vitrine - Revista Mundo OK

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encontro
pets
agricultura
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casos da vida
mundo oriental
click
eventos
cosplay
anime
game
tokusatsu
mangá
opinião
Tempo de festejar
Mais um ano se passou e junto com ele muitas
emoções e dificuldades. Um ano de muito trabalho e aprendizado. Nossa equipe acompanhou de
perto os festivais e atividades que comemoraram
o centenário da imigração japonesa no Brasil por
todo o país; momentos de orgulho que ficarão
marcados na memória de toda a comunidade
nipo-brasileira. Sem deixar, é claro, de falar sobre
as demais comunidades orientais, mostrando as
diferenças e peculiaridades de cada nação.
E para celebrar esse ano de muitas conquistas a
Mundo OK traz em sua edição de aniversário um
especial de natal. Isso mesmo, uma matéria para
mostrar como o Natal e o Ano Novo são comemorados nos países orientais. Para o leitor mais atento, fica a dúvida: na Ásia há a comemoração do
Natal? Em principio, não. Mas, em um mundo cada
vez mais globalizado, chineses, coreanos e japoneses passam a “adotar” os costumes ocidentais.
Nesta edição com ares festivos, não podemos
deixar passar em branco o aniversário de um ano
da Mundo OK. Pensando sempre na melhoria
editorial a redação promete mudanças. A primeira delas é o aumento na tiragem. Outra novidade
é a reformulação do site, com uma cara nova,
passará a contar com as matérias na íntegra e os
bastidores de cada produção. Porque em nosso
aniversário, o presente é para você!
Boa leitura!
Capa: Comemorações
de fim de ano
Imagem:Shutterstock
Revista Mundo OK – Ano 2 – Número 13 • Diretores: Takashi Tikasawa e Marcelo Ikemori • Editores: Rodrigo Meikaru e David Denis Lobão • Chefe de Arte: César Gois • Diagramação: Rodrigo Medeiros e Paulo Henrique Liberato• Redação: Cibele Hasegawa, Cintia Yamashiro, Tamires Alês, Daniel Verna, David Denis Lobão, Eugenio Furbeta, Fernando
Ávila de Lima, Francisco Junqueira, Layla Camillo, Leandro Cruz, Tom Marques, Carolina Michelli • Correspondente no Japão: Fabio Seiti Tikazawa • Desenhista: Diogo Saito •
Assistente: Bianca Lucchesi • Revisão: Daniel Martini Madeira • Marketing: Leandro Cruz • Assistente de Marketing: Daniel Verna, Hideo Iwata, Nicolas Tavares • Gerente de
Comunicação: David Denis Lobão • Assessoria de Imprensa: Ida Telhada • Atendimento ao leitor: Michelle Hanate • Comercial: Denis Kim, Fernando Ávila de Lima, Hideki Tikasawa, Keico Ishigaki, Luciana Kusunoki, Luciana Mayumi, Marcelo Ikemori • Digital: Fabrizio Yamai • Assistentes
Digital: Rodrigo Medeiros • Administrativo: Suzana Sadatsune, Camila Yuka Maeda • Planejamento: Karlos
Kusunoki • Contato: [email protected] • A Revista Mundo OK é uma publicação da Yamato
Corporation. O Núcleo de Edição da Yamato Editora se exime de quaisquer responsabilidades pelos anúncios
veiculados, que são de responsabilidade única dos próprios anunciantes. Os artigos assinados e as imagens publicadas são de responsabilidade civil e penal de seus autores com a prévia, devida e expressa cessão de seus
direitos autorais à Revista Mundo OK. Rua da Glória, 279 - 8° andar/ Conj. 84 • CEP 01510-001 • Liberdade
• São Paulo - SP | Tel.: (11) 3275-1464 • (11) 3275-0432
cartas
Você também pode colaborar e participar da Revista Mundo Ok, enviando
suas críticas ou sugestões para:
[email protected]
Contamos com você para tornar as
próximas edições ainda melhores!
Um grande futuro!
O ano de 2008 passou como um raio! E a Revista
Mundo OK chega à sua 13º edição comemorando
o primeiro aniversário de uma história que já mostra o brilho do sucesso.
Acreditei, desde a primeira vez em que ouvi a resEquipe da Revista Mundo Ok peito, no bom resultado da união entre Takashi Tikasawa, um empresário que vive e transpira marketing, e Marcelo Ikemori, um nikkei que
tem orgulho do ser, do pensar e do agir “vendedor”.
Juntos, eles planejaram um projeto pioneiro e ousado, com o objetivo de somar e agregar comunidades e culturas, utilizando como ferramenta uma revista bonita, bem feita e de distribuição
gratuita, que já alcança a tiragem de 20.000 exemplares mensais.
Desde o primeiro número, a Revista OK se mostra um veículo de comunicação que cresce e melhora seu conteúdo editorial a cada mês. A partir da última edição, por exemplo, lançou a editoria
de “Agricultura”. Um fato que considero muito importante na sua evolução, pois, além de agregar
um conteúdo editorial imprescindível para a revista, demonstra o respeito que todos devemos à
história da imigração japonesa no Brasil.
Marcelo e Takashi vêm demonstrando em suas ações total coerência com o que afirmam em
palavras. Neste período de existência da Revista OK, ao invés de se fecharem em si mesmo,
num processo de verticalização tão comum e nefasto em iniciativas desse tipo, ampliaram seus
“Quero deixar registrado aqui os meus agradecihorizontes de comunicação ao selar uma importante parceria na área digital com o Instituto Icaro.
mentos pela parceria ao longo do ano e parabeniHoje eles ocupam um espaço invejável na recém-lançada plataforma cultural aglutinadora reprezar toda a equipe pelo belo trabalho. ”
sentada pelo site www.nikkeyweb.org.br.
Todas essas conquistas são frutos de um projeto bem focado e trabalhado com afinco por pessoMarcos Aguena
as apaixonadas pelo que fazem. Mas, principalmente são frutos da vontade de agregar pessoas
e iniciativas, de fortalecer os laços culturais milenares de cooperação, amizade, solidariedade
que herdamos de nossos ancestrais e que devemos cultivar e dividir com as demais culturas que
formam o Brasil.
Parabéns a todos.
Akio Ogawa é o atual presidente do Instituto Icaro
“Adorei a matéria do Arita e a revista como um
Contato: [email protected]/ www.icaro.org.br
todo. Vocês estão de Parabéns!”
Agradecimentos
Yasushi Arita
Claudia Fernandes de Oliveira
Parabéns
“Parabéns pelo belíssimo trabalho realizado pela
equipe da Revista e por sempre participarem dos
acontecimentos da nossa querida colônia. ”
Jun Suzaki
agenda e notas
Investigação
Bazar do Bem
Desemprego e deflação
Polícia investiga os ataques a ex-funcionários
do ministério da Saúde do Japão. Duas pessoas morreram, o ex-ministro da Saúde Takehiko
Yamaguchi e sua mulher Michiko, e uma ficou
gravemente ferida, a mulher do ex-vice ministro da Saúde Kenji Yoshiwara, que não corre
mais perigo de vida. As autoridades ainda não
sabem o motivo dos ataques.
Nos dias 6, 7, 20 e 21 de dezembro acontece na
Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de
Assistência Social – Bunkyo, das 10h30 às 19h,
o Bazar do Bem – edição Natal 2008. O evento
vai reunir cerca de 30 expositores de roupas,
brinquedos, artesanato, acessórios, decoração e
enfeites natalinos. Parte da renda será doada às
entidades Ikoi-no-Sono, Kodomo-no-Sono, Kibôno-Iê e Yassuragi Home.
O Japão como a maioria dos países está sentindo os impactos da crise financeira mundial.
De acordo com o ministro da Economia, Kaoru
Yosano, o país provavelmente verá um desemprego maior, já que as companhias japonesas
planejam cortar milhares de empregos temporários no final do ano. E enfrentará a deflação,
uma vez que não existe um concerto rápido
para a atual crise.
Guia para brasileiros
MortosVivos
Exposição no Louvre
A editora Shumpusha lança o livro “O jeitinho
no Japão para os brasileiros” de Matsuda
Makiko, professora japonesa que leciona para
brasileiros, e Tiago Sales Pinto. A obra é um
guia prático com expressões em japonês necessárias para as mais diversas situações do
dia-a-dia. Além de dicas sobre placas de sinalização, utensílios domésticos, telefone celular
e ferramentas.
No dia 17 de janeiro, mais uma balada vai agitar
as noites de São Paulo. É o Mega MortosVivos
– Thanks 2008 – Welcome 2009. Uma super festa para comemorar o Ano Novo com muita energia. A partir das 22h30, no Espaço das Nações
Unidas. Ingressos antecipados R$ 25,00, na porta
R$ 30,00, sem consumação. Proibida a entrada
de menores de idade. Mais informações [email protected].
Com apenas 18 anos, o estudante de desenho
industrial Arthur Sakemi terá uma obra exposta no Louvre, famoso museu francês. O óleo
em tela intitulado “Dragão da Terra” foi à obra
escolhida para participar da mostra anual da
Sociedade Nacional de Belas Artes de Paris, no
espaço chamado Carrousel Du Louvre. O jovem
estudou pintura dos 12 aos 15 anos, e mesmo
com o incentivo não pretende largar à carreira e
vai manter a pintura como um de seus hobbies.
vitrine
cultura
Busca pela paz entre as nações
Sobrevivente da bomba atômica em Nagasaki, Kaoru Ito luta pela eliminação
das armas nucleares
Texto: Tamires Alês / Fotos: Divulgação
O
nove de agosto de 1945, na cidade de Nagasaki, era mais um dia na
vida do então garoto Kaoru Itou. Aos 8 anos de idade, aproveitava a
manhã no sítio da família, enquanto outras pessoas trabalhavam, realizavam as tarefas de casa ou lutavam nos campos de batalha da Segunda
Guerra Mundial. Exatamente às 11h02, a aparente paz se esvai. A cidade é
atacada pelos Estados Unidos, e a segunda bomba atômica utilizada na história da humanidade é lançada sobre a cidade. Ito, que brincava com o irmão
na varanda, é jogado contra a parede com a força do vento, desmaiando.
Ao acordar, o que vê é uma nuvem de fumaça escura que se espalha pela
cidade, além de pedaços de madeira e de casas voando pelo ar.
Depois de alguns dias, após o susto ter passado e a polícia liberar a passagem, Ito vai até Urakami, a 3 quilômetros de distância de sua casa, onde
a bomba caiu, para procurar o tio que trabalhava em uma das fábricas. O
cenário encontrado é assustador: a cidade está em ruínas, toda destruída
e queimada, há montanhas de corpos carbonizados por todos os lados. Ito
começa a vasculhar os corpos a procura do tio. Só encontra um braço, identificado por uma tatuagem. Carrega o braço do tio até em casa, onde junto
com a família queima e faz as orações. Mais de 170 mil pessoas morrem em
um dos episódios mais cruéis e covardes da humanidade.
Após a tragédia, Ito começa a treinar judô e caratê para se vingar dos americanos. Ao ver um soldado, corre com um pedaço de bambu grande, com a
ponta afiada e o ameaça de morte. Em 1947, já com 10 anos, Ito vai morar
com o seu tio, Taketaro Noda, um artista plástico muito conceituado no Japão, para ajudá-lo nas atividades do dia-a-dia, já que Noda tem problemas de
mobilidade por causa dos quase 240 quilos.
É em um ambiente onde a arte está impregnada em todas as paredes, que
o ainda menino começa a se interessar pelo mundo da pintura. Com o tio
aprende as técnicas e logo participa de um concurso de pintura da região,
em que recebe o primeiro, de muitos prêmios pelo seu trabalho. Este foi o
que o motivou e o fez mergulhar de cabeça nessa profissão.
Daí em diante não teve mais paradas. Ainda adolescente, aos 16 anos, viaja a
Itália para fazer um curso de aerógrafo industrial, aprendendo a desenhar máquinas, carros e fisionomias. Após concluir o curso já começa a ministrar aulas
em países livres do sofrimento da guerra viaja para Espanha, França e EUA.
Após passar uma temporada nesses países aprendendo novas técnicas e transmitindo seus conhecimentos, volta ao Japão. Mas só fica em sua terra natal por
cultura
10 dias. Arruma as malas novamente e parte para
outra aventura. Dessa vez o destino é o Brasil.
Ao chegar ao País, se depara com inúmeras dificuldades, uma vez que desconhece o idioma,
e em 1955, poucas pessoas conhecem a língua
inglesa, que Ito sabe falar. Com muito esforço, dedicação e após levar muitas portas na cara, consegue apresentar seu trabalho para uma agência
publicitária conceituada e começa a trabalhar.
Dois meses são necessários para que, com apenas 18 anos, abra seu próprio negócio. O Estúdio
Ito de Desenhos Comerciais cresce e o trabalho
passa a ser reconhecido no mercado. As atividades no estúdio, que conta com mais de 30 desenhistas, dura 23 anos, até que Ito recebe um
convite para trabalhar em uma grande empresa
automobilística japonesa, e retorna ao Japão.
No Japão, além do trabalho na empresa de carros, que dura 20 anos, participa de concursos
nacionais e internacionais de pintura. Dos quais
recebe premiação máxima no Hakataten, em
Fukuoka, e prata em Nitten, além de outros 104
prêmios em 48 países como Inglaterra, Espanha,
Taiwan, Tchecoslováquia, Índia e França.
Força pela paz - Após ficar 23 anos longe do
Brasil, retorna ao país, abrindo o Shunkun Artes
e Cursos, estúdio em que ensina mais de 28 téc-
nicas de pintura, desde tradicionais japonesas,
como o shodô e o sumiê, passando pela abstrata,
fisionomias, aerógrafo até o desenho publicitário.
Um curso profissionalizante que atrai pessoas de
todos os estilos. Na escola também são oferecidos curso de língua japonesa.
Ito está com todos os horários de aula cheios e
nem pensa mais em sair do Brasil. O artista já
participou de diversas exposições, entre as mais
recentes, destaque para a “Bomba Atômica
– 1945: Hiroshima e Nagasaki” que ocorreu no
Memorial do Imigrante, em São Paulo e a exposição na Academia de Polícia Dr. Coriolano Nogueira Cobra – Acadepol, sediada na USP. Além
do trabalho no estúdio, das exposições e campanhas pela paz, Ito é um excelente cantor, sempre
que pode, freqüenta os karaokês para se distrair e
se desligar um pouco da rotina.
Por ter sido irradiado pelos resíduos nucleares da
bomba atômica, sofre até hoje com os efeitos da
radiação. Já operou os rins, tem hipertensão arterial, além de problemas no sangue. Mas nem por
isso desanima, aos 71 anos, acorda cedo todos
os dias e trabalha assiduamente, dedicando seu
tempo a pintura e aos seus alunos.
Faz parte, também, da Associação das Vítimas
da Bomba Atômica, que reúne as mais de 100
pessoas irradiadas que moram em São Paulo, a
maioria com uma idade média de 82 anos. E junto
com elas e outros amigos realiza diversas campanhas contra as armas nucleares.
Há cerca de sete anos, participa da campanha
pela paz, que é realizada há mais de 20 anos pela
Associação. Arrecada assinaturas, por meio de
abaixo assinados, que são reunidas e enviadas
para os governos do Japão e dos Estados Unidos.
Uma atitude que, segundo ele, não é mais voltada
tanto para a questão das armas nucleares em si,
mas para toda a humanidade. “É uma forma de
unir as nações e promover a integração das famílias. Que a paz tome conta do mundo”, diz.
