: 21 Programa: Histórico da O.F.M.; Princípios Fundamentais da O.F.M.; Leis Planas de Desenvolvimento; Tipos de Aparelhos; Casuísticas-Bimler, Planas, SNs; Diagnóstico Gnatostático Sintomatológico Planas; Análise de Bimler; Confecção de Aparelhos Planas e Bimler (confecção de pistas indiretas do aparelho de Planas. Técnica Dr. Minei). 16 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 Curso Básico de Acupuntura Ministrador: Dr. Robson Campos Gutierre :vice-presidente da World Federation of Chinese Medicine Societies, Beijing – China (2004 a 2007); mestre e doutorando em ciências pelo Departamento de Morfologia e Genética da Escola Paulista de Medicina; diretor geral do Primeiro Conselho do Journal of World Chinese Medicine. Início: 26 de setembro de 2008 Período: sextas-feiras Horário: 8h às 12h Carga Horária: 48h/aula Vagas: 20 Natureza: teórico/prático Duração: 2 meses e meio Valor: 3 x R$ 290,00 (sócio efetivo) 3 x R$ 145,00 (sócio recém-formado) Objetivo do curso: - Fornecer as bases teórico-práticas para a utilização da acupuntura auricular como método terapêutico - Compreender as bases da acupuntura sistêmica - Entender o contexto medicina chinesa/acupuntura e sua utilidade como técnica complementar aos métodos terapêuticos ocidentais Programação: - Histórico da medicina tradicional chinesa/acupuntura. - Interação medicina tradicional chinesa e métodos terapêuticos ocidentais - Bases da legislação brasileira - Compreendendo os termos Tui-na, Shiatsu, Do-in, Qigong, Auriculomedicina, Fitoterapia, etc - Bases teóricas da acupuntura - Diagnóstico sindrômico energético em acupuntura - Diferenciação das síndromes energéticas - A acupuntura auricular como terapêutica - Tecnologia em acupuntura auricular - Bases da acupuntura sistêmica Obs: Todas as aulas terão atividades práticas e teóricas. CICLO DE ATUALIZAÇÃO Cirurgia Ortognática e Cirurgia da ATM na Atualidade: Uma Visão para Clínicos e Ortodontistas Ministrador: Dr. Gustavo Motta - Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. Prof. do Curso de Deformidade Facial da Universidade Paulista-UNIP. Prof. de Cirurgia avançada da AOL. Membro da Equipe de Cirurgia Ortognática juntamente com os Drs. Aluisio Galeano, Marcos César Pitta e Octavio Margoni (Fellow da Baylor College of Dentistry da Baylor University Medical Center, Dallas U.S.A.). Cirurgião membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein e Hospital São Luiz. Data: 09/09/2008 Horário: 20h Acupuntura - Legislação, Indicações e Fundamentos Ministrador: Dr. Robson Campos Gutierre Vice-Pesidente da Federação Mundial das Sociedades de Medicina Chinesa - Pequim/China; Mestre e Doutorando em Ciências pela Escola Paulista de Medicina. Data: 16/09/2008 - Horário: 20h Uma forma de ver a Oclusão Palestras Gratuitas Terças-feiras - 20h Procedimentos Atuais para Alcançar os Objetivos da Terapia Endodôntica Ministrador: Dr. José Eduardo de Mello Junior - Especialista e Mestre em Endodontia, Professor do curso de Especializaçao em Endodontia da APCD-JP, professor do curso de Endodontia APCD Central. Data: 23/09/2008 Horário: 20h Fraturas Radiculares Considerações Clínicas