- Mestrado em Horticultura Irrigada
Transcrição
- Mestrado em Horticultura Irrigada
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) Pró-reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-graduação (PPG) Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada – Mestrado (PPHI) MÁRCIA ADRIANA CARVALHO DOS SANTOS COLETA, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE GERMOPLASMA DE ARAÇÁ NO SEMIÁRIDO BAIANO JUAZEIRO - BA 2011 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) Pró-reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-graduação (PPG) Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada - Mestrado (PPHI) MÁRCIA ADRIANA CARVALHO DOS SANTOS COLETA, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE GERMOPLASMA DE ARAÇÁ NO SEMIÁRIDO BAIANO Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Horticultura Irrigada da Universidade do Estado da Bahia (PPHI/UNEB/DTCS), como parte do requisito para a obtenção do título de Mestre em Agronomia. Área de Concentração: Horticultura Irrigada. Orientador: Prof. Dr. Manoel Abilio de Queiróz JUAZEIRO - BA 2011 ii S237c Santos, Márcia Adriana Carvalho dos Coleta, caracterização e avaliação preliminar de germoplasma de araçá no Semiárido baiano / Márcia Adriana Carvalho dos Santos – Juazeiro – BA, 2011. Xi, 57 f.: il.; 30 cm Dissertação (Mestrado em Horticultura Irrigada) – Universidade do Estado da Bahia – Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais. Orientador: Prof. Dr. Manoel Abilio de Queiróz. Banca examinadora: Profº. Dr. Manoel Abilio de Queiróz, Drª. Semíramis Rabelo Ramalho Ramos, Dr. Francisco Pinheiro de Araújo. Bibliografia 1. Araçá – Psidium spp., 2. Germoplasma, 3. Plantas nativas – Nordeste brasileiro, 4. Diversidade genética. I Universidade do Estado da Bahia, II Título. CDD: 634.42 iii DEDICATÓRIA 31/ 03 / 2011 Algumas pessoas marcam nossa vida para sempre, umas porque nos vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos de sonho e outras, ainda porque nos desafiam a construí-los. Dedico essa conquista com gratidão aos meus pais, Osvaldo e Francisca, pelo amor, carinho e estímulo que me ofereceram. iv AGRADECIMENTOS À Deus, por estar sempre comigo em todos os momentos de minha vida. A minha família, especialmente aos meus pais Osvaldo e Francisca, e aos meus irmãos Leonardo e Sergio pelo amor, carinho e apoio que tanto tem me dirigido ao longo da vida. Aos meus tios João, Raimunda e Ana Maria pelo apoio e incentivo no decorrer da minha vida acadêmica. À Universidade do Estado da Bahia (UNEB) pela estrutura para realização dos trabalhos de pesquisas científicas e ensino. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pela concessão da bolsa de estudo. A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A – EBDA, especialmente aos Técnicos: Airton, Ciro, Renato, Welingueton, Jair e Vitor pelo auxílio no desenvolvimento deste trabalho de dissertação. A Josiene, ao Sr. José e Srª Maria, e ao Sr. Timóteo, pela atenção, carinho e apoio nas expedições de coleta. Aos professores da Pós-graduação em Horticultura Irrigada, pela transmissão dos conhecimentos durante o curso, contribuindo para minha formação profissional. Ao meu orientador Profº Dr. Manoel Abilio de Queiróz pela orientação, amizade, incentivo e paciência, e pela forma de transmitir os conhecimentos. À toda a equipe de trabalho, Aline, Ângela, Fernanda, Gessilândia, Vanessa, Silvia e Ludhyane pela grande ajuda na condução do experimento pela convivência, amizade e paciência . Aos meus amigos, em especial a Aline, Essione, Andrea, Luciene, Neuzidete, Socorro, Janaína e Carmem pelo apoio e incentivo. Aos motoristas da UNEB representados por: Marcos, Sérgio, Luís, Lauro e Godofredo. As funcionárias da pós-graduação, Carmem e Selma pelo carinho, amizade, atenção e cuidados transmitidos durante os dois anos de curso e a pela atenção e ajuda. A José Hamilton da Costa Filho pelo auxilio concedido. v Aos funcionários dos Laboratórios de Solos e Olericultura do DTCS pelo apoio na elaboração e ajuda nos trabalhos. E a todos que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho. vi SUMÁRIO pág. RESUMO GERAL ............................................................................................ ix GENERAL ABSTRACT …………..................................................................... xi 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 01 2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 2.1 BIOMAS CAATINGA................................................................................ 03 2.2 FRUTEIRAS NATIVAS DA CAATINGA.................................................... 04 2.3 RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS (RGVs)......................................... 07 2.3.1 COLETA................................................................................................ 08 2.3.2 CARACTERIZAÇÃO............................................................................... 10 2.3.3 CONSERVAÇÃO DE GERMOPLASMA................................................. 11 2.4 DIVERSIDADE GENÉTICA........................................................................ 13 2.6 ARAÇÁ........................................................................................................ 15 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 20 4. OBJETIVO.................................................................................................... CAPÍTULO I...................................................................................................... 28 1. RESUMO....................................................................................................... 30 2. ABSTRACT.................................................................................................. 31 3. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 31 4. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................... 32 6. CONCLUSÕES............................................................................................. 40 7. AGRADECIMENTOS.................................................................................... 40 8. REFERÊNCIAS............................................................................................. 41 03 29 35 vii LISTA DE FIGURAS pág. Figura 1. Dendrograma de dissimilaridades obtido pelo método do UPGMA 47 (Unweighted Pair Group Using na Arithmetic Average) com base na distância Euclidiana média a partir dos 12 descritores morfológicos avaliados em 50 acessos de araçá dos municípios de Uauá (UA), Campo Formoso (CF), Jacobina (JC), Jaguarari (JG), Morro do Chapéu (MC) e Senhor do Bonfim (SB) com a identificação das espécies, onde 1- P. guineense, 2- P. schenckianum e 3- P. grandifolium. Juazeiro - BA, 2011. LISTA DE TABELAS pág. Tabela 1. Relação dos acessos de araçá, locais de coleta, espécie e 43 variação de altitudes. Juazeiro/BA, 2011. Tabela 2. Agrupamento, pelo método de otimização de Tocher, de 50 acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro-BA, 2011. 44 Tabela 3. Importância relativa dos descritores analisados em acessos de araçá. Para estimar a divergência genética, em ordem decrescente de importância. Juazeiro- BA, 2011. 45 Tabela 4. Teores de Vitamina C (VC) em diferentes acessos (AC) de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro- BA, 2011. 46 ANEXOS Quadro 1. Relação dos acessos de araçá, espécies e seus respectivos locais de coleta, coordenadas geográficas e altitudes. Juazeiro/BA, 2011. 49 Quadro 2. Medidas de dissimilaridade entre acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro, BA, 2011. 51 viii RESUMO GERAL O Nordeste brasileiro contém uma diversidade de espécies frutíferas nativas com grande potencial de utilização. Destaca-se dentre elas o araçá, que se encontra em estado silvestre na caatinga, podendo apresentar genes úteis para o melhoramento de parentes cultivados. No entanto, tem-se constatado que a caatinga, ao longo de sua ocupação vem sofrendo pressões antrópicas. A devastação da vegetação nativa da região semiárida tem acelerado a fragmentação de habitats com perda de diversidade. Dessa forma, as espécies precisam ser estudadas em relação à diversidade das mesmas, visando identificar variabilidade que possa ser utilizada em trabalhos futuros de melhoramento. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi de estimar a diversidade entre acessos de araçá coletados no semiárido baiano. Foram utilizados 50 acessos de araçá das espécies P. schenckianum, P. guineense e P. grandifolium coletados nos municípios de Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Jacobina, Morro do Chapéu, Jaguarari e Uauá no estudo. Para caracterização foram utilizados os descritores morfológicos porte de planta (PP); formato do tronco (FT); índice de coloração verde da folha (ICVF); morfologia floral (MFL); massa de fruto (MF, em g); cor da casca (CC); diâmetro transversal do fruto (DT, em cm); diâmetro longitudinal do fruto (DL, em cm); formato do fruto (FF), sólidos solúveis (SS, em °Brix); acidez titulável (AT); índice de maturação SS/AT (IM); vitamina C (VC, em mg de ácido ascórbico por 100g de polpa). A diversidade entre os acessos foi estimada por meio das técnicas de análise de componentes principais e pelos agrupamentos de Tocher e UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with Arithmetic Averages) utilizando a distancia Euclidiana média. Os acessos Y11 (Uauá - P. schenckianum) e Y91(Campo Formoso - P. guineense) apresentaram as maiores distâncias genéticas (74,81), e os acessos Y95 e Y96 (ambos de Jacobina - P. guineense) apresentaram as menores distâncias (0,61). Os dois tipos de agrupamentos utilizados formaram seis grupos. Não houve separação dos grupos por espécie e por origem geográfica. Os descritores que mais contribuíram para a formação dos grupos foram MF (56,88%) e IM (42,96%). ix Foi encontrada variação nos teores de vitamina C entre os acessos (63,360 a 607,2 mg/100g de polpa), variação essa observada entre espécies, dentro das espécies e entre regiões. Considerando-se os descritores analisados, a região semiárida baiana apresenta variabilidade genética entre os acessos de araçá. Palavras chave: Psidium spp., diversidade genética, recursos genéticos vegetais, vitamina C, análise multivariada. x GENERAL ABSTRACT The Northeast of Brazil has a diversity of native fruit species that present a good potential of utilization, and among them, the “araçá” is found as wild plant in the caatinga. The “araçá” can present useful genes to be used for improvement of cultivated parents. However, it is verified that the biome caatinga has been submitted to antropic pressions. The devastation of native vegetation of the semiarid region has accelerated the fragmentation of habitats with loss of plant diversity. Thus the species need to be studied regarding their diversity in order to identify variability that can be used in future breeding programs. Therefore, the aim of this work was to estimate the diversity among the “araçá” accessions of the semiarid of the Bahia State. Fifty “araçá” accessions of species P. schenckianum, P. guineense e P. grandifolium collected in the counties of Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Jacobina, Morro do Chapéu, Jaguarari and Uauá were used in the study. The morphological descriptors used were: plant height (PP); trunk shape (FF); leaf green color index (ICVF); floral morphology (MFL); fruit mass (MF, in g); rind color (CC); transversal diameter (DT, in cm); longitudinal diameter (DL, in cm); frap shape (FF); soluble solids (SS, in °Brix); treatable acidity (AT); maturation index SS/AT (IM); vitamin C (VC, in mg of ascorbic acid of 100g of pulp). The diversity among the accessions was estimated trough the principal component analysis and for the clustering using the Tocher and UPGMA (Unweighted PairGroup Method with Arithmetic Averages) methods using the Euclidian mean distance. The accessions Y11 ((Uauá - P. schenckianum) and Y91 (Campo Formoso - P. guineense) presented the greatest (74.81) and the smallest (0.61) distances, respectively. The both types of clustering produced six groups in each, but, they were not effective to separate species and place of collection. The descriptors that gave major contribution in the clustering were fruit mass (56.88%) and maturation index (42.96%). High Vitamin C content (63,36 a 607,20 mg/100g of pulp) was found and, there were variation among and within species as well as places of collections, indicating the existing genetic diversity among “araçá” accessions of the semiarid of Bahia. xi Keywords: Psidium spp., genetic diversity, plant genetic resources, vitamin C, multivariate analysis. xii 1. INTRODUÇÃO O Nordeste brasileiro contém diversidade de espécies frutíferas nativas, distribuídas nos seus diferentes biomas e com grande potencial de utilização. Dentre elas destaca-se o araçazeiro (Psidium spp.) pertencente à família das Mirtáceas, é nativo do Brasil e está distribuído em todos os biomas brasileiros, inclusive no bioma caatinga constituindo-se em recursos genéticos vegetais de grande importância para o melhoramento de plantas. Esta fruteira ocorre de forma silvestre e apresenta um grande potencial de utilização, tanto para exploração econômica, no uso direto, como na transferência de genes úteis para seus parentes cultivados. Os frutos destas espécies apresentam ótimo aroma e sabor, podendo ser utilizados no consumo industrializados, na produção de doces, compotas, in natura ou suco, sorvetes, suplementos vitamínicos entre outros (FRANZON et al., 2009). A região semiárida baiana em termos territoriais é muito expressiva, pois corresponde a quase a metade do estado da Bahia e existe ocorrência de diferentes espécies de araçazeiros nessa região. Por outro lado, o araçá é um parente silvestre da goiabeira que vem sendo dizimada nos plantios irrigados na região do Submédio São Francisco. Os parentes silvestres poderão ser examinados quanto à reação a patógenos do solo, como o nematóide Meloidogyne enterolobii (sin. M. mayaguensis). No entanto espécies desse gênero correm risco de erosão genética, devido aos processos degradativos aos quais o bioma caatinga vem sendo submetido. Muitas árvores são transformadas em lenha para atender as olarias, casas-de-farinha e padarias, cabendo destacar a redução da biodiversidade provocada pelo desmatamento de áreas com vegetação nativa, visando à formação de pastagens, que, sem dúvida, é o fator responsável de maior importância pela perda de recursos genéticos, tanto de origem vegetal como animal, inclusive os araçazeiros (CARVALHO et al., 2001). Essa situação indica que se deverá resgatar araçazeiro que estão sobrevivendo à degradação. No entanto, além da necessidade de regate dos araçazeiros, se deve estudar o germoplasma resgatado, pois, até o presente existem poucos estudos com espécies de 1 araçazeiros. Existem estudos no Rio Grande do Sul, Paraná e na região Amazônica, porém, restritos a alguns poucos aspectos, como por exemplo vitamina C. Entretanto, para a região semiárida, os estudos são praticamente inexistentes, apesar de Santos et al. (2008) terem realizado um estudo amplo envolvendo 40 acessos de diferentes espécies e várias ecorregiões de dez estados brasileiros, entre elas a Bahia, porém, para este estado foram considerados apenas sete acessos de dois municípios diferentes. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo determinar a diversidade genética entre acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. 2 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 BIOMA CAATINGA Na região Nordeste do Brasil, a Caatinga é o principal bioma, estendendo-se pelo domínio de climas semiáridos, numa área equivalente a 6,83% do território nacional (ARAÚJO & SILVA, 2010). Este bioma se estende pela totalidade do estado do Ceará (100%), quase totalidade do Rio Grande do Norte (95%), da Paraíba (92%) e de Pernambuco (83%), mais da metade do Piauí (63%) e da Bahia (54%) e quase metade de Alagoas (48%) e de Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%), sendo o único bioma exclusivamente brasileiro (IBGE, 2004; CAVALCANTE, 2009). O domínio ecogeográfico da Caatinga ocupa uma área de cerca de 750.000 km² sob as latitudes subequatorial compreendidas entre 2° 45’ e 17° 21’ Latitude Sul (ALVES et al., 2009). Este bioma apesar de estar localizado em área de clima semiárido, apresenta grande variedade de paisagens, variação de situações ambientais e relativa riqueza biológica (ARAÚJO & SILVA, 2010). Essa variação permite o surgimento de uma flora muito diversificada, com fisionomias que vão dos lajedões descobertos, passando pelos campos de herbáceas até as matas densas, predominando as caatingas arbustivas e relativamente abertas (SAMPAIO, 2010). Alves (2007) cita 12 tipos diferentes de caatingas que chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos hábitos semiáridos. Estes diferentes tipos de caatingas apresentam uma multiplicidade de tipos de clima, solo e relevo que se traduz em diferentes paisagens como os vales úmidos, as chapadas sedimentares e as amplas superfícies pediplainadas (SANTANA; SOUTO, 2006). Porém a caatinga até pouco tempo era considerada como pouco diversa e desvalorizada. Na última década passou-se a estudá-la mais detalhadamente e, mesmo assim, ainda hoje pouco se conhece sobre as suas potencialidades (OLIVEIRA et al., 2009). Atualmente o bioma Caatinga encontra-se sob forte pressão antrópica, principalmente para abastecer a demanda por lenha, carvão vegetal da própria 3 região e de outras regiões do país e para formação de pastagem nativa (SAMPAIO et al., 2002). O uso não planejado dos recursos oferecidos pelo bioma Caatinga tem proporcionado a fragmentação da sua cobertura vegetal, restringindo sua distribuição a remanescentes que podem ser considerados refúgios para a biodiversidade local (OLIVEIRA et al., 2009). O bioma Caatinga é o menos estudado e conhecido dos biomas brasileiros e um dos mais antropisados, ultrapassado apenas pela Mata Atlântica e Cerrado (CAVALCANTE & MARIANO NETO, 2007). Apenas 40% da área original permanece cobertos de vegetação nativa, porém quase toda ela é usada para a extração de lenha; como pastagem nativa para criação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos; ou como parte do sistema de agricultura itinerante, formando um imenso mosaico de áreas em distintos estádios de regeneração (SAMPAIO, 2010). Giulietti et al. (2004) citam que o semiárido nordestino conta com mais de 1000 espécies vegetais, das quais mais de 300 espécies são endêmicas. Os levantamentos florísticos na Caatinga embora ainda necessitando de uma maior intensificação, já indicam que estas áreas apresentam uma extraordinária diversidade florística e um grande número de espécies endêmicas (RAMALHO et al., 2009). Dentre as espécies existentes no semiárido nordestino cerca de 768 são frutíferas (PAREYN, 2010) . 