Automation Today 28 repaginado-v2.indd
Transcrição
Automation Today 28 repaginado-v2.indd
AutomationToday América Latina • Dezembro/2009, Ano 11, Nº 28 Ethernet: facilitando a integração da fábrica com o ambiente de TI A convergência está no cotidiano dos indivíduos e das empresas. No campo industrial, essa tendência é igualmente crescente, e a Ethernet/IP vem desempenhando papel relevante, na medida em que torna possível a convergência de redes fabris e corporativas Cobertura da Automation Fair 2009 Propriedade intelectual: como proteger o intangível? No Brasil, Michelin adota gerenciamento dos sistemas de produção Collahuasi, do Chile, atua na manutenção preditiva Carta ao leitor Convergir para otimizar A Eliana Freixa Gerente de Comunicação Regional para a América Latina convergência tecnológica e as capacidades adicionais que ela proporciona podem ser claramente percebidas, e de modo crescente, no mundo industrial. Nele, a Ethernet/IP vem exercendo os papéis de aglutinador, na medida em que facilita a convergência das redes fabris e administrativas, e de potencializador, agregando uma série de possibilidades e dando mais consistência às tomadas de decisão. Com nossa matéria de capa, esperamos ajudar você, leitor, a ampliar e aprofundar seu conhecimento sobre redes industriais. E, já que o tema é convergência, esta edição traz também, a partir da página 8, a cobertura da Automation Fair 2009, que deu destaque a este assunto como fundamental para a otimização fabril, juntamente com a sustentabilidade. Além disso, a Automation Fair é o evento no qual convergem dezenas de atividades educacionais e exposição que tradicionalmente reúne cerca de uma centena de empresas. Por isso, vale a pena você já se agendar para 2010, quando a Automation Fair será em Orlando, nos dias 3 e 4 de novembro. Então, aproveite o conteúdo e boa leitura! Entre em contato Envie seus comentários e sugestões sobre a revista Automation Today e os artigos aqui publicados para [email protected]. Sua opinião é muito importante! Obrigada. Eliana Freixa é uma publicação quadrimestral da Rockwell Automation. Rua Verbo Divino, 1488 – 1º andar – São Paulo – 04719-904 - Tel.: (11) 5189.9500 Todos os direitos reservados. O conteúdo desta publicaçã publicação não pode ser reproduzido, total ou parcialmente, sem a expressa autorização da Rockwell Automation. COORDENAÇÃO GERAL Eliana Freixa (Gerente de Comunicação Regional para a América Latina) E-mail: [email protected] – Tel.: (55 11) 5189.9612 EQUIPE EDITORIAL Rebecca Archibald (Publisher The Journal - Rockwell Automation) Theresa Houck (Editora Executiva The Journal - Putman Publishing) Márcia M. Maia (Jornalista responsável e redatora no Brasil - Mtb 19.338 - Interativa Comunicação) FOTOGRAFIA Arquivo Rockwell Automation e istockphoto.com DESIGN E PRODUÇÃO Projeto gráfico e diagramação: Interativa Comunicação - Tel/Fax: (11) 4368.6445 - e-mail: [email protected] Tiragem: 15.000 exemplares Todos os produtos e tecnologias mencionados na Automation Today são marca registrada e propriedade industrial de suas respectivas empresas. 2 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 Matéria de capa A convergência tecnológica abre, às indústrias em geral, oportunidades de reduzir custos e riscos, garantir segurança de acesso, ganhar agilidade e criar um ambiente propício à inovação. E a Ethernet/IP está no cerne desta tendência 14 DESTAQUES Lançamento mundial de Programa pode reduzir à metade os custos de projetos 4 Endress+Hauser lança na Alemanha produto com conectividade Ethernet/IP Diretor da Cisco Systems avalia convergência TI-TA AUTOMATION FAIR Por dentro da 18ª edição 6 8 18 PONTO DE VISTA Cassio L. Vitor avalia a convergência a partir do ponto de vista comercial EVENTOS Pharma Forum: você está preparado para as mudanças do setor? 19 20 CASES Pneus gigantes e mineração: como duas indústrias do Brasil e do Chile potencializaram seus resultados com soluções Rockwell Automation PRODUTOS Tecnologia DLR, soluções para rebobinamento e desbobinamento, cortinas de luz e upgrade de software de visualização SOLUÇÕES Propriedade intelectual: como proteger este ativo, para o qual não há seguro? 22 26 SERVIÇOS Calendário de treinamentos DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 3 DESTAQUES Lançamento mundial para fabricantes de máquinas Programa Connected Components pode diminuir em mais de 50% os custos de projeto, refletindo numa redução de 10 a 15% no custo de fabricação da máquina O programa Connected Components contempla soluções pré-configuradas de baixo custo para fabricantes de máquinas. São bibliotecas de soluções que contém praticamente um projeto pronto. O benefício aos OEMs consiste no fato de que, mediante a instalação de um CD, se pode fazer o upload, a partir da Web, de listas de materiais necessários àquele projeto específico, incluindo software, diagramas em AutoCAD, IHM e outras ferramentas, o que permite economizar muitas horas de cálculos e engenharia. Neste momento de realinhamento da economia mundial, fabricantes de máquinas para os setores de alimentos e bebidas e autopeças, por exemplo, podem tirar proveito mais imediato desses benefícios. Para mais informações, acesse www.rockwellautomation.com/ components/connected/ Expandindo as fronteiras da tecnologia Cisco e Rockwell Automation estão trabalhando juntas para acelerar a convergência tecnológica, expandindo as soluções conjuntas e os serviços Q uer sua empresa seja grande ou pequena, você precisa otimizar a integração de redes em seu chão de fábrica e em toda a empresa para obter conectividade segura e sem interrupções, e acesso rápido às informações de produção. “Compartilhamos com a Rockwell Automation uma paixão sobre a relevância e facilidade de uso de redes abertas, padrões e com arquitetura protegida em toda a empresa, incluindo controle e redes de dispositivos no nível de fábrica,” disse Chet Nambroodri, diretor de Soluções da Cisco Systems para fabricação e para o mercado de energia. “Visibilidade em tempo real de todo o ciclo de produção é essencial para ultrapassar as demandas de agilidade, qualidade e custo do mercado.” Como os fabricantes podem se beneficiar? A Cisco e a Rockwell Automation focam quatro iniciativas-chave. 1. Uma visão de tecnologia comum. Uma única arquitetura de sistema, que utiliza tecnologia de redes abertas e padrão para o setor, como Ethernet, é fundamental. A Cisco e a Rockwell Automation adotaram o uso de redes com o Protocolo Industrial Comum (CIP) para aplicações em toda a empresa, concentrando-se na implementação 4 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 de Ethernet/IP. Padrões abertos proporcionam a flexibilidade para utilizar componentes comuns em vários sistemas. Ethernet padrão não modificada pode ajudar a facilitar a compreensão e conectar dispositivos industriais e máquinas com o restante da empresa. Isto ajuda a reduzir custos de fiação e de instalação, e fornece recursos adicionais de diagnóstico e a flexibilidade para reconfigurar e atualizar sistemas à medida que as necessidades de sua empresa evoluem. 2. Arquiteturas Ethernet convergidas para toda a empresa. Essas arquiteturas são baseadas em normas comuns e fornecem orientação e melhores práticas para projeto e implantação. Elas incorporam a solução Cisco “Ethernet para a fábrica” e a Arquitetura Integrada Rockwell Automation que se expande em aplicações discretas, de movimento, processo, batelada, de acionamento e de segurança. As duas empresas também publicam de forma programada materiais e produtos para convergência de redes Ethernet, e trabalham em conjunto com clientes para expandir as Arquiteturas Ethernet convergidas para toda a empresa. Seus esforços focam também desafios de migração, conectividade segura para acesso remoto e de visitantes, aplicações críticas em relação ao tempo como CIP Sync, CIP Motion, e maior suporte para a plataforma de aplicação e serviço FactoryTalk da Rockwell Software. 3. Colaboração para solução conjunta. As duas empresas trabalharam em conjunto no desenvolvimento do switch modular industrial gerenciado Stratix 8000, criando um ambiente de rede ideal para profissionais de TI e de controle. Usando a tecnologia Cisco e a arquitetura de switch Catalyst, a linha de produto ajuda a proporcionar integração segura com a rede corporativa. Permite também diagnósticos abrangentes dentro da arquitetura integrada da Rockwell Automation. 4. Otimização de pessoas e de processos. Quando fabricantes integram tecnologia e redes, diferenças organizacionais e culturais geralmente afloram à superfície como os maiores desafios. A Rockwell Automation e a Cisco oferecem treinamento e serviços para ajudar a gerar debates entre as áreas de TI e de fabricação. “Para se desenvolver, empresas precisam melhorar a agilidade, confiabilidade e rentabilidade de suas operações fabris, em meio a um ambiente de tecnologia em constante evolução e concorrência global implacável,” acrescentou Nambroodri. A meta desse trabalho em conjunto é ajudá-lo a aproveitar essas oportunidades, usando os produtos, arquiteturas e serviços para transformar suas operações fabris por meio da convergência segura entre os sistemas de fabricação e os comerciais. Para mais informações, consulte www.cisco.com DESTAQUES Revolução na medição de vazão mássica Primeiro medidor de vazão da Endress+Hauser com Ethernet/IP N a Drinktec 2009 (Feira Internacional de Tecnologia para Indústria de Bebidas e Alimentos Líquidos), na Alemanha, a Endress+Hauser anunciou o lançamento do primeiro medidor de vazão mássico Coriolis com conectividade Ethernet/IP, para ser integrado diretamente à estrutura de automação da Rockwell Automation. Com esta colaboração estratégica entre as duas empresas, mais funções são adicionadas à plataforma Logix, da Rockwell Automation, e a seu sistema de automação de processo PlantPAx. A Rockwell Automation complementa esse lançamento com ferramentas para integração ao RSLogix 5000 (configuração de lógicas de controle) e ao FactoryTalk View (sistema de operações e controle) como parte do PlantPAx. Alguns dos benefícios que acompanham esse lançamento incluem a redução de configuração de blocos/ladder, instalação simples, integração direta e redução do tempo de programação. Dion Bouwer, gerente de produtos na Endress+Hauser, comenta: “Observamos que uma grande quantidade de clientes está usando cada vez mais Ethernet/IP em sistemas automatizados. Assim, não foi surpresa quando vários deles nos abordaram perguntando por Ethetnet e Ethernet/IP embutidas nos equipamentos. Para o usuário final, as principais vantagens serão simplicidade e velocidade de integração. Alguns protocolos precisam de remotas de I/O adicionais e protocolos de campo separados para tratar as comunicações. Com essa nova variável, isto não é mais necessário. Da perspectiva da velocidade, mesmo nosso próprio time de pesquisa e desenvolvimento ficou surpreso com a rapidez com que foi integrado na plataforma Logix – literalmente o caso de poucos clicks do mouse, ao contrário dos 15-20 minutos que levariam para configurar alguma outra rede”. Dr. Jürgen Weinhofer, diretor de Arquitetura Integrada, região Europa-Ásia da Rockwell Automation, explica os benefícios: “A interface Ethernet/IP oferece acesso direto aos dados sem configuração ou programação adicional. Através do uso de um padrão, um protocolo não modificado, esses dados podem ser compartilhados sem emendas e muito facilmente através de toda a rede. Isso pode ser visualizado direto na IHM, via redes Ethernet existentes ou computadores nos escritórios, salas de controle e até mesmo remotamente, via internet. O RSLogix 5000 trata o Promass 83 como qualquer outro módulo de I/O, sensores inteligentes ou atuadores. Usando um Add-On Profile que adicionamos à nossa biblioteca, o módulo pode simplesmente ser adicionado à configuração do projeto. Isso cria alguns tags pré-definidos, significando – literalmente – alguns segundos para integração. Joerg Herwig, diretor de marketing da Endress+Hauser Flowtec, conclui: “Este desenvolvimento é um exemplo gráfico de como a Endress+Hauser trabalha com um de seus parceiros estratégicos para responder às necessidades do mercado. Ambas as companhias descobriram que existia uma demanda por essa funcionalidade e, juntos, estamos criando um equipamento que tem grande potencial para “virar o jogo”. Para mais informações, visite www.br.endress.com ARC Advisory Group Research destaca soluções Rockwell Automation para produção sustentável Relatório elaborado por Craig Resnick, diretor de pesquisas do ARC Advisory Group Research, destaca o portfólio de soluções da Rockwell Automation para tornar as operações de produção ecologicamente corretas, mais