Ministrador: Dr. Sergio Maeda Especialista, Mestre e Doutor em Endodontia pela FOB – USP. Data: 30/09/2008 Horário: 20h Ministradores: Dr. Milton de Souza Teixeira: ex-Professor assistente da Disciplina de Anatomia da Unesp de São Jose dos Campos; ex-Instrutor de Cirurgia da FOUSP; Diretor da EAP Saúde; Membro do Curso de Oclusão e Reabilitação Oral da EAP de São Bernardo do Campo. Dr. Paulo Fortes: Especialista em Protese Dental; Responsavel pelo Curso de Oclusão e Reabilitação Oral da EAP de São Bernardo do Campo. Natureza: apresentação de casos clínicos Data: 07/10/2008 - Horário: 20h APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 17 Tratamento Fragmentos cerâmicos Figura 1a: Aspecto inicial do paciente em repouso Figura 1b: Aspecto inicial do paciente sorrindo Figura 1c: Vista lateral inicial Figura 2: Aspecto inicial intrabucal mostrando que não existe grande desgaste dental Figura 3: Enceramento diagnóstico Figura 5: Remoção de espículas de esmalte dental com um IADR 2135 U m paciente do sexo masculino, 30 anos, procurou tratamento estético relatando que quando sorria não mostrava os dentes (figuras 1a, 1b, 1c). Ao realizarmos exame clínico notamos que os dentes anteriores superiores estavam íntegros, sem grandes desgastes (figura 2). Planejamento - Foi sugerido um aumento incisal de canino a canino utilizando fragmentos cerâmicos, preservando assim a integridade dos elementos dentais, o que resultou em uma considerável melhora estética. Iniciamos o tratamento realizando um encerameto de diagnóstico para mostrarmos ao paciente quanto suas bordas incisais poderiam ser aumentadas (figura 3). Para o paciente ter uma noção mais precisa do futuro tratamento, realizamos sobre o modelo encerado uma placa de silicone transparente, a qual serviu de guia para levarmos uma resina composta para teste sobre o tecido dental, mostrando ao paciente um novo recontorno dos dentes anteriores. Preparo dental - O preparo dos elementos dentais é muito simples, primeiro é feito o alisamento incisal sem maiores desgastes dentais, ou seja, apenas removemos espículas de esmalte sem suporte (figura 5). Em seguida, com um instrumento abrasivo diamantado 18 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 esférico realizamos uma leve demarcação na região mediana da borda incisal para servir de guia durante a cimentação dos fragmentos, auxiliando no assentamento da peça (figura 6). Moldagem - Como não necessitamos de fio para afastamento gengival, a moldagem é um procedimento muito simples, que deve ser realizado com uma silicone de adição (figura 7). Material para confecção dos fragmentos - A cerâmica utilizada foi o e.max ceram (Ivoclar/Vivadent), um material à base de fluorapatita que apresenta excelente estética (figura 8). Realizamos o teste de adaptação e cor dos nossos fragmentos para então seguirmos para o próximo passo. Cimentação - A cimentação engloba 3 passos: preparo da peça, preparo do dente e a cimentação propriamente dita. 1. Preparo da peça: após limparmos bem nosso fragmento com bolinhas de algodão embebidas em álcool, devemos realizar o condicionamento da porcelana com ácido fluorídrico a 