probióticos “para a vida”

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probióticos “para a vida”
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Abr. 10
®
publicação destinada a profissionais
probióticos “para a vida”
cereais integrais | consumo inadequado
o cálcio na percepção do sabor
NAN Activo, a fórmula ideal
nesvida 6
editorial
sumário
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o mundo Nestlé
Descobertos há mais de 100 anos, em produtos lácteos fermentados,
os probióticos continuam actualmente a merecer interesse por parte
da comunidade científica, devido essencialmente à sua acção sobre
o equilíbrio bacteriano intestinal.
A sexta edição de NESVIDA destaca os benefícios destes aliados
microscópicos, com efeitos na saúde do hospedeiro, a curto, médio
e longo prazo.
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na vanguarda
da investigação
Sempre atenta às necessidades dos consumidores, a Nestlé lança
dois produtos destinados aos mais novos com probióticos e imunonutrientes que ajudam a reforçar as defesas naturais dos bebés.
Avive os seus conhecimentos!
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dedicada a Profissionais de Saúde.
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probióticos “para a vida”
Ana Leonor Perdigão
Unidade de Nutrição, Saúde e Bem-estar
Nestlé Portugal, S.A.
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novidades Nestlé
ficha técnica
Editor
Nestlé Portugal, S.A.
Morada de contacto
Apartado 1002
2791-701 Carnaxide
Coordenação editorial
Ana Leonor Perdigão
Alexandra Ribeiro
Paginação
Companhia das Cores
Impressão
Pré&Press
Tiragem
Depósito legal nº
3 000 exemplares
264763/07
o mundo Nestlé
fábrica de Lagoa
Fábrica de Lagoa
Prolacto – Lacticínios de S. Miguel, S.A.
1968 é o ano que marca a entrada da Nestlé na
ilha de S. Miguel através da parceria estabelecida
entre a Nestlé e a Unileite (União de Cooperativas de S. Miguel) para o fabrico de leite na ilha de
S. Miguel nos Açores. Um marco importante não só
para a Nestlé mas também para a ilha açoriana que
capitalizava um forte investimento para a comunidade do concelho de Lagoa (local onde está situada
a fábrica). 1973 foi o ano de arranque da primeira
fabricação da Prolacto – Lacticínios de S. Miguel
S.A., entidade juridicamente criada pela Nestlé para
o exercício da sua actividade nos Açores.
Com um volume de produção na ordem das 9.800
toneladas por ano, dedica grande parte da sua fabricação ao abastecimento das fábricas Nestlé sendo
uma importante fornecedora de leite da unidade
fabril da Nestlé localizada em Avanca (Estarreja). É
na unidade fabril de Lagoa, aliás, que é produzido o
leite que integra a composição de muitos dos produtos Nestlé.
A Prolacto – Lacticínios de S. Miguel S.A. tem sido
também uma importante dinamizadora do tecido
empresarial local. Encontra-se ligada à Unileite, de
onde aprovisiona grande parte do leite necessário
à sua produção. Além desta cooperativa agrícola,
a Prolacto encontra-se directamente ligada a nove
produtores agrícolas que representam cerca de 6%
do leite processado nesta unidade fabril.
Trata-se de uma fábrica na qual, além do cumprimento de todos os critérios de qualidade e segurança alimentar exigidos a qualquer unidade fabril
Nestlé, a preocupação com os possíveis impactos
no meio-ambiente tem sido uma prioridade. Para a
Nestlé, a gestão responsável da água é fundamental sendo a redução da produção de águas residuais
um objectivo essencial. A fábrica de Lagoa iniciou em
2007 o projecto de construção de uma ETARI (Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais)
com a finalidade de tratar as águas provenientes dos
processos de lavagem dos equipamentos e instalações. O arranque iniciou-se em Agosto de 2008.
A Fábrica de Lagoa encontra-se em fase de conclusão do processo de implementação do Sistema
Integrado de Gestão. Este Sistema encontra-se em
linha com o Nestlé Integrated Management System
(NIMS) e contempla a certificação de acordo com
as normas internacionais ISO 9001, 22000,14001
e OHSAS 18001, seguindo a estrutura e os requisitos internos do Nestlé Quality Management System (NQMS).
