Lista 2 - Mercantilismo e Absolutismo
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Lista 2 - Mercantilismo e Absolutismo
Lista 2 História – Crise do Feudalismo, Formação dos Estados Nacionais, Absolutismo e Mercantilismo 1. (Uerj 2013) Nos gráficos abaixo, as setas sugerem um conceito fundamental na organização de uma pirâmide social: o da mobilidade, ou seja, do deslocamento de indivíduos ou grupos dentro da pirâmide. No Antigo Regime, a tradição era um dos elementos fundamentais na definição da mobilidade na sociedade estamental. Identifique a forma de mobilidade, vertical ou horizontal, que mais caracterizou a sociedade estamental e explique como ela funcionava no Antigo Regime. 2. (G1 - ifsp 2013) Em 1776, Adam Smith lançou o livro A Riqueza das Nações, que apresenta as bases da economia clássica. Segundo o autor, o crescimento econômico de uma nação depende a) da quantidade de ouro e prata que cada nação tem entesourados. b) do dirigismo econômico feito pelo Estado, pois apenas ao rei cabe conduzir sua nação. c) da natureza, pois terras áridas e clima desfavorável não trarão boas colheitas. d) da produtividade do trabalho, em função de seu grau de especialização. e) do comércio altamente desenvolvido através das companhias de comércio e dos monopólios. 3. (Espcex (Aman) 2013) “Se por um lado o mundo medieval se encerrou em meio à crise, por outro, com o início da expansão marítima e o declínio do feudalismo, afirmou-se uma nova tendência: o capitalismo comercial.” (VICENTINO, 2007) Sobre capitalismo comercial, tendência econômica adotada por alguns Estados Nacionais Europeus da Idade Moderna, pode-se afirmar que a) provocou o êxodo urbano, especialmente na Inglaterra. b) subordinou, definitivamente, a economia urbana aos interesses agrários. c) forçou o surgimento de legislação destinada a organizar e proteger o trabalhador rural. d) monopolizou, já no século XV, nas mãos de empresários, as atividades produtivas urbanas, fazendo desaparecer o artesanato, praticado em oficinas. e) evoluiu para uma crescente separação entre capital e trabalho. 4. (Udesc 2012) Em relação à Formação dos Estados Nacionais Modernos, é correto afirmar. a) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases iniciais para a formação do Estado Nacional Moderno. b) Os Estados se formam sob bases democráticas e não sob as absolutistas. c) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituição Estado Nacional Moderno. d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituição do Estado Nacional Moderno. e) Os burgueses controlavam o exército e cobravam impostos do povo para as cortes. 5. (Uespi 2012) O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações. Os reis do absolutismo: a) encontraram apoio dos papas da Igreja Católica que concordavam, sem problemas, com o autoritarismo dos reis e a existência das riquezas vindas das colônias. b) eram desfavoráveis ao crescimento político da burguesia, pois se aliavam com a nobreza latifundiária e defensora da continuidade de princípios do feudalismo. c) dominaram na Europa moderna, contribuindo para diminuir o poder do papa e reorganizar a economia conforme princípios do mercantilismo. d) fortaleceram as alianças políticas entre grupos da aristocracia europeia que queriam a descentralização administrativa dos governos. e) fizeram pactos com grupos da burguesia, embora fossem aliados da Igreja Católica e concordassem com a teoria do ‘justo-preço’. 6. (Uerj 2012) Leia. Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Deve, todavia, o príncipe fazer-se temer de modo que, se não adquire amizade, evite ser odiado, porque pode muito bem ser ao mesmo tempo temido e não odiado; o que sempre conseguirá desde que respeite os bens dos seus concidadãos e dos seus súditos porque os homens esquecem mais depressa a morte do pai que a perda do patrimônio. Mas quando um príncipe está com os exércitos e tem uma multidão de soldados sob o seu comando, então é de todo necessário que não se importe de passar por cruel; porque sem esta fama não se mantém um exército unido, nem disposto a qualquer feito. O Príncipe, de Nicolau Maquiavel Adaptado de www.arqnet.pt Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu na época do Renascimento. Ele é considerado um dos fundadores do pensamento político moderno e suas ideias serviram de base para a constituição do Absolutismo monárquico. Identifique no texto duas práticas do Absolutismo monárquico. 7. (Fgv 2012) Leia o fragmento. (...) entre os séculos XVII e XVIII ocorreram fatos na França que é preciso recordar. Entre 1660-1680, os poderes comunais são desmantelados; as prerrogativas militares, judiciais e fiscais são revogadas; os privilégios provinciais reduzidos. Durante a época do Cardeal Richelieu (1585-1642) aparece a expressão “razão de Estado”: o Estado tem suas razões próprias, seus objetivos, seus motivos específicos. A monarquia francesa é absoluta, ou pretende sê-lo. Sua autoridade legislativa e executiva e seus poderes impositivos, quase ilimitados, de uma forma geral são aceitos em todo o país. No entanto... sempre há um “no entanto”. Na prática, a monarquia está limitada pelas imunidades, então intocáveis, de que gozam certas classes, corporações e indivíduos; e pela falta de uma fiscalização central dos amplos e heterogêneos corpos de funcionários. Leon Pomer, O surgimento das nações. Apud