2.2 FRUTEIRAS NATIVAS DA CAATINGA O Nordeste brasileiro apresenta uma grande diversidade de espécies frutíferas nativas. Entretanto, as diferentes formas de ocupação e exploração do semiárido brasileiro através da agricultura, da pecuária e até mesmo da exploração do subsolo, têm ocasionado o desaparecimento de algumas espécies, antes mesmo de serem estudadas e de se conhecer o seu potencial (ARAÚJO, 2004). Segundo Giacometti (1993), a região Nordeste do Brasil apresenta uma diversificada riqueza em espécies frutíferas distribuídas pela Caatinga e Mata Atlântica, como o umbu (Spondia tuberosa); jatobá (Hymenaea spp.); uricuri 4 (Syagrus coronata); juazeiro (Ziziphus joazeiro); murici-do-tabuleiro (Byrsonima cydoniaefolia); caju (Anacardium occidentale); piqui (Caryocar coriaceum); mangaba (Hancornia speciosa), pitanga (Eugenia uniflora); araticum (Annona salzmanii); ingá (Inga spp.); jacaratiá (Jacaratia dodecaphylla); indaiá (Attalea sp.); sapucaia (Lecythis pisonis); catolé (Syagrus oleraceae); pitomba (Talisia sculenta), cajá (Spondias lutea); bacupari (Rhaedia gardneriana); genipapo (Genipa americana); macambira (Bromelia laciniosa); macaúba (Acrocomia intumescens e A. sclerocarpa); araçá (Psidium guineenses); mamão bravo (Carica quaercifolia); olho-de-boi (Diospyros sericea); manacá (Brosimum gaudichaudii); maracujás (Passiflora spp.); fruta-de-pomba (Chrysophyllum rufum); inquiri (Chrysophyllum ebenacea); maçaranduba (Manilkara triflora); cajá-umbu (Spondias lutea x S. tuberosa); carapiá (Rollinia sp.), guabirobas (Campomanesia spp.) e puça (Mourici puça). Pinto (1993) apresenta uma lista com mais de 150 espécies de fruteiras nativas da região Nordeste, nos seus diferentes ecossistemas. A maior parte destas espécies é utilizada para fins produtivos, mas poucas foram estudadas adequadamente e praticamente nenhuma foi objeto de pesquisas sobre variabilidade genética, potencial de melhoramento, produtividade e técnicas de manejo (SAMPAIO et al., 2002). O estado da Bahia apresenta uma grande diversidade de tipos de Caatinga (GIULIETTI et al., 2006). Nestes tipos de caatinga existe uma grande diversidade de fruteiras nativas com potencial de utilização, como por exemplo, o umbuzeiro (Spondias tuberosa), que já dispõem de conhecimento avançado de cultivo, manejo e beneficiamento (PAREYN, 2010). Esta espécie é endêmica da caatinga e está sendo inserida no mercado consumidor através da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (BA) (COOPERCUC, 2010). O umbú está sendo exportado para a França, Áustria, Alemanha e Espanha, na forma de doces, compotas, geléias, polpas, dentre outras formas. Além do umbuzeiro, outras espécies promissoras vêm sendo estudadas: como o maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast.), o araticum (Annona coriacea Mart - Annonaceae), o araçá (Psidium sp.) e o croatá (Bromelia karatas Linn) (ARAÚJO, 2004). Outras espécies também têm 5 potencial de uso como o murici (Byrsonima spp. - Malpighiaceae), mandacarú (Cereus jamacaru P. DC. – Cactaceae), coroa-de-frade (Melocactus bahiensis Britton e Rose – Cactaceae), xique-xique (Pilosocereus gounellei K. Schum – Cactaceae) e cambuí (Eugenia crenata Vel.) (SANTOS et al., 2005), dentre outras. A quase totalidade destas espécies permanece silvestre, integrando as formações ecológicas naturais ameaçadas de perda de sua variabilidade genética, na dinâmica dos desmatamentos e desequilíbrios ecológicos cada vez mais intensos (PINTO, 1993). Queiroz et al. (1993) identificaram quatro causas que contribuem para o desaparecimento da vegetação nativa no Semiárido: 1) formação de pastagens; 2) implantação de projetos de irrigação; 3) uso na produção de energia para atividades diversas como padarias, olarias e calcinadoras, e 4) queimadas. Essas causas, em conjunto ou isoladamente, têm contribuído não apenas para diminuir o aproveitamento secular de algumas espécies frutíferas e/ou forrageiras e/ou madeireiras como também, para o desaparecimento da variabilidade genética de algumas e a quase extinção de outras (SANTOS, 2007). As espécies frutíferas são exploradas na maioria das vezes de forma extrativista, tendo em vista a falta de conhecimento de quem as utiliza, pois a maioria dos produtores e consumidores não têm noção do que são recursos genéticos e da importância da conservação de germoplasma. Muitas árvores são transformadas em lenha para atender a olarias, casas-de-farinha e padarias, cabendo destacar a redução da biodiversidade provocada pelo desmatamento de áreas com vegetação nativa, visando à formação de pastagens que, sem dúvida, é o fator responsável de maior importância pela perda de recursos genéticos, tanto de origem animal quanto vegetal (CARVALHO et al., 2001). O estudo e a conservação das espécies frutíferas no semiárido devem ser encarados como uma prioridade, pois os distintos padrões de uso dos recursos naturais da caatinga vêm acarretando diversos prejuízos, afetando as populações mais vulneráveis social e economicamente (ARAÚJO, 2004). 6 2.3 RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS (RGVs) Os recursos genéticos são definidos como a fração da biodiversidade que tem previsão de uso atual ou potencial para usos futuros e compreendem as variedades tradicionais (ainda existentes em áreas menos influenciadas pelas variedades exóticas), variedades melhoradas, linhas avançadas e espécies nativas (aí incluídas os parentes silvestres de espécies cultivadas) (QUEIROZ, 1999). Os recursos genéticos vegetais podem ser considerados como reservatório genético, funcionando como matéria-prima para o desenvolvimento da agricultura (NASS, 2001). E constitui-se na parte essencial da biodiversidade, que é usada pelo homem para a promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura e produção de alimentos (GOEDERT, 2007). Estes recursos genéticos são utilizados como fonte para a criação de novas variedades, constituindo-se em um fator de fundamental importância para a obtenção de produtividades mais elevadas e para as transformações tecnológicas verificadas no processo de modernização do agronegócio (GOEDERT, 2007). O estudo da variabilidade genética em populações naturais é importante para viabilizar a exploração dos recursos genéticos vegetais, através da conservação de germoplasma in situ e ex situ, além de domesticação para uso racional, dentro dos preceitos da sustentabilidade (MARIOT et al., 2007). Os recursos genéticos vegetais são portadores de genes de grande significado para o melhoramento genético das respectivas espécies, embora estejam ameaçados de extinção por várias causas, dependendo da espécie (QUEIROZ, 1999). É o caso do araçá que se encontra no bioma Caatinga de forma silvestre, correndo risco de erosão genética, devido a ação antrópica cada vez mais intensa, seja para formação de pastagens, retirada de lenha, projetos de irrigação, pressão demográfica, ou mesmo para outros fins. O bioma caatinga é rico em recursos genéticos devido a sua alta biodiversidade (PESSOA, 2008), apresentando um alto grau de variabilidade. 7 Giacometti (1993) dividiu o Brasil em dez centros de diversidade de espécies frutíferas nativas do Brasil e classificou a Caatinga como o centro de diversidade 6 – Nordeste/Caatinga, abrangendo os estados do Piauí, Ceará, Rio grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, e Chapada Diamantina na Bahia, apesar do autor não considerar a Chapada Diamantina como área de Caatinga. No entanto regiões de altitude como a Chapada Diamantina, apresentam diferentes tipos de Caatinga com uma grande diversidade genética, muitas em risco de extinção antes mesmo de serem estudadas. A pressão sobre os recursos genéticos do bioma caatinga é bastante acentuada, seja devido às condições sócio-econômicas dos habitantes, seja devido à pressão para o estabelecimento de atividades produtivas (SANTOS et al., 2005). O primeiro dano ocorre devido à perda gradativa da variabilidade genética para todas as espécies do bioma, o que poderá resultar num segundo momento no desaparecimento de uma dada espécie sob intensa utilização (SANTOS et al., 2007). Poucos têm sido os trabalhos referentes à coleta, utilização, caracterização, estudos filogenéticos e genéticos, aproveitamento de derivados e pré-melhoramento das espécies endêmicas ou de ocorrência espontânea na região (EMBRAPA, 2000). Os recursos genéticos vegetais são estudados em várias etapas bem definidas, a saber: coleta/introdução, multiplicação, caracterização (reprodutiva, morfológica, bioquímica e molecular), avaliação aprofundada e documentação (RAMOS et al., 2007). 2.3.1 COLETA Toda coleção de germoplasma inicia-se pela aquisição do germoplasma que pode ser via coleta ou introdução, sendo esta proveniente da doação ou intercâmbio (RAMOS et al., 2007). A coleta de germoplasma pode ser definida como o conjunto de atividades que visa à obtenção de unidades físicas vivas, que contenham a composição genética de um organismo, ou amostra de uma população de determinada espécie, com habilidade de se reproduzir (WALTER et al., 2007). 8 Segundo Walter et al. (2007) existem várias razões que levam a coleta de germoplasma, dentre elas o perigo de erosão genética ou mesmo de extinção, havendo necessidade de conserva-lo para uso futuro; perda da diversidade genética do germoplasma ou baixa representatividade nas coleções ex situ de germoplasma existentes; necessidade de se conservar ex situ parentes silvestres de plantas cultivadas; necessidade de resgate de germoplasma em áreas ameaçadas por impactos humanos ou naturais, dentre outras. As ações de campo para a coleta de germoplasma envolvem, de forma geral, o conhecimento prévio sobre a biologia e o sistema reprodutivo da espécie ou grupo de espécies; status do acesso (domesticado ou silvestre), o manejo de cultivo estabelecido (agricultura tradicional, indígena, entre outras) se domesticada cultivada - assim como o tipo de amostra a ser coletada e a estratégia de amostragem (RAMOS et al., 2007). De forma prática, ainda devem ser considerados o acesso à área de coleta, a técnica de coleta de amostras e de dados, os equipamentos necessários, assim como a logística e, principalmente, o bom senso quando da adequação do binômio teoria versus prática (RAMOS et al.,2007). A prática da coleta é uma atividade previamente planejada que inclui importantes procedimentos como identificação dos locais, material a ser coletados, períodos de expedições, preenchimento dos dados de passaporte em cadernetas de coleta, correto georreferenciamento, conservação e armazenamento das amostras, dentre outros. As coletas devem ser bem conduzidas para não comprometer a representatividade da coleção a ser conservada e estudada futuramente. O Bioversity International (2007), órgão internacional responsável pela elaboração de descritores recomendados para várias espécies, emprega as seguintes categorias na documentação e nomenclatura de recursos genéticos vegetais: i) dados de passaporte - identificadores da amostra e informação registrada pelos coletores; ii) caracterização e iii) avaliação preliminar. 9 2.3.2 CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO A caracterização de germoplasma é uma das principais atividades de manejo do banco e constitui a descrição e o registro de características morfológicas, citogenéticas, bioquímicas e moleculares do indivíduo, as quais são pouco influenciadas pelo ambiente em sua expressão (VALLS, 2007). Para este mesmo autor a caracterização e a avaliação do germoplasma, quando bem conduzidas, apresentam vantagens, como a identificação de acessos duplicados, o estabelecimento de coleções nucleares, e a identificação dos modos de reprodução predominantes nos acessos, bem como sobre a ocorrência ou não de variabilidade intrínseca em acessos individuais. O processo de caracterização de germoplasma conservado em bancos genéticos é limitado e a escassez de informações sobre os acessos depositados é um dos grandes entraves para emprego desse acervo genético nos programas de melhoramento e na ausência de informações, o melhorista continuará a explorar pequenas coleções, limitando o uso do germoplasma, o que leva ao estreitamento da base genética dos programas (FERREIRA & RANGEL, 2005). O conhecimento dos acessos conservados quanto à correta classificação botânica, nível de diversidade, caracterização agronômica, fenótipos de interesse econômico ou polimorfismo molecular são fundamentais, mas ainda iniciais na maioria das coleções (FERREIRA & RANGEL, 2005). Valls (2007) relata que a caracterização reprodutiva, ou seja, o conhecimento do modo de reprodução das espécies é essencial, devendo ser uma das etapas da caracterização e avaliação preliminar, uma vez que o desconhecimento do modo de reprodução pode levar à rápida descaracterização dos acessos nos BAGs, já que as sementes poderão ser resultado de cruzamentos entre acessos distintos e quando germinadas, os novos indivíduos não expressarão as características anotadas da planta-mãe. Segundo Valls (2007), as etapas de caracterização e avaliação de cada acesso mantido nos BAGs são cinco: correta identificação botânica; elaboração de cadastro de acessos disponíveis por acesso; caracterização propriamente dita de aspectos morfológicos, fenológicos, que consiste na anotação de 10 caracteres botânicos de alta herdabilidade, facilmente visíveis e mensuráveis, e que se expressem consistentemente em todos os ambientes; avaliação preliminar, voltada para dentro da espécie, para busca de caracteres descritivos que conduzam à discriminação entre acessos. As características de interesse também podem ser identificadas durante a realização das atividades de coleta, multiplicação, caracterização e avaliação e assim, o pré-melhoramento pode ser considerado uma extensão dessas atividades, facilitando o uso do germoplasma (RAMOS et al., 2007). A maior parte das espécies frutíferas que se encontram no Bioma caatinga apresentam grande escassez ou mesmo ausência de dados relativos à sua morfologia, produção, características fisiológicas e fenologia, importantes para a descrição e caracterização dos diversos genótipos existentes, dados estes que poderão servir de base para a incorporação de muitas espécies frutíferas aos sistemas produtivos comerciais, também contribuindo, desta forma, para a conservação dos recursos genéticos. 2.3.3 CONSERVAÇÃO DE GERMOPLASMA A conservação do germoplasma é um fator altamente relevante dentro do contexto de um sistema de recursos genéticos (FERREIRA, 1988), pois é através da conservação a curto, médio e longo prazos, que o material se torna disponível para a comunidade de usuários. Além disso, o sucesso de um programa de melhoramento de plantas dependem de um sistema adequado de conservação de germoplasma. A conservação de germoplasma pode ser tanto in situ quanto ex situ, sendo o primeiro processo definido como a manutenção contínua de uma população em seu habitat natural e o segundo, na manutenção de espécies em habitats diferentes daqueles aos quais estão adaptadas (HOYT, 1992). Nesse contexto, considerando o germoplasma semente, Giacometti (1993) ainda amplia o conceito, definindo conservação ex situ, quando o processo evolutivo é interrompido, designando de preservação. 11 A essência da conservação in situ está na conservação do germoplasma na localidade onde ele é atualmente encontrado, seja onde ocorre naturalmente ou onde desenvolveu suas características distintas e permite a continuidade dos processos evolutivos; também pode ser necessária para a efetiva manutenção da variabilidade genética em longo prazo (SCARIOT & SEVILHA, 2005). A conservação in situ permite teoricamente preservar espécies cultivadas e silvestres, sem necessidade de grandes gastos, dependendo apenas de decisões políticas e das autoridades (QUEROL, 1993). As espécies silvestres são indicadas para a conservação in situ por estarem presentes em ambientes naturais. De acordo com o I Relatório Nacional para Convenção da Diversidade Biológica o Brasil conta com 8,13 % do território nacional legalmente protegido. Contudo, menos de 1% do bioma caatinga está protegido em Unidades de Conservação (UC’s) de uso indireto, sendo o bioma com o menor número de Unidades de Conservação de proteção integral (CAVALCANTE; MARIANO NETO, 2007). Segundo o WWF-BRASIL (2011), de toda a área preservada no bioma Caatinga (1% da área total) 94% é de domínio público e 6% é de domínio privado, comparado ao nível nacional onde apenas 2% da área preservada se encontram em terras privadas na forma de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). A Associação de Plantas do Nordeste (APNE) fez um balanço mais completo, em 2008, considerando também as Unidades de Conservação estaduais, municipais e privadas. Segundo as Unidades não Governamentais (ONGs), havia 123 UCs no bioma Caatinga, das quais 41 de Proteção Integral e 82 de Uso Sustentável (MACIEL, 2010). O mesmo autor fez um levantamento recente das áreas de conservação da caatinga e chegou aos seguintes números: a Caatinga conta somente com cerca de 5,7 milhões de hectares protegidos, dos quais apenas 1,1 milhão sob regime de Proteção Integral. Na Bahia existem 13 unidades de conservação estadual, quatro unidades federais, duas unidades municipais, nove unidades particulares, num total geral de 28 unidades (MACIEL, 2010). 12 Levando em conta a dimensão da área de Caatinga da Bahia e o estado de devastação que este bioma se encontra, o número de UC’s ainda é muito baixo, devendo estas áreas serem ampliadas, pois acredita-se que nas unidades de conservação do semiárido baiano exista um número razoável de fruteiras nativas sendo conservadas, e entre estas deve haver uma grande diversidade ou mesmo variabilidade genética destas fruteiras com grande potencial de qualidade e de utilização. 