ministério do meio ambiente - Prefeitura de Porto Nacional
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ministério do meio ambiente - Prefeitura de Porto Nacional
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Secretaria de Coordenação da Amazônia Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos Prefeitura Municipal de Porto Nacional (TO) INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL - IBAM PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Fernando Henrique Cardoso MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Ministro de Estado do Meio Ambiente José Carlos de Carvalho S ECRETARIA DE C OORDENAÇÃO DA A MAZÔNIA – SCA Secretária Mary Helena Allegretti Coordenador de Ações Estratégicas Mario Assis Menezes Gerente do Projeto Gestão Urbana Ambiental na Amazônia Rosa de Lima Cunha Consultor em Resíduos Sólidos Jorge Artur F.Chagas de Oliveira S ECRETARIA DE Q UALIDADE A MBIENTAL NOS A SSENTAMENTOS H UMANOS – SQA Secretário Eduardo Sales Novaes Gerente do Projeto Gestão Ambiental Urbana e Regional Alfredo Gastal Gerente do Programa Brasil Joga Limpo Sandra Soares de Mello PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO NACIONAL Prefeito Otoniel Andrade da Costa Chefia de Gabinete Jose Rodrigues dos Santos Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo Carlos Demóstenes M. Braga Secretaria Municipal de Transportes Ermilton Barreira Parente Secretaria Municipal da Agricultura e Desenvolvimento Econômico Helder Luz Costa Secretaria Municipal de Educação e Cultura Iarairene Costa Braga Secretaria Municipal da Juventude, Desporto e Turismo Jose Francisco Pereira Silva Secretaria Municipal de Administração Olegário José de Oliveira 2 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Secretaria Municipal de Finanças Pedro Pereira Filho Secretaria Municipal da Saúde Raimundo Célio Pedreira Secretaria Municipal de Controle Interno Renato Batista de Souza Secretaria Municipal de Ação Social Terezinha das Graças O. Andrade Procuradoria Geral do Município Jadson Laet de Oliveira Negre INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL - IBAM Superintendente Geral Mara Biasi Ferrari Pinto Superintendente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Ana Lúcia Nadalutti La Rovere Diretora da Escola Nacional de Serviços Urbanos – ENSUR Tereza Cristina Baratta Coordenador Técnico de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Victor Zular Zveibil Consultor para o Município de Porto Nacional José Maria de Mesquita Jr 3 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Apresentação Este Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos é resultante do trabalho desenvolvido em Porto Nacional, no Estado de Tocantins, no âmbito do projeto de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos na Amazônia, promovido pela Secretaria de Coordenação da Amazônia – SCA e Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Urbanos – SQA, do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM. Foi elaborado através de um processo participativo, com estreita colaboração entre equipes do Executivo, do Legislativo e da sociedade civil local e o Consultor José Maria de Mesquita Jr., representante do IBAM. Contou também com a participação do Governo Estadual e dos representantes do MMA em eventos específicos. A descrição do processo de construção do plano está relatada no item Memórias mas também é referida em vários momentos nos itens técnicos, demonstrando a visão participativa e integrada adotada. O projeto Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para a Amazônia é um projeto experimental que propõe desenvolver experiências-piloto, em nove Municípios amazônicos, sendo um em cada Estado, na implementação de processos adequados para enfrentar os graves problemas ambientais e de saúde pública resultantes do lixo urbano gerado. Foram constituídas e capacitadas equipes, e orientados processos locais para a elaboração de Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Dentre os Municípios selecionados, três que apresentarem as melhores condições para implementação do plano poderão obter os recursos do projeto. Os demais terão em mãos um instrumento essencial à organização dos seus serviços e sistemas de limpeza urbana, com o qual, além de orientar sua atuação, poderão buscar obter recursos disponibilizados em programas específicos de financiamento. Etapas do trabalho Levantamentos Preliminares No período de setembro de 2000 a maio de 2001 foram realizadas visitas aos nove Municípios selecionados, contatando as autoridades locais e verificando seu interesse e comprometimento para a inclusão de seu Município no Projeto de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na Região Amazônica. Foram, ao 4 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO mesmo tempo, realizados levantamentos e diagnósticos preliminares da situação dos sistemas de Limpeza Urbana e de sua inserção na administração local, bem como percebidas características socioculturais, ambientais e econômicas, que condicionariam o desenvolvimento dos trabalhos. Esses levantamentos resultaram em relatórios que apoiaram o início das atividades em campo. Oficina de Capacitação em Manaus Este evento reuniu representantes dos Estados e Municípios envolvidos no projeto, motivando-os e capacitando-os para a interlocução e liderança dos processos locais, durante o período de 24 a 27 de abril de 2001 na Vila Olímpica em Manaus. Esta oficina, além de ter proporcionado o retorno das informações e avaliações colhidas ao longo das visitas de campo nos nove Municípios, buscou a capacitação preliminar de seus decisores/representantes para o desenvolvimento de processos locais participativos na condução dos planos de gerenciamento integrado a serem construídos na etapa seguinte. Elaboração dos Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Os trabalhos de campo foram iniciados no segundo semestre de 2001, com previsão de quatro visitas (uma por mês) da equipe técnica a cada um dos nove Municípios participantes do projeto para dar início ao plano de trabalho traçado na oficina de capacitação. Contando com a liderança do Executivo local, com a participação de vários setores da comunidade e do Legislativo, e com o apoio dos técnicos do Ministério do Meio Ambiente (Secretaria de Coordenação da Amazônia e Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos) e do IBAM, coube definir prioridades e estratégias de ação e produzir os insumos necessários ao Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Atividades, programas ou ações de caráter imediato foram e ainda poderão ser deflagrados diretamente pela Prefeitura e pela comunidade, independentemente da implementação posterior do Plano. Caso haja necessidade de complementação de informações fundamentais ao plano ou de solução para algum problema técnico específico, os Municípios poderão contar com uma assessoria complementar em próxima etapa. 5 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO O que é Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é a maneira de conceber, implementar e administrar sistemas de Limpeza Pública considerando uma ampla participação dos setores da sociedade com a perspectiva do desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade do desenvolvimento é vista de forma abrangente, envolvendo as dimensões ambientais, sociais, culturais, econômicas, políticas e institucionais. Isso significa articular políticas e programas de vários setores da administração e vários níveis de governo, envolver o legislativo e a comunidade locais, buscar garantir os recursos e a continuidade das ações, identificar tecnologias e soluções adequadas à realidade local. Especificamente com relação aos resíduos sólidos, as metas são de reduzir ao mínimo sua geração, aumentar ao máximo a reutilização e reciclagem do que foi gerado, promover o depósito e tratamento ambientalmente saudável dos rejeitos e universalizar o atendimento. 6 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Sumário MEMÓRIA 12 Potencialidades 15 Comentários 15 INTRODUÇÃO 17 DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO 19 Histórico 19 Aspectos Geográficos 19 Geomorfologia 20 Geologia 21 Hidrografia 21 Clima 21 Vegetação 23 Aspectos Populacionais 23 Infra-estrutura Social 24 Saúde 25 Infra-estrutura Física 26 Aspectos das Finanças Públicas 27 Economia 28 Turismo 30 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS Estimativa da Quantidade de Lixo Gerada 31 31 7 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Nível de Atendimento Atual dos Serviços de Coleta de Lixo 31 Taxa de Incremento Futuro do Serviço de Limpeza (%) 31 Taxa de Incremento de Geração Per Capita e (%/ano) 31 Composição Física dos Resíduos Sólidos Urbanos Gerados no Município de Porto Nacional 33 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 34 Equipe e Parcerias 36 ARCABOUÇO LEGAL 38 Situação Atual 38 Situação Proposta 39 Equipe e Parcerias 40 Divulgação 40 ESTRUTURA JURÍDICA, ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA 42 Situação Atual 42 Situação Proposta 42 Equipe e Parcerias 44 Divulgação 44 Custos 44 ESTRUTURA TÉCNICA OPERACIONAL 45 Situação Atual 45 Situação Proposta 47 Equipe e Parcerias 51 Divulgação 52 Custos 53 8 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS 54 Situação Atual 54 Situação Proposta 54 Equipe e Parcerias 54 ESTRUTURA DE INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL 55 Situação Atual 55 Situação Proposta 55 Equipe e Parcerias 57 Custos 57 SISTEMAS DE CUSTOS E DE REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS 58 Situação Atual 58 Situação Proposta 59 Equipe e Parcerias 60 Divulgação 61 Custos 61 ESTRUTURA DE FISCALIZAÇÃO E DE CONTROLE SOCIAL 63 Situação Atual 63 Situação Proposta 63 Equipe e Parcerias 64 Divulgação 64 CUSTOS 64 ESTRUTURA SOCIAL 67 Situação Atual 67 Situação Proposta 68 9 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Equipe e Parcerias 69 Divulgação 70 Custos 70 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 72 Situação Atual 72 Situação Proposta 72 Equipe e Parcerias 73 Divulgação 73 Custos 74 ANEXOS 75 Anexo 1 - Plano Para Segregação e Coleta Seletiva dos Resíduos Recicláveis 76 Anexo 2 Coleta Tradicional 85 Anexo 3 Plano de Varrição 937 Anexo 4 Projeto Cooperativa de Catadores 107 Anexo 5 Programa de Educação Ambiental 117 Anexo 6 - Projeto Resíduos Sólidos e Atividades Turísticas 123 Anexo 7 - Alimentação Alternativa 127 Anexo 8 - Projeto Arte-Reciclagem 133 Anexo 9 - Programa 3Rs nas Dependências da Prefeitura Municipal 139 Anexo 10 - Projeto do Aterro Sanitário 143 Anexo 11 - Regulamento de Limpeza Urbana 170 Anexo 12 - Normas Técnicas Sobre Resíduos Sólidos 179 10 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 13 - Minuta da Lei de Criação da Diretoria de Limpeza Urbana 186 Anexo 14 - Projeto Compostagem Orgânica 187 Anexo 15 - Projeto Adubo Verde 195 Anexo 16 - Croquis da Sede da Limpeza Urbana 200 Anexo 17 - Croquis da Sede do Projeto AMA 203 Anexo 18 - Indicadores de Produtividade e de Qualidade 205 Anexo 19 - Sistema de Indicadores Gerenciais em Limpeza Urbana 209 Anexo 20 - Croquis do Centro de Armazenamento Provisório e Agregação de Valor 213 Anexo 21 - Croquis do Carrinho De Coleta de Material Reciclável 214 Anexo 22 - Lista de pessoas que tiveram participação ativa no desenvolvimento do Plano 215 Bibliografia 219 11 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Memória A construção do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Nacional considerou como fundamentais a participação e o comprometimento de todos os segmentos da sociedade no processo, desde a sua elaboração até a sua fiscalização e controle, passando pela implementação e acompanhamento. Para isto foram feitos contatos com as lideranças conhecidas e procurados interessados para a discussão das idéias e a formulação de diretrizes. A idéia básica – fazer um plano com a participação de todos e que atendesse às necessidades da comunidade – foi apresentada e discutida com vários segmentos da comunidade, buscando uma parceria responsável e continuada. Os pontos foram debatidos de forma livre e democrática, sem donos, mas com interessados, e as linhas básicas foram delineadas de acordo com as características e hábitos locais. A partir das discussões foi constituído um Grupo Executivo para coordenar o processo: Carlos Demóstenes M. Braga, Secretário de Obras e Urbanismo; Iracema Aparecida Siqueira, Diretora de Meio Ambiente; Wilton Belém dos Santos, Presidente da Associação de Moradores do Bairro Parque Eldorado; Yara Gomes Correia Japiassu, Coordenadora do Colégio Irmã Aspásia; Daurizan Souza Carvalho, Professora da Escola Municipal do FAMA; Emilio Fontoura de Carvalho, Técnico da Secretaria de Saúde e Ana Maria Fernandes, Radialista. Com a continuidade do processo, foram constituídos Grupos de Trabalho para desenvolver os segmentos indicados como importantes, contando cada segmento com um coordenador, a saber: ♦ Regulamentos e Normas Técnicas − Carlos D. M Braga; ♦ Aspecto Legal − dr. Jadson Laet; ♦ Processo Técnico − Iracema A. Siqueira; ♦ Recursos Humanos − Olegário José de Oliveira; ♦ Segregação de Materiais/Coleta Seletiva − Wilton Belém dos Santos; ♦ Aspectos Físicos − eng. Eneida; ♦ Fiscalização − Carolino Tadeu Pedreira; ♦ Compostagem − Liliana Pena Naval; 12 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Arte e Reciclagem − Lúcia Quilombo; ♦ Alimentação Alternativa − prof. Ana Lourenço; ♦ Educação Ambiental − prof. Yara G. C. Japiassu; ♦ Cooperativa − sr. Otacílio; ♦ Informação e Comunicação Social − Ana Maria Fernandes. O plano foi desenvolvido, conforme pensado inicialmente, porém, com alguns poucos problemas entre os quais se podem citar o desinteresse da ONG COMSAUDE em continuar no projeto, o que afastou também o seu titular, dr. Eduardo Manzano, do Grupo Executivo, para o qual tinha sido indicado inicialmente. Em contrapartida houve uma maior aproximação da mídia, com a incorporação da radialista Ana Maria ao Grupo Executivo e à coordenação de um Grupo de Trabalho. No processo de elaboração do plano, devem ser destacados: ♦ o interesse demonstrado pela comunidade portuense em participar do processo de construção de melhores condições de vida para a cidade; ♦ a profunda sensibilidade e interesse das Associações de Bairro; ♦ a riqueza do conhecimento e o sentimento participativo dos catadores; ♦ a surpresa dos administradores públicos com as possibilidades de trabalho participativo e o interesse demonstrado por aumentar e tornar mais consistente este processo; ♦ a sede de aprendizado dos participantes; ♦ a descoberta das coisas que podem ser feitas com criatividade; ♦ a interligação estreita e forte entre os aspectos técnicos e sociais, a educação e o ambiente. Aspecto que não pode ser menosprezado é o da dificuldade de trabalhar em grupo e em projetos de sinalizações inovadoras como este. A transparência e a paciência são atributos que devem ser exercitados à exaustão, para conseguir não interlocutores, mas parceiros atuantes, interessados, instigadores e responsáveis. As dificuldades devem ser suplantadas e as defecções e incompreensões devem ser entendidas como comuns em processo de tal envergadura, e compensadas, da forma possível. É preciso valorizar quem participa e compreender quem desiste. 13 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO O processo foi e é muito rico porque, além de permitir a elaboração do plano, mostra resultados alcançados durante seu desenvolvimento, tais como: ♦ o estudo e o redimensionamento dos roteiros de varrição; ♦ o reconhecimento da necessidade de melhoria das condições dos servidores da limpeza urbana e o encaminhamento para solução; ♦ o estudo da composição gravimétrica do lixo; ♦ definição da forma de gestão e da estrutura organizacional do "serviço" de limpeza urbana; ♦ a elaboração de vários documentos legais: proposta de aperfeiçoamento da Lei de Limpeza Urbana; minuta de Regulamento; minuta de normas técnicas; ♦ implantação do “Programa 3Rs nas dependências da Prefeitura”; ♦ a criação e o estreitamento do relacionamento entre diversos setores da comunidade; ♦ a inclusão social dos catadores; ♦ o melhor entendimento da questão dos resíduos sólidos, com ênfase no melhor consumo, na economia, na diminuição dos desperdícios, na reutilização, na reciclagem, e ♦ sensibilização dos responsáveis pela Administração Pública para o assunto. O processo tem valor também porque permite a implementação de alguns aspectos enfocados no plano, independentemente de auxílios externos, tais como: ♦ otimização dos roteiros de coleta e varrição, com melhorias operacionais e diminuição de custos; ♦ melhorias no aspecto jurídico-legal da questão; ♦ melhorias nas condições de trabalho dos funcionários da limpeza urbana; ♦ uso de EPIs; ♦ implantação do projeto Adubo Verde; ♦ implantação da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis. 14 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Criou também oportunidades que podem ser visualizadas: ♦ Unidade de Beneficiamento de PET e outros plásticos, além da possibilidade real de compra de papelão e talvez, até mesmo, de vidro. O interessado já apresentou projeto de financiamento ao BASA; ♦ Unidade de Processamento de Plásticos (não PET). O interessado, da Cidade de Itu – SP, comprou terreno na cidade para instalação da unidade. Como forma de manter o plano vivo até sua implementação, a Secretaria de Obras e a Diretoria do Meio Ambiente, bem como os demais membros do Comitê Executivo, estão programando reuniões semanais, com cada segmento envolvido no plano, para dar informações sobre o avanço dos trabalhos e seguimento às ações necessárias, bem como manter a população informada sobre os detalhes e encaminhamento do plano. Por último, deve ser destacado o empenho do sr. Prefeito Otoniel Andrade Costa no desenvolvimento dos trabalhos. Potencialidades Alguns aspectos que devem ser explorados no desenvolvimento do plano: ♦ o setor de turismo, que tem muita ressonância, pois a cidade recebe muitos visitantes, nas férias de julho; com a formação do lago a tendência é que o turismo venha se fortalecer, pois outra ilha será estabelecida com diferentes atrativos, além de novas atividades que serão desenvolvidas no lago e em suas margens. O setor é atuante e, devido à experiência de trabalhar eficientemente com divulgação, pode ser de grande importância para o programa. ♦ o Parque Ecológico de Porto Nacional com um perímetro de 8km, com previsão de piscina olímpica, pista de atletismo, ginásio de esportes e áreas de lazer, é ponto a ser explorado com atividades voltadas à educação ambiental. ♦ parcerias interessantes estão sendo cristalizadas, com a UNITINS e a NATURATINS, pela capacidade técnica, possibilidade de desenvolvimento de pesquisas e pelo respaldo junto a órgãos estaduais e federais que podem ajudar no desenvolvimento de projetos e do programa como um todo. Comentários O processo de desenvolvimento do plano com certeza foi importante e proveitoso para a comunidade de Porto Nacional e irá gerar melhorias para a cidade e seus habitantes. 15 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Se o projeto contar com financiamento e acompanhamento adequados irá representar um salto significativo na qualidade de vida da população e se consolidar como um marco na história política, social, ambiental e da saúde pública de Porto Nacional, servindo ainda como exemplo dignificante da importância e validade de um Plano de Gerenciamento Integrado, adequado e integrado à cultura, às características e aos hábitos da população. 16 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Introdução Os resíduos sólidos urbanos são, sem dúvida alguma, um dos mais sérios e preocupantes problemas brasileiros no que diz respeito às questões ambientais, sociais e de saúde pública. A coleta não é universalizada e a destinação final é adequada somente para uma pequena parcela do lixo coletado. Proliferam catadores nos lixões, que existem na maioria dos Municípios, vivendo em condições subumanas. O Município de Porto Nacional, apesar dos seus esforços, tem dificuldades na coleta, tem problemas localizados na varrição, no acondicionamento dos resíduos e, principalmente, na destinação final, ocasionados pelas limitações técnicas e financeiras do Poder Público, bem como pela falta de informação e conscientização da população sobre a forma correta de tratar o lixo. Sendo assim, faz-se necessária a implantação de um sistema de gerenciamento do lixo que contemple medidas técnicas, ambientais, sociais e sanitárias adequadas, fundamentado na elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos para Porto Nacional. A Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos compreende um conjunto de ações integradas, articuladas e participativas entre o Poder Público e a sociedade civil organizada, na busca por soluções compatíveis com a realidade local e com o interesse da comunidade, nas etapas de levantamento do problema, discussão, elaboração, implantação e acompanhamento do Plano de Gerenciamento proposto. È imperativo, estimular o fortalecimento das relações dos diferentes níveis do setor público com a iniciativa privada, visando ao estabelecimento de “parcerias” para enfrentar os “desafios comuns” e conseguir soluções educativas comunitárias em benefício da comunidade e da melhoria do meio ambiente. Oportuna e estratégica foi a iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, em promover meios para dotar alguns Municípios brasileiros, em especial os da Região Amazônica, de subsídios para orientação e condições técnicas, organizacionais e gerenciais para o desenvolvimento de atividades interparticipativas e interinstitucionais com objetivos claramente definidos e metas urgentes, e para reorganização de diminuição do desperdício e maior aproveitamento dos resíduos sólidos urbanos produzidos pela sociedade. Incentivado por essa iniciativa e preocupado com as questões municipais que envolvem os resíduos sólidos urbanos é que o Poder Público Municipal, em conjunto com a comunidade local organizada, elaborou o Plano de 17 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos – PGIRSU, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. O plano contempla os diversos aspectos relacionados com os resíduos sólidos urbanos, procurando uma visão abrangente do problema e das soluções, passando pela observação e discussão com os segmentos da sociedade portuense, desde a elaboração do projeto até a sua implantação e controle. A participação de vários segmentos permite melhorar o entendimento do problema, aumentar as alternativas de encaminhamento e encontrar soluções mais condizente com as necessidades e características locais, respeitando a cultura e os hábitos da população. Ao mesmo tempo garante maiores transparência e legitimidade ao processo e um intenso comprometimento de todos, aumentando o controle e a fiscalização tanto na aplicação de recursos quanto na execução das ações, ao mesmo tempo em que se consegue grande participação e comprometimento de todos na construção. 18 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Diagnóstico do Município Histórico Durante o ciclo do ouro, já no final do século XVII, algumas minas atraíram bandeirantes que, com seus escravos, vieram à procura de ouro, e fundaram alguns povoados na região. Bom Jesus de Pontal e Monte do Carmo foram regiões auríferas importantes e atraíram muitos migrantes, principalmente do Maranhão e do Pará, pois a principal via de transporte era o rio Tocantins. Fugindo dos ataques dos índios Xerentes (antigos habitantes da região) que invadiram o povoado de Pontal, os habitantes se instalarem à margem do rio Tocantins, num antigo porto que acabou se transformando no Arraial de Porto Real que, em 1831, foi promovido à Vila de Porto Imperial e, em 1889, após a Proclamação da República, passou a chamar-se Porto Nacional. Em 1859 foi elevado à categoria de Município. Essa antiga rota de passagem entre as regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste se constituiu em parada obrigatória dos antigos desbravadores. Hotéis, comércios, fazendas e outros estabelecimentos de apoio foram sendo instalados e, após o declínio do ouro, transformaram-se em atividades econômicas essenciais. Sua localização, às margens do rio Tocantins, via fluvial importante para a economia brasileira, e a construção da Belém-Brasília, na década de 1970, favoreceram a ampliação da circulação de pessoas e mercadorias e contribuíram para acelerar o desenvolvimento da região. Era uma das principais cidades do norte do Estado de Goiás e, após a criação do Estado do Tocantins em 1988, figura entre as mais importantes do Estado. Aspectos Geográficos Porto Nacional tem área de 4.753km 2 e está localizada no centro do Estado do Tocantins. Fica a 60km da rodovia Belém-Brasília e a 62km de Palmas, a capital do Estado, e seus limites são: ♦ Norte: Palmas, Miracema e Paraíso do Tocantins; ♦ Sul: Silvanópolis, Ipueiras e Brejinho de Nazaré; ♦ Leste: Monte do Carmo e Silvanópolis; ♦ Oeste: Nova Rosalândia, Oliveira de Fátima, Fátima e Pugmil. 19 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Possui um distrito agroindustrial que abastece quase toda a região, localizado numa área de 241 hectares, a 15km do centro do Município e 45km de Palmas, capital do Estado. Vários programas ligados à agropecuária vêm sendo desenvolvidos pela Prefeitura para dinamizar ainda mais esse setor. As características da região favorecem o desenvolvimento de lavouras mecanizadas, a fruticultura e a pecuária. A infra-estrutura básica é boa, contando com: um aeroporto para aeronaves de médio e grande portes, terminal e empresas rodoviárias, ligação com a hidrovia Araguaia-Tocantins e, futuramente, com a ferrovia Norte-Sul. Em setembro de 2001 foi inaugurada a Usina do Lajeado próxima a Porto Nacional, de grande importância para o país e que irá resolver os problemas energéticos da região. A usina também irá atrair maiores investimentos, além de incrementar o potencial turístico da região, em razão do grande lago que será formado com a barragem das águas do Rio Tocantins. Tabela1 Distância entre Porto Nacional e outras cidades Cidade Palmas/TO Distância (km) 62 Miracema/TO 148 Gurupi/TO 174 Paraíso/TO 120 Araguaína/TO 485 Goiânia/GO 800 Brasília/DF 1.020 Belém/PA 1.200 Belo Horizonte/MG 1.706 São Paulo/SP 1.726 Fortaleza/CE 1.682 Curitiba/PR 1.976 Imperatriz/MA 700 Geomorfologia O território compreende terrenos cristalinos do Planalto Goiano e sedimentares pertencentes à bacia sedimentar do Meio-Norte, apresentando no relevo uma topografia, de modo geral, suavemente ondulada com altitude de 100 a 500m, ao norte; o relevo encontra-se dissecado em formas tabulares características de 20 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO superfícies sedimentares como: a Serra do Lajeado, a nordeste. Ao sul é comum a ocorrência de morros isolados. Geologia A geologia da região é formada por litoestatigráfica complexo goiano, complexo granulítico Porto Nacional, complexo aruanã-pindorama, formação Monte Do Carmo, formação pimenteira, cobertura sedimentar quaternária detrito laterítica e aluviões holocênicos. Ocorrem predominantemente solos minerais e profundos argilosos ou de textura média, bem drenados, pouco suscetíveis à erosão e com baixa fertilidade natural. Solo vermelho-amarelo associado a dois tipos de solos: o primeiro, de baixa fertilidade natural e formado pela mistura de partículas minerais, apresentando grande quantidade de concreções ferruginosa-lateritas (solos indiscriminados); o segundo, solos profundos, ácidos, apresentam textura variável, saturados com alumínio, de fertilidade naturalmente baixa, possuindo camada endurecida em seu interior (prodzólico vermelho-amarelo). Aparecem, ainda, pequenas manchas de solos minerais, pouco desenvolvidos, roxos, bastante suscetíveis à erosão, bem drenados, com restrições ao uso agrícola devido à pouca profundidade e à acentuada acidez (solos litólicos). Hidrografia Localizado à margem direita do alto rio Tocantins, tem como principais afluentes o ribeirão São João, Areias e Água Suja. O ribeirão São João, desde a década de 1960, é utilizado como fonte de captação para abastecimento público de água. A jusante do Município de Porto Nacional foi construída a Usina Hidrelétrica do Lajeado, estando em fase final de represamento de suas águas, formando um frondoso lago, que será usado como principal fonte turística para recreação, lazer e esportes, além da geração de energia elétrica. Clima Segundo a classificação de Köppen (1948) o clima da região em estudo é classificado como tropical quente e úmido (AW), com duas estações bem definidas. Segundo a 10ª Estação Climatológica de Porto Nacional, o clima do Município é classificado como clima seco de savana. 21 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Precipitação Pluviométrica A precipitação pluviométrica anual fica em torno de 1.700mm. Mais de 80% das precipitações são registrados entre os meses de outubro e abril, marcados por chuvas torrenciais de grande capacidade erosiva. O período compreendido entre os meses de maio e setembro apresenta índices de precipitação muito baixos. Chove nos meses de outubro a abril e há estiagem no restante do ano, com notável redução de vazão dos cursos d'água que não chegam, porém, a secar. Temperatura O clima é tropical, com invernos secos, sendo a temperatura anual compensada de 26,7º. A temperatura média de verão é de 26,7º e a média de inverno é de 26,6º. Os valores máximos somam em setembro 39º e o mínimo no inverno é 13,1º. Tabela 2 Médias mensais de temperatura Mês Temperaturas Médias (°C) Janeiro 27,5 Fevereiro 25,4 Março 26,0 Abril 26,0 Maio 26,5 Junho 25,9 Julho 26,2 Agosto 27,6 Setembro 27,7 Outubro 27,8 Novembro 26,9 Dezembro 27,1 Fonte: NMET/PN (1999) Predominam ventos fracos (máximos de 6 na escala Beufort) de Norte para Sul. 22 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Vegetação De maneira geral pode-se afirmar que a cobertura vegetal predominante no Município é o cerrado, o restante é composto por florestas esparsas que podem ser identificadas na Bacia Hídrica do Tocantins e seus afluentes. O cerrado é caracterizado por árvores de pequeno porte, raízes longas adequadas à procura de água no subsolo, folhas pequenas, duras e grossas, caindo grande parte na estação seca. As espécies nativas mais comuns são: pausanto, babatimão, pequi, araticum, murici, buriti, fava, jatobá e ipê (predominando o amarelo e o roxo). Aspectos Populacionais Porto Nacional conta com uma população razoável se comparada com as demais cidades do centro do Brasil. Essa população se concentra nas áreas urbanas. Tabela 3 Distribuição da população no Município Total 44.966 Homens 21.544 Mulheres 23.422 Urbana 38.743 Rural 6.223 Fonte: IBGE – 2000 A população do Município de Porto Nacional cresceu consideravelmente nos últimos 15 anos, em conseqüência da criação do Estado do Tocantins e das políticas de desenvolvimento da região. Observa-se uma estagnação no crescimento no censo de 1991 e 1996, período em que foi implantada Palmas, a capital do Estado. Verifica-se ao longo dos anos uma grande evasão rural, tornando-se um Município com população urbana. Tabela 4 Crescimento da população entre 1970 e 2000 Ano 1970 1980 1991 1996 2000 Total 31.517 31.312 43.225 42.219 44.966 Urbana 9.952 20.710 34.658 36.544 38.743 Rural 21.565 18.602 8.565 5.675 6.223 Fonte: IBGE - 2000 23 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Tabela 5 Composição da população de Porto Nacional Residentes por grupos de idade Idade (anos) Total Idade (anos) Total 0a4 5.124 35 a 39 2.221 5a9 5.037 40 a 44 1.947 10 a 14 5.536 45 a 49 1.533 15 a 19 5.219 50 a 54 1.247 20 a 24 4.323 55 a 59 1.087 25 a 29 3.354 60 a 64 823 30 a 34 2.939 65 ou mais 1.829 Fonte: IBGE – 1996 Infra-estrutura Social A formação cultural e educacional de Porto Nacional tem forte influência das irmãs dominicanas que estão radicadas há 100 anos no Município. O ambiente cultural que se inicia no centro histórico, com a Igreja Matriz e os casarões coloniais de influência francesa, passa pela primeira ponte construída sobre o rio Tocantins, suas praias, Museu Histórico Cultural, música, dança, teatro, festas típicas, a festa do Divino Espírito Santo e Folia de Reis. Anualmente na semana do aniversário da emancipação política (06 a 13 de julho) ocorre a semana da cultura, relatando e revivendo todo o movimento histórico-cultural do Município e da região. Hoje a rede educacional de Porto Nacional ainda não atende à demanda existente, no entanto tem alcançado metas de crescimento considerável. Esta conta com a seguinte estrutura apresentada nas Tabelas a seguir. Tabela 6 Rede física Pré-escola 1° Grau (1ª a 4ªséries) 1° Grau, (5ª a 8ª séries) 2º Grau Superior Municipais 11 39 02 - - Estaduais 09 20 20 08 - - - - - 01 04 04 03 04 - Federais Particulares Fonte: Secretaria Municipal de Educação 24 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Tabela 6 Número de vagas Pré-escola 1° Grau (1ª a 4ªséries) Municipais 535 2.154 100 - - Estaduais 349 5.221 5.513 3.032 - - - - - 01 296 392 249 456 - Federais Particulares 1° Grau (5ª a 8ª séries) 2º Grau Superior Fonte: Secretaria Municipal de Educação Espaços Públicos Culturais ♦ Biblioteca Municipal Eli Brasiliense; ♦ Museu Municipal; ♦ Estádio Municipal General Sampaio Correia; ♦ Parque Ecológico (em construção); ♦ Espaço Cultural (em construção); ♦ Centro Olímpico Municipal. O Município tem ainda, entre clubes, grêmios e academias, 14 estabelecimentos cadastrados na Prefeitura que desenvolvem atividades esportivas e culturais. Grupos Culturais ♦ Banda Municipal; ♦ Orquestra de Violeiros; ♦ Dois grupos de teatro; ♦ Blocos carnavalescos; ♦ Grupos de danças. Saúde Porto Nacional conta com 17 postos de saúde municipal, seis laboratórios, sendo que um público, quatro privados e um filantrópico, quatro hospitais, um público, dois privados e um filantrópico. O aparato de saúde no Município cresceu muito nos últimos anos, mas ainda é insuficiente. 25 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Tabela 7 Recursos humanos de saúde da rede pública municipal e estadual Nível Superior Médio/ Elementar Categoria Municipal Estadual Médico 16 27 Odontólogo 10 - Enfermeiro 05 08 Assistente Social 01 06 Sanitarista 02 - Agente de Saúde 101 - Atendente de Enfermagem 07 - Auxiliar de Enfermagem 19 19 Técnico em Radiologia - 09 Técnico de Enfermagem 36 97 Técnico de Laboratório 03 07 Agente de V. Sanitária 29 - Fonte: Secretaria Municipal de Saúde – 2000 Tabela 8 Capacidade ambulatorial instalada no Município Unidade Consultório Consultório Médico Odontológico Laboratório Unidade Radiológica Farmácia Municipal 24 11 01 - 17 Estadual 05 - 01 01 01 Filantrópica 04 - 01 - 01 Privada 17 - 04 01 23 Total 50 11 07 02 42 Fonte: Secretaria de Saúde Municipal – 2000 Infra-estrutura Física Saneamento Básico A rede de água atende quase a totalidade dos domicílios, contendo 9.200 ligações de água. Não existe rede geral de esgotos (a população utiliza-se do sistema de fossas). No entanto, quatro setores já contam com a canalização da 26 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO rede de esgoto pronta e também está assegurada a implantação da rede no centro pelo PBA (plano básico ambiental) da Usina do Lajeado. Os serviços de tratamento de água e esgoto são de responsabilidade da SANEATINS (Companhia de Saneamento do Tocantins). Pavimentação e Drenagem A cidade apresenta grande parte das vias de rolagem do tráfego pavimentada e atendida pela rede de drenagem. A área pavimentada, de acordo com informações da Secretaria de Obras, é de 600.000m2 atendendo às áreas de maior densidade demográfica, e a rede de drenagem pluvial tem uma extensão de 12km. Aspectos das Finanças Públicas Analisando os balanços da Prefeitura Municipal de Porto Nacional no período compreendido de 1996 a 1998, verifica-se que as receitas tributárias apresentavam, em 1996, percentual de participação de 7,59. Em 1997 a mesma obteve um crescimento de 3,95%. Tabela 9 Composição da receita orçamentária líquida arrecadada, (quociente de participação em percentual) Natureza da Receita 1996 1997 1998 Receita Orçamentária Líquida 100% 100% 100% Tributária 7,59 11,54 11,65 FPM 36,02 44,43 42,29 ICMS 20,09 22,98 20,10 Outras 36,29 21,05 25,96 Fonte: Secretaria de Finanças Nota: Receita Orçamentária Líquida = Receita Orçamentária Total – Receitas de Capital Os quocientes, mostrados na Tabela 9, dão a dimensão exata da composição da receita orçamentária líquida total no período de 1996/1998. Percebe-se que as duas grandes fontes de receitas municipais são as transferências intergovernamentais institucionais onde sobressaem as cotas-partes do FPM (principal fonte individual de recursos com que conta o Município). 27 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Economia A região é considerada pólo de desenvolvimento do Estado do Tocantins. As potencialidades que favorecem a economia do Município são: ♦ abundância em recursos hídricos para o favorecimento das áreas de geração de energia, agricultura, piscicultura, transporte fluvial e turismo; ♦ grande área de terras planas e com boas características físico-químicas do solo, aptas ao cultivo de plantas anuais, fruticultura (mecanizada), pecuária de leite e de corte (extensiva e intensiva) e outros; ♦ existência de áreas preservadas, que podem ser usadas para o turismo ecológico; ♦ potencial para o turismo urbano: seja com suas praias, ou com seus prédios históricos, e, ainda, a partir de setembro de 2001, com a formação do lago da Usina do Lajeado; ♦ oferta de mão-de-obra relativamente de baixo custo; ♦ próximo do mercado consumidor, o Município possui uma localização estratégica e de fácil acesso ao mercado; ♦ existência de infra-estrutura com estradas asfaltadas, energia elétrica urbana rural, área para o parque agroindustrial, escolas de 1º e 2º graus, universidade, hospitais, bancos e outros; ♦ clima bem definido e estável. Tabela 10 Quantitativos da economia portuense Empresas Empresas Registradas Indústrias agropecuárias Indústrias de Pesca Indústrias Extrativas Indústria de Transformação Energia, Gás e Água Construção Comércio e Similares Alojamento e Alimentação Transporte, Armazenagem e Comunicação Financeiras Imobiliárias e Serviços Administração e Segurança Pública Educação Saúde e Serviços Sociais Outros Fonte: IBGE – Cadastro Central de Empresas – 1996 Total 711 10 1 4 66 7 46 440 25 19 6 35 2 9 18 23 Trabalhadores 2.900 6 6 306 32 322 1.207 78 108 57 82 229 229 131 81 28 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO A empresa agropecuária é a mais expressiva da região (conta com 660 estabelecimentos), gera a maior parte da renda do Município e grande parte das indústrias está ligada a esta atividade. Tabela 11 Empresas agropecuárias Área dos Estabelecimentos 257.685ha Ocupação com Lavouras 7.875ha Ocupação com Pastagens 171.145ha Ocupação com Matas 31.034ha Fonte: IBGE – Censo Agropecuário 1995/96 Tabela 12 Dados da pecuária Rebanho Quantidades de Animais Bovino 80.913 Eqüino 2.213 Suíno 4.851 Bubalino 72 Ave 51.000 Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura Tabela 13 Dados da agricultura Cultura Abacaxi Abóbora Arroz Sequeiro Arroz Irrigado Banana Cana Mandioca Melancia Milho Soja Feijão Área Colhida ha Rendimento Médio Kg/ha 60 10 19.700 120 10 10 428 49 5.000 453 107 22.000 2.100 1.500 4.000 640 46.000 17.000 3.000 1.800 1.920 330 Produção t 1.320 21 29.550 480 6,4 460 7.276 147 9.00 869,76 35.31 Fonte: Secretaria Municipal da Agricultura 29 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Turismo O turismo, ainda incipiente, será incrementado com a formação do lago da Usina do Lajeado, encontrando-se em fase final de construção a avenida Beira Rio, com 2.500m de comprimento, e uma praia permanente, que ocasionarão mudanças no turismo local e regional, tais como: ♦ social: junto com a construção da avenida, os portuenses terão quadras de esportes, marina, piscina natural, áreas de camping e cooper, mirantes para contemplar as belezas do lago; ♦ cultural: anfiteatro ao ar livre levará para mais perto do rio Tocantins as manifestações populares do Município que é também berço cultural do Estado; ♦ histórico: o conjunto dos equipamentos construídos ao longo da avenida resgatará a importância que o rio Tocantins tem para o surgimento de Porto Nacional e, como conseqüência, do próprio Estado. 