mostra sua cara - Editora Definição
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BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS Nº 190 Julho 2010 O MERCADO MOSTRA SUA CARA Mais de 150 lançamentos sinalizam as tendências da ala de candies na maior v i t r i n e d o s e t o r ata c a d i s ta b r a s i l e i r o CHOCOLATE AERADO um mercado borbulhante PIRULITOS Dipnlik revive os anos 80 Carta do editor Renato dos Anjos Ano XXIV - nº 190 - julho de 2010 Diretores Beatriz de Mello Helman e Hélio Helman REDAÇÃO Diretor Hélio Helman [email protected] Fábio Fujii editor Editor Fábio fujii [email protected] Reportagem leandro H. silva [email protected] Diretor de Arte GREGÓRIO sTAYROS DIPAPIDIS [email protected] Sai de baixo administração Diretora BEATRIZ Helman [email protected] Publicidade Antonio Canela barreto Jalil issa gerjis jr. Raul Urrutia Sérgio antonio da silva [email protected] N o curso dos últimos anos a chamada classe C ganhou destaque inusitado e virou moda em todas as rodas. As empresas dos mais diversos setores passaram a ajustar o foco e as- International Sales multimedia, inc. (USA) Fone: +1-407-903-5000 - Fax: +1-407-363-9809 U.S. Toll Free: 1-800-985-8588 e-mail: [email protected] sestar a mira na direção desses consumidores. No estribo do avanço Assinatura keli oyan mensal máximo de 1.533 reais, os membros da chamada classe D no poder aquisitivo dessa faixa social, a população que habita um degrau mais abaixo também saiu bem na foto. Com ganho familiar acumulam neste ano uma renda estimada de 381,2 bilhões de reais, Fotografia Renato dos anjos e shutterstock calcula a consultoria Data Popular. Para se ter uma ideia do que isso Foto da Capa shutterstock significa, a quantia ultrapassa o total disponível da classe B (renda Design da Capa GREGÓRIO STAYROS DIPAPIDIS Bureau, CTP e Impressão IPSIS GRÁFICA E EDITORA de 5.100 a 10.200 reais) de 329,5 bilhões de reais em 2010. Esses consumidores, repassa a consultoria, compram os mesmos produtos EDITORA DEFINIÇÃO da classe C com a diferença de que as marcas preferidas não são as líderes de venda. São os itens mais em conta da prateleira. Em decorrência disso, fabricantes regionais de alimentos e bebidas – Doce Revista é uma publicação mensal da Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05) dirigida ao setor doceiro e às suas redes de atacadistas, distribuidores, varejistas e supermercadistas. Redação, administração e publicidade: Rua Piauí, 1164 - casas 7 e 8 São Paulo - SP - 01241-000 Fone/Fax: (011) 3666-8301 e-mail: [email protected] site: www.docerevista.com.br confeitos inclusos – vêm ganhando espaço nas gôndolas nacionais e os supermercados de periferia das grandes cidades, a preferência dessas empresas. Com o varejo concentrado nos três gigantes do autosserviço nacional (Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart), as indústrias de pequeno e médio porte, por sua vez, apostam em pequenas e médias redes para alcançar o mercado. É um cenário que Dispensada da emissão de documentação fiscal, conforme Regime Especial Processo DRT/1 nº 11554/90 de 10/09/90. conspira para unir cada vez mais consumidores de baixa renda com o pequeno comércio, tema que certamente figura na pauta da 13ª edição da Sweet Brazil/Abad, maior vitrine de confeitos do país e que é matéria de capa da presente edição. Circulação agosto de 2010 Membro da Anatec Associação Nacional das editoras de publicações técnicas dirigidas e especializadas. Acesse: www.docerevista.com.br sumário 24 CAPA SWEET BRAZIL/ABAD plataforma latino-americana Virada a página da crise global, o setor de confeitos arma tacada inédita na trajetória da maior feira de doces da América Latina recepcionando o trade da categoria com mais de 150 lançamentos. 24 14 INSUMOS TRIÂNGULO ALIMENTOS a redução que cresce A demanda de ingredientes com a tarja de isento de gordura trans já supera as vendas de tipos convencionais da marca paulista na industrialização de biscoitos, sorvetes, chocolates, coberturas e itens de panificação. 18 PDV CHOCOLATES AERADOS a explosão das bolhas Embalada por avanços na tecnologia de processamento da massa de cacau, a multipicação da oferta de tabletes e barras de diversos players agita o varejo da categoria no país. 14 18 57 NO PÓDIO TONDO fornos religados Potência gaúcha do setor de farinha e massas expande o parque industrial e retoma a produção de biscoitos, lançando laminados planos com a marca Orquídea. 60 CANAL DE VENDAS OLIVEIRA demanda triplicada 57 Fabricante de doces de leite aciona displays de chão para exposição em pontos de venda e multiplica o faturamento por três. 60 SEÇÕES 06 MIX a curitibana Nutrhouse adquire a indústria mineira de doces diet Delakasa, entre outros destaques 10 BISCOITOS setor participa de feira em Nova York e fecha negociações que podem somar US$ 3,5 milhões 48 ÍCONES festa em comemoração aos anos 80 relança o pirulito Dipnlik 50 DESTAQUE enquete com atacadistas capta o giro de doces tradicionais brasileiros 64 AGENDA feiras, cursos e congressos 65 GIRO lançamentos 74 FICHA COMPLETA dirigente da Amas analisa o giro de confeitos na região Centro-Oeste Acesse: www.docerevista.com.br Doce Revista JULHO 2010 5 mix Ela agora é Lual Aproveitando a sinergia de distribuição com outros alimentos e a melhora de renda na base da pirâmide, a Brassuco se notabilizou pelo sucesso de sua segmentação de mostruário. Surgida há 25 anos com foco em restaurantes industriais, a empresa de refrescos em pó com fábrica em Itu (SP) ampliou seus limites nas gôndolas de mercearia doce ao investir em linhas de barras de cereais, misturas para bolos, gelatinas e achocolatados. Mais recentemente, o portfólio passou a exibir também sopas e caldos, marcando em definitivo o posicionamento da Brassuco como empresa de alimentos – e não apenas de sucos e doces. Ainda que os refrescos continuem com 70% do faturamento (a expectativa para 2011 é que esse índice caia para 50% a partir do fortalecimento da distribuição de outras linhas de produtos), a Brassuco está anunciando uma mudança de marca e de nome para se adequar à nova fase. Agora a empresa passa a se chamar Lual Alimentos. “Quando o nome de uma empresa impede seu crescimento, é hora de mudar. Estamos cada vez mais globais e Lual é um nome sonoro, de fácil lembrança e pronúncia tanto no Brasil quanto no exterior”, afirma Alexandre Müller, diretor geral da Lual Alimentos. Entre as razões para o investimento em novas linhas de produtos e a consequente mudança de nome, ele destaca a sazonalidade do mercado de refrescos em pó. “São produtos bastante voltados para o verão. Sofríamos muito com a queda nas vendas durante o restante do ano”, recorda Müller. A empresa só se viu livre dessa pedra no sapato ao lançar linhas como a de achocolatados, que hoje responde por 15% das vendas, seguida por gelatinas (10%), misturas para bolos (10%) e barras de cereais (5%), estas lançadas apenas um ano atrás. A adoção da marca Lual Alimentos também reflete a divisão da operação em três unidades de negócio: varejo, com 50% das vendas, food service (40%) e terceirização de linhas vendidas com marcas próprias de atacadistas e supermercados. “Apesar de ter apenas 10% das vendas, o mercado de marcas próprias é o que mais avança, principalmente a partir de pedidos de linhas de gelatinas e refrescos em pó”, comenta Müller. Tendo crescido 22% no primeiro trimestre de 2010, a Brassuco fatura anualmente R$ 56 milhões e exporta para mais de 15 países, entre eles África do Sul e Angola. Confiante nas vendas de sopas e caldos, a empresa pretende faturar 50% a mais em 2010. Para isso, está se esforçando para consolidar sua atuação nas regiões Sul e Sudeste. Distribuindo para 16 estados do país, a empresa também quer fortalecer sua presença no Norte e Nordeste. Com 250 funcionários e 10 mil metros quadros em sua matriz no interior paulista, a empresa possui filiais no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Imagem madura Grife do portfólio da EBBA, potência nacional no filão de sucos concentrados ou integrais, a Dafruta completa 25 anos com novos projetos assinados pela Speranzini Design, que renovou a identidade visual da marca. Agora ainda mais 6 Doce Revista JULHO 2010 moderna, ela amplia a percepção de valores, como saúde e alegria, argumentam Inah Olyntho e Maurício Speranzini, diretores da agência de design. “Foram mantidas as cores originais com o acréscimo de uma folhinha que simboliza a maturação e a natureza dos seus frutos em contraste com uma bandeira amarela de fundo levemente sombreada. A tipologia, de fácil leitura, destaca a forma que se fala Dafruta”, complementam os criadores. Essa nova identidade foi aplicada na linha de concentrados e compõe um painel diferenciado nos materiais de ponto de venda (PDV) da marca, que destacam o apettite appeal das frutas, além de informações sobre rendimento, certificações ISO 9001, ISO 22.000, selo Kosher e a divulgação de outros produtos da linha. Exportados para diversos países com versões no idioma inglês, os sucos concentrados Dafruta são apresentados em frascos de vidro em 500 mililitros, rendem mais e otimizam os recursos naturais, reduzindo os volumes de embalagens, materiais, transporte e espaço, acentua Speranzini. “A renovação da identidade e das embalagens reforça o momento de grande expansão da Ebba, que está otimista com novos investimentos e perspectivas para a economia brasileira”, assinala o designer. Acesse: www.docerevista.com.br mix Delakasa é nossa A curitibana Nutrhouse Alimentos, que em 2007 havia adquirido parte da indústria mineira de doces diet Delakasa, acabou por incorporá-la integralmente. Assim, a empresa detentora da marca Vitao se consolida como fabricante de produtos especiais/funcionais, ampliando sua oferta nesse crescente filão de mercado. “Vitao já é a marca líder no segmento de cookies integrais e, agora, com a Delakasa, estaremos entre as três maiores fabricantes diet de doces de leite, cocadas e leite condensado”, comemora Edouard Thomé, diretor comercial da Nutrhouse. A Produtos Alimentícios Delakasa abriu as portas há 27 anos em São Lourenço (MG) e opera uma linha composta por confeitos à base de frutas, leite e ovos, totalizando 60 itens – 25 deles tradicionais, ou seja, elaborados com açúcar. Já os 35 restantes incorporam a tarja diet, não contêm adição de glicose e exibem selo de aprovação da ADJ (Associação de Diabetes Juvenil). Segundo adianta Thomé, as empresas irão atuar separadamente na produção e de forma compartilhada na parte comercial. Os produtos das duas operações serão distribuídos para todo o território nacional via centrais de distribuição (CDs) no Rio de Janeiro e São Paulo. “Estamos com estudos bastante adiantados para definição da aquisição de mais uma empresa no segmento de produtos diet”, deixa no ar Thomé. A Nutrhouse atua desde 1988 na comercialização de farinhas, grãos, sementes e cereais para dietas macrobióticas por meio da marca Macrobrasil. Em 1991, com a criação da linha de biscoitos integrais, a marca Vitao substituiu a Macrobrasil e até hoje desenvolve produtos integrais, naturais e funcionais. Atualmente, a grife Vitao conta com 85 SKUs (Stock Keeping Unit), entre os quais sobressaem as linhas de cookies e granolas; os itens desenvolvidos para dietas especiais (sem açúcar, sem glúten, sem lactose); alimentos kosher (aprovados pela BDK); produtos derivados da soja; farináceos integrais e linhaça. Neste ano a marca encorpou com linhas de quinoa, linhaça dourada, granolas e cookies sem glúten e frutas desidratadas. Estão ainda previstos novos sabores no menu de snacks integrais (salgadinhos ricos em fibras e sem glúten) e chocolate de soja, sem lactose e rico em fibras. Espuma de cacau É assinada pela Natura a primeira linha de sabonetes feita com o cacau orgânico produzido na região de Altamira (PA), em plena rodovia Transamazônica. A matéria-prima, isenta de agrotóxicos, é fornecida por 60 pequenos produtores da região que têm sua produção certificada pelo Centro de Referência de Orgânicos, instalado em março deste ano pelo governo paraense. Os sabonetes produzidos com o cacau da Transamazônica trazem nas embalagens um pouco da história das famílias que migraram para a região na década de1970 e se dedicam até os dias de hoje à lavoura cacaueira. Um exemplo é a família de Darcírio Wronski, proprietário de uma área de produção de cacau orgânico em Medicilândia, município vizinho de Altamira. Sua produção é certificada como uma das melhores em aroma no mundo. “Este ano estamos vendendo 100 toneladas 8 Doce Revista JULHO 2010 de cacau orgânico só para a Natura”, informa o lavrador. Além do aroma, as amêndoas de cacau produzidas na Transamazônica estão posicionadas entre as melhores do mundo nos quesitos padrão, tamanho e peso. O cacau da região também possui 23% a mais de manteiga do que o produzido nos demais redutos cacaueiros do país. O Pará também apresenta uma das médias mais altas de produtividade do mundo: 881 quilos por hectare. A Indonésia, líder mundial em produtividade cacaueira, alcança índice médio de 908 quilos por hectare. A Bahia, tradicionalmente maior produtor brasileiro, apresenta média de 285 quilos por hectare. Em todo o estado, 11.000 famílias estão envolvidas na atividade cacaueira, 7.000 só na Transamazônica. A região, que se tornou responsável por 80% da produção de cacau do Pará, reúne 11 municípios, sendo Medicilândia o maior produtor. Cerca de 40% de seus campos são de terra roxa, solo altamente produtivo, além do clima favorável para a cultura. Acesse: www.docerevista.com.br BISCOITOS Balcão americano De olho nos mais de 24.000 potenciais compradores, entre supermercadistas, distribuidores, atacadistas, varejistas, hotéis e restaurantes, interessados nas inovações no setor de alimentos, a Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (Anib) coordenou pelo segundo ano consecutivo a ida de uma caravana de empresas do setor à feira Fancy Food, em Nova York (EUA). Promovida no final de junho, no Javits Center, a mostra contou com a participação das grifes Marilan, Mabel, Selmi e Bauducco, viabilizada pelo Projeto Setorial Integrado (PSI) da Anib em parceria com ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O evento reuniu mais de 2.300 expositores de produtos como chocolates, snacks, biscoitos, chás, óleos, molhos, temperos e alimentos étnicos. A participação desses fabricantes nacionais na feira novaiorquina deve somar mais US$ 3,5 milhões às exportações do setor no atual exercício, estima José dos Santos dos Reis, vice-presidente da Anib. “As empresas totalizaram mais de 200 contatos com