r e v i s t a d a
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r e v i s t a d a
EDIÇÃO Nº 3 - MARÇO DE 2011 r e v i s t a d a nassau facUldade maurício de nassau É sempre hora de começar, recomeçar ou repensar novas etapas de vida. Na Faculdade, esses relatos se encontram e constroem novos caminhos como o exemplo desta avó e neta que, juntas, viveram novas aventuras. A escolha é sua. editorial Para incluir e acolher O Janguiê Diniz Fundador e acionista controlador do Grupo Ser Educacional ambiente acadêmico é antes de tudo um espaço de convivência. E é nesse convívio onde se dá o primeiro aprendizado. Seja no contato entre professor e aluno ou entre colegas. Por isso, lançamos nossa 3ª edição da Revista Nassau, uma publicação semestral nascida com o intuito principal de dar visibilidade às pessoas que fazem a instituição. Foi mais uma maneira que encontramos de contar um pouco dessas histórias de gente que está começando, recomeçando ou retomando uma nova etapa da vida. Casos de gente corajosa, ansiosa, admirável. Gente comum, como todos nós, que têm muito a ensinar. Sempre há alguém sentado ao seu lado ou cruzando seu caminho no corredor ou na cantina com um exemplo de vida surpreendente. Esta revista tem também o papel de resgatar essas histórias de superação. Se você olhar para os lados com um pouco mais de atenção vai encontrar dezenas ou centenas de situações semelhantes às contadas nestas próximas páginas. Parecidas, quem sabe, com as suas próprias lembranças. Relatos reais e dignos de serem narrados e reconhecidos sobre pessoas que seguiram em busca de seus sonhos. A semente para a realização começa a ser plantada dentro de cada sala de aula, de cada laboratório. E os frutos são colhidos pela sociedade com os conhecimentos adquiridos durante a vida acadêmica, que se transformam em atitudes socialmente responsáveis. Tem aqueles que desejam transformar o mundo, aqueles que já estão mudando o futuro e aqueles que estão modificando o próprio mundo interior. Às instituições de ensino cabe criar mecanismos que permitam à sociedade alcançar esses planos. Por tudo isso, também estamos sempre nos adaptando, implantando novos cursos, laboratórios e atividades. Mais importante do que isso, estamos nos tornando cada vez mais inclusivos, pois temos a missão de acolher nosso estudante e ajudá-lo nessa travessia. Temos um papel fundamental: que é o de garantir que a passagem pela Faculdade seja proveitosa, prazerosa e, especialmente, inspiradora. Sempre é tempo de iniciar uma nova busca, de construir novos caminhos e percorrê-los. Boa leitura e bom percurso. 3 índice 11 MARATONA 16 MAPA UNIVERSITÁRIO A surpreendente jovem que morou na selva e Confira onde estão e quais são os cursos veio ao Recife correr atrás de um sonho oferecidos pelas unidades Nassau 11 FISIOTERAPIA 18 PÓS-GRADUAÇÃO Tratamento inédito para distonia é criado por Cursos sintonizados com o desenvolvimento estudante e aplicado na Clínica Escola da Região qualificam o profissional 12 PESQUISA 20 NÚCLEO DE TALENTOS A dolorosa rotina de quem tem dor de cabeça Ambiente é criado para atender alunos e e sente o rendimento acadêmico cair ajudar a inseri-los no mercado de trabalho 14 ODONTOLOGIA 22 APRENDIZADO Estreias do Grupo Ser Educacional com Estudante ganha fama em programa de TV e Odontologia e nova sede em João Pessoa volta para fazer sua história na Nassau 12 24 FINANÇAS Projeto de organização do orçamento pessoal e empresarial ajuda a concretizar sonhos 26 TURISMO Professor, pai e herói ensina a futuros turismólogos o que é um atendimento integral 28 ENGENHARIA AMBIENTAL 34 JORNALISMO 20 38 CARNAVAL 26 Conheça quem faz e os bastidores do Classificação Professora ouviu resposta “atravessada” de Livre, programa de TV feito por alunos Capiba e acabou sendo amiga da família 36 MODA 40 INTERNET Sonhos e fantasias deixam a vitrine e Pesquisa revela o perfil do consumidor de transformam-se em realidades no universo produtos e serviços no mundo virtual fashion Com esperança no futuro, novos profissionais mudam conceitos para mudar o planeta 30 PAZ NO TRÂNSITO Monumento criado pela Nassau e órgãos públicos marca campanha pela segurança e paz no trânsito 32 GASTRONOMIA 34 42 COMPORTAMENTO Além da formação acadêmica, alunos criam fortes laços afetivos durante a graduação 44 O (RE)COMEÇO A curiosa história de uma avó e uma neta que resolveram entrar juntas na Faculdade 46 METODOLOGIAS Provas Colegiadas e Diários de Classe expediente 6 6 índice Edição nº 3 da Revista Nassau, uma publicação semestral do Grupo Ser Educacional Eletrônicos garantem eficácia nas avaliações e GRUPO SER EDUCACIONAL Fundador: Janguiê Diniz | CEO: Jânyo Diniz | CIO: Joaldo Di- acesso a planos de ensino on-line niz | Superintendente Acadêmico: Inácio Feitosa | Superintendente financeiro: Nazareno Habib | Diretor de Operações: Adriano Azevedo | Diretora de Pós-Graduação: Vânia Campos | Faculdade Maurício de Nassau Recife - Diretor: André Luis Silva | Faculdade Maurício de Nassau João Pessoa - Diretor: Walter Cortez | Faculdade Maurício de Nassau Campina Grande - Diretor: Rogério Xavier | Faculdade Maurício de Nassau Natal - Diretor: Ana Paula Mello | Faculdade Maurício de Nassau Maceió - Diretor: Pedro Guedes | Faculdade Maurício 47 REDES SOCIAIS Onde achar o conteúdo extra desta Revista e manter-se atualizado sobre as novidades de Nassau Salvador - Diretor: Heliete Rosa | Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau - Coordenador: Sérgio Murilo Júnior Na cozinha, aprendizes de chef descobrem A REVISTA Coordenação e Assessoria de Imprensa: Talita Vasques (DRT 3294/PE) | Edição, novas formas de comunicação com o mundo reportagens e texto final: Julia Kacowicz | Fotos: Chico Peixoto | Projeto gráfico e diagramação: Engenho Com e Mkt | Impressão: Gráfica FacForm | Tiragem: 20 mil exemplares 4 5 m a r at o na m a r at o n a Q Ela fala yanomami Nas caminhadas de até 10 horas entre as comunidades indígenas, Tatiana obteve resistência física, fortaleceu o gosto pela enfermagem e descobriu-se uma humanista 6 uando subiu no segundo lugar do pódio da 1ª Maratona Internacional do Recife, em novembro passado, a estudante Tatiana de Lima Bastos, 22 anos, chamou atenção. Ela não tinha o padrão físico de uma maratonista e não treinava de verdade há pelo menos dois anos. Mas levou o troféu. O feito ficou na memória dos organizadores que, dois meses depois, a indicaram para uma entrevista sobre a competição. A história de Tatiana foi além, ultrapassou o que a capa de um bom livro era capaz de revelar. A conquista da “não atleta” era apenas uma pista de que algo surpreendente fazia parte do histórico dela. Uma jovem que morou dois anos numa tribo indígena no meio da selva amazônica, em Manaus, e ganhou as páginas desta revista por simbolizar um pouco do estonteante escondido em todos nós. A corrida é o elo entre tudo. Se Tatiana não gostasse de correr, talvez não tivesse entrado e abandonado o curso de Educação Física para só então se tornar técnica de enfermagem, ir para a selva e retornar com a certeza de querer estudar Enfermagem. Se já não tivesse sido campeã em outras competiçoes, não teria se inscrito na maratona da Faculdade Maurício de Nassau nem chegado ao pódio. Mas Tatiana correu. E quem cruza com ela nos corredores da Nassau não imagina que ela é uma estudante do 2º período que já fez partos, suturas e acompanhou rituais indígenas. Nem que manteve a resistência de atleta com caminhadas de 10 horas entre uma tribo e outra para aplicar vacinas em índios. Tudo isso dois anos atrás quando passou no concurso da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para atuar, por dois anos, na tribo Pohoroá e cuidar de 300 índios. “Quando disse que ia, minha mãe perguntou por que se eu tinha tudo o que precisava em casa. Mas eu precisava ver o mundo de outra forma, só sabia disso”, lembra. A dimensão da experiência começou a ser sentida à medida que a jovem se afastava de casa e entrava na selva. O coração ia sempre mais apertado de medo e saudade. E eram apenas os primeiros dias dos dois anos em que chorou todas as noites. Na primeira semana, ela teve a companhia de uma equipe da Funasa. Depois ficou sozinha. Aprender a se virar sem energia elétrica e água encanada e dormir na rede foi fácil. Difícil era se acostumar aos sons e à escuridão da noite. “Dormia sempre agarrada com minha bíblia”, diz. De dia, a história era outra. Em sete meses, Tatiana aprendeu a se comunicar em Yanomami. Todo fim de tarde, jogava futebol com os índios. Tomava banho nas cachoeiras e aprendia 7 m a r at o na a cozinhar no fogo a lenha. No cardápio, precisou comer macaco, cobra e tatu. Nada tão assustador quanto realizar o primeiro dos cinco partos, ajudando no nascimento de crianças que ganharam nomes inusitados, como Ketchup e Esmalte. Ou acompanhar alguns dos rituais indígenas. “Vi o segundo de bebês gêmeos ser enterrado vivo e outros serem mortos por várias razões. Mas não podia fazer nada, tinha que respeitar”, lembra. m a r at o n a Tatiana estava lá para cuidar dos índios na doença e nos acidentes, como fez quando um garoto de seis anos que estava brincando com um facão cortou a testa. “Eles não tinham como tratar e fiz uma sutura. Foi a primeira, deixei ele japonês”, brinca, puxando a testa até apertar o olho. Mas, às vezes, ela também precisava de ajuda. Nesse período, contraiu quatro malárias e levou uma picada de cobra venenosa. Em alguns casos, cuidou de Boa colocação já é tradição si mesma. Em outros, técnicos de outras tribos foram ajudá-la. Na picada de cobra, precisou ir de helicóptero até a cidade mais próxima. Aventuras que mostraram à estudante de Enfermagem sua missão. Que fazem a família dela se orgulhar e sentir saudade antecipada quando ouvem os planos dessa verdadeira humanista em ir para a África. Hoje, ela sabe que a corrida simboliza um pouco isso. Essa pressa em conhecer o mundo e se fazer presente. A consagração local dos atletas Nassau foi o pontapé para o bom desempenho do grupo nas competições nacionais, o que permitiu que a Nassau estivesse representada com uma das maiores delegações nos Jogos Universitários de Pernambuco (JUP´s 2010). Segundo a coordenação de esportes da Faculdade, a unidade Recife contou com a presença de 147 atletas bem sucedidos, o que resultou na conquista do primeiro lugar geral do JUPs pelo quinto ano consecutivo. E, na disputa por equipes, a Faculdade foi campeã em 16 dos 18 torneios disputados. Mas não foi apenas a unidade Recife que marcou presença nos JUB’s 2010. Em João Pessoa, a Nassau teve atletas classificados no basquete feminino, futsal feminino, natação e judô. Na unidade Maceió, a Faculdade foi representada pelas equipes de basquete feminino e vôlei masculino e, em Natal, classificaram-se para a competição nacional as equipes de basquete feminino e futsal feminino. Título inédito para o Nordeste Corra também: mais prêmios do que a São Silvestre DiÁrio de bordo Chegando à selva - Em março de 2008, começava a maior aventura de Tatiana. Ela deixou o apartamento de três quartos onde morava com a mãe, o padrasto e irmão, de 12 anos, no centro do Recife, com destino à tribo Pohoroá. Foram quase 24 horas de viagem de avião até Manaus, com várias escalas. E, de lá, mais quatro dias de viagem num barco de “luxo” com cabine para 100 pessoas até o interior do estado, de onde ela seguiu num barco monomotor, chamado de voadeira, por mais cinco dias, atracando sempre que ficava escuro nas áreas ribeirinhas para dormir em uma rede até clarear e seguir viagem. 8 Encontros e saudades – O contato com a família era feito, apenas aos domingos, pelo rádio da Funasa e por apenas cinco minutos. Só dava tempo de dizer e ouvir que estava tudo bem e que a saudade era grande. Nas idas à cidade, Tatiana conheceu uma pernambucana, técnica de laboratório, com quem compartilhou a falta que sentia de uma cama e de água gelada. Também pôde dividir o encantamento pela beleza do céu visto da tribo e os conhecimentos adquiridos na pesca e cozinha a lenha. A insistência da família foi grande e Tatiana voltou. A amiga pernambucana conheceu um caboclinho, apaixonaram-se e ela ficou por lá. O retorno – Em 3 de agosto de 2010, Tatiana fez o caminho de volta. Trouxe a certeza de que queria ser enfermeira e matriculou-se imediatamente na Faculdade. Dois meses depois, passou na seleção para ser técnica de enfermagem no Imip, onde surpreende os colegas com suas habilidades adquiridas na selva. Em novembro, resolveu correr na maratona e surpreendeu até a mãe, que brincou com porte físico da filha. O resultado foi premiado com o desconto de 50% nas mensalidades até o fim do curso, garantindo a graduação da estudante, além do ânimo para voltar a correr. A Primeira Maratona Internacional do Recife, que estreou em 15 de novembro de 2010, incluiu a cidade no roteiro mundial do esporte de modo definitivo. Com mais de 2 mil inscritos entre atletas de ponta do Brasil e do mundo, de academia e corredores de ruas, a competição da Faculdade Maurício de Nassau distribuiu R$ 200 mil em oito categorias, numa premiação mais alta do que a tradicional São Silvestre. Neste ano, o sucesso será repetido com a mudança da maratona para o feriado de 1º de Maio. O belo trajeto, passando pelo Bairro do Recife e orla de Boa Viagem, será mantido. E mais uma novidade será a inclusão do percurso especial para a família de 5 km, somando-se aos já oferecidos de 10 km, 21 km e 42 km. Com a soma de 26 medalhas e 241 pontos na classificação geral, a unidade Recife da Faculdade Maurício de Nassau conquistou, num feito inédito, o título geral das Olimpíadas Universitárias (JUBs 2010). Foi a primeira vez que uma instituição de ensino do Nordeste ficou em primeiro lugar no esporte universitário do país. A façanha aconteceu em Blumenau, Santa Catarina. O resultado quebrou a hegemonia paulista da Universidade Paulista (Unip), que ia para o hexacampeonato. Entre os destaques esteve o grupo de atletismo da Nassau com sete medalhas e 121 pontos. Mas também houve fesao ta no tatame da equipe de judô e na “Uma boa preparação as piscina, além dos times de vôlei, basdo in longo do ano, defin quete, futsal e handebol. Com esse para melhores estratégias resultado, todas as equipes coletivas es superar os concorrent conseguiram lugar na divisão especial do JUBs na 2011. E de parabéns também ficou a equipe de e manter o controle a ov pr da e rt pa ra vôlei masculino da unidade Maceió que estreou ei prim al fin no m na competição e sagrou-se campeã. para estar be er”, e arrancar para venc anck a a dica, o mineiro Fr repass Maratona Caldeira, campeão da e. Internacional do Recif Eficiência esportiva na Nassau Após um ano de conquistas, os atletas da Faculdade Maurício de Nassau receberam uma merecida coroação e levantaram o Troféu Eficiência, concedido pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e federações filiadas. A premiação reconheceu o esforço e desempenho dos estudantes, consagrados como os de melhor desempenho universitário do Brasil em 2010. Somando um total de 445 pontos, a Nassau obteve a maior classificação e trouxe mais um título, até então, inédito em uma instituição de ensino superior do Nordeste. Para isso, os bons resultados alcançados com o pentacampeonato nos Jogos Universitários de Pernambuco (JUP’s 2010), a liderança na Liga Universitária e nas Olimpíadas Universitárias (JUB’s) foram determinantes. 