30 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Caracterização dos Resíduos Estimativa da Quantidade de Lixo Gerada Tabela 14 Dados considerados para estimativa da quantidade de lixo gerada População Urbana* 38.743 habitantes População Rural* 6.223 habitantes Total* 44.966 habitantes Taxa de Crescimento Populacional* 1,59% ao ano Per Capita de Geração de Lixo 0,70kg/hab.dia Densidade 0,33t/m³ Quantidade Atual de Lixo Coletado 23t/dia *Dados: IBGE - 2000 Nível de Atendimento Atual dos Serviços de Coleta de Lixo ♦ Quantidade de lixo gerado por dia: 27.121kg/dia (urbano) ♦ Porcentagem do nível de atendimento atual: urbana 84,81% da população Taxa de Incremento Futuro do Serviço de Limpeza (%) Adotou-se uma taxa de incremento futuro do serviço de limpeza urbana de aproximadamente 20% ao ano para a coleta de lixo tradicional, visando atender 100% da população em 2002, levando-se em consideração as estimativas de crescimento populacional e de incremento na geração de lixo para um ano. E a etapa de destinação final adequada para os resíduos em 2003. Taxa de Incremento de Geração Per Capita e (%/ ano) Para a adoção da taxa calculada considerou-se a possibilidade real de um maior desenvolvimento econômico e social do Município de Porto Nacional, a partir 31 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO da instalação de novas atividades industriais e turísticas (implantação do Projeto Orla do Rio Tocantins), logo: E = 0,25%/ano. A Tabela 15 apresenta a estimativa de geração de resíduos doméstico e comercial, resíduos dos serviços de saúde e da limpeza pública, pela população urbana para 15 (quinze) anos de projeto (início 2001 e final 2016). 32 Tabela 15 Estimativa da coleta de resíduos sólidos urbanos em Porto Nacional (2001/2016) Ano Projeção da expansão populacional Projeção para população urbana Resíduos domiciliar /comercial (t/dia) Resíduos de serviços de saúde (t/dia) Resíduos públicos (t/dia) 2001 45.681 39.359 23,1 1,99 0,59 2002 46.408 39.985 23,5 2,03 2003 47.146 40.621 23,9 2004 47.896 41.267 2005 48.657 2006 Total de resíduo a coletar (t/dia) Total de resíduo a coletar (t/ano) Estimativa de atendimento com coleta (% da população) 25,68 9.373 84,81 0,61 26,14 9.541 88,61 2,06 0,62 26,58 9.702 92,41 24,3 2,09 0,63 27,02 9.862 96,21 41.923 24,7 2,13 0,64 27,47 10.026 100 49.431 42.590 25,0 2,16 0,65 27,81 10.151 100 2007 50.217 43.267 25,4 2,19 0,66 28,75 10.494 100∗ 2008 51.015 43.955 25,9 2,23 0,67 28,80 10.512 100 2009 51.826 44.654 26,3 2,27 0,68 29,25 10.676 100 2010 52.650 45.364 26,7 2,31 0,69 29,70 10.840 100 2011 53.487 46.085 27,1 2,34 0,70 30,14 11.001 100 2012 54.338 46.818 27,5 2,38 0,71 30,59 11.165 100 2013 55.202 47.562 27,9 2,41 0,72 31,03 11.326 100 2014 56.080 48.318 28,4 2,45 0,73 31,58 11.527 100 2015 56.971 49.086 28,9 2,49 0,75 32,14 11.731 100 2016 57.880 49.866 29,3 2,53 0,76 32,59 11.895 100 33 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Composição Física dos Resíduos Sólidos Urbanos Gerados no Município de Porto Nacional Na determinação da composição física percentual dos tipos de resíduos sólidos urbanos utilizou-se a técnica do quarteamento, descrita no manual O que é preciso saber sobre limpeza urbana, produzido pelo IBAM. Quantidade total de lixo coletado = 23.000kg/dia (urbano) Tabela 16 Composição física percentual dos resíduos sólidos urbanos Tipo de resíduos Papel Porcentagem % Quantidade kg/dia 4 920 Papelão 16 3.680 Plástico Mole 20 4.600 Plástico Duro* 5,2 1.196 Metal Ferroso 2,4 552 Metal Não-ferroso 0,8 184 Vidro 1,8 414 40,1 9.223 Alumínio* 2,0 460 Trapos 2,3 529 Outros 5,4 1.242 Matéria Orgânica * As latas de alumínio não são encontradas no lixo em Porto Nacional, pois diversas pessoas vivem de catar este material para vender. As garrafas plásticas de refrigerante também não são encontradas no lixo, pois a comunidade local reaproveita este material nas residências ou como recipientes, nas pequenas fabricas de detergentes. Fonte: Dados obtidos através de duas amostragens realizadas em agosto e novembro de 2001. 33 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planejamento Estratégico A premissa básica do plano é contemplar todo o universo envolvido, com a participação de todas as entidades, da Administração Pública e privada, das organizações não governamentais, das associações de classe e dos demais segmentos da sociedade civil. Ver todo mundo, ser elaborado e implementado por todo mundo, atender a todo mundo, este é o sonho a ser realizado. O plano pretende uma integração plena entre o Poder Público e a comunidade local, que resulte em melhorias nas atividades de coleta, varrição e tratamento dos resíduos, na diminuição nos custos com os serviços de limpeza urbana, através da readequação e planejamento corretos destes serviços, na geração de trabalho e renda para as pessoas carentes através da formação de uma cooperativa de catadores e implantação de centrais de triagem e armazenamento do material com potencial reciclável, com o objetivo de promover uma melhoria na qualidade de vida da população. Para tanto, na montagem da estrutura de elaboração do plano foi considerada imprescindível a participação da sociedade civil organizada desde a concepção até a sua implementação. Procurou-se também incentivar a formação e operacionalização de grupos de trabalho para discussão e elaboração de propostas referentes a cada um dos itens considerados no plano. A inclusão social dos catadores no processo de gestão foi considerada fundamental e todos eles foram chamados a participar do processo desde seu início. Finalmente, mas não menos importante, foi pensada e conduzida a articulação orgânica dos agentes locais e regionais ligados de alguma forma às atividades relacionadas ao plano, como planejamento, normalização, coordenação, operação, controle, produtividade e qualidade dos serviços prestados à população. A elaboração do plano foi conduzida por um Grupo Executivo, constituído durante as primeiras rodadas de discussão do processo e formado por técnicos da Prefeitura, representantes das Associações de Moradores, do SEBRAE, das Unidades Escolares, da mídia local, da área da saúde. Com a integração de toda a comunidade organizada de Porto Nacional, Estado do Tocantins, espera-se uma sensibilização e conscientização, da sociedade portuense para a importância da implantação do PGIRSU, que contempla soluções como a coleta seletiva, reciclagem dos resíduos, ações culturais e criativas, educação ambiental para a rede escolar e a formação de uma cooperativa de catadores, como “instrumentos” de crescimento econômico, desenvolvimento social, melhoria na qualidade de vida e conservação ambiental, baseado no artigo 189, da Lei Orgânica do Município, que considera “Patrimônio público o aspecto visual da cidade, integrante do meio ambiente...”. 34 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Em função do apresentado pelo diagnóstico participativo, realizado pelo Poder Público juntamente com os agentes de saúde municipal e a comunidade local, sobre os serviços de limpeza urbana, observou-se a necessidade de adequar este sistema através da implantação de uma nova estrutura que contemple ações integradas sobre a separação, o tratamento do lixo e a disposição final adequada. Esta necessidade torna-se mais acentuada com a formação do lago da UHE – Lajeado, ao longo do rio Tocantins, pois Porto Nacional contará com uma praia permanente, incrementando seu turismo, que tem como um dos seus instrumentos a limpeza urbana, uma vez que estes serviços ocupam o segundo lugar nas preocupações e observações dos turistas, internos e externos. O plano conta com um plano de ação que considera algumas alternativas para sua implementação e, ao longo do seu desenvolvimento, foram preparados, pelos respectivos grupos de trabalho, estudos (como o de composição gravimétrica do lixo que teve partes importantes já realizadas), projetos e pesquisas visando a um manejo mais adequado do lixo de Porto Nacional, desde os cuidados na sua geração, passando pela coleta e transporte e chegando a uma destinação sanitária tecnicamente adequada, que não cause danos ao meio ambiente nem problemas à saúde pública. As propostas, que consideram as aspirações de toda a comunidade, foram elaboradas mediante a voluntariedade e o interesse de representantes de diversos segmentos organizados da comunidade portuense em parceria com o Poder Público Municipal, através da formação de grupos de trabalhos por áreas afins. São priorizadas as seguintes proposições: a redução do lixo gerado, reutilização e reciclagem do material com potencial reciclável, geração de emprego e renda para os catadores de lixo, orientação e informação para a comunidade local, fiscalização e controle dos serviços, capacitação dos servidores direta e indiretamente envolvidos no sistema, a adequação física e estrutural dessas atividades, a adequação da legislação existente, a instituição de normas e regulamento para os serviços de limpeza urbana, bem como a implantação de programas sociais e de educação ambiental, que possam dar sustentabilidade ao plano proposto. Descrito nas etapas seguintes, o plano apresenta os estudos e os projetos referentes às ações consideradas mais adequadas à realidade do Município pela comunidade local organizada, detalhando os principais pontos de cada ação a serem implantados, visando melhorar a qualidade de vida da comunidade. Prevê a criação de um órgão institucional para os serviços de limpeza urbana, que é de suma importância para a implantação adequada e eficiente do plano proposto, dando-lhe a sustentabilidade esperada. 35 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO No que se refere à destinação final adequada para os resíduos sólidos urbanos busca-se a implantação do aterro sanitário, proposta considerada a mais adequada pelos munícipes. O projeto já foi elaborado e sua implantação se viabilizará com recursos previstos em emenda ao Orçamento Geral da União. Além deste recurso previsto, são viáveis alternativas de financiamento e patrocínio junto à iniciativa privada visando principalmente à contratação dos serviços para o trato com entulhos e resíduos de grandes geradores. Como parte integrante do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos, foi realizado um levantamento das possibilidades do mercado existente, bem como das condições necessárias e exigidas por empresários para a negociação do material coletado, e as possibilidades de investimentos em âmbito municipal, estadual ou federal para a implantação das situações propostas no PGIRSU. Na parte social estão os maiores ganhos do plano proposto, com a idéia de implementação da segregação na fonte e da coleta seletiva e também da implantação e operacionalização da Cooperativa de Catadores. O plano é consubstanciado em diversos itens, que vão desde a estruturação do arcabouço legal até a implantação do processo de educação ambiental, acompanhados de anexos que os complementam, com as planilhas e cronogramas físico-financeiros, com a conseqüente viabilidade financeira e econômica de cada proposta do plano. O plano, elaborado com a seriedade e alegria comuns ao trabalho participativo, está contemplando e se organizando em torno de quatro aprendizagens que são importantes para o desenvolvimento, crescimento e consolidação de cada indivíduo ao longo de qualquer processo, que são: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas e, finalmente, aprender a ser, via essencial que integra todas elas 1. São fundamentais no processo de aprender e fazer consciente e responsavelmente, de forma dinâmica com crescimento constante e sólido. É o que está acontecendo e se pretende continue a acontecer na fase de implementação do plano. Equipe e Parcerias ♦ Representantes das Associações de Moradores ♦ SEBRAE 1 Educação – Um tesouro a descobrir - Relatório para a UNESCO - Jacques Delors e outros. 36 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Representantes das Unidades Escolares municipais, estaduais e particulares. ♦ Universidade Federal local ♦ Delegacia Regional de Ensino ♦ Secretarias Municipais ♦ Diretorias Municipais ♦ Entidade Religiosa ♦ Câmara de Vereadores ♦ Associação Comercial ♦ Catadores de materiais recicláveis ♦ Agentes de saúde municipais ♦ Servidores da limpeza urbana ♦ Fiscais de obras e posturas ♦ Representantes da Associação Comercial ♦ Representantes de Instituições Privadas de Reciclagem 37 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Arcabouço Legal Situação Atual Lei n. o 1609/98 - 31/03/1998 ♦ Dispõe sobre os atos de limpeza pública e da outras providências. ♦ Define as ações e competências referentes à conservação do ambiente urbano, visando à melhoria na qualidade de vida da população. Lei n.º 808/78 – 04/07/1978 Cria o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA. Apesar de ser uma lei antiga, o regimento interno do COMDEMA foi instituído apenas em maio de 2001 e está em fase de implantação no Município de Porto Nacional/TO. Lei nº 775/77 – 02.12.1977 Dispõe sobre o Código de Posturas Municipal. Esse código contém medidas administrativas de polícia, estatuindo as necessárias relações entre o Poder Público Municipal e a população, definindo o respeito aos logradouros públicos, observando a integridade e conservação desses espaços, a tranqüilidade e a higiene pública. Esta Lei em seu art. 18, incisos III, IV, V, VIII e IX, prevê ações referentes à manutenção da limpeza urbana em logradouros públicos, discriminando, também, os valores das multas para quem não a cumprir. Atualmente, existem os fiscais de posturas responsáveis pela fiscalização e autuação dessas ações em toda a área urbana do Município de Porto Nacional. Lei Orgânica Municipal A Lei Orgânica do Município de Porto Nacional, promulgada em 04 de abril de 1990, apenas define a responsabilidade do Município referente à prestação de serviços públicos nos setores de limpeza urbana, como está descrito nos artigos IX e X, exemplo: 38 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Seção III, art. 114, parágrafo único: “Dentre outros, são serviços municipais: IX – os de limpeza e sinalização das vias e logradouros; X – os de coleta de lixo urbano, do lixo oriundo de estabelecimentos hospitalares, farmácias, laboratórios de análises clínicas, clínicas médicas, clínicas odontológicas, clínicas veterinárias, laboratórios de experimentação animal ou similares, e cemitérios.” Situação Proposta O objetivo é dotar a Prefeitura de uma estrutura jurídica que permita atuar de forma ágil e dinâmica na questão dos resíduos sólidos urbanos, atendendo às necessidades dos munícipes e dando um manejo adequado aos resíduos do ponto de vista ambiental, sanitário e da saúde pública Assim, o estabelecimento de um sistema de cobrança adequado dos serviços é desejável, com a instituição de instrumentos legais que garantam a sustentabilidade do setor. Esta estruturação jurídica deve ser estabelecida de forma integrada com os demais instrumentos jurídicos que compõem o arcabouço legal do Município, de forma a fazer uma integração harmônica, para facilitar sua implementação e evitar problemas jurídicos e junto à população. Para que se tenha a estrutura desejada são necessárias atualização, modernização, elaboração e promulgação dos seguintes documentos legais: ♦ Revisão e adequação da Lei de Limpeza Urbana, já estando em estudos a revisão do item 7 – que trata da responsabilidade de incineração por parte dos geradores de resíduos de serviços de saúde – e inclusão de artigo que responsabilize os geradores de entulho por seu armazenamento, recolhimento e destinação e artigo que obrigue os proprietários de terrenos baldios a cercá-los e mantê-los em boas condições de limpeza e conservação. ♦ Elaboração de Legislação de implementação do Regulamento de Limpeza Urbana (minuta proposta em Anexo 11). ♦ Elaboração do Regulamento de Limpeza Urbana (minuta proposta em Anexo 11). ♦ Elaboração de Normas Técnicas (minutas propostas em Anexo 12). ♦ Elaboração do Plano Diretor – A Prefeitura contratou um escritório técnico especializado para elaborar o Plano Diretor de Porto Nacional. O escritório o está desenvolvendo de forma integrada com a comunidade local, 39 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO estando previsto o treinamento do pessoal da Prefeitura ligado ao assunto para participar da elaboração e trabalhar na implementação e implantação do Plano Diretor. ♦ Revisão do Código de Posturas – O escritório técnico especializado contratado para elaborar o Plano Diretor prevê como uma das etapas de ações a revisão do atual Código de Posturas, visando a modernizá-lo, adequando-o às características locais. ♦ Regulamentação da Coleta Seletiva – Está sendo estudada pela Assessoria Jurídica Municipal uma proposta para criação de uma lei ou decreto que regulamente a implantação da coleta seletiva no Município de Porto Nacional, e garanta a sustentabilidade do sistema proposto, bem como a integridade da Cooperativa de Catadores. Equipe e Parcerias ♦ ♦ ♦ ♦ Assessoria Jurídica Municipal Câmara de Vereadores Representantes das Associações de Moradores UNITINS Divulgação Com o objetivo de levar ao conhecimento da comunidade local os documentos legais existentes que podem disciplinar as ações, tanto do Poder Público quanto de toda população sobre as questões que envolvem os resíduos sólidos urbanos, serão realizadas palestras com os funcionários da limpeza urbana e das demais entidades da Prefeitura, com as Associações de Moradores, com as Unidades Escolares, junto às entidades representativas do comércio, da indústria religiosas e esportivas. Além disso, na sede da Prefeitura Municipal serão afixados, mensalmente, os documentos legais existentes, e Assessoria Jurídica Municipal ressalvará pontos de relevância, detalhando-os e apresentando os esclarecimentos devidos. Para os servidores diretamente envolvidos com a limpeza urbana, serão realizadas reuniões mensais com a Assessoria Jurídica e Diretor de Limpeza Pública, comentando e discutindo s os documentos legais de interesse. 40 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Tabela 17 Custos de divulgação Ações Confecção de folhetos com os documentos legais Material necessário para confecção de cartazes Total Quantidade Custo Unitário Total (R$) 500 1,50 750,00 300,00 1.050,00 41 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Estrutura Jurídica, Administrativa e Financeira Situação Atual É responsabilidade direta da Secretaria Municipal de Transportes, não existindo um departamento específico para prestação dos serviços. São atribuições da secretaria a realização dos serviços de varrição, capina, roçagem, jardinagem, coleta de lixo doméstico e público e a destinação final. Os servidores que realizam as atividades de varrição e coleta de lixo estão capacitados para exercê-las. Conta com cerca de 82 funcionários diretamente envolvidos com a execução dos serviços, e três administrativos, que não apresentam a preparação adequada para a realização das atividades de suas responsabilidades, que são as de orientação e acompanhamento das ações. Não existe nenhuma forma de cobrança (taxa ou tarifa) para os serviços prestados à comunidade. Todas as atividades são mantidas pelo Poder Público, aumentando o ônus sobre a prestação dos serviços. A estrutura existente é insuficiente para atender a toda a população ou parte dela com eficiência e qualidade, principalmente para os serviços de varrição e coleta de lixo. Situação Proposta Levando em consideração o diagnóstico realizado sobre os serviços de limpeza urbana e avaliando a eficiência do sistema de coleta (horários, equipe necessária, roteiros e freqüências), varrição (equipe e equipamentos necessários), capina, roçagem e jardinagem, foi indicada a criação de um órgão público que será responsável diretamente pela prestação dos serviços de limpeza urbana. Esse órgão acompanhará a estrutura organizacional da Prefeitura Municipal, sendo criada uma Diretoria de Limpeza Pública, subordinada à Secretaria de Obras e Urbanismo, por apresentar atualmente condições estruturais e físicas mais adequadas para tal atividade. 42 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO A Diretoria, dentro do espírito de proporcionar o melhor serviço ao menor custo administrativo, contará com duas Coordenadorias: Coordenadoria de Serviços Operacionais: ♦ coleta de lixo domiciliar, de lixo de resíduos de serviços de saúde, de grandes geradores, de entulhos; ♦ varrição de logradouros públicos, de limpeza de equipamentos urbanos, de capina, de roçagem e de jardinagem; e uma Coordenadoria de Destinação de Resíduos: ♦ compostagem de material orgânico; ♦ adubo verde; ♦ aterro sanitário. Para criação da Diretoria de Limpeza Urbana, a Assessoria Jurídica Municipal vem trabalhando na elaboração de lei para modificação da redação da Lei de Estrutura Administrativa do Poder Público de Porto Nacional (Minuta da lei para criação da Diretoria de Limpeza Urbana, Anexo 13) com o conhecimento e o interesse do Prefeito. Deve ser encaminhada brevemente à Câmara Municipal para votação. A diretoria será responsável por planejar, programar, apropriar os custos dos serviços, dimensionar as necessidades, subsidiar a implementação de instrumentos legais e econômico-financeiros do seu interesse, fiscalizar, orientar e controlar as ações de operação dos serviços prestados, implementando e utilizando indicadores de produtividade e de qualidade para otimizar seus serviços. A Diretoria de Limpeza Urbana, em conjunto com a Secretaria Municipal de Administração, será responsável pelas normas referentes à contratação de pessoal e às diretrizes necessárias para a realização das licitações para a aquisição de equipamentos e materiais permanentes. As coordenadorias serão responsáveis por executar, monitorar e gerar informações necessárias ao planejamento e à programação dos serviços de limpeza urbana. Serão estabelecidas formas de cobrança adequadas à prestação dos serviços relativos à coleta, varrição e destinação final dos resíduos domiciliar e público. Para os resíduos de grandes geradores e entulhos deverão ser viabilizadas formas de cobranças específicas, retirando o ônus do serviço público, procurando, assim, tornar os serviços mais eficientes. 43 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Equipe e Parcerias ♦ Assessoria Jurídica Municipal ♦ Câmara de Vereadores ♦ Secretaria de Fianças Municipal ♦ Servidores da Limpeza Urbana ♦ Secretaria de Obras e Urbanismo ♦ Representantes das Associações de Moradores Divulgação Sendo o usuário do serviço de limpeza urbana o responsável pelo acondicionamento e manutenção da limpeza, é necessária a veiculação de informações periódicas sobre a estrutura administrativa e financeira para a prestação dos serviços, mediante a confecção de cartilhas e folhetos explicativos, demonstrando à comunidade local o papel de cada um no desenvolvimento da cidadania, bem como sua importância, visando à transparência do processo que se pretende implantar. Custos Tabela 18 Custos do Materail de Divulgação Ações Quantidade Custo Unitário Custo Total (R$) Confecção de cartilhas da estrutura administrativa 500 2,50 1.250,00 Confecção de folhetos para prestação de contas e divulgação da estrutura financeira 300 1,50 750,00 Confecção de folhetos explicativos sobre a limpeza urbana de Porto Nacional 500 2,00 1.000,00 Total 3.000,00 44 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Estrutura Técnica Operacional Situação Atual A limpeza urbana de Porto Nacional abrange os serviços de coleta de lixo, varrição, destinação, jardinagem, limpeza de bueiros, tapa buracos, roçagem, capina e rastelagem. Os trabalhos se desenvolvem de forma bastante empírica, não havendo sistema de planejamento nem qualquer mecanismo de controle e avaliação dos processos operacionais. Não existem balanças, não se sabe com precisão o volume coletado, a eficiência dos serviços de varrição, os custos direta e indiretamente envolvidos. A Prefeitura não conta com um quadro de Fiscais de Limpeza, bem como com uma estrutura física e operacional adequada. O Quadro 1 e a Tabela 19 apresentam a estrutura técnica operacional do atual sistema de limpeza urbana do Município. Quadro 1 Recursos humanos para a limpeza urbana e respectivas funções Distribuição do Pessoal Função 03 funcionários Agente administrativo 21 funcionários Coleta de lixo 36 funcionários Varrição 141 integrantes entre adolescentes e adultos Projeto AMA 20 funcionários Outros serviços 05 funcionários Motoristas Fonte: Secretaria Municipal de Transportes (2000). 45 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Tabela 19 Recursos materiais utilizados para o serviço de limpeza urbana Equipamentos Capacidade Propriedade Quantidade Caminhões compactadores 06m³ (lixo compactado) Prefeitura Municipal 02 Trator com carreta 03 m³ Prefeitura Municipal 01 Caminhões carga seca 06m³(lixo solto) Particular (c/ motorista) 03 Carrinhos de mão 80l Prefeitura Municipal 23 Fonte: Secretaria Municipal de Transportes (2000). Não existe uma sede administrativa específica para atender aos serviços de limpeza urbana. A manutenção dos equipamentos se dá de forma corretiva, sendo efetuada na oficina central da Prefeitura, onde todos os demais equipamentos da Prefeitura são consertados, por mecânicos funcionários públicos, não havendo programação para manutenção preventiva. Coleta de Lixo A coleta do lixo domiciliar e comercial, realizada pelos caminhões compactadores e pelos caminhões carga seca, abrange 30 setores. Cada setor envolve um ou mais bairros da cidade. Os resíduos de Unidades de Saúde (hospitais, centros de saúde, consultórios médicos, dentários, veterinários, farmácias, clínicas etc.), apesar de serem coletados diariamente, não são objeto de coleta específica. A coleta atende atualmente cerca de 80% da cidade. Varrição, Roçagem, Capina e Jardinagem O serviço de varrição abrange poucos bairros da cidade, e acontece exclusivamente em algumas vias pavimentadas. É realizado por 36 garis. É feito por duplas (um com vassoura e outro com carrinho coletor) em alguns bairros, e por trios (dois com vassouras e um coletando) em outros, de acordo o tamanho da zona de varrição. O lixo é acumulado em pequenos montes ao longo dos meios-fios ou lotes baldios e, sem periodicidade, é recolhido pela carretinha do trator que o deposita nas caixas de empréstimo ao longo das rodovias, onde também grande parte dos entulhos da construção civil é depositada. 46 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Os serviços de Roçagem, Capina e Jardinagem de logradouros e praças públicas são realizados pelos integrantes do Projeto Amigos do Meio Ambiente – AMA, programa do Governo Municipal, que trabalha com adolescentes de famílias carentes. Destinação Final O destino final dos resíduos sólidos da cidade de Porto Nacional é feito a 18km do centro de massa da coleta, no km-12 da estrada que liga Porto Nacional a Monte do Carmo, rodovia totalmente pavimentada, em área de 58,08ha de propriedade da Prefeitura Municipal, distante cerca de 12km da zona urbana mais próxima. Não apresenta infra-estrutura adequada para a disposição do lixo. O lixo é colocado em valas, a céu aberto, sendo recoberto com terra apenas para o preenchimento da vala. Em alguns casos, em épocas de estiagem, ocorre a queima a céu aberto (principalmente plásticos, papel e folhagens) em lotes baldios, pelos moradores e comerciantes locais. Situação Proposta O objetivo é implantar um sistema de gestão dos serviços de limpeza urbana em que esteja estabelecida, claramente, além da estrutura administrativa para a implementação dos serviços, a estrutura física e operacional adequada para a execução das ações, de forma produtiva, atingindo a qualidade desejada, universalizando os serviços e aumentando a satisfação dos munícipes, almejando a melhoria da qualidade de vida população local, sem aumentar os custos dos serviços prestados. Para o adequado funcionamento dos serviços de limpeza urbana faz-se necessária a estruturação física, através da construção de uma sede, composta por sala administrativa, recepção, instalações sanitárias e vestiários, refeitório, que funcionará também como sala para reuniões dos servidores, quadra poliesportiva para recreação dos funcionários (Croquis da sede da limpeza urbana, Anexo 16). Na quadra de recreação, além do futebol de salão, acontecerão as aulas de ginástica e expressão corporal (Plano de varrição, Anexo 3), para relaxamento e integração dos servidores, visando contribui para o seu bom desenvolvimento psíquico e social. 47 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Este espaço será ocupado pela Diretoria de Limpeza Coordenadorias e demais servidores da limpeza pública. Urbana, pelas Para melhorias nos serviços de jardinagem, oferecidos através do Projeto AMA, pretende-se construir uma sede compatível com a realidade local, que contenha uma estrutura básica, com sanitários, refeitório, sala e vestiários. Neste local deverão ocorrer os cursos de capacitação e treinamento para a realização dos serviços oferecidos (Croquis da sede do Projeto AMA, Anexo 17). Para a prestação dos serviços de varrição e coleta de lixo estão sendo definidos e dimensionados, por tipo de serviço, os equipamentos, ferramentas, materiais e frota necessários e compatíveis com as características sociais, culturais, ambientais e sanitárias do Município, levando em consideração aspectos de manutenção mais adequados à realidade local, bem como o número de pessoal necessário para executar adequadamente os serviços de limpeza urbana. Além disso, os Planos de Varrição e de Coleta de Lixo contemplam as aspirações, reclamações e propostas levantadas pelos servidores da limpeza urbana, em reuniões periódicas realizadas pela Secretaria de Obras e Urbanismo, Diretoria de Meio Ambiente e Diretoria de Cultura, referentes à execução dos serviços e à satisfação dos servidores em executá-los. Para a aquisição de novos equipamentos, como as papeleiras, carrinhos de mão, contêineres, caminhões para a coleta de lixo, está sendo priorizada a fabricação e/ou a aquisição de empresários local, por apresentarem tecnologias adequadas, bem como custos e serviços compatíveis com a realidade local. Varrição Através da elaboração do Plano de Varrição já foi possível ampliar as áreas servidas de sete para dez, atendendo três áreas que não contavam com o serviço e melhorando a qualidade dos serviços, sem aumentar os custos. Os roteiros estão sendo planejados a partir da aferição da capacidade que cada servidor possui para executar os trabalhos nos trechos determinados e das condições para realizá-lo, levando em consideração aspectos como o equipamento utilizado, o tipo de serviço efetuado, a declividade do terreno e a movimentação de pedestres e veículos. O Plano de Varrição (Plano de Varrição, Anexo 3) contém também as propostas futuras para ampliação das áreas atendidas, bem como as de capacitação técnica dos servidores, visando à execução adequada das ações, melhorando os serviços prestados, aumentando sua eficiência e qualidade com vistas à satisfação dos servidores e munícipes. 48 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Para acompanhamento interno, controle e fiscalização das ações referentes à varrição serão utilizados, pela Diretoria de Limpeza Urbana, índices que permitam a avaliação da produtividade e qualidade dos serviços prestados. O Índice de Produtividade considerará, por exemplo, parâmetros relacionados ao tempo de realização de um roteiro, número de servidores necessários x existentes para realização do roteiro e velocidade de realização dos serviços. Estes parâmetros serão avaliados semanalmente e alimentarão o banco de dados referentes à produtividade dos serviços prestados visando a uma futura adequação das ações propostas no Plano de Varrição. Para o Índice de Qualidade serão utilizados parâmetros como a percepção visual dos servidores da fiscalização e da população local sobre as ações executadas. Inicialmente, traduzirá o grau de satisfação da comunidade local com os serviços prestados, contribuindo para avaliar a qualidade dos serviços executados. Existem entendimentos com a Universidade do Tocantins – UNITINS para desenvolver um programa de Avaliação da Qualidade dos Serviços Prestados pela Diretoria de Limpeza Urbana, por seus estudantes e professores. Além destes índices, o plano estabelece indicadores de avaliação e monitoramento para as ações propostas, apresentados no Plano de Varrição, para antes e depois da implantação do plano. Coleta de Lixo O planejamento realizado para a coleta do lixo doméstico, público, de Unidades de Saúde e comercial, está estabelecendo roteiros esquematizados, com rotas mais bem distribuídas, facilitando não apenas os trabalhos de coleta realizada pelos garis, mas também aumentando a satisfação da comunidade pela ordenação da freqüência e da pontualidade nos horários de coleta. Apresenta, também, o dimensionamento físico e de equipamentos necessários para o melhor desempenho das ações propostas (Coleta tradicional, Anexo 2). No Plano de Coleta está previsto o treinamento técnico dos servidores da coleta de lixo, tendo em vista a necessidade de desenvolver as coletas com eficiência e qualidade, principalmente a dos resíduos das Unidades de Saúde. O Projeto de Coleta de Lixo vai se beneficiar dos Projetos de Segregação do Lixo, de Coleta Seletiva, trabalho realizado pela Cooperativa de Catadores, que são partes integrantes do presente plano, por diminuírem a quantidade de resíduos que serão disponibilizados para a coleta comum. Para acompanhamento interno, controle e fiscalização das ações referentes à coleta de lixo serão utilizados, pela Diretoria de Limpeza Urbana, índices 49 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO operacionais que permitem a avaliação da produtividade e qualidade dos serviços prestados. Além disso, o plano prevê a avaliação e o monitoramento das ações propostas através da observação e acompanhamento de indicadores que informam os aspectos referentes à situação da comunidade e dos serviços prestados, para antes e depois da implantação do plano, apresentados em anexo, no Plano para a Coleta Tradicional. O Índice de Produtividade levará em consideração parâmetros relacionados a cada um dos roteiros previamente definidos, como: o tempo de viagens gasto por roteiros, a quantidade de resíduos coletada, o número de viagens realizadas, regularidade e pontualidade na freqüência e horários de coleta. Estes parâmetros serão avaliados semanalmente, e alimentarão o banco de dados referentes à produtividade dos serviços prestados visando a uma futura adequação das ações propostas no Plano de Coleta. Para o Índice de Qualidade, a proposta é utilizar os mesmos indicadores mencionados para a varrição, como a percepção visual dos servidores da fiscalização e da população local sobre as ações executadas. Existem entendimentos entre a Prefeitura e a Universidade do Tocantins – UNITINS para desenvolver um programa de Avaliação da Qualidade dos Serviços Prestados pela Diretoria de Limpeza Urbana, por seus estudantes e professores. Destinação Final Foi elaborada pela equipe técnica da Prefeitura de Porto Nacional, observando as aspirações da comunidade local, a proposta para implantação do aterro sanitário, como a forma mais adequada para resolver as questões que envolvem a destinação final dos resíduos sólidos no Município, contemplando todos os aspectos relacionados à melhoria na qualidade de vida da população, bem como aspectos técnicos de engenharia, da poluição do meio ambiente e de sanitários (Projeto do Aterro Sanitário, Anexo 10). As soluções adotadas e os equipamentos previstos foram baseados nas necessidades locais e características regionais, tanto ambientais quanto sociais. Este projeto propõe que as valas para aterrar os resíduos domésticos sejam previamente preparadas e o líquido gerado pela decomposição da matéria orgânica seja drenado e encaminhado para um sistema de tratamento composto, inicialmente, por uma lagoa de estabilização. Esta alternativa é voltada para a destinação adequada dos resíduos que não possuem potencial reciclável ou não apresentam interesse econômico para alguma empresa de reciclagem, bem como os resíduos contaminantes provenientes das Unidades de Saúde. 50 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Para os resíduos orgânicos a solução proposta é de transformar estes materiais em composto orgânico, para utilização em hortas comunitárias, escolares e ajardinamento municipal (Projeto compostagem orgânica, Anexo 14), através da construção de leiras simples de compostagem, do treinamento dos recursos humanos necessários e da aquisição de equipamentos e materiais. O desenvolvimento do Projeto de Compostagem foi coordenado pela dra. Liliana Pena Naval, professora da Universidade do Tocantins – UNITINS. Os resíduos denominados “verdes”, provenientes das atividades de podas, roçagem, varrição e capina, também serão matéria-prima para a transformação em adubos “verdes”, mediante o treinamento dos recursos humanos necessários e da aquisição de equipamentos e materiais, utilizado-o para o ajardinamento das praças, jardins e passeios públicos municipais (Projeto Adubo Verde, Anexo 15). Ambos os projetos de compostagem (orgânica e adubo verde) necessitam de um acompanhamento técnico sistemático referente às condições do processo e à qualidade do produto final, mediante a avaliação de parâmetros físico-químicos e biológicos, que deverão ser realizados em laboratório-modelo, a ser instalado na estrutura de apoio do aterro sanitário e controlados por pesquisadores da UNITINS. Acompanhamento e Controle de Custos Todas estas propostas necessitam de um acompanhamento sistemático referente a sua execução técnica, bem como ao controle de custos, pois com a implantação do PGIRSU em Porto Nacional pretende-se melhorar os serviços de limpeza urbana, aumentando a qualidade e praticando os menores custos. O acompanhamento e o controle de custos serão realizados pela Diretoria de Limpeza Urbana Municipal, através da avaliação semanal das necessidades e gastos relacionados com os custos de pessoal, operação e manutenção de veículos e equipamentos, aquisição de material de consumo, com alimentação, equipamentos de proteção individual e remédios e licenças médicas (detalhes em - Sistemas de Custos e de Remuneração de Serviços). Equipe e Parcerias ♦ Servidores da Limpeza Urbana ♦ Secretaria de Obras e Urbanismo ♦ Diretoria de Meio Ambiente ♦ Fiscais de Obras e Posturas ♦ Secretaria de Ação Social 51 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Representantes das Ações de Moradores ♦ NATURATINS ♦ UNITINS ♦ Projeto AMA ♦ Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente ♦ Catadores de materiais recicláveis Divulgação É necessária a divulgação para a comunidade dos horários, freqüências e roteiros dos caminhões coletores dos resíduos não orgânicos ou sujos, resíduos com potencial reciclável e varrição periódica dos logradouros. As informações serão divulgadas por zonas ou bairros de desenvolvimento da ação, pelos agentes de saúde, servidores da limpeza urbana, previamente preparados para tal ação, e cooperados da coleta seletiva. Serão utilizados folders explicativos, com informações básicas e adequadas a cada bairro ou zona. Além disso, serão publicadas, em placas educativas, informações sobre horário, dias e freqüências das coletas, bem como o nome do responsável administrativo pela atividade e um telefone para reclamações, sugestões ou esclarecimento de dúvidas. Nas sedes das Associações de Moradores serão colocadas caixas para receber reclamações e sugestões, devido à dificuldade de acesso por telefone. Estas caixas serão recolhidas semanalmente pelos servidores da limpeza urbana e encaminhadas para o responsável administrativo pelo serviço. Realização de um evento mensal entre os garis e a comunidade local, denominado de “Garilagem”, em que, durante uma semana, os garis discutirão com a comunidade local o desenvolvimento dos trabalhos, sua avaliação sobre a cooperação da população, propostas para solucionar possíveis problemas, criando um canal de comunicação direta entre os servidores da limpeza urbana e a comunidade local. 