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Revista Mundo Cerâmico nº 126-127 – Agosto - Setembro 2007 EDITORIAL 04 PELO MUNDO 10 EVENTOS 16 Colorifícios e cerâmicas às vezes parecem estar em cantos opostos, fato até compreensível. Mas é vital para a sobrevivência de ambos a construção de uma agenda comum e a valorização de seu produto de subsistência COLORIFÍCIOS 18 EXPORTAÇÕES CERSAIE A mais aguardada feira de cerâmica deve apresentar este ano muitas novidades, principalmente em porcelanatos esmaltados e técnicos, que ditarão a moda cerâmica de todo o planeta em 2008 Levantamento feito por Antonio Liguori da consultoria D.Grosser & Associates, sobre desembarque de cerâmica nos portos norte-americanos, revela as forças e fraquezas dos vários ‘players’ naquele mercado 42 28 ENCONTRO Anicer realiza seu 36º Encontro na capital mineira e reúne ceramistas de todo o Brasil, ávidos por debater e encontrar soluções para seus mais aflitivos problemas, como mineração, tecnologia e mercado 32 CONGRESSO Acompanhe as novas tecnologias, máquinas, equipamentos, produtos, lançamentos e serviços para estar na vanguarda da indústria 48 ENTREVISTA GESTÃO O II Congresso da Indústria Cerâmica de Revestimentos busca uma identidade própria focada na busca de temas que sejam de real interesse do seu públicoalvo que são os profissionais que atuam nas indústrias cerâmicas 38 Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 Renato Bernhoeft, presidente da Bernhoeft Consultoria, discute alternativas para capitalizar a empresa nacional 50 Que ninguém se iluda com a informalidade do professor Anselmo. Quando o assunto é tecnologia é um defensor formal e intransigente da evolução da indústria cerâmica brasileira 7 EDITORIAL circula em outubro 2007 Publisher: Lazzaro Menasce [email protected] (jornalista responsável) Conselho Editorial Adriano S. Lima.– pres. da ANFACER Luis Barbosa Lima – pres. da ANICER João O. Bergstron – pres. da ASPACER José O. A. Paschoal – pres. do CCB Walter G. Felix – pres. do SICCESP/FIESP Redação Selma Menasce [email protected] Auxiliar de Pesquisa Albino Cheganças Junior [email protected] Assistente Administrativo Caroline Sperandio Florio [email protected] Arte e Diagramação Oggi Estúdio Gráfico Publicidade Brasil – SP Marcel Israel fone +55 (11) 3822 4422 [email protected] Impressão: Prol Editora e Gráfica Distribuição: Lobra Serv-Press Publicação mensal de Perguntar não ofende J á imaginaram se, em suas empresas, as despesas não fossem uma restrição e bastaria buscar mais receitas para cobrir gastos sem nenhum controle? Ou colocado de outro modo: Não é ilógico que quem deva executar um orçamento solicite liberdade total para fixar seus próprios parâmetros? Pois é o que acontece com as despesas do estado brasileiro. Como dizia Roberto Campos, não se define o tamanho do estado possível e desejável a financiar. Aumentam-se os impostos para cobrir ao passo as sempre crescentes despesas. Ora, quem é que fiscaliza o governo? Quem é que fiscaliza o Congresso? O Judiciário? Enquanto eles triangulam, falta um poder muito importante na República: o Povo. Como é que o parlamentar pode presidir o seu próprio julgamento? Como é que o governo pode decidir sobre a reforma, ou melhor, sobre a redução tributária? Como podem os parlamentares reformar a Constituição em benefício próprio? Sem uma Assembléia Constituinte não-congressual , em que o Povo participe, não há muitas mudanças à vista. LM Informações Alameda Olga, 422 cj. 108 – Barra Funda 01155-040 – São Paulo – SP Fone + 55 (11) 3822 4422 Fax +55 (11) 3663 5436 e-mail: [email protected] http: www.mundoceramico.com.br Registro no INPI sob número 816494703 As opiniões de Mundo Cerâmico não são necessariamente as de seus articulistas. Autorizada a reprodução de artigos desde que citada a fonte. Fotos de matérias editoriais: divulgação geral, de empresas e LM Imagens, textos e opiniões de mensagens publicitárias são de responsabilidade dos respectivos anunciantes. Associada à: Para falar conosco: Al. Olga 422 cj. 108 – Barra Funda 01155-040 – São Paulo – SP – Brasil Tel: +55 (11) 3822 4422 Fax: +55 (11) 3663 5436 [email protected] [email protected] [email protected] Agradecemos o envio do seguinte título: ‘’Mundo Cerâmico’’ ano XV, nº 123-124, Abril/Maio 2007. O título recebido ficará à disposição de nosso usuários, cerca de 80 professores e 750 alunos de graduação e pós-graduação. Prof. Ricardo de Souza Campos Badaró, Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Sou um acadêmico e estou realizando uma pesquisa de mercado e gostaria de contar com a ajuda da Revista Mundo Cerâmico.Quanto de porcelanato a China produz? Quanto deste vai para o mercado internacional como exportação? Quais são os países e quanto importam de porcelanato chinês? E também o setor no Brasil? Quem importa? O quanto exporta? Thiago Trevizan [email protected] Busco endereços de fábricas de fornos elétricos e de gás, como também tornos elétricos no Brasil. Bruno Massida [email protected] Poderiam me informar sobre empresas que fazem decalques cerâmicos para vidro e azulejos? Patricia Lobo [email protected] Gostaria de saber o nome e o endereço de empresas que fabricam máquinas e equipamentos para produção de cerâmica branca, tais como moinhos de disco, moinhos excêntricos, prensas para cerâmica, fornos para tratamento térmico, entre outros. Já consultei algumas empresas da sua lista, mas estou com dificuldades para fechar nosso orçamento. Milene Miranda [email protected] Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico a tacada certa 100 ENTREVISTA 95 75 Como cães e gatos 25 5 0 Que ninguém se iluda com a informalidade do professor Anselmo. Quando se trata de tecnologia é um defensor formal e intransigente da evolução da indústria brasileira que, se conseguir se unir, será uma das melhores do mundo “Um dos principais problemas da indústria brasileira é de gestão” Seja o fornecedor nº 1 da Cerâmica Brasileira A 5 nselmo O. Boschi, 54, natural de Dourado, SP, é formado em Engenharia de Materiais pela UFSCar, Universidade Federal de São Carlos, onde atualmente leciona. O professor Anselmo, como gosta de ser chamado, é também Ph.D em Engenharia Cerâmica pela Universidade de Leeds, Inglaterra e tem Pós-Doutoramento pelo Max Planck-Institute, em Stuttgart, Alemanha. Orientador de 27 doutores e mestres, publicou mais de 111 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais, coordena o LaRC, Laboratório de Revestimentos Cerâmicos na UFSCar, é assessor técnico da Abracolor e é editor chefe da revista Cerâmica Industrial da ABC, além de ter organizado vários eventos e ter atuado em considerável número de projetos com as indústrias cerâmicas brasileiras. É seguramente um dos mais qualificados pesquisadores que o Brasil possui e um observador inigualável para relatar o desenvolvimento dos últimos 20 anos do estágio tecnológico da indústria cerâmica brasileira. 0 Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 Participe do Guia de Compras MUNDO CERÂMICO 2008, e seja o fornecedor preferencial da indústria cerâmica brasileira. É aqui que o ceramista vai encontrar você. 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No que se refere à tecnologia de fabricação, desenvolvemos a via seca brasileira, que desperta interesse do mundo todo por ser um processo que, além de ser mais barato, tanto no tocante aos investimentos iniciais como no custo de produção, é energeticamente mais econômico e usa menos água, dois fatores críticos no mundo todo. MC- Que fatores fizeram com que Espanha e Itália tivessem uma evolução tão veloz e consistente? Prof. Anselmo- A Itália sempre foi tida como a referência mundial, tanto em termos de produtos como de tecnologia. Foi a Espanha que cresceu rapidamente (é hoje, depois da China, o maior produtor mundial) nas últimas décadas e se tornou o centro de referência em áreas estratégicas que sempre foram dominadas pelos italianos. Portanto, creio que temos mais a aprender analisando o que aconteceu com a Espanha. Para responder a essa pergunta, há vários anos convidei o Pedro Riaza, Secretário Geral da Ascer (equivalente à Anfacer, na Espanha), para dar uma palestra em um Congresso Brasileiro de Cerâmica, organizado pela Associação Brasileira de Cerâmica. O fator que ele apontou como principal responsável pela espetacular evolução da Espanha foi a decisão das empresas de renovarem o setor. Note o plural, foram as empresas juntas que decidiram fazer essa renovação. Para isso investiram pe ENTREVISTA sadamente na melhoria das fábricas, e, segundo o Riaza, contrataram um grande número de profissionais especializados de nível médio e superior e não foram miseráveis ao estabelecer os salários e condições de trabalho desses profissionais. Lembro muito bem dessa última parte. Estas mudanças transformaram os empregos nas cerâmicas, que eram tidos como os piores da região e, portanto ficavam sempre para os piores profissionais, nos melhores e mais disputados da região. Portanto, foram a disposição das empresas que investiram e a injeção de sangue novo bem qualificado que permitiram essa evolução da indústria espanhola. Um outro fator importante que o Riaza citou, foram os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, em colaboração com institutos de pesquisa, principalmente com o Instituto de Tecnologia Cerâmica (ITC) da Universidade Jaume I. MC- Há algum modelo que possa ser adotado por nós? Prof. Anselmo- Para mim, esse exemplo dos espanhóis seria o melhor modelo. Entretanto, na Espanha, foram as empresas que decidiram mudar as coisas e, infelizmente, acho pouco provável que as empresas brasileiras tenham atualmente esse grau de integração e até mesmo esse espírito associativo. Infelizmente o que se vê na prática é o “cada um por si”. Além disso, é preciso lembrar que o ITC percorreu um longo caminho até estar pronto para dar a sua contribuição tanto na formação dos recursos humanos especializados, como nos projetos de pesquisa e desenvolvimento que tiraram da Itália a supremacia na área dos colorifícios. Nesse sentido, no Brasil, infelizmente, parece haver uma enorme distância entre os centros de pesquisa e ensino e as necessidades da nossa indústria. E pior, as instituições de fomento, que poderiam mudar isso, vão no sentido oposto e privilegiam para seus investimentos projetos totalmente dissociados das reais necessidades das nossas indústrias. Prova disso é o fato que, se as instituições de fomen to fornecerem uma lista dos nossos principais pesquisadores em cerâmica, estou certo de que eles serão todos ilustres desconhecidos para os profissionais que, de fato, atuam em nossas indústrias e, por outro lado, se pedirmos para esses pesquisadores falarem sobre a realidade da nossa indústria de revestimentos, eles certamente pouco terão a dizer. MC- A divisão via seca, via úmida ajudou o país a se desenvolver? Prof. Anselmo- Em termos de vo- “A via seca brasileira pouco tem a ver com a existente em outros países como a Itália e a Espanha pois foi desenvolvida aqui” lume e capacidade de atender às reais necessidades do mercado interno, sem dúvida, a via seca desempenhou papel fundamental. De um modo geral os revestimentos cerâmicos produzidos no Brasil antes do surgimento da via seca, não refletiam as necessidades da população, pois eram de excelente qualidade e custavam relativamente caro, em comparação à nossa distribuição de renda. Os produtos de via seca vieram abastecer os consumidores de menor poder aquisitivo que, por serem muitos, fizeram com que as empresas utilizando essa rota de fabricação cres- cessem a níveis inacreditáveis, ou seja, havia, por um lado uma enorme demanda reprimida e, por outro, uma total falta de visão estratégica de alguns fabricantes que nunca haviam atentado para isso. Esse crescimento da participação dos produtos de via seca no mercado interno teve um impacto profundo sobre as tradicionais empresas de via úmida, principalmente por que, ao longo dos anos, a qualidade dos produtos de via seca melhorou muito e começou a roubar boa parte do mercado interno dos produtos de via úmida. Nesse cenário, os fabricantes de via úmida, consideravelmente descapitalizados porque demoraram muito a aceitar e reagir a essa nova realidade, se viram obrigados a recorrer cada vez mais às exportações. Infelizmente, com a queda do dólar, mesmo essa alternativa ficou bastante prejudicada e colocou as empresas de via úmida, de um modo geral, em uma posição bastante difícil. O resultado disso foi a evolução do setor. Infelizmente, entretanto, algumas empresas demoraram a perceber MC- A que você atribui esse crescimento espetacular da via seca? Prof. Anselmo- Principalmente ao fato de que os preços desses produtos cabem no bolso da grande maioria da população brasileira, que, diga-se de passagem, é