seguras, competitivas e com uso mais eficiente de energia. O documento descreve os incentivos comerciais associados à implementação das soluções de produção sustentável em operações de manufatura, incluindo • aumento de rentabilidade, • melhoria da flexibilidade operacional, • abordagem de questões de conformidade regulatória e • redução do uso de matérias-primas e do consumo de recursos naturais. Segundo Resnick, a Rockwell Automation expande a definição geral de sustentabilidade – que frequentemente refere-se às questões ambientais e de energia –, para incluir a segurança no local de trabalho, integridade e confiabilida- de de produtos e reutilização de produtos residuais na cadeia de fornecimento reversa. O relatório da ARC Advisory Group Research analisa as exigências comerciais de investimentos em sustentabilidade. A propósito, Resnick observa que, devido às incertezas econômicas atuais, fabricantes, processadores e OEMs investirão apenas em informações, automação, máquinas e processos que terão um impacto significativo no resultado da empresa. Na opinião do especialista, a sustentabilidade está se tornando uma obrigação comercial, não apenas social e ambiental, e deve melhorar a competitividade. De acordo com John Nesi, vice-presidente de Market Development da Rockwell Automation, o relatório chama a atenção para o fato de que a empresa dedica-se a melhorar a vantagem competitiva dos clientes, por meio da implementação de soluções de produção sustentável. “A energia consumida pelos fabricantes, submetidos a uma fiscalização cada vez mais rígida, os preços voláteis e o fornecimento inconsistente têm o poder de devastar os lucros, sendo que a produção sustentável através da automação fornece aos nossos clientes a oportunidade de otimizar sua produção para obter lucro máximo com impacto ambiental mínimo”, salienta o executivo. Por sua vez, Resnick ressalta que as fábricas devem reconhecer que será cada vez mais difícil fazer com que suas operações atinjam um novo patamar de crescimento e margem, sem considerar as iniciativas de produção sustentável como parte das decisões de negócios. Ao seu ver, a Rockwell Automation assumiu uma postura de vanguarda em relação à produção sustentável. Ela está começando a mostrar aos seus clientes novas maneiras de alavancar e otimizar os investimentos em automação e informação para tornarem-se gestores melhores e mais perspicazes, tanto dos ativos, quanto dos recursos de energia. DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 5 PRODUTOS Cortinas de luz: novas opções de alto desempenho A Rockwell Automation expandiu sua linha de cortinas de luz de segurança Guardmaster GuardShield com a adição de Gua três opções econômicas, com melhor funcionalidade, funcionalidade flexibilidade de configuração e instalação. São elas: • GuardShield Safe 4, • GuardShield Cascadeable Micro 400 e • GuardShield Safe 4 PAC. “Os usuários buscam soluções de proteção flexíveis e econômicas para acomodar uma ampla variedade de aplicações sem sacrificar o desempenho e a funcionalidade,” afirma Ed Tillinghast, gerente de produto da Rockwell Automation. “Com o mesmo desempenho confiável e robusto do GuardShield padrão, essas novas cortinas de luz oferecem maior versatilidade de aplicação, facilidade de uso e uma gama ampliada de opções de produtos.” GuardShield Safe 4 - seu sistema de alinhamento a laser integrado permite configuração e instalação simplificadas. Usuários podem ativar ou desativar dois elementos de laser visíveis, localizados na parte superior e inferior da cortina de luz, tocando no elemento de transmissão, permitindo o alinhamento da cortina de luz de forma mais rápida e ágil. É composta de um par de transmissor e receptor de segurança autônomos sincronizados opticamente. Disponível nas resoluções de 14 mm e 30 mm, em alturas de proteção de 120 mm até 1920 mm, com incrementos de 120 mm. GuardShield Cascadeable Micro 400 - é uma cortina de luz de segurança de “três caixas” do Tipo 4, para montagem em máquinas pequenas com espaço de montagem limitado. Nas resoluções de 14 mm e 30 mm, este sistema de segurança categoria SIL 3 oferece funcionalidade expandida por meio do módulo segurança multifunção MSR42 obrigatório. Nessa configuração, ela melhora a flexibilidade de aplicações que requeiram cortinas de luz múltiplas ou outros dispositivos de segurança, como scanners de laser de segurança, chaves de parada de emergência ou de segurança. GuardShield Safe 4 PAC - cortina autônoma montada em duas caixas, sincronizadas opticamente, oferece uma faixa de operação expandida. É fornecida como sistema de dois ou três segmentos, com uma faixa de operação de 30 metros, em um par de segmentos com altura protegida de 600 mm ou em três segmentos com altura protegida de 840 mm. Pode ser utilizada como cerca de proteção optoeletrônica ou como proteção de acesso na entrada ou saída de máquina. Assim como a unidade padrão, a GuardShield Safe 4 PAC contém um sistema de alinhamento a laser integrado e pode ser conectada no relé de segurança multifunção MSR42 para melhor funcionalidade. Para obter mais informações sobre cortinas de luz de segurança, visite www.rockwellautomation.com/go/pr-lightcurtain/. Novo FT View otimiza tempo em aplicações de visualização ão A nova versão do software de visualização FactoryTalk View (FT View) para soluções de IHM nos níveis de máquina e de fábrica permite monitoramento remoto e ágil de processos de fabricação a partir de um navegador de internet, e inclui diversas melhorias que ajudam a reduzir o tempo de implantação de soluções de visualização. Os usuários podem maximizar os benefícios do soft– ware implementando-o com a Plataforma de Controle Logix e as soluções de visualização PanelView Plus. Tanto o FT View ME (Machine Edition) quanto o FT View SE (Site Edition) são fornecidos com suporte atualizado para Windows XP Service Pack 3, Windows Vista Business Edition, e para Windows Server 2008. A nova versão do FT View ME também inclui suporte para Windows Vista Home Basic, permitindo o desenvolvimento em plataforma com sistema operacional de baixo custo. Um novo editor de documentação da aplicação, instalado no FT View ME e no FT View SE, fornece documentação abrangente de aplicações IHM, ajudando a reduzir o tempo para criar a documentação manualmente. O editor também mostra onde são utilizados tags de IHM e referências de tags diretos em toda a aplicação, e permite exportar a documentação da aplicação em um formato HTML, fácil de navegar. O software atualizado inclui faceplates para as novas instruções APC (Controle de Proocesso Avançado) introduzidos na versão 17 do software RSLogix 5000. Esses novos bloocos de função APC fornecem uma solução ão para processos com tempo de reação longo, o, controle multivariável simples com sintonia ia automática embutida, além de visualização ão e interação com o operador, economizando do tempo de desenvolvimento e facilitando a implantação do APC em sistemas de Arquiuitetura Integrada. O FT View ME versão 5.1 suporta recursos de passagem de parâmetros disponíveis anteriormente apenas no FT View SE. Isso permite opções de reutilização gráfica mais poderosas e o uso mais eficiente do conjunto de faceplates integrados no Logix. Telas “pop-up” permitem o controle total de outras telas, por usuário ou por evento, e a criação de aplicações de nível IHM mais intuitivas e dinâmicas. Uma futura versão do FT ViewPoint, atualmente disponível para a versão FT View SE 5.0, dará suporte à nova versão 5.1 e ajudará a eliminar a necessidade de instalar e manter software do tipo “thick client” (em que o processamento é executado na área de trabalho do usuário final) de visualização remota do processo de fabricação para os usuários do FT View SE versão 5.1. Craig Resnick, diretor de pesquisa do ARC Advisory Group, afirma: “é crescente a de- manda por software de IHM baseado na internet e por tecnologias de inteligência corporativa de fabricação (EMI). Com isso, está crescendo a necessidade de soluções de visualização modulares que se integrem bem com a plataforma de controle e, simultaneamente, proporcionem monitoramento remoto em tempo real baseado em navegador “thin client” e recursos de tomada de decisão. As indústrias precisam de soluções de software para IHM que forneçam um alicerce sólido para maximizar investimentos em tecnologias mais novas, como dashboards (ferramentas de visualização com detalhamento gráfico) baseadas em funções, e as ajudem a aproveitar os recursos analíticos e de diagnóstico adicionais que esses novos produtos EMI baseados na tecnologia WEB oferecem. A última versão do FT View ME e SE, especialmente quando combinada com o software FT ViewPoint, parece atender esses critérios importantes.” Para mais informações, visite www.rockwellautomation.com/rockwellsoftware/performance/view/ 6 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 PRODUTOS Nova solução Wind-up and Let-off ajuda a melhorar a segurança de trabalhadores e flexibiliza aplicações de desbobinamento e rebobinamento Com foco nas indústrias de pneus, de produtos de metal e de papel, a Rockwell Automation apresenta a solução de segurança Wind-up and Let-off, que ajuda a atender normas globais de segurança mantendo a produtividade. A RMA (Rubber Manufacturing Association - associação dos fabricantes de produtos de borracha dos EUA) considera equipamentos de bobinamento e desbobinamento de materiais como uma área alvo para melhorias em segurança. Em praticamente todos os estágios de uma fábrica de pneus, a borracha é enrolada em enormes cilindros e, depois, é desenrolada para a próxima fase do processo. Essas operações de bobinamento e desbobinamento são semiautomáticas e precisam de operadores para monitorar e interagir continuamente com os produtos. As soluções de segurança antigas baseavam-se na única opção disponível para atender as regulamentações de segurança: relés de segurança individuais interligados por fios. Nesse sistema, a detecção da presença do operador interrompe a operação da máquina. Atualmente, os fabricantes podem aproveitar a solução de segurança Wind-up and Let-off, que emprega uma abordagem flexível para a interação com o operador. Isso permite vários modos de operação, impedindo, assim, os operadores de optar por produtividade em detrimento da segurança , ou viceversa. A tecnologia básica desta solução é o controlador de segurança GuardLogix ou o controlador de segurança programável compacto SmartGuard 600, que permite uma ampla variedade de opções abertas de conectividade. Os clientes podem optar em utilizar essa solução como uma unidade independente ou integrá-la com sua arquitetura de sistemas existente. A solução Wind-up and Let-off é fornecida pré-configurada, com software padronizado, que pode ser rapidamente implementada, e permite conexão de dispositivos do tipo plug-in, inclusive dispositivos de parada de emergência e de desarme, sensores de presença, intertravamentos de portas, controles e acionadores de segurança bi-manuais com funcionalidade de segurança integrada. Pode ser utilizado em uma única zona ou em diversas zonas. Essa estrutura exclusiva permite uma arquitetura de segurança holística com base em módulos do tipo plug-in, totalmente montados, testados e prontos para operar, proporcionando uma solução modular. Com melhor capacidade de manutenção e uma área de ocupação mínima, a fiação em campo também é reduzida para facilitar a implementação. Por ser modular e escalável, a solução Wind-up and Let-off é projetada para ajudar a atender necessidades atuais e futuras dos usuários. O projeto flexível ajuda os montadores e fabricantes de máquinas a implementar rapidamente uma solução em linha existente, com custo e tempo de engenharia mínimos. A documentação padrão de hardware e software projetada para a solução facilita a partida e as atividades de manutenção. A modularidade permite uma configuração simplificada e uma conexão sem problemas em toda a fábrica ou nos controles existentes. Engenheiros consultores da Rockwell Automation podem ajudar a projetar e configurar o sistema e a realizar auditorias para assegurar e documentar a conformidade em relação a uma variedade de normas de segurança. Arquitetura Integrada incorpora tecnologia DLR A tecnologia de rede Ethernet Device Level Ring (DLR) já faz parte do sistema de Arquitetura Integrada da Rockwell Automation, inserida nos controladores ControlLogix, nos sistemas de E/S e nas soluções de movimento Kinetix. Ela é indicada para aplicações de alta velocidade e alto desempenho que exijam redes robustas, bem como para os fabricantes de máquinas que procurem soluções de rede flexíveis, confiáveis e de baixo custo para suas aplicações Ethernet/IP em tempo