MARCELO TSUJIMOTO “COMÉRCIO ELETRÔNICO”: aspectos e
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MARCELO TSUJIMOTO “COMÉRCIO ELETRÔNICO”: aspectos e
MARCELO TSUJIMOTO “COMÉRCIO ELETRÔNICO”: aspectos e processo de implementação Monografia apresentada para obtenção do Certificado de Especialização pelo Curso de Pós Graduação MBA em Gestão Empresarial e Negócios do Departamento de Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado – ECASE da Universidade de Taubaté, Área de Concentração: Gestão Empresarial e Negócios Orientador: Prof. José Luis Gomes da Silva Taubaté – SP 2003 MARCELO TSUJIMOTO COMÉRCIO ELETRÔNICO: aspectos e processo de implementação UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP Resultado: _____________________________________ COMISSÃO JULGADORA Prof. Dr. _______________________________________ Assinatura _____________________________________ Prof. Dr. _______________________________________ Assinatura _____________________________________ Prof. Dr. _______________________________________ Assinatura _____________________________________ 2 À minha família que sempre me apoiaram e foram a base para todas as conquista até então atingidas. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço à colaboração do Prof. José Luis Gomes da Silva por ser não só meu orientador, mas também um colega e profissional, que com compreensão, incentivo e dedicação proporcionaram o desenvolvimento e sucesso deste trabalho. Aos todos os colegas que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento do trabalho e ao amigo Januário Dolores que teve fundamental colaboração e incentivo para me dedicar a esse trabalho. 4 TSUJIMOTO, Marcelo. Comércio Eletrônico: aspectos e processo de implementação. 2002. 1 f. Monografia (Especialização, Gerencia Empresarial e Negócios) – Departamento de Economia, Contabilidade, Administração e Secretariado – ECASE, Universidade de Taubaté, Taubaté. RESUMO O trabalho aqui apresentado tem como finalidade mostrar algumas características e aspectos do comercio eletrônico em um ambiente comercial, que com o advento da tecnologia da informação possibilitou uma nova tendência na área de suprimentos. Será abordado também os tipos e etapas do processo de implementação. Esse trabalho terá uma primeira parte contendo os conceitos teóricos necessários para embasamento do tema, abordará também alguns modelos e estruturas encontradas dentro do ambiente do comercio eletrônico com suas vantagens e desvantagens e por fim tratará os aspectos do processo de implementação de uma plataforma “Business to Business” com as questões técnicas, premissas necessárias e as funcionalidades que esse novo modelo de negócio proporciona. Palavras-chave: Comercio eletrônico, conceitos e processo de implementação. 5 ELECTRONIC COMMERCE, aspects and implementation process. ABSTRACT The work here presented has as purpose to show some characteristics and aspects of the commerce electronic in a commercial atmosphere, that with the coming of the technology of the information facilitated a new tendency in the area of supplies. It will also be approached the types and stages of the implementation process. That work will have a first part contends the necessary theoretical concepts for comprehension of the theme, the work will also approach some models and structures found inside of the atmosphere of the trade electronic with its advantages and disadvantages and finally will be presented the aspects about implementation process of Business to Business platform with the technical characteristics, premises necessaries and the functionality that this new trade can offer. Key Word: Electronic commerce, concepts and implementation process. 6 SUMÁRIO RESUMO ..........................................................................................................................5 ABSTRACT......................................................................................................................6 GLOSSÁRIO ..................................................................................................................10 1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................13 1.1 OBJETIVOS ..........................................................................................................14 1.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................14 1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ..............................................................................15 2 REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................15 2.1 Comercio eletrônico e seus principais conceitos. ..................................................16 2.2 MODELOS DE NEGOCIOS.................................................................................23 3 PROPOSIÇÃO.............................................................................................................25 4 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................25 5 RESULTADOS............................................................................................................26 5.1 Questões técnicas relacionadas ao processo de implementação............................26 5.1.6 Hosting ...................................................................................................................28 5.2 PREMISSAS..........................................................................................................30 5.3 Estratégia de Implantação......................................................................................42 CONCLUSÃO ................................................................................................................54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................55 7 LISTA DE TABELAS TABELA 5.1 – Atividades do plano de trabalho ........................................................... 43 TABELA 5.2 – Produto das atividades do processo de implementação ....................... 51 8 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1.1 – Comercio eletrônico público e privado.................................................14 FIGURA 2.1 - Evolução do e-commerce .......................................................................16 FIGURA 2.2 – “e-commerce x e-business” ..................................................................18 FIGURA 2.3 – e-business: Aplicações, serviços e plataforma......................................20 FIGURA 2.4 – Mercado Aberto.....................................................................................24 FIGURA 2.5 – Agregação. ............................................................................................25 FIGURA 5.1 - Arquitetura do Data Center. ..................................................................29 FIGURA 5.2 - Níveis de acesso e arquitetura de balanceamento de carga..................30 FIGURA 5.3 – Padrão de Descrição do Material para um rolamento.........................34 FIGURA 5.4 – Processo de leilão reverso ....................................................................38 FIGURA 5.5 – Estratégia de implementação. ...............................................................42 FIGURA 5.6 – Organograma do projeto. .....................................................................44 FIGURA 5.7 – Modelo do funcionamento da fase1 ......................................................46 FIGURA 5.8 – Complexibilidade da fase 1 ...................................................................47 FIGURA 5.9 – Solicitação de itens sem controle de estoque da fase 2........................48 FIGURA 5.10 – Solicitação de itens de estoque da fase 2 ..........................................49 FIGURA 5.11 – Recebimento de matéria dos processos de cotação da fase 2.............50 FIGURA 5.12 – Cronograma de Implementação..........................................................52 FIGURA 5.13 – Proposta de interconexão para fase 1.................................................52 FIGURA 5.14 – Proposta de interconexão para fase 2.................................................53 9 GLOSSÁRIO • B2B ou Business-to-Business: Refere-se a transações de negócios realizadas entre empresas através da Internet. • B2C ou Business-to-Consumer: Refere-se à venda de produtos feita na Internet diretamente para o consumidor. • Back-end: programa que executa tarefas não diretamente controladas pelo usuário como o banco de dados, ou seja, secundárias • Browser ou navegador: Programa de software que permite que o computador tenha acesso à Internet, como o Explorer, Netscape ou Ópera. • Correio eletrônico ou e-mail: Sistema de troca de mensagens eletrônicas através de redes de computadores. • Costumer Relationship Managment (CRM): ou marketing de relacionamento com os fornecedores; • Criptografia: Técnica para converter um arquivo ou mensagem utilizando uma codificação secreta, mantendo, assim, os dados do usuários em segurança. É necessário que os dois usuários tenham o mesmo software para que o arquivo seja decodificado e compreendido. • Data Warehousing: é um conjunto de tecnologias que permitem converter uma grande quantidade de dados em informação utilizável. Transforma um banco de dados operacional num ambiente que permite o uso estratégico dos dados. • Domínio: A marca de um negócio na Internet. Por exemplo, a empresa Yahoo! (propriedade) é dona das marcas Yahoo.com e Geocities.com (domínios). • Eletronic Data interchange (EDI): Troca de dados realizados em formato eletrônicos especifico • Enterprise Resource Planning (ERP): Planejamento de Recursos para um empreendimento na qual os sistemas utilizados são integrados. • E-Mail: Significa Electronic Mail, em português: Correio Eletrônico. São as mensagens trocadas pelos Internautas em programas como Outlook Express ou Lotus Notes, entre outros. • Extranet: É uma rede de computadores interligados exclusiva, montada, normalmente, para comunicação e desenvolvimento de negócios entre uma empresa, seus clientes e fornecedores. 