compradores de países como EUA, Canadá, México, Paraguai, Angola, Porto Rico, Panamá, Bahamas, Chile e Ucrânia, que resultaram em vendas da ordem de US$ 500 mil para os próximos dois meses e mais US$ 3 milhões nos próximos 12 meses”, ele detalha. Na edição do ano passado, relembra Reis, o espaço da entidade nesse mesmo evento também atraiu cerca de 200 visitantes e gerou US$ 850 mil em negócios concretizados ao longo de 2009. “A participação na Fancy Food ocorre após a realização bem sucedida no primeiro semestre da rodada de negócios com 19 empresas, de nove países da América Central e América do Sul, na qual foram fechados contratos que devem atingir US$ 8 milhões até o fim do ano”, resume Reis. A estratégia adotada pela Abib para expansão de mercados inclui a presença do setor nos principais eventos internacionais da área de alimentação e confectionery em todos os continentes. O objetivo é ampliar as exportações de biscoitos, massas, bolos, panetones e outros produtos de panificação. “Os números comprovam que temos tido sucesso”, comemora Reis. Ele posiciona que, desde o início do ano, as empresas que participaram de feiras e eventos fizeram negócios que somam US$ 20 milhões. Em outubro próximo, sinaliza o dirigente, a Anib e os fabricantes nacionais de biscoitos seguem para o Sial – Salão Internacional da Alimentação, em Paris, na França, uma das mais importantes vitrines mundiais do setor, que reúne a cada dois anos fabricantes de alimentos, distribuidores, importadores, varejistas, participantes institucionais e empresas de catering. Lucro integral Inspirados na onda de saúde e bemestar, os fabricantes de pães, biscoitos e demais forneados descobriram no farelo e no gérmen de trigo uma maneira de rentabilizar suas fornadas e fazer a diferença nas prateleiras. É assim que esses itens industrializados, antes considerados commodities, estão migrando para a categoria de produtos de maior valor. Durante décadas, a indústria torceu o nariz para a farinha de trigo integral e manteve o ingrediente fora de suas receitas em nome da aparência e do sabor proporcionados pela 10 Doce Revista JULHO 2010 versão branca e refinada. O tipo integral, com mais fibras e nutrientes, era descartado por conferir cor escura e sabor pouco apreciado. Esse conceito mudou e uma das provas mais consistentes parte agora da Kraft Foods Brasil, dona das marcas Club Social e Trakinas, que assina o lançamento do primeiro biscoito recheado com farinha integral do país. Para inaugurar sua linha de integrais doces, a empresa recrutou a marca infantil Trakinas, que passou por uma reformulação e sobe às prateleiras com 20% de farinha integral, além de uma combinação nutricional de vitaminas e minerais. “Enxergamos uma enorme oportunidade para trazer valor para a mãe, que compra biscoito para os filhos e anda cada vez mais preocupada com a obesidade infantil”, argumenta Ana Ferrell, diretora de marketing de biscoitos da Kraft Foods Brasil. Ela acrescenta que, na Europa, a companhia notou uma predileção clara do consumidor por produtos de alto valor agregado, tendência que cresce a cada dia no país. Por conta disso, há dois anos, a empresa passou a pesquisar inovações no campo nutricional. As oportunidades vislumbradas nos recheados doces integrais podem, no entanto, exigir a superação de alguns obstáculos e o primeiro deles é o preço. Por agregar farinha do tipo integral, o preço final do produto ficou um pouco mais salgado. A nova receita implica um incremento de 5% a 7% no preço do pacote de Trakinas, com o produto subindo de R$ 1,40-1,45 para R$ 1,53. Outro desafio tem relação com o sabor. Mudar a formulação de um produto conhecido e consolidado é delicado e, embora a companhia tenha feito pesquisas e garantido que o biscoito ficou mais crocante, queixas podem começar a surgir. Acesse: www.docerevista.com.br BISCOITOS Rumo ao Nordeste Para afiar a competitividade de seus produtos no Norte e Nordeste brasileiros, o grupo Selmi adquiriu por valor não revelado um terreno de 72.000 metros quadrados em Ipojuca (PE), ao lado do Porto de Suape, onde planeja construir uma unidade de biscoitos e massas na região. As barreiras de custo de frete e incentivos fiscais oferecidos a operações locais sempre foram grandes obstáculos para a empresa, admite Ricardo Selmi, presidente do pastifício sediado em Sumaré (SP) e dono das marcas Renata e Galo. “Embora tenhamos boa presença no varejo do Norte e do Nordeste, nosso produto não consegue ser competitivo”, diz o empresário. As duas regiões hoje representam menos de 3% do faturamento da empresa, mas a meta, a partir de agora, é fazer com que elas ganhem peso na receita operacional da Selmi e venham a representar 10% de todo volume negociado. Nos supermercados do Nordeste podem ser conferidas, pelo menos, 15 marcas de massas e biscoitos à disposição nas gôndolas. Os pacotes de biscoitos e massas Renata e Galo, realmente, posicionam-se entre os mais caros e os de menor giro. Marcas regionais produzidas por pequenos fabricantes e por grandes grupos, como M. Dias Branco e J. Macêdo, são as grandes líderes. Com um investimento total de R$ 15 milhões, que será aplicado durante todas as fases do projeto e poderá contar com a ajuda do Banco do Nordeste, a Selmi pretende iniciar a produção de massas, bolos e biscoitos na região a partir de janeiro de 2012. O projeto começou a ser estudado há dois anos, conta Ricardo Selmi. Ele acredita que, a partir do momento em que der partida na fábrica, contará com os benefícios da produção regional e conseguirá equiparar seus preços aos praticados localmente. “Vamos mudar o jogo totalmente”, acalenta o empresário. A fábrica da Selmi produzirá inicialmente o macarrão tipo espagueti, o mais consumido na região, e o cada vez mais popular macarrão instantâneo, porém não pretende deixar o grano duro de fora. A ideia é atrair todas as classes sociais e os paladares regionais. Entre os planos de Selmi estão a elaboração de novos sabores para o público local, por meio de temperos diferenciados que acompanharão o macarrão instantâneo. Selmi também pensa em pesos diferentes de embalagens. Atualmente, o pastifício vende por volta de 600 toneladas de produtos por mês no mercado nordestino. A capacidade de produção da unidade de Pernambuco será de 3.000 toneladas mensais e ela também será usada para exportar produtos para países da América Latina e África. Receitas da hora Os tablóides de ofertas, comuns no autosserviço, têm como principal função atrair o olhar do consumidor para determinada oferta ou promoção e acelerar o giro do estabelecimento. Para torná-los ainda mais atrativos, o varejista pode incluir na publicação receitas e prestar serviço aos frequentadores da loja. Reformulado, o site da Isabela, grife de biscoitos e massas do grupo M.Dias Branco, exibe desde julho uma plataforma com novidades e sugestões de pratos criados pela cozinha experimental da marca. Os varejistas podem encontrar facilmente informações úteis, dicas e receitas para enriquecer as edições dos tablóides, de maneira rápida e seletiva. Ana Paula Okazaki, gerente de produto da Isabela, responsável pela reforma na página, argumenta que a classe C já representa 52% da população brasileira e é constituída em sua maioria por mulheres. 12 Doce Revista JULHO 2010 “Esse contingente ocupa grande fatia das vendas do autosserviço e uma pesquisa recente do Ibope indicou que a procura dessas consumidoras por revistas de culinária aumentou 15%”, grifa ela. Portanto, conclui a executiva, incrementar os tablóides de vendas com receitas pode ser uma forma de fidelizar os frequentadores do comércio. “O site da Isabela está constantemente em busca de novas receitas e atende a todas as demandas solicitadas pelos consumidores. Não é a toa que desde seu novo layout, a procura por sugestões de pratos tem crescido”, arremata a gerente. Acesse: www.docerevista.com.br INSUMOS Gordura na berlinda Vendas do ingrediente com redução de ácidos graxos do tipo trans já superam as versões convencionais Aplicações em chocolates e coberturas pioneirismo da Triângulo na produção de gordura fracionada de palmiste A demanda por gorduras com teores reduzidos de ácidos graxos trans e saturados (low trans/low sat) cresce sem parar na indústria de confeitos (confectionery). Referência nacional entre os fabricantes desse tipo de insumo, a paulista Triângulo Alimentos exibe em seu menu linhas de gorduras para aplicação em produtos como biscoitos, sorvetes, itens de panifica14 Doce Revista JULHO 2010 ção, chocolates e coberturas. “As variantes com baixos teores de trans já não são um diferencial. Elas representam atualmente um volume de venda maior que as gorduras convencionais”, assinala Eduardo Bonini Jr., gerente geral da empresa. Nos balanços da Triângulo, a alta da demanda se mantém forte desde 2008. No ano passado, o crescimento dos negócios da empresa cravou 10% em volume. “Trata-se de Acesse: www.docerevista.com.br INSUMOS Bonini, da Triângulo Alimentos gorduras com baixos teores de trans resultado bastante satisfatório, uma vez que pudemos fortalecer nossas bases, estruturas e procedimentos, tendo em vista os aprendizados que a crise de 2008 nos trouxe”, analisa Eduardo. A melhora do poder aquisitivo, ele reconhece, exerceu papel crucial no aumento dos pedidos de itens considerados mais saudáveis. Mas o principal fator da tendência, na visão dele, foi a aposta em gorduras específicas para cada necessidade. “Com isso aumentamos nosso rol de clientes”, sintetiza o dirigente. Além de gorduras com menores teores de ácidos graxos trans e saturados, Bonini Jr. insere entre os hits do menu voltado a confectionery uma novidade: a gordura fracionada de palmiste para chocolates e coberturas. “Somos a primeira empresa a fabricar este produto no Brasil”, ressalta o gerente da Triângulo, lembrando que uma alternativa de fornecimento local pode baratear custos, beneficiando consumidores industriais. Gorduras especiais e emulsificadas para recheios de biscoitos também têm posição de destaque no ranking dos mais vendidos da Triângulo, assim como as opções de gordura de côco em sachê. Infra aumentada Para acompanhar o ritmo crescente das encomendas, nos últimos dois anos a em- 16 Doce Revista JULHO 2010 presa investiu em infraestrutura fabril e logística, aumentando a área de armazenagem em tanques para 19.000 toneladas e a capacidade de desodorização em 35%. Também houve aumento de 35% na capacidade de interesterificação, como é chamado o processo industrial capaz de dar origem a gorduras consideradas mais saudáveis do que as obtidas de matérias-primas naturais como palma, palmiste e coco. Neste caso, já há previsão de mais 50% de aumento para 2011. “Entre outras ações, instalamos dois novos cristalizadores automatizados, com consequente expansão da capacidade em 50%, e estamos prestes a inaugurar duas linhas totalmente automatizadas de envase de óleos em garrafas PET”, relata Bonini Jr. Além de reduzir os teores de trans e saturados, a Triângulo se esforça para buscar aditivos alimentares naturais, em substituição ou redução dos sintéticos. Entre os futuros itens do menu destinado à indústria de guloseimas, a empresa destaca planos para lançar a linha de margarinas Bom Forno em sachês e caixas. O produto é destinado a folhados, chantilly, cremes e bolos. O gerente adianta ainda planos de atuar no varejo com as margarinas Fabene e Graziela, que deverão ser distribuídas em potes de 250 gramas e 500 gramas. “Paralelamente, continuaremos a investir em novas opções de gorduras com baixos teores de saturados e trans, para alcançar aplicações ainda não desenvolvidas no mercado”, antecipa Bonini Jr. O planejamento da Triângulo para 2010, insere ele, inclui aumento de mais 25% na produção total, com ampliação e modernização da capacidade de desodorização, interesterificação e plastificação, além do fortalecimento de produtos recém-desenvolvidos, como óleo de girassol alto oléico. A demanda por esse tipo de gordura, explica o especialista, tem crescido rapidamente. “A conscientização dos consumidores e o maior acesso das camadas de menor poder aquisitivo a produtos considerados saudáveis estão por trás desse crescimento”, avalia. Com 300 colaboradores diretos e frota própria de 60 veículos, incluindo 15 tanques inox alimentícios, a empresa tem capacidade produtiva de 15.000 toneladas por mês. Os produtos low trans (naturais e interesterificados) podem representar até 100% deste volume, dependendo da demanda. Na média, cerca de 70% dos mais de 250 itens desenvolvidos pela empresa já apresentam baixos teores de gorduras trans. Acesse: www.docerevista.com.br PDV Com todo o gás Novos players e avanços produtivos agitam bastidores do mercado de chocolates aerados Leandro H.Silva Aeração confeitos, chocolates e recheios estão entre as principais aplicações da tecnologia N a esteira da melhora na renda e da multiplicação de estudos confirmando que cacau faz bem à saúde, o brasileiro nunca devorou tanto chocolate. Retrato fidedigno desse panorama adocicado vem da categoria de barras e tabletes aerados, que atravessa a fase mais agitada de sua trajetória. Depois de quase 30 anos de reinado solitário da marca Suflair, ícone no gênero da Nestlé, de junho do ano passado até agora nada menos do que três outros gigantes do mercado de chocolates – Arcor, Hershey’s e Kraft Foods – co- 18 Doce Revista JULHO 2010 locaram em marcha a fabricação de itens que demandam processos de aeração. A primeira a encarar a supremacia de Suflair, produto na ativa desde 1980 (ver à pág. 22), foi a Arcor que, na Argentina, tem forte atuação na categoria de aerados com a marca Cofler. Depois foi a vez da gigante americana Hershey’s, que em janeiro último introduziu na cena nacional, sob a grife Air, nada menos do que o primeiro chocolate aerado do seu vasto menu mundial. Com o potencial de vendas demonstrado nacionalmente, a empresa já estuda estender a noviAcesse: www.docerevista.com.br dade aos EUA e México. Como que não querendo ficar fora da festa, desde fevereiro deste ano a Kraft Foods distribui no país o tablete Lacta Delice. A rigor, trata-se de um chocolate não aerado. Mas o produto é recheado com mousse de textura aerada, exigindo equipamentos e processos produtivos similares aos dos tabletes aerados. Além de demonstrar a crescente abertura dos consumidores a chocolates mais incrementados, as movimentações na categoria de aerados estão beneficiando como nunca o segmento de máquinas e equipamentos para a indústria de derivados de cacau. Representando no Brasil a Haas Mondomix, trem bala global na tecnologia de aeração para