real. A tecnologia DLR é voltada a aplicações industriais que aproveitam a funcionalidade de switch incorporada nos dispositivos de automação – como módulos de E/S e controladores de automação programáveis – para ativar topologias de anel em rede Ethernet no nível de dispositivos. Ela agrega robustez à rede no nível de dispositivo para otimizar a operação da máquina. Ao detectar uma ruptura do anel, essa ferramenta providencia uma rota alternativa de dados para ajudar a recuperar a rede rapidamente. A alta capacidade de diagnósticos embutidos em produtos habilitados DLR identificam o ponto de falha, ajudando a agilizar a manutenção e a reduzir o tempo médio de reparo. “Testes funcionais mostram que o tempo típico de recuperação para um anel com 50 nós no nível de dispositivos é menor que três milisegundos,” informa Mike Hannah, gerente de Redes da Rockwell Automation. “Com essa recuperação rápida, a maioria das falhas se torna invisível para os dispositivos da rede, e as máquinas continuam a operar, geralmente, sem interrupções. A tecnologia DLR ajuda, também, a simplificar a arquitetura da rede, bem como proporciona flexibilidade para conectar e coexistir com outras topologias. Dispositivos Ethernet/IP de portas múltiplas equipados com tecnologia DLR conectam-se diretamente aos nós adjacentes e fecham uma topologia em forma de anel nos dispositivos finais. A tecnologia DLR reduz o número de componentes externos e o cabeamento associado, facilitando o projeto e a instalação. “Topologias Ethernet em anel são importantes porque ajudam a manter a produção elevada e em funcionamento,” afirma Harry Forbes, analista do ARC Advisory Group. A ODVA, associação internacional composta de participantes das principais empresas mundiais de automação, ampliou recentemente a especificação Ethernet/IP para incluir o protocolo DLR, criando uma solução de rede para sistemas Ethernet/ IP de diversos fornecedores. A tecnologia DLR também opera com a norma IEEE 1588 para sincronismo de tempo preciso e mecanismos de Qualidade de Serviço (QoS), padronizados para ajudar a priorizar a transmissão de dados. Para mais informações, visite www.ab.com/ networks/switches/embedded.html / / Para obter mais informações sobre a solução de segurança Wind-up and Let-off, visite a página www.rockwellautomation.com/go/prtirerubber/. DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 7 AUTOMATION FAIR Inteligente, seguro e sustentável. Este foi o ambiente fabril apresentado pela Rockwell Automation na Automation Fair’09. Em seu conjunto, o evento ajudou os participantes a identificar novas maneiras de alavancar o potencial fabril. E, apesar do ano difícil – ou por causa dele, 8 mil visitantes estiveram na 18ª edição da feira. Destes, mais de 500 só da América Latina, entre clientes, distribuidores e integradores. Cassio Vitor, gerente de Arquitetura Integrada para a América Latina, acompanha grupo de visitantes da região em tour tecnológico pelos estandes da feira Repensando o ambiente industrial R Laboratórios práticos: experiência direta com os recursos tecnológicos mais avançados Fórum dedicado ao segmento de fabricação de máquinas: lotado ealizada em 11 e 12 de novembro na Califórnia, EUA, a Automation Fair’09 reuniu mais de 100 estandes, da própria Rockwell Automation e de diversos parceiros, no Anaheim Convention Center. Entre os eventos educacionais oferecidos simultaneamente à feira, casos de sucesso foram apresentados nos fóruns setoriais voltados a cinco segmentos industriais: Biociências, Tratamento de Águas e Efluentes, Petróleo e Gás, Fabricantes de Máquinas (OEM) e Alimentos e Bebidas. Sessões técnicas abordaram 16 áreas de interesse e, nos laboratórios práticos, os participantes puderam trabalhar diretamente com produtos da Rockwell Automation, simulando situações correntes no dia a dia de uma fábrica, com o suporte de engenheiros especializados naquelas aplicações. Próximas gerações Jovens talentos no estante da FIRST 8 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 Além de atrair profissionais de mais de 50 países, a Automation Fair também atrai estudantes. A Rockwell Automation é uma das 11 empresas globais que mantêm parceria estratégica com a FIRST – organização nãogovernamental voltada a estimular jovens de dezenas de países a desenvolver suas aptidões em ciências, engenharia e tecnologia. Na Automation Fair’09, o estande da FIRST apresentou robôs e seu jogo 2009 LUNACY. AUTOMATION FAIR Panorama Enquanto nos pisos superiores milhares de participantes aproveitaram as oportunidades de reciclagem e benchmark nos vários laboratórios e sessões técnicas oferecidos, no piso da feira foi intensa a movimentação COMPONENTES ESSENCIAIS De aplicações com botões a sistemas de E/S e dispositivos de IHM, o estande de Componentes Essenciais e soluções On-Machine apresentou 19 novidades, entre produtos, serviços e soluções. Algumas delas: - Relés de sobrecarga bimetálicos193-T1 - Sistema de cabeamento 1492 - Contatores de estado sólido 156-B - Módulos de comunicação em Ethernet/IP 193 E1 Plus - Sensores fotoelétricos para uso geral 42CA - Sensores indutivos de proximidade para Alimentos e Bebidas 871TS ARQUITETURA INTEGRADA CONTROLE INTELIGENTE DE MOTORES A linha OneGear para média tensão foi uma das que mais chamaram a atenção, no estande de Controle Inteligente de Motores. O inversor PowerFlex 755 com novas capacidades CIP Motion e a possibilidade de ser montado de forma a facilitar a dissipação térmica foi outro ponto alto deste estande Entre as soluções apresentadas no estande de Arquitetura Integrada, algumas novidades foram: - Versão 18 do RSLogix 5000 - Kinetix 6500 Servo Drive com CIP Motion e Ethernet/IP - Kinetix 300 Servo Drive indexador com Ethernet/IP - ControlLogix L73 e L75 - Controlador de segurança GuardLogix L435/L455 - Switch Stratix 6000 - Switch modular Stratix 8300 - E/S distribuída, ControlLogix e produtos para topologias lineares e em anel em Ethernet/IP - Ferramenta virtual de projeto Motion Analyzer - Cilindros elétricos MP e TL - Servo motores lineares LDC e LDL DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 9 AUTOMATION FAIR Panorama PLANTPAX SOLUÇÕES DE INFORMAÇÃO SOLUÇÕES GLOBAIS Gerenciamento de energia e segurança de máquinas foram pontos da sustentabilidade fabril destacados no estande de Soluções Globais, onde especialistas da Rockwell Automation apresentaram as soluções disponíveis para os segmentos de Óleo e Gás, Biociências, Indústrias Pesadas, Alimentos e Bebidas e de Fabricação de Máquinas No estande de Soluções de Informação, um dos destaques foi a capacidade de integração do ViewPoint com o VantagePoint, lançado na feira juntamente com o FactoryTalk Historian nas versões Machine Edition (ME) e Site Edition (SE). Numa área deste estande havia quiosques nos quais eram demonstradas soluções específicas para os segmentos de Biociências, Mineração e Cimento, Automotivo, Químico, de Biocombustíveis e Bens de Consumo O sistema de automação de processo PlantPAx está um passo adiante, em termos tecnológicos, no caminho da integração fabril completa. O estande dedicado a essa nova geração de controle reuniu soluções para migração de sistemas DCS, integração de dispositivos de campo e gerenciamento de ativos, controle e gerenciamento de processos por batelada, segurança e controle de processos críticos, entre outras disciplinas Tendências e demandas do novo ambiente industrial mundial Eventos que precederam a abertura da feira ajudaram a compor o clima de vanguarda tecnológica que caracteriza a Automation Fair e, juntos, reuniram cerca de 700 profissionais no Centro de Convenções de Anaheim R ealizado em 9 e 10 de novembro, o encontro anual do Grupo de Usuários de Soluções para Processos (PSUG) trouxe as melhores práticas deste segmento industrial em relação a aspectos de segurança, normas, impacto regulatório, otimização da fabricação e tendências da indústria, entre outros temas relacionados. Apoiado na crescente importância do assunto entre as indústrias que desejam EVOLUÇÃO DO PIB 2008 2009(P) 2010(P) Brasil China Índia México Europa Estados Unidos Japão 5.1 9.0 7.3 1.3 0.8 1.1 -0.7 -1.0 8.1 5.5 -7.1 -3.9 -2.6 -5.5 3.3 8.5 6.3 2.8 1.2 2.5 1.4 Fonte: MAPI Manufacturers Alliance – P = projeção 10 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 incorporar a sustentabilidade como estratégia de negócios, o Safety Forum, em 10 de novembro, abordou em profundidade diversos aspectos da segurança de pessoas, produtos, ativos e do meio ambiente. No salão ao lado, também em 10 de novembro, mais de 50 jornalistas da América Latina, Ásia, Europa e Estados Unidos, convidados da Rockwell Automation para cobrir a Automation Fair’09, participaram do Manufacturing Perspectives, evento no qual profissionais da própria empresa, analistas de mercado e executivos de diversos segmentos apresentaram cenários e debateram tendências com representantes da imprensa mundial. Cenários Jeremy Leonard, economista da MAPI Manufacturers Alliance – entidade norteamericana que reúne mais de 500 indús- trias – apresentou o panorama global de recuperação da economia, no qual se destaca a liderança dos países emergentes (tabela). Neste macro cenário, a MAPI estima que a demanda por equipamentos e software deva ter uma recuperação da ordem de 9% em 2010, 3,5% dos quais relativos a equipamentos industriais e 6,9% referentes a equipamentos para processamento de informações. Segundo Leonard, “a atividade industrial é o motor de uma economia global, um grande multiplicador em que cada dólar investido gera 1.37 dólares em atividades econômicas adicionais”. Contrariamente ao que se ouve no mercado, diz ele, “os números comprovam que a economia norte-americana não está em processo de desindustrialização”. Numa análise de longo prazo, ele destacou o rápido aumento da produtividade: “Ela mais AUTOMATION FAIR que dobrou nos últimos 20 anos, num crescimento quase duas vezes maior do que o da economia mundial”. Leonard concluiu confirmando que as múltis contratam cada vez mais gente fora dos Estados Unidos e que, “em termos absolutos, o país continua sendo o que mais investe em pesquisa e desenvolvimento, mas, nos próximos 5-10 anos, haverá um crescimento expressivo de P&D em países como China, Brasil e Índia”. Transformação De que forma o foco na informação alterará os processos de produção a curto e longo prazos? Frank Kulaszewicz, vicepresidente de Controle e Visualização da Rockwell Automation, fez a introdução ao tema do primeiro debate – A Transformação Fabril – destacando que a Arquitetura Integrada evoluirá seguindo três tendências: novos sistemas de visualização, controle, comunicações e I/O, controles multidisciplinares e integração de conhecimento. “A integração do corporativo com o fabril implica em transformar dados brutos em informação para tomada de decisões. A plataforma Logix incorporará o Advanced Process Control (APC)”, afirmou. Jeremy Leonard, da MAPI: crescimento em P&D em países emergentes Otimização As necessidades dos OEMs são bem diferentes das do consumidor final, e o papel da Arquitetura Integrada é chave para ajudar fabricantes globais de máquinas a se destacar de seus concorrentes. O segmento foi tema do segundo debate do Manufacturing Perspectives. “O OEM é dono da máquina durante seu processo de projeto, montagem e entrega. No período de garantia e nos anos restantes, o OEM será responsável pelo desempenho da máquina, portanto, nada melhor que saber como essa máquina se comporta no dia a dia do cliente, com informações provenientes da própria máquina”, afirmou Christopher Zei, vice-presidente da Rockwell Automation na área de Soluções para OEMs, que mediou este painel. Sustentabilidade O último painel abordou as melhores formas de gerenciar e reduzir os custos industriais relativos à energia, como forma de tornar a atividade fabril mais sustentável do ponto de vista ambiental e econômico. Segundo Frank Peel, da Owens Corning Canadá e integrante do painel intitulado Novas oportunidades para a produção sustentável, “um dos itens que definem o bônus do pessoal de engenharia na empresa é a meta de redução do consumo energético”. O mesmo acontece na ConAgra Foods, de acordo com Evan Hand, que também integrou este último painel do Manufacturing Perspectives’09. O tema está estruturalmente ligado às questões debatidas nos painéis anteriores, uma vez que a transformação fabril e a otimização na fabricação de máquinas incluem, necessariamente, a redução do consumo de energia e uma estratégia de sustentabilidade do negócio e de seus processos fabris. Isaac Chan, do Departamento de Tecnologia do DOE (órgão do governo norte-americano que trata das questões energéticas) afirmou que muitas empresas assinaram