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ANAIS ISSN 2236-9090 9º Congresso Internacional de Odontologia do Oeste do Paraná-CIOOP XII Congresso Internacional de Odontologia da UNIOESTE - COU XVII Jornada Acadêmica de Odontologia da Unioeste - JAOU XII Encontro de Ex-alunos da Unioeste 1ª Edição Associação Brasileira de Odontologia/Seção Cascavel Universidade Estadual do oeste do Paraná Cascavel 2015 Catalogação na Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da UNIOESTE Congresso Internacional de Odontologia do Oeste do Paraná (9.: 2015 : Cascavel - PR) C749a Anais do IX Congresso Internacional de Odontologia do Oeste do Paraná, XII Congresso Internacional de Odontologia da UNIOESTE, XVII Jornada Acadêmica e XII Encontro de Exalunos. / Coordenação de Adriane de Castro Martinez Martins. -Cascavel, 2015. ISSN: 2236-9090 1. Odontologia - Congressos. I. Martins, Adriane de Castro Martinez Martins, (coord.). II. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. CDD 20. ed.– 617.6 Sandra Regina Mendonça CRB 9/1090 FICHA TÉCNICA Associação Brasileira de Odontologia –Seção Cascavel/PR Presidente: Cristiane Viapiana Vice-presidente: José Inglez da Silva 1º Secretária: Thais Soliva 2ª Secretária: Mychelle S. Gurgacz 1ª Tesoureira: Priscilla M. R. Busato 2º Tesoureiro: Alexandre M. Bandeira Orador: Marlí Schmitt Walker Conselho Fiscal: Geraldo L. Griza, João Cezar Meassi e Rodrigo G. Ribeiro Presidente da UniABO: Rodrigo Gonçalves Ribeiro Secretária da UniABO: Aline C. Sinegália Universidade Estadual do Oeste do Paraná Reitor: Paulo Sérgio Woff Diretor do Campus de Cascavel: Alexandre Almeida Webber Diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde: Joseane Rodrigues da Silva Nobre Coordenador do Colegiado do Curso de Odontologia: Eduardo Tanaka de Castro COMISSÕES ORGANIZADORAS 9º Congresso Internacional de Odontologia do Oeste do Paraná-CIOOP PRESIDENTE: Lucila Piasecki COORDENADOR CIENTÍFICO: Aldo Minoru Nara SECRETARIA: Aline Sinegalia TESOUREIRO: Alexandre Bandeira COORDENAÇÃO GERAL: Priscilla M R Busato PATROCÍNIO E MARKETING: Geraldo Griza DIVULGAÇÃO: Marlí Schmitt Walker SOCIAL: Thais Soliva INFRA-ESTRUTURA: Mychelle Gurgacz XII Congresso Internacional de Odontologia da UNIOESTE – COU, XVII Jornada Acadêmica de Odontologia da Unioeste - JAOU e XII Encontro de Ex-alunos da Unioeste PRESIDENTE: Rodrigo Ribeiro COORDENADOR CIENTÍFICO: Adriane de Castro Martinez Martins PRESIDENTE ACADEMICO: Gustavo Henrique Gomes da Silva 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Sumário BASES BIOLÓGICAS ....................................................................................................................................... 7 A UTILIZAÇÃO DA TERAPIA CELULAR EM COMPARAÇÃO COM ENXERTO ÓSSEO – REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................................................................. 8 CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO FACIAL ................................................................................ 9 A EFICÁCIA DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA PARA SE EVITAR O DESENCADEAMENTO DE OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADA À TERAPIA MEDICAMENTOSA................................. 10 ALVEOLOPLASTIA: REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................... 11 ÁREA DE ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO TRAUMATOLOGISTA BUCOMAXILOFACIAL, FRENTE A UMA FRATURA DO TERÇO SUPERIOR DA FACE ............................................................................................... 18 ARTROCENTESE APLICADA À DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR .................................................... 19 CIRURGIA ORTOGNÁTICA ASSOCIADA A ENXERTO AUTÓGENO: RELATO DE CASO .............................. 20 CISTO DENTÍGERO: RELATO DE CASO CLÍNICO ...................................................................................... 21 CISTO PERIAPICAL EM DENTIÇÃO DECÍDUA – RELATO DE CASO CLÍNICO ............................................. 22 COMPLICAÇÕES PÓS EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES ............................................................... 23 DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO ANDROID PARA O PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE AVULSÃO DENTAL ................................................................................................................................................... 24 DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PACIENTES COM FENDAS OROFACIAIS ......................................... 25 DOENÇA CELÍACA: O qUE O CIRURGIÃO-DENTISTA PRECISA SABER...................................................... 26 EFEITO DO ALENDRONATO SOBRE A REPARAÇÃO ÓSSEA ALVEOLAR EM RATAS OSTEOPÊNICAS ........ 27 ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR SECUNDÁRIO EM PACIENTES PORTADORES ............................................ 28 EXODONTIA DE DENTES INCLUSOS EM PACIENTE COM SÍNDROME DE DOWN REALIZADA NO CENTRO DE ESPECIALIDADE ODONTOLÓGICAS DA UNIPAR ................................................................................ 29 INCISÃO RELAXANTE ANTERIOR X INCISÃO INTRASULCULAR: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DIFERENTES TÉCNICAS DE DIÉRESE NA INCIDÊNCIA DE MORBIDADES NO PÓS-OPERATÓRIO DE EXODONTIA DE 3M................................................................................................................................. 31 LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR A PARTIR DA TÉCNICA DE EXPANSORES DE SUMMERS ................ 32 MARSUPIALIZAÇÃO COMO TRTAMENTO DEFINITIVO DE CISTO DENTÍGERO ....................................... 33 OSTEOPLASTIA E OSTECTOMIA EM TRATAMENTO CIRÚRGICO DE EXOSTOSE MAXILAR BILATERALRELATO DE CASO .................................................................................................................................... 34 REABILITAÇÃO COM IMPLANTES OSSEINTEGRADOS COM PRÓTESE TIPO OVERDENTURE APÓS FRATURA DE MANDÍBULA ATRÓFICA: RELATO DE CASO CLÍNICO ......................................................... 35 RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA: VIABILIDADE DA REABILITAÇÃO ORAL COM RHBMP-2 ASSOCIADO A XENOENXERTO BOVINO SEGUIDO DE INSTALAÇÃO DE IMPLANTES .............. 36 SIALOLITÍASE: RELATO DE CASO COM ABORDAGEM CIRÚRGICA .......................................................... 37 TÉCNICA DE CALDWELL-LUC PARA REMOÇÃO DE IMPLANTE EM SEIO MAXILAR - RELATO DE CASO .. 38 TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA EM MANDÍBULA ATRÓFICA – RELATO DE CASO.................... 43 1 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO MULTIDISCIPLINAR POR 7 ANOS NO CEO-UNIOESTE ........................ 47 QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO: RELATO DE CASO CLÍNICO .............................................................. 48 DENTÍSTICA................................................................................................................................................. 49 ABORDAGEM ESTÉTICA NO TRATAMENTO DE HIPOPLASIA DE ESMALTE ATRAVÉS DA ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS DE MICROABRASÃO E CLAREAMENTO DENTAL .................................................................... 50 ANÁLISE ESTÉTICA – INTER-RELEÇÃO DENTOFACIAL ............................................................................. 59 ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS PARA EFETIVO CLAREAMENTO DENTAL ..................................................... 60 AVALIAÇÃO DA DUREZA DE MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS EXPOSTOS A DEGRADAÇÃO BIOLÓGICA E MECÂNICA ........................................................................................................................ 61 AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE DE MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS EXPOSTOS A DEGRADAÇÃO......................................................................................................................................... 62 FRATURA CORONÁRIA: REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL COM RESINA COMPOSTA – RELATO DE CASO CLÍNICO ......................................................................................................................................... 63 RESTAURAÇÃO DA HARMONIA ESTÉTICA EM DENTES ANTERIORES – ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR. ................................................................................................................................................................ 64 TRATAMENTO DE AGENESIA DENTAL ATRAVÉS DE LAMINADOS CERÂMICOS MINIMAMENTE INVASIVOS: RELATO DE CASO CLÍNICO .................................................................................................. 65 UTILIZAÇÃO DE MOCK UP NO PLANEJAMENTO RESTAURADOR ESTÉTICO DE FACETAS DIRETAS DE RESINA COMPOSTA. ............................................................................................................................... 74 ENDODONTIA ............................................................................................................................................. 80 ANÁLISE DA PRECISÃO DO LOCALIZADOR FORAMINAL APEX ID EM DETERMINAR O COMPRIMENTO DOS CANAIS RADICULARES .................................................................................................................... 81 CENTRALIZAÇÃO DO PREPARO ENDODÔNTICO COM O SISTEMA WAVEONE ASSOCIADO À AMPLIAÇÃO CERVICAL OU APICAL PRÉVIA ................................................................................................................. 82 EFEITOS DOS SISTEMAS RECIPROC® E WAVEONE® NO PREPARO DOS CANAIS RADICULARES: REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................................................................... 84 O USO DE MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM ESTUDOS SOBRE LOCALIZADORES APICAIS ELETRÔNICOS ......................................................................................................................................... 85 OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA TERMOPLÁSTICA - SISTEMA TC ............................................................... 86 REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA COMUNICANTE –RELATO DE CASO .............................................. 91 REABSORÇÃO INTERNA-EXTERNA AGRESSIVA ASSOCIADA À CIRURGIA PARENDODONTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO ......................................................................................................................................... 92 RETRATAMENTO ENDODÔNTICO DE MOLAR SUPERIOR COM 4 CANAIS - RELATO DE CASO ............... 96 REVASCULARIZAÇÃO: revisão e relato clínico ........................................................................................ 97 SISTEMA TC DE OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA ....................................................................................... 98 TRATAMENTO ENDODÔNTICO CONVENCIONAL X LESÃO SUGESTIVA DE CISTO RADICULAR – RELATO DE CASO CLÍNICO.................................................................................................................................... 99 USO DE LOCALIZADORES FORAMINAIS ELETRÔNICOS EM DENTES DECÍDUOS ................................... 101 VARIAÇÕES ANATÔMICAS DE INTERESSE ENDODÔNTICO ................................................................... 102 2 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ESTOMATOLOGIA ..................................................................................................................................... 103 ABORDAGEM CIRÚRGICA ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE CISTO PERIAPICAL......................... 104 ALTERAÇÕES BUCAIS RELACIONADAS AO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO...................................... 106 APRESENTAÇÃO CLÍNICA INCOMUM DE LESÃO NEURAL EM PALATO................................................. 113 AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE LESÕES BUCAIS EM ALCOOLISTAS NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL/PR – ESTUDO PILOTO.................................................................................................................................... 114 CANDIDOSE ORAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS: SÉRIE DE CASOS ............................................... 119 CISTO DENTÍGERO MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO ............................... 120 CISTO RADICULAR DE GRANDE EXTENSÃO: IMPORTÂNCIA DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS AO DIAGNÓSTICO ANATOMOPATOLÓGICO ............................................................. 121 DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA OSTEOCLEROSE IDIOPÁTICA DOS MAXILARES: RELATO DE CASOS E REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................. 122 EXOSTOSES MULTIPLAS- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO CIRÚRGICO- RELATO DE CASO .............................................................................................................................................................. 123 HEMANGIOMA: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASOS CLÍNICOS.......................................... 124 HIPERSENSIBILIDADE AO AMÁLGAMA DE PRATA: RELATO DE CASO CLÍNICO .................................... 125 LESÃO EM DORSO DE LINGUA - RELATO DE CASO ............................................................................... 126 LESÕES TRAUMÁTICAS ORAIS POR MORDEDURA EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEUROLÓGICA: SÉRIE DE CASOS .......................................................................................................... 127 LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUMORES ODONTOGÊNICOS ATENDIDOS NO PROJETO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ENTRE 1995-2015 ........... 128 MALIGNIDADE EM LÁBIO INFERIOR: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO ........................................ 130 NEOPLASIA BENIGNA- LIPOMA ORAL- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO- RELATO DE CASO .............................................................................................................................................................. 131 ORIENTAÇÕES E CUIDADOS ODONTOLÓGICOS À PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA ........................... 132 SINDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO ............................... 133 TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO: RELATO DE CASO ......................................................... 135 VERRUGA VULGAR ORAL: RELATO DE CASO CLÍNICO .......................................................................... 136 FARMACOLOGIA ....................................................................................................................................... 137 BIFOSFONATOS NA ODONTOLOGIA: OSTEONECROSE DOS MAXILARES – REVISÃO DE LITERATURA . 138 CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS AOS VASOCONSTRITORES UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA EM PACIENTES QUE FAZEM USO DE BETA-BLOQUEADORES ..................................................................... 139 IMPLANTODONTIA ................................................................................................................................... 140 CARGA INMEDIATA EN IMPLANTES DE ZIRCONIA TIPO MONOBLOC .................................................. 141 A FISIOLOGIA INICIAL DA OSTEOINTEGRAÇÃO..................................................................................... 146 IMPLANTE DE ZIRCONIA EN REHABILITACIÓN DE CANINO SUPERIOR ................................................. 147 IMPLANTES DE ZIRCONIA POST EXTRACCION ...................................................................................... 152 3 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LEVANTAMIENTO DE SENO MAXILAR, TECNICA DE VENTANA LATERAL ............................................. 156 PESQUISA CLÍNICA RETROSPECTIVA DA TAXA DE SUCESSO PRECOCE DE IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS.............................................................................................................................. 160 PRÓTESIS PARCIAL FIJA DE ZIRCONIA IMPLANTOSOPORTADA ............................................................ 161 PROTOCOLO INFERIOR SIGUIENDO CON CINCO IMPLANTES .............................................................. 162 REABILITAÇÃO COM PRÓTESE UNITÁRIA SOBRE IMPLANTE EM REGIÃO POSTERIOR......................... 163 REHABILITACION PROTESICA EN EL MAXILAR SUPERIOR ANTERIOR CON CORONAS DE ZIRCONIA REALIZADO A TRAVES DEL SISTEMA CAD – CAM, SOBRE IMPLANTES ................................................. 164 REVISIÓN BIBLIOGRÁFICA DE DATOS PUBLICADOS SOBRE IMPLANTES DE ZIRCONIA MONOBLOC.... 169 MATERIAIS ODONTOLÓGICOS .................................................................................................................. 176 EFEITO DO PHENILPROPANODIONA (PPD) SOBRE A ESTABILIDADE DE COR DE UM CIMENTO RESINOSO EXPERIMENTAL FOTOATIVADO ............................................................................................................ 177 RESISTÊNCIA À MICROTRAÇÃO DE DOIS CIMENTOS RESINOSOS AUTOCONDICIONANTES EM FUNÇÃO DO TIPO DE SUBSTRATO DENTAL E TEMPO DE ARMAZENAGEM EM ÁGUA ....................................... 178 ODONTOLOGIA PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS ......................................................... 179 TETRALOGIA DE FALLOT: RELATO DE CASO CLÍNICO ........................................................................... 181 ODONTOPEDIATRIA .................................................................................................................................. 182 ASSOCIAÇÃO DA HIPOPLASIA DO ESMALTE COM OUTRAS ANOMALIAS E OCLUSÃO NO PACIENTE INFANTIL ............................................................................................................................................... 183 CONDUTA FRENTE À FRATURA CORONÁRIA COM EXPOSIÇÃO PULPAR RELATO DE CASO ............... 184 HIPOMINERALIZAÇÃO INCISIVO – MOLAR: RELATO DE CASO CLÍNICO ............................................... 185 LUXAÇÃO LATERAL NA DENTATURA DECÍDUA- RELATO DE CASO ....................................................... 186 UNIÃO ENTRE DECÍDUO E PERMANENTE COMO SEQUELA DE LUXAÇÃO INTRUSIVA......................... 187 ORTODONTIA............................................................................................................................................ 188 ALTERAÇÕES TRANSVERSAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À DISJUNÇÃO PALATINA ........................ 189 AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO ALINHAMENTO DENTÁRIO UTILIZANDO-SE APARELHO AUTOLIGADO .............................................................................................................................................................. 190 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SISTEMAS DE ADESÃO EM BRÁQUETES COLADOS PELA TÉCNICA INDIRETA: UM ESTUDO IN VITRO. ........................................................................................................ 191 AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO ENTRE OS BRAQUETES CERÂMICOS CONVENCIONAIS E AUTOLIGADOS ...................................................................................................................................... 192 ESTUDO COMPARATIVO CEFALOMÉTRICO DOS EFEITOS DENTOESQUELÉTICOS DECORRENTES DO TRATAMENTO COM DOIS TIPOS DE APARELHOS DE HERBST E UM GRUPO CONTROLE, EM ADOLESCENTES COM RETROGNATISMO MANDIBULAR ...................................................................... 193 LUXAÇÃO INTRUSIVA DE INCISIVO LATERAL SUPERIOR PERMANTENTE EM UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR- RELATO DE CASO ................................................................................................. 203 PERCEPÇÃO À DOR ORTODÔNTICA, APÓS A MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO CONVENCIONAL E O APARELHO AUTOLIGADO.................................................................................... 205 4 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR COM ESPORÃO LINGUAL COLADO E GRADE PALATINA FIXA....................................................................................................................................................... 206 VELOCIDADE DA RETRAÇÃO DO CANINO UTILIZANDO BRÁQUETE MBT OU ALEXANDER .................. 207 PATOLOGIA BUCAL ................................................................................................................................... 208 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE USUÁRIOS DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UEM ACERCA DO CÂNCER DE BOCA ................................................................................................................................. 209 EFEITOS ADVERSOS BUCAIS DA RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO ............................................ 211 EXPOSIÇÃO AO TRICLOSAN DURANTE A GESTAÇÃO CAUSA RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO INTRAUTERINO DA PROLE DE RATAS WISTAR ..................................................................................... 220 LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA – RELATO DE CASO CLÍNICO ........................................... 221 PARACOCCIDIOIDOMICOSE x CARCINOMA EPIDERMÓIDE: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO ................... 222 PERIODONTIA ........................................................................................................................................... 223 ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E SEVERIDADE DA DOENÇA PERIODONTAL EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA ................................................................................................................................... 224 AVALIAÇÃO DA CORTICOTOMIA E SEU EFEITO NA MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA........................ 225 AVALIAÇÃO DA MEDIDA RADIOGRÁFICA NO DIAGNÓSTICO DE INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO ... 226 AVALIAÇÃO DA SUPLEMETAÇÃO DE VITAMINA C PARA MELHORAR O RESULTADO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRURGICA EM FUMANTES: ESTUDO RANDOMIZADO E CONTROLADO ............. 227 AVALIAÇÃO DE BIOTIPOS PERIODONTAIS E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA NA ODONTOLOGIA............ 228 AVALIAÇÃO DE TRÊS ESCOVAS DENTAIS DE CERDAS DIFERENTES, EM RELAÇÃO A ABRASÃO GENGIVAL E REMOÇÃO DE PLACA ......................................................................................................................... 229 AVALIAÇÃO DO BIOFILME DENTAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE INTERNAMENTO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS .................................................................................................................................. 230 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO CIRURGICO NA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA.......................................................................................................................................... 231 BACTÉRIAS PERIODONTOPATOGÊNICAS E INFECÇÕES SISTÊMICAS EM PACIENTE CRÍTICO HOSPITALIZADO.................................................................................................................................... 232 ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO EM NEOFORMAÇÃO ASSOCIADO A BARREIRA DE TECIDO CONJUNTIVO EM LESÕES DE FURCA CLASSE II. ESTUDO HISTOMÉTRICO EM CÃES .................................................. 233 ESTÉTICA, FORMA E FUNÇÃO DO TECIDO GENGIVAL PELA TÉCNICA DE GENGIVECTOMIA ................ 234 ESTUDO DO PROGNÓSTICO DO RECOBRIMENTO RADICULAR DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DAS RECESSÕES GENGIVAIS ......................................................................................................................... 235 HIPERESTESIA DENTINÁRIA: UM ENFOQUE ATUAL ............................................................................. 236 IMPLANTOPLASTIA COMO ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE PERI-IMPLANTITE: RELATO DE CASO .............................................................................................................................................................. 237 INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO PERIODONTAL NA DIABETES MELLITUS............................................. 238 PAPEL DA DEFICIÊNCIA DE TESTOSTERONA E DA PERIODONTITE EXPERIMENTAL NA REGULAÇÃO DOS TECIDOS PERIODONTAIS DE RATOS WISTAR........................................................................................ 244 5 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 POSIÇÃO DO ÁPICE DENTÁRIO EM RELAÇÃO AO PROCESSO ALVEOLAR DO OSSO MAXILAR. ESTUDO EM TOMOGRAFIAS DE CONE-BEAM .................................................................................................... 246 RECOBRIMENTO RADICULAR COM ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO SUBEPITELIAL, ASSOCIADO À TÉCNICA DO ENVELOPE: RELATO DE CASO .......................................................................................... 247 TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR: RELATO DE CASO ......................................................................... 248 USO DO ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO PARA O RECOBRIMENTO DE RAIZ PERFURADA ENDODONTICAMENTE E RESTAURADA COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO ............................ 252 PRÓTESE ................................................................................................................................................... 253 ANÁLISE DA RESISTÊNCIA ADESIVA DE PINOS DE FIBRA DE VIDRO CIMENTADOS COM DIFERENTES COMPRIMENTOS .................................................................................................................................. 254 AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM IDOSOS ATENDIDOS NA CLÍNICA .................................................. 255 CONDIÇÃO E USO DAS PRÓTESES DENTÁRIAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS ............................... 256 REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL EM PACIENTE COM PERDA DE DIMENSÃO VERTICAL: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR ........................................................................................................ 257 REABILITAÇÃO PROTÉTICA POR ASSOCIAÇÃO DE PRÓTESE TOTAL E .................................................. 263 RELAÇÃO ENTRE O EDÊNTULISMO E A CONDIÇÃO BIOPSICOSSOCIAL. ............................................... 264 RADIOLOGIA ............................................................................................................................................. 265 DETECÇÃO DE CALCIFICAÇÕES NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: REVISÃO DE LITERATURA............................. 266 SAÚDE COLETIVA ...................................................................................................................................... 267 A INTEGRAÇÃO MULTIPROFISSIONAL ENTRE PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA E NEFROLOGIA VISANDO AS NECESSIDADES DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA............................. 268 ATENÇÃO ODONTOLÓGICA A PACIENTES GESTANTES: CONSTRUÇÃO DE UM PROTOCOLO DE ATUAÇÃO.............................................................................................................................................. 269 6 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 7 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A UTILIZAÇÃO DA TERAPIA CELULAR EM COMPARAÇÃO COM ENXERTO ÓSSEO – REVISÃO DE LITERATURA Taina Rafaela Ferreira dos Passos1 Layra Lhais Biff Carla Maria Caramori Sonia Aparecidade Mello Modalidade: Revisão de Literatura RESUMO: As células tronco (CT) adultas são células indiferenciadas, que podem ser encontradas em vários tecidos, sendo o principal sítio doador a medula óssea (MO). As células mesenquimais da MO podem dar origem a vários tipos celulares dentre esses osteoblastos, células secretoras de matriz óssea.Objetivo: Comparar através de uma revisão de literatura a utilização das células tronco com o enxerto ósseo, expondo suas vantagens e desvantagens.Desenvolvimento:Há patologias que atingem o tecido ósseo podendo causar reabsorção óssea como perda dentária e alterações hormonais. A perda óssea compromete a estrutura da face e consequentemente a funcionalidade da cavidade oral (CO). Tendo que se submeter a um enxerto ósseo para reabilitação da CO. O enxerto ósseo é indicado para pacientes com reabsorção de osso alveolar e basal. No contexto de regeneração óssea, as CT tem apresentado excelentes resultados por sua capacidade de modulação. Dentre as áreas em que as CT são empregadas está a região orofacial. A fonte mais utilizada para retirar CT é a MO, essas células são cultivadas in vitro ou in vivo. Assim para seu uso na CO se faz necessário um estímulo osteogênico para a diferenciação em osteoblastos. Posteriormente a indução e a diferenciação as CT são injetadas em áreas específicas como maxila e mandíbula tendo um período de integração de 3 a 4 semanas. Conclusão: As CT trazem muitas possibilidades para a odontologia. Mas ainda são necessários estudos para aperfeiçoar a sua aplicação. O enxerto ósseo ainda é o mais utilizado, apesar de suas desvantagens. Palavras-chave: Células tronco; enxerto ósseo; odontologia. REFERÊNCIAS MONTEIRO, B. S. et. al. Células – Tronco Mesenquimais, 2009. BYDLOWSKI, S. P. et. al., Características biológicas das células-tronco mesenquimais. , 2009. MA, S. G. et. al. Revisión bibliográfica de Implantología, Bucofacialdelaño 2010 - Segunda parte, Avances, v. 24, n. 2, 2012. _______________________ 1Acadêmica do segundo ano de odontologia da Universidade Paranaense. 8 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 9 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A EFICÁCIA DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA PARA SE EVITAR O DESENCADEAMENTO DE OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADA À TERAPIA MEDICAMENTOSA Cristian Statkievicz1 Luan Felipe Toro2 Juliano Milanezi de Almeida3 Maria José Hitomi Nagata3 Letícia Helena Theodoro3 Valdir Gouveia Garcia 3 Edilson Ervolino3 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar a ação da terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) sobre o processo de reparo do tecido epitelial, conjuntivo e tecido ósseo no sítio de extração dental de ratas que reúnem os principais fatores de risco para o desencadeamento da osteonecrose dos maxilares associada à terapia medicamentosa (ONM-M). Vinte ratas senis foram distribuídas nos grupos: SAL, ZOL, SAL/aPDT e ZOL/aPDT. Durante sete semanas, administrou-se pela via IP, 0,45ml de solução de cloreto de sódio 0,9% (SAL e SAL/aPDT) ou 0,45ml desta solução acrescida de 100 µg/Kg de zoledronato (ZOL e ZOL/aPDT). Decorridas três semanas de tratamento foi realizada a exodontia do primeiro molar inferior. Em SAL/aPDT e ZOL/aPDT foram realizadas três sessões de aPDT (fotossensibilizador: azul de metileno; laser: InGaAlP), aos 0, 2 e 4 dias pós exodontia. As amostras da mandíbula foram submetidas ao método imunoistoquímico para detecção do PCNA, HIF-1 alfa, VEGF, CD31, RUNX-2 e OCN. A imunorreatividade (IR) foi quantificada no TE, TC e TO. O grupo ZOL apresentou menor IR para PCNA, no TE, TC e TO; menor IR para HIF-1α, VEGF, CD31, no TC e TO; menor IR para OCN no TO e; maior IR para RUNX2 no TO. Em ZOL/aPDT a IR para PCNA, HIF-1α, VEGF, CD31, OCN e RUNX2 foi similar ao grupo SAL, no TE, TC e TO. O tratamento de ratas senis com zoledronato compromete a capacidade de reparo do TE, TC e TO do sítio de extração dental, e a aPDT estimula significativamente a reparação destes tecidos. Palavras-chave: Osteonecrose; Zoledronato; Reparo Ósseo; Fotoquimioterapia. REFERÊNCIAS: RUSSELL, R.G. Bisphosphonates: the first 40 years. Bone v.49, n.1, p.2-19, 2011. RUGGIERO, S.L.; DODSON, T.B. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons position Paper on Medication-Related Osteonecrosis of the Jaws- 2014 Update. J Oral Maxillofac Surg. v.72, p.2381-2, 2014. BRAUN, A,; DEHN, C,; KRAUSE, F,; JEPSEN, S. Short-term clinical effects of adjunctive antimicrobial photodynamic therapy in periodontal treatment: a randomized clinical trial. J Clin Periodontol v.35, n.10, p.877-884. 2008. ____________________ Mestrando/ Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP/ [email protected] Granduando/ Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. 3 Professor Doutor/ Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. APOIO FINANCEIRO: FAPESP 2013/26779-4; FAPESP 2014/02199-1; CNPq 1 2 10 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ALVEOLOPLASTIA: REVISÃO DE LITERATURA Mariana Lena Sassi1 Nathália Nitsche 1 Tuane Mertz 1 Ricardo Augusto Conci 2 Geraldo Luiz Griza 2 Modalidade: Revisão de Literatura RESUMO: Atualmente são exigidas alternativas para uma correta reabilitação oral do paciente odontológico, considerando as inúmeras possibilidades de tratamentos protéticos e colocação de implantes após exodontia. A alveoloplastia é uma manobra cirúrgica que consiste na remoção de irregularidades do rebordo alveolar visando sua reabilitação, assim no trans-operatório das exodontias simples e complexas o Cirurgião-Dentista deve estar atento à preservação dos elementos anatômicos principalmente do rebordo alveolar, não deixando de remover as irregularidades ósseas que por ventura estejam presentes. São encontradas diversas classificações e técnicas: simples, corretora, intrasseptal e associada a prótese imediata. Sua indicação é basicamente pré-protética, estética e visa reparação tecidual, diminuindo a reabsorção óssea pós-operatória, além ser utilizada para facilitar a remoção de um elemento dental. Suas características a qualificam como uma técnica vantajosa e de extrema importância na rotina clínica. Frisamos a correta indicação para sucesso do tratamento final, objetivando promover a satisfação do paciente e do profissional. Palavras- chave: Alveoloplastia, reabilitação, cirurgia pré-protética. INTRODUÇÃO Nos tempos atuais, são requeridas alternativas para uma correta reabilitação oral do paciente odontológico, tendo em vista as inúmeras possibilidades de tratamentos protéticos e colocação de implantes após exodontia. Desse modo no trans operatório das exodontias simples e complexas o cirurgião dentista deve estar atento a preservação dos elementos anatômicos principalmente do rebordo alveolar, não deixando de remover as irregularidades ósseas que por ventura estejam presentes para o total sucesso do tratamento final. A alveoloplastia pode ser definida como uma correção de irregularidades ósseas dos rebordos alveolares através de excisão de parte do processo alveolar (MARZOLA, 2008). Vem sendo utilizada principalmente para cirurgia pré protética, para facilitar a extração dental ou para correções estéticas dos maxilares. Podem ser classificadas em conservadoras, estabilizadoras ou simples, aquelas praticadas no momento das exodontias para remoção de espículas ósseas resultantes da extração, diagnosticadas pela palpação bidigital. As corretoras ou radicais são utilizadas naqueles casos em que a colocação da prótese é dificultada por proeminências alveolares, sendo necessária a reparação para resultado satisfatório. Já as alveoloplastias intrasseptais contemplam a retirada de uma porção do septo interdental ósseo, fraturando a tábua óssea vestibular e aproximando-a da tábua óssea lingual. Por fim a alveoloplastia para prótese imediata visa confecção de guia cirúrgico para remoção de interferências ósseas na prótese (MARZOLA, 2008). A alveoloplastia tem se demonstrada uma ótima e eficiente técnica, já que estudos demonstraram que a reabsorção óssea ocorrida no processo de reparo é menor quando esta é realizada. 11 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Nosso trabalho tem por objetivo realizar um estudo sobre as alveoloplastias, classificando-as e discutindo as variadas técnicas e indicações, bem como as vantagens e desvantagens a ela aliadas. OBJETIVOS Tecer considerações sobre a manobra cirúrgica de regularização do rebordo alveolar que é denominada alveoloplastia. Demonstrar as diversas classificações e técnicas, sendo elas: simples, corretora, intrasseptal e associada a prótese imediata. Salientar sobre sua indicação que é basicamente pré-protética, estética visando reparação tecidual, diminuindo a reabsorção óssea pós-operatória, bem como as vantagens e desvantagens a ela aliadas REVISÃO DE LITERATURA Para a técnica cirúrgica de correção dos rebordos alveolares dá-se o nome de alveoloplastia. Por muito tempo utilizou-se o termo alveolectomia, porém esta manobra cirúrgica visa a plástica ou correção do alvéolo, por isso o termo mais adequado e atual tem sido alveoloplastia (MARZOLA, 2008). Destina-se a colocar os maxilares em melhores condições e evitar pequenas irregularidades ósseas que ocasionam danos tanto para os pacientes como para o cirurgião dentista na resolução dos casos, devolvendo a estética e facilitando a mecânica da prótese (MARZOLA, 2008). Esta cirurgia tem como objetivos: favorecer a reparação tecidual; preparação do rebordo para receber uma prótese; obter uma superfície óssea regular; devolver ao tecido ósseo alveolar um contorno adequado em toda sua extensão, podendo ser utilizada para facilitar a remoção de um elemento dental ou para corrigir as irregularidades do rebordo alveolar provocadas pela exodontia de um ou mais dentes (GREGORI, 1996 e MARZOLA, 2008), além desses Veeramalai et al., (2012) no artigo intitulado Pre-prosthetic surgery: Mandible, também cita que a alveoloplastia é uma técnica cirúrgica importante para a adaptação de próteses, além de proteger o nervo mentual impedindo que o mesmo seja comprimido e o paciente sinta dor. Segundo Willard, (1853 apud MARZOLA, 2008, p. 439) historicamente a alveoloplastia é conhecida por mais de um século. Em 1876 foi registrada a primeira cirurgia de correção do alvéolo, realizada por Beers (1876 apud MARZOLA, 2008, p. 439) nomeada “tratamento heróico” na qual grandes porções do processo alveolar, septos e/ou paredes dos alvéolos eram removidas com o fórceps com a intenção de remodelação do arco dental (MARZOLA, 2008). Já no ano de 1920, Shearer (1920 apud MARZOLA, 2008, p. 439) publicou a chamada “alveolectomia externa” que foi utilizada para eliminação de lesões patológicas alveolares e para adequada instalação de próteses. Com a técnica empregada por Dean (1936 apud MARZOLA, 2008, p. 439) conhecida como “alveolectomia intrasseptal” foram reconhecidos os problemas de reabsorção óssea após alveoloplastia, nesse mesmo período foi utilizado uma técnica de preservação da córtex labial através de uma fratura dessa tábua. Modificações foram recomendadas por Obwegeser (1966 apud MARZOLA, 2008, p. 444) ao fraturar corticais labial e palatina em casos graves de protrusões maxilares (MARZOLA, 2008). Durante a exodontia o cirurgião dentista deve estar atento a estrutura dos rebordos visando a instalação de uma futura prótese, por isso se faz necessário a alveoloplastia, tendo em vista o cuidado com a quantidade de osso que quando possível deve ser conservada. Atualmente a demanda por implantes tem aumentado significativamente sendo assim é importante a preservação óssea para adaptação dos mesmos (MARZOLA, 2008). As indicações da alveoloplastias são basicamente pré protéticas, ao se observar um rebordo alveolar irregular, com saliências ósseas ou invaginações devido a extrações múltiplas 12 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ou mutilação dos alvéolos; quando a dimensão vertical não for suficiente para montagem dos dentes devido a rebordos anormalmente grandes; quando há desarmonia facial pela protrusão dos maxilares deixando o lábio distendido; quando ao sorrir o paciente mostre uma porção do rebordo mesmo tendo altura normal em conseqüência de lábio superior curto; em correções de rebordo residual do túber da maxila; em prognatismos maxilares sem possibilidade de remoção cirúrgica conservadora. Em muitos desses casos pode-se utilizar a cirurgia ortognática para prevenir grandes mutilações dos rebordos alveolares (GREGORI, 1996 E MARZOLA, 2008). Hupp et al., (2009) afirma que quando um rebordo em forma de lâmina de faca está presente na mandíbula sua porção superior afilada deve ser removida. Segundo Hupp et al., (2009) a compressão das paredes laterais do alvéolo dentário após a remoção de um elemento dental é a forma mais simples de alveoloplastia, nesses casos essa manobra já promove o contorno adequado do osso subjacente deixando o mesmo regular. Quando múltiplas irregularidades são encontradas é necessário um recontorno mais extenso e ainda quando a indicação é de remoção de todos os dentes do arco a alveoloplastia é realizada após a extração. As alveoloplastias podem ser divididas em conservadoras, estabilizadoras ou simples; corretoras ou radicais; intrasseptais; alveoloplastia para prótese imediata. Alveoloplastia conservadora, estabilizadora ou simples: essa classificação se refere a alveoloplastias praticadas no momento das exodontias e ao verificar a presença de espículas ósseas salientes que não foram removidas no momento da extração dentária, visando a reparação da ferida cirúrgica. Após a remoção de um ou mais elementos dentais é necessário verificar a presença de irregularidades na superfície da crista óssea dos alvéolos bem como o contorno das tabuas ósseas vestibular e lingual através da verificação tátil e reposicionando a mucosa gengival divulsionada a sua posição inicial. A regularização é praticada pelo uso de osteótomo, cinzel, instrumentos rotatórios e principalmente lima para osso que deve ser sempre utilizada posteriormente. Após a remoção das irregularidades a superfície óssea alveolar deve estar regular com contorno em “U”. Em seguida, a região deve ser curetada e após a irrigação com soro fisiológico, faz-se a sutura. Rotineiramente esse tipo de alveoloplastia é muito utilizado na clínica cirúrgica principalmente quando encontram-se molares isolados nos rebordos alveolares (GREGORI , 1996 E MARZOLA, 2008). Alveoloplastia corretora ou radical: esse tipo é indicado nos casos em que a colocação da prótese é dificultada por proeminências alveolares que são frequentemente encontradas nas porções ósseas anteriores do maxilar; para colocação de próteses imediatas quando for necessário fazer a correção da superfície dos maxilares; para obter distribuição das forças mastigatórias na utilização de próteses; e em casos de graves prognatismos maxilares (GREGORI, 1996 E MARZOLA, 2008). Conforme Marzola, (2008) a técnica consiste em anestesia seguindo os princípios gerais seguida de incisão de Newman, as papilas são incisadas e o retalho descolado, se necessário faz-se a exodontia podendo ser utilizada a alveolectomia parcial para facilitá-la impedindo a fratura da tábua óssea vestibular. Após a extração do elemento dental realiza-se a alveoloplastia com pinça goiva eliminando uma quantidade de osso variável seguido de limagem, irrigação com soro fisiológico e curetagem da região, finalmente reposiciona- se os retalhos corrigindo sua superfície gengival e confecciona-se a sutura contínua festonada. Suturas contínuas são menos irritantes e permitem melhor higiene pós operatória devido a ausência de nós cirúrgicos e as extremidades do tecido permanecerem frouxas. O fio de sutura deve ser reabsorvível para aumentar a força de tensão e aproximar o tecido através da margem da ferida (HUPP et al., 2009). De acordo com Gregori (1996) a técnica inicia com a anestesia preconizada para cada nervo da região a ser corrigida, na sequência realiza-se uma incisão na região anterior do maxilar ou da mandíbula retilínea na porção intermediária da crista óssea alveolar, com uma ou duas incisões obliquas em direção ao fundo de sulco, nas porções posteriores apenas uma incisão 13 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 oblíqua proximal. Posteriormente é feita a alveoloplastia com pinça goiva, cinzel e martelo ou instrumentos rotatórios sendo sempre complementada ao final com o uso de lima para osso. A porção sobrante de tecido gengival é removida, com pinça de dissecação, apreende-se o retalho que pode ser removido com bisturi ou tesoura. A sutura preconizada por este autor deve iniciar no ângulo formado pelas incisões retilínea e obliqua. Alveoloplastia intra-septal: está indicada para qualquer rebordo que demande eliminação de grande quantidade de osso (MARZOLA, 2008), mais bem utilizada em rebordos relativamente regulares e de altura adequada (HUPP et al., 2009). Para Marzola (2008) consiste em retirar uma porção do septo interdental ósseo com pinça goiva e fraturar a lâmina óssea vestibular com descoladores na região de sua maior projeção, após é feita compressão bidigital para aproximação das tábuas ósseas preservando o periósteo e irrigação local. Já Hupp et al. (2009) afirma que a tábua óssea vestibular deve ser fraturada através da pressão digital, se necessário um pequeno corte vertical na tábua óssea vestibular realizado por brocas e osteótomos sem perfuração da mucosa é realizado. Uma modificação foi introduzida na técnica original, utilizando broca para realizar a fratura da lâmina óssea vestibular diminuindo o risco de fratura em local inadequado, a lâmina óssea seccionada não é retirada, mas comprimida com a lâmina lingual diminuindo a saliência. Este osso seccionado atua como um enxerto autógeno produzindo ótimos resultados sem grandes eliminações de osso e periósteo. Tem como vantagens redução da proeminência vestibular do rebordo sem redução de altura; manutenção da inserção do periósteo reduzindo reabsorção e remodelação óssea pós operatória; a não movimentação da inserção muscular na área do rebordo nesse procedimento . O risco dessa técnica é o osso fraturado atuar raramente como sequestro, funcionando como irritante aos tecidos sendo expulso pelo organismo, como conseqüência o paciente ficaria sem rebordo (MARZOLA, 2008). Hupp et al., (2009) aponta como principal desvantagem a diminuição de espessura do rebordo, podendo prejudicar futura colocação de implantes sendo necessário o cauteloso planejamento da técnica. Alveoloplastia e prótese imediata: primeiramente necessita-se de um preparo prévio dos maxilares e registros importantes para colocação da prótese. Dois tipos de cirurgias preliminares podem ser realizadas, uma delas advoga as extrações de todos os dentes no ato da colocação da prótese gerando traumatismo muito grande para o paciente (RODE, 1987 apud MARZOLA, 2008, p. 445). A outra segundo Tamaki e Cerveira Neto (1964 e 1987 apud MARZOLA, 2008, p. 445), preconiza realização de extração dos dentes posteriores em uma primeira cirurgia, possibilitando correta moldagem da região posterior após 30 a 60 dias do ato cirúrgico, e não prejudicando o paciente esteticamente. O mesmo deverá retornar no correto prazo para confecção das próteses através de um guia cirúrgico que consiste em uma moldeira de resina incolor que ao entrar em contato com os elementos anatômicos servirá para orientar a quantidade de osso a ser eliminada nos locais que se apresentam isquêmicos ou então, a prótese poderá ser confeccionada em resina incolor sem necessidade do guia cirúrgico. O protético eliminará os dentes no modelo de gesso e desgastará no modelo a mesma porção a ser desgastada no osso no ato cirúrgico. Com o guia cirúrgico em mãos faz-se a extração dos dentes anteriores com alveoloplastia conservadora e imediatamente instala-se as próteses sem retira-las nas primeiras 24 ou 48 horas (MARZOLA, 2008). Foram realizados estudos por Johnson (1964 apud MARZOLA, 2008, p. 445) com relação ao processo de reparo para observar a quantidade de reabsorção ocorrida nos maxilares após alveoloplastias, tendo sido constatado que rápida redução tanto na altura como na largura ocorre nos maxilares após extração e colocação de próteses imediatas (MARZOLA, 2008). Na comparação do grupo que realizou alveoloplastias com o que ocorreu um reparo normal, no primeiro a reabsorção foi significativamente menor e mostrou menos média de reabsorção após um ano. No processo de reparo de alveoloplastias intrasseptal ocorreu menor redução do processo alveolar comparado com alveoloplastias conservadoras (MARZOLA, 2008). 14 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DISCUSSÃO Os autores de nossas referências concordam ao conceituar alveoloplastia como uma exérese de uma porção óssea alveolar. Quanto as indicações, Hupp et al., (2009); Marzola, (2008) e Gregori (1996) consentem uma delas ser pré protética, Marzola, (2008) afirma também a utilização da técnica para correções estéticas menos invasivas e auxilio na exodontia. Veeramalai et al., (2012) aponta ser realizada também visando a proteção do nervo mentual. Apenas Hupp et al., (2009) cita que a forma mais simples de alveoloplastia consiste na compressão bidigital das paredes do alvéolo, após extração dentária. Em relação a classificação, os autores discordam, Hupp et al., (2009) descreve apenas alveoloplastia associada a extração múltipla e alveoloplastia intrasseptal, já Marzola, (2008) propõe quatro classificações sendo elas: alveoloplastia conservadora ou simples, alveoloplastia corretora ou radical, alveoloplastia intrasseptal e alveoloplastia e prótese imediata. Gregori (1996) advoga duas classificações: estabilizadora e corretora. Com referência a técnica cirúrgica todos os autores coincidem em relação ao uso de instrumentos rotatórios, osteótomo e lima para osso para realização da alveoloplastia bem como curetagem, irrigação com soro fisiológico e eliminação de bordos sobrantes do retalho mucoperiosteal. A respeito da incisão, Hupp et al., (2009) preconiza incisão linear ao longo do rebordo e confecção de relaxantes se necessário. Marzola, (2008) entende que a incisão deve ser a de Newman. Gregori, (1996) propõe incisão monoangular para regiões posteriores e mono ou biangular para anteriores. Sobre sutura Hupp et al., (2009) e Marzola, (2008) concernem o uso de sutura contínua. Gregori, (1996) apresenta o uso de pontos simples isolados. Marzola, (2008) e Hupp et al., (2009) sugerem que a reabsorção óssea após a realização de alveoloplastias é melhorada a longo prazo em comparação a cirurgias em que essa técnica não é utilizada. Referente as desvantagens Hupp et al., (2009) cita que a principal é a diminuição de espessura do rebordo alveolar visto que a forma de reabilitação mais quista atualmente é a colocação de implantes. E Marzola, (2008) aponta como única inconveniência a lâmina fraturada na técnica intrasseptal funcionar como seqüestro. CONCLUSÃO Este trabalho buscou através do estudo realizado mostrar a importância da técnica de alveoloplastia. Por meio da correta indicação da técnica se torna possível corrigir irregularidades do rebordo alveolar visando melhor reabilitação do paciente além de facilitar a extração dentária diminuindo o trauma. Concluímos então, que o trabalho proposto foi muito válido para compreensão e aprofundamento desse tema dado que esta técnica se faz necessária na rotina da prática cirúrgica devendo ser realizada pós extração dentária carecendo de uma perfeita cicatrização do rebordo, de contorno adequado para posterior reabilitação, aliando estética e função de maneira simples e descomplicada. Entendemos que, as distintas classificações nos guiam a utilizar corretamente a técnica seguindo os princípios cirúrgicos preconizados auxiliando a satisfação profissional e a do paciente, além de diminuir a reabsorção óssea em relação ao tempo em contraste com cirurgias normais. Cumprimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto e diante da dificuldade de encontrar material para embasar nossa pesquisa concordamos com nossas referências quando 15 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 estes afirmam a respeito da necessidade de novas publicações concernentes a alveoloplastia, visto que é uma técnica simples e rotineira, porém não frequentemente documentada. REFERÊNCIAS GREGORI, C. Cirurgia Buco-Dento-Alveolar. 2. Ed. São Paulo: Sarvier, p.173-175, 1996. HUPP, J.R. ELLIS, E. TUCKER, M. R. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 5. Ed. Editora Elsevier: Rio de Janeiro, p.317-331, 2009. MARZOLA, C. Fundamentos de Cirurgia Buco Maxilo Facial. v.2, 2008. VEERAMALAI, N. D., KANDASAMY, B., SADASHIVA, B. R., RAMRAJ, J. A. Pre-prothetic surgery: Mandible. Journal of Pharmacy and BioAllied Sciences. v.4, n.2, p.414-416, ago. 2012. _____________________ do 4º ano de odontologia – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [email protected] Docentes da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial, Curso de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Cascavel/PR. 1Acadêmicas 2 16 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 APLICAÇÃO DO GEL BIOADESIVO DE CLOREXIDINA PARA REDUÇÃO DE PLACA BACTERIANA EM FERIDA OPERATÓRIA DE ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR. Marcelo Medeiros Battistetti1 Paulo Sergio da Silva Santos Renato Yassutaka Faria Yaedú Guilherme Degani Battistetti Milena Steluti Marques Modalidade: Pesquisa RESUMO: O enxerto ósseo alveolar secundário é um procedimento cirúrgico que visa reabilitar, entre outras, pacientes portadores de fissura lábio-palatais.Este enxerto é um protocolo de tratamento utilizado no Hospital de Reabilitação Craniofaciais/USP que promove a estabilidade dos segmentos maxilares possibilitando a movimentação ortodôntica e sequência no tratamento reabilitador. Ele tem se apresentado na literatura com bons resultados proporcionando melhora do suporte ósseo aos dentes adjacentes, simetria nasal e fechamento de fistulas buconasais.O ato cirúrgico pode apresentar algumas complicações na ferida operatória como reabsorção do osso enxertado, deiscência de sutura, contaminação do enxerto e necrose de tecido. A busca por um dispositivo terapêutico que possa ser aplicado em feridas e lesões da mucosa oral é um desafio para a Odontologia, com isso algumas formas de minimizar os efeitos infecciosos indesejados tem sido proposta tais como uso de diferentes tipos de retalho e sutura, administração de corticoides, ansiolíticos, aplicação de laser e agentes antimicrobianos. Visando a diminuição dos microrganismos patogênicos, índice de sangramento, edema, bem como acumulo de placa bacteriana e desconforto pós-operatório, foi realizado um estudo com 21 paciente portadores de fissura lábio-palatina unilateral, em 7 deles foram aplicados Gel Bioadesivo de clorexidina 0,2% e nos outros 14 foi utilizado o gel placebo com a finalidade de defender a aplicação de gel bioadesivo de clorexidina 0,2%(Peroxidin Gel Bioadesivo,sedido pelo laboratório espanhol LACER) sobre sutura e ferida operatória na diminuição da inflamação. Palavras-chave: Clorexidina; placa dentária; enxerto ósseo. REFERÊNCIAS: AMANAT N, LANGDON JD. 1991;19(1), Secondary alveolar bone grafiting inf clefts of the lip and palate. J Craniomaxillofac Surg, pp. 7-14. BERGLAND O, SEMB G, ABYHOLM FE. 1986;Elimination of the residual alveolar cleft by secondary bone grafiting and subsequent orthodontic treatment. Cleft Palate J, pp. 175-205. RIBEIRO, L. G., L. N. HASHIZUME & M. MALTZ. 2007;The effect of different formulations of chlorhexidine in reducing levls of mutans streptococci in the oral cavity: a systematic review of the literature. J dent, pp. 35, 359-70. ____________________ 1Profissional, Graduado na Faculdade [email protected] de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. 17 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ÁREA DE ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO TRAUMATOLOGISTA BUCOMAXILOFACIAL, FRENTE A UMA FRATURA DO TERÇO SUPERIOR DA FACE Tiago Nascimento de Moura1 Eleonor Álvaro Garbin Júnior2 Geraldo Luiz Griza3 Natasha Magro Érnica2 Greison Rabelo de Oliveira2 Modalidade: Revisão de Literatura RESUMO: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, os traumas estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade, sendo as lesões de cabeça e pescoço correspondente a 50%. O elevado índice de lesões traumáticas na face é por esta região apresenta-se com maior projeção anterior corporal, resultando em lesões nas estruturas ali presentes. Objetivo: Diante disso o objetivo do presente estudo é tornar clara a área de atuação do cirurgião bucomaxilofacial, em casos de traumatismo do osso frontal. Desenvolvimento: O trauma facial pode ser considerado uma das agressões mais devastadoras, devido às consequências emocionais e também ao impacto funcional que tais traumas causam em um paciente. Geralmente, uma agressão localizada na face não envolve apenas tecido mole e ossos, mas também, por extensão, podem acometer o cérebro, globo ocular, seios da face e dentes. É comum, em um primeiro momento, haver confusão de quem deveria ser solicitado para avaliar esses pacientes, principalmente entre especialistas com áreas de atuação em comum. Devido a isso o sucesso de um bom tratamento pode necessitar de um atendimento multidisciplinar. As fraturas do terço superior da face ocorrem com menor frequência que aquelas do terço médio e inferior, pois compreendem uma região de resistência óssea ao impacto. O acometimento anatômico dos limites da estrutura do osso frontal corresponde o profissional que deverá ser solicitado para o atendimento.Conclusão: Concluindo, a importância do conhecimento anatômico do terço superior da face para a realização tratamento adequado por meio da atuação do cirurgião bucomaxilofacial. Palavras-chave: fratura frontal, bucomaxilofacial. REFERÊNCIAS: BELL, R. B.; DIERKS, E. J.; BRAR, P. et al., A protocol for the management of frontal sinus fractures emphasizing sinus preservation. J. oral Maxillofac. Surg. v. 65, p. 825-39, 2007. MENSINK, G.; ZWEERS, A.; VAN MERKESTEYN, J. P. R. Endoscopically assisted reduction of anterior table frontal sinus fractures. J. Craniomaxillofac. Surg. v. 37, n. 4 e p. 225-8, jun. 2009. PASTORI, C. M.; MARZOLA, C.; SAAB, M. et al., Tratamento cirúrgico de fratura do seio frontal – relato de caso. Rev. Eletr. de Odontog. da Acad. Tiradentes de Odont., v. 8, n. 4, p. 250-63, abr., 2008. __________________________ 1Residentes em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 2Professores 18 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ARTROCENTESE APLICADA À DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR Laís Fernanda Pasqualotto1 Larissa Nicole Pasqualotto2 Ricardo Augusto Conci3 Eleonor Álvaro Garbin Junior4 Natasha Magro Érnica4 Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: As desordens têmporo-mandibulares (DTMs) são patologias complexas, tendo sua etiologia incerta. Causam dor, ruído ou crepitação, desvio mandibular e limitação de abertura. Para o tratamento das disfunções, a terapia conservadora deve ser tentada previamente a qualquer procedimento cirúrgico, e quando esta falha, a primeira escolha é a artrocentese. Sendo considerada uma forma simples de intervenção cirúrgica da ATM, o principal objetivo da artrocentese é o de liberar o disco articular e romper as adesões formadas entre as superfícies deste e a fossa mandibular, por meio de pressão hidráulica. Revisão de Literatura: Pesquisas tem sido realizadas para propor diferentes técnicas com o intuito de definir quando e como empregá-las. Essas técnicas são pouco invasivas, de baixo custo, podendo ser realizadas sob anestesia local, com ou sem sedação, replicáveis e de baixa morbidade. Objetivo: O objetivo deste trabalho,é apresentar os diversos meios para realização da artrocentese, realizando uma revisão de literatura comparando os diversos resultados obtidos nas possíveis técnicas, como: Técnica de Agulha Única (TAU); Cânula de Dupla Agulha (CADA); Cânula Única de Shepard (CAUS); Unidade Concêntrica de Agulhas (UCA) e artrocentese associada a outras modalidades terapêuticas. Conclusão: Concluindo assim que é necessário o conhecimento das técnicas associado ao grau da disfunção e as características de cada paciente, a artrocentese pode nos levar ao sucesso terapêutico. Palavras-chave: artrocentese; disfunção temporomandibular, articulação temporomandibular REFERÊNCIAS: BRENNAN, P.A, ILANKOVAN, V. Arthrocentesis for temporomandibular joint pain dysfunction syndrome. J Oral Maxillofac Sug. 2006; 64: 949-51. NITZAN, D.W, DOLWICK, M.F, MARTINEZ, G.A. Temporomandibular joint arthrocentesis: a simplified treatment for severe, limit mouth opening. J Oral Maxillofac Surg. 1991;49(11):1163-0. NITZAN, D.W. Rationale and indications for arthrocentesis of the temporomandibular joint. Alpha Omegan.2003; 96: 5-63. ____________________ do 5º ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. e-mail: [email protected] 2 Residentes em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná 3 Professor Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná 4Professores Doutores em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 1Acadêmica 19 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CIRURGIA ORTOGNÁTICA ASSOCIADA A ENXERTO AUTÓGENO: RELATO DE CASO Bruna de Rezende Marins1 Greison Rabelo de Oliveira2 Natasha Magro Érnica2 Geraldo Griza3 Eleonor Álvaro Garbin Jr2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico que visa o tratamento de deformidades dentomaxilofaciais, as quais não são possíveis de serem tratadas somente através da ortodontia. É uma cirurgia com finalidade de correções funcionais e estéticas da face. Objetivos: O objetivo desse trabalho é de relatar um caso clínico de cirurgia ortognática em paciente com má oclusão Classe III de Angle com mordida aberta esquerda e laterognatismo mandibular para esquerda. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 46 anos de idade, procurou atendimento no serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da UNIOESTE/HUOP com a queixa principal de ““dificuldade mastigatória e apnéia do sono”. No exame clínico foi observado má oclusão Classe II de Angle com cant oclusal. Foi realizado preparo ortodôntico com finalidade de descompensação para cirurgia ortognática. A cirurgia ortognática de avanço bimaxilar com extrusão da maxila do lado esquerdo para correção do cant oclusal presente. No gap foi utilizado enxerto interposicional autógeno de ilíaco. Conclusões: Observou-se que a cirurgia ortognática de avanço maxilomandibular para a correção do retrognatismo produziu um aumento das vias aéreas tratando a apnéia do sono do paciente. A utilização do enxerto interposicional foi fundamental para proporcionar maior estabilidade do movimento cirúrgico diminuindo os riscos de recidiva do tratamento. Palavras-chave: cirurgia ortognática; má oclusão; enxerto autógeno. REFERÊNCIAS: PROFFIT WR, WHITE JR RP, SARVER DM. PREFÁCIO. In: PROFFIT WR, WHITE JR RP, SARVER DM, eds. Tratamento contemporâneo de deformidades dentofaciais. Porto Alegre:Artmed;2005. p.7 ARAUJO, A. M.; ARAUJO, M. M.; ARAUJO, A. Cirurgia ortognática – solução ou complicação? Um guia para o tratamento ortodôntico-cirúrgico. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 5, p. 105-122, set./out. 2000. ARNETT, W. G., BERGMAN, R. I. Facial keys to orthodontic diagnosis and treatment planning. Part I. Am J Orthod Dentofac Orthop, St. Louis, v. 103, n. 4, p. 299-312, 1993. ____________________ 1Residentes em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [email protected]. 2Professores Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 20 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CISTO DENTÍGERO: RELATO DE CASO CLÍNICO Évelyn Farias1 Greison Rabelo de Oliveira2 Natasha Magro Érnica2 Geraldo Griza3 Eleonor Álvaro Garbin Jr2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O cisto dentígero se origina pela separação do folículo da coroa de um dente incluso. É o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento. Patogênese desconhecida, mas, aparentemente desenvolve-se pelo acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa dental. Envolvem mais frequentemente terceiros molares inferiores, seguidos de caninos superiores, terceiros molares superiores e segundos pré-molares inferiores. Objetivos: Relato de caso, ressaltando os aspectos clínicos e radiográficos iniciais que nortearam a escolha do tratamento adequado, evoluindo com bom prognóstico e regressão das lesões císticas. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 8 anos, encaminhada ao serviço de CTBMFUNIOESTE devido a presença de múltiplas lesões radiolúcidas nos maxilares descobertas em radiografia panorâmica, realizada partindo-se da queixa de atraso na erupção dentária. Realizouse punção aspirativa nos respectivos sítios diagnosticando-se múltiplos cistos dentígeros. Fezse exodontia de diversos elementos dentais decíduos na tentativa de extravasamento de líquido cístico e erupção dos permanentes, ulectomias e instalação de drenos para realização de descompressão cística. Em função do insucesso na erupção do 37 e 47 e devido ao risco de fratura patológica, solicitou-se ao ortodontista, em acompanhamento, colocação de bandas soldadas posteriores ao 36 e 46 para suportar dreno cirúrgico, com sucesso na diminuição da lesão no 47, porém, mais evidente no 37. Conclusão: Após diagnóstico e avaliação da lesão o profissional deve propor o melhor plano de tratamento para a resolução da mesma, de maneira menos traumática ao paciente. Ressalta-se a importância do trabalho interdisciplinar para alcançar um bom prognóstico. Palavras-chave: cisto dentígero; descompressão; dreno cirúrgico. REFERÊNCIAS: CALIENTO, R.; MANNARINO, F. S.; VIEIRA, E. H. Cisto dentígero: modalidades de tratamento. Revista de Odontologia da UNESP, Araraquara, Vol. 42, nº 6, Nov/Dez 2013. NEVILLE, B. W.; DANN, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral e Maxilo-facial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 566-569. VAZ, L. G. M.; RODRIGUES, M. T. V.; JUNIOR, O. F. Cisto dentígero: características clínicas, radiográficas e critérios para o plano de tratamento. Revista Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre, Vol. 58, nº1, Fev/Mar 2010. ____________________ 1Acadêmica do 3º ano, UNIOESTE, [email protected] Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 2Professores 21 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CISTO PERIAPICAL EM DENTIÇÃO DECÍDUA – RELATO DE CASO CLÍNICO Isabela Pickler Bonetti1 Greison Rabelo de Oliveira2 Eleonor Álvaro Garbin Júnior2 Geraldo Luiz Griza3 Natasha Magro Érnica2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O cisto periapical, um dos cistos odontogênicos, é um cisto inflamatório, com etiologia relacionada ao epitélio do ápice de um dente que sofreu intensa inflamação com posterior necrose pulpar. Normalmente desenvolve-se de forma lenta sem tornar-se muito grande, geralmente é assintomático e encontrado em radiografias de rotina, porém se houver grande expansão pode provocar dor e edema. Ele é considerado o cisto odontogênico mais comum em maxila e mandíbula, porém em dentes decíduos são comparativamente raros. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de cisto periapical associado a dente decíduo, e sua abordagem terapêutica. Relato de caso: Paciente, 7 anos de idade, gênero masculino, foi encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da UNIOESTE, com queixa de tumefação do lado esquerdo inferior de sua face. Ao exame radiográfico detectou-se presença de lesão unilocular com limites bem definidos na região de corpo mandibular envolvendo o elemento 35. Realizou-se uma aspiração do líquido cístico, exodontia dos elementos 74 e 75, biópsia da cápsula cística e instalação de dreno. Ao exame anatomopatológico confirmou-se diagnóstico de cisto periapical. No acompanhamento radiográfico notou-se regressão do cisto, cicatrização satisfatória, neoformação óssea na região e erupção do pré-molar envolvido. Conclusão: A descompressão mostrou-se efetiva no tratamento de cisto periapical. Palavras-chave: cisto periapical; descompressão, decíduo. REFERÊNCIAS: PEREIRA, J.S., et al; Cisto periapical de grande extensão: relato de caso. Rev. Cir. Traumatol. BucoMaxilo-Fac., Camaragibe v.12, n.2, p. 37-42, abr./jun. 2012. LAMBA, G.; RAVI, G, R. Replantation of displaced underlying successor and marsupialization of radicular cyst associated with a primary molar. International Journal of Clinical Pediatric Dentistry, v.8, n.1, p. 70-74, January-April 2015. ________________________ 1Acadêmica de Odontologia da UNIOESTE, [email protected] 2Professores Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 22 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 COMPLICAÇÕES PÓS EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES Rafael Cozer1 Kaohana Thais da Silva2 Geraldo Luiz Griza3 Ricardo Augusto Conci4 Natasha Magro Érnica4 Modalidade: Revisão de Literatura Introdução: A exodontia de terceiro molar é uma prática comum em Odontologia. Como os terceiros molares são os últimos dentes a entrar em erupção devido à redução do espaço entre o segundo molar inferior e ramo da mandíbula, na maioria das vezes este dente pode estar retido ou impactado. A proximidade do terceiro molar com estruturas anatômicas importantes como nervo alveolar inferior, posição da linha oblíqua, seio maxilar, além de fatores relacionados ao paciente, como a idade por exemplo, tornam o procedimento mais vulnerável para complicações pós-operatórias. Objetivos: Através de uma revisão de literatura, quantificar as principais complicações pós-cirúrgicas relacionadas à exodontia de terceiros molares, na tentativa de elucidar questões relacionadas, visando diminuição da incidência dessas complicações, com menor morbidade ao paciente. Revisão de literatura: Abordar as complicações pós exodontia de terceiros molares como trismo, comunicação buco-sinusal, infecção local, alveolites, dor pósoperatória, edema, parestesia, fratura de mandíbula, entre outros. Conclusão: A cirurgia de terceiros molares é realizada com grande frequência, com grau de dificuldade e considerações anatômicas que podem levar a sérias complicações. O cirurgião deve estar atento e ter conhecimento necessário para realizar a exodontia desse dente, pois quanto maior a complexidade do caso, maior a possibilidade de ocorrer uma complicação pós-cirúrgica. Palavras-chave: Terceiro molar, acidentes e complicações, exodontia. REFERÊNCIAS: ROBERT, D. M. Complications of Third Molar Surgery and their management. Atlas Oral Maxillofacial Surg Clin. v.20, p.233-251; 2012. MARZOLA, C. Fundamentos de cirurgia e traumatologia buco maxilo facial. São Paulo: Ed. Bigforms. v.6; 2008. HALPERN, L; DODSON, T. Does prophylactic administration of systemic antibiotics prevent postoperative inflammatory complications after third molar surgery? J Oral Maxillofac Surg. v.65, n.2, p.177-185; 2007. ____________________ 1Aluno do curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE [email protected] em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. 3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 4Professores Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 2Residente 23 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO ANDROID PARA O PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE AVULSÃO DENTAL Nathaly Dias Morais1 Evandro Reynard2 Paulo Henrique Tomazinho3 Denise Piotto Leonardi4 Flávia Sens Fagundes Tomazinho5 Modalidade: Pesquisa RESUMO: A avulsão dental é um dos traumas dentais mais frequentes, representando de 1%16% dos traumas na dentição permanente. Para a manutenção de um dente permanente avulsionado, o reimplante imediato é o tratamento ideal, mas nem sempre é realizado. Assim, o conhecimento sobre como realizar o reimplante imediado do dente permanente ou os meios de armazenamento do órgão dental que aumentam os indices de sucesso do reimplante mediato são fundamentais. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um aplicativo Android com informações para orientação da população frente a avulsão dental e acesso ao cirurgião dentista ao protocolo de tratamento da avulsão dental desenvolvido pelo Centro de Trauma Dental da Universidade Positivo. Foi desenvolvido um Aplicativo Android que se caracteriza por um conjunto de conteúdo (HTML, JavaScript e CSS) para a população geral e outro para o cirurgião dentista. Esses aplicativos estão disponíveis para download gratuito na loja de aplicativos do Google a Google Play. Palavras-chave: avulsão dental, meios de armazenamento, trauma dental REFERÊNCIAS: AL-OBAIDA, M. Knowledge and management of traumatic dental injuries in a group of Saudi primary schools teachers. Dental Traumatology, v. 26, n.4, p. 338-341, 2010. CASAROTO, A. R.; HIDALGO, M. M.; SELL, A. M.; FRANCO, S. L.; CUMAN, R. K.; MORESCHI, E.; VICTORINO, F. R.; STEFFENS, V. A.; BERSANI-AMADO, C. A. Study of the effectiveness of propolis extract as a storage médium for avulsed teeth. Dental Traumatology, v.26, n. 4, p.323-331, 2010. FLORES, M. T.; ANDERSSON, L.; ANDREASEN, J. O.; BAKLAND, L. K.; MALMGREN, B.; BARNETT, F.; BOURGUIGNON, C.; DIANGELIS, A.; HICKS, L.; SIGURDSSON, A.; TROPE, M.; TSUKIBOSHI, M.; VON ARX, T. International Association of Dental Traumatology. Guidelines for the management of traumatic dental injuries. II. Avulsion of permanent teeth. Dental Traumatology, v.23, n.3, p.130-136, 2007. ____________________ 1 Especialista, Universidade Positivo, [email protected] 2 Graduado, Universidade Positivo, [email protected] 3 Mestre, Universidade de São Paulo, [email protected] 4 Doutora, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, [email protected] 5 Doutora, Universidade de Ribeirão Preto, [email protected] 24 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PACIENTES COM FENDAS OROFACIAIS Miriã Lima Nogueira¹ Edimar Rafael de Oliveira Giordano Bruno de Oliveira Marson Modalidade: Revisão de Literatura RESUMO: As fendas orofaciais são consideradas uma das principais má formações da face (Andrade júnior, 2009). Essa fenda é um espaço anormal congênito ou separação que pode ocorrer no lábio superior, no alvéolo, ou no palato, podendo ocorrer isoladamente ou em conjunto (ELLIS, 2009). A etiologia ainda não é bem esclarecida, considerada multifatorial, podendo estar relacionada a fatores hereditários ambientais, deficiência nutricional, exposição a agentes químicos, dentre outros. (Graziosi, 2000; Andrade Júnior, 2009). Objetivo:Avaliar, por meio de revisão de literatura as dificuldades enfrentadas por pacientes com fendas orofaciais. Revisão de literatura: As fendas orofaciais são as anomalias congênitas graves mais comuns da região orofacial, podendo apresentar aparência grotesca, pois as fendas podem ser vistas sentidas e ouvidas, constituindo motivo de aflição para aqueles que a possuem. Associado à fenda somamse uma série de dificuldades, tanto em âmbito social ou funcional, como os problemas dentários, psicológicos, má oclusão, deformidade nasal, alimentação, problemas de ouvido e problemas na fala (ELLIS, 2009; Andrade Júnior, 2009). Discussão: Para o tratamento, diante da série de problemas associados, é necessário um tratamento multidisciplinar, envolvendo o cirurgião dentista, psicólogos, fonoaudiólogos, dentre outros, que nem sempre estão disponíveis (ELLIS, 2009). Conclusão: Diante das séries de dificuldades em âmbito emocional, funcional ou estético enfrentado pelos pacientes portadores das fendas orofaciais torna-se necessário um diagnóstico mais precoce possível no intuito de planejar o melhor e mais rápido tratamento, visando minimizar as sequelas e as dificuldades advindas desta anomalia ao paciente. Palavras chave: cirurgia, fendas orofaciais, anomalias faciais. REFERÊNCIAS : ANDRADE JÚNIOR, C.V. et al. Estudo do índice de malformações oro-faciais em neonatos no hospital geral prado Valadares no município de Jequié- Bahia. Rev. Saúde Com. v.5 n.2 p. 108-115, 2009. GRAZIOSI, M.A.O.C., CASTILHO SALGADO, M.A.,CASTILHO,J.C.M. Epidemiological survey of lip and palete fissure patients. Pós- Grad. Rev. fac. Odontol. São José dos Campos. v.3.n.1 p. 81-87, jan/junho. 2000. ELLIS, E.III. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.p. 575-582. ____________________ ¹Graduanda em odontologia pela Universidade Paranaense sede – Umuarama. [email protected]. 25 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DOENÇA CELÍACA: O QUE O CIRURGIÃO-DENTISTA PRECISA SABER Laís Fernanda Pasqualotto1 Felipe Guerra2 Eleonor Álvaro Garbin3 Natasha Magro Érnica3 Ricardo Augusto Conci4 Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: A doença celíaca é uma desordem intestinal crônica, causada pela intolerância ao glúten. Associado a uma má-absorção e má-digestão dos nutrientes, é caracterizada por uma enteropatia mediada pelo sistema imune. Ela provoca manifestações sistêmicas como anemia e déficit de crescimento e manifestações orais como defeitos no esmalte, úlceras recorrentes, queilite angular e outras. Apesar disso, o cirurgião-dentista ainda falha no correto diagnóstico da doença celíaca. Objetivos: O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura das manifestações orais da doença celíaca, colaborando assim com o correto diagnóstico pelo cirurgião-dentista.Revisão de Literatura: Os sinais da doença celíaca no paciente odontológico ainda é motivo do vasto estudo em busca da associação dos mesmos. Embora haja alternativas alimentares, o meio mais seguro para prevenção da disfunção é a restrição completa do glúten na dieta. É alta a freqüência dos pacientes celíacos que apresentam distúrbios em esmalte, atraso no irrompimento, estomatite aftosa, porém é necessário um estudo mais detalhado dessa associação. Conclusão: É necessário o conhecimento sobre a doença celíaca e sua relação com as manifestações orais, pois apesar dos seus sintomas serem inespecíficos, o cirurgiãodentista pode ser capaz de realizar o correto diagnóstico e realizar o tratamento juntamente com equipe multiprofissional, levando ao sucesso terapêutico. Palavras-chave: Doença Celíaca; complicações bucais; manifestações sistêmicas. REFERÊNCIAS: GUERRA, F. A.; GARBIN JÚNIOR, E. A.; GRIZA, G. L. et al., Manifestações orais da doença celíaca – Revista da Literatura. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 15, n. 2, p. 117-149, fev., 2015. SILVA, P. C.; ALMEIDA, P. D. V.; AZEVEDO, L. R. et al., Doença Celíaca: Revisão. Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.5/6, p. 401-406, jul./dez. 2006 ] ___________________ 1Acadêmica do 5 ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE (e-mail: [email protected]). 2Residente em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial da UNIOESTE. 3 Professores Doutores em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial da UNIOESTE. 4 Professor Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial da UNIOESTE 26 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EFEITO DO ALENDRONATO SOBRE A REPARAÇÃO ÓSSEA ALVEOLAR EM RATAS OSTEOPÊNICAS Caroline Resquetti Luppi1 José Henrique Santana Quinto2 Willian Pecin Jacomacci3 Roberto Kenji Nakamura Cuman4 Gustavo Jacobucci Farah5 Modalidade: Pesquisa RESUMO: A osteonecrose do complexo maxilomandibular é um dos efeitos adversos gerada pelo uso crônico de Bisfosfonatos (classe de medicamentos que diminuem a remodelação óssea, aumentando sua mineralização). No presente trabalho, realizou-se uma pesquisa com o objetivo de avaliação quanto a neoformação óssea. Metodologicamente, quinze ratas foram separadas nos seguintes grupos experimentais: 1) grupo controle (GC) submetido a exodontia e a uma abertura de cavidade em calota craniana preenchida por coágulo e não tratada com Alendronato; 2) grupo osteopênico tratado com Alendronato uma vez por semana durante três semanas e após isso submetido a exodontia do incisivo central superior direito associado a enxerto xenógeno na cavidade aberta em calota craniana (BO); 3) grupo osteopênico submetido a exodontia do incisivo central superior direito, enxerto xenógeno na cavidade aberta em calota craniana e após os procedimentos tratado com Alendronato (OB). Os resultados obtidos pela análise histológica descritiva qualitative demonstraram neoformação óssea nos grupos BO e OB. Entretanto, no grupo BO, foi verificado um epitélio gengival mais fino e reduzido. Assim, os resultados supracitados sugerem que, pacientes osteopênicos em tratamento com Alendronato, com baixa dose e frequência, poderiam ser submetidos a procedimentos odontológicos invasivos, sendo mais indicado que esses pacientes realizem uma avaliação odontológica antes de iniciarem o tratamento medicamentoso, de forma a melhorar o prognóstico e controle dos mesmos. Palavras-chave: Bisfosfonatos, Osteonecrose, Osteoporose. REFERÊNCIAS: FONSECA, F. P. et al. Alendronate-associated osteonecrosis of the jaws: A review of the main topics. Oral Medicine and Pathology. 2013. MARX, R. E. et al. Bisphosphonate-induced Exposed Bone (Osteonecrosis/ Osteopetrosis ) of the Jaws: Risk Factors, Recognition, Prevention and Treatment. J. Oral Maxillofacial Surg. v. 63, p. 1567 – 1575. 2005. RUGGIERO, S. L. et al. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons position paper on bisphosphonate-related osteonecrosis of the jaws -2009 update. J Oral Maxillofac Surg, v. 67, n. 5, p. 212. 2009. ____________________ 1Acadêmica de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail: [email protected]. 2Estagiário em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá. 3 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá. 4 Professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá / Doutor em Farmacologia e Terapêutica Medicamentosa. 5 Professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá / Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. 27 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR SECUNDÁRIO EM PACIENTES PORTADORES DE FISSURAS LÁBIO-PALATAL – RELATO DE CASO CLÍNICO Kaohana Thaís da silva1 Natasha Magro Érnica2 Eleonor Álvaro Garbin Júnior3 Geraldo Luiz Griza4 Ricardo Conci5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Para completa reabilitação do paciente portador de fissura lábio palatal, é necessária intervenção de uma equipe multidisciplinar constituída de cirurgiões plásticos, dentistas, fonoaudiólogos, dentre outros. O enxerto ósseo alveolar secundário representa papel importante no processo de reabilitação de tais pacientes. Esse enxerto pode ser realizado em qualquer idade, apresentando melhores resultados quando executado entre 7 e 12 anos. A crista ilíaca é a área doadora mais comumente empregada em virtude da facilidade de acesso para obtenção do enxerto, quantidade de osso abundante e, quando integrado à região da fissura, permitir a movimentação ortodôntica e irrompimento dentário. Objetivos: Relatar um caso clínico de paciente portador de fissura lábio-palatal que recebeu enxerto ósseo alveolar secundário. Relato de caso: Paciente F. F., 16 anos, gênero masculino, leucoderma, acompanhado no Centro de Atenção e Pesquisa de Anomalias Crânio Faciais (CEAPAC) para tratamento multidisciplinar de fissura lábio-palatal, apresentou necessidade de enxerto ósseo em região alveolar para dar continuidade a movimentação ortodôntica. Foi realizado enxerto autógeno de crista ilíaca, e após 6 meses, com o enxerto incorporado, o tratamento ortodôntico prosseguiu. Conclusão: O enxerto ósseo alveolar secundário contribui no processo de reabilitação dos pacientes, por permitir preenchimento do defeito ósseo residual causado pela fissura, favorecendo o tratamento ortodôntico mais propício. Palavras-chave: fissura lábio-palatal, enxerto ósseo. REFERÊNCIAS: RUSSELL, Kathleen et al. A Multicenter Study Using the SWAG Scale to Compare Secondary Alveolar Bone Graft Outcomes for Patients With Cleft Lip and Palate. The Cleft Palate-Craniofacial Journal, 2015. PATERSON, Michael et al. Secondary Alveolar Bone Grafting (CLEFTSiS) 2007-2010. The Cleft PalateCraniofacial Journal, 2015. ____________________ em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] 2Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor College Of Dentistry Texas A M University. 3Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 4Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 5Doutorando em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS 1Residente . 28 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EXODONTIA DE DENTES INCLUSOS EM PACIENTE COM SÍNDROME DE DOWN REALIZADA NO CENTRO DE ESPECIALIDADE ODONTOLÓGICAS DA UNIPAR Letícia Nadal1 Mariana Giongo Vargas2 Soliana Marchiore2 Luís César Lopes3 Eliana Cristina Fosquiera4 Modalidade: Caso clínico Resumo:Dentes inclusos são aqueles que ficam retidos no interior do tecido ósseo e que não irrompem na época normal. Relato de caso: Paciente de 33 anos, portadora da Síndrome de Down, foi encaminhada ao Centro de Especialidades Odontológicas da UNIPAR, para exodontia do canino permanente superior e inferior incluso (13 e 43). Na anamnese não foi detectado alteração sistêmica, sendo administrada medicação pré-operatória. Após anestesia local, realizou-se a incisão triangular monoangular na região inferior, em seguida o descolamento mucoperiostal para iniciar a osteotomia. Ao localizar o elemento, ampliou-se a osteotomia expondo a coroa do elemento 43 incluso. Efetuou-se a odontosecção e em seguida, utilizando um extrator apical, o elemento foi clivado e extraído. Após,foram realizados os devidos cuidados com o alvéolo e sutura. No arco superior, após a anestesia local, foi realizada incisão triangular monoangular na face vestibular, descolamento mucoperiostal,expondo a taboa óssea vestibular, onde já verificou-se a presença do dente para iniciar a osteotomia que foi efetuada com cinzel à pressão manual bem como o seccionamento da porção impacta. Utilizando um extrator apical número 304 o elemento foi clivado e extraído. Foram realizados os cuidados com a cavidade óssea, sutura final e instruções pós-operatórias ao responsável. Conclusão: Os pacientes portadores de Síndrome de Down, por apresentarem cavidade oral reduzida, estão mais susceptíveis a inclusão dental. É de grande importância a detecção precoce de dentes impactados para prevenir lesões patológicas, como o cisto dentígero, reabsorção dos dentes adjacentes e reabsorção óssea no caso de formação de cistos. Palavras-chave: Caninos inclusos; Síndrome de Down; Exodontia. REFERÊNCIAS BERTHOLD, T. B., ARAUJO, V. P. D., ROBINSON, W. M. et al., Síndrome de Down: aspectos gerais e odontológicos. Rev. ciênc. méd. biol, v. 3, n. 2, p. 252-260, 2004. BRITTO, A. M., FRAGA, C. F. F., GOURSAND, D. et al., Impactação de caninos superiores e suas consequências: Relato de caso clínico. J Brass Orthodon Ortop Facial. p. 453-459. 