China avança na América Latina
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China avança na América Latina
UMA PUBLICAÇÃO DA KHL GROUP CONSTRUÇÃO LATINO-AMERICANA Janeiro-Fevereiro 2015 I Ano 5 I Número 1 www.construcaolatinoamericana.com COLÔMBIA 18 FUNDAÇÕES 23 China avança na América Latina PROSPECÇÃO 29 COMPACTOS 42 A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A CLA 01-02 2015 Front Cover PTG.indd 1 30/01/2015 12:23:27 REACHING OUT | MANIPULADORES TELESCÓPICOS Série RS QUANDO PRECISAR DE UMA MÁQUINA EM QUE POSSA CONFIAR ESCOLHA UMA MÁQUINA PROJETADA POR QUEM TRABALHA COM LOCAÇÃO OS MANIPULADORES TELESCÓPICOS ROBUSTOS DA SÉRIE RS foram projetados por empresas de locação para empresas de locação. Com baixo custo de propriedade, o equipamento tem um projeto simples, com controle de joystick único, cabine lavável com água pressurizada e acesso fácil a componentes para serviço. Além disso, É possível colocar duas máquinas na maioria dos caminhões, o que diminui bastante os custos com transporte. Estas são as máquinas que você vai querer ter sempre que tiver um trabalho difícil pela frente. Saiba mais no site: www.jlg.com/pt-br/série-rs5 CLA Full Page.indd 1 30/01/2015 08:31:41 EQUIPE EDITORIAL EDITOR Cristián Peters e-mail: [email protected] EDITOR ASSISTENTE Fausto Oliveira e-mail: [email protected] JORNALISTA Milena Jiménez e-mail: [email protected] EQUIPE EDITORIAL Lindsey Anderson, Alex Dahm, Lindsay Gale, Sandy Guthrie, Murray Pollok, D.Ann Shiffler, Chris Sleight, Helen Wright, Euan Youdale DIRETORA DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO Saara Rootes GERENTE DE PRODUÇÃO Ross Dickson GERENTE DE DESIGN Jeff Gilbert DESIGNER GRÁFICO Gary Brinklow DESIGNER GRÁFICO Grace Pullinger ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Louise Kingsnorth GERENTE FINANCIERO Paul Baker ASSISTENTE FINANCEIRO Gillian Martin CONTROLE DE CRÉDITO Josephine Day GERENTE REINO UNIDO Clare Grant DIRETOR DE NEGÓCIOS Peter Watkinson GERENTE DE MARKETING Helen Knight GERENTE DE VENDAS Wil Holloway e-mail: [email protected] Tel: +1 312 929 2563 ESCRITÓRIO DE VENDAS EUROPA Alister Williams e-mail: [email protected] Tel: +1 843 637 4127 ESCRITÓRIO DE VENDAS CHINA Cathy Yao e-mail: [email protected] Tel: +86 10 6553 6676 ESCRITÓRIO DE VENDAS COREIA CH Park e-mail: [email protected] Tel: +82 2 730 1234 GERÊNCIA PRESIDENTE KHL GROUP James King PRESIDENTE EDITORIAL Paul Marsden PRESIDENTE KHL AMERICAS Trevor Pease ESCRITÓRIOS DA KHL ESCRITÓRIO CENTRAL KHL Group Americas LLC 3726 E. Ember Glow Way Phoenix, AZ 85050, EUA Tel: +1 480 659 0578 ESTADOS UNIDOS / CHICAGO 205 W. Randolph St., Suite 1320 Chicago, IL 60606, EUA Tel: +1 312 929 3478 CHILE Manquehue Norte 151, of. 1108, Las Condes, Santiago, Chile Tel: +56-2-28850321 REINO UNIDO Southfields, Southview Road Wadhurst, East Sussex TN5 6TP, Reino Unido Tel:+44 1892 784088 CHINA Escritório de Representação em Pequim Room 768, Poly Plaza, No.14 South Dong Zhi Men Street Dong Cheng District, Pekín, P.R. China Tel: +86 10 6553 6676 CLA 01-02 2015 Comment PTG.indd 3 Editorial Mudando a marcha O ano passado não foi o melhor para a América Latina e o Caribe. De acordo com o balanço preliminar da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), 2014 viu uma expansão regional de apenas 1,1%, o mais baixo desde 2009. Como esperado, a heterogeneidade entre países e sub-regiões marcou grandes diferenças. Enquanto a América Central, o Haiti e o Caribe de língua espanhola cresceram 3,7% durante o exercício, o Caribe de língua inglesa teve apenas 1,9% e a América do Sul um magro 0,7%. Mas daí se retiram certas exceções, como é o caso do Panamá e da República Dominicana, economias que registraram no ano passado um crescimento de 6%, seguidos pela Bolívia e Colômbia, com 5,2% e 4,8%, respectivamente. A outra face da moeda é o caso da Venezuela, que registrou contração de 3%, e da Argentina, com recessão de 0,2%. Dinamizar o crescimento econômico e reverter a desaceleração no atual contexto da economia mundial coloca amplos desafios. Mas surgem sinais de uma mudança de marcha para este ano. Segundo a Cepal, a economia regional poderia se expandir 2,2%. Espera-se que a América Central mais o Haiti e o Caribe de língua espanhola cresçam a uma taxa de 4,1%, e que o Caribe de língua inglesa o faça em torno a 2,2%. Para a América do Sul, espera-se 1,8%. Os países que liderarão a expansão regional serão novamente o Panamá, com previsão de 7%, seguido pela Bolívia, com 5,5%, e o Peru, República Dominicana e Nicarágua com 5% cada um. Mas a heterogeneidade entre os países obriga a considerar a realidade de cada um deles. Por exemplo, o país em foco nesta edição, a Colômbia, vai experimentar crescimento de 4,3%, o que implica queda de 0,5% em relação à expansão do ano passado. Porém, no que se refere à construção, o setor deve obter crescimento de 4,7%, que apesar de ser um bom número é uma queda brutal em relação aos 10,8% registrados em 2014. Como também está nas páginas da Construção Latino-Americana, há casos como o do Chile, cuja indústria da construção está passando por momentos difíceis. De acordo com a Câmara Chilena da Construção, o setor cresceria em 2015 apenas 0,6%, isso após uma queda de 0,7% no ano passado. Em contraste, o setor de construção no Peru crescerá cerca de 9% em 2015, pelas previsões da Câmara Peruana da Construção. Mas tudo isso são cifras que vão se ajustando conforme passem os meses. O importante é aproveitar ao máximo as oportunidades e gerar os cenários propícios. Um feliz 2015 para todos. Cristián Peters Editor Construção Latino-Americana KHL Group Américas T. +56-2-28850321 / C. +56-9-77987493 Manquehue Norte 151, of 1108. Las Condes, Santiago, Chile 29/01/2015 16:42:56 CLA Full Page.indd 1 30/01/2015 08:32:14 CONTEÚDO NOTÍCIAS CAPA 6 A arbitragem internacional do Dispute Adjudication Board determinou que a contratante deve pagar parte do sobrepreço pedido pelo consórcio do Canal do Panamá. UMA PUBLICAÇÃO DA KHL GROUP CONSTRUÇÃO LATINO-AMERICANA Janeiro-Fevereiro 2015 I Ano 5 I Número 1 www.construcaolatinoamericana.com COLÔMBIA COLÔMBIA 18 PAÍS EM FOCO FUNDAÇÕES 23 China avança na América Latina 18 A Colômbia abriu as portas para uma nova época em sua história, com investimentos em obras rodoviárias e outras que a destacam no cenário regional. PREPARO DE TERRENO 29 COMPACTOS 42 A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A Veja a matéria sobre a China na página 33. ELABORADO POR www.khl.com ISSN 2160-4126 © Copyright KHL Group Americas LLC, 2015 BPA Aplicada para BPA Worldwide é o recurso de verificação de audiência e conhecimento de meios para a indústria global. O processo de auditorias de meios da BPA Worldwide proporciona segurança , conhecimento e benefícios aos proprietários e compradores de meios dedicados ao business to business. Todos os direitos reservados. 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Assinaturas gratuitas são concedidas, sob circulação controlada para os leitores que preencham o formulário de assinatura e que se qualifiquem aos nossos termos de controle. O editor reserva-se o direito de rejeitar assinaturas para os leitores não qualificados. Construcción Latinoamericana también está disponible en español. PARCERIA APOIO 18 FUNDAÇÕES 23 A construção de vários novos sistemas de metrô em cidades da América Latina coloca em evidência as exigências técnicas que desafiam as empreiteiras e fabricantes de máquinas do setor de fundações especiais. PROSPECÇÃO 29 O mercado de construção aponta uma clara inclinação ao uso de tecnologias virtuais para ajudar a reduzir erros de cálculo e os prejuízos financeiros decorrentes, como o sistema BIM. A tendência já começa a chegar na América Latina. NEGÓCIOS: CHINA 23 33 A China está de olho na América Latina. A realização da cúpula China – Celac discutiu investimentos bilionários na infraestrutura de vários dos países do continente. As muitas empresas fabricantes de maquinário também se movimentam por aqui. TENDÊNCIAS: A VISÃO EUROPEIA 29 41 O diretor presidente da Ciber Equipamentos Rodoviários, Luiz Marcelo Tegon, comenta sobre sua participação na última reunião do fórum europeu de fabricantes de equipamentos (CECE) na Bélgica. Há interesse em mercados emergentes. EQUIPAMENTOS: COMPACTOS 42 O mercado brasileiro começa a perceber a conveniência dos equipamentos compactos, cujas vendas tiveram crescimento no ano passado apesar do cenário negativo. NO CANTEIRO: DEMOLIÇÃO DO ELEVADO DA PERIMETRAL 45 Um relato sobre as técnicas de demolição da via elevada carioca que chamou a atenção do Brasil, obra levada a cabo pela empresa Fábio Bruno Construções. ASSINATURA 49 CLASSIFICADOS 50 /ConstrucaoLatinoAmericana /cla_portugues 33 42 45 Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 5 CLA 01-02 2015 Contents PTG.indd 5 29/01/2015 16:45:20 NOTÍCIAS Consórcio vence arbitragem do Canal A pós um 2014 complicado pelas reiteradas paralisações nas obras de expansão do Canal do Panamá devido ao conflito entre o consórcio EM DESTAQUE CUBA O governo cubano prometeu para 2015 investimentos de US$ 300 milhões em obras hidráulicas em várias cidades do país. O anunciou foi feito pela presidente do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), Inés María Chapman. Os trabalhos estarão focados em redes de abastecimento e estações de tratamentos. Sobre o financiamento, Chapman esclareceu que se conta com um orçamento inicial proveniente de créditos, doações e aprovação de recursos por parte do governo. Entre as principais zonas beneficiadas, estão o sul de Havana e as localidades de Cárdenas, Manzanillo e Bayamo. Grupo Unidos pelo Canal (GUPC) - composto por Sacyr, Salini Impregillo, Jan de Nul e Cusa - e a Autoridade do Canal do Panamá (ACP), este ano também começou agitado. Uma arbitragem internacional da Dispute Adjudication Board (DAB) determinou que a ACP deve pagar parte dos custos adicionais reclamados pelo consórcio. A causa da reclamação do GUPC é a qualidade das rochas de basalto encontradas no local, e os consequentes atrasos e sobrepreços verificados na obra. “A documentação prévia ao contrato não incluía as condições reais de acesso ao basalto nem informação técnica completa sobre sua qualidade, e devido à importância desta questão no preço da oferta, o contratante (ACP) foi negligente”, diz a decisão. Portanto, a ACP deverá pagar ao consórcio cerca de US$ 234 milhões (dos US$ 463 milhões pedidos pelas empresas), além de prorrogar o prazo do contrato por seis meses, com o que se pretende evitar que o consórcio GUPC seja penalizado por atrasos na obra que, de acordo com a decisão A Autoridade do Canal do Panamá terá que pagar US$ 234 milhões. arbitral, não foram culpa sua. A obra de ampliação do Canal do Panamá chegou a ficar paralisada por algumas semanas em 2014 em razão desta polêmica entre ■ contratante e consórcio. Brasil vive crise na contratação de obras O contexto geral de contratação de obras públicas no Brasil vive um período de crise com os desdobramentos dos casos da Petrobras e do possível cartel em São Paulo. Os casos têm semelhanças que podem levar a um novo cenário nas contratações. Tal como no caso da Petrobras, o esquema paulista envolveu o nome de políticos e importantes empresas globais. Também como na operação Lava Jato, as denúncias incluem a formação de um cartel no qual, supostamente, as companhias conspiravam para obter benefícios em licitações em prejuízo dos cofres públicos. O Ministério Público do estado entrou com uma ação contra as empresas envolvidas nas supostas irregularidades, pedindo a anulação de contratos e a dissolução de empresas, além de indenização por dano moral coletivo. Caso sejam condenadas, as companhias teriam que deixar A polícia investiga um possível caso de irregularidades licitatórias em São Paulo. de funcionar no país. As empresas envolvidas são: Siemens, Alstom, Caf (Brasil), Caf (Espanha), TTrans, Bombardier, MGE, Tejofran, Temoinsa, Mitsui e MPE. No caso da espanhola, o pedido de dissolução não se aplica. No entanto, está incluída no requerimento de indenização. O escândalo envolve contratos assinados entre 1998 e 2008, mas que não tinham sido denunciados até agora. As empresas, que têm contratos vigentes com o estado até hoje, negam as acusações, e disseram que esperam ser declaradas inocentes na Justiça. Enquanto as investigações acontecem, a paralisação parcial ou total de contratações e pagamento de aditivos já responde por demissões ■ crescentes na indústria. 