M15A1 - MÓDULO 15 - AULA 1 REVISÃO
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M15A1 - MÓDULO 15 - AULA 1 REVISÃO
Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 M15A1 - MÓDULO 15 - AULA 1 REVISÃO - CICRAD Malthus Oliveira de Queiroz; Plínio Santos-Filho; Carla Andrade Reis; Demilson Malta Vigiano Andréa Mota Silveira; Pedro Campelo Cavalcanti; Antônio dos Santos Filho; Euma Décia Leônidas Laboratório Escola CERPO Papel - Agência de Estudos e Restauro do Patrimônio - AERPA Introdução Prezado aluno, você chegou à última aula do curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais – CICRAD, a aula de revisão. Nesta aula, você entrará, de forma resumida, todos os assuntos abordados neste curso. Revisão do Conteúdo do Curso Neste curso estudamos sobre o Patrimônio que: - O Patrimônio é o conjunto de bens históricos e culturais (materiais ou imateriais) e naturais que tenham valor reconhecido para um determinado local. - O patrimônio é de direito público da comunidade no qual está inserido. O objeto pode ser de propriedade particular, mas o seu caráter histórico e/ou artístico, a sua composição imaterial, é de propriedade de todos. - Bem cultural é cada item que constitui o patrimônio histórico e cultural de determinada comunidade. - Bem material são os objetos de valor cultural, compreendo bens móveis e imóveis. - O patrimônio imaterial pode ser definido como as "práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. - Tombamento – inscrição de um bem em um dos livros de tombo do Instituto Histórico e Artístico Nacional ou em instituição de mesma finalidade estadual ou municipal. - Tombamento é o processo pelo qual um bem é inscrito no Livro de Tombo. Esse processo é um reconhecimento pelo Governo de que esse bem é parte significativa da identidade cultural de um lugar. - O Estado define se o bem será tombado e protegido. - Principais leis de tombamento – Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937; Lei nº 3.924, de 26 de julho de 1961; Decreto 3. 551, de 4 de agosto de 2000. - Etapas do tombamento: Pedido de abertura de processo; Avaliação técnica do bem a ser tombado; Comunicação do tombamento; Inscrição no Livro de Tombo. - Os livros de tombo são as ferramentas jurídicas definitivas de tombamento de um imóvel. - Livros de Tombo: Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; Livro do Tombo Histórico; Livro do Tombo das Belas Artes; Livro do Tombo das Artes Aplicadas. Livros de Tombo Patrimônio Imaterial - Livro de Registro de Saberes; Livro de Registro das Celebrações; Livro de Registro de Formas de Expressão; Livro de Registro dos Lugares. - O patrimônio é um importante elemento da memória de um grupo social. É importante atentar que sua própria definição envolve as instituições sociedade e memória, na medida em que o patrimônio constitui um bem ou um conjunto de bens de reconhecida importância histórica ou cultural para determinada comunidade. - De forma geral, podemos definir a memória humana como a capacidade de armazenar fatos e experiências para retransmiti-los a outras pessoas. Essa transmissão pode se dar através de diferentes formas: escrita, audiovisual, pictográfica, etc. “A informação [científica] é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma escrita (impressa ou numérica), oral ou audiovisual. A informação comporta um elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem (...).” - As Cartas Patrimoniais, como instrumento teórico, não têm a função de legislar sobre o Patrimônio, mas fornecer embasamento filosófico para que os órgãos competentes possam legislar. Sobre o foco do nosso curso, o Papel, vimos que: - Todo papel é composto basicamente de celulose. A celulose é uma substância que existe nos vegetais. - Pasta de celulose: Constituintes majoritários: lignina, celulose e hemiceluloses; Constituintes minoritários: substâncias minerais, protéicas, ácidos gordos, ácidos resínicos. - Processos de obtençao da pasta de celulose: processo mecânico; Processo termomecânico; Processo semiquímico; Processo Kraft ou Sulfato; Processo Sulfito (substituído pelo Processo Sulfato). - Processo básico de fabricação da celulose: Picagem de material; Digesto; Cozimento; Depuração e desfibragem; Branqueamento; Depuração adicional; Secagem. - Aditivos na produção do papel: Cargas; Agentes de colagem; Amido; Corantes e pigmentos. - A folha de papel tem características diferentes, conforme vimos, dependendo da finalidade para a qual foi fabricada. - Os materiais têxteis e o papel são compostos de C6H12O6 (celulose) e sujeitos aos mesmos tipos de degradação. Como material orgânico, são particularmente ameaçados pelos ataques biológicos e pela 1 Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 umidade. Higroscópicos, ou seja, absorvem a umidade do ar, são sujeitos a variação dimensional de acordo com mudanças de temperatura/umidade; o processo de contração e dilatação constante promove fissuras tanto nas macroestruturas quanto nas microestruturas. Especialmente fotossensíveis, são altamente degradáveis pela ação da luz, principalmente se compostos pigmentados orgânicos ou inorgânicos – em forma de policromia, pátina ou aguadas – estiverem em sua superfície. Os poluentes mais ativos são o dióxido de enxofre (SO2) e o anidrido sulfúrico (SO3) e gases sulfurosos produzidos pela combustão do petróleo – característico dos grandes centros urbanos e locais de trânsito intenso. Assim, pode-se minimizar a ação dos poluentes em objetos e documentos evitando-se que eles sejam guardados em salas próximas ao trânsito de automóveis. Janelas, portas e outras ligações com o exterior devem ser fechadas ou protegidas por filtros (cortinas, telas etc.). Propriedades físicas do Papel - Pouca resistência à luz natural ou artificial. - Dilatação. - A poluição interna também é grande fator de degradação de acervos. São exemplos de poluição interna a fumaça de cigarros, charutos ou cachimbos, produtor de fuligem e outros poluentes que agridem diretamente os materiais, deixando resquícios degradantes. Propriedades químicas do Papel - Os papéis são formados por moléculas poliméricas, com células ligadas entre si quimicamente. - São estáveis, tornando degradáveis quando expostos a alcalinidade ou acidez. A resistência depende de: - Tipo de fibra – cada fibra tem uma resistência própria. - A tendência à acidez é proporcional à presença de lignina na sua composição. - Grau de refinamento dessa fibra – quanto mais refinada a fibra, mais resistente será o papel. - O papel se altera quando em contato com a água, sendo esta a principal causa de degradação dos acervos. - Gramatura – abordada a seguir, a gramatura é o peso em gramas de um metro quadrado de papel. Quanto maior a gramatura, maior a resistência. Evitando a deterioração do papel - Regular exposição do papel à luz, controlando também a intensidade da luz que incidirá sobre o papel. - Prensa – quando o papel é prensado, sua resistência aumenta, devido à maior junção da fibra. - Suportes para transporte de papel devem ser rígidos, para não dobrar e causar fissuras nas folhas e oferecerem resistência à pressões externas (pancadas, quedas, etc.). - Evitar o calor e a umidade nos ambientes de guarda de acervo, pois estes constituem contexto favorável para proliferação de agentes biológicos degradantes. Umidade acima de 70% acelera a degradação química e o desenvolvimento de microorganismos; umidade baixa (inferior a 30%) resseca os suportes e os torna quebradiços. Flutuações de temperatura e umidade provocam ruptura da estrutura devido ao esforço físico ocasionado pela dilatação e contração constantes. Aconselha-se temperatura entre 20 oC e 25 oC. - Danos causados pela poluição são cada vez mais evidentes. O CO2 e o SO2, liberados pela indústria e pelos carros, associados à umidade do ar, provocam a formação de compostos ácidos. - Impurezas sólidas e gasosas presentes no ar também prejudicam os compostos de celulose: o pó, a terra, a fuligem, o pólen e outros corpos podem aderir às superfícies dos materiais, provocando reações químicas e concentrando os gases e a umidade do ambiente. - Cola – o uso da cola torna o papel mais resistência à água, principalmente. Como calcular a gramatura de uma folha de Papel Primeiro, medimos seu tamanho; depois, pesamos a folha; por fim, colocamos na razão. Para calcularmos a quantidade de pasta necessária para fazer um papel de determinada gramatura, procedemos da seguinte forma: primeiro, calculamos a área de uma folha pretendida (se quisermos uma folha de 20 cm x 30 cm, a superfície de uma folha é de 600 cm2). A seguir, calculamos a superfície total multiplicando a superfície de uma folha pelo total de folhas pretendidas (se quisermos 50 folhas, multiplicamos 600 x 50). A seguir, dividimos por 10.000 cm2 (1 metro quadrado na unidade de centímetros quadrados) de papel, para saber quantos metros quadrados de papel há nas 50 folhas. Nas contas desse exemplo, temos 3 metros quadrados de superfície total. Calculamos finalmente o peso multiplicando a superfície total pela gramatura do papel (no caso, 200 g). O resultado é 600 gramas. O peso da pasta é equivalente ao peso do papel final (1 kg de pasta = 1 kg de papel). 