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vanguarda
investigação
na na
vanguarda
da da
investigação
investigação
estratégia de inovação
Consumo de cereais integrais
aquém das recomendações
Muitos são os estudos que relacionam a ingestão
regular de cereais integrais com a redução do risco
de diversas patologias.
Para que se verifiquem efeitos ao nível da prevenção da diabetes tipo 2, doença coronária e ganho
de peso são recomendadas três porções diárias de
cereais integrais (CI). No entanto, poucos adolescentes ou adultos jovens seguem estas orientações.
Num estudo recentemente publicado, pesquisadores da School Public Health, University of Minnesota,
usando os resultados do Project EAT (Eating Among
Teens)-II, analisaram o consumo de CI em 792 adolescentes e 1.686 adultos jovens com idades entre
15 e 23 anos. A amostra era constituída por 1.110
indivíduos do sexo masculino (44,8%) e 1.368 indivíduos do sexo feminino (55,2%). As características
demográficas foram também recolhidas para identificar os factores associados com a ingestão diária de CI.
As porções de CI foram estimadas pela soma da frequência de consumo de pão escuro (1 fatia), massas (1 taça), pipocas (1 taça), e cereais de pequenoalmoço (1 taça), diariamente.
Os pesquisadores chegaram à conclusão que os jovens
consomem menos de 1 porção de CI por dia.
produto em casa. No que concerne aos factores
pessoais, verificou-se relevante a preferência pelo
sabor do pão integral ou a confiança no facto de
poder consumir a quantidade recomendada de CI
mantendo os hábitos de alimentares. Entre os factores comportamentais, o consumo de fast-food afectou negativamente o consumo alimentar de CI.
Os resultados deste estudo indicam que as intervenções destinadas a promover melhorias no consumo
de CI devem focar a confiança dos consumidores relativamente à inclusão dos mesmos no plano alimentar,
as preferências por produtos com CI, bem como a disponibilidade desses alimentos em ambientes onde os
jovens frequentemente tomam as refeições (escolas,
residências e restaurantes). As intervenções nutricionais
devem proporcionar oportunidades para saborear uma
variedade de alimentos com cereais integrais.
A fim de melhorar a disponibilidade dos pães integrais
e outros produtos em casa, os pais, assim como os
jovens, podem necessitar de ferramentas adicionais
para os ajudar a identificar e preparar produtos com
cereais integrais. A observação de uma relação inversa
entre o consumo de fast-food e consumo de CI sugere
ainda que há uma necessidade de melhorar a disponibilidade de produtos com CI em restaurantes.
É necessário sensibilizar a população para os benefícios da ingestão regular de CI de forma a aumentar o seu consumo.
Larson et al.
Whole-Grain Intake Correlates among Adolescents ans Young Adults:
O único factor sócio ambiental que influenciou o
aumento do consumo de CI foi a disponibilidade do
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Findings from Project EAT.
Journal of the American Dietetic Association, 2010; 110(2):230.
O papel do cálcio na percepção
do sabor
O cálcio não vem imediatamente à memória quando
pensamos em alimentos saborosos, no entanto, pesquisadores japoneses apresentaram a primeira demonstração de que os canais de cálcio, sobre a língua, são os
alvos dos compostos que podem melhorar o gosto.
Além das moléculas que activam directamente as
papilas gustativas específicas (salgados, doces, ácidos, etc.), existem outras substâncias que não têm
sabor próprio, mas podem intensificar o sabor das
que são consumidas com elas (conhecido na cozinha japonesa como sabor “kokumi”).
Yuzuru Eto e os seus colaboradores verificaram
que os canais de cálcio, que percepcionam e regulam os níveis de cálcio no organismo, estão intimamente relacionados com os receptores do doce e do
umami (salgados) e que a glutationa (um elemento
comum no sabor kokumi) é conhecida por interagir
com os canais de cálcio.