2003. CARVALHO, A. C. A. D.; CAMPOS, P. S. F.; CRUSOÉ-REBELLO, I. Síndrome de Down: aspectos relacionados ao sistema estomatognático. Rev Ciên Méd e Biol, v. 9, n. 1, p. 49-52, 2010. ____________________ Aluna do curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor da ABO. Universidade Paranaense – UNIPAR. Email: letí[email protected] 2Cirurgiã-Dentista, Graduada na Universidade Paranaense – UNIPAR 3Cirurgião-Dentista, especialista. Docente da Universidade Paranaense. 4Cirurgiã-Dentista, Mestre em Clínica Multidisciplinar e Doutoranda em Estomatologia. Docente da Universidade Paranaense – UNIPAR. 1Cirurgiã-Dentista, 29 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EXODONTIA DE TERCEIRO E QUARTO MOLARES RETIDOS Felipe Aurélio Guerra1 Geraldo Luiz Griza2 Eleonor Alvaro Garbin2 Natasha Magro Érnica2 Ricardo Augusto Conci2 Modalidade: Caso clínico RESUMO: Dentes supranumerários são mais frequentes na dentição permanente da maxila, tendo prevalência pelo gênero masculino. Sua presença pode ocasionar distúrbios ou atraso na erupção dos dentes vizinhos, má oclusão, formação de cistos ou reabsorções radiculares. Podem ser classificados quanto a morfologia (suplementares ou rudimentares) e posição (mesiodens, paramolar ou distomolar). Visto que a presença de quartos molares de morfologia normal nos quatro quadrantes é extremamente rara, o diagnóstico precoce, baseado em um exame clínico minucioso e exames complementares adequados, é chave para uma conduta prudente e minimização de injúrias. Objetivos: Relatar a conduta empregada na extração do elemento 38 associado a distomolar, ambos inclusos e impactados. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 21 anos de idade, não portador de doenças de base ou hábitos nocivos. Apresentou-se para extração dos terceiros e quartos molares, com ausência de queixas álgicas ou sensitivas. Ao rx ausência de reabsorção do dente 37, porém íntimo contato com o nervo alveolar inferior. Após realização de tomografia computadorizada para otimizar o planejamento, optou-se pela extração do elemento 38 junto ao quarto molar associado. No transoperatório: incisão, descolamento, exodontia do dente 38 através de osteotomia, secção da coroa e raízes e exodontia do dente supranumerário via alveolar. Pós-operatório sem intercorrências. Conclusões: O diagnóstico precoce junto a um correto planejamento através de exames como a tomografia computadorizada é fundamental para o sucesso no tratamento de dentes retidos e supranumerários. Palavras-chave: Terceiro molar, dente supranumerário, extração, impacção REFERÊNCIAS: MARZOLA, C. Fundamentos de cirurgia buco-maxilo-facial. Bauru, Editora independente, 2008, v. 3, pág. 927-72. MILORO, M.; GHALI, G, E; LARSEN, P, E; WAITE, P, D. Princípios de cirurgia bucomaxilofacial de Peterson. Editora Santos, 2013. 1502 págs. Vol 1 e 2. COSTANTINO, A; FONSECA, G, M; CANTÍN, M. Bilateral mandibular fourth molars: A case report. Elsevier, 2015, n. 210, págs 1-3. ____________________ 1Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. E-mail: [email protected] 2Docentes da Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 30 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 INCISÃO RELAXANTE ANTERIOR X INCISÃO INTRASULCULAR: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DIFERENTES TÉCNICAS DE DIÉRESE NA INCIDÊNCIA DE MORBIDADES NO PÓS-OPERATÓRIO DE EXODONTIA DE 3M. Tiago Nascimento de Moura1 Eleonor Álvaro Garbin Júnior2 Geraldo Luiz Griza2 Natasha Magro Érnica2 Ricardo Conci2 Modalidade: Revisão de literatura Introdução: Em cirurgia odontológica, a exodontia de terceiros molares é um dos procedimentos mais realizados em sua prática clínica. A cirurgia do terceiro molar tem sido associada a uma variedade de complicações, no entanto, poucos estudos fazem um comparativo entre diferentes tipos de incisões para acesso de 3M em termos de morbidades pós-operatórias. Objetivo: Diante disso o objetivo do presente estudo é comparar os efeitos de um retalho em envelope e um retalho com relaxante anterior, bem como as complicações pós-operatórias. Revisão de Literatura: Sinais e sintomas como, dor, edema facial e trismo após a remoção cirúrgica de um terceiro molar são consequências de rotina devido a inflamação, como resultado da cirurgia. Em comparação com diversos artigos é predominante que um acesso intrasulcular tem como vantagem menor edema facial pós-operatório, e não houve diferença significativa para dor pósoperatória. O retalho com relaxante anterior é considerado como mais conservador devido a um menor grau de reflexão do tecido e envolvimento de dentes adjacentes. Não há nenhuma vantagem em escolher qualquer uma dessas incisões sobre a outra para reduzir a gravidade de trismo. Uma diferença estatisticamente significativa na avaliação da dor e edema pós-operatória foi atribuída ao maior tempo cirúrgico e uso de materiais rotatórios. Conclusão: A duração do procedimento cirúrgico bem como o uso de instrumentais rotatórios são mandatórios no aumento significativo de morbidades pós-operatórias. Devido a isso a decisão de usar um determinado tipo de retalho deve basear-se na preferência do cirurgião. Palavras-chave: exodontia de terceiro molar, incisão, pós-operatório. REFERÊNCIAS:BRIGUGLIO F, ZENOBIO EG, ISOLA G, BRIGUGLIO R, BRIGUGLIO E, FARRONATO D, SHIBLI JA. Complications in surgical removal of impacted mandibular third molars in relation to flap design: clinical and statistical evaluations. Quintessence Int 2011;42:445-53. ERDOGAN O, TATLI U, USTÜN Y, DAMLAR I. Influence of two different flap designs on the sequelae of mandibular third molar surgery. Oral Maxillofac Surg 2011;15:147-52. MONACO G, DAPRILE G, TAVERNESE L, et al: Mandibular third molar removal in young patients: An evaluation of 2 different flap designs. J Oral Maxillofac Surg 67:15, 2009 _____________________ 1Residente 2Docentes em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. E-mail: da Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 31 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR A PARTIR DA TÉCNICA DE EXPANSORES DE SUMMERS Larissa Nicole Pasqualotto1 Natasha Magro-Érnica2 Eleonor Álvaro Garbin Júnior2 Geraldo Luiz Griza3 Ricardo Augusto Conci4 Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: A instalação de implantes osseointegráveis apresenta-se como uma excelente opção na substituição de elementos perdidos, porém existem fatores limitantes para sua inserção como a pneumatização do seio maxilar na região posterossuperior. Variadas técnicas para sua elevação têm sido propostas para reabilitação de maxila, com destaque à Técnica de Summers. Objetivos: Realizar uma revisão da literatura a respeito da instalação de implantes com a elevação de seio maxilar através da Técnica de Summers, descrição da técnica, explanando as vantagens e desvantagens, suas indicações e contra indicações. Revisão de Literatura: Summers (1967) relatou altas taxas de sucesso com a elevação de seio maxilar através da janela lateral, porém descreveu uma metodologia para aumento do osso no assoalho do seio, mantendo o osso maxilar existente, compactando-o com mínimo trauma. Esses novos instrumentos, os osteótomos, fizeram o processo mais prático e eficiente. Discussão: Summers (1994) descreveu que a técnica da expansão aproveitaria a flexibilidade do osso esponjoso, e que os osteótomos, devido a seu formato redondo, causariam trauma mínimo. Cosci et al. (2000) observaram que o uso dos osteótomos simplifica a cirurgia de abordagem cristal, a técnica se mostrou simples e atraumática. Nocini (2000) relata que os osteótomos de Summers, por sua forma reta, seriam realmente eficazes na pré maxila, mas difíceis de lidar na maxila posterior. Conclusão: A técnica de Summers apresentou-se como uma técnica conservadora, com menor tempo cirúrgico e de pós-operatório com mínimo desconforto para o paciente viabilizando sua aplicação clínica. Palavras-chave: Expansores de Summers, osteótomos, levantamento de seio. REFERÊNCIAS: NOCINI, P. Implant placement in the maxillary tuberosity: the Summers technique performed with modified osteotomes. Clin. Oral Impl. Res., v.11, p.273-278, 2000. COSCI, F.; LICCIOLI, M. A new sinus lift technique in conjunction with placement of 265 implants: a 6 years retrospective study. Implant Dentistry, v.9, n.4, 2000. SUMMERS, R. B. A new concept in maxillary implant surgery: The osteotome technique. Compend. Educ. Dent., v.xv, n.4, 1994. ____________________ em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] 2Doutores em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP 3Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 4 Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. 1Residente 32 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 MARSUPIALIZAÇÃO COMO TRTAMENTO DEFINITIVO DE CISTO DENTÍGERO Leonardo Alan Delanora1 Gustavo Nascimento de Souza Pinto2 Jéssica Araújo Figueira1 Samuel Kaik Alves de Lima1 Marcelo Augusto Seron1 Elen de Souza Tolentino3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A marsupialização é uma opção de tratamento dos cistos bucomaxilofaciais, no qual uma janela cirúrgica comunicando com a cavidade bucal é suturada junto à mucosa adjacente, visando o esvaziamento progressivo do conteúdo interno da lesão, e consequentemente, acarretando em sua descompressão e diminuição (HENRY-NETO et al., 2007). O procedimento é simples e de fácil execução, além de fornecer material para exame histopatológico. Por definição, a técnica é acompanhada por um segundo tempo cirúrgico, que tem por objetivo a exérese da lesão remanescente. Considerando o caráter benigno destas lesões técnicas cirúrgicas mais conservadoras (JONES, et al., 2003) são preferíveis. Neste contexto, a marsupialização como tratamento definitivo para lesões císticas é uma abordagem que leva à menor morbidade ao paciente e também à preservação de estruturas anatômicas nobres. No presente caso, paciente do gênero masculino, leucoderma, 22 anos, procurou atendimento odontológico queixando-se de odontalgia na região mandibular direita. Clinicamente a região em si não revelava nenhuma alteração, o paciente não apresentava nenhuma assimetria facial e não relatou nenhuma alteração sistêmica. A radiografia panorâmica evidenciou uma área radiolúcida, bem definida, de aproximadamente 3 centímetros envolvendo a coroa do dente 48, condizente com cisto dentígero. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de cisto dentígero, no qual a técnica de marsupialização foi realizada como tratamento definitivo, com resultados bastante satisfatórios. Palavras Chave: Cisto dentígero; Marsupialização; Cirurgia bucal REFERÊNCIAS: HENRY NETO, M. D. E.; BASBOSA, D. Z.; SILVA, C. J.; SILVA, M. C. P. Marsupialização e enucleação de cisto radicular apical. Revista INPEO de Odontologia, Cuiabá, v. 1, n. 1, p. 3338, ago./dez. 2007. JONES, T. A., PERRY, R. J., WAKE, M. J. Marsupialization of a large unilateral mandibular dentigerous cyst in a 6-year-old boy – a case report. Dental Update, Guildford, v. 30, n. 10, p. 557-561, Dec. 2003. _____________________ 1Graduandos, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. E-mail: [email protected] 2Pós Graduando mestrando em Odontologia Integrada, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil. 3Docente do Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil. 33 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 OSTEOPLASTIA E OSTECTOMIA EM TRATAMENTO CIRÚRGICO DE EXOSTOSE MAXILAR BILATERAL- RELATO DE CASO Samuel Kaik Alves de Lima1 Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1 Sabrina Vieira Botelho1 Nayara Gonçalves Emerenciano1 Fernanda Casavechia Petri1 Newton Cesar Kamei2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Exostoses são definidas como protuberâncias ósseas localizadas, de caráter benigno, que se originam da cortical óssea. Os fatores etiológicos citados na literatura são: influência genética; hábitos de dieta; estresse por hiperfunção mastigatória; hábitos parafuncionais como bruxismo e fatores ambientais. Por serem anomalias de desenvolvimento benignas não requerem cirurgia, a menos que afetem a funcionalidade, comprometam severamente a estética ou gerem problemas bucais mais sérios. O presente trabalho tem por objetivo descrever o procedimento cirúrgico para a remoção de exostoses vestibulares na arcada superior. Paciente gênero masculino, caucasiano, 39 anos, compareceu à Clínica Odontológica da UEM queixando-se de “protuberâncias ósseas na maxila”, com comprometimento estético. Após exame clínico-radiográfico e biópsia excisional, o exame histopatológico foi compatível com o diagnóstico de exostoses. Considerando a queixa do paciente, optamos pela remoção. Apesar de classificada apenas como anomalias de desenvolvimento, não sendo necessário nenhum tratamento específico para as exostoses, julgamos necessário neste trabalho salientar dois aspectos: primeiro, o diagnóstico clínico-radiográfico é fundamental para definir uma exostose; e segundo, especificamente para o relato de caso é a sensibilidade do profissional ao optar pelo tratamento cirúrgico-cosmético, levando em consideração a queixa principal do paciente, ou seja, o fator estético. O paciente encontra-se em acompanhamento sem sinais de recidiva. Palavras-chave: Exostose. Estética. Tratamento _____________________ 1 .Graduandos, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. E-mail: [email protected] 2.Professor Doutor em Patologia, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. 34 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REABILITAÇÃO COM IMPLANTES OSSEINTEGRADOS COM PRÓTESE TIPO OVERDENTURE APÓS FRATURA DE MANDÍBULA ATRÓFICA: RELATO DE CASO CLÍNICO Marcela Chiqueto de Araujo1 Natasha Magro Érnica2 Eleonor Álvaro Garbin Júnior3 Geraldo Luiz Griza4 Bruna de Rezende Marins5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A reabilitação com implantes dentários em pacientes com reabsorção mandibular acentuada e após fratura de mandíbula torna-se um procedimento complexo e limitado. Algumas opções para tratamento diante desta limitação estão disponíveis na literatura, sendo que uma destas possibilidades é a utilização de implantes mantendo a placa de titânio para reforço mandibular, prevenindo-se, assim, uma possível nova fratura de mandíbula quando esta for submetida à função mastigatória. Objetivos: O objetivo desse trabalho é de contribuir para os estudos de reabilitações após fratura de mandíbula. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 44 anos de idade, procurou atendimento no serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) com a queixa principal de “dor e falta de estabilidade da prótese total”. O plano de tratamento proposto foi a realização das exodontias sob anestesia geral devido a possibilidade de fratura mandibular com necessidade de redução e fixação, aguardar o período de reparo e instalação de dois implantes osseointegrados para reabilitação da paciente com prótese total removível tipo Overdenture. Conclusões: As reabilitações bucais em mandíbulas edêntulas após fratura através de próteses overdenture proporcionam um elevado grau de satisfação dos pacientes e uma melhora na qualidade de vida.sendo assim um tratamento eficaz. Palavras-chave: Exodontia, mandíbula atrófica, implantes osseointegrados. REFERÊNCIAS: ALVARENGA, R. L.; AKAKI, E.; SOUZA, A., C., R., A.; et al. Reabilitação de mandíbula atrófica com implantes curtos eplaca de titânio: apresentação de um caso clínico. Rev Port Estomatol Med Dent Cir Maxilofac. 54(4):217–221, 2013. AZIZ, S.R.; NAJJAR, T. Management of the edentulous/atrophic mandibular fracture. Atlas Oral MaxillofacSurgClin North Am;17(1):75–79; 2009. BODNER, L.; BRENNAN, P. A.; MCLEOD, N. M. Characteristics of iatrogenic mandibular fractures associated with tooth removal: review and analysis of 189 cases. Br J Oral MaxillofacSurg; 49(7): p. 56772; 2011. _____________________ de ODONTOLOGIA, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] 2Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor College Of Dentistry Texas A M University. 3 Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 4 Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 5 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE 1Acadêmica 35 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA: VIABILIDADE DA REABILITAÇÃO ORAL COM RHBMP-2 ASSOCIADO A XENOENXERTO BOVINO SEGUIDO DE INSTALAÇÃO DE IMPLANTES Caroline Resquetti Luppi1 Rômulo Maciel Lustosa2 Paulo Hasse3 Elen de Souza Tolentino4 Lilian Cristina Vessoni Iwaki4 Liogi Iwaki Filho5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Havendo a necessidade de tecido ósseo de boa qualidade para a instalação e osseointegração de implantes, algumas técnicas de enxertia óssea vem sido amplamente estudadas e discutidas para viabilizar a instalação dos mesmos, de forma a melhorar os prognósticos em reabilitação. As proteínas morfogenéticas ósseas tipo 2 (rhBMP-2) são uma alternativa osteoindutora para reconstruções extensas após ressecções tumorais. No entanto, a viabilidade de rhBMP-2 (Infuse) para receber implantes osseointegrados e sua consequente reabilitação protética, tem sido ainda pouco relatada e discutida na literatura. Este estudo relata o caso de um extenso ameloblastoma sólido ao longo do corpo mandibular direito, com evolução de aproximadamente 24 meses, sem sintomatologia. Os exames imaginológicos demonstraram uma lesão multilocular hipodensa em mandíbula, se estendendo da porção distal do canino direito à região do segundo molar do mesmo lado. Realizou-se então uma biopsia incisional, e a partir de suas características histopatológicas, a lesão foi diagnosticada como ameloblastoma sólido. O tratamento baseou-se na ressecção da lesão, seguida pelo uso off-label de rhBMP-2 associado à utilização de xenoenxerto de osso bovino. Após onze meses, em acompanhamento para possível recidiva, o paciente foi reabilitado com implantes dentários, e 18 meses após a primeira cirurgia, já reabilitado com prótese implanto-suportada, seguindo ainda em acompanhamento. Palavras-chave: proteínas morfogenéticas ósseas, reconstrução mandibular, xenoenxerto, implantes dentários. REFERÊNCIAS: CARTER TG, BRAR PS, TOLAS A, BEIRNE OR. Off-label use of recombinant human bone morphogenetic protein-2 (rhBMP-2) for reconstruction of mandibular bone defects in humans. J Oral Maxillofac Surg 66: 1417-1425, 2008. HERFORD AS, BOYNE PJ. Reconstruction of mandibular continuity defects with bone morphogenetic protein-2 (rhBMP-2). J Oral Maxillofac Surg 66: 616-624, 2008. ZÉTOLA A, FERREIRA FM, LARSON R, SHIBLI JA. Recombinant human bone morphogenetic protein-2 (rhBMP-2) in the treatment of mandibular sequelae after tumor resection. Oral Maxillofac Surg 15: 169-174, 2011. _____________________ 1Acadêmica de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail: [email protected] 2 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá 3Professor pela Universidade Paranaense (UNIPAR) / Mestre em Cirurgia e Traumatologia ucomaxilofacial 4 Professora adjunta da Universidade Estadual de Maringá / Doutora em Estomatologia e Radiogologia Odontológica 5 Professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá / Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. 36 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 SIALOLITÍASE: RELATO DE CASO COM ABORDAGEM CIRÚRGICA Lorena Borgognoni Aquaroni1 Caroline Resquetti Luppi2 Carolina Ferrairo Danielleto3 Karina Rosso3 Liogi Iwaki Filho4 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A sialolitíase caracteriza-se pela formação de sialólitos no interior dos ductos ou no próprio parênquima da uma glândula salivar. Os sialólitos são estruturas calcificadas que podem obstruir os ductos, e acarretar em estase salivar, com consequente dilatação da glândula envolvida, podendo haver ainda uma infecção secundária. Quanto a ocorrência, esta desordem é mais comum em pacientes do gênero masculino, entre 30 e 60 anos, e raramente acomete crianças. Além disso, 90% dos casos acomete o ducto submandibular, e 10% são observados no ducto parotídeo, sendo raro o aparecimento no ducto da glândula sublingual. Comumente, os sialólitos são detectados por meio do exame radiográfico oclusal ou panorâmico, porém a sialografia, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética são exames úteis em sua investigação. O tratamento pode ser conservador (massagem glandular, uso de sialogogos, calor úmido e hidratação) quando o tamanho do cálculo não atinge grande proporção, resultando na maioria dos casos, em expulsão espontânea. Em casos de sialólitos maiores, o tratamento adequado é a remoção cirúrgica, e por vezes excisão da glândula acometida. Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de sialolitíase tratado cirurgicamente em um paciente do gênero feminino, 80 anos, apresentando dor em região de soalho de boca há 21 dias, e através do exame de radiografia oclusal chegou-se ao diagnóstico de sialolitíase. Como conduta foi realizada excisão cirúrgica e acompanhamento clínico e radiográfico de 8 meses, não sendo observado episódios de recidiva. Conclui-se que a excisão cirúrgica continua sendo uma alternativa viável para o tratamento. Palavras-chave: Excisão Cirúrgica, Glândula Salivar, Sialolitíase REFERÊNCIAS: GARY, L.E.; AUCLAIR, P.L.; GNEPP, D.R.; Surgical Pathology of the Salivary Glands. 1ª Ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1991. 594 p. NEVILLE, B.W.; DAMM D.D.; ALLEN C.M.; Patologia Maxilofacial. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 992 p. PETERSON L.J.; ELLIS E.; HUPP J.; TUCKER M.; Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 720 p. _____________________ 1 Acadêmica de Graduação (20 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail: [email protected] 2 Acadêmica de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá 3 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá 4 Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Professor da disciplina de Cirurgia da Universidade Estadual de Maringá. 37 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TÉCNICA DE CALDWELL-LUC PARA REMOÇÃO DE IMPLANTE EM SEIO MAXILAR RELATO DE CASO Marcelo Medeiros Battistetti1 Guilherme Degani Battistetti Ricardo Augusto Conci José Ricardo Pereira Martins Milena Steluti Marques Modalidade: Caso Clínico RESUMO:Seios maxilares são cavidades que por suas particularidades anatômicas podem oferecer uma série de complicações cirúrgicas. Diferentes corpos estranhos podem penetrar na cavidade sinusal no decorrer de acidentes ou ainda de tratamentos odontológicos como na instalação de implantes na maxila. A remoção de implante no seio maxilar pode ser realizada pela técnica de Caldwell-Luc, aceita como meio de acesso a este seio, permitindo sua inspeção, diagnóstico e o tratamento das enfermidades que o acometem. Este acesso continua sendo o procedimento cirúrgico mais empregado nas patologias sinusais, permitindo melhor visibilidade das lesões, acessibilidade e, estando isento de complicações graves. Este trabalho apresenta caso clínico de remoção de um implante do seio maxilar esquerdo da área de pré-molares e molares, de paciente com 33 anos leucoderma e, livre de complicações sistêmicas. Palavras-chave: Implantes dentários; Complicações pós-operatórias; Seio maxilar. INTRODUÇÃO O seio maxilar é representado por um espaço pneumatizado, localizado bilateralmente, no interior do osso maxilar. O deslocamento de corpos estranhos para o seu interior é uma situação de ocorrência relativamente rara, resultante de injúrias penetrantes, como nos traumas de alta energia cinética, em que objetos como projéteis de arma de fogo, pedaços de vidros, pedras, madeira, podem ser lançados para seu interior. Também, durante procedimentos odontológicos como dentes, raízes dentais, implantes, cemento dental, pasta de impressão, cones de guta percha e, amálgama dental, que também podem ser lançados para o seu interior, inadvertidamente (FREITAS; FARIAS; MENDONÇA et al., 2003; SVERZUT; 2005; MARZOLA, 2008 e OLIVEIRA; COSTA; CARVALHO NETO et al., 2010). A Implantodontia está sendo a responsável pela mudança na qualidade de vida dos pacientes, total ou parcialmente edêntulos, devido ao índice rotineiro de sucesso da osteointegração para reabilitação oral. A região posterior da maxila é a região que mais desafia a Implantodontia por possuir condições peculiares em relação a outras regiões do complexo maxilo-mandibular. O processo alveolar nesta região pode ser insuficiente para colocação de implantes dentários pelo fato de apresentar quantidade de osso reduzido, aliado à baixa densidade óssea e/ou à pneumatização do seio maxilar (MARZOLA, 2008 e KILIC; KAMBUROGLU; YUKSEL et al., 2010). Assim, a ocorrência de acidentes e complicações diversas pode ocorrer, como o deslocamento do implante para o interior do seio maxilar (QUINEY; BRIMBLE; HODGE, 1990; UEDA; KANEDA, 1992; REGEV; SMITH; PERROTT et al., 1995; IIDA; TANAKA; KOGO et al., 2000; GALINDO; SANCHEZ-FERNANDEZ; AVILA et al., 2005; KIM; LEE; KWON et al., 2007; KITAMURA, 2007; MARZOLA, 2008 e KLUPPEL; SANTOS; OLATE et al., 2010). 38 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 O deslocamento de implante para a cavidade antral pode ou não ser acompanhado pelos sinais ou sintomas clássicos da sinusite. De toda forma, devem ser removidos o mais precocemente para evitar sérias complicações (QUINEY; BRIMBLE; HODGE M et al., 1990; RAGHOEBAR; VISSINK, 2003 e MARZOLA, 2008). O seio maxilar é, com certeza, o seio paranasal mais envolvido neste tipo de situação, tendo sido relatada a introdução de amálgama, guta-percha, pasta zincoenólica (KOBAIASHI, 1995 e MARZOLA, 2008), além de limas endodônticas (KFIR; SHEM-TOV, 1980) e, dentes normais ou retidos (MARZOLA, 2008) nesta cavidade. A técnica cirúrgica de Caldwell-Luc foi desenvolvida por George Caldwell nos Estados Unidos e Henri Luc na França em 1890. Seu uso é aceito nos últimos tempos como meio de acesso ao seio maxilar permitindo sua inspeção, diagnóstico, além do tratamento das enfermidades que o acometem. Este acesso é utilizado para o tratamento da sinusite crônica maxilar irreversível, remoção de raízes dentárias e corpos estranhos, excisão de pólipos antrocoanais, mucoceles, pioceles, tumores e cistos odontogênicos, além da reparação de fístulas oroantrais. É, também, utilizada como acesso ao assoalho orbital e à fossa pterigopalatina, na redução de fraturas. Dentre as indicações constantemente relatadas na literatura para o acesso de Caldwell-Luc nas explorações do leito antral, são descritas patologias sinusais crônicas e recorrentes, bem como a presença de corpos estranhos como os principais indicativos para a realização de tal procedimento (MATHENY; DUNCAVAGE, 2003 e MARZOLA, 2008). Além disso, é utilizada como acesso ao seio maxilar para colocação de enxertos ósseos objetivando aumentar a altura alveolar, além de possibilitar a colocação de implantes mais longos nesta área (CABLE; JEANS; CULLEN et al., 1981; UNGER; DENNISON; DUNCAVAGE et al., 1986 e MARZOLA, 2008). Têm-se disponíveis hoje diversos exames por imagens utilizados nestas situações. A ortopantomografia é o método mais empregado para o diagnóstico, e incidências de Water´s e perfis de face, também, são de grande utilidade. Todavia, a tomografia computadorizada oferece nitidez e visão tridimensional mais adequada, tornando-se um recurso indispensável para uma avaliação e condução satisfatória do caso (SANDU; SHAH; KIRTANE, 1997 e TUNG, 1998). Estas imagens, em três dimensões pela tomografia computadorizada, são mais fiéis que as radiografias convencionais e, provêm informações sobre as dimensões dos alvéolos, seio maxilar e, de sua parede lateral (KOUFMAN, 2003). OBJETIVOS Sendo assim, o presente relato tem como objetivo apresentar caso clínico cirúrgico de deslocamento de um implante dentário para o interior do seio maxilar e, sua remoção cirúrgica por meio de uma janela óssea na parede lateral da maxila pela técnica de Caldwell-Luc. RELATO DE CASO Paciente do gênero feminino, P. C. F, 33 anos, leucoderma, compareceu à Clínica da Especialização em Implantodontia da Universidade Nihon Gakko, Assunção – Paraguai, encaminhado por um dentista local para avaliação de implante mal posicionado na região de prémolares superiores esquerdo. Decorrendo 3,5 semanas da colocação do implante, ao se alimentar, sentiu um desconforto no local onde fora realizada cirurgia. Após palpação digital o mesmo observou depressão discreta da área em que o implante se localizava, porém não era perceptível a visão e, não relatava sintomatologia de dor ou incomodo. Foram solicitados exames de imagens de tomografia computadorizada, que confirmou a migração do implante da região implantada para dentro do seio maxilar esquerdo na região de molares 39 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Após anamnese e verificação das condições gerais da paciente, que não apresentou nenhuma alteração sistêmica significante que contra indicasse o procedimento cirúrgico, foi submetida à remoção cirúrgica do implante que estava localizado no seio maxilar esquerdo na região de molares superiores Após medicações profiláticas de 8mg de dexametasona, 1g de amoxilina, e 500 mg de dipirona 1 hora antes da cirurgia e, feita assepsia, antissepsia da face com solução de PVPI 10% tópico e gluconao de clorexidina 0,12% para a antissepsia intra bucal. A cirurgia foi iniciada com anestesia local de bloqueio dos nervos alveolares superiores anteriores, médios e posteriores do lado esquerdo, do nervo palatino maior do mesmo lado, com articaina 4% com concentração de adrenalina de 1:100.000. A incisão de escolha foi a de Newman, sendo a incisão horizontal iniciada na distal do segundo molar até a distal do primeiro pré-molar do lado esquerdo e, a incisão partindo da papila distal do primeiro pré-molar até 20 mm após o término da coroa do mesmo. Após a diérese e hemostasia dos tecidos moles iniciou-se a confecção da janela óssea de Caldwell-Luc na parede lateral da maxila com peça reta e fresa diamantada número 2 e, irrigação constante com soro fisiológico 0,9% Com o descolamento da membrana de Schneider com curetas para levantamento de seio maxilar, pode-se visualizar o implante de dimensões de 3,75 mm de espessura por 13 mm de comprimento. Assim, com o paciente na posição sentada em um ângulo de 70 graus com a superfície do solo para evitar o deslocamento do implante para região mais posterior, o mesmo foi delicadamente removido com pinça hemostática Kelly curva . O tecido mole foi reposicionado e, após, realizou-se síntese por meio de pontos simples, iniciando pela união da incisão relaxante com a incisão horizontal, utilizando fio de Poliamida (nailon) 4-0. No pós-operatório a paciente recebeu as orientações de forma verbal, além de ser prescrito Cefalexina 1g, a cada 12 horas, durante 7 dias, Nimesulida 100 mg, a cada 12 horas, durante 3 dias e Paracetamol 500 mg, a cada 6 horas, durante 3 dias ou enquanto persistisse a dor. Foi, também, prescrito uso de descongestionante nasal, Cloridrato de Oximetazolina 0,05% com 2 a 3 otimizações em cada narina, a cada 12 horas, por um período de 7 a 10 dias, dependendo da evolução. A higienização da região foi feita através de escovação a cada 8 horas e com digluconato de clorexidina 0,12% na forma de bochechos a cada 12 horas, pelo período de 7 dias, a fim de controlar quimicamente o biofilme microbiano. No pós-operatório de 7 dias foram removidas as suturas não tendo apresentado complicações, com relato de epistaxe após 8 horas do término da cirurgia, que cessou no mesmo dia. Um edema moderado que persistiu por 2 dias após a cirurgia e que também regrediu. Tanto no pós-operatório de 15 dias quanto no de 30 dias a evolução foi muito satisfatória não apresentando nenhuma irregularidade. A paciente foi avaliada após 4 meses sem apresentar nenhuma queixa. DISCUSSÃO O implante dentário pode se deslocar para o seio maxilar por motivos anatômicos, cirúrgicos ou mastigatórios. Uma boa avaliação pré-operatória dos aspectos anatômicos e patológicos da maxila, pode excluir o risco de acidentes e complicações, melhorando o prognóstico da reabilitação oral. A presença de corpos estranhos no seio maxilar raramente resulta em sérias complicações (KOBAYASHI, 1995) e, acredita-se, que o tratamento mais aceitável seja a remoção do corpo estranho com a finalidade de prevenir futuras infecções (PATEL; DOWN, 1994). Mesmo sendo preconizado o método de Caldwell-Luc para a remoção do implante em seio maxilar, foi utilizada a incisão de Newman ao invés da incisão de Caldwell-Luc, devido a 40 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 necessidade de avaliação do rebordo alveolar onde o implante havia sido instalado anteriormente. Neste trabalho não foi realizada apenas a anestesia do nervo alveolar superior posterior, como preconizado na maioria dos artigos científicos, pois a incisão foi iniciada na distal do segundo molar (27) e estendida até a distal do primeiro pré-molar (24), sendo que o descolamento subperiostal estendeu-se sobre as raízes do primeiro pré-molar e canino, para serem avaliadas as superfícies ósseas, logo, foram anestesiados os nervos alveolar superior anterior, médio e posterior. Mesmo a paciente não apresentando nenhum tipo de infecção, optou-se por não colocar um novo implante no mesmo tempo cirúrgico que a remoção do implante deslocado para o seio maxilar. Preferiu-se esperar e observar a cicatrização óssea, para poder verificar possível anormalidade cicatricial e planejamento tardio para reabilitação com implante Este tipo de ocorrência certamente aumentará em um futuro próximo, devido ao crescente número de procedimentos cirúrgicos para colocação de implantes na região posterior da maxila realizados pelo Cirurgião-Dentista sem treinamento adequado, muitas vezes devido a um planejamento equivocado do caso ou uma inexperiência cirúrgica (MARZOLA, 2008; CHIAPASCO et al., 2009 e GALINDO-MORENO; PADIAL-MOLINA; AVILA G et al., 2012). CONCLUSÕES Deve-se sempre ter em mente que a técnica de Caldwell-Luc é um procedimento cirúrgico delicado e, por ainda ser a técnica mais indicada para a remoção de corpos estranhos da superfície posterior do seio maxilar, deve ser feita por cirurgiões experientes, para que se alcance o sucesso cirúrgico, evitando com isso complicações pós-operatórias e transtornos desagradáveis para o paciente. 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[email protected] 42 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA EM MANDÍBULA ATRÓFICA – RELATO DE CASO Kaohana Thaís da silva 1 Natasha Magro-Érnica 2 Eleonor Álvaro Garbin Júnior3 Geraldo Luiz Griza4 Greison Rabelo de Oliveira5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A atrofia da mandíbula, normalmente encontrada em pacientes idosos ou em virtude da perda dentária precoce, torna o osso mais suscetível a fraturas e a qualidade do tecido prejudicada por alterações fisiológicas, torna o reparo dessas fraturas mais complexo. O tratamento de tais lesões deve levar em consideração a idade e a condição sistêmica do paciente, o tempo decorrido desde o trauma e a complexidade do dano. As opções de tratamento visam redução e imobilização da fratura a fim de restaurar forma e função adequadas. Objetivos: Relatar a abordagem cirúrgica em um paciente com fratura de mandíbula atrófica. Relato de caso: Paciente A.C.B., 60 anos, gênero masculino, leucoderma, vítima de agressão física, atendido pela equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, apresentou fratura de corpo mandibular bilateral, necessitando de cirurgia para redução das fraturas. Optou-se pelo sistema de fixação de maior perfil, com placas de reconstrução do sistema 2,4. Após acompanhamento ambulatorial o paciente recebeu alta sem prejuízos de natureza estética ou funcional. Conclusão: A individualização do tratamento de fraturas mandibulares é de fundamental importância. A fixação interna rígida com placas de maior perfil, em mandíbulas atróficas, mantém estáveis as reduções obtidas cirurgicamente, diminuindo complicações pós-operatórias. Palavras-chave: mandíbula, atrofia, fratura, fixação. REFERÊNCIAS: FLORES-HIDALGO, Andres et al. Management of fractures of the atrophic mandible: A case series. Oral surgery, oral medicine, oral pathology and oral radiology, v. 119, n. 6, p. 619-627, 2015. LIMA, Lívia Bonjardim et al. Tratamento cirúrgico de fratura em mandíbula atrófica. Revista Odontológica do Brasil Central, v. 23, n. 67, 2015. _________________________ Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] 2Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor College Of Dentistry Texas A M University. 3 Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 4Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 5 Doutor em Clínica Odontológica , área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Faculdadade de Odontologia de Piracicaba – FOP/UNICAMP. 1 43 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO DE FRATURA DE ARCO ZIGOMÁTICO ATRAVÉS DO ACESSO DE GILLIES Larissa Nicole Pasqualotto 1 Natasha Magro-Érnica 2 Eleonor Álvaro Garbin Júnior2 Geraldo Luiz Griza3 Ricardo Augusto Conci4 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O complexo zigomático é uma unidade estética e funcional do esqueleto da face, separando os constituintes orbitários dos seios maxilares e fossas temporais, tendo como componente o arco zigomático formado pela junção do processo zigomático do temporal com o processo temporal do zigomático. Devido sua posição mais proeminente no esqueleto facial possui alta incidência de fraturas, sendo os traumas em sua maioria diretos e de baixa energia. Ao exame clínico evidencia-se depressão na região e limitação de abertura bucal. São descritos inúmeros métodos para o tratamento de fraturas de arco zigomático, incluindo acesso intrabucal (acesso de Keen), pela fossa temporal e percutânea. Dentre os tratamentos podemos citar o Acesso de Gillies. Através de cirurgias minimamente invasivas têm-se a intenção de preservar as estruturas anatômicas, com incisões pequenas, proporcionando os melhores resultados com menor trauma operatório. O presente relato de caso objetivou demonstrar a viabilidade e eficácia da Técnica de Gillies para redução de fratura isolada do arco zigomático. Objetivo: Relato de caso clínico de paciente com fratura de arco zigomático atendido pelo serviço de CTBMF, apresentando fratura do tipo II (Knight & North, 1961) do osso zigomático, submetido à procedimento cirúrgico para redução cruenta dessa fratura com Acesso de Gillies. Conclusão: O acesso de Gillies é uma técnica minimamente invasiva e possibilita a reabilitação do paciente sem deixar cicatriz antiestética proporcionando estabilidade. REFERÊNCIAS: KNIGHT, J. S.; NORTH, J. K. The classification of malar fractures. Br. J. Plast. Surg., v. 13, p. 325, 1961. DINGMAN, R. O.; NATVIG, P. Cirurgia das fraturas faciais. São Paulo: Ed. Santos, 3ª Reimpressão, 2004. Carter TG, Bagheri SB, Dierks EJ. Towel clip reduction of the depressed zygomatic arch fracture. J Oral Maxillofac Surg 2005; 63:1244-1246. Palavras-chave: Acesso de Gillies; Arco zigomático; fratura. _____________________ Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] 2Doutores em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP 3Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 4 Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. 1 44 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO DE FRATURA DO OSSO FRONTAL COM OBLITERAÇÃO DO DUCTO NASOFRONTAL COM OSSO AUTÓGENO Larissa Nicole Pasqualotto1 Eleonor Álvaro Garbin Junior2 Geraldo Luis Griza3 Natasha Magro Érnica2 Greison Rabelo de Oliveira4 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O osso frontal está localizado no neurocrânio e compõe o terço superior da face. Em seu interior possui uma cavidade óssea pneumatizada revestida de epitélio ciliado do trato respiratório. Fraturas deste osso chegam a corresponder de 5 a 15% das fraturas maxilofaciais, cabendo ao cirurgião oral e maxilofacial estar familiarizado com tal estrutura afim de solucionar possíveis injúrias causadas a mesma. Fraturas desta região geralmente causam defeitos estéticos significativos sendo as malhas de titânio ou placas e parafusos de titânio os materiais de escolha para o tratamento de fraturas do osso frontal. Quando a obliteração do ducto nasofrontal está indicada, materiais como tecido adiposo abdominal, pericrânio, cola biológica e fragmentos ósseos podem ser utilizados. Objetivo: Descrever o passo a passo da resolução de uma fratura do osso frontal através de um acesso bicoronal, fixação dos fragmentos ósseos com placas e parafusos de titânio e obliteração do ducto nasofrontal com osso autógeno. Conclusão: Danos a região frontal, além de gerar defeitos estéticos perceptíveis, podem evoluir para complicações mais severas como sinusites e meningites. A adequada verificação da patência do ducto nasofrontal é de extrema importância, pois o mesmo está diretamente ligado ao sucesso ou fracasso do tratamento de tais fraturas. Palavras-chave: Osso frontal; Ducto nasofrontal; Osso autógeno. REFERÊNCIAS:BELL, B. Management of frontal sinus fractures. Oral Maxillofac. Surg. Clin. N. Am., v. 21, p. 227–42, 2009.BERHOUMA, M.; JACQUESSON, T.; JOUANNEAU, E. The fully endoscopic supraorbital trans-eyebrow keyhole approach to the anterior and middle skull base. Acta Neurochir., v. 153, p.1949–54, ago., 2011. PAVELSKI, M. D.; OLIVEIRA, G. R.; TOMAZI, F. H. S. et al., TRATAMENTO DE FRATURA DO SEIO FRONTAL COM ABORDAGEM MINIMAMENTE INVASIVA,Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 13, n. 10, p. 956-966, out., 2013. CONCI, R. A.; MARTINS, J. R. P.; TOMAZI, F. 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Processos infecciosos podem variar desde infecções localizadas, que exigem tratamento mínimo, até infecções de alta complexidade que envolvem tratamento em ambiente hospitalar. A necrose da polpa dental, resultante de cárie profunda é a principal causa de infecção odontogênica, onde é criada uma via para as bactérias penetrarem nos tecidos periapicais estabelecendo uma infecção ativa que irá disseminar pelas linhas de menores resistências. A infecção dissemina através do osso esponjoso até encontrar osso cortical. Se a lâmina de osso cortical for fina, a infecção perfurará o osso e irá atingir os tecidos moles, causando tumefação, e alguns distúrbios sistêmicos. Objetivos: O objetivo deste trabalho é de contribuir para o estudo do diagnóstico e tratamento das infecções odontogênicas. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 16 anos, procurou tratamento com sensibilidade dolorosa no elemento 37, necessitando de tratamento endodôntico, o qual evoluiu desenvolvendo infecção odontogênica. Conclusão: Infecções devem ser tratadas com imediatismo, pois podem levar o paciente a desenvolver sérias complicações. Graças aos avanços no campo do diagnóstico clínico, esses índices diminuíram. O protocolo de atendimento deve ser rigoroso, visando sempre à drenagem da coleção purulenta, à remoção da causa, à manutenção dos agentes antimicrobianos e à estabilização do paciente. Palavras-chave: Infecção odontogênica, drenagem, tumefação. REFERÊNCIAS: FERNANDES, K.P.S. Odontogenic infections: immunologic approach. ConScientiae Saúde, v. 3, p. 85-94. São Paulo: UNINOVE, 2004. MILORO, M.; GHALI, G. E.; LARSEN, P. E.; WAITE, P.E. Princípios de cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson. 2 ed., São Paulo:Santos Editora, 2008. VASCONCELLOS, B.C.E.; CAUÁS, M.; ALBERT, D.G.M.; NASCIMENTO, G.J.F.; HOLANDA, G.Z. – Disseminação de Infecção Odontogênica através das Fácias Cervicais Profundas - Relato de Caso Clínico. Rev. Cir. Traumat. Buco - Maxilo-Facial, v.2, n.1, p. 21-25, jan/jun – 2002. __________________________ Acadêmica de ODONTOLOGIA, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP 3 Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP 4 Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor College Of Dentistry Texas A M University 5 Doutorando em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. 1 2 46 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO MULTIDISCIPLINAR POR 7 ANOS NO CEO-UNIOESTE Maria Stefania Bantle 1 Lucinara Ignez Tavares Luzzi 2 Natalindo Satio Inagaki3 Fabiana Scarparo Neufel4 Ricardo Augusto Conci5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O atendimento especializado em Odontologia de pacientes do SUS pode ser realizado no Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi relatar o atendimento multidisciplinar e sua proservação por 7 anos nesta entidade. A paciente C;.P;.J. gênero feminino, 10 anos, foi levada ao HUOP de Cascavel em fevereiro de 2008 após queda de bicicleta, com avulsão do elemento 22. O reimplante e a contenção foram realizados ainda no HUOP e a paciente encaminhada para o CEO-UNIOESTE. No mesmo mês foi atendida pela Endodontia e encaminhada para Periodontia para avaliação dos elementos 11e 21 e constatou-se fraturas verticais em rampa comprometendo as faces palatinas, sendo necessária a intervencão cirúrgica para restabelecimento das distâncias biológicas. A paciente também foi submetida à terapia periodontal básica. Na sequência, foram realizadas as endodontias dos elementos 11, 21 e 22 e restauração em resina composta pela graduação. Durante estes 7 anos, a paciente recebeu acompanhamento clínico e radiográfico quanto à proservação do reimplante e saúde periodontal. Observou-se anquilose e substituição óssea até o terço médio da raiz do 22 que apresenta-se em infra-oclusão e sem mobilidade dental. Terapias de suporte periodontal também foram realizadas. Os elementos ânterosuperiores foram reanatomizados com resina composta pela técnica direta. A paciente aguarda a intervenção ortodôntica associada à cirurgia ortognática para tratamento de oclusão classe III. Conclui-se que a terapia multidisciplinar associada à proservação, mesmo com suas limitações em saúde pública, promoveram o restabelecimento estético, funcional e psicológico da paciente Palavras-chave: reimplante; proservação; trauma dental. REFERÊNCIAS: MIRANDA, A. C. E.; HABITANTE, S. M.; CANDELÁRIA, L. F. A. Revisão de determinados fatores que influenciam no sucesso do reimplante dental. Rev. Biociências., v. 6, n. 1, 2000. SANABE, M. E.; CAVALCANTE, L. B.; COLDEBELLA, C. R.; LIMA, A. C. A. Urgências em traumatismos dentários: Classificação, características e procedimentos. Rev. Paulista de Pediatria, v. 27, n. 4, p. 447-451, 2009. __________________________ 1Academica do 4 ano de Odontologia na Universidade Estadual do Paraná, email: [email protected] Universidade Estadual do Paraná, Especialista Mestre e Doutanda em Periodontotia 3Professor Universidade Estadual do Paraná, Especialista e Mestrando em Endodontia 4Professora na Universidade Estadual do Paraná, Doutorado em Odontologia (Dentística) e Pós Doutorado Faculdade de Odontologia de Piracicapa – UNICAMP 5Professor na Universidade Estadual do Paraná, Especialista Mestre e Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. 2Professora 47 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO: RELATO DE CASO CLÍNICO Taimara Carla Bertuzzi Ribeiro1 Greison Rabelo de Oliveira2 Eleonor Álvaro Garbin Júnior3 Geraldo Luiz Griza4 Natasha Magro Érnica5 Modalidade: Relato de caso RESUMO: O queratocisto é uma forma distinta de cisto odontogênico de desenvolvimento que necessita de considerações especiais devido ao seu comportamento clínico e aspectos histológicos específicos. O mecanismo de crescimento pode estar relacionado com fatores inerentes desconhecidos do próprio epitélio ou atividade enzimática na cápsula fibrosa. Encontrado principalmente em indivíduos do gênero masculino na segunda e terceira décadas de vida. Radiograficamente apresenta-se como uma imagem radiolúcida circunscrita, delimitada por um halo radiopaco, localizado frequentemente em região de ângulo e ramo mandibular. Objetivos: Relatar um caso de queratocisto odontogênico expondo a conduta empregada e fatores importantes a respeito do diagnóstico e tratamento. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 39 anos de idade, encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE, apresentou lesão radiolúcida em ramo mandibular. Ao exame clínico, leve expansão das corticais ósseas, com dor à palpação. Foi realizada aspiração da lesão, que evidenciou conteúdo amarelado espesso, e biópsia incisional. O laudo histopatológico indicou queratocisto odontogênico. Optou-se pela instalação de dreno rígido para descompressão da lesão. No pósoperatório de 10 meses notou-se neoformação óssea, com diminuição significativa do tamanho da lesão. Realizou-se biópsia exciosional para remoção do remanescente. Conclusões: O tratamento do queratocisto odontogênico baseia-se em cirurgia de enucleação, podendo ser realizda descompressão previamente. Palavras-Chave: queratocisto ontogênico, ramo mandibular, enucleação, biópsia incisional. REFERÊNCIAS: CARNEIRO, A. G, et al. Um ano de descompressão seguida de enucleação para tratamento de tumor odontogênico queratocístico: relato de caso. RFO, Passo Fundo, v.17, n.2, p.212-217, 2012. LOPES, M.W.F.,et al. Aspectos clinic-morfológicos do queratocisto odontogênico: Relato de caso. Revista Odontologia Clínic-Científica, Recife, v.3, n.1, p.61-85, jan/abril de 2004. O’BRIEN, P. E. M. Avaliação Retrospectiva da Eficácia do Tratamento de Queratocisto Odontogênico Atendidos pela Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologiade Piracicaba entre os anos de 1995 a 2004: Análise Clínica e Histológica. 2004. 84 pgs. Dissertação (Mestrado em Clínica Odontológica – Área de Concentração em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais). Faculdade de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas. Piracicaba, 2004. ROSA, M. R. Queratocisto: levantamento da literatura. 2003. 69 pgs. Monografia (Especialista em lmaginologia DentoMaxilo-Facial). Faculdade de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas. Piracicaba, 2003. __________________________ Acadêmico do 3º ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] .Doutor em Clínica Odontológica , área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Faculdadade de Odontologia de Piracicaba – FOP/UNICAMP. 3 Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 4 Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. 5 Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor College Of Dentistry Texas A M University. 1 2 48 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 49 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ABORDAGEM ESTÉTICA NO TRATAMENTO DE HIPOPLASIA DE ESMALTE ATRAVÉS DA ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS DE MICROABRASÃO E CLAREAMENTO DENTAL Natália Taglian Boniatti¹ Paula Bernardon² Mariana Benedetti Ferreira Webber³ Danielle Shima Luize Sottovia⁴ Rafaella Angeli1 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: As hipoplasias do esmalte são alterações na estrutura desse tecido dentário, cuja origem está relacionada a fatores que interferem na mineralização do dentes humanos, quer seja local, sistêmica ou hereditária. Clinicamente, pode variar de manchas brancas até a descoloração dos dentes, variando de amarelo à marrom escuro. Em determinados casos a alteração pode se manifestar como sulcos ou depressões, ou como falta parcial ou total da superfície do esmalte, com exposição dentinária em alguns pontos, podendo apresentar sensibilidade dentinária, estética insatisfatória, má-oclusão, bem como predisposição à cárie dentária. O intuito desse trabalho foi melhorar a estética do paciente que apresentava hipoplasia de esmalte nos elementos: 13, 12, 11, 21, 22 e 23 através de microabrasão com pedra pomes e ácido fosfórico a 37% e clareamento dental de consultório. Foi possível concluir que a técnica é previsível resultando em dentes com coloração homogênea e estética satisfatória desde que seja bem indicada e executada. Palavras chave: Microabrasão do esmalte; clareamento dental; hipoplasia do esmalte dentário. INTRODUÇÃO O esmalte dentário é considerado o tecido mais calcificado do corpo humano em virtude do alto conteúdo de sais minerais e da sua disposição cristalina. Além da camada de esmalte, o dente é composto, em sua maior parte, por dentina formada pelos odontoblastos e por uma substância intercelular, segundo Orban (1955). O processo de formação do esmalte, denominado amelogênese, tem seu início na fase de coroa do desenvolvimento do dente e consiste basicamente em dois estágios: o primeiro é a fase de secreção, onde os ameloblastos produzem o esmalte parcialmente mineralizado (30%), e o segundo, de maturação, consiste na deposição de mineral, remoção de matéria orgânica e água, de acordo com Ten Cate (2001) . A extrema sensibilidade dos ameloblastos às variações do ambiente pode ter como conseqüência a formação de defeitos no esmalte, Neville (2009). Portanto, o esmalte dentário é formado pela atividade dos ameloblastos, cuja estrutura final caracteriza-se por um tecido altamente mineralizado, Almeida (1992). Os ameloblastos no germe dentário em desenvolvimento são células muito sensíveis do ponto de vista metabólico e qualquer fator exógeno ou endógeno pode facilmente afetá-los, podendo resultar em anomalias do esmalte. Como consequência, estes fatores podem promover a parada focal e transitória da síntese de esmalte, ou seja, distúrbios que ocorrem durante os estágios de desenvolvimento e maturação do esmalte resultarão na redução da quantidade ou espessura do esmalte, resultando em mancha branca na estrutura dentária. Quando a superfície do esmalte apresenta-se rugosa, irregular e até amolecida significa que o fator causal atuou nas últimas fases da amelogênese, quando são depositadas as últimas camadas de esmalte, 50 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 caracterizando a hipoplasia do esmalte, segundo Pinheiro et al. (2003) e Seow (1997). A Hipoplasia do esmalte pode ser, então, definida como uma formação incompleta ou defeituosa do esmalte dentário, ou seja, uma deficiência na quantidade e qualidade de esmalte, de acordo com Ruschel (2006). A hipoplasia de esmalte pode ser decorrente de causas sistêmicas, genéticas ou ambientais, que interferem na formação da matriz do esmalte e na sua posterior cal- cificação e maturação. Dentre as causas que podem lesar os ameloblastos e produzir hipoplasias podem ser citadas: sífilis congênita, doenças exantemáticas febre exantematosas, sarampo, varicela, escarlatina, rubéola e desnutrição), hipocalcemia, avitaminoses, infecção ou trauma local, ingestão de substâncias tóxicas (como fluoretos) e alterações neurológicas e metabólicas, deficiências nutricionais; deficiências de vitaminas A, C, D; ocasionadas ao nascimento (parto prematuro, traumas ao nascimento), ingestão de medicamentos (tetraciclina e talidomida); traumatismos cerebrais, e fatores idiopáticos. E a hipoplasia de origem local pode ser decorrente de infecção periapical e traumatismo dentário (principalmente luxação intrusiva), segundo Ruschel (2006). Na variedade hereditária pode ser transmitida como um caráter dominante ligado ao sexo ou autossômico dominante, afetando ambas as dentições, segundo Hoffmann, Sousa e Cypriano (2007). Pelo fato de a hipoplasia ocorrer durante a fase de deposição da matriz de esmalte, é possível precisar o período de tempo aproximado em que se deu a agressão com base nos conhecimentos sobre a cronologia de desenvolvimento dos dentes. Por exemplo, a hipoplasia de origem sistêmica é denominada “hipoplasia cronológica”, uma vez que o defeito é encontrado em áreas do dente nas quais o esmalte estava em formação quando ocorreu a perturbação sistêmica. As influências sistêmicas são freqüentes nos primeiros anos de vida, portanto, os dentes geralmente mais afetados são os incisivos, caninos e primeiros molares decíduos, segundo Orban (1989). Dentre as alterações ocorridas na fase gestacional e no momento do parto que podem levar a alterações de esmalte, destacam-se o trabalho de parto demorado, ultrapassando 24h de duração, o uso indiscriminado do ácido acetilsalicílico; nascimento prematuro, baixo peso ao nascimento e nutrição inadequada na gestação; asfixia neonatal, traumas, distúrbios sistêmicos e contaminantes ambientais, segundo Garcia e Ramalho (2001). Para fechar um diagnóstico preciso de hipoplasia do esmalte é essencial que o profissional tenha conhecimento dos outros defeitos de esmalte. A literatura pesquisada evidencia os seguintes tipos de defeitos ou alterações do esmalte: Opacidade difusa e demarcada do esmalte, hipoplasia do esmalte, amelogênese imperfeita e fluorose. Opacidade difusa e demarcada do esmalte: Sua formação é causada por falha no processo de mineralização do esmalte, decorrente de fatores ambientais. A opacidade pode localizar-se em apenas um ou em vários dentes, sendo parte ou toda a superfície do dente afetada. Segundo Clarkson (1989) e Neville et al. (2009), as opacidades difusa e demarcada apresentam variações no grau de translucidez do esmalte. As opacidades difusas apresentam esmalte de espessura normal, com coloração branca e sem nítida delimitação com o esmalte normal. As opacidades demarcadas são áreas de espessura normal com nítida delimitação com o esmalte circundante. A região afetada pode apresentar-se branca, creme, amarela ou castanha, segundo Neville et al (2009). Hipoplasia do esmalte: A hipoplasia é um defeito quantitativo do esmalte resultante da deposição insuficiente de matriz orgânica durante a amelogênese, de acordo com Neville et al (2009). A deficiência nutricional constitui um fator sistêmico de formação das hipoplasias. A deficiência de cálcio e fosfato no período neonatal está relacionada diretamente à hipoplasia do esmalte em crianças nascidas prematuramente abaixo do peso normal (menos de 2500 gramas). O trauma constitui um fator local que pode levar ao aparecimento de defeitos hipoplásicos do esmalte, segundo Gonçalves e Ferreira (2000). Clinicamente pode apresentar-se como um ponto ou uma linha horizontal, cuja superfície é rugosa a sondagem. O manchamento do dente é 51 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 geralmente de extensão delimitada, com formato oval ou arredondado em superfícies lisas livres, acometendo ambas dentições, segundo Guedes-Pinto (1997). Radiograficamente o esmalte dos dentes afetados não é visível, ou quando presente, aparecerá como uma mancha muito delgada sobre as superfícies oclusais ou interproximais, segundo Arnerberg e Sampaio (2000). Amelogênese imperfeita: Ela tem sua etiologia associada aos fatores hereditá- rios, sendo um distúrbio caracterizado no ectoderma, acometendo ambas dentições, de acordo com Neville et al. (2009) e Pithan et al. (2002). Clinicamente pode apresentar-se de três formas: hipoplásica, hipocalficada e hipomaturada. Na hipoplásica, não existe a matriz de esmalte adequadamente formada, o esmalte pode ter pouca espessura e/ou fossas e canaletas, segundo Ruschel (2001). Já na hipocalcificada, a matriz tem espessura normal, entretanto, sua calcificação é deficiente, dessa forma, tem como características clínicas um esmalte não resistente, opaco e branco amarelado, no entanto, o tamanho do dente não sofre alteração, mas sim sua estrutura, de acordo com Orban (1989). O esmalte se fragmenta facilmente principalmente nas superfícies vestibulares, expondo áreas de dentina. Neste tipo de opacidade, os pontos de contato proximais entre os dentes são adequados. Wright et al. (1993) relataram que ao avaliar o esmalte hipocalcificado no microscópio observou-se esmalte poroso e opaco, enquanto no microscópico eletrônico foi observado que os prismas apresentaram morfologia normal, mas os cristalitos estavam ásperos e granulares quando comparados ao esmalte normal. Na amelogênese imperfeita hipomaturada a matriz do esmalte é depositada apropriadamente e começa a mineralizar, porém há um defeito na maturação da estrutura cristal do esmalte. Os dentes afetados não apresentam alterações na forma, entretanto, exibem coloração opaco-branco e/ou marrom-amarelada. O esmalte apresenta-se mais mole que o normal e tende a fraturar a partir da dentina subjacente, de acordo com Neville et al (2009). Fluorose dentária: Pequenas doses ingeridas diariamente por indivíduos na fase de formação dentária podem resultar em defeitos significativos do esmalte conhecidos como fluorose dentária, Arneberg (2000). No Brasil, a fluorose dentária não é um problema de Saúde Pública, sendo a prevalência de 9% em crianças de 12 anos e de 5% em adolescentes de 15 a 19 anos, sem importância estética, segundo dados do Ministério da Saúde (2003). Burt (1992) relatou que valores entre 0,05 a 0,07 mg F/kg/dia poderiam ser a dose limite de ingestão de fluoretos, embora esses valores sejam empíricos e devem ser vistos com cautela. Em relação à fluoretação das águas, recomendam-se valores entre 0,6 a 1,2 ppm, dependendo da temperatura média anual. O período crítico de suscetibilidade a fluorose dentária é durante o segundo e terceiro ano de vida, quando os dentes estão se formando, dessa forma, o grau de severidade da fluorose dentária é dependente da dose de flúor ingerida, tempo de exposição e fase de amelogênese pela qual o dente está passando. Nos graus mais brandos os dentes atingidos parecem apresentar uma resistência aos desafios cariogênicos. Clinicamente, a estrutura alterada do dente pode apresentar-se com áreas de esmalte opaco e finas linhas brancas que acompanham a formação dentária. Nos casos mais severos, quando apresenta perda de estrutura, o dente pode se tornar pigmentado de amarelo a castanho-escuro de acordo com a dieta (diversos tipos de corantes) ou hábitos de fumar, por exemplo, segundo Fejerskov (1994). Devido a outros fatores que podem resultar em um padrão semelhante de dano ao esmalte, um diagnóstico definitivo exige que os defeitos estejam presentes em uma distribuição simétrica bilateral, e evidências de depósitos de fluoreto excessivo anterior ou níveis elevados de fluoreto no esmalte e outros tecidos devem ser encontrados. Para tanto é importante que o profissional realize uma anamnese detalhada buscando fontes de fluoretos na infância, de acordo com Forte (2003). A Organização Mundial da Saúde preconiza a utilização do índice DDE (índice modificado de defeitos no desenvolvimento do esmalte) para levantamentos epidemiológicos sobre defeitos do esmalte. A classificação é distribuída em 9 critérios: normal, opacidade definida, opacidade difusa, hipoplasia, outros defeitos, opacidades definidas e difusas, opacidade definida e 52 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 hipoplasia, opacidade difusa e hipoplasia e não informado. Na literatura científica há uma variedade de termos para definir as alterações de esmalte. Alguns termos são baseados na aparência clínica e outros associados aos fatores etiológicos, de acordo com World Health Organization. A maioria dos defeitos hipoplásicos não constitui problemas dentários funcionais, exceto nos casos mais severos. O tratamento dessa alteração pode ser requerido por razões estéticas e depende da gravidade e da necessidade de melhorar as condições funcionais e psicológicas do paciente, pois uma criança com o sorriso comprometido poderá apresentar distúrbios psicológico e comportamental. Desta forma, vários protocolos de tratamento podem ser adotados, desde clareamento, microabrasão, restaurações estéticas conservadoras e coroas artificiais, de acordo com Pinheiro et al. (2003). Tradicionalmente, dentes com anomalias de cor do esmalte eram tratados com desgastes em sua superfície, que visavam a remoção do tecido afetado, de acordo com Donly, O’Neill e Croll (1992). Esse preparo era restaurado com materiais que tinham como finalidade devolver a estética a essa região. No entanto, essa prática não apresentava longevidade, tendo em vista que os materiais restauradores necessitam de frequente substituição, segundo Sundfeld, Croll e Killian (2002). Contudo, uma filosofia mais conservadora tem sido proposta atualmente para o tratamento dessas alterações dentais. O clareamento dental é um dos tratamentos mais realizados no consultório e tem por finalidade melhorar a aparência do sorriso com a diminuição do croma dental. Entretanto, um correto diagnóstico do fator etiológico da alteração cromática, bem como o conhecimento dos materiais e técnicas se faz necessário, de acordo com Franci et al. (2010). Poweel & Craig (1982) relataram uma técnica que ficou conhecida por ser simples, rápida e segura já que não havia o uso de matérias cáusticos. No tratamento, usava-se ácido fosfórico a 37%, e as manchas poderiam ser removidas em 2 sessões. O ácido executava um papel de condicionamento, já o fluoreto de sódio e o fosfato de cálcio acidulado promoviam uma remineralização. Na primeira sessão, era feita uma limpeza com pedra-pomes e glicerina, aplicação de ácido fosfórico a 37 % nas áreas afetadas durante 2 a 3 minutos, lavagem da área e polimento com pedra-pomes e glicerina. Os passos se repetiam durante a primeira sessão e depois da lavagem final aplicava-se uma camada de fosfato de cálcio acidulado a 40 % e o paciente era orientado a utilizar pastas fluoretadas. Nas sessões posteriores, que deveriam ocorrer no mínimo 4 semanas após, era feita uma análise das áreas, e se houvesse necessidade os procedimentos eram feitos novamente. Mondelli et al (1995) apresentaram um caso clínico de remoção de manchas do esmalte dental através da associação do agente abrasivo pedra-pomes e ácido fosfórico a 37% na forma de gel. Eles tiveram a intenção de criar uma alternativa ao emprego de ácido clorídrico 18 % mais pedra-pomes, durante o procedimento de microabrasão, já que a probabilidade de ocorrência de acidentes com esta técnica era alta. Para os autores, a utilização deste novo composto era bastante vantajosa, uma vez que, o ácido era bastante empregado nos procedimentos restauradores, o que o tornava mais acessível, além de ser menos agressivo que o ácido clorídrico. A técnica consiste no isolamento absoluto, aplicação do composto sobre a mancha branca com ajuda de um cone de borracha ou ponta de borracha abrasiva, lavagem por 20 segundos com ar e água seguidos de secagem, além de observação do grau de desgaste do dente. O procedimento pode ser repetido, mas se obtiver bons resultados após 5 ou 10 aplicações deve-se suspender a técnica. Finaliza-se com acabamento, polimento e aplicação tópica de flúor para induzir a remineralização. Sendo assim, o clareamento dental é uma técnica eficaz para o tratamento de alteração de cor, no entanto, é ineficaz para a remoção de manchas em esmalte, de acordo com Cremonese e Samuel (2001). As manchas localizadas neste substrato podem ser tratadas com métodos não invasivos como a microabrasão, segundo Ramalho et al. (2010). Essa técnica se caracteriza pela combinação de uma substancia ácida com uma substância abrasiva que, quando aplicada sobre 53 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 a estrutura dental e friccionada, gera um desgaste mínimo na estrutura dental, removendo manchas e irregularidades presentes nas camadas superficiais do esmalte, segundo estudos de Sundfeld (1995) . É uma técnica simples, de baixo custo, e apresenta resultados imediatos, permanentes e sem recidivas, ainda, a perda de estrutura dental gerada pelo seu ato é insignificante e, após realizada, devolve ao esmalte um aspecto clínico saudável e esteticamente agradável, como bem evidenciado em estudo de Santos-Pinto, Azevedo e Lima (2005), Kendell (1989) e Calixto, Lins e Lima (2007). Além disso, a rugosidade do esmalte após o polimento é menor, reduzindo o acúmulo de placa e aumentando a dureza superficial, o que torna o dente mais resistente a desmineralizações. No entanto, a efetividade na remoção de manchas pela microabrasão depende do correto diagnóstico, tendo em vista que está diretamente ligada à profundidade da lesão, segundo Sundfeld et al. (2007) e Mondelli, Souza e Carvalho (2001). Dentre as indicações para técnica de microabrasão, podemos citar as manchas superficiais do esmalte dental e localizadas na face vestibular (quer por amelogênese imperfeita ou pelas adquiridas durante o emprego de aparelho ortodôntico e observadas pós-remoção de braquetes ortodônticos), manchas de qualquer cor, manchas de etiologia intrínseca, manchas de textura dura e correção de irregularidades superficiais, segundo Sundfeld et al. (2007). Com relação as contra indicações, pode-se ressaltar a impossibilidade de realização do isolamento absoluto, diante dessa condição clínica, a técnica da microabrasão deverá ser realizada após a completa exposição da mancha e erupção total do elemento dental, manchas extrínsecas, diante dessa condição clínica, deverão ser removidas através de procedimentos de limpeza, tais como raspagem e alisamento coronário, ou até mesmo pacientes com vedamento labial deficiente, condição clínica que dificulta, sobremaneira, a formação da película umedecedora do esmalte, não protegida pelos lábios superior e inferior. Diante desses pacientes, é conveniente encaminhá-los para o ortodontista, ou ao fonoaudiólogo, para, após a obtenção do reposicionamento correto dos lábios, iniciarmos a técnica de microabrasão, modificar a cor dentinária, diante dessa condição clínica, os elementos dentais poderão ser submetidos a técnica do clareamento dental, para obtenção de uma coloração dental mais clara, Sundfeld et al. (2007). E, finalmente, com relação as limitações da técnica pode-se citar as manchas localizadas no terço incisal, principalmente as observadas em pacientes mais jovens, que possuem nessa região uma maior espessura de esmalte e a ausência de tecido dentinário. As manchas localizadas entre o esmalte dental vestibular e lingual, após a remoção da mancha, o esmalte incisal remanescente poderá apresentar uma maior translucidez além de uma maior fragilidade ao desgaste e a fratura, com o passar do tempo, manchas localizadas no terço cervical, em razão da espessura de esmalte dental ser menor nessa região. Porém, mesmo assim, essas manchas poderão ser submetidas a técnica microabrasiva, entretanto assumindo maiores cuidados durante a sua remoção, segundo Sundfeld et al. (2007). OBJETIVO O objetivo desse caso clínico foi devolver a estética do sorriso do paciente através da associação de clareamento dental pela técnica de consultório em todos os elementos dentários e microabrasão com pedra pomes e ácido fosfórico a 37% nos dentes que apresentavam hipoplasia no intuito de amenizar os manchamentos causados por esse defeito de esmalte. RELATO DE CASO CLÍNICO Paciente E.J.H., gênero masculino, 25 anos, compareceu à clínica de odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná queixando-se do aspecto estético negativo de seus dentes anteriores. Durante a anamnese o paciente relatou que as manchas brancas estavam presentes desde a erupção dos incisivos permanentes e que não se recordava da ocorrência de traumatismo dentário durante a dentição decídua. Entretanto, nenhuma informação foi obtida da 54 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 história médica e da anamnese que pudessem estar relacionada com a alteração no esmalte dentário. Ao exame clínico intra-bucal verificou-se normalidade dos tecidos moles. Clinicamente, observou-se nos terços médio e incisal dos incisivos centrais superiores, laterais e caninos a presença de manchas esbranquiçadas rasas. Realizou-se o exame radiográfico periapical da região envolvida, na qual nenhuma alteração foi observada. Frente a esses aspectos, os sinais clínicos levaram ao diagnóstico sugestivo de hipoplasia do esmalte, sem conhecimento da causa, pois não havia dados suficientes para confirmar o fator etiológico. Como plano de tratamento, optou-se pela microabrasão e clareamento dental. Na primeira sessão foi iniciado o processo de microabrasão que se deu através da aplicação da mistura de pedra pomes e ácido fosfórico 37% na proporção volumétrica de 1:1. Para tal, inicialmente realizou-se uma profilaxia com pedra-pomes e água, lavagem e secagem das superfícies. Em seguida, realizou-se o isolamento absoluto, a aplicação da pasta com mais ou menos 1 mm de espessura sobre a mancha do esmalte e a realização da microabrasão com fricção com uma espátula de madeira confeccionada através de afastador de língua de madeira. Após cada aplicação, executou-se lavagem abundante e análise da remoção da mancha com a superfície de esmalte úmida. Esta análise foi realizada por criteriosa visualização vestibular e incisal a fim de observar a quantidade de desgaste de estrutura dental. No total, foram realizadas 5 aplicações de 10 segundos cada. Para concluir, realizou-se um polimento do esmalte com disco de feltro e pasta para polimento, e aplicação tópica de flúor fosfato acidulado 1,23%. Após um mês, foi realizado o clareamento dental, iniciando-se pela realização de profilaxia dos dentes com pedra pomes e água, seguido pela aplicação da barreira gengival Top dam® (FGM) dos elementos envolvidos no clareamento dental, após inserção do afastador de bochechas e língua. Em seguida, foi aplicado o gel clareador Whiteness HP Blue Calcium® (FGM) por 40 minutos, conforme instruções do fabricante. Após esse tempo, o gel foi removido com ajuda de uma cânula de aspiração seguida de lavagem abundante com água e aspiração. Os dentes foram secos e aplicado flúor tópico incolor por 1 minuto. Essa técnica foi repetida duas vezes com intervalo de 1 semana entre elas. Para finalizar o caso foi substituída uma restauração da face vestibular do elemento 21 que apresentou-se mais escura do que o restante do elemento dentário, destoando do resultado obtido. Primeiramente, foi realizada a profilaxia dos elementos dentários com pedra pomes e água, seguida da seleção de cor da resina composta, com auxílio da escala Vitta e incrementos de resina sobre a superfície do dente sem ataque ácido e adesivo. Após seleção da cor, foi realizado o isolamento absoluto do campo operatório, remoção da restauração com fresas esféricas de ponta diamantada, confecção de um bisel, seguida pelo ataque ácido com ácido fosfórico 37% por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina, lavagem abundante com água por 30 segundos, leve secagem com papel filtro, aplicação do adesivo, secagem a 15 cm de distância para evaporação do solvente, reaplicação do adesivo e secagem, fotopolimerização por 40 segundos e aplicação da resina de dentina selecionada por incrementos e finalizado com resina de esmalte da mesma cor, sendo cada incremento fotopolimerizado por 40 segundos. Em seguida, foi realizado o acabamento inicial da restauração com auxílio de lâmina de bisturi. Após 21 dias foi realizado o acabamento e polimento da restauração com tiras de lixa, discos abrasivos de acabamento, pasta para polimento de resina composta e discos de feltro. DISCUSSÃO As manchas brancas não cariosas são muito importantes clinicamente, pois comprometem a estética e, no caso das hipoplasias do esmalte, podem comprometer severamente a estrutura do dente, segundo Pinheiro et. Al (2003) e Pithan et al. (2002). As irregularidades promovidas pela hipoplasia do esmalte facilitam a instalação de cáries por favorecerem a ação da placa dento-bacteriana pelas fissuras, depressões e sulcos formados irregularmente na superfície do esmalte, Pinheiro et al. (2003). A diferenciação entre manchas 55 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 brancas de cárie e as manchas brancas não cariosas do esmalte é muito importante na escolha da melhor conduta e forma de tratamento para eliminá-las ou atenuá-las, Pinheiro et al. (2003). Para dentes com manchas localizadas superficialmente em esmalte, a microabrasão do esmalte deve ser a primeira tentativa de correção da cor. Se a mancha não for superficial, o procedimento restaurador com compósito fotopolimerizável deve, então, ser considerado, segundo Worschhech (2003). Com a evolução das técnicas adesivas, pode-se reabilitar casos de anomalias dentárias, como a hipoplasia do esmalte, com procedimentos menos invasivos, permitindo previsibilidade e longevidades dos resultados obtidos. Muitas são as pessoas que perdem a sua autoconfiança e autoestima devido a um sorriso ou estética prejudicados, levando-as a se comportar de maneira tímida ou retraída. Em crianças e adolescentes, as condições que afetam a estética influem no desenvolvimento da personalidade e podem até mesmo contribuir para um comportamento antissocial, de acordo com Bendo et al. (2007) Mendes et al. (1999), procuraram analisar a quantidade de desgaste do esmalte humano, após o uso da técnica de microabrasão, com diferentes 22 formulações e números de aplicações. Foram utilizados no trabalho molares humanos hígidos extraídos, sendo que o desgaste foi visualizado por meio de microscopia óptica. Foram determinados cinco grupos de trinta espécimes, nos quais foi aplicado um dos seguintes materiais em 3 condições (5, 10 e 15 aplicações): grupo 1) ácido clorídrico a 18%; grupo 2) ácido clorídrico a 18% + pedra-pomes; grupo 3) Prema Compound; grupo 4) ácido fosfórico a 37% e grupo 5) ácido fosfórico a 37% + pedra-pomes. Nestes grupos, foram estabelecidos três subgrupos identificados pelas letras A, B ou C de acordo com o número de aplicações (5, 10 ou 15 respectivamente) do tratamento realizado. Depois de 10 segundos de cada aplicação do material, a superfície era lavada por 20 segundos com água deionizada e seca com ar. Após o tratamento, os espécimes eram polidos com Soflex. Foi possível detectar uma diferença estatística bem significativa entre os materiais e o número de aplicações. O maior desgaste foi provocado pelo uso do ácido clorídrico a 18% + pedra-pomes, seguido em ordem decrescente pelos grupos 1, 5, 4 e 3. Ainda em 2000, Moura et al. utilizaram duas técnicas de microabrasão do esmalte, uma utilizando o ácido clorídrico a 18% associado à pedra-pomes e a outra utilizando o ácido fosfórico a 37% em gel, também associado à pedra-pomes. O estudo tinha como objetivo comparar a eficácia clínica dessas duas técnicas. A amostra contou com 15 pacientes de ambos os sexos, num total de 68 dentes portadores de descoloração de etiologias diversas. Através dos resultados, foi possível concluir que não houve diferença clínica significativa entre as técnicas testadas, no que diz respeito ao resultado final clínico e ao tempo. Uma conclusão importante do trabalho foi a detecção de que as técnicas mostraram ser mais eficazes na remoção de manchas escuras. Ritter, 2005, ressaltou mais uma vez as vantagens do uso da técnica de microabrasão como por exemplo: maior conservação da estrutura dentária quando comparada às restaurações e veneers, boa estética e baixo custo. Além disso, caracterizou a microabrasão como um tratamento estético bastante conservador que deve ser utilizado para a remoção de manchas intrínsecas superficias do esmalte, manchas estas que podem ser provenientes de fluorose leve e/ou por hipoplasia de esmalte. Entretanto, também foram citadas no trabalho algumas restrições da técnica, como por exemplo, o fato de não ser recomendada para manchas dentais mais profundas, internas, tais como aquelas causadas pela tetraciclina, pela fluorose severa ou pelo amarelamento generalizado dos dentes. Apesar do bom desempenho dos compostos abrasivos, foi possível concluir que a técnica de microabrasão que utiliza o ácido fosfórico associada à pedra pomes possui características mais favoráveis, além de ser menos agressiva. Em 2007, através de casos clínicos, Benbachir et al. relataram acerca de indicações e limites da técnica de microabrasão. Os autores ressaltaram a importância de se fazer um bom diagnóstico do paciente o que permite um bom direcionamento na escolha correta do tratamento, além da possibilidade de se estipular um prognóstico para o caso. Afirmaram ainda que, nos 56 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 últimos anos, a microabrasão não foi somente utilizada sozinha, mas sim junto com o clareamento vital, o que gerou bons resultados no que diz respeito ao quesito estético, já que reduziu o contraste entre as lesões e a superfície do dente. A microabrasão também é recomendada para o tratamento da fluorose, a desmineralização pós-ortodôntica, a hipoplasia localizada e a hipoplasia idiopática, onde a descoloração é limitada à camada mais superficial do esmalte. Trabalhos apontam uma melhora significante na aparência das manchas obtida para 97% dos pacientes. O clareamento dental in office tem se mostrado uma técnica segura e que apresenta bons resultados. Apresenta vantagens como controle de técnica pelo operador, menor desconforto em relação às moldeiras e rapidez, quando comparado à técnica caseira. No entanto, uma maior sensibilidade tem sido demonstrada por alguns trabalhos. Para minimizar este desconforto ao paciente, podemos recobrir as áreas de exposição dentinária e trincas em esmalte com o uso da barreira gengival, procedimento que diminui a difusão do gel nessas áreas e, consequentemente, a sensibilidade, segundo Ramalho et al. (2010). Sendo assim, a efetividade da técnica de microabrasão do esmalte dental tem sido demonstrada desde sua introdução. Em 2000, após treze anos de experiência com microabrasão, Croll (2000) afirmou que o tratamento é efetivo como recurso conservador para melhorar a aparência dos dentes e que a correção é mantida ao longo do tempo. A técnica baseia-se na penetração do ácido na porção orgânica do esmalte e possui pouco efeito sobre os prismas de esmalte. As manchas são removidas na estrutura orgânica, onde o efeito abrasivo altera a camada mais superficial do esmalte, remove parte da estrutura defeituosa e faz com que grande porção de mineral permaneça compactada sobre o dente, formando densa e polida camada na superfície, que apresenta graus de reflexão e refração da luz diferentes dos de uma superfície não tratada. Esse efeito óptico é o responsável pelo desaparecimento das manchas da camada superficial, melhorando assim a estética. CONCLUSÃO: Conclui-se que a microabrasão do esmalte e o clareamento dental são procedimentos seguros, de baixo custo, com remoção insignificante de esmalte, eficiente diminuição do croma e do manchamento dental e que necessita de pouco tempo clínico para execução, principalmente quando são empregados ácidos de elevadas concentrações, tornando o procedimento indicado especialmente para remoção de manchas intrínsecas superficiais do esmalte, com resolução estética bastante satisfatória, desde que o diagnóstico diferencial minucioso dos defeitos de esmalte seja realizado para que um plano de tratamento adequado seja traçado. REFERÊNCIAS ALMEIDA, M.F. Nutrição e cuidados com o recém-nascido. 1 ed. Pediatr Mod, 1992. BENBACHIR, N.; ARDU, S.; KREJCI, I. Indications and limits of the microabrasion technique. Quintessence Int., v. 38, n. 10, p. 811-5, 2007. BENDO, C.B. et al. Hipoplasia de esmalte em incisivos permanentes: um acompanhamento de 6 meses. RGO, v. 55, n. 11, p. 107-12, 2007. 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Objetivo: Avaliar os princípios estéticos e funcionais necessários para o cirurgião dentista estabelecer um correto plano de tratamento em Odontologia Restauradora e orientar o clínico na avaliação estética facial e dental. Revisão de Literatura: O exame facial é considerado a chave do diagnóstico e do planejamento estético restaurador integrado. Avalia-se: análise fotográfica, vista frontal, linhas de referências, simetria e diversidade, relações horizontais e verticais, proporções faciais, vista de perfil, linha-E e ângulo nasolabial. Na análise dentolabial, é necessário interagir com o paciente para que o clínico consiga observar e avaliar os movimentos labiais naturais e a exposição dental durante as várias fases da fala e do sorriso, observando: Exposição dos dentes com os lábios em repouso, borda incisal, curva incisal versus lábio inferior, linhas do sorriso, corredor vestibular, linha média dental. Já na análise dental, observa-se: Linha interincisal superior e inferior, tipo dental, cor, textura, tamanho, simetria e borda incisal de cada elemento dental. Discussão: Segundo os autores Mondelli e Fradeani, durante a fase nanoperatória é muito importante que o clínico avalie seu paciente como um todo, para que obtenha a excelência do caso.Conclusão:Uma composição bucal, para ser satisfatória, deve estar relacionada a diversos pontos e linhas de referência faciais, visto que, estas, servem como guias no restabelecimento do conjunto dentário. Palavras-chave: Análise estética, Análise facial, Análise dental REFERÊNCIAS: FRADEANI, M. Reabilitação Estética Em Prótese Fixa - Análise Estética Vol. 1 – São Paulo: Editora Quintessence. MONDELLI, J. Estética e Cosmética em Clínica Integrada Restauradora. São Paulo: Editora Quintessence, 2003. ____________________ 1Acadêmica do quarto ano do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense- UNIPAR. 59 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS PARA EFETIVO CLAREAMENTO DENTAL Tuane Mertz1 Vera Lucia Schmitt2 Bianca Medeiros2 Nathália Nitsche1 Mariana Lena Sassi1 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O interesse pela estética é crescente, e na odontologia, particularmente, a busca por um sorriso mais harmonioso. Dentre as inúmeras alternativas hoje existentes, a mais conservadora é o clareamento dental, seja ele caseiro ou ambulatorial. Ambas as técnicas se baseiam na aplicação de substâncias químicas sobre a estrutura dental, sendo as mais utilizadas o Peróxido de Carbamida e Peróxido de Hidrogênio. A capacidade de difusão do agente clareador na estrutura dental varia de acordo com alguns fatores, tais como concentração do gel e tempo de aplicação.Objetivo: Relato de caso clínico associando a técnica de consultório a de clareamento caseiro. Relato de caso: Paciente compareceu a clínica de Odontologia da Unioeste com a intenção de clarear seus dentes. Na primeira sessão, após isolamento com barreira gengival, foi realizada a aplicação de Peróxido de Hidrogênio a 35% em toda superfície dental e aguardado 15 minutos, na sequência, removeu-se o gel com o auxílio de uma cânula de sucção e repetiu-se a operação seguida de lavagem abundante. Posteriormente, foi executada a moldagem anatômica para confecção da moldeira individual. Na segunda sessão, implantouse a técnica caseira com a aplicação diária de Peróxido de Carbamida 16%, por duas horas, durante 21 dias. Após esse período o paciente retornou ao consultório para polimento e aplicação de flúor. Conclusão: No caso exposto, verificou-se uma homogeneidade na tonalidade dos dentes, podendo concluir que o branqueamento foi eficaz e gera resultados satisfatórios quando a correta indicação é respeitada e o tratamento bem executado. Palavras-chave: Clareamento dental, Peróxido de Carbamida, Peróxido de Hidrogênio REFERÊNCIAS: FUGARO, J.O.; NORDAHL, I.; FUGARO, O.J.; MATIS, B.A.; MJÖR, I.A. Pulp Reaction to Vital Bleaching. Operative Dentistry, v. 29-4, p. 363-368, 2004. KINA, J.F.; HUCK, C.; RIEHL, H.; MARTINEZ, T.C.; SACONO, N.T.; RIBEIRO, A.P.D; COSTA, C.A.S. Response of human pulps after professionally applied vital tooth bleaching. International Endodontic Journal, v. 43, p. 572–580, 2010. HAYWOOD, V. B. History, safety, and effectiveness of current bleaching techniques and applications of the nightguardvital bleaching technique. Quintessence Int, v.23-3, p. 471-488, 1992. ____________________ 1Acadêmicas do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE. Docentes do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE. 2 60 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA DUREZA DE MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS EXPOSTOS A DEGRADAÇÃO BIOLÓGICA E MECÂNICA Tainara Conte1 Vera Lúcia Schmitt2 Fabiana Scarparo Naufel2 Bianca Medeiros2 Yara Grubert Pedrão1 Modalidade: Pesquisa RESUMO:Materiais restauradores são susceptíveis a degradação, podendo ser causada por baixo pH devido ao biofilme, bebidas ácidas, alimentação e escovação, o que acaba por alterar as propriedades superficiais dos materiais, essencial para a durabilidade e estética das restaurações. Objetivo: Avaliar a dureza Knoop (KHN) da superfície de materiais restauradores, submetidos ao contato do biofilme de Streptococcus mutans em associação ao processo de abrasão provocado pela escovação. Metodologia: Foram confeccionados 10 discos de cada material (Filtek Z350, Empress Direct e e.Max) seguindo as instruções dos fabricantes. Os espécimes foram armazenados em umidade relativa 100% a 37 C durante 24 horas, após, mensurou-se a KHN inicial. Posteriormente, foram submetidos a degradação biológica, imersos em 25 µL de inóculo de Streptococcus mutans, mantida por 2 h nos discos, posteriormente imersos em meio BHI com 1% de sacarose, trocado a cada 48 h. Após 7 dias, os discos foram lavados em ultra-som, e avaliou-se a KHN novamente. Finalmente, então submeteu composto de cerdas dental com dentifrício; após esse processo, mensurou-se novamente a KHN. Resultados: Inicialmente, as resinas compostas Empress Direct e Z350 apresentaram baixa dureza, mas após a degradação biológica, não houve diferença estatística entre os materiais. Após a degradação mecânica houve aumento da para Z350, e Empress Direct permaneceu semelhante a degradação biológica. Em todas as situações, e.Max manteve os maiores valores de dureza. Conclusão: Diferentes materiais obtiveram diferentes valores de dureza conforme a condição estudada, variando conforme a composição do material. E independente das avaliações, e.Max obteve os maiores índices de dureza. Palavras-chave: Biofilmes; Propriedades de superfície; Materiais dentários. REFERÊNCIAS: DE PAULA, A.B., FÚCIO S.B.P., ALONSO R.C.B., AMBROSANO G.M.B & PUPPIN-RONTANI R.M. Influence of chemical degradation on the surface properties of nano restorative materials Operative Dentistry. 