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Este encarte é parte integrante da edição de nº 326 do Jornal da Imagem Casos apresentados no Clube Roentgen de 10 de agosto de 2005 pelo InRad-HC/FMUSP. Responsáveis: Drs. Daniel de Souza Delgado, Leandro Ribeiro e André Scatigno Neto. C a s o 1 São Paulo, outubro de 2005 Caderno Dois Drs. Daniel de Souza Delgado e Leandro Ribeiro História Clínica Paciente masculino, 47a, internado para investigar a presença de manchas maculares violáceas em membros superiores e na boca, associadas a episódios de melena que se iniciaram há dois meses. Solicitada endoscopia digestiva alta que evidenciou presença de manchas violáceas em antro gástrico. Exames laboratoriais: HIV +. Figuras 1, 2A, 2B e 2C: Imagens axiais de tomografia computadorizada do abdome, antes (figura 1) e após a injeção de contraste endovenoso (figura 2A: fase arterial; figuras 2B e 2C: fase portal). Fígado esteatótico apresentando nódulos esparsos (seta na figura 2C) e tecido infiltrativo peri-portal, hipervascularizado, desde a região hilar até a periferia hepática. Achados de Imagem Tomografia de Abdome: figuras 1, 2A, 2B e 2C. Ressonância Magnética de Abdome: figuras 3A, 3B e 3C. C a s o 2 Figuras 3A, 3B e 3C: Imagens axiais de RM do abdome, ponderadas em T1, fase arterial pósgadolínio (figura 3A), e ponderadas em T2 (figuras 3B e 3C). Fígado apresentando tecido sólido, com realce precoce pós-contraste, nas regiões periportais, estendendo-se até a periferia hepática. Associam-se pequenas imagens císticas com realce periférico (setas nas figuras 3A e 3C). Drs. Daniel de Souza Delgado e Leandro Ribeiro História Clínica Paciente feminina, 22 anos. QC: queixa de zumbido e perda auditiva progressiva à esquerda há dois anos. Exame Físico: sinais discretos de paralisia facial esquerda. Achados de Imagem: TC: figuras 1 a 5. RM: figuras 6, 7 e 8 Figuras 1 a 5: Imagens de tomografia computadorizada de ossos temporais com contraste endovenoso. Lesão expansiva com realce heterogêneo no osso temporal à esquerda, na topografia do gânglio geniculado, com extensão para a fossa média, para a caixa timpânica e porção labiríntica do nervo facial. Figuras 6, 7 e 8: Imagens coronais de Ressonância Magnética: ponderadas em T2 (fig 6) e em T1, antes (fig 7) e após (fig 8) a injeção de meio de contraste paramagnético. Lesão expansiva com alto sinal heterogêneo em T2 e baixo em T1, com impregnação heterogênea pelo meio de contraste e pequeno halo de hipossinal em todas as seqüências, localizada no osso temporal esquerdo. Tal lesão apresenta extensão para fossa média comprimindo o lobo temporal e disseminação através da porção labiríntica do nervo facial. 2 Caderno Dois C a s o 1 São Paulo, outubro de 2005 Drs. Daniel de Souza Delgado e Leandro Ribeiro Sarcoma de Kaposi Diagnóstico Sarcoma de Kaposi com envolvimento periportal. Discussão Sarcoma de Kaposi é a mais freqüente neoplasia intrahepática em pacientes com AIDS e na maioria das vezes somente detectada pós-morte em necrópsias. Usualmente é visto em localizações perivasculares às autópsias; no entanto, pode assumir a forma nodular parenquimatosa exclusiva. O tumor tende a ser multifocal, originário das regiões periportais, pericapsulares e C a s o 2 perihilares com invasão do parênquima hepático a partir destes sítios. Áreas focais de envolvimento podem parecer como nódulos hemorrágicos, com dilatação portal no seu interior, ou mesmo, angiomas hepáticos. Outras lesões como dilatação sinusoidal, pielosis hepátis e transformações angiosarcomatosas podem estar presentes em pacientes com AIDS e podem estar relacionadas a fases transitórias no desenvolvimento do sarcoma de Kaposi. Os sintomas clínicos estão presentes em somente dois terços dos pacientes e são