5% durante 20 segundos (figura 9), criando assim retenções micromecânicas na estrutura. (Cuidado! Cada cerâmica dental tem seu tempo correto de condicionamento com ácido fluorídrico, em caso de dúvida sobre qual material cerâmico foi utilizado, entre em contato com seu técnico.) Figura 6: Demarcação incisal com IADR esférico, servirá de guia facilitando posicionamento de fragmento durante cimentação Figura 8: Vista frontal dos fragmentos sobre modelo de gesso (TPD José Vagner Fereira, Laboratório Vagner) Figura 7: Aspecto aproximado de molde realizado com silicone de adição, observe as guias de orientação na região incisal a intrabucal do Figura 15: Vist Após esse procedimento, lavamos bem e secamos o fragmento para então aplicarmos o agente de união silano, que deve ser aplicado sobre a estrutura condicionada. Deixamos secar. 2. Preparo do dente: Primeiro realizamos a profilaxia do elemento dental com taça de borracha, pedra-pomes e água, depois friccionamos com bolinhas de algodão embebidas em um detergente aniônico. Em seguida, realizamos o condicionamento com ácido fosfórico a 35% durante 15 segundos, lavamos e secamos, então aplicamos uma fina camada de adesivo dentário de frasco único e fotoativamos. (Cuidado! Se tiver polimerizado uma camada muito espessa de adesivo dentário, isso poderá levar a uma desadaptação da peça. Caso sinta-se inseguro nesse passo, utilize um adesivo dual, eliminando assim esse problema.) 3. Cimentação propriamente dita: Com a peça e o dente já preparados podemos partir para o passo final. Selecionamos um cimento resinoso na cor escolhida (apenas a pasta base que é a fotoativada) – podemos também utilizar uma resina composta do tipo flow –, aplicamos uma fina camada de adesivo dentário na peça e não fotoativamos, levamos o cimento resinoso escolhido na superfície interna do fragmen- caso finalizado to e o colocamos em posição para a cimentação, podemos remover o excesso de cimento com um pincel seco, para então realizarmos a fotopolimerização. Na figura 15, podemos observar o caso finalizado. Agora sim é possível notar as bordas incisais dos dentes anteriores melhorando consideravelmente a estética do sorriso. Prof. Dr. Guilherme Martinelli Garone Mestre em Dentística pela Universidade de São Paulo (USP-SP); especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Fundecto (USP-SP); professor de Dentística Restauradora da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid); professor do Curso de Dentística Estética e Soluções Estéticas em Dentes Anteriores da Fundecto (USP-SP). José Vagner Ferreira Técnico em prótese dentária. APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 19 Departamento social Festa Julina e Queijo & Vinho reúnem associados da Regional O evento contou com a presença marcante dos associados da Regional. 