o segundo maior mercado consumidor do mundo, depois da China, com níveis de qualidade plenamente compatíveis com suas expectativas. Nesse sentido cabe lembrar um levantamento do IBGE, de 2000, se não me engano, que mostrava que os 10% mais ricos da população brasileira detém 50% da nossa renda e os 90% restantes, mais pobres, detém os outros 50%! Essa é uma realidade assustadora, entretanto, é a nossa realidade e precisa ser levada em consideração na definição dos produtos a serem produzidos. MC-Você fala a respeito de uma via seca brasileira. Poderia explicar? Prof. Anselmo- Me refiro à via seca brasileira porque ela pouco tem Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico a ver com a existente em outra países como a Itália e Espanha. A via seca brasileira foi desenvolvida para atender às necessidades de se fazer um produto barato utilizando as argilas daqui. Nesse sentido, os pioneiros da via seca brasileira tiveram muita sorte, pois as argilas da região de Santa Gertrudes, da formação Corumbataí, são muito apropriadas a esse processo e permitiram alcançar excelentes índices de produtividade com custos bastante baixos e níveis de qualidade muito acima das expectativas dos estrangeiros que chegavam a duvidar que as peças haviam sido feitas por via seca! MC- O que o ceramista brasileiro ganha se empregar um tecnólogo? Prof. Anselmo- Eu iria mais longe. Eu diria que um dos principais problemas da indústria brasileira de revestimentos cerâmicos é de gestão. Infelizmente a administração da maioria das nossas empresas é familiar e baseada em princípios absolutamente arcaicos, quando comparados a outros segmentos da economia que foram obrigados a profissionalizar e modernizar suas administrações para sobreviver. Em nosso setor, infelizmente, vi muitas vezes decisões importantes serem tomadas pelos próprios donos ou familiares sob a alegação de amizades, fidelidade, tradição, intuição, tino comercial, etc., quando estudos técnicos e econômicos, feitos por profissionais extremamente capacitados à luz de uma série de informações, apontavam em outra direção. Nesse cenário, há relativamente pouco que profissionais capacitados, em todas as áreas, não só as técnicas, podem fazer. Ou seja, primeiro é preciso haver uma mudança de mentalidade de nossos empresários para que depois eles possam se beneficiar devidamente de profissionais mais capacitados. Minha esperança é que essas mudanças ocorram em um futuro próximo. MC- Em que pontos chave o Brasil evoluiu nos últimos 20 anos? Prof. Anselmo- Para mim, o maior Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 avanço foi a geração de uma carteira de produtos que reflete a distribuição de renda do Brasil. Para isso a via seca brasileira teve de ser “inventada”. Um outro fator importante foi a espetacular melhoria da qualidade dos produtos de via seca. Nesse sentido cabe lembrar que os fornecedores de insumos tiveram papel fundamental, pois, junto com os técnicos das nossas indústrias, tiveram de adaptar os insumos desenvolvidos, em sua grande maioria, para a realidade européia, que é muito diferente “Os europeus são muito unidos na hora de fazer o bolo crescer e são como cão e gato na hora de brigar por suas fatias” da nossa. Dentre essas adaptações, por exemplo, lembre-se que os ciclos de queima dos produtos de via seca se aproximam rapidamente dos 20 minutos com a manutenção de bons níveis técnicos dos produtos, condição considerada impossível para os europeus. No que se refere à via úmida, dentro desse novo cenário, os maiores esforços foram voltados para a redução dos custos de produção. Ações essas prejudicadas pela falta de capital para a aquisição de equipamentos mais modernos e a contratação e/ou permanência de profissionais mais capacitados. MC- Em que devemos investir nos próximos 10 anos? Prof. Anselmo- Um dos fatores que mais comprometem o futuro da nossa indústria é a falta de união e de entidades que possam efetivamente traçar metas e ações comuns que representem e tenham a adesão de considerável parte dos nossos industriais. Ações nesse sentido têm sido tentadas, entretanto, elas dependem de uma conscientização dos nossos industriais que, infelizmente, ainda preferem trabalhar, em sua maioria, na base do ‘cada um por si’ somado ao gosto por ‘levar vantagem’. Ou seja, não há união e sem união fica muito difícil estabelecer ações e planos para o setor como um todo. Por outro lado, enquanto o setor não se unir, o custo de qualquer ação fica muito elevado e as possibilidade dos resultados comprometidas. Esse é um grande diferencial da Itália e Espanha. Eles são muito mais unidos na hora de fazer o bolo crescer e são como cão e gato na hora de brigar por suas fatias. Nós só brigamos como cão e gato. Essa realidade não é muito agradável e muito menos conveniente para determinados indivíduos e instituições que insistem em dourar a pílula. Entretanto, acho que essa situação é parecida com a pessoa com depressão que precisa admitir a doença para que possa dar início à cura. Sejamos realistas, por um lado, e por outro, reconheçamos que isso está nos prejudicando e muito. Vamos portanto trabalhar no sentido de mudar essa realidade. Além desse aspecto, como disse anteriormente, temos sérios problemas de gestão que precisam ser atacados imediatamente. Para finalizar, já que são só 10 anos, instituições de pesquisa e desenvolvimento e profissionais capacitados não dão em árvore e isto não se faz do dia para a noite. Se vão ser necessários no futuro, é preciso criar condições agora para que estejam lá quando forem realmente úteis, quando as empresas finalmente saberão o que fazer com eles. Wollastonita e potássio A Energyarc, empresa especializada na importação e distribuição de matérias-primas passa a fornecer também carbonato de potássio, além do carbonato de bário em pó para a indústria cerâmica e de refratários. No entanto, seu principal produto continua sendo a wollastonita Energyarc com malha 325 mesh, de ampla utilização pelas indústrias cerâmicas de pisos, sanitários e mesa, inclusive artesanal. Segundo José Galico, diretor da empresa: ‘’A wollastonita faz com que os esmaltes cerâmicos tenham melhor aderência ao corpo cerâmico, melhorem a resistência da cor e evita a formação de pontos de agulha”. A wollastonita também é utilizada na indústria de refratários para aumentar a resistência mecânica das peças e suportar elevadas temperaturas. Asulcer: otimismo apesar da redução dos números A Asulcer, Associação Sul Brasileira da Indústria de Cerâmica, para Revestimento, apresentou os dados referentes ao segundo trimestre de 2007. Nele consta que houve uma redução de 4,7% na produção total do segundo trimestre do ano passado para este ano. Já para o mercado externo as vendas sofreram redução de quase 13% na comparação entre os mesmos períodos. Porém, para o mercado interno as vendas tiveram crescimento de 4%. Para Cláudio Ávila da Silva, presidente da Asulcer, a redução de vendas no exterior é consequência da queda do dólar, e os empresários do setor estão focando o mercado interno. A pesquisa ainda aponta que houve um incremento em 8% nas vendas de porcelanato, enquanto que a produção de piso, parede e fachada teve redução média de 7,4%. “Esperamos que no próximo ano o crescimento chegue à parte dos acabamentos e aqueça a produção e venda de revestimentos cerâmicos”, declara Ávila, que está otimista para o segundo semestre deste ano. Cursos de bricolagem na Leroy Merlin A Leroy Merlin, em parceria com 30 fornecedores nacionais, vai promover cursos de hora em hora em todas as lojas do país, entre os dias 2 e 15 de novembro. Os cursos serão realizados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e também no Distrito Federal. A duração será de 45 minutos à 1h45min, e abordará temas dos mais variados, indo des- de aplicação de papel de parede e renovação de banheiros até economia de energia e limpeza e manutenção de pisos e porcelanatos. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em qualquer loja da rede, como também no site www.leroymerlin.com.br ou no telefone (11) 5506-1144. Durante os eventos, a Leroy Merlin colocará a disposição produtos com ofertas especiais. Prêmio por desempenho em exportações Prêmio ADVB Top Exportação No dia 16 de agosto, a Colorminas, empresa do Grupo SC Holding, recebeu o prêmio Top Exportação ADVB 2007, na categoria Perfil Exportador, no Centro de Eventos do Itajaí Shopping, na cidade de Itajaí, SC. A empresa iniciou suas exportações em 2001, ano em que vendia matérias-primas somente para a Argentina. Hoje, os 10 % dedicados à exportação atingem outros países da América Latina, como Bolívia, Uruguai, México, Peru e Colômbia. A empresa afirma que não precisou modificar seus produtos que são adaptados para a realidade produtiva de cada cliente. A mudança foi feita nas embalagens, para que estas suportem longas viagens terrestres e marítimas. Segundo a Colorminas, a exportação é importante, ao dar uma maior segurança em suas operações bem como proteção em relação a eventuais variações cambiais. Feira nova de cerâmica vermelha no Paraná A primeira edição da Expocer, Feira de Fornecedores para a Indústria Cerâmica no Paraná, realizada pela Montebello Eventos e Sindicer Paraná aconteceu em Curitiba, entre 27 a 29 de julho, no Pavilhão de Exposições São Pedro no Umbará. Em relação a apoios, a Expocer teve o patrocínio da Federação das Indústrias do Paraná – Siste- ma FIEP, Sebrae-PR, Mineropar e Marombas Gelenski. A feira contou com a participação de 37 expositores, entre eles prestadores de serviços, fabricantes de maquinários, instituições financeiras, organizações certificadoras e laboratórios universitários. A Expocer terá sua segunda edição de 29 de Maio a 1 de Junho de 2008, no mesmo local. Apex-Brasil lança Missão Empresarial para Big 5 A Apex-Brasil lançou em conjunto com a Câmara de Comércio ÁrabeBrasileira, em 20 de setembro, a Missão Empresarial para The Big 5 Show, em Dubai, Emirados Árabes, visando o mercado de construção civil dos países do Golfo Arábico, que tem crescido a uma taxa média de 11,6% ao ano. Cerca de 80 empresários brasileiros do setor da construção civil receberam informações sobre investimentos dos setores públicos e privados no Kuwait, 10 Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 Catar e Emirados Árabes Unidos, além de dados sobre as principais obras em andamento e projetos em desenvolvimento na região. Em 2006, 28 empresas brasileiras exportaram cerca de US$ 17 milhões para a região.A participação na missão é limitada a 50 empresários. As inscrições para a missão vão até o dia 08 de outubro, no Departamento de Marketing da CCAB (e-mail [email protected] ou pelos telefones (11) 3147-4070 / 71 / 72). Programa SER A Portobello Shop, rede de franquias especializadas em revestimentos cerâmicos da Cerâmica Portobello, organiza através do seu programa SER – Sistema de Especificação e Relacionamento, um encontro de arquitetos que foi realizado em São Paulo, dia 21 de setembro, no Buffet Torres. O objetivo do Programa SER, que está em sua 3a edição e possui 14 mil arquitetos cadastrados, é estreitar o relacionamento destes profissionais, que hoje representam 65% das vendas da empresa. No encontro foram eleitos os 95 profissionais que mais se destacaram em cada loja. A Portobello Shop contou ainda com a presença de 500 pessoas, sendo 350 arquitetos de oitenta cidades do país. Visita do Japão A Nitori, empresa japonesa de varejo de cama, mesa e banho, com mais de 150 lojas no Japão, esteve durante 5 dias em nosso país em julho passado. Com o objetivo de comprar produtos de cerâmica, principalmente louças de mesa, os empresários nipônicos foram recebidos por Roberto Zullino, secretário executivo da ABC, Associação Brasileira de Cerâmica e também visitaram a Gift Fair. No dias seguintes puderam conhecer a Porcelana Schimidt e a Porcelana Pozzani. Segundo a Nitori, a visita foi feita para conhecer melhor as potencialidades nacionais em questões como matériasprimas e mercadorias, que possam servir como fonte para o mercado japonês. 