Aviação Brasileira Agenda 2020
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Aviação Brasileira Agenda 2020
Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Aviação Brasileira Agenda 2020 www.abear.com.br 1 Aviação Brasileira Agenda 2020 2 www.abear.com.br Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Aviação Brasileira Agenda 2020 Sumário 04. A ABEAR 07. O setor aéreo brasileiro 21. Perspectivas para o setor aéreo no Brasil 25. Obstáculos ao desenvolvimento 36. O que precisa ser feito Estudo realizado pela Bain & Co e análise da COPPE/UFRJ 3 A ABEAR Missão “ Estimular o hábito de voar no país, planejando, implementando e apoiando as ações e programas que promovam o crescimento da aviação civil de forma consistente e sustentável, tanto para o transporte de passageiros como para o de cargas. ” 4 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br As companhias fundadoras A associação foi criada em agosto de 2012 Juntos, somos responsáveis por 99% do mercado doméstico** com 2.700 voos diários 450 aeronaves * Trip e Azul fundiram-se em 2012 sob a marca Azul **Medido em RPK (Passageiro-Quilômetro-Pagante). Fontes: Dados Comparativos ANAC Jan-Nov 2012; Companhias aéreas 5 A ABEAR Frentes de atuação Competitividade Busca de um ambiente favorável ao desenvolvimento do setor aéreo, com revisão de custos e melhorias na infraestrutura, de modo a oferecer produtos e serviços de qualidade crescente. A ABEAR tem entre suas propostas o diálogo e a participação nos processos de concessão dos aeroportos. Sustentabilidade Adoção de práticas sustentáveis em todos os elos da cadeia do setor, com investimentos focados em: » Desenvolvimento de biocombustível sustentável para aviação » Revisão contínua dos procedimentos de controle do tráfego aéreo, permitindo voos mais diretos e menos esperas no ar » Revisão dos procedimentos operacionais e administrativos das empresas aéreas, visando a redução do impacto ambiental Recursos humanos Investimentos na capacitação, formação e especialização de profissionais que trabalham no transporte aéreo e nos setores complementares. 6 O setor aéreo brasileiro www.abear.com.br 7 O setor aéreo brasileiro Geração de emprego e renda 1,2 mi empregos R$ 73 bi adicionados ao PIB 179 mil diretos 432 mil indiretos 276 mil induzidos* 329 mil pelo efeito no turismo R$ 4 bi pagos em salários diretos R$ 24 bi diretos R$ 20 bi indiretos R$ 11 bi induzidos* R$ 18 bi pelo efeito no turismo R$ 22 bi R$ 10 bi em tributos recolhidos R$ 9,5 bi diretos R$ 7,8 bi indiretos R$ 4,3 bi induzidos* Efeito no turismo não quantificado em vendas de aeronaves e equipamentos A Embraer é o 3º maior fabricante de aeronaves do mundo, com cerca de 200 aeronaves produzidas por ano *Efeito resultante do consumo dos funcionários diretos e indiretos Fontes: Estudo Oxford Economics-IATA 2009; Estimativa Bain & Co; Salários informados pelas associadas ABEAR; Embraer 8 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Movimentação de bens e serviços US$ 50,1 bi foi a movimentação do transporte aéreo na corrente comercial brasileira (importação e exportação) em 2012 Isso corresponde a 10,7% da movimentação financeira total (de US$ 466 bi), mas a apenas 0,2% do peso total transportado – evidência do alto valor agregado dos bens transportados No mercado doméstico, o setor aéreo responde por 0,4% do peso total transportado Fontes: MDIC; CNT 9 O setor aéreo brasileiro Efeito multiplicador na economia Efeitos diretos: companhias aéreas, aeroportos, varejo de aeroportos 10 Efeitos indiretos: Fornecedores diretos (catering, ground handling, manutenção, aluguel de carros etc.) e indiretos (agricultores, indústria automobilística, etc.) Efeito indireto: Consumo de funcionários diretos (de companhias