10 • Front-end: parte do programa que é responsável pela interdace do usuário; • Follow-up: Dar seguimento ou acompanhar alguma ação a fim de verificar seus resultados e dar seqüência a tal ação, se for o caso. • Firewall: Mecanismo de segurança que protege uma rede do acesso de usuários não autorizados. • Gateway: dispositivo de tradução de protocolo em hardware ou software que permite que os usuários que trabalham em uma rede possam acessar outra. • Holding: são conglomerados de empresas que operam em determinados países ou região. Elas selecionam projetos que tenham capacidade de expansão internacional. Assim como as incubadoras, oferecem capital, consultoria e infraestrutura. A regra é manter relacionamentos de longo prazo. • Hospedagem: É o processo de armazenagem de páginas para a Internet em um computador denominado servidor. Este equipamento está conectado ininterruptamente a uma rede mundial que liga os computadores. • Host: Computador conectado à Internet onde um site é hospedado para poder ser acessado pelos usuários. • Html ou htm: significa Hyper Text Markup Language. É a linguagem padrão de formatação de documentos para a Internet. (ver também XML • http Hypertext Transport Protocol: Protocolo de comunicação utilizado na transferência de páginas da Internet • Internet: Teve início em meados de 1969 pelo Departamento de Defesa do EUA. É a interligação de computadores das mais variadas regiões em uma mesma rede, possibilitando a comunicação em tempo real. Os computadores podem ser ligados por linha telefônica, rádio, satélite, fibra ótica, etc. • Intranet: O conceito é o mesmo da Internet, mas o acesso não é aberto, ou seja, apenas pessoas autorizadas podem acessar uma Intranet. Normalmente, é usada por empresas ou instituições para comunicação entre os funcionários. • IP: Abreviação de Internet Protocol. É uma das linguagens, ou protocolos, mais importantes da Internet, responsável pela identificação das máquinas e redes e pelo encaminhamento correto das mensagens entre elas. Todo endereço na Internet é compreendido pelos servidores, que armazenam os site, como uma seqüência numérica, como se fosse um número de RG. A isto é dado o nome I.P.Adress. 11 • Java ou Java Script: Uma das linguagens de programação usadas na Internet para criação de desenhos, textos e pinturas animadas interativas. • Joint Venture: Empreendimento com fins lucrativos de que participam duas ou mais pessoas. Difere de sociedade comercial (partnership) porque se relaciona a um único projeto, após cujo término dissolve-se automaticamente a associação. • Knowledge Management (KM) ou administração do conhecimento: • Link: Conexão entre duas páginas ou dois sites. Ou seja, quando o Internauta seleciona uma palavra ou figura com link é levado ao assunto desejado, que pode estar em outra página do site ou mesmo em outro site. • Modem: Conjunto de placa e software que codifica e decodifica os sinais de computador para uma linha telefônica, permitindo a comunicação em rede. • Network: Relacionada à Internet, a palavra significa rede de computadores interligados. • Online: Conectado à Internet o que permite comunicação e transmissão de dados em tempo real. • SQL: A sigla significa Structured Query Language, é uma linguagem de interação com banco de dados. • Supply Chain Management (SCM) ou administração da cadeia de suprimentos: Gerenciamento de todo o processo de aceitação de um pedido de um cliente até a entrega do produto, incluindo as fontes de suprimento. 12 1 INTRODUÇÃO O ambiente empresarial, tanto em nível mundial como nacional vem passando por profundas mudanças e grande parte delas esta ligada à tecnologia da informação. Essa relação engloba desde o surgimento de novas tecnologias até novas aplicações para atender as necessidades do novo ambiente empresarial. Atualmente, alguma das características do novo ambiente empresarial, tais como: globalização, integração interna e externa das organizações, entre outras, tem confirmado as tendências da criação e utilização de mercados e comércio eletrônico, que já são considerados como realidade. A economia ao longo dos anos tem passado por grandes transformações, algumas delas também caracterizadas pela ampla utilização de novas tecnologias. Na atual transformação, o surgimento da infra-estrutura de comunicação e informação pública tem despertado várias questões relativas a seu poder de evolução e revolução. A evolução refere-se ao poder que essa infra-estrutura tem de eliminar, ou pelo menos reduzir, de forma significativa, as restrições do ambiente empresarial para que se possa fazer de forma mais ágil, automática e ampla seus processos, sem grandes mudanças de regra. A revolução do ambiente empresarial e social atual está justamente na possibilidade que seus participantes passaram a ter de realizar seus vários processos de forma totalmente nova, sem grandes similaridades em relação aos modelos de interação tradicionais. Essas novas regras devem atender às novas pressões de negócio, oferecendo as respostas organizacionais necessárias para o sucesso, ou pelo menos a sobrevivência no novo ambiente empresarial. Algumas dessas pressões são a competição global por mercados e trabalho, necessidades de operações em tempo real, mudanças na força de trabalho, orientação à cliente, inovação e obsolescência tecnológicas, excesso de informação, responsabilidade social, regulamentação governamental, aspectos éticos, entre outros. Essas pressões são algumas das características do novo ambiente que exige como respostas organizacionais foco e serviço a clientes, esforços de melhoria contínua, alianças de negócios, sistemas estratégicos, comércio eletrônico, etc. As organizações estão exatamente nessa grande transição, deixando de utilizar as tecnologias de informação e comunicação simplesmente como um fator para a evolução 13 do ambiente social e empresarial, e passando a utiliza-las com todo o seu poder revolucionário. Essa nova postura é, certamente, a que apresenta maiores riscos e resistências, mas também é a que oferece maiores benefícios potenciais. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral O objetivo geral do trabalho é trazer um breve estudo dos conceitos e aspectos de Comercio Eletrônico e as características do processo de implementação. 1.1.2 Objetivos Específicos O objetivo específico deste trabalho é servir como um material de consulta às pessoas que pretendem informar-se sobre alguns conceitos básicos do comercio eletrônico e ao mesmo tempo observar como essa teoria é aplicada em um modelo de implementação dentro de uma estrutura de compras. 1.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO A delimitação do trabalho está na abrangência dada ao tema comércio eletrônico, como esse tema é de grande amplitude o trabalho restringiu seus limites ao processo de compras negócio a negócio (“Business to Business”). Lembrando que o comercio eletrônico compreende toda a cadeia de valores dos processos de negócio num ambiente eletrônico, podendo se aplicar negócio-a-negócio, negócio-a-consumidor, e intraorganizacional, numa infra-estrutura pública ou privada, como mostrado na Figura 1.1. FONTE: Albertin (2002). FIGURA 1.1 – Comercio eletrônico público e privado 14 1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO A opção pelo tema comércio eletrônico se deve ao fato de se tratar de um tema bastante atual, e ser visto como um dos fatores determinantes para a competitividade das organizações dentro de um mercado global e voltado à tecnologia da informação. Outros fatores contribuíram para a escolha do tema, um deles foi a proximidade com esse ambiente dinâmico e competitivo dentro das atividades do dia-a-dia, e conseqüentemente a familiaridade com a linguagem utilizada. 2 REVISÃO DA LITERATURA O ambiente empresarial, tanto em nível mundial como nacional, tem passado por profundas mudanças nos últimos anos, as quais têm sido consideradas diretamente relacionadas com a Tecnologia da Informação (TI). Essa relação engloba desde o surgimento de novas tecnologias, ou novas aplicações, para atender às necessidades do novo ambiente, até o aparecimento de novas oportunidades empresariais criadas pelas novas tecnologias ou novas formas de sua aplicação. Nesse novo ambiente, o Comercio Eletrônico, com suas aplicações inovadoras e revolucionárias, é tido como uma das tendências emergentes como maior poder de inovação nos processos de negócios nos vários setores econômicos. Acompanhando o fenômeno da internet, o comércio eletrônico ou “e-commerce” vem realizando uma revolução nos negócios das empresas de todos os setores. Ele abre inúmeras possibilidades de compra e venda de produtos e serviços em um mercado potencial de 150 milhões de usuários espalhados pelo mundo todo. Essa projeção tanto no Brasil como no estados Unidos da América pode ser observado na Figura 2.1. 15 FONTE: seminário e-commerce Mercosul FIGURA 2.1 - Evolução do e-commerce Assim, seja pelo novo ambiente empresarial ou por força das influências entre os setores, grande parte das organizações têm sido afetadas pela nova realidade do mercado. Essa situação tem exigido das organizações grande esforço para a assimilação e utilização das tecnologias de informação referentes à comércio eletrônico, em sua operacionalização e em sua estratégia competitiva. 2.1 Comercio eletrônico e seus principais conceitos. Cada vez mais se esta substituindo a presença real na compra de produtos, reservas de passagem, pagamento de contas, planejamento de viajem, tomada de preço, por um relacionamento virtual com o fornecedor de produtos ou serviços. É o que acontece nesse novo estilo permitindo que pessoas, sem sair de casa, tenham acesso a um número de informação e bens infinitamente mais numerosos que se tivessem que se deslocar fisicamente para obtê-los. Esta revolução da informação, que tem mudado os hábitos das pessoas e empresas, vem acompanhado de diversos conceitos que necessitam ser melhor explorados tais como: 16 2.1.1 Comércio eletrônico • É uma forma de comercio onde o produto é conhecido, demonstrado e vendido por meios eletrônicos. Pode ser definido também como a capacidade de realizar transações envolvendo a troca de bens ou serviços entre duas ou mais partes utilizando ferramentas eletrônicas e tecnologias emergentes. • É o nome dado ao sistema comercial com a capacidade de realizar transações envolvendo troca de bens ou serviços entre duas ou mais partes de forma automática, utilizando-se da Internet. 2.1.2 “Business to Business” – B2B São transações comerciais entre empresas. Muitas empresas se utilizam deste tipo de “e-commerce” para se relacionar com seus fornecedores, fazendo pedidos, recebendo e pagando faturas, trocando dados, captando novos parceiros, entre outras atividades. Esta relação entre duas ou mais empresas, envolve tecnologia que se utiliza Intercambio de Dados Eletrônicos (IDE), o que permite a comunicação direta entre os sistemas computadorizados das empresas sem necessitar de envolvimento humano. 2.1.3 “Business to Consumer” – B2C Constitui-se em outras formas de comércio na Internet. Nesta categoria, a empresa vende diretamente ao consumidor. Um determinado consumidor entra em algum site em busca de um produto ou informação referente a este produto. Satisfeito com as informações, ele realiza a compra. Este tipo de comercio permite manter baixos estoques de produtos, que podem ser montados ou adquiridos na medida em que são escoados. 