11 Solarium nordeste A Solarium Revestimentos inaugura sua quinta unidade fabril em Recife, no nordeste, cuja a meta é dobrar a participação da empresa na região que é de 5%. O local tem mil m2 e terá uma capacidade produtiva mensal de 10 mil peças, igual à matriz em Porto Alegre. Segundo Ana Cristina de Souza Gomes, presidente da Solarium, a nova unidade já recebeu um investimento em infra-estrutura de R$ 600 mil, e a produção deve aumentar em 10% até 2010, passando para 110 mil peças por mês. “Escolhemos Recife por estar melhor posicionada junto às demais capitais nordestinas, podendo tanto atender Salvador como o Maranhão. Nuova Fima tem novo diretor financeiro Bartolomeo Vultaggio é o novo diretor financeiro do grupo Nuova Fima. Com 39 anos tem 15 anos de experiência Vultagio: novo CFO em gerência financeira. Após iniciar sua carreira na Ernst & Young e ganhar experiência em outras grandes empresas de auditoria, ele mudou-se para a Arthur Andersen. Ali trabalhou em um grande número de projetos com empresas tais como a Star Alimentari e a Fiat. Em seu último trabalho Vultaggio passou 5 anos como diretor financeiro para a International Paper Italia S.p.A., empresa com 600 empregados e faturamento de 200 milhões de euros. Em seu último ano mudou-se para trabalhar como auditor interno do European Papers division em Bruxelas. Stefano Mele, CEO da Nuova Fima comentou: “ Eu acredito que a experiência e conhecimento de Bartolomeo serão cruciais para consolidar a organização financeira de todo nosso grupo”. Villagres também aposta no porcelanato Como parte de sua nova estratégia de aproximação dos clientes, a Villagres, traz uma série de lançamentos. Um dos destaques da empresa é possuir um portfólio variado que oferece um projeto completo de decoração. Dessa forma, o cliente tem a opção de adquirir revestimentos, complementos e acabamentos em combinações personalizadas para o seu projeto arquitetônico. A Cerâmica Buschinelli Ltda., fundada em 1930, atua com as marcas Villagres, Lineart e sua coligada Studio Marmo em nichos específicos de mercado de todo o Brasil, optando por uma estratégia de negócio com ênfase na qualidade de seus produtos. Hoje a produção da empresa está em 550 mil m2 /mês, com duas unidades fabris e 480 funcionários. No mercado internacional exporta 15% da produção para EUA, Austrália, México e países do Mercosul e América Central. A empresa investiu cerca de 20 milhões de reais até 2007 na modernização do parque industrial, o que aumentará o mix de produtos. A Villagres projeta para o segundo semestre de 2007 o início da produção de porcelanato esmaltado, com a recente aquisição de duas novas prensas e possibilidade de criar formatos mais nobres, já que o mercado aponta a tendência de rápida popularização desse produto. Livro para ceramistas técnicos e amadores O “ Nosso livro de Cerâmica”, 94 pgs., editado por Caio e Paschoal Giardullo e Urames Pires dos Santos é dirigido a artistas cerâmicos, mas não exclui os leigos no assunto. Segundo os autores a necessidade de se levar aos artistas plásticos e artesãos, os conceitos básicos e fundamentais da tecnologia na área da cerâmica, para que a sua manifestação cultural possa crescer, fez com que reformulassem os artigos técnicos já publicados na Revista Mão na Massa, ouvíssem ceramistas experientes, e juntamente com suas próprias experiências no setor compusessem a obra. Neste livro, abordam as sete principais áreas da cerâmica artística: as Matérias-primas, a Preparação das massas cerâmicas, a Conformação das peças, a Secagem, a Queima, os Esmaltes e a Decoração. Ao final a publicação busca orientar artesões de um atelier e as normas de segurança recomendáveis. O livro também visa o leigo: “Recomendamos para pessoas sem conhecimentos técnico, como também para alunos de faculdades”, diz Caio Giardullo, ressaltando que o livro não traz uma fórmula ou um passo-a-passo. Os autores pretendem editar em 2008 versões específicas abordando temas como fabricação de fornos, esmaltes, entre outros. Anicer leva grupo para a Batimat, França Após ter organizado delegações para as maiores feiras internacionais de máquinas e equipamentos para a indústria cerâmica, Tecnargilla em 2004 e Ceramitec em 2006, no próximo mês de novembro a Anicer, em conjunto com seus Sindicatos e Associações de todo o Brasil, levará uma delegação de associados para a Batimat 2007, em Paris, França, considerada o maior e mais importante evento da construção civil mundial. A ser realizada entre os dias 5 e 10 de novembro, conforme a programação de viagem, a Batimat ocupará uma área de mais de 220 mil metros quadrados, divididos em 11 áreas distintas (mais detalhes na pg.16). Em sua última edição participaram perto de 2700 expositores de 49 países e mais de 400 mil visitantes de 141 países. No dia 8 de novembro, quinta-feira, serão realizadas visitas técnicas a cerâmicas francesas fabricantes de blocos e telhas cerâmicas, partindo e retornando para o hotel da delegação. Para atender à delegação a Associação realizou uma licitação entre agências com experiência em viagens à Paris. Foi contratada a Françatur Operadora, do Rio de Janeiro, RJ. Fornos FBP Fruto da atualização funcional e estética de seus fornos, a Sacmi, desenvolveu produtos com economia energética e redução de resíduos. Assim a empresa lança uma nova gama de fornos bicanal FBP que apresentam características de funcionalidade e desempenho. Toda a carpintaria foi projetada para tornar as manutenções mais rápidas e aumentar o desempenho pneumático na queima. Em especial, na zona dos rolos, foram eliminados os tubos de sustentação da estrutura facilitando a troca dos mesmos. Também é possível obter o aproveitamento da zona de resfriamento (150°C) para alimentar os queimadores com economia de combustível em torno de 6%. O objetivo é permitir o uso como se fossem dois fornos com gestões individuais. Artista cerâmica brasileira no exterior A artista plástica Rosa Pinc traduz todo o seu conhecimento em pintura, desenho e formas no uso da cerâmica. O envolvimento com o universo das artes plásticas começou na década de 80, com a gravura em metal, mas Rosa sentiu necessidade de experimentar outro tipo 12 de suporte e, por uma amiga, foi apresentada à cerâmica, fazendo dela a sua mais forte expressão. “A cerâmica evidencia as peculiaridades de cada época e isso fica claro quando pensamos nas pesquisas arqueológicas feitas com base em utensílios utilizados no passado”, explica. Em 2004, foi convidada pela Câmara de Comércio Brasileira para expor suas peças na Feira Internacional de Montpellier, que recebeu artistas brasileiros para o Ano do Brasil na França. Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 13 Itália nos EUA De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA de 2006, a indústria italiana de cerâmica manteve sua liderança. As importações italianas têm um volume total de 61.4 milhões de m2, 19.4% do total das vendas americanas. Embora 4.1% menos do que 2005, estão 6 pontos percentuais na frente do segundo maior exportador, a América Central. Em termos de valor foram 820,4 milhões (aumento de 1.7%), de placas italianas que representaram 42.8% do total das importações. O aumento do preço médio é resultado do euro forte face ao dólar nos recentes meses, mas também um sinal de qualidade, inovação e status da cerâmica italiana. 14 Idealle visa consumidor exigente, de baixa renda De olho no consumidor que deseja um produto de bom preço com qualidade e beleza, a Cecafi lança a marca Idealle, que combina qualidade, preço e design moderno utilizando esmaltes nobres. Segundo o gerente comercial da empresa, Vanderlei Caetano de Casto: “Com investimento e tecnologia, conseguimos oferecer ao consumidor mais exigente um produto que reúne qualidade e sofisticação por um preço bastante acessível”, explica. Outro diferencial é o fato de oferecer uma linha de produtos retificados, que apresentam um visual mais nobre e requintado, permitindo sua aplicação com juntas menores. A linha, desenvolvida por Celso Gomes, contará também com uma linha de mosaicos de sua empresa Livre Revestimentos. Idealle chega ao mercado, através de seus 40 representantes, com 65 produtos entre pisos e revestimentos. Assopiastrelle agora é Cofindustria Ceramica A Assopiastrelle, Associação Italiana dos Produtores de Revestimentos Cerâmicos e Refratários, atende agora desde o começo do ano pelo nome Cofindustria Ceramica, a Associação Italiana de Cerâmica. O mote foi criar uma entidade com maior abrangência que agora abriga também os setores de cerâmica decorativa e louça sanitária. Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 15 EVENTOS CERSAIE 2007 de 02 a 06 de outubro Bolonha, Itália www.cersaie.com A maior feira de cerâmica do mundo promete muitas novidades na apresentação de produtos e inovações tecnológicas. O grupo brasileiro já é bastante tradicional neste eventos. SURFACES 2008 de 29 de janeiro a 1 de fevereiro Las Vegas, Estados Unidos www.surfaces2008.com O evento já virou referência para o mercado de distribuidores americanos e a cada edição vem atraindo mais a indústria de cerâmica. No Sands Expo & Convention Center, terá também programa de palestras. REVESTIR 2008 de 11 a 14 de Março São Paulo, SP www.exporevestir.com.br A feira brasileira destinada aos revestimentos cerâmicos e rochas conquistou outros tipos de revestimentos como laminados, madeiras e parte, em sua sexta edição, para a consolidação definitiva. BATIMAT 2007 de 05 a 10 de novembro Paris, França www.batimat.com A maior feira de construção do mundo, da Reed Exhibitions tem uma área de 225 mil m2 com 2.700 expositores em 11 pavilhões de exposição, cada em deles com um setor da construção civil. Recebe mais de 400 mil visitantes, sendo que 80 mil provenientes de 141 países. CEVISAMA 2008 de 5 a 9 de fevereiro Valencia, Espanha http://cevisama.feriavalencia.com Esta é a segunda mais importante feira para o grupo brasileiro visitar. Cobre todos os aspectos do revestimento cerâmico. Neste ano a Cevisama comemora 26 anos, antecedendo a Qualicer 2008 que vai acontecer entre os dias 10 e 13 de Fevereiro na cidade de Castellón de La Plana. FEICON BATIMAT 2008 de 8 a 12 de abril São Paulo, SP www.feicon.com.br A Alcântara Machado e a Reed Exhibitions prometem um dos maiores eventos do setor da construção da América Latina. Um dos destaques da Feicon é o setor de cerâmica vermelha, que na edição passada atraiu setores governamentais para a construção civil. BIG 5 2007 De 25 a 29 de novembro Dubai, Emirados Árabes Unidos www.thebig5exhibition.com Realizada em Dubai, a BIG 5 é a maior feira de construção do Oriente Médio com a presença de mais de 2.000 empresas de 67 países. QUALICER 2008 De 10 a 13 de fevereiro Castellón, Espanha www.qualicer.org O evento, realizado de dois em dois anos, é referência para os ceramistas que querem ficar a par das novidades de equipamentos e materiais. COVERINGS 2008 de 29 de abril a 2 de maio Orlando, Estados Unidos www.coverings.com Um ano depois, a Coverings,, volta a ser realizada na cidade de Orlando, no Orange County Convention Center. São esperados 37.00 visitantes. S MENTO FEIRA STI E REVE D L A ACION INTERN nto e v e r o O mai stimentos e v e na r i t e a d L rica é m A da edição 4 1 1 1 rço ma ter o Cen p x E a sil méric o • Bra l u Transa a P São info .br tir.com reves @expo Promoção www.anfacer.org.br 5 89 755 (11) 32 etor s o d vitrine l a p i c adoras v o A prin n i uções l o s e iais cios Mater ó g e n es de d a d i n u Oport tes com a b e d ias e c n ê d Ten diais n u m s expert Apoio Eventos conjuntos www.apexbrasil.com.br www.exporevestir.com.br colorifícios Colorindo a cerâmica Colorifícios e cerâmicas às vezes parecem estar em cantos opostos, fato até compreensível. Mas é vital para a sobrevivência de ambos a construção de uma agenda comum e a valorização de seu produto de subsistência De grande importância para a indústria cerâmica, os colorifícios, estão cada vez mais próximos. Materiais como esmaltes, engobes, fritas, corantes e pastas serigráficas são agentes que fazem parte do acabamento final de um revestimento cerâmico, ao serem determinantes, até, em questões como design. Aspecto esse privilegiado pelas empresas de cerâmica que buscam sempre alcançar um diferencial em seus produtos, tendo em vista um melhor posicionamento no mercado interno e externo, no qual o Brasil está à procura de uma melhor consolidação. O Brasil conta com 25 colorifícios, sendo que 11 destes fazem parte da Abracolor, Associação Brasileira de Colorifícios, entidade fundada em 1999, e com sede em Campinas, SP. As empresas associadas da Abracolor respondem por 85% da produção nacional do setor, que tem como meta alavancar o desenvolvimento de seus associados através de uma maior representação perante os órgãos públicos, e de uma maior união das empresas que fazem parte desse mercado. Segundo Amândio Araújo, vice-presidente da Abracolor, a indústria nacional de colorifícios produziu, em 2006, 320 mil toneladas de fritas, compostos e corantes, 26,6 mil toneladas mensais, que contabilizaram R$ 420 18 milhões no ano. As empresas associadas à Abracolor representam 70% da produção nacional, com uma receita, em 2006, de R$ 280 milhões. Os associados da Abracolor responderam no ano passado pelo fornecimento de 192 mil toneladas de fritas, 3,6 mil toneladas de corantes e 40 mil toneladas de pastas serigráficas e granilhas. Estes números indicam um declínio da produção em comparação à 2005, quando os associados da Abracolor responderam