20 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 O encontro serviu para degustação de queijos, vinhos e para colocar a conversa em dia. APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 21 aniversariantes Aniversariantes de Julho 01...... TAMARA SILVIA RENNO 02...... VITOR LOPES PEDROSA 02...... THAIS KURNET 03...... CELIA REGINA PINHEIRO CHENG 03...... THEREZA CHRISTINA FARIA LIMA 04...... MARIA INEZ DE ANDERAUS PRADO ALVES 04...... GIULIANE JACKLIN BORTOLI 06...... FRANCINE AMBROSI DOS SANTOS 07...... ELCE GUERREIRO SPONTON C INOJOSA 07...... WALDIRIA DE AVILA E FARIA 07...... ROBERTO TADASHI MISUNO 08...... CESAR ALBERTO FERREIRA 09...... CRISTIANE YUMI KOGA 09...... JULIANA DATTI ROQUE 10...... ADRIANA DA FONSECA ALVAREZ 10...... LUCIANA SIMOES 10...... SABRINA FERREIRA 12...... MARIA CRISTINA P DE ALENCAR 12...... CAMILA ZANCHETTA MUNIZ 12...... JORGE LUIZ DE REZENDE 13...... HUGO DELGADO DE AGUIAR 14...... RUBEN ENRIQUE RUBINIAK 15...... MILTON DE SOUZA TEIXEIRA 15...... ISABELLA COELHO DE OLIVEIRA 15...... MARTA CHAMOUN HAKIM 15...... LILIAN KEIKO YAMAMOTO 15...... GLAUCIA ARASHIRO 17...... ANDREA HAYAKAWA 17...... RITA MARIA PORTUGAL DE ALMEIDA 18...... VALERIA CAMPASSI REIS GAMBIER 18...... ANA CAROLINA DE ASCENÇÃO LIMA 19...... NAIARA VALERIO DE OLIVEIRA MORITA 19...... AFONSO LUIS PUIG PEREIRA 19...... ALEXANDRA SAMPRONHA CHIARASTELLI 19...... INDAIA DUQUE FERNANDES 19...... TALITA TORINO GUIMARAES 20...... MAURICIO NISHIMURA 20...... CRISTINA ITO 20...... MIRTES TOKEIAMA 20...... ANDRE DUARTE DE AZEVEDO MARQUES 20...... PATRICIA CIOTTARIELLO 20...... CLARISSA FURUTA MORIKIO 20...... VANESSA FERRIELLO 20...... SUELY GONDO 21...... LUCAS ISSAMU TERUYA 22...... MELISSA BOSSAN 22...... ADILEA VIEIRA DE CARVALHO 22 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 22...... CLAUDIA GASPAROTTI 22...... MARCUS AUGUSTO SCALON ANACLETO 23...... ANA PAULA HARES PARO FEVERSANI 23...... ANA PAULA DE MANINCOR BASILE 24...... DEBORAH CALVO 25...... MOACYR DA SILVA 25...... MARIA FERNANDA DE ARAUJO 25...... NILZA PAVANELLI EDO DE OLIVEIRA 25...... CYNTIA TIEMI OTA ISHIHARA 26...... ANDREA FAUSTINO MANEJA 26...... CRISTIANE ONISHI 26...... ROSE MARY GONZALES MANSOUIR 27...... MARIA CONCEICAO PERES LOBERTO 27...... RUBENS INACIO HIRATA 27...... MARICELI SERAFINI GONÇALVES NAUM 28...... LAURA COVELLO 28...... MARIA CRISTINA FUJII DOS SANTOS 29...... MARIA CRISTINA MALULY CARDOSO 29...... SILVIA HELENA FELIPPELLI CECCHINI 29...... SUZYLANE BRAGA ANTUNES 30...... MOACYR NUNES LEITE JUNIOR 30...... SABRINA TOMIZAWA 31...... ANDREA DA FONSECA ALVAREZ 31...... ANA PAULA DE OLIVEIRA FUKUSHIMA Aniversariantes de Agosto 01...... CRISTIANE TAKATA 02...... MARGARIDA TAVARES BARBOSA 02...... ROGERIO KAZUO AKITI 03...... MARIA JOSE PEREIRA DE SOUZA 03...... MARIANA NATALE DE PAULA PEREIRA 04...... JOSE CARLOS MACORIN 04...... MASSANORI NISHIOKA 04...... MARTA CRISTINA KFOURI DI PILLO 05...... LUIZ HIROMITSU SASAKI 05...... OSSAMU MASSAOKA 05...... MARIA AMALIA DO C R SONNEWEND 05...... KARINA TIEME SHIMADA 05...... ROGERIO FANTOZZI 05...... PATRICIA ROSA SILVA CASTRO 05...... JOEL DA COSTA FERRER 05...... GRAZIELLA DE JESUS COMENALLI 06...... IEDA SANTOS ABREU 06...... BEATRIZ DAVANCO BORELLA 06...... OSMAR MODENA MOREIRA DE ARAUJO 06...... PAULO TONY RUBINATO 08...... MARIO DE SOUZA E SILVA 08...... ELZA YAEKO KANENOBU 09...... SERGIO YUNES 09...... PAULO ROBERTO MIRANDA 10...... FLAVIO DE ALMEIDA CUNHA 10...... ROSANA NUNES