2014 39(3) e109-e117. SOUSA BARBOSA RP, PEREIRA-CENCI T, MISSIO DA SILVA W, COELHO-DE-SOUZA FH, DEMARCO FF & CENCI MS (2012) Effect of cariogenic biofilm challenge on the surface hardness of direct restorative materials in situ Journal of Dentistry 40(1) 359-363. PADOVANI G.C., FÚCIO S.B.P., AMBROSANO G.M.B., SINHORETI M.A.C & PUPPINRONTANI R.M. In situ surface biodegradation of restorative materials Operative Dentistry “In Press”. 2014 39(2). ________________________________ ¹ Acadêmicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] ² Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE 61 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE DE MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS EXPOSTOS A DEGRADAÇÃO Yara Grubert Pedrão1 Fabiana Scarparo Naufel2 Bianca Medeiros2 Vera Lúcia Schmitt2 Tainara Conte1 Modalidade: Pesquisa RESUMO: Materiais restauradores estão constantemente expostos ao processo de degradação na cavidade oral, podendo afetar as propriedades de superfície dos materiais, fundamentais para estética e longevidade das restaurações. Objetivo: Avaliar a rugosidade de superfície (Ra) de alguns materiais após o contato com biofilme de Streptococcus Mutans associados a abrasão gerada pela escovação. Metodologia: Confeccionou-se 10 discos de cada material (Filtek Z350, Empress Direct e e.Max) de acordo com as instruções dos fabricantes. Então, os espécimes foram armazenados em umidade relativa 100% a 37 C durante 24 horas, após, mensurou-se a Ra inicial. Posteriormente, foram submetidos a degradação biológica, imersos em 25 µL de inóculo de Streptococcus mutans, mantida por 2 h nos discos, e após imersos em meio BHI com 1% de sacarose, trocado a cada 48 h. Após 7 dias, os discos foram lavados em ultra-som, e avaliou-se a Ra novamente. Finalmente, submeteu-se os espécimes a degradação mecânica, sendo fixos a um dispositivo de escovação composto de cerdas dental com dentifrício; após esse processo, mensurou-se novamente a Ra. Resultados: Os compósitos mostraram rugosidade baixas e semelhantes inicialmente, e e.Max apresentou maior rugosidade; após a degradação biológica ambos os compósitos apresentaram aumento significante de rugosidade, e e.Max manteve-se semelhante a inicial. Depois da degradação mecânica os valores de rugosidade diminuíram para Empress Direct e e.Max e Z350 permaneceu similar aos valores de degradação biológica. Conclusão: Este estudo revelou que os compósitos apresentaram valores médios de rugosidade semelhantes após o polimento. Após a degradação os compósitos apresentaram variações diferentes de rugosidade. Palavras-chave: Biofilmes; Propriedades de superfície; Materiais dentários. REFERÊNCIAS: DE PAULA, A.B., FÚCIO S.B.P., ALONSO R.C.B., AMBROSANO G.M.B & PUPPIN-RONTANI R.M. Influence of chemical degradation on the surface properties of nano restorative materials Operative Dentistry. 2014 39(3) e109-e117. PADOVANI G.C., FÚCIO S.B.P., AMBROSANO G.M.B., SINHORETI M.A.C & PUPPINRONTANI R.M. In situ surface biodegradation of restorative materials Operative Dentistry “In Press”. 2014 39(2). VOLTARELLI F.R., SANTOS-DAROZ C.B., ALVES M.C., CAVALCANTI A.N & MARCHI G.M. Effect of chemical degradation followed by toothbrushing on the surface roughness of restorative composites Journal of Applied Oral Science. 2014 18(6) 585-590. ________________________________ ¹ Acadêmica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected] ² Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. 62 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 FRATURA CORONÁRIA: REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL COM RESINA COMPOSTA – RELATO DE CASO CLÍNICO Aline Aguetoni¹ Bianca Medeiros² Vera Lúcia Schmitt² Fabiana Scarparo Naufel² Alana R. Balbinot¹ Modalidade:Caso clínico RESUMO: Um dos principais motivos que leva o paciente a procurar o cirurgião-dentista é a melhoria estética do seu sorriso. Dessa forma, a fratura dental gerada por traumas, torna-se um fator frequentemente encontrado na prática odontológica, o qual gera um prejuízo estético significativo ao paciente. Tendo ainda como relevância, a incidência dessas fraturas, que comumente ocorre em pacientes jovens, que buscam ainda mais a estética. Objetivo: Relatar um caso clínico de fratura coronária, cujo tratamento optado foi a técnica restauradora direta com resina composta com a confecção de enceramento diagnóstico e uso da guia de silicone. Relato do caso: Paciente M. S. A., gênero masculino, 16 anos, procurou atendimento odontológico queixando-se de fratura no elemento 11. Perante o exame clínico e radiográfico, optou-se pela restauração direta com resina composta, visto ser uma alternativa que permite maior conservação da estrutura dental e com menor custo em comparação com as técnicas indiretas, considerando-se também que, a fratura não atingiu a polpa dentária. Conclusão: Com a realização correta de todas as etapas, os devidos cuidados tomados com a seleção de cor e a manutenção das características anatômicas do elemento dental, obteve-se um tratamento restaurador satisfatório tanto para o profissional como para o paciente, proporcionando estética e funcionalidade favorável, princípios importantes na prática odontológica. Palavras-chave: fraturas dos dentes; estética dentária; restauração dentária permanente; resinas compostas. REFERÊNCIAS: CONCEIÇÃO, E. N. et al. Dentística: Saúde e Estética. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 322. HIRATA, R., AMPESSAN, R. L., LIU, J. Reconstrução de Dentes Anteriores com Resinas Compostas – Uma Sequência de Escolha e Aplicação de Resinas. JBC, v. 5, p. 15-25, 2001. ________________________________ ¹ Acadêmica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. [email protected] ² Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. 63 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 RESTAURAÇÃO DA HARMONIA ESTÉTICA EM DENTES ANTERIORES – ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR. Felipe de Brum Ricardi1 Virgínia Bosquiroli2 Veridiana Camilotti2 Alexandre Marcos Bandeira3 Natalindo Satio Inagaki4 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A reabilitação de dentes anteriores fraturados visa reestabelecer a estética e devolver a função ao paciente. O tratamento realizado, é baseado no tipo de dano e, as estruturas atingidas orientam o procedimento e o prognóstico dependendo do grau de envolvimento, do estágio de seu desenvolvimento e do tempo transcorrido entre o acidente e o atendimento. Por isso, o objetivo deste estudo foi apresentar, por meio de um caso clínico, a reabilitação estética e funcional do elemento dental 11 acometido por fratura. Para tanto foi realizado anamnese, exame clínico e radiográfico, planejamento multidisciplinar envolvendo a ortodontia, endodontia e dentística restauradora. Em seguida, foi realizado enceramento diagnóstico para auxiliar no procedimento restaurador e correção de um leve apinhamento envolvendo o dente fraturado. O exame radiográfico evidenciou perda de dentina radicular, por isso, realizou-se tratamento endodôntico seguido do reforço radicular e cimentação do pino de fibra de vidro. A restauração foi feita com resina composta Empress Direct e Creative Color para uniformizar a cor com a referência do dente 21. O acabamento e polimento foi realizado com auxílio dos discos Soft Lex uma semana após a confecção da restauração. Após a conclusão do caso clínico foi observado que, com um planejamento adequado e multidisciplinar, foi possível reestabelecer a plenitude estética e funcional de dentes fraturados. Palavras-chave: Cárie Radicular; Necrose da Polpa Dentária; Traumatismo Dentário. 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Nesse caso, a paciente apresentava agenesia dos elementos 12 e 22, os quais estavam sendo substituídos pelos elementos 13 e 23. Após minucioso planejamento através de exame clínico e radiografias, optou-se pela realização de facetas laminadas minimamente invasivas, uma vez que a paciente já apresentava reanatomização dos elementos 13 e 23 com facetas diretas de resina composta, e também por haver tecido dentário sadio em quantidade satisfatória. Podemos concluir, que quando indicadas de maneira correta as facetas laminadas que exigem pouco desgaste da estrutura dental podem ser indicadas para casos de reanatomização. Palavras chave: Anodontia, facetas dentárias, estética. INTRODUÇÃO A anomalia dentária é definida como um desvio da normalidade, habitualmente associada ao desenvolvimento embrionário dos dentes, podendo resultar na ausência, no excesso ou na alteração de forma. De acordo com Polder, Van der Linden e Kuijpers-Jagtman (2004) as agenesias são anomalias relativamente frequentes na dentição definitiva apresentando uma prevalência que varia entre os 0,3 e os 36,5% sendo que para a população portuguesa os valores descritos variam entre os 5,6 e os 6,5% excluindo os terceiros molares. Ocorre mais frequentemente nos indivíduos do sexo feminino, embora a distribuição por gêneros apresente variações de acordo com a localização geográfica das populações em estudo de acordo com Polder, Van der Linden e Kuijpers-Jagtman (2004), Cruz (1989), Leitão (1993) e Carvalho, Mesquita e Afonso (2011). Apesar de ser possível encontrar na literatura algumas diferenças, a maior parte dos estudos refere que o dente que mais frequentemente se encontra ausente é o 2 pré-molar inferior (PMI), seguido do incisivo lateral superior (ILS), do 2 pré-molar superior (PMS) e do incisivo central inferior (ICI). A agenesia dos 1 s e 2 s molares, do canino inferior (CI) e do incisivo central superior (ICS) são relativamente raras de acordo com Polder, Van der Linden e Kuijpers-Jagtman (2004), Cruz (1989), Leitão (1993) e Carvalho, Mesquita e Afonso (2011). De acordo com Pinho, Tavares e Pollmann (2005), Pinho, Maciel e Pollmann (2009), Robertsson e Mohlin (2000), a ausência de apenas um incisivo lateral é, muitas vezes, acompanhada de má formação do incisivo lateral contra-lateral sendo a microdontia a anomalia dentária mais frequente. Este fenômeno sugere a influência dos fatores genéticos nestas anomalias dentárias. 65 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 O impacto, a nível estético e funcional, que a agenesia destes dentes provoca é enorme, constituindo um fator de preocupação não só para os portadores da anomalia como também para os profissionais de saúde que veem no planeamento do seu tratamento, um grande desafio. Várias atitudes terapêuticas podem ser tomadas face à ausência de um ou mais ILS. Pode-se optar por não se fazer nada ou por uma de 2 situações terapêuticas: criar o espaço adequado para a substituição do dente ou dentes ausentes ou fechar o espaço disponível na arcada dentária, proporcionando o contato do incisivo central com o canino procedendo-se, posteriormente, à reanatomização do canino transformando-o num incisivo lateral de acordo com Sabri (1999), Millar e Taylor (1995) e Kokich e Kinzer (2005). No primeiro caso, a reabilitação protética dos espaços criados é variada, podendo-se optar por uma prótese removível ou, alternativamente, por dentes fixos através da realização de uma prótese fixa dento ou implantosuportada. O tratamento de pacientes com agenesias de incisivos laterais deve ser multidisciplinar, envolvendo as áreas de ortodontia e dentística restauradora ou ortodontia, implante e prótese. As opções de tratamento, fechamento dos espaços ortodonticamente ou manutenção destes para futura reabilitação protética devem ser discutidas com o paciente e/ou responsáveis. Nas primeiras consultas, o profissional deve expor as vantagens e desvantagens do tratamento escolhido. No planejamento ortodôntico deve-se considerar alguns fatores como a necessidade de extrações, a relação sagital dos arcos dentários, a relação oclusal dos dentes posteriores, a posição, a forma e a cor dos caninos, a quantidade de espaço remanescente, a idade do paciente e a análise do perfil e do padrão facial do paciente. Com relação ao tratamento ortodôntico, estes casos representam um desafio para os profissionais que têm que decidir quanto ao melhor plano de tratamento para o paciente. Na literatura encontra-se duas opções viáveis de tratamento para esta má-oclusão. Até 1950, os autores Dewel (1947), Strang (1943) e Wheeler (1940) preferiam manter o espaço para uma futura reconstrução protética do elemento ausente, posicionando os caninos em Classe I. Para Wheeler (1940), Dewel (1947) e Henns (1974), a decisão por não posicionar o canino no espaço da agenesia se relacionava à importância da bossa (eminência) do canino na estética facial e acreditavam que movimentando o canino para o lugar do lateral a estética facial ficaria comprometida. As desvantagens do fechamento dos espaços ortodonticamente para Strang (1943) consistiam no desequilíbrio das forças musculares devido aos contatos oclusais anormais, desarmonia das linhas faciais e estética desagradável quando do posicionamento de um dente em um local onde sua forma e tamanho não são adequados. Por outro lado, há os profissionais que defendem a outra modalidade de tratamento: fechamento ortodôntico dos espaços dos dentes ausentes. Carlson (1952) foi um dos primeiros a adotar esta técnica para os casos de agenesias dos incisivos laterais. Pouco depois, vários outros ortodontistas, como Freitas et al. (1998), Furquim et al. (1997), Robertsson & Mohlin (2000) e Senty (1976) trataram seus casos eliminando os espaços presentes e transformando os caninos, com o auxílio da Odontologia cosmética, em incisivos laterais. Os diversos trabalhos na literatura citam as vantagens e desvantagens de cada tipo de tratamento como, por exemplo: as diferenças de cores e a discrepância entre os tamanhos dos incisivos e caninos e a possível dificuldade em se obter um ajuste oclusal. No entanto, em 1973, Mcneil & Joondeph verificaram que para alguns casos o fechamento dos espaços seria a opção mais viável e, para outros, a manutenção destes constituiria o tratamento de eleição. Os autores indicaram o fechamento dos espaços nos casos em que seria realizada extrações dentárias no arco inferior. Em 1976, Senty, analisando os seus 56 casos tratados, verificou resultados estético e funcionalmente aceitáveis movimentando os caninos para mesial, transformando-os cosmeticamente em incisivos laterais e realizando um ajuste oclusal. 66 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 As facetas diretas em resinas compostas podem ser indicadas para solucionar diversos problemas estéticos, como diastemas, modificações de forma, posição, cor e textura dos dentes anteriores, porém, este material é suscetível ao desgaste e à alteração na coloração, limitando assim, o resultado estético ao longo do tempo. Para compensar tais limitações, foram então propostas restaurações indiretas, tais como laminados cerâmicos. O aperfeiçoamento nas propriedades físicas e mecânicas desses materiais, associado à evolução dos sistemas adesivos e cimentos resinosos, promoveram uma adequada união da cerâmica à estrutura dentária, que proporcionou um aumento na longevidade e desempenho clínico desta modalidade de restauração. Com relação ao tratamento minimamente invasivo, realiza-se um preparo dental mínimo, mantendo livres as margens gengivais, sendo principalmente confinado ao esmalte dental, desta forma, respeitando os princípios biomecânicos, periodontais, funcionais e estéticos. Ele preserva a integridade do tecido mole, que constitui uma das principais vantagens desta técnica. O conceito mais atual na prática restauradora é a preservação das estruturas dentárias sadias. Nos procedimentos restauradores diretos localizados somente em esmalte dental, como fechamento de diastema com resina composta, sempre foi bem aceito pelos clínicos, no entanto, para a realização de laminados cerâmicos existia o receio devido ao grande potencial destrutivo que os procedimentos indiretos proporcionavam. Devido a uma grande evolução das técnicas e materiais na Odontologia Restauradora, atualmente é possível a confecção de peças protéticas de espessuras reduzidas, com desenhos de preparos diferentes dos métodos clássicos convencionais. Isso se tornou possível graças ao aperfeiçoamento dos sistemas cerâmicos e dos seus protocolos para cimentação. Desta forma, os procedimentos indiretos com cerâmicas ganharam espaço em tratamentos que antes só poderiam ser realizados com procedimentos restauradores diretos de acordo com Spear e Holloway (2008). Para isto, é necessário que o cirurgião dentista realize a coleta de dados referente à queixa do paciente e conheça seu grau de exigência e expectativa quanto ao tratamento restaurador de acordo com Fradeani (2006). Para que o cirurgião dentista possa elaborar de forma tranquila, o planejamento e plano de tratamento, a confecção de modelos de estudo em gesso, exames radiográficos e fotografias extra e intraorais auxiliam e possibilitam ao profissional analisar os detalhes referente à estética na ausência do paciente, de acordo com goodlin (2011). Observa-se que a modalidade de restauração indireta, laminado cerâmico, vem sendo crescentemente executada e solicitada pelos pacientes, pois é um procedimento confiável, estável, estético e apresenta longevidade aceitável de acordo com Beier, et al. (2012). A extensão do preparo tradicional não atinge o contato proximal, sendo de rápida e fácil execução, conservando bastante a estrutura dentária, no intuito de manter toda margem da restauração indireta em esmalte dental. O término situa 0,5 mm abaixo da junção cemento esmalte, sendo do tipo chanfro, com uma redução vestibular entre 0,2 a 0,3 mm no terço cervical, 0,5 mm no terço médio e de 0,5 a 0,7 no terço incisal de acordo com Edelhoff e Sorensen (2002), Magne e Douglas (2000) e Rouse (1997). Por mais desejáveis que sejam as restaurações conservadoras, muitos dentes simplesmente não podem ser tratados com intervenções minimamente invasivas. Situações envolvendo grandes restaurações interproximais, dentes mal posicionados, escurecidos, desgastados ou fraturados podem requerer restaurações que envolvam a remoção de mais estrutura dental, mas ainda, ficando livre de um preparo para coroa total de acordo com Rouse (1997) e Spear, Holloway (2008). Ou então, realizar um preparo full veneer, no qual o desgaste avança a região mesial e/ou distal rompendo o contato proximal até a palatina ou lingual, escondendo a margem da restauração, aumentando a retenção e reduzindo a incisal de 1,5 mm a 2,0 mm. O desenho do preparo permeia entre o preparo de laminado tradicional e coroa total metal free, Rouse (1997). Em casos em que o elemento a ser restaurado apresenta somente discrepância em sua coloração, refratário ao clareamento e com o formato satisfatório, utiliza-se técnicas guiadas pela 67 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 superfície pré-existente, pois objetiva-se remover uma camada uniforme da estrutura dental vestibular. Este procedimento pode ser realizado a mão livre com auxílio de pontas diamantadas tradicionais e guias de silicone confeccionadas previamente ao desgaste ou utilizar pontas diamantadas aneladas, as quais são mais apuradas e com uma estratégia mais eficiente, de acordo com Brunton, Aminian e Wilson (2000) e Magne e Belser (2004). Quando o esmalte inicial é delgado, a redução baseada na superfície dental existente pode expor quantidade significante de dentina, a qual pode ocasionar sensibilidade e ser prejudicial, podendo acarretar uma possível causa de falha futura com os laminados cerâmicos, segundo Magne e Belser (2004). Vale salientar que esta modalidade de preparo dental não leva em consideração alterações morfológicas, desgastes ou perda de esmalte, o que pode elevar o risco de exposições pulpares e desgastes desnecessários de estrutura dentária saudável, segundo Magne e Belser (2004). Portanto, é de suma importância um correto diagnóstico e planejamento para seleção da técnica mais apropriada. Os procedimentos de preparos dentais mais recentes para laminados cerâmicos incluem uma abordagem de diagnóstico mais específico e requer um alto nível de comunicação com o técnico em prótese dental. São casos de laminados onde se busca restaurar o volume original do dente (não o estado atual do paciente), especialmente na presença de finas espessuras de esmalte. Esses casos envolvem tipicamente pacientes com alteração de forma e função dental, de acordo com Magne e Belser (2004). Esse método mais sofisticado tem integrado os procedimentos clínicos de diagnóstico e preparo dental, e utiliza enceramento diagnóstico e “mock-up” intraoral para compensar a ação do envelhecimento e perdas severas de esmalte na superfície dental. Essas abordagens proporcionam maior preservação do esmalte e, consequentemente, maior previsibilidade adesiva, biomecânica e estética, de acordo com Magne e Belser (2004) de Andrade, et al. (2010), Fradeani e Barducci (2008) Gürel (2007) e Magne (2006). A confecção do enceramento diagnóstico representará o volume original ou desejado e que pode ser utilizado como referência no momento do preparo dental. Este princípio básico e simples preserva uma grande quantidade de estrutura dental hígida, não somente esmalte como também dentina. As guias podem ser confeccionadas com silicone e cortadas vertical ou horizontalmente a partir do enceramento diagnóstico de acordo com Gurel (2007), Magne e Magne (2006), Magne e Belsor (2004) e de Andrade, Borges, Stefani, Fujiy e Battistella (2010), Fradeani e Barducci (2008) ou podem ser feitas a partir de placas de acetato, segundo Fradeani e Barducci (2008). Atualmente, não existe um desenho padrão de preparo dentário quando se utiliza sistema cerâmico metal free; os princípios de estabilidade e retenção existem ou são substituídos pelos princípios de adesão. Com o advento de novas técnicas e aperfeiçoamento dos materiais, os espaços para solidez estrutural do material restaurador estão cada vez mais reduzidos, de acordo com Kina (2012). O aperfeiçoamento do coeficiente de expansão térmica, tamanho e na distribuição das partículas tem propiciado restaurações cerâmicas menos abrasivas e mais resistentes à fratura, com um melhor prognóstico, sendo que essas características evidenciam-se principalmente na resistência ao desgaste, lisura superficial, biocompatibilidade e estabilidade de cor, indicando a cerâmica odontológica como material restaurador superior à resina composta nestes quesitos, segundo Souza, Sakamoto Junior, Higashi, Andrade, Hirata e Gomes (2012). Com relação à cimentação adesiva, a presença do esmalte dental resulta em uma ótima resistência de união, de acordo com Van Meerbeek (2010) e Nattress (2010). O conhecimento da espessura fisiológica do esmalte para dentes anteriores, segundo Ferrari e colaboradores (1992), varia de 0,3 a 0,5 mm no terço cervical, de 0,6 a 1,0 mm no terço médio e de 1,0 a 2,0 mm no terço incisal. Juntamente com auxílio das matrizes de silicone, recortes específicos com o objetivo de orientar as espessuras dos desgastes favoreceram um procedimento conservador, previsível e confiável, de acordo com Magne e Belser (2004). Vale salientar que esta modalidade de laminado cerâmico 68 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 com espessura delgada apresenta alta translucidez, sendo restritamente indicado para reanatomização dental sem escurecimento e ausência de hábitos parafuncionais, pois sofre interferência da cor do substrato sobre o qual será fixado, segundo Spear e Holloway (2004). Sendo assim, os laminados cerâmicos proporcionam um procedimento conservador, eficaz e seguro, possuindo uma taxa de sobrevida satisfatória. OBJETIVO O objetivo desse caso clínico foi devolver a estética do sorriso da paciente através da cimentação de facetas laminadas minimamente invasivas, uma vez que a paciente apresentava facetas diretas de resina composta insatisfatórias nos elementos dentários 13 e 23, os quais foram reanatomizados previamente para substituição dos dentes ausentes. RELATO DE CASO Paciente R.C.H., feminino, 50 anos, compareceu a clínica odontológica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, queixando-se das facetas diretas de resina que apresentava nos elementos dentários: 14, 13, 11, 21, 23, 24, pois as mesmas apresentavam-se infiltradas, pigmentadas e com anatomia prejudicada. Foi observado através de radiografias que a paciente havia agenesia dos elementos 12 e 22 e por tratamento ortodôntico prévio havia sido realizado o fechamento do espaço correspondente aos ausentes e realizada a reanatomização do 14, 13, 24 e 23. Pelo fato da paciente apresentar facetas diretas de resina composta em todos os elementos citados, decidiu-se realizar facetas laminadas com preparo minimamente invasivo, uma vez que, após análise clínica e radiográfica, foi possível perceber que havia remanescente dental sadio satisfatório em todos esses elementos. Dessa maneira, em uma primeira consulta foram realizadas radiografias periapicais para análise da vitalidade dental e da quantidade de remanescente dentinário. Foram realizadas sondagens das margens das restaurações e fotos da paciente sorrindo, em repouso, de frente, de perfil em ambos os lados, com o lábio em repouso e com sorriso forçado. Essa compilação de dados foi enviada para o laboratório para confecção de enceramento diagnóstico (wax up) e guias de silicone para desgaste. Na segunda consulta, foi realizado o ensaio restaurador (mock up), através da aplicação da resina bisacrílica (Protemp 4® – 3M) na cor A2 dentro do guia de silicone confeccionado sobre o enceramento diagnóstico, para que a paciente pudesse avaliar o tamanho, a forma e os contornos da futura faceta. Em seguida, foram realizados os preparos dentários com auxílio de uma fresa 3216 sob irrigação abundante. Anteriormente, foram inseridos fios retratores #000 em todos os elementos envolvidos no preparo no intuito de limitar a invasão dos tecidos gengivais, preservando, assim, o espaço biológico. Os desgastes foram realizados com auxílio de uma sonda milimetrada e das guias de silicone, de tal forma, que só removia-se estrutura dental onde houvesse um espaço menor do que 0,5 mm do dente até a guia. Posteriormente, foram trocados os fios retratores, por novos fios #000 e #1 nos elementos preparados. A superfície dental foi seca e moldada com silicone de adição na técnica de um passo. Foi realizada a moldagem do arco antagonista, registro de oclusão e tomada de cor através da escala Vitta (A1) para envio ao labaratório. Posteriormente, realizou-se a etapa da cimentação dos laminados, a qual consiste em primeiramente checar a adaptação passiva das peças com relação a margem gengival, ponto de contato e acomodação no preparo. Em seguida, realizou-se o isolamento absoluto do campo operatório do elemento 16 ao 26 pela técnica modificada com uso de cianocrilato para exposição total dos elementos. Foi inserido fio retrator #000 nos sulcos gengivais para impedir a contaminação do adesivo pelo fluido crevicular gengival. Foi realizado o preparo das peças através da aplicação de acido fluorídrico por 20 segundos, uma vez que estávamos 69 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 condicionando uma cerâmica vítrea de dissilicato de lítio, lavou-se pelo mesmo tempo, secouse, realizamos a aplicação de silano por 1 minuto com ativação por calor, aplicação de adesivo e, por fim, realizou-se a cimentação das mesmas pelo cimento resino Rely-x ARC® na cor A1. O condicionamento do tecido dentário se deu por meio de ataque ácido por 15 segundos, lavagem pelo dobro do tempo, secagem, aplicação de adesivo por 2 vezes com evaporação do solvente entre cada uma delas. Após aplicação do cimento todas as faces foram fotopolimerizadas por ao menos 40 segundos. O isolamento absoluto e o fio retrator foram removidos, os excessos de cimento foram retirados com ajuda de lâmina de bisturi número 12 e pontas de acabamento. Foi checada a oclusão e nenhum desgaste foi necessário. Depois de 14 dias foi realizado o acabamento e polimento final das peças com auxílio de brocas de acabamento e polimento, discos abrasivos, pontas siliconadas e discos de feltro. DISCUSSÃO De acordo com a bibliografia existente, a resolução clínica das agenesias dentárias é variada e constitui, na maioria dos casos, um tratamento pluridisciplinar. Tendo em conta a quantidade de espaço resultante devido à ausência de um ou mais dentes e ao perfil do paciente, o tratamento ortodôntico pode ser utilizado para fechar ou abrir espaços, conduzindo ao alinhamento dentário. No caso da abertura do espaço é necessário seguidamente proceder à reabilitação protética da zona edêntula. Várias são as opções terapêuticas, fixas ou removíveis, estando a sua seleção dependente de vários fatores dos quais se destacam: a idade e a capacidade econômica do paciente, a disponibilidade óssea, a integridade e a estética dos dentes adjacentes e a dimensão do espaço desdentado. Atualmente, é consensual que os implantes constituem a solução protética mais conservadora para o tratamento destas anomalias, de acordo com Richardson (2001) e Kokich e Kinzer (2005), no entanto, nem sempre esse tratamento pode ser posto em prática. Alguns fatores como a idade do paciente a quantidade e qualidade óssea e o espaço disponível podem limitar a colocação de implantes, segundo Rossi e Andreasen (2003). Sempre que as condições não forem favoráveis, o recurso à prótese fixa pode ser uma boa solução. As pontes convencionais têm a desvantagem de necessitarem do desgaste dos dentes adjacentes que se encontram, muitas vezes, íntegros. Por essa razão, no início dos anos 80, foi muito popular o recurso às pontes adesivas, como as pontes Maryland, uma vez que se tratava de uma solução terapêutica mais conservadora. No entanto, vários estudos de follow-up demonstraram que este tipo de pontes era muito sujeita a descimentações, segundo Sabri (1999). Este tipo de reabilitação pode ser uma boa solução provisória nas situações em que o crescimento ósseo ainda não tenha terminado inviabilizando temporariamente, a colocação de implantes. É particularmente interessante nos casos em que o intervalo de tempo de espera até ao fim do crescimento ósseo é grande, para evitar a inflamação gengival inerente à utilização de uma prótese removível, segundo Kokich e kinzer (2006), uma vez que segundo Garnett et al. (2006) as pontes adesivas apresentam uma sobrevida média de 59 meses. Qualquer solução protética removível definitiva é sempre menos interessante e deve ser evitada. Nos casos em que a oclusão e a estética do canino na posição do incisivo lateral são aceitáveis, o fecho do espaço na arcada, com mesialização do canino pode ser o tratamento alternativo de eleição. Esta solução, segundo o estudo de Robertsson (2000) é melhor aceite pelos pacientes sob o ponto de vista estético e confere uma melhor saúde periodontal. Para Magne e Magne (2007), "a restauração do volume do dente com facetas adesivas de porcelana não restabelece apenas a aparência original e jovial do sorriso, permite também a recuperação biomimética da coroa." 70 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Aspectos relacionados à cor e durabilidade, em função de resistirem bem as ações biológicas, químicas e mecânicas, fazem com que Touati, Miara, Nathanson (2000) apresentem estes argumentos como vantagens para o uso das facetas cerâmicas. Segundo Baratieri et al. (2003), "em comparação com as coroas totais, o fato de o método para executar facetas de porcelana ser minimamente invasivo, em que o preparo, geralmente, fica totalmente confinado ao esmalte, constitui-se numa das maiores vantagens" cujo detalhamento foi assim explicitado por Gomes (1996), como: "preparo cavitário mais simples e conservador; preservação dos contatos oclusais; economia de tempo clínico; estética superior; menor agressão aos tecidos periodontais e pulpares; usualmente não envolvem dentina, prevenindo a sensibilidade pulpar." Quanto a rigidez, como aspecto de vantagem nas técnicas adesivas porcelanadas Magne e Belser (2003) afirmaram que: A rigidez adequada da porcelana permite potencialmente a total recuperação da rigidez coronal. As resinas compostas atuais sofrem não apenas pelo módulo elástico baixo e rigidez limitada, mas também pela expansão térmica alta; nesse contexto, seu uso como material restaurador em reabilitações que suportam grande carga oclusal é questionável. Quanto a resposta tecidual, enquanto vantagem, Touati; Miara; Nathanson (2000) relataram que: O mínimo dano tecidual produzido no preparo e na moldagem, a posição das margens (geralmente supragengival), a facilidade de acesso, as margens para a escovação e o fio dental são fatores que promovem um excelente prognóstico para os tecidos periodontais nos procedimentos com laminados. Qualquer que seja a técnica ou a cerâmica utilizada, muitos autores relatam excelente resposta tecidual com o uso de facetas laminadas cerâmicas, especialmente quando comparadas com restaurações protéticas convencionais aplicadas sob as mesmas condições de higiene e manutenção. CONCLUSÃO Em conclusão, o mais importante nestes casos clínicos é estabelecer um plano de tratamento cuidadoso e realista, tendo sempre em consideração os objetivos e as expectativas do paciente. O fator tempo é muitas vezes determinante para a seleção do plano de tratamento, uma vez que, alguns pacientes querem solucionar o seu problema no menor tempo possível. A utilização do correto protocolo quanto ao preparo dental e espessura adequada de suporte para o laminado cerâmico, resultam em uma elevada taxa de sucesso. Além disso, a qualidade e a durabilidade da união entre o dente e o material restaurador também garantem o sucesso clínico das restaurações cerâmicas. REFERÊNCIAS: BRUNTON, P.A.; AMINIAN, A.; WILSON, N.H.F. Tooth preparation techniques for porcelain laminate veneers. Br Dent J, v. 189, n. 5, p. 206-262, 2000. CARLSON, H. Suggested treatment for missing lateral incisor cases. Angle Orthod, v.22, p.205216, 1952. CARVALHO, S.; MESQUITA, P.; AFONSO, A. 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De acordo com os padrões estéticos do sorriso, dois elementos são fundamentais para a composição dental harmônica: a cor e a forma. Partindo desse princípio, esse trabalho teve o objetivo de melhorar a estética como um todo de uma paciente que apresentava resinas anteriores pigmentadas, mal posicionamento de incisivos laterais e desgaste dentário, por meio de facetas diretas de resina, realizadas através de guias de silicone confeccionadas após wax up e mock up para conferência da estética obtida. Palavras chave: Estética, resinas compostas, sorriso. INTRODUÇÃO A incessante busca pelo belo tem proporcionado avanços nas propriedades físicas e ópticas dos materiais odontológicos, proporcionando o desenvolvimento de técnicas mais conservadoras e a obtenção de resultados cada vez mais previsíveis. Além disso, a procura por tratamento odontológico não se limita a situações dolorosas ou a reabilitações funcionais, segundo Chistensen (1997). O restabelecimento da saúde bucal também implica devolver um sorriso esteticamente harmonioso. Algumas alterações decorrentes de um escurecimento fisiopatológico do dente (manchas intrínsecas), manchas extrínsecas do esmalte e/ou dentina, traumas e tratamentos endodônticos mal realizados, podem afetar o bem estar psíquico dos pacientes, de acordo com Nagem Filho et al. (1991). Uma das alternativas para solucionar estas situações, consiste na utilização de materiais restauradores diretos adesivos, que restabelecem a cor natural, com máxima preservação de estrutura dentária, não requerendo nenhum tipo de preparo cavitário retentivo, Basing et al. (2000). Com aprimoramento dos sistemas adesivos e das propriedades mecânicas da resina composta, situações onde anteriormente indicavam-se coroas protéticas (cobertura total da superfície vestibular e parcial das áreas proximais), hoje são tratadas de modo mais conservador com as resinas compostas de inserção direta, de acordo com Basing et. al (2000). A introdução do ataque ácido ao esmalte por BUONOCORE, em 1955, e das resinas compostas por Bowen, no início dos anos 60, tornaram possíveis soluções restauradoras extremamente conservadoras e reversíveis, de acordo com Buonocore (1955) e Bowen (1963). Na ótica conservadora, a odontologia restauradora desenvolveu e vem aperfeiçoando técnicas e materiais que visam modificar os dentes em desarmonia, devolvendo-lhes o aspecto estético e funcional requerido. Assim é possível resolver problemas dentários diversos com um mínimo desgaste da estrutura dental sadia, segundo Cunha (2002). 74 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 O contorno cosmético ou a nova conformação dada aos dentes é um dos mais velhos, valiosos e econômicos de todos os procedimentos estéticos. Além dos benefícios estéticos, muitas vezes a função também é melhorada, Goldstein (1980). A reanatomização nada mais é do que a transformação da forma e do tamanho coronário do dente, empregando os sistemas restauradores adesivos, de acordo com Omais e Yassumuto (2001). Utilizando as facetas diretas com resinas compostas o profissional deve ter conhecimentos básicos sobre o uso de resinas compostas diretas, para ser capaz de recriar o policromatismo intrínseco e extrínseco da estrutura dental, reproduzindo na restauração, tanto quanto possível, as propriedades ópticas e anatômicas do dente natural. Durante o exame clínico, vários aspectos devem ser levados em consideração a fim de realizar um correto diagnóstico e indicação da faceta vestibular de resina composta: quantidade e qualidade da estrutura dental remanescente, grau de descoloração, relação entre a área comprometida e distâncias biológicas, análise da oclusão e ainda, o grau de higienização do paciente (risco à cárie). A ênfase crescente da Odontologia Estética faz com que se amplie rapidamente a demanda por materiais e técnicas restauradoras desenvolvidas para esta finalidade, segundo Baratieri, Ritter e Andrada (1994). Mas, o operador continua obrigado a atentar para detalhes importantes como a escolha criteriosa da cor, a observação da textura superficial, forma, tamanho e contornos dentários, Basing, et al. (2000). Os incisivos centrais, laterais e caninos naturais apresentam cores diferentes e geralmente o escurecimento é maior nos caninos. Essa diferença é explicada pela maior espessura de dentina nos caninos, de acordo com Hasegawa, et al. (2000) A recuperação estética do sorriso compreende vários procedimentos que põem à prova o profissional, segundo Basing et al. (2000), principalmente porque exige além de conhecimentos técnico-científicos, um senso artístico e habilidade manual a fim de reproduzir os detalhes anatômicos fundamentais para a reprodução da forma anatômica dos dentes o mais natural possível. É importante ressaltar que a faceta vestibular de resina composta está indicada para casos onde 2/3 ou mais de estrutura dentária vestibular esteja comprometida por alteração de cor, forma e/ou textura, alterações essas impossíveis de serem recuperadas por meios mais conservativos como restaurações convencionais, clareamento dental , de acordo com Basing et al. (2000) e microabrasão. Com relação ao método de ensaio restaurador mock-up, ele permite a simulação do planejamento a ser executado e apresenta como vantagens: menor risco biológico, estético e funcional, demonstração de várias opções de tratamento, simulação do resultado estético e a aceitação prévia do tratamento pelo paciente, Kina e Bruguera (2008) e Magne e Belser (2004). OBJETIVO O objetivo do presente trabalho é apresentar uma alternativa clínica para facilitar a técnica de reprodução anatômica durante a confecção de faceta direta em resina composta aumentando a previsibilidade estética do resultado que será alcançado, por meio de confecção de wax up e mock up, além da realização dos degastes e acréscimos de resina através das guias de silicone confeccionadas a partir do wax up. RELATO DE CASO Paciente S.P.S., feminino, 40 anos, compareceu a clínica odontológica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, queixando-se da falta de estética dos elementos 14, 13, 12, 11, 21, 22, 23 e 24. Foi observado através de exame clínico, que a paciente apresentava alguns elementos dentários com coloração escurecida, destoando do restante dos elementos dentários, 75 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 manchamento nas restaurações, e também, leve apinhamento dos incisivos laterais sobre os centrais. Portanto, foi escolhido como plano de tratamento o enceramento diagnóstico dos elementos envolvidos nas facetas diretas, para posteriormente realizar o ensaio restaurador com auxílio das guias de silicone obtidas por meio do modelo encerado e Bis-Acrílica (Protemp 4® 3M). Uma vez que, após análise clínica e radiográfica, foi possível perceber que havia remanescente dental sadio satisfatório em todos esses elementos. Dessa maneira, em uma primeira consulta foram realizadas radiografias periapicais para análise da vitalidade dental e da quantidade de remanescente dentinário. Foram realizadas sondagens das margens das restaurações e fotos da paciente sorrindo, em repouso, de frente, de perfil em ambos os lados, com o lábio em repouso e com sorriso forçado. Essa compilação de dados foi enviada para o laboratório para confecção de enceramento diagnóstico (wax up) e guias de silicone para desgaste. Na segunda consulta, foi realizado o ensaio restaurador (mock up), através da aplicação da resina bisacrílica (Protemp 4® – 3M) na cor A2 dentro do guia de silicone confeccionado sobre o enceramento diagnóstico, para que a paciente pudesse avaliar o tamanho, a forma e os contornos da futura faceta. Em seguida, foram realizados os preparos dentários no intuito de remover as restaurações pigmentadas e conseguir uma leve compensação dos incisivos laterais apinhados. Anteriormente ao isolamento absoluto pela técnica modificada com o uso de cianocrilato para exposição total dos elementos 15 ao 25, foi realizada uma profilaxia com pedra pomes e água, em seguida, foram selecionadas as cores das resinas compostas com o auxílio da Escala Vitta e também através de incrementos de resina sobre a superfície do dente fotopolimerizadas sem o ataque ácido e aplicação de adesivo prévio. Após os desgastes com bisel na vestibular e 0,5 mm subgengival serem realizados, procedeu-se o tratamento com ataque ácido por 15 segundos na dentina e 30 no esmalte, lavagem por pelo menos 30 segundos, aplicação de adesivo, secagem do solvente com seringa tríplice, mantendo-a 15 cm de distância do dente, aplicação da segunda camada de adesivo e evaporação do solvente, para então, dar início a restauração por incrementos pela técnica estratificada com ajuda do guia palatino realizado sobre o enceramento diagnóstico. Foi inserida uma primeira camada de resina de esmalte de acordo com o matiz selecionado, em seguida, foi aplicado uma camada de resina de dentina com o mesmo matiz mimetizando os mamelos, depois foi aplicada um pequeno incremento de resina opaca na incisal dos dentes, seguida da aplicação de resina de efeito amarela entre os mamelos e a incisal, e por fim, uma camada de dentina mais clara que o matiz escolhido e uma de resina de esmalte do mesmo matiz do dente. Todas as faces foram fotopolimerizadas por ao menos 40 segundos. O isolamento absoluto foi removido, os excessos de resina foram removidos com ajuda de lâmina de bisturi número 12 e pontas de acabamento. Foi checada a oclusão e nenhum desgaste foi necessário. Depois de 14 dias foi realizado o acabamento e polimento final das restaurações com auxílio de brocas de acabamento e polimento, discos abrasivos, pontas siliconadas e discos de feltro. DICUSSÃO Na realização de restaurações, os profissionais podem lançar mão de vários tipos de resina composta para replicar a complexidade de cores e formas dos dentes naturais. Entretanto, o entendimento da difusão da luz pela estratificação de facetas de compósitos ainda é uma dificuldade para o clínico, e por vezes, levando à seleção incorreta das cores das resinas compostas a serem utilizadas. Paradoxalmente, o mercado sistematicamente lança novas cores e novos sistemas restauradores, mas, apesar da sofisticação dos sistemas e melhorias nas propriedades físicas, óticas e mecânicas, torna-se cada vez mais difícil a tomada de decisão correta sobre a seleção da cor, de acordo com Devoto, Saracinelli e Manauta (2010). Para minimizar as dificuldades no 76 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 momento da seleção da cor, sugere-se como descrito no caso clínico a realização de mapa cromático e prova da cor. Tal procedimento é denominado ensaio restaurador ou mock-up direto. A simulação da restauração, também denominada de ensaio restaurador, pode ser realizada em modelos, in vivo, ou digitalmente, que possibilita uma avaliação prévia do resultado e ajustes de cor e forma previamente ao trabalho definitivo. O ensaio restaurador também permite o treinamento do cirurgião-dentista e reduz o impacto da mudança, preparando o paciente psicologicamente para as alterações na forma e contorno dos dentes, segundo Garner (1994), além de atuar como elemento de motivação para o paciente sobre o resultado final do tratamento, segundo Dorfman (1995), Van Zyl e Geissberger (2001) e Behle (2000). Os valores estéticos são fundamentais para satisfação do paciente e do profissional. Sem apropriado diagnóstico, o resultado final do aspecto do sorriso pode se caracterizar uma performance artística do cirurgião-dentista e promover insatisfação do paciente, por produzir o mesmo sorriso para todos os indivíduos, implodindo os princípios naturais da individualidade. Portanto, o profissional deve promover uma visão holística e observar cuidadosamente seus pacientes, uma vez que os dentes não são entidades isoladas, não podendo serem negligenciados os critérios faciais merecedores de atenção. A realização do enceramento prévio de diagnóstico facilita a visualização das modificações a serem realizadas e a confecção das guias de silicone para o preparo, reanatomização e reconstrução dos dentes em resina composta, além de facilitar a comunicação com o paciente sobre o tratamento. Contudo, o sucesso do procedimento restaurador não está associado apenas às propriedades do material e à habilidade técnica, pois deve incluir correto planejamento, que envolva abordagem geral do indivíduo, de acordo com Magne (2003). A evolução e a melhoria das resinas compostas e dos sistemas adesivos, como materiais restauradores estéticos, permitem que o profissional restaure os dentes que apresentam comprometimento estético ou funcional na forma, no tamanho e na cor. Restaurações diretas de resina composta constituem eficiente tratamento para a reabilitação biológica, funcional e estética de dentes anteriores. Graças às melhorias das propriedades físicas e ópticas das resinas compostas e aos avanços da tecnologia adesiva, é possível realizar restaurações com resultados previsíveis e satisfatórios, Araújo, et al. (2003). O processo de reanatomização é a transformação da forma e do tamanho coronários, com emprego de materiais como sistemas adesivos e resinas compostas. Já o recontorno cosmético é um processo utilizado no tratamento de dentes com pequena giroversão e que necessitam de realinhamento no arco. Sabe-se que os dentes não são naturalmente simétricos, e muitas vezes são necessárias alterações, na busca por melhor arranjo dental, de acordo com Hirata (1999). Atualmente o cirurgião-dentista possui diversas opções restauradoras para os dentes anteriores. Procedimentos diretos ou indiretos, com resinas compostas ou cerâmicas, variáveis que muitas vezes dificultam o correto diagnóstico de qual técnica e qual material são mais adequados para cada situação clínica. O conceito da Odontologia Restauradora atual preconiza que, para qualquer tipo de procedimento, o profissional deve sempre optar pelo tratamento mais conservador, isto é, com maior preservação de estrutura dental sadia, segundo Hirata (2004). O recontorno cosmético com resinas compostas é a técnica mais simples de restauração direta, não requerendo qualquer espécie de preparo. A resistência e retenção são providas pela adesão ao esmalte. Representa a alternativa de escolha em casos em que não existem alterações de cor profundas, ou dentes cujo posicionamento não exige correção por meio de desgastes. Harada, et al. (2006), e Soares, et al. (2005) Percepção, planejamento e previsibilidade em odontologia estética são os segredos para o sucesso. A possibilidade de esclarecer ao cliente a respeito do tratamento que será executado, o mais próximo do real, pode ser realizada por meio de um método de simulação, o ensaio restaurador ou mock-up. Tal procedimento pode ser realizado em modelos de estudo e, 77 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 posteriormente, transferidos para boca ou como ensaio restaurador intra-oral, segundo Kina e Bruguera (2008) e Magne e Belser (2004). Dentre as vantagens das facetas diretas de resina composta em relação as facetas indiretas de cerâmica, destaca-se uma maior preservação dental, um menor tempo clínico para sua execução, um custo inferior, além de possuírem uma excelente estética aliada à boa longevidade clínica, Conceição (2005). As resinas compostas de última geração, possibilitam devolver ao dente restaurado suas propriedades de opalescência e fluorescência. A opalescência é a capacidade do esmalte de refletir ondas de luz azul-cinza, e de transmitir luz laranja. A fluorescência se caracteriza quando o dente natural é exposto à luz ultravioleta, ocorrendo a difusão para o espectro visual do branco intenso ao azul claro. Em dentes anteriores tratados endodônticamente, e com perda dental superior a 50%, a utilização de retentores intra-radiculares se faz necessária para aumentar a retenção do material restaurador utilizado, assim como para permitir uma melhor distribuição de tensão submetida ao dente. Os retentores de fibra de vidro são os de primeira escolha para suprir tais requisitos. Além de possuírem estética, não sofrem corrosão, não necessitam de etapa laboratorial, permitem uma total transmissão de luz até o ápice radicular, alcançando uma total polimerização do agente cimentante. Dentre os retentores, os de fibra de vidro são os que possuem menor custo financeiro, segundo Ferrari, Vichi e Manocci (1996), Ferrari, Balleri e Vichi (2002), Dallari, Rovattie Rovatti (1996), Glazer (2000) e Malferrari, Baldissara e Arcidiacono (2002 CONCLUSÃO Em conclusão, a odontologia oferece uma gama de possibilidades e métodos para a reanatomização de elementos dentários, propiciando resultados imediatos, estética e preservação de grande parte da estrutura dental, principalmente quando se obedece protocolos reabilitadores consagrados e se tem conhecimento restaurador. A reanatomização e o recontorno cosmético demonstraram ser alternativa viável no tratamento de dentes com pequena giroversão, pois melhoram a harmonia dental. A situação relatada evidencia a possibilidade de obtenção de excelente estética final para facetas diretas de resinas composta, principalmente após aprovação do ensaio restaurador pelo paciente conseguido através de mock up. REFERÊNCIAS ARAÚJO, E.M. 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J Am Dent Assoc., v. 132, n. 8, p. 1105-9, 2001 ____________________ 1 Graduando em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected] Mestre em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Especialista em Implantodontia, Universidade Paranaense 3 Mestre em Odontologia, Faculdade Ingá-Maringá 4 Doutora em Periodontia, Unesp. 2 79 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 80 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ANÁLISE DA PRECISÃO DO LOCALIZADOR FORAMINAL APEX ID EM DETERMINAR O COMPRIMENTO DOS CANAIS RADICULARES Andressa Palaver1 Amanda Elissa Trombetta2 Rafaela Liberali2 Claudia Caroline Bósio3 Lucila Piasecki4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: Na terapia endodôntica, a correta determinação do comprimento de trabalho, constitui-se em um passo importante. Com o advento dos métodos eletrônicos para a realização da odontometria, as vantagens no que diz respeito à precisão, tempo de trabalho e menor exposição do paciente à radiação, são indiscutíveis. Objetivo: Avaliar a precisão e confiabilidade do localizador foraminal eletrônico Apex ID na determinação do comprimento de trabalho de dentes ex vivo, já que ainda não existem estudos sobre tal aparelho na literatura. Metodologia: 40 dentes foram selecionados e seccionados na junção amelodentinária para padronização da referência oclusal. Uma lima tipo Kerr # 15 foi introduzida até o forame apical do conduto radicular de cada dente. Os dentes foram colocados em um aparato de vidro contendo alginato, e uma tampa com 5 perfurações de 8 milímetros cada, onde foram fixados com resina acrílica para a realização das medidas eletrônicas com o APEX ID e Root ZX II. A média dos valores foram submetidos à análise estatística, tendo como referência as médias obtidas pelo aparelho Root ZX II, por ser um equipamento considerado padrão-ouro. Resultados: Os dois aparelhos apresentaram resultados semelhantes em dentes com forames considerados retos, e em 80% dos dentes com forame reabsorvido. Houve uma maior variação em dentes com forame lateral, detectada nas medições com os dois aparelhos. Conclusão: o aparelho teste Apex ID apresenta alta precisão e pode ser utilizado com segurança na rotina clínica diária. Palavras-chave: odontometria, comprimento de trabalho, localizadores foraminais. REFERÊNCIAS: ELAYOUTI, A.; WEIGER, R.; LOST, C. The ability of Root ZX apex locator to reduce the frequency of overestimated radiographic working length. J Endod., Chicago, v. 28, n. 2, p. 116119, Feb. 2002. LUCISAN MP, LEONARDO MR, NELSON-FILHO P, SILVA RAB. Utilização localizadores eletrônicos foraminais na determinação da odontometria,em dentes decíduos. Cienc Odontol Bras., v. 12, p. 73-81, 2009. PAGAVINO G, PACE R, BACCETTI T. A SEM study of in vivo accuracy of the Root ZX electronic apex locator. J Endod., v.24, p. 438-441, 1998. __________________ 1Graduanda em Odontologia, Unipar/Cascavel/PR, email: [email protected] 2Cirurgiã Dentista, Unipar/Cascavel/PR 3Cirurgiã Dentista, MSc, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR e Unioeste/Cascavel/PR 4Cirurgiã Dentista, Dra, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR 81 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CENTRALIZAÇÃO DO PREPARO ENDODÔNTICO COM O SISTEMA WAVEONE ASSOCIADO À AMPLIAÇÃO CERVICAL OU APICAL PRÉVIA Carla Frehner Andrade1 Rodrigo Otávio Jatahy Ferreira do Amaral Denise Piotto Leonardi Bruno Marques da Silva Flares Baratto Filho Modalidade: Pesquisa RESUMO:O preparo biomecânico é etapa essencial para o sucesso do tratamento endodôntico. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi comparar, in vitro, por meio de microtomografia computadorizada, a centralização dos canais radiculares após instrumentação realizada pelo sistema WaveOne, associado ou não à ampliação cervical e apical prévia. Metodologia: Trinta e seis raízes mesiais de molares inferiores, com curvaturas radiculares entre 10 e 20º e canais mesiais independentes, foram divididas em 3 grupos: Grupo I –utilização do sistema PathFile previamente ao sistema WaveOne Primary; Grupo II –utilização do instrumento Protaper Universal SX previamente ao sistema WaveOne Primary; Grupo III - sistema WaveOne Primary. Não ocorreram fraturas de instrumentos. Foram realizados escaneamentos pré e pósinstrumentação, para mensuração das paredes dentinárias mesiais e distais nos cortes axiais obtidos para o cálculo da razão de centralização. Resultados: O Grupo II mostrou maior centralização que o Grupo III no terço médio das raízes mésio-vestibulares (p=0,006). O Grupo I obteve menor centralização no terço cervical que nos demais terços (p=0,023). Conclusão: De acordo com as limitações do presente estudo, modificações na técnica de preparo com instrumentos WaveOne podem melhorar a centralização do preparo. Palavras-chave: endodontia, waveone, transporte, centralização. REFERÊNCIAS: BERUTTI E, CANTATORE G, CASTELUCCI A, CHIANDUSSI G, PERA F, MIGILARETTI, G, PASQUALINI D. Use of nickel-titanium rotary PathFile to create the glide path:comparison with manual preflaring in simulated root canals. J Endod. 2009; 35(3): 408-12 TAMBE VH, NAGMODE PS, ABRAHAM S, PATAIT M, LAHOTI PV, JAJU N. Comparison of canal transportation and centering ability of rotary protaper, one shape system and waveone system using cone beam computed tomography: an in vitro study. J Conserv Dent. 2014 Nov;17(6):561-5. ZHAO D, SHEN Y, PENG B, HAAPASALO M. Root canal preparation of mandibular molars with 3 nickel-titanium rotary instruments: a micro-computed tomographic study. J Endod. 2014 Nov;40(11):1860-4 ____________________ 1Graduação (2012): UFPR / Especialização em Endodontia (2015): Universidade Positivo / Aluno de Mestrado (2017): Universidade Positivo / email: [email protected] 82 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE TRABALHO PELO MÉTODO ELETRÔNICO – ESTUDO IN VIVO ` Paula Fernanda de Freitas1 Karoline Bertamoni Matte2 Daniele Maria Covatti Hanel3 Camila Walnier4 Lucila Piasecki5 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O método eletrônico para determinar o comprimento de trabalho(CT) utiliza os aparelhos Localizadores Apicais Eletrônicos(LAE), que através de princípios físicos e elétricos sinalizam a posição de uma lima dentro do canal radicular. O LAE Apex-ID possui duas marcas que podem ser utilizadas: “0.5” corresponde à constrição apical, sendo recomendada pelo fabricante para determinar o CT, e “0.0” que corresponde ao forame apical. Objetivo: Avaliar in vivo a precisão do aparelho Apex-ID em determinar o CT em dentes unirradiculares. Metodologia: Participaram 72 pacientes com necessidade de tratamento endodôntico em dentes anteriores, totalizando 80 dentes. No momento da odontometria, utilizou-se o Apex-ID na marca “0.5”. Quando não foi possível, usou-se a marca “0.0”. Com a lima mantida na posição realizou-se uma radiografia digital para obter a distância entre a ponta da lima e o ápice. Foram consideradas aceitáveis as medidas entre 0 a 2mm aquém do vértice radiográfico. Resultados: Em 62 dentes usou-se a marca “0.5”, e em 18 a marca “0.0”; para essas marcas, verificou-se respectivamente 88,7% e 72,2% de medidas aceitáveis. A proporção de casos em que a lima estava além do ápice foi maior para dos dentes medidos em “0.0” (22,2%), comparado à marca “0.5” (4,8%). A média das distâncias para as marcas “0.5” e “0.0” foram -0,87e -0,30, havendo diferença significativa (ANOVA, p<0.01). Conclusão: A determinação do CT in vivo pelo aparelho Apex-ID foi clinicamente adequada. O uso da marca “0.5” apresentou resultados mais confiáveis, sendo que a marca “0.0” pode necessitar de ajustes para prevenir sobreinstrumentação. Palavras-chave: comprimento de trabalho, localizador apical eletrônico, endodontia. REFERÊNCIAS: WEINE, F.S. Tratamento Endodôntico. São Paulo: Livraria Santos Editora, 1995, 395 KUTLER,Y. Microscopic investigation of root apexes. J Amer Dent Assoc,50:544-52,1955. BRAMANTE, C.M.; BERBERT, A. Recursos radiográficos no diagnóstico e no tratamento endodôntico. São Paulo: Pancast, 1997, 98. ____________________ 1 Graduanda, Universidade Paranaense - UNIPAR - Campus Cascavel. [email protected] 2, 3. 4 Graduanda, Universidade Paranaense - UNIPAR - Campus Cascavel. 5 Orientadora, Universidade Paranaense - UNIPAR - Campus Cascavel. 83 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EFEITOS DOS SISTEMAS RECIPROC® E WAVEONE® NO PREPARO DOS CANAIS RADICULARES: REVISÃO DE LITERATURA Bruna Paola Martins1 Joana Yumi Teruya Uchimura² Marcelo Capitânio³ Marcos Sérgio Endo4 Nair Narumi Orita Pavan5 Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: Ao longo dos anos, desenvolveram-se técnicas e instrumentos ideais para o tratamento endodôntico, possibilitando assim o avanço tecnológico na Endodontia. Em 2008, Yared trouxe como a principal inovação a possibilidade da utilização de apenas uma lima para a instrumentação completa dos canais, utilizando um movimento reciprocante. Reciproc® e WaveOne® são os principais sistemas reciprocantes disponíveis no Brasil. Propriedades inovadoras foram alcançadas pelas limas únicas devido ao movimento reciprocante, secção transversal, angulação diferenciada e distinto tratamento termo-mecânico por meio da liga de NiTi M-Wire. Os principais atributos desses sistemas são superelasticidade, resistência a fadiga e alta capacidade de corte. As características dos sistemas Reciproc® e WaveOne® são semelhantes, ocorrendo apenas algumas alterações feitas pelos fabricantes nas angulações, velocidade de rotações por minuto e secções transversais das limas. Este estudo consiste em uma revisão de literatura realizada para investigar as principais características dos sistemas reciprocantes Reciproc® e WaveOne®. A revisão da literatura foi realizada por meio de uma busca nas bases de dados PubMed e MedLine utilizando-se os descritores Reciproc, WaveOne e Reciprocating. Entre os aspectos estudados estão o movimento, alargamento apical, flexibilidade, resistência a torção e a fadiga, capacidade de corte, produção e extrusão de debris, modelagem, obturação e tempo de trabalho. Com base na revisão da literatura realizada foi possível perceber semelhanças ou resultados melhores em vários aspectos para o sistema Reciproc® em comparação com WaveOne®. Palavras-chave: Tratamento do canal radicular; Preparo de canal radicular; Endodontia. REFERÊNCIAS: BÜRKLEIN S, BENTEN S, SCHÄFER E. Quantitative evaluation of apically extruded debris with different single-file systems: Reciproc, F360 and OneShape versus Mtwo. Int Endod J. 2014 May;47(5):405–9. LOPES HP, ELIAS CN, VIEIRA MVB, et al. Fatigue Life of Reciproc and Mtwo instruments subjected to static and dynamic tests. J Endod. 2013 May;39(5):693–6. MACHADO MEL, NABESHIMA CK, LEONARDO MFP, et al. Análise do tempo de trabalho da instrumentação recíproca com lima única: WaveOne e Reciproc. APCD. 2012;66(2):120-4. _____________________ 1 Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected]. ² Mestre em Odontologia Integrada pela Universidade Estadual de Maringá, Residente em Endodontia da Universidade Estadual de Maringá. ³ Residente em Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. 4 Doutor em Clínica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas, Residente em Endodontia da Universidade Estadual de Maringá. 5 Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá, professora Adjunta ao Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. 84 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 O USO DE MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM ESTUDOS SOBRE LOCALIZADORES APICAIS ELETRÔNICOS Karolina Bertamoni Matte¹ Daniele Covatti Paula Fernanda de Freitas Lucila Piasecki2 Modalidade: Pesquisa RESUMO : Através da microtomografia computadorizada (micro-TC) é possível realizar um estudo detalhado da anatomia dental, pela digitalização e reconstrução virtual dos tecidos duros do dente. OBJETIVO: Avaliar, através de micro-TC, as características anatômicas apicais que podem influenciar na eficácia dos aparelhos Localizadores Apicais Eletrônicos (LAE). METODOLOGIA: Foram removidas as coroas de 33 dentes pré-molares inferiores unirradiculados, e inserida uma LK 15 até o forame para obter o comprimento do dente real do dente (CRD) utilizando um paquímetro digital. Os dentes foram inseridos em alginato e utilizando o LAE Root ZX II obteve-se o comprimento eletrônico do dente (CED) na marca “0.0” do aparelho. Os dentes foram então escaneados pelo micro-TC SkyScan 1172 com uma resolução de 25 μm. As imagens da reconstrução tridimensional virtual dos dentes foram analisadas para verificar o comprimento do dente (CMD) e as seguintes características anatômicas: desvio do forame apical (FA), diâmetro do FA e presença de canais acessórios. Foram comparadas as médias dos comprimentos obtidos e a influência das características anatômicas na precisão do LAE. RESULTADOS: Não houve diferença entre as médias dos comprimentos obtidos pelos diferentes métodos. A precisão do LAE não foi influenciada pelo diâmetro do FA, nem pelos canais acessórios, porém o desvio do forame diminuiu a eficácia das medições eletrônicas (p=0.013). CONCLUSÃO: O micro-TC mostrou-se um recurso eficaz no estudo das características da anatomia apical e na obtenção do comprimento do dente. A presença de desvio do forame apical diminuiu a eficácia do localizador apical eletrônico. Palavras-chave: Microtomografia computadorizada, Localizador apical eletrônico, Odontometria. REFERÊNCIAS KUTLER,Y. Microscopic investigation of root apexes. J Am Dent Assoc, v. 50, 544-52,1955. DING, J., GUTMANN, J.L., FAN, B., LU, Y., CHEN, H. Investigation of Apex Locators and Related Morphological Factores. J Endodon, 36: 1399-1403, 2010. PAGAVINO, G., PACE, R., BACCETTI, T., A sem study of in vivo accuracy of the root zx electronic Apex locator. J Endod 24: 438-441, 1998. __________________ 1Acadêmica do quarto ano do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense- UNIPAR. 2Docente do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR. 85 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA TERMOPLÁSTICA - SISTEMA TC RELATO DE CASO CLÍNICO Kauhanna Vianna de Oliveira1 Flávia Sens Fagundes Tomazinho Bruno Marques da Silva Flares Baratto Filho Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O sistema TC, desenvolvido em 2002, permite a realização da obturação endodôntica por meio de uma técnica não convencional, onde se utiliza guta-percha na fase alfa, termoplastificada em forno próprio, inserida no conduto por meio de um compactador de McSpadden, sem o emprego de cone. Assim, o objetivo do presente trabalho foi relatar casos clínicos no qual o sistema TC foi utilizado para a obturação de canais radiculares. Para este estudo foi selecionado um paciente que necessitava de tratamento endodôntico de três dentes, sem exclusão de qualquer patologia pulpar ou periapical. A técnica mostrou-se eficaz para os tratamentos endodônticos realizados com diagnóstico de necropulpectomia de forma rápida e eficiente. Palavras-chave: Endodontia, Obturação do canal radicular, Guta-Percha. INTRODUÇÃO: O tratamento endodôntico consiste na limpeza, desinfecção, modelagem e obturação do canal radicular (Fracassi et al. 2010) e tem como principal finalidade possibilitar a manutenção de um dente despolpado na cavidade bucal (Leonardo et al. 2008). Além disso, a obturação do canal radicular deve eliminar os espaços vazios no seu interior, impedindo sua recontaminação (Ito et al. 2010). A guta-percha tem sido o material obturador mais utilizado devido sua biocompatibilidade, estabilidade dimensional, plasticidade e facilidade de remoção quando necessário (Damasceno et al. 2008). Seu uso é associado ao cimento endodôntico que tem como objetivo preencher irregularidades e atuar como lubrificante. As técnicas de obturação se classificam em convencionais e em não convencionais, estas são atribuídas às termoplastificações da guta-percha, com auxílio mecânico ou de aparelhos aquecedores (Pereira et al. 2010). Ribeiro et al. afirmam que a termoplastificação visa a promoção de maior quantidade de guta-percha, melhor adaptação às irregularidades e, por consequência, menor quantidade de cimento; em comparação àquelas que utilizam a gutapercha a frio, como a condensação lateral e a condensação vertical do cone único (Ribeiro et al. 2009).Palavras-chave Schilder (Schilder et al. 1967) introduziu a técnica de condensação vertical com gutapercha aquecida, desde então métodos termoplásticos tem sido propostos. Entre eles o Thermafil (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça), Ultrafil 3D (Coltene Whaledent, Altstätten, Suíça) e Microseal (Sybron Endo, Orange, USA), usando a guta-percha na forma alfa (TanomaruFilho et al. 2007). O sistema TC (Tanaka de Castro & Minatel Ltda., Cascavel, Brasil), surgiu em 2002, com características de obturação termoplástica semelhantes ao Microseal. O intuito foi tornar a técnica mais acessível, uma vez que há o emprego de tecnologia nacional. Nesse sistema a guta-percha tipo alfa é plastificada por meio de um aquecedor elétrico de baixa intensidade, com 86 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 uso de menor temperatura e maior tempo de aquecimento. Piati et al. (Piati et al. 2013) afirma que dessa forma as seringas de guta-percha podem ser reutilizadas sem alterar as propriedades do material. Não é necessário o emprego de cones principal ou acessórios. Os resultados obtidos nas pesquisas recentes sobre o uso do Sistema TC, têm sido muito satisfatórias quanto ao preenchimento dos canais radiculares curvos e achatados (Ribeiro et al. 2009; Piati et al. 2013). OBJETIVO: Assim, o objetivo desse estudo foi relatar casos clínicos nos quais o sistema TC foi utilizado para a obturação de canais radiculares, verificando-se a efetividade da técnica recomendada pelo fabricante. RELATO DE CASO: Paciente AMP, sexo masculino, 32 anos, relatou ter sido submetido a atendimento de urgência em uma unidade básica de saúde 3 meses antes da consulta inicial, onde foi realizada a abertura coronária nos dentes 36, 37 e 46. Dente 37: Radiograficamente constatou-se leve espessamento do espaço do ligamento periodontal, ao teste térmico frio a resposta pulpar foi negativa, diagnosticando-se necrose pulpar. O tratamento foi necropulpectomia em sessão única. Para o preparo químico-mecânico foi empregado o sistema Race (FKG Dentaire, La Chaux-de-Founds, Suíça), o DC foi #35 para o canal distal e #30 para os mesiais, para a obturação foi selecionado o termocompactador nº 40 para o canal distal e nº 30 para os canais mesiais, o CT foi 19mm (distal), 18mm (mésiovestibular) e 20mm (mésio-lingual). 3a 3b Figura 3: (a) Radiografia inicial (b) Radiografia final. Dente 36: Ao exame radiográfico as estruturas estavam dentro dos padrões de normalidade, ao teste térmico frio a resposta pulpar foi negativa, diagnosticando-se necrose pulpar. O tratamento foi necropulpectomia em sessão única. Para o preparo químico-mecânico foi empregado o sistema Mtwo e complementação manual, o DC foi #30 para os quatro canais. Para a obturação foi selecionado o termocompactador nº30 (21mm) e o comprimento de trabalho foi 21mm em todos os canais. 87 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 4a 4b Figura 4: (a) Radiografia inicial (b) Radiografia final. Dente 46: Radiograficamente a raiz distal apresentava uma área radiolúcida difusa na região apical, e ao teste térmico frio a resposta pulpar foi negativa, diagnosticando-se necrose pulpar, o tratamento foi necropulpectomia. Para o preparo químico-mecânico foi empregado o sistema Protaper, o DC foi F4 no canal distal e F3 nos mesiais. Para a obturação foi selecionado o termocompactador nº 45 e 40 respectivamente, o CT foi 20mm em todos os canais. 5a 5b Figura 5: (a) Radiografia inicial (b) Radiografia final. Para obturação endodôntica dos três elementos adotou-se o sistema de termoplastificação TC seguindo as recomendações do fabricante. Uma vez que os canais estavam secos com aspiração e uso de cones de papel absorventes (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça), levou-se uma fina camada de cimento endodôntico AH Plus (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça) às paredes do canal com auxílio do espaçador digital. A guta-percha plastificada em forno foi inserida no canal por meio de um termocompactador de guta percha (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça), este foi recoberto com a mesma, introduzido no canal e acionado com velocidade de 20.000 RPM com movimentos no sentido do longo eixo dos condutos, até atingir o comprimento aproximado de 1mm aquém do comprimento de trabalho ou até a curvatura, esse procedimento levou cerca de 5 segundos em cada canal. Logo após, a guta-percha foi suavemente condensada verticalmente com condensadores de Paiva a fim de eliminar a contração de esfriamento. O corte do material obturador excedente foi realizado a frio com cureta. Os dentes foram selados com cimento de ionômero de vidro (FGM, 88 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Joinville, Brasil). As tomadas radiográficas periapicais foram padronizadas com uso de posicionadores. DISCUSSÃO: O objetivo principal da obturação é preencher o espaço dos canais radiculares com a melhor adaptação possível às suas paredes, através do uso de uma massa de guta-percha homogênea e uma fina camada de cimento endodôntico. Piati et al. (Piati et al. 2013) afirmam que a vedação deve ser suficiente para evitar a reinfecção por fluidos e subprodutos bacterianos. As técnicas obturadoras auxiliam nesse processo, mas não em sua totalidade, pois há forte influência da variabilidade anatômica dos canais radiculares. O sistema TC é composto por um aquecedor de baixa intensidade, uma vez ligado, esse aparelho possui um controle de temperatura automático que o mantém entre 95ºC e 100ºC. Segundo o fabricante as seringas com guta percha podem ser reaproveitadas sem prejudicar suas propriedades físicas, até que seja utilizado todo o material, devido dois fatores importantes. O primeiro é a dupla plastificação do material obturador, uma no aquecedor, outra na inserção da guta-percha por meio de um compactador de McSpadden. Esse processo viabiliza menores temperaturas para obter a plastificação. O segundo é a respeito da posição vertical das seringas durante o aquecimento, sendo este uniforme em todo o cartucho (Damasceno et al. 2008; Fracassi et al. 2010). Uma porção de material obturador é “perdida” no primeiro uso após o aquecimento de cada cartucho. Mesmo assim a técnica é acessível e econômica, tendo em vista o emprego da tecnologia nacional e o custo para adquirir novas seringas. Conforme o fabricante o emprego de cones para obturação é opcional, tanto acessórios quanto o principal. Em casos onde a prova do cone é dificultada pela anatomia dos canais pode ocorrer uma dobra de sua extremidade, haver a alternativa de não usá-los nessas circunstâncias é uma vantagem. Um treinamento prévio em dentes extraídos é indispensável, principalmente porque o tempo de trabalho é reduzido, cerca de 5 segundos no canal, comparando com outras técnicas de obturação. A técnica de obturação possui algumas limitações. O compactador de McSpadden curto (#25) de 21mm que acompanha o aparelho não trouxe resultado adequado no tratamento do dente 36, que possui mais de 20mm de comprimento. Ao contrário dos demais compactadores de 25mm, já que a técnica preconiza levá-los a 1mm aquém do comprimento de trabalho ou até a curvatura e esse comprimento não pode ser atingido. Essa observação ressalta a importância da odontometria, uma vez que não é realizada a radiografia de prova do cone, deve-se pensar em uma segunda odontometria radiográfica ou confirmação com a eletrônica, para que se tenha certeza dessa medida. O fabricante recomenda o emprego do compactador de McSpadden (#25) de 21mm somente para canais mais finos e curvos, mésio-vestibular, disto-vestibular, mésio-lingual de molares; incisivos inferiores; pré-molares com 2 canais. Apesar de o fabricante afirmar que o extravasamento de material obturador pode ser controlado, ele será favorecido quando houver presença de lesão periapical, se o operador permanecer mais que o tempo indicado acionando o instrumento no interior do conduto, ou ainda se o compactador ultrapassar o limite de segurança que é de 1mm aquém do comprimento de trabalho. Pesquisas atuais têm investigado acerca da infiltração e preenchimento obtidos através do sistema TC. Ribeiro et al. (Ribeiro et al. 2009) encontrou que a 2mm aquém do ápice o sistema TC e a condensação lateral foram superiores ao Thermafil, e a 4mm não houve diferenças significativas. Pereira et al. (Pereira et al. 2010) concluiu que os resultados obtidos com o sistema TC foram superiores à técnica de McSpadden modificada, e esses melhores que a condensação lateral no quesito preenchimento. 89 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Quanto à microinfiltração apical, Damasceno et al. (Damasceno et al. 2008) não encontraram diferenças estatísticas entre o sistema TC e o cone único Protaper. Com o uso do sistema TC provou-se a capacidade de realizar obturações endodônticas satisfatórias, desde que sejam observadas as particularidades de cada situação clínica. Apresenta vantagens e limitações que implicam na necessidade de mais estudos a respeito do equipamento. CONCLUSÕES: O sistema TC de obturação termoplástica mostrou-se eficaz para obturação em diferentes situações clínicas, independentemente do número de raízes dentais e canais radiculares, comprovando sua versatilidade. A técnica é de rápida execução e contribui para um menor tempo clínico, desde que haja treinamento prévio. Radiograficamente os resultados estão satisfatórios, ainda que sejam necessárias mais pesquisas, para que se comprove o comportamento dessa obturação quanto à infiltração de microrganismos e ao preenchimento interno dos condutos. REFERÊNCIAS DAMASCENO, J. L. N.; SILVA, P. G.; QUEIROZ, A. C. F. S.; VARDASCA DE OLIVEIRA, P. T.; PEREIRA, K. F. S. Estudo comparativo do selamento apical em canais radiculares obturados pelas técnicas de cone único Protaper e termoplástica Sistema TC. RGO – Rev Gaúcha Odontol, v. 56, n. 4, p. 417-22, 2008. FRACASSI, L. D.; FERRAZ, E.G.; ALBERGARIA, S. J.; SARMENTO, V. A. Comparação radiográfica do preenchimento do canal radicular de dentes obturados por diferentes técnicas endodônticas. RGO – Rev Gaúcha Odontol., v. 58, n. 2, p. 173-9, 2010. ITO, D. L.; SHIMABUKO, D. M.; AUN, C. A.; BRUM, T. B. Avaliação da infiltração bacteriana em técnicas de obturação do canal radicular. Revista de Odontologia da Universidade Cidade São Paulo, v.22, n.3, p.198-215, 2010. LEONARDO, M. R.; LEONARDO, R. T. Endodontia – Tratamento de Canais Radiculares Princípios Técnicos e Biológicos. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 1147-93 p. PEREIRA, K. F. S; ZANELLA, H. V. N.; SILVA, P. G.; QUEIROZ, A. C. F. S.; VARDASCA DE OLIVEIRA, P.T.; CHITA, J. J. Análise Comparativa da Porcentagem da Área Preenchida Pela Obturação no Terço Apical dos Canais Radiculares em Três Diferentes Técnicas. Pesq Bras Odontoped Clin Integr., v. 10, n. 2, p. 217-23, 2010. PIATI, D. C. K.; PEREIRA, K. F. S.; VARGAS RAMOS, C. R.; FERREIRA, L. C.; ARASHIRO, F. N.; ZAFALON, E. J. Avaliação de técnicas de Obturação para Canais Instrumentados pelo Sistema Reciproc. Pesq Bras Odontoped Clin Integr., v. 13, n. 2, p. 205-12, 2013. RIBEIRO, M. A.; QUEIROZ, A. C. F. S.; SILVA, P. G.; YOSHINARI, G. H.; GUERISOLI, D. M. Z.; PEREIRA, K. F. S. Estudo comparativo da área apical preenchida pela guta- percha nas técnicas ode obturação TC, Thermafil e Condensação Lateral. Revista de Odontologia da UNESP., v. 38, n. 1, p. 65-71, 2009. SCHILDER, H. Filling root canals in three dimensions. Dent Clin North Am., v. 11, p. 723-44, 1967. TANOMARU-FILHO, M.; BIER, C. A. S.; TANOMARU, J. M. G.; BARROS, D. B. Evaluation of thermoplasticity of different gutta-percha cones and the TC System. J Appl Oral Sci., v. 15, n. 2, p. 131-4, 2007. _________________________ 1 Mestranda, Universidade Positivo, Curitiba/PR. 90 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA COMUNICANTE –RELATO DE CASO Larissa Mayra Paloski1 Emmanuely Andraschko Luiz Fernando Tomazinho Vanessa Rodrigues do Nascimento Debora Sellera Modalidade: Caso Clinico RESUMO: A reabsorção interna é uma condição onde o elemento dental perde material mineralizado de dentro da cavidade pulpar, e esta perda de material pode levar a fragilidade das paredes, criando assim uma comunicação; é uma condição rara, desencadeada por processos inflamatórios. O presente estudo visa relatar o caso de um paciente, onde houve reabsorção interna Comunicante, e salientar as formas de tratamento. È classificada de acordo com a sua localização- porção coronária ou nos terços cervical, médio ou apical das paredes do canal, causa e complexidade. Os espaços reabsorvidos são preenchidos somente por tecido de granulação ou em combinação com tecidos mineralizados, como osso e cemento. A reabsorção radicular interna pode ser transitória ou progressiva. A partir do momento em que os canais radiculares estiverem totalmente infectados, a reabsorção paralisa. Tem como característica clinica ser assintomático e quando descobertos, é por exames radiográficos, apresenta forma redonda ou ovalada com contornos bem definidos e regulares. O tratamento é feito por meio do preparo biomecânico e obturação do elemento, com preenchimento total pro meio de guta percha termoplastificavel, e quando necessário utilizar medicamento intracanal de hidroxio de cálcio com veiculo oleoso. A reparação da perfuração deve ser feita por meio de procedimento cirúrgico externo a raiz para assegurar a selagem. Em casos de reabsorção interna, o tratamento endodôntico é inevitável e deve começar imediatamente após a identificação de qualquer alteração. Palavra chave: reabsorção, processo inflamatório, comunicante. REFERÊNCIAS: CONSOLARO A. O conceito de reabsorções dentaria e por que não induzem dor nem necrose pulpar. Dental Press Endod. 2011 Oct-Dec; 1(3): 11-6 CONSOLARO A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 2a ed. Maringá: Dental Press; 2005. _________________________ 1 Acadêmica, Curso de Odontologia,Universidade Paranaense- UNIPAR, Campus Umuarama/PR 91 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REABSORÇÃO INTERNA-EXTERNA AGRESSIVA ASSOCIADA À CIRURGIA PARENDODONTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO Luiz Fernando Tomazinho1 Eduardo Augusto Pfau1 Augusto Amadeus Barbosa de Melo3 Sergio Henrique Staut Brunini2 Modalidade: Caso clínico RESUMO: A reabsorção dentária é um processo patológico, caracterizado pela atividade dentinoclástica e cementoclástica, que resulta na perda de estrutura dos tecidos duros dos dentes. É um processo multifatorial, com perda progressiva de cemento ou cemento e dentina, com possível comprometimento do dente. Situacões clinicas envolvendo reabsorcões dentarias internas e externas sempre são desafiadoras para o profissional, quanto à manutencão e proservacão do elemento dental. Neste caso clinico, nos deparamos com uma situacão de severa reabsorcão interna apical, com uma posterior comunicacão externa, resultando em uma extensa reabsorcão ossea periapical. Os complexos casos de reabsorcoes internas com evolucao para comunicacao externa estao diretamente relacionado com as infeccoes endodonticas, pois ocorrendo a comunicao com o ambiente externo, ocorre a migracao de bacterias para o interior do sistema de canais radiculares. Histologicamente, areas irregulares de cemento e dentina sao observadas com celulas inflamatorias e tecido periodontal adjacente. Radiograficamente, apresenta-se com uma reabsorcao intrarradicular simetrica comunicando com o meio externo Um Correto diagnóstico associado à um plano de tratamento bem executado foram fundamentais para o sucesso do tratamento. A utilizacão de uma medicacão intracanal à base de hidroxido de cálcio por um longo período mostrou-se essencial para a obtencão da desinfeccão do sistema de canais, assim como paralisou o processo reabsortivo e estimulou a formacão de uma barreira apical. O diagnóstico, compreendido pelos precisos exames clínicos, físicos e radiográficos foi fundamental para elaboracão de um correto plano de tratamento, executado de maneira precisa, com acompanhamentos radiográficos, que evidenciaram que as trocas de medicacões intracanais à base de hidroxido de calcio, foram decisivas no auxilio da desinfeccão do sistema de canais, paralisando o processo de reabsorcão e estimulndo a formacão de uma barreira mineralizada. A proservacão clínica e radiogràfica por 8 anos evidencia o sucesso do caso. Palavras-Chave: Reabsorcao Radicular, Hidroxido de Calcio, Cirurgia Parendodontica ABSTRACT: Clinical situations involving internal and external root resorption are always challenging for the professional, and the maintenance and proservation the dental element. In this clinical case, we are faced with a situation of severe apical internal resorption, with a further external communication, resulting in an extensive periapical bone resorption. A correct diagnosis associated with a treatment plan well executed were key to successful treatment. The use of a hydroxide-based intracanal calcium medication for a long period proved essential to achieve disinfection of the canal system, and paralyzed the resorptive process and stimulated the formation of an apical barrier. Success was confirmed through the radiographic follow-up for 8 years. Keywords: Root resorption, calcium hydroxide, endodontic surgery INTRODUÇÃO: 92 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A reabsorção dentária é um processo patológico, caracterizado pela atividade dentinoclástica e cementoclástica, que resulta na perda de estrutura dos tecidos duros dos dentes. É um processo multifatorial, com perda progressiva de cemento ou cemento e dentina, com possível comprometimento do dente De acordo com a sua posição de origem a reabsorção radicular pode ser classificada como externa ou interna. Histologicamente o exame da reabsorção interna revela a presença de tecido de granulação com células gigantes multinucleadas no espaço do canal radicular. A reabsorção interna também pode ser denominada de reabsorção intracanal, odontoblastoma, endodontoma ou granuloma interno e representa uma patologia de ocorrência relativamente rara em dentes permanentes Usualmente, apenas um dente é afetado, embora tenham sido descritos casos nos quais se encontram envolvidos vários elementos dentários. Na maioria dos casos, possui um curso clínico assintomático, podendo ocorrer em qualquer área do canal radicular 4. A maior incidência ocorre nos indivíduos do sexo masculino, no terço médio da raiz dos dentes incisivos e na 3ª década de vida Traumatismos dentários, presença de cáries, infecções periodontais, procedimentos iatrogênicos como preparos cavitários e materiais restauradores impróprios, ressecção de raiz vital, anacorese e causas idiopáticas têm sido sugeridas como fatores contribuintes do desencadeamento do processo . De acordo com Kinomoto et al. (2002) a incidência de um estímulo irritante leva o tecido pulpar a inflamação e a formação de tecido de granulação com uma hiperemia ativa e elevada pressão de oxigênio, o que destrói a pré-dentina e os odontoblastos, então algumas células indiferenciadas dentro da polpa convertem-se em osteoclastos ou macrófagos, resultando em reabsorção dentinária. Quando localizada mais coronariamente, pode ser observada uma coloração rósea na coroa dentária devida à reabsorção dentinária somada à intensa proliferação capilar do tecido de granulação. A dor pode estar presente se ocorrer perfuração radicular . Os complexos casos de reabsorcoes internas com evolucao para comunicacao externa estao diretamente relacionado com as infeccoes endodonticas, pois ocorrendo a comunicao com o ambiente externo, ocorre a migracao de bacterias para o interior do sistema de canais radiculares. Histologicamente, areas irregulares de cemento e dentina sao observadas com celulas inflamatorias e tecido periodontal adjacente. Radiograficamente, apresenta-se com uma reabsorcao intrarradicular simetrica comunicando com o meio externo. Estabelecido o diagnóstico, deve-se remover imediatamente o tecido pulpar mortificado, juntamente com o de granulação. Se não houver perfuração radicular, preconiza-se a instituição de terapia endodôntica não-cirúrgica, se houver perfuração abaixo do nível ósseo, indica-se tentativa de remineralização com hidróxido de cálcio em longo prazo e posterior obturação; caso o defeito perfure coronariamente a inserção epitelial, ou seja, bastante extenso, faz-se necessária uma abordagem cirúrgica para selamento da perfuração 1. O Hidroxido de Calcio, quando utilizado como medicacão intracanal, tem sido associado à diferentes substancias como iodoformio, clorexidina e paramonoclorofenol canforado (PMCC), desde que estas substancias alterem o minimo possivel suas propriedades 7. O presente estudo relata um caso clínico de reabsorção interna com comunicacao externa, seu diagnóstico, tratamento com complementacao cirurgica e proservação clinica e radiografica. RELATO DO CASO: Paciente F.O.S., gênero masculino, 30 anos, foi encaminhado à Clínica Odontológica da UNIPAR para tratamento endodôntico do elemento 21, que clinicamente apresentava-se com uma restauração de resina composta na face mesial do mesmo. Foi realizado teste de sensibilidade pulpar com gás refrigerante (EndoFrost.