Adhemar Marques et al, História Moderna através de textos. No contexto apresentado, entre as “imunidades de que gozam certas classes”, é correto considerar a) os camponeses e os pequenos proprietários urbanos eram isentos do pagamento de impostos em épocas de secas ou de guerras de grande porte. b) a burguesia ligada às transações financeiras com os espaços coloniais franceses não estava sujeita ao controle do Estado francês, pois atuava fora da Europa. c) a nobreza das províncias mais distantes de Paris estava desobrigada de defender militarmente a França em conflitos fora do território nacional. d) os grandes banqueiros e comerciantes não precisavam pagar os impostos devido a uma tradição relacionada à formação do Estado francês. e) o privilégio da nobreza que não pagava tributos ao Estado francês, condição que contribuiu para o agravamento das finanças do país na segunda metade do século XVIII. 8. (Ufg 2012) Leia o texto a seguir. É notório que os reis que deixaram boa memória, cada um no seu tempo, buscaram a maneira de acrescentar as suas rendas e fazendas, sem dano e prejuízo dos seus súditos, para sustentar o seu estado real, a boa governança dos seus reinos, bem como a guarda e conservação deles para a conquista e guerra. ARCHIVO GENERAL DE SIMANCAS. Diversos de Castela. Livro 3, fólio 85. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 256. [Adaptado]. Escrito no século XV, o texto é parte de uma instrução régia de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Ele revela, como aspecto característico das monarquias europeias centralizadas, a organização das finanças régias, a) considerando as despesas com a administração dos negócios militares. b) implementando uma política de favorecimento da burguesia emergente. c) estabelecendo uma remuneração à nobreza pelos serviços burocráticos. d) impondo o controle estatal às atividades econômicas privadas. e) justificando a intervenção na economia com base nos princípios de autossuficiência. 9. (Espm 2012) No exame dos aspectos essenciais da economia europeia entre 1480 e 1560, a atenção dos historiadores é imediatamente atraída para o vasto fenômeno que se convencionou chamar ‘revolução dos preços’, fenômeno especialmente notável a partir de 1520. No uso que se faz, habitualmente, dessa expressão ‘revolução dos preços’ não se aplica apenas ao movimento altista dos preços, mas também de uma outra finalidade, mais ou menos explicitamente expressa, de recordar outro grande fenômeno paralelo. (Ruggiero Romano e Arberto Tenenti. História Universal siglo XXI: los fundamentos del mundo moderno) O outro grande fenômeno paralelo mencionado no final do texto foi: a) a chegada ao continente europeu de escravos indígenas; b) a chegada ao continente europeu de especiarias asiáticas; c) a chegada ao continente europeu do açúcar produzido na América; d) a chegada ao continente europeu dos carregamentos de ouro e prata extraídos das minas americanas; e) a chegada ao continente europeu de toneladas de matérias-primas extraídas do continente africano. 10. (Pucsp 2012) “Coube a Portugal a tarefa de encontrar uma forma de utilização econômica das terras americanas que não fosse a fácil extração de metais preciosos. Somente assim seria possível cobrir os gastos de defesa dessas terras. (...) De simples empresa espoliativa e extrativa – idêntica à que na mesma época estava sendo empreendida na costa da África e nas Índias Orientais – a América passa a constituir parte integrante da economia reprodutiva europeia, cuja técnica e capitais a ela se aplicam para criar de forma permanente um fluxo de bens destinados ao mercado europeu”. Celso Furtado. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1971, p. 8. Adaptado. Segundo o texto, a colonização sistemática do território brasileiro por Portugal favoreceu a) a integração da América a uma economia internacionalizada, que tinha a Europa como centro. b) o estabelecimento das feitorias na costa atlântica do Brasil, responsáveis pela extração e pelo comércio de pau-brasil. c) a constituição de forte hegemonia portuguesa sobre o Oceano Atlântico, que persistiu até o século XVIII. d) o início de trocas comerciais regulares e intensas do Brasil com as colônias portuguesas das Índias Orientais. e) a construção de fortalezas no litoral brasileiro, para rechaçar, no século XVI e no XVII, as tentativas de invasões francesas e holandesas. 11. (Espcex (Aman) 2012) Durante o mercantilismo, todos os produtos que chegavam à colônia ou saíam dela tinham que passar pela metrópole, caracterizando assim a) o pacto colonial. b) os Atos de Navegação. c) a corveia. d) o liberalismo econômico. e) a balança comercial favorável. 12. (Ufmg 2012) Leia este trecho: O monopólio do comércio da colônia, portanto, com todos os outros expedientes mesquinhos e malignos do sistema mercantilista, deprime a indústria de todos os outros países, mas principalmente a das colônias, sem que aumente, em nada – pelo contrário, diminui – a indústria do país em cujo benefício é adotado. Todos os sistemas, seja de preferência ou contenção, portanto, devem ser afastados, estabelecendo-se o simples e óbvio sistema de liberdade natural. Todo homem, desde que não viole as leis da justiça, fica perfeitamente livre de procurar atender a seus interesses, da forma que desejar, e colocar tanto a sua indústria como capital em concorrência com os de outros homens, ou ordem de homens. SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas [1776]. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 124. A partir da leitura desse trecho e considerando outros conhecimentos sobre o assunto, a) Identifique a teoria econômica expressa nessa passagem. b) Caracterize o contexto histórico, de fins do século XVIII, em que esse trecho foi escrito. c) Explique um dos princípios básicos da teoria econômica defendida nessa passagem. 13. (Mackenzie 2012) A charge refere-se a) à organização do Governo Geral, em 1549, dividindo o território brasileiro em extensos lotes de terras, entregues, por sua vez, a nobres portugueses responsáveis pelo início efetivo da colonização do Brasil. b) às dificuldades encontradas pelo coroa portuguesa no início da colonização do Brasil, uma vez que, em virtude, dentre outros, do fracasso das Capitanias Hereditárias, a colônia sofria constantes ataques de piratas europeus. c) ao fracasso do Governo Geral, em virtude da corrupção existente na corte portuguesa, transferida para o Brasil, responsável pela concessão de privilégios aos piratas franceses no comércio do pau-brasil. d) ao Governo Geral, responsável pela efetivação da colonização brasileira, por meio de incentivos aos bandeirantes paulistas, para que ultrapassassem os limites de Tordesilhas e expulsassem os piratas franceses fixados no litoral. e) às dificuldades encontradas pela coroa portuguesa na efetiva organização da exploração da colônia, uma vez que a abundância de metais preciosos ali despertou, nos piratas europeus, o interesse pelas terras lusas na América. 14. (Ufg 2012) Leia os documentos apresentados a seguir. Se rende-se culto ao Deus verdadeiro, servindo com sacrifícios sinceros e bons costumes, é útil que os bons reinem por muito tempo e onde quer que seja. SANTO AGOSTINHO. A cidade de Deus: contra os pagãos. 3a. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991. s. p. O príncipe deve aparentar ser todo piedade, fé, integridade, humanidade, religião. Contudo não necessita possuir todas estas qualidades, sendo suficiente que aparente possuí-las. Até mesmo afirmo que se possuí-las e usá-las, elas lhes seriam prejudiciais. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Disponível em: <www.culturabrasil.pro.br/oprincipe.htm>. Acesso em: 4 abr. 2012. Ambos os documentos tratam da postura do governante na administração de uma cidade ou de um reino. O primeiro foi escrito por Santo Agostinho, no século V, e o segundo, por Nicolau Maquiavel, no século XVI. Com base nos documentos apresentados, explique a relação existente entre religião e política a) no pensamento medieval; b) no pensamento moderno. 15. (Enem 2012) Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real. b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o privado. c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei despretencioso e distante do poder político. d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte. e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo pessoal. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. (Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.) 16. (Unesp 2012) Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto a) destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na constituição de um novo espaço de produção e circulação de mercadorias. b) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações comerciais estabelecidas através do Oceano Atlântico. c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou, na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvidas. d) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel fundamental na integração do continente americano com a economia que se desenvolveu no Oceano Atlântico. e) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que alguns desses produtos eram usados na troca por escravos africanos. 17. (Pucrj 2011) Observe o gráfico das tendências econômicas de alguns países europeus (1500-1700): Sobre as causas dessas tendências, é correto afirmar que: a) a prata americana deu à Espanha do século XVI um poder de compra que acabou provocando o desenvolvimento manufatureiro holandês e inglês no século seguinte. b) as guerras religiosas incentivaram a produção de armas e permitiram o crescimento econômico dos principados luteranos da Europa central, em meados do século XVI. c) o afluxo dos tesouros americanos permitiu à Espanha ter um período de enriquecimento e expansão no século XVII. d) a estreita relação entre comércio externo e setor manufatureiro e a manutenção da união com a Espanha foram as bases do “milagre” holandês do século XVII. e) o controle dos mares, as grandes reservas de carvão e o uso de energia a vapor para mecanizar a produção manufatureira explicam a expansão constante da economia inglesa entre 1550 e 1700. 18. (Ufmg 2011) Leia este trecho: Este fluxo de prata é despejado em um país protecionista, barricado de alfândegas. Nada sai ou entra em Espanha sem o consentimento de um governo desconfiado, tenaz em vigiar as entradas e as saídas de metais preciosos. Em princípio, a enorme fortuna americana vem, portanto, terminar num vaso fechado. Mas o fecho não é perfeito [...] Ou dir-se-ia tão comumente que os Reinos de Espanha são as “Índias dos outros Reinos Estrangeiros”. BRAUDEL, Fernand. O Mediterrâneo e o mundo mediterrânico à época de Felipe II. Lisboa: Martins Fontes, 1983-1984, v.1, p. 523-527. 