Aviação Brasileira Agenda 2020
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Aviação Brasileira Agenda 2020
Aviação Brasileira Agenda 2020 www.abear.com.br A ABEAR Missão “ Estimular o hábito de voar no país, planejando, implementando e apoiando as ações e programas que promovam o crescimento da aviação civil de forma consistente e sustentável, tanto para o transporte de passageiros como para o de cargas. ” A ABEAR As companhias fundadoras A associação foi criada em agosto de 2012 Juntos, somos responsáveis por 99% do mercado doméstico** com 2.700 voos diários 450 aeronaves * Trip e Azul fundiram-se em 2013 sob a marca Azul ** Medido em RPK (Passageiro-Quilômetro-Pagante). Fontes: Dados Comparativos ANAC jan-nov/2012; Companhias aéreas A ABEAR Frentes de atuação Competitividade Busca de um ambiente favorável ao desenvolvimento do setor aéreo, com revisão de custos e melhorias na infraestrutura, de modo a oferecer produtos e serviços de qualidade crescente. A ABEAR tem entre suas propostas o diálogo e a participação nos processos de concessão dos aeroportos. Sustentabilidade Adoção de práticas sustentáveis em todos os elos da cadeia do setor, com investimentos focados em: » Desenvolvimento de biocombustível sustentável para aviação » Revisão contínua dos procedimentos de controle do tráfego aéreo, permitindo voos mais diretos e menos esperas no ar » Revisão dos procedimentos operacionais e administrativos das empresas aéreas, visando a redução do impacto ambiental Recursos humanos Investimentos na capacitação, formação e especialização de profissionais que trabalham no transporte aéreo e nos setores complementares. O setor aéreo brasileiro Geração de emprego e renda 1,2 mi empregos R$ 73 bi adicionados ao PIB 179 mil diretos 432 mil indiretos 276 mil induzidos* 329 mil pelo efeito no turismo R$ 4 bi pagos em salários diretos R$ 24 bi diretos R$ 20 bi indiretos R$ 11 bi induzidos* R$ 18 bi pelo efeito no turismo R$ 22 bi R$ 10 bi em tributos recolhidos R$ 9,5 bi diretos R$ 7,8 bi indiretos R$ 4,3 bi induzidos* Efeito no turismo não quantificado em vendas de aeronaves e equipamentos A Embraer é o 3º maior fabricante de aeronaves do mundo, com cerca de 200 aeronaves produzidas por ano * Efeito resultante do consumo dos funcionários diretos e indiretos Fontes: Estudo Oxford Economics-IATA 2009; Estimativa Bain & Co; Salários informados pelas associadas ABEAR; Embraer O setor aéreo brasileiro Movimentação de bens e serviços US$ 50,1 bi foi a movimentação do transporte aéreo na corrente comercial brasileira (importação e exportação) em 2012 Isso corresponde a 10,7% da movimentação financeira total (de US$ 466 bi), mas a apenas 0,2% do peso total transportado – evidência do alto valor agregado dos bens transportados No mercado doméstico, o setor aéreo responde por 0,4% do peso total transportado Fontes: MDIC; CNT O setor aéreo brasileiro Efeito multiplicador na economia Efeitos diretos: companhias aéreas, aeroportos, varejo de aeroportos Efeitos indiretos: Fornecedores diretos (catering, ground handling, manutenção, aluguel de carros etc.) e indiretos (agricultores, indústria automobilística, etc.) Efeito indireto: Consumo de funcionários diretos (de companhias aéreas e dos aeroportos) e de funcionários de fornecedores diretos e indiretos Efeito em outras indústrias: Turismo Logística Exportações O setor aéreo brasileiro Brasil: o 3º maior mercado doméstico do mundo O crescimento é resultado do desenvolvimento econômico e da redução dos preços das passagens Segurança e rapidez Passageiros transportados (doméstico, em milhões) 700 625 As companhias aéreas associadas da ABEAR transportaram cerca de 400 milhões de passageiros nos últimos cinco anos – sem