Kaoru Ito, sobrevivente da bomba atômica
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automóveis
Sem truques na hora de mexer no carro
INSPEÇÃO VEICULAR PARA VEÍCULOS LEVES INIBE A RETIRADA DO CATALISADOR
Texto: redação / imagem: divulgação
A
Inspeção Veicular, que passa a ser obrigatória para automóveis e
motocicletas a partir de janeiro de 2009, deverá contribuir para o
fim de uma prática ilegal: a retirada do catalisador automotivo. A
partir de 2009, todos os veículos a diesel, gasolina, álcool e gás natural
bem como motocicletas, deverão passar pela Inspeção Técnica Veicular
(ITV). O veículo que não realizar a inspeção, não poderá ser licenciado
no ano seguinte e está sujeito a multa no valor de R$ 550,00.
Em 2008, a inspeção é obrigatória apenas para os veículos movidos a
diesel e caminhões. A ITV é uma necessidade imediata para melhorar a
qualidade de vida na cidade de São Paulo. Está prevista por lei, e todos
os procedimentos adotados seguem resoluções e legislações específicas, além de ser realizada por profissionais treinados.
A exigência da inspeção para veículos leves fará com que os motoristas
tenham que manter a originalidade do sistema de exaustão para serem
aprovados na inspeção veicular. “A troca de peças por equipamentos
originais garante um melhor funcionamento do veículo e
conseqüente economia para o proprietário”, esclarece o
Gerente de Engenharia e Qualidade da Mastra Escapamentos e Catalisadores, Valdecir Rebelatto.
A manutenção preventiva é o grande segredo de economia para o bolso dos proprietários dos veículos. Um
exemplo disso é a troca do catalisador inoperante. O catalisador com problemas de funcionamento aumenta em
até 10% o consumo de combustível. Conforme estudo do
Sindicato de Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa), o catalisador
inoperante, por conta de quebra, derretimento ou entupimento, aumenta o consumo de combustível, que em um
ano pode chegar a mais de R$ 500,00.
O programa de inspeção veicular foi criado em maio. Já
é obrigatório para carros movidos a diesel e caminhões.
Ninguém paga nada para fazer a inspeção. Se o veículo for aprovado, ganha um comprovante e está liberado
para o licenciamento do ano seguinte. Se for reprovado,
tem de voltar depois de 30 dias.
Quando trocar o catalisador - Um catalisador genuíno, que vem no
veículo novo, tem durabilidade mínima de 80 mil quilômetros. Trincas,
quebras, derretimento e entupimento da cerâmica também são sinais
para a troca imediata, além da não conversão dos gases. Os catalisadores para o mercado de reposição têm durabilidade mínima de 40 mil quilômetros conforme regulamentação do Conama. A verificação deve ser feita por
profissionais especializados em oficinas e centros automotivos.
Quando trocar o escapamento - O escapamento deve ser substituído quando o proprietário notar alterações no nível de ruído do veículo,
caracterizado por sopros de gases, chocalhos no catalisador, som estridente, ressonâncias ao trocar marchas, entre outras. É recomendável
checar o sistema de escape quando o motorista perceber que o veículo
está com baixo rendimento (amarrado), ou com excesso de consumo
de combustível.
liderança e motivação
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Sua mente é um campo de batalha
Vencer a constante guerra que se desenvolve em nossa mente e fazer gerar
bons frutos dos pensamentos que mantemos é resultado do exercício de
seleção que precisamos submeter em vigilância constante
Texto: Yasushi Arita / Imagem: divulgação
O
que você está pensando neste
momento? Já parou para pensar
em seus pensamentos? Já experimentou fazer uma seleção das coisas
boas e ruins que passam pela sua mente? Prestar atenção no que pensamos
deveria ser um hábito, pois a cada segundo centenas de coisas passam em
nossa mente e elas determinam nossas
atitudes e nosso modo de vida. É impossível ter uma vida positiva com uma mente
negativa. A nossa forma de pensar determina o jeito que agimos diante
das circunstâncias em todas as
áreas da vida.
Temos total domínio sobre nossa mente, mas na maioria das vezes permitimos que uma intensa batalha seja travada. Garanto que não é exclusividade
sua ter preocupação, dúvida, raiva, culpa, porém a forma de pensar e encarar esses fatos determina uma diferença extraordinária no resultado de seus
empreendimentos. Toda ação, correta ou não, tem início no pensamento. Se
você não vem obtendo os resultados que deseja, mude a forma de pensar e
seus projetos terão muito mais chances de serem concretizados.
“O que nós pensamos determina nossas
atitudes e nosso modo de vida”
Muito provavelmente você deve ter vivido circunstâncias em que parece
existir vozes interiores oferecendo caminhos para uma determinada situação. Essa é a guerra da mente. Algo semelhante à disputa “do bem e do mal”
e vence aquele que tiver mais domínio no seu campo de batalha. Optar por
ter pensamentos positivos ou não é uma responsabilidade pessoal e não
pode ser delegada. Não é nenhum exagero afirmar que 85% dos nossos problemas pessoais têm origem na mente. Quando percebemos que a forma
correta de pensar é vital para uma vida vitoriosa nos tornamos mais sérios
sobre o que permitimos deixar em nossos pensamentos.
Um velho ditado afirma sermos exatamente o que pensamos e isso não é um
mero comentário popular. É um fato que você mesmo pode constatar. Quando estiver diante de uma pessoa vitoriosa procure conhecer quais são
seus pensamentos e observe suas atitudes (lembre-se que pensamento sem atitude não gera resultados). Posso afirmar que 100% delas têm pensamentos positivos sobre si mesma. O contrário
também é verdadeiro. Pessoas fracassadas têm
pensamentos negativos que geram sentimento
de desânimo, medo e autodestruição.
Como está o campo de batalha da sua mente?
Seus pensamentos resultarão na concretização de
seus objetivos? É importante termos consciência
de que a guerra que se desenvolve em nossa mente é uma constante. Vencê-la e fazer gerar bons frutos dos pensamentos que mantemos é resultado
do exercício de seleção que precisamos submeter em vigilância constante.
“É impossível ter uma vida positiva com
uma mente negativa“
Impossível? De forma alguma. Difícil? Evite esse pensamento. Ao invés
disso avalie o quanto será compensador para a sua vida e para todos
que estão em sua volta ter uma pessoa cheia de energia, alegre e positiva. Sua mente será vitoriosa nessa batalha quando suas atitudes e
projetos estiverem alinhados a essas qualidades. Decida agora quais
os pensamentos que você deixará permanecer em sua mente. Opte por
“eu posso”, “eu conseguirei”, “é simples”, “como vou fazer”! Suas realizações revelarão qual foi sua escolha.
Yasushi Arita é facilitador do Leader Training, diretor da Arita Treinamento e Consultoria
e autor do livro “ Olhe o que você está
fazendo com a sua vida !”.
Site: www.arita.com.br
E-mail: [email protected]
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esportes
Esporte e confraternização de mãos dadas
É esse espírito de união que norteou o 2º Anhanguera T-Ball Fest – Copa Yamato
Texto: Redação/ Fotos: Divulgação
A
rremessos, rebatidas, concentração, disposição e competição. Além, é claro, de alegria
e confraternização. Todos esses elementos estavam presentes no 2º Anhanguera T-Ball
Fest- Copa Yamato, que contou com a participação de mais de 10 times de todo o estado
de São Paulo.
O torneio, realizado pelo Anhanguera Nikkei Clube com o apoio da Yamato Corporation e da
Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba, ocorreu nos dias 29 e 30 de novembro nos campos
do Clube Anhanguera.
Na categoria T-Ball, que pode ser praticada por jogadores com até no máximo 8 anos de idade,
aconteceram jogos de beisebol com a participação de 8 times (Anhanguera, Atibaia, Cooper,
Gecebs, Gigante, Guarulhos, Mogi das Cruzes e Nippon Blue Jays) e de softbol com a presença
de 6 times (Anhanguera, Gigante, Guarulhos, Nippon Blue Jays, Santo André e São Paulo).
No beisebol pré-infantil, 8 times participaram (Anhanguera, Cooper, Gigante, Ibiúna, Mogi das Cruzes, Nippon Blue Jays, São Bernardo e São Paulo). De acordo com o coordenador geral do evento, Oscar Massao Fugi, ao todo o torneio reuniu mais de 350 atletas mirins que deram um show no campo.
Todos os times se empenharam ao máximo para realizar bons jogos e a garotada conseguiu animar a torcida que lotou as arquibancadas. Além do esporte
em si, o evento contou com a presença de Marcos Aguena, mais conhecido como “Japa”, que interpretou alguns números humorísticos. Segundo os organizadores do evento, mais de duas mil pessoas passaram pelo festival nos dois dias de festa.
O presidente do Anhanguera Nikkei Clube, Mário Nakamura, explica a missão do festival. Primeiro a de incentivar o beisebol e o softbol brasileiro, segundo
promover a integração entre os clubes. “Nós queríamos que, mais do que um torneio de beisebol e softbol, o T-Ball fosse uma grande festa de confraternização
de todos os clubes, proporcionando momentos agradáveis junto aos seus amigos e familiares. E nós conseguimos alcançar nosso objetivo”, relata.
E após dois dias de competição e muita alegria, no domingo o vencedor foi premiado, na categoria pré-infantil vitória do time do São Paulo, e em segundo
lugar, o Nippon Blue Jays.
Torneio da integração entre os nipo-brasileiros
Torneio realizado no Kokushikan prova força de modalidade entre os japoneses
O
Centro Kokushikan Daigaku, em São Roque, viveu momentos de
descontração e alegria no fim de novembro. Tudo por conta do 9º
Campeonato de Verão – Troféu Bunkyo de Mallet Golf, competição que conta com mais de 120 atletas e realizado anualmente.
Criado em 1981, na província japonesa de Nagano, o Mallet Golf é baseado
nos fundamentos do golfe tradicional. Apesar da semelhança, tem a vantagem de não requerer tanto espaço e de não exigir vários tipos de tacos de
acordo com a distância ou das condições da pista, permitindo, desta forma,
a prática de forma bem menos dispendiosa e de regras mais simplificadas.
Mais do que um torneio, o evento foi uma forma de integrar os atletas
e manter vivo o espírito de união – especialmente entre os nipo-brasileiros. Na ocasião, participaram 127 jogadores, tanto masculino quanto
feminino, distribuídos nove equipes: Nippon Country Club, Grande São
Paulo, Kokushikan, Mogi das Cruzes, Piedade, São Miguel Arcanjo, Ibiúna, Itapetininga e Coopercotia. Dentre os classificados, destaque para
Tetsuo Yamashita, campeão absoluto da edição e contemplado ainda
com o troféu definitivo do torneio, após vencer por três vezes consecutivas a competição.
vitrine
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mulher
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Arrase no visual nas festas de fim de ano
Composição de um look promete atrair bons fluidos na virada do Ano Novo
Texto: Cibele Hasegawa / Imagens: Divulgação
O
fim do
ano está
aí. É hora
de recomeçar,
fazer novos planos e
partir para novos projetos, encerrando mais
este período com chave de ouro. Por isso, a ocasião
pede uma produção especial em roupas e acessórios, uma vez que as festas já vão começar. É hora
de caprichar no visual para os eventos natalinos
e entrar em 2009 com a promessa de muitas
conquistas, esbanjando beleza. Para caprichar no
visual, a revista Mundo OK fica de olho na moda
do verão e traz diversas dicas para você.
O período traz com força total os vestidos. Longos
e estampados, estreitos até a altura dos joelhos
com pregas e drapeados são uma ótima opção
àquelas que não querem expor demais as pernas.
Para as mais jovens, os curtos ou avolumados
são a melhor pedida. E a todas as idades, a aposta está no corte quimono.
Os macacões e as jardineiras ressurgem no cenário,
trazendo modelagens mais elaboradas e estruturadas. Short alfaiataria, para uso diurno ou noturno,
e short com barras desfiadas também invadem os
guarda-roupas oferecendo mais opções a fim de enfrentar as altas temperaturas.
Já nas cores, imperam os tons claros, principalmente o branco. “É uma cor neutra que causa frescor e
leveza, o que combina bastante com a pele bronzeada e a descontração do verão brasileiro”, diz Andréia
Miron, consultora de Moda e Imagem e Professora
titular de Moda da Faculdade Santa Marcelina. “Para
compor o visual totalmente branco, o interessante é
apostar nos acessórios coloridos, como as pulseiras
bangles, as sandálias gladiador e as rasteiras que vão
ajudar a chamar a atenção”, propõe.
Nesta tendência, os jeans ganham destaque. Eles
trazem lavagens mais claras e se apresentam com
cara de usados, o chamado “off white” (aspecto de
branco velho, guardado). Esse será um dos pontos
principais do verão, de acordo com Andréia.
“Será sem dúvida a cor que desbancará temporariamente o preto do seu posto”, aposta a
consultora de moda.
Nas estampas, vale destacar os florais. Florões estilizados, florais máxis em tons e padronagens tropicais
parecem vir com força, ressaltando a delicadeza e a
sensualidade da mulher. Há uma inclinação também
para as listras.
De acordo com Josenias Junior, coordenador de esti-
lista da marca Dona Florinda, há uma grande tendência para que as pessoas estejam mais irreverentes
no modo de se vestir no dia-a-dia. Mas ele explica
que o momento é de leveza. As peças que marcam
o corpo saem de cena. “O pantacourt muito justo,
os shorts, as blusas com pouco decote, o brilho em
excesso também devem ser evitados. A sutileza de
detalhes e levezas dos tecidos será o grande hit para
o final de ano, onde retrata um bem estar”.
Festas, festas, festas – Mesmo sabendo o
que ditará a moda neste fim de ano, sempre
prevalece a dúvida: mas o que usar nas festas
de fim de ano? É aí que os especialistas ajudam na hora de compor o visual.
Se o evento pedir um look mais chique, a professora
de moda recomenda os modelos mais elegantes e
formais, que são os vestidos longos pregueados nas
horizontais, drapeados e bordados. Deixando toda a
sensualidade e feminilidade nos decotes traseiros.
Para uma festa mais descontraída ou um Réveillon na praia a dica de Junior é o uso de
shorts de sarjas com barras desfiadas, amarrações e com leves balonês. As batas ou camisetes com uma sandália rasteira pode ser
uma boa dica.
O uso de uma peça branca com outra de tons metalizados, como dourado ou prata também é uma boa
inspiração. Mas é importante ficar atento com esses
tons. “Os dourados não devem ser utilizados no look
completo, para não ficar ‘over’ mas em detalhes
como botões, zíperes, bordados e nos acessórios”,
explica Andréia.
Lingerie de Ano Novo – E por falar em Réveillon,
vale a pena investir em lingeries para atrair bons presságios no próximo ano usando uma cor específica ou
então, diversas de uma só vez (Veja o Box).
“A lingerie sempre remete a emoções, desejos
e sentimentos das mulheres, por isso a preocupação com a cor sempre é muito importante. Para esta coleção estamos com a tendência forte em estampas de flores, que acabam
misturando várias cores e sentimentos - uma
boa opção para quem está indeciso na escolha
da cor ideal”, mostra Mariana Damasceno, estilista da Elegance, grife de lingerie.
Escolha a sua cor para atrair bons fluidos em 2009
No ano de 1582, o uso do calendário gregoriano
- que é o nosso calendário atual, com 12 meses
e 365 dias - passou a ser usado na França, na
Itália, em Portugal e na Espanha. Como forma de
marco do período, aconteciam as celebrações de
ano novo, desejando novas promessas e bons
agouros. O fato, posteriormente, propiciou o surgimento das superstições de Réveillon.
Para os supersticiosos a escolha da peça ‘ideal’
para a virada do ano é algo calculado com antecedência. Isso porque, o uso de determinadas cores
faz toda a diferença no sucesso, amor e felicidade
do próximo ano.