6 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Latin America News PTG.indd 6 29/01/2015 16:47:03 NOTÍCIAS Construção peruana prevê crescer 9% em 2015 EM DESTAQUE MÉXICO Ao longo de 2015, serão anunciadas 35 licitações relacionadas com o novo Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM), segundo afirmou Manuel Ángel Núnez, diretor geral do Grupo Aeroportuário da Cidade do México. Segundo o executivo, as convocatórias estarão principalmente relacionadas com serviços em terra, obras hidráulicas e vias. O executivo afirmou também que o plano geral do projeto deve ficar pronto ainda durante o primeiro trimestre deste ano. O novo aeroporto demandará US$12,9 bilhões, dos quais até US$6 bilhões virão de entidades privadas. Este é um dos principais projetos no país atualmente. O investimento do setor teve queda de 0,7% em 2014. O setor da construção no Peru crescerá cerca de 9%, segundo previsão da Câmara Peruana da Construção (Capeco). Segundo afirmou seu presidente, Lelio Balarezo, a estimativa considera o início de grandes projetos, como a linha 2 do metrô de Lima e o Gasoduto Sul Peruano (GSP). Isto somado às medidas anunciadas pelo Governo para reativar a economia. Em relação à execução orçamentária, a Capeco espera que haja um crescimento em relação a 2014. “Esperamos que as autoridades elaborem melhor seus projetos para o próximo ano, para ter um nível de execução muito maior e em benefício da população”, disse Balarezo. Também esclareceu que a A linha 2 do metrô de Lima é um dos projetos considerados na estimativa de crescimento setorial. partir de abril será possível ver a reativação do setor com mais intensidade. “A partir do quarto mês do ano vamos começar a sentir o verdadeiro impacto das medidas lançadas pelo governo. Isso porque na primeira etapa de 2015 os governadores locais e regionais recém eleitos vão pôr a mão na caneta e dizer o que vão fazer, e só em abril começam a executar”, agregou. Segundo estudo publicado pela própria entidade há algumas semanas, a construção no Peru teve crescimento moderado de 2,35% durante o primeiro semestre deste ano, sendo que durante o mesmo período de 2013 havia ■ registrado 13,22%. Cai investimento na construção chilena Os investimentos em construção no Chile registraram uma queda de 0,7% em 2014, segundo a Câmara Chilena da Construção (CChC) durante a apresentação “Balanço 2014 – Projeção 2015”. O resultado, primeira cifra negativa desde 2009, se explica pelo aumento pequeno no investimento anual em infraestrutura (0,6%) e uma queda em 12 meses no investimento em construção residencial (-3,6%). Enquanto isso, a projeção para 2015 é de crescimento de 0,6% anual, número que reflete um crescimento esperado de 3% do investimento em infraestrutura e queda esperada de 4,6% no investimento em construção de moradias. O cenário é duvidoso para o investimento em infraestrutura produtiva privada, em especial pela exclusão de alguns projetos de mineração e a postergação de algumas iniciativas. Enquanto em julho de 2014 se projetava para 2015 um gasto em construção de cerca de US$ 11 bilhões, três meses depois essa cifra foi reduzida a pouco mais de US$ 8 bilhões. O investimento em infraestrutura produtiva privada poderá cair 0,9% ao longo de 2015. Por sua vez, o investimento em infraestrutura pública poderia chegar a crescer ■ 14,6% este ano. Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 7 CLA 01-02 2015 Latin America News PTG.indd 7 29/01/2015 16:47:35 NOTÍCIAS Nova associação brasileira de locadoras Devido ao crescimento do setor de locação, estão fase final os estudos para criação da Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos, Associações e Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas). O objetivo da entidade será promover ações e atividades para o desenvolvimento e evolução do segmento de locação de equipamentos móveis, incluindo, por exemplo, o incentivo para a criação de novas entidades em locais onde ainda não haja representação estruturada. Reynaldo Fraiha, presidente da entidade, afirma que “nosso papel é fortalecer as associações existentes e fomentar a constituição de novos sindicatos, profissionalizando a atividade como um todo”. Para alcançar esse objetivo, a Analoc vem realizando reuniões em vários lugares do país a fim de conciliar diferentes interesses em um objetivo comum e trazer as diferentes realidades de cada estado. “Estamos trabalhando fortemente para estabelecer as diretrizes que irão contribuir com nossa atividade”, afirma Eurimilson Daniel, secretário O objetivo da Analoc é continuar apoiando o desenvolvimento do rental no Brasil. geral da Analoc e vicepresidente da Sobratema. Já foram definidos o estatuto e a identidade visual da entidade. Nas próximas reuniões, serão abordados temas como investimentos em infraestrutura, reformas políticas e tributárias, assim como a definição da missão, visão e valores da associação. ■ Argentina licita hidroelétrica de US$1,8 bi O Ministério do Planejamento argentino anunciou o vencedor da licitação do projeto hidroelétrico Chihuido I. Tratase de um consórcio composto por cinco empresas argentinas e uma espanhola, e que conta com respaldo financeiro russo. O investimento requerido será de US$ 1,8 bilhão. Desse montante, 85% serão emprestados pelo Estado Russo. O consórcio ganhador está composto pelas empresas locais Helport, Chediack, Panedile, Eleprint e Hidroeléctrica Ameghino, além da espanhola Isolux. Ele será responsável pela construção, operação, manutenção e exploração do projeto, que tem prazo de concessão de 15 anos. “Esta é uma obra que faz parte de um plano de Investimentos serão para a construção de Chihuido I. EM DESTAQUE MÉXICO A Câmara Mexicana da Indústria da Construção declarou que prevê crescimento de 4,4% para o setor em 2015. O número corresponde a uma revisão para cima da expectativa. Semanas atrás, a entidade havia afirmado que o desempenho seria de 4%. “Em 2015 temos certeza que vamos crescer 4%”, dissera naquela oportunidade Luis Zárate, presidente da entidade representativa do setor no México. Agora, o próprio Luis Zárate afirma que, para 2016, o crescimento projetado chega a 6,2%. Acredita-se que em 2014 a indústria terá fechado o exercício com cifra positiva de 2%, revertendo o mau desempenho de 2013, quando registrou queda de 4,5% no nível de atividade. investimentos no setor hídrico”, destacou Julio De Vido, titular da pasta. Chihuido I, que será construída no rio Neuquén, gerará 367 megawatts, o que permitirá uma energia média anual de 1.750 GWh, com quatro turbinas. Além de gerar eletricidade, ela vai colaborar com o provimento de água para consumo humano, industrial e irrigação. As obras têm prazo ■ de execução de 60 meses. 8 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Latin America News PTG.indd 8 29/01/2015 16:47:49 s ábrica ✔ 2F peças e d o r ent ento m a n i e ✔ 1C r rviços s de t e o s r t e n d e C os ✔ 2 técnic 0 0 2 is de ✔ Ma iliais ✔ 7F dores i u b i r t s Dis cliente ✔ 60 0 0 0 . is de 6 io negóc ✔ Ma e d s nidade s ✔ 6U marca s e d n a r s ✔4G ionário c n u F 00 ✔ 1.2 ia eriênc p x E ✔ sença e r P ✔ orte ✔ Sup SOMOS UMA EMPRESA DE SOLUÇÕES EM ELEVAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAS E MATERIAIS O mercado precisa de uma empresa parceira, com objetivos globais, forte presença local e muita capacidade para atender com qualidade e rapidez. Por isso a Terex Latin America está investindo seus recursos técnicos, logísticos e financeiros para ser o seu melhor parceiro de negócios. Além disso estamos investindo em comunicação e serviços. 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CLA Full Page.indd 1 30/01/2015 08:33:37 NOTÍCIAS Bolívia aposta na energia eólica O governo boliviano deu mais um passo em sua aposta pela energia eólica, ao assinar contrato com a empresa espanhola TSK para a construção do primeiro parque eólico do país, que terá potência instalada de 24 MW. O projeto, que tem prazo de execução de 15 meses, terá um custo de US$ 64,5 milhões AGENDA 2015 MARÇO 24-26 / Brazil Road Expo São Paulo www.brazilroadexpo.com.br ABRIL 20-25 / Intermat Paris, França www.intermatconstruction.com MAIO 19-24 / Expoconstrucción Bogotá, Colômbia www.expoconstruccion yexpodiseno.com JUNHO 8 / Cranes & Transport Latin America Conference São Paulo www.khl.com/catla 9-13 / M&T Expo São Paulo www.mtexpo.com.br OUTUBRO 20 / Construção LatinoAmericana de Rodovias Santiago, Chile www.khl.com/clac 21/24 / ConExpo Latin America Santiago, Chile www.conexpolatinamerica.com e contempla a instalação de oito turbinas eólicas, além de obras civis associadas, como a construção de sete quilômetros de acessos rodoviários. A usina ficará no departamento de Cochabamba, centro do país. O presidente Evo Morales aplaudiu a iniciativa, e afirmou que ela aproxima o país do altiplano de se tornar uma potência energética na América do Sul. A Bolívia tem, atualmente, uma capacidade de geração de energia elétrica superior a 1.600 megawatts, o que excede a demanda nacional, que hoje oscila entre 1.250 e 1.300 megawatts. Entretanto, o país ainda está começando a trabalhar com esse tipo de energia. No começo do ano passado, a firma chinesa Hydrochina instalou 3MW de capacidade eólica num projeto piloto Há um ano, Evo Morales inaugurou um projeto piloto em Cochabamba. em Qollpana, também no departamento de Cochabamba. Desde 2014, discute-se a segunda fase do projeto, com a instalação de 14 turbinas eólicas de 1,5 MW, ou nove turbinas de mais de 2 MW. O potencial de geração de energia eólica na zona de Qollpana é calculado em mais ■ de 50 MW. El Salvador apresenta plano de obras O ministro de Obras Públicas de El Salvador, Gerson Martínez, informou que o governo tem um plano de US$ 621 milhões para obras que deverão começar ao longo de 2015 no país. A autoridade também afirmou que, além desses recursos, negocia outros financiamentos para a infraestrutura salvadorenha. Martínez disse à televisão nacional que o plano para estes primeiros recursos prevê um número de obras rodoviárias. Entre elas, estão duas pontes na fronteira com a Guatemala, uma rodovia entre o porto de La Unión e a fronteira com Honduras, duplicação da autopista que conecta o aeroporto internacional de San Salvador e a cidade de Zacatecoluca e duplicação da rodovia San Vicente. O ministro disse que haverá um investimento “muito mais alto”, pois garante que há uma carteira de projetos mais ampla que ainda não conta com linhas de financiamento. Os recursos dessa primeira etapa provirão de financiamentos bilaterais de cooperação com EM DESTAQUE PERU O Ministério de Economia e Finanças do Peru anunciou que participará no financiamento de 22 projetos de infraestrutura através de Iniciativas Privadas Co-financiadas (IPC), que abrangem investimentos de US$ 7 bilhões. Os projetos foram selecionados através da agência ProInversión, e se inserem em saúde, educação, transportes, comunicações, moradia e saneamento. O processo de licitação destas iniciativas será concluído até julho de 2016. O setor de transportes e comunicações é o que vai receber a maior quantidade de recursos, com iniciativas de US$ 4,7 bilhões. Saúde terá um total de oito projetos, que abrangem US$ 965 milhões. O setor de educação terá investimento total equivalente a US$ 600 milhões. Moradia e saneamento receberão financiamentos de US$ 780 milhões. os Estados Unidos e o México, além do Banco Interamericano ■ de Desenvolvimento. 10 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Latin America News PTG.indd 10 29/01/2015 16:47:58 SOMOS DIFERENTES, PRA VOCÊ PODER SER MELHOR Poderíamos preencher este espaço com todas as características inovadoras que a nossa nova linha estabilizadora inclui. 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Série II RTC-80130 Série II RTC-80150 Série II Comprimento máximo da lança ç Altura máxima da pon pontta ta Peso de Pes Pe trans tra nsp sport orte* ort e* Raio Ra Rai aiio de de ggiiro iro** iro** 12,2 – 45,7 m de 5 seções de lança 76.2m 41 725kg 6.66m 12,6 – 49,3m de 5 seções de lança 84.7m 42 702kg 6.66m 12,9 – 59,5m de 6 seções de lança 94.8m 45 378kg 6.66m *Consulte o fabricante para configuração de transporte ** Raio de giro de ponta a ponta REVENDEDORES LINK-BELT AUTORIZADOS Capacidades no pneu / coleta e transporte 100 mt 120 mt ARGENTINA Paramount Gruas +54-11-4392-1669 Buenos Aires, Argentina EQUADOR Maquimax +593-4-600-4242 Guayaquil, Ecuador PERU Montacargas Zapler S.R.L. + 511-713-0910 Chorillos-Lima, Peru COLOMBIA Mercovil +57-4-444-5587 Medellin, Colombia MEXICO MADISA + 52-81-8400-2000 Nuevo Leon, Mexico CHILE Paramount Gruas + 562-431-5023 Santiago, Chile PANAMA Cardoze & Lindo, S.A. + 507-274-9300 Panama City, Panama TRINIDAD Paramount Trans. & Trading Co., Ltd. + 868-653-3802 Marabella, Trinidad 135 mt New! 1376 CLA 3 axel RTC ad PORTUGESE 9.15.14.indd 1 CLA Full Page.indd 1 VENEZUELA Sunimca + 58-261-731-5589 Maracaibo, Zulia Contate seu distribuidor Link-Belt autorizado sobre um RTC hoje mesmo! LINK-BELT CONSTRUCTION EQUIPMENT Lexington, Kentucky, USA | www.linkbelt.com 9/18/2014 10:46:11 AM 30/01/2015 08:35:30 MERCADO Novo site para compra e venda de máquinas A empresa suíça Equippo lançou um novo mercado online para a compra e venda de equipamentos usados no mundo. Segundo a companhia, a plataforma se diferencia da concorrência por promover transações fáceis, com gestão total, vendas e variedade de idiomas (o site está disponível em inglês, russo, espanhol e EM DESTAQUE FERREYROS A empresa peruana de maquinário pesado Ferreyros, distribuidora de marcas como Caterpillar, incorporou as usinas de asfalto Astec como parte de sua oferta ao mercado do país. Durante o seminário “Soluções para o Asfalto”, a empresa apresentou a primeira usina Astec vendida no país, a Voyager 200, comprada pela construtora Delheal, e que estará destinada a prestar serviços gerais de edificação e, claro, construção de rodovias. A Voyager 200 é uma usina de asfalto móvel que pode produzir até 180 toneladas hora e tem a capacidade de utilizar até 40% de asfalto reciclado. polonês, e oferece vendas e assistência em nove idiomas). A Equippo oferece uma gestão de transação completa, incluindo direitos alfandegários, custos de envio e transporte e taxas de escolta de segurança. Isso permite que os compradores de equipamentos usados nos mercados em desenvolvimento se beneficiem do mercado internacional de máquinas pesadas. Michael Rohmeder, fundador da empresa, afirmou que “todas as organizações de vendas que eu conheço tentam chegar aos usuários finais O Equippo.com está disponível em quatro idiomas. nos mercados de exportação. Todo consumidor está sempre disposto a economizar dinheiro olhando além das fronteiras. Mas as transações diretas são raras exceções. Nossa visão é romper as barreiras comerciais e facilitar ao extremo os negócios globais mediante o comércio eletrônico”. Em países onde se pode importar máquinas usadas, o site pode ser útil. ■ Linden Comansa eleva suas expectativas Ainda sofrendo certas sequelas da crise internacional, a fabricante espanhola de guindastes torre Linden Comansa está otimista em relação ao futuro. Martín Echeverría, diretor comercial da empresa, disse durante a Bauma China que este ano a empresa deve crescer 20%. “As receitas este ano estão próximas aos 40 milhões de euros na fábrica de Pamplona, e na China serão em torno de 15 milhões de euros”. Mesmo com expectativa de crescimento para 2015, a empresa está longe de alcançar as vendas previas à crise financeira mundial, quando a fábrica espanhola gerava receita de cerca de 120 milhões de euros. Nesse contexto, Martín Echeverría diz que “em 2009 registramos uma queda grande, é fácil crescer após uma queda tão importante”. De acordo com a visão do executivo, “as coisas estão bem e vão estar melhor ainda”. É que ainda há espaço para recuperação. “Temos muito A empresa lançou em janeiro seu novo guindaste flat-top 21LC335. caminho ainda, nas duas empresas pode-se crescer muito. A capacidade de produção na China é de umas 500 unidades, e nesse momento estamos em torno de 120. Na Espanha não chegamos às 200 e podemos alcançar às 1.200”, explica. O mercado latino-americano representa ao redor de 10% da venda de guindastes novos da Linden Comansa. O executivo reconhece que há países com cenários mais complexos que outros, como o Brasil. Mas em termos gerais, a região está em movimento. “Estamos tendo bons resultados no Chile outra vez, a Colômbia é um mercado bastante estável, no México estamos bem posicionados e Cuba tem sido um bom ■ mercado para nós”, disse. Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 13 CLA 01-02 2015 Business News PTG.indd 13 29/01/2015 16:48:41 MERCADO Negócios da Liebherr mantêm nível de 2013 O Grupo Liebherr espera ter alcançado em 2014 vendas similares às registradas em 2013, e com isso obter um faturamento de 8,86 bilhões de euros, o que representaria uma queda de 98 milhões de euros em relação ao ano anterior. No âmbito de máquinas de construção e mineração, a Libeherr espera um volume de negócios de cerca de 5,3 bilhões de euros, o que seria 4,5% menos do que no ano anterior. Segundo comentou durante a Bauma China o membro do conselho da Liebherr International AG, Andreas Boehm, “esperamos que as receitas de 2014 se mantenham em relação à obtida no ano anterior. Nas áreas de construção e mineração antecipamos uma leve queda. Fora disto, esperamos um desenvolvimento positivo”. Apesar da estabilidade nos negócios, a companhia investiu no ano passado algo em torno a 820 milhões de euros. Sobre a América Latina, o executivo mencionou a construção de um centro de reparações de guindastes móveis e sobre esteiras em Guaratinguetá, além do início de construção de um novo armazém na fábrica que a empresa tem no Brasil. No ano passado, a fábrica brasileira da Liebherr, onde se Andreas Boehm, do conselho da Liebherr International AG, palestrando na Bauma China. produzem guindastes torre, pás carregadeiras, guindastes offshore e betoneiras, celebrou seu quadragésimo aniversário. Na América Latina, as divisões de construção e mineração são as mais destacadas entre as linhas de ■ negócio da Liebherr. Manitowoc Cranes tem novo presidente Larry Weyers foi nomeado presidente da Manitowoc Cranes, em substituição a Eric Etchart, que manteve a posição durante oito anos e que agora será vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios da Manitowoc Company. Weyers, que até agora era vice-presidente executivo da Manitowoc Cranes, entrou na companhia em 1998 e nela ocupou diversos cargos de direção, entre eles a vicepresidência responsável pelo serviço de Crane Care. Sobre Etchart, Glen Tellock, presidente e CEO da Manitowoc Company, afirmou que “Eric desempenhou um papel fundamental, potencializando a liderança da Manitowoc em nível mundial. Sua liderança ajudou a posicionar o segmento de guindastes como líder de mercado, evidenciando a capacidade do segmento de O executivo Larry Weyers entrou na empresa em 1998. oferecer produtos e tecnologias inovadoras, executar iniciativas de excelência operacional e ampliar sua presença global”. O CEO também destacou a nomeação de Larry Weyers: “sua demonstrada liderança, seu profundo conhecimento do mercado global de guindastes e sua capacidade de execução das metas operacionais, sem dúvida, o apoiarão no sucesso contínuo da nossa divisão de guindastes”. No ano passado, a Manitowoc Cranes havia anunciado uma reorganização, que deixou de ser uma estrutura regional para se tornar uma estrutura global. Com fábrica no Brasil, a empresa tem forte presença na ■ América Latina. EM DESTAQUE AGGREKO A marca inglesa de soluções temporárias de energia Aggreko anunciou o lançamento de uma nova divisão de energia multimegawatt no México. A nova divisão poderá oferecer soluções desde 10MW até 200 MW com projetos que podem funcionar com diesel e gás natural. E vai cobrir as necessidades de seus clientes nas indústrias de geração e distribuição elétrica, petróleo e gás e mineração. Ana Amicarella, diretora executiva de projetos de energias da Aggreko nas Américas, disse que “estamos operando no México desde 2006 com a divisão que cobre necessidades de energias menores. O contínuo crescimento econômico do país nos últimos anos tem criado oportunidades para projetos de energia temporária de maior envergadura”. A representacao mexicana da empresa conta com uma frota de locação de mais de 20 mil geradores que somam uma capacidade total de 9.500 MW. 14 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Business News PTG.indd 14 29/01/2015 16:48:53 ADVERTISEMENT - PUBLICIDAD - PUBLICIDADE Los distribuidores Cat® están listos para respaldar a los clientes que deseen comprar productos Tier 4 usados para utilizar en América Latina L os productos Tier 4 comenzaron a migrar a América Latina Durante décadas, Caterpillar vendió, y seguirá vendiendo, equipos nuevos y con diseños específicos para satisfacer las necesidades de clientes que trabajan en América Latina. Sin embargo, pueden surgir problemas complejos cuando los productos Tier 4 usados, que se fabricaron originalmente para utilizarse en países altamente regulados (HRC, Highly Regulated Countries), migran a América Latina y a otros países que no tienen estándares de emisiones que no son de carretera o dichos estándares son menos estrictos. Para evitar problemas, como combustible de diferente calidad y contenido de azufre en el combustible, Caterpillar ha seguido una estrategia de migración estricta desde que comenzó el desarrollo de los productos populares de Tier 4 Interim, que se presentaron en el año 2011. Gracias a esta estrategia, los distribuidores Cat® están preparados para ayudar a los nuevos propietarios a disfrutar de la producción máxima de sus productos Tier 4 usados. Normativas de emisiones cada vez más exigentes Todos los fabricantes de motores diesel que comercializan productos en los HRC, incluidos los Estados Unidos, la Unión Europea (EU, European Union) y Japón, deben cumplir con los exigentes estándares establecidos en dichos países con el fin de reducir las emisiones de escape. Para permitir que Caterpillar y otros OEM (Original Equipment Manufacturer, Fabricantes de Equipo Original) cumplan con los estándares de emisiones, los HRC también regulan los niveles permitidos de azufre en el combustible. Los estándares, que se introdujeron por fases a partir de 1996, entraron en vigencia, en primer lugar, como Tier 1. Con cada una de las fases siguientes, las normativas requerían mayores reducciones de Materia Particulada (PM, Particulate Matter) y de Óxidos de Nitrógeno (NOx, Oxides of Nitrogen). En la actualidad, están en vigencia las fases Tier 4 Interim y Tier 4 Final, las cuales exigen que los fabricantes alcancen el objetivo principal de los estándares (emisiones casi nulas de PM y NOx en motores diesel que no son para carretera). Soluciones de emisiones de Caterpillar personalizadas según la gama de potencia del motor Para cumplir con las exigencias cada vez mayores de los estándares de emisiones, Caterpillar reconoció que no existe una única solución para la variedad de productos que se fabrican para diferentes entornos. Por lo tanto, las soluciones de emisiones se personalizan según la gama de potencia del motor mediante una selección de tecnologías fundamentales, como: controles electrónicos nuevos, sistemas de combustible avanzados, sistemas de administración de aire fiables y soluciones de postratamiento duraderas. Este enfoque personalizado aporta flexibilidad a la hora de desarrollar la solución óptima para máquinas y aplicaciones específicas. La población de campo de Cat Tier 4 Interim creció rápidamente a más de 100.000 productos que operan en los HRC. Debido a los excelentes resultados de confiabilidad y eficiencia del combustible acumulados durante más de 50 millones de horas de operación, clientes de todo el mundo, incluidos los países no regulados o menos regulados, compraron o se mostraron cada vez más interesados en comprar productos Cat Tier 4 usados. Sin lugar a dudas, estos atractivos productos están en constante movimiento. Intrínsecamente, eso crea complejidades relacionadas con las decisiones de compra y de respaldo por parte de los clientes de países no regulados o menos regulados, incluida América Latina, que nunca tuvieron que considerar las implicaciones de utilizar productos Tier 4. CATERPILLAR HA DETERMINADO que los sistemas de motores Cat Tier 4 Interim usados de entre 130 kW y 895 kW (motores 7-32 L) no necesitarán ninguna modificación para funcionar en países menos regulados. Para los motores Cat Tier 4 Interim de menos de 130 kW, Caterpillar ofrecerá procesos de modificación autorizados que eliminarán el postratamiento de las configuraciones de las máquinas y de los motores comerciales para permitir el funcionamiento en países menos regulados. Los procesos de modificación, que incluyen la descertificación, se encontrarán disponibles para los clientes de América Latina a través de su distribuidor Cat local en diciembre de 2014. Visite Cat.com para conocer su distribuidor más cercano y obtener más información sobre cómo lo pueden ayudar a mantener el valor de sus productos Tier 4 usados. Una gran excavadora versátil, el modelo 320E es fácil de maniobrar y tiene la fuerza suficiente para realizar trabajos exigentes. Debido a su versatilidad, se prevé que los modelos 320E usados con motores Tier 4 comenzarán a migrar a América Latina. Distribuidores Cat preparados para ayudar a los compradores de equipos Tier 4 Debido a que hemos ejecutado exitosamente nuestra estrategia de migración, los distribuidores Cat locales están listos para la llegada de productos Tier 4 usados a América Latina. Mediante una capacitación intensiva, los distribuidores saben cuáles son los productos que requerirán o no modificaciones para resolver problemas relacionados con la ubicación, como la calidad del combustible, con el fin de que funcionen en niveles óptimos. Además, cuentan con todas las piezas necesarias en existencia, con la herramienta de servicio completa y con información de producto disponible, incluidos los detalles sobre la disponibilidad de un producto en particular. Por tanto, las personas interesadas en comprar productos Tier 4 usados descubrirán que su distribuidor Cat local es un recurso invaluable. Q ADVERTISEMENT - PUBLICIDAD - PUBLICIDADE Untitled-1 1 08/10/2014 17:08:20 Potente, flexível e compacto. O novo Guindaste móvel sobre esteira LR 11000. Excelente capacidade de carga com sistemas de lança variáveis Com o PowerBoom extraordinário aumento da capacidade de carga Componentes otimizados para transportes com pesos até no máximo 45 t Ideal também para utilização em espaços limitados devido ao seu design compacto Liebherr-Werk Ehingen GmbH Postfach 1361 D-89582 Ehingen Tel.: +49 7391 502-0 E-mail: [email protected] www.facebook.com/LiebherrConstruction www.liebherr.com CLA Full Page.indd 1 The Group 30/01/2015 08:35:58 KHL CONSTRUÇÃO www.khl.com/sector/construction/ Notícias do setor GUINDASTES & TRANSPORTE www.khl.com/sector/cranes/ NotÍcias de guindastes e transporte DEMOLIÇÃO www.khl.com/sector/demolition/ Noticias de demolição ACESSO www.khl.com/sector/access/ Tudo sobre o setor de acesso LOCAÇÃO www.khl.com/sector/rental/ As últimas do rental NOTÍCIAS www.khl.com/news/ O melhor noticiário sobre o mundo da construção REVISTAS www.khl.com/magazines/ Portfólio de revistas da KHL NEWSLETTERS www.khl.com/newsletter/ Portfólio de newsletters da KHL VÍDEO & ÁUDIO www.khl.com/videozone/videozone Os últimos vÍdeos de fabricantes, notÍcias e relatórios da equipe editorial da KHL PODCASTS www.khl.com/videozone/podcasts As revistas da KHL em áudio EVENTOS www.khl.com/events/ Calendário de eventos da KHL LOJA www.khl-infostore.com Baixe ou adquira anuários, rankings, relatórios especiais e executivos da KHL GUINDASTES USADOS www.khlcranemarket.com Nosso mercado de guindastes ASSINATURAS www.khl.com/subscriptions/ Assine qualquer revista internacional sobre construção do KHL Group Nossa nova logomarca C onstrução LatinoAmericana, a revista da indústria da construção da América Latina, começa o