nenhum acidente 600 500 400 300 256 200 100 81 80 Brasil Japão 58 0 EUA Fonte: IATA 2011 China Índia O setor aéreo brasileiro Posição do Brasil no cenário internacional do setor aéreo Comparativo com outros mercados domésticos Estados Unidos China Passageiros domésticos 625 milhões 256 milhões Número de companhias com mais de 7% de mercado 4 4 21% Delta Air Lines 23% China Southern 17% Southwest Airlines 16% China Eastern 14% United Airlines 15% Air China Companhias com mais de 7% de mercado * 14% American Airlines 10% US Airways * Companhias em processo de fusão Fontes: IATA, INDEC (ARG) e ABEAR 8% Hainan Airlines Brasil 4 Japão Argentina 80 milhões 6,6 milhões 2 2 47% All Nippon Airways 30% Japan Airlines 62% Aerolineas Argentinas 32% Lan Airlines O setor aéreo brasileiro Mais passageiros a cada ano O crescimento de viagens domésticas e internacionais de 2002* a 2012 é de 180% Passageiros transportados no Brasil (doméstico e internacional, em milhões) 180% de crescimento 100 93 101 79 80 65 60 40 36 33 2002 2003 37 45 49 54 58 20 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 * Em 2002, passa a vigorar a liberdade tarifária no transporte aéreo doméstico no Brasil Fonte: ANAC 2012. Inclui passageiros de aviação regular e não regular, pagos e gratuitos, assim como aqueles oriundos de programas de milhagem, contabilizados pelas companhias aéreas brasileiras e estrangeiras em todos os aeroportos do país O setor aéreo brasileiro Mercado em expansão A população brasileira voa cada vez mais Evolução do número de passageiros frente ao crescimento da população (2002-2012) 0,60 0,51 0,48 0,50 0,41 0,34 0,31 0,40 0,29 0,26 0,30 0,20 0,25 0,20 0,18 0,20 0,10 0,00 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 * ANAC; SRE; GEAC Estados Unidos e Austrália apresentam as maiores taxas proporcionais de passageiros aéreos em relação à população, com mais de 5 viagens por habitante ao ano. Espanha tem índice acima de 4. Outras nações europeias, como França, Alemanha e Itália têm índices acima de 2. Já o país mais populoso do mundo, a China, tem menos de uma viagem por habitante 2011 2012 O setor aéreo brasileiro Voar é cada vez mais vantajoso Em 2002, não havia passagens a menos de R$ 100. Hoje, elas representam 13% dos assentos vendidos Distribuição de assentos comercializados por intervalo de tarifa doméstica real (%) De 2002 a 2012, a tarifa doméstica média teve redução de 43%, de R$ 515,17 para R$ 294,83 Intervalo de tarifa aérea média real (em R$) 2012 Tarifa inferior a R$ 100 Tarifa inferior a R$ 300 2002 = 0% dos assentos 2012 = 13% dos assentos 2002 = 23% dos assentos 2012 = 65% dos assentos 30,84 30 21,27 19,04 20 13,78 0,94 0,40 1,50 1,02 0,62 0,40 0,29 0,19 0,13 0,38 1. 50 0 0 >= 1. 50 0 40 1. >= 1. 30 0 e e < < 1. 1. 30 40 0 0 < >= 00 1. 2 1. 10 0 e e e < < 1. 1. 20 10 0 00 e 0 90 Fonte: ANAC/SRE/GEAC, “Tarifas Aéreas Domésticas”, ANAC, 9 de agosto de 2013 0 1,01 0 1,64 >= e >= >= 80 0 0 70 >= 1,97 < < < 90 80 0 0 0 < 0 1,47 2,81 >= 3,17 2,09 70 0 e < 60 >= 0 50 >= 3,15 60 0 50 0 < >= 40 0 e >= 30 0 0 20 >= e < < e < e 0 10 >= 40 30 0 20 10 < e 0 > 0 4,89 e 0,05 0 5,59 7,59 e 5 7,36 12,52 5,30 00 13,16 10 1. 0 17,56 1. 