9 fisioterapia D Por um aperto de mão sequinho e sem constrangimento “Juntou a vontade de me curar e de fazer um trabalho legal. Testei tudo primeiro em mim”, diz Alessandro. e pé, em frente ao professor e colegas de turma, Alessandro Machado, 25 anos, tentava disfarçar o nervosismo. Mas a suadeira na mão não deixava. Era justamente em momentos de tensão que a distonia invadia as mãos do então estudante de FisioteraPesquisas acadêmicas pia. Mas era. No passado. A cena, que virou rotina a partir da adolescência, ultrapassam as salas de aula repetiu-se até o penúltimo semestre e chegam à sociedade através do curso na Faculdade Maurício de de técnicas inovadoras e Nassau. Exatamente até o encontro atendimento diferenciado na entre ele e a professora Nely Varela. Juntos, iniciaram um estudo pioneiro Clinica Escola de Fisioterapia e descobriram um tratamento terapêutico inédito para a hiperidrose – a tão temida suadeira que pode afetar mãos, axilas e solas do pé. Antes mesmo de concluir o curso, o novo profissional descobriu uma técnica que poderia transformar a vida de quem sofre com o problema, começando por ele mesmo. A curiosidade da professora sobre o tema, que tem poucos registros acadêmicos, foi o primeiro passo. Em seguida, ela despertou o interesse no aluno. “Juntou a dade da técnica surpreende. Só é preciso mergulhar a palvontade de me curar e de fazer um trabalho legal e inédito. Testei tudo primeiro em mim”, ressalta ma da mão em um recipiente com água, onde um eletrodo Alessandro. Para testar o método, ele se submeteu a 10 de corrente é posicionado e prender outro equipamento sessões de correntes galvânicas (micro choques) e consta- na região escapular (costas e ombro). tou que o equipamento usual da fisioterapia poderia redu- O segredo está na troca de correntes entre esses elezir as atividades das células sudoríparas. trodos, que ajuda a reduzir a liberação de suor. Simples e Na etapa seguinte, a técnica foi aplicada em pacientes com o potencial de transformar a vida de quem, antes, senvoluntários na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade tia constrangimento no convívio social e profissional A proe o resultado também foi positivo. “Alguns relataram que fessora e orientadora do projeto, Nely Varela, destaca que sentiram uma melhora na qualidade de vida radical, fica- a técnica valoriza a fisioterapia dermato-funcional e afasta ram mais seguros e otimistas”, destaca o pesquisador. Foi o tratamento médico e cirúrgico como único tratamento assim com o técnico de laboratório de saúde Jairo Galdino, disponível. Mais do que isso, acrescenta, possibilita aos pa34, que disse estar mais seguro para escrever e manusear cientes uma atitude mais otimista e segura diante da vida. os equipamentos. Ele lembra que, no passado, só não en- No fim das sessões, os voluntários atendidos deram uma frentou o mal estar na hora da paquera ou namoro porque nota ao grau de satisfação. Resta dúvida da aprovação? a mulher dele também tem distonia. “Agora ela quer fazer o tratamento”, brinca. SERVIÇO Alessandro se formou no ano passado e a técnica foi Clínica Escola de Fisioterapia/Unidade Recife adotada pela clínica. Mas ele pretende continuar os estuLocalização: Rua Jornalista Paulo Bittencourt, 168 – Derby, Recife dos, ampliando o período de acompanhamento dos paTelefone: (81) 2121-5922 Atendimento: Segunda a sexta, das 7h30 às 12h30 e das 14h às 19h cientes e a área de testes para axilas e solas dos pés. Nos Saiba mais sobre o curso nas unidades Nassau: testes realizados, cada paciente foi submetido a cerca de http://fisioterapia.mauriciodenassau.edu.br/ 15 sessões de 14 minutos três vezes por semana. A simplici- 11 p e s q u i s a : c e fa l e i a p e s q u i s a : c e fa l e i a E quando a dor de cabeça atrapalha... Estudantes que sofrem com crises de cefaleia ou enxaqueca lutam como guerreiros para vencer ou ignorar essa desagradável companhia e manter o desempenho ficar desestimulada de chegar sem, por exemplo, a desculpa do calor da parada de ônibus. Que nada, ela não precisa de motivo. E bate na porta quase todo dia. “Agora no final do curso então... Acho que a pressão de não perder as cadeiras, de me sair bem, tudo isso favorece”, justifica. Uma cobrança de Izabella que, mesmo com uma crise incessante de enxaqueca, insiste e permanece na sala. “Não consigo ir pra casa, fico lá, lutando. Quando posso, tento deitar mais cedo para acordar melhor e recuperar no dia seguinte”, conta. Guerreira como só ela; e como tantos. Como só quem compartilha “dessa visita” pode imaginar. A pesquisa A prevalência da dor de cabeça em 87,2% do público estudado, que teve a idade média de 23,4 anos e 57,3% de partici- estudantes buscarem acompanhamento pação feminina, não surpreendeu os médico para evitar a automedicação e o pesquisadores. O número estava dentro controle da dor. A recomendação é espedo percentual mundial. Entretanto, a cial para os alunos que sentem impacto indicação de um quadro de enxaqueca grande em atividades rotineiras, o que por 48,5% dos entrevistados ultrapassou foi indicado por 32% dos entrevistados e a média de 27,5%, estabelecida pela co- está relacionado a reprovações e redumunidade científica. O orientador do es- ção do desempenho acadêmico. Faça o tudo, professor e coordenador do curso teste disponibilizado nesta página e conde Enfermagem, Hugo Rafael Silva, acre- fira qual o seu perfil. dita que os números podem ser justiMAIS UMA DOR DE CABEÇA OU ENXAQUECA? ficados pela maior presença feminina, Na enxaqueca Na cefaleia tensional • A dor é recorrente e as crises • A crise pode variar de 30 mais vulnerável às duram de 4 a 72 horas (em minutos a 7 dias dores por quescrianças pode ser 1 hora) • A dor é bilateral, dá sensação tões hormonais e • A dor é unilateral, pulsátil, tem de pressão ou aperto, tem sociais. No entanintensidade moderada a intensa intensidade leve a moderada e to, ele destacou a e piora com atividade física (pelo não piora com atividade física menos 2 dos 4 últimos critérios) (pelo menos 2 dos 4 últimos importância dos • Pode vir associada à náusea e/ ou fotofobia e fonofobia (1 dos 2) DESCUBRA O IMPACTO DA DOR NA SUA VIDA Perguntas: Responda nunca, raramente, algumas vezes, com muita frequência ou sempre para as perguntas abaixo: 1. Quando você tem dor de cabeça, com que frequência a dor é muito forte? critérios) • Deve estar associada a apenas um dos sintomas seguintes, náuseas ou vômitos, fonofobia ou fotofobia Pontuação: Se você fez 50 pontos ou mais É difícil se concentrar. Ler nem pensar. Até ficar quietinho e só ouvir pode ser incômodo. Ser simpático e sorrir então... A irritabilidade é um sintoma natural em quem convive com dor de cabeça frequente. Então, nada de mau humor se encontrar muitas caras fechadas por aí. Tente imaginar que o colega de turma pode estar em sofrimento e, literalmente, desesperado para ficar sozinho em um quarto escuro. Que tal oferecer uma carona no fim da aula e depois ajudá-lo a recuperar a matéria perdida por causa da dor (nem que seja pela falta de concentração ou disponibilidade mental)? A estudante de Jornalismo da Faculdade Maurício de Nassau Camila Albino da Silva, 24 anos, já precisou dessa solidariedade. Mais de uma vez, ela deixou a sala porque não conseguia se concentrar. Só pensava na dor. “Dói a cabeça toda. Às vezes é tão forte que meu único desejo é descansar muito e só passa assim. Nem tem remédio que resolva”, descreve. O problema é tão comum que um grupo de alunos do curso de Enfermagem resolveu colocar no papel a relação entre o desempenho acadêmico e a prevalência da dor de cabeça entre os colegas de Comunicação Social. Camila nem esteve entre os 12 344 entrevistados. Mas o resultado foi tão abrangente, com o registro de cefaléia por 87,2% dos participantes, que a aluna - escolhida aleatoriamente para dar uma entrevista - se enquadrou completamente na matéria. Os pesquisadores descobriram que, nos três meses anteriores à pesquisa, 30,8% dos alunos entrevistados faltaram aulas, dos quais 17,4 % afirmaram ter perda de capacidade produtiva por até dois dias e 13,4 % por três ou mais dias. Da amostra, 8,7% dos estudantes procuraram serviços de urgência. Tudo por conta da indesejada companheira. Camila diz que sente o rendimento cair drasticamente quando está com dor. “Já tive que deixar de apresentar trabalhos e faltar porque quando começa é resultado de esforço e preciso parar. Não preciso nem ir pro médico”, ressalta, lembrando que as dores começaram a ficar mais intensas quando cursava o 3º ano do Ensino Médio. “Era a pressão do vestibular”, atesta. Agora, acredita, a dor vem com a correria do dia a dia, indo do estágio para a faculdade, passando o dia na rua... Também aluna de Jornalismo Izabella Bezerra, 25, conta que fez de tudo para manter a dor distante. Mudou até o horário do curso para a noite, achando que a inconveniente visita fossee 2. Com que frequência as dores de cabeça limitam sua capacidade de realizar suas atividades diárias habituais, incluindo cuidar da casa, trabalhar, estudar ou atividades sociais? Você deve mostrar os resultados a seu médico. As dores de cabeça, que estão perturbando sua vida, podem constituir uma enxaqueca. Leve o HIT-6 com você, pois será mais fácil para o especialista compreender o quanto as dores afetam sua vida. Assim, ele poderá ela- 3. Quando você tem dor de cabeça, com que frequência gostaria de poder se deitar para descansar? borar um programa de tratamento efetivo, que poderá incluir terapia 4. Durante as últimas quatro semanas, com que frequência você se sentiu cansado demais para trabalhar ou realizar suas atividades diárias por causa das dores de cabeça? Se você fez 49 pontos ou menos medicamentosa. Suas dores de cabeça não parecem estar causando impacto significativo. É recomendado que você fique atento e refaça o HIT-6 mensalmente para verificar uma possível evolução. No mais, aproveite o 5. Durante as últimas quatro semanas, com que frequência você sentiu que não estava mais aguentando ou se sentiu irritado por causa das dores de cabeça? 6. Durante as últimas quatro semanas, com que frequência suas dores de cabeça limitaram sua capacidade de se concentrar em seu trabalho ou em suas atividades diárias? tempo com sua família e outras atividades. Sobre o Teste do impacto das dores de cabeça (Headache Impact Test – HIT-6) O HIT-6 é uma ferramenta usada para medir o impacto que as dores de cabeça provocam na capacidade no trabalho e estudos, em casa e situações sociais. A pontuação indica o efeito das dores geram e a capacidade de atuar. O HIT foi desenvolvido por uma equipe inter- Respostas: Some 6 pontos para cada nunca, 8 pontos para cada raramente, 10 para cada algumas vezes, 11 para cada com muita frequência e 13 para cada sempre. E veja o impacto que a dor tem na sua vida ao lado: nacional de especialistas em dor de cabeça, composta por neurologistas e clínicos gerais. Lembre-se, o teste não tem a intenção de oferecer aconselhamento médico. Para isso procure conversar com o seu médico. 