2 Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD Potencial Hidrogeniônico - pH O termo pH — Potencial Hidrogeniônico — é usado universalmente para expressar o grau de acidez e basicidade de uma solução, ou seja, é o modo de expressar a concentração de íons de hidrogênio. O pH serve pra indicar se uma substância é ácida, neutra ou alcalina. Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 nos dois lados; e boa formação da folha, conferindo às publicações um manuseio melhor. O papel-bíblia possui baixa gramatura, por isso utiliza menos matéria-prima. Assim, seu custo é reduzido, o que o torna adequado para publicações com grande número de páginas. Papel bouffant - tipo de papel de impressão, usado na confecção de livros e para serviços tipográficos. Tabela de pH Ácido Neutro Alcalino (básico) 0a7 7 7 a 14 O Papel - Papel é um suporte para a escrita. Antes dele se tornar o principal suporte, foram usados parede, mármore, bronze, argila, papiro e pergaminho. - Até fins do século XVIII, a produção de papel era artesanal. Em 1798, surge a primeira máquina de fazer papel, período histórico em que houve a transição para a Idade Moderna e as monarquias deram lugar aos regimes democráticos. O processo de produção do papel passou da manufatura para a fabricação, ou seja, deixou de ser manual, artesanal, para ser produzido em escala. Nesse processo, registram-se três etapas básicas: a) fontes de celulose - A principal fonte de celulose da fabricação moderna é a madeira, variando em qualidade dependendo da espécie. b) transformação de celulose em pasta de papel - A transformação da celulose em pasta de papel apresenta dois tratamentos básicos: um para obtenção de celulose pura (eliminação de todos os outros componentes da madeira) e outro para a pasta mecânica, no qual tudo é aproveitado. O segundo tipo de tratamento resulta em um papel mais grosseiro e barato. c) transformação da pasta de papel em papel Nessa etapa, a pasta é mergulhada na água, sendo retirada as folhas através de uma grade mergulhada no recipiente. Nessa fase, acrescenta-se a quantidade de cola necessária para a impermeabilização do papel. Alguns tipos de papel Papel de imprensa - usado para designar papéis para impressão de jornais e revistas. Existem diferenças no uso dos diversos tipos de papel de imprensa. Eles são considerados, para efeito de estatísticas, como um só. Papel-bíblia (papel da Índia) - um tipo de papel de imprensa, usado principalmente para confeccionar livros, dicionários, bulas para as indústrias farmacêuticas e de cosméticos, revistas e periódicos. Possui alta opacidade, o que lhe permite ser impresso Papel couché - muito usado na impressão de livros e na indústria gráfica geral. Sua composição é papelbase que recebeu camadas adicionais e cargas, para se tornar mais liso, uniforme. Pode ser brilhoso ou fosco. Papel-jornal - papel de baixíssimo custo, usado para publicação de jornais e periódicos. Feito com sobras de madeira usada na fabricação de móveis e com mistura de madeira e fibras recicladas, esse papel apresenta baixa qualidade e custo reduzido. Papel Offset - papel para impressão offset, fabricado com pasta química branqueada. Possui grande resistência a tração e a umidade e possui superfície lisa. Papel-pergaminho - papel de fibras puras, imita o pergaminho animal, só que é feito de fibras vegetais. Muito usado em luminárias e abajures e também na produção de embalagens para proteção de substâncias gordurosas e alimentos, por causa da sua baixa permeabilidade. Possui alta resistência à tração e à temperatura. De pH Neutro, possui grande versatilidade, podendo ser usado para confecção de certificados e diplomas, cartões de visita, menus, calendários, catálogos, edições de prestígio, etiquetas de moda, jóias e perfumaria, embalagens de luxo e produtos de artesanato e decoração. Papel da China - fabricado com casca do bambu, tem cor parda ou amarelada. É fino e esponjoso e, ao mesmo tempo, macio e brilhante, tal um tecido de seda. Esse papel é muito inconsistente e sua reputação provém não da beleza, mas da boa qualidade que oferece para a tinta de impressão, o que torna bastante concorrido no trabalho com gravuras artísticas. Papel japonês - papel branco ou suavemente amarelado, sedoso, acetinado, espesso e transparente. Fabricado com a casca de arbustos da flora japonesa, que oferece fibras macias, flexíveis, compridas e resistentes, o papel japonês absorve muito bem as tintas, sendo adequado para trabalhos com gravuras e xilogravuras, pois deixa sobressair os tons das imagens com bastante qualidade. Seu manuseio deve evitar fricção, raspagem e limpeza. Papel italiano - especial para uso em desenho e trabalhos artísticos, o papel italiano possui grande 3 Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD gama de gramaturas. A próxima a 260 gramas é muito apreciada