ESPOSO 10...... RICARDO PIMENTA D AVILA 11...... YUKUO SAHEKI 11...... LIZE GABRIELA YOSHINAGA 11...... WALTERSON MATHIAS PRADO 11...... MICHELE MARTINS SOARES 11...... CRISTIANE HITOMI KASHIMA 13...... PLINIO GOLONI 13...... KUNIO SHIMABUKURO 13...... CLARISSA MARIA PESENTE 15...... LIVIA LIE SONODA 16...... CLAUDIA ERIKO TSUJI 17...... LUCIA OGAWA 17...... KATIA YUKIE KANO OZEKI 18...... MARCOS ERNANI TOMOTANI 19...... PATRICIA DUARTE CINELLI VICIANA 20...... ANDRE CARNEIRO SCHERTEL 20...... ALEXANDRE CAMARA OZAKI 21...... MARCIA REGINA SALLES 21...... LILIAM BERNARDES MANDIA 22...... LUCIA MARIA NEY PIZZOCOLO 26...... FEYEZ AYACHE 26...... ANDREA DOS SANTOS CARVALHO 27...... MILENE MAYUMI AKUTSU 28...... RENATA PIVOTTO RODRIGUES 28...... VANESSA GONÇALVES 28...... MIRIAM OKAMURA 30...... MARIO HARUMITSU OTA 30...... DENISE SARTORATO SOUBHIE 31...... ELLEA LIE NAKANO Aniversariantes de setembro 01...... RAUF ABBUD 01...... IRACI AKEMI SAKASHITA 01...... CINTIA FURUSE NUNES 01...... PAULO JORGE DA SILVA BONFIM 02...... CLARISSA NOEMY YOSHINAGA CHIBA 02...... CHANTAL ALTERO BISPO 02...... SUENY SAYURI TATIBANA 02...... PRISCILA AFIF ABMUSSI 02...... CLAUDIA DOS SANTOS COSTA 04...... FLAVIO ALVES MOREIRA 04...... ROSANGELA MORONI DIAS GRANERO 05...... REGINA MITIE MIYAKE 06...... MARCIA DE MELLO MENDONCA 06...... HIROSHI MIASIRO JUNIOR 06...... TERCIO OBARA 07...... DANIEL FALLEIROS NUNZIATA 08...... MIRTES HELENA MANGUEIRA DA SILVA DIAS 08...... ELAINE PEREIRA 08...... ANTONIO ROBERTO VIEIRA SILVA 09...... MARIA LUCIA KIMIKO YASUI 09...... MAURICIO FAZZURA 09...... THAIS MIEKO KUBO 09...... CAMILA BASILE MEIRA 09...... JULIANA MACHADO MATHEUZ 10...... MARCELO GOTARDO 10...... LUCIANA ALLEMAND LOPES WESTIN 10...... CARLOS NEY XAVIER DE SOUSA NETO 10...... CRISTINA MORAGHI DIAS DA SILVA 11...... EDUARDO SAKAI 11...... DANIELA CRISTINA DE OLIVEIRA NUNES 11...... REGINALDO BRUNO DA SILVA 11...... SILVIA REGINA NAJAR OSTASKA 14...... DURVAL PAUPERIO SERIO 15...... FERNANDA DAS DORES DA SILVA 16...... MARIANA COELHO CARRARA 17...... IZAURA REIKA WASANO 18...... JORGE KHADOUR 19...... CINTIA MARGARETE SPINA TANAKA 19...... LJILJANA ZIVANOVIC FARAH 19...... FLAVIA PECORA CARNEIRO FARIA 19...... ANDREA DO AMARAL 21...... ARNE AUED GUIRAR VENTURA 21...... MAUREN RIKA TABATA ARAI 21...... CARLA DANIELA PESSINI CAMPOS 22...... FABIANE BRAGA MARTINS BARBOSA 22...... VICTOR D’ ASCOLA MARTIN 23...... SUZELEI IZZO FORGER 23...... JULIANA DOMINGUES CABANAS 24...... FABIO CAMILO 25...... MARIA GORETI NOGUEIRA 25...... ELCIO MATTOS BAHIA 25...... PATRICK YENDO MINOWA 26...... MARIANA BARBARA AKKARI 27...... DIRCE RIEKO HOJO 27...... VICTOR ANTONIO MONTEIRO SOPHIA 28...... YUMI OZAWA SAKAI 28...... INGRID DE MELLO RODE 28...... REGINA MARIA PULITI 28...... RENATA GARGIONE PRADO 28...... MAURICIO KATO 28...... CAIO VINICIUS BARDI MATAI 29...... SILVANA MARIA POSSEBON 30...... VANIA CRISTINA FONSECA BAGNATO 30...... SUZANA MACEDO DE OLIVEIRA APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 23 Prevenção Dentistas, cuidem-se! N unca é demais enfatizar a importância do alongamento em nosso dia-a-dia cada vez