O branco, não podemos esquecer nossas raízes
afro-brasileiras, que próximo ao mar, na virada
do ano, homenageiam Iemanjá (Rainha do Mar),
uma de suas principais entidades vestida de branco. Isto reforça a cultura brasileira em vestir-se de
branco na virada do dia 31.
Aqui estão algumas dicas para o uso de cores:
Branco: simboliza a paz e homenageia a Iemanjá (Rainha do Mar), uma de suas principais entidades vestida de branco.
Amarelo: para aqueles que querem atrair dinheiro e prosperar em seus negócios.
Rosa (cor do amor universal): dará sorte para
ter um ano muito bom.
Verde: para atrair saúde a você e a toda sua
família.
Vermelho: para atrair muito amor e paixão.
Azul: terá sorte nos relacionamentos pessoais ( nas amizades).
Fonte: Andréia Miron - Especialista em Propaganda e
Marketing pela ESPM, Moda e Criacão pela Faculdade
Santa Marcelina e Mestre em Educação, Arte e História da
Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2006).
Empresária, Consultora de Moda e Imagem - Professora
titular da Faculdade Santa Marcelina de Moda.
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beleza e saúde
SOHO Hair International firma sucesso e inaugura seu 28º salão
Dessa vez, é o bairro do Morumbi quem ganha todo o charme e estilo da marca SOHO
Texto: redação / imagem: divulgação
D
ifícil encontrar em São Paulo quem nunca
tenha ouvido falar do Soho. Ele está em
toda parte, acompanhou a trajetória de
crescimento da capital e cresceu junto. Utilizada
por 28 salões distribuídos em diferentes bairros
da capital, e três academias voltadas para formação e aperfeiçoamento de cabeleireiros, o SOHO
já conquistou também outros municípios, como
São Bernardo do Campo. Além disso, não faltaram convites para levar um pouco da estrutura e
filosofia da empresa para outras capitais.
No dia 17 de novembro deste ano, o SOHO Hair International ganhou sua 28ª unidade, dessa vez no bairro do Morumbi. Localizada na Avenida Jorge João
Saad, 900, a unidade consolida no charmoso bairro o
pioneirismo do estilo SOHO, reconhecido como referência nacional em tendências para cabelos.
Além de cortes inovadores, da tradicional massagem relaxante no couro cabeludo e nos ombros,
rapidez no atendimento e preços condizentes, a
nova casa traz aos clientes uma novidade: o Espaço Kérastase.
Esse espaço exclusivo é mais um benefício para
quem busca conforto e qualidade. Lá, as clientes
encontram todos os produtos e tratamentos da
consagrada marca Kérastase, sem precisarem
sair do SOHO.
Segundo Karim Satie Kamizaki, profissional da
nova casa, fazer bem feito é uma velha e preciosa fórmula de sucesso para a marca. “Trouxemos ao Morumbi a marca de excelência e
tradição do SOHO. A nossa principal satisfação é ver os clientes 100% felizes com nosso
trabalho”, afirma.
Com cerca de 270 m2 e uma decoração moderna e elegante, o SOHO Morumbi oferece
serviços de corte de cabelo, química, hidratação, penteado, além de manicure, pedicure e
depilação, sobrancelha geométrica e permanente e coloração de cílios. Atende de segunda e terça-feira, das 9h às 18h; quarta, quinta
e sexta-feiras, das 9h às 19h e aos sábados,
das 8h30 às 18h. Para mais informações, o telefone da casa é 3739-0934.
Luta contra a Leishmaniose
Instituto Butantan inicia testes inéditos com vacina
O
Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo,
e o Infetology Disease Res. Institute
(IRDI), de Seattle, EUA, anunciaram o início
dos testes clínicos da vacina contra leishmaniose. O primeiro ensaio será feito em cães,
com a vacina produzida nos Estados Unidos,
inclusive já testada em humanos. Nesta etapa será medida a toxicidade da vacina, e terá
como metodologia a divisão de um grupo de
animais sadios, entre os quais metade receberá placebo e metade receberá a vacina. A
fase 1 será realizada em três localidades, que
ainda serão definidas, conforme áreas de incidência da doença.
Os testes clínicos serão financiados pelo
BNDES, pela Fapesp e pelo Ministério da
Saúde (SUS), que disponibilizarão R$ 2 milhões. Não há cálculos exatos quanto ao
investimento, porém estima-se que serão
necessários 18 milhões para construção da
fábrica, sendo que o Instituto Butantan investirá R$ 5 milhões para a sua futura instalação, que começará a receber os recursos
dentro de um mês.
A previsão é de que a conclusão dos testes
clínicos esteja pronta em um ano. A vacina,
que será desenvolvida a partir de uma proteína recombinante, será distribuída durante a
Texto: redação / imagem: divulgação
campanha anual de vacinação contra Raiva e
deverá imunizar os animais nas áreas de risco. “A idéia é avaliar metodologias mais modernas para a imunização de cães e a vacina
deverá ter eficácia acima de 70%”, explica o
Prof. Isaias Raw, presidente da Fundação Butantan. O objetivo é produzir uma forma profilática contra leishmaniose e futuramente produzir uma forma de tratamento, possivelmente
uma vacina para humanos infectados.
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okids
Desenvolvimento das crianças por meio das tradições culturais
Escola HeiSei mostra a importância da herança e costumes deixadas pela família
Texto: Cibele Hasegawa / Imagens: Divulgação
A
Escola HeiSei mostra que educar vai muito além do ABCD em um
evento realizado na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social – Bunkyo, no último dia 15 de novembro.
Com a temática “Herança – Tradição e tradução de um povo”, os alunos exibiram um show de todo legado deixado pelos imigrantes japoneses em diversos aspectos. Maquetes, esculturas, desenhos, redações, mural de fotos
dos avós, origami, colagem entre outros foram expostas ao público. Fruto de
muito estudo em torno das tradições da terra do sol nascente.
“São projetos preparados juntamente com as professoras por meio de investigação e pesquisa feita ao longo do ano. Os alunos visitaram exposições e atelier de artistas, consultaram livros, jornais, revistas, e até mesmo, realizaram
entrevistas com autores japoneses e descendentes de japoneses para produzir
essa mostra cultural”, contou a coordenadora pedagógica, Claudete Moffa.
O objetivo de toda essa trajetória de aprendizagem foi de preservar a tradição
como herança e reforçar a importância da família na transmissão da cultura
às novas gerações. Por isso, mais que disciplina e trabalho educacional, os
pequenos estudantes vivenciaram os costumes dos ancestrais. Não é a toa
que as explicações ficaram por conta das próprias crianças, que orgulhosamente explanavam aos observadores.
No local, tudo se transformou em arte e encheu os olhos da platéia. Além
da exposição, a ocasião contou também com um verdadeiro show de
cultura nipônica.
Apresentações do coral formado por alunos de até três anos, interpretando canções nipônicas e brasileiras, com direito a coreografia
encheram os olhos da platéia. Enquanto as músicas tocadas por diversos instrumentos musicais e sucatas improvisadas mostraram a
criatividade desta turma. Simples matérias, como um copo ou um
“molho de chaves”, deixaram a imaginação rolar solta entre eles e
fazer um bom som.
Disciplina atrelada a diversão para a criançada, orgulho e encanto
para os familiares que fizeram questão de prestigiar a festa como
a professora Lurdes Sunematsu que veio ver as sobrinhas Julia, de
2 anos e Ana Luiza, de 5 anos. A “tia-coruja” sentou-se em uma
das primeiras filas com um largo sorriso no rosto e munida de uma
câmera fotográfica.
“Essa é uma forma de valorizar a vida escolar e unir a família. Há muitos
avós e bisavós aqui, que vieram conferir o aprendizado destas crianças”, afirmou
Lurdes, enquanto brincava com a pequena Julia. “Deve ser muito difícil treinar e
ensinar essas crianças para uma apresentação como essa”, acrescentou.
As danças tradicionais também marcaram presença. Ao som do Grupo Kaito Shamidaiko e também do Grupo Seiha de Koto, professores
e alunos trajados de roupas típicas exibiam a beleza dos movimentos
delicados do odori.
O público assistiu a uma grande variedade da expressão da terra do sol nascente. Um recital de haikai (poesia japonesa breve e com temas ligados à
natureza), karaokê, as fortes batidas do taikô e ainda, as performances do
yosakoi soran com os grupos Kotobuki (composto por pais e mestres), HeiSei Naruko Kids (vencedor do 1º lugar na categoria juvenil do Festival Yosakoi
Soran de 2008) e o aguardado HeiSei Naruko Kai (vencedor do prêmio Grand
Prix do Festival Yosakoi Soran de 2008).
“Este ano foi bem trabalhoso. Fizemos o que pudemos para encerrar o ano
do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil com chave de ouro e homenagear avós e bisavós por todos os ensinamentos”, diz Cláudia Miyuki
Hamasaki, diretora da escola, justificando o local escolhido para sediar a V
Mostra Cultural da Escola HeiSei.
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educação
Projovem urbano inicia 2ª etapa de matrículas
Interessados têm até fevereiro de 2009 para se inscreverem
A
s matrículas para a segunda etapa do ProJovem Urbano começaram no fim de novembro e estão disponíveis 250.933 mil vagas em todo o país. Para participar o jovem deve
ter entre 18 e 29 anos, saber ler e não ter concluído o ensino fundamental (8ª série). No ato da matrícula é necessário somente apresentar a carteira
de identidade ou a certidão de nascimento.
O Programa, com duração de 18 meses, oferece
um curso que combina a formação do ensino fundamental com iniciação profissional e práticas de
cidadania, além de acesso à informática. O aluno
que apresentar os trabalhos mensais e tiver freqüência de 75% às aulas receberá um auxílio de
R$ 100,00 por mês.
O período de matrículas estabelecido pela Coordenação Nacional do ProJovem Urbano vai até o final de
fevereiro de 2009 em 85 municípios e 23 estados.
Dentro desse prazo, as cidades e estados estabelecem as datas para realizar as matrículas dos alunos.
As aulas iniciam em fevereiro de 2009.
O ProJovem Urbano é coordenado pela Secretaria Nacional da Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência, e é uma reformulação do
antigo ProJovem, que em três anos já matriculou
mais de 237 mil jovens nas capitais e outras cidades do país. Nesse novo modelo, além da expansão do número de beneficiados, o programa
estendeu a faixa etária dos beneficiados e abriu
a possibilidade de matrícula para quem sabe apenas ler e escrever. Outra novidade é a possibilidade do aluno possuir vínculo formal de trabalho, o
que não era possível anteriormente.
As informações sobre a matrícula podem ser
obtidas na Central de Relacionamento do ProJovem Urbano. O serviço é gratuito, abrange todo
o país e atende no número 0800 722 7777, de
Texto: redação / imagem: divulgação
segunda à sexta, das 7h às 23h, e sábados e
domingos, das 8h às 20h. As informações prestadas pela Central de Relacionamento são: locais
e período de matrícula, data de início das aulas,
documentação necessária para a matrícula, além
de registrar reclamações e sugestões que serão
respondidas pela Coordenação Nacional do ProJovem Urbano.
O programa é realizado e parceria com os governos estaduais e municipais e integra a Política
para a Juventude do governo federal, do qual fazem parte três modalidades de ProJovem. Mais
informações: www.projovem.gov.br
Parceria educacional fortalece laços Brasil-Japão
Fórum de Reitores realizado em Mato Grosso prevê novas ações entre
universidades brasileiras e nipônicas
Texto: redação / imagem: divulgação
A cidade de Cuiabá, no Mato
Grosso, transformou-se em um
grande palco de discussões
sobre as relações entre Brasil e
Japão. Em novembro, dezenas
de especialistas e profissionais de
ambos os países participaram do Fórum de Reitores Brasil-Japão. Durante
dois dias, os participantes discutiram
assuntos relacionados à tecnologia,
educação e parcerias. O resultado foi
mais que positivo para os especialistas. O
interesse, unânime, das universidades brasileiras é conquistar a cooperação das instituições
japonesas, já prevendo com isso, o fortalecimento das parcerias especificamente na área cientifica e tecnológica.
Os projetos em biotecnologia, alternativas de energias
renováveis e a Educação aparecem como prioritários
nesse intercâmbio. A assessora para Assuntos Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ana Maria Moreira,
comentou que a instituição ainda não tem história de relação com o Japão,
mas que a participação no Fórum de Reitores deve mudar essa realidade.
“Há possibilidades, em áreas como Ciências Materiais, Computação e
também em Biociência. Áreas focos de nossa univesidade”, adiantou Ana
Maria. Durante toda tarde, brasileiros e japoneses apresentaram um histórico das determinadas instituições que representam. Ainda se sobressaem
nesses interesses comuns, os cursos de Pós, Mestrado e Doutorados nas
específicas linhas de pesquisas.
A Universidade de Hokkaido, originalmente voltada ao ensino Agrícola, parceira
da Universidade de São Paulo (USP) em diversas produções científicas, espera
com o encontro ampliar as relações para o intercâmbio de alunos. O professor
de línguas, Yamashita Yoshitaka, assessor do diretor Executivo e vice-presidente da universidade, Takeo Hondoh, revelou ainda que já analisam por em
prática um projeto coorporativo para dupla titulação e dupla especialidade.
Entre as instituições japonesas destaca-se ainda a Escola de Engenharia da
Universidade de Tokai, que só com a Universidade Estadual Paulista (Unesp)
apresentou um histórico de anos de cooperações internacionais. A Unesp
também apresentou parcerias com as universidade de Nagoya, Tohoku,
Tsukuba, Yamaguchi e Chiba, além de projetos com instituições na América
Latina, Europa e África.
A Universidade de Tokai é a que mais se sobressai nas relações com o Brasil,
com intercâmbios em mais de 80 universidades em 30 países.
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gastronomia
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Combinações inusitadas para o natal
Tradicional panetone ganha novos recheios e coberturas
Texto: Tamires Alês / Fotos: Divulgação
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resente na mesa da maioria dos brasileiros, o famoso pão italiano com passas e frutas cristalizadas, tem ganhado
novas versões a cada ano. Além do chocotone, mesma massa só que recheado com gotas de chocolate, que já
conquistou o gosto do público, os confeiteiros misturaram a massa padrão os mais diversificados produtos.
Também há no mercado, panetones que são praticamente uma obra de arte, além de ser uma ótima opção de presente,
ainda dão um toque especial à decoração da mesa. Criatividade e paciência são as qualidades de
alguns confeiteiros que realizam um trabalho artesanal e enfeitam os panetones com papai noel,
árvore de natal, presentes, grutas e presépios.
Entre os panetones doces, destaque para os recheados de banana, goiabada, chocolate com nozes
ou cerejas, damasco, as combinações não param, ganham até frutas tradicionais da Amazônia como
o cupuaçu e a castanha do para.
A Village, segunda marca de panetones no Brasil, tem em seu portfólio diversos sabores, como o tradicional, o de frutas tropicais
com mamão, banana e goiaba, o floresta negra, exagero de chocolate, além das versões light e infantil.
A novidade desse ano, é que todos os produtos são fabricados com 0% gordura trans. “Nossos clientes cobravam um produto mais saudável,
fizemos testes durante três anos, e esse ano lançamos a linha ‘Village, cuidando de você’, que se preocupa com a saúde e o bem estar dos consumidores”, explica o executivo do Grupo Village, Reinaldo Bertagnon.
A marca também trabalha com alguns produtos em menor escala que podem ser encontrados na panificadora Cepam, esse ano a novidade são o
de damasco e o de chocolate com nozes. “Todos os anos lançamos um produto diferente, esse é o nosso grande diferencial”, relata Bertagnon.