para trabalhos artísticos desde a renascença. Na renascença eram comuns as variedades de fibras esbranquiçadas e papeis com tons azulados, provenientes de restos de trapos e tecidos das roupas de marinheiros, daí o nome "papel de trapo". Na Itália destacasse o papel da fábrica Fabriano, uma das pioneiras da fabricação do papel na Europa desde o século XII (1282, Ancona, Itália). A Fabriano é especialista em papéis com qualidades arquivísticas, pH neutro e de trapo de puro algodão. Papel francês Arches - o papel Arches é bastante tradicional, tendo mais de 500 anos de história. O papel é 100% de algodão e foi o preferido de grandes artistas da história da arte, como Monet, Picasso e outros. Possui brancura natural (sem branqueador óptico), proteção contra fungos e bactérias e pH neutro, o que ajuda a conservar a obra por mais tempo. Papel Strathmore - papéis puros ou reciclados, apresentam marcas d'água e superfície lisa, bastante indicado para impressão artística, fotos ou ilustrações. Sua gramatura varia entre 200g e 500g. Papel Canson - no Brasil são muito populares os papéis da fabricante Canson, que são encontrados em diversas gramaturas e colorações, para as mais diversas aplicações. O papel artesanal A técnica de fabricação do papel artesanal é a mesma da do inventor Ts’ai Lun. No caso do papel artesanal, pode utilizar dois processos: Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 Partes de um livro Entalhe: Corte feito nas partes superior e interior dos cartões, visando uma melhor abertura das pastas nos livros de pele. Também adorna o livro. Lombada: É a parte que reveste os festos (dobra da folha de papel) dos cadernos e onde costuma estar gravado o título. Nervos: São adornos que sobressaem da lombada formando umas proeminências. O espaço delimitado pelos nervos chama-se entrenervos ou casa. Cantos: São os ângulos das pastas oposto à lombada quando revestidos de tela, pele ou outro material. Encadernação em meia pele com cantos: Neste tipo de encadernação, as pastas costumam ser de papel ou tela. Requife ou transfil: Serve de reforço e embeleza a encadernação do livro, sendo colocado à cabeça e ao pé dos cadernos, no interior da coifa (extremidade da lombada). Folha: Cada um dos seus planos, das suas duas faces (anverso e reverso) que é uma página. Folhas de guarda: Juntamente com as folhas de resguardo, precedem o miolo ou bloco do livro numa encadernação. A primeira e a última estão coladas às capas pela parte interior. Fólios: São compostos da junção de duas folhas. 1. Reciclagem de resíduos do papel industrial, reaproveitando sua celulose; Cadernos: Geralmente são formados de 2 ou mais fólios. Vários cadernos formam o livro. 2. Extraindo celulose de fibras vegetais. Fatores de Degradação nos Trópicos Principais fatores de degeneração: fatores ambientais, temperatura e a umidade relativa, luz, qualidade do ar, e o homem. Existem fatores externos e internos que afetam a permanência dos materiais orgânicos. Considerando o papel, os fatores externos mais importantes são o meio ambiente, que cerca a obra, e a biota que podem interagir com a matéria orgânica da obra em papel. Também, não se pode desprezar a forma que as obras são manuseadas pelos usuários das coleções, e os cuidados que devem estar presentes quando as obras são removidas dos seus locais de guarda e acondicionamento. O Livro Os livros, como os conhecemos hoje, surgiram com o códice (também códex) de pergaminho: essas obras tinham várias “páginas” presas umas às outras por um cadarço ou cordão. Com eles, passou-se a se folhear, e não mais desenrolar, como antes, as obras de referência. Essa mudança representou grande revolução para a época, pois tornou a leitura mais acessível, incentivadora da pesquisa e, o mais importante, permitiu que o leitor fizesse observações na obra, o que geraria grande desenvolvimento intelectual. No segundo momento, o livro começou a ser feito de papel. O papel foi introduzido na Europa principalmente por muçulmanos e judeus. Os cruzados também trouxeram papel entre os espólios das guerras que travavam. O papel, no entanto, só começou a ser largamente usado no final da Idade Média. Intervenção Emergencial A intervenção emergencial não se inicia com ou durante o desastre. A intervenção emergencial se dá pelo planejamento detalhado que deve ser feito de forma hipotética, para a eventualidade dos 4 Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD acontecimentos reais. Intervenções emergenciais devem seguir normas e procedimentos, detalhados o mais cuidadosamente possível com antecedência. É muito importante, e fortemente recomendado, que os procedimentos de emergência de uma instituição