confeitos, chocolates, mousses e itens panificados, a Komatec é possivelmente a empresa do país com mais motivos para comemorar a multiplicação de players nas gôndolas brasileiras de chocolates aerados. “Praticamente todos os novos produtos aerados no Brasil, sejam recheios ou chocolates, estão sendo produzidos em sistemas fornecidos pela Komatec”, ressalta Thomas Koblinsky Jr., diretor da trading, lembrando que a linha de equipamentos de aeração Haas Modomix é fruto da aquisição da holandesa Koblinsky Jr., da Komatec cabeçote Haas Mondomix em quase todos os novos produtos aerados no Brasil Mondomix pelo grupo austríaco Haas, também pêndulo global no setor de sistemas e fornos de biscoitos e panificação. Know-how acessível A tecnologia de aeração de chocolates, prossegue o profissional da Komatec, se tornou mais acessível, madura e de fácil operação, além de permitir a flexibilidade para outros tipos de PDV de ar ou gás nos tabletes com precisão. Dessa forma, continua o especialista, é possível fazer a chamada microaeração. Chocolates produzidos dessa forma têm bolhas invisíveis com até 20% de redução em peso. “A geometria do cabeçote aerador Haas Mondomix permite controlar densidades e garante flexibilidade para essas aplicações”, reporta o dirigente. Outra vantagem da atual geração de equipamentos destinados a aeração de chocolates vem dos controladores de densidade automáticos, que garantem padrão de qualidade em quaisquer níveis de vazão e capacidade. Entre as novidades da grife Haas Mondomix, destaque para a linha High Speed Depositor. Apresentada em 2008, a tecnologia tem entre suas principais características alto rendimento e precisão na dosagem de massas aeradas, especialmente chocolates. No Brasil já há cinco linhas baseadas na grife High Speed Depositor. Algumas já instaladas, outras em processo de instalação. Renata, da Hershey’s crescimento de 20% ao ano e ingresso na categoria no início de 2010 Menos calóricos massas, incluindo recheios aerados, mousses e doces em geral. “Obviamente, o crescimento do mercado de chocolates no Brasil, a maior facilidade de importação e o câmbio favorável também contribuem para os investimentos, viabilizando projetos que, em alguns casos, já haviam sido desenhados há anos”, analisa Koblinsky Jr. Reconhecendo que outros fabricantes terão que se esforçar para oferecer produtos comparáveis a Suflair em termos de qualidade e preço, o dirigente lembra que os equipamentos hoje em dia permitem controlar o tamanho das bolhas Além de confirmar a ascensão das vendas de chocolates, a entrada de novos fabricantes no nicho de barras e tabletes aerados evidencia as vantagens de um conceito antigo, mas atualíssimo. No lado dos fabricantes, o processo de aeração permite diminuição de peso sem alteração do chamado facing dos produtos. Isso significa que, apenas olhando sua superfície externa, não dá pra dizer se um chocolate é aerado ou não. No caso da microaeração, que gera bolhas praticamente invisíveis, nem uma mordida tira a dúvida. Por outro lado, a aeração tende a ganhar espaço em chocolates, recheios e doces em geral por oferecer texturas e sabores diferenciados, a preços e custos operacionais relativamente atraentes. Por último, mas não menos importante, a técnica permite obter chocolates não apenas mais leves e com menos massa, mas também menos calóricos, característica que pode vir a alavancar a presença da técnica nas prateleiras de alimentos saudáveis. A julgar pelos números, o consumidor já reconhece essas e outras qualidades dos tabletes aerados, como leveza e suavidade. Renata Ziccardi Vieira, gerente de marketing da Hershey’s, informa que, no Brasil, o segmento de barras aeradas representa 5% do volume de tabletes, crescendo 20% ao ano. “Não há dúvidas de que há espaço para nossa entrada na categoria”, diz a executiva, acrescentando que a proposta da Hershey’s é conquistar novos consumidores de chocolates aerados. Os limites do mercado nacional já ficaram pequenos para o projeto Hershey‘s Air, como foi batizado o chocolate aerado da empresa. Criada no Brasil, a marca está em processo de validação com consumidores dos EUA e México. No Brasil, o produto por enquanto só está disponível na versão com 110 gramas, que compete no segmento de barras gigantes. Mas lançamentos são aguardados para breve. “A extensão para tamanhos de impulso, como 30 gramas, é natural”, adianta Renata. Em apenas seis meses de lançamento, o tablete Air atingiu a terceira colocação em vendas no portfólio de chocolates da Hershey’s, com 10,2% de participação no segmento de aerados. Em pesquisa quantitativa realizada com 360 pessoas, 100% dos consumidores de chocolates aerados entrevistados comprariam o produto após experimentar. Entre as pessoas que não consomem chocolate aerado, a aceitação cravou 88%. “O brasileiro é muito aberto a novidades”, define Renata, ressaltando que o foco da estratégia com Hershey’s Air é gerar experimentação. Para isso, a empresa está promovendo campanhas nacionais de degustação no trade, contando também com uma campanha de TV em São Paulo. Arcor aerado com qualidade e baixo desembolso PDV Bolhas de ar Ciro Mariani, gerente de marketing de chocolates Arcor, conta que foram investidos US$ 1 milhão e dois anos de pesquisas no lançamento dos tabletes aerados da empresa. Com o slogan “Surpreenda-se com essas bolhas”, os produtos têm formulação livre de gordura vegetal hidrogenada e são apresentados em duas versões: Arcor Chokko Aerado ao Leite e Arcor Chokko Aerado Duo. A primeira marcou a entrada da empresa no segmento no meio do ano passado, enquanto a versão Chokko Aerado Duo surgiu em março último oferecendo chocolate ao leite coberto por chocolate branco. As duas versões entregam 40 gramas por tablete. “Tanto o molde como a embalagem traduzem um posicionamento moderno, inovador e descontraído, direcionado para o target primário da linha, que são os jovens”, ressalta Mariani. As embalagens, prossegue o gerente, destacam graficamente a presença de bolhas de ar nos tabletes. “Já somos o segundo player desse segmento e queremos nos consolidar como a empresa que oferece chocolates aerados com qualidade a um baixo desembolso”, insere Ciro, abrindo planos de ampliação de portfólio a partir de novas versões, sabores e formatos. Número um na cena brasileira de chocolates, com 38,6% de participação em volume e 36,8 % em valor, a Kraft Foods também está confiante Luciana, da Kraft Foods recheio de mousse com textura aerada na receptividade dos consumidores à linha Delice, composta por chocolates recheados com mousse aerado. “O aumento do poder aquisitivo permitiu que as pessoas passassem a buscar produtos inovadores e mais elaborados. Com esse lançamento, pretendemos reforçar a liderança da Lacta no segmento”, diz Luciana Pires, gerente de marketing de tabletes da Kraft Foods Brasil. Os tabletes de Lacta Delice são formados por grandes gotas, com um recheio cremoso e macio, nos sabores de chocolate, avelã ou caramelo. Além disso, apresentam embalagem no formato caixinha, com um sistema de abertura estilo envelope. O pioneiro das bolhas Nestlé primeiro anúncio de Suflair... Lançado em 1980 pela Nestlé, Suflair foi o primeiro chocolate do Brasil a passar pelo processo de aeração, tratamento especial que permite incorporar ar à massa do produto, tornando-a mais leve. A técnica consiste em injetar um gás inócuo para que o chocolate fique com as características desejadas. Na fabricação dos tabletes com adições de insumos como castanhas, amêndoas e flocos de arroz, os ingredientes complementares são acrescentados à massa na moldagem, antes do preenchimento das fôrmas. Em 2009, a marca Suflair ganhou duas segmentações de linha que se tornaram sucesso de vendas: Suflair Senses e Suflair Duo. Senses é um tablete aerado com recheio cremoso de chocolate, em embalagem com duas unidades de 38 gramas cada. Seguindo a tendência, o Suflair ao leite 30 gramas, sucesso no pequeno varejo, também passará a ser comercializado em supermercados em embalagem com duas unidades. Repetindo a fórmula do Classic Duo – tablete de 170 gramas lançado em 2007 como edição limitada, e depois incorporado definitivamente ao portfólio da linha –, a Nestlé também aposta na extensão de linha Suflair Duo. Trata-se de um tablete de 130 gramas que combina chocolate ao leite aerado com chocolate branco. Para ressaltar a percepção de derretimento na boca, os tabletes ganharam novo molde, com gomos mais altos. ...E segmentações lançamentos de 2009 capa O trade vai às compras Sweet Brazil International e Abad colocam em promoção a maior vitrine de candies da América Latina Sweet Brazil/Abad reabastecimento do trade para o segundo semestre A ala nacional de confeitos (confectionery) e o atacado distribuidor brasileiro, setor que é seu canal por excelência, promovem juntos em agosto a decolagem da mais importante plataforma de lançamentos do país e da América Latina, polarizando as atenções da indústria e do trade sobre a cidade de Curitiba (PR). Prevista para 16 a 19, a 13.ª Sweet Brazil International inunda de sabor o recinto do Expotrade Convention Center de Pinhais, desfilando as inovações no reduto de chocolates, biscoitos, snacks e candies. Como acontece há nove anos consecutivos, a feira é montada em paralelo à Convenção Anual do 24 Doce Revista JULHO 2010 Atacadista Distribuidor – Abad 2010, em sua 30ª edição. Além de mobilizar o business doceiro e mercearil, a realização conjunta dos eventos pavimenta a aliança dos fabricantes de guloseimas doces com sua mais eficiente ferramenta de vendas. Entreposto de reabastecimento de um setor que movimentou R$ 16,8 bilhões em 2009 (varejo de chocolates e candies), a Sweet Brazil reúne em ambiente único no gênero os representantes de toda cadeia de produção de confectionery, apresentando em primeira mão os lançamentos (ver à pág36) e as tendências nas áreas de desenvolvimentos, marketing, distribuição e logística. Acesse: www.docerevista.com.br capa Ursulino Netto, da Abicab investimentos sem precedentes em novas fábricas Confirmando a expectativa de compradores nacionais e do exterior, estão previstos o lançamento de mais de 150 produtos durante a Sweet Brazil, informa a Abicab (Associação Brasileira das Indústrias de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), copatrocinadora do evento. “É o primeiro resultado de um investimento sem precedentes na história do setor no país. Foram US$ 350 milhões injetados para modernizar e ampliar a produção em 2009”, dimensiona Getulio Ursulino Netto, presidente da entidade. O aumento da demanda interna e a crescente aceitação dos produtos brasileiros no mercado externo, interpreta ele, conduziram as indústrias do setor a alocar esse aporte de investimentos na ampliação de fábricas, construção de novas unidades, aquisição de equipamentos e modernização das linhas de produção. Entre os exemplos recentes, o dirigente da Abicab insere a suíça Barry Callebaut, pêndulo global no processamento integrado de cacau e chocolate gourmet e presente no Brasil desde 1999, que construiu e inaugurou em maio passado sua planta para indus- trialização de cobertura em Extrema (MG). A Kraft Foods Brasil, que se apresenta pela primeira vez em estande conjunto com a Cadbury – após a integração global das duas corporações – , e a Sukest tocam projetos de construção de plantas, enquanto pelo menos outras dez companhias de médio e grande porte do setor acionam neste ano a ampliação de instalações, modernização de linhas e a compra de equipamentos, completa Ursulino Netto. “Os investimentos em tecnologia têm sido intensos fazendo com que nosso parque de máquinas hoje seja comparável aos melhores da Europa”, endossa Ernesto Ary Neugebauer, presidente da Harald, potência do setor de chocolates para food service (alimentação fora do lar) também presente na Sweet Brazil 2010. Goleada final Dados ainda em aberto indicam que mais de 200 expositores devem recepcionar número superior a 30.000 visitantes profissionais, cujo perfil sobressai por centralizar a compra de produtos industrializados do país, além de várias missões do exterior. “A realização bem sucedida do evento no ano passado em Recife (PE) inspira o retorno a Curitiba, que sediou a feira em 2008, onde iremos ocupar 7-8.000 metros quadrados, correspondentes a 20-30% da área total, com cerca de 30-40 expositores das principais grifes do nosso setor, performance em linha com a última edição”, sintetiza Ursulino Netto. Esses participantes, acrescenta o dirigente, representam mais de 90% da oferta nacional de chocolates, cerca de 70% da comercialização de guloseimas doces e 65% do movimento dos fabricantes de confeitos de amendoim. Essa edição da feira, em particular, é aguardada com expectativa incomum, pois emerge em um cenário favorável à indústria e ao comércio de confeitos, percebe Ursulino Netto. Como é praxe no setor, o segundo semestre é tido como salvador da lavoura, principalmente quando as vendas andam de lado no período inicial do ano. Desta vez, no entanto, puxada pela boa maré da venda de chocolates e chamarizes como a Copa do Mundo da África do Sul, a indústria vem embalada por um primeiro tempo que faz prever mais gols na etapa restante do ano. Montado na antessala do segundo semestre, a Sweet Brazil sempre reserva novidades e promoções especiais justamente para garantir o balanço no azul, transformando o encontro em fonte geradora de negócios para os dois lados do balcão. “Com lançamentos na manga, turbinados por ofertas e outros atrativos, a indústria se reúne com compradores de diversos portes, do Brasil e do exterior, agilizando o fechamento de eventuais pedidos”, observa Ursulino Netto. Ele completa que, em geral, boa parcela de contatos iniciados no evento depois se concretizam em negociações, reabilitando o resultado final em anos com primeiros semestres ruins. “Desta vez as perspectivas são ainda maiores, já que tivemos um início de ano melhor”, assinala o dirigente. Ele ressalta que a realização da Sweet Brazil simultânea à convenção da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) ajuda a reoganizar a agenda de desenvolvimentos, marketing e vendas da indústria de candies. Em paralelo à feira, a Abicab enfatiza sua parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) com a organização do 3º. Proje- Neugebauer, da Harald parque de máquinas comparável aos melhores da Europa capa Severini, da Abad setor atacadista deve crescer no mínimo 6% em 2010 30 Doce Revista to Comprador Sweet Brazil. Trata-se de uma rodada específica de negócios entre empresas brasileiras e importadores dos EUA e da Argentina, que