contenção pan automotora
Transcrição
contenção pan automotora
VidaBosch julho | agosto | setembro de 2015 • nº 40 Action Sports Photography/Shutterstock Recicle a informação: passe esta revista adiante Flores contra a crise Mercado de plantas ornamentais prospera em meio à turbulência Água reciclada Empresas driblam a crise hídrica com reúso e outras técnicas editorial Futuro sustentável A cada dia fica mais claro que o futuro da humanidade depende de profundas mudanças de hábitos para fazer com que nossas atividades voltem a “caber” no planeta. Por isso, sustentabilidade é uma palavra de ordem para a Bosch, como mostram as matérias desta edição. Em tendências, apresentamos as tecnologias e os programas desenvolvidos pela Bosch Rexroth para melhorar a eficiência energética da indústria, um imperativo para aumentar a produtividade e a competitividade do setor produtivo brasileiro. Já em atitude cidadã, explicamos as medidas de economia de água que a planta da Bosch em Campinas adotou para enfrentar a crise hídrica no estado de São Paulo. Se a adoção de soluções sustentáveis é uma necessidade em escala global, no Brasil ela é ainda mais urgente, pois as condições naturais são uma das maiores riquezas do país, como deixa claro o bom desempenho do mercado de flores e plantas ornamentais em plena crise econômica. Como mostra a matéria de Brasil cresce, este é um ótimo exemplo de como o uso de tecnologia de ponta pode conviver perfeitamente com uma utilização sustentável dos recursos naturais. E por falar em riqueza natural, esta edição já começa falando de um verdadeiro tesouro brasileiro: a Chapada Diamantina. A matéria de viagem apresenta um roteiro para quem quer percorrer a região de carro e traz as dicas de um mecânico da rede Bosch Car Service para deixar o veículo pronto para encarar essa aventura. Boa leitura! 14 20 28 34 Sumário 02 viagem | Prepare o carro para garimpar os tesouros da Chapada Diamantina 08 eu e meu carro | Yane Marques, uma pentatleta no trânsito do Recife 10 torque e potência | Novas retroescavadeiras modernizam canteiros de obras 14 em casa | Planejamento e criatividade multiplicam espaços de miniapartamentos 20 tendências | Indústria nacional se esforça para aumentar eficiência energética 24 grandes obras | Obras do metrô de Salvador entram nos trilhos após 14 anos 28 Brasil cresce | Floricultura se moderniza e prospera em plena crise econômica 34 atitude cidadã | Com escassez, empresas passam a produzir usando menos água 40 aquilo deu nisso | Tecnologias de detecção acabaram com os grandes incêndios 44 saudável e gostoso | Manjericão é sinônimo de sabor, história e saúde Expediente VidaBosch é uma publicação trimestral da Robert Bosch Ltda., desenvolvida pelo departamento de Marketing e Comunicação Corporativa. Se tiver dúvidas, reclamações ou sugestões, fale com o SAC Bosch: 0800-7045446 ou www.bosch.com.br/contato Produção, reportagem e edição: PrimaPagina (www.primapagina.com.br), tel. (11) 3512-2100 / vidabosch@prima pagina.com.br • Projeto gráfico, direção de arte e diagramação: Buono Disegno (cargocollective.com/buonodisegno), tel. (11) 3667-4359 • Tratamento de imagem: Paulo Lopes • Acompanhamento gráfico: Paulo Lopes • Impressão: Gráfica Mundo • Revisão: Marcelo Moura viagem | Por Tássia Novaes Andre Dib/Shutterstock 2 | VidaBosch | Garimpo de paisagens Antigo polo de mineração de pedras preciosas, a Chapada Diamantina hoje atrai por outro tipo de riqueza: a exuberante natureza do interior da Bahia Vista do Morro do Pai Inácio, um dos principais cartões-postais da região Inundadas por água cristalina, as grutas subterrâneas são algumas das principais atrações da Chapada Diamantina E m meados do século 19, milhares de aventureiros chegaram à cidade de Mucugê, no interior da Bahia, atraídos pelas jazidas de diamantes nos arredores, em uma área que ficaria conhecida como Chapada Diamantina. Mais de 150 anos depois, a região continua atraindo aventureiros, mas agora eles vão atrás de outra riqueza: a natureza exuberante do centro-oeste baiano. É difícil eleger a cachoeira mais bonita, o morro mais imponente, a gruta mais misteriosa ou o entardecer mais emocionante. O visitante que chega à Chapada Diamantina logo sente algo diferente no ar: a natureza se manifesta de forma tão intensa e sedutora que é praticamente impossível não se render à atmosfera de tranquilidade e contemplação. É um daqueles lugares onde a pessoa é capaz de ouvir o silêncio. Criado em 1985, o Parque Nacional da Chapada Diamantina ocupa uma área de 152 mil hectares distribuídos por seis municípios: Andaraí, Ibicoara, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras. Devido à extensão, viajar de carro pela Chapada é aconselhável para quem quer ter a liberdade de organizar seu próprio roteiro, sem depender das poucas linhas de ônibus disponíveis na região. Uma semana é suficiente para conhecer os principais pontos turísticos. O acesso é feito por rodovias asfaltadas e, uma vez dentro do parque, é comum circular por estradas de terra com carro de passeio, sem necessidade de tração. Já as trilhas são sempre feitas a pé, na companhia de guias ou agentes de turismo. A capital do diamante Uma boa pedida é começar por Lençóis, cidade histórica com melhor infraestrutura de hotéis, restaurantes e outros serviços, como agência bancária. Localizada perto de Mucugê, a cidade foi criada pelos garimpeiros que chegaram à região no século 19 e até hoje preserva ruas de paralelepípedo, lampiões e toda a arquitetura do período em que era conhecida como capital do diamante. Por isso, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1973. Basta se afastar um pouco do centro da cidade para começar a explorar a natureza exuberante da região. Com 20 minutos de caminhada leve, é possível conhecer o Salão de Areias Coloridas, formado por decomposição de rochas, e o Parque da Muritiba, com diversos poços para banho refrescante. Nesse mesmo passeio, o turista pode esticar até a Cachoeirinha e conferir a bela vista no Mirante. Magdalena Paluchowska/Shutterstock viagem | VidaBosch | 5 É difícil eleger a atração mais bonita. O visitante logo sente que está em um daqueles lugares onde é possível ouvir o silêncio Vale a pena passar três noites em Lençóis para conhecer outras atrações, como a Cachoeira dos Mosquitos – forma como os garimpeiros chamavam os pequenos diamantes. As pedras formam poços para banho em meio a paredões rochosos e mata nativa. Em seguida, é possível visitar o Complexo Arqueológico Serra das Paridas, sítio com mais de mil registros de pinturas rupestres. Tudo isso cabe em uma manhã. Após uma pausa para o almoço, a dica para aproveitar o início da tarde é conhecer o Poço do Diabo, localizado no quilômetro 22 da rodovia BR-242 (em direção a Seabra). Saindo de carro de Lençóis, são 30 minutos até o estacionamento próximo ao restaurante de quitutes regionais Dona Pata. Com mais 15 minutos de caminhada, chega-se ao poço de águas escuras do Rio Mucugezinho. Quem ainda tiver energia, pode fazer rapel ou tirolesa no local. O último dia em Lençóis fica reservado para um passeio pelas maravilhas subterrâneas da Chapada. Localizada no município de Iraquara, a 64 quilômetros de Lençóis (via rodovia BA-122), a Torrinha é uma das grutas mais completas do Brasil, com formações raras, como flores de aragonita, além das tradicionais estalactites e estalagmites. A gruta fica em uma propriedade particular. O acesso é pago (varia de R$ 20 a R$ 50) e é feito em grupos de até seis pessoas, acompanhadas por um guia. Ainda em Iraquara fica a gruta da Lapa Doce, terceira maior do país, com 17 quilômetros de extensão – visitantes têm acesso apenas a 850 metros –, e as grutas da Pratinha e Azul, ambas inundadas por água cristalina. Na Pratinha, o programa é um mergulho de flutuação com guia. No local, aluga-se colete, máscara e esnórquel. Na gruta Azul, o mergulho é proibido devido à profundidade, que chega a 70 metros. De volta à superfície, o dia chega ao fim com a paisagem estonteante de um dos principais cartões postais da Chapa- As pinturas rupestres e a cidade de Lençóis são dois patrimônios históricos da região Vinicius Tupinamba/Shutterstock viagem Vinicius Tupinamba/Shutterstock 4 | VidaBosch | viagem viagem | VidaBosch | 7 Feira de Santana 110 Seabra 242 Palmeiras Lençóis 116 BA- 142 Andaraí BA- 245 BA- 245 Mucugê Itaetê Salvador BA- 245 da: o Morro do Pai Inácio. O morro tem mais de mil metros de altura, mas a trilha até o topo se resume a uma caminhada de 300 metros, pois quem chega de carro para em um estacionamento próximo a um posto de combustível nas margens da BR-242 que fica 700 metros acima do pé da montanha. A subida, permitida até as 17h, é íngreme, mas a recompensa é uma das vistas panorâmicas mais bonitas da Chapada, em especial no pôr do sol. Do alto do morro é possível ver os morros do Camelo, Morrão e Três Irmãos. Ideal para repor as energias em silêncio, ouvindo apenas o som do vento, sempre intenso. Depois de três dias em Lençóis, é hora de partir rumo à próxima parada do passeio: o povoado de Caeté-Açu, mais conhecido como Vale do Capão, um distrito do município de Palmeiras. Localizado a 70 quilômetros de Lençóis – sendo que 18 devem ser percorridos em estrada de terra –, este vilarejo sossegado, cercado de belas montanhas, é um dos locais mais visitados na Chapada, com boa oferta de pousadas e restaurantes. A vila conserva uma atmosfera de comunidade alternativa, onde o tempo parece ter ritmo próprio, e oferece inúme- ros passeios, trilhas e opções de práticas holísticas, como massagens, leitura da íris e cozinha vegetariana. Vale a pena passar três dias no local para conhecer as belas cachoeiras da região. A mais impressionante é a Cachoeira da Fumaça, uma das maiores cascatas do Brasil, com 340 metros de queda d’água. Trata-se de um filete de água que, ao encontrar com o vento forte no alto da montanha, dissipa no ar como se fosse uma cortina de fumaça. O espetáculo costuma ser mais intenso nos meses de junho e julho, quando chove forte na região e o volume dos rios aumenta. Para apreciá-lo é preciso encarar uma trilha de seis quilômetros, incluindo uma subida íngreme que pode durar mais de uma hora. O passeio pode ser feito no início da manhã e durante a trilha é comum encontrar vendedores de pastel de palmito de jaca, iguaria típica preparada por moradores do Vale. Devido à intensidade da subida, de tarde o visitante pode desfrutar um passeio mais ameno: a Cachoeira do Riachinho. É possível ir de carro até bem próximo do local próprio para banho, restando ape- de terra e as temperaturas costumam ser altas. Por isso, é muito importante que o carro tenha uma boa proteção de cárter, para evitar que o compartimento seja danificado por alguma pedra solta no caminho. “Isso é essencial”, diz Manchinha. As estradas de terra exigem outros cuidados especiais, como na calibragem dos pneus. “Eles não podem estar com mais de 30 libras. A gente aconselha colocar 28”, afirma o mecânico. O calor da região também demanda atenção com os níveis do óleo e do líquido de arrefecimento do veículo. Ambos precisam estar em ordem para não correr o risco de o motor ferver. Por isso, o carro precisa estar em dia com as revisões periódicas, diz Manchinha. Além disso, o mecânico aconselha regular os faróis do veículo antes de desbravar a Chapada. Os cuidados com o veículo, aliás, não se resumem à preparação e à viagem em si. Manchinha diz que é preciso fazer uma pequena manutenção na volta, o que inclui trocar o filtro de ar, “porque na viagem tem poeira demais”, e verificar as lanternas do veículo, para se certificar de que as lâmpadas estão funcionando. “Quando tem muita trepidação, como nas estradas de terra, muitas vezes acaba queimando alguma lâmpada”, alerta o mecânico. Ibicoara Vale das cachoeiras Onde ficar Hotel Canto das Águas Av. Senhor dos Passos, 1, Centro, Lençóis. Tel: (75) 3334-1154, www. lencois.com.br - Hotel com infraestrutura impecável, quartos amplos e confortáveis, à beira do Rio Lençóis. Ótimo serviço de massagem para relaxar o corpo após as trilhas. Hotel de Lençóis R. Altina, 747, Centro, Lençóis. Tel: (75) 3334-1102, www.hoteldelencois. com - Ambiente aconchegante, onde é possível acordar ao som dos pássaros. O hotel possui bosque particular com quatro hectares e um acervo com peças de lapidação de diamantes e outros artefatos antigos em exposição. Excelente restaurante. Pousada do Capão Rua Chamego, s/n, Caeté-Açu, Palmeiras. Tel: (75) 3344-1034/1162, www. pousadadocapao.com.br - Instalações rústicas e charmosas, de onde é possível contemplar a natureza da janela dos quartos. Vista incrível para o morro Branco. Diversos jardins. Deck privativo no rio que passa ao fundo da pousada. Onde comer Cozinha aberta Av. Rui Barbosa, 42, Centro, Lençóis. Tel: (75) 3334-1321, www.cozinhaaberta.com.br - Restaurante slow food em uma casa linda, ampla e arejada, com varanda romântica e jardim. Pratos feitos exclusivamente com ingredientes orgânicos, inspirados na cozinha sustentável, privilegiando produtos regionais. Quilombola R. Das Pedras, 89, Centro, Lençóis. Tel: (75) 9930-3027, sem site - Cardápio variado para saborear o que há de mais autêntico na culinária regional, como godó de banana e apanhari frito. O Galpão Vale do Capão, Caeté-Açu, Palmeiras. Tel: (75) 3344-137, www.facebook. com/Restauranteogalpao - Café da manhã mais procurado do Vale do Capão, com pães, beiju e iogurte caseiros. Pratos do almoço e jantar preparados com ingredientes orgânicos. Destaque para as massas artesanais, em especial a lasanha vegetariana da casa. O espaço, aconchegante e receptivo, aceita reservas. Como chegar Para viajar de carro de Salvador a Lençóis, saia da capital pela rodovia BR-324 e siga até Feira de Santana. De lá, pegue a BR-116 e, em seguida, a BR-242 em direção a Itaberaba. Outra opção é ir de avião, pousar diretamente no aeroporto de Lençóis (três voos semanais partindo de Salvador) e alugar um carro. O Vale do Capão conserva uma atmosfera de comunidade alternativa, onde o tempo parece ter ritmo próprio nas 15 minutos de caminhada a pé. Não é necessário guia. À noite, os visitantes contam com o charme da pitoresca vila, ponto de encontro dos trilheiros, onde artesãos e artistas locais exibem sua arte em pequenas feiras. Outros passeios partindo a pé da vila do Vale são: Cachoeira do Rio Preto e Rodas (1h30 de caminhada leve), Cachoeira da Purificação (3h de caminhada moderada), Poço do Gavião (2h de caminhada intensa), Gerais do Vieira (3h de caminhada leve) e Águas Claras (2h30 de caminhada leve). A viagem pela Chapada Diamantina termina onde a história da região começou: a cidade de Mucugê, situada a mil metros de altitude, em meio à Serra do Sincorá. A 75 quilômetros do Vale do Capão, é uma boa opção de pernoite para visitar a última grande atração do passeio: a Cachoeira do Buracão. Localizada no município de Ibicoara, a 65 quilômetros de Mucugê, ela impressiona por ficar em uma formação rochosa semelhante a um cânion inundado com uma queda d´água majestosa num buraco de 50 metro de profundidade. Ao final do percurso, fica claro que, ao contrário do que acontecia no passado, hoje não é preciso garimpar para encontrar os tesouros da Chapada Diamantina: eles estão todos à vista, para onde quer que se olhe. A Bosch na sua vida Prepare-se para a terra Um carro normal de passeio é mais do que suficiente para viajar pela Chapada Diamantina, mas é preciso tomar alguns cuidados antes de pegar as estradas da região. A afirmação é de Jairo Souza Chavez, o Manchinha, proprietário da Manchinha Auto Elétrica, oficina da rede Bosch Car Service mais próxima do parque nacional, localizada no município de Seabra (BA), a 71 quilômetros de Lençóis. Manchinha alerta que a parte do passeio que requer mais atenção é o Vale do Capão, onde a maior parte das estradas é Arquivo Bosch 6 | VidaBosch | eu e meu carro | Por Frederico Kling Marcelo Costa Soares E Confiança para vencer e dirigir A pentatleta Yane Marques leva para a direção a mesma responsabilidade que a tornou uma das promessas de medalha nas Olimpíadas do Rio m 2003, a então nadadora Yane Marques começou a treinar as outras quatro modalidades que compõem o pentatlo moderno – esgrima, hipismo, corrida e tiro. Em 2007, a pernambucana já abocanhava a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Surpreendente para o grande público, o resultado era esperado por quem conhecia a atleta que, apenas um dia depois de fazer 18 anos, tinha usado sua perseverança para tirar carteira de motorista. E duas de uma vez: de carro e de moto. “Meu pai ensinou meu irmão a dirigir, mas nunca me deu aulas. Eu achava aquilo machismo, queria mostrar que era capaz e consegui tirar as duas habilitações de primeira”, conta Yane, que nasceu em Afogados do Ingazeira, no interior de Pernambuco, mas aos 11 anos mudou-se para Recife. Aos 18, a motorista novata já era uma nadadora experiente e disputava algumas provas de alcance nacional, emboras sem resultados expressivos. Quando, em 2003, foi criada a Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno, a vida de Yane começou a mudar. “Eles fizeram uma prova de biatlo, com corrida e natação, para selecionar possíveis competidoras. Eu fui bem e me convidaram para começar a treinar.” Sua modalidade preferida hoje não é mais na piscina, mas em cima do cavalo. “Gosto do hipismo, pois há o desafio de conhecer o cavalo, já que só sabemos na hora qual animal vamos montar”, comenta Yane. Na hora de ir para os treinos, os pais faziam questão de acompanhá-la no banco do passageiro. “No começo, eles sempre queriam estar ao meu lado, mas foram vendo que eu dirigia direito e deixaram eu ir sozinha; sou uma motorista muito prevenida”, diz Yane, que emenda: “Adoro dirigir.” A atleta de 31 anos, que acumula duas medalhas de ouro em Pan-Americanos e duas de bronze – uma nas Olimpíadas de Londres, em 2012, e outra no campeonato mundial de 2015 – , tem muitas oportunidades para exercer seu gosto pela direção. “Em casa, só eu dirijo; meu marido prefere ficar dormindo do lado”, brinca. E o casal viaja muito, principalmente para as praias perto de Recife, como Porto de Galinhas, ou para a cidade natal da pentatleta. No controle Ela não se incomoda de ser quase sempre a motorista. Muito pelo contrário. “Adoro conduzir o carro, acho que isso é um reflexo da minha preferência por esportes individuais, sempre gosto de estar no controle das ações e não me sinto muito segura com outros motoristas. Quando canso, prefiro parar e continuar depois do que dar a direção a outra pessoa”, continua Yane. O carro, no entanto, não serve apenas para a diversão – é também seu transporte para os treinos diários. Ela já chegou a sofrer um acidente de trânsito às cinco da manhã, horário em que muitos festeiros estão voltando para casa, mas no qual atletas olímpicos estão saindo para treinar. Yane prefere modelos grandes, nos quais consiga carregar todos os equipamentos necessários para a prática das modalidades do pentatlo moderno. “Antes usava o carro da minha mãe e só fui comprar um para mim há uns dois anos. Foi um Nissan Livina”, conta a atleta. Agora, Yane dirige um Chevrolet Spin, carro também grande, mas com uma diferença em relação aos anteriores: o câmbio é automático. “Em Recife, o trânsito é muito caótico, e eu saio muito cansada dos meus treinos. Aquele ‘acelera e para’ me cansava ainda mais, e decidi, por isso, comprar um automóvel automático.” E Yane precisa mesmo de todo o descanso possível. Muitos no Brasil se surpreenderam com sua medalha em Londres, mas ela já era bem conhecida entre os especialistas no esporte. Os brasileiros agora sabem que a pernambucana é uma das grandes esperanças de pódio para o país nas Olimpíadas de 2016. “Agora é diferente. Londres foi uma vitrine e, uma vez medalhista, as pessoas sempre esperam que você repita os bons resultados”, diz a pentatleta. Depois de um breve descanso após o sucesso no Pan-Americano de Toronto, do qual voltou com o ouro, ela já retomou os treinos, que, por sinal, espalham-se por três estados. “Meus técnicos são todos militares, e, além de Recife, eles também estão em Porto Alegre e em Curitiba”, conta Yane, que também é militar – tem a patente de terceiro-sargento do Exército. A Bosch na sua vida Arquivo Bosch 8 | VidaBosch | Conforto automático A Bosch oferece a tecnologia ideal para quem, como Yane Marques, faz questão de estar sempre ao volante, mas não quer se estressar com o trânsito. O Adaptive Cruise Control Stop & Go (ACC Stop &Go) é um sistema que monitora o que acontece na frente do carro e acelera e freia o veículo automaticamente. “Se o carro da frente parar, o seu carro para; se o outro acelerar, o seu acelera”, explica Alexandre Pagotto, chefe de marketing da divisão de segurança veicular da Bosch. “Ele alivia a tensão do motorista. Em vez de ter que ficar acelerando e parando, ele faz isso por você”, afirma Pagotto. Mais informações sobre o ACC estão disponíveis em http://migre.me/rpmeW. Além do ACC Stop & Go, a Bosch oferece outro sistema que aumenta a segurança de quem dirige em grandes metrópoles, como é o caso de Yane. Trata-se da Frenagem Automática de Emergência, que também monitora o que acontece no entorno do carro e, se necessário, freia automaticamente para evitar acidentes. “Se um carro ou uma pessoa entra na frente do veículo de repente e o motorista não consegue reagir a tempo, o sistema assume o controle e freia as rodas. Com isso, evita ou diminui a gravidade do acidente”, diz Pagotto. Para entender como o sistema funciona, acesse http:// migre.me/rpmpo. Arquivo Bosch 10 | VidaBosch | torque e potência | Por Manuel Alves Filho Tecnologia para toda obra Com recursos dignos de carros de luxo, novos modelos de retroescavadeiras ajudam o segmento de máquinas rodoviárias a enfrentar a crise I ndústria automobilística e construção civil são duas das maiores vítimas da atual crise econômica. Não por acaso, a instabilidade nos negócios atingiu em cheio o setor de máquinas rodoviárias, segmento da indústria automobilística que fabrica os equipamentos utilizados nos canteiros de obras. No primeiro semestre de 2015, a produção do setor caiu 56% em relação ao mesmo período de 2014, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A situação só não é pior porque um produto específico está resistindo bravamente à recessão: as retroescavadeiras. Enquanto o conjunto do setor amargou uma retração cavalar, na primeira metade de 2015 foram produzidas 4.102 máquinas do gênero, número que representa uma variação negativa de apenas 1% em relação ao mesmo período do ano passado. “Isso significa que, apesar do momento difícil, o mercado continua consumindo retroescavadeiras no mesmo patamar de 2014”, afirma a presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Abimaq, Andrea Park. O relativo sucesso desse tipo de máquina em relação ao resto do segmento se deve a vários fatores. Alguns deles, como versatilidade e preço, são velhos conhecidos. A retroescavadeira é considerada a mais versátil das máquinas usadas na construção civil, pois é capaz de executar diferentes tarefas, como escavar, demolir, transportar material, limpar terrenos etc. “O sucesso da retroescavadeira no setor de construção se deve a essa versatilidade, mas também ao baixo valor do investimento, à liquidez do bem e ao baixo custo operacional”, afirma o vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), Paulo Oscar Auler Neto. Outro fator que contribui para o bom desempenho das retroescavadeiras, no entanto, é novo: nos últimos anos, essas máquinas, tradicionalmente associadas a falta de conforto e recursos técnicos pouco sofisticados, passaram por um banho de tecnologia e hoje contam com avançados sistemas mecânicos, hidráulicos e eletrônicos. Todas essas inovações aumentaram torque e