2.4 DIVERSIDADE GENÉTICA A diversidade genética relaciona-se ao grau em que as populações se distanciam umas da outras quanto ao conjunto de caracteres que lhe são peculiares (CARDOSO, 2007), e o conhecimento da diversidade ou da variabilidade genética presente entre os acessos tem uma grande importância para o correto manejo e uso desses recursos nos programas de melhoramento genético da espécie (CASTELLEN et al., 2007). Essa importância se deve a possibilidade de identificar os genótipos de interesse específico, promovendo uma melhor gestão dos recursos genéticos e ou a divisão dos genótipos em grupos heteróticos, além de acelerar o progresso genético para determinados caracteres (CUI et al., 2001). Uma das formas de se estimar a divergência genética existente dentro de uma espécie, ou mesmo entre espécies, é através de análises multivariadas que são ferramentas importantes para caracterizar germoplasma, pois permitem descrever e agrupar um conjunto de acessos, levando em consideração simultaneamente várias características e a relação existente entre elas (ROJAS, 2003). Sua utilização permite combinar as múltiplas informações contidas na unidade experimental, de modo a facilitar a execução da seleção com base na combinação de variáveis, possibilitando discriminar as populações mais promissoras, principalmente no contexto genético (CRUZ & CARNEIRO, 2003). 13 Dentre as técnicas multivariadas mais comumente usadas para o estudo da divergência genética, destaca-se a análise de agrupamento e componentes principais (CRUZ et al., 2004). A análise de agrupamento tem por finalidade reunir, por um critério qualquer de classificação, os genitores em vários grupos, de tal forma que exista homogeneidade dentro do grupo e heterogeneidade entre grupos (CRUZ & CARNEIRO, 2003). A utilização dos métodos de agrupamento requer medidas de similaridade ou dissimilaridade estimadas previamente, como a distância Euclidiana média ou a distância generalizada de Mahalanobis, dentre outras (CRUZ & REGAZZI, 2001). O uso de uma ou de outra vai depender do delineamento experimental utilizado e da forma de obtenção dos dados. Os métodos de agrupamento mais utilizados são o de otimização de Tocher e o método hierárquico UPGMA (Unweighted Pair Group Method with Arithmetic Mean) (CRUZ & CARNEIRO, 2003; CRUZ & REGAZZI, 2001; DIAS et al., 2009). O método de otimização de Tocher consiste em identificar na matriz de dissimilaridade o par de genótipos mais similares, formando o grupo inicial e, a partir desse, é avaliada a possibilidade de inclusão de novos genótipos no grupo, adotando o critério de que a média das medidas de dissimilaridade dentro de cada grupo deve ser menor que as distâncias médias entre quaisquer grupos (CRUZ et al., 2004). No caso do método UPGMA, o critério utilizado para a formação dos grupos é a média das distâncias entre todos os pares de itens que formam cada grupo e não considera a estrutura de divisão dos grupos, dando pesos iguais a cada indivíduo do grupo e calcula a similaridade média de um indivíduo que pretende se juntar ao grupo existente e evita caracterizar a dissimilaridade por valores extremos (mínimo ou máximo), possuindo o dendrograma com coeficiente de correlação cofenético máximo, sendo um dos métodos mais empregados no estudo da divergência genética (CRUZ et al., 2004; HAIR et al., 2005). Este método é bastante preciso. Considerando que cada um desses critérios tem suas vantagens e desvantagens para quantificar a divergência genética, a escolha do método mais adequado tem sido determinada de acordo com a cultura, objetivos do 14 pesquisador, pela facilidade da análise e pela forma como os dados foram obtidos (CRUZ, 1990; BROWN & SPILLANE, 1999). Além disso, diversos métodos com base em diferentes medidas de dissimilaridade podem levar a distintos padrões de agrupamento (CRUZ & REGAZZI, 2001). As técnicas de análises multivariadas já vêm sendo utilizadas com sucesso em diversas culturas como, cupuaçú (Theobroma grandiflorum) (ALVES et al., 2003); mamona (Ricinus communis) (BAHIA et al., 2008); açaí (Euterpe oleracea) (OLIVEIRA et al., 2007); tomate (ROCHA et al., 2009), dentre outros. Para as fruteiras nativas da caatinga existem poucos trabalhos, dentre eles o de Araújo et al. (2008) com maracujá do mato (Passiflora cincinnata Mast) e Carvalho et al. (2008) com umbu–cajazeira (Spondias sp.). No entanto, para o araçá não existem relatos de trabalhos que avalie a diversidade genética, principalmente para a Caatinga, até pouco tempo pouco se sabia da existência desta espécie neste Bioma. 2.6 ARAÇÁ A família Myrtaceae possui aproximadamente 4.000 espécies distribuídas em 130 gêneros e ocorre em quase todos os biomas representados no Brasil (SOUZA & LORENZI, 2005). Nessa família está incluído o gênero Psidium, ao qual pertencem os araçazeiros. O araçá é uma fruteira nativa do Brasil e está distribuído por todos os biomas brasileiros. Segundo Manica et al. (2000), existem vários tipos de araçás como exemplo, Psidium cattleyanum, Psidium australe, Psidium cinerium, Psidium longypetiolatum e Psidium guineenses. Na região Nordeste, Pinto (1993) descreve a ocorrência de cerca de nove espécies de araçá, como Psidium incanescens Mart., P. rubenscens Berg., P. warmingianum Kiaersk, P. hians Mart., P. oligospermum DC., P. apiculatum Mattos., P. cattleyanum Sabine, P. araça raddi e Psidium sp., distribuídas nos diferentes ecossistemas, que vão desde as matas úmidas e matas estacionais, restinga, manguezal, cerrados litorâneo e interiorano até campos, refúgios rupestres e Caatingas. 15 As frutas do araçá (Psidium spp.) se destacam com potencial para exploração econômica, devido à boa aceitação de seus frutos, com sabor exótico, apresentando elevado teor de vitamina C, quatro vezes maior que as frutas cítricas, além da alta capacidade de frutificação, resistência a doenças e pragas (exceto à mosca das frutas) e dispersão, que indica adaptação a diferentes ambientes (RASEIRA & RASEIRA, 1994). A maioria dos frutos de araçá apresenta ótimo aroma e sabor. Além de consumo in natura, os frutos dessas espécies podem ser explorados pela agroindústria para elaboração de sucos e para uso no fabrico de sorvetes, geléias, doces, licores e outros produtos (FRANZON et al., 2009). De acordo com Bezerra et al. (2006), a fabricação de doces e geléias, produzidos em pequenas unidades de base familiar, representa a principal forma de aproveitamento dos araçazeiros nativos. Esta espécie tem potencialidade de se adaptar a diferentes ambientes bem como a capacidade de se propagar por sementes (GONZAGA NETO, 2001). Entre as espécies de Psidium, a goiabeira é a que apresenta maior interesse econômico enquanto o araçazeiro tem certa importância como frutífera, mas ainda não foi incluída como cultura comercial (CASTRO & SIGRIST,1991). Grande parte da diversidade genética de araçá encontra-se em seus biomas naturais, em risco de erosão, havendo a necessidade de se coletar germoplasma desta espécie e conservar em bancos de germoplasma. Os bancos de germoplasma são repositórios de material genético e representam a variabilidade genética, parcial ou total, de determinada espécie, sendo a fonte genética usada pelo melhorista para desenvolver novas cultivares (BOREM & MIRANDA, 2005). A principal finalidade da manutenção e preservação de um banco é proteger a variabilidade, evitando a erosão genética, e disponibilizar o material genético para os melhoristas (VALLS, 2007), e o sucesso de um programa de melhoramento depende da variabilidade, da diversidade da espécie e do processo de seleção que se exerce sobre esta. Dessa forma, para que a diversidade genética seja utilizada é necessário que os acessos sejam 16 caracterizados, documentados e identificados quanto aos caracteres morfológicos e fisiológicos, para que o melhorista possa identificar os potenciais genes úteis para o seu programa de melhoramento (BOREM & MIRANDA, 2005). No Brasil existem poucas coleções de araçá sendo conservados em bancos de germoplasma. No Rio Grande do Sul existe uma coleção de araçá na Embrapa Clima Temperado, iniciada desde 1986, e desta foi lançada as duas únicas cultivares de araçazeiro nativo, da espécie P. catlleyanum, a “Yacy”, produtora de película amarela, e a “Irapuã” produtora de película vermelha (FRANZON et al., 2009). Para a região Nordeste Ramos et al. (2008) fizeram um levantamento e identificaram uma coleção com 110 acessos de araçá conservados a campo no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA – Pernambuco) desde 1989. Na Bahia estão sendo conservados quatro acessos de araçá na Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A (EBDA) em Conceição do Almeida (LUNA & RAMOS JUNIOR, 2005). Na Embrapa semiárido em Petrolina Pernambuco, estão sendo conservados 40 acessos coletados em diferentes ecorregiões do Brasil (SANTOS et al., 2008). A região semiárida apresenta clima e solo favoráveis à produção comercial de araçá. Esta fruta além de apresentar um grande valor nutracêutico, também pode se tornar importante na economia pelo seu potencial de utilização, como porta-enxerto de goiabeira. Esta espécie é parente silvestre da goiaba e pode apresentar genes de resistência ao nematóide-das-galhas Meloidogyne enterolobii (sin. M. mayaguensis) que vem dizimando os plantios de goiabeiras irrigadas na região do Submédio São Francisco. Alguns autores como Maranhão et al. (2003), Carneiro (2007), Almeida et al. (2009) já desenvolveram alguns trabalhos, utilizando várias espécies de araçá no intuito de identificar genótipos tolerantes ou resistentes a estes patógenos. Porém, a maioria destes trabalhos foi desenvolvido em outras regiões e com espécies de araçá coletadas em diferentes regiões do Brasil, principalmente na região Sul. Para a região semiárida baiana não existem trabalhos com o araçá. 17 As espécies frutíferas nativas e/ou adaptadas às condições de sequeiro, e/ou o uso de uma espécie como porta-enxerto de outra, inspiram confiança no desenvolvimento de uma fruticultura de sequeiro competitiva e diversificada de potencial econômico para agricultura familiar (ARAÚJO, 2004). Para Guimarães et al. (2003), M. mayaguensis representa uma ameaça, não só para a goiabeira, mas também para todas as culturas suscetíveis do semiárido, pois é um nematóide com alta virulência em plantios comerciais de goiabeiras nos municípios de Petrolina-Pernambuco, Juazeiro e Curaçá, na Bahia, onde foram feitas as primeiras detecções (CARNEIRO et al., 2001). Cerca de 70% das goiabeiras da região do Submédio do Vale do São Francisco já morreram devido ao ataque de M. mayaguensis (BARRUETO CID; CARNEIRO, 2007). Carneiro (2007) estudando a resistência de vários acessos de Psidium spp. (araçás de Pelotas, Rio Grande do Sul, um acesso da Costa Rica, goiabas da Colômbia e de Petrolina-PE) ao nematóide Meloidogyne enterolobii (sin. M. mayaguensis) e a compatibilidade como porta enxerto, na região do Submédio do Vale do São Francisco relataram que três acessos de P. cattleyanum foram imunes ao nematóide e que a espécie P. cattleyanum quando usada como porta-enxerto foi compatível com P. guajava cv. Paluma. Os mesmos autores concluíram que o uso de porta-enxertos resistentes poderá vir a ser um método promissor para o controle de M. mayaguensis em plantios comerciais de goiaba. De acordo com os relatos de Giacometti (1993) e Pinto (1993) existem espécies de araçá na Caatinga, porém não se sabe de sua diversidade e quais espécies ocorrem neste bioma, não existem estudos relativos à sua morfologia, produção, características fisiológicas e fenologia, importantes para a descrição e caracterização dos diversos genótipos existentes, dados estes que poderão servir de base para a incorporação de espécies de araçá aos sistemas produtivos comerciais, também contribuindo, desta forma, para a conservação dos recursos genéticos. Assim, o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa com os araçás torna-se importante, uma vez que estas plantas além da potencialidade de uso, tanto direto quanto na transferência de genes úteis no 18 melhoramento de planta, já são adaptadas às condições da região semiárida, sendo de extrema importância à intensificação dos trabalhos de pesquisa para um melhor conhecimento do germoplasma desta espécie no semiárido baiano, seja para produção de frutos ou como material genético para trabalhos de melhoramento como porta enxerto. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi de fazer a coleta de acessos de araçá em diferentes áreas do semiárido baiano e caracterizar a diversidade por meio de descritores morfológicos. 19 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, E. J.; SANTOS, J. M.; MARTINS, A. B. G. Resistência de goiabeiras e araçazeiros a Meloidogyne mayaguensis. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v.44, n.4, p.421-423, abr. 2009. ALVES, J. J. A. Geoecologia da caatinga no semi-árido do Nordeste brasileiro. CLIMEP: Climatologia e Estudos da Paisagem, Rio Claro, v.2, n.1, p. 58-71, 2007. ALVES, R. M.; GARCIA, A. A. F.; CRUZ, E. D.; FIGUEIRA, A. Seleção de descritores botânico-agronômicos para caracterização de germoplasma de cupuaçuzeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.38, p.807-818, 2003. ALVES, J. J. A.; ARAÚJO, M. A.; NASCIMENTO, S. S. Degradação da caatinga: uma investigação ecogeográfica. Revista Caatinga, Mossoró, v.22, n.3, p. 126-135, 2009. ARAÚJO, F. P. Potencialidades de fruteiras da caatinga. In: XXVII Reunião Nordestina de Botânica, Petrolina, p. 57-61, março, 2004. ARAÚJO, F. P.; SILVA, N.; QUEIROZ, M. A. Divergência genética entre acessos de passiflora cincinnata mast com base em descritores morfoagronômicos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 30, n. 3, p. 723-730, 2008 ARAÚJO, L. V. C.; SILVA, J. A. Unidade experimental fazenda belo horizonte Mossoró/RN. In: GARIGLIO, M. A.; SAMPAIO, E. V. S. B.; CESTARO, L. A.; KAGEYAMA, P. Y. Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga. Serviço Florestal Brasileiro, Brasília, DF, 368p., 2010. BAHIA, H. F.; SILVA, S. A.; FERNANDEZ, L. G.; LEDO, C. A. S.; MOREIRA, R. F.C. Divergência genética entre cinco cultivares de mamoneira. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.43, n.3, p.357-362, 2008. BARRUETO CID, L. P.; CARNEIRO, R. Embrapa investe em técnicas de biotecnologia para controlar nematóide da goiabeira. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Brasília, DF, 2007. Disponível em: <http://www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/am2007/trabalhos/clicnews 110707.pdf>. Acesso em: 19 outubro 2010. BEZERRA, J. E. F.; LEDERMAN, I. E.; SILVA JUNIOR, . F.; PROENÇA, C. E. B. Araçá. In: VIEIRA, R. F.; COSTA, T. S. A.; SILVA, D. B.;FERREIRA, F. .R.; SANO, S. M. (Ed.). Frutas nativas da região Centro-Oeste do Brasil. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, p. 42-62. 2006. 20 BIOVERSITY INTERNATIONAL (2007). Newsletter for Europe. n.º 35, Dezembro, 20p Chapter 16. Pp. 275-284. ©CAB International 2007.BREHM, J.M.; MAXTED, N.; FORDLLOYD, BRIAN; MARTINS-LOUÇÃO, M.A. (2007). National inventories of crop wild relatives and wild harvested plants: case-study for Portugal. Genetic Resources Crop Evolution. Online BORÉM, A.; MIRANDA, G. V. Melhoramento de Plantas. 4 ed. Viçosa: UFV, 2005. 525p. BROWN, A. H. D.; SPILLANE, C. Implementing core collections principles procedures, progress, problems and promise. In: JOHNSON, R.C.; HODGKIN, T. (Ed.). Core Collections for today and tomorrow. Rome: IPGRI, p.1-9, 1999. CARDOSO, R. D. L. Caracterização morfológica e citológica de gérbera: subsídio para o melhoramento genético. 2007. 175f. Dissertação (mestrado em agronomia). Universidade de Passo Fundo - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Programa de Pós Graduação em Agronomia - Área de Concentração Produção Vegetal, Passo Fundo. CARNEIRO, R. M. D. G.; MOREIRA, W. A.; ALMEIDA, M. R. A.; GOMES, A. C. M. M. Primeiro registro de Meloidogyne mayaguensis em goiabeira no Brasil. Nematologia Brasileira, Brasília, v. 25, n. 2, p. 223-228, 2001. CARNEIRO, R. G. Resistance to Meloidogyne mayaguensis in Psidium spp. accessions and their grafting compatibility with P. guajava cv. Paluma, Paraná. Fitopatologia Brasileira, Londrina, v. 32, n. 4, p. 281-284, jul./ago. 2007. CARVALHO, P. C. L. ; SOARES FILHO, W. S.; RITZINGER, R.; CARVALHO, J. A. B. S. Conservação de germoplasma de fruteiras tropicais com a participação do agricultor. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal SP, v. 23, n. 3, p. 730-734, 2001. CARVALHO, P. C. L.; RITIZINGER, R.; SOARES FILHO, W. S.; LEDO, C. A. da S. Características morfológicas, físicas e químicas de frutos de populações de umbu-cajazeira no Estado da Bahia. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.30, n.1, p. 140-147, mar. 2008. CASTELLEN, M. S.; LEDO, C. A. S.; OLIVEIRA, E. J.; MONTEIRO FILHO, L. S.; DANTAS, J. L. L. Caracterização de acessos do banco ativo de germoplasma de mamão por meio de análise multivariada. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 19, n. 4, p. 299-303, 2007. CASTRO, J. V.; SIGRIST, J. M. M. Matéria-prima. In: MEDINA, J. C.; CASTRO, J. V. de; SIGRIST, J. M. M.; MARTIN, Z. J. de; KATO, K.; MAIA, M. L.; GARCIA, A. E. B.; LEITE, R. S. da S. F. Goiaba: cultura, matéria-prima, processamento e aspectos econômicos. Campinas: ITAL, p. 121-139, 1991. (Frutas Tropicais, 6). 21 CAVALCANTE, M. B. Ecoturismo no bioma Caatinga: o caso do Parque Estadual da Pedra da Boca, Paraíba. Revista Nordestina de Ecoturismo, Aracaju, v.2, n.1, p.25-38, 2009. CAVALCANTE, M. B.; MARIANO NETO, B. Reflexões sobre os impactos sócioambientais da atividade ecoturística no Parque Estadual da Pedra da Boca, Paraíba. Revista Caminhos de Geografia, Uberlândia/UFU, v.8, n.24, p.4655, 2007. COOPERCUC: Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (BA). Disponível em http:// www.coopercuc.com.br. Acesso em 18 nov. 2010. CRUZ, C. D. Aplicações de algumas técnicas multivariadas no melhoramento de plantas, 1990, 188 p., Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP. CRUZ, C. D.; CARNEIRO, P. C. S. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético, Viçosa, MG, UFV, vol. 2, cap. 6, 357-434 p., 2003. CRUZ, C. D.; REGAZZI, A. J. Divergência genética. In:. (Ed.) Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético. Viçosa: Ed. da UFV, p. 287-324, 2001. CRUZ, C. D.; REGAZZI, A. J.; CARNEIRO, P. C. S. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético, Viçosa, MG, UFV, v. 1, , 480 p., 2004. CRUZ, C. D., CARNEIRO, P. C. S., Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético. V.2. Editora UFV, Viçosa, 585p, 2006. CUI, Z.; CARTER JUNIOR, E.; BURTON, J. W.; WELLS, R. Phenotypic diversity of modern Chinese and North American soybean cultivars. Crop Science, Saint Paul, v.41, p.1954- 1967, 2001. DIAS, F. T. C.; SILVA, A. P. M.; BERTINI, C. H. C. M. Genetic divergence in cowpea genotypes with upright growth and early cycle. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v.9, p.253-259, 2009. EMBRAPA SEMI-ÁRIDO. II Plano Diretor Embrapa Semi-Árido 2000-2003. Petrolina, 55p.,2000. FERREIRA, M. E.; RANGEL, P. H. N. Emprego de espécies silvestres no melhoramento genético vegetal: experiência em outras espécies com análise de retrocruzamento avançado de QTLs (ABQTL). In: FALEIRO, F.G.; 22 JUNQUEIRA, N. T. V.; BRAGA, M. F. (Eds.). Maracujá, germoplasma e melhoramento genético. Planaltina: Embrapa Cerrados, p. 111-140. 