-Roeko) apresentando ausência de 93 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 sintomatologia; radiograficamente foi possível constatar a presença de extensa lesão periapical e reabsorção interna com comunicacão externa no terço apical do canal radicular. (FIG 1.) Na 1ª sessão foram realizadas abertura coronária e neutralização do conteúdo sépticotóxico do canal através de irrigação com solução de hipoclorito de sódio a 2,5% e ampliação dos terços cervical e médio com brocas Gates-Glidden, seguida pela colocação de algodão umedecido com tricresolformalina (Biodinâmica SP-SP,Brasil) e restauração provisória com obturador temporário. Na sessão seguinte foi executado o preparo biomecânico pela técnica mista invertida, seguido de aplicação de paramonoclorofenol com furacin (Biodinâmica SP-SP, Brasil) que permaneceu no interior do canal radicular por 07 dias. Após este prazo iniciaram-se trocas sucessivas de pasta de hidróxido de cálcio (hidróxido de cálcio P.A. + propilenoglicol + iodofórmio), renovada em intervalos de aproximadamente 30 dias. (FIG 2) A cada troca foi realizada tomada radiográfica no intuito de verificar o completo preenchimento do canal radicular, sendo possível observar extravasamento da pasta para a região periapical. Após 09 meses, constatada radiograficamente a diminuição da área radiolúcida apical optou-se pela obturação do canal radicular, empregando-se a Técnica Híbrida de Tagger e cimento obturador AH Plus (Dentsply- Malleiffer, Suica). (FIG 3) Na radiografia final observou-se extravasamento de material obturador para a região periapical, instituindo a necessidade de complementação cirúrgica para a remoção do mesmo e restauração com resina composta pela técnica adesiva. (FIG 4 e 5). Três meses após a curetagem apical, pôde-se constatar radiograficamente o reparo da região afetada com ausência de lesão periapical e de material obturador extravasado. O acompanhamento foi realizado por um período de oito anos. (FIG 6) DISCUSSÃO: Devido à ausência de sintomas, a reabsorção radicular interna é diagnosticada geralmente durante exames radiográficos de rotina, nos quais evidencia-se uma imagem radiolúcida simétrica ovóide ou arredondada, bem circunscrita, alterando o contorno original do canal radicular 4. Segundo Consolaro (2011)8, os mecanismos das reabsorcões dentárias são conhecidos e suas causas bem definidas. Clinicamente apresentam-se assintomáticas e, por si sós, não induzem alteracões pulpares, periapicais ou periodontais, sendo geralmente uma consequência delas. Em nosso caso clinico, procedeu-se à desinfecção do canal radicular com solução de hipoclorito de sódio a 2,5 % devido às suas propriedades de solvente de matéria orgânica e alto poder germicida, conferindo uma maior eficiência ao preparo, associada à Técnica Mista Invertida. O índice de sucesso do tratamento endodônticodiminui em 14% para cada 1mm de aumento do diâmetro da lesão, previamente ao tratamento. A Infuência negativa de extensas visiveis radiograficamentena região apical , se deve à possibilidade de um numero e diversidade maior de microrganismos envolvidos, consequentemente, dificultando o tratamento9. As trocas de pasta de hidróxido de cálcio foram realizadas com o intuito de neutralizar o pH da área de reabsorção, além de estimular a reestruturação da região periapical destruída. Segundo Valera et al. (2000)5, nos casos de reabsorção interna com perfuração lateral as trocas do hidróxido de cálcio se fazem necessárias para induzir a formação de uma barreira mineralizada na área de reabsorção, permitindo a posterior obturação do canal radicular. O Fato de termos utilizado hidroxido de calcio com propilenoglicol como veiculo foi no intuito de promover uma liberacao continua dos íons calcio e hidroxila. No caso clínico proposto, pode-se observar uma considerável diminuição da lesão periapical num prazo de nove meses, quando então obturou-se o cana com uma técnica termoplastificada. Um dos maiores objetivos do tratamento endodôntico bem sucedido é a total obliteração do canal radicular, usando um material obturador biologicamente compatível e dimensionalmente 94 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 estável. A presença de irregularidades como as resultantes de uma reabsorção interna impõem dificuldades técnicas para a concretização deste objetivo, indicando o emprego de técnicas de obturação que utilizem a guta-percha plastificada pelo calor, o que justifica a aplicação da Técnica Híbrida de Tagger, onde se executa a condensação lateral do terço apical associada a uma compactação termomecânica do material obturador nos 2/3 coronários do canal, objetivando preencher toda a área de reabsorção. O tempo necessario para se observar radiograficamente uma formacao de barreira mineralizada na regiao apical foi de aproximadamente nove meses apos o inicio do tratamento. Yates(1998) 10 considera que o diametro da abertura apical antes do inicio do tratamento influencia diretamente no tempo de formacao da barreira apical. Como a progressão da reabsorção interna depende da presença de tecido vivo, a imediata desvitalização do elemento dental constitui-se no único tratamento necessário, desde que não haja perfuração lateral. No presente caso, além da presença de perfuração, houve extravasamento de material obturador para a região periapical, o que poderia impedir a complementação do processo de reparo, impondo-se a necessidade da intervenção cirúrgica para a adequada resolução do caso clínico. O diagnóstico, compreendido pelos precisos exames clínicos, físicos e radiográficos foi fundamental para elaboracão de um correto plano de tratamento, executado de maneira precisa, com acompanhamentos radiográficos, que evidenciaram que as trocas de medicacões intracanais à base de hidroxido de calcio, foram decisivas no auxilio da desinfeccão do sistema de canais, paralisando o processo de reabsorcão e estimulndo a formacão de uma barreira mineralizada. A proservacão clínica e radiogràfica por 8 anos evidencia o sucesso do caso. REFERÊNCIAS: 1. LOPES HP, SIQUEIRA JR. JF. Endodontia: biologia e técnica. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. 650 p. 2. KINOMOTO Y, NORO T, EBISU S. Internal root resorption associated with inadequate caries removal and orthodontic therapy. J Endod. 2002 May;28(5): 405-7. 3. AL-NAZHAN SA, SPANGERG L W. Light and SEM observation of internal root resorption of a traumatized permanent central incisor. Int Endod J 1995, v.28, p.133-136. 4. GUNRAJ MN. Dental root resorption. Oral Surg Oral Med Oral Pathol, 1999 v.88, n.6, Dec. p.647-653. 5. VALERA MC.;Tratamento endodontico de dentes com reabsorção interna.JBE. 2000, ano 1 nº 2.pág 27-29. 6. FUSS Z, TSEIS I, LIN S. Diagnosis, classification and treatment choices based on stimulation factors. Dental Traumatol. 2003, 19 (04): 175-82. 7. ESTRELA C, SYDNEY GB, FIGUEIREDO JAP, ESTRELA CRA. Antibacterial efficacy of intracanal medicaments on bacterial biofilm: a critical review. J Appl Oral Sci. 2009; 17(1): 1-7. 8. CONSOLARO A. O conceito de reabsorcões dentárias e por que não induzem dor nem necrose pulpar. Dental Press Endod. 2011 Oct-Dec;1(3):11-6. 9. NG YL, MANN V. GULABIVALA K. A prospective study of the factors affecting outcomes of nonsurgical root canal tratment:part 1:periapical health. Int. Endod. J. 2011; 44(7):583-609. 10.YATES JA. Barrier formation time in non vital teeth with open apices. Int Endod J. 1988, 21(5) 313-9. ____________________ 1Professor Titular do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR- Umuarama-PR. Endereco para correspondencia: Rua Inaja, No 3560 ap 42 - Umuarama - PR . CEP: 87.501-160 Cel: (44) 9903-9192. 2.Professor Assistente do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR-Umuarama-PR. 3.Alunos de Graduacao do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR-Umuarama-PR. 95 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 RETRATAMENTO ENDODÔNTICO DE MOLAR SUPERIOR COM 4 CANAIS - RELATO DE CASO Bárbara Fonseca Ana Carolina da Silva Bocassanta Marco Aurélio Hiendlmeyer Furtado Andressa Bozza Modalidade: Caso clinico clínico RESUMO: O retratamento de canais radiculares com o objetivo de reverter fracassos ocorridos em terapêuticas anteriores tem se mostrado cada vez mais frequentes no cotidiano clínico. Os principais fatores relacionados ao insucesso do tratamento endodôntico são os procedimentos incorretos, dificuldades técnicas, falha do operador e micoorganismos.O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de retratamento endodôntico (RE) em molar superior com 4 canais e curvatura acentuada. Paciente sexo masculino, 48 anos, apresentou-se com sensibilidade à mastigação no dente16. Radiograficamente constatou-se tratamento endodôntico insatisfatório e imagem sugestiva de lesão periapical. Os testes de percussão foram positivos e o teste de palpação no fundo de saco na altura da raiz mesial. Foi proposto o RE,e realizada a abertura coronária, localização dos canais MN, DV e palatino e localização do MV2 que não foi tratado previamente, e desobturação. A irrigação foi com NaCl 2,5%, a odontometria realizada com localizador apical, preparo biomecânico e medicação intracanal com hidróxido de cálcio PA. Em 15 dias o paciente retornou assintomático, e foi precedida a obturação dos canais. Após 1 ano, foi constatado ausência de lesão periapical e dor clínica. Concluiu-se que o RE bem executado é sinônimo de sucesso clínico, reabilitando o elemento dental e a possibilitando a reparação tecidual periapical. Palavras-chave: Retratamento endodôntico, sucesso clínico, reparação tecidual periapical. REFERÊNCIAS: GARCIA JUNIOR, J.S. et al. Avaliação radiográfica da eficiência de diferentes instrumentos rotatórios no retratamento endodôntico. RSBO v. 5, n. 2, 2008 BRAMANTE, C. M.; FREITAS, C. V. J. Retratamento endodôntico: estudo comparativo entre técnica manual, ultra-som e Canal Finder. Rev Odontol Univ São Paulo, v.12, n.1, p.13-17, jan./mar. 1998. _________________________ 1 Acadêmica, 3º ano do curso de odontologia, Universidade Paranaense- UNIPAR. E-mail: [email protected] 96 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REVASCULARIZAÇÃO: REVISÃO E RELATO CLÍNICO Camila Basso Alpini1 Douglas Anderle 2 Danielle Portinho3 Rodrigo Gonçalves Ribeiro3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Dentes permanentes com formação da raiz interrompida por motivo de necrose pulpar necessitam de uma atenção especial para seu tratamento endodôntico, e a revascularização é uma alternativa, tendo como objetivo o restabelecimento da vitalidade pulpar. Dessa forma, o estudo proposto teve por objetivo fazer uma revisão de literatura acerca da revascularizaçao e relatar um caso. Assim, o paciente G. F., do sexo masculino e 10 anos de idade compareceu a clinica com o incisivo lateral superior imaturo com a polpa necrosada devido a um trauma com exposição pulpar a 60 dias. O remanescente dentário possibilitava uma restauração convencional e então se optou pela revascularização deste elemento. O paciente foi anestesiado, o dente isolado, removida a restauração provisória, neutralizado o material necrótico, feita a odontometria, limpeza do canal e irrigação abundante com hipoclorito de sódio 2.5% e então o dente foi preenchido com uma pasta bi-antibiótica a base de metronidazol e ciprofloxacina para desinfecção da dentina por 28 dias e restaurado provisoriamente. Após o retorno do paciente ele foi novamente preparado após irrigação abundante com hipoclorito de sódio 2,5% estimulouse o sangramento apical e o canal é preenchido pelo coagulo sanguíneo e confeccionado um duplo selamento (MTA e depois restauração definitiva). Após seis meses verificou-se o fechamento do ápice do dente, caracterizando o sucesso do tratamento. Assim, a revascularização pode ser um eficiente método para o término da formação de raízes de dentes imaturos e favorece o reforço do dente pois estimular o espessamento das paredes do canal. Palavras-chave: revascularização; dentes imaturos; dente imaturo. REFERÊNCIAS: ANDREASEN JO, FARIK B, MUNKSGAARD EC. Long-term calcium hydroxide as a root canal dressing may increase risk of root fracture. Dent Traumatol. 2002; 18(3): 134-7. NYGAARD-OSTBY B. The role of the blood clot in endodontic therapy an experimental histologic study. Acta Odont Scand 1961; 19: 324-53. SHABAHANG S, TORABINEJAD M, BOYNE PP, ABEDI H, MCMILLAN P. A comparative study of root-end induction using osteogenic protein-1, calcium hydroxide, and mineral trioxide aggregate in dogs. J Endod. 1999; 25(1): 1-5 _____________________ 1Acadêmica do 5º ano do Curso de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, [email protected] 2Cirurgião-Dentista, especialista. 3Doutor(a), Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. 97 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 SISTEMA TC DE OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA Kauhanna Vianna de Oliveira1 Flávia Sens Fagundes Tomazinho Bruno Marques da Silva Flares Baratto Filho Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: O sistema TC é composto por um aquecedor de baixa intensidade, seis seringas de guta-percha tipo alfa, dois compactadores de McSpadden: azul (#30-21mm) indicado para canais finos; preto (#40-25mm) para os demais. Conforme as instruções do fabricante, uma vez que os canais estejam secos, leva-se uma fina camada de cimento endodôntico às suas paredes com auxílio de espaçador digital. A guta-percha plastificada no aquecedor é inserida no canal por meio de um termocompactador recoberto com o material, o qual será introduzido no canal e acionado com velocidade 20.000rpm com movimentos “vai-e-vem” no sentido do longo eixo dos condutos, até atingir o comprimento aproximado de 1mm aquém do comprimento de trabalho (CT) ou até a curvatura. Realiza-se uma condensação vertical suave da guta-percha com condensadores de Paiva para diminuir a contração de esfriamento. O corte do material obturador excedente é com cureta não aquecida. As seringas podem ser reaproveitadas sem prejudicar suas propriedades físicas, até que seja utilizado todo o material, devido à dupla plastificação (em forno e pelo termocompactador). O emprego de cones para a obturação é opcional, o que pode facilitar o extravasamento do material, caso permaneça tempo maior que 5 segundos acionado no canal, ultrapasse o limite CT-1mm, ou haja lesão periapical. Uma vez que não há radiografia de prova de cone, a odontometria deve ser bem executada e se necessário repetida. A técnica é de rápida execução contribuindo para um menor tempo clínico, desde que haja treinamento prévio. Palavras-chave: Endodontia, Obturação do canal radicular, Guta-Percha. REFERÊNCIAS FRACASSI, L. D.; FERRAZ, E.G.; ALBERGARIA, S. J.; SARMENTO, V. A. Comparação radiográfica do preenchimento do canal radicular de dentes obturados por diferentes técnicas endodônticas. RGO – Rev Gaúcha Odontol., v. 58, n. 2, p. 173-9, 2010. ITO, D. L.; SHIMABUKO, D. M.; AUN, C. A.; BRUM, T. B. Avaliação da infiltração bacteriana em técnicas de obturação do canal radicular. Revista de Odontologia da Universidade Cidade São Paulo, v.22, n.3, p.198-215, 2010. PEREIRA, K. F. S; ZANELLA, H. V. N.; SILVA, P. G.; QUEIROZ, A. C. F. S.; VARDASCA DE OLIVEIRA, P.T.; CHITA, J. J. Análise Comparativa da Porcentagem da Área Preenchida Pela Obturação no Terço Apical dos Canais Radiculares em Três Diferentes Técnicas. Pesq Bras Odontoped Clin Integr., v. 10, n. 2, p. 217-23, 2010. PIATI, D. C. K.; PEREIRA, K. F. S.; VARGAS RAMOS, C. R.; FERREIRA, L. C.; ARASHIRO, F. N.; ZAFALON, E. J. Avaliação de técnicas de Obturação para Canais Instrumentados pelo Sistema Reciproc. Pesq Bras Odontoped Clin Integr., v. 13, n. 2, p. 205-12, 2013. _________________________ 1 Mestranda, Universidade Positivo, Curitiba/PR. E-mail:[email protected] . 98 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO ENDODÔNTICO CONVENCIONAL X LESÃO SUGESTIVA DE CISTO RADICULAR – RELATO DE CASO CLÍNICO Aline Midori Batista Umemura1 Rebecca Carolina Ortega1 Analicy Ticiani Perini1 Claudia Caroline Bósio2 Natalino Satio Inagaki3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO : A lesão periapical ocorre em dentes não vitais como resultado de uma agressão crônica, de baixa intensidade e assintomática, devido à presença de tecido necrótico e invasão microbiana do sistema de canais radiculares. Radiograficamente apresenta-se como uma área radiolúcida circunscrita na região do ápice dental, podendo ser classificada como cisto radicular ou granuloma periapical, que podem ser diferenciados somente através de um exame histopatológico.Objetivo: relatar um caso clínico com hipótese diagnóstica de cisto radicular no qual foi realizado o tratamento endodôntico convencional e proservação, constatando-se a regressão da lesão e neoformação óssea. Relato de caso: paciente O.J.L, 50 anos, gênero masculino, procurou atendimento odontológico encaminhado para retratamento do elemento 46, portador de núcleo metálico fundido (NMF) e coroa protética, e tratamento endodôntico dos elementos 47 e 48 para posterior cirurgia de enucleação de cisto radicular. Ao exame radiográfico observou-se presença de imagem radiolúcida extensa envolvendo os elementos 46, 47 e 48. Ao teste térmico, a resposta foi positiva para os elementos 47 e 48, levando à intervenção apenas no elemento 46. Após a remoção do NMF foi realizada a desobturação dos canais radiculares, odontometria eletrônica, preparo biomecânico, irrigação com soda clorada, curativo de demora, que foi renovado a cada 2 meses durante 8 meses, e obturação endodôntica. A proservação do caso comprovou a regressão total da lesão com neoformação óssea na região após 1 ano. Conclusão: o tratamento endodôntico convencional pode proporcionar o reparo de lesões periapicais sugestivas de cisto radicular, sem a necessidade de tratamento cirúrgico. Palavras-chave: endodontia, cisto radicular, granuloma apical REFERÊNCIAS: NEVILLE, B.W. Patologia oral e maxilofacial. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. SOARES, I.J; GOLDBERG, F. Endodontia: Técnicas e Fundamentos. São Paulo: Artmed, 2001. ____________________ 1Acadêmica do 4o ano do curso de Odontologia, Unioeste, Cascavel-PR, email: [email protected]. dentista, MSc, Professora do Curso de Odontologia da Unioeste, Cascavel-PR. 3 Cirurgião dentista, MSc, Professor do Curso de Odontologia da Unioeste, Cascavel-PR. 2 Cirurgiã 99 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM DENTES COM LESÃO PERIAPICAL CRÔNICA Alexandro Moura de Andrade1 Carlos Roberto Berger2 Camila Maggi Maia Silveira2 Christion Haas2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO:Paciente adulto, gênero masculino, procurou a disciplina de Endodontia do Curso de Graduação em Odontologia do CESCAGE, Ponta Grossa - Pr, para atendimento odontológico. Ao exame radiográfico, apresentou extensa lesão periapical na região dos dentes 11 e 12. A imagem radiográfica apresentou sugestiva de cisto periapical. Na realização do teste de sensibilidade pulpar com gás refrigerante, o elemento 12 apontou resposta negativa enquanto o elemento 11 resposta positiva. Foi proposto a terapia de necropulpectomia. O protocolo segue com anestesia infiltrativa, isolamento absoluto, abertura da cavidade de acesso endodôntico, exploração do canal radicular, penetração desinfectante com hipoclorito de sódio a 1%, substância introduzida em 1919 na Endodontia, por Coolidge. O hipoclorito de sódio apresenta excelentes propriedades como solvente da matéria orgânica, também indicado como substância auxiliar no esvaziamento do canal radicular.Foi realizado a odontometria estabelecendo o diâmetro anatômico e abundante irrigação com soro fisiológico para a inativação do hipoclorito de sódio. O preparo do canal radicular iniciou com ampliação de diâmetro, e a utilização das limas Flexofile. Após o uso de cada instrumento, foi utilizado soro fisiológico.Para finalizar o preparo, utilizamos 1ml de EDTA, inativado por soro fisiológico para irrigação. Após secagem com cones de papel absorvente, o gel de clorexidina a 2% foi utilizado como medicação intra canal, o qual permaneceu no mesmo durante uma semana. Palavras-chave: regeneração, tecidos, necropulpectomia REFERÊNCIAS: SIQUEIRA JUNIOR J. F. Tratamento das infecções endodônticas. Patologia pulpar e perirradicular. São Paulo:Editora MDSI, p. 13 – 20, 1997. ALVARES S. Endodontia: diagnóstico e conduta clinica. 3. Ed. São Paulo: Editora Livraria Santos. P. 20 – 153, 2008 ____________________ 1 2 CESCAGE- Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais, Ponta Grossa/PR, [email protected] CESCAGE- Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais, Ponta Grossa/PR 100 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 USO DE LOCALIZADORES FORAMINAIS ELETRÔNICOS EM DENTES DECÍDUOS Daniele Covatti1 Emanuelle Johann Lenz2 Paloma Correa Valter2 Claudia Caroline Bósio3 Lucila Piasecki4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: A determinação do comprimento de trabalho é uma etapa fundamental para o sucesso do tratamento endodôntico; um de seus objetivos, na dentição decídua, é evitar quaisquer alterações no germe do dente sucessor, permitindo a realização do tratamento de maneira segura. Objetivo: Verificar a precisão dos localizadores foraminais APEX ID e Root ZX II em determinar o comprimento de trabalho em dentes decíduos, comparando-os com o método visual. Metodologia: Foram selecionados 16 dentes decíduos extraídos, realizada a abertura coronária com ponta diamantada esférica e preparo do terço cervical. Utilizou-se um aparato com 16 perfurações para a fixação dos dentes e imersão em solução de cloreto de sódio. O grampo labial do localizador foraminal foi acoplado ao aparato e um paquímetro digital com precisão de 0,1mm foi adaptado para acoplar uma lima tipo K. Introduziu-se a lima até a indicação de que o forame apical havia sido atingido, e então a mesma foi recuada até que o aparelho acusasse a marca “0.5”. Realizou-se então a medição real, pelo método visual, utilizando a lima com o auxílio do paquímetro. A mesma sequência foi executada com os dois localizadores em todos os dentes. As medidas foram obtidas por três examinadores em triplicata, e os resultados foram submetidos à análise estatística. Resultados: Não houve diferença significativa entre as medidas eletrônicas e as visuais, nem diferença entre os dois aparelhos testados (p>0.05). Conclusão: Os aparelhos possuem aplicabilidade clínica podendo ser utilizados para a determinação do comprimento de trabalho em dentes decíduos. Palavras-chave: Dentição decídua – comprimento de trabalho – localizadores apicais eletrônicos. REFERÊNCIAS: BORUM MK, ANDREASEN JO. Sequelae of trauma to primary dentition. Endod Dent Traumatol, v.14, p.31-44, 1998. ELAYOUTI A, WIGER R, LOST C. Frequency of overinstrumentation with an acceptable radiographic working length. J Endod, v.27, p.49-52, Jan. 2001. WILLIANS CB, JOYCE AP, Roberts S. A comparison between in vivo radiographic working length determination and measurement after extraction. J Endod, v.32, n.7, p.624-7, Jul. 2006. ____________________ 1Graduanda em Odontologia, Unipar/Cascavel/PR, email: [email protected] Dentista graduada pela Unipar/Cascavel/PR 3Cirurgiã Dentista, MSc, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR e Unioeste, Cascavel/PR 4Cirurgiã Dentista, Dra, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR. 2Cirurgiã 101 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 VARIAÇÕES ANATÔMICAS DE INTERESSE ENDODÔNTICO Janaina Ahmann Spenassatto1 Sandriane Moreno 2 Danielle Portinho3 Rodrigo Gonçalves Ribeiro3 Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: A endodontia é uma especialidade que procura a manutenção das funções biológica e funcionais dos elementos dentários que perderam a vitalidade pulpar ou estão correndo este risco, preservando a total integridade dos elementos dentais adjacentes presentes e do elemento que sofreu a injúria que o levou à morte pulpar. Dentre as várias dificuldades enfrentadas pelos profissionais na realização do tratamento do sistema de canais radiculares estão as variações anatômicas. Assim, o conhecimento da morfologia da câmara pulpar e dos canais radiculares é fundamental para a execução do tratamento endodôntico. Para tanto se deve ter ciência não só do aspecto normal da anatomia dos grupos dentais como também as principais variações existentes em cada um destes grupos, já que, o desconhecimento da existência destas variações pode levar ao insucesso do tratamento. Diferentes variações anatômicas podem ser observadas já nas tomadas radiográficas e podem influenciar no protocolo do atendimento e tratamento. Dentre estas variações se pode citar: geminação, fusão, concrescência, dens invaginatus, cúspide talão, radicular grooves, taurodontia, dilaceração radicular, conformações de canais em forma de “C”. Todos os elementos dentários são passíveis de variações anatômicas. O estudo frequente, a documentação e a troca de experiências entre os profissionais dissemina o conhecimento possibilitando maior qualidade do tratamento endodôntico. Para tanto é imprescindível ao profissional endodontista a tomada radiográfica inicial para avaliação do elemento dental a ser tratado. PALAVRAS-CHAVE: endodontia, anatomia dental, variações anatômicas. REFERÊNCIAS: APRILE J, FIGÚN N. E. Anatomia odontológica. Buenos Aires: El Atheneu, 1954. p. 324. BARATTO FILHO F, FARINIUK L. F, FERREIRA EL, PECORA JD, CRUZ FILHO AM, SOUSA NETO MD. Clinical and macroscopic study of maxillary molars with two palatal roots. International Endodontic Journal. v. 35, n. 9, p. 796-801, 2002. BARNETT F. Mandibular molar with C-shaped canal. Endod Dent Traumatol. v. 2, P. 79-81, 1986. ____________________ 1Acadêmica do 5 ano do Curso de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, [email protected] 2Cirurgiã-Dentista, especialista. 3Doutores, Docentes, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. 102 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 103 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ABORDAGEM CIRÚRGICA ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE CISTO PERIAPICAL Samuel Kaik Alves de Lima¹ Victor Hugo Fazoli Guidini¹ Murilo Hernane Gonzalez Pimenta¹ Leonardo Alan Delanora¹ Gustavo Nascimento de Souza Pinto² Elen de Souza Tolentino3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Quando se trata de cistos bucomaxilofacias, a marsupialização é figura dentre as opções de tratamento mais empregadas. Essa técnica consiste na confecção de uma janela cirúrgica que possibilite a comunicação entre a cavidade patológica e o meio bucal, suturada junto à mucosa adjacente (BLAYA et al., 2010) Essa comunicação oportuniza uma eliminação gradual do conteúdo cístico, gerando uma diminuição devido a redução da pressão hidrostática intracística, permitindo, assim, uma redução progressiva do tamanho da lesão. Conceitualmente, deve haver um segundo tempo cirúrgico destinado a remoção total da lesão residual. A conduta nas técnicas cirúrgicas de abordagem em relação a cistos nos maxilares torna-se cada vez mais conservadora devido a alta prevalência desse tipo de lesão. Nesse contexto o presente trabalho tem o objetivo de relatar um caso de cisto periapical tendo a marsupialização como tratamento definitivo para lesões císticas (POGREL; JORDAN, 2004). Mulher, leucoderma, 38 anos procurou atendimento sendo encaminhada pelo endodontista que constatou a presença de uma lesão radiolúcida de aproximadamente 4 centímetros , bem definida e com halo radiopaco na região do periápce do dente 21. Considerando a extensão e localização da lesão, foi optado por realizar a marsupialização como tratamento definitivo surgindo como uma abordagem cirúrgica alternativa para cistos odontogênicos, tendo como vantagens conservar estruturas anatômicas do paciente e fornecer material histopatológico através de um procedimento menos invasivo. Palavras-chave: Cisto periapical; marsupialização; cisto odontogênico REFERÊNCIAS: BLAYA, D. S.; BLAYA, M. G.; MENEZES, J. D. S.; SILVA, C. O.; PEREZ, W. B.; OLIVEIRA, M. G. Cisto dentígero mandibular tratado com marsupialização e enucleação: relato de dois casos. Revista Brasileira de cirurgia buco-maxilo-facial, São Paulo, v.10, n. 2, p. 99-104, abr./jun. 2010. _____________________ 1.Graduandos, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. 2.Pós Graduando mestrando em Odontologia Integrada, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil. 3.Docente do Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil. E-mail: [email protected] 104 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ADENOCARCINOMA POLIMORFO DE BAIXO GRAU EM PALATO DURO- RELATO DE CASO Rafael Cozer1 Ana Lúcia Carrinho Ayroza Range2 Adriane de Castro Martinez Martins2 Modalidade: Caso clínico RESUMO: O adenocarcinoma polimorfo de baixo grau (APBG), é uma neoplasia maligna rara em região de cabeça e pescoço que ocorre com frequência em glândulas salivares menores. É apontada como a segunda neoplasia maligna de glândula salivar mais frequente. Há uma maior prevalência em mulheres, principalmente entre a sexta e sétima décadas de vida e os sítios de localização mais frequentes são palato duro e palato mole. O curso clínico do APBG é indolente e a excisão cirúrgica com margens livres é o tratamento de escolha para estas lesões. O prognóstico é favorável, sendo recorrências e metástases raramente descritas na literatura. Objetivos: Relatar um caso clínico de adenocarcinoma polimorfo de baixo grau, localizado na região lateral esquerda do palato duro. Relato de caso: Paciente R.S.F, gênero masculino, 14 anos, melanoderma, compareceu ao Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE, ao exame clínico apresentou massa nodular, com dimensões de 2x2x0,8 cm no palato duro esquerdo, de consistência mole e apresentando sintomatologia dolorosa à palpação. Conclusão: O conhecimento e o tratamento das alterações patológicas das glândulas salivares devem ser de conhecimento do cirurgião-dentista, pois diagnósticos precoces aliado a correta técnica cirúrgica diminuem a capacidade de recidiva, tornando o prognóstico favorável na maioria dos casos. Palavras chaves: adenocarcinoma de baixo grau, neoplasia maligna, glândula salivar. REFERÊNCIAS: FIFE, T.A; SMITH, B; SULLIVAN, C.A; BROWNE, J.D; WALTONEN, J.D. Polymorphous lowgrade adenocarcinoma: a 17 patient case series. Am J Otolaryngol. 2013 Sep-Oct;34(5):445-48. LEE, D.H; YOON, T.M; LEE, J.K; LIM, S.C. Polymorphous low-grade adenocarcinoma of the maxillary sinus. J Craniofac Surg. 2013 May;24(3):e213-14. De ARAUJO, V.C; PASSADOR-SANTOS, F; TURSSI, C; SOARES, A.B; De ARAUJO, N.S. Polymorphous low-grade adenocarcinoma: an analysis of epidemiological studies and hints for pathologists. Diagn Pathol. 2013 Jan 15;8:6. VERMA, V; MENDENHALL, W.M; WERNING, J.W. Polymorphous Low-grade Adenocarcinoma of the Head and Neck. Am J Clin Oncol. 2013 Feb 20. ____________________ 1 2 Acadêmico do curso de Odontoliga/ UNIOESTE. Docentes, Disciplina de Estomatologia, Curso de Odontologia/ UNIOESTE. 105 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ALTERAÇÕES BUCAIS RELACIONADAS AO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO Guilherme Fernandes Fonteque 1 Alex Cândio Ribeiro1 Marciane Goreti Silvestro Fiori1 Taise Andreia Brixner1 Iris Sawazaki Calone2 Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: A quimioterapia é um tratamento antineoplásico que traz ao paciente vários efeitos colaterais, sendo que alguns efeitos bucais podem causar desde diminuição na qualidade de vida do paciente até a interrupção do tratamento quimioterápico. Dentre os efeitos colaterais bucais mais frequentes estão a mucosite, que é considerada a maior complicação hematológica resultante da terapia antineoplásica. Sabendo da grade quantidade de alterações bucais que podem ocorrer durante a quimioterapia, esta revisão de literatura tem como intuito apresenta-las ao cirurgião dentista para que este saiba como se portar diante de pacientes em tratamento quimioterápico, bem como prevenir alterações e trata-las de acordo com o que a literatura indica. Palavras-chave: quimioterapia, odontologia, alterações. INTRODUÇÃO: O câncer caracteriza-se pelo crescimento descontrolado de células transformadas. Existem quase 200 tipos cânceres (neoplasias malignas) que correspondem os vários sistemas de células do corpo, os quais se diferenciam pela capacidade de invadir tecidos e órgãos, vizinhos ou distantes.1 Existem três tipos principais de tratamento para o câncer: cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo que o objetivo de cada um destes tratamentos é erradicar o câncer, normalmente por meio da terapia combinada.2,3 A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.4 Os pacientes durante o tratamento antineoplásico, geralmente apresentam manifestações orais em consequência da intensa imunossupressão obtida através de quimioterapia. Essas manifestações orais podem ser graves e interferir nos resultados da terapêutica médica, levando a complicações sistêmicas importantes, que podem aumentar o tempo de internação hospitalar, os custos do tratamento e afetar diretamente a qualidade de vida desses pacientes.5 Todas as modalidades de tratamento oncológico apresentam efeitos adversos, alguns destes efeitos são tão pronunciados que levam ao interrompimento do tratamento antineoplásico, como é o caso, por exemplo, da mucosite oral. 5 OBJETIVOS Revisão de literatura sobre os efeitos colaterais bucais do tratamento quimioterápico. REVISÃO DE LITERATURA 106 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Mucosite oral (MO):Os agentes quimioterápicos atuam sobre as células que tem um alto índice mitótico isto inclui as células medulares e das mucosas bucal e gastrintestinal podendo provocar a formação de lesões ulceradas nas mucosas – mucosite.6 Atualmente, a mucosite é considerada a maior complicação não hematológica resultante da terapia antineoplásica, ocorrendo entre 40% a 80% dos pacientes tratados com quimioterapia (QT). 7 Os critérios de diagnóstico para a mucosite são: presença de lesões na mucosa oral, que se caracterizam inicialmente por áreas esbranquiçadas, sendo a fase seguinte representada por uma mucosa atrófica: edemaciada, eritematosa e friável. Posteriormente ocorre a presença de áreas ulceradas que podem ou não estar cobertas por exsudato fibrinopurulento e ter presença de candidose.8 Por consequência da mucosite o paciente pode apresentar dificuldade na alimentação, dor, ardência, dificuldade na higienização e desconforto bucal. A mielossupressão contribui para o agravamento do evento, pois torna o epitélio mais suscetível a processos infecciosos por bactérias e fungos além de figurar como fator de risco para ocorrência de infecções generalizadas. Em geral, há melhora do quadro quando ocorre recuperação da medula óssea após a aplasia causada pelos quimioterápicos.9 A manutenção da higiene oral é um fator a ser considerado para a prevenção da mucosite oral, e a adequação da cavidade oral envolvendo a remoção de focos odontogênicos, acompanhamento radiográfico, quando necessário e a reabilitação oral deverão ser realizados até três semanas antes do início da terapia antineoplásica proposta.10 A mucosite também representa um fator de risco para a sepse em pacientes neutropênicos, aumentando em quatro vezes o risco para tal condição.11 A microbiota bacteriana oral pode colonizar as lesões ulceradas em pacientes imunocomprometidos, aumentando o risco de infecções sistêmicas.12 A mucosite pode causar interrupção, atraso ou alteração nos tratamentos quimioterápicos ou radioterápicos previstos, podendo influenciar negativamente no índice de remissão e sobrevida dos pacientes.13 Observa-se aumento da morbidade em pacientes com sequelas de mucosite oral e, a depender da gravidade das lesões intraorais apresentadas, o tratamento antineoplásico inicialmente proposto poderá ser interrompido.7, 12 A MO é um processo doloroso que constantemente requer hospitalização para intervenção medicamentosa sistêmica, para controle da dor e tratamento da infecção associada através de antimicrobianos e antifúngicos de amplo espectro. A nutrição parenteral total pode ser indicada, em casos graves, para promover adequado suporte nutricional tamanha incapacidade de deglutição que pode estar envolvida. Entretanto, podem ocorrem casos leves de mucosite, onde o tratamento tópico através da utilização de soluções para bochechos e anestésicos locais pode ser suficiente. Fatores como a condição física do paciente, da cavidade oral, função hepática e renal, velocidade de infusão, dose e protocolo de quimioterapia influenciam na severidade da mucosite.9 Os quimioterápicos com maior potencial tóxico para as mucosas, são: daunoblastina, doxorrubicina, metotrexato, citarabina, ciclofosfamida, etoposide, mitoxantrona, vincristina, vimblastina, hidroxiuréia, tioguanina e mercaptopurina.9 O uso do laser em baixa potência é um método efetivo para a prevenção e o tratamento de lesões orais apresentadas por pacientes sob altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia.14 O sucesso do tratamento é atingido por cerca de 81% dos pacientes que receberam o tratamento laser de forma preventiva e, em torno de 83% dos que apresentavam lesões orais e que receberam o tratamento paliativo.15 Xerostomia: 107 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A xerostomia manifesta-se pela sensação de secura oral, necessidade da ingestão frequente de líquidos e dificuldade na ingestão de alimentos sólidos ou em falar continuamente. Traduz-se por um aumento de cáries, dificuldades no uso de próteses dentárias e susceptibilidade a infecções, como a candidose oral recorrente.16 A hipossalivação pode fazer parte dos sintomas de certas doenças sistêmicas que afetam as glândulas salivares ou pode ser causada por fatores iatrogênicos, como o uso de certos medicamentos, a radioterapia e a quimioterapia.17 Foi sugerido que índices de fluxo salivar reduzidos durante a quimioterapia podem ocorrer em parte por causa dos antieméticos prescritos, entretanto as glândulas salivares e o fluxo salivar mostraram voltar imediatamente ao normal logo após a infusão.18 O tratamento baseia-se em evitar todos os agentes que possam diminuir a salivação como o uso de produtos do tabaco e do álcool. Além disso, estimulantes salivares como géis umidificadores, doces sem açúcar e gomas de mascar podem ser utilizados.19 Neurotoxicidade: Representa 6% das complicações bucais, causando desconforto e queixa de dor semelhante à pulpite, constante e usualmente de início agudo. A dor neuropática é uma experiência anormal de dor após uma injúria nervos.20 A dor, provocada pela neurotoxicidade, geralmente está relacionada à toxicidade aguda e se manifesta no início do tratamento.21,22 Diversos pontos da distribuição dos nervos trigeminal e glossofaríngeo podem ser afetados, principalmente a articulação temporomandibular, mandíbula, dentes inferiores e ouvidos.23, A neurotoxicidade crônica do agente depende da dose total cumulativa e do tipo de droga usada.24 Ocorre pelo envolvimento dos nervos bucais com maior incidência nos molares inferiores. No exame clínico não encontramos nada importante, já no radiográfico podemos observar o espessamento do ligamento periodontal em dentes com polpa viva. Pode ocorrer com o uso de alcalóides de vinca, etoposido ou cisplatina, apresentando-se como parestesia, disfunção motora ou dor aguda no maxilar inferior. Alguns sintomas são reversíveis quando a droga é descontinuada ou diminuída; outros podem persistir como a neuropatia residual.O tratamento envolve o uso de analgésicos sistêmicos e, muitas vezes, também uso de narcóticos.25 Infecção fúngica: A mais freqüente é a candidose que pode ocorrer na forma de placas, áreas eritematosas, atrófica crônica e queilite angular. Ocorre com menos freqüência que as infecções bacterianas, mas também pode causar sepse pela disseminação hematógena, e está entre os patógenos responsáveis por 85% das septicemias no paciente oncológico, apresentando mortalidade por infecção sistêmica de 2 a 3 vezes maior que outras infecções.26 Em estudo microbiológico em pacientes neoplásicos terminais, (SWEENEY et al., 1998) detectaram a presença de fungos em 26% dos pacientes, sendo que ao exame clínico, a alteração na mucosa em forma de queilite angular foi detectada em 11% e candidose pseudomembranosa em 9% dos pacientes. Infecção viral: As infecções virais que normalmente ocorrem são as lesões herpéticas pelo herpes simples e pelo zóster acometendo a mucosa intrabucal ou peribucal, acompanhada de linfadenopatia e febre. Isso ocorre devido à inibição da replicação celular combinada com a citólise, que resulta da degradação da mucosa. Essa degradação favorece a colonização secundária por bactérias patógenas e primariamente, a reativação do herpes simples.27 Sangramento bucal: 108 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A trombocitopenia, resultante da depressão inespecífica da medula, é uma estomatotoxicidade indireta. Ocasionalmente resulta em diátese hemorrágica, com hemorragias subcutâneas, púrpuras, petéquias. Pode ocorrer no trato gastrointestinal, pele e mucosa oral, sendo comum, nestes pacientes, o sangramento gengival. A trombocitopenia ao atingir níveis inferiores a 50.000/mm3, apresenta risco médio e abaixo de 20.000/mm3, risco severo para o sangramento. O uso do fator de estimulação de colônias de granulócitos (GCSF) pode diminuir o risco de sangramento no paciente com trombocitopenia.28 Osteonecrose por Bifosfonatos: Os bisfosfonatos têm sido amplamente empregados no tratamento do câncer da mama e próstata com metástases ósseas, do mieloma múltiplo e da osteoporose. Também, têm sido indicados na hipercalcemia maligna, em outras lesões ósseas metastáticas, na doença de Paget do osso, bem como em crianças com osteogênese imperfeita e osteoporose juvenil idiopática ou induzida por esteróides.29 A droga reduz a reabsorção óssea, estimula a atividade osteoblástica, assim como inibe o recrutamento e promove a apoptose de osteoclastos. O alendronato sódico, risedronato sódico, ibandronato de sódio, pamidronato dissódico e o ácido zoledrônico são exemplos de bifosfonatos, sendo o último, o mais potente bisfosfonato de uso clínico.30 Apesar dos benefícios destes medicamentos, uma complicação de difícil manejo, decorrente do uso dos mesmos, é a osteonecrose dos maxilares. Esta foi inicialmente descrita no final de 2003, com relatos de casos de exposição óssea nos maxilares, não responsivas ao tratamento cirúrgico ou medicamentoso, em pacientes sob uso de pamidronato ou zolendronato. Desde então, relatos de caso de osteonecrose em pacientes sob uso de bifosfonatos vem sendo descritos na literatura.31 Pereira et al (2004)32 relatam o caso de um paciente de 84 anos, que exibiu exposição óssea espontânea com um mês de evolução. O paciente estava em tratamento para mieloma múltiplo, fazendo uso de pamidronato (bisfosfonato), talidomida e dexametasona. A queixa era de dor e dificuldade para mastigar e falar. Ao exame físico, foi observada área de necrose óssea, medindo 3,5 cm de diâmetro, no rebordo alveolar inferior. A terapia sistêmica em curso foi suspensa e foram instituídas antibioticoterapia por sete dias e cirurgia para remoção do osso necrótico. Após duas semanas, o paciente teve melhora, sem queixa de dor e, seis meses depois, a região antes necrótica apresentou-se cicatrizada.31 Dor, parestesia e dificuldade mastigatória que levam à acentuada diminuição da qualidade de vida dos pacientes são características comuns da osteonecrose.33 A ocorrência da osteonecrose exclusivamente na mandíbula (68,1%) é mais frequente que a ocorrência exclusivamente na maxila (27,1%), restando à ocorrência simultânea da maxila e da mandíbula um índice de 4,2%. A região posterior de mandíbula é o sítio de maior acometimento (65,5%), seguida pela área posterior de maxila (22,7%). 34 O cirurgião dentista pode ser o responsável pelo início da osteonecrose,35 uma vez que cirurgias dentoalveolares em pacientes sob uso de bifosfonato endovenoso são o principal fator de risco para o surgimento da condição.72 Casos de surgimento espontâneo, também podem ocorrer, principalmente nas regiões onde a mucosa bucal é mais fina, como na região lingual posterior de rebordo alveolar mandibular. Além disso, presença de tórus, doenças bucais associadas (abscesso dental, periodontite) e idade avançada são fatores que aumentam significativamente o risco de ocorrência desta condição. 34 O protocolo preventivo da osteonecrose dos maxilares deve incluir uma completa avaliação odontológica para todos os pacientes que iniciarão terapia com bifosfonatos, com o objetivo de identificar a existência de possíveis infecções e dentes comprometidos. Se o início do tratamento com estes medicamentos pode ser postergado, cirurgias dento alveolares preventivas para eliminação de focos infecciosos e prevenção da necessidade de 109 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 procedimentos dentais invasivos em um futuro próximo, devem ser realizadas.34 A manutenção de uma ótima higiene oral é crucial e todos os pacientes devem ser informados da sua importância. 60 Uma vez estabelecida a osteonecrose, os objetivos do tratamento devem ser: eliminar a dor, controlar a infecção dos tecidos moles e duros e minimizar a progressão da condição. A intervenção cirúrgica, para debridamento e/ou ressecção óssea deve ser restrita aos casos mais avançados aonde há a presença de fratura patológica, fístula extraoral, e osteólise extendendo-se à borda da mandíbula ou ao seio maxilar. Para todos os demais casos o tratamento deve ser conservador com bochechos com clorexidina 0,12% e medicação para controle de infecção e dor, quando necessário. A utilização da oxigenoterapia hiperbárica como tratamento adjunto ainda é controversa e mais estudos clínicos são necessários para comprovar sua efetividade.34 Hiperpigmentação: Este é um efeito adverso comum dos quimioterápicos. A pele, o cabelo, as unhas e as membranas mucosas podem ser acometidos.36 O envolvimento pode ser localizado ou difuso.37 A pigmentação pode apresentar um padrão específico, que se correlaciona com a distribuição anatômica e com o tipo de droga, ou pode corresponder ao local de contato com materiais externos, como curativos oclusivos. É possível que a hiperpigmentação na pele seja secundária ao aumento da quantidade da melanina, do caroteno ou da hemoglobina.38 No caso da hiperpigmentação induzida por quimioterápicos, os mecanismos ainda são desconhecidos. A fisiopatologia exata varia, provavelmente, de acordo com a droga em questão39 Não há tratamento específico para as hiperpigmentações. Habitualmente, desaparecem após meses ou anos da descontinuidade da droga desencadeante.40 DISCUSSÃO Comumente pacientes em tratamento quimioterápico se consultam em clínicas particulares ou em postos de saúde, e infelizmente muitos profissionais cirurgiões dentistas não tem conhecimento de como deve ser a terapêutica nesses pacientes, quais instruções devem passar, e quais as complicações que podem ocorrer durante a quimioterapia. Sabendo disso e visto que o número de pacientes diagnosticados com câncer e em tratamento quimioterápico tem aumentado em todo o mundo, o conhecimento dos efeitos bucais do tratamento é de fundamental importância para o cirurgião dentista. CONCLUSÕES Conhecendo os efeitos colaterais bucais que podem acometer os pacientes submetidos a tratamento quimioterápico, o cirurgião dentista passa a ter mais segurança tanto no atendimento como diagnóstico das mesmas, podendo atuar sobretudo na prevenção dessas alterações. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, Vera Lúcia de et al. 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Na cavidade oral a ocorrência deste tumor é consideravelmente maior em língua que em outras regiões. Apresentaremos o caso de uma paciente do gênero feminino, 15 anos, que procurou atendimento na Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Projeto de Lesões Bucais (LEBU), com queixa de massa nodular localizada no palato. A lesão era sintomática, brancacenta, firme, com superfície irregular, recoberta por membrana necrótica/fibrinosa e evoluía, segundo a paciente, há apenas quinze dias, sem fatores causais evidentes associados. Realizou-se biópsia incisional e o exame histopatológico apontou para Schwannoma, padrão Antoni B. Tal padrão é caracterizado por fascículos fluindo de células de Schwann com forma espinhosa, arranjadas desorganizadamente dentro de um estroma mixomatoso frouxo. O tratamento foi a remoção completa da lesão, seguida de novo exame histopatológico, que apontou para o mesmo diagnóstico. A paciente encontra-se em acompanhamento de 1 ano, não apresentando sinais de recidiva. Palavras-chave: Diagnóstico, Palato, Schwannoma. REFERÊNCIAS: NEVILLE, B. W. et al. Patologia oral e maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. REGEZI, J. A; SCIUBBA, J. J. Oral pathology: clinical pathologic correlations. 3. ed. Philadelphia: WB Saunders, 1999. KURTKAYA-YAPICIER O, SCHEITHAUER B, WOODRUFF JM. The pathobiologic spectrum of Schwannomas. Histol. Histopathol. 2004;18 (3): 925-34. ______________________________ de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected] 1Acadêmico 113 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE LESÕES BUCAIS EM ALCOOLISTAS NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL/PR – ESTUDO PILOTO Monique Trzinski Marques1 Carla Regina Battirola2 Daniela de Cassia Faglioni Boleta Ceranto3 Eliana Cristina Fosquiera4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O álcool provoca alterações químicas na mucosa bucal, fazendo com que o usuário seja mais propenso ao desenvolvimento de lesões. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a presença de lesões bucais em alcoolistas no município de Cascavel/PR. Após assinatura do TCLE, foi aplicado um questionário avaliando o grau da dependência e uma breve entrevista sobre dados sócio-econômicos-culturais. Foi realizado o exame extra e intra-bucal por examinadora calibrada, em cadeira comum sob iluminação artificial. Foram examinados 55 voluntários, sendo que, 10 usavam álcool isoladamente, 23 associavam ao tabaco e 21 com outras drogas. 54% consumiam cachaça e 66% relatou frequência diária. Casos de queilite actínica, leucoplasia, eritroplasia e líquen plano não foram observados, contudo, sete voluntários apresentaram hipóteses diagnósticas de hiperqueratose, quatro, hiperplasia tecidual, três, candidose oral, e dois, papiloma. Pacientes alcoolistas e fumantes devem ser acompanhados rotineiramente pelo cirurgião-dentista pelo maior risco de apresentarem lesões orais, principalmente potencialmente cancerizáveis. Palavras-chave: lesões bucais, alcoolismo, grupo de risco, câncer bucal INTRODUÇÃO O etilismo constitui uma síndrome multifatorial, sendo o alcoólatra crônico acompanhado de perturbações mentais, da saúde física, da relação interpessoal e do comportamento social e econômico (OMS, 2004). O alcoolismo se destaca hoje como um dos mais graves problemas de saúde pública, devido às complicações sobrevindas no plano somático e psíquico, além de profunda repercussão no meio social (Faustino e Stipp, 2003). Estima-se que mais de dois terços das pessoas em países ocidentais ingerem bebidas alcoólicas além do que apenas ocasionalmente. No Brasil a prevalência de alcoolismo varia entre 7,6 e 9,2% (Gigliotti, 2008). O álcool é considerado uma droga lícita, com alto consumo em toda a população, sendo este hábito introduzido cada vez mais precocemente, porém, é subestimado por muitos como desencadeador de doenças, inclusive o câncer. Lima et al. (2005) avaliaram o conhecimento de universitários das áreas de saúde, exatas e humanas, no Paraná, sobre câncer bucal e os seus fatores causadores. De acordo com os resultados, 86,3% souberam relatar a definição de câncer bucal, e 29,6% conheciam as lesões cancerizáveis. O tabagismo foi relatado como o principal fator etiológico, seguido da má higiene bucal e das radiações solares, com 69,3%, 20,3% e 10,6% respectivamente. Apenas 22% relataram o álcool como fator de risco para o câncer bucal. Os autores relataram que os universitários conhecem o câncer bucal, mas desconhecem os fatores causadores do mesmo, dando importância apenas para o uso do tabaco, como carcinógeno. Ainda se observa a necessidade de mais estudos que enriqueçam a literatura sobre o potencial carcinogênico da ingestão isolada do álcool, porém, como grande parte dos alcoólatras, 114 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 também fazem uso de outras substâncias nocivas, a realização desses trabalhos torna-se mais dificultosa. O álcool provoca diversas alterações nos tecidos bucais. Estudos mostram que o por si só não foi considerado um fator cancerígeno na mucosa bucal devido à exposição de vários fatores de risco em uma pessoa, como o álcool e o tabaco, bem como a falta de dados importantes acerca da quantidade ingerida, tipo de bebida e tempo. Porém, Reis et. al. (2002), estudando o efeito genotóxico do etanol em células da mucosa bucal, afirmou que o consumo excessivo de etanol promove alterações efetivas em células da mucosa bucal, mesmo na ausência de exposição ao fumo. São vários os mecanismos pelos quais o álcool atua sobre a mucosa bucal, sabe-se que o etanol causa atrofia do epitélio, aumentando a permeabilidade de agentes cancerígenos químicos. O aumento da permeabilidade não foi considerado um fator primordial causador de câncer bucal, por isso o acetaldeído, primeiro metabólito do etanol foi estudado. A Agência Internacional de Investigação de Câncer (IARC) verificou que o acetaldeído é cancerígeno em animais, e possivelmente também para seres humanos, através da mutação de culturas celulares e da interferência na síntese e reparo do DNA. O etanol é oxidado em duas fases, a primeira oxidação ocorre de três formas, pelo álcool desidrogenase (ADH), pelo sistema microssomal hepática (MEOS) e por catalase. O segundo estágio é caracterizado pela oxidação de acetaldeído em acetato obtidos anteriormente pela enzima acetaldeído desidrogenase (ALDH). O acúmulo do acetaldedeído ocorre pelo aumento da atividade da ALDH na microflora oral e do citocromo P4502E1 ou a uma diminuição da atividade ALDH. Em nível sistêmico, o etanol irá ficar mais tempo no sangue, atuando como um possível agente cancerígeno. Esse efeito resultará em alterações nas glândulas salivares, levando à acumulação adicional de substâncias cancerígenas na superfície da mucosa oral, aumentando o risco de câncer bucal. Entretanto, é difícil estabelecer uma associação direta entre as alterações sistêmicas ocasionadas pelo álcool e o desenvolvimento do câncer bucal (Michiles, 2011), mas essa substância é considerada um co-fator e potencializador ao desenvolvimento de lesões potencialmente cancerizáveis, principalmente quando associada ao tabaco. OBJETIVOS: Avaliar a presença de lesões em tecidos moles, observadas através do exame clínico na cavidade bucal de pacientes portadores de alcoolismo, frequentadores de instituições de apoio no município de Cascavel – PR. METODOLOGIA: Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Paranaense cujo parecer favorável número 1.047.384 recebeu CAEE: 43454115.6.0000.0109 (anexo). A pesquisa foi realizada com indivíduos portadores de alcoolismo, frequentadores de instituições de apoio no município de Cascavel, oeste paranaense. As instituições foram: pacientes em tratamento médico anti-álcool no Núcleo Assistencial Francisco de Assis – NAFA, SIM PR - Serviço Integrado de Saúde Mental – Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas III; CAPS AD – Centro de atendimento psicossocial álcool e drogas; CAIS – Comunidade Terapêutica Casa de Israel; Casa de Acolhida Filhos Prediletos (Fraternidade Caminho). Os membros foram homens e mulheres advindos de todos os níveis sociais, idades, etnias e preferência religiosa. A amostra foi de 62 voluntários, porém, somente 55 se encaixaram nos termos de inclusão expostos a seguir. Os critérios de inclusão foram indivíduos com histórico de consumo excessivo de bebida alcoólica, ambos os gêneros, acima de 18 anos. Os critérios de exclusão foram os que se recusarem a realizar o exame ou a responder o questionário adequadamente. 115 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Os membros que aceitaram participar, foram orientados inicialmente a assinar o termo de consentimento livre esclarecido, enquanto uma anotadora explicava como seria realizado o exame, evidenciando a privacidade de todas as informações fornecidas e sanando possíveis dúvidas dos voluntários. Em seguida, foi fornecido um questionário fechado de múltipla escolha padronizado para o voluntário preencher, que avaliou o grau e a severidade da dependência química. Os mesmos foram orientados a pedir auxílio às pesquisadoras caso houvessem dúvidas. O primeiro questionário que avaliou a escala de dependência ao álcool, continha alternativas de múltipla escolha, cada uma correspondente a uma pontuação, que ao final, sem o informante estar presente, foi efetuado o somatório e através do score foi estimado o resultado dessa avaliação (Skinner & Allen, 1982). Da mesma forma ocorreu na segunda parte do questionário, porém as possíveis respostas deste, variaram entre “nunca, poucas vezes, muitas vezes e sempre” (Jorge & Masur, 1986). Logo após, o voluntário foi submetido a uma breve entrevista, executada por uma única anotadora, relacionado aos dados sócio-econômicos-culturais. Na sequência, realizou-se o exame extra e intra-bucal dos pacientes, por uma única examinadora, submetida previamente à calibração intra-examinador. Para o exame clínico a examinadora estava portando os devidos equipamentos de biossegurança. Os pacientes foram examinados sentados numa cadeira comum sob iluminação artificial de uma lanterna com lâmpadas led (segurada pela anotadora). Um abaixador de língua foi usado para afastar os tecidos moles bucais e quando necessário, compressas de gaze. A avaliação iniciou sempre pela palpação dos linfonodos, exame dos lábios superior e inferior, passando para mucosa labial e vestibular do lado direito e esquerdo, palato duro, palato mole, orofaringe, mucosa jugal, dorso e bordas laterais da língua, ventre da língua e assoalho bucal. A descrição e a localização das lesões encontradas, foram anotadas na ficha clínica pela anotadora. O voluntário portador de algum tipo de prótese intra-bucal foi avaliado quanto ao tempo de uso, adaptação, higiene e condição (presença de trincas, fratura, falta de dentes, desgaste), bem como a necessidade de uso. Na ficha de avaliação também foram analisadas a presença de dor facial, tipo de respiração, número de dentes presentes, presença de foco de infecção, avaliação do periodonto através do Índice de Placa Visível (IPV) (Silness & Loe, 1964) e informações sobre a higienização bucal do voluntário. Quando observadas variações da normalidade, o avaliado foi orientado sobre a variação e quando se observaram lesões que requeriam tratamento, os pacientes foram encaminhados ao serviço de atendimento cabível. Caso lesões com suspeita de potencial de malignização fossem encontradas, os mesmos seriam encaminhados para atendimento na Universidade Paranaense campus Cascavel, para realização dos procedimentos necessários. No local das avaliações, foi exposto um banner evidenciando a importância do autoexame para identificação de lesões orais iniciais. Logo após a avaliação intra-bucal, o paciente foi orientado sobre essas lesões, sendo também efetuada a instrução de higiene oral através de manequim odontológico utilizando escova e fio dental de forma prático-demonstrativa. Para reforçar e incentivar o voluntário em relação à higienização bucal foi fornecida uma escova dental. Ao final, os pacientes foram motivados a manter a cavidade bucal saudável a fim de evitar patologias tanto locais quanto sistêmicas. Neste estudo piloto, os dados obtidos foram tabulados e apresentados através da estatística descritiva. RESULTADOS: Um total de 55 indivíduos participaram deste estudo, sendo 67% homens e 33% mulheres, e 82% de etnia leucoderma. A grande maioria com renda familiar de 0 a 2 salários mínimos e instrução primária. De acordo com o questionário aplicado, após a somatória do score 116 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 e classificação, 21 voluntários apresentavam dependência gravíssima, 19 com dependência grave, sendo a diferença entre leve e moderada de apenas 1 voluntário, 8 e 7 respectivamente. 20 voluntários relataram ingerir bebidas alcóolicas há 20-30 anos, apenas 10 faziam uso somente de álcool, 23 associavam o cigarro, 1 indivíduo utilizava álcool e drogas ilícitas, 21 associavam álcool, drogas ilícitas e cigarro. A bebida mais consumida referida foi a cachaça, com 54% e 66% indicou frequência diária. Entre os 55 indivíduos examinados, 25% (n=18) apresentaram alguma lesão bucal e desses, 50% foi classificado com dependência gravíssima. Não foram encontradas lesões sugestivas de leucoplasia, eritroplasia, queilite actínica, neoplasia maligna e líquen plano. Porém, através das características clínicas, foram levantadas hipóteses diagnósticas de 7 casos de hiperqueratose, 4 casos de hiperplasia fibrosa inflamatória, 3 de candidose oral (sendo exclusivamente do grupo de dependência gravíssima), 2 de lesão traumática e papiloma. 40% dos voluntários relataram não ir ao dentista entre 1 e 5 anos e 24% a mais de 10 anos, sendo que mais da metade (52,72%) utilizava algum tipo de prótese intra-bucal. DISCUSSÃO: Fernandes, et.al. (2008), avaliaram a prevalência de lesões bucais cancerizáveis em um grupo de indivíduos alcoólatras no Paraná. Foram incluídos neste estudo 277 indivíduos do sexo masculino, com idade média de 38,4 anos, que estavam em tratamento para desintoxicação. O exame intrabucal foi feito por um único examinador, utilizando cadeira comum sob iluminação artificial, abaixador de língua estéril e quando necessário, compressas de gaze. As lesões bucais consideradas cancerizáveis foram: leucoplasia, eritroplasia, líquen plano, fibrose submucosa, queilite actínica e leucoplasia verrucosa proliferativa. Os resultados deste estudo revelaram que entre os 277 indivíduos, 17 (6,1%) eram usuários somente de álcool, 179 (64,6%) consumiam álcool e cigarro, 81 (29,2%) utilizavam álcool e drogas ilícitas - maconha, crack e cocaína. Estes dados, apesar da diferença amostral, corroboram com o presente estudo em que a maioria dos alcoolistas associam o uso de outras drogas, além de serem fumantes. Dos resultados obtidos no estudo, a maioria fumava (64,6%) ou usava drogas ilícitas (29,2%), somente 9 (11,1%) indivíduos que consumiam apenas bebida alcoólica não apresentaram lesão. A presença de lesões cancerizáveis na mucosa bucal não está associada apenas a ingestão crônica de álcool, pois a presença das mesmas foi associada a pacientes alcoólatras que tinham outros fatores de risco, principalmente o tabagismo. Michiles, em 2011, verificou a prevalência de lesões cancerizáveis na mucosa bucal de indivíduos alcoólicos crônicos. Os indivíduos responderam um questionário com informações sócio-econômicas e sobre a temática pesquisada, tais como a duração, quantidade e tipo de bebida alcoólica consumida. Os mesmos foram examinados, para avaliar a presença de lesões cancerizáveis. Os resultados mostraram que o gênero masculino foi o mais prevalente, com média de idade de 52,3 ± 9,9 anos; os tipos de bebidas mais ingeridas foram a cerveja e a cachaça, com 95%, o que também foi verificado em nosso estudo, sendo a prevalência masculina dos alcoolistas e a cachaça a bebida mais consumida. O tempo médio de exposição ao etanol foi de 23,9 ± 8,7 anos e cerca de 13 (65%) indivíduos consumiam álcool diariamente. Do total da amostra estudada, 18 (90%) utilizaram o tabaco alguma vez na vida, e apenas 1 (5%) fez uso de drogas ilícitas. Todos os indivíduos apresentaram algum tipo de lesão bucal, porém apenas 3 (15%) foram diagnosticados com lesões sugestivas de lesões cancerizáveis. CONCLUSÕES: Neste estudo piloto, verificou-se lesões orais principalmente nos pacientes com grau grave da dependência alcoólica e alta prevalência do hábito de fumar em pacientes alcoolistas. Alcoólatras são indivíduos pertencentes a um grupo de risco ao desenvolvimento de lesões com potencial de malignização. Indivíduos fumantes de uso excessivo de álcool devem ser 117 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 acompanhados rotineiramente pelo cirurgião-dentista pelo maior risco de câncer bucal e também para a motivação contínua a manterem a sua saúde bucal, autoestima e convívio social. REFERÊNCIAS: CARRARD, V.C. et. al. Álcool e câncer bucal: considerações sobre os mecanismos relacionados. Revista Brasileira de Cancerologia. v.54 n.1 p.49-56, 2008. CARRARD, V.C. et. al. Influência do consumo de etanol nas glândulas salivares. 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Dra. do Curso de Odontologia, Universidade Paranaense, [email protected] 4Profa. Dnda do Curso de Odontologia, Universidade Paranaense, [email protected]. 2Graduanda 118 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CANDIDOSE ORAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS: SÉRIE DE CASOS Estefeli Schmitt1 Ana Paula de Almeida2 Elaine C. Capellano3 Keller de Martini4 Eliana C. Fosquiera5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO:. A candidose oral é uma infecção fúngica oportunista, prevalente principalmente em pacientes imunossuprimidos. A internação hospitalar pode provocar alterações que modificam a microbiota oral dos pacientes e facilitam as infecções fúngicas. Objetivo: apresentar uma série de casos de pacientes hospitalizados com candidose oral que foram diagnosticados e tratados pelo cirurgião-dentista inserido na equipe multidisciplinar e correlacionar às possíveis implicações sistêmicas desta patologia. Relato dos casos: ao exame clínico intra-oral, detectouse a presença de candidose oral em pacientes internados na unidade de terapia intensiva geral e demais alas de um Hospital Universitário. Efetuou-se o protocolo de higiene oral e o tratamento da doença através da aplicação tópica de solução oral de Nistatina. Em ambiente hospitalar a ocorrência de candidose oral e/ou sistêmica é justificada pelas alterações sistêmicas que o paciente hospitalizado apresenta, associadas a queda da imunidade e a hipossalivação. A falta de cuidados odontológicos, nesses casos, pode levar a proliferação exacerbada de fungos e bactérias orais. Diversos estudos verificaram um alto índice de candidose oral em pacientes hospitalizados no Brasil, estando principalmente associada ao gênero Candida ssp. Conclusão: percebeu-se a resolutividade da candidose nos pacientes tratados com a solução oral de nistatina. O microrganismo Candida ssp, pode se disseminar ocasionando candidemia, representando assim um agravo à condição sistêmica do paciente. O diagnóstico e o tratamento da candidose oral pelo CD favorece a recuperação dos pacientes hospitalizados, bem como reduz sua morbidade. Palavras-chave: Candidose oral; Infecção por Cândida; Odontologia Hospitalar REFERÊNCIAS: PIRES,J.R., et al. Espécies de Candida e a condição bucal de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., São Paulo, v. 65, n. 5, p. 332-337, 2011. SCHLESENER, V.R.F.; ROSA,U.D.; RAUPP,S.M.M. O cuidado com a saúde bucal de pacientes em UTI. Cinergis, v. 13, n. 1, p. 73-77 Jan/Mar, 2012. SIQUEIRA,J.S. et al. Candidíase oral em pacientes internados em UTI. Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, v. 71, n. 2, p. 176-179, jul./dez. 2014. ____________________ 1 Acadêmica do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR/ Campus Cascavel. [email protected] do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR/ Campus Cascavel. [email protected] 3Cirurgiã-dentista, Especialista em Odontopediatria, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI), Prof a. do curso de odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva (IBROI). [email protected] 4Cirurgião-dentista, Especialista em Periodontia, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI),Coordenador do curso de odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva(IBROI). [email protected] 5 Profa. do curso do Odontologia – UNIPAR/ Cascavel. Administradora de Empresas, Cirurgiã-dentista, Mestre em Clínica Integrada, Dnda em Estomatologia. [email protected] 2 Acadêmica 119 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CISTO DENTÍGERO MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO Juliana Cristina Bonani Saqueti¹ Natasha Magro Érnica² Eleonor Álvaro Garbin Jr.³ Greison Rabelo de Oliveira4 Geraldo Luiz Griza5 Modalidade: Caso clínico RESUMO:O cisto dentígero é o segundo cisto odontogênico mais comum, localizado com maior frequência na mandíbula. Embora seja de histogênese incerta, sugere-se que ele se desenvolva pelo acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente. É uma lesão benigna, porém, pode atingir dimensões consideráveis, causando deformidade facial, impactação e deslocamento de dentes e/ou estruturas adjacentes. A proposta deste trabalho é relatar um caso clínico de uma paciente de 8 anos que procurou o hospital universitário queixando-se de aumento de volume em região mandibular direita, onde nos exames de imagem observou-se uma área radiolúcida associada ao dente 44 incluso e a região do periápice do dente 84 com extensa lesão cariosa, na qual foi tratada através da realização de drenagem da infecção com biopsia incisional e posterior exodontia do elemento 84 com instalação de dispositivo semirrígido para descompressão. Após 14 meses houve a erupção do dente 44 e a paciente segue em acompanhamento sem recidiva ou outras complicações. Conclui-se que levando-se em consideração a existência de outras entidades patológicas que se assemelham ao cisto dentígero, o diagnóstico deste deverá ser feito às expensas das características clínicas, exames histopatológicos e de imagens, permitindo desta forma o tratamento adequado de tal patologia e maior probabilidade de sucesso no processo de cura. Palavras-chave: cisto dentígero, cisto folicular, cistos odontogênicos. REFERÊNCIAS NEVILLE, B. W., et al. Patologia oral e maxilofacial. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. SILVA, A. N., et al. Cisto dentígero em mandíbula. Rev. RGO, Porto Alegre, v. 54, n. 2, p. 157160, 2006. VAZ, L.G.M., et al. Cisto dentígero: características clínicas, radiográficas e critérios para o plano de tratamento. Rev. 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Objetivo: relatar um caso clínico de cisto radicular de grande extensão enfatizando a importância das características clínicas e radiográficas como auxiliares ao correto diagnóstico anatomopatológico. Relato do caso: paciente gênero feminino, 14 anos de idade, foi encaminhada pela unidade básica de saúde ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) - Unipar/Cascavel, devido à presença de edema intra e extra oral na região mandibular esquerda da face. Ao exame radiográfico observou-se uma lesão óssea localizada na mandíbula, estendendo-se da distal do dente 35 até a distal do dente 37. Realizou-se a remoção cirúrgica total da lesão e o encaminhamento para exame anatomopatológico, que concluiu tratar-se de um cisto periodontal fragmentado. Observando as características clínicas, radiográficas e o laudo do laboratório e comparando com as características relatadas na literatura científica sobre cisto periodontal, o diagnóstico se tornou duvidoso. Pelos relatos científicos sugeriu-se tratar de um cisto radicular proveniente da necrose do elemento 36, que foi extraído durante a remoção cística. Para confirmação do diagnóstico as lâminas foram encaminhadas para um segundo laboratório, que apresentou o resultado de cisto periapical/radicular. Conclusão: O diagnóstico de lesões não deve levar em consideração apenas as características microscópicas reveladas pelo exame anatomopatológico. Deve envolver também as características clínicas e radiográficas, bem como a “visão holística” do paciente, que nortearão o diagnóstico. O caso foi acompanhado clinicamente e radiograficamente durante um ano, notando-se completa neoformação óssea na região. Palavras-chave: cisto periapical, remoção cirúrgica, exame anatomopatológico. REFERÊNCIAS: NEVILLE,B.W.; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT,J.E. Patologia Oral e Maxilofacial. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. PEREIRA, J.V.; FIGUEIREDO, D.U.; SOUZA,E.A.;HOLMES,T.S.V.; GOMES, D.Q.C.; CAVALCANTI, A.L. Prevalência de cistos e tumores odontogênicos em pacientes atendidos na fundação assistencial da Paraíba: estudo retrospectivo. Arq. Odontol. [online]. v.46, n.2, p. 75-81, 2010. SANTOS,L.C.S.; RAMOS,E.A.G.; MEIRA, T.M.; FIGUEIREDO C.R.L.V.; SANTOS, J.N. Etiopatogenia do cisto radicular – parte I. Ci. Méd. Biol. Salvador, v.5,n.1, p.69-74, 2006. _____________________ ¹Acadêmica do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR – Campus Cascavel; [email protected] 2Cirurgiã-dentista (UNIPAR – Campus Cascavel) 3Cirurgião-dentista no CEO, Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial 4Profa. Dnda do curso de Odontologia da UNIPAR – Campus Cascavel 121 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA OSTEOCLEROSE IDIOPÁTICA DOS MAXILARES: RELATO DE CASOS E REVISÃO DE LITERATURA Lorena Juliani Aquino Ortega1 Neli Pieralisi2 Elen de Souza Tolentino2 Lilian Cristina Vessoni Iwaki3 Mariliani Chicarelli da Silva3 Luiz Carlos Volp Junior4 RESUMO: A osteoesclerose idiopática (OI) é considerada uma alteração do trabeculado ósseo o qual tem sua origem desconhecida. Apresenta-se como uma área radiopaca, não expansiva e com forma geralmente redonda ou oval, podendo encontrar-se também de forma irregular com tamanho variado, que pode afetar a maxila e predominantemente a mandíbula. O objetivo desse trabalho é relatar 20 casos de OIs, revisar a literatura e discutir as principais características destas alterações, diagnóstico, diagnóstico diferencial e tratamento. Radiografias panorâmicas e 20 pacientes com OIs foram analisadas retrospectivamente. Idade, gênero, tamanho, forma e localização das OIs foram analisadas. Em todos os pacientes as OIs eram assintomáticas e diagnosticadas em exames radiográficos. A idade variou entre 5 e 51 anos, com média de 29,8 anos. As OIs foram observadas associadas aos ápices dentários, entre dentes ou separados e subjacentes ao dente, com predileção pela região de pré-molares e molares inferiores, afetando lado direito e esquerdo igualmente. A OI é uma variação do trabeculado ósseo relativamente frequente que ocorre especialmente na mandíbula. O conhecimento de suas características radiográficas é essencial para o correto diagnóstico, uma vez que outras condições, como a osteíte condensante, raízes residuais, hipercementose, displasia cemento-óssea focal e odontomas complexos, requerem intervenção terapêutica e são muito similares nos exames radiográficos Palavras-chave: osteosclerose; maxilares; diagnóstico. REFERÊNCIAS: SISMAN Y, ERTAS ET, ERTAS H, SEKERCI AE. The frequency and distribution of idiopathic osteosclerosis of the jaw. Eur J Dent 2011; 5(4):409-14 ARAKI M, MATSUMOTO N, MATSUMOTO K, OHNISHI M, HONDA K, KOMIYAMA K. Asymptomatic radiopaque lesions of the jaws: a radiographic study using cone-beam computed tomography. J Oral Sci 2011; 53(4):439-44. ____________________ ¹Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected] 2Professora Doutora em Estomatologia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil ³Professora Doutora em Radiologia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil 4Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil 122 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EXOSTOSES MULTIPLAS- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO CIRÚRGICORELATO DE CASO Vinícius Tadeu Batistussi França1 Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1 Marcelo Augusto Seron1 Sabrina Botelho Vieira1 Nayara Gonçalves Emerenciano1 Newton Cesar Kamei2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Exostoses são definidas como protuberâncias ósseas localizadas, de caráter benigno, que se originam da cortical óssea. Os fatores etiológicos citados na literatura são: influência genética; hábitos de dieta; estresse por hiperfunção mastigatória; hábitos parafuncionais como bruxismo e fatores ambientais. Por serem anomalias de desenvolvimento benignas não requerem cirurgia, a menos que afetem a funcionalidade, comprometam severamente a estética ou gerem problemas bucais mais sérios. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de exostoses múltiplas e seu diagnóstico diferencial. Paciente do gênero masculino, 40 anos de idade, melanoderma, compareceu a Clínica Odontológica da UEM queixando-se de “crescimento ósseo da maxila” com comprometimento protético. Após exame clínico-radiológico iniciais foi constatado abaulamento ósseo das regiões posteriores dos quatro quadrantes e cortical óssea integra com espesso osso medular. Como diagnóstico diferencial: Displasia Fibrosa e Exostoses Múltiplas. Posteriormente foi realizado tomografia computadorizada e biópsia excisional com tratamento cirúrgico-cosmético das regiões ósseas posteriores vestibular de maxila. O histopatológico foi compatível com Exostoses Múltiplas. É importante salientar a atuação do profissional ao planejar o tratamento do caso levando em consideração a queixa principal, funcional e estética. O paciente não se queixava das exostoses inferiores então optamos por proservação e controle. Este encontra-se em acompanhamento sem recidiva. Palavras-chave: Diagnóstico. Exostose. Tratamento REFERÊNCIAS: NEVILLE, B. W.; DANN, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral e Maxilo-facial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 566-569. ____________________________ 1Acadêmico de graduação Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia-Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. E-mail: [email protected] 2Professor Doutor em Patologia, Departamento de Odontologia-Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. 123 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 HEMANGIOMA: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASOS CLÍNICOS Bruna Cristina Longo 1 Greison Rabelo de Oliveira2 Natasha Magro Érnica2 Geraldo Griza2 Eleonor Álvaro Garbin Jr2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O hemangioma é um dos tumores mais comuns na região de cabeça e pescoço, podendo gerar prejuízo estético e funcional dependendo da sua localização. Caracteriza-se pela malformação vascular de origem endotelial ou neoplasia vascular benigna. Em geral apresentam-se clinicamente como pápulas ou nódulos de coloração vermelho-arroxeadas e assintomáticas, geralmente apresenta lesões com aumento de volume de conteúdo sanguíneo, sendo as áreas mais comumente afetadas na cavidade bucal são lábios, língua e mucosa jugal. O tratamento dessas lesões vem sendo discutido por muitos autores podendo variar dependendo do caso. Objetivos: Descrever as principais características dessa lesão, apresentar casos clínicos e discutir os tratamentos abordados. Relato de caso: Paciente L.F.O.N., 44 anos, gênero masculino, possuía lesão na comissura labial tratada por excisão cirúrgica e eletroterapia. Paciente A. L., 67 anos, gênero masculino, possuía lesão no lábio superior tradada com escleroterapia e excisão cirúrgica. Paciente A.S, 26 anos, gênero masculino, com lesão no fundo de vestibular tratada com escleroterapia. Existindo melhora significativa das lesões em todos os casos. Conclusão: O tratamento dos hemangiomas vai variar de acordo com o tamanho dessas lesões e o local da cavidade bucal que elas acometem, onde em alguns casos a associação de tratamentos se torna mais eficaz. Palavras-chave: Hemangioma; escleroterapia; excisão cirúrgica. REFERÊNCIAS: CARDOSO, C. L., et al. Abordagem cirúrgica de hemangioma intraoral. Odontologia ClínicoCientífica, v.9,n.2,2010. CHINEN, A., Hemangioma: Aspectos clínicos diagnóstico e terapêutica de 235 casos. Revista de Odontologia da UNICID, v.8,n.1, 1996. NEVILLE, W. B. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3º ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009. p.540-545. ____________________ 1Acadêmica 2Docentes, 3º ano, UNIOESTE, [email protected] Curso de Odontologia UNIOESTE, Cascavel/PR. 124 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 HIPERSENSIBILIDADE AO AMÁLGAMA DE PRATA: RELATO DE CASO CLÍNICO Luciane Araujo1 Caroline Martins Sabetzk2 Eliana Cristina Fosquiera3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O material restaurador dental amálgama de prata, pode produzir reações de hipersensibilidade. Objetivo: relatar um caso clínico de hipersensibilidade ao amálgama de prata em paciente da Clínica Odontológica da Unipar- Cascavel. Relato do Caso: paciente K. L., feminino, 29 anos, relatou na anamnese lesão em língua com sintomas de “queimação e ardência” ao se alimentar com doces e substâncias ácidas. Procurou diversos serviços de saúde (odontológico e médico), por oito anos, sem solução da lesão. Ao exame clínico, detectou-se lesão em borda lateral direita da língua, irregular, com aproximadamente 5 cm de comprimento, bordas esbranquiçadas e interior ulcerado, eritematoso. Utilizava medicamento antidepressivo, negando outras doenças sistêmicas. Pela história da doença atual e características clínicas da lesão, sugeriu-se as hipóteses diagnósticas de líquen plano erosivo e eritroleucoplasia. Efetuouse a biópsia incisional e exame anatomopatológico apresentando laudo de processo inflamatório liquenóide, grau intenso, compatível com Líquen Plano. Prescreveu-se corticosteróide local durante 7 dias, através de bochechos três vezes ao dia. O acompanhamento de uma semana apresentou resultado inócuo. Analisou-se novamente o caso e se suspeitou de hipersensibilidade aos componentes do amálgama presente nos dentes 46 e 47 adjacentes à lesão. As restaurações de amálgama foram substituídas provisoriamente por cimento de ionômero de vidro restaurador. Conclusão: após 2 meses se constatou regressão da lesão, sendo que em 8 meses de acompanhamento verificou-se a sua remissão total. A hipersensibilidade ao amálgama é uma reação retardada, crônica, através da resposta imune mediada por células quando em contato com mercúrio ou outro componente do material. Palavras-chave: Reação liquenóide, Hipersensibilidade ao amálgama, Líquen plano. REFERÊNCIAS: ALVES, M.C.R.; ROSSI, A.C.; ALVES, C.A.P.R. Amálgama dentário: controle dos fatores de risco à exposição mercurial. Rev. Odontológica de Araçatuba, v. 29, n. 2, p. 09-13, jul./dez., 2008. AUGUSTO. F., et al. O mercúrio no amálgama odontológico: riscos da exposição, toxicidade métodos de controle -revisão da literatura. 