potência torque e potência | VidaBosch | 13 Equipados com sistemas hidráulicos de ponta, os novos modelos são mais precisos, confortáveis, econômicos e eficientes a produtividade das retroescavadeiras, o que ajuda a tornar a construção civil mais eficiente, um requisito essencial em tempos de crise. “Por causa de suas características, esse equipamento é um importante alavancador no processo de mecanização dos canteiros de obras”, avalia Auler Neto. Ar-condicionado e joystick Quando inventou a retroescavadeira, em 1953, o inglês Joseph Cyril Bamford jamais poderia imaginar que aquele estranho trator com duas pás, uma maior na parte dianteira e outra menor na traseira, passaria por evoluções tecnológicas dignas de filme de ficção científica. Atualmente, as retroescavadeiras presentes no mercado brasileiro apresentam recursos dignos de um automóvel de passeio top de linha. As versões mais modernas contam com cabine fechada dotada de ar-condicionado, assento ergonômico e sistema de isolamento acústico, cuidados que asseguram o conforto e a segurança do operador. Alguns equipamentos podem ser operados internamente por meio de joystick, como se fossem games gigantes, ou externamente, usando um smartphone como controle remoto. As retroescavadeiras modernas também apresentam uma estrutura bem mais resistente que as suas antecessoras. “Os comandos hidráulicos estão mais precisos e suaves, evitando os antigos movimentos bruscos que ocorriam no momento do acionamento da caçamba”, aponta Auler Neto. Os componentes hidráulicos hoje são tão precisos que já existe no mercado brasileiro um modelo equipado com um sistema que faz a detecção da carga e oferece potência total de levantamento e escavação em todas as velocidades do motor, alinhando dessa maneira o fluxo hidráulico às demandas de trabalho. “Essa tecnologia faz com que a operação seja altamente eficiente”, afirma Andrea Park, da Abimaq. Outro avanço significativo se deu nos motores que movimentam essas máquinas. Os propulsores são muito mais potentes e eficientes que as versões de 10 a 15 anos atrás. “Estamos no mesmo patamar tecnológico do resto do mundo. Os motores de nossas retroescavadeiras não são mais eficientes em termos de emissão por causa dos limites impostos pela legislação e não por causa da capacidade técnica dos fabricantes”, complementa Auler Neto, da Sobratema. Produtividade sustentável Todas essas inovações tecnológicas que proliferaram nos últimos anos refletem diretamente na qualidade do trabalho realizado nos canteiros de obras presentes nos quatro cantos do Brasil. “Além de oferecerem maior segurança ao operador e seu entorno, esses avanços proporcionam maior produtividade e confiabilidade, além de menor custo operacional”, garante Auler Neto. Os avanços foram acompanhados por uma maior diversificação dos modelos disponíveis. Apesar de a retroescavadeira ser uma máquina “pau para toda obra”, hoje os fabricantes produzem diferentes tipos de equipamentos, cada um voltado a um tipo de necessidade. Uma breve consulta ao site de uma das mais tradicionais indústrias do setor instaladas no Brasil revela a existência de dez modelos à disposição dos interessados. Um desses modelos é capaz de escavar um buraco de seis metros de profundidade, o que equivale à altura de um prédio de dois andares. A força de escavação, nesse caso, é de 71 quilonewtons (kN), sendo que cada kN equivale a 100 quilos. Com tamanha energia, essa retroescavadeira é capaz de quebrar asfalto ou romper a resistência de um solo rochoso. Mesmo trabalhando a maior parte do tempo sem realizar grandes deslocamentos, alguns modelos chegam a atingir até 45 quilômetros por hora quando estão rodando por ruas ou estradas. Por falar em velocidade, as retroescavadeiras também são consideradas veí- Por causa de suas características, as retroescavadeiras são um importante alavancador da mecanização dos canteiros de obras culos automotores e, como tais, terão que continuar a evoluir tecnologicamente para se tornarem mais sustentáveis. A partir deste ano, essas máquinas passam a estar sujeitas às normas do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores para Máquinas Agrícolas e Rodoviárias (Proconve/Mar-I), gerido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e regulamentado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O objetivo da iniciativa, que será implementada em etapas até 2019, é reduzir a emissão de gases nocivos ao ambiente e à saúde humana, como monóxido de carbono (CO), hidrocarboneto (HC), óxido de nitrogênio (NOx) e de material particulado (MP), a taxas que variam de acordo com a potência dos motores. Máquinas com propulsores entre 130 e 560 quilowatts- hora (kW/h), por exemplo, não poderão emitir mais que 3,5 gramas de CO, 4 gramas de HC, 4 gramas de NOx e 0,2 grama de MP por kW/h. Com todas essas inovações, ainda existe espaço para o crescimento da produção e venda de retroescavadeiras no país, acreditam Auler Neto, da Sobratema e Andrea Park, da Abimaq. Ambos lembram que, embora equipamentos do gênero estejam em praticamente toda obra de médio e grande porte do país, o Brasil continua carecendo de obras de infraestrutura, nas quais o uso desse tipo de máquina é fundamental. “As retroescavadeiras estão espalhadas por todos os setores da construção, mas ainda temos espaço para o aumento da comercialização de equipamentos novos, inclusive para promover a renovação da frota”, afirma Auler Neto. Assim, ao que tudo indica, as retroescavadeiras continuarão por muito tempo a ser a principal arma do segmento de máquinas rodoviárias para enfrentar a crise e voltar a crescer quando a retomada vier. A Bosch na sua vida Menos esforço, mais eficiência A Bosch Rexroth, divisão de tecnologias de acionamento e controle do Grupo Bosch, tem contribuído para modernizar a hidráulica das retroescavadeiras. Em modelos mais antigos e simples, o óleo que aciona componentes como o braço de escavação corre ininterruptamente pelo bloco e tubulações, gerando desperdício energético. Para aumentar a eficiência desses sistemas, a Rexroth fornece bombas de engrenagem e blocos de válvulas com tecnologia load sensing. “Essa tecnologia faz com que o óleo não circule o tempo todo pelo sistema, mas somente quando o componente é acionado, o que reduz o consumo e o aquecimento”, explica Luis Pissinato, gerente responsável pelo segmento de máquinas de construção da empresa. Para saber mais sobre o bloco de controle com tecnologia load sensing, acesse http:// migre.me/rqcX8 (em inglês). Para os modelos mais sofisticados, a companhia oferece uma tecnologia ainda mais avançada: bombas de pistões de vazão variável e blocos de controle gerenciados eletronicamente pelo sistema BODAS, que define com precisão a quantidade de óleo que chega a cada componente, diz Pissinato. Mais informações sobre o sistema BODAS estão disponíveis em http://migre.me/rqd4v. O Grupo Bosch também fornece sistemas hidráulicos de freio que reduzem o esforço necessário para deter a máquina. “O Differential Master Cylinder e o HydroBooster têm um sistema de diferentes diâmetros de cilindros e pistões internos que amplificam a força que o operador Arquivo Bosch Arquivo Bosch 12 | VidaBosch | coloca no pedal de freio, o que produz um resultado de frenagem adequado com menos esforço”, afirma Leandro Olivo, chefe de desenvolvimento da divisão Diesel Systems em Curitiba, unidade responsável pela comercialização desses sistemas de freio no Brasil. Para entender como funcionam os sistemas hidráulicos de freio, acesse http:// migre.me/rqd8n (em inglês). em casa Yampi/Shutterstock 14 | VidaBosch | O milagre da multiplicação de espaços Com a proliferação de apartamentos pequenos é fundamental aproveitar ao máximo cada cantinho do imóvel. Especialistas dão dicas de como fazer isso | Por Letícia Liñeira 16 | VidaBosch | em casa em casa | VidaBosch | 17 Rômulo Fialdini Kuprynenko Andrii/Shutterstock Integrar a cozinha e as salas de jantar e de estar é uma boa forma de aproveitar espaços N os últimos anos, o boom imobiliário e a explosão do preço do metro quadrado nas principais cidades brasileiras levaram a uma proliferação de apartamentos cada vez menores. Diante da escassez de espaço, arquitetos e designers de interiores têm desenvolvido estratégias criativas para aproveitar ao máximo cada cantinho do imóvel. A primeira dica é planejar muito bem antes de mobiliar qualquer cômodo para otimizar a ocupação do espaço e garantir uma mobilidade razoável. “Em ambientes pequenos, é sempre importante colocar o mínimo de mobiliário possível, deixando um espaço para a circulação de no mínimo 50 a 55 cm entre cada peça”, recomenda a designer de interiores Cristina Barbara. A integração de ambientes ajuda no planejamento. “Principalmente em apartamentos pequenos é importante prever integração dos espaços, com pouco mobiliário – e de preferência baixo para não isolar nenhum elemento. É preciso planejar o posicionamento dos móveis pensando no fluxo do dia a dia no imóvel, não atrapalhando abertura de portas, passagens e entradas de luz, como janelas”, diz a arquiteta Petra Linkewitsch, do Studio ML Arquitetos Associados. “Preste atenção para não posicionar o sofá de costas para a porta, nem espremê-lo muito, pois este deve ser um espaço de convivência e conforto. Evite criar ambientes únicos, como sala de jantar, sala de estar, copa e sala de leitura. Tente integrá-los para aumentar a acomodação do apartamento como um todo. Em vez de paredes, a divisão dos ambientes pode ser feita com a troca de piso entre a sala/cozinha, revestimentos diferenciados entre sala de estar/jantar, papel de parede, cores complementares, etc.”, continua a arquiteta. Uma vez esquadrinhado o espaço, é a hora de adquirir móveis e acessórios. Mas, antes de ir às compras, é importante listar o que será colocado em cada cômodo, começando pelos móveis maiores e fun- damentais, para depois focar nos acessórios. “Sabendo as medidas das peças que se deseja e do lugar que as receberá, use jornal ou fita adesiva para simular o tamanho dos móveis. Se puder, invista em peças feitas sob medida, pois cada canto será aproveitado ao máximo e o recinto ficará mais organizado”, diz Cristina. Armários planejados, por exemplo, costumam ser sempre uma boa opção para armazenar objetos embaixo de bancadas ou nichos. Além dos móveis mais essenciais, é preciso investir em adereços para tornar a casa mais aconchegante, mas sempre com cuidado para não exagerar. “Cortinas, tapetes, almofadas, abajures, vasos e plantas são só algumas das opções que enchem os olhos. Alguns ganham mais destaque por sua beleza, enquanto outros estão na residência por sua funcionalidade”, complementa a designer de interiores. Móveis multifuncionais Outra dica para o máximo aproveitamento de espaços pequenos é optar por móveis multifuncionais. Eles desempenham diferentes funções e ocupam o espaço de apenas uma peça, o que é muito importante numa área reduzida. “Eles ajudam a reduzir a quantidade de peças no ambiente, aumentando o espaço livre e a sensação de amplitude”, afirma Cristina Barbara. Alguns exemplos desse tipo de móvel são banquinhos que servem também como mesas laterais, peças dobráveis ou retráteis e painéis de TV giratórios, enumera Cristina. Mas há outras opções. “A cama baú é indicada, pois no espaço do baú é possível acomodar objetos amplos e peças sazonais, como lençóis e cobertores. E pufes podem servir como mesa de centro, apoio para os pés ou até divisor de ambientes”, complementa Petra Linkewitsch. Os móveis multifuncionais também podem ser desmembrados e utilizados para mais de um propósito. É o caso da mesa MultBras, que, de acordo com a arquiteta Maria Helena Torres, “funciona como 18 | VidaBosch | em casa em casa | VidaBosch | 19 Jodie Johnson/Shutterstock uma mesa de centro multiúso, composta de uma mesa central que se completa com quatro módulos com rodízios – eles podem ser usados