Dia Internacional da Mulher

Transcrição

Dia Internacional da Mulher
Mensagem postada no grupo Sigma sobre o Dia Internacional da Mulher
Olá.
Eu desejava postar uma poesia em
homenagem às mulheres, mas
infelizmente não tenho talento para
escrever em verso, por isso
procurei por alguma criação de
Vinícius. Infelizmente, não achei
nenhuma que atendesse aos meus
propósitos, porque o ilustre poeta
jamais
elogiou
a
mulher,
propriamente. Todos os seus
elogios focavam um estereótipo de
mulher bela, jovem, esbelta e
sensual, deixando de fora todas as
virtudes que não estão na
aparência física. São poemas que
discriminam as mulheres e só
elogiam os atributos que elas possuem para agradar aos olhos dos homens, situando-as num
patamar de objeto. Busquei em outros poetas, mas deparei com o mesmo problema.
Geralmente não cantam homenagens à mulher, mas à beleza física da mulher, isto é, cantam o
desejo do homem pela mulher, não a virtude da mulher. Outras vezes, cantam as virtudes de
ser mãe, que indiretamente é cantar a “utilidade” da mulher para procriar e salvaguardar a cria,
sacrificar-se para proteger a cria, martirizar-se para defender a cria. Ser mãe é um caso muito
particular de ser mulher. A mulher também é mãe, porém é mais do que isso. A mulher também
é fêmea e macho, é frágil e forte, é libidinosa e casta, é destemida e desprotegida, é ousada e
recatada, é mãe, filha, irmã, esposa, amiga, amante, empresária, enfermeira, faxineira, atleta,
artista, sonhadora e idealista. Como não sou poeta, limito-me a fazer uma breve homenagem
em prosa a toda mulher que aprecia receber flores, que aprecia quando o homem puxa a
cadeira para que ela se sente, ou abre a porta para que ela passe, ou toma a dianteira no
perigo, ou cede a dianteira no lazer, a toda mulher que aprecia ser protegida, respeitada,
amada, compreendida. A toda mulher que sonha com o companheiro carinhoso, com filhos
saudáveis, com uma família estável e feliz. A toda mulher que aspira igualdade de direitos, que
aspira reconhecimento por seu profissionalismo, que espera ser tratada com Dignidade,
Liberdade e Justiça. A toda mulher, de todas as etnias, de todas classes sociais e níveis
educacionais, às mulheres de todas as regiões e religiões. A toda mulher que merece muito
mais do que este mundo machista lhe oferece, e que com muita garra e perseverança tem
alcançado importantes conquistas, e, se Deus quiser, continuará galgando posições cada vez
mais justas. Por falar em Deus, convém citar um trecho de uma letra do maior guitarrista da
América Latina Pepeu Gomes, em uma das poucas homenagens justas à mulher: “(...) Deus é
menina e menino (...)”, uma frase curta, mas que diz muito: numa interpretação “apócrifa” (na
acepção de “não-canônica”), situa a mulher na mesma condição que o homem inclusive na
maior autarquia universal, não propondo nenhum igualismo banal, como alguns hipócritas
costumam fazer, mas uma “androgenização-dicotomizada-fusionada” em que mulher e homem
se complementam de modo não hierarquizado e com extensa dependência mútua, num nível
praticamente indissociável. Diferenças de gênero existem aos montes, e é importante que os
homens compreendam e respeitem estas diferenças tão bem quanto o fazem as mulheres,
objetivando uma maior harmonização da qual só pode emergir a felicidade para ambos. A
todas as mulheres e a todos os homens que tratam as mulheres como elas merecem, desejo
que o espírito desta data continue vivo por todos os dias do ano, e esta celebração possa
transcender aos motivos pelos quais foi criada e servir como paradigma para o cotidiano de
todos. Beijos para todas. (Hindemburg Melão Jr.)
Uma curiosidade:
Tradicionalmente, atribui-se a origem da comemoração do Dia Internacional da Mulher a um
suposto episódio ocorrido em 8 de março de 1857, envolvendo um genocídio em que mais de
100 mulheres americanas foram incineradas porque estavam fazendo uma greve para
reivindicar a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias. O relato é dramático e
denota uma desumanidade inconcebível, porém, essa versão é colocada em dúvida por
historiadores e, ao que tudo indica, a lenda foi inventada por um jornal francês, em 1957, e
partir de então se disseminou rapidamente pelo mundo todo.
Algumas fontes com a lenda:
http://www.abi.org.br/primeirapagina.asp?id=461
http://www.eselx.ipl.pt/ciencias-sociais/Temas/direitos_mulher
http://www.malhatlantica.pt/paulaperna/dia_mulher.htm
http://www.italiamiga.com.br/LAZER/artigos/dia_internacional_da_mulher.htm
Fontes desmentindo a lenda:
http://www.espacoacademico.com.br/022/22celuy.htm
http://www.educacional.com.br/reportagens/mulheres/default.asp
http://www.viadeacesso.com.br/detalhes_noticia.asp?id=256&classi=17
http://www.cutrj.org.br/Mulheres.htm