inespecíficos: hepatomegalia e elevação da fosfatase alcalina sérica A ultra-sonografia pode revelar nódulos hiperecogênicos e hiperecogenicidade periportal, enquanto a tomografia mostra que esses nódulos são geralmente hipoatenuantes com realce tardio pelo meio de contraste (4-7min). À ressonância magnética os nódulos apresentam-se com hipersinal em T2 e estão freqüentemente associados à infiltração aleatória do espaço periportal. O acometimento hepático nodular tem como principais diagnósticos diferenciais os angiomas, microabcessos fúngicos, metástases hepáticas e linfoma, enquanto o acometimento periportal tem como diferenciais a esquitossomose, a linfangite carcinomatosa biliar, o colangiocarcinoma, as colangites, a infiltração linfomatosa e o linfedema. Agradecimentos: Dr. Ronaldo Hueb Baroni e Dr. Publio César C. Viana. Referências Bibliográficas 1. Luburich, P.; Bru, C.; Ayuso, M.A.; Azón, A.; Condom, E. Hepatic Kaposi Sarcoma in AIDS: US and TC findings. Radiology, 1990, 175: 172-174. 2. Hammerman, A.M.; Kotner, L.M.Jr; Doyle, T.B. Periportal Contrast Enhancement on CT Scans of the liver. AJR., 1991: 156: 313-315. Drs. Daniel de Souza Delgado e Leandro Ribeiro Schwannoma do facial Diagnóstico Schwannoma do facial. Discussão Os schwannomas do nervo facial são tumores incomuns, originados das células de Schwann. Eles podem crescer em qualquer ponto do trajeto do VII nervo craniano, desde o ângulo ponto-cerebelar até a junção neuromuscular, porém são mais freqüentes na região do gânglio geniculado. A partir do gânglio geniculado, o schwannoma do nervo facial pode se estender para as porções timpânica e labiríntica do nervo facial. O envolvimento da fossa média é incomum. A apresentação clínica é variável e depende do local de envolvimento tumoral. Observa-se freqüentemente paralisia facial persistente (instalação progressiva ou flutuante), hipoacusia condutiva (envolvimento da porção timpânica e compressão da cadeia ossicular), tinnitus, espasmo hemifacial e otalgia. Neste paciente o envolvimento do gânglio geniculado e da porção timpânica do nervo facial ajudam a explicar os sinais de paralisia facial, assim como o envolvimento da cavidade timpânica justifica a perda auditiva, provavelmente de natureza condutiva. O achado clássico dos schwannomas, independentemente da sua localização, é na tomografia computadorizada de uma massa de partes moles, que sofre realce póscontraste. A RM mostra uma massa com sinal intermediário ou baixo nas imagens ponderadas em T1, e alto sinal heterogêneo, nas imagens em T2, que sofre realce intenso pelo gadolínio. Alterações císticas ou aspecto heterogêneo da lesão são comuns em outros schwannomas e podem estar presentes em grandes lesões do facial. A tomografia demonstra uma lesão expansiva com remodelamento ósseo ou alterações líticas de aspecto benigno. Neste caso há evidente alargamento da porção labiríntica do VII nervo craniano e o realce da “cauda” com extensão para a porção labiríntica. A presença de uma lesão na fossa craniana média, como neste paciente, deve nos remeter a vários diagnósticos diferenciais de lesões intracranianas. Os tumores intraaxiais, como os gliomas primários ou metástases cerebrais hematogênicas, raramente se estendem para o osso temporal e teriam um quadro clínico mais exuberante. Lesões extraaxiais como meningioma, metástases durais, cisto epidermóide ou cisto aracnóide podem ser excluídas. Um meningeoma agressivo pode estar associado com destruição óssea ou causar hiperostose, mas não se estendem tipicamente para a porção petrosa do osso temporal, ainda mais através do trajeto nervo facial. As metástases durais podem destruir o osso subjacente, ao contrário de se estender para o osso temporal com um padrão expansivo benigno, como