2.1.4 “e-business x e-commerce” Com base em indicadores que mostram um crescimento no número de executivos eletrônicos, torne-se cada vez mais importante esclarecer alguns dos termos em uso, na medida em que o alcance da nova economia digital se vai definindo. O “ecommerce” cobre os processos pelos quais os consumidores, fornecedores e parceiros de negócios são atingidos, incluindo atividades como vendas, marketing, recepção de pedidos, entregas, serviços ao consumidor e administração de programas de fidelidade. 17 E-Commerce= Processos Externos Amanhã E-Business= Todos os processos de Negocio RH Gerenciamento da força de trabalho Finanças Desenvolvimento do Produto Produção Entrega Hoje Ontem Procurement Entrada de vendas direta Serviço ao Consumidor Pedidos Vendas Marketing FONTE: adaptado de Internet Comercial 2001. FIGURA 2.2 – “e-commerce x e-business” O “e-business” abrange o “e-commerce” e também envolve processos internos como produção, administração de estoques, desenvolvimento de produtos, administração de riscos, finanças, desenvolvimento de estratégias, administração do conhecimento e recursos humanos. Tanto o “e-commerce” como o “e-business” incluem aplicações que servem para direcionar processos, como por exemplo, a infra-estrutura tecnológica da banco de dados, os servidores de aplicativos, as ferramentas de segurança, a administração de sistemas e os sistemas legados. E ambos, envolvem também a criação de novas cadeias de valores entre as companhias, seus consumidores e fornecedores, assim como dentro de cada companhia. As estratégias de “e-commerce” são mais glamourosas que as de “e-business” porque o foco está nos processos que estão transformando a Internet de maneira mais rápida como fenômeno de massa. E o Comercio Eletrônico é simples porque inclui apenas duas direções de mudança. Primeiro a integração vertical de aplicativos de “front-end” para um site de comercio eletrônico na “Web” com os sistemas de transação já existem na empresa. Em segundo lugar a integração de negócios entre as empresas e os sites de clientes, fornecedores e intermediários. Já a estratégia de “e18 business” é menos glamourosa e mais detalhada. Para isso gera mudanças em quatro direções: • Vertical: entre o “front-end Web” e os sistemas de “back-end”. • Lateral: entre a companhia e seus consumidores, fornecedores e intermediários. • Horizontal: entre o comércio eletrônico, ferramentas de Planejamento de Recursos (ERP - Enterprise Resource Planning), marketing de relacionamento com os fornecedores administração do (CRM conhecimento - Customer (KM - Relationship Knowledge Managment), Management) e administração da cadeia de suprimentos (SCM - Supply Chain Management). • Interior: com uma profunda integração de novas tecnologias a processos de negócio radicalmente redesenhados. Por essas razões, as estratégias de “ebusiness” têm também impacto muito maior em rentabilidade. Propõe-se que a plataforma eletrônica deva se dedicar ao comércio eletrônico, não só pára a Internet como para qualquer rede eletrônica, e pode também ser uma rede de Intercambio Eletrônico de Dados (EDI - Eletronic Data Interchange). Tanto no caso do “e-commerce” quanto no “e-business”, o “e” significa substituir o papel, o trabalho humano e o telefone nas transações pessoais por intercâmbio via redes eletrônicas. Redes estas que podem ser exclusivas, como um sistema EDI, ou intercompanhias, como o “Lotus Notes”, ou internas no contexto do ERP, ou ainda Intranets e Internet. O “e-commerce” e o “e-business” diferem nos processos cobertos por eles, e nesse sentido se diferenciam da mesma forma que conceitos como comércio e negócios. Outro ponto importante que deve ser sinalizado é que “e-commerce” e “ebusiness” não são termos precisos para estratégias de negócios. Definem o conjunto de aplicativos tecnológicos que servem para sustentar as transações eletrônicas. Os aplicativos de “e-commerce” incluem servidores, “e-procurement”, serviço ao consumidor via Internet, sistemas de administração de relação com clientes através da “Web” (Simplificação para World Wide Web), aplicações EDI, soluções de integração de processos de negócios, entre outros. Os aplicativos de “e-business” incluem sistemas ERP, CRM, SCM, KN e de colaboração, como já descritos. Ambos utilizam uma infra-estrutura de apoio tecnológico baseado em servidores de médio porte, banco de dados, “data warehouses”, ferramentas de segurança, ferramentas de administração de conteúdo, guias e ferramentas de administração de tráfego. Por trás desses serviços estão plataformas e servidores de “e-business”, 19 equipamentos de armazenagem, infra-estrutura de redes e ferramentas colaborativas como o e-mail. 2.1.5 Os desafios do “e-commerce” e do “e-business” A estratégia do “e-commerce” é menos ampla, mais orientada às vendas e mais simples que outras iniciativas da tecnologia de informação. Knowledge Management SCM ERP CRM E-Commerce Segurança Gerenciamento Gerenciamento de Conteúdo de Tráfego Banco de Dados Diretórios Middleware Servidores E-Mail Armazenamento Infra-estrutura de redes FONTE: Adaptado de Internet Comercial 2001. FIGURA 2.3 – e-business: Aplicações, serviços e plataforma. Serve para analisar como usar a Internet para melhorar áreas como vendas, marketing, compras e objetivos de serviço ao consumidor. Pode ter foco nas vendas e encomendas feitas via Internet e pode ser importante para os executivos de primeiro escalão preocupados com o crescimento da curva de lucros. Uma estratégia de “e-commerce” necessita estar focada em apenas três direções de integração: a vertical em aplicativos de “front end Web” e bases de dados e sistemas transacionais existentes; a lateral externa, especialmente no setor de “Business-toBusiness”, com os consumidores externos, fornecedores e parceiros de distribuição; e a funcional entre tecnologias e os processos de negócios. 20 Uma estratégia de “e-commerce” pode ser separada de uma implementação ERP, CRM e SCM. Mas as ligações entre essas estratégias estão perdendo a distinção (Figura 2.3). As estratégias de “e-business” têm maior alcance, são mais desafiadoras, oferecem mais recompensas e provavelmente são mais inevitáveis. Implicam o completo redesenho dos negócios, alterando e revisando todos os processos na companhia para obter maior eficiência devido ao uso de tecnologias de rede. Estas estratégias obviamente incluem oportunidades de obter lucro, mas o principal foco está nos custos mais baixos e na maior eficiência operacional. Trata-se de um caminho crítico para as companhias que competem em economias com baixos índices de inflação, onde as oportunidades não passam pelo incremento de preços e os lucros podem ser aumentados por meio de maior produtividade. Uma Quarta categoria de integração, dentro da empresa, inclui uma integração funcional profunda de novos aplicativos e processos de negócios re-projetados. E horizontalmente, esta aplicação se dá por meio integração de aplicativos ERP ou CRM. Na verdade, a estratégia de “e-business” conserva esse potencial para melhoras no desempenho da empresa, tanto operacional como financeiro. 2.1.6 “Business Intelligence” - BI Um dos principais conceitos disponíveis atualmente no que diz respeito a gestão empresarial é o “Business Intelligence”. Conhecimento do negócio na área da competição global e das comunicações online passou a ser chamado de “Business Intelligence” (BI) ou Inteligência de Negócios (IN). Inteligência é o resultado de um processo que começa com a coleta de dados. Esses dados são organizados e transformados em informação, que depois de analisados e contextualizados se transformam e inteligência. Essa, por sua vez, quando aplicada a processos de decisão geram vantagem competitiva para a organização. Sistemas de Inteligência de Negócios – SIN é o processo organizacional pelo qual a informação é sistematicamente coletada, analisada e disseminada como inteligência aos usuários que possam tomar ações a partir dela. (HERRING, 1997). Segundo TYSON (1997), SIN é um processo que envolve a coleta, análise e validação de informações sobre concorrentes, clientes, fornecedores, candidatos potenciais à aquisição, candidatos a “joint-venture” e alianças estratégicas. Inclui também eventos 21 econômicos, reguladores e políticos que tenham impacto sobre os negócios da empresa. O processo de IN analisa e valida todas essas informações e as transforma em conhecimento estratégico. O principal objetivo de um SIN é aprender sobre o ambiente competitivo externo, visando o conhecimento do posicionamento competitivo da empresa, o que impulsionará mudanças internas e facilitará decisões estratégicas. “Business Intelligence”, ou Inteligência de Negócios é a utilização de uma séria de ferramentas para coletar, analisar e extrair informações, que serão utilizadas no auxilio ao processo de gestão e tomadas de decisão. Fazem parte dos um pacotes de “Business Intelligence” existentes, o “Data Warehouse” (DW), Sistemas de Suporte a Decisão (DSS), Sistemas de Informação Executivas (EIS), Sistemas de Gestão Integrados (ERP), OLAP e ferramentas de mineração de dados, conhecidas como data mining. 2.1.7 “e-procurement”, “e-Marketplace” e “Market Makers” A tendência universal de terceirização (“Outsourcing”), também esta pressente nos negócios de comércio eletrônico B2B realizados no ambiente da Internet, pois sendo uma grande rede, somada ás tecnologias afins, se aliam com os principais propulsores do movimento atual que busca modernizar os processos de compra existentes, objetivando uma redução de custos internos e externos relacionados à compras de mercadorias e serviços, facilitando uma maior interação e o efetivo trabalho colaborativo entre as empresas. As soluções de “e-procurement” e de “e-marketplace”, baseadas no universo Internet, requerem somente um navegador (web browser) e podem ser implementadas com pouco ou nenhum impacto sobre seus recursos tecnológicos. • “e-procurement” – é o termo utilizado para designar a nova classe de aplicativos que possibilitam o comércio eletrônico B2B ou “e-commerce”. Os sistemas de “e-procurement” são desenvolvidos de forma a possibilitar que os departamentos de compras das empresas adquiram produtos e serviços de fornecedores através da Internet. • “e-marketplace” e “Market Makers” – as instituições e empresas “formadoras de mercado” (“Market Makers”), estabelecem uma comunidade entre compradores e vendedores (“e-marketplace”) sem a necessidade de investimentos em infraestrutura, desenvolvimento e gerenciamento de avanço do sistema. 