Para testar esta possibilidade, os investigadores criaram várias moléculas, que se assemelhavam à glutationa, e analisaram como é que estes compostos activavam os canais de cálcio nas amostras de células. De
seguida, diluíram as substâncias, a serem testadas, em
água com sabor (água salgada, água com açúcar, etc.)
e pediram a voluntários (todos treinados em discriminar
os gostos) para avaliar o quão forte eram os sabores.
Os resultados forneceram uma correlação forte. As
moléculas que induziram a maior actividade nos
receptores de cálcio também foram as que mais fortemente intensificaram o sabor nos testes de sabor.
Para confirmação, os investigadores testaram
outros activadores de canais de cálcio conhecidos,
incluindo o cálcio, e concluíram que todos apresentavam algum grau de intensificação de sabor,
enquanto que um bloqueador sintético dos canais
de cálcio poderia suprimir os sabores.
Absorção de antioxidantes do café
não afectada pela adição de leite
(Investigação Nestlé Research Center)
O café, uma das mercadorias mais produzidas em
todo o mundo, continua a ser alvo de investigação
e interesse, e tem sido associado à redução dos riscos de certas doenças, especialmente doenças do
fígado e diabetes.
Desta vez, um estudo da Nestlé Research Center
pesquisou, em diferentes alternativas de ingestão de
café, as variações na biodispinobilidade dos antioxidantes, naturalmente presentes nos grãos daquela
planta.
O estudo dividiu aleatoriamente, em três grupos,
nove participantes saudáveis com uma idade média
de 33,7 anos. Os indivíduos do primeiro grupo beberam café solúvel, os do segundo grupo beberam café
solúvel com leite gordo (10 por cento) e os do terceiro grupo beberam café instantâneo com adição
de açúcar e natas não lácteas. As três bebidas fornecem uma dose de 332 miligramas de ácidos clorogénicos (compostos antioxidantes).
Os resultados mostraram que os níveis sanguíneos
alcançados e o tempo que decorre até serem alcançados não foram diferentes após o consumo de café
instantâneo e/ou café instantâneo com leite no que diz
respeito ao ácido cafeico, ácido ferúlico e equivalentes
do ácido isoferulico. No entanto, a absorção de ácido
cafeico e ferúlico apresentou valores inferiores quando o
café foi preparado com natas não lácteas e açúcar.
De acordo com este estudo, beber café instantâneo
com ou sem leite, apresenta os mesmos níveis de
absorção de antioxidantes do café, incluindo o ácido
cafeico, ácido ferúlico e ácido isoferulico.
M. Renouf, C. Marmet, P. Guy, A.-L. Fraering, K. Longet, J. Moulin, M. Enslen, D.
Barron, C. Cavin, F. Dionisi, S. Rezzi, S. Kochhar, H. Steiling, G. Williamson.
Nondairy Creamer, but Not Milk, Delays the Appearance of Coffee Phenolic
Foram também encontrados canais de cálcio no
trato gastrointestinal, o que sugere que podem ser
importantes em outros aspectos da alimentação,
como a digestão e a absorção dos alimentos.
Acid Equivalents in Human Plasm
Journal of Nutrition 2010; 140: 259-263.
Este estudo fornece uma nova visão sobre as áreas
da biologia do sabor. Explorar mais este assunto
poderá ter aplicações práticas na modulação da alimentação, por exemplo, a criação de alimentos saudáveis que contenham um mínimo de açúcar ou sal,
mas que possam proporcionar um sabor forte.
Amino Y, Nagasaki H, Yamanaka T, Takeshita S, Hatanaka T,
Maruyama Y, Miyamura N, Eto Y.
