8°Encontro Ampliado da Rede Ecovida
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8°Encontro Ampliado da Rede Ecovida
Todos em Florianópolis em 2012: 8° Encontro Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia Distribuição de mudas na cerimônia de encerramento do 7° Encontro Ampliado (Ipê-RS, novembro/2009) O Encontro Ampliado é o maior espaço de discussões, intercâmbios e consolidação da Rede Ecovida de Agroecologia. Em seus 14 anos de existência, a Rede Ecovida construiu importantes referências no campo da produção agroecológica, como os parâmetros para a certificação participativa e o sistema solidário de comercialização em rede, contribuindo com o fortalecimento das famílias agricultoras e a maior oferta de alimentos saudáveis, ecológicos e socialmente justos. Pela primeira vez, o Encontro Ampliado acontece em uma Capital (Florianópolis), trazendo à tona os laços solidários que constroem a relação entre o rural e o urbano. São esperados 600 agricultores e agricultoras dos 24 Núcleos que compõem a Rede Ecovida, que participarão de Seminários e oficinas, além de comercializarem variados alimentos agroecológicos na Feira de Saberes e Sabores. Teremos também 200 convidados de outras organizações e redes, do Brasil e da América Latina. Fazemos nossas boas-vindas a todos e todas, com votos de que tenhamos um excelente Encontro! Seminários: Temas Essenciais da REDE EM DEBATE página 03 Informações Gerais: Preparação para o VIII Encontro da Rede Ecovida página 05 Anfitriões: Rede Ecovida, Florianópolis e UFSC página 06 Programação: Oficinas, Seminários, Feira e eventos paralelos página 07 Mapa: página 08 2 Editorial O que vem pela frente em nosso Encontro Ampliado O VIII Encontro Ampliado mantém o objetivo original dos Encontros anteriores da Ecovida, de ser um espaço de articulação dos Núcleos em torno dos temas centrais que aglutinam a REDE. A tarefa de organizar o Encontro é da coordenação da Rede, tendo como base os Núcleos Planalto Serrano e Litoral Catarinense. A Rede Ecovida tem seu trabalho reconhecido nas esferas nacional e internacional, gerando referências no âmbito da produção, processamento, comercialização e certificação dos produtos ecológicos. Esse reconhecimento é fruto de um longo processo de articulação realizado pelos grupos, associações, consumidores e cooperativas de agricultores(as) familiares da região Sul do Brasil, assessorados historicamente por organizações da sociedade civil. Essa edição do Encontro terá algumas particu6° Encontro Ampliado (Lapa-PR, julho/2007) laridades importantes que certamente enriquecerão a também na sua bagagem atrações culturais para mestrajetória do movimento agroecológico do Sul do Brasil. clar com as apresentações locais. Primeiramente, porquê será realizado numa capital, di Neste ano proporemos 5 roteiros turísticos pelos ferente dos demais Encontros que foram realizados quais as delegações poderão optar em visitar na tarde de sempre em regiões do interior dos estados. Além disso, 30 de maio. Finalmente, outra inovação na programação o nosso Encontro vai ocorrer dentro de uma universié que na cerimônia de abertura todos os núcleos terão dade pública, sendo um mote para que possamos artium tempo para apresentar de forma articulada o seu tracular com a comunidade acadêmica a troca de saberes balho, para que assim possamos conhecer melhor as reessencial que a UNIVERSALIDADE do conhecimento realidades de cada trabalho quer. Utilizaremos os serNeste Encontro, algumas particularidades com a agroecologia. viços de alimentação do enriquecerão a trajetória do movimento Para finalizar, reiteramos Restaurante Universitário, agroecológico do Sul do Brasil, em conjunto com que no VIII Encontro haveas instalações de auditório e infraestrutura do nossa histórica incidência política e articulações rá a continuidade do processo de incidência polítiCentro de Eventos e faem prol da agricultura familiar agroecológica. ca da Rede Ecovida junto remos a tradicional Feira a instituições públicas, bem como de outras redes, artide Saberes e Sabores dentro do campus com uma forte culações e