Distintos Membros dos Órgãos de Soberania Sua
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Distintos Membros dos Órgãos de Soberania Sua
Distintos Membros dos Órgãos de Soberania Sua Excelência, Senhor Ministro da Economia e Cooperação Internacional, Suas Excelências Senhores Ministros, Excelências, Senhores Embaixadores e Chefes de Missão Ilustres Representantes das Centrais Sindicais Distintos Operadores Económicos Distintos Diretores das Instituições Públicas e para Públicas; Senhoras e Senhores Distintos Convidados e Convidadas Antes de mais os meus agradecimentos por esta magnífica oportunidade. Gostaria de agradecer ao Governo, particularmente o Ministério da Economia e Cooperação Internacional, pela organização e liderança deste processo, e a Direção de Planeamento por tão generosamente nos receberem hoje. Tenho o prazer de fazer-me por todos os chefes das agências das Nações Unidas, programas e fundos. É sempre um prazer estar em São Tomé e Príncipe e especialmente, estar cá quando começam um novo capítulo da vossa história de desenvolvimento. A nossa história remonta aos seus primórdios, ou seja, desde 1976. A parceria de São Tomé e Príncipe com as Nações Unidas começou logo após o hastear da bandeira de São Tome e Príncipe independente. Apenas alguns meses após a vossa independência há 40 anos. No continente, São Tomé e Príncipe é um membro ativo da União Africana. Por exemplo, em 17 de Dezembro de 2000, São Tomé e Príncipe assinou o Ato Constitutivo da União Africana e comprometeu-se a ratificar o documento antes da realização da cimeira especial da OUA, em Sirte - Líbia em Março de 2001. Consequentemente, o estabelecimento oficial da UA equivalente a União Europeia, foi homologado de Março a Julho de 2001, por dois terços dos Estados membros, incluindo São Tomé e Príncipe. Por outro lado, em 1983, São Tomé e Príncipe participou da declaração da CEEAC e é um membro fundador da CPLP. Pela primeira vez em sua história, São Tomé e Príncipe se juntou ao continente Africano para descrever a sua luta contra uma doença mortal, a Malária, e acumulou dois prêmios Continentais. Continuam caminhando para uma nova etapa na luta contra esta doença. É importante assinalar que, São Tomé e Príncipe também foi agraciado com um prêmio internacional na luta contra a desnutrição. No entanto, devemos estar vigilantes. Porém, eu sei que vocês se associam a mim, para aplaudirmos este testemunho do poder de uma parceria global e da liderança concertada. Excelência, Senhor Presidente da Assembleia Nacional; Excelências Senhores Ministros Minhas Senhoras e meus Senhores São Tomé e Príncipe tem conhecido um forte crescimento do seu mosaico cultural e artístico. Há mais e mais jovens que, seguindo os passos da saudosa Alda do Espírito Santo no “Mataram o Rio da Minha Cidade”, do Jerónimo Salvaterra no “Buta Cloçon bá longe” da Maria Manuela Margarido no “SOCOPÉ”, falam de amor, dor e alegria da vida do povo de São Tomé, em poemas e prosa. Permitam-me citar alguns deles e seus respectivos trabalhos. LAGRIMAS SEM FIM DE ADILSON DOS RAMOS PINTO. A GLORIOSA RAÍZ DO MICONDÓ DE CONCEIÇÃO LIMA. MARESIA TROPICAL DE MANUEL TELES NETO Nós ouvimo-los em Ússua, Socopé e DEXA, ritmos do “Afro beat”, ao aclamado Pepe Lima, aos irmãos Calema e Kalu Mendes! E, nos dias bons, nós animá-nos nos triunfos desportivos do Futebol Clube do Riboque e do Clube da Praia Cruz, durante os jogos da liga Nacional dos Campeões! Também sou testemunha do grande esforço de afirmação do Governo e do Povo da Ilha do Príncipe. Uma ilha livre de sacos plásticos, fruto do esforço dos parceiros de desenvolvimento em a apoiar o Governo regional na preservação do ecossistema da ilha. Isso só dá brilho ao crédito que a ilha recebeu quando foi declarada Reserva Mundial da Biosfera. Essas contribuições são impressionantes, mas, eu sei que desafios maiores continuam à frente. Na verdade, o País tem feito um esforço enorme para alcançar três dos oito ODM, nomeadamente: (i) A educação universal com uma boa evolução de 98% em 2013, (ii) A