2005. FERREIRA, R. F. Conservação de germoplasma In Vivo. In: Encontro sobre Recursos Genéticos, 2, 1988, Jaboticabal. Anais.... Jaboticabal, FCAV, p.96101, 1988. FRANZON, R. C.; CAMPOS, L. Z. O; PRENÇA; C. E. B.; SILVA, J. C. S. Araçás do gênero Psidium: principais espécies, ocorrência, descrição e usos. Documentos- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropéquaria. Embrapa Cerrados, Planaltina-DF, 2009. GIACOMETTI, D. C. Recursos genéticos de fruteira nativas do Brasil. In: Simpósio nacional de recursos genéticos de fruteiras nativas, 1., 1993, Cruz das Almas, BA. Anais...Cruz da Almas: EMBRAPA-CNFMF, p.13-27, 1993. GIULIETTI, A. M.; BOCAGE NETA, A. L.; CASTRO, A. A. J. F. Diagnóstico da vegetação nativa do bioma caatinga. In: Biodiversidade da caatinga: áreas e ações prioritárias para conservação. Brasília: MMAUFPE, p.47-90, 2004. GIULIETTI, A. M. QUEIROZ, L. P.; SILVA, T. R. S.; FRANÇA, F.; GUEDES, M. LENISE.; AMORIM, A. M. Flora da Bahia. Sitientibus, Feira de Santana, v. 6, n. 3, p. 169-173, Série Ciências Biológicas, 2006. GOEDERT, C. O. Histórico e avanços em recursos genéticos no Brasil. In: NASS, L.L. (Ed.).Recursos genéticos vegetais. Brasília: Embrapa, p. 23-60. 2007. GONZAGA NETO, L. Cultivo da goiabeira. In: GONZAGA NETO, L. (Ed.). Goiaba: produção, aspectos técnicos. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Petrolina: Embrapa Semi-Árido, p. 9-12, 2001. (Frutas do Brasil, 17). GUIMARÃES, L. M. P.; MOURA, R. M. de; PEDROSA, E, M. R. Parasitismo de Meloidogyne mayaguensis em diferentes espécies botânicas. Nematologia Brasileira, Brasilia, v. 27, n. 2, p. 139-145, 2003. GUIMARÃES, L.M.P., MEDEIROS, J. E., MARANHÃO, S. R. V. L., PEDROSA, E.M.R., MOURA, R. M. Novas plantas hospedeiras de Melodoigyne mayaguensis. In: Anais do XXXVII CONGRESSO BRASILEIRO DE FITOPATOLOGIA, p. 142, 2004. HAIR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHUAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise multivariada de dados, Porto Alegre, Artmed Editora S. A., p.593. 2005. 23 HOYT, E. Conservação dos parentes silvestres das plantas cultivadas. Wilmington, Delaware: Addison- Wesley , 52 p.,1992. IBGE. Mapa de biomas do Brasil: primeira aproximação. Brasília: IBGE/MMA, 2004. 1 mapa, Petrolina, 55p.,2000. Escala 1:5.000.000. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acesso em 10/12/2010 LUNA, J. V. U.; RAMOS JUNIOR, D. S. Banco de germoplasma de fruteiras nativas e exóticas . Bahia Agrícola, v.7, n.1, 2005. MACIEL, B. A. Unidades de conservação no bioma caatinga In: GARIGLIO, M. A.; SAMPAIO, E. V. S. B.; CESTARO, L. A.; KAGEYAMA, P. Y. Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga. Serviço Florestal Brasileiro, Brasília, DF, 368p., 2010. MANICA, I.; ICUMA, I. M.; JUNQUEIRA, N. T. V.; SALVADOR, J. O.; MOREIRA, A.; MALAVOLTA, E. Fruticultura tropical 6: goiaba. Porto Alegre: Cinco Continentes, p. 374, 2000. MARANHÃO, S. R. V. L., MOURA, R. M; PEDROSA, E. M. R. Reação de indivíduos segregantes de araçazeiro a Meloidogyne incognita raça 1, M. javanica e M. mayaguensis. Nematologia Brasileira, Piracicaba, v. 27, p. 173178, 2002. MARIOT, M. P.; BARBIERI, R. L.; CORREA, F.; LOUZADA, R. S.; HEIDEN, G. Banco de germoplasma de espinheira-santa: coleta, caracterização e conservação de uma espécie ameaçada. In: II Congresso Brasileiro de Agroecologia, Belo Horizonte. Revista Brasileira de Agroecologia, Porto Alegre, v.2, n.1, 2007. NASS, L. L. Utilização de recursos genéticos vegetais no melhoramento. In: NASS, L. L.; VALOIS, A. C. C.; MELO, I. S.; VALADARES-INGLIS (Eds.). Recursos genéticos e melhoramento – plantas. Rondonópolis: Fundação MT, p. 29-55, 2001. OLIVEIRA, M. S. P.; FERREIRA, D. F.; SANTOS, J. B. S. Divergência genética entre acessos de açaizeiro fundamentada em descritores morfoagronômicos, Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 42, n. 4, p. 501-506, 2007. OLIVEIRA, P. T. B.; TROVÃO, D. M. B. M.; CARVALHO, E. C. D.; SOUZA, B. C.; FERREIRA, L. M. R. Florística e fitossociologia de quatro remanescentes vegetacionais em áreas de serra no cariri paraibano. Revista Caatinga, Mossoró, v. 22, n. 4, p. 169-178, 2009. PAREYN, F. G. C. A importância da produção não-madeireira na caatinga. In: GARIGLIO, M. A.; SAMPAIO, E. V. S. B.; CESTARO, L. A.; KAGEYAMA, P. Y. Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga. Serviço Florestal Brasileiro, Brasília, DF, 368p., 2010. 24 PESSOA, M. F. Estudo da cobertura vegetal em ambientes da caatinga com diferentes formas de manejo no assentamento Moacir Lucena, Apodi - RN. Revista Caatinga, Mossoró, v. 21, n. 3, p. 40-48, 2008. PINTO, G. C. Recursos genéticos de fruteiras nativas na região nordeste do Brasil. In: QUEIROZ, M. A. de; NASCIMENTO, C. E. de S.; SILVA, C. M. M de; LIMA, J. L. Fruteiras nativas do semi-árido: algumas reflexões sobre os recursos genéticos. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE RECURSOS GENÉTICOS DE FRUTEIRAS NATIVAS, 1992, Cruz das Almas, Anais ... Cruz das Almas: Embrapa – CNPMF, p-81-86, 1993. QUEIROZ, M. A. de; NASCIMENTO, C. E. de S.; SILVA, C. M. M de; LIMA, J. L. Fruteiras nativas do semi-árido: algumas reflexões sobre os recursos genéticos. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE RECURSOS GENÉTICOS DE FRUTEIRAS NATIVAS, 1992, Cruz das Almas, Anais ... Cruz das Almas: Embrapa – CNPMF, p-87-92, 1993. QUEIROZ, M. A. Os recursos genéticos vegetais e os melhoristas de plantas. In: QUEIRÓZ, M. A; GOEDERT, C.O; RAMOS, S.R.R. Recursos genéticos e melhoramento de plantas para o nordeste brasileiro (on line). Versão 1.0. Petrolina: Embrapa Semi-Árido/Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 1999. QUEROL, D. Recursos genéticos, nosso tesouro esquecido: abordagem técnica e sócio-econômica. Rio de Janeiro: AS-PTA, p. 125-138,1993. RAMALHO, C. I.; ANDRADE, A. P.; FÉLIX, L. P.; LACERDA, A. V.; MARACAJÁ, P. B. Flora arbóreo-arbustiva em áreas de caatinga no semiárido baiano. Brasil, Revista Caatinga, Mossoró, v.22, n3, p182- 190, 2009. RAMOS, S. R. R.; QUEIROZ, M. A. E PEREIRA, T. N. S. Recursos Genéticos Vegetais: Manejo e Uso. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 19, n. 4, p. 265-273, 2007. RAMOS, S. R. R.; QUEIRÓZ, M. A.; ROMÃO, R. L.; SILVA JÚNIOR, J. F. Germoplasma vegetal conservado no nordeste brasileiro: situação atual, prioridades e perspectivas. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 20, n. 3, p. 205217, 2008. RASEIRA, A.; RASEIRA, M. do C.B. "YA-CY" Cultivar de araçazeiro lançada pela EMBRAPA-CPACT. HortiSul, Pelotas, v.3, n.1, p.37-39, 1994. RODRIGUEZ, M. G., SANCHEZ, L. & ROWE, J. Host status of agriculturally important plant families to the root-knot nematode Meloidogyne mayaguensis in Cuba. Nematropica, v. 33, p. 125-130, 2000. 25 ROCHA, M. C; GONÇALVES, L. S. A.; CORRÊA, F. M; RODRIGUES, R; SILVA, S. L; ABBOUD, A. C. S; CARMO, M. G. F. Descritores quantitativos na determinação da divergência genética entre acessos de tomateiro do grupo cereja. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, n. 03, p. 664-670, 2009. ROJAS, W. Análisis multivariado em estudios de variabilidad genética. In: FRANCO, T.; HIDALGO, R. (Eds.). Análisis estadístico del datos de caracterización morfológica de recursos fitogenéticos. Roma: IPGRI, p.859, 2003. (IPGRI. Boletin tecnico, 8). SAMPAIO, E. V. S. B. Caracterização do bioma caatinga - características e potencialidades. In: GARIGLIO, M. A.; SAMPAIO, E. V. S. B.; CESTARO, L. A.; KAGEYAMA, P. Y. Uso sustentável e conservação dos recursos florestais da caatinga. Serviço Florestal Brasileiro, Brasília, 368p., 2010. SAMPAIO, E. V. S. B.; GIULIETTI, A. M. VIRGÍNIO, J.; GAMARA-ROJA, C. F. L. Vegetação e flora da caatinga. Recife. Associação Plantas do Nordeste – APNE; Centro Nordestino de Informações Sobre Plantas – CNIP, 2002. SANTANA, J. A. S.; SOUTO, J. S. Diversidade e estrutura fitossociológica da Caatinga na estação ecológica do Seridó-RN. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v. 6, n. 2, p. 232- 242, 2006. SANTOS, C. A. F. Zoneamento agroecológico do nordeste e mapas de vegetação como ferramentas para a prospecção e conservação de recursos genéticos vegetais. Embrapa Semi-Árido. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 73). Petrolina, PE: 24 p., 2007. SANTOS, C. A. F.; CAVALCANTI, N. de B.; SOUZA, C. E. de N.; ARAUJO, F. P. de; LIMA FILHO, J. M. P.; ANJOS, J. B. dos; OLIVEIRA, V. R. de. Umbuzeiro: pesquisas, potenciais e desafios. In: ROMÃO, R. R.; RAMOS, S. R. R. Recursos genéticos vegetais no Estado da Bahia (Org.). Feira de Santana; UFES. p. 33-47.2005. SANTOS, C. A. F.; CASTRO, J. M. C.; SOUZA, F. F.; VILARINHO, A. A.; FERREIRA, F. R.; PÁDUA, J. G.; BORGES, R. M. E.; BARBIERI, R. L.; SOUZA, A. G. C.; RODRIGUES, M. A. Preliminary characterization of Psidium germplasm in different Brazilian ecogeographic regions. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 43, n. 3, p 437-440, 2008. SANTOS, M. S.; PETKOWICZ, C. L. O.; WOSIACKI, G.; NOGUEIRA A.; CARNEIRO, E. B. B.; Caracterização do suco de araçá vermelho (Psidium cattleianum Sabine) extraído mecanicamente e tratado enzimaticamente. Acta Sci. Agron. Maringá, v. 29, p. 617-621, 2007. SCARIOT, A.; SEVILHA, A. C. Biodiversidade, estrutura e conservação de florestas estacionais deciduais no Cerrado. In: A. SCARIOT, J.C. SOUSA- 26 SILVA; J. M. FELFELI. Cerrado: ecologia, biodiversidade e conservação. Ministério do Meio Ambiente, Brasília, p.122-139, 2005. SOUZA, C. V.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: Guia Ilustrado para identificação das famílias de Angiospermas da flora brasileira, baseado na APG II. Nova Odessa, SP, Instituto Plantarum, 2005. VALLS, J. F. M. Caracterização de recursos genéticos vegetais. In: NASS, L.L. (Ed.). Recursos genéticos vegetais. Brasília: Embrapa, p. 281-305. 2007. WALTER, B. M. T.; CAVALCANTI, T. B.; BIANCHETTI, L. B. Princípios sobre coleta de germoplasma vegetal . In: NASS, L. L. (Org.). Recursos genéticos vegetais. Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, p. 683716., 2007. WWF-BRASIL. Caatinga. Disponível em: <http://www.wwf.org.br>. Acesso em 09/02/ 2011. 27 4. OBJETIVO O objetivo deste trabalho foi estimar a diversidade entre acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. 28 CAPÍTULO I ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE GENÉTICA ENTRE ACESSOS DE ARAÇÁ COLETADOS EM DIFERENTES MUNICÍPIOS DO SEMIÁRIDO BAIANO Artigo formatado com base nas normas para publicação do periódico da Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira, para o qual será submetido. 29 1 ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE GENÉTICA ENTRE ACESSOS DE ARAÇÁ 2 COLETADOS EM DIFERENTES MUNICÍPIOS DO SEMIÁRIDO BAIANO 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Márcia Adriana C. dos Santos¹; Manoel A. de Queiróz¹; Aline da S Santos¹; Leonardo C. dos Santos²; ¹Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Depto. Tecnologia e Ciências Sociais DTCS, C. Postal 171, 48.905-680, Juazeiro-BA; [email protected]; [email protected];[email protected]; ² Professor de Geografia pela Universidade de Pernambuco – UPE, Petrolina-PE; [email protected]; 12 em alguns municípios do semiárido baiano, uma vez que o araçá é um parente 13 silvestre da goiabeira. Foram utilizados 50 acessos de araçá de três espécies (P. 14 schenckianum, P. guineense e P. grandifolium), coletados nos municípios de Campo 15 Formoso, Senhor do Bonfim, Jacobina, Morro do Chapéu, Jaguarari e Uauá. 16 diversidade entre os acessos de araçá foi avaliada usando 12 descritores, através 17 de componentes principais e foram empregados os agrupamentos de Tocher e 18 UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with Arithmetic Averages) utilizando a 19 distancia Euclidiana média. Acessos muito próximos fisicamente apresentaram 20 grande divergência. Os dois tipos de agrupamentos utilizados formaram seis grupos 21 cada, porém, não conseguiram separar os grupos por espécie e por local de coleta. 22 Os descritores que mais contribuíram para formação dos grupos foram massa de 23 fruto (56,88%) e índice de maturação (42,96%). Foi encontrada variação entre os 24 acessos para vitamina C (63,36 a 607,20 mg/100g de polpa). A variação encontrada 25 para os diversos descritores demonstra que existe diversidade genética entre os 26 acessos na região semiárida baiana. 27 28 29 30 31 Resumo – O objetivo deste trabalho foi estudar o germoplasma de araçá coletado A Termos para indexação: Psidium spp., germoplasma, análise multivariada, melhoramento genético. 32 33 34 35 36 37 38 39 30 Study of diversity of “araçá” accessions in different counties of the semiarid State of Bahia 40 41 42 43 Abstract: The aim of this work was to study “araçá” germplasm collected in different 44 counties of semiarid of the Bahia State since it is a wild parent of the cultivated 45 guava. Fifty “araçá” accessions of three different species (P. schenckianum, P. 46 guineense e P. grandifolium) collected in the counties of Campo Formoso, Senhor do 47 Bonfim, Jacobina, Morro do Chapéu, Jaguarari and Uauá were used. The diversity 48 among the “araçá” accessions were evaluated using 12 descriptors trough principal 49 component analysis and Tocher and UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with 50 Arithmetic Averages) were used to cluster the accessions using the Euclidian mean 51 distance. Accessions very close physically showed great divergence. The both types 52 of clustering produced six groups in each, but, they were not effective to separate 53 species and place of collection. The descriptors that gave major contribution in the 54 clustering were fruit mass (56.88%) and maturation index (42.96%). Great variation 55 in the Vitamin C content was found (63,36 a 607,20 mg/100g of pulp). The variation 56 found in the descriptors used indicating the existing genetic diversity among “araçá” 57 accessions of the semiarid of Bahia. 58 59 Index terms: Psidium spp., germplasm , multivariate analysis, breeding. 60 61 Introdução 62 63 O araçá (Psidium spp.), pertencente à família Mirtaceae é nativo do Brasil e de 64 acordo com a literatura está distribuído em todos os biomas brasileiros. Na região 65 Nordeste do Brasil, Pinto (1993) descreve a ocorrência de cerca de nove espécies 66 de araça: Psidium incanescens Mart., P. rubenscens Berg., P. warmingianum 67 Kiaersk, P. hians Mart., P. oligospermum DC., P. apiculatum Mattos., P. cattleyanum 68 Sabine, P. araça Raddi e Psidium sp., distribuídas nos diferentes ecossistemas, que 69 vão desde as matas úmidas e matas estacionais, restinga, manguezal, cerrados 70 litorâneo e interiorano, até campos, refúgios rupestres e Caatingas e neste último 71 bioma, na maioria das vezes são exploradas de forma extrativista. Estas espécies 72 se destacam com potencial para exploração econômica, seja para uso direto em 73 condições de sequeiro, ou para uso como porta-enxerto da goiabeira irrigada, pois, 31 74 de acordo com Barrueto Cid e Carneiro (2007) cerca de 70% das goiabeiras do 75 Submédio São Francisco foram dizimadas pelo nematóide Meloidogyne enterolobii 76 (sin. M. mayaguensis) e sendo os araçás da mesma família da goiaba, poderiam ser 77 usados como porta enxertos. 78 No entanto, muitas plantas são transformadas em lenha para atender as 79 olarias, casas-de-farinha e padarias, cabendo destacar a redução da biodiversidade 80 provocada pelo desmatamento de áreas com vegetação nativa, visando à formação 81 de pastagens, que, sem dúvida, é o fator responsável de maior importância pela 82 perda de recursos genéticos, tanto de origem vegetal como animal (CARVALHO et 83 al., 2001) aí incluindo-se plantas de araçá. Até o momento os estudos envolvendo 84 os araçazeiros são poucos, podendo ser destacados os trabalhos de Franzon (2004) 85 com a caracterização de Mirtáceas do Sul do Brasil; Franzon et al. (2009) que 86 fizeram um levantamento das principais espécies de araçá do gênero Psidium e sua 87 ocorrência, descrição e usos, com destaque para os cerrados brasileiros e Santos et 88 al. (2008) os quais caracterizaram 40 acessos de araçazeiros em estudos 89 comparativos com goiabeira. Contudo, neste último, os autores consideraram 90 amostras de diferentes biomas, sendo que apenas uma pequena porcentagem foi 91 proveniente do semiárido e, em particular da Bahia, caracterizando apenas sete 92 acessos, e em dois municípios do semiárido baiano. 93 Ainda mais, estudos sobre caracterização e avaliação agronômica de 94 germoplasma de araçá no semiárido brasileiro e em particular no semiárido baiano 95 nas áreas de ocorrência são muito escassas ou inexistentes. Assim sendo, o 96 presente trabalho objetivou estudar o germoplasma de araçá coletados em seis 97 municípios do semiárido baiano. 98 99 Material e Métodos 100 101 Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizados 50 acessos de 102 Psidium spp. georreferenciados e coletados entre maio de 2009 a abril de 2010, nos 103 municípios de Uauá (dez acessos ), Jaguarari (três acessos), Senhor do Bonfim (um 104 acesso), Campo Formoso (24 acessos), Jacobina (nove acessos) e Morro do 105 Chapéu (três acessos) todos do semiárido baiano, sendo que cada planta constituiu 106 um acesso. Estes acessos foram caracterizados morfologicamente nas diferentes 107 fases fenológicas das plantas utilizando doze descritores: 32 108 1- Porte da planta (PP), através de uma escala de notas de 1 a 5, sendo que a nota 109 1 foi atribuída as plantas de porte até 1m; 2- até 2m; 3- até 3m; 4- até 4m e 5- 110 acima de 4m de altura; 111 2- Formato do tronco (FT), utilizando uma escala de nota de 1 a 7, determinada de 112 acordo com o número de ramificações do tronco, sendo nota 1- plantas que 113 apresentam ramificações no tronco a um metro acima do solo, 2- plantas com uma 114 bifurcação a um metro acima do solo e um par de ramificação, 3- plantas com uma 115 bifurcação a um metro acima do solo e dois pares de ramificações, 4- plantas sem 116 ramificação, 5- plantas com cinco ramificações partindo do solo, 6- plantas com mais 117 de cinco ramificações partindo do solo e 7- plantas com um par de ramificação 118 partindo do solo formando uma bifurcação. 