por 268 mil toneladas de fritas, 3,2 mil toneladas de corantes e 31 mil toneladas de pastas serigráficas e granilhas. Esta queda, segundo Araújo, deveuse a diversos fatores, entre eles à saída de um associado. Mesmo assim a indústria nunca esteve tão junto aos colorifícios no desenvolvimento de seus produtos para enfrentar os mercados nacional e internacional. Tecnologia Com uma grande presença no mercado internacional, Itália e Espanha são hoje os vanguardistas do setor, ao investirem principalmente em pesquisa e tecnologia. Conseqüentemente, empresas desses dois países são quem determinam modas e tendências, pois segundo Celso Joaquim de Oliveira, gerente indus- trial da Villagres, a grande concorrência é o que impulsiona um maior avanço tecnológico por parte desses colorifícios. Para que as empresas brasileiras, do setor, cheguem no patamar dos concorrentes espanhóis e italianos, a conciliação entre investimento e união tem quer ser o lema para José Zimmermann Jr, diretor de operações da Cecrisa Portinari. “Os investimentos de forma cooperativa, o aperfeiçoamento em conjunto de novas técnicas de produção, os incentivos governamentais e a criação de centros de pesquisa e desenvolvimento, igual aos “clusters” cerâmicos espanhóis e italianos, reduzem drasticamente os custos e os resultados de desenvolvimento tecnológico caminham sempre na vanguarda”, conclui. Essas são as recomendações de boa parte das empresas cerâmicas, para que a indústria brasileira possa sair da sombra das ‘potências’ européias e também para que possamos deixar de importar a transferência de tecnologia vinda desses dois países líderes no fornecimento de insumos para esmaltes, corantes e produtos auxiliares, que são, em grande parte, vinculados com um efeito estético ou técnico diferenciado. E esses por sua vez associados com novos equipamentos. Mas qual a opinião das empresas nacionais de colorifícios Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico em relação à transferência tecnológica? A verdade é que existe uma unanimidade sobre o assunto, no que diz respeito à importância das feiras internacionais. “Através das feiras internacionais do setor, se observam as grandes vantagens que as novas técnicas apresentam e nosso departamento técnico adapta as condições de nossas matérias-primas e parque fabril’’, diz Ilbo Geremias Formentin da Vidrados BS de Içara, SC. Já a Ferro Enamel, possui um centro de pesquisa e aplicação de novos produtos na Espanha, cujo nome é Central Lab. Francisco Bortoni, da Ferro Enamel Brasil, ressalta que a escolha pelo país das touradas devese ao fato dos espanhóis analisarem o cenário cerâmico de forma global, porém buscando atender as necessidades particulares dos diferentes países onde atua. Diante desta macro necessidade, a alta direção determina as prioridades, investimentos e estratégias para cada país. A Ferro Enamel, empresa sediada nos Estados Unidos, possui filiais em 20 países e vende seus materiais para 100 países. A empresa conta com 6.800 empregados. Com uma ampla rede, colorifícios como Ferro Enamel, fazem uso de intercâmbios como uma forma de agilizar e reproduzir conhecimento no setor que é cada vez mais dependente das novas tecnologias. Desafios A questão de acompanhar a indústria cerâmica tendo em vista o mercado interno e principalmente o externo, é a principal reivindicação das cerâmicas. Para que esse acompanhamento possa acontecer é necessário uma atualização tecnológica, segundo Zimmermann Jr. da Cecrisa Portinari, que informa a importância de se buscar a vanguarda em ciência dos materiais (ramo da ciência que estuda propriedades, estrutura, performance, formas de caracterização e processamento). Outra questão levantada foi a da atualização das tendências, que deve ser alcançada através de uma comunicaMundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 ção e atualização rápidas em relação às tipologias, cores e aplicações de produtos nos países sede: “A informação é fundamental para fortalecer as decisões que serão tomadas com relação à novos produtos, o elo pode ser fortalecido com os colorifícios, que se acomodaram muito neste aspecto nos últimos anos, dando espaço inclusive aos fabricantes de equipamentos avançarem, ofertando soluções para o incremento de novas tipologias e por conseqüência novos produtos”, explica Gilmar Menegon, gerente industrial da Ceusa. Por sua vez, Otmar Josef Müller, diretor industrial da Eliane, diz que os desafios dos colorifícios para atenderem adequadamente a indústria cerâmica caem na questão da dosagem de oferta. Müeller explica que na Revestir 2006 as empresas apresentaram linhas de produtos muito parecidas, sinalizadas como tendências. “Isso mostrou a fragilidade das empresas frente a forte influência que os colorifícios possuem’’, conclui Müller, que alerta para a necessidade de diminuir problemas relacionados com patologias. Gláuber Recco, diretor industrial da Moliza, lembra que os colorifícios precisam ajudar a indústria cerâmica, já que após o porcelanato, não conseguiu desenvolver e mostrar para os consumidores produtos inovadores, que não alcançam a indústria plástica, eletrônica e cosmética. Segundo Celso Joaquim, da Villagres, falta prática tecnológica: “Na minha opinião, tanto os colorifícios como as empresas não dominam o processo de fabricação como os italianos e os espanhóis. Há vários casos de lindos e inovadores protótipos que viram verdadeiros ‘rascunhos’ por não conseguirmos reproduzí-los. Não basta ter equipamentos de última geração e desenhos, ou peças italianas”, diz ele. Por sua vez, João Celso, da Batistella, acredita que deve existir uma cultura de venda de serviço que, segundo ele, implica no pósvenda colaborativo, que pode ajudar na elaboração de catálogos e estratégia de vendas de revestimentos. Por outro lado, os colorifícios têm o desafio interno de recuperar as margens de lucratividade dos produtos, que podem ser obtidos através de um ganho de escala de produção ou por incremento de preços. No cenário externo, os colorifícios buscam ajustes nos processos internos de produção em níveis internacionais. Bortoni, da Ferro Enamel, culpa a alta carga tributária brasileira, e também a revalorização do real frente à moedas como o dólar e o euro. Já Formentin, da Vidrados BS, recomenda um melhor serviço por parte dos fornecedores de matérias-primas que, segundo ele, possuem um baixo controle de qualidade, por causa da exigência do mercado por preços baixos. Desenvolvimento A busca pelo desenvolvimento na maioria das cerâmicas, passa inevitavelmente também pela influência dos colorifícios, como cita Menegon, da Ceusa, ao afirmar que não se pode abrir mão da participação dos colorifícios, pois estes possuem informações que auxiliam o desenvolvimento dos produtos, já que participam nos principais pólos produtores mundiais de cerâmica de revestimentos, fato que não ocorre com as principais empresas cerâmicas nacionais. Mas, grandes nomes nacionais como a Eliane, contam com a ajuda dos colorifícios devido à quantidade de fábricas com distância considerável entre elas. Por isso, as cerâmicas contam com o auxílio dos colorifícios no processo de desenvolvimento, tendo como meta uma maior rapidez, que segundo Müller faz com que a empresa reduza o prazo de realização dos projetos. Para João Celso, gerente industrial da Batistella, a atuação dos colorifícios pode influenciar diversos departamentos de uma empresa como marketing, técnico, de engenharia e manutenção, exportação e vendas. Devido à influência dos colorifícios, a indústria está sujeita a enfrentar o “fantasma’’ da pasteurização, ou seja, as empresas podem produzir produtos parecidos, o que ocasiona 19 colorifícios a famosa guerra dos preços. Para grande parte da indústria a receita é simples. É necessário a existência de uma equipe interna de pesquisa e desenvolvimento para dar uma ‘personalidade’ para as linhas de produtos, como sugere Jovani Fernandes, diretor industrial da Gyotoku. Fernandes também concorda que a semelhança dos produtos é algo difícil de ser mudado: “Imaginando que cerca de 10 colorifícios tenham que desenvolver Müller: linhas parecidas mostram a fragilidade das empresas face a colorifícios 20 produtos para todos os fabricantes, acreditamos ser muito difícil ter criatividade e recursos suficientes a ponto de desenvolver produtos personalizados, para todo este universo’’, conclui. Já na Cecrisa Portinari, cerca de 80% das coleções lançadas pela empresa são oriundas de desenvolvimentos internos, utilizando as matérias-primas dos colorifícios. O 20% restantes são desenvolvidos por estes fornecedores sob orientação dos profissionais da Cecrisa, conforme informa Zimmermann. Mas quem são os culpados pela semelhança dos produtos? Para Edson Roberto Viana, diretor industrial da Lanzi, a pasteurização é conseqüência do aumento da produção nacional, a falta de estúdios nacionais especializados na criação de novos produtos e a inexistência de uma remuneração justa pelos produtos cerâmicos. Por sua vez, Nilton Torres de Bastos Filho, diretor industrial da Portobello, afirma que este é um problema que não atinge as cerâmicas Araújo: as empresas associadas à Abracolor representam 70% do mercado preocupadas com inovação, “Sempre haverá espaço para criar algo distinto que gere, aos olhos do cliente, um diferencial’’, enfatiza. Remuneração Quando o assunto é remuneração do investimento por parte dos colorifícios, as empresas devem se atualizar. “Atualmente existe uma super oferta de fritas no mercado. Sendo Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 21 colorifícios Fernandes: é muito difícil desenvolver produtos personalizados para todos assim, o investimento para se iniciar um novo negócio fica muito mais barato, pois não é necessário para os novos ‘players’ um grande investimento, visto que os produtores de fritas e corantes, se propõem a comercializar com seus próprios competidores e o resultado é este que estamos assistindo, o famoso tiro no pé”, diz Bortoni, que explica a situação confortável dos colorifícios que não possuem sua própria produção de fritas. A atual remuneração dos colorifícios para Luiz Cláudio Faustini, diretor comercial da Esmalglass, deriva da atual situação do mercado: “A situação do mercado não é simples e isto se deve a diversos fatores, entre eles, a entrada de novos concorrentes. Porém não podemos nos acomodar e assimilar esta concorrência, devemos sim, concentrar nossos esforços em inovação, design, serviços diferenciados e assistência técnica de qualidade, para continuarmos sendo reconhecidos pelo setor 22 cerâmico, crescendo e tornando o investimento viável’’, conclui. Por sua vez, os ceramistas afirmam que os colorifícios vão bem, principalmente aqueles que investem fortemente em tecnologia, “Os colorifícios que investem fortemente em tecnologia apresentam uma rentabilidade muito acima da média setorial, pois o mercado reconhece e paga por um produto diferenciado na sua tecnologia de produção e na apresentação estética’’, afirma José Zimmermann, diretor de operações da Cecrisa Portinari, que possui opinião parecida com a do gerente industrial Celso Joaquim da Villagres, que afirma que a rentabilidade dos colorifícios não é baixa, pois segundo Joaquim, “eles nunca vão para a falência ou concordata”. Apesar da situação dos colorifícios ser boa, sob a ótica dos ceramistas, estes últimos afirmam que a grande concorrência existente no mercado cerâmico, que é três vezes mais competitivo do que o dos colorifícios, segundo João Celso, da Batistella, é responsável pelas reclamações dos principais fornecedores da indústria cerâmica. Opinião parecida tem Gilmar Menegon, gerente industrial da Ceusa, que responsabiliza o excesso de oferta e a forte concorrência asiática. Por sua vez, Otmar Müller solidariza-se e culpa também as cerâmicas pelas reclamações dos colorifícios, “Os colorifícios apenas sentem as conseqüências dos nossos insucessos. A cada reajuste de preço há um reflexo imediato na quantidade consumida para os colorifícios Zimmermann: toda nossa produção é orientada internamente quando, para nós fabricantes, há muita oferta. Portanto, a dificuldade para repassar preços é semelhante à nossa. O sacrifício das margens tem sido, infelizmente, uma ação tomada por todos. Dessa forma, reconhecemos a dificuldade vivenciada pelos colorifícios, assim como entendemos que chegaram num equilíbrio dos custos difícil de ser sustentado’’, conclui Müller. Marca Brasil e Norma Sobre a conquista de uma futura ‘Marca Brasil’, que retrate toda riqueza cultural de nossa terra, os colorifícios estão otimistas. Eles afirmam que é necessário uma maior união que traga um padrão que seja identificado e reconhecido mundialmente, como diz Faustini, da Esmalglass. Ele considera a inovação em texturas e