13 odontologia odontologia Cuidados com a boca e o paciente Com 150 vagas anuais, curso de Odontologia tem duração de cinco anos e segue a meta de capacitar o profissional para um atendimento integral e preventivo do paciente A odontóloga Regina Lopes circula pelos corredores da Faculdade Maurício de Nassau, unidade Recife, com um tesouro nos braços. É o caçula do grupo Ser Educacional, nascido das mais de 300 páginas encadernadas e sempre carregadas com carinho. As folhas foram o ponto de partida dessa conquista. De um sonho concretizado com salas, laboratórios e professores. Tudo previsto pelo Projeto Político Pedagógico do Curso de Graduação em Odontologia, que a nova coordenadora segura sempre com tanto orgulho. Autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) em dezembro passado, o curso terá sua primeira turma iniciada neste ano. As linhas sairão do papel para permitir que os sonhos, agora dos novos alunos, virem realidade. Apenas uma visita da equipe do MEC foi necessária para a aprovação do curso. Os representantes do ministério tinham a missão de comprovar se tudo o que estava dito no tal projeto apresentado era verdade. Eles conheceram a estrutura física da Faculdade, participaram de reuniões com os docentes e com a coordenação e aprovaram a criação do novo curso. A partir de então, uma equipe de professores e consultores pôde se dedicar aos detalhes. “Oferecer esse curso é um sonho antigo que conquistamos por mérito e esforço de atender às exigências e garantir uma boa formação profissional”, esclarece Regina Lopes, que já era professora da instituição. A nova coordenadora ressaltou que o curso foi concebido com o objetivo de possibilitar uma formação generalista ao profissional com ênfase no Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS é um dos principais empregadores do país e precisamos de profissionais qualificados para garantir um atendimento integral”, destaca. A estratégia, segundo Regina, é qualificar o aluno para atender as necessidades sociais da saúde e atuar na prevenção bucal da população. Esse perfil diferenciado do programa letivo poderá ser observado pelos alunos já no primeiro semestre, quando 14 Nassau em João Pessoa ganha nova sede “Oferecer esse curso é um sonho antigo que conquistamos por mérito e esforço de atender às exigências e garantir uma boa formação profissional” terão contato com os serviços públicos de saúde coletiva, acompanhando visitas de funcionários do Programa da Saúde da Família (PSF). Também já no segundo período, os estudantes terão a disciplina de estratégia de saúde da família. “O MEC recomenda o contato com os serviços de saúde coletiva o mais rápido possível. Nós priorizamos isso e organizamos tudo para atender disciplinas da área social”, disse Regina. Ela também cita como diferencial a possibilidade dos estudantes manterem contato com os colegas de outros cursos, como fisioterapia, enfermagem e psicologia, desde o primeiro período. “O nosso profissional não vai dividir o paciente em partes, mas tratá-lo de maneira biológica, psicológica e cultural”, disse. Sempre com o projeto pedagógico em mãos, pronta para colocá-lo em movimento. Excelência em educação Avaliadas com louvor, as unidades da Faculdade Maurício de Nassau tiveram a excelência no ensino atestada pelos mais recentes indicadores do Ministério da Educação (MEC). Na classificação, foram considerados o Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), os Conceitos Preliminares de Cursos (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC). O principal destaque ficou com o curso de Gastronomia da unidade Recife, que obteve a melhor nota entre as instituições Norte/Nordeste. Em um conceito que varia de um a cinco nos CPC, Gastronomia obteve quatro, assim como o curso de Redes de Computadores. Como instituição, a unidade Recife alcançou a média três, mesmo índice obtido pelas unidades da Nassau em Maceió e Salvador. Os resultados foram calculados a partir de uma média ponderada dos conceitos dos cursos de graduação e pós-graduação. Na graduação, a pontuação é calculada a partir do CPC dos cursos, o que também propiciou índices satisfatórios diante do desempenho positivo dos estudantes no Enade. As unidades de João Pessoa, Campina Grande e Natal, por terem sido inauguradas recentemente, ainda não obtiveram o IGC. Ano novo, prédio novo para a Faculdade Maurício de Nassau, unidade João Pessoa. A nova sede, situada na Avenida Epitácio Pessoa, foi construída em mais de 30 mil metros de área, em 14 pavimentos. Espaço suficiente para abrigar um auditório com capacidade para 400 lugares, biblioteca, espaço cultural, laboratórios, núcleos de práticas, livraria e estacionamento. Uma estrutura criada para receber cerca de mil novos alunos, além dos veteranos, distribuídos em 10 cursos. Na entrada, uma placa com a frase do filósofo Immanuel Kant mantém um convite: “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Os estudantes de Administração e Direito, que antes freqüentavam o prédio da Avenida Almirante Barroso, no Centro, serão transferidos para a nova estrutura, onde encontrarão com os calouros matriculados nos cursos de Ciências Contábeis, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição, Educação Física, Jornalismo, Psicologia e Publicidade e Propaganda.Além oferecer um espaço mais moderno numa localização privilegiada da capital paraibana, a mudança foi necessária para atender ao projeto da Faculdade de ampliar as opções de cursos recentemente autorizados pelo Ministério da Educação (MEC). Na construção do novo campus, avaliado em R$ 50 milhões, foram gerados 300 empregos diretos e 200 indiretos. Após a inauguração, outros cerca de 500 empregos serão gerados. E a inauguração foi apenas a primeira de uma série. Novos prédios também serão inaugurados nas unidades de Campina Grande, na Paraíba, e em Maceió, além da instalação de novas sedes em Caruaru, no Agreste pernambucano, e em Fortaleza. 15 m a pa u n i v e r s i t á r i o m a pa u n i v e r s i t á r i o u n i da d e s da fa c u l da d e m au r í c i o d e n a s s au JOÃO PESSOA RECIFE Faculdade Maurício de Nassau Faculdade Maurício de Nassau Unidade FOR TALE Endereço: Rua Guilherme Pinto, 114 Graças Rua Fernandes Vieira, 110 - Boa Vista Telefone / Fax:+55 (81) 3413-4611 ZA* Cursos da Graduação: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Ciências Contábeis, Cinema Digital, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Ambiental, Engenharia de Telecomunicações, Farmácia, Fisioterapia, Jornalismo, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Radio e TV, Sistemas de Informação, Turismo Unidade NATAL Unidade JO ÃO PESSOA GRANDE Unidade CAM PINA Graduação Tecnológica: Design de Moda, Gastronomia, Gestão da Qualidade, Gestão Financeira, Radiologia, Redes de Computadores, Segurança no Trabalho, Sistemas para Internet Unidade RECIFE * Unidade CARUARU Unidade M ac ei ó NATAL Faculdade Maurício de Nassau Endereço: Av. Engenheiro Roberto Freire, 1514 - Capim Macio Telefone / Fax:+55 (84) 3344-7800 Cursos da Graduação: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia Unidade SALVADOR Graduação Tecnológica: Gestão da Qualidade, Redes de Computadores, Segurança no Trabalho Endereço: Av. Avenida Epitácio Pessoa, bairro dos Estados Telefone / Fax:+55 (83) 2107-5959 Cursos da Graduação: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Jornalismo, Nutrição, Psicologia Unidade NATAL CAMPINA GRANDE Faculdade Maurício de Nassau Endereço: Rua Antonio Carvalho de Souza, 295 - Estação Velha Telefone / Fax:+55 (83) 2101-8900 Unidade CAM PINA GRANDE Cursos da Graduação: Administração, Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia SALVADOR Faculdade Maurício de Nassau Endereço: Av. Tamburugy, 88 Patamares CEP: 41680-440 Telefone / Fax:+55 (71) 3505-4500 Cursos da Graduação: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Fisioterapia, Jornalismo, Nutrição, Pedagogia, Psicologia, Turismo Unidade JO ÃO PESSOA Unidade RECIFE Graduação Tecnológica: Gestão da Qualidade, Gestão de Pequenas e Médias Empresas, Gestão de Pessoas, Gestão Pública, Redes de Computadores, Sistemas para Internet MACEIÓ Unidade M ac ei ó Faculdade Maurício de Nassau Endereço: Av. Sandoval Arroxelas, 239 - Ponta Verde Telefone / Fax:+55 (82) 3036-2299 Cursos da Graduação: Administração, Ciências Contábeis, Design Gráfico, Direito, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Jornalismo, Nutrição, Publicidade e Propaganda, Sistemas de Informação, Turismo * FUTURAS INSTALAÇÕES DAS UNIDADES DE CARUARU E FORTALEZA 16 * Unidade CARUARU Unidade FOR TALE ZA* Graduação Tecnológica: Redes de Computadores, Segurança no Trabalho Unidade SALVADOR 17 p ó s - g r a d ua ç ã o especialização “O convívio com pessoas de várias áreas é muito bom, permite um grande aprendizado, discutimos novas tendências. E isso não se aprende só nos Disposição para voltar à sala de aula livros”, destaca Clara. Cursos de pós-graduação permitem a qualificação do profissional e o preparam para novas exigências. Novidades incluem gestão de esportes, sustentabilidade e portos A lgumas meninas sonhavam em ser comissárias de bordo. Outras, professoras ou modelos. Desde criança, Clara Teixeira, 28 anos, admirava a profissão de terapeuta ocupacional. Achava bonito. Ela cresceu e, há quatro anos, formou-se no curso que tanto admirava. No entanto, os caminhos não a levaram a uma atividade de terapeuta. Clara sempre atuou na área administrativa e descobriu que também gostava de lidar com gente de outra maneira. A jovem não colocou em prática o aprendizado mais específico do curso superior e encontrou nas especializações um meio de garantir um novo começo. Ou recomeço de sua carreira profissional. Em janeiro de 2010, Clara começou o curso de MBA em Gestão Empresarial na Business School da Faculdade Maurício de Nassau. Gostou tanto que, mesmo sem concluí-lo, iniciou o MBA em Gestão de Pessoas em janeiro deste ano. Optou por fazer um pequeno malabarismo durante dois meses até encerrar a primeira pós. “Observei que essas qualificações seriam uma exigência do mercado e percebi que também estaria mais preparada para atuar na área em que encontrei espaço”, justifica Clara. Estimulada pelo retorno à sala de aula, ela começou a estudar para um mestrado e pensa também em seguir a carreira acadêmica. “Sempre admirei a terapia ocupacional e acabei me formando. Mas nunca atuei na área e estou descobrindo que gosto de outras coisas e quero me aperfeiçoar”, disse. Os novos cursos irão contribuir nas atividades do dia a dia na Secretaria de Planejamento e Gestão do estado, onde Clara é técnica de planejamento. Mas ela reconhece também a troca de informação com os colegas na sala de aula como uma experiência enriquecedora. “O convívio com pessoas de várias áreas é muito bom, permite um grande aprendizado, discutimos novas tendências. E isso não se aprende só nos livros”, destaca. Antecipar-se às novas tendências de mercado, esclarece a diretora da pós-graduação da Nassau, Vânia Campos, é um dos objetivos dos novos cursos. Neste ano, ela cita como exemplo o lançamento de especializações em gestão de esportes, sustentabilidade e portuária. 18 “Nós vamos de carro próprio, mas às vezes quebra no meio da estrada. Mas nada disso é problema. estamos tirando tudo de letra”, ressalta Dayane. O QUE TEM DE NOVO NA PÓS-GRADUAÇÃO FOTOGRAFIA Objetivo: Possibilitar o conhecimento prático, instrumental e teórico-analítico que possibilitem a produção, a análise, a conservação e o restauro fotográfico, além de oferecer competência empreendedora e didática GESTÃO DA INOVAÇÃO Objetivo: Propiciar a formação das pessoas e o desenvolvimento da cultura de inovação, bem como da propriedade intelectual das empresas como grande instrumento transformador da competitividade MBA EM GESTÃO DO ESPORTE Objetivo: Propiciar qualificação no campo da gestão do esporte, orientados por uma perspectiva empreendedora e inovadora da gestão esportiva no cenário local, nacional e internacional GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE E EMPREENDEDORISMO SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES Objetivo: Capacitar profissionais na adoção de postura ética e suas competências competitivas a uma gestão de excelência, com ênfase na compreensão dos conceitos de sustentabilidade e responsabilidade social e sua inserção nas práticas organizacionais GESTÃO EMPRESARIAL EM NEGÓCIOS ELETRÔNICOS Objetivo: Gerar capacitação para gerenciamento de empresas que utilizem a internet como canal de produção, vendas, transações em geral, recrutamento, entre outras modalidades de trabalho Carga horária para os cinco acima: 360 h/a, com aulas quinzenais nas sextas-feiras, das 18h30 às 22h, e aos sábados , das 8h às 12h e das 13h às 17h (15 meses) BANCO DE DADOS Objetivo: Formar profissionais especializados para atuar na nova visão empresarial de projeto, administração e segurança de informações das organizações. Aprimorar a qualificação do profissional de administração de banco de dados (DBA) Carga horária: 375 h/a, com aulas quinzenais nas sextas-feiras, das 18h30 às 22h, e aos sábados, das 8h às 12h e das 13h às 17h (15 meses) MBA EM GESTÃO PORTUÁRIA Objetivo: Oferecer oportunidades de especialização nos conceitos, temas e práticas de logística e gestão portuária e formar especialistas em novas técnicas de gestão do segmento de portos Carga Horária: 450 h/a, com aulas quinzenais nas sextas-feiras, das 18h30 às 22h, e aos sábados , das 8h às 12h e das 13h às 17h (18 meses) PARA SABER MAIS: posgraduacao.mauriciodenassau.edu.br/Home/entrada A especialização está logo ali O grupo sai de Aracaju às 4h do sábado e leva, em média, sete horas de viagem por conta dos atrasos na estrada com obras na BR De Aracaju para o Recife, alunos enfrentam sete horas de viagem em busca da qualificação profissional E quando a sala de aula está à distância de 501 quilômetros? Bagagem pronta e pé na estrada. Tem sido assim para os sergipanos Dayane Eloá dos Anjos Maciel, 24 anos, Diogo Reis Souza, 23, e Luiz Carlos dos Santos, 47, que moram em Aracaju. Desde novembro do ano passado, a cada 15 dias, o fim de semana deles é no Recife. Especificamente, numa sala de pós graduação em Direito Processual do Business School da Faculdade Maurício de Nassau. Uma demonstração do esforço e interesse do trio pela qualificação profissional. A ideia partiu de Dayane depois de procurar, sem sucesso, uma especialização em Aracaju. Ela conta que acabou se interessando pelo curso da Nassau, pois ele abrangia mais áreas de interesse, como Direito Penal, Constitucional, Civil e Trabalho, além da docência no ensino superior. “Achei uma ótima opção e os funcionários e coordenadores foram muito atenciosos. Depois disso, falei com meus amigos que também se interessaram”, disse. Os três, que se conheceram na faculdade, concluíram o curso de Direito em dezembro passado e ficaram bastante animados por iniciar a pós de maneira imediata. A distância nem foi obstáculo. Desde então, já acumulam aventuras para contar aos amigos e familiares. “Nós vamos de carro próprio, mas às vezes quebra no meio da estrada. Mas nada disso é problema. estamos tirando tudo de letra”, ressalta Dayane. O grupo sai de Aracaju às 4h do sábado e leva, em média, sete horas de viagem por conta dos atrasos na estrada com obras na BR. Assistem aula nas sextas-feiras à noite e, durante o dia, no sábado. No domingo, novamente às 4h, é hora de pegar a estrada para o retorno. Um fim de semana puxado e custoso. “São várias as despesas, como combustível, alimentação e a despesa do carro quando ele quebra”, brincou a advogada. Sorte do trio, o aluguel saiu em conta. Eles conseguiram fechar um acordo com a tia de um colega da turma, que mora em Caruaru (interior de Pernambuco) e também se hospeda com eles, de um primeiro andar de uma casa com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. Agora é “só” esperar até dezembro deste ano para conseguir o título de especialista e seguirem para novas aventuras. Luiz pretende atuar na área criminal, Diogo em trabalhista e Dayane em cível. Em comum, todos têm o desejo de lecionar e a disposição clara para enfrentar as dificuldades até o futuro profissional promissor. 