MARCELO TSUJIMOTO “COMÉRCIO ELETRÔNICO”: aspectos e

Transcrição

MARCELO TSUJIMOTO “COMÉRCIO ELETRÔNICO”: aspectos e
MARCELO TSUJIMOTO
“COMÉRCIO ELETRÔNICO”: aspectos e processo de implementação
Monografia
apresentada
para
obtenção
do
Certificado de Especialização pelo Curso de Pós
Graduação MBA em Gestão Empresarial e
Negócios
do
Departamento
de
Economia,
Contabilidade, Administração e Secretariado –
ECASE da Universidade de Taubaté,
Área de Concentração: Gestão Empresarial e
Negócios
Orientador: Prof. José Luis Gomes da Silva
Taubaté – SP
2003
MARCELO TSUJIMOTO
COMÉRCIO ELETRÔNICO: aspectos e processo de implementação
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP
Resultado: _____________________________________
COMISSÃO JULGADORA
Prof. Dr. _______________________________________
Assinatura _____________________________________
Prof. Dr. _______________________________________
Assinatura _____________________________________
Prof. Dr. _______________________________________
Assinatura _____________________________________
2
À minha família que sempre me apoiaram e foram a base para todas as conquista
até então atingidas.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço à colaboração do Prof. José Luis Gomes da Silva por ser não só meu
orientador, mas também um colega e profissional, que com compreensão, incentivo e
dedicação proporcionaram o desenvolvimento e sucesso deste trabalho.
Aos todos os colegas que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento
do trabalho e ao amigo Januário Dolores que teve fundamental colaboração e incentivo
para me dedicar a esse trabalho.
4
TSUJIMOTO, Marcelo. Comércio Eletrônico: aspectos e processo de implementação.
2002. 1 f. Monografia (Especialização, Gerencia Empresarial e Negócios) –
Departamento de Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado – ECASE,
Universidade de Taubaté, Taubaté.
RESUMO
O trabalho aqui apresentado tem como finalidade mostrar algumas
características e aspectos do comercio eletrônico em um ambiente comercial, que com
o advento da tecnologia da informação possibilitou uma nova tendência na área de
suprimentos. Será abordado também os tipos e etapas do processo de implementação.
Esse trabalho terá uma primeira parte contendo os conceitos teóricos necessários
para embasamento do tema, abordará também alguns modelos e estruturas encontradas
dentro do ambiente do comercio eletrônico com suas vantagens e desvantagens e por
fim tratará os aspectos do processo de implementação de uma plataforma “Business to
Business” com as questões técnicas, premissas necessárias e as funcionalidades que esse
novo modelo de negócio proporciona.
Palavras-chave: Comercio eletrônico, conceitos e processo de implementação.
5
ELECTRONIC COMMERCE, aspects and implementation process.
ABSTRACT
The work here presented has as purpose to show some characteristics and
aspects of the commerce electronic in a commercial atmosphere, that with the coming of
the technology of the information facilitated a new tendency in the area of supplies. It
will also be approached the types and stages of the implementation process.
That work will have a first part contends the necessary theoretical concepts for
comprehension of the theme, the work will also approach some models and structures
found inside of the atmosphere of the trade electronic with its advantages and
disadvantages and finally will be presented the aspects about implementation process of
Business to Business platform with the technical characteristics, premises necessaries
and the functionality that this new trade can offer.
Key Word: Electronic commerce, concepts and implementation process.
6
SUMÁRIO
RESUMO ..........................................................................................................................5
ABSTRACT......................................................................................................................6
GLOSSÁRIO ..................................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................13
1.1 OBJETIVOS ..........................................................................................................14
1.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................14
1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ..............................................................................15
2 REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................15
2.1 Comercio eletrônico e seus principais conceitos. ..................................................16
2.2 MODELOS DE NEGOCIOS.................................................................................23
3 PROPOSIÇÃO.............................................................................................................25
4 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................25
5 RESULTADOS............................................................................................................26
5.1 Questões técnicas relacionadas ao processo de implementação............................26
5.1.6 Hosting ...................................................................................................................28
5.2 PREMISSAS..........................................................................................................30
5.3 Estratégia de Implantação......................................................................................42
CONCLUSÃO ................................................................................................................54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................55
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 5.1 – Atividades do plano de trabalho ........................................................... 43
TABELA 5.2 – Produto das atividades do processo de implementação ....................... 51
8
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1 – Comercio eletrônico público e privado.................................................14
FIGURA 2.1 - Evolução do e-commerce .......................................................................16
FIGURA 2.2 – “e-commerce x e-business” ..................................................................18
FIGURA 2.3 – e-business: Aplicações, serviços e plataforma......................................20
FIGURA 2.4 – Mercado Aberto.....................................................................................24
FIGURA 2.5 – Agregação. ............................................................................................25
FIGURA 5.1 - Arquitetura do Data Center. ..................................................................29
FIGURA 5.2 - Níveis de acesso e arquitetura de balanceamento de carga..................30
FIGURA 5.3 – Padrão de Descrição do Material para um rolamento.........................34
FIGURA 5.4 – Processo de leilão reverso ....................................................................38
FIGURA 5.5 – Estratégia de implementação. ...............................................................42
FIGURA 5.6 – Organograma do projeto. .....................................................................44
FIGURA 5.7 – Modelo do funcionamento da fase1 ......................................................46
FIGURA 5.8 – Complexibilidade da fase 1 ...................................................................47
FIGURA 5.9 – Solicitação de itens sem controle de estoque da fase 2........................48
FIGURA 5.10 – Solicitação de itens de estoque da fase 2 ..........................................49
FIGURA 5.11 – Recebimento de matéria dos processos de cotação da fase 2.............50
FIGURA 5.12 – Cronograma de Implementação..........................................................52
FIGURA 5.13 – Proposta de interconexão para fase 1.................................................52
FIGURA 5.14 – Proposta de interconexão para fase 2.................................................53
9
GLOSSÁRIO
•
B2B ou Business-to-Business: Refere-se a transações de negócios realizadas
entre empresas através da Internet.
•
B2C ou Business-to-Consumer: Refere-se à venda de produtos feita na Internet
diretamente para o consumidor.
•
Back-end: programa que executa tarefas não diretamente controladas pelo
usuário como o banco de dados, ou seja, secundárias
•
Browser ou navegador: Programa de software que permite que o computador
tenha acesso à Internet, como o Explorer, Netscape ou Ópera.
•
Correio eletrônico ou e-mail: Sistema de troca de mensagens eletrônicas
através de redes de computadores.
•
Costumer Relationship Managment (CRM): ou marketing de relacionamento
com os fornecedores;
•
Criptografia: Técnica para converter um arquivo ou mensagem utilizando uma
codificação secreta, mantendo, assim, os dados do usuários em segurança. É
necessário que os dois usuários tenham o mesmo software para que o arquivo
seja decodificado e compreendido.
•
Data Warehousing: é um conjunto de tecnologias que permitem converter uma
grande quantidade de dados em informação utilizável. Transforma um banco de
dados operacional num ambiente que permite o uso estratégico dos dados.
•
Domínio: A marca de um negócio na Internet. Por exemplo, a empresa Yahoo!
(propriedade) é dona das marcas Yahoo.com e Geocities.com (domínios).
•
Eletronic Data interchange (EDI): Troca de dados realizados em formato
eletrônicos especifico
•
Enterprise Resource Planning (ERP): Planejamento de Recursos para um
empreendimento na qual os sistemas utilizados são integrados.
•
E-Mail: Significa Electronic Mail, em português: Correio Eletrônico. São as
mensagens trocadas pelos Internautas em programas como Outlook Express ou
Lotus Notes, entre outros.
•
Extranet: É uma rede de computadores interligados exclusiva, montada,
normalmente, para comunicação e desenvolvimento de negócios entre uma
empresa, seus clientes e fornecedores.
10
•
Front-end: parte do programa que é responsável pela interdace do usuário;
•
Follow-up: Dar seguimento ou acompanhar alguma ação a fim de verificar seus
resultados e dar seqüência a tal ação, se for o caso.
•
Firewall: Mecanismo de segurança que protege uma rede do acesso de usuários
não autorizados.
•
Gateway: dispositivo de tradução de protocolo em hardware ou software que
permite que os usuários que trabalham em uma rede possam acessar outra.
•
Holding: são conglomerados de empresas que operam em determinados países
ou região. Elas selecionam projetos que tenham capacidade de expansão
internacional. Assim como as incubadoras, oferecem capital, consultoria e infraestrutura. A regra é manter relacionamentos de longo prazo.
•
Hospedagem: É o processo de armazenagem de páginas para a Internet em um
computador
denominado
servidor.
Este
equipamento
está
conectado
ininterruptamente a uma rede mundial que liga os computadores.
•
Host: Computador conectado à Internet onde um site é hospedado para poder ser
acessado pelos usuários.
•
Html ou htm: significa Hyper Text Markup Language. É a linguagem padrão de
formatação de documentos para a Internet. (ver também XML
•
http Hypertext Transport Protocol: Protocolo de comunicação utilizado na
transferência de páginas da Internet
•
Internet: Teve início em meados de 1969 pelo Departamento de Defesa do
EUA. É a interligação de computadores das mais variadas regiões em uma
mesma rede, possibilitando a comunicação em tempo real. Os computadores
podem ser ligados por linha telefônica, rádio, satélite, fibra ótica, etc.
•
Intranet: O conceito é o mesmo da Internet, mas o acesso não é aberto, ou seja,
apenas pessoas autorizadas podem acessar uma Intranet. Normalmente, é usada
por empresas ou instituições para comunicação entre os funcionários.
•
IP: Abreviação de Internet Protocol. É uma das linguagens, ou protocolos, mais
importantes da Internet, responsável pela identificação das máquinas e redes e
pelo encaminhamento correto das mensagens entre elas. Todo endereço na
Internet é compreendido pelos servidores, que armazenam os site, como uma
seqüência numérica, como se fosse um número de RG. A isto é dado o nome
I.P.Adress.
11
•
Java ou Java Script: Uma das linguagens de programação usadas na Internet
para criação de desenhos, textos e pinturas animadas interativas.
•
Joint Venture: Empreendimento com fins lucrativos de que participam duas ou
mais pessoas. Difere de sociedade comercial (partnership) porque se relaciona a
um único projeto, após cujo término dissolve-se automaticamente a associação.