15 17,84 >= 25 0 Assentos comercializados (%) 35 2002 O setor aéreo brasileiro A vez do avião O transporte aéreo é o meio mais barato para viagens planejadas de longas distâncias* no Brasil Aéreo - 3 meses de antecedência Aéreo - 1 mês de antecedência Preço da passagem partindo de São Paulo (em R$)** Aéreo - 1 dia de antecedência Rodoviário 800 600 400 200 3 0 Fortaleza Salvador Natal São Luis Duração - aéreo 4 horas 2 horas 3 horas 4 horas Duração - rodoviário 52 horas 31 horas 47 horas 49 horas * Acima de 1.500 km **Preço mais baixo encontrado entre todas as empresas que oferecem o trecho. Nas passagens compradas com 1 a 3 meses de antecedência, considerou-se uma flexibilidade de 3 dias na data. Dados coletados em 10 de julho de 2013. Fontes: sites das empresas Gontijo, Itapemirim, Penha, São Geraldo, TAM, Gol e Avianca O setor aéreo brasileiro Tarifas competitivas As tarifas “cheias” das empresas europeias – mesmo as de baixo custo – chegam a ser mais altas que no Brasil. Um voo com tarifa nominal de € 9 pode custar 63% a mais que um trecho similar no país Tarifa europeia de baixo custo vs. tarifa nacional* (em R$) Voos de distâncias similares (Europa: Londres-Frankfurt; Brasil: Brasília-BH) EUROPA BRASIL 122 200 190 150 máx. 41 21 109 117 95 100 27 50 mín. 16 24 0 Tarifa Valor (em €) 9 Taxa adm. 6 Reserva Bagagem de assento despachada online (15 a 20 kg) 10 15 a 45 Custo total 40 a 70 * Preços disponíveis para passagens compradas com um mês de antecedência Fontes: sites Ryanair, TAM, Gol, Azul e Avianca (dados coletados em 23 de janeiro de 2013) Tarifa Taxas Custo total Inclui reserva de assento e franquia de 23 kg de bagagem O setor aéreo brasileiro A democratização das viagens de avião no Brasil Um efeito do aumento da renda no Brasil e de passagens mais baratas Renda média mensal por domicílio (descontada a inflação, em R$) 20% 3.000 2.660 2.479 2.215 2.311 2.000 1.000 0 Fonte: IBGE; LCA Consultores Passagens aéreas mais baratas + 2006 2008 2010 Aumento da renda do brasileiro 2012(E) = O novo consumidor está voando mais O setor aéreo brasileiro Reflexos do crescimento econômico Aumento dos gastos dos brasileiros com viagens* (2002 a 2012) Distribuição de passageiros* conforme renda domiciliar mensal Frequência anual de viagens* (% de passageiros únicos) 242% 6% 9% 36% 41% 64% 85% 15% 10% 41% Classe social AB 19% C DE A nova classe média foi a que mais aumentou os gastos com viagens nos últimos dez anos Fonte: Pesquisa de mercado Data Popular * Viagens domésticas e internacionais Até 10 salários mínimos Acima de 10 salários mínimos 36% do total de passageiros das companhias brasileiras é da classe média Fonte: Estudo do Setor de Transporte Aéreo do Brasil, BNDES 2010 15 ou + viagens 3 viagens 7 a 15 viagens 2 viagens 4 a 6 viagens 1 viagem O alto percentual de passageiros voando pela primeira vez reforça a tendência à democratização Fonte: Estudo do Setor de Transporte Aéreo do Brasil, BNDES 2010 O setor aéreo brasileiro Investimentos para sustentar o crescimento O Brasil tem uma das frotas de aeronaves mais jovens do mundo Idade média da frota (anos) 20 16,4 15 12,6 10 9,6 10 13,4 6,5 6,7 China Eastern Média Brasil China Airlines Air France Lufthansa United Airlines Delta China Brasil China França Alemanha Estados Unidos Estados Unidos 5 0 Fontes: ANAC; airfleets.net (jan/2013) O setor aéreo brasileiro Oferta de assentos para atender à demanda crescente A quantidade de lugares em voos cresce continuamente no Brasil Capacidade ofertada em voos domésticos (ASK bilhões)* 150 144% 116 120 103 100 50 0 49 2002 43 45 51 2003 2004 2005 57 2006 67 2007 75 2008 86 2009 2010 2011 Fontes: ANAC * Do inglês, Available Seat Kilometer, ou Assento Quilômetro Oferecido. A variável, que representa a oferta de transporte aéreo de passageiros, é obtida pela multiplicação da quantidade de assentos oferecidos pela quantidade de quilômetros voados 2012 O setor aéreo brasileiro Comprometimento com o consumidor e com o país Investimento na frota (entre as mais modernas do mundo) Democratização do acesso à viagem de avião, com redução nos preços das passagens Apoio a iniciativas de saúde, cultura e meio ambiente Investimento no transporte de cargas, gerando maior eficiência logística Manutenção de altos