ano com nova imagem, para reforçar e modernizar sua marca frente sua rede de leitores em todo o mundo. A nova marca inclui um logotipo simplificado formado pelas iniciais “CLA”, escritas em letra maiúscula. Na prática, as iniciais “CLA” têm sido utilizadas como alternativa ao nome completo da revista dentro e fora da organização. Esta simplificação do nome dará consistência e facilitará a identificação da publicação. Construção LatinoAmericana vai continuar sendo CONSTRUÇÃO LATINO-AMERICANA UMA PUBLICAÇÃO DA KHL GROUP MAIS EM KHL.COM Janeiro-Fevereiro 2015 I Ano 5 I Número 1 www.construcaolatinoamericana.com COLÔMBIA 18 FUNDAÇÕES 23 China avança na América Latina PREPARO DE TERRENO 29 COMPACTOS 42 A R E V I S TA D A I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O N A A M É R I C A L AT I N A o nome completo da revista para efeitos legais, e seguirá sendo utilizado nas assinaturas das matérias e demais propósitos. A nova logo foi desenvolvida pensando em nossos leitores e está desenhada para facilitar a leitura e a memória da marca. Relatório especial: movimento de terra Através da loja O relatório é um guia online www. E A R T H M O V I N G de valor para quem trabalha com esse tipo khl-infostore. de equipamentos. com, o KHL Group oferece fundamental na a seus leitores o construção da Relatório Especial: infraestrutura Movimento de do mundo, seu Terra 2014, que international construction rendimento e em suas 67 páginas capacidades são cruciais para a inclui as notícias de produtos, execução de projetos. estudo de casos e especificações Essa é uma área do de equipamentos que maquinário que experimentou foram publicadas na revista enorme mudança na última International Construction década, devido especialmente durante 2014. à introdução de limites cada Os equipamentos de vez mais estritos para emissões terraplanagem são os mais de gases. Inicialmente, essas utilizados no mundo da normas tão restritivas eram construção, desde escavadeiras aplicadas só na Europa, Japão e pás carregadeiras, até e América do Norte, mas agora maquinas mais especializadas são parte fundamental das como motoniveladoras e políticas ambientais de muitos tratores de esteira. Esses ■ outros países. equipamentos têm um papel A KHL SPECIAL REPORT 2014 REPORT ON THE EARTHMOVING SECTOR F R O M I N T E R N AT I O N A L C O N S T R U C T I O N “A nova imagem da CLA faz parte de uma estratégia de fortalecimento da marca, focada numa distinção visual da revista e com o objetivo de reforçar nosso alcance no mercado latino-americano”, disse Trevor Pease, presidente do KHL Group Americas. “Já utilizamos esta mesma estratégia, usando siglas, com outros títulos como ACT (American Cranes & Transport) e ALH (Access, Lift & Handlers)”, afirmou ele. O novo posicionamento da marca é fruto do trabalho de toda a equipe da CLA e do KHL Group, e aparecerá paulatinamente em todas as plataformas associadas à sua ■ revista de construção. EM DESTAQUE COLABORAÇÕES A partir de agora, convidamos nossos leitores a enviar fotos de seus serviços, obras e projetos. Cada semana vamos selecionar uma e publicá-la em nosso site como a Foto da Semana. Basta enviar a imagem para [email protected]. Não esqueça de acessar www. construcaolatinoamericana. com, o site de notícias que vai mantê-lo atualizado de tudo aquilo que acontece na indústria da construção da região. Você também pode se cadastrar, e receber gratuitamente por email, nosso informativo semanal com as informações mais relevantes, e as dez edições anuais impressas da revista. E não esqueça de nos seguir no Twitter através de @CLA_portugues e curtir nossa página no Facebook. Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 17 CLA 01-02 2015 KHL News PTG.indd 17 29/01/2015 16:50:10 PAÍS EM FOCO Colômbia em renovação O país assiste o início da execução de uma série de milionários investimentos para melhorar radicalmente sua infraestrutura de rodovias, energia e transporte. Reportagem de Cristián Peters. A Colômbia iniciou um período que abrirá as portas de um novo país. Sua economia se destaca na América Latina e no Caribe diante de um contexto internacional difícil. Enquanto 2014 foi um ano relativamente magro para a região, com crescimento médio de 1,1%, o país poderia alcançar um crescimento de seu PIB de 4,8%, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Da mesma forma, para este ano as projeções da entidade são positivas, prevendo para a economia colombiana um crescimento de 4,3%, enquanto para o resto da região a estimativa média é de 2,2%. Por sua vez, o setor da construção também registra um importante crescimento. Segundo o Ministério da Fazenda do país, PROJEÇÃO DE PIB SETORIAL Construção Edificações Obras Civis 2014 10,8 6,5 14,1 2015 4,7 3,0 6,0 Fonte: Ministério da Fazenda e Crédito Público o setor se expandiu 10,8% durante o ano passado, ainda que para 2015 espera-se menos atividade, com avanço da indústria de 4,7%. Mesmo com crescimento menor, se a construção seguir o bom caminho, a economia em geral será beneficiada. De acordo com cálculos do Departamento Nacional de Planejamento, o setor de construção pode chegar a estimular até 25% da atividade industrial, graças à estreita relação existente entre os setores. Segundo o Ministério, essa queda se explica pelo menor crescimento das obras civis (de 14,1% para 6%), e pela desaceleração de cerca de 3,5 pontos porcentuais na execução de edificações, o que daria num crescimento estimado de 3%. Juan Felipe Hoyos Mejía, presidente da empreiteira colombiana Coninsa Ramón H.S.A, está em sintonia com essa afirmação e afirma que “no campo da construção de edificações espera-se que o mercado tenha um pequeno decrescimento devido à menor demanda pela compra de moradias novas”. No entanto, alerta que se o governo conseguir consolidar seu plano de moradia de interesse social - em início de dezembro foi anunciado o início da segunda etapa do programa habitacional de 100 mil residências gratuitas – isso será um contrapeso a essa desaceleração. A companhia conta com vasta experiência nessa matéria, e no ano passado participou de três projetos do programa Moradia de Interesse Prioritário, com mais de 3 mil casas construídas. Para e empresa, o ano de 2014 cumpriu com as expectativas de comportamento do mercado da construção. Segundo explica Hoyos, “no campo das edificações houve um fortalecimento das obras na denominada Zona Caribe (Barranquilla e Santa Marta), enquanto nas cidades de Bogotá e Medellín manteve-se bom nível da atividade, apesar de uma leve queda (de 5%) registrada na construção residencial”. No que diz respeito à infraestrutura, Hoyos afirma que se é verdade que os grandes investimentos começariam a partir de 2016, este ano terá um incremento na atividade de projeto, e provavelmente de negociações de equipamentos e insumos especiais. “Na nossa companhia orçamos um crescimento do volume de atividades próximo a 8%”, comenta o executivo. No entanto, há que destacar que a Coninsa Ramón H. também está presente na prestação de serviços de desenhos urbanísticos e arquitetônicos integrados e no campo de locação, com mais de 5,6 mil imóveis administrados. Para a J.E Jaime Engenheiros, 2014 foi um ano com bom volume de trabalho, e segundo comenta seu gerente comercial, Eduardo Pinilla, “cumprimos com o plano estratégico estabelecido pela alta direção, 18 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Focus Colombia PTG.indd 18 29/01/2015 16:53:36 PAÍS EM FOCO A Coninsa Ramón H. está trabalhando (em conjunto com Camargo Correa e Construtora Concocreto S.A.) na construção do maior projeto hidroelétrico da Colômbia, Ituango. Em relação a estradas, a Coninsa Ramón H. faz parte de um consórcio que atua na rodovia Tranversal Medellín Quibdó. conseguindo um crescimento permanente para nossas metas a longo prazo”. A companhia, que conta com um case de mais de 500 projetos executados e atividades em dez países da América Latina e Caribe, vê os planos energéticos e de infraestrutura rodoviária que desenvolve o governo como um fator positivo para o crescimento. PROJETOS A Colômbia tem se preocupado em incentivar o desenvolvimento de sua infraestrutura, e nesse sentido as concessões rodoviárias de quarta geração, conhecidas como 4G, têm um papel importante. “Depois de vários anos de ‘aprendizado’ começam a ser aprovados os primeiros projetos das PPPs, o que vai dar ainda mais força à infraestrutura. Esperamos que não aconteçam interferências no desenvolvimento dessas obras, que vão dar uma ajuda forte à competividade do país”, comenta Juan Felipe Hoyos. A infraestrutura do transporte tem sido um dos pilares do recente desenvolvimento colombiano. De fato, a ministra do Transporte Natalia Abello destacou no final do ano passado numa coluna do jornal El Colombiano que, “em matéria orçamentária o setor passou nos últimos quatro anos de um investimento médio de 2,2 bilhões de pesos (cerca de US$900 milhões) a 7,7 bilhões de pesos (US$ 3,18 milhões) anuais”. Segundo disse, “os grandes projetos de infraestrutura, a multimodalidade e todos os esforços que estamos fazendo no Ministério para melhorar a logística de transporte, permitirão que a Colômbia inteira avance ao progresso a passos agigantados”. É importante destacar que o programa 4G abrange três levas de projetos (já começaram os processos de licitação da segunda) com investimentos de 47 trilhões de pesos (mais SEGUNDA LEVA DE CONCESSÕES PROJETO CONSTRUÇÃO (KM) Neiva-Girardot Villavicencio-Yopal Rumichaca-Pasto Santana-Mocoa-Neiva Santander de Quilichao-Popayán Barrancabermeja – Bucaramanga Sisga - El secreto Autopista Mar 1 Autopista Mar 2 TOTAL *Construção e recuperação Fonte: Câmara Colombiana da Infraestrutura 48 80 54 76 194 110 17 579 RECUPERAÇÃO INVESTIMENTO* (KM) (MM US$) 175 951,3 212 1.034,0 909,9 422 1.240,8 661,7 67 1.116,7 376,7 1.819,8 118 1.571,7 994 9.683,0 de US$ 20 bilhões), através dos quais pretende-se intervir em 7 mil quilômetros de rodovias, 141 túneis e 1,3 mil viadutos. Esta segunda leva de projetos prevê investimentos que chegariam quase a US$ 9,7 bilhões para a construção, reforma e manutenção de mais de 1,5 mil quilômetros. As licitações para a segunda fase do grande projeto de concessões deverão começar ainda no primeiro semestre de 2015. O programa chama a atenção de construtoras de mais de dez países, sejam da América Latina, ou também da Europa e da Ásia. Da mesma forma, o governo se colocou a meta de triplicar o transporte fluvial até o ano de 2032, e aumentar em 50% o transporte ferroviário. NA CAPITAL Assim como a infraestrutura rodoviária é um tema relevante para o país, a mobilidade urbana também é foco de atenção para o atual governo. Por isso, a capital Bogotá estaria se preparando para receber sua primeira linha de metrô. A iniciativa, que é discutida há mais de 60 anos, demandaria investimentos por mais de US$ 2,5 bilhões e contaria com um trajeto de 26,5 quilômetros e 28 estações. O governo prometeu que em setembro deste ano se concluirão os estudos preliminares. Outro projeto de mobilidade que se planeja para a cidade é o de construir um ramal do sistema de ônibus rápido Transmilenio pela Avenida Boyacá. O projeto abrange um total de 37 quilômetros e demandaria investimentos de US$ 295 milhões. Por último, a cidade também está estudando investir num sistema de teleféricos entre Cidade Bolívar e San Cristóbal, que estaria conectado com o projeto do metrô e o Transmilenio. Cada linha tem um custo médio estimado até o momento em cerca de ■ US$ 50 milhões. Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 19 CLA 01-02 2015 Focus Colombia PTG.indd 19 29/01/2015 16:53:49 Skyjack PTG dps.indd 2 30/01/2015 09:21:32 Skyjack PTG dps.indd 3 30/01/2015 09:21:46 NOSSAS FELICITAÇÕES À ALATRANS Felicitamos a Associação Latino-Americana de Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas ALATRANS por ocasião de sua criação e desejamos à associação e a seus colaboradores tudo de bom! Forneceremos todo o apoio que seja necessário para conferir maior segurança ao transporte de cargas pesadas e à operação de guindastes. WWW.GOLDHOFER.DE POWER TO PERFORM CLA Full Page.indd 1 30/01/2015 08:30:42 FUNDAÇÕES Desenho da ponte cujas fundações acabam de se realizar no Rio de Janeiro. São 40 estacas cravadas a 33 metros de profundidade. Quanto mais sistemas de metrô se constroem na América Latina, mais ficam em evidência as soluções criadas pelo setor de fundações. Reportagem de Fausto Oliveira. Sustentando vias subterrâneas E ntre projetos em execução, licitações convocadas e discussões públicas sobre viabilidade, são muitas as cidades latino-americanas que estão envolvidas com a construção de sistemas de metrô. Lima licitou seu milionário projeto da linha 2. Santiago está em processo avançado de construção das linhas 3 e 6, e recém se anunciou uma extensão da linha 2 e estudos para a linha 7. São Paulo continua avançando nas obras da linha 5, enquanto o Rio de Janeiro constrói atualmente a linha 4 para a conexão da cidade com a região olímpica na zona oeste para os Jogos de 2016. Bogotá não quer ficar de fora e finalmente parece que vai iniciar seu antigo projeto metroviário. Na América Central, o Panamá inaugurou sua linha 1 em 2014 e colocou em licitação sua linha 2. Com tantas iniciativas, empreiteiras especializadas em fundações especiais são muito demandadas para estabilizar os solos muitas vezes moles ou, ao contrário, de rochas muito duras. Além disso, é tarefa sua construir as bases para as estações subterrâneas e para as vias aéreas que suportarão o intenso tráfego de trens a metros do chão. No Chile, a empreiteira especializada Pilotes Terratest venceu as licitações de fundações de oito estações nas duas novas linhas que se constroem em Santiago, além de passagens intermediárias entre as estações Franklin e Ñuble, da linha 6. Graças à perfuratriz Bauer BG 28, a empresa vem obtendo bons resultados na O consórcio construtor da linha 4 do Rio utilizou perfuratrizes Bauer com o martelo especial Multihammer. colocação de estacas escavadas. Essa foi a técnica escolhida pela Pilotes Terratest para sustentar as futuras estações. Na área norte da estação Los Leones, a empreiteira instalou 110 estacas a uma profundidade média de 27 metros. Na área sul da mesma estação, que ainda será executada, serão 46 estacas a uma profundidade média de 28 metros. Outras 59 estacas a 30 metros de profundidade já estão escavadas na futura estação Ñuñoa, enquanto que a futura estação Estádio Nacional, lugar emblemático do esporte chileno, a Pilotes Terratest escavou um total de 39 estacas a uma profundidade média de 27 metros. Sua tradição como empreiteira de fundações especiais no Chile rendeu à Pilotes Terratest uma reputação especial no mercado. De maneira que, recentemente, foi adquirida por uma das maiores construtoras do país, a Echeverría Izquierdo, e recém entrou no mercado peruano, onde seguramente terá a oportunidade de aplicar as técnicas do metrô de Santiago nas obras do metrô da capital peruana. Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 23 CLA 01-02 2015 Foundations PTG.indd 23 29/01/2015 16:54:41 FUNDAÇÕES A técnica de estaca escavada foi a escolhida para a maioria das fundações no metrô do Chile, como na estação Franklin da linha 6. A empresa trouxe ao Chile uma série de técnicas de fundações que, segundo afirma, antes não eram comuns no país. Uma delas foi o jet grouting, a estabilização do solo com concreto, mas adaptando-a às necessidades sísmicas do país. OBRA OLÍMPICA Equipamentos da alemã Bauer também foram a escolha do consórcio construtor da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, que acaba de completar a etapa de fundações de uma ponte que servirá de passagens para os trens na Barra da Tijuca. Ali, a situação era particular, porque na zona oeste da cidade, onde estarão os Jogos Olímpicos, o solo é arenoso. Por essa razão, a estabilização da ponte demandava escavações mais profundas até chegar à camada de rocha subterrânea. Escolheu-se cravar as camisas metálicas com martelo tradicional até chegar à camada de rocha e então se escavou a areia. Aí entrou em ação uma Bauer BG 36 acoplada a um Multihammer, martelo especial da mesma marca que tem sete cabeças rompedoras que alternam a frequência e a intensidade da vibração. CZM APROFUNDA SUA INTERNACIONALIZAÇÃO A fabricante brasileira de equipamentos de fundações CZM vem há anos entrando em muitos mercados estrangeiros. O grande salto desse processo foi a inauguração em 2012 de uma fábrica na cidade de Savannah, nos Estados Unidos. Agora com dois anos de operação no mercado norte-americano, a empresa colhe excelentes resultados com a atual recuperação do mercado no país do norte. “Nossa operação está acompanhando o crescimento dos Estados Unidos. Planejamos chegar ao final de 2015 com um crescimento de 30% sobre o ano anterior, chegando então a 40 unidades”, disse Marcos Cló, vice-presidente de vendas e marketing da CZM. Uma das condições para o sucesso foi a associação com a Caterpillar, maior fabricante de equipamentos do mundo e hegemônica em seu mercado nacional. As perfuratrizes CZM são vendidas nos EUA adaptadas a escavadeiras Caterpillar, o que lhes dá uma rede de apoio técnico e de vendas que é difícil de superar. Mas obviamente seu processo de internacionalização não poderia deixar de fora a América Latina, e é aí que surge um contexto que mistura boas e más notícias. De acordo com o executivo, a defasagem cambial do Brasil em comparação com os países dos competidores europeus nos últimos cinco anos fez com que as vendas da CZM na América Latina não fossem expressivas. Além disso, a empresa se ressente da situação na Argentina, mercado muito importante que, segundo Marcos Cló, “continua adormecido e parece que assim será nos próximos anos”. Não obstante, a boa notícia vem da América Central e Caribe. Marcos Cló afirma que a CZM tem ordens de compra desta região para o começo de 2015. Além disso, ele esclarece que a unidade nos Estados Unidos vem cumprindo com sua missão de ampliar o processo de internacionalização, e agora o México será um novo objetivo de mercado. Tudo isso enquanto no Brasil a companhia compartilha da maioria das análises sobre a economia nacional e não está otimista em relação ao futuro imediato. “A CZM já vem percebendo a desaceleração do mercado brasileiro há mais de ano e se adequou à menor demanda. Os projetos de infraestrutura estão sempre esbarrando em vários problemas para a licitação. O momento econômico do Brasil é de ajuste fiscal e colocar as contas em ordem para que então possa retomar o crescimento a partir de 2016, e isto não poderia de ser diferente para a construção civil”, diz o executivo. A empresa nacional abriu uma fábrica nos Estados Unidos e com isso se protege da instabilidade na América Latina. 24 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Foundations PTG.indd 24 29/01/2015 16:54:58 A BASE DE TUDO INOVAÇÃO UÊ -ÃÌi>ÊÛLÀ>ÌÀÊiÝVÕÃÛÊ >Ì®ÊÌ«Ê«`°Ê w?Ûi]ÊÀiµÕiÀÊÕÌÊ«ÕV>Ê>ÕÌiXK° UÊ -ÃÌi>Ê`iÊLL>ÃÊ`Õ«>ÃÊ«À«ÀV>ÊyÕÝÊ`i«i`iÌiÊ«>À>ÊiÝVi«V>ÊÌÀ>XKÊiÊ«>À>ÊÊVw?ÛiÊÃÃÌi>ÊÛLÀ>ÌÀ° UÊ -ÃÌi>Ê«V>Ê`iÊi`XKÊ`iÊ «>VÌ>XKÊV >>`Ê*°ÊÊ«>Êv>Ý>Ê`iÊ>«V>XKÊiÊiÃÊÛ>À>L`>`iʵÕiÊÃÊÊ ÃÃÌi>ÃÊL>Ãi>`ÃÊÊ>ViiÀiÌÀ° Ê Ì>ÌiÊÃiÕÊ`ÃÌÀLÕ`ÀÊ«>À>Ê>ÃÊvÀ>VªiÃÊiÊ«XªiÃÊ`iÊ>Õ}Õi° Entre em contato conosco acessando www.cat.com/paving v>ViL°VÉ /*>Û} ÞÕÌÕLi°VÉ /*>Û} R QPXC1735 CAT, CATERPILLAR, seus respectivos logotipos, o “Amarelo Caterpillar”, a configuração comercial “Power Edge” bem como a identidade corporativa e do produto usada nesta publicação, são marcas registradas da Caterpillar e não podem ser usadas sem permissão. CLA Full Page.indd 1 30/01/2015 08:36:39 FUNDAÇÕES Por este método, foram cravadas 40 estacas de 1,4 metro de diâmetro cada uma, a uma profundidade total de 33 metros, penetrando cinco deles na rocha. Uma vez perfurada a rocha, as camisas metálicas receberam tratamento normal com armadura e concreto. A obra do metrô carioca está composta por seis estações e tem sua inauguração prevista para 2016, antes da realização do maior evento esportivo que a cidade jamais terá visto. Calcula-se que 300 mil pessoas viajarão diariamente pela linha 4. A ponte estaiada que se constrói como parte da via, cujas fundações estão já prontas, terá um comprimento de 420 metros e estará a 72 metros de altura. Este não foi o único desafio do consórcio que faz a nova linha da Cidade Maravilhosa. Devido à sua proximidade com a Lagoa da Tijuca, uma das novas estações apesentava o desafio de rebaixar um lençol freático que estava a apenas dois metros da superfície. Trata-se da estação Jardim Oceânico. A tarefa de rebaixar o nível do lençol implicou o uso de cerca de 400 bombas de sucção. Além disso, enquanto se realizava a estrutura da estação, utilizou-se um sistema de capas de proteção para impermeabilizar o local que, de acordo com o consórcio, é o mesmo usado nas obras de fundações do novo World Trade Center em Nova York. Quando estiver concluída a estação Jardim Oceânico, as bombas se desativarão e o A Pilotes Terratest obteve os contratos da maioria das obras de fundações na expansão do metrô de Santiago. LIEBHERR APRESENTA NOVO SIMULADOR DE OPERAÇÃO EM FUNDAÇÕES Uma quantidade importante de iniciativas de treinamento via simuladores, para os mais diferentes equipamentos, foi apresentada ao mercado nos últimos anos. A fabricante alemã Liebherr trouxe recentemente sua mais nova ferramenta de treinamento de operação de máquinas de fundação, o sistema LiSIM. Além das vantagens inerentes a todo tipo de simulador de equipamento pesado, que têm a ver com a realização de treinamentos sem consequências reais, permitindo ao trabalhador operar sem medo e aprender mais rapidamente, o sistema LiSIM agrega um diferencial importante: a versatilidade. Isso porque ele serve tanto para o treinamento no modelo de perfuratriz Liebherr LB 28, de hélice contínua (CFA), como também a operação simulada de um modelo de guindaste de esteiras, o LR1300. O software LiSIM, segundo a fabricante, disponibiliza níveis de realidade virtual acima da média. No módulo de fundações, por exemplo, o equipamento pode simular mudanças no centro de massa de acordo com o acessório acoplado à máquina. Além disso, o software LiSIM simula a operação com barras Kelly e hélice contínua. O sistema LiSIM impõe desafios realistas para o técnico em fundações. lençol freático poderá voltar ao seu nível sem afetar a estação. Histórias como essas deverão se tornar mais comuns conforme a América Latina construa mais infraestruturas subterrâneas ■ de transporte. FEIRA REÚNE INDÚSTRIA DE FUNDAÇÕES NO BRASIL Entre 23 e 25 de junho deste ano vai acontecer em São Paulo a segunda edição da Feira da Indústria de Fundações e Geotecnia, evento de exibição das marcas de máquinas, serviços e empreiteiras do setor, que será acompanhado do oitavo Seminário de Engenharia e Fundações Especiais e Geotecnia. Com o encontro, o setor se atualiza sobre como anda a atividade de fundações e sondagens geotécnicas no país. Além das obras de metrô em algumas grandes cidades, uma importante agenda de obras portuárias move o setor de fundações no Brasil. De acordo com os organizadores, a primeira edição do evento, em 2012, recebeu ao redor de 5 mil visitantes. Para este ano, são esperados mais. A feira e o seminário terão lugar no Transamérica Expo Center. 26 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Foundations PTG.indd 26 29/01/2015 16:55:13 ers & X4 mix rs dumpe 4 A AUTOBETONEIRA NA MEDIDA DA SUA OBRA carmix.com 3 0 0 2 0 N o v e n t a d i P i a v e , Ve n e z i a - I t a l y - Te l . + 3 9 . 0 4 2 1 . 6 5 1 9 1 - i n f o @ c a r m i x . c o m EXPERIÊNCIA - SERVIÇO - ENGENHARIA COFRAGENS - CIMBRE Equipamentos de Alta Performance para Fundações MARTELOS HIDRÁULICOS PARA HINCA DE PILOTES Uma solução econômica e versátil para instalar pilotes em todos os tipos de ferro ou concreto em terra ou em ambientes marítimos. O equipamento pesa de 1,5 a 60 toneladas e tem uma energia de 20kNm a 900 kNm. 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Planejar cuidadosamente o processo e cada uma de suas etapas é um dos fatores que vai determinar o sucesso nos prazos de execução e o respeito ao orçamento original. Nesse contexto, o software BIM (Building Information Modeling) ganha força. A definição do conceito é quase tão ampla como o uso. Trata-se basicamente da produção de modelos tridimensionais que serão, em primeiro lugar, uma construção visual do que cada especialista desenha num projeto, mas também eles vão se transformar numa base de dados centralizada com toda a informação que esse projeto contém, conceito conhecido como as-built. A IN Prediais é uma empresa brasileira que presta serviços de engenharia e que tem em seu portfólio a consultoria BIM. Seu diretor, Humberto Farina, explica a amplitude do conceito. “É um processo para a concepção, construção e operação de empreendimentos através da virtualização A tecnologia BIM ajuda a prevenir eventuais falhas e reduz os tempos de construção dos projetos. da construção”. O grupo Hexagon, matriz suíça da Leica Geosystems, oferece soluções BIM. Miguel Menegusto, gerente de linha de produtos da marca para a América do Sul, reafirma suas amplas qualidades. “Não deve estar só limitado ao modelo 3D inteligente no computador da oficina. O objetivo é utilizar a precisão do modelo digital também em terreno, para poder identificar os problemas prematuramente”. A presença desses softwares na América Latina ainda é limitada, se comparada com mercados mais desenvolvidos como o norteamericano ou o europeu, mas o avanço tem sido importante e, segundo explica Ricardo Rojas, diretor de Inovação e Negócios da companhia chilena René Lagos, trata-se de uma tendência crescente. O executivo explica que nos Estados Unidos a tecnologia é utilizada há muitos anos, e em muitos casos é uma exigência do projeto. Mas destaca que na América Latina ela é cada vez mais habitual. Um exemplo claro disso é a internacionalização da empresa, que hoje tem presença, além do A IN Prediais atuou como consultora BIM na construção do hotel Praia Formosa, no Rio de Janeiro. Chile, nos Estados Unidos, na China, no Peru e no Equador. “Há grandes mercados, como o norteamericano e o europeu, que vêm adotando o BIM em maior escala, no entanto também existem grandes projetos na América Latina que fizeram o mesmo”, complementa Miguel Menegusto, da Leica Geosystems. No entanto, o contraste ainda é grande. No Brasil, por exemplo, calcula-se que só 15% das construtoras utilizam tecnologia BIM há mais de três anos. Nos Estados Unidos, essa cifra chega a 75%. CUSTOS Uma das razões que ajuda a explicar esses números é o valor relativamente elevado do sistema, o que não significa que necessariamente aumentará o custo do projeto. O uso dos métodos tradicionais abrange uma série de riscos que o BIM pode ajudar a prevenir, e o barato muitas vezes sai caro. Um exemplo disso é o que aconteceu com o Hotel Harmon em Las Vegas, Estados Unidos. Em maio de 2014, a justiça determinou que, devido a falhas estruturais, a torre de cristal de 27 andares devia ser demolida sem sequer ter