Involvement of the Calcium-sensing Receptor in Human Taste Perception
J. Biol. Chem. 2010; 285: 1016-1022
http://www.eurekalert.org/pub_releases/2010-01/asfb-arf010810.php
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probióticos “para a vida”
probióticos
“para a vida”
Probiótico
O termo Probiótico significa, literalmente, “para a
vida” (1). Derivado do Latim e do Grego, onde pro
significa “em favor de” e biotikos significa “vida”, este
termo é um antónimo da palavra antibiótico.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas como parte integrante de alimentos, conferem um benefício para a
saúde do hospedeiro. (2)
O interesse científico em bactérias com o potencial
de favorecer a saúde iniciou-se com o Nobel Laureate Elie Metchnikoff que, em 1907, documentou as
suas observações sobre a elevada esperança de vida
e bom estado de saúde de camponeses Búlgaros e a
possibilidade de tais observações estarem associadas
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ao seu consumo de produtos lácteos fermentados,
ricos em bactérias produtoras de ácido láctico (LAB).
Subsequentemente, (3,4) as bifidobactérias foram isoladas pela primeira vez no final do século XIX por Tissier (1) que descobriu a sua presença nas fezes de lactentes alimentados com leite materno e propôs existir
uma relação entre a presença destas bactérias e o
facto de lactentes alimentados ao peito raramente
sofrerem de diarreia. Este autor formulou a hipótese
de que a ingestão oral de bifidobactérias poderia “eliminar” as bactérias responsáveis pela diarreia. (4)
O crescente corpo de evidências científicas continua
a elucidar-nos acerca dos potenciais benefícios, do
consumo de microrganismos vivos, geralmente referidos como probióticos, maioritariamente ao nível da
saúde digestiva ou imunitária. (4)
Área de Actuação
A mucosa do tracto gastrintestinal (GI) constitui
a maior interface de contacto entre o organismo
humano e o ambiente externo. Através da mucosa
intestinal, o hospedeiro interage com uma população microbiana de dimensão substancial que está
presente no lúmen intestinal e que se denomina de
microbiota intestinal – incluindo tanto a microflora
intestinal (microrganismos residentes) como todos
os microrganismos ingeridos pelo hospedeiro. (4)
O tracto GI funciona como uma barreira e, simultaneamente, é uma superfície de interacção com o
ambiente, nele está presente a maior proporção de
tecido linfóide do organismo. Cerca de 80% de todas
as células produtoras de imunoglobulinas encontramse precisamente no tracto GI, compondo o tecido
linfóide associado à mucosa intestinal (GALT – Gut
Associated Lymphoid Tissue), um órgão imunológico
major. (4,5)
Através da modificação da composição da microflora intestinal e melhoria do “equilíbrio microbiano”,
os probióticos conferem benefícios ao hospedeiro
sobretudo através da modulação das respostas imunológicas do GALT. (4)
Equilíbrio da microflora intestinal
A microflora intestinal é um ecossistema complexo da
maior importância para a saúde e bem-estar do hospedeiro. As diferenças que se observam entre animais gnotobióticos* e animais convencionais são um
indicador da importância da colonização intestinal por
bactérias. Por exemplo, animais gnotobióticos padecem de enterite persistente, colite, infecções severas
e têm uma taxa de sobrevivência baixa. (4)
riotas do nosso organismo. Apesar da diversidade de
espécies, a vasta maioria da microflora intestinal (99%)
é composta por 30 a 40 espécies. (4)
In utero, o tracto GI é estéril. Imediatamente após o
nascimento, inicia-se a colonização bacteriana do
tracto GI. Nos primeiros 2 dias de vida extra-uterina o
tracto GI do recém-nascido é rapidamente colonizado
com bactérias, maioritariamente enterobactérias. A
alimentação influencia o desenvolvimento da microflora intestinal, verificando-se um grande aumento de
bifidobactérias. (4)