•
Knowledge Management (KM) ou administração do conhecimento:
•
Link: Conexão entre duas páginas ou dois sites. Ou seja, quando o Internauta
seleciona uma palavra ou figura com link é levado ao assunto desejado, que
pode estar em outra página do site ou mesmo em outro site.
•
Modem: Conjunto de placa e software que codifica e decodifica os sinais de
computador para uma linha telefônica, permitindo a comunicação em rede.
•
Network: Relacionada à Internet, a palavra significa rede de computadores
interligados.
•
Online: Conectado à Internet o que permite comunicação e transmissão de
dados em tempo real.
•
SQL: A sigla significa Structured Query Language, é uma linguagem de
interação com banco de dados.
•
Supply Chain Management (SCM) ou administração da cadeia de
suprimentos: Gerenciamento de todo o processo de aceitação de um pedido de
um cliente até a entrega do produto, incluindo as fontes de suprimento.
12
1 INTRODUÇÃO
O ambiente empresarial, tanto em nível mundial como nacional vem passando
por profundas mudanças e grande parte delas esta ligada à tecnologia da informação.
Essa relação engloba desde o surgimento de novas tecnologias até novas aplicações para
atender as necessidades do novo ambiente empresarial.
Atualmente, alguma das características do novo ambiente empresarial, tais
como: globalização, integração interna e externa das organizações, entre outras, tem
confirmado as tendências da criação e utilização de mercados e comércio eletrônico,
que já são considerados como realidade.
A economia ao longo dos anos tem passado por grandes transformações,
algumas delas também caracterizadas pela ampla utilização de novas tecnologias. Na
atual transformação, o surgimento da infra-estrutura de comunicação e informação
pública tem despertado várias questões relativas a seu poder de evolução e revolução.
A evolução refere-se ao poder que essa infra-estrutura tem de eliminar, ou pelo
menos reduzir, de forma significativa, as restrições do ambiente empresarial para que se
possa fazer de forma mais ágil, automática e ampla seus processos, sem grandes
mudanças de regra.
A revolução do ambiente empresarial e social atual está justamente na
possibilidade que seus participantes passaram a ter de realizar seus vários processos de
forma totalmente nova, sem grandes similaridades em relação aos modelos de interação
tradicionais.
Essas novas regras devem atender às novas pressões de negócio, oferecendo as
respostas organizacionais necessárias para o sucesso, ou pelo menos a sobrevivência no
novo ambiente empresarial. Algumas dessas pressões são a competição global por
mercados e trabalho, necessidades de operações em tempo real, mudanças na força de
trabalho, orientação à cliente, inovação e obsolescência tecnológicas, excesso de
informação, responsabilidade social, regulamentação governamental, aspectos éticos,
entre outros.
Essas pressões são algumas das características do novo ambiente que exige
como respostas organizacionais foco e serviço a clientes, esforços de melhoria contínua,
alianças de negócios, sistemas estratégicos, comércio eletrônico, etc.
As organizações estão exatamente nessa grande transição, deixando de utilizar as
tecnologias de informação e comunicação simplesmente como um fator para a evolução
13
do ambiente social e empresarial, e passando a utiliza-las com todo o seu poder
revolucionário. Essa nova postura é, certamente, a que apresenta maiores riscos e
resistências, mas também é a que oferece maiores benefícios potenciais.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
O objetivo geral do trabalho é trazer um breve estudo dos conceitos e aspectos
de Comercio Eletrônico e as características do processo de implementação.
1.1.2 Objetivos Específicos
O objetivo específico deste trabalho é servir como um material de consulta às
pessoas que pretendem informar-se sobre alguns conceitos básicos do comercio
eletrônico e ao mesmo tempo observar como essa teoria é aplicada em um modelo de
implementação dentro de uma estrutura de compras.
1.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
A delimitação do trabalho está na abrangência dada ao tema comércio eletrônico,
como esse tema é de grande amplitude o trabalho restringiu seus limites ao processo de
compras negócio a negócio (“Business to Business”). Lembrando que o comercio
eletrônico compreende toda a cadeia de valores dos processos de negócio num ambiente
eletrônico, podendo se aplicar negócio-a-negócio, negócio-a-consumidor, e intraorganizacional, numa infra-estrutura pública ou privada, como mostrado na Figura 1.1.
FONTE: Albertin (2002).
FIGURA 1.1 – Comercio eletrônico público e privado
14
1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO
A opção pelo tema comércio eletrônico se deve ao fato de se tratar de um tema
bastante atual, e ser visto como um dos fatores determinantes para a competitividade das
organizações dentro de um mercado global e voltado à tecnologia da informação.
Outros fatores contribuíram para a escolha do tema, um deles foi a proximidade com
esse ambiente dinâmico e competitivo dentro das atividades do dia-a-dia, e
conseqüentemente a familiaridade com a linguagem utilizada.
2 REVISÃO DA LITERATURA
O ambiente empresarial, tanto em nível mundial como nacional, tem passado por
profundas mudanças nos últimos anos, as quais têm sido consideradas diretamente
relacionadas com a Tecnologia da Informação (TI). Essa relação engloba desde o
surgimento de novas tecnologias, ou novas aplicações, para atender às necessidades do
novo ambiente, até o aparecimento de novas oportunidades empresariais criadas pelas
novas tecnologias ou novas formas de sua aplicação.
Nesse novo ambiente, o Comercio Eletrônico, com suas aplicações inovadoras e
revolucionárias, é tido como uma das tendências emergentes como maior poder de
inovação nos processos de negócios nos vários setores econômicos.
Acompanhando o fenômeno da internet, o comércio eletrônico ou “e-commerce”
vem realizando uma revolução nos negócios das empresas de todos os setores. Ele abre
inúmeras possibilidades de compra e venda de produtos e serviços em um mercado
potencial de 150 milhões de usuários espalhados pelo mundo todo. Essa projeção tanto
no Brasil como no estados Unidos da América pode ser observado na Figura 2.1.
15
FONTE: seminário e-commerce Mercosul
FIGURA 2.1 - Evolução do e-commerce
Assim, seja pelo novo ambiente empresarial ou por força das influências entre os
setores, grande parte das organizações têm sido afetadas pela nova realidade do
mercado. Essa situação tem exigido das organizações grande esforço para a assimilação
e utilização das tecnologias de informação referentes à comércio eletrônico, em sua
operacionalização e em sua estratégia competitiva.
2.1 Comercio eletrônico e seus principais conceitos.
Cada vez mais se esta substituindo a presença real na compra de produtos,
reservas de passagem, pagamento de contas, planejamento de viajem, tomada de preço,
por um relacionamento virtual com o fornecedor de produtos ou serviços. É o que
acontece nesse novo estilo permitindo que pessoas, sem sair de casa, tenham acesso a
um número de informação e bens infinitamente mais numerosos que se tivessem que se
deslocar fisicamente para obtê-los.
Esta revolução da informação, que tem mudado os hábitos das pessoas e
empresas, vem acompanhado de diversos conceitos que necessitam ser melhor
explorados tais como:
16
2.1.1 Comércio eletrônico
•
É uma forma de comercio onde o produto é conhecido, demonstrado e vendido
por meios eletrônicos. Pode ser definido também como a capacidade de realizar
transações envolvendo a troca de bens ou serviços entre duas ou mais partes
utilizando ferramentas eletrônicas e tecnologias emergentes.
•
É o nome dado ao sistema comercial com a capacidade de realizar transações
envolvendo troca de bens ou serviços entre duas ou mais partes de forma
automática, utilizando-se da Internet.
2.1.2 “Business to Business” – B2B
São transações comerciais entre empresas. Muitas empresas se utilizam deste
tipo de “e-commerce” para se relacionar com seus fornecedores, fazendo pedidos,
recebendo e pagando faturas, trocando dados, captando novos parceiros, entre outras
atividades. Esta relação entre duas ou mais empresas, envolve tecnologia que se utiliza
Intercambio de Dados Eletrônicos (IDE), o que permite a comunicação direta entre os
sistemas computadorizados das empresas sem necessitar de envolvimento humano.
2.1.3 “Business to Consumer” – B2C
Constitui-se em outras formas de comércio na Internet. Nesta categoria, a
empresa vende diretamente ao consumidor.
Um determinado consumidor entra em algum site em busca de um produto ou
informação referente a este produto. Satisfeito com as informações, ele realiza a
compra. Este tipo de comercio permite manter baixos estoques de produtos, que podem
ser montados ou adquiridos na medida em que são escoados.
2.1.4 “e-business x e-commerce”
Com base em indicadores que mostram um crescimento no número de
executivos eletrônicos, torne-se cada vez mais importante esclarecer alguns dos termos
em uso, na medida em que o alcance da nova economia digital se vai definindo. O “ecommerce” cobre os processos pelos quais os consumidores, fornecedores e parceiros de
negócios são atingidos, incluindo atividades como vendas, marketing, recepção de
pedidos, entregas, serviços ao consumidor e administração de programas de fidelidade.
17
E-Commerce=
Processos Externos
Amanhã
E-Business=
Todos os processos
de Negocio
RH
Gerenciamento
da força de
trabalho
Finanças
Desenvolvimento
do Produto
Produção
Entrega
Hoje
Ontem
Procurement
Entrada de
vendas direta
Serviço ao
Consumidor
Pedidos
Vendas
Marketing
FONTE: adaptado de Internet Comercial 2001.
FIGURA 2.2 – “e-commerce x e-business”
O “e-business” abrange o “e-commerce” e também envolve processos internos
como
produção,
administração
de
estoques,
desenvolvimento
de
produtos,
administração de riscos, finanças, desenvolvimento de estratégias, administração do
conhecimento e recursos humanos.
Tanto o “e-commerce” como o “e-business” incluem aplicações que servem
para direcionar processos, como por exemplo, a infra-estrutura tecnológica da banco de
dados, os servidores de aplicativos, as ferramentas de segurança, a administração de
sistemas e os sistemas legados. E ambos, envolvem também a criação de novas cadeias
de valores entre as companhias, seus consumidores e fornecedores, assim como dentro
de cada companhia.
As estratégias de “e-commerce” são mais glamourosas que as de “e-business”
porque o foco está nos processos que estão transformando a Internet de maneira mais
rápida como fenômeno de massa. E o Comercio Eletrônico é simples porque inclui
apenas duas direções de mudança. Primeiro a integração vertical de aplicativos de
“front-end” para um site de comercio eletrônico na “Web” com os sistemas de
transação já existem na empresa. Em segundo lugar a integração de negócios entre as
empresas e os sites de clientes, fornecedores e intermediários. Já a estratégia de “e18
business” é menos glamourosa e mais detalhada. Para isso gera mudanças em quatro
direções:
•
Vertical: entre o “front-end Web” e os sistemas de “back-end”.