mais agitado. A ginástica laboral se faz necessária, principalmente naquelas profissões em que a postura incorreta, e mantida por um longo período, acarreta uma maior sobrecarga, afetando alguns grupos musculares. Os cirurgiões-dentistas e odontólogos, com jornadas de até 12 horas, devem incorporar em seu dia-a-dia a prática da ginástica laboral, aliviando assim as dores e tensões acarretadas pela má postura durante o atendimento aos pacientes. É verdade que sabemos de tudo isso, lemos muito sobre o assunto, mas pouco ou quase nada aplicamos efetivamente em nossas vidas. Precisamos parar e pensar: O que estamos fazendo realmente de bom para nós e até que ponto estamos nos respeitando como seres humanos? É claro que é importante termos uma agenda cheia de pacientes, pois isso implica uma situação financeira satisfatória. Mas, quanto isso nos custará no futuro? Essa consciência corporal e respeito por nós mesmos é o que devemos verdadeiramente buscar, ou seja, o equilíbrio emocional graças à saúde das faculdades físicas e psíquicas. Um corpo saudável trabalha mais e reclama muito menos, e isso se reflete até na melhoria dos relacionamentos interpessoais. Por que fazer alongamento? - para reduzir as tensões musculares; - para beneficiar a coordenação, pois os movimentos se tornam mais soltos; - para prevenir lesões e, em alguns casos, corrigir erros posturais como cifose, lordose etc.; - para preparar o corpo para alguma atividade de maior desgaste; - para ativar a circulação; - para lubrificar as articulações; e - para desenvolver consciência corporal. A ginástica laboral visa, principalmente, a prevenção e a conscientização corporal, prevenindo doenças osteomusculares, aliviando as tensões e promovendo uma maior integração no local de trabalho. Não precisamos estar com dor para começarmos a nos preocupar com tudo isso, portanto, nada melhor do que prevenir. A prática de exercícios de 15 ou 10 minutos todos os dias promove um grande bem-estar, garantindo aos profissionais um descanso ao corpo, diminuindo as patologias e os casos de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho). Não existe uma regra. A ginástica laboral pode ser feita a qualquer momento e quantas vezes forem necessárias, pois precisamos aprender a ouvir nosso corpo e a respeitá-lo. É o nosso maior patrimônio, e muitas vezes só valorizamos quando nos deparamos com o perigo de perdêlo ou com a dor que nos impossibilita de trabalhar feliz. Você que está atento a tudo isso, procure, a partir de agora, entre um paciente e outro, ou mesmo na presença de seu paciente, exercitar seu corpo, alongando e relaxando, sem medo ou vergonha. De repente, seu paciente se sentirá motivado a alongar também, pois ele pode estar necessitando de um relaxamento para aliviar a tensão de permanecer sentado numa cadeira de dentista. LEMBREM-SE, as mudanças dependem de nós mesmos, e sempre é tempo de COMEÇAR OU RECOMEÇAR. Profa. Eliane Latterza Professora de educação física e pedagoga da Escola Especializada Schwester Heine, da Pediatria do Hospital A. C. Camargo de São Paulo. E-mail: [email protected] 24 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 