formam os dois maiores mercados externos para os confeitos produzidos aqui, repassa o presidente da Abicab. “Além disso, também vamos realizar o 3º. Projeto Imagem Sweet Brazil, uma missão de jornalistas de mídias especializadas do setor nos EUA, México e Inglaterra, que farão a cobertura internacional do evento”, anuncia ele. Rafael do Prado Ribeiro, gestor de exportação da Abicab, detalha que o projeto comprador visa a realização de negócios no curto e médio prazo, através de encontros (business meetings) entre as empresas brasileiras e traders do setor de confectionery americanos e argentinos. No projeto imagem, acrescenta ele, o objetivo com a missão de jornalistas especializados é a construção de uma imagem positiva do segmento de confectionery brasileiro. “Estamos tendo uma grande e entusiasmada procura por parte de agentes estrangeiros, que querem conhecer a indústria de confeitos do Brasil”, sublinha Prado Ribeiro. O presidente da Abicab assinala o avanço da internacionalização da Sweet Brazil em complemento ao perfil mais doméstico do evento da Abad. Sem contar os órgãos oficiais e entidades internacionais contatados, em torno de 2.000 compradores de renomadas cadeias atacadistas e redes varejistas do exterior receberam nominalmente convites da Abicab. Segundo a entidade, em 2009, o Brasil exportou US$ 294 milhões em balas, chocolates e gomas de mascar para mais de 146 países, atingindo todos os continentes. As exportações para América do Sul, América Central e Caribe representaram 48% das vendas brasileiras para o exterior. Para a Europa foram embarcados US$ 10 milhões, enquanto que, para o Oriente Médio, seguiram US$ 8 milhões em produtos. As vendas de confeitos e chocolates brasileiros para os países árabes quase dobraram de 2006 a 2009, passando de US$ 2,6 milhões para US$ 4,7 milhões no período. Pelos monitores da ICA (International Confectionery Association), o Brasil é hoje o quarto maior produtor mundial (e o terceiro maior exportador mundial) de balas, confeitos e gomas de mascar, depois dos EUA, China e Alemanha. Com base nesses números, Ursulino Netto argumenta que reflexos da crise econômica internacional não atingiram de forma acentuada as vendas externas. Por conta disso, o país teve, no primeiro semestre de 2010, crescimentos de 9,1% e 12% nas exportações de produtos de JULHO 2010 chocolate e amendoim, respectivamente. “Já em balas, confeitos e goma de mascar, tivemos crescimento na maioria dos mercados, com exceção de América Central, Ásia e África comparando com igual período de 2009”, confronta o dirigente. Para facultar o acesso do trade às novidades e atrações das empresas do setor, a Abicab organiza também nesta edição da Sweet Brazil o Salão de Lançamentos. “Serão 60 metros quadrados ao lado do espaço da Abicab na feira, onde os visitantes poderão ver amostras, consultar prospectos e até degustar os novos produtos, antes de seguir para os estandes das empresas”, explica Ursulino Netto. Balcões em alta Na Abad, organizadora da convenção e feira dos atacadistas, a realização da 30ª edição do evento ratifica o exuberante resultado apurado no ranking do setor divulgado no final do primeiro semestre. Pelo levantamento levado a cabo pela entidade em parceria com a Nielsen, o atacado distribuidor nacional superou expectativas ao faturar R$ 11 bilhões a mais que em 2009. O Ranking Abad/Nielsen reúne 391 das maiores empresas atacadistas distribuidoras do país e apontou os resultados do segmento em 2009, com destaque para um crescimento real de 4,1%, alcançando uma receita total de R$ 131,8 bilhões, montante equivalente a cerca de 5% do PIB (produto interno bruto) brasileiro. “Para 2010, nossa expectativa é crescer pelo menos 6%”, crava Carlos Eduardo Severini, presidente da Abad. A pesquisa, acrescenta ele, registrou também o otimismo dos empresários, que projetam aumento nos investimentos, no faturamento, na rentabilidade e no volume de vendas, expectativa que deve movimentar os bastidores da convenção e feira da Abad 2010 juntamente com a Sweet Brazil. “Obtivemos no ano passado um crescimento nominal de 9,2%, mesmo tendo sido 2009 um ano ainda marcado por reflexos da retração global. A participação do atacado nas vendas tem permanecido estável e significativo, acima dos 50%, nos últimos cinco anos. Em 2009, correspondeu a 52,2% de tudo que foi distribuído no mercado mercearil do país”, complementa Severini. Mesmo durante a crise internacional, prossegue o dirigente, as empresas tiveram uma atuação proativa, confiaram na solidez do mercado de consumo nacional e não interromperam os Acesse: www.docerevista.com.br capa investimentos, seja em renovação da frota, tecnologia ou no aperfeiçoamento de suas relações com o varejo independente, seu principal cliente. “O atacado distribuidor vem atuando cada vez mais como parceiro e consultor do varejista, e a força de vendas do segmento está sendo treinada para ajudar o pequeno comerciante a encontrar o mix de produtos ideal, a desenhar o melhor layout de loja e aperfeiçoar a prestação de serviços ao cliente final”, comenta Severini. Para ele, a intensificação desse relacionamento pode ser conferida na Sweet Brazil/Abad 2010. Como ocorre todos os anos, a entidade leva aos convencionais uma agenda de palestras que procura trazer para os empresários e profissionais do segmento informações e conhecimentos relevantes para o negócio, observa o presidente da Abad. “Neste ano, em especial, acreditamos que, pela escolha de temas e pela qualidade dos participantes, as palestras sejam um diferencial para quem procura capacitação e qualidade”. Durante dois dias, detalha Severini, estão programadas oito palestras elaboradas por especialistas com a participação de importantes convidados da cadeia de abastecimento, abrangendo temas como projetos sociais e ambientais, fidelização e capacitação do varejo independente, custos, lucros e serviços, canais de distribuição e trade marketing, visão estratégica do setor e impactos tributários (ver quadro à pág,34). Parceria de peso Entre outras novidades reservadas para o evento, o dirigente destaca a atuação do Instituto Abad. Com ativa participação na convenção, é ele que cuida da distribuição de material informativo e educativo sobre responsabilidade socioambiental e da promoção de iniciativas como neutralização do carbono gerado pelo evento, campanha de doação dos produtos remanescentes dos stands para distribuição entre entidades assistenciais locais e coleta seletiva do lixo, incluindo parceria com cooperativas de catadores de Curitiba para separação de resíduos gerados na montagem e desmontagem dos estandes e durante o consumo na Convenção. O presidente da Abad também enfatiza a aliança do setor atacadista distribuidor com a indústria de confectionery, assinalando que capa a Abicab é uma parceira de peso. Afinal, grifa ele, a entidade reúne mais de 100 associados do ramo de chocolates, candies e confeitos de amendoim, com representatividade que engloba quase a totalidade do mercado de guloseimas no país. “Temos uma aliança que já dura nove anos, com grande sucesso. A Abicab tem sido fundamental para estimular a presença maciça de seus associados no evento, abrilhantando nossa mostra de produtos com a exibição das principais indústrias do segmento e com os lançamentos realizados durante a feira”, frisa Severini. Nos últimos anos, observa o dirigente, o aumento do poder de compra da classe C resultou num significativo aumento na demanda de produtos enquadrados no segmento de consumo indulgente, que antes não cabiam no bolso dos consumidores de baixa renda. “Quem não consu- mia chocolates, por exemplo, passou a consumir e quem já comprava, está buscando variedade e marcas de qualidade superior”, comenta ele. Esse novo cenário, prossegue, é positivo tanto para o atacado como para as filiadas à Abicab, que têm no setor seu principal canal de vendas e, dessa maneira, alcançam capilaridade e agilidade na distribuição. “Na média, nosso setor distribui 52,2% dos produtos no mercado mercearil, mas em relação à industria de chocolates e candies essa proporção sobe para 70%, 80% ou mais”, estima Severini. O trabalho desenvolvido em conjunto pelas entidades, somado ao crescimento da demanda, abre perspectivas de crescimento para o setor representado pela Abicab, tornando seu papel no setor mercearil e sua presença entre os parceiros do atacado distribuidor cada vez mais relevantes, ele conclui. Programação Abad 2010 16/08 – Segunda-feira 10h00 - Abertura da secretaria 14h00 - Sessão solene de abertura com palestra do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega sob o tema “Perspectivas da Economia Brasileira” (auditório principal) 15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços 22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades 17/08 – Terça-feira 12h30 - Abertura da secretaria 14h30 às 15h30 - Palestra “Visão Estratégica do Setor Atacadista Distribuidor” (auditório I) 14h30 às 15h30 - Palestra “Impactos Tributários na Cadeia de Abastecimento” (auditório II) 15h30 às 16h30 - Palestra “Fidelização do Varejo” (auditório I) 15h30 às 16h30 – Palestra “Custos Comerciais, Administrativos e Logísticos – Um Desafio para a Competitividade” (auditório II) 15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços 22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades 18/08 – Quarta-feira 12h30 - Abertura da secretaria 14h30 às 15h30 - Palestra “Investir em Projetos Sociais e Ambientais é um Bom Negócio” (auditório I) 14h30 às 15h30 - Palestra “Lucro e Serviço ao Cliente – O Impacto da Qualidade da Informação” (auditório II) 15h30 às 16h30 - Palestra “Capacitação do Varejo” (auditório I) 15h30 às 16h30 - Palestra “Canais de Distribuição e Trade Marketing – Um Desafio para o Atacado Distribuidor” (auditório II) 15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços 22h00 - Jantar Show com o cantor Leonardo – Clube Curitibano 22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades 19/08 – Quinta-feira 12h30 - Abertura da secretaria 14h30 - Entrega dos prêmios “Melhor Atacadista Distribuidor Nacional e Estadual”, “Melhor Expositor – Destaque Abad 2009 “ e “Maior Caravana Estadual por Região” (auditório principal) 15h00 - Sessão solene de encerramento (auditório principal) 15h30 - Abertura da mostra de produtos, equipamentos e serviços 22h30 - Encerramento da secretaria e das atividades 34 Doce Revista JULHO 2010 Acesse: www.docerevista.com.br capa Palanque do giro Com um volume de novidades sem precedentes na trajetória da Sweet Brazil/Abad, os fabricantes de candies acenam com mais de 150 produtos que serão apresentados em primeira mão nesta edição da feira. Confira abaixo alguns dos principais destaques BOAVISTENSE Especializada em balas, caramelos, pirulitos, chicles e agora também em confeitos de amendoim, a Boavistense aproveita o balcão itinerante da Sweet Brazil International/Abad 2010 para enfatizar as novidades nas linhas de pirulitos (tipo bola com recheio, planos com recheio e tatuagem) e de balas duras recheadas. Entre os lançamentos, uma das apostas da companhia gaúcha recai sobre a linha de pirulitos Snesh, posicionada para público jovem na faixa de 12 a 18 anos. Disponível nos sabores cereja, limão e menta (pacotes de 600 gramas com 50 unidades), o confeito incorpora uma variante extraforte de mentol na formulação, que intensifica a refrescância durante o consumo. “O layout da linha Snesh destaca o novo logo da companhia em cores fluorescentes sobre a embalagem totalmente escura, que se identifica com o público jovem”, analisa Adriano Orso, gerente de marketing da empresa. Ele grifa também o pirulito Frutal, desdobrado da linha de balas duras da mesma marca. Desenvolvido na cor e no sabor de frutas como morango, limão e uva, o candy contém oito gramas e é comercializado em embalagem de BOPP perolado em pacotes com 50 unidades. Ainda na ala dos pirulitos, a empresa apresenta o Pop Kiss Beija Mais, criado em formato de boca. Conta com duas tatuagens, uma de cada lado do produto e utiliza a tecnologia icing para a aplicação de tatoo, imprimindo marca de beijo nas cores vermelha e roxa. Segundo Orso, esse lançamento também traz frases interativas sobre o tema beijo e é comercializado no sabor cereja em pacote de 500 gramas com 50 unidades. Entre outras novidades apresenta- 36 Doce Revista JULHO 2010 das na Sweet Brazil, o gerente insere o Pé de Chicle, apresentado no formato de pé humano compondo o arsenal de candies que misturam sabor e diversão. Trata-se de um pirulito plano de 12 gramas com sabor e recheio de chicle de tutti-frutti, disponível em pacotes de 600 gramas com 50 unidades. A marca Flamby completa o pacote de lançamentos, encorpando a linha de balas duras com recheio. Desenvolvida nos sabores morango e maracujá, ela agrega recheio cremoso feito à base de leite condensado. “O flan é uma sobremesa apreciada por todos. Vem daí a inspiração da linha, que reforça o mix de produtos cremosos”, associa Orso. O produto possui fechamento individual em flowpack e é comercializado em pacotes de 700 gramas de cada sabor. CORY Um dos primeiros confeitos fabricados pela empresa, a linha de balas Apache volta ao mercado com o tradicional indiozinho na embalagem e os mesmos sabores que consagraram a marca (maracujá, framboesa e menta). “Decidimos promover uma série desse produto atendendo a insistentes pedidos de clientes atacadistas de todo o país”, relata Daniel Andreolli, gerente de marketing da Cory, que preparou o relançamento especialmente para surpreender a clientela Acesse: www.docerevista.com.br capa na Sweet Brazil 2010. Outra aposta sob medida para afagar o trade é a bala Lilith de morango, com formulação exclusiva. O produto, explica Andreolli, possui sabor diferenciado e foi desenvolvido seguindo testes com consumidores de modo a agradar todos os paladares. A tradicional linha de balas duras Icekiss ganha três versões inéditas, anuncia o gerente: Icekiss Azedinho sabor morango, para apreciadores de balas com sabor forte; Icekiss Cream, que mistura morango e chantili, para consumidores de produtos cremosos; e a Icekiss Tutti-Frutti. Entre os derivados de cacau a empresa leva para a feira o pão de mel Cory Love. Lançado na Páscoa, o produto ganha nova apresentação, em displays com embalagens monodoses para consumo rápido. namento de linhas às suas pastilhas drageadas, que foram rebatizadas sob a marca Miny Minty, contemplando mais quatro sabores, sendo dois mentolados, (canela e menta extraforte) e dois frutais (uva e maracujá). Com os lançamentos, a família passa a apresentar dez opções de sabores. As embalagens