•
Lateral: entre a companhia e seus consumidores, fornecedores e intermediários.
•
Horizontal: entre o comércio eletrônico, ferramentas de Planejamento de
Recursos (ERP - Enterprise Resource Planning), marketing de relacionamento
com
os
fornecedores
administração
do
(CRM
conhecimento
-
Customer
(KM
-
Relationship
Knowledge
Managment),
Management)
e
administração da cadeia de suprimentos (SCM - Supply Chain Management).
•
Interior: com uma profunda integração de novas tecnologias a processos de
negócio radicalmente redesenhados. Por essas razões, as estratégias de “ebusiness” têm também impacto muito maior em rentabilidade.
Propõe-se que a plataforma eletrônica deva se dedicar ao comércio eletrônico,
não só pára a Internet como para qualquer rede eletrônica, e pode também ser uma rede
de Intercambio Eletrônico de Dados (EDI - Eletronic Data Interchange). Tanto no caso
do “e-commerce” quanto no “e-business”, o “e” significa substituir o papel, o trabalho
humano e o telefone nas transações pessoais por intercâmbio via redes eletrônicas.
Redes estas que podem ser exclusivas, como um sistema EDI, ou intercompanhias,
como o “Lotus Notes”, ou internas no contexto do ERP, ou ainda Intranets e Internet.
O “e-commerce” e o “e-business” diferem nos processos cobertos por eles, e
nesse sentido se diferenciam da mesma forma que conceitos como comércio e negócios.
Outro ponto importante que deve ser sinalizado é que “e-commerce” e “ebusiness” não são termos precisos para estratégias de negócios. Definem o conjunto de
aplicativos tecnológicos que servem para sustentar as transações eletrônicas. Os
aplicativos de “e-commerce” incluem servidores, “e-procurement”, serviço ao
consumidor via Internet, sistemas de administração de relação com clientes através da
“Web” (Simplificação para World Wide Web), aplicações EDI, soluções de integração
de processos de negócios, entre outros. Os aplicativos de “e-business” incluem sistemas
ERP, CRM, SCM, KN e de colaboração, como já descritos.
Ambos utilizam uma infra-estrutura de apoio tecnológico baseado em servidores
de médio porte, banco de dados, “data warehouses”, ferramentas de segurança,
ferramentas de administração de conteúdo, guias e ferramentas de administração de
tráfego. Por trás desses serviços estão plataformas e servidores de “e-business”,
19
equipamentos de armazenagem, infra-estrutura de redes e ferramentas colaborativas
como o e-mail.
2.1.5 Os desafios do “e-commerce” e do “e-business”
A estratégia do “e-commerce” é menos ampla, mais orientada às vendas e mais
simples que outras iniciativas da tecnologia de informação.
Knowledge
Management
SCM
ERP
CRM
E-Commerce
Segurança
Gerenciamento
Gerenciamento
de Conteúdo
de Tráfego
Banco de Dados
Diretórios
Middleware
Servidores
E-Mail
Armazenamento
Infra-estrutura
de redes
FONTE: Adaptado de Internet Comercial 2001.
FIGURA 2.3 – e-business: Aplicações, serviços e plataforma.
Serve para analisar como usar a Internet para melhorar áreas como vendas,
marketing, compras e objetivos de serviço ao consumidor.
Pode ter foco nas vendas e encomendas feitas via Internet e pode ser importante
para os executivos de primeiro escalão preocupados com o crescimento da curva de
lucros.
Uma estratégia de “e-commerce” necessita estar focada em apenas três direções
de integração: a vertical em aplicativos de “front end Web” e bases de dados e sistemas
transacionais existentes; a lateral externa, especialmente no setor de “Business-toBusiness”, com os consumidores externos, fornecedores e parceiros de distribuição; e a
funcional entre tecnologias e os processos de negócios.
20
Uma estratégia de “e-commerce” pode ser separada de uma implementação ERP,
CRM e SCM. Mas as ligações entre essas estratégias estão perdendo a distinção (Figura
2.3).
As estratégias de “e-business” têm maior alcance, são mais desafiadoras,
oferecem mais recompensas e provavelmente são mais inevitáveis. Implicam o
completo redesenho dos negócios, alterando e revisando todos os processos na
companhia para obter maior eficiência devido ao uso de tecnologias de rede.
Estas estratégias obviamente incluem oportunidades de obter lucro, mas o
principal foco está nos custos mais baixos e na maior eficiência operacional. Trata-se de
um caminho crítico para as companhias que competem em economias com baixos
índices de inflação, onde as oportunidades não passam pelo incremento de preços e os
lucros podem ser aumentados por meio de maior produtividade. Uma Quarta categoria
de integração, dentro da empresa, inclui uma integração funcional profunda de novos
aplicativos e processos de negócios re-projetados. E horizontalmente, esta aplicação se
dá por meio integração de aplicativos ERP ou CRM.
Na verdade, a estratégia de “e-business” conserva esse potencial para melhoras
no desempenho da empresa, tanto operacional como financeiro.
2.1.6 “Business Intelligence” - BI
Um dos principais conceitos disponíveis atualmente no que diz respeito a gestão
empresarial é o “Business Intelligence”.
Conhecimento do negócio na área da competição global e das comunicações online passou a ser chamado de “Business Intelligence” (BI) ou Inteligência de Negócios
(IN).
Inteligência é o resultado de um processo que começa com a coleta de dados.
Esses dados são organizados e transformados em informação, que depois de analisados
e contextualizados se transformam e inteligência. Essa, por sua vez, quando aplicada a
processos de decisão geram vantagem competitiva para a organização.
Sistemas de Inteligência de Negócios – SIN é o processo organizacional pelo
qual a informação é sistematicamente coletada, analisada e disseminada como
inteligência aos usuários que possam tomar ações a partir dela. (HERRING, 1997).
Segundo TYSON (1997), SIN é um processo que envolve a coleta, análise e validação
de informações sobre concorrentes, clientes, fornecedores, candidatos potenciais à
aquisição, candidatos a “joint-venture” e alianças estratégicas. Inclui também eventos
21
econômicos, reguladores e políticos que tenham impacto sobre os negócios da empresa.
O processo de IN analisa e valida todas essas informações e as transforma em
conhecimento estratégico.
O principal objetivo de um SIN é aprender sobre o ambiente competitivo
externo, visando o conhecimento do posicionamento competitivo da empresa, o que
impulsionará mudanças internas e facilitará decisões estratégicas.
“Business Intelligence”, ou Inteligência de Negócios é a utilização de uma séria
de ferramentas para coletar, analisar e extrair informações, que serão utilizadas no
auxilio ao processo de gestão e tomadas de decisão.
Fazem parte dos um pacotes de “Business Intelligence” existentes, o “Data
Warehouse” (DW), Sistemas de Suporte a Decisão (DSS), Sistemas de Informação
Executivas (EIS), Sistemas de Gestão Integrados (ERP), OLAP e ferramentas de
mineração de dados, conhecidas como data mining.
2.1.7 “e-procurement”, “e-Marketplace” e “Market Makers”
A tendência universal de terceirização (“Outsourcing”), também esta pressente
nos negócios de comércio eletrônico B2B realizados no ambiente da Internet, pois
sendo uma grande rede, somada ás tecnologias afins, se aliam com os principais
propulsores do movimento atual que busca modernizar os processos de compra
existentes, objetivando uma redução de custos internos e externos relacionados à
compras de mercadorias e serviços, facilitando uma maior interação e o efetivo trabalho
colaborativo entre as empresas. As soluções de “e-procurement” e de “e-marketplace”,
baseadas no universo Internet, requerem somente um navegador (web browser) e podem
ser implementadas com pouco ou nenhum impacto sobre seus recursos tecnológicos.
•
“e-procurement” – é o termo utilizado para designar a nova classe de aplicativos
que possibilitam o comércio eletrônico B2B ou “e-commerce”. Os sistemas de
“e-procurement”
são
desenvolvidos
de
forma
a
possibilitar
que
os
departamentos de compras das empresas adquiram produtos e serviços de
fornecedores através da Internet.
•
“e-marketplace” e “Market Makers” – as instituições e empresas “formadoras de
mercado” (“Market Makers”), estabelecem uma comunidade entre compradores
e vendedores (“e-marketplace”) sem a necessidade de investimentos em infraestrutura, desenvolvimento e gerenciamento de avanço do sistema.
22
A seguir é mostrado o modelo de negócio que estão associados a esse ambiente
de comercio eletrônico.
2.2 MODELOS DE NEGOCIOS
2.2.1 Mercado Aberto
A infra-estrutura de comunicação e informação pública oferece a inédita
possibilidade de todos os participantes do ambiente empresarial e social
interconectarem-se de forma fácil, livre e a custo reduzido, denominado de Mercado
Aberto, (Figura 2.4.)
Essa nova situação permite, por um lado, que todos se relacionem de forma
direta sem a necessidade básica de intermediação eletrônica. Por outro lado também
permite o surgimento de novos modelos de intermediação, tanto para solucionar
dificuldades como para aproveitar novas oportunidades de mercado.
Esse modelo de Mercado Aberto tende a levar a um mercado perfeito, uma vez
que todas as informações estão disponíveis a todos, a concorrência é livre e ampla, as
estratégias de negócio por restrição tende a diminuir, o poder de negociação é
aumentado, assim como a competitividade, a globalização é viabilizada para os vários
níveis de empresas, os custos e preços tendem a ser reduzidos, etc. esse modelo é
considerado auto-organizado.
O modelo de Mercado Aberto apresenta vários desafios e dificuldades tais como
a baixa confiabilidade, em razão do distanciamento e da interação eletrônica e remota, a
responsabilidade pela parte do processo, que era realizada pelos intermédios
tradicionais, a necessidade de entender e realizar as novas regras de mercado, que antes
não atingiam os participantes, etc.
23
FONTE: Albertin (2002).
FIGURA 2.4 – Mercado Aberto.
2.2.2 Agregação
A nova dinâmica de mercado que surgiu da infra-estrutura de comunicação e
informação possibilitou o surgimento ou pelo menos a intensificação e abertura para
mais participantes, do modelo de Agregação, em que uma entidade faz a intermediação
entre os vários participantes, conforme representado na Figura 2.5.