o termo de Segurança como elemento essencial de sustentabilidade compromisso do DOE, que estabelece metas ambiciosas de redução do consumo nos próximos dez anos, “mas o setor industrial não conseguirá atingir as metas acordadas usando as tecnologias existentes. Será preciso desenvolver novas tecnologias comercialmente viáveis e modernizar os parques industriais”. Os participantes do painel foram unânimes em destacar que, para ser e se manter sustentável, o meio industrial precisa reinventar os processos atuais ou criar novos processos. Sujeet Chand, Chief Technology Officer da Rockwell Automation, sintetizou o conceito de green print, ou pegada verde, adotado pela empresa na abordagem da sustentabilidade: “é uma sequência de passos de uma organização no sentido de se tornar mais sustentável, evoluindo gradativamente do diagnóstico à ação – das mais simples e imediatas, às mais complexas e que requerem investimentos”. A questão energética extrapola o âmbito do meio ambiente e tornase elemento de sustentabilidade do negócio. “Há 10 anos, ninguém prestava muita atenção à questão energética. Na última década, porém, vimos o preço da energia andar de montanha russa”, lembrou Isaac Chan, do DOE AGENDE-SE A Automation Fair 2010 será em Orlando, na Flórida, nos dias 3 e 4 de novembro. DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 11 AUTOMATION FAIR Produção inteligente: a próxima era industrial Em uma economia sustentável, a produção inteligente é um mecanismo de crescimento. A valorização dos preços dos insumos, as pressões das regulamentações e o amadurecimento dos consumidores, apenas para citar alguns fatores, têm levado as indústrias a reavaliar o papel e os benefícios da sustentabilidade em suas operações fabris M edidas voltadas à eficiência energética, à preservação do meio ambiente e à segurança dos postos de trabalho e dos produtos oferecidos ao mercado vão muito além da questão da responsabilidade socioambiental das empresas. Na essência, afetam profundamente o ambiente industrial, mais especificamente no ponto que viabiliza qualquer negócio: o financeiro. Em resumo, a produção sustentável é um bom negócio que ajuda as companhias a obter uma vantagem competitiva duradoura. O tema, que foi um dos pilares da Automation Fair 2009, é abordado pela Rockwell Automation de forma estrutural, a partir do conceito de green print, ou pegada verde, que consiste em ajudar os clientes a aproveitar seus ativos fabris e, baseados na Arquiteutra Integrada, estabelecer uma base sólida de gerenciamento da energia fabril no futuro. “A pegada verde consiste em uma série de passos, começando dos mais simples e evoluindo gradativa e estruturadamente, de modo a construir um sistema industrial eficiente de gerenciamento energético”, resumiu Sujeet Chand, CIO da Rockwell Automation. Os desafios industriais, dentre os quais a sustentabilidade desponta, são enormes. E igualmente grande é o potencial para inovação industrial. Atualmente, as tecnologias de controle, comunicação, informação e energia estão convergindo para permitir um renascimento industrial, imprescindível diante do foco na conservação ambiental. No centro deste renas- 12 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 cimento, estão as tecnologias avançadas de produção inteligente, que combinam o talento das pessoas, ativos físicos, dados e processos de negócios, e integram o chão de fábrica ao nível corporativo, à cadeia de fornecimento e ao cliente. Essas tecnologias avançadas aumentam a produção de forma responsável – leia-se sustentável – e a tornam mais competitiva globalmente. E uma maior competitividade se traduz em resultados financeiros mais consistentes. Com a produção inteligente, uma planta inteira pode ser otimizada. As informações em tempo real passam de máquina em máquina e por todas as linhas de produção. Os dados do chão de fábrica são colocados em rede para os sistemas do nível corporativo e conectados com os fornecedores e clientes. Isso permite economias significativas em energia e demais insumos industriais básicos, matérias-primas, logística, para citar alguns dos mais relevantes em termos de despesas operacionais. Equipamentos de produção flexíveis, re- O tema sustentabilidade foi um dos pilares da Automation Fair 2009, e é abordado de forma estrutural pela Rockwell Automation, a partir do conceito de green print configuráveis e expansíveis podem reagir rapidamente às mudanças nas preferências do consumidor. Máquinas inteligentes podem monitorar suas próprias condições, throughput e rentabilidade, bem como reportar ações corretivas para a equipe de Manutenção. Menos desperdício, menos refugo, mais produtividade. Por meio da tecnologia de colaboração, os funcionários podem compartilhar as melhores práticas e recorrem ao conhecimento e experiência de seus colegas em todo o mundo. A produção inteligente é um mecanismo de crescimento para uma economia sustentável. Um investimento de US$ 50 bilhões na reformulação das fábricas geraria uma receita de até US$ 120 bilhões resultante da maior demanda por produtos, de acordo com um estudo da Apollo Alliance, uma associação de negócios e mão de obra. Os fabricantes alcançariam níveis mais altos de desempenho dos negócios, transformariam recursos em ativos e descobririam oportunidades únicas de competitividade. A União Europeia aprovou 1,2 bilhão de euros para um novo programa de pesquisa “Fábricas do futuro” como parte de seu plano de recuperação econômica. Ela está à frente dos EUA na corrida para reindustrializar sua base de produção com produção inteligente, segura e sustentável. Um benefício claro de um setor de fabricação sustentável e competitivo é que ele suportará uma maior quantidade de empregos que um setor decadente. O estudo da Apollo Alliance explora a criação de trabalhos potenciais de um programa de reformulação do setor de produção. Dois outros relatórios norte-americanos recentes concluíram que investir US$ 150 bilhões por ano em tecnologias de eficiência no aproveitamento da energia e de energia limpa gerará 1,7 milhão de postos de trabalho, o suficiente para reduzir em 1% o atual índice de desemprego nos EUA, que anda na casa dos dois dígitos. Segurança A produção inteligente é essencial para a gestão de energia industrial e, no futuro próximo, para conectar as plantas inteligentes em redes inteligentes. As fábricas altamente automatizadas e modernas protegem os trabalhadores de acidentes de trabalho e podem melhorar o rastreamento e o acompanhamento de materiais para ajudar a assegurar que os consumidores tenham produtos seguros e de qualidade, detectando problemas antes que os produtos deixem a fábrica ou facilitando recalls mais rápidos e direcionados. As tecnologias para segurança de máquinas promo- vem a produção sustentável uma vez que levam em conta os padrões mundiais, o treinamento de pessoal para operá-las e o gerenciamento dos riscos, estabelecendo, assim, as melhores práticas em termos de um ambiente industrial seguro para os trabalhadores. “Como líderes mundiais em automação industrial, estamos atuando ativamente junto a nossos clientes, ajudando-os a se tornar mais sustentáveis em suas abordagens fabris”, concluiu John Nesi, vice-presidente de Desenvolvimento de Mercado da Rockwell Automation. Executivos avaliam cenários CEO da Rockwell Automation e os dois principais executivos na América Latina conversaram com jornalistas de Argentina, Brasil e Chile durante a Automation Fair’09. Acompanhe os principais pontos das entrevistas Keith Nosbusch (foto), Bob Becker e Luis Gamboa falaram sobre a América Latina para jornalistas da região Keith Nosbusch, CEO • Qual será a principal característica da Rockwell Automation nesta segunda década do século 21? Concentraremos esforços para aprimorar nossa capacidade de ajudar os clientes a ganhar produtividade para se tornarem mais competitivos. • E o principal atributo de indústrias bemsucedidas, nesta 2a década do século 21? Ser inovativa, em seu sentido mais amplo, abrangendo não apenas a inovação no uso da tecnologia, mas também nas práticas de RH e comerciais. • Como foi o ano de 2009 para a Rockwell Automation, em linhas gerais? Comparado com 2008, o ano fiscal 2009, que se encerrou em setembro, foi bastante difícil em termos de resultados, mas o último trimestre (jul/ ago/set09) já deu sinais de que a companhia superou a pior fase da crise global, e acredito que, no segundo semestre do ano fiscal 2010, a companhia volte a crescer. • Qual o papel dos mercados emergentes na estratégia de negócios da Rockwell Automation? Mercados emergentes são crí- ticos para o sucesso da empresa no longo prazo, dentro de nossa estratégia de descentralizar nossos negócios para fora dos EUA. • Como a Rockwell Automation se posiciona em relação a empresas de menor porte? Em relação às nossas soluções, a única diferença entre empresas de grande, médio e pequeno portes é em relação à escala. Nossas soluções são adaptáveis a todos os portes de empresa. Bob Becker, presidente para a América Latina • Como fica o segmento de Petróleo e Gás diante da questão da sustentabilidade? Pelo menos nos próximos 50 anos, a matriz energética predominante mundialmente continuará sendo o petróleo, então, paralelamente a investir em desenvolvimentos para novas fontes de geração de energia, continuaremos a desenvolver soluções para melhorar o desempenho do setor em relação à sustentabilidade. Um exemplo disso são as soluções Rockwell Automation para monitoramento e controle de emissões, e os sistemas de sensores virtuais – software sensors – que podem ajudar no monitora- mento de emissões, quando os sensores físicos não se adequarem à tarefa. • Como a Rockwell Automation avalia o cenário latino-americano, suas instabilidades econômicas e ambiente político? Estamos há muito tempo na América Latina, conhecemos a região, seu potencial e seus riscos, entendemos suas demandas e queremos estar na região. Especificamente em relação ao Brasil, um dos maiores desafios é atender os clientes com agilidade, em virtude de seu tamanho. Além de ser um grande mercado em termos geográficos, a indústria brasileira é muito diversificada, permitindo-nos atuar em uma ampla gama de segmentos. E tanto a atualização de sites industriais como a construção de novas plantas são oportunidades de negócios existentes em grande número no país. Luis Gamboa, diretor de Marketing para a América Latina • Como a Rockwell Automation está tratando a questão do pré-sal e da exploração de óleo em águas muito profundas no Brasil? Apesar de ainda estar em estágio inicial, já estamos participando das tratativas relacionadas ao pré-sal. Por causa da profundidade, haverá muitos novos desenvolvimentos tecnológicos. DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 13 Ethernet: facilitador tecnológico para a crescente tendência industrial de convergência de redes A Ethernet tem sido o padrão de fato para sistemas empresariais há muitos anos, e a adoção da Ethernet/IP pela indústria, para fins de controle e informações, atuou como elemento habilitador da convergência entre as redes fabris e administrativas das empresas C onectar o ambiente da automação com o nível administrativo, por meio da crescente convergência tecnológica entre os sistemas tradicionais de tecnologia da informação (TI) e as operações de fabricação, abre oportunidade às indústrias no sentido de: • reduzir riscos e custos, • ter acesso seguro a informações, • facilitar a inovação e • melhorar a agilidade e o desempenho geral dos negócios. Os fabricantes podem aproveitar as vantagens dessa convergência de redes na medida em que ela lhes proporciona a obtenção de informações em tempo real, no momento adequado e nos níveis corretos. Na indústria, as “ilhas de automação” de produção e controle convergiram em uma plat a forma integrada de controle e informações, abrangendo toda a fábrica. O uso de Ethernet no processo de fabricação permitiu a migração do modelo tradicional de rede de três camadas para um modelo Ethernet único, conforme apresentado na Figura 1. O modelo de rede tradicional de três camadas evoluiu desde os primeiros dias da Ethernet. Colisões de dados, half duplex e 10Mbps limitaram o uso do protocolo Ethernet em aplicações de produção e de controle. Isso criou um ambiente de redes e produtos exclusivos dos fornecedores para resolver aplicações discretas, em batelada, de processo, de segurança, de controle de movimento e de acionamento. A comunicação entre essas redes de aplicações específicas era difícil, para não dizer impossível. O modelo de Ethernet convergida permite o uso de uma rede Ethernet simples, segmentada em redes locais (LANs) menores, para minimizar o impacto de gestão de tráfego e de