como mesas de apoio, bancos, pequenas estantes ou, juntos, formar um rack. Ela é ideal para pequenos ambientes, e quando as peças estão juntas formam a bandeira do Brasil.” Otimização da planta Uma terceira estratégia para aproveitar plenamente o espaço de um apartamento é otimizar a planta do imóvel. A melhor forma de fazer isso é começar estudando a dinâmica de quem mora no local e repensar os espaços para entender o que é mais importante para o morador, em qual cômodo ele vai passar a maior parte do tempo, se vai receber visitas, etc. E, a partir daí, integrar ambientes e aproveitar os cantinhos. Em um apartamento projetado pelo Studio ML, por exemplo, o cliente era um leitor assíduo, possuía uma imensa coleção de livros e precisava de um canto de leitura. Uma forma de otimizar a planta do imóvel é criar ambientes multifuncionais, como mezaninos em salas com pé-direito alto “Criamos um banco com futons, boa iluminação e espaço para armazenamento. Esta área também pode se transformar em espaço para encontro de amigos, movendo uma mesinha de centro e duas poltronas de lugar”, destaca Petra. “Em outro projeto, a ilha com fogão embutido integrado à sala transformou todo o ambiente em espaço de convivência, abandonando o velho conceito de isolamento da área de serviço da área social”, acrescenta a arquiteta. Outra forma de otimizar a planta de um apartamento pequeno é criar ambientes multifuncionais. “Cômodos com pé-direito alto, acima de 3 m, podem ter mezaninos que servem de dormitórios; cozinhas podem ser integradas à sala por uma bancada que serve como mesa de jantar; e quartos podem desempenhar dupla função: com camas embutidas, viram es- critório durante o dia e, à noite, quando as camas são retiradas dos armários, se tornam quartos de hóspedes”, exemplifica Maria Helena Torres. Por fim, há soluções que, mesmo sem otimizar de fato o espaço, criam uma sensação de amplitude, dando a impressão de o imóvel ser maior do que realmente é. “Uma opção é usar espelhos em pontos estratégicos para dar profundidade e sensação de amplitude aos ambientes, como na entrada, corredores e atrás do sofá”, afirma Cristina Barbara. Além da instalação de espelhos, a designer de interiores diz que é possível criar efeitos semelhantes utilizando móveis com cores claras, adicionando tons vibrantes em acessórios e peças menores, além de móveis retos, que dão a sensação de continuidade e que parecem prolongar o espaço. Seja criando sensação de amplitude ou otimizando os espaços disponíveis, o objetivo é fazer de apartamentos cada vez menores lares aconchegantes – o que, em alguns casos, chega a parecer um milagre. Em apartamentos pequenos, qualquer cantinho pode virar um escritório Todo milímetro conta Na era dos apartamentos cada vez menores, tudo tem de ser metodicamente medido. E a Bosch tem a ferramenta perfeita para quem não tem espaço a perder: a trena a laser GLM 30. “O equipamento é eficiente e preciso, o que é fundamental em um tempo em que há uma preocupação com as medidas que não existia antes”, diz Natália Gonçalves, responsável de marketing da linha de medição da Bosch no Brasil. Além disso, qualquer pessoa que já usou uma trena normal alguma vez na vida sabe que, por vezes, é preciso fazer um verdadeiro malabarismo para manter a fita no lugar na hora de medir, o que também provoca erros. A GLM 30, no entanto, é extremamente fácil de usar. “É muito simples, basta posicionar o aparelho, apertar um botão e ele lhe dará imediatamente a medida”, afirma Natália. A portabilidade é outra característica da trena a laser. “A ferramenta funciona com duas baterias simples e é leve e pequena, cabe num bolso”, conta a responsável de marketing da linha de medição da Bosch. Não é à toa que a GLM 30 é leve, portátil e simples: a ideia é ser uma tecnologia para qualquer um, e não apenas para profissionais de construção. “As pessoas usam muito a trena a laser na hora de se mudar, para ver se um móvel antigo cabe no novo espaço ou se ele entra no elevador e passa pela porta de casa”, continua Natália. Por isso a ferramenta é ideal na hora de montar um apartamento. “O equipamento tira todas as medidas necessárias com uma rapidez e uma facilidade muito maiores do que a trena convencional, sendo muito útil na hora de fazer a decoração da casa”, diz Natália. Arquivo Bosch A Bosch na sua vida Além disso, é um equipamento que ajuda muito arquitetos e engenheiros a realizarem os sonhos de quem quer construir a própria casa, como mostra este vídeo: http://migre.me/rwtnW. Para ver como é fácil usar a trena a laser da Bosch acesse o hotsite da GLM 30: http://www.trenalaserbosch.com.br/. 20 | VidaBosch | tendências | Por Tiago Cordeiro Hans.slegers/Shutterstock A Consumir menos para produzir mais A indústria se movimenta para aumentar a eficiência de seus processos e reduzir o uso de energia, um bem cada dia mais valioso – e caro cada dia fica mais claro que o planeta não é capaz de suportar o atual consumo de energia da humanidade. É preciso encontrar formas de usar menos recursos naturais e, ainda assim, produzir mais para atender as necessidades e anseios de grandes parcelas da população mundial que começam a ter acesso aos padrões de consumo antes reservados aos países desenvolvidos. A indústria, em especial, tem uma função importantíssima neste processo: não pode deixar de crescer, mas precisa encontrar formas de aumentar sua eficiência energética. No Brasil, o setor responde pelo consumo de 38,4% de toda a energia gerada no país, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O percentual é semelhante à média mundial, que fica em 36%, mas uma comparação histórica mostra como o peso desse setor aumentou nas últimas décadas: em 1970, a indústria consumia 27,7% da energia produzida no Brasil. Nos próximos anos, a EPE estima que esse percentual caia um pouco, atingindo 37,8% em 2018. Isso porque, até lá, o crescimento do consumo da indústria deve ser de 3,5%, ficando abaixo das altas do comércio (4,5%) e das residências (4,3%). No médio prazo, a EPE calcula que a taxa de aumento deve ficar em 2,2% ao ano até 2050. Pode parecer pouco, mas é o dobro dos níveis apresentados pelos países mais competentes em termos de eficiência energética. Esses números mostram que a indústria brasileira precisa passar por um grande processo de reeducação para mudar velhos hábitos e se adaptar à realidade de uma nova economia. Nesse cenário emergente, produtividade e eficiência são as palavras-chave. “Existe na indústria uma certa resistência a repensar métodos para economizar. A mudança exige uma reeducação, o que sempre provoca alguma resistência. Mas é um tema importantíssimo. Afinal, qualquer ganho de eficiência impacta diretamente no lucro da empresa porque reduz os custos”, afirma Jayme Buarque, diretor do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE). tendências Iurii/Shutterstock tendências | VidaBosch | 23 welcomia/Shutterstock Yuriy Kulik/Shutterstock Baixa eficiência Desde a década de 1990, o consumo de energia por parte da indústria aumentou de maneira coerente com a variação do Produto Interno Bruto: a demanda industrial teve uma alta de 3,3% ao ano, contra 2,9% de crescimento do PIB. Não por acaso, as medidas de contenção costumam ser adotadas em períodos de vacas magras. “Infelizmente, as maiores mudanças acontecem em período de crise. Foi assim em 2001 e está acontecendo agora. De 2001 para cá, muita coisa já mudou. Ninguém mais começa uma fábrica como antigamente, em que você fazia o projeto primeiro e depois pedia a eletricidade e o óleo. Hoje você planeja a planta de acordo com a necessidade de economia no consumo. A situação está melhor. Alguns anos atrás, quem visitava uma fábrica via um festival de desperdícios”, compara Buarque. Os avanços, no entanto, não são uniformes. Enquanto a siderurgia reduziu sua participação no consumo total da indústria de 47% em 2000 para 38% em 2012, o setor de papel e celulose saltou de 15% para 23% no mesmo período. De acordo com a Investimento que compensa Até recentemente, boa parte dos equipamentos e dos processos usados pela indústria haviam sido pensados em tempos de energia barata e abundante. A mudança para tempos de preocupação com o impacto ambiental e altas tarifas de energia não é simples, mas é necessária. Sobre o custo, em especial, a situação é dramática: de acordo com um levantamento realizado a partir de dados de 2011 pelo Sistema Firjan, a tarifa industrial de consumo de eletricidade no Brasil é a quarta maior entre 27 países estudados. A tarifa média nacional é mais de 50% maior do que a média. Muitas vezes, mudar um único aparelho não é possível: é preciso comprar todo um novo sistema, com diferentes equipamentos e, por consequência, novos procedimentos – que, por sua vez, exigem treinamento de pessoal. Além disso, muitas vezes o equipamento mais eficiente é mais caro. Um motor de alta eficiência energética, por exemplo, pode custar de 20% a 50% mais do que o tradicional. Apesar do custo inicial, o investimento compensa no longo prazo: ao modernizar sua produção, a indústria do país pode economizar 25,7% de energia, aponta um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2009. Há várias maneiras de fazer isso, como adotar sistemas próprios de geração – a chamada cogeração – ou otimizar o consumo das máquinas. “Um dos principais caminhos é fazer cogeração. Outra opção é contratar uma empresa de consultoria especializada em economia de energia. Ela percebe, por exemplo, que muitas empresas usam motores abaixo da capacidade, o que reduz sua eficiência de 90% para 60%. Muitas vezes, um pequeno vazamento de vapor, imperceptível, é responsável por um grande desperdício”, diz Buarque. A otimização do consumo pode ser feita instalando sistemas inteligentes para gestão de energia elétrica que enviam energia sob demanda e cortam ou reduzem o fornecimento quando ele não é necessário. Esses sistemas reiniciam as unidades que ficam em stand by de acordo com a necessidade, e não todas ao mesmo tempo. Outras alternativas recorrentes são as caldeiras que usam queimadores de baixa emissão; os cortes e perfurações a laser; o aquecimento de fonte solar em locais de maior incidência; o aquecimento e a secagem usando sistemas de infravermelho e a separação de substâncias usando membranas. “É importante destacar a relevância da utilização de sistemas eficientes de recuperação de calor e, sempre que possível, a substituição de acionamentos mecânicos por comandos elétricos. As maiores fontes de desperdício de energia dentro da indústria são as ineficiências na geração e uso de calor”, afirma o economista Guilherme de Azevedo Dantas, pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao modernizar sua produção, a indústria brasileira pode economizar até 25,7% de energia, aponta estudo da CNI EPE, os setores com maior potencial para economizar são cimento, papel e celulose, alimentos e bebidas, têxtil, química e a indústria transformadora de metais. Mesmo com os esforços de alguns setores, o Brasil ainda perde feio para outras grandes economias em termos de eficiência energética. De acordo com o ranking publicado em 2014 pelo American Council for an Energy-Efficient Economy (ACEEE), entre as 16 maiores economias do mundo, o Brasil só supera o México em termos de contenção do desperdício de energia. Entre os BRICs, os mais eficientes são, pela ordem, China, Índia e Rússia. De acordo com a ACEEE, para a economia de qualquer nação crescer num ritmo ideal, entre 3% e 4% ao ano, o país deveria alcançar uma folga de 16% na diferença entre a capacidade instalada de geração e o consumo total. No Brasil, dependendo da estimativa, a diferença está entre 1,5% e 6%. “O apoio dos governos é imprescindível, porque o investimento em diminuição do consumo é menor do que no aumento da produção e contribui para aumentar a competitividade da indústria no cenário mundial,” afirma Philipp