8°Encontro Ampliado da Rede Ecovida

Transcrição

8°Encontro Ampliado da Rede Ecovida
Todos em Florianópolis em 2012:
8° Encontro Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia
Distribuição de mudas na cerimônia de encerramento do 7° Encontro Ampliado (Ipê-RS, novembro/2009)
O Encontro Ampliado é o maior espaço de discussões, intercâmbios e consolidação da Rede Ecovida de Agroecologia. Em seus 14 anos de existência,
a Rede Ecovida construiu importantes referências no
campo da produção agroecológica, como os parâmetros para a certificação participativa e o sistema solidário de comercialização em rede, contribuindo com
o fortalecimento das famílias agricultoras e a maior
oferta de alimentos saudáveis, ecológicos e socialmente justos.
Pela primeira vez, o Encontro Ampliado acontece em uma Capital (Florianópolis), trazendo à tona os
laços solidários que constroem a relação entre o rural
e o urbano. São esperados 600 agricultores e agricultoras dos 24 Núcleos que compõem a Rede Ecovida,
que participarão de Seminários e oficinas, além de
comercializarem variados alimentos agroecológicos
na Feira de Saberes e Sabores. Teremos também 200
convidados de outras organizações e redes, do Brasil
e da América Latina.
Fazemos nossas boas-vindas a todos e todas, com votos
de que tenhamos um excelente Encontro!
Seminários:
Temas Essenciais da
REDE EM DEBATE
página 03
Informações
Gerais:
Preparação para o
VIII Encontro da Rede
Ecovida
página 05
Anfitriões:
Rede Ecovida,
Florianópolis e
UFSC
página 06
Programação:
Oficinas, Seminários,
Feira e eventos paralelos
página 07
Mapa: página 08
2 Editorial
O que vem pela frente em nosso Encontro Ampliado
O
VIII Encontro Ampliado mantém o objetivo original dos Encontros anteriores da Ecovida, de
ser um espaço de articulação dos Núcleos em
torno dos temas centrais que aglutinam a REDE. A tarefa de organizar o Encontro é da coordenação da Rede,
tendo como base os Núcleos Planalto Serrano e Litoral
Catarinense.
A Rede Ecovida tem seu trabalho reconhecido nas
esferas nacional e internacional, gerando referências no
âmbito da produção, processamento, comercialização
e certificação dos produtos ecológicos. Esse reconhecimento é fruto de um longo processo de articulação realizado pelos grupos, associações, consumidores e cooperativas de agricultores(as) familiares da região Sul do
Brasil, assessorados historicamente por organizações da
sociedade civil.
Essa edição do Encontro terá algumas particu6° Encontro Ampliado (Lapa-PR, julho/2007)
laridades importantes que certamente enriquecerão a
também na sua bagagem atrações culturais para mestrajetória do movimento agroecológico do Sul do Brasil.
clar com as apresentações locais.
Primeiramente, porquê será realizado numa capital, di
Neste ano proporemos 5 roteiros turísticos pelos
ferente dos demais Encontros que foram realizados
quais as delegações poderão optar em visitar na tarde de
sempre em regiões do interior dos estados. Além disso,
30 de maio. Finalmente, outra inovação na programação
o nosso Encontro vai ocorrer dentro de uma universié que na cerimônia de abertura todos os núcleos terão
dade pública, sendo um mote para que possamos artium tempo para apresentar de forma articulada o seu tracular com a comunidade acadêmica a troca de saberes
balho, para que assim possamos conhecer melhor as reessencial que a UNIVERSALIDADE do conhecimento realidades de cada trabalho
quer. Utilizaremos os serNeste Encontro, algumas particularidades
com a agroecologia.
viços de alimentação do
enriquecerão
a
trajetória
do
movimento
Para finalizar, reiteramos
Restaurante Universitário,
agroecológico
do
Sul
do
Brasil,
em
conjunto
com
que no VIII Encontro haveas instalações de auditório e infraestrutura do
nossa histórica incidência política e articulações rá a continuidade do processo de incidência polítiCentro de Eventos e faem prol da agricultura familiar agroecológica.
ca da Rede Ecovida junto
remos a tradicional Feira
a instituições públicas, bem como de outras redes, artide Saberes e Sabores dentro do campus com uma forte
culações e movimentos sociais. Especialmente na relação
presença da comunidade acadêmica.