sejam registrados em um Plano Emergencial. Assim, caso ocorra um sinistro, as diretrizes principais de procedimento estarão escritas e detalhadas para serem cumpridas sem perda de tempo. Museus, bibliotecas, arquivos, galerias de arte, etc., e mesmo coleções privadas menores, não perdem nada por terem um Plano Emergencial. Portanto, proponha e escreva um Plano Emergencial e o aprimore com a sua equipe de trabalho. O Plano Emergencial deve conter: 1. Quem chamar em caso de emergência: 1.a Números de emergência 1.b Lista completa do pessoal da instituição: 1.c Números de telefones da imprensa local: 2. Quem salva o quê? Quem salva as coleções, acervos e bens? 2.a Equipe / Time de Salvamento Local 2.b Equipe / Time de Salvamento Institucional 3. Como salvar o quê? Diferentes objetos e materiais requerem salvamentos específicos 4. O que salvar primeiro - Ordem de prioridades Lista de Prioridades - por ordem de importância 5. Onde estão os suprimentos/equipamentos para usar na emergência? a) Faça estoque dos itens mais necessários para uma emergência e os guarde em local seguro e de fácil acesso. b) Marque a localização de onde estão os itens para uso em uma emergência na planta baixa da sua edificação, no seu Plano Emergencial. c) Tenha uma listagem dos fornecedores locais de serviços e produtos, caso você necessite comprar produtos ou contratar serviços durante a emergência. 6. Que tipo de segurança você deve ter durante uma emergência? 7. Que equipamentos — de informática, de laboratório, etc. — terão que ser substituídos imediatamente após um sinistro? 8. Sua instituição tem seguro? Quem paga a conta do sinistro? 9. Quem tem e onde estão as cópias do Plano Emergencial? Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 Os sinistros mais comuns: efeitos das águas de chuvas e enchentes, ataques de biota (fungos, bactérias, insetos e roedores) e fogo. Sinistros - recomendações gerais de prevenção: Guarde acervos e coleções nos andares superiores da instituição; afaste o mais possível os bens da umidade direta do solo e do perigo de enchentes que afetariam porões e térreo da edificação; identifique a localização de toda a vegetação em volta da edificação que tem função arquivística; deve-se fazer um estudo das condições de escoamento das águas pluviais, desde os telhados, até a saída final das águas das premissas da edificação - terreno - local; o ar a ser admitido no recinto de guarda das coleções e arquivos deve ser filtrado, e, caso se trate de uma ventilação natural, o local de entrada deste ar deve ser distante de fontes com muita umidade como lagos, tanques ou terrenos que possam permanecer úmidos por mais tempo após uma precipitação. Em se tratando de ventilação mecânica, i.e., sistemas de circulação de ar ou ar-condicionado, devese ter as bocas de exaustão de ar não diretamente direcionadas para os bens em guarda. Deve-se também ter uma boa circulação do ar-condicionado por todo o ambiente sendo climatizado, para que não existam grandes variações de temperatura e umidade dentro de um mesmo recinto; elabore um plano de vistoria das coleções sob sua guarda e tenha este plano como parte dos procedimentos usuais da sua equipe de trabalho. Essa tarefa será feita de forma mais eficiente se for supervisionada, pois a eficiência do trabalho poderá ser verificada por outro membro da equipe ou supervisor; Elabore um procedimento por escrito para vistoriar as suas coleções. Este procedimento trata da Identificação e Mapeamento de Riscos. Ele é a peça principal para a manutenção da boa saúde do seu acervo. Crie fichas para as salas individuais e associe as fichas dos bens às suas localizações espaciais na planta baixa. Lembre-se: temperatura (T), umidade (U), luminosidade (L) e biota (B) devem ser rigidamente controlados nos ambientes arquivísticos. Intervenções em danos causados por água Use equipamento de proteção, como luvas látex, máscara para poeira e camisa de mangas compridas. Se existe muita lama ou sujeira sobre os objetos, esta tem que ser removida cuidadosamente com um filete de água, em uma pia ou em uma área com o uso de mangueira. Não aponte um jato forte de água, pois isto poderia acarretar a desintegração do objeto em papel. Também não force a abertura de livros ou a separação de folhas que estejam juntas por estarem molhadas. Use ventiladores para fazer o ar circular eficientemente no ambiente molhado, mas tenha o cuidado de não dirigir o vento diretamente para os bens 5 Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD afetados. Absorva o excesso de água tanto das salas como dos bens com esponjas, panos de algodão limpos, papeis toalha ou toalhas de banho. Tenha o cuidado de não