Esse modelo expressa a situação na qual uma entidade agrega valor para os
produtores, fornecedores, clientes e consumidores, não se restringindo somente a
integração eletrônica, uma vez que os participantes podem se integrar diretamente se
não perceberem este valor. O modelo de Agregação não é considerado auto-organizado
pelo poder de interferência do “agregador”.
O modelo de Agregação oferece a possibilidade de ganhos para as entidades que
realizam a agregação, tanto pela cobrança de percentual sobre a transação, como outra
forma de remuneração. Esses “agregadores” podem somente oferecer a integração
eletrônica, considerada de baixo valor agregado, ou aos vários serviços necessários,
adicionando valor ao seu negócio.
O “agregador” tem como desafio a identificação e a realização dos serviços que
agregam valor para os demais participantes, a dependência que acaba tendo em relação
aos demais, a concorrência do Mercado Aberto e dos demais “agregadores”, a criação
24
de vários componentes organizacionais fortes o suficientes para atrair os participantes
do mercado, a realização dos vários processos envolvidos etc.
Ao participarem do modelo de agregação os produtores e fornecedores passam a
ter um mercado mais amplo e mais confiável, alguns processos de negócio podem ser
realizados pelo “agregador”, liberando-os da responsabilidade e custos correspondentes.
Por outro lado, também existem os desafios, tais como a dependência, o aumento de
preço e diminuição de liberdade.
FONTE: Albertin (2002)
FIGURA 2.5 – Agregação.
3 PROPOSIÇÃO
O ambiente do comércio eletrônico abrange tanto a área logística como também
aspectos técnicos da informática, essa diversidade de temas torna a compreensão do
assunto altamente complexa, com isso a disponibilidade de uma bibliografia específica
para esse assunto se torna muito restrita. Nesse sentido o trabalho aqui exposto tem a
finalidade de esclarecer as dúvidas inerentes aos conceitos e soluções existentes,
agrupando os principais conceitos para se iniciar um estudo mais aprofundado dentro
desse novo e vasto ambiente de negócios.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia utilizada para a elaboração desse trabalho em uma primeira parte
está baseada no levantamento bibliográfico do assunto a ser abordado. Em uma segunda
parte do trabalho este será dedicado às etapas e características do processo de
implementação do comercio eletrônico “Business to Business” dentro de uma empresa.
25
Nessa etapa será detalhada de forma bastante prática a estruturação do sistema de
compras para receber essa nova sistemática para a área de logística.
Para se realizar esse tipo de trabalho, onde o tema central faz parte de uma
grande cadeia de conceitos é inevitável a necessidade de se estudar um perímetro muito
maior daquele apresentado no trabalho, mas o propósito é delimitar esses extremos para
que o trabalho não se torne tão extenso e ao mesmo tempo não perca a objetividade e a
qualidade do conteúdo.
5 RESULTADOS
5.1 Questões técnicas relacionadas ao processo de implementação
Nesse tópico listamos algumas das questões técnicas necessárias para a
compreensão do trabalho.
5.1.1 Link
É necessário que a empresa tenha uma conexão com a Internet para acessar
plataforma de dados segundo o modelo de agregação de Albertin (2002), sendo que é
recomendada uma banda de aproximadamente 128 Kbps dedicada para o acesso. Para a
segunda etapa do processo de implementação proposto nesse trabalho é recomendado
um link dedicado de 256 Kbps, podendo chegar a 512 Kbps em função do tipo de
integração.
O mesmo pode ser utilizado na segunda fase do processo, nesse caso é
necessária a instalação de um “firewall” dedicado no site da empresa para proteger o
ambiente da plataforma do ambiente corporativo da empresa.
5.1.2 Correio Eletrônico
É comum na plataforma a comunicação entre os usuários, através do correio
eletrônico para informar o status das aprovações, pendências e warnings de sistema.
Dessa forma é possível criar um canal de comunicação com os fornecedores,
para follow-up automático da participação em processos de cotação e leilões, pedidos de
compras, entre outras funcionalidades.
26
5.1.3 Interfaces
As informações podem trafegar via um conector, e recomenda-se a utilização de
ferramentas de “e-procurement” e “Marketplace” com tecnologia SAP, assim a
integração e o tráfego de documentos se dará de uma forma mais natural se comparado
com outras ferramentas.
5.1.4 Conectores
É importante a utilização de um conector na empresa para garantir a troca dos
documentos entre os sistemas da empresa e a plataforma. Todos os documentos deverão
trafegar no padrão XML e os mesmos deverão ser recebidos através de um conector que
o adequará as necessidades do sistema em questão (geralmente SAP ou BAAN). Com
isto teremos a possibilidade de:
•
Integrar plataformas com a finalidade de prover conectividade entre hardware,
sistemas operacionais e plataformas heterogêneas. A tecnologia empregada
poderá utilizar serviços de mensagem, “Object Request Brokers” (ORB) e
“Remote Procedure Calls” (RPC);
•
Integrar dados garantindo a padronização e integração de todos os repositórios
de dados das empresas. A integração pode ser dividida em duas categorias:
gateways para acessos às fontes de informação e ferramentas de extração,
transformação, movimentação e carga;
•
Integrar aplicações através do roteamento baseado em regras e conteúdo,
tradução e transformação de dados baseado em eventos e adaptadores de
aplicações;
•
Integrar processos permitindo que sejam definidas, monitoradas e geradas regras
de atuação nos processos de integração entre a empresa e o “agregador” através
de uma interface gráfica.
Uma das opções é utilizar a ferramenta WebMethods Integration Suite para
implementar as funcionalidades de troca de documentos requeridas no processo, além
de disponibilizar um módulo responsável pelo controle da comunicação dos documentos
entre as aplicações da empresa e o “agregador” garantindo a entrega dos mesmos com
criptografia. Para tal, será necessário que seja disponibilizado por parte da empresa, em
seu site, um servidor Intel com Windows 2000 Server onde serão instalados os
componentes da ferramenta WebMethods.
27
É importante lembrar que nesse trabalho é apresentado um modelo específico de
integração que apresenta uma estrutura e ferramentas adequadas para esse modelo. Para
cada tipo de situação existe uma solução adequada para a integração entre sistemas.
5.1.5 Hardware
Para acessar a plataforma existe a necessidade da utilização de um browser,
sendo que é recomendado para essa funcionalidade o Internet Explorer 5.0 ou superior.
Desta forma, o dimensionamento do hardware e software das estações de trabalho fica a
critério da empresa para que o produto acima possa ser instalado. É recomendado como
configuração mínima uma estação de trabalho com Windows 95 ou superior e Pentium
com 64 MB RAM no mínimo.
5.1.6 Hosting
É a estrutura que abriga o computador central conectado à Internet onde um site
é hospedado para poder ser acessado pelos usuários.
Essa estrutura precisa apresentar uma arquitetura de IDC (“Internet Data
Center”) adequada as necessidades da plataforma tendo em sua implementação uma
solução segura, escalável e flexível. Através da utilização do conceito de “oferta
modular”, podendo desenhar a arquitetura de um ambiente web abrangendo servidores,
sistemas operacionais, aplicativos, serviços e conectividade Internet/Backend,
adequados à necessidade de cada cliente. Podemos detalhar a arquitetura totalmente
redundante e dividida em camadas para acesso a Internet (web layer), camada de dados
(data layer) e conectividade “backend” da seguinte forma:
28
a.
b.
c.
d.
e.
f.
g.
h.
i.
j.
k.
Usuário(s) que estão na Internet.
Conexões Internet compartilhadas.
Firewalls de acesso a Internet & Switches.
Web Layer
Middle Firewalls
Data Layer
Back-end Firewalls
Estrutura de backup (centralizada).
Estrutura centralizada de monitoração.
Rede back-end
Instalações do Cliente
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.1 - Arquitetura do Data Center.
Web Layer - A Web Layer é usada para quaisquer servidores que precisam ser
acessados pela Internet. Os servidores da Web (HTTP) e servidores de balanceamento
são instalados na Web Layer. Outros tipos de servidores que podem ser instalados na
Web Layer são: Servidores de aplicação ou transações, mas somente se tais servidores
tiverem que ter conectividade direta com a Internet (como servidores de mídia) e
servidores de correio de SMTP (Simple Mail Transfer Protocol);
Data Layer - Não há acesso direto da Internet ao Data Layer e, portanto o Data Layer é
naturalmente mais seguro que a Web Layer. Os servidores de banco de dados,
servidores de aplicativos e servidores de transação geralmente são executados no Data
Layer, a menos que seja necessário acesso direto à Internet.
Switches e Firewalls - A arquitetura pode ser projetada para ter segurança nas múltiplas
camadas com switches e firewalls entre as camadas. As regras de firewall são fixadas
para não permitir tráfego que não seja absolutamente necessário para a operação do site
do cliente.
Servidores/Aplicação - Os servidores que hospedam os componentes críticos da
aplicação devem ser colocados em balanceamento de carga no web layer através do
Windows 2000 Advanced Server.
29
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.2 - Níveis de acesso e arquitetura de balanceamento de carga.
5.2 PREMISSAS
Para que o processo de implementação de uma estrutura de “e-commerce” seja
possível, é necessário que algumas premissas sejam tomadas, uma vez que, a
implementação dessa ferramenta deve estar perfeitamente adequada às necessidades e
recursos de cada empresa. Abaixo segue algumas premissas necessárias para a
elaboração do plano de implementação do “e-commerce”.
Primeiramente deve haver o comprometimento das pessoas envolvidas no
processo de implementação, principalmente dos executivos para garantir o sucesso do
projeto, sob forma de alocação de recursos físicos, humanos, e tomadas de decisão em
tempo hábil, para que não haja atraso no cronograma.
Os profissionais que participarão do projeto deverão ser identificados durante a
fase de inicial de planejamento do projeto.
Os sistemas legados da empresa devem estar operacionais, bem como a estrutura
de rede e servidores que suportam seus sistemas legados. Adicionalmente, a empresa
deverá prover ambientes de desenvolvimento e homologação para a realização dos
necessários testes pré-operacionais.
30
5.2.1 SOLUÇÕES E SERVIÇOS
Segue uma descrição das soluções propostas e mostradas neste trabalho para
atender à empresas e seus fornecedores.