neste caso. As lesões vasculares do osso temporal, como o hemangioma, tipicamente têm margens ósseas irregulares, apresentam padrão lítico moteado e não se estendem para a fossa craniana média. Outros diferenciais incluem: metástases ósseas e a histiocitose das células de Langerhans. Agradecimentos: Dra. Eloisa M. Santiago Gebrim e Dr. Rodrigo B. Duarte Passos. Referência Bibliográfica 1. Ginsberg, L.E. and DeMonte, F., Facial Nerve Schwannoma with Middle Cranial Fossa Involvement. Radiology, 1999; 213: 364-368. Caderno Dois São Paulo, outubro de 2005 C a s o 3 História Clínica Paciente feminina, 3 anos e 7 meses QC: dificuldade para deambular há 6 meses, com piora rápida e progressiva, quedas constantes. Previamente hígida. Antecedentes: pais consangüíneos (primos de 1º grau) parto a termo, Apgar 9/10 irmã encefalopatia Dosagem sérica e liquórica de galactocerebrosidase diminuída. C a s o 4 Figura 1: Radiografia póstero-anterior de Tórax de 21/10/99: Opacidade localizada no campo pulmonar superior direito, de limites imprecisos com o mediastino. Drs. Daniel de Souza Delgado e Leandro Lucato Figuras 1, 2a e 2b: Imagens axiais Flair (fig. 1) e ponderadas em T2 (figs. 2a e 2b) do encéfalo: áreas confluentes, bilaterais e simétricas de alteração de sinal na substância branca periventricular, parieto-occipital, caracterizadas por hipersinal em T2 e Flair. Tais áreas estendem-se para os tratos piramidais (setas) e esplênio do corpo caloso. Figuras 3a e 3b: Imagens ponderadas em T1, antes (fig. 3a) e após (fig. 3b) a injeção de gadolínio, esta última com supressão de gordura. As áreas de alteração de sinal na substância branca periventricular, parieto-occipital, caracterizadas por sinal intermediário/hipossinal em T1 (fig. 3a), sem evidente realce pelo contraste paramagnético (fig. 3b). Figura 4: Imagem ponderada em difusão (b=1,000s): notam-se áreas com acentuado hipersinal nas regiões peritrigonais, demonstrando a restrição à difusão das moléculas de água, possivelmente associada à desmielinização ativa. Dr. Leandro Ribeiro Figura 2: Radiografia póstero-anterior de Tórax de 28/10/99: Observa-se aumento das dimensões da opacidade caracterizada no exame anterior de 21/10/99 (fig. 2). Figuras 3 e 4: Imagens axiais do tórax, com contraste endovenoso (05/11/99): Massa no lobo superior direito, de limites irregulares e imprecisos com o mediastino, com atenuação de partes moles e centro hipoatenuante liquefeito com gás de permeio (cavitada). Figuras 5, 6, 7 e 8: Radiografia póstero-anterior (fig. 8) e imagens axiais do tórax (figs. 6, 7 e 8), com contraste endovenoso, de 24/11/99: acentuado aumento da massa (principalmente à custa de sua porção central hipoatenuante necrótica), acometendo agora todo o lobo superior direito, invadindo o mediastino e causando compressão da veia cava superior (Síndrome da Veia Cava Superior). História Clínica ID: Paciente masculino, 31 anos. Há dois meses com febre, tosse, perda de peso, hemoptise e atualmente dispnéia intensa. HPMA: vem tratando há dois meses com vários esquemas antibióticos; no entanto, sem melhora clínica. AP: diagnóstico de colite ulcerativa desde 1996 por uma história de enterorragia intermitente por sete anos. Atualmente em uso de sulfassalazina com melhora clínica do quadro intestinal; fumante por tempo indeterminado. Exames laboratoriais: anemia (Hb= 8,6mg/dl), leucocitose (50220 cels/mm com desvio importante à esquerda), HIV negativo. Exames de imagem: Radiografia de tórax de 21/10/99: figura 1. Radiografia de tórax de 28/10/99: figura 2. TC de tórax de 05/11/99: figuras 3 e 4. Primeira hipótese diagnóstica: Massa torácica de provável natureza neoplásica maligna. Evolução: Após cerca de 15 dias o paciente evoluiu com edema da face e do pescoço (Síndrome