52 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Custos Tabela 20 Custos deImplantação Projetos Custo Total (R$) Estrutura Técnica Operacional 10.911,00 Coleta Tradicional 207.456,95 Projeto do Aterro Sanitário 386.544,97 Projeto Compostagem Orgânica 17.012,00 Projeto Adubo Verde 6.557,56 Plano de Varrição 54.901,70 TOTAL 683.384,18 ♦ Confecção de placas (1,00 x 2,00) ⇒ 150 * 60,00 = 9.000,00 ♦ Confecção de folders ⇒ 850 * 1,50 = 1.275,00 ♦ Confecção de caixas receptoras ⇒ 30 * 1,20 = ♦ Confecção de faixas ⇒ 60 * 10,00 = ♦ Total 36,00 600,00 10.911,00 Projetos Contrapartida da Prefeitura Custo Total (R$) Construção da sede administrativa da limpeza urbana 99.000,00 Construção sede do Projeto AMA 67.600,00 TOTAL 166.600,00 53 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Política de Recursos Humanos Situação Atual A política de recursos humanos aplicada hoje em dia reflete a situação do Município, onde os garis e demais funcionários do setor percebem os rendimentos e benefícios comuns aos funcionários da Prefeitura. Os garis, além do salário, recebem almoço diariamente e, eventualmente, calçados para uso em serviço. Os calçados fornecidos na última vez foram adquiridos em uma indústria local e não atendiam às necessidades do serviço, gerando reclamações por parte dos empregados. Situação Proposta Encontra-se em estudo na Secretaria de Administração um projeto de Plano de Carreiras, Cargos e Salários que contemplará os funcionários da futura Diretoria de Limpeza Urbana. Existe a idéia de elaboração de um plano de higiene e segurança no trabalho para o pessoal da limpeza urbana, de forma a melhorar as condições de trabalho dos mesmos. Equipe e Parcerias ♦ Secretaria de Administração ♦ Assessoria Jurídica ♦ Diretoria de Limpeza Urbana ♦ Secretaria de Obras e Urbanismo ♦ Funcionários da Limpeza Urbana 54 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Estrutura de Informação, Comunicação e de Mobilização Social Situação Atual As condições de infra-estrutura e saneamento básico melhoraram muito nos últimos anos em Porto Nacional. Estão sendo construídas redes de esgoto em todos os bairros e cerca de 90% das suas ruas dos bairros são asfaltados. No que diz respeito à limpeza pública no entanto, muito ainda precisa ser feito, principalmente em relação à minimização na geração dos resíduos, à reutilização e à reciclagem do lixo. Não existe comunicação entre a Prefeitura e a população no que concerne às questões do lixo, os serviços realizados não são divulgados nem são repassadas mensagens que possam levar a comunidade a participar no processo de melhoria da limpeza e da conservação da cidade. Além disso, a informação e comunicação internas são inexistentes, o que dificulta o acompanhamento dos serviços, bem como a transparência para os servidores e a comunidade local da sua forma execução. Situação Proposta A proposta é criar uma estrutura de informação, comunicação e de mobilização social, de fundamental importância para envolver todos os segmentos sociais, possibilitando a troca de conhecimentos e experiências, colocando-os em permanente intercâmbio e permitindo a retroalimentação do sistema. Este processo vai fazer com que cada morador da cidade sinta sua importância no processo e passe a colaborar a cada dia com a limpeza da cidade, diminuindo os desperdícios, separando o lixo seco do lixo úmido e contribuindo para a geração de renda, através da coleta e comercialização dos materiais recicláveis pela cooperativa de catadores. Além disso, esta etapa será complementada e complementará a implantação do Programa de Educação Ambiental (Programa de Educação Ambiental, Anexo 05) envolvendo, assim, toda a comunidade em ações educativas e de orientação. São previstas: 55 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Atividades mensais com os servidores da limpeza urbana, onde será apresentado um estudo de caso, contando a experiência local e produtiva de um servidor da limpeza urbana, de um catador da cooperativa e de um representante da comunidade local. ♦ Criação do “Disque-Limpeza”, um telefone gratuito, voltado exclusivamente para atendimento a clientes. ♦ Realização de palestras e cursos para formação de pessoas que irão trabalhar diretamente com atendimento ao público. ♦ Elaboração de material de divulgação constando de: ♦ o folders com informações sobre os serviços realizados, dicas ambientais, sugestões de engajamento nos 3 Rs. o adesivos para geladeira, com desenho da mascote da campanha, frasesímbolo e o número do telefone do “Disque-Limpeza”. o adesivos para carros com dicas de como manter a cidade limpa, principalmente no que se refere à reutilização do lixo. o calendário com as respectivas datas de recolhimento do lixo, para que a dona de casa não seja pega de surpresa. Para envolver ainda mais a comunidade e trabalhadores pretende-se a criação do Destaque do Bairro – pessoa do bairro, indicada pelos catadores da cooperativa e pelos garis.s como o amigo da limpeza urbana – e o Destaque da Limpeza Urbana – gari indicado pelos funcionários da Diretoria da Limpeza Urbana, da Cooperativa e das Associações de Moradores. o a indicação será divulgada na programação das rádios, para que a comunidade e os funcionários tenham uma integração e uma participação maiores no processo de limpeza. Os indicados receberão um boton, para ser usado pelo período de um mês, e terão suas fotografias afixadas na sede da Limpeza Urbana. ♦ Criação de uma assessoria para elaboração de matérias jornalísticas com os resultados alcançados por cada setor, para que a imprensa tenha à disposição informações freqüentes sobre o desempenho dos trabalhos, fazendo com que as ações sejam divulgadas inclusive em outras regiões, para que o programa possa servir de exemplo para outros Municípios. ♦ Criação do jornal Jogando Limpo, elaborado pelos servidores da limpeza urbana, contando com a colaboração de catadores e da comunidade assistida pela limpeza urbana. ♦ Aquisição de espaço em um programa da rádio local, para entrevista com garis, donas de casa, presidentes de associações e profissionais de um modo 56 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO geral, com divulgação de informações de interesse ambiental, interagindo com ouvintes pelo telefone, tirando dúvidas e recebendo sugestões. ♦ Utilização de espaço no jornal da Prefeitura para divulgação dos trabalhos. Equipe e Parcerias ♦ Mídia local falada e escrita ♦ Departamento Municipal de Controle Interno ♦ Chefia de Gabinete ♦ Representantes das Associações de Moradores ♦ Servidores da Limpeza Urbana ♦ Cooperativa de Catadores ♦ Instituições Privadas ♦ Assessoria de Comunicação Interna ♦ Diretoria de Cultura Custos Tabela 21 Custos de implantação Ações Quant. Unitário Total (r$) (R$) Confecção de folders 10.000 2,00 20.000,00 Confecção de adesivos “geladeira” 3.000 0,50 1.500,00 Confecção de adesivos plásticos 5.000 0,15 750,00 10.000 0,10 1.000,00 500 2,00 2.000,00 Confecção de calendários Material para projeto Destaques do Mês Total 25.250,00 57 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Sistemas de Custos e de Remuneração de Serviços Situação Atual A estrutura financeira do Serviço de Limpeza Urbana é composta por recursos do orçamento geral municipal, gastos com os serviços de coleta de lixo, varrição de ruas, limpeza de bueiros, capina, roçagem e jardinagem, sendo este último serviço oferecido através de um programa do Governo Municipal denominado Amigos do Meio Ambiente – AMA, que trabalha com jovens carentes do Município. A Tabela 22 demonstra a estrutura físico-financeira atual para os serviços de limpeza urbana no Município de Porto Nacional/TO. Tabela 22 Estimativa da estrutura físico-financeira para os serviços de limpeza urbana Função Quantidade Unitário (R$) Total (R$) Gari 44 180,00 7.920,00 Ajudante de Caminhão de lixo 21 180,00+90,00 (insal.) 5.670,00 Braçal 19 180,00 3.420,00 Administrativo 03 variável 1.052,27 Motoristas 04 442,00 1.768,00 106 30,00 3.180,00 Projeto AMA (adultos) 34 180,00 6.120,00 Coordenador do Projeto AMA 01 600,00 600,00 Aluno Projeto AMA (adolescentes) Total 29.730,27 Fonte: Secretaria Municipal de Administração (2001). A estrutura financeira para equipamentos, incluindo manutenção das maquinarias e aluguel de máquinas para o suporte e manutenção dos serviços de jardinagem e tapa buracos no Município é apresentada na Tabela 23. 58 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Tabela 23 Estimativa de custos atuais com equipamentos para os serviços de limpeza urbana Equipamento Quant. Propriedade CombusValor tível (combustílitros/ mês vel/mês) Veículo compactador 02 Prefeitura 1.600 1.568,00 4.000,00 5.568,00 Veículo de carga seca 03 Particular (c/motori sta) 960 940,60 1.400,00 2.340,60 Trator com carreta 01 Prefeitura 280 274,40 400,00 674,40 Caminhõespipa 03 Prefeitura 3200 3.136,00 3.000,00 6.136,00 Caminhõespipa 02 Alugado 1.600 1.568,00 3.600,00 (al.) 5.168,00 Máquina de podar 04 Prefeitura 1440 2.808,00 300,00 3.108,00 Caminhonete C10 01 Alugado 300 585,00 700,00(al.) 1.285,00 Veículo caçamba 01 Alugado 400 392,00 1.300,00(al.) 1.692,00 Total Valor aluguel ou manutenção/mês Total (R$) 25.972,00 Fonte: Secretaria Municipal de Transportes (2000). Não existe um controle dos custos mensais da Prefeitura Municipal de Porto Nacional com a limpeza pública. Situação Proposta Os serviços básicos de limpeza urbana devem ser realizados de forma a atender as questões ambientais, sanitárias e de saúde pública e a satisfazer às necessidades da população. Para isto deve ser estabelecida uma política econômico-financeira capaz de garantir a prestação dos serviços com a qualidade requerida, ao mesmo tempo em que devem ser praticados os menores custos possíveis, de forma a não onerar os contribuintes. 59 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Para que sejam estabelecidos mecanismos de remuneração capazes de garantir a sustentabilidade do setor é absolutamente necessário o conhecimento preciso e seguro dos gastos efetuados e, mais do que isto, dar condições para que os serviços sejam efetuados com a melhor qualidade e com a maior produtividade. A estratégia financeira adotada para garantir os instrumentos e mecanismos de sustentabilidade passa pela apropriação dos custos dos serviços prestados, avaliação criteriosa dos aspectos financeiros, dos resultados técnicos desejados em função do desembolso previsto e das possibilidades de melhoria dos resultados técnicos, econômicos e financeiros. A proposta é trabalhar com unidades de custo, onde cada unidade de trabalho é responsável por seus custos, devendo levantar e informar todas as atividades e gastos de forma rápida, possibilitando o conhecimento dos acontecimentos passo a passo e a tomada de decisão imediata. Está prevista também a criação do Núcleo de Apropriação e Avaliação de Custos – na Diretoria de Limpeza Urbana, para realizar todas estas atividades e gerar informações e os subsídios para a tomada de decisão da diretoria e, inclusive, embasar o planejamento e a programação. O núcleo vai ser conduzido por um único funcionário, com uma infra-estrutura informatizada, recebendo informações das diversas unidades de custo, sempre que possível de forma on-line. A idéia é trabalhar com um sistema simples e ágil, contando inclusive com informações do setor de fiscalização e controle (item Estrutura de Fiscalização e de Controle Social) A partir da avaliação econômico-financeira e da análise dos resultados técnicos, serão geradas as informações necessárias para o estabelecimento da estratégia financeira da Diretoria de Limpeza Urbana, calcada em informações precisas e capazes de subsidiar programas de cobranças dos contribuintes em bases corretas e seguras e criar condições de conseguir patrocínios e outras formas de recursos desejáveis para a sustentabilidade financeira do sistema. Equipe e Parcerias ♦ Diretoria de Meio Ambiente ♦ Setor de Fiscalização ♦ Garis ♦ Unidades de Trabalho ♦ Secretaria de Administração e Finanças ♦ Assessoria Jurídica 60 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Divulgação Em um processo que nasceu participativo e se pretende seguir em ritmo de total sintonia entre os parceiros, a apresentação dos passos seguidos e dos resultados alcançados, principalmente na parte que diz respeito aos custos envolvidos, é de fundamental importância, estando previstas a máxima transparência na condução da questão econômica, a publicação de balancetes trimestrais da Diretoria e sua discussão com os parceiros envolvidos no projeto. Custos Os custos envolvidos na montagem do núcleo estão descritos na planilha orçamentária e no cronograma a seguir. Planilha Orçamentária Sistemas de Custos e de Remuneração de Serviços Item Discriminação Un. Quant. P.unit. P.total 1.0 Equipamentos e Material Permanente 1.1 Microcomputador Pentium III Un 1 3.499,00 3.499,00 1.2 Impressora HP 950 C Un 1 699,00 699,00 1.3 Scaner HR - 6A Un 1 499,00 499,00 1.4 Mesa para Computador e Impressora Un 1 350,00 350,00 1.5 Cadeira de Escritório c/ Braço Un 2 230,00 460,00 1.5 Mesa para Escritório Un 1 250,00 250,00 5.757,00 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Desenvolvimento de Software Un 1 5.000,00 5.000,00 Subtotal 5.000,00 Total 10.757,00 61 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Sistemas de Custos e de Remuneração de Serviços Item 1.0 Discriminação Equipamentos e Material Permanente VL. 01 un. R$ 5.757,00 30 Dias 60 Dias 90 Dias 100% R$ 5.757,00 2.0 Serviços de Terceiros R$ 5.000,00 50% 50% R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 % Parcial 54% 23% 23,24% R$ Parcial R$ 5.757,00 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 R$ 10.757,00 R$ 5.757,00 R$ 8.257,00 R$ 10.757,00 Total 62 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Estrutura de Fiscalização e de Controle Social Situação Atual A Secretaria de Obras e Urbanismo tem em sua estrutura, um Setor de Fiscalização que conta com quatro funcionários para realizar a fiscalização das posturas municipais. Estes funcionários são muitos interessados e competentes, mas se limitam a fiscalizar a adequação da população às posturas estabelecidas, inclusive as que dizem respeito à limpeza urbana, realizando um trabalho rotineiro e sem maiores perspectivas, pois segue sempre a reboque dos acontecimentos. Demonstram interesse em realizar um trabalho mais produtivo, mas na prática tratam apenas do cotidiano e rotineiro, sem contribuições maiores para o aperfeiçoamento da situação, que não a de verificar as infrações e gerar punições. Situação Proposta Pretende-se uma mudança bastante representativa nos conceitos e nos procedimentos da fiscalização, que deixaria de ser uma fiscalização do munícipe, focada na infração e na multa, para passar a ter uma atuação proativa, exercendo uma função educadora, capaz de ensejar mudanças de comportamento e auferir parceiros e colaboradores, na busca de um bem comum maior, que é o da melhoria da qualidade da vida de todos. Ao mesmo tempo em que verificará o atendimento ao estabelecido na legislação, a fiscalização vai passar a averiguar também a qualidade dos serviços prestados pela Diretoria de Limpeza Urbana, contribuindo para a sua melhoria com reflexos diretos na avaliação e diminuição dos custos. O serviço passa a ter uma contribuição externa e interna, com muito mais abrangência e mais sentido, deixando de ser apenas fiscalizador e penalizador para ser parte integrante do processo e gerador de melhorias, tanto no público externo quanto no interno, exercendo um papel social relevante. A proposta é transformar o atual Setor de Fiscalização da Secretaria de Obras e Urbanismo em Setor de Fiscalização e Controle Social e integrá-lo na estrutura da Diretoria de Limpeza Urbana, para conferir mais agilidade e propiciar um contato mais direto com a questão da limpeza urbana. Mesmo na estrutura da 63 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO limpeza urbana eles serão responsáveis por toda a fiscalização da cidade, incorporando conceitos e procedimentos nas outras atividades da fiscalização. São partes integrantes da proposta de implementação de uma fiscalização com enfoque social, os projetos Indicadores de Produtividade e de Qualidade – Anexo 18 e Sistema de Indicadores Gerenciais em Limpeza Urbana – Anexo 19, que embasam a implementação dos trabalhos nas condições descritas e desejadas. Equipe e Parcerias ♦ Diretoria de Limpeza Urbana ♦ Fiscais ♦ Secretaria de Administração e Finanças ♦ Núcleo de Apropriação de Custos ♦ UNITINS Divulgação Os resultados do trabalho serão divulgados em níveis interno e externo, aproveitando as estruturas de divulgação dos outros itens. CUSTOS Tabela 24 Custos de implantação Ações e Projetos Custo Total (R$) Estrutura de Fiscalização 13.356,80 Projeto Indicadores de Produtividade e de Qualidade 11.034,00 Projeto Sistema de Indicadores Gerenciais em Limpeza Urbana Total 9.559,00 33.949,80 O detalhamento dos valores relativos à implantação da estrutura de fiscalização e controle encontra-se na planilha orçamentária e no cronograma físicofinanceiro, apresentados a seguir. 64 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Estrutura de Fiscalização e de Controle Social Item Discriminação 1.0 Material de Consumo Un Quant. P.Unit. P.Total 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 2 11,80 23,60 1.2 Lápis Caixa 1 25,00 25,00 1.3 Caneta Esferográfica Caixa 2 20,00 40,00 1.4 Filme colorido 36p. Un 2 10,50 21,00 Caixa 2 15,00 30,00 1.6 Tinta Para Impressora Un 4 115,00 460,00 1.7 Pasta Arquivos Un 16 13,90 222,40 Caixa 2 6,00 12,00 Un 2 17,80 35,60 1.5 Disquete 1.8 Borrachas 1.9 Grampeadores Subtotal 869,60 2.0 Equipamentos e Material Permanente 2.1 Bicicletas c/ Marchas Un 4 280,00 1.120,00 2.2 Capacetes p/ Ciclismo Un 4 15,00 60,00 2.3 Luvas de Proteção p/ Ciclistas Un 8 12,50 100,00 2.4 Mochilas UN 4 16,80 67,20 Subtotal 1.347,20 3.0 Serviços de Terceiros 3.1 Desenvolvimento de Software UN 2 5.000,00 10.000,00 3.2 Fotocópias Simples Un 5500 0,15 825,00 3.3 Confecção de Folderes p/ Divulgação Un 350 0,90 315,00 Subtotal 11.140,00 Total 13.356,80 65 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Estrutura de Fiscalização e de Controle Social Item Discriminação Material de 1.0 Consumo Vl. 01 un. R$ 869,60 30 Dias 60 Dias 90 Dias 100% R$ 869,60 Equipamentos e Material 2.0 Permanente R$ 1.347,20 100% R$ 1.347,20 3.0 Serviços de Terceiros % Parcial R$ Parcial R$ Total R$ 11.140,00 48% 49% 4% R$ 5.315,00 R$ 5.412,50 R$ 412,50 56% 41% 3% R$ 7.531,80 R$ 5.412,50 R$ 412,50 R$ 13.356,80 R$ 7.531,80 R$ 12.944,30 R$ 13.356,80 66 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Estrutura Social Situação Atual Centro Social Urbano Porto Nacional conta com alguns centros sociais urbanos com finalidade de promover a pessoa, preparando-a profissional e socialmente. Os principais são: ♦ Fundação Santa Rita de Cássia; ♦ ACAP – Associação de Amigos de Porto Nacional ♦ Centros Comunitários nos Bairros. Religião É marcante a influência da religião no povoamento da cidade. Em 1886 chegaram os primeiros missionários, que haviam desenvolvido seus estudos tecnológicos no convento de Salamanca, na Espanha, de onde eram enviados para Toulouse, na França, a fim de se prepararem para a "Missão Dominicana no Brasil". Foram estes religiosos que contribuíram para o desenvolvimento da cidade no sentido espiritual, cultural e na edificação de obras como a Catedral de Nossa Senhora das Mercês. A Cidade de Porto Nacional conserva os traços coloniais em casarios e ruas estreitas da Cidade Velha. A festa religiosa da cidade é celebrada anualmente a 24 de setembro, em louvor a Nossa Senhora das Mercês (cartão postal de Porto Nacional), padroeira da cidade e da diocese. O aspecto religioso da cidade se deu inicialmente, com a Igreja Católica e mais tarde com as Igrejas Evangélicas e um Centro Espírita. Todas com finalidade de ajudar a população tanto urbana quanto rural, no seu crescimento em todo sentido humano. 67 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Catadores de materiais recicláveis Algumas pessoas encontraram nessa atividade uma maneira alternativa de prover seu sustento e satisfazer suas necessidades básicas. Atualmente são em torno de 45 catadores de lixo dentro da zona urbana, sendo 25 adultos e 20 crianças. Os principais locais de coletas são os bares, restaurantes e supermercados. Em pesquisa realizada pela Secretaria de Obras e Urbanismo, no segundo semestre deste ano, foi diagnosticada a presença de pelo menos três pessoas adultas catando latas de ferro ou sucatas na área de disposição final do lixo. Situação Proposta Para que os resultados esperados no PGIRSU sejam os melhores possíveis, é desejável a participação das pessoas que estão diretamente ligadas às questões referentes aos resíduos sólidos urbanos, bem como o envolvimento e comprometimento de toda a comunidade com a implantação do plano. No processo de discussão do problema, os presidentes e/ou representantes de associações de Moradores de Porto Nacional, propuseram a implantação de um sistema de segregação dos resíduos recicláveis na fonte e a coleta seletiva porta a porta, com o objetivo de melhorar o manejo dos resíduos na cidade e fazer a inserção social dos catadores, consolidando um dos pilares do plano que se pretende implantar (Plano para Segregação e Coleta Seletiva dos Materiais Recicláveis, Anexo 1). Foi observado o interesse dos catadores em formar uma cooperativa que possibilite um maior rendimento financeiro e um maior reconhecimento por parte da população. Pretende-se aproveitar o potencial artístico e cultural da comunidade portuense, mediante a criação de um centro aberto para a integração e o desenvolvimento sociocultural da população local. Para atingir estes objetivos são propostas soluções compatíveis com as características apresentadas anteriormente e as aspirações demonstradas pela comunidade local. Estas soluções privilegiam a geração de trabalho e renda aos catadores, através da formação de uma cooperativa, que integra o plano, ficando com a responsabilidade de coletar os resíduos com potencial reciclável, bem como sobre a comercialização dos mesmos (Projeto Cooperativa de Catadores, Anexo 4). O projeto da cooperativa é composto pela capacitação dos envolvidos, aquisição de material e equipamentos e um trabalho muito forte de divulgação e envolvimento dos catadores e da comunidade local. 68 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO A proposta envolve a coleta seletiva por zonas, tendo sido definidas quatro zonas na cidade, cada uma delas atendida por um grupo de cooperativados, e contando com um centro de armazenamento capaz de receber os materiais coletados e proporcionar uma economia de escala e uma limpeza do material que represente agregação de valor ao mesmo (Croquis do Centro de Armazenamento Provisório de Agregação de Valor, Anexo 20). Os catadores utilizarão carrinhos especialmente projetados e fabricados para o trabalho que vão realizar (Croquis do Carrinho de Coleta de Material Reciclável, Anexo 21). A segunda proposta privilegia e enfatiza os aspectos culturais enraizados no Município de Porto Nacional, a partir do seu surgimento, mediante a criação de um centro de criatividade para trabalhar a arte e a reciclagem, com os resíduos sólidos urbanos recicláveis e os resíduos sólidos ecológicos, confeccionando peças de arte e decoração pela comunidade (Projeto Arte-Reciclagem, Anexo 8). Será iniciado como projeto-piloto em um bairro do Município, denominado Jardim Querido. Outra proposta é acabar com o “desperdício” dos resíduos sólidos orgânicos, como folhas, cascas, talos ou caules de verduras e frutas, e inorgânicos (casca de ovo) utilizando-os na alimentação alternativa, dentro das unidades escolares da zona urbana (Projeto Alimentação Alternativa, Anexo 7), melhorando a qualidade nutricional das merendes oferecidas, e promovendo o sadio crescimento psíquico-social de crianças e adolescentes. Partindo do núcleo da Prefeitura Municipal, foi implementado o programa denominado 3Rs na Prefeitura, que tem por objetivo criar mecanismos e meios internos de envolvimento e comprometimento de todos os servidores dos departamentos da Prefeitura, com a redução na geração dos resíduos, reutilização – principalmente do papel – e reciclagem, através da mobilização, segregação e disponibilização deste material para a cooperativa de catadores (Programa 3Rs nas Dependências da Prefeitura Municipal, Anexo 9). Este programa, além da sua finalidade principal, pode funcionar como exemplo para a comunidade local, dando o pontapé inicial para a implantação do plano no Município. Equipe e Parcerias ♦ Unidades Escolares municipais, estaduais e particulares. ♦ Secretaria Municipal de Educação e Cultura ♦ Delegacia Regional de Ensino ♦ Diretoria de Cultura ♦ Secretaria de Obras e Urbanismo ♦ Projeto AMA 69 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Diretoria de Meio Ambiente ♦ Catadores de Lixo e demais materiais ♦ Representantes das Associações de Moradores ♦ Secretaria de Ação Social ♦ Sebrae ♦ Secretaria Estadual de Planejamento e Meio Ambiente – SEPLAN ♦ Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS ♦ Universidade do Tocantins – UNITINS ♦ Centro Comunitário do Jardim Querido ♦ Secretaria Municipal de Agricultura e Comércio Divulgação As ações serão divulgadas no jornal confeccionado pela equipe de Educação Ambiental, que apresentará o desenvolvimento das atividades referentes ao PGIRSU implantado no Município de Porto Nacional. Este jornal terá periodicidade trimestral. Outra ação prevista é a confecção de placas informativas, colocadas em pontos estratégicos pela cidade. Estas placas conterão informações sobre o desenvolvimento do programa, os benefícios sociais, ambientais e financeiros adquiridos com sua implantação, com reflexos na melhoria na qualidade de vida da população local. Custos Tabela 25 Custos de implantação Projetos Estrutura Social Custo Total (R$) 5.050,00 Plano para Segregação e Coleta Seletiva dos Materiais Recicláveis 45.885,70 Projeto Cooperativa de Catadores 69.972,60 Projeto Arte-Reciclagem 21.538,35 Projeto Alimentação Alternativa 7.331,00 Programa 3Rs nas Dependências da Prefeitura Municipal 3.542,80 Total 153.020,45 70 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ⇒150 * 30,00 = 4.500,00 ♦ Confecção de placas (1,00 X 0,80) ♦ Faixas informativas ⇒30 * 5,00 = 150,00 ♦ Diagramação para confecção do jornal ⇒ Serviço = 400,00 Total = 5.050,00 ♦ 71 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Educação Ambiental Situação Atual Não existe um programa consistente de educação ambiental, que vise à orientação, informação e conscientização da comunidade local, seja dentro das escolas ou fora delas, sobre as questões que envolvem os resíduos sólidos urbanos em Porto Nacional. A Prefeitura Municipal procura, de forma modesta, esclarecer a comunidade sobre as principais conseqüências para a saúde pública, principalmente sobre a disposição inadequada dos resíduos sólidos em lotes baldios e/ou beira de logradouros. Estas ações são desenvolvidas pela equipe de Educação em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Diretoria de Meio Ambiente. Nas unidades escolares existem experiências pontuais, que não tiveram continuidade. Algumas mais relevantes procuraram envolver a comunidade, como o projeto contra a dengue, do Centro de Ensino Médio – CEM Florêncio Aires da Silva e o CEM Félix Camoa, sobre os 3 Rs, com êxitos limitados, pela falta de comprometimento da comunidade escolar e local. Situação Proposta Vale mencionar que, além das barreiras técnicas e financeiras, o principal fator que entrava o bom andamento e dificulta a sustentabilidade do plano é a necessidade de promover uma mudança de hábitos por parte da população. Dessa forma pretende-se implantar um programa de educação ambiental junto a toda a comunidade, dando ênfase ao ensino formal, que busque o comprometimento e a participação de todos, de forma consciente e integrada. No programa proposto serão tratados todos os temas que, direta ou indiretamente, envolvem as questões referentes aos resíduos sólidos urbanos, como atitudes adequadas, saúde pública e poluição ambiental. O programa envolve etapas de capacitação do corpo docente, coordenadores e funcionários da limpeza e merendeiras escolares, para formação de agentes multiplicadores dentro e fora do recinto escolar, sobre as questões que envolvem os diversos tipos de resíduos sólidos urbanos. Além disso, preocupase com a divulgação do plano para a comunidade geral, mobilizando a classe discente na preocupação com a criação do slogan e logotipo para o plano (Programa de Educação Ambiental, Anexo 5). 72 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Outra etapa do programa de educação ambiental será voltada para a capacitação de professores, funcionários e pais de alunos, visando ao aproveitamento dos resíduos sólidos urbanos recicláveis, com o objetivo de prepará-los para a confecção de materiais pedagógicos, que estimulem, envolvam e possibilitem a compreensão da importância das ações que integram o PGIRSU, enfatizando a coleta seletiva para a manutenção das potencialidades turísticas municipais (Projeto Resíduos Sólidos e Atividades Turísticas, Anexo 6). Equipe e Parcerias ♦ Delegacia Regional de Ensino ♦ Unidades Escolares Municipais, Estaduais e Particulares ♦ Diretoria de Meio Ambiente ♦ Secretaria Municipal de Educação e Cultura ♦ Diretoria de Cultura ♦ UNITINS ♦ Secretaria Municipal de Turismo e Desporto ♦ Mídia Local ♦ NATURATINS ♦ Representantes das Associações de Moradores ♦ Associação Comercial de Porto Nacional – ASCISA Divulgação As ações serão publicadas no jornal confeccionado pelo grupo de trabalho responsável por coordenar o Projeto de Educação Ambiental, divulgando não apenas as ações referentes ao programa interno desenvolvido nas Unidades Escolares, mas as desenvolvidas nas diversas etapas e propostas que integram o Plano, por toda a comunidade. Serão divulgadas também, através da elaboração de folders, cartilhas e placas informativas, apresentando resultados concretos referentes à redução na geração de lixo, reutilização e reciclagem do material com potencial reciclável, e da Rádio local, mostrando as vantagens financeiras, ambientais e sociais deste projeto. Outra forma de divulgação das atividades será o noticiário trimestral sobre o desenvolvimento das ações referentes ao Plano, no Jornal da Prefeitura Municipal. 73 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Custos Tabela 26 Custos de implantação Projetos Custo Total (R$) Educação Ambiental 29.850,00 Programa de Educação Ambiental 122.434,10 Projeto Resíduos Sólidos e Atividades Turísticas Total 8.433,00 160.717,10 ♦ Diagramação das informações ⇒ 2 * 400,00 = ♦ Edição do jornal ⇒ 3500 * 8,30 = 29.050,00 ♦ Total 800,00 = 29.850,00 74 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexos 75 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 1 Plano Para Segregação e Coleta Seletiva dos Resíduos Recicláveis Estrutura Para o Gerenciamento Para adequação do atual sistema de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos será proposta a implantação de uma nova estrutura que contemple desde a separação até o tratamento e disposição final do lixo, com proposta de redução, reutilização e reciclagem dos resíduos com potencial reciclável. O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos será orientado, inicialmente, pela Política Municipal de Limpeza Pública e o Código de Posturas do Município. Nestas normas estão definidas as linhas básicas disciplinares atuais para as ações municipais sobre resíduos sólidos, visando minimizar ou coibir qualquer forma de agressão ao meio ambiente e à saúde pública. O acompanhamento das atividades, bem como a fiscalização das mesmas deverá ficar sob a responsabilidade do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CONDEMA (em fase de implantação - formado por todos os segmentos organizados da sociedade civil de Porto Nacional). Este programa será gerenciado de forma direta pela Prefeitura Municipal de Porto Nacional – PMPN, através da sua equipe técnica: engenheiros, pedagogo, advogado, assistente social, médico etc., e receberá o apoio da cooperativa de catadores, que se responsabilizará pela coleta dos resíduos recicláveis. Para que tenha sustentabilidade, o plano deverá contar com a participação dos diversos setores da comunidade em todo o processo, desde a escolha e a concepção do projeto passando pela execução e até o controle e fiscalização dos gastos e ações, como vem sendo feito ao longo dos debates e discussões sobre a elaboração do plano aqui proposto. Objetivo Geral Criar oportunidades de geração de trabalho e renda. Objetivos Específicos ♦ Até 2002, orientar a comunidade para realizar a separação dos resíduos secos e úmidos na fonte e armazená-los em recipientes adequados; ♦ Garantir o recolhimento do material reciclável da zona urbana, a partir da implantação da coleta seletiva; 76 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Separar a cidade em quatro zonas distintas para realização da coleta seletiva; ♦ Possibilitar agregação de valor econômico aos resíduos recicláveis, mediante a separação na fonte deste material; ♦ Até 2002, gerar trabalho e renda aos catadores de lixo, através da implantação da coleta seletiva para os resíduos recicláveis. Execução dos Serviços A segregação dos resíduos recicláveis diretamente na fonte representa a intenção da comunidade local e demonstra o envolvimento da mesma com o plano que está sendo proposto para a cidade de Porto Nacional/TO. A implantação da coleta seletiva porta a porta e em Postos de Entrega Voluntária – PEVs, instalados em pontos estratégicos pela cidade, será de suma importância para a sustentação do programa de segregação na fonte, visto que, desta forma, os resíduos separados não ficarão dias armazenados nas residências ou órgão institucionais, sendo esta uma das principais preocupações da comunidade local. A coleta seletiva (seja ela porta a porta ou nos PEVs) será de responsabilidade da Cooperativa de Catadores (Projeto Cooperativa de Catadores, Anexo 4), ficando o Poder Público responsável pela coleta tradicional dos resíduos não recicláveis (Coleta Tradicional, Anexo 2). Vantagens da implantação de um sistema que contemple a segregação na fonte e a coleta seletiva dos resíduos com potencial reciclável para Porto Nacional/TO: ♦ é uma componente educadora da população, através da sensibilização, motivação e integração com o Poder Público; ♦ disponibiliza resíduos recicláveis com melhor qualidade e em maior quantidade para a comercialização; ♦ aumenta a vida útil do aterro sanitário; ♦ melhora as condições ambientais e de saúde pública do Município, elevando a qualidade de vida da população; ♦ resgata socialmente os indivíduos, através da comunidade organizada (associação de moradores, cooperativas), e da geração de trabalho e renda; ♦ diminui os gastos do Poder Público com a coleta tradicional, por reduzir a quantidade de resíduos para coletar e os custos com a manutenção de veículos. Estrutura Operacional Os resíduos do Município de Porto Nacional serão diferenciados, em face da implantação da Coleta Seletiva, das seguintes formas: ♦ Resíduos patogênicos e infectantes – presença de agentes biológicos e que apresentam toxicidade e materiais perfurocortantes: hospitalares, postos de saúde, consultórios médicos e dentários, farmácias; ♦ Resíduos secos – não inertes: domésticos, comerciais, institucionais e os resíduos oriundos do administrativo de hospitais, farmácias, postos de saúde e consultórios; 77 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Resíduos úmidos – material orgânico domiciliar, comercial, institucional, hospitalar e feiras livres; ♦ Resíduos públicos – podas de árvores, capina, varrição e roçagem. Este plano contemplará as etapas comentadas a seguir. Segregação do lixo na fonte É primeira etapa do projeto. O “modelo de seleção” a ser adotado pelo Município de Porto Nacional será baseado na separação do lixo seco (plásticos, papel, vidro, metais, pneus etc.), lixo úmido (resíduos orgânicos) e outros (rejeitos) pelo próprio morador, em sua residência, antes de ser acondicionado. É importante colocar que essa participação será voluntária e estima-se, nos três primeiros meses de implantação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos, aproximadamente 30% de participação da comunidade, aumentando progressivamente ao longo dos anos, até atingir uma participação de 100% da comunidade ao final de 2004. Para tanto, a comunidade receberá informações e será orientada para que faça a separação do lixo corretamente, dentro do ambiente doméstico, escolas, comércios e instituições públicas ou privadas (Programa de Educação Ambiental, Anexo 5). Vantagens: o próprio morador efetua a separação dos recicláveis; envolve a comunidade na execução do plano, comprometendo-os. Dificuldades: exige mudança de hábitos do morador. Acondicionamento Esta etapa é muito importante por preceder a coleta. Os resíduos serão colocados em locais e recipientes adequados, observadas suas características: ♦ Residencial, comercial e institucional – os resíduos previamente separados serão colocados em dois recipientes diferentes, observando as suas características, e serão acondicionados em sacos plásticos, definindo as cores de acordo com o material a ser guardado. Um saco de cor “verde” para o material seco e outro de “marrom” para os resíduos úmidos, como definiu a comunidade portuense. Para a confecção dos sacos de lixo ou sacolas de acondicionamento, será realizada parceria local com os comerciantes, visando, no ato da compra, receber estas embalagens para colocarem seus produtos, diminuindo a quantidade de sacolas que ficam jogadas pela cidade, bem como os gastos da comunidade com sacos ou sacolas para colocar os resíduos separados. ♦ PEVs – Neste caso serão utilizados pequenos depósitos, colocados em pontos estratégicos na cidade (escolas, centros comunitários, sedes das associações de moradores, escolinhas de futebol, prédios institucionais), denominados Postos de Entrega Voluntária – PEVs. Nestes postos o cidadão deverá depositar o lixo espontaneamente. Os recipientes para os PEVs serão fixos e móveis. Os fixos serão colocados em locais com grande movimentação de pedestres, como praças, igrejas, campo de futebol, ginásio de esporte e instituições diversas. Os móveis ficarão 78 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO provisoriamente em locais que, por algum motivo, concentrem temporariamente número grande de pessoas. Para que esta etapa tenha sucesso, sua implantação será associada ao programa de educação ambiental junto à comunidade (Programa Educação Ambiental, Anexo 5) Vantagens: economia na coleta e a prévia separação dos materiais. Dificuldades: possibilidade de depredação das instalações por vandalismo e a necessidade de empenho da população em conduzir seus materiais recicláveis até os pontos predeterminados. Coleta Seletiva A coleta seletiva será realizada em dias e horários previamente definidos pela Cooperativa de Catadores em conjunto com o Poder Público Municipal e a comunidade local. A Zona Urbana será dividida em quatro regiões distintas para coleta. Cada região ficará sobre a responsabilidade de um grupo de cooperativados, que recolherá os resíduos nos dias e horários definidos e ao final de cada dia os levará ao galpão de armazenamento para separação e pesagem do material. A coleta será divulgada através de folhetos e da mídia junto a toda a comunidade. Vantagens: Comodidade oferecida à população, podendo resultar em uma maior adesão; envolvimento direto de maior número possível de pessoas no processo; Dificuldades: custo relativamente mais alto do que o da coleta tradicional para o Poder Público, caso ele assuma a atividade. Coleta nos PEVs De responsabilidade da cooperativa de catadores; serão estabelecidos dias, horários e freqüência para realização da coleta do material depositado nestes pontos. Em função do conhecimento adquirido durante a fase de elaboração do plano, chegou-se a estimativa mostrada no quadro a seguir: Estimativa para a coleta seletiva de lixo a ser realizada pela Cooperativa de Catadores em Porto Nacional/TO para 2002 Setor Freqüência Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Setor I 2 (duas) vezes/semana ------ X X X ---- X X Setor II Diária ------ X XX X X X X Setor III 3 (três) vezes/semana ------ X X X ------ XX ---- Setor IV 3 (três) vezes/semana ------ X X X ------ XX ---- X – coleta porta a porta X – coleta nos PEVs 79 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Armazenagem do Material O material coletado pela cooperativa será armazenado em centrais de armazenamento localizadas em pontos estratégicos pela cidade. Como a cidade foi dividida em zonas (quatro zonas), cada zona terá um centro de armazenamento para receber o material por um período aproximado de 30 dias, até ser retirado pelo comprador. Neste centro o material coletado será separado pelos próprios cooperativados, por tipo, cor etc., depois pesado e armazenado. Compromisso e Envolvimento Para envolver todas a comunidade no processo de segregação dos resíduos serão realizadas reuniões periódicas (bimestrais) nas Associações de Moradores de Bairro para esclarecimentos e divulgação das ações adequadas a respeito desta segregação. Além disso, será realizada uma atividade, que foi denominada de abordagem direta, porta a porta, por grupos comunitários coordenados pelos Presidentes das Associações de Moradores, que se tornarão agentes multiplicadores desta idéia. Formação da Cooperativa A cooperativa será formada para coletar os resíduos com potencial reciclável, previamente separados nas residências, instituições públicas e privadas, comércio e unidades de saúde de Porto Nacional. Para sua a formação é dada a prioridade para os atuais catadores de latas de alumínio ou sucatas existentes no Município, e que sobrevivem disso. Para maiores informações e conhecimento, existe um projeto elaborado pelos envolvidos na formação da cooperativa, SEBRAE e Poder Público em anexo. Avaliação do Programa O grupo gestor fará, semestralmente, uma verificação quantitativa e qualitativa dos serviços realizados, avaliando os resultados obtidos. Esta avaliação deverá conter dados referentes à qualidade e à produtividade dos serviços efetuados.. Deverão ser observados, no mínimo, os seguintes indicadores: 80 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO COLETA SELETIVA SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS NA FONTE Ações Indicadores Início do Plano Um Ano Após Quantidade de moradores por zona x quantidade de moradores entrevistados Percentual de moradores que participam do programa Percentual de supermercados que aderiram ao projeto Checar as fichas de controle das coletas Verificar, através pesquisa por amostragem, se os moradores estão sendo atendidos no horário Avaliar as quantidades de resíduos, úmidos e recicláveis, coletados em cada roteiro Verificar, através pesquisa de amostragem, conhecimento da população sobre o projeto Verificar, através de fiscalização direta o cumprimento dos horários estabelecidos Será elaborado um relatório com os resultados do projeto, com divulgação em toda a comunidade, através de um jornal confeccionado pelas equipes de trabalho do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos, bem como nos meios de comunicação. 