5.2.1.1 SAP EBP (Enterprise Buyer Professional) Hosted
Há uma tendência clara no segmento industrial de tratar as compras repetitivas
de uma maneira totalmente diferente das compras eventuais (também conhecidas como
“maverick buying” ou “compras spot”). As empresas estão desenvolvendo acordos de
fornecimento, a exemplo do que já é praticado há muito tempo com os materiais diretos
ou estratégicos. A principal diferença nesse caso é que os volumes usados como
referência para o estabelecimento dos acordos é o volume histórico de compras, ao
invés de uma demanda estimada, planejada a partir da demanda de mercado, como é o
caso do material direto. A função dos compradores passa a ser focada na negociação
desses acordos e na manutenção do relacionamento com os fornecedores. Sobra mais
tempo, então, para melhorar os processos de negociação de grandes compras para
projetos e para o desenvolvimento de novos fornecedores em áreas estratégicas.
A manutenção de acordos de fornecimento com preços pré-estabelecidos,
constitui uma oportunidade sem precedentes para a mudança no processo de requisição
de compras. Se não há negociação com os fornecedores a cada compra, é possível
enviar os pedidos aprovados pelas áreas solicitantes diretamente aos fornecedores,
simplificando o processo operacional. Nesse cenário, algumas considerações são de
extrema importância. O desenho de um novo processo de compras deve contemplar:
•
O controle do processo de aprovação da requisição, dentro da área solicitante, de
acordo com os critérios de negócios estabelecidos por cada empresa;
•
O envio do pedido de compra aos fornecedores, de maneira segura, confiável e
minimamente dependente dos recursos tecnológicos desses fornecedores;
•
Possibilidade de acompanhamento do processo por parte dos solicitantes;
•
Integração aos aplicativos de back-office da empresa, para efeito de
contabilização e custos.
Para apoiar o redesenho do processo de compras, de maneira a atender a todos os
requisitos mencionados acima, é sugerido no modelo ASP (Application Service
Provisioning) o SAP EBP (Enterprise Buyer Professional), bem como uma série de
serviços de apoio, como o follow-up de atendimento dos pedidos, por parte dos
31
fornecedores, disponibilização de central de atendimento para o esclarecimento de
dúvidas de tecnologia e do processo, entre outros.
O SAP (EBP) é uma solução acessível via Internet browser, destinado à criação
de requisições de compras de bens e serviços, incluindo todo o espectro dos itens de
Manutenção, Reparos e Operações (MRO) e de itens produtivos. Isso é feito de maneira
simples, intuitiva, descentralizada, auditável e totalmente adaptável às políticas de
compras de materiais de cada empresa.
Principais características:
•
SAP EBP engloba todo o processo de compras, da requisição ao recebimento de
materiais;
•
Baseado na Internet, altamente eficiente e com funções self-service;
•
Disponível para todos os usuários – não apenas aos usuários especialistas;
•
Necessidade de pouco treinamento – fácil de entender, fácil de usar;
•
Fácil localização e averiguação do status de ordens e requisições (follow-up);
•
Trabalha em conjunto com a ferramenta de catálogos eletrônicos Requisite, com
facilidades de busca paramétrica de materiais – além de poder ser conectado a
outros catálogos eletrônicos via OCI (Open Catalog Interface), como catálogos
de fornecedores ou catálogos hospedados na plataforma;
•
Integração total e flexível com os sistemas back office, através de padrões de
mercado como o formato XML (eXtensible Markup Language) e de ferramentas
avançadas de integração como o WebMethods Integration Suite;
•
Segurança – incluindo criptografia e avançado sistema de gerenciamento de
perfis de usuários;
•
Funções de fluxo de trabalho altamente flexíveis, permitindo o roteamento de
tarefas de acordo com diversos critérios de negócios, como considerações de
alçada de aprovação, família de material, tipo de fornecedor; entre outros.
Benefícios
Redução dos custos
•
Através de um processo de compras integrado e mais eficiente, é possível
reduzir o custo de requisições de compras de materiais e serviços. De acordo
com Grainger Consulting Services, a implementação do SAP EBP,
acompanhada dos necessários ajustes do processo de compras, pode dar a sua
empresa retornos em torno de 245%.
32
Redução da necessidade de treinamento
•
Graças a uma interface intuitiva, usuários com pouco ou nenhum treinamento
podem lidar com o processo completo de compra desde a criação da requisição
até o recebimento do material.
Aumento na eficiência
•
Devido à simplificação de processos proporcionada pelo SAP EBP, a equipe de
compras pode concentrar suas atividades e recursos em atividades nobres como
o desenvolvimento de fornecedores; a condução dos processos de negociação; e
a manutenção do relacionamento com os fornecedores estratégicos, contribuindo
para a economia de escala da companhia.
5.2.1.2 Gestão de Conteúdo
A descentralização das requisições de compras é uma mudança importante do
processo de compras, mas pode ter seu sucesso comprometido se a qualidade das
informações de catálogo forem imprecisas e/ou incorretas. No cenário de compras
centralizadas no departamento de compras, a probabilidade de um pedido ser enviado
incorretamente para o fornecedor é muito pequena, pois os compradores conhecem o
cadastro de materiais (“catálogo”) e, muitas vezes, a aplicação do material que está
sendo comprado. No processo de compras descentralizado, a responsabilidade pela
acurácia dos dados enviados aos fornecedores no pedido de compras é do solicitante. Se
ele escolher o item errado no catálogo de compras, o item errado será enviado ao
fornecedor e isso só será identificado no recebimento do material. Para garantir o
sucesso da descentralização das requisições de compras, a mudança de processo deve
ser acompanhada de um incremento na qualidade do catálogo de materiais. Por
“qualidade”, entenda-se: identificação e eliminação de redundância de códigos de item
(itens diferentes com o mesmo código, muito comum quando a empresa passou por
sucessivas fusões e/ou incorporações); classificação dos itens em famílias de materiais,
para fácil identificação; e enriquecimento da descrição, com a inclusão de parâmetros de
descrição do material, que possibilitam a busca paramétrica de materiais baseada no
conhecimento de algumas das características técnicas/comerciais do material.
Segue alguns serviços na área de gestão de conteúdo:
a) Criação e implantação do catálogo de materiais da empresa compradora, dos
itens a serem adquiridos através da plataforma:
33
Pode-se desenvolver os serviços de catalogação com diferentes “níveis” de
tratamento e enriquecimento dos dados, em função das características originais do
catálogo e das suas reais necessidades.
•
Nível 1 do Catálogo: compreende a categorização dos itens, ou seja, a definição
da categoria, subcategoria e classe de cada item. Neste caso, são mantidas as
descrições originais do cliente;
•
Nível 2 do Catálogo: além da categorização dos itens, são preenchidos
parcialmente os atributos do Padrão de Descrição do Material (PDM), a partir
dos dados disponíveis nas descrições originais do cliente. O PDM identifica o
conjunto de características relevantes para cada categoria de material, de
maneira a permitir uma identificação unívoca para cada item pertencente ao
catálogo. A figura 5.3 ilustra o PDM de um rolamento, como exemplo.
•
Nível 3 do Catálogo: compreende o enriquecimento das descrições, ou seja, o
preenchimento de todos os Atributos do PDM, permitindo a unificação de
cadastro entre as unidades do cliente. Neste nível, serão geradas descrições
padronizadas completas e a vinculação de figura ilustrativa do item.
•
Nível 4 do Catálogo: compreende o enriquecimento do item através de
vinculação de desenhos, especificações técnicas, filmes, entre outros.
Descrição Original
ROLAMENTO COM GAIOLA ACO E VEDACAO DUPLA, 6002 – 2RS MARCA SKF
Normalização
Enriquecimento
DESCRIÇÃO CURTA :
ROLAMENTO
DESCRIÇÃO CURTA :
ROLAMENTO RIGIDO ESFERA 1 CARR 15X32X9,00MM
DESCRIÇÃO COMPLETA :
ROLAMENTO
CARREIRAS : * * * *
ANEL INTERNO : * * * *
FURO : * * * *
ANEL EXTERNO : * * * *
RANHURA : * * * *
FOLGA : * * * *
GAIOLA : ACO
VEDACAO : DUPLA
BLINDAGEM : * * * *
DEFLETOR : * * * *
TOLERANCIA : * * * *
DIAMETRO INTERNO : * * * *
DIAMETRO EXTERNO : * * * *
LARGURA : * * * *
DESCRIÇÃO COMPLETA :
ROLAMENTO RIGIDO DE ESFERAS
CARREIRAS : UM A CARREIRA
ANEL INTERNO : CONVENCIONAL
FURO : CILINDRICO
ANEL EXTERNO : CILINDRICO
RANHURA : SEM RANHURA
FOLGA : NORMAL
GAIOLA : ACO
VEDACAO : DUPLA
BLINDAGEM : SEM BLINDAGEM
DEFLETOR : SEM DEFLETOR
TOLERANCIA : NORMAL
DIAMETRO INTERNO : 15 MM
DIAMETRO EXTERNO : 32 MM
LARGURA : 9,00 MM
FABRICANTE : SKF
REF. COMERCIAL : 6002 - 2RS
FABRICANTE : SKF
REF. COMERCIAL : 6002 - 2RS1
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.3 – Padrão de Descrição do Material para um rolamento
34
b) Manutenção do Catálogo
•
Hosting do catálogo;
•
Atualização de preços dos itens sob acordo;
•
Exclusões de itens.
c) Adoção de Fornecedores, incluindo:
•
Convite;
•
Visita;
•
Estabelecimento de contrato;
•
Configuração;
•
Testes de conexão;
•
Treinamento;
•
Suporte.
Todos esses serviços são suportados por uma ferramenta de gestão e manutenção de
catálogos ou, do inglês, CMM (Catalog Maintenance & Management).
Uma opção para a ferramenta CMM é a solução MRO.COM Catalog and
Content Manager, acessível via web browser (modo ASP), através da qual pode-se,
inclusive disponibilizar algumas funcionalidades numa modalidade de “auto-serviço”
diretamente para os clientes.
As principais funções e características desta ferramenta estão resumidas a seguir.
Principais funções
•
Gestão de dados de produto, preços e conteúdo rico com uma solução;
•
Carga de ativos digitais dos sistemas legados para acesso imediato;
•
Interface gráfica para os usuários, via web browser;
•
Ligação para dados dos fabricantes;
•
Publicação de dados do catálogo para múltiplos marketplaces, ERP´s e
aplicações de “e-procurement” e de “e-commerce”.
Principais Características
Carga de Dados (“Content Interchange”):
•
Suporta atualizações incrementais e cargas completas de catálogos;
•
Múltiplos formatos de arquivo;
•
Múltiplos tipos de dados.
Segurança do Repositório de Dados (“Content Repository – Security”):
•
Segurança;
35
•
Suporta múltiplos níveis de administradores, grupos e usuários.