19 n ú c l e o d e ta l e n t o s Q uem entra numa sala do Núcleo de Talentos da Faculdade Maurício de Nassau se impressiona com a quantidade de “finais felizes” que pode encontrar. As coordenadoras facilmente listam nome de alunos e ex-alunos que tiveram parte de suas histórias construídas ali. São Mirelas, Gabrielas, Brunos... E a memória precisa ser boa porque os estudantes ou profissionais que vão até lá estão apenas de passagem. De passagem para se encontrar na vida. O Núcleo é só um trampolim. Em 2010, quase 4 mil estudantes descobriram novos caminhos depois de uma visita ao espaço criado para ajudá-los a entrar no mercado de trabalho. n ú c l e o d e ta l e n to s Atenção, talentos de passagem Núcleo de Talentos da Faculdade Maurício de Nassau facilita o encontro entre as empresas, estudantes e ex-alunos em busca de uma oportunidade no mercado PARA ATRAIR, CAPRICHE NO CURRÍCULO “Fim de curso é angustiante. Queremos trabalhar, entrar no mercado, mas nem sempre é fácil”, conta Mirela. • Comece por dados pessoais, com nome completo, idade, endereço e estado civil • Não esqueça os contatos de telefone e e-mail • Escreva seu objetivo, isto é, o que você pretende ao se candidatar àquela vaga • Resuma suas experiências profissionais em um pequeno texto, sem detalhar as empresas e os períodos • Organize uma lista das empresas por onde passou, sem repetir as atividades e coloque o período (ex. mês/ano a mês/ano) • Detalhe sua formação naquela área profissional, desde cursos de idiomas até graduação e pós-graduação • Se você tiver experiências em áreas diversificadas adapte o currículo para cada vaga pretendida, dando prioridade às atividades de interesse • Se ainda tiver espaço, trate de outros assuntos aos quais atribua alguma relevância, como viagens internacionais, artigos publicados ou premiações • Não esqueça de colocar a data no final da página • Lembre-se de analisar bem a vaga e observar se você está dentro do perfil para não correr o risco de causar uma imagem negativa de “caiu na rede é peixe” CAUSE UMA BOA 1ª IMPRESSÃO • Evite atrasos e se planeje para chegar com antecedência de uns 15 minutos “Acho tudo em nutrição encantador. Mas esse estágio será ótimo, pois poderei acompanhar a realidade de cardápio, estoque e treinamento”, diz Gabriela. O encantamento de Gabriela Lapenda, 22 anos, com o curso de Nutrição se assemelha à empolgação de uma criança num parque de diversão. Disposta a experimentar tudo até encontrar o que gosta mais. Ou, como também se enquadra, seja mais gratificante. No 7º período, ela está há cerca de um ano no grupo de pesquisa do IMIP, onde tem o orgulho de poder aprender com o professor e coordenador do setor, Malaquias Batista Filho. Lá, ela investiga tudo sobre nutrição. Obesidade, desnutrição e saúde pública são assuntos que a estudante conhece em números e estatísticas. O outro lado da moeda – as pessoas e os casos reais - ela começou a conhecer em janeiro deste ano. 20 Depois de uma visita ao núcleo, Gabriela conseguiu firmar um estágio na Secretaria Estadual de Educação, em Nazaré da Mata, Mata Norte de Pernambuco. E até nisso deu sorte, pois mora em Carpina, na mesma região. “Acho tudo em nutrição encantador. Mas esse estágio será ótimo, pois poderei acompanhar a realidade de cardápio, estoque e treinamento”, disse. E que realidade. Com duas nutricionistas formadas, a estudante será responsável por 60 escolas da região e terá a missão de manter uma merenda saudável para as crianças diante de dificuldades como adaptar o cardápio ao estoque, treinar as merendeiras e equilibrar os números que ela estuda no Imip. O estímulo ideal para quem tem o fôlego de iniciante e o desejo de mudar o mundo. E construir um novo mundo profissional é o que a administradora recém formada Mirela Silva, 27, pretende a partir da vaga de trainee em uma multinacional do setor de revestimento e proteção. Ela foi indicada à empresa pelo Núcleo de Talentos e passou por dois dias de intenso processo seletivo. A aprovação não poderia ser mais esperada, pois o contrato com o estágio antigo tinha sido encerrado e as novas contas começavam a chegar. “Fim de curso é angustiante. Queremos trabalhar, entrar no mercado, mas nem sempre é fácil”, conta, lembrando que trabalha desde cedo para ajudar em casa, tendo passado por ocupações em shoppings e telemarketing. Essas alternativas não estavam descartadas pela estudante, que priorizava algo na área. Agora sonha com a carreira na empresa e já planeja o futuro. Depois de quatro meses como trainee, Mirela deverá apresentar um plano de negócios que será julgado para uma recolocação no grupo. “Eles têm várias filiais em outras cidades. Toparia sem problemas. Essa oportunidade veio em ótima hora”, destacou, já com novos sonhos em mente. Sempre. • Cumprimente o entrevistador com um aperto de mão seguro e seja você mesmo • Mantenha contato visual, especialmente na hora das respostas • Se souber qual é a empresa, se informe, é importante conhecer o histórico • Cuidado com o perfume, não exagere • Opte por roupas de cores neutras e evite modelos curtos, justos ou decotados • Evite gírias, pois podem ser mal interpretadas • A entrevista é de mão dupla, aproveite para tirar dúvidas e conhecer a vaga • Seja profissional e não fale mal de seu atual ou antigo empregador • Não revele informações confidenciais sobre sua empresa atual ou antiga • Seja sincero quanto ao motivo da sua saída do antigo emprego • Mostre interesse e entusiasmo se quiser realmente ocupar a nova vaga • Agradeça a oportunidade Fonte: Núcleo de Talentos da Faculdade Maurício de Nassau 21 aprendizado aprendizado A De aluno a aprendiz. E exemplo... A vida tem caminhos curiosos para mostrar novos destinos. Depois da fama em programa de TV, Rodrigo Solano começou a descobrir o próprio tempo té hoje, quase um ano depois, Rodrigo Solano, 20 anos, não sabe exatamente o que o levou a desbancar 125.800 candidatos. Era esse o número de inscritos que concorriam a uma das 16 vagas do programa televisivo Aprendiz Universitário 7. Também não tem certeza do que o levou até a final do mesmo reality show, concorrendo ao prêmio de R$ 1 milhão e um cargo no Grupo Doria Associados. Destino, carisma, compromisso, motivação? O dominó da Copa que ele criou na fase de seleção ou a prova em que se vestiu de coração para divulgar um produto? Mais provável ter sido de tudo isso um pouco. Um pouco de tudo em Solano, como ficou conhecido. O que o jovem logo percebeu foi a guinada que a experiência deu na vida dele. Quando seria possível ter ficado triste por ter ido até a final e não ter ganhado o 1º lugar no programa, ele sentiu os caminhos se abrirem. E parecia saber disso ainda no palco com as câmeras ligadas. “O grupo veio todo me consolar. Precisou que eu dissesse que estava bem e que a outra concorrente tinha ganhado e merecia os abraços”, relembra. Câmeras desligadas. Mas os convites foram tantos, inclusive em multinacionais sediadas em São Paulo, que um deles surgiu de onde o estudante do 6º período da Faculdade Mauricio de Nassau nem esperava. Exatamente da instituição onde estudava. E foi esse que ele aceitou. Aluno de Jornalismo, ele também assumiu o cargo de coordenador comercial da unidade da Maurício de Nassau no Recife. Escolheu permanecer na cidade natal, por enquanto. Pois é como se as idas a São Paulo para participar da seleção e gravar o programa – e as viagens subsequentes de premiação para a Suíça, África do Sul, Espanha, entre outros destinos, – tivessem chamado sua atenção para o tamanho do mundo. E, de certa forma, foi assim mesmo. Mas Solano não teve pressa. “Eu nunca tinha viajado de avião, ficado tanto tempo fora. Imagine para minha mãe, que ficou sem o filho por seis meses. Todo dia ela ligava para a TV e o pessoal já sabia que era a dona Sônia querendo saber se o filho estava bem e tinha comido”, conta brincando, apesar da “fama” da mãe ser mesmo verdadeira. A proposta da faculdade foi vista como o melhor convite por Solano. “Não era hora. Depois cheguei a pensar se fiz certo, mas agora sei que vou morar fora um dia. Talvez em São Paulo ou outra cidade. A hora vai chegar”, assegura. Impossível questionar. Solano mostrou que tem originalidade e competência, característica observada pelos milhões de espectadores do programa. Contra as possibilidades - com a internet caindo na prova de seleção, usando o brinco que ele se esqueceu de tirar para a entrevista, sem paletó para participar das gravações – ele mostrou que tinha personalidade. “Eu era o único diferente, assim mais largado. Pensei que ou seria o ridículo ou gostariam de mim”, conclui. No Aprendiz, o jovem foi chamado de rei e conseguiu o feito inédito de fazer uma empresa adotar imediatamente uma ideia. Virou exemplo. De aprendiz transformou-se também em professor. VEJA MAIS: No site, confira a prova em que Solano se vestiu de coração e foi o vencedor. “Solano foi contratado por ser um aluno com habilidades de destaque. Ele mostrou-se capaz de gerenciar a área comercial da instituição e aproveitamos a oportunidade de tê-lo na equipe”, nte de Bruno Burgos, gere o Ser marketing do Grup Educacional 22 23 f i na n ç a s f i na n ç a s G Aluna de Ciências Contábeis, Vany Ribeiro atua como consultora de finanças pessoais e mostra que é possível – sem mágica – fazer o dinheiro render e concretizar sonhos Boa matemática e planejamento deixam tudo azul anhando menos de um salário mínimo fixo, Paulo Victor de Santana, 26 anos, assumiu uma prestação de R$ 206 em 36 vezes para comprar “a moto dos sonhos”. Sem controle do que saía da carteira, o editor de imagens continuava a gastar a média de R$ 150 em passeios nos fins de semana. E contava com uma renda de trabalhos extras¸ que variava todo mês, para evitar buracos. Nem precisa ser bom com números para arriscar que ele entrou no vermelho. Ainda assim, conseguiu adiantar as parcelas em um ano e quitou o débito. Não foi milagre, nem ele foi um dos vencedores da mega-sena. Ele conheceu Helcivany Ribeiro, que conhece bem matemática e é boa de gestão financeira. Aluna do 6º período de Ciências Contábeis da Faculdade Maurício de Nassau e mulher do chefe de Paulo, Vany deu início a um projeto de consultoria financeira pessoal e empresarial. Ela queria mostrar que, com boa organização, é possível crescer mesmo com pouco dinheiro. “É muito gratificante quando as pessoas começam a perceber que podem melhorar de vida. Mas é preciso realmente querer mudar os hábitos”, defende. E entregar as contas para quem pode ajudar como fez Paulo Victor com a nova consultora, que foi logo cortando as farras e indicando as prioridades. No início da organização das finanças, ele passou a ganhar um salário mínimo fixo, o que ajudou nos cálculos. “Eu guardava um dinheiro extra na poupança e achava que o rendimento iria ajudar a pagar a moto, mas Vany mostrou que era melhor adiantar as parcelas e fui pagando sempre duas”, conta o editor, que cortou os juros e conseguiu antecipar o pagamento em um ano. Com um di- nheirinho sobrando, já que mora na casa do pai e divide as contas com ele, Paulo Victor resolveu investir nos equipamentos de trabalho e comprou um computador. Novamente com a ajuda de Vany, ele conseguiu economizar 20% porque não comprou o roteador na mesma loja. “Paulo ia caindo nessas propagandas de promoção, mas mostrei que eles tiram de um lado e ganham em outro. Achamos um equipamento mais barato em outra loja, era só procurar”, ensina. O aluno só não foi mais exemplar, pois, no fim do ano passado, caiu em tentação. Ansioso para ter um carro e economizar nos freelas que faz com filmagem, ele comprou um modelo zero sem consultar a professora. E levou um puxão de orelha. Assim que retirou o veículo da loja sofreu uma grande desvalorização, já que um modelo diferente foi lançado neste ano. “Vi que paguei mais caro e deveria ter ficado com um semi-novo. Mas Vany me ajudou a organizar as contas e vai dar para pagar”, sorri, pensando na economia que fará quando precisar ir de carro para algum evento. Enquanto isso, ele aproveita a moto para não precisar acordar tão cedo e ganhar tempo na hora de ir para o trabalho, na Madalena, e voltar para casa, em Olinda. Com tudo em dia, Paulo já pensa em alugar um apartamento perto do trabalho para economizar ainda mais no combustível e ganhar tempo livre para outros serviços. Para ele, vale a máxima de que “tempo é dinheiro”. Ele sonha e planeja com a aprovação de Vany, que observa no cliente um trabalho bem sucedido. Um estímulo novo para concluir o curso e seguir fazendo diferença na vida de outros. 