movimentos sociais. Especialmente na relação presença da comunidade acadêmica. com as instituições públicas temos a missão de interagir Lembramos do caráter vital da Feira como um e articular o Programa Nacional de Agroecologia, a coespaço de troca de conhecimentos, mas especialmente mercialização junto ao mercado institucional, a consolinesta edição haverá a possibilidade de comercialização dação do Sistema Participativo de Garantia (SPG) sob o de um maior volume de alimentos oriundos dos Núcleos, amparo da legislação, a discussão da Assistência Técnica tendo em vista que no campus da UFSC circulam diariae Extensão Rural (ATER) para a agroecologia e a discusmente em torno de 10.000 pessoas. Teremos também são sobre a nova legislação ambiental que está sendo uma extensa programação cultural recheando as nossas gestada no Congresso Nacional, bem como outros tejá conhecidas discussões de plenárias, seminários e oficimas de grande interesse da Rede no cenário nacional. nas. Esperamos que os núcleos se organizem para trazer Expediente Redação: Projeto Gráfico e Editoração: Alysson Moura, Florimage Serviços Gráficos Ltda Fernando Angeoletto, Natal João Magnanti e coordenadores dos Seminários Fotografia: Colaboração: Jornalista Responsável: Maria Denis Schneider e Miriam Abe Fernando Angeoletto Fernando Angeoletto (MTE/SC 3581) Tiragem: 2.000 exemplares Florianópolis - SC Abril/2012 I H R H I L F S W E R K Seminários 3 Temas Essenciais Da Rede Em Debate 1) SISTEMAS PARTICIPATIVOS DE GARANTIA (SPG’s) Coordenador: Laércio Meirelles (Centro Ecológico Litoral / Torres-RS) 2) COMERCIALIZAÇÃO Coordenador: Natal João Magnanti (Centro Vianei / Lages-SC) O O Seminário sobre a temática da comercialização tem como objetivo principal a discussão e encaminhamento de propostas para ampliar o leque de relações comerciais solidárias no âmbito da Rede Ecovida. Ao longo dos últimos este tema foi ampliando sua importância junto às organizações dos(as) agricultores(as) familiares. Notadamente, a comercialização junto aos consumidores finais através de feiras livres sempre foi a primeira alternativa construída pelas organizações que fazem parte dos núcleos da Rede Ecovida. As feiras foram e ainda são uma ferramenta de relação direta com os consumidores(as) e cumprem um papel fundamental não só de abastecimento, mas também de interlocução com as comunidades urbanas. Mais recentemente o mercado institucional vem abrindo um espaço importante para comercialização dos alimentos agroecológicos produzidos pela agricultura familiar. Esse formato de compras públicas tem sido nos últimos anos fundamental para o processo de transição agroecológica de centenas de famílias. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e agora o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são instrumentos legais de aquisição de gêneros alimentícios. Eles propiciam que a agricultura familiar agroecológica possa atender uma demanda emergente de alimentos saudáveis para instituições que trabalham sob o amparo da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), atingindo setores mais vulneráveis da nossa sociedade. Além disso, dentro da Rede Ecovida ao longo dos últimos anos há processos de articulações entre núcleos nos estados e entre estados. Os Circuitos de Comercialização são importantes articulações que visam executar de forma organizada o processo de distribuição de alimentos agroecológicos dentro da Rede Ecovida. São instrumentos inovadores de abastecimento e distribuição, que propiciam aos consumidores a possibilidade de adquirir alimentos agroecológicos a um preço mais acessível e com a identidade da agricultura familiar Feira agroecológica do grupo Raízes do Futuro em Brusque/SC agroecológica. s Sistemas Participativos de Garantia estão no coração e na história da Rede Ecovida de Agroecologia. Em todos os nossos Encontros Ampliados sempre foi tema de debate. Fruto dos debates travados, a Rede cumpriu um papel importante na regulamentação dos SPGs no país, participando ativamente da estruturação do Marco Legal da Agricultura Orgânica. A partir disto, vários SPGs