usar mata-borrão, ou papel, ou tecido em documentos escritos à mão, pois a tinta poderá ser removida. Não use jornal ou papel que está impresso, pois a tinta poderá transferir para os papéis que você está salvando. Coloque papéis sobre suportes rijos que possam mantê-los estáveis, como placas de plástico, telas plásticas, telas metálicas não ferrosas, etc. Evite usar telas metálicas, pois a existência de ferro nelas poderá transferir ferrugem para os papéis e causar danos muito sérios mais tarde. Não tente separar as folhas de papel se elas estiverem muito molhadas. Tente secar pequenas pilhas de papel que tenham 0,5 cm de altura no máximo. Retire o excesso de água e ponha as pilhas para secar sobre suportes rijos, de preferência telas plásticas. Se papéis emoldurados foram molhados, coloque a moldura com o vidro virado para baixo, e cuidadosamente retire/remova todos os materiais do fundo do quadro, que estão por trás do papel/documento. Seque o papel removido da moldura como descrito acima. Se o papel estiver "colado" no vidro, não force a remoção; neste caso, seque o papel por sobre o vidro, com a moldura e vidro virados para baixo, por sobre uma superfície plana. Coloque os livros para secar por sobre a parte de baixo ou de cabeça para baixo (ponta-cabeça). Nunca coloque livros para secar em pé sobre a frente ou por sobre sua espinha. Quando o livro secar, vire-o para secar do outro lado, pois a água desse por gravidade e a parte de baixo estará mais molhada. Seque os livros mudando-os de cabeça para cima e para baixo depois de passadas algumas horas de secagem. Você deve envolver a capa do livro com uma folha de papel parafinado, maior do que o tamanho do livro, dobrada para dentro do livro antes de colocar o livro em pé. Quando o livro tiver secado bastante mas ainda esteja um pouco úmido, coloque-o sobre uma superfície rígida, coloque uma placa de material rijo (plástico, madeira, etc.) sobre ele e coloque um peso (não muito pesado) sobre o livro. Boa parte das fotografias, negativos, slides e filmes podem ser secados pelo ar. Durante a secagem a superfície impressa ou a superfície sensível à luz, no caso de negativos ou slides, deve ficar virada para cima. O lado da emulsão deve secar para cima, pois caso contrário, poderá colar na superfície que colar nela. Evite tocar nas superfícies que tem a imagem. Evite tocar na emulsão. Observação: A superfície com a emulsão é sempre a mais brilhante em negativos e slides. Mofo ou fungo em crescimento tem um aspecto peludo, uma penugem, ou é pegajoso. Mofo ou fungo que está adormecido tem um aspecto de um pó seco. Para a remoção de mofo, bolor, fungos, precauções de segurança têm que ser tomadas e uma "sala suja" e Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 equipamento de limpeza apropriado têm que ser usados. Não tente limpar o mofo de papéis e objetos em locais não apropriados ou no local das coleções. Se fizer isso, você só estará espalhando os esporos por todo o ambiente ou sistema de ventilação da instituição e estará dando início a uma contaminação de grandes proporções. Para parar a atividade dos fungos, use desumidificadores no ambiente, aumente a ventilação, ou exponha as coleções ao Sol por um pouco de tempo para matar o mofo. Baixe a umidade relativa no ar para abaixo de 50% e tente mantê-la em 50%. Se um sistema de ar-condicionado existe, baixe também a temperatura do ambiente o mais possível, enquanto os desumidificadores estão funcionando. Cuidado ao expor materiais ao Sol, pois a luz solar pode esmaecer as informações na folha ou amarelar os papéis. Tente se certificar que o material a ser colocado ao Sol pode suportar esta exposição por um pouco de tempo. Se o fungo ou mofo estiver dormente, o seu aspecto será de um pó seco. Ele pode ser removido com um aspirador de pó ou com pincéis macios e secos. Depois de usar o aspirador de pó, jogue fora o seu saco de sujeiras. Se usar pincéis, tenha o cuidado de limpá-los bem, lavando-os e pondo-os para secar, para não espalhar a contaminação para outros itens da coleção. Danos causados pela água podem ser irremediáveis. Os objetos mais raros e caros têm que ser tratados por conservadores experientes e cuidadosos. Pense sempre que, se você não sabe o que fazer, não faça! Você pode causar mais dano do que a água da inundação. Só faça o que estiver no seu nível de conhecimento. Confabule com os membros da sua equipe para chegar a procedimentos emergenciais seguros. Digitalização de acervos Os arquivos físicos (documentos, livros, cartas, etc.) podem ser digitalizados com facilidade hoje em dia, e a baixo custo. Mas dois parâmetros operacionais têm que ser considerados no trabalho de