1. Identifique a prática econômica a que se faz referência nesse texto. 2. Cite o principal objetivo dessa prática. 3. Mas o fecho não era perfeito [...] Ou dir-se-ia tão comumente que os Reinos de Espanha são as “Índias dos outros Reinos Estrangeiros”. Explique o sentido histórico dessa frase. 19. (Espcex (Aman) 2011) Uma das práticas mercantilistas europeias implicava na proibição de se exportar certas matérias- primas que poderiam favorecer o crescimento industrial em outros países, a fim de evitar possíveis concorrências. Tal prática ficou conhecida por a) balança comercial favorável. b) intervencionismo estatal. c) metalismo. d) colbertismo. e) protecionismo. 20. (Enem 2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996. Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses. c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente. d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto. e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante. 21. (Unifesp 2010) Mercantilismo é o nome normalmente dado à política econômica de alguns Estados Modernos europeus, desenvolvida entre os séculos XV e XVIII. Indique a) duas características do Mercantilismo. b) a relação entre o Mercantilismo e a colonização da América. 22. (Uff 2010) A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS – A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia. Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru. – Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo? – A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor. Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios. Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade de definirmos quem é civilizado e quem é bárbaro. Mas isso à parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI e XVII nas áreas americanas, um número razoável dessas visões equivocadas justificou o avanço espanhol e a destruição dos astecas, maias e incas explicados por: a) necessidades sociais impostas pelas características culturais do território espanhol e pela presença muçulmana que limitava as condições de enriquecimento da monarquia, levando à conquista da América e à constituição de uma base política iluminista. b) necessidades religiosas decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente ao avanço das reformas protestantes e das alianças com as potências ibéricas para estabelecer o Império da Cristandade, baseado na Escolástica. c) necessidades políticas oriundas das tensões na Península Ibérica que levaram a Espanha a organizar o processo de conquista do Novo Mundo como única alternativa para sua unidade política, utilizando para isso o apoio do Papado e da França de Francisco I. d) necessidades econômicas provenientes da divisão do território espanhol, fruto da diversidade cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, ampliadas pelas vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia do açúcar no Brasil. e) necessidades econômicas, políticas e religiosas dos recém-centralizados estados modernos, através do mercantilismo metalista que inundou a Europa de prata e de ouro, levando em seguida a uma revolução nos preços, que provocou inflação, e ao avanço de novas formas de desenvolvimento da agricultura. 23. (Unifesp 2009) "O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza." (Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviatã". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.) "O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário." (Nicolau Maquiavel (1469-1527). "O Príncipe". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.) Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que: a) Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder. b) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade. c) Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade. d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa. e) Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano. 24. (Fuvest 2009) "Da armada dependem as colônias, das colônias depende o comércio, do comércio, a capacidade de um Estado manter exércitos numerosos, aumentar a sua população e tornar possíveis as mais gloriosas e úteis empresas." Essa afirmação do duque de Choiseul (1719-1785) expressa bem a natureza e o caráter do: a) liberalismo. b) feudalismo. c) mercantilismo. d) escravismo. e) corporativismo. 25. (Enem 2009) O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais. ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987. Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é a) o palácio de Versalhes. b) o Museu Britânico. c) a catedral de Colônia. d) a Casa Branca. e) a pirâmide do faraó Quéops. 26. (Uel 2008) "Aliás, o governo, embora seja hereditário numa família, e colocado nas mãos de um só, não é um particular, mas um bem público que, consequentemente, nunca pode ser tirado das mãos do povo, a quem pertence exclusiva e essencialmente e como plena propriedade. [...] Não é o Estado que pertence ao Príncipe, é o Príncipe que pertence ao Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprometeu com os povos a administrar os seus negócios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedecê- acordo com as leis." (DIDEROT, D. (1717-1784). "Verbetes políticos da Enciclopédia". São Paulo: Discurso, 2006.) Com base no texto, é correto afirmar: a) Mesmo em monarquias absolutas, o soberano é responsável pelos seus súditos. b) Ao Príncipe são concedidos todos os poderes, inclusive contra o povo de seu reino. c) O governante é ungido pelo povo, podendo agir como bem lhe convier. d) O povo governa mediante representante eleito por sufrágio universal. e) Príncipes, junto com o povo, administram em prol do bem comum. 