ganharam traços modernos, identificados com o layout dos demais produtos da linha. Também as minigomas foram reformuladas, incorporando mais dois sabores: cereja e eucalipto extraforte. Os produtos são comercializados em pacotinhos de 20 gramas e displays com 30 unidades. DTC DOCILE No embalo dos investimentos em equipamentos e aumento de 30% na capacidade de produção de balas de goma, a Docile reuniu seu portfólio em uma única linha batizada de Docigoma e introduzida em primeira mão na Sweet Brazil 2010. Segundo Ricardo Heineck, diretor de marketing da empresa, o objetivo do reposicionamento é criar uma identificação mais clara para o consumidor. “A preocupação foi a de promover uma atualização nas embalagens, sem se distanciar da linguagem anterior, pois trata-se de uma das linhas de maior faturamento da empresa. Entendemos, assim, a importância de o consumidor reconhecer o ítem que ele já estava acostumado a comprar”, comenta o diretor. Entre os produtos que foram repaginados e que surgem em novas embalagens, ele destaca os pacotes de 280 gramas para as versões de Docigoma Frutas Sortidas, Minhocas Azedinhas, Gomos, Gurt, Napolitano, Coração Frutas e Morango. Ainda dentro da linha de balas de goma, a empresa apresenta a variante Docigoma Ursinhos Azedinhos, no novo sabor framboesa e nas versões tradicionais de frutas variadas, disponibilizada em pacotes de 20 e 280 gramas. Também a linha de minichicles de bola drageados XClé foi reformulada. As mudanças incluíram desde a formulação até a embalagem, relata Heineck. “A massa dos minichicles ficou mais macia e o sabor com maior durabilidade. Já o novo layout estampa a figura de personagens non sense inspirados em games da Internet”, descreve o executivo da Docile. Os produtos, ele conclui, continuam sendo comercializados em sachês de 3,4 gramas nos sabores tutti-frutti e hortelã, em displays com 40 unidades ou em tiras. A Docile estendeu a estratégia de reposicio- 38 Doce Revista JULHO 2010 A empresa ganhou fama como importadora de brinquedos e itens de pelúcia, mas desponta hoje como uma das mais bem sucedidas tradings do setor doceiro e uma das precursoras do filão que mistura confeitos com diversão (candy toys). A especialidade que construiu o nome da empresa na cena de doces é também a grande atração no estande da DTC em Curitiba. “Iremos apresentar vários lançamentos da linha Candy Toys de confeitos incorporados a brinquedos e as licenças de maior sucesso do momento como Ben 10, Bakugan, Siderman, PPG , Carros, Princesas, Fadas e Toy Story 3, além de mais de 20 itens que já são sucesso em todo o Brasil”, resume Esther Douer, diretora da trading paulistana. Entre os principais lançamentos reservados para a Sweet Brazil, ela destaca novidades em gomas de mascar e pastilhas, sempre com um brinquedo e um personagem, garantindo a alegria das crianças e o faturamento do trade. Além dos lançamentos, completa ela, poderão ser conferidos no estande da DTC os produtos exclusivos da importadora como a consagrada linha de pirulitos LaserPop, que acendem como lanterna e com estampas das Meninas Superpoderosas, Batman, Spiderman e Superman. Acesse: www.docerevista.com.br capa DUNGA Acenando com diversas novidades, a Dunga Alimentos leva para a Sweet Brazil o novo Vip´s Delicinhas. Trata-se de uma linha de biscoitos recheados apresentada em sete sabores salgados (manjericão, tomate seco, tradicional, peito de peru, churrasco, parmesão e pimenta mexicana), e nas versões doces morango e chocolate, desenvolvida especialmente para ser degustada entre as refeições, explica Renata Florenzano, gerente de marketing da empresa. As embalagens exibem cores diferenciadas para facilitar a identificação de cada sabor e vêm no formato monodose, facilitando o manuseio e consumo. “As apresentações são chamativas, propiciam melhor visualização no ponto de venda e garantem o giro” , frisa Renata. ERLAN A empresa de chocolates e balas baseada em Uberlândia (MG) segue para a Sweet Brazil com todo o arsenal de guloseimas e ênfase nas linhas que ganharam novos formatos e revitalização nas embalagens. Entre as novidades mostradas na feira, a Erlan destaca as linhas de bombons Toffee, Olho de Sogra e Sortidos. “A intenção é receber os clientes com os itens mais conhecidos do grande público, chamando a atenção para as mudanças recentes introduzidas em todo o mix “, assinala Rosalina Cardoso Vilela, diretora da empresa. Na linha de balas mastigáveis, exemplifica ela, a marca comparece com lançamentos e uma série de novos sabores. “Também aproveitamos a feira para apresentar aos visitantes o novo grupo de gestores da companhia, que recentemente repassou o comando da segunda para terceira geração da família”, comenta Rosalina. Na ativa há 54 anos, a Erlan ocupa posição de destaque na cena mineira e nacional de candies e exporta para mais de 30 países em todos os continentes. 40 Doce Revista JULHO 2010 FERRERO Detentora das marcas Tic-Tac, Rocher, Kinder e Nutella, a Ferrero participa da Sweet Brazil com foco na divulgação de seu maior lançamento neste ano: o mix frutal Cereja e Maracujá da linha de minipastilhas Tic-Tac. Desenhado para substituir o sabor Cereja Extra Mint, a novidade sobressai por introduzir na categoria uma mescla de cores e sabores dentro da mesma embalagem. Para reforçar o impacto da apresentação, a empresa reforça na feira a continuidade da promoção “Qual sabor tem mais na caixa, cereja ou maracujá?” Com início no primeiro semestre e duração até setembro, a ação parte da exposição de uma embalagem gigante instalada no Shopping Eldorado em São Paulo. Com base no tamanho da caixa exposta, o público deve responder pelo site da empresa (www.tictac.com.br) qual dos sabores – cereja ou maracujá – encontra-se em maior quantidade na megaembalagem. As repostas que mais se aproximarem do volume correto ganharão desde ipods até um carro. No local, uma câmera com visão de 360°garante a participação de fãs da marca de todas as regiões do país. Fabricado no Equador, o Tic-Tac segue há 15 anos como um dos maiores sucessos da Ferrero na linha de minipatilhas. Embalado em caixas plásticas de 16 gramas com aproximadamente 30 unidades, o confeito possui 60 camadas de ingredientes que se dissolvem na boca, proporcionando maior refrescância e sabor ao consumidor. FLORESTAL Com posição de destaque nas categorias de pirulitos, balas, caramelos, chicles e candy toys, a Florestal destacará lançamentos que trazem a proposta de estimular a interatividade entre os consumidores. Adriano Orso, gerente da empreAcesse: www.docerevista.com.br capa sa, insere entre essas novidades o pirulito Xaveco. O candie conta com nada menos do que 55 diferentes mensagens de paquera. Feito em formato de bola, o pirulito Xaveco tem 12 gramas, target formado por jovens de 12 a 17 anos e já está nos pontos de venda em pacotes de 600 g com 50 unidades. Para o público de 7 a 15 anos, a empresa desenvolveu o Pirulito PitPet, que leva recheio de chicle sabor tutti-frutti. Também com formato de bola e peso de 12 gramas, a guloseima contém uma cartela formada por 60 figurinhas adesivas ilustradas com imagens de animais domésticos (pets), acompanhadas de frases interativas. Os animais também são impressos na parte externa da embalagem. Para fãs de caramelo, a empresa lança o Pirulito Milkino em formato plano (8 gramas). Os marshmallows Fofs também ganharam novidades, incluindo mudanças de formato e peso. Além do tradicional tubinho, a linha passa a agregar os formatos torcido, de 3 gramas, e coração, com 5 gramas, ambos vendidos em pacotes de 500 gramas. Unique, feitos à base de cacau proveniente de regiões da Bahia, Amazônia e de outros países, como República Dominicana, Equador, Gana, Madagascar e Venezuela. A Goumert ainda é composta pelos produtos Melken, Unique Dark e Melken Unique ao leite. A empresa também leva à feira a Harald Top Cobertura Blend, uma combinação de cobertura de chocolate ao leite e meio amargo em barras de 1 quilo e 2,3 quilos. Com sabor mais próximo do meio amargo, a mistura permite diferentes combinações de coberturas. O Ganache Premium é outra novidade da empresa. Disponível nos sabores chocolate ao leite e meio amargo e branco, o produto vem em balde de 400 gramas. Para recheio de croissants e massas folhadas em geral, a empresa oferece o Harald Stick. Em formato cilíndrico que lembra um lápis, o produto é mais fácil de ser inserido nas massas e está disponível no sabor chocolate amargo, em caixa de 2,1 quilos. GENERAL BRANDS Comemorando 80 anos, a Chocolates Imperial, de Uberlândia (MG), apresenta na Sweet Brazil seu novo caramelo Mr.Milk-Butter Toffee. A empresa também desfila nas passarelas paranaenses a versão com cantos ovalados de um dos clássicos de seu mostruário, a bala dura Mentolina, que é fabricada desde 1940. Além das inovações de formato, o produto ganhou mais sabores: extraforte, menta com canela, menta com gengibre e recheada com menta. Até outubro a empresa também quer colocar no mercado novidades atreladas às linhas de bombons Toffee, às barras mastigáveis Skate e a toda a linha de balas recheadas e mastigáveis. Além dos lançamentos, a participação na Sweet Brazil destaca a tradição familiar da marca. “A Imperial está sendo administrada pela terceira geração de seus fundadores”, conclui José Luis Teixeira, diretor da empresa. Uma das principais grifes nacionais de refrescos em pó e sucos prontos para beber, a General Brands centrará esforços em sua estratégia envolvendo a marca de gomas de mascar Gang. A linha está com novidades na versão Tattua, que ganhou os sabores morango com iogurte, uva e melancia. Voltado ao público infanto-juvenil, o produto reedita a coleção de tatuagens tribais formada por mais de 50 figurinhas. Na ponta do varejo, Gang Tattua é vendido na moeda de R$ 0,05 a unidade. HARALD A Harald marca presença em Curitiba com o lançamento de sua linha Gourmet, composta apenas por chocolates de origem certificada. “É a primeira linha de chocolates realmente puros produzidos no país”, assina Jacob Cremasco, diretor comercial da empresa. Composta por sete produtos, a família Gourmet é chancelada por diferentes tipos de certificação: de localização geográfica, qualidade do solo, fontes de água, cultivo e processamento do cacau. Entre seus integrantes, destaque para os produtos Melken 42 Doce Revista JULHO 2010 IMPERIAL ITAMARATY Com mais de 100 produtos em seu mostruário, entre chocolates, cafés e biscoitos, a Itamaraty traz para a Sweet Brazil novidades da linha de chocolates Bombonella, que agora é vendida nos sabores Acesse: www.docerevista.com.br capa beijinho e brigadeiro, em embalagens de 250 gramas a 1 quilo. “Os novos sabores têm sido um estouro de vendas e conquistado todos os públicos”, comemora Priscila Nery, supervisora de marketing da empresa. Outros destaques de venda serão expostos na feira, casos das linhas Wafer, Look, Cookies e Spantooo. JAZAM Mais dois lançamentos encorpam o farto menu do setor de confeitos na recepção de atacadistas e distribuidores nesta edição da Sweet Brazil. Especializada em chocolates, candies e guloseimas doces tradicionais, a Jazam apresenta as linhas Ducrem Brigadeiro e Paçoquinha Quadrada. A primeira novidade comemora os dez anos da marca Ducrem, disponível em duas versões de displays com 48 e 60 unidades, devidamente acompanhadas de pá para consumo do doce. A nova versão acrescenta mais uma opção ao leque que forma com os sabores Napolitano, Avelã, Leite Condensado e Crispies. Já a a Paçoquinha de Amendoim Quadrada complementa a linha conhecida por itens de sucesso como o Tubitos (Tradicional Paçoca Rolha) e o Pé de Moleque Crocante. Elaborada com massa que “derrete na boca” e amendoins selecionados, a novidade foi especialmente desenvolvida para reforçar o arsenal da marca nas regiões Norte e Nordeste, onde a linha de confeitos de amendoim da Jazam acusa maior demanda. Além das vendas acima da média em estados como o Pará e Pernambuco, as guloseimas também são exportadas para aproximadamente 20 países. o evento sua linha de Sequilhos nas versões tradicional e em nata, ambas em embalagens de 400g. O salgadinho de milho Skiny é outro destaque, sendo apresentado em estilo vintage, numa reedição da embalagem original em que foi lançado. Na linha de biscoito cream craker, a Mabel deposita fichas no portfólio composto por sabores regionais, com destaque para a versão manteiga de garrafa, uma das mais vendidas. NESTLÉ A Nestlé aproveita a Sweet Brasil 2010 para destacar sua linha Fast de bebidas prontas para beber. Os produtos já fazem sucesso como segmentação de marcas tradicionais do portfólio da empresa. São os casos das bebidas à base do cereal matinal Neston, do achocolatado Nescau e do chocolate Alpino. Ainda em bebidas, o trem bala suíço destaca a linha de chás gelados Nestea. TUTTI MABEL Na raia de biscoitos, a Mabel destaca na Sweet Brazil a linha 100 calorias, que trouxe ao Brasil o conceito de embalagens facilitadoras de dietas alimentares. “O controle do consumo sem a privação do sabor é o grande segredo deste conceito”, destaca Vicente Barros, diretor-presidente do grupo. A empresa também leva para 44 Doce Revista JULHO 2010 Estreante no mercado de chocolates, a Tutti centralizará sua participação na divulgação das linhas Milker e Choketi. No primeiro caso, destaque para a versão Milker Intense, composta por bombons com 13 gramas. Acondicionado em displays, o produto chega ao consumidor a R$ 0,25 a unidade, reforçando o posicionamento de preços competitivo como marca registrada da empresa. Em outra frente, a Tutti destaca a marca Acesse: www.docerevista.com.br capa Planet´s de pastilhas de chocolate branco e ao leite. Outra inovação nas gôndolas de pastilhas é a versão Jumbo da marca Choketi. Cada pastilha do lançamento tem 3 gramas, versus 1,5 grama das pastilhas padrão. Segundo Jorge Fernando Gonzáles, gerente nacional de distribuição da Tutti, a ideia por trás da diferenciação exclusiva de volume é dispor de armas na disputa com marcas lideres do mercado de pastilhas de chocolate, caso de Confeti, da Lacta. A estratégia de diversificação de mix está dando resultados. Os derivados do cacau já representam entre 20% e 25% do faturamento. As balas de goma continuam sendo o carro-chefe, com cerca de 45% das vendas. PECCIN Já tendo lançado 12 produtos este ano, a Peccin destaca na feira suas principais novidades para o segundo semestre. Apostando em embalagens pretas concebidas para causar impacto no ponto de venda (PDV), a empresa apresenta a bala Guest nos sabores abacaxi, maçã verde, uva, morango e cereja. No setor de licenças, o chicle Pinguins de