119 Também foram coletadas amostras de folha (quatro quadrantes do terço 120 médio de cada planta), flores e frutos, as quais foram encaminhadas ao Laboratório 121 de Biologia da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Juazeiro- BA. Uma das 122 amostras foi utilizada para confecção de excicatas (folhas) e herbário líquido (flor e 123 fruto) a base de fenol, álcool e água – FAA na proporção de 2:1:1 para posterior 124 determinação das espécies de araçá. A outra amostra foi usada para aplicar os 125 descritores de folha, flor e fruto. 126 Para folha foi utilizado o descritor 3- índice de coloração verde da folha 127 (ICVF), adaptado dos descritores utilizados para goiabeira, propostos pela Union for 128 the protection of New Varieties of Plants (UPOV). Para criação desta escala, 129 comparou-se as cores das folhas dos acessos com os tons de verdes da carta de 130 cores de Munsell (1977), onde se estabeleceu uma escala de nota de 1 a 6, sendo 1 131 = 7.5GY – 7/10; 2 = 7.5GY – 6/8; 3 = 5GY – 5/6; 4 = 5GY – 5/2; 5 = 7.5GY – 5/8 e 6 132 = 5GY – 6/4. A escala foi usada no momento da coleta. 133 Em relação à flor criou-se o descritor 4- morfologia floral (MFL) usando uma 134 escala de nota de 1 a 5, onde a 1 - flores em forma de cacho, apresentando pétalas 135 pequenas e estames mais espaçados, de coloração esbranquiçados e com carpelo 136 esverdeado; 2 - flores em forma de cacho, pétalas grandes com estames 137 adensados, apresentando uma coloração alaranjada, não distinguindo facilmente o 138 estilete; 3 - flores em forma de cacho com pétalas grandes, apresentando estames 139 espaçados de coloração alaranjada não distinguindo facilmente o estilete; 4 - flor 140 solitária, apresentando pétalas pequenas, estames adensados de coloração branca 141 e 5 - flor solitária, coriácea, apresenta pétalas e sépalas fundidas de coloração 33 142 amarelada, com sépalas unidas formando um círculo, apresentando o gineceu 143 afastado do androceu. Para caracterização dos frutos de araçazeiros foi utilizada a média de dez 144 145 frutos por acesso para estimar os valores para os respectivos descritores. 146 5- Massa do fruto (MF, em g), obtido a partir da pesagem dos frutos em balança 147 eletrônica, com precisão de 0,01g; 148 6- Cor da casca (CC), através de uma escala de nota de 1 a 2, sendo 1- amarelo, 2- 149 amarelo alaranjado. Este descritor foi adaptado da lista utilizada para goiabeira, 150 proposta pela Union for the protection of New Varieties of plants (UPOV); 151 7- Diâmetro transversal do fruto (DT, em cm), obtido pela medida transversal do 152 fruto; 153 8 - Diâmetro longitudinal do fruto (DL, em cm), obtido pela medida longitudinal do 154 fruto; 155 9- Formato do fruto (FF), correspondendo a um índice proveniente da divisão do 156 diâmetro transversal pelo diâmetro longitudinal; 157 10- Sólidos solúveis (SS, em °Brix), determinado por refratômetro digital portátil, de 158 acordo com a recomendação da AOAC (1992); 159 11- Acidez titulável (AT), expressa em gramas de ácido cítrico por 100 ml de suco, 160 de acordo com as Normas Analíticas de Métodos Químicos e Físicos para Análises 161 de Alimentos, do Instituto Adolfo Lutz (IAL, 1985); 162 12- Índice de maturação (IM), obtido através da relação SS/AT. 163 Dentro da amostra de acessos estudada, 35 deles que se apresentavam no estádio 164 inicial de maturação (maturidade fisiológica) e possuíam líquido suficiente para 165 extração de suco foram utilizados para determinação do teor de vitamina C (VC, em 166 mg de ácido ascórbico por 100g de polpa), determinada através do método do Iodo 167 Amido (AOAC, 1992). As amostras foram coletadas, acondicionados em sacos 168 plásticos mantidos em caixas de poliestireno contendo gelo até o momento da 169 avaliação (24 horas após a colheita). 170 171 Os descritores que utilizaram escalas de notas foram transformados em . 172 A diversidade entre os acessos foi estimada a partir de análises multivariadas, 173 aplicando-se as técnicas de agrupamento e de componentes principais. Na técnica 174 de agrupamento foi utilizado o método de agrupamento de Tocher, tendo como 34 175 medida de dissimilaridade a distância Euclidiana média, para estimar a contribuição 176 relativa de cada descritor para a dissimilaridade genética (CRUZ et al., 2004), entre 177 os acessos de araçá. 178 Na delimitação dos grupos utilizou-se o método agrupamento da distância 179 média UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with Arithmetic averages) (SNEATH 180 & SOKAL, 1973), para construção do dendrograma. A consistência das ramificações 181 do dendrograma foi verificada por meio da amostragem repetitiva de dados 182 (Bootstraping), com 1.000 repetições. As análises estatísticas foram realizadas com 183 o emprego do programa computacional GENES (CRUZ, 2006). 184 185 Resultados e Discussão 186 187 Dos 50 acessos de araçá utilizado neste trabalho foram determinadas três 188 espécies, sendo 36 acessos pertencentes à espécie Psidium guineense Sev. (três 189 acessos de Jaguarari, 23 acessos de Campo Formoso, nove acessos de Jacobina e 190 um de Senhor do Bonfim), 13 à espécie Psidium schenckianum Kiarssk (dez de 191 Uauá e três do Morro do Chapéu) e um à espécie Psidium grandifolium Mart ex DC 192 (Campo Formoso). Os acessos encontravam-se em altitudes variando de 426m a 193 1032m, predominando altitudes entre 600 e 700m, representado por 50% dos 194 acessos estudados (Tabela 1, Quadro 1). 195 A partir da distancia Euclidiana média foi observado que os acessos Y11 (P. 196 schenckianum) e Y91 (P. guineense) dos municípios de Uauá e Campo Formoso 197 foram os mais dissimilares, apresentando a maior distância (74,81) e, portanto com 198 a maior divergência e os acessos Y95 e Y96 (ambos da espécie P. guineense) do 199 município de Jacobina foram os mais similares, com a menor distância (0,61). 200 No entanto, foi observado variação nas combinações entre os acessos da 201 espécie P. schenckianum coletados no município de Uauá (Y01-Y03, Y01-Y08, Y01- 202 Y10, Y01-Y11, Y03-Y07, Y07-Y08, Y07-Y10 e Y07-Y11), que apresentaram uma 203 distância acima de 40,00 (Quadro 2, Anexo). Entre esses, o par de acessos Y07-Y08 204 se encontra a menos de 50 metros de distância um do outro, mostrando forte 205 evidência de variabilidade dentro de uma mesma espécie. Caso mais extremo foi 206 observado em Campo Formoso com a espécie P. guineense, onde os acessos Y88 207 e Y92, muito próximos fisicamente (menos de 50 metros), apresentaram uma 208 distância ainda maior (72,78). Por outro lado, observa-se que acessos de diferentes 35 209 espécies e de locais distintos apresentam grande similaridade, como por exemplo, o 210 acesso Y57 (P. guineense) e o acesso Y101 (P. schenckianum), que além de 211 pertencerem a espécies diferentes, foram coletados em regiões diferentes (Jacobina 212 e Morro do Chapéu respectivamente) podendo se explicar como sendo 213 características intrínsecas desses acessos (Quadro 2, Anexo). Existem várias 214 situações semelhantes nos acessos coletados como se poderá examinar nos dados 215 expostos nos Quadros 1 e 2 (Anexo). Observa-se também que acessos de P. 216 guineense provenientes dos municípios de Jacobina (Y59) e Campo Formoso (Y91); 217 e de Jaguarari (Y21) e Campo Formoso (Y91) são bastante divergentes, mostrando 218 variação entre regiões, podendo essa variação ser de ordem genética e ambiental. 219 No geral, existem vários acessos que são da mesma espécie e do mesmo local e, 220 como esperado são muito pouco divergentes, porém, foram encontradas exceções. 221 Segundo Araújo et al. (2008) a proximidade genética entre acessos, pode estar 222 diretamente ligada às características dos próprios acessos durante a história 223 evolutiva, uma vez que há maior probabilidade de encontrar descendentes próximos, 224 dispersos em pequenas distâncias. 225 A análise de agrupamento realizada pelo método de Tocher permitiu separar 226 os acessos em seis grupos (Tabela 2). Ainda na mesma Tabela se pode observar 227 que no grupo I estão incluídos 42 acessos, sendo que dez acessos do município de 228 Uauá (P. schenckianum), sete acessos de Jacobina (P. guineense), vinte e um 229 acessos de Campo Formoso (P. guineense e P. grandifolium), dois acessos de 230 Jaguarari (P. guineense), um acesso de Senhor do Bonfim (P. guineense) e um 231 acesso do Morro do Chapéu (P. schenckianum), ou seja, envolve várias espécies de 232 diferentes locais, sendo que os acessos de Uauá apesar de estarem no grupo I 233 ficaram separados dos demais, foram os primeiros dez acessos e, portanto, foram 234 os mais próximos. No entanto o acesso 101 (Morro do Chapéu) também da espécie 235 P. schenckianum foi o que apresentou a maior distância dentro do grupo. Para os 236 demais acessos a aglomeração ocorreu de forma aleatória (Tabela 2). 237 Os demais grupos foram formados por acessos de uma mesma espécie, 238 assim como do mesmo local de coleta (grupos II e III) e diferentes locais de coleta 239 (grupo IV) (Tabelas 1 e 2). Dessa forma, como se observa no grupo I, o método de 240 Tocher não conseguiu separar acessos de diferentes regiões nem de diferentes 241 espécies. Essa situação tem acontecido em vários estudos de divergência genética. 242 Por exemplo, Silva et al. (2006) realizando a caracterização morfológica de 42 36 243 acessos de melancia coletadas em três regiões da Bahia, através do método de 244 Tocher, conseguiu formar nove grupos e destes o grupo I foi o que aglomerou o 245 maior número de acessos e foi formado por acessos das três regiões de coleta. 246 Araújo et al. (2008) estimaram a divergência genética entre acessos de Passiflora 247 cincinnata e observaram que o agrupamento dos acessos não se correlacionou com 248 as Unidades Geoambientais originais de coleta. Os mesmos autores citam que essa 249 situação pode ser resultante de características específicas de certos acessos. Uma 250 outra possibilidade é a baixa variação entre as Unidades Geoambientais, ao 251 movimento de sementes causadas pelos dispersores e ao movimento de sementes 252 e frutos causados pelo extrativismo (ARAÚJO, 2007). 253 O agrupamento realizado pelo método do UPGMA, com um corte realizado a 254 uma distância de 58,52% possibilitou a formação de seis grupos (Figura 1), sendo 255 que o número de acessos em cada grupo variou de cinco a treze acessos e, 256 portanto, apresenta uma distribuição mais uniforme entre os grupos do que o 257 agrupamento de Tocher. Analisando-se cada grupo verifica-se que em um mesmo 258 grupo se encontram acessos da mesma região ou de regiões diferentes, bem como, 259 da mesma espécie ou de espécies diferentes (Tabelas 1 e 2). 260 Dessa forma, os grupos formados pelo método de Tocher não coincidiram 261 com os grupos formados pelo método UPGMA. O fato dos agrupamentos realizados 262 pelos dois métodos não coincidirem pode estar relacionado com o princípio de cada 263 método. Segundo Cruz e Carneiro (2003) existem vários métodos de agrupamento 264 que se diferenciam pelo tipo de resultado e pelas diferentes formas de definir a 265 proximidade entre indivíduos ou grupos formados e em todos os casos, não se 266 conhecem a priori, o número de grupos a ser estabelecido. 267 Dessa forma, as análises multivariadas não foram capazes de separar os 268 grupos por espécies e regiões. Tal fato pode ter uma explicação porque a 269 diferenciação entre espécies utilizando a taxonomia clássica geralmente utiliza 270 alguns descritores qualitativos e bem específicos inclusive controlados por pouco 271 genes e, portanto são pouco afetados pelo ambiente (MARTINELLO et al., 2001). 272 Por exemplo, as espécies Psidium ganevii e P. bahianum diferem no tamanho do 273 pedúnculo e no formato da folha (LANDRUM & FUNCH, 2008). 274 A análise para estimar a contribuição relativa de cada descritor para a 275 expressão da divergência genética indicou que os descritores MF (56,88%) e IM 276 (42,96%) foram os que mais contribuíram para a divergência total entre os acessos 37 277 de araçá, somando juntos mais de 99% da contribuição total (Tabela 3). Cardoso- 278 Silva et al. (2007) estudando a diversidade genética em maracujazeiro do sono 279 também encontraram a massa de fruto (23,28%) como o descritor que mais 280 contribuiu com a divergência genética. Danner et al. (2010) estudando a 281 repetibilidade de caracteres de fruto em araçazeiro e pitangueira observaram que 282 para o descritor massa de fruto de araçazeiro, uma medição já é o suficientes para 283 se ter uma acurácia de 90% de predição do valor real dos indivíduos, demonstrando 284 que o descritor massa de fruto apresentou regularidade entre as medições e pode 285 ser empregado na seleção fenotípica simples, com perspectivas de se obter bom 286 ganho genético no melhoramento. 287 Martinello et al. (2001) estudando a divergência genética entre acessos de 288 quiabo mantidos no Banco de Germoplasma da Universidade Estadual do Norte 289 Fluminense (UENF), observaram que assim como neste trabalho, os descritores 290 quantitativos foram eficientes na discriminação dos acessos, porém, não foram 291 capazes de classificar corretamente as espécies, assim como não houve uma 292 associação entre a diversidade genética e ecogeográfica entre os acessos. Os 293 mesmos autores citam que um dos motivos para isso, pode ser o fato de que estas 294 características são controladas por muitos genes, sendo muito afetadas por fatores 295 ambientais. 296 Assim observa-se que o uso de descritores morfológicos permitiu identificar a 297 existência de variabilidade entre e dentro das espécies de araçá estudadas da 298 região semiárida baiana, assim como identificar os descritores mais importantes 299 para caracterização dos acessos, constituindo-se em ferramentas de grande 300 importância em futuros trabalhos de melhoramento da espécie de araçá e de seus 301 parentes cultivados comercialmente. 302 Por outro lado, o araçá poderá ser atrativo para uso direto, para o consumo in 303 natura em condições de sequeiro. Um dos atributos importantes, nessas condições, 304 poderá ser o teor de vitamina C. Esse caráter foi avaliado e foi encontrada uma 305 grande variação nos seus teores entre os acessos de araçá (Tabela 4). 306 A espécie P. schenckianum apresentou a maior variação no teor de Vitamina 307 C, com teores variando de 63,36 a 607,2 mg/100g de polpa. Este maior valor foi 308 verificado em um acesso de Uauá, e o menor em um acesso do município de Morro 309 do Chapéu. Também foi observado que houve variação nos teores de vitamina C 310 entre os acessos da mesma região, entre regiões, assim como entre espécies e 38 311 dentro de uma mesma espécie (Tabela 4). É importante observar que três acessos 312 da espécie P. schenckianum coletados em Morro do Chapéu em uma distância 313 próxima apresentaram uma variação no teor de vitamina C de 63 mg a 200mg/100g 314 de polpa. Em Campo Formoso a amplitude dos teores de vitamina C na espécie P. 315 guineense variaram de 105,60 a 369,6 mg/100g de polpa. Em Jacobina, para a 316 mesma espécie os teores variaram de 95 a 248 mg/100g de polpa. Esses dados dão 317 indício de variação intrínseca do acesso, podendo ter causa genética, embora 318 podendo ser influenciada pelo ambiente. Teixeira et al. (2004) estudaram a variação 319 entre populações de camu-camu oriundas de Iquitos (Peru), Vatumã (Amazonas) e 320 de Boa Vista (Roraima) por meio de izoenzimas e observaram que a ampla variação 321 encontrada entre as diferentes populações de camu-camu (teores de Vitamina C de 322 934 a 6112 mg/100g de polpa) se deve em parte a diferenças genéticas, podendo 323 ser o caso que está ocorrendo com o araçá estudado no presente trabalho. Lopes 324 (2009) avaliou os teores de vitamina C em três espécies de mirtáceas (cerejeira-do- 325 mato, pitangueira e grumixameira) por três anos consecutivos e observou que houve 326 diferença apenas para uma das espécies (grumixameira) no primeiro ano; nos dois 327 anos seguintes permaneceu o mesmo valor de vitamina C, podendo ser um descritor 328 que não sofre tanta influencia do ambiente. 329 Os teores de vitamina C encontrados nos acessos coletados no semiárido 330 baiano foram equivalentes ou superiores aos encontrados até o momento para o 331 gênero Psidium. Em outros trabalhos foram encontrados teores de Vitamina C de 332 389,34 mg/100g de polpa em araçá-pêra (Psidium acutangulum D. C.) na região 333 Amazônica (ANDRADE et al., 1993) e de 60,98mg/100g de polpa (WILLE et al., 334 2004) trabalhando com a mesma espécie no estado do Paraná. Os mesmos autores 335 consideram que a variação encontrada dentro da mesma espécie de araçá-pêra 336 pode estar relacionada com as diferentes condições climáticas, de umidade e 337 características de solo entre a região Amazônica e o estado do Paraná. Além disso, 338 deve se levar em conta as características intrínsecas de cada acesso, que apesar de 339 pertencerem à mesma espécie são acessos diferentes, como foi evidenciado neste 340 trabalho. 341 Os teores de vitamina C encontrados em diferentes variedades de goiaba 342 cultivadas no Submédio São Francisco apresentaram uma amplitude de 52,8 a 210 343 mg/100g de polpa (LIMA et al., 2002) e, portanto, apresentando valores inferiores 344 aos encontrados para vários acessos de araçazeiros coletados no Semiárido baiano. 39 345 Dessa forma, a variação encontrada dentro da espécie de araçá pode ser 346 explicada também pelo fato de que estas espécies estão distribuídas em diferentes 347 regiões do Brasil apresentando diferentes condições climáticas, geográficas e 348 ambientais. Segundo Peuckert et al. (2010) existem vários fatores que podem 349 contribuir para a disparidade de dados encontrados na literatura, dentre eles o tipo 350 de solo, o estádio de maturação da fruta, tempo de armazenamento e dos processos 351 pós-colheita aos quais a fruta foi submetida até o momento da determinação do teor 352 de vitamina C. 353 Conclusões 354 355 356 357 358 359 360 361 1- A região semiárida baiana estudada apresenta diversidade em araçá, apresentando variabilidade genética entre os acessos. 2- As características de maior importância para a divergência genética foram massa de fruto e índice de maturação. 3- Os acessos coletados na região semiárida baiana apresentaram grande variação para os teores de Vitamina C. 362 Agradecimentos 363 364 365 366 Os autores agradecem a FAPESB pela concessão de bolsa de mestrado, a UNEB pela infraestrutura, a equipe de trabalho e a EBDA pelo auxílio no desenvolvimento da pesquisa. 367 368 369 370 371 372 373 374 40 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400 401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 Referências ANDRADE, J. S.; ARAGÃO, C. G.; FERREIRA, S. A. N. Caracterização física e química dos frutos de araçá pêra (Psidium acutangulum D.C.). Acta Amazônica, Manaus, v. 23, n. 2-3, p. 213-217, 1993. ARAÚJO, F. P. de. Caracterização da variabilidade morfoagronômica de maracujazeiro (Passiflora cincinnata Mast.) no semi-árido brasileiro. 