complementos, ferramentas necessárias para a conquista de tal objetivo. Outra recomendação vem de Francis- Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 23 colorifícios Menegon: como o Brasil vai combater algo que ele mesmo avaliza? co Bortoni, ao sugerir uma relação de benefício, “A maior dificuldade que vejo nesse posicionamento do mercado nacional é construir uma relação de benefício, respeito e fidelidade entre os fabricantes nacionais de cerâmica Faustini: inovação em texturas e complementos para reconhecimento mundial e suas entidades de classe’’, finaliza. Em tempos de ‘invasão chinesa’, os colorifícios acreditam que uma norma 24 que fiscalize os porcelanatos, principalmente vindos do ‘gigante asiático’ podem ajudar principalmente o consumidor. Faustini, da Esmalglass, afirma ainda que normas reguladoras serão benéficas pois podem aumentar a competitividade dos produtos nacionais e desestimular eventuais importações oportunistas. Já Bortoni, possui opinião parecida com as cerâmicas ao explicar que normas podem ser, segundo ele, apenas um pequeno fato inibidor para alguns importadores. Alguns ceramistas acreditam que as normas técnicas não são a única salvação, como diz Zimmermann da Cecrisa Portinari: “Uma norma técnica em si não é uma barreira à entrada de produtos de determinado país. Na China como em todo o mundo existem fabricantes com um bom nível tecnológico e de produto. Defendemos a idéia da qualificação da importação em todos os seus âmbitos. Os produtos provenientes de qualquer país que entram em nosso mercado devem ser qualificados no aspecto técnico, mas também é necessário que sejam tomadas medidas de padronização e regulação desse mercado no âmbito governamental internacional. Embora a China seja afiliada à OMC, ela não está observando regras de comércio internacional no que se refere à segurança dos locais de trabalho e proteção ambiental’’, conclui Zimmermann. Ainda sobre a importação do produto chinês, outros se mostram frustrados, como Menegon, da Ceusa, que se diz inconformado com o aval que as indústrias cerâmicas es- Viana: faltam estúdios nacionais especializados e remuneração adequada tão dando aos produtores chineses quando elas próprias comercializam o porcelanato técnico. “É lamentável este tipo de postura, pois temos que lutar pelos interesses do setor e mais uma vez, os interesses particulares se Joaquim: lindos e inovadores protótipos viram verdadeiros ‘rascunhos’ sobressaem. Pergunto: Como a cerâmica brasileira vai combater algo que ela mesma comercializa?”, conclui o gerente industrial da Ceusa. Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 25 colorifícios Informe técnico TORRECID CONSEGUE A PATENTE DAS TINTAS PIGMENTADAS PARA IMPRESSÃO DIGITAL A patente, solicitada anteriormente à apresentação da tecnologia InkCid na Cevisama 2005, pela qual recebeu o Premio Alfa de Ouro concedido pela Sociedade Espanhola de Cerâmica e Vidro, superou com êxito todos os tramites requeridos e foi concedida definitivamente no mês de julho de 2007. Com esta patente se concretiza a novidade mundial das tintas desenvolvidas, ficando protegidas frente à possíveis cópias que se pretendam introduzir no mercado. apresenta numerosas vantagens de produto, processo e gestão, que superam as limitações das técnicas que vinham sendo empregadas até o momento. Entre essas vantagens, cabe destacar a extraordinária definição, a qualidade de imagem, a obtenção de um número ilimitado de peças diferentes, a decoração das bordas das peças e nos baixo-relevos, a adequação das necessidades de fornecimento com as de produção e a rapidez no desenvolvimento de novos modelos. As tintas pigmentadas, objeto da patente, abrangem qualquer tonalidade e fica incluída no projeto global de decoração digital, InkCid, desenvolvido pela Torrecid e que já supõe uma “revolução” dentro do setor cerâmico no pouco tempo de implementação. Esta tecnologia Todas essas facilidades abrem novos campos de aplicação da cerâmica, facilitando uma estreita colaboração, inclusive via internet, de especificadores como arquitetos, decoradores, consumidores finais e outros que podem participar diretamente no dese- 26 nho e fabricação de produtos que atendem mercados de maior valor agregado, que podem ocupar novos espaços e superf ícies, como fachadas, tetos e demais espaços. Na realidade, se trata de uma solução definitiva à decoração de revestimento cerâmicos no geral e supõe a “revolução” que o setor necessitava. Graças a esta “revolução”, o setor cerâmico está pronto para competir com grande vantagem frente a outros materiais tais como a pedra natural, o mármore, o vidro, a madeira, o vinil, etc., uma vez que as possibilidades estéticas e técnicas conseguidas com os produtos cerâmicos aportam um valor agregado muito superior ao destes outros materiais. Atualmente, mais de 40 empresas, das maiores do setor cerâmico mundial, estão trabalhando com esta tecnologia de maneira contínua, com confiança total e colhendo grandes êxitos comerciais com o produto que foi desenvolvido. Tanto é assim que muitas destas empresas, que na atualidade já contam com duas ou três máquinas, não duvidam em ampliar seu número de unidades. Durante a próxima Feria da Cersaie, que ocorrerá no mês de outubro na Itália, as empresas líderes do setor apresentarão um grande número de tendências e produtos que somente se podem conseguir com esta tecnologia. Até então, são numerosas as empresas que dia-adia demonstram seu interesse pela mesma e se prevê para depois da Feira uma projeção exponencial na implementação desta tecnologia. Todo isto mostra como Torrecid, uma empresa globalizada é mais uma vez líder no I+D+i (Investiga Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 ção+Desenvolvimento+inovação) mundial, dando um salto espetacular com uma verdadeira inovação de ruptura. Nesta linha, um claro exemplo de como Torrecid se encontra na vanguarda na hora de marcar tendências dentro do setor cerâmico, tem sido sua participação no ato da apresentação do projeto organizado pelo Círculo de Moda para definir as Tendências Outono – Inverno 2008/2009, que teve lugar no Muvim (Museu Valenciano da Ilustração e da Modernidade). Trata-se de uma iniciativa com a qual se pretende agilizar as respostas que dão os setores empresariais e profissionais do desenho das novas demandas de mercados vanguardistas, utilizando a moda como um valor diferenciado para que nos tornemos mais competitivos. A Torrecid apresentou peças cerâmicas decoradas com InkCid, todas elas diferentes e com uma definição e qualidade de imagem que não se pode alcançar com as tecnologias de decoração habituais, criando um ambiente em que se demonstrava como se pode associar moda e tecnologia para satisfazer as necessidades do mercado. Em definitivo, esta patente representa a conclusão da grande tarefa de investigação realizada pela equipe de Torrecid e mostra uma vez mais a contínua atitude inovadora da empresa, assim como sua capacidade de antecipar-se à mudança para oferecer a seus clientes maior valor agregado, tal como está evidenciado em sua Missão: “Alcançar e consolidar a liderança mundial em inovação de produto, processo e serviço para proporcionar a seus clientes as melhores vantagens competitivas”. Informações de responsabilidade do departamento técnico da Torrecid Brasil. 27 EXPORTAÇÕES A importação dos EUA de cerâmica em 2006, por região geográfica e tipologia em milhões de m2 REGIÃO Os portos americanos Levantamento feito por Antonio Liguori da consultoria D.Grosser & Associates de Nova York, a partir dos dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos revelam as forças e fraquezas dos vários ‘players’ naquele mercado Sudeste TIPOLOGIA ITÁLIA BRASIL CHINA ESPANHA TURQUIA INDONÉSIA TOTAL 6 PAÍSES* Esmaltado 15876 20648 7482 13546 3308 1866 62726 1951 70 120 370 25 67 2603 34 34 156 9 6 0 239 11202 2518 14644 4165 899 4875 38303 1466 33 319 225 1 326 2370 39 2 386 5 0 30 462 8263 4072 1897 4266 2577 780 21855 963 16 29 23 19 7 1057 20 16 10 3 30 159 238 Esmaltado 8378 8169 3087 4049 866 230 24779 Não esmaltado 2465 8 50 17 37 6 2583 21 5 5 5 0 28 64 5209 801 1351 1404 1056 530 10351 970 3 26 22 15 0 1036 4 0 40 0 3 0 47 4530 3579 2589 4053 370 176 15297 61391 39974 32191 32162 9212 9080 184010 Não esmaltado Mosaico Esmaltado Oeste Não esmaltado Mosaico Esmaltado Nordeste Não esmaltado Mosaico por Antonio Liguori – D. Grosser and Associates, Ltd. New York Sul Mosaico Esmaltado CentroNão esmaltado Norte Mosaico Os dados fornecidos pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos relativos ao desembarque nos portos ofereceu um quadro de quais são as maiores áreas de consumo de cerâmica nos Estados Unidos. Devido aos elevados custos de transporte terrestre, na maior parte dos casos, é inviável transportar os revestimentos cerâmicos por mais de 250 a 300 milhas; uma regra que não se aplica aos revestimentos provenientes do México via ferrovia, transportados por distâncias ainda maiores. A análise aqui feita se refere aos sete maiores exportadores de revestimentos para os Estados Unidos (Itália, México, Brasil, China, Espanha, Turquia e Indonésia), que representam cerca de 90% do total das importações norte-americanas de revestimentos em 2006. As áreas de consumo As maiores áreas geográficas de importação de revestimentos dos Estados Unidos são o Sudeste, cujos 28 Portos por país portos principais são Miami e Savannah, e o Oeste, cujos maiores portos são Los Angeles e São Francisco. A parte restante do território norte-americano pode ser dividida em três áreas geográficas remanescentes: Nordeste (portos principais: Nova York e Boston), Sul (Houston e Nova Orleans) e Centro-norte (Detroit e Chicago). As principais áreas de consumo são a costa ocidental (e em particular o estado da Califórnia), Flórida e Geórgia (respectivamente com os portos de Miami e Savannah) e o Estado de Nova York – Nova Jersey – Connecticut e Texas. Estes estados representam as maiores áreas de consumo não só devido à presença dos maiores portos norteamericanos, mas também porque é justamente nestas regiões que estão localizadas as maiores áreas metropolitanas dos Estados Unidos. Em 2006, cerca de 60% da cerâmica italiana foi alfandegada em quatro portos: Los Angeles (11,0 milhões de metros quadrados), Houston (10,1 milhões m2), Nova York (8,3 milhões m2) e Miami (7,2 milhões m2). A região na qual foi alfandegado o maior percentual de cerâmica italiana foi o Sudeste com 17,9 milhões m2 (29% das exportações italianas de cerâmica aos EUA). O México, que exportou 42 milhões m2, diferentemente dos demais fornecedores dos EUA, efetua a maior parte das próprias exportações por trem, os distritos aduaneiros em que são alfandegados os revestimentos mexicanos são Laredo e El Paso, respectivamente com 30,6 milhões m2 e 9,3 milhões m2. Os principais portos de alfândega para os revestimentos provenientes do Brasil, que em 2006 alcançaram 40 milhões de m2, foram Miami com 11,9 milhões de m2 (29,7% das exportações brasileiras) e Houston com 7,6 milhões m2. Para a China (32,2 milhões de m2 em 2006) o principal porto é Los AnAgosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Outros Portos Total 6 países* Fonte: Elaborado por D. Grosser &Associates a partir dos dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. * A importação proveniente dos 6 países exportadores presentes na tabela representa 72,5% do total da importação norte-americana de cerâmica. Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 29 100 EXPORTAÇÕES geles (13,5 milhões m2), seguido por Savannah, Miami e Houston. Miami representou o principal porto para a cerâmica espanhola com 9,8 milhões de m2 (em queda comparados aos 11 milhões de m2 em 2005); a parte restante das exportações espanholas, que foi de 32,2 milhões m2 em 2006, foi desembarcada nos portos de Los Angeles, Nova York, Porto Rico e Houston. Os revestimentos provenientes da Turquia em 2006 (9,2 milhões de m2), vieram principalmente na região Sudeste e Nordeste, que representaram 36% e 29% das exportações turcas de cerâmica. Para a Indonésia, bem como para a China, a principal área de exportações foi o Oeste americano, na qual foram alfandegados 58% dos revestimentos da Indonésia (5,2 milhões m2 dos 9,1 milhões m2 totais). Os 4 principais portos Em 2006, os portos que receberam as maiores quantidades de revesti- 95 mentos dos principais países fornecedores foram Los Angeles, Miami, Houston e Nova York. No porto de Los Angeles foram alfandegados 36,2 milhões de m2 de revestimentos cerâmicos, dos quais 37% chineses e 30% italianos. Ao porto de Miami chegaram 33,0 milhões de m2 dos quais 36% do Brasil, 30 % da Espanha e 22% da Itália. Houston e Nova York registraram 24,2 milhões de m2 e 21,0 milhões de m2. Em ambos portos cerca de 40% foi proveniente da Itália. Importação por tipologia Os revestimentos importados no mercado norte-americano são divididas em oito categorias aduaneiras, reagrupadas em três tipologias: revestimentos esmaltados, revestimentos não esmaltados e mosaicos cerâmicos. Em primeiro lugar vêm os revestimentos esmaltados, adquiridos em quantidades nitidamente superiores em relação às outras tipologias. Em 2006, a Itália, principalmente via portos de Los Angeles, Houston, Nova York e Miami, foi o primeiro país fornecedor de cerâmica esmaltada e não esmaltada, enquanto que o México foi o principal exportador para os Estados Unidos de mosaicos (a quase totalidade através do distinto aduaneiro de Laredo). Como notado por todos os principais exportadores de revestimentos, a cerâmica esmaltada representou em média 95% das exportações para os EUA; o único país para o qual os revestimentos não esmaltados representam um percentual superior à média é a Itália (15%), e isto é devido à grande quantidade de porcelanato técnico exportado para os EUA, tipologia pela qual a Itália se vangloria de ter uma liderança inconteste. 