As bactérias probióticas comuns incluem-se sobretudo nos géneros Lactobacillus e Bifidobacterium,
(3,4). É de salientar que apenas se podem considerar
probióticos as estripes não patogénicas, cujos efeitos benéficos tenham sido demonstrados. Evidentemente, nem todos os microrganismos não patogénicos são probióticos, bem como as diferentes estirpes
de probióticos não têm o mesmo tipo de efeito, mecanismo ou acção sobre o hospedeiro. (4)
Em lactentes alimentados com leite materno, a microflora intestinal é bifidodominante, estando também
presentes espécies de Lactobacillus e algumas espécies de Staphylococcus. Lactentes alimentados com
fórmula, com idades compreendias entre 1 e 4 meses,
apresentam uma microflora mais complexa, dominada
por coliformes e bacteroides. Com a diversificação alimentar, a microflora intestinal do lactente começa a
assemelhar-se à do adulto, variando de indivíduo para
indivíduo, mas permanecendo relativamente estável
no próprio indivíduo. (4)
Entre outras funções, a microflora intestinal é responsável pela produção de alguns micronutrientes, como
vitaminas, e pelos processos fermentativos que metabolizam diversos substratos como glícidos indigeríveis
pelo Homem. Este metabolismo fermentativo dá origem à produção de ácidos gordos de cadeia curta,
sobretudo acetato, propionato e butirato, moléculas
com acção trófica a nível do tracto GI, (4,5), podendo
inclusivamente ser fonte de energia para o hospedeiro. Adicionalmente, a microflora intestinal é responsável pelo metabolismo de algumas proteínas e peptídeos, bem como pela transformação de esteróis e
sais biliares. Os principais efeitos da microflora intestinal são mediados através da sua interacção com
mecanismos imunológicos intestinais. (4)
A microflora intestinal apresenta microrganismos
aeróbios e anaeróbios, sendo composta, no adulto,
por cerca de 500 espécies bacterianas que perfazem
um total de 1012 células procariotas por cada mL de
conteúdo intestinal, o que corresponde a um número
10 vezes superior ao número total de células euca-
* Nascidos com tracto GI estéril e mantidos estéreis
em condições laboratoriais controladas
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probióticos “para a vida”
Diferente de probióticos, são os prebióticos. Estes
definem-se como substâncias alimentares que promovem o crescimento de bactérias benéficas presentes na microflora intestinal, particularmente de
lactobacilos e bifidobactérias, de modo que, indirectamente, suportam os efeitos probióticos destes
microrganismos. (4) Os factores bifidogénicos mais
utilizados são os fruto-oligossacáridos, a inulina, bem
como os xilo-oligossacáridos. (2)
Manter o equilíbrio da microflora intestinal tem uma
importância significativa, sendo ideal uma presença
mínima de potenciais patogénicos a par de uma predominância de microrganismos desejáveis e não
patogénicos. O equilíbrio entre os diferentes componentes do ecossistema intestinal é mantido mediante
vários mecanismos:
– Secreções gástricas e biliares criam um ambiente
inadequado à maioria dos patogénios ingeridos.
– Motilidade intestinal previne estabilização e crescimento bacteriano excessivo.
– Competição por nutrientes pelas diferentes espécies bacterianas.
– Interacções microrganismo-epitélio, incluindo competição por receptores e factores de permeabilidade intestinal.
– Sistema imunológico do hospedeiro, incluindo produção de mucina e IgA.
Adicionalmente, diversos factores externos podem
modificar a microflora intestinal, tais como a alimentação, idade, terapia antibiótica, uso de outros medicamentos, certas patologias e alterações ambientais. (4)
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No que se refere a fontes alimentares, é possível
encontrar probióticos em iogurtes, leites fermentados, algumas variedades de leites para lactentes, leites de transição e farinhas lácteas.