Hahn, diretor executivo adjunto e responsável por eficiência energética e energias renováveis da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha. A principal iniciativa do governo brasileiro nessa área é o Programa de Eficiência Energética (PEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele prevê que as distribuidoras destinem 0,5% da receita líquida para combater o desperdício. Nas projeções da EPE, os programas nacionais de eficiência energética têm potencial para gerar uma economia de 3,5% a 5,35% da energia elétrica destinada à indústria em 2020. Para 2030, a economia poderá alcançar de 4,71% a 8,68%. São números expressivos, mas ainda insuficientes para colocar o Brasil no grupo dos países que já se deram conta de que, quando se fala de energia, menos é mais. A Bosch na sua vida Inovação para multiplicar energia Para aumentar sua eficiência energética, uma indústria precisa fazer uma análise global de seu processo produtivo e planejar bem as adaptações. Pensando nisso, a Rexroth, divisão do grupo Bosch especializada em tecnologias de controle e acionamento, desenvolveu o programa 4EE para auxiliar indústrias a implantarem procedimentos e tecnologias que as ajudem a produzir mais consumindo menos energia. O programa tem quatro pilares. O primeiro é o projeto de sistema de energia, feito por especialistas da Rexroth, que elaboram um planejamento para adequar o sistema energético às reais necessidades de uma máquina ou planta industrial. O segundo pilar é a escolha de componentes com melhor eficiência energética, de modo a otimizar despesas e elevar a produtividade das máquinas da planta. O terceiro pilar, que complementa o segundo, consiste na instalação de tecnologias e dispositivos de recuperação de energia, o que inclui a armazenagem e a reutilização de eletricidade. Finalmente, o quarto pilar é o desenvolvimento de componentes que forneçam energia sob demanda. Essa tecnologia consiste em calcular a quantidade de energia demandada por cada máquina e instalar sistemas inteligentes que alimentem os equipamentos apenas quando necessário, evitando desperdícios. Um exemplo de tecnologia de fornecimento de energia sob demanda oferecida pela Bosch Rexroth é o sistema Sytronix (foto), bomba hidráulica de velocidade variável controlada por componentes Arquivo Bosch 22 | VidaBosch | eletrônicos que geram exatamente o nível de energia demandado pelas máquinas, o que resulta em economia de eletricidade e menos ruído. Para saber mais sobre as soluções de eficiência energética oferecidas pela Bosch Rexroth, acesse http://migre. me/rqQIe. 24 | VidaBosch | grandes obras | Por Tássia Novaes Divulgação CCR Metrô Bahia F O metrô mais esperado do Brasil Depois de 14 conturbados anos, obras do metrô de Salvador deslancham e trens começam a mudar a cara do transporte público da cidade oram 14 longos anos de espera. Quando o metrô de Salvador começou a ser construído, em abril de 2000, a previsão era que os primeiros 12 quilômetros estivessem prontos em 2003. Os planos, no entanto, não saíram conforme o esperado, e os seis quilômetros iniciais só entraram em operação no dia 11 de junho de 2014, véspera da abertura da Copa do Mundo no Brasil. Essa enorme demora fez do metrô da capital baiana o mais esperado da história do país. Das nove capitais estaduais que construíram seus sistemas de trens metropolitanos nos séculos 20 e 21, em nenhuma outra o tempo entre o início das obras e a inauguração da primeira estação foi tão longo quanto em Salvador. O enorme atraso se deve a uma série de obstáculos, problemas e contratempos que surgiram ao longo das obras. Atrasos e promessas Logo no começo, durante a construção de uma das primeiras estações, na praça do Campo da Pólvora, os engenheiros e trabalhadores foram surpreendidos pela descoberta de relíquias históricas que estavam enterradas na região e transformaram o canteiro de obras em sítio arqueológico. Ao realizarem escavações no local, arqueólogos e historiadores encontraram quase 40 mil peças que revelam hábitos da vida cotidiana da elite baiana no século 19. Louças inglesas, ferros de passar, cachimbos, garrafas de vinho, escova de dente feita de osso foram algumas das relíquias descobertas. Para surpresa dos pesquisadores, muitas peças foram encontradas inteiras. O achado impôs um primeiro atraso às obras. Operários, máquinas e engenheiros só puderam entrar em ação após a liberação da área por arqueólogos e historiadores, quando estes declararam o solo estéril – ou seja, sem qualquer registro cultural. Com isso, a previsão para a conclusão do primeiro trecho do metrô passou para dezembro de 2008. No fim de 2008, as primeiras estações de fato estavam prontas, mas o primeiro trecho estava incompleto. Como o pátio de manobras não estava pronto, quando os trens chegaram a Salvador foram guardados em galpões, pois ainda não podiam ser colocados nos trilhos. Além disso, nesse momento o projeto do metrô passou a sofrer alterações, e os primeiros trens só foram colocados nos trilhos em 2010, com a promessa de que entrariam em operação no primeiro semestre de 2011. A promessa, no entanto, mais uma vez não foi cumprida. Diante de tantos atrasos, em 2012 o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu abrir investigações para apurar eventuais irregularidades nas obras. Resultado: o órgão identificou superfaturamento de R$ 166 milhões no empreendimento. Como se não bastasse, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra executivos das empreiteiras integrantes do consórcio responsável pela construção do metrô de Salvador, sob a acusação de formação de cartel e fraude na licitação da obra. Um novo começo Com as irregularidades detectadas, a prefeitura de Salvador, grandes obras Um ano após a inauguração, o metrô de Salvador transporta 42 mil pessoas por dia grandes obras | VidaBosch | 27 até então responsável pela construção do metrô, transferiu a gestão do empreendimento para o governo do estado da Bahia em abril de 2013. O governo estadual abriu, então, uma nova licitação, vencida pelo Grupo CCR. Assim, no dia 19 de agosto de 2013, a CCR assumiu a concessão da obra em regime de parceria público-privada com o governo baiano. O contrato estipula que durante um período de 30 anos – ou seja, até 2043 – o grupo se compromete a investir R$ 3,6 bilhões na aquisição de novos trens e equipamentos, além da construção e manutenção de estações e terminais de integração. Ao assumir a empreitada, o Grupo CCR passou a correr contra o relógio. As obras já duravam 13 anos, e o primeiro trecho precisava estar pronto e funcionando no dia 12 de junho de 2014, data da abertura da Copa do Mundo no Brasil. Eram apenas dez meses para colocar a obra, literalmente, nos trilhos. Neste curto espaço de tempo, foi preciso adequar e revisar os projetos, comprar materiais e mobilizar equipes. “Construímos duas linhas de trilhos de 1.705 metros de comprimento cada, uma estação de metrô e um terminal de ônibus”, conta Antônio Martins, gestor de engenharia da CCR Metrô Bahia. No trecho entre o Acesso Norte e o Retiro foi necessária uma intervenção. “Fizemos substituição de contenção em cortina atirantada por contenção com tubos metálicos de grande diâmetro cravados no solo, o que nos exigiu, mais uma vez, uma corrida contra o tempo”, explica. E quando tudo parecia correr bem, surgiu uma pedra no meio do caminho. Às margens da rodovia BR-324, sentido Feira de Santana-Salvador, os engenheiros encontraram uma rocha de nove mil metros cúbicos, volume equivalente a 3,5 piscinas olímpicas. Para retirar o obstáculo, foi necessário evacuar uma área com 142 imóveis em um raio de 100 metros. “Utilizamos uma novidade em material de detonação de rocha: um explosivo à base de pólvora, cuja velocidade de detonação é muito inferior à da dinamite, possibilitando também a escavação em rocha”, explica Martins. Para a redução da vibração e dos ruídos e também para conter a projeção de fragmentos de rocha para fora da obra, foi feita uma cobertura de terra, com três metros de espessura, além da colocação de mantas de cabo de aço cobrindo toda a área onde foram instalados os explosivos. A operação contou ainda com o uso de seis sismógrafos, garantindo, assim, segurança no momento da detonação. Enfim, a inauguração Superado este último obstáculo, as obras finalmente deslancharam, e no dia 11 de junho de 2014, um dia antes da abertura da Copa do Mundo, o metrô de Salvador finalmente foi aberto ao público, ainda em regime de testes. De início, era comum ver as plataformas praticamente vazias, como se as pessoas não acredi- Para a construção dos trilhos, a nova concessionária utiliza tecnologia LVT, que diminui vibração e ruído do trem tassem que o metrô finalmente estava disponível. Aos poucos, porém, os trens passaram a fazer parte do cotidiano dos soteropolitanos. Na fase inicial, o público era de cinco mil passageiros por mês. Um ano depois, o número subiu para 42 mil pessoas por dia, revelando uma crescente adesão da população. Número ainda pequeno, no entanto, diante do 1,3 milhão de pessoas que dependem do transporte público em Salvador, segundo a prefeitura. Dos 32 quilômetros previstos, apenas um trecho está em operação: a linha 1, que liga os bairros da Lapa ao Bom Juá. São seis trens (sendo um reserva) e seis estações em um percurso de 9,5 quilômetros de extensão. Agora a CCR trabalha para construir o trecho que falta da linha 1 e toda a linha 2. As obras estão a todo vapor, e para a construção dos trilhos a nova concessionária utiliza tecnologia LVT (sigla em inglês para Landing Vehicle Tracked), que diminui vibração e ruído do trem, pois utiliza lastro de concreto em vez do tradicional lastro sobre brita. Até o final do ano, a linha 1 terá mais duas estações: Bonocô e Pirajá, totalizando 11 quilômetros de extensão. Já a linha 2, quando concluída, terá 23 quilômetros de trilhos, com 13 estações de superfície e cinco estações de integração com ônibus. O governo do estado promete que a nova linha estará pronta em fevereiro de 2016. A Bosch na sua vida Adeus, obstáculos Ao longo de 14 anos, a construção do metrô de Salvador enfrentou uma série de obstáculos, mas o governo da Bahia e o Grupo CCR garantem que tudo isso é passado. Se é verdade ou não, só o tempo dirá, mas, no que depender da Bosch, daqui para frente não haverá obstáculo capaz de atrapalhar a obra, já que os operários contam com um conjunto de poderosas ferramentas capazes de encarar qualquer impasse. Os trilhos estão sendo montados com ferramentas de corte, como esmerilhadeiras da linha GWS, conta Diego Farias, consultor técnico da Bosch que atende os estados da Bahia e de Sergipe e a região de Petrolina, em Pernambuco. “Além das esmerilhadeiras, também fornecemos martelos rompedores e perfuradores, marteletes e lixadeiras de concreto usados na construção e no acabamento de pilares, plataformas e estações”, acrescenta Diego. Essas ferramentas são usadas para perfurar e dar forma às estruturas de concreto instaladas ao longo das linhas. Arquivo Bosch Fotos Divulgação CCR Metrô Bahia 26 | VidaBosch | Diego esclarece que estão sendo utilizados martelos de 5kg, 7kg e 11kg das linhas GSH e GBH; marteletes de 2kg da linha GBH e lixadeiras de concreto equipadas com pratos diamantados. A Bosch, no entanto, não se limita a comercializar e entregar os equipamentos. Diego explica que as vendas são acompanhadas por um serviço de suporte técnico. “Antes de fechar a venda, a gente vai na obra e testa as ferramentas. Na sequência, os equipamentos são homologados e, na hora da entrega, eu dou treinamento de manuseio e operação com segurança para os trabalhadores da obra”, enumera o consultor técnico. brasil cresce | Por Cláudia Zucare Boscoli fotozotti/Shutterstock 28 | VidaBosch | Flores por todos os lados Demanda crescente, profissionalização e novas tecnologias fazem o mercado de flores e plantas ornamentais brasileiro crescer muito acima do PIB 30 | VidaBosch | brasil cresce brasil cresce | VidaBosch | 31 Piccia Neri/Shutterstock Velychko/Shutterstock Raio x da floricultura no Brasil cerca de 8.250 produtores cerca de 14.992 hectares de área cultivada 1,8 hectare de tamanho médio da propriedade mais de 350 espécies mais de produzidas 3.000 variedades mais de 60 centrais de atacado 650 empresas atacadistas 21.124 pontos de venda no varejo mais de 30 feiras e exposições R$ 26,68 consumo anual per capita Faturamento (em bilhões de reais) 6,1* 5,7 5,2 4,8 4,3 pinas, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. “São bilhões movimentados e estamos falando apenas de mercado interno, porque o país consome praticamente tudo o que cultiva”, diz Castro. 