Além dos diversos mercados que vendem os panetones da Village, durante os dias 1 de dezembro e 15 de janeiro, um lojão de fábrica estará a
disposição dos clientes, na rua dos Ciclames, 357, na Vila Prudente.
EXÓTICOS
SALGADOS
Além das variadas versões doce, os panetones ganharam também diversificados recheios salgados. Com o mesmo formato, os pães altos e macios
são uma boa pedida para a hora do lanche.
Muitas panificadoras já disponibilizam os produtos em suas prateleiras. A
versão da Cepam, na Vila Prudente, é uma massa leve e aerada recheada
com queijos prato e mussarela, presunto e um toque de orégano.
Outras opções, que incrementam os recheios são as combinações de provolone, calabresa, azeitona verde, pimentão vermelho, alho e cebola. Além
dos mais sofisticados como o panetone de cor rosada, com tomate seco e
mussarela de búfala.
A Frutos da Amazônia inova ainda mais fabricando panetones com ingredientes e frutas típicos da região amazônica. O recheado com doce
de cupuaçu e castanha do pará torrada, carro chefe da marca tem ganhado mais adeptos a cada ano. A combinação inusitada caiu no gosto
do público e hoje a produção, que já foi de 100 unidades em seu lançamento em 1997, chega a 18 mil panetones.
Em edições limitadas, a Frutos já produziu, também, panetones recheados com graviola e castanha de caju, sempre trabalhando com o conceito de sustentabilidade, filosofia da marca. Os frutos são comprados
de pequenos produtores ou cooperativas, proporcionando alternativas
de trabalho para as comunidades da região, além de incentivar a preservação da floresta.
Além dos ingredientes, todo conceito da marca é baseado na Amazônia,
tanto que a embalagem dos panetones não traz Papai Noel ou neve,
característicos do natal europeu, a marca trabalha com os animais da
floresta em suas embalagens tradicionais, ou os embalados em caixas
artesanais produzidas pelas comunidades ribeirinhas que habitam a Ilha
de Marajó, no Pará.
“A nossa idéia é disponibilizar aos clientes um produto diferenciado,
com gostinho brasileiro, fabricado com ingredientes característicos do
nosso país e que se preocupa com a preservação ambiental e com o
social das comunidades”, explica a proprietária da Frutos da Amazônia,
Iolane Tavares.
O panetone de cupuaçu e outros produtos da marca podem ser encontrados na sede da Frutos da Amazônia na rua Aziz Jabur Maluf, 59,
na Vila Mariana e em alguns mercados e empórios espalhados pela
cidade.
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Natal à moda oriental
Orientais mostram como e onde comemoram data tipicamente ocidental
Texto: Ricardo Mituti/Fotos: Divulgação
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em mesmo um país de cultura milenar como o Japão, cujas tradições costumam ser respeitadas com rigor impecável, resistiu aos efeitos da
globalização. E é também graças a essa orientação socioeconômica que o Natal, celebração tipicamente cristã, aos poucos ganha espaço
no país do sol nascente, onde o budismo e o xintoísmo ainda figuram como religiões oficiais.
Historicamente, a festa que comemora o nascimento de Jesus – personalidade inexistente nas crenças nipônicas – desembarcou no arquipélago após a Segunda Guerra Mundial, pelas mãos dos norte-americanos, de acordo com pesquisadores. Foi nesse período, seguido pela
reconstrução do país, que alguns modos de vida ocidental lentamente começaram a se instalar na reservada sociedade japonesa.
Hoje, passados mais de 60 anos, o que se vê do outro lado do mundo é um forte apelo comercial para a consolidação do 25 de
dezembro como uma data especial. Na prática, porém, o Natal é um dia como outro qualquer. “Creio que até hoje o Natal não
tenha o significado de festa religiosa no Japão”, opina a pesquisadora e escritora Celia Sakurai, doutora em Ciências Sociais
pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Trata-se muito mais de um momento para incentivar a decoração e
os ícones ligados à data.”
Para os nipônicos, as figuras, objetos e ações que remetem à festa são praticamente as mesmas adotadas pelos cristãos ocidentais: Papai Noel, sinos, cânticos, enfeites e a própria saudação “Feliz Natal”, lá falada em inglês (Merry
Christmas ou Merry X-Mas) ou no idioma local (Merii Kurisumasu, Shinnen Omedeto ou Kurisumasu Omedeto).
“Mas a maioria dos japoneses nem deve saber do que se trata”, prossegue Celia.
Quer tenha sido para dar uma roupagem própria à data ou simplesmente para adaptar elementos e procedimentos importados de outros países, a verdade é que os japoneses criaram um estilo próprio de vivenciar
o Natal.
Tanto isso é fato que, de acordo com o antropólogo Koichi Mori, professor de cultura japonesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), o dia
25 de dezembro é comemorado sobretudo por jovens casais de namorados, que costumam sair
para jantares privativos e, vez ou outra – não é regra entre os nipônicos -, trocar presentes.
“É uma data romântica, sem sentido religioso algum”, confirma ele.
Outra prática que vem se consolidando no Japão é celebrar o evento entre alguns poucos amigos, geralmente na casa de um deles. Há até quem aproveite a pequena
reunião para se divertir com o karaokê, tradicional naquele país.
Como no arquipélago os ritos e valores que envolvem os festejos natalinos são completamente distintos dos praticados do lado oeste do globo, os japoneses também
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adaptaram a ceia de Natal. Aliás, não há ceia tal qual os cristãos organizam no dia 24 de dezembro, geralmente próximo à meia-noite.
Ao contrário da fartura reinante nas mesas dos crentes em Jesus, nas quais pratos dos mais variados disputam a preferência
dos glutões, entre os nipônicos come-se somente o karaage, frango frito temperado, e um bolo que se tornou típico da data
apenas recentemente. Trata-se do Kurisumasu Keeki, palavra derivada do original em inglês Christmas Cake ou Xmas
Cake (bolo de natal).
Na verdade, o acepipe é uma espécie de torta doce, feita com morangos e chantilly, geralmente decorado com um
Papai Noel (Jizo, como o chamam as crianças japonesas, ou Santa-san, mescla do inglês Santa Claus com o
sufixo san, usado pelos nipônicos como forma respeitosa de tratamento ao se referir a um adulto) de açúcar,
consumido na véspera do Natal.
Nikkeis no Brasil - Mas se no arquipélago as comemorações pelo nascimento de Jesus estão longe
de ser um evento religioso e familiar, bem como de ser festejado à moda cristã pela maioria dos
cidadãos, no Brasil os japoneses e descendentes encaram-nas e vivenciam-nas da mesma forma que os brasileiros.
Natural de Tochigi, o próprio Koichi Mori, residente no país há 13 anos e casado com uma
nissei, admite passar o 25 de dezembro como boa parte das famílias locais. “Nosso Natal
é à brasileira. Inclusive, fazemos ceia e comemos peru”, relata.
Segundo ele, a comunidade nikkei baseada no país sul-americano não abandonou as
tradições nipônicas por completo. O que houve foi uma adaptação ao modo de vida
e à cultura regionais, processo natural das migrações e miscigenações. “Aos poucos o significado das tradições foi e vai sendo modificado”, complementa.
A pesquisadora e cientista social Celia Sakurai não só concorda com
Mori como vai além. “Aqui, cada vez mais o Natal é comemorado pelos japoneses e descendentes, inclusive os mais velhos, como o fazem todos os brasileiros, com troca de presentes, peru, castanha
e nozes”, diz, referindo-se a comidas típicas deste período do
ano. “É mais um momento de encontrar familiares, ganhar
e dar presentes.”
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Significado muda na China e Coréia
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Texto: Ricardo Mituti / Imagens: Divulgação
m outras nações do extremo Oriente, as comemorações do Natal possuem
diferenças e similaridades com as práticas brasileiras e japonesas.
Na China, país onde o cristianismo também não é religião oficial, os festejos
afinam-se parcialmente ao que acontece no arquipélago.
Ao menos entre os seguidores de Jesus, é comum enfeitar a casa com lanternas
coloridas de papel. O mesmo ocorre com as árvores de Natal, lá conhecidas
como “árvores de luz”.
Entre as crianças, o Papai Noel é chamado de Dun Lhe Dao Ren (ou “Velho
Natal”, em tradução livre). Os pequenos acreditam que, ao visitar a casa, o
Bom Velhinho irá deixar presentes nos pés-de-meia pendurados com antecedência, tal como prega a tradição ocidental (prática comum em países como
Estados Unidos e Brasil).
O empresário Willian Lin, diretor de projetos da Câmara Junior Brasil-China e
um dos idealizadores da Festa do Ano Novo Chinês na Liberdade, em São Paulo, explica que há um respeito muito grande pelo significado cristão do Natal no
país de seus antepassados. Porém, não há grandes festas, em família ou não,
como as que ocorrem do lado leste do globo. “O Natal é um dia convencional.
Não chega a ser um dia útil, mas os chineses não param para comemorá-lo como na cultura ocidental”, diz.
Na Coréia, por sua vez, onde predomina a crença budista, o Natal tem um significado mais parecido com o das interpretações cristãs – com a diferença de
que lá as pessoas festejam o nascimento de Buda. Porém, como o calendário seguido naquele país é o lunar, raramente a festa é comemorada no mesmo
dia, ano após ano – e mesmo em 25 de dezembro, como no Ocidente.
Em função desse traço religioso, uma das principais marcas do Natal coreano são as procissões aos templos budistas, durante as quais os participantes carregam lanternas típicas vestidos em trajes especiais. Entretanto, apesar de seu significado, na Coréia o Natal não é considerado feriado, como o é no Brasil.
Ícones e rituais chineses para um novo ano
Festa de Ano Novo (também chamada “Festa da Primavera”)
• Crianças ganham brinquedos e roupas novas
• Inúmeros e grandiosos shows pirotécnicos (uma das principais
marcas do evento no país)
• Ruas, casas, estabelecimentos comerciais e locais públicos
são enfeitados com flores, fitas e as tradicionais lanternas vermelhas (esta cor, para os chineses, simboliza “felicidade”)
• Distribuição de pinturas e retratos dos antepassados em locais
de destaque da casa, como forma de homenageá-los; respeito
aos mais velhos
• Visita a templos religiosos (sobretudo budistas, por ser esta a
crença predominante entre os chineses)
• Troca do hong pao (envelope vermelho), no qual contém dinheiro. Simboliza “fartura”. Normalmente, a quantidade inserida no
envelope é par; se possível, múltipla de 8, considerado o número
da sorte entre os chineses por representar o infinito. O hong pao
é tradicionalmente entregue a crianças, para que no futuro elas
possam ter fartura, e a quem não trabalha (normalmente os mais
velhos, em sinal de agradecimento)
• Os pratos típicos do Ano Novo Chinês são pato, frango, carne,
sopa e arroz motigome (prensado)
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Ritos e tradições dão o tom no Ano Novo
“Ano Novo no Japão é o Natal no Brasil”
A
metáfora, de autoria do antropólogo Koichi Mori, professor
de cultura japonesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São
Paulo (FFLCH/USP), retrata com
perfeição o sentimento vigente
não apenas no arquipélago,
como também nas
vizinhas China e Coréia, na passagem
de ano.
Ao contrário do que
ocorre no Brasil, o Ano
Novo para as culturas
orientais tem forte
apelo religioso.
Os agradecimentos pelo ciclo que se fecha e os diversos pedidos por
saúde, realizações, prosperidade e felicidade para o próximo período
equiparam-se ao que os ocidentais costumam colocar em prática dia
31 de dezembro. Contudo, os ritos e tradições seguidos pelos orientais
nessa época do ano – os quais, aliás, não se restringem ao dia derradeiro do calendário - são muito mais representativos e regem toda a
dinâmica da virada.
Entre os japoneses, o Ano Novo é o mais importante festejo social do
país, segundo Lumi Toyoda, pesquisadora da cultura e etiqueta social
japonesa. “É a época quando tudo começa”, explica a especialista.
“Tudo o que precisa ser resolvido, principalmente se está relacionado
às coisas ruins ou negativas, os japoneses procuram resolver até 31 de
dezembro. O Ano Novo é realmente o começo de uma vida nova.”
Há, no país do sol nascente, diversas rotinas a serem cumpridas antes,
durante e depois do último dia do ano para que o Shogatsu, Oshougatsu
ou Oshogatsu (Ano Novo) seja repleto de bons momentos. Comidas típicas, visitas hierárquicas e religiosas, presentes em dinheiro e até mesmo
a transmissão de programas de televisão específicos, os quais costumam
registrar altos índices de audiência, são alguns exemplos de práticas comuns entre os japoneses nessa época.
Porém, em razão das mudanças comportamentais impostas pelas novas gerações, parte desses rituais vem perdendo força no arquipélago
com o passar dos anos. “Mas não podemos dizer que a tradição irá mudar completamente”, pondera o professor Koichi Mori, da USP. “Mesmo
com essas transformações sociais, os rituais de Ano Novo continuam
e continuarão tendo importância destacada para os nipônicos. Basta
que analisemos as visitas aos templos budistas e xintoístas no último
ou primeiro dia do ano, feitas por duas a três milhões de pessoas. Isso
mostra a força da tradição”, arremata, referindo-se a uma das práticas
mais comuns naquele país durante o Shogatsu.
Ano Novo Chinês
Assim como ocorre no Japão, um clima amplamente festivo também se
instala na China quando das comemorações da virada do ano. “O país
pára em função do Ano Novo Chinês”, admite o empresário Willian Lin,
diretor de projetos da Câmara Junior Brasil-China e coordenador da 1ª.
Texto: Ricardo Mituti / Imagens: divulgação
Festa do Ano Novo Chinês na Liberdade, há três anos, em São Paulo. “E
como a festa não acontece em um único dia, os chineses ficam quase
uma semana sem trabalhar.”
Apesar da proximidade no significado dos festejos, normalmente marcados por grandes eventos nacionais e em família, o Ano Novo Chinês
é diferente do nipônico principalmente porque é guiado pelo calendário
lunar, fato que geralmente adia suas comemorações para o final de janeiro ou início de fevereiro. Assim, pelo menos para os chineses, 2009
só irá começar em 26 de janeiro, quando terá se encerrado o Ano do
Rato – cada ano na China é regido por um signo animal, num total de
12 bichos – e terá início o Ano do Búfalo, que irá se estender até 13 de
fevereiro de 2010.
A importância do Ano Novo na nação mais populosa do mundo é tão
grande que, ainda de acordo com Willian Lin, são muitos os chineses
espalhados pelo planeta que retornam ao seu país unicamente para os
festejos do período ao lado da família.
Aos que vivem no Brasil e por alguma razão estão impossibilitados de
cruzar o mundo para reencontrar os parentes e amigos nessa data tão
especial, uma boa alternativa é manter a chama da tradição acesa em
eventos típicos promovidos pela colônia sino-brasileira.
A própria Festa do Ano Novo Chinês na Liberdade é um exemplo de
celebração que aproxima os cidadãos, chineses ou não, da cultura daquele país.
Em 2009, a 4ª. edição do evento irá acontecer nos dias 24 e 25 de
janeiro. Estima-se que mais de 200 mil pessoas acompanhem de perto
a virada do ano chinês no tradicional bairro paulistano.
Coréia
Impulsionados pelas crenças religiosas, que também transformam o
Ano Novo em data de relevância para seu calendário, os coreanos possuem tradições antagônicas às ocidentais.
Uma das mais destacadas é a troca de votos entre as pessoas, a fim de
que aqueles que os desejam adentrem com o pé esquerdo no período
que está para se iniciar. Entre os ocidentais, o pé esquerdo simboliza
azar, quando, na Coréia, sobretudo nesse momento do ano, significa
justamente o oposto.