sido inaugurada, o que trará perdas de mais de US$ 279 Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 29 CLA 01-02 2015 Surveying PTG.indd 29 29/01/2015 16:56:30 PROSPECÇÃO No Brasil, calcula-se que só 15% das construtoras usem tecnologia BIM há mais de três anos. especialidades são um fator que resulta no atraso das obras. Segundo Ricardo Rojas, da René Lagos, “a construção virtual do projeto permite diminuir erros e evitar desentendimentos entre seus participantes, e também simular situações sem ter que que improvisar na hora, o que na maioria dos casos provoca custos adicionais ao orçamento original do projeto”. Estes softwares também funcionam como uma base de dados centralizada que contém toda a informação da obra. “Em uma eventual reforma, essa documentação terá vital importância”, diz Gonçalves, da Trimble. Essa informação também pode ser usada depois, na operação e manutenção do projeto já entregue. milhões. Calcula-se que o processo de demolição vai durar mais de um ano. Apesar de ser um caso extremo, exemplifica como perdas de grandes investimentos podem ser evitadas através do correto uso desse tipo de tecnologia. O BIM não ajuda só a evitar prejuízos provenientes de eventuais erros num projeto. O aumento da precisão garantido por esses modelos faz com que a execução das obras seja feita em menor período de tempo, o que também ajuda a diminuir custos. Fátima Gonçalves, diretora de novos negócios da Trimble Brasil, conta que “as tecnologias Trimble usadas na etapa de planejamento e construção do Terminal Tom Bradley, do aeroporto de Los Angeles, tiveram 10% de redução do tempo do projeto, 50% de redução do custo e aumento na precisão de 80%”. Além de controlar o orçamento, o sistema serve como ferramenta que colabora com outras áreas do projeto, favorecendo a correta interação de todas as disciplinas relacionadas com o empreendimento. No método tradicional, muitas vezes as dificuldades para estabelecer uma boa comunicação entre as nessas fases, e esse é um fator a considerar”, agrega o executivo. Rojas, da René Lagos, diz que “muitas vezes os modelos BIM são vistos como um produto e não como parte de um processo de trabalho, ou seja, se as metodologias de trabalho não forem mudadas, os resultados serão de um impacto muito baixo”. Por último, o executivo também alerta que outras dificuldades para a penetração dessa tecnologia nos mercados locais é a falta de TRABALHO EM GRUPO Apesar de suas vantagens, o uso do software não significa por si só um benefício para o projeto. Como qualquer ferramenta, se usada de maneira incorreta, pode não significar nenhuma vantagem e subir, sem necessidade, os custos. “O uso desses softwares não é eficaz por si só, eles funcionam como as ferramentas de execução de um sistema de desenvolvimento de projeto que organiza pessoas, comunicação e processos de trabalho”, afirma a executiva da Trimble. Ou seja, tanto os processos como os diferentes atores que participam no projeto, devem se adequar e construir um sistema de trabalho que maximize as vantagens oferecidas pelo instrumento. “Se o empreendedor adota as mesmas práticas do processo tradicional e impõe o uso do BIM mantendo as mesmas condições de preço e prazo, há grandes chances de frustração”, explica Farina, da IN Prediais. “O BIM exige dedicar mais tempo às etapas iniciais, havendo também que investir mais Os softwares BIM permitem uma construção visual de qualquer tipo de projeto. 30 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Surveying PTG.indd 30 29/01/2015 16:56:49 PROSPECÇÃO especialistas que trabalhem na plataforma. “Eles se concentram principalmente nas empresas de arquitetura, estruturas e gerenciamento de projetos”, diz. FUTURO À medida que nossos mercados amadureçam, o mais provável é que o uso do software BIM aumente progressivamente na região. O aumento do conhecimento desse tipo de tecnologia, a manutenção de expectativas realistas e a capacitação de mais profissionais em seu uso vão fazer, muito provavelmente, que ela substitua os métodos convencionais. Segundo a IN Prediais, o BIM já superou a etapa inicial de entusiasmo associada à aplicação de qualquer nova tecnologia e que, muitas vezes, se traduz no uso precipitado e sem preparação, resultando numa percepção de que o investimento, por não trazer o retorno esperado, foi um erro. “Hoje há mais discernimento de como implementar o sistema... percebemos que o Por erros de projeto, o hotel Harmon em Las Vegas deve ser demolido sem ter sido inaugurado. mercado está convencido que o uso do BIM será definitivo”, afirma seu diretor. Para Menegusto, da Leica Geosystem, “BIM é um dos conceitos que tem potencial para se transformar em algo realmente grande. Não se trata somente de um software ou uma etapa do projeto, o BIM é uma metodologia cíclica completa, começando no conceito e evoluindo durante a execução do projeto”. De maneira similar a mercados mais desenvolvidos, muitos países latinoamericanos já incorporam em seus projetos de infraestrutura pública a obrigatoriedade do uso do BIM, e tudo indica que essa será ■ uma tendência crescente. Portable Power NÓS FAZEMOS MAIS DO QUE EQUIPAMENTOS. NÓS FAZEMOS O SEU SUCESSO. Na Doosan Portable Power, somos conhecidos pela engenharia de soluções que aumentam a produtividade do cliente. 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Reportagem de Fausto Oliveira e Cristián Peters. A China está de olho na América Latina. E essa tendência vem ganhando força pouco a pouco nos últimos anos até que em janeiro se realizou a segunda cúpula China – Celac (Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe), que teve lugar em Beijing. Durante o evento, ao qual compareceram os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, e do Equador, Rafael Correa, além de representantes das chancelarias de quase todos os países da região e autoridades do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Todos os equipamentos mostrados pela XCMG na Bauma China eram modelos novos. Cerimônia inaugural da primeira reunião ministerial do fórum China-Celac. a China reafirmou seu compromisso com a América Latina. Mesmo que no primeiro encontro China – Celac em julho de 2014 em Brasília, o presidente chinês já havia prometido investir valores altos, em seu próprio território o avanço chinês sobre a região ficou ainda mais claro. Xi Jinping divulgou a intenção de investir nada menos que US$ 250 bilhões nos próximos dez anos nos países da região. Isso pode ser interpretado como um momento histórico da América Latina em seu caminho rumo ao desenvolvimento, dado que jamais a região dispôs de um tal volume de capital sem obedecer os mecanismos de restrição de crédito tradicionalmente usados pelas instituições financeiras multilaterais do Ocidente. VALORES DE UM GIGANTE Os números da relação China América Latina são surpreendentes. As trocas comerciais entre a região e o país em 2014 superaram os US$ 240 bilhões, e em termos de investimento, só na primeira metade do ano chegaram da China mais de US$ 9 bilhões, cifra que este ano provavelmente será superada se levarmos em conta o anúncio de Xi Jinping e algumas iniciativas de grande porte que começam a se concretizar. O país asiático está por trás de grandes projetos nos setores ferroviário, mineiro, petroleiro e hidroelétrico, entre outros. Um projeto emblemático é o do Grande Canal da Nicarágua, cujas obras recém começaram em dezembro sob a responsabilidade da HKND, uma empresa de construção e serviços de infraestrutura chinesa que é a concessionária do projeto por 50 anos, prorrogáveis por mais 50. O custo estimado da obra chega aos US$ 50 bilhões. Durante a cúpula de Beijing, Rafael Correa teve encontros com o Banco de Exportações e Importações da China (Eximbank), e conseguiu obter empréstimos de US$ 5,2 bilhões com taxa de juros anual de 2% e 30 anos de prazo. O capital será destinado a projetos de mobilidade, educação, Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 33 CLA 01-02 2015 China PTG.indd 33 30/01/2015 10:03:17 NEGÓCIOS saúde e segurança. Além disso, obteve um empréstimo comercial de US$ 250 milhões. Xi Jiping também afirmou seu interesse em participar da construção da ferrovia interoceânica Peru-Brasil, que pode passar pela Bolívia, e cujo valor é calculado em cerca de US$ 10 bilhões. Na Argentina, o governo anunciou em setembro de 2014 a assinatura de um contrato de empréstimo com a China para a construção de uma nova central nuclear. Trata-se da usina de Atucha III, e o montante envolvido na transação chega a US$ 2 bilhões. E estes são apenas alguns exemplos. Mas há que se olhar tudo isso com cautela. Ainda não se sabe se todas as iniciativas chinesas se tornarão realidade ou não. O que é certo é que a China tem uma estratégia para a América Latina. Além de comprar grande parte da nossa produção de commodities, como o cobre chileno, o minério de ferro do Brasil e o petróleo venezuelano, o governo chinês quer intervir diretamente nas economias da região. EMPREITEIRAS CHINESAS Quem atua hoje na indústria da construção em qualquer parte do mundo sabe que atualmente as maiores empresas de serviços de construção são chinesas. A maior do mundo, China State Construction and Engineering Corporation (CSCEC), há pouco aterrissou na Argentina para postular e propor projetos ao país. Ainda que sem muitas definições até o momento, fala-se da construção de um corredor interoceânico que uniria os litorais de Argentina e Chile. Por sua vez, a segunda maior construtora A LiuGoing lançou na Bauma China 2014 sua carregadeira sobre rodas CLG8128H. do mundo, a especialista em obras ferroviárias China Railway Construction Corporation (CRCC), havia sido a escolhida para a obra do primeiro trem bala da América Latina, a linha Cidade do México – Querétaro. A licitação foi cancelada devido a suspeitas levantadas no México. Até o fechamento desta edição, a iniciativa estava em processo de segunda licitação e a CRCC havia anunciado seu interesse em participar novamente. A estratégia das grandes empreiteiras chinesas não está desassociada do Estado chinês, que é o seu proprietário, mas se desenvolve com relativa autonomia. Mas ainda há um terceiro eixo neste avanço chinês sobre a região, que é a crescente presença de fabricantes de máquinas e equipamentos de construção. O interesse pelo maquinário chinês cresceu em todo o mundo e com a América Latina não foi diferente. Em novembro passado, a Construção Latino-Americana testemunhou esse processo ao presenciar in loco a Bauma China, evento bienal que se realiza em Xangai e que atraiu quase 191 mil pessoas provenientes de 149 países. Além disso, é interessante destacar que das 3.104 empresas expositoras, 2.097 eram chinesas, o que mostra o crescimento deles e o quão atrativas suas empresas parecem ser. CRESCIMENTO SUSTENTADO Uma das empresas chinesas que mostrou um desenvolvimento crescente fora do seu mercado de origem é a XCMG, companhia que vê na América Latina um importante mercado de exportação. A região recebe cerca de 25% das vendas da empresa asiática. Hanson Liu, gerente geral da empresa, ainda que tenha se mostrado consciente da instabilidade por que atravessam os países da região, comentou à Construção LatinoAmericana que “não importa a condição da macroeconomia se se tem o fator do investimento em infraestrutura”. Em relação ao crescimento que se pode esperar para 2015 em termos de vendas na região, Luiz Barreto, gerente de inteligência de marketing da XCMG, calcula que “se experimentará um crescimento de entre 8% e 10% nas vendas no Brasil”, número que ele prevê que pode se repetir em outros países vizinhos. Meses atrás, a XCMG inaugurou sua primeira fábrica fora da China, na cidade mineira de Pouso Alegre. A nova instalação, que conta com capacidade de produzir até 7 mil equipamentos ano, atualmente faz Outra gigante chinesa que está apostando algumas de suas fichas na América Latina é a Zoomlion. 34 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 China PTG.indd 34 30/01/2015 10:03:44 PRODUZINDO O MELHOR EM MÁQUINAS DE CONSTRUÇÃO SUBTERRÂNEA. A performance e confiabilidade que você espera dos maiores nomes da indústria. AMERICAN AUGERS DD-660RS TRENCOR T1060 Orgulhoso membro da família de empresas The Charles Machine Works, Inc. 