níveis de segurança de voo Crédito e venda de passagens para comunidades de baixa renda Melhoria dos serviços online: reservas, check-in, marcação de assentos e atendimento de necessidades especiais Programas de fidelização que dão benefícios, descontos e passagens Investimento em tecnologia e entretenimento a bordo O setor aéreo brasileiro Passageiros mais satisfeitos O respeito ao consumidor é ponto de atenção constante das companhias aéreas Número de manifestações* de passageiros Setores que mais respeitam o direito do consumidor Desde 2010, o número de manifestações de passageiros baixou mais de 60%** 1 é que menos respeita e 15 é que mais respeita 15 Cosméticos 14 Alimentos e bebidas 13 Automobilístico 12 40.000 39.579 Seguros 11 Aviação civil 10 Ônibus interestaduais 9 30.000 Energia elétrica 8 24.680 Plano de saúde 7 20.000 14.725 10.000 Telefonia fixa 6 Eletro eletrônico 5 Banda larga 4 Cartões de crédito 3 0 2010 * Críticas, reclamações, dúvidas e elogios ** Relatório da ouvidoria da ANAC 2011 2012 TV por assinatura 2 1 Telefonia móvel Bancos Fonte: Instituto Ibero-Americano de Relacionamento com Cliente (abr/2013) Perspectivas para o setor aéreo no Brasil Potencial de crescimento A projeção é que o transporte de passageiros cresça 109% e o de carga 58% até 2020 Potencial de passageiros transportados no Brasil (doméstico e internacional, em milhões) 300 109% 211 191 200 172 156 100 101 105 114 127 141 0 Exportações + importações via aérea (US$ bi) 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 50 51 54 57 61 66 72 76 81 Fonte: Estimativa Bain & Co Perspectivas para o setor aéreo no Brasil Geração de empregos O crescimento projetado do setor aéreo tem potencial para gerar 660 mil novos empregos Número de empregados do setor aéreo no Brasil (mil) 660 mil novos empregos (cerca de 100 mil diretos em empresas aéreas) 2.000 1.875 1.785 1.500 1.097 1.000 939 297 254 249 500 319 267 1.215 329 276 345 289 1.344 387 390 419 432 453 1.518 411 434 1.695 458 363 305 213 334 0 1.178 1.275 1.431 1.605 478 325 344 364 384 483 405 507 425 Turismo 509 540 571 603 635 667 Induzido Indiretos Diretos 138 161 173 179 187 197 210 223 236 249 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Fonte: RAIS; ANAC; Estudo Oxford-IATA; Estimativa Bain & Co 262 276 2019 2020 Perspectivas para o setor aéreo no Brasil Contribuição ao PIB Até 2020, o setor aéreo brasileiro deve adicionar R$ 146 bi ao produto interno bruto do país A cada 1% de aumento no PIB, o setor aéreo cresce 2,5% Valor adicionado ao PIB diretamente pelo setor aéreo (em R$ bi nominais) 300 R$ 146 bi 219 191 200 166 145 126 109 100 54 65 73 83 94 42 0 Participação no PIB 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 1.3% 1.4% 1.6% 1.7% 1.6% 1.7% 1.7% 1.8% 1.8% 1.9% 1.9% 2.0% Fonte: Estimativa Bain & Co Obstáculos ao desenvolvimento Má distribuição geográfica O transporte aéreo de passageiros está concentrado em poucas regiões atualmente Transporte aéreo por meso-região IBGE (2012) 98 Número de aeroportos* 18 24 56 97 Número de passageiros (milhões) 74 19 4 50 100 Regiões com mais de 5 milhões de passageiros Regiões com 1 a 5 milhões de passageiros Regiões com até 1 milhão de passageiros Regiões sem aeroporto Fonte: IBGE, Infraero, Anac, Daesp, Bain & Co * Aeroportos administrados pela Infraero e pelo DAESP 150 Obstáculos ao desenvolvimento Sobrecarga dos aeroportos Dos doze maiores aeroportos do país, oito já estão com utilização igual ou acima da capacidade reportada Capacidade reportada vs. utilização nos principais aeroportos brasileiros (em milhões de passageiros) 40 31 32 Utilização 30 Capacidade 20 17 17 16 16 17 17 10 10 10 13 13 9 9 9 8 7 42 9 8 7 8 6 6 6 Ri o Fontes: Infraero; concessionárias