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Ao exame clínico a lesão apresentava massa nodular com base séssil e relatado pelo paciente o tempo de evolução de aproximadamente 5 meses, com coloração ora avermelhada, ora arroxeada, de formato irregular, superfície pedregosa e dimensões de aproximadamente 5x8 centímetros. Com bases nas características clínicas, a hipótese diagnóstica foi de linfangioma. Após biópsia incisional, o exame histopatológico revelou tecido conjuntivo fibroso, apresentando inúmeros granulomas constituídos por células mononucleares e células gigantes multinucleadas tipo Langhans. Nos granulomas notou-se a presença de microorganismos de forma arredondada com birrefringência periférica, sugerindo o Paracoccidioides brasiliensis. O diagnóstico foi compatível com paracoccidiomicose e o paciente foi encaminhado para tratamento com o infectologista. A paracoccidiomicose trata-se de uma micose profunda, de curso geralmente crônico, acomete na maior parte indivíduos do sexo masculino, com idades entre 30-50 anos, trabalhadores rurais de regiões tropicais da América Central e do Sul (YASUDA et al., 2006). A transmissão mais comum é pela inalação do fungo e a contaminação através de ferimentos na pele é extremamente rara e não há relatos de casos de transmissão direta de pessoa a pessoa (LACAZ et al., 2002). O objetivo desse trabalho é relatar um caso de lesão em dorso de linguá, seu correto diagnostico, as características da patologia e seu posterior encaminhamento. Palavras Chave: Diagnóstico, Língua, Paracoccidiomicose. REFERÊNCIAS: SHIKANAI-YASUDA MA, TELLES-FILHO FQ, MENDES RP, COLOMBO AL, MORETTI ML et al., Consenso em paracoccidioidomicose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, p. 297-310, 2006. LACAZ CS, PORTO E, MARTINS JEC, HEINS-VACCARI EM, MELO NT. Paracoccidioidomicose. In: Lacaz CS, Porto E, Martins JEC, Heins-Vaccari EM, Melo NT (eds) Tratado de Micologia Médica Lacaz, Sarvier Editora de Livros Médicos Ltda., São Paulo, p.639729, 2002. _____________________ 1Graduandos, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR-Brasil. E-mail: [email protected] 2Pós Graduando mestrando em Odontologia Integrada, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil. 3Docente do Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil. 126 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LESÕES TRAUMÁTICAS ORAIS POR MORDEDURA EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEUROLÓGICA: SÉRIE DE CASOS Gabriela Roza Garcia1 Estefeli Schmitt2 Elaine C. Capellano3 Keller de Martini4 Eliana C. Fosquiera5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Frequentemente são observadas lesões por automutilação em pacientes internados em Unidade de terapia intensiva (UTI). É característico nos pacientes de UTI, a falta de coordenação dos movimentos musculares da face, o que pode desencadear o trismo, ou seja, contração espasmódica do músculo masseter resultando no fechamento forçado da mandíbula, típico em pacientes com sequelas neurológicas. Os dentes presentes na cavidade oral podem causar danos aos tecidos moles e à língua através da mordedura involuntária. Objetivo: relatar uma série de casos de pacientes, com lesões em língua automutiladoras, internados em UTI neurológica enfatizando o papel do cirurgião-dentista (CD) na equipe multidisciplinar na prevenção, diagnóstico e tratamento dessas lesões. Relato de casos: ao exame clínico intraoral pelo CD nos pacientes internados na UTI neurológica em um Hospital Universitário, verificouse a presença de lesões corto-contusas em língua ocasionadas por mordedura dental involuntária. Realizou-se primeiramente a hemostasia, devido ao sangramento abundante, na sequencia o protocolo de higiene oral e a instalação de um dispositivo protetor a fim de impedir a mordedura. Conclusão: a instalação do dispositivo protetor intra-oral e os cuidados hemostáticos efetuados nos pacientes promoveram a estabilização das lesões. Entende-se que para que estas condições possam ser adequadamente tratadas e/ou evitadas, faz-se necessária à presença de um CD capacitado em âmbito hospitalar, integrado à equipe multidisciplinar, atuando não somente de forma curativa, mas principalmente preventiva, reduzindo e/ou eliminando os fatores de risco a essas lesões. Palavras-chave: Lesões Traumáticas Orais; Cirurgião-Dentista na UTI; Pacientes Neurológicos e Lesões de Mordedura. REFERÊNCIAS: AMES,N.J.; SULIMA,P.; YATES J.M et al. Oral care in critically III patients: A multicenter study. Am J Crit Care. v.20, p. 103-114, 2011. RABELO,G.D.; QUEIROZ, C.I.; da SILVA SANTOS, P.S. Atendimento odontológico ao paciente em unidade de terapia intensiva. Arq Med Hosp Cienc Med. Santa Casa São Paulo, v. 55, n. 2, p.67-70, 2010. _____________________ Acadêmica do 30 ano de Odontologia - UNIPAR – Campus Cascavel/PR [email protected] Acadêmica do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR - Campus Cascavel/PR [email protected] 3 Cirurgiã-dentista, Especialista em Odontopediatria, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI), Profa. do curso de odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva (IBROI em São Paulo,Belém do Pará e Tupã SP). [email protected] 4 Cirurgião-dentista, Especialista em Periodontia, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI),Coordenador do curso de odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva(IBROI em São Paulo,Belém do Pará e Tupã SP). 5 Profa. do curso do Odontologia – UNIPAR/ Cascavel. Administradora de Empresas, Cirurgiã-dentista, Mestre em Clínica Integrada, Dnda em Estomatologia. [email protected]. 1 2 127 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUMORES ODONTOGÊNICOS ATENDIDOS NO PROJETO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ENTRE 1995-2015 Lorena Borgognoni Aquaroni1 Caroline Resquetti Luppi2 Mariliani Chicarelli da Silva3 Elen de Souza Tolentino3 Lilian Cristina Vessoni Iwaki3 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O presente trabalho avaliou de forma observacional e retrospectiva a ocorrência de tumores odontogênicos no Projeto de Lesões Bucais (LEBU): “Diagnóstico, tratamento e epidemiologia das doenças da cavidade bucal” da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no período de 1995 a 2015. Foram abordadas algumas características referentes a estes tumores utilizando os dados contidos nos prontuários do projeto, com relação às variáveis: gênero, idade, diagnóstico, localização da lesão, tempo de evolução, sintomatologia e características radiográficas. Foram considerados os tumores odontogênicos contidos na Classificação Histológica proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2005. Um total de 2581 prontuários foram analisados, nos quais 38 tiveram o diagnóstico confirmado microscopicamente de tumor odontogênico. Não houve diferença significativa entre gêneros, sendo a faixa etária mais acometida àquela entre 23-33 anos, onde 55,3% dos pacientes relataram desconhecer o tempo de evolução da lesão, houvendo ainda uma maior incidência em pessoas leucodermas e o sítio mais acometido foi a região posterior da mandíbula. O tumor odontogênico queratocístico, seguido por ameloblastoma e odontoma foram as neoplasias mais comumente encontradas. O trabalho tem como ênfase, demonstrar a importância do conhecimento relacionado à prevalência desses tumores, a fim de propiciar diagnósticos precoces, com prognósticos mais favoráveis e minimizar a possibilidade de recidivas. Palavras-chave: Diagnóstico precoce; tumores odontogênicos; prevalência. REFERÊNCIAS: JING, W.; XUAN, M.; LIN, Y.; WU, L.; LIU, L.; ZHENG, X. Odontogenic tumours: a retrospective study of 1642 cases in a Chinese population. International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, v. 36, n. 1, p. 20-25, 2007. NEVILLE, B.W.; DAMM D.D.; ALLEN C.M.; Patologia Maxilofacial. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 992 p. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Classification of Tumors: head and neck tumours. Lyon: WHO, 2005. _____________________ 1Acadêmica de Graduação (20 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail: [email protected] 2Acadêmica de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá 3 Doutora em Estomatologia pela FOB/USP / Professora de Estomatologia da Universidade Estadual de Maringá 128 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LÍQUEN PLANO ORAL: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO CLÍNICO Milena Filippini Knecht¹ Ana Paula Preczevski² Natália Ventura Da Cas ² Jessica Luana dos Santos² Ana Lúcia Carrinho Ayroza Rangel3 Modalidade: Caso clinico Resumo: Líquen plano oral (LPO) é uma doença inflamatória crônica de etiopatogenia não completamente entendida que afeta a mucosa oral e eventualmente a pele, genitália e unhas. Afeta de 0,5 a 2% da população acometendo preferencialmente mulheres entre 30 e 60 anos de idade. Clinicamente pode manifestar-se sob diferentes formas, podendo ser reticular, eritematoso e erosivo. As lesões orais geralmente são persistentes e não involuem de forma espontânea. O padrão clínico mais comum é o reticular que se caracteriza pela presença de estrias brancas (“Estrias de Wickham”) bilateralmente com padrão simétrico, envolvendo mucosa jugal, gengiva e dorso lingual. As lesões geralmente são indolores, embora a dor e a sensação de ardência possam estar associadas. Os corticosteróides tópicos são amplamente utilizados no tratamento desta condição. Objetivo: atualizar o cirurgião-dentista quanto às características clínicopatológicas do LPO e relatar um caso clínico. Relato de Caso: paciente LCRC, gênero feminino, 48 anos, apresentou-se à clínica de Odontologia da UNIOESTE, após ter buscado atendimento com vários dentistas sem sucesso, queixando-se de ardência e apresentando manchas esbranquiçadas e avermelhadas na gengiva. Após exame clínico, realizou-se biópsia incisional na gengiva adjacente aos dentes 24 e 25 e mediante análise histopatológica, foi obtido o diagnóstico de LPO. O tratamento de eleição foi à aplicação tópica de Propionato de Clobetasol a 0,05%. Por volta de 4 meses de tratamento foi observada a remissão total das lesões. Conclusão: as características clinicopatológicas do líquen plano oral devem dominadas pelo dentista para que seja precocemente controlado. Palavras-chave: líquen plano oral, corticosteróide, gengiva. REFERÊNCIAS: LU,R. et al. Inflammation-related cytokines in oral lichen planus: an overview. Journal of Oral and Maxillofacial Pathology, v.44, p.1 -14, 2015. LAVANYA, N. et al. Oral lichen planus: An update on pathogenesis and Treatment. Journal of Oral and Maxillofacial Pathology, v.15, n.2, p. 127-132, 2011. BOORGHANI, M. et al. Oral lichen planus: clinical features, etiology, treatment and management; a review of literature. Journal of Dental Research, Dental Clinics, Dental Prospects, v.4, n.1, p. 3-9, 2010. _____________________ Acadêmica do 4 ano de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, E-mail: [email protected] 2 Mestrandas do Programa de Mestrado em Odontologia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE associado ao Programa de Pós-Graduação em Materiais Dentários - FOP/UNICAMP. 3 Doutora em Estomatopatologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e Professora Adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. 1 129 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 MALIGNIDADE EM LÁBIO INFERIOR: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO Irma Milena Menck Romanichen1 Neli Pieralisi Vanessa Cristina Veltrini Elen de Souza Tolentino Gustavo Jacobucci Farah Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Paciente do gênero masculino, 51 anos, leucoderma, tabagista durante 34 anos e etilista por 11 anos, apresentou-se ao projeto LEBU-UEM com úlcera assintomática em lábio inferior, de bordas elevadas, base firme e dura à palpação, com tempo de evolução de aproximadamente 5 anos. Pelas características clínicas algumas hipóteses foram cogitadas, tais como Carcinoma Espinocelular, Queilite Actinica e Queratoacantoma. Por serem respectivamente, um tumor maligno de células epiteliais, uma lesão potencialmente maligna e um tumor benigno que ocorre geralmente em pacientes acima de 50 anos, a biópsia incisional foi a conduta adotada. Os cortes histopatológicos revelaram fragmentos de mucosa revestida por um epitélio pavimentoso estratificado hiperparaqueratinizado, exibindo células pleomórficas, hipercromáticas em mitoses atípicas com perda de estratificação. O tecido conjuntivo era denso e apresentava-se infiltrado por ilhotas de epitélio neoplásico, caracterizado por uma invasão em bloco, com presença de inflamação crônica, especialmente sob o epitélio. A partir desses achados pode-se definir o diagnóstico definitivo como Carcinoma espinocelular, dos casos de câncer em boca, o carcinoma espinocelular representam 95% de todos os casos. O paciente foi encaminhado ao cirurgião de cabeça e pescoço e ao projeto VIDA-UEM, para que se pudesse realizar preparo e acompanhamento adequado do tratamento oncológico, que no caso foi o cirúrgico. Palavras-chave: Câncer bucal; carcinoma espinocelular; diagnóstico. REFÊRENCIA WHO. World Health Organization. Cancer Control. Knowledge intoAction. WHO Guide for Effective Programmes. Early Detection,Switzerland: WHO, 2007.American Cancer Society [homepage on the internet].Making treatment decisions [cited 2004 Set 5]. Available from: http://www.cancer.orgInstituto Nacional do Câncer; Ministério da Saúde. _____________________ 1 Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected] 130 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 NEOPLASIA BENIGNA - LIPOMA ORAL- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTORELATO DE CASO Gabriela Nunes Zorzi2 Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1 Fernanda Casavechia Petri1 Victor Hugo Guidini1 Sabrina Botelho Vieira1 Elen Tolentino2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO:Lipomas são raros na região oral e maxilofacial, embora sejam os tumores de origem mesenquimal mais comuns do corpo humano. Tratam-se de neoplasias benignas de células adiposas maduras, com maior frequência em pacientes com 40 anos de idade ou mais. Sua etiologia não está plenamente estabelecida, sendo relatada a influência de fatores hormonais, endócrinos e inflamatórios. Clinicamente, são assintomáticos, moles à palpação, de crescimento lento e bem delimitado, superfície lisa, sem ulcerações, sésseis ou pedunculados, podendo ou não apresentar cápsula fibrosa. Podem também ser únicos ou múltiplos e de tamanhos variáveis, sendo em sua maioria tumores pequenos. O lipoma é tratado pela excisão cirúrgica local conservadora e as recidivas são raras. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de uma paciente de, 52 anos, leucoderma, que apresentava nódulo localizado em mucosa jugal direita, medindo aproximadamente 10 mm, forma arredondada, consistência borrachoide/flutuante, assintomática, com tempo de evolução de um ano e sem fatores causais aparentes associados. As hipóteses diagnósticas iniciais foram linfonodo infartado, trombo e lipoma. Uma biópsia excisional foi realizada, e quando colocado na solução de formol a 10%, o espécime flutuou. O exame histopatológico foi compatível com lipoma. A paciente se encontra em acompanhamento, sem sinais de recidiva. Palavras-chave: Células Adiposas; Diagnóstico Diferencial; Lipoma. REFERÊNCIAS: NEVILLE, W. B. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3º ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009. p.540545. _____________________ 1Graduação, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil , [email protected] 2Professora Doutora em Estomatologia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. 131 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ORIENTAÇÕES E CUIDADOS ODONTOLÓGICOS À PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA Guilherme Fernandes Fonteque 1 Alex Cândio Ribeiro2 Cleide Guering dos Santos3 Marciane Goreti Silvestro Fiori2 Iris Sawazaki Calone4 Modalidade: Extensão RESUMO: A quimioterapia é um tratamento antineoplásico que traz ao paciente vários efeitos colaterais, sendo que alguns efeitos colaterais bucais podem trazer desde diminuição na qualidade de vida do paciente até a interrupção do tratamento quimioterápico. Dentre os efeitos colaterais bucais mais frequentes estão a diminuição na qualidade e quantidade da saliva e a mucosite. Objetivos : Orientar os pacientes em quimioterapia individualmente a respeito dos cuidados bucais; realizar o exame bucal e, em casos de necessidade de intervenção odontológica encaminhar o paciente para o devido tratamento. Metodologia: A orientação de cuidados bucais para preservação e promoção da saúde bucal é realizada individualmente por um acadêmico que esteja cursando odontologia no 3º ano ou acima, previamente capacitado pela coordenadora deste projeto ou seus colaboradores. Após a orientação individual é solicitado permissão ao paciente para realização de exame intra-bucal com auxílio de espátula de madeira descartável e lanterna. Resultados: Verificou-se a importância da orientação e exame bucal dos pacientes pelo fato de que a grande maioria dos abordados não tinham conhecimento de muitas das informações passadas pelos acadêmicos. Pacientes que apresentavam alterações bucais devido a quimioterapia foram encaminhados para o cirurgião dentista, tendo assim uma melhora na qualidade de vida, após os tratamentos das alterações bucais. Conclusões: Esperamos que este trabalho continue a acrescentar informações e a contribuir para a melhoria da saúde bucal do paciente em tratamento quimioterápico. Palavras-chave: quimioterapia, odontologia, cuidados. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, V. L et al. Câncer e agentes antineoplásicos ciclo-celular específicos e ciclo-celular não específicos que interagem com o DNA: uma introdução. Quím. Nova, São Paulo, v. 28,n. 1,fev. 2005. SANBORN, R. E.; SAUER, D. A. Cutaneous reactions to chemotherapy: commonly seen, less described, little understood. Dermatol Clin, v. 26, n. 1, p.103-119, jan. 2008. _____________________ 1 Acadêmico, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected] Acadêmicos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. 3 Enfermeira, Hospital da Uopeccan. 4Docente Estomatologia, Unioeste 2 132 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 SINDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO Julia Cavalca Massoni1 Greison Rabelo de Oliveira2 Natasha Magro Érnica2 Geraldo Griza2 Eleonor Álvaro Garbin Jr2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A síndrome da ardência bucal (SAB) é definida como uma sensação de queimação na mucosa oral, principalmente na língua, palato, e gengiva, na ausência de lesões específicas. Pode ser definida como uma síndrome, devido a outros sintomas associados, como xerostomia, alterações de paladar e olfato, parestesia e intolerância ao uso de próteses. Sua sintomatologia tem curso evolutivo crônico e pode variar de dor leve a forte, é persistente, porém em alguns casos pode haver remissão espontânea. Sua etiologia é considerada multifatorial e, frequentemente, associada a fatores locais, sistêmicos, psicogênicos e neuropáticos. Diversos tratamentos são propostos à SAB, contudo, muitas vezes, são considerados ineficazes e empíricos. Objetivos: Relatar um caso clínico de SAB, e revisar a literatura a respeito de seu diagnóstico, etiologia e formas de tratamento. Relato de caso: paciente S.M.C., gênero feminino, 42 anos, procurou o Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE, queixando-se de ardência bucal. Ao exame físico não foram observadas lesões aparentes, ou quaisquer outras condições que justificassem a sintomatologia. Correlacionando os achados da anamnese e exame físico, a hipótese de diagnóstico foi SAB. O tratamento baseou-se em bochechos de Dexametasona Elixir, e resultou em melhora significativa do quadro. Conclusão: É uma síndrome com complexa etiologia e sem tratamento padrão, cabendo ao cirurgião dentista identificar possíveis causas e como tratar cada caso. Palavras-chave: Síndrome da ardência bucal; etiologia; tratamento; diagnóstico. REFERÊNCIAS: PELEGRINNI, V.D. Terapia laser em baixa intensidade em pacientes portadores da Síndrome da Ardência Bucal: estudo randomizado e controlado. 2010. 78 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2010. CHEBEL, I.F.O. Ação do tratamento homeopático na sintomatologia da Síndrome da Ardência Bucal em duas fases: estudo duplo cego placebo controlado e estudo aberto. 2012. 113 f. Tese (Doutorado em Odontologia) – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2012. _____________________ 1Acadêmica 3º ano, UNIOESTE, [email protected] 2Docente, Disciplina de Cirurgia, Curso de Odontologia da UNIOESTE. 133 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TUMOR DE GLÂNDULA SALIVAR MENOR EM LÁBIO: RELATO DE CASO Giovana Romano de Oliveira1 Caroline Resquetti Luppi1 Willian Pecin Jacomacci2 Elen de Souza Tolentino3 Lilian Cristina Vessoni Iwaki3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO:O Adenoma Pleomórfico (AP) é o mais comum tumor de glândula salivar, correspondendo a 60-65% dos casos. Apresenta-se, frequentemente, como lesão nodular única, com margens bem delimitadas, superfície lobulada, móvel, com crescimento lento de volume firme e indolor à palpação. É composto por elementos epiteliais, mioepiteliais e mesenquimais, envoltos em um estroma de natureza mixoide, condroide ou mesmo osteoide. Corresponde cerca de 53-77% dos tumores de parótida, 44-68% dos tumores de glândula submandibular e 33-43% dos tumores de glândula salivar menor. O palato é a localização intrabucal mais comum. A maior incidência é a partir dos 40 anos até os 60 anos de idade. O presente trabalho tem como propósito apresentar um caso de AP em lábio, bem como abordar as características deste tipo de lesão nesta localização, com base em uma revisão de trabalhos indexados nas plataformas Pubmed/Medline. O paciente, gênero masculino, melanoderma, 40 anos de idade, compareceu ao projeto de lesões bucais da UEM (LEBU) queixando-se de nódulo assintomático em lábio superior com dois anos de evolução e nenhum fator causal foi identificado. As hipóteses diagnósticas de fibroma, schwannoma e AP foram consideradas. A conduta adotada foi biópsia excisional e exame histopatológico, que confirmou o diagnóstico de AP. O paciente encontra-se em acompanhamento, sem sinais de recidiva. Palavras-chave: Adenoma; Glândulas salivares menores; Lábio. REFERÊNCIAS: NEVILLE, B. W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. REGEZI, J. A; SCIUBBA, J. J. Oral pathology: clinical pathologic correlations. 3. ed. Philadelphia: WB Saunders, 1999. WORLD HEALTH ORGANIZATION. International Histological Classification of Tumors: Histological typing of salivary gland tumors. 2 ed. Berlin: Springer-Verlag, 1991. ______________________________ de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected] 2Residente em Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual de Maringá. 3Doutora em Radiologia/Estomatologia / Professora adjunta da Universidade Estadual de Maringá. 1Acadêmico 134 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO: RELATO DE CASO Bruna de Rezende Marins1 Greison Rabelo de Oliveira2 Natasha Magro Érnica3 Geraldo Griza4 Eleonor Álvaro Garbin Jr5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O tumor odontogênico queratocístico é uma neoplasia intraóssea benigna, mas localmente agressivo e com alta taxa de recidiva. É mais prevalente em mandíbula, especialmente corpo e ramo mandibular. Radiograficamente apresenta-se como uma lesão radiolúcida unilocular e em casos maiores pode-se ser multilocular. As opções de tratamento podem ser curetagem, enucleação, descompressão, marsupialização ou até mesmo ressecção. Objetivos: O objetivo desse trabalho é de relatar um caso clínico de tumor odontogenico queratocístico em mandíbula tratado através da técnica de marsupialização. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 20 anos de idade, procurou atendimento no serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da UNIOESTE com a queixa principal de ““dor em região do dente 38”. Ao exame radiográfico observou-se presença de lesão cística multiloculada com halo radiopaco bem definido e contorno esclerótico em região de corpo mandibular a esquerda inferior ao dente 37, envolvimento do dente 38, e continuidade para ângulo mandibular, ramo mandibular até região subcondilar a esquerda. Após biopsia incisional com exodontia do elemento 38 foi confirmado hipótese de tumor odontogenico queratocistico e deu-se início ao tratamento com marsupialização. Conclusões: Desta maneira concluímos que o tratamento ainda é bastante discutido na literatura, sendo assim o cirurgião deve fazer uso das modalidades de tratamento as quais melhor se ajusta, visando sempre o melhor resultado para o paciente. Palavras-chave: tumor odontogênico queratocístico; marsupialização; tratamento. REFERÊNCIAS: NEVILLE, B. et al. Patologia oral e Maxilofacial. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p. 566-569. Regezi J, Sciubba JJ. Patologia bucal: correlações clinicopatológicas. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. PITAK-ARNNOP P, CHAINE A, OPREAN N, DHANUTHAI K, BERTRAND J-C, BERTOLUS C. Management of odontogenic keratocysts of the jaws: aten-year experience with 120 consecutive lesions. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery 2010; 38: 358-64 ______________________________ 1 Discente Pós-graduação, UNIOESTE/HUOP, [email protected] 2,3,4,5Docente, Curso de Odontologia da UNIOESTE. 135 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 VERRUGA VULGAR ORAL: RELATO DE CASO CLÍNICO Nayara Borba Weirich1 Adriane de Castro Martinez Martins2 Marina Berti2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Verruga vulgar é uma lesão benigna, hiperplásica focal e que é induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado. O papilomavírus humano (HPV) tipos 2, 4, 6 e 40 são encontrados em praticamente todas as lesões, podendo ser encontrado um ou mais tipos associados . É uma lesão extremamente comum em pele, mas rara em mucosa oral. As lesões quando orais normalmente são brancas, crescendo rapidamente até atingir seu tamanho máximo. Objetivos: Relatar um caso clínico de verruga vulgar oral e revisar a literatura sobre características clínicas, características histopatológicas, tratamento e prognóstico da lesão. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 15 anos, portadora de necessidades especiais, com coordenação motora e fonação comprometidas. Compareceu ao Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE acompanhada da mãe, que relatou presença de lesão no lábio. No exame físico foi constatado presença de três lesões exofídicas em comissura labial, de superfície verrucosa, esbranquiçadas e indolores. Diante da anamnese e exame físico as hipóteses diagnósticas foram verruga vulgar e papiloma. A hipótese de verruga vulgar foi confirmada diante do diagnóstico clínico, pois houve contaminação por auto-inoculação, e o tratamento foi realizado com a aplicação clínica de ácido tricloroacético. As lesões desapareceram com o tratamento, não havendo necessidade de remoção cirúrgica. Conclusão: A verruga vulgar é uma lesão incomum em mucosa oral, sendo seu tratamento geralmente excisão cirúrgica, possui pequena taxa de recidiva e não sofre transformação maligna caso não seja tratada. Palavras-chave: Verruga vulgar; lesão; patologia. REFERÊNCIAS: NEVILLE, B.W. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. SOARES, R.C., CAMPELO, A.J.T., OLIVEIRA, M.C., GALVÃO, H.C. Lesões Verrucosas Orais: papiloma, verruga vulgar e carcinoma verrucoso oral: estudo epidemiológico de 77 casos e avaliação histológica. Revista Gaúcha de Odontologia. Porto Alegre, v. 53, n. 3, p. 201-205, jul/ago/set, 2005. ______________________________ 1Acadêmica 3º ano, Curso de Odontologia da UNIOESTE, [email protected] 2Docente, Curso de Odontologia da UNIOESTE. 136 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 137 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 BIFOSFONATOS NA ODONTOLOGIA: OSTEONECROSE DOS MAXILARES – REVISÃO DE LITERATURA Alana Rubia Balbinot¹ Ediuilson Ilo Lisboa² Aline Aguetoni¹ Guilherme Fernandes Fonteque³ Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: Os bifosfonatos, geralmente, são as escolhas para tratamentos de patologias ósseas, seja elas malignas e metastáticas ou outras doenças, como a osteoporose e a doença de Paget. Desconsiderando seus benefícios, relatos surgiram sobre complicações geradas pelo seu uso crônico, a Osteonecrose dos Maxilares (ONM), caracterizada clinicamente como exposição de osso necrótico na região maxilofacial. Objetivo: Revisão de literatura sobre o uso dos bifosfonatos na odontologia, seu método de ação, possível aparecimento da ONM, métodos de prevenção e tratamento. Revisão de literatura: Os sintomas da ONM são inúmeros: dores intensas nas zonas das lesões ósseas necróticas, dentes com mobilidade, exposição óssea com ou sem desagregação de pequenos fragmentos ósseos, edema e alterações sensitivas. Em caso de intervenções cirúrgicas no maxilar, a recuperação pode ficar consideravelmente dificultada ou mesmo nunca se verificar. (Fernandez, N. P. et al., 2006). Discussão: Complicação descrita recentemente, mas já com vários relatos na literatura. Sendo assim, o cirurgião-dentista deve estar alerta para identificar pacientes usuários crônicos a fim de prevenir problemas decorrentes do uso desta droga. Conclusão: A associação entre o cuidado dentário e médico é de suma importância no estabelecimento de medidas preventivas no desenvolvimento da ONM, visto que o paciente, por si só, já se encontra com uma qualidade de vida diminuída pelo seu processo oncológico. Palavras-chave: Bifosfonatos; Osteonecrose dos Maxilares; Patologia óssea. REFERÊNCIAS: FERNANDEZ, N. P. et al. Bisphosphonates and Oral Pathology I. General and preventive aspects. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. p. 396-400, 26 jun. 2006. MIGLIORATI, C. A. et al. O tratamento de pacientes com osteonecrose associada aos bifosfonatos: Uma tomada de posição da Academia Americana de Medicina Oral. Jada. p. 5-16. maio 2006. __________________________________ ¹Acadêmica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE [email protected] ²Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE ³ Acadêmico da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE 138 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS AOS VASOCONSTRITORES UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA EM PACIENTES QUE FAZEM USO DE BETA-BLOQUEADORES Aline Midori Batista Umemura1 Cesar Augusto Luz Suenaga2 Natalino Satio Inagaki3 Pedro Paulo de Oliveira Meneses4 Claudia Caroline Bósio3 Modalidade: Revisão de Literatura RESUMO: Os anestésicos são os medicamentos mais utilizados em Odontologia. Para prolongar seu tempo de duração e diminuir sua toxicidade sistêmica, são adicionados vasoconstritores ao sal anestésico. Os cirurgiões dentistas comumente desconhecem as particularidades dessas soluções, indicando-as de forma inadequada, principalmente no caso de pacientes hipertensos. Os beta-bloqueadores constituem uma classe terapêutica indicada no tratamento de hipertensão com cardiopatias associadas, que apresentam como mecanismo de ação o bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos à ação das catecolaminas. Objetivo: Esclarecer a relação entre os vasoconstritores e os beta-bloqueadores, especificando suas indicações e contra-indicações. Revisão de Literatura: No Brasil, as soluções anestésicas contém dois tipos de vasoconstritores: as aminas simpaticomiméticas (epinefrina, norepinefrina, fenilefrina e levonordefrina) e a felipressina. As aminas atuam, em maior ou menor grau, sobre os receptores alfa e beta-adrenérgicos, com potencial para interagir nos mesmos sítios dos beta-bloqueadores, podendo causar elevações de pressão sistólica e/ou diastólica e aumento na frequência cardíaca. A felipressina atua na circulação venosa e não tem efeitos cardiovasculares, porém, seu potencial em produzir hemostasia local é muito reduzido. Discussão: Alguns vasoconstritores, como a norepinefrina e fenilefrina, não são indicados em pacientes hipertensos, devido ao potencial de elevação da pressão arterial, devendo-se dar preferência à felipressina ou epinefrina. Alguns autores contraindicam a utilização de vasoconstritores em pacientes hipertensos. Conclusão: a minuciosa avaliação semiológica do paciente é imprescindível para a eleição do vasoconstritor mais apropriado, agregando os benefícios proporcionados pelos beta-bloqueadores e proporcionando um efeito anestésico eficaz e seguro. Palavras-chave: Anestésicos locais. Beta-bloqueadores. Hipertensão. Vasoconstritores REFERÊNCIAS: GARCIA, G. Uso de anestésico local contendo adrenalina ou noradrenalina em cardiopatas ou hipertensos. Odontológo Moderno, Rio de Janeiro, v. 14, n. 6, p. 17-23, 1987. TORTAMANO, N. A terapêutica em pacientes especiais: diabéticos, cardiopatas, grávidas, excepcionais e aidéticos. In: BOTTINO, M.A.; FELLER, C. Atualização na clínica odontológica. São Paulo: Artes Médicas, 1992. p. 494-499. __________________________________ 1Acadêmica do 4o ano do curso de Odontologia, Unioeste, Cascavel-PR, email: [email protected] do 5o ano do curso de Medicina, Unioeste, Cascavel-PR. 3 Cirurgião dentista, MSc, Professor do Curso de Odontologia da Unioeste, Cascavel-PR 4Cardiologista, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-MG. 2 Acadêmico 139 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 140 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CARGA INMEDIATA EN IMPLANTES DE ZIRCONIA TIPO MONOBLOC Oscar Rubén Alderete1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Los implantes Axis están hechos de zirconia, también llamado dióxido de zirconio, una biocerámica blanca elaborada a altas temperaturas. La revisión realizada mostró una gran estabilidad de los implantes y las encías. La radiografía muestra perfecta oseointegracion a dos meses de la instalación del implante de Zirconia monobloc. La paciente no presentó síntoma alguno ni reacción negativa. La apariencia estética mejoró extraordinariamente y la paciente se mostró satisfecha con el resultado. De acuerdo a la metodología utilizada fue posible verificar que los implantes de zirconia son una buena alternativa para la sustitución de dientes naturales, en especial en los casos en que la estética es especialmente importante. Palabras clave: implante-zirconia-monobloc- oseointregracion INTRODUÇÃO La pérdida de piezas dentarias sigue siendo de mucha prevalencia para el ser humano. Las causas son variadas, factores cariogénicos, traumatismos, etc., y en otros casos se habla de agenesia dental. La odontología tradicional ha procurado en ciertas medidas buscar alternativas de solución, implementando prótesis de distintas características, como, removibles o fijas, muco o dentosoportadas. Con la implementación de las cerámicas se ha logrado reemplazar con mayor eficacia las piezas dentarias (RIMONDINI, L. 2002). Las diferentes funciones fundamentales de los dientes: Función Masticatoria, Fonética, Estética, Funcional y Psicológica, sin embargo, no se ha logrado satisfacer a plenitud el factor psicológico de los pacientes que han perdido piezas dentarias, sobre todo los anteriores. La consulta odontológica preventiva, en un alto porcentaje sigue siendo relegada dentro de la cultura de nuestra población. Durante décadas, en las primeras civilizaciones, las extracciones dentarias sin anestésicos han constituido una de las más importantes y temidas torturas al ser humano; hoy, gracias a los equipamientos modernos y capacitaciones permanentes de los profesionales, se han atenuado los efectos negativos de la práctica odontológica, sin embargo, todavía quedan tareas pendientes en cuanto al relacionamiento profesional-paciente, donde fijamos miedos principalmente en las primeras consultas. Consecuentemente, el miedo de acudir al consultorio odontológico, representa uno de los factores más importantes por los cuales las personas no comienzan sus tratamientos en tiempo y forma, lo que desencadena en la pérdida de piezas dentarias. Debido a la problemática de reemplazar piezas dentarias sin daños por desgaste de los dientes pilares, surgieron los primeros implantes dentales, con sus luces y sombras, dando alternativas válidas para utilizar prótesis implantosoportadas (PEÑARROCHA, M. 2009). OBJETIVOS 141 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 El objetivo de este trabajo consiste en demostrar el comportamiento clínico del implante de Zirconia monobloc (Axis biodental - Lausanne, Suiza) colocado en la zona del diente 22 de una paciente con carga inmediata. MATERIAL DE LOS IMPLANTES AXIS Los implantes Axis están hechos de zirconia, también llamado dióxido de zirconio, una biocerámica blanca elaborada a altas temperaturas. Zirconia, cuya fórmula química es ZrO2, es una cerámica, no un metal. Esta evita los efectos no deseados del metal al ser utilizados en boca, como aquellos relacionados con la salud o la estética. Axis Monobloc es un implante dental transgingival en una parte. De color marfil, está realizado en zirconia Y-TZP HIP, una cerámica totalmente biocompatible (PICONI, C. 1999). “En una sola parte: el pilar está integrado para un procedimiento simplificado. Estética perfecta: del color de un diente natural (A2), este implante garantiza resultados estéticos. Excelente estabilidad: gracias al diseño AXIS Evo garantiza un posicionamiento estable del implante así como una resistencia particularmente elevada a los esfuerzos de masticación. Auto-roscado: permite, en el caso de hueso relativamente blando, insertar el implante sin recurrir al macho de roscar. Fácil inserción: la extremidad apical cónica facilita la dirección en el momento de la colocación en el lecho implantario” (Revista AXIS biodental Innovating metal-free implantology, 2013). Los principales beneficios de la Zirconia son que muestran excelente adherencia de los osteoblastos a su superficie y muy buena proliferación celular, permitiendo así un rápido crecimiento óseo en la interfase hueso-implante, es decir, excelente biocompatibilidad (DEL RÍO, J.; Cols, 2003). Otro aspecto a resaltar es la ventaja estética, evita traslucidez metálica ya que es de cerámica, estos factores favorecen una buena restauración armónica de la corona, permitiendo el mejoramiento sustancial del factor psicológico del paciente. SUPERFICIE DE LOS IMPLANTES AXIS La textura de la superficie del implante es muy importante por razones biológicas, así como también por motivos mecánicos. Los implantes AXIS son transgingivales y como todos los implantes transgingivales se pueden dividir en dos zonas con diferente función; el cuello y el cuerpo (parte endoósea). Se ha demostrado que, para reducir la adherencia bacteriana, la superficie del cuello del implante debería ser relativamente pulida (4.5). Por otro lado, se ha demostrado que la superficie de la parte endoósea del implante dental debe ser lo suficientemente rugosa para promover la integración del implante en el hueso (International Organization for Standardization). RELATO DE CASO Paciente de 39 años de edad, sexo femenino, tez trigueña, FD acude a la clínica de post grado de implantologia dental de la universidad NIHON GAKKO con buena salud general, la paciente acudió para un examen inicial, manifestando presentar movilidad del provisorio, zona del incisivo lateral superior izquierdo. También le preocupaba la estética de su sonrisa. La misma comentó que dichas coronas estaban excesivamente sueltas y que había regresado a su dentista habitual en numerosas ocasiones para cementarlas de nuevo. A la paciente le preocupaba el 142 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 hecho de llevar implantes metálicos y solicitó la sustitución del diente y una restauración libre de metal. Luego de la anamnesis con resultados favorables, a la paciente se le ordenó una radiografía panorámica, con resultados alentadores. Con los estudios radiográficos en mano, se planificó la cirugía. SECUENCIA OPERATORIA IMPLANTES MONOBLOC La secuencia operatoria fue hecha de acuerdo a las indicaciones técnicas del fabricante. Figura 1: Antes del tratamiento. Elaboración propia del autor. Fuente: Figura 2: Implante instalado en la cavidad ósea. Fuente: Elaboración propia del autor. Plan de Tratamiento La paciente solicitó una restauración libre de metal. Se informó a la paciente de la existencia de los implantes de Zirconia y de las restauraciones totalmente cerámicas, convenida dicho tratamiento. Se eligieron implantes de Zirconia de una pieza axis monobloc con forma de raíz. La pieza a reponer era un diente que eminentemente contribuía a la estética y por sobre todo, la ausencia de éste, representaba para ella un motivo de baja estima. A la paciente se le preparó con la profilaxis antibiótica, amoxilcilina 2 grs, dexametasona de 4 mgrs ambos 2 horas antes de la cirugía correspondiente. Se preparó la mesa clínica cuidando todos aspectos de la bioseguridad. A la paciente se le administró anestesia local infiltrativa y posteriormente se procedió al colgajo correspondiente. Después del intercambio de pareceres y de la visualización del campo operatorio, la clínica nos indicó los fresados pertinentes, 12mm. de L. que nos hizo decidir por el implante de Zirconia Monobloc (AXIS BIODENTAL LOUSANE SUIZA). Éste implante una biocerámica de alto rendimiento, nos decidimos por el Monobloc; por la practicidad, un implante con plataforma preparada para recibir la corona definitiva sin intermediarios. Éstos implantes Monobloc se presentan en tres características: Monobloc M8 4.0/L8, Monobloc M10 4.0/L10 y Monobloc M12 4.0/L12. Optamos por la Zirconia Monobloc M12 4.0/L12, enroscado manual con catraca, finalizando el fresado con catraca manual logrando una expansión de la tabla ósea vestibular, que ayudó a recuperar en parte el hueso atrofiado. Obteniendo una inserción de 35 N, recomendada por el fabricante. Se decidió hacer la carga inmediata, se utilizó cubeta de metal cerrada para la impresión, se realizó con silicona de adición fluída y densa de la ZHERMACK Elite HD de procedencia italiana Putty Set 2X250 ml. Se envió al laboratorio para la confección de la corona y posterior rehabilitación. A la paciente se le rehabilitó en provisorio con resina bis-acrílica de ivoclar autopolimerizable. 143 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Figura 3: Instalación de la corona. Fuente: Elaboración propia del autor Figura 4: Radiografía Final (dos meses después de la instalación). Fuente: Elaboración propia del autor DISCUSSÃO La revisión realizada mostró una gran estabilidad de los implantes y las encías. La paciente no presentó síntoma alguno ni reacción negativa. La apariencia estética mejoró extraordinariamente y la paciente se mostro satisfecha con el resultado. Cuando se emplean implantes de Zirconio para restaurar dientes naturales, es aconsejable tener en cuenta los estudios más recientes en materia de implantes. La biocompatibilidad de la Zirconio se ha demostrado en estudios con animales, y en experimentos in vitro se demostró que este material es capaz de soportar cargas simuladas a largo plazo; sin embargo, las propiedades mecánicas de la Zirconio parecen estar influenciadas por la preparación mecánica del material (LLAMBÉS, F. 2004). Los mismos autores han descrito que la exposición de implantes de Zirconio a una boca artificial no presenta ninguna influencia estadísticamente significativa sobre la media de valores de resistencia a la fractura de los implantes. Más aún, la moderna investigación en materia de implantes muestra que una topografía rugosa es deseable para aumentar el proceso de integración del hueso, pero el torneado de varillas de Zirconia da como resultado una superficie relativamente suave. La utilización de este implante monobloc con carga inmediata no es común, pero el resultado obtenido ha superado las expectativas. CONCLUSÕES De acuerdo con la metodología utilizada fue posible verificar que el implante de zirconia es una buena alternativa para la sustitución de dientes naturales, en especial en los casos en que la estética es especialmente importante. Aunque los implantes de Zirconia han sido estudiados experimentalmente desde hace mucho tiempo, son pocos los casos que se han presentado en la literatura, pero parece claro que la biocompatibilidad de este material es mejor a la del titanio y que puede soportar las fuerzas oclusales durante un largo periodo de tiempo. Es preciso llevar a cabo más estudios para evaluar los resultados a largo plazo de los implantes de zirconia con diferentes superficies. Es un caso más que ayuda a aumentar en la literatura mundial en implante de Zirconia Monobloc y otros casos más deben ser estudiados. REFERÊNCIAS: BECHELLI, A. H. Diagnóstico y Planeamiento en Prótesis Oseointegrada. Revista de la Asociación Odontológica Argentina. 79; may.-jun., 1991. 144 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DEL RÍO, J.; COLS. Planificación en implanto-prótesis. Revista internacional de Prótesis Estomatológica. 5(4): 2003. LLAMBÉS, A. F. Regeneración ósea guiada. Aumento horizontal de reborde alveolar. Rev Maxillaris.7 (67):72-82; 2004. PEÑARROCHA, M. D. Implantología Oral. 2006. PICONI, C.; MACCAURO, G. Zirconia as a ceramic biomaterial. Biomaterials. 20:1-25. 1999. REVISTA AXIS BIODENTAL INNOVATING METAL-FREE IMPLANTOLOGY, Swiss Quality. 2013. _____________________ 1 2 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected] Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 145 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A FISIOLOGIA INICIAL DA OSTEOINTEGRAÇÃO. Giordani Bruno Maronezi1 Rolando Plümer Pezzini Adriano Piccolotto Maristela Maria Galina Pezzini Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: Com a descoberta do implante de titânio comercialmente puro, ou chamado, implante osseointegrável a odontologia entrou em uma nova fase. A Odontologia osseointegrativa. Esse novo método de fixação protética possibilitou ao cirurgião dentista realizar reabilitações orais satisfatórias se comparados aos métodos anteriores como a prótese total e a parcial fixa, dando maior estabilidade mecânica e biológica ao paciente, bem como uma estética mais próxima da perfeição.Objetivos: Relatar o fenômeno da osseointegração que ocorre após a inserção de peça em titânio dentro do osso e a migração das células ósseas para a superfície deste metal, a nível celular. Revisão de literatura: Uma fixação está osseointegrada quando oferece suporte estável e aparentemente imóvel de uma prótese sob cargas funcionais, sem dor, inflamação ou afrouxamento. Este fenômeno é a união física entre o implante osseointegrado com o osso receptor. A Osseointegração de uma fixação no osso é definida como a aposição íntima de osso neoformado e reformado em congruência com as fixações, incluindo irregularidades de superfície, de forma que, à análise por microscopia óptica, não haja interposição de tecido conjuntivo ou fibroso e seja estabelecida uma conexão estrutural e funcional direta, capaz de suportar cargas fisiológicas normais sem deformação excessiva e sem iniciar um mecanismo de rejeição. Discussão: Uma fixação está osseointegrada se não houver movimento relativo progressivo entre a fixação e o osso medular circundantes, sob níveis e tipos de carga funcionais por toda a vida do paciente. Também é necessário que as deformações sejam da mesma ordem de magnitude que quando as mesmas cargas são aplicadas diretamente no osso. Conclusões: A compreensão da osseointegração é muito importante para a implantodontia, assim entendendo melhor o paciente e também todo o processo a que o submete, assim também facilitando a identificação do sucesso clinico bem como a falha e perda do implante. Palavras-chave: implante dental, osseointegração, anatomia & histologia. REFERÊNCIAS: MARTINS, Vinícius et al. Osseointegração: análise de fatores clínicos de sucesso e insucesso. Revista Odontológica de Araçatuba, v.32, n.1, p. 26-31, Janeiro/Junho, 2011 FAVERANI, Leonardo Perez et al. Implantes osseointegrados: evolução sucesso. Salusvita, Bauru, v. 30, n. 1, p. 47-58, 2011. ORTEGA-LOPES, Rafael, 1978- Estudo retrospectivo dos fatores de risco que determinam a perda dos implantes osseointegrados / Rafael Ortega Lopes. – Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba- Piracicaba, SP : [s.n.], 2011. CONSOLARO, Alberto et al . Saucerização de implantes osseointegrados e o planejamento de casos clínicos ortodônticos simultâneos. Dental Press J. Orthod., Maringá , v. 15, n. 3, p. 19-30, June 2010 _____________________ 1Acadêmico do 5º ano de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [email protected] 146 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 IMPLANTE DE ZIRCONIA EN REHABILITACIÓN DE CANINO SUPERIOR Raquel Galeano1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Los implantes dentales de Zirconia son actualmente una opción de tratamiento segura y previsible para la rehabilitación de pacientes desdentados en zona anterior con requerimiento de alta estética además de conseguir máxima funcionalidad. De esta manera el objetivo del presente relato de este caso clínico fue evaluar la estética, forma y función del implante oseocalcificado instalado en la zona anterior. El resultado muestra que utilizando un implante de Zirconia de la marca Axis Biodental (Lousane, Suiza) y la rehabilitación sobre el mismo, se devuelve el contorno normal al hueso de esa zona y mejoramos la condición estética, fonética y funcional con un implante que simula el movimiento periodontal. Palavras-chave: Implantes Dentales; Oseocalcificación; Zirconia. INTRODUÇÃO La utilización de implantes de Zirconia para llevar a cabo una rehabilitación en pacientes jóvenes con espacios edéntulos unitarios en zona anterosuperior, se destaca, debido a que el implante de Zirconia está fabricado en Y-TZP Zirconia, que es una biocerámica de alto rendimiento, que se destaca por su flexibilidad que es única pues devuelve la movilidad natural del diente asegurando de tal forma la absorción de los choques a los cuales estará expuesto. Cabe mencionar que los implantes de Zirconia revolucionaron el ámbito de los implantes desde hace 20 años en la búsqueda de resultados mas estéticos que omitieran la visualización del metal en rehabilitaciones anteriores donde es fundamental la experiencia del camuflage de las restauraciones. En este trabajo será demostrado un caso clínico donde el uso del implante de Zirconia de la marca Axis Biodental (Lousane, Suiza) en la zona superoanterior de un paciente de sexo masculino, reúne todas las condiciones para el logro posterior de la rehabilitación altamente estética y funcional. OBJETIVOS El objetivo del presente trabajo era mostrar una rehabilitación total a partir de la utilización de implante de Zirconia además de los diversos componentes protésicos del sistema Axis Biodental (Lousane, Suiza) con el fin de lograr resultados altamente estéticos en la zona anterosuperior, planeando la recuperación de la estética, fonética y funcional, en ese concepto constatar que los implantes de Zirconia son una opción favorable al paciente, tanto en estética como en función. RELATO DE CASO El paciente N.G., de sexo masculino, de 27 años, de cutis blanco, se acercó hasta la Clínica San Jorge del Curso de Especialización en Implantología de la Universidad Nihon Gakko 147 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 (Asunción-Paraguay), con la intención de recuperar el canino superior lado derecho, que se le habría extraído hace 2 años. En un primer momento fue realizada la anamnesis y el examen clínico minucioso además de la radiografía panorámica (Foto 1). Foto 1- La radiografía panorámica inicial del paciente. Fuente: Elaboración propia del autor. . Un mes después, se procede a la cirugía donde se realizó una incisión y se procedió al descollamiento. Luego se procedió a la marcación del lecho implantario con ayuda de la lanceta y siguiendo la secuencia de fresas siguiendo las instrucciones del fabricante en cuanto a velocidad, irrigación y torque. Se realizó la medición de profundidad del lecho con la ayuda del medidor de profundidad M (anillo rojo). Se procedió al fresaje con la fresa perfiladora y la colocación de un implante Axis hexalobe 12 4,2 x 12 mm, en marzo del año 2014 (Foto 2a). A la verificación del torque con la llave de torque dió como resultado 35 Nw así como indica el fabricante. Se termina de colocar en el lecho, el implante de Zirconia hasta 1 mm del nivel óseo, según el fabricante. Se coloca la tapa de cierre (Peek - 04.5 / L 0.5) y se procedió a la sutura.Al terminar la cirugía se le realizó la radiografía periapical para corroborar la colocación (Foto 2b). Impresión con cubeta cerrada, a los 6 meses posteriores se retiró de manera provisional el dispositivo de cicatrización, tras la exposición de la conexión de implante se utilizó el transfer hexalobe clipsado peek 05.0/ l6.0 posicionando y encajando el transfer sobre el implante, escuchándose el clic que es la señal de encaje correcto. 148 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 2a ’ 2b Foto 2a - Colocación del implante de zirconia en el lecho. 2b - Radiografía periapical inmediata post quirúrgica. Fuente: Elaboración propia del autor. Se utilizó silicona de adición para la toma de impresión con silicona Easy Mix elite HD + Zhermack (Italia) con cubeta cerrada para la toma de impresión del implante, depositando la materia de impresión ligera alrededor del pilar y del transfer y la materia de impresión pesada en la cubeta cerrada y el antagonista con silicona de condensación Trial kit Speedex Coltène (Suiza). Una vez que el material polimerizó, se posicionó y encajó el implante análogo hexalobe Peek en el porta implante, seguidamente al escuchar el clic cuando el implante análogo estuvo correctamente encajado, se produjo el vaciamiento del modelo en el laboratorio. Se tomó la mordida con cera rosa de 1mm de espesor, después se prueba y coloca el coping E max (Ivoclar Vivadent - Suiza) y se vuelve a tomar la mordida con resina autopolimerizable de color blanco número 62 Dencor (San Pablo - Brasil), para la confección de la corona, se toma el color y se envía al laboratorio. En una cuarta sesión se coloca la corona, se hacen los controles de oclusión con papel de articular marca en movimientos excéntricos y laterales y se cementa la corona con U 200 (3M Espe Alemania). (Foto 3). Foto 3 - Corona de Zirconia cementada. Fuente: Elaboración propia del autor. DISCUSSÃO 149 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 La sustitución de un diente en el maxilar superior y en zona anterior siempre es un desafío, aunque para preservar o recrear la anatomía dental a través de la colocación de un implante de Zirconia es importante tener en cuenta la arquitectura gingival, que en última instancia determinan la estética, los tejidos gingivales de los alrededores y la aparición de la restauración del color del diente que lo hará sustituir el diente que falta. En la zona estética, el desafío es mantener o recrear el tejido blando, contornos de la papila interproximal y la encía, por en cuanto la forma de la restauración provisional desempeña un papel importante pues permite la cicatrización guiada del tejido blando para mantener la arquitectura de la gingiva y posteriormente ayuda a que el paciente reciba la restauración definitiva para lograr una sonrisa agradable. Desde la perspectiva del paciente, lo más importante cuestión es siempre la calidad estética de la restauración. Durante décadas, el uso de pilares de titanio para restauraciones implantosoportadas ha sido el estándar de la atención pero estéticamente posee varias desventajas como ser, una restauración más oscura en comparación con el diente natural adyacente, además puede producir un tono gris oscuro metalizado en el margen gingival de la restauración y esto puede ser más evidente en pacientes con una línea de sonrisa alta lo que causa un mal resultado estético. En los últimos años, un nuevo paradigma en el implantes estéticos ha surgido debido a los avances protésicos y un énfasis en el uso de la cerámica sin pilares metálicos en la zona estética. El uso de un todo estético permite que el odontólogo pueda proporcionar una restauración de cerámica cuya ventaja obvia es el color de diente natural, que produce un perfil de emergencia estéticamente agradable en el margen gingival de la restauración, propiedad de biomaterial tal como una alta biocompatibilidad, baja conductividad eléctrica, baja conductividad térmica, y de alta flexión ala fuerza y la resistencia de la fractura, lo que elimina el uso de una subestructura metálica, ofrecen beneficios significativos. Este avance dentro de la implantología con la fabricación de implantes Zirconia con variados estudios como el de Uo. (UO, M.; SJOGREN, G.; SUNDH, A.; WATARI, A.; BERGMAN, M.; LERNER, U., 2003) han demostrado que no alcanzan niveles de citotoxicidad significantes pues la Zirconia no afecta el desarrollo de los osteoblastos, y el estudio de Daisuke Yamashita et al (YAMASHITA, D.; MACHIGASHIRA, M.; MIYAMOTO, M.; TAKEUCHI, H., 2009) habla de una buena biocompatibilidad con el tejido periodontal a raíz de que no se ha exhibido ninguna respuesta inflamatoria. Aunque los resultados de estudios clínicos a largo plazo no son disponibles, una de las mayores ventajas de utilizar un implante de cerámica puede ser la capacidad de disminuir niveles de acumulación de placa alrededor de la encía en el surco del implante pues muchas variables están involucrados y pueden llevar al fracaso del implante, incluyendo peri-implantitis debido a la placa puede progresar a una infección bacteriana resultando en la pérdida de hueso alrededor del implante. En el estudio de Scarano et al (SCARANO, A.; PIATELLI, M.; CAPUTI, S.; FAVERO, GA.; PIATELLI, A., 2004) reportó que el desarrollo bacteriano es significativamente más bajo sobre la Zirconia que sobre el titanio, con lo que la disminución de los niveles de la adhesión bacteriana alrededor de pilares de dióxido de zirconio disminuye la capacidad de las bacterias para adherirse a diferentes superficies de materiales por lo demostrado de tener una superficie inferior de carga de energía en comparación con la del titanio; esto puede llegar a ser un mecanismo de protección contra la peri implantitis y la acumulación de patógenos orales. CONCLUSÕES De acuerdo con la metodología utilizada fue posible verificar que el índice de éxito encontrado en el caso clínico, en este caso reportado permítasenos concluir que la colocación 150 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 de un implante Axis Biodental Hexalobe (Lousane, Suiza) que es el implante de nueva generación, pues es la innovación de una restauración libre de metal, con resultados altamente estéticos debido a que el color que presenta es cercano al del diente natural además de su flexibilidad que absorbe los choques, restaurando la movilidad natural del diente de una forma personalizada y reversible. Además de una simplificación de los pasos de la secuencia operatoria con una rotación que permite la tranquilidad del operador en cuanto a la refrigeración del hueso durante el fresado y los procedimientos protésicos con componentes de fácil adaptación, y la parte protésica es de PEKK (Polyetherketoneketone), un polímero de ultra alto rendimiento de nueva generación. La combinación de estos dos materiales, garantiza un perfecto hermetismo a nivel de la unión implante-pilar y se unen con la ayuda de un tornillo protésico que asegura su conexión de alta resistencia al torque de la conexión implante –pilar protésico y la resistencia a la flexión del cuerpo del implante. (SIDDIQI, A.; PAYNE, A. G.; DE SILVA, R. K.; DUNCAN, W. J., 2011) Encontramos que la biocompatibilidad de estos implantes de Zirconia está dado por su neutralidad electrónica, también por que no alcanza niveles de toxicidad significantes, además de que no libera iones en el cuerpo y el bajo desarrollo bacteriano sobre estos implantes. (OLIVA, X., 2010) REFERÊNCIAS: AXIS BIODENTAL INNOVATING METAL-FREE IMPLANTOLOGY. Recuperado de: http://www.axis-biodental.ch/biodentalnew.php?id_structure=92&portail=2&langue=es UO, M.; SJOGREN, G.; SUNDH, A.; WATARI, A.; BERGMAN, M.; LERNER, U. Cytotoxity and bonding property of dental ceramic, Dent Mater, Sep; 19(6): 487-92. 2003. YAMASHITA, D.; MACHIGASHIRA, M.; MIYAMOTO, M.; TAKEUCHI, H. Effect of surface roughness on initial responses of osteoblast-like cells on two types of zirconia, Dentals Materials journal, 28(4): 461- 470. 2009. SCARANO, A.; PIATELLI, M.; CAPUTI, S.; FAVERO, GA.; PIATELLI, A. Bacterial adhesión on commercially pure titanium and zirconium oxide disk: an in vivo human study, J Periodontol. Feb;75(2):292-6. 2004. SIDDIQI, A.; PAYNE, A. G.; DE SILVA, R. K.; DUNCAN, W. J. Titanium allergy: could it affect dental implant integration?, Clin Oral Implants Res. jul; 22(7):673-80. 2011. OLIVA, X. Full mouth Oral rehabilitation in a Titanium allergy patient using Zirconium oxide restorations. A case report from an ongoing Clinical study, The European Journal of Esthetic Dentistry. Volume 5, Number 2, Summer. 2010. ____________________ 1 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected] 2 Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 151 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 IMPLANTES DE ZIRCONIA POST EXTRACCION Luz Morinigo1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: La implantología oral como disciplina busca reemplazar los dientes perdidos mediante la colocación quirúrgica de un implante, que tiene como propósito lograr un anclaje estable para recibir una prótesis. En el presente trabajo se describe el caso de un paciente de 35 años de edad, que acude a la consulta por fractura radicular del diente 22 (incisivo lateral izquierdo). Clínica y radiográficamente no se observo proceso infeccioso por lo que se decidió la exodoncia del diente 22 y la colocación inmediata de un implante de zirconio White (Development Corp.Armsterdam-Holanda) por los requerimientos estéticos de la zona ya que estos implantes tienen la ventaja de ser de color blanco evitando el alo negro en el margen gingival de la encía, teniendo así un resultado estético y funcional exitoso. La metodología utilizada es el de estudio de casos del tipo descriptivo. Palavras-chave: Implante; Zirconia; Exodoncia. INTRODUÇÃO Existen estudios que demuestran que la colocación de implantes inmediatos post extracción preserva el alveolo y el hueso subyacente, además disminuye el tiempo de tratamiento, evitando una segunda cirugía (Salagaray, 1992). En el sector anterior una alternativa eficaz para reponer los dientes son los implantes de zirconia por ser biocompatibles, tener buenas propiedades ópticas y estéticas, menos adherencia de microorganismos y mayor resistencia a la fractura, no se corroe, mal conductor del calor y la electricidad. Existen evidencias que el titanio puede desencadenar, reacciones adversas como alergia. (Piconic, 1999) La estabilidad del implante depende directamente de la unión mecánica entre la superficie del implante y el hueso que le rodea, por esto es ideal tener tres o cuatro paredes de alveolo y debajo del ápice por lo menos 3 a 5 mm. Para conseguir la estabilidad primaria, que es la ausencia de movilidad del implante en el lecho implantario factor indispensable para la osteointegración (Peñarrocha, 2010) El proceso de ontogénesis (formación de huesos), alrededor del implante puede ser por dos mecanismos. La ortogénesis a distancia que ocurre en los implantes de zirconia en que la matriz ósea es depositada desde el huésped al implante por un fenómeno de aposición y esta es la causa por la que se produce mas rápido la integración de los implantes de zirconia. En los implantes de titanio el proceso es inverso la ontogénesis es de contacto que ocurre cuando la matriz ósea es depositada desde la superficie del implante hacia el huésped OBJETIVOS 152 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Describir la colocación de Implantes de zircônia post extracción. RELATO DO CASO Paciente T.M. de sexo masculino, de 35 años de edad, acude al curso de post grado de implante de la universidad Nihon Gakko en la clínica San Jorge, por fractura radicular del diente 22. Se realiza el examen clínico y radiográfico, al no observar proceso infeccioso y encontrar un paciente sano, se programa la cirugía para la extracción del diente 22 (Incisivo lateral izquierdo) y la colocación inmediata de un implante de zirconia White (Development Corp.ArmsterdamHolanda), por las necesidades estéticas de la zona. Figura 1: Inicio del caso. Fuente: Elaboración propia. Se prescribe la profilaxis farmacológica según protocolo de cirugía. En el acto quirúrgico se procedió a la anestesia regional, una vez comprobada su efecto se procedió a la deserción de las fibras periodontales con bisturí hija nro. 15, se luxo el diente con periostótomo de molt, elevadores rectos y la extracción con fórceps de la forma menos traumática posible, preservando el alveolo. Posteriormente se realizó la limpieza del alveolo para eliminar cualquier tejido no deseado. Figura 2: Exodoncia del diente. Fuente: Elaboración propia. Se prepara el lecho imprentario con abundante irrigación, siguiendo el protocolo recomendado por el fabricante, el fresado 2mm menos que la longitud del implante, la inserción del implante de Zirconia White Implants (Development Corp.Armsterdam-Holanda) de 4 x 10 mm. 153 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Figura 3: Colocación del Implante. Fuente: Elaboración propia Por último se instaló un provisorio con dientes de acrílico e interlig (Angelus-Brasil). A los diez días se retiro los puntos de sutura y se espero el tiempo de osteointegración y se realizó la rehabilitación protésica. Figura 4: Implante terminado con colocación del provisório. Fuente: Elaboración Propia. DISCUSSÃO La estabilidad primaria de un implante es la ausencia de movilidad del implante en el lecho implantario, este es un factor importante para conseguir la osteointegración, de allí la importancia de la extracción a traumática para conservar el alveolo que recibirá un implante inmediato. (Peñarrocha, 2010) Los implantes de Zirconia son una opción válida, por las ventajas de ser de color blanco y evitar la transparencia negra en el margen gingival de la encía, además su superficie tiene menos contaminación que el titanio y su osteointegración es más rápida (Piconic, 1999) La cosmética es el conjunto de procedimientos operatorios y la aplicación de materiales odontológicos, con la finalidad de alcanzar la belleza y la armonía requerida por la estética (Barranco Mooney, 1998). CONCLUSÕES 154 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 En el sector anterior de la boca, los implantes de Zirconia son la primera opción, por la estética que requiere la zona y porque histológicamente no existe diferencia en la respuesta del organismo comparándolos con los de titânio. REFERÊNCIAS: BARRANCOS, J. Operatoria Dental. Argentina: Atlas-Tecnica y Clinica Medica. 1988. FRANCO, C. Advanced Osseointegration Milán: Italia Libri. 2005. Recuperado el 20 de julio de 2015, de http://www.ceraroot.com/blog/wp-content/files/Osseointegration-whith-ICE-surface.pdf PICONIC, C.; MACCAURO, G. Zirconia as a Ceramic Biomaterialoríal. Italia: 1999. PEÑARROCHA, M.; Guarinos, J.; Sanchis, J. Implantologia oral Barcelona, España: Lexus.2010.SALAGARAY, V. Implantes Inmediatos transalveolares Madrid: Madrid Editores.1992. ____________________ 1 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected] 2 Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 155 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LEVANTAMIENTO DE SENO MAXILAR, TECNICA DE VENTANA LATERAL Ramona Elizabeth Escobar1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: En el presente trabajo se describe la técnica de la ventana lateral para elevación del piso del seno maxilar, cuya finalidad fue la colocación de tres implantes dentales. La metodología utilizada fue el estudio de casos del tipo descriptivo. Se presenta el caso de un paciente adulto joven de sexo masculino con disminución de la altura ósea del reborde alveolar, debido a la neumatización del seno maxilar. Al paciente se le coloco tres implantes de titanio hexágono externo con resultado exitoso. Utilizando esta técnica, tenemos la ventaja de compactar hueso y evitar que el implante penetre en el seno maxilar, además tenemos bajo riesgo de lesionar la membrana. Palabras clave: Neumatización; Alveolar; Seno Maxilar. INTRODUÇÃO Hoy en día el tratamiento con implantes es un recurso en la terapéutica para rehabilitar los espacios desdentados. En la parte posterior del maxilar superior a veces es un desafío colocar implantes dentarios por falta de tejido óseo, por causa de la reabsorción de la cresta alveolar y por la neumatización del seno maxilar. La reabsorción puede ser por perdida prematura de dientes, que produce una atrofia en los huesos, produciéndose un desbalance del remodelado óseo También contribuyen a la reabsorción las enfermedades periodontales, y prótesis mal adaptadas.(Misch,C. 2009) El seno es una cavidad neumática cuya función no es específica, pero contribuye con el sistema de limpieza, humificación, y calentamiento del aire aspirado para proteger al cerebro ante el aire frio, aumenta la resistencia al golpe, alivia el peso craneal, su crecimiento es durante toda la vida y está influenciado por ausencia o presencia de dientes. La hiperneumatizacion del seno maxilar es por consecuencia del edentulismo de la zona, que produce el incremento de la presión diferencial del interior con el exterior del seno maxilar. Los senos maxilares infectados ocasionan el fracaso de los implantes, la pared inferior o piso del seno esta en relación con los ápices de pre molares y molares, separados por una fina capa de hueso y la membrana de schneider .La penetración de cualquier cuerpo extraño puede producir sinusitis odontogena secundaria (Misch, C. 2009). Misch desarrollo una clasificación ósea basándose en la altura residual del piso del seno al reborde alveolar y lo llamo SA. Cuando la altura es mayor a 10 mm lo denominó SA1, SA2 cuando la altura es de 8 a 10mm, SA3 cuando la altura es de 5 a 8 mm y SA4 cuando la altura es 5 mm o menos, además lo clasificó también por el ancho. Los que tienen 5 o más son A y los que tienen un ancho 2,5 a 5 mm son B (Misch, C. 2009) Cuando el cirujano necesita reconstruir un defecto óseo, posee diferentes opciones de injerto. La literatura muestra que el mejor material para injerto es el autógeno que es el propio hueso del paciente por lo que no presenta respuesta inmune .También existen los injertos homólogos que son injertos de la misma especie, hueso humano congelado desmineralizado deshidratado que tiene como desventaja riesgo teórico de transmisión de enfermedades, no 156 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 soluciona grande defectos, poca aceptación por el paciente. Los injertos heterogéneos son de la matriz ósea bovina desmineralizada que tiene buena aceptación biológica y se utiliza para aumentar volumen del injerto. Los alopáticos son de cerámicas, vidrios, polímeros etc, su previsibilidad es cuestionable.(Mazzoneto, R. 2011) El injerto ideal debe tener característica como la de ser incompatible, evitar colonización patógena, ser osteoconductor, osteoinductor, micro poroso para favorecer el crecimiento de células, fuente de calcio y fosforo, fácil manipulación, disponibilidad, alta confiabilidad, con el objetivo de solucionar el defecto óseo. Cualquiera sea el tipo de injerto debe generar hueso nuevo atreves de tres mecanismos posibles: osteogénesis directa, osteoconducción, osteoinducción (Mazzoneto, R. 2011) La osteoconducción es el proceso por el cual el material de injerto sirve como base para las células del huésped. La osteoinducción es la capacidad que tiene el injerto de estimular las células mesenquimatosas indiferenciadas o precursoras ontogénicas, que existen en los tejidos adyacentes para transformarlas en células Oseas, las cuales formaran el hueso nuevo, debido a la presencia de un factor de crecimiento óseo(proteína ósea morfo genética BMP) que induce a estas células. La osteogénesis es la capacidad que tiene el injerto de transferir junto con las células viables (osteoblastos y células progenitoras) que iniciaran la fase de reparación óseo (Peñarrocha, M. 2010) OBJETIVOS Describir la técnica quirúrgica de la elevación del seno maxilar por la ventana lateral, para resolver el problema óseo y colocar implantes que van a soportar una prótesis. RELATO DE CASO Paciente de sexo masculino de 35 años de edad, acude a la consulta a la clínica San Jorge en el curso de post grado en implantes dentales de la universidad Nihon Gakko, por ausencia de las piezas dentarias 24,25 y 26. Se realizo la historia clínica la cual revelo que era un paciente sano y que estuvo mucho tiempo sin rehabilitación. Durante la inspección clinica no se encontró ninguna alteración, pero en la valoración radiográfica se observa un seno neumatizado con disminución de la altura ósea, por lo que se decidió realizar la elevación del piso del seno por la tecnica de la ventana lateral, para colocar los implantes. Figura 1: Radiografia inicial. Fuente: Elaboración propia Técnica quirúrgica: El procedimiento quirúrgico se realizo respetando todas las normas de bioseguridad. Primero se realizo la antisepsia del rostro del paciente con clorexidina al 2%, posteriormente se le coloco el campo estéril, se procedió a la anestesia local con articaina al 4%. Una vez comprobada el efecto de la anestesia se procedió incisión con hoja de bisturí n 15 sobre la cresta alveolar ,junto con una incisión de descarga ,elevamos el colgajo con un elevador de molt ,para exponer la pared lateral del maxilar. 157 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 La osteotomía se realizo con fresa redonda n 8 (jota swiss made), hasta la exposición del periostio que soporta la membrana sinusal, el fresado de la ventana con mucha irrigación. Figura 2: Ventana Lateral. Fuente: Elaboración propia. Con la ayuda de las curestas para levantamiento de seno se separa la membrana sinusal cuidadosamente para no lacerarla, la separación se inicio con cureta angulada despegando la membrana del piso, alternando las caretas de acuerdo a la angulación, el remanente óseo de la ventana fue dislocada hacia el interior del seno maxilar creando el nuevo piso del seno Se procedió al fresado del lecho implantario, previa a la colocación de los implantes se comprobó el paralelismo con los paralelisadores, colocándose después implantes de titanio hexágono externo sistema SIN (made in Brasil).En el diente 14 implante Tryon de 3.75 x11,5 mm, en el diente 15 implante Tryon 3.75 x 10 mm y en el diente 16 implante 3.75x10 mm. Después de la implantación se introdujo el material de injerto ,compactando por toda la cavidad. Utilizamos injerto heterogéneo hueso bovino compuesto (Genius),al que se le cubrió con membrana reabsorbible de hueso bovino (Genius). Figura 3: Implante con el hueso Fuente: Elaboración propia. Por último se re posiciona el colgajo libre de tensión y se procede a la sutura.Se realiza la prescripción médica por escrito según protocolo y se le ordena al paciente que ante cualquier situación o duda se comunique a cualquier hora. Control a los 8 días eliminación de sutura en 15 días, el paciente fue muy colaborador por lo que se obtuvo un resultado exitoso, lo implantes osteointegraron y se procedió a la rehabilitación protésica. 158 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Figura 4: Radiografia final. Fuente: Elaboración propia. DISCUSSÃO Con la técnica de levantamiento de seno de la ventana lateral se puede colocar implantes dentales en maxilares con rebordes atresicos para soportar prótesis implanto soportadas, la mayoría de los autores sugieren esta técnica cuando la altura es deficiente (Chispaco, M. 2004). En grandes reabsorciones alveolares con menos de 4mm de altura se realiza la técnica traumática de la ventana lateral para levantar el seno maxilar (Misch,J. 2009). La perforación de la membrana puede ser por inadecuada técnica quirúrgica o por una delgada mucosa sinusal, producida por sinusitis crónica o condiciones alérgicas. El grosor de la membrana de Schneider puede variar aun en personas sanas (Misch, J. 2009) CONCLUSÕES La técnica de la ventana lateral para elevación de seno maxilar, permite ganar espacio entre el piso del seno y el alveolo, creando así una cavidad para la colocación de implantes que soportarán una prótesis. Esta técnica nos permite rehabilitar pacientes con rebordes atresicos con éxito REFERÊNCIAS: CHIASPACO, M. Cirugia Oral, Barcelona:Texto y Atlas Barcelona Masson. 2004. MAZZONETO, R. Reconstrucciones en Implantodoncia. Clinica para el Éxito y la Previsivilidad. Venezuela: Amolca. 2011. MISCH, C. Implantologia Contemporánea. España: Elservier. 2009. PEÑARROCHA, M.; GUARINOS CARBÓ, J. y SANCHIS BIELSA, J. Implantología Oral. Barcelona: Lexus. 2010. ____________________ 1 2 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected]. Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 159 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 PESQUISA CLÍNICA RETROSPECTIVA DA TAXA DE SUCESSO PRECOCE DE IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS Bruna de Rezende Marins1 Ricardo Augusto Conci2 Natasha Magro Érnica3 Geraldo Griza4 Eleonor Álvaro Garbin Jr5 Modalidade: Pesquisa RESUMO : Os implantes se consolidaram como alternativa no tratamento do edentulismo, porém, algumas variantes envolvendo, por exemplo, o implante e o leito receptor podem interferir negativamente no sucesso do tratamento. As falhas dos implantes dentários podem ser classificadas como tardias ou precoces, dependendo do momento em que ocorreram. Objetivo: Estabelecer o índice de sucesso precoce dos implantes realizados em um curso de especialização em Implantodontia no período de 2009 a 2012. Métodos: Foram analisados prontuários de pacientes tratados no curso de especialização entre 2009 e 2012. O critério de inclusão empregado foi a instalação de implantes da marca P-I Brånemark PhilosophyT, utilizando-se da técnica cirúrgica de duas etapas para a realização dos mesmos e sendo que estes permaneceram submersos por um período mínimo de três meses. Os pacientes selecionados receberam implantes em maxila e mandíbula submetidas ou não a enxertos ósseos. A avaliação foi efetivada no momento da cirurgia de reabertura, não sendo levada em consideração a sobrevida dos implantes após o carregamento protético. Resultados: A taxa de sucesso foi de 97% e os fatores que alteraram significativamente os resultados foram a presença ou não de enxerto ósseo e a localização do implante. Conclusões: O índice de sucesso obtido corrobora com a literatura e evidencia que a experiência do operador não interfere, necessariamente, no resultado final do tratamento. Os achados demonstram ainda que a área de maior falha foi a região posterior e que os sítios com enxerto ósseo apresentaram taxa de sucesso maior que os citados em outros estudos. Palavras-chave: Implante Dentário; Osseointegração; Estudos Epidemiológicos. REFERÊNCIAS: ALBREKTSSON T, ZARB GA, WORTHINGTON P. et al. The long-term efficacy of currently used dental implants: A review and proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Implants. 1986; 1: 1-25. OLATE S, LYRIO MCN, MORAES M, MAZZONETTO R, MOREIRA RWF. Influence of Diameter and Length of Implant on Early Dental Implant Failure. J Oral Maxillofac Surg. 2010; 68:414-19. OLIVEIRA PRM. Taxa de Sucesso de Implantes Unitários Osseointegráveis Instalados em Curso de Especialização em Implantodontia. Estudo Retrospectivo de 4 Anos. [dissertação]. Barretos (SP): Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos; 2012. ____________________ 1 Discente Pós-graduação, UNIOESTE/HUOP, [email protected] 2;3;4;5 Docente, UNIOESTE. 160 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 PRÓTESIS PARCIAL FIJA DE ZIRCONIA IMPLANTOSOPORTADA Edgar Pintos1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidade: Caso Clínico RESUMEN: Muchas veces la rehabilitación protésica sobre implantes se ve dificultada por la posición con que éstas fueron colocadas en boca, tanto por alguna limitación ósea, algún defecto óseo o alguna relación anatómica con tejidos subyacentes que impidieron la colocación en posición ideal del implante. El odontólogo debe entonces saber qué herramientas y material dispone para buscar la mejor resolución posible. Este trabajo pretende mostrar como sortear algunos obstáculos y como seleccionar el biomaterial protésico adecuado, consciente de las ventajas y desventajas de cada una de ellas. En este caso se optó por una prótesis parcial fija de infraestructura hecha en zirconia con cobertura de cerámica vítrea tanto de dientes como encías y que va atornillada a dos implantes utilizando minipilares angulados, para restituir cuatro piezas dentales perdidas, dándonos una resolución funcional y estética óptima. ____________________ 1 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected] 2 Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 161 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 PROTOCOLO INFERIOR SIGUIENDO CON CINCO IMPLANTES Gabriel Martinez1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidade: Caso Clínico RESUMEN: Para viabilizar la técnica aún en rebordes muy atrofiados, este trabajo relata un caso clínico de protocolo inferior siguiendo algunos principios de la técnica o sea, fueron instalados cinco implantes en la región pre-foramen mandibular, siendo los dos implantes distales inclinados buscando ampliar el y polígono de Roy, sobre el punto de vista biomecánico. Estos implantes fueron retenidos por una barra metálica, sirviendo de base a una prótesis acrílica, con carga inmediata. De esta manera, o por limitación ósea o por cuestiones de costos clínico-quirúrgico, asociado a los beneficios de la carga inmediata, nos lleva a una opción viable de tratamientoobjetivo fundamental del presente trabajo es la de buscar las ventajas de la restauración dental mediante implantes unitarios de titanio. ____________________ 1 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected] 2 Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 162 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REABILITAÇÃO COM PRÓTESE UNITÁRIA SOBRE IMPLANTE EM REGIÃO POSTERIOR Letícia Ruths Almeida1 Adriane Yaeko Togashi² Régis Carlos Bertuzzo Guimarães³ Modalidade: Caso clínico RESUMO: Com o advento da osteointegração e o posterior desenvolvimento de peças protéticas disponíveis para os implantes, a prática de reabilitações implanto-suportadas demonstrou altas taxas de sucesso, considerando um bom planejamento e uma execução que preze pela manutenção dos tecidos de suporte, posicionamento adequado da peça na base óssea e também pelo cuidado com traumas oclusais posteriores, sobrecarga na região, entre outros. Objetivos: Apresentar a sequência clínica da realização de quatro implantes, o que inclui explanar brevemente os aspectos pré-cirúrgicos (exame clínico e radiográfico) e também trans e pós-operatórios, incluindo próteses provisórias, ajuste oclusal e instalação protética final. Relato de caso: Paciente A.C, 59 anos, compareceu a clínica de Odontologia da Unioeste queixandose de dificuldade mastigatória, pois alguns elementos dentais estavam em falta. Constatou-se a presença de prótese total superior e ausência dos elementos 35, 36 ,45 e 46. Com auxilio de radiografia panorâmica, a altura óssea na área desses elementos era, respectivamente, 17mm, 15mm, 12mm e 13mm. O planejamento foi, então, realizado com o auxílio do guia cirúrgico e a realização do procedimento se deu com implantes todos no sistema KOPP. Conclusão: A confecção de próteses implanto-suportadas é de grande valia para reabilitação oral, porém, o cirurgião-dentista deve seguir um protocolo cuidadoso na hora do planejamento, pois o sucesso na realização do procedimento cirúrgico e protético depende de fatores que se inter-relacionam. Palavras-chave: Osteointegração, Implante, Prótese. REFERÊNCIAS: CARDOSO, A.C. O Passo – a – Passo da Prótese sobre Implante. Editora Santos, 2005. CONCEIÇÃO, E.N. Restaurações Estéticas. Atimed Editora, cap. 11, pg. 284-304, 2005. ____________________ do 4 ano de Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. E-mail: [email protected] ²Pós-doutora em Biologia Oral pela FOB da Universidade de São Paulo. Professora Adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. ³Graduado em Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. 