22 A seguir é mostrado o modelo de negócio que estão associados a esse ambiente de comercio eletrônico. 2.2 MODELOS DE NEGOCIOS 2.2.1 Mercado Aberto A infra-estrutura de comunicação e informação pública oferece a inédita possibilidade de todos os participantes do ambiente empresarial e social interconectarem-se de forma fácil, livre e a custo reduzido, denominado de Mercado Aberto, (Figura 2.4.) Essa nova situação permite, por um lado, que todos se relacionem de forma direta sem a necessidade básica de intermediação eletrônica. Por outro lado também permite o surgimento de novos modelos de intermediação, tanto para solucionar dificuldades como para aproveitar novas oportunidades de mercado. Esse modelo de Mercado Aberto tende a levar a um mercado perfeito, uma vez que todas as informações estão disponíveis a todos, a concorrência é livre e ampla, as estratégias de negócio por restrição tende a diminuir, o poder de negociação é aumentado, assim como a competitividade, a globalização é viabilizada para os vários níveis de empresas, os custos e preços tendem a ser reduzidos, etc. esse modelo é considerado auto-organizado. O modelo de Mercado Aberto apresenta vários desafios e dificuldades tais como a baixa confiabilidade, em razão do distanciamento e da interação eletrônica e remota, a responsabilidade pela parte do processo, que era realizada pelos intermédios tradicionais, a necessidade de entender e realizar as novas regras de mercado, que antes não atingiam os participantes, etc. 23 FONTE: Albertin (2002). FIGURA 2.4 – Mercado Aberto. 2.2.2 Agregação A nova dinâmica de mercado que surgiu da infra-estrutura de comunicação e informação possibilitou o surgimento ou pelo menos a intensificação e abertura para mais participantes, do modelo de Agregação, em que uma entidade faz a intermediação entre os vários participantes, conforme representado na Figura 2.5. Esse modelo expressa a situação na qual uma entidade agrega valor para os produtores, fornecedores, clientes e consumidores, não se restringindo somente a integração eletrônica, uma vez que os participantes podem se integrar diretamente se não perceberem este valor. O modelo de Agregação não é considerado auto-organizado pelo poder de interferência do “agregador”. O modelo de Agregação oferece a possibilidade de ganhos para as entidades que realizam a agregação, tanto pela cobrança de percentual sobre a transação, como outra forma de remuneração. Esses “agregadores” podem somente oferecer a integração eletrônica, considerada de baixo valor agregado, ou aos vários serviços necessários, adicionando valor ao seu negócio. O “agregador” tem como desafio a identificação e a realização dos serviços que agregam valor para os demais participantes, a dependência que acaba tendo em relação aos demais, a concorrência do Mercado Aberto e dos demais “agregadores”, a criação 24 de vários componentes organizacionais fortes o suficientes para atrair os participantes do mercado, a realização dos vários processos envolvidos etc. Ao participarem do modelo de agregação os produtores e fornecedores passam a ter um mercado mais amplo e mais confiável, alguns processos de negócio podem ser realizados pelo “agregador”, liberando-os da responsabilidade e custos correspondentes. Por outro lado, também existem os desafios, tais como a dependência, o aumento de preço e diminuição de liberdade. FONTE: Albertin (2002) FIGURA 2.5 – Agregação. 3 PROPOSIÇÃO O ambiente do comércio eletrônico abrange tanto a área logística como também aspectos técnicos da informática, essa diversidade de temas torna a compreensão do assunto altamente complexa, com isso a disponibilidade de uma bibliografia específica para esse assunto se torna muito restrita. Nesse sentido o trabalho aqui exposto tem a finalidade de esclarecer as dúvidas inerentes aos conceitos e soluções existentes, agrupando os principais conceitos para se iniciar um estudo mais aprofundado dentro desse novo e vasto ambiente de negócios. 4 MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia utilizada para a elaboração desse trabalho em uma primeira parte está baseada no levantamento bibliográfico do assunto a ser abordado. Em uma segunda parte do trabalho este será dedicado às etapas e características do processo de implementação do comercio eletrônico “Business to Business” dentro de uma empresa. 25 Nessa etapa será detalhada de forma bastante prática a estruturação do sistema de compras para receber essa nova sistemática para a área de logística. Para se realizar esse tipo de trabalho, onde o tema central faz parte de uma grande cadeia de conceitos é inevitável a necessidade de se estudar um perímetro muito maior daquele apresentado no trabalho, mas o propósito é delimitar esses extremos para que o trabalho não se torne tão extenso e ao mesmo tempo não perca a objetividade e a qualidade do conteúdo. 5 RESULTADOS 5.1 Questões técnicas relacionadas ao processo de implementação Nesse tópico listamos algumas das questões técnicas necessárias para a compreensão do trabalho. 5.1.1 Link É necessário que a empresa tenha uma conexão com a Internet para acessar plataforma de dados segundo o modelo de agregação de Albertin (2002), sendo que é recomendada uma banda de aproximadamente 128 Kbps dedicada para o acesso. Para a segunda etapa do processo de implementação proposto nesse trabalho é recomendado um link dedicado de 256 Kbps, podendo chegar a 512 Kbps em função do tipo de integração. O mesmo pode ser utilizado na segunda fase do processo, nesse caso é necessária a instalação de um “firewall” dedicado no site da empresa para proteger o ambiente da plataforma do ambiente corporativo da empresa. 5.1.2 Correio Eletrônico É comum na plataforma a comunicação entre os usuários, através do correio eletrônico para informar o status das aprovações, pendências e warnings de sistema. Dessa forma é possível criar um canal de comunicação com os fornecedores, para follow-up automático da participação em processos de cotação e leilões, pedidos de compras, entre outras funcionalidades. 26 5.1.3 Interfaces As informações podem trafegar via um conector, e recomenda-se a utilização de ferramentas de “e-procurement” e “Marketplace” com tecnologia SAP, assim a integração e o tráfego de documentos se dará de uma forma mais natural se comparado com outras ferramentas. 5.1.4 Conectores É importante a utilização de um conector na empresa para garantir a troca dos documentos entre os sistemas da empresa e a plataforma. Todos os documentos deverão trafegar no padrão XML e os mesmos deverão ser recebidos através de um conector que o adequará as necessidades do sistema em questão (geralmente SAP ou BAAN). Com isto teremos a possibilidade de: • Integrar plataformas com a finalidade de prover conectividade entre hardware, sistemas operacionais e plataformas heterogêneas. A tecnologia empregada poderá utilizar serviços de mensagem, “Object Request Brokers” (ORB) e “Remote Procedure Calls” (RPC); • Integrar dados garantindo a padronização e integração de todos os repositórios de dados das empresas. A integração pode ser dividida em duas categorias: gateways para acessos às fontes de informação e ferramentas de extração, transformação, movimentação e carga; • Integrar aplicações através do roteamento baseado em regras e conteúdo, tradução e transformação de dados baseado em eventos e adaptadores de aplicações; • Integrar processos permitindo que sejam definidas, monitoradas e geradas regras de atuação nos processos de integração entre a empresa e o “agregador” através de uma interface gráfica. Uma das opções é utilizar a ferramenta WebMethods Integration Suite para implementar as funcionalidades de troca de documentos requeridas no processo, além de disponibilizar um módulo responsável pelo controle da comunicação dos documentos entre as aplicações da empresa e o “agregador” garantindo a entrega dos mesmos com criptografia. Para tal, será necessário que seja disponibilizado por parte da empresa, em seu site, um servidor Intel com Windows 2000 Server onde serão instalados os componentes da ferramenta WebMethods. 27 É importante lembrar que nesse trabalho é apresentado um modelo específico de integração que apresenta uma estrutura e ferramentas adequadas para esse modelo. Para cada tipo de situação existe uma solução adequada para a integração entre sistemas. 5.1.5 Hardware Para acessar a plataforma existe a necessidade da utilização de um browser, sendo que é recomendado para essa funcionalidade o Internet Explorer 5.0 ou superior. Desta forma, o dimensionamento do hardware e software das estações de trabalho fica a critério da empresa para que o produto acima possa ser instalado. É recomendado como configuração mínima uma estação de trabalho com Windows 95 ou superior e Pentium com 64 MB RAM no mínimo. 5.1.6 Hosting É a estrutura que abriga o computador central conectado à Internet onde um site é hospedado para poder ser acessado pelos usuários. Essa estrutura precisa apresentar uma arquitetura de IDC (“Internet Data Center”) adequada as necessidades da plataforma tendo em sua implementação uma solução segura, escalável e flexível. Através da utilização do conceito de “oferta modular”, podendo desenhar a arquitetura de um ambiente web abrangendo servidores, sistemas operacionais, aplicativos, serviços e conectividade Internet/Backend, adequados à necessidade de cada cliente. Podemos detalhar a arquitetura totalmente redundante e dividida em camadas para acesso a Internet (web layer), camada de dados (data layer) e conectividade “backend” da seguinte forma: 28 a. b. c. d. e. f. g. h. i. j. k. Usuário(s) que estão na Internet. Conexões Internet compartilhadas. Firewalls de acesso a Internet & Switches. Web Layer Middle Firewalls Data Layer Back-end Firewalls Estrutura de backup (centralizada). Estrutura centralizada de monitoração. Rede back-end Instalações do Cliente FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.1 - Arquitetura do Data Center. Web Layer - A Web Layer é usada para quaisquer servidores que precisam ser acessados pela Internet. Os servidores da Web (HTTP) e servidores de balanceamento são instalados na Web Layer. Outros tipos de servidores que podem ser instalados na Web Layer são: Servidores de aplicação ou transações, mas somente se tais servidores tiverem que ter conectividade direta com a Internet (como servidores de mídia) e servidores de correio de SMTP (Simple Mail Transfer Protocol); Data Layer - Não há acesso direto da Internet ao Data Layer e, portanto o Data Layer é naturalmente mais seguro que a Web Layer. Os servidores de banco de dados, servidores de aplicativos e servidores de transação geralmente são executados no Data Layer, a menos que seja necessário acesso direto à Internet. Switches e Firewalls - A arquitetura pode ser projetada para ter segurança nas múltiplas camadas com switches e firewalls entre as camadas. As regras de firewall são fixadas para não permitir tráfego que não seja absolutamente necessário para a operação do site do cliente. Servidores/Aplicação - Os servidores que hospedam os componentes críticos da aplicação devem ser colocados em balanceamento de carga no web layer através do Windows 2000 Advanced Server. 