vem se constituindo no território nacional. Baseado nestes fatos, desta vez, no VIII Encontro Ampliado, além de socializar nossas experiências e aprender o que os outros estão fazendo em relação ao tema, queremos colocar luz sobre este aspecto em especial dos SPGs: sua regulamentação, as exigências da Lei, e como nós estamos nos comportando e nos sentindo em relação a estas exigências. A legislação atual atende nossas expectativas? Temos demandas a fazer em relação à ela? Para fazer este debate teremos palestras introdutórias de Núcleos da própria Rede, mais ou menos adiantados em seus processos de atender o estabelecido pela lei. Teremos ainda relatos de outros SPGs aqui do Brasil e também experiências de outros países latinoamericanos, que poderão nos contar como estão funcionando e em que medida estão se relacionando com o Estado. Pretendemos ao final deste Seminário nos sentir fortalecidos em nossas práticas, com mais elementos de reflexão sobre o construído até o momento e ainda tendo posições que nos levem ao futuro que queremos construir. 4 Seminários 3) SISTEMAS AGROFLORESTAIS Coordenador: Patrikk Martins (RURECO) O tema sugerido irá abordar uma das principais preocupações contemporâneas: como combinar a produção de alimentos com geração de renda e proteção ambiental, superando o modelo agrícola que assola o meio ambiente para prover a demanda por comida. Estas questões tendem agora a tornar-se mais importantes, quando se consideram a pressão ascendente sobre os preços dos alimentos, a conversão de terras agrícolas para produzir biocombustíveis e a ameaça do aquecimento global. Temos uma economia crescente, mas se por um lado o superávit na balança comercial aumenta, por outro os recursos naturais diminuem, reforçando o antagonismo entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Nosso objetivo é debater se as compensações por serviços ambientais podem ser um caminho, e como este caminho poderia ser construído, buscando valorar esses guardiões da natureza para incentivá-los a dar continuidade aos hábitos da comunidade. Aproveitando as características da Rede Ecovida, pretendemos no Seminário levantar possibilidades sobre como as ferramentas dos Sistemas Participativos de Garantia poderiam ser utilizadas para avalizar pagamentos de serviços ambientais. Frutos da palmeira Juçara (Euterpe edulis) 4) INSUMOS E PODER NA AGROECOLOGIA (Coordenadores: Luis Carlos D. Rupp – Centro Ecológico; Alvir Longhi – CETAP) O atual modelo de desenvolvimento e, sobretudo, o padrão agrícola largamente adotado nos últimos cinqüenta anos, tem contribuído para um cenário de degradação ambiental. A agricultura tornouse sinônimo de destruição e de poluição. Face a esse contexto, alguns questionamentos fazem-se urgentes: como a necessidade de preservar o meio ambiente pode ser compatível com a provisão de bens materiais para uma crescente população? Como manter os sistemas naturais e garantir a reprodução social de diversas comunidades rurais? Que tipo de sistema agrícola pode combinar conservação da biosfera e uso sustentável dos bens naturais? Frente a esta realidade, a Rede Ecovida vem desenvolvendo tecnologias e métodos de manejo dos recursos naturais associados com a reconstrução de novas dinâmicas de circulação e distribuição de produtos, a fim de promover um desenvolvimento local agroecológico reestruturante das dinâmicas socioeconômicas e dos ciclos naturais. Nesta caminhada muitas iniciativas surgiram e se consolidaram no que se refere ao manejo agroecológico dos agroecossistemas locais. Sabemos que a agricultura ecológica não dispensa o desenvolvimento e o uso de insumos, principalmente em se tratando de sistemas de produção agrícolas em transição para a agroecologia. Isso porque a maioria das espécies alimentares que produzimos é exótica e nem sempre se adapta facilmente a todas regiões onde são cultivadas historicamente pelos agricultores. Ainda, existem situações onde a produção das plantas nativas está limitada, por exemplo, pela ocorrência de doenças e insetos. Assim, temos determinados gargalos técnicos em várias das áreas do