com as instituições públicas temos a missão de interagir
Lembramos do caráter vital da Feira como um
e articular o Programa Nacional de Agroecologia, a coespaço de troca de conhecimentos, mas especialmente
mercialização junto ao mercado institucional, a consolinesta edição haverá a possibilidade de comercialização
dação do Sistema Participativo de Garantia (SPG) sob o
de um maior volume de alimentos oriundos dos Núcleos,
amparo da legislação, a discussão da Assistência Técnica
tendo em vista que no campus da UFSC circulam diariae Extensão Rural (ATER) para a agroecologia e a discusmente em torno de 10.000 pessoas. Teremos também
são sobre a nova legislação ambiental que está sendo
uma extensa programação cultural recheando as nossas
gestada no Congresso Nacional, bem como outros tejá conhecidas discussões de plenárias, seminários e oficimas de grande interesse da Rede no cenário nacional.
nas. Esperamos que os núcleos se organizem para trazer
Expediente
Redação:
Projeto Gráfico e Editoração:
Alysson Moura,
Florimage Serviços Gráficos Ltda
Fernando Angeoletto,
Natal João Magnanti e
coordenadores dos Seminários
Fotografia:
Colaboração:
Jornalista Responsável:
Maria Denis Schneider e Miriam Abe
Fernando Angeoletto
Fernando Angeoletto (MTE/SC 3581)
Tiragem:
2.000 exemplares
Florianópolis - SC
Abril/2012
I H R
H I L F S W E R K
Seminários
3
Temas Essenciais Da Rede Em Debate
1) SISTEMAS PARTICIPATIVOS DE GARANTIA (SPG’s)
Coordenador: Laércio Meirelles
(Centro Ecológico Litoral / Torres-RS)
2) COMERCIALIZAÇÃO
Coordenador: Natal João Magnanti
(Centro Vianei / Lages-SC)
O
O
Seminário sobre a temática da comercialização tem como objetivo principal a discussão e
encaminhamento de propostas para ampliar o
leque de relações comerciais solidárias no âmbito da
Rede Ecovida. Ao longo dos últimos este tema foi ampliando sua importância junto às organizações dos(as)
agricultores(as) familiares.
Notadamente, a comercialização junto aos consumidores finais através de feiras livres sempre foi a
primeira alternativa construída pelas organizações que
fazem parte dos núcleos da Rede Ecovida. As feiras foram e ainda são uma ferramenta de relação direta com
os consumidores(as) e cumprem um papel fundamental
não só de abastecimento, mas também de interlocução
com as comunidades urbanas.
Mais recentemente o mercado institucional vem
abrindo um espaço importante para comercialização
dos alimentos agroecológicos produzidos pela agricultura familiar. Esse formato de compras públicas tem sido
nos últimos anos fundamental para o processo de transição agroecológica de centenas de famílias. O Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA) e agora o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são instrumentos legais de aquisição de gêneros alimentícios. Eles propiciam que a agricultura familiar agroecológica possa
atender uma demanda emergente de alimentos saudáveis para instituições que trabalham sob o amparo da
Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), atingindo setores mais vulneráveis da nossa sociedade.
Além disso, dentro da Rede Ecovida ao longo dos
últimos anos há processos de articulações entre
núcleos nos estados e entre estados. Os Circuitos
de Comercialização são importantes articulações
que visam executar de forma organizada o processo de distribuição
de alimentos agroecológicos dentro da Rede
Ecovida. São instrumentos inovadores de abastecimento e distribuição, que propiciam aos
consumidores a possibilidade de adquirir alimentos agroecológicos
a um preço mais acessível e com a identidade
da agricultura familiar
Feira agroecológica do grupo Raízes do Futuro em Brusque/SC
agroecológica.
s Sistemas Participativos de Garantia estão
no coração e na história da Rede Ecovida de
Agroecologia. Em todos os nossos Encontros
Ampliados sempre foi tema de debate. Fruto dos debates travados, a Rede cumpriu um papel importante na
regulamentação dos SPGs no país, participando ativamente da estruturação do Marco Legal da Agricultura
Orgânica.
A partir disto, vários SPGs vem se constituindo no
território nacional. Baseado nestes fatos, desta vez, no
VIII Encontro Ampliado, além de socializar nossas experiências e aprender o que os outros estão fazendo em relação ao tema, queremos colocar luz sobre este aspecto
em especial dos SPGs: sua regulamentação, as exigências
da Lei, e como nós estamos nos comportando e nos sentindo em relação a estas exigências. A legislação atual
atende nossas expectativas? Temos demandas a fazer
em relação à ela?