da Veia Cava Superior) e piora importante da dispnéia. Novos exames de imagem: RX de tórax e TC de tórax 24/11/99: figuras 5, 6, 7 e 8. Devido ao quadro clínico do paciente, não foi possível realizar biópsia ou embolização arterial da massa, sendo optado por radioterapia de emergência por cinco dias, a qual causou grande redução das dimensões da massa, possibilitando, assim, a realização de biópsia cirúrgica. Durante o procedimento cirúrgico foi necessário realizar pneumectomia devido ao sangramento incoercível ocasionado pela biópsia (tecido bastante friável). 3 4 Caderno Dois C a s o 3 São Paulo, outubro de 2005 Drs. Daniel de Souza Delgado e Leandro Lucato Leucodistrofia de Células Globóides (Doença de Krabbe) Diagnóstico Leucodistrofia de Células Globóides (Doença de Krabbe). Discussão A Leucodistrofia de Células Globóides, ou Doença de Krabbe, é uma desordem autossômica recessiva relacionada à deficiência de uma enzima lisossomal, a galactocerebrosídeo ²-galactosidase. Esta deficiência resulta no acúmulo de galactocerebrosídeo em macrófagos, o que compromete tanto a produção quanto a maturação da mielina no sistema nervoso central e periférico. As seguintes formas clínicas, conforme idade de apresentação inicial, foram reconhecidas: infantil precoce, congênita, infantil tardia, juvenil e adolescente-adulta. A evolução tende a ser rápida, progressiva e fatal nas formas com início mais precoce e, mais lenta, nas formas C a s o 4 tardias. O tipo infantil precoce é o mais comum, e neste a criança é normal nos primeiros meses de vida, evoluindo com espasticidade, irritabilidade, parada do desenvolvimento neurológico e febre, por volta dos 6 meses de vida. Numa segunda fase da doença há rápida deterioração motora, opistótono crônico e mioclonia espástica, associada à hipertermia, hipersalivação e hipersecreção pulmonar. Na terceira e última fase, a criança parece descerebrar e tem paralisia flácida, que culmina com o óbito por volta dos 2 anos de idade. O cérebro é pequeno e atrófico. O achado patológico característico da Doença de Krabbe é o acúmulo maciço de grandes células multinucleadas, contendo material PAS positivo (células globóides). O mais característico achado a Ressonância Magnética é o hiperssinal em T2 e Flair ao longo dos tratos córtico-espinhais (figuras 1 e 2A e 2B). Achados adicionais incluem: alteração de sinal na substância branca cerebelar, nos núcleos da base e tálamos, com progressivo envolvimento da substância branca parieto-occipital (periventricular) e do esplênio do corpo caloso (figuras 1 e 2A). Apesar de descrito na literatura alguns casos de realce das lesões pelo gadolíneo, elas tipicamente não apresentam realce (figuras 3A e 3B). Os achados à espectroscopia de prótons por RM são inespecíficos: redução do N acetil aspartato, aumento do mioinositol e aumento da colina. Pode ser observada restrição à difusão das moléculas de água nos locais de desmielinização ativa, possivelmente por edema e delaminação da bainha da mielina (figura 4). A tomografia computadorizada pode revelar hiperdensidade nos tálamos, núcleos caudados e coroa radiada (finas calcificações) e atrofia progressiva. Agradecimento: Dra. Cláudia da Costa Leite Referências Bibliográficas 1. Atlas, Scott W. Magnetic Resonance Imaging of the Brain and Spine, Lippincott Williams & Wilkins, 2001. 2. Suzuki K.; Suzuki Y. Globoid cell leukodystrophy (Krabbe´s Disease): deficiency of galactocerebrosideo betagalactosidase. Proc Natl Acad Sci USA 1970: 66:302. 3. Brockmann, K.; Dechent, P.; Wilken, B.; Rusch, O.; Frahm, J.; Hanefeld, F.; Proton MRS profile of cerebral metabolic abnormalities in Krabbe disease. Neurology, 60: 819- 825. 