espaço Aberto Humor O Dentista no Inferno Um Dentista desceu aos portões do inferno e foi admitido. Mal havia chegado, já estava insatisfeito com o baixo nível de higiene do inferno. Logo começou a fazer projetos e várias ações para coibir aquele caos. Pouco tempo depois já não havia no inferno o insuportável mau hálito nas pessoas. Ninguém mais reclamava de dores de dente, os banheiros tinham escovódromos, e, por conseguinte, estavam mais limpos e cheirosos. O dentista era um cara muito popular por lá. Um dia, Deus chamou o diabo ao telefone e perguntou, ironicamente: - E então, como estão as coisas aí embaixo? E o diabo respondeu: - Uma maravilha! Agora aqui todos se beijam, sorriem uns aos outros, não existem desdentados, as pessoas estão mais felizes... se alimentando melhor... isso sem falar no que o nosso Dentista está planejando para breve! Do outro lado da linha, surpreso, Deus exclamou: - O quê!?! Vocês têm um Dentista aí? Isso foi um engano! Dentistas nunca vão para o inferno. Mande-o subir aqui, imediatamente! O diabo respondeu: - Sem possibilidade! Eu gostei de ter um dentista e continuarei mantendo-o aqui. Deus, já mais irritado, fala em tom de ameaça: - Mande-o para cá, agora, ou tomarei as medidas legais necessárias. Eis que o diabo soltou uma gargalhada: - Hahahaha...! Onde você vai arrumar um advogado? Estão todos aqui. Culinária Peixe Tropical Ingredientes 1/2 quilo de filé de peixe (pescada, badejo, linguado) 4 colheres (sopa) de vinho branco seco 1 lata de creme de leite 1 manga média picada Modo de Preparo Em um recipiente refratário, coloque os filés e tempere com o vinho e sal a gosto e deixe descansar por 10 minutos. Cubra com papel de alumínio e leve ao forno médio-alto (200°C), pré-aquecido, por 20 minutos. Enquanto isso, bata no liquidificador o creme de leite, a manga e tempere com sal a gosto. Retire o papel de alumínio do peixe, escorra o excesso de líquido, cubra com o creme de manga e deixe por mais 10 minutos no forno. Sirva a seguir. Dicas - Se desejar, tempere os filés de peixe com pimenta do reino moída a gosto; - Polvilhe os filés com cebolinha verde picada antes de cobri-los com o creme de manga. Rendimento 5 porções APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 25 Indicador PROFISSIONAL icador PROFISSIONAL INd dor PROFISSIONAL indica PROFISSIONAL indicador FISSIONAL indicador pro SIONAL indicador profis NAL Indicador PROFISSIo Indicador PROFISSIONAL icador PROFISSIONAL INd dor PROFISSIONAL indica PROFISSIONAL indicador FISSIONAL indicador pro SIONAL indicador profis NAL Indicador PROFISSIo Indicador PROFISSIONAL Dr. Admar Kfouri Periodontia Implantodontia Prótese Rua das Glicínias, 49 Tel. (11) 2276-0001 / 2276-4166 Dr. Arnaldo B. Ferreira Jr. Odontologia Estética Implantes Rua Joaquim de Almeida, 478 Planalto Paulista Tel. (11) 5583 -3005 / 2577-0812 [email protected] Dra. Arne Aued Guirar Ventura CROSP 15.186 Ortopedia Funcional dos Maxilares / Ortodontia Av. Pedroso de Moraes, 677 Cj. 83 - CEP 05419-001 Tel: (11) 3032-6892 [email protected] Dr. Auro Massatake Minei Clínica Geral Especialista em Prótese Dental e Ortopedia Funcional dos