27. (Unifesp 2008) Do ponto de vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como a) burguês-despótico. b) nobiliárquico-constitucional. c) oligárquico-tirânico. d) aristocrático-absolutista. e) patrício-republicano. 28. (Ueg 2008) Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e sendo por Ele estabelecidos como seus representantes para governarem os outros homens, é necessário lembrar-se de sua qualidade, a fim de respeitar-lhes e reverenciar-lhes a majestade com toda a obediência, a fim de sentir e falar deles com toda a honra, pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele é a imagem na terra. BODIN, J. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. "História moderna através de textos". São Paulo: Contexto, 1999. p. 61-62. O documento citado refere-se a uma forma de governo existente na Europa na Idade Moderna. Sobre ela, responda: a) Qual era esta forma de governo? b) Como era justificada ideologicamente? 29. (G1 - cp2 2008) "A Metrópole, por isso que é mãe, deve prestar às colônias suas filhas todos os bons ofícios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens (...). Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda, alguns justos sacrifícios; e, por isso é necessário que as colônias também, da sua parte, sofram: 1) que só possam comerciar diretamente com a Metrópole, excluída toda e qualquer outra nação, ainda que lhes faça um comércio mais vantajoso; (...) Desta sorte, os justos interesses e as relativas dependências mutuamente serão ligadas." Azeredo Coutinho, J. J. da Cunha. "Ensaio sobre o Comércio de Portugal e suas Colônias, 1816") O texto e o esquema anteriores caracterizam a relação colônia-metrópole. Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII, a formulação da ideia de pacto colonial era decorrente das práticas econômicas ligadas ao: a) mercantilismo b) fisiocratismo c) metalismo d) livre cambismo 30. (Ufmg 2007) Observe esta imagem: Thomas Hobbes (1588-1679) ficou conhecido como um dos teóricos do Absolutismo. Nessa ilustração da sua obra, sintetiza-se a formação do Estado Absolutista. 1. CITE três características do Estado Absolutista. 2. EXPLIQUE a representação de poder expressa nessa imagem. 31. (G1 - cftsc 2007) O historiador francês Fernand Braudel, referindo-se ao Mercantilismo, afirma que este "reagrupa comodamente uma série de atos de atitudes, de projetos, de ideias, de experiências que marcam, entre o século XV e o século XVIII, a primeira afirmação do Estado Moderno em relação aos problemas concretos que ele tinha que enfrentar." Assinale a alternativa que expressa CORRETAMENTE uma característica do Mercantilismo. a) Pacto colonial, permitindo o pleno desenvolvimento interno e a liberdade político-administrativa da Colônia. b) Não-intervencionismo estatal. c) Incentivo à manutenção de uma balança comercial favorável, importando mais que exportando. d) Intervenção do Estado, que se efetivou sob forma de protecionismo e de regulamentação da atividade econômica. e) Monopólio concedido pelo Estado, que permitia a qualquer companhia de comércio, sem autorização da metrópole, vender seus produtos na Colônia. 32. (Pucpr 2007) As práticas mercantilistas, ocorridas na Idade Moderna, estiveram relacionadas com: a) a exploração de impérios coloniais e a regulamentação do comércio exterior. b) o surgimento das Corporações de Ofícios. c) a ideia de liberdade de produção, de concorrência e de circulação de mercadorias. d) o surgimento das doutrinas iluministas. e) o final dos regimes absolutistas e os princípios liberais surgidos nas chamadas revoluções burguesas. 33. (Unicamp 2007) Da Idade Média aos tempos modernos, os reis eram considerados personagens sagrados. Os reis da França e da Inglaterra "tocavam as escrófulas", significando que eles pretendiam, somente com o contato de suas mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia. Ora, para compreender o que foram as monarquias de outrora, não basta analisar a organização administrativa, judiciária e financeira que essas monarquias impuseram a seus súditos, nem extrair dos grandes teóricos os conceitos de absolutismo ou direito divino. É necessário penetrar as crenças que floresceram em torno das casas principescas. (Adaptado de Marc Bloch. "Os reis taumaturgos". São Paulo: Companhia das Letras. 1993, p. 43-44.) a) De acordo com o texto, como se pode compreender melhor as monarquias da Idade Média e da Idade Moderna? b) O que significa "direito divino dos reis"? c) Caracterize a política econômica das monarquias europeias entre os séculos XVI e XVIII. 34. (Ufpel 2007) "Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas. [...] Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser temido e não ser odiado, ao mesmo tempo." MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). "O Príncipe". Lisboa: Europa-América, 1976. O documento embasa a) a organização de uma sociedade liberal, precursora dos ideais da Revolução Francesa. b) o direito divino dos reis, reforçando as estruturas políticas e religiosas medievais. c) o absolutismo monárquico, sob a ótica de um escritor renascentista. d) a origem do Estado Moderno, através do Contrato Social. e) o republicanismo como regime político, apropriado para os Estados Modernos. 35. (Ufpb 2006) No processo formativo da modernidade, o Estado Moderno teve no Absolutismo o início de sua configuração. Nesse sentido, é correto afirmar que o regime absolutista a) representa a consolidação do poder dos senhores feudais contra a burguesia, que, desde o século XVI, tentava instaurar repúblicas democráticas na Europa. b) expressa os interesses das burguesias mercantis europeias pelo livre cambismo econômico, que as beneficiava em um contexto de crescimento do comércio colonial. c) traduz o processo de centralização política, administrativa e militar, com a consequente e drástica redução dos poderes dos senhores feudais. d) teve os pensadores Maquiavel, Hobbes e Bossuet, como seus mais destacados críticos, especialmente, quanto ao excesso de centralização do poder nas mãos dos reis. e) significa um pacto de poder entre a nobreza e os camponeses, mediante a centralização política, administrativa e militar nas mãos do rei. 36. (G1 - cftce 2006) Marque a alternativa correta sobre o Estado Absolutista. a) poder político centralizado na pessoa do monarca; b) a Teoria do Direito Divino limitava o poder dos reis; c) a Revolução Francesa contribuiu decisivamente para o fortalecimento do Absolutismo; d) apresentava características republicanas e democráticas; e) o fundamento filosófico do Estado Absolutista era o Iluminismo. 37. (G1 - cftce 2006) "O Estado sou eu". Esta frase do Rei Luís XVI justifica, para ele, o seu poder absoluto que é fundamentado em uma teoria. O nome CORRETO desta teoria é: a) Liberalismo b) Socialismo c) Iluminismo d) Direito Divino e) Calvinismo 38. (Enem 2006) O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de "classe média" na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar. Norbert Elias. Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações). Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 30 Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência a "classe média", descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que pertenciam ao 30 Estado. b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores manuais. c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros do 30 Estado. d) distinguir, dentro do 30 Estado, as condições em que viviam os "criados de libré" e os camponeses. e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais. 39. (Ufrj 2005) "Dois acontecimentos que fizeram época marcam o início e o fim do Absolutismo clássico, Seu ponto de partida foi a guerra civil religiosa. O Estado moderno ergue-se desses conflitos religiosos mediante lutas penosas, e só alcançou sua forma e fisionomia plenas ao superá-los. Outra guerra civil - a Revolução Francesa - preparou seu fim brusco." Fonte: KOSELLECK, Reinhart. "Crítica e crise". Rio de Janeiro, Eduerj & Contraponto, 1999, p. 19. a) Identifique dois aspectos que caracterizavam o exercício da autoridade pelo Estado Absolutista. b) Em 1651, em meio às guerras religiosas que assolavam a Europa, o filósofo inglês Thomas Hobbes defendia a necessidade de um Estado forte como forma de controlar os sentimentos anti-sociais do homem. Pouco mais de um século depois, o filósofo J.J. Rousseau, em sua obra Contrato Social (1762), apresentou uma outra visão sobre o mesmo problema. Comente uma característica da concepção de Estado presente em Rousseau. 40. (G1 - cftce 2005) O Mercantilismo pode ser definido como: a) o conjunto de práticas econômicas caracterizadas pelo monopólio comercial, pela balança comercial favorável e pela intervenção do Estado na economia b) o conjunto de ideias preconizadas por Adam Smith que defendia a livre iniciativa econômica e a atuação do Estado Absolutista c) a expressão teórica do Estado liberal, caracterizado pelo livre comércio d) o conjunto de práticas econômicas que incluíam o estímulo à livre iniciativa e o combate ao trabalho escravo e) o conjunto de medidas econômicas colocadas em prática durante o período denominado Feudalismo, caracterizado pelas obrigações servis e pela livre iniciativa. 41. (Fgv 2013) Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de Imigração e Colonização do Ministério das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3 000 imigrantes de origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a conversão ao catolicismo. Pressionados pelos acontecimentos que marcavam a história do III Reich, os judeus, mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valores culturais em troca do título de cristão. [Maria Luiza Tucci Carneiro, O antissemitismo na Era Vargas (1930-1945)] A situação apresentada tem semelhança com o processo histórico da a) permissão apenas do culto católico no Brasil, conforme preceito presente na primeira Constituição, de 1891. b) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois recaiu sobre os sertanejos a acusação de ateísmo. c) obrigatoriedade, conforme costume colonial, dos negros alforriados de conversão ao catolicismo para a obtenção da efetiva liberdade. d) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Portugal, a partir do final do século XV, o que gerou a denominação cristão-novo. e) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada pelo Governo Provisório da República, comandada por Deodoro da Fonseca. 