za fe Fo rta le ci Re a Cu rit ib s na pi m Ca de Ja Ga nei le ro Be ão lo Ho r Co izon nfi te ns R Sa io nt de os Ja Du ne m iro on t Sa lva do r Po rto Al eg re ília as Br S Co ão ng Pa on ul ha o s S Gu ão P ar au ul lo ho s 0 Obstáculos ao desenvolvimento Problemas de infraestrutura A situação de aeroportos como o de Rio Branco exemplifica como a infraestrutura deficiente prejudica o setor TAM 187 174 200 144 Oferta máxima 19 A3 20 A3 0 0 70 773 70 773 0 80 73 Fonte: ABEAR 115 0 7- Este custo acaba impactando o valor da passagem aérea Oferta máxima 50 Aeronave utilizada 100 103 Aeronave doméstica regular Aeronave doméstica regular 150 144 Aeronave utilizada » As empresas aéreas precisam voar para a cidade com suas menores aeronaves, e com oferta reduzida de assentos GOL 250 19 » A pista tem problemas como rachaduras, depressões e buracos Assentos oferecidos em voos Brasília–Rio Branco A3 Aeroporto de Rio Branco: Obstáculos ao desenvolvimento Altos custos operacionais O preço e a tributação do combustível representam grandes gargalos Precificação QAV* ICMS sobre QAV O combustível responde por até 43%** dos custos de uma empresa aérea Qualquer diferença no preço final do QAV tem grande impacto na operação Atualmente, o ICMS varia de 4% a 25% nos principais aeroportos Como resultado das diferentes alíquotas, é prática comum nas empresas planejar a malha para abastecer no ponto de menor ICMS As consequências dessa prática são prejudiciais a todos: » Meio ambiente: o maior consumo de combustível aumenta a emissão de gases poluentes » Empresas aéreas: ineficiências operacionais » Governos estaduais: a “guerra fiscal” reduz a arrecadação dos estados onde o ICMS é maior » Passageiros: a passagem fica mais cara * Querosene de aviação ** Dados públicos da Gol (jan-set/2012) Obstáculos ao desenvolvimento Custo do combustível A fórmula de precificação e os tributos encarecem o insumo para a aviação doméstica e prejudicam a competitividade das companhias Mesmo tendo aproximadamente 75% do volume produzido no Brasil, o QAV é precificado pela paridade de importação Estimativa da composição do preço do QAV no Brasil (em % do preço, média de 2009) 100 6.3 1.5 3.8 100 Outros Preço do QAV 6.9 80 81.5 Soma = 14,7% 60 40 20 0 US Platts Fontes: ANP; IATA Frete Dutos e Estocagem AFRMM Obstáculos ao desenvolvimento Custo do combustível O combustível de aviação no Brasil é um dos mais caros do mundo Preço do combustível de aviação (em US$ por galão, em abril de 2013) Lilongué - Malawi 6,81 Bujumbura - Burundi 5,41 Kigale - Ruanda 5,28 Recife - Brasil 5,16 Guarulhos - Brasil 4,91 N’Djamena - Chade 4,77 Luanda - Angola 4,68 Harare - Zimbábue 4,60 Brazzaville - Congo 4,50 Galeão - Brasil 4,40 Maputo - Moçambique 4,25 Libreville - Gabão 4,20 Kinshasa - Congo 4,00 Kano - Nigéria 3,82 Guarulhos - Brasil 3,79 Galeão - Brasil 3,77 Lomé - Togo 3,74 Lagos - Nigéria 3,52 Cairo - Egito 3,35 Caracas - Venezuela 3,23 Santiago - Chile 3,21 Buenos Aires - Argentina 3,16 Madri - Espanha 3,15 Londres - Inglaterra Frankfurt - Alemanha Nova York - EUA Voos domésticos, com ICMS 2,88 Voos internacionais, isentos de ICMS Ao contrário do que acontece nos voos domésticos, o combustível para voos internacionais é isento de ICMS 2,81 2,79 Fontes: ANP; IATA Obstáculos ao desenvolvimento ICMS sobre o QAV nos estados brasileiros As diferentes alíquotas praticadas nos estados brasileiros acabam moldando a malha aérea AC 25% DF, MG, PR, RJ e SP respondem por 68% dos CE 25% AM 25% AP 25% ES 25% GO 25% MA 25% MT 25% PE 25% PI 25% RO 25% SP 25% BA 17% AL 17% MS 17% PA 17% PB 17% RN 17% RS 17% SC 17% SE 17% TO 14% DF 12% RJ 12% RR 12% MG 11% PR 7% movimentos anuais de aeronaves no Brasil. AP RR Os