10 passos para controlar as finanças • Mude o comportamento financeiro através da disciplina e do autocontrole • Organize as contas em três modalidades: Fixas, Fixas com valores variáveis e Variáveis • Utilize o cartão de crédito apenas para despesas previstas no orçamento • Faça do cheque o seu gerente, consulte e analise a possibilidade de uso, em vez de submeter-se aos juros impostos por um gerente • Transfira as contas de receitas e despesas para uma planilha e aprenda a lê-las • Estude que débitos podem ser reduzidos ou eliminados para direcioná-lo a algo mais construtivo • Observe qual o percentual de cada conta em relação a sua renda, analisando se é ou não válido dispor da renda dessa forma • Adote o método da caderneta diária, anotando desde o pão ao cafezinho. Chama-se disciplina • Faça escolhas inteligentes, como sair uma ou duas vezes por mês ou ainda examinar junto a família se a assinatura de TV está cumprindo o papel de lazer. Caso contrário, reveja certos gastos • Planeje. Este sim é o melhor e mais bem sucedido modo de controlar toda e qualquer finança “É muito gratificante quando as pessoas começam a perceber que podem melhorar de vida. Mas é preciso realmente querer mudar os hábitos” 24 25 turismo A firmar que o nascimento de um filho muda a vida dos pais parece lugar comum. Mas a chegada de Marília teve um impacto tão profundo em Arthur que fez, e ainda faz, diferença para dezenas, centenas, milhares (!?) de outras pessoas. Há 17 anos, a primogênita de Arthur nasceu cega. Dedicado, ele fez do inesperado uma motivação para buscar aprendizado. Como um bom pai, queria propiciar o melhor para a filha. Naquela época, ainda não existia a facilidade do Google. Nas escolas, se falava em integração, socialização. Inclusão só veio depois. Uma luta pessoal e profissional do administrador, professor e, depois, especialista em inclusão social. Foi aí que essa história começou a ficar diferente. Arthur Mendonça conta que, após o nascimento de Marília, mergulhou nos livros em busca de orientação, de como lidar com a diferença. As escolas eram obrigadas a recebê-la, mas não estavam preparadas. “Ela não tinha o mesmo atendimento das outras crianças e isso não estava certo”, relembra. Ao mesmo tempo, com uma nova sensibilidade despertada, Arthur assumia a direção do setor de recursos humanos do metrô do Recife. Estava na posição contrária. Era o gestor e outros precisavam de oportunidade. Ele “não podia pecar estando do outro lado” e incluiu uma cota para estagiários com deficiência. Abriu a porta para outros filhos e a janela para sua própria filha, ainda criança. A atitude foi reconhecida e o administrador foi convidado a coordenar projetos de acessibilidade na Superintendência de Apoio à Pessoa com Deficiência de Pernambuco. Financeiramente, ponderou, não era vantagem. Além disso, sairia de uma gestão de 3 mil funcionários para o universo do estado, com 14% de deficientes à espera de uma inclusão verdadeira. turismo Mas o ganho pessoal, familiar e coletivo o motivaram. No dia a dia, Arthur começou a discutir a inclusão nos esportes, na educação, na empregabilidade e observou que a temática não incluía o turismo. “Antes não tínhamos nada. Hoje, temos alguns hotéis preparados. Mas é preciso adaptar roteiros e treinar pessoas”, observa, citando como ideias para um turista cego ou de baixa visão, por exemplo, a oferta de um cardápio ou roteiro áudio-descritivo. A partir de então, o caminho dele cruzou com o dos alunos de Turismo da Faculdade Maurício de Nassau. Entre uma provocação e outra, uma simulação aqui e outra ali, um congresso e uma feira, os futuros turismólogos aprendem que o turismo deve ser para todos. Em experiências com olhos vendados e cadeiras de rodas, os estudantes vivenciam o que sente um turista com necessidades diferentes e aprendem como devem agir sendo os profissionais. As simulações têm o objetivo de preparar os futuros profissionais e garantir que todos os próximos turistas aproveitem o passeio de forma integral. Mesmo que diferente. E Marília? Timidamente, ela conta os planos de cursar Direito e Jornalismo. Solta-se quando diz que adora viajar com a família e que já conhece o Brasil quase todo. Gostou mais de Gramado, de Brasília e das praias da Bahia. Com todo o aprendizado do pai, a filha ganhou mais liberdade. No percurso, ganhou até uma irmã, Geovana, 12. “Minha experiência toda foi um ganho pessoal imenso. Deu uma guinada, éramos muito protetores. Agora damos uma autonomia a Marília ao ponto de dizer “te vira”. Eu queria abrir o caminho, preparar o chão para ela seguir”, reflete, com o sonho de todo pai. Os caminhos foram abertos. Para Marília e tantos outros, alunos, deficientes e amigos. Estão todos na estrada. Turismo para todos Alunos vivenciam o que sente um turista com necessidades diferentes É FÁCIL AJUDAR, APRENDA A INCLUIR • Se você quiser falar com uma pessoa surda, não grite. Ela não ouvirá e sua expressão parecerá agressiva • Se quiser conversar com uma pessoa surda, chame atenção sinalizando com a mão ou tocando no braço dela • Enquanto estiver falando, fique de frente para que ela possa ler seus lábios e converse normalmente, a não ser que ela peça para você falar devagar • Para orientar uma pessoa com defi- ciência visual no deslocamento, nunca use ‘ali’ ou ‘aqui’ • Lembre-se de indicar obstáculos encontrados no caminho como degraus, meios-fios, buracos e outros. Não esqueça do que está acima e pode bater na cabeça da pessoa • Não evite palavras como “cego”, “olhar” ou “ver”. Isso não é nenhuma ofensa ou indelicadeza com a pessoa cega • Tente descrever os ambientes com detalhes, como posição dos móveis, vista, se existe jardim, as cores e a apresentação das comidas • Se você estiver caminhando com uma pessoa que use muletas, procure andar no ritmo de marcha dela • Se desejar, ofereça ajuda, mas não force. Se precisar de apoio, a pessoa aceitará a sua colaboração e lhe dirá o que fazer • Cumprimente a pessoa com déficit intelectual de maneira respeitosa e não se esqueça de fazer o mesmo ao sair. Todo mundo gosta de ser tratado com respeito e atenção Fonte: Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD). “Antes não tínhamos nada. Hoje, temos alguns hotéis preparados. Mas é preciso adaptar roteiros e treinar pessoas”, observa Arthur. Após o nascimento de uma filha cega, professor mergulha no universo da inclusão social. A causa vira sua profissão e, hoje, é transmitida aos estudantes 26 27 e n g e n h a r i a a m b i e n ta l e n g e n h a r i a a m b i e n ta l Construir, desconstruir e reconstruir Mente aberta, vontade de fazer diferente e de forma mais duradoura é prérequisito para ter sucesso na carreira e garantir o futuro da humanidade como conhecemos A os 53 anos, quando mesmo nos dias de hoje alguns poderiam achar que era tarde, José Luís Loureiro recomeçou. Com uma carreira consolidada por 35 anos de experiência em construção civil, ele vislumbrou o futuro. E foi atrás dele. Mas a decisão desse paulistano apaixonado por Recife não está sendo contada nesta revista só porque ele encarou voltar a uma sala cheia de jovens e aulas de matemática básica. O que já seria uma bela lição. Ele aceitou reformular seus conceitos e práticas em um movimento bem mais difícil. Foi buscar na Engenharia Ambiental os caminhos para preservar o maior patrimônio da humanidade. “A qualidade do meio ambiente está ligada a nossa vida, sempre foi nosso patrimônio maior. Mas agora não dá mais para viver sem considerar as soluções ambientais”, destaca, ressaltando que pretende aliar sua experiência aos novos conhecimentos para criar alternativas mais sustentáveis. No 2º período do curso da Faculdade Maurício de Nassau, José Luís conta que já superou o “susto” pelo retorno às aulas e está confiante na escolha de investir no futuro. Ele acredita que a tendência é que os próximos 28 empreendimentos só sejam aprovados após a análise de um engenheiro ambiental. “Estarei pronto. Ainda quero fazer muito nessa vida”, disse o pai de três filho e avô de sete netos, com a empolgação do recém-formado que será em alguns semestres. Na sala de aula, a vontade de “colocar a mão na massa” vem falando alto e um grupo de estudantes, coordenado pelo gestor do curso e professor, Marco Antônio Silva, está elaborando um projeto de Consultoria Junior de Engenharia Ambiental. Os alunos já atuaram na instituição, ministrando palestras para outras turmas, e desenvolveram atividades externas. A experiência de quem está no mercado também serve de exemplo, como a de José Luís e de Tatiane Marques da Silva, 28. Técnica em segurança do trabalho, a jovem buscou no curso superior uma capacitação para estar mais preparada às mudanças. E vem aplicando o conhecimento nas construções em que atua. “Esse é um mercado em pleno crescimento e temos muito o que descobrir ainda”, constata Tatiane. Empolgada e orgulhosa por estar trabalhando na construção de um dos primeiros prédios 100% verdes do Recife, ela lista as iniciativas que já coloca em prática, como coleta seletiva de resíduos e reaproveitamento de materiais. Mas sabe que ainda há muito o que mudar e implantar para deixar, no passado, o título de setor que mais esgota os recursos naturais. Um passado que se afasta com velocidade desses estudantes que – em qualquer idade – estão dispostos a começar, recomeçar e mudar conceitos. Orgulhosa por participar do projeto de um prédio verde, Tatiane Marques já atua de maneira sustentável TROTE LEGAL José Luís Loureiro vislumbrou o futuro no curso de Engenharia Ambiental e pretende unir o aprendizado à prática da construção civil. A cada semestre, os estudantes da Faculdade Maurício de Nassau escolhem uma atividade para reforçar que o temido trote pode ser legal. No semestre passado, eles fizeram questão de atuar em Água Preta, cidade da Mata Sul de Pernambuco, devastada pelas enchentes em junho de 2010. A ação, desenvolvida em dezembro, reuniu alunos de vários cursos, que contribuíram com atuação em suas áreas específicas em um exemplo de cidadania. A turma de engenharia ambiental ficou responsável pela atuação na prevenção de tragédias futuras e, assim, os grupos fizeram o reflorestamento das margens do rio. A Faculdade também reuniu material para doação que compôs 9 mil kits, incluindo material escolar e alimentos. A entrega foi feita em 14 escolas municipais e estaduais e encheu os participantes de vontade de ajudar ainda mais. Por isso, outras campanhas da instituição, como Faculdade na Comunidade, Estágio Social e Natal Solidário, também destinaram suas iniciativas para a cidade, oferecendo atendimento jurídico, de saúde, alimentação e atividades de lazer. 29 pa z n o t r â n s i t o pa z n o t r â n s i t o Crucifixo alerta para os riscos na direção “O crucifixo também lembra a morte, que pode ser provocada por acidentes automobilísticos. Queremos que cada motorista imagine seu veículo naquelas condições, se imagine envolvido em algum acidente de trânsito. A ideia é chocar e conscientizar ao mesmo tempo”, destacou Sérgio Murilo Júnior. Monumento criado com carros e motos envolvidos em acidentes marca campanha, realizada em parceria pela Faculdade e órgãos públicos, pela segurança e paz no trânsito I nstalado na principal via de acesso às praias do litoral Sul de Alagoas, às margens da BR 101, um crucifixo de 16 metros de altura dá o alerta para o risco de acidentes. O monumento foi criado com seis carros e uma moto destruídos em ocorrências de trânsito com a intenção de chocar, chamar a atenção e modificar o comportamento dos motoristas. A Ação do Crucifixo é uma iniciativa da Faculdade Maurício de Nassau, em parceria com órgãos estaduais e federais, inaugurada no ano passado, em Alagoas. Desde então, foi lançada em Salvador e as cidades do Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza serão as próximas a sediar o projeto. O coordenador executivo do Instituto Maurício de Nas- 30 sau, Sérgio Murilo Júnior, destacou que o Instituto vem desenvolvendo uma ampla campanha pela paz no trânsito e respeito às vagas prioritárias para deficientes, idosos e gestantes. A próxima ação, acrescentou, será uma campanha pelo respeito às faixas de pedestres. ”Incentivamos os nossos alunos a refletir e mudar o comportamento no trânsito. Com o apoio deles, queremos provocar uma mudança de atitude na população”, afirmou. Em relação ao monumento, ele esclareceu que o grupo estava em busca de um ícone que simbolizasse a violência no trânsito e decidiu pelo formato do crucifixo automotivo pois, além de lembrar a religiosidade, alerta para o perigo maior, da morte. “O crucifixo também lembra a morte, que pode ser provocada por acidentes automobilísticos. Queremos que cada motorista imagine seu veículo naquelas condições, se imagine envolvido em algum acidente de trânsito. A ideia é chocar e conscientizar ao mesmo tempo”, destacou. Em Alagoas, a campanha foi lançada, em junho passado, para marcar a abertura local da Semana Nacional do Trânsito com o apoio do Detran/AL, da Polícia Rodoviária Federal e do governo do estado. Assim, o crucifixo foi instalado ao lado do Posto da PRF, na cidade de Marechal, Região Metropolitana de Maceió, numa localização estratégica, pois, além de dar acesso às praias, leva aos municípios do interior movimentados pelas festas juninas. A ação do Detran ainda incluiu blitze educativas sobre a Lei Seca e a obrigatoriedade dos assentos automotivos para crianças, tendo o apoio dos estudantes da Faculdade na abordagem aos motoristas. Em Salvador, o combate ao consumo de bebida alcoólica e direção foi um dos focos da campanha lançada, em janeiro deste ano, com a instalação do crucifixo na Avenida Paralela. A iniciativa também contou a parceria do Detran/BA e do governo estadual e o ícone seguiu o mesmo modelo: 16 metros, formado por veículos destruídos ou semi-destruídos em colisões. Você não gostaria de ter seu veículo naquele monumento, não é? 31 g a s t ro n o m i a g a s t ro n o m i a Cozinhar para tratar bem Prazeres além da mesa A cozinha é sim uma arte. E científica. Até Einstein concordaria, uma vez que para acertar ‘aquela receita’ são exigidas experiências, erros e acertos. No entanto, a frase consolidada costuma servir de desculpa para quem diz não levar jeito e, já que não tem mesmo o perfil, garante que é melhor esperar na mesa. Bem, o fato é que o principal nem está na combinação química dos ingredientes. É quase como aquela letra de música sertaneja, que também virou propaganda: É o amor. Quem costuma dar uma de chef amador ou profissional, gosta de receber, agradar e, claro, comer. Essa costuma ser a essência, o ponto Na folga, a arte é para a família Na casa de Thomás Sôlha, 26 anos, o fogão esteve sempre sobre o controle dos homens. A tradição começou com o pai e, aos oito anos, ele era o ajudante principal dos churrascos da família. Quando o assistente cresceu, a brincadeira virou fonte de renda. Ainda cursando Filosofia, o estudante começou a trabalhar em cozinhas de bares e restaurantes. A experiência deu mais ânimo e, mesmo com a graduação e o trabalho de partida. No caminho, também estão observadores de um mercado amplo e em alta, como o do mundo gastronômico e dos espaços gourmets. Uma enquete informal entre os alunos Gastronomia da Faculdade Maurício de Nassau indica que tudo começa pela paixão. E se mantém pelo desejo de ser bem sucedido na área, algo motivado pelo curso avaliado pelo Ministério da Educação (MEC) como o melhor entre as instituições do Norte/Nordeste. Alunos e ex-alunos, como Mônica Coelho, Sérgio Galvão, Thomás Sôlha e Leonardo Amaral revelam um pouco do perfil de quem arrisca e petisca. Confira também as receitas indicadas por eles. Bon appétit! de professor, Thomás não conseguiu abandonar a cozinha. Voltou para a sala de aula no curso de Gastronomia da Nassau. Desta vez para aprimorar o hobby, o que fez tão bem que ficou até famoso. A ideia foi do colega de turma Leonardo Amaral que, ao saber que o Prazeres da Mesa ao Vivo (o maior reality show da enogastronomia) seria realizado na Faculdade, inscreveu os dois na competição. Com o tema “A evolução da cozinha pernambucana”, a dupla recebeu a missão de criar Pescada amarela com arroz de moqueca Por Thomás Sôlha e Leonardo Amaral Ingredientes: 500g de pescada amarela | sal | pimenta branca | 30 ml de azeite de oliva | 1 maracujá | 20 g de açúcar | 600 ml de caldo de peixe | 30g de manteiga | 10g farinha de trigo | 8 unidades de ervilhas tortas | 160g de arroz parboilizado | 10 ml dendê | 10 ml de leite de coco | 20g abóbora | 10g de cebola | 2 dentes de alho | 1 tomate | 1 pimentão | coentro | cebolinha. 