Para fazer este debate teremos palestras introdutórias de Núcleos da própria Rede, mais ou menos
adiantados em seus processos de atender o estabelecido pela lei. Teremos ainda relatos de outros SPGs aqui
do Brasil e também experiências de outros países latinoamericanos, que poderão nos contar como estão funcionando e em que medida estão se relacionando com o
Estado. Pretendemos ao final deste Seminário nos sentir fortalecidos em nossas práticas, com mais elementos
de reflexão sobre o construído até o momento e ainda
tendo posições que nos levem ao futuro que queremos
construir.
4 Seminários
3) SISTEMAS AGROFLORESTAIS
Coordenador: Patrikk Martins (RURECO)
O
tema sugerido irá abordar uma das principais
preocupações contemporâneas: como combinar
a produção de alimentos com geração de renda e proteção ambiental, superando o modelo agrícola
que assola o meio ambiente para prover a demanda por
comida.
Estas questões tendem agora a tornar-se mais importantes, quando se consideram a pressão ascendente
sobre os preços dos alimentos, a conversão de terras
agrícolas para produzir biocombustíveis e a ameaça do
aquecimento global. Temos uma economia crescente,
mas se por um lado o superávit na balança comercial
aumenta, por outro os recursos naturais diminuem, reforçando o antagonismo entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
Nosso objetivo é debater se as compensações
por serviços ambientais podem ser um caminho, e como
este caminho poderia ser construído, buscando valorar
esses guardiões da natureza para incentivá-los a dar
continuidade aos hábitos da comunidade. Aproveitando
as características da Rede Ecovida, pretendemos no
Seminário levantar possibilidades sobre como as ferramentas dos Sistemas Participativos de Garantia poderiam ser utilizadas para avalizar pagamentos de serviços
ambientais.
Frutos da palmeira Juçara (Euterpe edulis)
4) INSUMOS E PODER NA AGROECOLOGIA
(Coordenadores: Luis Carlos D. Rupp – Centro Ecológico;
Alvir Longhi – CETAP)
O
atual modelo de desenvolvimento e, sobretudo,
o padrão agrícola largamente adotado nos últimos cinqüenta anos, tem contribuído para um
cenário de degradação ambiental. A agricultura tornouse sinônimo de destruição e de poluição. Face a esse
contexto, alguns questionamentos fazem-se urgentes:
como a necessidade de preservar o meio ambiente pode
ser compatível com a provisão de bens materiais para
uma crescente população? Como manter os sistemas naturais e garantir a reprodução social de diversas comunidades rurais?
Que tipo de sistema agrícola pode combinar conservação da biosfera e uso sustentável dos bens naturais?
Frente a esta realidade, a Rede Ecovida vem desenvolvendo tecnologias e métodos de manejo dos recursos naturais associados com a reconstrução de novas
dinâmicas de circulação e distribuição de produtos, a fim
de promover um desenvolvimento local agroecológico
reestruturante das dinâmicas socioeconômicas e dos ciclos naturais. Nesta caminhada muitas iniciativas surgiram e se consolidaram no que se refere ao manejo agroecológico dos agroecossistemas locais.
Sabemos que a agricultura ecológica não dispensa o desenvolvimento e o uso de insumos, principalmente em se tratando de sistemas de produção agrícolas
em transição para a agroecologia. Isso porque a maioria das espécies alimentares que produzimos é exótica e
nem sempre se adapta facilmente a todas regiões onde
são cultivadas historicamente pelos agricultores. Ainda,
existem situações onde a produção das plantas nativas
está limitada, por exemplo, pela ocorrência de doenças e
insetos.
Assim, temos determinados gargalos técnicos em
várias das áreas do conhecimento: I) adubação dos solos e nutrição das plantas; II)
manejo de plantas de cobertura/adubação
verde e das ervas espontâneas; III) manejo
de insetos e de doenças, que podem comprometer fortemente a produtividade das
culturas. No entanto, não podemos cair
na armadilha da substituição de insumos,
gerando dependência, ainda mais da mesma indústria que envenenou a agricultura.