Madagascar, no formato plano, chega nos sabores hortelã e morango, acompanhado de figurinhas colecionáveis com os personagens do filme de mesmo nome. O Pirulito Bolix é outra novidade. Inspirados nos sabores das frutas, o candy vem em embalagens sortidas de 600g. A linha Tribala 2 Frutas, por sua vez, ganha misturas de sabores como cereja com recheio de maçã, pêssego com recheio de tangerina e abacaxi com recheio de frutas vermelhas. Inspirado no sucesso dos filmes de vampiros, o chicle de bola Vampire quer conquistar o público infanto-juvenil nas versões morango quente e uva paralisante. No mercado de chicles recheados drageados, a empresa traz o chicle Diow em formato hexagonal e embalagem decorada com extraterrestres, aludindo ao marketing in46 Doce Revista JULHO 2010 terplanetário do produto. “Tantas novidades mostram a importância da Sweet Brazil para fazer negócios e estreitar relacionamento com clientes”, arremata Ana Paula Bachiega, gerente de marketing da Peccin. SIMAS Preocupada em cobrir todos os flancos da demanda de candies, a Simas Alimentos leva para a Sweet Brazil 2010 as mais recentes novidades das linhas de pirulitos, caramelos e chicles. “O objetivo é assegurar ao trade a conquista de seu público-alvo com itens inovadores, embalagens chamativas e sabores diferenciados,” argumenta Luiz Eduardo Simas, diretor da empresa. Segundo ele, uma parte dos itens apresentados na mostra foi desenvolvida, por exemplo, para atender às exigências de consumidores infanto-juvenis que buscam cada vez mais diferenciação. “É fundamental que as indústrias entendam os níveis de exigência do consumidor e usem a criatividade para capturar as preferências e garantir as vendas”, complementa o executivo. Para o evento em Curitiba, a Simas grifa três lançamentos que ainda rescendem a tinta fresca. Uma das grandes apostas do ano, a linha Top Chews se compõe de um mix de caramelos de frutas, destinado aos consumidores de todas as idades, repassa Simas. O produto pode ser conferido em embalagens com 13 unidades que misturam os sabores maçã verde, framboesa, laranja e uva. Outra atração é o pirulito Coração Curtição, que também apresenta um mix dos sabores cereja e morango. Inspirado no sucesso do pirulito Coração Morango e das balas Cherry Pop, o confeito sobressai pela gramatura de 12 gramas, chamariz para o público apreciador da categoria e de candies com recheios de frutas vermelhas. Dentro da mesma linha, a marca inclui o pirulito chicle Pop Curtição, com recheio de chicle nos sabores cereja, uva, morango e cereja preta. Em embalagem estilizada, o produto traz estampado nos rótulos as frases da linha Curtição, incentivando a interação entre jovens e adolescentes. Acesse: www.docerevista.com.br ícones A volta do pozinho Pirulitos Dipnlik são relançados em festa que celebra símbolos dos anos 80 Festa Trash 80’s Rita Cadillac posa com Dipnlik e promotora distribui os confeitos E nquanto curtiam um show do cantor Wando ou dançavam com Fafá de Belém atacando de DJ, adeptos da Trash 80’s, balada itinerante que celebra a década de 1980, puderam matar saudades de um dos candies que mais marcaram aquela época. Tratase do pirulito Dipnlik, que foi relançado oficialmente durante a comemoração de oito anos da festa, que rolou em maio, em São Paulo. Por trás da volta à ativa de Dipnlik está a Nutricandy, empresa paulista que adquiriu o direito de uso da marca há dois anos. “A Trash 80’s foi escolhida por reunir grande número de admiradores dos ícones de consumo nos anos 1980”, conta Sérgio Negrão, diretor da Nutricandy, acrescentando que a ex-chacrete Rita Cadillac, entre outras celebridades, posou para fotos com o produto em mãos. Surgido originalmente nos EUA, no Brasil Dipnlik arregimentou uma legião de consumidores mirins hoje na casa dos 30-40 anos. No auge, a marca era anunciada com frequência no 48 Doce Revista JULHO 2010 programa do palhaço Bozzo. Dipnlik, em inglês, significa algo como mergulhar e lamber. É mais ou menos isso que a guloseima exige para ser desfrutada, uma vez que o pirulito é acompanhado por um pó doce cristalizado com sabor de frutas. Acondicionado na mesma embalagem do confeito – envelopes originalmente de papel e hoje feitos de BOPP –, o pó tem a função de grudar no pirulito, renovando seu sabor a cada lambida. Num tempo em que candies acoplados a brinquedos eletrônicos com acessórios de som e luz não passavam de devaneio futurista, mergulhar no pó e depois lamber os pirulitos Dipnlik era diversão garantida para crianças. Quanto a faixas de público, hoje a estratégia parece um pouco diferente. Com 15 representantes destinados à marca (a ideia é duplicar este número em um ano), a Nutricandy ressalta os planos de mirar as vendas de Dipnlik em crianças das classes C, D e E. “O mercado de pirulitos não teve grandes novidades nos últimos tempos. Dipnlik surge para preencher essa lacuna, além Acesse: www.docerevista.com.br de ser um produto com imenso potencial entre consumidores de menor poder aquisitivo. Por isso estamos abertos a representantes e distribuidores com atuação em regiões como o Nordeste”, adianta Negrão. Após comprar os direitos da marca, a Nutricandy montou em sua fábrica de Piedade (SP) uma linha de produção totalmente dedicada ao confeito. A unidade tem 1.000 metros quadrados construídos. Além do pirulito, a empresa produz um tipo de melado para passar no pão. Feito à base de glucose e canade-açúcar, o produto é vendido com as marcas Guapito e Jataízinho. Estes itens representam 5% do faturamento. O restante advém das vendas de Dipnlik. “Apesar de lidarmos com produtos super baratos, nossa fábrica conta com processos produtivos e equipamentos modernos. Além disso, as matérias-primas têm origens certificadas”, grifa Negrão. A capacidade da Nutricandy para fornecer os produtos Dipnlik é de 3.500 caixas/mês. A meta é dobrar esse número em um ano. Contendo 576 pirulitos, cada caixa é vendida para distribuidores por R$ 55,00. Ou seja, cada Dipnlik custa menos de R$ 0,10 no atacado. Na ponta do varejo o preço fica entre R$ 0,25 e R$ 0,40. O lucro do distribuidor é calculado em 30% pelo diretor da empresa. Em termos gráficos, as embalagens de DipnLik continuam estampadas da mesma forma dos tempos de Bozzo: com o rosto de traços simples de uma criança loira com sardas. Até hoje, diga-se, é difícil saber se é um menino ou uma menina. Mas o diretor da Nutricandy assegura tratar-se da segunda opção. Na parte de aromas, Sérgio Negrão frisa que o sabor azedinho-doce tão característico dos antigos Dipnlik foi mantido na versão atual. “Várias pessoas que consumiram o produto nos anos 1980 já me perguntaram se a característica azedinho-doce permanece. Não só permanece, como todos os aromas são importados e certificados”, reitera o diretor. Negrão, da Nutricandy Dipnlik responde por 95% do faturamento 50 Doce Revista JULHO 2010 Acesse: www.docerevista.com.br Acesse: www.docerevista.com.br Doce Revista JULHO 2010 51 ponto de vista Gilverto Pignocchi SELOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR É A GARANTIA DO CONSUMIDOR Recentes pesquisas realizadas no exterior apontaram a necessidade cada vez maior de as embalagens conterem informações para o consumidor sobre a qualidade e segurança dos produtos. Inúmeros sistemas de certificação de alimentos, regidos por normas técnicas e legislações de cada país, já foram criados. Em decorrência, vários produtos exibem selos que garantem a saudabilidade e a segurança dos alimentos. No Brasil, existem poucos programas de certificação de alimentos. O panorama, no entanto, está mudando. O consumidor brasileiro já conta com o selo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que identifica alimentos que auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares.Por seu turno, o selo da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD), atesta a confiabilidade dos alimentos para portadores da doença. O selo Minha Escolha, gerenciado pela Choices International Foundation, identifica produtos saudáveis de acordo com as quantidades de gorduras trans, gorduras saturadas, sal e açúcar. Por sua vez, o selo ABIC assegura a pureza do café em pó. Falando mais de perto ao nosso setor, o selo Pró Amendoim da ABICAB que garante produtos de amendoim livres de aflatoxinas (substâncias cancerígenas), já está consolidado no mercado. Desde que foi lançado, em 2002, obteve seguidos reconhecimentos de consumidores, de formadores de opinião e das autoridades sanitárias do país. O Programa de Certificação do Selo Pró-Amendoim é, assim, uma garantia de produtos sem toxinas ditas cancerígenas. Constantes monitoramentos no mercado e a exigência de técnicas modernas e seguras de fabricação permitiram o crescimento de vendas na casa de impressionantes 213%, nestes últimos nove anos, dos produtos de amendoim. Na ultima pesquisa encomendada ao IBOPE pela ABICAB, entre outras interessantes constatações, verificou-se que 68% da população brasileira conhecem o selo e acreditam na fiscalização rigorosa e nos testes de qualidade efetuados na produção do amendoim e seus derivados. Esta postura do consumidor brasileiro prova um alinhamento com as tendências mundiais e, conseqüentemente, na medida em que o comprador torna-se mais esclarecido, alimentos que não exibirem em suas embalagens selos de qualidade e segurança, independente da marca, fatalmente serão preteridos. Unidades fabris produzindo de acordo com as boas práticas de fabricação, onde a qualidade do trabalho permita ter produtos isentos de quaisquer problemas de higiene limpeza e segurança, deveria ser a meta de todos os empresários ligados à indústria de alimentos. Esta afirmação é relevante quando se sabe que cerca de 10% de produtos de amendoim e seus derivados à disposição do mercado não possuem selo de certificação do Pró-Amendoim e, portanto, não atendem a estes critérios, colocando em risco a saúde do consumidor. Gilverto Pignocchi Nagato & Pignocchi Consultores Associados Ltda no pódio Volta às origens Tondo amplia seu parque industrial e retoma a produção de biscoitos Mariana Gallo T radicional fornecedora de farinhas, massas e misturas para bolo de Bento Gonçalves (RS), a Tondo colocou em marcha um projeto orçado na faixa de R$ 20 milhões que visa a construção de duas plantas na vizinha Caxias do Sul e o seu reingresso no mercado de biscoitos. Rogério Tondo, diretor geral da empresa, informa que a produção desse último item vai absorver o aporte mais significativo do investimento total – cerca de R$ 15 milhões –, complementando os negócios da linha de farinhas e massas, atual carro-chefe da companhia com cerca de 80% da receita. “A linha de biscoitos é um desenvolvimento natural da marca Orquídea que vem para completar e ampliar nossa atuação e reforçar a boa relação com os consumidores”, resume o dirigente. Inicialmente, completa ele, os biscoitos irão compor uma linha básica visando atender os consumidores das classes A, B e C. Na primeira etapa, prevista para entrar em operação no início do próximo ano, a Tondo irá fabricar apenas biscoitos lami- no pódio Farinha e massas carro-chefe da Tondo com 80% do faturamento nados doces e salgados dos tipos maria, água e sal, cream cracker, leite e integral em embalagens de 400 gramas. Segundo Tondo, investimentos em variantes mais sofisticadas, como biscoitos recheados e wafers, estão previstos para os próximos dois ou três anos. “A inovação da linha deve ocorrer de forma natural como aconteceu com os outros produtos do portfólio”, repassa. Sem faixa de preços para o consumidor definida, os produtos ganham as gôndolas no início de 2011 com o objetivo de abrir espaço para a marca. “Até chegar às prateleiras, os preços devem variar muito. Nosso foco no momento é a entrega pontual, a qualidade e a saudabilidade garantida ao consumidor além de, claro, preços atraentes”, reforça Tondo. A unidade também fornecerá biscoitos em sistema private label para empresas de outras regiões do país, pois a empresa ainda não tem previsão de expandir a marca para outros mercados. Para assegurar boa receptividade aos biscoitos, a Tondo ace- na com investimento pesado em campanhas de merchandising no ponto de venda (PDV) e estratégias de reforço da marca Orquídea para o consumidor. “Estaremos nos principais PDVs dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, adianta Tondo. Conforme o dirigente, a produção de biscoitos simboliza um retorno às origens da companhia que, no passado, teve uma atuação destacada e estabeleceu um forte vínculo com esse segmento. Por mais de quatro décadas a Tondo operou no filão, tendo há cerca de 13 anos passado adiante a participação societária que detinha em um fabricante local de biscoitos. Nos últimos cinco anos, lembra Rogério Tondo, a indústria chegou a atuar como sócia de outra fabricante, mas decidiu agora retomar a industrialização. Na condição de fornecedora de farinha de trigo para grandes operações do setor, a Tondo entende que com o inves- Misturas para bolos e panificados capacidade instalada triplicada timento na nova fábrica estará agregando valor à própria matéria-prima. Linhas automatizadas A unidade que irá abrigar a fabricação de biscoitos em Caxias do Sul vai ocupar área de 4.000 metros quadrados que, somada à unidade de Bento Gonçalves, totaliza 25.000 metros, sinalizando a forte expansão da empresa. A planta, detalha Tondo, será equipada com linha de processamento de massa e forno de origem italiana de geração atualizada, que opera com elevado índice de automação. “Estamos investindo R$ 13 milhões somente em maquinário”, orça Tondo. A fábrica inicia a produção em fase experimental a partir de outubro deste ano e estará apta a produzir 1.200 toneladas de biscoitos por mês, entre os da marca Orquídea e terceirizados, dimensiona o empresário. Já se preparando para uma segunda etapa de investimentos, a companhia reservou espaço para a instalação de linhas de recheados e wafers. Com o aumento da infraestrutura, a empresa passará a contar com 426 colaboradores distribuídos em várias alas. Além da unidade para a fabricação de biscoitos, a Tondo planeja investir R$ 5 milhões em melhorias no atual parque fabril. “A ideia é implantarmos um sistema robotizado de retirada e paletização de fardos de farinha, ampliar o sistema de armazenamento e construir uma nova fábrica de misturas para bolo e panificação, triplicando a capacidade atual instalada”, antecipa Rogério Tondo. Ele também prevê a implantação de ensacamento automático de misturas para pa- Complexo da Tondo expansão vai totalizar 25.000 metros quadrados nificação de 25 quilos com tecnologia alemã, pioneira nos