32 um prato com um peixe e elaborou a Pescada Amarela com Arroz de Moqueca. Resultado: conquistaram o primeiro lugar regional. Foi o toque de mestre dos estudantes que estavam concluindo o curso. Thomás ainda dá aulas de filosofia, mas também atua como consultor e irá estrear como professor de cozinha asiática na Faculdade neste semestre. Ah, nos dias de folga, também vai para o fogão em casa. Geralmente aos domingos - dia de filé, rodeado de parentes e amigos. Modo de Preparo: Tempere os filés de pescada com sal e pimenta. Reserve, passe na farinha de trigo e chape por três minutos de cada lado. Para o molho, prepare o suco do maracujá, leve ao fogo, acrescente o caldo e um pouco de açúcar. Solte as ervilhas uma a uma na manteiga. Para moqueca, refolgue o alho e a cebola em azeite de dendê, depois acrescente pimentão, tomate, coentro, sal e refolgue o arroz. Em seguida acrescente o caldo do peixe, leite de coco e abóbora, finalizando com cebolinha. Monte o prato e sirva. Entrada Super Leve Por Mônica Coelho Ingredientes: 300 g de presunto fatiado (a gosto com ou sem capa de gordura) | 200 g de azeitona fatiada | 2 ovos | 1 colher de maionese | 1 creme de leite | 1 limão | 1 cebola pequena. Modo de preparo: Corte o presunto em quadrados pequenos e misture à azeitona fatiada dentro de um recipiente. Cozinhe os ovos por 8 minutos, parta-os retirando a gema das claras e corte as claras em formatos pequenos, colocando-as no recipiente. À colher de maionese, misture a cebola ralada, o suco de limão a gosto. Depois de amassadas, coloque as gemas no recipiente misturando com uma colher e adicionando o creme de leite. Arrume em um bonito recipiente e sirva com torradas. Risoto de lagosta ao forno Por Sérgio Galvão Ingredientes: 1 lagosta inteira (pesando cerca de 700 g | 1 xícara de arroz para risoto (arbóreo) | 100 g de queijo gruyere | 1 colher de sopa de requeijão | mix de cenoura, alho poro, salsa e cebola cortados em cubinhos | sal e pimenta do reino a gosto | 2 taças de vinho branco seco | 100 ml de creme de leite fresco | azeite | alho triturado Modo de preparo: Base para o molho e risoto: Retire a calda da lagosta e reserve. Coloque para ferver a cabeça em água por 10 minutos, depois retire e reserve a água. Com auxilio de um cutelo, quebre em pedaços a cabeça e retorne a água do cozimento. Acrescente o mix de legumes, a pimenta e o sal, um copo de vinho branco e deixe cozinhar tampado por 10 minutos. Peneire o caldo resultante e reserve. É comum um prato limpo, ou melhor, raspado, roubar um sorriso de mães, avós e, talvez, mulheres em geral. Mônica Coelho, 38 anos, acredita que o segredo está no prazer de servir e conseguir se comunicar assim. Ela fala com a experiência de quem acompanhou o crescimento dos dois filhos, Caio, 16, e Ygor, 14, sempre com uma “comidinha gostosa”. Apesar da aprovação dos garotos, ela queria aprimorar o talento. “Sempre fui encantada com culinária, acho uma verdadeira arte e, desde menina, me dedico a aprender”, lembra. Aos 17 anos, ela fez o primeiro curso de doces e salgados. Mas a necessidade de trabalhar cedo, seguida pela vinda dos filhos e o trator que pode ser o dia a dia, adiaram os planos de um curso superior. Sem traumas. No tempo certo, ela matriculou-se no curso de Gastronomia e retomou os sonhos. Hoje, trabalha no setor administrativo de A festa começa na cozinha O engenheiro elétrico Sérgio Galvão, 40 anos, planeja trocar os cálculos por combinações, no mínimo, mais aromáticas. Estimulado pela aprovação dos jantares que coordena em casa, o hobby vem se tornando mais profissional. Até a matrícula no curso da Nassau, no ano passado, a intenção era ganhar mais elogios de quem provava suas receitas, por assim dizer. Após as primeiras aulas, o engenheiro observou que o curso oferecia um conhecimento amplo de um mercado em crescimento e podia ser uma alternativa no futuro. Mas isso tudo ficará para depois, garante. Quando estiver mais ex- uma multinacional e cursa o 2º período. Na sala, deparou-se com a “moda” do homem que também cozinha e se animou em fazer do antigo hobby uma nova carreira profissional. Mônica descobriu que gastronomia vai bem além da receita, incluindo conhecimentos sobre nutrição, gestão e mercado. A possibilidade de cuidar também pela “gastronomia saudável” a tem atraído e, apesar de ressaltar que ainda é cedo, admite estar encantada por essa nova linguagem de amor. periente e mais viajado, para conhecer “as cozinhas” do mundo. “Vi a dimensão de atividades que estão disponíveis. No momento, essa é a área que tem me dado mais prazer”, afirma. Por enquanto, ir para o fogão ainda é uma festa para poucos. E quando é na casa dele, avisa: a diversão começa na cozinha para ele e, em geral, as mulheres do grupo. O resto dos homens costuma ficar na sala. “Deixo tudo separado, cortado e, enquanto preparo, vamos abrindo um vinho e conversando”, explica. As especialidades do engenheiro são carnes vermelhas e frutos do mar. Uma das mais elogiadas é este risoto de lagosta abaixo. Para o risoto: Acrescente azeite à panela, refogue o arroz, acrescente o sal, pimenta do reino e um copo de vinho branco, ½ copo do caldo do cozimento da lagosta e vá mexendo para não grudar, acrescente o queijo gruyere ralado para que se incorpore ao risoto e adicione água se for necessário para que o risoto fique no ponto. Lembre-se, o arroz arbóreo ficará ao dente após o cozimento. Para a lagosta: retire a calda da lagosta, limpe o intestino na parte de baixo, salteie a mesma em azeite com alho, sal e pimenta do reino até que esteja assada. Cuidado para não passar do ponto e ressecar a lagosta. Em uma panela, coloque 300 ml do caldo do cozimento da lagosta restante, acrescente 1 colher sopa de requeijão e 100 ml de creme de leite fresco, prove o sal, deixe reduzir e reserve. 33 t v a b e rta t v a b e rta Esse é classificação livre Produzido, apresentado e editado por estudantes de Comunicação Social, programa televisivo sobre cinema é um laboratório real onde os estudantes se veem e são vistos retoques em si mesma e os primeiros em Binho. Após o “gravando”, a atenção e o profissionalismo dos estudantes entram em cena. Com dicas de filmes, lançamentos e entrevistas gravadas no estúdio, o programa semanal tem uma hora de duração e exibe sempre uma entrevista e um curta dos alunos ou ex-alunos da Nassau, além de vídeos de temas livre. A dupla apresentadora foi escolhida por uma comissão de professores da Faculdade entre 31 candidatos. “Eles se completam, têm estilos diferentes e achamos que ia funcionar. Foi tudo adaptado, pois até o cenário tinha sido pensado para uma pessoa só”, destaca o diretor. O objetivo principal, esclarece, foi disponibilizar um espaço de aprendizado intenso, onde o aluno pudesse trabalhar e se reconhecer. Com a mesma ideia, a Nassau também lançou o programa de entrevistas Opinião Brasil (2ª, às 22h, reprise na 3ª, às 14h). Com câmeras de alta definição e modernas ilhas de edição, os estudantes vivenciam o dia a dia de profissionais. E fazem bonito. Revista para levar com você Com formato, linguagem e projeto gráfico inovadores, o lançamento da Revista DUE, em dezembro passado, constata que a nova geração de comunicólogos está movimentando o mercado. Lançada por duas publicitárias formadas na Faculdade e alunas da pós-graduação no MBA de Marketing Estratégico da unidade Maceió, Valná e Larissa Dantas, a publicação é um exemplo de visão diferenciada. O destaque fica com o formato pocket, que cabe na bolsa e é de fácil manuseio e transporte. Um atrativo pensado pelas duas estudantes empreendedoras para agradar as leitoras, que poderão ter uma DUE sempre a mão, no carro ou na bolsa. SE LIGUE E ASSISTA: Classificação Livre Onde: Net Recife, canal 14 Quando: 22h, nas quartas-feiras e reprise às sextasfeiras, às 14h A diretora executiva da revista, Larissa, destaca que os textos são curtos e objetivos sobre temas que passam pela carreira profissional, moda, saúde, comportamento, turismo, cultura e arquitetura. Para agradar o público-alvo, entre adolescentes e adultos, a diretora editorial, Valná, ressalta que a linguagem é direta e inteligente, considerando o tempo como fator vital para os leitores. O projeto gráfico também foi criado por um aluno da Nassau, Caio Dantas, formado em Publicidade. Curioso? Procure uma DUE nas bancas de Maceió, a venda por R$ 9,90. 34 Jaqueline Coêlho dos programas de TV Como café e leite, arroz e feijão ou goiabada e queijo, esses dois estudantes de Jornalismo da Faculdade Maurício de Nassau se completam. São opostos. Ela concluindo o curso, ele começando. Ela, a típica boneca. Ele, um cara ‘sem vergonha, largadão e gente boa’. Na tela, o casal perfeito. Tanto foi assim que a ideia inicial para o primeiro programa da instituição inteiramente produzido, apresentado e editado por alunos mudou. Em vez de só um apresentador, teriam dois. Binho e Jaqueline. A química da dupla e o esforço da equipe que fica por trás das câmeras deram tão certo que, três meses após a estreia em canal fechado, começa a ser discutida a possibilidade de exibição também em canal aberto. Todos estão animados, a visibilidade multiplicará em um clique. Mas antes da tecla “on” ser acionada e as frases do início deste texto saltarem da TV, muita coisa acontece. Em geral, o próximo programa começa a ser decidido a partir de uma intensa troca de emails entre o grupo de monitores e produtores (também estudantes), os apresentadores e o diretor e coordenador do curso de Cinema, Eduardo Cavalcanti. Quando o espelho está fechado, o diretor faz os ajustes necessários e encaminha para os apresentadores. Nos dias de gravação, nas terças-feiras pela manhã, eles recebem a cópia do que deverão apresentar. E, antes de ir para a frente das câmeras, Jaqueline assume o papel de maquiadora e dá os últimos por uma equipe da Faculdade sobre os bastidores Três, dois, um. Gravando. - Olá! Eu sou Binho Aguirre. - E eu sou Jaqueline Coêlho. Começa agora o Classificação Livre. VEJA MAIS: confira no site o documentário feito OS APRESENTADORES NA INTIMIDADE Idade? 23 anos Período do curso? 8º período Experiência profissional? Produção na TV Tribuna Signo? Leão Namorando, ficando, solteira? Solteira Filme mais marcante? Diário de uma Paixão Livro preferido? A cabana Lazer favorito? Passar o tempo com os amigos Fábio Bezerra, ou melhor, Binho Aguirre Idade? 25 anos Período? 