2007. 94 f. Tese (Doutorado em Horticultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu-SP. ARAÚJO, F. P.; SILVA, N.; QUEIROZ, M. A. Divergência genética entre acessos de passiflora cincinnata mast com base em descritores morfoagronômicos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 30, n. 3, p. 723-730, 2008 ASSOCIATION OF OFFICIAL AGRICULTURAL CHEMISTS. Official methods of analysis of the Association of the Agricultural Chemists. 12th ed. Washington, DC, 1992. BARRUETO CID, L. P.; CARNEIRO, R. Embrapa investe em técnicas de biotecnologia para controlar nematóide da goiabeira. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Brasília, DF, 2007. Disponível em: <http://www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/am2007/trabalhos/clicnews1107 07.pdf>. Acesso em: 19 outubro 2010. CARDOSO-SILVA, C. B.; MELO, J. R. F.; PEREIRA, A. S.; CERQUEIRA-SILVA, C. B. M.; OLIVEIRA, A. C. Estudo da diversidade genética mediante caracterização físico-química de frutos de maracujazeiros-do-sono nativos do estado da Bahia. Magistra, Cruz das Almas-BA, v. 19, n. 4, p. 352-358, out./dez., 2007. CARDOSO, R. D. L. Caracterização morfológica e citológica de gérbera: subsídio para o melhoramento genético. 2007. 175f. Dissertação (mestrado em agronomia). Universidade de Passo Fundo - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Programa de Pós Graduação em Agronomia - Área de Concentração Produção Vegetal, Passo Fundo. CARVALHO, P. C. L. ; SOARES FILHO, W. S.; RITZINGER, R.; CARVALHO, J. A. B. S. Conservação de germoplasma de fruteiras tropicais com a participação do agricultor. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 23, n. 3, p. 730734, dezembro 2001. CRUZ, C. D. Programa Genes: biometria. Viçosa: Ed. da UFV, 2006. CRUZ, C. D.; CARNEIRO, P. C. S. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético, Viçosa, MG, UFV, vol. 2, cap. 6, 357-434 p., 2003. CRUZ, C. D.; REGAZZI, A. J.; CARNEIRO, P. C. S. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético, Viçosa, MG, UFV, v. 1, , 480 p., 2004. 41 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 DANNER, M. A.; RASEIRA, M. C. B.; SASSO, S. A. Z.; CITADIN, I.; SCARIOT, S. Repetibilidade de caracteres de fruto em araçazeiro e pitangueira. Ciência Rural, Santa Maria, v.40 n.10 , 2010. FRANZON, R. C. Caracterização de mirtáceas nativas do sul do Brasil. 2004. 114f. Dissertação (Mestrado em Fruticultura de Clima Temperado) – Faculdade de Agronomia, Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. FRANZON, R. C.; CAMPOS, L. Z. O; PRENÇA; C. E. B.; SILVA, J. C. S. Araçás do gênero Psidium: principais espécies, ocorrência, descrição e usos. Documentos- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Cerrados, Planaltina-DF, 2009. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas, métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 3. ed. São Paulo, v.1, 371p., 1985. LANDRUM, L. R.; FUNCH, L. S.Two new species of Psidium (Myrtaceae) from Bahia, Brazil. NOVON, v.18: p.74–77, 2008. LIMA, M. A. C.; ASSIS, J. S.; GONZAGA NETO, L. Caracterização dos frutos de goiabeira e seleção de cultivares na região do submédio são francisco. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.24 n.1, 2002. LOPES, P. Z. Propagação vegetativa e interação com endomicorrizas arbusculares em mirtáceas nativas do sul do Brasil. 2009. 120p. Tese (Doutorado em Fitotecnia – área de concetração- Fitossanidade ) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia – programa de pós graduação em fitotecnia. Porto Alegre – RS, Brasil. MARTINELLO, G. E.; LEAL, N. R.; AMARAL JÚNIOR, A. T.; PEREIRA, M. G.; DAHER, R. F. Divergência genética em acessos de quiabeiro com base em marcadores morfológicos. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 20, n. 1, p. 52–58, 2001. PEUCKERT , Y. P.; VIERA, V. B.; HECKTHEUER, L. H. R.; MARQUES, C. T.; ROSA, C. S. Caracterização e aceitabilidade de barras de cereais adicionadas de proteína texturizada de soja e camu-camu (Myrciaria dúbia). Revista de Alimentos e Nutrição, Araraquara v.21, n.1, p. 149-154, 2010 PINTO, G. C. Recursos genéticos de fruteiras nativas na região nordeste do Brasil. In: QUEIROZ, M. A. de; NASCIMENTO, C. E. de S.; SILVA, C. M. M de; LIMA, J. L. Fruteiras nativas do semi-árido: algumas reflexões sobre os recursos genéticos. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE RECURSOS GENÉTICOS DE FRUTEIRAS NATIVAS, 1992, Cruz das Almas, Anais ... Cruz das Almas: Embrapa – CNPMF, p-87-92, 1993. SANTOS, C. A. F.; CASTRO, J. M. C.; SOUZA, F. F.; VILARINHO, A. A.; FERREIRA, F. R.; PÁDUA, J. G.; BORGES, R. M. E.; BARBIERI, R. L.; SOUZA, A. G. C.; RODRIGUES, M. A. Preliminary characterization of Psidium germplasm in 42 473 474 475 476 477 478 479 480 481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 495 different Brazilian ecogeographic regions. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 43, n. 3, p 437-440, 2008. SILVA, M. L.; QUEIROZ, M. A.; FERREIRA, M. A. J. F.; BUSO, S. C. Caracterização morfológica e molecular de acessos de melancia. Horticultura Brasileira, Brasília. V.24, n.4, p. 405-409, 2006. SNEATH, P. H.; SOKAL, A. R. R. Numerical taxonomy. San Francisco: Freeman, 573p.,1973. TEIXERA, A. S.; CHAVES, L. S.; YUYAMA, K. Estereses for examining the population structure of camu-camu (Myrciaria dúbia (Kunth) McVough-Myrtaceae). Acta Amazônica. Manaus, V. 34, n. 1, 2004. WILLE , G. M. F. C. ; MACEDO, R. E. F.; MASSON, M. L.; STERTZ, S. C.; CELLUPI NETO, R.; LIMA, J. M. Desenvolvimento de tecnologia para a fabricação de doce em massa com araçá-pêra (Psidium acutangulum D. C.) para o pequeno produtor. Ciências e Agrotecnologia, Lavras, v. 28, n. 6, p. 1360-1366, 2004. Tabela 1. Relação dos acessos de araçá, locais de coleta, espécie e variação de altitudes. Juazeiro/BA, 2011. Local de coleta Espécie Nº de acessos Acessos P. schenckianum Kiarsk. 10 P. guineense Sev. 23 Psidium grandifolium Mart ex DC. 1 Y44 676 Jacobina P. guineense Sev. 9 Y57; Y58; Y59; Y60; Y61Y95; Y96; Y97; Y98 426 - 469 Morro do Chapéu Jaguarari Senhor do Bonfim P. schenckianum Kiarsk. P. guineense Sev. 3 Y100; Y101; Y102 3 Y21;Y23; Y26 1 Y93 Uauá Campo Formoso P. guineense Sev. Y01; Y02; Y03; Y04; Y06; Y07; Y08; Y10; Y11;Y12 Y13; Y14; Y15; Y16; Y18; Y19;Y40; Y43; Y46; Y48; Y49;Y81 Y82; Y83; Y84; Y85; Y86; Y87; Y88;Y89; Y90; Y91; Y92 Altitudes (m) 581 - 730 659 - 889 1031 - 1032 892 - 978 535 496 497 498 499 500 501 502 503 43 504 505 506 507 508 Tabela 2. Agrupamento, pelo método de otimização de Tocher, de 50 acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro-BA, 2011. GRUPOS ACESSOS Y11 Y12 Y08 Y10 Y06 Y04 Y02 Y01 Y07 Y03 Y59 Y60 Y26 Y95 Y96 Y14 Y98 Y43 Y58 Y46 Y40 I Y48 Y18 Y15 Y13 Y93 Y90 Y83 Y85 Y86 Y92 Y84 Y23 Y91 Y81 Y19 Y87 Y44 Y61 Y82 Y88 Y101 II Y101 Y102 III Y16 Y89 IV Y49 V Y57 VI Y21 Y97 44 509 510 511 512 Tabela 3. Importância relativa dos descritores analisados em acessos de araçá. Para estimar a divergência genética, em ordem decrescente de importância. Juazeiro- BA, 2011. DESCRITOR VALOR (%) Porte da planta (PP) 0,0012 I.C. verde das folhas (ICVF) 0,0041 Cor da casca do fruto (CCF) 0,0006 Formato do tronco (FT) 0,004 Morfologia floral (MFL) 0,0005 Massa de fruto (MF) 56,88 Diâmetro longitudinal do fruto (DL) 0,01 Diâmetro transversal do fruto(DT) 0,0079 Formato do fruto (FF) 0,0004 Sólidos Solúveis (SS) 0,1201 Acidez Titulável (AT) 0,0113 Índice de maturação (IM) 42,9625 513 514 515 516 517 518 519 520 521 522 523 524 525 526 527 528 529 530 531 532 533 534 535 536 537 45 538 539 540 Tabela 4. Teores de Vitamina C (VC) em diferentes acessos (AC) de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro- BA, 2011. AC ESPÉCIE LOCAL DE COLETA VC AC ESPÉCIE LOCAL DE COLETA (mg/100g de polpa Y01 P. schenckianum Uauá Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso (mg/100g de polpa) 607,2 Y84 P. guineense 158,44 Y85 P. guineense 184,80 Y86 P. guineense 290,40 Y87 P. guineense 184,80 Y88 P. guineense 211,20 Y89 P. guineense 369,60 Y90 P. guineense 290,40 Y91 P. guineense 248,60 Y92 P. guineense Y15 P. guineense Y16 P. guineense Y40 P. guineense Y43 P. guineense Y44 P. grandifolium Y46 P. guineense Y48 P. guineense Y49 P. guineense Y52 P. guineense Jacobina 248,00 Y93 P. guineense Y57 Y58 Y59 Y60 P. guineense P. guineense P. guineense P. guineense Jacobina Jacobina Jacobina Jacobina 242,90 200,60 100,30 279,80 Y95 Y96 Y97 Y98 P. guineense P. guineense P. guineense P. guineense Y61 P. guineense Jacobina 211,20 Y100 P. schenckianum Y81 P. guineense 264,00 Y101 P. schenckianum Y82 P. guineense 184,80 Y102 P. schenckianum Y83 P. guineense 132,00 - - Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso VC Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Senhor do Bonfim Jacobina Jacobina Jacobina Jacobina Morro do Chapéu Morro do Chapéu Morro do Chapéu - 211,20 105,60 200,64 105,60 211,20 232,30 343,20 264,00 343,20 227,04 168,96 95,040 195,36 237,60 63,360 168,96 200,64 - 541 46 542 543 544 545 546 Figura 1. Dendrograma de dissimilaridades obtido pelo método do UPGMA (Unweighted Pair Group Using na Arithmetic Average) com base na distância Euclidiana média a partir dos 12 descritores morfológicos avaliados em 50 acessos de araçá dos municípios de Uauá (UA), Campo Formoso (CF), Jacobina (JC), Jaguarari (JG), Morro do Chapéu (MC) e Senhor do Bonfim (SB) com a identificação das espécies, onde 1- P. guineense, 2- P. schenckianum e 3- P. grandifolium. Juazeiro - BA, 2011. 47 547 548 549 550 551 552 553 ANEXOS 554 555 556 557 558 559 560 561 562 563 564 48 565 566 567 Quadro 1. Relação dos acessos de araçá, espécies e seus respectivos locais de coleta, coordenadas geográficas e altitudes. Juazeiro/BA, 2011. Acessos Espécies Local de coleta Y01 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y02 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y03 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y04 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y06 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y07 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y08 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y10 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y11 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y12 P. schenckianum Kiarsk. Uauá Y13 P. guineense Sev. Y14 P. guineense Sev. Y15 P. guineense Sev. Y16 P. guineense Sev. Y18 P. guineense Sev. Y19 P. guineense Sev. Y21 P. guineense Sev. Jaguarari Y23 P. guineense Sev. Jaguarari Y26 P. guineense Sev. Jaguarari Y40 P. guineense Sev. Y43 P. guineense Sev. Y44 Psidium cf. grandifolium Mart ex DC. Y46 P. guineense Sev. Y48 P. guineense Sev. Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Coord. Geográficas S 09°43`10.7`` e W 039° 37` 56.8`` S 09°42`41.0`` e W 39° 38` 28.0`` S 09°42`40.4`` e W 39° 38` 29.0`` S 09°42`68.3`` e W 39° 38` 47.1`` S 09°42`69.6`` e W 39° 38` 46.4`` S 09°42`44.3`` e W 39° 38` 42.5`` S 09°42`44.1`` e W 39° 38` 42.7`` S 09°42`46.7`` e W 39° 38` 25.5`` S 09°42`47.6`` e W 39° 38` 49.1`` S 09°42`47.7`` e W 39° 38` 42.1`` S 10°29`32.1`` e W 040° 17` 28.5`` S 10°29`19.1`` e W 040° 17`40.7`` S 10°29`11.5`` e W 040° 17` 24.4`` S 10°29`11.3`` e W 040° 17` 22.4`` S 10°26`26.8`` e W 040° 17` 18.4`` S 10°26`29.3`` e W 040° 17` 20.1`` S 10°14`08.4`` e W 040°14`33.8`` S 10°14`30.7`` e W 040°14`76.7`` S 10°14`23.2`` e W 040°14`38.8`` S 10°29`18.9`` e W 040° 17` 16.5`` S 10°29`08.3`` e W 040° 17` 23.4`` S 10°29`04.2`` e W 040° 17` 27.8`` S 10°36`72.5`` e W 040° 26` 84.8`` S 10°36`73.3`` e W 040° 26` 85.8`` Altitudes (metros) 581 729 730 728 721 693 697 679 691 690 688 661.4 679 675 772 777 937 892 978 683 660 676 882 889 49 Quadro 1 Acessos Espécies Local de coleta Campo Formoso Y49 P. guineense Sev. Y57 P. guineense Sev. Jacobina Y58 P. guineense Sev. Jacobina Y59 P. guineense Sev. Jacobina Y60 P. guineense Sev. Jacobina Y61 P. guineense Sev. Jacobina Y81 P. guineense Sev. Y82 P. guineense Sev. Y83 P. guineense Sev. Y84 P. guineense Sev. Y85 P. guineense Sev. Y86 P. guineense Sev. Y87 P. guineense Sev. Y88 P. guineense Sev. Y89 P. guineense Sev. Y90 P. guineense Sev. Y91 P. guineense Sev. Y92 P. guineense Sev. Y93 P. guineense Sev. Y95 P. guineense Sev. Jacobina Y96 P. guineense Sev. Jacobina Y97 P. guineense Sev. Jacobina Y98 P. guineense Sev. Jacobina Y100 P. schenckianum Kiarsk. Y101 P. schenckianum Kiarsk. Y102 P. schenckianum Kiarsk. Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Campo Formoso Senhor do Bonfim Morro do Chapéu Morro do Chapéu Morro do Chapéu Coord. Geográficas S 10°36`73.5`` e W 040° 26` 85.7`` S 11°14`01.0`` e W 040° 35`08.5`` S 11°11`021`` e W 040° 27`002`` S 11°10`70.8`` e W 040° 26`99.8`` S 11°10`67.2`` e W 040° 27`04.4`` S 11°10`70.4`` e W 040° 26`97.2`` S 10°29`19.0`` e W 040° 17` 16.7`` S 10°29`19.0`` e W 040° 17` 16.7`` S 10°29`19.0`` e W 040° 17` 16.2`` S 10°29`19.0`` e W 040° 17` 16.3`` S 10°29`19.0`` e W 040° 17` 25.8`` S 10°29`12.3`` e W 040° 17` 24.9`` S 10°29`12.3`` e W 040° 17` 25.0`` S 10°29`11.9`` e W 040° 17` 24.5`` S 10°29`13.5`` e W 040° 17` 25.2`` S 10°29`15.5`` e W 040° 17` 24.1`` S 10°29`15.5`` e W 040° 17` 23.9`` S 10°36`39.5`` e W 040° 26` 49.8`` S 10°21`33.8`` e W 040° 09` 58.9`` S 11°11`41.4`` e W 040°27` 24.6`` S 11°11`70.0`` e W 040°27` 41.3`` S 11°11`66.2`` e W 040°27` 39.0`` S 11°09`46.8`` e W 040°26` 76.5`` S 11°39`41.9`` e W 041°07` 72.0`` S 11°39`41.8`` e W 041°07` 72.8`` S 11°39`41.9`` e W 041°07` 72.9`` Altitudes (metros) 887 469 426 449 446 447 692 689 691 693 668 664 664 662 663 659 661 873 535 450 449 450 468 1035 1031 1032 50 568 569 570 Quadro 2- Medidas de dissimilaridade entre acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro, BA, 2011. Pares de acessos Y01-Y02 Y01-Y03 Y01-Y04 Y01-Y06 Y01-Y07 Y01-Y08 Y01-Y10 Y01-Y11 Y01-Y12 Y01-Y13 Y01-Y14 Y01-Y15 Y01-Y16 Y01-Y18 Y01-Y19 Y01-Y21 Y01-Y23 Y01-Y26 Y01-Y40 Y01-Y43 Y01-Y44 Y01-Y46 Y01-Y48 Y01-Y49 Y01-Y57 Y01-Y58 Y01-Y59 Y01-Y60 Y01-Y61 Y01-Y81 Y01-Y82 Y01-Y83 Y01-Y84 Y01-Y85 Y01-Y86 Y01-Y87 Y01-Y88 Y01-Y89 Y01-Y90 Y01-Y91 Y01-Y92 Y01-Y93 Y01-Y95 Y01-Y96 Y01-Y97 Y01-Y98 571 D* 13,55 43,6 18,62 19,02 1,91 43,57 41,27 47,18 39,05 20,36 15,05 11,04 41,08 21,99 16,64 2,58 17,57 17,8 22,84 24,44 11 16,71 26,75 26,42 11,24 21,17 9,95 14,19 11,53 44,63 45,18 40,01 42,88 40,37 45,2 29,15 41,84 51,55 37,13 54,46 41,82 19,3 9,88 10,48 15,55 12,47 Pares de acessos Y01-Y100 Y01-Y101 Y01-Y102 Y02-Y03 Y02-Y04 Y02-Y06 Y02-Y07 Y02-Y08 Y02-Y10 Y02-Y11 Y02-Y12 Y02-Y13 Y02-Y14 Y02-Y15 Y02-Y16 Y02-Y18 Y02-Y19 Y02-Y21 Y02-Y23 Y02-Y26 Y02-Y40 Y02-Y43 Y02-Y44 Y02-Y46 Y02-Y48 Y02-Y49 Y02-Y57 Y02-Y58 Y02-Y59 Y02-Y60 Y02-Y61 Y02-Y81 Y02-Y82 Y02-Y83 Y02-Y84 Y02-Y85 Y02-Y86 Y02-Y87 Y02-Y88 Y02-Y89 Y02-Y90 Y02-Y91 Y02-Y92 Y02-Y93 Y02-Y95 Y02-Y96 D* 34,55 7,91 3,75 30,06 5,04 5,58 13,54 30,04 27,72 33,65 25,53 26,85 22,94 19,52 45,11 28,23 24,57 14,9 25,03 24,06 28,81 29,66 20,08 24,4 31,66 32,18 17,95 27,58 16,83 21,78 20,5 48,2 48,45 43,79 46,41 44,46 48,73 34,23 45,92 54,76 41,14 57,68 45,82 25,56 19,5 19,95 Pares de acessos Y02-Y97 Y02-Y98 Y02-Y100 Y02-Y101 Y02-Y102 Y03-Y04 Y03-Y06 Y03-Y07 Y03-Y08 Y03-Y10 Y03-Y11 Y03-Y12 Y03-Y13 Y03-Y14 Y03-Y15 Y03-Y16 Y03-Y18 Y03-Y19 Y03-Y21 Y03-Y23 Y03-Y26 Y03-Y40 Y03-Y43 Y03-Y44 Y03-Y46 Y03-Y48 Y03-Y49 Y03-Y57 Y03-Y58 Y03-Y59 Y03-Y60 Y03-Y61 Y03-Y81 Y03-Y82 Y03-Y83 Y03-Y84 Y03-Y85 Y03-Y86 Y03-Y87 Y03-Y88 Y03-Y89 Y03-Y90 Y03-Y91 Y03-Y92 Y03-Y93 Y03-Y95 D* 23,45 20,62 21,07 14,39 16,89 25 24,75 43,53 2,55 2,86 4,43 5,31 51,56 49,63 47,3 63,35 52,4 50,96 44,76 50,96 49,24 52,51 52,48 48,11 50,65 53,69 55,03 45,18 52,07 44,47 48,52 48,37 65,27 65,02 61,9 63,71 62,9 65,63 55,89 64,1 70,27 60,05 72,82 63,91 50,37 47,88 Pares de acessos Y03-Y96 Y03-Y97 Y03-Y98 Y04-Y06 Y04-Y07 Y04-Y08 Y04-Y10 Y04-Y11 Y04-Y12 Y04-Y13 Y04-Y14 Y04-Y15 Y04-Y16 Y04-Y18 Y04-Y19 Y04-Y21 Y04-Y23 Y04-Y26 Y04-Y40 Y04-Y43 Y04-Y44 Y04-Y46 Y04-Y48 Y04-Y49 Y04-Y57 Y04-Y58 Y04-Y59 Y04-Y60 Y04-Y61 Y04-Y81 Y04-Y82 Y04-Y83 Y04-Y84 Y04-Y85 Y04-Y86 Y04-Y87 Y04-Y88 Y04-Y89 Y04-Y90 Y04-Y91 Y04-Y92 Y04-Y93 Y04-Y95 Y04-Y96 Y04-Y97 Y04-Y98 D* 48,18 50,06 47,99 1,46 18,56 25 22,67 28,62 20,5 30,48 27,06 23,91 47,53 31,74 28,63 19,92 28,97 27,76 32,24 32,85 24,55 28,41 34,69 35,44 22,13 31,17 21,13 25,89 24,93 50,42 50,57 46,16 48,65 46,91 50,92 37,23 48,33 56,75 43,63 59,63 48,22 29,19 24,08 24,49 27,56 24,9 Continua....... 51 572 Quadro 2, Cont. Pares de acessos Y04-Y100 Y04-Y101 Y04-Y102 Y06-Y07 Y06-Y08 Y06-Y10 Y06-Y11 Y06-Y12 Y06-Y13 Y06-Y14 Y06-Y15 Y06-Y16 Y06-Y18 Y06-Y19 Y06-Y21 Y06-Y23 Y06-Y26 Y06-Y40 Y06-Y43 Y06-Y44 Y06-Y46 Y06-Y48 Y06-Y49 Y06-Y57 Y06-Y58 Y06-Y59 Y06-Y60 Y06-Y61 Y06-Y81 Y06-Y82 Y06-Y83 Y06-Y84 Y06-Y85 Y06-Y86 Y06-Y87 Y06-Y88 Y06-Y89 Y06-Y90 Y06-Y91 Y06-Y92 Y06-Y93 Y06-Y95 Y06-Y96 Y06-Y97 Y06-Y98 Y06-Y100 573 D* 16,09 18,84 21,92 18,96 24,62 22,33 28,27 20,13 31,37 27,89 24,71 48,47 32,63 29,47 20,46 29,81 28,62 33,12 33,74 25,19 29,22 35,58 36,35 22,8 32,03 21,88 47,07 49,56 47,84 51,84 47,07 49,56 47,84 51,84 38,1 49,25 57,68 44,55 60,56 49,15 30,04 24,81 25,23 28,35 25,66 15,81 Pares de acessos Y06-Y101 Y06-Y102 Y07-Y08 Y07-Y10 Y07-Y11 Y07-Y12 Y07-Y13 Y07-Y14 Y07-Y15 Y07-Y16 Y07-Y18 Y07-Y19 Y07-Y21 Y07-Y23 Y07-Y26 Y07-Y40 Y07-Y43 Y07-Y44 Y07-Y46 Y07-Y48 Y07-Y49 Y07-Y57 Y07-Y58 Y07-Y59 Y07-Y60 Y07-Y61 Y07-Y81 Y07-Y82 Y07-Y83 Y07-Y84 Y07-Y85 Y07-Y86 Y07-Y87 Y07-Y88 Y07-Y89 Y07-Y90 Y07-Y91 Y07-Y92 Y07-Y93 Y07-Y95 Y07-Y96 Y07-Y97 Y07-Y98 Y07-Y100 Y07-Y101 Y07-Y102 D* 19,6 22,34 43,55 41,22 47,18 39,05 21,9 16,55 12,51 42,66 23,56 18,15 3,88 19,13 19,38 24,44 26,04 12,72 18,29 28,36 27,98 13 22,76 11,59 15,75 13,07 46,24 46,81 41,62 44,5 41,97 46,82 30,79 43,45 53,15 38,74 56,06 43,42 20,91 11,37 11,98 17,13 14,07 34,62 9,42 3,45 Pares de acessos Y08-Y10 Y08-Y11 Y08-Y12 Y08-Y13 Y08-Y14 Y08-Y15 Y08-Y16 Y08-Y18 Y08-Y19 Y08-Y21 Y08-Y23 Y08-Y26 Y08-Y40 Y08-Y43 Y08-Y44 Y08-Y46 Y08-Y48 Y08-Y49 Y08-Y57 Y08-Y58 Y08-Y59 Y08-Y60 Y08-Y61 Y08-Y81 Y08-Y82 Y08-Y83 Y08-Y84 Y08-Y85 Y08-Y86 Y08-Y87 Y08-Y88 Y08-Y89 Y08-Y90 Y08-Y91 Y08-Y92 Y08-Y93 Y08-Y95 Y08-Y96 Y08-Y97 Y08-Y98 Y08-Y100 Y08-Y101 Y08-Y102 Y10-Y11 Y10-Y12 Y10-Y13 D* 2,47 3,74 4,57 51,74 49,78 47,44 63,61 52,57 51,11 44,81 51,1 49,39 52,76 52,65 48,08 50,75 53,84 55,23 45,14 52,21 44,53 48,64 48,46 65,49 65,22 62,11 63,92 63,13 65,86 56,03 64,31 70,54 60,26 73,09 64,15 50,49 47,98 48,28 50,15 48,06 9,26 42,72 46,91 6,07 2,58 49,67 Pares de acessos Y10-Y14 Y10-Y15 Y10-Y16 Y10-Y18 Y10-Y19 Y10-Y21 Y10-Y23 Y10-Y26 Y10-Y40 Y10-Y43 Y10-Y44 Y10-Y46 Y10-Y48 Y10-Y49 Y10-Y57 Y10-Y58 Y10-Y59 Y10-Y60 Y10-Y61 Y10-Y81 Y10-Y82 Y10-Y83 Y10-Y84 Y10-Y85 Y10-Y86 Y10-Y87 Y10-Y88 Y10-Y89 Y10-Y90 Y10-Y91 Y10-Y92 Y10-Y93 Y10-Y95 Y10-Y96 Y10-Y97 Y10-Y98 Y10-Y100 Y10-Y101 Y10-Y102 Y11-Y12 Y11-Y13 Y11-Y14 Y11-Y15 Y11-Y16 Y11-Y18 Y11-Y19 D* 47,61 45,21 61,95 50,54 48,96 42,49 48,98 47,29 50,75 50,68 45,9 48,62 51,93 53,27 42,99 50,16 42,32 46,47 46,24 63,93 63,7 60,47 62,34 61,46 64,31 54,16 62,68 69,09 58,56 71,68 62,51 48,43 45,73 46,05 48,01 45,88 7,12 40,47 44,58 8,14 54,71 52,96 50,74 65,78 55,48 54,24 Continua........ 