Funcionalidades para a Montagem de Conteúdo (“Content Assembly Tools”):
•
Múltiplas taxonomias;
•
Pesquisa e navegação;
•
Múltiplos idiomas e moedas;
•
Manutenção de um único ou de múltiplos registros;
•
Múltiplas visões do catálogo (por Função, Localidade, Específica por cliente,
Agrupamento de catálogos);
•
Múltiplas tabelas de preço e desconto;
•
Ligação com Catálogo Mestre de Fabricantes;
•
Conteúdo
rico
(Fotografias,
Desenhos
CAD,
Especificações
técnicas,
Especificações de segurança, Vídeos);
•
Controle de versão.
Exportação/ Publicação (“Syndication”):
•
Manual ou programada
•
Completa ou incremental
5.2.1.3 Processo de Cotação - Request For Quotation ou RFQ/Auction 4.1
As compras repetitivas são uma parte importante do trabalho da área de compras
e acredita-se que essa opção de EBP Hosted endereça muito bem os principais gargalos
desse processo.
Ainda restam, no entanto, uma série de eventuais processos de compras. Alguns
exemplos disso são: a reforma de uma determinada máquina operatriz; processos de
upgrade de computadores, que extrapolem as quantidades históricas de aquisição e,
portanto, devem ser negociadas fora de um acordo de fornecimento; compras para
projetos; entre outras. Esses processos, tipicamente, envolvem a negociação de grandes
volumes financeiros e são conduzidos usando ferramentas de comunicação como
telefone, fax, e-mail e, por vezes, contato pessoal com os fornecedores. As propostas
são enviadas em papel (envelope fechado ou aberto), e-mail, fax ou ainda por telefone.
O comprador deve, então, equalizar essas propostas, antes de compará-las. Nessa etapa,
ele padroniza questões como condições de fornecimento e pagamento, unidades
diferentes entre os fornecedores, entre outros. Normalmente, os compradores se utilizam
de uma planilha eletrônica para proceder a comparação de todos os parâmetros de
36
avaliação antes de finalmente decidir pela escolha de um fornecedor e enviar o pedido
de compras.
Para apoiar esse tipo de processo, algumas características são importantes:
•
Precisão – o fornecedor, tanto quanto possível, deve ater-se à cotação do que foi
especificado, considerando todos os parâmetros definidos pelo comprador. Para
tal, não pode haver dúvidas em relação à especificação técnica do que está sendo
solicitado.
•
Transparência – os parâmetros de definição do fornecedor devem ser claros para
todos os concorrentes. E todos devem fornecer, no mínimo, o mesmo conjunto
de informações a respeitos de sua proposta.
•
Auditabilidade – a maioria das empresas de médio e grande porte tem critérios
bastante rígidos quanto à auditabilidade dos processos de compras.
•
Rapidez – como o processo de cotação é um processo bastante freqüente na área
de compras, benefícios de produtividade nesse processo podem aumentar
consideravelmente a produtividade de toda a área.
Para suportar os processos de cotação, pode-se utilizar a ferramenta Auction 4.1, da
Commerce One. Esta ferramenta, disponibilizada em modalidade ASP, permite que a
fixação do preço dos bens seja feita pelo encontro da oferta e da demanda on-line.
Os usuários desta ferramenta deverão ter acesso às seguintes funcionalidades:
a) Pedidos de Cotação (RFQ ou “Request for Quotation”): Compradores
poderão enviar pedidos de cotação a uma base de fornecedores determinada por
eles. Cotações poderão incluir, além do quesito “preço”, outras variáveis, tais
como prazo de entrega, condições de pagamento, entre outros. As Cotações
podem incluir itens individuais ou um pacote de produtos. Compradores poderão
realizar rodadas de negociação incluindo ou excluindo os fornecedores
participantes, mantendo o histórico da negociação na ferramenta. Mapas de
comparação podem ser utilizados, bem como o envio de arquivos anexos para
complementar a descrição de produtos e condições de fornecimento requeridas.
É importante destacar que, uma vez definidos os parâmetros de resposta às
cotações, os fornecedores deverão obrigatoriamente preencher um formulário
com campos objetivos, que serão diretamente transportados para o mapa de
comparação, aplicando eventuais regras de conversão estabelecidas pelos
compradores (por exemplo, conversão de preço para valor presente, de acordo
com as condições de pagamento). Essas características garantem um bom nível
37
de precisão em todo o processo; mantêm um alto nível de transparência para
todos os envolvidos; prioriza a auditabilidade em todos os pontos em que ela se
aplica; aumenta a rapidez e agilidade, e minimiza os erros de processo, uma vez
que praticamente elimina as conversões de informações durante o decorrer de
cada processo.
b) Leilões Reversos: Compradores poderão tomar a iniciativa de lançar um leilão
de preço decrescente para compra de materiais ou como ferramenta para
fechamento de contrato de fornecimento de produtos ou serviços. Esta
funcionalidade permite personalizações de acordo com a necessidade do usuário,
tais como: tipo de leilão, duração, preço de reserva etc. Existem opções de
leilões reversos direcionados a processos específicos de compras, que atendam
aos seguintes requisitos: existência de elasticidade de preços; alto valor de
negociação; e ausência de cartéis de fornecedores, que possam inviabilizar um
processo de leilão eficiente. Não são recomendados as conduções de processos
de leilões com fornecedores considerados estratégicos, com quem o comprador
queira preservar o relacionamento. A figura 5.4 que segue ilustra brevemente um
processo completo de leilão reverso.
Estratégia
Estratégia
ee
Sourcing
Sourcing
Desenho
Desenho
&&Set
Set--up
up
do
Leilão
do Leilão
Execução
Execução
do
doLeilão
Leilão
• Avaliação das
oportunidades de
leilão;
• Promoção /
acompanhamento
• Definição das condições do evento;
dos lances e dos
critérios de seleção final • Help Desk/ Call
das ofertas;
Center;
• Definição das
commodities a
serem leiloadas;
• Registro dos
compradores e
fornecedores;
• Definição das
especificações;
• Treinamento dos
compradores e
fornecedores;
• Identificação dos
perfis de consumo;
• Publicação da RFQ;
• Plano de
Contingência;
Pós
Pós
Leilão
Leilão
• Processamento
da análise pósleilão;
• Seleção do(s)
vencedor(es) e
concretização dos
negócios;
• Elaboração de
relatórios
gerenciais;
• Busca e préseleção de
fornecedores;
Quick
Sourcing (opcional
Ferramenta
–
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.4 – Processo de leilão reverso
38
c) Leilões Diretos: neste caso o Vendedor coloca as suas mercadorias a leilão e os
compradores têm a possibilidade de licitar on-line.
5.2.1.4 Marketset Order Management - MOM
Um grande desafio dentro do mercado eletrônico é a grande defasagem
tecnológica entre os fornecedores e os compradores. Para isso é necessário desenvolver
soluções que minimizem os requerimentos de tecnologia de informação no lado dos
fornecedores. Uma solução é a ferramenta de gestão de pedidos, baseada no
componente do Marketset 2.0 – MOM, da SAP, que permite aos fornecedores
confirmarem a recepção do pedido e comunicarem aos compradores o status de
processamento dos pedidos realizados, tudo via web browser através do marketplace,
bem como enviar avisos de embarque à empresa compradora, entre outras
funcionalidades. O investimento exigido por parte dos fornecedores é próximo de zero.
Basta uma conexão à Internet e um web browser. Por outro lado, para os grandes
fornecedores, existe a opção de uma integração direta do marketplace com os seus
sistemas de gestão de pedidos e/ou soluções de comércio eletrônico.
5.2.1.5 Ferramenta de Gerenciamento / Relatórios de Compras
Uma das características mais importantes do processo de compras é a
possibilidade dele ser retroalimentado. Todas as informações coletadas durante o
processo são relevantes para a manutenção do relacionamento com os fornecedores
(dados de qualidade, prazo de entrega, entre outros) e para a tomada de decisões em
processos de negociação (preços históricos de aquisição, cobertura de famílias por
fornecedor, entre outros). Uma opção que proporciona essa atualização dos dados de
compra é o SAP Business Information Warehouse (SAP BW), como ferramenta de
exploração de dados históricos e geração de relatórios. Segue algumas das principais
características dessa ferramenta:
•
O SAP BW segue o conceito técnico de "Data Warehousing". Um "Data
Warehouse" é um ambiente separado de aplicações com um Banco de Dados
dedicado desenhado em diversas fontes de dados e designado para suportar
"queries" e análises.
•
Assim como os demais aplicativos da SAP, o BW é totalmente aberto. Os dados
podem ser extraídos do R/3, sistemas desenvolvidos internamente, demais
soluções de mercado, Internet e, virtualmente, qualquer outra fonte disponível.
39
SAP BW já possui um amplo conjunto de Business Application Programming
Interfaces (BAPI), que permitem estabelecer links com quaisquer aplicativos na
cadeia de data warehousing.
•
O SAP BW incorporou uma série de Business Content – informações préorganizadas de acordo com as necessidades dos usuários. O conteúdo dessas
estruturas de informação é utilizado para medir a eficiência de métodos e
processos, analisando as informações de processamento de transações fornecidas
pelos sistemas OLTP ou outras fontes de dados. Para isso, o SAP BW possui
também uma série de extratores pré-definidos, informações, modelos de
análises, indicadores chaves de performance e relatórios.
•
O SAP BW tem extração de dados automatizada e rotinas de carga com um
repositório de meta-dados ativos/sincronizados com o R/3. Para fontes de dados
não R/3 a extração pode ser feita através de “flat files” ou outras ferramentas de
extração.
•
Os usuários podem escolher os canais pré-definidos em que querem trabalhar.
Cada canal pode ser desenhado de acordo com os papéis desempenhados dentro
da companhia, tais como Controller, Gerente de Vendas, Controle de Produção,
entre outros. Em cada canal, existe ainda uma grande escolha de cenários para os
relatórios e análises. O usuário simplesmente clica na opção desejada e o SAP
BW apresenta o relatório dentro do Excel, em uma maneira fácil de entender e
utilizar. E esses relatórios não são estáticos, pois permitem análises on line,
mudança de perspectiva e drildown para o exame das informações em maiores
detalhes.
•
Não é necessário o conhecimento de uma linguagem de programação para a
construção de modelos de dados e relatórios no SAP BW. Todas as atividades de
implementação do sistema são realizadas através de uma interface gráfica
intuitiva, sem codificação. A linguagem ABAP/4 pode ser necessária apenas
para realizar uma extração de dados que não tenha sido prevista nas estruturas de
extração.