Este risco está iminente especialmente depois da aprovação da lei que regulamenta
a produção orgânica no Brasil. As empresas estão visualizando neste momento a
oportunidade de reformular seus meios
de aumentar seus lucros, associado a uma
imagem ambientalmente correta.
O Seminário Insumos e Poder na
Agroecologia visa debater a questão da autonomia, do
conhecimento, do poder que representa para os agricultores a produção própria de insumos e tecnologias ecológicas de produção. Temos que fortalecer este debate
dentro da Rede Ecovida, capacitando cada vez mais as
pessoas a produzirem soluções localmente, e também
gerando demanda de pesquisas para instituições públicas e permitindo a livre circulação de conhecimento e
tecnologias.
Informações Gerais
Orientações de Preparação
1. Pessoa Responsável pelo Núcleo – Precisamos de
uma pessoa de cada Núcleo que assuma a coordenação
e animação para a preparação ao Encontro. Esta pessoa
vai fazer contato direto com a organização sempre que
necessário, sendo também a referência para os informes
da equipe organizadora.
2. Vagas – Estimamos a participação de 200 pessoas por
Estado, sendo que internamente os núcleos devem se organizar quanto às suas representações, prevendo número
eqüitativo de mulheres e homens e garantindo a participação da juventude.
3. Encontrinho – Teremos pessoas que ficarão responsáveis pelas crianças, enquanto as mães e os pais participam
do VIII Encontro Ampliado. Necessitamos saber quantas
crianças virão para o VIII Encontro da Rede Ecovida, suas
idades e gênero. Desta maneira conseguiremos definir e
fazer uma programação mais direcionada.
4. Transporte – Cada núcleo assume a despesa de transporte para a vinda ao VIII Encontro. Caso tenha dificuldade, entre em contato com a organização, para que possamos auxiliar no transporte. Os núcleos devem informar
aos motoristas dos ônibus que haverá necessidade de
deslocamentos entre os locais de hospedagem e o local
do Encontro, cerca de 35 km ida/volta por dia. E devem se
programar para retornar no início da noite do dia 30/05,
pois teremos durante a tarde deste dia passeios pela cidade de Florianópolis, que fazem parte da programação.
5. Abertura – Orientamos que os núcleos cheguem até as
10hs do primeiro dia, para montarem seu espaço na Feira
de Saberes e Sabores e se prepararem para a abertura que
será as 13h30. Os núcleos serão chamados a fazer uma
breve apresentação, com um tempo entre 4 a 5 minutos.
Em breve enviaremos mais detalhes sobre o formato desta
apresentação.
6. Refeições – Serão feitas no Restaurante Universitário
(RU), bem próximo ao local onde estarão acontecendo
as plenárias, seminários, oficinas e a Feira de Saberes e
Sabores. Serão junto com os alunos e alunas da UFSC,
em horários alternativos, para evitar o volume maior de
pessoas. É uma grande oportunidade de nos integrarmos
com a comunidade da universidade e compartilhar saberes e sabores. Hoje o RU tem boa parte de sua alimentação
orgânica, e nós estamos trabalhando para que possamos
ampliar esta oferta.
7. Atividades Culturais – Estamos fazendo contato com
vários grupos culturais da cidade para se apresentarem
durante o VIII Encontro, serão atividades bem diversificadas como Boi de Mamão, Pau de Fitas, Danças Afro, Orquestra das Escolas, Contação de Histórias, Teatro e outras
que vão se somar, mas é importante que os núcleos tra-
5
gam suas contribuições artísticas culturais, pois uma Roda
de Viola é sempre bem vinda.
8. Feira de Saberes e Sabores – Montaremos um grande
toldo bem na Praça Central da UFSC. Precisamos que os
núcleos se organizem e tragam produtos para comercializarem durante os 3 dias, prevendo que terá uma grande
circulação de pessoas. Na página da Rede Ecovida, tem
uma ficha de inscrição para que os núcleos preencham,
dizendo os produtos que vão trazer e se há necessidade
de refrigeração. É importante preencher esta ficha e nos
encaminhar com brevidade, para que possamos organizar
a Feira. Pedimos que os Núcleos se organizem para montagem da Feira na manhã do primeiro dia (28/05). A Feira
de Sabores e Saberes será aberta as 14h do primeiro dia
do Encontro.