digitalização: i) o tempo gasto pelo operador desde o início até o fim de uma digitalização ou série de digitalizações; e ii) o custo para manter o arquivo (acervos) registrados de forma digital. Ambos i) e ii) acima dependem, no mundo digital, do tamanho de números. Quanto maior o número mais tempo ele leva para ser criado e mais memória gasta para ficar registrado. Logo, é de se esperar que quanto maior o número, mais caro este será em tempo para ser gerado e em memória para ficar registrado. Para imagens, o modo como guardamos tem dois formatos de arquivo que são muito usados: o JPEG (Joint Photographic Expert Group) e o TIFF (Tagged Image File Format) (.jpg e .tif). A grande maioria dos programas de imagem (que tratam e produzem imagens digitais) abre e salva os formatos JPEG e TIFF. Para 6 Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 tornar as coisas simples, o formato JPEG produz imagens menores e muito eficazes para uso, por exemplo, na Internet. Já o formato TIFF mantém o registro de maneira muito próxima à produzida pelo dispositivo eletrônico que gerou a imagem, seja ele scanner ou câmera digital. O formato TIFF é padrão nas indústrias de impressão e publicação. Por isso, a primeira regra é: Recepção de uma obra Os bens recém-chegados têm que ser enviados ao que é chamado de "sala suja" ou "sala de higienização" para avaliação e limpeza preliminar. Ao chegar ao laboratório ou às mãos do profissional de conservação e restauro, a obra/o objeto tem que ser admitida(o) através do preenchimento de uma ficha de diagnóstico do bem ou acervo em questão. As características principais do bem em papel são anotadas de forma extensiva. São anotadas: (antes da limpeza ou higienização) a) as características do bem como materiais constituintes, capas e impressões, danos por água e/ou insetos, etc.; após a limpeza são anotados b) dados sobre a impressão ou escritas no conteúdo, informações sobre a costura ou colagem dos fólios e capa, a deterioração por agentes biológicos ou outros como água, acidez, luminosidade, etc.; e c) é escrito na ficha a proposta para tratamento do bem que, uma vez realizada, também é registrada na ficha. Não é permitido comer dentro do laboratório; A ficha do bem passa a fazer parte da história do bem e das intervenções às quais este foi submetido. É de suma importância que se passe um tempo observando o bem, anotando o que foi encontrado, ao lado de pequenos desenhos esquemáticos a punho mapa de danos - dos eventuais danos ou perdas presentes. As características e identificação dos principais agentes biológicos presentes devem ser anotadas na ficha de diagnóstico. Os papéis, documentos e livros, antes de ir para o local de conservação e restauro, devem ser higienizados. A armazenagem de itens recém-chegados deve ser feita em um lugar que não contamine o laboratório de conservação e restauração. No local de armazenagem, deve haver controle constante da temperatura; esta deve ficar em torno de 27º. Choques térmicos, i.e., mudanças bruscas ou variações de temperatura devem ser evitados. Um documento em papel, por exemplo, ao sair de um ambiente de temperatura regulada, não deve ser exposto a variações de temperatura e muito menos deve ser exposto ao sol. Um laboratório que trabalha com papel deve estabelecer alguns critérios de funcionamento importantes para a sua boa manutenção. A primeira coisa que se deve ter em mente é que um laboratório de papel deve ser completamente livre de agentes agressores. E os principais agentes biológicos da deterioração do papel são os fungos. Nenhum objeto que possa conter algum agente biológico causador de deterioração deve entrar no laboratório! Essa regra determina que: Não é permitida a entrada de alimentos, mesmo os embalados (como arroz, feijão, macarrão, etc.), pois estes podem conter microorganismos hostis ao papel; A entrada do material de trabalho (livros, fotos, mapas, telas, etc.) só acontecerá depois que esses materiais forem devidamente higienizados e estiverem livres, o mais possível, de microorganismos; Todos os profissionais envolvidos nas atividades do laboratório devem usar material de higiene apropriado - EPI, como luvas, máscaras, batas, toucas, etc. O laboratório deve também adotar uma rotina diária de organização, tornando o seu funcionamento mais prático e seguro. Atenção: Alguns produtos químicos devem ser guardados em armários diferentes, pois a proximidade deles pode causar explosões. Um laboratório de papel apresenta basicamente três ambientes: a sala de armazenagem, a sala úmida e a sala seca. Tratamento inicial - congelamento e higienização. Banhos químicos Banhos químicos: para controlar o pH do papel. Clareamento: usado em gravuras e desenhos. As soluções utilizadas nos banhos são: 1º) Banho: Hipoclorito de Sódio - NaClO (concentração de 1%) → Clareia e limpa o documento.; 2º) Banho: Ácido Acético Glacial (concentração de 0,5%) → Têm a função de interromper a ação do Hipoclorito de Sódio; 3º) Banho: Hidróxido de Cálcio - Ca(OH)2 → Tanto o Hidróxido de Cálcio quanto o Carbonato de Cálcio criam uma reserva alcalina no papel. 