•
A interface com o usuário é feita com Business Explorer. O Business Explorer é
uma solução “front-end” de interface com o usuário que é baseada na tecnologia
da Internet, o que significa que é fácil de compreender e de usar. Você define os
relatórios que necessite mais freqüentemente – seus “favoritos” – ou
simplesmente “navega” no canal de reporting criado para você. O Business
40
Explorer permite a livre navegação, selecionando múltiplas perspectivas e níveis
de detalhes. Os dados podem ser disponibilizados em MS Excel, permitindo
trabalhar em um ambiente familiar, incorporados a documentos ou exportados.
•
Acesso ao BW via Internet/Intranet: Todas as “queries” criadas com o Business
Explorer podem ser publicadas na Intranet/Internet. As “queries” podem ser
incluídas nos sites da empresa, utilizando páginas e formulários HTML. Uma
vez que somente a descrição dos dados (e não os dados em si) são armazenados
na página HTML, é possível interagir com o servidor do SAP BW através de
uma página HTML ( executando drilldowns, refresh e outras funções ). As
páginas HTML geradas são compatíveis com qualquer browser de HTML, de
forma que não é necessário instalar programas adicionais no front end.
Funcionalidades do BW Web Reporting: Traz completamente o front end do
BW para a Web e não exige a instalação no cliente, pois qualquer browser HTML
permite o acesso ao SAP BW.
O SAP BW é uma ferramenta de fácil administração. O Administrator Workbench
garante um efetivo e user-friendly gerenciamento do data warehouse, tornando simples
implementá-lo e administrá-lo. Isso coloca o administrador de data warehouse no
completo controle das extrações, agregações de dados e relatórios.
5.2.1.6 Operação do Marketplace
O acesso das empresas compradoras participantes ao marketplace se dá
geralmente através de uma Subscrição Mensal, conforme detalhamento e níveis de
serviço, que inclui:
•
Conexão ao Marketplace, acesso às ferramentas eRFQ/Auction, EBP Hosted;
•
Acesso à base de fornecedores do marketplace;
•
Contrato de Nível de Serviço, garantindo: Disponibilidade,
Segurança
e
Desempenho;
•
Operação e Gerenciamento da Plataforma;
•
Help Desk de segundo e terceiro nível.
41
5.3 Estratégia de Implantação
A estratégia de implementação consiste da elaboração de um plano de trabalho e
da definição de uma organização para cada fase do projeto, segundo a metodologia
representada na figura 5.5 abaixo.
METODOLOGIA
inicial
P la neja m e nto,
O rga nizaç ã o e
Tre ina m e nto da e quipe
Instalação
do
sistema
Confirmação
estimativas
Gestão de Conteúdo - Adoção de fornecedores e produção de catálogos
Construção - Configuração
e Procedim entos
Lev a nta me ntos e
De s e nho/ De finiç ões
Apresentaçã o
Construção - Integração
e Customizações
Piloto
Roll out
Testes
Treinamento e
Simulações
13
www.tr adecombr.com
FONTE: elaborado pelo autor.
FIGURA 5.5 – Estratégia de implementação.
5.3.1 Plano de Trabalho: Atividades e Produtos
O plano de trabalho, elaborado conforme a metodologia, estabelece o conjunto
de atividades a serem realizadas durante o projeto entre as equipes (recursos próprios ou
terceirizados).
As atividades do plano de trabalho são as seguintes:
42
5.2
6
6.1
6.2
7
7.1
Atividade
Organização e administração do projeto
Levantamento, treinamento equipe e instalação ambiente
desenvolvimento
Desenho – prototipação
Desenho/Definições
Relatório especificação e confirmação das estimativas das atividades de
implementação
Adoção de fornecedores
Desenho/Definições
Piloto
Construção do sistema
Configuração e parametrização do sistema, programação e teste das
interfaces
Desenvolvimento de procedimentos
Testes
Teste de integração
Teste de aceitação pelos usuários do grupo de aceitação
Treinamento e simulação
Treinamento dos usuários finais
7.2
Simulação do piloto
7.3
Preparação do ambiente definitivo
1
2
3
3.1
3.2
4
4.1
4.2
5
5.1
8
9
9.1
9.2
9.3
9.4
9.5
9.6
Início de uso e acompanhamento do piloto
Roll out
Preparação do ambiente e treinamento dos multiplicadores
Cadastramento de usuários e workflow
Treinamento de usuários
Simulação
Preparação do ambiente definitivo
Início de uso e acompanhamento do roll out
FONTE: elaborado pelo autor
TABELA 5.1 – Atividades do plano de trabalho
Reuniões de acompanhamento com o Comitê Diretivo (vide Organização do
Projeto) devem ser realizadas semanalmente, seguindo a metodologia a ser acordada
com a empresa na atividade “Organização e Administração do Projeto”.
Ao término da atividade de desenho deverão ser confirmados os recursos para as
demais atividades de implantação.
5.3.2 Organização do Projeto
A organização do projeto compreende os seguintes recursos, conforme
demonstrado no organograma abaixo (figura 5.6).
43
Organograma do Projeto
Comitê Diretivo
Agregador
Gerente de Projeto
Cliente
Gerente de Projeto
Consultores Funcionais
Usuários chave
Consultores de Tecnologia
Analista Funcional (MM)
Consultores de Adoção
de Fornecedores
Programação
Suporte TI
Infra-estrutura, rede, basis etc.
FONTE: elaborada pelo autor.
FIGURA 5.6 – Organograma do projeto.
As responsabilidades de cada recurso são as seguintes:
Composto por executivos indicados pela empresa, e com o Diretor responsável
pelo projeto por parte da fornecedora da solução. O Comitê será responsável pelas
decisões de ordem política, controle de qualidade e aprovação final de todas as fases do
Projeto. Os participantes deste Comitê devem utilizar a sua autoridade e o poder para
analisar e resolver todos os assuntos relacionados à política da Organização no menor
tempo possível.
Comitê Diretivo
•
Responsável pelos assuntos relacionados a Organização;
•
Revisar e decidir questões referentes a escopo, qualidade, metas, cronograma,
Recursos e custos;
•
Aprovar os produtos intermediários do projeto;
Gerentes de Projeto
•
Definições funcionais e alocação dos recursos das áreas;
•
Aprovar o funcionamento, organização, políticas e procedimentos;
•
Conduzir as atividades de implantação;
•
Responsáveis por metodologia, pela qualidade e consistência da documentação,
por informações sobre andamento e definições do projeto “status report” e pelas
reuniões de comitê;
44
Usuários chave das áreas (“Key Users”)
•
Nível operacional para decisão de funcionamento e parametrização;
•
Qualidade (abrangência e profundidade) da especificação detalhada das
necessidades funcionais e do seu atendimento;
•
Execução de testes de aceitação, do paralelo e pelo o.k. do início de uso;
Equipe Funcional e de Tecnologia
•
Levantamento de necessidades e desenho da solução;
•
Parametrização, configuração, desenvolvimento de interfaces, procedimentos e
testes;
•
Suporte quanto ao funcionamento do EBP e eRFQ/Auction 4.1;
•
Suporte de infraestrutura local;
5.3.3 O Projeto
É necessário realizar uma análise das necessidades da empresa quanto aos seus
processos de compra e da relação com os seus fornecedores.
5.3.3.1 Fases e Escopo
O escopo do projeto compreende a implantação de comunicação com os
Fornecedores do Marketplace, via EBP Hosted e Serviços de Cotação em modo “Stand
Alone”, incluindo a implantação do ambiente que possibilita a comunicação de todas as
compras via marketplace.
Segue o modelo de funcionamento deste cenário, em cada fase do projeto.
45
Extranet
Intranet
Fase 1
Rampa e-Proc
internet
MarketPlac
Fornecedo
Catálogo no
Marketplace
Shopping
Cart
Requisição
de Compra
Solicitantes
Tratamento de ítens sem
controle de estoque,
com preço definido em
acordo de fornecimento
ERP
Contabilizaçã
Livros
Fiscais e
Contas
a Pagar
Workflow
Pedido de
Compra
Pedido
de
Compra
Status do
Pedido
Status do
Pedido e
Aviso de
Embarque
Recebimento
físico
Atualiza
status do
Pedido
Entrega
material
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.7 – Modelo do funcionamento da fase1
Nessa fase, os solicitantes acessarão o EBP Hosted (na figura, Rampa
eProcurement), via Internet, e criarão suas requisições de materiais. Essas requisições
serão submetidas ao fluxo de aprovação definido pela empresa e, uma vez aprovadas,
seguirão diretamente para os fornecedores, via marketplace, já na forma de um pedido
de compra. O fornecedor, via marketplace, poderá atualizar o status do pedido de
compras e, no momento de envio do material, criar o documento de “Aviso de
Embarque”. Todas as informações de status do pedido estarão disponíveis para os
solicitantes, inclusive o Aviso de Embarque. O recebimento físico do material será
efetuado via EBP Hosted, pelo próprio solicitante, que enviará a NF para o
departamento contábil, que procederá os registros fiscais e contábeis e providenciará o
pagamento da fatura.
Ainda na Fase 1, será possível aos solicitantes criar uma solicitação especial, de
ítens não constantes no catálogo de ítens sob acordo. Essas solicitações especiais
também estarão submetidas a um fluxo de aprovação e, uma vez aprovadas, serão
direcionadas ao comprador que atende aquele solicitante e/ou a família de material
relacionada à solicitação. O comprador poderá, então, a partir da análise do
material/serviço solicitado, criar uma cotação (eRFQ). A figura que segue ilustra o
46
processo. O cenário da figura 5.8 ilustra o que é considerado o processo mais complexo
que envolve cotações na Fase 1 do projeto.
Extranet
Intranet
Fase1
internet
Rampa e -Proc
Shopping
Cart
Solicitação
Especial
Solicitantes
Tratamento de ítens sem
controle de estoque,
com preço definido via
cotação.
MarketPlace
Pedido de
Cotação
Propostas
Cotações
Recebidas
Workflow
Pedido de
Compra
Pedido
de
Compra
Status do
Pedido
Status do
Pedido e
Aviso de
Embarque
ERP
Contabilização
Livros
Fiscais e
Contas
a Pagar
Fornecedor
Recebimento
físico
físic
o
Atualiza
status do
Pedido
Entrega
material
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.8 – Complexibilidade da fase 1
Seguem as premissas dos Cenários de solução descritos acima.