9. Hospedagem – Será no Sul da Ilha de Florianópolis. Efetuamos reservas nos hotéis e Pousadas na Praia do Campeche e Praia do Morro das Pedras. O café da manhã será
no próprio hotel ou pousada. A distância entre os hotéis e
a UFSC é em média 20km, mas por um caminho bonito, o
que já oportuniza conhecer um pouco desta ilha.
10. Baile – Tem que ter né? Pois merecemos dançar e brincar. Esta festa vai acontecer no Hotel Morro das Pedras, teremos uma banda e outras atrações que vão animar nossa
confraternização, mas é bom que os núcleos tragam seus
instrumentos e ajudem a animar a nossa festa. Este hotel
tem acesso a praia, oportunizando um passeio ao luar caminhando na areia da praia.
11. Seminários e Oficinas – A participação é de livre
escolha, mas orientamos que os participantes de cada núcleo se distribuam entre os Seminários, para assim levarem para seus núcleos as discussões e propostas de cada
um dos temas apresentados.
12. Tragam seus agasalhos! – Pois aqui em Florianópolis
temos o “vento suli”, que quando vem traz junto o frio, mas
sabemos que uma roda de chimarrão e prosa esquentam
nossos corações e aquecem nossas vidas.
Oficina durante o 7° Encontro Ampliado
6 Florianópolis e UFSC
Rede Ecovida e a Cidade-Anfitriã
A UFSC, NOSSO PONTO DE ENCONTRO
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
local-sede do VIII Encontro Ampliado, é um dos principais centros de ensino, pesquisa e extensão do país.
Hortas Escolares: Agroecologia desde a educação fundamental
F
lorianópolis, famosa pelo seu cartão-postal em forma de ponte, suas dezenas de praias e o título de Ilha
da Magia, é a cidade-sede do VIII Encontro Ampliado
e a base do Núcleo Litoral Catarinense da Rede Ecovida.
Em essência, a cidade é caracterizada por uma população com preocupação ambiental e cuidados com
a alimentação, tendo grande potencial de consumo da
produção agroecológica.
Através de um circuito de feiras, os produtos da Rede
Ecovida são ofertados aos lares de Floripa, como é carinhosamente chamada. Alguns projetos do PAA (Programa
de Aquisição de Alimentos / Conab) também colocaram
a Rede nos pratos de escolas e instituições de caridade.
Negociações em curso vão garantir neste ano o
abastecimento de escolas na parte continental da cidade, com fornecimento pela cooperativa Ecoserra, promovendo uma via dupla de benefícios, tanto aos agricultores da Rede quanta às crianças que se alimentam com
qualidade. Outra articulação prestes a ser concluída prevê a criação de um Box para produtos agroecológicos no
CEASA, potencializando o Circuito de Comercialização
empreendido pela Rede.
Além disso, a Rede Ecovida insere-se em
Florianópolis através das organizações locais que a representam, incorporando as temáticas da Agricultura Urbana,
Segurança Alimentar e Nutricional e Gestão de Resíduos
Orgânicos na sua dinâmica de atuação. Um exemplo é
a implementação do PEHE (Programa Educando com a
Horta Escolar), que leva a Agroecologia a 63 unidades
escolares do município, aliando educação ambiental,
sensibilização das estruturas públicas para o consumo
de alimentos ecológicos, compostagem e coleta de óleo
de fritura para reconversão em biocombustível. Outra referência local é a Revolução dos Baldinhos, um programa
de Agricultura Urbana e Compostagem em comunidade
de grande vulnerabilidade social, que atualmente recicla
as sobras orgânicas de 200 famílias gerando o composto
que viabiliza os cultivos e pode gerar renda.
Centro de Cultura e Eventos da UFSC
Possui números de uma pequena cidade: nela transitam
34.280 estudantes e 1552 professores, responsáveis pela
existência de 69 cursos de graduação, 88 pós-graduações em sentido amplo e 81 em sentido estrito.
Todas as quartas-feiras, uma feira-livre é realizada em frente à Reitoria, tendo representantes da Rede
Ecovida entre as bancas, incluindo um ex-fumicultor de
São Bonifácio que é certificado e hoje articula famílias da
região para a produção agroecológica.
O Centro de Ciências Agrárias da UFSC abriga o
Cepagro (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura
de Grupo) desde 1990, ano de fundação da entidade. O
Cepagro é uma das organizações locais que articulam
a Rede Ecovida, com representantes na coordenaçãogeral, nos processos de certificação participativa e no
acompanhamento dos grupos agroecológicos.