segurança. Para ajudar os fabricantes a realizar uma migração bem sucedida para o modelo de rede Ethernet convergida, organizações como a ODVA começaram a promover um Protocolo Industrial Comum (CIP), com a intenção de que a rede Ethernet permanecesse padrão e sem modificações, ajudando a alcançar a integração adequada entre o chão de fábrica e o nível administrativo da empresa. O Protocolo Industrial Comum (CIP) Essas redes tradicionais de três camadas, apresentadas na Figura 1, foram projetadas e otimizadas para operar com bom 14 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 desempenho em aplicações específicas (mais comumente em controle de dispositivos, informações, controle de movimentos e segurança). Embora bem adequadas à funcionalidade para a qual foram projetadas, elas não foram desenvolvidas tendo em mente uma única arquitetura. Para atender suas necessidades de produção, os fabricantes foram forçados a usar muitas redes especializadas – e geralmente incompatíveis entre si – em toda a fábrica. Ethernet: Habilitador de tecnologia para convergência de redes O Protocolo Industrial Comum (CIP) proporciona uma integração contínua do chão de fábrica até o nível administrativo Informação Configuração e diagnósticos Sincronismo e movimento Controle Segurança O fornecimento de dados em tempo real entre as diversas redes tornou-se difícil, para não dizer impossível de ser administrado pelos engenheiros de automação. Para aproveitar plenamente as vantagens da convergência de redes, as indústrias precisam de uma integração total e perfeita em toda a empresa. Usar sistemas abertos foi o meio para conectar esses sistemas distintos. Os sistemas abertos, entretanto, nem sempre operam conforme as expectativas. Integrar sistemas diversos exige gateways, configuração e programação extra e, ainda assim, se obtém uma funcionalidade limitada. Em função disto, as indústrias tiveram sucesso limitado na obtenção dos benefícios de produtividade e de qualidade que esperavam das tecnologias de sistemas abertos, e isso acabou por comprometer seus investimentos. Camadas de aplicação comuns são importantes para resolver problemas de interoperabilidade, criando redes de comunicação integradas. Redes com protocolo CIP permitem integração completa de controle e de informações em múltiplas redes CIP e tecnologias de internet. O protocolo CIP é uma plataforma simples e independente de mídia, que proporciona comunicação contínua entre o chão de fábrica e os níveis administrativos da empresa. Isso permite que as indústrias integrem controle, configuração e coleta de dados em diversas redes, obtendo informações em tempo real, onde e quando estas sejam necessárias. CIP, DeviceNet, ControlNet, CompoNet e Ethernet/IP são redes abertas que compartilham o Protocolo Industrial Comum em seus níveis superiores, enquanto permanecem independentes da mídia nos níveis mais inferiores. Isso permite que as indústrias especifiquem a melhor rede para suas aplicações e eliminem gateways caros e complexos ao conectar redes não similares no nível superior. A relação geral entre a implantação de CIP e o modelo ISO/OSI de sete camadas é apresentado na Figura 2. Para as indústrias implementarem satisfatoriamente uma arquitetura de automação Ethernet convergida, redes como a Ethernet/IP têm um papel-chave. A Ethernet/IP é uma adaptação CIP de TCP/IP que utiliza integralmente a norma IEEE 802.3 Ethernet camada física, e suporta TCP e UDP na camada de transporte. Esse enfoque TCP/UDP/IP fornece tecnologia em tempo real no campo de domínio Ethernet. Com as extensões de rede CIP Safety, CIP Sync e CIP Motion, as redes CIP permitem comunicação de segurança, sincronização de tempo, movimento com desempenho de simples a elevado, em toda rede Ethernet/IP. Além disso, os usuários Ethernet/IP podem aproveitar as vantagens de componentes de hardware Ethernet comerciais disponíveis no mercado e padronizar arquiteturas de rede totalmente compatíveis com os protocolos TCP/IP e UDP/IP (Datagram Protocol/Internet protocol). Segurança em redes Ethernet/IP O protocolo CIP Safety é uma extensão à camada de aplicação que fornece um conjunto de serviços de segurança altamente integrados, os quais alavancam as pilhas de comunicação subjacentes das redes CIP padrão para transportar dados de uma fonte até o destino. O CIP Safety é certificado como sendo compatível com a norma de segurança funcional da International Electrotechnical Commission (IEC) 61508 até o nível de integridade de segurança (SIL) 3. Conforme apresentado na Figura 3, o protocolo CIP Safety ponto a ponto confere responsabilidade ao garantir segurança nos nós finais, em vez de pontes, roteadores, ou nós intermediários. O CIP Safety não pode evitar a ocorrência de erros de comunicação, porém, se um erro ocorrer na transmissão de dados ou no roteador intermediário, o dispositivo final detectará a falha e tomará a medida apropriada. Como é a codificação de segurança – e não as camadas de comunicação subjacentes – que assegura a integridade dos dados, as camadas de comunicação subjacentes podem ser intercambiadas e misturadas até mesmo em sub-redes. O CIP Safety permite combinar dispositivos padrão e de segurança na mesma rede aberta. Figura 1 Ethernet/IP habilita a migração para rede Ethernet convergida DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 15 Figura 2 O modelo OSI é um padrão ISO para comunicação entre redes que define todas as funções a partir de uma camada física para o protocolo Ethernet chaveado de 100 megabits por segundo, mostram que o CIP Sync pode proporcionar precisão de sincronização de tempo menor que 500 nanossegundos entre os dispositivos, atendendo as necessidades de algumas das aplicações em tempo real mais exigentes. Controle de movimento distribuído de alto desempenho Sincronização de tempo O uso do tempo em um sistema de controle é empregado geralmente em dois tipos diferentes de aplicações: nas quais é necessário registar o horário e naquelas baseadas em periodicidade. O CIP Sync é uma extensão de sincronização de tempo para a camada de aplicação que pode ajudar a resolver essas necessidades. O CIP Sync é baseado na norma IEEE 1588 (IEC 61588) - Protocolo de Sincronização de clock com precisão para medição e sistemas de controle via rede, normalmente denominada de Protocolo de Precisão do Tempo (PTP). O protocolo fornece um mecanismo padrão para distribuir o Tempo Universal Coordenado (UTC) em uma rede Ethernet padrão de dispositivos distribuídos. Ao registrar o tempo no formato UTC, os eventos podem ser comparados facilmente nos fusos horários, sem precisar de ajuste para o local geográfico onde foram gerados. O CIP Sync permitirá aos usuários basear o controle em sincronização de tempo verdadeira, em vez do modelo de sincronização de eventos mais limitado utilizado historicamente. Testes avançados, utilizando um sistema O CIP Motion destaca a tecnologia de rede Ethernet/IP de outras redes Ethernet Industriais. Somente a Ethernet/IP com CIP Motion combina os requisitos de aplicações de controle de movimento em tempo real determinísticas com rede Ethernet padrão não modificada, permitindo plena conformidade com as normas IEEE 802.3 para Ethernet e TCP/IP. Isto permite o uso de componentes e infraestrutura Ethernet padrão sem o uso de switches ou gateways especiais. O CIP Motion faz isto englobando um conjunto de perfis de aplicação projetado para permitir que malhas de posição, de velocidade e de torque sejam configuradas no acionamento. Com a adição da tecnologia CIP Sync diversos eixos podem ser coordenados em aplicações de controle de movimento precisas e coordenadas. O uso de dados com registro de horário do CIP Motion com seu modelo de sincronização simples minimiza as restrições de sincronização de hardware entre o acionamento e o controlador. Os valores de dados em tempo real são ajustados no dispositivo final, no momento em que os dados são aplicados, sem a necessidade de reprogramar o tráfego da rede. Além disso, o CIP Motion tem flexibilidade para administrar diversos tipos de acionamentos e necessidades de sincronização de tempo. A mesma conexão de rede pode ser utilizada para um servoacionamento de alto desempenho com requisitos de sincronização precisa e um inversor de frequência sem capacidade de sincronização de tempo. Convergência de redes e Arquiteturas de Referência Figura 3 O protocolo CIP Safety ponto a ponto confere responsabilidade de segurança aos nós finais 16 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 O acesso a informações ou a dados a partir de qualquer lugar e em qualquer momento traz novos desafios, assim como é desafiadora a necessidade de proteger ativos contra ameaças internas e externas. Por conta disso, têm surgido dúvidas sobre os limites de atuação dos profissionais de automação e da TI, quando da realização de projetos e implementação de infraestruturas de redes robustas e seguras. Projetar e implementar uma infraestrutura de rede robusta e segura requer que os profissionais de automação e da TI trabalhem em conjunto com base em um planejamento bem traçado. Para ajudar a preencher a lacuna entre esses grupos, a Rockwell Automation e a Cisco estão trabalhando no sentido de desenvolver um guia de projeto por meio de Arquiteturas Ethernet Convergidas para Toda a Fábrica. Esses recursos fornecem aos usuários a base de sucesso para implementar a tecnologia mais recente, tratando temas igualmente relevantes para a automação e TI. Arquiteturas de Referência fornecem formação, orientação de projeto, recomendações e melhores práticas para ajudar a estabelecer uma infraestrutura de rede robusta e segura. Arquiteturas Ethernet Convergidas para Toda a Fábrica são baseadas em normas de tecnologia e de fabricação comuns às áreas de TI e de automação. Isso inclui normas como: • IEEE 802.3 Ethernet, • IETF (Internet Engineer Task Force), • protocolo para internet (IP) e • Protocolo Industrial Comum (CIP) da ODVA. Ao utilizar normas de fabricação para estabelecer uma estrutura de fabricação, conforme apresentado na Figura 5, estas arquiteturas criam uma base para a segmentação e gerenciamento de redes e para aplicação de políticas relativas, por exemplo, a: • segurança, • acesso remoto e • Qualidade de Serviço (QoS). Arquiteturas Ethernet Convergidas para Toda a Fábrica seguem normas como: • ISA-95 Inte- gração de sistemas de controle administrativo, • ISA-99 Sistemas de Controle de Fabricação e de Segurança e • Modelo de Referência Purdue para Hierarquia de Controle. A Rockwell Automation e a Cisco também compartilham uma visão de tecnologia comum de apoiar a facilitação e a aceleração da convergência de redes e a promoção de Ethernet padrão não modificada. Contornando diferenças com switches Ethernet habilitados para CIP A convergência ocorre em todas as empresas sob a forma de mudanças em tecnologia e redes, e em alterações organizacionais, culturais e comerciais. Fazer as áreas de TI e de automação trabalharem juntas é um desafio para o mundo industrial atual. Um ponto comum de atrito entre essas duas áreas é o switch Ethernet industrial. Os engenheiros de automação precisam de switches Ethernet para atender requisitos funcionais e ambientais da automação, como facilidade de uso, de manutenção e adequação a ambientes agressivos ou perigosos. Por outro lado, os engenheiros da TI precisam de switches Ethernet que suportem sua infraestrutura e suas estratégias de segurança, e utilizem as mesmas ferramentas de software e de programação que já conhecem. Fabricantes bem sucedidos no atual contexto industrial precisam ter acesso a dados de/para o piso de produção em tempo real. A obtenção dos dados já não é mais problema. Porém, fornecer esses dados em um formato utilizável, não apenas dentro da própria fábrica mas também para outros locais na fábrica, é crucial para o sucesso. Ter ferramentas de programação e de configuração comuns às áreas de automação e de TI pode gerar e incentivar uma colaboração maior entre os grupos, permitindo que convivam e trabalhem voltados para metas e objetivos comuns de seus negócios. É neste cenário que entram os switches Ethernet habilitados para CIP, como os da linha Stratix da Rockwell Automation, que fornece a funcionalidade e os conjuntos de ferramentas que tratam das necessidades dos profissionais da automação e da TI. O Stratix 8000 é um switch gerenciável que incorpora o melhor da TI e da automação. Com tecnologia interna Cisco, opera com o sistema operacional Cisco IOS e pode ser programado utilizando a interface de linha de comando (CLI) da Cisco, fornecendo aos engenheiros da TI as mesmas ferramentas de programação e de configuração que já utilizam atualmente. O Stratix 8000 também pode ser