81 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma de Execução AÇÕES PERÍODO – ANO 2002 J F M A M J J A S O N D Segregação na Fonte Coleta Seletiva Compromisso e Envolvimento Formação da Cooperativa Avaliação do Programa Relatórios 82 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Projeto Segregação do Lixo e Coleta Seletiva Item Discriminação Un Quant P.unit. P.total Resma 4 11,80 47,20 Un 5 10,50 52,50 Caixa 2 15,00 30,00 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 1.2 Filme Colorido 36p 1.3 Disquete 1.4 Tinta para Impressora Un 4 115,00 460,00 1.5 Fita de Vídeo Un 10 7,00 70,00 589,70 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Cartilhas Informativas Un 600 2,50 1.500,00 2.2 Cartazes Un 350 2,50 875,00 2.3 Placas Informativas Un 150 30,00 4.500,00 2.4 Revelação de filmes Poses 180 0,90 162,00 7.037,00 Subtotal 3.0 Equipamentos e Material Permanente 3.1 Papeleiras Un 600 60,00 36.000,00 3.2 Câmara Digital Un 1 2.259,00 2.259,00 Subtotal 38.259,00 Total 45.885,70 83 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Projeto Segregação do Lixo e Coleta Seletiva Item Discriminação Vl. 01 un. 30 dias 60 dias 90 dias 1.0 Material de Consumo R$ 589,70 100% 51% 47% 2% R$ 3.584,90 R$ 3.309,14 R$ 142,96 7% 0,31% R$ 589,70 2.0 3.0 Serviços de Terceiros Equipamentos e Material Permanente R$ 7.037,00 R$ 38.259,00 100% R$ 38.259,00 % Parcial R$ Parcial R$ Total 92% R$ 42.433,60 R$ 3.309,14 R$ 142,96 R$ 45.885,70 R$ 42.433,60 R$ 45.742,74 R$ 45.885,70 84 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 2 Coleta Tradicional Introdução Atualmente o Poder Público Municipal é responsável direto pela execução do serviço de coleta e destinação final dos resíduos sólidos urbanos em Porto Nacional/TO, sem existir uma estrutura física e administrativa adequada. O quadro de servidores é insuficiente e não apresenta capacitação para realização das atividades. A frota existente não é adequada para a realização das ações, além do que dos cinco caminhões que realizam a ação de coleta dos resíduos, três são caminhões carga seca que geram transtornos para a comunidade local, reclamando diariamente destas máquinas, que espalham pela cidade os resíduos coletados e geram mau cheiro, agredindo a todos. Para tanto, faz-se necessária a adequação estrutural de equipamento e maquinários utilizados para a realização das ações, bem como um planejamento de zonas a serem atendidas, com definição de roteiros e freqüências para implementação das ações que considerem as aspirações de toda a comunidade local. Este trabalho foi realizado em parceria com os servidores atuais da limpeza urbana municipal e da comunidade local, através das associações de moradores de bairros, a partir do diagnóstico da situação local, do levantamento das necessidades da comunidade, por bairros e da proposição das ações, consideradas por todos mais adequadas e viáveis para Porto Nacional, referentes à execução da coleta e à destinação final dos resíduos. Objetivo Organizar o serviço, através do dimensionamento participativo das ações referentes à coleta tradicional dos resíduos sólidos urbanos em Porto Nacional. Objetivos Específicos ♦ Universalizar o atendimento da comunidade com os serviços de coleta tradicional de lixo, melhorando sua qualidade; ♦ Adequar a estrutura físico-operacional do atual sistema, através da aquisição de maquinarias, materiais e equipamentos necessários para a operação das ações; ♦ Minimizar os efeitos negativos sobre a saúde pública e meio ambiente, de ações inadequadas resultantes do trato com os resíduos sólidos urbanos, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da comunidade. 85 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Capacitar tecnicamente todos os servidores da limpeza urbana para o desempenho correto e eficiente das atividades. Estrutura Operacional Os resíduos do Município de Porto Nacional deverão ser classificados, observando à norma da ABNT - NBR 10.004/1997, bem como as características locais, nos seguintes tipos: ♦ Resíduos Domésticos – material proveniente de locais residenciais como restos de comida, resíduos de banheiro, embalagens, recipientes, material de faxinas etc. ♦ Resíduos Comerciais – material proveniente de instalações comerciais, tendo como principais características: material de escritórios, das copas e cozinhas, banheiros e, principalmente, muito papel. ♦ Resíduos Públicos – provenientes da vias públicas, praças, jardins, resíduos da varrição de logradouros e podas de plantas. ♦ Resíduos de Grandes Geradores – provenientes de grandes geradores comerciais, como supermercados, feiras cobertas. ♦ Resíduos de Serviços de Saúde – provenientes de hospitais, farmácias, postos de saúde, clínicas e laboratórios. ♦ Entulhos – provenientes de atividades da construção civil como construções, demolições e reformas. Para tratamento dos resíduos classificados como Classe I será observado o disposto na Resolução CONAMA 05/93. Acondicionamento Os resíduos sólidos deverão ser acondicionados adequadamente atendendo às normas aplicáveis da ABNT e demais disposições legais vigentes, como Resolução CONAMA 05/93. ♦ Resíduos Domésticos/Comercial – serão acondicionados em sacos plásticos. Nas residências, comércios e instituições públicas e particulares, os lixos secos e úmidos serão acondicionados separadamente, sendo observadas as cores para os sacos, de acordo com o resíduo a ser depositado (ver Projeto de Segregação e Coleta Seletiva dos Resíduos com Potencial Reciclável, Anexo 01). Depois de acondicionados deverão ser fechados adequadamente. ♦ Resíduos Públicos – será acondicionado em sacos plásticos o material de pequeno porte e não volumoso; resíduos volumosos e galhadas serão depositados em contêineres específicos para esta atividade. ♦ Entulhos e Resíduos Especiais – serão acondicionados em recipientes rígidos próprios, como tambores ou cestos e sacos plásticos, de acordo com o tipo de resíduo a ser acondicionado, sendo depois transferidos para os veículos coletores. ♦ Resíduos de Serviços de Saúde – dentro de ambientes de serviços de saúde serão estimulados a segregação e o acondicionamento do lixo em três grupos distintos: 86 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO resíduos infectantes, resíduos radioativos e resíduos comuns, identificados, observando o disposto na Resolução CONAMA 05/93. devidamente Os lixos infectantes serão acondicionados em recipientes rígidos, quando tiver material cortante ou perfurante. Caso contrário, serão acondicionados em sacos plásticos de cor branca leitosa, devidamente fechados, indicando o perigo e a possibilidade de infecção ou contaminação por parte do material ali depositado. Na existência de resíduos radioativos deverá ser contatada a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN para orientação sobre a forma de acondicionamento do mesmo e destinação final. Coleta Resíduos Domésticos/Comercial – os resíduos serão coletados observando a freqüência demandada por região, bem como os dias e horários estabelecidos a partir do levantamento das aspirações da comunidade local. No centro da cidade, onde a movimentação de pedestres e veículos é maior, será utilizado o caminhão compactador, e a freqüência de coleta será diária, de segunda a sábado, de preferência no início da manhã, pois durante a noite ocorre uma movimentação intensa nos bares e quiosques localizados nesta região. Nas zonas circundantes à zona central, a coleta será realizada diariamente, de segunda à sexta, em horários alternados para cada bairro, em alguns bairros pela manhã e em outros à tarde. As coletas serão realizadas pelos caminhões caixa. Nas zonas periféricas a coleta será realizada em dois roteiros com freqüência alternadas de três vezes por semana, segunda, quarta e sexta e terça, quinta, e sábado. Dimensionamento proposta para a coleta tradicional dos resíduos domiciliares/comercial no Município de Porto Nacional/TO Setores Freqüências Setor I Diária Setor II Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab Nº viagens ------ X X X X X X 2 Diária ------ X X X X X X 2,5 Setor III 03(três) vezes/semana ------ X ---- X ---- X ---- 2,5 Setor IV 03(três) vezes/semana ------ ---- X ---- X ---- X 2,5 87 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Dimensionamento físico da coleta tradicional por caminhões Atuais Necessários Adquirir Quadro de Pessoal 26 36 10 Equipamentos 02 caminhões compactadores 04 02 Equipamentos de Proteção Individual 26 Luvas 72 Luvas 46 Luvas 26 Botas 36 Botas 36 Botas 26 Máscaras 72 Máscaras 46 Máscaras 36 Capas de Chuvas 36 Capas de Chuvas 72 72 A ser realizado pelos fiscais de posturas e obras ------------ Fardamento 26 Sistema de Fiscalização e Controle ------------- Os Resíduos de Serviços de Saúde serão divididos em dois grupos: Coletores para resíduos infectantes Os resíduos do grupo 1 serão coletados separadamente. A coleta será realizada diariamente, por servidores previamente capacitados para tal ação e com equipamentos adequados de proteção individual. Os horários de coleta serão definidos juntamente com os responsáveis pelas Unidades de Saúde, servidores internos da limpeza, Secretaria Municipal de Saúde e Diretoria de Limpeza Urbana. Os resíduos de clínicas radiológicas ou de ala de radiologia hospitalar serão coletados de acordo com as orientações da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. Dimensionamento para a coleta de resíduos do grupo 01 nas Unidades de Saúde de Porto Nacional/TO Estabelecimentos Freqüências D S T Q Q S S Rede Hospitalar de Internação X X X X X X Postos de Saúde X X X X X Farmácias X X X Clínicas X X X Laboratórios X X X X 88 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Coletores para resíduos de escritórios ou administrativos Estes resíduos serão coletados observando o cronograma proposto para a coleta dos resíduos domésticos /comerciais. Os materiais com potencial reciclável, previamente separados, serão coletados pela cooperativa de catadores, em dias e horários definidos juntamente com os diretores das Unidades e a Secretária Municipal de Saúde. Entulhos e Resíduos Especiais Este serviço deverá ser terceirizado para diminuir os custos do Poder Público, visto que a responsabilidade pela sua destinação final será do próprio gerador, ficando a Diretoria de Limpeza Urbana como responsável pela fiscalização e orientação das ações a serem executadas. Para os Resíduos Públicos serão estabelecidos roteiros de coleta de acordo com o programa de poda, capina e jardinagem, elaborados em conjunto com os responsáveis por estas atividades – Projeto AMA. Para os resíduos provenientes da varrição, o cronograma de execução da coleta observará o roteiro estabelecido pelo plano de varrição, bem como a freqüência necessária para realização da coleta. Além disso, serão definidos os pontos de depósito provisório para os resíduos nas áreas atendidas pelo serviço de varrição. Disposição Final Todo o material que não for reciclável será encaminhado ao aterro sanitário, onde deverá ser disposto em valas adequadas destinadas ao tipo de resíduo descartado (ver Projeto do Aterro Sanitário, Anexo 10). Além do aterro sanitário, estão sendo consideradas outras duas formas de destinação complementares ao Aterro Sanitário, a saber: a compostagem orgânica é proposta para transformar os resíduos orgânicos provenientes do lixo domiciliar em adubo natural para uso em jardinagens públicas (Projetos de Compostagem Orgânica, Anexo 14) e o projeto Adubo Verde, uma proposta para transformar os resíduos provenientes de atividades como podas e jardinagens de áreas públicas, inicialmente, e particulares (Compostagem vegetal, Anexo 15). Plano de Socialização Pretende-se trabalhar além dos aspectos técnico-operacionais dos responsáveis diretos pela execução das ações, os aspectos sociais que envolvem a re-socialização dos servidores, bem como de suas famílias. Para tanto se faz necessário: ♦ Capacitar, através de treinamentos técnicos, os servidores responsáveis pela execução da coleta e destinação final dos resíduos, por meio da realização de quatro cursos anuais de capacitação, tendo uma carga horária que poderá variar entre 10 a 20 horas semanais; 89 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Alfabetizar todos os servidores, com vistas à integração destes no processo de desenvolvimento sociocultural do Município, valorizando-os profissionalmente e como cidadãos, resgatando-lhes a auto-estima; ♦ Incentivar a inserção de todas as crianças na escola, visando ao desenvolvimento destas crianças e ao crescimento de toda a família; ♦ Promover visitas de assistentes sociais, médicos das famílias e odontólogos, às residências dos servidores, com vistas a dar uma assistência psicossocial e médicoodontológica primária a todos da família, preocupando-se com a prevenção de doenças primárias, desnutrição e melhoria da qualidade de vida destas famílias; ♦ Trabalhar, psicossocialmente, portadores de alcoolismo e outros vícios, de todos os servidores e familiares, visando à superação destes vícios. Cronograma de Execução Atividades Período 2002 J F M A M J J A S O N D Capacitação dos Servidores Execução das Ações Destinação Final Plano Social Controle, Avaliação e Monitoramento. Relatórios Parciais Relatórios finais 90 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Coleta Tradicional Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total Resma 4 11,80 47,20 1.2 Papel Pardo Un 165 0,35 57,75 1.3 Fita Adesiva Un 4 2,50 10,00 1.4 Lápis Caixa 2 25,00 50,00 1.5 Caneta Esferográfica Caixa 2 20,00 40,00 Un 3 10,50 31,50 Caixa 2 15,00 30,00 1.8 Tinta para Impressora Un 4 115,00 460,00 1.9 Fita de Vídeo Un 2 7,00 14,00 Capacitação dos Recursos Humanos 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 1.6 Filme Colorido 36p 1.7 Disquete 740,45 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Cartilha Técnico-educativa Un 150 8,50 1.275,00 2.2 Consultoria Especializada Horas 80 80,00 6.400,00 2.3 Revelação de Filmes Poses 108 0,90 97,20 2.4 Fotocópias Simples Un 1500 0,10 150,00 2.5 Confecção de Camisestas Un 250 10,50 2.625,00 10.547,20 Subtotal 3.0 Equipamentos e Material Permanente 3.1 Aparelho de tv 20 polegadas Un 1 539,00 539,00 3.2 Videocassete 6 cabeças Un 1 379,00 379,00 3.3 Retroprojetor Un 1 1.500,00 1.500,00 Subtotal 2.418,00 Total Parcial 13.705,65 Execução das Ações 1.0 Equipamentos e Material Permanente 1.1 Luvas Cano Longo Par 108 6,50 702,00 1.2 Uniformes Un 72 40,00 2.880,00 1.3 Bonés Un 36 5,00 180,00 1.4 Máscaras Un 72 4,50 324,00 91 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 1.5 Capa de chuva Un 36 9,00 324,00 1.6 Chassis e Compactadores 6m³ Un 2 65.271,00 130.542,00 134.952,00 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Refeição Un 11.700 4,50 52.650,00 Subtotal 52.650,00 Total Parcial 187.602,00 Plano Social 1.0 Pessoal 1.1 Assistente Social Horas 200 4,16 832,00 1.2 Médico Clínico Geral Horas 120 14,58 1.749,60 1.3 Médico Especialista Horas 60 18,75 1.125,00 1.4 Odontologista Horas 72 18,75 1.350,00 5.056,60 Subtotal 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 3 11,80 35,40 1.2 Papel Pardo Un 100 0,35 35,00 1.3 Fita de Vídeo Un 2 7,00 14,00 1.4 Fita Adesiva Un 3 2,50 7,50 1.5 Lápis Caixa 2 25,00 50,00 1.6 Caneta Esferográfica Caixa 2 20,00 40,00 1.7 Filme Colorido 36p Un 2 10,50 21,00 1.8 Cartilhas de Alfabetização Un 60 8,50 510,00 Subtotal 712,90 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Folderes Informativos 2.3 Revelação de filmes Subtotal Total parcial Total Un 350 0,90 315,00 Poses 72 0,90 64,80 379,80 6.149,30 207.456,95 92 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cromograma Físico-financeiro Coleta Tradicional Item Discriminaç ão 1.0 Capacitação dos Recursos Humanos 2.0 3.0 Execução das Ações Plano Social Vl. 01 un. 30 dias R$ 13.705,65 R$ 187.602,00 60 dias 90 dias 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias 240 dias 270 dias 300 dias 330 dias 360 dias 61% 12% 15% 13% R$ 8.325,72 R$ 1.637,51 R$ 2.007,73 R$ 1.734,70 55% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 5% R$ 103.181,10 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 7.504,08 R$ 9.380,10 10% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% R$ 614,93 R$ 559,03 R$ 559,03 R$ R$ 559,03 559,03 R$ 559,03 R$ 559,03 R$ 559,03 R$ 559,03 R$ 559,03 R$ 559,03 R$ 6.149,30 % Parcial 49,7% 7,9% 3,9% 3,9% 4,7% 3,9% 3,9% 4,8% 3,9% 3,9% 4,7% 4,8% R$ Parcial R$ 103.181,10 R$ 16.444,73 R$ 8.063,11 R$ 8.063,11 R$ 9.700,62 R$ 8.063,11 R$ 8.063,11 R$ 10.070,84 R$ 8.063,11 R$ 8.063,11 R$ 9.797,81 R$ 9.939,13 R$ 103.181,10 R$ 119.625,83 R$ 127.688,94 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 135.752,05 145.452,67 153.515,78 161.578,89 171.649,73 179.712,84 187.775,95 197.573,76 207.796,87 R$ Total R$ 207.456,95 93 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 3 Plano de Varrição Situação Atual O atual quadro de servidores da limpeza urbana para varrição conta ao todo com 49 pessoas. Destes, 36 servidores estão ativos, três de licença médica e sete disponibilizados para outra instituição, além dos três servidores responsáveis pela fiscalização dos serviços (ver diagnóstico do Município para a prestação deste serviço). A qualidade e a quantidade de equipamentos para coletar o material da varrição não atendem às necessidades apresentadas pelo serviço de varrição de Porto Nacional. Sendo assim, o Poder Público tem o interesse e a preocupação em adquirir novos materiais e equipamentos que agilizem e facilitem a execução do trabalho pelos servidores. O diagnóstico atual para o serviço de varrição mostra que das 30 áreas existentes, apenas sete são atendidas com esse serviço, representando um percentual de 24% de atendimento, justificando a necessidade de planejamento das ações de varrição, visando ao aumento da satisfação da comunidade local e melhorando a qualidade de vida da comunidade portuense. Objetivo Universalizar o atendimento dos serviços de limpeza urbana através do planejamento das atividades de varrição. Objetivos Específicos ♦ conseguir maior produtividade na execução dos serviços de varrição pela equipe de servidores, a partir da capacitação técnica, até 2002; ♦ ampliar o número de zonas urbanas atendidas pelo serviço de varrição, de sete para 11 zonas (bairros), até 2001; ♦ atingir 100% da população, localizada em áreas pavimentadas, com os serviços de varrição, até 2005; ♦ ressocializar os servidores junto à comunidade local, melhorando sua qualidade de vida, até 2002. 93 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planejamento do Serviço Ações de Planejamento ♦ diagnóstico do serviço – foi identificado, em conjunto com os servidores da varrição (ver mural em Anexo), as principais necessidades dos servidores, os aspectos relevantes para melhorar a atividade, os equipamentos e materiais existentes, a necessidade de adequação da estrutura física e os aspectos de declividade do terreno e das vias principais com grande fluxo de veículos e pedestres em cada setor; ♦ delimitação dos setores de varrição e áreas correspondentes – realizado o diagnóstico, foram definidas as zonas prioritárias para a varrição, medindo as extensões dos logradouros a serem varridos e estabelecendo os trajetos para execução dos serviços (ver mapa em anexo); ♦ dimensionamento da freqüência – levando em consideração as necessidades e características de cada setor e áreas a serem varridas, foram definidos a freqüência do serviço e os dias da semana para execução da atividade pelos servidores; ♦ dimensionamento das equipes de trabalho – com os dados da extensão das ruas definiuse o número de equipes necessárias para efetuar o serviço em cada área, bem como o número de servidores que integrariam cada equipe; ♦ equipamentos e materiais – foi realizado o dimensionamento para os equipamentos e materiais necessários para o bom desenvolvimento dos serviços pelos servidores. Definindo-se que seriam necessários vassouras, pás, fincos, cestas coletoras e carrinhos de mão para coletar o lixo varrido. ♦ Definição de pontos de transbordo – nas regiões de maior extensão ou área foram definidos dois pontos de transbordo para os resíduos da varrição; nas outras regiões apenas um local será suficiente. Estes locais conterão uma caixa ou tambor de 500 litros para acondicionar os sacos de lixo com resíduos da varrição. Neste local o veículo coletor (trator com carreta) passará ao final do dia para coletar os resíduos e levá-los ao destino final. ♦ Execução – após planejamento da execução dos serviços, foi realizada nova reunião com os servidores para repasse das ações que serão implantadas e discussão de pontos relevantes e prioritários para a execução dos trabalhos, como o roteiro, número de pessoas por equipe e freqüência, concretizando, desta forma, o plano. Ações para Melhoria do Serviço ♦ Limpeza do meio-fio – o meio-fio dos logradouros pavimentados será carpido e retirada a areia depositada nestes locais para facilitar a varrição pelos servidores. Estes serviços serão realizados primeiramente pelos integrantes do Projeto Amigos do Meio Ambiente – AMA. A manutenção da ausência de grama e areia nestes locais ficará sob a responsabilidade da comunidade e dos garis da limpeza urbana; ♦ Alimentação – será fornecido café da manhã reforçado com leite, café, pão e presunto, para todos os servidores. Alguns servidores recebem a refeição de almoço pela Prefeitura, devido às distâncias entre suas casas e o local de varrição, pois nem todos os servidores tiveram condições de ficar próximos às suas residências; 94 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Fincadores – os servidores que apresentarem maiores dificuldades para executar o serviço de varrição de ruas, seja pela idade avançada ou por problemas de saúde, serão aproveitados para desenvolver a atividade de pegar os materiais leves, espalhados pelos ventos em lotes baldios ou passeios públicos; ♦ Treinamento dos servidores – serão realizados palestras e cursos de capacitação e treinamento para os servidores, com vistas a prepará-los adequadamente para prestar os serviços com eficiência. As palestras serão ministradas por técnicos do NATURATINS e da Prefeitura de Porto Nacional, com capacidade para desempenhar tal atividade. Os cursos serão ministrados por técnicos do SEPLAN do Estado do Tocantins, através de um Programa de Capacitação de Profissionais, que atuam em áreas que direta ou indiretamente estão relacionadas ao meio ambiente, do NATURATINS, e de outras instituições estaduais e nacionais que tenham interesse em ser parceiras da Prefeitura e vice-versa; ♦ Cestas coletoras – foi observado no diagnóstico que vem sendo pedida, pelos funcionários da limpeza urbana e pela comunidade em geral, a instalação de cestas coletoras de lixo em praças públicas, passeios e instituições públicas, para facilitar o serviço de varrição através da diminuição de lixo jogado nas ruas, melhorando as condições de higiene da cidade de Porto Nacional. Plano Social Visando aumentar a satisfação dos servidores públicos com o serviço a ser realizado e sua inserção social na comunidade portuense são propostas as seguintes ações: ♦ Jornada de trabalho – mudança na jornada de trabalho que, atualmente é de 8 horas/semanais para 6 horas/semanais, atendendo às expectativas dos servidores e diminuindo a insatisfação destes com alimentação e transporte; ♦ Atividade físico-social – serão adotadas duas vezes na semana, por um período de 15 a 20 min, atividades físicas para relaxamento corporal e mental dos servidores, visando à diminuição no nível de estresses destes; ♦ Auxilio alimentação – sortear uma cesta básica por mês para os servidores, visando incentivar o desenvolvimento do trabalho de forma eficiente e, principalmente, auxiliar no reforço alimentar das famílias dos servidores; ♦ Alfabetização dos servidores visando ao seu desenvolvimento social e a melhores condições de vida para toda a família; ♦ Cursos profissionalizantes para todos os adolescentes pertencentes às famílias dos servidores, através de parcerias com o SENAC de Porto Nacional, visando melhorar as condições de vida destas famílias; ♦ Dar assistência, médica e psicossocial aos catadores e seus familiares na prevenção e combate aos problemas relacionados com DSTs, alcoolismo, drogas e outras inerentes a estas. 95 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Novas Áreas para Ampliação do Serviço de Varrição Áreas beneficiadas com o novo serviço de varrição: ♦ Jardim Umuarama; ♦ Jardim Querido; ♦ Jordy; ♦ Vila Nova - área O; ♦ Jardim Brasília – área J. Além destas áreas que entraram no atual roteiro, pretende-se ampliar, até 2002, para outros dois setores: ♦ Alto da Colina; ♦ Novo Planalto. Reestruturação dos Serviços O quadro mostra o planejamento para a varrição, com freqüência, dias da semana, número de equipes por setor e número de servidores por equipe. Planejamento dos serviços de varrição Porto Nacional/TO em 2001 Setor Zona Exten/Área São (m) Freq. N.º Equipe N.º Servidores Dias Característica da Área Praça do Centenário I/A Diária 01 04 Seg a Sab Zona comercial com grande fluxo de pedestres Cidade Velha II/B Diária 01 02 Seg a Sab Centro Histórico e Patrimônio Cultural do Município e do Estado Jardim Municipal II/C Três vezes por semana 01 02 Praça das Mães/ Av. Frederico Lemos/Av. Joaquim Aires III/D Diária 01 03 Seg/Qua Zona Residencial /Sex Seg a Sab Zona localizada próximo ao centro da cidade, de grande movimento e avenidas principais para tráfego de veículos e pedestres. 96 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Setor Zona Exten/Área São (m) Freq. N.º Equipe N.º Servidores 01 02 Dias Característica da Área Setor Consórcio III/E Três vezes por semana Centro IV/F Diária 01 03 Setor Aeroporto V/G Diária 01 03 Segunda Zona residencial e a Sex institucional com fluxo significativo de estudantes Setor Aeroporto V/H Diária 01 03 Segunda Zona residencial e a Sex institucional com fluxo significativo de estudantes Jardim Brasília VI/I Três 01 vezes por semana 03 Segunda Zona residencial /Qua/Se x Jardim Brasília VI/J duas 01 vezes por semana 03 Ter/Qui Zona residencial Cruzeiro do VI/L Sul Três 01 vezes por semana 03 Segunda Zona residencial /Qua/Se x Jardim VII/ Querido/Jor M dy Duas 01 vezes por semana 02 Ter/Qui Zona residencial Jardim Umuarama Duas 01 vezes por semana 03 Ter/Qui Zona residencial VIII/ N Seg/Qua Zona residencial /Sex Seg a Sab Zona comercial com grande fluxo de pedestres e veículos – centro da cidade 97 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Setor Zona Exten/Área São (m) Freq. N.º Equipe N.º Servidores Dias Característica da Área Vila Nova IX/O Diária 01 03 Segunda Zona residencial a Sab com grande fluxo de veículos e pedestres por ser a entrada e/ou saída da cidade para a Capital do Estado Palmas/TO. Vila Nova IX/P Duas vezes por semana 01 03 Ter/Qui Zona residencial Mercado Municipal X/Q Diária 01 04 Ter a Dom Diariamente acontecem feiras de ambulantes e aos domingos feira livre de frutas, verduras etc. Rodoviária XI/R Diária 01 01 Seg a Sab Trânsito intenso de pedestres e ônibus 98 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Monitoramento e Avaliação ♦ Acompanhamento, em campo, pelos fiscais de posturas, da execução dos roteiros estabelecidos, verificando a necessidade de revisão do plano proposto; ♦ Realização de controle e desempenho dos servidores através do acompanhamento da execução dos serviços, com os relatórios semanais emitidos pelos fiscais de posturas; ♦ Adotar um período de experiência de quatro meses para reavaliação da proposta. Para monitoramento do plano proposto serão levados em consideração os seguintes indicadores: AÇÃO INDICADORES A.I.P. Ap.I.P. Programa Varrição Ampliação dos roteiros e áreas atendidas Maior satisfação da comunidade beneficiada com o serviço Logradouros com melhor conservação de limpeza e melhoria no aspecto visual Qualidade e satisfação dos servidores Cronograma de Execução Atividade Períodos – 2001/2002 S O N D J F M A M J J A S O N D Planejamento das atividades Ação 01 Ação 02 Reestruturação das equipes Execução dos serviços Ampliação varrição das áreas de Novas áreas para ampliação do serviço de varrição Plano social Monitoramento e avaliação Legenda: Atividades realizadas A tividades a serem realizadas 99 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Plano de Varrição Item Discriminação 1.0 Pessoal Un Quant. P.unit. P.total 1.1 Engenheiro civil Horas 900 6,12 5508,00 1.2 Engenheiro ambiental Horas 1200 6,12 7344,00 1.3 Técnico em edificações Horas 20 2,54 50,80 Subtotal 12.902,80 Capacitação dos recursos humanos 1.0 Material de consumo 1.1 Papel sulfite A4 Resma 3 11,80 35,40 1.2 Papel pardo Un 150 0,35 52,50 1.3 Fita adesiva Un 5 2,50 12,50 1.4 Lápis Caixa 2 25,00 50,00 1.5 Caneta esferográfica Caixa 2 20,00 40,00 1.6 Filme colorido 36p. Un 2 10,50 21,00 Caixa 2 15,00 30,00 1.8 Tinta para impressora Un 6 115,00 690,00 1.9 Fita de vídeo Un 2 7,00 14,00 1.7 Disquete Subtotal 945,40 2.0 Serviços de terceiro 2.1 Álbum seriado Un 5 40,00 200,00 2.2 Consultoria especializada Horas 40 80,00 3200,00 2.3 Revelação de filmes Poses 72 0,90 64,80 3464,80 Subtotal Total parcial 4.410,20 Execução das ações 1.0 Equipamentos e material permanente 1.1 Carrinho de mão Un 80 160,00 12800,00 1.2 Contêineres 240 l Un 100 102,00 10200,00 Milheiro 1 1.2 Sacos de lixo 100 l 86,00 86,00 100 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 1.3 Vassouras Un 180 12,00 2160,00 1.4 Luvas Par 180 4,00 720,00 1.5 Uniformes Un 240 40,00 9600,00 1.6 Bonés Un 60 5,00 300,00 1.7 Capa de chuva Un 60 9,00 540,00 Subtotal 36.406,00 2.0 Serviços de terceiros 2.1 Refeição Un 60 4,50 270,00 270,00 Subtotal Total parcial 36.676,00 Plano social 1.0 Material de consumo 1.1 Papel sulfite A4 Resma 3 11,80 35,40 1.2 Papel pardo Un 100 0,35 35,00 1.3 Fita de vídeo Un 2 7,00 14,00 1.4 Fita adesiva Un 3 2,50 7,50 1.5 Lápis Caixa 2 25,00 50,00 1.6 Caneta esferográfica Caixa 2 20,00 40,00 1.7 Filme colorido 36p. Un 2 10,50 21,00 1.8 Cartilhas de alfabetização Un 60 8,50 510,00 Subtotal 712,90 2.0 Serviços de terceiro 2.1 Folderes informativos 2.3 Revelação de filmes TOTAL Un 150 0,90 135,00 Poses 72 0,90 64,80 Subtotal 199,80 Total parcial 912,70 54.901,70 101 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Plano de Varrição Item Discrimi-nação Vl. 01 un. R$ 12.902,80 1.0 Pessoal 2.0 Capacitação dos R$ Recursos Humanos 4.410,20 3.0 Execução das ações R$ 36.676,00 4.0 Plano social R$ 912,70 % parcial R$ parcial R$ total R$ 54.901,70 30 dias 60 dias 10% R$ 1.335,99 90 dias 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias 240 dias 270 dias 300 dias 330 dias 360 dias 9,96% 9,96% 9,96% 9,96% 9,96% 9,96% 9,96% 9,96% 9,96% R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 1.285,51 1.285,25 1.285,25 1.285,18 1.285,14 1.285,12 1.285,12 1.285,12 1.285,12 50% R$ 2.205,10 50% R$ 2.205,10 100% R$ 36.676,00 93% R$ 847,90 71% R$ 38.881,10 R$ 38.881,10 4% R$ 2.183,89 R$ 41.064,99 7% R$ 64,80 2% R$ 1.285,51 R$ 42.350,50 2% R$ 1.285,25 R$ 43.635,75 2% R$ 1.350,05 R$ 44.985,80 2% R$ 1.285,18 R$ 46.270,98 6% R$ 3.490,24 R$ 49.761,22 2% R$ 1.285,12 R$ 51.046,34 2% R$ 1.285,12 R$ 52.331,46 2% R$ 1.285,12 R$ 53.616,58 2% R$ 1.285,12 R$ 54.901,70 102 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 4 Projeto Cooperativa de Catadores Introdução A comunidade portuense, em reunião para discutir os pontos que deveriam permear a elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos – PGIRSU, definiu que a formação de uma cooperativa de catadores, com os atuais catadores de latinha de alumínio e sucatas, seria uma das propostas bases que dariam sustentabilidade para a implantação do PGIRSU em Porto Nacional, visto que o Município conta, atualmente, com 25 pessoas adultas que sobrevivem desta atividade. Para tanto, vêm sendo discutidos pelo grupo de trabalho responsável pela orientação a formação da cooperativa e o grupo de catadores interessados em participar da formação da cooperativa os fatores que envolvem a constituição de uma sociedade cooperativista. É fundamental para este grupo que pretende constituir uma cooperativa ter a preocupação de buscar previamente o real comprometimento e conscientização dos envolvidos, não bastando apenas a manifestação superficial de seu interesse e, sim, o envolvimento proativo de todos os interessados. Sendo assim, vem se buscando, através de reuniões periódicas, o comprometimento de cada interessado em fazer parte da criação e implementação da cooperativa de catadores. O número atual de pessoas com freqüência regular nas reuniões é de 14 pessoas. Estas pessoas estão demonstrando muito interesse e uma enorme vontade de trabalhar dentro da cooperativa. O SEBRAE vem dando o apoio técnico e logístico para que os interessados possam iniciar seus trabalhos esclarecidos e conscientes sobre as etapas que determinam o processo em que estão inseridos. Objetivo Geral Esta proposta tem como objetivo principal criar um grupo sólido, organizado, duradouro, autônomo, participativo e democrático, denominado de cooperativa, para coletar o material com potencial reciclável, a partir da organização dos atuais catadores de latas de alumínio e sucatas de Porto Nacional. Objetivos Específicos ♦ Mobilizar todos os catadores para constituírem um grupo interessado na formação da cooperativa, até 2001; 103 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Realizar através da cooperativa de catadores, a coleta seletiva dos resíduos com potencial reciclável em Porto Nacional, até 2002; ♦ Gerar emprego economicamente rentável para o grupo de catadores existentes no Município, até 2002; ♦ Capacitar todos os cooperados para realização do serviço de coleta dos resíduos e administração da cooperativa, até 2002; ♦ Ressocialização dos grupos através de programas sociais, visando à recuperação de viciados, até 2002. Organização da Cooperativa Para organizar os atuais catadores de lixo de Porto Nacional/TO em uma cooperativa de catadores, o grupo de trabalho estabeleceu as seguintes etapas: ♦ Reunião com os interessados – etapa em desenvolvimento. Nesta etapa os catadores foram convidados, através do grupo de trabalho e os presidentes das associações, para participarem de reuniões informativas sobre o PGIRSU e da proposta de formar uma cooperativa de catadores para desenvolver e estruturar esta atividade no Município. Daí para frente estão sendo realizadas reuniões periódicas com o público-alvo interessado na formação da cooperativa, discutindo as condições principais para formação desta sociedade cooperativista. Além das reuniões periódicas, foram realizadas duas reuniões com consultor especialista em cooperativismo, do SEBRAE, para discussão sobre as questões funcionais, operacionais e técnicas da formação e implantação de uma cooperativa. ♦ Constituição da cooperativa – discussão pelo grupo de trabalho e o grupo dos interessados em participar da cooperativa das etapas importantes para sua formação. A cooperativa, de agora em diante denominada de Coletins Porto Nacional/TO, será a responsável por coletar os resíduos recicláveis previamente separados pela comunidade local. Sua atividade abrangerá toda a área urbana do Município de Porto Nacional. Para organização da coleta seletiva, de responsabilidade da Coletins Porto Nacional/TO, a área urbana foi dividida em quatro zonas diferentes. Os cooperados serão divididos em quatro grupos para realizarem a coleta. Mas é importante colocar que a cooperativa será uma só. Cada grupo receberá crachás com nome dos cooperados, zona de sua responsabilidade, o nome da cooperativa e um telefone para informações ou contato com a cooperativa, visando estabelecer entre o cooperado e a comunidade local uma relação mútua de confiança. ♦ Coleta seletiva – a coleta será planejada entre a cooperativa, Poder Público Municipal e a sociedade local observando a freqüência necessária para cada zona, bem como as aspirações da comunidade e a disponibilidade do grupo responsável por cada zona (ver projeto anexo). ♦ Armazenamento e comercialização – os materiais coletados será transportado pelos próprios coletores até um centro de armazenamento e triagem dos resíduos, onde serão ensacados, prensados e armazenados para a comercialização. A comercialização será realizada pelos próprios cooperados, através do grupo gestor da cooperativa, gerando, 104 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO com isso, recursos financeiros para o grupo coletor e sustentando economicamente a cooperativa. Capacitação Todos os trabalhadores que integrarão a Coletins receberão cursos de capacitação, a ser ministrados por técnicos especializados do NATURATINS e SEBRAE, visando a qualificálos para desenvolver adequadamente e com eficiência os serviços de coleta dos resíduos com potencial reciclável e orientação junto à comunidade sobre as ações que estão sendo desenvolvidas no Município, através do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos. Plano Social Para que os resultados esperados com a implantação do PGIRSU de Porto Nacional sejam satisfatórios, serão considerados, acima de tudo, os aspectos relacionados aos processos de participação das pessoas que trabalham coletando os resíduos com potencial reciclável no Município e suas famílias. Este plano será desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Nacional. As propostas para o Plano Social para o PGIRS de Porto Nacional foram definidas considerando também as possibilidades de implantação, implementação e continuidade das mesmas. A proposta foi dividida em duas etapas, que serão detalhadas a seguir. Ressocialização das Famílias Existentes no Lixo ♦ Assistência médica e social para as famílias a partir de visitas periódicas realizadas pelos médicos e assistentes sociais da Prefeitura, inicialmente procurando avaliar constantemente a situação de saúde e psicológica de todos os membros de cada família, levando o atendimento primário à saúde e o odontológico para estas famílias, por um período igual a dois anos, até a estabilização das atividades da cooperativa; ♦ Garantir a todas as crianças, a partir de quatro anos de idade, a inserção dentro de escolas para alfabetização e continuação dos estudos como forma de auxiliar à família no seu desenvolvimento, além de atividades de lazer e educação; ♦ Garantir moradia digna para toda a família; ♦ Alfabetização dos adolescentes e adultos que vivam no lixo visando desenvolvê-los socialmente; ♦ Cursos profissionalizantes para todos os adolescentes e adultos visando atingir novos mercados e melhorar as suas condições de vida, através de parcerias com o SENAI ou SENAC de Porto Nacional. 105 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Inserção Social para os Catadores e suas Famílias Quando da Implantação do PGIRS ♦ Fomentar a formação de associações ou cooperativas, a fim de que os seus associados possam se articular e aglutinar forças objetivando a profissionalização de seus serviços e a obtenção de um melhor retorno financeiro pelos seus trabalhos; ♦ Firmar parceria com os demais setores públicos, bem como produtivo e ONGs, para capacitação daqueles que irão trabalhar com os resíduos sólidos, possibilitando, assim, resultados mais qualificados no processo de coleta, separação e destinação final destes resíduos; ♦ Criar um programa de educação voltado para as crianças e familiares dos catadores de resíduos sólidos. Este programa considerará as seguintes ações: - proposta que conciliem o horário de trabalho dos adultos com o horário de presença nas escolas das crianças e jovens. atividades de lazer, através de ações culturais e esportivas para as crianças e os jovens, possibilitando, também, a participação dos próprios adultos, como forma de ressocialização de todos nas atividades socioculturais do Município. ♦ Dar assistência, médica e psicossocial aos catadores e seus familiares na prevenção e combate aos problemas relacionados com DSTs, alcoolismo, drogas e outras inerentes a estas; ♦ Criar campanhas educativas nas escolas, bem como na mídia, rádio, jornal e televisão enfocando a importância do papel que os catadores desempenham no Município, bem como o reconhecimento que a comunidade deve ter para com eles como cidadãos que almejam ser também. Avaliação e Monitoramento A implantação deste programa será acompanhada pelo grupo de trabalho, responsável por subsidiar a constituição da cooperativa de catadores de material com potencial reciclável, e as ações serão avaliadas trimestralmente pelos cooperados e grupo de trabalho, e anualmente por toda a comunidade em assembléia pública no Município. Destas avaliações sairão como resultado relatórios de acompanhamento e avaliação das ações. Para o monitoramento das atividades serão utilizados os indicadores propostos no quadro seguinte, para duas situações, antes e depois da implantação do PGIRSU. 