29 FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.2 - Níveis de acesso e arquitetura de balanceamento de carga. 5.2 PREMISSAS Para que o processo de implementação de uma estrutura de “e-commerce” seja possível, é necessário que algumas premissas sejam tomadas, uma vez que, a implementação dessa ferramenta deve estar perfeitamente adequada às necessidades e recursos de cada empresa. Abaixo segue algumas premissas necessárias para a elaboração do plano de implementação do “e-commerce”. Primeiramente deve haver o comprometimento das pessoas envolvidas no processo de implementação, principalmente dos executivos para garantir o sucesso do projeto, sob forma de alocação de recursos físicos, humanos, e tomadas de decisão em tempo hábil, para que não haja atraso no cronograma. Os profissionais que participarão do projeto deverão ser identificados durante a fase de inicial de planejamento do projeto. Os sistemas legados da empresa devem estar operacionais, bem como a estrutura de rede e servidores que suportam seus sistemas legados. Adicionalmente, a empresa deverá prover ambientes de desenvolvimento e homologação para a realização dos necessários testes pré-operacionais. 30 5.2.1 SOLUÇÕES E SERVIÇOS Segue uma descrição das soluções propostas e mostradas neste trabalho para atender à empresas e seus fornecedores. 5.2.1.1 SAP EBP (Enterprise Buyer Professional) Hosted Há uma tendência clara no segmento industrial de tratar as compras repetitivas de uma maneira totalmente diferente das compras eventuais (também conhecidas como “maverick buying” ou “compras spot”). As empresas estão desenvolvendo acordos de fornecimento, a exemplo do que já é praticado há muito tempo com os materiais diretos ou estratégicos. A principal diferença nesse caso é que os volumes usados como referência para o estabelecimento dos acordos é o volume histórico de compras, ao invés de uma demanda estimada, planejada a partir da demanda de mercado, como é o caso do material direto. A função dos compradores passa a ser focada na negociação desses acordos e na manutenção do relacionamento com os fornecedores. Sobra mais tempo, então, para melhorar os processos de negociação de grandes compras para projetos e para o desenvolvimento de novos fornecedores em áreas estratégicas. A manutenção de acordos de fornecimento com preços pré-estabelecidos, constitui uma oportunidade sem precedentes para a mudança no processo de requisição de compras. Se não há negociação com os fornecedores a cada compra, é possível enviar os pedidos aprovados pelas áreas solicitantes diretamente aos fornecedores, simplificando o processo operacional. Nesse cenário, algumas considerações são de extrema importância. O desenho de um novo processo de compras deve contemplar: • O controle do processo de aprovação da requisição, dentro da área solicitante, de acordo com os critérios de negócios estabelecidos por cada empresa; • O envio do pedido de compra aos fornecedores, de maneira segura, confiável e minimamente dependente dos recursos tecnológicos desses fornecedores; • Possibilidade de acompanhamento do processo por parte dos solicitantes; • Integração aos aplicativos de back-office da empresa, para efeito de contabilização e custos. Para apoiar o redesenho do processo de compras, de maneira a atender a todos os requisitos mencionados acima, é sugerido no modelo ASP (Application Service Provisioning) o SAP EBP (Enterprise Buyer Professional), bem como uma série de serviços de apoio, como o follow-up de atendimento dos pedidos, por parte dos 31 fornecedores, disponibilização de central de atendimento para o esclarecimento de dúvidas de tecnologia e do processo, entre outros. O SAP (EBP) é uma solução acessível via Internet browser, destinado à criação de requisições de compras de bens e serviços, incluindo todo o espectro dos itens de Manutenção, Reparos e Operações (MRO) e de itens produtivos. Isso é feito de maneira simples, intuitiva, descentralizada, auditável e totalmente adaptável às políticas de compras de materiais de cada empresa. Principais características: • SAP EBP engloba todo o processo de compras, da requisição ao recebimento de materiais; • Baseado na Internet, altamente eficiente e com funções self-service; • Disponível para todos os usuários – não apenas aos usuários especialistas; • Necessidade de pouco treinamento – fácil de entender, fácil de usar; • Fácil localização e averiguação do status de ordens e requisições (follow-up); • Trabalha em conjunto com a ferramenta de catálogos eletrônicos Requisite, com facilidades de busca paramétrica de materiais – além de poder ser conectado a outros catálogos eletrônicos via OCI (Open Catalog Interface), como catálogos de fornecedores ou catálogos hospedados na plataforma; • Integração total e flexível com os sistemas back office, através de padrões de mercado como o formato XML (eXtensible Markup Language) e de ferramentas avançadas de integração como o WebMethods Integration Suite; • Segurança – incluindo criptografia e avançado sistema de gerenciamento de perfis de usuários; • Funções de fluxo de trabalho altamente flexíveis, permitindo o roteamento de tarefas de acordo com diversos critérios de negócios, como considerações de alçada de aprovação, família de material, tipo de fornecedor; entre outros. Benefícios Redução dos custos • Através de um processo de compras integrado e mais eficiente, é possível reduzir o custo de requisições de compras de materiais e serviços. De acordo com Grainger Consulting Services, a implementação do SAP EBP, acompanhada dos necessários ajustes do processo de compras, pode dar a sua empresa retornos em torno de 245%. 32 Redução da necessidade de treinamento • Graças a uma interface intuitiva, usuários com pouco ou nenhum treinamento podem lidar com o processo completo de compra desde a criação da requisição até o recebimento do material. Aumento na eficiência • Devido à simplificação de processos proporcionada pelo SAP EBP, a equipe de compras pode concentrar suas atividades e recursos em atividades nobres como o desenvolvimento de fornecedores; a condução dos processos de negociação; e a manutenção do relacionamento com os fornecedores estratégicos, contribuindo para a economia de escala da companhia. 5.2.1.2 Gestão de Conteúdo A descentralização das requisições de compras é uma mudança importante do processo de compras, mas pode ter seu sucesso comprometido se a qualidade das informações de catálogo forem imprecisas e/ou incorretas. No cenário de compras centralizadas no departamento de compras, a probabilidade de um pedido ser enviado incorretamente para o fornecedor é muito pequena, pois os compradores conhecem o cadastro de materiais (“catálogo”) e, muitas vezes, a aplicação do material que está sendo comprado. No processo de compras descentralizado, a responsabilidade pela acurácia dos dados enviados aos fornecedores no pedido de compras é do solicitante. Se ele escolher o item errado no catálogo de compras, o item errado será enviado ao fornecedor e isso só será identificado no recebimento do material. Para garantir o sucesso da descentralização das requisições de compras, a mudança de processo deve ser acompanhada de um incremento na qualidade do catálogo de materiais. Por “qualidade”, entenda-se: identificação e eliminação de redundância de códigos de item (itens diferentes com o mesmo código, muito comum quando a empresa passou por sucessivas fusões e/ou incorporações); classificação dos itens em famílias de materiais, para fácil identificação; e enriquecimento da descrição, com a inclusão de parâmetros de descrição do material, que possibilitam a busca paramétrica de materiais baseada no conhecimento de algumas das características técnicas/comerciais do material. Segue alguns serviços na área de gestão de conteúdo: a) Criação e implantação do catálogo de materiais da empresa compradora, dos itens a serem adquiridos através da plataforma: 33 Pode-se desenvolver os serviços de catalogação com diferentes “níveis” de tratamento e enriquecimento dos dados, em função das características originais do catálogo e das suas reais necessidades. • Nível 1 do Catálogo: compreende a categorização dos itens, ou seja, a definição da categoria, subcategoria e classe de cada item. Neste caso, são mantidas as descrições originais do cliente; • Nível 2 do Catálogo: além da categorização dos itens, são preenchidos parcialmente os atributos do Padrão de Descrição do Material (PDM), a partir dos dados disponíveis nas descrições originais do cliente. O PDM identifica o conjunto de características relevantes para cada categoria de material, de maneira a permitir uma identificação unívoca para cada item pertencente ao catálogo. A figura 5.3 ilustra o PDM de um rolamento, como exemplo. • Nível 3 do Catálogo: compreende o enriquecimento das descrições, ou seja, o preenchimento de todos os Atributos do PDM, permitindo a unificação de cadastro entre as unidades do cliente. Neste nível, serão geradas descrições padronizadas completas e a vinculação de figura ilustrativa do item. • Nível 4 do Catálogo: compreende o enriquecimento do item através de vinculação de desenhos, especificações técnicas, filmes, entre outros. Descrição Original ROLAMENTO COM GAIOLA ACO E VEDACAO DUPLA, 6002 – 2RS MARCA SKF Normalização Enriquecimento DESCRIÇÃO CURTA : ROLAMENTO DESCRIÇÃO CURTA : ROLAMENTO RIGIDO ESFERA 1 CARR 15X32X9,00MM DESCRIÇÃO COMPLETA : ROLAMENTO CARREIRAS : * * * * ANEL INTERNO : * * * * FURO : * * * * ANEL EXTERNO : * * * * RANHURA : * * * * FOLGA : * * * * GAIOLA : ACO VEDACAO : DUPLA BLINDAGEM : * * * * DEFLETOR : * * * * TOLERANCIA : * * * * DIAMETRO INTERNO : * * * * DIAMETRO EXTERNO : * * * * LARGURA : * * * * DESCRIÇÃO COMPLETA : ROLAMENTO RIGIDO DE ESFERAS CARREIRAS : UM A CARREIRA ANEL INTERNO : CONVENCIONAL FURO : CILINDRICO ANEL EXTERNO : CILINDRICO RANHURA : SEM RANHURA FOLGA : NORMAL GAIOLA : ACO VEDACAO : DUPLA BLINDAGEM : SEM BLINDAGEM DEFLETOR : SEM DEFLETOR TOLERANCIA : NORMAL DIAMETRO INTERNO : 15 MM DIAMETRO EXTERNO : 32 MM LARGURA : 9,00 MM FABRICANTE : SKF REF. COMERCIAL : 6002 - 2RS FABRICANTE : SKF REF. COMERCIAL : 6002 - 2RS1 FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.3 – Padrão de Descrição do Material para um rolamento 34 b) Manutenção do Catálogo • Hosting do catálogo; • Atualização de preços dos itens sob acordo; • Exclusões de itens. c) Adoção de Fornecedores, incluindo: • Convite; • Visita; • Estabelecimento de contrato; • Configuração; • Testes de conexão; • Treinamento; • Suporte. Todos esses serviços são suportados por uma ferramenta de gestão e manutenção de catálogos ou, do inglês, CMM (Catalog Maintenance & Management). Uma opção para a ferramenta CMM é a solução MRO.COM Catalog and Content Manager, acessível via web browser (modo ASP), através da qual pode-se, inclusive disponibilizar algumas funcionalidades numa modalidade de “auto-serviço” diretamente para os clientes. As principais funções e características desta ferramenta estão resumidas a seguir. Principais funções • Gestão de dados de produto, preços e conteúdo rico com uma solução; • Carga de ativos digitais dos sistemas legados para acesso imediato; • Interface gráfica para os usuários, via web browser; • Ligação para dados dos fabricantes; • Publicação de dados do catálogo para múltiplos marketplaces, ERP´s e aplicações de “e-procurement” e de “e-commerce”. Principais Características Carga de Dados (“Content Interchange”): • Suporta atualizações incrementais e cargas completas de catálogos; • Múltiplos formatos de arquivo; • Múltiplos tipos de dados. Segurança do Repositório de Dados (“Content Repository – Security”): • Segurança; 35 • Suporta múltiplos níveis de administradores, grupos e usuários. Funcionalidades para a Montagem de Conteúdo (“Content Assembly Tools”): • Múltiplas taxonomias; • Pesquisa e navegação; • Múltiplos idiomas e moedas; • Manutenção de um único ou de múltiplos registros; • Múltiplas visões do catálogo (por Função, Localidade, Específica por cliente, Agrupamento de catálogos); • Múltiplas tabelas de preço e desconto; • Ligação com Catálogo Mestre de Fabricantes; • Conteúdo rico (Fotografias, Desenhos CAD, Especificações técnicas, Especificações de segurança, Vídeos); • Controle de versão. Exportação/ Publicação (“Syndication”): • Manual ou programada • Completa ou incremental 5.2.1.3 Processo de Cotação - Request For Quotation ou RFQ/Auction 4.1 As compras repetitivas são uma parte importante do trabalho da área de compras e acredita-se que essa opção de EBP Hosted endereça muito bem os principais gargalos desse processo. Ainda restam, no entanto, uma série de eventuais processos de compras. Alguns exemplos disso são: a reforma de uma determinada máquina operatriz; processos de upgrade de computadores, que extrapolem as quantidades históricas de aquisição e, portanto, devem ser negociadas fora de um acordo de fornecimento; compras para projetos; entre outras. Esses processos, tipicamente, envolvem a negociação de grandes volumes financeiros e são conduzidos usando ferramentas de comunicação como telefone, fax, e-mail e, por vezes, contato pessoal com os fornecedores. As propostas são enviadas em papel (envelope fechado ou aberto), e-mail, fax ou ainda por telefone. O comprador deve, então, equalizar essas propostas, antes de compará-las. Nessa etapa, ele padroniza questões como condições de fornecimento e pagamento, unidades diferentes entre os fornecedores, entre outros. Normalmente, os compradores se utilizam de uma planilha eletrônica para proceder a comparação de todos os parâmetros de 36 avaliação antes de finalmente decidir pela escolha de um fornecedor e enviar o pedido de compras. Para apoiar esse tipo de processo, algumas características são importantes: • Precisão – o fornecedor, tanto quanto possível, deve ater-se à cotação do que foi especificado, considerando todos os parâmetros definidos pelo comprador. Para tal, não pode haver dúvidas em relação à especificação técnica do que está sendo solicitado. • Transparência – os parâmetros de definição do fornecedor devem ser claros para todos os concorrentes. E todos devem fornecer, no mínimo, o mesmo conjunto de informações a respeitos de sua proposta. • Auditabilidade – a maioria das empresas de médio e grande porte tem critérios bastante rígidos quanto à auditabilidade dos processos de compras. • Rapidez – como o processo de cotação é um processo bastante freqüente na área de compras, benefícios de produtividade nesse processo podem aumentar consideravelmente a produtividade de toda a área. Para suportar os processos de cotação, pode-se utilizar a ferramenta Auction 4.1, da Commerce One. Esta ferramenta, disponibilizada em modalidade ASP, permite que a fixação do preço dos bens seja feita pelo encontro da oferta e da demanda on-line. Os usuários desta ferramenta deverão ter acesso às seguintes funcionalidades: a) Pedidos de Cotação (RFQ ou “Request for Quotation”): Compradores poderão enviar pedidos de cotação a uma base de fornecedores determinada por eles. Cotações poderão incluir, além do quesito “preço”, outras variáveis, tais como prazo de entrega, condições de pagamento, entre outros. As Cotações podem incluir itens individuais ou um pacote de produtos. Compradores poderão realizar rodadas de negociação incluindo ou excluindo os fornecedores participantes, mantendo o histórico da negociação na ferramenta. Mapas de comparação podem ser utilizados, bem como o envio de arquivos anexos para complementar a descrição de produtos e condições de fornecimento requeridas. É importante destacar que, uma vez definidos os parâmetros de resposta às cotações, os fornecedores deverão obrigatoriamente preencher um formulário com campos objetivos, que serão diretamente transportados para o mapa de comparação, aplicando eventuais regras de conversão estabelecidas pelos compradores (por exemplo, conversão de preço para valor presente, de acordo com as condições de pagamento). Essas características garantem um bom nível 37 de precisão em todo o processo; mantêm um alto nível de transparência para todos os envolvidos; prioriza a auditabilidade em todos os pontos em que ela se aplica; aumenta a rapidez e agilidade, e minimiza os erros de processo, uma vez que praticamente elimina as conversões de informações durante o decorrer de cada processo. b) Leilões Reversos: Compradores poderão tomar a iniciativa de lançar um leilão de preço decrescente para compra de materiais ou como ferramenta para fechamento de contrato de fornecimento de produtos ou serviços. Esta funcionalidade permite personalizações de acordo com a necessidade do usuário, tais como: tipo de leilão, duração, preço de reserva etc. Existem opções de leilões reversos direcionados a processos específicos de compras, que atendam aos seguintes requisitos: existência de elasticidade de preços; alto valor de negociação; e ausência de cartéis de fornecedores, que possam inviabilizar um processo de leilão eficiente. Não são recomendados as conduções de processos de leilões com fornecedores considerados estratégicos, com quem o comprador queira preservar o relacionamento. A figura 5.4 que segue ilustra brevemente um processo completo de leilão reverso. Estratégia Estratégia ee Sourcing Sourcing Desenho Desenho &&Set Set--up up do Leilão do Leilão Execução Execução do doLeilão Leilão • Avaliação das oportunidades de leilão; • Promoção / acompanhamento • Definição das condições do evento; dos lances e dos critérios de seleção final • Help Desk/ Call das ofertas; Center; • Definição das commodities a serem leiloadas; • Registro dos compradores e fornecedores; • Definição das especificações; • Treinamento dos compradores e fornecedores; • Identificação dos perfis de consumo; • Publicação da RFQ; • Plano de Contingência; Pós Pós Leilão Leilão • Processamento da análise pósleilão; • Seleção do(s) vencedor(es) e concretização dos negócios; • Elaboração de relatórios gerenciais; • Busca e préseleção de fornecedores; Quick Sourcing (opcional Ferramenta – FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.4 – Processo de leilão reverso 38 c) Leilões Diretos: neste caso o Vendedor coloca as suas mercadorias a leilão e os compradores têm a possibilidade de licitar on-line. 5.2.1.4 Marketset Order Management - MOM Um grande desafio dentro do mercado eletrônico é a grande defasagem tecnológica entre os fornecedores e os compradores. Para isso é necessário desenvolver soluções que minimizem os requerimentos de tecnologia de informação no lado dos fornecedores. Uma solução é a ferramenta de gestão de pedidos, baseada no componente do Marketset 2.0 – MOM, da SAP, que permite aos fornecedores confirmarem a recepção do pedido e comunicarem aos compradores o status de processamento dos pedidos realizados, tudo via web browser através do marketplace, bem como enviar avisos de embarque à empresa compradora, entre outras funcionalidades. O investimento exigido por parte dos fornecedores é próximo de zero. Basta uma conexão à Internet e um web browser. Por outro lado, para os grandes fornecedores, existe a opção de uma integração direta do marketplace com os seus sistemas de gestão de pedidos e/ou soluções de comércio eletrônico. 5.2.1.5 Ferramenta de Gerenciamento / Relatórios de Compras Uma das características mais importantes do processo de compras é a possibilidade dele ser retroalimentado. Todas as informações coletadas durante o processo são relevantes para a manutenção do relacionamento com os fornecedores (dados de qualidade, prazo de entrega, entre outros) e para a tomada de decisões em processos de negociação (preços históricos de aquisição, cobertura de famílias por fornecedor, entre outros). Uma opção que proporciona essa atualização dos dados de compra é o SAP Business Information Warehouse (SAP BW), como ferramenta de exploração de dados históricos e geração de relatórios. Segue algumas das principais características dessa ferramenta: • O SAP BW segue o conceito técnico de "Data Warehousing". Um "Data Warehouse" é um ambiente separado de aplicações com um Banco de Dados dedicado desenhado em diversas fontes de dados e designado para suportar "queries" e análises. • Assim como os demais aplicativos da SAP, o BW é totalmente aberto. Os dados podem ser extraídos do R/3, sistemas desenvolvidos internamente, demais soluções de mercado, Internet e, virtualmente, qualquer outra fonte disponível. 