2º período Experiência profissional? Em locução Signo? Peixes Namorando, ficando, solteiro? Solteiro Filme mais marcante? Menina de Ouro Livro preferido? Dom Casmurro Lazer favorito? Ir ao cinema e sair com amigos 35 m o da P m o da Projeto Vitrine Nassau oferece aos estudantes a oportunidade de atuar junto a equipes consagradas ou desempenhar, eles mesmos, o papel de grandes estilistas ensou em moda, a primeira impressão é a do glamour. Uma relação falsa que, aos poucos, vem sendo desconstruída por histórias tristes de modelos desnutridas e doentes. Mas o que acontece antes da passarela ainda é uma incógnita mesmo para a maioria dos admiradores desse universo. E revelar o trabalho duro que está por trás do planejamento de um desfile e da confecção das roupas é a missão principal do Projeto Vitrine Nassau, o coração do curso de Design de Moda da Faculdade Maurício de Nassau. A cada mês, os estudantes vivem a rotina de estresse e atividade pesada que fazem parte do lançamento de uma coleção. Quem “sobrevive” também recebe os aplausos quando as luzes se apagam ou se acendem, entrando no ciclo de superação a cada estação. Desempenhando um papel semelhante a uma espinha dorsal do programa letivo, a Vitrine está instalada no corredor central do prédio do Centro Suulião perior de Tecnologia, na unidade Recife. A Joana J cada mês, os manequins trocam de roupa e, nessa produção, os estudantes usam o conhecimento adquirido em todas as disciplinas, de estilismo a confecção. “É o centro de tudo. Uma oportunidade dos alunos terem contato com representantes de grandes marcas e vivenciarem o momento mais esperado por quem atua no setor”, destaca o coordenador do curso, o professor Marcos Sales, também ressaltando que o curso orienta na gestão do negócio e visão de mercado. Sindel Me A cada semestre, a intenção é dividir o deiros espaço entre nomes consagrados e alunos iniciantes. Ou nem tanto. A vitrine que fechou 2010 foi da aluna Sindel Medeiros, 22 anos, da marca Joana Julião, iniciada pela mãe dela. A garota conta que sempre viveu entre costuras e confecções e, quando chegou no 3º ano do ensino médio, não fugiu da carreira. “Sempre gostei de moda, mas também sempre soube que não é glamour. Gosto de criar conceitos, colocar em prática. Mas é muito trabalho”, afirma, lembrando que ainda pensa em cursar Direito ou seguir na 36 A vitrine como o coração da Moda O QUE FOI NASSAU MODA O MUNDO Per nam buc ano s em alta Aprender a manusear equipamentos e máquinas de primeira linha e assumir a responsabilidade de organizar grandes eventos ficou mais fácil para os alunos de Moda. No semestre passado, eles tiveram aulas de criação de figurinos, modelagem e de questões conceituais e comerciais com mestres pra lá de especiais. Desenvolvido pela estilista e figurinista Carol Azevedo, pelo modelista e estilista Manoel Ozi e pelo pesquisador e estilista Eduardo Ferreira, o 3º Ciclo de Informação Moda&Mercado encantou os participantes dos três cursos. O evento foi realizado em parceria pela Faculdade Maurício BZ/Bizarr de Nassau e pelo ModaMercado, rede de o profissionais de moda. Club Noir Club Noir as no iva s de me lk Joana Julião carreira acadêmica. Mas só depois de se satisfazer com a moda. Sindel observa que o curso está contribuindo, principalmente, no aspecto empreendedor, o que é positivo para o estabelecimento da marca que leva os nomes dos avôs maternos. A importância do marketing e da inspiração para as coleções também estão se fortalecendo com as aulas. Para a criação da última vitrine com o tema “As Mil e uma noites”, ela conta que se inspirou em um livro árabe que estava lendo. A história, acrescentou, se passa na Turquia e descreve com detalhes as belezas das mulheres. A estudante pensou até em colocar um véu em todas as modelos, mas reconsiderou achando que poderia ser uma agressão à cultura árabe. O cenário e o menu do coquetel, entretanto, entraram no clima com pufes, incensos e mini kibes sendo servidos. da Melk-Z Melk-Zda Figa Num projeto inédito, o estilista Melk-Zda preparou uma coleção de vestidos de noiva especialmente para o Projeto Vitrine Nassau Noivas. Foi a segunda vez que o profissional prestigiou a instituição, a primeira foi na estreia do projeto, com a vitrine de abertura. No evento, os estudantes puderam vivenciar os preparativos para um grande evento, como uma festa de casamento. Como manda o figurino, a programação foi seguida de palestras, pocket desfile e exposição dos vestidos. es til o ao ar li vr e Os estudantes do curso de Design de Moda marcaram presença no maior evento de moda ao ar livre do Nordeste, o Moda Recife, sediado em uma estrutura em frente ao Paço Alfândega, no Bairro do Recife. Além de participar da organização da exposição de moda em lounge, os alunos puderam acompanhar a caprichada programação que contou com nomes como Marília Carneiro, consultora de estilo da Rede Globo, que assina o figurino da novela Ti Ti Ti e fez uma visita à instituição para continuar o bate-papo com estudantes. A apresentadora do programa Tamanho Único do canal GNT, Chiara Gadaleta, também ministrou uma palestra sobre moda sustentáSá.Maria vel e tirou dúvidas dos alunos da Nassau. ria Sá.Ma 37 m o da c a r n ava l Capiba: o solitário carnavalesco “- O que me chateou foi que, durante as três horas que lá passei, ninguém parou! ” É carnaval! Campeão dos concursos de fantasias, Severino Queiroga é aluno bolsista do curso de Design de Moda e garante o ar festivo e alegre nas atividades da Faculdade O calendário de Severino Queiroga Silva, 45 anos, é diferente dos demais foliões. Enquanto os mais animados e saudosos começam a contar os dias que faltam para o próximo carnaval a partir da Quarta-feira de Cinzas, a cabeça desse artista está trabalhando desde as prévias. E já pensando no ano que vem. É que, para ele, o bom mesmo são as grandes festas do Recife, como os bailes Municipal e Bal Masqué. Ocasiões em que esse amante da folia fica irreconhecível. Ele gosta da animação da rua, mas se satisfaz mesmo é por trás de uma pomposa, original e irreverente fantasia, quando arranca suspiros nos grandes salões. Queiroga, como é conhecido, é campeão de concursos de fantasias no carnaval. Historicamente, está sempre no pódio e costuma dividir as primeiras colocações com os mesmos concorrentes. Em 2010, foi o vencedor da categoria Originalidade do Municipal e do concurso de Máscaras do Bal Masqué. E a premiação ainda trouxe uma boa surpresa. Pelo destaque com o figurino “Senhor do Universo”, produzido com materiais recicláveis, Queiroga ganhou também uma bolsa para o curso de Design de Moda da Faculdade Maurício de Nassau. E desde outubro passado estava pensando no Projeto Vitrine Nassau de carnaval. As fantasias de 2011 ainda são um segredo guardado a sete chaves. A única pista é que será diferente de tudo já feito. “Gosto muito de criar. Sempre gostei de montar figurinos e o curso me deu a oportunidade de aprender outras técnicas, além de conseguir um diploma e fazer novos contatos. Mas quem senta ao 38 A amiga de Capiba “- É tarde demais para uma mulher de respeito estar sentada aí!” De um alerta atravessado surgiu a amizade de mais de 20 anos entre o poeta do frevo e a professora Terêsa Otranto. Mais uma foliã que se sente órfã da poesia no carnaval “Gosto muito de criar. Sempre gostei de montar figurinos e o curso me deu a oportunidade de aprender outras técnicas, meu lado nem imagina como fico no carnaval”, diverte-se. A criação de 2010 ainda é um xodó do artista, especialmente porque rendeu a bolsa de estudos. Mas ele destaca a dinâmica da proposta. “Entrei no palco sentado em um disco voador e, no meio da apresentação, virei um ET”, relembra, garantindo que o projeto desse ano será tão surpreendente quanto o de 2010, que ainda teve o toque especial de incluir a temática da preservação ambiental com os materiais recicláveis. Já foram tantas as criações que Queiroga tem dificuldade para lembrar qual foi a primeira fantasia criada por ele quando tinha 18 anos. “Sempre gostei de carnaval, de sair em troça na comunidade. Já me vesti de Mamonas, mas não lembro mais qual foi a primeira. Sei que aprimorei bastante desde então”, ressalta.No início, acrescenta, as roupas eram feitas por ele na máquina e com cola quente. Hoje, o artista fica mais solto para criar e tem costureiras que trabalham diretamente para ele. No tempo livre, atua como figurinista em festas e eventos. E, passou a festa, o planejamento já está na surpresa do ano seguinte. Para ele, é sempre carnaval. Q uando casou, a carioca Terêsa Otranto mudou-se para o Recife. Precisamente para o Edifício Yemanjá, na Rua da Aurora, às margens do Rio Capibaribe. Em certo fim de tarde, encantada pela imagem vista da janela, ela desceu pra sentar-se na mureta que ladeava o rio. A beleza era tanta que a moça de 22 anos perdeu a hora. Até que observou dois senhores e uma senhora se aproximarem. Ela tomou coragem e perguntou-lhes as horas. A resposta de um dos senhores foi meio atravessada: “Tarde demais para uma mulher de respeito estar sentada aí!” Era Capiba. Terêsa ainda não o conhecia. A surpresa veio no dia seguinte. Acostumada a trabalhar no Rio de Janeiro, os dias recifenses eram longos demais e ela se matriculou em uma academia para acelerar o tempo. Lá, o primeiro contato foi justamente com a senhora que tinha visto na noite anterior. “Ela pediu desculpas pelo comportamento do marido e me explicou tudo, surgindo a partir dali uma grande amizade”. Só então Terêsa descobriu que Zezita era mulher de Capiba e compreendeu a resposta. “Aquele local chamava-se “quemme-quer” e era frequentado por mulheres de vida sexual de risco”, justifica Terêsa. Em tom de brincadeira, ainda responde que havia ficado chateada era por ninguém ter parado lá durante as três horas em que permaneceu no local. A amizade transformou-se também em uma admiração. Tanto que um dos livros da escritora, doutora em multiculturalismo e professora da Faculdade Maurício de Nassau, foi dedicado ao mestre do frevo, Capiba: A Expressão da Tristeza e da Saudade na Máscara do Folião. Terêsa foi uma das maiores entusiastas da homenagem prestada ao mestre pela Faculdade com a inaugura- Filho de um maestro da banda municipal de Surubim, no Agreste pernambucano, Lourenço da Fonseca Barbosa tocava trompa já aos oito anos. Não fugiu da herança genética e, aos 20, gravou seu primeiro disco como Capiba. Apesar de gostar da vida boêmia, não era adepto de álcool. Tornouse funcionário do Banco do Brasil e chegou a formar-se em Direito na lendária Faculdade de Direito do Recife. Nunca exerceu. Fundou e foi diretor da orquestra Jazz Band Acadêmica e compos mais de 200 canções, a maioria de frevo. Mas também de samba e música erudita.Teve parceiros consagrados, como Carlos Pena Filho, Vinícius de Moraes, Ariano Suassuna e Manuel Bandeira. No fim de dezembro de 1997, aos 93 anos, Capiba se despediu. Deixou para eternidades sua obra. ção de um auditório com seu nome, em 2009, no dia em que ele completaria 105 anos. A professora acredita que o frevo perdeu muito do seu charme com a ausência de Capiba e, além disso, sente a falta de um poeta popular como ele, que dialogava de igual para igual com os eruditos, como na composição Europa, França e Bahia, em que conversa com Drummond e Ascenso Ferreira. Com os alunos dos cursos de Enfermagem, Segurança no Trabalho, Farmácia e Radiologia, a professora divide um pouco do que conheceu sobre Capiba. Como todo artista, diz ela, ele era um homem solitário – mesmo em meio a um bloco carnavalesco. E era surdo por conveniência. Quando o assunto não o interessava, fazia que não ouvia. Se fosse do agrado, ouvia tudo com muita atenção. Sorte que tenha se interessado quando a jovem lhe perguntou as horas às margens do Capibaribe. Melhor o alerta atravessado a um silêncio sem amizade. 39 internet A paquera, a conversa sobre aquele trabalho e até o debate sobre futebol, há muito tempo, foram parar na internet. Alguns pais até se preocupam que os filhos, chamados de nerds ou geeks pelos amigos, não tenham uma vida fora do mundo virtual. Mas quando se fala em abrir a carteira nesse universo, os mais jovens não são maioria. Levantamento desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau concluiu que os consumidores que mais compram produtos ou contratam serviços pelo computador têm entre 36 e 45 anos. Entre os entrevistados, apesar do boom dos sites de compras coletivas, a maioria disse não saber o que eles eram nem como funcionam. Uma surpreendente lição para aqueles mais novos que gostam de se dizer moderninhos. Olha aí, os coroas estão antenados. Modernos. Mas nem tanto... Levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau ouviu que 819 pessoas e identificou que 36,11% dos compradores virtuais têm entre 36 e 45 anos édito ão de cr t r a c o s s “Não u itar meu ig d e d o t nem gos ternet.” in a dados n Andressa de Almeida, 19 anos “A estudante Andressa de Almeida, 19 anos, diz que até tentou fazer algumas compras pela internet. Mas esbarrou no pagamento. “Não uso cartão de crédito nem gosto de digitar meus dados na internet. Como sempre tive problemas com o pagamento por boleto, acabei desistindo”, disse, sugerindo também uma justificativa para o resultado da pesquisa. Em geral, acrescentou, o uso de cartões abrange um público de faixa etária mais alta, o que pode favorecer a predominância de pessoas mais velhas nas compras virtuais. Apesar de se en- 40 quadrar nos 23,1% da amostra de entrevistados que conhecem os sites de compras coletivas, Andressa não se diz uma adepta. “Uma vez vi um mergulho sendo oferecido por um preço bem mais barato. Mas acho que não sou mesmo adepta dessas tecnologias e redes sociais”, reflete. Se fosse, ela acredita que poderia comprar mais livros, DVDs, camisas e sapatos. Por enquanto, no entanto, está mais para os 53,1% dos entrevistados que não fazem compras nem pretendem adquirir o hábito, pois ainda desconfiam das máquinas.” internet busca, sites de s lo e p os “Circulo sair com e d o t s ras mas go zer comp a f e s o amig ente. pessoalm A pesquisa O levantamento foi realizado, em novembro de 2010, com o objetivo de conferir os hábitos sobre compras na internet e compras de amigo secreto. A amostra incluiu 819 pessoas com 16 anos ou mais, obtendo um nível estimado de confiança de 95% e uma margem de erro de 2,3 pontos percentuais. Irapoan Muniz Junior, 21 anos COMPRAS PELA INTERNET VOCÊ COMPRA PELA INTERNET? ? ros, mpro liv a, CDs.” o c e r p átic “Sem de inform s o t u d o pr “O estudante do 3º período de Direito Irapoan Muniz Junior, 21 anos, foi logo defendendo que os pais – consumidores adeptos das vantagens da internet – ficam mais tempo em casa. Logo, seria mais cômodo para eles fazer compras pelo computador. “Realmente, eles ficam olhando promoções, vendo se as viagens estão com desconto. Agora, estão sempre visitando esses sites de compras”, conta, revelando outra diferença entre ele e os pais. Irapoan diz que acha a ideia dos sites de compras coletivas interessante, mas ainda não “parou para ver”. Já os pais estão esperando apenas uma boa oportunidade para comprar um passeio com desconto. Depois de refletir um pouco, o estudante conclui que só procura itens na internet relacionados a seu trabalho como DJ e, ainda assim, porque não costuma encontrar material semelhante nas lojas do Recife. Nessas ocasiões, admite dar uma “circulada” por sites mais tradicionais de busca, como Mercado Livre e Submarino. “Gosto de sair com os amigos mesmo e fazer compras pessoalmente”, brinca.” 