conhecimento: I) adubação dos solos e nutrição das plantas; II) manejo de plantas de cobertura/adubação verde e das ervas espontâneas; III) manejo de insetos e de doenças, que podem comprometer fortemente a produtividade das culturas. No entanto, não podemos cair na armadilha da substituição de insumos, gerando dependência, ainda mais da mesma indústria que envenenou a agricultura. Este risco está iminente especialmente depois da aprovação da lei que regulamenta a produção orgânica no Brasil. As empresas estão visualizando neste momento a oportunidade de reformular seus meios de aumentar seus lucros, associado a uma imagem ambientalmente correta. O Seminário Insumos e Poder na Agroecologia visa debater a questão da autonomia, do conhecimento, do poder que representa para os agricultores a produção própria de insumos e tecnologias ecológicas de produção. Temos que fortalecer este debate dentro da Rede Ecovida, capacitando cada vez mais as pessoas a produzirem soluções localmente, e também gerando demanda de pesquisas para instituições públicas e permitindo a livre circulação de conhecimento e tecnologias. Informações Gerais Orientações de Preparação 1. Pessoa Responsável pelo Núcleo – Precisamos de uma pessoa de cada Núcleo que assuma a coordenação e animação para a preparação ao Encontro. Esta pessoa vai fazer contato direto com a organização sempre que necessário, sendo também a referência para os informes da equipe organizadora. 2. Vagas – Estimamos a participação de 200 pessoas por Estado, sendo que internamente os núcleos devem se organizar quanto às suas representações, prevendo número eqüitativo de mulheres e homens e garantindo a participação da juventude. 3. Encontrinho – Teremos pessoas que ficarão responsáveis pelas crianças, enquanto as mães e os pais participam do VIII Encontro Ampliado. Necessitamos saber quantas crianças virão para o VIII Encontro da Rede Ecovida, suas idades e gênero. Desta maneira conseguiremos definir e fazer uma programação mais direcionada. 4. Transporte – Cada núcleo assume a despesa de transporte para a vinda ao VIII Encontro. Caso tenha dificuldade, entre em contato com a organização, para que possamos auxiliar no transporte. Os núcleos devem informar aos motoristas dos ônibus que haverá necessidade de deslocamentos entre os locais de hospedagem e o local do Encontro, cerca de 35 km ida/volta por dia. E devem se programar para retornar no início da noite do dia 30/05, pois teremos durante a tarde deste dia passeios pela cidade de Florianópolis, que fazem parte da programação. 5. Abertura – Orientamos que os núcleos cheguem até as 10hs do primeiro dia, para montarem seu espaço na Feira de Saberes e Sabores e se prepararem para a abertura que será as 13h30. Os núcleos serão chamados a fazer uma breve apresentação, com um tempo entre 4 a 5 minutos. Em breve enviaremos mais detalhes sobre o formato desta apresentação. 6. Refeições – Serão feitas no Restaurante Universitário (RU), bem próximo ao local onde estarão acontecendo as plenárias, seminários, oficinas e a Feira de Saberes e Sabores. Serão junto com os alunos e alunas da UFSC, em horários alternativos, para evitar o volume maior de pessoas. É uma grande oportunidade de nos integrarmos com a comunidade da universidade e compartilhar saberes e sabores. Hoje o RU tem boa parte de sua alimentação orgânica, e nós estamos trabalhando para que possamos ampliar esta oferta. 7. Atividades Culturais – Estamos fazendo contato com vários grupos culturais da cidade para se apresentarem durante o VIII Encontro, serão atividades bem diversificadas como Boi de Mamão, Pau de Fitas, Danças Afro, Orquestra das Escolas, Contação de Histórias, Teatro e outras que vão se somar, mas é importante que os núcleos tra- 5 gam suas contribuições artísticas culturais, pois uma Roda de Viola é sempre bem vinda. 