106 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Ações Organização da Cooperativa Indicadores A.I.P. Ap.I.P. Quantidade de catadores no lixão ou na cidade x quantidade de catadores envolvidos Envolvimento da comunidade sustentabilidade ao grupo dando Oferta do material x demanda Maior valor agregado ao material reciclável coletado Capacitação dos Recursos Credibilidade da Cooperativa Humanos Eficiência no desenvolver das ações Plano Social Catadores marginalizados integrados ao sistema social x catadores Melhoria da qualidade de vida das famílias dos cooperados A.I.P – Antes da Implantação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos em Porto Nacional/TO Ap.I.P. – Após a Implantação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos em Porto Nacional/TO 107 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma de Execução Atividades Período 2001/2002 Reunião com os Interessados Constituição da Cooperativa Cursos de Capacitação Construção do Centro de Armazenagem Comercialização do material Plano Social Legalização da Cooperativa Avaliação e Monitoramento Relatórios Parciais Relatório Final 108 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Projeto Cooperativa de Catadores Item Discriminação 1.0 Pessoal Un Quant. P.unit. P.total 1.1 Técnico Especializado Horas 68 80,00 5440,00 1.2 Assistente Social Horas 660 3,60 2376,00 1.3 Médico Horas 420 62,50 26250,00 7816,00 Subtotal Capacitação dos Catadores 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 4 11,80 47,20 1.2 Caneta Esferográfica Caixa 2 20,00 40,00 1.3 Pincel Atômico Caixa 4 18,00 72,00 1.4 Pasta Un. 70 0,70 49,00 1.5 Papel Almaço Pc. 1 18,00 18,00 1.6 Lápis Preto Caixa 1 25,00 25,00 1.7 Borrachas Caixa 1 6,00 6,00 1.8 Fitas de Vídeo Un 4 7,00 28,00 1.9 Filme colorido 36p. Un 2 10,50 21,00 Caixa 1 15,00 15,00 1.10 Disquete 321,20 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Fotocópias Simples Un 500 0,15 75,00 2.2 Fotocópias Coloridas Un 40 3,00 120,00 2.3 Revelação Fotográfica Un 180 1,20 216,00 2.4 Produção de Cartazes Un 400 0,90 360,00 2.5 Cartilhas Informativas Un 250 1,50 375,00 Horas 60 80,00 4800,00 Un 30 0,50 15,00 2.6 Consultoria Especializada 2.7 Confecção de Crachás 5961,00 Subtotal Total Parcial 6282,20 Instalação da Cooperativa 1.0 Equipamentos e Material Permanente 1.1 Carrinhos para Coleta Un 20 250,00 5000,00 109 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 1.2 Luvas Un 60 4,00 240,00 1.3 Uniformes Un 80 40,00 3200,00 1.4 Bonés Un 40 6,00 240,00 1.5 Botas Par 40 20,00 800,00 1.6 Capa de Chuva Un 20 6,50 130,00 1.7 Balança - 300kg Un 4 450,00 1800,00 11410,00 Subtotal 2.0 Obras e Instalações 2.1 Centro de Armazenamento (04) M² 300 130,00 39.000,00 Subtotal 39.000,00 Total Parcial 50.410,00 Plano Social 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 2 11,80 23,60 1.2 Papel Pardo Un 100 0,35 35,00 1.3 Fita de Vídeo Un 2 7,00 14,00 1.4 Fita Adesiva Un 2 2,50 5,00 1.5 Lápis Caixa 2 25,00 50,00 1.6 Caneta Esferográfica Caixa 2 20,00 40,00 1.7 Filme Colorido 36p. Un 4 10,50 42,00 1.8 Cartilhas de Alfabetização Un 20 8,50 170,00 379,60 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiro 2.1 Cartilhas Informativas Un 500 3,50 1750,00 2.2 Apostilas para Alfabetização Un 20 36,00 720,00 Chamadas 150 15,00 2250,00 Poses 72 0,90 64,80 2.3 Divulgação 2.4 Revelação de Filmes Subtotal 4784,80 Total Parcial 51.64,40 TOTAL GERAL 69.672,60 110 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Projeto Cooperativa de Catadores Item Discriminação Vl. 01 un. 1.0 Pessoal 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias 240 dias 270 dias 300 dias 330dias 360 dias 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 7.816,00 651,33 2.0 3.0 Capacitação dos Catadores 6.282,20 Instalação da Cooperativa 50.410,00 651,33 50% 50% 3.141,10 3.141,10 100% 50.410,00 651,33 651,33 651,33 651,33 651,33 651,33 651,33 651,33 651,33 651,33 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO 4.0 Plano Social 5.164,40 50% 50% 2.582,20 2.582,20 % Parcial 82% 5% 1% 1% 1% 1% 5% R$ Parcial 56.784,63 3.792,43 651,33 651,33 651,33 651,33 3.233,53 651,33 R$ Total 69.672,60 56.784,63 1% 60.577,07 61.228,40 61.879,73 62.531,07 63.182,40 66.415,93 67.067,26 1% 1% 1% 1% 651,33 651,33 651,33 651,33 67.718,60 68.369,93 69.021,26 69.672,60 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 5 Programa de Educação Ambiental Introdução Muito se tem discutido sobre as melhores formas de tratar e eliminar o lixo – doméstico, comercial, industrial, hospitalar, nuclear etc. – gerado pelo estilo de vida da sociedade contemporânea. Qualquer tentativa de reduzir a quantidade do lixo ou alterar sua composição pressupõe mudanças no comportamento social. Em casa, as pessoas crescem ouvindo as mães dizerem: “lugar de lixo é na lixeira!” Mas, e depois da lixeira, para onde vai tanta coisa? (Ciência Hoje, 1999). A coleta e a destinação são importantes, não só do ponto de vista sanitário e ambiental, mas também econômico, financeiro, do bem-estar social e estético. Salienta-se que apenas 25% do lixo coletado recebem destinação adequada ou pelo menos controlada diariamente nas cidades brasileiras. Uma das dificuldades que entravam a sustentabilidade dos sistemas de gestão dos resíduos sólidos é a falta de informação do Poder Público e da comunidade local, sobre a responsabilidade que envolve cada segmento no processo de identificação dos problemas e elaboração de soluções compatíveis com a realidade local. A educação ambiental é considerada o alicerce para a implantação de diversos programas ambientais, devido à sua função educativa e construtivista de conhecimentos em indivíduos com capacidade de perceber os problemas ambientais e agir, a partir da aquisição de certos valores, de forma ambientalmente correta. É um processo de formação e informação social orientado para: (a) o desenvolvimento de consciência crítica, isto é, capacidade de captar a origem e a evolução dos problemas ambientais, tanto em relação aos seus aspectos biofísicos quanto sociais, políticos, econômicos e culturais; (b) o desenvolvimento de habilidades e, quando possível, de instrumentos tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais; e (c) o desenvolvimento de atitudes que levem à participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental (proposta da Resolução CONAMA 02/85). Os programas de educação ambiental aparecem como um despertar de uma nova consciência solidária a um todo maior. É com a visão do global e com o desejo de colaborar para um mundo melhor, que se pode propor um agir local. Em razão das dificuldades locais, do Poder Público e da comunidade em geral, é que se propõe implantar o programa de educação ambiental sobre as questões que envolvem os resíduos sólidos urbanos, atingindo, em um primeiro instante, as Unidades Escolares, mediante um trabalho de conscientização dos docentes, discentes e funcionários, transformando-os em multiplicadores de informações e ações corretas sobre este tema dentro e fora destas unidades. 113 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Sabendo-se que o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Nacional só terá eficácia com ação conjunta entre o Poder Público Municipal e a comunidade local organizada, foi que as Unidades Escolares resolveram indicar, ao menos uma “luz ao fim do túnel” para minimização desse complexo problema, que vem se acentuando nos tempos modernos. As sugestões para o programa de educação ambiental estão baseadas em um mosaico de todas as aspirações apresentadas pelas Unidades Escolares, e levantadas pelo grupo de trabalho, que envolve as ações já pretendidas por cada unidade, delineando os aspectos gerais e objetivos a serem atingidos por todas as Unidades Escolares de Porto Nacional. Objetivo Geral Envolver a comunidade portuense no Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos, a partir das unidades escolares, mediante a criação de uma campanha educativa. Objetivos Específicos ♦ Incentivar a introdução de atividades envolvendo os resíduos sólidos urbanos de forma integrada nas programações escolares anuais sejam municipais, estaduais ou particulares, até 2002; ♦ Formar multiplicadores de informações e atitudes adequadas sobre os Resíduos Sólidos Urbanos, a partir da capacitação de docentes das áreas afins e coordenadores, até 2002; ♦ Implantar nas unidades escolares o Plano de Coleta Seletiva adequado à realidade municipal, até 2002; ♦ Selecionar um slogan e logotipo que represente o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Nacional; ♦ Buscar o envolvimento entre as unidades escolares e a comunidade local para a realização de atividades culturais que enfatizem as ações preconizadas através do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Nacional. Ações de Desenvolvimento do Programa Introdução de Atividades de Educação Ambiental ♦ Grupo de Trabalho – GT responsável pelo projeto oficializará o pedido junto à Delegacia Regional de Ensino – DRE e a Secretaria Municipal de Educação – SEMED para implantar nas Unidades Escolares – UE atividades relacionadas às questões que envolvem o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos – PGIRUS para Porto Nacional; ♦ A DRE e a SEMED solicitarão a inclusão no planejamento escolar dos professores das áreas afins, atividades educacionais sobre o PGIRSU de Porto Nacional; 114 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ GT e um representante do NATURATINS ministrarão palestras ao corpo docente, coordenadores e funcionários das UE, ressaltando a importância do PGIRSU para a qualidade de vida da comunidade portuense, para o meio ambiente e a saúde pública local, bem como a importância de incluir estes temas no planejamento escolar. Capacitação do Corpo Docente e Funcionários ♦ GT elaborará, em parceria com técnicos da Secretaria Estadual de Planejamento e do NATURATINS, o conteúdo programático para ser trabalhado com um grupo de docente das áreas afins e coordenadores pedagógicos, em um primeiro momento, e aos demais funcionários, em um segundo momento; ♦ Ao final do curso de capacitação será realizada uma avaliação pelos próprios participantes, em formulários adequados, elaborados pela coordenação do curso; ♦ Capacitado o primeiro grupo, será formada dentro de cada UE uma equipe para acompanhar o desenvolvimento do programa e repassar para o GT dados e resultados das ações desenvolvidas dentro das UE, incentivando todos a participar; ♦ Firmar parcerias com órgãos FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS visando à disponibilização de recursos humanos especializados em resíduos sólidos para ministrar as palestras e os cursos. As palestras serão realizadas na medida que surgirem as necessidades. Os cursos de capacitação serão semestrais (acontecerão dois cursos por ano) e terão uma carga horária entre 20 a 30 horas/semanas. Coleta Seletiva nas UE ♦ Orientação à comunidade das UE para realizar a segregação do material com potencial reciclável (seco) e acondicioná-lo nos recipientes adequados; ♦ Instalação, nas UE, dos conjuntos de tambores compostos por duas unidades, para acondicionar os resíduos seco e úmido separadamente; ♦ Definir em conjunto com a cooperativa de catadores os dias, horários e freqüências para o recolhimento dos resíduos com potencial reciclável nas UE. Escolha do Logotipo e Slogan ♦ Elaboração do regulamento para o concurso da escolha do logotipo e slogan que representem o PGIRSU, pelo grupo de trabalho do programa de educação ambiental; ♦ Escolha e premiação dos melhores logotipo e slogan por uma equipe formada por representantes da DRE, SEMED, Câmara de Vereadores, ONG´s e UNITINS; ♦ Confecção dos folders, fantoches, cartazes, cartilhas e jornais para divulgação de informações e sensibilização da comunidade para integrar o PGIRSU. 115 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Atividades Culturais ♦ Realização anual de uma feira, denominada de Feira da Consciência Ambiental, pela Prefeitura Municipal e as Unidades Escolares para apresentação das ações desenvolvidas no Município de Porto Nacional, sobre o PGIRSU; ♦ Realização da Rua do lazer pelas UE, Prefeitura Municipal e Associações de Moradores de Bairros, bimestralmente, em uma rua de um bairro, para promover a conscientização sobre o PGIRSU. Avaliação e Monitoramento O programa será avaliado semestralmente pelo grupo de trabalho em conjunto com a equipe coordenadora do programa em cada unidade escolar. Como produto final desta avaliação sairá um relatório semestral e outro anual sobre o andamento das ações. O relatório semestral servirá de base para a confecção das informações que comporão,, junto com os relatórios dos demais projetos, o jornal informativo sobre o andamento do PGIRSU em Porto Nacional. Para o monitoramento das atividades, a ser realizado pelo grupo de trabalho responsável pelo acompanhamento deste programa, serão observados os indicadores que mostram a eficácia do programa, apresentados no quadro seguinte, para antes e depois da implantação deste. Indicadores para o Monitoramento do Programa de Educação Ambiental do PGIRSU para Porto Nacional/TO Ações Indicadores Introdução de atividades de educação ambiental Planos de aulas da disciplina afins contemplando a Educação Ambiental sobre PGIRSU; Capacitação do corpo docente e funcionários Envolvimento dos professores com o tema trabalhado x multiplicação das informações à comunidade estudantil; A.I.P Ap.I.P UE existentes x UE comprometidas com as ações do PGIRSU; Comunidade estudantil existente x comunidade envolvida e participativa; Coleta seletiva nas UE Quantidade de resíduos segregados; Qualidade dos resíduos; Economia adquirida pelas UEs através da separação dos resíduos; 116 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Ações Indicadores Escolha do logotipo e slogan A.I.P Ap.I.P Divulgação e envolvimento da comunidade local no PGIRSU Confecção do material informativo x parcerias locais Atividades culturais Participação da comunidade no planejamento e execução da feira anual; Envolvimento das UEs e comunidade local nas atividades culturais dos bairros; Registro e divulgação das ações pelos meios de comunicação. Legenda: A.I.P – Antes da implantação do Plano Ap.I.P. – Após Implantação do Plano. Período – 2001/2002 Cronograma de Execução Ações D J F M A M J J A S O N D Introdução de atividades de educação ambiental Capacitação do corpo docente e funcionários Coleta seletiva nas UE Escolha do logotipo e slogan Atividades culturais Relatórios semestrais Relatório anual Confecção do jornal 117 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Programa de Educação Ambiental Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 1.0 Pessoal 1.1 Engenheiro Civil Horas 1200 3,65 4.380,00 1.2 Engenheira Ambiental Horas 1800 3,65 6.570,00 1.3 Pedagoga Horas 600 3,33 1.998,00 12.948,00 Subtotal Curso de Capacitação para Docentes e Funcionários 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 4 11,80 47,20 1.2 Caneta Esferográfica Caixa 3 20,00 60,00 Un 300 0,35 105,00 1.4 Transparência Caixa 2 45,00 90,00 1.5 Pincel Atômico Caixa 5 18,00 90,00 Un. 250 0,70 175,00 Caixa 2 10,20 20,40 Un 15 2,50 37,50 Caixa 2 2,80 5,60 Pc. 10 18,00 180,00 1.11 Lápis Preto Caixa 5 25,00 125,00 1.12 Lápis de Cor - 12 cores Caixa 15 2,60 39,00 1.13 Borrachas Caixa 2 6,00 12,00 1.14 Fitas de Vídeo Un 6 7,00 42,00 1.15 Filme Colorido 36p. Un 5 10,50 52,50 Caixa 2 15,00 30,00 1.3 Papel Pardo 1.6 Pasta 1.7 Cola 90g. 1.8 Fita Adesiva 1.9 Grampos 1.10 Papel Almaço 1.16 Disquete 1.111,20 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Fotocópias Simples Un 3000 0,15 450,00 2.2 Fotocópias Coloridas Un 60 3,00 180,00 2.3 Revelação Fotográfica Un 180 1,20 216,00 846,00 Subtotal Passagens e Despesas com 3.0 Locomoção 3.1 Combustível L 50 1,99 99,50 118 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 3.2 Passagens Un 4 1.200,00 4800,00 3.3 Diárias Un 10 80,00 800,00 5699,50 Subtotal Total Parcial 7.656,70 Cursos para Alunos 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 15 11,80 177,00 Un 500 0,35 175,00 1.3 Transparência Caixa 10 45,00 450,00 1.4 Pincel Atômico Caixa 30 18,00 540,00 1.5 Cola 90g. Caixa 15 10,20 153,00 Un 15 2,50 37,50 Caixa 30 2,80 84,00 Pc. 30 18,00 540,00 1.9 Lápis Preto Caixa 30 25,00 750,00 1.10 Lápis de Cor - 12 cores Caixa 60 2,60 156,00 1.11 Borrachas Caixa 30 6,00 180,00 1.12 Fitas de Vídeo Un 10 7,00 70,00 1.13 Filme Colorido 36p. Un 15 10,50 157,50 Caixa 30 15,00 450,00 1.2 Papel Pardo 1.6 Fita Adesiva 1.7 Grampos 1.8 Papel Almaço 1.14 Disquete 3.920,00 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Fotocópias Simples Un 5000 0,15 750,00 2.2 Fotocópias Coloridas Un 150 3,00 450,00 2.3 Revelação Fotográfica Un 180 1,20 216,00 1.416,00 Subtotal Total Parcial 5.336,00 Escolha do Slogan e Logotipo 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel sulfite A4 1.2 Tinta para Impressora 1.3 Disquetes Resma 3 11,80 35,40 Un 5 115,00 575,00 Caixa 4 15,00 6.250,00 6.860,40 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Cartilhas Informativas Un 2500 2,50 6.250,00 119 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 2.2 Cartazes Un 3000 2,50 7.500,00 2.3 Folderes Un 5000 0,90 4.500,00 2.4 Jornal Un 2500 5,40 13.500,00 2.5 Divulgação/Meio de Comunicação Chamadas 200 15,00 3.000,00 2.6 Confecção de Camisetas Un 1000 15,00 15.000,00 2.7 Confecção de Bonés Un 600 8,00 4.800,00 54.550,00 Subtotal Passagens e Despesas com 3.0 Locomoção 3.1 Diárias 3.2 Combustível/Gasolina Horas 30 80,00 2.400,00 L 200 1,99 398,00 2.798,00 Subtotal Total Parcial 64.208,40 Feira e Rua do Lazer 1.0 Material de Consumo 1.1 Tinta para Impressão 1.2 Papel Sulfite A4 Un 6 115,00 690,00 Resma 10 11,80 385,00 Subtotal 1.075,00 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Faixas M 70 5,50 385,00 2.2 Folderes Un 500 0,90 450,00 2.3 Cartazes Un 150 2,50 375,00 1.210,00 Subtotal Total Parcial 2.285,00 Coleta seletiva Equipamentos e Material 1.0 Permanente 1.1 Contêineres Plásticos - 120l Conj. 200 150,00 30.000,00 Subtotal 30.000,00 TOTAL 122.434,10 120 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Projeto Educação Ambiental Item Discriminação 1.0 Pessoal Vl. 01 un. 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias 150 dias 180 dias 210 dias 240 dias 270 dias 300 dias 330 dias 360 dias 12.948,00 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 1.079,00 Curso de capacitação para docentes e funcioná2.0 rios 7.656,70 50% 50% R$ 3.828,35 3.828,35 Cursos para 3.0 alunos 5.336,00 Escolha do slogan e 4.0 logotipo 64.208,40 50% 50% 2.668,00 2.668,00 15% 85% 9.658,00 54.550,40 121 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Feira e Rua 5.0 do Lazer 2.285,00 Coleta 6.0 seletiva 30.000,00 50% 50% 1.142,50 1.142,50 100% 30.000,00 % Parcial 4% R$ Parcial 4.907,35 40.737,00 1.079,00 3.747,00 1.079,00 56.771,90 1.079,00 4.907,35 3.747,00 1.079,00 1.079,00 2.221,50 R$ Total 122.434,10 4.907,35 33% 1% 3% 1% 46% 1% 4% 3% 1% 1% 2% 45.644,35 46.723,35 50.470,35 51.549,35 108.321,25 109.400,25 114.307,60 118.054,60 119.133,60 120.212,60 122.434,10 122 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 6 Projeto Resíduos Sólidos e Atividades Turísticas Identificação ♦ Proponente/Gestor: Prefeitura Municipal de Porto Nacional - Estado do Tocantins. ♦ Endereço: Av. Getúlio Vargas, 457 - Centro ♦ Fone/Fax/E-mail: 363-1305 - [email protected] ♦ Responsável: Dr. Otoniel Andrade Costa - Prefeito Municipal. ♦ Gestão: 2001-2004 ♦ Secretária Municipal de Educação e Cultura: Profª Iarirene Costa Braga Órgão Financiador Ministério do Meio Ambiente através do Programa dos Resíduos Sólidos Integrados da Amazônia Legal Brasileira. Equipe Responsável ♦ Prof. Celso Filipak (Pedagogo, Administrador Administração, Políticas, Planejamento e Gestão). Escolar e Pós-graduado em ♦ Wirtha Maria G. F. Pinto. ♦ Profª Ana Lourenço da Rosa (Apoio Técnico): Pedagoga, Supervisora Educacional, (Bióloga e Psicossocioambientalista). Introdução O projeto proposto tem como finalidade básica capacitar no mínimo 60 participantes e, no máximo, 120 na elaboração de projetos voltados ao aproveitamento dos resíduos sólidos recicláveis, com vistas ao repasse aos discentes e à confecção de materiais pedagógicos, a partir desses subprodutos. Em um segundo momento (etapa), direcionar os estudos para uma visão de cidade limpa, elaborando junto com os docentes uma Cartilha Básica para divulgação aos discentes de quais empreendimentos são necessários para uma ação contributiva no sentido de integrar as atividades de limpeza urbana ao desenvolvimento turístico da cidade de Porto Nacional. 123 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO As crianças, os jovens e os adolescentes serão estimulados a aproveitar os materiais recicláveis pouco utilizados de forma “convencional”, elaborando, de forma livre, brinquedos escolares. No desenvolvimento do processo se envolverão com a temática e, num futuro mediato, poderão compreender a importância da coleta seletiva dos resíduos sólidos recicláveis para o desenvolvimento de atividades econômicas para o Município. Como, por exemplo, "contribuir" no processo da instalação sustentada, oficial, da municipalização do turismo, começando pela idéia (visão) da “agradabilidade” de uma cidade sem poluição visual esperada por todos os que vivem aqui e pelos que possam passar por Porto Nacional. Além das linhas focais do projeto, outras poderão ser abordadas sob forma de sugestões aos professores nas oficinas previstas. A idéia é formar e capacitar "pesquisadores mirins" da própria comunidade e utilizá-los como divulgadores de assuntos de relevância e que possam ser significantes para a cidade e sua população. Temas como importância das áreas culturais e das áreas naturais; ciências e geografia aplicadas ao turismo local; levantamentos bibliográficos sobre os pontos turísticos; na história: relevantes pesquisas podem ser realizadas: arquitetura civil, religiosa, industrial, agrícola, pinturas, artes etc.; no nível dos bairros; nas manifestações populares: rezas, artesãos do bairro. Em todos estes assuntos a relevância dos resíduos sólidos pode ser associada. É um tipo de trabalho escolar que merece ser implantado como exercício de iniciação à pesquisa social no meio acadêmico (1ª fase). Justifica-se, então, o presente projeto por capacitar docentes voluntários nos estudo de elaboração de projetos sob o ponto de vista pedagógico quanto à estrutura lógica do mesmo, planejamento estratégico, modelo esquemático de matriz de planejamento com vistas à análise de indicadores e roteiro para organização e planejamento – diagnóstico – na área turística em nível municipal, com prática – oficina - para posterior orientação (multiplicação) aos discentes da 1ª fase (1ª à 8ª séries) do ensino fundamental. Objetivos a) Gerais de desenvolvimento imediato ♦ Capacitar professores voluntários na temática elaboração de projetos nas linhas básicas de aproveitamento de resíduos sólidos recicláveis (pedagógico e turístico); ♦ Direcionar estudos em médio prazo com visão de "cidade limpa" e o desenvolvimento de turismo municipal; ♦ Estimular e envolver os discentes, através das ações multiplicadoras dos docentes capacitados em projetos pedagógicos e turísticos, a partir dos resíduos sólidos recicláveis; ♦ Colaborar junto aos professores na implantação de "oficinas práticas" na compreensão e contribuição dos estudos dessa temática junto aos discentes na importância de coleta seletiva desses resíduos sólidos recicláveis na obtenção da "visão" de cidade sem poluição visual e residual na agradabilidade aos turistas e demais benefícios socioambientais ao Município. 124 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO b) Específicos 1ª etapa ♦ Convocar, através de oficio, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, os professores das redes municipal, estadual e particular de ensino fundamental para uma reunião geral de apresentação do Projeto em questão, na Câmara Municipal de Porto Nacional/TO; 2ª etapa ♦ Organizar grupos para estudo da cartilha (em anexo) sobre projetos (elaboração) dos professores interessados e/ou representantes das Unidades Escolares para a referida capacitação; ♦ Realizar as oficinas de estudos práticos com elaboração dos referidos projetos específicos para serem desenvolvidos nas respectivas Unidades Escolares; 3ª etapa ♦ Assessorar todo o processo de desenvolvimento desses projetos nas Unidades Escolares com elaboração de relatório/estatísticas do número de discentes envolvidos; 4ª etapa ♦ Elaboração, por toda a equipe envolvida, de uma cartilha turística ambiental. Metodologia Projeto formatado a partir da idéia de que se pode aproveitar resíduos sólidos recicláveis na elaboração de material pedagógico – brincando – e contribuir para a educação ambiental junto aos professores e alunos do Município, para uma conscientização ampla dos destinos finais desses materiais, a princípio "sem valor”, mas, que após estudos sistematizados, podem adquirir valores insuspeitados. Elaborar uma cartilha básica com "Noções de Estudos de Elaboração de Projetos Práticos" para capacitar os multiplicadores (professores) com repasses aos discentes do ensino fundamental. Para a concretização dessas ações, deverá ser feita uma reunião, por convocação da SEMEC, para disponibilizar este estudo, com a finalidade integrar os discentes na busca dos resultados, em médio prazo, através da realização de oficinas práticas, para a implantação dessas ações no nível escolar. Finalmente, acompanhar todo o processo, relatar, analisar conjuntamente e elaborar um documento/síntese final para publicação dos resultados obtidos como suporte de novos trabalhos na educação socioambiental no Município, partindo do aproveitamento de resíduos sólidos recicláveis. 125 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma – Ano 2002 Atividades J F MA M J J A S O N D 1ª e 2ª etapas: Convocar, organizar e realizar oficinas (estudos/cartilha) X X 3ª etapa: Assessorar o repasse nas Unidades Escolares X X X 4ª etapa: Avaliação e elaboração do documento/cartilha/resultados X X X X X Custos / Equipamentos Discriminação Quant. Volor nit. Médio Total Cx/3 15,00 45,00 05 150,00 750,00 10 resmas 11,80 118,00 1.000 0,10 100,00 Fotocópias coloridas A4 40 3,00 120,00 Encadernação média 100 2,50 250,00 Publicação cartilha/01 de 25 p. 100 2,00 200,00 Publicação de cartilha doc. 45 p. 100 2,50 250,00 Armário de aço 01 100,00 100,00 - - 5.000,00 100 15,00 1.500,00 Disquetes Cartuchos/tinta/cor/impressora Papel sulfite A4 Fotocópias simples Estágios/intercâmbio/eventos Camisetas/capacitadores e multiplicadores do projeto Total 8.433,00 Avaliação Através dos registros da quantidade/qualidade dos projetos elaborados por professores e alunos e análise da qualidade da multiplicação desses estudos realizados pelos professores e na quantidade e qualidade das atividades/tarefas realizadas pelos alunos nas duas linhas de ações-mestras propostas neste projeto. 126 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 7 Alimentação Alternativa Socializar o aproveitamento do desperdício dos resíduos sólidos orgânicos na utilização da alimentação alternativa, nas Unidades Escolares da Zona Urbana de Porto Nacional, Estado do Tocantins. Caracterização É um projeto educativo, comunitário participativo globalizado e integrado aos Resíduos Sólidos da Amazônia em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Parcerias SEMEC/Proponente: Secretaria Municipal de Educação e Cultura. SMO (Secretaria Municipal de Obras). Rede Municipal de Ensino, Estadual e Urbano e Instituições de Ensino Particulares. SMA (Secretaria Municipal da Agricultura). SMS (Secretaria Municipal da Saúde). RURALTINS/ ESTENSÃO / PN / TO. Equipe Interinstitucional/Multidisciplinar SEMEC - Secretaria Municipal de Educação e Cultura: Profª Iarirene Costa Braga (Secretária Municipal de Educação e Cultura). Coordenação Geral: Alimentação Alternativa/Fitoterapia: Ana Lourenço da Rosa: bióloga, pedagoga, psicopedagoga, supervisora educacional e especialista em etnofitoterapia, nutrição alternativa e biossocioambientalista. Assessoria: Celso Filipak: pedagogo, administrador educacional e especialista em administração, políticas e planejamento educacional. DRE/PN/TO (Delegacia Regional de Ensino) ♦ Rede Municipal de Ensino Unidade escolar/equipe ♦ Associação de Moradores do Setor Nova Capital – Presidente: Marilene Gomes A. Pereira. 127 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Associação de Moradores do Setor Brigadeiro Eduardo Gomes – Presidente: Casimiro Batista de Oliveira. ♦ Associação de Moradores Jardim Querido – Presidente: Miracy P. Sousa Oliveira. ♦ Associação de Moradores do Bairro Jardim Municipal (Projeto Betesda) – Presidente: Edelva Virgínia Nascimento. ♦ Pré-Escolar Delza da Paixão Pereira, Setor Vila Nova – Diretora: Ana Maria Jorge Romão. ♦ Escola Municipal Dr. Euvaldo T. Sousa – Diretora: Virlândia Barros de Sousa. ♦ Escola Municipal Celso Alves Mourão – Diretor: Marcos Davi S. do Nascimento. ♦ Associação Padre Luso – Representante: Vitória Carvalho dos Santos. ♦ Associação Novo Planalto – Raimundo Sampaio. ♦ Associação Vila Nova – Arnaldo Ferreira Araújo. ♦ Associação Alto da Colina – Firmino Fernandes da Rocha. ♦ Associação Setor Fama – Maria Carvalho da Conceição ♦ Associação São Francisco – Osmar Pereira de Almeida. ♦ Associação do Setor Imperial – Maria Gonçalves de Oliveira. Rede Estadual de Ensino Unidade escolar / equipe ♦ Escola Irmã Aspásia (teste-piloto). ♦ Escola Félix Camoa (teste-piloto). Rede Particular de Ensino Unidade Escolar / equipe ♦ Colégio Batista – Responsável: Ruth Simões Duarte. População-alvo Envolvida • Diretores, funcionários, alunos e comunidade (pais de alunos e amigos da escola). Metas/Eixos Operacionais das Ações Educativas ♦ Capacitar as equipes escolares responsáveis para operacionalizar o aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos gerados pelas famílias portuenses, em alimentação alternativa, com ações teóricas e práticas; ♦ Fornecer através de parceria com o MMA (Ministério do Meio Ambiente), uma cartilha educativa específica sobre as temáticas em questão, já elaborada e anexada 128 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO no presente projeto geral, para distribuição às Unidades Escolares, envolvidas neste projeto como auxiliar introdutória na referida capacitação; ♦ Sugerir assessorar a transversalização das temáticas contidas na cartilha educativa, nas diversas disciplinas que compõem os conteúdos programáticos desde o préescolar até o 2º grau, recomendado nos RCNs e PCNs do MEC (Ministério da Educação e Cultura), às Unidades Escolares envolvidas neste projeto geral; ♦ Coordenar os diversos (quantitativo) trabalhos elaborados e realizados (qualitativo) pelas Unidades Escolares com a finalidade de Exposição na Semana da Cultura (julho/2002) e publicação dos resumos individuais, por escola; ♦ Avaliar o "impacto socioambiental educativo" através dos resultados práticos realizados pelos alunos e a comunidade (pais e amigos da escola), cujos resultados farão parte das tabelas e gráficos unificados, obtidos através das análises e discussões de todas as tarefas individuais / por escola. Objetivos Gerais ♦ Divulgar a temática alimentação alternativa com aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos às comunidades acadêmicas e à população para conhecer / fazer, utilizar / aprovar, evitar / desperdício e gerar menos resíduos na zona urbana de Porto Nacional / TO; ♦ Desenvolver hábitos na sistemática de seleção doméstica dos resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos para aproveitamento imediato, preparação intelectiva (visão holística da importância dessas ações conjuntas), e exercitar praticamente, como conseqüência, a preparação e a contribuição de ações cidadãs na resolução dos problemas ambientes (poluição) com referência ao destino útil (reciclagem) dessa geração (produção) inevitável e excessiva no mundo moderno. Objetivos Específicos ♦ Formar equipes multidisciplinares e interinstitucionais para multiplicar as ações de aproveitamento de resíduos sólidos na alimentação alternativa, com vegetais comumente descartados nas redes escolar municipal, estadual e particular de Porto Nacional – Tocantins; ♦ Assessorar, além das atividades específicas, projetos educativos (RCNs e PCNs), organizados pelas Unidades Escolares previstas no presente projeto geral; ♦ Preparar as comunidades acadêmicas e de moradores (associações) dos bairros com uma educação alimentar "diferenciada", com reflexos positivos para a população – possibilitando o uso de alimentação alternativa, e para o meio ambiente com a diminuição da geração de resíduos sólidos orgânicos (desperdiçados); ♦ Divulgar resultados dos trabalhos realizados, sob a forma de cartilhas básicas como incentivo à continuidade das temáticas em questão. 129 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Justificativa O aproveitamento dos desperdícios (partes de vegetais não comumente utilizados) vai alterar a forma de "observação intelectiva" da importância dessa ação – aproveitar o máximo, desperdiçar nada – e, como conseqüência, melhorar a qualidade de vida de pessoas carentes e não-carentes. Vai ajudar a demonstrar, durante a capacitação das equipes, que esse "aproveitamento" não é importante somente por questões econômicas, mas, principalmente, por inteligência: preservar a vida humana e a do ambiente; pois, com "reforço alimentar adequado" evitam-se muitas doenças em pobres e ricos. Entende-se por reforço alimentar adequado, os alimentos mais ricos com teores altíssimos de proteínas vegetais, vitaminas e sais minerais, comumente encontrados nas partes "vitais" e desprezados e jogados fora, por desconhecimento da biodinâmica de sua totipotência sinergética em contato com os metabolismos primário e secundário da fisiologia humana quando ingeridos nas suas formas adequadas: alimentação alternativa incomum e fitoterapia. Metodologia ♦ Reuniões para divulgação do Projeto Integrado do MMA e elaboração deste juntamente com as comunidades envolvidas; ♦ Elaboração de cartilha básica introdutória no aproveitamento do desperdício de resíduos sólidos orgânicos na alimentação alternativa da Zona Urbana de Porto Nacional, Estado do Tocantins; ♦ Resgate no uso popular destes desperdícios pela comunidade na forma de receitas não convencionais - alimentação alternativa; ♦ Introdução das temáticas em questão nos conteúdos programáticos (RCNs e PCNs) no ensino infantil e fundamental (temas transversais) na zona urbana de Porto Nacional – TO; ♦ Reuniões comunitárias para avaliação final das atividades previstas com publicações dos resultados. Cronograma Cronograma 2002/datas/meses Atividades 2ª feira (07, 14, 21, 28/jan e 04, 32 horas / capacitação teórico-prático (cartilha 01) para 11, 18 e 25/fev) formação de equipes na Escola Irmã Aspásia da rede estadual, período vespertino. 2ª feira (07, 14, 21, 28/jan e 04, 32 horas / capacitação teórico-prático (cartilha 01) para 11, 18 e 25/fev) formação de equipes na Escola Dr. Euvaldo da rede municipal, período matutino. 4ª feira (02, 09, 16, 23, 30/jan e 32 horas / capacitação teórico-prático (cartilha 01) para 06, 13 e 20/fev) formação de equipes na Escola Félix Camoa da rede estadual de ensino, período matutino. 130 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma 2002/datas/meses Atividades 4ª feira (02, 09, 16, 23, 30/jan e 32 horas/capacitação teórico-prático (Cartilha 01) para 06, 13 e 20/fev) formação de Equipes no Colégio Batista da rede Particular, período vespertino. 6ª feira (04, 11, 18, 25/jan e 01, 32 horas / capacitação teórico-prático (Cartilha 01) 08, 15, 22/fev) para formação de equipes nas 14 Associações de Moradores dos Bairros de Porto Nacional/TO. Matutino e vespertino. 2ª feira (04, 11, 18, 25/mar e 01, Assessorar as equipes na multiplicação com 08, 15, 22/abr) representantes das comunidades voluntárias na Escola Irmã Aspásia com 32 horas/atividades (vespertino). 2ª feira (04, 11, 18, 25/mar e 01, Assessorar as equipes na multiplicação com 08, 15, 22/abr) representantes das comunidades voluntárias na Escola Dr. Euvaldo com 32 horas/atividades (matutino). 4ª feira (06, 13, 20, 27/mar e 03, Assessorar as equipes na multiplicação com 10, 17, 24/abr) representantes das comunidades voluntárias na Escola Félix Camoa com 32 horas/atividades (matutino). 4ª feira (06, 13, 20, 27/mar e 03, Assessorar as equipes na multiplicação com 10, 17, 24/abr) representantes das comunidades voluntárias no Colégio Batista com 32 horas/atividades (vespertino). 6ª feira (01, 08, 15, 22/mar e 05, Assessorar as equipes na multiplicação com 12, 19, 25/abr) representantes das comunidades das 14 Associações de Moradores dos Bairros com 32 horas/atividades (matutino / vespertino). 6ª feira (03, 10, 17, 24, 31/maio e 07, 14, 21/jun) - reservado para as reuniões com as 14 Associações de Moradores dos Bairros envolvidas no Projeto, Aplicação de questionário com voluntários em reuniões específicas sobre o uso ou não dos resíduos sólidos reuniões de avaliações com os moradores dos bairros; resultados preliminares/publicação/cartilha 02. 2ª feira (01, 08, 15, 22/jul). Tabulação dos dados coletados e elaboração de gráficos, tabelas e redação final da cartilha de resultados preliminares. 4ª feira (03, 10, 17/jul). 6ª feira (05, 12, 19/jul). 2ª, 4ª e 6ª feiras dos meses de Acompanhamento da montagem dos "produtos básicos" ago/set/out. de alimentação alternativa com partes de vegetais em formulações para família e/ou comunidade, previstas na cartilha 01; em todas as instituições/alvo envolvidas. 2ª, 4ª e 6ª feiras do mês de Avaliação e montagem dos resultados finais. novembro. 2ª, 4ª e 6ª feiras do mês de Elaboração da cartilha / relatório para publicação. dezembro. 131 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Orçamento: Materiais Permanente / Consumo Discriminação Quant. Valor. Unit. Médio Total Computador e acessórios 01 3.000,00 3.000,00 Disquetes Cx/03 15,00 45,00 Cartuchos/tinta/cor p/ impressora 05 150,00 750,00 Máquina fotográfica com zoom 01 380,00 380,00 Filmes/cor/12 poses 20 10,00 200,00 Revelações 240 0,70 168,00 Papel sulfite A4 10 resmas 11,80 118,00 Fotocópias simples 1.000 0,10 100,00 3,00 120,00 Fotocópias coloridas Semana da Cultura A4 Exposição na 40 Encadernação média 100 2,50 250,00 Publicação cartilhas /1 10 páginas 100 1,50 150,00 Publicação cartilhas/2 de 25 páginas 100 2,00 200,00 Publicação de cartilhas/3 de 45 páginas 100 2,50 250,00 Materiais diversos alimentares Armário de aço Total 1.500,00 01 200 100,00 7.331,00 Avaliação Através do acompanhamento da socialização do aproveitamento do "desperdício" dos resíduos sólidos orgânicos na utilização da alimentação alternativa específicas nas Unidades Escolares da Zona Urbana de Porto Nacional - TO. Quanto ao benefício/custo, observar-se-á a tendência esperada na "conscientização" (observação teórica das questões/debates) quanto à diminuição na geração de resíduos sólidos familiares. Com referência aos benefícios econômicos, pressupõe-se que existam; porém, necessita-se de uma "continuidade", com propósito de aferição estatística (índice de usuários) com quantidades de ações expressivas (qualidade), bem como delimitação específica de área como "testemunha" para servir de parâmetro e comprovação da eficácia deste tipo de trabalho socioambiental: ganhos reais à população e ao ambiente. 