mortalidade infantil com 38 por 1000 nascidos vivos e (iii) a redução da Mortalidade materna. Porém, os restantes objetivos estão a apresentar uma boa tendência e poderão ser transportados para a nova agenda de desenvolvimento, a fim de serem alcançados até 2030. Minha esperança recomeça com o sucesso das recentes eleições legislativas e autárquicas. Os e As Santomenses têm mostrado o caminho para um processo democrático pacífico. Agora eu espero que vocês se engajem no que o Primeiro-Ministro Dr. Patrice Trovoada chamou a Agenda para a Mudança – pois é também uma agenda de desafios. Hoje, eu quero falar sobre os desafios interligados de desenvolvimento, paz e dos direitos humanos em São Tomé e Príncipe. O Grande potencial de São Tomé e Príncipe carrega uma grande responsabilidade. Então, hoje eu estou pedindo a vocês que se juntem a mim na chamada à ação. O mundo precisa de vocês. As Nações Unidas precisam de vocês. Deixem-me começar com o desafio de desenvolvimento. Nós, também, temos uma nova agenda de mudança na arena global. Ela é a chamada Agenda 2030 para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que se constrói sobre o sucesso notável dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Ela é a agenda de um povo – formulada por alguns dos melhores servidores públicos da África - começando pela Conselheira Especial do Secretário-geral das Nações Unidas, a Dra Amina Mohammed da Nigéria. Em outras palavras, esta agenda está transformando o mundo. Esta Agenda é um plano de ação para o povo, para o planeta e para a prosperidade. Ela também, busca fortalecer a paz universal com maior liberdade. Nós reconhecemos que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável. A agenda levou anos de trabalho duro - envolveu 193 países – milhares de pessoas da sociedade civil e do sector privado - e procurou saber a opinião de milhões de jovens - incluindo 180 Santomenses. De todo este processo surgiram 17 metas globais - e três mensagens claras. Primeiro, vamos acabar com a pobreza mundial até 2030. Segundo, vamos construir uma vida digna para todos. Terceiro, não vamos deixar ninguém para trás. Sabemos que, soluções rápidas não vão resolver os nossos problemas. Precisamos combater as causas. Para atingir os nossos objetivos globais, temos que estar centrados nas pessoas e ser amigos do planeta. • Centrados nas Pessoas significa a erradicação da pobreza, escolas seguras, bons cuidados de saúde e empregos dignos. Na verdade, estamos determinados a acabar com a pobreza e a fome, em todas as suas formas e dimensões, e para garantir que todos os seres humanos possam realizar o seu potencial em dignidade e igualdade e num ambiente saudável. E isso deve significar o empoderamento das mulheres e das meninas. Amigos do Planeta significa tomar em consideração a ameaça das mudanças climáticas e viver harmoniosamente com a natureza. Estamos determinados a proteger o planeta da degradação, incluindo consumo e produção sustentáveis, gestão sustentável dos recursos naturais e tomando medidas urgentes sobre as mudanças climáticas, a fim de que o planeta possa suportar as necessidades das gerações presentes e futuras. Nesta sala, temos distintos líderes religiosos e guardiões da cultura de São Tomé e Príncipe. Vocês sabem que as mudanças climáticas não são apenas uma preocupação económica e política. É uma questão moral. Eu, aqui com toda a humildade congratulo-me com o Papa Francisco na sua recente encíclica, bem como os líderes muçulmanos pela emissão de uma declaração sobre a ação climática. Na minha curta vida profissional à volta do mundo, tenho visto como inundações, secas, aumento do nível do mar, tempestades cada vez mais graves estão a causar graves danos. E São Tomé e Príncipe tem recentemente vivido isto com muita dor. Eu nunca irei esquecer, testemunhando, o que pouco resta do outrora poderoso Lago Chade, ou o efeito do corte de madeira no meu país Moçambique. Na recente visita ao meu país, eu vi os danos causados pela exploração negligente dos preciosos ecossistemas, e o