aéreas e dos aeroportos) e de funcionários de fornecedores diretos e indiretos Efeito em outras indústrias: Turismo Logística Exportações Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Brasil: o 3º maior mercado doméstico do mundo O crescimento é resultado do desenvolvimento econômico e da redução dos preços das passagens Segurança e rapidez Passageiros transportados (doméstico, em milhões) 700 625 As companhias aéreas associadas da ABEAR transportaram cerca de 400 milhões de passageiros nos últimos cinco anos – sem nenhum acidente 600 500 400 300 256 200 100 81 80 Brasil Japão 58 0 EUA China Índia Fonte: IATA 2011 11 O setor aéreo brasileiro Mais passageiros a cada ano O crescimento de viagens domésticas e internacionais de 2002* a 2012 é de 161% Passageiros transportados no Brasil (doméstico e internacional, em milhões) 161% de crescimento 100 91 98 Segundo a ANAC, que considera também aeroportos administrados por estados e municípios, foram transportados 101 milhões de passageiros em 2012 79 80 65 60 40 38 36 41 48 51 56 57 2007 2008 20 0 2002 2003 2004 2005 2006 2009 Fontes: Infraero; DAESP. *Em 2002, passa a vigorar a liberdade tarifária no transporte aéreo doméstico no Brasil 12 2010 2011 2012 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Passagens mais baratas Tarifa doméstica média (em R$) 46% de redução 900 600 509 514 303 273 2010 2012 300 0 2006 2008 Fontes: ANAC Passageiros mais satisfeitos Número de manifestações* de passageiros 40.000 Desde 2010, o número de manifestações de passageiros baixou mais de 60%** 39.579 30.000 24.680 20.000 14.725 10.000 0 2010 2011 2012 *Críticas, reclamações, dúvidas e elogios ** Relatório da ouvidoria da ANAC 13 O setor aéreo brasileiro Voar é cada vez mais vantajoso Em 2011, somente 0,1% das passagens custaram mais de R$ 1,5 mil Assentos comercializados por intervalos de tarifa aérea média Transporte aéreo doméstico regular de passageiros Tarifa inferior a R$ 100 40 16 2002 = 27% dos assentos 2011 = 65% dos assentos Fontes: ANAC; SRE; GEAC 14 2011 >= 0, 00 0, 00 00 0 1. 50 >= e < 1. 50 0, 00 0 0, 00 e < 1. 40 0, 0 1. 40 0, 00 e < 1. 30 0, 00 1 0 1. 30 0, 00 e 1. 20 0, 00 >= >= 0, < 1. 10 < e ,0 0 >= 1. 00 Intervalo de tarifa aérea média real (em R$) 2002 1 0 1. 20 00 00 0, 00 1. < e >= 90 0, 00 0, 00 80 >= 2 0 3 1 00 0, 90 < e < 80 0, 00 3 1 1. 10 5 2 00 00 60 0, 00 e < 60 0, 00 >= 50 0, 00 e < 50 0, 00 < >= 40 0, 00 e < 40 0, 00 0, >= >= 30 0, 00 e < 30 0, e 0, 00 20 >= >= 10 0, 00 e e < < 10 20 0, 00 00 0 0, 0 7 3 5 e 7 Tarifa inferior a R$ 300 13 9 >= 14 70 16 10 0, 00 21 20 70 20 > 2002 = 0% dos assentos 2011 = 16% dos assentos 29 >= 30 0, 00 Assentos comerciais (%) 50 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br A vez do avião O transporte aéreo é o meio mais barato para viagens planejadas de longas distâncias no Brasil* Preço da passagem partindo de São Paulo (em R$)** Aéreo - 3 meses de antecedência Aéreo - 1 mês de antecedência 800 Aéreo - 1 dia de antecedência Rodoviário 600 400 200 3 0 Fortaleza Salvador Natal São Luis Duração - aéreo 4 horas 2 horas 3 horas 4 horas Duração - rodoviário 52 horas 31 horas 47 horas 49 horas * Acima de 1.500 km **Preço mais baixo encontrado entre todas as empresas que oferecem o trecho. Nas passagens compradas com 1 a 3 meses de antecedência, considerou-se uma flexibilidade na data de 3 dias. Dados coletados em 23 de janeiro de 2013. Fontes: sites das empresas Gontijo, Itapemirim, Penha, São Geraldo, TAM, Gol e Avianca 15 O setor aéreo brasileiro Tarifas competitivas As tarifas “cheias” das empresas europeias – mesmo as de baixo custo – chegam a ser mais altas que no Brasil. Um voo com tarifa nominal de € 9 pode custar 63% a mais que um trecho similar no país Tarifa europeia