3,8 A melhoria na logística e o aumento da demanda foram acompanhados por uma profissionalização do setor nos últimos dez anos. Os especialistas atribuem esse avanço à forte presença das cooperativas e associações de produtores; à implantação de mercados distribuidores; e à adoção de tecnologias que vêm impulsionando constantemente a qualidade dos produtos. *previsão de crescimento de 8% em relação a 2014 Fonte: Ibraflor 2015 Tecnologia e profissionalização 2014 decora e alegra a casa quem não quer”, diz Schoenmaker. Outro fator que contribuiu para o crescimento do setor foi o crescente uso de flores e plantas nos projetos paisagísticos de hotéis, shoppings, feiras e eventos. “O fato de os centros de jardinagem, que são lojas especializadas em plantas e flores, estarem em alta é outro indicativo da demanda em crescimento”, avalia André Ricardo Cardoso, consultor da área de agronegócios do Sebrae-SP. Esse aumento da demanda está ligado ao “apelo emocional favorável” de flores e plantas, acredita Carlos Castro, pesquisador e assessor técnico da diretoria-geral do Instituto Agronômico (IAC), de Cam- 2013 tornar o preço ao consumidor final mais acessível. “Para se ter uma ideia, há 20 anos a diferença entre o preço cobrado pelo produtor e aquele pago pelo consumidor era de seis a sete vezes, porque tínhamos muitas perdas no caminho. Hoje, do produtor ao supermercado, o preço aumenta cerca de três vezes”, afirma. Além dos avanços no transporte de um produto altamente perecível (flores e plantas exigem um sistema de transporte e armazenamento refrigerado), os mercados distribuidores também evoluíram. “As flores estão cada vez mais disponíveis em diferentes canais de venda, como internet, supermercados e varejões. Atualmente, temos plantas para todos os bolsos. Só não 2012 mente, no interior de São Paulo. Mas foi só na última década que este segmento despontou como um campo promissor da economia nacional, registrando, desde 2006, altas de 5% a 8% em volume e de 4% a 7% em valor, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Essas taxas têm se mantido nos últimos quatro anos apesar da desaceleração geral da economia, ficando muito acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nesse período. Mas por que o mercado de flores cresce tanto? Para o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker, os bons resultados se devem à profissionalização do setor e a uma série de medidas que conseguiram 2011 ilhares de pequenos produtores organizados em cooperativas e associações, movimentando mais de R$ 5 bilhões, empregando mais de 200 mil brasileiros e crescendo mais de 6%, mesmo em um ano de recessão. Não, esta não é uma tentativa de florear a realidade da economia brasileira, mas sim a descrição de uma realidade bastante florida, a do mercado nacional de flores e plantas ornamentais, que cresce a taxas expressivas há quase uma década. O cultivo de flores e plantas ornamentais começou no Brasil na década de 1930, pelas mãos dos imigrantes japoneses que chegaram ao país a partir do começo do século 20 e se estabeleceram, principal- 2010 M brasil cresce Surkov Dimitri/Shutterstock 32 | VidaBosch | brasil cresce | VidaBosch | 33 Outro fator que contribui para o bom desempenho do segmento é a vocação natural do país, que tem solo fértil e microclimas diversos que favorecem o cultivo de diferentes espécies. “Somos favorecidos pela ausência de fenômenos que comprometem a produção, como neve, tormenta e ciclones”, avalia Hélio Junqueira, engenheiro agrônomo e sócioproprietário da Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado. Entre as principais tecnologias que fizeram a diferença nos resultados produtivos e comerciais do segmento de flores e plantas ornamentais, destacam-se o cultivo protegido em estufas, a irrigação controlada, a climatização de estufas e o uso de insumos, sementes e mudas de última geração, com aperfeiçoamentos genéticos. Apesar de ainda não serem práticas difundidas maciçamente no Brasil, o cultivo protegido em estufas e as técnicas da chamada agricultura de precisão – que fazem uso da tecnologia da informação para aumentar produtividade e qualidade – já são empregadas em parte do país. “Temos produtores de todo o tipo no Brasil. Desde os que usam a estufa apenas como guardachuva para proteger as plantas, até os que já têm o ambiente todo climatizado, com sistemas de resfriamento, irrigação e de transporte de plantas controlados por softwares”, afirma Schoenmaker, do Ibraflor. No estado de São Paulo, maior polo de produçãoecomercializaçãodefloreseplantas ornamentais do país, essas tecnologias já têm grande penetração. Segundo estudos da Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado, a floricultura paulista concentra 78,3% de toda a área coberta por estufas no segmento de flores em todo o Brasil. Cerca de 70% da produção nacional concentrase no estado, sobretudo na região do Vale do Ribeira, nos arredores da capital e de Campinas – com destaque para Holambra e Atibaia – e no entorno da Rodovia Presidente Dutra–principalmenteArujá,MogidasCruzes e Salesópolis. Os três maiores mercados de comercialização são a Ceagesp de São Paulo, a Ceasa de Campinas e o Veilling de Holambra. As flores prediletas dos brasileiros Top 5 em flores de corte 1º Rosas 2º Alstroemérias 3º 4º Crisântemos 5º Gypsophilas Top 5 em plantas em vasos 1º Phalaenopsis 2º Kalanchoês A próxima fronteira Apesar do forte avanço nos últimos anos, ainda há muito espaço para o crescimento da floricultura brasileira. Por um lado, dizem os especialistas, é preciso continuar melhorando o ambiente de negócios no país, fortalecendo cada vez mais o mercado de paisagismo e jardinagem, Lírios 3º Antúrios 4º Lírios 5º Begônias Fonte: Ibraflor ampliando as vendas em lojas especializadas e supermercados e incentivando o associativismo e o cooperativismo nos polos nascentes de produção. Por outro, os produtores brasileiros precisam ultrapassar as fronteiras nacionais e aumentar sua presença no mercado externo. Atualmente, o Brasil exporta apenas mudas e bulbos, sendo um player com potencial, mas ainda pouco importante no cenário internacional. “A dificuldade em se abrir novos mercados e encarar uma concorrência forte nos leva a prever que não seremos grandes exportadores em um futuro tão próximo”, afirma o presidente do Ibraflor. Cabe ao país criar um repertório próprio de espécies, que garanta algum nível de autonomia em relação ao mercado internacional. Em âmbito global, a floricultura movimenta valores próximos a US$ 60 bilhões por ano, segundo a International Association of Horticultural Producers (AIPH). O comércio planetário de flores e plantas ornamentais se concentra na União Europeia (sendo que a Holanda responde por 52% do mercado mundial), nos Estados Unidos e no Japão. Destacam-se, ainda, a Colômbia, o Equador e a Costa Rica, na América Latina, e a Índia e a China, na Ásia. A Bosch na sua vida O cultivo protegido em estufas aumentou a produtividade do setor Irrigação de ponta Entre as tecnologias usadas pela floricultura brasileira, destacam-se o cultivo protegido em estufas e os sistemas de irrigação acionados por sensores que medem o nível de umidade do ambiente. A Bosch fornece uma peça fundamental desses sistemas: os chamados sensores microeletromecânicos (MEMS, na sigla em inglês), pequenos dispositivos capazes de coletar informações de um determinado ambiente e enviá-las para um sistema que as processa e toma decisões com base nesses dados. “No caso da estufa, o MEMS detecta a variação de umidade e converte em uma grandeza elétrica que pode ser lida pe- lo aparelho que liga e religa a irrigação interna”, explica Alexandre Tedeschi, gerente de vendas da divisão de eletrônica automotiva da Bosch. A empresa é líder mundial na produção desse tipo de sensor, que é extremamente versátil. Os MEMS são usados, por exemplo, em controles de videogame que captam os movimentos do usuário e em tablets e smartphones que giram a imagem da tela conforme são manuseados, entre várias outras aplicações. “Eles podem ser usados para medir diferentes tipos de grandeza, como pressão, temperatura ou mesmo vibrações sonoras. Mas seja qual for a aplicação, eles possibilitam que a resposta de um sistema às variações fique muito mais rápida e precisa”, afirma Tedeschi. O BME 680 (foto), modelo de MEMS que mede pressão atmosférica, umidade, temperatura do ambiente e qualidade do ar, foi lançado pela Bosch durante a edição de 2015 da Consumer Electronics Show (CES 2015), maior feira de eletrônicos do mundo. Para saber mais sobre MEMS, acesse http://migre.me/ry6Xl (em inglês) e veja os benefícios dessa tecnologia no Relatório de Sustentabilidade da Bosch, disponível em http://migre.me/rqRUD. Para saber mais, acesse http://migre. me/ry6Xl (em inglês). atitude cidadã | Por Fernando Teixeira wk1003mike/Shutterstock 34 | VidaBosch | Criatividade contra a escassez Empresas adotam processos produtivos inovadores para reduzir o consumo de água e enfrentar a crise hídrica na Região Sudeste atitude cidadã N os últimos dois anos, o Sudeste foi castigado pela pior seca das últimas três décadas, o que provocou uma grave crise hídrica nos quatro estados da região. Ao atingir o polo mais dinâmico da economia brasileira, a estiagem impôs um dilema às empresas locais: como continuar produzindo com o abastecimento de água cada vez mais incerto? A saída, em muitos casos, foi rever planos e investir em novos processos produtivos. Ainda é cedo para avaliar os resultados dessas iniciativas, mas especialistas acreditam que a crise hídrica pode levar a uma mudança de paradigma. “A preocupação das pessoas e das empresas em alterar hábitos arraigados pode resultar numa mudança de paradigma. Agora, isso é uma transição que pode levar décadas”, afirma Dante Ragazzi Pauli, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). Situação preocupante A estiagem fez com que os reservatórios da região atingissem níveis preocupantes. O sistema Cantareira, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo, operava com 18,3% da capacidade no início de agosto de 2015, conforme o índice da Sabesp, a companhia paulista de saneamento, que considera a divisão do volume armazenado pelo volume útil de água. No sistema Alto Tietê, que abastece outros 5 milhões de paulistas, o volume era de 17,7% da capacidade, o mais baixo desde fevereiro deste ano. O Guarapiranga era o único dos grandes reservatórios paulistas que operava com relativa tranquilidade, com 75% da capacidade. O Rio de Janeiro também enfrentou dificuldades depois de um começo de ano preocupante, quando dois dos seus quatro reservatórios chegaram a funcionar com o apoio do volume morto, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). A situação não foi diferente em Minas Gerais, onde a seca no primeiro trimestre de 2015 quase impôs o mesmo destino ao reservatório Serra Azul. A Copasa, companhia mineira de saneamento, chegou a prever o risco de colapso durante a estiagem nos meses de junho e julho. Apesar disso, es- atitude cidadã | VidaBosch | 37 ses dois estados superaram as previsões alarmistas e conseguiram recuperar parte da capacidade perdida, embora ainda