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especial capa
“Os procedimentos do Ano Novo estão ligados à
religião xintoísta”, diz especialista
Texto: Ricardo Mituti / Imagens: divulgação
Pesquisadora Lumi Toyoda (à esquerda) é uma das maiores fontes quando o assunto é cultura japonesa
B
oa parte dos ritos promovidos pelos japoneses na virada do ano
advém de preceitos do xintoísmo, uma das duas religiões oficiais
do arquipélago – a outra é o budismo. Pelo menos essa é a opinião de Lumi Toyoda, pesquisadora da cultura, etiqueta social e empresarial japonesa, especialista em reeducação comportamental.
Em entrevista à Revista Mundo OK, ela fala sobre as práticas comuns
entre os japoneses entre o final de dezembro e o início de janeiro. Confira os principais trechos:
triões oferecem esse sake às vistas, inclusive às crianças, que, obviamente, não vão bebê-lo como os adultos; apenas o provarão. Trata-se
de algo mais simbólico, cujo significado é felicitar os visitantes pelo ano
que se inicia. Há, ainda, as comidas típicas e simbólicas do começo do
ano, geralmente feitas com soja, oferecidas a todos os membros da
família, inclusive às visitas.
Mundo OK: Como os nipônicos comemoram a chegada de um
novo ano?
LT: Normalmente, os japoneses fazem agradecimentos às pessoas com
quem tiveram relacionamento durante o ano que termina. Principalmente aos que fizeram algum tipo de favor a eles. Para essas pessoas,
especialmente, costuma-se até dar um presente. E, mais uma vez, respeitando-se um grau hierárquico.
Lumi Toyoda: Tenho a impressão que todo o procedimento do Ano Novo
no Japão está ligado à religião xintoísta. No primeiro dia do ano, normalmente vai-se a um templo religioso. Depois, costuma-se visitar algumas
pessoas, familiares ou colegas de trabalho, geralmente respeitando-se
uma hierarquia – subordinados visitam seus superiores e irmãos mais
novos visitam os mais velhos. Quase sempre essas visitas são feitas
pelos homens.
MOK: Há alguma regra de etiqueta em especial a ser cumprida
nessas visitas?
LT: Se você vai à casa de alguém para visitá-lo, tem que obrigatoriamente tomar um tipo de sake com ervas, geralmente colocado nos oratórios
das residências no dia 31 de dezembro. No dia 1º. de janeiro, os anfi-
MOK: E quanto ao último dia do ano? Há alguma tradição em
especial?
MOK: Como lá o Natal não tem o mesmo significado e as mesmas práticas observadas no Brasil, há troca de presentes entre
os japoneses no Ano Novo?
LT: Na verdade, para o início do ano há troca de cartões de Feliz Ano Novo
entre as pessoas. Isso é tão importante que, inclusive, você pode postá-lo
em qualquer data, com antecedência, que os Correios só farão a entrega no
primeiro dia do ano. Agora, o que não se pode fazer com relação a esse cartão
é mandá-lo para famílias que perderam alguém no ano que passou. Essa mesma família também não costuma mandar cartão para outras pessoas.
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㄰
㤵
㜵
㈵
㔀
慮
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捩
潟
摥
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especial capa
Ícones e rituais de passagem de ano no Japão
F
im de dezembro
Bonenkai: Festa de fim de ano organizada em entidades e empresas
para a despedida do período que se encerra. Geralmente é regada
a muita bebida, e os japoneses, quase sempre introvertidos, sentemse mais à vontade. Às vezes é acompanhado por um karaokê. O evento também acontece no Brasil entre membros da colônia nikkei
27 de dezembro
Motitsuki: Preparação do moti (bolinho de arroz) em um pilão. Simboliza “vida”
28 de dezembro (ou próximo a essa data)
Oosoji: Limpeza geral de ambiente para preparar o espaço para a
chegada do novo ano. Significa “renovação” (inclusive espiritual)
Três últimos dias do ano
Preparação de refeições especiais para os três primeiros dias do novo ano, chamadas osechi ryori.
Geralmente simbolizam “boa sorte” ou “felicidade”
e permanecem armazenadas em caixas empilháveis
denominadas jubako (dez caixas, em japonês)
31 de dezembro (Oomisoka; último dia do ano, em
japonês)
Degustação, pouco antes da meia-noite, do toshikoshi sobá, macarrão feito de trigo comido especialmente na virada do ano.
Simboliza “longevidade”
Texto: Ricardo Mituti / Imagens: Divulgação
de “livrarem-se” das aflições do ano anterior e adentrarem ao
novo ano purificadas. O número de badaladas varia de acordo
com a religião; pode-se tocar os sinos por duas ou 108 vezes,
por exemplo
* Período pode se estender durante toda a primeira semana
do novo ano
1ª. água do novo ano (para beber ou cozinhar)
Wakamizu: Considerada “purificada”. Deve ser tomada pelos
chefes de família
1ª. refeição do novo ano
Moti: Simboliza “renovação”
A partir de 3 de janeiro
Visitas para troca de felicitações pela chegada do novo período.
Na ocasião, costuma-se entregar, sobretudo para as crianças, o
otoshidama, dinheiro colocado dentro de um envelope
A partir de 4 de janeiro (ou em data próxima)
Primeira refeição do ano – pós-moti e osechi ryori – deve ser
preparada por um homem. Geralmente, faz-se ozoni, um tipo de
sopa típica feita com carne branca, moti e pedaços de legumes
4 de janeiro
Funcionárias de algumas empresas costumam usar quimonos para cumprimentar os colegas de trabalho pela chegada do novo ano
Noite de 31 de dezembro
Kouhaku Utagassen: Tradicional programa de televisão, normalmente transmitido quase até a meia-noite de 1º. de janeiro. Trata-se de uma competição
em equipes (masculina e feminina) entre cantores. Registra altos índices de
audiência
7 de janeiro
Refeição com nanakusa gayu (arroz 7 ervas), para livrar quem dele se alimenta de doenças durante o ano que se inicia. Simboliza a chegada da primavera pelo calendário lunar
0h (ou nas primeiras horas da manhã) de 1º. de janeiro*
Hatsumode: Visita a templos budistas e xintoístas para pedir (e desejar)
felicidade e saúde. Na ocasião, algumas pessoas depositam moedas em
uma caixa de donativos (osaisen) dispostas no local e tocam sinos, a fim
Janeiro (sem data específica)
Shinenkai: Festa de início de ano organizada em entidades e empresas para
saudar a chegada do novo período e solidificar as relações profissionais.
Assim como o Bonenkai, também desembarcou no Brasil pelas mãos da
colônia nikkei baseada no país.
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Que o brindar da virada do ano seja o
início de um tempo repleto de
realizações. Para 2009, desejo muita paz,
saúde, felicidade e sucesso.
BOAS FESTAS!
www.i
r
com.b
hoshi.
Alan Magalhães
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institucional
Novos horizontes
Mundo OK completa 1 ano com promessas de mais novidades em 2009
O
mês era outubro de 2007. Na reunião ocorrida em um escritório no bairro da Liberdade, em São
Paulo, três pessoas conversavam. O assunto girava em torno de um novo produto voltado ao
mercado editorial segmentado: o nipo-brasileiro. Esboçava-se uma publicação cujo conteúdo
oferecesse os mais diferentes serviços para os descendentes. Eis, então, que surgiu a dúvida: como se
diferenciar dos demais em uma área tão restrita?
A resposta não era simples. Após especulações e idéias, decidiu-se por uma revista com um formato
inovador – sem, contudo, perder a identidade e a força do povo japonês. O tema, inclusive, para a
primeira edição não poderia ser outro, o Centenário da Imigração Japonesa. A preocupação com a
qualidade gráfica também era prioridade. Já a comercialização proposta era vista, à época, como “suicídio”: free paper (gratuita). Assim nasceu a Revista Mundo OK em dezembro de 2007, com 36 páginas.
Focando os principais assuntos dos japoneses radicados no Brasil e com uma ênfase forte nos temas
relacionados ao mangá e anime, a edição ganhou uma boa repercussão no mercado, sendo distribuída,
inicialmente, na região da Liberdade a afins.
Já nas edições seguintes, a Mundo OK ganhou mais corpo, com matérias sobre comportamento e um
tratamento especial com os eventos que acontecem na comunidade. Foi assim, por exemplo, com o
Festival do Japão e o Centenário Okinawano, que ganharam capas e matérias mais que especiais – com
mais de 8 páginas. Isso sem contar com festivais fora do eixo “nipônico”, caso do Ano Novo Chinês.
Por falar em assuntos fora da comunidade nipo-brasileira, uma das necessidades durante esse ano foi abrir
espaços para outras comunidades. Especialmente os chineses, coreanos e taiwaneses. Aos poucos, o
fato de terem a fama de “fechados” foi ficando para trás e, atualmente, ganham cada vez mais espaço na
revista. O resultado? Mais visibilidade tanto para quem é chinês quanto para quem é coreano ou mesmo
japonês. Para os leitores, uma maior gama de assuntos até então desconhecidos dos brasileiros.
Outra preocupação da equipe foi (e sempre será) a cobertura de eventos. Seja em São Paulo ou no
interior, o esforço para trazer as novidades e os fatos que marcam as comunidades. Tudo isso gera
um retorno positivo e abre ainda mais o leque para futuras parcerias. Para 2009, a tendência é apoiar e
cobrir grande parte dos festivais, sempre com o foco na qualidade e padrão editorial.
Novo ano, novas ações
A
ntevendo o posicionamento do mercado e visando o interesse do
público, para o ano de 2009 a Revista Mundo OK promete mudanças. Uma delas que já pode ser adiantada é a nova identidade
visual. Toda a parte de diagramação e arte será modificada para uma
melhor leitura, mais dinâmica e funcional.
Outra novidade é o site. Hoje, disponibiliza-se somente os arquivos digitais das páginas. Agora, a proposta é formar (e informar) aos leitores
sobre as principais notícias que acontecem entre uma edição e outra. Os
bastidores das matérias serão outro destaque, afinal, muitos detalhes
que acabam não entrando na edição impressa mas despertam interesse
não podem, simplesmente, “se perder”.
Além de tudo isso, o planejamento de novas editorias estão em estudos,
bem como o aumento no número de páginas. Na logística, a distribuição
será pulverizada no interior paulista e até em outros estados – abrangendo assim mais leitores.
Enfim, novidades não faltam para 2009. No que depender da equipe, a
Mundo OK se esforçará para trazer sempre o melhor. Olhando para trás,
eram três pessoas e uma idéia na cabeça. Hoje, são mais de 20 profissionais envolvidos e a vontade de crescer, de buscar seu ideal. Afinal,
como dizia um velho dito popular, com certeza a vida não tem objetivo,
mas o homem precisa perseguir um sonho.
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multimídia
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Amor e política no Japão antigo
Filme Yamazakura é exibido pela primeira vez no Brasil no Festival de Cinema
do Centenário da Imigração Japonesa
Texto: Tamires Alês / Fotos: Divulgação
U
m amor impossível e os
problemas político-sociais
do Japão feudal são as
duas temáticas que envolvem a
trama de “Yamazakura – Cerejeira
Silvestre”. O filme, que estreou no
Japão em maio de 2008, é baseado
em um conto do escritor Shuhei Fujisawa, famoso autor de dramas históricos,
dirigido por Tetsuo Shinohara, ganhando as telas nacionais no Festival de Cinema do Centenário da
Imigração Japonesa, promovido pela Playarte Cinemas, Associação para Comemoração
do Centenário da Imigração
Japonesa no Brasil e Aliança Cultural Brasil-Japão.
Com aproximadamente uma hora e meia de duração, o filme retrata as
características da cultura tradicional japonesa, detalhando toda a cerimônia envolvida nas atividades do cotidiano das famílias que vivem em
uma pequena vila de agricultores durante o período Edo.
Dentro da temática do amor impossível, Noe Isomura, interpretada
por Rena Tanaka, é uma mulher que está em seu segundo casamento.
Quando ficou viúva teve a oportunidade de escolher entre alguns pretendentes para um casamento arranjado. Por pressão da família acaba
se casando com Shouzaemon Isomura (Tetsuya Chiba), um homem que
só pensa nos lucros e no próprio umbigo, deixando de lado seu verdadeiro amor, o guerreiro Yoichiro Tezuka (Noriyuki Higashiyama). Um dia,
em um campo cheio de cerejeiras silvestres, Noe reencontra Tezuka, o
que traz significativas mudanças na vida dos dois.
Por outro lado, Yamazakura mostra o que acontece na sociedade japonesa daquela época. As dificuldades financeiras que os camponeses
enfrentam por causa dos altos tributos, o descaso que os grandes senhores latifundiários têm com os empregados e subalternos e a dominação e opressão com os mais pobres.
Para quem está acostumado com as produções hollywoodianas, assistir Yamazakura pode ser um desafio, já que em alguns momentos o
andamento do filme é lento e um pouco cansativo.
Jo Tatsumi, presidente da Aliança Cultural Brasil-Japão, entidade responsável por trazer o filme ao Brasil, explica que a intenção não era
apresentar um filme de ação que mostrasse um Japão atual, mas sim
um filme para os avós se identificarem. “Yamazakura tem pouco gancho
para debate, ou pimenta para esquentar uma discussão, é simplesmente o Japão retratado em uma tela”, ressalta.
Outro motivo para trazer o filme e produzir o festival, além da comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil, é “fazer com que
ele seja o início de uma possível reabertura do mercado brasileiro para
os filmes japoneses, que já fizeram muito sucesso no país, mas que
foram ‘engolidos’ pela indústria americana”, justifica o diretor cultural
da Aliança, Jorge de Araújo.
CONTINUIDADE - Com o fim do Festival a Aliança, entidade detentora
dos direitos de exibição do filme e responsável por trazê-lo ao Brasil,
pretende transmitir “Yamazakura” em diversas cidades do país que tenha a presença da comunidade nipo-brasileira.
Por enquanto não há data prevista para a exibição itinerante do filme,
uma vez que a Associação ainda não definiu como será realizado. “Recebemos o pedido de várias entidades de outros estados, mas ainda
não definimos como isso será feito. Também estamos esquematizando
uma maneira de transmitir o filme para os mais de dois mil alunos da
Aliança”, explica Tatsumi.
Mais informações sobre o filme nos sites www.aliançacultural.org.br ou
www.centenario2008.org.br.
Ficha técnica
Diretor: Tetsuo Shinohara
Roteiro adaptado: Yasuo
Hasegawa, baseado na
obra de Shuhei Fujisawa
Gênero: Drama
Elenco: Rena Tanaka,
Noriyuki Higashi-yama,
Tetsuya Chiba, Fumi Dan,
Sumiko Fuji, Tsutomu
Hiura, Takahiro Hojo, Nao
Minamisawa, Kunio Murai,
Eiko Nagashima, Saburo
Shinoda, Choei Takahashi.
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encontro
Koshukai 2009 promete novidades e já está
com as inscrições abertas
Texto: redação / imagem: divulgação
Evento visa novos contatos para quem vai ao Japão
Jenny Komatsu (centro) e sua equipe assumem a gestão 2009 da ASEBEX
P
ara abrir as atividades e eventos do
próximo ano, a ASEBEX (Associação
Brasileira de Ex-Bolsistas no Japão)
promove o Koshukai 2009. Um seminário
preparatório aos futuros estudantes ou estagiários no Japão, que será realizado de 5
a 30 de janeiro, na Associação Cultural e
Assistencial Iwate Kenjinkai do Brasil, na
Liberdade, em São Paulo. As inscrições já
estão abertas.