de baixo custo vs. tarifa nacional* (em R$) Voos de distâncias similares (Europa: Londres-Frankfurt; Brasil: Brasília-BH) EUROPA BRASIL 122 200 190 150 máx. 41 21 109 117 95 100 27 50 mín. 16 24 0 Tarifa Valor (em €) 9 Taxa adm. 6 Reserva Bagagem de assento despachada online (15 a 20 kg) 10 15 a 45 Custo total 40 a 70 *Preços disponíveis para passagens compradas com um mês de antecedência Fontes: sites Ryanair, TAM, Gol, Azul e Avianca (dados coletados em 23 de janeiro de 2012) 16 Tarifa Taxas Custo total Já inclui reserva de assento e franquia de 23 kg de bagagem Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br A democratização das viagens de avião no Brasil Um efeito do aumento da renda no Brasil e de passagens mais baratas Renda média mensal por domicílio (descontada a inflação, em R$) 20% 3.000 2.660 2.479 2.215 2.311 2.000 1.000 0 Fonte: IBGE; LCA Consultores Passagens aéreas mais baratas + 2006 2008 2010 Aumento da renda do brasileiro 2012(E) = O novo consumidor está voando mais 17 O setor aéreo brasileiro Reflexos do crescimento econômico Aumento dos gastos dos brasileiros com viagens* (2002 a 2012) Distribuição de passageiros* conforme renda domiciliar mensal Frequência anual de viagens* (% de passageiros únicos) 242% 6% 9% 36% 41% 19% 64% 85% 15% 10% 41% Classe social Até 10 salários mínimos AB C DE A nova classe média foi a que mais aumentou os gastos com viagens nos últimos dez anos Fonte: Pesquisa de mercado Data Popular * Viagens domésticas e internacionais 18 Acima de 10 salários mínimos 36% do total de passageiros das companhias brasileiras é da classe média Fonte: Estudo do Setor de Transporte Aéreo do Brasil, BNDES, 2010 15 ou + viagens 3 viagens 7 a 15 viagens 2 viagens 4 a 6 viagens 1 viagem O alto percentual de passageiros voando pela primeira vez reforça a tendência à democratização Fonte: Estudo do Setor de Transporte Aéreo do Brasil, BNDES, 2010 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Investimentos para sustentar o crescimento O Brasil tem uma das frotas de aeronaves mais jovens do mundo, com uma oferta de lugares em voos que cresce continuamente Idade média da frota (anos) 20 16,4 15 13,4 12,6 10 9,6 10 6,5 6,7 China Eastern Média Brasil China Airlines Air France Lufthansa United Airlines Delta China Brasil China França Alemanha Estados Unidos Estados Unidos 5 0 Capacidade ofertada em voos domésticos (ASK bilhões)* 150 147% 100 50 0 49 2002 43 45 51 2003 2004 2005 57 2006 67 2007 116 120 103 75 2008 86 2009 2010 2011 2012 (E) Fontes: ANAC; airfleets.net * Do inglês, Available Seat Kilometer, ou Assento Quilômetro Oferecido. A variável, que representa a oferta de transporte aéreo de passageiros, é obtida pela multiplicação da quantidade de assentos oferecidos pela quantidade de quilômetros voados 19 O setor aéreo brasileiro Comprometimento com o consumidor e com o país Investimento na frota (entre as mais modernas do mundo) Democratização do acesso à viagem de avião, com redução nos preços das passagens Apoio a iniciativas de saúde, cultura e meio ambiente 20 Investimento no transporte de cargas, gerando maior eficiência logística Manutenção de altos níveis de segurança de voo Crédito e venda de passagens para comunidades de baixa renda Melhoria dos serviços online: reservas, check-in, marcação de assentos e atendimento de necessidades especiais Programas de fidelização que dão benefícios, descontos e passagens Investimento em tecnologia e entretenimento a bordo Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Perspectivas para o setor aéreo no Brasil www.abear.com.br 21 Perspectivas para o setor aéreo no Brasil Potencial de crescimento A projeção é que o transporte de passageiros cresça 115% e o de carga 58% até 2020 Potencial de passageiros