52 574 Quadro 2, Cont. Pares de acessos Y11-Y21 Y11-Y23 Y11-Y26 Y11-Y40 Y11-Y43 Y11-Y44 Y11-Y46 Y11-Y48 Y11-Y49 Y11-Y57 Y11-Y58 Y11-Y59 Y11-Y60 Y11-Y61 Y11-Y81 Y11-Y82 Y11-Y83 Y11-Y84 Y11-Y85 Y11-Y86 Y11-Y87 Y11-Y88 Y11-Y89 Y11-Y90 Y11-Y91 Y11-Y92 Y11-Y93 Y11-Y95 Y11-Y96 Y11-Y97 Y11-Y98 Y11-Y100 Y11-Y101 Y11-Y102 Y12-Y13 Y12-Y14 Y12-Y15 Y12-Y16 Y12-Y18 Y12-Y19 Y12-Y21 Y12-Y23 Y12-Y26 Y12-Y40 Y12-Y43 Y12-Y44 575 D* 48,36 54,19 52,42 55,62 55,42 51,39 53,87 56,52 57,98 48,4 55,14 47,83 51,82 51,75 67,5 67,18 64,28 65,97 65,32 67,85 58,64 66,46 72,32 62,54 74,81 66,29 53,48 51,33 51,62 53,31 51,31 12,69 46,09 50,53 47,42 45,34 42,94 59,9 48,28 46,68 40,27 46,7 45,01 48,49 48,45 43,55 Pares de acessos Y12-Y46 Y12-Y48 Y12-Y49 Y12-Y57 Y12-Y58 Y12-Y59 Y12-Y60 Y12-Y61 Y12-Y81 Y12-Y82 Y12-Y83 Y12-Y84 Y12-Y85 Y12-Y86 Y12-Y87 Y12-Y88 Y12-Y89 Y12-Y90 Y12-Y91 Y12-Y92 Y12-Y93 Y12-Y95 Y12-Y96 Y12-Y97 Y12-Y98 Y12-Y100 Y12-Y101 Y12-Y102 Y13-Y14 Y13-Y15 Y13-Y16 Y13-Y18 Y13-Y19 Y13-Y21 Y13-Y23 Y13-Y26 Y13-Y40 Y13-Y43 Y13-Y44 Y13-Y46 Y13-Y48 Y13-Y49 Y13-Y57 Y13-Y58 Y13-Y59 Y13-Y60 D* 46,32 49,71 51,06 40,63 47,89 40,01 44,18 43,95 61,91 61,68 58,39 60,29 59,39 62,29 51,94 60,6 67,16 56,45 69,78 60,45 46,14 43,45 43,76 45,71 43,57 4,75 38,19 42,41 5,46 9,42 20,87 1,72 4,21 18,09 3,06 2,88 2,75 4,57 10,02 14 6,88 6,11 10,19 1,35 10,92 6,18 Pares de acessos Y13-Y61 Y13-Y81 Y13-Y82 Y13-Y83 Y13-Y84 Y13-Y85 Y13-Y86 Y13-Y87 Y13-Y88 Y13-Y89 Y13-Y90 Y13-Y91 Y13-Y92 Y13-Y93 Y13-Y95 Y13-Y96 Y13-Y97 Y13-Y98 Y13-Y100 Y13-Y101 Y13-Y102 Y14-Y15 Y14-Y16 Y14-Y18 Y14-Y19 Y14-Y21 Y14-Y23 Y14-Y26 Y14-Y40 Y14-Y43 Y14-Y44 Y14-Y46 Y14-Y48 Y14-Y49 Y14-Y57 Y14-Y58 Y14-Y59 Y14-Y60 Y14-Y61 Y14-Y81 Y14-Y82 Y14-Y83 Y14-Y84 Y14-Y85 Y14-Y86 Y14-Y87 D* 9,01 24,57 25,26 19,98 22,88 20,2 25,14 9,14 21,69 31,47 17,07 34,34 21,64 1,8 10,72 10,15 5,12 7,95 42,73 13,48 21,11 4,1 26,33 7,12 1,77 12,72 2,64 3,58 8,09 9,9 5,11 2,08 12,23 11,51 6,06 6,37 6,3 1,33 3,63 30,02 30,69 25,42 28,32 25,65 30,59 14,52 Pares de acessos Y14-Y88 Y14-Y89 Y14-Y90 Y14-Y91 Y14-Y92 Y14-Y93 Y14-Y95 Y14-Y96 Y14-Y97 Y14-Y98 Y14-Y100 Y14-Y101 Y14-Y102 Y15-Y16 Y15-Y18 Y15-Y19 Y15-Y21 Y15-Y23 Y15-Y26 Y15-Y40 Y15-Y43 Y15-Y44 Y15-Y46 Y15-Y48 Y15-Y49 Y15-Y57 Y15-Y58 Y15-Y59 Y15-Y60 Y15-Y61 Y15-Y81 Y15-Y82 Y15-Y83 Y15-Y84 Y15-Y85 Y15-Y86 Y15-Y87 Y15-Y88 Y15-Y89 Y15-Y90 Y15-Y91 Y15-Y92 Y15-Y93 Y15-Y95 Y15-Y96 Y15-Y97 D* 27,13 36,92 22,52 39,79 27,09 4,86 5,28 4,71 1,42 2,83 40,6 8,78 15,65 30,25 11,1 5,78 8,7 6,71 7,07 12,02 13,71 3,36 5,98 16,06 15,51 4,3 10,34 3,3 3,39 1,54 33,91 34,54 29,3 32,19 29,58 34,48 18,44 31,07 40,81 26,4 43,7 31,02 8,59 1,83 1,59 4,91 Continua.......... 53 576 Quadro 2, Cont. Pares de acessos Y15-Y98 Y15-Y100 Y15-Y101 Y15-Y102 Y16-Y18 Y16-Y19 Y16-Y21 Y16-Y23 Y16-Y26 Y16-Y40 Y16-Y43 Y16-Y44 Y16-Y46 Y16-Y48 Y16-Y49 Y16-Y57 Y16-Y58 Y16-Y59 Y16-Y60 Y16-Y61 Y16-Y81 Y16-Y82 Y16-Y83 Y16-Y84 Y16-Y85 Y16-Y86 Y16-Y87 Y16-Y88 Y16-Y89 Y16-Y90 Y16-Y91 Y16-Y92 Y16-Y93 Y16-Y95 Y16-Y96 Y16-Y97 Y16-Y98 Y16-Y100 Y16-Y101 Y16-Y102 Y18-Y19 Y18-Y21 Y18-Y23 Y18-Y26 Y18-Y40 Y18-Y43 577 D* 2,13 38,21 5,17 11,83 19,22 24,93 38,9 23,81 23,28 18,31 16,63 30,55 24,67 14,37 14,86 30,22 20,05 31,07 26,98 29,86 3,95 5,06 2,01 2,81 1,07 4,5 12,07 1,59 10,64 4,13 13,47 1,05 21,82 31,58 31,01 25,83 28,72 55,68 33,73 41,98 5,8 19,75 4,62 4,35 1,1 3,02 Pares de acessos Y18-Y44 Y18-Y46 Y18-Y48 Y18-Y49 Y18-Y57 Y18-Y58 Y18-Y59 Y18-Y60 Y18-Y61 Y18-Y81 Y18-Y82 Y18-Y83 Y18-Y84 Y18-Y85 Y18-Y86 Y18-Y87 Y18-Y88 Y18-Y89 Y18-Y90 Y18-Y91 Y18-Y92 Y18-Y93 Y18-Y95 Y18-Y96 Y18-Y97 Y18-Y98 Y18-Y100 Y18-Y101 Y18-Y102 Y19-Y21 Y19-Y23 Y19-Y26 Y19-Y40 Y19-Y43 Y19-Y44 Y19-Y46 Y19-Y48 Y19-Y49 Y19-Y57 Y19-Y58 Y19-Y59 Y19-Y60 Y19-Y61 Y19-Y81 Y19-Y82 Y19-Y83 D* 11,51 5,51 5,23 4,47 11,6 1,05 12,48 7,81 10,65 22,89 23,58 18,3 21,21 18,53 23,47 7,44 20 29,8 15,4 32,67 19,97 2,89 12,37 11,79 6,67 9,56 43,62 15,06 22,76 14,3 1,3 3,19 6,78 8,71 6,42 1,39 10,97 10,09 7,48 5,06 7,95 2,91 5,15 28,64 29,35 24,07 Pares de acessos Y19-Y84 Y19-Y85 Y19-Y86 Y19-Y87 Y19-Y88 Y19-Y89 Y19-Y90 Y19-Y91 Y19-Y92 Y19-Y93 Y19-Y95 Y19-Y96 Y19-Y97 Y19-Y98 Y19-Y100 Y19-Y101 Y19-Y102 Y21-Y23 Y21-Y26 Y21-Y40 Y21-Y43 Y21-Y44 Y21-Y46 Y21-Y48 Y21-Y49 Y21-Y57 Y21-Y58 Y21-Y59 Y21-Y60 Y21-Y61 Y21-Y81 Y21-Y82 Y21-Y83 Y21-Y84 Y21-Y85 Y21-Y86 Y21-Y87 Y21-Y88 Y21-Y89 Y21-Y90 Y21-Y91 Y21-Y92 Y21-Y93 Y21-Y95 Y21-Y96 Y21-Y97 D* 26,98 24,26 29,23 13,15 25,71 35,55 21,17 38,4 25,69 3,94 6,81 6,22 1,66 4,41 41,95 10,48 17,1 15,28 15,62 20,64 22,29 8,98 14,45 24,61 24,17 9,52 18,95 8,07 11,94 9,23 42,5 43,09 37,88 40,77 38,21 43,08 27,01 39,68 49,42 34,99 52,32 39,65 17,13 7,52 8,13 13,3 Pares de acessos Y21-Y98 Y21-Y100 Y21-Y101 Y21-Y102 Y23-Y26 Y23-Y40 Y23-Y43 Y23-Y44 Y23-Y46 Y23-Y48 Y23-Y49 Y23-Y57 Y23-Y58 Y23-Y59 Y23-Y60 Y23-Y61 Y23-Y81 Y23-Y82 Y23-Y83 Y23-Y84 Y23-Y85 Y23-Y86 Y23-Y87 Y23-Y88 Y23-Y89 Y23-Y90 Y23-Y91 Y23-Y92 Y23-Y93 Y23-Y95 Y23-Y96 Y23-Y97 Y23-Y98 Y23-Y100 Y23-Y101 Y23-Y102 Y26-Y40 Y26-Y43 Y26-Y44 Y26-Y46 Y26-Y48 Y26-Y49 Y26-Y57 Y26-Y58 Y26-Y59 Y26-Y60 D* 10,25 35,7 6,3 3,93 2,25 5,57 7,48 7,14 1,16 9,76 8,99 7,84 3,85 8,52 3,51 6,1 27,49 28,18 22,91 25,81 23,12 28,07 11,97 24,58 34,41 20,01 37,27 24,56 2,69 7,82 7,24 2,21 5,15 41,97 11,13 18,19 5,12 6,67 7,65 2,56 9,01 8,72 7,39 3,61 8,16 3,79 Continua............ 54 578 Quadro 2, Cont. Pares de acessos Y26-Y6I Y26-Y81 Y26-Y82 Y26-Y83 Y26-Y84 Y26-Y85 Y26-Y86 Y26-Y87 Y26-Y88 Y26-Y89 Y26-Y90 Y26-Y91 Y26-Y92 Y26-Y93 Y26-Y95 Y26-Y96 Y26-Y97 Y26-Y98 Y26-Y100 Y26-Y101 Y26-Y102 Y40-Y43 Y40-Y44 Y40-Y46 Y40-Y48 Y40-Y49 Y40-Y57 Y40-Y58 Y40-Y59 Y40-Y60 Y40-Y61 Y40-Y81 Y40-Y82 Y40-Y83 Y40-Y84 Y40-Y85 Y40-Y86 Y40-Y87 Y40-Y88 Y40-Y89 Y40-Y90 Y40-Y91 Y40-Y92 Y40-Y93 Y40-Y95 Y40-Y96 579 D* 6,77 26,88 27,49 22,27 25,16 22,59 27,46 11,44 24,07 33,8 19,37 36,69 24,04 1,69 8,46 7,93 3,32 5,53 40,3 10,73 18,83 2,05 12,3 6,4 4,21 3,71 12,26 1,77 13,25 8,7 11,55 21,95 22,62 17,35 20,25 17,61 22,53 6,44 19,07 28,88 14,46 31,75 19,05 3,57 13,29 12,71 Pares de acessos Y40-Y97 Y40-Y98 Y40-Y100 Y40-Y101 Y40-Y102 Y43-Y44 Y43-Y46 Y43-Y48 Y43-Y49 Y43-Y57 Y43-Y58 Y43-Y59 Y43-Y60 Y43-Y61 Y43-Y81 Y43-Y82 Y43-Y83 Y43-Y84 Y43-Y85 Y43-Y86 Y43-Y87 Y43-Y88 Y43-Y89 Y43-Y90 Y43-Y91 Y43-Y92 Y43-Y93 Y43-Y95 Y43-Y96 Y43-Y97 Y43-Y98 Y43-Y100 Y43-Y101 Y43-Y102 Y44-Y46 Y44-Y48 Y44-Y49 Y44-Y57 Y44-Y58 Y44-Y59 Y44-Y60 Y44-Y61 Y44-Y81 Y44-Y82 Y44-Y83 Y44-Y84 D* 7,56 10,42 43,85 15,84 23,69 14,03 8,28 2,38 2,82 13,67 3,74 14,67 10,4 13,33 20,22 20,84 15,6 18,49 15,93 20,79 4,87 17,41 27,14 12,71 30,03 17,37 5,21 15,06 14,5 9,41 12,13 43,85 17,2 25,46 6,13 16,26 15,89 3,3 10,59 3,93 4,24 2,32 34,1 34,67 29,48 32,36 Pares de acessos Y44-Y85 Y44-Y86 Y44-Y87 Y44-Y88 Y44-Y89 Y44-Y90 Y44-Y91 Y44-Y92 Y44-Y93 Y44-Y95 Y44-Y96 Y44-Y97 Y44-Y98 Y44-Y100 Y44-Y101 Y44-Y102 Y46-Y48 Y46-Y49 Y46-Y57 Y46-Y58 Y46-Y59 Y46-Y60 Y46-Y61 Y46-Y81 Y46-Y82 Y46-Y83 Y46-Y84 Y46-Y85 Y46-Y86 Y46-Y87 Y46-Y88 Y46-Y89 Y46-Y90 Y46-Y91 Y46-Y92 Y46-Y93 Y46-Y95 Y46-Y96 Y46-Y97 Y46-Y98 Y46-Y100 Y46-Y101 Y46-Y102 Y48-Y49 Y48-Y57 Y48-Y58 D* 29,8 34,67 18,51 31,22 41,04 26,62 43,92 31,25 8,86 2,77 2,63 5,1 2,57 38,83 6,15 11,92 10,55 9,88 6,97 4,65 7,75 2,76 5,26 28,32 28,99 23,73 26,63 23,96 28,9 12,76 25,41 35,25 20,84 38,11 25,41 3,27 7 6,41 1,41 4,29 41,6 10,4 17,36 2,46 15,87 5,95 Pares de acessos Y48-Y59 Y48-Y60 Y48-Y61 Y48-Y81 Y48-Y82 Y48-Y83 Y48-Y84 Y48-Y85 Y48-Y86 Y48-Y87 Y48-Y88 Y48-Y89 Y48-Y90 Y48-Y91 Y48-Y92 Y48-Y93 Y48-Y95 Y48-Y96 Y48-Y97 Y48-Y98 Y48-Y100 Y48-Y101 Y48-Y102 Y49-Y57 Y49-Y58 Y49-Y59 Y49-Y60 Y49-Y61 Y49-Y81 Y49-Y82 Y49-Y83 Y49-Y84 Y49-Y85 Y49-Y86 Y49-Y87 Y49-Y88 Y49-Y89 Y49-Y90 Y49-Y91 Y49-Y92 Y49-Y93 Y49-Y95 Y49-Y96 Y49-Y97 Y49-Y98 Y49-Y100 D* 16,95 12,74 15,64 17,9 18,51 13,28 16,17 13,63 18,48 2,64 15,09 24,83 10,4 27,73 15,08 7,52 17,38 16,82 11,68 14,44 45,16 19,48 27,78 15,93 5,31 16,86 12,24 15,05 18,6 19,35 14,05 16,96 14,19 19,18 3,61 15,66 25,47 11,16 28,33 15,63 7,24 16,77 16,19 11,03 14 46,47 Continua............ 55 580 Quadro 2, Cont. Pares de acessos Y49-Y101 Y49-Y102 Y57-Y58 Y57-Y59 Y57-Y60 Y57-Y61 Y57-Y81 Y57-Y82 Y57-Y83 Y57-Y84 Y57-Y85 Y57-Y86 Y57-Y87 Y57-Y88 Y57-Y89 Y57-Y90 Y57-Y91 Y57-Y92 Y57-Y93 Y57-Y95 Y57-Y96 Y57-Y97 Y57-Y98 Y57-Y100 Y57-Y101 Y57-Y102 Y58-Y59 Y58-Y60 Y58-Y61 Y58-Y81 Y58-Y82 Y58-Y83 Y58-Y84 Y58-Y85 Y58-Y86 Y58-Y87 Y58-Y88 Y58-Y89 Y58-Y90 Y58-Y91 Y58-Y92 Y58-Y93 Y58-Y95 Y58-Y96 Y58-Y97 Y58-Y98 581 D* 19,4 27,14 10,73 2,22 4,77 4,25 33,64 34,12 29,02 31,87 29,47 34,21 18,28 30,9 40,57 26,19 43,48 30,91 8,74 4,71 4,68 6,1 3,59 35,91 4,68 13,06 11,69 7,01 9,82 23,69 24,36 19,09 22 19,34 24,27 8,16 20,79 30,62 16,2 33,49 20,78 2,09 11,56 10,98 5,83 8,72 Pares de acessos Y58-Y100 Y58-Y101 Y58-Y102 Y59-Y60 Y59-Y61 Y59-Y81 Y59-Y82 Y59-Y83 Y59-Y84 Y59-Y85 Y59-Y86 Y59-Y87 Y59-Y88 Y59-Y89 Y59-Y90 Y59-Y91 Y59-Y92 Y59-Y93 Y59-Y95 Y59-Y96 Y59-Y97 Y59-Y98 Y59-Y100 Y59-Y101 Y59-Y102 Y60-Y61 Y60-Y81 Y60-Y82 Y60-Y83 Y60-Y84 Y60-Y85 Y60-Y86 Y60-Y87 Y60-Y88 Y60-Y89 Y60-Y90 Y60-Y91 Y60-Y92 Y60-Y93 Y60-Y95 Y60-Y96 Y60-Y97 Y60-Y98 Y60-Y100 Y60-Y101 Y60-Y102 D* 43,22 14,31 21,96 5,11 3,99 34,77 35,29 30,15 33,01 30,57 35,34 19,43 32,04 41,68 27,29 44,59 32,01 9,69 3,86 4 6,75 3,8 35,28 2,81 11,75 3 30,61 31,24 26 28,89 26,29 31,19 15,1 27,76 37,53 23,1 40,42 27,73 5,24 4,67 4,14 1,91 1,85 39,44 7,68 15,06 Pares de acessos Y61-Y81 Y61-Y82 Y61-Y83 Y61-Y84 Y61-Y85 Y61-Y86 Y61-Y87 Y61-Y88 Y61-Y89 Y61-Y90 Y61-Y91 Y61-Y92 Y61-Y93 Y61-Y95 Y61-Y96 Y61-Y97 Y61-Y98 Y61-Y100 Y61-Y101 Y61-Y102 Y81-Y82 Y81-Y83 Y81-Y84 Y81-Y85 Y81-Y86 Y81-Y87 Y81-Y88 Y81-Y89 Y81-Y90 Y81-Y91 Y81-Y92 Y81-Y93 Y81-Y95 Y81-Y96 Y81-Y97 Y81-Y98 Y81-Y100 Y81-Y101 Y81-Y102 Y82-Y83 Y82-Y84 Y82-Y85 Y82-Y86 Y82-Y87 Y82-Y88 Y82-Y89 D* 33,5 34,14 28,89 31,79 29,16 34,08 17,95 30,61 40,42 26 43,3 30,6 8,15 1,76 1,22 4,15 1,47 39,22 6,13 12,14 1,46 4,63 1,83 4,45 0,63 15,61 3,16 6,97 7,51 9,84 3,1 25,4 35,24 34,67 29,48 32,33 57,81 37,22 45,64 5,3 2,45 5,42 1,24 16,26 4,17 6,56 Pares de acessos Y82-Y90 Y82-Y91 Y82-Y92 Y82-Y93 Y82-Y95 Y82-Y96 Y82-Y97 Y82-Y98 Y82-Y100 Y82-Y101 Y82-Y102 Y83-Y84 Y83-Y85 Y83-Y86 Y83-Y87 Y83-Y88 Y83-Y89 Y83-Y90 Y83-Y91 Y83-Y92 Y83-Y93 Y83-Y95 Y83-Y96 Y83-Y97 Y83-Y98 Y83-Y100 Y83-Y101 Y83-Y102 Y84-Y85 Y84-Y86 Y84-Y87 Y84-Y88 Y84-Y89 Y84-Y90 Y84-Y91 Y84-Y92 Y84-Y93 Y84-Y95 Y84-Y96 Y84-Y97 Y84-Y98 Y84-Y100 Y84-Y101 Y84-Y102 Y85-Y86 Y85-Y87 D* 8,2 9,45 4,21 26,02 35,88 35,31 30,14 32,94 57,63 37,72 46,28 2,92 1,3 5,2 11,02 2,26 11,57 2,91 14,46 2,2 20,78 30,63 30,064 24,88 27,71 54,18 32,61 41,54 3,05 2,37 13,9 2,11 8,72 5,81 11,61 2,05 23,68 33,53 32,96 27,78 30,61 56,16 35,45 43,94 5,02 11,3 Continua........... 56 582 Quadro 2, Cont. Pares de acessos Y85-Y88 Y85-Y89 Y85-Y90 Y85-Y91 Y85-Y92 Y85-Y93 Y85-Y95 Y85-Y96 Y85-Y97 Y85-Y98 Y85-Y100 Y85-Y101 Y85-Y102 Y86-Y87 Y86-Y88 Y86-Y89 Y86-Y90 Y86-Y91 Y86-Y92 Y86-Y93 Y86-Y95 Y86-Y96 Y86-Y97 Y86-Y98 Y86-Y100 Y86-Y101 Y86-Y102 Y87-Y88 Y87-Y89 Y87-Y90 583 584 585 586 587 588 589 590 591 592 593 594 595 596 597 598 599 D* 1,59 11,3 3,34 14,15 1,46 21,1 30,89 30,31 25,12 28,01 55,15 33,04 41,29 16,19 3,7 6,38 8,08 9,27 3,66 25,98 35,82 35,24 30,06 32,91 58,21 37,79 46,22 12,73 22,56 8,17 Pares de acessos Y87-Y91 Y87-Y92 Y87-Y93 Y87-Y95 Y87-Y96 Y87-Y97 Y87-Y98 Y87-Y100 Y87-Y101 Y87-Y102 Y88-Y89 Y88-Y90 Y88-Y91 Y88-Y92 Y88-Y93 Y88-Y95 Y88-Y96 Y88-Y97 Y88-Y98 Y88-Y100 Y88-Y101 Y88-Y102 Y89-Y90 Y89-Y91 Y89-Y92 Y89-Y93 Y89-Y95 Y89-Y96 Y89-Y97 Y89-Y98 D* 25,42 12,74 9,88 19,69 19,12 13,91 16,78 47,42 22,01 30,09 9,92 4,83 12,74 72,78 22,56 32,35 31,78 26,57 29,47 56,4 34,53 42,75 14,44 2,97 9,88 32,33 42,15 41,58 36,4 39,26 Pares de acessos Y89-Y100 Y89-Y101 Y89-Y102 Y90-Y91 Y90-Y92 Y90-Y93 Y90-Y95 Y90-Y96 Y90-Y97 Y90-Y98 Y90-Y100 Y90-Y101 Y90-Y102 Y91-Y92 Y91-Y93 Y91-Y95 Y91-Y96 Y91-Y97 Y91-Y98 Y91-Y100 Y91-Y101 Y91-Y102 Y92-Y93 Y92-Y95 Y92-Y96 Y92-Y97 Y92-Y98 Y93-Y98 Y93-Y100 Y93-Y101 D* 63,24 44,09 52,56 17,33 4,76 17,89 27,73 27,16 21,99 24,82 52,16 29,75 38,14 12,71 35,22 45,03 44,46 39,27 42,15 65,9 47,01 55,44 22,54 32,34 31,76 26,57 29,46 6,93 41,45 12,32 Pares de acessos Y93-Y102 Y95-Y96 Y95-Y97 Y95-Y98 Y95-Y100 Y95-Y101 Y95-Y102 Y96-Y97 Y96-Y98 Y96-Y100 Y96-Y101 Y96-Y102 Y97-Y98 Y97-Y100 Y97-Y101 Y97-Y012 Y98-Y100 Y98-Y101 Y98-Y102 Y100-Y101 Y100-Y102 Y101-Y102 Y92-Y100 Y92-Y101 Y92-Y102 Y93-Y95 Y93-Y96 Y93-Y97 D* 20,28 0,61 5,87 3,06 38,73 5,3 10,4 5,3 2,6 39,04 5,67 10,98 3,23 40,98 9,36 16,21 38,84 6,36 13,37 33,48 37,95 10,16 56,25 34,48 42,73 9,88 9,33 4,32 Distância máxima = 74,81; acessos Y11 e Y91. Distância mínima = 0,61; acessos Y95 e Y96. D* = distância Euclidiana média. 57 INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS NA REVISTA PAB Os trabalhos enviados à PAB devem ser inéditos e não podem ter sido encaminhados a outro periódico científico ou técnico. Dados publicados na forma de resumos, com mais de 250 palavras, não devem ser incluídos no trabalho. A Comissão Editorial faz análise dos trabalhos antes de submetê-los à assessoria científica. Nessa análise, consideram-se aspectos como: escopo; apresentação do artigo segundo as normas da revista; formulação do objetivo de forma clara; clareza da redação; fundamentação teórica; atualização da revisão da literatura; coerência e precisão da metodologia; resultados com contribuição significativa; discussão dos fatos observados frente aos descritos na literatura; qualidade das tabelas e figuras; originalidade e consistência das conclusões. Após a aplicação desses critérios, se o número de trabalhos aprovados ultrapassa a capacidade mensal de publicação, é aplicado o critério da relevância relativa, pelo qual são aprovados os trabalhos cuja contribuição para o avanço do conhecimento científico é considerada mais significativa. Esse critério só é aplicado aos trabalhos que atendem aos requisitos de qualidade para publicação na revista, mas que, em razão do elevado número, não podem ser todos aprovados para publicação. Os trabalhos rejeitados são devolvidos aos autores e os demais são submetidos à análise de assessores científicos, especialistas da área técnica do artigo. São considerados, para publicação, os seguintes tipos de trabalho: Artigos Científicos, Notas Científicas e Artigos de Revisão, este último a convite do Editor. Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais são: Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética, Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia. O texto deve ser digitado no editor de texto Word, em espaço duplo, fonte Times New Roman, corpo 12, folha formato A4, margens de 2,5 cm, com páginas e linhas numeradas. Escopo e política editorial A revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) é uma publicação mensal da Embrapa, que edita e publica trabalhos técnico-científicos originais, em português, espanhol ou inglês, resultantes de pesquisas de interesse agropecuário. A principal 1 forma de contribuição é o Artigo, mas a PAB também publica Notas Científicas e Revisões a convite do Editor. Análise dos artigos A Comissão Editorial faz a análise dos trabalhos antes de submetê-los à assessoria científica. Nessa análise, consideram-se aspectos como escopo, apresentação do artigo segundo as normas da revista, formulação do objetivo de forma clara, clareza da redação, fundamentação teórica, atualização da revisão da literatura, coerência e precisão da metodologia, resultados com contribuição significativa, discussão dos fatos observados em relação aos descritos na literatura, qualidade das tabelas e figuras, originalidade e consistência das conclusões. Após a aplicação desses critérios, se o número de trabalhos aprovados ultrapassa a capacidade mensal de publicação, é aplicado o critério da relevância relativa, pelo qual são aprovados os trabalhos cuja contribuição para o avanço do conhecimento científico é considerada mais significativa. Esse critério é aplicado somente aos trabalhos que atendem aos requisitos de qualidade para publicação na revista, mas que, em razão do elevado número, não podem ser todos aprovados para publicação. Os trabalhos rejeitados são devolvidos aos autores e os demais são submetidos à análise de assessores científicos, especialistas da área técnica do artigo. Forma e preparação de manuscritos - Os trabalhos enviados à PAB devem ser inéditos (não terem dados – tabelas e figuras – publicadas parcial ou integralmente em nenhum outro veículo de divulgação técnico-científica, como boletins institucionais, anais de eventos, comunicados técnicos, notas científicas etc.) e não podem ter sido encaminhados simultaneamente a outro periódico científico ou técnico. Dados publicados na forma de resumos, com mais de 250 palavras, não devem ser incluídos no trabalho. - São considerados, para publicação, os seguintes tipos de trabalho: Artigos Científicos, Notas Científicas e Artigos de Revisão, este último a convite do Editor. - Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais são: Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética, Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia. 2 - O texto deve ser digitado no editor de texto Microsoft Word, em espaço duplo, fonte Times New Roman, corpo 12, folha formato A4, com margens de 2,5 cm e com páginas e linhas numeradas. Informações necessárias na submissão on-line de trabalhos No passo 1 da submissão (Início), em "comentários ao editor", informar a relevância e o aspecto inédito do trabalho. No passo 2 da submissão (Inclusão de metadados), em "resumo da biografia" de cada autor, informar a formação e o grau acadêmico. Clicar em "incluir autor" para inserir todos os coautores do trabalho, na ordem de autoria. Ainda no passo 2, copiar e colar o título, resumo e termos para indexação (key words) do trabalho nos respectivos campos do sistema. Depois, ir à parte superior da tela, no campo "Idioma do formulário", e selecionar "English". Descer a tela (clicar na barra de rolagem) e copiar e colar o "title", "abstract" e os "index terms" nos campos correspondentes. (Para dar continuidade ao processo de submissão, é necessário que tanto o título, o resumo e os termos para indexação quanto o title, o abstract e os index terms do manuscrito tenham sido fornecidos.) No passo 3 da submissão (Transferência do manuscrito), carregar o trabalho