O evento é realizado anualmente e tem como
principal objetivo oferecer informações que
contribuirão para o melhor aproveitamento da
bolsa de estudos ou do estágio. Visa também
a integração entre os candidatos de várias
modalidades (kenpi kenshu, kenpi ryugaku,
JICA, LATEC, Monbukagakusho, Nippon Zaidan, Fundação Japão) e ex-bolsistas.
“É uma oportunidade para aprender um pouco mais sobre o país, a cultura, postura e a
sociedade japonesa antes de chegar lá, o que
ajuda a evitar algumas gafes ou ganhar mais
segurança”, explica Eduardo Hasegawa, coordenador do Koshukai e vice-presidente da
entidade, gestão 2009. “Os participantes podem tirar dúvidas, conhecer as experiências
de senpais [veteranos], fazer novas amizades
e fortalecer o grupo que irá embarcar, pois
estarão todos juntos lá no Japão”, completa
o coordenador.
Durante os vinte dias de curso, o público
participará de dinâmicas de grupo, mesa redonda e palestras a respeito de temas como:
desenvolvimento interpessoal, motivação,
etiqueta japonesa, história, política, geografia e economia da terra do sol nascente. E no
último fim de semana acontece a atividade
externa, geralmente ocorrida em um sítio, no
intuito de integrar as pessoas.
Para esta edição, a organização, formada
principalmente por bolsistas que retornaram
neste ano do arquipélago asiático, promete
muitas mudanças e novidades. É uma equipe que acabou de vivenciar o que os futuros
candidatos vão experimentar, por isso, pretendem agregar isso em ações mais interativas e atuais.
SERVIÇO:
Inscrições online promocionais até 28.12.08
(R$80,00).
Inscrições também durante o KOSHUKAI, no
local (R$100,00).
Site: www.asebex.org.br
Koshukai 2009
Data: de 05.01.2009 a 30.01.2009 (de seg. à
sex.) - 20 dias de seminário, mais um final de
semana de integração.
Horário: 19h30 às 22h.
Local: Associação Cultural e Assistencial Iwate
Kenjinkai do Brasil
Endereço: Rua Tomaz de Gonzaga, 95 – Liberdade
(Próx. ao metrô Liberdade) São Paulo-SP
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Férias também para os bichos
Hotéis especializados cuidam dos animais de estimação enquanto os donos viajam
F
érias e feriados são as
oportunidades mais que
esperadas para reunir a
família e viajar. Porém, nem
sempre todos os integrantes
podem participar, especialmente quando se tratam dos
animais de estimação. Como
nem todos hotéis e pousadas
aceitam animais, as pessoas
vivem um dilema: onde deixar
o bichinho nesse momento?
Uma saída que tem ganhado
força nas grandes metrópoles são os hotéis para animais.
Espalhados por diversas regiões da cidade, tais locais oferecem um
atendimento cinco estrelas para o animal. Por lá, o dia é dividido em diversas atividades, em campos abertos e áreas fechadas, além de serem
acompanhados 24 horas por veterinários e adestradores.
No Hotel Fox Pet, localizado na zona sul de São Paulo, por exemplo, há
a disponibilidade de o cliente escolher canis internos, para cachorros
que estão acostumados com apartamentos; e canis externos, para os
que estão habituados com quintais, além de uma área específica para
Texto: Tamires Alês / Fotos: Divulgação
gatos. As diárias ficam em torno de R$ 35,00.
O médico veterinário e responsável técnico do local, Fortunato Essoudry, explica que para o animal não ter nenhum problema durante a temporada no hotel, é importante que o cão ou o gato já esteja acostumado
com o local. “Se o animal não está habituado com o canil desde pequeno, é interessante ele passar um fim de semana no hotel antes de ficar
a estadia completa, para se acostumar com o local e evitar problemas
futuros”, ressalta.
Essoudry explica, também, que qualquer raça pode ficar em um hotel,
basta ter sido educada para isso. Mas, algumas têm mais dificuldades
em se adaptar. O que acontece com cachorros de raças orientais, que
têm características peculiares, como ser mais temperamentais e muito
ligados ao dono. “Cães como o Akita, Lhasa e chow chow costumam
ser hóspedes mais tensos e darem mais trabalho”, relata.
No Fox Pet também há a Escola
de Adestramento, que realiza o
adestramento geral, os básicos
em obediência e em educação,
além do adestramento personalizado, em que o cliente seleciona
os comandos.
agricultura
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O sabor diferenciado da abóbora
Com mais de 27 tipos, o alimento é uma boa opção de nutrientes em pratos do cotidiano
Texto: Tamires Alês / Fotos: Divulgação
C
om rica importância nutricional e cultural, as abóboras já fazem parte do cardápio
de diversas nacionalidades. Tanto nos pratos doces como nos salgados, elas fazem
sucesso pelas possibilidades de combinações. Além de ser símbolo de festas como a
do Halloween, o dia das bruxas, comemorado no dia 31 de outubro.
As abóboras são plantas do gênero cucurbita e podem ser encontradas mais de 27
espécies, divididas em dois tipos: as abóboras rasteiras e as abóboras de tronco.
Começaram a ser cultivadas pelas civilizações Maia, Asteca e Inca, mas atualmente
são hortaliças conhecidas e produzidas em todo o mundo.
As abóboras variam de tamanho, formato, cor e peso, e cada uma tem um tempo
diferente de cultivo. Desde o início da plantação até a colheita há uma variação de
75 dias, as mais rápidas como a paulistinha, até as mais demoradas, que levam 6
meses como a menina gigante. As demais como a moranga, a japonesa, a caravela,
a branca e a inglesa, bastante procurada no Halloween, demoram em média 90 dias.
Por ser uma planta tropical, não é tolerante à geadas ou a secas prolongadas. O proprietário da Sanches e Matsunaga Ltda, José Saches, que trabalha há mais
de 50 anos na produção de abóbora, explica que só é possível encontrar o legume durante todo o ano, porque o Brasil é muito grande e cada região tem um
clima diferente. “O Brasil é um país abençoado, quando não tem determinada espécie em uma região, encontramos na outra”.
Instalada na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) há 46 anos, a Sanches e Matsunaga, que comercializa praticamente todos
os tipos de abóboras, recebe o alimento de produtores espalhados pelo Brasil, como Bahia, Minas Gerais e São Paulo. São aproximadamente 300 toneladas
de abóboras vendidas por mês.
De toda a produção, as abóboras japonesa e a menina gigante são as mais vendidas. “A japonesa é mais procurada para a produção de pratos salgados, já a
menina gigante, por ser mais seca, é mais utilizada na fabricação de doces”, explica o proprietário da Sanches e Matsunaga.
PREPARO
As abóboras, tanto as de inverno quanto as de
verão possuem poucas calorias e carboidratos,
um ótimo alimento para ser utilizado em todos os
tipos de dieta. Por ser extremamente versáteis,
podem ser utilizadas em pratos doces e salgados.
Em calda, cristalizada ou com coco, refogadas ou
fritas, cada chef tem uma receita diferente, mas
todas ricas em vitaminas e proteínas.
Na cozinha, uma infinidade de opções de preparo,
sejam cozidas no vapor, sauteadas, fervidas ou
assadas ou até mesmo preparadas no microondas, sempre fazem sucesso. “Nas festas de São
Pedro e São João as abóboras são muito procuradas para fazer doce. Durante o resto do ano, são
muito utilizadas para fazer salada, sopa e refogados”, enumera Sanches.
Por ter casca dura, a abóbora é um alimento que
pode ser armazenado durante muito tempo. Em
local seco e fresco, pode ser conservada por até
um mês, só não deve ser refrigerada ou armazenada em temperatura abaixo de 10 graus, pois
isso acelera o processo de deterioração.
Fique atento na hora da compra, dê preferência
para as menores e mais pesadas, que tenham
casca dura e polpa rígida, pois apresentam maior
qualidade e sabor.
BENEFÍCIOS
A abóbora não aparece na lista de alimento preferido da população, mas esconde uma variedade
de benefícios a saúde. Desde a casca até as sementes, cada parte do legume é rica em vitaminas, cálcio, magnésio, potássio e fibras.
A casca, por exemplo, contém grandes quantidades de clorofila, que ajudam na produção de sangue. Já as sementes são fontes de proteína, ferro
e vitaminas do complexo A, B, e E. Além de ser
rica em beta-caroteno, potássio e vitamina C.
Por ser de fácil digestão, a abóbora tem ação reguladora no intestino, fortalece o pâncreas e aumenta a produção de insulina. Também tem ação
sobre os rins, promovendo o aumento da diurese
e agindo sobre a próstata, evitando a hipertrofia.
A abóbora também é utilizada para fins medicinais. As folhas, flores, sementes e polpa são
indicadas no tratamento de anemia, náuseas,
vômitos, febres, dores e inflamações.
SERVIÇO
Sanches e Matsunaga Ltda
Entreposto Terminal de São Paulo
– Ceagesp
Pavilhão MSC – Box 13B, 14, 15 e 16
– São Paulo / SP
Tel: (11) 3451-3572 / 3643-7588
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dekassegui
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PREVIDÊNCIA social
SHAKAI HOKEN – A obrigatoriedade para os dekasseguis no
Japão e seus benefícios
Texto: S.J.Nakaoka
A
spectos importantes sobre a necessidade dos trabalhadores nikkeis
no Japão com relação ao Shakai Hoken:
“Caso eu continue contribuindo no retorno ao Japão, este
valor ficará acumulado? O que devo fazer para as providências
necessárias?”
•Para brasileiros com visto de re-entre:
Não está previsto a solicitação de resgate do Shakai Hoken (K. Nenkin), para
quem é assalariado, quando este retorna ao Brasil com status de re-entre no
passaporte, e o valor ficará acumulado.
O contribuinte deverá dar continuidade ao recolhimento mensal na volta ao
Japão e resgatar os valores contribuídos à Previdência do Japão, posteriormente no retorno definitivo ao Brasil, mas é importante salientar que existe
um limite de resgate (equivalente a aproximadamente 2,6 do salário médio
recebido, independente do valor contribuído), cujo valor recebido não terá
muita oscilação a partir do terceiro ano de contribuição.
Portanto, o melhor aproveitamento da contribuição ao Sakai Hoken é fazer o
resgate (se possível) a cada três (3) anos, retornando ao Brasil, e neste caso,
sem o visto de re-entre.
•Para brasileiros sem o visto de re-entre:
Todas as pessoas que retornam ao Brasil têm o prazo para solicitação de
resgate em até dois (2) anos, após a saída definitiva do Japão.
Caso não tenha solicitado nesse período, perderá o direito de resgatar qualquer valor contribuído.
Portanto, o contribuinte deverá ficar atento para nunca deixar de passar o prazo,
procurando buscar auxílio de empresas idôneas para providenciar o resgate dos valores contribuídos ao Shakai Hoken durante o período em que trabalhou no Japão.
Importante: para todo o resgate dos valores contribuídos ao Shakai Hoken (plano Kosei Nenkin), a Receita Federal do Japão fará uma retenção automática
de vinte porcento (20%) a título de Imposto de Renda, liberando oitenta porcento (80%) do valor calculado. Este imposto poderá ser restituído por meio da
elaboração de declaração em separado e enviado ao órgão japonês.
Vale ressaltar que o Imposto de Renda retido no resgate do Shakai Hoken é
um valor considerável e muitos desconhecem a possibilidade da restituição,
limitando-se à primeira parte. Portanto, não esqueça este detalhe que é importante para o contribuinte.
Serviço:
DAIWA SERVICE
Pça.da Liberdade, 130–Conjs.97 a 99 - Metrô Liberdade
01503-010 – São Paulo / SP
(11) 3105-2114 e (11) 5572-1717
www.daiwaservice.com.br
casos da vida
LUSO-NIPO-BRASILIDADE: UMA RELAÇÃO DE MAIS DE
500 ANOS – PARTE 1
A
o folhear uma edição desta revista, talvez a de junho de 2008, meu
amigo Trasmontano – é assim que
ele gosta de ser chamado, por haver nascido em Trás-os-Montes, Portugal – deparou-se com o título acima, e com o diagrama ao lado, num anúncio institucional
de uma mercearia de produtos orientais, com um nome que também lhe
havia chamado à atenção: LISTOKYO. O anúncio era uma homenagem aos
100 anos da imigração japonesa no Brasil, e a mercearia, pelo logotipo e
nome, evidenciava uma associação luso-nipônica.
Meu amigo já havia lido muito sobre o importante papel da imigração japonesa
no Brasil. Ele próprio é um beneficiário dessa magnanimidade e, por coincidência, casado com uma nissei, confirmando, assim, a vocação lusa para a miscigenação global.
E o relacionamento com os japoneses, ao contrário do que muitos possam
pensar, existe há mais de 5 séculos. Afinal, todos sabem que os portugueses
foram os primeiros imigrantes-colonizadores a aportarem por aqui, em 1500,
mas poucos sabem que também eles foram os primeiros europeus a entrar
no Japão, em 1543, aportando em Tanegashima, no período Edo.
Ao contrário dos objetivos no Brasil – tomar posse e colonizar este país
– os lusos apenas buscavam o contato e as trocas comerciais, bem como
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a propagação da religião católica, através dos missionários jesuítas, cujo
nome mais conhecido é o do Padre Francisco Xavier. A estada dos portugueses em terras nipônicas foi curta, mas intensa, até 1639 - menos
de 100 anos – quando o Japão voltou a fechar os portos para todos os
estrangeiros. Durante esse quase um século, os lusitanos introduziram o
conhecimento do que era mais moderno na Europa, como as técnicas de
metal na indústria naval, as armas de fogo e um dicionário de japonêsportuguês, o primeiro do idioma nativo com outra língua estrangeira.
Na época, cerca de 4.000 palavras de origem portuguesa passaram a ser
utilizadas no cotidiano dos japoneses. Estima-se que tenham sobrevivido
cerca de 400, incorporadas ao idioma atual. Em 1585, 4 nobres japoneses
– Manjo Ito, Miguel Chijiwa, Martino Hara e Julian Nakaura - foram escolhidos para irem a Portugal e Roma. Seriam os
primeiros japoneses a entrarem na Europa. Com
o fechamento dos portos, Portugal e Japão só
voltariam a ter relações formais a partir do Tratado de Paz, Amizade e Comércio, firmado em
1860 pelos dois países. (continua na edição 14)
* José Carlos Neves é comerciante, descendente de portugueses e casado com uma nikkei. É,
ainda, profundo admirador da cultura japonesa.
E-mail: [email protected]
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mundo oriental
Leveza nos movimentos marca as danças tradicionais coreanas
Mais que aprender os passos, a performance dá uma aula de cultura, história
e simbolismo da Coréia
Texto: Cibele Hasegawa / Fotos: Divulgação
O
s corpos em trajes tipicamente coloridos e alegres giram, se esticam
e se ondulam em movimentos leves, ao mesmo tempo, marcantes. O
caminhar das sapatilhas em algumas ocasiões parecem flutuar pela
sutileza em que o fazem. Neste conjunto acrescentam ainda as manifestações na face, que participam no decorrer da performance. Essa é a dança
tradicional coreana.
“A leveza é um dos pontos marcantes. A movimentação deve acompanhar
a respiração, deve vir de dentro, mas não jogado para fora. São passos que
vão e voltam”, explica Regina Yun Jae Hwang, professora de dança tradicional coreana e diretora da Cia de Dança que leva o seu nome.
Ao longo dos cinco mil anos, a Coréia criou tradições que ultrapassam séculos, artes bem definidas e as características deste povo. Assim, nascem
as diversas modalidades de sua dança, que traz no jogo de braços e pernas
as suas variadas categorias: xamanista, budista, confucionista, palaciana,
folclórica e com máscaras.