programado usando o software RSLogix 5000, da Rockwell Automation, ferramenta de programação e configuração utilizada para programar a Arquitetura Integrada Rockwell Automation e conhecida dos engenheiros de automação e de controle. Isto lhe confere a característica exclusiva de ser adequada para conectar as máquinas do chão de fábrica aos sistemas ERP no nível administrativo da empresa. Os produtos Stratix estão ajudando empresas a se adaptar à tendência de convergência entre as áreas de TI e de automação, permitindo que esses dois grupos, pela primeira vez em muitos casos, falem a mesma língua. Resumindo • As indústrias reconhecem que, para alcançar seus objetivos comerciais e serem competitivas em um ambiente global, precisam obter esses dados das pessoas corretas, no momento correto. • A convergência entre redes fabris e ad- Figura 4 CIP Motion proporciona conformidade plena com a Norma IEEE 802.3 para Ethernet ministrativas aumenta o acesso aos dados de fabricação, ajudando fabricantes a tomar decisões melhores, com base em mais informações. • Protocolo Industrial Comum (CIP) permite integração plena do controle com informações, com redes CIP múltiplas e com tecnologias internet padrão. • O protocolo CIP fornece aos fabricantes uma arquitetura modular e coerente, que incorpora aplicações discretas, de processo, de segurança, sincronização e movimentos, usando a mesma tecnologia de rede que os aplicativos ERP, MES do nível administrativo. • Por fim, a convergência de redes ajuda a alinhar a tecnologia com as metas da companhia, no sentido de transformar os processos de negócio e ter uma visibilidade total da empresa. Figura 5 Estrutura da fabricação DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 17 EVENTOS Atualização tecnológica e legal na indústria farmacêutica é tema de seminário mundialmente com os OEMs, no sentido de desenvolver máquinas que cada vez mais ajudem a indústria a suplantar seus desafios. Arquiteturas de Referência A mudança nas regras sobre boas práticas na fabricação de medicamentos no Brasil poderá provocar alto impacto nas indústrias de biociências. Como o segmento pode se beneficiar da convergência entre TI e TA para se adaptar de modo mais rápido, simples e confiável? Em torno dessa questão, a Rockwell Automation do Brasil promoveu o 1º Pharma Forum, que reuniu cerca de 150 profissionais do setor no final de agosto, em São Paulo. Um dos temas do evento foi a promulgação da Lei 11.903 criando o sistema eletrônico para identificação unitária de medicamentos. O assunto foi apresentado por Rodrigo Klein, Gerente de TI da Interfarma, que tem participado ativamente do desenvolvimento das especificações técnicas ligadas à tecnologia necessária para suporte a essa nova lei. Com esse novo sistema, toda a cadeia farmacêutica passará a ser responsável por manter a rastreabilidade individual de cada medicamento. O objetivo principal da Lei, semelhante ao que acontece nos Estados Unidos e Europa, é coibir o comércio de medicamentos falsificados e a evasão fiscal no setor. A iminente substituição da resolução RDC 210/2003 pela Consulta Pública nº3/2009 da Anvisa foi tema da palestra apresentada por Mário Brenga, diretor do ISPE Afiliada Brasil e supervisor de Validação da Pharmaster. Ele avaliou os principais impactos da mudança de regras no mercado brasileiro de biociências e destacou que, com ela, o Brasil se aproximará bastante das legislações praticadas na América do Norte e Europa, bem 18 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 como do que preconizam a ICH, OMS e outras entidades internacionais do setor. “Caso ocorra a adoção de registros eletrônicos no lugar dos registros em papel, as empresas deverão adotar os conceitos do 21 CRF Part 11 do FDA, pois estes, possivelmente, também estarão presentes na legislação brasileira”, afirmou Brenga. Segundo ele, essa mudança poderá gerar a necessidade de se automatizarem os processos de produção e a adoção de ciclos de vida de validação completos. “Isso demandará das empresas a estruturação de equipes, a adoção de soluções integradas e escaláveis e a adequação da infraestrutura de TI, entre outras ações”, afirmou o especialista. Brenga disse, ainda, que a Anvisa está preocupada com a qualidade do desenvolvimento do sistema, que deve possuir um ciclo de vida detalhadamente descrito. “Por isso, é importante que as empresas busquem parceiros com sólida experiência em Biociências e em sistemas de validação, e que tenham certificação GAMP, CMMI, ISO ou PMI”, concluiu. Qual o papel da integração entre a fábrica e o supply chain na melhoria das margens das indústrias farmacêuticas? Como defender as margens mantendo-se competitivo? Essas e outras questões foram abordadas em palestra de especialista em MES da Rockwell Automation. A automação ao longo de todo o processo e a integração através de todas as suas etapas pode garantir o que as indústrias conseguiram nos últimos anos, com a aplicação dos conceitos de Lean Manufacturing e Six Sigma, permitindo-as atingir novos patamares de excelência operacional. Outro ponto destacado nesta palestra foi a ampla contribuição das Arquiteturas de Referência, desenvolvidas em conjunto por Rockwell Automation, Cisco System e IBM, não só no atendimento às regulamentações do setor como, também, na abordagem de questões como sustentabilidade, envolvendo sistemas de HVAC, iluminação, água, incêndio, acesso e intrusão, energia e CCTV, que interage com todos os demais sistemas. A IBM e a Cisco System também fizeram apresentações que contribuíram com essa discussão, compartilhando suas experiências em projetos de rastreabilidade de medicamentos utilizando, respectivamente, a plataforma InfoSphere (que segue os padrões EPCIS propostos pela GS1) e as famílias de switches Stratix e Catalyst, que se integram totalmente à plataforma FactoryTalk da Rockwell Automation. Foco MES A Rockwell Automation intensificou seu foco no segmento de Biociências com a aquisição, em 2007, da irlandesa Proscon, especializada em projetos para o setor. Por ser um mercado que sofre fortes pressões não apenas econômicas mas, também, regulatórias, a empresa tem trabalhado muito próxima tanto dos laboratórios, quanto dos fabricantes de máquinas para o setor, com um grupo de engenheiros dedicados a colaborar As potencialidades dos seis módulos do FactoryTalk Pharma Suite – solução desenvolvida para o setor de Biociências e construída sobre a plataforma de software FactoryTalk Production Centre, que é a plataforma de MES da Rockwell Automation – foram detalhados para os participantes, que conheceram, ainda, casos de sucesso em plantas internacionais dos laboratórios Boehringer Ingelheim, Roche (na Espanha) e MSD (na Itália). PONTO DE VISTA Redes industriais ... e Convergência das Redes e Organizações Cassio L. Vitor Regional Marketing Leader para Arquitetura Integrada F alar sobre redes industriais sem abordar o tema da convergência de redes e organizações seria um equívoco diante deste fenômeno, que pode ser observado principalmente nas indústrias de manufatura. Este segmento industrial enfrenta desafios sem precedentes, com mudanças significativas na economia global impulsionando mudanças no mercado competitivo, e oportunidades adicionais nos novos mercados emergentes. Com isso, o setor de manufatura precisa reagir com agilidade às rápidas mudanças nas demandas de clientes e do mercado, e ser flexível e eficaz para desenvolver e produzir um volume crescente de produtos. Ao mesmo tempo, as empresas de manufatura estão se tornando mais complexas e globalmente dispersas, aumentando a necessidade de maior colaboração, visibilidade e eficiência. A busca da excelência operacional está associada à redução dos custos de manufatura, à melhora na flexibilidade e na qualidade do produto. Se abordarmos a convergência de uma perspectiva comercial, veremos que a principal meta não é a simples convergência pela convergência, mas ser capaz de cumprir os objetivos da empresa e melhorar o seu desempenho geral. Os gestores reconhecem que, para atingir esses objetivos corporativos e ser competitivas em um mercado globalizado, as organizações precisam melhorar o acesso às informações para as pessoas certas, em um formato integrado e de fácil acesso, possibilitando uma tomada de decisões rápida e inteligente, e maior agilidade para reagir às mudanças nas condições do mercado e das operações, sem prejuízos à eficiência. Mas a maioria das empresas de manufatura encontra dificuldades em atingir essas metas, devido à existência de muitos sistemas e diferentes camadas de informação que não se comunicam; somando-se os elevados gastos no desenvolvimento de aplicativos e sistemas, para eliminar as ilhas de informações. Para complicar ainda mais, os sistemas que precisam ser integrados, muitas vezes, estão em diferentes organizações – TI e Manufatura; sendo que essas organizações precisam convergir e colaborar para garantir um alinhamento bem-sucedido. Os profissionais de manufatura concordam que está havendo uma convergência no seu ambiente de trabalho; porém, as definições do que isto realmente significa variam bastante. Convergência de tecnologia • Uso da rede Ethernet padrão não-modificado, para conexão de rede em toda a empresa e automação do chão de fábrica. • Combinar tecnologias de redes comerciais, empresariais e industriais para solucionar os problemas da empresa de formas diferentes. Convergência de redes • Redes conectadas e integradas – compartilhar informações, usando tecnologias e produtos disponíveis no mercado, para solucionar problemas em toda a fábrica. • A convergência de rede não só permite o compartilhamento e a troca de informações mas, também, o acesso de toda a empresa e dos parceiros aos sistemas de manufatura, e até mesmo aos dispositivos no chão de fábrica. Convergência organizacional • Relacionamento organizado, definido e funcional entre TI e Manufatura. Convergência cultural • TI e Manufatura entendem as preocupações e prioridades uma da outra; têm boa relação de trabalho e compartilham boas práticas. • A convergência permite que o modelo corporativo seja alterado. Apesar desta variedade de definições, podemos concluir que apenas uma tecnologia emergiu para tornar-se um único padrão aberto: Ethernet. Sendo o protocolo preferido para as redes corporativas, a Ethernet padrão possibilita a conectividade da manufatura e de toda a empresa, sendo que passa a incorporar recursos para aplicações de chão de fábrica; oferece maior visibilidade e comunicação; e tornou-se uma plataforma de rede convergente (controle, dados, voz, vídeo e mobilidade etc.), permitindo simplificação e economia de escala. As redes de controle e automação industrial, muitas vezes, são gerenciadas por pessoal não-TI, que pode conhecer equipamentos e aplicativos de manufatura mas, talvez, não seja um engenheiro de rede. Assim, é importante ter recursos fáceis de usar para produtos industriais e modelos de rede comuns para TI e Manufatura trabalharem. Embora esses sejam desafios consideráveis, a boa notícia é que o uso da rede Ethernet/ IP está diretametente associado ao sucesso da convergência de redes e tecnologia; logo, quando se adotam tecnologias industriais, comerciais e empresariais usando Ethernet/IP e se as combinam, pode-se atender a qualquer aplicação, em toda a fábrica. Integrando novas tecnologias e aplicativos conforme a necessidade da empresa, a Ethernet tornou-se a tecnologia de rede adotada para o chão de fábrica também – como demonstrado pelos mais de 1,3 milhões de nós de Ethernet/IP até 2007. Algumas boas práticas para se atingir uma convergência de rede e tecnologia são: • Padronização de projeto e tecnologia – Ethernet/IP; resultando em implementações mais rápidas, suporte mais eficiente e reduções de custo. • Sempre considere todo o sistema de informação, pois o projeto de rede pode afetar o desempenho do MES etc. • Inclua OEMs no projeto do sistema. • Alinhe o projeto técnico com as necessidades da empresa. • Execute avaliação detalhada da segurança de acesso. O fator de sucesso mais importante, no entanto, é que TI e Manufatura trabalhem juntas para entender os requisitos e as capacidades uma da outra, projetando uma rede que atenda às necessidades da área de automação e se integre com o restante da empresa. DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 19 SOLUÇÕES Protegendo o intangível Software de gestão de ativos pode proteger propriedade intelectual D ê uma olhada no chão de fábrica de qualquer indústria e você verá inúmeros ativos que a empresa considera valiosos o suficiente para cobrir com seguro. Máquinas, ferramentas, pessoas e tudo o mais que se vê em uma fábrica valem a pena ser protegidos. Mas, e o que não se