completo em arquivo Microsoft Word 1997 a 2003. No passo 4 da submissão (Transferência de documentos suplementares), carregar, no sistema on-line da revista PAB, um arquivo Word com todas as cartas (mensagens) de concordância dos coautores coladas conforme as explicações abaixo: Colar um e-mail no arquivo word de cada coautor de concordância com o seguinte conteúdo: "Eu, ..., concordo com o conteúdo do trabalho intitulado "....." e com a submissão para a publicação na revista PAB. Como fazer: Peça ao coautor que lhe envie um e-mail de concordância, encaminheo para o seu próprio e-mail (assim gerará os dados da mensagem original: assunto, data, de e para), marque todo o email e copie e depois cole no arquivo word. Assim, teremos todas as cartas de concordâncias dos co-autores num mesmo arquivo. Organização do Artigo Científico - A ordenação do artigo deve ser feita da seguinte forma: 3 - Artigos em português - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumo, Termos para indexação, título em inglês, Abstract, Index terms, Introdução, Material e Métodos, Resultados e Discussão, Conclusões, Agradecimentos, Referências, tabelas e figuras. - Artigos em inglês - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Abstract, Index terms, título em português, Resumo, Termos para indexação, Introduction, Materials and Methods, Results and Discussion, Conclusions, Acknowledgements, References, tables, figures - Artigos em espanhol - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumen, Términos para indexación; título em inglês, Abstract, Index terms, Introducción, Materiales y Métodos, Resultados y Discusión, Conclusiones, Agradecimientos, Referencias, cuadros e figuras. - O título, o resumo e os termos para indexação devem ser vertidos fielmente para o inglês, no caso de artigos redigidos em português e espanhol, e para o português, no caso de artigos redigidos em inglês. - O artigo científico deve ter, no máximo, 20 páginas, incluindo-se as ilustrações (tabelas e figuras), que devem ser limitadas a seis, sempre que possível. Título - Deve representar o conteúdo e o objetivo do trabalho e ter no máximo 15 palavras, incluindo-se os artigos, as preposições e as conjunções. - Deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito. - Deve ser iniciado com palavras chaves e não com palavras como "efeito" ou "influência". - Não deve conter nome científico, exceto de espécies pouco conhecidas; neste caso, apresentar somente o nome binário. - Não deve conter subtítulo, abreviações, fórmulas e símbolos. - As palavras do título devem facilitar a recuperação do artigo por índices desenvolvidos por bases de dados que catalogam a literatura. Nomes dos autores - Grafar os nomes dos autores com letra inicial maiúscula, por extenso, separados por vírgula; os dois últimos são separados pela conjunção "e", "y" ou "and", no caso de artigo em português, espanhol ou em inglês, respectivamente. 4 - O último sobrenome de cada autor deve ser seguido de um número em algarismo arábico, em forma de expoente, entre parênteses, correspondente à chamada de endereço do autor. Endereço dos autores - São apresentados abaixo dos nomes dos autores, o nome e o endereço postal completos da instituição e o endereço eletrônico dos autores, indicados pelo número em algarismo arábico, entre parênteses, em forma de expoente. - Devem ser agrupados pelo endereço da instituição. - Os endereços eletrônicos de autores da mesma instituição devem ser separados por vírgula. Resumo - O termo Resumo deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda, e separado do texto por travessão. - Deve conter, no máximo, 200 palavras, incluindo números, preposições, conjunções e artigos. - Deve ser elaborado em frases curtas e conter o objetivo, o material e os métodos, os resultados e a conclusão. - Não deve conter citações bibliográficas nem abreviaturas. - O final do texto deve conter a principal conclusão, com o verbo no presente do indicativo. Termos para indexação - A expressão Termos para indexação, seguida de dois-pontos, deve ser grafada em letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Os termos devem ser separados por vírgula e iniciados com letra minúscula. - Devem ser no mínimo três e no máximo seis, considerando-se que um termo pode possuir duas ou mais palavras. - Não devem conter palavras que componham o título. - Devem conter o nome científico (só o nome binário) da espécie estudada. - Devem, preferencialmente, ser termos contidos no AGROVOC: Multilingual Agricultural Thesaurus ou no Índice de Assuntos da base SciELO . Introdução 5 - A palavra Introdução deve ser centralizada e grafada com letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito. - Deve apresentar a justificativa para a realização do trabalho, situar a importância do problema científico a ser solucionado e estabelecer sua relação com outros trabalhos publicados sobre o assunto. - O último parágrafo deve expressar o objetivo de forma coerente com o descrito no início do Resumo. Material e Métodos - A expressão Material e Métodos deve ser centralizada e grafada em negrito; os termos Material e Métodos devem ser grafados com letras minúsculas, exceto as letras iniciais. - Deve ser organizado, de preferência, em ordem cronológica. - Deve apresentar a descrição do local, a data e o delineamento do experimento, e indicar os tratamentos, o número de repetições e o tamanho da unidade experimental. - Deve conter a descrição detalhada dos tratamentos e variáveis. - Deve-se evitar o uso de abreviações ou as siglas. - Os materiais e os métodos devem ser descritos de modo que outro pesquisador possa repetir o experimento. - Devem ser evitados detalhes supérfluos e extensas descrições de técnicas de uso corrente. - Deve conter informação sobre os métodos estatísticos e as transformações de dados. - Deve-se evitar o uso de subtítulos; quando indispensáveis, grafá-los em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda da página. Resultados e Discussão - A expressão Resultados e Discussão deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Todos os dados apresentados em tabelas ou figuras devem ser discutidos. - As tabelas e figuras são citadas seqüencialmente. - Os dados das tabelas e figuras não devem ser repetidos no texto, mas discutidos em relação aos apresentados por outros autores. - Evitar o uso de nomes de variáveis e tratamentos abreviados. 6 - Dados não apresentados não podem ser discutidos. - Não deve conter afirmações que não possam ser sustentadas pelos dados obtidos no próprio trabalho ou por outros trabalhos citados - As chamadas às tabelas ou às figuras devem ser feitas no final da primeira oração do texto em questão; se as demais sentenças do parágrafo referirem-se à mesma tabela ou figura, não é necessária nova chamada. - Não apresentar os mesmos dados em tabelas e em figuras. - As novas descobertas devem ser confrontadas com o conhecimento anteriormente obtido. Conclusões - O termo Conclusões deve ser centralizado e grafado em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Devem ser apresentadas em frases curtas, sem comentários adicionais, com o verbo no presente do indicativo. - Devem ser elaboradas com base no objetivo do trabalho. - Não podem consistir no resumo dos resultados. - Devem apresentar as novas descobertas da pesquisa. - Devem ser numeradas e no máximo cinco. Agradecimentos - A palavra Agradecimentos deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Devem ser breves e diretos, iniciando-se com "Ao, Aos, À ou Às" (pessoas ou instituições). - Devem conter o motivo do agradecimento. Referências - A palavra Referências deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras minúsculas, exceto a letra inicial. - Devem ser de fontes atuais e de periódicos: pelo menos 70% das referências devem ser dos últimos 10 anos e 70% de artigos de periódicos. - Devem ser normalizadas de acordo com a NBR 6023 da ABNT, com as adaptações descritas a seguir. 7 - Devem ser apresentadas em ordem alfabética dos nomes dos autores, separados por ponto-e-vírgula, sem numeração. - Devem apresentar os nomes de todos os autores da obra. - Devem conter os títulos das obras ou dos periódicos grafados em negrito. - Devem conter somente a obra consultada, no caso de citação de citação. - Todas as referências devem registrar uma data de publicação, mesmo que aproximada. - Devem ser trinta, no máximo. Exemplos: - Artigos de Anais de Eventos (aceitos apenas trabalhos completos) AHRENS, S. A fauna silvestre e o manejo sustentável de ecossistemas florestais. In: SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE MANEJO FLORESTAL, 3., 2004, Santa Maria. Anais. Santa Maria: UFSM, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, 2004. p.153-162. - Artigos de periódicos SANTOS, M.A. dos; NICOLÁS, M.F.; HUNGRIA, M. Identificação de QTL associados à simbiose entre Bradyrhizobium japonicum, B. elkanii e soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.41, p.67-75, 2006. - Capítulos de livros AZEVEDO, D.M.P. de; NÓBREGA, L.B. da; LIMA, E.F.; BATISTA, F.A.S.; BELTRÃO, N.E. de M. Manejo cultural. In: AZEVEDO, D.M.P.; LIMA, E.F. (Ed.). O agronegócio da mamona no Brasil. Campina Grande: Embrapa Algodão; Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. p.121-160. - Livros OTSUBO, A.A.; LORENZI, J.O. Cultivo da mandioca na Região Centro-Sul do Brasil. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste; Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2004. 116p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Sistemas de produção, 6). 8 - Teses HAMADA, E. Desenvolvimento fenológico do trigo (cultivar IAC 24 - Tucuruí), comportamento espectral e utilização de imagens NOAA-AVHRR. 2000. 152p. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas. - Fontes eletrônicas EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE. Avaliação dos impactos econômicos, sociais e ambientais da pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste: relatório do ano de 2003. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2004. 97p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Documentos, 66). Disponível em: . Acesso em: 18 abr. 2006. Citações - Não são aceitas citações de resumos, comunicação pessoal, documentos no prelo ou qualquer outra fonte, cujos dados não tenham sido publicados. - A autocitação deve ser evitada. - Devem ser normalizadas de acordo com a NBR 10520 da ABNT, com as adaptações descritas a seguir. - Redação das citações dentro de parênteses - Citação com um autor: sobrenome grafado com a primeira letra maiúscula, seguido de vírgula e ano de publicação. - Citação com dois autores: sobrenomes grafados com a primeira letra maiúscula, separados pelo "e" comercial (&), seguidos de vírgula e ano de publicação. - Citação com mais de dois autores: sobrenome do primeiro autor grafado com a primeira letra maiúscula, seguido da expressão et al., em fonte normal, vírgula e ano de publicação. - Citação de mais de uma obra: deve obedecer à ordem cronológica e em seguida à ordem alfabética dos autores. - Citação de mais de uma obra dos mesmos autores: os nomes destes não devem ser repetidos; colocar os anos de publicação separados por vírgula. - Citação de citação: sobrenome do autor e ano de publicação do documento original, seguido da expressão "citado por" e da citação da obra consultada. - Deve ser evitada a citação de citação, pois há risco de erro de interpretação; no caso de uso de citação de citação, somente a obra consultada deve constar da lista de referências - Redação das citações fora de parênteses 9 - Citações com os nomes dos autores incluídos na sentença: seguem as orientações anteriores, com os anos de publicação entre parênteses; são separadas por vírgula. Fórmulas, expressões e equações matemáticas - Devem ser iniciadas à margem esquerda da página e apresentar tamanho padronizado da fonte Times New Roman. - Não devem apresentar letras em itálico ou negrito, à exceção de símbolos escritos convencionalmente em itálico. Tabelas - As tabelas devem ser numeradas seqüencialmente, com algarismo arábico, e apresentadas em folhas separadas, no final do texto, após as referências. - Devem ser auto-explicativas. - Seus elementos essenciais são: título, cabeçalho, corpo (colunas e linhas) e coluna indicadora dos tratamentos ou das variáveis. - Os elementos complementares são: notas-de-rodapé e fontes bibliográficas. - O título, com ponto no final, deve ser precedido da palavra Tabela, em negrito; deve ser claro, conciso e completo; deve incluir o nome (vulgar ou científico) da espécie e das variáveis dependentes. - No cabeçalho, os nomes das variáveis que representam o conteúdo de cada coluna devem ser grafados por extenso; se isso não for possível, explicar o significado das abreviaturas no título ou nas notas-de-rodapé. - Todas as unidades de medida devem ser apresentadas segundo o Sistema Internacional de Unidades. - Nas colunas de dados, os valores numéricos devem ser alinhados pelo último algarismo. - Nenhuma célula (cruzamento de linha com coluna) deve ficar vazia no corpo da tabela; dados não apresentados devem ser representados por hífen, com uma notade-rodapé explicativa. - Na comparação de médias de tratamentos são utilizadas, no corpo da tabela, na coluna ou na linha, à direita do dado, letras minúsculas ou maiúsculas, com a indicação em nota-de-rodapé do teste utilizado e a probabilidade. - Devem ser usados fios horizontais para separar o cabeçalho do título, e do corpo; usá-los ainda na base da tabela, para separar o conteúdo dos elementos 10 complementares. Fios horizontais adicionais podem ser usados dentro do cabeçalho e do corpo; não usar fios verticais. - As tabelas devem ser editadas em arquivo Word, usando os recursos do menu Tabela; não fazer espaçamento utilizando a barra de espaço do teclado, mas o recurso recuo do menu Formatar Parágrafo. - Notas de rodapé das tabelas - Notas de fonte: indicam a origem dos dados que constam da tabela; as fontes devem constar nas referências. - Notas de chamada: são informações de caráter específico sobre partes da tabela, para conceituar dados. São indicadas em algarismo arábico, na forma de expoente, entre parênteses, à direita da palavra ou do número, no título, no cabeçalho, no corpo ou na coluna indicadora. São apresentadas de forma contínua, sem mudança de linha, separadas por ponto. - Para indicação de significância estatística, são utilizadas, no corpo da tabela, na forma de expoente, à direita do dado, as chamadas ns (não-significativo); * e ** (significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente). Figuras - São consideradas figuras: gráficos, desenhos, mapas e fotografias usados para ilustrar o texto. - Só devem acompanhar o texto quando forem absolutamente necessárias à documentação dos fatos descritos. - O título da figura, sem negrito, deve ser precedido da palavra Figura, do número em algarismo arábico, e do ponto, em negrito. - Devem ser auto-explicativas. - A legenda (chave das convenções adotadas) deve ser incluída no corpo da figura, no título, ou entre a figura e o título. - Nos gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciais maiúsculas, e devem ser seguidas das unidades entre parênteses. - Figuras não-originais devem conter, após o título, a fonte de onde foram extraídas; as fontes devem ser referenciadas. - O crédito para o autor de fotografias é obrigatório, como também é obrigatório o crédito para o autor de desenhos e gráficos que tenham exigido ação criativa em sua elaboração. 11 - As unidades, a fonte (Times New Roman) e o corpo das letras em todas as figuras devem ser padronizados. - Os pontos das curvas devem ser representados por marcadores contrastantes, como: círculo, quadrado, triângulo ou losango (cheios ou vazios). - Os números que representam as grandezas e respectivas marcas devem ficar fora do quadrante. - As curvas devem ser identificadas na própria figura, evitando o excesso de informações que comprometa o entendimento do gráfico. - Devem ser elaboradas de forma a apresentar qualidade necessária à boa reprodução gráfica e medir 8,5 ou 17,5 cm de largura. - Devem ser gravadas nos programas Word, Excel ou Corel Draw, para possibilitar a edição em possíveis correções. - Usar fios com, no mínimo, 3/4 ponto de espessura. - No caso de gráfico de barras e colunas, usar escala de cinza (exemplo: 0, 25, 50, 75 e 100%, para cinco variáveis). - Não usar negrito nas figuras. - As figuras na forma de fotografias devem ter resolução de, no mínimo, 300 dpi e ser gravadas em arquivos extensão TIF, separados do arquivo do texto. - Evitar usar cores nas figuras; as fotografias, porém, podem ser coloridas. Notas Científicas - Notas científicas são breves comunicações, cuja publicação imediata é justificada, por se tratar de fato inédito de importância, mas com volume insuficiente para constituir um artigo científico completo. - Apresentação de Notas Científicas - A ordenação da Nota Científica deve ser feita da seguinte forma: título, autoria (com as chamadas para endereço dos autores), Resumo, Termos para indexação, título em inglês, Abstract, Index terms, texto propriamente dito (incluindo introdução, material e métodos, resultados e discussão, e conclusão, sem divisão), Referências, tabelas e figuras. - As normas de apresentação da Nota Científica são as mesmas do Artigo Científico, exceto nos seguintes casos: - Resumo com 100 palavras, no máximo. - Deve ter apenas oito páginas, incluindo-se tabelas e figuras. 12 - Deve apresentar, no máximo, 15 referências e duas ilustrações (tabelas e figuras). Outras informações - Não há cobrança de taxa de publicação. - Os manuscritos aprovados para publicação são revisados por no mínimo dois especialistas. - O editor e a assessoria científica reservam-se o direito de solicitar modificações nos artigos e de decidir sobre a sua publicação. - São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos nos trabalhos. - Os trabalhos aceitos não podem ser reproduzidos, mesmo parcialmente, sem o consentimento expresso do editor da PAB. Contatos com a secretaria da revista podem ser feitos por telefone: (61)3448 4231 e 3273-9616, fax: (61)3340-5483, via e-mail: [email protected] ou pelos correios: Embrapa Informação Tecnológica Pesquisa Agropecuária Brasileira – PAB Caixa Postal 040315 CEP 70770 901 Brasília, DF 13
Documentos relacionados
Biodiversidade do Delta do Parnaíba: litoral piauiense
O Delta do Rio Parnaíba é considerado o terceiro maior do mundo e o único encontrado no Continente Americano a desaguar diretamente no oceano, possui uma ampla área de cobertura com cerca de 2.750 ...
Leia mais