transportados no Brasil (doméstico e internacional, em milhões) 300 211 115% 200 191 172 156 100 98 105 114 127 141 0 Exportações + importações via aérea (US$ bi) 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 50 51 54 57 61 66 72 76 81 Fontes: Estimativa Bain & Co 22 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Geração de empregos O crescimento projetado do setor aéreo tem potencial para gerar 660 mil novos empregos Número de empregados do setor aéreo no Brasil (mil) 660 mil novos empregos (cerca de 100 mil diretos em empresas aéreas) 2.000 1.875 1.785 1.500 1.097 1.000 939 297 254 249 500 319 267 1.215 329 276 345 289 1.344 390 419 432 453 1.431 387 411 434 1.695 458 363 305 213 334 0 1.178 1.275 1.518 1.605 478 325 344 364 384 483 405 507 425 Turismo 509 540 571 603 635 667 Induzido Indiretos Diretos 138 161 173 179 187 197 210 223 236 249 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 262 276 2019 2020 Fonte: RAIS; ANAC; Estudo Oxford-IATA; Estimativa Bain & Co 23 Perspectivas para o setor aéreo no Brasil Contribuição ao PIB Até 2020, o setor aéreo brasileiro deve adicionar R$ 146 bi ao produto interno bruto do país A cada 1% de aumento no PIB, o setor aéreo cresce 2,5% Valor adicionado ao PIB diretamente pelo setor aéreo (em R$ bi nominais) 300 R$ 146 bi 219 191 200 166 145 126 109 100 54 65 73 83 94 42 0 Participação no PIB 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 1.3% 1.4% 1.6% 1.7% 1.6% 1.7% 1.7% 1.8% 1.8% 1.9% 1.9% 2.0% Fonte: Estimativa Bain & Co 24 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Obstáculos ao desenvolvimento www.abear.com.br 25 Obstáculos ao desenvolvimento Má distribuição geográfica O transporte aéreo de passageiros está concentrado em poucas regiões atualmente Transporte aéreo por meso-região IBGE (2012) 96 Número de aeroportos* 18 24 54 97 Número de passageiros (milhões) 74 19 4 50 100 Regiões com mais de 5 milhões de passageiros Regiões com 1 a 5 milhões de passageiros Regiões com até 1 milhão de passageiros Regiões sem aeroporto *Aeroportos administrados pela Infraero e pelo DAESP. 26 150 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Sobrecarga dos aeroportos Dos doze maiores aeroportos do país, oito já estão com utilização igual ou acima da capacidade reportada Capacidade reportada vs. utilização nos principais aeroportos brasileiros (em milhões de passageiros) 40 31 32 Utilização 30 Capacidade 20 17 17 16 16 17 17 10 10 10 13 13 9 9 9 8 7 42 9 8 7 8 6 6 6 Ri o za Fo rta le ife Re c a Cu rit ib s na pi m Ca de Ja Ga nei le ro Be ão lo Ho r Co izon nfi te ns R Sa io nt de os Ja Du ne m iro on t Sa lva do r Po rto Al eg re ia síl Br a S Co ão ng Pa o n ul ha o s S Gu ão P ar au ul lo ho s 0 Fontes: Infraero; concessionárias 27 Obstáculos ao desenvolvimento Problemas de infraestrutura A situação de aeroportos como o de Rio Branco exemplifica como a infraestrutura deficiente prejudica o setor TAM 187 174 200 144 28 Oferta máxima 19 A3 20 A3 00 -7 73 7 00 -7 73 7 00 73 7 Fonte: ABEAR 115 0 -8 Este custo acaba impactando o valor da passagem aérea Oferta máxima 50 Aeronave utilizada 100 103 Aeronave doméstica regular Aeronave doméstica regular 150 144 Aeronave utilizada » As empresas aéreas precisam voar para a cidade com suas menores aeronaves, e com oferta reduzida de assentos GOL 250 19 » A pista tem problemas como rachaduras, depressões e buracos Assentos oferecidos em voos Brasília–Rio Branco A3 Aeroporto de Rio Branco: Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Altos custos operacionais O preço e a tributação do combustível representam grandes gargalos Precificação QAV* ICMS sobre QAV O combustível responde por 43%**, em média, dos custos de uma empresa aérea Qualquer diferença no preço