Cada uma delas pede uma roupa adequada, o chamado hanbok, possui uma
característica e ensina aos seus praticantes uma verdadeira aula de cultura
e trajetória de ancestrais. As máscaras, por exemplo, surgem para exprimir
o sentimento do povoado sem liberdade. Faziam sátiras e críticas sobre os
nobres e o governo, cobrindo os rostos para não serem identificados. Arte considerada do outro lado do mundo como um dos tesouros intangíveis do país.
“É por isso que as expressões fazem parte deste contexto. É um modo de se
comunicar sem usar as palavras”, diz Regina. De acordo com ela, os estilos
têm um significado e jeito próprio de ser. As performances folclóricas possuem um tom alegre, cores fortes e um sorriso no rosto. A xamanica possui
um olhar penetrante, enquanto a palaciana, traz uma visão vaga, pois era
realizada em apresentações em frente ao Rei. A budista e a confucionista
vêm com um ar de meditação, uma ligação entre o céu e a terra.
Os dançarinos dos períodos antigos, ao se apresentarem, se esforçavam em
expressar um profundo êxtase. Não eram os movimentos físicos e acrobáticos que os motivam, mas uma exaltação metafísica.
É o que Regina define
como a demonstração do
amor pela arte – o principal
segredo da beleza artística
da apresentação. “Mais
que movimentos perfeitos, é preciso transmitir o
gosto por aquilo que faz”,
pontua a dançarina que é
uma referência no que diz
respeito à arte e a cultura da terra que emigrou.
Em sua academia, a professora faz questão de manter costumes e ir além de lecionar a remexer o esqueleto. Para começar, ao adentrar no recinto, tire o sapato
e guarde-os no devido lugar, assim como manda o ritual – realizado antigamente,
pois o chão das casas eram aquecidos à lenha, hoje, prevalece por uma questão
de higiene.
Com o objetivo de que suas alunas criem laços tanto com as terras brasileiras como as terras de seu sangue, ressalta a importância de preservar e
manter o contato com a cultura coreana. Atreladas intimamente a dança,
desde jovem aprendem questões como modo de viver e de ser do povo
coreano para levar para a vida toda ao se tratar de disciplina, vestimenta,
datas comemorativas, hierarquia, entre outros.
Talvez sejam esses laços e a construção da identidade o que aconteceu
com Suzi Park. Ela chegou à escola contra-gosto e por vontade de sua mãe.
“Não curtia nos primeiros três meses”, lembra. Hoje, a jovem é o “braço
direito” da professora que a ensinou a dançar ao longo dos quase 10 anos,
em que está na academia.
Atualmente, leva a aptidão e a habilidade que possui nos movimentos
que encantam os olhos dos espectadores não apenas como hobby,
mas também, na dedicação de seu trabalho. Suzi é responsável pelos
ensaios da Cia.
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57
mundo oriental
Feira em Taiwan apresenta novas opções de viagens
Um total de 62 países e regiões do mundo apresentou atrações turísticas num
espaço com mais de 1.200 postos de exibição
Texto: Cíntia Yamashiro/ Fotos: Divulgação
A
Feira de Viagens de Taipei 2008 (Taipei ITF 2008, sigla em inglês) aconteceu entre 31 de outubro e 3 de novembro na Sala de
Exposições do Centro de Comércio Mundial de Taipei. A exposição, um dos maiores eventos de turismo na Ásia, atraiu 45.838 visitantes no primeiro dia de funcionamento, o que representa um aumento
de 26% se comparado as 36.356 pessoas que compareceram no dia de
abertura no ano passado, de acordo com os organizadores. Estima-se
que mais de 200 mil visitantes passaram pela feira nos quatro dias
abertos ao público este ano.
A inauguração contou com as presenças do vice-primeiro-ministro Chiu
Cheng-hsiung, que esteve acompanhado do ministro dos Transportes e
Comunicações, Mao Chikuo, da diretora-geral do Bureau de Turismo,
Janice Seh-Jen Lai, e do presidente do Comitê Organizador da Feira
Internacional de Viagens de Taipei, Stanley C. Yen. Estiveram ainda presentes os representantes de Taiwan e de vários países expositores.
O primeiro-ministro, Liu Chao-shiuan, compareceu mais tarde à Taipei
ITF 2008, acompanhado de vários funcionários. Após adquirir uma dezena de garrafas de mel de abelha num pavilhão patrocinado pelo Conselho de Agricultura, ele declarou que o êxito do evento é um indício
de que as perspectivas econômicas de Taiwan são boas, e se apóiam
na confiança do consumidor mesmo com a recente crise financeira
global.
Um total de 62 países e regiões do mundo apresentou suas ofertas e
atrações turísticas num espaço com mais de 1.200 postos de exibição.
O palco principal e vários pavilhões traziam coloridas apresentações
culturais e atividades com muita diversão, que atraíram a atenção do
público. As promoções também foram chamariz e puderam ser aproveitadas pelos visitantes.
Nesta edição, 24 países participaram como estreantes. Dentre os quais,
a Eslovênia, trazendo modelos em trajes típicos, além de comidas e
artesanatos do país da Europa Oriental. A América Latina esteve representada principalmente pelo Panamá, Guatemala, Nicarágua e Peru, que
esperavam obter oportunidades de negócios relacionados ao turismo.
Como no ano anterior, o Japão teve grande destaque, com 69 estandes,
apoiados pela Organização Nacional de Turismo do Japão. Para um funcionário da entidade, Taipei é o local ideal para se promover o turismo e
conhecer as necessidades dos turistas de Taiwan.
Numa pesquisa realizada pelos japoneses, muitos dos turistas de
Taiwan que já visitaram o país vizinho optam por retornar novamente. O
pavilhão oferecia descontos em tarifas hoteleiras e em bilhetes de trem.
Outros países com grande presença foram Malásia e Coréia do Sul, com
25 e 20 estandes.
A feira deste ano se dividiu em seis áreas: região da Ásia e Pacífico;
Europa, Américas, África e Oriente Médio; Taiwan; hotéis e locais turísticos; China continental; e negócios relacionados ao turismo. Há dois
anos, a China continental tem chamado a atenção dos visitantes com
enormes pavilhões e interessantes atrações culturais. As ofertas de
viagens à China se distribuíam em 256 estandes com variado material
promocional.
(Fonte: Noticias/GIO)
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click
BEISEBOL - A Associação de Árbitros e Anotadores de Beisebol e Softbol do Brasil lançou, no fim de novembro, o “Novo Livro Oficial de Regras
de Beisebol”. O evento aconteceu no Lorena Hotel.
O presidente da Associação, Jorge Higaki, e o presidente do Lorena Hotel, Carlos Omori
Representantes dos clubes, anotadores e árbitros comparecem em peso.
EOMA - No último dia 30 de novembro, a Escola Oriental de Massagem e Acupuntura (Eoma), realizou seu tradicional “Dia de Ação de Graças”, evento
que reuniu centenas de pessoas. Na ocasião, toda a renda foi destinada a duas entidades: Casa da Amizade e Ikoi-no-Sono.
Estiveram presentes o presidente do Eoma, dr. Tadamassa, a sra. Lucy e técnicos
Sessões foram marcadas por descontração e relaxamento durante todo o evento
OAB - O Centro de Convenções de Natal (RN) sediou, entre os dias 11 e 15 de novembro, a Conferência Nacional dos Advogados. Na ocasião, o
evento prestou uma significativa homenagem ao centenário da imigração japonesa nas pessoas de sete membros da comunidade nikkei.
Kiyoshi Harada recebendo homenagem de Cezar Britto e Vladimir Rossi Loureiro
Os sete homenageados com o Vladimir Rossi Loureiro, Presidente da Comissão
click
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CORAL - O já conhecido Coral Bunkyo apresentou o Concerto do Centenário da Imigração Japonesa, no SESC Araraquara. Na ocasião, o evento
reuniu dezenas de pessoas para ouvirem clássicos do Japão e do Brasil.
Senhoras do coral com representantes de Araraquara
Maestro Teruo Yoshida e a pianista Lissa Kawashima durante o concerto
Japan Experience 2008 - O Centenário da Imigração fechou com chave de
ouro. Pelo menos para os jovens. No fim de novembro, ocorreu mais uma
edição do Jaapan Experience, evento realizado pela geração mais jovem
da comunidade nipo-brasileira. Além das atrações culturais, a festa contou
com a força de dezenas de voluntários.
Diretores do Banco Real em almoço de confraternização com a imprensa Nikkei.
Estiveram presentes Airton Tanigawa, Mario Nagamine, Marcia Nakagawa, Orídio
Shimizu e Jorge Iwashita.
Créditos: Mario Tomita
BEISEBOL - O 2º T-Ball Fest, realizado no campo do Anhanguera Nikkei Clube, animou a região de Santana do Parnaíba, em São Paulo. Na ocasião, dezenas de atletas participaram da competição, destinada a integração e união da modalidade.
Edna Kitamura, Marcos Aguena (Japa) e Sumie Egashira no 2º-T-Ball Fest.
Presença de 22 times no 2º-T-Ball Fest Anhanguera Nikkei Clube / Yamato CUP
eventos
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Brasil é o campeão latino-americano de cosplay
Texto: David Denis Lobão e Tom Marques / Foto: Fernando Siqueira
O
correu
no dia
29 de
novembro de
2008 a final
do CLC - Concurso LatinoAmericano
de Cosplay.
A competição foi realizada às 19h30, hora local,
no teatro Ruben Dario Ramirez dentro do CLUSOFA (Clube de Sub-Oficiais) na Urbanização La
Rinconada na cidade de Caracas - Venezuela. A
organização informou que para esta primeira edição da final do CLC somente 300 entradas foram
disponibilizadas e o concurso contou com o apoio
da Embaixada do Japão na Venezuela.
Fernando Siqueira, administrador do Fórum Cosplay
Brasil e o responsável por trazer a competição para o
Brasil acompanhou as competidoras e relata a experiência “O CLC foi um concurso emocionante. Todas
as duplas se esforçaram muito e deram tudo de si
para vencer. Na hora da premiação, nem mesmo os
juízes faziam idéia de quem poderia ganhar, o concur-
so tinha sido acirrado. Quando o Brasil foi anunciado,
senti uma alegria enorme pela nossa dupla. Mas o
que mais me surpreendeu foi a reação do público.
Todos se levantaram e começaram a aplaudir a
dupla brasileira e a gritar “Brasil! Brasil”. Ariana
e Bruna se tornaram ídolos na Venezuela e todos
queriam uma foto ou até um autógrafo delas. Foi
algo muito bonito de se ver”.
Brasil é o campeão do CLC
E o Brasil foi o grande campeão do primeiro CLC com
Ariana Caiado e Bruna Ribeiro, dubla de Vitória, Espírito Santo. As meninas conquistaram sua vaga para
representar os cosplayers brasileiros durante o evento Anime Fantasy 2008 da Yamato Comunicações e
eventos e venceram a final caracterizadas com os
cosplays de Carta Dark e Carta Light do animê “Sakura Captor”. Em segundo lugar ficaram as argentinas
Analia Ruíz e Julia Prátola. Em terceiro lugar ficou a
dupla mexicana.
E pelo visto a dupla brasileira quer participar novamente ano que vem “Enquanto tiver minha dupla
iremos competir no CLC”, conta Ariana. Já Bruna
lembra-se da emoção de quando soube da vitória na
final brasileira, em São Paulo, “Fiquei molhada (risos).
Eu chorei tanto que me perguntaram de onde vieram tantas lágrimas”.
Carolina Michelli, coordenadora responsável pela
etapa nacional já tinha confiança na vitória de
ambas “Elas mostraram muita garra e dedicação
na final brasileira, estava até despreocupada com
a competição por que sabia que iriam arrasar, e
foi o que aconteceu! Parabéns as nossas garotas,
nos encheram de muito orgulho”.
Mauricio Somenzari que já venceu uma competição
semelhante no Japão e fez a voz do personagem
Kero na apresentação das meninas também ficou
orgulhoso “Fiquei super emocionado com a vitória
delas. São minhas melhores amigas, e aqui em casa
todos torcemos muito por elas”.
Brasil será sede da competição em 2009
Foi feito o sorteio de qual país será a sede da competição do ano que vem e o Brasil foi o sorteado.
Lembrando que a cada ano um país diferente vai
sediar a competição, como ocorre na Copa do
Mundo de Futebol e um país não faz a competição
duas vezes antes de todos os demais terem ido.
A ordem de qual país hospeda a competição em
cada ano é definida por sorteio.
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61
cosplay
Os cosplayers entram no clima do Natal
N
este natal os eventos Ressaca Friends (São
Paulo) e Anime Family (Rio de Janeiro) trouxeram uma novidade, o Desfile Natalino. As
duas feiras são sempre realizadas no mês de dezembro, por isto são sempre temáticas com a época.
A idéia do Desfile Especial surgiu de uma sugestão muito criativa de Jeffrey Haiduck (mais
conhecido como “Jeff Duck”), um dos membros
mais participativos do Fórum Cosplay Brasil.
A sugestão é entrar no clima do natal e incrementar aquele cosplay que você tanto gosta, ou que
está de lado e sem uso, e transformá-lo em uma
versão natalina. É bem simples; basta pegar uma
touca de papai noel, ou comprar alguns acessórios baratos e bonitos (como enfeites de natal,
pelúcia branca e vermelha, um saco vermelho...)
ou até mesmo reciclar os que você tem em casa,
qualquer coisa vale!
E também existem personagens com roupas natalinas originais, desenhadas para ‘artbooks’ ou
calendários da série. O importante é transmitir o
sentimento do natal e se divertir.
Para incentivar, a empresa Yamato Comunicações
e Eventos – idealizadora dos dois eventos – criou
uma premiação para o melhor Cosplay Natalino.
Para concorrer, o participante se inscreve para a
categoria Desfile normalmente, e informa que sua
versão é natalina, no final, a coordenação separa os cosplayers, e a maior nota dos informados
“natalinos” vence.
Mais uma novidade de Natal: O Desafio Cosmaker
A cada dia mais pessoas se encantam com o
universo cosplay. A possibilidade de encarnar,
mesmo que por pouco tempo, uma personagem
qualquer atrai novos adeptos e com isso uma
nova profissão surge: o ‘cosmaker’.
‘Cosmaker’ é a pessoa que elabora e reproduz roupas e acessórios, baseados em mídias já existentes.
Desde o molde e escolha do tecido até a finalização
de perucas e adereços, cabe a este profissional
todo um trabalho de pesquisa e experimentação,
Texto: Carolina Michelli e Layla Camillo
que em alguns casos pode durar meses.
Valorizando esta atividade, a Yamato Comunicações e Eventos realizará nos eventos Anime
Family (Rio de Janeiro) e Ressaca Friends (São
Paulo) uma nova atração: o ‘Desafio Cosmaker’.
Adaptado do ‘Cosplay em 30 minutos’ do Atsuicon (Espírito Santo), este inusitado jogo promete
muita diversão.
No palco de cada evento os desafiantes farão,
ao vivo, um cosplay exclusivo sorteado na hora.
Para isso, terão a sua disposição materiais diversos e
referências fotográficas. O vencedor será aquele que
melhor executar seu projeto.
Prestigie o ‘Desafio Cosmaker’ e conheça um
pouco mais os bastidores
desse incrível universo,
o cosplay.
62
animê
Bleach: Ação e suspense no mundo espiritual
Texto: Daniela Giovannielo e Francisco Junqueira
B
leach é uma série (de mangá e animê)
criada por Tite Kubo e já foi eleitao melhor
animê do Japão por 3 anos consecutivos:
2004, 2005 e 2006, além de ter sido escolhido o
melhor título do mundo em 2006.