A microflora intestinal, pelo seu efeito de modulação
local e sistémica do sistema imunológico e da resposta inflamatória, é apontada como tendo um papel
importante na saúde gastrintestinal e na saúde geral
do hospedeiro, desde lactente até à idade adulta. (4)
Efeitos fisiológicos e benefícios clínicos das bifidobactérias
– Aceleração do tempo de trânsito intestinal. (5)
– Estimulação do sistema imunológico, resultando
num aumento da resposta imune face a diferentes antigénios. (4,5)
– Actividade demonstrada na redução da diarreia
aguda, diminuição da incidência de diarreia por
rotavírus e diarreia associada aos antibióticos. (4)
– Dimunuição da severidade da doença atópica,
podendo uma intervenção precoce diminuir a sensibilização atópica. (4)
– Inibição da adesão de vírus e bactérias patogénicas a células do epitélio intestinal. (5)
– Prevenção de recaída e alívio de sintomas em
doenças inflamatórias do intestino. (5)
– Modulação positiva de nitrosaminas, nitritos e aminas heterocíclicas. (5)
Segurança dos probióticos
Em geral, os probióticos apresentam uma longa história de utilização segura em alimentos destinados a
seres humanos. Normalmente, as estirpes de LAB
usadas em alimentos são não-patogénicas, não-virulentas e não-toxigénicas. Muitas estirpes de lactobacilos e de bifidobactérias são geralmente reconhecidas como seguras “Generally Recognized As Safe”
(GRAS) para utilização em alimentos. Ensaios animais foram conduzidos no sentido de investigar toxicidade aguda por probióticos não se tendo observado efeitos adversos na sua saúde, nem quaisquer
alterações bioquímicas, hematológicas, histológicas
(mucosa intestinal) ou alterações da incidência de
translocação bacteriana.
A segurança da utilização de probióticos em lactentes foi também demonstrada em estudos em que
se observou crescimento estaturo-ponderal adequado. (4)
Probiótico – Características
É um microrganismo.
Permanece viável e estável durante utilização
e armazenamento antes de ser consumido.
Quando consumido, é benéfico ao hospedeiro.
É capaz de induzir resposta no hospedeiro
como parte do ecossistema intestinal.
Bactérias produtoras de ácido láctico (LAB),
como bifidobactérias e lactobacilos, são
microrganismos comummente utilizados nos
alimentos.
Várias estirpes de LAB demonstraram ser
benéficas para a saúde do hospedeiro,
podendo ser encaradas como probióticos.
Usadas na indústria alimentar, são consideradas não patogénicas, não virulentas e
não tóxicas. As bifidobactérias em particular nunca estiveram envolvidas em doenças
humanas ou infecções.
Muitas estirpes de lactobacilos e de bifidobactérias são ingredientes Generally Recognized
as Safe (GRAS), e apresentam uma história
de utilização segura ao longo de milénios.
Os probióticos exercem efeitos sobre a imunidade através de vários mecanismos a nível
local (pela manutenção da função de barreira
da mucosa) e sistémico (pela imunomodulação da resposta imunológica intestinal).
Ensaios clínicos em lactentes, crianças e
adultos confirmam que a administração de
bifidobactérias probióticas é segura e bem
tolerada. (4)
Em suma
Os probióticos evoluíram de um conceito para uma
intervenção tangível que pode ajudar na manutenção
da saúde. Apesar de alguns aspectos permanecerem
ainda em estudo, os benefícios clínicos de microrganismos específicos estão cada vez melhor documentados e os mecanismos que explicam esses efeitos
continuam a ser elucidados.
O aparecimento de opções que melhoram o equilíbrio da nossa interacção com estes microrganismos,
favorece a saúde e bem-estar de lactentes, crianças
e adultos.
Referências Bibliográficas
1. Gomes Ana M. P., Malcata F. Xavier. Agentes
probióticos em alimentos: aspectos fisiológicos e
terapêuticos, e aplicações tecnológicas. Boletim de
Biotecnologia Alimentar. 1999
2. WHO [http://www.who.int/en/] [acedido a 03 de
Março de 2010]
Disponível em: http://www.who.int/foodsafety/fs_
management/en/probiotic_guidelines.pdf
3. Durkee Devon L. Breaking out of the capsule: recente innovations in probiotic applications. 2009
4. Nestlé Nutrition reprints. Probiotics: implications
for pediatric health. Nestlé Nutrition Institute. SD
5. Picard C., et al. Review article: bifidobacteria as
probiotic agents – physiological effects and clinical
benefits. Aliment pharmacol Ther 2005; 22: 495-512.
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novidades Nestlé
Conheça as novidades Nestlé
NAN Activo, uma fórmula com a combinação nutricional
ideal para todos os bebés
A Nestlé Nutrition acaba de lançar mais uma inovação na área de Fórmulas Infantis – NAN Activo.