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O fabricante, em associação com o distribuidor ZMG, lançou esta instalação com capacidade de produção de 1,2 mil unidades anualmente, na qual serão fabricadas principalmente empilhadeiras a diesel de 2,5 toneladas. Bruno Barsanti, vice-presidente para América Latina da marca, afirmou nessa ocasião que “com essa inauguração, a LiuGong aprofunda ainda mais sua presença no mercado argentino, convertendo-se numa marca nacional. A partir da fabricação local dos produtos LiuGong se otimizarão os serviços de pós-venda, criando um valor adicional a todos os usuários da marca”. A inauguração da fábrica na Argentina não foi o primeiro movimento da empresa para penetrar com mais força na região. Em abril do ano passado, a LiuGong havia inaugurado um centro de distribuição em Montevidéu, Uruguai. Naquela oportunidade, Dan Collins, vice-presidente da LiuGong da América do A SDLG aproveitou a ocasião para apresentar dois equipamentos conceituais: a carregadeira sobre rodas de 12 toneladas L9120F e a escavadeira LG4640E. Norte, assegurou que o centro de peças de reposição contava com estoque de cerca de US$ 2,5 milhões. NOVOS NEGÓCIOS Outro gigante chinês que está apostando algumas de suas fichas na América Latina é a Zoomlion. A empresa começou a analisar várias novas opções de negócio, tais como a locação e a venda de equipamentos usados, como comentou o diretor regional para a América Latina, Gustavo Gu, que não obstante afirmou que essas são apenas ideias que carecem de maiores debates. O certo é que a empresa vê por aqui um mercado de potencial e espera índices de crescimento interessantes. A Zoomlion está presente no mercado latino-americano há cerca de oito anos, mas há quatro instalou escritórios, e hoje tem presença no Chile, no Brasil e na Colômbia. O mercado latino-americano representa entre 10% e 15% das exportações da empresa, mas espera-se aumentar esses números. A empresa conta com uma unidade de produção no Brasil com capacidade de até 1,2 mil máquinas por ano. Inicialmente, será dedicada somente à fabricação de betoneiras de 8 e 10 metros cúbicos, mas a Zoomlion Cifa tem planos de expandir as atividades no futuro, e passar a produzir aqui outros equipamentos de concreto, como usinas dosadoras e bombas. Mas a empresa está avaliando abrir uma outra unidade de produção em algum outro país da região. Sobre a possibilidade de locação, Gu afirma que ainda não há clareza sobre isso. “Estamos estudando onde poderia ser, buscando o melhor lugar. É um plano e não sabemos em quantos anos mais se concretizará. Mas estamos analisando”, diz o executivo da Zoomlion. “A tecnologia dos produtos chineses está melhorando e não há grandes diferenças com outras companhias internacionais, além disso podemos entregar um melhor serviço aos clientes provendo treinamento e trabalhando muito o pós-venda através dos distribuidores para apoiar os clientes localmente”, afirma Gu. AMPLIANDO A REDE Distribuição e serviço ao cliente, essa é a tônica das empresas que querem crescer em A Sinoboom, especialista em plataformas de trabalho aéreo, está potencializando sua presença na América Latina. A Sany, através de sua unidade em São Paulo, também tem demostrado uma forte penetração na região, especialmente no segmento de guindastes. Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 37 CLA 01-02 2015 China PTG.indd 37 30/01/2015 10:04:25 NEGÓCIOS qualquer mercado, e a construção latinoamericana não é uma exceção. A SDLG, com sua subsidiária latinoamericana baseada em Curitiba, está expandindo sua rede de dealers, ampliando sua cobertura no Brasil (onde estão seis de seus 14 distribuidores), Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Peru, Equador e mais recentemente no Panamá, segundo Enrique Ramírez, diretor de negócios da SDLG Latin America. “A América Latina foi crucial para o crescimento da SDLG. O mercado dos equipamentos de construção cresceu na última década impulsionado pelos projetos de infraestrutura, e viu a entrada de máquinas de tecnologia simples (Simple Tech), que nos últimos anos capturaram uma fatia importante do mercado. Clientes que se acostumaram a comprar marcas Premium ou máquinas de segunda mão para tarefas simples começaram a preferir máquinas Simple Tech. Isso é evidente nas carregadeiras sobre rodas e nas escavadeiras, e está começando a acontecer Cerca de 191 mil pessoas provenientes de 149 países visitaram a Bauma China no ano passado. em outros produtos como compactadores e motoniveladoras”, afirma o executivo. A companhia vê interessantes possibilidades no mercado regional, no qual está presente há apenas cinco anos mas de maneira muito ativa. De fato, em 2013 começou com a produção de escavadeiras hidráulicas no Brasil e já está analisando outras iniciativas. “Para 2015 queremos impulsionar nosso crescimento incrementando nossa participação em carregadeiras sobre rodas e escavadeiras, e expandindo nossa linha de produtos”, diz Enrique Ramírez. O executivo da SDLG espera que os próximos anos apresentem um crescimento moderado, “ainda que haja potencial para uns ‘upsides’, considerando que há vários projetos em carteira que poderiam significar um bom desenvolvimento, ao menos nos próximos dois anos”. A Shantui também reconhece a América Latina como um mercado estratégico. De acordo com Will Zhu, vice-gerente geral da companhia, “estamos ainda desenvolvendo nossa rede de distribuição na região. Uma vez que tenhamos estabelecido mais 120 38 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 China PTG.indd 38 30/01/2015 10:05:04 NEGÓCIOS distribuidores, abriremos escritórios de representação e centros de peças para apoiar nossos dealers”. Com avaliação parecida à de outros diretores de empresas, Zhu prevê que a demanda na região estará deprimida por um tempo (entre dois e três anos). Não obstante, concorda que “há um grande potencial a longo prazo na exploração de recursos naturais e o desenvolvimento de infraestrutura. Esperamos tirar proveito dessas oportunidades”. Uma empresa que também está desenvolvendo sua rede na região é a Sinoboom. Segundo diz Johnson Gu, gerente de vendas para América do Sul, a região representa hoje 25% das exportações da empresa especialista em plataformas de trabalho aéreo, mas esta porcentagem pode crescer ainda mais. “Já temos um escritório em São Paulo que serve como centro de serviços, na Argentina autorizamos um distribuidor, estamos prontos para fechar um contrato no Chile e estamos buscando sócios potenciais em outros países como Peru e Colômbia”, afirma. Para o executivo, o principal objetivo de 2015 é penetrar o mercado com uma rede de vendas maior através da busca de distribuidores na América do Sul e na América Central, e um apoio mais efetivo aos atuais sócios na região. Segundo conta Lisa Wang, gerente geral da Sinomach, uma atitude similar é a que vem tomando sua empresa, razão pela qual nos próximos três anos estarão enfocados em cooperar melhor com os distribuidores. Desta forma, através das relações diplomáticas com acordos amplos e generosos, além da presença crescente de empreiteiras do país asiático e os provedores de máquinas, se formou um tripé chinês que ■ promete dar o que falar. Para a Sinomach, os próximos três anos serão dedicados a cooperar melhor com os distribuidores. Produz pavimento asfáltico reciclado com maiores porcentagens. Astec Voyager, a única usina de asfalto de sua categoria com capacidade de reciclar 30% de RAP. • Produção de 120 mtph 'HVLJQGHFRQWUDÀX[R8QLGUXP • Filtro de mangas de 17.600 cfm com impulso inverso ([FOXVLYRVLVWHPDGHDOHWDVHP V Astec V-Flight Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 39 CLA 01-02 2015 China PTG.indd 39 30/01/2015 10:05:38 EM BREVE ALGO VAI ACONTECER NA AMÉRICA LATINA A FEIRA DE CONSTRUÇÃO LÍDER NOS EUA, AGORA TAMBÉM NA AMÉRICA LATINA REALIZADA EM PARALELO COM CLA Full Page.indd 1 PROPRIETÁRIOS E PRODUTORES EVENTO AEM 30/01/2015 08:40:25 TENDÊNCIAS A visão europeia O presidente da Ciber, subsidiária Wirtgen no Brasil, comenta sua participação num fórum europeu de equipamentos. Reportagem de Fausto Oliveira. R epresentantes dos mais importantes fabricantes de equipamentos de construção do mundo estiveram reunidos no Congresso 2014 do CECE (Comitê Europeu de Equipamentos de Construção), uma entidade privada que realiza o lobby do setor junto à União Europeia. A reunião aconteceu na Antuérpia, Bélgica, entre os dias 16 e 17 de outubro. O encontro discutiu oportunidades e riscos dos mercados latinoamericanos para as empresas. Luiz Marcelo Tegon, diretor presidente comercial da Ciber Equipamentos Rodoviários, subsidiária no Brasil do Grupo Wirtgen, foi o único latinoamericano que interveio para apresentar uma análise da região aos atores da Europa. Tegon falou no painel “Como sobreviver em mercados voláteis e imprevisíveis”, que reuniu também representantes da China, Índia e Turquia. O executivo conversou com a Construção Latino-Americana e Sandy Guthrie, editor da revista Construction Europe, do KHL Group, preside um dos painéis do Congresso 2014 do Comitê Europeu de Equipamentos de Construção. comentou que “havia entre os participantes da indústria europeia muita curiosidade pelos países da América Latina. Perguntaram muito de países como Chile, Colômbia e México, que eles, assim como eu, pensam que são os de maior potencial na América Latina hoje em dia. Obviamente, também falei muito da situação do Brasil.” De acordo com o executivo da Ciber, os países em desenvolvimento são interessantes por suas oportunidades, mas despertam cautela pelos riscos associados. No caso da América Latina, as dificuldades burocráticas e tributárias estão entre os obstáculos mais encontrados por investidores. “Um CEO de uma importante fabricante chinesa contou que fizeram planos para uma fábrica no Brasil estimando o preço do produto com 4% de imposto de importação de peças. Quando começaram, o governo subiu o imposto para essa linha de produtos a até 25%, o que inviabilizou o negócio e assim cancelaram o investimento. Três meses depois, o governo baixou o mesmo imposto para 14%. Isso foi o que dissemos aos europeus: se quiserem entrar nesses mercados preparem-se para essas incertezas”, conta Luiz Marcelo Tegon. Sua análise tenta equilibrar os fatores. “Claro, eu disse a eles que o Brasil de fato Luiz Marcelo Tegon, diretor presidente comercial da Ciber Equipamentos Rodoviários. tem um potencial gigantesco, e que não é um país de alto risco. Mas nada garante ao investidor que esse potencial vai se desenvolver em dois, cinco ou cinquenta anos”, diz ele. FÓRUM INDUSTRIAL O CECE é onde se reúnem as associações nacionais de fabricantes de equipamentos de construção de 15 países europeus. A entidade representa cerca de 1,2 mil empresas do Velho Mundo. O fórum fala pelos fabricantes de máquinas de construção, abrangendo todos os temas relacionados com seu negócio na Europa. Baseada em Bruxelas, Bélgica, está na cidade sede da União Europeia para acompanhar os temas legislativos que dizem respeito à indústria de máquinas de construção. Além disso, o CECE também mantém conexões com associações de outros continentes, a fim de prover mais dados a seus associados. Trata-se de um espaço em que se busca fornecer ao associado informações de qualidade e respaldo político para as decisões estratégicas de muitas das maiores empresas de máquinas de construção do mundo, em que os cálculos de risco podem determinar os futuros investimentos. “No nosso caso, o risco de investir é gigantesco, mas a oportunidade ainda é maior do que o ■ risco”, afirma o presidente da Ciber. Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 41 CLA 01-02 2015 Tegon CECE PTG.indd 41 29/01/2015 17:02:37 EQUIPAMENTO Compactos: menos é mais O mercado brasileiro percebe a conveniência dos equipamentos compactos, cujas vendas crescem apesar do contexto negativo. Reportagem de Fausto Oliveira. A cena econômica brasileira é negativa, e basta olharmos as estimativas para o mercado de linha amarela para ver o impacto dela sobre a área de máquinas e equipamentos de construção. Segundo a Sobratema, as vendas em 2014 terão caído 12,7% em relação ao desempenho do ano anterior. Porém, há quem se salve, e as vendas de máquinas compactas cresceram. Exemplos são as miniescavadeiras, cujas vendas teriam aumentado 6% em 2014 depois de terem crescido já 5% em 2013. As razões? O setor no Brasil começa a perceber as múltiplas vantagens dos equipamentos compactos, como sua excelente manobrabilidade e a grande oferta de acessórios e implementos, que agregam muita versatilidade. Além destes motivos, ocorre que muitas vezes as máquinas “regulares” estão sobredimensionadas para as obras em que estão, o que gera perdas. Assim, alguns fabricantes destas máquinas já começam a tirar vantagens de mercado. Mário Neves, especialista em compactos da marca alemã Wacker Neuson no Brasil, é um defensor destes equipamentos. “Nós não vendemos um produto, o que nós vendemos é a ideia de que uma máquina compacta pode ser muito mais adequada que uma grande”, afirma. Para dar força ao argumento, ele oferece alguns exemplos de aplicação. “Aqui ainda se vê skid steer loaders com pás de 0,3 metros cúbicos descendo três subsolos numa obra para descarregar material escavado, quando um mini dumper faria isso três vezes mais rápido e com custo menor. A caçamba com 90 graus de giro dos dumper também permite, por exemplo, fechar valetas sem interrupções”, assegura ele. O representante da Wacker informa que “vamos também introduzir as carregadeiras compactas na limpeza de aviários, onde ainda se usam carregadeiras de dez toneladas”. Para aproveitar esse potencial, a Wacker Neuson dedicará este ano a incrementar a participação de mercado de suas miniescavadeiras, carregadeiras compactas de 3,5 e 4,5 toneladas, mini dumpers e manipuladores telescópicos. A marca britânica JCB destaca em seu portfólio retroescavadeiras compactas que diz ser exclusividade sua em nível mundial, como os modelos 1CX e 4CX. O mercado destas máquinas foi tão interessante para a empresa que a JCB passará a importar o modelo sobre esteiras 1CXT. Robero Mazzutti, diretor da distribuidora A capacidade de dispor a carga com até 90 graus de giro dá aos caminhões dumper uma interessante aplicabilidade. Uma carregadeira compacta Wacker Neuson com garfo paletizador funcionando como empilhadeira. Auxter, que vende JCB no estado de São Paulo, destaca a versatilidade dos compactos. “Estas máquinas são multifuncionais. Com o rápido acoplamento, podem receber os mais de 50 implementos existentes atualmente, como caçambas, pinças sucateiras, perfuratrizes, martelos, caçamba britadeira etc”, diz ele. Mário Neves coincide no que diz respeito à versatilidade. “Nossa menor carregadeira compacta pode substituir a pá por um garfo paletizador em 30 segundos e levantar 1.600 quilos. Ou seja, ela se transforma numa empilhadeira todo terreno”. NOVOS MERCADOS Efetivamente, é pela versatilidade que as máquinas compactas podem atender os requisitos técnicos de uma variedade de indústrias e mercados além da construção civil. Em relação a isso, Mário Neves adverte que as máquinas de construção estão subavaliadas no país. “Nós brasileiros acreditamos que máquina de construção serve para construção e mais nada. Uma indústria como a agrícola, que recebe material a granel e retira em palets é um grande segmento para carregadeiras compactas”, diz. Mazzutti, por sua vez, destaca que o setor de paisagismo e pequenas intervenções urbanas são cruciais para a estratégia de compactos no país. “Serviços de paisagismo e urbanismo consomem 60% das máquinas compactas nos Estados Unidos. O setor de jardins públicos, transplante de árvores e pequenas obras urbanas está percebendo as possibilidades e vão usar cada vez mais”, aponta o representante da Auxter. 