1Acadêmica 163 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REHABILITACION PROTESICA EN EL MAXILAR SUPERIOR ANTERIOR CON CORONAS DE ZIRCONIA REALIZADO A TRAVES DEL SISTEMA CAD – CAM, SOBRE IMPLANTES Pastor Recalde1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Caso clínico de un paciente con ausencia del diente número 21, acude a la consulta para recuperar la estética de la sonrisa; luego de los estudios correspondientes se le coloco un implante de zirconia, para posteriormente rehabilitarle con una corona de zirconia atornillada, que es un material biomecánico de alta tecnología que permite personalizar la sonrisa. El uso de coronas de zirconia en prótesis fija es una alternativa de la odontología moderna, abalado por numerosos estudios científicos, ello sustituye ventajosamente a los metales, pues evitan los bordes grises, son malos conductores de la electricidad y el calor, también es altamente biocompatible con los tejidos blandos devolviendo así la estética rosa. Estas coronas son fabricadas por sistemas CAD – CAM, con máxima precisión, asegurando además una prótesis funcional y de alta estética. Palavras-chave: coronas de zirconia; sistema Cad- Cam; implantología oral; protesis dental.. INTRODUÇÃO Los implantes de zirconia pueden ser considerados como los más significativos avances en la Implantología dental profesiónal se inició hace más de cuatro décadas, cuando el primer implante dental de titanio fue colocado por Branemark. Desde entonces, una gran cantidad de cambios que implica el diseño características, tratamientos superficiales y técnicas de colocación de implantes dentales han evolucionado en un intento de mejorar el resultado de esta modalidad de tratamiento que tiene um impacto positivo significativo en la calidad de vida de los pacientes. Las prótesis metalo-cerámicas (AGUDO AGUDO, R. E. 2015) consisten en una infraestructura de metal opacificada recubierta por porcelana y han sido y siguen siendo utilizadas en odontología tanto en confección de coronas individuales o prótesis parciales fijas dando excelentes resultados pero con algunas limitaciones estéticas, sobre todo por la falta de translucidez natural. La creciente preocupación por la estética gingival y posibles problemas de salud asociados con aleaciones metálicas, hace que hoy en día, esto sea una situación habitual que los odontólogos enfrentan em la clínica dental, donde los pacientes son reacios a recibir las prótesis metálicas y pidiendo alternativas libres de metal, lo que hace que la investigación y el aprendizaje sobre cerámica e implantes sea altamente necesaria. Las coronas de zirconia están siendo ampliamente utilizadas por ser una material resistente al ácido, y que al tener baja porosidad impide el desarrollo de periodontitis. Este material carece de metal y la posibilidad de generar alergias o incompatibilidad al metal disminuye considerablemente, siendo importante su biocompatibilidad con la mucosa y los tejidos. Se debe igualmente mencionar su dureza y color próximo, al color de un diente natural. La zirconia es un material que no puede ser usado fácilmente sin la tecnología CAD/CAM. Hoy su uso en odontología se va incrementando (PEBE, P.; RODRIGUEZ, A. 2011) (VILARRUBÍ, 164 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A.; PEBÉ, P.; RODRÍGUEZ, A. 2011) y en este caso clínico en particular lo utilizamos para la confección en zirconia de la corona fija anterior implantosoportada. OBJETIVOS Rehabilitación protésica en el maxilar superior anterior con coronas de zirconia realizado a través del sistema CAD-CAM, sobre implantes. RELATO DE CASO A los 23 dias del mes de octubre del 2014, se presentó a consultar G.A.F. masculino de 37 años de test morena, que refiere molestia en el diente 21; se le indicó una rx. periapical donde se constató la fractura radicular. Se planteó al paciente la colocación de implante de zirconia (por su ventaja estética) inmediata post exodoncia, de esta manera se preserva mejor el hueso alveolar; una vez aprobado por el paciente se le ordena una radiografía panorámica, se completa el historial clínico y se programa la cirugía. Ya en cirugía se realiza la extracción atraumática, cuidando siempre la integridad del hueso alveolar; haciendo también un buen curetaje, para eliminar cualquier tipo de tejido de granulación que pueda interferir con la oseointegración del implante. Posteriormente se prepara el lecho quirúrgico que alojará al implante de zirconia; debemos tener en cuenta la diferencia que existe entre la instrumentación para implante de zirconia en relación al implante de titanio. Se instaló el implantes de zirconia (AXIS BIODENTAL) de 3,5mm x 10mm de acuerdo a las orientaciones del fabricante. Los implantes AXIS son implantes transgivales, el cuello del implante debe sobresalir aproximadamente 1,5 mm. de la cresta óssea. Después de la colocación de la tapa del implantes se suturó con hilo de nylon 5 - 0; posteriormente se instaló un provisorio de acrílico con soporte de los dientes vecinos reforzado con hilo de fibra de vidrio. A las 2 semanas se retiró el hilo comprobando la correcta cicatrización de la encía. Después de un lapso de 4 meses se retiró el provisorio y la tapa del implante, luego se probó el pilar recto y angulado; optando por este último en este caso (pilar angulado de 15 grados) que permite corregir la dirección para la confección de la corona. Se retiró el pilar y se colocó el transfer de impresión sobre el implantes, hasta escuchar un "clic", que nos guía a su correcto encajado; se probó la cubeta para tomar la impresión con la técnica de cubeta abierta y de un solo tiempo. Se utilizó silicona de adición ELITE HD ZHERMACK (ITALIA); se tomó también la impresión del antagonista con alginato; también se realizó el registro de mordida y la toma del color, para la cual se utilizó colorímetros y fotografías. Se colocó un pilar temporario atornillado, realizando los desgastes del pilar y se confeccionó una corona de acrílico provisional. Se ubicó el análogo del implantes en la impresión y se remitió al laboratorio para la confección del pilar atornillado; una vez terminado se comprobó el pilar definitivo y su correcta adaptación. Se volvió a derivar al laboratorio para la confección final de la corona; en boca se probó e instaló la corona definitiva de zirconia, sobre el implantes de zirconia. Caso Clínico: 165 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Foto 1 Foto 2 Foto 3 166 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Foto 4 Foto 5 Foto 6 Fuente: Elaboración Propia 167 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CONCLUSÕES De acuerdo con la metodología utilizada fue posible comprobar, que realizando rehabilitación con coronas de zirconia sobre implantes de zirconia, se obtienen mejores resultados estéticos a nivel gingival así como la biocompatibilidad, y con los mismos valores en sus propiedades mecánicas, a diferencia de las coronas ceramo-metálicas. REFERÊNCIAS: AGUDO AGUDO, R. E. Coronas Implantosoportadas. Rev. Act. Clin. Med [revista en la Internet]. [citado 2015 Ago 03]. Disponible en: http://www.revistasbolivianas.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S230437682013000100003&lng=es. PEBE, P.; RODRIGUEZ, A. Prótesis fija convencional libre de metal: tecnología CAD CAMZirconia, descripción de un caso clínico. Odontoestomatología vol.13, n.18, pp. 16-28. ISSN 1688-9339. 2011. VILARRUBÍ, A.; PEBÉ, P.; RODRÍGUEZ, A. Prótesis fija convencional libre de metal: tecnología CAD CAM-Zirconia, descripción de un caso clínico. Odontoestomatología, vol.13, no.18, p.16-28. ISSN 16 ____________________ 1 2 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected]. Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 168 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REVISIÓN BIBLIOGRÁFICA DE DATOS PUBLICADOS SOBRE IMPLANTES DE ZIRCONIA MONOBLOC Wilfrido Aquino Villalba1 José Ricardo Pereira Martins2 Ricardo Conci2 Guilherme Degani Battistetti2 Eliseu Augusto Sicoli2 Modalidad: Revisão de literatura RESUMEN: La metodología de trabajo fue la revisión bibliográfica de revistas y artículos publicados desde pubmed del año 2010 a 2015. Los estudios demostraron que el uso de la zirconia de una sola pieza monobloc en implantes dentales producen menos inflamación del tejido blando además de la saucerisacion alrededor del implante es mínima y su oseointegracion es más rápido que el titanio. En los estúdios se comprobaron que no hay colonización de bacterias patógenas. Por todas estas ventajas es una opción valida para la rehabilitación oral de pacientes que han perdido piezas dentarias de una manera cariogenica, traumatica y agenesia. Palabras claves: zirconia – oseointegracion – monobloc INTRODUCCION En los últimos años ha aparecido el dióxido de zirconio como nueva opción en implante dental, en Europa su utilización data desde 1985, en nuestra región se dio a conocer en forma reciente. Esta revisión bibliográfica se centró en la evaluación de los datos publicados sobre implantes de zirconia monobloc en cuanto a estabilidad, salud gingival, la reasorcion osea y la resistencia a la fractura (fatiga del implante) desde distintos aspectos, materiales y métodos. La búsqueda se realizó mediante publicaciones electrónicas utilizando pubmed con las palabras claves “zirconia”, “zirconium”, “ceramic”, “dental abutments” (pilares dentales), “dental implants”(implantes dentales), “plaque”(placa), saucerizacion y bacteria. Se examinaron títulos y resúmenes y se seleccionó la bibliografía que cumplía con los criterios de inclusión. OBJETIVOS El objetivo de esta revisión bibliográfica es discutir varios casos in vitro e in vivo con respecto a la actuación de una sola pieza monobloc de los implantes de óxido de zirconio en el organismo humano en combinación con escenarios clínicos en los que se utilizaron prototipos de implantes de zirconia con énfasis en las posibles preocupaciones científicas y clínicas que puede afectar a los resultados funcionales, biológicas y estéticos a largo plazo. REVISIÓN LITERARIA Carga Inmediata Se ha encontrado cuatro estudios que han demostrado los buenos resultados de los implantes de zirconia con carga inmediata, con un total de 101 implantes con un 95% de 169 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 oseointegracion, la tasa de éxito y supervivencia de 100%. A continuación se describe los casos con métodos y técnicas utilizadas. Estudio realizado para evaluar los resultados clínicos y radiológicos de una sola pieza implantes de zirconia después de 5 años de seguimiento mostro la supervivencia y tasa de éxito de salud de los tejidos blandos MBL. El estudio se realizó en pacientes mayores de 18 años, que necesitaban implantes en sitios cicatrizados y postextracción e inmediatamente restaurados con coronas provisionales en la luz contacto oclusal. Se utilizaran 32 implantes en 17 pacientes (n = 16 cada uno). Radiografías periapicales fueron tomadas en la inserción del implante (T0), después de 1 año (T1), y después de 5 años (T2) para evaluar la pérdida de hueso marginal (MBL). La profundidad de sondaje (PD), modificado Sangrado Index (MBI), modificado Placa Index (MPI), y la recesión gingival (REC) también se midieron en varias ocasiones para los implantes y los dientes de referencia, los resultados mostraron una tasa de supervivencia acumuladad el 96,9% en el T1 y el 96,8% en T2 (4,3 a 6 años) los parámetros de línea de base (sexo, arco, localización del implante, el hábito de fumar, el injerto) no mostraron ninguna influencia en MBL. (Grassi, 2015) La zirconia de una sola pieza muestra una buena conservación del hueso marginal que podría ser por la morfología y las características de los implantes de óxido de zirconio, el éxito del implante de zirconia fue demostrado en un estudio realizado cuyo objetivo fue evaluar la supervivencia y las tasas de éxito, la salud de los tejidos blandos asi como la pérdida ósea radiográfica marginal (MBL) de los implantes de zirconia mediante 35 implantes de una sola pieza colocado en las áreas estéticas y posterior de los maxilares. Los resultados mostraron que la MBL media en 48 meses de seguimiento fue 1,631 mm.(Borgonovo, 2013) Teniendo en cuenta que los implantes dentales de zirconia son indicados para la rehabilitación de las zonas altamente estéticas, para investigar el comportamiento funcional de estos implantes colocados en las regiones posteriores de los maxilares se realizo un trabajo que incluyo a 6 pacientes con 14 implantes de zirconia en áreas posterior (molar). Las tasas de éxito y supervivencia fueron del 100%. El índice modificado sangrado (MBI) y el índice de placa modificada (mPLI) fueron, respectivamente, igual a 0,57 ± 0,51 y 0,29 ± 0,47 a 4 años de seguimiento. La profundidad de sondaje media global de los implantes fue 3,13 ± 0,87 mm. La pérdida media de hueso marginal fue 0,665 mm 4 años después de la cirugía, estos datos fueron muy alentadores en lo que respecta a la salud del tejido peri-implante, la pérdida de hueso marginal y las tasas de supervivencia y de éxito de los implantes de zirconia, es todavía limitado. (Borgonovo, 2013) Una serie de casos prospectiva cuyos resultados fueron evaluados 24 meses posteriores a la restauración inmediata provisional con un total de 20 implantes de zirconia en las lagunas de un solo diente en el maxilar (11) y la mandíbula (9) de 20 pacientes. Los implantes fueron restaurados con cerámica sin metal provisionales CAD / CAM y sin contactos oclusales inmediatamente después de la colocación. Los parámetros clínicos y radiográficos demostraron una integración del 95% de óxido de zirconio de carga inmediata de una sola pieza. (Pagador, 2010) Resistencia a la fractura En cuanto a las alteraciones a nivel de hueso marginal de implantes de zirconia cargados, son similares a las alteraciones a nivel de la médula IN VIVO. Estudio realizado a 6 perros post extracción en sectores premolares y molares en 4 meses. Se encontraron diferencias individuales y la variabilidad en la magnitud de los cambios a nivel del hueso durante el período de estudio de 12 meses entre los diferentes tipos y materiales de implante, una resistencia superior se dio por dos piezas pilares hibrido CAD/CAM de óxido de zirconio. Este estudio demostró que los pilares de zirconia pueden ser clínicamente beneficiosos en áreas de alta carga (Gehrke, 2015) 170 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Basados en resultados de estudio clínico retrospectivos y evaluación de 3 años, de las restauraciones y fracasos de los implantes dentales de óxido de zirconio de diámetro reducido concluyo que no se pueden recomendar para uso clínico ya que la tasa de supervivencia global de 82,4% no es aceptable en comparación con la tasa de supervivencia bien establecido de los implantes de titanio. Se tuvo en cuenta la evaluación clínica para determinar la tasa de supervivencia y el tipo de fallo del implante, asi como la información relativa a la cirugía de implante (número, diámetro, longitud, y la posición de los implantes insertados; la edad del paciente, sexo, factores de riesgo, y la calidad de los huesos). Esta prueba se realizó en 79 pacientes que recibieron 170 implantes (diámetro reducido 3,25 mm: n = 59; diámetro 4,0 mm: n = 82; diámetro 5,0 mm: n = 29). En este estudio no hubo inflamación gingival, 30 implantes se perdieron debido a la falta de osteointegración (n = 17) o fractura (n = 13). Los implantes de diámetro reducido mostraron la tasa de supervivencia de entre (59,5%) 4,0 mm (90,6%) y 5,0 mm (73,9%). La tasa de supervivencia para los diámetros de 3,25 mm fue significativamente menor que la de los diámetros de 4,0 mm. (Gahlert, 2012) Se utilizó análisis de microscopio electrónico de barrido (SEM) de dos fracturadas de una sola pieza implantes de zirconia, para identificar los orígenes de fallos y así ayudar en la comprensión de los mecanismos de fallo, se observó fractura durante el torque final en la cresta maxilar utilizando la llave de torsión prescrito mano. Fuerzas de flexión aplicadas sobre el implante durante la colocación quirúrgica y los defectos inherentes en el material pueden haber dado lugar a la iniciación de grietas y el fracaso del implante, por lo tanto se debe tener precaución al colocar implantes de zirconia en sitios hueso denso, modificación de los protocolos quirúrgicos para el sitio de implante.(Osman, 2012) El objetivo del presente estudio fue realizar el análisis de fallos macroscópica y microscópica de los implantes dentales de óxido de circonio para lo cual se utilizó 170 implantes insertados en 79 pacientes cuyas historias fueron comparados para identificar las razones del fracaso de los implantes en un rango de 20 a 56 meses. Trece implantes se fracturaron,por análisis de fallos (SEM) se pudo demostrar que en todos los casos, la sobrecarga mecánica causó la fractura de los implantes. Heterogeneidades y defectos internos del material cerámico podría ser excluido, pero muescas y arañazos debido a chorro de arena de la superficie llevaron a concentraciones de esfuerzos locales que llevaron a la sobrecarga mecánica mencionado por las cargas de flexión. Doce de estos implantes fracturados tenía un diámetro de 3,25 mm y un implante tenía un diámetro de 4 mm. Todos los implantes fracturados se ubicaron en la parte anterior del maxilar y la mandíbula. El paciente con la fractura del implante de diámetro 4 mm se vio afectada negativamente por el fuerte bruxismo. El presente estudio identificó una tasa de fractura de casi el 10% en un período de seguimiento de 36,75 meses después de la carga protésica, 92 %implantes fracturados eran llamados implantes de diámetro reducido. Estos implantes de diámetro reducido no puede ser recomendado para su uso clínico, además se debe mejorar el material cerámico y la modificación de la geometría del implante para reducir la tasa de fracaso de pequeño tamaño de los implantes. Solamente estudios clínicos demostrarán claramente si y en qué medida la tasa de fracaso puede ser reducido. (Gahlert, 2012) El objetivo de este estudio fue evaluar la resistencia a la fractura de ZrO (2) implantes después de la exposición a la boca artificial. Siete de las 120 muestras fallaron en el simulador de masticación la fractura del implante se produjo a 72,5 a 85,0 N cuando no se prepararon los implantes, y en 539 a 607 N cuando se prepara. Las muestras del grupo A fracturaron en el nivel del tornillo de tope. Todos los ZrO (2) implantes fracturados en el nivel de la resina Technovit (HeraeusKulzerGmbH& Co., Wehrheim, Alemania). No se observó una fractura del ZrO (2) coronas en el grupo G. La media de valores de resistencia a la fractura obtenidos estaban dentro de los límites de aceptación clínica. Sin embargo, una preparación de implante tenía una influencia negativa estadísticamente significativa en la resistencia a la fractura del implante. Datos clínicos a largo 171 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 plazo son necesarios antes de utilizar una sola pieza ZrO (2) para la práctica diaria. (Andreiotelli, 2009) OSEOINTEGRACION La oseointegración de los implantes de una pieza de zirconia en comparación con un implante de titanio de diseño idéntico se realizó mediante un estudio histomorfométrico en el perro, se evaluó la osteointegración de una sola pieza de zirconia vs. implantes de titanio en función de su profundidad de inserción por histomorfometría. Dentro de los límites de este estudio en animales, se concluye que los implantes de zirconio son capaces de establecer estrechos tasas BIC similares a lo que se conoce a partir del comportamiento oseointegración de los implantes de titanio con la misma modificación de la superficie y la rugosidad. (Koch, 2010) Datos clínicos sobre tasa de supervivencia y éxito de los implantes dentales de óxido de zirconio (ZI) em estúdios realizados (2006-2011) con un total de 17 estudios clínicos, y 1.675 implantes en 1.274 pacientes. En 16 estudios, se investigaron los sistemas de implantes de una sola pieza. Las tasas de supervivencia para ZI van desde 74 hasta 98% después de 12 a 56 meses, con tasas de éxito entre 79,6-91,6% 6-12 meses después de la restauración protésica. Por el pequeño número de estudios y limitacion de tiempo se necesita otros estúdios para confirmar la tasa de êxito y supervivência. (Depprich, 2014) Para evaluar retrospectivamente el rendimiento clínico de zirconia en implantes endoóseos, fue realizado en 74 pacientes tratados con 121 implantes de zirconia (66 implantes de dos piezas y 55 implantes de una pieza) fueron evaluados clínicamente después de un período de observación media de 18 meses. Tres implantes habían fracasado y se habían retirado, para una tasa de supervivencia de los implantes acumulada de 96,5% (± 2,0%) después de 3 años. Los 118 implantes sobrevivientes demostraron mucosas sanas,se midió en las radiografías intraorales.Se observaron niveles óseos marginales estables (media pérdida ósea de 0,1 ± 0,6 mm después de 3 años). La frecuencia de aislamiento de todas las bacterias fue similar en los sitios de los dientes y de los implantes con tejidos sanos y estable. (Brull,2014) Dos años de seguimiento con el objetivo de presentar la experiencia clínica con los implantes de dióxido de zirconio estabilizado con itrio colocados en hueso nativo o hueso regenerado, dio como resultado las buenas propiedades mecánicas, posibilidad de fácil fabricación de la restauración protésica y la buena integración en el tejido y la estética, ofrecen condiciones perfectas para el dióxido de zirconio estabilizado con itrio pueda convertirse en el material más utilizado en implantología. (Brüll, 2014) El objetivo de este estudio fue evaluar la tasa de éxito de 5 años de implantes de óxido de zirconio de una sola pieza (CeraRoot) con tres diferentes tipos de superficies Tres superficies rugosas diferentes fueron diseñados y fabricados para este estudio: recubierto, no recubierto, y grabado ácido. Se fabricaron cinco diseños diferentes de implantes. Procedimientos quirúrgicos estándar o sin colgajo se utilizaron para la colocación del implante. Aumento óseo simultáneo o elevación de seno se realizó cuando la altura o anchura del hueso era insuficiente. Definitivas restauraciones de cerámica sin metal se colocaron 4 meses después de la colocación del implante. Los implantes fueron seguidos hasta 5 años con un total de 831 implantes en 378 pacientes. La tasa de éxito de los implantes en general después de 5 años de seguimiento fue de 95% (92,77% para los implantes no revestidos, 93,57% para los implantes revestidos, y 97,60% para los implantes al ácido). La tasa de éxito del grupo de superficie al ácido fue significativamente mejor que la de los otros dos. A partir de esta investigación, se pudo concluir que los implantes dentales de óxido de zirconio con superficies rugosas podrían ser una alternativa viable para la sustitución de dientes. (Oliva, 2011) Otra investigación de un año de seguimiento de los implantes de óxido de zirconio en los seres humanos primeros 100 en una comparación de 2 superficies rugosas diferentes. El objetivo 172 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 de este estudio fue evaluar la tasa de éxito.El estudio incluyó a 36 pacientes con una edad media de 50 años. La tasa de éxito de los implantes en general después de 1 año de seguimiento fue del 98% en ambos grupos recubiertos y no recubiertos. A partir de estos resultados preliminares, se puede concluir que los implantes dentales de óxido de zirconio con superficies rugosas podrían ser una alternativa viable para la sustitución de dientes.(Oliva, 2011) EFECTO DE LA CARGA CÍCLICA El propósito de este estudio fue evaluar los efectos de las cargas cíclicas en el microespacio vertical del maxilar, prótesis 12 unidades apoyadas por 4 implantes y prótesis en 14 unidades apoyadas por 6 implantes.El microespacio vertical se redujo significativamente después de apretar todos los tornillos en el marco, que puede dar lugar a una situación no pasivo. Marcos de más largo palmo mostraron un aumento del microespacio. La carga cíclica no tuvo influencia en la microgap vertical dentro de cada grupo. (Tiossi, 2014) Se realizó un estudio para determinar si los implantes de cerámica (Y-TZP)son una alternativa viable a los implantes de titanio para el apoyo de sobredentaduras.El objetivo de este estudio fue evaluar el éxito clínico 1-año de una sola pieza de los implantes de óxido de zirconio en comparación con-diseño similar implantes de titanio, en el contexto de un nuevo protocolo para la distribución de implante. Veinticuatro participantes edéntulos fueron asignados aleatoriamente a una sola pieza de titanio o grupo de implantes de zirconia. Cada participante recibió cuatro implantes en el maxilar superior (a mediados de paladar y tres implantes crestales anterior) y tres implantes en la mandíbula (a mediados de la sínfisis y dos implantes distales bilaterales). Protocolo de carga convencional fue seguido. Se evaluaron la remodelación ósea marginal y el éxito clínico de los implantes. Los datos fueron analizados estadísticamente, y se evaluaron los predictores de riesgo de fracasos de los implantes. La tasa de superviviencia de la zirconia fue de 90,9% frente a 95,8% del titanio en la mandíbula y 55% frente a 71,9% en el maxilar respectivamente. La pérdida ósea menos marginal se observó alrededor de los implantes de titanio (0,18 mm) en comparación con el grupo de óxido de zirconio (0,42 mm). El modelo de predicción reveló un mayor riesgo de fracasos de los implantes en el maxilar superior (P <0,0001). El resultado de este estudio indica precaución antes de ofrecer recomendaciones para el uso de una sola pieza implantes de zirconia para el apoyo sobredentadura. Su uso debe limitarse a los casos con alergia demostrado titanio. (Osman, 2014) Suave y Duro respuesta tisular a zirconia contra implantes de titanio de una sola pieza Situado en alveolar y Sitios palatinos: un ensayo controlado aleatorio. La investigación tuvo como objetivo investigar la respuesta del tejido blando y duro para Ti y Zr implantes en pacientes desdentados, incluyó a 24 participantes divididos en dos grupo de 12 entre titanio y zirconia, restaurados con implantes de una a pieza-ball pilar para apoyar sobredentaduras. Los participantes recibieron cuatro implantes maxilares (dos en el alveolo de premolares, uno fuera del centro en la línea media alveolar, y un implante en todo el diámetro en el paladar media anterior) y tres implantes mandibulares (uno en los implantes de la línea media y posterior bilateral). Los resultados mostraron una tasa de éxito las tasas de éxito tanto para los implantes de Ti y Zr eran bajos, el 67,9% de todos los implantes alveolares y una tasa de supervivencia del 50,0% para los implantes palatinos. Sólo 11 (52,4%) de los 21 implantes palatinos sobrevivió al período de seguimiento. La salud peri-implante fue igual para Ti y Zr, Se observaron diferencias estadísticamente significativas en el nivel óseo radiográfico entre Ti y Zr mostrando esta ultima una mayor pérdida de masa ósea. En esta investigación se mencionó también que la falla del material podría haber sido por el material utilizado. (Siddigi, 2015) 173 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 El propósito de este estudio fue comparar el estrés y la tensión que ocurre en el hueso y los implantes utilizados para apoyar sobredentaduras. Se utilizó análisis tridimensionalde elementos finitos (FEA 3D) para comparar una sola pieza implantes de óxido de circonio y titanio.Se utilizó una pieza de zirconia y los implantes de titanio (diámetro, 3,8 × 11,5 mm) con 2,25 mm de pilares de bola de diámetro. Dio como resultado que los implantes de cerámica hechas de zirconia tetragonal policristalino estabilizado con itrio pueden ser una alternativa potencial a los implantes de titanio para el apoyo de sobredentaduras. Perotodavía se requieren estudios clínicos prospectivos para confirmar estos resultados in vitro. Para determinar los efectos de la carga cíclica y preparación en la resistencia a la fractura de los implantes de zirconio se realizó una investigación in vitro. Se utilizó 48 implantes de una pieza se dividieron en dos grupos de 24 implantes: grupo A (sin modificación) y el grupo B (preparación chaflán 1 mm). Los grupos A y B fueron divididos en tres subgrupos de ocho implantes cada uno (1 = sin carga artificial, 2 = carga artificial [98 N; 1,2 millones de ciclos de carga], y 3 = carga artificial [98 N; 5 millones de ciclos de carga]). Se utilizó un análisis de resistencia a la fractura en Newtons. La preparación así como la carga cíclica pueden disminuir la resistencia a la fractura de los implantes de óxido de zirconio. Sin embargo, incluso los valores más bajos de la fuerza media de la fractura de los implantes utilizados en el estudio parecen soportar fuerzas oclusales promedio, incluso después de un intervalo prolongado de carga artificial. (Kohal, 2011) DISCUSION La revisión de los artículos seleccionados mostro que, desde el punto de vista biológico y mecánico, los pilares de zirconia eran fiables en la región anterior. Además, la zirconia pueden constituir una superficie de material menos atractiva para la retención precoz de la placa bacteriana, en comparación con el titanio. Tres estudios clínicos de seguimiento indicaron que la zirconia pueden funcionar sin fracturas ni lesiones periimplante. Hasta ahora todos los sistemas tenían un monobloque de diferentes tamaños encima del muñón, se construía la corona. La desventaja de este sistema es que si la estabilidad primaria no es suficiente, no se puede poner una prótesis provisional sobre el muñón: tampoco es eficaz no cargar el muñón por razones obvias (estéticas). Existe una publicación que concluye que al utilizar implantes de monobloque directamente post-extracción se pierde hasta un 40 por 100 de los implantes y además existeperdida de hueso horizontal de 0,7 -0,9 mm (Cannizarro G. et al:2010). En el estudio que presenta (Koch et al Stadlinger: 2010) comentan que tuvieron que cortar los implantes con un disco de diamante antes de implantarlos en los perros y minipigs que estaban utilizando para el trabajo de investigación, para evitar su perdida por fuerzas masticatorias. Un implante en monobloque es muy eficaz si conseguimos la estabilidad primaria. Los primeros implantes de Strauman también eran de monobloque por el problema del gap. Como es sabido en el gap se esconde una multitud de bacterias que luego por su difusión producen inflamación crónica y en consecuencia perdida de hueso CONCLUSIONES Los implantes de zirconia de tipo monobloc en la revision bibliografica de los articulos selecionados demostraron desde el punto de vista biológico; por la biocompatibilidad, por la resistencia a la fuerza mecânica a la carga ciclica y los efectos estéticos, una buena opción para las rehabilitaciones oral. Se debe tener precacaucion para la utilizacion de los implantes de tamaño reducido para la colocacion del mismo en hueso denso se mejorando el fresado y la fuerza de flexion aplicada sobre el implante. 174 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REFERENCIAS: GRASSI, F. R.; CAPOGRECO, M.; CONSONNI, D.; BILARDI, G.; BUTI, J.; KALEMA, J. Z. Int J Oral Maxillofac Implants. May - Jun. 2015. GEHRKE, P.; JOHANNSON, D.; FISCHER, C.; STAWARCZYK, B.; BEUER, F. Int J Oral Maxillofac Implants. May - Jun 2015. SPIES, B. 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PAGADOR, M.; ARNETZL, V.; KIRMEIER, R. M.; KOLLER, ARNETZL, G.; JAKSE, N. Int J Oral Maxillofac Implantes. May- Jun 2010. OSMAN, R. B.; MA, S.; DUNCAN, W.; DE SILVA, R. K.; SIDDIQI, A.; SWAIN, M. V. Clin Implants Dent Res. Feb 2012. GAHLERT, M.; BURTSCHER, D.; GRUNERT, I.; KNIHA, H.; STEINHAUSER, E. Clin Implants Dent Res. Jun 2012. KOHAL, R. J.; WOLKEWITZ, M.; TSAKONA, A. Clin Implants Dent Res. May 2011. OLIVA, J.; OLIVA, X.; OLIVA, J. D. Clin Implants Dent Res. Feb 2010. ANDREIOTELLI, M.; KOHAL, R. J. Clin Implant Dent Relat Res. Jun 2009 BRÜLL, M.; VAN WINKELHOFF, A.J.; CUNE, M.S.; Int J Oral Maxillofac Implants. Jul 2014. ____________________ 1 2 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected]. Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko. 175 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 176 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EFEITO DO PHENILPROPANODIONA (PPD) SOBRE A ESTABILIDADE DE COR DE UM CIMENTO RESINOSO EXPERIMENTAL FOTOATIVADO Helouise Righi1 Fabiana Scarparo Naufel Ana Rosa Costa Gabriel Abuná Mario Alexandre Coelho Sinhoreti Modalidade: Pesquisa RESUMO: A Canforoquinona (CQ) é o fotoiniciador mais empregado nos compósitos odontológicos, porém tem coloração amarelada e sofre escurecimento ao ser exposta à luz ultra violeta (UV), comprometendo a estética. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o efeito do fotoiniciador Phenilpropanodiona (PPD) sobre a estabilidade de cor de um cimento resinoso experimental fotoativado, comparado a uma marca comercial sem CQ (RelyX Veneer®). A hipótese nula testada neste estudo é que o PPD não interfere na alteração de cor ( Δ E) de cimentos resinosos fotoativados, após foto envelhecimento por exposição prolongada a luz UV, quando comparado a um cimento comercial sem CQ. Este diferem entre si quanto ao tipo e concentração dos fotoiniciadores. Foram cimentados discos cerâmicos sobre dentina bovina, simulando restaurações indiretas, sendo (n=8) expostas a 120 h de UV, e testadas quanto ao Δ E, mensuradas empregando a escala CIELAb, por meio de um espectrofotômetro de reflectância. Foi verificada a distribuição normal e homogênea dos dados, para então serem submetidos ao teste t, com significância de 5%. Os resultados mostraram que não houve diferença na alteração de cor dos cimentos estudados, e ambos apresentaram média de Δ E inferior ao limite detectável pelo olho humano (Δ E).Conclui-se que o PPD é uma opção viável como iniciador para compostos resinosos fotopolimerizáveis para evitar o amarelamento comumente ocasionado pela presença de canforoquinona. Palavras-chave: Fotoiniciador; Fotoativação; Cimento resinoso; Cores REFERÊNCIAS BRANDT, W. C.; SILVA, C. G.; FROLLINI, E.; SOUZA-JUNIOR, E. J. C.; SINHORETI, M. A. C. Dynamic mechanical thermal analysis of composite resins with CQ and PPD as photo-initiators photoactivated by QTH and LED units. Journal of the Mechanical Behavior of Biomedical Materials, v. 24, p. 21-29. 2013 OLIVEIRA, D. C. R. S; SOUZA-JUNIOR, E. J.; PIETRO, L. T.; COPPINI, E. K.; MAIA, R. R.; PAULILLO, L. A. M. S. Color Stability and Polymerization Behavior of Direct Esthetic Restorations. Journal of Esthetic and Restorative Dentistry. DOI 10.1111/jerd.12113. 2014 SILAMI, F. D. J.; MUNDIM, F. M.; GARCIA, L. F. R.; SINHORETI, M. A. C.; PIRES-DE-SOUZA, F. C. Color stability of experimental composites containing different photoinitiators. Journal of Dentistry, v. 4, p. e62-e66. 2013. ______________________ 1Mestranda em Odontologia [email protected] pela Unioeste área de concentração Materiais Odontológicos. 177 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 RESISTÊNCIA À MICROTRAÇÃO DE DOIS CIMENTOS RESINOSOS AUTOCONDICIONANTES EM FUNÇÃO DO TIPO DE SUBSTRATO DENTAL E TEMPO DE ARMAZENAGEM EM ÁGUA Felipe Augusto Malinoski Francio1 Maristela Maria Galina Pezzini Rolando Plümer Pezzini Danielle Shima Luize Fernanda G. Pezzini Modalidade: Pesquisa RESUMO: O objetivo neste estudo foi comparar a resistência de união à microtração de dois cimentos resinosos autocondicionantes (Rely X U100 - 3M ESPE e Multilink - IVOCLARVIVADENTE) em função do tipo de substrato dental (dentina oclusal e esmalte vestibular) e tempo de armazenagem em água (24 horas, três e seis meses). Foram utilizados sessenta terceiros molares humanos, não cariados, extraídos e armazenados em solução de formalina a 10% por um período de 14 dias. Os dentes foram separados aleatoriamente em 12 grupos experimentais (n=5) de acordo com tempos de armazenagens, substratos e cimentos, após foram incluídos em resina acrílica ativada quimicamente no interior de cilindros de PVC, com 20 mm de diâmetro por 25 mm de altura. Foram confeccionados blocos de resina composta indireta VMLC (VITA) de 5,0 x 5,0 x 6,0 mm, simulando uma restauração indireta. As amostras foram armazenadas em água destilada à temperatura de 37ºC durante 24 horas, três e seis meses, fim dos quais foram confeccionados os palitos para o teste de microtração, com área de 1 mm². O teste foi realizado em máquina universal de ensaios com velocidade de 0,5 mm/minuto, utilizando célula de carga de 500 kN. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de significância de α=5%. Os resultados foram influenciados pelo tipo de substrato dental e tempo de armazenagem em água. Em esmalte vestibular, no tempo de 24 horas, o cimento Multilink apresentou valores de resistência de união maior que o Rely X U100; em seis meses o valor de resistência de união do Rely X U100 foi maior que o Multilink. Em relação ao tempo só houve diferença em esmalte vestibular. As fraturas mais freqüentemente encontradas foram mistas, na avaliação em MEV (Microscópio Eletrônico de Varredura). Palavras chaves: Resistência de União; Cimentos Adesivos; Adesão. ______________________ 1Acadêmico de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Campus Cascavel/PR. E-mail: [email protected] 178 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 179 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES COM SÍNDROME DE BÖRJESONFORSSMAN-LEHMANN- RELATO DE CASO. Cristiano Ribeiro de Lima1 Adriano Tomio Hoshi2 Maria de Fátima Monteiro Tomasin2 Mateus Augusto Bom Ami Teixeira3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: O paciente com deficiência pode ser considerado como todo indivíduo com algum tipo de alteração, que necessita de educação especial e instruções suplementares temporárias ou definitivas. Muitos desses pacientes possuem alterações que já são bem conhecidas. Contudo, existem aquelas que são menos frequentes. Esse é o caso da Síndrome de BÖRJESON-FORSSMAN-LEHMANN, uma síndrome extremamente rara, descrita pela primeira vez em 1962. As principais características incluem deficiência mental severa, obesidade, baixa estatura e uma aparência física diferente. Elas evoluem com a idade e mostram uma considerável variação, mesmo em indivíduos da mesma família. síndrome é herdada como um traço recessivo ligado ao cromossoma X e é causada por uma mutação no gene PHF6.Os homens são predominantemente afetados, mas as manifestações mais leves podem ser vistos nas mulheres. O diagnóstico é feito com base numa aparência característica em combinação com outros sintomas e é reforçada se existem outros homens da mesma família com a síndrome.O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de paciente, com esta síndrome, atendido no CEO – Centro de Especialidades Odontológicas de Cascavel – PR. A metodologia se baseia em um estudo descritivo, a partir de dados coletados do prontuário do paciente com a Síndrome de BÖRJESON-FORSSMAN-LEHMANN. Neste estudo utilizaremos, além do prontuário, registros radiográficos, registros fotográficos, além de artigos relacionados à Síndrome. Concluímos que pacientes portadores dessa síndrome nem sempre necessitam de atendimento especial,se colaborador podem ser atendidos o mais rápido possível pelo cirurgião dentista mais próximo. Palavras-chave: Síndrome; especial; rara. REFERÊNCIAS: LIU, Z. Structural and functional insights into the human Borjeson-Forssman-Lehmann Syndrome associated protein PHF6. J Biol Chem, v.289, p.10069–10083, 2014. SANTOS, B.; AQUINO, D.; FERNANDES, D. Perfil epidemiológico dos portadores de necessidades especiais atendidos em uma clínica odontológica. Rev Bras Promoção Saúde, v.2, n.2, p.83-91, 2008. TURNER, G. et al. The clinical picture of the Borjeson-Forssman-Lehmann syndrome in males and heterozygous females with PHF6 mutations. Clin Genet, V.65, p.226–232 ,2004. ____________________ 1 Acadêmico , Unioeste, [email protected] Unioeste. ³ Acadêmico , Unioeste. 2.Docente, 180 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TETRALOGIA DE FALLOT: RELATO DE CASO CLÍNICO Paula Crystina de Campos Rizental 1 João Armando Brancher2 Andréa Paula Fregoneze Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A Tetralogia de Fallot (TF) trata-se de uma enfermidade cardíaca congênita caracterizada por defeitos anatômicos do coração que acarretam a redução do fluxo sanguíneo no circuito pulmonar. Como resultado, a criança portadora da patologia, apresenta cianose. Em crianças cardiopatas várias condições da doença levam a comprometimento da saúde bucal, pois a negligência poderá propiciar facilmente a instalação de doenças bucais. A relação entre saúde bucal e sistêmica deve ser constantemente reforçada aos pais, incluindo aconselhamento dietético, higiene bucal e suplementos de flúor se necessário. Este estudo objetivou analisar, por meio de uma revisão bibliográfica, as características inerentes à TF, os cuidados que devem ser adotados durante o tratamento odontológico, assim como descrever um caso clínico da referida doença atendida na clínica de Pacientes Especiais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Paciente do sexo feminino, sete anos de idade, diagnosticada aos doze meses de idade como portadora da TF devido aos quadros frequentes de cianose. Realizaramse ações preventivas e curativas mediante cobertura antibiótica profilática. Os pacientes portadores da TF necessitam de uma atenção odontológica precoce, pois é essencial para prevenir o desenvolvimento de doenças bucais as quais são focos de infecção que induzem à bacteremia, e consequentemente, à endocardite bacteriana infecciosa. Palavras-chave: Tetralogia de Fallot, Cianose, Endocardite Infecciosa Bacteriana. REFERÊNCIAS: GRAHN K, WIKSTRÖM S, NYMAN L, RYDBERG A, STECKSÉN-BLICKS C. Attitudes about dental care among parents whose children suffer from severe congenital heart disease: a casecontrol study. International Journal of Paediatric Dentistry. 2006; 16: 231-238. FONSECA MA, EVANS M, TESKE D, THIKKURISSY S, AMINI H. The impact of oral health on the quality of life of young patients with congenital cardiac disease. Cardiol Young. 2009; 19 (3): 252 - 256. ____________________ 1 Departamento de Odontologia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, Paraná, Brasil. [email protected] 2 Departamento de Odontologia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Universidade Positivo. Curitiba, Paraná, Brasil. 181 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 182 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ASSOCIAÇÃO DA HIPOPLASIA DO ESMALTE COM OUTRAS ANOMALIAS E OCLUSÃO NO PACIENTE INFANTIL Nayara Gonçalves Emerenciano1 Maria Gisette Arias Provenzanno² Adilson Luiz Ramos2 Sabrina Vieira Botelho3 Murilo Hernane Gonzalez Pimenta3 Modalidade: Pesquisa RESUMO: A incidência e o grau de expressão de anomalias dentárias podem fornecer informações para os estudos filogenéticas e genéticos. A etiologia das anomalias dentárias associadas pode ser explicada por uma inter-relação genética. O presente trabalho tem como objetivo investigar a associação entre a hipoplasia de esmalte com anomalias dentárias e as alterações oclusais no paciente infantil. Foram avaliados 678 registros clínicos, fotográficos e radiográficos de crianças entre 5 e 12 anos da Universidade Estadual de Maringá, entre os anos de 2009 a 2013. As anomalias dentárias registradas foram: número, erupção, estrutura e forma. Os distúrbios irruptivos observados foram: erupção ectópica de canino e 1o molar permanente; distoangulação de pré-molares; transposição, infra-oclusão de molares decíduos e impactação dentária. Foram avaliadas as alterações oclusais nos grupos com anomalias dentárias associadas (GAA), controle (GC) hipoplasia de esmalte combinada à outras anomalias dentárias (GHA) e hipoplasia de esmalte sem associação (GH). Os resultados mostraram que das 678 crianças, 134 (19.76%) apresentaram anomalias dentárias, sendo 76 (56.71%) de forma associada. Também observou-se associação significante da hipoplasia de esmalte com agenesias dentárias (OR 3.32). Além disso, houve uma associação significante do GAA e as alterações oclusais. Entre as anomalias dentárias associadas observadas, a hipoplasia de esmalte foi a mais prevalente e associada com as agenesias dentárias. As alterações oclusais apresentaram-se relacionadas com a presença das anomalias dentárias associadas. Palavras-chave: Anomalias dentais; Hipoplasia de esmalte; Oclusão dentária. REFERÊNCIAS: GARIB D, ALENCAR BM, LAURIS JRB, BACCETTI T. Agenesis of maxillary lateral incisors and associated dental anomalies. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2010;137:732-736 BACCETTI T. A controlled study of associated dental anomalies. Angle Orthod. 1998;68:267-74. GARIB DG, PECK S, GOMES SC. Increased occurrence 5- Garib DG, Alencar BM, Ferreira FV, OZAWA TO. Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário. Dental Press J Orthod. 2010;15:138-157. _____________________ 1 Discente, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] ²Docente, Universidade Estadual de Maringá ³Discente, Universidade Estadual de Maringá 183 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CONDUTA FRENTE À FRATURA CORONÁRIA COM EXPOSIÇÃO PULPAR RELATO DE CASO Nayara Gonçalves Emerenciano1 Margareth Calvo Pessuti Nunes² Letícia Citelli Conti³ Sabrina Vieira Botelho³ Murilo Hernane Gonzalez Pimenta³ Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Os traumatismos dentários são causados por ações que ao superar a resistência imposta pelos tecidos ósseos e dentários causam danos e injúrias ao complexo dento-alveolar, gerando impactos na qualidade de vida do indivíduo. Devido a grande prevalência, passou a ser considerado um problema crescente de saúde pública. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de fratura coronária com exposição pulpar atendido no Centro Especializado Maringaense de Traumatismo Alvéolo Dentário (CEMTrau) apresentando as condutas clínicas realizadas e evidenciando a importância da abordagem multidisciplinar. Paciente H.H.S, 8 anos, gênero masculino, compareceu ao CEMTrau com fratura no elemento dentário 21 e com proteção pulpar realizada no posto de saúde. O teste de sensibilidade obteve resposta positiva do órgão dentário e as radiografias periapicais apresentaram ausência de lesão periapical. Após a remoção do material protetor, foi detectada coleção purulenta superficialmente, sendo assim, realizou-se pulpotomia seguida de proteção pulpar e restauração provisória. Formou-se barreira dentinária e o dente foi restaurado definitivamente, possibilitando a colagem do fragmento seguido de acabamento e polimento. Concluímos que o tratamento foi satisfatório devido a capacitação profissional que o CEMTrau oferece, possibilitando assim um atendimento curativo individualizado baseado em anamnese, exame físico e radiográficos detalhados. Palavras-chave: Trauma; pulpotomia; fratura coronária. REFERÊNCIAS ANDREASEN JO, ANDREASEN FM. Texto e atlas colorido de traumatismo dental.3ª Ed. ArtMed, São Paulo: 2001 TRAEBERT JL. Traumatismo Dentário.In:Luiz RR, COSTA AJLC, NADANOVSKY P. Epidemiologia e Bioestatística na Pesquisa Odontológica. Ed. Atheneus, São Paulo 2005: 128141. COHENCA N, ROGES RA, ROGES R. The incidence and severity of dental trauma in intercollegiate athletes. J Am Dent Assoc. 2007,138(8):1121-6. ______________________ 1Discente, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] ²Docente, Universidade Estadual de Maringá. ³Discente, Universidade Estadual de Maringá. 184 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 HIPOMINERALIZAÇÃO INCISIVO – MOLAR: RELATO DE CASO CLÍNICO Fernanda Lobo1 Ariane Tonet 2 Gabriela Cristina Santin 3 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A formação do esmalte ocorre em duas fases: formativa e maturação. Alterações nestas fases, chamadas hipoplasia e hipomineralização, são permanentemente registradas na superfície. A hipomineralização ocorre na fase da maturação e causa alteração na translucidez, com áreas de coloração variando do branco ao amarelo-acastanhado. Algumas vezes, a hipomineralização pode estar presente em incisivo e molar, concomitantemente. Vários fatores etiológicos são citados como causa das alterações, mas sua etiologia ainda permanece desconhecida. Nesta condição, o esmalte hipomineralizado é frágil e pode se destacar facilmente, deixando a dentina exposta e podendo causar sensibilidade dentária e maior risco de lesões de cárie. Assim, devido à importância clínica dessa alteração, o objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão sobre o assunto e a apresentação de casos clínicos de hipomineralização incisivo – molar. Palavras-chave:: Dente incisivo, Dente molar, Hipomineralização dentária REFERÊNCIAS: SILVA, C. S; ANDRADE, D. C; LEANCHE, E. B. Alterações dentárias de cor em Odontopediatria. Rev Maxillaris, 2011. 40-52 p. FERNANDES, A. S; MESQUITA, P; VINHAS, L. Hipomineralização incisivo-molar: uma revisão de literatura. Rev. Portuguesa de Estomatologia, 2012. 259-262 p. VILANI, P. N. L; PAIM, A. S. Hipomineralização molar-incisivo: relato de caso clínico. Report Case/ Caso Clínico, 2014. 64-68 p. _______________________ 1 Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected] de Graduação da Universidade Estadual de Maringá 3 Doutora em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Professora de Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá 2 Aluna 185 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LUXAÇÃO LATERAL NA DENTATURA DECÍDUA- RELATO DE CASO Nayara Gonçalves Emerenciano1 Gabriela Cristina Santin² Gabriela Machado de Oliveira Terra³ Graziela Martioli³ Sabrina Vieira Botelho4 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Lesões traumáticas dentárias ocorre com frequência em crianças. O atendimento a crianças com traumatismos na dentição decídua requer uma abordagem diferente daquela utilizada na dentição permanente, isso porque existe uma relação muito próxima entre o ápice do dente decíduo afetado pelo trauma e o germe do dente permanente sucessor. As possíveis repercussões sobre o dente permanente devem ser consideradas ao se realizar o tratamento imediato, de modo a evitar danos adicionais. A luxação lateral é definida como o deslocamento do dente em uma direção palatal/lingual ou vestibular. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um trauma recorrente na dentadura decídua, atendido na clínica odontológica da Universidade Estadual de Maringá. Paciente P.S.C, gênero feminino, com 5 anos de idade foi diagnosticada com luxação lateral no dente 51. A conduta clínica foi o exame clínico dos tecidos moles e duros, teste de mobilidade/percussão, exame radiográfico e registro fotográfico. O tratamento imediato realizado foi a limpeza e antissepsia da região acometida e o reposicionamento do dente decíduo e posteriormente realizado o acompanhamento. É imprescindível que o cirurgião-dentista tenha conhecimento dos protocolos envolvendo o manejo das lesões traumáticas. O profissional deve estar engajado na propagação de medidas de prevenção de acidentes envolvendo crianças pré-escolares. Palavras-chave: Dente Decíduo; Luxação Dentária; Traumatismos Dentários. REFERENCIAS: ANDREASEN, J.O. ANDREASEN, F.M. Texto e atlas colorido de traumatismo dental. 3ª ed. São Paulo: Artmed, 2001. MALMGREN, B., et. al., International Association of Dental Traumatology guidelines for the management of traumatic dental injuries: 3: Injuries in the primary dentition. Dental Traumatology, 28: 174–182, 2012. SKAARE, A.B., et. al., Enamel defects on permanent successors following luxation injuries to primary teeth and carer´s experiences, International Journal of Paediatric Dentistry, 25:221-228, 2015. _____________________ 1Discente, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] ²Docente, Universidade Estadual de Maringá ³Discente da Pós-Graduação, Universidade Estadual de Maringá 4 Discente, Universidade Estadual de Maringá. 186 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 UNIÃO ENTRE DECÍDUO E PERMANENTE COMO SEQUELA DE LUXAÇÃO INTRUSIVA Renata Zoraida Rizental Delgado1 Leidielly Aline Valente2 Dora Catalina Bernal Verdugo2 Thais Alexandre Maximiano2 Farlí Carrilho Boer Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Traumatismos dentoalveolares são frequentes em crianças devido ao aprendizado de andar e à falta de equilíbrio que propicia quedas. A luxação é o traumatismo que ocorre com maior frequência nos decíduos, sendo que a intrusiva e a avulsiva são as que mais causam danos aos sucessores permanentes. O potencial de causar distúrbios ao germe do permanente em desenvolvimento é alto devido à proximidade anatômica e dependem da idade, direção da intrusão, severidade e tratamento. As consequências ao permanente variam de hipocalcificações de esmalte à retenção do germe do permanente. Objetivo: Relato de caso e descrição clínica e histológica de sequela de luxação intrusiva do elemento dentário 61. Relato do caso: Paciente encaminhado para tratamento de abscesso dentoalveolar agudo na região de incisivo central superior esquerdo. Na anamnese foi relatado histórico de traumatismo na primeira infância em região antero-posterior e após exame clínico e radiográfico o caso foi enquadrado como sequela tardia de traumatismo dentário a qual culminou na dilaceração de seu sucessor, retenção do decíduo, subsequente união de ambos e abscesso agudo. O tratamento de escolha foi antibioticoterapia e exodontia. As análises macro e microscópica da peça evidenciaram a presença dos elementos 21 e 61 intimamente unidos, bem como alterações provocadas em ambos. Conclusão: Este caso vem reafirmar o potencial que os traumatismos na dentadura decídua têm em gerar sequelas em seus sucessores e a necessidade de um critério quanto ao exame clínico e radiográfico, diagnóstico, plano de tratamento e acompanhamento, no intuito de alcançar o melhor prognóstico possível. Palavras-chave: Traumatismos dentários; Movimentação dentária; Dentição primária. REFERÊNCIAS: ANDREASEN, J.; ANDREASEN, F.; ANDERSSON, L. Textbook and color atlas of traumatic injuries to the teeth. Oxford, 4 ed. 2007. CARVALHO, V.; JACOMO, D.R.; CAMPOS, V. Frequency of intrusive luxation in deciduous teeth and its effects. Dent Traumatol. 26(4): p. 304-7, 2010. ____________________ 1Residente 2Residente em Odontopediatria - Bebê Clínica / Universidade Estadual de Londrina. em Odontopediatria - Bebê Clínica / Universidade Estadual de Londrina. 187 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 188 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ALTERAÇÕES TRANSVERSAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À DISJUNÇÃO PALATINA Maria Eliza de Araújo Silva1 Carlos Eduardo De Oliveira Lima 2 Modalidade: Pesquisa RESUMO: As alterações das dimensões transversais do tratamento com disjunção rápida da sutura palatina mediana podem ser avaliadas por meio da radiografia cefalométrica em norma frontal, pois permite uma visão ampla das modificações ortopédicas e dentárias. O objetivo do presente estudo foi analisar as alterações transversais decorrentes da expansão rápida da maxila (ERM) com aparelho disjuntor de Haas Modificado, através das radiografias em norma frontal. Foram avaliadas 34 radiografias em norma frontal realizadas antes do tratamento (Fase 1) e após o período de contenção (Fase 2), em pacientes com idade média de 8 anos e 4 meses na Fase 1. Medidas lineares e angulares foram estabelecidas para medir as alterações transversais. A análise estatística foi realizada através do teste “t” de Student e a pressuposição de normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk. Os resultados revelaram aumento e alterações da largura maxilar, evidenciada pelo aumento entre os pontos jugais esquerdo e direito da maxila e pela redução da distância entre esses pontos e a linha facial frontal. O aumento da largura da cavidade nasal e na distância intermolares superiores foi estatisticamente significativo. As medidas angulares dos incisivos superiores evidenciaram uma inclinação distal desses incisivos. Concluiu-se que a expansão transversal da maxila foi obtida com o aparelho proposto em todos os pacientes, com aumento da largura maxilar, da cavidade nasal e da distância intermolares superior. Nenhuma alteração significativa foi verificada em relação à inclinação dos molares superiores e às alterações no arco inferior. Palavras-chave: Expansão Rápida da Maxila, Radiografia em norma frontal, Alterações transversais REFERÊNCIAS: SANTOS-PINTO, C.C.M.; HENRIQUES, J.F.C. Expansão rápida da maxila: preceitos clínicos e radiográficos. Odontol USP, Ribeirão Preto, v. 4, p. 164-166. 1990. SATO, K.; VIGORITO, J.W.; CARVALHO, L.S. Avaliação cefalométrica da disjunção rápida da sutura palatina mediana através da telerradiografia em norma frontal. Ortodontia. São Paulo, v.19, p. 44-51, 1986. ____________________ 1 Pós-graduanda no curso de Especialização em Ortodontia da Universidade Estadual de Londrina, [email protected] 2 Doutor, Universidade Estadual de Londrina. 189 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO ALINHAMENTO DENTÁRIO UTILIZANDO-SE APARELHO AUTOLIGADO Daniely Karoliny Almeida1 Bruna Timbola1 Vanessa Gotz1 Gracieli Solony Rabel do Prado Slanski1 Ricardo Sampaio de Souza1 Modalidade: Pesquisa RESUMO: Os bráquetes autoligados foram desenvolvidos com o intuito de diminuir o tempo de tratamento ortodôntico, devido a uma maior velocidade de alinhamento dentário em relação ao aparelho convencional, e menor número de consultas por seu tempo de ativação ser maior sobre os aparelhos convencionais. Porém ainda existem poucas evidências cientificas que suportem esses benefícios. Objetivo: Avaliar a velocidade do alinhamento dentário após a montagem do aparelho ortodôntico, em pacientes com aparelho autoligado e com aparelho convencional. Metodologia: Foram selecionados para esta pesquisa 13 que necessitavam de tratamento ortodôntico, com presença de apinhamento. Os voluntários foram divididos em dois grupos: Grupo 1 – em 6 pacientes foram montados aparelhos ortodônticos tipo autoligado, e grupo 2 – em 7 pacientes foram utilizados bráquetes geminados convencionais. A avaliação do apinhamento foi realizada em modelos de gesso obtidos no início do tratamento e após 120 dias de tratamento ortodôntico. O índice utilizado para avaliar a má oclusão foi o índice de irregularidade de Little´s (LII). Resultados: Observou-se que ambos foram eficientes no alinhamento dentário. Comparando-se o LII inicial e o final com o aparelho convencional obtevese um valor de P= 0,001, enquanto que com o aparelho autoligado, o valor do P foi de 0,021.Conclusão: O aparelho autoligado e o aparelho convencional apresentaram resultados semelhantes na fase inicial de alinhamento. Palavras- chave: Aparelho autoligado, ortodontia, alinhamento dentário REFERÊNCIAS: CASTRO, R. Braquetes autoligados: eficiência x evidências científicas, Rev. dent. press ortodon. ortopedi. facial, v. 14, n. 4, p. 20-24, 2009. GRAVINA, M. et al. Clinical evaluation of dental alignment and leveling with three different types of orthodontic wires. Dental Press J. Orthod., v. 18, n. 6, p. 31-37, 2013. ____________________ 1Acadêmica do Curso de Odontologia - PIC/UNIPAR, [email protected] 190 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SISTEMAS DE ADESÃO EM BRÁQUETES COLADOS PELA TÉCNICA INDIRETA: UM ESTUDO IN VITRO. Felipe de Brum Ricardi1 Mauro Carlos Agnes Busato2 Patrícia Oehlmeyer Nassar2 Jussimar Scheffer Castilhos3 Priscilla do Monte Ribeiro Busato4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: Na ortodontia, é de suma importância a utilização de materiais com resultados clínicos confiáveis e que apresentem fácil manuseio, a fim de diminuir o tempo clínico e a ocorrência de falhas na colagem. Neste trabalho avaliou-se a existência ou não de diferença na resistência adesiva e no índice de adesivo remanescente entre a colagem direta e indireta com diferentes adesivos e resinas. Foram colados bráquetes em 60 incisivos bovinos, divididos em 3 grupos. No grupo I (controle): colagem direta com o adesivo e resina Transbond XT; grupo II: colagem indireta com o adesivo Alpha Plast e resina Natural Ortho; grupo III: colagem indireta, sistema de adesão Sondhi e resina Transbond XT. Os corpos de prova foram submetidos a testes de cisalhamento realizados em uma máquina Texturômetro TA HD plus (Stable micro system). Os resultados obtidos em Newton (N) foram registrados convertidos em Megapascal (Mpa), através da área do bráquete (0,12cm2). Os resultados mostraram superioridade da colagem direta quanto à resistência adesiva em relação à colagem indireta. A resistência adesiva obtida na colagem indireta com o adesivo Alpha Plast se mostrou similar, em laboratório, ao adesivo Sondhi. Com relação ao IAR (índice de adesivo remanescente), houve uma predominância de remanescente adesivo ficando em maior quantidade na base do bráquete removido para todos os grupos; houve uma maior quantidade de remanescente de resina no dente para o grupo Alpha Plast. Palavras-Chave: Bráquetes Ortodônticos, Resistência ao Cisalhamento, Ortodontia. REFERÊNCIAS VIJAYAKUMAR, A.; VENKATESWARAN, S.; KRISHNAWAMY, N.R. Effects of three adhesion boosters on the shear bond strength of new and rebonded brackets: an in vitro study. World Journal Orthodontic, v.11, n.2, p.123-128, 2010. THIYAGARAJAH, S.; SPARY, D.J.; ROCK, W.P. A clinical comparison of bracket bond failures in association with direct and indirect bonding. Journal Orthodic, v.33, n.3, p.198-204, 2006. LINN, B.J.; BERZINS, D.W.; DHURU, V.B.; BRADLEY, T.G. A comparison of bond strength between direct- and indirect-bonding methods. Angle Orthodontic, v.76, n.2, p.289-94, 2006. ____________________ 1 Mestrando, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected] Doutor, Odontologia pela Universidade Estadual Paulista Julho de Mesquita Filho 3 Graduado, Universidade Estadual do Oeste do Paraná 4 Doutora, Universidade Pontifícia Católica do Paraná. 2 191 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO ENTRE OS BRAQUETES CERÂMICOS CONVENCIONAIS E AUTOLIGADOS Luana Caroline Piva1 Mariana Nunes Lira Lima1 Pedro Marcelo Tondelli2 Paulo Eduardo Baggio2 Silvano Cesar da Costa2 Modalidade: Pesquisa RESUMO : Com a evolução nos materiais e técnicas na Ortodontia houve o aprimoramento dos tratamentos. Assim, os braquetes com sistema autoligado surgiram da busca por um sistema que produzisse uma baixa resistência friccional, facilitando a movimentação dentária. Os braquetes cerâmicos surgiram com a finalidade de melhorar a estética dos aparelhos ortodônticos, entretanto, a resistência friccional produzida parece ser maior do que nos braquetes convencionais metálicos. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a força friccional entre os braquetes cerâmicos autoligados e braquetes cerâmicos convencionais associados à ligadura elástica. Metodologia: Para a realização do experimento foram utilizados 15 braquetes autoligados e 15 braquetes convencionais. Os corpos de prova foram confeccionados utilizando um braquete colado em uma placa de vidro de microscopia, contendo tubos metálicos de primeiro molar superior em cada extremidade, associados a um segmento de 10cm de fio retangular 0,019x0,025” que possuía um helicóide em uma das pontas para permitir o tracionamento. O fio era tracionado através do conjunto tubo/braquete/tubo por uma máquina que registrava em um tensiometro digital o atrito gerado. Os dados foram analisados utilizando o teste “t” de “Student” com nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados demonstraram que os braquetes cerâmicos convencionais associados a ligaduras elásticas possuem maior atrito quando comparados aos braquetes cerâmicos autoligados. Conclusão: Pôde-se concluir que os braquetes cerâmicos autoligados possuem menor atrito quando comparados aos braquetes cerâmicos convencionais associados a ligaduras elásticas. Palavras-chave: Braquete cerâmico, força friccional, braquete autoligado. REFERÊNCIAS: VOUDOURIS, J. C.; SCHISMENOS, C.; LACKOVIC, K.; KUTFINEC, M. M. Self-Ligation Esthetic Brackets with Low Frictional Resistance. Angle Orthod, v. 80, n0. 1, p. 188-194, 2010. VINAY, K.; VENKATESH, M.J.; NAYAK, R. S.; PASHA, A.; RAJESH, M.; KUMAR, P. A comparative study to evaluate the effects of ligation methods on friction in sliding mechanics using 0.022" slot brackets in dry state: An In-vitro study. Journal of International Oral Health, v. 6, n0. 2, p. 76-83, 2014. ____________________ 1Pós-Graduanda Curso de Ortodontia e Ortopedia Facial , Universidade Estadual de Londrina, email: [email protected]. 2Doutor, Universidade Estadual de Londrina . 192 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ESTUDO COMPARATIVO CEFALOMÉTRICO DOS EFEITOS DENTOESQUELÉTICOS DECORRENTES DO TRATAMENTO COM DOIS TIPOS DE APARELHOS DE HERBST E UM GRUPO CONTROLE, EM ADOLESCENTES COM RETROGNATISMO MANDIBULAR Déborah Sponchiado1 Luiz Carlos Marchi2 Gladys Cristina Dominguez3 Luis Antonio de Arruda Aidar4 Talita Piassa Mafessoni5 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O aparelho de Herbst é um aparelho ortopédico utilizado para correção da maloclusão de Classe II esquelética com retrognatismo mandibular. Nesta pesquisa realizou-se um estudo retrospectivo, com 94 adolescentes com maloclusão de Classe II e retrognatismo mandibular. A amostra foi dividida em três grupos: grupo A aparelho de Herbst com coroas de aço, grupo B aparelho de Herbst com splints acrílicos e grupo controle. As telerradiografias laterais foram obtidas em T1 (inicial) e T2 (final do período de observação). Os resultados mostraram que os grupos tratados obtiveram restrição do crescimento maxilar, maior crescimento mandibular, quando comparado ao grupo controle. Nos grupos tratados se observou distalização dos molares superiores, mesialização dos molares inferiores, inclinação lingual dos incisivos superiores, protrusão dos incisivos inferiores. Houve restrição vertical dos incisivos inferiores nos grupos tratados. Com esse estudo concluiu-se que com a utilização do aparelho de Herbst ocorreram mudanças que melhoraram as relações dentoesqueléticas sagitais. Palavras-chave: Ortopedia. Maloclusão de Angle Classe II. Aparelhos ortodônticos. INTRODUÇÃO: O aparelho de Herbst tem se mostrado muito eficiente no tratamento da maloclusão de Classe II associada ao retrognatismo mandibular (Herbst, 1910; Pancherz, 1979). Além da possibilidade de estimular o crescimento mandibular, esse método de tratamento resulta no redirecionamento do crescimento maxilar, movimento mesial dos dentes da mandíbula e movimento para distal dos dentes da maxila (Pancherz, 1982). Com relação ao momento oportuno para iniciar o tratamento com o aparelho de Herbst, o período do pico de crescimento puberal apresenta maior crescimento condilar quando comparado a indivíduos tratados nos períodos pré e pós-pico. O nível somático de desenvolvimento influencia a terapia com o aparelho de Herbst, o crescimento sagital condilar prevalece, em média, no período do pico de crescimento e compensação dentoalveolar, no período de tratamento pós-pico. No entanto, mudanças esqueletais e dentais nos três períodos de crescimento têm mostrado uma grande variação individual (Pancherz; Hägg, 1985; Almeida et al., 2005). OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi comparar três grupos de adolescentes, no pico máximo de crescimento com maloclusão de Classe II, associada a retrognatismo mandibular, às alterações dentoesqueléticas, observada em um período de doze meses, decorrente do tratamento ortopédico, com dois tipos de aparelho de Herbst (Grupos A e B) e um Grupo controle (Grupo C),considerando: 193 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 12345- Alterações sagitais esqueléticas (Maxila, Mandíbula); Alterações no padrão de crescimento e morfologia mandibular; Alterações dentoalveolares sagitais; Alterações dentoalveolares verticais; Mudanças no plano oclusal. METODOLOGIA: Fizeram parte deste estudo retrospectivo multicêntrico 94 adolescentes, brasileiros, leucodermas, de ambos os gêneros, portadores de maloclusão de Classe II, divisão 1ª, associada a retrognatismo mandibular, com idade óssea no pico do crescimento da adolescência, divididos em três grupos: Grupo A: 32 adolescentes que foram tratados com aparelho de Herbst com coroas de aço e bandas ortodônticas; Grupo B: 32 adolescentes tratados com aparelho de Herbst com “splints” acrílicos; Grupo C: 30 adolescentes que não receberam tratamento (grupo controle). Os critérios de inclusão considerados foram iguais para os três grupos: 1 - Indivíduos com discrepância ântero-posterior entre maxila e mandíbula, causada por retrusão mandibular, e que admitia clinicamente avanço mandibular; com evidências dos caracteres sexuais secundários (exemplo: pelos no rosto e mudança no tom de voz nos meninos, e mudança física nas meninas), posteriormente, confirmado com radiografia de mão e punho, na fase do aparecimento do osso sesamoide, até imediatamente após passado o pico máximo, havendo atingido o início do capeamento da falange medial do terceiro dedo, na radiografia de mão e punho (Helm et al., 1971); 2 - Com maloclusão de Classe II, divisão 1ª e ANB ≥ 4,5 ; 3 - Com dentadura permanente (não necessariamente com os segundos molares). Os critérios de exclusão considerados foram iguais para os três grupos: 1- Com dentes comprometidos periodontalmente; 2- Que possuíam cáries extensas, com coroas destruídas; 3- Que tinham sido submetidos a tratamento ortodôntico anterior. A participação dos adolescentes neste estudo foi autorizada após os pais assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido concordando com todas as etapas do estudo e a posterior divulgação dos resultados. Foram realizadas documentações ortodônticas antes do início do período de observação (T1), em todos os pacientes dos Grupos A, B e C, e ao final da primeira fase do período de tratamento/observação, de 12 meses (T2). Fazem parte dessas documentações: telerradiografias em posição lateral, radiografia panorâmica, radiografia de mão e punho, modelos de estudo, fotografias extrabucais e intrabucais. Todas as 188 telerradiografias foram traçadas de forma manual, identificando os pontos e linhas de referências para realizar avaliações cefalométricas, conforme descritas por Margolis (1943), Riedel (1952), McNamara (1981), Pancherz (1982,1982) e Ricketts (1982), com a finalidade de avaliar as mudanças esqueléticas, determinação do tipo facial e avaliar as mudanças dentoalveolares. As variáveis quantitativas foram representadas por média e desvio padrão. A comparação entre as medidas cefalométricas, nos períodos T1-T2, foi feita pelo teste t - pareado. As diferenças intergrupos das variáveis esqueléticas e dentárias foram feitas através da análise de variância (ANOVA) e comparações múltiplas de Tukey. Como os testes apresentaram aderência dos dados à distribuição normal, aplicou-se testes paramétricos (Kolmogorov-Smirnov). Determinou-se confiabilidade dos resultados, selecionando-se 20% das teleradiografias dos três grupos que foram retraçadas um mês após a finalização de todos os traçados nos quais não foi observado significância. Para avaliar o erro sistemático aplicou-se o coeficiente de correlação 194 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 intraclasse, onde os resultados apresentaram excelente correlação, ou seja, baixo erro sistemático. Baseados nestas justificativas, julga-se aceitável e confiável o método de trabalho deste estudo. Adotou-se o nível de significância de 0,05 (α = 5%). Níveis descritivos (P) inferiores a esse valor foram considerados significativos e representados por *. Níveis descritivos (P) inferiores a 0,01 (α=1%) foram considerados significativos e representados por **. Níveis descritivos (P) inferiores a 0,001 (α= 0,1%) foram considerados significativos e representados por ***. Níveis sem significância estatística foram representados por n.s. RESULTADOS: Comparação das diferenças intergrupos das variáveis cefalométricas em T1 e T2: Grupo A x Grupo B; Grupo A x Grupo C e Grupo B x Grupo C, através da análise de variância (ANOVA) e comparações múltiplas de Tukey, estão apresentadas na tabela 01. Tabela 01 - Comparação das diferenças intergrupos das variáveis cefalométricas em T1 e T2 Variável Cefalométrica GRUPO A GRUPO B GRUPO C Média D.P 0,77 1,48 Média D.P 1,13 1,20 Média D.P 1,55 1,07 pg/LOp 3,66 2.02 4,50 2,55 2,63 1,95 A x B (p) = 0,278 A x C (p) = 0,164 B x C (p) = 0,003* pg/LOp + co/Lop 3,39 2,09 4,11 2,28 2,10 3,33 A x B (p) = 0,515 A x C (p) = 0,131 B x C (p) = 0,009* is/LOp – ss/Lop -0,58 1,33 -1,47 1,75 0,65 1,41 A x B (p) = 0,053 A x C (p) = 0,005* B x C (p) < 0,001* ii/LOp – pg/Lop 1,52 1,72 1,78 1,77 -0,47 1,24 A x B (p) = 0,785 A x C (p) <0,001* B x C (p) <0,001* ms/LOp – ss/Lop -1,73 1,61 -0,80 1,89 1,08 1,05 A x B (p) = 0,048* A x C (p) <0,001* B x C (p) <0,001 mi/LOp – pg/Lop 1,55 1,13 1,42 1,59 0,00 0,93 A x B (p) = 0,916 A x C (p) <0,001* B x C (p) <0,001 SN.LO (º) 1,97 1,83 3,80 2,99 0,57 1,26 A x B (p) = 0,003* A x C (p) <0,001* B x C (p) <0,001* ss/LOp Comparações múltiplas de Tukey ----------------- Comparação das diferenças intergrupos para determinação do padrão de crescimento e morfologia mandibular em T1 e T2: Grupo A x Grupo B; Grupo A x Grupo C e Grupo B x C através da análise de variância (ANOVA) e comparações múltiplas de Tukey, estão apresentadas na tabela 02. 195 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Tabela 2 - Comparação das diferenças intergrupos para determinação do padrão de crescimento e morfologia mandibular em T1 e T2 Variável Cefalométrica GRUPO A GRUPO B GRUPO C Comparações múltiplas de Tukey Resultados Média D.P Média D.P Média D.P SN.GoGn - 0,16 1,79 - 0,31 1,81 - 0,67 1,53 ------------------------ A=B=C SGoc:NMex100 0,40 1,64 0,78 1,73 0,38 1,27 ------------------------- A=B=C Ar.Goc.Me 0,08 1,43 0,38 2,35 ----------------------- A=B=C Ar.Goc.N -0,64 1,01 -0,52 1,31 -0,33 1,13 ------------------------ A=B=C N.Goc.Me 0,72 0,97 0,92 1,38 0,45 1,40 ------------------------- A=B=C Dc.Xi.Pm 0,75 1,59 0,33 1,25 0,53 1,18 -------------------------- A=B=C Morfologia mandibular - 0,28 2,82 Comparação das diferenças intergrupos das variáveis esqueléticas e dentoalveolares em T1 e T2: Grupo A x Grupo B; Grupo A x Grupo C e Grupo B x C,através da analise de variância (ANOVA) e comparações múltiplas de Tukey, estão apresentadas na tabela 03. Tabela 3 - Comparação das diferenças intergrupos das variáveis esqueléticas e dentoalveolares em T1 e T2 Variável Esqueléticas GRUPO A Média D.P GRUPO B Média D.P GRUPO C Média ±D.P SNA -0,69 1,22 -0,98 1,16 0,45 0,83 A x B (p) = 0,522 A x C (p) <0,001* B x C (p) <0,001 SNB 1,19 1,31 1,42 1,06 0,62 0,83 A x B (p) = 0,667 A x C (p) = 0,104 B x C (p) = 0,013* Comparações múltiplas de Tukey 196 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ANB -1,88 -1,36 -2,41 0,68 -0,17 A.Nperp -0,81 2,02 -1,09 1,04 0,30 1,06 A x B (p) = 0,719 A x C (p) = 0,009* B x C (p) = 0,001* P.N.perp 2,34 2,75 1,50 2,29 1,13 1,93 ---------------------------- Co-A 0,28 2,49 0,81 1,60 1,78 1,36 A x B (p) = 0,500 A x C (p) = 0,007* B x C (p) = 0,112 Co-Gn 4,28 2,75 5,47 2,36 2,60 1,73 A x B (p) = 0,108 A x C (p) = 0,015* B x C (p) <0,001 1-PP 0,84 1,11 1,84 1,15 0,77 0,92 A x B (p) = 0,001* A x C (p) = 0,0637 B x C (p) <0,001* 6-PP -0,27 1,19 - 0,45 1,65 1,20 1,01 A x B (p) = 0,837 A x C (p) < 0,001* B x C (p) < 0,001* 1-GoMe 0,02 1,17 0,22 0,93 0,88 0,78 A x B (p) = 0,686 A x C (p) = 0,002* B x C (p) = 0,024* 6-GoMe 1/S N 1,39 1,17 -3,67 3,75 1,64 1,09 - 8,22 5,38 1,27 0,75 0,53 2,60 --------------------------A x B (p) < 0,001* A x C (p) < 0,001* B x C (p) < 0,001* IMPA 7,91 5,06 5,73 3,98 0,38 2,79 A x B (p) = 0,089 A x C (p) < 0,001* B x C (p) < 0,001* 0,61 A x B (p) = 0,071 A x C (p) <0,001* B x C (p) <0,001 DISCUSSÃO: Corroborando com vários estudos na literatura (Pancherz,1979; Pancherz,1981; Sidhu et al.,1995; Schütz et al.,2003; Vigorito; Dominguez, 2007), a resposta mandibular frente ao estímulo ortopédico ocorreu de forma favorável nos Grupos A e B, sem diferença entre eles. Quando comparado com o grupo controle observou-se um incremento de crescimento (Co-Gn) duas vezes maior no Grupo B e uma resposta ortopédica menor no Grupo A. Essa tendência foi observada em quase todas as grandezas (pg/LOp+co/LOp,SNB,pg/LOp), embora em proporção menor, quando comparadas com a variável Co-Gn. O Grupo A apresentou uma resposta ortopédica discretamente maior na correção da sobressaliência e o Grupo B, um efeito esquelético bem evidente, na correção do molar. No presente estudo, o ângulo ANB diminui 197 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 significantemente nos Grupos A e B, favorecendo a correção do retrognatismo mandibular e o ajuste sagital das bases ósseas. Além dos efeitos ortopédicos promovidos com este método de tratamento na correção da maloclusão de Classe II, mecanismos compensatórios também ocorreram. Os incisivos superiores inclinaram-se em direção lingual nos dois grupos tratados, sendo maior no Grupo B. Os incisivos inferiores protruíram, no Grupo A (2,14mm) e Grupo B (2,25mm), enquanto analisando a variável IMPA, observamos uma vestibularização para o Grupo A (7,58 ) e Grupo B (3,35 ). Houve uma restrição do deslocamento vertical superior dos incisivos inferiores nos dois Grupos (A e B), provavelmente pela vestibularização ocorrida. O plano oclusal (SN.LO) rotacionou no sentido horário, devido ao controle vertical dos molares superiores (6-PP), enquanto os incisivos superiores apresentaram deslocamento vertical inferior (1-PP). O tratamento nos grupos estudados não resultou em mudanças verticais significantes nos molares inferiores (6-GoMe), quando comparado com o grupo controle. No presente estudo, o terço inferior da face (ENA-ME) apresentou um aumento significante nos três grupos, concordando com os trabalhos de Pancherz (1979, 1982), McNamara et al., (1990), Schiavoni et al., (1992), Sidhu et al., (1995), Schütz et al., (2003) e Barnett et al., (2008), isso provavelmente devido ao aumento do comprimento efetivo da maxila e mandíbula. O aumento na altura facial anterior ocorre com o crescimento para baixo do plano mandibular de forma paralela. Isso parece lógico porque o aumento na altura facial anterior, durante o tratamento com Herbst, é devido ao efeito geométrico do reposicionamento mandibular anterior e ao aumento do comprimento mandibular. Isso foi confirmado pela medida SN.GoGn, que não apresentou diferença entre os grupos, embora tenha diminuído significantemente entre T1 e T2 no grupo controle, indicando rotação anti-horária da mandíbula, concordando com outros estudos Ruf e Pancherz (1996), Kim e Nielsen (2002), Chung e Wong (2002) e Silva Filho et al., (2009). Correção do molar 6.05mm (100%) Esqueletal 1.8mm (29.75%) Maxila 0.78mm (12.89%) Mandibula 1.02mm (16.85%) Dental 4.27mm (70.57%) Molar Maxilar 2.71mm (44.78%) Molar Mandibular 1.56mm (25.78%) Figura 01 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção da relação dos molares (T1xT2) no Grupo A, considerando o grupo controle. 198 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Correção da sobressaliência 5.04mm (100%) Esqueletal 1.8mm (35.71%) Maxila 0.78mm (15.47%) Dental 3.24mm (64.28%) Incisivo Superior 1.1mm (21.82%) Mandibula 1.02mm (20.23%) Incisivo Inferior 2.14mm (42.45%) Figura 02 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção da sobressaliência (T1xT2) no Grupo A, considerando o grupo controle . Correção do molar 5.51mm (100%) Esqueletal 2.29mm (41.56%) Maxila 0.43mm (7.80%) Dental 3.22mm (58.43%) Mandibula 1.86mm (33.75%) Molar Maxilar 1.79mm (32.48%) Molar Mandibular 1.43mm (25.94%) Figura 03 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção da relação dos molares (T1xT2) no Grupo B, considerando o grupo controle. Correção da Sobressaliência 6.56mm (100%) Esqueletal 2.29mm (34.90%) Maxila 0.43mm (6.55%) Mandibula 1.86mm (28.34%) Dental 4.27mm (65.09%) Incisivo Superior 2.02mm (30.79%) Incisivo Inferior 2.25mm (34.29%) Figura 04 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção da sobressaliência (T1xT2) no Grupo B, considerando o grupo controle. 199 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 O padrão facial nos Grupos A e B do presente estudo manteve-se estável ao final do tratamento. O controle vertical na região posterior da maxila ficou evidente na avaliação da variável 6-PP nos Grupos A e B, que não apresentaram diferenças significantes entre T1 e T2. Os pacientes dos Grupos A e B realizaram expansão rápida da maxila ao início do tratamento, procedimento que resultou em rotação para baixo e para trás da mandíbula avaliada clinicamente, comprovada cefalométricamente por vários estudos (Haas, 1970; Gray; Brogan, 1970; Garib et al., 2007). O efeito “High Pull” do mecanismo telescópico do aparelho de Herbst, associado ao padrão de crescimento favoravel dos pacientes dos Grupos A e B, contribuíram favoravelmente ao longo do tratamento, para compensar os efeitos deletérios verticais iniciais provocados pela expansão rápida da maxila, na correção do componente transversal da maloclusão. Dessa forma, manteve-se o equilíbrio entre altura facial anterior (N-Me) e altura facial posterior (S-Goc), não alterando o padrão facial do paciente, em concordância com investigações prévias, Pancherz (1981), Schiavoni et al., (1992), Ruf e Pancherz (1996, 1997), Schütz et al., (2003), Vigorito e Dominguez (2007) e Aidar et al., (2009). Apesar do ângulo goníaco superior (Ar.Goc.N) ter diminuído de maneira significativa nos dois Grupos (A e B) o ângulo goníaco inferior aumentou, não alterando a morfologia mandibular (Ar.Goc.Me) nos grupos tratados. Achados semelhantes foram observados por Franchi et al., (1999), avaliando pacientes na mesma fase de maturação somática do presente estudo. Embora não tenham ocorrido alterações verticais significantes, com a correção da Classe II dos casos tratados, é de suma importância o acompanhamento longitudinal desse grupo de adolescentes, para avaliação da estabilidade dos resultados obtidos. Finalmente, todos os pacientes deste trabalho foram submetidos a uma segunda fase do tratamento ortodôntico, com montagem de aparelhagem fixa superior e inferior, com o objetivo de refinamento da oclusão. Após essa fase, novas avaliações serão realizadas, no intuito de verificar a estabilidade dos resultados obtidos do início ao final do tratamento ortodôntico. CONCLUSÕES: Após avaliar e discutir os resultados obtidos, pode-se concluir que as mudanças dentoesqueléticas observadas foram: Alterações esqueléticas sagitais: A maxila projetou-se para anterior no Grupo C, enquanto que nos dois grupos tratados (A e B) ocorreu uma restrição no seu desenvolvimento. Não houve diferença entre os Grupos A e B. A mandíbula projetou-se para anterior nos três grupos, porém, em maior proporção nos dois grupos tratados, quando comparados com o grupo controle, permitindo observar favorável ajuste sagital maxilo-mandibular, não observado no grupo controle. Alterações no padrão de crescimento facial e morfologia mandibular: Na comparação entre os 3 grupos, não houve diferença nas variações do padrão de crescimento facial entre T1 e T2. Em média, não houve mudança e diferença na morfologia mandibular entre os 3 Grupos estudados, embora nos Grupos A e B tenha ocorrido aumento do ângulo goníaco superior e diminuição do ângulo goníaco inferior. Alterações dentoalveolares sagitais: Em média, nos Grupos A e B ocorreu um movimento para lingual dos incisivos superiores, sendo maior no Grupo B. Os Grupos A e B apresentaram diferenças significantes com o Grupo controle, que mostrou os incisivos movimentando-se para anterior. Em média, nos Grupos A e B ocorreu uma vestibularização dos incisivos inferiores e não ocorreram diferenças entre eles. Os Grupos A e B apresentaram diferenças significantes com o Grupo controle, que praticamente não apresentou mudanças na posição dos incisivos. Em ambos os Grupos tratados ocorreu uma distalização dos molares superiores, sendo menor no Grupo B. No Grupo C, houve o deslocamento dos molares, devido ao crescimento e apresentou diferença significante com os Grupos A e B. Em ambos os Grupos, A e B, ocorreu movimento mesial dos primeiros molares inferiores e não houve diferença entre eles. No Grupo controle, 200 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 somente ocorreu o deslocamento, devido ao crescimento e foi encontrada diferença significante com os Grupos tratados. Alterações dentoalveolares verticais: Ocorreu um deslocamento vertical dos incisivos superiores para baixo nos três Grupos estudados. Foi maior e significante no Grupo B, quando comparado com os Grupos A e C. Não ocorreu diferença entre os Grupos A e C. Ocorreu uma restrição no deslocamento vertical dos incisivos inferiores nos Grupos A e B, enquanto no Grupo C ocorreu um deslocamento vertical significante para cima, quando comparado com os Grupos A e B. Não ocorreu diferença entre os Grupos A e B. O Grupo C apresentou um deslocamento vertical significativo para baixo dos primeiros molares superiores, diferente dos Grupos A e B, que não apresentaram alterações verticais. Ocorreu um deslocamento vertical significante para cima dos primeiros molares inferiores nos três Grupos estudados, sem diferença significante entre eles. Mudanças no plano oclusal: Enquanto foi observada rotação no sentido anti-horário no plano oclusal do Grupo C, os dois grupos tratados apresentaram rotação em sentido horário, sendo maior no Grupo B. REFERÊNCIAS: Aidar LAA, Dominguez GC, Gonzalez PLSA, Mantovani MGD. Tratamento ortopédico com aparelho de Herbst: ocorrem mudanças verticais no padrão de crescimento facial. Rev Dental Press Ortodon e Ortop Facial.2009;14 (6):72-80. Almeida MR, Henriques JFC, Almeida RR, Ursi W, and McNamara JA Jr. Short-Term Treatment Effects Produced by the Herbst Appliance in the Mixed Dentition. Angle Orthod. 2005;75(4): 540-7. 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W., Domínguez – Rodríguez, G C Avaliação cefalométrica- radiográfica das modificações esqueléticas e do perfil facial decorrentes do tratamento com o aparelho de Herbst em adolecentes com maloclusão de Classe II, divisão 1a de Angle Parte II. Ortodontia. 2003;36(1):44-61. Sidhu MS, Kharbanda OP, Sidhu SS. Cephalometric analysis of changes produced by a modified Herbst appliance in the treatment of Class II division 1 malocclusion. Br J Orthod. 1995;22(1):1-12. Silva Filho OG, Bertoz FA, Capelozza Filho L, Almada EC. Crescimento facial espontâneo Padrão II: estudo cefalométrico longitudinal. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2009;14(1):40-60. Vigorito FA, Domínguez GC. Comparação dos efeitos dentoesqueléticos decorrentes do tratamento realizado em duas fases (com aparelho de Herbst e aparelho fixo pré- ajustado) em adolescentes com retrognatismo mandibular. Ortodontia SPO. 2007;40(4):263-70. _____________________ 1 Aluna Graduação de Odontologia Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), [email protected] 2Professor Doutor da disciplina de Ortodontia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) 3Professora Doutora associada do Departamento de Ortodontia da Universidade de São Paulo (USP) 4Professor Doutor da disciplina de Ortodontia e coordenador do curso de especialização em Ortodontia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) 5Aluna Graduação de Odontologia Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). 202 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LUXAÇÃO INTRUSIVA DE INCISIVO LATERAL SUPERIOR PERMANTENTE EM UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR- RELATO DE CASO Bruna Thaís Reuter1 Ediuilson Ilo Lisboa Laélia Maria Putrick Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Introdução: A lesão traumática dental representa uma transmissão aguda de energia ao dente e às estruturas de suporte, o que resulta em fratura, deslocamento do dente, rompimento ou esmagamento dos tecidos de suporte (1). A intrusão dentária, caracteriza-se pelo deslocamento do dente para o osso alveolar. Tem como etiologia as quedas, acidentes automobilísticos, ciclísticos, agressões, acidentes esportivos, dentre outros. Uma correta anamnese e exame clínico são fundamentais para o correto diagnóstico (2). Este trabalho objetivou-se em um relato de um caso clinico onde houve uma abordagem multidisciplinar de um dente permanente que sofreu luxação intrusiva. Relato de caso: Paciente, encaminhada do pronto socorro do Hospital Universitário, após acidente moto ciclístico, para o CEO. Inicialmente foi realizado o exame clínico e RX periapical do 22, confirmando o diagnóstico de luxação intrusiva do incisivo lateral, sendo encaminhada para endodontia e ortodontia. Foi realizada a instrumentação do dente 22, e a colocação de CaOH, a fim de evitar e/ou diminuir a reabsorção radicular. Em seguida foi encaminhada para ortodontia, onde foi realizada a esplintagem e a colagem de braquetes e um botão de colagem com fio de amarrilho para tracionamento dentário do 22, seguido de sessões de manutenção e ativação. Pode-se concluir que o cirurgião-dentista deve avaliar, diagnosticar e realizar a conduta adequada, para isso precisa lançar mão de radiografias e um correto exame clínico e anamnese detalhada, tendo em vista que os tipos de traumatismos dento-alveolares são variados e demandam diferentes tratamentos, com uma equipe multidisciplinar que deve trabalhar de forma integrada. Palavras-chave: Intrusão; Luxação, Multidisciplinar; Tracionamento dentário. REFERÊNCIAS ANDREASEN, J.O.; ANDREASEN, F.M.; BAKLAND, L.K.; FLORES, M.T. Manual de traumatismo dental. Porto Alegre: Artmed; 2000. GÓES, K.K.H.; RIBEIRO, E.D.; LIMA JÚNIOR, J.L.; SILVA NETO, J.M. Avaliando os traumatismos dento-alveolares: revisão de literatura. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe, v.5, n.1, p. 21 - 26, jan/mar – 2005 _____________________ 1 Acadêmica de Odontologia da Unioeste.[ [email protected]] 203 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 MORDIDA ABERTA ANTERIOR - RELATO DE CASO Luana da Cruz¹ Monica Mayer de Oliveira Zanola² Emyr Stringhini Junior³ Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A mordida aberta anterior é um problema ortodôntico vertical, caracterizado pela alteração nas relações entre as bordas incisais dos dentes superiores e inferiores. Esta má oclusão ocorre em ambas às dentições, sendo mais prevalente na decídua, devido a hábitos como uso de chupeta, mamadeira, sucção digital, entre outros. A mordida aberta apresenta características distintas e de difícil correção, pois corrigir a dimensão vertical requer experiência e colaboração no tratamento. A idade, frequência, duração e intensidade do hábito deletério irão interferir no grau de deformidade dento maxilar e devem ser analisadas antes da escolha do tratamento. Dentre algumas opções de correção estão a remoção do hábito, uso de aparelhos ortodônticos/ortopédicos, tratamento fonoaudiólogo e cirurgias ortognáticas, e devem ser iniciadas assim que identificada, pois além da função interfere na estética do sorriso. Objetivos: O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso de mordida aberta anterior na dentição decídua. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 8 anos, portadora de uma mordida aberta anterior e interposição de língua, que desde bebê possuia hábitos parafuncionais, de chupar o dedo polegar. Para auxiliar na remoção do hábito, o tratamento ortodôntico realizado foi um aparelho disjuntor de Mcnamara, por 5 meses, e após um aparelho ortopédico SN3, por dez meses. Conclusão: Foi possível observar a correção do habito em quinze meses. O caso continua em acompanhamento e não apresenta recidiva. REFERÊNCIAS: ALMEIDA, RR. et al. Mordida aberta anterior- considerações e apresentação de caso clínico. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, São Paulo, v.3, n. 2, p. 17-29 , mar-abr. 1998. VERRASTRO, A. P. Associação entre os hábitos de sucção nutritiva e não nutritiva e as características oclusais e miofuncionais orais em crianças com dentição decídua. (Dissertação). São Paulo: Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. 2008. FAYYAT ELRC, GOLDENBERG M; A influência de hábitos orais e respiração bucal no aparecimento de mordida aberta anterior em crianças com dentição decídua; monografia de conclusão do curso de especialização em motricidade oral, CEFAC, Belo Horizonte, 1999. __________________________________________________ ¹ Acadêmica, UNISEP, [email protected] ² Profª Especialista e Mestranda em Odontopediatria, UNISEP, [email protected] ³ Profº. Drº. Especialista em Odontopediatria, UNISEP, [email protected]. 204 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 PERCEPÇÃO À DOR ORTODÔNTICA, APÓS A MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO CONVENCIONAL E O APARELHO AUTOLIGADO Gracieli Solony Rabel do Prado Slanski1 Vanessa Gotz Bruna Timbola Daniely Karoliny de Almeida Daniela de Cassia Faglioni Boleta Ceranto Ricardo Sampaio de Souza Modalidade: Pesquisa RESUMO: O desconforto e comum durante o tratamento ortodôntico, devido o processo remodelação óssea. Em busca de uma menor percepção a dor ortodôntica, alguns autores apresentam o aparelho autoligado com vantagens em relação ao convencional neste quesito. Objetivo: Avaliar a percepção à dor ortodôntica, em pacientes com aparelho autoligado e com o convencional. Metodologia: Selecionamos 17 voluntários que necessitam de tratamento ortodôntico, e que estivessem dentro dos critérios de inclusão. Os voluntários foram divididos em 2 grupos: Grupo 1: Em 7 foram montados aparelhos ortodônticos do tipo autoligado- SLB (Prescrição Roth SLI, Morelli), e grupo 2: Em 11 foram utilizado bráquetes geminados convencionais- STB (Prescrição Max- Morelli). O tratamento ortodôntico iniciou com a colagem dos bráquetes na arcada superior, nesta mesma sessão foi inserido o arco ortodôntico de níqueltitânio com espessura 0,014”(Thermo- Plus, Morelli). Avaliação da dor foi realizada através do VAS, que corresponde uma linha de 10cm, o paciente marcou nesta linha onde correspondesse a dor que ele estava sentindo no momento da avaliação: Antes da instalação do aparelho, logo após a instalação do arco ortodôntico, 4, 8, 24, 48, e diariamente até o sétimo dia após a instalação do arco. Resultados: O nível de dor com os dois aparelhos foram muito próximos. Discussão: Os resultados dos artigos que utilizamos demonstram, que não há diferença significativa entre os dois tipos de aparelhos, em se tratando de dor assim como nossos resultados. Conclusão: O aparelho convencional e o autoligado apresentam resultados semelhantes na percepção da dor. Palavras-chave: Ortodontia; Dor; Aparelho REFERÊNCIAS: BOSIO, JA; LIU,D. Movimentação dentária mais rápida, melhor e indolor: será possível?. Dental Press J Orthod, v.15, n.6, p.14-7, 2010. CASTRO, R. Braquetes autoligados: eficiência x evidências científicas. R Dental Press Ortodon Ortop Facil, v. 14, n. 4, p. 20-24, jul./ago, 2009. __________________________________________________ 1 Acadêmica do Curso de Odontologia - PIC/UNIPAR, [email protected] 205 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRATAMENTO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR COM ESPORÃO LINGUAL COLADO E GRADE PALATINA FIXA Juliana Squizatto Leite1 Luciano Bordin Matiussi² Anne Caroline Salem² Maria Gisette Arias Provenzano³ Adilson Luiz Ramos4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: A mordida aberta anterior (MAA) é uma das más oclusões de maior comprometimento estético funcional sendo caracterizada pela presença de trespasse vertical negativo entre os dentes anteriores quando os posteriores encontram-se em oclusão. Objetivo: Avaliar os efeitos da grade palatina fixa e do esporão lingual colado no tratamento da MAA no período da dentadura mista. Materiais e Métodos: Os pacientes selecionados apresentavam MAA e tinham idades entre 5 a 10 anos, e foram alocados por sorteio em três grupos: controle (n=13), grade palatina fixa (n=11) e esporão lingual colado (n=13). As variáveis observadas foram SNA, SNB, ANB, SnGoGn, 1.PP, IMPA, ângulo nasolabial, overbite (trespasse vertical) e overjet (trespasse horizontal) obtidas a partir de telerradiografias laterais tomadas ao início, aos 6 meses e após 1 ano. As comparações inter e intragrupos foram realizadas por meio de ANOVA a um critério. Resultados: O grau de MAA era similar no início (p>0,05) e, aos seis meses e após um ano, todos os grupos apresentaram melhora do overbite (p<0,05), entretanto somente os grupos tratados com grade e esporão apresentaram trespasse positivo. As demais medidas cefalométricas não se alteraram significantemente no período. Conclusão: A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que a grade palatina fixa e o esporão lingual colado são métodos simples e eficazes para o tratamento da MAA, com alguma vantagem corretiva para grade palatina no intervalo avaliado. Palavras-chave: Grade palatina; Esporão lingual; Mordida aberta. REFERÊNCIAS: COZZA P., MUCEDERO M., BACCETTI T., FRANCHI L. Early orthodontic treatment of skeletal open bite malocclusion: a systematic review. Angle Orthodontist, v. 75, n. 5, p. 707-713, 2005. ARTESE A., DRUMMOND S., NASCIMENTO J. M., ARTESE F. Critérios para o diagnóstico e tratamento estável da mordida aberta anterior. Dental Press Journal of Orthodontics, v. 16, n.3, p. 136-161, 2011. VALENTE A., MUSSOLINO Z. M. Frequência de sobressaliência, sobremordida e mordida aberta anterior na dentição decídua. Revista da Faculdade de Odontologia da USP, v. 3, n. , p. 402-407, 1898. __________________________________________________ 1 Mestranda em Odontologia Integrada, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] ² Cirurgião-dentista,Consultório Particular. ³ Professora Adjunta do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. 4 Professor Associado do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá 206 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 VELOCIDADE DA RETRAÇÃO DO CANINO UTILIZANDO BRÁQUETE MBT OU ALEXANDER Saulo Vinicius da Rosa1 Luhana Santos Gonzales Garcia2 Júlia Cerutti3 Ricardo Sampaio de Souza4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O ortodontista, em sua vida clínica, tem que tomar algumas decisões filosóficas em relação ao tratamento de seus pacientes. Dentre eles, a escolha do sistema de bráquetes o qual utilizará. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a velocidade da retração de caninos utilizando bráquetes MBT e Alexander. Foram selecionados 9 pacientes com maloclusão Classe I e II de Angle, com necessidade de extração dos dentes 14 e 24 e com ausência de problemas periodontais. Foi montado aparelho fixo em todos os dentes, sendo que nos caninos superiores, de um lado foi colado bráquete MBT, e do outro lado foi utilizado bráquetes Alexander. Os caninos foram retraídos com mola fechada de níquel titânio. Os pacientes foram atendidos a cada 30 dias, e o espaço da retração foi medida com paquímetro digital. Nos resultados a média mensal de retração com bráquete MBT foi de 1,95 mm no primeiro mês, e de 1,07 mm no segundo mês. Quando utilizado bráquete Alexander, os valores foram de 1,7 mm e de 1,43 mm, para o primeiro e segundo mês, consecutivamente. Não houve diferença estatisticamente significante na velocidade da retração do canino, quando comparados bráquetes MBT ou Alexander. Palavras-chave: Ortodontia corretiva, mecânica ortodôntica, fechamento de espaço. REFERÊNCIAS: BARLOW, M., KULA, K. Factors influencing efficiency of sliding mechanics to close extraction space: a systematic review. Orthod Craniofac Res, v. 11, n. 2, p. 65-73, 2008. BURROW, S.J. Canine retraction rate with self-ligating brackets vs conventional edgewise brackets. Angle Orthod., Appleton, v. 80, n. 4, 2010. __________________________________________________ Mestrando em Odontologia – UNIOESTE, Cascavel, Paraná, Brasil. Email: [email protected] Doutoranda em Odontopediatria – UNESP 3 Cirurgiã-Dentista – UNIPAR 4 Doutor em Ortodontia – UNESP, Professor UNIPAR. 1 2 207 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 208 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE USUÁRIOS DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UEM ACERCA DO CÂNCER DE BOCA Yasmin Firmino de Souza1 Maísa Pereira da Silva1 Ana Carolina Matsuoka² Debora Reis Dias² Vanessa Cristina Veltrini³ Modalidade: Pesquisa RESUMO: O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de mucosa bucal. Ele está entre as lesões malignas de maior incidência no Brasil e mostra taxas de morbidade e mortalidade elevadas, já que os diagnósticos são feitos tardiamente. Diagnosticar mais precocemente o câncer de boca é uma das metas dos gestores da saúde pública no Brasil. Por isso, tem-se investido na atenção primária, com ênfase em ações preventivas, focadas no exame da boca e no combate aos principais fatores de risco, como tabaco, álcool e exposição solar. A participação do paciente é fundamental nesse processo diagnóstico, mas é preciso que ele conheça a doença. Esse trabalho se propõe a entrevistar pacientes usuários da clínica odontológica da UEM, com o objetivo de avaliar o conhecimento deles acerca do câncer de boca. Os resultados mostraram que a maioria dos entrevistados já tinham ouvido falar deste tipo de câncer, principalmente pela mídia, e também presumia ser ele precedido por lesões com potencial de transformação. A história familiar é importante no estabelecimento do risco, segundo 74% dos entrevistados, e os profissionais costumam examinar apenas dentes, conforme 43% deles. A maioria procuraria o dentista, mediante uma lesão bucal; entretanto, quase 70% desconhece as especialidades odontológicas “patologia bucal” e “estomatologia”. Cerca de 64% disseram já ter examinado a própria boca, entretanto a mais de 80% o autoexame não foi ensinado. Esses dados podem ser úteis para nortear e aumentar a efetividade de campanhas preventivas focadas na conscientização da população. Palavras-chave: Câncer de boca; Tumores de boca; Estomatologia REFERÊNCIAS: AWOJOBI O, SCOTT SE, NEWTON T. Patients' perceptions of oral cancer screening in dental practice: a cross-sectional study. BMC Oral Health. 2012 Dec 18;12:55. doi: 10.1186/1472-683112-55. PETERSEN PE. Oral cancer prevention and control: the approach of the World Health Organization. Oral Oncol 2009; 45:454-60. __________________________________________________ 1 Graduanda da Universidade Estadual de Maringá. E-mail: [email protected] Universidade Estadual de Maringá ³ Docente, Universidade Estadual de Maringá. 2.Graduandos, 209 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO: RELATO DE CASO CLÍNICO Felipe Aurélio Guerra1 Natasha Magro Érnica Geraldo Luiz Griza Eleonor Alvaro Garbin Greison Rabelo de Oliveira Modalidade: Caso clínico RESUMO: O cisto ósseo traumático consiste de uma cavidade óssea, não revestida por epitélio, porém preenchida por fluído. De caráter benigno tem prevalência pelo gênero masculino, faixa etária entre 10 e 20 anos, predileção pela região de corpo e ângulo mandibular e etiologia idiopática. O diagnóstico consiste na análise integrada dos exames clínico e radiográfico, bem como dos aspectos transoperatórios. De prognóstico excelente, não dispensa proservação atenciosa. Objetivos: Relatar a conduta empregada no diagnóstico e tratamento de um cisto ósseo traumático. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 13 anos de idade, não portadora de doenças de base ou hábitos deletérios. Apresentou-se ao atendimento com dor a mastigação na região do elemento 46. Ausência de expansão das corticais, queixas sensitivas ou deslocamentos dentários. Vitalidade pulpar do quarto quadrante mantida. A análise radiográfica observou-se região radiolúcida delimitada pela base mandibular, distal do dente 44 e distal do dente 48. Diagnóstico diferencial de cisto ósseo traumático, queratocisto e ameloblastoma. Transoperatório: Punção prévia com aspiração sanguinolenta escura, confecção de janela óssea abaixo do dente 46, curetagem denotando ausência de revestimento epitelial e sutura. Diagnóstico de cisto ósseo traumático. Pós-operatório sem intercorrências. Conclusões: Com prognóstico favorável o cisto ósseo traumático deve ser proservado para se observar a neoformação óssea da região afetada. Aspectos clínicos junto a anamnese detalhada são de extrema relevância para o diagnóstico, dado o caráter idiopático de sua etiologia. Palavras-chave: cisto ósseo traumático, biópsia, descompressão, origem idiopática REFERÊNCIAS: NEVILLE, B, W; DAMM, D, D; ALLEN, C. M; BOUQUOT, J, E. Patologia oral e maxillofacial. 3ª edição. Editora Elsevier, 2009. 989 págs. MILORO, M; GHALI, G, E; LARSEN, P, E; et al. Princípios de cirurgia bucomaxilofacial de Peterson. 2ª edição. Editora Santos, 2013. 1.502 págs. V. 1. SATISH, K; PADMASHEREE, S; REMA, J. Traumatic bone cyst of idiopathic origin? A report of two cases. Ethiop J Health Sci, vol. 24, nº 2, pág 183-7, 2014. ____________________ 1Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Email: [email protected] 210 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EFEITOS ADVERSOS BUCAIS DA RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO Marciane Gorete Silvestro Fiori1 Alex Cândido Ribeiro Guilherme Fernandes Fonteque Iris SawazakiCalone RESUMO: O tratamento do câncer de cabeça e pescoço usualmente utiliza-se de recursos como a cirurgia, radioterapia equimioterapia, sendo que radioterapia quando direcionada à região de cabeça e pescoço é o tratamento que mais traz efeitos adversos bucais como a mucosite, a cárie de radiação, a candidose, a xerostomia e a osteoradionecrose. O presente trabalho tem como objetivo geral realizar uma revisão de literatura das complicações bucais que podem acometer pacientes em tratamento radioterápico no tratamento de câncer de cabeça e pescoço e como objetivo específico, descrever sobre os cuidados relativos aos efeitos adversos bucais decorrentes deste tratamento.Concluiu-se com este trabalho que um acompanhamento específico capaz de orientar o paciente com informações preventivas aos efeitos adversos bucais estes podem ser minimizados ou até mesmo evitados conferindo ao paciente de radioterapia de cabeça e pescoço uma melhor qualidade de vida. Palavras-chave: radioterapia, bucal, efeitos adversos. INTRODUÇÃO O câncer é uma doença que desperta uma crescente preocupação por parte das agências de saúde públicas mundiais e, apresenta uma indiscutível relevância social.(BEZERRA,2013). Um subgrupo maior dos carcinomas de cabeça e pescoço é referido como “câncer oral”surgindo nas mucosas da boca(lábios,base da língua,língua,assoalho bucal e palato duro) e faringe (compreende a orofaringe, a hipofaringee a nasofaringe).(ALVARENGA etal.,2008). Tabagismo e abuso de álcool são os principais fatores de risco relacionados ao câncer de cabeça e pescoço. Os sintomas variam, dependendo do local de origem, pode incluir uma dor de garganta, disfagia, odinofagia e rouquidão. No exame, os pacientes muitas vezes têm um sítio primário de identificação e uma massa cervical palpável. Uma abordagem multidisciplinar é importante no tratamento desses pacientes, dada a complexidade do tratamento e as complicações agudas e de longo prazo que resulta de quimioterapia, terapia de radiação e cirurgia. (HADDAD; SHIN, 2008). As principais modalidades de tratamento indicadas para casos de câncer de boca e pescoço incluem a cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo que a radioterapia é o tratamento que possui um grande número de efeitos deletérios bucais tanto de caráter transiente, como por exemplo a mucosite oral,quanto permanente como a xerostomia. 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL O presente trabalho tem como a objetivo realizar uma revisão de literatura acerca das complicações bucais que podem acometer pacientes em tratamento radioterápico no tratamento de câncer de cabeça e pescoço. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 211 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Descrever sobre os cuidados relativos aos efeitos adversos no tratamento com radioterapia em pacientes de câncer de cabeça e pescoço. 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 TRATAMENTO ONCOLÓGICO As opções de tratamento são escolhidas de acordo com o estadio clínico das lesões,que varia segundo a classificação TNM do American Joint CommiteonCancer (AJCC), adotada pela União Internacional Contra o Câncer(UICC).Dependendo do local e extensão do tumor primário e do status dos linfonodos cervicais,o tratamento do câncer da cavidade bucal pode ser cirúrgico,radioterápico,quimioterápico ou uma combinação deles.’ A cirurgia é o tratamento eletivo para os tumores em estadios clínicos iniciais. Para os tumores em estádios avançados, há três abordagens principais. 1- Quimiorradioterapia concomitante baseada em platina, com cirurgia reservada para doença residual; 2 cirurgia com esvaziamento cervical e reconstrução, seguida de radioterapia ou quimiorradioterapia adjuvante, dependendo da presença de fatores de risco adversos;3 quimioterapia de indução seguida de quimiorradioterapia definitiva e/ou cirurgia. Cerca de 60% dos pacientes com CEC de cabeça e pescoço têm doença localmente avançada, para a qual a modalidade de tratamento combinado com intenção curativa é recomendada. (HADDA D; SHIN, 2008). A radioterapia, de um modo geral, pode ter três objetivos distintos: curativo, remissivo e sintomático. Quando o objetivo do tratamento é extinguir todas as células neoplásicas, a radioterapia utilizada é de caráter curativo, quando se deseja reduzir parte do tumor ou complementar o tratamento cirúrgico ou quimioterápico, usa-se o termo remissivo; ao passo que, a finalidade sintomática das radiações é indicada nos casos de dor localizada. (LÔBO;MARTINS,2009). 3.2 RADIOTERAPIA Radioterapia é uma especialidade médica que utiliza um agente físico,a radiação ionizante, que é produzida em aparelhos ou obtida de radioisótopos naturais ou artificiais para finsterapêuticos.(GIGLIO;KALIKS,2007). A radioterapia é uma forma terapêutica amplamente utilizada para o tratamento das neoplasias malignas da cabeça e pescoço. (JHAM;FREIRE,2006). As radiações podem ser classificada sem não-ionizante se ionizantes. As não-ionizantes atuam seletivamente no meio biológico, isto é, as moléculas biológicas tendem a interagir com energias equivalentes às suas energias de ligação. São exemplos de radiações não-ionizantes: ultravioleta, micro-ondas, ultra-som, laser, entre outras. Em conseqüência da interação, elétrons podem mudar de órbita nos átomos (excitação), produzindo luz, ou pode ocorrer aumento da energia cinética das moléculas, produzindo calor. As radiações ionizantes possuem energia suficiente para promover ejeção de elétrons das orbitas dos átomos (ionização), como os raiosx e raios gama. Elas interagem de forma não-seletiva com qualquer componente celular. (GIGLIO; KALIKS,2007). A radiação pode induzir dois tipos de morte celular, morte clonogênica que caracterizase pela perda da capacidade de divisão celular, e a morte por apoptose na qual é um tipo de morte celular programada, que ocorre devido a alterações dentro da célula que está morrendo, existindo assim participação ativada célula em sua morte. Existe diferença na resposta radiobiológica entre o tecido normal e o doente e está relacionado com a capacidade de reparação às lesões radioinduzidas sendo que tecidos de resposta rápida são aqueles que aresentam as manifestações clínica sem curto período de tempo depois da irradiação, por exemplo: pele, mucosas, tecido hematopoiético, tecido linfóide, aparelho digestivo e certos tumores tecidos que apresentam alta atividade mitótica. 212 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Os tecidos de resposta lenta apresentam alterações em tempo mais prolongado após irradiação, exemplo: tecidos ósseo, conjuntivo, muscular e nervoso que são tecidos que possuem baixa atividade proliferativa. (GIGLIO;KALIKS,2007). 3.3 DA MUCOSITE ORAL É definida como inflamação de mucosa oral, que se manifesta através de eritema, ulceração, hemorragia, edema e dor. A mucosite oral induzida por radioterapia acomete a maioria dos pacientes submetidos à radiação tumoricida em campos cérvico-faciais.(INCA, 2008).Altas doses de radiação associadas à terapia como quimioterapia para tumores de cabeça e pescoço aumentam a incidência da mucosite oral em 100% dos casos e surge a partir da segunda semana de tratamento radioterápico. A evolução clínica de mucosite varia de acordo com a resposta individual do paciente e com a dose de radiação acumulada.(INCA, 2008).A escala mais utilizada para medir a mucositeoral é da Organização Mundial de Saúde (OMS), que classifica a mucosite em quatro graus. O grau 0 é aquele no qual não existem sinais ou sintomas. No grau 1, a mucosa apresenta-se eritematosa e dolorida. O grau 2 é caracterizado por úlceras, e o paciente alimentase normalmente. No grau 3, o paciente apresenta úlceras e só consegue ingerir líquidos. Por último, no grau 4, o paciente não consegue se alimentar.(PICO; GARAVITO; NACCACHE, 1998). 3.4 DA CANDIDOSE A candidose oral tem como principal agente etiológico a Candidaalbicans. Sua manifestação clínica se caracteriza pela presença de placas brancas removíveis a raspagem, podendo apresentar-se na forma pseudomembranosa ou eritematosa. Apesar de ser um componente da microbiota bucal normal, alguns fatores podem favorecer o crescimento desse patógeno oportunista, provocando infecção na mucosa oral, vaginal ou doença sistêmica.(FREITAS et al., 2011). Os pacientes irradiados têm maior tendência ao desenvolvimento de infecções bucais causadas por fungos e bactérias. Estudos têm demonstrado que pacientes que foram submetidos à radioterapia apresentam maior número de espécies microbianas, tais como Lactobacillussp,Streptococcos aureus e Candidaalbicans.(JHAM; FREIRE, 2006). O paciente irradiado apresenta uma queda no fluxo salivar o que pode justificar o aumenta na ocorrência da candidose, geralmente também associada a alterações no paladar e mucosite.(FREITAS et al., 2011). 3.5 DA DISGEUSIA É a distorção ou diminuição do paladar que ocorre devido à radiosensibilidade dos botões gustativos gerando a degeneração da arquitetura histológica normal dos mesmos. A saliva se torna mais viscosa e apresenta alteração bioquímica na sua qualidade, formando uma barreira mecânica dificultando o contato físico entre a língua e os alimentos. Estudos mostram que a disgeusia é queixa de cerca de 70% dos pacientes que são submetidos à radioterapia, implicando também em perda de apetite e de peso, sendo a complicação mais incômoda para muitos dos pacientes irradiados. (CHENCHARICK; MOSSMAN, 1983; OHRN; WAHLIN; SJODEN, 2001; SPETCH, 2002). 3.6 XEROSTOMIA A extensão da lesão induzida pela radioterapia depende do volume das glândulas irradiadas, em especial das parótidas, da dose total e da técnica utilizada. Habitualmente assistese a uma fase aguda de xerostomia causada pela radioterapia que surge logo à primeira semana, mas também pode haver um efeito mais tardio e permanente de compromisso da função ou seja, após alguma recuperação da secreção salivar esta pode regredir mais tardiamente e de modo irreversível. As alterações iniciais caracterizam-se por infiltrados inflamatórios, degeneração e 213 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 necrose celular, especialmente das células serosas. As alterações tardias caracterizam-se por infiltração linfocitária, dilatação dos ductos, atrofia e fibrose.(FEIO; SAPETA, 2005). 3.7 OSTEORADIONECROSE Após o tratamento de radiação o tecido sofre várias alterações se tornando hipóxico, hipovascular e hipocelular prejudicando a reconstituição do osso e favorecendo a ocorrência da osteoradionecrose. Alterações ósseas podem ser observadas em casos de procedimentos do primeiro ano ao quinto ano após a radioterapia, mas há relatos de ocorrência de 3-7 meses até 38-45 anos após radioterapia. (FREITAS et al., 2011). A mandíbula é mais acometida que a maxila e os pacientes dentados têm maiores chances de desenvolver a osteoradionecrose. A exposição óssea espontânea pode ocorrer aproximadamente um ano após o término da radioterapia e o risco para o desenvolvimento da complicação permanece indefinidamente. (JHAM; FREIRE, 2006).A osteoradionecrose pode apresentar como características clínicas: ulceração da mucosa com exposição óssea e presença de dor. O diagnóstico se dá por meio da avaliação clínica e radiográfica devido a presença de áreas de reabsorção e neoformação óssea.(FREITAS et al., 2011) 3.8 DISFAGIA A disfagia caracteriza-se por um distúrbio da deglutição ou qualquer dificuldade do trânsito do bolo alimentar da boca até o estômago, associado a complicações, tais como: desnutrição, pneumonia aspirativa, penetração laríngea, presença de saliva ou restos alimentares no vestíbulo laríngeo antes, durante ou após a deglutição. (ROSADO et al., 2005). Classicamente a disfagia é dividida em orofaríngea (cervical) e motor (baixa). A primeira é normalmente resultante de câncer da cabeça e pescoço e seu tratamento, acidente vascular cerebral e doenças neurológicas (esclerose amiotrófica lateral e Parkinson, por exemplo). A segunda é comumente representado por acalasia, doença do refluxo gastroesofágico, esclerose sistêmica progressiva, recuperação pós-operatória da junção esofagogástrica incluindo operação bariátrica e outros distúrbios de movimento do esôfago. (SALLUM; DUARTE; CECCONELLO, 2012). 3.9 TRISMO O trismo está relacionado às neoplasias malignas localizadas na região retromolar e palato mole, ocorrendo devido à exposição da articulação temporomandibular (ATM) e músculos mastigatórios às radiações, causando a fibrose gradual dos feixes musculares envolvidos. O paciente costuma relatar como primeiro sintoma a dificuldade de abertura de boca, fato que compromete a higiene oral do mesmo.(LÔBO; MARTINS, 2009). 3.10 CARIE DE RADIAÇÃO Mesmo indivíduos que já há algum tempo não apresentavam atividade cariosa podem desenvolver cáries de radiação ao serem submetidos à radioterapia. O principal fator para que tais lesões se desenvolvam é a diminuição da quantidade de saliva, bem como alterações qualitativas da mesma. Além disso, a radiação exerce um efeito direto sobre os dentes, tornandoos mais susceptíveis à descalcificação.(JHAM; FREIRE, 2006) 3.11 CUIDADOS ODONTOLÓGICOS RELATIVOS AOS EFEITOS ADVERSOS BUCAIS 3.11.1 QUANTO A MUCOSITE ORAL Os princípios básicos são de cuidados para aliviar a dor, evitar desidratação, proporcionar uma nutrição adequada, e lidar com qualquer foco de infecção.(PICO; GARAVITO; NACCACHE, 1998).A crioterapia, o laser de baixa potência, antimicrobianos, anti-inflamatórios, citoprotetores, 214 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 fator de crescimento de granulócitos e macrófagos, fator de crescimento de ceratinócitos e anestésicos locais são citados como agentes profiláticos e/ou terapêuticos para a mucosite oral. A terapia com laser de baixa potência (TLBP) intraoral se destaca como uma alternativa eficaz na prevenção e no tratamento da mucosite oral, pois tem bons resultados, é de baixo custo e não é traumática. Diversos estudos comprovaram a redução da incidência e da dor associada à mucosite oral em pacientes que receberam a TLBP. (CARVALHO et al., 2011; RAMPINI; FERREIRA, 2009). Os pacientes devem ter cuidados orais especiais, tais como, limpeza dos dentes com escova macia, creme dental de preferência com flúor, cuidados com próteses (limpeza e ajustes), avaliação da presença de cáries, uso de fio dental, nutrição adequada, evitar alimentos ácidos, muito condimentados e açucarados, e manter uma hidratação adequada. O bochecho com solução de bicarbonato de sódio cria um ambiente alcalino, impedindo a proliferação de candidíase; no entanto, pode ser desagradável no paladar. Bochechos com nistatina, para a prevenção contra fungos também são recomendados e uso do fluoreto de sódio (gel) 0,05%, diariamente. O gluconato de clorexidina 0,12% também é um antimicrobiano recomendado.(FREITAS et al., 2011). 3.11.2 QUANTO A CANDIDOSE O diagnóstico se dá por meio do exame clínico e seu tratamento consiste no emprego de antifúngicos tópicos ou sistêmicos sendo estes a nistatina e o fluconazol. A manutenção da saúde bucal e o acompanhamento odontológico regular podem reduzir e prevenir de forma considerável a ocorrência da candidose em pacientes que passam por radioterapia em área de cabeça e pescoço.(FREITAS et al., 2011). 3.11.3 QUANTO A OSTEORADIONECROSE Após a irradiação o tecido torna-se hipóxico, hipovascular e hipocelular, fatores estes que agem impedindo a reestruturação do osso, podendo permanecer nessa condição por tempo indeterminado. (MARX, 1983). Após a radioterapia, a realização de exodontia deve ser prorrogada o máximo possível.(DE MOOR, 2000). O dente deverá receber tratamento endodôndico em caso de pulpite, tendo assim o devido cuidado para não introduzir microorganismos pela instrumentação.(TOPAZIAM; GOLDBERG, 1997). A avaliação odontológica pré-radioterápica, portanto, é fundamental, pois permite o levantamento das necessidades de tratamento odontológico do paciente antes do início da radioterapia. Nessa avaliação, o cirurgião dentista deve incluir procedimentos como raspagem de tártaro, eliminação de cáries, orientação sobre higiene oral e exodontias necessárias permitindo a manutenção da saúde bucal do paciente e consequentemente prevenindo a osteoradionecrose.(FREITAS et al., 2011). Devem ser removidos dentes com grande destruição por cárie, doença periodontal, dentes decíduos com risólise fisiológica, dentes com comprometimento pulpar, lesões periapicais extensas, restos radiculares. Dentes com granulomas periapicais devem ser tratados com apicectomias ou removidos. Devem ser realizados raspagem e alisamento coronoradicular, as restaurações e próteses devem ser polidas de maneira que não fiquem superfícies rugosas na boca, as quais poderiam traumatizar a mucosa inflamada. Restaurações em excesso devem ser eliminadas, para que se removam fatores de retenção de placa.(GRIMALDI et al., 2005). A aplicação tópica de flúor para proteção dos dentes remanescentes é um medida essencial para se evitar a doença cárie evitando-se assim uma futura possibilidade de exodontia destes elementos.(GIERTSEN; SCHEIE, 1993; ORD; BLANCHAERT, 2001; RUDAT; MEYER; MOMM, 2000). Deve-se haver um tempo de espera entre o procedimento cirúrgico para remoção dos elementos dentais comprometidos e o início da radioterapia, para que ocorra o reparo, estimase que o tempo necessário seja de 7 e 14 dias. (TOPAZIAM; GOLDBERG, 1997). 215 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 3.11.4 QUANTO A XEROSTOMIA Antes de iniciar a radioterapia o paciente deve ser orientado a manter a hidratação bucal, sendo necessário a ingestão de grandes quantidades de água e de outros líquidos, no decorrer do dia, pela via oral, sendo esse cuidado essencial para o tratamento. (BAPTISTA NETO; SUGAYA, 2004). Pacientes devem ser orientados a evitar todos os agentes que podem diminuir a salivação, especialmente o uso do tabaco e álcool.(FEIO; SAPETA, 2005).A utilização da pilocarpina antes do inicio da radioterapia é indicada na literatura como útil na prevenção dos efeitos prejudiciais da radiação. Aventa-se que haja uma ação citoprotetora da droga, com redução na queixa de desconforto bucal e diminuição da hipofunção glandular. (BAPTISTA NETO; SUGAYA, 2004). Quando aplicada a pilocarpina no estágio após ou durante a radioterapia, não produz grandes resultados no paciente, sendo baixo seu percentual de sucesso com relação a prevenção de xerostomia, assim, não impede totalmente o declínio do fluxo salivar, contudo, os sintomas são amenizados.(BAPTISTA NETO; SUGAYA, 2004). Estudo verificou a eficácia do laser de baixa potência, com comprimento de onda de 685 nm, na redução da incidência de xerostomia, o estudo foi realizado com um grupo de 60 pacientes portadores de carcinoma no qual não foram submetidos à radioterapia prévia na região de cabeça e pescoço. Vinte e nove pacientes foram submetidos à RT sem laser e 31 pacientes submetidos à radioterapia e laser com dose diária de 2 joules/cm2 em pontos pré-determinados da mucosa bucal, glândulas parótida e submandibular. Durante a análise dos resultados foi observada diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos, sendo fluxo salivar estimulado e não estimulado maiores no grupo submetido à radioterapia e laser, durante e após o tratamento.(LOPES; MAS; ZÂNGARO, 2006). O tratamento da xerostomia pode ser feito por meio do uso de estimulantes mecânicos/gustatórios, substitutos da saliva ou agentes sistêmicos e uso de laser de baixa potência também já foram citados como forma de tratamento da xerostomia.(JHAM; FREIRE, 2006; LOPES; MAS; ZÂNGARO, 2006; TERAPI, 2009). Estimulantes e substitutos da saliva geralmente atenuam apenas a xerostomia, sem alterar o fluxo salivar. Já os agentes sistêmicos além de atenuar a xerostomia, diminuem também os problemas bucais associados com a hipofunção das glândulas salivares, através da elevação do fluxo salivar. Desta forma, o tratamento de escolha da xerostomia associada à radioterapia deve ser por meio do uso de agentes sistêmicos, sendo que a pilocarpina é o mais estudado. Recentemente, isto foi demonstrado também para o betanecol, sendo que o medicamento usado concomitantemente à radioterapia é capaz de aumentar o fluxo salivar em repouso logo após o término do tratamento radioterápico, além de diminuir a queixa subjetiva de boca seca.(JHAM; FREIRE, 2006). DISCUSSÃO Observaram-se, nesta revisão, resultados consistentes para a incidência de doenças bucais decorrentes ao tratamento com radioterapia em pacientes de câncer de cabeça e pescoço. Altas doses de radiação em extensos campos que irão incluir a cavidade bucal, maxila, mandíbula e glândulas salivares frequentemente resultam em diversas reações indesejadas(JHAM;FREIRE, 2006). Os efeitos colaterais mais comuns da radioterapia na região de cabeça e pescoço são: dermatite, mucosite, xerostomia, disgeusia, disfagia, trismo, cárie de radiação eosteoradionecrose, os quais podem ser precoces, tardios, reversíveis ou irreversíveis. Para a análise quanto amucosite, esta se apresentará comumente à partir da 2º semana de irradiação e nota-se que é ainda mais acentuada quando a quimioterapia é utilizada em associação à radioterapia no tratamento do câncer.(OHRN; WAHLIN; SJODEN, 2001). Os fatores de risco para o desenvolvimento da mucosite oral incluem local do campo de radiação, preexistência de doença dentária, higiene oral precária, baixa produção de saliva, função imune 216 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 comprometida e focos de infecção local. A destruição do epitélio, com a consequente exposição do tecido conjuntivo, provê uma porta de entrada às infecções oportunistas, como a candidose.(INCA, 2008).Este efeito é uma das principais causas de interrupção do tratamento devido a impossibilidade de alimentação decorrentes da dor devido às ulcerações. Na discussão quanto a candidose bucal observa-se que trata-se de uma infecção comum em pacientes sob tratamento de neoplasias malignas das vias aero-digestivas superiores. A colonização da mucosa bucal pode ser encontrada em até 93% desses pacientes, enquanto que infecção por candida pode ser vista em 17-29% dos indivíduos submetidos à radioterapia. O risco aumentado para a candidose bucal decorre provavelmente da queda do fluxo salivar consequente da radioterapia. Além disso, uma possível explicação para a maior predisposição dos pacientes irradiados à candidose é uma atividade fagocítica reduzida dos granulócitos salivares contra estes microrganismos.(JHAM; FREIRE, 2006). A disgeusia acomete os pacientes a partir da segunda ou terceira semana de radioterapia, podendo durar várias semanas ou mesmo meses. A recuperação normalmente ocorre de 60 a 120 dias após o término da irradiação. A xerostomia está associada à baixa qualidade de vida. Em pesquisa de Kakoei e colaboradores (2012), constatou-se esta relação através de uma amostra de 63 pacientes que realizaram tratamento de câncer de cabeça e pescoço. (KAKOEI et al., 2012).Em analise para xerostomias observa-se que a saliva também sofre alterações qualitativas decorrentes da radioterapia com diminuição da atividade das amilases, perda da capacidade tampão com consequente acidificação. Ocorrem também alterações dos diversos eletrólitos como cálcio, potássio, sódio e fosfato. Desta forma, os indivíduos que foram irradiados são mais susceptíveis à doença periodontal, cáries rampantes e infecções bucais fúngicas e bacterianas. (JHAM; FREIRE, 2006). Quando se analisa a cerca da osteoradionecrose, estudos demonstram que cerca de 60% dos pacientes queixam-se de dor, que varia desde dor leve, controlada por medicamentos, até condições extremamente dolorosas. Porém, a presença destes sintomas parecem não estar relacionada com a extensão do processo. A osteoradionecrose pode resultar também em edema, supuração e fraturas patológicas, que podem ocorrer em 15% dos pacientes, sendo sempre acompanhadas de dor.(JHAM; FREIRE, 2006). A exodontia em pacientes que sofreram tratamento por radioterapia constitui uma preocupação, uma vez que é alto o risco de necrose óssea.(FREITAS et al., 2011). A disfagia tem sido reconhecida como um efeito adverso limitante para cálculo da dose e, tratamentos à base de radioterapia para cabeça e pescoço. A função de deglutição pode ser prejudicada devido a uma série de alterações teciduais normais, incluindo edema, neuropatia e fibrose. Em contraste, a neuropatia e fibrose oral, laringe, faringe e musculatura podem se desenvolver ou persistir por muito tempo após a conclusão do tratamento. Estes efeitos tardios em última análise, prejudicam a amplitude de movimento das principais estruturas de deglutição e têm sido implicados como os mecanismos primários de disfagia a longo prazo em sobreviventes de câncer de cabeça e pescoço. Em casos graves de disfagia é necessário restrições alimentares e pode ocorrer desnutrição necessitando de controle de dieta alimentar permanente e dependência de sonda de gastrostomia. (HUTCHESON et al., 2012). Na analise detrismos observa-se que os tecidos moles podem sofrer fibrose após a radioterapia, tornando-se pálidos, delgados e sem flexibilidade. Quando a fibrose acomete musculatura da mastigação (temporal, masseter e músculos pterigoideos) pode ocorrer trismo. Em casos mais graves, o trismo pode interferir na alimentação e nos cuidados dentários.(JHAM; FREIRE, 2006). Quanto aimportância sobre os cuidados relativos aos efeitos adversos ao tratamento de radioterapia sabe-se que eles podem ser minimizados ou evitados mediante cuidados bucais 217 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 promovidos tanto pelo cirurgião-dentista quanto pelo próprio paciente. No que concerne ao paciente, sabe-se que a informação é a principal ferramenta para uma ação preventiva. CONCLUSÃO Pela revisão acima exposta nota-se que o tratamento do câncer de cabeça e pescoço usualmente utiliza-se de recursos como a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia, sendo que radioterapia é a modalidade de tratamento que mais traz efeitos adversos bucais como a mucosite, a cárie de radiação, a candidose, a xerostomia e a osteoradionecrose.No entanto se houve rum acompanhamento específico capaz de orientar o paciente com informações preventivas aos efeitos adversos bucais, estes podem ser minimizados ou até mesmo evitados conferindo ao paciente de radioterapia de cabeça e pescoço uma melhor qualidade de vida. REFERÊNCIAS ALVARENGA, L. de M. et al. Avaliação epidemiológico de pacientes com câncer de cabeça e pescoço em um hospital universitário do noroeste do estado de São Paulo. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 74(1), p. 68–73, 2008. BAPTISTA NETO, C.; SUGAYA, N. N. Tratamento da xerostomia em pacientes irradiados na região da cabeça e pescoço. Rev. 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São Paulo,sp: Santos Livraria Editora, 1997. ____________________ 1 Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, e-mail: [email protected] 219 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 EXPOSIÇÃO AO TRICLOSAN DURANTE A GESTAÇÃO CAUSA RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO INTRAUTERINO DA PROLE DE RATAS WISTAR Romário Willian Welter1 Camila Stacheski Machado Michael Aparecido Machado João Paulo de Arruda Amorim Elaine Manoela Porto Amorim Modalidade: Pesquisa RESUMO: O triclosan (TCS) é um bactericida muito utilizado em produtos de higiene pessoal. No contexto da odontologia, esta substância tem se mostrado eficaz em reduzir a placa dentária e gengivite, além de controlar a progressão da doença periodontal crônica. Entretando, questiona-se o real benefício da utilização em larga escala do TCS em diferentes produtos, uma vez que esta substância tem sido incluída na lista dos desreguladores endócrinos. Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos, decorrentes da exposição ao TCS, durante a gestação, no desenvolvimento físico inicial da prole de ratas. Metodologia: Fêmeas Wistar prenhes foram separadas em quatro grupos experimentais, com 4 animais em cada: GIreceberam TCS, na dose de 75 mg/kg/dia; GII - receberam TCS, na dose de 150 mg/kg/dia; GIII- receberam TCS, na dose de 300 mg/kg/dia e, GIV- que receberam óleo de milho. Ao nascimento, a ninhada foi pesada e avaliada quanto ao desenvolvimento físico inicial: idades de descolamento das orelhas, nascimento de pêlos, erupção dos incisivos e abertura dos olhos. Resultados: O peso corporal das ratas ao longo da gestação foi semelhante entre grupos experimentais. O peso médio das ninhada das ratas tratadas com triclosan nas diferentes doses foi menor (p<0,05), quando comparado ao grupo controle. Dos parâmetros físicos avaliados, houve um atraso no tempo de descolamento das orelhas dos filhotes do GIII, quando comparado aos demais grupos experimentais. Conclusão: A exposição ao TCS durante a gestação causa um prejuízo no desenvolvimento intrauterino dos animais, caracterizado pelo baixo ao nascimento. Palavras-chave: triclosan, desregulador endócrino, prenhes REFERÊNCIAS: AXELSTAD, M.; BOBERG, J.; VINGGAARD, A. M. et al. Triclosan exposure reduces thyroxine levels in pregnant and lactating rat dams and in directly exposed offspring. Food and Chemical Toxicology, n. 59, p. 534–540, 2013. ZORRILLA, L. M.; GIBSON, E. K.; JEFFAY, S. C. et al. The Effects of Triclosan on Puberty and Thyroid Hormones in Male Wistar Rats. Toxicol. Sci., n. 107, p. 56–64, 2009. ____________________ Acadêmico do 2º ano do Curso de Odontologia Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE e-mail: [email protected] 220 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA – RELATO DE CASO CLÍNICO Gustavo Henrique Gomes da Silva1 Greison Rabelo de Oliveira2 Natasha Magro Érnica3 Geraldo Griza4 Eleonor Álvaro Garbin Jr5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A leucoplasia é a lesão cancerizável mais prevalente na cavidade oral, sendo o diagnóstico feito na exclusão de outras lesões brancas. Devido ao potencial de transformação maligna, os pacientes devem ser orientados quanto à importância da remoção dos fatores de risco e a necessidade do acompanhamento constante. A leucoplasia verrucosa proliferativa é uma forma rara de leucoplasia que necessita de atenção especial devido à sua elevada taxa de progressão para o carcinoma de células escamosas e carcinoma verrucoso. Objetivo: Relatar um caso clínico de leuplasia demonstrando suas características clínicas e histológicas, além do tratamento. Relato de caso: A paciente I. S., 74 anos, feminino, compareceu ao Centro de Especialidades Odontológicas, na Unioeste, queixando-se de lesão no rebordo alveolar inferior. Na anamnese, foi descoberto que a lesão teve início há quatro anos, quando a paciente trocou de prótese, sendo dolorido à palpação e tendo aumentado de tamanho com o tempo. No exame intraoral, observou-se lesão branca extensa, com a superfície rugosa, abrangendo rebordo alveolar inferior direito, mucosa jugal direita, assoalho bucal, e lesão no rebordo alveolar superior não percebido pela paciente, na região dos dentes 13 a 15. Realizou-se a biópsia incisional, tendo como resultado os achados histopatológicos compatível com o diagnóstico de leucoplasia, com correlação clínico-histológica de leucoplasia verrucosa proliferativa, e displasia epitelial leve, região de tuberosidade maxilar e na mucosa alveolar da região dos dentes 14 e 15. Conclusão: Concluímos que é de extrema importância correlacionar o exame clínico com o laudo histopatológico para chegar ao diagnóstico correto. Palavras-chave: lesão branca; leucoplasia; displasia. REFERÊNCIAS: ABADIE, W. M. et al. Optimal Management of Proliferative Verrucous Leukoplakia: A Systematic Review of the Literature. Otolaryngol Head Neck Surg, junho/2015 FERRISSE, T. M. et al. Diagnóstico e conduta para leucoplasia verrucosa proliferativa: relato de caso clínico. Rev Odontol UNESP, Araraquara, v. 42, 2013. NEVILLE, Brad et al. Patologia oral & maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. ____________________ 1 Acadêmico 3º, UNIOESTE, [email protected]. 2;3;4;5 Docente, UNIOESTE 221 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 PARACOCCIDIOIDOMICOSE x CARCINOMA EPIDERMÓIDE: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO Debora Reis Dias1 Amanda Carolina Mazuquini2 Yasmin Firmino de Souza3 Vanessa Cristina Veltrini 4 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A abordagem clínica de pacientes portadores de lesões bucais ulceradas crônicas deve considerar dentre as possibilidades diagnósticas tanto a Paracoccidioidomicose quanto o Carcinoma Epidermóide. As duas lesões podem apresentar-se clinicamente assintomáticas, com textura e superfície rugosa, coloração eritematosa, rósea ou esbranquiçada, contorno irregular, margens difusas e, microscopicamente, a hiperplasia pseudoepiteliomatosa, presente na micose, pode simular invasão da lâmina própria e se somar a outras características eventualmente também presentes e que geram confusão diagnóstica. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente do gênero masculino, 42 anos de idade, feoderma, trabalhador rural, fumante, etilista, que apresentava extensa ulceração em rebordo e mucosa alveolar inferior direita, medindo aproximadamente 30mm, de limites imprecisos e superfície moriforme, com pontilhado hemorrágico. Dentre as hipóteses diagnósticas, estavam Carcinoma Epidermóide e Paracoccidioidomicose. Foi realizada biópsia incisional e, após análise histopatológica, o diagnóstico foi conclusivo para Paracoccidioidomicose. O paciente foi encaminhado para um infectologista e segue em tratamento. A Paracoccidioidomicose é a principal micose do Brasil, envolve primariamente os pulmões, pela inalação do fungo e, posteriormente, dissemina-se para outros órgãos e sistemas, originando as lesões secundárias nas mucosas, nos linfonodos e na pele. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática, mas pode haver sialorréia, sangramento, mobilidade dentária, dor, ardor e macroqueilia. Palavras-chave: Carcinoma Epidermóide; Diagnóstico Diferencial; Paracoccidioidomicose. REFERÊNCIAS: WEBBER, L.P.; MARTINS, M.D.; de OLIVEIRA, M.G.; MUNHOZ, E.A.; CARRARD, V.C. Disseminated paracoccidioidomycosis diagnosis based on oral lesions. Contemp Clin Dent, v. 5, p. 213-216, 2014. GARCÍA, A.M.; TAYLOR, A.M.; de la LUZ, R.M.; RIVERA, L.M.R.G. Paracoccidioidomycosis: Report of 2 cases mimicking squamous cell carcinoma. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology, v. 94, n. 5, p. 609-613, november 2002. PEDREIRA, R.P.G.; GUIMARÃES, E.P; CARLI, M.L.; MAGALHÃES, E.M.S.; PEREIRA, A.A.C.; HANEMANN, J.A.C. Paracoccidioidomycosis Mimicking Squamous Cell Carcinoma on the Dorsum of the Tongue and Review of Published Literature. Mycopathologia, v. 177, p. 325-329, 2014. _____________________ 1 Graduanda em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá, [email protected]. em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá. 3 Professora doutora em Patologia Bucal, Universidade Estadual de Maringá. 2Graduanda 222 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 223 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E SEVERIDADE DA DOENÇA PERIODONTAL EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Bruna Paola Martins1 Daniele Ruggero da Costa2 Flavia Matarazzo Martins³ Neli Pieralisi4 Modalidade: Pesquisa RESUMO:A prevalência e a severidade da doença periodontal em indivíduos com insuficiência renal crônica (IRC) comparados à população em geral é controversa na literatura. O objetivo deste estudo foi estabelecer o perfil periodontal dos indivíduos DRC (estágio 5) sob hemodiálise (HD) e submetidos ao transplante renal (TX) e associar a condição periodontal com os testes de fluxo, ureia e pH salivar dentro dos grupos. Os parâmetros clínicos avaliados foram: profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NIC), sangramento à sondagem (SS), índice de placa visível (IPV) e índice de gengivite (IG). Também foram realizados testes de fluxo, ureia e pH salivar. Vinte e dois indivíduos foram incluídos no estudo, sendo 10 (M=7/F=3) no grupo TX e 12 (M=7/F=5) no grupo HD. Dezoito dentre os 22 indivíduos apresentaram periodontite (81%). As médias dos parâmetros clínicos foram semelhantes entre os grupos, exceto para NIC. A avaliação dos níveis de fluxo, ureia e pH salivar dentro do grupo, segundo a severidade de doença, demonstrou que o os maiores valores dos níveis de ureia estavam presentes nos casos mais graves de doença. A prevalência da doença periodontal é alta entre os indivíduos com IRC, e mais severa no grupo HD que no grupo TX. Quanto maior os níveis de ureia salivar maior a severidade de doença dentro do grupo. Palavras-chave: Insuficiência renal crônica; Uremia; Doenças periodontais. REFERÊNCIAS: CHHOKRA, M.; MANOCHA, S.; DODWAD, V.; GUPTA, U.; VAISH, S. “Establishing an Association Between Renal Failure and Periodontal Health: A Cross Sectional Study.” Journal of clinical and diagnostic research : JCDR 7(10): 2348–50, 2013. FISHER, M.A.; TAYLOR, G.W.; SHELTON, B.J.; JAMERSON, K.A.; RAHMAN, M.; OJO, A.O.; SEHGAL, A.R.“Periodontal Disease and Other Nontraditional Risk Factors for CKD.” American journal of kidney diseases : the official journal of the National Kidney Foundation 51(1): 45–52, 2008. NAVAZESH, M.; CHRISTENSEN, C.; BRIGHTMAN, V. Clinical 1363-9 criteria for the diagnosis of salivary gland hypofunction. J Dent Res, v.71, n.7, Jul 1992. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ 1629451. ______________________________ 1 Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected]. formada pela Universidade Estadual de Maringá. ³ Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo, Professora do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. 4 Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, Professora do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá 2Cirurgiã-Dentista, 224 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA CORTICOTOMIA E SEU EFEITO NA MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA Samuel Kaik Alves de Lima1 Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1 Sabrina Vieira Botelho1 Nayara Gonçalves Emerenciano1 Victor Hugo Guidini1 Mauricio Guimaraes Araujo2 Modalidade: Pesquisa RESUMO:O tratamento ortodôntico pode ser demorado por questões fisiológicas e mecânicas. Recentemente, a realização de corticotomias antes da movimentação ortodôntica tem sido usada para diminuir o tempo de tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar se a corticotomia é capaz de acelerar a movimentação ortodôntica. Foram selecionados 5 cães beagle que tiverem seus primeiros e terceiros pré-molares extraídos e cicatrizados. Na região de segundo pré-molar de um lado da mandíbula foram realizados corticotomias circundando a região e aplicado força ortodôntica (Grupo teste) e do outro apenas a movimentação foi realizada (Grupo controle). Os elementos foram distalizados durante 14 semanas. A distância entre o segundo e quarto prémolares foi mensurada através da utilização de um paquímetro digital. Valores médios e desvio padrão foram calculados para todas as variáveis, utilizando o cão como unidade estatística. Durante as primeiras 7 semanas a quantidade de movimento acumulada no Grupo teste foi significativamente maior que do Grupo controle (6,7mm ± 1,9mm vs. 3,5mm ± 1,9mm – p<0,05). No entanto, após a sétima semana do experimento ambos movimentaram na mesma proporção, pois no Grupo teste, o dente no qual passou por corticotomia chegou mais rápido até seu ponto final. Desta forma, pode-se concluir que a corticotomia foi eficaz em acelerar a movimentação ortodôntica. Palavras-chave: Aceleração, Movimentação ortodôntica, Ortodontia corretiva. ______________________________ 1.Graduandos, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. 2Professor Doutor em Periodontia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. E-mail: [email protected] 225 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA MEDIDA RADIOGRÁFICA NO DIAGNÓSTICO DE INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO Bruna Martinazzo Bortolini1 Guilherme Schmitt Andrade2 Carlos Augusto Nassar3 Danielle Shima Luize3 Patricia Oehlmeyer Nassar3 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O exame habitualmente usado para auxiliar no diagnóstico da necessidade do aumento de coroa clínica é a radiografia periapical. Alguns prós e contras têm sido levantados a respeito da eficácia da utilização deste recurso: é o exame mais utilizado, permite observar sobrecontornos de restaurações proximais e identificar o espaço biológico. Porém oferece uma imagem bidimensional de uma estrutura tridimensional, algumas características anatômicas se perdem, existem limitações físicas e geométricas da radiografia e a interpretação do examinador. Objetivo: foi comparar as medidas radiográficas e transcirúrgicas do espaço biológico nas cirurgias de aumento de coroa clínica realizadas na clínica de odontologia da UNIOESTE. Metodologia: depois de identificada a necessidade da cirurgia e consentimento livre e esclarecido do paciente, realizou-se 25 radiografias periapicais e 26 medidas e a cirurgia da cada paciente, onde se obteve a medida transcirúrgica do espaço biológico através de sonda milimetrada. As imagens radiográficas foram digitalizadas e analisadas em duas medidas no programa Image Tools 3.0 e feita uma média entre as duas medidas, do término da restauração até a crista alveolar com medidas em milímetros. Resultados: mostraram que a medida radiográfica foi estatisticamente menor que a medida transcirúrgica. Conclusão: podemos sugerir que existe uma subestimação radiográfica da invasão do espaço biológico em relação à medida transcirúrgica. Palavras-chave: Periodonto, diagnóstico, radiografia. REFERÊNCIAS: BARATIERI LN et al. Dentística. Procedimentos preventivos e restauradores. São Paulo: Quintessense, p.69-72,1989. BIANCHI SD et al. Considerazioni Radiologiche Sula maltratice in Odontoiatria. Minerva Stomato. v.45, n.11, p.541-547,1996. FESTUGATTO FE, DAUDT FARL, RÖSING CK. Aumento de coroa clínica: comparação de técnicas de diagnóstico de invasão do espaço biológico do periodonto. Periodontia – Revista SOBRAPE, v.9, n.1, p.42-49, 2000. ______________________________ 1Acadêmica do 4 ano de Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – Cascavel. E-mail: [email protected] 2 Acadêmico do 5o ano de Odontologia da UNIOESTE - Cascavel 3 Professores da disciplina de periodontia da UNIOESTE – Cascavel. 226 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA SUPLEMETAÇÃO DE VITAMINA C PARA MELHORAR O RESULTADO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRURGICA EM FUMANTES: ESTUDO RANDOMIZADO E CONTROLADO Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1 Débora de Almeida Bianco1 Victor Sapata2 Jeniffer Perussolo3 Bruna Milhomens de Sousa3 Cléverson de Oliveira e Silva4 Modalidade: Pesquisa RESUMO:Indivíduos fumantes apresentam piores resultados no tratamento periodontal nãocirúrgico e menores níveis de vitamina C, importante para a cicatrização. O objetivo foi analisar se a suplementação de vitamina C pode melhorar os resultados da terapia periodontal nãocirúrgica em fumantes. Trinta adultos fumantes (>10 cigarros/dia) com periodontite crônica foram submetidos a RAR por quadrante durante 4 semanas. O estudo foi randomizado, duplo cego, controlado por placebo. Os pacientes receberam 1g diária de vitamina C (15) ou placebo (15), durante 30 dias. Profundidade de sondagem (PS), nível da margem gengival (NMG), nível clínico de inserção (NCI), índice de placa (IP) e índice de sangramento à sondagem (ISS) foram avaliados no início, 30 e 90 dias após. A avaliação dos níveis sanguíneos de vitamina C foi realizada, no plasma e leucócitos periféricos, anterior à primeira, segunda e terceira sessão de RAR e na avaliação de 90 dias. Após a suplementação proposta houve um aumento significativo dos níveis de vitamina C. Foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos no parâmetro clínico de IP. Na comparação por quadrantes, não houve diferença entre os grupos dos parâmetros do 1º quadrante, porém o grupo teste obteve resultados estatisticamente superiores para IP, ISS, NCI e PS na avaliação de 90 dias no 4º quadrante. Dentro dos limites do estudo, pode-se concluir que os pacientes fumantes apresentam níveis baixos de vitamina C, que o tratamento periodontal não-cirúrgico não é capaz de diminuir os níveis sistêmicos dessa vitamina e que a suplementação pode trazer benefícios no reparo periodontal. Palavras-chave: Fumantes; Raspagem e alisamento radicular; Vitamina C. ______________________________ 1 Graduação, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia-Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil, [email protected] 2 Pós-Graduação, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia-Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. 3 Residente em Periodontia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil. 4 Professor Doutor em Periodontia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil 227 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DE BIOTIPOS PERIODONTAIS E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA NA ODONTOLOGIA Sabrina Vieira Botelho1 Murilo Hernane Gonzalez Pimenta¹ Nayara Gonçalves Emerenciano¹ Fabiano Carlos Marson² Patricia Saram Progiante² Cléverson de Oliveira e Silva¹ Modalidade: Pesquisa/ RESUMO: As características gengivais são importantes para a manutenção da saúde periodontal e para o sucesso do tratamento odontológico. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência dos diferentes biótipos gengivais em adultos jovens com periodonto saudável. Cem pacientes (38 homens e 62 mulheres) foram avaliados e divididos em 3 diferentes grupos, de acordo com o biótipo periodontal (fino, intermediário e espesso). Os seguintes parâmetros foram avaliados: largura da faixa de tecido queratinizado (LGQ), espessura de tecido queratinizado (EGQ), comprimento da papila (CP), profundidade de sondagem (PS), recessão gengival (RG), nível clínico de inserção (NCI), e os índices de sangramento à sondagem (ISS), de placa visível (IP) e sangramento marginal (ISM). Os resultados mostraram uma maior prevalência de mulheres com biótipo periodontal fino em comparação com os homens (18% versus 11%) e maior prevalência de homens com biótipo espesso em comparação com as mulheres (42% versus 29%). Indivíduos com biótipo espesso também apresentaram PS mais profunda (p<0,05). Houve uma correlação positiva entre o EGQ e LGQ (p 0,0103) e EGQ com PS (p=0,0001). As características periodontais variam bastante em cada biótipo periodontal. Essas características se relacionam entre si levando o indivíduo a ter uma proteção ou suscetibilidade maior dos tecidos periodontais. Parece importante na prática odontológica definir estes biotipos corretamente e promover as práticas necessárias de acordo com cada indivíduo. Palavras-chave: Características, Gengiva, Periodonto. REFERÊNCIAS: AINAMO J. , LOE H.. Anatomical characteristics of gingiva. A clinical and microscopic study of the free and attached gingiva. J Periodontol. 1966; 37: 5-13. AINAMO J. , TALARI A.. The increase with age of the width of attached gingiva. J Periodontol Res. 1976; 11: 182-8. ANDEREGG C.R. , METZLER D.G. , NICOLL B.K.. Gingiva thickness in guided tissue regeneration and associated recession at facial furcation defects. J Periodontol 1995;66:397. ______________________________ 1Universidade Estadual de Maringá, [email protected] ² Curso de Odontologia, Faculdade Ingá, Maringá/PR, Brasil. 228 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DE TRÊS ESCOVAS DENTAIS DE CERDAS DIFERENTES, EM RELAÇÃO A ABRASÃO GENGIVAL E REMOÇÃO DE PLACA Debora Reis Dias1 Luisa de Araújo Moreira Preis2 Jéssica Marques Silva Soumaille3 Roberto Masayuki Hayacibara4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: O controle da placa bacteriana é considerado efetivo quando uma escovação adequada é associada ao fio dental. A escovação de maneira incorreta perde sua eficiência e pode causar abrasão gengival. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial relativo das escovas de dentes manuais CURAPROX® 5460, COLGATE® Slim Soft e ORAL B® Indicator 30 Plus, em relação à abrasão no tecido mole e eficiência na remoção da placa bacteriana. O estudo foi randomizado, cruzado e cego, com a amostra dividida em três grupos, de forma que todos utilizaram as três escovas durante duas semanas e foram avaliados ao final de cada semana. As variáveis avaliadas foram índice de placa, índice de inflamação gengival, abrasão gengival marginal, proximal e de gengiva inserida. Para melhor visualização das abrasões gengivais foi utilizado um corante. Quanto à estatística, os testes de Friedman e Wilcoxon foram aplicados com nível de significância de 5%. Como resultados, não foi encontrada nenhuma diferença estatisticamente significante para todas as variáveis, as três escovas foram eficientes no controle de placa, de sangramento e resultaram na abrasão gengival. Sendo assim, foi possível concluir que todas as escovas foram eficientes no controle do biofilme e causaram abrasão no tecido mole, independentemente do desenho da escova, tipo, diâmetro e comprimento das cerdas. Palavras-chave: Placa Dentária, Higiene Bucal; Escovação Dentária. REFERÊNCIAS: VERSTEEG, P.A.; ROSEMA, N.A.M.; TIMMERMAN, M.F.; VAN DER VELDEN U.; VAN DER WEIJDEN, G.A. Evaluation of two soft manual toothbrushes with different filament designs in relation to gingival abrasion and plaque removing efficacy. Int J Dent, v. 6, p.166-173. 2008. RAJAPAKSE, P.S.; MACCRACKEN, G.I.; GWYNNETT, E.; STEEN, N.D.; GUENTSCH, A.; HEASMAN, P.A. Does tooth brushing influence the development and progression of noninflammatory gingival recession? A systematic review. J Clin Periodontol, v. 34: p.1046-1061, 2007. ZIMMER, S.; OZTURK, M.; BARTHEL, C.R.; BIZHANG, M.; JORDAN, R.A. Cleaning Efficacy and Soft Tissue Trauma After Use of Manual Toothbrushes With Different Bristle Stiffness. J Periodontol, v. 82, p. 267-271, 2011. ______________________________ 1 Graduanda em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá, [email protected] 2.Residente em Periodontia, Universidade Estadual de Maringá. 3.Graduada em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá. 4.Professor doutor em Periodontia, Universidade Estadual de Maringá . 229 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DO BIOFILME DENTAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE INTERNAMENTO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS Lígia Dalastra1 Larissa Raimundi2 Letícia Nadal3 Daniela de Cassia Faglioni Boleta-Ceranto4 Eliana Cristina Fosquiera5 Modalidade: Pesquisa RESUMO: Indivíduos hospitalizados tendem a apresentar higienização oral deficiente. Os microrganismos do biofilme dental são o principal fator etiológico para o desenvolvimento de cárie e doença periodontal. Objetivo: Verificar o Índice de Placa Visível (IPV) em relação ao período de hospitalização e influência do conhecimento de higienização oral em indivíduos internados no Hospital São Lucas – Cascavel/PR. Metodologia: Efetuou-se entrevistas com 109 pacientes internados em Alas do Sistema Único de Saúde, bem como exame clínico analisando o biofilme dental nesses pacientes, que estavam internados até 3 dias, 3 a 7 dias e mais de 7 dias, utilizando-se o IPV. Os dados tabulados foram submetidos à análise descritiva. Resultados: Os resultados demonstraram uma estabilização no crescimento do biofilme, sendo que a média permaneceu em 1,95 após três dias de hospitalização. Aqueles que receberam orientação de higiene apresentaram um IPV bem menor do que os que não receberam, 1,72 e 2,24 respectivamente, comprovando a importância da instrução. Os pacientes que higienizavam a cavidade oral sozinhos apresentaram um IPV de 1,81, demonstrando que um odontólogo com habilidades e conhecimentos específicos, pode melhorar a condição bucal dos pacientes e atuar preventivamente. Conclusão: A presença do cirurgião-dentista pode solucionar as dificuldades encontradas na manutenção da saúde oral e no tratamento de doenças orais que afetam a condição sistêmica de indivíduos hospitalizados. Palavras chave: Odontologia hospitalar, Biofilme dental, Periodontia. REFERENCIAS: BELLO, R.F.; CASOTTI, E.; SOUZA, M.C.A. Atenção básica na alta complexidade: o cuidado em saúde bucal com o paciente hospitalizado. Rev. flum. odontol. v.16, n. 34. 2010. JARDIM, E.G.; SETTI, J.S.; CHEADE, M.F.M.; MENDONÇA, J.C.G. Atenção odontológica a pacientes hospitalizados: revisão da literatura proposta e protocolo de higiene oral. RBCS. v.11, n.35, p. 1769. 2013. LIMA, D.C.; SALIBA, N.A.; GARBIN, A.J.I.; FERNANDES, L.A.; GARBIN, C.A.S. A importância da saúde bucal na ótica de pacientes hospitalizados. Cien. Saúde Coletiva. v.16, Supl.1, p.11731180. 2011. ______________________________ do 3o ano do curso de Odontologia – UNIPAR Campus Cascavel. [email protected] do 3o ano do curso de Odontologia – UNIPAR Campus Cascavel. [email protected] 3Cirurgiã-dentista - UNIPAR Campus Cascavel . [email protected] 4Profa. Dra. do Curso de Odontologia UNIPAR – Campus Cascavel [email protected] 5Profa. do Curso do Odontologia UNIPAR – Campus Cascavel, Administradora de Empresas, Cirurgiã-dentista, Mestre em Clínica Integrada, Dnda em Estomatologia. [email protected] 1Acadêmica 2Acadêmica 230 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO CIRURGICO NA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA. Tatiani Just1 Ariane Tonet André Barbisan de Souza Fernanda Lobo Orientador: Cléverson O. Silva Modalidade: Pesquisa RESUMO:A hipersensibilidade dentinária, que também pode ser chamada de hiperestesia, é um desconforto momentâneo e estimulado, que atinge os túbulos dentinários expostos pela perda de estruturas do esmalte e também pela perda do cemento, deixando assim a dentina desprotegida, isso, frente a fatores predisponentes, resulta em dor. A literatura mostra que a raspagem e alisamento radicular é uma das possíveis causas dessa hipersensibilidade. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da terapia periodontal não cirúrgica sobre a hipersensibilidade dentinária. Participaram do estudo 20 pacientes diagnosticados e tratados para periodontite crônica na Clínica Odontológica da Faculdade Ingá (Uningá), Maringá/PR. Estes pacientes foram avaliados quanto à sensibilidade dentinária pela escala de VAS antes do tratamento periodontal não-cirúrgico e de 10 a 14 dias após o tratamento. Os resultados mostraram ao final do tratamento uma diminuição significativa da hipersensibilidade dentinária, os pacientes apresentavam, antes do início do tratamento, uma sensibilidade, de acordo com a escala VAS, de em média, 3,05+3,00 e ao final do tratamento, um valor médio de 1,00+1,45. Pôde-se concluir então que o tratamento periodontal não-cirúrgico, associado também a uma modificação dos hábitos de higiene, foi capaz de diminuir a hipersensibilidade dentinária em indivíduos com periodontite crônica. Palavras-chave: hipersensibilidade, periodontite crônica, túbulos dentinários. REFERENCIAS: YUI KCK, BENETTI AR, VALERA MC, GOMES APM. Hipersensibilidade dentinária: etiologia, mecanismo de ação, diagnóstico e tratamento. Rev Odontol UNICID. 2004; 16(1): 63-71. ESTRELA C, PESCE HF, SILVA MT, FERNANDES JMA, SILVEIRA HDP. Análise da redução da dor pós-tratamento da hipersensibilidade dentinária. ROBRAC. 1996;6(17):4-9. FURLAN AM, SALLUM AW, SALLUM EA, NOCITI-JUNIOR FH, CASATI MZ, AMBROSANO GMB. Incidência da recessão gengival e hipersensibilidade dentinária na clínica de graduação da FOPUNICAMP. Periodontia. 2007; 17(1): 53-61. _____________________ Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected] 1 231 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 BACTÉRIAS PERIODONTOPATOGÊNICAS E INFECÇÕES SISTÊMICAS EM PACIENTE CRÍTICO HOSPITALIZADO Letícia Nadal1 Ana Claudia Poletto2 Elaine Cristina Capellano3 Keller De Maritini4 Eliana Cristina Fosquiera5 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: Indivíduos com periodontite apresentam uma flora bacteriana extremamente virulenta, capaz de se disseminar sistemicamente ocasionando infecções graves, como por exemplo sepse, abscesso cerebral e infecções respiratórias. Relato do caso: Indivíduo de 59 anos foi internado em setembro/2014 no Hospital Heliópolis/SP com diagnóstico clínico de acidente vascular encefálico (AVE) hemorrágico. Após ser submetido ao procedimento cirúrgico para resolução do AVE, permaneceu internado na UTI neurológica até dezembro/2014 devido à quadros recorrentes de pneumonia nosocomial. O paciente foi transferido à Unidade de Emergência para recuperação de insuficiência respiratória secundária à pneumonia nosocomial, devido ao histórico de múltiplas infecções por colonização de Pseudomonas na secreção traqueal e A.actinomycetencomitans na urinocultura. Diante disso, detectou-se o envolvimento das bactérias orais no desenvolvimento das infecções sistêmicas apresentadas pelo paciente, levando à equipe médica solicitar avaliação odontológica da cavidade oral. Ao exame clínico, foi detectado extenso acúmulo de biofilme dental e cálculo, dentes com mobilidade,diagnosticandose periodontite crônica severa generalizada no arco inferior, sendo indicado a extração dos dentes. Devido à condição sistêmica do paciente e medicação administrada solicitou-se exames complementares bem como autorização dos familiares para as exodontias. Conclusão: Estando o paciente oportuno, as extrações foram efetuadas sem complicações pós-operatórias, reduzindo-se assim, focos de infecção da cavidade oral. O Cirurgião-dentista na equipe multiprofissional age na prevenção, diagnóstico e tratamento de patologias orais que interferem na condição sistêmica do paciente durante o internamento hospitalar bem como na sua recuperação pós-hospitalar. Palavras-Chave:Odontologia hospitalar; Infecções sistêmicas; Bactérias periodontais. REFERÊNCIAS: CHAN, E. Y.; RUEST, A.; MEADE, M. O.; COOK, D.J. Oral decontamination for prevention of pneumonia in mechanically ventilated adults: systematic review and meta-analysis. BMJ (Clinicalresearch ed.). 2007. FERNANDES, H. S.; SILVA, E.; NETO, A.C.; PIMENTA, L.A.; KNOBEL, E.Management in intensive care: concepts and innovations. Rev Bras Clin Med. v.9, n.2, p. 129-137, 2011. RABELO, G. D.; QUEIROZ, C. I.; SANTOS, P. S. S. Atendimento odontológico ao paciente em unidade de terapia intensiva. Arq Med Hosp Cienc Med Santa Casa São Paulo, v. 55, n. 2, p. 67-70, 2010. ______________________________ 1Cirurgiã-Dentista, Aluna do curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor da ABO. Universidade Paranaense – UNIPAR. Email: letí[email protected] 2Acadêmica de Odontologia, Graduanda na Universidade Paranaense – UNIPAR. 3 Cirurgiã-Dentista, especialista em Odontopediatria. Membro efeito do IBROI. 4Cirurgiã-Dentista, Mestre em Odontologia Intensiva. Membro efetivo do IBROI. 5Cirurgiã-Dentista, Mestre em Clínica Multidisciplinar e Doutoranda em Estomatologia. Docente da Universidade Paranaense – UNIPAR. 232 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO EM NEOFORMAÇÃO ASSOCIADO A BARREIRA DE TECIDO CONJUNTIVO EM LESÕES DE FURCA CLASSE II. ESTUDO HISTOMÉTRICO EM CÃES Bruna Thaís Reuter1 Danielle Shima Luize2 Mariana Benedetti Ferreira Webber3 Paula Bernardon4 Maristela Maria Galina Pezzini5 Modalidade: Pesquisa RESUMO:A regeneração do compartimento de sustentação periodontal, é um dos maiores desafios da periodontia, principalmente em defeitos de furca. A combinação do uso de membranas e enxertos apresenta-se como uma das melhores opções terapêutica.¹ ² O objetivo foi avaliar, histometricamente, o processo de reparo de defeitos de furca Classe II, em cães, e tratados com enxerto de osso autógeno em neoformação (OAN), associado ou não a barreira de tecido conjuntivo (TC). Com relação a metodologia, inicialmente foram criadas áreas edêntulas na região dos 1os molares superiores. Após 28 dias, foram confeccionados alvéolos cirúrgicos nestas áreas, para se obter osso autógeno em neoformação. Decorridos 14 dias, os defeitos de furca classe II foram criados cirurgicamente e tratados imediatamente nos 3os e 4os pré-molares mandibulares de 6 cães. Os dentes foram distribuídos em: Grupo C: preenchido pelo coágulo sanguíneo; Grupo O: preenchido com OAN; Grupo B: preenchido com coágulo sanguíneo e recoberto por barreira de TC; e Grupo O/B: preenchimento com OAN associado a barreira de TC. A eutanásia dos animais foi realizada após 90 dias. Cinco cortes histológicos de cada dente foram selecionados para a histometria. Os dados obtidos foram apresentados como porcentagem do defeito e analisados estatisticamente. Constatou-se maior preenchimento ósseo, estatisticamente significante, no GO e GO/B. Nos parâmetros lineares, incluindo formação de cemento, migração epitelial, anquilose, tecido conjuntivo e regeneração periodontal, não houve diferenças estatisticamente significantes. Conclui-se que, o OAN conferiu melhor preenchimento ósseo do defeito e a barreira de TC favoreceu a estruturação do ligamento periodontal. Palavras-chave: defeito de furca; regeneração tecidual guiada; transplante ósseo; tecido conjuntivo. REFERÊNCIAS: MACCLAIN, P.K.; SCHALLHORN, R.G. Long Term assesment of combined osseous composite grafting, root conditioning, and guided tissue regeeration. Int J Periodontics Restorative Dent. v.13, n.1, p. 9-27, 1993. MACHTEI, E.E.; SCHALLHORN, R.G. Successfull regeneration of mandibular class II furcation defects: Evidence- based treatment approach. Int J Periodontics Restorative Dent. V.15 n.2, p.146-67, 1995. ______________________________ 1 Acadêmica do 5º. Ano do Curso de Odontologia da Unioeste, [[email protected]] em Periodontia/UNESP, Profa. Das Disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada da Unioeste 3.Mestre em Prótese/FACULDADE INGÁ, Profa. das Disciplinas de Prótese e Clínica Integrada da Unioeste 4.Mestre em Periodontia/UNIOESTE, Profa. das Disciplinas de Dentística e Clínica Integrada da Unioeste 5.Doutora em Materiais Dentários/UNICAMP, Profa. Das Disciplinas de Oclusão e Clínica Integrada da Unioeste 2Doutora 233 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ESTÉTICA, FORMA E FUNÇÃO DO TECIDO GENGIVAL PELA TÉCNICA DE GENGIVECTOMIA Nathália Nitsche1 Patricia Oehlmeyer Nassar2 Carlos Augusto Nassar2 Danielle Shima Luize2 Bruna Martinazzo Bortolini1 Modalidade: Caso clinico clínico RESUMO: A gengivectomia é uma cirurgia ressectiva de gengiva, utilizada principalmente afim de eliminar as hiperplasias gengivais, mas também pode ser usada para corrigir defeitos gengivais e aumentar a coroa clínica. Esta técnica é de fácil execução e requer como princípios a existência de ampla faixa de gengiva queratinizada, ausência de defeitos ósseos, tecido gengival fibrótico, e controle prévio da placa bacteriana. Ao se realizar a gengivectomia deve-se posteriormente remodelar os contornos gengivais com a técnica de gengivoplastia. Objetivos: Tecer considerações sobre a técnica de gengivectomia e gengivoplastia, relatando casos clínicos em que essas cirurgias se fizeram necessárias.Relato de caso: Paciente O. B. S, 12 anos compareceu a Clínica de Periodontia da Unioeste para tratamento odontológico restaurador e crescimento gengival induzido por placa. Após realização de tratamento periodontal básico e procedimentos de adequação do meio bucal, o crescimento gengival se manteve, neste caso já com o tecido gengival fibrosado, com indicação da gengivectomia seguida por gengivoplastia. A técnica foi realizada afim de reverter a hiperplasia gengival, devolvendo a estética ao paciente. Conclusão: Gengivectomia e gengivoplastia são cirurgias de fácil execução e de resultados visíveis imediatamente, com a premissa de higiene oral adequada, proporcionam ou devolvem a estética do sorriso de maneira rápida e satisfatória. Palavras-chave: Gengivectomia, estética, higiene bucal. REFERÊNCIAS: BERTOLINI, P. F. R.; FILHO, O. B.; KIYAN, V. H.; SARACENI, C. H. C. Recuperação estética do sorriso: cirurgia plástica periodontal e reabilitação protética. Rev. Ciênc. Méd., v. 20, n. 5-6, p. 137-143, set/dez 2011. PEDRON, I. G.; UTUMI, E. R.; TANCREDI, A. R. C.; PERRELLA, A.; PEREZ, F. E. G. Sorriso gengival: cirurgia ressectiva coadjuvante à estética dental. Odonto, v. 35, n. 18, p. 87-95, 2010. ______________________ 1Acadêmicas do quarto ano de odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste. Email: [email protected] 2Professor(a) doutor(a) em Periodontia pela Universidade Estadual de São Paulo – Unesp. 234 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ESTUDO DO PROGNÓSTICO DO RECOBRIMENTO RADICULAR DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DAS RECESSÕES GENGIVAIS Bruna Dandara Alves1 Danielle Shima Luize2 Patrícia Oehlmeyer Nassar³ Mariana Benedetti Ferreira Webber4 Paula Bernardon5 Modalidade: Revisão de Literatura RESUMO: A recessão gengival é a exposição da raiz, após a migração, em direção apical, dos tecidos marginais. A exposição radicular pode comprometer a estética e a função do dente e, em alguns casos, pode estar associada à hiperestesia dentinária. Pode ser causada por trauma dos tecidos ou por perda de inserção em decorrência da doença periodontal. A cirurgia plástica periodontal compreende vários procedimentos mucogengivais indicados para correção ou eliminação de defeitos na mucosa ceratinizada ou alveolar. O enxerto gengival tem sido amplamente empregado na cirurgia plástica periodontal nos casos de recobrimento radicular, recontorno de rebordo alveolar e aumento da quantidade de mucosa ceratinizada. No entanto, é importante que se faça o diagnóstico correto do tipo de defeito para o emprego da técnica adequada. O objetivo deste trabalho é o estudo das diferentes classificações clínicas das recessões gengivais associando o prognóstico de recobrimento com diferentes técnicas cirúrgicas, mais adequadas para a resolução de cada caso exposto. De acordo com MILLER (1985), as recessões marginais são classificadas conforme os tecidos atingidos e dita a previsibilidade do sucesso dos enxertos realizados. De acordo com os estudos clínicos, o prognóstico do recobrimento as áreas de recessão está diretamente associado à perda de inserção nas áreas interproximais do dente envolvido. Além disso, o emprego da técnica de enxerto adequada otimiza os resultados para aumento volumétrico dos tecidos, garantindo qualidade e quantidade dos tecidos de proteção periodontal. Com base nesse estudo pode-se concluir que os procedimento cirúrgicos corretivos são altamente eficazes e previsíveis desde que seja feito o diagnóstico adequado visando o emprego da técnica cirúrgica. Palavras-chave: Recessão marginal, Prognóstico, Enxerto gengival, Classificação de Miller. REFERÊNCIAS: MILLER, P.D. A classification of marginal tissue recession. Int. J. Period. Rest. Dent., v. 5, n.2, p. 9-13, 1985. MILLER, P. D. Root coverage grafting for regeneration and aesthetics. Peridontol 2000, v. 1, p. 118-127, 1993. LINDHE, J.; LANG, N. P.; KARRING, T. Tratado de periodontia clínica e implantologia oral, Editora Guanabara Koogan S.A., 5ª. edição, 2010, p. 391-400. SATTO, N. Periodontol surgery: a clinical atlas. Quintessense Publishing Co, Inc. Illinois 2000. _____________________ 1Graduanda de odontologia, Universidade Estadual do Oeste Paranaense. [email protected] em Periodontia-UNESP, Professora das Disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada da UNIOESTE. ³ Doutora em Periodontia-UNESP, Professora da Disciplina de Periodontia e do Programa de Mestrado da UNIOESTE. 4 Mestre em Prótese/FACULDADE INGÁ, Profa. das Disciplinas de Prótese e Clínica Integrada da Unioeste. 5 Mestre em Periodontia/UNIOESTE, Profa. das Disciplinas de Dentística e Clínica Integrada da Unioeste. 2Doutora 235 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 HIPERESTESIA DENTINÁRIA: UM ENFOQUE ATUAL Ariane Fernanda Carvalho¹ Danielle Shima Luize² Patricia Oehlmeyer Nassar ³ Mariana Benedetti Ferreira Webber4 Paula Bernardon5 RESUMO: A hiperestesia dentinária é caracterizada por uma dor aguda, de curta duração, localizada, que provém da dentina exposta a partir de estímulos químicos, voláteis, térmicos, tácteis ou osmóticos e que não pode ser atribuída a outra forma de defeito ou patologia dental, mas pode estar relacionada a defeitos na posição da margem gengival ou a lesões cervicais. Objetivo: Revisar a literatura a respeito da hiperestesia dentinária, na busca de atualidades, no correto manejo clínico e opções terapêuticas. Revisão de literatura: Esta revisão da literatura tem por finalidade informar a etiologia, as características e as opções de tratamento para a hiperestesia dentinária. Alguns tratamentos clínicos, tanto de uso doméstico, como profissional apresentaram-se efetivos, porém com limitações: aplicação de oxalato de potássio, cloreto de estrôncio, vernizes fluorados, laser de baixa potência, dentifrícios dessensibilizantes, sistemas adesivos e procedimentos restauradores. E recentes pesquisas com material vitrocerâmico. Discussão: As características e a etiologia da hiperestesia dentinária estão bem esclarecidas pelos autores pesquisados. Atualmente, há divergência quanto à melhor forma para tratar essa condição, por isso o desafio dos estudos recentes é encontrar um tratamento que seja totalmente eficaz e, principalmente, duradouro. Conclusão: Portanto, a identificação e a remoção dos fatores etiológicos são essenciais para o sucesso do tratamento da hiperestesia. Apesar da extensa gama de agentes terapêuticos propostos, não há até o momento, um tratamento completamente eficaz. Sendo fato que as palavras “controle” e “alívio”, frequentemente citadas nas publicações, descrevem melhor o atual estágio do tratamento da hiperestesia dentinária. Palavras-chave: Hipersensibilidade dentinária; Etiologia; Terapias. REFERÊNCIAS: OLIVEIRA, J. M. de, OLIVEIRA, M. de, SANTOS, A. P. M., VADILLO, J. G., CAMPOS, C. N., CHAVES, M.G. A. M.; Hiperestesia dentinária: considerações para o sucesso em seu manejo clínico. HU Revista, Juiz de Fora, v. 38, n. 1, p. 45-49, jan./mar. 2012. Disponível em: <http://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/viewFile/1515/729>. Acesso em: 05 de julho de 2015 às 19:36:35. TRENTIN, M. S., BERVIAN, J.; Hipersensibilidade dentinária cervical: uma revisão de literatura. RFO, Passo Fundo, v. 19, n. 2, p. 252-257, maio/ago. 2014. Disponível em: < www.upf.br/seer/index.php/rfo/article/download/3572/2995>. Acesso em: 19 de junho de 2015 às 23:20:58 _____________________ ¹Acadêmica do 4º ano do Curso de Graduação de Odontologia, Unioeste/ Cascavel, [email protected] ²Doutora em Periodontia- Unesp/Araçatuba; Professora das disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada Unioeste/ Cascavel ³Doutora em Periodontia – Unesp/ Araraquara; Professora da disciplina de Periodontia – Unioeste/ Cascavel; Professora de Mestrado de Odontologia e Biociências – Unioeste/ Cascavel 4Mestre em Odontologia – sub área de Prótese, Faculdade Ingá/ Maringá 5Graduada em Odontologia – Unioeste/ Cascavel; Especialista em Implantodontia – Unipar; Mestre em Clínicas Odontológicas – Unioeste/ Cascavel. 236 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 IMPLANTOPLASTIA COMO ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE PERI-IMPLANTITE: RELATO DE CASO Sabrina Vieira Botelho1 Juliana Quintino Trizzi² Murilo Hernane Gonzalez Pimenta² Nayara Gonçalves Emerenciano² Cléverson de Oliveira e Silva2 Modalidade: Caso clinico RESUMO: Peri-implantite é o termo resignado ao processo inflamatório que atinge o osso alveolar, resultante da contaminação por placa bacteriana composta principalmente por bactérias gram-negativas anaeróbias. Devido a isso as espiras do corpo do implante ficam expostas, culminando em maior dificuldade de higienização, logo maior contaminação. Uma alternativa para o tratamento da peri-implantite é a técnica da implantoplastia e o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia desta técnica para o tratamento desta doença. Paciente L.C. do gênero masculino, 60 anos, foi diagnosticado peri-implantite presente nos implantes na região dos dentes 34, 36 e 37. Primeiramente, foi feita uma cirurgia de acesso, em que foi feita uma descontaminação mecânica e química dos implantes. Em um segundo momento, foi retirada a prótese sobre o implante, rebatido um retalho total e em seguida com uma broca diamantada instalada na alta rotação foi feito o alisamento das espiras que estavam expostas no corpo do implante. Após o alisamento foi feito o polimento e a reinstalação da prótese sobre o implante. Esta técnica se mostra eficaz, porém há controvérsia devido á problemas como fratura e superaquecimento do corpo do implante. O paciente continua sob acompanhamento. Palavras-chave: Implante, Implantoplastia, Peri-implantite. REFERÊNCIAS: ROMEU E., LOPS D., CHIAPASCO M., GHISOLFI M., VOGEL G.. Therapy of peri-implantitis with resective surgery. A 3-year clinical trial on rough screw-shaped oral implants. Part II: radiographic outcome. Clin Oral Implants Res. 2007 Apr;18(2):179-87. SHARON E., SHAPIRA L., WILENSKY A. ABU-HATOUM R. SMIDT A. Efficiency and thermal changes during implantoplasty in relation to bur type. Clin Implant Dent Relat Res. 2013 Apr;15(2):292-6. doi: 10.1111/j.1708-8208.2011.00366.x. Epub 2011 Jul 11 CHAN HL. , OH WS. , ONG H.S. , FU JH. , STEIGMANN M. , SIERRALTA M. , WANG HL. .Impact of Implantoplasty on Strength of the Implant-Abutment Complex . Int J Oral Maxillofac Implants. 