final do QAV tem grande impacto na operação Atualmente, o ICMS varia de 4% a 25% nos principais aeroportos Como resultado das diferentes alíquotas, é prática comum nas empresas planejar a malha para abastecer no ponto de menor ICMS As consequências dessa prática são prejudiciais a todos: » Meio ambiente: o maior consumo de combustível aumenta a emissão de gases poluentes » Empresas aéreas: ineficiências operacionais » Governos estaduais: a “guerra fiscal” reduz a arrecadação dos estados onde o ICMS é maior » Passageiros: a passagem fica mais cara * Querosene de aviação ** Dados públicos da Gol, de janeiro a setembro de 2012 29 Obstáculos ao desenvolvimento Custo do combustível O combustível de aviação no Brasil é um dos mais caros do mundo Mesmo tendo aproximadamente 75% do volume produzido no Brasil, o QAV é precificado pela paridade de importação Estimativa da composição do preço do QAV no Brasil (em % do preço, média de 2009) 100 6.3 1.5 3.8 100 Outros Preço do QAV 6.9 80 81.5 Soma = 14,7% 60 40 20 0 US Platts Fontes: ANP; IATA 30 Frete Dutos e Estocagem AFRMM Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Preço do combustível de aviação (em US$ por galão, em abril de 2012) Ndjanema - Chade 5.43 Recife - Brasil 5.10 Guarulhos - Brasil 5.09 Adis Abeba - Etiópia Voos domésticos, com ICMS 4.69 Galeão - Brasil 4.54 Juba - Sudão 4.30 Kano - Nigéria 3.73 Beirute - Líbano 3.71 Guarulhos - Brasil 3.64 Galeão - Brasil 3.63 Santiago - Chile 3.60 Dacar - Senegal 3.52 Pequim - China 3.51 Caracas - Venezuela 3.46 Delhi - Índia 3.41 Londres - Reino Unido 3.34 Madrid - Espanha 3.33 Hong Kong 3.32 Buenos Aires - Argentina 3.31 Miami - Estados Unidos 3.30 Cidado do Kuait - Kuait 3.16 0 2 4 Voos internacionais, isentos de ICMS Ao contrário do que acontece nos voos domésticos, o combustível para voos internacionais é isento de ICMS 6 Fontes: ANP; IATA 31 Obstáculos ao desenvolvimento Restrição do mercado por custos elevados Se a empresa aérea europeia mais competitiva operasse no Brasil, seu custo seria 27% mais alto Custo por assento por quilômetro voado (centavos de real, 2011) ENCARGOS TRABALHISTAS +27% 41% maiores que na Europa 10 1,8 0,3 8 7,1 0,8 6 9,0 1,2 1,5 2,8 2,8 4 Encargos trabalhistas 2 4,9 3,4 Europa Antes da inclusão do setor aéreo no Plano Brasil Maior, estes encargos eram 45% maiores que na Europa Outros Combustível 0 Principais desvantagens de custos no Brasil Brasil COMBUSTÍVEL 44% mais caro que na Europa Fontes: relatórios anuais e dados internos das companhias aéreas; análise Bain & Co 32 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Tarifas O custo das tarifas aeroportuárias e de navegação consome a rentabilidade das empresas Participação das tarifas no custo total das empresas aéreas (Voos domésticos) 100% Tarifas 100% 80 33% 60 67% 40 20 Tarifas 6% Navegação Aeroportuárias 0 Custo Total Fonte: ANAC 33 Obstáculos ao desenvolvimento Resultado financeiro Apesar do crescimento do setor, o desempenho financeiro das empresas aéreas é modesto e muito volátil Lucro líquido histórico TAM e GOL (em R$ mi) 2.000 TAM 1.500 GOL 1.000 500 0 -500 -1.000 -1.500 -2.000 Margem sobre TAM receita líquida GOL 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 5% 8% 3% 8% 6% -14% 13% 6% -2% 8% 14% 16% 18% 5% -19% 15% 3% -10% Fonte: CVM Empresas aéreas nacionais que encerraram operações ou entraram em recuperação judicial TAVAJ Transbrasil 2001 34 2002 Penta 2003 2004 Fly Vasp 2005 NOAR Varig Brasil Passaredo Pantanal BRA 2006 2007 2008 2009 2010 Rico 2011 Meta 2012 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Questões regulatórias Temas relevantes para o setor aéreo ainda em aberto Jornada de trabalho dos aeronautas Participação de capital estrangeiro Política de céus abertos