SISTEMA DE NAVEGAÇÃO DE VEÍCULOS Qual é a idade do
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SISTEMA DE NAVEGAÇÃO DE VEÍCULOS Qual é a idade do
SISTEMA DE NAVEGAÇÃO DE VEÍCULOS Qual é a idade do sistema de navegação automotiva? Ele é uma tecnologia recente? Bem, o leitor pode imaginar que sim, já que na mídia observa-se atualmente veículos equipados com GPS e um computador a bordo. Mas na verdade estes sistemas de navegação são tecnologias desenvolvidas a mais de 2000 anos atrás. O início dessa tecnologia se deu com o odômetro, em 60 AC. Ele é um instrumento mecânico que possibilita a determinação percorrida e auxilia na indicação da posição do veículo. Os primeiros são substituídos por odômetros mecânicos, facilitando a conexão com os modernos sistemas de navegação. Posteriormente surgiu o odômetro diferencial, o qual consiste basicamente em um par de odômetros. Cada um deles é instalado em uma das roda do veículo, que quando executa uma curva, possibilita que as rodas descrevam percursos diferentes. Pela diferença entre os odômetros pode-se calcular o ângulo de giro realizado pelo veículo. Entre os anos 1100 e 1200 DC passa a ser empregada a bússola magnética, aparelho composto de um mostrador, onde se indicam os pontos cardeais, e no qual gira uma agulha magnética que aponta sempre para o norte, servindo assim de orientação, sobretudo em navegação. Aproximadamente 652 anos depois, em 1852, o giroscópio é inventado e passa a ser empregado nesta tarefa. Ele é um aparelho que graças a uma dupla armação, pode ser deslocado de qualquer modo sem que a direção do seu eixo de rotação se modifique. Em 1895 surgem os mapas rodoviários, os quais passam a auxiliar na navegação automotiva. Mas por volta de 1910, tem-se os pioneiros dispositivos mecânicos que incorporavam varias informações de mapas de rotas. Por exemplo, determinadas rotas em discos de papel eram colocadas num disco móvel guiado pelo odômetro, o qual indicava a manobra a realizar a medida que o veículo se deslocava. Na década de 60 foi desenvolvido o Sistema Eletrônico de Guiagem de Rota-ERGS (Electronic Route Guidance System). Este sinalizador emprega transmissores de curto alcance estrategicamente localizados, e a recepção de seus sinais de localização codificados indica ao veículo receptor sua localização instantânea. Passam a ser empregados no gerenciamento de rotas. Com o advento da era espacial, a tecnologia de navegação automotiva passa a ser realizada por posicionamento com o sistema LORAN-C e em 1964, por satélites. Em 1966, os Beacons, sensores de proximidade de sinalização, passam a auxiliar na navegação e em 1968 entram os mapas digitalizados. Dois anos depois foi desenvolvido o primeiro sistema autônomo de guiagem usando mapas digitais a bordo e técnicas de equiparação com mapa em conjunto com um subsistema de navegação autônoma, denominado de Sistema Automático de Controle de Rota-ARCS (Automatic Route Control System). Este sistema empregou para a navegação autônoma (livre, independente) um computador a bordo e o odômetro diferencial. A localização do veículo era confirmada e instruções em áudio eram dadas quando necessário. Uma segunda versão emitia instruções em tempo real sob a forma gráfica no painel. Estes sistemas de navegação automotiva desenvolveram-se como peça central do movimento mundial para Sistemas de Transporte Inteligente-ITS, os quais começam a revolucionar o transporte, principalmente no Japão, EUA e na Europa. Analisando-se a situação no Japão, constata-se que em 1981, a Nissan, a Toyota e a Honda introduziram a primeira geração de sistemas de navegação para seus automóveis no mercado domestico. Os dois primeiros usavam o odômetro e a bússola. A distância e a direção ao destino eram indicadas num painel luminoso. Posteriormente a forma de um mapa na tela é incluída pelo Electro Gyro-Cator, da Honda, o qual traçava a rota do veículo sobre o mapa. Estes sistemas auxiliaram e muito no desenvolvimento das pesquisas. Em 1987, a versão original do Toyota Electro Mutivision foi introduzida como o primeiro sistema de navegação automático instalado de fabrica, o qual tinha mapas digitais armazenados em CD-ROM e display colorido. Versões posteriores incluíam receptor GPS, calculo de rota sugerida, instruções por voz sintetizada e, ainda, uma vídeo-câmera traseira. Na Europa verifica-se inicialmente o ALI-SCOUT, que surgiu da junção de dois projetos, o ALI da Bosh & Volkswagem e o AUTO-SCOUT da Siemens. Ele é um sistema dinâmico para guiagem da rota baseado em sensores sinalizadores. Desde 1994, um dos opcionais de fabrica dos automóveis BMW na Alemanha, é o CARIN (Car Information and avigation System), desenvolvido pela Philips. Ele utiliza links de comunicação tais como banda lateral da radio FM, além de receptor GPS e apresenta ainda mapa em display colorido. Posteriormente, surge o sistema Travelpilot, da Bosch, o qual apresentava a rota passo a passo num display e por voz sintetizada. Integrando a ele o GPS, tem-se o Auto Pilot, desenvolvido pela Mercedez Benz. Nos Estados Unidos verifica-se que o primeiro sistema de navegação foi o Etak, Inc. Navigator, o qual utilizava bússola e odômetro diferencial e possuía mapa digitalizado. O Travelpilot, da Bosch, era uma segunda geração do Navigator; o qual permitia armazenar mapas inteiros de países. Mostrava um mapa rodoviário próximo da área do veículo com possibilidade de zoom para aumento ou diminuição da escala indicada. Um menu permitia ao usuário entrar por exemplo: com o endereço de destino, cruzamentos. Ele localizava o endereço no mapa e indicava; fornecia a direção que o veiculo deveria seguir e outros. Se fosse conectado a um sistema de radio, possibilitava que uma central de controle de emergência realiza-se o monitoramento e o estado do veiculo. Em 1994 surge como opcional o Guidestar. Ele integra um receptor GPS com navegação autônoma e equiparação com mapa. O destino podia ser introduzido como endereço especifico ou cruzamentos. Mostrava a rota calculada num display colorido e, passo a passo indicava a distancia e a direção a seguir, com o auxilio de um sinal de voz. E como está a situação no Brasil? Continua na próxima edição. Claudia Pereira Krueger Email: [email protected]