dicas sobre motor de partida
Transcrição
dicas sobre motor de partida
6 tÉcnIcA Maio de 2015 / edição 01 Foto: Divulgação dicas sobre motor de partida Conheça alguns procedimentos importantes sobre motor de partida Q uais são os cuidados recomendados para aumentar a vida útil do motor de partida? Realizar uma manutenção preventiva conforme prescrito no manual do fabricante. Durante as revisões é aconselhável que seja verificado o estado de conservação dos conectores elétricos do motor de partida, nível de desgaste de buchas, escovas e do coletor, além disto, verificar os cabos de ligação do veículo e pontos de aterramento elétrico. O que fazer na hora de trocar as escovas ou limpar o coletor? Seguir passo-a-passo as instruções dos manuais de reparação do fabricante é um procedimento fundamental para garantir um perfeito reparo do motor de partida. Ao posicionar as novas escovas certifique-se que a cordoalha está livre para acompanhar o desgaste natural das escovas, evitando assim que a mesma tenha interferências ao longo do desgaste natural que as escovas são submetidas. Ao limpar o coletor remova totalmente a sujeira (óleo, graxa, poeira, pó de escova) dos canais do coletor, pois isto irá garantir um contato elétrico adequado entre ambos os componentes. motor dE partIda: ao substituir escovas soldadas, é preciso atentar principalmente para os pontos de solda. a solda não pode penetrar demasiadamente no cabo da escova, pois este pode partir-se por ficar muito rígido. trocar anéis tipo – oring e buchas auto-lubrificantes. MOTOR DE PARTIDA. VOCÊ SABIA QUE? O bêndix, quando dá problema, pode ser recuperado ou o melhor é trocá-lo por um novo? O impulsor, também conhecido como bêndix, não pode ser recuperado devido ao fato de ser um componente de fechamento blindado, portanto, quando apresentar algum problema deve ser substituído por um novo. Quais são as dicas para o bom uso? Para aumentar a vida útil do motor de partida deve-se estar atento a alguns pontos relacionados à sua utilização adequada como, por exemplo, antes de dar a partida no veículo, após girar a chave da ignição para a posição de partida, aguardar alguns segundos até que o sistema de injeção tenha realizado todas as leituras do veículo, que são necessárias para uma ótima partida. Ao “dar” a partida não se deve deixar o motor de partida ligado por mais de 10 segundos de cada vez. Após uma tentativa de partida e caso o motor não tenha entrado em funcionamento, intercalar com pausa de 30 até 60 segundos, para que o motor de partida possa esfriar, além de permitir a recuperação da bateria. Caso este sintoma seja frequente, procure uma oficina mecânica de sua confiança a fim de realizar uma checagem geral no sistema de ignição, pois dificuldade na partida é um sintoma de que algum problema possa no motor com proteção de óleo e/ou de água trocar o retentor ou anel – oring de vedação do mancal intermediário. Inspecionar o mancal do lado do acionamento. Substituir a bucha sintetizada do mancal do lado de acionamento. Sacar a bucha sintetizada do mancal do coletor, com a ferramenta 9689086049. prensar a nova bucha sintetizada do mancal do coletor do coletor com a ferramenta 9689086049. 1) Impulsor de Partida • O pinhão impulsor tem a finalidade de transmitir potência (movimento) do motor de partida para o motor do veículo, e que quando este entrar em funcionamento deve desacoplar para proteger o motor de partida. • Um pinhão de má qualidade pode permitir que o motor de partida permaneça acoplado mesmo quando o motor do veículo já entrou em funcionamento e que isso danificará completamente o motor de partida (centrifugação). • A graxa usada pela Bosch é de altíssima qualidade e com perfeita vedação contra vazamentos. 2) Induzido do Motor de Partida • A linha de produção do Induzido Bosch é 100% Automatizada, inibindo qualquer tipo de falha humana, e que o Induzido original Bosch e também o Motor de Partida passam por um processo de testes que deve funcionar até 40.000 partidas, sem falhar, dando maior segurança ao motorista. estar ocorrendo. Em casos mais graves, as tentativas contínuas de partida sem que o motor entre em funcionamento podem provocar severos danos ao motor de partida, devido principalmente ao superaquecimento gerado nos componentes internos do motor de partida. Outro fator importante para o aumento da vida útil do motor de partida é evitar que o mesmo seja exposto a excesso de água. Como, por exemplo, transitar com o veículo por terrenos alagados, pois isto pode gerar a oxidação dos componentes internos do motor de partida, afetando sua eficiência de trabalho e vida útil. alternadores e motores de partida devem operar equilibrados com as condições de força do motor. os componentes originais Bosch, desenvolvidos e fabricados com a mais alta qualidade e tecnologia, excedem as exigências das montadoras, garantindo o melhor desempenho dos veículos. acesse www.bosch.com.br e conheça em detalhes os alternadores e motores de partida Bosch e seus componentes. • Um Induzido recondicionado, por usar fios de cobre de características diferentes do original Bosch, não permite que o motor de partida desenvolva sua potência original, causando dificuldade na partida. • A solda coletor/espiras do Induzido Bosch é feita por difusão sendo, portanto, isenta de falhas, o que vai garantir potência total na partida e vida longa ao induzido e aos demais componentes do Motor de Partida. • O armazenamento do Induzido deve sempre ser feito em local limpo e seco para que não ocorra deficiência, na funcionabilidade do produto. 