Em seu histórico de atuação, a entidade manteve
vínculo permanente com a UFSC, a exemplo dos cerca de
100 bolsistas que por ela passaram para desenvolverem
seus trabalhos de pesquisa e extensão, no rural e no urbano. Atualmente, o Cepagro abriga estágios nas áreas
de Comercialização de orgânicos, Agricultura Urbana e
no Programa Educando com a Horta Escolar.
CULTURA E AGROECOLOGIA - Boa parte das
atrações culturais do VIII Encontro Ampliado serão
realizadas pelos Pontos de Cultura da Grande
Florianópolis. Eles fazem parte do programa
Cultura Viva (Ministério da Cultura), que fomenta
iniciativas de cunho popular em todo o Brasil.
Somente em SC, há uma Rede de
57 Pontos de Cultura ativos.
O Encontro será um bom momento para
nossa Rede dialogar com esta para o
fortalecimento de ambas.
Programação Resumida
VIII Encontro
Ampliado da
Rede Ecovida
28/05/2012 (segunda)
29/05/2012 (terça)
30/05/2012 (quarta)
06:30
CAFÉ DA MANHÃ (no local de
hospedagem)
CAFÉ DA MANHÃ (no local de
hospedagem)
MANHÃ
Acolhimento
Das 8:30 às 12h, Seminários:
Sistemas Participativos de
Garantia; Canais de
Comercialização; Sistemas
Agroflorestais; Insumos na
Agroecologia; FEIRA DE SABERES
E SABORES
Das 8h30 às 10h: Síntese dos
Seminários, encaminhamentos e
articulações institucionais.
Das 10h às 12h: Plenária de
Encerramento e posse da nova
coordenação da Rede Ecovida;
FEIRA DE SABERES E SABORES
12h15 às 13h15
ALMOÇO
ALMOÇO
ALMOÇO
13h30 – Música de Acolhimento Orquestra das Escolas / Mística de
Abertura (Sérgio Bello)
14h30 – Início Apresentação das
Delegações e demais
participantes / Abertura da Feira Das 14h às 17h, Oficinas ; FEIRA
DE SABERES E SABORES
de Saberes e Sabores
16h30 – Café com prosa
TARDE
Espaço Livre com roteiros
temáticos e turísticos pré
estabelecidos na cidade de
Florianópolis
17h – Composição da Mesa de
Abertura, falas Institucionais
18h às 19h
20h às 0h00
17h50 – Orientações sobre a
Estrutura de Funcionamento
Operacional e programático do
VIII Encontro Ampliado da Rede
Ecovida
FEIRA DE SABERES E SABORES
JANTAR
JANTAR
DIA EXTRA
(31/05/2012)
As dependências da
UFSC estão alocadas
para a rede Ecovida
também neste dia.
Nele ocorrerão:
Encontro da
Agricultura Urbana
(Participação da
Rede Minas, AS-PTA
e convidados);
Encontro de
Donatários da IAF
(Fundação
Interamericana)
Atração Cultural - Baile
Oficinas (inscritas até 16/04; prazo final para inscrições: 27/04/2012)
Agricultura urbana e a Horta Comunitária do Jardim Janaína
Agricultura urbana e Revolução dos Baldinhos
Agrobiodiversidade e técnicas de controle de formigas: experiência na agricultura tradicional e orgânica
Apresentação de Teses e Pesquisas sobre a Rede Ecovida
Bioconstrução
Cuidar de Si
Culinária e Agroecologia
Educação do campo
Educação do Campo e Tecnologia Ecológica
Estratégias para manutenção e reprodução de sementes crioulas
Homeopatia na Bovinocultura Leiteira
Introdução a Astronomia: Troca de experiências em agricultura biodinâmica entre agricultores da Rede Ecovida
Novo Sítio Digital da Rede Ecovida – Construindo nossa identidade na Rede
O engenho de farinha agroecológico e o patrimônio cultural: proposta de ocupação de espaços de memória e trabalho
O negócio é orgânico – Rodada de Negócios
Plantas Medicinais na Rede Ecovida
Projeto Educando com a Horta Escolar: A experiência da Rede Municipal de Florianópolis
Serviços Ambientais e Sistemas Agroflorestais
Tradições Culturais e Agrícolas Quilombolas e a Agroecologia
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8 Mapa

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