2013 Nov-Dec;28(6):1530-5. doi: 10.11607/jomi.3227 ________________________ 1 2 Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Universidade Estadual de Maringá 237 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO PERIODONTAL NA DIABETES MELLITUS Marcela Chiqueto1 Paula Bernardon2 Mariana Benedetti Ferreira Webber3 Patrícia Oehlmeyer Nassar4 Modalidade: Pesquisa RESUMO: Estudos recentes apontam que a doença periodontal (DP) tem um efeito adverso sobre o controle glicêmico e uma participação ativa na fisiopatologia das complicações relacionadas ao Diabetes Mellitus. O intuito desse trabalho foi avaliar o efeito do tratamento periodontal em pacientes portadores de Diabetes Mellitus. As análises foram realizadas aos 0, 3 e 6 meses, incluindo parâmetros clínicos periodontais e também foram dosadas a expressão IL1β. Houve uma melhora de todos os parâmetros clínicos periodontais avaliados em ambos os grupos, após raspagem e alisamento radicular, assim como nos níveis de IL-1ß presentes no fluído após um período de 6 meses. Sendo assim, podemos concluir que o tratamento periodontal básico (raspagem e alisamento radicular convencional) foi mais efetivo para o controle glicêmico dos pacientes com diabetes tipo 2 moderadamente compensados do que nos descompensados. Palavras chave: Diabetes Mellitus, fluido crevicular gengival, doença periodontal, controle glicêmico INTRODUÇÃO O Diabetes Mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia, a qual é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção da insulina ou em ambas (Diretriz da sociedade brasileira de diabetes 2011). A doença periodontal (DP) é uma doença inflamatória crônica de causa infecciosa, caracterizada por destruição das estruturas de sustentação dos dentes que inclui desde o ligamento periodontal até o osso alveolar (Bascones-Martinez, Matesanz-perez, EscribanoBermejo, et al. 2011). Segundo Engebretson et al. (2004) pacientes com DM tipo 2 tem maior incidência e severidade da doença periodontal do que aqueles sem diabetes. A periodontite é a sexta complicação do DM e a sua prevalência nesses pacientes comparada aos não diabéticos tem sido encontrada na proporção de 59,6%:39% (Loe 1993). A maioria dos estudos bem controlados mostram uma maior prevalência e severidade das DPs em diabéticos que nos pacientes não diabéticos, com irritação local similar, incluindo grande perda de inserção, perda óssea alveolar, aumento de sangramento à sondagem e aumento na mobilidade dental, resultando em perda do elemento dentário (Rajkumar et al. 2012). Estudos recentes demonstraram o DM como um fator de risco para o comprometimento da saúde periodontal e crescentes evidências apontam que a DP tem um efeito adverso sobre o controle glicêmico e uma participação ativa na fisiopatologia das complicações relacionadas ao DM (Negrato et al. 2012). Dessa forma, os tecidos periodontais inflamados servem como uma fonte crônica de bactérias, produtos bacterianos e muitos mediadores inflamatórios como Fator de Necrose Tumoral α (TNF-α), interleucina-6 (IL-6) e interleucina-1 (IL-1), os quais tem importante efeito no metabolismo da glicose e do lipídeo, além de serem antagonistas da insulina e levarem à resistência da mesma (Faria-Almeida, Navarro, Bascones 2006; Graves, Rongkun, 238 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Oates 2007). Essa relação bidirecional tem implicações importantes para pacientes com diabetes, considerando a significante morbidade e mortalidade associada à doença (Yoon et al. 2012). De acordo com Rajkumar et al. (2012), as mudanças mais marcantes nos diabéticos não controlados são a redução no mecanismo de defesa e o aumento na susceptibilidade à infecção levando à DP destrutiva. De acordo com a opinião de muitos clínicos, a DP em diabéticos não segue um padrão consistente. Frequentemente, ocorrem inflamações gengivais severas, bolsas periodontais profundas, rápida perda óssea e abscessos periodontais em pacientes com pobre higiene oral. Uma vez que o DM prejudica os mecanismos de defesa envolvendo a micro e a macro circulação, ocorre um aumento na susceptibilidade à infecção e uma redução na capacidade de cicatrização pela alteração no metabolismo do colágeno, aumentando o nível de destruição periodontal. A Organização Mundial da Saúde (Who 2005) define como doenças crônicas as doenças cardiovasculares (cerebrovasculares, isquêmicas), as neoplasias, as doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. A OMS também inclui nesse rol aquelas doenças que contribuem para o sofrimento dos indivíduos, das famílias e da sociedade, tais como as desordens mentais e neurológicas, as doenças bucais, ósseas e articulares, as desordens genéticas e as patologias oculares e auditivas (Who 2005). Assim, tanto a doença periodontal quanto o diabetes são considerados doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT). Consideradas como epidemia na atualidade, as DCNT constituem um sério problema de saúde pública, tanto nos países ricos quanto nos de média e baixa renda (Brasil 2008). Não obstante, é certo que estes últimos sofrem de forma tanto mais acentuada quanto menores suas possibilidades de garantir políticas públicas que alterem positivamente os determinantes sociais de saúde (Brasil 2008). Sendo assim, a produção de conhecimento sobre cada uma destas duas condições clínicas, seus fatores de risco, assim como, a relação entre elas, ajuda a criar ferramentas necessárias à saúde pública, para o combate mais efetivo e seu adequado controle. OBJETIVOS Diante do exposto, esta pesquisa visa avaliar o efeito do tratamento periodontal em pacientes portadores de DM tipo 2 moderadamente compensados e descompensados. MATERIAIS E MÉTODOS Entre os pacientes atendidos no Ambulatório de Odontologia da UNIOESTE no período de agosto de 2013 a setembro de 2014, 30 foram selecionados voluntariamente 20 pacientes de ambos os sexos, com idade de 25-75 anos, com diabetes tipo 2 e periodontite crônica. A amostra de pacientes diabéticos foi selecionada na clínica de Periodontia da UNIOESTE e os critérios de inclusão e exclusão foram rigorosamente obedecidos para esta seleção. A divisão em grupos foi feita de forma aleatória para os tratamentos periodontais, sendo 10 portadores de DM tipo 2 moderadamente compensados e 10 pacientes portadores de DM tipo 2 descompensados. Como critérios de inclusão em ambos os grupos, os pacientes poderiam ser de ambos os sexos e deveriam apresentar periodontite crônica moderada a severa, localizada ou generalizada, com pelo menos 4 sítios com profundidade de sondagem acima de 5mm e nível de inserção clínica maior ou igual a 4mm, não no mesmo dente, com sangramento à sondagem e inflamação gengival, livres de cáries e/ou próteses ao exame clínico. No grupo I os pacientes deveriam ser portadores de DM tipo 2 moderadamente compensados (hemoglobina glicada HbA1c < 8%). No grupo II os pacientes deveriam ser portadores de DM tipo 2 pobremente compensados (HbA1c > 8%). Os dentes, para todos os grupos, deveriam se apresentar em posição normal, com um número mínimo de 20 dentes na arcada, após exame clínico realizado nas faces vestibular, lingual/palatina, mesial e distal. 239 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Como critérios de exclusão, os pacientes deveriam apresentar história positiva de antibioticoterapia de largo espectro, antiinflamatórios esteróides, anticoagulantes nos últimos seis meses e imunossupressores nos três meses antecessores ao estudo, história positiva de gestação ou amamentação, história positiva de qualquer tipo de problema sistêmico grave ou história positiva de tratamento periodontal nos últimos 6 meses. Avaliação Clínica O exame clínico inicial foi realizado por um único examinador previamente treinado, que através de uma sonda periodontal do Tipo WILLIAMS no. 23, determinou: 1. Índice de placa de Silness & Löe (Silness and Loe 1964). 2. Indíce gingival de Löe & Silness (Loe and Silness 1963). 3. Profundidade de sondagem: distância do fundo de sulco até a margem gengival em seis pontos: mésio-vestibular, vestibular, disto-vestibular, disto-lingual/palatina, lingual/palatina e mésio-lingual/palatina de cada dente a ser examinado. 4. Nível de inserção clínica: distância entre a junção cemento-esmalte e o fundo da bolsa ou sulco, também determinado nos mesmos pontos da profundidade de sondagem. 5. Sangramento a sondagem: presença ou ausência de sangramento, dentro de um tempo de 30 segundos depois de mensurada a profundidade de sondagem. Análise da Expressão das Isoformas de IL-1 Foram selecionados para ambos os grupos, 4 sítios com profundidade de sondagem maior ou igual a 5 mm e sangramento à sondagem (sítios profundos) e 4 com profundidade de sondagem menor ou igual a 3 mm e sangramento à sondagem (sítios rasos), em dentes diferentes, não-adjacentes. Inicialmente, foi removida a placa bacteriana supragengival dos sítios selecionados e em seguida, a região foi isolada com rolos de algodão estéreis e gentilmente seca com jatos de ar. O fluido sulcular estagnado foi coletado com a introdução de um cone de papel absorvente esterilizado mantido durante 30 segundos nos sítios selecionados, sendo descartada a amostra contaminada com sangue. Os cones contendo o fluido de sítios com as mesmas características de cada paciente foram acondicionadas em um único tubo de eppendorf contendo 1ml de solução de phosphate-buffered saline (PBS). Após a coleta, os cones de papel permaneceram nos tubos de eppendorfs por 40 minutos à temperatura ambiente para posterior remoção das mesmas e centrifugação dos eppendorfs a 10000 giros por 10 minutos a uma temperatura de 4 C. O sobrenadante foi coletado e acondicionado em novo eppendorf estéril e congelado em freezer a -80ºC. Essas amostras foram utilizadas para avaliação da quantidade de IL1- por meio de análise por Ensaio de Imunoabsorção Acoplado a Enzimas (ELISA). Os pacientes foram avaliados por um período total de 6 meses, sendo que a avaliação clínica, laboratorial e a análise do fluido crevicular gengival foram realizadas nos períodos de 0, 3 e 6 meses e em todos os períodos, os pacientes foram novamente instruídos e receberam a terapia de manutenção. A Análise da Expressão de IL-1 foi realizada no início e após 6 meses. As escovas utilizadas para o procedimento mecânico foram padronizadas através de características como cerdas macias e horizontais de mesmo tamanho e cabeça da escova de tamanho pequeno, independente da marca, bem como os dentifrícios não poderiam apresentar qualquer componente que pudesse alterar o acúmulo de placa, além dos componentes básicos de um dentifrício. Análise dos dados Os dados obtidos foram analisados e avaliados através dos testes ANOVA um critério, e se encontrado diferenças estatisticamente significantes, o teste de Tukey foi realizado para determinar diferença entre grupos, com nível de significância de 5%. Aspectos éticos 240 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, com Parecer n. 461.188. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado pelo responsável. RESULTADOS Os resultados da avaliação clínica mostraram que tanto no índice de placa quanto no índice gengival, houve uma diminuição significativa ao final dos 6 meses para ambos os grupos. Com relação ao índice de placa, houve uma redução de 75,8% no grupo 1 e de 60,9% no grupo 2. Já em relação ao índice gengival, houve uma redução de 69,3% no grupo 1 e de 69,5% no grupo 2. Além disso, esses resultados mostraram que tanto na profundidade de sondagem quanto no nível de inserção, houve uma diminuição significativa ao final dos 6 meses. Com relação à profundidade de sondagem, houve uma redução de 36,8% no grupo 1 e de 17,4% no grupo 2. Já em relação ao Nível de Inserção houve uma redução de 40% no grupo 1 e de 20,7% no grupo 2. Com relação às médias do Sangramento à Sondagem dos 3 períodos realizados em todos os grupos tratados, os resultados mostraram que houve uma diminuição significativa deste parâmetro em ambos os grupos após o período de 6 meses, sendo esta diminuição de 83,3% no grupo 1 e de 84,5% e no grupo 2. Foi possível observar a respeito dos resultados da expressão de IL1-ß no início e após 180 dias em ambos os grupos tratados, uma redução da expressão significativa de IL1-ß em ambos os grupos, sendo esta diminuição de 92,9% no grupo 1 e de 73,6% no grupo 2. DISCUSSÃO A periodontite é a infecção crônica oral mais comum com o maior índice de perda dentária em adultos, além de ser considerada a sexta complicação do DM (Loe 2003). Ela tem mostrado ser um fator de risco para o pobre controle glicêmico em pacientes com diabetes devido às bactérias e seus subprodutos no tecido periodontal inflamado, constituindo uma fonte crônica de desafios sistêmicos ao hospedeiro (Mealey, Rose 2008). Dessa maneira, é importante entender a possível relação entre o tratamento da periodontite e o controle metabólico do diabetes mellitus, uma vez que, o tratamento da periodontite nestes pacientes pode levar a redução nos mediadores solúveis responsáveis pela destruição dos tecidos periodontais e reduzir a resistência à insulina nos tecidos (Faria-Almeida et al. 2006). Os resultados dessa pesquisa evidenciaram que todos os parâmetros clínicos estudados, entre eles índice de placa, índice gengival, profundidade de sondagem, sangramento à sondagem e nível de inserção clínica apresentaram uma melhora significativa ao final dos 6 meses de estudo para ambos os grupos. Esses resultados estão de acordo com os estudos de Faria-Almeida, Navarro, Bascones (2006) que realizaram um estudo prospectivo, paralelo e longitudinal comparativo entre pacientes diabéticos tipo 2 e não diabéticos com periodontite crônica moderada generalizada. Os parâmetros estudados foram índice de placa, profundidade de sondagem, sangramento à sondagem e nível de inserção clínica. Todas as variáveis se comportaram de modo semelhante em ambos os grupos, e todas as variáveis mostraram melhoras entre o início e 3 meses e entre 3 e 6 meses após tratamento convencional por meio de instrução de higiene oral, profilaxia e raspagem e aplainamento radicular com curetas Gracey por 4 sessões. Entretanto, em um estudo realizado por Kardesler et al. (2008), os resultados mostraram que não houve diferenças significativas entre o grupo DM e o PD nos parâmetros clínicos periodontais. O grupo saudável (controle) exibiu valores significantemente menores nos parâmetros periodontais clínicos que o grupo DM e PD. Os resultados obtidos nesse estudo mostraram que as médias dos valores da expressão de IL1-ß no início e após 6 meses em ambos os grupos tratados por meio de profilaxia, raspagem e alisamento radicular e instrução de higiene oral a cada 3 meses evidenciaram uma redução 241 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 significativa da expressão de IL1-ß no grupo 1 e significativa apenas do início para 3 meses no grupo 2. Enquanto que no volume de GCF medido por área dos 3 períodos realizados, tanto no grupo moderadamente compensado quanto no grupo descompensado, ocorreu uma diminuição significativa após o período de 6 meses. Em comparação a isso, em um estudo realizado por Engebretson et al. (2004), os níveis de IL-1ß no GCF demonstraram uma correlação significativamente positiva com a profundidade de sondagem, média clínica de perda de inserção, porcentagem de sítios com sangramento à sondagem e glicose no sangue, mas sem porcentagem de sítios exibindo placa. Uma quantidade total de IL-1ß do GCF foram significativamente maiores naqueles pacientes com HbA1c maior que 8%. Um estudo realizado por Correa et al. (2008) mostrou que o tratamento periodontal não-cirúrgico reduziu significativamente os níveis de IL-1ß, matriz metaloproteinas - 8 e -9 (MMP-8 e -9) e a atividade da elastase no GCF de indivíduos com DM2. Estas reduções foram associadas com melhoria do estado clínico periodontal. Segundo estes autores, a IL-1ß é uma importante citocina envolvida na patogênese da periodontite e pode estimular a produção de outros mediadores e a expressão de MMP. Sendo assim, após avaliação periodontal de 6 meses, foi possível observar que ocorreu uma diminuição dos parâmetros clínicos avaliados, sendo que no grupo dos pacientes diabéticos moderadamente compensados a redução foi mais expressiva que no grupo dos diabéticos descompensados. Como a inflamação crônica e recorrente contribui para uma acentuada continuação da resposta da fase aguda e pode levar a complicações do diabetes, tais como, micro e macroangiopatia e cicatrização prejudicada, é sugerido que a doença periodontal com aumentada resposta inflamatória a nível local e sistêmico, pode colaborar para a resistência à insulina apresentada na patogênese do diabetes mellitus tipo 2 (Longo et al. 2014). Sendo assim, é importante entender a possível relação entre o tratamento da periodontite e o controle metabólico do diabetes mellitus, uma vez que, o tratamento da periodontite nestes pacientes pode levar a redução nos mediadores solúveis responsáveis pela destruição dos tecidos per iodontais e reduzir a resistência à insulina nos tecidos (Lim et al. 2007). CONCLUSÃO Podemos concluir, portanto, que o tratamento periodontal básico (raspagem e alisamento radicular convencional) foi mais efetivo para o controle glicêmico dos pacientes com diabetes tipo 2 moderadamente compensados do que nos descompensados. Devido aos resultados deste estudo serem baseados numa pequena amostra de pacientes e por um período curto de tempo (6 meses), estudos maiores são necessários para confirmar estes achados e demonstrar uma associação entre o controle glicêmico do diabetes mellitus e a resposta destes pacientes ao tratamento periodontal básico. Agradecimentos: Esse estudo foi apoiado por meio de subvenções da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE e FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA. REFERÊNCIAS BACONES-MARTINEZ, A. et al. (2011) Periodontal disease and diabetes: Review of the literatrure. Med Oral Patol Cir Bucal, v. 16, n. 6, p. 722-9, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde: Diretrizes e Recomendações para o Cuidado Integral de Doenças Crônicas não-Transmissíveis. Promoção da Saúde, Vigilância, Prevenção e Assistência. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Série Pactos pela Saúde: Brasília, 2008. 242 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ENGEBRETSON, S.P. et al (2004) Gingival Crevicular Fluid Levels of Interleukin 1-ß and Glycemic Control in Patients With Chronic Periodontits and Type 2 Diabetes. J Periodontol, v. 75, n. 9, p. 1203-1208, 2004. FARIA-ALMEIDA, R.; NAVARRO. A.; BASCONES, A. 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Diabetes mellitus and inflammatory periodontal disease. Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes, v. 15, p. 135-141, 2008. NEGRATO, C.A. et. al.(2013) Periodontal disease and diabetes mellitus. J Appl Oral Sci , v. 21, n. 1, p. 1-12, 2013. RAJKUMAR, D. Diabetes and periodontal disease. J Pharm Bioallied Sci, v. 4, n. 2, p. 280-282, 2012. SILNESS, J.; LOE, H. Periodontal disease in pregnancy. II. Correlation between oral higiene and periodontal condition. Acta Odontol Scand, v. 22, p. 121-135, 1964. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2011. AC Farmacêutica, Rio de Janeiro: 2011, p. 2. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Preventing chronic diseases: a vital investment. 2011 YOON, A. Inflammatory biomarkers in saliva: assessing the strength of association of diabetes mellitus and periodontal status with the oral inflammatory burden. J Clin Periodontol, v. 39, p. 434-40, 2012. ____________________ 1 Acadêmica em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected] 2 Mestre em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Especialista em Implantodontia, Universidade Paranaense 3 Mestre em Odontologia, Faculdade Ingá-Maringá 4Doutora em Periodontia, Unesp 243 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 PAPEL DA DEFICIÊNCIA DE TESTOSTERONA E DA PERIODONTITE EXPERIMENTAL NA REGULAÇÃO DOS TECIDOS PERIODONTAIS DE RATOS WISTAR. Michael Aparecido Macahdo1 Cláudio Girelli Junior Romário Willian Welter João Paulo de Arruda Amorim Elaine Manoela Porto Amorim Modalidade: Pesquisa RESUMO: A periodontite é uma doença caracterizada pelo processo inflamatório dos tecidos periodontais. As relações entre os hormônios sexuais esteroides e a periodontite tem sido largamente investigadas em fêmeas, entretanto os estudos em machos ainda são escassos.Objetivo: o presente projeto de pesquisa tem por objetivo avaliar a estrutura histológica dos tecidos periodontais de ratos com deficiência de testosterona e com doença periodontal. Metodologia: Ratos machos Wistar (90 dias de idade) foram separados em quatro grupos experimentais (7 animais em cada): controle sem doença periodontal; controle com doença periodontal; castrado sem doença periodontal e castrado com doença periodontal. A ligadura foi realizada sessenta dias após a castração e mantida por trinta dias. Após este período os animais foram sacrificados em câmara de CO2. A hemimandíbula esquerda foi retirada, fixada, radiografada e processada pelas técnicas histológicas de rotina. Resultados: O modelo de ligadura foi eficiente em induzir a doença periodontal nos animais. A castração levou a uma significativa perda óssea nos animais, a qual foi acentuada com a indução da doença periodontal. Os animais com doença periodontal apresentaram aumento da área do epitélio gengival e da área de tecido conjuntivo, quando comparado aos animais sem a doença. Conclusão: Concluímos que a testosterona é um importante regulador fisiológico do metabolismo ósseo alveolar e dos tecidos gengivais. Palavras-chave: periodontite, testosterona, gengiva REFERÊNCIAS: VANDERSCHUEREN, D.; LAURENT, M.R.; CLAESSENS, F.; GIELEN ,E.; LAGERQUIST, M.K.; VANDENPUT, L.; BÖRJESSON, A.E.; OHLSSON, C. Sex steroid actions in male bone. Endocr Rev. Sep 9, 2014. [Epub ahead of print]. OHLSSON, C.; BÖRJESSON, A.E.; VANDENPUT, L. Sex steroids and bone health in men. Bonekey Rep, v.1, n.2, 2012. _____________________ do 3º ano do Curso de Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.e-mail: [email protected] 1Acadêmico 244 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 PERIODONTITE NECROSANTE: RELATO DE CASO DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E UM ANO DE ACOMPANHAMENTO Sabrina Vieira Botelho1 Nayara Gonçalves Emerenciano² Murilo Hernane Gonzalez Pimenta² Lívia Tolentino Cardia² Maurício Guimarães Araújo2 Modalidade: Caso clinico RESUMO: As doenças periodontais necrosantes (DPN) são as formas mais graves de doença periodontal, as bactérias são mais agressivas do que as observadas em uma periodontite crônica e quando associadas a uma saúde debilitada do paciente causam um dano ainda maior ao periodonto. Além disso, as DPNs têm uma prevalência extremamente baixa na população. Desta forma, o objetivo deste trabalho é ilustrar as características clínicas de uma DPN e as etapas clínicas do tratamento através de um caso clínico. O paciente D.C.D., 22 anos, compareceu a clínica odontológica para atendimento de urgência com sinais e sintomas como: febre, sangramento espontâneo, supuração, dor e halitose extrema. Clinicamente, apresentava ulcerações na gengiva interproximal, necrose, exposição de osso alveolar interproximal, e pobre higiene oral. Radiograficamente comprovou-se perdas ósseas horizontais. O tratamento foi baseado no diagnóstico de periodontite ulcerativa necrosante e consistiu primeiramente em raspagem supragengival com irrigação das bolsas periodontais com iodo e água oxigenada, instrução de higiene bucal com uso de técnicas de escovação, escovas interproximais com clorexidina 0,2% e bochecho com clorexidina 0,12%, durante a primeira semana do tratamento. Optou-se por antibioticoterapia com metronidazol e amoxicilina para controle de febre. Após o término da sintomatologia aguda, raspagem e alisamento radicular subgengival foram realizadas. 90 dias após o início do tratamento foi realizada re-avaliação periodontal, observou-se ausência de bolsas periodontais e permanência dos defeitos anatômicos produzidos pela inflamação. Logo, é de extrema importância o correto tratamento da doença, uma vez que é uma das formas mais agressivas de doença periodontal. Palavras-chave: doença periodontal necrosante, placa bacteriana, raspagem corono-radicular. REFERÊNCIAS: MACCARTHY D., CLAFFEY N. Acute necrotizing ulcerative gingivitis is associated with attachment loss. J Clin Periodontol, v.18, p.776-779, 1991. JOHNSON B.D., ENGEL D. Acute necrotizing ulcerative gingivitis. A review of diagnosis, etiology and treatment. J Periodontol, v.57, p.141–150, 1987. HOLMSTRUP P., WESTERGAARD J. Necrotizing periodontal disease;In: Lindhe J, Karring T, Lang, NP, eds. Clinical Periodontotogy and Implant Dentistry, 3rd ed. Copenhagen: Munksgaard, p.258-278,1998a. ____________________ 1 Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Estadual de Maringá 2 Universidade 245 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 POSIÇÃO DO ÁPICE DENTÁRIO EM RELAÇÃO AO PROCESSO ALVEOLAR DO OSSO MAXILAR. ESTUDO EM TOMOGRAFIAS DE CONE-BEAM Sabrina Vieira Botelho1 Nayara Gonçalves Emerenciano² Murilo Hernane Gonzalez Pimenta² Mônica Yuri Orita Misawa² Maurício Guimarães Araújo2 Modalidade: Pesquisa RESUMO:O processo alveolar sofre significativa redução dimensional após extração dentária. Recentes dados sugerem que a localização do ápice dentário dentro do processo alveolar pode influenciar na quantidade de reabsorção óssea pós-extração. O objetivo do presente estudo foi descrever a localização do ápice dentário dos dentes da região anterior da maxila. Foram selecionadas 100 tomografias computadorizadas de cone-beam de pacientes apresentando todos os dentes anteriores superiores hígidos. Reconstruções parassagitais serão obtidas de todas as regiões dentárias. Nos cortes representando o centro do processo alveolar a distância do ápice radicular à cortical vestibular do processo alveolar será medida. Dois avaliadores previamente calibrados realizaram as medidas. Os dados foram tabulados e analisados através de estatística descritiva. Os resultados apresentam as médias e desvio padrão para cada grupo dentário, sendo 1.91 ± 0.81 mm, 1.94 ± 0.91 mm e 1.70 ± 0.73 mm, respectivamente, incisivo central, incisivo lateral e canino. Diferenças estatísticas significantes entre os incisivos e caninos (p≤0.001). Diante da distribuição de frequência, a prevalência dos incisivos centrais (25%) e caninos (30%) foi entre 1.5 e 2.0 mm. Enquanto que os incisivos laterais (24%) tiveram na maioria uma localização entre 2.0 e 2.5 mm e 22% deles se incluíram na distância entre 1.5 e 2.0 mm. Diante dos resultados, podemos concluir que a média da distância do ápice do canino foi menor, seguido do incisivo central e lateral. Palavras-chave: Processo alveolar; Ápice radicular; Dentes anteriores. REFERÊNCIAS: ARAÚJO, M. G.; SUKEKAVA, F.; WENNSTR€OM, J.L. & LINDHE, J.. Tissue modeling following implant placement in fresh extraction sockets. Clinical Oral Implants Research 17: 615–624, 2006 JOHNSON, K. A study of the dimensional changes occurring in the maxilla following tooth extraction. Australian Dental Journal 14: 241– 254, 1969 KAN, J. Y. ; ROE, P.; RUNGCHARASSAENG, K.; PATEL, R. D.; WAKI, T.; LOZADA, J. L.; ZIMMERMAN, G.. Classification of Sagittal Root Position in Relation to the Anterior Maxillary Osseous Housing for Immediate Implant Placement: A Cone Beam Computed Tomography Study. Int J Oral Maxillofac Implants. Jul-Aug; 26(4):873-6, 2011 _____________________ 1 2 Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Universidade Estadual de Maringá 246 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 RECOBRIMENTO RADICULAR COM ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO SUBEPITELIAL, ASSOCIADO À TÉCNICA DO ENVELOPE: RELATO DE CASO Ana Claudia Poletto1 Vitor Juliano Spada Laerte Luiz Bremm Modalidade: Caso clínico RESUMO: A recessão gengival é definida como um deslocamento da margem gengival para uma posição apical à junção JCE. Dentre as principais causas da recessão gengival estão relacionados fatores mecânicos, como trauma de escovação e o acúmulo de biofilme dental. As recessões podem ser únicas ou múltiplas, o que frequentemente determina problemas estéticos, aumento na suscetibilidade à cárie radicular e hipersensibilidade dentinária. Objetivo: Demonstrar um caso clínico de recobrimento radicular com enxerto de tecido conjuntivo subeptelial através da técnica do envelope. Relato de caso: Paciente M.K., gênero masculino, 40 anos de idade, compareceu a clínica queixando-se de sensibilidade radicular e descontentamento estético, em decorrência de uma recessão gengival classe I de Miller no elemento 13. Diante deste caso, optou-se por realizar o recobrimento radicular pela técnica do envelope associada ao enxerto de tecido conjuntivo subeptelial, sendo o palato a área doadora do tecido conjuntivo. Inicialmente realizamos o preparo da área receptora, anestesia infiltrativa, incisão intrasulcular, confecção do envelope, posteriormente realizamos a coleta do enxerto, através da técnica da dupla incisão, o enxerto foi estabilizado dentro do envelope através de suturas proximais e uma suspensória. Após 10 dias, o paciente retornou para remoção da sutura apresentando uma boa cicatrização. Depois de 21 dias, pode-se perceber uma melhora significativa da recessão com ótimo recobrimento radicular e qualidade do tecido periodontal. Conclusão: A técnica de recobrimento radicular através da técnica do envelope associado ao enxerto de tecido conjuntivo subepitelial, mostrou-se efetiva para o recobrimento radicular, apresentando uma melhora significativa dos parâmetros clínicos periodontais. Palavraschave: Recessão gengival; enxerto de tecido conjuntivo subepitelial; recobrimento radicular. REFERÊNCIAS: RATZKE P.B. Covering localized areas of root exposure employing the “envelope” technique. J. Periodontol. V.56, n.7, p.397-402, 1985. LINDHE J. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia oral. 5ª ed. RJ: Guanabara, 2010. BITTENCOURT S., RIBEIRO E.D.P., SALLUM E.A., SALLUM A.W., NOCITI JR. FH., CASATI M.Z. Root surface biomodification with EDTA for the treatment of gingival recession with a semilunar coronally repositioned flap. J Periodontol, v.78, n.9, p.1695-1701, 2007. _____________________ 1Acadêmica do 4º ano de Odontologia da Universidade Paranaense. E-mail: [email protected] 247 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR: RELATO DE CASO Geyssi Karolyne Gonzatto1 Danielle Shima Luize2 Mariana Benedetti Ferreira Webber2 Janaina Ahmann Spenassatto1 Paula Bernardon2 Modalidade: Caso clínico RESUMO:Os traumatismos dento alveolares são situações de urgência odontológica. As principais etiologias são as quedas, os acidentes esportivos e os acidentes de trânsito. A maioria dos casos em crianças de idade escolar. Muitas vezes, porém, o atendimento que deveria ser imediato não é efetivamente realizado devido á falta de conhecimento de pais e responsáveis1, 2 .Esse fato, associado a falta de conhecimento dos profissionais de saúde sobre traumatismos dentários, ocasionam adiamento da avaliação pelo cirurgião dentista3 . Este relato de caso clínico tem por objetivo apresentar uma abordagem conservadora para manutenção dos dentes que apresentaram fratura dento alveolar na idade pré púbere. Embora, um dos dentes não estivesse em condições absolutas de ser mantido na cavidade oral, optou-se pelo tratamento multidisciplinar que envolveu a recuperação das distancias biológicas, endodontia, núcleo de fibra de vidro e coroa protética. Isso possibilitará que o dente possa ser mantido até a idade adequada para receber um implante dentário. Palavras-chave: Trauma; Recuperação das distancias biológicas, Gengivectomia. Introdução: O traumatismo dentoalveolar é um problema de saúde publica na sociedade, atingindo parcelas cada vez maiores da população e causando danos funcionais, estéticos, psicológicos e sociais3. Na população em geral, possui uma incidência de 4 a 30% e pode estar associado a fraturas ósseas e injurias aos tecidos moles. De acordo com estudos realizados no Brasil, a prevalência de traumatismo dentário para crianças é de cerca de 30%. A maioria dos traumatismos dentoalveolares ocorre em crianças de idade escolar, geralmente, como resultados de quedas, acidentes esportivos e acidentes de trânsito4. Atualmente, a busca pela excelência estética, funcional e biológica são pré-requisitos relevantes nos procedimentos odontológicos, enaltecida por pacientes exigentes e ansiosos, os quais depositam grandes expectativas no resultado do tratamento odontológico. O desenvolvimento de novas técnicas e materiais odontológicos busca acompanhar esse crescimento. Entretanto, pouca atenção ainda é dada ao periodonto como um dos componentes do sorriso. O sucesso da reabilitação bucal pode ser alcançado considerando-se vários fatores, dentre eles, os princípios biológicos (respeito e contribuição à preservação, manutenção e nutrição dos tecidos gengivais saudáveis, adjacentes às restaurações e próteses dentárias); mecânicos (retenção e adesão); e estéticos (dependendo de variáveis sócio-culturais). A reabilitação bucal não pode gerar agressões ao periodonto. Os preparos devem ser definidos e com margens acessíveis, permitindo ótima adaptação marginal, contornos adequados e fácil acesso à higienização6. Entretanto, muitas vezes as situações clínicas são desfavoráveis e os preparos são inadequados, numa posição mais apical em relação à gengiva marginal, com margens subgengivais que invadem o espaço biológico, favorecendo o desenvolvimento e evolução da 248 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 doença periodontal. Nessas situações as cirurgias ressectivas gengivais favorecem a adequada realização dos procedimentos restauradores, restabelecendo as características anatômicas e relações ideais entre os dentes e periodonto de proteção (gengiva). A gengivectomia é uma cirurgia ressectiva estética, que tem por objetivo o restabelecimento fisiológico do espaço biológico, permitindo que procedimentos restauradores sejam compatíveis com saúde periodontal, sendo necessários a existência de larga faixa de gengiva queratinizada, ausência de deformidades ósseas, natureza fibrótica e motivação pelo paciente no controle do biofilme dental. A gengivectomia é uma técnica de fácil execução apresentando resultados favoráveis e satisfatórios quando empregada coadjuvante aos procedimentos restauradores, otimizando a estética dental5. Os procedimentos restauradores e saúde gengival estão intimamente relacionados, desempenhando papel significativo na integridade biológica dos tecidos, bem como na manutenção de restaurações com maior longevidade. Pacientes com dentes curtos parecem não gostar do seu sorriso e necessitam de aumento de coroa clínica. Contudo, o sucesso da reabilitação bucal não depende apenas de fatores estéticos localizados. A criação do arranjo dental deve estar em harmonia com a gengiva, lábios e o rosto do paciente; e a formulação de dentes, quando da sua reabilitação, em proporções intrínsecas agradáveis ao paciente e à sociedade, foram considerados princípios da estética em Odontologia. Os princípios de proporção e harmonia são fatores imprescindíveis no reconhecimento de fatores naturais, iatrogênicos ou patológicos que alteram a estrutura do sorriso, mas podem também auxiliar na solução restauradora. É fundamental que haja o diagnóstico e o planejamento integrado em casos de fraturas dento alveolares que condenam o dente em questão. Os métodos aplicados no tratamento desse caso permitirá que esse dente seja mantido até que a paciente atinja a idade ideal para a colocação de um implante osseointegrado. A extração precoce de um dente leva, dentre outras sequelas, a atrofia do osso alveolar e futuramente pode levar a necessidade de reconstruções de rebordo previamente a instalação do implante55. Dessa forma, concluímos que a abordagem terapêutica não só devolveu estética e função imediatas, como também favorecerá a reabilitação futura com implantes. Objetivo: O objetivo deste trabalho apresentar uma abordagem conservadora para manutenção dos dentes que apresentaram fratura dento alveolar na idade pré púbere. Relato do Caso: Paciente V.R., 13 anos, sexo feminino, compareceu, no dia 09.04.2015, à clínica de Odontologia da UNIOESTE, na disciplina de Diagnóstico com a queixa principal de ausência de dentes. Durante anamnese não foram relatadas doenças prévias pela paciente que também não faz uso regular de medicamento. A primeira fase do tratamento, de planejamento, foi realizada inicialmente, exames clínicos extrabucal onde não foram detectadas alterações dos padrões de normalidade. Ao exame clínico intrabucal foi avaliado a saúde periodontal da paciente onde constatou-se não haver presença de bolsas periodontais. Os elementos 11 e o 21 apresentaram fratura horizontal na coroa; sendo que a extensão do primeiro era a nível cervical. Foram realizados exames radiográficos complementares, fotografias extras e intrabucais, modelos de estudo, definição do grau de complexidade do tratamento; enceramento diagnóstico e definição do plano de tratamento. Para a segunda fase do tratamento constituiu-se da execução das técnicas restauradoras iniciadas pelo tratamento periodontal básico além de orientação e motivação de hábitos de 249 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 higiene bucal. Os elementos 11, 12, e 21 foram submetidos à teste térmico, não apresentando vitalidade pulpar, foram então tratados endodonticamente. Realizado anestesia infiltrativa, isolamento absoluto, abertura coronária com broca diamantada 1012 Jota, exploração dos canais com lima tipo Kerr de aço inoxidável compatível com o diâmetro dos canais, odontometria com localizador apical (Romiapex A-15); foi realizado curativo com formocresol (Biodinâmica) e cimento de ionômero de vidro (Maxxion R – FGM). Na semana seguinte, foi feito a remoção do material e o preparo dos canais foi realizado com lima tipo Kerr fazendo chegar até o comprimento de trabalho. Durante a modelagem foi utilizado hipoclorito de sódio a 1% como irrigante. Na mesma sessão realizou-se a obturação dos dentes 11, 21, 22 com guta percha pela técnica de condensação lateral. Na terceira fase do tratamento foi sugerida à paciente a cirurgia ressectiva gengival (gengivectomia), com finalidade estética por aumento de coroa clínica, na respectiva região. Sob anestesia local infiltrativa foi realizada a determinação dos pontos sangrantes com sonda exploradora, e a união desta demarcação utilizando-se o gengivótomo de Kirkland. Em ato contínuo foi feita incisão da gengiva interproximal, com auxílio do gengivótomo de Orban.Após a remoção do fragmento, foi procedido alisamento da gengiva no sítio da cirurgia, com o propósito de melhorar a reparação gengival, favorecendo a estética. Na área do dente 11, o qual apresentava a fratura no terço cervical da raiz, foi realizado um aumento de coroa que abrangeu a face palatina e mesial, na tentativa de recuperar as distancias biológicas. Como o nível da fratura estava muito subgengival, o dente foi restaurado imediatamente com ionômero de vidro, provisoriamente. Foi prescrita medicação analgésica e bochechos com clorexidina 0,12%. Na quarta fase do tratamento foi realizada desobturação dos canais dos dentes 11, 21, para posterior colocação de um pino de fibra de vidro. O pino de fibra de vidro cônico selecionado (White Post DC FGM) foi o de tamanho 3, visto que os canais eram amplos. Foi realizado teste do pino para verificar se o comprimento de trabalho da broca se equivalia ao comprimento do pino dentro do conduto radicular; Posteriormente, o conduto radicular foi condicionado com ácido fosfórico 37% por ±60s, e a coroa por ±30s; Concomitantemente o pino de fibra de vidro White Post DC com ácido fosfórico 37% por ±60s visando a limpeza do pino. Em seguida, foi feito a lavagem abundante do conduto radicular utilizando uma seringa descartável com agulha fina, secagem com cone de papel; e aplicação do adesivo fotopolimerizável no conduto radicular com aplicador tipo Microbrush Longo (FGM). Após jato de ar no conduto, a remoção dos excessos de adesivo é realizada com cones de papel e fotopolimerizado por 20s. O cimento resinoso dual é a inserido no conduto com uma broca lentulo nº 40 e o pino é assentado. Após a remoção dos excessos, o cimento é fotoativado por 1 min. Finalizando o procedimento com a cimentação do dente provisório. Na semana seguinte, procedemos com o preparo dentário, utilizando uma broca troncocônica de extremidade arredondada confeccionamos os sulcos de orientação horizontais e verticais para subsequente planificação das superfícies, sempre acompanhando a anatomia dental. O desgaste da face palatina foi realizado em dois planos, um pra mesial e outro pra distal com ponta 3118F, tomando o cuidado para preservar o cíngulo. Em seguida, os provisórios foram confeccionados com dentes de estoque, reembasados e cimentados com hidróxido de cálcio, Hydro C – Dentsply. A paciente encontra-se em fase de proservação. Discussão: A ocorrência de traumatismo dentário é frequente em crianças e adolescentes, e o primeiro atendimento ao paciente, a conduta correta frente ao trauma e a agilidade para encaminhar o caso ao especialista são de extrema importância para o prognóstico. 250 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 É fundamental que haja o diagnóstico e o planejamento integrado em casos de fraturas dento alveolares que condenam o dente em questão. Os métodos aplicados no tratamento desse caso permitirá que esse dente seja mantido até que a paciente atinja a idade ideal para a colocação de um implante osseointegrado. A extração precoce de um dente leva, dentre outras sequelas, a atrofia do osso alveolar e futuramente pode levar a necessidade de reconstruções de rebordo previamente a instalação do implante. Conclusão: Concluímos que a abordagem terapêutica não só devolveu estética e função imediatas, como também favorecerá a reabilitação futura com implantes. REFERÊNCIAS: 1. CAMPOS MI, HENRIQUES KA, CAMPOS CN. Nível de informação sobre a conduto de urgência frente ao traumatismo dental com avulsão. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2006;6:155-9. 2. GRANVILLE-GARCIA AF, MENEZES VA, LIRA PI. Prevalence and a sociodemographic factors associated with dental trauma in preschlers. Odontol Cln-Cient 2006;5:57-64. 3. PANZARINI SR, SAAD NETO M, SONADA CK, POI WR, CARVALHO AC. Avulsões dentárias em pacientes jovens na região de Aracutuba. Rev Assoc Paul Cir Dent 2003;57:27-31. 4. MORAES, Rafaela Scariot de et al . Tratamento emergencial de traumatismo dentoalveolar associado a dente decíduo fusionado: relato de caso. v.11, n.3, Disponível em: <http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S18082102011000300007&lng =p&nrm=iso>. Acesso em: jul 2015. 5. PEDRON, I.G. et al. Sorriso gengival: cirurgia ressectiva coadjuvante à estética dental, Odonto 2010;18(35):87-95, Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ O1/article/viewFile/1564/1603> 6. CARRANZA, Fermin A et al. Carranza periodontia clínica. 10. ed. São Paulo: Elsevier, 2007. _____________________ 1 Graduandas de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. do da Disciplina de Clínica Integrada, Curso de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná 2 Docentes 251 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 USO DO ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO PARA O RECOBRIMENTO DE RAIZ PERFURADA ENDODONTICAMENTE E RESTAURADA COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO Mateus Augusto Bon Ami Teixeira1 Danielle Shima Luize2 Rodrigo Ribeiro³ Mariana Benedetti Ferreira Webber4 Paula Bernardon5 Cristiano Ribeiro de Lima1 Modalidade: Caso Clínico RESUMO: A resposta dos tecidos periodontais frente aos materiais restauradores tem sido amplamente estudada, sendo que já foi observada adesão dos fibroblastos e o tecido conjuntivo por meio de análise histológica; além de manutenção da saúde periodontal em sítios acometidos por lesões cervicais extensas, restaurados com ionômero resinoso subgengivalmente. Este trabalho tem como objetivo apresentar uma possibilidade terapêutica utilizando o cimento de ionômero de vidro para o vedamento de uma perfuração radicular, que posteriormente foi recoberta por enxerto gengival de conjuntivo. A perfuração no terço cervical da raiz aconteceu na face vestibular devido a um procedimento de abertura coronária mal sucedido. O Cimento de Ionômero de Vidro foi o material de eleição para o vedamento, devido as suas características biológicas e mecânicas, além de ser biocompatível com os tecidos periodontais. Em seguida, a área recebeu um enxerto de tecido conjuntivo removido do palato associado a um retalho deslizado lateralmente para o recobrimento da raiz com uma recessão Classe I de Miller. Medidas clínicas foram realizadas previamente ao procedimento e nos períodos de acompanhamento de 2, 6, 12 e 24 meses, sendo que os parâmetros clínicos permaneceram normais durante todo o período, bem como o contorno, cor e textura dos tecidos. O material restaurador preservou suas características, em especial a adesividade as estruturas dentárias e a manutenção da saúde dos tecidos periodontais adjacentes. Os resultados deste caso clínico permitiram concluir que essa forma de tratamento é altamente eficaz e previsível para casos de recobrimento radicular em dentes com lesões cervicais restauradas. Palavras-chave: Cicatrização periodontal, restauração dentária, distâncias biológicas, materiais dentários. REFERÊNCIAS: DELIBERADOR, T.M. et al. Use of the connective tissue graft for the coverage of composite resin-restored root surfaces in maxillary central incisors. Quintessence Int., v. 43, n. 7, 2012. MARTINS, T. M. et al. Periodontal tissue response to coverage of root cavities restored with resin materialshistomorphometric study in dogs. J Periodontol, v.78, n. 6, p. 1075-1082, 2007. SILVA. R.J.,QUEIROZ.M.S., et al. Propriedades dos cimentos de ionômeros de vidro: uma revisão sistemática. Odontol,Clín-Cient. Recife,9 (2) 125-129, abr./jun., 2010. SOARES, L. G. et al. Root coverage with laterally positioned flap. Dental Press Implantol. 2012 JulySept;6(3):46-54. _____________________ 1 Graduando de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [email protected] em Periodontia-UNESP, Professora das Disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada da UNIOESTE. ³ Doutor em Endodontia, Professor das Disciplinas de Anestesiologia e Clínica Integrada da UNIOESTE. 4 Mestre em Prótese/FACULDADE INGÁ, Profa. das Disciplinas de Prótese e Clínica Integrada da Unioeste. 5 Mestre em Periodontia/UNIOESTE, Profa. das Disciplinas de Dentística e Clínica Integrada da Unioeste. 2Doutora 252 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 253 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ANÁLISE DA RESISTÊNCIA ADESIVA DE PINOS DE FIBRA DE VIDRO CIMENTADOS COM DIFERENTES COMPRIMENTOS Natália Taglian Boniatti1 Mariana Benedetti Ferreira Webber2 Danielle Shima Luize³ Paula Bernardon⁴ Modalidade: Pesquisa RESUMO: Retentores intrarradiculares são cada vez mais utilizados na odontologia para restaurações diretas e indiretas, sendo os de fibra-de-vidro uma excelente opção associada a materiais adesivos. O remanescente radicular, seu tamanho e forma, determinam a seleção do pino. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio do teste de pull-out, a resistência de pinos de fibra de vidro à tração, quando cimentados com diferentes profundidades em dentes tratados endodonticamente. Metodologia: Trinta raízes bovinas foram cortadas na região cervical e padronizadas ao comprimento de 21mm. Foram tratadas endodonticamente e divididas aleatoriamente em três grupos: G1- preparação de 2/3 do remanescente radicular (14mm); G2 preparação de ½ do remanescente radicular (10,5mm), e, G3 – preparação de ¼ do remanescente radicular (5,25mm). Nos três grupos foram utilizados o pino Exacto n 3 (Angelus) e cimentados com RelyXU200 (3M-ESPE). Após, as amostras foram submetidas à termociclagem. O ensaio mecânico foi realizado em uma máquina de ensaio universal. Resultados: Os dados foram analisados usando Análise Variância 1-fator (ANOVA) ao nível de significância de 5% e Teste de Múltipla Comparação de Tukey. Os valores obtidos em Newtons (N) foram: G1 = 133,10, G2 = 102,26, G3 = 39,12. Conclusão: Verificou-se que os valores da força de adesão foram afetados pela profundidade de cimentação dos pinos com material autoadesivo, sendo maiores conforme aumenta a profundidade de cimentação dos pinos (G1>G2>G3). Palavras-Chave: Técnica para retentor intrarradicular. Resistência à tração. Cimentos de resina. Adesividade. REFERÊNCIAS: ALSAMADANI, K.H. et al. Influence of Different Restorative Techniques on the Strength of Endodontically Treated Weakened Roots. 2012; Int J Dent. CHUAN S. F.et al. Influence of post material and length on endodontically treated incisors: in vitro and finite element study. J Prosthet 2010 Dec;104(6):379-8. PEGORARO, L. F. et al. Prótese fixa. São Paulo: Artes Médicas, 1998. 313p _____________________ 1 Acadêmica Odontologia, UNIOESTE, [email protected] 2Mestre Prótese Dentária, FACULDADE INGÁ, [email protected] ³ Doutora Periodontia, UNESP, [email protected] ⁴ Mestre Clínicas Odontológicas, UNIOESTE, [email protected] 254 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM IDOSOS ATENDIDOS NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UNIPAR, CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO- PR Bruna Dall`Alba1 Michele Cristina Rama1 Karem Salete Girelli1 Flávia Ruiz Barbosa Paganini2 Volmir Pitt Benedetti2 Modalidade:Pesquisa RESUMO:A população vem envelhecendo rapidamente, onde a queda das taxas de fecundidade começou alterar a estrutura etária populacional. O termo saúde abrange “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doenças”, de modo que a saúde bucal possui grande importância para tal (WHO,1996). Uma das patologias mais frequentes em idosos portadores de próteses dentais são as afecções bucais causadas por fungos. Assim, objetiva-se descrever as condições de saúde bucal de idosos atendidos na clínica odontológica da Unipar de Francisco Beltrão. Foi acompanhada a consulta odontológica e, posteriormente, uma entrevista com o paciente para preenchimento de ficha epidemiológica, seguido de coleta de saliva. A partir deste material biológico foi realizado a quantificação e caracterização da microbiota fúngica. Observou-se que 60% dos pacientes tiveram crescimento de leveduras, sendo Candida albicans a espécie mais frequente, segundo Gusmâo et al. (2010), 80% de idosos portadores de próteses dentárias são colonizados por leveduras, isto porque a prótese é um nicho onde fungos aderem-se e começam a proliferar-se. Também, a reabsorção óssea foi a alteração mais frequente encontrada na cavidade oral, presente em 100% dos casos, causada pela perda dentária. Seguido da presença de úlceras, as quais são resultado da compressão da prótese em áreas de tecido mole durante as forças mastigatórias, isso quando a prótese estiver mal adaptada. Em suma, o crescimento de levedura está relacionado a má higienização da prótese e da cavidade oral. Contudo, não há correlação entre a presença de Candida e lesões precipitantes da candidíase. Palavras chave: Saúde bucal; Idoso; Prótese dentária. REFERÊNCIAS: WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL): What is quality of life? World Health Forum. v.17, p. 354–356, 1996. GUSMÃO, J.M.R., FERREIRA, S.S.S., PIERO, M. N., et al. Correlation betwee n factors associated with the removable partial dentures use and Candida spp. in saliva. Gerodont. v.28, p.283– 288, 2010. _____________________ do curso de Odontologia da Universidade Paranaense – UNIPAR/Francisco PR;[email protected] 2Docentes do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense – UNIPAR/Francisco Beltrão – PR; 1Acadêmicas Beltrão - 255 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 CONDIÇÃO E USO DAS PRÓTESES DENTÁRIAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS Letícia Nadal1 Camila Regina Klaus Massarotto2 Rodrigo Santos de Oliveira3 Lucila Piasecki4 Daniela de Cássia F. Boleta Ceranto5 Modalidade: Pesquisa RESUMO: Durante a hospitalização se observa um maior descaso pelo paciente com a sua cavidade oral, pelo fato do motivo da internação no momento ser mais relevante. Objetivo: Avaliar a condição das próteses dentárias de pacientes hospitalizados, verificando a necessidade de substituição das mesmas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, onde foram realizadas entrevistas e exame clínico em pacientes internados na ala SUS de um hospital universitário na cidade de Cascavel-PR. Participaram do estudo homens e mulheres com idade igual ou superior a 50 anos, usuários de prótese móvel (total ou parcial) ou que necessitassem de prótesesremovíveis. Resultados: A amostra incluiu 31 voluntários, sendo 45,2% do gênero feminino (n=14) e 54,8% do masculino (n=17), 100% (n=31) dos entrevistados usavam algum tipo de prótese móvel no arco superior e 46% (n=14) no arco inferior, podendo o voluntário, enquadrar-se nos dois grupos. Verificou-se a necessidade de confecção de novas próteses em51% (n=16) dos entrevistados, sendo que 19% (n=6) necessitavam de prótese total e 32% (n=10) de prótese parcial removível. Discussão: O uso de próteses mal adaptadas, com máhigiene, associadas a indivíduos hospitalizados que estão mais propensos às alterações fisiológicas na cavidade oral e no organismo, contribui para o desenvolvimento de lesões orais e redução da qualidade de higienização bucal. Conclusão: A prevalência do uso e a necessidade de próteses nesses pacientes foram elevadas. A higiene inadequada das próteses leva à colonização por inúmeras espécies bacterianas, podendo causar infecções do trato respiratório, o que resultaria no aumento do tempo de hospitalização. Palavras-chave: Odontologia Hospitalar, Próteses dentárias, Higiene Oral REFERÊNCIAS LIMA, A.C.; et al. A importância da saúde bucal na ótica de pacientes hospitalizados. Ciência & Saúde Coletiva. v.16, n.1, p. 1173-1180, 2011. ANDRADE, B.M.S.;SEIXAS, Z.A. Condição mastigatória em usuários de próteses totais. International Journal of Dentistry. v.1,n.2, p. 48-51, 2006. MOIMAZ S. A. S, SANTOS C. L. V, PIZZATO E, et al., Perfil de utilização de próteses totais em idosos e avaliação da eficácia de sua higienização.Cienc Odontol Bras. n.7, v.3, p. 72-8, 2004. _____________________ 1Cirurgiã-Dentista. Aluna do curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor da ABO, graduada na Universidade Paranaense – UNIPAR. Email: letí[email protected] 2Cirurgiã-Dentista, graduada na Universidade Paranaense – UNIPAR. Mestranda em Estomatologia PUC/PR 3Cirurgião-Dentista, graduado na Universidade Paranaense – UNIPAR 4 Cirurgiã-Dentista, Mestre e Doutora em Endodontia. Docente na Universidade Paranaense – UNIPAR 5 Cirurgiã-Dentista, Mestre e Doutora em Fisiologia Oral. Docente na Universidade Paranaense – UNIPAR. 256 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL EM PACIENTE COM PERDA DE DIMENSÃO VERTICAL: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR Geyssi Karolyne Gonzatto1 Mariana Benedetti Ferreira Webber2 Janaina Ahmann Spenassatto1 Paula Bernardon2 Danielle Shima Luize2 Modalidade: Caso clínico RESUMO: Este relato de caso clínico vem apresentar uma estratégia de restabelecimento estético-funcional de uma paciente com perda de dimensão vertical de oclusão (DVO) provocada por perda de elementos dentários posteriores, desgaste dentário anterior e alteração na relação entre maxila e mandíbula. A definição do planejamento e plano de tratamento para a reabilitação oral satisfatória baseou-se inicialmente na confecção próteses parciais provisórias para restabelecimento da dimensão vertical de oclusão (DVO) e posterior associação de tratamento multidisciplinar envolvendo endodontias, confecção de núcleos metálicos fundidos, coroas totais metalocerâmicas, restaurações diretas em resina composta fotopolimerizável e periodontia. A avaliação adequada do paciente com perdas funcionais severas, aliada a um correto planejamento do tratamento interdisciplinar podem conduzir a previsibilidade das restaurações para que sejam bem sucedidas com prognóstico longitudinal da reabilitação executada. Palavras-chave: Dimensão vertical, desgaste dentário, oclusão. Introdução A reabilitação oral completa de pacientes com uma dentição comprometida funcionalmente, frequentemente envolve uma abordagem multidisciplinar e representa um desafio clínico considerável. O sistema estomatognático pode ter seu equilíbrio funcional e estético seriamente afetado devido a perdas ou destruição dos dentes por cáries, traumatismos ou distúrbios do desenvolvimento. Quando, além de destruição dos dentes, ocorrem também perdas múltiplas de elementos dentários que podem estar ainda associadas à grandes destruições coronárias, geralmente se faz necessário a associação de várias técnicas restauradoras afim de reabilitar a saúde bucal do paciente, devolvendo à ele forma, função e estética, capaz de lhe proporcionar sua reinserção social com longevidade Volpato et. al. (2013). A Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) é a medida da distância entre dois pontos da face, no sentido vertical quando dentes superiores e inferiores estão em contato na posição de fechamento máximo Dawson (2008). Uma DVO aumentada ou diminuída pode trazer danos permanentes ou passíveis de recuperação ao paciente, tanto relacionados com a função mastigatória, muscular, articular e com a fonética e a estética, e sua alteração com relação à diminuição pode estar relacionada principalmente com o desgaste ou ausência de elementos dentários e o seu aumento pela confecção de trabalhos protéticos mal executados Dantas (2012). O incorreto restabelecimento da DVO pode levar ao insucesso do tratamento protético, em vista disso, várias técnicas são discutidas na literatura para o correto relacionamento maxilomandibular Amoroso et. al. (2013). A atrição dentária severa pode causar a perda de suporte posterior da oclusão e resultar em alteração da DVO. Os sinais clínicos observados são: a migração dos dentes, a abertura de 257 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 espaços interproximais ocorrendo impactação alimentar e consequente retenção de alimentos predispondo à gengivite e periodontite com formação de bolsa, e a relação interarcos tem como resultado a perda de apoio posterior e eventual desenvolvimento de um padrão patológico neuromuscular, com a mandíbula se posicionado mais anteriormente, resultando na alteração da DVO. O tratamento proposto é a estabilização do processo patológico, feito através da criação de um suporte posterior e da eliminação da posição anterior da mandíbula, além de restabelecer a DVO buscando uma oclusão harmônica. Isso pode ser conseguido através de PPR e restaurações provisórias. Em seguida o paciente passa pelo tratamento clínico, e a nova DVO é mantida para realização do tratamento definitivo Rezende (2010). A condição do sistema estomatognático de pacientes com desgastes severos e/ou perda de elementos dentais posteriores modifica a posição da mandíbula em relação à maxila, determinando alterações no padrão funcional e estético, distúrbios musculares e articulares. Quando tratamos um paciente com qualquer grau de alteração, devemos fazer um correto planejamento e uma avaliação multidisciplinar para garantir o sucesso e longevidade da reabilitação. Objetivo Este trabalho tem por objetivo apresentar uma estratégia de restabelecimento estéticofuncional com confecção de coroas totais metalocerâmicas, restaurações diretas em resina composta fotopolimerizável e prótese parcial removível de uma paciente com perda de dimensão vertical de oclusão provocada pela falta de múltiplos elementos dentários e alteração de padrão funcional. Relato do caso Paciente O.B.S., 64 anos, sexo feminino, compareceu à clínica de Odontologia da UNIOESTE, na disciplina de Clínica Integrada do Adulto com a queixa principal de ausência de dentes. Durante anamnese não foram relatadas doenças prévias pela paciente que também não faz uso regular de medicamento. A primeira fase do tratamento, de planejamento, foi realizada inicialmente, exames clínicos extrabucal onde não foram detectadas alterações dos padrões de normalidade. Ao exame clínico intrabucal foi avaliado a saúde periodontal da paciente, através de periograma onde constatou-se não haver presença de bolsas periodontais, apenas presença de cálculos e retrações gengivais. Os elementos ausentes eram: 16, 15, 14, 11, 23, 24, 25, 26, 38, 37, 36, 45, 46, 47, 48. Os dentes remanescentes superiores e inferiores apresentavam cálculo e alguns apresentavam, ainda, cárie. Foram realizados exames radiográficos complementares, fotografias extras e intrabucais, modelos de estudo, definição do grau de complexidade do tratamento e montagem em articulador semiajustável, enceramento diagnóstico e definição do plano de tratamento. Para a segunda fase do tratamento foi realizado a devolução dos padrões de normalidade através da técnica de temporização constituída por instalação de guias protéticos (próteses parciais temporárias) para devolução de dimensão vertical ocasionada pela perda dos múltiplos elementos dentários e desgastes ocorridos pela mudança de posição da mandíbula em relação à maxila que foram, neste caso, determinantes na alteração do padrão estético e funcional da paciente. A terceira fase do tratamento constituiu-se da execução das técnicas restauradoras iniciadas pelo tratamento periodontal básico além de orientação e motivação de hábitos de higiene bucal. Os elementos 13, 12, 21 e 22 foram submetidos à teste térmico, não apresentando vitalidade pulpar, foram então tratados endodonticamente. Realizado anestesia infiltrativa, isolamento absoluto, abertura coronária com broca diamantada 1012 Jota, exploração dos canais com lima tipo Kerr de aço inoxidável compatível com o diâmetro dos canais, odontometria com localizador apical (Romiapex A-15); foi realizado curativo com formocresol (Biodinâmica) e cimento de ionômero de vidro ( Maxxion R – FGM). Na semana 258 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 seguinte, foi feito a remoção do material e o preparo dos canais foi realizado com instrumento rotatório X- Smart Plus – Dentsply, fazendo movimentos de vai e vem levando sem forçar a ponta do instrumento, porém de forma firme contra as paredes laterais do dente, fazendo chegar até o comprimento de trabalho. Durante a modelagem foi utilizado hipoclorito de sódio a 1% como irrigante. Na mesma sessão realizou-se a obturação dos dentes 13,12,21, 22 com guta percha pela técnica de condensação lateral. Na quarta fase do tratamento foi realizada desobturação dos canais dos dentes 13, 12, 21, 22, moldagem com fio ortodôntico e o kit da Adesil - Vigodent para a confecção dos núcleos de preenchimento. Na semana seguinte, cimentamos os mesmos nos condutos com fosfato de zinco da SS White. Procedemos com o preparo dentário, utilizando uma broca tronco-cônica de extremidade arredondada confeccionamos os sulcos de orientação horizontais e verticais para subsequente planificação das superfícies, sempre acompanhando a anatomia dental. O desgaste da face palatina foi realizado em dois planos, um pra mesial e outro pra distal com ponta 3118F, tomando o cuidado para preservar o cíngulo. No mesmo dia, utilizamos alginato, Jeltrate Plus – Dentsply, para moldagem e posterior confecção dos casquetes. Em seguida, os provisórios foram cimentados com hidróxido de cálcio, Hydro C – Dentsply. Para um resultado mais satisfatório da adaptação das coroas metalocerâmicas, moldamos os preparos com casquete e Impregum Soft na seringa e na moldeira. Após 15 dias, realizamos a prova do coping, a moldagem de transferência e a seleção da cor. Posteriormente, provamos a as coroas metalolcerâmicas que foram cimentadas com fosfato de zinco da SS White. Os elementos que possuíam cárie foram restaurados através de técnica restauradora direta com resina composta fotopolimerizável (Opallis – FGM nas cores A3E, A3D, A3,5 E, A3,5D). Foi feito isolamento absoluto do campo operatório, escariação, limpeza da cavidade com clorexidina 2% forramento da cavidade com cimento de ionômero de vidro Maxxion – FGM, condicionamento com ácido fosfórico Atacktec à 37% por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina, lavagem com água e secagem, aplicação do agente adesivo Single Bond – 3M ESPE com microbrush, fotoativação por 20 segundos, aplicação da resina composta através de técnica incremental seguida de fotoativação por 40 segundos. Por fim removeu-se o isolamento absoluto para acabamento imediato das restaurações com tiras de lixas e brocas e verificação dos contatos oclusais. Para restauração dos dentes anteriores inferiores foi realizado enceramento diagnóstico, confecção de guia de silicone e posterior reanatomização através de técnica restauradora direta com resina composta fotopolimerizável (Opallis – FGM nas cores A3,5 E, A3,5D). Foi feito isolamento absoluto do campo operatório, limpeza da cavidade com clorexidina 2%, condicionamento com ácido fosfórico Atacktec à 37% por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina, lavagem com água e secagem, aplicação do agente adesivo Single Bond – 3M ESPE com microbrush, fotoativação por 20 segundos, aplicação da resina composta através de técnica incremental seguida de fotoativação por 40 segundos. Remoção do isolamento e ajuste oclusal. Na quinta fase do tratamento foi realizado moldagem da arcada superior e inferior com alginato Jeltrate Plus – Dentsply, para a confecção de prótese parcial removível (PPR). Na segunda sessão da confecção da PPR foi realizada a prova da estrutura metálica e seleção de cor. Em uma terceira etapa foi feita a prova da montagem dos dentes em cera, verificação da DVO e padrões oclusais, aprovação da estética da prótese. Na entrega da PPR os contatos oclusais foram checados bem como novamente a DVO, foram repassadas à paciente instruções de higienização oral (reforço e motivação da terapia periodontal básica) e higiene das próteses fixas (3 elementos com pôntico) e das PPRs. A paciente encontra-se em fase de proservação semanal, em seguida faremos acompanhamento mensal e posteriormente a cada 6 meses para garantir longevidade do caso. Discussão 259 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 Devemos alterar a dimensão vertical de oclusão (DVO) de pacientes para criar espaço interoclusal para restaurações, devido à alteração da DVO para menos, quando houver perda de estrutura dentária e desgaste dental severo; para melhorar a estética facial, melhorando o suporte labial, harmonia facial, lábios finos, “comissuras caídas” e queilite angular, segundo Rezende (2010). Para Sato, Hotta, Pedrazzi (2000), em situações que necessitam de restabelecimento da dimensão vertical de oclusão (DVO), existem diferentes alternativas que podem ser utilizadas com sucesso clínico. A reabilitação de pacientes com extenso desgaste oclusal é complexa e de difícil solução, tornando-se assim um grande desafio da odontologia. Por isso minuciosos exames devem ser feitos para que se possa diagnosticar a causa do problema antes da execução do tratamento propriamente dito. Nos casos de alteração da dimensão vertical (DV) onde ocorreu um desgaste acentuado dos elementos dentais, é indispensável o restabelecimento da nova condição de normalidade oclusal de DV, através da utilização de próteses provisórias ou de um dispositivo interoclusal, até o paciente relatar conforto Moshaverinia et. al. (2014), Feltrin (2008). Como realizado neste caso clinico exposto. Segundo Dias et. al. (2006), as alterações relacionadas com a diminuição da DVO provocam um espaço funcional livre excessivo e os seguintes danos podem ser observados desgastes dentais acentuados; oclusão traumática com comprometimento periodontal; sobrecarga da articulação têmporo-mandibular; reflexos na audição; envelhecimento precoce devido à perda do tônus da musculatura da expressão facial; face com aspecto encurtado; aparecimento de queilite angular; além de patologias agudas e crônicas nas estruturas orofaciais, incluindo deformação mandibular, alteração na composição das fibras musculares, alteração da resposta adreno-cortical levando a um aumento do nível de cortisol urinário e redução do volume da urina. Olthoff et. al. (2007), Dias et. Al. (2006), Dias et. al. (2007), Gomes et. al. (2006). O suporte posterior é um importante fator a considerar para alcançar a estabilidade oclusal. A perda do suporte posterior é definida como a perda da dimensão vertical de oclusão, sendo resultado a movimentação dos dentes posteriores. A perda de dentes posteriores com consequente deslizamento mandibular para anterior, que causa função excessiva nos dentes anteriores, pode levar a perda da estrutura dental Volpato et. al. (2013). Saúde, função e estética devem ser o objetivo maior em qualquer plano de tratamento, por isso o diagnostico e o respectivo tratamento não devem ser baseados somente na estética, vários fatores devem ser avaliados prioritariamente: a) estabilidade oclusal b) saúde periodontal e ausência ou presença de doenças dentaria c) limitações anatômicas d) manejo do espaço, para tal as próteses parciais removíveis têm sido indicadas na odontologia como uma opção mais barata e que restabelece as funções mastigatória, fonética e estética de forma satisfatória, como no caso clínico apresentado Volpato et. al. (2013). Vários fatores levam à perda da dimensão vertical de oclusão (DVO), segundo Rodrigues (2010), dentre estes, as causas mais comuns são: o bruxismo, que causa um acentuado desgaste dental e a perda de dentes posteriores. A recuperação da DVO é uma das etapas mais importantes na reabilitação oral. O diagnóstico e o planejamento assim como a execução da reabilitação da oclusão de um paciente, devem ser feitos baseados numa análise minuciosa de suas condições oclusais e faciais. Ao final do processo reabilitador, o paciente deve ter restabelecidas as condições normais de sua oclusão (DVO), devolvendo a harmonia e o equilíbrio ao seu sistema estomatognático. Na busca pela harmonia do sistema estomatognático, deve-se planejar a estratégia restauradora. O uso de restaurações através de próteses fixas permite restabelecer integralmente a estrutura e conforto do paciente na sua função mastigatória, mantendo a saúde e integridade dos arcos dentários Shillinburg et. al. (2007). Dentes tratados endodonticamente muitas vezes necessitam de retentores intrarradiculares para serem restaurados. Neste caso 260 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 optou-se pelo núcleo metálico fundido por se tratar de uma opção aceitável para dentes com grande perda de estrutura dentária Bottino (2001). Conclusão A avaliação adequada do paciente com perdas funcionais severas, aliada a um correto planejamento do tratamento interdisciplinar, incluindo o reconhecimento de necessidades percebidas do paciente, motivos para os serviços que procuram capacidade financeira e perfil socioeconômico, pode conduzir a previsibilidade das restaurações para que sejam bem sucedidas com prognóstico longitudinal da reabilitação executada. REFERÊNCIAS: AMOROSO AP, GENNARI FILHO H, ZUIM PRJ, et. al. Recuperação da dimensão vertical em paciente com parafunção severa. Revista Odontológica de Araçatuba, v.34, n.2, p. 09-13, Julho/Dezembro, 2013. BOTTINO MA. Estética em reabilitação oral metal free. Editora Artes Médicas. 1 Edição. 2001. DANTAS EM. A importância do restabelecimento da dimensão vertical de oclusão na reabilitação protética – Revisão de literatura. Odonto 2012; 20(40): 41-48. DAWSON PE. Oclusão funcional: da ATM ao desenho do sorriso. São Paulo: Ed. Santos, 2008. DIAS AT, SOARES RO, LIMA WM, et. al. Dimensão vertical de oclusão em prótese total. Odontologia Clin.-Cientif 2006; 5(1): 41-47. DIAS CC, OLIVEIRA SSI, PIRES AA. Influência do restabelecimento da dimensão vertical no espaço funcional livre em pacientes com bruxismo. Rev Naval de Odontol on Line 2007;1(3): 510. FELTRIN PP. Dimensões verticais, uma abordagem clínica: revisão de literatura. Rev Odontol Univ São Paulo. 2008; 20 (3): 274-9. GOMES EA, GARCIA AR, ZUIM PRJ, et. al. Posição de repouso mandibular: revisão da literatura. Rev Odont Araçatuba 2006; 27(2): p. 81-86. MOSHAVERINIA A, KAR K, AALAM AA, et. al. A multidisciplinary approach for the rehabilitation of a patient with an excessively worn dentition: A clinical report.. J Prosthet Dent. 2014 doi: 10..1016/j..prosdent. 2013.11.006. OLTHOFF LW, VAN DER GLAS HW, VAN DER BILT A. Influence of occlusal vertical dimension on the masticatory performance during chewing with maxillary splints. Journal of Oral Rehabilitation 2007; 34: 560-565. REZENDE FC. Alteração da dimensão vertical de oclusão (DVO): quando e por quê? Monografia apresentada ao Colegiado do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do grau de Especialista em Prótese Dentária. FACULDADE DE ODONTOLOGIA-UFMG BELO HORIZONTE. 2010. RODRIGUES LCA. Recuperação da dimensão vertical de oclusão: a importância na reabilitação oral. Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Prótese do ICS – FUNORTE/ NÚCLEO SÃO LUÍS, para obtenção do titulo de Especialista. 2010. SATO S, HOTTA TH, PEDRAZZI V. Removable occlusal overlay splint in the management of tooth wear: a clinical report. J Prosthet Dent, v. 83, n. 4, p. 392-395, abr. 2000.) SHILLINBURG HT Jr. Fundamentos de Prótese Fixa. Editora Quintessence. 4ª Edição. 2007. VOLPATO CAM, GARBELOTTO LGD, ZANI IM, et. al. Próteses Odontológicas – Uma visão Contemporânea – Fundamentos e procedimentos. 1ª.ed., 1ª. Reimp. – São Paulo: Santos, 2013 261 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 _____________________ 1 Acadêmicas do Curso de Odontologia da Unioeste. [email protected] 2 Docentes do Curso de Odontologia da Unioeste. 262 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 REABILITAÇÃO PROTÉTICA POR ASSOCIAÇÃO DE PRÓTESE TOTAL E PRÓTESE FIXA PROTOCOLO BRANEMARK: RELATO DE CASO Luiz Carlos Volp Junior1 Rodrigo Lorenzi Poluha2 Eduardo Kurihara3 Modalidade: Caso clínico Resumo:A reabilitação funcional e estética de pacientes totalmente desdentados sempre foi um desafio na rotina clínica. O uso dos implantes osseointegrados é de grande valia para proporcionar a esses pacientes um trabalho protético de maior sucesso clinico, em especial para a mandíbula, por meio de próteses tipo protocolo Branemark, caracterizada pela colocação de 04 a 06 implantes na região anterior da mandíbula, entre os forames mentuais e cantilever distal de ambos os lados para substituir os dentes posteriores. O presente trabalho objetiva descrever e discutir os reflexos das particularidades do caso nas etapas da técnica protética de um paciente do gênero masculino, 62 anos de idade, edêntulo total, que se apresentou com 05 implantes, entre os forames metuais, no qual a terapêutica reabilitadora empregada fez uso de uma prótese total superior associada a um protocolo Branemark inferior com uma infra estrutura metálica e uma base de resina para uni-la aos dentes de resina acrílica. A prótese protocolo é uma alternativa viável, proporcionando estabilidade a prótese, eficiência mastigatória e estética. Sendo que para que se execute a reabilitação com o máximo de qualidade dessa peça protética é fundamental ao cirurgião dentista o conhecimento das etapas clinicas bem como a análise dos pormenores de cada caso. Palavras-chave: Implantes dentários; Prótese Dentária; Prótese Dentária Fixada por Implante. REFERÊNCIAS: FRIBERG B, JEMT T. Rehabilitation of edentulous mandibles by means of osseointegrated implants: a 5-year follow-up study on one or two-stage surgery, number of implants, implant surfaces, and age at surgery. Clin Implant Dent Relat Res. 2015; 17(3):413-24. MINORETTI R, TRIACA A, SAULACIC N. Unconventional implants for distal cantilever fixed fullarch prostheses: a long-term evaluation of four cases. Int J Periodontics Restorative Dent. 2012; 32 (2): 59-67. GRECO GD, JANSEN WC, LANDRE JJ, SERAIDARIAN PI. Biomechanical analysis of the stresses generated by different disocclusion patterns in an implant-supported mandibular complete denture. J. Appl. Oral Sci. 2009; 17(5): 515-520. _____________________ 1Aluno de Graduação (5º ano), Universidade Estadual de Maringá, e-mail: [email protected] 2Aluno Graduado, Universidade Estadual de Maringá 3Doutor e Professor Adjunto, Universidade Estadual de Maringá 263 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 RELAÇÃO ENTRE O EDÊNTULISMO E A CONDIÇÃO BIOPSICOSSOCIAL. Heloiza Marielli Mugnol1 Simone Kreve Modalidade: Caso clínico RESUMO: A saúde bucal tem um papel extremamente importante na qualidade de vida dos idosos, uma vez que o comprometimento da mesma afeta negativamente no bem estar físico e mental, e pode diminuir o prazer de uma vida social ativa. O fator biopsicossocial está vinculado à relação do indivíduo com seu psicológico e com o meio em que vive, ou seja, aceitabilidade da condição dentária associada ao bom convívio em sociedade. O objetivo do trabalho é demonstrar através de um caso clínico quanto uma reabilitação com prótese total bimaxilar é fundamental para melhorar a condição biopsicossocial dos pacientes idosos. Relato de Caso: A paciente M.E.T, 60 anos, compareceu na clínica odontológica da Unipar - Campus Cascavel, necessitando substituição da sua prótese total bimaxilar. A paciente possuía um par de próteses a qual usava há 15 anos. A paciente se queixou da estética envelhecida e que seus dentes não apareciam quando ela falava. Foi confeccionado um par de próteses dentro dos parâmetros estabelecidos pela disciplina de Prótese Total e com principal enfoque na estética dentaria e muscular. Conclusão: Pode-se ressaltar a importância da reabilitação oral na mecânica mastigatória e na estética, e consequentemente a influência que uma prótese total bem confeccionada pode proporcionar no bem estar emocional dos pacientes edêntulos. Todo esse contexto gerado pelo edêntulismo deveria constituir o objeto de preocupação da classe odontológica. No entanto, a abordagem dos profissionais, na maioria das vezes, apenas considera as perspectivas restauradoras. Palavras-chave: Autoimagem, Prótese Total, Qualidade de Vida, Impacto Biopsicossocial REFERÊNCIAS: MUNHOZ, E.G.A. Os fatores que influenciam na satisfação do paciente submetido a tratamento de prótese total convencional. HU , Juiz de Fora, v.37.n.4, p. 413-419, 2011. BIANCO, V. C. et al. O impacto das condições bucais na qualidade de vida de pessoas com cinquenta ou mais anos de vida. Ciência e Saúde Coletiva , Rio de Janeiro, v. 15, n. 4, p. 216572, 2010. POSSOBON, R. F. et al. O tratamento odontológico como gerador de ansiedade. Psicologia em estudo, Maringá, v. 12, n. 3, p. 609-616, 2007. HANTASH, A. F. et al. Relationship between impacts of complete denture treatment on daily living, satisfaction and personality profiles. The journal of contemporary dental pratice, v.12, n. 3, p. 200-207, 2011. _____________________ 1 Acadêmica do 3º ano de Odontologia, UNIPAR-Campus Cascavel. Email: [email protected]. 264 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 265 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 DETECÇÃO DE CALCIFICAÇÕES NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: REVISÃO DE LITERATURA Fernanda Lobo1 Elen de Souza Tolentino2 Lilian Cristina Vessoni Iwaki3 Mariliani Chicarelli Silva3 Neli Pieralissi4 Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: Nas últimas décadas, diversos estudos vêm apontando a importância da correta identificação de calcificações patológicas em tecidos moles pelo radiologista através de exames odontológicos por imagens. Por ser um dos exames mais utilizados na odontologia e evidenciar uma área ampla de estruturas cervicais, a radiografia panorâmica é um dos mais citados, seguida, mais recentemente, da Tomografia Computadorizada de Feixe de Cônico (TCFC). Pesquisas recentes demostraram a importância da radiografia panorâmica na detecção de alterações cardiovasculares, uma vez que, são responsáveis pela morte de milhões de pessoas, sendo um dos principais problemas de saúde mundial. O primeiro exame de escolha para identificação de estenoses é a Ultrassonografia de Doppler, um procedimento não invasivo, de baixo custo e que não envolve radiação ionizante. A utilização de exames odontológicos por imagem não tem o intuito de substituir um método diagnóstico mais preciso e confiável como a primeira opção, mas de criar o hábito do cirurgião-dentista de uma análise mais profunda da imagem, ressaltando a importância da observação completa de exames e situação de saúde, contribuindo para prevenção de futuros danos. Neste contexto, o cirurgião-dentista poderia, após a anamnese de seus pacientes, estar atento à interpretação das imagens radiográficas e encaminhar os mesmos para avaliação médica, onde outros exames serão feitos para confirmação do diagnóstico e tratamento adequado. Palavras-chave: Radiografia Panorâmica; Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Calcificação da Artéria Carótida REFERÊNCIAS: OPPERMANN, R.V.; RÖSING, C.K. Periodontia –Ciência e Clínica. São Paulo: Artes Médicas, 2001. 458 p. LEWIS, D.A.; BROOKS, S.L. Carotid artery calcification in a general dental population: a retrospective study of panoramic radiographs. Gent Dent, 1999. 98-103 p. COHEN, S.N. et al. Carotid calcification on Panoramic radiographs: An important marker for vascular risk. Greenville: Oral Surg Oral Pathol Oral Radiol Endod, 2002. 510-514 p. ____________________ 1 Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected] Doutora em Estomatologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Professora de Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá 3 Doutora em Radiologia Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas, Professora de Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá 4 Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, Professora de Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá 2 266 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 267 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 A INTEGRAÇÃO MULTIPROFISSIONAL ENTRE PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA E NEFROLOGIA VISANDO AS NECESSIDADES DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Márcia Cristina da Silva1 Giselle Regina Carvalho2 Mitsue Fujimaki⁴ Sergio Seiji Yamada⁵ Neli Pieralisi³ Modalidade: Revisão de literatura RESUMO: A doença renal crônica (DRC) corresponde a deficiência estrutural e funcional dos rins, acometendo 8-16% da população mundial e um importante problema de saúde pública. Na DRC, o acumulo de substâncias químicas e tóxicas no sangue do paciente repercute em manifestações na cavidade bucal e na necessidade de cautela durante o tratamento odontológico. Estes cuidados devem ser reforçados quando o paciente for portador de diabetes mellitus e/ou hipertensão, as principais etiologias da DRC. Desta forma, é oportuna a integração multiprofissional entre as diversas áreas da saúde para o tratamento desses pacientes. O objetivo do trabalho é expor como aos profissionais de saúde da odontologia e da nefrologia devem interagir no tratamento dos pacientes com IRC. Para tanto, foi pesquisado, na base de dados Pubmed (2005-2015), os descritores: “insuficiência renal crônica”, “hemodiálise” e “nefrologia”. O cirurgião dentista deve examinar o paciente criteriosamente, elaborar o plano de tratamento e discutir com o nefrologista as condições clínicas gerais e os cuidados odontológicos, do pré e pós operatório. O médico responsável colaborará com o ajuste de doses de medicamentos indicados, além de passar, as informações necessárias para manter a estabilidade sistêmica do paciente. Este intercâmbio profissional é importante para proteger a fistula arteriovenosa e preparar o paciente para receber o novo órgão, para estar livre de infecções e prevenir complicações após o transplante renal. Palavras chave: nefrologistas, odontologia, insuficiência renal crônica. REFERÊNCIAS: CHRISTINE BLUE; KIM ISRINGHAUSEN; ELAINE DILS. Raising Oral Health Awareness Among Nephrology Nurses. The Journal of Dental Hygiene, vol. 85, No2, 2011:p 151 -157. COSTA FILHO, et al. Cuidados odontológicos em portadores de insuficiência renal crônica. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.7, n.2, p. 19 - 28, 2007 DA SILVA LC; DE ALMEIDA FREITAS R; DE ANDRADE MP JR et al. Oral Lesions in renal transplant. The journal of Craniofacial Surgery, vol. 23, n.3, may 2012. ____________________ 1 Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected]. ² Cirurgiã-Dentista, formada pela Universidade Estadual de Maringá. ³ Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, Professora do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. ⁴ Doutora em Odontologia pela Universidade Estadual de Campinas, Professora Adjunta ao Departamento de Odontologia da Universidade Estatual de Maringá. ⁵ Doutor em Nefrologia pela Universidade de São Paulo, Médico Responsável da Área de Nefrologia do Hospital Universitário Regional de Maringá. 268 20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090 ATENÇÃO ODONTOLÓGICA A PACIENTES GESTANTES: CONSTRUÇÃO DE UM PROTOCOLO DE ATUAÇÃO Luana Louise Goulart1 Marina Berti2 Mariângela Baltazar2 Danielle Portinho2 Modalidade: Extensão RESUMO: Alunos do terceiro ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná iniciaram uma atividade extra-muro, na disciplina de Saúde Coletiva III, visando à atenção odontológica a pacientes gestantes no Ambulatório de Odontologia do Ceapac (Centro de Atenção e Pesquisa de Anomalias Craniofaciais – Cascavel-PR). A iniciativa tem o intuito de proporcionar um contato maior dos acadêmicos com gestantes, visto que existem muitos receios quanto ao atendimento de mulheres em período gestacional. O protocolo de atendimento constitui-se em orientar as mulheres em relação aos hábitos de higiene e modo de atuação nos diferentes períodos gestacionais de maneira a esclarecer que a saúde bucal deve ser parte integrante do cuidado pré-natal e, em seguida, realizar um plano de trabalho adequado para a necessidade da paciente, constituindo vinculo com a futura mamãe sensibilizando-a aos cuidados à saúde bucal do bebê. Serão oferecidas também as primeiras instruções sobre a saúde bucal do bebê. Palavras-chave: educação em saúde, odontologia, gestação. REFERÊNCIAS: ABDALLA, A. E. et al. Cuidados com a gestante. JADA Brasil, v.2, agosto, p.7880, 1999. CAPUCHO, S. N., MARINO, A. S. S., CORTES, L. R. et al. Principais dúvidas dos cirurgiõesdentistas em relação à paciente gestante. Rev. 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