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bebés, especialmente para os que têm uma microflora
intestinal deprimida em bifidobactérias
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Na impossibilidade do aleitamento
materno, NAN Activo oferece aos
bebés, desde o nascimento, uma
fórmula para lactentes, com diversos benefícios. NAN Activo é uma
fórmula que apresenta um teor proteico mais próximo do leite materno
(1,8g proteínas/ 100kcal) o que permite uma menor
sobrecarga renal e consequentemente um menor
stresse metabólico. Contém LC-PUFAs (DHA/ARA na
relação de 1:1) importantes para a modulação da função imunológica e para o desenvolvimento cerebral
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intestino, NAN Activo, contém na sua composição Bifidus BL (Bifidobacterium lactis).
Estas características únicas, permitem que
NAN Activo seja a fórmula ideal para todos
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interesse nos lactentes nascidos por cesariana, lactentes que tiveram história de prematuridade e/ou lactentes que tenha sofrido
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Sempre atenta às necessidades dos consumidores
mais novos, a marca CERELAC lançou no início do
ano uma nova gama de farinhas infantis com glúten:
CERELAC + Crescidos.
Foram lançadas 3 variedades:
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– Pepitas de Chocolate e CornFlakes e Mel, duas
variedades lácteas com pedacinhos, que ajudam as
crianças a desenvolverem a mastigação e a conhecerem novas consistências.
Além da gama + Crescidos,
foi lançada também no início
do ano uma novidade para a
etapa 3: CERELAC 8 Cereais
e Iogurte, uma farinha infantil não láctea com glúten, especialmente concebida para ajudar a diversificar a alimentação
de bebés a partir dos 8 meses.
Esta gama, com sabores apetecíveis e novas texturas, foi lançada para completar o portfólio de CERELAC na etapa Júnior (a partir dos 12 meses), sendo
por isso ideal para bebés mais crescidos. Os novos
produtos são um bom complemento de uma alimentação diversificada, progressivamente mais variada,
equilibrada e agradável.
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nesvida
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probióticos Bifidus BL e imunonutrientes que ajudam
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A Fruta é a mesma
só muda o cesto
As frutinhas da Nestlé em copinhos de plástico
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a qualquer hora e em qualquer lugar.
Processo de Fabricação de Frutíssima: As frutas
seleccionadas são limpas, lavadas, cozidas e passadas para fazer o puré. Depois deita-se o puré
nos copinhos e são hermeticamente fechados.
CERELAC Cereais Lácteos
com perfil nutricional inovador
A mudança de receita de CERELAC Cereais
Lácteos, posiciona esta gama de produtos não só como
uma papa líquida pronta a tomar mas também como uma
papa líquida com um perfil nutricional inovador, que ajuda
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açúcares, assegurando que cedo se estabelecem hábitos alimentares saudáveis e que o bebé desfruta dos
sabores naturais dos alimentos.
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nutricional para o período crítico da diversificação alimentar.
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NESCAFÉ Dolce Gusto
Cappuccino Light
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Esta nova variedade mantém todo o sabor e cremosidade do Cappuccino, contendo menos 80% de gordura, que a referência original, e apenas 49 kcal por
chávena, respondendo assim à exigência dos consumidores face à composição nutricional dos alimentos,
nomeadamente no que se refere à quantidade de gordura e, consequentemente, ao valor calórico ingerido.
Esta variedade vem complementar a oferta já alargada de
variedades de bebidas de café, de elevada qualidade, disponibilizadas por NESCAFÉ Dolce Gusto:
Espresso Intenso
Espresso Ristretto
Espresso Decaffeinato
Cappuccino
Cappuccino Light
Cappuccino Ice
Chococino®
O carácter inovador da marca fica reforçado com o lançamento da variedade Cappuccino Light. Atributo este que
contribuiu para que os consumidores elegessem NESCAFÉ
Dolce Gusto “Produto do Ano 2010”.
nesvida
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