EBP Hosted
•
Até 150 usuários, distribuídos em até 5 sites;
•
Workflow implantado no EBP Hosted, baseado em Limite de Alçada e Estrutura
Organizacional;
•
10 fornecedores para acordos;
•
A sincronização dos cadastros (catálogo de materiais, centros de custos, usuários
entre outros.) deverá ser garantida por processos implementados internamente
pela empresa.
RFQ Stand Alone
•
Até 20 compradores;
•
100 fornecedores para cotações;
•
5 templates de modelos de cotação com mapas de comparação, com os modelos
de análise de cotação específicos da empresa.
47
Fase2
Rampa e -Proc
Solicitantes
Tratamento de ítens sem
controle de estoque e
preços definidos em
acordo.
Contrato
Pedido de
Compra
Requisição
de Compra
Workflow
BC
Pedido de
Compra
Status do
Pedido
Livros
Fiscais e
Contas
a Pagar
Fornecedor
Catálogo no
Marketplace
Shopping
Cart
internet
ERP
MarketPlace
Recebimento
Físico e Fiscal
BC
Baixa do
Pedido
Pedido
de
Compra
Atualiza
status do
Pedido
Status do
Pedido e
Aviso de
Embarque
Entrega
material
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.9 – Solicitação de itens sem controle de estoque da fase 2
A principal diferença da Fase 2, em relação aos aspectos tecnológicos, é a
integração. Na Fase 2, é possível implementar a integração dos pedidos gerados no EBP
Hosted com os ERP’s da empresa. Essa integração é primordial para viabilizar o
tratamento de ítens de estoque e tornar o EBP hosted a ferramenta única de solicitação
de materiais da empresa. A figura 5.9 ilustra o processo de solicitação de ítens sem
controle de estoque, integrado ao ERP.
A figura 5.10 ilustra o processo de solicitação de ítens de estoque. Nessa
situação - considerando que o EBP Hosted seja a interface única de solicitação de
materiais - ao invés de ser gerado um pedido de compra, é criada uma reserva de
estoque de material. Essa reserva é enviada ao sistema ERP e, conseqüentemente, ao
almoxarife, que deverá enviar o material ao solicitante. No caso de não haver
quantidade suficiente do material em estoque, o solicitante poderá receber uma parte de
sua requisição e o restante quando o estoque for reposto. A reposição de estoque, nesse
caso, pode ser feita a partir de um ponto de reposição, pelo próprio módulo de
gerenciamento de materiais do ERP, que pode gerar um Pedido de Compras quando
esse for necessário.
48
Cabe ressaltar que essa abordagem permite aos solicitantes utilizar o EBP
Hosted como interface única de solicitação de materiais. Não é necessário saber
previamente se um item é estocado pela empresa ou comprado a cada requisição. A
contrapartida dessa situação seria a utilização do EBP Hosted apenas para os ítens sem
Extranet
internet
Intranet
controle de estoque e o ERP como ferramenta de requisição dos ítens de estoque.
Solicitantes
Tratamento de ítens com
controle de estoque e
preços definidos em
acordo.
ERP
Reserva
de Estoque
Contrato
Livros
Fiscais e
Contas
a Pagar
Pedido de
Ressuprimento
Rampa e -Proc
MarketPlace
Fornecedor
Catálogo no
Marketplace
Shopping
Cart
Requisição
de Compra
Workflow
BC
Reserva
de Estoque
BC
Recebimento
Físico e Fiscal
Pedido
de
Compra
Atuali za
status do
Pedido
Status do
Pedido e
Aviso de
Embarque
Entrega
material
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.10 – Solicitação de itens de estoque da fase 2
Novamente, como mostrado na figura, o status do pedido é atualizado pelos
fornecedores diretamente no marketplace, onde ele pode ser consultado pelos
colaboradores da empresa. Isso inclui o documento de Aviso de Embarque. O
recebimento desses pedidos, como no caso anterior, é feito diretamente no ERP da
empresa.
O último cenário de integração é relacionado aos pedidos gerados em processos
de cotação, comandados pela equipe de suprimentos da empresa. Esses pedidos podem
ser enviados ao ERP da empresa, para possibilitar o recebimento dos materiais, como
ilustrado na figura 5.11.
Premissas dos cenários de solução da Fase 2.
EBP Hosted
•
Até 400 usuários, distribuídos em até 18 sites;
49
Workflow implantado no EBP Hosted, baseado em Limite de Alçada e Estrutura
•
Organizacional;
•
20 fornecedores para acordos;
•
A sincronização dos cadastros (catálogo de materiais, centros de custos, usuários
etc.) deverá ser garantida por processos implementados pela empresa;
Integração dos documentos Pedidos de Compra (do EBP hosted para R/3) e
•
Recebimento (do R/3 para o EBP).
eRFQ Stand Alone
•
Até 50 compradores;
•
300 fornecedores para cotações;
•
5 templates adicionais de modelos de cotação com mapas de comparação, com
E x tr ane t
internet
In tra ne t
os modelos de análise de cotação específicos da empresa.
Solicitantes
EBP
EB
P hosted
MarketPlace
Fornecedor
Shop
Cart
Solicitação
Especial
Pedido
de
Cotação
Cotações
Recebidas
Propostas
Workflow
ERP
Pedido de
Compra
BC
Pedido de
Compra
Status do
Pedido
Livros
Fiscais e
Contas
a Pagar
Pedido
de
Compra
Status do
Pedido
Recebimento
Físico e Fiscal
Atualiza
status do
Pedido
Entrega
material
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.11 – Recebimento de matéria dos processos de cotação da fase 2
50
5.3.4 Organização e Implantação do Projeto
Os principais produtos de cada atividade são os seguintes:
Atividade
1
Organização e administração Equipe montada e plano de trabalho detalhado até
do projeto
2
Produto
atividade 3 inclusive.
Levantamento, treinamento Ambiente
disponível
para
treinamento
e
equipe e instalação ambiente construção
desenvolvimento
Equipe treinada
Documentação do levantamento
3
Desenho – prototipação
Relatório de especificações funcionais e técnicas,
incluindo macro procedimentos e especificação
das interfaces (fase 2).
Plano detalhado de trabalho e de recursos para
atividades de implantação.
4
Adoção de fornecedores
Planejamento da adoção e fornecedores adotados
e treinados na ferramenta
5
Construção do sistema – Ambiente disponível para testes integrado e de
montagem do piloto
aceitação do piloto
6
Testes
Teste do piloto pelo grupo de aceitação
7
Treinamento
e
simulação Usuários dos sites piloto treinados e simulação
(paralelo)
8
Início
realizada
de
uso
e Sites pilotos operacional em produção
acompanhamento do piloto
9
Suporte Pós Go Live
Acompanhamento dos usuários e fornecedores
2 semanas
FONTE: Elaborado pelo autor
TABELA 5.2 – Produto das atividades do processo de implementação
51
5.3.4.1 Cronograma
O cronograma das fases para o projeto apresenta a seguinte estrutura:
mês 01
mês 02
mês 04
mês 03
mês 05
mês 06
mês 07
Fase 1
1:
Desenho
Implementação
Suporte
Go-live
Fase 2: interface com R/3
Desenho
Implementação
Suporte
Go-live
Fase 2: roll out demais unidades (caso exista)
Planejamento
do roll out
Implementação
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.12 – Cronograma de Implementação
5.3.4.2 Esquema de Interconexão de redes
Solução Proposta - Fase 1
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.13 – Proposta de interconexão para fase 1
Solução Proposta - Fase 2
52
FONTE: elaborado pelo autor
FIGURA 5.14 – Proposta de interconexão para fase 2
53
CONCLUSÃO
O ambiente empresarial atual tem exigido que a Tecnologia da Informação (TI)
ofereça soluções e suporte para as suas novas necessidades e exigem a identificação e o
aproveitamento de novas oportunidades que a TI oferece. O Comercio Eletrônico (CE)
pode ser considerado um grande facilitador do novo ambiente empresarial.
Nesse cenário, uma das questões que se observa refere-se ao fato de que o
investimento que esta sendo realizado em TI/CE tende a inserir as empresas no mercado
globalizado.
Entretanto para essas empresas, a TI/CE representa uma poderosa e promissora
ferramenta competitiva, que deve continuar a receber significativos investimentos,
devendo consequentemente contribuir para a redução de custo, flexibilidade e agilidade
em outras áreas, aumentando assim seu poder competitivo.
Observa-se que a utilização de TI, no princípio, foi justificada pela necessidade
de atender a um número bastante significativo de clientes, produtos e serviços, e pela
necessidade de redução de custo. Atualmente, essa utilização é justificada pela melhora
de qualidade que ela permite em relação aos produtos e serviços e, consequentemente,
no atendimento aos clientes.
Finalmente, a TI/CE é justificada como sendo a maneira das empresas tornaremse mais competitivas e entrarem nesse ambiente de economia digital, que acreditam ser,
não uma promessa, mas uma realidade.
Portanto considera-se que, com o surgimento e efetivação dos mercados
eletrônicos, os clientes terão cada vez mais ofertas de melhores produtos e serviços, e
facilidades de escolha de seus fornecedores.
Assim, elas tem procurado utilizar a infra-estrutura existente para oferecer
acesso a seus produtos e serviços sem limite de localização e tempo, de modo mais fácil
e a custo mais baixo.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBERTIN, A. L. Comércio Eletrônico: Modelo, Aspectos e Contribuições de sua
Aplicação. São Paulo: Atlas 2002.
TREPPER, C. H. Estratégias de e-commerce. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
ANDRADE, R. Guia prático de e-commerce. São Paulo: Angra, 2001.
SPEAKER, M; THOMPSON, M; SMITH, R. Mais completo guia de e-commerce. São
Paulo: 2000. 419p.
TYSON, K. Competition In the 21st Century. Crc Press Llc 1996.
HERRING, J. P. The Art and Science of Business Intelligence Analysis: Intelligence
Analysis andIts Applications (Advances in Applied Business Strategy, Supplement).
JAI Press 1997.
CAMPOS, Maria Luiza & FILHO, Arnaldo V. Rocha. Data warehouse. Disponível
em:
http://www.datawarehouses.hpg.ig.com.br/dw_bibliografia.htm
Último Acesso 22/05/2003.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Secretaria de Política de Informação.
Internet Comercial. São Paulo, 2001. 13p. Disponível em:
http://www.mct.gov.br/Temas/info/Pesquisas/E_Commerce.htm
Último Acesso 20/03/2003.
55