132 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 8 Projeto Arte-Reciclagem Introdução Arte-reciclagem como veículo de aprendizagem artística, construindo valores sociais, atitudes e competências voltadas para o meio ambiente e qualidade de vida da comunidade, através da reutilização dos resíduos urbanos com potencial reciclável e resíduos ecológicos como folhas de árvores, sementes, troncos etc. Justificativa O lixo urbano usado como matéria-prima de um novo ciclo de produção artesanal. Objetivo Geral Aproveitar o grande potencial criativo de pessoas da comunidade portuense para transformar o lixo seco em obras de arte, decoração, utilitários domésticos e de escritório. Objetivo Específico ♦ Confeccionar objetos artesanais de arte decoração, utilitários domésticos e de escritório a partir do aproveitamento dos materiais como: papel, vidro, plásticos, vidro, metal, sementes, folhas etc., até 2002; ♦ Criar meios de associativismo para apoiar a produção e comércio destes produtos como forma de gerar emprego e renda, até 2002. Ações Inicialmente as ações serão implantadas em apenas um bairro da cidade, como experiência-piloto, até sua consolidação. ♦ Centro de criatividade – identificar o bairro da cidade onde possa se formar um grupo de pessoas interessadas no desenvolvimento de projetos de Arte-Reciclagem. A partir da consolidação do grupo interessado, instituir uma associação de amigos da Arte-Reciclagem – denominada de Centro de Criatividade. A associação contará com o apoio institucional e técnico do SEBRAE e NATURATINS; ♦ Realizar cursos de capacitação para multiplicadores e o público-alvo da comunidade; ♦ Formação de uma equipe de multiplicadores para repassar as orientações técnicas ao grupo de artistas iniciantes. Esta equipe receberá uma capacitação técnica sobre a 133 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO coleta e confecção dos produtos a partir dos resíduos secos urbanos, e outra capacitação para orientação do conhecimento e do aprendizado de técnicas de acabamento, finalização dos produtos e comercialização. Ambos deverão ter uma carga horária de 40 horas/semanal; ♦ Oficina básica de reciclagem – será ministrada pelos agentes multiplicadores ao grupo consolidado do bairro, onde serão repassados os conhecimentos e técnicas adquiridas. ♦ Definir as afinidades de cada pessoa para trabalhar com o lixo – as afinidades e preferências sobre o material a ser trabalhado serão definidas por cada associado integrante do Centro de Criatividade; ♦ Estipular a quantidade e qualidade de material (matéria-prima) para desenvolver o projeto – nesta etapa serão realizadas as seguintes atividades: coleta e seleção do material, preparo e confecção do papel, e por fim criação artesanal dos utilitários de arte e decoração; ♦ Exposição e comércio de produtos confeccionados – os produtos confeccionados serão expostos em duas feiras municipais. A primeira no meio do ano, na semana da cultura, onde ocorre a feira da cultura tradicional em Porto Nacional, e a segunda no fim do ano, próximo ao período natalino. Estas feiras servirão como divulgação das ações desenvolvidas sobre o Projeto da Arte-Reciclagem e do PGIRSU. Além da comercialização rotineira dos produtos confeccionados, a feira servirá como porta de entrada para o surgimento de novos interessados em adquirir estes produtos; ♦ Definir espaço físico e de infra-estrutura para funcionamento do centro o Como este projeto representa as aspirações culturais da comunidade portuense, foi definido que o Centro de Criatividade seria instalado no Centro Histórico da Cidade. Neste local existem residências antigas, denominadas de casarões, com capacidade física e estrutural para acolher o Centro de Criatividade, em todas as suas fases, necessitando apenas de reformas internas e externas para se tornar mais aconchegante ao processo. o Aquisição de equipamentos como liquidificadores, fogões e demais materiais de consumo e suporte para o desenvolver das ações (ver planilha orçamentária em anexo). Avaliação e Monitoramento As ações serão avaliadas semestralmente pelo grupo de coordenação do projeto da artereciclagem em conjunto com o grupo associado. Destas avaliações sairão um relatório parcial (meio do ano) e outro final (fim do ano) das ações desenvolvidas durante o ano. Estes relatórios servirão como documentos que serão divulgados no jornal para disseminação das ações desenvolvidas sobre o PGIRSU em Porto Nacional/TO. O monitoramento das atividades será realizado pela comunidade local, poderão serão observados os seguintes indicadores: 134 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Ações Indicadores A.I.P. Ap. I. P Centro De ArteReciclagem Comunidade envolvida e participativa no projeto Relação demanda x oferta dos materiais na região Definição e implantação de pontos definitivos para venda Realização de feiras e eventos socioculturais para exposição dos produtos Cronograma de Execução Ações Período 2001/2002 N D J F M A M J J A S O N D Centro de Criatividade Realizar capacitação cursos de Definir as afinidades Estipular a quantidade qualidade de material e Exposição e comércio produtos confeccionados de Avaliação e monitoramento Relatório parcial Relatório final 135 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Projeto Arte-Reciclagem Discriminação Un Quant. P. Un. P. Total Papel sulfite A4 resma 6 11,80 70,80 Caneta caixa 3 22,50 67,50 Régua 30cm un 6 0,30 1,80 Régua 50cm un 6 1,30 7,80 Lápis (Hb 5) caixa 3 18,50 55,50 un 6 14,50 87,00 caixa 3 6,00 18,00 Material de Consumo Grafite 0,5mm Borracha 308,40 Subtotal Equipamentos e Material Permanente Esquadro 45º un 6 1,30 7,80 Esquadro 60º un 6 1,50 9,00 Esquadro pequeno un 6 0,50 3,00 Prancheta para desenho un 3 1,90 5,70 Régua paralela 1,00m un 3 50,00 150,00 Banco para prancheta un 3 80,00 240,00 Bacia de 60 diâmetros un 6 3,50 21,00 Liquidificador industrial un 2 290,00 580,00 Bacia de 30 diâmetros un 6 3,50 21,00 Bacia de 1,0m un 6 7,50 45,00 jogo 3 270,00 810,00 Tela 30 x 25 un 6 3,30 19,80 Tela 30 x 40 un 6 3,40 20,40 Tela 40 x 50 un 5 3,75 18,75 Tela 50 x 60 un 5 3,90 19,50 Tela 90 x 50 un 5 4,50 22,50 Grampeador de impacto un 2 150,00 300,00 Mesa de 2,00 x 1,20cm c/ 6 cadeiras 136 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Discriminação Un Quant. P. Un. P. Total Caixa d'água (500l) un 2 95,00 190,00 Ventilador comum (pé) un 3 50,00 150,00 Balde de 150l un 6 21,00 126,00 Balde de 90l un 4 12,00 48,00 Fogão industrial (2 bocas) un 2 130,00 260,00 Botijão de gás un 2 50,00 100,00 Tecido TNT m 200 1,60 320,00 Armário de aço un 2 145,00 290,00 Prateleira de aço un 2 45,00 90,00 Caldeirão grande un 4 30,00 120,00 Adesivo base de PVA kg 3 7,00 21,00 Polvilho kg 60 1,95 117,00 Lixeira com tampa un 4 35,00 140,00 Prendedor de roupas pc 30 5,40 162,00 Barbante p/ varal m 15 0,30 4,50 Pia un 2 63,00 126,00 Tanque un 2 96,00 192,00 Perfurador un 4 25,00 100,00 Xadrez un 50 1,80 90,00 Aparelho de televisão, 20 polegadas un 1 740,00 740,00 Videocassete, 4 cabeças un 1 550,00 550,00 6.229,95 Subtotal Fabricação de Vassouras Máquina para fabricar vassouras de PET un 1 15.000,00 15.000,00 Subtotal 15.000,00 Total 21.538,35 137 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Projeto arte – Reciclagem Item 1.0 Discriminação Material de Consumo Vl. 01 un. R$ 308,40 30 Dias (%) 60 Dias (%) 100% R$ 308,40 2.0 Equipamentos e Material Permanente R$ 6.229,95 100% R$ 6.229,95 3.0 Fabricação de Vassouras R$ 15.000,00 100% R$ 15.000,00 % Parcial 30% R$ Parcial R$ Total R$ 21.538,35 70% R$ 6.538,35 R$ 15.000,00 R$ 6.538,35 R$ 21.538,35 138 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 9 Programa 3Rs nas Dependências da Prefeitura Municipal Importância Parte integrante do Plano de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos Urbanos, este projeto justifica-se pela preocupação que o Poder Público Municipal tem em transformar todos seus servidores em agentes multiplicadores de atitudes e informações sobre as questões que envolvem os resíduos sólidos produzidos na zona urbana de Porto Nacional. Além disso, o interesse em minimizar a quantidade de resíduos gerados nas dependências da Prefeitura Municipal e diminuir os custos com os desperdícios ocasionados por essa geração, torna o projeto de grande relevância para a comunidade em geral, pois, agindo desta forma, o Poder Municipal visa gastar menos com material de consumo, principalmente papel, e investir mais em obras sociais, beneficiando todo o Município. Objetivo Criar uma nova forma de pensar e agir sobre as questões que envolvem os resíduos sólidos, visando à diminuição dos desperdícios, redução na geração, reutilização e reciclagem dos resíduos. Ações Discutir a idéia ♦ Prefeito Otoniel Andrade para fechamento da idéia aqui proposta; ♦ Secretários para apresentação do programa e discussão sobre o que está sendo proposto: Iarairene, Olegário, Helder, Zequinha, Dr. Célio, Chico Silva, Télio e Lucinha; ♦ Demais funcionários para discussão sobre a proposta: Paulinho, Silvano, Clecia, Porteiro e Limpeza; Mecanismo para envolvimento e motivação ♦ Confecção de folder; folhetos explicativos; cartazes faixas e botons; Atividades de orientação para a execução ♦ Palestras nas dependências da Prefeitura para todos os funcionários; ♦ Apresentação de desenvolvido; vídeos educativos e informativos sobre o tema aqui 139 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Entrega de folhetos explicativos sobre a coleta e segregação do lixo; ♦ Lançamento da campanha pelo Prefeito; ♦ Orientar a colocação cestos de lixo (um para lixo reciclável ou para lixo comum), deixando em aberto que cada sala desenvolva sua criatividade; ♦ Definir local para armazenagem do material. Definir o coordenador do programa Definição do coordenador do programa durante a fase de discussão da idéia, através da observação do interesse e motivação dos envolvidos. Definido o coordenador, deverá ser formada uma equipe para trabalhar em conjunto com este. Esta equipe será composta por pessoas que possam desenvolver o projeto, sensibilizando o pessoal envolvido, desfazer dificuldades e problemas. É importante que esta equipe seja composta por um representante de cada dependência da Prefeitura. Acompanhamento das Ações A equipe da coordenação será a responsável por verificar o andamento do programa em cada dependência, avaliando os resultados e as necessidades de adequação e correção de algumas ações. Informação e Divulgação A equipe anterior deverá levantar dados sobre as ações desenvolvidas em cada dependências da Prefeitura, trabalhar os dados gerando informações sobre o programa e repassar para os funcionários de forma ágil e objetiva, procurando correlacionar os resultados obtidos com as economias geradas em relação à exploração dos recursos naturais, consumo de energia e água, poluição das águas, aos gastos financeiros da Prefeitura e aos recursos financeiros gerados. 140 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma de Execução Período 2001/2002 Ações N D J F M A M J J A S O N D Discutir a idéia Mecanismo para envolvimento e motivação Atividades de orientação para a execução Definir o coordenador do programa Acompanhamento das ações Informação e divulgação Planilha Orçamentária, Projeto 3 Rs nas Dependências da Prefeitura Municipal Item Discriminação Un Quant P.unit. P.total 1.0 Material de Consumo 1.1 papel sulfite a/4 resma 4 11,80 47,20 1.5 pincel atômico caixa 3 18,00 54,00 1.7 cola 90g. caixa 1 10,20 10,20 1.8 fita adesiva un 5 2,50 12,50 1.9 grampos caixa 1 2,80 2,80 1.15 filme colorido 36p. un 3 10,50 31,50 1.16 disquete caixa 1 15,00 15,00 Subtotal 173,20 141 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Item Discriminação Un Quant P.unit. P.total 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 fotocópias simples un 500 0,10 50,00 2.2 fotocópias coloridas un 60 3,00 180,00 2.3 revelação fotográfica un 108 1,20 129,60 2.4 cartilhas informativas un 250 2,50 625,00 2.6 folderes un 150 0,90 135,00 2.8 confecção de camisetas un 150 15,00 2250,00 Subtotal 3.369,60 Total 3.542,80 Cronograma Físico-Financeiro Projeto 3 Rs nas Dependências da Prefeitura Municipal Item Discriminação Vl. 01 un. 30 dias 1.0 Material de Consumo R$ 173,20 100% 60 dias R$ 173,20 2.0 Serviços de Terceiros 50% 50% R$ 1.684,80 R$ 1.684,80 % Parcial 52% 48% R$ Parcial R$ 1.858,00 R$ 1.684,80 R$ 1.858,00 R$ 3.542,80 R$ Total R$ 3.369,60 R$ 3.542,80 142 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 10 Projeto do Aterro Sanitário Memorial Descritivo para o Aterro Sanitário Considerações Gerais A disposição dos resíduos sólidos urbanos de forma incorreta, próxima a corpos de água, em áreas de nascentes, vales úmidos ou mesmo em terrenos baldios próximos às residências, pode causar sérios riscos à saúde pública e degradar o meio ambiente. A não observação de normas técnicas que orientam, desde a escolha da área mais adequada, até formas de operação inadequadas, tem sido o principal entrave na busca de soluções para problemas enfrentados pelos Municípios no que diz respeito à destinação dos resíduos sólidos urbanos. O Município de Porto Nacional/TO optou pela técnica de disposição em aterro sanitário, forma adequada do ponto de vista técnico, ambiental, social e econômico. O aterro previsto segue os parâmetros de implantação de um aterro sanitário, desde a escolha da área até a forma operacional e de controle ambiental. A área destinada à implantação do aterro localiza-se à margem direita da TO-225, no km12 estrada que liga Porto Nacional/TO a Monte do Carmo/TO, com um total é de 58.08ha, de propriedade da Prefeitura Municipal de Porto Nacional/TO, e encontra-se distante cerca de 12km da zona urbana mais próxima (cidade de Porto Nacional). Concepção Técnica do Aterro Segundo Bidone e Povinelli (1999), o aterro sanitário é uma forma de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, dentro de critérios de engenharia e normas operacionais específicos, proporcionando o confinamento seguro dos resíduos, evitando danos ou riscos à saúde pública e minimizando os impactos ambientais. Quando se executa um aterro sanitário dispondo os resíduos sólidos de forma adequada, evitam-se problemas como a proliferação de vetores, o espalhamento de papéis, plásticos e outros materiais leves nas cercanias do local de disposição, a possibilidade de engorda de animais na área, a fixação de famílias de catadores e a poluição das águas (superficiais ou subterrâneas) pelo lixiviado. Os gases e o chorume produzidos no aterro em conseqüência da decomposição da matéria orgânica que está sendo aterrada, devem ser drenados, para que ocorra a estabilização da matéria orgânica e conseqüentemente do aterro e também para possibilitar o tratamento do chorume e o aproveitamento dos gases. 143 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Dimensionamento das Áreas para Aterramento Por se tratar de uma área plana com baixa declividade o método adotado é o de trincheiras ou valas. As trincheiras foram dimensionadas para aterrar os resíduos urbanos conforme a procedência, como mostrado anteriormente, valas para lixo domiciliar / comercial e inertes e valas para lixo das Unidades de Saúde. Os taludes terão uma inclinação de 1:3, altura da célula deve variar entre 2m a 4m, o lixo deverá receber uma cobertura de terra, no fim do dia, de 15cm a 30cm e cobertura final para terminar ou “selar” o aterro de 40cm a 60cm. Para Resíduos Domésticos, Comerciais e Inertes Caracterização dos resíduos comuns a ser aterrada por dia Segundo dados do IBGE (2000) a população total de Porto Nacional é de 44.966 habitantes, sendo 38.743 hab. zona urbana e 6.223 hab. zona rural, apresentando uma taxa de crescimento populacional de 1,59% ao ano; estimou-se uma população urbana para 2001 de 39.359 habitantes, como mostra o quadro seguinte. Dados para dimensionamento do aterro sanitário em Porto Nacional/TO População urbana (Pu) 39.359 habitantes Vida útil do aterro 15 anos Peso específico (δ) 0,63 t/m 3 per capita (θ) 0,70 kg/hab/dia População final de projeto (Pf - 15 anos) 49.866 habitantes Situação Atual: Qa = Pu x θ = 27. 120kg/dia, adotadas 27 t./dia Fim de Projeto: Qf = Pf x θ = 34.906,2kg/dia, adotadas 35 t./dia Volume de lixo produzido Situação Atual: Va = Qa/δ = 43m³/dia Fim de Projeto: Vf = Qf/δ = 56m³/dia Volume de lixo produzido acrescido de 20% de solo para cobertura diária Situação Atual: V20 = Va x 1,20 = 52m³/dia Fim de Projeto: V20 = Vf x 1,20 = 67,2m³/dia 144 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Dimensionamento das trincheiras de aterramento Será adotada solução por aterro em trincheiras ou valas, com as seguintes dimensões, como mostra o quadro a seguir, para valas que receberão o lixo doméstico/comercial e inerte: Dados utilizados para o cálculo das valas do aterro que receberão resíduos doméstico/comercial/inerte Inclinação dos taludes 1:2 Profundidade útil (h) 3,00 m Largura da superfície (b) 15,00 m Espaçamento entre as valas 4,00 m Largura da base (a) 3,00 m Cobertura diária das células (Cd) – lixo doméstico/comercial e inerte 0,15 m Cobertura final das células (Cf) 0,60 m Camada de argila no fundo da vala 0,50 m Recuo do fundo da vala para cerca 6,5 m Recuo da frente da vala para o portão 6,0 m Considerando-se que as valas deverão receber três camadas compactadas de 0,70m de resíduos, com coberturas de 0,15m ao final de trabalho em cada célula, e que a cobertura de encerramento destas valas será de 0,60m, tem-se: Quadro Resumo de Lixo Produzido Diário Anual 15 anos 34.906,2kg 1.256623,2kg 18.849348kg 35 t 1.256,62 t 18.849,35 t Para dimensionamento, com o intuito de uniformizar a ocupação e as dimensões das valas, será utilizado o volume produzido pela população de fim de projeto (67,2m³/dia), e a vala terá vida útil de 60 dias. Situação Atual: V = 67,2 x 60 = 4.032m³ Fim de Projeto: V = 67,2 x 15 x 365 = 367.920m³ 145 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Redução do lixo compactado (redução de 1/3 do volume original) Situação Atual: Vc = 43/3 = 14,3m³/dia Fim de Projeto: Vcf = 56/3 = 18,67m³/dia Vc60 = 18,67 x 60 = 1.120,2m³ Vc6 = 1.120,2 x 6 x 15 = 100.818m³ Acrescido de 20%, Vf = 1.120,2 x 1.2 = 1.344,24m³ Vf15 = 100.818 x 1.2 = 120.981,6m³ Comprimento das valas de aterramento S =((3 + 15) x 3)/2 = 27m² L = Vf/S = 49,77m, adotados 50m Número de valas necessárias para aterrar o lixo em 15 anos Nº Valas = Vf15/ Vf = 90 valas Dimensionamento da área para o aterro sanitário Base do fundo da vala: 3 x 50 = 150m² Base superior da vala: 15 x 62 = 930m² Quantidade de argila para a camada do fundo de vala Varf = 150 x 0,5 x 90 = 6.750m³ Quantidade de argila para selamento das valas Vars = 120.981,6 - 100.818 = 20.163,6m³ Solo para cobertura para 15 anos de aterramento: Varf + Vars = 26.913,60m³ Assim, a área requerida para as valas comuns: 930 x 90 = 83.700m², considerando-se 25% como coeficiente de segurança, tem-se: 104.625m², adotados 10,5ha. 146 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Área do aterro para resíduo comum Área ocupada pelas valas 83.700m² 8,4ha Área ocupada pelo espaçamento entre valas 20.925m² 2,1ha Para Resíduos de Unidades de Saúde Caracterização dos Resíduos Infectantes por Dia Hospital Regional Dr. Francisco Aires da Silva e Hospital São Lucas: Densidade 300 kg/m³ ou 0,3 t/m³ Nº de Leitos: 116 Per capita adotada: 1200g/dia; Q¹ = 116 x 1,2 = 139,2kg/dia Postos de Saúde e demais prestadores de serviços na área de saúde: Densidade: 0,3t/m³ Nº de atendimento diário: 520 Per capita adotada: 0,05kg/dia Q² = 520 x 0,05 = 26kg/dia Produção total Qt = Q² + Q¹ = 26 + 139,2 = 165,2kg/dia, adotadas 0,1652t./dia Produção a ser aterrada Situação Atual: Qas = 0,1652t/dia Fim de Projeto: Qfs = 0,1652 x 15 x 365 = 904,47t/dia 147 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Volume de lixo produzido Situação Atual: Vas = Qas/0,3 = 0,55t/dia Volume para 30 dias: V30s = 0,55 x 30 = 16,5m³, adotado: 17m³ Fim de Projeto: Vfs = 904,47/0,3 = 3014,90m³ Volume de lixo produzido acrescido de 20% de solo para cobertura diária Situação Atual: V20as = 17 x 1,2 = 20,4 m³, adotado: 21m³ Fim de Projeto: V20fs = 3014,90 x 1,2 = 3617,88m³, adotados 3618m³ Dimensionamento das trincheiras de aterramento Também, será adotada solução por aterro em trincheiras ou valas, com as dimensões mostrada Tabela 03, para valas que receberão o lixo de Unidades de Saúde. Dados utilizados para cálculo das valas do aterro que receberão resíduos das Unidades de Saúde Inclinação dos taludes 1:1 Altura útil (h) 2,00m Largura da superfície (b) 9,00m Espaçamento entre as valas 4,00m Largura da base (a) 3,00m Cobertura diária das células (Cd) – lixo doméstico/comercial e inerte 0,20m Cobertura final das células (Cf) 0,50m Camada de argila para proteção do fundo da vala 0,60m Recuo do fundo da vala para cerca 6,5m Recuo da frente da vala para o portão 6,0m Considerando-se que as valas deverão receber três camadas (sem compactação) de 0,70m de resíduos, com coberturas de 0,20m ao final de trabalho em cada célula, e que a cobertura de encerramento da vala será de 0,50m, tem-se: 148 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Quadro Resumo de Lixo Produzido DIÁRIO ANUAL 15 ANOS 165,20kg 60.298kg 904.470kg 0,165t 60,3t 904,47t As valas sépticas serão dimensionadas para uma vida útil de aterramento de 30 dias. Dimensionamento da área da vala de aterramento: S = ((9 + 3)x2)/2 = 12m² Comprimento da vala de aterramento (V = 21m³) L = V/S = 1,75 m, adotado: 2m Número de Valas: Nº Valas = 3618/21 = 172,3, adotando 173 valas. Dimensionamento da área para o aterro sanitário: Base do fundo da vala: 3 x 2 = 6m² Base superior da vala: 9 x 2 = 18m² Quantidade de argila para a camada do fundo de vala Varf = 6 x 0,6 x 173 = 622,8m³ Quantidade de argila para selamento das valas Vars = 3618 - 3014,90 = 603,10m³ Solo para cobertura para 15 anos de aterramento: Varf + Vars = 1.225,9m³ Assim, a área superficial requerida para as valas comuns: 18 x 173 = 3.114m², considerando-se 25% como coeficiente de segurança, tem-se: 3.892,50m², adotados 4ha. Área do aterro para resíduo comum Área superficial ocupada pelas valas 3.114m² 3,1ha Área ocupada pelo espaçamento entre valas 778,50m² 0,9ha 149 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Área necessária para o Aterro No quadro abaixo podem ser observadas as áreas necessárias para a implantação do aterro em Porto Nacional/TO, tendo em vista uma vida útil de 15 anos para o mesmo. Áreas necessárias para implantação do aterro sanitário Porto Nacional/TO Área ocupada pelas valas no aterro 14,5ha Área destinada ao tratamento de chorume 0,06ha Área destinada implantação de estrutura de apoio 0,05ha Área ao ar livre 4,5ha Total 19,11ha Utilização da Área do Aterro Sanitário Resíduos Sólidos Urbanos Aceitos sa Área do Aterro: resíduos comuns, classificados como não perigosos. Resíduos Sólidos Urbanos não Aceitos na Área do Aterro: Resíduos sólidos classe I, classificados como perigosos pela NBR 10.004. Método de Operação do Aterro Sanitário Limpeza do Terreno Será retirada toda a vegetação existente da área onde será implantado o aterro para facilitar a construção da estrutura de apoio e a movimentação das máquinas para abertura das valas e movimentação de terra. Compactação do Fundo das Valas As valas que aterrarão os Resíduos Sólidos Doméstico, Comerciais e Inertes e Resíduos das Unidades de Saúde classificados como Resíduo Comum – NBR 12.808 receberão uma camada de 50cm de argila compactada na base do fundo e as valas sépticas destinadas a aterrar os Resíduos Sólidos das Unidades de Saúde classe A e B – NBR 12.808, receberão uma camada de argila compactada de 60cm de espessura. Dimensionamento das horas de escavação para cada vala com tempo de detenção de 60 dias para Resíduos Sólidos Domésticos, Comerciais e Inertes e Resíduos das Unidades de Saúde classificados como Resíduo Comum – NBR 12.808 e 30 dias sépticas destinadas a aterrar os Resíduos Sólidos das Unidades de Saúde classe A e B – NBR 12.808. 150 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Operação das Valas O processo de aterramento dos resíduos será executado através do método da trincheira ou vala. O fundo das valas será impermeabilizado com camada de argila compactada de 0,50m de espessura, retirada da própria área destinada para aterramento dos resíduos ou de área próxima a esta. O talude terá a proporção de 1:3, para valas que aterrarão os resíduos domésticos, comerciais e inertes, para facilitar a compactação destes e talude 1:3 para valas que aterrarão os resíduos de Unidades de Saúde, visto que estes não têm necessidade de compactação. A abertura das valas será iniciada a partir das áreas que estiverem situadas no fundo do terreno, passando-se para áreas que estiverem ao lado ou em frente, evitando, assim, problemas de circulação de veículos dentro da área do aterro. Disposição dos Resíduos Sólidos Domésticos, Comerciais e Inertes e Resíduos das Unidades de Saúde classificados como Resíduo Comum – NBR 12.808 Depois de preparadas as valas, o veículo coletor dos resíduos deve estacionar próximo à vala, vasculhando os resíduos, que serão compactados, com maquinário próprio, no sentido ascendente, fazendo de três a cinco passadas de cima para baixo e voltando, até que todos os materiais estejam perfeitamente adensados. Sistema de cobertura e encerramento das valas que contêm os Resíduos Sólidos Doméstico, Comerciais e Inertes e Resíduos das Unidades de Saúde classificados como Resíduo Comum – NBR 12.808 Os resíduos dispostos nestas valas serão cobertos diariamente por uma camada de 15cm de argila compactada. Após o encerramento de cada célula, estas receberão uma camada de argila de 60cm. Disposição dos Resíduos Sólidos das Unidades de Saúde classe A e B – NBR 12.808 Os resíduos das Unidades de Saúde não devem ser manuseados pelos operários do aterro. Serão lançados diretamente dentro das valas especiais, convenientemente construídas e preparadas para receber estes resíduos. Para os Resíduos Radioativos, será contatada a Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN para maiores informações e orientação sobre o manuseio, armazenamento e disposição final dos mesmos. Sistema de cobertura e encerramento dos Resíduos Sólidos das Unidades de Saúde classe A e B – NBR 12.808 As valas receberão uma camada de cal para impermeabilização do fundo, visando proteger o solo de possível contaminação. As células receberão uma cobertura diária de 20cm de argila compactada. Após o encerramento, as células receberão uma camada de argila de 50cm. Preparação para Execução das Novas Valas É importante que antes do encerramento da primeira vala em que se está dispondo o resíduo, uma outra já tenha sido preparada nas mesmas condições da primeira, para não haver descontinuidade das operações. Este projeto apresenta o dimensionamento de uma vala para aterramento dos Resíduos Sólidos Doméstico, Comercial e Inertes e Resíduos das Unidades de Saúde classificados como Resíduo Comum com vida útil de 60 dias e para Resíduos Sólidos das Unidades de Saúde classe A e B – NBR 12.808 vida útil de 30 dias. 151 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Reserva de Solo para Recobrimento das Valas com Resíduos A argila para recobrimento das células e selamento das valas será utilizada do próprio terreno, caso ocorra algum imprevisto na área reservada para tal fim, deverá ser utilizada outra, previamente escolhida, o mais próximo possível da área do aterro. Sistemas de Drenagens Drenagem Superficial das Águas Pluviais A drenagem das águas superficiais tem como objetivo evitar erosões nas áreas superficiais, bem como evitar um aumento da quantidade de líquidos percolados (chorume). As águas pluviais serão coletadas por meio de canaletas provisórias com declividade de 1,5%, seção retangular (40 x 50cm), instaladas ao redor das valas que estiverem sendo trabalhadas. Essas águas serão direcionadas a um ponto distante do local de operação do aterro, que não causem dano e que este fique livre da contaminação pelo chorume. Por medida de segurança, a água será canalizada para fora da área que estiver sendo trabalhada. A vazão contribuinte, em decorrência da área ocupada do terreno é calculada pela seguinte formula: Qp = A x i x C Onde: Qp = vazão contribuinte de projeto (m³/s) C = coeficiente de escoamento superficial (adotado 4,0) I = intensidade de chuva critica (1.700mm) A área da bacia contribuinte (108.594m²) Logo: Qp = 73.843,92 m³/s Dimensionamento do canal de drenagem, através da seguinte formula: Qp = (1/n) x S x R h 2/3 x i 1/2 Onde: Qp = vazão de projeto (m³/s) n = coeficiente de rugosidade (0,030 para concreto) S = seção molhada na área líquida (m²) R h = raio hidráulico i ½ = inclinação do dreno Logo: SR h 2/3 = 1.571,1 m³ S = Qp/v , sendo a velocidade de escoamento igual a 6 m/s, então: S = 12.307,32 m², então: R h = 0,254 Os drenos permanentes de acordo com a vazão a ser drenada, serão de concreto à meiacana, com canaletas externas de diâmetro de 0,60 x 1,00 e aproximadamente 930m de comprimento, declividade de 2%. 152 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Drenagem dos Efluentes Líquidos (Chorume) O processo da decomposição predominantemente anaeróbia em aterros sanitários gera, como subproduto da atividade bacteriana, o chorume. O sistema de drenagem dos líquidos percolados será constituído de canaletas horizontais escavadas diretamente no solo, tipo “espinha de peixe”, que por gravidade serão drenados até o poço de captação, de onde serão destinados à unidade de tratamento. As canaletas de drenagem serão preenchidas com material filtrante (brita 2); as canaletas serão de 0,50 x 0,40m (para canais laterais), cobertas com uma fina camada de palha de arroz ou capim, declividade de 2% para o centro e das laterais para a parte inferior da vala, mais espessura do lastro de brita de 0,05m. Neste ponto será ligado a um tubo coletor de 200mm (inclinação de 1%) que encaminhará por gravidade o líquido ao coletor central, que será construído com tubulação de PVC de diâmetro de 400mm, enterrado com profundidade média de 3m (ver desenho anexo). Esse tubo encaminhará o líquido para um poço de captação, onde será instalada uma bomba de rotor 4 polegadas (que servirá também para bombear para as valas o líquido coletado, promovendo a recirculação do chorume). O poço de captação será construído utilizando tubulação de concreto de 1m de diâmetro sobreposta, com o fundo vedado com concreto magro de 1,10m de diâmetro, espessura de 0,05m, localizado a 1m abaixo do nível da linha de captação. Este poço terá a função de precipitar partículas pesadas e neutralizar o pH com a aplicação de calda de cal virgem, sendo enviado para a lagoa de estabilização um efluente mais homogêneo. Da lagoa, após sofrer a estabilização da matéria orgânica, o efluente será disperso subsuperficalmente no terreno através de canaletas com dreno, lastro de brita 10cm e areia 5cm, para infiltrar e/ou evaporar. A vazão média de lixiviado produzido no aterro é calculada pela seguinte equação: Q = (P x A) /1000 T x K Onde: Q = vazão média de líquidos percolados (l/s) P = precipitação média anual (1.700 mm/ano) A = área das valas no aterro (83.700 m²) T = tempo equivalente (31.536.000 s/ano) K = constante de compactação para aterro fracamente compactado: 0,25 a 0,50. Logo: Q = 1,23 l/s Drenagem dos Gases O lixo depositado no aterro sofrerá um processo de decomposição predominantemente anaeróbio, gerando, dessa forma, gases, entre eles o metano (CH 4 ) e o gás carbônico (CO 2 ). Dentre os perigos, destaca-se a grande característica do metano de ser inflamável e passível de explosão espontânea. Assim sendo, faz-se necessário o controle na geração e drenagem dos gases por meio de um sistema de drenagem vertical colocados nas valas. Os drenos para os gases serão construídos pela superposição de tubos de concreto perfurados com furos de 0,10m de diâmetro, com diâmetro de 0,40m, revestidos de brita nº 153 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO 03 (espessura da camada de brita 10cm), perfazendo ao todo um diâmetro de 50cm (ver desenho anexo). Serão colocados no centro das valas, sobrepostos conforme a elevação da cota do terreno, sobre o dreno de lixiviados. Este tubo ultrapassará 0,50m a camada de cobertura onde se instalará o redutor de tubulação, o extensor de 0,90m e o queimador 0,20 m. Será construído um dreno vertical (tipo “chaminé”), localizado na zona central de cada vala (ver figura 3). Estimativa da geração de biogás Vgás = (22,4 Nm³ biogás/ 0,012 t carbono) x C/T Onde: Vgás = Volume do biogás C = Fração de carbono passível de sofrer decomposição anaeróbia. T =Tonelada de lixo Calculando C temos: C = (100 – U)/100 x (MC x C)/mc Onde: U umidade dos resíduos (56,20) MC = porcentagem de matéria orgânica; (51,80) mc = % de matéria combustível dos resíduos; (34,50) C = % de carbono (base seca) (28,87) Logo: C = 27,11 Então: Vgás = 50.618,50 Nm³ biogás/t lixo Obs: estes valores são estimados tendo em base a quantidade de matéria orgânica presente na amostra de resíduos coletado, podendo não representar na realidade a geração total, devendo assim ser monitorado constantemente este sistema. Sistema de Tratamento dos Efluentes Líquidos (Chorume) O chorume será, inicialmente, recirculado sobre as valas, para auxiliar na estabilização da matéria orgânica, em função da pouca quantidade de chuva. Este efluente será encaminhado para um “tanque” coletor, antes de ser enviado para o aterro novamente. Será construído um sistema de tratamento complementar do chorume, composto por lagoa de estabilização e filtração. Segundo cálculos, a vazão (Q) estimada para produção do chorume no aterro será de 4,43m³/dia. Estima-se uma DBO5 20 = 10.000mg/dia. Pela quantidade calculada, observou-se a necessidade de construção, inicial, de apenas uma lagoa de estabilização, adotando-se dimensões úteis de 45m de comprimento, 15m de largura, 3m de profundidade, volume de 2025m³, tempo de detenção de 365 dias. O fundo da vala deve ser compactado e receber uma camada de argila compactada de 0,50m. 154 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Depois de tratado o líquido deverá receber destinação final, como dito anteriormente, pela dispersão subsuperficial no solo, e outra forma permitida pelo órgão ambiental do Estado. Fluxograma do sistema de recirculação e tratamento do chorume Células de lixo Recirculação do Chorume Células de lixo Filtro Células de lixo rotor Poço de Captação Excedente Calha Parshal / Lagoa de Estabilização Infra-Estrutura Necessária Para operação adequada do aterro sanitário e manutenção do seu funcionamento dentro de padrões técnicos e ambientais aceitáveis são necessários de alguns tipos de instalações, tais como: Proteção da Área O perímetro do aterro sanitário de Porto Nacional será cercado com arame liso, empregando dez fios, utilizando estacas de madeira de lei como suporte, distância de 2,50m entre as estacas, com altura de 1,80m, para proteger a entrada de animais domésticos e/ou possíveis catadores (no período inicial). Além disso, será plantada cerca verde ao redor do aterro, utilizando arbustos fechados e de rápido crescimento (eucalipto e sanção do campo), visando mitigar os impactos visuais, servindo como uma barreira verde para os ventos, ruídos, poeiras fugitivas e possíveis odores resultante da decomposição da matéria orgânica. Instalações de Apoio ♦ Escritório de Apoio/Guarita/Casa da Balança – tem como finalidade básica o controle do tráfego de veículos e pessoas não autorizadas na área, abrigar o vigia e dar suporte aos trabalhadores da área do aterro, além de dar o suporte estrutural para o controle do volume de lixo que estará sendo destinado ao aterro. Será construída com 155 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO alvenarias e coberta em telha cerâmica, com área construída aproximadamente de 36m². ♦ Pátio de Estocagem – será construído um pátio para estocagem de materiais e equipamentos a serem utilizados no aterro, como britas, tubos etc., localizando-se ao lado do portão de entrada, com áreas de 60m². ♦ Pátio para Circulação – o arruamento será pavimentado com revestimento primário, cascalho, com guias para coletar as águas das chuvas, evitando o empoçamento das águas pluviais, e assegurar o transporte segura dos resíduos até as valas, facilitando a circulação dentro da área do aterro. Equipamentos Utilizados ♦ 1 balança – capacidade 30t. ♦ pá carregadeira ♦ retroescavadeira ♦ pá ♦ enxadas ♦ rotor de 4 polegadas Mão-De-Obra Necessária Para Operação Do Aterro ♦ administradores; ♦ 2 operadores de máquina ♦ 2 vigias ♦ serviçais para operação em valas do aterro Energia Elétrica As instalações mencionadas anteriormente serão dotadas de fornecimento de energia elétrica, para conforto e segurança dos servidores. Também será instalada iluminação nas principais vias de acesso ao aterro e na frente do depósito dos resíduos. Abastecimento de Água Potável O abastecimento de água potável será feito através da perfuração de um poço, para captar água do lençol subterrâneo. Este poço deverá ser perfurado na parte mais alta do terreno, fora da área de influência das valas. Plano de encerramento das valas e do aterro Devido à vulnerabilidade das camadas de recobrimento das valas, que podem favorecer à formação de canais erosivos, faz-se necessário, ao término e ao seu encerramento, espalhar 156 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO uma camada superficial de material orgânico sobre o solo de recobrimento, servindo de base para plantio de gramas ou capim. Terminado o tempo de vida útil do aterro sanitário, pretende-se reflorestar a área com o plantio de vegetação arbustiva de pequeno porte. Posteriormente poderá ser implantado no local, se houver interesse da população e do Poder Público, algum outro projeto como fruticultura. Acesso ao Aterro Sanitário As estradas que dão acesso ao local serão mantidas constantemente em boas condições de tráfego, dando atenção especial à conservação durante o período chuvoso. Ações Complementares A área onde será implantado o aterro sanitário será conservada totalmente fechada, para evitar a presença de pessoas estranhas ou de animais doméstico. No perímetro da área serão fixadas placas de advertência, proibindo a entrada de pessoas estranhas ou sem prévia autorização, por escrito, do responsável. Serão tomados todos os cuidados necessários para se evitar o empoçamento das águas das chuvas na superfície das valas e para que não ocorra a formação de erosão no terreno. Aspectos Positivos da Implantação do Aterro ♦ causa boa impressão aos visitantes e servirá de referência a outros Municípios; ♦ evita o aspecto antiestético do lixo exposto e a exalação de odores ofensivos; ♦ elimina a proliferação de moscas, roedores e outros vetores; ♦ evita a queima do lixo, contribuindo com a despoluição atmosférica; ♦ impede que materiais leves sejam arrastados pela ação dos ventos. Sistema De Monitoramento Para o bom andamento do projeto proposto faz-se necessária uma inspeção sistemática da área e das atividades desenvolvidas, bem como do seu entorno que sofre influência direta com a implantação do projeto, verificando: ♦ a descontinuidade na execução das tarefas de operação; ♦ a quantidade e qualidade dos resíduos que entram no aterro, cuidando para que não entre lixo de natureza duvidosa e que apresente risco potencial de periculosidade que não esteja especificado neste trabalho; ♦ a direção das águas das chuvas, para não haver prejuízo às áreas limítrofes; ♦ se todo o chorume produzido está sendo recirculado ou lançado na lagoa de tratamento; ♦ se a cerca verde está se desenvolvendo e crescendo normalmente; 157 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ o aparecimento de insetos, principalmente formigas ou formigueiros e combatendoos; ♦ se há presença de catadores na área, evitando-a; Além disso, devem ser tomados cuidados adicionais com a unidade de tratamento do chorume, tais como: ♦ cuidar para que não haja instabilidade dos taludes da lagoa de tratamento; ♦ realizar, através de análises laboratoriais, o controle analítico dos efluentes da lagoa sobre os recursos hídricos, subterrâneos e superficiais, pesquisando os seguintes parâmetros: - pH - DBO 5 - DQO - OD - nitrogênio amoniacal - nitritos e nitratos - metais pesados - sólidos totais - ferro e fósforo - coliformes totais e fecais - óleo e graxas - cor, turgidez, temperatura - cloretos Para monitoramento na qualidade das águas dos corpos de água localizados próximos ao aterro, serão feitas coletas sazonais de amostras de água (durante os períodos chuvosos e secos do ano), tanto a jusante quanto a montante do aterro. Deverá ser realizada pesquisa de opinião junto aos moradores das áreas do entorno do aterro, semestralmente, com o objetivo de identificar problemas não constatados pela equipe de inspeção do projeto. Qualquer anormalidade deverá ser comunicada, urgentemente, a autoridade competente mais próxima. Desenhos Os mapas, plantas e desenhos que são parte integrante deste projeto não estão anexados ao presente documento para não criar dificuldades de reprodução. 158 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Projeto do Aterro Sanitário Item Discriminaçao Un. Quant. P. Unit. P. Total 1.1 Limpeza e raspagem de terreno m² 12500,00 0,10 1.250,00 1.2 Instalação do canteiro m² 70,00 35,00 2.450,00 1.3 Instalação de água e energia Un. 1,00 565,00 565,00 1.4 Placa da obra m² 1,00 25,00 25,00 1.0 Serviços Preliminares Subtotal 4.290,00 2.0 Abertura de Valas 2.1 Escavação mecânica de 1ª categoria m³ 23256,00 3,00 69.768,00 2.2 Regularização do fundo da vala m² 1944,00 0,84 1.632,96 2.3 Camada argila compactada m³ 1183,68 32,00 37.877,76 Subtotal 109.278,72 3.0 Drenagem dos Líquidos Percolados "Chorume" 3.1 Escavação das canaletas laterais m³ 351,4 2,50 878,50 3.2 Lastro de brita n.º 02 m³ 28,8 39,50 1.137,60 3.3 Escavação mecânica canaleta central m³ 200,45 3,00 601,35 3.4 Canalização interna de PVC 200mm m 624,00 14,50 9.048,00 3.5 Canalização externa PVC 400mm m 450,00 31,50 14.175,00 3.6 Construção do poço de captação - 3.6.1 Escavação mecânica de 1ª categoria m³ 5,23 3,00 15,69 3.6.2 Concretagem m³ 0,05 169,00 8,45 3.6.3 Instalação do tubo de concreto m 6,00 20,00 120,00 Subtotal 4.0 25.984,59 Sistema de Tratamento dos Líquidos Percolados 4.1 Escavação mecanizada m³ 2363,00 3,00 7.089,00 4.2 Regularização e compactação m² 675,00 0,84 567,00 4.3 Camada de argila compactada m³ 338,00 32,00 10.816,00 4.4 Manta impermeabilizante m² 1035,00 17,80 18.423,00 4.5 Proteção dos taludes (vegetação) m² 675,00 2,20 1.485,00 Subtotal 38.380,00 159 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO 5.0 Drenagem dos Gases 5.1 Tubulação perfurada de concreto m 16,80 50,00 840,00 5.2 Revestimento de brita n.