39 SAP BW já possui um amplo conjunto de Business Application Programming Interfaces (BAPI), que permitem estabelecer links com quaisquer aplicativos na cadeia de data warehousing. • O SAP BW incorporou uma série de Business Content – informações préorganizadas de acordo com as necessidades dos usuários. O conteúdo dessas estruturas de informação é utilizado para medir a eficiência de métodos e processos, analisando as informações de processamento de transações fornecidas pelos sistemas OLTP ou outras fontes de dados. Para isso, o SAP BW possui também uma série de extratores pré-definidos, informações, modelos de análises, indicadores chaves de performance e relatórios. • O SAP BW tem extração de dados automatizada e rotinas de carga com um repositório de meta-dados ativos/sincronizados com o R/3. Para fontes de dados não R/3 a extração pode ser feita através de “flat files” ou outras ferramentas de extração. • Os usuários podem escolher os canais pré-definidos em que querem trabalhar. Cada canal pode ser desenhado de acordo com os papéis desempenhados dentro da companhia, tais como Controller, Gerente de Vendas, Controle de Produção, entre outros. Em cada canal, existe ainda uma grande escolha de cenários para os relatórios e análises. O usuário simplesmente clica na opção desejada e o SAP BW apresenta o relatório dentro do Excel, em uma maneira fácil de entender e utilizar. E esses relatórios não são estáticos, pois permitem análises on line, mudança de perspectiva e drildown para o exame das informações em maiores detalhes. • Não é necessário o conhecimento de uma linguagem de programação para a construção de modelos de dados e relatórios no SAP BW. Todas as atividades de implementação do sistema são realizadas através de uma interface gráfica intuitiva, sem codificação. A linguagem ABAP/4 pode ser necessária apenas para realizar uma extração de dados que não tenha sido prevista nas estruturas de extração. • A interface com o usuário é feita com Business Explorer. O Business Explorer é uma solução “front-end” de interface com o usuário que é baseada na tecnologia da Internet, o que significa que é fácil de compreender e de usar. Você define os relatórios que necessite mais freqüentemente – seus “favoritos” – ou simplesmente “navega” no canal de reporting criado para você. O Business 40 Explorer permite a livre navegação, selecionando múltiplas perspectivas e níveis de detalhes. Os dados podem ser disponibilizados em MS Excel, permitindo trabalhar em um ambiente familiar, incorporados a documentos ou exportados. • Acesso ao BW via Internet/Intranet: Todas as “queries” criadas com o Business Explorer podem ser publicadas na Intranet/Internet. As “queries” podem ser incluídas nos sites da empresa, utilizando páginas e formulários HTML. Uma vez que somente a descrição dos dados (e não os dados em si) são armazenados na página HTML, é possível interagir com o servidor do SAP BW através de uma página HTML ( executando drilldowns, refresh e outras funções ). As páginas HTML geradas são compatíveis com qualquer browser de HTML, de forma que não é necessário instalar programas adicionais no front end. Funcionalidades do BW Web Reporting: Traz completamente o front end do BW para a Web e não exige a instalação no cliente, pois qualquer browser HTML permite o acesso ao SAP BW. O SAP BW é uma ferramenta de fácil administração. O Administrator Workbench garante um efetivo e user-friendly gerenciamento do data warehouse, tornando simples implementá-lo e administrá-lo. Isso coloca o administrador de data warehouse no completo controle das extrações, agregações de dados e relatórios. 5.2.1.6 Operação do Marketplace O acesso das empresas compradoras participantes ao marketplace se dá geralmente através de uma Subscrição Mensal, conforme detalhamento e níveis de serviço, que inclui: • Conexão ao Marketplace, acesso às ferramentas eRFQ/Auction, EBP Hosted; • Acesso à base de fornecedores do marketplace; • Contrato de Nível de Serviço, garantindo: Disponibilidade, Segurança e Desempenho; • Operação e Gerenciamento da Plataforma; • Help Desk de segundo e terceiro nível. 41 5.3 Estratégia de Implantação A estratégia de implementação consiste da elaboração de um plano de trabalho e da definição de uma organização para cada fase do projeto, segundo a metodologia representada na figura 5.5 abaixo. METODOLOGIA inicial P la neja m e nto, O rga nizaç ã o e Tre ina m e nto da e quipe Instalação do sistema Confirmação estimativas Gestão de Conteúdo - Adoção de fornecedores e produção de catálogos Construção - Configuração e Procedim entos Lev a nta me ntos e De s e nho/ De finiç ões Apresentaçã o Construção - Integração e Customizações Piloto Roll out Testes Treinamento e Simulações 13 www.tr adecombr.com FONTE: elaborado pelo autor. FIGURA 5.5 – Estratégia de implementação. 5.3.1 Plano de Trabalho: Atividades e Produtos O plano de trabalho, elaborado conforme a metodologia, estabelece o conjunto de atividades a serem realizadas durante o projeto entre as equipes (recursos próprios ou terceirizados). As atividades do plano de trabalho são as seguintes: 42 5.2 6 6.1 6.2 7 7.1 Atividade Organização e administração do projeto Levantamento, treinamento equipe e instalação ambiente desenvolvimento Desenho – prototipação Desenho/Definições Relatório especificação e confirmação das estimativas das atividades de implementação Adoção de fornecedores Desenho/Definições Piloto Construção do sistema Configuração e parametrização do sistema, programação e teste das interfaces Desenvolvimento de procedimentos Testes Teste de integração Teste de aceitação pelos usuários do grupo de aceitação Treinamento e simulação Treinamento dos usuários finais 7.2 Simulação do piloto 7.3 Preparação do ambiente definitivo 1 2 3 3.1 3.2 4 4.1 4.2 5 5.1 8 9 9.1 9.2 9.3 9.4 9.5 9.6 Início de uso e acompanhamento do piloto Roll out Preparação do ambiente e treinamento dos multiplicadores Cadastramento de usuários e workflow Treinamento de usuários Simulação Preparação do ambiente definitivo Início de uso e acompanhamento do roll out FONTE: elaborado pelo autor TABELA 5.1 – Atividades do plano de trabalho Reuniões de acompanhamento com o Comitê Diretivo (vide Organização do Projeto) devem ser realizadas semanalmente, seguindo a metodologia a ser acordada com a empresa na atividade “Organização e Administração do Projeto”. Ao término da atividade de desenho deverão ser confirmados os recursos para as demais atividades de implantação. 5.3.2 Organização do Projeto A organização do projeto compreende os seguintes recursos, conforme demonstrado no organograma abaixo (figura 5.6). 43 Organograma do Projeto Comitê Diretivo Agregador Gerente de Projeto Cliente Gerente de Projeto Consultores Funcionais Usuários chave Consultores de Tecnologia Analista Funcional (MM) Consultores de Adoção de Fornecedores Programação Suporte TI Infra-estrutura, rede, basis etc. FONTE: elaborada pelo autor. FIGURA 5.6 – Organograma do projeto. As responsabilidades de cada recurso são as seguintes: Composto por executivos indicados pela empresa, e com o Diretor responsável pelo projeto por parte da fornecedora da solução. O Comitê será responsável pelas decisões de ordem política, controle de qualidade e aprovação final de todas as fases do Projeto. Os participantes deste Comitê devem utilizar a sua autoridade e o poder para analisar e resolver todos os assuntos relacionados à política da Organização no menor tempo possível. Comitê Diretivo • Responsável pelos assuntos relacionados a Organização; • Revisar e decidir questões referentes a escopo, qualidade, metas, cronograma, Recursos e custos; • Aprovar os produtos intermediários do projeto; Gerentes de Projeto • Definições funcionais e alocação dos recursos das áreas; • Aprovar o funcionamento, organização, políticas e procedimentos; • Conduzir as atividades de implantação; • Responsáveis por metodologia, pela qualidade e consistência da documentação, por informações sobre andamento e definições do projeto “status report” e pelas reuniões de comitê; 44 Usuários chave das áreas (“Key Users”) • Nível operacional para decisão de funcionamento e parametrização; • Qualidade (abrangência e profundidade) da especificação detalhada das necessidades funcionais e do seu atendimento; • Execução de testes de aceitação, do paralelo e pelo o.k. do início de uso; Equipe Funcional e de Tecnologia • Levantamento de necessidades e desenho da solução; • Parametrização, configuração, desenvolvimento de interfaces, procedimentos e testes; • Suporte quanto ao funcionamento do EBP e eRFQ/Auction 4.1; • Suporte de infraestrutura local; 5.3.3 O Projeto É necessário realizar uma análise das necessidades da empresa quanto aos seus processos de compra e da relação com os seus fornecedores. 5.3.3.1 Fases e Escopo O escopo do projeto compreende a implantação de comunicação com os Fornecedores do Marketplace, via EBP Hosted e Serviços de Cotação em modo “Stand Alone”, incluindo a implantação do ambiente que possibilita a comunicação de todas as compras via marketplace. Segue o modelo de funcionamento deste cenário, em cada fase do projeto. 45 Extranet Intranet Fase 1 Rampa e-Proc internet MarketPlac Fornecedo Catálogo no Marketplace Shopping Cart Requisição de Compra Solicitantes Tratamento de ítens sem controle de estoque, com preço definido em acordo de fornecimento ERP Contabilizaçã Livros Fiscais e Contas a Pagar Workflow Pedido de Compra Pedido de Compra Status do Pedido Status do Pedido e Aviso de Embarque Recebimento físico Atualiza status do Pedido Entrega material FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.7 – Modelo do funcionamento da fase1 Nessa fase, os solicitantes acessarão o EBP Hosted (na figura, Rampa eProcurement), via Internet, e criarão suas requisições de materiais. Essas requisições serão submetidas ao fluxo de aprovação definido pela empresa e, uma vez aprovadas, seguirão diretamente para os fornecedores, via marketplace, já na forma de um pedido de compra. O fornecedor, via marketplace, poderá atualizar o status do pedido de compras e, no momento de envio do material, criar o documento de “Aviso de Embarque”. Todas as informações de status do pedido estarão disponíveis para os solicitantes, inclusive o Aviso de Embarque. O recebimento físico do material será efetuado via EBP Hosted, pelo próprio solicitante, que enviará a NF para o departamento contábil, que procederá os registros fiscais e contábeis e providenciará o pagamento da fatura. Ainda na Fase 1, será possível aos solicitantes criar uma solicitação especial, de ítens não constantes no catálogo de ítens sob acordo. Essas solicitações especiais também estarão submetidas a um fluxo de aprovação e, uma vez aprovadas, serão direcionadas ao comprador que atende aquele solicitante e/ou a família de material relacionada à solicitação. O comprador poderá, então, a partir da análise do material/serviço solicitado, criar uma cotação (eRFQ). A figura que segue ilustra o 46 processo. O cenário da figura 5.8 ilustra o que é considerado o processo mais complexo que envolve cotações na Fase 1 do projeto. Extranet Intranet Fase1 internet Rampa e -Proc Shopping Cart Solicitação Especial Solicitantes Tratamento de ítens sem controle de estoque, com preço definido via cotação. MarketPlace Pedido de Cotação Propostas Cotações Recebidas Workflow Pedido de Compra Pedido de Compra Status do Pedido Status do Pedido e Aviso de Embarque ERP Contabilização Livros Fiscais e Contas a Pagar Fornecedor Recebimento físico físic o Atualiza status do Pedido Entrega material FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.8 – Complexibilidade da fase 1 Seguem as premissas dos Cenários de solução descritos acima. EBP Hosted • Até 150 usuários, distribuídos em até 5 sites; • Workflow implantado no EBP Hosted, baseado em Limite de Alçada e Estrutura Organizacional; • 10 fornecedores para acordos; • A sincronização dos cadastros (catálogo de materiais, centros de custos, usuários entre outros.) deverá ser garantida por processos implementados internamente pela empresa. RFQ Stand Alone • Até 20 compradores; • 100 fornecedores para cotações; • 5 templates de modelos de cotação com mapas de comparação, com os modelos de análise de cotação específicos da empresa. 