3) Chave Magnética/ Disjuntor • Uma das funções da chave magnética é avançar o pinhão ao encontro da cremalheira, e a outra é ligar a corrente principal do motor de partida. • Uma chave com mau funcionamento permitirá que o motor de partida permaneça ligado mesmo quando o motor do veículo já entrou em funcionamento, e isso acarretará a completa destruição do motor de partida. • Uma chave magnética Bosch é totalmente blindada, não permitindo a entrada de água, e quando é recondicionada perde a vedação contra a umidade, causando falhas de partida. Colaborou: BOSCH 36 tÉcnIcA Maio de 2015 / edição 01 PARte_ 1 Fotos: Divulgação torquímetro modelo 100300 torque especificado for atingido. Neste momento relaxe a força. Forçar além deste ponto causará uma sobrecarga no torque desejado, bem como danificará o mecanismo interno da ferramenta. Para garantir que o torque foi absorvido, repita mais uma vez este último passo, fazendo o torquímetro estalar mais uma vez com o mesmo torque. P ara que serve um torquímetro? Em mecânica, determinados parafusos devem ter sua força de fixação controlada. Um parafuso de cabeçote de motor automotivo, por exemplo, pode ser danificado se lhe for aplicado um torque excessivo. Por outro lado, este mesmo parafuso pode provocar vazamentos nas juntas do motor, se o torque não for suficiente. Torquímetros são ferramentas usadas para se aplicar, com exatidão, um determinado torque sobre um parafuso ou porca. O que é torque? Torque é o resultado da multiplicação do valor da força aplicada pela distância do ponto de aplicação. Se, por exemplo, aplicamos a mesma força sobre um determinado parafuso, ora usando um cabo de força curto, ora um cabo longo, o torque será maior neste último caso. Usando o torquímetro de estalo Raven, o torque não dependerá da distância, pois o ponto de articulação da ferramenta está alinhado com o centro do quadrado de encaixe. Ela produzirá um estalo assim que o torque especificado for atingido, dispensando-se qualquer tipo de cálculo. No entanto, caso seja utilizado algum adaptador ou chave no encaixe quadrado do torquímetro, deve-se fazer uma correção do torque usando a fórmula abaixo: Ta = (Te x L1) / (L + L1) Onde: Ta = torque a ser ajustado no torquímetro (manopla) Te = torque especificado no projeto (desejado) L = distância do centro do parafuso até o centro de encaixe do torquímetro L1 = distância do centro da manopla até o centro de encaixe do torquímetro. Características: Calibrado de acordo com a Norma ISO 6789, o torquímetro de estalo Raven 100300 obedece a uma margem de erro de +/- 4% e é fornecido com certificado de calibração no padrão RBC. A ferramenta apresenta escala gravada em quatro unidades de torque e trabalha tanto em sentido horário como antihorário. Os valores de sua faixa nominal de trabalho são: Modo de trabalho A utilização de um torquímetro consiste de três passos: - ajuste do sentido (horário ou anti-horário); - ajuste do torque especificado, - aplicação do torque. O quadrado de encaixe de ½” é móvel e pode ser deslocado totalmente para ambos os lados da ferramenta. Observe ainda que em torno deste quadrado há setas gravadas nas chapas do torquímetro, indicando o sentido do movimento horário (aperto) e anti-horário (desaperto). A chapa com a seta apontando para o sentido desejado deve ficar voltada para cima e o quadrado de encaixe deve ser empurrado totalmente para a face oposta. O segundo passo, o ajuste do torque a ser aplicado é feito da seguinte maneira: puxe para fora a alavanca com esfera plástica vermelha. Faça com ela um ângulo de 90º em relação ao corpo do torquímetro e gire-a no sentido horário. Observe que a manopla chanfrada passa a deslocar-se sobre a escala gravada no corpo do torquímetro. Continue girando esta alavanca até que o chanfro da manopla coincida com o valor de torque desejado na escala. Para o último passo, a aplicação do torque, encaixe um soquete adequado sobre o quadrado do torquímetro. Monte o conjunto sobre o parafuso e aplique força, gradativamente, sem interrupções, no sentido indicado pela seta gravada na chapa da ferramenta. Um estalo será ouvido assim que o Manutenção Guarde o torquímetro sem carga alguma, ou seja, ajustado para o valor mínimo de torque quanto este não estiver sendo utilizado. Escolha um lugar seco, limpo e livre de impactos. Não é necessário lubrificar a ferramenta. Caso deseje limpála, use apenas um pano seco, sem solventes ou abrasivos. Não use palha de aço. Faça