º 03 m³ 9,36 39,50 369,72 Subtotal 1.209,72 6.0 Sistema de Recirculação 6.1 Instalação da bomba 6.2 Tubulação de recirculação Un. 1,00 2500,00 2.500,00 m 96,00 31,50 3.024,00 Subtotal 5.524,00 7.0 Drenagem Pluvial 7.1 Canaleta provisória 7.1.1 Escavação manual m³ 475,20 2,50 1.188,00 Regularização e compactação das 7.1.2 valas m² 950,40 0,84 798,34 7.2.1 Escavação m³ 2232,00 3,00 6.696,00 7.2.2 Regularização e compactação m² 3720,00 0,84 3.124,80 7.2.3 Concretagem das canaletas m³ 409,00 169,00 69.121,00 7.2 Drenos permanentes Subtotal 80.928,14 8.0 Dispersão do Efluente 8.1 Escavação das canaletas m³ 60,00 3,00 180,00 8.2 Regularização do fundo das valas m² 100,00 0,54 54,00 8.3 Lastro de brita n.º 03 m³ 10,00 39,50 395,00 8.4 Lastro de areia m³ 5,00 36,00 180,00 Subtotal 809,00 9.0 Proteção Perimetral 9.1 Locação m 2.400,00 0,89 2.136,00 9.2 Estaqueamento un 960,00 3,00 2.880,00 9.3 Arame m 24000,00 0,15 3.600,00 Subtotal 8.616,00 160 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO 10.0 Cerca Verde 10.1 Implantação m² 2880,00 2,00 Subtotal 5.760,00 5.760,00 11.0 Instalação de Apoio 11.1 Construção da base de apoio m² 66,56 305,00 20.300,80 11.2 Instalação da balança para carga un. 1,00 50000,00 50.000,00 Subtotal 70.300,80 12.0 Revestimento Primário 12.1 Implantação da pavimentação m² 4448,00 5,17 Subtotal 23.000,00 24.464,00 13.0 Instalações Elétricas 13.1 Rebaixamento e instalação elétrica un 1,00 7500,00 Subtotal 7.500,00 7.500,00 15.0 Captação de Água 15.1 Perfuração de poço un 1,00 2500,00 2.500,00 15.2 Instalação hidráulica un 1,00 1000,00 1.000,00 Subtotal Total 3.500,00 385.080,00 O valor de projeto e implementação do aterro sanitário deverá ser buscado por Porto Nacional em outras fontes de financiamento, como contrapartida indireta, e não entram no custo deste Plano. O custo relativo a este Plano diz respeito aos equipamentos para operacionalização do Aterro e do Projeto Compostagem Orgânica, e são os seguintes: Equipamento Trator Esteiras Pá Carregadeira Pick-up Total Especificação Técnica Peso Operacional 11 t Pneus, articulada, 2yd³ cabine simples, 800 kg Un. Quant P. Unit. P. Total un un un 01 01 01 230.000,00 124.344,97 32.200.00 230.000,00 124.344,97 32.200.00 386.544,97 386.544,97 161 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Projeto do Aterro Sanitário Discrimin Valor Item ação 01 un. (R$) 60 dias 120 dias 180 dias 240 dias 300 dias 360 dias 420 dias 480 dias 540 dias 600 dias 660 dias 720 dias 4.290,00 100% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 9106,63 9106,63 9106,63 9106,63 9106,63 9106,63 9106,63 9106,63 9106,63 9106,63 9106,21 9106,20 9% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 2297,51 2153,37 2153,37 2153,37 2153,37 2153,34 2153,34 2153,34 2153,37 2153,37 2153,37 2153,37 Serviços preliminar 1.0 es 4290,00 Abertura 2.0 de valas 109.278,72 8% Drenagem dos líquidos percolados 3.0 "chorume" 25.984,59 Sistema de tratamento dos líquidos 4.0 percolados 38.380,00 100% 38380,00 162 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Drenagem 5.0 dos gases 1.209,72 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 100,81 Sistema de recirculaçã 6.0 o 5.524,00 100% 5.524,00 Drenagens 7.0 pluviais 80.928,14 98% 2% 78.941,80 1.986,34 Dispersão 8.0 do efluente 809,00 100% 809,00 163 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Proteção 9.0 perimetral 8.616,00 100% 8.616,00 Cerca 10.0 verde 5.760,00 100% 5.760,00 Instalação 11.0 de apoio 70.300,80 100% 70.300,80 Revestime nto 12.0 primário 24.464,00 100% 23.000,00 164 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Instalações 13.0 elétricas 7.500,00 100% 7.500,00 Captação 14.0 água 3.500,00 100% 3.500,00 % Parcial 49% R$ Parcial 190.413,55 81.060,15 R$ Total 21% 3% 3% 3% 3% 11.360,81 11.360,81 11.360,81 11.360,79 3% 3% 11.360,79 11.360,79 3% 3% 3% 3% 11.360,81 11.360,81 11.360,39 11.360,37 386.544,97 190.413,55 271.473,70 282,834,51 294.195,32 305.556,13 316.916,92 328.277,70 339.638,49 350.999,30 362.360,11 373.720,50 385.080,00 165 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 11 Regulamento de Limpeza Urbana DECRETO Nº _____, de ____ de ________________ de 2001 APROVA o Regulamento de Limpeza Urbana do Município de . O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PORTO NACIONAL , no uso de suas atribuições legais, DECRETA: Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento de Limpeza Urbana do Município de Porto Nacional, anexo a este decreto. Art. 2º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Porto Nacional, _____ de _____________ de 2001 OTONIEL ANDRADE Prefeito do Município de Porto Nacional 167 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Regulamento de Limpeza Urbana do Município de Porto Nacional CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Os serviços de limpeza urbana no Município do Porto Nacional são regidos pelas disposições do presente Regulamento de Limpeza Urbana. § 1º - Estes serviços serão executados pela Diretoria de Limpeza Urbana, criada através do... (decreto ou lei) nº... de .../.../..., por meios próprios ou através de permissão ou de adjudicação a terceiros, de forma gratuita ou remunerada, ou mediante a contratação direta pelas partes interessadas de terceiros devidamente credenciados. § 2º - Este Regulamento disciplina as atividades de acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos em geral, os elementos que constituem o sistema de coleta e acumulação de lixo das edificações, a conservação e limpeza das vias e logradouros públicos e o controle de vetores, no Município de Porto Nacional. Art. 2º - Para efeito deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições para classificação dos resíduos sólidos: § 1º - Lixo: é o conjunto de resíduos sólidos ou semi-sólidos que resulta das atividades da comunidade, podendo ser de origem doméstica, comercial, hospitalar, industrial, institucional e de serviços em geral, bem como das operações de conservação e limpeza das vias e logradouros públicos. § 2º - Lixo Domiciliar: é o conjunto de resíduos sólidos gerado nos imóveis residenciais, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços em geral, pelo exercício normal das atividades a que se destinam, além daqueles com tipologia similar oriundos de unidades de serviços de saúde (Resíduos Comuns - Classe C, conforme definição da norma NBR 12808 da ABNT), com peso específico, sem compactação, menor que 500kg/m³ (quinhentos quilogramas por metro cúbico). Este tipo de resíduo enquadra-se na Classe II, da NBR10004 da ABNT e, de acordo com a quantidade gerada, pode ser caracterizado como Lixo Domiciliar Ordinário e Lixo Domiciliar Extraordinário. I - Lixo Domiciliar Ordinário: é o lixo domiciliar em condições de ser recolhido pela Coleta Regular, limitado à quantidade diária de 120l (cento e vinte litros) ou até 60kg (sessenta quilogramas), por contribuinte. II - Lixo Domiciliar Extraordinário – é a parcela do lixo domiciliar produzida exclusivamente em imóveis não residenciais que excede a produção diária de 120l (cento e vinte litros) ou 60kg (sessenta quilogramas) por contribuinte. § 3º - Lixo Público: é aquele proveniente dos serviços de conservação e limpeza das vias e logradouros públicos. Este tipo de resíduo enquadra-se na Classe III, da NBR 10004 da ABNT. § 4º - Resíduos de Serviços de Saúde: os Resíduos de Serviços de Saúde, para efeito deste Regulamento são classificados a norma NBR 12808 da ABNT e das que lhe sucederem; 168 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO § 5º - Resíduos Inertes: resíduos enquadrados na Classe III da NBR 10004 da ABNT e das que lhe sucederem; § 6º - Resíduos Não Inertes: resíduos enquadrados na Classe II da NBR 10004 da ABNT; § 7º - Resíduos Perigosos: resíduos enquadrados na Classe I da NBR 10004 da ABNT, e das que lhe sucederem. CAPÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES DA DIRETORIA DE LIMPEZA URBANA Art. 3º - São atribuições da Diretoria de Limpeza Urbana as seguintes atividades: I - Coleta, transporte, tratamento e disposição final de Lixo Domiciliar Ordinário e Extraordinário, Resíduos Inertes e Não Inertes e de Resíduos de Serviços de Saúde – Classes A e C; II - Coleta e transporte de Lixo Público, III - Tratamento e disposição final de todo o lixo, com exceção dos Resíduos Perigosos, dos Resíduos de Serviços de Saúde – Classe B e de cadáveres de animais de grande porte; IV - Conservação da limpeza nas áreas públicas do Município, envolvendo a varrição das vias e logradouros, a limpeza de túneis, passagens e equipamentos do mobiliário urbano sob responsabilidade do Município, a raspagem e a remoção de resíduos nas vias urbanas, a limpeza de caixas de ralos, a capina e a roçada em logradouros públicos; V - Normalização dos sistemas de acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destino final do lixo sob sua responsabilidade, em consonância com a legislação vigente; VI - Cumprir e fazer cumprir os termos do presente Regulamento de Limpeza Urbana, aplicando as penalidades previstas, cobrando e arrecadando os valores correspondentes às sanções dispostas, bem como as tarifas de prestação de serviços especiais de controle de vetores e de limpeza, remoção, tratamento e disposição do lixo sob sua responsabilidade; VII - Inspecionar e fiscalizar o transporte do lixo e/ou de quaisquer resíduos ou cargas que apresentem riscos de prejudicar os serviços de limpeza urbana e/ou não atendam ao disposto no presente Regulamento e na legislação ambiental vigente; VIII - Estabelecer e determinar normas e procedimentos referentes à coleta de resíduos sólidos Classes I, II e III caracterizados na NBR 10004 da ABNT não inclusos nos itens anteriores, em consonância com a legislação vigente nos níveis municipal, estadual e federal. Art. 4º - A Diretoria de Limpeza Urbana, a critério da Prefeitura do Município de Porto Nacional, poderá executar outras atividades relacionadas com a manutenção das condições higiênicas e sanitárias da cidade. Art. 5º - Os serviços de limpeza urbana de competência da Diretoria de Limpeza Urbana, poderão ser realizados diretamente ou por firmas especializadas, previamente por ela credenciadas e/ou contratadas, observadas as disposições pertinentes à matéria. 169 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Art. 6º - Mediante solicitação do interessado e pagamento do preço do serviço público, por ela fixada, a Diretoria de Limpeza Urbana poderá proceder, a seu exclusivo critério, a remoção de Resíduos Inertes e Não Inertes. Art. 7º - A Diretoria de Limpeza Urbana não executará a coleta, transporte e disposição final dos seguintes tipos de Resíduos: I – Resíduos de Serviços de Saúde - Classe B; II – Resíduos Não Inertes III – Resíduos Perigosos § 1º - A coleta, transporte e disposição final destes resíduos deverão ser providenciadas pelo próprio gerador. § 2º - Os resíduos perigosos sólidos nucleares e/ou radioativos são regidos por legislação específica no âmbito da Comissão Nacional de Energia Nuclear. CAPÍTULO III DO ACONDICIONAMENTO E DA APRESENTAÇÃO DO LIXO À COLETA Art. 8º - Entende-se por acondicionamento o ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos para fins de coleta e transporte. Parágrafo único - O usuário deverá providenciar, por meios próprios, os recipientes padronizados, mantendo-os em perfeito estado de conservação e asseio. Art. 9º - Antes do acondicionamento do lixo os líquidos deverão ser eliminados e os cacos de vidros e outros materiais perfurocortante convenientemente embrulhados. Art. 10 - Os resíduos deverão ser acondicionados, armazenados e dispostos para a coleta de acordo com o estabelecido em Norma Técnica da Diretoria de Limpeza Urbana. CAPÍTULO IV DA COLETA, DO TRANSPORTE E DO DESTINO FINAL Art. 11 - A Coleta Regular consiste na coleta e transporte do Lixo Domiciliar Ordinário acondicionado em recipientes padronizados colocados pelos usuários nos logradouros públicos, em locais, dias e horários estabelecidos pela Diretoria de Limpeza Urbana. Art. 12 - A Coleta Extraordinária consiste na remoção e transporte do Lixo Domiciliar Extraordinário, serviço este que poderá ser executado pela Diretoria de Limpeza Urbana mediante remuneração por tarifa fixada na Tabela de Preços de Prestação de Serviços Especiais, ou através de empresas privadas devidamente credenciadas, em negociação direta com o interessado. Art. 13 - A Coleta Hospitalar consiste na coleta e transporte dos Resíduos Infectantes gerados nas unidades de serviço de saúde, acondicionados e dispostos pelo gerador na forma estabelecida em Norma Técnica da Diretoria de Limpeza Urbana. 170 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Art. 14 - A Coleta de Lixo Público consiste na coleta e transporte do Lixo Público contido em recipientes colocados pela Diretoria de Limpeza Urbana em locais determinados, segundo freqüência e horário preestabelecidos. Art. 15 - A Coleta Especial consiste na coleta e transporte de outros tipos de resíduos, mediante solicitação do interessado e pagamento do preço fixado na Tabela de Preços de Prestação de Serviços Especiais. Art. 16 - As coletas serão realizados Diretoria de Limpeza Urbana. conforme o estabelecido em Norma Técnica da Art. 17 - É proibido realizar coleta e transporte de qualquer dos resíduos de competência da Diretoria de Limpeza Urbana sem a devida autorização e, quando autorizado, o responsável pela execução dos serviços deverá obedecer às normas da Diretoria de Limpeza Urbana e à legislação específica. Art. 18 - É proibido efetuar o tratamento e a disposição final de qualquer dos resíduos de competência da Diretoria de Limpeza Urbana sem sua prévia autorização e aprovação dos órgãos municipal e estadual de controle do meio ambiente. Art. 19 - A Diretoria de Limpeza Urbana fica autorizada a estabelecer e determinar outras normas e procedimentos que se façam necessários à garantia das boas condições operacionais e qualidade dos serviços especificados neste Regulamento. CAPÍTULO V DA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DAS VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS Art. 20 - A conservação da limpeza pública executada na área do Município envolverá, em especial: I - A varrição e a lavagem, quando necessária, das vias e logradouros públicos; II - A raspagem e a remoção de terra, areia e materiais carreados pelas águas pluviais ou por outros agentes naturais para as vias e logradouros públicos pavimentados; III - A capina do leito das ruas e roçada de vegetação ao longo das vias e logradouros públicos; V - A limpeza de caixas de ralos. Art. 21 - É proibido lançar ou depositar nas vias e nos logradouros e demais áreas públicas ou privadas qualquer tipo de lixo ou material que comprometa as condições de limpeza. Art. 22 - É proibida a colocação de materiais de construção e/ou entulho, nas vias e nos logradouros e demais áreas públicas Art. 23 - O proprietário ou possuidor de imóvel deverá proceder à varrição da calçada em frente ao seu imóvel e recolher o lixo, de forma a mantê-la limpa. Art. 24 - Estão, sujeitos à remoção e demais punições cabíveis: a) As carcaças de veículos abandonadas nas vias públicas; 171 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO b) Caixas estacionárias pertencentes a empresas de coleta de entulho, quando em desacordo com o estabelecido nas Normas Técnicas da Diretoria de Limpeza Urbana. Art. 25 - Os condutores e/ou proprietários de veículos que transportem material de obras, entulhos ou qualquer resíduo ou carga deverão adotar medidas que impeçam que os mesmos venham a cair, no todo ou em parte, nos logradouros públicos, independentemente de outras obrigações previstas em legislação específica. Art. 26 - Os veículos, antes de saírem de seus locais de guarda, obras ou outros locais de prestação de serviços, deverão ter suas rodas e partes externas de suas carrocerias limpas, de forma a não sujarem os logradouros públicos. Art. 27 - Os responsáveis, públicos ou privados, por podas de árvores e/ou por obras em vias e demais áreas públicas, deverão manter os locais de trabalho permanentemente limpos. Art. 28 - Todos os estabelecimentos comerciais, de serviços e vendedores ambulantes deverão dispor de recipientes para lixo em número adequado, instalados em locais visíveis, para o uso do público. Art. 29 - É proibido afixar propaganda, anúncios, faixas ou qualquer engenho, publicitário ou não, em postes, árvores, obras públicas, abrigos de paradas de coletivos, telefones públicos caixas coletoras ou equipamentos da Diretoria de Limpeza Urbana ou em quaisquer locais que não os autorizados pelas leis e regulamentos vigentes. Art. 30 - É proibido pichar, desenhar ou escrever em muros, fachadas, colunas, paredes, postes, árvores, monumentos, abrigos de paradas de coletivos, telefones públicos, caixas coletoras, veículos ou equipamentos da Diretoria de Limpeza Urbana, ou qualquer outro lugar de uso público. Art. 31 - Os feirantes são responsáveis pela manutenção da limpeza do logradouro em que funcionar a feira livre, durante o seu horário de funcionamento, devendo deixá-la completamente limpa quando do seu encerramento. Art. 32 - É proibido lançar, permitir ou propiciar a colocação de lixo, entulhos, animais mortos, mobiliário usado, galhadas ou outro tipo de resíduo em qualquer terreno, edificado, não-edificado ou baldio, público ou privado, bem como em encostas, rios, valas, valões, canais, lagos, praias ou quaisquer locais não autorizados pela Diretoria de Limpeza Urbana. Art. 33 - A limpeza das áreas, ruas internas, entradas e áreas de serviço comuns dos agrupamentos de edificações e/ou condomínios fechados constitui obrigação dos proprietários e usuários, que deverão acondicionar o lixo recolhido nos recipientes padronizados em Normas Técnicas da Diretoria de Limpeza Urbana, e colocá-los em pontos de fácil acesso aos veículos de coleta. CAPÍTULO VI DA COLETA E TRANSPORTE POR PARTICULARES Art. 34 - A Diretoria de Limpeza Urbana poderá autorizar terceiros a realizar os serviços de coleta e transporte de lixo extraordinário e de Resíduos Inertes e Resíduos não Inertes, 172 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO desde que sejam por ela credenciados, em conformidade com os requisitos definidos em Norma Técnica Diretoria de Limpeza Urbana. Art. 35 - A Diretoria de Limpeza Urbana cobrará pelo recebimento do Lixo Domiciliar Extraordinário e dos Resíduos Inertes e Resíduos não Inertes depositado por terceiros em suas unidades de destinação final, sendo os preços destes serviços estabelecidos pela Diretoria de Limpeza Urbana na Tabela de Preços de Prestação de Serviços Especiais. Art. 36 - Estabelecimentos comerciais, de serviços ou industrias poderão, ser autorizados a coletar e a transportar, por meios próprios, o Lixo Domiciliar Extraordinário, os Resíduos Inertes e Resíduos não Inertes que produzirem, desde que obedecido o disposto em Normas Técnicas da Diretoria de Limpeza Urbana. CAPITULO VII DA COBRANÇA E ARRECADAÇÃO PELOS SERVIÇOS Art. 37 - A cobrança relativa aos serviços de coleta prestados pela Diretoria de Limpeza Urbana será efetuada de acordo com o estabelecido na legislação própria. Art. 38 – A cobrança pela prestação de serviços que não são de responsabilidade da Diretoria de Limpeza Urbana será feita de acordo com a Tabela de Prestação de Serviços da DLU Art. 39 - A aplicação das multas, com os valores previstos no presente Regulamento, não libera o infrator da obrigação de cumprir o preceito violado, nem o exime das sanções pertinentes das demais leis em vigor. Art. 40 - Para imposição das multas previstas nesta lei, a Diretoria de Limpeza Urbana observará a gravidade do fato e os antecedentes do infrator ou do responsável solidário (beneficiado contratante ou cedente). Art. 41 - Competirá à direção da Diretoria de Limpeza Urbana, em primeira instância, apreciar e decidir os recursos interpostos contra a aplicação e gradação das mesmas. Parágrafo único - Os recursos referidos neste artigo não terão efeito suspensivo. Art. 42 - As infrações à limpeza urbana e os valores das multas correspondentes são os discriminados a seguir. I. por lançar ou depositar nos logradouros públicos qualquer tipo de lixo, exceto no caso do lixo disposto para coleta pela Diretoria de Limpeza Urbana, nos dias e horários por ela determinados: Multa inicial de... II. por apresentar o lixo em recipientes não padronizados pela Diretoria de Limpeza Urbana ou por não obedecer aos dias e horários de colocação e retirada dos recipientes padronizados, com vistas à Coleta Regular ou Extraordinária: Multa inicial de... III. por não proceder à limpeza da calçada fronteiriça ao imóvel de sua propriedade ou sob sua responsabilidade, recolhendo os resíduos, para coleta posterior, sem encaminhá-los para a sarjeta, ralos ou leito da rua: Multa inicial de... 173 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO IV. por lançar resíduos de varrição e/ou águas de lavagens, provenientes do interior das edificações e de veículos, nos logradouros públicos, propiciando a obstrução das galerias de águas pluviais: Multa inicial de... V. por vazar ou deixar cair e espalhar resíduos ou cargas de veículos nos logradouros públicos, mesmo que parcialmente: Multa inicial de... Parágrafo único - Serão co-responsáveis e solidariamente sujeitos às sanções aplicáveis os condutores e os proprietários dos veículos. VI. por transitar com veículos com rodas sujas, comprometendo a limpeza das vias púbicas: Multa inicial de... VII. por abandonar carcaças de veículos ou móveis e utensílios domésticos imprestáveis nos logradouros públicos: Multa inicial de... VIII. por manter, após a conclusão de podas de árvores ou de obras nos logradouros públicos, galhadas ou resíduos provenientes das mesmas: Multa inicial de... IX. por depositar em logradouro público material de construção e/ou entulhos de obras particulares: Multa inicial de... X. por não dispor o material de construção proveniente de obras públicas em contêineres apropriados de forma a impedir o seu espalhamento por ação do vento ou águas pluviais: Multa inicial de... XI. por deixar de fazer a limpeza dos resíduos provenientes de operação de carga e descarga de veículos em logradouro público: Multa inicial de... Parágrafo único - Serão co-responsáveis e solidariamente sujeitos às sanções aplicáveis os condutores, transportadores, destinatários ou fornecedores das cargas. XII. por deixar de recolher o material de propaganda distribuído na via pública, dentro de um raio de até 500 (quinhentos) metros, tendo como centro o ponto de distribuição: Multa inicial de... Parágrafo único - Serão co-responsáveis e solidariamente sujeitos às sanções aplicáveis os agentes, distribuidores, contratantes e/ou favorecidos na divulgação veiculada. XIII. por afixar propaganda, anúncios, faixas, galhardetes ou qualquer outro engenho informativo em veículos, postes, telefones públicos, árvores, tapumes, abrigos, muros, caixas coletoras da Diretoria de Limpeza Urbana ou em qualquer mobiliário urbano e em outros locais que não os autorizados pela legislação vigente: a) Multa inicial de... Parágrafo único - Serão co-responsáveis e solidariamente sujeitos às sanções aplicáveis, os responsáveis, cedentes ou contratantes, a qualquer título, pelo local onde se realizem os eventos ou atividades divulgadas. XIV. por pichar, desenhar ou escrever sobre muros, fachadas colunas, paredes, postes, árvores, abrigos de paradas de coletivos, telefones públicos, caixa coletoras da Diretoria de Limpeza Urbana ou qualquer outro local de uso público: Multa inicial de... 174 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO XV. por não proceder à limpeza imediata dos dejetos de animais de sua propriedade, sob sua responsabilidade ou sob sua condução, ou pela não remoção de seus corpos mortos em qualquer logradouro público: Multa inicial de... XVI. por lançar, permitir ou propiciar a colocação de lixo domiciliar, entulhos de obras ou quaisquer objetos em terrenos baldios ou imóveis, públicos ou privados, bem como em encostas, rios, valas, ralos, canais, lagoas, praias, áreas protegidas ou em qualquer outro local não autorizado pela Diretoria de Limpeza Urbana: Multa inicial será de... XVII. por dispor ou permitir a acumulação de lixo a céu aberto ou sob qualquer outra forma prejudicial ao meio ambiente: Multa inicial de... XVIII. por executar coleta e transporte de lixo domiciliar, lixo público, entulho, restos de obra sem estar devidamente cadastrado e autorizado pela Diretoria de Limpeza Urbana: Multa inicial de... XIX. por coletar e/ou transportar lixo domiciliar em desacordo com o presente Regulamento as Normas Técnicas da Diretoria de Limpeza Urbana: Multa inicial de... XX. por operar aterros clandestinos ou efetuar a disposição final de qualquer dos resíduos de competência da Diretoria de Limpeza Urbana sem sua prévia autorização: Multa inicial de... XXI. por queimar, incinerar ou efetuar qualquer tipo de tratamento dos resíduos de competência da Diretoria de Limpeza Urbana sem sua prévia autorização e aprovação dos órgãos municipal e estadual de controle do meio ambiente: Multa inicial de... XXII. por não dispor, por seus próprios meios, de recipientes padronizados pela Diretoria de Limpeza Urbana: Multa inicial de... XXIII. por não providenciar a construção, manutenção e limpeza de muro ou grade e das calçadas fronteiriças a imóveis, edificadas ou não, de sua propriedade ou sob sua utilização: Multa inicial de... XXIV. pela prática de qualquer ato, não discriminado nos itens anteriores, que prejudique ou impeça a execução da limpeza publica: Multa inicial de... XXV. por dificultar, por qualquer meio ou forma, a fiscalização da Diretoria de Limpeza Urbana: Multa inicial de... CAPITULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 43 - Os casos omissos e não previstos neste Regulamento serão resolvidos pela Diretoria de Limpeza Urbana. Art. 44 - Os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final de lixo, bem como os de combate a mosquitos e roedores nocivos, poderão ser reformulados pela Diretoria de Limpeza Urbana nos seus aspectos técnicos, econômicos e administrativos, sempre que o interesse público assim o determinar. 175 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Art. 45 – A Diretoria de Limpeza Urbana elaborará, quando necessário, as atualizações pertinentes ao bom funcionamento do presente Regulamento de Limpeza Urbana. Art. 46 – A Diretoria de Limpeza Urbana, estabelecerá e implementará as Normas Técnicas necessárias ao manejo adequado dos resíduos sólidos urbanos em Porto Nacional. 176 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 12 Normas Técnicas Sobre Resíduos Sólidos Acondicionamento, Coleta, Transporte, Tratamento e Destinação Final dos Resíduos de Serviços de Saúde Objetivo A presente norma tem por objetivo estabelecer os procedimentos para a segregação na origem, acondicionamento, transporte interno, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos de serviços de saúde, no Município, cuja coleta será executada diretamente pela Diretoria de Limpeza Urbana ou mediante a contratação, pelas partes interessadas, de terceiros devidamente credenciados. Definições Para efeito desta norma são utilizadas as definições da norma NBR 12808 da ABNT ou das que lhe sucederem. Responsabilidades É responsabilidade da unidade de serviço de saúde a aplicação da presente norma técnica, no que diz respeito aos procedimentos internos, fazendo com que todos os seus requisitos sejam plenamente atendidos. É responsabilidade da unidade de serviço de saúde a fiscalização do cumprimento relativo à segregação interna, acondicionamento, transporte interno, armazenamento, coleta e destinação final dos resíduos de serviços de saúde gerados na cidade. Procedimentos Intra-serviços de Saúde a) As unidades de serviços de saúde deverão proceder, no próprio local de geração, à completa separação dos resíduos infectantes e farmacêuticos dos resíduos comuns. Para tanto deverá haver nestes locais coletores para os resíduos infectantes e farmacêuticos e coletores para os resíduos comuns. b) Os coletores para resíduos infectantes deverão ser de cor branca e ostentar o símbolo de “substância infectante”, de acordo com a NBR 7500 da ABNT, guarnecidos por sacos plásticos de cor branca leitosa que atendam à NBR 9190 da ABNT. 177 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO c) Os resíduos perfurantes ou cortantes deverão ser colocados em embalagens rígidas, com tampas, dispostas em sacos plásticos de cor branca leitosa, antes de serem apresentados à coleta. d) Os resíduos da Classe B, Tipo B.2 – Resíduo farmacêutico, devem ser tratados da mesma forma que os resíduos infectantes. e) Os resíduos da Classe B, Tipos B.1 – Rejeito radioativo e B.3 – Resíduo químico perigoso, devem ser tratados de acordo com as normas específicas da CNEN e dos órgãos ambientais municipais e estaduais, respectivamente. f) Cada serviço de saúde deverá ter abrigo de resíduos, para armazenamento temporário no aguardo da coleta externa, construído de acordo com o estabelecido pela NBR da ABNT, ou das que lhe sucederem. g) É expressamente proibida a comercialização ou reaproveitamento de qualquer resíduo infectante. Extra-unidades de Serviço de Saúde a) Os resíduos infectantes deverão ser coletados exclusivamente pelo órgão municipal de limpeza urbana, diretamente nos abrigos de resíduos, sendo proibida a colocação prévia em calçadas e sarjetas dos logradouros públicos. b) Os resíduos infectantes deverão ser coletados por veículo coletor dotados dos requisitos estabelecidos pela ABNT na NBR e das que lhe sucederem. c) Os equipamentos de transporte de resíduos infectantes não poderão ser utilizados para transportar outros resíduos. d) Os resíduos de Classe B, Tipo B.2 – Resíduo farmacêutico, devem ter procedimento idêntico ao dos resíduos infectantes, devendo ser coletados juntamente com estes. e) Os resíduos da Classe C – Resíduo comum – deverão ser coletados dentro das unidades de serviços de saúde, separados dos resíduos infectantes e farmacêuticos, como coleta domiciliar comum. f) A Diretoria de Limpeza Urbana a título de ressarcimento pelos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos infectantes e farmacêuticos, efetuará mensalmente cobrança conforme os valores definidos na Tabela de Preços de Prestação de Serviços Especiais (Regulamento de Limpeza Urbana, art. 17, inc. II). Desinfeção Os coletores, os veículos de transporte interno, o local de armazenamento e os veículos coletores deverão ser submetidos, diariamente, a processo de limpeza e desinfecção simultâneas. 178 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Destinação Final A disposição dos resíduos infectantes e farmacêuticos poderá ser efetuada em aterros sanitários, salvo decisão em contrário do órgão ambiental competente, desde que: a) A área para disposição de resíduos infectantes e farmacêuticos seja isolada do restante do aterro, cercada e com acesso restrito à equipe de trabalho desse setor. b) A parte inferior do aterro deverá ser impermeabilizada por manta plástica de polietileno de alta densidade e uma camada de argila compactada de 1,00m de espessura, com coeficiente de permeabilidade menor ou igual a 1,0 x 10 -7cm/s. c) A frente de trabalho será recoberta diariamente com argila, formando uma camada com espessura mínima de 0,20cm depois de compactada. Penalidades a) Para os Serviços de Saúde, independente do volume de resíduos gerados, que não efetuarem a separação dos resíduos infectantes, farmacêuticos e comuns. b) Para os Serviços de Saúde, independente do volume de resíduos gerados, que não efetuarem o acondicionamento dos resíduos conforme previsto nesta resolução. c) Para os Serviços de Saúde, independente do volume gerado, que efetuarem vazamento de resíduos infectantes, farmacêuticos ou comuns em locais inadequados. 179 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Coleta e Transporte de Lixo Extraordinário A presente norma tem por objetivo estabelecer os procedimentos para o acondicionamento, o transporte e a destinação final do lixo extraordinário gerado no Município, cuja coleta é executada diretamente pela Diretoria de Limpeza Urbana ou mediante a contratação pelas partes interessadas, de terceiros devidamente credenciados pela Diretoria de Limpeza Urbana. Os serviços de coleta e transporte de lixo extraordinário no Município são regidos por Resolução específica, podendo tanto ser executados pela Diretoria de Limpeza Urbana, como por terceiros interessados. Define-se como lixo extraordinário, aquele cujo peso específico seja menor do que 500kg/m 3 e cuja quantidade gerada por dia e por contribuinte (gerador), exceda o volume de 120 litros, ou 60kg, conforme previsto na Lei n.º 2630, de 22 de maio de 1998. Os estabelecimentos públicos, comerciais, industriais e de serviços, que estiverem nessa situação, serão denominados, "Grandes Geradores", e deverão custear os serviços de coleta, transporte e destinação final de seus resíduos sem que isso os exima da contribuição para a limpeza pública e proteção ambiental. A Diretoria de Limpeza Urbana, a seu critério e a bem do interesse público, poderá determinar a remoção do lixo extraordinário que esteja causando problemas de saúde pública ou prejudicando o funcionamento de equipamentos urbanos, cobrando em seguida do responsável pela disposição indevida, ao proprietário do imóvel ou do efetivo gerador, além das sanções previstas no Regulamento de Limpeza Urbana. Os serviços de coleta e transporte de lixo extraordinário, quando realizados por terceiros, somente poderão ser executados por empresas portadoras de certificado de credenciamento concedido pelo órgão municipal de limpeza urbana, com validade de 12 meses, renovável sempre que necessário, mediante apresentação de requerimento e documentação. As empresas deverão comprovar junto a Diretoria de Limpeza Urbana, ter frota própria mínima de 01 (um) veículo coletor. A idade da frota não poderá ser superior a 5 (cinco) anos, e deve ser mantida em perfeitas condições de funcionamento. Os veículos relacionados para obtenção do certificado de credenciamento, deverão ser de uso exclusivo dos serviços regulados por esta norma, sendo vedada a utilização para outros fins. Os veículos relacionados deverão ser mantidos permanentemente limpos e pintados segundo padronização visual a ser submetida à aprovação da Diretoria de Limpeza Urbana. Os motoristas e trabalhadores deverão usar uniformes equipamentos de proteção individual e crachá de identificação. Os veículos transportadores de lixo extraordinário só poderão trafegar se obedecidas às normas e regulamentos vigentes. Os resíduos transportados somente poderão ser depositados nos locais previamente determinados pelo órgão de limpeza urbana, atendidas as normas próprias da disposição. 180 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO As empresas que realizarem serviços de coleta e transporte de lixo extraordinário pagarão à Diretoria de Limpeza Urbana a título de ressarcimento pelo tratamento e/ou destinação final dos resíduos, os valores definidos em tabela específica. O Grande Gerador que transportar o seu próprio resíduo, também deverá ser credenciado junto ao órgão de limpeza urbana. Os infratores das disposições constantes desta norma, serão autuados conforme estabelecido no Regulamento de Limpeza Urbana do Município. A Diretoria de Limpeza Urbana coordenará todo o serviço de remoção de lixo extraordinário e fiscalizará o cumprimento do disposto na presente norma. Remoção, Transporte e Destinação Final de Resíduos Sólidos Especiais Objetivo A presente norma tem por objetivo estabelecer os procedimentos para o acondicionamento, o transporte e a destinação final do lixo domiciliar especial gerado no Município, cuja coleta é executada diretamente pela Diretoria de Limpeza Urbana ou mediante a contratação, pelas partes interessadas, de terceiros devidamente credenciados. Definições Define-se como Lixo Domiciliar Especial, os resíduos provenientes de obras de construção civil, reforma ou demolição de bens imóveis públicos ou particulares, bens móveis inservíveis e resíduos provenientes da poda de árvores e limpeza de jardins. O imóvel que venha a gerar quantidade de lixo domiciliar especial de até 100 sacos de entulho de 30 litros, ou 3m³ de resíduos de podas de árvores e limpeza de jardins, por período não inferior a 15 (quinze) dias, será considerado como Pequeno Gerador. O imóvel onde ocorrer obra que venha a gerar quantidade de lixo domiciliar especial superior aos limites estabelecidos no artigo anterior, será considerado como Grande Gerador. Responsabilidade A Diretoria de Limpeza Urbana fiscalizará o cumprimento no disposto no presente regulamento. Procedimentos Acondicionamento a) O lixo de pequeno gerador deverá ser acondicionado em sacos de 30l. 181 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO b) O contrato com empresa ou transportador autônomo para remoção de lixo domiciliar especial gerado por grande gerador, poderá contemplar a colocação de caçamba estacionária, em frente ou próximo ao local da obra, desde que não interfira no fluxo de veículos, no de pedestres, e sejam obedecidas as normas de circulação viária. Coleta a) O responsável pelo imóvel ou pela obra, seja pequeno ou grande gerador de lixo domiciliar especial, não poderá colocar os resíduos no logradouro antes da chegada do veículo ou do equipamento que efetuará sua coleta e transporte. b) A caçamba estacionária deverá ser removida sempre que atingir sua capacidade máxima de armazenamento. Transporte a) O Pequeno Gerador poderá, a critério de seu responsável, efetuar o transporte do lixo domiciliar especial até um dos locais divulgados pelo órgão municipal de limpeza urbana. b) O Grande Gerador deverá contratar empresa ou transportador autônomo cadastrado na Diretoria de Limpeza Urbana para executar os serviços de remoção do lixo domiciliar especial até os aterros, podendo transportar por meios próprios desde que devidamente autorizado pelo órgão municipal de limpeza urbana. c) Os motoristas e trabalhadores deverão estar uniformizados e com identificação. d) Os veículos mistos, caminhões e equipamentos deverão estar permanentemente limpos e trafegar cobertos e sem vazar carga nas vias públicas. Destino Final a) A Diretoria de Limpeza Urbana divulgará permanentemente, os locais onde poderá ser disposto o lixo domiciliar especial, sem qualquer ônus adicional para o Pequeno Gerador. b) O vazamento de lixo domiciliar especial em locais que não os previamente determinados, somente poderá ser efetuada em caso de interesse público e mediante autorização específica da Diretoria de Limpeza Urbana, sempre de acordo com a excepcionalidade do caso. c) As firmas ou autônomos cadastrados poderão utilizar áreas próprias para vazamento de entulho, desde que licenciadas pelos órgãos competentes. Cadastramento a) Os serviços de coleta, transporte e destinação final de lixo domiciliar especial só poderão ser executados pela Diretoria de Limpeza Urbana ou por empresas ou transportadores autônomos devidamente credenciados pela Diretoria de Limpeza Urbana para tal fim. b) As empresa ou transportadores autônomos cadastrados para execução de serviços de coleta e transporte de lixo domiciliar especial, não poderão executar outros serviços de remoção de lixo. 182 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO c) As empresas ou transportadores autônomos para obtenção do cadastramento deverão preencher formulário-requerimento instruído com xerocópia autenticada dos documentos. Penalidades Os infratores das disposições constantes desta Resolução serão autuados conforme estabelecido no Regulamento de Limpeza Urbana do Município. 183 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 13 Minuta da Lei de Criação da Diretoria de Limpeza Urbana ESTADO DO TOCANTINS Prefeitura Municipal de Porto Nacional Lei n. /2001 Data “Modifica redação da Lei da Estrutura Administrativa do Poder Executivo de Porto Nacional e dá outras providências” O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO NACIONAL, Estado do Tocantins, faço saber que a Câmara Municipal aprovou, e eu, sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o – A Lei n. 1552/97, de 24 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a estrutura básica do Poder Executivo do Município de Porto Nacional, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 9 o – A Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, órgão de administração superior, diretamente subordinada ao Prefeito Municipal, cujo campo de ação abrange a infra-estrutura civil, viárias, saneamento, urbanização, sistema viário municipal, limpeza público e planejamento urbano. 4- Diretoria de Limpeza Urbana” Art. 2 o – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3 o - Revogam-se as disposições em contrário. PAÇO MUNICIPAL ADELINO GONÇALVES , GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO NACIONAL, Estado do Tocantins, aos .... dias do mês ..... do ano de 2001. 