haja risco de desabastecimento. Esse quadro de escassez atingiu de formas variadas os diferentes setores da sociedade. As residências, que respondem por mais de 80% do consumo no Sudeste, foram bastante afetadas. Já o impacto sobre a indústria variou de acordo com o peso do setor na demanda por água em cada estado. No Rio de Janeiro, o setor consome apenas 2% da água que chega às cidades abastecidas pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Em Minas Gerais, a proporção é de 3% da água fornecida pela Copasa. Em São Paulo o peso do setor industrial é bem maior. Nas bacias dos rios Jundiaí, Capivari e Piracicaba o consumo industrial corresponde a 14,4% do total, enquanto na Grande São Paulo representa 10,6%, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na indústria paulista, os segmentos petroquímico, siderúrgico e de papel e celulose são os maiores consumidores, pois empregam quantidade abundante de água em processos de refrigeração. O mesmo acontece com o segmento de alimentos e bebidas, que utiliza bastante o recurso em seus processos produtivos. Luiz Ferreira/Shutterstock 36 | VidaBosch | Água reciclada Não por acaso, as empresas paulistas foram as que mais recorreram a adaptações para reduzir o consumo, como o reúso de água. “Não temos água suficiente no planalto, que concentra as grandes populações do estado, e a única saída é o reúso, que tratado de forma adequada não gera esgoto e alivia a situação dos rios da região”, diz o engenheiro sanitário Ivanildo Hespanhol, diretor do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água, vinculado ao Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Universidade de São Paulo. O reúso, explica Hespanhol, reduz de 40% a 80% a demanda da indústria. No caso de residências e estabelecimentos comerciais fica em torno de 60%. Além disso, a medida também gera economia A pior seca dos últimos 30 anos transformou trechos de represas da região em grandes campos de terra rachada atitude cidadã atitude cidadã | VidaBosch | 39 Avatar_023/Shutterstock Kekyalyaynen/Shutterstock recebe uma média de 1.300 milímetros de chuvas por ano. O procedimento foi adotado por uma distribuidora de cosméticos e produtos de perfumaria localizada no Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo. A empresa instalou um sistema de coleta de água de chuva na cobertura de um galpão. Depois de tratada, em um processo que envolve retrolavagem, radiação ultravioleta e dosagem de cloro, a água é reaproveitada em vasos sanitários e para limpeza, jardinagem e lavagem externa do barracão. O investimento, de R$ 450 mil, acarretou uma economia de água de 200 litros por hora. A demanda por soluções que geram economia de água é tamanha que existem empresas especializadas em identificar maneiras de reduzir o consumo e instalar e operar sistemas de tratamento de água, Várias empresas instaladas no estado de São Paulo adotaram tecnologias próprias de tratamento e reúso de água financeira, afirma Anícia Pio, gerente de meio ambiente da Fiesp. A estratégia foi adotada por uma grande metalúrgica que opera na região das bacias dos rios Jundiaí, Capivari e Piracicaba, no interior paulista. A empresa deixou de comprar 9.360 m³/ano de água potável em caminhões-pipa, o que resultou numa economia mensal de cerca de R$ 12 mil. A companhia identificou a possibilidade de tratar a água usada para lavagem das rodas de liga leve e reutilizá-la em vasos sanitários e mictórios. Já uma indústria química de grande porte instalou, em 2010, dois sistemas de recuperação de rejeitos do processo de desmineralização de água de sua unidade localizada na bacia do rio Paraíba do Sul. O primeiro trata o rejeito salino dos equipamentos de osmose reversa e reutiliza a água em torres de resfriamento e na limpeza de pisos e reatores. O segundo recupera o rejeito dos equipamentos de eletrodeionização para ser diluído na água A preocupação das pessoas e das empresas em alterar hábitos arraigados pode resultar numa mudança de paradigma, acreditam especialistas industrial clarificada que vem da estação de tratamento e abastece as máquinas. Em três anos, o total de água reutilizada foi de 342.007 m³. Isso permitiu uma redução do consumo especifico de água de 11.70 m³/ton para 4.74 m³/ton. Iniciativas como essas são positivas, mas o reúso de água ainda é raro no Brasil devido à falta de incentivos. “O esgoto deveria ser visto como água, só que não potável, como ocorre em outros lugares do mundo mais avançados no tratamento da água, que fica cada vez mais barata conforme entra novamente na sua cadeia produtiva”, diz Dante Ragazzi Pauli, da Abes. Solução que cai do céu Além do reúso, as empresas paulistas também vêm adotando outras técnicas para reduzir o consumo de água. Uma delas é a captação de água de chuva. Ivanildo Hespanhol acredita que empresas e moradores da Grande São Paulo deveriam investir neste instrumento, pois a região como a Acquabrasilis. Procurada por um shopping da cidade de São Roque, no interior paulista, a empresa montou e hoje opera uma estação de tratamento só para abastecer o centro comercial. “A estação vai além do convencional e alcança tratamento de nível terciário. Ou seja, complementamos removendo fósforo e nitrogênio, nutrientes que causam a eutrofização do curso d’água, matando rio e peixes”, diz a engenheira Sibylle Muller, diretora da Acquabrasilis. A água tratada tem qualidade para ser usada na irrigação de jardins, descarga e lavagem de piso, entre outros fins. Outras empresas adotaram técnicas mais simples, como a instalação de redutores de vazão e chuveiros e vasos sanitários especiais equipados com válvulas de controle da pressão. “As companhias precisam fazer um diagnóstico para descobrir suas necessidades e como cada ciclo produtivo pode resultar no menor descarte possível de água e no maior reaproveitamento. Cada processo tem a sua peculiaridade”, conclui Anícia, da Fiesp. A Bosch na sua vida Água na medida certa Assim como outras empresas no estado de São Paulo, a planta da Bosch em Campinas teve que se adaptar à escassez. A água utilizada para os processos industriais da unidade é captada de uma lagoa localizada dentro da planta, mas com a falta de chuvas na região o nível da lagoa caiu muito, e a empresa teve de reduzir o consumo. Um levantamento mostrou que cerca de 70% de toda a água consumida na planta era utilizada na galvanoplastia – processo que aplica um revestimento metálico protetivo em componentes do produto final. A partir de julho de 2014, a área responsável pelo processo – a galvânica – adotou três procedimentos para reduzir o consumo de água, explica Bernhard Schaefer, que na época era planejador técnico de galvânica da planta da Bosch em Campinas. A primeira medida foi otimizar a produção, esperando acumular o máximo de peças para processá-las. “Em vez de a gente ligar a linha algumas horas todos os dias, passamos a trabalhar duas vezes por semana”, explica Bernhard. Além disso, a área de galvânica reduziu a frequência da troca de água nos tanques e a quantidade do recurso usado na lavagem das peças (sem prejudicar a qualidade do processo). Finalmente, o Departamento de Utilidades, responsável pelo tratamento da água retirada da lagoa, passou a tratar parte do recurso que antes era descartado, conta Bernhard, que hoje é planejador do Departamento de Utilidades. LRDelphim 38 | VidaBosch | Com essas medidas, a área de galvânica reduziu pela metade seu consumo de água. “Até julho de 2014, a gente gastava em média 70 litros de água por minuto de linha trabalhando, mas logo no se- gundo mês chegamos a uma faixa de 30 litros por minuto”, comemora Bernhard. Conheça mais sobre as medidas de economia no Relatório de Sustentabilidade da Bosch: http://migre.me/rp3tP 40 | VidaBosch | aquilo deu nisso | Por Bruno Meirelles Maciej Bledowski/Shutterstock P Correndo contra o fogo Com a evolução dos sistemas de detecção, a era dos grandes incêndios em edifícios ficou para trás. Hoje é possível identificar o perigo antes da primeira chama oucas descobertas trouxeram tanto progresso para a humanidade quanto as técnicas de domínio do fogo. Graças a elas, nossos antepassados puderam cozinhar alimentos, se aquecer nos dias de inverno e se proteger de animais. Por outro lado, o controle desse elemento sempre representou um desafio, resultando em inúmeras tragédias, como o episódio em que o imperador Nero ateou fogo em Roma, em 64 d.C., ou o incêndio que destruiu mais de 80% de Londres, em 1666. Apesar dos riscos, poucos avanços na prevenção e detecção de incêndios foram feitos até o final do século 19. Nesta época, a principal estratégia para identificar ocorrências se baseava no uso de vigias, que ficavam andando pelas ruas e soavam alarmes manualmente, caso identificassem algum foco de chamas. O primeiro sistema de detecção automático foi criado em 1890 pelo inventor norte-americano Francis Robbins Upton. O dispositivo identificava quando a temperatura de um ambiente aumentava muito e soava um alarme. No entanto, poucas pessoas deram importância para o equipamento na época. As técnicas arcaicas só começaram a ser repensadas depois de 25 de março de 1911, quando aconteceu o incêndio da confecção Triangle Shirtwaist Factory, em Nova York. Segundo reportagem publicada no dia seguinte pelo jornal The New York Times, os bombeiros levaram uma hora e cinquenta minutos para chegar ao local. Resultado: 146 trabalhadores – a maioria mulheres imigrantes – morreram por não conseguirem sair do prédio onde funcionava a fábrica. A tragédia causou enorme comoção popular, deixando claro que os danos teriam sido menores se os bombeiros tivessem chegado antes. Questão de tempo A tragédia levou os bombeiros a aperfeiçoarem seus procedimentos para atender mais rápido às ocorrências. Porém, por mais que eles cruzassem a cidade no menor tempo possível, de nada adiantaria se demorassem a ser avisados. Foi neste momento que os sistemas automáticos de detecção ganharam importância. aquilo deu nisso aquilo deu nisso | VidaBosch | 43 Bain News Service photograph/Wikimedia Commons 42 | VidaBosch | Negrisolo, coronel reformado do Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo. Ao mesmo tempo em que os preços dos sistemas caíam, as tecnologias de prevenção de incêndio passaram por grandes avanços tecnológicos. Foi nessa época que os detectores de temperatura – que geravam muitos alarmes falsos quando instalados perto de fontes de calor, como cozinhas –, começaram a ser substituídos por sensores de fumaça, que hoje respondem por cerca de 80% do mercado. Nariz eletrônico Bombeiros diante da Triangle Shirtwaist em Nova York: demora no alerta foi fatal “O tempo de resposta é o motivo principal de se implantar um sistema de detecção de incêndio. Quando surge um foco, é isso o que determina se ele vai crescer e se tornar uma tragédia. Em alguns casos, qualquer segundo pode ser significativo”, explica Mário Nonaka, membro da comissão de detecção e alarme de incêndio da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O grande problema é que os dispositivos automáticos eram tão caros que seu uso ficava restrito a alguns grandes edifícios comerciais e industriais. A situação só começou a mudar na década de 1970, quando a tecnologia evoluiu, a produção cresceu e os preços caíram. Prova de fogo Nessa época, no entanto, tais equipamentos ainda não haviam chegado ao Brasil. “Os sistemas de detecção e alarme de incêndio não eram comercializados aqui. Não havia código de segurança contra incêndio Os detectores de fumaça abriram caminho para a proliferação de tecnologias de detecção de incêndios que hoje permitem não só identificar indícios de fumaça mais rápido que o olfato humano quanto montar sistemas integrados capazes de evacuar prédios rapidamente. A Bosch, que possui know how na área desde 1920, contribuiu de forma decisiva para as inovações das últimas décadas. Até os anos 1990, os