desespero das comunidades locais que não usufruem dos benefícios dos recursos naturais. O desenvolvimento sustentável é como colocar a economia, o social e o ambiente num nível igual. Não é uma agenda em vez da outra. Não é uma agenda à frente da outra. É uma agenda integrada. Temos um quadro de financiamento que foi aprovado no mês passado em Addis Abeba. Temos as novas metas de transformação que serão adotadas pelos líderes mundiais em menos de 20 dias em Nova Iorque. Em Dezembro, em Paris, os governos do mundo se comprometeram em aprovar um acordo universal, justo, e um acordo significativo sobre as mudanças climáticas. Mas essa agenda não será realizada em Nova Iorque ou Paris. Ela irá acontecer nas comunidades e toda a gente irá tomar parte. Permitam-me citar um dos meus provérbios africanos favoritos - "Belas palavras não produzem comida." A retórica tem o seu lugar - mas o meu foco é a implementação - a ação prática. Excelência, Senhor Presidente da Assembleia Nacional; Excelências Senhores Ministros; Minhas Senhoras e meus Senhores Peço-vos hoje: Galvanizem parcerias. Mobilizem recursos. Envolvam-se em novas formas de trabalho com os governos locais e regional que estão a servir os mais vulneráveis. Invistam, transformando os objetivos em realidade, na vida das pessoas. Gostaria de chamar a atenção para o fato de que nós somos a primeira geração que pode acabar com a pobreza, e a última geração que pode evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Estes não são apenas bons valores - é crucial para a paz e a estabilidade. Pode haver menos guerras entre países hoje - mas há mais insegurança. Aqui em São Tomé e Príncipe, somos privilegiados, no entanto, vocês têm visto os deficits de desenvolvimento - marginalização económica, falta de oportunidades e estresse do clima - têm grandemente agravado os desafios da prosperidade. Nenhum país pode enfrentar este desafio por conta própria. Congratulo-me com São Tomé e Príncipe que não só aumentou a cooperação com os países da região como também, com os de longe como a Estónia. Sabemos que esta batalha não será vencida apenas pela cooperação, mas com uma boa governação pró-ativa. Isso levame à importância fundamental do último desafio interligado -assegurar que todas as nossas ações repousem sobre uma base sólida de direitos humanos e instituições honestas. As recentes eleições ajudaram a demonstrar uma forte convicção de proteger os mais explícitos direitos políticos. Eu acredito que o momento é propício para São Tomé e Príncipe ir muito mais longe ao garantir o respeito por todos os direitos políticos e civis, também através de outras forças de segurança e da polícia. O novo governo tem vindo a assumir muitos desses desafios. E eu gostaria de recomendar a determinação de defender as reformas administrativas e judiciais necessárias com uma abordagem centrada nos direitos humanos. Finalmente, permitam-me expressar o meu forte apoio para a luta contra uma doença, que tem implicações sobre todos os desafios que mencionei hoje - que é o câncer da corrupção. A corrupção drena o tesouro de recursos - e drena a confiança das pessoas no governo. Recuperar dinheiro roubado não é fácil, mas recuperar a confiança pode ser ainda mais difícil. A maneira mais eficaz para erradicar esta doença é um processo transparente, justo e independente para combater a corrupção de uma forma abrangente. Com a comemoração do septuagésimo aniversário das Nações Unidas eu estou a olhar para São Tomé e Príncipe como um parceiro-chave e líder na cena internacional. Ao olharmos para o futuro, precisamos da liderança de São Tomé e Príncipe em muitas questões - desde as grandes políticas públicas de saúde para mulheres e raparigas. ... ao desenvolvimento centrado das pessoas ... à paz e a segurança na região e internacionalmente. As Nações Unidas estão convosco. Juntos vamos garantir o sucesso para este novo começo de São Tomé e Príncipe e um futuro melhor para o nosso mundo. Muito obrigado pela vossa atenção
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