184 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 14 Projeto Compostagem Orgânica Introdução A compostagem pode ser definida como uma decomposição aeróbia controlada de substratos orgânicos em condições que permitem atingir temperaturas suficientemente elevadas para o crescimento de terófilo. O aumento de temperatura surge como resultado da libertação de calor na degradação microbiológica dos substratos. O resultado deste processo é um produto a que se dá o nome de composto, suficientemente estabilizado para ser aplicado no solo com vantagens relativamente a fertilizante de síntese. Considerado como um enriquecedor do solo, ou seja, ele poderá ser aplicado ao solo para melhorar a suas características, sem que haja uma contaminação do meio ambiente. O processo de compostagem pode ocorrer de duas maneiras: a) Método natural onde a fração orgânica do lixo é levada para um pátio e disposta em leiras. A aeração é feita por revolvimentos periódicos para o desenvolvimento do processo de decomposição biológica; este processo tem um tempo estimado que pode variar de três a quatro meses; b) Método acelerado a aeração é forçada por tubulações perfuradas, sobre as quais se colocam as leiras, ou em reatores dentro dos quais são colocados os resíduos, avançando no sentido contrário ao da corrente de ar. O ar é injetado sobre pressão; este processo pode variar de dois a três meses. O grau de decomposição ou de degradação do material submetido ao processo de compostagem é acompanhado levando-se em consideração três fatores: cor, umidade e odor. A cor inicial tem um tom marrom e a final é preta, no início do processo a umidade é elevada e o odor é acre passando para o de terra mofada no final do processo. A estabilização da matéria orgânica dá-se de forma lenta, não sendo atingidas temperaturas muito elevadas. O resíduo obtido necessita de um tratamento posterior antes de ser considerado um aditivo orgânico de qualidade aceitável. É possível encontrar uma grande variedade de microrganismos aeróbicos, mesófilos, termotolerantes e termofílicos num sistema de compostagem, consoante a fase do processo. Estes microrganismos incluem bactéria, actinomicete, levedura, bolores e outros fungos. Mantendo-se condições aeróbias, a temperatura é o fator determinante da população microbiana durante a compostagem. As bactérias e fungos mesofílicos e termotolerantes dominam as primeiras fases do processo. A fase de aquecimento tem temperaturas entre 20 a 40ºC. Nesta fase ocorre a degradação microbiológica de compostos de carbono mais simples (açúcares solúveis, ácidos orgânicos etc.), o que provoca um aumento de temperatura. A seguir, a fase de degradação caracterizada por temperaturas que atingem os 40-60ºC, que promovem o desenvolvimento de bactérias termofílicas / termotolerantes, actinomicetes e fungos, ao 185 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO mesmo tempo em que inativam os microrganismos mesofílicos. Temperaturas superiores a 60ºC reduzem consideravelmente a população microbiana, permitindo apenas o desenvolvimento de algumas bactérias termofílicas. Nesta fase a fração orgânica dos resíduos é quase totalmente degradada, com exceção parcial da celulose e lenhina devido à sua estabilidade estrutural e à dificuldade na sua hidrólise (só possível por microrganismos muito específicos). Após um primeiro ciclo de metabolização da matéria orgânica dá-se um decréscimo de temperatura (fase de arrefecimento), o que provoca um repovoamento do material em compostagem. Nesta fase a diversidade de bactérias é muito pequena, sendo os actinomicetes mesofílicos/termotolerantes e os fungos os microrganismos mais comuns. Logo a seguir ocorre a fase de maturação onde compostos como lenhina, hemicelulose, celulose, amido e outros polímeros são posteriormente decompostos lentamente pela ação destes microrganismos. Quando o processo de compostagem é orientado para a produção de compostos de qualidade, a separação na origem e a recolha seletiva de resíduos orgânicos são pressupostos essenciais para a obtenção de compostos com qualidade. Nesse sentido, o processo que dará origem ao composto, terá inicio nas residências, que farão a separação prévia dos resíduos secos e úmidos, esses ainda serão dispostos em esteira para uma triagem final, pois como é sabido, nem todos os moradores realizarão realmente a separação. A grande maioria dos Municípios dos países em desenvolvimento é formada por comunidades carentes, cuja população varia de 3.000 a 15.000 habitantes. Os resíduos sólidos (lixo) produzidos nessas comunidades caracterizam-se por apresentarem alto teor de matéria orgânica (50 a 70%) e considerável percentual de material reciclável (8-15%). Parece existir uma "regra" preconizando que, para os países em desenvolvimento, a solução mais apropriada deve ser o enterramento. Esta filosofia tem levado à prática generalizada do uso de aterros, sem o mínimo controle sanitário, o que, juntamente com os despejos a céu aberto (prática mais encontrada), tem gerado sérios problemas ambientais, muitas vezes irreversíveis. Nessas localidades, é geralmente encontrado o seguinte quadro: a) altos índices de enfermidades e mortes causadas por doenças de veiculação hídrica; b) baixo grau de nutrição da população, o que aumenta a suscetibilidade às moléstias; c) crescente redução da fertilidade do solo, por causa do plantio contínuo (a agricultura é a base da economia local); d) característica climática peculiar (tropical ou subtropical), que gera uma demanda constante de húmus pelo solo; e e) aumento populacional constante, em outras palavras, há cada vez mais pessoas para alimentar, maior necessidade de produção agrícola e, conseqüentemente, maior acúmulo de resíduos (lixo). Essa é uma condição bastante paradoxal: por um lado, a disposição inadequada dos resíduos polui o meio ambiente e cria focos transmissores de doenças infecciosas; por outro, o lixo produzido é rico em matéria orgânica. É aqui, então, que se justifica a compostagem, mediante a qual haverá produção de húmus (o composto orgânico) e, conseqüentemente, fixação de nutrientes no solo e aumento da produtividade agrícola, isto é, a geração de alimentos. 186 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Torna-se necessário enfatizar que a compostagem, além de ser um processo de reciclagem, é, antes de tudo, um processo sanitariamente seguro de tratamento de resíduos orgânicos. Os conceitos modernos de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos preconizam a adoção de sistemas descentralizados e de ações que visem à minimização dos resíduos como forma de equacionar os problemas. A reciclagem e o reaproveitamento são opções concretas usadas para atingir tais objetivos. Justificativa Porto Nacional conta hoje com uma população predominantemente urbana, pois cerca de 86,16% vivem na cidade, produzindo aproximadamente 27t/dia de resíduos. Considerando que aproximadamente 60% dos resíduos urbanos são compostos de matéria orgânica, pretende-se implementar o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, com a transformação dessa matéria orgânica em composto, que será utilizado, a priori, nos jardins da própria cidade. O processo é simples e barato, mas demanda alguns cuidados e por considerar que é necessário que este processo seja monitorado para se obter um composto de boa qualidade, a Universidade do Tocantins assume a implantação deste projeto em parceria com a Prefeitura de Porto Nacional. Considera-se que a intervenção da Universidade, através da participação de seus pesquisadores e alunos, proporcionará maior eficiência ao processo de compostagem. Portanto, a Universidade através do laboratório de Saneamento, vinculado ao curso de Engenharia Ambiental, se propõe a realizar o monitoramento do processo e a avaliação da qualidade do composto, pois a carência legislativa tem estimulado a redução de instrumentos normativos, e essa situação pode ser crítica, pois não há padrões de qualidade estabelecidos. Em função desta situação, é desejável que se faça uma avaliação da qualidade do processo e do composto final. Os padrões de qualidade deverão ser estabelecidos em função do tipo de resíduos utilizados para a produção do composto produzido a partir da sua caracterização, definindo a possível aplicação ou destino final. Objetivos Implantar um processo de compostagem para o Município de Porto Nacional, a partir dos resíduos sólidos orgânicos gerados na cidade e avaliar a qualidade do composto produzido. Metodologia A implantação do projeto se norteará pelas fases: 1. Escolha da área de implantação, observando os seguintes itens: ♦ espaço físico interno para a locação de equipamentos ♦ área para recepção e expedição ♦ área para estocagem de materiais beneficiados 187 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ espaço para movimentação de materiais e pessoas ♦ ventilação apropriada ♦ rede elétrica dimensionada para suprir o consumo dos equipamentos ♦ equipamentos de combate a incêndio, hidrantes e extintores ♦ avaliação da qualidade do composto. Em experiências anteriores, mostra-se que é possível construir, nas localidades carentes, sistemas simplificados para a reciclagem dos resíduos inertes e orgânicos (compostagem) dentro da concepção moderna de gerenciamento, incentivando o uso de sistemas mais compatíveis com a nova ordem de proteção ambiental. Neste contexto, será apresentado, além dos resultados de pesquisas, um Projeto de Reciclagem, já implantado pela Universidade Federal de Viçosa-UFV/Laboratório de Engenharia Sanitária e AmbientalLESA, que poderá ser utilizado em várias outras cidades de países em desenvolvimento. A compostagem tem uma função de grande relevância, que é absorver grande parcela dos resíduos produzidos, realizando, além da reciclagem da matéria orgânica, um tratamento seguro, que propicia uma série de benefícios para as comunidades pobres. A usina não conta com equipamentos eletromecânicos. É operada manualmente e apresenta capacidade operacional de até 10t/dia, equivalente à produção de lixo de uma população de 20 a 25 mil habitantes. A montagem das leiras é feita manualmente e em camadas, sendo a primeira de cama animal ou folhas secas – materiais que garantem a aeração da pilha. Em seguida é despejado o material orgânico proveniente da coleta seletiva, sendo que a última camada é feita de grama. As dimensões da leira são de 2,0m de largura e 1,5m de altura. E o comprimento das leiras pode ser variável. Durante todo o processo de compostagem, realiza-se apenas um revolvimento das pilhas que é efetuado com uma pá mecânica e tem como finalidade retornar a aeração no interior da leira. Enquanto as leiras de compostagem são confeccionadas, realiza-se a umidificação da cama animal através de mangueiras e a inoculação (mistura) com composto pronto ou em fase de maturação. Este procedimento é adotado visando à "ignição" rápida do processo pela otimização das condições de umidade e inoculação que estimulam o crescimento microbiano e a plena colonização do material. As leiras serão montadas usando-se uma parte do lixo fresco, misturado a uma parte de poda (folhas, galhos, capim etc.). Aproximadamente 70% de lixo e 30% de poda. As leiras terão 7m de comprimento, 4m de largura e 1,70m de altura. OBS: Caso não se tenha lixo suficiente para fazer uma leira com esse tamanho a leira deve ser feita com o tamanho possível, entretanto, a altura de 1,50-1,70m deve ser obedecida. A Unidade de Triagem e Compostagem Lomba do Pinheiro começou a funcionar em julho deste ano, ainda em fase experimental. Mas – diferentemente dos outros projetos brasileiros – seu principal objetivo não é a separação de materiais para a reciclagem e sim a criação de um composto orgânico de alta qualidade para a produção agroecológica a partir do reaproveitamento da matéria orgânica. Hoje, trabalham 30 pessoas na unidade, sendo que 15 ficam na esteira, separando sete toneladas diárias de resíduo domiciliar. Quando estiver funcionando plenamente, serão 188 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO separadas 100 toneladas de resíduos por dia, gerando 200 postos de trabalho, em dois turnos de seis horas. Equipamentos Em uma planta simples: ♦ mesa (esteira) para catação ♦ tambores para o armazenamento dos materiais já separados ♦ balança manual até 300kg Cronograma de Execução Atividades Período 2002 J F M A M J J A S O N A Escolha da área para implantação Capacitação de recursos humanos Implantação das leiras Avaliação e monitoramento Relatórios de acompanhamento Parcerias ♦ Curso de Engenharia Ambiental – Centro Universitário de Palmas – Universidade do Tocantins ♦ Prefeitura Municipal de Porto Nacional ♦ Diretoria de Limpeza Urbana 189 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Projeto Compostagem Orgânica Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total Capacitação dos Recursos Humanos 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 2 11,80 23,60 1.2 Fita Adesiva Un 4 2,50 10,00 1.3 Lápis Caixa 1 25,00 25,00 1.4 Caneta Esferográfica Caixa 1 20,00 20,00 1.5 Filme colorido 36p. Un 2 10,50 21,00 1.6 Tinta para Impressora Un 4 115,00 460,00 1.7 Fita de Vídeo Un 2 7,00 14,00 573,60 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Cartilhas Técnicas Educativas Un 2.2 Consultoria Especializada 2.3 2.4 50 8,50 425,00 Horas 10 80,00 800,00 Revelação de Filmes Poses 72 0,90 64,80 Fotocópias Simples Un 100 0,10 10,00 Subtotal 1.299,80 Total Parcial 1.873,40 Execução das Ações 1.0 Equipamentos e Material Permanente 1.1 Luvas Cano Longo Par 16 6,50 104,00 1.2 Uniformes Un 8 40,00 320,00 1.3 Bonés Un 8 5,00 40,00 1.4 Máscaras Un 16 4,50 72,00 1.5 Esteira – 8m Un 1 6.549,00 6.549,00 190 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO 1.6 Balança 300kg Un 1 450,00 450,00 1.7 Tambores 200l Un 4 50,00 200,00 1.8 Enxadas Un 8 9,50 76,00 1.9 Pás Un 4 8,90 35,60 Un 8 11,50 92,00 1.10 Forcado 7.938,60 Subtotal 2.0 Obras e Instalações 2.1 Pátio de Segregação dos Resíduos M² 60 120,00 7.200,00 Subtotal 7.200,00 Total Parcial 15.138,60 Total 17.012,00 191 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Projeto Compostagem Orgânica Item Discriminação 1.0 Valor 01 un. Capacitação dos recursos humanos R$ 1.873,40 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias 100% R$ 1.873,40 2.0 Execução das ações R$ 15.138,60 100% R$ 15.138,60 % Parcial 100% R$ Parcial R$ Total R$ 17.012,00 R$ 17.012,00 R$ 17.012,00 192 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 15 Projeto Adubo Verde Apresentação Preocupados com a destinação final de galhadas e folhagens o Poder Público e a comunidade local buscaram implantar um processo que tivesse como preocupação principal a transformação destes resíduos sólidos em material que pudesse ser aproveitado em algum setor de serviços públicos, melhorando a qualidade de vida da comunidade local. Parte integrante do PGIRSU de Porto Nacional, o Projeto Compostagem Vegetal procura aproveitar restos de podas de árvores, flores e gramas, retiradas de logradouros públicos e/ou de geração particular, em composto verde para ser utilizado no ajardinamento municipal de praças e logradouros públicos. Público-Alvo Este projeto será voltado para toda a comunidade, sendo desenvolvido pelo grupo responsável pelo ajardinamento de logradouros e praças públicas no Município de Porto Nacional, que é dos alunos do Projeto Amigos do Meio Ambiente – AMA. Justificativa Amenizar os problemas relacionados à destinação final dada aos resíduos sólidos urbanos provenientes dos serviços de podas, roçagem, varrição e jardinagem, contribuindo para o equilíbrio ambiental, além de reduzir os gastos do Município com a manutenção dos canteiros de flores e folhagens. Além disso, este tipo de composto apresenta concentrações de macronutrientes superior aos adubos orgânicos mais utilizados e tem custos mais baixos. Objetivo Geral Parte integrante do PGIRSU sobre a destinação final dos resíduos sólidos urbanos, este projeto visa utilizar restos de podas, jardinagem e varrição para transformação em composto orgânico para uso na jardinagem municipal. Objetivo Específico ♦ Programar a coleta os resíduos de podas de árvores, folhagens, gramíneas e flores junto aos geradores e destiná-los ao local da realização da compostagem; 193 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Adequar a estrutura físico-administrativa do Projeto AMA, oferecendo-lhes melhores condições para o desenvolvimento da atividade; ♦ Capacitar os recursos humanos responsáveis pelo ajardinamento municipal (Projeto AMA), para realização do processo de compostagem e utilização do composto verde. Ações A Diretoria de Limpeza Urbana, em conjunto com o Coordenador do Projeto AMA, montará um cronograma de coleta dos resíduos sólidos públicos gerados durante a reforma do ajardinamento, roçagem, capina e podas. Para os resíduos de particulares, será necessário o agendamento prévio junto a Diretoria de Limpeza Urbana, para a realização da coleta. As ações de compostagem serão realizadas na área onde funciona o Projeto AMA, sendo necessário para tanto, a adequação físico-estrutural da sede administrativa. Para esta adequação terão de ser realizadas a construção de uma sede (croqui em Anexo), a aquisição de equipamentos e material permanente, maquinarias, bem como equipamentos de proteção individual. Capacitação dos recursos humanos – realizado o curso de capacitação para os participantes do Projeto AMA, por um técnico especialista no assunto, onde foram oferecidas, em três módulos, informações básicas sobre águas, plantas, solos e meio ambiente em geral, bem como informações técnicas sobre a compostagem vegetal. Controle de qualidade do produto – para controle da qualidade do produto gerado pretendese implantar um pequeno laboratório que possa analisar parâmetros físicos, químicos e biológicos. O composto produzido será monitorado através da realização periódica da qualidade do pH, teor de umidade, matéria orgânica, nitrogênio, relação C/N e a granulometria. Divulgação Serão confeccionadas placas informativas sobre as atividades desenvolvidas pelo Projeto AMA referente à compostagem verde, apresentando as economias municipais no que diz respeito à aquisição de adubos para a jardinagem, bem como os resultados referentes a manutenção dos jardins, após o uso do composto vegetal. Material Necessário ♦ Triturador ♦ Equipamentos de Proteção Individual ♦ Luvas de couro ♦ Protetor ocular ♦ Protetor auricular ♦ Forcado 194 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Enxada ♦ Carrinho de mão pneumático ♦ Caixotes de madeira ♦ Multibox Cronograma de Execução Ações Período 2001/2002 D J F M A M J J A S O N D Curso de capacitação Cronograma de coletas Adequação da sede Controle de qualidade do produto Divulgação dos resultados 195 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Projeto Adubo Verde Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total Curso de Capacitação 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A4 Resma 4 11,80 47,20 1.5 Pincel Atômico Caixa 3 18,00 54,00 1.7 Cola 90g. Caixa 1 10,20 10,20 1.8 Fita Adesiva Un 5 2,50 12,50 1.9 Grampos Caixa 1 2,80 2,80 1.15 Filme Colorido 36p. Un 3 10,50 31,50 1.16 Disquete Caixa 1 15,00 15,00 173,20 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Fotocópias Simples Un 750 0,10 75,00 2.2 Fotocópias Coloridas Un 45 3,00 135,00 2.3 Revelação Fotográfica Un 108 1,20 129,60 2.4 Cartilhas Informativas Un 250 2,50 625,00 2.6 Fólderes Un 550 0,90 495,00 2.8 Confecção de Camisetas Un 250 15,00 3.750,00 Subtotal 5.209,60 Total Parcial 5.382,80 Execução dos Serviços 1.0 Material de Consumo 1.1 Multibox Caixa 8 5,72 45,76 45,76 Subtotal 2.0 Equipamento e Material Permanente 2.1 Luvas de Couro Par 12 15,00 180,00 2.2 Protetor Ocular Par 6 23,00 138,00 2.3 Protetor Auricular Par 6 12,00 72,00 196 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO 2.4 Forcado Un 4 11,50 46,00 2.5 Enxada Un 4 9,50 38,00 2.6 Carrinho de Mão Pneumático Un 5 2.7 Caixotes de Madeira (14:1:1) Un 10 15,50 155,00 2.8 Triturador Un 1 500,00 500,00 Subtotal 1.129,00 Total Parcial 1.174,76 Total 6.557,56 Cronograma Físico-financeiro Projeto Adubo Verde Item Discriminação Vl. 01 un. 30 dias 1.0 Curso de capacitação R$ 5.382,80 100% R$ 5.382,80 2.0 Execução dos serviços R$ 1.174,76 100% R$ 1.174,76 % Parcial 100% R$ Parcial R$ 6.557,56 R$ Total R$ 6.557,56 R$ 6.557,56 197 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 16 Croquis da Sede da Limpeza Urbana 198 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planta Baixa da Sede da Diretoria de Limpeza Urbana 25.50 2.00 1.50 2.00X1.50 5.00 2.00X1.50 ALMOX. WC DIR. MASCULINO COMPUTADOR 2.00X1.50 BEBEDOURO VESTIÁRIO FEMININO NAC NCF 2.00X2.10 2.00X2.10 VARANDA ESPERA 2.70 4.30 DIRETORIA JARDIM REFEITÓRIO/ REUNIÕES BEBEDOURO 3.50 2.00X1.50 2.00X1.50 4.30 VESTIÁRIO 1.50 2.00X1.50 ESTUFA 2.00X0.80 7.50 9.00 3.30 2.00X0.80 PLANTA BAIXA 199 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planta de Situação com a Sede da Diretoria de Limpeza Urbana e o Campo de Futebol e Vôlei de Areia 25.50 9.00 JARDIM 5.00 SEDE 24.00 14.00 QUADRA POLIESPORTIVA PLANTA DE SITUAÇÃO 201 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 17 Croquis da Sede do Projeto AMA 202 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planta Baixa da Sede do Projeto AMA 22.50 4.00 3.30 1.50 1.50 2.00X1.50 ESTUFA 2.00X1.50 ALMOX. JARDIM REFEITÓRIO/ REUNIÕES 2.00X1.50 BEBEDOURO WC DIR. 5.50 BEBEDOURO 2.00X1.50 MASCULINO 7.45 3.50 3.50 6.00 2.00X0.80 VESTIÁRIO 1.50 COMPUTADOR 2.00X2.10 2.00X2.10 VARANDA ESPERA COORDENADOR 2.00 3.50 VESTIÁRIO FEMININO 2.00X0.80 PLANTA BAIXA A sede será construída no local onde funciona hoje o Projeto AMA. O campo de futebol será reformado para servir como área de lazer . 203 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 18 Indicadores de Produtividade e de Qualidade Objetivo Implantar indicadores de qualidade e de produtividade na área operacional do Serviço de Limpeza Urbana e utilizá-los como instrumento de melhoria continuada nos serviços prestados à população. Explicação Esta proposta de trabalho pressupõe uma parceria na elaboração do planejamento e na programação das ações que, feitas de forma compartilhada e ouvindo todos os atores envolvidos, gera um compromisso, tanto por parte de quem tem participação direta na geração de lixo – a população – quanto de quem realiza a atividade de limpeza – os funcionários da Diretoria de Limpeza Urbana. A operacionalização deste sistema utiliza procedimentos de fiscalização que são colocados em prática através do levantamento de irregularidades frente ao Regulamento de Limpeza Urbana e da realização de pesquisas com a população. Assim, é necessário fazer uma leitura das irregularidades que passe pela visão interna, com conhecimento do problema, mas que não seja diretamente afeta ao mesmo e de uma outra área da mesma organização, e a visão do ponto de vista do cliente, no caso a população, que é beneficiada pelo serviço e que deve dar a sua opinião sobre a qualidade do mesmo. É indispensável criar uma padronização das irregularidades segundo critérios estabelecidos, com a elaboração de um glossário e de níveis de responsabilidade por sua ocorrência, definindo as categorias desejadas: ♦ do contribuinte, ♦ da Diretoria de Limpeza Urbana, ♦ de terceiros identificáveis ♦ de terceiros não identificados. O levantamento, a tabulação e a sistematização dos dados permitem ainda um tratamento homogêneo do problema por parte de todas as unidades operacionais da organização. Estas três avaliações devem ser tabuladas, utilizando-se pesos diferenciados e gerando uma nota que sirva para comparar os resultados das unidades operacionais pesquisadas, e definam as de melhor qualidade e maior produtividade, segundo os critérios estabelecidos. 205 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO É possível estabelecer e utilizar sistemas de aferição de qualidade e de produtividade, como instrumento de planejamento e operação que vai permitir a área operacional dar um salto de qualidade e estabelecer novos patamares operacionais. É desejável o estabelecimento de parceria com estabelecimento externo, de reconhecido saber, para participar do processo, de forma a inserir uma visão externa, capaz de colocar fachos de luz em locais de sombra que aos agentes internos possam passar despercebidos. Metodologia ♦ Levantamento das irregularidades existentes e mais comuns ♦ Levantamento das disfunções existentes e mais comuns na prestação dos serviços ♦ Descrição de todas as irregularidades e disfunções ♦ Definição do nível em que as irregularidades e as disfunções vão ser enquadradas ♦ Tabulação e estabelecimento do valor de cada irregularidade e de cada disfunção ♦ Tabulação e estabelecimento do valor das respostas do público ao questionário aplicado pela comissão interna ♦ Estabelecimento de convênio com UNITINS ♦ Capacitação dos agentes envolvidos ♦ Veiculação do manual de avaliação ♦ Implantação do sistema informatizado de avaliação dos dados, na área de planejamento, nas unidades operacionais e para uso da comissão interna Processo A fiscalização deve ser parte de um processo de planejamento, empregando ações programáticas preventivas e corretivas, com horizontes ampliados e resultados mais compensadores tanto para a companhia como para a cidade e sua população. A fiscalização passa a ser exercida em diversos níveis, a saber: ♦ Interna ♦ Externa / Interna ♦ Externa / Externa Resultados Pretende-se ter uma visão com o foco interno – a ser operacionalizada pelos fiscais, uma visão com o foco interno / externo – por integrantes de órgão externo, no caso a proposta é da participação de alunos da UNITINS e uma visão com o foco puramente externo – da população, através de pesquisa aplicada pela mesma comissão. As avaliações devem ser feitas em toda a área operacional, em todos os tempos. 206 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO É desejável entrar também com uma quarta nota, de peso bem menor, que reflita a atuação da unidade em termos administrativos e de planejamento. Devem ser adotadas ações preventivas que vão propiciar melhores resultados, com menores custos e com mais conforto para todos os envolvidos no processo. Finalmente pode ser implementado um sistema de avaliação pessoal bastante abrangente e justo, uma vez que vão ser verificados o trabalho de equipe e a participação de cada um na equipe. Planilha Orçamentária Projeto - Indicadores de Produtividade e de Qualidade Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 1.0 Material de Consumo 1.1 Papel Sulfite A/4 Resma 20 11,80 236,00 1.5 Pincel Atômico Caixa 18 18,00 324,00 1.7 Cola 90g. Caixa 5 10,20 51,00 1.8 Fita Adesiva Un 20 2,50 50,00 1.9 Grampos Caixa 10 2,80 28,00 1.16 Disquete Caixa 20 15,00 300,00 989,00 Subtotal 2.0 Serviços de Terceiros 2.1 Convênio UNITINS 2.2 Fotocópias Simples Un 1000 0,10 100,00 2.3 Fotocópias Coloridas Un 100 3,00 350,00 Un 550 0,90 495,00 8.9152.6 Folders 2.600,00 Consultoria Curso Capacitação 2.000,00 Subtotal 5.545,00 3.0 Equipamento e Material Permanente 3.1 Máquina Fotográfica Digital 1.500,00 Subtotal 1.500,00 Pesquisa 3.000,00 Subtotal 3.000,00 4.0 Total 11.034,00 207 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Cronograma Físico-financeiro Indicadores de Produtividade e de Qualidade Item 1.0 Discriminação Material de Consumo Valor 01 un. R$ 989,00 30 dias 60 dias 50% 50% 494,50 2.0 3.0 Serviço de Terceiros R$ 5.545,00 120 dias 34% 6,0% 150 dias 180 dias 25% 25% 494,50 20% 40% 1.109,00 2.218,00 Equip./mat. Permanente R$ 1.500,00 90 dias 1.885,30 332,70 100% 1.500,00 4.0 Pesquisa R$ 3.000,00 25% 750,00 25% 750,00 14,5% 38,2% 23,9% R$ Parcial 1.603,50 4.212,50 2.635,30 1.082,70 1.603,50 5.816,00 8.451,30 9.534,00 10.284,00 11.034,00 R$11.034,00 6,8% 750,00 % Parcial R$ Total 9,8% 750,00 750,00 6,8% 750,00 208 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 19 Sistema de Indicadores Gerenciais em Limpeza Urbana Objetivo Implantar e operacionalizar um sistema de controle informatizado, que permita elaborar o catálogo de informações e os relatórios técnicos das unidades de trabalho, e possibilitar a melhoria continuada dos resultados, com a utilização consciente de indicadores de desempenho. O sistema se apóia em uma base de dados, que permite a conferência na entrada dos dados (crítica de segurança) e o processamento adequado dos indicadores. Base de Dados A base de dados deve compreender os diversos serviços e controles realizados pela organização, e para isto tem que ser elaborada de forma a atender às necessidades de controle e avaliação contínua, sendo dividida e formatada como no exemplo a seguir: ♦ Segmento pessoal: Relação nominal de todos os empregados da Unidade Operacional ♦ Segmento de viaturas, máquinas e equipamentos: ♦ Relação de veículos, máquinas e equipamentos lotados na Unidade Operacional e a programação normal de apresentação de veículos (cota) ♦ Programação normal de utilização (cota) ♦ Utilização de contêiner ♦ Utilização de caixa estacionária ♦ Segmento de Controle Operacional informatizado de viaturas e equipamentos: Sistema de controle operacional de veículos nas Unidades de Trabalho ♦ Segmento de indicadores físicos das unidades operacionais – Estrutura de cada uma ♦ Segmento Atividades Operacionais: Programação de serviços rotineiros da Unidade de Trabalho, conforme relação a seguir, e outras desenvolvidas pela unidade operacional: - atividade coleta domiciliar - atividade coleta de lixo público - atividade varrição manual - atividade varrição mecânica 209 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO - atividade roçada mecânica - atividade capina - atividade limpeza de ralos - atividade limpeza de praia - atividade lavagem de logradouros - atividade feiras livres Padronização Para a implantação do SIG, é necessário que as Unidades Operacionais adaptem seu fluxo de documentação e padronizem os registros de informações, para que a entrada no sistema se faça de forma adequada. Entrada de Dados Devem ser abordados pelo menos os referentes aos segmentos mencionados a seguir: ♦ relatório de despesas; ♦ quadro de distribuição de pessoal; ♦ boletim de operações; ♦ ordens de serviços; ♦ sumário de freqüência; ♦ mapa de utilização de veículos e equipamentos; ♦ movimento de material; ♦ boletim de atendimento ao cliente Desenvolvimento É desejável que o sistema seja implantado em linguagem de fácil acesso, entendimento e uso, como por exemplo Visual Basic. Uma forma de facilitar e agilizar a implantação, permitindo a entrada em uso de imediato do sistema, é utilizar um programa de bancos de dados existente, adaptado ao uso requerido. Implantação A utilização de um programa de bancos de dados convencional, leva a uma necessidade de acompanhamento constante, às vezes com carência de viabilização de suporte técnico, o que torna fundamental a escolha criteriosa do local onde o processo vai ser implantado em fase-piloto. O(s) local(is) escolhido(s) deve(em) ser capaz(es) de operacionalizar o sistema, fornecer as informações para as correções de rumo e a direção do processo deve ser capaz, também, de dar o suporte que o(s) local(is) escolhido(s) necessitar(em). 210 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Avaliação O processo de avaliação deve ser contínuo e participativo, com integração entre os elaboradores e os usuários, numa relação de troca intensa de informações, onde as dificuldades observadas na prática devem servir de (re)alimentação do processo de elaboração e disponibilização do produto em sua versão final. É importante manter um fluxo de informações contínuo entre a Unidade Operacional onde o sistema esta implantado e em fase de testes, e as outras Unidades Operacionais da Organização, através de reuniões técnicas, preferencialmente no local onde o sistema se encontra em funcionamento, para aumentar a abrangência de análises e críticas. Correlação dos Indicadores com Base de Dados Os indicadores devem ser relacionados com a base de dados, contemplando pelo menos os grupos relacionados a seguir, devendo ser acrescidos os grupos de interesse de cada unidade operacional. ♦ grupo pessoal ♦ grupo equipamentos ♦ grupo operações ♦ grupo despesas / custos ♦ grupo qualidade Em cada grupo são estabelecidos os indicadores, feito o relacionamento com a base de dados e estabelecida a fórmula para aferição da produtividade. Resultados O sistema fornece relatórios gerenciais e demais informações técnicas necessárias à avaliação do desempenho e a melhoria operacional, a partir dos dados lançados em cada um dos segmentos considerados, cruzando as informações, tabulando os resultados e liberando os indicadores requisitados em relatórios dedicados, considerando o período e a base de dados requisitados. São relatórios comuns ao sistema: ♦ pessoal ♦ controle operacional de viaturas e equipamentos ♦ controle operacional de mão-de-obra direta ♦ custos por centro de custo ♦ produtividade de pessoal, viaturas, máquinas e equipamentos ♦ serviços executados Outros relatórios podem ser requisitados ao sistema, dentro das necessidades do serviço e desde que os dados que vão compô-lo estejam disponíveis no banco de dados. 211 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Planilha Orçamentária Sistema de Indicadores Gerenciais em Limpeza Urbana Item Discriminação Un Quant. P.unit. P.total 1.0 Equipamentos e material permanente 1.1 Microcomputador pentium III Un 1 3.499,00 3.499,00 1.4 Mesa para computador e impressora Un 1 350,00 350,00 1.5 Cadeira de escritório c/ braço Un 2 230,00 460,00 1.5 Mesa para escritório Un 1 250,00 250,00 4.559,00 Subtotal 2.0 Serviços de terceiros 2.1 Desenvolvimento de software Un 1 5.000,00 5.000,00 Subtotal 5.000,00 Total 9.559,00 Cronograma Físico-financeiro Sistema de Indicadores Gerenciais Em Limpeza Urbana Item Discriminação 1.0 Valor 01 un. Equipamentos e R$ material 4.559,00 permanente 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias 40% 30% 30 % 100% R$4.559,00 2.0 Serviços de terceiro R$ 5.000,00 R$ 2.000,00 R$ 1.500,00 % parcial 47,7% R$ parcial R$ total R$ 9.559,00 20,9% 15,7% R$ 1.500,00 15,7% R$ 4.559,00 R$ 2.000,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 R$ 4.559,00 R$ 6.559,00 R$ 8.059,00 R$ 9.559,00 212 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 20 Croquis do Centro de Armazenamento Provisório e Agregação de Valor Planta Baixa do Centro de Armazenamento Provisório e Agregação de Valor VIDRO 1.00X2.00 PLÁSTICO 1.00X2.00 PAPEL 1.00X2.00 METAL 3.00 1.00X2.00 2.00 WC FEM. 7.00 WC MASC. 3.10 JARDIM 2.30 10.00 CORTE ESQUEMÁTICO TELA DE ARAME ATÉ 2.00m PLANTA BAIXA 213 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 21 Croquis do Carrinho de Coleta de Material Reciclável APOIO 0. 0.25 Carrinho para Coleta de Materiais Recicláveis para uso dos Catadores VISTA 214 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Anexo 22 Lista de pessoas que tiveram participação ativa no desenvolvimento do Plano ♦ Adriano Tadeu Benedetti Glasplastic Ind Com. de Plásticos Ltda ♦ Ana Maria Fernandes Radialista ♦ Ana Maria Jorge R. Niasio Pré-Escola Deusa da Paixão ♦ Ana P. Negry Muta Assistência Social Sec. de Saúde. ♦ Armstrong Collins Coordenador de Custos ♦ Auriliva D. A. Rosen APAE ♦ Bernardino Jose Dias Fiscal de Posturas ♦ Cabo Dias LEP – Coord. área de esportes ♦ Carlos Alberto Luz Costa Associação do Bairro Jardim Municipal ♦ Carolino Tadeu Pedreira Fiscal de Posturas ♦ Celina Soares Diretora Regional do SEBRAE ♦ Cleanes Avelino Amaral Col. Est, Mal Arthur Da Costa E Silva ♦ Diógenes Gonçalves A. Filho FUNDAV – Fundação de Auxílio à Vida ♦ Domingos da Silva Reis Pref. Municipal ♦ Edisia Interessada, cooperativanda ♦ Eduardo COMSAÚDE ♦ Eduardo Manzano ONG – COMSAÚDE ♦ Elaine Cardoso Pereira CEM Felix Camoa; ♦ Elsa Ribeiro De Carvalho Esc. Est. Angélica R. Aranha ♦ Elvanire L Cardoso Souza Esc. Est. Custodia Pedreira ♦ Emilio Fontoura Carvalho Técnico da Secretaria de Saúde ♦ Eneida Engenheira, responsável por projetos ♦ Firmino Fernandes Rocha Pres. Assoc. Bairro Alto Da Colina ♦ Francisco Pereira Neto Estagiário Sec. Obras e Urbanismo ♦ Geizzanna M. Macedo Braga NATURATINS 215 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Helder Luis Costa Sec de Agricultura ♦ Iriene Siqueira UNITINS ♦ Irmã Lucia Pastoral da Criança ♦ Irmã Martha Mesquita, Diretora Col. Sagrado Coração de Jesus ♦ Jeremias Simião Consultor Projeto Adubo Verde ♦ João Carlos G. Jesus Esc. Mun. Dr. Euvaldo ♦ José Alves Correia Bairro Jardim Municipal ♦ Jose Rodrigues dos Santos Chefe Gabinete ♦ Jose Tadeu Empresário sucata de alumínio ♦ José Valder Gomes Encarregado da varrição ♦ Juliana Cardoso Setor Fama ♦ Julio Empresário do setor de reciclagem ♦ Luciana Pereira de Souza CEM Florêncio Ayres; ♦ Lucinha Quilombo Diretora Cultural ♦ Luis Saraiva do Nascimento Fiscal de Posturas ♦ Magno Henrique Lisboa ONG COMSAUDE / Aspel ♦ Manoel Ribeiro de França Novo Planalto ♦ Maria Carvalho Da Conceição Pres. Assoc. Bairro do Fama ♦ Maria da Conceição CEM Félix Camoa ♦ Maria da Cunha Sousa Reis ONG – COMSAÚDE ♦ Maria da Gloria DRE ♦ Maria das Mercês Dias G. Silva Esc. Est. Dom Pedro Ludovico Teixeira ♦ Maria Gonçalves Bairro Imperial ♦ Maria Isabel De Lima Thron Col. Est. Frei Jose Maria Aldrin ♦ Maria Nadilza Aires G. Fernandes Escola Estadual Prof. Altives Ayres ♦ Marilene Gomes A. Pereira Assoc. Com. do Bairro Nova Capital ♦ Miracy Bairro Jardim Querido ♦ Neilina Souza do Nascimento Secretaria Municipal de Educação ♦ Nelson Batista Silvio Jardim Querido ♦ Otacílio Decano dos catadores de Porto ♦ Paulinho Contínuo da Prefeitura ♦ Pedro Barbosa Franco UMACOM 216 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Penha COMSAÚDE ♦ Prof. Ana Lourenço Fundação Socioambiental ♦ Prof. Daurizan S Carvalho Esc. Mun. FAMA ♦ Prof. Eduardo UNITINS ♦ Prof. Elaine Cardoso Pereira CEM Félix Camoa ♦ Prof. Eliseu UNITINS ♦ Prof. Liliana Pena Naval UNITINS. ♦ Prof. Maura Alves Faria UNITINS ♦ Prof. Rafael UNITINS. ♦ Prof. Raimundo Ayres CEM Florêncio Ayres da Silva ♦ Prof. Sergio UNITINS ♦ Prof. Solange Coord. Biologia UNITINS ♦ Prof. Valdir Aquino Zitzke UNITINS ♦ Prof. Yara Gomes Correia Japiassu Colégio Irmã Aspásia ♦ Rosimar Luis Mendes Esc. Est. Dom Domingos Carrerot ♦ Serafim Barbosa da Luz Chefe da limpeza urbana ♦ Silvano Pereira de Souza Técnico Sec. Obras e Urbanismo ♦ Sonia Maria Almeida Pereira Esc. Est. Carmenia Matos Maia ♦ Vereador Juraci ♦ Vereador Macelio ♦ Virginia Pereira de S. Andrade Presidente da APAE ♦ Virginia Pereira de S. Andrade Presidente da APAE. ♦ Washington Hotehnordins Esc. Est. São Geraldo Magela ♦ Washington Gari ♦ Wellington Desenhista ♦ Wellmer Galvão Petrônio Fiscal de Posturas ♦ Carlos Demóstenes M. Braga Secretário de Obras e Urbanismo ♦ Ermilton Barreira Parente Secretário de Transporte ♦ Helder Luz Costa Secretário da Agric. e Desenv. Econômico ♦ Iarairene Costa Braga Secretária da Educação e Cultura ♦ Jadson Laet de Oliveira Negre Procurador Geral do Município ♦ Jose Francisco Pereira Silva Secretário da Juventude, Desp. Turismo 217 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO ♦ Jose Rodrigues dos Santos Chefe de Gabinete ♦ Olegário José de Oliveira Secretário de Administração ♦ Pedro Pereira Filho Secretário de Finanças ♦ Raimundo Célio Pedreira Secretário da Saúde ♦ Renato Batista de Souza Secretário de Controle Interno ♦ Terezinha das Graças O. Andrade Secretária da Ação Social ♦ Otoniel Andrade da Costa Prefeito 218 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Bibliografia 1. Agenda 21 - Câmara dos Deputados - Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias - 1995 2. Bidone, F.R.A.; Povinelli,J. (1999). Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos. São Paulo: EESC/USP. 120p. 3. Brandão, C. T. Alimentação Alternativa INAN/MS, 2ª ed., Brasília-DF, 1996. 96 p. il. 4. CETESB (1983). Manual CETESB para operação de resíduos sólidos n.º 02: depósito de lixo em vala. São Paulo, CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (apostila). 5. Coleta Seletiva - reciclando Materiais, Reciclando Valores – Coordenação Elizabeth Grimberg e Patricia Blauth - Instituto Pólis - 1998 6. Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos - Bidone, Francisco Ricardo Andrade; Povinelli, Jurandyr - ////eesc USP - Projeto REENGE 7. D’Almeida, M.L.O.; Vilhena, A. (Coord.) (2000). Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. 2ª edição. São Paulo: IPT/CEMPRE. 363p. 8. Diretrizes Nacionais de Limpeza Urbana - SEMA / CNDU 9. Legislação Brasileira de Resíduos Sólidos e Ambiental correlativa – Caderno Legislativo - Senado Federal - Volumes I, II, III 10. Manual de Compostagem - Pereira Neto, João Tinôco - 1996 11. Manual de Gerenciamento Integrado - IPT - São Paulo 12. Manual Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - IBAM - SEDU - 2001 13. O que é preciso saber sobre Limpeza Urbana - IBAM - 2ª edição, 1993 14. Resíduos Sólidos: Proposta de Instrumentos Econômicos Ambientais - 15. Resíduos Urbanos: um problema global - Secretaria do Meio Ambiente -Estado de São Paulo - 1998 16. Rosa, Ana L. da. Noções de Fitoterapia e Alimentação Alternativa. Porto Nacional, TO, 1996. 8 p. 17. Secretaria de Política Urbana - Ministério do Planejamento e Orçamento - série Modernização do Setor Saneamento - 1998 219 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PORTO NACIONAL/TO Páginas Eletrônicas Pesquisadas 1. www.mma.gov.br 2. www.ibama.gov.br 3. www.sedu.gov.br 4. www.ibge.gov.br 5. www.ibam.org.br 6. www.cempre.org.br 7. www.plastivida.org.br 8. www.resol.com.br 9. www.lixo.com.br 10. www.latasa.com.br 11. www.citecma.com.br 12. www.cepis.org.pe 13. www.epa.gov 14. www.solidwastesystems.com 15. www.sanitec-inc.com 16. www.envasns.org 17. www.wastec.org 220