aeroportos de Fontes: Infraero; DAESP AM MA PA CE PB PE AL SE PI RO AC TO BA DF RN * DF * GO Londrina e Maringá 1% MG ES MS SP RJ PR * Foz do Iguaçu 1% SC RS * Curitiba 12% Fontes: CP Consultores Associados * Aeroportos onde são praticadas alíquotas diferentes do restante do estado * Goiania 15% Confins (BH) 11% Demais (MG) 25% Obstáculos ao desenvolvimento Restrição do mercado por custos elevados Se a empresa aérea europeia mais competitiva operasse no Brasil, seu custo seria 27% mais alto Custo por assento por quilômetro voado (centavos de real, 2011) Encargos Trabalhistas +27% 41% maiores que na Europa 10 1,8 0,3 8 7,1 0,8 6 9,0 1,2 1,5 2,8 2,8 4 Encargos trabalhistas 2 4,9 3,4 Europa Antes da inclusão do setor aéreo no Plano Brasil Maior, estes encargos eram 45% maiores que na Europa Outros Combustível 0 Principais desvantagens de custos no Brasil Brasil COMBUStível 44% mais caro que na Europa Fontes: relatórios anuais e dados internos das companhias aéreas; análise Bain & Co Obstáculos ao desenvolvimento Tarifas As tarifas aeroportuárias e aeronáuticas correspondem a 6% do custo total das companhias aéreas Composição tarifária (Voos domésticos) Tarifas de navegação aérea 67% • Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios à Navegação Aérea em Rota (TAN) • Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios Rádio à Navegação Aérea em Área de Controle de Aproximação (TAT APP) • Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios Rádio à Navegação Aérea em Área de Controle de Aeródromo (TAT ADR) 33% Tarifas aeroportuárias • Tarifa de Pouso • Tarifa de Permanência no Pátio de Manobras (TPM) • Tarifa de Permanência na Área de Estadia (TPE) • Tarifa de Armazenagem • Tarifa de Capatazia * Além dessas, existem ainda duas outras tarifas aeroportuárias que impactam o preço final do bilhete aéreo: a Tarifa de Embarque (paga pelo passageiro) e a Tarifa de Conexão (criada em 2012 para os aeroportos concessionados e ampliada em 2013 para todos os aeroportos públicos), cuja obrigação pelo pagamento, atualmente definida para as companhias, está sendo discutida na Justiça. Fonte: ANAC Obstáculos ao desenvolvimento Resultado financeiro Apesar do crescimento do setor, o desempenho financeiro das empresas aéreas é modesto e muito volátil Lucro líquido histórico TAM e GOL (em R$ mi) 2.000 TAM 1.500 GOL 1.000 500 0 -500 -1.000 -1.500 -2.000 Margem sobre TAM receita líquida GOL 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 5% 8% 3% 8% 6% -14% 13% 6% -2% 8% 14% 16% 18% 5% -19% 15% 3% -10% Fonte: CVM Empresas aéreas nacionais que encerraram operações ou entraram em recuperação judicial TAVAJ Transbrasil 2001 2002 Penta 2003 2004 Fly Vasp 2005 NOAR Varig Brasil Passaredo Pantanal BRA 2006 2007 2008 2009 2010 Rico 2011 Meta 2012 Obstáculos ao desenvolvimento Questões regulatórias Temas relevantes para o setor aéreo ainda em aberto Jornada de trabalho dos aeronautas Participação de capital estrangeiro Política de céus abertos A jornada de trabalho de tripulações no Brasil está entre as mais baixas do mundo, gerando maiores custos, ineficiência e desvantagem às empresas aéreas brasileiras na concorrência internacional O teto atual de 20% de capital estrangeiro permitido nas empresas aéreas limita a capacidade de investimento do setor Possível aumento dos direitos concedidos a empresas aéreas estrangeiras para atuação no Brasil. Antes, no entanto, a indústria precisa de infraestrutura adequada, custo competitivo e mercados externos igualmente atrativos também abertos às empresas brasileiras O que precisa ser feito Investimentos na infraestrutura aeroportuária O crescimento do setor aéreo deverá demandar entre R$ 42 bi e R$ 57 bi em investimentos na