A jornada de trabalho de tripulações no Brasil está entre as mais baixas do mundo, gerando maiores custos, ineficiência e desvantagem às empresas aéreas brasileiras na concorrência internacional O teto atual de 20% de capital estrangeiro permitido nas empresas aéreas limita a capacidade de investimento do setor Possível aumento dos direitos concedidos a empresas aéreas estrangeiras para atuação no Brasil. Antes, no entanto, a indústria precisa de infraestrutura adequada, custo competitivo e mercados externos igualmente atrativos também abertos às empresas brasileiras 35 O que precisa ser feito 36 www.abear.com.br Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Investimentos na infraestrutura aeroportuária O crescimento do setor aéreo deverá demandar entre R$ 42 bi e R$ 57 bi em investimentos na infraestrutura aeroportuária até 2020 Necessidade de investimento em infraestrutura aeroportuária (em R$ bi) 60 6 9 40 24 20 5 Estimativa superior 7 14 4 57 10 3 42 Estimativa inferior 17 0 Expansão dos 20 maiores aeroportos Expansão de outros aeroportos Número de novos aeroportos Novos (+ de 1M de passageiros) Novos (500 mil-1M de passageiros) Novos (até 500 mil passageiros) Total 17 23 33 73 Fontes: Estimativa Bain & Co baseada em dados do BNDES e da Infraero 37 O que precisa ser feito Expansão e construção O desenvolvimento econômico e a ascensão de novas regiões são oportunidades para construir ou reativar 73 aeroportos – e expandir 47 Necessidade de aeroportos por fluxo de passageiros 90 85 80 70 60 Novos 56 40 50 40 Novos 15 30 20 10 0 12 Expansão 18 Expansão 21 Existentes 11 0a1 milhão Expansão 10 Existentes 4 Existentes 2 1a5 milhões Mais de 5 Regiões com mais de 5 milhões de passageiros Regiões com 1 a 5 milhões de passageiros Regiões com até 1 milhão de passageiros Fonte: Estimativa Bain & Co 38 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Construção e reativação de aeroportos Há oportunidades identificadas em quase todos os estados UF AL AL AM AM AP BA BA BA BA CE CE CE CE CE ES ES ES GO GO GO GO MA MA MA MG MG MG MG MG MG MG MG MG MS MT MT Região Sertão Alagoano Agreste Alagoano Norte Amazonense Sul Amazonense Norte do Amapá Extremo Oeste Baiano Centro Norte Baiano Nordeste Baiano Centro Sul Baiano Noroeste Cearense Norte Cearense Sertões Cearenses Jaguaribe Centro-Sul Cearense Noroeste Espírito-santense Litoral Norte Espírito-santense Sul Espírito-santense Noroeste Goiano Norte Goiano Leste Goiano Sul Goiano Centro Maranhense Leste Maranhense Sul Maranhense Noroeste de Minas Jequitinhonha Vale do Mucuri Central Mineira Vale do Rio Doce Oeste de Minas Sul/Sudoeste de Minas Campo das Vertentes Zona da Mata Leste de Mato Grosso do Sul Norte Mato-grossense Nordeste Mato-grossense Principal Município Delmiro Gouveia Arapiraca São Gabriel da Cachoeira Manicoré Oiapoque Barreiras Feira de Santana Alagoinhas Vitória da Conquista Sobral Itapipoca Quixadá Russas Iguatu Colatina Linhares Cachoeiro de Itapemirim Goiás Niquelândia Luziânia Rio Verde Bacabal Timon Balsas Paracatu Diamantina Teófilo Otoni Curvelo Governador Valadares Divinópolis Poços de Caldas Barbacena Juiz de Fora Três Lagos Sinop Barra do Garças MT MT PA PA PB PB PE PE PE PI PI PR PR PR PR PR PR PR RJ RJ RJ RJ RN RN RN RO RR RS RS RS RS SC SC SE SE SP TO Sudeste Mato-grossense Sudeste Mato-grossense Marajó Nordeste Paraense Sertão Paraibano Borborema Sertão Pernambucano Agreste Pernambucano Mata Pernambucana Sudoeste Piauiense Sudeste Piauiense Noroeste Paranaense Centro Ocidental Paranaense Norte Pioneiro Paranaense Centro Oriental Paranaense Sudoeste Paranaense Centro-Sul Paranaense Sudeste Paranaense Noroeste Fluminense Centro Fluminense Baixadas Sul Fluminense Oeste Potiguar Central Potiguar Agreste Potiguar