detectores de fumaça utilizavam duas tecnologias básicas: a identificação de gases gerados em uma com- bustão por meio de reações químicas ou de partículas de fumaça por meio de sensores ópticos. O problema é que nos dois casos há risco de erro. “A grande questão dos detectores são os falsos alarmes, porque nem toda fumaça ou gases significa incêndio”, afirma Renato Lima, especialista da linha de produtos de incêndio Bosch. Por isso, a empresa desenvolveu tecnologias de detecção cada vez mais precisas. Em 2001, a empresa lançou uma linha de detectores inteligentes capazes de identificar mais de um elemento, combinando a detecção de fumaça, temperatura e gases químicos. Na sequência vieram outras duas inovações: os detectores que aspiram o ar do ambiente – 600 vezes mais sensíveis que um modelo comum e capazes de captar indícios de fumaça antes mesmo que o olfato humano –, e os detectores ópticos com dois feixes de luz, que conseguem identificar o tamanho da partícula de fumaça e saber se ela é proveniente de um incêndio real ou de uma fonte de falso alarme (por exemplo: fumaça de um cigarro, vapores gerados em uma cozinha etc.), o que reduz muito o risco de alarmes falsos. Hoje é possível fazer o sistema de alarme de incêndio trabalhar junto com sistemas de sonorização, vídeo e controle de acesso de um prédio A evolução da tecnologia, no entanto, não se resumiu aos detectores. Hoje a Bosch oferece uma tecnologia que permite integrar os sistemas de alarme de incêndio a outros sistemas de vigilância e automação de um prédio, criando uma estrutura capaz de evacuar um estabelecimento rapidamente. Com o software BIS (sigla para Building Integration System – Sistema de Integração Predial), é possível fazer com que o sistema de alarme de incêndio trabalhe junto com sistemas de sonorização, vídeo, controle de acesso e outros mecanismos de automação, tudo controlado a partir de um único local. Assim, ao receber um alerta de incêndio, o sistema pode ativar simultaneamente uma série de procedimentos para evacuar um estabelecimento da forma mais rápida possível. “Ele pode acionar o sistema de sonorização para reproduzir mensagens de voz orientando como agir em situação de emergência, receber a imagem ao vivo da área onde o alarme foi disparado para verificar se realmente é um incêndio, e, se há gente no local, liberar catracas para que as pessoas possam abandonar o ambiente de forma mais rápida e até cortar a energia do prédio para evitar a propagação do incêndio”, explica Renato. Ao permitir o controle integrado de vários sistemas, essa tecnologia diminui muito o tempo de reação em caso de incêndio e aumenta as chances de evacuar o ambiente de forma rápida e segura. Renato diz que várias tragédias poderiam ter sido evitadas – ou pelo menos minimizadas – se as edificações contassem com esses recursos. Agora, a Bosch se prepara para lançar mais uma inovação no campo da segurança eletrônica: alguns modelos de câmeras de vigilância serão equipadas com software de análise inteligente de vídeo capaz de identificar automaticamente a presença de fumaça e chamas, complementando assim a solução de detecção disponível atualmente no mercado. “A ideia é trazer este modelo para o Brasil no final do ano”, informa Renato. Fotos Arquivo Bosch e tampouco as normas técnicas que dão suporte ao código”, afirma Alexandre Itiu Seito, pesquisador do Grupo de Fomento à Segurança contra Incêndio do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (Nutau/USP). Assim como aconteceu nos Estados Unidos, foi necessária uma tragédia para escancarar o atraso do país no setor. Aliás, foram logo duas: os incêndios dos edifícios Andraus e Joelma, na cidade de São Paulo. O primeiro, ocorrido em 1972, deixou 16 mortos e 336 feridos. O segundo aconteceu dois anos depois e contabilizou 179 mortos e 325 feridos. “Pela semelhança dos acontecimentos e proximidade espacial e temporal, eles causaram grande impacto, dando início ao processo de reformulação das medidas de segurança contra incêndios. Como consequência direta, algumas empresas passaram a comercializar alarmes e detectores no Brasil já em 1975”, explica Walter As tecnologias da Bosch identificam indícios de fumaça antes mesmo do olfato humano 44 | VidaBosch | saudável e gostoso Comendo história O manjericão cruzou séculos e países até chegar às mesas brasileiras. Além do sabor marcante, a erva ainda é fonte de ferro e fibras | Por Frederico Kling resença certa em pizzas e saladas, as delicadas, saborosas e aromáticas folhas de manjericão são bem mais do que um simples tempero. Ao comer uma pizza marguerita ou uma salada caprese, você não está degustando apenas um alimento, mas, também, uma história que começou há milhares de anos e atravessou séculos e países até chegar à mesa dos brasileiros. “O manjericão é natural do Irã e do norte da África, e seu uso foi registrado no Egito Antigo e no Império Romano”, diz Marcelo Nastari, pesquisador de temperos e fundador da Grão-Vizir Masalas & Especiarias, que vende produtos gastronômicos. A partir dessas regiões de origem, o manjericão foi levado pelos muçulmanos à Europa e, de lá, trazido ao Brasil. “Os mouros, que levaram vários produtos aos países europeus, também carregaram a planta com eles para o sul da Itália e para a Península Ibérica, onde, pelas condições de solo e de clima, pegou muito bem. Até por isso, não se sabe ao certo se o manjericão chegou ao Brasil pelas mãos dos portugueses ou dos italianos”, conta o professor de gastronomia Daniel Frenda, da Universidade Anhembi-Morumbi. Apesar das controvérsias, a verdade é que no Brasil o manjericão está inegavelmente associado à comida italiana, sobretudo em pizzas, saladas e molhos. Porém, Frenda lembra que o tempero não é onipresente na culinária de toda a Itália, mas sim apenas em alguns lugares. “A cozinha italiana é muito regional, e o manjericão, planta típica de lugares quentes e de bastante sol, é muito presente no sul, região mais quente, mas não no norte do país”, diz o professor de gastronomia. Foi, por sinal, em uma das mais conhecidas cidades do sul da Itália, Nápoles, que surgiu um dos pratos mais famosos que usam o manjericão: a pizza marguerita. “Em 1889, Rafaelle Esposito, da Pizzeria di Pietro e Basta Cosi, já então um famoso pizzaiolo, foi convidado a fazer um prato para a então rainha da Itália, Margherita, quando ela visitou Nápoles. Esposito criou, então, uma pizza com as cores do país, na qual o queijo é o branco; o tomate, o vermelho; e o manjericão entra com o verde”, conta Frenda. saudável e gostoso | VidaBosch | 47 A cozinheira Veja quem é a blogueira responsável pelas receitas desta edição Nome Faby Zanelati Blog www.pimentanoreino.com.br Profissão Publicitária Como aprendeu a cozinhar Eu aprendi a cozinhar com minha mãe, avó e tias, todas cozinheiras de mão cheia. Uma das minhas melhores lembranças é passar as férias ajudando minha tia na cozinha de seu restaurante. Adorava mexer as panelas de molho. Versatilidade Uma das principais características da erva é a versatilidade. “Há uma série de tipos de folhas. Em restaurantes, costuma-se usar mais as pequenas, que têm um sabor mais leve. No molho pesto, é preciso usar folhas longas, com sabor mais acentuado. Já o manjericão roxo é pobre em aroma, mas fica muito bonito no prato”, explica Frenda. A diversidade de tipos permite utilizar a erva de diferentes maneiras. “Adoro usar manjericão em receitas à base de tomate e queijos, em ensopados e cozidos, em molhos e saladas. Gosto do tipo comum, do italiano e do roxo”, diz Faby Zanelati, editora do blog Pimenta no Reino. A blogueira ressalta que não são só as comidas italianas que ficam bem com o tempero. “Eu não vejo restrição em usá-lo em receitas brasileiras, substituindo o tradicional cheiro verde, muito utilizado por aqui. Um bom vinagrete, por exemplo, ganha muito mais aroma e sabor se for utilizado manjericão. No escondidinho ele também vai bem, e uma caipirinha com manjericão ganha muito mais sabor”, continua Faby. Além do sabor e da versatilidade, as pequenas folhas também fazem bem à saúde. “Como todo vegetal, é uma rica fonte de fibras, o que ajuda na melhora da saúde intestinal”, diz a nutricionista Isis Buonso, do Hospital Samaritano, de São Paulo. “Como todo vegetal escuro, é também rico em ferro e vitamina K, ajudando na coagulação sanguínea”, completa Isis. “Até por isso, é contraindicado para cardíacos ou qualquer pessoa que tome remédios anticoagulantes”, alerta a especialista. A nutricionista recomenda, porém, resistir à tentação de sair picando as folhas de manjericão. “Quando cortadas, elas perdem parte de suas vitaminas e de seus sais minerais”, explica Isis. Frenda vai ainda mais longe: “Quando picado bem fininho, na ponta da faca, o manjericão fica horroroso, com aroma de mato velho, intragável”. Essa não é a única restrição ao uso da erva. “Nos pratos quentes, as folhas devem ser colocadas sempre na finalização, e nunca antes, pois, caso contrário, elas ressecam, oxidam e ficam com um gosto bem ruim. Na pizza marguerita, por exemplo, as folhas só entram depois que a massa sai do forno, antes de ir para a mesa”, ressalta Nastari. A boa notícia é que, assim como se adaptou muito bem ao sol do Mediterrâneo e ao clima brasileiro, o manjericão também cresce em qualquer vasinho. “É muito fácil de cultivar, eu mesmo tenho em casa, basta deixar num lugar ensolarado e regar bastante”, conta Nastari, que, no entanto, já sofreu com o cultivo em condições ruins: “Tentei na varanda de casa uns tempos atrás, mas era inverno e não foi para frente”. Por sinal, você sabia que foi essa facilidade enorme de crescer ao sol que motivou o surgimento de um dos mais tradicionais molhos da culinária italiana? “Na região de Gênova, o manjericão crescia quase como uma praga, por causa do clima. Como a planta é muito perecível, depois que é colhida começa a estragar. Para aproveitar a abundância, os genoveses criaram o molho pesto, cuja base é justamente muito manjericão regado com azeite, que ajuda a conservar o vegetal”, finaliza Frenda. Divugação P saudável e gostoso Divugação 46 | VidaBosch | Fregola insalata Ingredientes Dois filés de frango ½ xícara de lentilha 1 cenoura pequena ralada 2 colheres de pimentão verde cortado em cubinhos bem pequenos 5 tomatinhos sweet cortados 1 maço de minirrúcula 1 pacote de fregola Sal Molho inglês 1 dente de alho 1 maço de manjericão Modo de preparo Cozinhe a fregola com água fervente e sal, até atingir o ponto al dente. Escorra e deixe esfriar. Tempere os filés de frango com alho amassado, sal e molho inglês a gosto. Doure os filés e deixe descansar até esfriar. Corte em cubinhos. Numa tigela, misture todos os ingredientes, tempere e finalize com algumas folhas de manjericão a gosto. saudável e gostoso Divugação 48 | VidaBosch | Panzanella Modo de preparo Primeiro, deve-se tostar o pão. Basta cortar em cubinhos, colocar numa assadeira, regar com azeite e um punhado de sal a gosto e levar ao forno para dourar ligeiramente. Quando o pão estiver frio, coloque em uma tigela e comece a acrescentar os outros ingredientes. Depois, tempere a gosto e finalize com um pouco de suco de limão. destaque para colecionar Ingredientes 200 gramas de tomate sweet 2 xícaras de cubos de pão tostado 1 dente de alho amassado 1/2 xícara de azeitonas pretas ou verdes picadas 1 xícara de muçarela de búfala 1 maço de manjericão Pimenta biquinho Sal Pimenta do reino Azeite 1 limão
Documentos relacionados
VidaBosch
Xavier não tem nada de simplório. O crescimento do turismo nas últimas décadas fez do local um importante polo de cultura e gastronomia. A rua XV de Novembro e seus arredores concentram os restaura...
Leia mais1590 Bosch-cabeça
Sim, Ilha da Croa. Tal batismo se deu em virtude da utilização, até um passado recente, de uma balsa para atravessar o Rio Santo Antônio. Já não é assim. Uma ponte diante da cidade de Barra de Sant...
Leia mais