47 Fase2 Rampa e -Proc Solicitantes Tratamento de ítens sem controle de estoque e preços definidos em acordo. Contrato Pedido de Compra Requisição de Compra Workflow BC Pedido de Compra Status do Pedido Livros Fiscais e Contas a Pagar Fornecedor Catálogo no Marketplace Shopping Cart internet ERP MarketPlace Recebimento Físico e Fiscal BC Baixa do Pedido Pedido de Compra Atualiza status do Pedido Status do Pedido e Aviso de Embarque Entrega material FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.9 – Solicitação de itens sem controle de estoque da fase 2 A principal diferença da Fase 2, em relação aos aspectos tecnológicos, é a integração. Na Fase 2, é possível implementar a integração dos pedidos gerados no EBP Hosted com os ERP’s da empresa. Essa integração é primordial para viabilizar o tratamento de ítens de estoque e tornar o EBP hosted a ferramenta única de solicitação de materiais da empresa. A figura 5.9 ilustra o processo de solicitação de ítens sem controle de estoque, integrado ao ERP. A figura 5.10 ilustra o processo de solicitação de ítens de estoque. Nessa situação - considerando que o EBP Hosted seja a interface única de solicitação de materiais - ao invés de ser gerado um pedido de compra, é criada uma reserva de estoque de material. Essa reserva é enviada ao sistema ERP e, conseqüentemente, ao almoxarife, que deverá enviar o material ao solicitante. No caso de não haver quantidade suficiente do material em estoque, o solicitante poderá receber uma parte de sua requisição e o restante quando o estoque for reposto. A reposição de estoque, nesse caso, pode ser feita a partir de um ponto de reposição, pelo próprio módulo de gerenciamento de materiais do ERP, que pode gerar um Pedido de Compras quando esse for necessário. 48 Cabe ressaltar que essa abordagem permite aos solicitantes utilizar o EBP Hosted como interface única de solicitação de materiais. Não é necessário saber previamente se um item é estocado pela empresa ou comprado a cada requisição. A contrapartida dessa situação seria a utilização do EBP Hosted apenas para os ítens sem Extranet internet Intranet controle de estoque e o ERP como ferramenta de requisição dos ítens de estoque. Solicitantes Tratamento de ítens com controle de estoque e preços definidos em acordo. ERP Reserva de Estoque Contrato Livros Fiscais e Contas a Pagar Pedido de Ressuprimento Rampa e -Proc MarketPlace Fornecedor Catálogo no Marketplace Shopping Cart Requisição de Compra Workflow BC Reserva de Estoque BC Recebimento Físico e Fiscal Pedido de Compra Atuali za status do Pedido Status do Pedido e Aviso de Embarque Entrega material FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.10 – Solicitação de itens de estoque da fase 2 Novamente, como mostrado na figura, o status do pedido é atualizado pelos fornecedores diretamente no marketplace, onde ele pode ser consultado pelos colaboradores da empresa. Isso inclui o documento de Aviso de Embarque. O recebimento desses pedidos, como no caso anterior, é feito diretamente no ERP da empresa. O último cenário de integração é relacionado aos pedidos gerados em processos de cotação, comandados pela equipe de suprimentos da empresa. Esses pedidos podem ser enviados ao ERP da empresa, para possibilitar o recebimento dos materiais, como ilustrado na figura 5.11. Premissas dos cenários de solução da Fase 2. EBP Hosted • Até 400 usuários, distribuídos em até 18 sites; 49 Workflow implantado no EBP Hosted, baseado em Limite de Alçada e Estrutura • Organizacional; • 20 fornecedores para acordos; • A sincronização dos cadastros (catálogo de materiais, centros de custos, usuários etc.) deverá ser garantida por processos implementados pela empresa; Integração dos documentos Pedidos de Compra (do EBP hosted para R/3) e • Recebimento (do R/3 para o EBP). eRFQ Stand Alone • Até 50 compradores; • 300 fornecedores para cotações; • 5 templates adicionais de modelos de cotação com mapas de comparação, com E x tr ane t internet In tra ne t os modelos de análise de cotação específicos da empresa. Solicitantes EBP EB P hosted MarketPlace Fornecedor Shop Cart Solicitação Especial Pedido de Cotação Cotações Recebidas Propostas Workflow ERP Pedido de Compra BC Pedido de Compra Status do Pedido Livros Fiscais e Contas a Pagar Pedido de Compra Status do Pedido Recebimento Físico e Fiscal Atualiza status do Pedido Entrega material FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.11 – Recebimento de matéria dos processos de cotação da fase 2 50 5.3.4 Organização e Implantação do Projeto Os principais produtos de cada atividade são os seguintes: Atividade 1 Organização e administração Equipe montada e plano de trabalho detalhado até do projeto 2 Produto atividade 3 inclusive. Levantamento, treinamento Ambiente disponível para treinamento e equipe e instalação ambiente construção desenvolvimento Equipe treinada Documentação do levantamento 3 Desenho – prototipação Relatório de especificações funcionais e técnicas, incluindo macro procedimentos e especificação das interfaces (fase 2). Plano detalhado de trabalho e de recursos para atividades de implantação. 4 Adoção de fornecedores Planejamento da adoção e fornecedores adotados e treinados na ferramenta 5 Construção do sistema – Ambiente disponível para testes integrado e de montagem do piloto aceitação do piloto 6 Testes Teste do piloto pelo grupo de aceitação 7 Treinamento e simulação Usuários dos sites piloto treinados e simulação (paralelo) 8 Início realizada de uso e Sites pilotos operacional em produção acompanhamento do piloto 9 Suporte Pós Go Live Acompanhamento dos usuários e fornecedores 2 semanas FONTE: Elaborado pelo autor TABELA 5.2 – Produto das atividades do processo de implementação 51 5.3.4.1 Cronograma O cronograma das fases para o projeto apresenta a seguinte estrutura: mês 01 mês 02 mês 04 mês 03 mês 05 mês 06 mês 07 Fase 1 1: Desenho Implementação Suporte Go-live Fase 2: interface com R/3 Desenho Implementação Suporte Go-live Fase 2: roll out demais unidades (caso exista) Planejamento do roll out Implementação FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.12 – Cronograma de Implementação 5.3.4.2 Esquema de Interconexão de redes Solução Proposta - Fase 1 FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.13 – Proposta de interconexão para fase 1 Solução Proposta - Fase 2 52 FONTE: elaborado pelo autor FIGURA 5.14 – Proposta de interconexão para fase 2 53 CONCLUSÃO O ambiente empresarial atual tem exigido que a Tecnologia da Informação (TI) ofereça soluções e suporte para as suas novas necessidades e exigem a identificação e o aproveitamento de novas oportunidades que a TI oferece. O Comercio Eletrônico (CE) pode ser considerado um grande facilitador do novo ambiente empresarial. Nesse cenário, uma das questões que se observa refere-se ao fato de que o investimento que esta sendo realizado em TI/CE tende a inserir as empresas no mercado globalizado. Entretanto para essas empresas, a TI/CE representa uma poderosa e promissora ferramenta competitiva, que deve continuar a receber significativos investimentos, devendo consequentemente contribuir para a redução de custo, flexibilidade e agilidade em outras áreas, aumentando assim seu poder competitivo. Observa-se que a utilização de TI, no princípio, foi justificada pela necessidade de atender a um número bastante significativo de clientes, produtos e serviços, e pela necessidade de redução de custo. Atualmente, essa utilização é justificada pela melhora de qualidade que ela permite em relação aos produtos e serviços e, consequentemente, no atendimento aos clientes. Finalmente, a TI/CE é justificada como sendo a maneira das empresas tornaremse mais competitivas e entrarem nesse ambiente de economia digital, que acreditam ser, não uma promessa, mas uma realidade. Portanto considera-se que, com o surgimento e efetivação dos mercados eletrônicos, os clientes terão cada vez mais ofertas de melhores produtos e serviços, e facilidades de escolha de seus fornecedores. Assim, elas tem procurado utilizar a infra-estrutura existente para oferecer acesso a seus produtos e serviços sem limite de localização e tempo, de modo mais fácil e a custo mais baixo. 54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBERTIN, A. L. Comércio Eletrônico: Modelo, Aspectos e Contribuições de sua Aplicação. São Paulo: Atlas 2002. TREPPER, C. H. Estratégias de e-commerce. Rio de Janeiro: Campus, 2000. ANDRADE, R. Guia prático de e-commerce. São Paulo: Angra, 2001. SPEAKER, M; THOMPSON, M; SMITH, R. Mais completo guia de e-commerce. São Paulo: 2000. 419p. TYSON, K. Competition In the 21st Century. Crc Press Llc 1996. HERRING, J. P. The Art and Science of Business Intelligence Analysis: Intelligence Analysis andIts Applications (Advances in Applied Business Strategy, Supplement). JAI Press 1997. CAMPOS, Maria Luiza & FILHO, Arnaldo V. Rocha. Data warehouse. Disponível em: http://www.datawarehouses.hpg.ig.com.br/dw_bibliografia.htm Último Acesso 22/05/2003. MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Secretaria de Política de Informação. Internet Comercial. São Paulo, 2001. 13p. Disponível em: http://www.mct.gov.br/Temas/info/Pesquisas/E_Commerce.htm Último Acesso 20/03/2003. 55