42. (Ufg 2013) Analise a fábula a seguir. A cigarra e a formiga Tendo a cigarra em cantigas Passado todo o verão Achou-se em penúria extrema Na tormentosa estação. Não lhe restando migalha Que trincasse, a tagarela Foi valer-se da formiga, Que morava perto dela. Rogou-lhe que lhe emprestasse, Pois tinha riqueza e brilho, Algum grão com que manter-se Até voltar o aceso estio. – "Amiga", diz a cigarra, – "Prometo, à fé d'animal, Pagar-vos antes d'agosto Os juros e o principal." A formiga nunca empresta, Nunca dá, por isso junta. – "No verão em que lidavas?" À pedinte ela pergunta. Responde a outra: – "Eu cantava Noite e dia, a toda a hora." – "Oh! bravo!", torna a formiga. – "Cantavas? Pois dança agora!" ESOPO. A cigarra e a formiga. Disponível em: <http://peregrinacultural.wordpress.com/2009/07/06/a-cigarra-e-a-formiga-em-versos-porbocage/>. Acesso em: 20 mar. 2013. A fábula apresentada é originalmente atribuída a um escritor da Grécia Antiga, tendo sido contada em diferentes versões que alcançaram o Antigo Regime, no século XVIII. Assim como os mitos, as lendas e as histórias, as fábulas são indicadores do repertório sociocultural das comunidades. Com base no exposto e considerando-se o enredo da fábula, a) identifique uma característica da organização econômica, que é comum tanto à Grécia Antiga quanto ao Antigo Regime; b) explique a função desse tipo de relato na vida cotidiana. 43. (Ufg 2013) Leia o texto a seguir. A ilha de Utopia tem cinquenta e quatro cidades grandes e magníficas, onde todos falam a mesma língua, têm os mesmos hábitos e vivem sob as mesmas leis e instituições. O governador conserva o cargo por toda a vida, a menos que se suspeite que o titular deseja instituir uma tirania. Uma lei proíbe que as questões de interesse público sejam discutidas durante menos de três dias, sendo crime de morte deliberar sobre assuntos de Estado fora do Senado ou da Assembleia Popular. Aparentemente, isso é feito para impedir que o governador e os representantes das famílias conspirem para ignorar os desejos da população e alterar a Constituição. MORE, Thomas. Utopia. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2009. p. 82 e seq. (Adaptado). Este texto integra a obra de Thomas Morus, publicada em 1516, na Inglaterra governada por Henrique VIII. Ao narrar a vida cotidiana em um país fictício, chamado Utopia, o autor descreve instituições políticas que projetam um governo voltado à vida comunitária ideal. Com base no texto apresentado, explique como essa vida comunitária ideal a) revela os princípios que sustentam o processo de formação do Estado nacional moderno; b) expressa um elemento de crítica ao governo absolutista. 44. (G1 - cftrj 2013) O processo de centralização do poder iniciado ainda no século Xl, com a formação das monarquias nacionais, desembocou, na Idade Moderna, na constituição de monarquias de caráter absolutistas. Nesta forma de organização política, o rei detinha a totalidade do poder, confundindo-se com o próprio Estado. Entre a relação do rei com a sociedade a função do monarca era: a) Buscar o bem geral, que está acima dos interesses individuais, como afirma Maquiavel (1469-1527). b) Confiar na bondade humana, único caminho para se chegar ao bem-estar coletivo, em consonância com o pensamento de Hobbes (1588-1679). c) Valer-se da teoria do Direito Divino, de Bossuet (1627-1704), tornando-se um ser sagrado, semelhante a Deus. d) Promover a conciliação religiosa entre as diversas facções, como fez Henrique VIII (1509-1547), na Inglaterra. 45. (Fgv 2013) Leia o fragmento. Um famoso escândalo político foi o de Antônio Perez, que em 1571 era secretário de Estado de Felipe II, tendo alcançado um dos postos mais importantes na monarquia. Por rivalidades, viu-se envolvido em intrigas internacionais. Conhecia todos os segredos da coroa, tendo absoluto controle sobre o Tesouro. Foi acusado de vender cargos, de suborno e de trair segredos do Estado. Felipe viu um caminho para atingi-lo: a Inquisição. Tinha de ser acusado de heresia. Foi difícil encontrar provas contra seu catolicismo, mas o confessor do rei conseguiu-as. Mesmo sendo íntimo amigo do inquisidor-mor e tendo o apoio da população de Saragoça, Perez foi acusado de herege. Conseguiu fugir e morreu em Paris, e, conforme testemunhou o núncio apostólico da região, sempre viveu como fiel católico. (Anita Novinsky, A inquisição) A partir do texto, é correto concluir que a Inquisição espanhola a) ampliou as suas prerrogativas nas nações europeias menos fiéis ao poder do papado, com o intuito de ampliar o número de seguidores. b) perdeu parte de suas atribuições e poderes a partir da Contrarreforma católica, conforme deliberação do Concílio de Trento. c) manteve, durante a sua existência secular, vínculos essenciais com a questão religiosa, excepcionalmente confundindo-se com a questão política. d) resumiu sua atuação a alguns poucos casos exemplares, com o intuito de evitar a propagação do islamismo e das igrejas reformadas. e) apesar de sua fundamentação religiosa, esteve vinculada ao Estado e serviu aos interesses de grupos ligados ao poder. 