8. Feira de Saberes e Sabores – Montaremos um grande toldo bem na Praça Central da UFSC. Precisamos que os núcleos se organizem e tragam produtos para comercializarem durante os 3 dias, prevendo que terá uma grande circulação de pessoas. Na página da Rede Ecovida, tem uma ficha de inscrição para que os núcleos preencham, dizendo os produtos que vão trazer e se há necessidade de refrigeração. É importante preencher esta ficha e nos encaminhar com brevidade, para que possamos organizar a Feira. Pedimos que os Núcleos se organizem para montagem da Feira na manhã do primeiro dia (28/05). A Feira de Sabores e Saberes será aberta as 14h do primeiro dia do Encontro. 9. Hospedagem – Será no Sul da Ilha de Florianópolis. Efetuamos reservas nos hotéis e Pousadas na Praia do Campeche e Praia do Morro das Pedras. O café da manhã será no próprio hotel ou pousada. A distância entre os hotéis e a UFSC é em média 20km, mas por um caminho bonito, o que já oportuniza conhecer um pouco desta ilha. 10. Baile – Tem que ter né? Pois merecemos dançar e brincar. Esta festa vai acontecer no Hotel Morro das Pedras, teremos uma banda e outras atrações que vão animar nossa confraternização, mas é bom que os núcleos tragam seus instrumentos e ajudem a animar a nossa festa. Este hotel tem acesso a praia, oportunizando um passeio ao luar caminhando na areia da praia. 11. Seminários e Oficinas – A participação é de livre escolha, mas orientamos que os participantes de cada núcleo se distribuam entre os Seminários, para assim levarem para seus núcleos as discussões e propostas de cada um dos temas apresentados. 12. Tragam seus agasalhos! – Pois aqui em Florianópolis temos o “vento suli”, que quando vem traz junto o frio, mas sabemos que uma roda de chimarrão e prosa esquentam nossos corações e aquecem nossas vidas. Oficina durante o 7° Encontro Ampliado 6 Florianópolis e UFSC Rede Ecovida e a Cidade-Anfitriã A UFSC, NOSSO PONTO DE ENCONTRO A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), local-sede do VIII Encontro Ampliado, é um dos principais centros de ensino, pesquisa e extensão do país. Hortas Escolares: Agroecologia desde a educação fundamental F lorianópolis, famosa pelo seu cartão-postal em forma de ponte, suas dezenas de praias e o título de Ilha da Magia, é a cidade-sede do VIII Encontro Ampliado e a base do Núcleo Litoral Catarinense da Rede Ecovida. Em essência, a cidade é caracterizada por uma população com preocupação ambiental e cuidados com a alimentação, tendo grande potencial de consumo da produção agroecológica. Através de um circuito de feiras, os produtos da Rede Ecovida são ofertados aos lares de Floripa, como é carinhosamente chamada. Alguns projetos do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos / Conab) também colocaram a Rede nos pratos de escolas e instituições de caridade. Negociações em curso vão garantir neste ano o abastecimento de escolas na parte continental da cidade, com fornecimento pela cooperativa Ecoserra, promovendo uma via dupla de benefícios, tanto aos agricultores da Rede quanta às crianças que se alimentam com qualidade. Outra articulação prestes a ser concluída prevê a criação de um Box para produtos agroecológicos no CEASA, potencializando o Circuito de Comercialização empreendido pela Rede. Além disso, a Rede Ecovida insere-se em Florianópolis através das organizações locais que a representam, incorporando as temáticas da Agricultura Urbana, Segurança Alimentar e Nutricional e Gestão de Resíduos Orgânicos na sua dinâmica de atuação. Um exemplo é a implementação do PEHE (Programa Educando com a Horta Escolar), que leva a Agroecologia a 63 unidades escolares do município, aliando educação ambiental, sensibilização das estruturas públicas para o consumo de alimentos ecológicos, compostagem e coleta de óleo de fritura para reconversão em biocombustível. Outra referência local é a Revolução dos Baldinhos, um programa de Agricultura Urbana e Compostagem em comunidade de grande vulnerabilidade social, que atualmente recicla as sobras orgânicas de 200 famílias gerando o composto que viabiliza os cultivos e pode gerar renda. Centro de Cultura e Eventos da UFSC Possui números de uma pequena cidade: nela transitam 34.280 estudantes e 1552 professores, responsáveis pela existência de 69 cursos de graduação, 88 pós-graduações em sentido amplo e 81 em sentido estrito. Todas