moinhos do estado do Rio Grande do Sul. O sistema promove o fechamento da sacaria, através de saco valvulado selado, e confere maior segurança alimentar ao produto, observa o diretor geral. Os atuais investimentos incluem ainda a instalação de um sistema de descarga automática de trigo para agilizar o processo de descarga e a duplicação do seu sistema de silos de armazenamento de farelo. Entre os lançamentos programados para este ano, Rogério Tondo destaca os novos sabores de misturas prontas para bolos, a exemplo das versões pão de ló, brownie e chocolate cremoso. Na ativa há 55 anos, a Tondo ostenta faturamento que ronda a faixa de R$ 200 milhões anuais e prevê avanço na faixa de 10% para 2010. canal de venda PDV é mídia Fabricante de doce de leite triplica vendas ao investir em displays de exposição Displays tubo plástico transparente permite visualização dos sachÊs C onsiderando o custo quase sempre inviável de campanhas publicitárias em jornais, rádios e TVs, o ponto de venda (PDV) é para muitas empresas da indústria de confeitos (confectionery) a única mídia disponível para a divulgação de seus produtos e marcas. A boa notícia é que estratégias de fortalecimento de imagem baseadas no PDV estão dando resultados surpreendentes. É o que demonstra a fabricante de doces de leite Oliveira. Especializada em sachês de consumo individual, a empresa está comemorando um aumento significativo em suas vendas. A conquista é atribuída a displays de PDV recentemente adotados pela empresa. Do tipo display de chão, as peças começaram a ser usadas em novembro último, inicialmente com foco em São Paulo. O sucesso foi tanto que a Oliveira já estuda sua expansão para outros estados, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Espírito Santo. “Queríamos vender entre 20% e 30% a mais. Surpreendentemente, as vendas 60 Doce Revista JULHO 2010 triplicaram”, comemora Márcio Oliveira, diretor de planejamento estratégico da fabricante de doces de leite. Com um currículo repleto de projetos de PDV criados para marcas como Del Valle, Tampico, Yoki, Garoto e Nestlé, a Armazém do Display foi a responsável pelo projeto. Com sede na capital paulista (bairro da Mooca) e unidades de produção no bairro do Belém e nas cidades vizinhas de Guarulhos, Mauá e Santo André, a grife fornece as peças em plástico do tipo PETG (politereftalato de etileno glicol) cristal injetado. Igor Simioni, diretor da Armazém do Display, explica que os expositores desenvolvidos para a Oliveira são produzidos pelo processo de termoformagem (vaccum forming) e têm capacidade para 560 sachês de 120 gramas cada. O bocal através do qual o consumidor pega os produtos é localizado numa altura intermediária, dispensando reposições a toda a hora. Ele acrescenta que logotipos, imagens dos produtos e demais grafismos são estampados em adesivos com impressão digital. Tais acessórios são posAcesse: www.docerevista.com.br canal de venda jetadas para o transporte dos produtos – não necessariamente para sua exposição no PDV. “As caixas eram picotadas de modo improvisado, sendo fixadas muitas vezes em local de difícil visualização. Os displays de chão conseguiram diferenciar nossa marca dos concorrentes”, relata Marcio Oliveira. O dirigente arremata que a fábrica de doces de leite está passando por mudanças importantes de gestão. Entre as próximas ações na ala de planejamento estratégico, ele destaca a reestruturação do setor comercial e mais investimentos em ferramentas de merchandising no PDV. Oliveira planejamento estratético com foco em ferramentas teriormente colados nos displays. Por ficarem no chão, as peças acompanham rodízios, facilitando seu transporte pelo interior das lojas. “Também fornecemos para empresas de doces e confeitos displays feitos com estruturas de metal, arame e tubo”, insere Simioni. Mudanças de gestão O projeto para a Oliveira foi iniciado com 30 displays. Hoje já há em torno de 200 peças alocadas em clientes como Manos Doces, Bom Baiano, Tateno, Distribuidora Garoto, Marsil, Comercial Esperança, Brigadeiro, Mais Valdir e Econômica. Antes da adoção dos expositores de chão da Armazém do Display, os sachês de doce de leite costumavam ser expostos em caixas de papelão ondulado. Tais embalagens, nunca é demais lembrar, são em sua maioria pro- Siminoni Armazém do Display fornece 200 peças só para a Oliveira agenda SETEMBRO Balcão americano A Associação de Varejistas de Doces da Filadélfia (RCAP), na ativa desde 1918, promove de 12 a 14 no Centro de Convenções Atlantic City, mais uma edição da Feira Nacional de Candies, Presentes e Gourmet Show, considerada um dos maiores eventos dos EUA dedicado ao varejo de confeitos. Além da exposição de doces, snacks, ingredientes e embalagens, a mostra inclui as novidades da indústria de equipamentos para o setor do mundo inteiro. Realizada pela RCAP desde 1949, a exibição foi inicialmente organizada com o intuito de apresentar aos varejistas as novidades das indústrias da Filadélfia para o Natal e a Páscoa. Ao longo dos anos, seu foco foi estendido e hoje seus cerca de 300 associados ativos dos EUA e Canadá exibem para compradores de todo os EUA e do exterior as últimas novidades em chocolates e doces. Local: Atlantic City Convention Center, Hall C - One Miss America Way - Atlantic City, New Jersey 08401 (EUA). Informações: Associação de Varejistas de Doces da Filadélfia (Retail Confectioners Association of Philadelphia) Tel. +1 888 2263989;Fax +1 215 884 6101 ou pelo site www.phillycandyshow.com Salão da animação O maior encontro entre licenciadores e interessados em comprar licenças do território nacional apresenta a cada ano um número maior de interessados em conhecer as oportunidades desse mercado. A atividade também é crescente por parte dos agentes licenciadores que apostam no evento Licensing Brasil Meeting para apresentar suas novidades e estratégias. Mercado em expansão no Brasil, o licenciamento constitui hoje um ramo que gera negócios da ordem de R$ 4,2 bilhões ao ano. Para promover o encontro entre os principais agentes de marcas e empresas qeu buscam licenciar seus produtos, a revista Licensing Brasil promove nos dias 14 e 15 a terceira edição do Licensing Brasil Meeting. Após dois anos de sucesso, unindo os principais agentes licenciadores com profissionais de renomadas empresas de todos os setores da economia, a estrutura do evento foi repensada e o resultado dessa reestruturação altera a dinâmica do evento que, a partir deste ano, passa a ser moldado no formato de feira de negócios. Serão 30 estandes, entre agentes licenciadores e agências de marketing promocional, num espaço planejado para a concretização de negócios. Local: Espaço Apas Centro de Convenções. Rua Pio XI, 120- Alto da Lapa São Paulo (SP). Tel +55 11 3647 5041; e-mail: [email protected] Informações: Revista Licensing Brasil Tel.(11) 5092-5588 ou pelo site www.licensingbrasilmeeting.com.br 64 Doce Revista JULHO 2010 Semana do saber A 2ª Semana Tecnológica Cereal Chocotec, programada de 20 a 24, é uma iniciativa do Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), juntamente com a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) e Abiam (Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos). Sob o tema Inovar para o Bem-Estar, o evento deste ano oferece a oportunidade a estudantes e profissionais do setor de participação em cursos tecnológicos, seminários e palestras técnicas. A Semana Tecnológica visa favorecer o desenvolvimento, modernização, fortalecimento e a competitividade de micro e pequenas empresas do setor, além de colaborar com o constante e necessário processo de inovação de empresas de diversos portes. Durante o evento serão oferecidas 8 vagas para cursos de chocolates, balas, confeitos, cereais, farinhas e panificação, ministrados por especialistas do Cereal Chocotec/Ital e por convidados de instituições nacionais e estrangeiras. Serão oferecidos cursos sobre achocolatados em pó, balas, barras de cereais, chocolates, drageados salgados, pó de queijo, qualidade tecnológica da farinha de trigo, atividade de água e ingredientes que influenciam a textura de pães e bolos. Local: Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) - Campinas/SP. Informações: Ital/ Setor de Eventos. Fones(0**19) 3743-1758/ 3743-1759; Fax(0**19) 3743-1761. [email protected]. br /[email protected]/[email protected] Foco na inovação Organizado pela United Business Media Limited (UBM Brazil), a 15ª edição da Food Ingredients South America (FiSA) apresenta-se como o mais completo evento do setor de matérias-primas alimentícias da América Latina, reunindo de 21 a 23 os principais players do mercado e o que há de mais inovador em tecnologia de produtos e processos para alimentos industrializados. Composta por feira e congresso internacional, a FiSA 2010 vai ocupar os 14.000 metros quadrados do Pavilhão Azul do Expo Center Norte, promovendo a exibição de mais de 250 expositores nacionais e internacionais. Local: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo (SP). Tel.+55 11 2089-8500 ou pelo site www.expocenternorte.com.br Informações: UBM Brazil United Business Media Limited. Tel.+55 11 4689-1935; e-mail [email protected] pelo site www.ubmbrazil.com.br Acesse: www.docerevista.com.br giro QUEM: MAVALÉRIO PRODUTO: SNOW SUGAR GANCHO: ALGODÃO DOCE NO POTE A demanda por produtos práticos, diferenciados e divertidos inspira o mais recente desenvolvimento da Mavalério, que disponibiliza desde a virada do semestre o Snow Sugar, sua marca de algodão doce apresentado em pote plástico. “Trata-se de um produto totalmente inovador no mercado brasileiro, direcionado ao público infantil e com padrão de qualidade de linhas de confeitos encontradas no exte- rior”, assinala Alberto Teixeira, gerente de marketing da empresa paulista com unidades em Diadema e Itatiba. Para o executivo, as crianças hoje em dia têm poder de decisão na compra de itens como candies e snacks. “Elas estão cada vez mais exigentes, antenadas e decidem sobre a compra de determinados produtos”, observa o executivo. Apresentado em pote lacrado, que pode ser reutilizado como porta-treco, o Algodão Doce Sabor Tutti-Frutti Snow Sugar incorpora ainda selo metalizado e tampa para conservação da textura e sabor, contém 25 gramas de produto e já é pronto para consumo. “Seu visual é muito atrativo, na cor rosa, e a consistência muito macia, sendo a sua formulação enriquecida com açúcar orgânico”, descreve Teixeira. A comercialização e distribuição estão sendo feitas em todo território nacional, com direcionamento para lojas de artigos de festas, atacados, distribuidores de padarias, distribuidores em geral, bufês infantis e cinemas, ele conclui. QUEM: ALADIM PRODUTO: PIRULITO GANCHO: DESIGN DA LATA A Aladim Alimentos despachou para as gôndolas em julho sua inovadora e exclusiva linha de embalagens para pirulitos, cujo design chama atenção principalmente da galera infantil. Os produtos são apresentados em latas contendo 120 unidades, com o inusitado peso de 1.680 gramas. “As apresentações foram inicialmente desenvolvidas para o mercado europeu e, devido ao sucesso no exterior e também atendendo a pedidos do tra- giro de daqui, decidimos iniciar a sua venda nos balcões brasileiros”, comenta Mario Fazan Junior, diretor da Aladim. Disponível nos sabores cereja (Big Cherry), tuttifrutti (Big Pop), framboesa (Hot Pop) e em versões sortidas (Big Pop e Pop Game Sortido), além da ênfase nos aromas de frutas vermelhas, muito apreciadas por crianças e jovens, a linha sobressai por refletir nas estampas das latas sensações de sabor e diversão que hoje estão em voga na moderna cena de candies. “Com mais esse lançamento, queremos valorizar sobretudo os trabalhos de distribuição nos pontos de venda (PDVs), com um produto atraente que magnetiza a atenção do consumidor nos checkouts”, conclui Fazan Junior. QUEM: ARCOR PRODUTO: TORTUGUITA GANCHO: RECHEIO DE GELATINA Sucesso entre o público infantil, a marca Tortuguita, da Arcor, inova mais uma vez a cena de chocolates, inserindo uma inusitada combinação que, certamente, vai conquistar a criançada: Tortuguita Gelatina, o primeiro e único chocolate com recheio de gelatina. A novidade une o chocolate ao leite a um recheio de gelatina sabor morango, proporcionando uma combinação harmoniosa de sabor e textura. Vale ressaltar que Tortuguita Gelatina contém benefícios nutricionais relevantes, a exemplo de formulação isenta de gordura trans na porção e é enriquecida com cálcio, ferro e vitaminas, sendo livre de corantes artificiais. “Para este lançamento, fizemos pesquisas jun- to aos consumidores e tivemos excelente aceitação, tanto das mães como das crianças. Temos certeza que o produto será um sucesso”, enfatiza Gabriel Porciani, diretor de marketing de chocolates e guloseimas da Arcor, completando que o produto já disponível no trade tem preço sugerido de R$ 0,50 a R$ 0,70 por unidade. Ampliando sua presença no segmento de chocolates infantis com a marca Tortuguita, a empresa acena com mais novidades para 2010. Outra aposta da Arcor, exemplifica ele, é o Tablete Tortuguita Chocolate Branco com Recheio de Brigadeiro. Com 150 gramas, o produto vem com recheio cremoso e uma combinação de sabores que já são apreciados pela criançada. Como toda a linha de tabletes Tortuguita, o chocolate é produzido sem adição de gordura vegetal e traz dez figuras diferentes da Tortuguita em alto relevo, com preço sugerido para o consumidor final entre R$ 3,19 a R$ 3,79. “A Tortuguita Gelatina é a principal aposta da companhia e investimentos em mídia deverão ser conferidos no decorrer deste ano”, sinaliza Porciani. QUEM: AURORA PRODUTO: LINDT GANCHO: SABORES DE TRUFA íça Lindt introduz no Brasil dois sabores especiais de trufas, perfeitos para presentear em datas como o Dia dos Pais. A versão Truffles Marc de Champagne apresenta trufas de chocolate ao leite com recheio de champagne. A outra opção reunida nas Truffles Milk & Dark combinam trufas sortidas, elaboradas com chocolate e recheio trufado nos sabores ao leite ou amargo. Ambas têm preço sugerido na faixa de R$ 58,70. Os produtos já podem ser conferidos em redes de supermercados e delicatessens do Brasil, distribuídos com exclusividade pelo selo Fine Brands da Importadora Aurora, de São Paulo. QUEM: NITA ALIMENTOS PRODUTO: NITA CREAM GANCHO: CREMOSIDADE INTENSA Famosa pela qualidade e sabor que imprime a suas linhas de chocolate, a su- Para facilitar a vida da dona de casa e oferecer uma opção prática para o lanche da tarde nos dias mais frios, a Nita Alimentos criou a linha de misturas para bolo Nita Cream. Disponível nos sabores Chocolate, Aipim, Limão, Maracujá