vê? É o que você não sabe que está acontecendo no chão de fábrica que pode afetar sua empresa, e isso faz da gestão de ativos a pedra fundamental da gestão produtiva – e segura – de fábricas. Mas tratar a gestão de ativos apenas como teoria ou desejo bem intencionado simplesmente não vai funcionar. Ela precisa ser administrada com uma solução tangível e real: um software que vai além da simples gestão dos ativos, ajudando na verdade a protegê-los. O Ativo Intelectual Todo fabricante tem um segredo que deseja proteger a sete chaves. Para alguns, este segredo consiste em programas que operam o sistema de controle automatizado. Para outros, pode ser a forma exata com que uma máquina é controlada e administrada. Em alguns casos pode ser uma receita ou formulação de um produto. Para muitos pode ser todos os itens acima. Tomada em conjunto, a propriedade intelectual do fabricante é um grupo de ativos únicos, em sua maioria intangíveis, que o diferencia de seus concorrentes. O que é que permite que sua empresa faça o que faz, melhor do que qualquer concorrente? Tão importante quanto isso é considerar quantas horas e, por conseguinte, quantos reais foram gastos para estabelecer esta vantagem competitiva. É claro que tempo é dinheiro, e centenas Sua propriedade intelectual é um conjunto de ativos únicos e intangíveis que o diferencia de seus concorrentes 20 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 de milhares de horas de trabalho podem ser gastas criando um processo de aplicação ou procedimento que permita aos gerentes operar suas fábricas de modo mais eficiente do que a concorrência. Em muitos casos, este é o investimento mais importante e lucrativo que uma empresa industrial pode fazer. No entanto, este valioso acervo de conhecimento fica muitas vezes sem proteção, em grande parte devido à sua intangibilidade. Os gerentes das fábricas talvez não enxerguem a gravidade da situação, cegos pelo fato de que as coisas sempre foram assim. A perda de uma vantagem – a divulgação inadvertida do conhecimento que antes só a sua empresa tinha – não é vista sequer como uma possibilidade. E, mesmo quando acontece, você não acredita que possa ser com você. Erros de julgamento que custam caro Pode acontecer a você, e pode nem ser de forma intencional. Até os dispositivos eletrônicos mais confiáveis podem ser suscetíveis a ruídos eletrônicos e falha de memória, resultando na perda total de um programa. Muitos fabricantes ainda usam processos manuais no controle de alterações e de cópia de reserva, que consistem em gravar um CD, que é jogado dentro de uma gaveta de arquivo. Mas e se esses CDs se extraviarem? E se houver duas cópias, ambas incorretamente identificadas? O registro manual de alterações em um livro de registro ou arquivo de configuração ainda é muito utilizado, mas falta consistência ao método e, com o tempo, este pode se tornar cada vez menos exato. E se, quando você mais precisar, seu livro de registro simplesmente não tiver a informação na qual você confiou implicitamente? O furto de informações também é preocupante, assim como a apropriação indébita ou uma série de fatores que deixem o ativo intangível – embora valioso – des- protegido. A propriedade intelectual é essencial para o sucesso de uma empresa, e proteger este ativo é imprescindível. É neste ponto que o software de gestão de ativos pode oferecer valor de formas tangíveis aos gerentes. Alguns programas ajudam a diminuir o tempo de parada, melhorando os resultados da empresa, além de gerar benefícios ao proteger ativos inatingíveis, tais como a propriedade intelectual de um fabricante. Isso é obtido com o aumento da segurança, permitindo a recuperação do sistema e fornecendo informação para auditoria. O software de gestão de ativos deve poder proteger a propriedade intelectual em quatro áreas principais: controle de versão, auditoria de mudanças, segurança e recuperação de cópia de reserva. 1. Controle de Versão Tantas horas são gastas em desenvolvimento e correções até chegar na versão final correta, que é difícil acreditar que tantos gestores dêem tão pouca importância para garantir que a versão correta esteja sempre protegida e imediatamente disponível. A versão apropriada é propriedade intelectual em seu estado mais simples. Você gastou tempo (e dinheiro da empresa) aperfeiçoando-a até encontrar a resposta. E esse tempo é um ativo que vale a pena proteger. Um aplicativo para gestão de ativos deve depositar automaticamente as versões em um repositório de controle de códigos-fonte. Depois que um usuário fizer alterações, o software deve arquivar, de forma independente, a versão mais recente, utilizando numeração crescente para cada nova versão, para fins de clareza. O programa deverá salvar também o fluxo O que é que permite que sua empresa faça o que faz melhor do que qualquer concorrente? É a propriedade intlectual – essencial para o sucesso de uma empresa completo das alterações, arquivando tantas versões quanto o disco rígido comportar. Com isso, se tem mais clareza para selecionar uma versão e determinar qual é a versão correta, tornando muito mais difícil ao usuário selecionar a versão errada. 2. Auditoria de Mudanças Quando um gerente estiver prestes a perder alguma coisa tão valiosa quanto propriedade intelectual, muitas perguntas podem surgir, principalmente “Como?” e “Por quê?”. As respostas a estas perguntas são quase sempre muito difíceis de achar. Um software de gestão de ativos, como o FactoryTalk AssetCentre, pode registrar as ações dos usuários e gerar uma trilha de auditoria em tempo real, que identifica usuário, dispositivo, computador, horário e ação realizada. Como resultado disso, cada usuário autorizado passa a ser responsável por cada alteração que fizer, e a possibilidade de localizar a origem de um problema não depende mais do nível de detalhe ou da consistência de registros anotados manualmente. 3. Segurança A redução do acesso não autorizado é um componente-chave da gestão de ativos, no que tange a propriedade intelectual. O software de gestão de ativos adequado controla e registra todas as ações de usários autorizados, ou seja, é possível saber quem fez quais alterações e quando. Você pode também definir quem tem permissão para fazer alterações, antes que estas sejam feitas. 4. Recuperação de Cópia de Reserva Da mesma forma que o controle de versão, a recuperação de dados de có- É comum que o valioso acervo de conhecimento de uma empresa fique sem proteção, em grande parte devido à intangibilidade deste ativo pia de reserva é uma forma essencial de proteção à propriedade intelectual. O software de gestão de ativos deve ter recursos automáticos de “backup” ou “backup e compare”, de forma que seja possível visualizar e analisar todas as alterações feitas em qualquer equipamento no chão de fábrica, por meio da comparação com um arquivo-mestre mantido no sistema. Além disso, o processo de cópia de reserva é automático, de forma que não é necessário se preocupar com o fato de ter-se apenas uma configuração. Este sistema ajuda a garantir que a configuração certa para a hora certa estará sempre lá – e não perdida ou excluída inadvertidamente. valioso. Isso, por sua vez, aumenta a necessidade de ter-se um método confiável e administrável para proteger esses ativos de propriedade intelectual em um ambiente complexo. Com o software de gestão de ativos, os intangíveis têm muito mais chances de ser protegidos. À medida que as indústrias se tornam mais complexas, as informações se tornam um ativo ainda mais valioso Ativos intangíveis, senso financeiro tangível É fácil cair no paradoxo no qual muitos gestores se encontram – lutando para entender o valor econômico da prudência de proteger ativos que não podem ver. Na verdade, é necessária uma grande dose de perspicácia e a capacidade de entender quanto vale a prevenção de problemas. Isso posto, quando estes investimentos estão em perigo, a necessidade de uma melhor gestão de ativos se torna rapidamente evidente. Um bom exemplo é o de um fabricante, o qual absorveu perdas de mais de US$ 100.000 com tempo de parada, depois que uma pessoa não identificada fez uma alteração no temporizador de um sistema automático de lubrificação. O temporizador utilizado para injetar lubrificante a cada 20 minutos foi modificado, em vez disso, para injetar lubrificante a cada oito horas. A empresa rapidamente se deu conta da necessidade de um software de gestão de ativos e implantou o FactoryTalk AssetCentre com estabelecimento de privilégios de usuário, o que ajuda a prevenir alterações não autorizadas. A empresa usa a função de registro de auditoria [audit log] para obter informações detalhadas sobre alterações em cada sistema. À medida que as fábricas vão se tornando mais complexas, o chão de fábrica, todas as pessoas, processos e sistemas se tornam um bem ainda mais DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 21 CASE BRASIL Michelin adota gerenciamento dos sistemas de produção em sua fábrica de pneus de terraplanagem e mineração no Rio de Janeiro A América do Sul é estratégica para o Grupo Michelin, sobretudo por seu potencial de mercado, e a base de coordenação das ações e diretrizes para a região é o Brasil. O Estado do Rio de Janeiro é a base industrial da Michelin no continente e no país. Em novembro de 2007, foi inaugurada, na Unidade Industrial de Campo Grande, na região oeste da cidade do Rio de Janeiro, uma fábrica de pneus gigantes para mineração e terraplanagem. A produção dessa fábrica é voltada à exportação para o mundo inteiro. Em meados de 2008, esta fábrica implementou um projeto pioneiro no Grupo, cujo sucesso habilitaria seu desdobramento em outras fábricas. Os alvos principais deste projeto eram a qualidade e a disponibilização de informações sobre as máquinas da produção, através da adoção do software FactoryTalk AssetCentre, da Rockwell Automation. Esta solução tem como foco o gerenciamento de ativos, e permite, de forma centralizada e segura, o controle de acesso ao sistema, a rastreabilidade das ações do usuário, prover backup e recuperação da configuração de operação, o gerenciamento de arquivos e o monitoramento de dados e a mudança de valores on-line. Toda a automação desta unidade é baseada em controladores Rockwell Automation: cerca de 70% deles da linha Logix (ControlLogix, CompactLogix e 22 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 FlexLogix) e 30% do modelo SLC500. Maximizar a disponibilidade de uma planta para a produção é o desafio de todas as equipes de manutenção. No caso da fábrica da Michelin, a unidade já estava operando há cerca de um ano, quando o projeto foi implementado. Na época, cerca de dez máquinas – de diferentes origens e de grande porte – deveriam começar a produzir simultaneamente. Além dos cerca de 150 controladores Rockwell Automation, havia muitas tecnologias em acionamentos e motores e várias redes industriais: Ethernet, DeviceNet, DH+, ControlNet e RS232/DF1. Por questões de segurança, os computadores dos usuários na Michelin tinham sistema operacional customizado e com inúmeras restrições, o que exigiu especial atenção para a etapa de instalação. No entanto, o FactoryTalk AssetCentre mostrou-se adequado para rodar em ambientes complexos como este. Em relação aos equipamentos de produção, o principal desafio foi “partir as máquinas seguindo as normas da empresa e fazendo os ajustes necessários, sem qualquer perda ou distorção das informações, que deveriam se manter confiáveis e disponíveis o tempo todo”, explica Fábio Lima Rocha, engenheiro da Michelin, responsável por administrar o sistema. Passada a partida do sistema, os desafios de médio prazo consistiam em: • otimizar o tempo disponível para reparos, que era reduzido, devido às metas de produção, • automatizar os procedimentos de backup, liberando mão de obra para outras tarefas e • promover uma mudança cultural nos usuários no que se referia às atualizações e alterações. O FactoryTalk AssetCentre tem permitido à Michelin gerenciar, de forma segura, eficiente e confiável, seus ativos e sistemas automatizados de produção. Usando um banco de dados comercial, a empresa centralizou sua base de dados em um único servidor. Anteriormente, as informações ficavam dispersas e sob diversos sistemas. Com a adoção do FactoryTalk AssetCentre e com um forte trabalho de conscientização dos usuários, isso foi praticamente eliminado. Agora, o usuário acessa a base de dados a partir de um dos 23 computadores (4 desktops e 19 notebooks) ativos na rede; busca no servidor o arquivo de que necessita; realiza, por exemplo, uma alteração de parâmetro e o que foi feito fica salvo automaticamente no servidor. Com a centralização da base de dados, além de ter acesso a partir de