75 25 5 0 [email protected] Matéria publicada em CER, il giornale della Ceramica, edição março/abril 2007 - pgs 40-41 A Eurotech projeta e fabrica fornos Intermitentes (FAST JET) e Túneis, usando a mais moderna tecnologia em QUEIMA RÁPIDA, para: � Porcelana Fina � Louça de mesa � Cerâmica Decorativa e Artística � Louça Sanitária � Telhas e lajotas � Refratários � Porcelana Técnica � Isoladores Elétricos � Rolos e Esferas de Alta Alumina (1600ºC) 100 95 75 25 5 30 Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico 0 � Ciclos de queima mais rápidos � Custos de produção reduzidos � Melhoria de qualidade no produto � Maior flexibilidade � Investimento com retorno mais rápido Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 EUROTECH DO BRASIL LTDA. Br 277 - Km 117 - nº 3073 Cep 83601-361 - Campo Largo - PR Brasil - Tel/ Fax: (41) 3392 4025/ 3393 2208 [email protected] 31 encontro Ceramistas em Minas Gerais Anicer realiza seu 36º Encontro na capital mineira e reúne ceramistas de todo o Brasil, ávidos por debater e encontrar soluções para seus mais aflitivos problemas, como mineração, tecnologia e mercado Com aproximadamente 1.800 par- as Clínicas Tecnológicas Senai/Ani- rio central do Expominas e teve disticipantes e visitantes, o 36º Encontro cer e as Visitas Técnicas. A edição cursos do presidente da Anicer, Luis Nacional da Indústria de Cerâmica contou ainda com a Expoanicer e o Carlos Barbosa Lima, do presidente Vermelha aconteceu entre 21 e 24 de Prêmio João-de-Barro 2007. do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto, agosto, paralelamente ao Minascon, do presidente da Fiemg, Robson Brano Expominas, em Belo Horizonte, Abertura ga de Andrade e do presidente da CâMG. O evento foi uma iniciativa da mara da Indústria da Construção da Anicer e contou com o apoio do SinA Solenidade de Abertura do 36º Fiemg, Teodomiro Diniz Camargo. dicer/MG, do Sindicato das Indús- Encontro, dia 21 de agosto, reuniu Foi apresentado o vídeo institucional trias de Cerâmica e Olaria do Triân- mais de seiscentas pessoas no auditó- da Anicer, que mostrou as particularidades e a importância gulo e Alto Paranaíba, da da indústria de cerâmiAssociação dos Ceramisca vermelha brasileira. tas de Monte Carmelo e O momento também da Associação Comercial, registrou a entrega Industrial, Agropecuária dos títulos de sócio e Serviços de Igaratinga. benemérito para NelA programação contou son Ely Filho e César com o Fórum “A qualidaVergílio Oliveira Gonde como ferramenta para o çalves, ex-presidentes crescimento sustentável”, da Anicer. Luis Lima, o 5º Encontro Nacional presidente da Anicer, dos Laboratórios de Cerâdestacou o setor como mica Vermelha do Senai, grande fornecedor o 3º Encontro Nacional de para a cadeia da consRepresentantes do Sebrae trução civil e ressaltou para Cerâmica Vermelha, Solenidade de abertura em 21 de agosto de 2007, no Expominas 32 Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico a importância do evento, que anualmente congrega os ceramistas de diversas regiões para momentos de qualificação e negócios. Coube a Amyr Klink a palestra muito esperada para encerrar a noite. Na apresentação, o navegador comentou a necessidade de Estande da Anicer: muita movimentação durante todo o evento superar obstáculos e de empreender sempre. Ele também ocasião teve formato inovador e permostrou em detalhes o planejamento mitiu debate ainda maior. Abaixo os de suas viagens e as percepções de resumos das palestras ministradas. vida obtidas em suas aventuras. Painel I Fórum Meio Ambiente e Mineração A representação da indústria em Em dois dias, o Fórum “A Quali- fóruns ambientais - Maria Luiza dade como ferramenta para o cresci- Werneck dos Santos, CNI mento sustentável”, contou com 300 A palestrante mostrou a atuação participantes e 16 apresentações de institucional da indústria nos conprofissionais de todo o País, que mos- selhos e foros ambientais, como traram novas leituras sobre a susten- o Conama, Conselho Nacional tabilidade dentro da indústria de ce- do Meio Ambiente, e indicou os râmica vermelha. Na edição 2007, a pontos a serem aperfeiçoados para maior participação das empresas no processo de construção do posicionamento do setor produtivo, em relação aos diversos temas da área ambiental. Indústria Cerâmica: Reflexões sobre melhorias e oportunidades sustentáveis - Ângelo José Rodrigues Lima, ONG WWF Brasil Aloisio e Collado: curso básico Foi apresentado o contexto atual, Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 em que os seres humanos devem ter uma postura pró-positiva e ativa em relação à interferência no ambiente. Também destacou que os homens integram o ambiente e, por isso, são afetados pelas mudanças causadas. Trouxe ainda iniciativas de sucesso e destacou ações das cerâmicas para minimizar os impactos ambientais. As implicações e os desafios para a indústria de Cerâmica Vermelha - César Vergílio Oliveira Gonçalves, Anicer Temas como a visão errônea que muitos têm sobre a mineração, as leis e os organismos fiscalizadores fizeram parte desta apresentação, que conscientizou o ceramista sobre seu papel como minerador e o seu dever constitucional de recuperar as áreas extraídas. Menasce, Amyr Klink e Nelson Ely 33 encontro A visão jurídica da mineração Maria Luiza Werneck dos Santos, CNI A palestra destacou a extração das substâncias minerais de acordo com a legislação brasileira, sobretudo na Constituição da República, e a relação com o meio-ambiente. Também abordou a Resolução Conama 369/06, que conferiu diferenciação gratuita à areia, argila, saibro e cascalho, em relação às outras substâncias minerais. Painel II Qualidade e Competitividade Os PSQs como ferramentas de competitividade - Carlos André Fois Lanna, Cerâmica Selecta, e Edvaldo Costa Maia, Anicer Os Programas Setoriais da Qualidade de Blocos e Telhas Cerâmicos são importantes ferramentas para o alcance da conformidade dos produtos diante de um exigente mercado consumidor. Nesta apresentação, foram mostrados os diferenciais competitivos que ocorrem nos produtos, nos processos e na gestão da empre- Senai: braço direito da cerâmica vermelha sa ao fazer a adesão à iniciativa. Do ensino à qualificação e à certificação na cerâmica vermelha Silvia Helena Carabolante, Senai/SP Clínicas: participantes interessados O Senai tem gestão que alinha os serviços técnicos e tecnológicos com a educação profissional. Assim, mantém-se articulado com a indústria brasileira e seus atores, e acompanha a evolução da certificação na cerâmica vermelha. Para isso, a Escola Senai Mario Amato realiza ensaios em laboratório acreditado pelo Inmetro e adota ferramentas para a formação de técnicos. Os avanços da certificação Inmetro no setor - Maria Luiza Salomé, CCB Foi apresentada a evolução da cerâmica vermelha nos processos de certificação, desde o início, em 2001, para produtos até a chegada da ISO 9001, em 2006. Também foram mostrados programas de qualidades de outros segmentos e as vantagens obtidas com o procedimento pelas empresas, pelos consumidores e pelo País. Apoio do BNDES às Micro, Pequenas e Médias Empresas – Carlos David Guevara A palestra abordou a missão e atu- Simone da Morandotti Brasil ação do BNDES, destacando as principais formas de financiamento destinadas à indústria de cerâmica através das operações diretas e indiretas disponíveis. Por exemplo, as operações diretas, as empresas da indústria de cerâmica têm possibilidades de financiamento a empreendimentos, apoio à inovação. Painel III Gestão, Saúde e Responsabilidade Social A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas: um novo tempo para os pequenos negócios – André Silva Spínola, Sebrae Nacional A Lei prevê tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido às empresas do segmento, com o objetivo de promover a sua competitividade. Trata-se de um importante instrumento para o país, na estratégia de geração de emprego, na distribuição de renda, na inclusão social, na redução da informalidade, no incentivo à inovação tecnológica e no fortalecimento da economia. As mudanças na NR 10 e o impacto na indústria de cerâmica vermelha – Clóvis Barbosa Siqueira, Sesi A NR 10 é uma Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, voltada para a prevenção de riscos relacionados à eletricidade. Foram abordados os perigos à saúde Monte Carmelo: certificação dos trabalhadores que interagem com instalações elétricas e como o empresário pode atuar visando controlar estes riscos e garantir a segurança e a saúde dos seus funcionários. Práticas de sucesso na vacinação - Paulo Soares de Azevedo, ANAMT/AMB Entre as dez maiores descobertas da medicina neste último milênio, a vacina está em 4º lugar. Antes das vacinas, a média de idade do homem era de 40 anos e agora é de 70 anos. A apresentação destacou que este é o procedimento que agrega maior va- Perrupato e o novo sistema para encaixe fácil de manilhas utilizando um anel o’ring, além de manilhas gigantes que podem ser utilizadas em obras de saneamento com vantagens sobre outros produtos 34 Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 35 encontro trazer benefícios para a comunidade em que foi criada. Colodete da Verdés recebe clientes lor a vida, já que cada vacina aumenta a proteção da coletividade. Projeto Morrinho, uma proposta de inserção social brasileira Fábio Gavião e José Carlos Pereira, ONG Morrinho O Morrinho é uma gigante maquete a céu aberto feita com tijolos (blocos cerâmicos) quebrados ao meio e restos de madeira por crianças da comunidade do Pereirão, no Rio de Janeiro, que inventaram a brincadeira para se afastar da violência. A iniciativa já foi elogiada por críticos de arte em todo o mundo e se tornou ONG, em 2005, com o intuito de 36 Painel IV Novos Combustíveis, Eficiência Energética e a Utilização de Biomassa Os desafios da cerâmica vermelha frente às dificuldades energéticas – Luis Carlos Barbosa Lima, Anicer A apresentação mostrou as ações dos fabricantes de blocos, telhas e tubos para alcançar novos horizontes na busca por combustíveis que abasteçam os fornos. Destacou ainda o cenário atual e as possíveis soluções, colocando a busca por energia dentro do contexto de desenvolvimento sustentável. Aumento da produtividade com o uso eficiente da energia - Ricardo Wargas de Faria, Sebrae/RJ As pequenas indústrias de cerâmica vermelha vêm passando por uma série de transformações em seus processos produtivos bastante pressionadas pelas questões energéticas e ambientais. Na apresentação, foi demonstrado o uso eficiente da energia como prática para garantir a sustentabilidade da empresa em um mercado cada vez mais competitivo. O Programa Procel e o estímulo à Eficiência Energética na Indústria – Roberto Piffer, Procel/Eletrobrás A apresentação destacou a implementação do Programa Nacional de Eficiência Energética com dois pilares: ações para médias e grandes indústrias focadas em sistemas motrizes e na pequena indústria com a parceria do Sebrae. edição 2007 das Clínicas TecnoA biomassa e as mudanças clilógicas, Emerson Marcos Dias, máticas - Marcos Freitas, Copee/ assessor técnico e de qualidade da UFRJ Anicer, apresentou os controles de Cerca de 45% da energia produprocessos e os programas de quazida no Brasil provêm de fontes lidade. Os laboratórios do Senai renováveis sendo que a biomassa congregaram vinte profissionais. provê 28% do consumo primário O evento reuniu técnicos de dide energia. A imensa superfície versas partes do país para a troca do território nacional, quase toda de experiências e a elaboração de localizada em regiões tropicais e estratégias conjuntas. O trabalho chuvosas, oferece um excelente CCB certificou várias cerâmicas no 36º Encontro também delineou ações para reslocal para a produção de biomassa ponder com eficiência as demanem larga escala para uso energético. os Programas de Qualidade. Na pri- das da construção civil e atender meira Clínica, Maura Núcia Franco, as empresas do setor cerâmico que Clínicas e laboratórios professora do Senai/PI, destacou os buscam a melhoria contínua de seus primeiros passos para a produção produtos e processos. As manhãs do Encontro Nacional das peças cerâmicas. Já a segunda foram voltadas para a qualificação apresentação teve como foco a conPróximo evento técnica e gerencial através das Clí- formação do produto cerâmico e foi nicas Tecnológicas Senai/Anicer que ministrada por Amando Alves de No último dia do encontro 250 contaram com 260 participantes. A Oliveira, professor da Escola Senai participantes realizaram as visitas programação foi dividida em quatro Mario Amato. Os temas da terceira técnicas às cerâmicas Marbeth/ Grumomentos que abordaram: Extração apresentação foram secagem e quei- po Braúnas e Setelagoana. Agora é e Preparação de Massa; Conforma- ma dos produtos cerâmicos através aguardar o 37º Encontro da Anicer já ção do Produto Cerâmico; Secagem de palestra ministrada por Oscar Ru- marcado para a semana de 15 de see Queima; e Controles de Processo e bem Klegues Montedo. Fechando a tembro de 2008 em Salvador, BA. Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 Man: prensa rotativa para o Brasil 37 CONGRESSO Fazendo diferente O II Congresso da Indústria Cerâmica de Revestimentos busca uma identidade própria focada na busca de temas que sejam de real interesse do seu público-alvo que são os profissionais que atuam nas indústrias cerâmicas Anselmo O. Boschi é assessor técnico da Abracolor Toda a ação deve ter por objetivo produzir uma mudança para melhor. Nesse contexto entende-se por ação desde uma reunião com um pequeno grupo de pessoas, a atuação sobre o processo produtivo, um projeto de pesquisa, a publicação de uma revista, uma palestra, um congresso, etc. No que se refere ao setor cerâmico e, mais especificamente os congressos tradicionais vol- II Congresso será realizado de 22 a 26 de outubro 2007 tados para esse setor, de um modo geral, infelizmente, a rea- Cerâmica de Revestimento em 2006 lidade é que eles não são agentes de fazer um congresso diferente. Um mudança e muito pouco contribuem congresso que representasse de fato para o desenvolvimento do setor. uma contribuição para o desenvolviAnalisando criticamente nossos mento do setor de revestimentos cecongressos, nota-se que a seleção râmicos, nos moldes do exposto na dos trabalhos praticamente não tem abertura deste artigo. Assim, estabeum objetivo claro e não leva em con- leceu-se que o objetivo do congresso sideração os interesses do público seria contribuir para o aprimoramenalvo. Ou seja, os congressos atuais to e atualização dos profissionais que privilegiam quem quer falar e rara- atuam no setor e as palestras foram mente se preocupam em verificar, escolhidas com base nos interesses dentro o público alvo, quantos que- do público alvo, que neste caso, por rem ouvir o que os que quem querem se tratar de um “Congresso da Indúsfalar têm a dizer. Como uma conse- tria”, eram os profissionais que atuqüência dessa formatação os con- am no setor produtivo. gressos tradicionais tem muitas salas Assim, de 23 a 27 de outubro de praticamente vazias e contribuem 2006, na sede da Aspacer, em Santa muito pouco para o desenvolvimen- Gertrudes, foi realizado o I Congresto do setor. so da Indústria Cerâmica de RevesNesse contexto a Aspacer em timento. parceria com a Abracolor, buscou, O número de participantes, aproxiatravés do I Congresso da Indústria madamente 2.000, superou em muito as expectativas. Entretanto, esse fato por si só não é um bom indicador do sucesso do evento. A avaliação real deveria ser baseada no grau de satisfação dos participantes, levando-se em consideração o objetivo do evento. Nesse sentido, se as palestras em um determinado período não tivessem atingido seus objetivos, os presentes voltariam para as fábricas contando isso e o número de presentes cairia ao longo dos três dias de congresso. O que se viu foi que, a cada período, a cada novo dia, tínhamos cada vez mais participantes. Essas evidências de fato indicam que o evento foi um sucesso. Além disso, nas conversas durante e após o evento, todos os comentários sobre a contribuição do congresso foram extremamente elogiosos, inclusive com várias sugestões de melhorias para as próximas edições. 38 Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico II Congresso da Indústria Cerâmica de Revestimento Será realizado de 22 a 26 de outubro de 2007 na sede da Aspacer, em Santa Gertrudes o II Congresso que continua sendo uma realização da Aspacer e Abracolor. A formatação geral será a mesma da primeira edição, 3 dias com palestras de 25 minutos sobre todos os temas relacioMundo Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 39 CONGRESSO • Título vimento de produtos, • Autores entre outros. • Apresentador Mais informações • Empresa / Instituição sobre o evento poderão ser encontradas no • Resumo (até 300 palavras)’ site da Aspacer (www. • E-mail, telefones (inclusive aspacer.com.br), que celular) e fax, para contato trará as últimas inA Comissão Organizadora inforformações sobre o mará o aceite, ou não, até 15/10. mesmo, ou através da Sugestões, comentários, etc. são Ana Lúcia Brandão, muito bem vindo e também podem tel (19)3545 1145. ser enviados para o mesmo e-mail. Os que I Congresso: palestra precursora sobre porcelanato quisenados ao setor. Os objetivos também rem submeter trabacontinuam os mesmos e a seleção lhos, poderão fazêdos trabalhos obedecerá aos mesmos lo através do e-mail critérios. Como novidade esta segun- iicongressoindrc@ da edição deverá contar com alguns gmail.com (sem o mini-cursos sobre temas de grande tradicional “.br” no relevância para os profissionais que final) ou entrando atuam no setor. Dentre os temas que em contato com a estão sendo considerados para os Ana Lúcia, na Asmini-cursos estão: acordo massa-es- pacer até 07/10. As malte, reologia de sistemas argilo- submissões deverão sos, esmaltes e tintas, colorimetria trazer as seguintes I Congresso: questões sobre comércio exterior e variação de tonalidade, desenvol- informações: 40 Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico Junho/Julho 2006 2007 Mundo Cerâmico - Agosto - Setembro 1 41 Seminários Revista ShowRoom edição 62-2007 Sexta-feira 5 de outubro, 10h30min Azulejos, pisos e sanitários de cerâmica: as fronteiras da investigação Tendo em vista, um maior intercâmbio comercial, tecnológico e cultural, o Centro Cerâmico de Bologna, em cooperação com a Confindustria Ceramica, a Cersaie terá um intenso calendário de seminários técnico-científicos, que serão realizados na área do Centro de Serviços. Os temas são os seguintes: Quarta-feira 3 de outubro, 10h:30min O seminário pretende dar uma visão atualizada de todos os documentos de referência e traçar as linhas de tendência na evolução normativa, constituindo um momento de intercâmbio de opiniões e experiências. A mais aguardada feira de cerâmica deve apresentar este ano muitas novidades, principalmente em porcelanatos esmaltados e técnicos, que ditarão a moda cerâmica de todo o planeta em 2008 42 principalmente da Ásia que compareceu com 2.552 visitantes. Outros continentes e regiões também marcaram forte presença, como a América do Norte, com 947 visitantes, o Oriente Médio, com 937 visitantes, e a América Latina com 775 visitantes. Esses números mostram que a Cersaie é um ponto-de-encontro para fornecedores e fabricantes de cular para arquitetos e designers, que terão a oportunidade de trocar opiniões e discutir as diferentes necessidades sobre o tema. Sábado 6 de outubro, 10h00min Quinta-feira 4 de outubro, 10h:30min Padrões da telha cerâmica na perspectiva do colocador: das especificações técnicas até a qualiOs Sanitários de cerâmica: nor- dade da telha mas internacionais e marcado CE Abordará temas como caracterís- cerâmica que querem acompanhar as tendências que o mundo irá seguir no próximo ano. Com área de160 mil metros quadrados, a Cersaie irá receber as grandes empresas mundiais de revestimentos cerâmicos, ferramentas de colocação, equipamentos para cerâmica e publicações especializadas, entre elas a Tile Brasil, Mundo Cerâmico e ShowRoom. Agosto - Setembro 2007 - ShowRoom Sexta-feira 5 de outubro, 15h00min Placas cerâmicas e eficiência Azulejos e pisos de cerâmica: a de energia nas edificações marca CE dois anos depois O seminário é indicado em parti- Estado de arte em cerâmica A Cersaie, maior feira especializada em cerâmica do mundo, será realizada em Bolonha, Itália, de 2 a 6 de outubro. Para sua 25a edição os organizadores esperam superar o número de visitantes, em relação à edição anterior, que recebeu mais de 90 mil profissionais. Em 2006 por volta de 25 mil pessoas vieram de fora da Itália, dos quatro cantos do planeta, O seminário pretende apresentar e discutir os objetivos, as linhas estratégicas, os recursos destacados e as previsíveis repercussões, em que se concentram os esforços conjuntos da indústria e das estruturas de investigação, no âmbito dos programas nacionais e internacionais de apoio a investigação, como o VII Programa Marco da União Européia. O seminário analisará a situação atual, dará uma visão geral das próximas normas aplicáveis e discutirá as implicações comerciais e técnicas desta marca no setor dos sanitários de cerâmica. ShowRoom - Agosto - Setembro 2007 ticas dimensionais, características mecânicas de volume e as características mecânicas e químicas das superfícies. O seminário terá apresentação de análises críticas e dados de casos específicos. 43 CERSAIE EM NÚMEROS - VISITANTES E EXPOSITORES Total de expositores PRESENÇA BRASILEIRA NA CERSAIE 2007 1.061 Revestimentos 531 Banheiro 380 Materiais e ferramentas 59 Matérias-primas e equipamentos 24 Revistas especializadas e serviços 67 Expositores italianos 850 Expositores estrangeiros (32 países) 211 Na 25a edição da maior feira italiana do setor, o Brasil será representado por cinco empresas: Cecrisa Portinari, Eliane, Ceusa, Gyotoku e Portobello. Uma a menos, já que na edição passada a Incepa esteve presente. O porcelanato será o foco da Cerâmica Eliane, que vai apresentar na feira italiana três linhas. A primeira delas é a ‘Contemporânea’, inspirada no conceito urbano com predominância das aparências metalizadas e cimentadas, esta linha virá em sete cores. Por sua vez, a coleção de porcelanato ‘Matéria’, é inspirada na aparência dos metais oxidados, e Fonte: Cersaie 2006 SETTORI ESPOSITIVI Piastrelle di ceramica Bicottura - Clinker - Cotto - Gres porcellanato Gres rosso - Monocottura chiara - Monocottura rossa - Mosaico - Battiscopa, listelli, tozzetti, altri pezzi speciali - Frangisole e grigliati in ceramica - Pezzi speciali per piscine - Tegole ceramicate - Pareti ventilate - Pavimenti sopraelevati 2 - 6 OTTOBRE 2007 Apparecchiature igienico-sanitarie Apparecchi igienico-sanitari - Cabine doccia - Vasche da bagno e idromassaggio Rubinetteria sanitaria - Termoarredo - Saune Arredamenti per ambiente bagno Complementi ed oggettistica per il bagno - Mobili per bagno - Specchi e specchiere Tende, tappeti e coordinati in genere - Lavelli - Top di marmo, pietre naturali e composite Arredoceramica e Caminetti Caminetti per interni - Stufe in ceramica Cucine piastrellate Ingresso NORD 18 20 19 Editoria tecnica Spedizionieri 44 29 21 45 44 26 22/A Materie prime, attrezzature per prodotti ceramici Supporto (biscotto) - Coloranti, smalti e fondenti - Prodotti per serigrafia, decalcomanie Attrezzature e materiali per la posa e l’esposizione di prodotti ceramici Macchine ed attrezzi - Adesivi, impermeabilizzanti e sigillanti - Prodotti per finiture e per il trattamento delle superfici Mobili espositori, espositori per campionari, arredi per sale mostra 22 25 37 48 42 31 49 32 34 Italianos 64.204 Estrangeiros total 26.141 Estrangeiros por país 35 33 Ingresso COSTITUZIONE Ingresso ALDO MORO Ceusa, Hall 36 estande D16, além de seus porcelanatos e produtos vitrosos, vários complementos Portobello, Hall 16 estande A56-B51, variedade de porcelanatos como madeira, metais e têxteis Gyotoku, Hall 18 estande D12, coleções de porcelanato com os efeitos Chroma 4.483 947 América Latina 775 Ásia Cecrisa/ Portinari, Hall 19 estande C1 apresenta suas novas linhas de porcelanatos esmaltados e técnicos. 