Reunião de casos clínicos
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Reunião de casos clínicos
Reunião de casos clínicos RM Dr Ênio Tadashi Setogutti R3 Gustavo Jardim Dalle Grave Julho 2012 CASO CLINICO Paciente sexo feminino, 33 anos, relato de cefaléia, ocipital e frontal. T1 sag C T2 c CASO CLINICO Formação sólida ovalada, com sinal intermediário em T1, sem realce significativo após gadolíneo, com 0,6 cm em maior eixo, localizada na topografia do tuber cinereum. CRANIOFARINGEOMA - Massa suprasselar parcialmente calcificada (90%), sólido-cística (90%) - realce heterogêneo (porções sólidas) / forte realce parietal (císticas) - benigno - derivado de remanescentes do ducto craniofaringeo / fenda Rathke - ao longo da haste infundibular, do assoalho do terceiro ventrículo à hipófise - 54% dos tumores pediátricos selares / quiasmáticos - prevalência bimodal: 5 - 15 anos / > 50a - sintomas: cefaléia matinal, defeito visual, disfunção hipotalâmica , baixa estatura - histologicamente: * adamantinomatoso (pediátrico), massa supraselar multicística, grande, lobulada, cistos com hipersinal T1 * papilar (adulto), pequenos, principalmente sólidos, cistos hipointensos em T1 CISTO ARACNÓIDE / SUBARACNÓIDE -Coleção fluida isointensa ao LCR entre camadas da aracnóide, - sem comunicação com o sistema ventricular, com situação -extra-axial e de limites bem definidos. -- FLAIR: suprime completamente -Sem estrição a difusão -50-60% fossa média - assintomático CISTO COLÓIDE - Cisto unilocular no terceiro ventrículo, junto ao forame de Monro (99%), com conteúdo de mucina e parede celular (derivado do endoderma). - Hiperdenso na TC sem contraste - Hipersinal T1 (2/3) - Isointenso ao cérebro T2 - Geralmente sem realce - 0,5-1% tumores cerebrais primários / 15-20% dos intraventriculares - Cefaléia (50-60%) / 40-50% assintomáticos - 3-4a década - 90% estáveis, param crescimento - 10% aumentam - Pode ocorrer aumento rápido hidrocefalia coma morte T2 T1 T1 T1 CISTO DA FENDA DE RATHKE - Cistos selares benignos derivados dos remanescentes da fenda de Rathke, não calcificados e sem realce ao contraste, com nódulo intra-cístico (75%). - realce varia com o conteúdo (seroso x mucóide): T1 50 : 50% hiper : hiposinal T2 70% hiper : 30% iso/hiposinal - Epitelizados - 40% intraselares / 60% com extensão extraselar - Assintomáticos TC 75% hipodenso FLAIR: hipersinal HISTIOCITOSE DE CELULAS DE LANGERHANS - Espessamento da haste hipofisária, desde moderado até formação de massa, com marcado realce ao meio de contraste - Células derivadas da medula óssea da linha dendrítica, envolvidas em variedade de respostas imunes, podendo infiltrar sítios e promover lesões localizadas, assim como se manifestar como doença difusa sistêmica / cutâneo, ósseo, pulmonar. - 0,2 - 2 casos por 100.000 - <15 anos / menos de 30% envolvem adultos - predileção pelo eixo hipotálamo-hipofisário - diabetes insipidus em 5-50% PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Hamartoma de Tuber cinereum: homogêneo, isointenso ao córtex em T1, sem realce ao contraste Craniofaringeoma: - massa suprasselar mais comum em crianças - componente cístico e sólido, calcificações (90%) e realce (90%) Glioma Hipotálamo-Quiasmático: - 2a massa pediátrica suprasselar mais comum (+/- NF1) - pouco mais homogêneo, sem calcificações, tem extensão selar. - realce heterogêneo e variável / algumas vezes vigoroso - pode ter áreas císticas - pode se extender ao trato óptico. Lipoma: - gordura Germinoma: - geralmente multicêntrica: suprasselar, pineal, tálamo, gânglios basais Histiocitose de células de Langerhans: - espessamento da haste com realce - algumas vezes causa diabetes insípidus. HAMARTOMA DE TUBER CINEREUM -Hamartoma hipotalâmico , hamartoma diencefálico -Heterotopia congênita não-neoplásica da substância cinzenta localizada na região do túber cinereum, caracterizada, clinicamente por puberdade precoce central dependente de LHRH e/ou convulsões gelásticas. -* Anomalia da migração neuronal / distúrbio na embriogênese * Tecido neuronal gangliônico que se projeta do hipotálamo, tuber cinereum ou corpos mamilares. * Pendunculado ou séssil CARACTERISTICAS GERAIS: - pequena formação arredondada, séssil ou pendunculada, sem realce, contigua ao tuber cinereum, com densidade / intensidade similares a substância cinzenta. - de poucos milímetros a até 3-5cm (em geral em torno de 1cm). TC: - massa supraselar homogênea, isodensa ou levemente hipodensa em relação ao encefalo - raro: cistos ou calcificações / pensar em outros diagnósticos RM: - T1: isointenso ou levemente hipointenso à substância cinzenta - T2: isointenso ou leve aumento de sinal (gliose) - FLAIR: +/- T1 C+: sem realce - Espectroscopia: baixo N-acetil-aspartato minimamente aumentado colina alto mioinositol HAMARTOMA DE TUBER CINEREUM GENÉTICA: - Geralmente relatada com anomalias faciais ou cerebrais da linha média - Associação com a síndrome Pallister-Hall: * Hamartoma ou hamartoblastoma do tuber cinereum * Malformações digitais: metacarpianos curtos, syndactilia, polidactilia * Anomalias da linha média: epiglote, laringe * Outras anomalias cardíacas, renais e anais. - Outras síndromes SNC + visceral / esquelética MICROSCOPIA: - Assemelha-se a substância cinzenta, com neurônios, similar ao hipotálamo, axônios mielinizados e não-mielinizados, gliose fibrilar em quantidade variável. - Hamartoblastomas: inclui celulas mais primitivas e indiferenciadas
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