qualquer um dos pontos da rede, o usuário sempre trabalhará com a versão mais atualizada dos programas dos controladores. A Michelin poderá, no futuro, fazer telemanutenção, permitindo CASE BRASIL a entrada na rede a partir de desktops ou notebooks remotos. Em termos de segurança, os usuários foram catalogados em 14 grupos, cada qual com diferentes níveis de acessos. Apesar de a unidade estar integrada em rede, cada eletricista, por exemplo, tem acesso somente às máquinas da área em que trabalha e somente a determinadas funções. “Os acessos são hierarquizados e garantem a segurança do sistema”, explica Fabio Rocha. Ele destaca que o recurso de Auditoria permite verificar o status das aplicações – se estão conformes, se houve alterações, quem as fez e quando – e que é possível ao administrador receber notificação de determinados eventos, bem como gerar relatórios. Entre as capacidades adicionais do sistema, a Michelin utiliza apenas o módulo de recuperação, recurso que permite programar frequência e horário de realização do backup automático, o que garante a confiabilidade e dilui o tráfego na rede. Fábio Rocha lembra que, antes da adoção do FactoyTalk AssetCentre, era preciso usar cabos e placas diferentes para cada tipo de rede e o backup era feito individualmente em cada máquina. Hoje, além da praticidade para se conectar e da eliminação das atividades de backup manual, outro resultado imediato foi uma maior atenção nas intervenções, devido à existência de um sistema que registra todas as movimentações nos ativos de automação da empresa. A restrição de acesso garantiu confiabilidade e o novo sistema possibilitou a reversão de mudanças provisórias, bem como a detecção de intervenções irregulares constantes. Com o sucesso do projeto em sua fábrica de pneus para mineração e terraplenagem, a Michelin tem a intenção de expandir o uso do FactoryTalk AssetCentre para monitorar IHMs, fazer diagnóstico automático de redes e adotar o sistema nas demais fábricas do próprio site. “Conseguimos acelerar o comissionamento dos novos equipamentos, melhorar o atendimento da Manutenção, aumentar a disponibilidade da fábrica e garantir o cumprimen- Desafios • Garantir confiabilização e disponibilidade de informações relativas às máquinas de produção Solução • Adoção de software FactoryTalk AssetCentre Resultados • Confiabilidade garantida • Aprimoramento da confidencialidade das informações • Eliminação dos procedimentos manuais de backup, disponibilizando mão de obra • Maior cautela nas intervenções, por parte dos usuários • Maior praticidade no acesso aos controladores • Redução da necessidade de acessórios para acesso às redes de automação to das normas internas, e isso habilita o FactoryTalk AssetCentre para futuros projetos”, conclui Fabio. DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 23 CASE CHILE Solução antes do problema O software Emonitor Enterprise, da Rockwell Automation, e os equipamentos Enpac 2500 permitem que o departamento de Manutenção Preditiva da empresa Collahuasi detecte falhas potenciais nos equipamentos, antecipando-se e aumentando a confiabilidade Trabalho de campo Da esq. p/ a dir., Jorge López, René Solaligue, Claudio Aguilera, José Diaz e Miguel Sánchez “É como ter uma bola de cristal, mas com um importante suporte técnico”, resume Jorge Antonio López Navarrete, engenheiro analista da Collahuasi – empresa cujo principal negócio é a transformação eficiente dos recursos minerais em produtos finais, entre os quais se destacam o concentrado de cobre, cátodos de cobre e concentrado de molibdênio. A Compañía Minera Doña Inés de Collahuasi SCM está a 4.400 metros acima do nível do mar, na zona de planalto da Primeira Região de Tarapacá, extremo norte do Chile. As reservas estão nesta Primeira Região, a 185 quilômetros a sudoeste da cidade de Iquique. Por sua vez, a usina de filtragem e as instalações portuárias, desde o local de embarque do concentrado de cobre, estão em Punta Pa- “Escolhemos a solução de Emonitor Enterprise porque o software é mais amigável e flexível do que o usado anteriormente e pareceu uma potente ferramenta” (Antonio López Navarrete, engenheiro analista da Collahuasi) 24 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 tache, a 60 quilômetros ao sul de Iquique. As condições de trabalho são extremas. Contar com um sistema que permita prever falhas e antecipar-se a elas permite economizar dinheiro e, ao mesmo tempo, melhorar a segurança dos trabalhadores – uma das prioridades da empresa. No ano passado, diante da necessidade de uma atualização tecnológica dos equipamentos, a empresa decidiu avaliar as soluções da Rockwell Automation. O sistema utilizado precisava de um upgrade e, diante deste panorama, decidiram incorporar tecnologia de classe mundial. A Rockwell Automation atendia todos os requisitos, graças ao sistema Emonitor Enterprise, à experiência e ao suporte técnico. “O que nos chamou a atenção foi que seu software é mais amigável e flexível do que o usado anteriormente, e pareceu uma potente ferramenta”, afirma López Navarrete. “Assim, apesar de não termos nenhum produto Rockwell Automation, o suporte e a assistência técnica, o serviço e o atendimento ao cliente foram fatores determinantes em relação à concorrência”, acrescenta. A implantação do sistema Emonitor Enterprise está alinhada com a estratégia de visão de manutenção impulsionada pela gerência de serviços operacionais da Collahuasi, e visa aumentar a confiabilidade dos equipamentos da companhia. Desde o ano passado, na empresa, a formação de uma equipe com pessoal altamente qualificado em análise de vibrações, termografia, testes não destrutivos e tribologia, bem como a incorporação de tecnologia de ponta em cada uma das especialidades, foram a chave para oferecer um serviço de excelência aos clientes da mina e das diferentes usinas. Além da atualização tecnológica, outro objetivo desta implantação era a diminuição de tempos de aquisição de dados em campo sem diminuir sua qualidade. A estratégia para implementação considerou diferentes etapas. A primeira foi a aquisição do programa Emonitor Enterprise e a instalação num servidor dedicado, o qual foi instalado numa sala especial de servidores, bem protegida e num ambiente controlado, para que o funcionamento fosse o melhor. Em um segundo momento, foram incorporados quatro coletores Enpac 2500, com os quais é realizada a aquisição de dados em campo. Finalmente, foi feita uma definição estratégica dos lugares por onde começar a implantação, e foram definidas as áreas de acordo com as prioridades: Rosario, Patache, a usina de sulfuros, a usina de lixiviação e de águas. Um total de 500 equipamentos é controlado – o que significa monitorar aproximadamente 1.500 componentes que darão informações transversais a toda a usina de Collahuasi. “O especialista técnico sai a campo com sua equipe com certa frequência e vai analisando cada um desses equipamentos. Quando termina o percurso, descarrega os dados coletados na estação de trabalho e analisa-os para fazer o diagnóstico da condição”, especifica López Navarrete. CASE CHILE A vantagem desta solução é permitir adiantar-se à ocorrência das falhas, acompanhar a evolução e preparar-se de modo planejado, tanto para conseguir as peças de reposição, quanto para programar as mudanças necessárias. Assim, a confia- bilidade dos equipamentos é garantida, e é possível fazer um planejamento mais adequado do estoque de reposição e tê-los sempre à mão para evitar armazenamento desnecessário. Dessa forma, ao diminuir os imprevistos e aumen- tar a confiabilidade dos equipamentos, estima-se uma importante economia de recursos devido à redução do custo de manutenção. Com esta tecnologia, o departamento, que se consolidou com força há um ano e incorporou uma equipe de supervisores, engenheiros e especialistas com vasta experiência, conta com ferramentas para se antecipar às falhas. “Antes, existia, mas tinha menor força, havia certos controles que não estavam em todos os equipamentos e eram menos sistemáticos”, comenta López Navarrete. É como conhecer o futuro, sem precisar de uma bola de cristal. “O suporte e a assistência técnica, o serviço e o atendimento ao cliente da Rockwell Automation foram fatores determinantes em relação à concorrência” (López Navarrete) Comece o ano ganhando A cada duas inscrições no mesmo curso, sua empresa ganha uma terceira vaga Somente em janeiro e fevereiro de 2010 Consulte os cursos incluídos nesta promoção, ligando para (11) 5189.9574 ou para o Distribuidor Rockwell Automation mais próximo. Se preferir, mande um e-mail para [email protected] DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 25 SERVIÇOS Treinamentos de janeiro a maio de 2010 Para obter mais informações e fazer inscrições, entre em contato com o distribuidor autorizado, a filial mais próxima de sua região ou a Central de Reservas Serviços de treinamento e desempenho – CENTRAL DE RESERVAS – Tel.: (11) 5189.9574 • e-mail: [email protected] 26 AUTOMATION TODAY | DEZEMBRO 2009 CONTATOS Acre, Amapá, Maranhão, Pará, Rondônia e Roraima – JAV AUTOMAÇÃO www.jav.com.br São Luiz - MA – Fone/Fax: (98) 3313-8700 Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe – TECNAUT COMÉRCIO DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO – www.tecnaut.com.br Salvador - BA – Fone: (71) 2105-9500 – Fax: (71) 2105-9536 Amazonas – JAV AUTOMAÇÃO – www.jav.com.br Manaus - AM – Fone/Fax: (92) 3237-6406 Espírito Santo – MACROTEC AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.macrotec.ind.br Vitória - ES – Fone/Fax: (27) 3317-6965 Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso – SUPPORT–COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS E AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.supportautomacao.com.br Goiânia - GO – Fone: (62) 4006-7400 – Fax: (62) 4006-7401 Minas Gerais (exceto Sul do Estado) – MACROTEC AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.macrotec.ind.br Belo Horizonte - MG – Fone: (31) 3379-3400 – Fax: (31) 3379-3401 Uberlândia - MG – Fone/Fax: (34) 3237-6000 Ipatinga - MG – Fone/Fax: (31) 3823-9399 Paraná – ELETRONOR DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS ELÉTRICOS SULINA www.eletronor.com.br Curitiba - PR – Fone/Fax: (41) 3217-1900 Rio de Janeiro – LADDER AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.ladder.com.br Rio de Janeiro - RJ – Fone/Fax: (21) 3579-0300 Escritórios de vendas Rockwell Automation Rio Grande do Sul – ELETRONOR DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS ELÉTRICOS SULINA – www.eletronor.com.br Porto Alegre - RS – Fone/Fax: (51) 3314-8000 Caxias do Sul - RS – Fone/Fax: (54) 3220-3800 Santa Catarina – JAV AUTOMAÇÃO – www.jav.com.br Joinville - SC – Fone: (47) 2101-8000 – Fax: (47) 2101-8001 Chapecó - SC – Fone/Fax: (49) 3321-7600 Criciúma - SC – Fone/Fax: (48) 3439-0948 • São Paulo (SP) - Rua Verbo Divino, 1488, 1º andar CEP 04719-904 - Tel.: (11) 5189-9500 (Customer Service) • Belo Horizonte - Tel.: (31) 3227-4099 São Paulo (Interior, exceto Vale do Paraíba, região de Sorocaba e Baixada Santista), Sul de Minas • Campinas (SP) - Tel.: (19) 3255-6162 Gerais e Mato Grosso do Sul – INTERENG AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.intereng.com.br • Curitiba (PR) - Tels.: (41) 3233-6623/(51) 3398-5480 Jaboticabal - SP – Fone: (16) 3209-1700 – Fax: (16) 3209-1701 • Rio de Janeiro (RJ) - Tel.: (21) 3084-1044 Bauru - SP – Fone: (14) 3104-7700 – Fax (14) 3104-7701 • Salvador (BA) - Tel.: (71) 3341-0888 Americana - SP – Fone: (19) 3471-6600 – Fax: (19) 3471-6601 São Paulo (região metropolitana), Baixada Santista, Cajamar, Caieiras, Franco da Rocha, Santana do Parnaíba, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira e região de Sorocaba LADDER AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – www.ladder.com.br São Caetano do Sul - SP – Fone/Fax: (11) 4224-0300 São José dos Campos - SP – Fone: (12) 3935-3000 – Fax: (12) 3934-1867 Sorocaba - SP – Escritório central para a América Latina – Tel.: 1-954-306-7900 Fone/Fax: (15) 3224-2410 Argentina – Tel.: 54-11-5554-4000 – www.rockwellautomation.com.ar Caribe – Tel.: 1-787-300-6200 – www.rockwellautomation.com.pr Chile – Tel.: 56-2-290-0700 – www.rockwellautomation.com.cl Colômbia – Tel.: 57-1-649-9600 – www.rockwellautomation.com.co Costa Rica – Tel.: 506-2201-1500 – www.rockwellautomation.com México – Tel.: 52-55-5246-2000 – www.rockwellautomation.com.mx Telefone útil Peru – Tel.: 51-1-441-5900 – www.rockwellautomation.com.pe (11) 5189-9500 - Centro de Serviços ao Cliente Venezuela – Tel.: 58-212-949-0611 – www.rockwellautomation.com.ve Escritórios Rockwell Automation na América Latina www.rockwellautomation.com.br DEZEMBRO 2009 | AUTOMATION TODAY 27