46. (Ufrgs 2013) Leia o segmento abaixo. O rei tomou o lugar do Estado, o rei é tudo, o Estado não é mais nada. Ele é o ídolo a quem se oferecem as províncias, as cidades, as finanças, os grandes e os pequenos, em uma palavra, tudo. JURIEN, Pierre. Apud ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro, Zahar, 2001. p. 133. Essa afirmação de um contemporâneo de Luís XIV, na França, diz respeito a uma forma de governo que ficou conhecida como a) monarquia constitucional. b) autocracia despótica oriental. c) autocracia parlamentar. d) monarquia absolutista. e) tirania teocrática. 47. (G1 - cftrj 2013) Uma das características atribuídas às políticas mercantilistas, adotadas por muitas monarquias europeias, era a preocupação em acumular ouro e prata. Também conhecida como “metalismo”, essa acumulação podia se dar através da exploração de minas de metais preciosos nas colônias ou através da(o): a) existência de uma política liberal, sem a cobrança de taxas de importação; b) cobrança de indulgências, como ocorreu na Inglaterra anglicana; c) manutenção de uma balança comercial favorável; d) controle dos gastos da nobreza e do clero, que pagavam mais impostos. 48. (Ufsm 2013) Examine os textos: Com o mercantilismo e o capitalismo comercial e industrial, iniciou-se um processo de agressão e destruição da natureza nunca visto no decorrer da história. Esse modo de produção, que implicou o aniquilamento de ecossistemas, provocou grandes desequilíbrios ecológicos, gerando mudanças climáticas, extinção de espécies animais e vegetais e uma profunda desarmonia entre o ser humano e a natureza. Fonte: ADAS, Melhem & ADAS, Sérgio. Panorama Geográfico do Brasil. 4.ed. São Paulo: Moderna, 2004. p. 31. A varíola e o sarampo vieram nas embarcações europeias. Dizimaram índios e auxiliaram os espanhóis na conquista dos povos incas e astecas. Bactérias da tuberculose chegaram em uma nova onda de ataque. A gripe causou epidemias nos indígenas. A bactéria da Peste Negra visitou os nativos americanos. Fonte: UJVARI. Stefan Cunha. A história da humanidade contada pelos vírus. São Paulo: Contexto, 2009. p. 85. Os referidos processos se desenvolveram num contexto histórico marcado por intensas transformações. Assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afirmativa sobre as características desses processos: ( ( ( ( ) Formação e consolidação dos Estados Modernos absolutistas na Europa. ) Expansão comercial e colonial europeia na África, Ásia e América. ) Rapidez da implantação de colônias ibéricas na África e na Ásia diante da fraca resistência dos povos nativos. ) Exploração predatória das áreas coloniais visando a atender aos interesses mercantilistas europeus. A sequência correta é a) V – V – F – F. b) F – F – V – V. c) V – F – V – F. d) F – V – F – F. e) V – V – F – V. 49. (Fgv 2013) Leia um fragmento do Ato de Navegação inglês de 1660. Para o progresso do armamento marítimo e da navegação que soube a boa providência e proteção divina interessam tanto à prosperidade, à segurança e o poderio deste reino... nenhuma mercadoria será importada ou exportada dos países, ilhas, plantações ou territórios, pertencentes a Sua Majestade ou em possessão de Sua Majestade, na Ásia, América e África, noutros navios senão nos que sem nenhuma fraude pertencem a súditos ingleses, irlandeses ou gauleses, ou ainda a habitantes destes países, ilhas, plantações e territórios, e que são comandados por um capitão inglês e tripulados por uma equipagem com três quartos de ingleses... (English Historical Documents) A determinação inglesa pode ser considerada a) liberal, uma vez que a interferência do Estado se resumira a estabilizar a entrada e a saída de mercadorias da nação. b) fisiocrata, porque reforçou a tendência inglesa de buscar as rendas do Estado na produção agrícola. c) iluminista, já que atendeu às demandas das camadas mais modernas da nobreza de terras e da burguesia industrial. d) monopolista, visto que permitiu a livre circulação de mercadorias pela maior parte do continente europeu e da Ásia. e) mercantilista, pois permitiu a proteção e a consequente prosperidade da marinha e do comércio britânicos. GABARITO Resposta da questão 1: Resposta da questão 11: [A] Resposta da questão 22: [E] Resposta da questão 2: [D] Resposta da questão 12: Resposta da questão 23: [A] Resposta da questão 3: [E] Resposta da questão 13: [B] Resposta da questão 24: [C] Resposta da questão 14: Resposta da questão 4: [A] Resposta da questão 5: [C] Resposta da questão 15: [E] Resposta da questão 16: [A] Resposta da questão 6: Resposta da questão 7: [E] Resposta da questão 17: [A] Resposta da questão 18: Resposta da questão 8: [A] Resposta da questão 9: [D] Resposta da questão 10: [A] Resposta da questão 19: [E] Resposta da questão 20: [A] Resposta da questão 21: Resposta da questão 25: [A] Resposta da questão 26: [A] Resposta da questão 27: [D] Resposta da questão 28: Resposta da questão 29: [A] Resposta da questão 30: Resposta da questão 31: [D] Resposta da questão 32: [A] Resposta da questão 37: [D] Resposta da questão 33: Resposta da questão 34: [C] Resposta da questão 38: [C] Resposta da questão 39: Resposta da questão 35: [C] Resposta da questão 36: [A] Resposta da questão 40: [A] Resposta da questão 41: [D] Resposta Questão 44: [A] Resposta Questão 45: [E] Resposta Questão 46: [D] Resposta Questão 47: [C] Resposta Questão 48: [E] Resposta Questão 49: [E]
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