infraestrutura aeroportuária até 2020 Necessidade de investimento em infraestrutura aeroportuária (em R$ bi) 60 6 9 40 20 4 5 Estimativa superior 7 14 24 57 10 3 42 17 0 Expansão dos 20 maiores aeroportos Expansão de outros aeroportos Número de novos aeroportos Novos (+ de 1M de passageiros) Novos (500 mil-1M de passageiros) Novos (até 500 mil passageiros) Total 15 23 33 71 Fontes: Estimativa Bain & Co baseada em dados do BNDES e da Infraero Estimativa inferior O que precisa ser feito Expansão e construção O desenvolvimento econômico e a ascensão de novas regiões são oportunidades para construir ou reativar 71 aeroportos – e expandir 49 Necessidade de aeroportos por fluxo de passageiros 90 85 80 70 60 Novos 56 40 50 40 Novos 15 30 20 10 0 12 Expansão 18 Expansão 21 Existentes 11 0a1 milhão Expansão 10 Existentes 4 1a5 milhões Existentes 2 Mais de 5 milhões Regiões com mais de 5 milhões de passageiros Regiões com 1 a 5 milhões de passageiros Regiões com até 1 milhão de passageiros Fonte: Estimativa Bain & Co O que precisa ser feito Construção e reativação de aeroportos Há oportunidades identificadas em quase todos os estados UF AL AL AM AM AP BA BA BA BA CE CE CE CE CE ES ES ES GO GO GO GO MA MA MA MG MG MG MG MG MG MG MG MG MS MT Região Sertão Alagoano Agreste Alagoano Norte Amazonense Sul Amazonense Norte do Amapá Extremo Oeste Baiano Centro Norte Baiano Nordeste Baiano Centro Sul Baiano Noroeste Cearense Norte Cearense Sertões Cearenses Jaguaribe Centro-Sul Cearense Noroeste Espírito-santense Litoral Norte Espírito-santense Sul Espírito-santense Noroeste Goiano Norte Goiano Leste Goiano Sul Goiano Centro Maranhense Leste Maranhense Sul Maranhense Noroeste de Minas Jequitinhonha Vale do Mucuri Central Mineira Vale do Rio Doce Oeste de Minas Sul/Sudoeste de Minas Campo das Vertentes Zona da Mata Leste de Mato Grosso do Sul Norte Mato-grossense Fontes: Estimativa Bain & Co Principal Município Delmiro Gouveia Arapiraca São Gabriel da Cachoeira Manicoré Oiapoque Barreiras Feira de Santana Alagoinhas Vitória da Conquista Sobral Itapipoca Quixadá Russas Iguatu Colatina Linhares Cachoeiro de Itapemirim Goiás Niquelândia Luziânia Rio Verde Bacabal Timon Balsas Paracatu Diamantina Teófilo Otoni Curvelo Governador Valadares Divinópolis Poços de Caldas Barbacena Juiz de Fora Três Lagoas Sinop MT MT MT PA PA PB PB PE PE PE PI PI PR PR PR PR PR PR PR RJ RJ RJ RJ RN RN RN RO RR RS RS RS SC SE SE SP TO Nordeste Mato-grossense Sudeste Mato-grossense Sudeste Mato-grossense Marajó Nordeste Paraense Sertão Paraibano Borborema Sertão Pernambucano Agreste Pernambucano Mata Pernambucana Sudoeste Piauiense Sudeste Piauiense Noroeste Paranaense Centro Ocidental Paranaense Norte Pioneiro Paranaense Centro Oriental Paranaense Sudoeste Paranaense Centro-Sul Paranaense Sudeste Paranaense Noroeste Fluminense Centro Fluminense Baixadas Sul Fluminense Oeste Potiguar Central Potiguar Agreste Potiguar Leste Rondoniense Sul de Roraima Nordeste Rio-grandense Centro Ocidental Rio-grandense Centro Oriental Rio-grandense Serrana Sertão Sergipano Agreste Sergipano Itapetininga Ocidental do Tocantins Barra do Garças Tangará da Serra Rondonólpolis Breves Abaetetuba Patos Monteiro Serra Talhada Caruaru Vitória de Santo Antão Floriano Picos Umuarama Campo Mourão Cornélio Procópio Ponta Grossa Francisco Beltrão Guarapuava Irati Itaperuna Nova Friburgo Cabo Frio Volta Redonda Mossoró Caicó Santa Cruz Ji-Paraná Rorainópolis Caxias do Sul Santa Maria Santa Cruz do Sul Lages Nossa Senhora da Glória Lagarto Itapetininga Araguaína O que precisa ser feito Expansão de aeroportos e controle de tráfego aéreo Para ampliar as praças de maneira responsável, é preciso investir no controle de tráfego aéreo e na