15.637 América do Norte Oriente Médio Eliane, Hall 16 estande B61-B66, apresenta seus novos produtos metálicos e a linha Laminum (136 países): Europa (outros países) 36 30 16 90.345 Europa (UE) Ingresso MICHELINO Ingresso CALZONI Total de visitantes é recomendada em lojas comerciais, salas e ambientes integrados. Sua textura possui detalhes em brilho reproduzindo o efeito de lapatura. Por fim, a linha ‘Millenium’ de porcelanato esmaltado terá toques futuristas, que contará com efeitos metalizados em ouro, prata e cobre. A Cerâmica Portinari, que participa desde 1998, terá na Cersaie 2007, um espaço de 96m2 , em que irá divulgar suas novas coleções de porcelanatos, além de três coleções que já foram vistas na última edição da Revestir. Entre as novidades estão as linhas Resin, Revolution, Stellar e Connection. 937 2.552 Oceania 301 África 509 Fonte: Cersaie 2006 Agosto - Setembro 2007 - ShowRoom ShowRoom - Agosto - Setembro 2007 45 Creativitiles A Confindustria Ceramica promoverá, na Cersaie, a exposição Creativitiles que será coordenada pelo Professor Enrico Manelli, diretor da Academia de Belas Artes de Ravena. O objetivo é mostrar o produto cerâmico em âmbitos inexplorados, que demonstram os revestimentos como produtos completos e polivalentes que podem ser usados para compor os mais diversos ambientes. Para isso, serão utilizados produtos cerâmicos que irão recriar o ambiente de famosas obras históricas ao misturar arte, técnica e indústria. Entre as 16 obras, apresentadas em uma área de 600 m2 estarão: O Beijo, de Francesco Hayez, Retrato de Fritza Riedler, 46 de Gustav Klimt, Noite estrelada, de Vincent Van Gogh, A Pérgola, de Silvestro Lega, Emoção, de Ferdinand Hodler, Vênus de Urbino (detalhe), de Tiziano Vecelli, Jeanne Hebuterne, de Amedeo Modigliani, Humo, de Georges Barbier, Natureza morta, de Pierre Auguste Renoir, Soldado de primeira divisão, de Kazimir Malevic. Dirigida a especificadores e projetistas, assim como ao usuário final, esta exposição visa valorizar as aplicações versáteis dos revestimentos cerâmicos ampliando os horizontes e inspirando novos usos deste milenar material nas edificações. A exposição será aberta quartafeira, 3 de outubro às 11h00min. Agosto - Setembro 2007 - ShowRoom ShowRoom - Agosto - Setembro 2007 47 Mercado Cerâmico - Ano 05 - nº 36 Agosto 2007 Máquina de corte Rebolo para retífica Moinho micronizador SUPORT DEC EIRICH A Máquina de corte manual da Suport tem as seguintes características técnicas: Diâmetro do Disco:300mm. Capac id ad e d e Cor te : até 450mm. Potência do Motor: 3 cv. Tensão:220380 v –Trifásico. Rotação do Motor:3.400 rpm. Dimensões :1.150 x 1.10 0 x 1.500 mm. Peso: 150 Kg. É um equipamento utilizado para corte de diversos tipos de produtos como: porcelanato, mármore, vidro e grês. Os rebolos em liga metálica fabricados pela Dec Superabrasivos são ideais para retífica de porcelanato, vitrificado e monoporosa em diversos formatos, apresentando um alto poder de corte, baixo Set-up de máquina com uma excelente relação de custo e benefício. O moinho micronizador MaxxMill é empregado para moagem contínua a seco ou úmido de material granulado obtendo produto fino ou ultra fino. O material é moído em meio a bolas de pequeno diâmetro movimentadas por agitador de alta energia revestido de acordo com a aplicação. Em via seca, a extração é pneumática e, em via úmida, bombeada através de filtro.Sua alta flexibilidade permite atender aplicações específicas Motoredutor Rolo refratário Rebarbador automático SEW Eurodrive rpa SERVITECH A SEW Eurodrive oferece uma linha completa de motoredutores com diversas opções de engrenagens como: helicoidais, helicoidais com eixos paralelos, cônicas, de rosca sem fim, ortogonais e para monovias eletrificadas. Esses equipamentos possuem acabamento ondulado em sua carcaça, um projeto que os distinguem dos demais, alta capacidade de sobrecarga, potência superior admissível e uma grande variedade de construções. Os rolos da RPA proporcionam excelente resistência à deformação, característica essencial para atender a exigência de alinhamento dos pisos nos atuais fornos de alta produtividade. Atenta às inovações tecnológicas, a nova composição 10 4 0 BT fo i d e s e nvo l v i d a especificamente para trabalhar na zona de resfriamento rápido onde os rolos tendem a empenar. Esta nova composição garante o alinhamento das peças nesta região devido à sua distinta característica mineralógica. A Servitech oferece as mais variadas novidades em controle de qualidade e automações para linha de esmaltação e L aboratório. Disponibiliza um de seus mais novos lançamentos para a indústria cerâmica, o Rebarbador Via Seco Automático, que dispensa operador. Este equipamento estará em exposição na Feira Revestir 2007. Acompanhe aqui as novas tecnologias, máquinas, equipamentos, produtos, lançamentos e serviços para estar na vanguarda da indústria Para anunciar: + 55 (11) 3822-4422 [email protected] Antidesgaste Máquina de corte Rolo refratário DURUM FERROVALE INCER Falta de homogeneidade na extrusão, pode ser desgaste da hélice e camisa da maromba. A aplicação de eletrodos e arames tubulares no revestimento de componentes da maromba reduz o desgaste de componentes. A idéia é obter melhor rendimento das hélices e camisas, sem aquecimento excessivo da argila e portanto, um processo de extrusão mais homogêneo Garra, fabricada pela Ferrovale, é uma máquina para o corte de peças em pequenos formatos. Utiliza disco diamantado 0110mm. É compacta e tem excelente controle dimensional. Proporciona qualidade no acabamento, é de fácil operação e tem baixo custo de manutenção. A Incer Morumbi, desenvolveu um Rolo Refratário à base de SiC, para fornos à rolo de alta produtividade, até 165 mts de comprimento e ciclos mais curtos, em que os rolos da zona de resfriamentos tendem a aumentar seu empenamento. Foi desenvolvido um rolo refratário com base SiC, denominado R3,com alta resistência a choque térmico e alta resistência mecânica. Empresas Produto Dec Rebolo Fone Durum Antidesgaste Eirich Moinho micronizador Ferrovale Máquina de corte (48) 3263 2193 Incer Rolo refratário (11) 4531 8000 Fax Home Page e-mail decsuperabrasivos.com.br [email protected] Brasil (11) 4043 2121 (11) 4043 3101 durum.com.br [email protected] Brasil (11) 4619 8900 (11) 4619 8927 eirichbrasil.com.br [email protected] Brasil (48) 3263 2193 ferrovale.com [email protected] Brasil (11) 4702 4800 (11) 4702 4141 [email protected] Brasil [email protected] Brasil incer.com.br RPA Rolo refratário (19) 3861 2656 refratariospaulista. (19) 3861 2060 com.br Sew Eurodrive Motoredutor 0800 7700496 (11) 6480 4618 Servitech Rebarbador automático (48) 3626 0211 (48) 3626 0211 servitech.com.br Suport 48 Máquina de corte País (11) 4531 8001 (48) 3263 5118 (48) 3263 5118 sew-eurodrive.com.br [email protected] suportequipamentos. com.br Brasil [email protected] Brasil comercial@ suportequipamentos.com.br Brasil Agosto - Setembro 2007 - Mercado Cerâmico Mercado Cerâmico - Agosto - Setembro 2007 49 GESTÃO Alternativas para capitalizar a empresa nacional por Renato Bernhoef A queixa constante do empresário nacional que o custo do dinheiro para capital de giro no Brasil é muito elevado procede. Como também é real a voracidade das instituições financeiras e investidores estrangeiros ou nacionais, que continuam interessados no mercado de empresas brasileiras. E neste cenário aquelas de controle e gestão familiar são as “presas” mais cobiçadas e, muitas vezes, as mais interessantes e baratas. Mas, gradativamente, começam a surgir e merecem ser analisadas alternativas de capitalização mais flexíveis, ou até de investimento temporário. Nestas hipóteses é que se enquadram os recursos oriundos dos “private equity” ou “ “venture capital”. Ambos permitem alavancar processos de expansão, internacionalização, liquidez para os sócios e profissionalização, tanto dos acionistas como dos gestores. O que raramente se avalia, ou discute, é que muitos empresários nacionais não possuem liquidez para capitalizar seus negócios porque adotaram por muitos anos uma estratégia patrimonialista. Não agiram como investidor, que procura agregar valor ao seu capital. Paralelamente a esta situação avizinhase, em muitos grupos nacionais, de controle familiar, um processo sucessório que vai pulverizar a participação acionária. Diante deste cenário existem inúmeras alternativas, preventivas, para o empresário nacional capitalizar seu negócio. Elas vão desde desmobilizar recursos próprios até associar-se com algum novo investidor. Para os casos mais graves, onde já se possam antever conflitos entre os herdeiros, quem sabe as soluções possam ser a cisão ou a venda da empresa, antes de ser comprado. 50 É importante lembrar que o uso de capital de terceiros vai exigir algumas mudanças de hábito muito arraigadas nas empresas de capital fechado, ou familiares. Mas elas podem ser positivas. Como por exemplo: Criar mecanismos de prestação de contas e avaliação dos resultados e desempenho da gestão; Profissionalizar os sistemas de governança com a inserção de conselheiros independentes; Educar os familiares para o desempenho do seu papel de acionistas; Desenvolver possibilidades de uma gestão que possa combinar profissionais tanto familiares como não-familiares; Estimular os herdeiros a considerarem que a empresa possa ser um “investimento” e não apenas um lugar para trabalhar no futuro; Reduzir o grau de dependência financeira dos familiares, exclusivamente, dos rendimentos dos negócios. Considerando estas alternativas relaciono algumas questões como pontos para reflexão inicial, e uma posterior decisão: a) Avalie o futuro de seu negócio “Vis-à-vis” com o número de herdeiros e o grau de dependência financeira e profissional dos mesmos em relação à empresa e o capital. Quanto maior o grau de dependência maior o risco futuro. b) Tenha certeza que tanto você quanto seus futuros sócios-herdeiros estão preparados para separar os conceitos de propriedade e gestão dos negócios. Não se iluda imaginando que um organograma de posições na empresa possa resolver futuros conflitos de poder e interesse de ordem financeira. c) Avalie as perspectivas do seu negócio com base no crescimento das oportunidades do mercado. O futuro do seu empreendimento se situa num patamar de grande, médio ou pequeno porte? d) Analise, com bastante cautela, que tipo e origem de recursos a sua empresa necessita. Saiba que no mercado existem inúmeras ofertas. Sócios com visão eminentemente capitalista que procuram um bom retorno para o seu risco. Grupos que oferecem além do capital também tecnologia e capacidade de gestão. Ou ainda recursos oriundos do exterior ou bancos de investimentos. e) Invista longo tempo e interesse no conhecimento mútuo de seu novo sócio, ou investidor, para assegurar-se de que existem algumas afinidades do ponto de vista dos valores, interesses e questões em comum. Mas também discuta as dife- renças. Não esqueça que boa parte da nova relação pode se fortalecer exatamente no conhecimento mútuo e naquilo que cada uma das partes agrega ao conjunto e aos negócios. Uma sociedade não se consolida apenas pelo simples desejo de que “juntos podemos ganhar muito mais dinheiro”. Existem outros pontos que a constroem e que, caso não tratados podem destruir tudo, apesar das oportunidades de lucro. f) Independente da sua decisão – seja associar-se ou venda do controle – procure desenvolver, paralelamente, um planejamento para sua vida futura. A nossa experiência indica que o fato de ter uma noção mais clara do “que vou fazer no dia seguinte”, ajuda muito nas negociações. Saiba que em muitos casos você não está perdendo apenas o controle do seu negócio. Mas também sua identidade frente à comunidade em geral. E nada desagrada mais um fundador do que ser chamado de “ex-empresário”. Isto é bem mais grave que ser vice de algo. Não esqueça que este novo projeto deve envolver, acima de tudo, poder. Nesta altura da vida sua relação com dinheiro já deve estar bem resolvida. Mas abrir mão do poder exige algo que o substitua à altura. g) Avalie também o grau de complexidade que seu negócio terá no futuro e o nível de preparo dos familiares para compreender e administrar estes desafios. E não apenas do ponto de vista tecnológico, mas também no que se refere a capacidade para lidar com conhecimento e relações que envolvem uma visão de investidor-acionista. h) Considere que legado, além do patrimônio, pretende deixar aos seus herdeiros. Investir no preparo de cada um para a vida, seus sonhos e o papel de acionistas pode ser feito através de uma associação com investidores que os afastem da operação dos negócios, mas abrem outras alternativas de realização e melhor qualidade de vida familiar e pessoal. Enfim, estas são apenas algumas idéias. Procure ampliá-las na medida em que estiver envolvido em processos de associações ou venda. Renato Bernhoeft, consultor de empresas é presidente da Bernhoeft Consultoria Societária, que representa o FBCGi - The Family Business Consulting Group International na América Latina [email protected] - www.bernhoeft.com Agosto - Setembro 2007 - Mundo Cerâmico