e Mi- lho, o produto, apresentado em embalagens de 450 gramas, é uma extensão da linha de misturas para bolo Nita Cook composta por 12 sabores (Chocolate, Baunilha, Coco, Laranja, Doce de Leite, Festa, Abacaxi, Limão, Milho, Frutas, Aipim e Cenoura). Um dos diferenciais de Nita Cream é a facilidade de preparo de uma receita saborosa com praticidade e rapidez, já que a mistura, em função da sua consistência diferenciada, proporciona cremosidade intensa e dispensa complementos como caldas, recheios e coberturas. giro QUEM: DANONE PRODUTO: DANETTE GANCHO: SABOR OVOMALTINE A Danone transforma mais uma parceria em reforço para o mix da linha de sobremesas Danette. Trata-se da versão Ovomaltine, que segue fielmente o que os dois produtos têm de melhor: a cremosidade de Danette e o sabor único do achocolatado maltado Ovomaltine. A novidade pode ser conferida desde julho no trade da categoria em todo o Brasil, em bandejas de 205 gramas, com dois potes, ao preço sugerido de R$ 2,09. Além da qualidade já consagrada das duas linhas, a combinação de Danette e Ovomaltine reforça o chamariz para a comercialização de sobremesas cremosas. “Acreditamos que esse será mais um grande sucesso de vendas, pois reúne duas marcas tradicionais que agradam a toda a família”, aposta Piero Francheschi, gerente de marketing da Danone. Desde a primeira edição de Danette no Brasil em 1979, completa ele, a sobremesa pronta para consumo da marca se tornou referência de cremosidade. “A nova parceria com a ABF (Associated British Food), atual detentora da grife Ovomaltine, reflete o novo leque de sabores da marca, cumprindo a missão de apresentar permanentemente novidades para os fãs de Danette”, conclui. Daniele Cavalcanti, gerente de marketing da ABF, ressalta o otimismo com a aliança entre as duas companhias. “O lançamento reforça o movimento da marca Ovomaltine de expansão para novas categorias de produto. Em sobremesa láctea, a Danone sem dúvida é o parceiro ideal para seguirmos, tanto pela força da marca e quanto pela qualidade de seus produtos”. QUEM: DR. OETKER PRODUTO: GELA-GELÔ GANCHO: PICOLÉ EM PÓ A Dr.Oetker apresenta mais uma de suas invenções de mistura para sobremesa gelada. Bastante diferenciada, a novidade foi especialmente desenhada para a diversão de crianças e adultos. Trata-se da sobremesa em pó Gela-Gelô, produto com um conceito inédito na categoria que, ao ser misturado ao leite, transforma-se em coloridos picolés. Decoradas com personagens licenciados do arrasa-quarteirão Toy Story 3, do estúdio Disney/Pixar, as embalagens de Gela-Gelô vêm acompanhadas de adesivos exclusivos do sucesso infantil para colecionar. Rápida e fácil de preparar, a sobremesa pré-pronta pode ser conferida nas gôndolas nos sabores groselha, limão e morango ao preço médio sugerido de R$ 1,29 cada caixinha com 85 gramas. O lançamento faz parte do contrato de licenciamento da Dr. Oetker com a Disney/ Pixar, que eleva a aposta da companhia no potencial do mercado infantil e detém a licença de propriedade intelectual para os personagens da animação em 3D até outubro deste ano. QUEM: DORI PRODUTO: YOGURTE 100 GANCHO: NOVOS SABORES Empresa com forte presença na cena nacional e internacional de candies e snacks, a Dori Alimentos amplia o portfólio de uma de suas marcas de balas mais conhecidas com três novas versões para a linha Yogurte 100. Agora, além da original morango, os confeitos mastigáveis também podem ser encontrados nos sabores frutas vermelhas, maçã com banana e pêssego. “A Dori reno- giro va suas linhas de balas conferindo valor, modernidade e reposicionando todas as suas marcas. Entre as diversas inovações, os produtos Yogurte 100 ganham foco e importância para alcançar o paladar de novos consumidores com um menu de sabores diferenciados”, comenta Jean Paiva, gerente de marketing da empresa. A marca Yogurte 100 conta hoje com balas mastigáveis, simples ou recheadas, pirulitos mastigáveis, pirulitos duros recheados e balas stick. As embalagens dos lançamentos mantêm a mesma identidade visual do sabor original da linha. QUEM: RICLAN PRODUTO: CHICLE BUZZY GANCHO: KIT FUTGOGO’S Com o fim das férias escolares, a dica da Riclan para estender a diversão dos pequenos é o kit Buzzy FutGogo’s. A novidade apresenta em envoltório flowpack um bonequinho Mega FutGogo’s, dois chicles de bola Buzzy com figurinhas dos personagens FutGogo’s e um card tatuagem para personalizar o minibrinquedo. São ao todo oito modelos diferentes (Kike, Baral, Wiki, Ganaz, Loo, Raus, Rugr e Hapo), ofertados em nove cores e três opções de card tatuagens por modelo, descreve Roberto Marinho, diretor da PPI Worldwide, empresa criadora da marca e dos toy arts. Os FutGogo’s, explica ele, podem ser personalizados em mais de 200 variações, dependendo da imaginação da criança. “Os kits Buzzy FutGogo’s chegam para despertar a imaginação e a criatividade da molecada, que fica livre para caracterizar seu bonequinho com a tatuagem que quiser. Assim, um FutGogo verde pode ganhar uma estrelinha no peito, uma camiseta amarela, um shorts azul”, ensina Marinho. As figurinhas dos chicles Buzzy FutGogo’s também se transformam em diversas brincadeiras, como bafo ou mesmo em card game, pois cada figurinha possui uma gama de habilidades que podem ser comparadas, como dribles e gol marcados. Segundo Marinho, o principal objetivo dos FutGogo’s é proporcionar brincadeiras educativas que desenvolvam capacidades importantes para as crianças, como a negociação, interação, inteligência e concentração. “Ao oferecer diversas opções de brincadeiras, os kits Buzzy FutGogo’s conseguem mesclar entretenimento e educação, além de ser uma opção acessível e diferente para os pais”, salienta Marinho. A fabricante do chicle Buzzy oferece ainda um porta-figurinhas para as crianças colecionarem. Para isso, basta enviar cinco rótulos do chicle Buzzy FutGogo’s para a Caixa Postal 222, CEP 13500-970, Rio Claro – SP. QUEM: GENERAL MILLS PRODUTO: NATURE VALLEY GANCHO: BARRAS DE GRANOLA De olho na cena de barras de cereais, filão com crescimento estimado de 18,5% no último ano, a General Mills saca duas novidades que encorpam o mix da marca Nature Valley, pioneira no segmento de alimentos saudáveis. A primeira é o sabor Amêndoas Torradas, que completa o portfólio da linha de Barras de Granola Crocante, formada pelas versões Aveia e Mel, Banana e Amêndoas e Canela. A barra de amêndoas torradas segue o padrão da linha crocante à base de granola, incorporando grãos integrais de aveia e pedaços de amêndoas. “O consumidor de Nature Valley é exigente. Ele valoriza a textura e o sabor de um produto feito com ingredientes naturais. Oferecer essas novas apresentações e mais um sabor visa atendê-lo de maneira ainda mais completa”, giro frisa Waldemar Thiago Jr., diretor de marketing da General Mills do Brasil. A empresa também inclui como lançamento a apresentação do produto em embalagens individuais e em multipacks com três unidades, que proporcionam ao consumidor a vantagem de poder adquirir um produto para consumo imediato com porções em tamanho ideal, repassa o executivo. QUEM: AURORA PRODUTO: BAHLSEN GANCHO: COBERTURA DE CHOCOLATE QUEM: DANONE PRODUTO: DANETTE GANCHO: MISTURA COM M&M’S Exclusividade da importadora Aurora Fine Brands, a linha alemã de biscoitos finos Bahlsen acaba de ganhar novas versões com generosas camadas de chocolate. Dispostos em bandeja plástica, as novidades são cobertas com massa de cacau ao leite e do tipo amargo (dark) da marca e preservam o sabor e textura excepcionais da receita tradicional. Distribuídos desde 1889, os biscoitos Bahlsen são até hoje campeões da demanda de biscoitos finos na cena alemã, com 17% de share no segmento de linhas doces, sendo exportados para mais de 80 países, entre eles o Brasil. As novidades podem ser conferidas nas versões Afrika (130g), Chocoleibniz milk (125g), Chocoleibniz dark (125g), Picadilly (125g), First Class (125g), Waffeletten milk (100g) , Waffeletten dark (100g), Chocofriends (100g), Messino (100g), Granor (100g) e Truffet (100g), com várias texturas e recheios e preço sugerido na ponta do varejo de R$ 10,50 a unidade, com exceção do wafer Chocofriends, disponível a R$ 6,90 o pacote. Quem aprecia chocolate vai se deliciar com o mais novo produto da Danone: o Danette Mix M&M’S. A novidade reúne 180 gramas da sobremesa láctea cremosa de chocolate Danette e 26 gramas de confeitos M&M’S Minis em separado, para serem misturados no momento de saborear. A dobradinha desembarca nos supermercados de todo o país em julho, em embalagem com dois potes e preço sugerido de R$ 3,49 cada pack. “Essa parceria inédita com a Mars Brasil, que produz o M&M’S, a marca de confeito drageado de chocolate mais consumida no mundo, é uma inovação para conferir mais prazer ao dia a dia dos consumidores de Danette e aliar duas marcas irresistíveis”, assinala Piero Francheschi, gerente de marketing da Danone. QUEM: PANCO PRODUTO: PÃO DE FORMA E BISNAGUINHA GANCHO: EMBALAGEM ECOLÓGICA Com o objetivo de alertar os consumidores sobre as questões ambientais e demonstrar a preocupação da marca com a preservação da Natureza, a Panco introduz embalagens com temas ecológicos para dois dos seus principais produtos: as Bisnaguinhas Originais e o tradicional Pão de Forma Premium. “Conheça as nossas árvores” é o nome da série inédita de envoltórios das bisnaguinhas, que homenageia as árvores brasileiras e é composta por quatro embalagens ilustradas, cada uma com uma espécie de árvore: Pau-brasil, Araucária, Ipê-amarelo e Açaí. Para reforçar o conceito educativo da campanha, as embalagens trazem informações sobre cada espécie. Mais curiosidades sobre as árvores podem ser conferidas no site www.bisnaguinhas.com.br. Para as embalagens da linha de Pão de Forma Premium, que seguem a tendência mundial de redução de matéria-prima e melhor utilização dos recursos naturais, a empresa criou a série “Reciclagem” com dicas e informações sustentáveis sobre o tema como: simbologia, descarte e coleta seletiva. top do mês MAIS AÇÚCAR EM SUAS VENDAS ANUNCIE EM DOCE REVISTA (11) 3666-8301 [email protected] ficha completa Termômetro do Centro-Oeste O galope das vendas de candies na terra do agronegócio na tela da Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados S uperando a marca de 2,3 milhões de habitantes, Mato Grosso do Sul contribui com pouco mais de 1% do PIB nacional e de 12% do PIB do Centro-Oeste. Trata-se da menor participação entre as unidades federativas da região. Apesar disso, o estado apresenta o maior crescimento econômico da parte central do Brasil, puxado principalmente por suas atividades de pecuária e soja. Mato Grosso do Sul conta ainda com indústrias que, atraídas por benefícios fiscais, respondem por 16% de seu PIB. Esse cenário de dinamismo favorece a renda e o varejo da região, conta Acelino de Souza Cristaldo, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas). Entre outros pontos de interesse do trade e da indústria de confectionery, o dirigente comenta o papel do pequeno e médio varejo na cena supermercadista do estado e a explosão do número de marcas regionais nas gôndolas sul-mato-grossenses de biscoitos, snacks, chocolates e guloseimas. DR – A estabilidade econômica favoreceu o surgimento de diversos alimentos e bebidas voltados à chamada nova classe média, formada basicamente por consumidores das classes C e D. Qual a importância das marcas regionais no caso de doces e confeitos? Cristaldo – A estabilidade econômica favoreceu toda a cadeia alimentar. O setor de doces e confeitos não é exceção. Pelo contrário. No Centro-Oeste, essa indústria tem atingido altos índices de crescimento. Esse avanço se justifica pelo incremento de renda das faixas menos favorecidas da população. Atentos a esse processo e confiantes em sua vocação empreendedora, muitos empresários da região saíram da informalidade, contribuindo para a criação de marcas regionais. Esse processo foi mais perceptível em categorias compostas por itens de fácil produção, que não exigem insumos nem processos complexos. DR – Como tem sido a receptividade dos supermercadistas sul-mato-grossensses a novos fabricantes de doces e guloseimas? Há espaço para todos nas gôndolas? Cristaldo – O setor recebe muito bem novos produtos. Não nos cabe restringir. Há espaço para todos, desde que 74 Doce Revista JULHO 2010 haja profissionalismo. O que o mercado não aceita é mercadoria parada na área de venda. Tudo que mitiga o anseio do consumidor deve ter espaço reservado nas lojas. DR – O consumo de chocolates bate sucessivos recordes no Brasil. Como avalia a demanda por chocolates no Mato Grosso do Sul, estado notório por seu clima quente? Cristaldo – O consumo de chocolates tem crescido muito e os supermercados, incluindo lojas de pequeno formato, com até dois checkouts, têm se esforçado para melhorar a exposição desses produtos na área de venda. Nossas lojas estão a cada dia mais climatizadas, favorecendo a exposição dos chocolates. Trata-se de um alimento que caiu em definitivo no gosto dos sul-mato-grossenses. DR – Em diferentes regiões do Brasil cresce o temor de que as grandes redes de supermercados acabem sufocando o pequeno e médio varejo. Diria que no Mato Grosso do Sul é diferente? Cristaldo – Nosso estado é muito extenso. Fatores logísticos dificultam a chegada dos produtos na mesa dos sulmato-grossenses. Por isso o pequeno e médio varejo têm um papel estratégico aqui. Basta dizer que a Amas hoje conta com 353 associados, 98% deles representando empresas de pequeno porte. É claro que grandes redes já se instalaram aqui, e a tendência é que esse movimento se intensifique. Ainda não experimentamos, contudo, níveis de saturação e concorrência como os verificados em São Paulo, por exemplo. Uma alternativa que tem protegido os pequenos supermercados da região é a formação de associações de compras, que aumentam o poder de negociação de muitas lojas de vizinhança. DR – Por favor, fale sobre os cursos da Amas. Cristaldo – Além dos cursos de requalificação chancelados pela marca ENS (Escola Nacional de Supermercados), utilizamos metodologias atualizadas pela Abras, a entidade nacional do setor. DR – Quais as principais tendências em supermercados regionais? Cristaldo – A conveniência se transformou em palavra de ordem, e não é diferente no pequeno e médio varejo. As lojas devem estar atentas ao aumento da demanda por pratos prontos. Bebidas geladas também são bem-vindas no mix. Nosso desafio está voltado para a facilidade do consumidor. Precisamos melhorar processos para atender um público mais esclarecido e exigente. Acesse: www.docerevista.com.br