Leste Rondoniense Sul de Roraima Noroeste Rio-grandense Nordeste Rio-grandense Centro Ocidental Rio-grandense Centro Oriental Rio-grandense Oeste Catarinense Serrana Sertão Sergipano Agreste Sergipano Itapetininga Ocidental do Tocantins Tangará da Serra Rondonólpolis Breves Abaetetuba Patos Monteiro Serra Talhada Caruaru Vitória de Santo Antão Floriano Picos Umuarama Campo Mourão Cornélio Procópio Ponta Grossa Francisco Beltrão Guarapuava Irati Itaperuna Nova Friburgo Cabo Frio Volta Redonda Mossoró Caicó Santa Cruz Ji-Paraná Rorainópolis Passo Fundo Caxias do Sul Santa Maria Santa Cruz do Sul Chapecó Lages Nossa Senhora da Glória Lagarto Itapetininga Araguaína Fontes: Estimativa Bain & Co 39 O que precisa ser feito Expansão de aeroportos e controle de tráfego aéreo Para ampliar as praças de maneira responsável, é preciso investir no controle de tráfego aéreo e na revisão das rotas e dos procedimentos de voo Investimento na ampliação e construção de novos aeroportos Revisão das rotas e dos procedimentos de controle de tráfego aéreo 40 A ampliação e construção de novos aeroportos pressupõe a necessidade de aumentar a capacidade dos aeroportos já existentes, para que praças já congestionadas, como São Paulo, possam absorver um número maior de voos É preciso alterar as rotas e os procedimentos de controle de tráfego para reduzir o tempo médio de voo, diminuindo custos e favorecendo o crescimento do mercado – além de viabilizar que aeroportos saturados, como os de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, possam receber mais voos Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br O impacto no tempo Medidas para melhorar o controle do tráfego aéreo e otimizar os procedimentos de voo se traduzem em ganhos de tempo para os passageiros Outros fatores que afetam o tempo total das viagens de avião, especialmente na ponte aérea: » Devolução de bagagem que depende da capacidade do sistema de esteiras e do tráfego de solo em aeroportos congestionados; » Tempo de São Paulo Rio de Janeiro 30-35 minutos, Uma ponte aérea poderia ser feita em mas hoje leva até uma hora devido à saturação do tráfego espera por um táxi em Congonhas ou Santos Dumont; » Trânsito congestionado no acesso aos aeroportos nos horários de maior fluxo de passageiros do transporte aéreo; » Inexistência Para um passageiro que viaja duas vezes por semana, essa demora corresponde a 56 horas perdidas em um ano de ligação dos aeroportos centrais com os sistemas de trens urbanos e metropolitanos. 41 O que precisa ser feito? Investimentos em aeronaves Para que o setor atinja seu potencial, as empresas aéreas terão de investir entre R$ 26 bi e R$ 36 bi até 2020 em aeronaves Necessidade de investimentos em aeronaves (em R$ bi) 40 36 6 5 4 26 5 3 4 Estimativa inferior 3 4 10 3 3 2 3 Número de novas aeronaves 4 5 20 0 Estimativa superior 6 30 2 2013 2014 2015 2016 36 44 60 63 2017 69 2018 2019 2020 Total acumulado 77 85 94 526 Nota: estimativa do valor médio da aeronave baseado nos demonstrativos financeiros das empresas brasileiras de capital aberto Fonte: Estimativa Bain & Co 42 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Potencial para 2020* O comprometimento e os investimentos para a solução dos problemas do setor deverão levar o transporte aéreo brasileiro a um novo patamar 2012 Passageiros 98 milhões Aeroportos 96 Rotas domésticas diretas 2020 113 milhões 211 milhões 73 aeroportos 169 479 316 rotas 795 Funcionários 1,2 milhão 660 mil empregos 1,9 milhão Frota 450 aviões* Investimentos 526 aviões** Privado: R$ 26-36 bi 976 aviões** Público: R$ 42-57 bi *Valores e quantidades aproximados **Frota ABEAR Fonte: Bain & Co; Infraero; Daesp; ANAC; IATA; HOTRAN 43 O que precisa ser feito? Esforços combinados Para avançar