42 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Trend Compacts PTG.indd 42 29/01/2015 17:03:46 EQUIPAMENTO A JCB investe em aumentar sua oferta de retroescavadeiras compactas com o modelo 1CXT, montada sobre esteiras. E como costuma acontecer, quando uma tendência ganha força, outra anterior começa a decair. No caso, as famosas skid steer loeaders podem estar refletindo más escolhas por parte de algumas empreiteiras. Neves afirma que “30% das skid steer loaders no muno estão mal aplicadas”. O especialista diz que as skid steer são ideais para trabalhos em ambientes fechados onde o equipamento gira ao redor de seu próprio eixo, mas que se têm que percorrer caminhos longos e fazer curvas, o farão arrastando pneus no chão. Assim, o consumo de pneus e dinheiro aumenta muito. “Estas máquinas só se movem arrastando pneus. Uma carregadeira compacta tem os mesmos princípios das convencionais mas não se move arrastando pneus”, diz. Suas manobras são feitas, portanto, como num carro comum. Mas entrando em espaços confinados, como as skid steer. É um velho paradigma que resiste. Mas que deverá ser quebrado nos próximos anos conforme novas obras usem mais compactos. Mazzutti também denuncia outros que o mercado brasileiro ainda tem que repensar. “Por que não usamos escavadeiras sobre rodas? Por que os estabilizadores de retroescavadeiras não podem ser verticais inclusive em áreas urbanas completamente estáveis?”, ele pergunta. Pontos interessantes que podem orientar futuros investimetnos em ■ equipamentos pesados. A INTELIGÊNCIA DA CONSTRUÇÃO n Para as últimas notícias e análises sobree o setor de construção latino-americano, visite www.khl.com/magazines/ construcao-latino-americana n Para receber a versão digital gratuita da CLA, cadastre-se em www.khl.com/subscriptions/free-digital n Para receber a newsletter semanal da CLA, visite www.khl.com/enewsletter /ConstrucaoLatinoAmericana /cla_portugues Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 43 CLA 01-02 2015 Trend Compacts PTG.indd 43 29/01/2015 17:03:56 BUILDING THE FUTURE TOGETHER* E X P E RT I S E - I N O VA Ç Ã O - N E T W O R K I N G *construindo o futuro juntos 20 a 25 de Abril de 2015 Fe i ra i n t e rn a c i o nal de equipam entos e téc nic as par a as indústr ias da c onstr uç ão e de insum os. 20-25 Paris-No Avril 2 015 rd Villep in te - Fra nce YOUR BA DGE VISITOR Registre-se gratuitamente no R www.intermatconstruction.com w INTERMAT Paris 70, avenue du Général de Gaulle 92058 Paris La Défense Cedex - FRANCE E-mail: [email protected] CLA Full Page.indd 1 Design: madmac - © Lev Kropotov Paris – Nord Villepinte, França CÓDIGO PROMOKHL HOTLINE : +33 (0)1 43 84 83 86 BLOG #intermatparis 30/01/2015 08:38:42 NO CANTEIRO Demolição do Elevado da Perimetral A primeira implosão, realizada em agosto de 2013, detonou 30 pilares (1.200 metros). A Fábio Bruno Construções foi responsável por um delicado e difícil processo de demolição no centro do Rio de Janeiro. Reportagem de A demolição do Elevado da Perimetral do Rio de Janeiro pressupunha grandes desafios, entre eles, estar no meio de una zona urbana. Construção LatinoAmericana. A especialidade da Fábio Bruno Construções é a demolição em cenários difíceis, tanto em zonas urbanas, onde a precisão tem que ser milimétrica, como em projetos de grande envergadura que podem demandar meses de planejamento. Não à toa a empresa já foi premiada duas vezes pelo World Demolition Summit, evento que se realiza anualmente e que reconhece as melhores empresas do ramo. Para a edição do ano passado, a companhia se candidatou com a demolição do Elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro. O trabalho, contratado pelo consórcio Porto Rio, composto pela Odebrecht, a OAS e a Carioca Engenharia, pressupunha uma série de desafios, já que ao longo da avenida há uma grande quantidade de construções e prédios históricos protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Embora no começo do projeto a implosão tivesse sido totalmente descartada, a Fábio Bruno Construções, junto à norte-americana Applied Science International, realizou estudos para ver a factibilidade de uma implosão parcial do Elevado da Perimetral. A ideia era garantir que as vigas de aço que estão embaixo da laje de concreto ficassem intactas depois do processo. Segundo conta Fábio Bruno, diretor operacional da empresa, foram feitos 42 testes de tempo de dispersão e métodos de absorção para controlar a queda da estrutura, chegando à conclusão de que era possível uma implosão parcial do elevado. Além de manter intactas as vigas de aço, o método reduziria o tempo de fechamento das ruas mais transitadas da cidade de seis meses a um mês e meio, e graças isso a preparação para a implosão foi realizada mantendo a circulação dos carros tanto por cima como por baixo do elevado. O contrato do projeto foi de US$ 24 milhões. MÉTODOS Segundo explica o executivo, para todo o viaduto foram utilizados quatro tipos de demolição: 1.- Implosão de pilares de concreto e a posterior fragmentação da laje, e a eliminação das vigas de aço com ajuda de guindastes. Em meados de agosto de 2013, Fábio Bruno começou a preparação do seu plano, que abrangia a detonação de 30 pilares (1.200 metros) e o amortecimento do elevado Janeiro-Fevereiro de 2015 Construção Latino-Americana 45 CLA 01-02 2015 Job Site PTG.indd 45 29/01/2015 17:05:05 NO CANTEIRO EQUIPAMENTO UTILIZADO A Fábio Bruno Construções utilizou quatro métodos de demolição para o projeto. através de 4.200 hastes de metal TR-68 de 2,4 metros que estavam em tambores metálicos recheados de concreto (que suportariam e quebrariam a laje antes do impacto) e 18.720 pneus de um metro de diâmetro cheios de areia para amortecer as lajes de aço. Dia 24 de novembro daquele ano, com 800 quilos de explosivos, a implosão de 30 pilares foi realizada sem imprevistos. Segundo comenta o diretor da companhia, foram instalados 12 sismógrafos, que registraram vibrações dentro dos valores permitidos. Além disso, todas as vigas suportaram o impacto, permitindo sua reutilização. Depois deste processo, a Fábio Bruno Construções começou a demolição mecanizada em concordância com a liberação das rotas aprovadas pela prefeitura. Nem o trânsito nem os serviços de demolição podiam parar. Em abril de 2014 a companhia teve que fazer implosão de outros 300 metros. 2.- Demolição da laje de concreto com martelos hidráulicos e pulverizadores montados em escavadeiras para depois remover as lajes de aço com guindaste para seu posterior rompimento e fragmentação dos pilares de concreto. Através desse método a companhia demoliu 2.400 metros do elevado. Devido à grande quantidade de prédios comerciais ao redor, só era possível trabalhar à noite, enquanto o transporte de material podia ser feito durante o dia. metros do elevado. Como esse método não demandava guindastes, o trabalho pôde ser feito em só 75 dias. A maior dificuldade da operação foi o fato de que os trabalhos terem sido realizados a menos de dois metros do Centro de Justiça Naval. No lugar, foi temporariamente instalada uma proteção com andaime e madeira para não afetar nenhuma janela. 4.- Construção de barreiras para proteger os prédios e o mar embaixo do viaduto; demolição de laje com martelos hidráulicos o com cortadoras de fio diamantado e pulverizadores acoplados às escavadeiras; eliminação de lajes de aço com guindastes; corte de pilares de cimento com fio diamantado; elevação dos pilares com guindaste e posterior fragmentação. Através desse sistema foram demolidos 250 metros. A maior complexidade dessa etapa era que parte do viaduto passava sobre o mar e outra parte por cima de prédios, alguns deles protegidos pelo Iphan, o que consumiu seis meses. O progresso dos trabalhos dependia também das autorizações outorgadas pela ■ Três escavadeiras de 22 toneladas, com pulverizadores. ■ Três escavadeiras de 22 toneladas com martelos hidráulicos. ■ Una escavadeiras de 34 toneladas com martelo hidráulico. ■ Duas escavadeiras de 44 toneladas, com pulverizadores. ■ Duas escavadeiras de 44 toneladas, com martelos hidráulicos. ■ Dois compressores de 360 pcm. ■ Quatro plataformas aéreas. ■ Um guindaste de 400 toneladas. ■ Três caminhões tanque. ■ Oito caminhões dumper. ■ Duas britadeiras móveis. ■ Três carregadeiras sobre rodas. Marinha brasileira, já que todo o trabalho foi realizado em seu território. RECICLAGEM Todo o material do projeto, 96.000 m3 de concreto e 10.000 toneladas de aço, foi reciclado em uma área pré-definida com trituradores móveis, e grande parte foi reutilizado no trabalho geral do consórcio Porto Rio, demostrando especial preocupação pelo meio ambiente. “No fechamento do projeto não só o consórcio estava satisfeito com o trabalho realizado na demolição, a cidade também ficou satisfeita. A demolição do elevado criou novos espaços que antes eram inutilizáveis, fortalecendo a beleza do Rio de Janeiro”, ■ afirma Fábio Bruno. Ao redor do projeto há grande quantidade de prédios protegidos pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 3.- Demolição de lajes de concreto e vigas com martelos hidráulicos e pulverizadores montados em escavadeiras para a subsequente fragmentação dos lajes de concreto. Foram demolidos desta maneira 850 46 Construção Latino-Americana Janeiro-Fevereiro de 2015 CLA 01-02 2015 Job Site PTG.indd 46 29/01/2015 17:05:34 5 O PILAR DA INOVAÇÃO BEFNBSÎPEF t #BMUJNPSF.BSZMBOE t/PWPTQSPEVUPTRVFWÍPNFMIPSBSBFöDJÐODJBEFNBJTEFFYQPTJUPSFT t"GPSNBÎÍPNBJTFNBMUBOBJOEÞTUSJBDPNPi1SPöTTJPOBJT6TJOBTF1BWJNFOUBÎÍPw t/FUXPSLJOHDPNNBJTEFQBSUJDJQBOUFTQBSBBVNFOUBSTFVTDPOUBUPTFTUSBUÏHJDPT *OTDSFWBTFBHPSBNFTNPFFDPOPNJ[FXXXXPSMEPGBTQIBMUDPN realizada juntamente com CLA Full Page.indd 1 Copropietarios da Feira World of Asphalt Copropietario e produtora da Feria World of Asphalt 30/01/2015 08:41:04 24-26 MARÇO TRANSAMERICA EXPO CENTER São Paulo - SP Expo: 12h - 20h Summit: 10h - 18h VENHA VISITAR O EVENTO E CONHEÇA TODAS AS NOVIDADES E LANÇAMENTOS DO MERCADO 270 EXPOSITORES 15.000m2 DE EXPOSIÇÃO NACIONAIS E INTERNACIONAIS INDOOR E OUTDOOR FAÇA JÁ SEU CREDENCIAMENTO ONLINE NO SITE INFORMANDO O CÓDIGO AN#CLAPT Apoio Oficial CLA Full Page.indd 1 Organização 30/01/2015 08:39:10 FORMULÁRIO DE ASSINATURA GRATUITA 3 DADOS PESSOAIS 1 ESCOLHA SUAS REVISTAS E/OU NEWSLETTERS REVISTAS Construção Latino-Americana Access International Demolition & Recycling International International Construction International Cranes and Specialized Transport International Rental News E-NEWSLETTERS Construção Latino-Americana e-newsletter Access International e-newsletter Demolition & Recycling International e-newsletter International Rental News e-newsletter World Construction e-newsletter World Crane Week e-newsletter Nome Completo ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ 2 TIPO DE ORGANIZAÇÃO Empreiteira Consultoria de Engenharia/ Arquitetura/Pesquisa Mineração/Pedreiras/Empresas de Produção Produção de Petróleo Autoridades Internacionais/Nacionais Governo Nacional/Regional/Local Utilidade Pública (electricidade, gás, água, cais e portos, outros) Fabricantes Distribuidores/Importadores/Agentes Área de construção de indústria/comércio de grande porte Associação, Área de Educação, Pesquisa Locação de Equipamento de Construção/ Empresa de Locação Consultoria de projetos/Gerenciamento de construção Outros (por favor especifique) Cargo Nome Da Empresa Endereço Estado País Cep E-Mail Tel Fax (Por favor, indique o código internacional de seu número de telefone) 4 VERSÃO PREFERIDA IMPRESSA_■ TANTO_■ 5 ASSINADO E DATADO ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Assinatura: Data: ENVIAR A: The Circulation Manager, Construção Latinoamericana, KHL Group Americas LLC, 205 W. Randolph St, Suite 1320, Chicago, IL 60606, USA FAX: 001. 480.659.0678 CADASTRO ON-LINE: www.khl.com/subscriptions/cla-portuguese E-MAIL: [email protected] ■ /ConstrucaoLatinoAmericana PRIMEIRA PARA A INFORMAÇÃO DE CONSTRUÇÃO GLOBAL CLAP Free Subs 2013.indd 1 ELETRÔNICA_■ /cla_portugues www.khl.com 30/01/2015 08:41:49 Anunciar na mídia impressa? Procure sempre uma auditoria da BPA Por ser uma auditoria independente, o controle da BPA sobre a Construção Latino-Americana garante que sua mensagem de vendas será vista pelo destinatário certo. Como escolher em que revista colocar meu anúncio? 3 CONFIANÇA 3 INTEGRIDADE Fácil, escolha uma que seja auditada pela BPA! 3 CERTEZA Uma auditoria da BPA é a única maneira de assegurar que sua mensagem chegará ao desƟno. Revistas sem auditoria não dão essa garanƟa. 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