7 Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC - Vol. 2 - Edição Especial Curso de Introdução a Conservação e Restauro de Acervos Documentais - CICRAD Obturação e velatura Obturação: processo manual ou mecânico de recompor as áreas com perdas de papel com uma nova quantidade calculada de fibras de celulose usando a cola CARBOXI METIL CELULOSE (CMC). Velatura: é o procedimento de colocar por colagem ou depósito de fibras em uma máquina obturadora de papel - MOP uma folha auxiliar que servirá como suporte mecânico e dará resistência física à folha original. Fazendo papel artezanal Confecção de papel artesanal: 1) Pegue umas 10 ou 20 folhas de papel já usado, tamanho A4 (papel mais comum usado em impressoras e fotocopiadoras) e rasgue em pequenos pedaços. Uma folha de papel A4 tem as dimensões 210 mm por 297 mm e vem nas mais variadas gramaturas. Os pacotes comerciais de A4 vem com 500 folhas. Após rasgar as folhas, coloque os pedaços em uma bacia plástica e os cubra com água. Espere 2 horas para que os pedacinhos amoleçam bem. Passadas as 2 horas, bata aos poucos os pedaços de papel e água no seu liquidificador de alimentos por não mais que 30 segundos o bocado. Você pode dividir o papel na água em 3 ou 4 porções, para não danificar o seu liquidificador. Caso a massa fique muito espessa, adicione mais água no copo do liquidificador. Você está tentando obter uma papa de polpa de papel bem fluida com a qual formará novas folhas de papel. 2) Compre ou confeccione 2 molduras de madeira, pequenas, com dimensões de 20 cm por 30 cm, por exemplo. Podem ser menores ou maiores, mas você necessita de 2 molduras de madeira iguais. Uma das molduras tem uma tela de nylon presa a ela. Coloque toda a polpa batida no liquidificador na bacia plástica, adicione água suficiente para passar uns 5 cm acima do molde mergulhado dentro da bacia (mas não coloque o molde ainda dentro dela), misture a polpa e a água com os seus dedos abertos, de forma vigorosa mas sem fazer bolhas de ar, e quando obtiver uma boa suspensão das fibras de celulose na água, mergulhe (agora sim) o seu molde (as 2 molduras uma em cima da outra) dentro da bacia. O molde vai para a bacia com a moldura sem o nylon em cima, e a moldura com o nylon por baixo. Mergulhe o molde até o fundo da bacia e o erga muito lentamente, até retirá-lo por completo da bacia. Espere, com o molde suspenso sobre a bacia, para que a água caia dentro dela. Você também pode apoiar o molde nas bordas da bacia ou em duas taboinhas nas bordas da bacia com o molde em cima delas. Em suma, deixe o excesso de água escorrer, no seu próprio tempo, para dentro da bacia. Você formou a sua primeira folha de papel, que agora é posta para secar sobre feltros ou suporte rijo. Copyright © 2011 AERPA Editora Convênio AERPA - Ministério da Justiça - no 748319/2010 Encadernação A encadernação é uma proteção ao livro e, como tal, só foi possível graças ao surgimento deste. A prática da encadernação de livros foi uma decorrência da passagem do rolo para o códex, que foi se sistematizando no Império Romano partir do século I. Vários materiais foram utilizados para encadernação no percurso da história. Tipos de encadernação: Tipos de lombada, de acordo com o modo que a dobra e costuras das páginas é afixada na espinha da capa do livro. O tipo C foi uma grande evolução do tipo B e possibilitou uma melhor abertura do livro. O processo de encadernação é clássico. A arte de encadernar é uma prática antiga, surgida com o objetivo de proteger os manuscritos e em sua maioria apresentam forte influência do estilo europeu. Conclusão O conteúdo existente, nossas aulas e seus assuntos, acumula conhecimento e provê subsídios para as novas visões. Dele, pode vir o novo conhecimento, as novas ações, processos e procedimentos. O nosso curso conclui com a sua produção de um artigo científico, que toma o formato editorial e é publicado na Revista Brasileira de Arqueometria, Restauração e Conservação - ARC. O seu artigo reflete um tema (ou temas) que cativou a sua curiosidade intelectual. A sua visão individual e sua colaboração à área profissional do curso dependerá da sua abordagem e dedicação na elaboração do seu artigo. É um início! 8
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