53,1% 17,3% 6,5% 4,4% 1,6% 17,1% não e não pretendem, pois não confiam não, mas podem comprar no futuro compram alguns produtos compram produtos e contratam serviços contratam apenas serviços não sabem/não responderam O QUE É UM SITE DE COMPRA COLETIVA? 68,1% 23,1% 8,8% não SABIAM SABIAM NÃO SABIAM/NÃO RESPONDERAM QUEM É O COMPRADOR VIRTUAL? Dos 12,5% de consumidores que afirmaram ter realizado compras pela internet, 55,6% são indivíduos com ensino médio completo ou superior incompleto A maior parte dos compradores virtuais tem entre , representando do total 36 e 45 anos 36,11% Entre as classes sociais, o mercado virtual é mais frequente entre indivíduos das , com , e , com classes B 51,5% C 39,5% Fonte: Instituto de pesquisa Maurício de Nassau Mariano Ferreira de Brito, 29 anos Sentado em um dos bancos do campus da Faculdade Maurício de Nassau com o computador no colo, Mariano Brito, 29, parecia ser a minoria indicada pelo levantamento do Instituto. Intimidade ou gosto por tecnologia o estudante do 6º período de Direito demonstrava ter. Faltava saber exatamente que uso ele fazia dessas facilidades. E bingo. Mariano conta que faz pesquisas em sites de compras, coletivas ou não, para monitorar boas oportunidades e aproveitar a comodidade da compra virtual. “Sempre compro livros, produtos de informática, CDs. Normalmente, a variedade e o preço são melhores na internet do que nas lojas”, assegura. Ele é até cadastrado em alguns dos sites de compras coletivas, mas diz não ter estreado em nenhuma compra. Por razão nenhuma em especial, só não foi atraído pelas ofertas. Ainda. Se surgir o interesse, garante, não terá problemas em clicar e comprar. 41 c o m p o rta m e n t o c o m p o rta m e n to Além da formação acadêmica Na Faculdade, estudantes costumam encontrar um caminho profissional. Mas não é raro serem surpreendidos com laços afetivos que os acompanham pela vida L arisse morava na cidade de Floresta, no Sertão pernambucano. Flávio em Juazeiro, interior da Bahia. Em geografias tão diferentes, um encontro entre os dois seria improvável. Mas não é que, no segundo semestre de 2002, eles entraram juntos na primeira turma de Direito da Faculdade Maurício de Nassau? Não tivesse sido assim, poderiam até ter se formado em advocacia. Porém, as chances de um namoro ter surgido e evoluído para casamento talvez nem existissem. Hoje, quase nove anos depois, o casal Larisse Nunes Novaes, 26 anos, e Flávio Nunes Vianna, 27, exerce a profissão em um escritório em Petrolina (PE). E simboliza um dos vários exemplos de laços acadêmicos e afetivos que surgem e se fortalecem no ambiente da Faculdade. Mas a relação não foi, inicialmente, um conto de fadas com um encantamento logo no primeiro dia de aula. Na verdade, os dois ficaram em turmas separadas e se conheceram 42 no segundo período quando as classes foram unificadas. Aos poucos, eles se aproximaram, começaram a fazer trabalhos juntos e a amizade surgiu. A mágica, aí sim, aconteceu durante uma chamada oral da cadeira de constitucional. Eles contam que Larisse estava bastante nervosa, apesar de ter estudado muito, e Flávio se ofereceu para revisar o assunto. Depois, continuaram fazendo alguns trabalhos juntos e, em 27 de agosto de 2005, estavam namorando. O namoro durou até a formatura, em 2008, e, no fim do curso, Flávio voltou a Juazeiro e montou um escritório. Larisse permaneceu no Recife até 2009, retornando em seguida para Floresta. Nesse período, os dois se comunicavam pela internet e visitavam-se a cada 15 dias nas várias cidades. Em outubro de 2010, o casamento aconteceu em Floresta. “A Faculdade nos apresentou e o laço afetivo se formou com o tempo e convívio”, afirmam os dois. Eles foram morar em Juazeiro e trabalham na cidade vizinha, em Petrolina. Ainda hoje man- têm contato com alguns ex-colegas e amigos mais próximos, que se lembram de Flávio e Larisse como o casal da turma. A forcinha das redes sociais Os colegas de turma que não encontraram uma alma gêmea durante a Faculdade (!) precisaram de um empenho maior para manter contato com os amigos. E abusaram de um recurso cada vez mais comum, as redes sociais. A advogada Izabella Lucena, 41 anos, contou que foi bem mais simples continuar encontrando os colegas de Direito do que os amigos do primeiro curso que fez, há 15 anos, de Secretariado. “Na época, a gente não valorizava tanto, achava que ia continuar se encontrando. Mas o tempo afasta. Por isso a troca de emails e conversas por mensagens são tão importantes hoje”, diz, acrescentando que é mais simples definir o dia e local de uma reunião dessa maneira. As pessoas vão se comunicando de modo imediato, explica, o que garante ajustes e o maior número de participantes. Os alunos concordam que alguns grupos paralelos surgiram, o que é natural em uma turma de mais de 50 pessoas. No entanto, os mais próximos continuam com um contato intenso. O “representante de turma”, Jadson Borges, 50, que até hoje coordena boa parte dos encontros, destaca que a comunicação com os colegas é importante, inclusive, para o convívio profissional. “Cada um se especializou numa área e os encontros são uma oportunidade para tirar dúvidas, saber como está o mercado. São pessoas, em geral, com os mesmos interesses”, ressalta. Uma dica da turma para os futuros formandos é marcar sempre em um mesmo local e dia, por exemplo, nas últimas quintas-feiras do mês. “Assim, quem puder, sempre aparece”, ensina. 43 o (re)começo o É (sempre) A hora de começar Nunca é tarde para iniciar mais uma etapa na vida e, cada vez mais inclusiva, a Faculdade torna-se um ambiente de troca e acolhimento, que recebe avós e netas, como Naide e Roseane 44 história de Naide Paiva Nóbrega, 67 anos, e da neta Roseane Silva, 25, não está no fim desta revista de forma aleatória. Foi uma escolha para exemplificar literalmente que nem sempre os acontecimentos seguem uma ordem lógica ou um padrão. Eles seguem, sim, escolhas. E é sempre hora de começar. Ou recomeçar. Esse assunto – sobre o começo da faculdade para pessoas com idades, sonhos e realidades diferentes – está na capa e poderia ser a abertura da edição. Mas está no final para concluir o que, na verdade, não tem fim. O começo de Naide e Roseane na Faculdade poderia ser um roteiro da série A Grande Família. Na verdade, o caso é tão curioso que histórias semelhantes já foram parar na TV. Aos 22 anos, Roseane estava estudando para o vestibular. Queria fazer Turismo. De tanto desejar fazer companhia e motivar a neta, Naide, aos 64, começou a estudar junto. Aos poucos, foi vendo que ainda lembrava de muitas coisas do colégio e foi se animando. As duas viraram uma dupla para os estudos. E, escondida, Naide também se inscreveu no vestibular. Mas o começo, nessa etapa da vida das duas, veio em horas diferentes. Naide passou primeiro. “Não contei para ninguém e foi uma festa quando souberam que eu tinha passado. Depois, pude continuar a estudar junto com minha neta”, lembra. Naide terminou o curso, há um ano, com as melhores notas da turma e direito à valsa na festa de formatura. Logo depois foi a vez de Roseane, que será uma turismóloga este ano e tem um universo de possibilidades pela frente. A avó também continua com os planos. “Descobri que é muito importante se reciclar, não perder o contato com outras pessoas, não se isolar. Já estou definindo mais algum curso para fazer este ano”, diz. Depois de três anos dedicados ao estudo, Naide disse que tirou o ano passado para colocar a casa em ordem. “Estudei esses anos todos. Estudava e esquecia, sabe como é? Ano passado precisei me dedicar à casa”, brinca. Este ano, acrescenta, é hora de recomeçar. Novamente. Entre as possibilidades estão as aulas em um curso de línguas para aprimorar o inglês e o espanhol, atividades em que deverá ter a companhia da neta orgulhosa pelo desempenho da avó. Naide destaca que a troca de experiências com os alunos mais novos foi muito gratificante durante a Faculdade. “Me senti totalmente incluída, sem diferenças por conta da idade. E, hoje, recomendo a todos”, diz. Sem desculpas ou restrições pelo calendário. (re)começo Entrevista // Tatiana Nunes, coordenadora do curso de Psicologia Coordenadora há um ano e meio do curso de Psicologia da Faculdade Maurício de Nassau, unidade Recife, a professora e psicóloga Tatiana Nunes observa uma mudança no perfil dos estudantes universitários. Há dez anos, diz, a maior parte dos alunos ingressava na Faculdade assim que terminava o Ensino Médio. Hoje, os estudantes vêm depois de alguns, ou muitos, anos de trabalho, em busca de uma segunda formação ou melhor qualificação. A Faculdade tornou-se, assim, um ambiente mais acolhedor. A Faculdade também passou por mudanças diante do novo perfil dos estudantes? A universidade vem se adaptando, adotando uma visão mais integrada. Ela é baseada no tripé ensino, extensão e pesquisa. Mas também é um lugar de reflexões, por vezes conflituosas. É a articulação de várias áreas do saber. Hoje, é o momento das interlocuções, da crítica e troca de experiências. O espaço não está mais restrito. O que os estudantes buscam no ambiente universitário também mudou? Antes, eles priorizavam o título. Era natural, pois o diploma já garantia um pouco mais de segurança, estabilidade. Hoje, eles vêm em busca de qualificação, pois não se entende a carreira como uma profissão isolada. Esse comportamento é dinâmico e, alunos e Faculdade, estão sempre se adaptando. Os alunos passam por etapas importantes na Faculdade. De descobertas, escolhas, planejamento. Por isso, alguns desenvolvem laços afetivos tão fortes? São duas as etapas e momentos principais. A inserção, que é de extrema alegria pelo contato com os colegas e com a carreira que se pretende seguir, e a saída, pela exigência do mercado, pelo se formar um profissional e passar a ser exigido dessa forma. Por isso, é importante aproveitar a oportunidade de aprendizado e acreditar nisso para vivenciar essa nova etapa. Os encontros com os colegas são saudáveis por manter esse elo também de amadurecimento profissional. 45 metodologia de ensino redes sociais Confira os extras da Tecnologia Revista Nassau na internet no ensino e aprendizado V N a Faculdade Maurício de Nassau, as novidades do mundo virtual não estão restritas a iniciativas que visam estreitar o relacionamento entre colegas e professores. Essas tecnologias também beneficiam a metodologia de ensino e aprendizado. Com o sistema de Provas Colegiadas, os estudantes têm a garantia de avaliações bem elaboradas e validadas por um grupo de professores. Já com os Diários de Classe Eletrônicos, a Faculdade tornou possível ao aluno acompanhar pela internet o conteúdo apresentado em sala de aula, com planos de ensino e de aula, além do material didático utilizado na aula. A diretora pedagógica da Faculdade, Simone Bérgamo, esclarece que as questões das Provas Colegiadas são inseridas no sistema por todos os professores que ministram a disciplina. Mas só depois de serem validadas por outro grupo de docentes com habilidades na área é que passam a integrar o banco de questões, de acordo com o comando do professor validador. Dessa maneira, são elaboradas provas com até 20 questões objetivas, com cinco alternativas cada, que contemplam todo o conteúdo programático de cada uma das disciplinas de todos os cursos. Outro diferencial é que as avaliações são contextualizadas com o intuito de cobrar do aluno um conheci- 46 mento que utilize todas as competências adquiridas na disciplina. “O sistema gera as provas já com o nome, a data de realização e turma do aluno, que recebe a avaliação junto com o cartão de resposta”, destacou a diretora, ressaltando que o sistema também realiza a correção dos cartões de resposta por leitura óptica (mesmo sistema dos vestibulares). Segundo Simone, a implantação das Provas Colegiadas, no ano passado, foi uma decisão da Faculdade para acompanhar a qualidade de ensino através de um novo sistema de avaliação, que permi- te um monitoramento mais eficaz do desempenho dos alunos. “Esse é um instrumento que contribuirá com o nivelamento dos conhecimentos adquiridos ao longo dos períodos”, ressaltou. As provas são aplicadas sempre na 2ª Avaliação do semestre letivo e na 2ª chamada de acordo com o calendário acadêmico. Além de adequar as aulas aos planos de ensino, a iniciativa contribui com o alcance do modelo de aula exigido pelo Enade. Neste semestre, a Prova Colegiada será aplicada para os primeiros e segundos períodos de todos os cursos da Faculdade. nossas redes ocê chegou à última página desta 3ª edição da Revista Nassau. Mas tem muito mais conteúdo informativo e de lazer nos sites e redes sociais da Faculdade Maurício de Nassau. Em sintonia com as mudanças na comunicação e formas de interagir da sociedade, a Faculdade fortalece o contato direto com os alunos pelo mundo virtual. Nesta edição, todo o conteúdo extra produzido pelo fotógrafo Chico Peixoto, ex-aluno da instituição e hoje funcionário, será dividido com os leitores e internautas através de uma galeria de imagens especialmente criada no Flickr. Assim, será possível acompanhar o olhar de Chico em todas as matérias pelo endereço http://sereduc.com/ Qm04el. E você também pode continuar sabendo do que vacontece nas unidades da Faculdade em tempo real. É só escolher o caminho. A equipe de comunicação da Nassau continuará movimentando os sites, Twitter, Facebook e outros espaços virtuais da instituição com as novas conquistas nos esportes, oportunidades de vagas de estágio ou emprego, lançamento de cursos e exemplos bem sucedidos dos alunos. Clique lá e participe. Além de ficar bem informado, você poderá trocar experiências e ideias, fortalecer laços profissionais e afetivos. O universo virtual é uma extensão da Faculdade, participe dele também. Com Provas Colegiadas e Diários de Classe Eletrônicos, os estudantes contam com eficácia nas avaliações e acesso a planos de ensino on-line Portal: http://www.mauriciodenassau.edu.br/ Twitter: - twitter.com/FNassau Orkut: Faculdade Maurício de Nassau Facebook: www.facebook.com/Faculdade Maurício de Nassau 47