revisão das rotas e dos procedimentos de voo Investimento na ampliação e construção de novos aeroportos Revisão das rotas e dos procedimentos de controle de tráfego aéreo A ampliação e construção de novos aeroportos pressupõe a necessidade de aumentar a capacidade dos aeroportos já existentes, para que praças já congestionadas, como São Paulo, possam absorver um número maior de voos É preciso alterar as rotas e os procedimentos de controle de tráfego para reduzir o tempo médio de voo, diminuindo custos e favorecendo o crescimento do mercado – além de viabilizar que aeroportos saturados, como os de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, possam receber mais voos O que precisa ser feito O impacto no tempo Medidas para melhorar o controle do tráfego aéreo e otimizar os procedimentos de voo se traduzem em ganhos de tempo para os passageiros Outros fatores que afetam o tempo total das viagens de avião, especialmente na ponte aérea: » Devolução de bagagem que depende da capacidade do sistema de esteiras e do tráfego de solo em aeroportos congestionados; » Tempo de São Paulo Rio de Janeiro 30-35 minutos, Uma ponte aérea poderia ser feita em mas hoje leva até uma hora devido à saturação do tráfego espera por um táxi em Congonhas ou Santos Dumont; » Trânsito congestionado no acesso aos aeroportos nos horários de maior fluxo de passageiros do transporte aéreo; » Inexistência Para um passageiro que viaja duas vezes por semana, essa demora corresponde a 56 horas perdidas em um ano de ligação dos aeroportos centrais com os sistemas de trens urbanos e metropolitanos. O que precisa ser feito Investimentos em aeronaves Para que o setor atinja seu potencial, as empresas aéreas terão de investir entre R$ 26 bi e R$ 36 bi até 2020 em aeronaves Necessidade de investimentos em aeronaves (em R$ bi) 40 36 6 5 30 4 26 5 3 4 Estimativa inferior 3 4 10 3 3 2 3 Número de novas aeronaves 4 5 20 0 Estimativa superior 6 2 2013 2014 2015 2016 36 44 60 63 2017 69 2018 2019 2020 Total acumulado 77 85 94 526 Nota: estimativa do valor médio da aeronave baseado nos demonstrativos financeiros das empresas brasileiras de capital aberto Fonte: Estimativa Bain & Co O que precisa ser feito Potencial para 2020* O comprometimento e os investimentos para a solução dos problemas do setor deverão levar o transporte aéreo brasileiro a um novo patamar 2012 Passageiros 101 milhões Aeroportos 96 Rotas domésticas diretas 2020 110 milhões 211 milhões 71 aeroportos 167 479 316 rotas 795 Funcionários 1,2 milhão 660 mil empregos 1,9 milhão Frota 450 aviões* Investimentos 526 aviões** Privado: R$ 26-36 bi * Valores e quantidades aproximados ** Frota ABEAR Fonte: Bain & Co; Infraero; Daesp; ANAC; IATA; HOTRAN 976 aviões** Público: R$ 42-57 bi O que precisa ser feito Esforços combinados Para avançar conforme o potencial, o setor aéreo precisa do trabalho conjunto do governo e da iniciativa privada Governo » Infraestrutura: viabilizar investimentos em ampliação, manutenção e construção de aeroportos, controle de tráfego aéreo e desenvolvimento de novas rotas aéreas » Custos: • Equalização do ICMS entre os estados em 4% • Abrir diálogo junto à Petrobras para revisão da fórmula de precificação do QAV » Regulação: garantir marco regulatório Iniciativa privada » Investimentos: garantir investimento na nova frota necessária para atender ao crescimento da demanda » Eficiência: ganho constante de eficiência nas operações – que resulte em passagens aéreas mais acessíveis » Qualidade e segurança: continuar buscando melhorias no serviço ao usuário » Ampliação da malha aérea: mais destinos, mais voos » Sustentabilidade » Atenção ao consumidor www.abear.com.br
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