Maxilares Av. Sen. Casemiro da Rocha, 693 CEP 04047-001 - Tel. (11) 2577-4599 [email protected] Dr. Carlos Teruo Itabashi Cirurgião-Dentista Rua Lourenço Nunes, 72 Tel. (11) 5564-7057 Dr. Cheng Te Hua CROSP 21421 Cirurgião-Dentista Rua Santa Cruz, 1838 CEP 04122-002 - Vila Gumercindo Tel. (11) 5062-0380 Fax (11) 5063-3757 Dra. Claudia Bosquê Schneider Crefito 11747-F Fisioterapia em DTM / DOF / RPG Mobilização Articular Av. Cursino, 422 - V. Gumercindo Av. Ibirapuera, 2907 - Sl. 415 Tel. (11) 5061-1841 Dr. Durval Paupério Sério Endodontista Rua Rio Grande, 785 CEP 04018-002 - Vila Mariana Tel. (11) 5579-1108 26 | APCD SAÚDE | Jul SET 2008 | Ago |SET | 2008 Dra. Helenice Formentin Ikegami - CROSP 25639 Cirurgiã-Dentista Rua Padre Raposo, 171 - Moóca CEP 03118-000 - SP - Tel. (11) 38817399 / 2698-5443 / 9846-4905 [email protected] [email protected] Dr. Luci Finotti CROSP 21700 Periodontia / Implantadontia / Cirurgia Plástica / Periodontal/ Estética Dental (tratamento a laser) Av. Prof. Noé de Azevedo, 208 - Cj. 22 (Metrô V. Mariana) Tel. (11) 5572-5605 Dra. Luciana Kfouri CROSP 58635 Endodontia Rua das Glicínias, 49 - Vila Mariana CEP 04048-050 Tel. (11) 276-0001 / 276-4166 Dr. Luis Ide - CROSP 20811 Periodontia Implantodontia R. Afonso Celso, 1.173 CEP 04119-061 - Vila Mariana Tel. (11) 5589-3269 Dr. Luiz Afonso Souza Lima Cirurgião-Dentista Rua José Antonio Coelho Lima, 281 Paraíso - CEP 04011-060 Tel. (11) 5572-9445 Dr. Luiz Carlos Serrano Lima CROSP 20445 Ortodontia / Odontologia Estética Rua Pedro de Toledo, 897 CEP 04039-032 - V. Clementino Tel. (11) 5083-5690 Dr. Maurício Bento da Silva CRO 60.980 Cirurgia Buco Maxilo Facial Rua Vergueiro, 2045 - Cj. 507/510 São Paulo - SP Tel. (11) 5579-5172 [email protected] Dr. Mauricio Fazzura - CROSP 52126 Ortodontia / Clínica Geral R. Ramon Penharrubia, 130 - Cj. 303 - Paraíso - Tel. (11) 3285-0973 Av. Cupecê, 6062 - Bl. 04 - Sl. 02 Jd. Miriam - Tel. (11) 5623-7632 / 6856-0717 Dr. Mauricio Nishimura CROSP 14862 Cirurgião-Dentista Rua Napoleão de Barros, 599 Vila Clementino Tel. (11) 5571-0031 / 5572-4481 [email protected] Dr. Nicola F. Bempensante Cirurgião-Dentista Rua Augusta, 2192 CEP 01412-000 - Jardins Tel. (11) 3082-5275 [email protected] Dr. Samuel Moraes Cecconi CROSP 74351 Ortopedia Funcional dos Maxilares / Clínica Geral Rua Santa Cruz, 690 - Vila Mariana CEP 04122-000 - Tel. (11) 5579-6262 [email protected] Dr. Sergio T. Maeda CROSP 8256 Endodontia Cirurgia Parendodôntica Av. Iraí, 393 - Cj. 12 - Moema CEP 04082-001 - Tel. (11) 5543-3985 [email protected] Dr. Sergio Yunes - CROSP 20563 Ortodontista Av. Prof. Noé de Azevedo, 208 - Cj. 73 (Metrô Vila Mariana) Tel. (11) 5083-6943 / 9684-5765 [email protected] Dra. Sônia Maria Moraes Cecconi CROSP 12998 Pacientes com necessidades especiais / Odontopediatria Rua Santa Cruz, 690 CEP 04122-000 - Vila Mariana Tel. (11) 5579-6262 Dr. Takashi Yagui CROSP 20637 Cirurgião-Dentista Rua Lourenço Nunez, 72 Cidade Ademar Tel. (11) 5562-3765 APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 27 28 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
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