Sinopse
“Bleach” conta a história de Kurosaki Ichigo. Um
jovem de 15 anos que tem o dom de ver espíritos,
aos quais ele tenta ajudar, apesar de ficar nervoso
com a maioria deles.
Certa noite, uma mulher de kimono preto aparece
em seu quarto e ele a identifica como sendo um
espírito. Ela, por sua vez, se assusta com a habili-
dade do garoto de conseguir vê-la e se apresenta
como uma Shinigami.
Enquanto a Shinigami está explicando tudo ao
garoto, um dos Hollows ataca a casa de Ichigo,
atrás de sua grande energia espiritual.
O Hollow ataca Ichigo, que tenta inutilmente se
defender, e a Shinigami o salva, porém, se machuca gravemente. Ela diz ao garoto que só há
uma maneira de vencer o Hollow: Ichigo deve se
tornar um Shinigami também.
Sem seus poderes, Rukia ordena que Ichigo vire
um Shinigami temporário, exercendo as obrigações dela em troca do dom.
Entendendo o universo “Bleach”
No mundo de “Bleach” existem algumas entidades principais: os Plus, os Hollows, os Shinigami,
os Quincy, os Vaizard, os Arrankar e os Bount.
Essas entidades são dividas entre humanos e espíritos.Dentro de cada humano existe um espírito.
Os espíritos podem vagar livremente pelo mundo
dos humanos sem que ninguém os veja, com exceção das pessoas com capacidade para isso.
Um espírito que ainda não está morto, quando
sai de seu corpo físico, fica preso a ele por uma
corrente. Quando morto, o espírito se desprende
do corpo e essa corrente se quebra. Bleach foi
dublado no Brasil pelo estudio CBS e é exibido
pelo canal pago Animax.
O filme
“Bleach” é uma série tão rentável e agradável ao
público que já foram produzidos dois filmes, além
dos mangás e do animê.
O primeiro longa é de 2006 e foi dirigido por Noriyuki Abe e escrito por Masashi Sogo. Chamase “Bleach: Memories of Nobody” e mostra a
invasão repentina de espíritos não identificados
na cidade de Karakura. Ao tentar impedir que esses espíritos dominem a cidade, Ichigo Kurosaki
e Rukia Kuchiki encontram Senna, uma misteriosa Shinigami que está expulsando os espíritos.
Senna se recusa a responder perguntas, o que faz
Ichigo segui-la enquanto Rukia tenta descobrir o
que são e o que querem aqueles espíritos.
O segundo filme chama-se “Bleach: The Diamond
Dust Rebellion” e tudo começa quando Hitsugaya
e seu grupo estavam transportando um tesouro
chamado “Ouin” e foram atacados por um grupo
misterioso.
game
Feliz aniversário Mega Drive!
O
Mega Drive comemorou no dia 30 de outubro 20 anos de existência! Para comemorar,
a Mundo OK preparou um especial inédito,
contando um pouquinho da história deste console
histórico!
Tudo começa em 29 de outubro de 1988, quando a
Sega lançou o Mega Drive, um humilde vídeo game
de 16 bits, que, por acaso, viria a se tornar o maior
título comercial da empresa e principal rival da Nintendo, que contava com Mario Bros em seu carro de
frente! A disputa entre o Mega Drive e a Nintendo
teve seu pico na década de 90, quando o pequeno
jogo da Sega alcançou um forte público nos EUA,
ameaçando, definitivamente, a hegemonia do simpático encanador vermelho! O game inovou estilos e
trouxe toda a magia dos fliperamas para as telinhas
do lar, conquistando um público que precisava procurar as máquinas de jogos para ter acesso a clássicos
como “Street Fighter” e “Mortal Kombat”.
Nos EUA, o game foi batizado de Genesis, e chegou
ao país em 14 de agosto de 1990. Com campanhas
maciças, o Genesis começou um combate com o
console da Nintendo, utilizando propagandas agressivas (“O Mega Drive faz o que Nintendo [NES] não
faz”) e continuações inéditas, direto do fliperama para
o conforto do lar! Em 1991, a Sega lançou sua carta
final contra a Nintendo, a criaturinha Sonic, que marcou época com sua agilidade sem igual!
Em 1992 e 1993, a Sega conquistou os topos com
uma série de lançamentos, incluindo os sucessos
“Alladin”, “Lion King” e “Ecco: The Dolphin”. Esse último é considerado um ícone de quebra cabeça, com
estágios dificílimos e que exigiam total empenho e
inteligência do jogador! Sonic teve continuações e jogos de luta no estilo ataria surgiam sem parar! Originalmente o Mega Drive foi lançado com um joystick
com um botão direcional, três botões de ação e um
de início de jogo. Por ocasião de lançamento do jogo
Street Fighter II para o console um joystick com seis
botões de ação foi lançado e se tornou rapidamente
o padrão de mercado.
O Power Base Converter/Sega Mega Adaptor permitia jogar cartuchos de Master System no Mega
Drive. O acessório apresentava alguns problemas em
63
63
Texto: Francisco Junqueira / Foto: Divulgação
revisões posteriores do console, já que o conector do
cartucho ficava mais distante do topo do gabinete do
console, fazendo com que o terminal de inserção do
acessório não ficasse devidamente encaixado. Com
o Master System e o Mega Drive, a Tec Toy chegou a
ter 75% do mercado brasileiro. Fisicamente o videogame era idêntico ao “Genesis” americano, sendo
compatível com os jogos NTSC para esse sistema.
O sinal de saída de vídeo, porém, foi convertida para
PAL-M, o padrão brasileiro misto entre PAL e NTSC.
O Mega Drive é produzido até hoje no Brasil pela Tec
Toy em versões baratas para competir com a faixa
mais baixa no mercado de jogos eletrônicos (dominada em sua maior parte por clones ilegais asiáticos
do NES), normalmente incluindo dezenas de jogos na
memória ou em um cartucho multijogo. Esses consoles são equivalentes ao “Genesis III” da Majesco
americana e não suportam os acessórios produzidos
para o sistema ou o jogo Virtua Racing.
Estima-se que o Mega Drive vendeu dois milhões
de unidades no país. Recentemente, a companhia
lançou uma nova versão do Mega Drive 3, com 86
jogos na memória, inclusive algumas adaptações de
games da Electronic Arts feitas originalmente para
celulares, como “The Sims 2” e “Need for Speed Pro
Street”.
tokusatsu
64
Os heróis que marcaram os anos 80 – Parte 1
Texto: David Denis Lobão / Fotos: Divulgação
S
pectreman
No título original da
série, “Spectreman”,
só foi ganhar o reconhecimento merecido após o episódio 40, dos 63 produzidos.
No Brasil, o herói sempre foi
a estrela do seriado que cativou os jovens do início dos anos 80. Criado pela
P-Productions em 1971, graças a Souji Ushio,
foi exibido no Japão pela Tv Fuji e no Brasil pela
Record e SBT. Com um baixo orçamento, efeitos
especiais toscos e uma dublagem que reaproveitava o elenco de “Chaves”, ganhou seu auge nas
tardes da emissora de Silvio Santos.
C
hangeman
“Changeman” é
uma série que
marcou muitos aqui
no Brasil, por ter sido
a primeira série super-sentai exibida
por aqui. “Changeman” foi um sucesso imediato
tanto aqui quanto no Japão (onde vendeu discos,
fitas, bonecos e muito mais). Produzido pela Toei
em 1985, teve 55 episódios e explodiu a moda
dos super-sentais. Em nosso país foi exibido pela
TV Manchete, Rede Record e CNT/Gazeta. Na
sua onda vieram para o país os seguintes sentais:
“Flashman”, “Goggle Five” e “Maskman”.
J
aspion
Muitos fãs cresceram acompanhando as aventuras de
Jaspion nas tardes da TV
Manchete ou nas locadoras com as antigas
fitas VHF. Para estes jovens Jaspion fascinava
por seu enredo dramático, com muita ação e momentos emocionantes durante os seus 46 episódios, produzidos em 1985 e que não obteve muito
sucesso no Japão. Lançado pela Toei Company,
foi exibido no Brasil também pela TV Record e
CNT/Gazeta nos anos 90. O herói que luta contra
Satan Goss vendeu tantos produtos que fez a
série “Spielvan” mudar de nome no país para
“Jaspion 2”.
J
iraiya
O incrível ninja “Jiraiya” teve seus
50 episódios produzidos, em 1988, pela
Toei Company.
No Brasil, a família de
ninjas repetiu o sucesso do Japão estreando
em 1989 no programa “Comenta Alegria” com
o seriado “Lion Man”. O Sucesso continuou por
mais de uma década, chegando até o período
de transição da Rede Manchete para Rede
TV!. Graças aos fãs do seriado, o ator que faz o
protagonista, Takumi Tsutsui, veio ao Brasil em
2004 durante o evento Ressaca Friends. Assim
como a maioria dos tokusatsus exibidos nos
anos 80 e 90, teve sua versão brasileira produzida pelo estúdio Álamo de São Paulo.
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65
mangá
Vampire Kisses – Os vampiros invadem as bancas
Texto: David Denis Lobão e Junior Fonseca
“
Vampire Kisses – Blood Relatives”
é o mais novo lançamento da editora NewPOP no Brasil. A obra
teve seu primeiro volume lançado em
2007 pela editora americana Tokyopop
é escrito por Ellen Schreiber, adaptado
por Diana McKeon Charkalis e com
arte de REM, que atualmente estão
terminando o terceiro e último volume
da série. O mangá é baseado no universo da série de livro da autora Ellen
Schreiber, mas a história é diferente,
tendo inclusive alguns personagens
que somente aparecem no mangá.
Na trama de “Vampire Kisses” conhecemos Raven Madison, uma
jovem gótica de 16 anos. Ela tem um senso de humor afiado e uma sina
de sempre encontrar problemas, ou de ser perseguida por eles quando
não os procura.
Raven mora em uma cidade chamada Dullsville, onde todos os cidadãos
torcem o nariz para seu jeito diferente, suas roupas pretas, batons pretos e botas pretas de combate. Sua única amiga é Becky Miller. Becky
é uma garota gentil, de bom coração, mas que sofre tanto com as provocações dos jovens da cidade pelo local onde vive quanto a Raven pela
forma como age e se veste. Por Becky ser uma ovelha entre os esnobes
caçadores de Dullsville, Raven se torna às vezes a guarda-costas da
amiga, que retribui com toda lealdade e caronas para a escola. Apesar
de serem tão diferentes, as duas são inseparáveis.
Entre os habitantes de Dullsville, de quem menos Raven gosta é do seu inimigo de infância, Trevor Mitchell. A família dele praticamente tem a cidade nas
mãos e ele é um daqueles filhinhos mimados e únicos, tendo por isso uma
personalidade a ser estragada. Não que ele seja mau, mas, sim, esnobe,
metido e rancoroso.
Raven obviamente não suporta a cidade, com exceção da mansão mal-assombrada no estilo arquitetônico gótico no topo da Colina Benson. A mansão
há muito tempo tinha sido comprada por uma baronesa romena, que morreu
lá. Alguns habitantes de Dullsville dizem inclusive que podem ver o fantasma
da baronesa olhando através das janelas ao anoitecer contemplando a lua. E
era nesse tipo de lugar que a jovem Raven adoraria passar os dias — como
a mansão estava abandonada, ela de certa forma a considerava sua. Mas,
no 16º aniversário, tudo começa a mudar.
A família Sterlings que era formada pelos pais, pelo filho e pelo mordomo
estranho, se muda para a mansão, ou, como diria o irmão mais novo da
Raven, eles eram a Família Adams. Raven, com sua curiosidade infinita descobriu que eles passavam a maior parte do tempo dentro mansão e que no
momento somente o filho e o mordomo assustador permaneceriam na casa,
pois os pais do garoto voltariam para a Romênia.O novo mangá que chega
em 2009 nas bancas brasileiras poderá responder.
66
opinião
A MAIS PERFEITA EQUAÇÃO
A
humanidade tem sido muito eficiente em transformar desco- seguindo a fórmula original.
bertas científicas em produtos. Tão logo os cientistas formulam Mais recentemente, falsos cientistas passaram também a utilizar o a
as equações matemáticas, físicas, químicas, astronômicas que fórmula, devidamente alterada para enganar parcela ignorante e desesregem o mundo material, rapidamente elas são empregadas para viabi- perada da população e, através de um grande apararato publicitário,
lizar ou facilitar a produção de bens que trazem conforto material para vender o paraíso na terra. Estes falsos cientistas prometem produtos
de grande valor, mas quase sempre entregam material falsificado que
a humanidade.
Viver hoje é completamente diferente de mil anos atrás. Estamos num acaba por infelicitar os incautos. Nos dias atuais poucos são os que
estágio tecnológico onde quase tudo que faz parte do nosso dia a dia empregam corretamente a equação do grande cientista, já que os proseria considerado bruxaria ou mágica pelos nossos ancestrais. E gran- dutos que dela se originam não trazem lucros materiais, nem conforto e
de parte desta estonteante tecnologia é fruto de descobertas científi- nem popularidade. E para chegar a estes produtos o caminho é de muito
cas relativamente recentes. A eletricidade é uma descoberta de pouco sacrifício, muita luta e muito trabalho.
mais de cem anos e a eletrônica é mais recente ainda. Em um século O grande cientista foi Cristo, que há dois mil anos formulou a equação
do amor, da bondade e da caridaa humanidade foi tão competente
Uma equação que aplicada no
para desenvolver produtos nestas
O grande cientista foi Cristo, que há dois mil de.
cotidiano, levaria ao produto mais
áreas, que nos permitiu viver hoje
anos formulou a equação do amor, da bondade almejado pela humanidade, que é a
num mundo de sonhos.
e da caridade. Uma equação que aplicada no felicidade. Mas a humanidade vem
Desde a antiguidade muitos ciencotidiano, levaria ao produto mais almejado
procurando este produto por fórmutistas vinham arriscando teorias
pela humanidade, que é a felicidade
las equivocadas, da ganância, do
sobre uma complexa matéria, mas
egoísmo, da vaidade e do orgulho,
quase sempre de forma equivocada ou incompleta. Quando finalmente um grande cientista proclamou e se ilude com uma felicidade falsificada. Vem chegando o Natal, e com
ao mundo a sua equação, foi ridicularizado e perseguido. As pessoas ele o momento propício para esquecer as equações equivocadas e se
estavam acostumadas a andar para trás e ele revolucionou todos os aproximar da fórmula original. Porque os presentes mais valiosos não
estão nas prateleiras das lojas, mas num compartimento que existe no
conceitos vigentes, ao ensinar que é prá frente que se anda.
A sua fórmula era infalível, completa, perfeita, coerente, mas não inte- lado esquerdo do peito. Abra este armário chamado coração e distribua,
ressava aos poderosos que o perseguiram de forma implacável, até a como Papai Noel, um saco de presentes de muito amor e carinho. Feliz
morte. Seus seguidores, que tinham entendido bem a equação, come- 2009!!!
çaram a espalhar a fórmula, mas também foram perseguidos e mortos
aos milhares. Quando estes seguidores finalmente estavam conseguindo popularizar a fórmula, uma entidade se apropriou de todas as pesNelson Fukai é engenheiro,
quisas, adaptou-as aos seus interesses, e criou novas regrinhas para
escritor e analisa questões do
ganhar poder e deixar parte da humanidade sob seu jugo. Durante sépresente e passado da comuculos e séculos, enriqueceu a custa do sofrimento dos mais humildes,
nidade nipo-brasileira. E-mail:
perseguiu e sacrificou inocentes, derrubou reis, promoveus guerras e
[email protected]
revoluções, chegando em certa época a dominar todo o mundo ocidental. Ainda hoje não passa de uma grande corporação mercantil, pouco
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