estalar o torquímetro de 5 a 10 vezes com um valor de torque até 75% da capacidade máxima, se este ficar um longo período sem utilização. Este procedimento serve para lubrificar os componentes internos. Não exerça força sobre a ferramenta além do momento de estalo, nem tampouco a utilize como cabo de força ou martelo. O uso contínuo da ferramenta no limite de sua capacidade máxima reduz sua vida útil. Recomenda-se adquirir um torquímetro com capacidade 20% além do torque que será frequentemente requisitado. Todo torquímetro deve ser novamente calibrado após 5.000 ciclos ou cada 12 meses, o que ocorrer primeiro. A Raven mantém um laboratório de torque para calibrações periódicas de torquímetros na faixa nominal de 5 a 1.000 Nm (0,509 a 101,97 kgf.m). Obs. 1: Após apertar os parafusos das capas de mancal, verifique se o virabrequim gira suavemente com a mão. Obs. 2: Verifique se as capas de biela ou pistões possuem alguma marca de referência apontando para a frente do motor. Os dados inseridos na tabela de torque foram coletados, inseridos e conferidos cuidadosamente. Não assumimos, no entanto, nenhuma responsabilidade por eventuais erros ou omissões. Para mais informações, entre em contato através do telefone (11) 2915-5000 ou do e-mail: [email protected] | capa Maio de 2015 / edição 01 PARte_ 1 RECORTE E COLECIONE tabela de torque tÉcnIca | 37 42 tÉcnIcA Maio de 2015 / edição 01 Texto: Mario Meier Ishiguro* | Fotos: Divulgação * Palestrante, instrutor técnico e proprietário da Ishi Ar Condicionado Automotivo. Treinamentos em Balneário Camboriú - SC (www.ishi.com.br) Atenção às bobinas ou magnetos do sistema de embreagem dos compressores de ar-condicionado automotivo A s bobinas ou magnetos são eletroímãs, nos compressores de ar-condicionado na linha automotiva podem ser ligadas em tensão de 12 ou 24 volts CC. Quando excitadas com 12 ou 24 volts, criam uma indução magnética, e fazem a aproximação do platô (espelho, cubo ou campana) de embreagem contra a polia conduzida do compressor. Se a resistência ôhmica da bobina for baixa, a bobina tende a entrar em curto e queimar. Algumas bobinas possuem dispositivos de proteção contra a temperatura, um sensor que se exposto a cerca de 120°C abre um contato e interrompe a corrente para o bobinado até que a temperatura baixe, uma espécie de disjuntor. a falta de arrefecimento por um problema elétrico no eletroventilador pode ocasionar sobrecarga e temperaturas altas no compressor, o que leva à queima da bobina. Desgaste na carcaça do compressor, desalinhamento da polia e aquecimento da bobina Um fio com centenas de voltas ao redor de um núcleo As bobinas de 12 volts têm uma resistência por volta de 3,5 a 5 ohms a 20°C e um consumo de corrente cerca de 2,5 a 4,5 ampères. Já as bobinas de 24 volts têm uma resistência por volta de 16 a 20 ohms a 20ºC. Quando há o aquecimento demasiado da bobina ela pode derreter o verniz isolante dos fios do enrolamento, assim baixando seu isolamento ela pode entrar em curto e queimar. Geralmente a bobina queima por fatores externos, como tensão maior que a normal ou aquecimento demasiado, causado por falta de arrefecimento no condensador ou até mesmo um filtro secador saturado (ASTRA é comum). Se o rolamento da polia do compressor estiver ruidoso, com desgaste, certamente vai gerar maior aquecimento, o que poderá afetar a durabilidade da bobina, além é claro das vedações do compressor também. Bobina protegida com disjuntor térmico que abre o contato com cerca de 110°C em compressores rotativos Na imagem a seguir veja o detalhe de uma bobina SANDEN SCROLL com disjuntor térmico: Bobina derreteu porque o rolamento da polia quebrou Bobina CVC OGURA CLUTCH com termofusível Observe também o detalhe da bobina CVC com o termofusível (180°C). Muitos compressores possuem diodos junto às bobinas, para evitar um pico de corrente no relé, ao desligar a bobina. Quando o Chicote da bobina está rompido e nova ligação é feita, se a polaridade for invertida, pode queimar o diodo. Por isso, cuidado! Muitas bobinas têm polaridade e um diodo para a proteção do relé Medição da resistência da bobina Ligação na escala de 200ohms, para medir a resistência de uma bobina. Analise o detalhe da bobina do compressor, aquecida, pelo atrito com a polia PAJERO 95. O isolamento baixou e esta bobina pode entrar em curto (queimar). Na bobina do compressor CVC, de um lado fica o diodo (na entrada dos fios) e do outro lado fica o termofusível. O correto é procurar a causa deste aquecimento, pois A imagem a seguir apresenta o detalhe de uma bobina e um rolamento danificado ZEXEL. É preciso ter cuidado também no procedimento de desmontagem, pois a ferramenta mal colocada pode afetar a bobina. Cuidado ao retirar a polia, pode danificar a bobina Algumas bobinas até podem ser reparadas, fazendose novo enrolamento em oficinas especializadas. Mas o recomendado é trocar por peça nova. Existem também compressores que já não utilizam embreagem eletromagnética, dispensando o uso de bobinas de embreagem.