conforme o potencial, o setor aéreo precisa do trabalho conjunto do governo e da iniciativa privada Governo » Infraestrutura: viabilizar investimentos em ampliação, manutenção e construção de aeroportos, controle de tráfego aéreo e desenvolvimento de novas rotas aéreas » Custos: • Equalização do ICMS entre os estados em 4% • Abrir diálogo junto à Petrobras para revisão da fórmula de precificação do QAV » Regulação: garantir marco regulatório Iniciativa privada » Investimentos: garantir investimento na nova frota necessária para atender ao crescimento da demanda » Eficiência: ganho constante de eficiência nas operações – que resulte em passagens aéreas mais acessíveis » Qualidade e segurança: continuar buscando melhorias no serviço ao usuário » Ampliação da malha aérea: mais destinos, mais voos » Sustentabilidade » Atenção ao consumidor 44 Associação Brasileira das Empresas Aéreas www.abear.com.br Análise da COPPE/UFRJ Desde o início das medidas de liberalização do transporte aéreo no Brasil, as empresas aéreas nacionais têm sempre reagido de forma positiva e construtiva às políticas governamentais. Neste clima de mercado livre e competitivo, conforme demonstrado neste estudo, as empresas aéreas ampliaram a oferta e diversificaram os seus serviços regulares, procurando atender ao vertiginoso crescimento da demanda e trazendo uma contínua redução nos preços das passagens. Assim, contribuem em larga escala para o desenvolvimento do setor e para a inclusão do transporte aéreo na pauta da emergente classe média brasileira. O presente estudo permite verificar que, mesmo em períodos em que não se observa no setor de transporte aéreo resultados financeiros positivos, houve uma forte ampliação na capacidade de transporte aéreo compatível com os patamares da demanda. Além disso, os ganhos de economia de escala alcançados pelas sociedades empresárias são repassados às tarifas aéreas. Assim, as políticas de governo e a ação das empresas aéreas nacionais levaram a um elevado crescimento setorial, que resultou no uso intensivo da infraestrutura aeroportuária e aeronáutica dos principais centros econômicos do país, ocupando plenamente – e por vezes ultrapassando – o limite da capacidade existente nos seus maiores aeroportos. 45 Naturalmente, a conjunção de uma economia vibrante e da rápida expansão da demanda e da oferta de transporte aéreo conduziu a alguns gargalos, que podem comprometer a evolução deste setor essencial para o desenvolvimento social e econômico brasileiro. O que pode levar a sadia competição para uma esteira predatória pela impossibilidade de expansão da oferta nas suas principais praças. É evidente que se trata de uma agenda ampla e ambiciosa, mas que necessita de atenção urgente para se evitar um descompasso entre o momento auspicioso do Brasil e a evolução da sua Aviação Comercial. Não podemos ficar inertes e deixar o transporte aéreo brasileiro à sua própria sorte. Este estudo apresenta uma discussão sobre vários aspectos fundamentais, que precisam ser debatidos e equacionados para que o Brasil continue avançando no setor de transporte aéreo. Não se conseguirá construir um transporte aéreo comercial sólido no Brasil sem empresas nacionais economicamente saudáveis e com efetiva participação no mercado doméstico e internacional. Isto dependerá de políticas públicas elaboradas, discutidas e aprovadas de forma consistente, coerente e transparente – e considerando como premissa em suas concepções a promoção da estabilidade jurídica e da previsibilidade mercadológica, utilizando sempre como base as melhores práticas internacionais adotadas na aviação civil. Professor Doutor Elton Fernandes 46 www.abear.com.br www.abear.com.br
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