as quartas-feiras, uma feira-livre é realizada em frente à Reitoria, tendo representantes da Rede Ecovida entre as bancas, incluindo um ex-fumicultor de São Bonifácio que é certificado e hoje articula famílias da região para a produção agroecológica. O Centro de Ciências Agrárias da UFSC abriga o Cepagro (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo) desde 1990, ano de fundação da entidade. O Cepagro é uma das organizações locais que articulam a Rede Ecovida, com representantes na coordenaçãogeral, nos processos de certificação participativa e no acompanhamento dos grupos agroecológicos. Em seu histórico de atuação, a entidade manteve vínculo permanente com a UFSC, a exemplo dos cerca de 100 bolsistas que por ela passaram para desenvolverem seus trabalhos de pesquisa e extensão, no rural e no urbano. Atualmente, o Cepagro abriga estágios nas áreas de Comercialização de orgânicos, Agricultura Urbana e no Programa Educando com a Horta Escolar. CULTURA E AGROECOLOGIA - Boa parte das atrações culturais do VIII Encontro Ampliado serão realizadas pelos Pontos de Cultura da Grande Florianópolis. Eles fazem parte do programa Cultura Viva (Ministério da Cultura), que fomenta iniciativas de cunho popular em todo o Brasil. Somente em SC, há uma Rede de 57 Pontos de Cultura ativos. O Encontro será um bom momento para nossa Rede dialogar com esta para o fortalecimento de ambas. Programação Resumida VIII Encontro Ampliado da Rede Ecovida 28/05/2012 (segunda) 29/05/2012 (terça) 30/05/2012 (quarta) 06:30 CAFÉ DA MANHÃ (no local de hospedagem) CAFÉ DA MANHÃ (no local de hospedagem) MANHÃ Acolhimento Das 8:30 às 12h, Seminários: Sistemas Participativos de Garantia; Canais de Comercialização; Sistemas Agroflorestais; Insumos na Agroecologia; FEIRA DE SABERES E SABORES Das 8h30 às 10h: Síntese dos Seminários, encaminhamentos e articulações institucionais. Das 10h às 12h: Plenária de Encerramento e posse da nova coordenação da Rede Ecovida; FEIRA DE SABERES E SABORES 12h15 às 13h15 ALMOÇO ALMOÇO ALMOÇO 13h30 – Música de Acolhimento Orquestra das Escolas / Mística de Abertura (Sérgio Bello) 14h30 – Início Apresentação das Delegações e demais participantes / Abertura da Feira Das 14h às 17h, Oficinas ; FEIRA DE SABERES E SABORES de Saberes e Sabores 16h30 – Café com prosa TARDE Espaço Livre com roteiros temáticos e turísticos pré estabelecidos na cidade de Florianópolis 17h – Composição da Mesa de Abertura, falas Institucionais 18h às 19h 20h às 0h00 17h50 – Orientações sobre a Estrutura de Funcionamento Operacional e programático do VIII Encontro Ampliado da Rede Ecovida FEIRA DE SABERES E SABORES JANTAR JANTAR DIA EXTRA (31/05/2012) As dependências da UFSC estão alocadas para a rede Ecovida também neste dia. Nele ocorrerão: Encontro da Agricultura Urbana (Participação da Rede Minas, AS-PTA e convidados); Encontro de Donatários da IAF (Fundação Interamericana) Atração Cultural - Baile Oficinas (inscritas até 16/04; prazo final para inscrições: 27/04/2012) Agricultura urbana e a Horta Comunitária do Jardim Janaína Agricultura urbana e Revolução dos Baldinhos Agrobiodiversidade e técnicas de controle de formigas: experiência na agricultura tradicional e orgânica Apresentação de Teses e Pesquisas sobre a Rede Ecovida Bioconstrução Cuidar de Si Culinária e Agroecologia Educação do campo Educação do Campo e Tecnologia Ecológica Estratégias para manutenção e reprodução de sementes crioulas Homeopatia na Bovinocultura Leiteira Introdução a Astronomia: Troca de experiências em agricultura biodinâmica entre agricultores da Rede Ecovida Novo Sítio Digital da Rede Ecovida – Construindo nossa identidade na Rede O engenho de farinha agroecológico e o patrimônio cultural: proposta de ocupação de espaços de memória e trabalho O negócio é orgânico – Rodada de Negócios Plantas Medicinais na Rede Ecovida Projeto Educando com a Horta Escolar: A experiência da Rede Municipal de Florianópolis Serviços Ambientais e Sistemas Agroflorestais Tradições Culturais e Agrícolas Quilombolas e a Agroecologia 7 8 Mapa
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