4. Patay, Z.; Diffusion-weighted MR imaging in leukodystrophies. Eur Radiol; Published online, Fev / 2005. Dr. Leandro Ribeiro Abscesso pulmonar por Entamoeba histolytica Anátomo-patológico (Histologia) Macro: cavidade irregular (10 x 12cm) com conteúdo necrótico “achocolatado”, associado à extensa substituição do parênquima pulmonar por tecido necrótico e microabscessos. Micro: PAS e H&E revelaram estruturas sugestivas de Entamoeba Imunofluorescência: + para Entamoeba histolytica ELISA: Anti- E. histolytica + Diagnóstico Abscesso pulmonar por Entamoeba histolytica. Discussão A hipótese diagnóstica de processo infeccioso e não tumoral maligno tornou-se mais importante no momento em que foi caracterizado um acentuado aumento das dimensões da massa num curto intervalo de tempo (15 dias), o que não é habitual para processos neoplásicos malignos. Pacientes com o quadro clínico semelhante ao do nosso paciente, sempre são suspeitos de serem portadores de doenças neoplásicas malignas como diagnóstico inicial, o que resulta inexoravelmente num atraso no diagnóstico definitivo e, por conseguinte, no tratamento. No nosso conhecimento não havia previamente a este caso outros artigos de amebíase pulmonar causando síndrome da veia cava superior (S.V.C.S.) na literatura. Outros agentes etiológicos já foram relatados como causadores de S.V.C.S (Klebsiella, Nocardia, Mycobacteria). O sítio mais freqüente de envolvimento extraintestinal da amebíase é o fígado (3-9% de todos os casos). De acordo com a literatura, o envolvimento pulmonar sem acometimento hepático ocorre somente em 14% dos casos de doença pulmonar amebiana. O envolvimento pulmonar normalmente ocorre nos lobos inferiores e médio e geralmente sob a forma de empiema, abscesso ou fístula hepato-brônquica por contigüidade ou continuidade. No caso deste paciente acreditou-se que o envolvimento pulmonar tenha ocorrido por disseminação hematogênica a partir do cólon. Lembramos que o paciente apresentava na história clínica o diagnóstico prévio de doença inflamatória intestinal. A colonoscopia realizada após o tratamento antiamebiano evidenciou lesões aftóides no reto e cólon, as quais podem ser compatíveis tanto com processo inflamatório intestinal puro, como com acometimento intestinal por amebíase. As biópsias das lesões feitas durante a colonoscopia foi negativa para este agente (Entamoeba histolytica). Apesar disso, não podemos excluir a colite por tratar-se de infecciosa e não puramente inflamatória, tendo em vista o fato da colonoscopia e da biópsia terem sido realizadas após o tratamento específico para amebíase. A amebíase é uma entidade de tratamento moroso; no entanto, curável. Sugerimos que a hipótese diagnóstica de acometimento amebiano pulmonar entre no diagnóstico diferencial de abscessos pulmonares ou massas pulmonares de rápido crescimento em pacientes jovens de regiões endêmicas. Enfatizamos ainda que o tempo de duplicação de massas ou nódulos pulmonares caracterizados em exames de imagem (RX, TC, RM e outros) é um importante dado na formulação de hipóteses diagnósticas e um bom auxílio na diferenciação de lesões tumorais malignas e lesões inflamatórias/infecciosas, tendo em vista o fato de que nestas últimas entidades o tempo de duplicação pode ser curto. Agradecimentos: Prof. Dr. Milton Arruda Martins e Dr. Jorge Kavakama. Referências Bibliográficas 1. Lichestensteein, A.; Kondo, A.T.; Visvesvara, G.S.; Fernandez, A.; Paiva, E.F.; Mauad, T.; Dolhnikoff, M.; Martins, M.A Pulmonary amoebiasis presenting as superior vena cava syndrome. Thorax, 2005, 60: 350-352. 2. Anon. WHO/PAHO/UNESCO report of a consultation of experts on amebiasis. Weekly Epidemiological Report of the World Health Oraganization 1997; 72:97-9. 3. Stanley Sl. Jr. Amoebiasis. Lancet 2003;361:1025-34.
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